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Bruno Rezende de Souza
A MODULAÇÃO DA VIA cAMP / PKA PELO
SENSOR NEURONAL DE CÁLCIO - 1 INDEPENDE
DE RECEPTORES DE DOPAMINA
Belo Horizonte
2007
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Bruno Rezende de Souza
A MODULAÇÃO DA VIA cAMP / PKA PELO
SENSOR NEURONAL DE CÁLCIO - 1 INDEPENDE
DE RECEPTORES DE DOPAMINA
Tese de doutorado submetida ao curso
de pós-graduação do Departamento de
Farmacologia da Universidade Federal
de Minas Gerais, como requisito parcial
para obtenção do grau doutor em
Biologia: .Farmacologia Bioquímica e
Molecular
Orientação: Marco Aurélio Romano-Silva
Belo Horizonte
2007
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Dedico esse trabalho aos meus pais, meu irmão
e a Mone
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu orientador, Marquinho, por realmente ensinar-me a fazer pesquisa.
Seus conselhos, apoio e principalmente confiança foram essenciais no meu sucesso.
Plagiando-o, és meu “pai científico”. Espero suprir as expectativas e ter a competência
necessária para ser seu futuro colaborador
Aos professores Marcus Vinícius, Marco Antônio, Luis Armando e Wolfanga. A
convivência já leva ao aprendizado.
Aos amigos e colegas. Vossas presenças me ajudaram muito nessa jornada, tanto
aumentando quanto aliviando as dificuldades diárias de uma jornada profissional. De
qualquer forma, em sua própria natureza, foram estímulos para a conclusão de uma
etapa.
Agradeço às amigas especiais, Anete e Karen. Admiração profissional é minimalista pra
explicar meu sentimento por vocês.
Aos meus “eternos ICs” e futuros companheiros de profissão, Bernardo, Caetano e
Flávio, pela amizade, pela paciência com minhas loucuras e pela cooperação. Admiro e
confio muito em vocês.
Ao meu irmão, grande amigo e conselheiro, mesmo sendo caçula. Se irmão a gente
pudesse escolher, seria o escolhido. Mantenha seu brilho.
Ao papai e à mamãe. Meu sucesso é de vocês. O apoio, educação, incentivo, carinho e
atenção são incomparáveis e lhes devo muito. São meus eternos exemplos.
À Mone, minha gatinha, fiel companheira, maior amiga, minha paixão, minha maior
inspiração. Sua importância é indescritível. Muito brigado por toda a paciência,
compreensão e apoio durante essa jornada. Te amo muito muito!
À toda minha família e à família da Mone pelo carinho e apoio.
À vida.
"Uma vida sem questionamentos não vale a pena ser vivida”
(Sócrates)
“A imaginação é uma das maiores prerrogativas do homem. Por essa
faculdade ele une imagens e idéias criadas, independentes da
vontade, e desse modo cria resultados novos e brilhantes”
(Charles Darwin)
“A maior inimiga da verdade não é a mentira, mas a convicção”
(Friedrich Nietzsche)
“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu
tamanho original”
(Albert Einstein)
Este trabalho foi realizado com o auxílio das seguintes instituições:
- Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
- Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (CAPES)
-Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG)
RESUMO
A proteína sensora neuronal de cálcio-1 (NCS-1) é a proteína evolutivamente
mais antiga da superfamília das EF-hands, um grupo de proteínas que pode ser
ligar ao cálcio. Uma de suas característcas é a presença da cauda miristoil N-
terminal que pode se inserir em membranas lipídicas. NCS-1 apresenta diversas
funções, como inibir a dessensibilização do receptor dopaminérgico D
2
e ativar
PI4K. A fosfoproteína regulada por dopamina e AMPc-32kDa (DARPP-32) tem um
papel importante na modulação da transdução da sinalização dopaminérgica.
Quando fosforilada na Treonina 34, DARPP-32 inibe a proteína fosfatase-1 (PP-1)
e consequentemente modula a integração das sinalizações. Recentemente foi
demonstrado que no córtex pré-frontal (CPF) de indivíduos com esquizofrenia
ocorre um aumento da expressão de NCS-1 e uma redução da expressão de
DARPP-32. Nesse trabalho, investigamos o papel de NCS-1 na modulação da
sinalizacão intracelular da via AMPc/PKA. Também investigamos, em modelo in
vitro e in vivo, se tratamento crônico com antipsicóticos típicos e atípicos modulam
a expressão de NCS-1 e DARPP-32. Utilizamos células PC12 selvagem e
superexpressando NCS-1, sendo que estas últimas apresentaram redução dos
níveis de expressão de DARPP-32 e nos níveis de AMPc, pDARPP-32(Thr34) e
pCREB(Ser133). Porém, as mesmas não apresentaram alteração nos níveis de
expressão do receptor de dopamina D
2
, Calcyon, pDARPP-32(Thr75), Akt e
pAkt(Ser473). Observamos que a alteração dos níveis de pDARPP-32(Thr34) são
independentes da sinalização dopaminérgica através de diversos tratamentos
com agonistas e antagonistas dopaminérgicos. Demonstramos que, tanto células
PC12 como diferentes regiões cerebrais de ratos, tratados com antipsicóticos
típicos e atípicos, não apresentaram alterações nos níveis de NCS-1 e DARPP-
32. Portanto, observamos que NCS-1 modula expressão de DARPP-32 e altera a
sinalização da via AMPc/PKA independentemente da dopamina.
ABSTRACT
Neuronal calcium sensor-1 (NCS-1) is the most ancient protein of EF-hands super
family which is a group of proteins that binds calcium. It was shown that NCS-1
has many functions such as its capacity of inhibiting dopamine receptor D
2
desensitization and its capacity to activate phosphatidylinositol 4-kinase (PI4K).
The dopamine and cAMP regulated phosphoprotein-32kDa (DARPP-32) has a
central role in modulation of transduction of dopaminergic signaling. When
phosphorylated at Threonine 34, DARPP-32 turns into a potent inhibitor of protein
phosphatase-1 (PP-1) and consequently modulates the signaling integration.
Recently it was demonstrated upregulation of NCS-1 and DARPP-32
downregulation in prefrontal (PFC) cortex of schizophrenic patients. In our study
we have investigated the role of NCS-1 on cAMP/PKA intracellular signaling
pathway modulation. We also investigated if chronic treatment with typical and
atypical antipsychotics modulates NCS-1 and DARPP-32 expression, both in vitro
and in vivo (in rat model). We used pheochromocytome PC12 wild-type cells (WT)
and overexpressing NCS-1 (Clone). Our results showed that Clone PC12 cells
have reduction in DARPP-32 expression, cAMP levels, pDARPP-32(Thr34) and
pCREB(Ser133). However, there was no alteration in D
2
, Calcyon, pDARPP-
32(Thr75), Akt and pAkt(Ser473) in these same cells. WT and Clone PC12 cells
were treated with specific dopaminergic agonists and antagonists and we show
that alteration in pDARPP-32(Thr34) levels in Clone PC12 cells is independent of
dopaminergic signaling. Also, we demonstrated that both PC12 cells and different
brain regions of rats treated chronically with typical and atypical antipsychotics did
not present alteration in NCS-1 and DARPP-32 expression. Therefore, we
observed that NCS-1 modulates DARPP-32 expression and cAMP/PKA signaling
pathway independently of dopamine.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1.1 A dopamina e sistema dopaminérgico
1.1.1 Síntese e liberação de dopamina
1.1.2 Receptores dopaminérgicos e sinalização de segundo mensageiro
1.1.3 Modulação de receptor
1.2 DARPP-32 na sinalização dopaminérgica
1.3 NCS-1 na modulação do receptor dopaminérgico D
2
1.4 Esquizofrenia e alterações na sinalização dopaminérgica
OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
2.2 Objetivos específicos
MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Experimentos in vitro
3.1.1 Cultura celular
3.1.2 Drogas e reagentes
3.1.3 Procedimentos farmacológicos
3.2 Experimentos in vivo
3.2.1 Animais experimentais
3.2.2 Drogas e reagentes
3.2.3 Procedimentos farmacológicos
3.3 Dosagem de proteína
3.4 ELISA
3.5 Imunofluorescência
10
11
13
15
20
22
27
32
41
42
42
43
44
44
44
45
46
46
46
47
47
47
48
3.6 Microscopia confocal
3.7 Marcação de proteínas intracelulares para citometria de fluxo
3.8 Aquisição e análise dos dados por citometria de fluxo
3.9 Imunoblot
3.10 Análise dos imunoblots
3.11 Análise estatística
RESULTADOS
4.1 Expressão de NCS-1 em células PC12 NCS-1
4.2 Expressão e exposição do receptor dopaminérgico D
2
em células PC12
superexpressando NCS-1
4.3 Níveis de AMPc em células PC12 superexpressando NCS-1
4.4 Alteração nos níveis de expressão de DARPP-32 em células PC12
superexpressando NCS-1
4.5 Alteração nos níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células
PC12 superexpressando NCS-1
4.6 Alteração nos níveis de fosforilação de CREB na Serina 133 em células PC12
superexpressando NCS-1
4.7 Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina75 em células WT e Clone
4.8 Expressão do receptor dopaminérgico D
1
e níveis de expressão de Calcyon
em células PC12 WT e Clone
4.9 Níveis de expressão do receptor AMPA e fosforilação de AMPA na Serina845
em células PC12 superexpressando NCS-1
4.10 Níveis de expressão de Akt e fosforilação de Akt na Serina473 em células
PC12 superexpressando NCS-1
4.11 Níveis de expressão de DARPP-32 e fosforilação de DARPP-32 na
Treonina34 em células PC12 WT e Clone tratadas 5 minutos com Quinpirole
4.12 Níveis de expressão de DARPP-32 e fosforilação de DARPP-32 na
Treonina34 em células PC12 WT e Clone tratadas com Quinpirole 1µM
4.13 Níveis de expressão de DARPP-32 e fosforilação de DARPP-32 na
Treonina34 em células PC12 WT e Clone tratadas 5 minutos com Raclopride
5µM
49
49
50
51
52
53
54
55
58
60
62
64
66
68
70
72
74
76
78
80
4.14 Níveis de expressão de DARPP-32 e fosforilação de DARPP-32 na
Treonina34 em células PC12 WT e Clone tratadas 10 minutos com Haloperidol
5µM
4.15 Níveis de expressão de DARPP-32 e fosforilação de DARPP-32 na
Treonina34, em células PC12 WT submetidas à 1 hora 30 minutos de starving,
tratadas 5 minutos com 5µM de Quinpirole, Raclopride, Haloperidol e SCH-
23390
4.16 Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 em células PC12 WT e Clone
tratadas com Forskolin 5µM e 10µM
4.17 Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 em células PC12 WT e Clone
tratadas 14 dias com antipsicóticos típicos e atípicos
4.18 Controle para investigação dos níveis de espressão de DARPP-32 e NCS-1
em ratos submetidos ao tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos por 28
dias
4.19 Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 no córtex pré-frontal de ratos
submetidos ao tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias
4.20 Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 no hippocampus de ratos
submetidos ao tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias
4.21 Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 no striatum de ratos submetidos
ao tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias
4.22 Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 no córtex de ratos submetidos ao
tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias
4.23 Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 no cerebellum de ratos
submetidos ao tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE ABREVIATURAS
82
84
87
90
92
95
97
99
101
103
105
116
123
144
147
1- INTRODUÇÃO
11
1.1 DOPAMINA E O SISTEMA DOPAMINÉRGICO
A dopamina é responsável pela regulação de muitas funções em mamíferos, tais
como o controle motor, hormonal, de processos cognitivos, de humor, da resposta
imune, da motivação e da atenção, entre outros (Giros e cols., 1996; Packard e
Knowlton, 2002; Lourenco e cols., 2005; Kavelaars e cols., 2005).
Até a metade da década de 1950, pouco se sabia sobre esse neurotransmissor,
sendo considerada exclusivamente um precursor intermediário da biossíntese de
outros neurotransmissores, como noradrenalina e adrenalina. Porém, houve um
considerável avanço nos estudos sobre a dopamina e suas vias nesses últimos
anos.
Foram as diferenças marcantes na distribuição regional de dopamina e
noradrenalina que levaram investigadores suecos, na década de 1960, a propor um
papel biológico específico desta na sinalização neuronal. (Carlsson e cols, 1958;
Carlsoon e Waldeck, 1958). Portanto, a dopamina, a partir daquela década, foi
relacionada como mais um neurotransmissor, evidenciando sua importância no
funcionamento cerebral.
12
A dopamina diferentemente de outros sistemas de neurotransmissão, encontrados
difusamente no sistema nervoso central, se distribui de maneira circunscrita
(Glenthoj, 1995) no SNC, sendo encontrada também no sistema nervoso periférico.
Atualmente são conhecidas quatro projeções principais do sistema dopaminérgico
(Stahl, 2002) (FIG 1). Destas quatros projeções, três se originam do mesencéfalo e
uma na substância negra (Kandell e cols., 2003):
- Via mesolímbica - projeta-se dos corpos celulares da área tegumentar ventral
do mesencéfalo para os axônios terminais das áreas límbicas do cérebro,
como o núcleo acumbens. Essa via tem importante função para afeto,
emoção e motivação.
- Via mesocortical - os corpos celulares desta via surgem na área tegumentar
ventral, próximo aos corpos celulares dos neurônios dopaminérgicos da via
mesolímbica, e projetam-se para áreas do córtex cerebral, particularmente do
córtex límbico. Também tem importante função para afeto, emoção e
motivação.
- Via nigroestriatal - projeta-se dos corpos celulares da substância negra do
mesencéfalo por meio de axônios que terminam nos gânglios da base ou
striatum. Esta via é importante para controle do movimento.
- Via túbero-infundibular- projeta-se do hipotálamo para a glândula pituitária
anterior. Esta via regula a secreção de hormônios.
13
Figura 1: As quatro vias dopaminérgicas. (a) via nigroestriatal, (b) via mesolímbica,
(c) via mesocortical, (d) via túbero-infundibular. (Modificado de Stahl, 2002)
1.1.1 NTESE E LIBERAÇÃO DE DOPAMINA
A dopamina é um neurotransmissor catecolaminérgico sintetizado a partir de tirosina
por duas reações seqüenciais catalizadas pelas enzimas tirosina hidroxilase (TH)
(formação de 3,4-dihidroxifenilalanina ou L-DOPA) e descarboxilase de L-
aminoácidos aromáticos (AAAD) (FIG 2A).
Após a síntese, a dopamina livre no citosol é rapidamente captada pelo
transportador vesicular de monoaminas (VMAT) que utiliza um gradiente
eletroquímico de prótons para transportá-la para o interior das vesículas, sendo que
este apresenta duas isoformas: VMAT-1, presente na periferia, e VMAT-2,
14
localizado em estruturas do SNC (Erickson e cols., 1992). As vesículas são então
preenchidas com dopamina e ancoradas próximas à membrana do neurônio pré-
sináptico. Através da despolarização da membrana, abrem-se os canais de Ca
2+
sensíveis à voltagem levando ao influxo de Ca
2+
e conseqüentemente a liberação
dos neurotransmissores.
Algumas proteínas ativadas por Ca
2+
são essenciais para a exocitose, como a
proteína receptora anexada ao fator sensível à N-etilmaleimida solúvel (SNARE),
SNAP-25, proteína de membrana associada à vesícula (VAMP), sinaptobrevina,
sintaxina e proteína de ligação à sintaxina, munc 18 (Staal e cols., 2004; Binda e
cols., 2005). Apesar dos mecanismos de síntese e liberação de dopamina já serem
bem descritos, recentemente ainda ocorrem avanços no conhecimento desse
mecanismo. Binda e cols. (2005) sugeriram que a interação de receptores pré-
sinápticos D
2
com proteína ativadora de secreção dependente de cálcio (CAPS)
pode consistir em um mecanismo de regulação direta entre receptor e componentes
da via da exocitose.
Após a liberação da dopamina na fenda sináptica, ocorre a ativação de receptores
específicos, pré-sinápticos e pós sinápticos. A dopamina é então recaptada pelo
transportador de dopamina (DAT) e posteriormente degradada no citosol, em
produtos inativos (FIG 2B) pela monoamina oxidase (MAO) e pela catecol-O-metil-
transferase (COMT). Resultam da degradação 3-metoxitiramina, ácido
diidroxifenilacético e o ácido homovanílico (Thorpe e cols., 1987).
15
Figura 2: Vias de síntese (2A) e degradação (2B) da dopamina
1.1.2 RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS E SINALIZAÇÃO DE SEGUNDOS-
MENSAGEIROS
Em 1966, Van Rossum apresentou receptores como importantes pontos
modulatórios da via dopaminérgica e a transtornos a ela relacionados. Até 1990,
acreditava-se que existiam somente dois tipos de receptores: D1 e D2. No entanto,
estudos realizados através de técnicas de biologia molecular possibilitaram a
identificação de mais três tipos: D3, D4 e D5. Avaliando-se as propriedades
bioquímicas, estruturais e farmacológicas in vitro e in vivo, estes foram agrupados
(A) (B)
16
em duas famílias: receptores do tipo D1 (D
1
e D
5
) e receptores do tipo D2 (D
2
, D
3
e
D
4
) (Levant, 1997).
Os receptores dopaminérgicos pertencem à superfamília de receptores acoplados
heteromericamente à proteína G (GPCR) (Civelli e cols., 1993), classificados assim
como receptores metabotrópicos. Os receptores dopaminérgicos também podem
interagir entre si e outros receptores, formando heterodímeros com propriedades
farmacológicas distintas. (Rocheville e cols., 2000; Scarselli e cols., 2001;
Nimchinsky e cols., 1997; Lee e cols., 2002; Fiorentini e cols., 2003; Gines e cols.,
2000; Franco e cols., 2000; Lavine e cols., 2002).
Apesar de as superfamílias de receptores dopaminérgicos serem acopladas a
proteína G, G
s
e G
i
têm efeitos antagônicos na via de sinalização por AMPc. Os
receptores do tipo D
1
são acoplados a proteína G
s
α/G
olf
α (FIG 3) que ativam a
adenilato ciclase (AC) resultando no aumento dos níveis intracelulares do AMPc e
conseqüentemente a ativação da Proteína Quinase A (PKA) (Missale e cols., 1998).
Já os do tipo D
2
estão acoplados a G
i
α/G
o
α gerando inativação desta enzima e
redução dos níveis de AMPc (Missale e cols. 1998; Vallone e cols., 2000;
Bentivoglio e Morelli, 2005) e conseqüentemente a diminuição da ativação de PKA
(Missale e cols., 1998). Também foram descritos o aumento de níveis de Ca
2+
intracelular e ativação da cascata de sinalização da fosfolipase C (PLC)/proteína
fosfatase 2B (PP-2B) (Nishi e cols., 1997) através da sinalização via D
2
. PKA,
quando ativada, fosforila canais de Na
+
, levando a uma diminuição do fluxo de íon
Na
+
(Li e cols., 1992; Cantrell e cols., 1999; Smith e Goldin, 1997), e a fosfoproteína
17
regulada por AMPc e dopamina – peso molecular 32kDa (DARPP-32) na treonina
34 (Svenningsson, 2004), modulando assim diversas outras vias; além de estimular
a fosforilação da proteína ligante de elemento em reposta ao AMPc (CREB) na
serina 133, regulando assim a expressão de diversos genes (Svenningsson, 2004).
Figura 3: Modulação da adenilato ciclase (AC) mediada por receptores
dopaminérgicos (GDP: guanosina difosfato, GTP: guanosina trifosfato). (Modificado
de Stahl, 2002)
Além da via clássica do AMPc / PKA, recentemente foi descrito que o estímulo de
receptores dopaminérgicos, especificamente D
2
e D
3
, alteram a ativação da via Akt,
independente de PI3K (Brami-Cherrier e cols, 2002; Beaulieu e cols, 2007). Sendo a
Akt um importante mediador de efeitos fisiológicos de vários fatores de crescimento
e de sobrevivência através da inibição da apoptose (Datta e cols, 1999), sugere-se a
participação da sinalização dopaminérgica nesses eventos (Brami-Cherrier e cols,
2002). Nair & Sealfon (2003) demonstraram que a estimulação de D
2
por
bromocriptina leva a ativação de PI3K através de c-Src e, consequentemente, a
fosforilação de Akt na serina 473, inibindo a apoptose induzida por H
2
O
2
. Já
Beaulieu e cols (2004) demonstraram que o estímulo prolongado de receptores D
2
levam a desfosforilação de Akt na treonina 308 sem afetar a fosforilação de Akt na
18
serina 473. Essa ativação de receptores D
2
leva à formação de complexos com β-
arrestina 2, PP-2A e Akt, inativando Akt através da diminuição da fosforilação na
treonina 308 e consequente aumento da ativação de GSK3 (FIG 4) (Beaulieu e cols
2004; Beaulieu e cols, 2005)
Figura 4: Efeitos da sinalização dopaminérgica tanto na via AMPc quanto na via
Akt. (Retirado de Beaulieu e cols., 2004)
Portanto, devido aos diferentes mecanismos de sinalização por segundos-
mensageiros, esses dois subtipos de receptores, D
1
e D
2
, podem ser diferenciados
pelas suas propriedades farmacológicas e ações nos segundos-mensageiros
intracelulares (Missale e cols., 1998; Vallone e cols., 2000).
