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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE ESTÁGIOS
CURRICULARES EM CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM:
ENVOLVIMENTOS DE ESTAGIÁRIOS E ORIENTADORES
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Sandra Agostini
Santa Maria, RS, Brasil
2008
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A ORGANIZAÇÃO
E O DESENVOLVIMENTO DE ESTÁGIOS CURRICULARES
EM CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM:
ENVOLVIMENTOS DE ESTAGIÁRIOS E ORIENTADORES
por
Sandra Agostini
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós
Graduação em Educação, da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM,RS), como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Educação
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Adolfo Terrazzan
Santa Maria, RS, Brasil
2008
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Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Educação
Programa de Pós-Graduação em Educação
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova a Dissertação de Mestrado
A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE ESTÁGIOS
CURRICULARES EM CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM:
ENVOLVIMENTOS DE ESTAGIÁRIOS E ORIENTADORES
elaborada por
Sandra Agostini
como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Educação
COMISSÃO EXAMINADORA:
Eduardo Adolfo Terrazzan – Orientador, Prof. Dr. – UFSM/RS
(Presidente/Orientador)
Maria Socorro Lucena Lima – Profa. Dra. UECE/CE
Marilda Oliveira de Oliveira – Profa. Dra. UFSM/RS
Selva Guimarães Fonseca – Profa. Dra. UFU/MG (suplente)
Santa Maria, 10 de junho de 2008
Aos Professores,
Maria de Lurdes Pertile,
Elison Antônio Paim,
Que contribuíram para a minha iniciação na pesquisa...
Que mesmo estando distantes
Se fizeram presentes
No desenvolvimento do Mestrado.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me concedido saúde, força, coragem e por iluminar meu
caminho, mostrando-me a direção certa a seguir, para assim concluir mais esta etapa
da minha vida.
Ao Professor Eduardo Adolfo Terrazzan, por ter aceitado participar deste desafio,
pelas orientações, oportunidades de reflexão, de crescimento profissional e de
aprendizagem, pelo auxílio e pelas condições de trabalho oferecidas minha gratidão.
Às professoras Selva Guimarães Fonseca, Maria Socorro Lucena Lima e Marilda
Oliveira de Oliveira pelas relevantes sugestões e considerações na construção desta
Dissertação.
Aos doze docentes orientadores de Estágio Curricular, pela receptividade, pelo
tempo dedicado, pela oportunidade de compartilhar conosco suas experiências
contribuindo com esta pesquisa.
Aos alunos estagiários dos Cursos de Licenciatura pela disponibilidade e
interesse em colaborar com nossa pesquisa.
A todos os colegas e amigos do Programa de Pós-Graduação em Educação –
PPGE, pelos momentos de troca de conhecimentos adquiridos e pelos laços de
amizade construídos; em especial: a Liane Batistela Kist pela receptividade, auxílio
prestado, pelo companheirismo no trabalho e, sobretudo, pela amizade construída no
decorrer do tempo que convivemos juntas; a Sônia Regina Brum Pinheiro pelo carinho,
afeto, amizade e auxílio prestado e, além disso, por ter se preocupado e cuidado de
mim como uma mãe; ao Paulo Roberto Rodrigues, pela receptividade, amizade,
companheirismo, auxílio prestado, e ainda por ter me amparado e protegido como um
pai; a Daiana Braga Pereira pela sua amizade, atenção em ouvir, carinho, auxílio
prestado e, sobretudo, pelas preciosas sugestões no desenvolvimento desta pesquisa:
a Fabiana Perpétua Ferreira Fernandes e a Sônia Suzana Farias Weber pela sua
amizade, auxílio prestado e companheirismo.
Aos colegas da sala 3289 e do Núcleo de Educação em Ciências – NEC, que
contribuíram de alguma maneira para o desenvolvimento desse trabalho.
As professoras Naida Lena Pimentel e Margarete Lichtenecker, pela amizade,
auxílio, ensinamentos e contribuições feitas no início deste trabalho de pesquisa.
Ao Professor Elison Antônio Paim, pela amizade, pelos ensinamentos, pelo
incentivo na busca de mais conhecimentos, pelas conversas de amigo que mesmo
estando longe no decorrer desses dois anos e meio esteve perto, meu eterno e especial
agradecimento.
As Professoras Maria de Lurdes Pertile e Renilda Vicenzi, pela receptividade,
amizade, auxílio prestado, ensinamentos, por compartilharem comigo as conquistas e
pelo incentivo ao longo desta caminhada minha eterna gratidão.
Aos meus ex-colegas do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina –
CEOM, especialmente ao Leandro Siqueira, Leandro Gasperini, Mirian Carbonera,
Marcos Batista Schuh e Josiane Rosa Oliveira, pela amizade e pelo incentivo para meu
ingresso no Mestrado.
Ao Professor Fabiano Bolzan Scherer, pela boa convivência que tivemos durante
os dois anos e meio residindo na Casa do Estudante, pela amizade firmada, e pelas
contribuições na formatação desta obra.
À Universidade Federal de Santa Maria – UFSM e ao Programa de Pós-
Graduação em Educação – PPGE, pela oportunidade de ter feito uma Pós-Graduação.
A minha família – meus pais (Dilce e João Agostini) pelo amor, estímulo,
sacrifício, orgulho e apoio em qualquer decisão e caminho a seguir; as minhas irmãs
Sônia e Sidineia, ao meu cunhado Rogério, em especial ao meu irmão Sidinei pelas
transcrições, digitação, contribuições e pelo auxílio e incentivo que me ajudaram a
superar os momentos difíceis desta jornada meu muito obrigada.
Por fim, agradeço a todos aqueles que contribuíram de alguma maneira, nestes
dois anos e meio destinados ao estudo e pesquisa, para o qual sem a ajuda e a
compreensão de todos, não chegaria ao final desta etapa.
“Cada pessoa que passa em nossa vida,
passa sozinha, é porque cada pessoa é
única e nenhuma substitui a outra
Cada pessoa que passa em nossa vida,
passa sozinha, e não nos deixa só,
porque deixa um pouco de si
e leva um pouquinho de nós
essa é a mais bela responsabilidade
da vida e a prova de que
as pessoas não se encontram
por acaso”
Charles Chaplin
9
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Educação
Universidade Federal de Santa Maria
A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO
DE ESTÁGIOS CURRICULARES EM CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM:
ENVOLVIMENTOS DE ESTAGIÁRIOS E ORIENTADORES
Autora: Sandra Agostini
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Adolfo Terrazzan
Data e local de defesa: Santa Maria, 10 de junho de 2008.
O presente estudo teve por objetivo contribuir para uma melhor compreensão das
formas de organização e desenvolvimento dos Estágios Curriculares em Cursos de
Licenciatura. Nesse sentido, nos propusemos a responder o seguinte problema: “Como se
caracteriza a organização e o desenvolvimento dos Estágios Curriculares nos Cursos de
Licenciatura da UFSM?”. A pesquisa abrangeu 13 desses Cursos, a saber: Licenciatura em
Letras/Português, em Letras/Inglês, em Letras/Espanhol, em Educação Física, em Química, em
Física, em Ciências Biológicas, em Música, em Matemática, em Filosofia, em Geografia, em
Artes Visuais e em História. Como parte das fontes de informação para o nosso estudo,
utilizamos os Projetos Político-Pedagógicos (PPP) desses Cursos e as normativas legais para a
Formação de Professores da Educação Básica no Brasil. Para coletar as informações junto aos
sujeitos envolvidos utilizamos questionários e grupos de discussão com os alunos estagiários, e
entrevistas estruturadas com os docentes orientadores de estágios. Constatamos que todas as
Estruturas Curriculares dos cursos investigados adequaram-se às 400 horas previstas nas
referidas normas para o desenvolvimento de seus Estágios Curriculares, porém não há um
padrão mínimo quanto às formas de organização das atividades para o desenvolvimento desse
estágio. Os alunos estagiários, em sua maioria, afirmaram que tiveram um bom relacionamento
com os seus respectivos professores orientadores, foram bem recebidos pelas escolas campo
de estágio, e se relacionaram de modo satisfatório no interior dessas escolas. As disciplinas
que mais contribuíram para a realização dos Estágios Curriculares foram aquelas relacionadas
ao conhecimento conceitual da matéria de ensino. Uma boa parte (58,44%) recebeu orientação
mínima para conseguir vaga de estágio nas escolas, bem como, considerou sua formação
inicial como um momento importante de aprendizagem que permitiu vivenciar sua opção
profissional, porém alguns o consideraram como uma fase de experiências negativas devido
principalmente à indisciplina dos alunos da Educação Básica, situação essa para a qual não
foram preparados o que ajudou a formar uma idéia decepcionante da realidade escolar, no
momento atual. Também foi possível perceber que as Escolas de Educação Básica (EEB)
praticamente não acompanham o trabalho dos alunos estagiários, e, que os professores
responsáveis pelas turmas pouco contribuem para a realização do Estágio Curricular, estando
essa responsabilidade ainda fortemente centrada nas Instituições de Ensino Superior (IES). Das
falas dos professores orientadores de Estágios Curriculares, pudemos depreender que não
existem propriamente modelos de orientação, há formas peculiares de preparar os alunos
estagiários para a realização do Estágio Curricular. Todos os professores entrevistados (12)
utilizam as disciplinas que tratam do “conhecimento pedagógico de conteúdo”, para organizar e
encaminhar as atividades de orientação de Estágios Curriculares. A maioria (83%) dos
professores entrevistados demonstrou ter um conhecimento da existência de um Convênio
firmado entre a UFSM e os Sistemas Públicos de Ensino (Programa de Práticas Educativas
10
Interinstitucionais), contudo, este parece não ter uma função específica, nem mesmo prática ou
operacional, pois os depoentes manifestaram a necessidade de firmar um “novo convênio” que
desse suporte para auxiliar o acesso dos alunos estagiários às escolas. Pelas narrativas destes
respondentes existem muitas diferenças entre as escolas no desenvolvimento dos estágios,
dependendo da maior ou menor tradição da escola em receber estagiários, da exigência ou não
de seguir programas-padrão (por exemplo, Programa de Ingresso ao Ensino Superior) e da
maior ou menor cobrança para que seus professores acompanhem os estagiários nas suas
diversas atividades. Ao longo de nosso estudo, concluímos que para haver melhorias na
formação inicial, não basta a Instituição de Ensino Superior (IES) adaptar-se ao cumprimento de
aspectos primários das normativas legais (tais como às 400 horas de atividades de Estágio
Curricular). Faz-se necessário buscar formas de interação que estimulem um comprometimento
intenso dos formadores de professores que atuam nas Escolas de Educação Básica (EEB) e
nas Instituições de Ensino Superior (IES), no sentido de proporcionarem acompanhamento e
auxílio, visando superar algumas dificuldades enfrentadas pelos estagiários como: a falta de
orientações individuais, acompanhamento e auxílio no decorrer do desenvolvimento de seus
estágios.
Palavras-chave: formação inicial de professores; estágio curricular; cursos de licenciatura.
ABSTRACT
Mater’s Degree Dissertation
Post-Graduation Program in Education
Federal University of Santa Maria
Education Center
THE ORGANIZATION AND DEVELOPMENT OF CURRICULAR TRAININGS IN
TEACHERS’ FORMATION COURSES AT UFSM: TRAINEES AND ADVISORS’S
COMMITMENT
Author: Sandra Agostini
Advisor: Prof. Dr. Eduardo Adolfo Terrazzan
Place and Date of Defense: Santa Maria, June 10
th
, 2008.
This study aimed at collaborating to a better comprehension of Curricular Trainings
organization and development in teachers’ formation courses. In this way, we are supposed
to answer the following research question: “How are the Curricular Trainings organization
and development in teachers’ formation courses at UFSM characterized?”. Our research
worked with 13 courses: Languages-Portuguese; Languages-English; Languages-Spanish;
Physical Education; Chemistry; Physics; Biology; Music; Mathematics; Philosophy;
Geography; Visual Arts and History. As a source of information for our study, we have
basically used the said courses’ Politic Pedagogical Projects (PPP) as well as the laws to
Basic Education Teachers’ Formation in Brazil. Moreover, we did open questionnaires and
group discussions to collect information with the trainee students besides collecting data with
their Curricular Training advisors through structured interviews. The analysis showed that all
the investigated courses adapted to 400 hours to the Curricular Training development.
However, there is no pattern to the activities organization and development. From the trainee
students narratives it was possible to perceive that generally most of them have had a good
relation with their advisors since they were well received and also have had a good relation
at schools. The subjects that most contributed to their Curricular Training development were
the ones related to conceptual structure of the area. Most of the students (58,44%) have had
orientation to get places at schools, most of the respondents considered their initial formation
as an important moment of learning that permitted them to live their professional choice,
however, some of them considered it as a negative experience phase due to the lack of
discipline of students at schools that guided them to a disappointment in being teachers and
they claimed not being prepared to that situation. In contrast, it was also possible to notice
that schools do not follow the trainee students as well the responsible teachers almost do not
contribute to the Curricular Training development. We could notice that this responsibility is
centered at the High Education Institution (IES). All the advisors’ interviewed (12) used the
subject that deal with “didactic knowledge of the content” to organize and guide the
orientation meetings with the students. Most of them (83%) demonstrated to know about an
agreement signed between UFSM and Public Educational Systems (Inter-Institutional
Education Practices Program), however, it seems not having a specific function, neither
practical or operational, since the respondents affirmed the necessity of signing a new
agreement for the students to have support to access the schools. According to the advisors,
there are many differences in Curricular Trainings development among schools, depending
on the higher or lower tradition of schools in receiving trainees, on the exigency or not of
following standard programs as High Education Ingress Program (PEIES) and on the higher
or lower exigency that the school teachers work together with the trainees in their
responsibilities. Throughout our study, we realized that for improving the initial formation, it
is not enough the High Education Institution (IES) that must to accomplish primary aspects of
legal normative (such as the 400 hours of Curricular Training). It is necessary to search for
xii
ways of interaction that stimulate a intensive commitment among Basic Education
Schools (EEB) and High Education Institution (IES), to provide attendance and help aiming
at supporting trainee students difficulties like: lack of individual attendance, help and support
throughout their trainings.
Key-words: teachers’ initial formation; curricular training; teachers’ formation courses
xiii
LISTA DE TABELA
TABELA 1 - Indicativa das Fontes e dos Instrumentos Utilizados para Responder as
Questões de Pesquisa............................................................................
51
TABELA 2 - Distribuição das Disciplinas Referentes ao Estágio Curricular no
Decorrer de cada Curso, em Semestres Letivos.....................................
55
TABELA 3 - Distribuição da Entrega e da Recolha dos Questionários para Alunos
Estagiários Referente ao 1º Semestre de 2006, junto aos Cursos de
Licenciatura da UFSM.............................................................................
64
TABELA 4 - Distribuição da Entrega e da Recolha dos Questionários para Alunos
Estagiários Referente ao 2º Semestre de 2006, junto aos Cursos de
Licenciatura da UFSM.............................................................................
66
TABELA 5 - Distribuição da Entrega e da Recolha dos Questionários para Alunos
Estagiários Referente ao 1º Semestre de 2007, junto aos Cursos de
Licenciatura da UFSM.............................................................................
