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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL
ANÁLISE COMPARATIVA DE MÉTODOS PARA DELIMITAÇÃO
AUTOMÁTICA DAS SUB-BACIAS DO ALTO CURSO DO RIO PRETO.
PAULO ROBERTO DE SOUSA CARVALHO
RENATO FONTES GUIMARÃES
Orientador
Dissertação de Mestrado
Brasília –DF,
Agosto de 2007.
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ii
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL
ANÁLISE COMPARATIVA DE MÉTODOS PARA DELIMITAÇÃO AUTOMÁTICA DAS
SUB-BACIAS DO ALTO CURSO DO RIO PRETO.
Paulo Roberto de Sousa Carvalho
Dissertação de Mestrado submetida ao Departamento de Geografia da Universidade
de Brasília, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Grau de
Mestre em Geografia, área de concentração Geso Ambiental e Territorial.
Aprovado por:
_____________________________________
Prof. Dr. Renato Fontes Guimarães – Orientador
GEA/UnB
_____________________________________
Prof. Dr. Osmar Abílio de Carvalho Júnior – Examinador Interno
GEA/UnB
_____________________________________
Dr. Éder de Souza Martins – Examinador Externo
CPAC/Embrapa
Brasília-DF, 31 de agosto de 2007.
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iii
FICHA CATALÓGRAFICA
CARVALHO, PAULO ROBERTO DE SOUSA
Análise comparativa de métodos para delimitação automática das sub-bacias do alto
curso do rio Preto. (UnB/IH/GEA, Mestre, Gestão Ambiental e Territorial, 2007, 58
fls.).
Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília. Departamento de Geografia.
1. Geoprocessamento 2. Bacias hidrográficas
3. Paisagem 4. Recursos hídricos
É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta
dissertação e emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos
e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta
dissertação de mestrado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do
autor.
__________________________________
Paulo Roberto de Sousa Carvalho
iv
Aos meus queridos pais e amigos que
pelo apoio constante e confiança me
impulsionaram a completar mais uma etapa dessa caminhada.
v
AGRADECIMENTOS
Ao professor Renato pela orientação, disponibilidade e conhecimentos
transmitidos durante a realizão desse programa de pós-graduação.
Aos professores Osmar, Roberto e Verônica pela ajuda e orientações em
momentos de dificuldade da pesquisa.
Aos professores Peluso, Steinberger, Ercília, Mário Diniz, Neio, Del Prete e
Balbim pela possibilidade de enxergar outras nuances da Geografia.
Aos colegas do Laboratório de Sistemas de Informões Espaciais LSIE,
em especial ao Sandro, Felipe, Fred e Alexandre pela ajuda valiosa.
Aos colegas do mestrado, em especial Rossana, Erick e Fábio Goulart.
Aos funcionários do Departamento de Geografia e do CDS/UnB.
vi
RESUMO
A gestão dos recursos hídricos representa hoje uma das mais importantes
vertentes no que tange à gestão ambiental. Tendo em vista os problemas de
aumento das demandas localizadas por água e a degradação de sua qualidade,
torna-se premente o desenvolvimento de estudos morfométricos de bacias
hidrográficas, a fim de fornecer maiores subsídios para sua gestão. O alto curso do
rio Preto, objeto da presente pesquisa, é caracterizado por uma forte presença de
atividades agrícolas, o que confere um uso intensivo da água. O presente trabalho
se propôs a analisar a melhor metodologia de delimitação automática de sub-bacias
através de cnicas de geoprocessamento, utilizando os softwares TauDEM e
Archydro na análise do Modelo Digital do Terreno (MDT), servindo de base para o
desenvolvimento de estudos morfométricos. Os melhores resultados obtidos
apontaram a importância do uso de procedimentos de construção de consistência
hidrológica, como os representados pela construção de um canyon sobre a calha da
drenagem e de um flow path, baseados na geração de produtos intermediários com
aprimoramento na determinação das direções de fluxo da drenagem.
Palavras chaves: geoprocessamento, bacias hidrográficas, modelo digital do
terreno, recursos hídricos.
vii
ABSTRACT
The management of the water resources, nowadays, represents one of the
most important sides in the environmental management field. Considering the
problems of the increasing of the demands for water and the degradation of its
quality, the development of morphometric studies of watershed basins becomes
imperious in order to provide more subsidies to its management. The high flow of the
rio Preto, object of this research, is known by a large amount of agricultural activities,
which attributes an intensive use of the water. This research intended to develop a
methodology for automatic delimitation of sub-basins through geoprocessing
techniques, using software TauDEM and Archydro in the analysis of the Digital
Elevation Model (DEM), serving as a base for the development of morphometric
studies. The best results aimed had pointed the importance of the use of procedures
of construction of hydrological consistency, as represented by the construction of a
canyon on the draining network and flow path, established on conception of
intermediate products with improvement in the determination of flow directions of the
draining.