19
Ambos os subtipos de receptores dopaminérgicos foram descritos no córtex pré-
frontal (CPF) (Levey e cols., 1993; Lidow e cols., 1998; Meador-Woodruff e cols.,
1996), região cortical envolvida em transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia e
transtorno bipolar (Albert e cols., 2002; Lewis e cols., 2005; Ogden e cols., 2004).
A importância funcional dos receptores dopaminérgicos D
2
é demonstrada através
da sua afinidade pelos antipsicóticos típicos e atípicos (Lidow e cols., 1998; Strange,
2001). Porém, a função do receptor D
2
na transmissão sináptica no CPF é bem
menos entendida que a do receptor D
1
nesta mesma região (Lidow, 2000; Goldman-
Rakic e cols., 2000). Mesmo no striatum, onde existe em alta densidade, a função
do receptor D
2
na atividade neuronal é altamente controversa, (Nicola e cols., 2000).
Portanto, a necessidade de um melhor entendimento do mecanismo de
funcionamento de D
2
no CPF é evidente devido a sua importância
farmacoterapêutica.
Diversos estudos demonstraram que a sinalização dopaminérgica mediada por
receptores D
2
inibe a sinalização de segundos-mensageiros intracelulares (Gerfen e
cols., 1990; West e Grace, 2002; Svenningsson e cols., 2000), porém, estudos
eletrofisiológicos sugerem um complexo de ações excitatórias e inibitórias de D
2
no
CPF (Zheng e cols., 1999; Seamans e cols., 2001, Urban e cols., 2002; Tseng e
O’Donnell, 2004) devido à localização de receptores D
2
em processos dendríticos,
tanto pré-sinápticos quanto pós-sinápticos, de neurônios piramidais, interneurônios
20
e glia (Paspalas e Goldman-Rakic, 2004; Khan e cols., 2001; Negyessy e Goldman-
Rakic, 2005).
1.1.3 MODULAÇÃO DO RECEPTOR
Sabe-se que, para modulação da sinalização através de receptores metabotrópicos
ocorre um mecanismo de dessensibilização e ressensibilização do receptor. O
mecanismo de dessensibilização do receptor representa uma adaptação contra a
super-estimulação do mesmo (Lohse, 1993; Krupkick e Benovic, 1998). A
dessensibilização de receptores metabotrópicos é mediada pela fosforilação dos
resíduos de serina e treonina em domínios intracelulares do receptor (Ferguson,
2001). No entanto, a fosforilação do receptor promove a ligação de arrestina e sua
internalização (Krupnick e Benovic, 1998) (FIG 5), deixando-o temporariamente
inapto para a ativação por neurotransmissores. O mecanismo de dessensibilização
foi descrito demonstrando que, tanto quinases dependente de segundos-
mensageiros, como a proteína quinase sensível a AMPc (PKA), quanto quinase
acoplado a proteína G receptor (GRK), contribuem para a dessensibilização de
receptores dopaminérgicos ativados (Mason e cols., 2002). Foi observado que o
receptor dopaminérgico D
2
ativado é internalizado pela co-expressão de GRK2 e
GRK5 (Ito e cols., 1999; Iwata e cols., 1999). Portanto, a dessensibilização pode ser
modulada pela ativação da via do AMPc, atuando assim como um feedback
negativo.
21
Figura 5: Mecanismo de internalização e dessensibilização de receptor
metabotrópico (retirado de Callier e cols., 2003)
Sabe-se que existem certas dificuldades metodológicas para estudar os efeitos
fisiológicos da ativação de D
2
no CPF, devido ao seu processo de sensibilização e
dessensibilização (Maggio e cols., 1995; Kabbani e cols., 2002). Esses processos,
especialmente a dessensibilização, podem potencializar ou até mesmo diminuir os
efeitos de tratamentos terapêuticos (Negyessy e Goldman-Rakic, 2005). Kabbani e
22
cols. (2002) mostraram que o sensor neuronal de cálcio-1 (NCS-1) forma complexos
com a GRK2 e com o receptor de dopamina D
2
, regulando, assim, a
dessensibilização do receptor D
2
ativado. Devido a esta interação, NCS-1 é
importante para regulação dos processos mediados por D
2
in vivo já que foram
demonstrados que D
2
e NCS-1 estão colocalizados no CPF de primatas, existindo
uma coexistência de aproximadamente 10%, em estruturas pré-sinápticas e pós
sinápticas (Negyvessy e Goldman-Rakic, 2005).
1.2 DARPP-32 E SINALIZAÇÃO DOPAMINÉRGICA
A proteína DARPP-32 foi descoberta por S. Ivar Walaas e Dana W. Aswad (Walaas,
Aswad e Greengard, 1983) e extensivamente estudada desde então. Estudos sobre
os mecanismos de funcionamento da DARPP-32 têm desempenhado um papel
central na compreensão da sinalização dopaminérgica e suas interações com outros
neurotransmissores, drogas terapêuticas e de abuso (Self e cols., 1998; Maldve e
cols., 2002). Sabe-se que se localiza em neurônios que possuem receptores
dopaminérgicos, sendo identificada como o maior alvo dos produtos da adenilato
ciclase ativada por dopamina no striatum (Wallas e cols., 1983) (FIG 6).
23
Figura 6: Sinalização dopaminérgica em neurônios pós-sinápticos (modificado de
Greengard, 2001)
Através da ativação de adenilato ciclase e consequente aumento da disponibilidade
de AMPc, ocorre ativação da PKA, que fosforila a DARPP-32 no resíduo de treonina
na posição 34 (Thr34) (FIG 7), passando a atuar como potente inibidor da proteína
fosfatase 1 (PP-1) (Yan e cols., 1999). Além da Thr34, essa fosfoproteína apresenta
outros três sítios de fosforilação:
- treonina na posição 75 (Thr75), que ao ser fosforilada pela quinase
dependente de ciclina 5 (Cdk-5) provoca inibição de PKA e
conseqüentemente a diminuição da fosforilação da própria DARPP-32 na
Thr34;
24
- serina na posição 102 (Ser102), que fosforilada pela caseína quinase 2 (CK-
2) favorece a fosforilação da Thr34 pela PKA, amplificando a inibição de PP-
1;
- serina na posição 137 (Ser137), fosforilada pela caseína quinase 1 (CK-1)
passa a inibir a atividade da proteína fosfatase 2B (PP-2B) que desfosforila o
resíduo Thr34, também amplificando a inibição de PP-1 (King e cols., 1984;
Girault e cols., 1989; Desdouits e cols., 1998; Bibb e cols., 1999; Nishi e cols.,
1999).
A PP1, cuja atividade é modulada pela DARPP-32, é capaz de regular o estado de
ativação de diversos canais iônicos, como canais de Ca
2+
e de Na
+
; receptores,
como GABA
A
; e o fator de regulação da transcrição gênica p-CREB (Greengard e
cols., 1999; Hsieh-Wilson e cols., 1999).
Figura 7: Sítios de fosforilação da DARPP-32 (adaptado de Svennigsson e cols.,
2004). Em vermelho são indicadas vias inibitórias e em azul as estimulatórias.
25
Diversos estudos realizados em camundongos que não expressam DARPP-32
(Fienberg, e cols., 1998) têm permitido maior detalhamento do envolvimento desta
proteína nas ações da dopamina. Há evidências de um importante papel na
mediação dos efeitos deste neurotransmissor nas mudanças em longo prazo na
excitabilidade neuronal, através da indução de ambas, depressão e potenciação de
longa duração (LTD e LTP, respectivamente), formas opostas de plasticidade
sináptica (Calabresi e cols., 2000). O envolvimento pode ser explicado pelo fato
destes efeitos serem mediados via proteína quinase sensível a GMPc (PKG) e PKA.
No entanto, mudanças a longo prazo na plasticidade sináptica geram alterações na
transcrição gênica que são importantes para manutenção das adaptações
moleculares e início das adaptações morfológicas. Há evidências de que a
regulação da transcrição gênica envolve fosforilação alterada de fatores de
transcrição, e conseqüente modulação de sua atividade (Hyman e cols., 2001).
Glutamato e GABA são os principais neurotransmissores que controlam a
fosforilação da DARPP-32 estriatal. O principal efeito anti-dopaminérgico do
glutamato é a desfosforilação da DARPP-32 na Thr34, através da ativação da PP-
2B induzida pelos receptores NMDA/AMPA.
Além deste, o glutamato tem vários outros efeitos regulatórios na fosforilação da
DARPP-32. Através da via mGluR1/CK1/Cdk5/pDARPP-32(Thr75), o glutamato
antagoniza a sinalização PKA/fosfo-Thr34-DARPP-32. Porém, o glutamato pode
26
potencializar a sinalização PKA/fosfo-Thr34-DARPP-32 através de três cascatas
por:
- receptores NMDA-AMPA/Ca2+/PP-2A/desfosforilação da DARPP-32 na
Thr75;
- favorecer a formação de AMPc acoplado ao receptor A2A mediada pela
ativação de receptores mGlu5;
- aumentar a fosforilação na Ser137 da DARPP-32 mediada através da
ativação induzida do receptor mGlu da CK1 (Nishi e cols., 2003).
Através de estudos realizados em fatias estriatais, foi demonstrado que o GABA foi
capaz de produzir um rápido aumento no estado de fosforilação da Thr34. Este
efeito foi prevenido por bicuculina antagonista de receptores GABA
A
. GABA
potencializou significativamente o aumento na fosforilação da Thr34 da DARPP-32
produzido por forskolina, ativador de adenilato ciclase. Isto sugere que o GABA
aumenta a fosforilação da Thr34 através da inibição de PP-2B (Snyder e cols.,
1994).
Como se sabe, o tratamento com antagonistas de D
2
e 5HT
2
, e atualmente o efeito
agonista parcial de D
2
, representam as terapias mais comum para esquizofrenia
(Meltzer e cols., 2003; Lindgren e cols., 2003; Lieberman, 2004) e ambos os
receptores sinalizam através da fosforilação de DARPP-32 em Thr34. Portanto,
DARPP-32 está envolvida nas ações de uma variedade de substâncias usadas para
o tratamento de vários transtornos psiquiátricos e neurológicos. Um efeito comum
27
das drogas antipsicóticas é agir como antagonista de receptores D
2
(Lindgren e
cols., 2003). A ativação de receptores D
2
inibe a ativação de PKA e
conseqüentemente o estado de fosforilação na Thr34 de DARPP-32. Portanto,
reduzindo-se a inibição da ativação de PP-1, que por sua vez atua em diversos
receptores e canais iônicos.
Mostrou-se que o tratamento com diferentes antidepressivos, incluindo fluoxetina,
favorece a eficácia da sinalização de PKA em vários níveis diferentes no córtex pré-
frontal, hipocampo e núcleo accumbens (Nestler e cols., 2002). O tratamento agudo
e crônico com fluoxetina causou um aumento na fosforilação da DARPP-32 na
Thr34 e uma diminuição na fosforilação da Thr75 no hipocampo, córtex frontal e
corpo estriado (Svenningsson e cols., 2002).
Logo, DARPP-32 aparece como um elemento intermediário com potencial para
associar o funcionamento de diversas vias sinalizatórias, e o estudo de sua
expressão pode auxiliar na compreensão das vias envolvidas em transtornos
psiquiátricos e neurológicos.
1.3 NCS-1 E MODULAÇÃO DO RECEPTOR DOPAMINÉRGICO D
2
O processo de transdução espaço-temporal do sinal de cálcio em funções
específicas intracelulares deve-se, em grande parte, à interação desse íon com
28
algumas proteínas conhecidas como ligantes de cálcio (“calcium binding proteins”)
e/ou sensoras de cálcio (“calcium sensor proteins”), dentre elas a proteína NCS-1.
A NCS-1 é uma proteína ligante de cálcio específica de neurônios, expressa no
cérebro de diferentes espécies, como demonstrado no cérebro humano (Martone e
cols., 1999; Chen e cols., 2002). Pertence a uma família de proteínas do tipo “EF-
hand” apresentando 4 sítios de ligação ao Ca
2+
, um grupo miristoil capaz de
interagir com membranas e regiões de associação com quinases e outras proteínas
(Bourne e cols., 2001). Porém, NCS-1 não depende de Ca
2+
para expor sua cauda
miristoil N-terminal (O’Calaghan e cols, 2002). Localizada em terminações axonais e
estruturas pré- e pós-sinápticas, sugere-se que tenha função na transmissão
sináptica no córtex. (Marton e cols., 1999; Negyessy e Goldman-Rakic, 2005). Sabe-
se que tanto a NCS-1 quanto sua ortóloga freqüenina encontrada em Drosófila sp.
são capazes de (FIG 8):
- regular a exocitose de neurotransmissores e agentes secretórios (de Barri e
cols, 2006);
- controlar o tráfego de proteínas celulares e modular a atividade de canais
iônicos, como os canais de Ca
2+
e os canais de K
+
(Taverna e cols, 2007);
- modular alguns processos de plasticidade celular (Pongs e cols., 1993;
Nakamura e cols., 2001; Mora e cols., 2002; Tsujimoto, 2002).
- controlar a formação de neuritos pela formação do complexo com TRP5
(Hui e cols, 2006)
29
Figura 8: Funções de proteínas sensoras de cálcio. Em vermelho são indicadas
funções da NCS-1 (Zucker, 2003).
No entanto, evidências sugerem o envolvimento da NCS-1 no processo de
facilitação da neurotransmissão, atuando tanto pré quanto pós-sinapticamente.
Também é possível que NCS-1 esteja relacionada a alguns transtornos do sistema
nervoso, como a esquizofrenia e o transtorno bipolar.
Recentemente alguns trabalhos têm mostrado que a NCS-1 ocupa uma posição
importante na regulação de diversas vias de sinalização intracelular. Esta é capaz
de inibir/ativar canais de cálcio e potássio dependentes de voltagem, ativar a
calcineurina e a óxido nítrico sintase, inibir a guanilato ciclase, inibir a
30
dessensibilização de receptores de dopamina D
2
, ativar a fosfatidilinositol 4-
hidroxiquinase-β do tipo III (PI4Kβ-III) dentre outras (Rajebhosale e cols., 2003).
A dessensibilização do receptor metabotrópico, caracterizada pelo declínio da
resposta a agonistas, representa um mecanismo de adaptação que protege o
receptor de uma superestimulação (Lohse, 1993; Krupnick e Benovic, 1998). A
dessensibilização das proteínas metabotrópicas ativadas é mediado pela
fosforilação dos resíduos de serina e treonina nos domínios intracelulares dos
receptores (Ferguson, 2001). Portanto, a fosforilação do receptor atua no
desacoplamento do receptor com a proteína G, promovendo a ligação de arrestina e
a internalização (Krupnick e Benovic, 1998). Também foi demonstrado o papel da
dinamina-2 na regulação da internalização de D
2
. (Kabbani e cols., 2004).
Sabe-se que GRK2 atua na fosforilação do receptor D
2
e consequentemente sua
internalização e dessensibilização. (Ito e cols., 1999; Itawa e cols., 1999; Kim e
cols., 2001). Porém, foi observado que NCS-1 atenua a fosforilação de D
2
, e
consequentemente sua internalização, ou seja, NCS-1 inibe a dessensibilização de
D
2
amplificando sua sinalização (Kabbani e cols., 2002). A inibição da
dessensibilização de D
2
ocorre com a interação entre receptor D
2
, NCS-1 e GRK2.
(FIG 6) (Kabbani e cols., 2002).
Na maioria dos mamíferos, a ativação de D
2
leva à redução dos níveis de AMPc
(Missale e cols., 1998). Portanto, foi demonstrado que a super-expressão de NCS-1
diminui os níveis de cAMP (Kabbani e cols., 2002).
31
Recentemente, Negyessy e Goldman-Racik (2005) compararam, em córtex pré-
frontal de primatas, a localização ultraestrutural de D
2
e de NCS-1. Foi observada
imunorreatividade abundante de NCS-1 em estruturas pré e pós-sinápticas, nas
quais também havia colocalização com D
2
(Negyessy e Goldman-Racik, 2005).
Estes dados corroboram com a idéia de um papel da NCS-1 na dessensibilização
de D
2
no córtex pré-frontal, fortalecendo ainda mais a hipótese sobre a importância
de NCS-1 na sinalização por D
2
.
Sabe-se que a ativação de PKA e PKC, ativações que podem ser iniciadas com a
ativação de D
1
, pode levar à formação de complexos NCS-1-GRK2 e D
2
(FIG 9)
(Mason e cols., 2002; Ferguson, 2001). Portanto, esse mecanismo é importante
para dessensibilização de D
2
e amplificação de sua sinalização, sendo considerado
um feedback negativo da ativação de D
1
e manutenção do equilíbrio do mecanismo
de sinalização dopaminérgica.
Figura 9: Modulação de GRK2/ D2 por NCS-1(modificado de Braunewell, 2005)
32
Recentemente Nakamura e cols (2006) demonstraram que NCS-1 também atua
como um importante fator de sobrevivência celular. Células superexressando NCS-1
foram mais tolerantes à morte celular causada por diversos estressores, quando
comparada a células expressando o mutante negativo (E120Q). Também foi
demonstrada que a expressão de NCS-1 é aumentada em lesões induzidas de
neurônios do núcleo dorsal motor. Confirmando a hipótese de que NCS-1 estaria
envolvida na sobrevivência neuronal, foi demonstrado que NCS-1 medeia a
neuroproteção induzida por GDNF através da via da Akt.
1.4 ESQUIZOFRENIA E SUAS ALTERAÇÕES DOPAMINÉRGICAS
A importância da pesquisa sobre esquizofrenia é diretamente proporcional a sua
importância social e econômica. A esquizofrenia é uma doença que afeta
aproximadamente 1% da população mundial (Lewis e Lieberman, 2000 apud Lewis
e cols., 2005). Indivíduos afetados, frequentemente são diagnosticados no final da
adolescência ou no início da vida adulta, e cerca de 10% destes indivíduos irão
cometer suicídio. Como resultado, a esquizofrenia está associada a enorme
sobrecarga emocional para familiares e leva a um custo econômico elevado para a
sociedade através de gastos médicos e perda de produtividade (Lewis e cols.,
2005).
33
Diversas publicações científicas vêm demonstrando a influência genética na
esquizofrenia. O risco para seu desenvolvimento é diretamente proporcional à
predisposição genética relacionada à susceptibilidade de genes já identificados
(Gottesman, 1991 apud Lewis e cols., 2005). Porém, o risco conferido para cada
gene demonstrou-se ser pequeno já que o grau de concordância para esquizofrenia
em gêmeos homozigóticos é de cerca de 50%, o que indica que apenas o fator
genético não é suficiente para o desenvolvimento da doença. Consistente com esta
interpretação, vários fatores ambientais, como idade avançada do pai na concepção
e uso de Cannabis durante a adolescência, demonstraram aumentar o risco de
desenvolvimento da esquizofrenia durante a vida (Lewis e Levitt, 2002 apud Lewis e
cols., 2005). No entanto, pode-se afirmar que, para o desenvolvimento da etiologia,
é necessária uma interação entre susceptibilidade genética e fatores de risco
ambientais (Lewis e cols., 2005). Assim, estudos sobre os mecanismos de
funcionamento neuronal e cerebral visam elucidar as causas e efeitos dessa
etiologia.
Apesar dos grandes avanços nos estudos relacionados à esquizofrenia no último
século, atualmente não existem procedimentos laboratoriais, métodos de
neuroimagem e testes psicológicos que auxiliar no diagnóstico de esquizofrenia
(Lewis e cols., 2005). A esquizofrenia só é diagnosticada com base em síndromes
clínicas. A American Psychiatry Association (1994) apresenta critérios para o
diagnóstico, como a presença de duas ou mais das seguintes características
clínicas: delírios, alucinações, pensamento desorganizado (ex: fala incoerente),
comportamento catatônico e sintomas negativos. Os sintomas negativos incluem
embotamento afetivo (sem expressão emocional), alogia (pobreza na fala) e
34
avolição (sem iniciativa para atividades). Além dessas disfunções, deve existir
evidência de disfunção social e ocupacional, duração contínua por seis meses e a
certeza de que as disfunções não estão atribuídas à outra desordem. No entanto, é
interessante o desenvolvimento de marcadores para um diagnóstico seguro da
esquizofrenia.
