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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FFCLRP - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA
Adaptação da Escala CR10 à Língua Portuguesa do
Brasil para Mensurar Dor em Disfunções
Temporomandibulares
Adriana do Vale Ferreira Bacci
Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das
exigências para a obtenção do título de Doutor em
Ciências. Área: Psicobiologia
Ribeirão Preto - SP
2008
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FFCLRP - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA
Adaptação da Escala CR10 à Língua Portuguesa do
Brasil para Mensurar Dor em Disfunções
Temporomandibulares
Adriana do Vale Ferreira Bacci
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Sheiji Fukusima
Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das
exigências para a obtenção do título de Doutor em
Ciências. Área: Psicobiologia
Ribeirão Preto - SP
2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
Ferreira – Bacci, Adriana do Vale
Adaptação da Escala CR10 à Língua Portuguesa
do Brasil para Mensurar Dor em Disfunções
Temporomandibulares. Ribeirão Preto, 2008.
100 p. : il.; 30 cm
Tese, apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto / USP – Dep. de Psicologia e
Educação.
Orientador: Fukusima, Sérgio Sheiji
1. Dor. 2. Category Ratio Scale (CR10). 3. Disfunções
Temporomandibulares (DTMs)
FOLHA DE APROVAÇÃO
Adriana do Vale Ferreira-Bacci
Adaptação da Escala CR10 à Língua Portuguesa do Brasil para Mensurar Dor em Disfunções
Temporomandibulares
Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das
exigências para a obtenção do título de Doutor em
Ciências.
Área: Psicobiologia
Aprovada em:
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr.
Instituição: Assinatura:
Prof. Dr.
Instituição: Assinatura:
Prof. Dr.
Instituição: Assinatura:
Prof. Dr.
Instituição: Assinatura:
Prof. Dr.
Instituição: Assinatura:
À minha avó Matilde Eulália.
AGRADECIMENTOS
À minha filha por me ensinar que sempre é possível
recomeçar;
Aos meus pais, por acreditarem incondicionalmente em
mim;
Ao Prof. Dr. Sérgio Sheiji Fukusima, pela orientação e
inquietação frente ao desenvolvimento de questões e respostas à
pesquisa;
Aos Profs. Drs. Marcelo de Oliveira Mazzetto e Marco
Antonio Moreira Rodrigues da Silva, pelas sugestões e
correções;
Ao técnico de laboratório, Igor, pela sua boa vontade e
disponibilidade em ajudar;
Aos colegas de laboratório pela simpatia e acolhimento
especialmente a Luciana e Nelson pelas ajudas preciosas;
Aos pacientes, pela confiança em compartilhar comigo suas
“queixas” e suas “dores”;
À CAPEs, pelo apoio financeiro.
vi
RESUMO
Ferreira-Bacci, A.V. Adaptação da Escala CR10 à Língua Portuguesa do Brasil para
Mensurar Dor em Disfunções Temporomandibulares. 2008. 100p. Tese de Doutorado.
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão
Preto.
A mensuração da dor por meio de uma escala psicofísica adequada e facilmente compreensível,
como a Category Ratio Scale (CR10), possibilita ao profissional da saúde o ajuste de uma terapia
mais precisa e eficaz para os pacientes. Com esse objetivo para a população brasileira, a CR10 foi
adaptada para a Língua Portuguesa e adequadamente fundamentada em dois estudos. No Estudo
I investigou-se a que valores numéricos são associados às categorias verbais da CR10:
Absolutamente Nada, Extremamente Fraco, Muito Fraco, Fraco, Moderado, Forte e Muito
Forte, traduzidas para a Língua Portuguesa, independentemente da associação com uma escala
sensorial. Resultados mostraram uma tendência em associar às categorias traduzidas valores
numéricos superiores aos associados às correspondentes categorias em inglês da escala CR10
original. Essa discrepância entre os valores das categorias verbais levou a uma reformulação da
CR10 adaptada à língua portuguesa do Brasil. No Estudo II foram estabelecidas normas e a
validade da CR10 adaptada para medir dor (Espontânea, Durante Função Orofacial e ao Exame
de Palpação) em pacientes com Disfunções Temporomandibulares (DTMs). A validade foi
estabelecida por meio da aplicação conjunta aos pacientes da Escala Visual Analógica (Visual
Analogue Scale – VAS). A CR10 adaptada mostrou-se adequada para mensurar dor em DTMs,
sendo Moderado a palavra mais representativa, associada ao valor numérico mediano igual a
cinco, para descrever dor nessas disfunções.
Palavras-chave: Dor, Category Ratio Scale (CR10), Disfunções Temporomandibulares (DTMs).
vii
ABSTRACT
Ferreira-Bacci, A.V. Adaptation of CR10 to Portuguese Language to Measure Pain in
Temporomandibular Dysfunctions. 2008. 100p. Thesis (Doctoral). Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
Measuring pain by an adequate and easily understood psychophysical scale, such as Category
Ratio Scale (CR10), helps health’s professionals to find the most precise and efficient therapy to
patients. In order to reach this goal for Brazilian people, the CR10 was adapted to Portuguese
language adequately based on two studies. In Study I it was investigated which numerical values
are associates to the CR10 verbal categories: Absolutely Nothing, Extremely Weak, Very Weak,
Weak, Moderate, Strong, Very Strong and Extremely Strong, translated to Portuguese,
independent of the sensorial scale association. The results show a tendency to associate, to the
translated categories, values higher than those ones associated to the correspondent’s categories
in English as indicated in the original CR10. This discrepancy between the values of the verbal
categories led to a change in the CR10 adapted to Brazilian’s Portuguese language. In Study II it
was established norms and the validation of adapted CR10 to measure pain (Spontaneous, During
Orofacial Function and During Palpation Exam) in Temporomandibular Dysfunction (TMDs)
patients. The validation was established by a concurrent application of the Visual Analogue Scale
(VAS) to the patients. The adapted CR10 revealed adequate to measure pain in TMDs, and
Moderate was the most representative word, associated to the median value five, to describe the
pain in those dysfunctions.
Word-keys: Pain, Category Ratio Scale (CR10), Temporomandibular Disorders (TMDs).
viii
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .....................................................................................................1
ESTUDO I ............................................................................................................14
Objetivo ............................................................................................................................15
Método ..............................................................................................................................15
Resultados .........................................................................................................................16
Discussão ..........................................................................................................................18
ESTUDO II...........................................................................................................20
Objetivos ...........................................................................................................................21
Método ..............................................................................................................................21
Resultados .........................................................................................................................24
Discussão ..........................................................................................................................38
DISCUSSÃO GERAL..........................................................................................40
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS..................................................................43
ANEXOS ..............................................................................................................49
1
INTRODUÇÃO
2
A DOR
A experiência da dor é comum aos seres humanos. Sua descrição por meio de uma
linguagem inteligível possibilita o seu entendimento de maneira que seja possível identificar a
necessidade de cuidados para diminuí-la ou aliviá-la. Além disso, a definição de uma linguagem
sistematizada e adequada para a descrição da dor representa a possibilidade de entendimento
entre pesquisadores/clínicos e pacientes com a finalidade de desenvolvimento de esquemas
analgésicos eficazes e práticos.
A relevância de pesquisas sobre dor está no fato de que ela incapacita ou desabilita as
pessoas mais do que qualquer outra doença, além de ser a causa mais comum da procura por
tratamento de saúde (MARTINELLI, 1987).
A dor é um fenômeno que envolve aspectos sensórios e afetivos. De acordo com Melzack
& Torgenson (1971) apud Pimenta e Teixeira (1997) os aspectos sensórios estão relacionados à
intensidade da dor e os afetivos às emoções que a dor desperta. Para Pimenta e Teixeira (1997) a
intensidade da dor é o aspecto mais aferido na prática clínica e de pesquisa e a identificação desse
aspecto permite a orientação de um esquema analgésico. A intensidade da dor diz respeito à
nocicepção a qual vai além das conexões nervosas compreendendo também as funções cognitivas
relacionadas ao contexto no qual o estímulo nocivo é percebido (WOLF, 1973 apud FELÍCIO &
MAZZETTO, 1994). Desse modo, para se compreender a descrição que o paciente faz da dor, é
necessário contextualizar essa descrição no ambiente no qual aquele paciente está inserido. Isso
deve incluir a consideração das crenças, sentimentos, reações, expectativas e experiências
passadas associadas com a dor daquele paciente (MARTINELLI, 1987).
Segundo Faleiros-Sousa & Silva (2005) a vivência da dor é um fenômeno complexo e
multidimensional onde se podem identificar as dimensões fisiológica, sensorial, afetiva,
cognitiva, comportamental e sociocultural. Segundo esses autores essa vivência pode ser
3
influenciada por fatores como habilidades para manejar e controlar a dor, os sinais vitais, a
história médica e cirúrgica, as condições socioeconômicas, o contexto cultural, o sexo e as
habilidades intelectuais. McGuire (1987) destaca as interações interpessoais, as atividades físicas
e a qualidade do sono do indivíduo como fatores relevantes na experiência da dor. Essa
característica multidimensional da dor implica na importância da contextualização da dor dentro
de um padrão de vida próprio de cada cultura.
Dessa forma chega-se ao entendimento de que o fenômeno da dor é subjetivo e sendo
assim a severidade e o alívio da dor são mais precisamente descritos pelo individuo que a
vivencia (FALEIROS-SOUSA & SILVA, 2004).
Para Waddie (1996) é inevitável que a linguagem influencie a expressão da dor porque a
linguagem não é utilizada somente para descrever a dor, mas faz parte dela. Assim, sabemos que
estamos com dor quando podemos de alguma forma expressá-la. E o autor salienta que a
expressão da dor pela linguagem verbal é fortemente influenciada pelo contexto cultural. Assim é
de se esperar que diferentes culturas tenham formas diferentes de perceber e expressar a dor
(MARTINELLI, 1987 e PUGH, 1991).
Faleiros-Sousa & Silva (2005) relatam que a descrição individual e o auto-registro da dor
fornecem evidências acuradas, fidedignas e suficientes para detectar a presença e a intensidade da
dor. Esses dois instrumentos são considerados padrão porque são consistentes com a definição de
dor como experiência subjetiva e baseiam-se na habilidade de uma pessoa se comunicar sobre a
dor. Para Gaston-Johansson et al (1990) a expressão da dor pode ser considerada mais confiável
do que qualquer indicador fisiológico. Para esses autores, a compreensão dessa descrição é a
chave para a seleção de uma terapia adequada.
No entanto, a constatação de que alguns métodos para avaliação de dor devem contar com
o auto-relato do paciente pode deixar profissionais da saúde inseguros e temerosos quanto às
4
conclusões obtidas a partir de suas avaliações (PIMENTA & TEIXEIRA, 1997). Os autores
advertem que “aprender a trabalhar com o limite de que dados obtidos quer por auto-relato ou
por avaliação física e exames complementares possuem margem de erro é a atitude mais sensata”.
(p. 27) Para isso aconselham que a avaliação da dor seja sistemática, continuada e registrada
detalhadamente por meio de instrumentos válidos, confiáveis e versáteis. “A validade da
mensuração é a expressão da extensão com a qual o instrumento mede aquilo que se pretende
medir. Confiabilidade relaciona-se com a replicabilidade das medidas, sua estabilidade e
consistência. Versatilidade é a possibilidade de se utilizar o instrumento em situações clínicas
diversas e em populações com características diversas” (p.28).
A compreensão adequada, por parte de clínicos e pesquisadores, da descrição da dor deve
ser um processo complexo e criterioso. Nesse sentido, a introdução de um instrumento adequado
para avaliação de cada tipo de dor, em que os aspectos sensórios e afetivos estejam bem
definidos, torna possível uma avaliação mais sistemática da dor e o desenvolvimento de terapias
relevantes para o alívio da dor (GASTON-JOHASSON & ASKLUND-GUSTAFSSON, 1985).
Além disso, segundo Gaston-Johasson e Asklund-Gustafsson (1985) o conhecimento do
clínico e do pesquisador e as características da amostra devem ser considerados como fatores
importantíssimos no processo de avaliação da dor.
Para satisfazer esses aspectos é importante selecionar o instrumento mais adequado para
cada situação de avaliação de dor, treinar o avaliador na aplicação do instrumento escolhido e
considerar uma amostra que seja representativa da população a ser estudada.
AVALIAÇÃO DE DOR
A Psicofísica é o campo científico que lida com as teorias e métodos para mensuração da
relação entre estímulos físicos ou fisiológicos e a percepção dos mesmos (BORG, 1998).
5
Para a avaliação de dor podem-se utilizar escalas psicofísicas que associam linguagem
verbal e valores numéricos para descrever a intensidade, a qualidade e o desconforto associado
com a dor (SILVA & CESARINO, 2006).
De acordo com Wolff (1978) (apud GASTON-JOHASSON & ASKLUND-
GUSTAFSSON, 1985) “Na cultura ocidental, o relato verbal da dor é considerado o melhor e
mais válido índice da presença de dor” (p. 540). A dor é aquilo que o paciente descreve e está
presente quando o paciente a percebe (GASTON-JOHASSON & ASKLUND-GUSTAFSSON,
1985). Profissionais da área da saúde devem sempre que possível fornecer aos pacientes a
possibilidade de escolha de expressões verbais que melhor possam descrever a dor que está sendo
julgada.
Gracely et al (1980) relatam que a utilização de descritores verbais pode ser vantajosa
porque há, geralmente uma maior facilidade de compreensão das palavras (ao contrário dos
números, não exigem detalhadas explicações ou mesmo a prática) e há a possibilidade de
identificação de diferentes dimensões da experiência da dor. Além dessas vantagens, Gescheider
(1997) aponta que a utilização de descritores verbais aumenta a possibilidade de concordância
entre os avaliadores.
Na construção de escalas psicofísicas que utilizam expressões verbais, Borg e Borg
(1994) salientam a importância da seleção de uma expressão verbal que funcione como um
padrão fixo que permita a comparação e a calibração das outras expressões. Além disso, Borg
(1998) aponta que as categorias ou expressões verbais selecionadas devam fazer parte da
linguagem cotidiana. Segundo Borg e Lindblad (1976), as expressões utilizadas influenciam o
julgamento da dor e podem revelar uma realidade perceptiva específica. Nesse sentido, Faleiros-
Sousa & Silva (2004) salientam que no julgamento de dor, descritores verbais podem assumir
6
vários significados; o que conseqüentemente levaria a interpretações equivocadas por parte do
clínico ou pesquisador.
Sendo assim, escalas psicofísicas que utilizam expressões verbais devem ser devidamente
validas para o idioma no qual essas escalas serão aplicadas (PEREIRA & FALEIROS-SOUSA,
1998). Nessa direção, De Benedittis et al (1988) relataram que limitações podem aparecer com
relação à tradução de termos utilizados em uma escala. Estudando o McGill Pain Questionnaire
(MPQ), instrumento para avaliação verbal de dor, os autores mostraram que essas limitações são
decorrentes da estrutura semântica das palavras utilizadas. Concluem por isso que a tradução
literal de descritores de dor do inglês para uma outra língua é inadequada e errônea.
Diller (1980) chama a atenção para a existência de consideráveis diferenças conotativas
entre os descritores de dor em diferentes idiomas.
Deve-se também considerar que amostras associadas a diferentes condições clínicas
podem interpretar diferentemente expressões verbais utilizadas em escalas psicofísicas. Nesse
sentido, em um estudo de Dawes et al (2005) três grupos independentes de sujeitos (portadores de
lesão cerebral, portadores de dor crônica na coluna lombar, e sujeitos saudáveis) julgaram por
meio da VAS e do método de estimativas de percentagens as expressões verbais: Nothing at All,
Extremely Light, Very Light, Somewhat Hard, Hard, Very Hard, Extremely Hard, e Maximum
presentes na escala RPE (Rating of Perceived Exertion) de Borg e a expressão Moderate da
CR10. Os resultados mostraram que entre os sujeitos saudáveis houve pouca diferenciação entre
os adjetivos very (muito) e extremely (extremamente). Além disso, entre os sujeitos com dores
crônicas nas costas houve maior concordância entre os significados das categorias verbais o que
os autores apontam como conseqüência da vivência diária de dor o que os torna mais sensíveis
para interpretar as âncoras verbais. Os autores concluem que seja fundamental a adaptação de
escalas psicofísicas às amostras consideradas.
7
Ferreira-Bacci (2004) investigou a escala CR10 traduzida para o português e mostrou que
certas expressões verbais utilizadas nessa escala possuem significado de intensidade diferente das
mesmas expressões na língua inglesa. Concluiu-se que a associação entre algumas categorias
verbais traduzidas para o português e os números como apresentado na CR10 não deva ser
idêntica a associação proposta na versão original da escala em inglês.
Borg e Borg (2001) explicam que durante a construção de escalas que associam palavras e
números, como as escalas de categorias e razão, as palavras, os números e a área visual da escala
devem ser criteriosamente selecionados porque todos esses fatores podem influenciar os
julgamentos.
Borg e Kaijser (2006) estudaram a percepção de esforço, por meio das CR10 e CR100
(centiMax escala), em tarefa de pedalar bicicleta ergométrica. Comparando as três escalas
dividiram-nas em três segmentos a fim de avaliar a freqüência de respostas em relação à
associação exata entre números e categorias verbais: A) início da escala até “Fraco”(Weak); B)
Acima de Fraco (Weak) até Forte (Strong); C) Acima de Forte (Strong) até o final da escala. No
segmento A 53%, 52% e 52% dos números escolhidos para cada escala, respectivamente,
correspondiam aos números exatos associados às expressões verbais. No segmento B as
porcentagens foram 27%, 36% e 14% e no segmento C 30%, 20% e 16%.
O uso inadequado de escalas psicofísicas para a avaliação da dor vem em decorrência de
vários fatores como o desconhecimento dos avaliadores dos princípios e instruções de
determinada escala e o uso indevido da mesma. Além disso, muitas vezes, há um
desentendimento entre o que o paciente está tentando relatar e o que o profissional está
percebendo (DOCTOR et al, 1995).
Segundo Price e Harkins (1992) alguns critérios devem ser observados no procedimento
de avaliação da dor. Esses critérios são: “avaliação separada dos aspectos sensório e afetivo;
8
fornecimento de informação imediata sobre a acurácia e confiabilidade dos registros; ausência de
vieses inerentes aos diferentes métodos psicofísicos; simplicidade para uso de pacientes com e
sem dor tanto na clínica quanto em pesquisas; confiabilidade e generalidade; sensibilidade a
mudanças na intensidade de dor; propriedade de escala de razão e utilidade para dor clínica e
experimental, sendo inclusive passível de comparação entre essas duas formas de mensuração”
(p. 252).
Borg e Borg (2001) salientam que um bom método escalar deve ser aplicável à maioria
das pessoas de qualquer parte do mundo. No entanto, os princípios e a construção de uma escala
devem ser definidos a partir de estudos com observadores competentes, ou seja, pessoas com boa
capacidade de perceber, observar e usar conceitos matemáticos e âncoras verbais corretamente.
Durante o processo de escolha de uma escala é importante levar em consideração a
situação na qual ela irá ser utilizada. Sendo assim no contexto clínico quando, geralmente, se
dispõe de pouco tempo para a avaliação, a facilidade de administração e de pontuação torna-se
critério essencial na seleção de uma escala (MAGNUSSON et al, 1995).
A ESCALA CR10
A Category Ratio Scale (CR10) de Borg (Anexo A) constitui-se de uma escala de razão e
de categorias pareadas entre si de forma que para cada categoria existe um valor num contínuo
numérico (0 – Absolutamente Nada; 0,5 – Extremamente Fraco; 1 – Muito Fraco; 2 – Fraco; 3 –
Moderado; 5 – Forte; 7 – Muito Forte e 10 Extremamente Forte). O final da escala é deixado
aberto e marcado apenas por um ponto, permitindo com isso a avaliação de medidas mais
intensas. O sujeito deve procurar se lembrar da pior dor já vivenciada. A essa experiência são
atribuídos o valor máximo da escala (10) e a categoria “Extremamente Forte”. Essa classificação
funcionará como uma âncora a partir da qual a experiência de dor atual deverá ser comparada. O
9
sujeito deverá, então, associar ao julgamento uma categoria verbal (Absolutamente nada,
Extremamente Fraco, Muito Fraco, Fraco, Moderado, Forte e Muito Forte) e em seguida escolher
um número correspondente à intensidade da dor. Nessa avaliação o uso de frações é permitido e
incentivado (BORG, 1998).