Keywords: geoprocessing, watershed basin, Digital Elevation Model, water
resources.
viii
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO......................................................................................................1
2 – ÁREA DE ESTUDO ..............................................................................................6
2.1 – Hidrogeografia... ......................................................................................10
2.2 – Clima e condições meterológicas. ...........................................................11
2.3 – Geomorfologia e Geologia .....................................................................11
2.4 – Relevo e solos..........................................................................................12
3 – METODOLOGIA ................................................................................................13
3.1 – Confecção do Modelo Digital do Terreno................................................13
3.2 – Construção do Modelo Digital do Terreno Hidrologicamente
Consistente...............................................................................................16
3.3 – Construção do flow path .........................................................................18
3.4 – Delimitação de bacias e sub-bacias hidrográficas .................................19
3.4.1 – Utilização do programa TauDEM para delimitação de bacias ......20
3.4.2 – Utilização do programa Archydro para delimitação de bacias ......24
4 – RESULTADOS....................................................................................................25
4.1 – Delimitação das sub-bacias através do programa Archydro....................25
4.2 – Delimitação das sub-bacias através do programa TauDEM....................29
4.2.1 – Delimitação com utilização do MDT original e outlet.....................29
4.2.2 – Delimitação com utilização do MDTHC e outlet.............................34
4.2.3 – Delimitação com utilização do MDT original, flow path e outlet.....38
5 – CONSIDERAÇÕES.............................................................................................42
6 – CONCLUSÃO .....................................................................................................45
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................46
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Exemplo de exutório..................................................................................2
Figura 2 – Mapa de localização do alto rio Preto .......................................................7
Figura 3 – Principais tributários do rio Preto...............................................................8
Figura 4 – Perfil do rio Preto.....................................................................................10
Figura 5 – Fluxograma das etapas de construção do Modelo Digital
do Terreno ..............................................................................................13
Figura 6 – Modelo Digital do Terreno do alto rio Preto.............................................15
Figura 7 – Esquema de obtenção da rede de drenagem do TRACEGRID ..............16
Figura 8 – Rede de drenagem da base cartográfica e do TRACEGRID..................17
Figura 9 – Rede de drenagem contendo a direção de fluxo (D8).............................18
Figura 10 – Outlet utilizado para delimitação das sub-bacias ..................................19
Figura 11 – Ordem de uma rede de drenagem segundo classificação de Strahler
(1952)..................................................................................................... 21
Figura 12 – Esquema de determinação da direção de fluxo – método D8...............22
Figura 13 – Orientações da direção de fluxo do método D8 ....................................23
Figura 14 – Esquema de obtenção de fluxo – método D-infinito..............................23
Figura 15 – Fluxograma de delimitação das sub-bacias..........................................24
Figura 16 – Mapa das sub-bacias com 5.000 células ..............................................26
Figura 17 – Mapa das sub-bacias com 10.000 células ............................................27
Figura 18 – Mapa das sub-bacias com 20.000 células ............................................28
Figura 19 – Mapa das sub-bacias de primeira ordem – MDT original......................31
Figura 20 – Mapa das sub-bacias de segunda ordem – MDT original .....................32
Figura 21 – Mapa das sub-bacias de terceira ordem – MDT original.......................33
Figura 22 – Mapa das sub-bacias de primeira ordem – MDTHC .............................35
Figura 23 – Mapa das sub-bacias de segunda ordem – MDTHC.............................36
Figura 24 – Mapa das sub-bacias de terceira ordem – MDTHC................................37
Figura 25 – Mapa das sub-bacias de primeira ordem – Flow path...........................39
Figura 26 – Mapa das sub-bacias de segunda ordem – Flow path..........................40
Figura 27 – Mapa das sub-bacias de terceira ordem – Flow path........................... 41
x
LISTA DE TABELA
Tabela 1 – Distribuição da área e das ocorrências de equipamentos de irrigação na
bacia do rio preto .....................................................................................9
Tabela 2 – Comprimentos totais dos cursos de rios e área das sub-bacias .............42
Tabela 3 – Número de sub-bacias geradas ..............................................................43
Tabela 4 – Densidades de drenagem de acordo com o método utilizado.................44
1
1 – INTRODUÇÃO
A deterioração dos recursos naturais, principalmente dos recursos hídricos é
uma das maiores preocupações da atualidade. A água é insumo fundamental à vida,
sendo um elemento insubstituível em diversas atividades humanas, além de manter
o equilíbrio do meio ambiente. O aumento da demanda de água, em função do
acelerado crescimento populacional no mundo, vem ocasionando, em diversas
regiões, problemas de escassez dos recursos hídricos. Estima-se que, atualmente,
mais de 1 bilhão de pessoas vivem em condições insuficientes de disponibilidade de
água para consumo e que, em menos de 20 anos, cerca de 5,5 bilhões de pessoas
enfrentarão problemas de falta de água (Setti et al., 2000).