Indivíduos com esquizofrenia demonstram déficits cognitivos. Certos déficits
cognitivos cruciais na esquizofrenia parecem refletir em alterações na representação
contextual e manutenção de funções, como a memória de trabalho, que depende do
córtex pré-frontal dorsolateral (CPFDL). Indivíduos com esquizofrenia tendem a ter
um baixo desempenho em tarefas que exigem memória de trabalho, demonstrando
redução na ativação do CPFDL (Weinberger e cols., 1986 apud Lewis e cols., 2005;
Perlstein e cols., 2001 apud Lewis e cols., 2005). No entanto, avanços na pesquisa
sobre os mecanismos da memória de trabalho vêm ajudando no esclarecimento do
seu funcionamento anormal e de transtornos relacionados, como a esquizofrenia.
Devido à hipótese e evidências do mau funcionamento da memória de trabalho em
indivíduos com esquizofrenia, estudos vêm demonstrando várias alterações no
CPFDL em indivíduos com a doença (MacDonald e cols., in the press apud Lewis e
cols., 2005).
Existem trabalhos demonstrando que, durante alguns episódios psicóticos, em
indivíduos com esquizofrenia, existe um funcionamento anormal do CPFDL.
35
Blakemore e cols.(2003) demonstraram, através de experimentos com Tomografia
de Emissão Positrônica (PET), que indivíduos com esquizofrenia durante delírios,
nos quais estariam sendo passivamente controlado por alienígenas, têm maior
ativação do CPFDL esquerdo que quando realizando movimentos voluntários ou
através de movimentos passivos reais. Também foi relatada ativação do CPFDL
durante alucinação auditiva em indivíduos com esquizofrenia (Copolov e cols.,
2003). Portanto, existem evidências do funcionamento anormal do CPFDL de
indivíduos com esquizofrenia não apenas no déficit cognitivo, mas também durante
os processos psicóticos.
Algumas alterações já foram descritas, como: reduções nos níveis de RNAm para
codificação de ácido glutâmico descarboxilase (GAD67), uma enzima que sintetiza
ácido γ-aminobutírico (GABA) (Akbarian e cols., 1995; Mirnics e cols., 2000);
diminuição de níveis protéicos e RNAm do fator neurotrófico derivado do cérebro
(BDNF) e seu receptor, tirosina quinase Trk (tropomyosin-related kinase) B
(Hashimoto e cols., 2005; Takahashi e cols., 2000); redução do RNAm (Burnet e
cols., 1996) e de receptores serotoninérgicos 5-HT
2A
(Dean e cols., 1999;
Matsumoto e cols., 2005); redução de receptores muscarínicos M
1
/M
4
(Crook e
cols., 2001); redução de receptores dopaminérgico D
1
(Okubo e cols., 1997; Abi-
Dargham e cols., 2002); e aumento dos receptores canabinóides CB1 (Biegon e
Kerman, 2001; Dean e cols., 2001). No entanto, evidências sugerem que o
mecanismo de funcionamento anormal do CPFDL em indivíduos com esquizofrenia
é multifatorial.
36
Porém, apesar de muitas destas alterações serem descritas do CPFDL de
indivíduos com esquizofrenia, a hipótese dopaminérgica da esquizofrenia continua
sendo, após décadas de estudo, a mais proeminente das investigações desta
fisiopatologia (Bennet, 1998; Calrsson, 2001; Kasper, 2002). Sabe-se que no
CPFDL são encontrados tanto receptores dopaminérgicos D
1
quanto D
2
(Levey e
cols., 1993; Lidow e cols., 1998; Meador-Woodruff e cols., 1996).
Disfunções no mecanismo de funcionamento do sistema dopaminérgico estão
relacionadas com diversos transtornos neuropsiquiátricos. Foi demonstrado
reduções de dopamina no striatum de pacientes com Parkinson e a demonstração
que L-DOPA tem efeitos benéficos nesses pacientes tornando evidente a
importância da dopamina nesse distúrbio (Walton-Hadlock, 2005). Também foi
demonstrado que transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é outra
manifestação clínica cuja etiologia é creditada a um desequilíbrio em sistemas de
neurotransmissão, entre eles o dopaminérgico. Outros quadros clínicos como
depressão maior, depressão bipolar, alcoolismo, transtorno do pânico, dependência
de drogas e déficits cognitivos estão também associados com perturbações nesse
sistema (Tsuang e cols., 2004; Tupala e Tiihonen, 2004). Já a esquizofrenia, como
foi descrito anteriormente, é um transtorno com ampla variedade de sintomas que
sugerem disfunção nos circuitos de recompensa e do córtex pré-frontal (Goldstein e
Deutch, 1992; Lewis e cols., 2005).
Recentemente, experimentos realizados com amostras de cérebro de indivíduos
com esquizofrenia foram relatados por diferentes grupos de pesquisa, os quais
37
estudaram a expressão de duas proteínas moduladoras da sinalização celular na
região do CPFDL, DARPP-32 e NCS-1 (Albert e cols., 2002; Ishikawa e cols., 2007;
Bai e cols., 2003; Bergson e cols., 2004).
Sabe-se que DARPP-32 é uma proteína para qual diversos sinais de segundo
mensageiros convergem (Svenningsson, 2003), sugerindo assim que seu
funcionamento normal seria de importância para o mecanismo de sinalização
dopaminérgica. Albert e cols (2002) demonstraram que DARPP-32, na região
CPFDL em esquizofrênicos, está significativamente reduzida quando comparado
com indivíduos controles pareados. O trabalho consistiu da mensuração, tanto da
quantidade de DARPP-32 quanto de outras proteínas neuronais, em amostras post-
mortem de cérebros de indivíduos com esquizofrenia. Além disso, nesse trabalho foi
demonstrado que as demais proteínas sinapsina I e subunidade alfa da proteína
quinase dependente de cálcio/calmodulina, não estavam alteradas no CPFDL de
indivíduos com esquizofrenia. Já recentemente, Ishikawa e cols (2007) demonstrarm
que indivíduos tanto CPF de indivíduos esquizofrênicos quanto bipolar tem uma
redução na expressão de DARPP-32 comparados com indivíduos normais. Apesar
da demonstração de alterações nos níveis de expressão proteica de DARPP-32 em
CPF de esquizofrênicos, os níveis de RNAm não parecem estar alterados na
mesma região (Baracskay e cols, 2006)
Li e cols (2006) investigaram a existência de mutações na DARPP-32 que poderiam
estar relacionadas coma esquizofrenia. Porém, seus resultados foram negativos,
sugerindo que a diminuição da expressão proteica de DARPP-32 no CPF não
38
estaria associada à nenhuma das mutações estudadas. Já Meyer-Lindenberg e cols
(2007) demonstraram em cérebros humanos postmortem, a associação entre
haplótipos e melhora de funções cognitivas dependentes da ativação frontoestriatal.
Além dos estudos, acima descritos, que demonstram evidências na alteração na
expressão de DARPP-32, e consequentemente na sinalização de segundo
mensageiros relacionado ao sistema dopaminérgico, recentemente foram
publicados dois trabalhos demonstrando alteração no sistema de regulação da
sinalização dopaminérgica em indivíduos com esquizofrenia. Sabe-se que NCS-1
tem um papel na modulação da sinalização dopaminérgica, regulando a liberação
de neurotransmissores e aumentando a sinalização via receptores D
2
, inibindo sua
dessensibilização (Rajebhosale e cols., 2003). No entanto, em dois trabalhos foi
demonstrado um aumento significativo nos níveis de proteína e RNAm de NCS-1 e
Calcyon, proteína responsável pela dessensibilização de D
1
, no CPFDL de
indivíduos com esquizofrenia, comparados com indivíduos controle, sem o
diagnóstico de esquizofrenia (Bai e cols., 2004; Koh e cols., 2003). Koh e cols.
descreveram um aumento maior que 50% nos níveis de NCS-1 na região CPFDL de
pacientes esquizofrênicos e bipolares, comparados com controles normais.
Controles para o uso de antipsicóticos e/ou estabilizadores do humor também foram
feitos, o que foi confirmado por estudo dos níveis de NCS-1 em macacos
submetidos a tratamento crônico com haloperidol, onde não foi observada diferença
significativa com o grupo controle (Negyessy e Goldman-Rakic, 2005).
39
Bai e cols., além de mensurar os níveis protéicos de NCS-1 e Calcyon, investigou
também os níveis de RNAm em amostras de cérebros provenientes do banco de
cérebros Brain Collection of the Mount Sinai Medical School/Bronx Veterans
Administration Medical Center. Foi demonstrado que os níveis protéicos e de RNAm
de NCS-1 e Calcyon estavam aumentados no CPFDL de indivíduos com
esquizofrenia. Nesse trabalho, foi demonstrado também um aumento de RNAm de
NCS-1 no córtex occipital de indivíduos com esquizofrenia, porém, sem o aumento
dos níveis protéicos de NCS-1. Como todos os indivíduos com esquizofrenia
estavam sob medicação de antipsicóticos, foram estudados os efeitos destes nos
níveis de NCS-1 e Calcyon em cérebros de primatas não-humanos. Como já foi
descrita a função de NCS-1 em amplificar a sinalização via D
2
, uma via inibitória,
suqere que o aumento desta proteína no CPFDL de indivíduos com esquizofrenia
também está associado aos seus transtornos cognitivos.
Sabe-se que estas proteínas estão envolvidas na regulação eletrofisiológica,
transcricional e respostas comportamentais a estímulos fisiológicos e
farmacológicos, incluindo antidepressivos, neurolépticos e dependência de drogas.
(Svenningsson, 2004), portanto, têm um importante papel no mecanismo de
funcionamento neuronal. Porém, apesar de já ter sido demonstrado que ambas
proteínas fazem parte da sinalização do sistema dopaminérgico e que estão
associadas à esquizofrenia, não existem estudos e nem evidências associando
NCS-1 e DARPP-32.
40
Foi demonstrada a localização de D
2
e NCS-1 em neurônios piramidais e
interneurônios no CPF de primatas (Negyessy e Goldman-Racik, 2005). No entanto,
Koh e cols, (2003) demostraram que a NCS-1 encontra-se superexpressa no córtex
pré-frontal de pacientes esquizofrênicos e bipolares postmortem. Sabe-se que o
tratamento com antipsicóticos atua na inibição por antagonistas de D
2
e que esse
receptor está associado à NCS-1, que o dessensibiliza. Portanto, essa associação
entre os altos níveis da NCS-1 encontrada em pacientes esquizofrênicos e bipolares
e a regulação da atividade dos receptores D
2
favorecem, assim, a hipótese do
envolvimento da NCS-1 em transtornos neurológicos e psiquiátricos.
41
2- OBJETIVOS
42
Objetivo geral
Investigar alterações em vias de sinalização intracelular das vias do AMPc/PKA e
Akt, em células PC12 que superexpressam estavelmente NCS-1 (Clone). Observar
se alterações na sinalização intracelular estão envolvidas com receptores
dopaminérgicos, através de tratamentos com agonistas e antagonistas
dopaminérgicos.
Verificar alteração na expressão de proteínas envolvidas na sinalização intracelular
dopaminérgica, em ratos tratados com antipsicóticos.
Objetivos específicos
- verificar a expressão de NCS-1 em células PC12 WT e Clone;
- verificar alterações na via da sinalização intracelular por AMPc nas células PC12
Clone;
- verificar alterações na via de sinalização intracelular por Akt nas células PC12
Clone.
-verificar o papel da sinalização dopaminérgica na modulação da sinalização
intracelular de células PC12 Clone
- investigar a modulação de antipsicóticos típicos e atípicos na expressão de NCS-1
e DARPP-32 in vitro.
-investigar a modulação de antipsicóticos típicos e atípicos na expressão de NCS-1
e DARPP-32 in vivo.
43
3– MATERIAL E MÉTODOS
44
3.1 EXPERIMENTO IN VITRO
3.1.1- CULTURA CELULAR
Células PC12 (Rat pheochromocytoma) Selvagem (wild type - WT) e que
superexpressam NCS-1 de rato (Clone) foram gentilmente fornecidas pelo Dr.
Andreas Jeromin (Division of Neuroscience, Baylor College of Medicine, Vivian
Smith Building, One Baylor Plaza, Houston, Texas, USA). As células não
diferenciadas foram mantidas em meio DMEM (Dulbecco’s modified Eagle’s
medium) alta glicose (GIBCO) suplementadas com 5% de soro eqüino (ES)
(GIBCO), 5% de soro fetal bovino (FSB) (GIBCO), 1% de penicilina (GIBCO) e 1%
de streptomicina (GIBCO) em frascos de 50cm
3
na estufa a 37°C e 5% de CO
2
, com
troca de meio a cada 2 dias e passagens a cada 7 dias. Células Clone foram
cultivadas em meio seletivo contendo G418 (400mg/mL - Clontech).
3.1.2- DROGAS E REAGENTES
Haloperidol (H1512), Clozapina (C6305), Risperidona (R118), R-(+)SCH-23390
(D054), (±)Quinpirole (Q111), S(-)Raclopride (R121) e Forskolin (F6886) foram
adquiridos da Sigma-Aldrich Corporation. Demais reagentes eram de grau analíticos
e obtidos de fontes comerciais diversas.
45
3.1.2- PROCEDIMENTOS FARMACOLÓGICOS
Células PC12 WT e Clone foram tratadas com (±)Quinpirole (0,5; 1,0; 2,5; 5,0; 10,0;
25 e 50 µM) por 5 minutos e (±)Quinpirole 1 µM por 1, 2, 5, 10, 30 minutos e 1 hora
para posterior análise de fosforilação de proteina. Células PC12 WT e Clone foram
tratadas com S(-)Raclopride (0,5; 1,0 e 5 µM) por 5 minutos e Haloperidol (0,5; 1,0;
5,0; 10,0 e 25,0 µM) por 10 minutos para posterior análise de fosforilação de
proteína.
Células PC12 WT foram submetidas a privação (starving) de 1 hora e 30 minutos em
meio DMEM alta glicose (GIBCO) sem soro, DMEM baixa glicose (GIBCO) sem soro
e PBS 1x. Posteriormente as células foram tratadas com 5µM de Haloperidol, R-
(+)SCH-23390, (±)Quinpirole, S(-)Raclopride por 5 minutos para posterior análise de
fosforilação de proteína.
Células PC12 WT e Clone foram tratadas com Haloperidol (1,0; 10,0 e 20 µM),
Clozapina (20 µM) e Risperidona (20µM) por 14 dias, e Forskolin (5µM e 10 µM) por
24, 48 e 72 horas para posterior análise de expressão proteica.
46
3.2- EXPERIMENTO ANIMAL
3.2.1- ANIMAIS EXPERIMENTAIS
Os tratamentos de animais foram realizados pelo grupo do Prof. João Quevedo
(UNESC) e os cérebros congelados foram enviados por via aérea para nosso
laboratório em Belo Horizonte para processamento e análise.
Ratos Wistar macho (2 meses de idade) foram obtidos da colônia do Laboratório de
Neurociências da Universidade do Extremo Sul Catarinense em Criciúma. Os
animais foram mantidos em gaiolas com comida e água diponíveis ad libitum, e
mantidos em ciclos de claro/escuro de 12 horas (luzes ligadas às 07:00h). Todos os
procedimentos experimentais foram realizados de acordo com as normas para
experimentação animal do NIH Guide for the Care and Use of Laboratory Animals e
Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), com a
aprovação do comitê de ética local.
3.2.2 – DROGAS E REAGENTES
Água deionizada foi obtida em sistema Milli-Q, Millipore, Bedford, MA, USA.
Haloperidol (HAL) (Haldol®) foi adquirido da Cristália Prod. Quim. e Farmacêuticos,
Itapira, Brazil. Clozapina (CLO) (Leponex®) foi adquirida da Novartis Biociências AS,
São Paulo, Brazil. Olanzapina (OLZ) (Zyprexa®) foi adquirida da Eli Lilly do Brasil
Ltda, São Paulo, Brazil. Aripiprazole (Ari) (Abilify®) foi adquirida da Bristol-Myers
Squibb, São Paulo, Brazil.
47
3.2.3 – PROCEDIMENTOS FARMACOLÓGICOS
Os animais receberam injeções intraperitoneais (i.p.) diárias de HAL (1,5 mg/kg),
CLO (25 mg/kg), OLZ (2,5; 5 or 10 mg/kg) ou Ari (2, 10 or 20 mg/kg) num volume de
1,0 mL/kg por 28 dias. Todas as drogas foram dissolvidas em solução salina Tween
1%. Animais controle receberam solução salina (1,0 mL/Kg). Três dias após a última
injeção, os ratos foram sacrificados por decapitação e o córtex pré-frontal (CPF), o
hippocampus (HP), striatum (ST), córtex (CX) e cerebellum (CB) foram removidos
imediatamente.
3.3 - DOSAGEM DE PROTEÍNA
Para a quantificação protéica foi utilizado o método descrito por Bradford. Entre 1,0
e 2,0μL de extrato protéico foram adicionados a 1,0mL de solução de NaCl 0,15M e
1,0mL de reagente de Bradford (0,06% (p/v) de azul de Comassie G-250 e 3% (v/v)
de ácido perclórico). Após a homogeneização, incubou-se a mistura por 2 minutos a
temperatura ambiente. Foram feitas as leituras das absorbâncias no
espectrofotômetro (Kinetics/ Endpoint System Analyser - Hitachi) no comprimento de
onda de 595nm. Em cada dosagem, uma curva de calibração com albumina bovina
(1 a 10μg) foi utilizada.
3.4 - ELISA
Foram incubadas 1 x 10
6
células PC12 WT e Clone em 100µL de meio DMEM alta
glicose descrito acima, em estufa a 37°C e 5% de CO
2
por uma noite. Os níveis de
48
AMPc foram determinados por imunoensaio enzimático (Biotrak, Amersham-
Biosciences) sem acetilação, conforme instruções do kit. Os valores demonstrados
através de unidades absolutas e foram corrigidos através da dosagem de proteínas
pelo método Bradford descrito acima.
3.5
- IMUNOFLUORESCÊNCIA
Para detecção de DARPP-32 e NCS-1, as células PC12 foram fixadas com metanol
gelado por 20 minutos. As células fixadas foram lavadas com PBS (Na
2
HPO
4
23mM,
NaH
2
PO
4
6,7mM, NaCl 34,2mM, pH 7,4) gelado 2 vezes por 10 minutos. Para
detecção de D
2
R, D
1
R e TrkB, as células foram fixadas com paraformaldeído 3% por
20 minutos em temperatura ambiente. Foi feita a permeabilização com solução
bloqueadora (PBS, Triton X-100 0.1%, BSA 0.5%) por 10 minutos para a detecção
de DARPP-32 e NCS-1, e apenas bloqueio sem permeabilização para detecção de
receptores dopaminérgicos D
2
e D
1
. Em seguida as células foram incubadas
overnight a 4°C com anticorpo policlonal coelho anti-DARPP-32 (1:200 - H-62 -
Santa Cruz) e policlonal coelho anti-NCS-1 (1:200 - FL-190 - Santa Cruz). Em
seguida as células foram incubadas por 1 hora, em temperatura ambiente e
protegidas da luz, com anticorpo Alexa Fluor 488 cabra anti-coelho (1:200 -
Molecular Probes). Como controle de marcação específica, algumas lamínulas não
foram incubadas com anticorpo primário. As imagens das células foram obtidas
utilizando microscópio confocal (ver adiante).
49
3.6 - MICROSCOPIA CONFOCAL
As imagens foram obtidas em microscópio confocal Bio-Rad (modelo 1024,
acoplado a microscópios Zeiss - Axiovert 100), utilizando o software Lasersharp
(versão 3.1; Bio-Rad) com objetiva de 40X de imersão em óleo. Foi utilizado laser
UV de argônio (488nm) para excitar Alexa 488, e a luz emitida foi selecionada com
os filtros 522/35 para FITC. Todas as imagens foram coletadas com a mesma
configuração. As análises após a aquisição foram feitas com Lasersharp (Bio-Rad),
Confocal Assistent e Adobe Photoshop.
3.7
MARCAÇÃO DE PROTEÍNAS INTRACELULARES PARA CITOMETRIA DE
FLUXO
Células PC12 em cultura foram incubadas com PBS EDTA 5mM, por cinco min, e
centrifugadas por 3 min a 1000g. O sobrenadante foi descartado e as células foram
ressuspensas em PBS em placas de 96 poços. Em seguida, as PC12 foram
permeabilizadas com solução de PBS contendo 0,5% de saponina, 0,1% de BSA e
2mM de azida sódica, por 30 minutos, a temperatura ambiente. Após a
permeabilização as células foram incubadas com os anticorpos primários: anticorpo
policlonal coelho anti-DARPP-32 (1:20 - H-62 - Santa Cruz) e policlonal coelho anti-
NCS-1 (1:30 - FL-190 - Santa Cruz). As preparações foram lavadas com solução de
PBS contendo 0,5% de saponina, 0,1% de BSA e incubadas por 15 min, em
temperatura ambiente e protegidas da luz, com anticorpo Alexa Fluor 488 cabra
anti-coelho (1:200 - Molecular Probes). As preparações foram novamente lavadas
com solução de PBS contendo 0,5% de saponina, 0,1% de BSA e, finalmente,
50
lavadas em solução de PBS contendo 2mM de azida sódica, por centrifugação a
200g, 4
°
C, 10 minutos. Em seguida, as células foram fixadas com solução de PBS
contendo 2% de formaldeído, para posterior aquisição FACS
CAN
Becton & Dickison.