67
TABELA 6 - Indicativa do Número de Alunos Estagiários Participantes nos Grupos
de Discussão junto aos Cursos de Licenciatura da UFSM......................
69
TABELA 7 - Situação Referente ao Número de Questionários Recolhidos.................
71
TABELA 8 - Cursos de Licenciatura da UFSM e Respectivos Orientadores de
Estágio Curricular por Departamento e Centro........................................
140
xiv
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
ACT Admitido em Caráter Temporário
ANFOPE Associação Nacional pela Formação do Profissional da Educação
ANPEd Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
CCNE Centro de Ciências Naturais e Exatas
CE Centro de Educação
CEOM Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina
CNE Conselho Nacional de Educação
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CONARCFE Comissão Nacional de Reformulação dos Cursos de Formação do
Educador
COTESC Condicionantes para a Tutoria no Estágio Curricular Supervisionado
articulando Formação Inicial e Continuada na Formação de Professores
CRE Coordenadoria Regional de Educação
DIPIED Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica
e na Formação de Professores
DCG Disciplina Complementares de Graduação
EJA Educação de Jovens e Adultos
EC Estágio Curricular
EEB Escola de Educação Básica
ENDIPE Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino
ENEM Exame Nacional do Ensino Médio
EPENN Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste
FAPE Fundo de Apoio a Pesquisa
FORUMDir Fórum Nacional em Defesa da Formação de Professores
FSC Departamento de Física
GCC Departamento de Geociências
xv
GD Grupo de Discussão
GTDACEC Grupos de Trabalho para Desenvolvimento e Acompanhamento
Compartilhado de Estágio Curricular
IES Instituição de Ensino Superior
ISE Institutos Superiores de Educação
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira
INOVAEDUC Inovação Educacional, Práticas Escolares e Formação de Professores
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC Ministério da Educação
MEN Departamento de Metodologia de Ensino
NEC Núcleo de Educação em Ciências
PPP Projeto Político Pedagógico
PCNS Parâmetros Curriculares Nacionais
PPGE Programa de Pós-Graduação em Educação
PPEI Programa de Práticas Educativas Interdisciplinares
PEIES Programa de Ingresso ao Ensino Superior
PROGRAD Pró-Reitoria de Ensino de Graduação
SC Santa Catarina
SAEB Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
SESI Serviço Social da Indústria
SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SMED Secretaria Municipal de Educação
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
UEC Universidade Estadual do Ceará
UFSM Universidade Federal de Santa Maria
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura
UNOESC Universidade do Oeste de Santa Catarina
UNOCHAPECÓ Universidade Comunitária Regional de Chapecó
RS Rio Grande do Sul
xvi
LISTA DE APÊNDICE
APÊNDICE - 01
Questionário Inicial para Alunos Estagiários em Fase Inicial de
Estágio Curricular e Questionários Final para Alunos Estagiários em
Fase Final de Estágio Curricular...........................................................
192
APÊNDICE – 02 Roteiro Entrevista Estruturada Elaborada para os Professores
Orientadores de Estágio Curricular da UFSM.......................................
199
APÊNDICE – 03 Roteiro para Análise de Documentos.................................................... 205
APÊNDICE – 04 Exemplar de Tabulação dos Questiorios........................................... 207
APÊNDICE 05 Tabulação dos Grupos de Discussão Realizados com os Alunos
Estagiários nos Cursos de Licenciatura da UFSM ...............................
212
APÊNDICE – 06 Tabulação das Entrevistas Estruturadas Realizadas com doze
Docentes Orientadores de Estágios Curriculares da UFSM.................
224
APÊNDICE 07 Roteiro Grupo de Discussão elaborado para alunos estagiários nos
Cursos de Licenciatura da UFSM..........................................................
243
APÊNDICE – 08 Termo de Concordância Elaborado para os Alunos Estagiários........... 245
APÊNDICE 09 Exemplar da Transcrição dos Grupos de Discussão Realizados com
os Alunos Estagiários dos treze Cursos de Licenciatura da
UFSM.....................................................................................................
247
APÊNDICE – 10 Exemplar da Transcrição das Entrevistas Realizadas com os
Professores Orientadores de Estágios Curriculares da UFSM.............
258
xvii
LISTA DE ANEXOS
ANEXO 1 Resolução CNE/CP 18 de fevereiro de 2002 e Resolução CNE/CP
19 de fevereiro de 2002.....................................................................
265
ANEXO 2
Programa de Práticas Educativas Interinstitucionais – PPEI............
270
34
SUMÁRIO
RESUMO ........................................................................................................... ix
ABSTRACT ........................................................................................................ xi
LISTA DE TABELAS .......................................................................................... xiii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................ xiv
LISTA DE APÊNDICES...................................................................................... xvi
LISTA DE ANEXOS .......................................................................................... xvii
APRESENTAÇÃO
............................................................................................. 01
INTRODUÇÃO
..................................................................................................
06
1. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
............................................................. 10
1.1. A Formação de Professores: a partir das orientações da LDBEN –
Lei 9.394/96...........................................................................................
11
1.2. A Formação de Professores na perspectiva de alguns autores............. 16
1.3. Formação Inicial de Professores: uma base para o início da
aprendizagem da docência...................................................................
20
1.4. Estágio Curricular: um momento da Formação de Professores............
26
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
......................................................
36
2.1. O Princípio da Pesquisa: objetivo, problema e questões de pesquisa..
36
2.2. Modalidade de pesquisa........................................................................
38
2.3. Fontes e instrumentos de coleta de informações ..................................
39
2.3.1. Questionário...................................................................................
41
2.3.2. Grupo de Discussão ..................................................................... 42
2.3.3. Entrevista estruturada ..................................................................
43
2.4.4. Roteiros para análise de documentos...........................................
44
2.4. Formas deTratamento das informações coletadas................................ 45
3. CONTEXTO ATUAL (2006-2007) DA REALIZAÇAO DE ESTÁGIOS
CURRICULARES NOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM..................
51
3.1. Caracterização dos Estágios Curriculares dos Cursos de Licenciatura
da UFSM...............................................................................................
53
3.2. O processo de coleta de informação junto a Alunos Estagiários...........
62
3.3. A preparação e o desenvolvimento dos Estágios Curriculares a partir 70
35
das falas de Alunos Estagiários............................................................
3.3.1. Comentários referentes às turmas do 1º semestre de 2006.......... 71
3.3.2. Comentários referentes às turmas do 2º semestre de 2006..........
80
3.3.2.1. Comentários sobre a parte final dos Estágios das turmas do 2º
semestre de 2006.......................................................................
85
3.3.3. Comentários referentes às turmas do 1º semestre de 2007..........
92
3.4. Análise das Informações coletadas junto a Alunos Estagiários.............
98
3.4.1. Análise referente às turmas do 1º semestre de 2006....................
98
3.4.2. Análise referente às turmas do 2º semestre de 2006....................
103
3.4.2.1. Análise sobre a parte final dos estágios das turmas do 2º
semestre de 2006.......................................................................
106
3.4.3. Análise referente às turmas do 1º semestre de 2007....................
109
3.4.4. Síntese da análise conjunta referente a todas as turmas..............
113
3.5. Resultados obtidos com base nas informações coletadas junto a
Alunos Estagiários.................................................................................
127
3.5.1. Alguns destaques referentes aos Cursos de Licenciatura.............
135
3.6. A preparação e o desenvolvimento dos Estágios Curriculares, a partir
das falas de Professores Orientadores de estágios..............................
138
3.7. Análise das informações coletadas junto a Professores Orientadores
de estágios............................................................................................
151
3.8. Resultados obtidos com base nas informações coletadas junto a
Professores Orientadores de estágios..................................................
162
CONCLUSÕES...................................................................................................
165
REFERÊNCIAS .................................................................................................
175
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .......................................................................
184
APÊNDICES.......................................................................................................
190
ANEXOS ............................................................................................................
264
APRESENTAÇÃO
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei.
(Tocando em Frente – Almir Sater)
Inicialmente, faço uma retrospectiva da minha trajetória escolar e de formação
acadêmica, trazendo algumas atividades que tenho desenvolvido desde minha
inserção na vida acadêmica. Num segundo momento, apresento as inquietações
que me conduziram a realizar esta pesquisa.
Minha vida escolar teve início aos sete anos de idade na Escola Estadual
Romano Padoan, localizada na sede do então, município de Rio dos Índios/RS,
onde conclui o Ensino Fundamental no ano de 1986. Como na época a escola não
oferecia o antigo nível de 2º Grau, hoje Ensino Médio, e para conseguir cursá-lo eu
teria que me deslocar até o município vizinho Nonoai/RS.
Então, surgiram alguns obstáculos devido às dificuldades financeiras e,
sobretudo familiares, pois somos em quatro irmãos, sendo eu a segunda filha, dentre
os quais os dois mais novos são um casal de gêmeos. Como meus pais são
agricultores, e naquela época, ainda não se utilizavam algumas técnicas de cultivo
tipo “plantio direto”, a lavoura demandava muita mão-de-obra, então precisei ajudar
minha mãe a educar meus irmãos e também auxiliar meu pai na lavoura.
Por isso, foram anos e momentos difíceis e tristes, por estar afastada do
ambiente escolar. A cada vez que reencontrava algum dos meus ex-colegas me
sentia excluída, e minha angustia aumentava. Mas, ao mesmo tempo meu sonho se
revigorava e me levava a acreditar no ditado popular, “antes tarde do que nunca”,
assim pensava: “meu dia vai chegar e meus sonhos irão se realizar”.
2
O tempo foi passando, as mudanças foram acontecendo e, graças a minha
persistência, no ano de 1998 consegui retomar meus estudos e cursar o Ensino
Médio naquela mesma escola, atualmente, denominada Escola Estadual de Ensino
Médio Romano Padoan, concluindo-o no ano de 2000.
Vencida esta etapa, para concretizar o sonho de me tornar professora prestei
vestibular no ano de 2001 e fui aprovada para o Curso de Graduação em História -
Licenciatura Plena na antiga Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC –
Campus de Chapecó, atualmente denominada Universidade Comunitária Regional
de Chapecó – UNOCHAPECÓ.
A partir dessa outra conquista, teve início uma nova fase em minha vida, pois
para cursar o primeiro semestre da Graduação precisei me mudar para o município
de Nonoai/RS, de onde eu partia todas as noites, de ônibus, em direção à UNOESC
em Chapecó/SC.
Já no semestre seguinte, em função dos transtornos das viagens, resolvi me
mudar para o município de Chapecó/SC. Ao chegar, comecei a procurar emprego.
Essa busca me levou a participar de um processo seletivo no Centro de Memória do
Oeste de Santa Catarina – CEOM, vinculado a Universidade Comunitária Regional
de Chapecó – UNOCHAPECÓ, no qual fui aprovada, assim passei a trabalhar vinte
(20) horas semanais, sendo responsável pelo setor de Documentação.
No quarto semestre da graduação, buscando subsídios para desenvolver o
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, elaboramos um Projeto de Pesquisa
intitulado
“Estágio: contribuições para a formação do professor de História”,
que foi submetido a uma banca examinadora de projetos de pesquisa e extensão, a
qual emitiu parecer favorável para o desenvolvimento da referida pesquisa.
Esta pesquisa foi realizada sob a orientação do Professor Doutor Elison
Antônio Paim e financiada pelo Fundo de Apoio a Pesquisa – FAPE da
UNOCHAPECÓ, e com ela estudamos como os professores de História licenciados
pela UNOCHAPECÓ no período de 2000 a 2002, avaliaram o estágio enquanto
elemento integrante de sua formação inicial. Utilizou-se para isso a metodologia da
História Oral, sendo entrevistados oito professores egressos do Curso de História
nesse período. Estes depoentes avaliaram: o Curso de História; a importância do
estágio na formação de professores; as lacunas existentes no estágio e no próprio
curso. Além disso, relataram suas histórias de vidas, abordando os motivos que os
conduziram a optar pelo Curso de História e seu exercício profissional. Também,
3
forneceram críticas e sugestões que contribuíram significativamente para o
aperfeiçoamento do Estágio e do Curso de História.
No quinto semestre da Graduação, realizei inscrição para trabalhar como
professor Admitido em Caráter Temporário – ACT, no munipio de Chapecó/SC.
Nesta seleção, fui chamada para assumir dez (10) horas-aula na Escola de
Educação Básica São Francisco, localizada no Bairro Seminário, no Município de
Chapecó – SC. Nela estreei como professora ministrando aulas de Geografia para
as turmas de 5º e 8º séries do Ensino Fundamental.
No sexto e sétimo semestres da Graduação, foi ampliada minha carga horária
no Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina – CEOM, onde passei a trabalhar
quarenta (40) horas semanais, no mesmo setor e exercendo as mesmas funções.
No oitavo semestre da Graduação, novamente fui chamada para assumir
vinte (20) horas-aula devido a uma vacância (vaga) criada pela professora de
História na Escola Estadual de Educação Básica Lourdes Tonin, localizada no centro
do Município de Planalto Alegre/SC. Nessa escola ministrei aulas tanto para o
Ensino Fundamental, como para o Ensino Médio.
Após o término desse contrato, assumi mais vinte (20) horas-aula na Escola
de Educação Básica Coronel Lara Ribas, localizada no Bairro Vila Real do Município
de Chapecó-SC, onde também ministrei aulas para os níveis Fundamental e Médio.
Durante o último período da Graduação em História, na Disciplina de Prática
de Ensino em História III, foi realizado um seminário de avaliação do Estágio
Curricular, no qual todos os alunos estagiários tiveram a oportunidade de expor
como foram realizados seus estágios e o que “sentiram” durante as aulas
ministradas.
Embora a experiência vivenciada no Estágio Curricular tenha sido
considerada, por quase todos os alunos estagiários rica e inovadora, surgiram
muitos questionamentos com relação às dificuldades enfrentadas para conseguir
realizar esse Estágio, devido, principalmente a certa “aversão” das escolas quanto à
presença dos alunos estagiários.
Ao participar deste seminário de avaliação dos Estágios Curriculares, percebi
a necessidade de dar continuidade a esse estudo, por causa dos questionamentos
levantados pelos meus colegas, sobretudo nas questões que ficaram pendentes no
tema da minha pesquisa desenvolvida durante os anos de Graduação no Curso de
História. Foi por meio de um somatório de fatores, tais como: o desenvolvimento da
4
pesquisa realizada durante os anos de Graduação, focalizada no Estágio Curricular,
e estimulada nos relatos de experiências vivenciadas pelos meus colegas como
estagiários, bem como por minha própria experiência na realização do Estágio
Curricular que me conduziu a participar da Seleção para o Curso de Mestrado do
Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE, da Universidade Federal de
Santa Maria – UFSM, apresentando um projeto de pesquisa focalizado no Estágio
Curricular na Formação Inicial de Professores.
Tendo sido aprovado para cursar ingressei e passei a participar de um Projeto
de Pesquisa intitulado
“Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na
Educação Básica e na Formação de Professores – DIPIED”,
o qual
vem
estudando os processos de Formação Inicial e Continuada de Professores, sendo
financiado pelo CNPq, Edital Universal 02/2006 – Processo 486440/2006-0, e
coordenado pelo Professor Doutor Eduardo Adolfo Terrazzan.