A escala CR10 combina as vantagens das escalas de razão com a simplicidade de escalas
de categorias. Essa escala permite além da identificação de um zero absoluto, intensidades
relativas e absolutas.
A CR10 tem como princípio fundamental o “Modelo de Faixa de Variação”. Esse modelo
parte do pressuposto que as pessoas percebem os estímulos de forma semelhante e é isso que
permite a comunicação. Assim, as intensidades percebidas como máximas ou mínimas têm
mesmo significado para diferentes pessoas. Na CR10, a faixa que corresponde desde a percepção
de uma intensidade extremamente pequena até a percepção de uma intensidade máxima funciona
como um contínuo em que a intensidade julgada será pontuada. No caso de avaliação da dor, essa
faixa vai da ausência de dor até à dor máxima experimentada por cada pessoa à qual é
representada pelo valor 10 e pela expressão verbal “Extremamente Forte”. Outro princípio
importante nessa escala é a admissão de que adjetivos e advérbios possuem significados
semelhantes para o julgamento de níveis de intensidade e podem funcionar como constantes
multiplicativas.
A validade e a confiabilidade da escala CR10 em inglês para medir dor, estabelecidas em
estudos comparativos com a tradicional Escala Analógica Visual (Visual Analogue Scale - VAS)
(aceita pela Associação Internacional para o Estudo da Dor), mostram coeficientes em de torno
de 0,90 (NEELY, 1995).
A escala VAS constitui-se de uma linha comumente de 10 cm de comprimento com as
extremidades demarcadas com categorias verbais ou âncoras identificando um mínimo e um
10
máximo (Anexo B). O julgamento da intensidade de dor é feito a partir de uma marcação
perpendicular à linha. A essa marcação é, posteriormente, atribuído pelo pesquisador ou
profissional, um valor numérico por meio da utilização de uma régua milimetrada (FALEIROS-
SOUSA & SILVA, 2005). A identificação de valores absolutos, conseqüentemente, não é
possível (BORG, 1998). A grande utilização desse instrumento pode estar relacionada à
sensibilidade, simplicidade, reprodutibilidade e universalidade (HUSKISSON, 1983). No entanto,
esse instrumento tem mostrado alguns problemas como a interrupção das respostas em
intensidades pré-determinadas (BORG, 1998), dificuldades na compreensão e aplicação da escala
(HUSKISSON, 1983) e restrição da apresentação à forma verbal (JENSEN et al, 1986). Os
autores consideram que esses aspectos possam constituir fatores limitantes na escolha dessa
escala.
Estudos sobre a CR10 e a VAS mostram que a CR10 possui algumas vantagens sobre a
VAS: representa um método direto que não exige nenhum tipo de calibração especial, não limita
as respostas (porque deixa o final da escala em aberto) e facilita a comunicação da variável
avaliada pela presença de âncoras verbais ao longo de toda a escala (BORG, 1998).
Gracely et al (1980) relatam que experiências prévias de dor normalmente são utilizadas
como parâmetros para o reconhecimento da magnitude da dor atual vivenciada. Sendo assim a
realização do julgamento de dor na escala CR10 a partir da comparação com a Pior Dor
Experenciada pode ser uma outra vantagem dessa escala em relação à VAS.
Particularmente para a língua portuguesa a aplicação traduzida da CR10 é recente e
reduzida. Além disso, ainda não há estudos sobre a adaptação e a normatização da CR10 para a
população brasileira.
11
CR10 E A ODONTOLOGIA
As Disfunções Temporomandibulares (DTMs) ou Disfunções Craniomandibulares
(DCMs) constituem uma alteração musculoesquelética de origem multifatorial envolvendo os
músculos da cabeça e do pescoço e as Articulações Temporomandibulares (ATMs) (TAUCCI &
BIANCHINI, 2007).
Com relação à etiologia, Merighi et al (2007) incluem distúrbios da oclusão, das bases
ósseas maxilar e mandibular, fatores traumáticos, problemas degenerativos, alterações
musculares como hiperatividade ou hipoatividade, modificações funcionais e hábitos nocivos que
levam à sobrecarga persistente nas ATMs ou na musculatura, estresse e problemas emocionais.
Os sinais e sintomas mais comuns são: ruídos articulares, redução da amplitude ou
alteração dos movimentos mandibulares, limitações funcionais, dores na musculatura
mastigatória, na região pré-auricular e/ou na própria articulação (TAUCCI & BIANCHINI,
2007). A busca por tratamento profissional para as DTMs vem em decorrência, principalmente,
da percepção da dor (FERREIRA-BACCI, 2004).
A dor em DTMs caracteriza-se pela intermitência (KOPP, 1977), recorrência (SIQUEIRA
& TEIXEIRA, 2001), desenvolvimento gradual (KROGSTAD et al, 1996) e agravamento pela
movimentação mandibular, incluindo a mastigação (FELICIO & MAZZETTO, 1994).
Segundo Nilsson et al (2007) a prevalência de DTMs é maior no sexo feminino e na faixa
etária entre 21 e 40 anos. Quanto à distribuição por idade, Oliveira (2002) sugere que as DTMs
possam ter como característica a auto-resolução ou seja, após um pico por volta da terceira
década de vida, tendem a desaparecer progressivamente mesmo sem tratamento. Sugere também
que outras doenças mais graves seriam mais valorizadas com o decorrer da idade em detrimento
dos sinais e sintomas das DTMs.
12
Quanto à distribuição por gênero, Oliveira (2002), em oposição a Nilsson et al (2007), relata
que os sinais e sintomas das DTMs são igualmente distribuídos entre ambos os sexos e o que difere é
a procura por tratamento mais freqüente entre as mulheres do que entre os homens. Esse autor ressalta
que essa diferença seja possivelmente baseada em diferenças psicossociais, comportamentais e
hormonais entre gêneros, mas que novas investigações ainda devam ser realizadas a fim de se
detectar outros fatores. Oliveira (1992), em sua dissertação de mestrado, analisou uma amostra de 600
pacientes com DTMs e constatou que 83,7% eram mulheres e 17,3% eram homens.
Segundo Spiegel e Levitt (1990) a literatura odontológica mostra que uma grande parte da
população possui um ou mais sinais relacionados às DTMs. Okeson (2000) afirma que 50 a 60% da
população tem pelo menos um sinal de DTMs. No entanto, o autor relata que os estudos sobre DTMs
não utilizam instrumentos de medida que possam identificar a significância dos sinais e sintomas.
Dentre instrumentos que utilizam linguagem verbal para avaliar dor em DTMs, Lundeen
et al (1988) mostraram que nessas disfunções a dor é descrita principalmente por meio das
categorias verbais Leve, Moderada e Forte sendo a categoria Moderado a categoria mais
representativa da intensidade de dor.
Em um estudo de Ferreira-Bacci (2004) as escalas CR10 e VAS foram aplicadas para
avaliar dor (Espontânea, Durante Função Orofacial e Durante Palpação) relacionada às DTMs
em uma amostra de 75 pacientes. A CR10 traduzida para o português foi desmembrada nas partes
verbal e numérica com o objetivo de verificar se a associação proposta entre essas duas partes, na
versão original, seria correta para a língua portuguesa. As escalas foram avaliadas pelos pacientes
segundo a adequação para medir dor e a facilidade de compreensão das instruções. Os resultados
mostraram que as escalas possuíram uma alta correlação (coeficientes de correlação de Pearson
maiores ou iguais a 0,8) e que ambas foram eficazes para detectar diminuição de dor decorrente
do tratamento odontológico. Considerando cada condição de dor individualmente (Dor
13
Espontânea, Dor Durante Função Orofacial e Dor Durante Palpação) as maiores correlações
entre as pontuações das escalas CR10 e VAS foram para a Dor à Palpação. Coeficientes de
correlação menores para dor Espontânea e dor Durante Função Orofacial foram interpretados
como sendo decorrentes da influência negativa da memória, já que nessas duas condições a dor
não estaria necessariamente presente no momento da avaliação. A intensidade da dor foi descrita
principalmente por meio das categorias Moderado e Fraco e intensidades numéricas entre 1,90 e
6,10. Com relação ao julgamento das escalas, 60% dos pacientes apontaram a CR10 como mais
fácil de entender e 85% dos pacientes a apontaram como mais adequada para medir dor. Além
disso, os resultados mostraram que as expressões verbais: “Moderado”; “Forte” e “Muito Forte”,
utilizadas na CR10, foram associadas a valores numéricos significativamente maiores do que os
originalmente propostos na língua inglesa. Essa associação foi interpretada como sendo
decorrente de significados diferentes que essas expressões verbais adquirem em cada uma das
línguas (inglesa e portuguesa). Diante disso, evidenciou-se que a aplicação da escala CR10 para a
população brasileira necessitaria de um estudo adaptativo mais amplo a partir da avaliação de
uma amostra populacional maior com a finalidade de se determinar de maneira mais precisa as
posições das expressões verbais em português sobre a escala numérica.
Desta forma, a mensuração da dor por meio de uma escala psicofísica adequada e
facilmente compreendida, como a CR10, pode possibilitar ao profissional da saúde o ajuste de
uma terapia mais precisa e eficaz para os pacientes. Para essa mensuração é fundamental que haja
um entendimento entre o que paciente relata por meio da escala e o que o profissional interpreta.
Nesse sentido, a escala CR10 deve estar adaptada e validada para o idioma no qual será utilizada.
14
ESTUDO I
15
OBJETIVO
O Estudo I teve como objetivo determinar a que valores numéricos são associados às
categorias verbais da CR10: Absolutamente Nada, Extremamente Fraco, Muito Fraco, Fraco,
Moderado, Forte e Muito Forte, traduzidas para a Língua Portuguesa, independentemente da
associação com uma escala sensorial. Ou seja, nesse estudo objetivou-se saber somente que
valores numéricos ou quantitativos podem ser atribuídos a cada umas das sete categorias verbais.
Considerando o trabalho de Ferreira-Bacci (2004), com pacientes com DTMs, em que as
categorias verbais Moderado, Forte e Muito Forte foram associadas a valores significativamente
maiores daqueles propostos na escala CR10 original, supôs-se que existam diferenças de
significados entre algumas expressões verbais em português e inglês.
MÉTODO
Participantes
: Participaram nesse estudo dois grupos de voluntários adultos. O Grupo I foi
composto por 90 pacientes odontológicos (64F, 26M) com idades entre 15 e 64 anos e
escolaridade mínima primária (1º grau: 38 pacientes; 2º grau: 40 e 3º grau: 12). Desses noventa
pacientes 42 eram provenientes da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP – USP) e
48 da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas de Ribeirão Preto (APCD – RP). O Grupo II
foi composto por 100 estudantes universitários (51F, 50 M), do segundo ano dos cursos de
odontologia e psicologia da USP – campus de Ribeirão Preto, com idades entre 18 e 38 anos. A
inclusão do sujeito no estudo dependeu do preenchimento do Termo de Consentimento (Anexo
C) aprovado pelo Comitê de Ética da FORP – USP, protocolo de n
o
2004. 1.459.58.0 (Anexo D).
Material: Foram utilizadas canetas e folhas impressas e padronizadas contendo as instruções
para a tarefa e as seguintes expressões verbais: Absolutamente Nada, Extremamente Fraco, Muito
Fraco, Fraco, Moderado, Forte e Muito Forte, listadas em ordem aleatória (Anexo E).
16
Procedimento
: Para o Grupo I a aplicação foi feita individualmente para cada participante na
sala de espera da clínica da FORP ou da clínica da APCD e para o Grupo II a aplicação foi
conjunta para cada um dos cursos (Psicologia e Odontologia). Para ambos os grupos, a
pesquisadora leu as instruções e esclareceu quaisquer dúvidas antes da realização da tarefa. O
método psicofísico utilizado foi a Estimação de Magnitude. Os sujeitos foram solicitados,
tomando como referência a categoria verbal Extremamente Forte associada ao valor 10, a estimar
um valor numérico para cada uma das seguintes categorias verbais: Absolutamente Nada,
Extremamente Fraco, Muito Fraco, Fraco, Moderado, Forte e Muito Forte, listadas em ordem
aleatória.
Tratamento dos dados
: Foram calculadas as médias, os desvios padrão e as medianas das
pontuações apresentadas para cada uma das sete categorias verbais (Absolutamente Nada,
Extremamente Fraco, Muito Fraco, Fraco, Moderado, Forte e Muito Forte). Devido às
distribuições assimétricas das estimativas, compararam-se as medianas (md) de cada categoria
verbal com os respectivos valores da escala original pelo Teste dos Sinais.
RESULTADOS
As médias, os desvios padrão e as medianas das pontuações obtidas para cada uma das
sete categorias verbais nos grupos I e II estão apresentadas nas Tabelas 1 e 2.
Quando aplicado o Teste dos Sinais verifica-se que: no Grupo I as medianas das
categorias verbais: Extremamente Fraco (md=1), Muito Fraco (md=2), Moderado (md=5) Forte
(md=8) Muito Forte (md=9) e no Grupo II as medianas das categorias verbais: Extremamente
Fraco (md=1); Muito Fraco (md=2); Fraco (md=3); Moderado (md=5); Forte (md=7,50) e Muito
Forte (md=8,75) foram maiores que os valores propostos para as categorias verbais
correspondentes em inglês na escala CR10 original (p<0.01).
17
Tabela 1 – Média, desvio padrão e mediana das pontuações apresentadas no Grupo I (Pacientes,
n= 90) para cada uma das sete categorias verbais apresentadas.
Categoria
Ab. Nada Extr.Fraco
Muito
Fraco
Fraco Moderado Forte
Muito
Forte
Média 0,31 1,18 2,18 2,13 4,98 7,20 8,27
DP 0,82 1,33 1,41 1,40 1,48 1,66 1,36
Mediana 0 1 2 2 5 8 9
Tabela 2- Média, desvio padrão e mediana das pontuações apresentadas no Grupo II
(Universitários, n= 100) para cada uma das sete categorias verbais apresentadas.
Categoria
Ab. Nada Extr.Fraco
Muito
Fraco
Fraco Moderado Forte
Muito
Forte
Média 0,14 1,27 2,36 3,38 5,21 7,40 8,63
DP 0,39 0,90 1,07 1,09 0,86 0,89 0,62
Mediana 0 1 2 3 5 7,5 8,75
Para o trabalho de Ferreira-Bacci (2004), quando a CR10 foi aplicada para avaliar dor
associada às DTMs, foram calculadas médias, desvios padrão e medianas gerais para as
pontuações encontradas para as categorias verbais Moderado, Forte e Muito Forte nos Estudos I
e II (Tabela 3). Os resultados mostraram que as categorias verbais: Moderado, Forte e Muito
Forte são mais bem representadas pelos valores 4, 7 e 9 respectivamente.
Tabela 3 – Média, desvio padrão e mediana das pontuações apresentadas no trabalho de
Ferreira-Bacci (2004) (Estudos I e II) para as categorias verbais Moderado, Forte e Muito
Forte.
Moderado Forte Muito Forte
Amostra
Média
DP Mediana Média DP Mediana
Média DP
Mediana
Ferreira-Bacci (2004) (Estudo I)
4,60
1,86 4,70 7,41 1,69 8
9,63 0,58
9,75
Ferreira-Bacci (2004) (Estudo II)
3,76
2,02 3 6,09 1,60 6
7,75 1,40
8
Geral
4,18
0,11 3,85 6,75 0,06 7
8,69 0,58
8,87
18
Foram também calculadas médias, desvios padrão e medianas gerais para as pontuações
encontradas para essas mesmas categorias verbais (Moderado, Forte e Muito Forte) nos grupos I
e II do presente estudo (Tabela 4). Os resultados confirmaram a tendência de elevação dos
valores associados a essas categorias. No entanto, observa-se que a avaliação dessas categorias,
independentemente de uma avaliação sensorial, resulta em valores maiores do que os associados
às mesmas categorias quando inseridas em um contexto de mensuração de dor.
Tabela 4- Média, desvio padrão e mediana das pontuações apresentadas nos Grupos I
(Pacientes, n= 90) e II (Universitários, n= 100) do presente estudo para as categorias verbais
Moderado, Forte e Muito Forte.
Moderado
Forte
Muito Forte
Amostra
Média
DP Mediana Média DP Mediana
Média
DP Mediana
Grupo I (Pacientes)
4,98
1,48 5 7,20 1,66 8
8,27
1,36 9
Grupo II (Universitários)
5,21
0,86 5 7,40 0,89 7,5
8,63
0,62 8,75
Geral
5,10
0,44 5 7,30 0,54 7,75
8,51
0,52 8,87
DISCUSSÃO
Considerando os Grupos I (Pacientes) e II (Universitários), a análise das medianas
encontradas para os valores numéricos associados às categorias verbais estudadas evidencia uma
mesma tendência de julgamento. Isso sugere que a interpretação quantitativa dessas categorias
verbais independe da idade e do nível de escolaridade do julgador. No entanto, no Grupo I, a
indiferenciação entre as médias numéricas associadas às expressões Muito Fraco e Fraco sugere
que a presença do advérbio de intensidade Muito pode ocasionar confusão perceptiva,
principalmente às pessoas com baixa escolaridade. Nesses casos, o advérbio funcionando como
uma constante multiplicativa ocasionou uma elevação da intensidade associada à expressão Muito
Fraco em relação à expressão Fraco.
19
Pode-se também observar pelas medianas apresentadas pelos grupos I e II que existe uma
tendência em elevar o significado quantitativo das categorias verbais estudadas em relação às
mesmas categorias em inglês. Esse fato corrobora os resultados de Ferreira-Bacci (2004) quanto à
aquisição de diferentes significados pelas expressões verbais quando traduzidas de um idioma
para outro.
Reafirma-se assim a necessidade de validar escalas psicofísicas que utilizam expressões
verbais para o idioma no qual essas escalas serão aplicadas (De Benedittis et al, 1988) com o
objetivo de proporcionar um melhor entendimento entre o que paciente relata por meio da escala
e o que o profissional interpreta.
No caso da escala CR10, a aplicação para a população brasileira, como evidenciado pelos
resultados do presente estudo juntamente com o trabalho de Ferreira-Bacci (2004), necessitava de
um rearranjo da associação entre categorias verbais e valores numéricos, a fim de adaptar essa
escala para a Língua Portuguesa. Nesse sentido foi elaborada uma adaptação à CR10 a partir de
novas associações entre as categorias verbais Moderado, Forte e Muito Forte e valores
numéricos diferentes dos propostos na versão original em inglês da escala. Na CR10 adaptada as
categorias verbais: Absolutamente Nada, Extremamente Fraco, Muito Fraco, Fraco e
Extremamente Forte permaneceram associadas aos mesmos valores propostos na versão original
(Anexo F).
20
ESTUDO II
21
OBJETIVOS
O Estudo II teve como objetivos: definir normas para a CR10 adaptada para a Língua
Portuguesa do Brasil e investigar a validade dessa escala para medir dor em pacientes com DTMs
por meio da aplicação conjunta com a Escala Visual Analógica (Visual Analogue Scale – VAS).
MÉTODO
Participantes:
Cento e vinte e um pacientes (100 M e 21 H) com idades entre 13 e 64 anos
(média = 37 anos), diagnóstico de DTMs, escolaridade mínima primária (1º grau: 67 pacientes;
2º grau: 47 pacientes e 3º grau: 7 pacientes) e encaminhamento à clínica de Oclusão da Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto – USP ou à clínica do Núcleo de Oclusão, Disfunções
Temporomandibulares e Algias Orofaciais (NODAU) da Universidade de Ribeirão Preto
(UNAERP) participaram nesse estudo. Os encaminhamentos dos pacientes para as clínicas foram
feitos a partir de triagem realizada pelos professores responsáveis pelas respectivas clínicas de
cada uma das duas faculdades. A inclusão do paciente no estudo dependeu do preenchimento do
Termo de Consentimento (Anexo G) aprovado pelo Comitê de Ética da FORP-USP, protocolo de
protocolo de n
o
2004. 1.459.58.0 (Anexo D).