Anticorpos Alexa Fluor 488 cabra anti-coelho foram utilizados como controles.
3.8 - AQUISIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS POR CITOMETRIA DE FLUXO
As preparações celulares marcadas com os anticorpos fluorescentes foram
avaliadas em citômetro de fluxo FACS
CAN
(Becton & Dickinson) após a coloração.
Durante a aquisição dos dados foram coletados 30000 eventos. Os dados coletados
foram analisados através do programa de computador Cell Quest (Becton &
Dickinson). A primeira etapa do processo de análise consistiu na determinação da
população celular de interesse. Isto foi feito baseando-se no perfil de tamanho e
granulosidade das populações adquiridas. Uma vez definida a população celular de
interesse procedeu-se às análises de fluorescência. Para isto, foram montados
gráficos pontuais de fluorescência e a delimitação dos quadrantes foi definida a
partir do posicionamento de células marcadas com os anticorpos fluorescentes,
respeitando-se a definição da população celular. Definido o posicionamento dos
quadrantes, o Cell Quest forneceu uma análise estatística dos dados, baseada na
percentagem ou no número absoluto de células posicionadas nas regiões definidas
e na intensidade de fluorescência média de expressão proteica.
51
3.9 - IMUNOBLOT
Para a preparação dos extratos celulares e de tecido para imunoblot, o material foi
incubado com tampão de lise (20mM MOPS – pH7, 2mM EGTA, 5mM EDTA, 30mM
Floreto de sódio, 40mM ß-glicerofosfato – pH 7,2, 20mM Pirofosfato, 1mM
Ortovanadato de sódio, 1mM Fenilmetilsulfonil fluoreto, 3mM Benzamidina, 10µM
Leupeptina e 0,5% Nonidet P40) no gelo por 30 minutos e centrifugado a 13.000 g
por 30 minutos a 4°C. O sobrenadante foi coletado e armazenado em freezer -80°C.
Extrato de hipocampo de rato foi utilizado como controle positivo. Em seguida, foram
retiradas alíquotas para dosagem de proteínas pelo método de Bradford, usando
albumina sérica bovina (BSA) como padrão. Quantidades iguais de proteína (50μg)
foram preparadas para eletroforese com tampão de amostra NuPAGE LDS
(Invitrogen) e 10% de ß-Mercaptoetanol, fervidas a 70°C por 10 minutos e aplicadas
em gel Bis-Tris NuPAGE 4-12% (Invitrogen) para eletroforese. Após eletroforese, foi
realizada transferência para membrana de nitrocelulose (Hybond - Amersham
Biosciences) e coloração com Ponceau vermelho. A eletroforese e a transferência
foram realizadas conforme orientações do kit. As membranas, para análise de
proteína total, foram incubadas em solução de bloqueio PBS (Na
2
HPO
4
23mM,
NaH
2
PO
4
6,7mM, NaCl 34,2mM, pH 7,4) contendo 0,5% de Tween 20 e 5% de leite
desnatado por 40 minutos. Para análise de proteínas fosforiladas, as membranas
foram incubadas em solução de bloqueio TBS (Tris 20mM, NaCl 137mM, pH 7,4)
contendo 0,1% de Tween 20 e 5% de BSA por 40 minutos. Em seguida, incubaram-
se as membranas overnight a 4
o
C com anticorpo monoclonal camundongo anti-
actina (1:2000 - MAB1521R - Chemicon), policlonal coelho anti-DARPP-32 (1:250 -
H-62 - Santa Cruz) e policlonal coelho anti-NCS-1 (1:2000 - FL-190 - Santa Cruz),
52
policlonal camundongo anti-CREB (1:1000 – MAB5432 – Chemicon), policlonal
cabra anti-Calcyon (1:1000 – E20 – Santa Cruz Biotechnology), monoclonal
camundongo anti-Akt1(1:1000 – 05-591 – Upstate), policlonal coelho anti-AMPA
(1:500 – AB1504 – Chemicon), policlonal coelho anti-D2 (1:500 – AB1558 –
Chemicon), policlonal coelho anti-D1 (1:500 – AB1784P), todos diluídos em PBS
Tween 0,5%. Para análise de proteínas fosforiladas, incubou-se as membranas
overnight a 4°C com anticorpo policlonal coelho anti-p-CREB (1:1000 - AB3442 -
Chemicon), policlonal coelho anti-pDARPP-32(Thr34) (1:1000 – AB9206 –
Chemicon); policlonal coelho anti-pDARPP-32(Thr75) (1:1000 – AB9208 –
Chemicon), policlonal coelho anti-pAMPAt(Ser845) (1:1000 - AB5849 – Chemicon),
policlonal coelho anti-pAkt(Ser473) (1:1000 – sc-7985-R – Santa Cruz) diluído em
TBS Tween 0,1%. Após a incubação em anticorpos primários, as membranas foram
lavadas 3 vezes e incubadas com anticorpo secundário cabra anti-camundongo
peroxidase-linked IgG (1:7000 - Molecular Probes), cabra anti-coelho horseradish
peroxidase-linked IgG (1:15000 - Molecular Probes) ou coelho anti-cabra
horseradish peroxidase-linked IgG (1:7000 - Molecular Probes) por uma hora em
temperatura ambiente, sendo o anticorpo secundário das proteínas fosforiladas
diluído em TBS Tween 0,1% e os demais em PBS Tween 0,5%. As membranas
foram submetidas à detecção quimioluminescente conforme instruções do kit ECL
Plus (Amersham Biosciences), e vizualizadas através do ImageQuant.
3.10 – ANÁLISE DOS IMUNOBLOTS
Bandas imunorreativas não saturadas foram submetidas à varredura densitométrica
e a quantificação pelo Scion Image Software versão Beta 4.0.2 (Scion Corporation,
53
National Institutes of Health, USA). Os valores obtidos para proteínas total e
fosforiladas foram corrigidos pelos valores da actina.
3.11 – ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados foram analisados pelo programa Sigmaplot/Sigmastat 9.0 através testes t
Student ou análise variância (ANOVA) e foram considerados estatisticamente
significativos para valores de p< 0.05 e poder >0,8.
54
4 - RESULTADOS
55
4.1 – EXPRESSÃO DE NCS-1 EM CÉLULAS PC12 Clone
Para a caracterização e a confirmação de que células PC12 Clone estão
superexpressando NCS-1, foram realizadas análises por microscopia confocal,
western blot e citometria de fluxo.
Para a visualização da expressão da proteína NCS-1, imagens foram obtidas
através da microscopia confocal. As células foram fixadas e permeabilizadas para a
marcação com anticorpo anti-NCS-1 (ver Material e Métodos). Na figura 10A
podemos observar um aumento na expressão de NCS-1 em células Clone (FIG
10Ab) quando comparadas à expressão de NCS-1 nas células WT (FIG 10Aa)
Para a caracterização bioquímica da expressão proteica de NCS-1, foram realizados
imunoblots, demonstrando que os níveis de NCS-1 estão aumentados nas células
Clone (FIG 10B). Análise quantitativa da expressão de NCS-1, normalizada com a
expressão de actina, demonstrou que a diferença entre as células WT e Clone é
significativa. A média dos níveis de NCS-1 nas células Clone é 133% maior do que
o valor da média dos níveis de NCS-1 nas células WT (FIG 10C).
Também foi verificado os níveis de expressão de NCS-1 através da citometria de
fluxo, onde células foram fixadas e permeabilizadas para a marcação com anti-NCS-
1. Foi observado que os níveis de intensidade média de fluorescência de NCS-1 são
56
55% maiores nas células Clone quando comparadas as células WT (FIG 10D). Foi
observado, entretanto, uma grande variação na expressão de NCS-1 nas células
Clone.
57
Figura 10: Níveis da expressão proteica de NCS-1 em células PC12 WT e Clone.
Imagens de células PC12 WT e Clone obtidas através de microscopia confocal
foram realizadas para visualização de expressão de NCS-1. Observa-se o aumento
de expressão de NCS-1 em células Clone (Ab) em relação às células WT (Aa).
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise de
expressão de NCS-1 (B). Quantificação da expressão das proteínas NCS-1 foi
normalizada com a expressão da actina (C). Observa-se um aumento significativo de
133% de expressão de NCS-1 nas células Clone comparadas com as células WT.
Análises por citometria de fluxo foram realizadas para avaliar os níveis de NCS-1
nas células PC12. Observou-se que a intensidade média de fluorescência nas
células Clone foi 55% maior que em células WT (D). Os experimentos de imunoblot
foram realizados em duplicata com n=9. O experimento de citometria de fluxo foi
realizado com n=11. (*p<0,01, t-student, média, desvio padrão)
58
4.2 – EXPRESSÃO E EXPOSIÇÃO DO RECEPTOR DOPAMINÉRGIO D
2
EM
CÉLULAS PC12 SUPEREXPRESSANDO NCS-1
A liberação de dopamina (Greene e cols, 1976; Magyar e cols, 2004) e expressão
endógena de receptor dopaminérgico D
2
(Courtney e cols, 1991; Chiasson e cols,
2006.; Wang e cols, 2006) é bem descrita em células PC12. Porém, para confirmar
a existência deste receptor e verificar se ocorre alguma alteração na expressão de
D
2
nas células Clone, foram realizadas análises de imunoblot com anticorpo
específico anti-D
2
. Na figura 11A podemos observar a existência de D
2
. Análise
quantitativa da expreso de D
2
, normalizada pela expressão de actina, demonstrou
que não existe diferença nos níveis de expressão proteica do receptor
dopaminérgico D
2
entre células WT e Clone (FIG 11B).
Foi demonstrado que a inibição da internalização do receptor D
2
pela NCS-1 é
dependente da estimulação por agonistas (Kabbani e cols, 2002). Verificamos se os
níveis de exposição do receptor D
2
estariam alterados nas células Clone sem a
estimulação por agonistas dopaminérgicos. Células PC12 WT e Clone não
permeabilizadas foram marcadas com anti-D
2
e posteriormente analisadas por
citometria de fluxo. Foi observado que não existe diferença nos níveis de exposição
de D
2
entre as células WT e Clone sem a estimulação por agonistas (FIG 11C).
59
Figura 11: Níveis da expressão do receptor dopaminérgico D
2
em células PC12
WT e Clone.
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise de
expressão de D
2
(A). Quantificação da expressão das proteínas D
2
foi normalizada
com a expressão da actina (B). Observa-se que não existe diferença nos níveis de
expressão proteica de D
2
entre as células WT e Clone. Exposição de D
2
foi
analisada por citometria de fluxo em células PC12 WT e Clone não-permeabilizadas.
Observa-se que não existe diferença na intensidade média de fluorescência entre
células WT e Clone (C). Os experimentos de imunoblot foram realizados em
duplicata com n=4. O experimento de citometria de fluxo foi realizado com n=11. (t-
student; média e desvio padrão)
60
4.3 – NÍVEIS DE AMPc EM CÉLULAS PC12 SUPEREXPRESSANDO NCS-1
Sabe-se que NCS-1 diminui a dessensibilização do receptor D
2
quando estimulados
por agonistas (Kabbani e cols., 2002). Observamos que os níveis de expressão e
exposição do receptor dopaminérgico D
2
não estão alterados nas células Clone sem
estimulação por agonistas (FIG 12). Esses receptores são acoplados a proteína G,
que inibe a atividade de Adenilato Ciclase, a formação de cAMP e
conseqüentemente a ativação de PKA. Investigamos os níveis de AMPc nas células
WT e Clone para avaliar se ocorrem alterações na via de sinalização cAMP/PKA em
células PC12 superexpressando NCS-1. Foram realizadas análises ELISA para
verificação dos níveis totais de AMPc em células PC12 WT e Clone. Os valores
foram normalizados através da dosagem de proteínas. Foi observado que a média
dos níveis de AMPc em células Clone é 125% menor que média de AMPc de
células WT (FIG 12).
61
Figura 12 – Representação quantitativa dos níveis totais de AMPc em células
PC12 WT e Clone.
Os níveis totais de AMPc de células WT e Clone foram mensurados através de
ELISA e normalizadas através de dosagem de proteínas, demonstrando uma
diminuição de 125% de AMPc nas células Clone. Todos os experimentos foram
realizados em duplicata (*p<0,01, t-student, média, desvio padrão e n=4).
62
4.4 – ALTERAÇÃO NOS NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 EM CÉLULAS
PC12 SUPEREXPRESSANDO NCS-1
Para a visualização da expressão da proteína DARPP-32, imagens foram obtidas
através da microscopia confocal. As células foram fixadas e permeabilizadas para a
marcação com anticorpo anti-DARPP-32 (ver Material e Métodos). Na figura A
podemos observar uma diminuição na expressão de DARPP-32 em células Clone
(FIG 13Ab) quando comparadas à expressão de DARPP-32 nas células WT (FIG
13Aa).
Imunoblots foram realizados para verificar os níveis de expressão de DARPP-32,
demonstrando que os níveis de DARPP-32 estão reduzidos nas células Clone (FIG
13B). Análise quantitativa da expressão de DARPP-32, normalizada com a
expressão de actina, demonstrou que a diferença entre as células WT e Clone é
significativa. A média dos níveis de DARPP-32 nas células Clone é 50% menor do
que o valor da média dos níveis de DARPP-32 nas células WT (FIG 13C).
Também foram verificados os níveis de DARPP-32 através da citometria de fluxo,
onde células foram fixadas e permeabilizadas para a marcação com anti-DARPP-
32. Foi observado que os níveis de intensidade média de fluorescência são 50%
menor nas células Clone quando comparadas as células WT (FIG 13D).
63
Figura 13: Diminuição dos níveis de expressão de DARPP-32 em células PC12
NCS-1.
Imagens de células PC12 WT e Clone obtidas através de microscopia confocal
foram realizadas para visualização de expressão de DARPP-32. Observa-se a
diminuição de expressão de DARPP-32 em células Clone (Ab) em relação às
células WT (Aa). Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados
para análise de expressão de DARPP-32 (B). Quantificação da expressão das
proteínas DARPP-32 foi normalizada com a expressão da actina (C). Observa-se
uma diminuição significativa na expressão de DARPP-32 nas células Clone
comparadas com as células WT. Análises por citometria de fluxo foram realizadas
para avaliar os níveis de DARPP-32 nas células PC12. Observou-se que a
intensidade média de fluorescência nas células Clone foi 50% menor que em células
WT (D). Os experimentos de Imunoblot foram realizados em duplicata com n=9. O
experimento de citometria de fluxo foi realizado com n=11. (*p<0,01, t-student,
média e desvio padrão).
64
4.5 – ALTERAÇÃO NOS NÍVEIS DE FOSFORILAÇÃO DE DARPP-32 NA
TREONINA 34 EM CÉLULAS PC12 SUPEREXPRESSANDO NCS-1
Sabe-se que AMPc ativa a quinase PKA (Hayes e Mayer, 1981). Após a observação
de que as células Clone apresentavam menores níveis de AMPc, investigamos se
os níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34, um dos sítios de fosforilação
de PKA, em células Clone estariam menores que em células WT. Para verificar
possíveis alterações nos níveis de pDARPP-32(Thr34) e consequente ativação de
DARPP-32, foram realizados imunoblots utilizando-se anticorpos específicos anti-
pDARPP-32(Thr34). Foi observado que os níveis de pDARPP-32(Thr34) estão
diminuídos nas células Clone quando comparadas com células WT (FIG 14A).
Análise quantitativa da fosforilação de DARPP-32 na Thr34, normalizada pela razão
DARPP-32/actina, demonstrou que a diferença entre as células WT e Clone é
significativa. A média dos níveis de pDARPP-32(Thr34) nas células Clone é 290%
menor do que o valor da média dos níveis de NCS-1 nas células WT (FIG 14B).
65
Figura 14: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12
WT e Clone.
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de pDARPP-32(Thr34) (A). Quantificação dos níveis de DARPP-32(Thr34) foi
normalizada pela razão DARPP-32/actina (B). Observou-se os níveis de pDARPP-
32(Thr34) são 290% menor nas células Clone quando comparados com as células
WT. (*p<0,01; t-student, média e desvio padrão; N=3)
66
4.6 – ALTERAÇÃO NOS NÍVEIS DE FOSFORILAÇÃO DE CREB NA SERINA 133
EM CÉLULAS PC12 SUPEREXPRESSANDO NCS-1
Outro sítio relevante de fosforilação por PKA é a Serina-133 do fator de transcrição
CREB (Ofir e cols., 1991). Após a observação de que as células Clone
apresentavam menores níveis de AMPc e menores níveis de pDARPP-32(Thr34),
investigamos os níveis de pCREB(Ser133). Primeiramente foram verificados se os
níveis de CREB total estariam alterados nas células Clone. Foram realizados
imunoblots com anticorpo anti-CREB (FIG 15A) e, análise quantitativa da expressão
de CREB, normalizada pela expressão de actina, demonstrou que não existe
diferença entre as células WT e Clone (FIG 15B). Para verificar os níveis de
pCREB(Ser133) nas células WT e Clone, foram realizados imunoblots
demonstrando que células Clone têm níveis menores de pCREB(Ser133) quando
comparados com células WT (FIG 15A). Análise quantitativa dos níveis de
pCREB(Ser133), normalizada com a razão CREB/actina, demonstrou que a média
dos níveis de pCREB(Ser133) nas células Clone é 74% menor que os níveis nas
células WT (FIG 15C)
67
Figura 15 - Níveis de CREB e pCREB(Ser133) em células PC12 WT e Clone
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de CREB. (A). Quantificação dos níveis de CREB foi normalizada pelos níveis
de expressão de actina. Observou-se que não existe diferença nos níveis de CREB
entre células WT e Clone (B). Para verificar os níveis de pCREB(Ser133) foi
realizado imunoblot (A). Quantificação dos níveis de pCREB(Ser133) foi
normalizada pela razão DARPP-32/actina (C). Observou-se que os níveis de
pCREB(Ser133) são 74% menor nas células Clone quando comparados com as
células WT. (*p<0,05, t-student, média, desvio padrão e n=3).
68
4.7 –NÍVEIS DE FOSFORILAÇÃO DE DARPP-32 NA TREONINA 75 EM
CÉLULAS WT E CLONE
Foi demonstrado que os níveis de cAMP, pDARPP-32(Thr34) e pCREB(Ser133)
estão reduzidos nas células Clone. Além do sítio de fosforilação na Thr34, a
proteína DARPP-32 apresenta outros 3 sítios de fosforilação, sendo um destes a
Thr75 que é fosforilada pela cdk5 e desfosforilada pela PP-2A. A DARPP-32,
quando fosforilada na Thr75, inibe a atividade de PKA, diminuindo sua própria
fosforilação na Thr34. Sabe-se que tanto NCS-1 quanto cdk5 estão envolvidos na
diferenciação celular (Cheng e cols, 2001; Cheung e cols, 2007). Portanto, para
verificar se a via cdk5/p35 também estaria alterada nas células Clone, verificamos
se os níveis de pDARPP-32(Thr75) estariam alterados nestas células. Foram
realizados imunoblots utilizando-se anticorpos específicos para anti-pDARPP-
32(Thr75) (FIG 16A). Análise quantitativa da fosforilação de DARPP-32(Thr75),
normalizada pela razão DARPP-32/actina, demonstrou que não existe diferença
entre as células WT e Clone (FIG 16B).
69
Figura 16: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 75 em células PC12
WT e Clone.
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de pDARPP-32(Thr75) (A). Quantificação dos níveis de DARPP-32(Thr75) foi
normalizada pela razão DARPP-32/actina (B). Observou-se que não existe diferença
nos níveis de pDARPP-32(Thr75) entre células Clone e células WT. (p=0,88; t-
student, média e desvio padrão; N=10)
70
4.8 – EXPRESSÃO DO RECEPTOR DOPAMINÉRGICO D
1
E NÍVEIS DE
EXPRESSÃO DE CALCYON EM CÉLULAS PC12 WT E CLONE
Calcyon é uma proteína sensora de cálcio que interage com receptor dopaminérgico
D
1
(Lezcano e cols., 2000) e modula seu estado de afinidade (Lidow e cols., 2001).