No referido Projeto de Pesquisa (DIPIED), interessei-me em investigar o
processo de organização e desenvolvimento do Estágio Curricular, procurando
encontrar respostas para os questionamentos que trouxe em minha bagagem,
mediante a colaboração dos alunos estagiários, bem como dos docentes
orientadores de Estágio Curricular desta instituição resultando disso, pois, esta
Dissertação.
Sendo assim, a Dissertação aqui apresentada está organizada da seguinte
forma: a introdução apresenta a temática de pesquisa, expondo a necessidade de
mudanças na formação de professores para atuar na Educação Básica, decorrentes
da LDBEN – Lei 9.394/96 e, sobretudo com a aprovação das Resoluções CNE/CP nº
1 e nº 2 de fevereiro de 2002, as quais buscam proporcionar melhorias nas “novas
configurações do Estágio Curricular, visando uma formação “adequada” aos futuros
profissionais do ensino.
No capítulo I – A Formação de Professores - procuramos situar a formação de
professores a partir de diversos autores que abordam o tema, mostrando que existe
uma diversidade muito grande de formas para se olhar à questão. Além disso,
expomos um breve contexto acerca do Estágio Curricular e das normativas legais
que norteiam a formação de professor para atuar na Educação Básica.
No capítulo II – Procedimentos Metodológicos – apresentamos o objetivo, o
problema e as questões de pesquisa, bem como as fontes, os instrumentos, as
técnicas de pesquisa e a maneira como foram tratadas as informações coletadas.
5
No capítulo III – O Contexto Atual (2006-2007) da Realização de Estágios
Curriculares nos Cursos de Licenciatura da UFSM - fazemos esta apresentação a
partir de oito (08) partes. Na primeira, expomos o contexto atual do Estágio
Curricular nos Cursos de Licenciatura da Universidade Federal de Santa Maria –
UFSM, fazemos uma breve caracterização dos Estágios Curriculares nos treze
Cursos de Licenciatura inseridos neste estudo.
Na segunda parte, descrevemos o caminho percorrido para coletar as
informações junto aos alunos estagiários.
Na terceira parte, apresentamos as constatações obtidas a partir dos
comentários dos alunos estagiários referente à preparação e ao desenvolvimento
dos Estágios Curriculares.
Na quarta parte, trazemos a análise realizada a partir dos dados obtidos, e na
quinta parte, apresentamos os resultados com base nas informações coletadas junto
aos alunos estagiários.
Na sexta parte, apresentamos as constatações obtidas a partir dos
depoimentos dos doze (12) docentes orientadores de Estágios Curriculares da
UFSM, referentes ao processo de preparação e o desenvolvimento do Estágio.
Na sétima parte, trazemos a análise realizada a partir das constatações. E na
oitava parte, expomos os resultados obtidos com base nas informações coletadas
junto aos professores orientadores de Estágios Curriculares da UFSM.
No capítulo IV – Conclusões – apresentamos os resultados obtidos acerca da
organização e o desenvolvimento dos Estágios Curriculares, mostramos algumas
dificuldades encontradas no decorrer da pesquisa, assim como retomamos alguns
pontos discutidos. Apontamos, ainda, algumas sugestões e encaminhamentos
futuros.
Assim, com a experiência dessa pesquisa esperamos contribuir com
sugestões, subsídios e parâmetros para que haja melhorias no processo de
organização e desenvolvimento do Estágio Curricular nos Cursos de Licenciatura.
6
INTRODUÇÃO
Quando eu vou por um caminho,
É por dois caminhos que eu vou:
Um é por onde me encaminho,
O outro a verdade onde estou.
(Fernando Pessoa)
A Formação Inicial de Professores está vinculada, principalmente, ao Estágio
Curricular, que como disciplina profissionalizante na atual conjuntura, geralmente
tem-se resumido a desenvolver atividades de observação, participação e regência.
Há na literatura da área educacional diversos autores, que têm considerado o
Estágio Curricular de extrema importância no âmbito do processo de Formação
Inicial de Professores, e parte integrante de qualquer processo desse tipo. Podemos
citar, por exemplo: (LIMA, 1995; PIMENTA e LIMA, 2004; PICONEZ, 1991; KENSKI,
1991; KULKSAR, 1991; FAZENDA, 1991; PONTUSCHKA, 1991; PAIM, 2006;
TERRAZZAN, 2003, 2007) entre outros.
O Estágio Curricular tem a função principal de colocar o futuro professor em
contato com o seu campo de trabalho, levando-o a avaliar a sua pertinência e a
adequação de sua escolha profissional, bem como os desafios que a prática
apresenta e a sua própria satisfação com essa escolha.
Nesse sentido, “o estágio representa para o aluno uma oportunidade de
verificar o acerto de sua escolha profissional, já que é o momento em que a situação
ensino-aprendizagem se realiza em toda a sua plenitude” (PONTUSCHKA, 1991,
p.136).
Por isso, o estágio proporciona ao aluno estagiário uma experiência única,
durante sua Formação Inicial, sobre como exercer sua profissão a partir da vivência
de situações reais de ensino.
O Estágio como componente curricular, nos Cursos de formação de
professores tradicionalmente tem sido considerado em muitos casos como uma
7
atividade “prática” de menor importância, no conjunto das disciplinas ditas “teóricas”.
Sendo essa desarticulação, a grande responsável pelos constantes problemas da
dicotomia entre teoria e prática. De acordo com Lima:
É necessário, portanto, que o Estágio seja pensado por todos os
professores e alunos e compreendido como uma atividade teórico-
prático, em constante processo de ação/reflexão e fonte inspiradora
da seleção dos conteúdos das disciplinas de formação do professor
(LIMA, 2004, p.125).
A formação inicial de professores desde o final da década de 70 até os dias
atuais, tem sido palco de discussões nos meios acadêmicos, devido às modificações
decorrentes das leis e normativas legais que tratam da Formação de Professores
para a Educação Básica.
Entre elas, merece destaque a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases
LDB, Lei nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
bem como as Resoluções do Conselho Nacional de Educação – CNE/CP nº 1 e nº 2
de fevereiro de 2002.
Na LDBEN - Lei 9.394/96, as discussões ganharam repercussão no que se
refere ao Título IV “Dos Profissionais da Educação”, especialmente, no Art. 61,
Inciso I, Art. 63, Inciso I, Parecer CNE nº 04/97 e Art. 65, que permitem aos
profissionais egressos de diferentes áreas após uma complementação pedagógica
de 540 horas tornarem-se professores.
No âmbito das reformulações curriculares dos Cursos de Formação de
Professores estabelecida pela Resolução CNE/CP 1 de 18 de fevereiro de 2002,
com base nos Pareceres 9/2001
1
27/2001
2
, são estabelecidas as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em
nível superior, Cursos de Licenciatura, de graduação plena. Também, é pauta de
discussões, ao que concerne o Art. 7º, no Inciso IV que: “as instituições de formação
trabalharão em interação sistemática com as escolas de educação básica,
desenvolvendo projetos de formação compartilhados”.
E ainda, referente à mesma resolução, o Art. 13, parágrafo 3 define: “O
1
Estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica,
em nível superior, curso de Licenciatura, graduação plena.
2
Dá nova redação ao item 3.6, alínea c, do Parecer CNE/CP 9/2001, que dispõe sobre as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior,
curso de Licenciatura, de graduação plena.
8
estágio obrigatório a ser realizado em escola de educação básica, e respeitado o
regime de colaboração entre os sistemas de ensino, deve ter início desde o primeiro
ano a ser avaliado conjuntamente pela escola formadora e a escola campo de
estágio”.
Outro tema em constante discussão, refere-se à aprovação do Conselho
Nacional de Educação – CNE/CP 2 de 19 de fevereiro de 2002, que estabelece a
duração e a carga horária dos Cursos de Licenciatura Plena, de formação de
professores da Educação Básica em nível superior, cursos de Licenciatura, de
graduação plena, estipulando no seu inciso II, o aumento da carga horária destinada
ao Estágio Curricular Supervisionado para 400 (quatrocentas) horas, tendo início a
partir da segunda metade do curso, proporcionando ao estagiário maior tempo de
permanência na escola.
Como se pode perceber, frente às novas exigências legais, faz-se necessário
uma interação entre a Instituição de Ensino Superior – IES e a Escola de Educação
Básica – EEB, visando proporcionar uma formação de “melhor qualidade” aos
estagiários, futuros profissionais do ensino. Porém, sabemos que a quantidade do
número de horas destinadas ao Estágio Curricular não irá fazer nenhum diferencial
na “qualidade” do profissional que se estará formando, se não houver
comprometimento e responsabilidade pelas agências formadoras envolvidas neste
processo formativo.
Neste estudo, vale ressaltar que antes da aprovação das Resoluções
CNE/CP nº 1 e nº 2 de fevereiro de 2002 (Anexo 1) não havia normativa específica
para o processo de Formação de Professores para a Educação Básica, a tradição
era e em muitos casos ainda continua sendo quase que de exclusiva
responsabilidade das Instituições de Ensino Superior - IES, sendo as unidades de
ensino as Escola de Educação Básica – EEB, apenas responsáveis por receber os
alunos estagiários, conceder a regência de uma turma de alunos, transmitir algumas
normas a serem seguidas pelos estagiários e simplesmente esperar que os
docentes das IES venham acompanhar o processo de desenvolvimento do Estágio
Curricular.
Diante da conjuntura mencionada sobre os Estágios Curriculares nos Cursos
de Licenciatura, procuramos a partir de um recorte não diretamente oficial,
caracterizar as “visões” dos que trabalham em Instituição de Ensino Superior - IES,
envolvidas nas atividades referentes aos Estágios Curriculares, ou seja, os alunos
9
estagiários e os professores orientadores de estágio, de modo a estabelecer
sugestões, subsídios e parâmetros que contribuam para a organização e o
desenvolvimento de seus Estágios Curriculares.
10
1. FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Eu quero professores,
Que não se limitem a imitar outros professores,
Mas que se comprometam (e reflictam)
Na educação das crianças numa nova sociedade;
Professores que fazem parte de um sistema que os valoriza
E lhes fornece os recursos e os apoios necessários
À sua formação e desenvolvimento;
Professores que não são apenas técnicos,
Mas também criadores.
(Martin Lawn)
No Brasil, o processo de formação docente teve suas origens nos anos 30 do
século XX, com a criação das licenciaturas nas antigas faculdades de Filosofia. No
entanto, somente conseguiu se adequar para formar professores para atuar em
todos os níveis da Educação Básica após a implementação da LDBEN – Lei
9.394/96, mais especificamente com as Resoluções CNE/CP nº 1 e nº 2 de fevereiro
de 2002, que tratam das Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores da
Educação Básica.
Cabe ressaltar que a LDB, em seu Art. 62 passou a autorizar somente duas
instituições para requerer a formação dos profissionais da Educação Básica: as
universidades e os Institutos Superiores de Educação – ISE.
Atualmente, convivemos com o mundo em rápida evolução, e isso vem
provocando grandes preocupações com a profissionalização em âmbito mundial,
devido principalmente, ao desenvolvimento científico-tecnológico, às mudanças na
economia mundial, à globalização etc. que passaram a exigir uma mão-de-obra mais
qualificada, e conseqüentemente, uma formação de “melhor qualidade”.
11
Perante essa preocupação, a profissionalização da docência teve início nos
Estados Unidos nos anos 80, após instalou-se na Europa, e nos anos 90 chegou ao
Brasil o desafio de formar o professor produtor de conhecimentos e saberes, visando
assim, a construção de uma nova identidade profissional.
1.1. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: A PARTIR DAS
ORIENTAÇÕES DA LDBEN – LEI 9.394/96
O processo de formação de professores tem sido considerado como
momentos formais até o recente período da história da educação, ocorrendo
geralmente na chamada Formação Inicial em nível médio e nível superior,
prevalecendo como uma garantia quanto às necessidades de formação profissional
de professores.
A partir dos anos 1990 enfatiza-se o professor profissional, pesquisador,
reflexivo, que correlaciona a experiência da sala de aula com uma avaliação
reflexiva dessa experiência. Também se discute e se sustenta que o professor, em
sua formação possua saberes especializados em educação, nas disciplinas que atue
e tenha experiência. Ainda, destaca-se a história sob as trajetórias de vida
profissional de professores, realçando a figura do professor não somente como
profissional, mas também como pessoa.
No entender de Salgueiro, o trabalho docente é resultado de um processo
coletivo de elaboração e reflexão entre os outros docentes, especialistas, alunos e
pais, somente dessa forma terão credibilidade, pois:
(...) el trabajo docente no se desarrolla de forma aislada en el interior
de las escuelas, sino que es resultado de la interacción con otros
docentes, con especialistas, con el alumnado y con sus familias. Se
trata, por lo tanto, de un proceso colectivo de elaboración, de
reflexión, aunque articulado desde lo individual. A través de esta
interación colectiva, los saberes docentes ganan credibilidad
(SALGUEIRO, 1998, p.39)
12
Pimenta (2005) reconhece nessa tendência de formação reflexiva uma tática
de valorização do trabalho desenvolvido pelo professor como sujeito responsável
pelas modificações que se fazem necessárias na escola e na sociedade.
Evidencia-se que apesar desta denominação de professor reflexivo cunhado
por Schön (1987), convivemos com um sistema de formação inicial caracterizado por
instituições formadoras que ainda não conseguiram superar os problemas com a
dicotomia entre a teoria e a prática, e a separação entre ensino e pesquisa, as quais
persistem nos Cursos de Licenciatura Plena e Bacharelado. Segundo Fonseca:
Hoje, pensar a formação docente implica pensar simultaneamente
nos vários aspectos que constituem esse processo: formação inicial
(Cursos de Licenciatura), formação contínua (Cursos, treinamentos
em serviços, assessorias etc.), condições de trabalho (materiais,
carga horária, salário) e regulamentação da carreira (FONSECA,
2003, p.73).
Perante esse contexto faz-se necessário repensar a educação. Com esse
objetivo em 1990 ocorreu a Conferência de Jomtien na Tailândia promovida pela
Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura – UNESCO,
presidida por Jacques Delors que contou com a presença de quatorze
personalidades de todas as regiões do mundo com a finalidade de discutir as
reformas na educação. A Comissão internacional sobre educação para o século XXI,
foi criada oficialmente no início de 1993 e financiada pela UNESCO. A referida
Comissão refletiu sobre “educar e aprender” para o século vigente, e apontou a idéia
de uma educação pluridimensional desenvolvida ao longo da vida, visando
responder aos desafios de um mundo em rápida transformação e, sobretudo,
repensar a formação de professores, considerando como uma prioridade em todos
os países a luta por melhorar a qualidade, a motivação e a remuneração destes
docentes.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - LDB,
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, verifica-se a grande necessidade de
mudanças em relação à formação de professores. Essa modificação da lei fica
explicita no artigo 62 que propõe:
A formação docente para atuar na educação básica far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em
13
universidades e institutos superiores de educação, admitindo como
formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil
e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em
nível médio, na modalidade Normal (BRASIL,1996).
Constata-se que o objetivo desta lei é fornecer para a Educação Básica
docentes com uma formação avançada, excluindo a Licenciatura Curta, a fim de
criar condições para que o aluno adquira o conhecimento básico que lhe permita
interagir na realidade e agir como sujeito crítico.