Material:
A aplicação das escalas CR10 adaptada para a Língua Portuguesa e Escala Analógica
Visual (Visual Analogue Scale – VAS) foi precedida por uma anamnese adaptada do roteiro,
atualmente, aplicado na clínica psicológica da UNAERP e do Centro de Psicologia Aplicada da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) para triagem de pacientes
adolescentes e adultos (Anexo H). A escolha desse roteiro justifica-se pela sua utilidade para
contextualizar a situação de saúde atual do paciente. Para cada uma das escalas (CR10 adaptada
para a língua portuguesa e VAS) foram apresentados instruções padronizadas e protocolos
impressos para o registro de dor dado por cada paciente (Anexo F – CR10 e Anexo B - VAS).
22
Procedimento
: Para cada paciente, as escalas: CR10 adaptada para a Língua Portuguesa e VAS
foram aplicadas pela própria pesquisadora na clínica de oclusão da Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto – USP e na clínica do NODAU. A obtenção da anamnese e a aplicação das escalas
duraram em média 30 minutos. Antes da aplicação das escalas, realizaram-se: a explicação do
procedimento por meio da leitura, pela pesquisadora, de instruções padronizadas para a CR10
adaptada para a Língua Portuguesa e para a VAS, seguida pelo esclarecimento de dúvidas do
paciente. Compreendendo as escalas, cada paciente passou por um processo de “calibração”. A
aplicação das escalas: CR10 adaptada para a Língua Portuguesa e VAS envolveu a identificação
da dor, pelo paciente, por meio de três variáveis avaliadas distintamente; Dor Espontânea, Dor
Durante Função Orofacial e Dor Ao Exame de Palpação.
Para avaliação da Dor Espontânea o paciente foi questionado: “Tem sentido dor
espontânea no lado direito ou esquerdo da cabeça ou pescoço durante a última semana?”
Respostas positivas implicavam na indicação do local da dor. A partir dessa informação, o
paciente marcou manualmente o protocolo das escalas para a específica dor. No caso de mais de
uma região com presença de dor espontânea foi considerada somente a região de maior
intensidade de dor. Ou seja, mesmo quando o paciente indicou mais de um local doloroso, ou
mesmo identificou diferença entre os dois lados da cabeça e pescoço, as escalas foram aplicadas
uma única vez para avaliação da dor espontânea.
Como seqüência, por meio de questões diretas, avaliou-se a presença de Dor Durante
Função Orofacial, nesta ordem: Mastigação, Fonação e Deglutição. As perguntas,
fundamentalmente, foram as seguintes: “Sente dor quando mastiga?”. Se a resposta fosse
afirmativa o protocolo das escalas era fornecido para marcação da intensidade de dor. O mesmo
procedimento foi aplicado para avaliar a fonação e a deglutição, com as questões: “Sente dor ao
falar?” “Sente dor quando engole?”.
23
Finalmente, a pesquisadora realizou o exame de palpação. A apresentação da dor nos
seguintes elementos faciais foi avaliada durante o exame: músculos (temporal, masseter,
pterigoideo medial, região do músculo pterigóideo lateral, esternocleidomastoideo, trapézio,
supra-hioideos e infra-hioideos nesta ordem) e ATM (pólo lateral e posterior) (Anexo I). A
identificação de dor imediatamente à palpação de cada elemento facial implicou no fornecimento
das escalas para que o paciente registrasse a referida dor. Para cada um desses elementos faciais,
duas medidas de cada lado da cabeça e pescoço foram registradas.
Considerando as três avaliações de Dor (Espontânea, Durante Função Orofacial e Ao
Exame de Palpação), para cada sujeito foi possível um total de 24 medidas em cada escala (uma
medida para Dor Espontânea, três medidas para Dor Durante Função Orofacial e 20 medidas para
Dor Ao Exame de Palpação).
Após o preenchimento de todos os protocolos com as escalas CR10 e VAS para os três
tipos de dor (Espontânea, Durante Função Orofacial e Ao Exame de Palpação) questionou-se
como cada paciente avaliou as escalas. Para isso foram aplicadas as questões padronizadas: “Qual
das duas escalas você considera mais fácil de entender?” “Qual das duas escalas você considera a
mais correta para representar melhor os tipos de dor que você identificou?” As respostas foram
anotadas em uma folha arquivada juntamente com os protocolos do paciente.
É importante alertar para o fato de que a aplicação das escalas (VAS e CR10) foi
dependente da presença de dor, sendo assim nos casos onde não houve identificação de dor, pelo
paciente, para as três formas de avaliação (Espontânea, Durante Função Orofacial e Ao Exame
de Palpação) somente o processo de “calibração” foi registrado em ambas as escalas.
Tratamento dos dados
: Os valores numéricos médios associados a cada categoria verbal na
CR10 (para as três condições de dor) foram submetidos ao Teste t – Student para checar se os
24
respectivos valores correspondiam aos estabelecidos na escala CR10 adaptada para a Língua
Portuguesa. Dividindo a amostra total em duas sub-amostras segundo o gênero, os valores
numéricos associados para cada escala, em cada condição de dor, foram submetidos ao teste t –
Student para checar se os valores apresentados pelas amostras de mulheres e homens
apresentavam diferenças entre si para cada uma das condições de dor e em cada escala.
Foram calculados os coeficientes de correlação de Pearson entre as pontuações obtidas
com as escalas CR10 adaptada para a Língua Portuguesa e VAS com a finalidade de verificar a
validade concorrente dessas escalas para mensuração de dor nas DTMs.
RESULTADOS
A maior parte dos pacientes entrevistados foi do sexo feminino (82,64%) (Figura 1).
83%
17%
Mulheres
Homens
Figura 1. Distribuição percentual dos pacientes com DTMs quanto ao gênero.
A distribuição dos pacientes quanto à faixa etária mostra que os indivíduos de ambos os
sexos são principalmente afetados durante as terceiras e quarta décadas de vida, isto é entre 20 e
40 anos de idade (Figura 2). No entanto, pode-se observar, considerando individualmente as
amostras de Mulheres e Homens que os homens foram mais afetados que as mulheres em todas
as décadas de vida, exceto na segunda e na quarta década (Figura 3).
25
0
5
10
15
20
25
30
35
123456
Faixa Etária Por Década de Vida
Frequência Relativa (%)
Figura2. Distribuição percentual dos pacientes com DTMs quanto à faixa etária (por décadas de
vida).
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
123456
Faixa Etária por Década de Vida
Frequência Relativa (%)
Mulheres
Homens
Figura3. Distribuição percentual dos pacientes com DTMs quanto ao gênero e à faixa etária (por
décadas de vida).
26
Os relatos obtidos durante a realização das anamneses foram organizados em categorias
comuns a fim de facilitar a compreensão da situação geral dos pacientes avaliados. Em anexo
seguem as tabelas com as respostas na íntegra dadas por cada paciente segundo a questão
focalizada. (Anexo J)
Quanto às principais queixas, 61 pacientes (50,4%) apontaram mais de uma queixa. Em
primeiro lugar apareceu a dor relatada por 104 pacientes (86%), em segundo lugar a presença de
estalos/ zumbido nas ATMs (33 pacientes – 27,27%), em terceiro lugar a presença de
bruxismo/briquismo (22 pacientes – 18,18%), em quarto lugar o encaminhamento de outro
profissional (22 pacientes – 18,18%) e em quinto lugar o travamento de maxilares (12 pacientes -
9,92%). Cinqüenta e seis pacientes (46,28%) relataram que possuíam outras queixas além
daquela que os levou a procurar o atendimento profissional em questão, desses 56, 11 pacientes
relataram a percepção de dor; 12 alterações emocionais (como depressão e ansiedade) e 3
fibromialgia.
O tempo médio de apresentação dos sinais e sintomas foi igual a 6,5 anos com início
em média aos 31 anos de idade. A persistência dessa disfunção influenciou a vida desses
pacientes que relataram sentirem-se irritados ou tensos na presença dos sinais e sintomas (51
pacientes – 42,15%); com limitações funcionais como dificuldade para movimentar e/ou mastigar
(28 pacientes – 23,14%); para trabalhar (18 pacientes – 15%); desanimados ou envergonhados
(18 pacientes – 15%). A maioria dos pacientes (78 – 64,46%) relatou que a presença da disfunção
e suas conseqüências despertaram nas pessoas do convívio próximo algumas formas de empatia
expressa na manifestação de conselhos ao portador de DTMs. Somente 26 pacientes (21,5%)
relataram que a disfunção ocasionou incômodo ou incompreensão nas pessoas mais próximas.
Quando questionados especificamente quanto à possibilidade de dificuldades para
alimentar-se e necessidade de alterar a alimentação por causa disso; 83 pacientes (68,59%)
27
relataram que sentem dificuldade para comer sendo que desses 83, 62 pacientes sentem dor ao
mastigar. Da amostra total de 121 pacientes avaliados, 60 pacientes (49,6%) relataram que
tiveram que mudar ou controlar a alimentação.
Quanto à vida social da amostra total de 121 pacientes avaliados: somente 11 pacientes
(9,09%) moravam sozinhos; 116 pacientes (95,87 %) relataram que possuíam amigos e desses
116, 78 pacientes relataram que encontram os amigos todos os dias, 26 ocasionalmente e 12
raramente. Quanto às atividades preferidas pela amostra total, 40 pacientes (33,05%) relataram
que gostam de praticar esportes; 27 (22,31%) trabalhar/executar serviços manuais; 27 (22,31%)
assistir TV/assistir filme/jogar vídeo game/ler; 19 (15,7%) passear/pescar; 14 (11,57%)
dançar/ouvir música; 8 (6,61%) conversar/encontrar amigos e 4 (3,30%) ficar em casa/dormir.
Quanto às atividades escolhidas para relaxar; 43 pacientes (35,54%) tomam
banho/dormem/ficam quietos/rezam; 36 pacientes (29,75%) relataram que assistem TV/ouvem
música/lêem; 18 (14,87%) passeiam/pescam/conversam; 9 (7,44%) praticam esportes; 8 (6,61%)
trabalham/realizam alguma atividade lúdica; 7 (5,78%) tomam medicação/café/fumam e 11
(9,09%) simplesmente não fazem nada para relaxar.
Quanto ao sono, 25 pacientes (20,66%) relataram que tomam medicamento para induzir
ou melhorar a qualidade do sono, 52 pacientes (43%) relataram que dormem mal e 71 (58,6%)
relataram que sentem alguma forma de indisposição ao acordar.
Quando questionados sobre as possíveis causas do problema que apresentam 32
(26,45%) apontaram mais de uma causa, sendo que entre os 121 pacientes, 51 (42,15%)
apontaram a má oclusão/ausência e/ou desgaste de alguns dentes, 50 (41,32%) apontaram o
estresse /tensão / ansiedade/ desequilíbrio emocional, 17 (14,05%) apontaram alterações
musculares/ ósseas/ traumatismos, 10 (8,26%) apontaram problemas na mastigação. Dezessete
pacientes (14,05%) não souberam indicar o que poderia estar causando as DTMs.
28
Dentre os 121 pacientes avaliados, 50 (41,32%) apontaram mais de uma situação que
poderia estar relacionada às DTMs. As situações relacionadas foram: tensão emocional (48
pacientes – 39,67%), mastigação/movimentação mandibular (38 pacientes – 31,4%), o despertar
(24 pacientes – 19,83%), final da tarde/noite (23 pacientes – 19 %), rotina diária (7 pacientes –
5,78 %) e exposição ao vento/sol/frio (6 pacientes – 4,96 %). Vinte e oito pacientes (23,14%) não
relacionaram às DTMs a quaisquer fatos externos e/ou internos específicos.
Antes de iniciar o atendimento na clínica de oclusão, 98 pacientes (81%) já haviam
consultado outros profissionais da saúde: cirurgiões-dentistas (61 pacientes), médicos
(cirurgião de cabeça e pescoço/ neurologista: 30 pacientes, clínico-geral: 26 pacientes,
otorrinolaringologista: 19 pacientes, ortopedista: 3 pacientes, psiquiatra/psicoterapeuta: 3
pacientes, endocrinologista: 1 paciente, cardiologista: 1 paciente, oftalmologista: 1 paciente,
reumatologista: 1 paciente), fisioterapeutas (3 pacientes) e fonoaudiólogo (1 paciente).
Quanto ao estado de saúde geral desses pacientes no momento da avaliação: 36 pacientes
(29,75%) já haviam sofrido algum tipo de trauma na cabeça e/ou pescoço; 89 pacientes (73,5%)
já haviam passado por algum tipo de cirurgia e desses, 27 fizeram cirurgia na cabeça e/ou
pescoço; 75 pacientes (62%) já haviam tido alguma infecção e desses, 37 tiveram infecção
relacionada à cabeça e/ou pescoço. Quanto à presença de Hábitos Parafuncionais (apertar
dentes – Briquismo e ranger dentes – Bruxismo): 48 pacientes (39,7%) relataram Briquismo e
Bruxismo; 45 pacientes (37,2%) relataram somente Briquismo e 5 (4,13%) somente Bruxismo.
Quanto à presença de doença e/ou disfunção concomitante às DTMs: dezessete pacientes
(14,05%) estavam doentes ou com alguma disfunção no momento da avaliação e 21 pacientes
(17,35%) tinham estado doentes recentemente. Quanto ao uso de medicação (até 24 horas antes
da avaliação): 78 pacientes (64,46%) haviam tomado alguma medicação sendo que desses, 11
haviam tomado relaxante muscular e 18 haviam tomado analgésico.
29
Para todas as pontuações obtidas com os registros de cada condição de dor foram
calculados as médias, os desvios padrão e as medianas (Tabelas 5, 6, 7 e 8).
Considerando todas as condições de dor avaliadas pode-se constatar que as maiores
intensidades de dor foram atribuídas à Dor Espontânea (em ambos os lados da cabeça/pescoço)
nas escalas VAS e CR10. Considerando cada condição de dor isoladamente observa-se que para a
Dor Espontânea houve uma mesma tendência de estimativas numéricas para os dois lados da
cabeça/pescoço (Tabela 5). Para a Dor Durante Função Orofacial as maiores intensidades
numéricas foram atribuídas a Dor à Mastigação (Tabela 6) e para a Dor ao Exame de Palpação as
maiores intensidades numéricas foram atribuídas aos pólos laterais direito e esquerdo das ATMs
(Tabelas 7 e 8).
Tabela 5 - Caracterização de Dor Espontânea segundo a localização, a porcentagem de
pacientes, as médias, os desvios padrão e as medianas nas escalas VAS e CR10 Adaptada para
Língua Portuguesa.
VAS CR10 Adaptada
Localização Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Direito
73,55% 5,82 2,23 5,8 5,93 2,63 6
Esquerdo
67,77% 5,82 2,2 5,9 5,74 2,9 6
Tabela 6 - Caracterização da Dor à Função Orofacial segundo à função orofacial, a
porcentagem de pacientes, as médias, os desvios padrão e as medianas nas escalas VAS e CR10
Adaptada para a Língua Portuguesa.
VAS CR10 Adaptada
Função Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Mastigação
71,07% 4,94 2,31 4,95 4,77 2,7 5
Fonação
31,40% 4,2 2,19 3,7 3,87 2,31 4,5
Deglutição
4,96% 4 2,91 3,25 2,92 3,5 1,75
30
Tabela 7 - Caracterização da Dor à Palpação no lado DIREITO segundo a localização, a
porcentagem de pacientes, as médias, os desvios padrão e as medianas nas escalas VAS e CR10
Adaptada para a Língua Portuguesa.
LADO DIREITO
VAS CR10 Adaptada
Localização
Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Temporal
62,81% 3,71 2,15 3,3 3,37 2,7 2,5
Masséter
39,67% 3,6 2,25 3,4 3,53 2,67 3
Pt. Medial
24,00% 4,04 2,64 3,5 3,72 2,24 4
Região do Pt. Lateral
48,76% 3,7 2,38 3,1 3,41 2,51 3
Esternocleidom.
48,00% 3,2 2,07 2,95 3,03 2,58 2,25
Trapézio
70,25% 3,73 2,42 3,2 3,42 2,87 2,5
Supra-Hioideos
9,92% 3,08 2,23 2,45 2,95 2,13 2,5
Infra-Hiodeos
6,61% 3,95 2,16 3,15 3,75 1,65 3
ATM-P.Lat.
56,20% 4,3 2,23 4,2 4,3 2,7 4
ATM-P.Post
45,45% 3,94 2,33 3,8 3,81 2,79 4
Tabela 8 - Caracterização da Dor à Palpação no lado ESQUERDO segundo a localização, a
porcentagem de pacientes, as médias, os desvios padrão e as medianas nas escalas VAS e CR10
Adaptada para a Língua Portuguesa.
LADO ESQUERDO
VAS CR10 Adaptada
Localização
Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Temporal
67,00% 3,68 2,24 3,1 3,3 2,75 2,5
Masséter
42,15% 3,49 2,11 3,1 3,28 2,64 3
Pt. Medial
23,14% 4,01 2,43 3,55 3,89 2,34 4,5
Região do Pt. Lateral
41,32% 3,65 2,49 3,15 3,47 2,83 2,5
Esternocleidom.
44,63% 3,16 2,06 2,9 2,93 2,51 2,5
Trapézio
62,00% 3,75 2,33 3,15 3,59 2,72 3
Supra-Hioideos
10,74% 3,39 2,41 2,6 3,26 2,33 2,5
Infra-Hiodeos
6,61% 3,95 2,16 3,15 3,75 1,65 3
ATM-P.Lat.
53,72% 4,19 2,59 3,95 4,27 3,08 4
ATM-P.Post
49,60% 3,9 2,49 3,45 3,57 2,83 3
31
Quanto à apresentação da dor, as maiores incidências foram para Dor Espontânea no
lado direito da cabeça/pescoço (73,55% dos pacientes) seguida pela Dor durante Mastigação
(71,07% dos pacientes) e pela Dor ao Exame de Palpação no Trapézio lado direito (70,25%)
(tabelas 5, 6, 7 e 8). Observa-se que a soma das porcentagens para cada tipo de dor excede 100%
porque cada paciente poderia apresentar mais de um tipo de dor.
Dividiu-se a amostra total de 121 portadores de DTMs em duas sub-amostras: Mulheres
(n=100) e Homens (n=21); a fim de investigar se existiam diferenças entre os gêneros nos
julgamentos das condições de dor avaliadas (Tabelas 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16). Comparando
essas duas amostras por meio do teste t – Student pôde-se constatar diferenças significativas entre
os gêneros somente para as pontuações na VAS para dor ao Exame de Palpação no Masséter
esquerdo; no Trapézio direito e no Trapézio esquerdo (p<0,05).
Tabela 9 - Caracterização de Dor Espontânea no sub-grupo do Sexo Feminino (n=100)
segundo a localização, a porcentagem de pacientes, as médias, os desvios padrão e as medianas
nas escalas VAS e CR10 Adaptada para a Língua Portuguesa.
VAS CR10 Adaptada
Localização Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Direito
78% 5,94 2,13 5,9 5,88 2,60 6
Esquerdo
68% 5,98 2,05 5,9 5,66 2,83 6
Tabela 10 - Caracterização de Dor Espontânea no sub-grupo do Sexo Masculino (n=21)
segundo a localização, a porcentagem de pacientes, as médias, os desvios padrão e as medianas
nas escalas VAS e CR10 Adaptada para a Língua Portuguesa.
VAS CR10 Adaptada
Localização Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Direito
52,38% 5 2,77 4,60 6,27 2,99 6,39
Esquerdo
66,7% 5,09 2,79 5,09 6,15 3,30 6,50
32
Tabela 11 - Caracterização da Dor à Função Orofacial no sub-grupo do Sexo Feminino
(n=100) segundo à função orofacial, a porcentagem de pacientes, as médias, os desvios padrão e
as medianas nas escalas VAS e CR10 Adaptada para a Língua Portuguesa.
VAS CR10 Adaptada
Função Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Mastigação
78% 4,89 2,24 4,95 4,74 2,69 5
Fonação
34% 4,33 2,23 4,5 4,05 2,27 5
Deglutição
6% 4 2,91 3,25 2,92 3,5 1,75
Tabela 12 - Caracterização da Dor à Função Orofacial no sub-grupo do Sexo Masculino
(n=21) segundo à função orofacial, a porcentagem de pacientes, as médias, os desvios padrão e as
medianas nas escalas VAS e CR10 Adaptada para a Língua Portuguesa.