Ao analisarmos o problema de forma global, observa-se que as fontes
hídricas são abundantes, suficientes para o atendimento de toda a população,
porém esses recursos possuem uma distribuição não uniforme na superfície do
planeta. Em algumas áreas, as retiradas são bem maiores que a oferta, causando
um desequilíbrio nos recursos hídricos disponíveis. Essa situação tem se
configurado em entrave para o desenvolvimento em algumas regiões, restringindo o
atendimento às necessidades humanas e degradando ecossistemas aquáticos
O país enfrenta hoje problemas de escassez drica, decorrentes do
crescimento das demandas localizadas e da degradação da qualidade das águas,
em conseqüência dos processos desordenados de urbanização, industrialização e
expansão agrícola.
Segundo a Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, que institui a
Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) no Brasil, a água é um “recurso
natural de disponibilidade limitada”. Esse recurso é essencial à vida, ao
desenvolvimento e ao bem-estar social, sendo, portanto, necessária a observação
dos aspectos qualitativos e quantitativos das bacias hidrográficas envolvendo,
contudo, a questão da sustentabilidade do desenvolvimento regional, que deve se
pautar pela garantia do equilíbrio entre as ações voltadas para a promoção do
crescimento econômico e a manuteão da qualidade ambiental. A referida lei
2
institui tamm a bacia hidrográfica como a unidade territorial para implantação da
PNRH.
A bacia hidrográfica é a área coletora ou de captação natural da água
proveniente da precipitação, na qual existe a convergência de um conjunto de canais
de escoamento inter-relacionados para um único ponto de saída, denominado
exutório (figura 1). A quantidade de água que atinge os cursos fluviais está na
dependência do tamanho da área ocupada pela bacia da precipitação total e de seu
regime, e das perdas devidas a evapotranspiração e infiltração (Silveira, 1997;
Christofoletti, 1980).
Figura 1- Exemplo de exutório.
Segundo Silva et al. (2006), uma bacia hidrográfica, com todos os seus
elementos e atributos, pode ser descrita como um sistema aberto com trocas
permanentes e dinâmicas de matéria e energia com seu meio. A evolução de uma
bacia de drenagem é o resultado da interação entre os fluxos de matéria e energia e
a resistência topográfica. A soma de matéria e energia que atuam sobre as variáveis
Exutório
700
700
700
700
695
695
695
690
690
690
685
685
680
680
675
675
680
680
670
670
665
660
655
685
680
685
Divisor de Águas
700
3
definem as características de uma bacia hidrográfica. Algumas dessas
características podem ser quantificadas pelos estudos morfométricos.
A bacia hidrográfica deve ser entendida como sendo a unidade ecossistêmica
e morfológica que permite a análise e entendimento dos problemas ambientais. Ela
também é perfeitamente adequada para um planejamento e manejo, buscando
otimizar a utilização dos recursos humano e natural, para estabelecer um ambiente
sadio e um desenvolvimento sustentado (Bauer, 1988).
A paisagem é um conceito extremamente complexo, sendo usado sobre
diversas visões, de acordo com a ciência que a estuda: Geografia, Ecologia,
Arquitetura, Pedologia, História. Sua natureza holística tem sido reconhecida em
muitos estudos geográficos e ecológicos a respeito do tema. Por ser um fenômeno
complexo ele pode ser analisado de diferentes maneiras, o que traz um grau de
dificuldade de integração dos elementos de análise. A necessidade de integração
sempre existiu, como também, a crescente necessidade de compreender as
relações estruturais que carregam essa integração.
Etimologicamente o termo paisagem pode trazer consigo os seguintes
sentidos: (i) conjunto, coleção, classes (o que é organizado em classes); (ii) ação,
resultado da ação (o que muda ou esem processo de mudança dinâmico); (iii)
cobertura (o que cobre); (iv) descrição (o que descreve); (v) porção da superfície da
Terra; (vi) identificação cultural com determinada porção da superfície da Terra (com
sentido de propriedade, nação, tradição); (vii) descrição das características estáticas
e dinâmicas de determinada região (aspectos naturais e culturais). (Martins et al.,
2004).
Segundo Schier (2003), tradicionalmente os geógrafos diferenciam entre a
paisagem natural e a paisagem cultural. A paisagem natural refere-se aos elementos
combinados de terreno, vegetação, solo, rios e lagos, ao passo que a paisagem
cultural (humanizada), inclui todas as modificações feitas pelo homem, a exemplo
dos espaços urbanos e rurais.