No que concerne à formação docente, Pereira (1999) ressalta alguns pontos
em constante discussão a partir da promulgação da LDBEN – Lei nº 9.394/96,
especialmente no Título VI “Dos Profissionais da Educação”, quanto aos
profissionais egressos de diferentes áreas, que mediante uma complementação
pedagógica de 540 horas (LDB, art. 63, inciso I, Parecer CNE nº 04/97) são
transformados em professores. Deste total, 300 horas são destinadas à prática de
ensino (LDB, art. 65) e ainda podem ser contabilizadas por meio de capacitação em
serviço (LDB, art. 61, Inciso I). Assim, a legislação vigente permite às pessoas que
possuem diploma de nível superior uma formação docente cursando apenas a parte
teórica equivalente a 240 horas em qualquer modalidade de ensino comprovando
habilitação em serviço de no mínimo 300 horas (art. 8º/Res 2/97). Diante dessa
situação preocupante, os questionamentos centram-se sobre a seguinte questão:
“será uma reedição atualizada dos Cursos de Licenciatura Curta?”.
Novamente Pereira (1999) aborda outra questão em constante debate, que é
a das atuais condições da educação brasileira, pois ela vem sofrendo
principalmente, com a não-valorização do profissional da educação, com os salários
aviltantes, com as más condições de trabalho e com a falta de um plano de carreira
para a profissão. Estas são questões que permanecem ainda sem solução e afetam
a formação docente no país.
Com a nova LDBEN – Lei 9.394/96, foram extintos os “currículos mínimos”
definidos pela anterior Lei 5540/68
3
, a qual determinava a organização dos Cursos
superiores no Brasil, passando a atribuir às universidades autonomia para
estabelecer os currículos, conforme consta no Art. 53, inciso II: “fixar os currículos
dos seus Cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes” (BRASIL,
3
BRASIL. Lei 5540, de 28 de novembro de 1968. Fixava as normas de organização e funcionamento
do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências.
14
1996).
A ausência do currículo mínimo proporcionou maior flexibilidade no modo de
organização dos Cursos na educação, em especial no Ensino Superior, e
conseqüentemente, a extinção acima mencionada na LDB. No que se refere ao Art.
48, este aboliu a vinculação entre certificados de conclusão de curso e exercício
profissional, determinando que “os diplomas de Cursos superiores reconhecidos
quando registrados, tenham validade nacional como prova da formação recebida por
seu titular” (BRASIL, 1996).
Além da promulgação da LDBEN – Lei 9.394/96, ainda no mesmo ano,
objetivando mudar o quadro educacional nacional, instalou-se o novo Conselho de
Educação consolidando o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica –
SAEB
4
, e formulando-se um projeto para reorganização do Ensino Técnico
Profissional. Também se iniciou um debate sobre as Diretrizes Políticas para a
formação do magistério, com uma proposta para regular o princípio constitucional da
autonomia universitária, implementou-se o Programa TV escola e lançou-se o
Programa Informática na Educação (PEREIRA, 2000).
No entanto, vale lembrar que o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM
5
é
realizado desde o ano de 1988 com os alunos concluintes do Ensino Médio tendo
como objetivo avaliar o desempenho do aluno ao término da escolaridade básica.
Este vem sendo valorizado pela sociedade e seus resultados têm sido utilizados em
alguns casos para admissão de estudantes em Cursos de Ensino Superior e
contratação de empregados pelas empresas.
Na concepção de Mello (2000) com a aprovação da LDBEN - Lei 9394/96,
encerra-se a primeira geração de reformas no sistema educacional, tendo início
outra fase de reformas no processo de ensinar e aprender prescrevendo um
paradigma curricular o qual os conteúdos de ensino proporcionam meios para a
produção de aprendizagem e competências aos alunos. Dessa maneira, inicia-se a
segunda geração de modificações no sistema escolar em âmbito nacional.
4
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB acontece desde 1990 avalia os
alunos da 4ª e 8ª série do Ensino Fundamental e os 3º ano do Ensino Médio. A partir do ano de 2005
passou a compreender dois processos de avaliação distintos: a Avaliação Nacional da Educação
Básica – Aneb e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar – Anresc, que é mais detalhada e tem
como foco cada unidade escolar. (http://www.inep.gov.br/basico/saeb/dafault.asp, acessado em
13/10/06).
5
Informações obtidas através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Anísio Teixeira (INEP),
endereço eletrônico: http://www.inep.gov.br/basica/enem/legislacao/legislacao.htm, acessado em
13/10/06.
15
Neste sentido, tenta-se romper com a formação docente concebida pelo
modelo da racionalidade técnica, que consiste em preparar o professor para ser um
transmissor de conhecimentos científicos e pedagógicos, deixando explícita a
separação entre a teoria e a prática na formação. Então, surge outro modelo
alternativo de formação de professores denominado modelo da racionalidade
prática, no qual o professor é tido como um profissional autônomo, e sua prática não
se restringe apenas ao
“lócus”
da transmissão de conhecimentos científicos e
pedagógicos, mas sim, como espaço de criação reflexão e modificação dos novos
conhecimentos produzidos.
Com base nesse modelo da racionalidade prática, as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica visam romper com
o modelo anterior, mostrando que o contato com a prática docente deve ser o eixo
dessa preparação, e por essa via se apresentar articulados desde os primeiros
momentos no Curso de formação.
No entender de Ferry apud Marcelo Garcia (1991), a formação de professores
difere-se de outras atividades de formação por ter que combinar formação
acadêmica com formação pedagógica, por formar profissionais e, sobretudo por ser
uma formação de formadores.
A partir da concepção dos autores Medina e Dominguez, a formação de
professores é considerada como:
(...) a preparação e emancipação profissional do docente para
realizar crítica reflexiva e eficazmente um estilo de ensino que
promova uma aprendizagem significativa nos alunos e consiga um
pensamento-acção inovador, trabalhando em equipe com colegas
para desenvolver um projeto educativo comum (1991 apud
MARCELO GARCIA, 1995, p.23).
Nesta perspectiva, exige-se que o professor seja um sujeito reflexivo e
inovador, em outras palavras, que trabalhe com um conhecimento em construção,
que possua um estilo próprio de ensinar, seja capaz de analisar e refletir sobre sua
própria prática, bem como, seja capaz de conviver com as mudanças e juntamente
com os alunos promova um ensino de qualidade.
Em suma, a partir da década de 90, especialmente, com a promulgação da
LDBEN – Lei 9.394/96 acentuaram-se as discussões acerca dos novos roteiros
16
estabelecidos para a formação de professores para as Escolas de Educação Básica
– EEB.
Nesta nova fase, tenta-se romper com o ensino “tradicional” e introduzir um
ensino baseado no modelo da racionalidade prática. E, além disso, em âmbito
mundial os países passam a se reunir com a finalidade de repensar a formação de
professores, considerando como uma prioridade à luta por melhorar a qualidade, a
motivação e a remuneração destes docentes.
1.2. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA PERSPECTIVA DE
ALGUNS AUTORES
Atualmente um dos caminhos da pesquisa educacional tem sido investigar o
professor no seu fazer, pensar reflexivo, enfim, como esse fazer constrói-se ao longo
da sua carreira docente. Tendo em vista que no seu cotidiano em sala de aula, os
professores não são meros executores de atividades, mas sim profissionais que
pensam e estão preocupados em refletir sobre o seu fazer e, sobretudo, com a
melhor maneira de fazê-lo.
Conforme a literatura vem abordando acentuaram-se as preocupações com a
formação de professores numa perspectiva “moderna”. Essas inquietações nos
conduzem a tentar definir, qual é o perfil do professor que se quer formar? Com
bases nas denominações de formação de professores cunhadas, por Donald Schön
(1987) Professor Reflexivo, José Contreras (2002) Professor Autônomo e Henry A.
Giroux (1997) Professor Intelectual Transformador.
O Professor Reflexivo na denominação cunhada por Schön implica na
formação de um profissional reflexivo, o qual vem no sentido da emancipação do
professor como um sujeito que toma as decisões, que produza conhecimentos, ou
no mínimo entende como foram construídos os conhecimentos que ele deve ensinar.
Ou como ele caracteriza o profissional reflexivo por:
Estar atento aos padrões de fenômenos, ser capaz de descrever o
que observa, estar inclinado a propor modelos ousados e, às vezes,
radicalmente simplificados de experiência e ser engenhoso ao propor
formas de testa-los que sejam compatíveis com os limites de um
17
ambiente de ação. A educação em uma disciplina pode aproximar os
indivíduos de formas de investigação que não são literalmente
aplicáveis a si, a partir das quais poderão ser improvisadas as formas
de investigação que podem funcionar na prática (SCHÖN, 2000,
p.234).
Na perspectiva apresentada por Contreras, defende-se a formação de um
professor autônomo, que seja um sujeito que tenha iniciativa própria no seu agir em
educação, no entanto ressalta que esta autonomia deve ser construída a partir do
trabalho coletivo e interdisciplinar na escola.
A autonomia do professor em sala de aula, como qualidade
deliberativa da relação educativa, se constrói na dialética entre as
convicções pedagógicas e as possibilidades de realizá-las, de
transformá-las nos eixos reais do transcurso e da relação de ensino.
Porém tal possibilidade de realização só pode se dar se os
estudantes entenderem seu propósito e seu plano, e seu professor
entender as circunstâncias e expectativas daqueles (CONTRERAS,
2002, p.198).
Giroux (1997) prefere considerar os professores como intelectuais, visto que
estes são críticos, reflexivos e criativos. Neste sentido, a categoria intelectual
transformador possibilita pensar vários aspectos sobre a construção do professor,
principalmente, enquanto sujeito político levando-se em consideração o pensar e
atuar de maneira conjunta e o compromisso com a transformação, assim são úteis
de várias maneiras:
Primeiro ela significa uma forma de trabalho no qual o pensamento e
atuação estão inextricavelmente, relacionados, e como tal, oferece
uma contra-ideologia para as pedagogias instrumentais e
administrativas que separam concepção de execução e ignoram as
especificidades das experiências e formas subjetivas que moldam o
comportamento dos estudantes e dos professores. Segundo, o
conceito de intelectual transformador faz entrarem em ação
interesses políticos e normativas que subjazem as funções sociais
que estruturam e são expressas no trabalho de professores e
estudantes (GIROUX, 1997, p.136).
O papel do professor, sob o olhar de Giroux, vai além da reflexão sobre suas
práticas e da autonomia na definição de conteúdos; para ele os educadores devem
ser críticos e pensar a possibilidade de uma nova sociedade, portanto, “os
18
educadores críticos precisam fazer mais do que identificar a linguagem e valores das
ideologias corporativas e manifestas no currículo escolar; eles precisam também
desconstruir os processos através dos quais eles são produzidos e postos em
circulação (...)” (GIROUX, 1997, p.138) ou ainda como defende Mclaren, na
apresentação do livro de Giroux, para que ocorram as mudanças
no papel do
professor e da escola, “é essencial que as escolas sejam vistas como locais de luta
e possibilidade e que os professores sejam apoiados em seus esforços tanto para
compreender quanto transformar as escolas em instituições de luta democrática”
(MACLAREN, 1997, p.XVI).
Na visão de Paim, é preciso pensar a formação de professores que analisem
suas práticas pedagógicas e procurem fazer mais que reproduzir conteúdos prontos
pré-estabelecidos pelos manuais didáticos. Entendendo que:
A formação do professor precisa ser realizada de forma que este
consiga agir por conta própria ao exercer suas atividades
profissionais, pensa-se inicialmente em romper com a hierarquia dos
saberes, ou a divisão social da produção do conhecimento (PAIM,
2002, p.15).
Evidencia-se que o professor deve ser não somente o mediador de
conhecimentos, mas o que cria as condições para que esse processo de construção
possa desenvolver-se, pois de acordo com Paulo Freire educar é construir: “não é
transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua
construção
” (FREIRE,
1999, p.22).
Segundo Terrazzan, “a exigência de um professor profissional, atualmente,
supõe um novo tipo de formação inicial, não mais calcada unicamente no
conhecimento cultural e na idéia de que a prática profissional competente deriva do
domínio da ciência e de técnicas e métodos para a sua aplicação” (TERRAZZAN,
2004, p.28).
Outra preocupação constante no que tange a formação de professores no
cenário educacional centra-se nos conhecimentos/saberes necessários para o
ensino e para o desenvolvimento profissional.
Segundo Mizukami (2004), as obras de Shulman nas últimas décadas têm
influenciado tanto pesquisas como políticas de formação e desenvolvimento
profissional de professores.
Shulman (1987) construiu uma ‘base de conhecimentos para ensinar’
19
objetivando melhorar a qualificação do ensino na realidade norte-americana,
especialmente nos Estados Unidos. Para isso, elaborou sete categorias sobre essa
base de conhecimentos específicos da docência, a saber: conhecimento de
conteúdo específico, conhecimento pedagógico geral, conhecimento do currículo,
conhecimento pedagógico do conteúdo, conhecimento dos alunos e de suas
características, conhecimentos dos fins, propósitos e valores educacionais. Porém,
em nosso estudo fazemos uso somente de três categorias, sendo elas:
conhecimento do conteúdo específico, conhecimento pedagógico geral e
conhecimento pedagógico de conteúdo.
O
Conhecimento de conteúdo específico
envolve dois tipos de
conhecimentos para ensinar, o conhecimento substantivo e o sintático. O
conhecimento substantivo diz respeito ao domínio de conceitos, idéias e
fenômenos de uma área específica de conhecimento. O conhecimento
sintático se refere aos métodos que permitem produzir novas informações nas
investigações de campo, com a finalidade de validar novos conhecimentos.
O Conhecimento pedagógico geral
refere-se às teorias de ensino e
aprendizagem, conhecimento dos alunos, contextos educacionais, gestão e
organização da escola. Esse conhecimento transcende uma área específica
de ensino.
O
Conhecimento pedagógico do conteúdo
é um conhecimento construído
constantemente pelo professor ao ensinar, o qual não prescinde dos outros
tipos de conhecimentos adquiridos pelo professor via cursos, programas etc...
trata-se de um novo tipo de conhecimento no qual o professor pode ser
considerado um protagonista.
As categorias elaboradas por Shulman mostram a base de conhecimentos
necessários para que o professor possa proporcionar métodos de ensinar e
aprender, indispensáveis para profissão docente.
Finalmente, vale reiterar que ultimamente as preocupações com a formação
de professores centram-se numa formação reflexiva, autônoma e, sobretudo nos
conhecimentos/saberes necessários para o ensino e para o desenvolvimento
20
profissional.
1.3. FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: UMA BASE PARA O
INÍCIO DA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA
A formação inicial é o começo da preparação para a complexa atividade da
aprendizagem da docência, porém é um constante desafio que nos leva a refletir
sobre: o que os professores precisam saber para poder ensinar e para que seu
ensino possa conduzir a aprendizagem dos alunos? Como os professores aprendem
a ensinar? Como constroem conhecimentos sobre o ensino? Mizukami (2004).
Para a autora, a base de conhecimento para o ensino não é fixa e imutável,
uma vez que consiste em compreensões, conhecimentos habilidades e disposições
necessárias para que o professor possa propiciar processos de ensinar a aprender
em diferentes contextos e modalidades de ensino. Dessa maneira, a base do
conhecimento implica uma construção contínua, tendo em vista que há muito ainda
para ser descoberto, inventado, criado e modificado.