VAS CR10 Adaptada
Função Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Mastigação
38,1% 5,5 3,03 5,25 5,10 2,93 4,25
Fonação
19,05% 3,1 1,56 2,85 2,28 2,3 1,75
Deglutição
0% ---- ---- ---- ---- ---- ----
33
Tabela 13 - Caracterização da Dor à Palpação no lado DIREITO no sub-grupo do Sexo
Feminino (n=100) segundo a localização, a porcentagem de pacientes, as médias, os desvios
padrão e as medianas nas escalas VAS e CR10 Adaptada para a Língua Portuguesa.
LADO DIREITO
VAS CR10 Adaptada
Localização
Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Temporal
70% 3,83 2,11 3,55 3,42 2,67 2,5
Masséter
44% 3,79 2,23 3,7 3,69 2,70 3,5
Pt. Medial
28% 4,16 2,60 3,7 3,85 2,17 4,25
Região do Pt. Lateral
55% 3,72 2,32 3,1 3,38 2,42 3
Esternocleidom.
57% 3,2 2,09 2,9 3,04 2,60 2
Trapézio
75% 4 2,39 3,6 3,64 2,90 3
Supra-Hioideos
12% 3,08 2,23 2,45 2,95 2,13 2,5
Infra-Hiodeos
8% 3,95 2,16 3,15 3,75 1,65 3
ATM-P.Lat.
64% 4,39 2,23 4,2 4,36 2,73 4
ATM-P.Post
52% 4,03 2,31 3,85 3,86 280 4
Tabela 14 - Caracterização da Dor à Palpação no lado DIREITO no sub-grupo do Sexo
Masculino (n=21) segundo a localização, a porcentagem de pacientes, as médias, os desvios
padrão e as medianas nas escalas VAS e CR10 Adaptada para a Língua Portuguesa.
LADO DIREITO
VAS CR10 Adaptada
Localização
Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Temporal
28,57% 2,37 2,34 1,75 2,77 3,13 1,75
Masséter
19,05% 1,53 1,16 1,55 1,78 1,46 2
Pt. Medial
4,76% 0,7 --- 0,7 0,1 ----- 0,1
Região do Pt. Lateral
19,05% 3,35 3,57 2,90 3,83 4 3,5
Esternocleidom.
4,76% 3,1 ---- 3,1 2,5 ---- 2,5
Trapézio
47,62% 1,65 1,48 1,2 1,73 2,01 1
Supra-Hioideos
0% ---- ---- ---- ---- ---- ----
Infra-Hiodeos
0% ---- ---- ---- ---- ---- ----
ATM-P.Lat.
19,05% 2,98 1,97 3,05 3,40 2,24 4,25
ATM-P.Post
14,28% 2,23 2,48 0,90 3,03 2,95 3
34
Tabela 15 - Caracterização da Dor à Palpação no lado ESQUERDO no sub-grupo do Sexo
Feminino (n=100) segundo a localização, a porcentagem de pacientes, as médias, os desvios
padrão e as medianas nas escalas VAS e CR10 Adaptada para a Língua Portuguesa.
LADO ESQUERDO
VAS CR10 Adaptada
Localização
Sujeitos (%)
Média DP Mediana Média DP Mediana
Temporal
76% 3,76 2,22 3,3 3,33 2,72 2,5
Masséter
46% 3,68 2,10 3,4 3,43 2,71 3
Pt. Medial
27% 4,13 2,38 3,6 4,03 2,27 5
Região do Pt. Lateral
45% 3,72 2,44 3,2 3,47 2,78 2,5
Esternocleidom.
52% 3,19 2,09 2,9 2,99 2,53 2,5
Trapézio
66% 4,03 2,27 3,75 3,82 2,69 3,5
Supra-Hioideos
13% 3,39 2,41 2,6 3,26 2,33 2,5
Infra-Hiodeos
8% 3,95 2,16 3,15 3,75 1,65 3
ATM-P.Lat.
56% 4,38 2,55 4 4,52 3,02 4
ATM-P.Post
54% 4,08 2,48 3,6 3,74 2,85 3,5
Tabela 16 - Caracterização da Dor à Palpação no lado ESQUERDO no sub-grupo do Sexo
Masculino (n=21) segundo a localização, a porcentagem de pacientes, as médias, os desvios
padrão e as medianas nas escalas VAS e CR10 Adaptada para a Língua Portuguesa.
LADO ESQUERDO
VAS CR10 Adaptada
Localização
Sujeitos (%) Média DP Mediana Média DP Mediana
Temporal
23,81% 2,58 2,56 2,2 2,92 3,47 1,5
Masséter
23,81% 1,68 1,06 2,3 1,92 1,31 2,5
Pt. Medial
4,76% 0,7 ---- 0,7 0,1 ---- 0,1
Região do Pt. Lateral
23,81% 3,02 3,17 1,6 3,46 3,63 2,5
Esternocleidom.
9,52% 2,35 1,06 2,35 1,3 1,7 1,3
Trapézio
38,1% 1,45 1,44 0,95 1,69 2,25 0,5
Supra-Hioideos
0% ---- ---- ---- ---- ---- ----
Infra-Hiodeos
0% ---- ---- ---- ---- ---- ----
ATM-P.Lat.
42,86% 3 2,62 2,7 2,76 3,16 2,5
ATM-P.Post
28,57% 2,27 2,06 1,7 1,98 2,28 1,35
35
Quanto à percepção dos pacientes acerca da Facilidade das escalas para o registro de dor,
a CR10 foi escolhida como mais fácil de ser compreendida por 48 pacientes (39,67%), ambas as
escalas foram escolhidas por 47 pacientes (38,84%) e a VAS foi escolhida por 26 pacientes
(21,50%) (Tabela 17).
Quanto à Adequação das escalas para o registro de dor, a CR10 foi escolhida como mais
adequada por 88 pacientes (72,72%). Desses, 44 pacientes apontaram como argumento a
presença de valores numéricos; 27 pacientes a presença de palavras e os 17 pacientes restantes, a
presença de palavras e números. Da amostra total, a VAS foi escolhida por 21 pacientes
(17,35%) sendo que destes, 17 pacientes apontaram como argumento a apresentação visual da
escala. Ambas as escalas foram escolhidas como adequadas para medir dor por 12 pacientes
(9,92%).
Tabela 17 - Número e Porcentagem de pacientes para cada escala segundo a facilidade de
compreensão e adequação para registro de dor
Escala
Facilidade de compreensão Adequação para registro de dor
CR10 Modificada
48 (39,67%) 88 (72,72%)
VAS
26 (21,50%) 21 (17,35%)
Ambas
47 (38,84%) 12 (9,92%)
Entre os 121 pacientes avaliados, 118 (97,52%) apresentaram dor em pelo menos uma das
24 condições de medidas possíveis (dor espontânea: uma condição, dor durante função: três
condições, dor à palpação: vinte condições, sendo dez para cada lado da cabeça e/ou pescoço).
36
Esses 121 sujeitos produziram um total de 1285 medidas de dor em cada uma das escalas, sendo
171 para a dor Espontânea, 130 para dor Durante Função Orofacial e 984 para dor à Palpação.
Pôde-se observar que houve uma tendência de elevação significativa dos valores médios
atribuídos às categorias verbais Absolutamente Nada; Muito Fraco; Fraco e Moderado e uma
tendência de diminuição significativa do valor atribuído à categoria verbal Extramente Fraco
(p<0,05). Na maior parte dos julgamentos na CR10 (30,34% do total de medidas) a dor foi
descrita por meio da categoria Moderado. As médias, os desvios padrão e as medianas para cada
uma das categorias verbais são apresentados na tabela 18.
Tabela 18 - Categorias verbais em Inglês e em Português (Brasil) usadas como âncoras da escala
CR10 adaptada para a língua portuguesa
Categoria Verbal CR10 Adaptada VAS
Inglês L. Portuguesa Média DP Mediana Média DP Mediana N (%)
Ab.Nada 0 0 0,13* 0,12 0,1 1,83 1,92 1,2 119 9,28%
Extr.Fraco 0.5 0,5 0,42* 0,18 0,3 2,09 1.36 2,0 110 8,58%
Muito fraco 1 1 1,33* 0.36 1,5 2,01 1.30 1,8 127 9,91%
Fraco 2 2 2.41* 0,56 2,5 3,02 1.43 2,8 230 17,89%
Moderado 3 4 4,84* 1,10 5 4.66 1,71 4,5 389 30,34%
Forte 5 7 7,11 0,98 7 6.39 1.75 6,4 229 17,86%
Muito forte 7 9 9,01 0,59 9 7.36 1.46 7,3 74 5,77%
Extr. Forte 10 10 10 0 10 8,73 0,87 8,4 7 0,55%
Maior q ext. forte >10 ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ----
* p<0.05
O coeficiente de correlação de Pearson entre todas as pontuações da VAS e da CR10 foi
de 0,76. Os coeficientes da correlação de Pearson para cada avaliação de dor separadamente
foram: 0,66 para Dor Espontânea, 0,58 para Dor Durante Função Orofacial e 0,78 para Dor ao
Exame de Palpação (Figura 4). Todos esses coeficientes indicam um moderado grau de validade
de critério por concorrência.
37
n = 171; r = 0,66
n = 981; r = 0,78
n = 130; r = 0,58
(A)
(C)
(B)
Figura 4. Relação entre os escores da CR10 adaptada para Língua Portuguesa e da VAS para
(A) Dor Espontânea, (B) Dor Durante Função Orofacial e (C) Dor Durante à Palpação (n=
número de mensurações, r=coeficiente de correlação de Pearson).
38
DISCUSSÃO
A dor, isolada ou associada a outro sinal e/ou sintoma, é caracterizada como a principal
queixa em DTMs (86% dos pacientes). Essa dor, descrita principalmente por meio das categorias
Fraco, Moderado e Forte, com intensidades numéricas médias variando entre 2,41 até 7,11
sugere que esse sintoma não seja tão intenso.
A persistência dos sinais e sintomas por um tempo relativamente longo (em média 6,5
anos) evidencia o caráter crônico das DTMs. Porém, a menor distribuição de pacientes nas 5ª e 6ª
décadas de vida pode evidenciar uma característica auto-resolutiva dessas disfunções.
A vivência dos sinais e sintomas associados às DTMs acarreta conseqüências negativas na
vida dos portadores como alterações de humor; dificuldades para mastigar/alimentar, dificuldades
para trabalhar, limitações nos relacionamentos sociais e alterações na qualidade do sono.
As DTMs são associadas a manifestação de hábitos parafuncionais, que tanto podem estar
atuando como desencadeadores ou perpetuadores dessa disfunções.
A porcentagem de mulheres (83%) que busca por tratamento especializado para as DTMs
é superior a de homens. Esses dados coincidem com os de Oliveira (1992) em um estudo com
600 portadores dessas disfunções. Isso sugere uma tendência de distribuição de 4 mulheres para
cada homem que procuram por tratamento especializado para DTMs.
As intensidades de dor julgadas por homens e mulheres, no entanto, segue uma tendência
semelhante. Quanto às distribuições de dor por década de vida, houve uma prevalência maior de
mulheres na 4ª década e dos homens na 3ª década. Essa distribuição pode sugerir que nas
mulheres as alterações hormonais decorrentes da menopausa possam predispor a manifestação
das DTMs. Nos homens, a vivência de instabilidade profissional, geralmente mais intensa por
volta da 3ª década de vida pode ser um fator cultural que predisponha à manifestação das DTMs.
39
Considerando as três condições de dor avaliadas há distribuições de freqüências
relativamente semelhantes: Espontânea (lado direito: 73,55% dos pacientes), Durante Função
(Mastigação: 71,07% dos pacientes) e ao Exame de Palpação (Trapézio lado direito: 70,25% dos
pacientes). Isso evidencia a importância da inclusão das três condições de dor (Espontânea,
Durante Função Orofacial e ao Exame de Palpação) na investigação e diagnóstico de DTMs.
Os julgamentos dos pacientes quanto à facilidade e adequação das escalas apontaram que
a CR10 é, no geral, melhor do que a VAS para mensuração da dor relacionada às DTMs. Nesse
sentido, a utilização da CR10 padronizada para Língua Portuguesa pode representar para o
clínico/pesquisador um ganho na medida em que favorece a mensuração da dor pela facilidade de
compreensão das instruções por parte do examinando e a comunicação entre examinando e
examinador pela presença de âncoras verbais e numéricas associadas em uma escala de razão. As
justificativas apresentadas pelos pacientes para a escolha da CR10 apontaram preferencialmente a
presença de números exclusivamente ou associados às palavras. Isso pode ser sugestivo de que as
categorias verbais utilizadas na CR10 apesar de serem facilitadoras da comunicação da percepção
de dor ainda podem causar equívocos e dificuldades interpretativas em pessoas de baixa
escolaridade. Isso ficou bem ilustrado no relato de um dos pacientes que afirma que a VAS é
“melhor para demonstrar a dor e mais simples porque não há palavras com sentido semelhante
como por exemplo Extremamente Fraco, Muito Fraco e Fraco” (presentes na CR10). Nesse
sentido, pode-se interpretar a tendência de elevação dos valores numéricos médios associados a
algumas categorias verbais.
40
DISCUSSÃO
GERAL
41
A dor configurada como sintoma predominante em DTMs requer do clínico/ pesquisador
formas adequadas de mensurá-la e avaliá-la. Para esses procedimentos a VAS tem sido
tradicionalmente utilizada na odontologia. Porém, o que o presente trabalho mostra é que a CR10
além de adequada para mensurar a dor é, segundo os pacientes, mais vantajosa do que a VAS.
Uma das vantagens, apontadas na literatura, para a CR10 é a facilidade de comunicação
da variável avaliada pela presença de âncoras verbais ao longo de toda a escala (BORG, 1998).
No entanto, os pacientes consideraram a presença de números na CR10 como principal
justificativa para escolha dessa escala. Isso pode sugerir que alguns adjetivos utilizados, na
CR10, para descrever baixas intensidades de dor como Extremamente Fraco, Muito Fraco e
Fraco podem gerar equívocos interpretativos em pessoas com baixa escolaridade o que requer do
clínico ou pesquisador o fornecimento de instruções bastante claras.
A adaptação proposta, no presente trabalho, para a associação entre algumas categorias
verbais e valores numéricos (Forte - 7 e Muito Forte – 9) foi adequada para a população estudada
como pode ser observado na equivalência entre as medianas e as médias apresentadas para essas
categorias e os valores propostos na escala que está sendo validada. Esses dados corroboram o
trabalho de Ferreira-Bacci (2004) que mostrou que as expressões verbais: Moderate, Strong e
Very Strong quando traduzidas para o português adquirem significado quantitativo diferente das
mesmas categorias em inglês. Esses dados enfatizam os riscos decorrentes da tradução literal da
CR10 do inglês para a língua portuguesa como a elaboração de falsas conclusões e a consecução
de tratamentos inadequados.
Para a categoria verbal Moderado, muito utilizada para descrever dor em DTMs, existe
uma tendência evidente de elevação do significado de intensidade (associada a valores médios
iguais a 4,84 e valores medianos iguais a 5) em relação ao proposto na forma original da escala
CR10 (associada ao valor 3) e na forma que está sendo validada (associada ao valor 4) nesse
42
estudo. Consultando o dicionário Aurélio constata-se que a palavra moderada é sinônima de
suave. No entanto, a intensidade numérica associada a essa categoria quando avaliada
independentemente de uma escala sensorial mostra valores próximos a cinco mesmo inclusive em
populações com nível de escolaridade referente a 3º grau. Essa discrepância sugere a
possibilidade de revisão no uso dessa categoria verbal para escalas psicofísicas utilizadas na
língua portuguesa.
Nesse sentido, a adaptação e padronização da CR10 à língua portuguesa para avaliação de
dor associada às DTMs exigia a investigação dos significados quantitativos das expressões
verbais presentes na CR10. O Estudo I mostrou que de fato há uma tendência em se elevar os
valores numéricos associados às categorias verbais quando comparados aos mesmos valores da
escala original em inglês. Essa elevação ocasionou uma reformulação da CR10 a fim de adaptá-la
à Língua Portuguesa. Essa adaptação da CR10 investigada no Estudo II mostrou que é válida
para mensuração de dor associada às DTMs. Evidencia-se assim a importância do uso da CR10
adaptada para a Língua Portuguesa como oportunidade de uma mensuração mais precisa da dor
associada às DTMs.
Por fim, salienta-se que uma avaliação adequada da dor possibilita ao paciente o
reconhecimento da legitimidade do sintoma, sua quantificação e sua correta descrição. Além
disso, o paciente sentindo-se mais compreendido torna-se um participante ativo no tratamento
favorecendo consequentemente os resultados. Para os profissionais da saúde, uma avaliação
adequada da dor pode diminuir a frustração e a impotência frente a assertividade no alívio da dor.
43
REFERÊNCIAS
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48
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49
ANEXOS
50
ANEXO A
Instruções para Escala CR10 de Borg (© Gunnar Borg, 1981, 1982, 1998):
Tente se lembrar da dor mais intensa que você já experimentou.. Qual foi essa dor? Vamos supor
que essa dor represente a intensidade “10, Extremamente forte”. Contudo, pode ser possível experimentar
ou imaginar algo ainda mais forte. Portanto, o “Máximo Absoluto” está posicionado um pouco mais
abaixo na escala, sem receber um número fixo; esse nível está marcado por um ponto “”. Se você
perceber uma intensidade maior do que 10, poderá usar um número mais elevado.
Comece com uma expressão verbal e, em seguida, escolha um número. Se a sua percepção é
‘Muito Fraca”, escolha 1; se “Moderada, escolha 3, etc. Fique à vontade para utilizar meios valores (como
1,5 ou 3,5) ou decimais (como por exemplo, 0,3; 0,8 ou 2,3). É muito importante que você responda o que
percebeu, e não o que acredita que deveria responder. Seja o mais honesto possível, e tente não exagerar e
nem diminuir as intensidades de dor.
0 Absolutamente Nada “Sem D”
0,3
0,5 Extremamente Fraco Apenas Perceptível
1 Muito Fraco
1,5
2 Fraco Leve
2,5
3 Moderado
4
5 Forte Intenso
6
7 Muito Forte
8
9
10 Extremamente Forte “D Máx.”
11
...
MÁXIMO ABSOLUTO O MAIS INTENSO POSSÍVEL
51
ANEXO B
Instruções para a Escala Analógica Visual para a percepção de dor:
Avalie como você se sente, nesse momento com relação a dor. Considere a linha abaixo
como representando todas as diversas intensidades de dor que você possa sentir. As extremidades
esquerda e direita indicam o mínimo e o máximo de dor respectivamente. Marque, claramente,
essa linha com um traço vertical representativo da quantidade de dor que você sente agora.
É
muito importante que você responda o que percebeu, e não o que acredita que deveria responder. Seja o
mais honesto possível, e tente não exagerar e nem diminuir as intensidades de dor.
____________________________________________________
Ausência de Dor Pior Dor Possível
52
ANEXO C
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, _____________________________________________________________, fui informado
(a) de que a pesquisa “Adaptação da Escala CR10 à Língua Portuguesa do Brasil para
Mensurar Dor em Disfunções Temporomandibulares” a ser desenvolvida por Adriana do
Vale Ferreira Bacci sob a orientação do Prof. Dr. Sérgio Sheiji Fukusima tem por objetivo
conhecer a associação entre palavras utilizadas para a comunicação de dor e valores numéricos
representativos de intensidades de dor. Todas as informações e dados obtidos nessa pesquisa
poderão ser utilizados em reuniões e/ou em publicações científicas sem que minha identidade seja
revelada.
Sei que para participar deverei responder a algumas perguntas onde deverei associar palavras a
números e vice-versa.
Sei ainda que minha participação não oferecerá riscos à minha integridade física e mental e que
posso não concordar em participar da pesquisa agora ou em qualquer outro momento.
Estando ciente dessas informações, concordo em participar da pesquisa.
Ribeirão Preto, ___ de _______ de 200_.
Nome do participante: _____________________________________________
Endereço: _______________________________________________________
Assinatura: _______________________________________________________
Pesquisadores responsáveis:
Adriana do Vale Ferreira Bacci
RG: 22597691-2
Assinatura: _______________________________________________________
Sérgio Sheiji Fukusima
RG: 8104069
Assinatura: ________________________________________________________
Endereço: Av Bandeirantes, 3900. Tel: 6023729. Ribeirão Preto – SP
53
ANEXO D
54
ANEXO E
Nome:
Idade: Data de Nascimento:
Estado Civil: Sexo: ( ) Masc. ( ) Fem.