Mais recentemente, entre os geógrafos um consenso de que a paisagem,
embora tenha sido estudada historicamente sob ênfases diferenciadas, ela resulta
4
da relação dinâmica de elementos físicos, biológicos e antrópicos. Sendo ela não
apenas um fato natural, mas inclui também a existência humana (Bertrand, 1968).
Segundo Martins et al. (2004), dentre os diversos conceitos de paisagem
existentes algumas idéias centrais podem ser traçadas, como: a compreensão
integrada da realidade; aspectos de estrutura, dinâmica/processos, escala e
hisrico, representados pelas relações espaciais, temporais, os vários níveis de
observação e os aspectos genéticos e evolução, respectivamente. Sendo as
principais características a serem consideradas: a estrutura, função e mudança
(Forman & Gordon, 1986, apud Martins, 2004).
Considerando uma bacia hidrográfica como unidade de planejamento
ambiental, podemos resgatar nos princípios da ecologia da paisagem os meios para
compreender as transformões que ocorrem, tomando como análise a
complexidade das atividades humanas e a realidade, que trazem em sua essência,
atributos bióticos, abióticos diversos interdependentes. Esta interdependência pode
possuir maior ou menor grau de vulnerabilidade e se expressa na qualidade
ambiental dos lugares, condição resultante da perda dos padrões de uso do solo, da
água, do ar e da perda do estado de conservação ou do grau de degradação
ambiental (Souza, 2007).
Os conceitos da Ecologia da Paisagem, aliado às técnicas de Sensoriamento
Remoto e Geoprocessamento, nos fornecem informações espaciais básicas,
observando o que o ambiente pode oferecer no tocante à auto-regulação, para
propormos quais devem ser as tecnologias mais compatíveis a serem utilizadas
(Souza, 2007).
O alto curso da bacia do rio Preto, objeto desta pesquisa, eslocalizado nos
Estados de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal estando inserido em municípios
que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito
Federal e Entorno (RIDE-DF), que foi criada pela Lei Complementar 94, de 19 de
fevereiro de 1998 e regulamentada pelo Decreto2.710, de 04 de agosto de 1998,
com a finalidade de diminuir as desigualdades econômicas e sociais do Distrito
Federal e seus municípios vizinhos (Entorno).
5
A exploração econômica da bacia do rio Preto no estado de Goiás é pouco
expressiva, tendo em vista que a maior parte da área ocupada pela bacia neste
Estado é pertencente ao Exército, sendo utilizada como área de treinamento
(Cordeiro Netto et al., 2000).
Segundo o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal, a
área da bacia do rio preto é definida como Zona Rural de Dinamização, o que
significa que essa área é caracterizada pela atividade agropecuária consolidada,
sendo incentivado o uso rural produtivo (IPDF, 1997).
No Distrito Federal a bacia se caracteriza hoje pelo intensivo uso dos recursos
hídricos destinado ao desenvolvimento das atividades agrícolas. Dentre os principais
produtos comercializados na região destaca-se o milho; os hortifrutigranjeiros, que
atendem o mercado interno, mas também são comercializados no restante do país;
a soja, que atende o mercado nacional e que também é exportada por intermédio de
multinacionais; e o feijão, que atende ao mercado nacional (Maldaner, 2003).
A presença das atividades agrícolas, em larga escala, no alto curso do rio
Preto, se apóiam e um modelo de agricultura irrigada, com um uso intensivo de
defensivos agrícolas, que podem acarretar na contaminação do lençol freático e
rede de drenagem (ZEE da RIDE-DF, 2003).
Diante deste cenário de comprometimento quantitativo e qualitativo dos
recursos hídricos do rio Preto, torna-se premente o estudo das características e
aspectos da bacia que podem ser trazidos pela delineação das sub-bacias e análise
dos padrões morfométricos destas.
A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar a melhor metodologia a
ser utilizada na delimitação automática das sub-bacias hidrográficas do alto curso do
rio Preto utilizando técnicas de geoprocessamento.
6
2 – ÁREA DE ESTUDO
O rio Preto tem sua nascente no município goiano de Formosa, constituindo a
divisa leste entre o Distrito Federal e o Estado do Goiás (GO), sendo um dos
principais tributários do rio Paracatu, no Estado de Minas Gerais (MG). Este último é
um importante afluente do médio curso do rio São Francisco.
A bacia do rio Preto engloba os municípios de Formosa (GO), Cabeceiras
(GO), Cabeceira Grande (MG), Unaí (MG), Natalândia (MG), Dom Bosco (MG), além
do Distrito Federal.
O alto curso do Rio Preto está inserido na porção leste do território do Distrito
Federal, nos municípios goianos de Formosa e Cabeceiras e no município mineiro
de Cabeceira Grande (figura 2).