Conforme a literatura vem apontando, a formação básica proposta aos
professores durante os processos de aprender a ensinar, ocorrem em dois
momentos distintos de ensino e aprendizagem. No primeiro momento, os Cursos de
formação inicial proporcionam aos futuros professores o estudo de teorias
educacionais, planejamento e desenvolvimento curricular, metodologias de ensino e
manejo de sala de aula. No segundo momento, os professores observam e
executam habilidades e explicam técnicas.
Atualmente, devido às modificações estabelecidas pelas normativas legais, as
discussões acerca da formação de professores, especialmente a formação inicial, no
que tange ao processo de organização e desenvolvimento do Estágio Curricular, são
questões que precisam ser respondidas no âmbito do campo educacional.
Entretanto, essas modificações na formação de profissionais para atuar na
Educação Básica, foram estabelecidas principalmente devido à promulgação da
LDBEN - Lei 9.394/96, que desencadeou várias regulamentações, a saber: a
Resolução CNE/CP 1, de 30 de setembro de 1999, que dispõe sobre os Institutos
21
Superiores de Educação; o Decreto n. 3276/99
6
, que orienta sobre a formação de
professores em nível superior para atuar na Educação Básica, alterado pelo Decreto
n. 3554/2000. No tocante, o Parecer CES 970/99
7
que trata da formação dos
professores nos Cursos Normais Superiores; o Parecer CNE/CP 9/2001
8
aborda as
Diretrizes para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior,
Cursos de Licenciatura, de Graduação Plena.
No que se refere aos estágios, o Parecer CNE/CP 9/2001 foi modificado pelo
Parecer CNE/CP 27/2001
9
, definindo que o Estágio Curricular obrigatório deve ser
feito nas Escolas de Educação Básica, com início a partir da segunda metade do
curso, articulando teoria-prática sob a orientação de um profissional experiente no
ensino. Todavia, o Parecer CNE/CP 28/2001
10
enfatiza o Estágio Curricular
Supervisionado, reafirmando sua obrigatoriedade no ensino, assim como seu início a
partir da segunda metade do curso com efetiva relação entre teoria-prática.
A Resolução do Conselho Nacional de Educação – CNE/CP 1 de 18 de
fevereiro de 2002,
estabeleceu e apontou um conjunto de princípios e procedimentos
que devem nortear o processo de organização institucional e curricular, de todas as
Instituições de Ensino Superior - IES formadoras dos futuros professores para a
Educação Básica.
E ainda, para complementar a resolução mencionada merece destaque o
art.12 ao definir que “os cursos de formação de professores em nível superior terão
sua duração, definida pelo Conselho Pleno, em parecer e resolução específica sobre
sua carga horária” Resolução CNE/CP 1 de 18 de fevereiro de (BRASIL, 2002).
Para isso, foi aprovada a Resolução do Conselho Nacional de Educação –
CNE/CP 2 de 19 fevereiro de 2002, que estabelecem a duração e a carga horária
6
BRASIL. Decreto Lei nº 3276/99. Dispõe sobre a formação em nível superior de professores para
atuar na educação básica e dá outras providências. Brasília, 1999.
7
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Parecer CES nº 970, de 9 de novembro de 1999, do Curso
Normal Superior e da Habilitação para Magistério em Educação Infantil e séries iniciais do ensino
fundamental nos Cursos de Pedagogia. Brasília, 1999.
8
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Parecer CP 9, de 08 de maio de 2001. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior,
curso de Licenciatura, de graduação plena.
9
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 27/2001. Dá nova redação ao item 3.6,
alínea c, do Parecer CNE/9/2001, dispõe sobre as Diretrizes Curriculares para a Formação de
Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena.
10
Brasil. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 28/2001. Dá nova redação ao Parecer
CNE/CP 21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos Cursos de Licenciatura, de
graduação plena, de formação de professores da educação básica em nível superior, cursos de
licenciatura, de graduação plena.
22
dos Cursos de Licenciatura Plena, de formação de professores da Educação Básica
em nível superior.
Evidencia-se que as implementações dessas novas legislações visam
contribuir para uma inovação na formação inicial dos professores, principalmente,
porque se passou a exigir a co-responsabilidade das Escolas de Educação Básica -
EEB no processo formativo e, sobretudo, porque se aumentou a carga horária de
400 (quatrocentas) horas destinadas ao Estágio Curricular, com início definido a
partir da segunda metade do curso, proporcionando ao aluno estagiário mais horas
de permanência com o futuro campo de trabalho. Dessa maneira, busca-se
efetivamente uma interação entre universidade e escola no processo de formação
dos futuros profissionais do ensino.
Segundo Goldberg, a inovação pode ser entendida como: “Processo
planejado e científico de desenvolver e implantar no Sistema Educacional uma
mudança cujas possibilidades de ocorrer com freqüência são poucas, mas cujos
efeitos representam um real aperfeiçoamento para o sistema” (GOLDBERG, 1995,
p.198).
Neste contexto, para a realização do Estágio Curricular, faz-se necessário
uma maior articulação entre a universidade e a escola. Tendo em vista que, esse
aumento do tempo de permanência do aluno estagiário na escola (campo de
estágio), acaba modificando as aulas na turma em que se realizará o Estágio
Curricular. Essas inovações, por sua vez, nem sempre são vistas como deveriam.
Como nos diz Huberman: “Sabemos que os sistemas escolares, como todos os
sistemas humanos ou “abertos”, sentem-se impelidos a manter a ordem e a prática
estabelecida, apesar de experimentar igual desejo de melhorar e de inovar”
(HUBERMAN, 1973, p.10).
Na concepção de Messina (2001), a palavra inovação a partir dos anos
setenta tem sido referência obrigatória e recorrente no campo educacional,
empregada com o objetivo de proporcionar melhorias nos sistemas de ensino
vigente. Atualmente a inovação educacional é considerada como um mecanismo a
mais de regulação social e pedagógica.
De acordo com as exigências previstas nas normativas legais, os cursos de
formação de professores devem necessariamente encontrar meios para que o aluno
desde o início do curso tenha uma relação mais direta com o seu futuro campo de
trabalho, a fim de que o vínculo entre a teoria e prática se estabeleça e possibilite
23
uma formação mais completa. Segundo Piconez: “A Prática de Ensino/Estágio
Supervisionado precisa ampliar sua caracterização política uma vez que; sendo uma
atividade teórico-prática, envolve a totalidade das ações do currículo do curso”.
(PICONEZ, 1991, p.31).
Dessa maneira as leis vigentes procuram amenizar os problemas da
dicotomia entre teoria e prática e também proporcionar aos futuros professores um
contato a partir do início da segunda metade do curso com a escola (campo de
estágio). Rompendo assim, com a tradição em vigor, a qual se apresenta em muitos
casos composta por 30 (trinta) horas de Estágio Curricular e concentradas no último
semestre do curso.
No entender de Alves, a reformulação dos cursos de formação de professores
objetiva proporcionar aos acadêmicos uma maior convivência da teoria na prática ao
longo do curso, e dessa maneira, então:
superar a dicotomia entre as disciplinas pedagógicas e as disciplinas
específicas das licenciaturas, considerando ser o papel das primeiras
repensar toda a prática teórico-metodológico vivenciada durante o
curso e preparar o educador para analisar as questões educacionais
em seu contexto social mais amplo (ALVES, 1986, p.23).
Novamente, Pimenta preocupada com a formação inicial de professores,
aponta que os Cursos de Licenciatura além de conferirem uma habilitação legal para
o exercício da docência se espera que “formem” o professor, ou em outras palavras
que contribuam para o desenvolvimento de sua atividade docente no seu futuro
campo de trabalho. Assim, espera-se dos Cursos de Licenciatura que:
(...) desenvolva nos alunos conhecimentos e habilidades, atitudes e
valores que lhes possibilitem permanentemente irem construindo
seus saberes-fazeres docentes a partir das necessidades e desafios
que o ensino como prática social lhes coloca no cotidiano. Espera-se,
pois, que mobilize os conhecimentos da teoria da educação e da
didática necessários à compreensão do ensino como realidade
social, e que desenvolva neles a capacidade de investigar a própria
atividade para, a partir dela, construírem e transformarem os seus
saberes-fazeres docente, num processo contínuo de construção de
suas identidades como professores (PIMENTA, 2005, p.18).
24
Sabemos que o contato inicial do aluno de Curso de Licenciatura com seu
campo de trabalho se dá por meio da realização de Estágio Curricular, fato este que
leva o aluno estagiário a se identificar como professor e dessa maneira continuar
buscando seu lugar em sala de aula. Como nos diz Kenski:
(...) O estágio (...) e, a partir daí, a construção de nosso próprio
modelo de ação docente em um processo complexo de interligações
entre experiência e conhecimento teórico-prático, é um dos caminhos
para se alcançar a nossa própria identidade e autonomia de ação
(KENSKI, 1991, p.49).
Neste sentido, o Estágio Curricular, proporciona aos alunos estagiários uma
experiência única de como exercer sua profissão. Entretanto, vale ressaltar que
apesar da introdução de novas legislações como já foi mencionado, percebe-se que
o Estágio Curricular necessita superar uma série de dificuldades, entre elas a
ausente integração entre universidade e escola, visando assim conscientizar os
professores regentes das turmas na qual se realizam o Estágio Curricular. Pois eles
também são responsáveis pelo processo de formação inicial dos futuros professores,
e que esta não é apenas função das Instituições de Ensino Superior - IES. Conforme
Terrazzan:
Tradicionalmente, a formação de professores, sobretudo para o
Ensino Médio, é vista como de exclusiva responsabilidade das IES,
que atuam como agências formadoras, sendo que as escolas
costumam esperar que os docentes destas IES, supervisores de
estágio, “visitem” os estagiários em sala de aula, procedendo às
correções necessárias para o bom andamento de suas aulas. À
escola e ao professor titular da turma cabe apenas entregar ao
estagiário a lista de regras básicas a serem seguidas e esperar pelo
seu bom desempenho. Com isso, a escola formalmente se
“desobriga” em relação à formação daqueles que serão seus
prováveis futuros profissionais (TERRAZZAN, 2003, p.78).
Assim, de maneira geral os autores trabalhados afirmam que o Estágio
Curricular é considerado de extrema importância para a formação de professores.
Mas também abordam vários problemas quanto: a dicotomia entre a teoria e a
prática, a falta de supervisão no Estágio Curricular, a relação professor-estagiário e
articulação universidade escola, etc. Sobre isto Rego sugere que:
25
A solução do problema de formação de professores, porém depende
apenas, de medidas mais abrangentes, pertinentes à própria política
educacional do país, em que educação, ensino e escola sejam
redimensionados e revistas em sua função e finalidade, objetivos,
estruturas e dinâmicas (REGO, 1992, p.11).
Neste contexto a formação de professores, bem como o fazer-se professor,
devem estar vinculados às realidades sociais e aos interesses dos alunos, de modo
que eles possam compreender a realidade social. De acordo com as considerações
de Terrazzan os educadores atuais devem:
Ao ensinar, o professor deve buscar a participação ativa do aluno. É
preciso que o educador tenha em mente a necessidade de estar em
constante atualização, isto é, estar em contato com a pesquisa em
sua área de educação. E, mais importante tenha consciência da
necessidade de se trabalhar questões atuais/pertinentes ao ensino
da área do conhecimento, que se destina à disciplina (TERRAZZAN,
2003, p.91).
Lourencetti e Mizukami (2002) apontam questões como: onde, quando e
como os professores adquirem a competência profissional? Como aprenderam a
ensinar? Onde aprenderam a ser professores? Esses são questionamentos que se
fazem presentes nos dias atuais e nos remetem a idéia de que o crescimento
profissional é um processo contínuo que se aprende ao longo da formação, mas
sobretudo no exercício da docência.
Neste sentido, a formação inicial de professores passa a ser considerada
como a primeira fase no processo de formação, visto que esta trajetória implica
aperfeiçoamentos constantes que conduzem a uma formação continuada
objetivando o bom desempenho profissional dos docentes.
Diante do exposto, torna-se eminente que os Cursos de formação inicial de
professores procurem buscar contribuições para a elaboração de parâmetros que
sirvam para melhorias das novas configurações do Estágio Curricular, possibilitando
assim, uma formação “adequada” aos futuros professores.
26
1.4. ESTÁGIO CURRICULAR: UM MOMENTO DA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
Historicamente foi a partir do Parecer 292, de 14 de novembro de 1962 que a
disciplina Prática de Ensino sob a forma de Estágio Supervisionado passou a ser
uma disciplina obrigatória a ser cumprida por todos os Cursos de Licenciatura, e nele
constam que a prática de ensino deveria ser desenvolvida nas escolas da
comunidade sob a forma de estágio.
Outro marco significativo no que se refere ao Estágio Curricular ocorreu com
a promulgação da Lei nº 6.494
11
, de 7 de dezembro de 1977, que iniciou o processo
de sistematização das atividades referentes ao Estágio Curricular, concebendo-o
como uma forma de “investigação entre a teoria e a prática”.
Contudo, objetivando melhorar a organização do Estágio Curricular, o Decreto
87.497
12
, de 18 de agosto de 1982, regulamenta a Lei 6.494/77 e o define como “um
procedimento didático-pedagógico”.
Sabemos que há um consenso na literatura em considerar o Estágio
Curricular de extrema importância para a formação inicial de professores, tendo
como função realizar a interação universidade-escola, fazendo a relação teoria-
prática e assim, proporcionar uma experiência única aos alunos estagiários de como
exercer sua profissão em situações reais de trabalho. De acordo com Kulcsar:
(...) O estágio supervisionado deve ser considerado um instrumento
fundamental no processo de formação do professor. Poderá auxiliar
o aluno a compreender e enfrentar o mundo do trabalho e contribuir
para a formação de sua consciência política e social, unindo a teoria
à prática (KULCSAR, 1991, p.65).
Evidencia-se que o processo de formação docente no Brasil teve suas origens
nos anos 30 do século XX, com a criação das Licenciaturas nas faculdades de
Filosofia, visando o preparo de docentes para a escola secundária. Essas
11
Lei nº 6.494, de dezembro de 1977 (Publicada no DOU de 09/12/1977) Dispõe sobre os estágios
de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e ensino profissionalizante do 2º grau e
Supletivo e dá outras providências.
12
Decreto nº 87.497, de 18 de agosto de 1982 (Publicado no DOU de 19/08/1982) Regulamenta a Lei
nº 6.494, de 07 de dezembro de 1977, que dispõe sobre o estágio de estudantes de estabelecimentos
de ensino superior e de 2º grau regular e supletivo, nos limites que especifica e dá outras
providências.
27
licenciaturas se constituíram sob a configuração “3 + 1”, a qual destina três anos
para cursar as disciplinas de conhecimento científico e um ano para cursar as
disciplinas de conhecimento pedagógico. Como nos afirma Nagle a configuração 3 +
1: “é o esquema tradicional e por mais que se tente fazer alguma coisa diferente,
não se conseguiu ainda alterar esse esquema” (1985, p.162).
As reflexões acerca da formação do professor tiveram início entre a década
de 1970 e se intensificaram durante os anos de 1980 decorrentes das reformas
instituídas pelo governo ditatorial as quais provocaram mobilização e organizações
dos educadores em associações e entidades que passaram a fazer críticas à
situação vigente.