Foi demonstrado que CPF de indivíduos com esquizofrenia e transtorno bipolar têm
um aumento nos níveis de RNAm e expressão proteica de Calcyon (Koh e cols.,
2003, Baracskay e cols., 2006). Portanto, para verificar a expressão endógena do
receptor dopaminérgico D
1
, e se existe alguma alteração nos níveis de Calcyon nas
células Clone, foram realizados imunoblots de extratos de células WT e Clone com
anticorpos anti-D
1
e anti-Calcyon (FIG 17A-B). Análise quantitativa dos níveis de
Calcyon, normalizada pela expressão de actina, demonstrou que não existe
diferença entre as células WT e Clone (FIG 17B).
71
Figura 17: Níveis de Calcyon em células PC12 WT e Clone.
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de D
1
(A) e Calcyon (B). Quantificação dos níveis de Calcyon foi normalizada
pela expressão de actina (C). Observou-se que não existe diferença nos níveis de
Calcyon entre células Clone e células WT. (p=0,79; t-student, média e desvio
padrão; N=6)
72
4.9 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DO RECEPTOR AMPA E FOSFORILAÇÃO DE
AMPA NA SERINA 845 EM CÉLULAS PC12 SUPEREXPRESSANDO NCS-1
Sabe-se que pDARPP-32(Thr34),é um potente inibidor de PP-1. Um dos alvos para
desfosforilação por PP-1 é a Ser845 do receptor AMPA (Greengard e cols, 2001).
Após a observação de que as células Clone apresentavam menores níveis de
pDARPP-32(Thr34), investigamos se os níveis de pAMPA(Ser845) também
estariam alterados nas células Clone. Primeiramente foram verificados os níveis de
expressão do receptor AMPA estariam alterados. Foram realizados imunoblots com
anticorpo anti-AMPA (FIG 18A), e análise quantitativa dos resultados da expressão
de AMPA, normalizada pela expressão de actina, demonstrou que não existe
diferença entre as células WT e Clone (FIG 18B). Para verificar os níveis de
pAMPA(Ser845) nas células WT e Clone, foram realizados imunoblots com
anticorpos específicos (FIG 18A). Análise quantitativa dos resultados dos níveis de
pAMPA(Ser845), normalizada pela razão AMPA/actina, demonstrou existir diferença
entre a média dos níveis de pAMPA(Ser845) nas células WT e Clone, porém sem
diferença estatisticamente significativa (FIG 18C).
73
Figura 18 - Níveis de AMPA e pAMPA(Ser845) em células PC12 WT e Clone
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de AMPA. (A). Quantificação dos níveis de AMPA foi normalizada pelos níveis
de expressão de actina. Observou-se que não existe diferença nos níveis de AMPA
entre células WT e Clone (B). Para verificar os níveis de pAMPA(Ser845) foi
realizado imunoblot (A). Quantificação dos níveis de pAMPA(Ser845) foi
normalizada pela razão AMPA/actina (C). Observou-se que não existe diferença nos
níveis de pAMPA(Ser845) nas células Clone quando comparados com as células
WT. (p=0,22, t-student, média, desvio padrão e n=4).
74
4.10 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE AKT E FOSFORILAÇÃO DE AKT NA SERINA
473 EM CÉLULAS PC12 SUPEREXPRESSANDO NCS-1
Dois trabalhos demonstraram que NCS-1 não altera a fosforilação de Akt na Ser473
(Mora e cols, 2002; Kapp-Barnea e cols 2006). Já Nakamura e cols (2006)
demonstraram que NCS-1 aumenta os níveis de fosforilação de Akt em cultura
primária de neurônios corticais. Nair & Sealfon (2003) também demonstraram que a
estimulação de D
2
por bromocriptina leva a ativação de PI3K através de c-Src e,
consequentemente, a fosforilação de Akt na Serina 473, inibindo a apoptose
induzida por H
2
O
2
. Após a observação de alterações na sinalização da via
AMPc/PKA nas células Clone, investigamos se a via mediada por Akt também
estaria alterada nas mesmas. Foram realizados imunoblots com anticorpo anti-Akt1
(FIG 19A), e análise quantitativa de resultados da expressão de Akt1, normalizada
pela expressão de actina, demonstrou que não existe diferença entre as células WT
e Clone (FIG 19B). Para verificar os níveis de pAkt(Ser473) nas células WT e Clone,
foram realizados imunoblots com anticorpos específicos (FIG 19A). Análise
quantitativa de resultados parciais dos níveis de pAkt(Ser473), normalizada através
darazão Akt/actina, demonstrou não existir diferença entre a média dos níveis de
pAkt(473) nas células Clone e células WT (FIG 19C).
75
Figura 19 - Níveis de Akt e pAkt(Ser473) em células PC12 WT e Clone
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de Akt1. (A). A quantificação dos níveis de Akt foi normalizada pelos níveis de
expressão de actina. Observou-se que não existe diferença nos níveis de Akt1 entre
células WT e Clone (B). Para verificar os níveis de pAkt(Ser473) foi realizado
Imunoblot (A). Quantificação dos níveis de pAkt(Ser473) foi normalizada pela razão
Akt1/actina (C). Observou-se que não existe diferença nos níveis de pAkt(473) nas
células Clone quando comparados com as células WT. (p>0,8, t-student, média,
desvio padrão e n=7).
76
4.11 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E FOSFORILAÇÃO DE DARPP-32
NA TREONINA 34 EM CÉLULAS PC12 WT E CLONE TRATADAS 5 MINUTOS
COM QUINPIROLE
NCS-1 interage com receptores dopaminérgicos D
2
, inibindo sua internalização
induzida por agonistas (Kabbani e cols, 2002). Apesar de observarmos uma
diminuição da ativação da via AMPc/PKA, não encontramos aumento nos níveis de
receptores expostos na membrana celular (FIG 11C). Porém, para investigarmos se
existe diferença entre celulas WT e Clone, na resposta à estimulação da sinalização
dopaminérgica do receptor D
2
, células PC12 WT e Clone foram tratadas por 5
minutos com Quinpirole (agonista específico de D
2
) nas concentrações 0,5µM,
1,0µM, 2,5µM, 5,0µM, 10,0µM, 25µM e 50,0µM. Para análise da resposta ao
tratamento, foi investigado os níveis de pDARPP-32(Thr34). Foram realizados
imunoblots com anticorpos específicos anti-DARPP-32 e anti-pDARPP-32(Thr34).
Análise quantitativa dos resultados dos níveis de DARPP-32 normalizada pela
actina demonstrou que tratamento com Quinpirole não altera a expressão de
DARPP-32 (FIG 20A-B). Análise quantitativa dos resultados dos níveis de pDARPP-
32(Thr34) normalizada pela razão DARPP-32/Actina demonstrou ausência na
alteração dos níveis de fosforilação de DARPP-32 na Thr34 (FIG 20C-D) após
tratamento das células PC12 com Quinpirole por 5 minutos.
77
Figura 20: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12
WT e Clone tratadas 5 minutos com diversas concentrações de Quinpirole
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de DARPP-32 e pDARPP-32(Thr34). Quantificação dos níveis de DARPP-32
foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se que, tanto nas
células WT quanto nas células Clone, não ocorre alteração nos níveis de expressão
de DARPP-32 após tratamento com Quinpirole em diversas concentrações, por 5
minutos (A-B). Quantificação dos níveis de pDARPP-32(Thr34) foi normalizada pela
razão DARPP-32/actina. Observou-se que, tanto nas células WT quanto nas células
Clone, não ocorre alteração nos níveis de pDARPP-32(Thr34) após tratamento com
Quinpirole em diversas concentrações, por 5 minutos (C-D). (p>0,2, one way
ANOVA, média, desvio padrão e n=8).
78
4.12 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E FOSFORILAÇÃO DE DARPP-32
NA TREONINA 34 EM CÉLULAS PC12 WT E CLONE TRATADAS COM
QUINPIROLE 1µM
Não foi observado alterações nos níveis de pDARPP-32(Thr34), tanto em células
WT quanto em células Clone, tratadas com Quinpirole por 5 minutos em diversas
concentrações (FIG 20). Para investigar a necessidade de um tempo maior para
alteração da fosforilação de DARPP-32 na Thr34 com o tratamento com Quinpirole,
células PC12 WT e Clone foram tratadas com Quipirole 1µM por 1 minuto, 2
minutos, 5 minutos, 10 minutos, 30 minutos e 1 hora. Foram realizados imunoblots
com anticorpos específicos anti-DARPP-32 e anti-pDARPP-32(Thr34). Análise
quantitativa dos resultados dos níveis de DARPP-32 normalizada pela actina
demonstrou que tratamento com Quinpirole 1µM por diversos períodos de tempo
não altera a expressão de DARPP-32 (FIG 21A-B). Análise quantitativa dos
resultados dos níveis de pDARPP-32(Thr34) normalizada pela razão DARPP-
32/Actina demonstrou ausência na alteração dos níveis de fosforilação de DARPP-
32 na Thr34 após tratamento das células PC12 com Quinpirole 1µM por diversos
períodos de tempo (FIG 21C-D).
79
Figura 21: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12
WT e Clone tratadas com Quinpirole 1µM por diversos períodos de tempo
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de DARPP-32 e pDARPP-32(Thr34). Quantificação dos níveis de DARPP-32
foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se que, tanto nas
células WT quanto nas células Clone, não ocorre alteração nos níveis de expressão
de DARPP-32 após tratamento com Quinpirole 1µM por diversos períodos de tempo
(A-B). Quantificação dos níveis de pDARPP-32(Thr34) foi normalizada pela razão
DARPP-32/actina. Observou-se que, tanto nas células WT quanto nas células Clone,
não ocorre alteração nos níveis de pDARPP-32(Thr34) após tratamento com
Quinpirole 1µM em diversos períodos de tempo (C-D). (média, desvio padrão e n=2).
80
4.13 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E FOSFORILAÇÃO DE DARPP-32
NA TREONINA 34 EM CÉLULAS PC12 WT E CLONE TRATADAS 5 MINUTOS
COM RACLOPRIDE
Não foram observadas alterações nos níveis de pDARPP-32(Thr34), tanto em
células WT quanto em células Clone, tratadas com Quinpirole em diversas
concentrações por 5 minutos (FIG 20) e Quinpirole 1µM por diversos períodos de
tempo (FIG 21). Para investigarmos se existe diferença entre células WT e Clone,
na resposta à inibição da sinalização dopaminérgica do receptor D
2
, células PC12
WT e Clone foram tratadas por 5 minutos com Raclopride (antagonista específico de
D
2
) 0,5µM, 1,0µM e 5µM. Foram realizados imunoblots com anticorpos específicos
anti-DARPP-32 e anti-pDARPP-32(Thr34). Análise quantitativa dos resultados dos
níveis de DARPP-32 normalizada pela actina demonstrou que tratamento por 5
minutos com Raclopride 0,5µM, 1,0µM e 5µM não altera a expressão de DARPP-32
(FIG 22A-B). Análise quantitativa dos resultados dos níveis de pDARPP-32(Thr34)
normalizada pela razão DARPP-32/Actina demonstrou ausência na alteração dos
níveis de fosforilação de DARPP-32 na Thr34 após tratamento das células PC12
por 5 minutos com Raclopride 0,5µM, 1,0µM e 5µM (FIG 22C-D).
81
Figura 22: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12
WT e Clone tratadas 5 minutos com diferentes concentrações de Raclopride
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de DARPP-32 e pDARPP-32(Thr34). Quantificação dos níveis de DARPP-32
foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se que, tanto nas
células WT quanto nas células Clone, não ocorre alteração nos níveis de expressão
de DARPP-32 após tratamento por 5 minutos com Raclopride em diversas
concentrações (A-B). Quantificação dos níveis de pDARPP-32(Thr34) foi
normalizada pela razão DARPP-32/actina. Observou-se que, tanto nas células WT
quanto nas células Clone, não ocorre alteração nos níveis de pDARPP-32(Thr34)
após tratamento por 5 minutos com Raclopride em diversas concentrações (C-D).
(média, desvio padrão e n=2).
82
4.14 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E FOSFORILAÇÃO DE DARPP-32
NA TREONINA 34 EM CÉLULAS PC12 WT E CLONE TRATADAS 10 MINUTOS
COM HALOPERIDOL
Não foram observadas alterações nos níveis de pDARPP-32(Thr34), tanto em
células WT quanto em células Clone, tratadas com Quinpirole em diversas
concentrações por 5 minutos (FIG 20), Quinpirole 1µM por diversos períodos de
tempo (FIG 21) e Raclopride (FIG 22) em diversas concentrações por 5 minutos.
Para investigarmos se existe diferença entre células WT e Clone, na resposta à
inibição da sinalização dopaminérgica do receptor D
2
com antipsicótico típico,
células PC12 WT e Clone foram tratadas por 10 minutos com Haloperidol 0,5µM,
1,0µM, 5,0µM, 10,0µM e 25,0µM. Foram realizados imunoblots com anticorpos
específicos anti-DARPP-32 e anti-pDARPP-32(Thr34). Análise quantitativa dos
resultados dos níveis de DARPP-32 normalizada pela actina demonstrou que
tratamento por 10 minutos com Haloperidol 0,5µM, 1,0µM, 5,0µM, 10,0µM e 25,0µM
não altera a expressão de DARPP-32 (FIG 23A-B). Análise quantitativa dos
resultados dos níveis de pDARPP-32(Thr34) normalizada pela razão DARPP-
32/Actina demonstrou ausência na alteração dos níveis de fosforilação de DARPP-
32 na Thr34 após tratamento das células PC12 por 10 minutos com Haloperidol
0,5µM, 1,0µM, 5,0µM, 10,0µM e 25,0µM (FIG 23C-D).
83
Figura 23: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12
WT e Clone tratadas 10 minutos com diferentes concentrações de Haloperidol
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de DARPP-32 e pDARPP-32(Thr34). Quantificação dos níveis de DARPP-32
foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se que, tanto nas
células WT quanto nas células Clone, não ocorre alteração nos níveis de expressão
de DARPP-32 após tratamento por 10 minutos com Haloperidol em diversas
concentrações (A-B). Quantificação dos níveis de pDARPP-32(Thr34) foi
normalizada pela razão DARPP-32/actina. Observou-se que, tanto nas células WT
quanto nas células Clone, não ocorre alteração nos níveis de pDARPP-32(Thr34)
após tratamento por 10 minutos com Haloperidol em diversas concentrações (C-D).
(p>0,1, One way ANOVA, média, desvio padrão e n=4).
84
4.15 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E FOSFORILAÇÃO DE DARPP-32
NA TREONINA 34, EM CÉLULAS PC12 WT SUBMETIDAS À 1 HORA 30
MINUTOS DE STARVING, TRATADAS 5 MINUTOS COM 5µM DE QUINPIROLE,
RACLOPRIDE, HALOPERIDOL E SCH-23390
Não foram observadas alterações nos níveis de pDARPP-32(Thr34), tanto em
células WT quanto em células Clone, tratadas com Quinpirole em diversas
concentrações por 5 minutos (FIG 20), Quinpirole 1µM por diversos períodos de
tempo (FIG 21), Raclopride em diversas concentrações por 5 minutos (FIG 22) e
Haloperidol em diversas concentrações por 10 minutos. Para investigarmos se
diferentes meios de cultura, os quais as células PC12 são mantidas, alteram as
respostas aos tratamentos com agonistas e antagonistas específicos, células PC12
WT foram submetidas ao starving por 1hora e 30 minutos em meio DMEM alta
glicose sem soro, DMEM baixa glicose sem soro e PBS. Após starving as células
foram tratadas 5 minutos com 5µM de Quinpirole, Raclopride, Haloperidol e SCH-
23390 (antagonista específico de D
1
). Foram realizados imunoblots com anticorpos
específicos anti-DARPP-32 e anti-pDARPP-32(Thr34). Análise quantitativa dos
resultados dos níveis de DARPP-32 normalizada pela actina demonstrou que após
1hora e 30 minutos de starving, tratamento com 5µM de Quinpirole, Raclopride,
Haloperidol e SCH-23390 por 5 minutos não altera a expressão de DARPP-32 (FIG
24A-C-E-G). Análise quantitativa dos resultados dos níveis de pDARPP-32(Thr34)
normalizada pela razão DARPP-32/Actina demonstrou inconsistência na alteração
dos níveis de fosforilação de DARPP-32 na Thr34 após tratamento das células
PC12 por 5 minutos com 5µM de Quinpirole, Raclopride, Haloperidol e SCH-23390
(FIG 24B-D-F-H).
85
86
Figura 24 - Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células
PC12 WT submetidas à 1 hora 30 minutos de starving, tratadas 5 minutos com
5µM de quinpirole, raclopride, haloperidol e sch-23390
Imunoblot com extratos de células WT foram realizados para análise dos níveis de
DARPP-32 e pDARPP-32(Thr34). Quantificação dos níveis de DARPP-32 foi
normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se que nas células WT
não ocorre alteração nos níveis de expressão de DARPP-32 em células tratadas 5
minutos com 5µM de Quinpirole, Raclopride, Haloperidol e SCH-23390 após starving
de 1 hora e 30 minutos(A-C-E-G). Quantificação dos níveis de pDARPP-32(Thr34)
foi normalizada pela razão DARPP-32/actina. Observou-se inconsistência nas
alterações nos níveis de fosforilação de DARPP-32 na Thr34 de células WT tratadas
por 5 minutos com 5µM de Quinpirole, Raclopride, Haloperidol e SCH-23390 após
starving de 1 hora e 30 minutos (B-D-F-H). (n=1).
87
4.16 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E NCS-1 EM CÉLULAS PC12 WT
E CLONE TRATADAS COM FORSKOLIN 5µM E 10µM
É bem conhecido que antipsicóticos típicos são potentes antagonistas do receptor
dopaminérgico D
2
. Para verificar se o aumento da atividade da via AMPc/PKA por
tempo prolongado alteraria expressão proteica de NCS-1 e DARPP-32, células
PC12 WT e Clone foram tratadas com Forskolin 5µM e 10µM por 24 e 48 horas.
Para análise sobre a influência da via AMPc/PKA na expressão de DARPP-32 e
NCS-1, foram realizados imunoblots com anticorpos específicos. Análise
quantitativa dos resultados dos níveis de NCS-1 normalizada pela actina
demonstrou que tratamento de células PC12 WT e Clone com tanto com Forskolin
5µM (FIG 25A-B) quanto 10µM (FIG 25E-F) por 24 horas e 48 horas não altera a
expressão de NCS-1. Análise quantitativa dos resultados dos níveis de DARPP-32
normalizada pela actina demonstrou que tratamento de células PC12 WT e Clone
com Forskolin 5µM (FIG 25C-D) e 10µM (FIG 25G-H) por 24 horas e 48 horas não
alteram a expressão de DARPP-32.
88
89
Figura 25: Níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 em células PC12 WT e
Clone tratadas com Forskolin 5µM e 10µM por 24 e 48 horas
Imunoblot com extratos de células WT e Clone foram realizados para análise dos
níveis de NCS-1 e DARPP-32. Quantificação dos níveis de DARPP-32 foi
normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se que, tanto nas
células WT quanto nas células Clone, não ocorre alteração nos níveis de expressão
de NCS-1 após 24 horas e 48 horas de tratamento Forskolin 5µM e 10µM (A-B-E-F).
Quantificação dos níveis de DARPP-32 foi normalizada pela actina. Observou-se
que, tanto nas células WT quanto nas células Clone, não ocorre alteração nos níveis
de DARPP-32 após 24 horas e 48 horas de tratamento com Forskolin 5µM e 10µM
(C-D-G-H). (p>0,1, one way ANOVA, média, desvio padrão e n=6).
90
4.17 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E NCS-1 EM CÉLULAS PC12 WT
E CLONE TRATADAS 14 DIAS COM ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS E ATÍPICOS
Estudos recentes demonstraram um aumento dos níveis de NCS-1 (Bai e cols.,
2004; Koh e cols., 2003) e redução de DARPP-32 (Albert e cols., 2002; Ishikawa e
cols, 2007) no CPF de esquizofrênicos e bipolares. Para investigar se tratamento
crônico com antipsicóticos típicos e atípicos alteram expressão de NCS-1 e DARPP-
32, células PC12 WT e Clone foram tratadas com Haloperidol 1,0µM, 10,0µM e
20,0µM, Risperidona 20,0µM e Clozapina 20,0µM, por 14 dias. Para análise da
expressão de NCS-1 e DARPP-32, foram realizados imunoblots com anticorpos
específicos. Análise quantitativa dos resultados dos níveis de NCS-1 normalizada
pela actina demonstrou que tratamento de células PC12 WT e Clone com
antipsicóticos típicos e atípicos por 14 dias não alteram os níveis de expressão de
NCS-1 (FIG 26A-B). Análise quantitativa dos resultados dos níveis de DARPP-32
normalizada pela actina demonstrou que tratamento de células PC12 WT e Clone
com antipsicóticos típicos e atípicos por 14 dias não alteram os níveis de expressão
de DARPP-32 (FIG 26C-D).