Naturalidade: Procedência:
Escolaridade:
Profissão:
INSTRUÇÕES
Sabemos que algumas palavras ou expressões verbais podem ser associadas a
números. Entre essas palavras ou expressões verbais escolhemos “extremamente
forte” e atribuímos o valor 10. Agora, gostaríamos de saber quais números você
atribui a outras palavras ou expressões verbais comparando com a expressão
“extremamente forte” que vale 10. Por exemplo, se você julgar que uma
determinada expressão representa 2 vezes menos que “extremamente forte”, que
vale 10, então você deverá lhe atribuir o valor 5. Você poderá utilizar números
inteiros ou fracionários. Escreva osmeros à frente de cada palavra. Alguma
dúvida?
Extremamente Forte = 10
FORTE= MODERADO=
MUITO FRACO= FRACO=
EXTREMAMENTE FRACO= MUITO FORTE=
ABSOLUTAMENTE NADA =
55
ANEXO F
Instruções para Escala CR10 de Borg (Adaptada para à Língua Portuguesa do Brasil):
Tente se lembrar da dor mais intensa que você já experimentou. Qual foi essa dor? Vamos supor
que essa dor represente a intensidade “10, Extremamente forte”. Contudo, pode ser possível experimentar
ou imaginar algo ainda mais forte. Portanto, o “Máximo Absoluto” está posicionado um pouco mais
abaixo na escala, sem receber um número fixo; esse nível está marcado por um ponto “”. Se você
perceber uma intensidade maior do que 10, poderá usar um número mais elevado.
Comece com uma expressão verbal e, em seguida, escolha um número. Se a sua percepção é
‘Muito Fraca”, escolha 1; se “Moderada, escolha 4, etc. Fique à vontade para utilizar meios valores (como
1,5 ou 3,5) ou decimais (como por exemplo, 0,3; 0,8 ou 2,3). É muito importante que você responda o que
percebeu, e não o que acredita que deveria responder. Seja o mais honesto possível, e tente não exagerar e
nem diminuir as intensidades de dor.
Tipo de dor: E ( ) ; F (M, D, F); P ( )
0 Absolutamente Nada “Sem D”
0,3
0,5 Extremamente Fraco Apenas Perceptível
0,7
1 Muito Fraco
1,5
2 Fraco Leve
2,5
3
4 Moderado
5
6
7 Forte Intenso
8
9 Muito Forte
9,5
10 Extremamente Forte “D Máx.”
11
...
MÁXIMO ABSOLUTO O MAIS INTENSO POSSÍVEL
56
ANEXO G
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, _____________________________________________________________, fui informado
(a) de que a pesquisa “Adaptação da Escala CR10 à Língua Portuguesa do Brasil para
Mensurar Dor em Disfunções Temporomandibulares” a ser desenvolvida por Adriana do
Vale Ferreira Bacci sob a orientação do Prof. Dr. Sérgio Sheiji Fukusima tem por objetivo saber
se uma escala específica para a avaliação de dor é adequada para identificar a intensidade da dor
associada às Disfunções Temporomandibulares. Todas as informações e dados obtidos nessa
pesquisa poderão ser utilizados em reuniões e/ou em publicações científicas sem que minha
identidade seja revelada.
Sei que para participar deverei responder a uma entrevista e a escalas de avaliação de dor. Nessas
escalas, deverei tentar expressar a dor que posso sentir ao exame de palpação realizado pela
pesquisadora. A intensidade de minha dor será expressa através de números, palavras e
marcações em uma linha que vai de uma Ausência de dor até a Pior dor possível.
Estou ciente de que a pesquisadora não irá me fornecer nenhum tipo de tratamento,
independentemente da intensidade de minha dor.
Sei ainda que minha participação não oferecerá riscos à minha integridade física e mental e que
posso não concordar em participar da pesquisa agora ou em qualquer outro momento, sem perder
a possibilidade de receber o atendimento odontológico.
Estando ciente dessas informações, concordo em participar da pesquisa.
Ribeirão Preto, ___ de _______ de 200_.
Nome do participante: _____________________________________________
Endereço: _______________________________________________________
Assinatura: _______________________________________________________
Pesquisadores responsáveis:
Adriana do Vale Ferreira Bacci
RG: 22597691-2
Assinatura: _______________________________________________________
Sérgio Sheiji Fukusima
RG: 8104069
Assinatura: ________________________________________________________
Endereço: Av Bandeirantes, 3900. Tel: 6023729. Ribeirão Preto – SP
57
ANEXO H
ANAMNESE
1.IDENTIFICAÇÃO
Nome:
Idade: Data de Nascimento:
Estado Civil: Sexo: ( ) Masc. ( ) Fem.
Naturalidade: Procedência:
Escolaridade:
Profissão:
2.FONTE E MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO
- Queixa principal:
- Desde quando você nota essa problemática?
- Como se iniciou e foi se desenvolvendo essa problemática?
- Quais são, na sua opinião, as possíveis causas dessa problemática? (Investigar fatores pessoais, sociais ou
ambientais que possam estar relacionados ao aparecimento e evolução dos sintomas)
- De que forma as dificuldades citadas afetaram sua vida de modo geral? Como é a reação das pessoas do seu
ambiente frente a sua problemática?
- Em quais situações essa problemática ocorre? (onde, quando, com quem)
3.OUTRAS QUEIXAS:
- Além do que você falou que o incomoda, você percebe que possui outras problemáticas?
4.ATENDIMENTOS ANTERIORES
- Já procurou algum tipo de ajuda para resolver o problema? (Especificar quais profissionais e em que ordem,
que tipo de ajuda, por quanto tempo e em que esquema de trabalho)
5.HISTÓRIAPESSOAL
5.1 Saúde: Está ou esteve doente ultimamente?
Está tomando algum medicamento?
Já teve algum traumatismo na cabeça ou pescoço?
Aperta ou range os dentes?
Já passou por alguma cirurgia?
Teve algum processo infeccioso?
5.2 Alimentação/Nutrição: Sente alguma dificuldade para comer? Em caso positivo, qual?
Teve que mudar a alimentação por causa da problemática?
5.3 Sono: Toma medicamento para dormir?
Dorme em média quantas horas?
Como é o sono?
Como se sente ao acordar?
5.4 Socialização: Mora com quem?
Têm amigos? Com que freqüência os encontra?
Quais são suas atividades preferidas? E o que você faz para relaxar?
Pratica algum esporte?
58
ANEXO I
Regiões de face e pescoço para avaliação de dor à palpação
59
Legenda: A: Temporal
B: Masseter
C: Pterigóideo Medial
D: Esternocleidomastoideo
E: Trapézio
F: Suprahiodeos
G: Infrahiodeos
H: ATM pólo lateral
I: ATM pólo posterior
J: Região do Músculo Pterigóideo Lateral
60
ANEXO J
Tabelas com dados obtidos nas Anamneses
Tabela 1 - Queixas principais da amostra de 121 portadores de DTMs.
Tabela 2 - Idade, sexo, início e duração da queixa principal (em anos) da amostra de 121
portadores de DTMs.
Tabela 3 - Situações relacionadas às DTMs segundo a amostra de 121 portadores de DTMs.
Tabela 4 - Queixas secundárias apresentadas pela amostra de 121 portadores de DTMs.
Tabela 5 - Causas das queixas principais relatadas pela amostra de 121 portadores de DTMs.
Tabela 6 - Profissionais consultados (com respectivos tratamentos) pela amostra de 121
portadores de DTMs.
Tabela 7 - Influência das DTMs na vida dos portadores dessa disfunção e reações das pessoas
de convívio próximo segundo a amostra de 121 portadores de DTMs.
Tabela 8 - Uso de medicação para dormir, qualidade do sono e sensação ao acordar segundo a
amostra de 121 portadores de DTMs.
Tabela 9 - Dificuldade de alimentação e necessidade de modificá-la segundo a amostra de 121
portadores de DTMs.
Tabela 10 - Residência, amizades e freqüência de encontros com amigos segundo a amostra de
121 portadores de DTMs.
Tabela 11 - Atividades preferidas e atividades eleitas para relaxar segundo a amostra de 121
portadores de DTMs.
Tabela 12 - Presença de Doença (atual ou até 15 dias antes da avaliação) e uso de Medicação
segundo a amostra de 121 portadores de DTMs.
Tabela 13 -
Vivência de Trauma (cabeça/pescoço), Briquismo (apertar dentes), Bruxismo
(ranger dentes), Cirurgia e Infecção segundo a amostra de 121 portadores de DTMs.
61
Tabela 1- Queixas principais da amostra de 121 portadores de DTMs.
Paciente Queixa principal
1 Estalos nas ATMs e dor
2 Encaminhamento de fisioterapeuta
3 Dor no rosto e apertamento de dentes
4 Dor nos maxilares
5 Dor nos maxilares e cabeça
6 Dor nas maçãs do rosto
7 Dor nas ATMs e cabeça
8 Dor no rosto e pescoço
9 Dor nos maxilares e rosto torto
10 Paralisia facial e dor para mastigar
11 Dor na cabeça
12 Estalos e dor nas ATMs
13 Dor e pressão na cabeça
14 Encaminhamento de cirurgião de cabeça e pescoço
15 Dor no corpo todo
16 Dor nos maxilares
17 Dor no ouvido esquerdo e encaminhamento de CD
18 Dor e pontada na cabeça, zumbido no ouvido e encaminhamento médico
19 Dor de cabeça e estalos nas ATMs
20 Dor na região do ouvido esquerdo
21 Dor de cabeça e estalos nas ATMs
22 Dor de cabeça e nos maxilares
23 Encaminhamento CD
24 Dor de cabeça
25 Dor nas ATMs principalmente esquerda e travamento de boca
26 Dor de cabeça
27 Dor nos maxilares
28 Dor nas ATMs principalmente esquerda
29 Dor nas ATMs e cabeça
30 Dor no rosto
31 Dor no rosto
32 Estalos e dor nas ATMs e encaminhamento médico
33 Estalos nas ATMs
34 Dor de cabeça, maxilares e ombros
35 Dor nas ATMs
36 Desconforto nos dentes com dor que irradia para a cabeça
37 Encaminhamento médico
38 Dor e estalos nos maxilares
39 Dor nas ATMs principalmente esquerda e estalos e encaminhamento médico
40 Cansaço maxilar
41 Dor na ATM esquerda e cabeça
42 Bruxismo e encaminhamento de CD
43 Dor nas ATMs e estalos
Continua
62
Continuação
Paciente Queixa principal
43 Dor nas ATMs e estalos
44 Dor de cabeça e maxilares e mordida falsa
45 Bruxismo e estalos nas ATMs
46 Dor de ouvido e travamento de boca
47 Bruxismo, dor de cabeça e estalos nas ATMs
48 Bruxismo, dor de cabeça, ombros travados e encaminhamento CD
49 Bruxismo, dor de cabeça e encaminhamento CD
50 Dor de cabeça
51 Dor nos maxilares principalmente esquerdo
52 Bruxismo com desgaste dos dentes
53 Dor de cabeça e rosto principalmente lado direito
54 Dor nas ATMs
55 Dor no lado direito do rosto
56 Dor na mandíbula e estalos nas ATMs
57 Dor nos maxilares
58 Dor de cabeça, na nuca, zumbido e dor nos ouvidos e encaminhamento de otorrino
59 Apertamento de dentes e dentes doloridos
60 Zumbido nos ouvidos principalmente esquerdo e encaminhamento de CD
61 Dor de cabeça, má oclusão e encaminhamento de CD
62 Desgaste nos dentes e encaminhamento de CD
63 Dor no lado direito do rosto e coceira na gengiva na região posterior direita
64 Dor nos maxilares
65 Dor nos maxilares
66 Dor de cabeça e pescoço
67 Encaminhamento CD e neuro
68 Dor e estalos nas ATMs e encaminhamento CD
69 Dor e estalos nas ATMs e dor de cabeça
70 Dor nos maxilares, ouvido e olhos
71 Dor nos rosto seguida de formigamento
72 Dor nos dentes, apertamento de dentes e encaminhamento CD
73 Bruxismo, sensibilidade na gengiva e dor na mandíbula
74 Dor de cabeça
75 Dor no rosto lado esquerdo, ouvido esquerdo e dor de cabeça
76 Estalos e dor nas ATMs
77 Dor no ouvido e maxilar
78 Bruxismo e dor na face
79 Dor de cabeça e na face
80 Dor de ouvido com agulhadas, dor no pescoço e bruxismo
81 Dor no rosto e apertamento de dentes
82 Dor na face direita e estalos nas ATMs
83 Dor na cabeça principalmente direita e bruxismo
84 Estalos nas ATMs
85 Dor nas ATMs
86 Dor de ouvido, nuca e costas, estalos nas ATMs e encaminhamento CD
87 Dor no maxilar direito
63
Conclusão
Paciente Queixa principal
87 Dor no maxilar direito
88 Bruxismo, apertamento de dentes e bochecha
89 Pressão e dor de ouvido, dor e cansaço no masseter principalmente direito
90
Dor de ouvido com perda de um pouco da audição esquerda, dor de dente, zumbido, apertamento de dentes e
dor de cabeça
91 Dor e travamento de maxilares
92 Bruxismo, dor nos maxilares, ouvido, dor de cabeça e pressão nos ouvidos e estalos nas ATMs
93 Estalos e dor nas ATMs com sensação de que vai travar e bruxismo
94 Dor nas ATMs ao abrir a boca
95 Bruxismo, dor nas ATMs e face
96 Dor no pescoço e ombro direito e tontura
97 Bruxismo e dor na face
98 Dor de cabeça, bruxismo e desgaste dentário
99 Maxilares travados
100 Dor na face, cabeça, dentes, desgaste dentário e encaminhamento de CD
101 Estalos e travamento de maxilares e encaminhamento médico
102 Muita dor nos olhos, cabeça, nuca e ATMs
103 Dor nas ATMs principalmente esquerda e estalos
104 Muita dor no ouvido principalmente direito, dor na nuca, estalos ao mastigar
105 Maxilares travados, dor nos maxilares e região temporal
106 Dor na região das ATMS, dentes e às vezes na nuca
107 Dor na ATM direita e estalos
108 Estalos e dor nas ATMs e travamento de maxilares
109 Dor na região das ATMs, travamento de maxilares, estalos, ouvidos tampados
110 Dor no ouvido esquerdo, coluna e cabeça
111 Dor na mandíbula, encaminhamento médico e bruxismo
112 Dor na face, nos dentes e na cabeça
113 Bruxismo, encaminhamento de CD, dor ao mastigar e travamento de maxilares
114 Dor na região das ATMs, na cabeça e pressão nos dentes
115 Perda de audição no ouvido direito
116 Dor crônica na cabeça, estalos e zumbido nos ouvidos
117 Travamento de maxilares, dor na mandíbula principalmente quando está tensa
118 Encaminhamento de CD, muita dor de cabeça, ouvidos e estalos nas ATMs
119 Dor muscular na mandíbula que se agrava ao abrir a boca e ao mastigar, estalos nas ATMs
120 Dor forte no rosto, travamento de maxilares, estalos e dor principalmente lado direito
121 Dor e sensação de latejamento no pescoço principalmente lado direito, travamento de maxilares e encaminhamento de CD
64
Tabela 2- Idade, sexo, início e duração da queixa principal (em anos) da amostra de 121 portadores
de DTMs.
Paciente Idade Sexo Início da queixa principal (anos) Duração da queixa principal (anos)
1 24
H
24 0,50
2 45
M
25 20
3 35
M
28 7
4 16
M
15 1
5 34
H
33 1
6 13
M
13 0,5
7 39
M
34 5
8 32
M
29 3
9 49
M
49 5
10 48
M
44 4
11 30
M
22 8
12 29
M
25 4
13 38
M
36 1,5
14 25
M
10 15
15 41
M
9 30
16 46
M
41 5
17 42
M
23 19
18 32
M
22 10
19 24
M
12 12
20 40
M
37 2,5
21 47
M
43 3,5
22 48
M
41 7
23 64
H
59 5
24 20
H
18 2
25 40
M
37 3
26 36
H
26 10
27 25
M
24 1
28 49
H
29 20
29 35
M
15 2
30 51
M
49 2
31 42
M
32 10
32 21
M
19 2
34 45
M
25 20
Continua
65
Continuação
Paciente Idade Sexo Início da queixa principal (anos) Duração da queixa principal (anos)
35 63
H
60 3
36 36
H
23 13
37 43
M
38 5
38 18
H
15 3
39 51
M
41 10
40 34
H
29 5
41 47
M
46 1
42 38
H
28 10
43 39
M
37 1,5
44 60
M
54 6
45 32
H
22 10
46 42
M
32 10
47 49
H
44 5
48 46
M
44 2
49 50
M
45 5
50 31
M
29 2,00
51 19
M
16 3
52 30
H
26 4
53 29
M
27 2
54 16
M
15 1
55 32
M
32 0,5
56 48
M
28 20
57 29
H
27 2
58 45
M
43 2,5
59 60
M
50 10
60 54
H
52 1,5
61 46
M
45 1
62 38
H
28 10
63 56
M
36 20
64 33
M
33 0,25
65 36
M
17 19
66 34
M
25 9
67 52
M
42 10
68 18
H
14 4
69 15
M
10 5
66
Continuação
Paciente Idade Sexo Início da queixa principal (anos) Duração da queixa principal (anos)
70 36
M
26 10
71 30
M
25 5
72 27
M
25 2
73 35
M
15 20
74 46
M
44 2
75 25
M
23 2
76 64
M
54 10
77 41
M
38 3
78 30
H
28 2
79 46
M
25 21
80 64
M
64 0,5
81 23
M
22 1,5
82 44
M
39 5
83 50
M
49 1
84 26
M
21 5
85 35
M
32 3
86 40
M
35 5
87 52
M
51 1
88 33
M
29 4
89 31
M
25 5
90 40
M
30 10
91 26
M
24 2
92 29
M
9 20
93 42
M
16 26
94 44
M
38 6
95 24
M
22 2
96 45
M
43 2
97 28
M
26 2
98 41
M
31 10
99 22
M
22 0,5
100 26
M
21 5
101 45
M
35 10
102 43
M
40 3
103 27
M
24 3
104 50
M
46 4
105 19
M
15 4
106 33
M
30 3
107 21
M
21 0,25
67
Conclusão
Paciente Idade Sexo Início da queixa principal (anos) Duração da queixa principal (anos)
108 22
M
18 4,5
109 25
M
23 2
110 51
H
48 3
111 14
M
9 5
112 60
M
57 3
113 33
M
29 4
114 42
M
24 18
115 55
M
45 10
116 45
M
35 10
117 29
M
24 5
118 32
M
26 6
119 18
M
12 6
120 44
M
40 4
121 62
M
38 24
Média 37,45 ----- 30,83 6,5
68
Tabela 3 - Situações relacionadas às DTMs segundo a amostra de 121 portadores de DTMs
Paciente Situações relacionadas à problemática segundo a percepção do paciente
1 Mastigação
2 Ao acordar e final de tarde
3 Ao dormir e tensão
4 Mastigação de alimentos duros
5 Mastigação, abertura de boca e ao rir
6 Mastigação e ao falar
7 Mastigação e estresse
8 Tensão
9 Qualquer situação
10 Mastigação e abertura de boca
11 Qualquer situação
12 Mastigação e abertura de boca
13 Final de tarde, mastigação e ambiente de trabalho
14 Tensão
15 Ao dormir, mastigação e ao acordar
16 Ao acordar
17 Tensão, ao dormir e exposição ao vento
18 Qualquer situação
19 Qualquer situação
20 Tensão e ao acordar
21 Ao dormir
22 Rotina diária e mastigação
23 Ao dormir
24 Exercícios físicos, fome e exposição ao sol
25 Estresse
26 Qualquer situação
27 Estresse
28 Estresse, mastigação e ao acordar
29 Estresse e ao acordar
30 Ao acordar e estresse
31 Estresse, ao dormir e ao acordar
32 Qualquer situação
33 Estresse e ao acordar
34 Tensão pré-menstrual, alimentos indigestos e estresse
35 Mastigação
36 Estresse
37 Qualquer situação
38 Qualquer situação
39 Mastigação e estresse
40 Final de tarde
41 Ao dormir e exposição ao sol e ao vento
42 Ao dormir e ao falar
43 Qualquer situação
44 Estresse
Continua
69
Continuação
Paciente Situações relacionadas à problemática segundo a percepção do paciente
45 Ao dormir
46 Qualquer situação
47 Ao dormir e rotina diária
48 Estresse, ansiedade e ao acordar
49 Estresse, ao dormir e quando faz esforço
50 Quando faz esforço físico, final de tarde e estresse
51 Final de tarde
52 Ao dormir
53 Estresse, tensão pré-menstrual, final de tarde
54 Mastigação e ao bocejar
55 Qualquer situação
56 Qualquer situação
57 Ao acordar e queda de temperatura
58 Qualquer situação
59 Ao dormir, rotina diária, quando fica só e estresse
60 Ambiente de trabalho
61 Estresse
62 Ao dormir
63 Qualquer situação
64 Abertura de boca
65 Fora de casa
66 Qualquer situação
67 Qualquer situação
68 Mastigação e ao bocejar
69 Mastigação e ao bocejar
70 Estresse
71
Mastigação, quando dorme apoiada do lado direito, ao conversar muito e abertura de boca
72 Ao acordar e estresse
73 Ao dormir e rotina diária
74 Ao acordar
75 Mastigação
76 Mastigação
77 Qualquer situação
78 Estresse, ansiedade e má digestão
79 Ao acordar, mastigação e estresse
80 Ao dormir e final de tarde
81 Ao acordar, estresse e quando fica em repouso
82 Qualquer situação
83 Qualquer situação
84 Mastigação e abertura de boca
85 Qualquer situação
86 Qualquer situação
87 Ao acordar e mastigação
88 Ao dormir e estresse
89 Estresse e ao acordar
90 Ao acordar, estresse e mastigação
70
Conclusão
Paciente Situações relacionadas à problemática segundo a percepção do paciente
91 Qualquer situação
92 Estresse
93 Mastigação, abertura de boca, ao dormir, estresse e final de tarde
94 Ao acordar e abertura de boca
95 Ao acordar e estresse
96 Estresse
97 Ao acordar e estresse
98 Ao dormir e estresse
99 Mastigação e ao acordar
100 Ao acordar
101 Abertura de boca e estresse
102 Qualquer situação
103 Queda de temperatura, mastigação e estresse
104 Final de tarde
105 Qualquer situação
106 Estresse
107 Escovação de dentes, abertura de boca e ao acordar
108 Qualquer situação
109 Estresse, ao acordar e ao dormir
110 Permanência em posição desconfortável
111 Estresse, mastigação e ao fazer esforço físico
112 Estresse
113 Estresse
114 Estresse
115 Mastigação
116 Estresse e mastigação
117 Estresse
118 Mastigação de alimentos como carne e estresse
119 Abertura de boca, mastigação, escovação de dentes ao bocejar
120 Qualquer situação
121 Final de tarde
71
Tabela 4 - Queixas secundárias apresentadas pela amostra de 121 portadores de DTMs.