7
Figura 2 – Mapa de localização do alto rio Preto.
8
Dentro do território do Distrito Federal a bacia do rio Preto se localiza na
porção oriental, limitando-se a oeste com a Bacia do rio São Bartolomeu e a sudeste
com a bacia do rio São Marcos. Seus principais afluentes são o ribeirão Santa Rita e
o ribeirão Jacaré, ambos situados na porção norte da bacia; o ribeirão extrema e o
rio jardim, localizados na porção central da bacia e que drenam a mesma no sentido
noroeste-sudeste; e o córrego São Bernardo, localizado ao sul da bacia. No Estado
de Gos o principal triburio é o rio Bezerra (figura 3).
Figura 3 – Principais tributários do alto rio Preto.
Na bacia do rio Preto a demanda de água para a irrigação é a maior entre as
demais, segundo dados do Seminário Interinstitucional da bacia do Rio Preto,
realizado em setembro de 2003, 99,53% da vazão demandada tem como destino a
9
irrigação; 0,43% para dessedentação animal, 0,01% para a indústria, e 0,03% para o
consumo humano.
Dentre os tipos de equipamentos de irrigação utilizados na bacia do rio Preto,
o pivô central é o que possui a maior ocorrência (39,90 %), seguido do sistema de
aspersão convencional (29,56 %), conforme a tabela 1.
Tabela 1 – Distribuição da área e das ocorrências de equipamentos de irrigação na
bacia do rio preto. Fonte: Maldaner, 2003.
Sistemas de irrigação Ocorrências
Ocorrências
(%)
Área irrigada
Área irrigada
(%)
Pivô Central 81 39,90 5974,00 84,38
Aspersão convencional 60 29,56 607,00 8,57
Auto propelido 3 1,48 106,00 1,50
Localizada Gotejamento 10 4,93 131,1 1,85
Localizada Mangueira 2 0,99 2,00 0,03
Micro aspersão 4 1,97 38,50 0,54
Superfície em Sulcos 43 21,18 221,00 3,12
Total 203 100 7079,60 100
Diante do cenário apresentado, torna-se necessária uma análise integrada
dos fatores que vêm comprometendo a quantidade e qualidade dos recursos
hídricos, a fim de garantir a sustentabilidade do desenvolvimento humano e
socioeconômico dos municípios componentes da bacia.
10
2.1 – Hidrogeografia
O rio Preto possui 400 km de extensão e pode também ser dividido em três
trechos principais: o Alto Preto, que vai de suas nascentes até o local da estação
fluviométrica de rio Preto em Fazenda Limeira, com 80 km de extensão e área de
drenagem de 3.882 km
2
; o Médio Preto, que vai de Fazenda Limeira até a estação
de rio Preto em Santo Antônio do Boqueirão, com 190 km de extensão e área de
contribuição de 2.021 km
2
e o Baixo Preto, que vai de Santo Antônio do Boqueirão
até a foz e tem suas vazões medidas na estação de rio Preto em Porto dos Poções,
este último trecho tem uma extensão de 130 km e uma área de drenagem parcial de
4.556 km
2
(PLANPAR, 1996) (Figura 4).
Figura 4 – Perfil do Rio Preto. Fonte: PLANPAR,1996.
11
2.2 – Clima e condições meteorológicas
Segundo dados do Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Paracatu o clima
da bacia do rio Preto, na classificação de Köppen, é tropical úmido de savana com
inverno seco (Aw). O índice de aridez, na classificação de Martonne e Sauer, que
representa o número de meses úmidos durante o ano é da ordem de 7.
A precipitação média anual é de 1.336,8 mm, com uma temperatura média
anual entre 2e 24º C, sendo os meses de setembro e outubro os mais quentes
(21º a 26º C), e os mais frios os meses de junho e julho (17º a 22º C).
O balanço hídrico no solo da bacia indica que a região apresenta deficiência
hídrica durante o período de inverno.
2.3 – Geomorfologia e Geologia
A bacia do rio Preto insere-se na Unidade Neogênica, que representa o
retrabalhamento da chapada pelo aplainamento por erosão lateral, sem perder ainda
suas características originais. O vale do rio preto situa-se em uma depressão onde
predomina o relevo de colinas e interflúvios tabulares de declividades pouco
acentuadas, em cotas altimétricas entre 1200 a 640 metros. A topografia é recoberta
por latossolos vermelhos, latossolos vermelho-amarelos e laterita (SADF, 1995).
A bacia é constituída por rochas pertencentes ao Grupo Paranoá de idade
pré-cambriana média a superior, uma cobertura detrito-laterítica de idade Terciária-
Quaterária (predominante) e de aluviões recentes do Quaternário (SADF, 1995).