91
Figura 26: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 células PC12 WT e Clone tratados com
Haloperidol 1µM, 10µM e 20µM, Risperidona 20µM e Clozapina 20µM por 14
dias.
Foram realizados imunoblots para análise dos níveis de NCS-1 e DARPP-32.
Quantificação dos níveis de DARPP-32 foi normalizada pelos níveis de expressão de
actina. Observou-se que, tanto nas células WT quanto nas células Clone, não ocorre
alteração nos níveis de expressão de NCS-1 após 14 dias de tratamento com
antipsicóticos típicos e atípicos (A-B). Quantificação dos níveis de DARPP-32 foi
normalizada pela actina. Observou-se que, tanto nas células WT quanto nas células
Clone, não ocorre alteração nos níveis de DARPP-32 após 14 dias de tratamento
com antipsicóticos típicos e atípicos (C-D). (p>0,1, one way ANOVA, média, desvio
padrão e n=3).
92
4.18 –CONTROLE PARA INVESTIGAÇÃO DOS NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE
DARPP-32 E NCS-1 EM RATOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM
ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS E ATÍPICOS POR 28 DIAS
Foi observado que, em experimento in vitro, células PC12 WT e Clone tratadas com
antipsicóticos típicos e atípicos por 14 dias não apresentam alteração nos níveis de
expressão de NCS-1 e DARPP-32 (FIG 26). Para verificar se ocorre alteração nos
níveis de expressão proteica de NCS-1 e DARPP-32 em animais tratados com
antipsicóticos típicos e atípicos, ratos Wistar receberam, intraperitonealmente,
injeções de HAL (1,5 mg/kg), CLO (25 mg/kg), OLZ (2,5; 5 ou 10 mg/kg) ou Ari (2,
10 or 20 mg/kg) por 28 dias. Foram analisadas a expressão de NCS-1 e DARPP-32
em cinco diferentes regiões cerebrais: córtex pré-frontal, hippocampus, striatum,
córtex e cerebellum. Os fármacos HAL, CLO, OLZ e Ari foram solubilizados em
solução salina Tween1%, portanto, para controle experimental, foi analisado se
existe alteração nos níveis de NCS-1 e DARPP-32 no cérebro de ratos tratados com
solução salina e solução salina Tween1%. Foram realizados imunoblots com
anticorpos específicos e análise quantitativa dos resultados dos níveis de NCS-1
normalizada pela actina demonstrou que não existe diferença nos níveis de
expressão de NCS-1 no cérebro de ratos submetidos a solução salina e solução
salina Tween1% (FIG 27A). Imunoblots com anticorpos específicos e análise
quantitativa dos resultados dos níveis de NCS-1 normalizada pela actina também
demonstrou que não existe diferença nos níveis de expressão de DARPP-32 no
cérebro de ratos submetidos a solução salina e solução salina Tween1% (FIG 27B).
93
Figura 27: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 no córtex pré-frontal, hippocampus,
striatum, córtex e cerebellum de ratos Wistar submetidos a injeções i.p. de
solução salina e solução salina Tween1%.
Foram realizados imunoblots para análise controle dos níveis de NCS-1 e DARPP-
32. Quantificação dos níveis de NCS-1 foi normalizada pelos níveis de expressão de
actina. Observou-se que ratos submetidos a 28 dias de injeções i.p. de solução
salina Tween1% não tem alteração nos níveis de expressão de NCS-1 (A).
Quantificação dos níveis de DARPP-32 foi normalizada pelos níveis de expressão de
actina. Observou-se que ratos submetidos a 28 dias de injeções i.p. de solução
salina Tween1% não tem alteração nos níveis de expressão de DARPP-32 (A).
(p>0,7, t student, média, desvio padrão e n=3)
94
4.19 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E NCS-1 NO CÓRTEX PRÉ-
FRONTAL DE RATOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM
ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS E ATÍPICOS POR 28 DIAS
Foi demonstrado que células PC12 WT e Clone tratadas com antipsicóticos típicos e
atípicos por 14 dias não apresentam alteração nos níveis de expressão de NCS-1 e
DARPP-32 (FIG 26). Para verificar se ocorre alteração nos níveis de expressão de
NCS-1 e DARPP-32 no córtex pré-frontal de ratos tratados com antipsicóticos
típicos e atípicos, ratos Wistar receberam, intraperitonealmente, injeções de SAL,
HAL (1,5 mg/kg), CLO (25 mg/kg), OLZ (2,5; 5 or 10 mg/kg) ou Ari (2, 10 or 20
mg/kg) por 28 dias. Foram realizados imunoblots com anticorpos específicos anti-
NCS-1 e anti-DARPP-32. Análise quantitativa dos resultados dos níveis de NCS-1
normalizada pela actina demonstrou que não existe diferença nos níveis de
expressão de NCS-1 no córtex pré-frontal de ratos submetidos a tratamentos com
antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias (FIG 28A). Imunoblots com anticorpos
específicos e análise quantitativa dos resultados dos níveis de DARPP-32
normalizada pela actina também demonstrou que não existe diferença nos níveis de
expressão de DARPP-32 no córtex pré-frontal de ratos submetidos a tratamentos
com antipsicóticos típicos e atípicos (FIG 28B).
95
Figura 28: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 no córtex pré-frontal de ratos Wistar
submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos.
Foram realizados imunoblots para análise de NCS-1 e DARPP-32. Quantificação
dos níveis de NCS-1 foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-
se que ratos submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e
atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de NCS-1 (A). Quantificação dos
níveis de DARPP-32 foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-
se que ratos submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e
atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de DARPP-32 (B). (p>0,1, One
Way ANOVA, média, desvio padrão e n=6)
96
4.20 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E NCS-1 NO HIPPOCAMPUS DE
RATOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS E
ATÍPICOS POR 28 DIAS
Foi demonstrado que o córtex pré-frontal de ratos wistar tratados com antipsicóticos
tí[icos e atípicos por 28 dias não apresentam alteração nos níveis de expressão de
NCS-1 e DARPP-32 (FIG 28). Para verificar se ocorre alteração nos níveis de
expressão de NCS-1 e DARPP-32 no hippocampus de ratos tratados com
antipsicóticos típicos e atípicos, ratos Wistar receberam, intraperitonealmente,
injeções de SAL, HAL (1,5 mg/kg), CLO (25 mg/kg), OLZ (2,5; 5 or 10 mg/kg) ou Ari
(2, 10 or 20 mg/kg) por 28 dias. Foram realizados imunoblots com anticorpos
específicos anti-NCS-1 e anti-DARPP-32. Análise quantitativa dos resultados dos
níveis de NCS-1 normalizada pela actina demonstrou que não existe diferença nos
níveis de expressão de NCS-1 no hippocampus de ratos submetidos a tratamentos
com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias (FIG 29A). Imunoblots com
anticorpos específicos e análise quantitativa dos resultados dos níveis de DARPP-
32 normalizada pela actina também demonstrou que não existe diferença nos níveis
de expressão de DARPP-32 no hippocampus de ratos submetidos a tratamentos
com antipsicóticos típicos e atípicos (FIG 29B).
97
Figura 29: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 em hippocampus de ratos Wistar
submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos.
Foram realizados imunoblots para análise de NCS-1 e DARPP-32. Quantificação dos
níveis de NCS-1 foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se
que hippocampus de ratos submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos
típicos e atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de NCS-1 (A).
Quantificação dos níveis de DARPP-32 foi normalizada pelos níveis de expressão de
actina. Observou-se que hippocampus de ratos submetidos a 28 dias de tratamento
com antipsicóticos típicos e atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de
DARPP-32 (B). (p>0,1, One Way ANOVA, média, desvio padrão e n=6)
98
4.21 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E NCS-1 NO STRIATUM DE
RATOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS E
ATÍPICOS POR 28 DIAS
Foi demonstrado que o córtex pré-frontal e hippocampus de ratos wistar tratados
com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias não apresentam alteração nos
níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 (FIG 28-29). Para verificar se ocorre
alteração nos níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 no striatum de ratos
tratados com antipsicóticos típicos e atípicos, ratos Wistar receberam,
intraperitonealmente, injeções de SAL, HAL (1,5 mg/kg), CLO (25 mg/kg), OLZ (2,5;
5 or 10 mg/kg) ou Ari (2, 10 or 20 mg/kg) por 28 dias. Foram realizados imunoblots
com anticorpos específicos anti-NCS-1 e anti-DARPP-32. Análise quantitativa dos
resultados dos níveis de NCS-1 normalizada pela actina demonstrou que não existe
diferença nos níveis de expressão de NCS-1 no striatum de ratos submetidos a
tratamentos com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias (FIG 30A). Imunoblots
com anticorpos específicos e análise quantitativa dos resultados dos níveis de
DARPP-32 normalizada pela actina também demonstrou que não existe diferença
nos níveis de expressão de DARPP-32 no striatum de ratos submetidos a
tratamentos com antipsicóticos típicos e atípicos (FIG 30B).
99
Figura 30: Níveis de NCS-1 e DARPP_32 em striatum de ratos Wistar
submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos.
Foram realizados imunoblots para análise de NCS-1 e DARPP-32. Quantificação dos
níveis de NCS-1 foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se
que striatum de ratos submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos
e atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de NCS-1 (A). Quantificação
dos níveis de DARPP-32 foi normalizada pelos níveis de expressão de actina.
Observou-se que striatum de ratos submetidos a 28 dias de tratamento com
antipsicóticos típicos e atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de
DARPP-32 (B). (p>0,1, One Way ANOVA, média, desvio padrão e n=6)
100
4.22 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E NCS-1 NO CÓRTEX RESTANTE
DE RATOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS
E ATÍPICOS POR 28 DIAS
Foi demonstrado que o córtex pré-frontal, hippocampus e striatum de ratos wistar
tratados com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias não apresentam alteração
nos níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 (FIG 28-29-30). Para verificar se
ocorre alteração nos níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 no córtex de ratos
tratados com antipsicóticos típicos e atípicos, ratos Wistar receberam,
intraperitonealmente, injeções de SAL, HAL (1,5 mg/kg), CLO (25 mg/kg), OLZ (2,5;
5 or 10 mg/kg) ou Ari (2, 10 or 20 mg/kg) por 28 dias. Foram realizados imunoblots
com anticorpos específicos anti-NCS-1 e anti-DARPP-32. Análise quantitativa dos
resultados dos níveis de NCS-1 normalizada pela actina demonstrou que não existe
diferença nos níveis de expressão de NCS-1 no córtex de ratos submetidos a
tratamentos com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias (FIG 31A). Imunoblots
com anticorpos específicos e análise quantitativa dos resultados dos níveis de
DARPP-32 normalizada pela actina também demonstrou que não existe diferença
nos níveis de expressão de DARPP-32 no córtex de ratos submetidos a tratamentos
com antipsicóticos típicos e atípicos (FIG 31B).
101
Figura 31: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 córtex restante de ratos Wistar
submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos.
Foram realizados imunoblots para análise de NCS-1 e DARPP-32. Quantificação dos
níveis de NCS-1 foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se
que córtex de ratos submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e
atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de NCS-1 (A). Quantificação dos
níveis de DARPP-32 foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-
se que córtex de ratos submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos
e atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de DARPP-32 (B). (p>0,1, One
Way ANOVA, média, desvio padrão e n=6)
102
4.23 –NÍVEIS DE EXPRESSÃO DE DARPP-32 E NCS-1 NO CEREBELLUM DE
RATOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO COM ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS E
ATÍPICOS POR 28 DIAS
Foi demonstrado que o córtex pré-frontal, hippocampus, striatum e córtex de ratos
wistar tratados com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias não apresentam
alteração nos níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 (FIG 28-29-30-31). Para
verificar se ocorre alteração nos níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 no
cerebellum de ratos tratados com antipsicóticos típicos e atípicos, ratos Wistar
receberam, intraperitonealmente, injeções de SAL, HAL (1,5 mg/kg), CLO (25
mg/kg), OLZ (2,5; 5 or 10 mg/kg) ou Ari (2, 10 or 20 mg/kg) por 28 dias. Foram
realizados imunoblots com anticorpos específicos anti-NCS-1 e anti-DARPP-32.
Análise quantitativa dos resultados dos níveis de NCS-1 normalizada pela actina
demonstrou que não existe diferença nos níveis de expressão de NCS-1 no
cerebellum de ratos submetidos a tratamentos com antipsicóticos típicos e atípicos
por 28 dias (FIG 32A). Imunoblots com anticorpos específicos e análise quantitativa
dos resultados dos níveis de DARPP-32 normalizada pela actina também
demonstrou que não existe diferença nos níveis de expressão de DARPP-32 no
cerebellum de ratos submetidos a tratamentos com antipsicóticos típicos e atípicos
(FIG 32B).
103
Figura 32: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 cerebellum de ratos Wistar submetidos
a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos.
Foram realizados imunoblots para análise de NCS-1 e DARPP-32. Quantificação dos
níveis de NCS-1 foi normalizada pelos níveis de expressão de actina. Observou-se
que cerebellum de ratos submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos
típicos e atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de NCS-1 (A).
Quantificação dos níveis de DARPP-32 foi normalizada pelos níveis de expressão de
actina. Observou-se que cerebellum de ratos submetidos a 28 dias de tratamento
com antipsicóticos típicos e atípicos não têm alteração nos níveis de expressão de
DARPP-32 (B). (p>0,1, One Way ANOVA, média, desvio padrão e n=6)
104
5 – DISCUSSÃO
105
A NCS-1 é encontrada em terminações pré e pós-sinápticas de interneurônios e
neurônios piramidais do neocórtex de primatas humanos e não-humanos, co-
localizando com receptores dopaminérgicos D
2
, sugerindo assim que tenha função
na modulação da transmissão sináptica dopaminérgica (Martone e cols., 1999; Chen
e cols., 2002; Negyesse e Goldman-Rakic, 2005). A sinalização pelo receptor D
2
inibe tanto a formação de AMPc e consequentemente a fosforilação de DARPP-32
na Treonina 34, quanto a ativaçao de Akt pela fosforilação na Treonina 308.
Foram encontradas alterações nos níveis de expressão NCS-1 e DARPP-32 no CPF
de indivíduos com esquizofrenia. Recentes estudos demonstraram que existe
redução dos níveis de expressão de DARPP-32 (Albert e cols., 2002; Ishikawa e
cols, 2007) e aumento dos níveis de expressão protéica e RNAm de NCS-1 (Bai e
cols., 2004; Koh e cols., 2003) no CPF de indivíduos com esquizofrenia. Porém, não
existem relatos descrevendo correlação entre NCS-1 e a sinalização por DARPP-32.
Portanto, com o objetivo de investigar essa correlação utilizamos células PC12 WT
e células PC12 superexpressando NCS-1.
Primeiramente caracterizamos as células Clone para verificar a superexpressão de
NCS-1. Através da microscopia confocal, observamos um aumento considerável dos
níveis de NCS-1 nas células Clone (FIG 10). Observamos através de imunoblot e
citometria de fluxo os níveis de NCS-1 e confirmamos que células Clone têm um
aumento significativo de expressão de NCS-1 comparado com as células WT (FIG
10). Também observamos que estas células apresentavam uma localização celular
de NCS-1 equivalente à localização demonstrada por Koizumi e cols.(2002), com
uma presença considerável na superfície celular (FIG 10).
106
Através de um mecanismo de adaptação, o receptor dopaminérgico D
2
é fosforilado
pela GRK2, formando um complexo D
2
-Arrestina-GRK2 que é responsável pela
internalização e dessensibilização deste receptor (Kuprinick & Benovic, 1998; Ito e
cols., 1999; Iwata e cols., 1999; Kim e cols., 2001). Recentemente, foi demonstrado
que NCS-1 inibe a dessensibilização de D
2
quando estimulado com agonista
(Kabbani, e cols., 2002; Bergsson e cols., 2003). A liberação de dopamina (Greene
e cols, 1976; Magyar e cols, 2004) e expressão endógena de receptor
dopaminérgico D
2
(Courtney e cols, 1991; Chiasson e cols, 2006.; Wang e cols,
2006) já é descrita em células PC12. Porém, para confirmar a existência deste
receptor e verificar se ocorre alguma alteração na expressão de D
2
nas células
Clone, foram realizadas análises de imunoblot com anticorpo específico anti-D
2
.
Observamos a existência desse receptor nas células PC12 WT e Clone, porém, não
existe diferença nos níveis de expressão de D
2
entre células WT e Clone (FIG 11).
Imagens obtidas através de imunofluorescência e microscopia confocal também
demonstraram a existência de receptores D
2
nas células PC12 (dados não
publicados). Também observamos, através de citometria de fluxo em células PC12
não-permeabilizadas e marcadas com anti-D
2
, que não existe diferença na
exposição de D
2
entre as células PC12 WT e Clone (FIG 11). Porém, estas células
não foram estimuladas com agonistas como demonstrado por Kabbani e cols
(2002).
Como o receptor dopaminérgico D
2
modula a sinalização da via AMPc/PKA,
verificamos através de ELISA se os níveis de AMPc estariam alterados em células
Clone. Apesar de McFerran e cols (1999) não observarem alteração nos níveis de
107
AMPc em células cromafins bovinas expressando NCS-1, observamos uma
diminuição significativa dos níveis de AMPc nas células Clone (FIG 12), sugerindo a
modulação da formação de AMPc pela NCS-1.
Uma das funções bem conhecidas de PKA é a fosforilação de DARPP-32(Thr34) o
que a torna um importante inibidor de PP-1. Após a observação de que os níveis de
AMPc estavam alterados nas células Clone, verificamos a ativação de DARPP-32
nessas células. Primeiramente, observamos através de microscopia confocal que
células Clone apresentavam uma diminuição considerável dos níveis de DARPP-32
(FIG 13). Através de imunoblot e citometria de fluxo, confirmamos que essa
diminuição é significativa (FIG 13). Verificamos então os níveis de ativação de
DARPP-32 através de imunoblot e observamos uma diminuição significativa nos
níveis de pDARPP-32(Thr34) nas células Clone (FIG 14). Sugerimos então que
NCS-1 altera a sinalização por DARPP-32.
Outra função conhecida da PKA é sua capacidade para fosforilar CREB na Serina
133, que ativa o fator de transcrição CRE (Svenningsson, 2004). Como foi
demostrado uma diminuição de AMPc e pDARPP-32(Thr34), verificamos se os
níveis de pCREB(Ser133) estariam alterados nas células Clone. Observamos,
através de imunoblot, que os níveis de pCREB(Ser133) estão significativamente
menores nas células Clone (FIG 15). Sugerimos que essa diminuição da ativação de
CREB é mais uma evidência da diminuição da ativação da via AMPc / PKA nas
células Clone.
108
Porém, a regulação de pDARPP(Thr34) também pode ser regulada pela PP-2B cuja
ativação é regulada por Ca
2+
.
Além de PP-2B, Ca
2+
também ativa PP-2A, que
desfosforila pDARPP-32(Thr75). A fosforilação de DARPP-32 na Treonina 75 inibe a
fosforilação de pDARPP-32(Thr34) por PKA (Lindskog e cols., 2006). Portanto,
verificamos se alterações da fosforilação de pDARPP-32(Thr75) estariam envolvidas
na alteração de pDARPP-32(Thr34) nas células Clone. Através de imunobot
observamos que não existem diferenças nos níveis de pDARPP-32(Thr75) entre as
células WT e Clone (FIG 16). Sugerimos portanto que a diminuição dos níveis de
pDARPP-32(Thr34) nas células Clone ocorre através da diminuição da atividade da
via AMPc / PKA.
Outra alteração descrita no CPF de esquizofrênicos foi o aumento da expressão de
Calcyon (Koh e cols., 2003; Baracskay e cols., 2006). Calcyon interage com o
receptor dopaminérgico D
1
(Lezcano e cols., 2000) modulando seu estado ativo
(Lidow e cols., 2001). Como Calcyon e NCS-1 modulam o sinergismo da sinalização
intracelular dopaminérgica, verificamos se os níveis de Calcyon estariam alterados
na células Clone. Como demonstrado na Figura 17, não observamos diferença nos
níveis de Calcyon entre células WT e Clone.
Sabe-se que o receptor glutamatérgico AMPA é um dos alvos de PP-1. Portanto,
para verificar se os níveis de pAMPA(Ser845) estariam alterados nas células Clone,
realizamos imunoblot e observamos que existe diferença tanto nos níveis de
expressão do receptor AMPA quanto nos nos níveis de pAMPA(Ser845) entre
células WT e Clone (FIG 18). Porém, não observamos diferença estatisticamente
significativa. Como essa fosforilação ocorre no decorrer da cascata da sinalização,
109
sugerimos que outras modulações devem ocorrer nesse mesmo receptor, já que
NCS-1 também aumenta a liberação de glutamato (Guimarães e cols, dados não
publicados).