Paciente Queixas secundárias
1 Alergia respiratória
2 Azia. Má digestão e intestino lento
3 Fibromialgia
4 Dor no fundo dos olhos
5 Não
6 Não
7 Estresse
8 Não
9 Tristeza
10 Paralisia facial que se reflete em poucos movimentos oculares
11 Não
12 Não
13 Não
14 Não
15 Dor nas costas
16 Não
17 Não
18 Não
19 Um pouco de surdez
20 Depressão e escoliose
21 Não
22 Não
23 Hérnia na virilha
24 Não
25 Não
26 Não
27 Não
28 Não
29 Não
30 Não
31 Enxaqueca forte
32 Não
33 Não
34 Fibromialgia e tendinite
35 Não
36 Não
37 Não
38 Não
39 Não
40 Não
41 Desgaste ósseo na perna direita
42 Não
43 Falta de dentes
Continua
72
Continuação
Paciente Queixas secundárias
44 Não
45 Não
46 Fibromialgia
47 É muito explosivo
48 Depressão com necessidade de uso constante de medicamentos
49 Não
50 Depressão
51 Não
52 Pressão alta
53 Não
54 Não
55 Dentes tortos
56 Não
57 Não
58 Obesidade
59 Um pouco de surdez no ouvido direito
60 Não
61 Reumatismo, tendinite e obesidade
62 Não
63 Não
64 Não
65 Gastrite nervosa
66 Não
67 Não
68 Não
69 Não
70 Obesidade
71 Nódulo no pescoço e joanete
72 Não
73 Rugas faciais
74 Não
75 Não
76 Artrose nas mãos, um dos pés e joelhos
77 Síndrome de Tarso
78 Falta de relacionamento afetivo estável
79 Não
80
Túnel de Carpo nos braços, ruptura no manguito, Síndrome do cólon irritável e esofagite de refluxo
81 Nervosismo seguido de manchas no peito e pescoço
82 Nódulo doloroso no seio
83 Labirintite com perda de audição no ouvido direito
84 Não
85 Não
86 Rinite alérgica, bico de papagaio e artrose
87 Dor no ciático e pé direito
88 Não
89 Não
73
Conclusão
Paciente Queixas secundárias
90 Cansaço físico constante
91 Dores nas pernas e inchaço nos pés
92 Flacidez abdominal
93 Dor na coluna
94 Muita dor nas costas e pescoço
95 Dor de cabeça
96 Não
97 Acne na presença de ansiedade
98 Não
99 Dor de ouvido
100 Não
101 Não consegue controlar a saliva na boca
102 Desgaste ósseo e desvio na coluna, dor nas pernas
103 Não
104 Não
105 Magreza
106 Não
107 Inflamação na gengiva
108 Não
109 Ansiedade e nervosismo
110 Não
111 Não
112 Não
113 Não
114 Mordida alterada
115 Baixa auto-estima e escutar vozes
116 Muito sono
117 Excesso de peso
118 Prótese mal feita em um dente
119 Não
120 Desvio na coluna
121 Não
74
Tabela 5 - Causas das queixas principais relatadas pela amostra de 121 portadores de
DTMs.
Paciente Causas da queixa principal segundo a percepção do paciente
1 Perda de dente
2 Estresse e perda de dentes
3 Desequilíbrio emocional
4 Extração dentária em procedimento longo onde ficou muito tempo de boca aberta
5 Não sabe
6 Não sabe
7 Má oclusão
8 Estresse e má oclusão
9 Não sabe
10 Retirada de tumor na cabeça
11 Estresse
12 Não sabe
13 Não sabe
14 Falta de dentes, mastigação unilateral e má oclusão
15 Estresse
16 Briquismo
17 Não sabe
18 Falta de dentes
19 Má oclusão
20 Estresse e ansiedade
21 Perda de dentes e dentadura mal adaptada
22 Má oclusão
23 Solidão
24 Ansiedade
25 Estresse
26 Má oclusão
27 Musculatura facial flácida
28 Desgaste nas ATMs e falta de dentes
29 Estresse
30 Falta de dentes
31 Estresse
32 Não sabe
33 Estresse
34 Estresse
35 Estresse e muita força para morder
36 Fratura no osso malar com deslocamento de dentes
37 Má formação óssea
38 Má oclusão
39 Estresse
40 Má oclusão
41 Falta de dentes com mastigação unilateral
42 Estresse
Continua
75
Continuação
Paciente Causas da queixa principal segundo a percepção do paciente
43 Alteração óssea devido a perda de dentes
44 Estresse
45 Escoliose, má postura, musculatura fraca na coluna, estresse e tensão muscular
46 Má oclusão
47 Estresse
48 Estresse
49 Estresse e ansiedade
50 Fibromialgia
51 Falta de dentes
52 Estresse
53 Estresse
54 Não sabe
55 Não sabe
56 Não sabe
57 Perda de dentes e estresse
58 Má formação da mandíbula e má oclusão
59 Estresse
60 Falta de dentes
61 Dentes com grande destruição
62 Estresse e bruxismo
63 Não sabe
64 Osso maxilar mal posicionado
65 Má formação de mandíbula
66 Má oclusão
67 Estresse
68 Não sabe
69 Mal posicionamento da ATM esquerda
70 Falta de dentes, má oclusão e mastigação unilateral
71 Desgaste nas ATMs
72 Ansiedade
73 Estresse e ansiedade
74 Má oclusão
75 Não sabe
76 Não sabe
77 Falta de dentes
78 Ansiedade e má alimentação
79 Falta de dentes
80 Bruxismo e estresse
81 Briquismo
82 Falta de dentes e fratura mandibular
83 Estresse
84 Briquismo
85 Má oclusão
86 Não sabe
87 Estresse e mordida unilateral
88 Estresse
89 Falta de dentes
76
Conclusão
Paciente Causas da queixa principal segundo a percepção do paciente
90 Estresse e falar muito
91 Não sabe
92 Estresse e ansiedade
93 Má oclusão e má mastigação
94 Má oclusão
95 Pressão alta e estresse
96 Estresse
97 Ansiedade e genética óssea
98 Estresse e ansiedade
99 Perda de dentes
100 Má oclusão
101 Mal posicionamento das ATMs
102 Falta de dentes
103 Uso de aparelho dentário
104 Má oclusão
105 Má oclusão
106 Tensão emocional
107 Má oclusão e má mastigação
108 Nervosismo e má mastigação
109 Estresse e tensão emocional
110 Falta de dentes, problemas nas ATMs e esforço físico no trabalho
111 Tensão emocional, apertamento de dentes e mastigação de chicletes
112 Sinusite, falta de dentes e má mastigação
113 Genética e traumatismo na face (ocorrido há 23 anos)
114 Falta de dentes e má oclusão
115 Perda de dentes
116 Tensão emocional
117 Tensão emocional
118 Não sabe
119 Uso de aparelho dentário
120 Má oclusão
121 Alteração óssea na mandíbula (tórus mandibular)
77
Tabela 6 - Profissionais consultados (com respectivos tratamentos) pela amostra de 121
portadores de DTMs.
Paciente
Profissionais já consultados e tratamentos propostos
1
Não
2
Médico clínico geral (medicação antiflamatória); Neuro (medicação antidepressiva e antiflamatória); CD (placa e laser)
3
Otorrino (diagnosticou má oclusão); CD (indicou uso de placa); Reumatologista (encaminhamento USP)
4
Não
5
Médico clínico geral (nenhum tratamento); CD (encaminhamento USP)
6
Não
7
Neuro (medicação); CD (encaminhamento USP)
8
Médico clínico geral (RX); Neuro (eletroencefalograma); Médico clínico geral (medicação antidepressiva)
9
Não
10
CD (encaminhamento USP)
11
CD (encaminhamento CD); CD (confecção de jig e encaminhamento USP)
12
Médico clínico geral (encaminhamento USP)
13
Médico clínico geral (medicação analgésica); CD (encaminhamento USP)
14
Otorrino (medicação analgésica e encaminhamento Hospital das Clínicas); Médico cirurgião cabeça e pescoço
(encaminhamento USP)
15
Fisioterapeuta (laser); Psicólogo (psicoterapia); Neuro (medicação)
16
Não
17
Médico clínico geral (diagnosticou má oclusão); Otorrino (encaminhamento para Hospital das Clínicas); Otorrino
(medicação e encaminhamento USP)
18
Otorrino ( medicação e encaminhamento clínico geral); Médico clínico geral (encaminhamento USP)
19
Médico clínico geral (encaminhamento CD); CD (encaminhamento USP)
20
Otorrino (encaminhamento USP)
21
Médico clínico geral (medicação)
22
Fisioterapeuta (exercícios, medicação, massagem); Médico clínico geral (medicação antidepressiva)
23
CD (encaminhamento USP)
24
Neuro (medicação)
25
Neuro (medicação antidepressiva e relaxante); CD (encaminhamento CD); CD (encaminhamento USP)
26
Neuro (medicação); Médico clínico geral (medicação); CD (encaminhamento USP)
27
Não
28
CD (placa); Otorrino (medicação que não usou); CD (placa)
29
CD (encaminhamento USP)
30
Otorrino (encaminhamento para endocrinologista); Endocrino ( encaminhamento CD)
31
CD (encaminhamento USP)
32
Médico clínico geral (medicação)
33
Não
34
Médico clínico geral (encaminhamento Neuro); Neuro (medicação); CD (encaminhamento USP)
35
CD (medicação analgésica e encaminhamento USP)
36
Médico clínico geral (encaminhamento CD); CD (extração de dentes e encaminhamento USP)
37
Neuro (medicação); Otorrino (encaminhamento CD); CD (placa)
38
CD (placa)
39
Não
40
CD (placa)
Continua
78
Continuação
Paciente
Profissionais já consultados e tratamentos propostos
41
Otorrino (RX e encaminhamento CD); CD (encaminhamento USP)
42
Não
43
CD (encaminhamento UNAERP)
44
Médico clínico geral (medicação)
45
Não
46
Não
47
Psiquiatra (medicação); CD (encaminhamento USP); Neuro (encaminhamento USP)
48
Neuro (medicação)
49
Médico clínico geral (encaminhamento Neuro)
50
Neuro (medicação)
51
CD (encaminhamento UNAERP)
52
CD (encaminhamento UNAERP)
53
CD (encaminhamento UNAERP)
54
Não
55
Não
56
Otorrino (não propôs tratamento); Neuro (encaminhamento CD)
57
Médico clínico geral (encaminhamento UNAERP)
58
Otorrino (encaminhamento UNAERP)
59
Não
60
CD (placa que não usou porque não podia pagar)
61
Não
62
CD (placa)
63
Neuro (medicação); Cirurgião cabeça e pescoço (encaminhamento USP)
64
Não
65
Otorrino (encaminhamento UNAERP e para cirurgião cabeça e pescoço); Cirurgião cabeça e pescoço (rinoplastia)
66
Neuro (medicação)
67
Neuro (medicação)
68
Não
69
Médico clínico geral (encaminhamento CD); CD (encaminhamento UNAERP)
70
Cardiologista (RX); Neuro (encaminhamento CD)
71
Médico clínico geral (medicação); CD (encaminhamento UNAERP)
72
CD (encaminhamento para médico); médico clinico geral (medicação)
73
Neuro (medicação)
74
Cirurgião de cabeça e pescoço (indicou cirurgia que não fi realizada porque a paciente ficou com medo); Neuro
(encaminhamento CD)
75
Médico clínico geral (encaminhamento CD); CD (encaminhamento USP)
76
Neuro (tomografia); Neuro (medicação)
77
CD (encaminhamento UNAERP); CD (acupuntura)
78
CD (acupuntura e terapia)
79
CD (medicação); CD (acupuntura)
80
Otorrino (encaminhamento USP)
81
CD (encaminhamento UNAERP)
82
Não
83
CD (Placa, não usou ; Otorrino (encaminhamento UNAERP e medicação antidepressiva que não tomou); Neuro
(medicação antidepressiva que não tomou)
84
Ortopedista (encaminhamento CD)
85
CD (encaminhamento UNAERP)
86
Médico ortopedista (medicação); CD (acupuntura)
79
Conclusão
Paciente
Profissionais já consultados e tratamentos propostos
87
Não
88
CD (Placa, não usou porque não podia pagar).
89
Neuro (encaminhamento CD); CD (aparelho)
90
CD (placa e eletrodos)
91
CD (placa)
92
Neuro (eletroencefalograma)
93
Médico de cabeça e pescoço (medicação e encaminhamento USP); CD (encaminhamento USP); Fisioterapeuta (laser e
exercícios)
94
Não
95
CD (restaurações); Neuro (exames de sangue, tomografia e encaminhamento CD)
96
Otorrino (encaminhamento fisioterapeuta e CD); CD (encaminhamento USP)
97
CD (placa)
98
Otorrino (medicação e encaminhamento CD); CD (encaminhamento USP)
99
CD (medicação e encaminhamento USP)
100
Médico clínico geral (medicação, encaminhamento para oftalmo e CD); Oftalmo (indicou uso de óculos); CD
(encaminhamento USP)
101
Médico de cabeça e pescoço (encaminhamento USP)
102
Neuro (medicação)
103
Otorrino (diagnosticou problema de ATMs); Psicoterapeuta (psicoterapia realizada durante um ano)
104
Médico clínico geral (encaminhamento para CD) e CD(encaminhamento USP)
105
Médico clínico geral (encaminhamento para CD) e CD(encaminhamento USP)
106
Médico de cabeça e pescoço (encaminhamento USP)
107
CD (encaminhamento USP)
108
CD (aparelho dentário)
109
Não
110
Fisoterapeuta (RPG e fisoterapia); CD (aparelho dentário)
111
CD (RX e encaminhamento USP)
112
Médico clínico geral (encaminhamento CD); Otorrino (medicação); CD (encaminhamento USP)
113
Não
114
CD (aparelho dentário); Cd (palaca miorrelaxante)
115
Otorrino (medicação e teste de audição); Fono (encaminhamento CD); CD (encaminhamento USP)
116
Neuro (medicação); Neuro (medicação)
117
CD (placa miorrelaxante e aparelho dentário)
118
Não
119
Não
120
CD (medicação); Ortopedista (medicação)
121
CD (encaminhamento médico); Médico clínico geral (encaminhamento a junta médica); Junta médica (medicação): CD
(RX e encaminhamento USP)
80
Tabela 7 - Influência das DTMs na vida dos portadores dessa disfunção e reações das pessoas de
convívio próximo segundo a amostra de 121 portadores de DTMs.
Paciente
Influência da DTM nas atividades interpessoais / Reações das outras pessoas
1
Medo de mastigar. Namorada aconselhou procurar CD
2
Sente desânimo total, fica mais nervosa. Dizem que tem mania de doença e que é viciada em dorflex. Acha que não acreditam na
dor
3
Limitou a vida profissional, fica irritada. A família compreende mas não aconselha
4
Não consegue comer alimentos duros. As pessoas acham estranho
5
Não pode comer qualquer alimento. Falam que é decorrente da idade (34 anos)
6
Não influenciou
7
Fica agressiva, nervosa, chateada porque fica inchada. Aconselham procurar ajuda
8
Sente dificuldade para trabalhar, comer e dormir. As pessoas têm paciência a aconselham procurar ajuda
9
Fica triste e insatisfeita. As pessoas dão conselho para procurar ajuda
10
Fica um pouco deprimida e nervosa. As pessoas ficam curiosas alguns dão conselhos para procurar ajuda
11
Fica mais irritada, fica perdida e não consegue trabalhar quando está com dor. Antes as pessoas achavam que era frescura e
depois passaram a aconselhar a procurar ajuda
12
Não influenciou. As pessoas se espantam
13
Fica mais irritada. As pessoas não fazem nada.
14
Fica sem paciência e muito nervosa. Não consegue fazer nada. As pessoas não fazem nada.
15
Fica nervosa. O marido acha que é frescura
16
Não influenciou
17
Fica deprimida. As pessoas dão conselho para procurar ajuda
18
Não influenciou
19
Fica irritada e sem paciência, não consegue trabalhar e nem se concentrar. Marido dá força apara buscar ajuda
20
Não influenciou. Aconselham a ficar calma e parar de tomar medicação para depressão
21
Fica mais nervosa. As pessoas nem percebem
22
Não consegue trabalhar direito. As pessoas ficam curiosas e não entendem. O marido entende
23
Deixa de sorrir por causa de dentes desgastados. As pessoas não fazem nada. A mulher aconselhava procurar ajuda para o
bruxismo
24
Dificulta trabalhar. As pessoas não fazem nada.
25
Não consegue fazer nada quando está com dor. As pessoas aconselham tomar medicação
26
Atrapalha para sair, ficar em multidões, às vezes deixa de sair. Fica mal humorado e nervoso. As pessoas não entendem
27
Não pode rir muito e nem comer normalmente. Sente mal estar. As pessoas aconselham procurar ajuda
28
Não consegue comer tudo o que gosta. A esposa não entende
29
Fica agitada e nervosa. Marido aconselha procurar ajuda
30
Fica mal humorada mas, procura não demonstrar. As pessoas nem percebem.
31
Fica mal humorada e sem vontade de fazer nada. Não dá para dormir direito. Os pais ficam preocupados
32
Dificulta trabalhar, conversar e comer As pessoas ajudam a fazer compressas e dão conselhos.
33
Não influenciou. Pessoas comentam
34
Dificulta para trabalhar. As pessoas aconselham procurar ajuda.
35
Não influenciou
36
Evita sair muito de casa. As pessoas aconselham procurar ajuda
37
Não influenciou. As pessoas aconselham procurar ajuda
38
Dificulta para trabalhar, fica mais quieto. As pessoas acham estranho e aconselham procurar ajuda.