Nessa época, visando articular os comitês regionais formados por educadores
e estudantes universitários para discutir numa perspectiva sociocrítica de educação,
é criado o “Comitê Nacional Pró-Reformulação dos Cursos de Formação de
Educadores” que posteriormente, tornou-se Comissão Nacional de Reformulação
dos Cursos de Formação do Educador - CONARCFE. A partir de 1990, a
CONARCFE transforma-se na Associação Nacional pela Formação do Profissional
da Educação - ANFOPE cujos encontros nacionais determinam os princípios que
devem nortear a estruturação e reestruturação dos Cursos de formação dos
profissionais da educação (BARREIRO e GEBRAN, 2006).
Atualmente, existe também a participação ativa do Fórum Nacional da Defesa
da Formação de Professores – FORUMDir, que protege a docência como eixo
essencial da formação do educador .
Nesta perspectiva, vem sendo realizados vários encontros e seminários, os
quais mostram uma preocupação com a qualidade da formação de professores que
irão atuar nos Cursos de Pós-Graduação, Graduação e Educação Básica, entre eles
vale destacar o Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste – EPENN,
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd, Fórum
de Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação em Educação sócios
institucionais da ANPEd denominados ANPEd Sul e Encontro Nacional de Didática e
Prática de Ensino – ENDIPE.
O EPENN - Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste
13
é um
dos encontros de pesquisa mais antigo do Brasil, realiza-se desde os anos 70,
13
Informações obtidas no site do EPENN, disponível em <http:
www.cedu.ufal.br/epenn/apresentacao.htm> Acesso em 7 de fevereiro de 2008.
28
reunindo pesquisadores da área educacional e afins. É um encontro bianual
vinculado a ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação e ao Fórum de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em
Educação do Norte e Nordeste - FORPRED-N/NE.
A ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação
14
é a associação científica brasileira mais importante da área da
educação, fundada em 1976, sem fins lucrativos, contou com o esforço de alguns
Programas de Pós-Graduação da Área da Educação. Em 1979, a associação
consolidou-se como sociedade civil e independente admitindo sócios institucionais
(os Programas de Pós-Graduação em Educação) e sócios individuais (professores,
pesquisadores e estudantes de Pós-Graduação em Educação).
As atividades da ANPEd estruturam-se em dois campos: o Fórum de
Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação em Educação stricto sensu, e os
Grupos de Trabalho – GTs que congregam pesquisadores interessados em áreas de
conhecimento especializados em educação que são sócios institucionais da ANPEd,
a qual tem por finalidade coordenar o desenvolvimento de pesquisa da Pós-
Graduação em Educação na região sul do Brasil. Sua criação data o limiar dos anos
de 1990, vindo a se estruturar com coordenação geral e coordenação por Estados a
partir de 1996. Estes Seminários de Pesquisa em Educação da Região Sul
tornaram-se bienais e foram denominados ANPEd Sul.
O ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino
15
figura entre
os maiores eventos educacionais do Brasil, teve início em 1982 com o Seminário
intitulado “A didática em questão”, promovido pela PUC/RJ que deu origem a série
de ENDIPEs, o qual vêm se constituindo em um movimento de profissionais da
educação e pesquisadores que atuam nessas áreas de conhecimento, objetivando
receber pesquisadores e professores latino-americanos e de outros países, cuja
finalidade é divulgar o conhecimento sistematizado historicamente sobre os
processos de ensinar e aprender.
Neste sentido, vale ressaltar que esses encontros procuram tornar público o
trabalho que vêm sendo desenvolvido através de publicações impressas e
registradas em disquetes e CD-ROM referentes aos encontros/seminários/fóruns/
14
Informações obtidas no site da ANPEd, disponível em <htpp:www.anped.org.Br/inicio/htm>
acessado em 7 de fevereiro de 2008.
15
Informações obtidas no site da ENDIPE, disponível em
<htpp:www.pucrs.br/eventos/endipe/apresent.php>, acessado em 7 de fevereiro de 2008.
29
reuniões, que são promovidos em prol de melhorias no contexto educacional
vigente.
O Estágio Curricular nos Cursos de formação de professores tem sido
caracterizado como a fase “prática” para a aprendizagem de uma profissão. Sendo
assim, esta concepção acerca do Estágio Curricular como apenas o momento da
“prática” leva a uma descaracterização deste espaço de aprendizagem, sobretudo
em oposição à parte “teórica”.
Nas considerações de Lima, “O estágio não é a hora da prática! É a hora de
começar a pensar na condição de eterno aprendiz. É a hora de começar a
vislumbrar a formação contínua como elemento de realimentação dessa reflexão”
(2004, p.16). Na visão da autora não se deve pensar o estágio como a “hora da
prática”, pois esse raciocínio levaria a reforçar os problemas da dicotomia ainda
existente entre a teoria e a prática, já que, o estágio deve ser o momento de relação
entre a teoria e a prática, ou seja, a relação da práxis em toda a sua plenitude.
Constata-se na literatura consultada que (PONTUSCHKA, 1991; REGO,1992;
KULCSAR, 1991; KENSKI, 1991 e FAZENDA, 1991), apontam os problemas da
dicotomia entre a teoria e prática, salientando que a teoria é inseparável da prática,
pois ela é uma ferramenta que possibilita a análise daquilo que se vive e se faz. Mas
essa dicotomia entre a teoria e prática existe e é constante, devido à forma como
nos é colocada na universidade, ou ainda no dizer de Azevedo: “Uma teoria
colocada no começo dos cursos e uma prática colocada no final deles sob a forma
de estágio supervisionado constitui a maior evidência da dicotomia existente entre
teoria e prática (...)” (apud FAZENDA, 1991, p.17).
Barreiro e Gebran destacam a importância da relação entre a teoria e prática
na formação docente, pois:
a articulação da relação entre teoria e prática é um processo
definidor da qualidade da formação inicial e continuada do professor,
como sujeito autônomo na construção de sua profissionalização
docente, porque lhe permite uma permanente investigação e a busca
de resposta aos fenômenos e às contradições vivenciadas
(
BARREIRO e GEBRAN,
2006, p.22).
Nos estudos de Azevedo e Abid (2006) foram consideradas de extrema
relevância as concepções da professora Maria Socorro Lucena Lima (1995)
professora de Didática e Prática de Ensino da Universidade Estadual do Ceará –
30
UEC, que ressalta a necessidade das universidades se dedicarem à elaboração
implementação e avaliação constante de projetos de estágios assinalados como um
caminho teórico-metodológico para a formação inicial dos futuros professores, assim
como faz necessária a criação de prováveis procedimentos teórico-práticos visando
a melhoria das escolas. Para Lima, estes projetos poderão abarcar as várias
dimensões educativas, tais como:
a) Pedagógica: trabalho pedagógico, currículo, disciplinas;
b) Organizacional: análise das questões administrativas, financeiras, gestão,
projeto político pedagógico, recursos;
c) Profissional: formação continuada, condições de trabalho;
d) Social: envolvimento da comunidade, dos órgãos governamentais.
Nesta perspectiva os projetos de estágio devem ser elaborados a partir do
diagnóstico da realidade vivenciada pelos alunos estagiários, evitando assim o seu
desenvolvimento de forma aleatória ao contexto escolar e das possibilidades que
permeiam essa realidade.
Pimenta e Lima (2004) a partir de pesquisas realizadas abordam a
importância do estágio nos Cursos de formação de professores, pois segundo seus
estudos o estágio pode ser considerado uma excelente ocasião para o
fortalecimento da formação inicial de professores, mediante o estabelecimento de
convênios que proporcionem parcerias entre universidade-escola, visando assim
uma integração na formação inicial e continuada dos futuros professores.
No entender de Fonseca (2003), a formação inicial, sobretudo nos Cursos
superiores de graduação é um momento muito importante no processo de
construção da aprendizagem da docência, da identidade pessoal e profissional do
professor, assim como, é reconhecida como espaço para aquisição de
conhecimentos, experiências e maneiras de ser e estar na futura profissão.
Na mesma direção caminha o pensar de Barreiro e Gebran (2006), quando
consideram que a formação inicial adquirida no Curso superior de graduação é
responsável pelo início da construção da identidade docente do professor no
decorrer do exercício de sua futura profissão.
Nas concepções de Fonseca e Mesquita (2006), apesar da distancia que
ainda persiste entre a educação superior e a educação básica no Brasil, a
31
universidade pode construir um espaço de debates e interlocução visando uma (re)
avaliação da formação dos professores, pois o professor constrói sua profissão de
acordo com as bases que o curso superior lhe proporcionou.
Nesta perspectiva de formação de professores, faz-se necessário que o
processo de mudanças do ensino ocorra primeiramente na universidade. Assim, “é
necessária uma revisão da prática do professor, do próprio saber gerado na
universidade, que quase sempre retrata uma produção reinterpretada” (KULCSAR,
1991, p.123).
Na atual conjuntura o Estágio Curricular tem se resumido a atividades de
observação, participação e regência, o qual vem sendo considerado como a parte
prática e burocrática do Curso exigida aos estagiários como pré-requisito para a
obtenção do diploma.
Agostini e Paim (2006), afirmam que o Estágio Curricular é considerado de
extrema importância para a formação de professores. Porém, este estudo nos levou
a perceber que o Estágio Curricular necessita de várias modificações por parte da
universidade no sentido de rever as metodologias de ensino no processo de
formação de professores. Também precisa rever a questão do medo na estréia, a
insegurança, os problemas da dicotomia entre teoria e prática, o stress com o
planejamento das aulas e o breve tempo de duração do estágio. Segundo as
sugestões dos pesquisadores devemos pensar o Estágio Curricular a partir de uma
perspectiva nova, como espaço de formação, aprendizagem, trabalho, pesquisa e,
sobretudo como encontro entre experiência e conhecimento, ou ainda, como nos diz,
Pontuschka:
os estágios devem continuar com reformulações que os aproximem
mais das necessidades dos licenciados e da realidade da escola
pública, mas que haja contrapartida da universidade e dos órgãos
educacionais competentes para tomar decisões” (PONTUSCHKA,
1991, p.123).
Reali e Mizukami (2002) considerando o cenário de ensino brasileiro ao qual
os Cursos de formação básica se encontram inseridos e onde geralmente ocorrem
situações de ensino aprendizagem, as experiências dos estágios tem sido
caracterizadas como um longo período de planejamento e preparação do aluno
futuro professor para executar a sua “regência” ou “artificialismo” do ensino
32
ministrado.
Neste contexto, freqüentemente evidencia-se nos Cursos de formação de
professores a desarticulação existente entre as disciplinas teóricas e as de conteúdo
prático pedagógico, além da inserção do aluno futuro professor no seu campo de
estágio ocorrer tardiamente e, sobretudo, pelo pouco tempo destinado ao exercício
da docência sob supervisão.
A formação de professores vai além do curso de graduação e precisa estar
em permanente formação, pois: “para o professor saber fazer ele precisa ser uma
pessoa, e como tal em constante formação, assim como, o fazer que é o aspecto
social da sua prática docente, também exige uma permanente formação”
(CARVALHO, 1999, p.90).
Os professores como seres humanos se constroem em sociedade, ou seja,
em ambientes sociais tais como, na família, na escola, na universidade e,
posteriormente, na escola, local onde atuam como profissionais. Esta construção é
permanente e acontece nas mais diversas relações sociais, especialmente, para o
aspecto profissional, cujo fazer-se é inteiramente social e acima de tudo
humanizador.
Diante da configuração apresentada e tentando superar a tradicional
articulação entre formação teórica e formação prática, novas legislações vêm sendo
introduzidas no cenário educacional brasileiro, visando contribuir para a formação
inicial dos professores.
Assim, em 20 de dezembro de 1996, foi promulgada a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LBD, Lei nº 9.394, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, e traz algumas melhorias no sistema educacional
brasileiro. Neste caso, merece destaque em nosso estudo o artigo 65, e o artigo 82,
e o parágrafo único, os quais se referem ao Estágio Curricular elucidando que:
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior,
incluirá prática de ensino de no mínimo, trezentas horas.
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a
realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no
ensino médio ou superior em sua jurisdição.
Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não
estabelece vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa
de estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura
previdenciária prevista na legislação específica. (BRASIL, 1996).
33
Evidencia-se com a promulgação da referida Lei, que a carga horária
determinada para a formação docente é de no mínimo 300 (trezentas) horas, bem
como, destina ao sistema de ensino a criação de normas próprias para a realização
dos estágios; e esclarece que a realização do estágio segundo esta normativa legal
não estabelece vínculo empregatício.
Após a promulgação da LDB, Lei nº 9.394/96, seis anos mais tarde,
encaminhou-se ao Conselho Nacional de Educação – CNE a Resolução CNE/CP 1
de 18 de fevereiro de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica a qual estabelece a co-
responsabilidade das Escolas de Educação Básica no processo de formação inicial
dos futuros professores. Conforme consta no Artigo 7º, inciso IV, Artigo 13,
Parágrafo 3
16
.
Segundo o artigo 7º no seu inciso IV fica determinado que a Instituição de
Ensino Superior - IES devem trabalhar conjuntamente com as Escolas de Educação
Básica – EEB no desenvolvimento da formação inicial dos futuros profissionais que
nela atuarão.
No artigo 13 no que se refere ao Estágio Curricular, constata-se a proposição
de articular a teoria e a prática, a fim de superar os tradicionais problemas
decorrentes desde a criação dos Cursos de Licenciatura no Brasil na década de
1930 do século XX, cuja prática era processada desvinculada da teoria, gerando os
constantes problemas de dicotomia ainda existentes entre a teoria e prática na
formação de professores.
Considerando a relevância do Estágio Curricular na formação de professores,
o artigo 13 em seu parágrafo § 3 afirma sua obrigatoriedade, definindo como local de
realização as Escolas de Educação Básica e lembrando a co-responsabilidade entre
os sistemas de ensino, bem como estabelecendo que o Estágio deve iniciar desde o
16
Art. 7º A organização institucional da formação dos professores, a serviço do desenvolvimento de
competências, levará em conta que:
IV – as instituições de formação trabalharão em interação sistemática com as escolas de educação
básica, desenvolvendo projetos de formação compartilhados;
Art. 13. Em tempo e espaço curricular específico, a coordenação da dimensão prática transcenderá o
estágio e terá como finalidade promover a articulação das diferentes práticas, numa perspectiva
interdisciplinar.
§ 3º O estágio obrigatório, a ser realizado em escolas de educação básica, e respeitando o regime de
colaboração entre os sistemas de ensino, deve ter início desde o primeiro ano e ser avaliado
conjuntamente pela escola formadora e a escola campo de estágio. (RESOLUÇÃO CNE/CP 1 DE 18
DE FEVEREIRO DE 2002)
34
1º ano do curso e que ambas as instituições devem participar no processo de
avaliação do estagiário.
Por sua vez a Resolução do Conselho Nacional de Educação CNE/CP 2, de
19 de fevereiro de 2002, estabelece a duração e a carga horária dos Cursos de
Licenciatura Plena, de formação de professores da Educação Básica em nível
superior mediante ao cumprimento de no mínimo 2.800 (duas mil e oitocentas) horas
distribuídas entre teoria e prática e estabelecidas em seus incisos I,II,III e IV
17
.