Segundo o ZEE da RIDE-DF, o alto curso do rio Preto está inserido na
compartimentação geomorfológica designada como Unidade Geomorfológica
Planalto do Alto Rio Preto, sendo drenado pelos rios Preto e Bezerra, dentre os
principais. Este planalto está delimitado, a oeste, pelo vale encaixado do rio São
Bartolomeu, por meio de abruptos rebordos erosivos; a noroeste, pelo planalto do rio
Pipiripau, através de um nítido degrau estrutural de aproximadamente 70 metros de
desnivelamento; a norte, pela depressão do alto rio Paranã, por meio de uma
escarpa erosiva; e a leste, pela depressão São-Franciscana, também delimitada por
meio de uma escarpa erosiva.
12
Essa unidade geomorfológica apresenta extensas superfícies tabulares
sulcadas por uma rede de drenagem de baixa densidade e pado dendrítico,
mantidas em cotas de 900 a 1.000m, sendo que os fundos de vales dos dois rios
principais da bacia (Preto e Bezerra) registra cotas em torno de 850 metros (ZEE
RIDE-DF, 2003).
O planalto do alto rio Preto consiste num planalto de configuração morfológica
similar ao do planalto do Distrito Federal, porém esrebaixado por volta de 100 a
200 metros em relação a este. Processos de etchplanação parecem ser
responsáveis por esse desdobramento da Superfície Sul-Americana, podendo
também estar associados com reativões tectônicas (ZEE RIDE-DF, 2003).
Extensas áreas do planalto do alto rio Preto estão capeadas por crostas
detrítico-lateríticas que, devido a sua resistência, apresentam a ocorrência de
pediplanos (ZEE RIDE-DF, 2003).
2.4 – Relevo e solos
O relevo da bacia do rio preto pode ser dividido em duas unidades
geomorfológicas: a) superfícies aplainadas, constituídas por chapadões; b)
superfícies dissecadas (IESA, 1993).
Os solos predominantes nas superfícies aplainadas são os latossolos
correlacionados às formões detrito-lateríticas. O latossolo vermelho-escuro
distrófico ou álicos é o predominante na área, seguido pelo latossolo vermelho-
amarelo (IESA, 1993).
Nas superfícies dissecadas predominam os cambissolos e os litossolos, que
ocorrem de forma muito associada, desenvolvidos a partir de metassiltito. Os
litossolos caracterizam-se pela baixa permeabilidade e capacidade de retenção
hídrica, e altamente erodíveis (IESA, 2003).
13
3 – METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a obtenção das sub-bacias do alto rio Preto
envolveu as seguintes etapas: a) confecção do Modelo Digital do Terreno; b)
construção do modelo digital do terreno hidrologicamente consistente c) construção
do flow path da bacia; d) obtenção automática da bacia e sub-bacias através dos
módulos TauDEM e Archydro, utilizando o software ArcGIS 9.2;
3.1 – Confecção do Modelo Digital do Terreno
Esta etapa consistiu em confeccionar o Modelo Digital do Terreno (MDT) que
é o dado de entrada necessário para a geração de mapas derivados que foram
empregados na delimitação automática dos limites e métricas da bacia. Para tanto,
foi utilizada uma base cartográfica na escala 1:100.000, em formato digital, cedida
pela CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba), contendo curvas devel, pontos cotados e hidrografia (figura 5).
Figura 5 - Fluxograma das etapas de construção do Modelo Digital do Terreno.
14
Os dados foram tratados no software Arcview 3.3 com o objetivo de corrigir:
as curvas de nível e pontos cotados que apresentam valores zerados ou errados; a
direção do fluxo da rede de drenagem; descontinuidades dos eixos dos canais de
drenagem.
De posse dos dados corrigidos foi confeccionado o Modelo Digital do Terreno
da bacia no software ArcInfo, no módulo TOPOGRID, com resolução de 20m x 20m
e com um buffer de limite da bacia de 10km (Figura 6).
15
Figura 6 – Modelo Digital do Terreno do alto rio Preto.
16
3.2 – Construção do Modelo Digital do Terreno Hidrologicamente Consistente
(MDTHC)
O Modelo Digital do Terreno deve representar o relevo de forma mais fiel
possível à realidade e assegurar a convergência do escoamento superficial para a rede
de drenagem mapeada, garantindo, assim, a sua consistência hidrológica (Baena et al,
2004).
No presente trabalho a construção de um modelo digital do terreno
hidrologicamente consistente (MDTHC) envolveu, primeiramente, a utilização de
procedimentos para obtenção de uma rede de drenagem numérica, gerada através da
aplicação do algoritmo TRACEGRID, desenvolvido por Chris Duncan (Universidade de
Massachusetts - dunca[email protected]), utilizando o software ArcInfo e tendo como
dados de entrada: os pontos de nascentes, gerado no módulo X-Tools, no Arcgis 9.2, e
a direção de fluxo da drenagem gerado através do método D8 (Figura 7).