39
Não influenciou. As pessoas se espantam com os estalos nas ATMs. Acha que não entendem.
40
Não influenciou. A esposa aconselha procurar ajuda
41
Quando está com dor quer ficar só deitada. As pessoas aconselham procurar ajuda.
Continua
81
Continuação
Paciente
Influência da DTM nas atividades interpessoais / Reações das outras pessoas
42
Não influenciou. A esposa notou desgaste nos dentes
43
Dificulta para dormir, comer e conversar. As pessoas aconselham procurar ajuda.
44
Fica nervoso. Aconselham a ficar no quarto escuro.
45
Fica indisposto. As pessoas avisam que está rangendo os dentes.
46
Fica com medo de comer. As pessoas aconselham procurar ajuda.
47
Fica mal, se isola, fica insatisfeito com tudo. Torna-se agressivo. As pessoas perguntam o que podem fazer para ajudar. Poucos
entendem nem mesmo as filhas.
48
Não consegue trabalhar e sair de casa quando está com dor. As pessoas aconselham procurar ajuda.
49
Torna-se irritável e com dificuldade para dormir. As pessoas aconselham procurar ajuda.
50
Dificuldade para trabalhar. As pessoas apóiam e entendem. Falam para ter paciência.
51
Não influenciou. As pessoas falam para tomar remédio
52
Não influenciou. Aconselham procurar ajuda de CD.
53
Dificulta o relacionamento com os filhos. Fica desequilibrada emocionalmente. Os filhos respeitam ficando distantes, os colegas
ficam curiosos.
54
Dificulta para comer e para concentrar. As pessoas procuram ajudar oferecendo remédio e falando para descansar.
55
Não influenciou. As pessoas aconselham tomar remédio.
56
Deixa de fazer tudo até trabalhar quando está com dor. As pessoas aconselham procurar ajuda.
57
Fica muito ansioso e emagrece. As pessoas percebem e pedem para que se acalme
58
Não influenciou. Aconselham procurar ajuda. Marido fala que os dentes e mandíbula estão mal posicionados
59
Não influenciou.
60
Não influenciou.
61
Fica nervosa. Os filhos falam que está estressada.
62
Não influenciou. Esposa comentava do barulho pelo rangimento de dentes e aconselhava a procurar ajuda porque achava que não
era normal aquilo.
63
Torna-se nervosa. As pessoas falam que está estressada.
64
Não influenciou. Algumas pessoas dizem que também têm estalos nas ATMs
65
Torna-se nervosa e de mal humor. As pessoas entendem.
66
Não influenciou porque aprendeu a conviver com a dor.
67
Dificulta para trabalhar, para comer. Fica sem paciência. As pessoas respeitam não solicitando favores.
68
Evita alguns alimentos. Fica quieto quando está com dor. As pessoas orientam a evitar certos alimentos. Acha que eles entendem
a dor.
69
Torna-se mais irritada. A mãe aconselha a comer alimentos menos duros quando percebe a presença de estalos nas ATMs. A tia
(auxiliar de CD) fala para procurar um CD.
70
Torna-se irritada. As pessoas falam que fica chata.
71
Torna-se nervosa e sem paciência. As pessoas procuram não conversar com ela porque entendem que ela esteja com dor. O
marido fala para procurar um médico.
72
Dificulta alimentar-se, perdeu peso. As pessoas falam que ela precisa ser menos agitada e mais tranqüila.
73
Sente muito cansaço, fica insatisfeita com os próprios dentes, se sente mal. As pessoas criticam, falam que ela não tem dentes
bonitos e que precisa usar aparelho.
74
Sente que limita as atividades diárias. As pessoas aconselham a procurar um CD.
75
Não influenciou. As pessoas não entendem.
76
Dificulta para mastigar, fica com intestino preso. Fica insegura para conversar. As pessoas aconselham a procurar ajuda.
77
Dificulta para trabalhar. As pessoas não percebem.
78
Torna-se irritado e agressivo. Não consegue trabalhar e nem se concentrar. AS pessoas comentam que está nervoso. Acha que não
entendem.
79
Não gosta de conversar quando está com dor. O marido fala que parece que ela esteja com a boca cheia de batata. A filha entende
e incentiva a procurar tratamento.
80
Não influenciou.
81
Interrompe o que esteja fazendo. As pessoas aconselham procura ajuda.
82
Torna-se nervosa. Dificulta para alimentar. As pessoas aconselham procura ajuda.
83
Não influenciou.
82
Conclusão
Paciente
Influência da DTM nas atividades interpessoais / Reações das outras pessoas
84
Não consegue abrir a boca direito, dificultando a alimentação. As pessoas aconselham a procura CD. Às vezes acham que seja
estranho.
85
Não consegue fazer nada. Torna-se nervosa. As pessoas comentam que esteja com a boca torta e aconselham a procurar CD.
86
Teve que deixar de trabalhar. Ás vezes não consegue fazer nem o serviço de casa. As pessoas não acreditam que alguém possa a
sentir tanta dor.
87
Torna-se nervosa. As pessoas aconselham procurar ajuda.
88
Não influenciou. As pessoas aconselham a procurar CD.
89
Fica na cama e não quer saber de nada. Diminui o desempenho no trabalho. Marido é compreensivo. Ele e colegas do trabalho
aconselham procurar ajuda.
90
Fica mal humorada. Marido entende. Os filhos aconselham a tomar remédio e a ficar deitada.
91
Não influenciou. As pessoas aconselham a procurar CD.
92
Torna-se irritada. Marido não entende e briga.
93
Dificulta para dormir. Fica irritada e cansada. As pessoas não percebem.
94
Dificulta para conversar. As pessoas ficam curiosas.
95
Não pode beber nada gelado. Torna-se nervosa. Mãe oferece remédios.
96
Torna-se mais nervosa. As pessoas aconselham a procurar um médico.
97
Procura ser menos ansiosa porque percebe que piora quando está nervosa. Fica com medo de ter que tratar o canal dos dentes. As
pessoas nem percebem.
98
Torna-se irritada. As pessoas aconselham tomar remédio e se acalmar.
99
Dificulta para alimentar e escovar os dentes. As pessoas ficam curiosas e aconselham a tomar antibiótico.
100
Torna-se irritada. Dificulta para trabalhar. Fica sonolenta com os remédios. As pessoas de casa aconselham a procurar médico.
101
Fica com medo de comer e travar. As pessoas aconselham a comer mais devagar.
102
Torna-se nervosa. As pessoas comentam que esteja muito nervosa e agitada. As pessoas não entendem.
103
Torna-se mais irritada. As pessoas ficam curiosas. Algumas aconselham a procurar ajuda. Outras comentam que fica chata e
irritada.
104
Fica irritada. Prejudica a aparência porque os dentes ficam tortos. Não dorme e nem come direito quando está com dor. O filho
fica incomodado com os estalos.
105
Fica mais quieta. Aconselham a por pano quente e gelo.
106
Fica agressiva e não gosta de conversar. Pessoas não entendem e acham que ela se isola por isso a chamam de egoísta.
107
Não influenciou. Marido aconselha a procurar CD.
108
Fica irritada. Família não entende direito.
109
Fica com vergonha de abrir a boca e mastigar na frente de outras pessoas. Fica irritada. Aconselham a procurar ajuda e alguns
acham estranho.
110
Dificulta trabalhar. Chegou a ficar afastado por 2 meses. Fica tenso. Aconselham a procurar ajuda.
111
Evita alimentos duros e chiclete. Mãe fala para deitar e quando não melhora dá medicação para dor
112
Fica descontrolada e chateada. Aconselham procurar ajuda. Amigos dizem que tem o mesmo problema.
113
Não influenciou. Aconselham a procurar ajuda e alguns ficam curiosos
114
Fica nervosa e irritada. Marido aconselha a tirar todos os dentes. Amigos aconselham procurar ajuda
115
Diminuiu auto-estima, parou de estudar. Fica nervosa. Pessoas às vezes implicam outras falam para procurar ajuda
116
Fica sem vontade de fazer alguma coisa, até conversar. Entrou em depressão e engordou. Pessoas criticam e falam que é enjoada.
Marido aconselha procurar tratamento.
117
Fica mais nervosa, atrapalha para mastigar. Aconselham procurar ajuda
118
Fica muito irritada. Aconselham procurar CD
119
Não influenciou. Aconselham a procurar ajuda.
120
Não influenciou. Aconselham a procurar ajuda.
121
Sente dor para se movimentar e dormir. Fica torta e irritada. Aconselham procurar ajuda.
83
Tabela 8 - Uso de medicação para dormir, qualidade do sono e sensação ao acordar segundo a
amostra de 121 portadores de DTMs.
Paciente
Medicamento Qualidade do sono Sensação ao acordar
1 N Perturbado Às vezes muito cansado
2 N Ruim Dor nas costas e rosto
3 Às vezes ansiolítico Leve Mal estar
4 N Bom Dor nos maxilares
5 N Pesado Às vezes dor de cabeça
6 N Pesado Bem
7 N Descontínuo Cansada
8 N Leve Dor no corpo e no rosto
9 N Bom Bem
10 N Agitado Animada
11 N Ruim Às vezes acorad com dor
12 N Bom Bem
13 N Ruim Mal estar e cansaço
14 N Bom Às vezes indisposta e com dor
15 N Tranquilo Cansada
16 N Bom Dor nos maxilares
17 N Quando está com dor não dorme Bem
18 N Bom Bem
19 N Bom Às vezes dor de cabeça e maxilares
20 Clonazepam Leve e às vezes perde os sono Às vezes mal humorada
21 Diazepam e fluoxetina Terrível acorda várias vezes por causa da dor Mal estar e agitada
22 Rivotril Bom Bem
23 N Descontínuo Bem
24 Anitril Tranquilo. Sem o medic. É descontínuo. Bem
25 N Bom Bem
26 N Leve e agitado Mal estar
27 N Bom Dor nas costas
28 N Tranquilo Cansado
29 N Pesado Bem
30 N Bom Bem humorada
31 Ansiolítico Descontínuo
Cansada e com sensação de peso no
rosto
32 N
Bom (Quando está com dor é descontínuo)
Bem
33 N Bom Bem
34 N Agitado Dor no corpo
35 N Bom Bem
36 N Bom Bem
37 N Bom Bem
38 N Leve Cansado
39
Às vezes diazepam e fluoxetina
Descontínuo Cansada
40 N Leve Cansado
Continua
84
Continuação
Paciente
Medicamento Qualidade do sono Sensação ao acordar
41 N Decontínuo Dor no corpo
42 N Bom Bem
43 N Tranquilo Bem
44 N Bom Alegre
45 N Ruim Cansaço e indisposição
46 Anitril Bom Cansada
47 N Pesado Calmo e tranquilo
48 N Leve Cansada
49 N Leve Sonolenta
50 Rivotril Pesado Às vezes com tontura e deprimida
51 N Ótimo Bem
52 N Tranquilo Bem
53 N Bom Às vezes dor no corpo
54 N Tranquilo Cansada
55 N Tranquilo Bem
56 N Leve Dor no corpo e cansada
57 N Pesado Cansado
58 N Agitado Cansada
59 N Bom Às vezes cansada
60 N Bom Bem
61 Às vezes ansiolítico Descontínuo Mal estar, sonolenta, cabeça pesada
62 N Às vezes descontínuo Cansado
63 N Leve Mal humorada
64 N Bom Cansada
65 N Leve Brava e irritada
66 N Tranquilo Com dor
67 N Bom Bem
68 N Tranquilo Bem
69 N Tranquilo Dor no pescoço
70 N Leve Mal e desanimada
71 Às vezes ansiolítico Tranquilo Às vezes com dor
72 N Agitado Cansada
73 Anafranil e anitril Bom Cansada
74 N Agitado Mal e indisposto
75 N Tranquilo Às vezes com dor de cabeça
76 Rivotril Tranquilo Dor no corpo
77 N Leve Nervosa
78 N Tranquilo Bem
79 N Bom Cansada
80 Rivotril Tranquilo Ótima
81 N Agitado Dor de cabeça e fraqueza
82 N Descontínuo Sonolenta
83 N Bom Bem
84 N Bom Bem
85 N Tranquilo Bem
86 N Descontínuo Cansada e com dor
87 Olcadil Bom Sonolenta
85
Conclusão
Paciente
Medicamento Qualidade do sono Sensação ao acordar
88 N Bom Bem
89 N Tranquilo Um pouco cansada
90 N Descontínuo, horrível Cansada e com dor
91 N Descontínuo Cansada
92 Valeriana Pesado Cansada
93 Relaxante fitoterápico Descontínuo Às vezes irritada
94 N Leve Bem
95 Diazepam e fluoxetina Pesado Bem
96 Zetron Bom (Sem o medic. é agitado) Com dor
97 N Pesado Disposta
98 Pamelor e rivotril Bom (Sem o medic. é agitado) Às vezes com dor de cabeça
99 N Bom Bem
100 N Agitado Cansada
101 Clonipromina e urbanil Descontínuo Bem
102 N Pesado Com dor, sonolenta e com tontura
103 N Bom Bem
104 N Leve Bem
105 N Leve Às vezes cansada
106 Diazepam e fluoxetina Agitado Cansada
107 N Bom Às vezes estressada e irritada
108 N Pesado Cansada
109 N Pesado Cansada e sonolenta
110 N Tranquilo Bem
111 N Bom Bem
112 N Bom Bem
113 N Pesado Bem
114 Às vezes ansiolítico Leve e agitado Cansada
115 Lexotam e aldol Leve Bem
116 Antdepressivo Agitado Cansada
117 N Leve Bem
118 N Bom Bem
119 N Pesado Cansada
120 N Agitado Bem
121 N Agitado Bem
86
Tabela 9 – Dificuldade de alimentação e necessidade de modificá-la segundo a amostra de 121
portadores de DTMs.
Paciente Dificuldade de alimentação Mudança na alimentação
1 Dor e estalos Evita alimentos que necessitem de maior abertura de boca
2 N N
3 Dentes doloridos N
4 Dor e incômodo Evita alimentos duros
5 Dor Prefere alimentos mais cozidos
6 Às vezes sente dor N
7 Dor Prefere líquidos quando está com dor
8 N Evita grãos e enlatados
9 N N
10 Dor Evita alimentos mais duros
11 Morde bochecha, não consegue abrir muito a boca Tenta partir mais os alimentos
13 Às vezes sente cansaço nos músculos da mastigação N
14 Dor e cansaço Procura comer alimentos mais fáceis de mastigar
15 Dor Evita chicletes e alimentos duros
16 Abertura pequena de boca e mastigação unilateral Tenta partir mais os alimentos
17 Quando come alimentos mais duros às vezes sente dor N
18 N N
19 Come lentamente devido à má oclusão N
20 Dor e estalos. Tem medo de cair o queixo Evita alimentos duros e parte a carne em pedaços pequenos
21 N N
22 Sente desconforto para engolir Procura comer alimentos mais fáceis de mastigar
23 Dor Procura comer alimentos mais fáceis de mastigar e em
pequenas fatias
24 Só consegue mastigar de um lado Procura comer alimentos mais fáceis de mastigar
25 N Evita alguns alimentos como chocolate, café, salsicha
26 N N
27 N Evita alimentos mais ácidos
28 Quando mastiga muito sente dor N
29 Dor Evita alimentos duros
30 Dor e sente que deslocam as ATMs Evita alimentos duros
31 Dor e mastigação unilateral N
32 Dor quando mastiga alimentos duros Evita alimentos duros
33 Dor Tenta partir mais os alimentos
34 N N
35 Dor Evita alimentos duros e chiclete
36 N N
37 N N
38 Estalos e dor. Pequena abertura de boca Evita alimentos duros
39 Dor Evita alimentos duros
40 Dor Evita alimentos duros
41 N N
42 Estalos e dor em agulhadas Prefere alimentos mais cozidos
Continua
87
Continuação
Paciente Dificuldade de alimentação Mudança na alimentação
43 N N
44 Às vezes sente dor Evita alimentos duros
45 N N
46 N N
47 Tem medo de travar os maxilares Evita alimentos duros
48 N N
49 Às vezes sente dor Evita alimentos duros
50 Não consegue mastigar direito Evita carne e alimentos duros
51 Dor Evita alimentos duros
52 Às vezes cansaço nos músculos da mastigação N
53 N N
54 Cansaço nos músculos da mastigação Evita alimentos duros
55 Dor Evita alimentos duros
56 Dor e incômodo N
57 N N
58 N N
59 Cansaço e dor N
60 N N
61 N N
62 N N
63 N N
64 N N
65 Dor N
66 Dor Evita alimentos duros
67 Dor Evita alimentos duros
68 N Evita alguns alimentos como molho, leite e frutas
69 Dor e cansaço
Evita carne e procura partir em pedaços pequenos os alimentos
70 Dor e cansaço Evita churrasco, amendoim, …
71 Estalos e dor Come mais devagar. Evita frutas duras
72 Dor no ouvido Evita carne mais dura
73 Dor nos dentes e na gengiva Evita alimentos duros
74 Dor e lentidão para mastigar N
75 Mastigação unilateral Não consegue abrir muito a boca
76 Às vezes dor N
77 Estalos e às vezes dor N
78 N N
79 N N
80 Dor Evita alimentos duros
81 N Evita ficar muito tempo sem comer devido à esofagite
82 Dor e sente que não consegue mastigar bem Evita alimentos duros
83 N N
84 Dor Evita alimentos duros
85 Mastigação unilateral N
86 Cansaço e sensibilidade nos dentes N
87 Não consegue mastigar bem Evita alimentos duros
88 Mastigação unilateral N
89 Dor Evita alimentos duros
88
Conclusão
Paciente Dificuldade de alimentação Mudança na alimentação
90 Dor Evita alimentos duros
91 N N
92 Dor e às vezes trava os maxilares Evita alimentos como chiclete e bala
93 Dor N
94 Às vezes dor N
95 Às vezes dor N
96 Dor N
97 N N
98 Dor N
99 Não consegue mastigar bem Quando está com maxilares travados só toma sopa
100 Mastigação unilateral N
101 Dor e trava os maxilares Evita alimentos duros
102 N N
103 N N
104 Dor e às vezes trava os maxilares Evita alimentos duros
105 N Evita alimentos duros
106 Cansaço e dor Evita alimentos duros
107 Às vezes dor
Quando está com dor procura ingerir alimentos mais líquidos
108 N N
109 Às vezes cansaço Evita alimentos duros
110 N N
111 N N
112 Dor Evita alimentos duros e chiclete
113 Dor
Quando está com dor procura ingerir alimentos mais líquidos
114 Dor e às vezes trava os maxilares N
115 Cansaço N
116 Dor N
117 Dor e às vezes trava os maxilares Prefere alimentos mais cozidos
118 Dor N
119 Desconforto por causa do barulho nas ATMs N
120 Dor N
121 N N
122 Dor Procura partir em pedaços pequenos os alimentos
89
Tabela 10 – Residência, amizades e freqüência de encontros com amigos segundo a amostra de
121 portadores de DTMs.