A partir da referida resolução, o CNE/CP 2/2002 estabeleceu o aumento
considerável na carga horária destinada a prática como componente curricular e ao
Estágio Curricular Supervisionado, ambas constituídas por carga horária de 400
(quatrocentas) horas, visando superar a separação entre teoria e prática e a
desarticulação entre Universidade e Escola. Dessa maneira, os licenciandos estarão
antecipando sua inserção na escola, seus contatos com a realidade escolar e,
sobretudo com seu futuro campo de trabalho.
Nesta resolução verifica-se também que os alunos que já estão exercendo
atividades docentes poderão reduzir pela metade a carga horária exigida para o
Estágio Curricular Supervisionado. Conforme o Parágrafo
único:
Parágrafo único. Os alunos que exerçam atividades docentes na
educação básica poderão ter redução da carga horária do estágio
curricular supervisionado até o máximo de 200 (duzentas) horas.
(RESOLUÇÃO CNE/CP 2 DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002).
Neste sentido, com base nas exigências previstas pela legislação atual, as
Instituições de Ensino Superior – IES devem juntamente com as Escolas de
Educação Básica - EEB, buscar subsídios para melhorias no processo de formação
inicial de professores, tanto na organização quanto no desenvolvimento do Estágio
Curricular.
Neste contexto, resta afirmar que o Estágio Curricular desde a sua origem
vêm sofrendo alterações advindas das normativas legais vigentes, que objetivam
“melhorar” os processos de formação inicial de professores nos Cursos de
17
I – 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciada ao longo dos
cursos;
II – 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda
metade do curso;
III – 1800 (mil e oitocentas) horas para conteúdos curriculares de natureza científico-cultural;
IV – 200 (duzentas) horas para outra forma de atividade acadêmica–científico-culturais.
( RESOLUÇÃO CNE/CP 2 DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002).
35
Licenciatura.
Contudo, essas alterações, especialmente no que se refere à organização do
Estágio Curricular, vem se tornando alvo das discussões políticas e educacionais
brasileiras e também sendo foco de estudo de muitas investigações científicas que
buscam contribuir para melhorias na formação dos futuros profissionais, objetivando
aprimorar a qualidade do ensino.
No próximo capítulo, fazemos uma apresentação acerca do objetivo,
problema e questões de pesquisa, assim como os procedimentos metodológicos que
nortearam o desenvolvimento dessa investigação.
36
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Mas embora todo o nosso conhecimento
comece com a experiência,
nem por isso todo ele se
origina justamente da experiência.
(Immanuel Kant)
Neste capítulo apresentamos o objetivo, o problema e as questões de
pesquisa, bem como as fontes, os instrumentos, as técnicas de pesquisa e as
formas de tratamento das informações coletadas.
Vale ressaltar que as ações aqui descritas e analisadas foram desenvolvidas
no âmbito do Projeto de Pesquisa mais abrangente intitulado
“Dilemas e
Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação
de Professores” – DIPIED
, financiado pelo CNPq, no Edital Universal 02/2006 –
Processo 486440/2006-0, tendo como um dos seus focos de estudo justamente
voltado a organização e o desenvolvimento dos Estágios Curriculares de Formação
Professores.
2.1. O PRINCÍPIO DA PESQUISA: OBJETIVO, PROBLEMA E QUESTÕES DE
PESQUISA
Conforme foram mencionadas anteriormente, as inquietações que me
estimularam a aprofundar os estudos sobre os Estágios Curriculares na Formação
Inicial de Professores decorreram dos seguintes fatores: experiências vivenciadas
durante a realização do meu próprio Estágio Curricular no Curso de Licenciatura de
História, as questões que ficaram pendentes no desenvolvimento de minha pesquisa
de iniciação cientifica, durante os anos de graduação em História e os relatos dos
37
meus colegas em relação às dificuldades enfrentadas para conseguir realizar os
Estágios Curriculares.
Perante essas inquietações, resolvemos partir para a ação. Para isso,
traçamos para esta pesquisa como
objetivo geral
:
Buscar sugestões e contribuir para elaboração de subsídios e parâmetros
para as formas de organização e desenvolvimento dos Estágios Curriculares
em Cursos de Licenciatura.
A partir desse objetivo, e com base nos estudos realizados sobre a literatura
da área e naqueles desenvolvidos recentemente pelos integrantes do nosso grupo
de pesquisa (INOVAEDUC), buscamos responder ao seguinte
problema de
pesquisa
:
Como se caracteriza a organização e o desenvolvimento dos Estágios
Curriculares nos Cursos de Licenciatura da Universidade Federal de Santa
Maria?
Dada a amplitude do problema proposto, para nos auxiliar nesta busca, nos
propusemos a enfrentar e discutir as seguintes
questões de pesquisa
:
1) Como está distribuída, nas Matrizes Curriculares dos Cursos de Licenciatura
da UFSM, a carga horária de 400 horas previstas nas normativas legais para
a realização de Estágios Curriculares?
2) Que formas são utilizadas para encaminhar os alunos estagiários às Escolas
de Educação Básica para a realização dos seus Estágios Curriculares?
3) Que aspectos caracterizam o relacionamento entre aluno estagiário e
orientador de Estágio Curricular?
4) Que formas são utilizadas pelos orientadores de Estágio Curricular no preparo
dos alunos estagiários para desenvolverem seus Estágios Curriculares?
38
5) Que formas são utilizadas pelas Escolas de Educação Básica para receber e
para acompanhar os alunos estagiários?
6) Como os professores regentes de turma das escolas campo de estágio
contribuem para a realização dos Estágios Curriculares dos alunos de Cursos
de Licenciatura?
7) Que contribuições são apontadas para a atuação no Estágio Curricular, a
partir das disciplinas cursadas na Formação Inicial? Como os alunos
estagiários avaliam a sua Formação Inicial?
2.2. MODALIDADE DE PESQUISA
Há diversas metodologias propostas na literatura da área educacional, para
desenvolver um trabalho de pesquisa. Podemos citar autores que se dedicam a
explicitá-las; assim, temos: pesquisa qualitativa Bogdan e Biklen (1994), pesquisa-
ação Thiollent (1997), pesquisa participante Demo (2004), pesquisa etnográfica
Lüdke e André (1986) entre outras.
Diante da grande diversidade de opções e tendo por pressuposto a
necessidade de manter a consistência entre os objetivos e as formas de
desenvolvimentos de uma atividade de pesquisa, assumimos que cabe ao
pesquisador escolher a abordagem que mais se adequar às suas intenções.
Para o desenvolvimento desta pesquisa, que estudou um fenômeno social, ou
seja, o processo de organização e desenvolvimento do Estágio Curricular dos
Cursos de Licenciatura da UFSM, as informações formam coletadas mediante o uso
da análise qualitativa e quantitativa.
A pesquisa qualitativa foi utilizada por entendermos que esse tipo de pesquisa
responde a questões muito particulares, permitindo o aprofundamento na
compreensão dos sujeitos envolvidos no estudo, possibilitando descrições mais
detalhadas e abrangendo, de modo geral, o problema investigado em várias de suas
dimensões.
A pesquisa quantitativa possibilita maior objetividade e precisão na análise,
39
podendo assim evitar, por outro lado, descrições verbais. Para Richardson, “(...) o
método quantitativo representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos
resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando,
conseqüentemente uma margem de segurança quanto às inferências”.
(RICHARDSON, 1999, p.70).
Então, nesta pesquisa utilizou-se a integração entre análise qualitativa e
quantitativa, pois ambas podem se complementar e assim possibilitar várias
interpretações durante analise os dados. No entender de Goldenberg, quando nos
diz que:
a integração da pesquisa quantitativa e qualitativa permite que o
pesquisador faça um cruzamento de suas conclusões de modo a ter
maior confiança que seus dados não são produto de um
procedimento específico ou de uma situação particular. Ele não se
limita ao que pode ser coletado em uma entrevista: pode entrevistar
repetidamente, pode aplicar questionários, pode investigar diferentes
questões em diferentes ocasiões, pode utilizar fontes documentais e
dados estatísticos (GOLDENBERG, 2003, p.62).
Assim, nesta perspectiva, pareceu-nos mais apropriado o uso dos métodos
mencionados, porque proporcionam uma abordagem mais ampla e inteligível acerca
da complexidade do problema de pesquisa estudado.
2.3. FONTES E INSTRUMENTOS DE COLETA DE INFORMAÇÕES
Durante o desenvolvimento de uma pesquisa, há uma diversidade de fontes,
instrumentos e técnicas que podem ser utilizadas na coleta de informações. De
modo geral, entendemos como fontes de informações para uma pesquisa, sujeitos,
espaços sociais, bem como documentos e textos em geral. E, por
instrumentos/técnicas, um conjunto de procedimentos a serem utilizados no decorrer
da pesquisa, como, por exemplo, a entrevista, o questionário, a observação etc.
Especificamente, para essa pesquisa, definimos como fontes principais de
informações, alguns dos os sujeitos envolvidos no Estagio Curricular: alunos
estagiários e professores orientadores de Estágios Curriculares. Como instrumentos
para coletar as informações junto aos estagiários, utilizamos um questionário de
40
perguntas abertas e realizamos os Grupos de Discussão temática. Realizamos,
ainda, entrevista estruturada individuais com os professores orientadores de
Estágios.
Demos preferência ao questionário de perguntas abertas, por desejarmos
obter dos respondentes (alunos estagiários) frases de maior elaboração ao
descreverem suas opiniões, idéias e sentimentos. Em outras palavras, tentamos
conseguir mais detalhes nas respostas dadas. Outro motivo para a utilização deste
instrumento de pesquisa, foi em função do grande número de sujeitos envolvidos na
coleta das informações.
A opção pelo Grupo de Discussão ocorreu porque esta técnica de entrevista
possibilita aprofundar as informações sobre o tema mediante às diversas opiniões
relatadas pelos depoentes.
O uso de entrevistas estruturadas, para com os professores orientadores de
Estágio Curricular, justifica-se por ser uma técnica de coleta de informações que
permite a categorização das respostas dos entrevistados.
Para a realização deste estudo, contamos com a colaboração dos alunos
estagiários vinculados aos Cursos de Licenciatura da UFSM
18
, juntamente com a
contribuição dos professores orientadores de Estágio Curricular, sendo este estudo
realizado em dois momentos. No primeiro momento, a compreensão destes
docentes na disponibilidade de tempo necessário para os seus alunos responderem
e nos devolverem os questionários na mesma data da entrega, agilizando assim,
nosso trabalho. Num segundo momento, contamos com a contribuição destes
docentes para nos conceder uma entrevista, que nos proporcionou um
aprofundamento acerca do estudo sobre as questões do questionário “já
respondidos” pelos alunos estagiários.
Para coletar as informações, tanto dos alunos estagiários quanto dos
professores orientadores de Estágio Curricular, foram utilizados espaços que
pertencem a esta Instituição de Ensino Superior – IES; por exemplo, para coletar as
informações junto aos alunos estagiários foram utilizadas as próprias salas de aula e
para coletar as informações junto aos professores orientadores de Estágio
Curricular, as salas dos respectivos docentes.
18
Cursos de Licenciatura: Letras/Português; Letras/Inglês; Letras/Espanhol; Educação Física,
Química, Física, Ciências Biológicas; Música; Matemática; Filosofia; Geografia; Artes Visuais e
História.
41
2.3.1. Questionário
Nesta pesquisa, tendo em vista o grande número de sujeitos envolvidos,
escolhemos a utilização do questionário para a coleta de informações junto à aos
alunos estagiários, pois ele caracteriza-se como instrumento de coleta de dados que
são preenchidos pelos informantes sem presença do pesquisador. Conforme a
definição de Marconi e Lakatos:
Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por
uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por
escrito e sem a presença do entrevistador. Em geral, o pesquisador
envia o questionário ao informante, pelo correio ou por um portador;
depois de preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo
(MARCONI E LAKATOS, 2003, p. 201).
Os questionários podem ser classificados em três categorias: Questionários
de perguntas fechadas, Questionários de perguntas abertas e Questionários que
combinam perguntas abertas e fechadas (RICHARDSON, 1999).
No nosso estudo, escolhemos a utilização do questionário de perguntas
abertas, o qual, “caracteriza-se por perguntas ou afirmações que levam o
entrevistado a responder com frases ou orações. O pesquisador não está
interessado em antecipar as respostas, deseja uma maior elaboração das opiniões
do entrevistado” (RICHARDSON, 1999, p.192-193) (Apêndice 04).
Os questionários de perguntas abertas foram entregues a todos os alunos
estagiários dos Cursos de Licenciatura da UFSM, em duas modalidades:
questionário inicial e questionário final e em dois momentos: fase inicial e fase final
de Estágio Curricular. No primeiro momento, foi elaborado um “questionário inicial”
constituído por um total de 20 (vinte) questões abertas, divididas em 05 (cinco)
blocos: Bloco I – Conhecimento sobre o Curso, Bloco II – Concepções de Estágio,
Bloco III – Expectativas sobre o Estágio, Bloco IV – Preparação para o estágio e
Bloco V - Realização do Estágio. Estes foram entregues aos alunos estagiários em
fase inicial de Estágio Curricular. Num segundo momento, elaboramos o
“questionário final” constituído por um total de 25 (vinte e cinco) questões abertas,
divididas em 06 (seis) blocos: Bloco I – Conhecimento sobre o Curso, Bloco II –
Concepções de Estágio Curricular, Bloco III - Realização do Estágio Curricular,
42
Bloco IV – Interações entre Estagiário Professor Regente de turma e Professor
Orientador de Estágio, Bloco V – Avaliação Geral e Sugestões para a realização do
Estágio Curricular e Bloco VI – Perspectivas Futuras. Tais questionários foram
entregue aos mesmos alunos estagiários, porém, em fase final de Estágio Curricular,
objetivando a partir da retomada de algumas questões, registrar e acompanhar as
eventuais modificações ocorridas na realização de Estágio Curricular, desde o nosso
primeiro contato, pois entendemos que quanto maior for nossa amostragem, tanto
maior será nossa contribuição para subsidiar melhorias no processo de organização
e desenvolvimento dos Estágios Curriculares na formação inicial de professores.
É importante ressaltar que, antes de realizarmos a entrega dos questionários
aos alunos estagiários elaboramos um questionário “piloto”, assim validamos o
questionário com uma turma de estagiários do Curso de Licenciatura em Física e
após a leitura das respostas fizemos algumas alterações. Esse procedimento foi
utilizado tanto para o questionário inicial como para o final.
2.3.2. Grupo de Discussão
O Grupo de Discussão (GD) que promovemos foi inspirado na técnica do
Grupo Focal que é uma técnica de entrevista, a qual se desenvolve por meio da
interação entre o pesquisador e um número pequeno de pesquisados, visando
coletar informações sobre um determinado tema, permitindo aprofundá-lo em função
das várias opiniões relatadas.
Debus (apud MATOS e VIEIRA 2002) sugere que o tamanho do grupo pode
variar entre seis e quinze pessoas e para Gatti (2005) cada Grupo Focal deverá ser
formado preferencialmente entre seis e doze pessoas. No entanto, os grupos em
questão ora foram inferiores ao recomendado ora excederam o número de
participantes definidos pelos autores, em função do número de alunos estagiários
matriculados nos Cursos de Licenciatura investigados, bem como pela
disponibilidade para participarem das discussões.