Figura 7 – Esquema de obtenção da rede de drenagem do TRACEGRID.
A seguir, segue o resultado da rede de drenagem obtida através do algoritmo
TRACEGRID (Figura 8).
TRACEGRID
17
Figura 8 - Rede de drenagem da base cartográfica (a) e a rede de drenagem obtida
através do TRACEGRID (b).
O uso desse algoritmo resulta em uma rede de drenagem mais coerente para a
delimitação de bacias, tendo em vista que alguns dos algoritmos de delimitação se
utilizam de valores pré-fixados de células, a critério do usuário, para a captura das
áreas de contribuição. Por vezes, este último método pode resultar, dependendo da
área abrangida, em bacias homogêneas (Barbosa et al., 2007).
Após obtenção da rede de drenagem rasterizada foi gerado um MDT com um
canyon de 100 metros sobre a calha da drenagem com a finalidade de criação do
MDTHC e do flow path, o qual contém a rede de drenagem com a dirão de fluxo
inclusa. Este procedimento visa evidenciar as feições da rede drenagem.
Os dados de entrada para criação do MDT canyon são: o MDT e a rede de
drenagem gerada pelo TRACEGRID. No ArcGIS efetuam-se as seguintes etapas: i) a
subtração de 100 metros do MDT original, através do raster calculator; ii) mutiplica-se
esse MDT pelo raster da drenagem com valor 1 para a drenagem e 0 para não-
drenagem; iii) reclassifica-se a drenagem para obter-se um raster com valor 0 para a
drenagem e 1 para não-drenagem; iv) multiplica-se o MDT original pelo raster
18
reclassificado na etapa anterior; v) soma-se os arquivos gerados nas etapas ii e iv
obtendo-se o MDT canyon, que é o MDTHC.
3.3 – Construção do flow path
Após a construção do MDT canyon foi criado o arquivo flow path, o qual foa
para que a direção de fluxo ocorra nos locais de drenagem, sendo gerado através da
aplicação dos comandos “fill pits e “d8 flow directions” do TauDEM com o MDT canyon
como dado de entrada. O arquivo de direção de fluxo d8 é então divido pela raster de
drenagem do TRACEGRID com valores 1 para drenagem e 0 para o-drenagem no
raster calculator, obtendo-se, assim, o flow path (figura 9).
Figura 9 - Rede de drenagem contendo a direção de fluxo (d8) – flow path.
Na presente pesquisa tamm foi utilizado um arquivo, em formato shape, com o
outlet no trecho a jusante do alto curso do rio Preto (figura 10).
19
Figura 10 - Outlet utilizado para delimitação das sub-bacias.
3.4 – Delimitação de bacias e sub-bacias hidrográficas
A delimitação de uma bacia hidrográfica é um dos primeiros e mais comuns
procedimentos executados em análises hidrológicas ou ambientais. Para isso, tem sido
comum a utilizão de informações de relevo em formato analógico, como mapas e
cartas, o que compromete a confiabilidade e a reprodução dos resultados devidos à
carga de subjetividade inerente aos métodos manuais. Com o advento e consolidação
dos Sistemas de Informões Geográficas e, conseqüentemente, o surgimento de
formas digitais consistentes de representação do relevo, como os Modelos Digitais de
Terreno (MDT’s), métodos automáticos para delimitação de bacias m sido
desenvolvidos desde então (Garbrecht e Martz,1999).
O uso de Modelos Digitais de terreno para delimitação de bacias e sub-bacias se
configura hoje na forma mais prática e pida e menos subjetiva. Além disso, existe a
possibilidade de extração de uma maior gama de informões dos dados topográficos
representados nestes MDT’s.
20
Os MDT’s podem ser entendidos como a representação espacial de um terreno
através de elementos de uma matriz. Cada pixel, ou seja, a menor unidade de imagem
representada na matriz armazena diversas informações como a elevação topográfica do
terreno. A localização de cada pixel é obtida a partir do tamanho da lula e das
coordenadas dos limites da região representada pelo MDT (Zeiler, 1999).
No presente trabalho foram utilizados dois programas para delimitação
automatizada de sub-bacias a partir do MDT do alto rio Preto foram utilizados: o
programa TauDEM e Archydro.
3.4.1 – Utilização do programa TauDEM para delimitação de bacias
O programa TauDEM, Terrain Analysis Using Digital Elevation Models,
desenvolvido por David Tarboton (2002), incorpora ferramentas que contêm funções de
análise do terreno que tratam dados matriciais para a extração da rede de drenagem
(vetorial) e bacias (polígonos) finais.