Paciente Residência
Amigos/Freqüência de
encontros
1 Pais Sim. Todos os dias
2 Cônjuge Sim. Toda semana
3 Cônjuge e filhas Sim. Quinzenalmente
4 Pais e irmãos Sim. Toda semana
5 Cônjuge Sim. Toda semana
6 Mãe e irmãs Sim. Toda semana
7 Cônjuge e filhos Poucos. Raramente
8 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
9 Cônjuge e filho Sim. Toda semana
10 Cônjuge e filha Sim. Toda semana
11 Cônjuge Sim. Todos os dias
13 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
14 Cônjuge e filhos Sim. Raramente
15 Cômjuge e filhas Sim. Toda semana
16 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
17 Cônjuge e filha Sim. Toda semana
18 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
19 Cônjuge e filhos Sim. Ocasionalmente
20 Cônjuge e filho Sim. Toda semana
21 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
22 Filhos Sim. Toda semana
23 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
24 Sozinho Não
25 Mãe e irmãos Sim. Toda semana
26 Cônjuge e filha Sim. Toda semana
27 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
28 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
29 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
30 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
31 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
32 Cônjuge e filha Sim. Raramente
33 Cônjuge e filhas Sim. Raramente
34 Sozinho Sim. Todos os dias
35 Cônjuge e filha Sim. Toda semana
36 Cônjuge e filhos Sim. Todos os dias
37 Mãe Sim. Toda semana
38 Irmã Sim. Toda semana
39 Pais Sim. Todos os dias
40 Cônjuge, filhos e mãe Sim. Toda semana
41 Cônjuge e filhos Sim. Ocasionalmente
42 Cônjuge e filho Sim. Todos os dias
43 Cônjuge e filhos Sim. Ocasionalmente
Continua
90
Continuação
Paciente Residência
Amigos/Freqüência de
encontros
44 Cônjuge e filho Sim. Toda semana
45 Cônjuge Sim. Ocasionalmente
46 Sozinho Sim. Raramente
47 Cônjuge, filhos e nora Sim. Toda semana
48 Sozinho Não
49 Cônjuge Sim. Ocasionalmente
50 Sozinha Sim. Ocasionalmente
51 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
52 Mãe e irmã Sim. Toda semana
53 Cônjuge e filhos Sim. Ocasionalmente
54 Cônjuge e filhos Poucos. Raramente
55 Pais Sim. Toda semana
56 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
57 Cônjuge e filha Sim. Ocasionalmente
58 Sozinho Sim. Toda semana
59 Cônjuge e filho Sim. Ocasionalmente
60 Cônjuge, filhos e netas Sim. Ocasionalmente
61 Cônjuge e filhos Sim. Todos os dias
62 Cônjuge e filhos Sim. Ocasionalmente
63 Cônjuge e filha Sim. Ocasionalmente
64 Mãe e filha Poucos. Raramente
65 Cônjuge e filhos Sim. Ocasionalmente
66 Cônjuge e filhas Sim. Ocasionalmente
67 Pais Sim. Toda semana
68 Filhos Sim. Toda semana
69
Pais, irmão, sobrinhos e cunhada
Sim. Toda semana
70 Pais e irmão Sim. Todos os dias
71 Cônjuge, filhos e pais Sim. Todos os dias
72 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
73 Sozinha Sim. Toda semana
74 Cônjuge e filha Sim. Toda semana
75 Filho e tia Sim. Toda semana
76 Irmão Sim. Toda semana
77 Cônjuge Sim. Ocasionalmente
78 Sozinha Sim. Toda semana
79 Sozinho Sim. Toda semana
80 Cônjuge e filhos Poucos. Raramente
81 Cônjuge e filho Sim. Toda semana
82 Mãe e filhas Sim. Toda semana
83 Cônjuge e filha Sim. Toda semana
84 Cônjuge e filha Poucos. Toda semana
85 Cônjuge e filhas Sim. Toda semana
86 Cônjuge e filho Sim. Toda semana
87 Cônjuge e filhos Não
88 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
89 Cônjuge e filha Sim. Ocasionalmente
90 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
91
Conclusão
Paciente Residência
Amigos/Freqüência de
encontros
91 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
92 Cônjuge Poucos. Ocasionalmente
93 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
94 Cônjuge e filhos Sim. Ocasionalmente
95 Pais e irmão Sim. Toda semana
96 Mãe e padrasto Sim. Toda semana
97 Filhos, genro e neto Sim. Ocasionalmente
98 Mãe e irmã Sim. Toda semana
99
Cônjuge, filhas, irmã e sobrinhas
Sim. Raramente
100
Pais, irmão, sobrinha e cunhada
Sim. Ocasionalmente
101 Pai e filho Sim. Toda semana
102 Cônjuge Sim. Toda semana
103 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
104 Irmã Sim. Ocasionalmente
105 Filho Sim. Ocasionalmente
106 Cônjuge e filha Não
107 Cônjuge, tios e prima Não
108 Cônjuge e filha Poucos. Raramente
109 Pai Sim. Toda semana
110 Sozinha Sim. Toda semana
111 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
112 Pais e irmãos Sim. Toda semana
113 Filha e neto Sim. Toda semana
114 Cônjuge e filha Sim. Toda semana
115 Cônjuge, filhos e neto Sim. Raramente
116 Cônjuge Sim. Toda semana
117 Cônjuge e filha Sim. Raramente
118 Cônjuge e filha Sim. Ocasionalmente
119 Mãe, cônjuge e filho Sim. Ocasionalmente
120 Pais Sim. Ocasionalmente
121 Cônjuge e filhos Sim. Toda semana
122 Sozinha Sim. Toda semana
92
Tabela 11Atividades preferidas e atividades eleitas para relaxar segundo a amostra de 121
portadores de DTMs.
Paciente Atividades Preferidas Atividades para Relaxar Esporte
1 Futebol. Futebol. Futebol e vôlei
2 Acampar.
Deitar, cuidar de plantas e animais
Caminhada
3 Cuidar-se, ver novela. Tomar banho de banheira Aeróbica e musculação
4 Ler e praticar esportes. Não faz nada Vôlei e handboll
5 Ficar em casa Assistir TV Não
6 Praticar esporte e estudar Deitar Vôlei e handboll
7 Passear Tomar relaxante muscular Não
8 Assistir filme Não faz nada Não
9 Assistir TV e ouvir música Rezar Não
10 Cuidar de plantas Tomar banho Não
11 Ler e ir ao clube Deitar e curtir a natureza Não
13 Fazer crochê, bordado Dormir Não
14 Não sabe Não faz nada Não
15 Viajar Passear, caminhar Não
16 Jogar Vôlei Jogar Vôlei Giástica e vôlei
17 Acampar. Ficar quieta Caminhada
18 Passear Ouvir música Não
19 Ler Ler Não
20 Passar roupa e fazer compras Fumar Caminhada
21 ciclismo Pescar ciclismo
22 Costurar Assistir TV Não
23 Costurar Deitar Caminhada
24 Caminhar Não faz nada Não
25 ciclismo Dormir ciclismo e futebol
26 Ler e viajar Ler Caminhada
27 Caminhar e jogar ping-pong Ficar quieto Caminhada
28 Caminhar Deitar Caminhada
29 Pescar Ficar quieto Não
30 Jogar Vôlei Assistir TV lei
31 Dançar e caminhar Deitar e dormir Caminhada
32 Caminhar e encontrar amigos Rezar e ouvir música Caminhada
33 Cozinhar Deitar Caminhada
34 Ir a bares, fazer churrasco Refletir Não
35 Caminhar Tomar relaxante muscular Não
36 Ler jornal, ouvir música, pescar
Ficar sozinho em lugar silencioso
Caminhada e ciclismo
37 Trabalhar, viajar Ficar quieto Futebol
38 Caminhar Deitar Caminhada
39 Futebol e ciclismo Dormir Futebol
40 Ler Assistir TV Não
41 Assistir futebol Passear Não
Continua
93
Continuação
Paciente Atividades Preferidas Atividades para Relaxar Esporte
42 Cozinhar
Chorar e desabafar com uma
amiga Caminhada
43 Nadar e caminhar Conversar Vôlei
44 Viajar Ler e assistir TV Caminhada
45 Cozinhar e limpar a casa Ficar quieta Não
46 Ler, tocar violão, ciclismo Tocar violão Ciclismo
47 Bordar, pintar Deitar e dormir Caminhada
48 Futebol Pensar Não
49 Limpar a casa, cozinhar Caminhar Não
50 Dançar e caminhar Pescar Caminhada
51 Ler Assistir TV Não
52 Conversar com amigos Passear Não
53 Futebol Deitar Não
54 ciclismo Passear Vôlei
55 Esportes Descansar, ler Não
56 Rezar Ouvir música Não
57 Artesanato Ler Não
58 Futebol Assistir TV Futebol
59 Trabalhar Ouvir música Não
60 Ler, estudar Ler e meditar Não
61 Trabalhar, pescar Pescar Não
62 Hidroginástica Não faz nada Não
63 Assistir futebol Não faz nada Não
64 Viajar Deitar Não
65 Passear Deitar Não
66 Cuidar da casa Deitar Não
67 Passear e assistir filme Não faz nada Não
68 Caminhar Ler e assistir TV Caminhada
69 Jogar vídeo game Tomar café Não
70 Praticar esporte e passear Ficar em casa e deitar Basquete
71 Ouvir música, dançar Conversar Caminhada
72 Conversar com amigos Passear Caminhada
73 Ler Ler Vôlei e caminhada
74 Fazer compras Fazer compras Não
75
Curtir filho e passear com amigos
Ouvir música Caminhada
76 Dançar Não faz nada Não
77 Cuidar da casa Não faz nada Ginástica
78 Nadar Ouvir música Natação
79
Futebol, assistir TV, mexer na terra
Plantar e andar na terra Futebol e caminhada
80 Lavar roupas, passar e cozinhar Ouvir música Não
81 Dançar Tomar ansiolítico e deitar Caminhada
82 Artesanato Artesanato Não
83 Cozinhar, nadar, conversar Brincar com animais Não
84 Lavar roupas Trabalhar Não
85 Bordar Bordar Não
86 Fazer afazeres domésticos Não faz nada Não
87 Cuidar dos filhos Alongamento Caminhada
88 Passear Conversar com vizinhos Caminhada e ginástica
94
Conclusão
Paciente Atividades Preferidas Atividades para Relaxar Esporte
89 Dormir Deitar e assistir TV Não
90 Trabalhar com adolescentes Dormir Ciclismo
91 Assistir TV, ficar em casa, ler Ficar em casa, dormir Não
92 Ler Tomar banho Não
93 Dançar, dormir Conversar com amigos Não
94 Cozinhar Deitar Não
95 Dançar Passear e dançar Não
96 Ouvir música Ouvir música Não
97 Não sabe Tomar relaxante muscular Não
98 Ouvir música, dançar Cuidar de plantas Não
99 Caminhar Nadar Caminhada
100 Futebol Futebol. Futebol
101
Assistir TV, conversar com amigos
Dormir Ginástica
102 Ler Ler Não
103 Caminhar Dormir Caminhada
104 Ler Assistir TV Não
105 Ler, assistir TV Ler e conversar Não
106 Dançar Não faz nada Não
107 Ler Tomar ansiolítico Não
108 Limpar a casa Sentar no sofá e assistir TV Não
109 Caminhada, conversar Ficar sozinha, ouvir música Caminhada
110 Passear e dançar Dançar, assistir filme Dança, aeróbica, caminhada
111 Futebol, ouvir música, ler Caminhar Caminhada
112 Usar a internet Deitar e assistir TV Handball, futebol
113 Trabalhar Conversar e rezar Caminhada
114
Caminhada, assistir filme, passear
Assistir filme Caminhada e ciclismo
115 Ficar em casa Assistir TV Não
116 Escrever Deitar e dormir Caminhada
117 Limpar a casa Tomar cerveja com o Cônjuge Não
118 Comer Comer Não
119 Caminhada e hidroginástica Assistir TV Caminhada
120 Jogar bola
Tomar banho morno e
massagem
Futebol e vôlei
121 Caminhada Deitar no sofá Caminhada
122 Caminhada na praia Hidroginástica e caminhada
Hidroginástica, caminhada e musculação
95
Tabela 12Presença de Doença (atual ou até 15 dias antes da avaliação) e uso de Medicação
segundo a amostra de 121 portadores de DTMs (N = Não).
Paciente Doença Medicação (ação terapêutica)
1 N N
2 N Antidepressivo e relaxante muscular
3 N Ansiolítico
4 N N
5 N N
6 Alergia e gripe (recentes) Antialérgico
7 N Relaxante muscular
8 Gripe (recente) Antidepressivo
9 N Hormônio
10 N Relaxante muscular
11 N Analgésico
12 N N
13 N Antihipertensivo
14 N Relaxante muscular e antiinflamatório
15 N N
16 N N
17 N N
18 N N
19 N Hormônio
20 N Antidepressivo e ansiolítico
21 N Antidepressivo e ansiolítico
22 Infecção Uterina (atual) Ansiolítico
23 Hérnia de disco (atual) Antiinflamatório e analgésico
24 N Ansiolítico e analgésico
25 N N
26 N Antiácido e analgésico
27 N N
28 N Antihipertensivo
29 N N
30 Inflamação no ciático (atual) Antihipertensivo
31 N Antidepressivo e ansiolítico
32 N N
33 N N
34 N N
35 N Antihipertensivo, analgésico e antitérmico
36 Gripe (recente) Analgésico e antitérmico
37 N Hormônio
38 Infecção de garganta (recente) N
39 N Hormônio
40 N N
41 Infecção de garganta (atual) Antiinflamatório, analgésico e antihipertensivo
42 Infecção de garganta (recente) N
43 Virose (recente) Antihipertensivo
44 Inflamação muscular (atual)
Analgésico, antiinflamatório, antihipertensivo e
hipocolesterônico
45 N N
Continua
96
Continuação
Paciente Doença Medicação (ação terapêutica)
46 N Relaxante muscular, antidepressivo e ansiolítico
47 N Antihipertensivo e ansiolítico
48 Gripe (recente) Antidepressivo
49 N N
50 N Antidepressivo, ansiolítico, relaxante muscular, analgésico
51 Gripe (atual) Hormônio
52 N Antihipertensivo e analgésico
53 N N
54 N Hormônio
55 N Hormônio
56 N Antiinflamatório
57 N N
58 N N
59 N Hormônio e antifúngico
60 N N
61 Gripe (atual) Antihipertensivo, relaxante muscular, ansiolítico
62 Inflamação na garganta (atual) N
63 N Hormônio
64 N N
65 Gripe (recente) Analgésico e antitérmico
66 Rinite Alérgica (recente) Hormônio e antialérgico
67 N N
68 N N
69 Inflamação de garganta (recente) N
70 N Antihipertensivo
71 N N
72 Gripe (recente) N
73 Inflamação de garganta (recente) Antidepressivo e ansiolítico
74 N N
75 N N
76 N Antihipertensivo, antiinflamatório e hipocolesterônico
77 Inflamação de garganta (atual) Analgésico
78 Gripe (recente) N
79 Gripe (atual) N
80 Tendinite (atual) Antidepressivo, ansiolítico e Antihipertensivo
81 N Hormônio
82 Inflamação na garganta (atual) Antidepressivo
83 N Hormônio e antiácido
84 Rinite Alérgica (atual) Hormônio, analgésico e antialérgico
85 N N
86 Bronquite (recente) Antiemético
87 N Ansiolítico
88 N Hormônio e analgésico
89 N N
90 N N
91 N Hormônio
92 N Ansiolítico e antiinflamatório
93 N Hormônio, ansiolítico
97
Conclusão
Paciente Doença Medicação (ação terapêutica)
94 Gripe (atual) N
95 Virose (recente) Antihipertensivo, ansiolítico e antiepiléptico
96 N
Antidepressivo, ansiolítico, antiinflamatório, relaxante
muscular, analgésico e hormônio
97 Gripe (recente) Hormônio
98 N Antidepressivo, ansiolítico, antiinflamatório e analgésico
99 N Analgésico e antiinflamatório
100 Gripe (recente) Hormônio
101 Gripe (atual) Antigripal, ansiolítico, antiepiléptico
102 N Antidepressivo e antiácido
103 N Hormônio
104 N N
105 N Hormônio
106 N Ansiolítico
107 N Hormônio
108 N N
109 Alergia na pele (recente) Hormônio
110 N Antiinflamatório e analgésico
111 Virose (recente) N
112 N
Antiinflamatório, antihipertensivo, antialérgico, relaxante muscular
113 N Antiinflamatório e analgésico
114 N
Antihipertensivo, antidepressivo, relaxante muscular e hormônio
115 N Ansiolítico e antiepiléptico
116
Gripe e infecção de garganta (atual)
Antihipertensivo, antiinflamatório e antidepressivo
117 Inflamação de garganta (recente) Hormônio
118 Gripe (recente) N
119 Gripe (atual) Hormônio, relaxante muscular
120 N N
121 N Vasodilatador
98
Tabela 13 – Vivência de Trauma (cabeça/pescoço), Briquismo (apertar dentes), Bruxismo
(ranger dentes), Cirurgia e Infecção segundo a amostra de 121 portadores de DTMs (N=Não; S=
Sim; S*= Sim para cirurgia não relacionada à cabeça e/ou pescoço; S**= Sim para infecção não
relacionada à cabeça e/ou pescoço).
Paciente Trauma
Aperta dentes
Range dentes Cirurgia Infecção
1 N S N S (extração de dentes) N
2 N S N S (amígdala) S (sinusite)
3 N S S S* S (garganta)
4 N S N S* S**
5 S (boca) S S N N
6 S (nuca) S N S* S (ouvido)
7 S (cabeça) N N S* S**
8 S S N S* S**
9 N N N S (palato) S**
10 S (cabeça) N N S* N
11 S (cabeça) S N S* S**
12 N N N S* N
13 N S N N S (garganta)
14 N S S N N
15 S (cabeça) S S S (maxilares) N
16 N S N S* N
17 N N N N N
18 N N N N N
19 N S N S* S**
20 N S S S* S*8
21 S (cabeça) S S S (boca) S (boca)
22 N S S S* S**
23 S (cabeça) N S S* N
24 S (cabeça) N N N N
25 S (cabeça) S S S* N
26 N N N S* S (garganta)
27 N N N S* S**
28 N N N S* N
29 N S N S* N
30 N S N S* S (garganta)
31 N S S S (garganta) S (sinusite)
32 N N S N N
33 S (cabeça) S S S* S (garganta)
34 N S N N N
35 N S N S* S**
36 S (cabeça) N N
S*
N
37 S (cabeça) S N
S*
N
38 N S S N S (garganta)
39 N S S N S (garganta)
40 N S N N S (garganta)
41 N S N S* S**
42 N S N S (amígdalas) S (garganta)
43 N N N N S (garganta)
Continua
99
Continuação
Paciente Trauma
Aperta dentes
Range dentes Cirurgia Infecção
44 N S N S* S**
45 S (cabeça) N S N N
46 N S S S* S (garganta)
47 S (cabeça) S N S* S (garganta)
48 N S S S* S**
49 N S N S (garganta) N
50 N S S S* N
51 N N N N N
52 N N S S* S (sinusite e garganta)
53 N S N S* S**
54 N N N N N
55 N N N S (extração de dentes) N
56 N N N S* S (garganta)
57 N S S N N
58 S (cabeça) S S S* S (polpa dentária)
59 N S N S* S (garganta)
60 N S S S* N
61 N S S S* S**
62 N S S S (septo nasal) N
63 S (cabeça) S N S* N
64 S (cabeça) N S N N
65 N S S S (nariz) S (garganta)
66 N S S S (amígdala) S (polpa dentária)
67 N S N S* N
68 N N N N N
69 N S S N S**
70 N S N
S*
S (garganta)
71 S (cabeça) S N
S*
S**
72 N S N
S*
S (garganta)
73 N S S N N
74 N N N N N
75 S (cabeça) S N S (extração de dente) N
76 N S N
S*
N
77 S (cabeça) S N
S*
S (garganta)
78 S (cabeça) S S S (adenóide) S (garganta)
79 N S N S* N
80 S (cabeça) S S S (amígdala) S (garganta)
81 N S S S* S**
82 S (cabeça) S N S (maxilares) S (polpa dentária)
83 N S N S* S (garganta0
84 N S S N N
85 N N N N S**
86 N S S S* S (polpa dentária)
87 S (cabeça) S S S (amígdala) S**
88 N S S S* S**
89 N S N S (extração de dente) S**
90 N S N S* S (garganta)
91 N S N S (extração de dente0 S**
100
Conclusão
Paciente Trauma
Aperta dentes
Range dentes Cirurgia Infecção
92 S (cabeça) S S
S*
S**
93 N S S
S*
S**
94 N S N
S*
N
95 N S S
S*
S**
96 S (cabeça) S S
S*
N
97 S (cabeça) S S N S (garganta)
98 S (cabeça) S S S (nariz) S**
99 N N N N N
100 N S N S* S (garganta)
101 S (cabeça) S S S (face) S**
102 N N M S* S**
103 N S N S (garganta e nariz) S (garganta)
104 S (cabeça) N N S* S**
105 N S N N N
106 N S S N S**
107 N S N N S**
108 N S N N S (garganta)
109 N S S N S (garganta)
110 S (cabeça) N N S (amígdala) N
111 S (cabeça) S S N N
112 N S S S* S**
113 S (cabeça) S S S (olhos) S**
114 N S S
S*
S**
115 N S N
S*
N
116 S (cabeça) S S S (ouvido) S**
117 N S N S (extração de dente0 S**
118 N S N S* N
119 N S S N S (garganta)
120 N S S S* S**
121 S (pescoço) S S S (pescoço e nariz) N
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