Trabalhos recentes demonstraram que NCS-1 não altera fosforilação de Akt na
Ser473 (Mora e cols, 2002; Kapp-Barnea e cols 2006). Sabe-se também que, além
da via clássica do AMPc/PKA, foi descrito que a ativação de receptors D
2
alteram a
ativação da via Akt (Brami-Cherrier e cols, 2002; Beaulieu e cols, 2007).
Recentemente, trabalhos demonstraram diferentes resultados na fosforilação de Akt
na Ser473 pelo receptor D
2
(Nair & Sealfon, 2003; Beaulieu e cols, 2004).
Verificamos se os níveis de pAkt(Ser473) estariam alterados nas células Clone
através de imunoblot e observamos que não existe diferença tanto na expressão de
Akt quanto na fosforilacão de Akt na Ser473 entre as células WT e Clone (FIG 19).
Foi demonstrado que CPF de esquizofrênicos e bipolares têm uma diminuição na
expressão de DARPP-32 (Albert e cols., 2002; Ishikawa e cols, 2007). Também
observamos uma dminuição na expressão de DARPP-32 nas células Clone (FIG
13), sugerindo um possível papel de NCS-1 na modulação da expressão de
DARPP-32. Recentes trabalhos demonstraram que NCS-1 não altera fosforilação de
Akt na Ser473 (Mora e cols, 2002; Kapp-Barnea e cols 2006) ou aumenta os níveis
de fosforilação de Akt (Nakamura e cols., 2006). Como descrito anteriormente, a
fosforilação de Akt na Thr308 por TrkB aumenta a expressão de DARPP-32
(Stroppolo e cols, 2002; Bogushi e cols, 2007). Portanto, são necessários estudos
demonstrando se existe alteração na fosforilação de Akt na Thr308 em células PC12
110
Clone e posteriormente, caso exista alteração nos níveis desta fosforilação, se esta
alteração está envolvida na expressão de DARPP-32.
Como citado anteriormente, sabe-se que a liberação de dopamina (Greene e cols,
1976; Magyar e cols, 2004) e expressão endógena de receptor dopaminérgico D
2
(Courtney e cols, 1991; Chiasson e cols, 2006.; Wang e cols, 2006) já é descrita em
células PC12. Sabe-se também que NCS-1 inibe a dessensibilização de D
2
quando
estimulado com agonista (Kabbani, e cols., 2002; Bergsson e cols., 2003).
Demonstramos que existe uma diminuição significativa nos níveis de AMPc,
DARPP-32, pDARPP-32(Thr34) e pCREB(Ser133) nas células PC12 Clone (FIG 12,
13, 14 e 15). Inicialmente sugerimos a existência de uma maior inibição na
internalização de D
2
devido a superexpressão de NCS-1. Porém, demonstramos
que células Clone não apresentavam níveis maiores de expressão e exposição na
membrana de D
2
(FIG 11). Portanto, para avaliarmos a função do receptor D
2
na
alteração da fosforilação de DARPP-32 na Thr34 em células Clone, realizamos
tratamentos com agonistas e antagonistas dopaminérgicos específicos. Realizamos
tratamentos com o agonista de D
2
, Quinpirole, em diferentes concentrações e em
diferentes períodos de tempo, porém não observamos alterações nos níveis de
pDARPP-32(Thr34) nas células PC12 WT e Clone (FIG 20-21). Realizamos
tratamentos com antagonista de D
2
, Raclopride, emdiversas concentrações por 5
minutos e não observamos alterações nos níveis de pDARPP-32(Thr34) tanto nas
células PC12 WT quanto nas Clone (FIG 22). Posteriormente realizamos
tratamentos com antipsicótico típico, Haloperidol, forte antagonista de D
2
, em
diversas concentrações por 10 minutos e também não observamos alterações nos
111
níveis de pDARPP-32(Thr34), tanto nas células PC12 WT quanto nas células Clone
(FIG 23).
Como observamos, diversos tratamentos com agonista, antagonista e antipsicótico
típico em células PC12 não alteraram os níveis de fosforilação de DARPP-32 na
Thr34. Sabe-se que diferentes reagentes em que as células são mantidas em
cultura, como soro e fatores de crescimento, alteram a ativação de diversas vias de
sinalização (Nakao e cols., 1996; Harthill e cols., 2002; Bogush e cols., 2007).
Portanto, para verificar se o meio de cultura em que células PC12 estavam sendo
mantidas, estaria influenciando na resposta das PC12 aos tratamentos, realizamos
starving de 1 hora e 30 minutos, em células PC12 WT, com meio DMEM alta glicose
sem soro, verificando a influência do soro, DMEM baixa glicose sem soro,
verificando a influência da glicose, e PBS, verificando a influência do fenol. Após o
período de starving, as células foram tratadas por 5 minutos com Quinpirole 5µM,
Raclopride 5µM, Haloperidol 5µM e SCH-23390 5µM (antagonista específico de D
1
).
Porém, não observamos alteração nos níveis de pDARPP-32(Thr34) nas células
PC12 WT após os tratamentos (FIG 24). Também foi observado a ausência na
fosforilação de DARPP-32 na Thr34 em células PC12 WT e Clone diferenciadas
tratadas com Raclopride 5 e 10µM por 10 e 30 minutos (resultados não mostrados).
Foi observado que células PC12 superexpressando NCS-1 apresentam uma
diminuição da ativação da via AMPc/PKA. Porém, células PC12 não apresentaram
resposta aos tratamentos com agonistas e antagonistas dopaminérgicos
específicos. Portanto, sugerimos que a modulação da sinalização intracelular pela
NCS-1 é independente da sinalização dopaminérgica.
112
Observamos que células Clone apresentam diminuição dos níveis de AMPc. Sabe-
se que AMPc modula a atividade de NCS-1, aumentando sua interação com
receptor D
2
(Kabbani e cols., 2002), e de DARPP-32, fosforilando-a na Thr34
(Svenningsson e col., 2004). Observamos que células PC12 WT e Clone tratadas
com Forskolin 5µM e 10µM por 24, 48 e 72 horas, não apresentaram alterações nos
níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 (FIG 25). Portanto, sugerimos que a
alteração nos níveis de expressão de DARPP-32 nas células Clone não é modulada
pela diminuição da atividade da via AMPc/PKA, e que expressão de NCS-1 não é
modulada pela ativação da mesma via.
Alterações nos níveis de expressão proteica e mRNA de NCS-1 e DARPP-32 foram
encontradas CPF de indivíduos com esquizofrenia. Foi observado que tratamento
crônico por 14 dias com antipsicóticos típicos e atípicos, em células PC12 WT e
Clone, não alteraram os níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 (FIG 26).
Também foi observado que tratamento crônico por 28 dias com antipsicóticos típicos
e atípicos em ratos Wistar não altera a expressão de NCS-1 e DARPP-32 nas
regiões do CPF, hippocampus, striatum, córtex e cerebellum (FIG 27-32).
Sugerimos, com estes resultados in vitro e in vivo, que as alterações nos níveis de
NCS-1 e DARPP-32 no CPF de esquizofrênicos não estão associados aos
tratamentos com antipsicóticos, mas sim à patologia em si.
Durante testes para memória operacional, foi observado uma diminuição da
ativação do CPFDL de indivíduos com esquizofrenia comparados com indivíduos do
grupo controle. Foi demonstrado a colocalização de receptor D2 e NCS-1 em
113
neurônios piramidais do CPF de primatas e que existe um aumento na expressão de
NCS-1 no CPFDL de indivíduos com esquizofrenia. Também foi demonstrada a
diminuição na expressão proteica de DARPP-32 na mesma região além do
envolvimento de polimorfismos de base única (SNP) em DARPP-32 com morfologia
fronto-estriatal e funções cognitivas. Podemos inferir que a diminuição da atividade
da via AMPc/PKA pela NCS-1, independentemente de receptores dopaminérgicos
diminui a ativação de redes neuronais piramidais, e consequentemente o
funcionamento cognitivo normal para formulação de pensamentos complexos e
inibição latente.
Foi demonstrado que durante processos psicóticos, tanto na alucinação quanto
delírio, ocorre a ativação anormal do CPFDL de indivíduos com esquizofrenia.
Também foi demonstrado a colocalização de receptor D2 e NCS-1 em
interneurônios do CPF de primatas e, como descrito anteriormente, existe um
aumento na expressão de NCS-1 no CPFDL de indivíduos com esquizofrenia além
da a diminuição de DARPP-32 na mesma região. Podemos inferir que a diminuição
da atividade da via AMPc/PKA diminui a ativação de interneurônios e
consequentemente a modulação da ativação cortical normal do CPFDL.
Recentes trabalhos demonstraram que a superexpressão de NCS-1 em cultura de
células neuronais protegem estas contra a morte celular causada por diversos
agentes estressores. No mesmo trabalho foi demonstrado que NCS-1 está
aumentado em neurônios do núcleo dorsal motor de ratos após axotomia,
demonstrando seu papel na regeneração (Nakamura e cols., 2006). Diversos
trabalhos demonstraram uma diminuição da massa cortical de indivíduos
114
esquizofrênicos e que proteínas envolvidas na sinalização anti-apoptótica, como
Akt, BDNF e TrkB, estão diminuídas no CPF de indivíduos com esquizofrenia
(Hazlett e cols., 2008, Emamian e cols., 2004, Hashimoto e cols., 2005; Welckert e
cols., 2003; Takahashi e cols., 2000). Sugerimos que a NCS-1 esteja envolvida
portanto, num mecanismo de proteção neuronal devido às alterações na sinalização
de sobrevivência celular. Através do aumento da expressão de NCS-1 em
consequência da alteração desta via de sinalização, pode-se ocorrer alteração na
sinalização intracelular do AMPc/PKA/DARPP-32 indepententemente de dopamina,
como demonstramos neste trabalho, e consequentemente, alterações cognitivas
nesse indivíduo.
Além de alterações dopaminérgicas no CPFDL de indivíduos com esquizofrenia,
sabe-se que existem outras alterações, como a diminuição dos níveis de RNAm e
protéicos de BDNF e seu receptor, TrkB (Hashimoto e cols., 2005; Welckert e cols.,
2003; Takahashi e cols., 2000). Como já foi discutido, a ativação de TrkB por BDNF,
aumenta a expressão de DARPP-32 através da fosforilação de Akt (Stroppolo e
cols., 2001) na Thr308. Portanto, podemos sugerir que a diminuição de BDNF e
TrkB no CPFDL de indivíduos com esquizofrenia pode ter participação na
diminuição de DARPP-32 na mesma região cerebral.
Demonstramos que NCS-1 modula a sinalização da via AMPc/PKA e a expressão
de DARPP-32 independentemente da sinalização dopaminérgica, sugerindo assim
ser um importante modulador da transdução de neurotransmissão. Porém, ainda é
necessário uma investigação sobre quais os mecanismos envolvidos nesta
modulação. Também demonstramos que tratamento crônico com antipsicóticos não
115
alteram os níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 em células PC12 e em
diferentes regiões cerebrais de ratos, sugerindo que as alterações observadas no
CPF de esquizofrênicos estão associadas à patologia, e não ao tratamento. Deve-se
levar em consideração a limitação ds modelos in vitro e in vivo para mimetizar
características principais da esquizofrenia. Portanto, somente a caracterização dos
diversos elementos dessas vias de sinalização pode colaborar na elucidação dos
mecanismos relacionados à esquizofrenia e seu tratamento farmacológico.
116
6 - CONCLUSÃO
117
Células PC12 superexpressando NCS-1 apresentam níveis de AMPc,
pCREB(Ser133), DARPP-32 e pDARPP-32(Thr34) menores que as células WT. As
mesmas apresentam níveis de AMPA e pAMPA(Ser845) alterados, porém sem
diferença estatística significativa. Não existe diferença dos níveis de pDARPP-
32(Thr75) entre células PC12 WT e superexpressando NCS-1, sugerindo qua as
vias dependentes de CK1 / CDK5 e PP2A não estão alteradas, e que a diminuição
da fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 não está modulada por outros sítios
de fosforilação de DARPP-32. Não existe diferença nos níveis de Calcyon, Akt e
pAkt(Thr473) entre células PC12 WT e células que superexpressam NCS-1,
sugerindo que outras vias não estão alteradas (FIG 33).
Não existe diferença nos níveis de expressão e exposição do receptor
dopaminérgico D
2
, sem estímulo por agonistas, entre células PC12 WT e Clone.
Tambem foi demonstrada a presença do receptor dopaminérgico D
1
nas mesmas.
Porém, diversos tratamentos com agonistas e antagonistas dopaminérgicos não
alteraram a sinalização AMPc/PKA e a expressão de DARPP-32, sugerindo que a
superexpressão de NCS-1 modula a sinalização intracelular da via AMPc/PKA e
expressão de DARPP-32 por via independente dos receptors dopaminérgicos (FIG
34-36).
Tanto células PC12 WT e Clone, quanto ratos wistar, submetidos ao tratamento
crônico com antipsicóticos típicos e atípicos não apresentaram alteração na
expressão de NCS-1 e DARPP-32. (FIG 37-38)
118
Células WT Células Clone
Figura 33 – Alterações na via do AMPc/PKA em células PC12
superexpressando NCS-1
Foi demonstrado que células PC12 Clone têm diversas alterações na via do
AMPc/PKA, independente de receptores de dopamina. Células PC12 Clone,
superexpressando NCS-1, apresentam menores níveis de AMPc, DARPP-32,
pDARPP-32(Thr34), pCREB(Ser133) e pAMPA(Ser845). Também foi observado
que estas apresentam níveis aumentados de receptores AMPA e nenhuma
alteração nos níveis de receptores dopaminérgicos D
1
e D
2
e exposição de D
2
na
membrana celular. Também não foi observado nenhuma alteração nos níveis de
CREB, pDARPP-32(Thr75), Calcyon, Akt e pAkt(Ser473).
119
Figura 34 – Tratamentos com agonistas e antagonistas dopaminérgicos para
avaliação de pDARPP-32(Thr34).
Células PC12 foram tratadas em diferentes tempos com diversas concentrações de
Quinpirole para avaliação da fosforilação de DARPP-32 na Thr34. Estas também
foram tratadas com Raclopride por 5 minutos com diversas concentrações e
Haloperidol por 10 minutos em diversas concentrações. Não foi observado alteração
nos níveis de pDARPP-32(Thr34) em nenhum dos tratamentos.
120
Figura 35 – Tratamentos com agonistas e antagonistas dopaminérgicos após
starving de 1 hora e 30 minutos para avaliação de pDARPP-32(Thr34)
Células PC12 foram tratadas por 5 minutos com 5µM de Quinpirole, Raclopride,
Haloperidol e SCH-23390, após 1 hora e 30 minutos de starving. Foram feitos
starvings em meios de cultura sem soro, com baixa glicose e sem fenol para testar
se alguns reagentes encontrados no meio de cultura celular estariam impedindo a
fosforilação de DARPP-32 na Thr34 através de tratamentos com agonistas e
antagonistas dopaminérgicos específicos. Não foi observado alteração nos níveis de
pDARPP-32(Thr34) em nenhum dos tratamentos após diferentes starvings.
121
Figura 36 – Tratamentos com Raclopride em células PC12 diferenciadas por 3
dias para avaliação de pDARPP-32(Thr34)
Células PC12 foram diferenciadas por 3 dias com NGF e tratadas por 10 e 30
minutos com três diferentes concentrações de Raclopride, 1µM, 5µM e 10µM, para
avaliação dos níveis de fosforilação de DARPP-32 na Thr34. Não foi observado
alteração nos níveis de pDARPP-32(Thr34) em nenhum dos tratamentos após a
diferenciação celular.
122
Figura 37 – Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 em células PC12 WT e
Clone tratadas com forskolin, antipsicóticos típicos e atípicos.
Células PC12 foram tratadas com forskolin em duas concentrações, 5µM e 10µM,
por 1dia, 2 dias e 3 dias. Células PC12 também foram tratadas com antipsicótico
típico, Haloperidol em três concentrações, 1µM, 5µM e 10µM, e antipsicóticos
atípicos, Risperidona e Clozapina a 20µM, por 14 dias. Não foi observado alteração
nos níveis de DARPP-32 e NCS-1 nas células PC12 WT e Clone em nenhum dos
tratamentos.
123
Figura 38 – Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 em regiões cerebrais
de ratos wistar submetidos ao tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos
por 28 dias.
Ratos wistar foram tratados com antipsicótico típico, Haloperidol, e antipsicóticos
atípicos, Clozapina, Olanzapina em três concentrações, e Aripiprazole em três
concentrações, por 28 dias. Foram analisados os níveis de expressão de DARPP-32
e NCS-1 em cinco regiões cerebrais após o tratamento: córtex pré-frontal,
hippocampus, striatum, cortex restante e cerebellum. Foi demonstrado que
nenhuma das regiões cerebrais de ratos têm alteração nos níveis de DARPP-32 e
NCS-1 após o tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos por 28 dias.
124
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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145
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: As quatro vias dopaminérgicas
Figura 2: Vias de síntese e degradação de dopamina
Figura 3: Modulação da adenilato ciclase
Figura 4: Efeitos da sinalização dopaminérgica tanto na via AMPc quanto na via Akt
Figura 5: Mecanismo de internalização e dessensibilização de receptor
metabotrópico
Figura 6: Sinalização dopaminérgica em neurônios pós-sinápticos
Figura 7: Sítios de fosforilação da DARPP-32
Figura 8: Funções de proteínas sensoras de cálcio
Figura 9: Modulação de GRK2/D2 por NCS-1
Figura 10: Níveis da expressão proteica de NCS-1 em células PC12 WT e Clone
Figura 11: Níveis da expressão do receptor dominérgico D
2
em células PC12 WT e
Clone
Figura 12: Representação quantitativa dos níveis totais de AMPc em células PC12
WT e Clone
Figura 13: Diminuição dos níveis de expressão de DARP-32 em células PC12 WT e
Clone
Figura 14: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina em células PC12 WT e
Clone
Figura 15: Níveis de CREB e pCREB (Ser133) em células PC12WT e Clone
Figura 16: Níveis de fosforilação de DARPP-32 ena Treonina 75 em células PC12
WT e Clone
13
15
17
18
21
23
24
28
30
56
58
60
62
64
66
69
146
Figura 17: Níveis de Calcyon em células PC12WT e Clone
Figura 18: Níveis de AMPA e pAMPA (Ser 845) em células PC12 WT e Clone
Figura 19: Níveis de Akt e pAkt (Ser473) em células PC12 WT e Clone
Figura 20: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12 WT
e Clone tratadas 5 minutos com diversas concentrações de Quinpirole
Figura 21: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12 WT
e Clone tratadas com Quinpirole 1µM por diversos períodos de tempo
Figura 22: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12 WT
e Clone tratadas 5 minutos com diferentes concentrações de Raclopride
Figura 23: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12 WT
e Clone tratadas 10 minutos com diferentes concentrações de Haloperidol
Figura 24: Níveis de fosforilação de DARPP-32 na Treonina 34 em células PC12 WT
submetidas à 1 hora e 30 minutos de starving, tratadas 5 minutos com 5µM de
quinpirole, raclopride, haloperidol e sch-23390
Figura 25: Níveis de expressão de NCS-1 e DARPP-32 em células PC12 WT e Clone
tratadas com Forskolin 5µM e 10µM por 24 e 48 horas
Figura 26: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 em células PC12 WT e Clone tratados com
Haloperidol 1µM, 10µM e 20µM, Risperidona 20µM e Clozapina 20µM por 14 dias
Figura 27: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 em córtex pré-frontal, hippocampus,
striatum, córtex e cerebellum de ratos Wistar submetidos a injeções i.p. de solução
salina e solução salina Tween 1%
Figura 28: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 em córtex pré-frontal de ratos Wistar
submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos
Figura 29: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 em hippocampus de ratos Wistar
submetidos a 28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos
Figura 30: Níveis de NCS-1 e DARPP-32 em striatum de ratos Wistar submetidos a
70
72
74
76
78
80
82
85
88
90
92
94
96
147
28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos
Figura 31: Níveis de NCS-1 e DARP-32 em córtex de ratos Wistar submetidos a 28
dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos
Figura 32: Níveis de NCS-1 e DARP-32 em cerebellum de ratos Wistar submetidos a
28 dias de tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos
Figura 33 – Alterações na via do AMPc/PKA em células PC12 superexpressando
NCS-1
Figura 34 – Tratamentos com agonistas e antagonistas dopaminérgicos para
avaliação de pDARPP-32(Thr34)
Figura 35 – Tratamentos com agonistas e antagonistas dopaminérgicos após
starving de 1 hora e 30 minutos para avaliação de pDARPP-32(Thr34)
Figura 36 – Tratamentos com Raclopride em células PC12 diferenciadas por 3 dias
para avaliação de pDARPP-32(Thr34)
Figura 37 – Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 em células PC12 WT e
Clone tratadas com forskolin, antipsicóticos típicos e atípicos
Figura 38 – Níveis de expressão de DARPP-32 e NCS-1 em regiões cerebrais de
ratos wistar submetidos ao tratamento com antipsicóticos típicos e atípicos por 28
dias.