Segundo Christofoletti (1980), existem vários métodos de ordenamento de
drenagem como os propostos por Horton (1945), Strahler (1952), Scheidegger (1965) e
Shreve (1966; 1967).
Mais recentemente o engenheiro Otto Pfafstetter desenvolveu um método
conhecido como ottobacias, onde é feita uma distinção entre rio principal e tributário,
em função do critério de área drenada. Assim, em qualquer confluência, o rio principal
será sempre aquele que possui a maior área drenada entre os dois. Denominam-se
bacias as áreas drenadas pelos tributários e interbacias as áreas remanescentes,
drenadas pelo rio principal (Silva, 1999).
Uma das vantagens encontradas na utilizão do TauDEM está na possibilidade
de delimitação de bacias e sub-bacias baseadas na classificação de Strahler (1952).
21
Segundo este autor, a ordem dos cursos d’água pode ser determinada seguindo os
seguintes critérios (figura 11):
os menores canais identificáveis são designados por ordem 1;
onde dois canais de ordem 1 se unem, resulta em um canal de ordem 2 a
jusante; em geral, onde dois canais de ordem i se unem, resulta em um canal
de ordem i+1 a jusante;
onde um canal de ordem menor se une a um canal de ordem maior, o canal a
jusante mantém a maior das duas ordens a ordem da bacia hidrográfica (i) é
designada como a ordem do rio que passa pelo exutório.
Figura 11 – Ordem de uma rede de drenagem segundo classificação de Strahler (1952)
A delimitação de bacias através do programa TauDEM requer continuidade e
confluência entre todos os vetores que representam a drenagem. Além disso, vetores
representando lagos e canais anastomosados devem ser substituídos por linhas em
seu “centro de fluxo”. Quando alguma descontinuidade não puder ser tratada faz-se
necessária a seleção de pontos de saída do fluxo d’água (exutório ou outlet), para
delimitação das bacias de interesse no TauDEM (Tarboton, 2002).
22
A geração de bacias através desse programa é baseada no uso das direções de
fluxo da drenagem, que é o caminho preferencial de escoamento da água.
Dentre os métodos de obtenção de direção de fluxo de uma rede de drenagem
existem os métodos D8 e D-infinito.
A utilização do método D8 para determinação da direção de fluxo envolve a
análise de fluxo para cada pixel de uma imagem raster com base nas cotas altimétricas
desses pixels (Figura 12). A direção de fluxo indica para qual dos 8 pixels vizinhos um
determinado pixel drena sendo atribuído uma única direção, a qual pode ter oito
variações.
Figura 12 – Esquema de determinação da direção de fluxo para um pixel a partir
das cotas e distâncias relativas aos pixels vizinhos.
O grid de direção de fluxo gerado no método D8 usa a seguinte codificação de
sentido: 1 - leste, 2 - nordeste, 3 - norte, 4 - noroeste, 5 - oeste, 6 - sudoeste, 7 - sul,
8 – sudeste (Figura 13).
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Figura 13 – Orientações da direção de fluxo do método D8.
A direção de fluxo obtida através do método D-Infinito atribui um sentido de fluxo
baseado na inclinação mais íngreme em uma faceta triangular (Figura 14). O sentido de
fluxo é medido em radianos, contado no sentido horário a partir do leste. Este método
permite ângulos contínuos de fluxo e o particionamento da direção entre dois ou mais
pixels vizinhos (Tarboton, 1997).
Figura 14 – Esquema de obtenção da direção de fluxo da drenagem baseado no
método D-Infinito proposto por Tarboton (1997).
Para a delimitação da rede de drenagem o TauDEM utiliza a análise integrada
dos grids de: direção de fluxo D8; área de contribuição D8; declividade D-Infinito; área
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de contribuição D-Infinito; e ordem dos canais de rio, baseada na classificação de
Strahler.
3.4.2 – Utilização do programa Archydro para delimitação de bacias
O programa Archydro é um programa que foi desenvolvido pela Universidade do
Texas (GISWR, 2006) e que possui funcionalidades para construção de modelagens
hidrológicas.
A delimitação automatizada desse programa utiliza como dado de entrada o MDT
e os parâmetros utilizados são baseados, basicamente, na determinação da direção de
fluxo pelo método D8, fluxo acumulado e no mero de pixels, a critério do usuário, da
área de contribuição.
A seguir segue o fluxograma das etapas desenvolvidas para a delimitação das
sub-bacias do alto curso do rio Preto (figura 15).
Figura 15 – Fluxograma de delimitação das sub-bacias.
MDT
TauDEM Archydro
Direção de Fluxo
D8 e pontos de
nascentes
MDT canyon
TRACEGRI
D
D
Flow Path
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