98
100
102
117
118
119
120
121
122
148
LISTA DE ABREVIATURAS
A2A
AC
AAAD
AMPA
AMPc
Ari
BDNF
CAPS
CB1
cDNA
Cdk-5
CK
CLO
COMT
CPF
CPFDL
CREB
D
Da
DARPP-32
DAT
Receptor adrenérgico α2a
Adenilato ciclase
Descarboxilase de L-aminoácidos aromáticos
Alfa-amino-3-hidróxido-5-metil-isoxazole-propionato
Adenosina monofosfato cíclico
Aripiprazole
Fator neurotrófico derivado do cérebro
Proteína ativadora de secreção dependente de cálcio
Receptor canabinóide 1
Ácido desoxiribonucleico complementar
Quinase dependente de ciclina 5
Caseína quinase
Clozapina
Catecol-O-metil-transferase
Córtex Pré-Frontal
Córtex Pré-Frontal Dorsolateral
Elemento ligante responsivo a AMPc
Receptor de dopamina
Dalton
Fosfoproteína regulada por dopamina e AMPc de 32 KDa
Transportador de dopamina
149
DMEM
DNA
dNTP
FGF-2
GABA
GAD67
GDP
GMP
GTP
GPCR
GRK2
GSK
HAL
H2O2
L-DOPA
LTD
LTP
M
MAO
NMDA
NCS-1
NGF
OLZ
PAGE
Meio Eagle modificado Dulbecco
Ácido desoxirribonucleico
Desoxirribonucleotídeo trifosfato
Fator de crescimento para fibroblasto
Ácido γ-aminobutírico
Ácido glutâmico descarboxilase
Guanosina difosfato
Guanosina monofosfato
Guanosina trifosfato
Receptores acoplados heteromericamente à proteína G
Proteína quinase 2 acoplada à proteína G
Glicogênio sintase quinase
Haloperidol
Peróxido de hidrogênio
3,4-dihidroxifenilalanina
Depressão de longa duração
Potencial de longa duração
Receptor muscarínico
Monoamino oxidase
N-metil-D-aspartato
Sensora de cálcio neuronal 1
Fator de crescimento neuronal
Olanzapina
Eletroforese em gel de poliacrilamida
150
PBS
PC12
PI3K
PKA
PKC
PKG
PLC
PP
PET
RNA
SAL
SDS
SNC
SNAP
SNARE
Ser
TDAH
TH
Thr
Trk
VAMP
VMAT
WT
5HT
Tampão fosfato salino
Célula feocromocitoma de rato
Fosfatidil inositol 3 quinase
Proteína quinase A
Proteína quinase C
Proteína quinase G
Fosfolipase C
Proteína fosfatase
Tomografia de emissão Positrônica
Ácido ribonucleico
Salina
Dodecil sulfato de sódio
Sistema nervoso central
Synaptossome-associated protein
Proteína receptora anexada ao fator sensível à N-etilmaleimida solúvel
Serina
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
Tirosina hidroxilase
Treonina
Tirosina quinase
Proteína de membrana associada à vesícula
Transportador vesicular de monoaminas
Tipo selvagem
Receptor serotoninérgico
ORIGINAL PAPER
DARPP-32 and NCS-1 Expression is not Altered in Brains of Rats
Treated with Typical or Atypical Antipsychotics
Bruno R. Souza Æ Bernardo S. Motta Æ Daniela V. F. Rosa Æ Karen C. L. Torres Æ
Adalberto A. Castro Æ Clarissa M. Comim Æ Andre
´
M. Sampaio Æ
Fabrı
´
cio F. Lima Æ Andreas Jeromin Æ Joa
˜
o Quevedo Æ Marco A. Romano-Silva
Accepted: 24 July 2007 / Published online: 31 August 2007
Ó Springer Science+Business Media, LLC 2007
Abstract Dopamine-mediated neurotransmission imbal-
ances are associated with several psychiatry illnesses, such
as schizophrenia. Recently it was demonstrated that two
proteins involved in dopamine signaling are altered in
prefrontal cortex (PFC) of schizophrenic patients. DARPP-
32 is a key downstream effector of intracellular signaling
pathway and is downregulated in PFC of schizophrenic
subjects. NCS-1 is a neuronal calcium sensor that can
inhibit dopamine receptor D
2
internalization and is upreg-
ulated in PFC of schizophrenic subjects. It is well known
that dopamine D
2
receptor is the main target of antipsy-
chotic. Therefore, our purpose was to study if chronic
treatment with typical or atypical antipsychotics induced
alterations in DARPP-32 and NCS-1 expression in five
brain regions: prefrontal cortex, hippocampus, striatum,
cortex and cerebellum. We did not find any changes in
DARPP-32 and NCS-1 protein expression in any brain
region investigated.
Keywords DARPP-32 Á NCS-1 Á Antipsychotic Á
Schizophrenia
Introduction
Dopaminergic neurotransmission is involved in many
functions in mammalians [14], and dopamine-mediated
neurotransmission imbalances are associated with several
psychiatry illnesses, such as schizophrenia [56].
Schizophrenia is a major psychiatry disease that affects 1%
of worldwide population [7]. It is the most disabling of psy-
chiatry disorders and it is characterized by psychosis, apathy
and social withdrawal, and cognitive impairment, which
results in altered functioning in many aspects of life. It is a life-
long disorder and, although exact disease cause remains
unknown, it is well known that the disease can be triggered by
a combination of genetic and environmental factors [8].
Recently, some studies have demonstrated alteration in
the expression of two proteins, associated with regulation of
the dopaminergic signaling, in the prefrontal cortex (PFC) of
patients with schizophrenia [9]. One of them is dopamine and
cyclic adenosine 3
0
:5
0
-monophosphate-regulated phospho-
protein of relative molecular mass 32,000 (DARPP-32).
Downregulation of DARPP-32 expression in PFC of
schizophrenia patients was reported [1011]. Dopamine
receptors are G protein-coupled receptors (GPCR) classified
into two subtypes: D
1
-like receptor subtypes (D
1
,D
5
), pos-
itively coupled to adenylyl cyclase (G
s
), and D
2
-like receptor
subtypes (D
2
,D
3
,D
4
), negatively coupled to adenylyl
cyclase (G
i
)[12]. Activation of D
1
receptor subtypes
enhances phosphorylation of DARPP-32 at threonine 34
B. R. Souza Á B. S. Motta Á D. V. F. Rosa Á
K. C. L. Torres Á A. M. Sampaio Á F. F. Lima Á
M. A. Romano-Silva
Laborato
´
rio de Neurocie
ˆ
ncias, Departamento de Sau
´
de Mental,
Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais,
Av Alfredo Balena 190, Belo Horizonte, MG 30130-100, Brazil
A. A. Castro Á C. M. Comim Á J. Quevedo
Laboratorio de Neurocie
ˆ
ncias, Programa de Po
´
s-Graduac¸a
˜
oem
Cie
ˆ
ncias da Sau
´
de, Universidade do Extremo Sul Catarinense,
Criciuma, SC 88806-000, Brazil
A. Jeromin
Center for Learning and Memory, University of Texas at Austin,
Austin, TX, USA
M. A. Romano-Silva (&)
Departamento de Farmacologia ICB, Universidade Federal de
Minas Gerais, Av Antonio Carlos, 6627, Belo Horizonte, MG
CEP 31270-901, Brazil
123
Neurochem Res (2008) 33:533–538
DOI 10.1007/s11064-007-9470-2
through protein kinase A (PKA) activity [1314]. This effect
is counteracted by the action of D
2
receptors [15]. Since
DARPP-32 phosphorylated at Thr34 inhibits protein phos-
phatase-1 (PP-1), it is a key downstream effector in
transducing dopamine signal, integrating the signaling of
different neurotransmitters and neuromodulators [16].
Another protein with altered expression in PFC of schizo-
phrenic patients is Neuronal Cacium Sensor-1 (NCS-1). It was
demonstrated that both protein expression and mRNA levels
of NCS-1 are upregulated in dorsolateral prefrontal cortex
(DLPFC) of schizophrenic subjects [1718]. NCS-1 is a
member of the EF-hand superfamily, which is a group of
proteins that can bind to calcium and then be inserted into a
lipid bilayer membrane anchoring the protein [1921].
However, NCS-1 is not dependent on free Ca
2+
to expose its
N-terminal myristoyl tail [22], then it is predominantly
localized in trans-Golgi network (TNG) and plasma mem-
brane [23]inbothpreandpostsynapticstructures[24]. It is
involved in several functions and one of them is inhibition of
dopamine D
2
receptor desensitization [25]. Desensitization
and internalization of a receptor is a process that reduces
cell responsiveness to neurotransmitters [26]. D
2
receptor
internalization is regulated by phosphorylation by G-protein-
coupled receptor kinase 2 (GRK2) and, only in its phosphor-
ylated state, arrestin can bind to trigger sequestration [27].
However, NCS-1 forms a complex with GRK2 and D
2
receptors, inhibiting this receptor phosphorylation and con-
sequently, inhibiting its internalization [25]. Recently, it was
demonstrated that NCS-1 colocalizes with D
2
receptors in pre
and post-synaptic structures of pyramidal neurons and inter-
neurons in primate prefrontal cortex (PFC) [28].
Antipsychotics are drugs used in pharmacological
treatment to reduce schizophrenia symptoms. According to
their difference in receptor affinities and side effects, they
are classified as typical and atypical. Typical antipsychot-
ics, such as haloperidol (HAL), are D
2
antagonists with
strong affinity and slow dissociation kinetics from the
receptor, which is frequently associated with extrapyra-
midal effects [8, 29]. Atypical antipsychotics, such as
clozapine (CLO) and olanzapine (OLZ) show reduced
affinity to D
2
and are antagonists of serotonin receptors.
Aripiprazole (Ari) is a partial agonist of D
2
receptors. Due
to these properties, atypical antipsychotics show much
lower levels of extrapyramidal effects [29]. Although it is
well known that antipsychotics moderate schizophrenia
symptoms, the molecular and biochemical mechanisms
implicated in this improvement is not well established.
Because of the roles of both DARPP-32 and NCS-1 in
dopaminergic signaling, which is the main target of anti-
psychotics, and their alterations in PFC of schizophrenia
patients, our purpose was to study the effects of typical and
atypical antipsychotics on the expression of DARPP-32
and NCS-1 in the prefrontal cortex (PFC), hippocampus
(HP), striatum (ST), cortex (CX) and cerebellum (CB) of
male Wistar rats using western blot.
Experimental procedures
Animals
Male Wistar rats (2 months old) were obtained from our
colony. Animals were housed five to a cage with food and
water available ad libitum, and maintained on a 12-h light/
dark cycle (lights on at 07:00 h). All experimental proce-
dures were performed in accordance with the NIH Guide
for the Care and Use of Laboratory Animals and the Bra-
zilian Society for Neuroscience and Behavior (SBNeC)
recommendations for animal care, with the approval of the
local ethics committee.
Drugs and chemicals
LC-grade water was obtained from Milli-Q system, Milli-
pore, Bedford, MA, USA. Haloperidol (Haldol
1
) was
purchased from Crista
´
lia Prod. Quim. e Farmace
ˆ
uticos,
Itapira, Brazil. Clozapine (Leponex
1
) was purchased from
Novartis Biocie
ˆ
ncias AS, Sa
˜
o Paulo, Brazil. Olanzapine
(Zyprexa
1
) was provided from Eli Lilly do Brasil Ltda,
Sa
˜
o Paulo, Brazil. Aripiprazole (Abilify
1
) was purchased
from Bristol-Myers Squibb, Sa
˜
o Paulo, Brazil.
Pharmacological procedures
Animals received daily intraperitoneal (i.p.) injections of
HAL (1.5 mg/kg), CLO (25 mg/kg), OLZ (2.5, 5 or 10 mg/
kg) or Ari (2, 10 or 20 mg/kg) in a 1.0 ml/kg volume for
28 days. All the drugs were dissolved in Tween 1% solu-
tion (saline). Control animals received saline (1.0 ml/kg).
Three days after the last injection [3031], the rats were
sacrificed by decapitation, and the prefrontal cortex (PFC),
the hippocampus (HP), striatum (ST), cortex (CX) and
cerebellum (CB) and were immediately removed.
Preparation of tissue sample
Tissue was incubated with lysis buffer (20 mM MOPS—
pH 7, 2 mM EGTA, 5 mM EDTA, 30 mM sodium
fluoride, 40 mM b-glycerophosphate—pH 7.2, 20 mM
pyrophosphate, 1 mM sodium orthovanadate, 1 mM
phenylmethylsulfonyl fluoride, 3 mM benzamidine, 10 lM
leupeptin e 0.5% Nonidet P40, final pH 7.2). Lysates were
sonicated and incubated on ice for 30 min before
534 Neurochem Res (2008) 33:533–538
123
centrifugation at 13,000g for 20 min at 4°C. Supernatants
were transferred to plastic tubes, protein was quantified
[32] and extracts stored at À80°C.
Immunoblot
Equal amounts of protein (50 lg) of each sample was
prepared for electrophoresis with sample buffer NuPAGE
LDS (Invitrogen) plus 10% of b-mercaptoethanol and
incubated at 70°C for 10 min. The samples were loaded
into bis-Tris NuPAGE 4–12% gels (Invitrogen) and sub-
mitted to electrophoresis as recommended by the
manufacturer, followed by transfer to nitrocellulose mem-
branes (Hybond ECL, Amersham Pharmacia Biotech).
Protein loading and efficiency of blot transfer were moni-
tored by staining with Ponceau S (Sigma Chemical Co.,
USA). The membranes were blocked for 45 min with TBS
(tris-buffered saline, pH 7.4) Tween 20 0.1% plus non-fat
milk 5%. Membrane blots were incubated with polyclonal
anti-NCS-1 antibody (1:2,000—FL-190, Santa Cruz Bio-
tecnology), polyclonal anti-DARPP-32 (1:500—H-62,
Santa Cruz Biotechnology) and monoclonal anti-actin
antibody (1:7,000—MAB1501R—Chemicon) diluted in
TBS Tween 20 0.1% overnight at 4°C. Then, membranes
were washed and incubated for 1 h at RT with horseradish
peroxidase (HRP)-conjugated secondary antibodies, goat
anti-rabbit IgG (1:15,000) and goat anti-mouse IgG
(1:7,000) (secondary antibodies were purchased from
Molecular Probes). Membranes were submitted to chemi-
luminescent detection with ECL Plus (Amersham
Biosciences) as described by manufacturer, and visualized
on ImageQuant. Densitometric analysis was performed
using Scion Image Software version Beta 4.0.2 (Scion
Corporation, National Institutes of Health, USA).
Statistical analysis
All data are presented as means ± Standard Error of the
Mean (SEM). Differences among experimental groups in
experiments evaluating protein expression were determined
by one-way ANOVA. In all experiments, P-values lower
than 0.05 were considered to significant.
Results
DARPP-32 expression in brain regions of rats treated
with antipsychotics
Adult male Wistar rats (2 months) were treated with SAL,
HAL, CLO, OLZ (2.5, 5 or 10 mg/kg) or Ari (2, 10 or
20 mg/kg) for 28 days. Five different brain regions, PFC,
HP, ST, CX and CB, were prepared to examine DARPP-32
protein expression after drug treatment and it was observed
no changes in expression of this protein in brains of rats
after chronic treatment with either typical or atypical an-
tipsychotics (Fig. 1).
NCS-1 expression in brain regions of rats treated with
antipsychotics
Adult male Wistar rats (2 months) were treated with SAL,
HAL, CLO, OLZ (2.5, 5 or 10 mg/kg) or Ari (2, 10 or
20 mg/kg) for 28 days. After chronic treatment, five dif-
ferent brain regions, PFC, HP, ST, CX and CB, were
prepared to examine NCS-1 protein expression. It was not
observed any alteration in NCS-1 protein expression in
brains of rats after chronic treatment with either typical or
atypical antipsychotics (Fig. 2).
Discussion
Drugs that target D
2
receptors are commonly used in the
treatment of subjects with schizophrenia [8], which is
evidence of the involvement of dopaminergic signaling
pathway in this psychopathology. However, although there
are data showing that there are no changes in D
2
receptor
expression in brains of schizophrenia patients [33], it was
postulated that changes in receptor-associated signaling
complex and second messengers might be involved with
dopamine disturbance in these patients [9, 33].
DARPP-32 is a key downstream effector in transducing
dopamine signaling, integrating the pathways of different
neurotransmitters and neuromodulators [16]. Since it was
showed that DARPP-32 is downregulated in PFC of
schizophrenia subjects [10, 11] and that there are genetic
variations associated with PFC cognitive functions [34], we
did not find alterations in the expression of DARPP-32 in
five brain regions, PFC, HP, ST, CX and CB, of rats after
chronic treatment with typical or atypical antipsychotics.
Our results of chronic treatment with typical antipsychotic
was similar to that already observed in other studies
with chronic treatment with haloperidol or a specific D
2
antagonist, raclopride [35, 36].
NCS-1 inhibits phosphorylation of dopamine D
2
recep-
tor by GRK2 and consequently D
2
-Arrestin-GRK2
complex formation, which is responsible for internalization
and desensitization of D
2
[27, 37, 38]. Also it was reported
a colocalization of NCS-1 and D
2
in PFC of primates [28].
Since it was previously shown that NCS-1 was upregulated
in DLPFC of schizophrenic subjects [17, 18], we investi-
gated the expression of this protein in five different brain
Neurochem Res (2008) 33:533–538 535
123
regions, PFC, HP, ST, CX and CB, of rats after chronic
treatment with typical or atypical antipsychotics. We
observed that there was no significant different in the levels
of NCS-1 in all brain regions after chronic antipsychotic
treatment.
Although the results were negative in all brain regions
studied, our findings allow the suggestion that both
downregulation of DARPP-32 and upregulation of NCS-1
reported to occur in the PFC of schizophrenia patients
might be associated with the psychopathology of the dis-
ease and not with treatment with antipsychotic drugs.
Taking into consideration that there is no good animal
model able to mimic the major characteristics of schizo-
phrenia, and of the limitations of postmortem studies in
DARPP-32 expression levels in brain regions
of rats treated with antipsychotics
Prefrontal
RAD fo .D.OP nitca yb dezilamron 23-P
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
Sal
Cloz
Halo
Olz 2.5
Olz 5
Olz 10
Ari 2
Ari 5
Ari 10
Hippocampus
Striatum
Cortex
Cerebellum
Fig. 1 Densitometry analyses of western blots showing the conse-
quences of 28 days antipsychotic treatments on rats’ prefrontal cortex
(PFC), hippocampus (HP), striatum (ST), cortex (CX) and cerebellum
(CB). The results show that there are no alterations in DARPP-32
protein expression levels followed by chronic antipsychotic
administration. Results are presented in arbitrary units normalized
by actin. Data represent means ± SEM. for duplicates of n = 7 and
statistically analyzed using one-way ANOVA. Sal, saline; Cloz,
clozapine; Hal, haloperidol; Olz, olanzapine (2.5, 5.0 and 10.0 mg/
kg); Ari, aripiprazole (2.0, 5.0 and 10.0 mg/kg)
NCS-1 expression levels in brain regions
of rats treated with antipsychotics
Prefrontal
nitca yb dezilamron 1-SCN fo .D.O
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Sal
Cloz
Halo
Olz 2.5
Olz 5
Olz 10
Ari 2
Ari 5
Ari 10
Hippocampus
Striatum
Cortex
Cerebellum
Fig. 2 Densitometry analyses of western blots showing the conse-
quences of 28 days antipsychotic treatments on rats’ prefrontal cortex
(PFC), hippocampus (HP), striatum (ST), cortex (CX) and cerebellum
(CB). The results show that there are no alterations in NCS-1 protein
expression levels followed by chronic antipsychotic administration.
Results are presented in arbitrary units normalized by actin. Data
represent means ± SEM. for duplicates of n = 7 and statistically
analyzed using one-way ANOVA. Sal, saline; Cloz, clozapine; Hal,
haloperidol; Olz, olanzapine (2.5, 5.0 and 10.0 mg/kg); Ari, aripip-
razole (2.0, 5.0 and 10.0 mg/kg)
536 Neurochem Res (2008) 33:533–538
123
humans, this is an idea difficult to be tested. Thus, only an
extensive investigation of intracellular integrators and
modulators will shed more light on the signaling mecha-
nisms involved in this serious psychiatric disorder and its
treatment.
Acknowledgements This research was supported by grants from Eli
Lilly do Brazil, UNESC and CNPq.
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