Esse instrumento foi utilizado com os alunos estagiários dos Cursos de
Licenciatura, objetivando obter mais detalhes nas informações sobre a investigação
já mencionada, bem como visando suprir a possível falta de informações a partir das
43
constatações preliminares obtidas no questionário final.
2.3.3. Entrevista Estruturada
Dentre os instrumentos para coleta de informações junto à fonte sujeitos, a
entrevista é considerada uma das técnicas mais simples, conhecida e utilizada na
pesquisa educacional. Na compreensão de Marconi e Lakatos:
entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma
delas obtenha informações a respeito de determinado assunto,
mediante uma conversação de natureza profissional. É um
procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados
ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema
social (MARCONI e LAKATOS
,
2003, p.195).
Na literatura há diferentes tipos de classificação para as entrevistas conforme
o grau de estruturação que essa apresenta, os quais podem variar de acordo com o
propósito do entrevistador. Entretanto, as entrevistas são classificadas dentro de
dois grandes grupos: entrevista não-estruturada e entrevista estruturada.
Nesta pesquisa, optamos pela utilização da Entrevista Estruturada (GIL,
1999), e que outros autores costumam chamar de: Dirigida (RICHARDSON, 1999),
Padronizada ou Estrutural (MARCONI e LAKATOS, 2003), Estruturada/orientada
(MATOS e VIEIRA, 2002). Este tipo de instrumento, por ser constituído de perguntas
pré-formuladas, organizadas em uma ordem pré-estabelecida e feitas igualmente a
todos os entrevistados, permite-nos fazer a tabulação das informações obtidas de
acordo com as categorias definidas a priori.
A escolha por este instrumento de pesquisa ocorreu com base nas leituras
que já realizamos sobre fontes orais, entendo que elas são um grande campo de
informações, e que “contam-nos não apenas o que o povo fez, mas o que queria
fazer, o que acreditava estar fazendo e o que agora pensa que fez” (PORTELLI,
1997, p.31).
Para a realização da entrevista estruturada com os docentes orientadores de
Estágio Curricular dos Cursos de Licenciatura da UFSM, elaboramos um roteiro
44
composto ao todo por 52 (Cinqüenta e duas) questões sendo a 1ª Etapa, 1ª Parte,
Bloco I – Informações Pessoais e Profissionais, 1ª Etapa, 2ª Parte, Bloco II –
Contato Inicial Com as Escolas de Educação Básica e Preparação dos Estagiários
para o Estágio Curricular, Bloco III – Formação Docente, e a 2ª Etapa, Bloco I –
Organização do acompanhamento do Estágio Curricular, item a) Aspectos relativos
as Instituição de Ensino Superior, b) Aspectos relativos às Escolas de Educação
Básica, Bloco III - Avaliação do Estágio Curricular, item a) Avaliação feita pela
Instituição de Ensino Superior, b) Avaliação feita pela Escola de Educação Básica e
Bloco IV – Inovações Educacionais e Realização do Estágio Curricular. (Apêndice
02).
Vale lembrar que para chegarmos a elaborão do roteiro definitivo para a
realização das entrevistas com os professores orientadores de Estágios
Curriculares, foram realizadas com dois professores com maior experiências e de
áreas diferentes uma entrevista “piloto”. Dessa maneira, após a leitura de ambas as
respostas obtidas fizemos a reformulação de algumas questões e, a partir desse
momento passamos a realizar as entrevistas.
Para coletarmos as informações junto aos professores orientadores de
Estágio Curricular, fizemos uso do roteiro da entrevista referente à 1ª Etapa, 1ª Parte
e 1ª Etapa – 2ª Parte das questões 08, 09, 12 e 13, as quais fazem parte do projeto
maior intitulado
“Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na
Educação Básica e na Formação de Professores – DIPIED”
, sendo que as
demais questões serão utilizadas pelos demais integrantes do mesmo Projeto de
Pesquisa.
2.4.4. Roteiro para Análise de Documentos
A pesquisa com base em documentos é comum em boa parte das pesquisas
sistemáticas. Por isso, geralmente, ela pode tanto preceder quanto acompanhar os
trabalhos de campo. Sua utilização permite a complementação das informações
coletadas, dando mais estabilidade aos resultados obtidos.
45
Segundo Phillipis (1974, apud LÜDKE e ANDRÉ, 1986, p.38)
19
são
considerados como documentos: “quaisquer materiais escritos que possam ser
usados como fonte de informações sobre o comportamento humano”, tais como: leis,
pareceres, decretos, regulamentos, cartas, memorandos, autobiografias, revistas,
jornais, relatórios, diários, plano de aula entre outros.
A análise documental consiste em tratar o material “bruto” para que este
possa ser reelaborado e armazenado de acordo com as intenções da pesquisa, a
fim de facilitar ao pesquisador a obtenção do máximo de informações necessárias ao
seu estudo.
Na concepção de Chaumier (1974 apud BARDIN,1977, p.45)
20
a análise
documental pode ser definida como: “uma operação ou um conjunto de operações
visando representar o conteúdo sob uma forma diferente da original, a fim de facilitar
num estado ulterior, a sua consulta e referenciação”.
Nesta pesquisa realizamos a análise dos seguintes documentos, a saber:
Projeto Político Pedagógico – PPP, referente aos Cursos de Licenciatura Plena da
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM e também as normativas legais sobre
a formação de professores em âmbito nacional, tais como: leis, pareceres,
resoluções entre outras.
Para isso, elaboramos um roteiro (Apêndice 3) para orientação da leitura e de
identificação de informações relevantes contidas nos documentos de acordo com as
questões de pesquisa.
2.4. FORMAS DE TRATAMENTO DAS INFORMAÇÕES COLETADAS
Após a coleta de dados, partimos para a análise das informações recolhidas.
Há inúmeras técnicas que podem ser utilizadas no procedimento de organização das
informações, entre elas, destacam-se: Discurso do Sujeito Coletivo (LEFRÉVE e
LEFRÉVE 2005), Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977) e Análise de Discurso
(ORLANDI, 2003).
Diante destes recursos para a análise das informações coletadas, nos
19
PHILLIPS, B. S. Pesquisa Social. Rio de Janeiro, Agir, 1974.
20
J. Chaumier, Lês Techniques documentaires, PUF, 2º ed., 1974.
46
inspiramos na Análise de Conteúdo. Entendemos que a teoria é uma ferramenta que
nos auxilia a realizar a análise das informações coletas durante a pesquisa, tendo
em vista que essa técnica trabalha basicamente com documentos escritos, orais,
atividades que possam ser descritas e analisadas, entrevistas e discussões
transcritas. Além disso, considera tanto o emissor na sua fala como o receptor, pois
se centra na compreensão das comunicações que nos permitem encontrar as
respostas para as questões pertinentes a este estudo.
Entendemos que a Análise de Conteúdo é mais que uma leitura
ipisis litteris
de qualquer enunciado; ela se caracteriza por uma análise do trabalho, visando à
compreensão crítica do significado das comunicações. Segundo Bardin, a Análise de
Conteúdo é:
Um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando, por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo
das mensagens, obter indicadores quantitativos ou não, permitam a
inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção/recepção (variáveis inferidas) das mensagens (BARDIN,
1977, p.42).
Levando em consideração as definições sobre análise de conteúdo,
abordadas pelos autores mencionados, vale ressaltar, que foram nos estudos
realizados por Bardin (1977) que encontramos notável relevância sobre o uso desse
método, no qual buscamos inspirações para nortear nossa análise.
A Análise de Conteúdo objetiva analisar as características de um texto
(mensagem) sem referência às intenções do emissor ou aos efeitos da mensagem
sobre o receptor; analisar as causas e antecedentes de uma mensagem, procurando
conhecer suas condições de produção; analisa os efeitos da comunicação para
estabelecer a influência social na mensagem; desvenda e, portanto, analisa as
ideologias nem sempre aparentes em uma leitura horizontal (RICHARDSON 1999).
No entender de Minayo (1996), a Análise de Conteúdo é um procedimento
técnico mais utilizado no tratamento de dados de uma pesquisa qualitativa, sendo
obtida no campo das investigações sociais.
Com base na técnica apresentada pelos autores, nos inspiramos para
organizar e analisar as informações coletadas. Porém, as entrevistas estruturadas e
os grupos de discussão foram analisados a partir de categorias definidas a
priori.
Essas categorias, foram construídas a partir das questões definidas em nossa
47
pesquisa, as quais foram utilizadas contemplando os instrumentos baseados na
técnica de entrevista para realizarmos a análise.
Tais categorias são:
Organização das disciplinas de Estágio Curricular
– essa categoria mostra
a maneira como foram organizadas as disciplinas referentes ao Estágio
Curricular nos Cursos de Licenciatura da UFSM;
Orientações fornecidas pelo professor orientador de Estágio Curricular
ao aluno estagiário
– apresenta o posicionamento dos professores
orientadores de Estágio Curricular em relação à maneira como preparam e
encaminham os alunos estagiários para as escolas;
Relação entre aluno estagiário e professor orientador
– essa categoria
apresenta o posicionamento dos alunos estagiários referente aos aspectos
considerados positivos e negativos no relacionamento com o professor
orientador.
Relação entre aluno estagiário e a Escola de Educação Básica
– diz
respeito à maneira como a escola recebe os alunos estagiários, relaciona-se
com eles e os acompanha;
Relação entre aluno estagiário e professor regente
– envolve todas as
ações relacionadas à participação e acompanhamento do professor regente
no decorrer do Estágio Curricular;
Contribuição para o desenvolvimento do Estágio Curricular
– revela a
posição dos estagiários a respeito da sua formação inicial.
Num primeiro momento, realizamos a leitura referente aos Projetos Político-
Pedagógicos – PPP dos treze Cursos de Licenciatura da UFSM, identificando
aspectos relativos à organização, aos objetivos e às atividades previstas nas
disciplinas destinadas ao Estágio Curricular. Também, realizamos uma leitura sobre
48
as normativas legais sobre a formação de professores em âmbito nacional, em
especial as Resoluções CNE/CP nº 1 e nº 2/2002 que norteiam o Estágio Curricular.
Construímos para tal uma tabela expositiva, ver no capítulo 3, subitem 3.1.
Num segundo momento, passamos a organizar as informações coletadas no
questionário. Para isso, primeiramente, as respostas foram digitadas na íntegra, logo
após fizemos a leitura das respostas obtidas, tantas vezes quantas foram
necessárias para identificar as idéias centrais. Após a localização das idéias centrais
nas respostas, agrupamos aquelas que faziam referência a uma mesma indicação
(Apêndice 4). Por fim, fizemos as constatações apresentando a quantidade de
indicações por freqüências nas respostas obtidas, e realizamos a análise das
informações obtidas
21
.
Para organizar as informações obtidas no Grupo de Discussão junto aos
alunos estagiários, inicialmente as entrevistas foram transcritas
isipis litteris
e
enviadas por correio eletrônico aos participantes das sessões. Após obtermos a
autorização dos depoentes para utilização das respostas obtidas, as entrevistas
foram lidas e relidas a tantas vezes quanto necessárias para identificar as idéias
centrais. Após a localização das idéias centrais nas respostas, tabulamo-las de
acordo com as categorias definidas a
priori
(Apêndice 5).
É importante lembrar que a análise realizada referente aos Cursos de
Licenciatura em Educação Física, em Química, em Física, em Música, em
Geografia, e em Ciências Biológicas foram feitas por Curso e não por turmas de
alunos estagiários. Pois nos respectivos Cursos os alunos estagiários são divididos
entre os professores designados a orientar estágio.
Para a organização das informações obtidas a partir da Entrevista
Estruturada, realizada com os doze professores orientadores de Estágio Curricular,
os procedimentos utilizados foram os mesmos tanto para os grupos de discussão
quanto para as entrevistas (Apêndice 6).
Conforme o exposto foram essas ascnicas utilizadas na coleta e na análise
das informações obtidas, pois elas nos pareceram mais adequadas ao tipo de
estudo que realizamos.
No próximo capítulo, apresentamos as constatações, as análises e os
resultados sobre a preparação e o desenvolvimento dos Estágios Curriculares, a
21
As informações referentes à constatação, análise e resultados das informações obtidas serão
apresentadas no Capítulo 3.
49
partir dos comentários dos alunos estagiários e dos professores orientadores de
Estágio Curricular da UFSM.
Para uma visão geral das questões, fontes e instrumentos que nortearam esta
pesquisa, temos a tabela abaixo:
50
Tabela 1: indicativa das fontes e dos instrumentos utilizados para responder as questões de pesquisa.
Fontes/Instrumentos
Sujeitos Documentos
Estagiário Orientador PPP
Pareceres e
Resoluções
Questões de Pesquisa
Questionário
Inicial/Final
Grupo de
Discussão
Entrevista
Roteiro para
Análise
Documental
Roteiro para
Análise
Documental
Questões a serem utilizadas para obter as informações
01
Como é distribuída na Matriz Curricular a
carga horária de 400 horas previstas nas
normativas legais, em relação aos Estágios
Curriculares nos Cursos de Licenciatura da
UFSM?
----- ----- ----- X X
Documentos: Leitura da legislação vigente Parecer/Resolução
e análise do Projeto Político Pedagógico - PPP dos Cursos de Licenciatura
da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.
02
Que formas são utilizadas para encaminhar
os alunos estagiários às Escolas de
Educação Básica - EEB para a realização
dos Estágios Curriculares?
X
Q.I.
X X ----- -----
3
) Como você foi orientado para conseguir sua vaga para o Estágio
C
urricular?
E
ntr. 08) Como é feito o contato com as escolas campo de estágio? De
q
uem é a responsabilidade pelo contato com a escola (orientador, aluno,
c
oordenador de curso, etc...)? Em que medida o Convênio firmado entre a
U
FSM e os Sistemas de Ensino está sendo utilizado para conseguir vagas
p
ara os estagiários nas EEB?
G.F. Relatos dos estagiários.
03
Que aspectos caracterizam o relacionamento
entre aluno estagiário e professor orientador
de Estágio Curricular?
X
Q.F.
X ----- ----- -----
Q.F. (17) Comente, de forma geral como foi seu relacionamento com o(a)
prof.(a) orientador(a), apontando aspectos que você considera positivos e
negativos.
G.F. Relatos dos estagiários.
04
Que formas são utilizadas pelos orientadores
de Estágio Curricular no preparo dos alunos
estagiários para desenvolverem seus
Estágios Curriculares?
----- ----- X ----- -----
Entr. (09) Descreva as ações/atividades/formas que você utiliza para
preparar os alunos estagiários para desenvolverem seus EC? Como isso
acontece e o que é discutido?
05
Que formas são utilizadas pelas Escola de
Educação Básica para receber e para
acompanhar os alunos estagiários?
X
Q.I.
----- X ----- -----
Q.I (16) De que forma você foi recebido e como está sendo a sua relação
com a escola?
Q.I 20) Como está sendo realizado este acompanhamento?
C) Pela escola.
Entr. (12) Que orientações os estagiários costumam recebem das escolas e
dos Professores regentes para a realização do EC? Há muita diferença
entre as escolas?
Entr. (13) Normalmente, como se dá o processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas escolas? Quem os recebe? De que forma?
Houve modificações na postura das escolas em relação a esse processo,
devido à implementação do currículo novo?
06
Como os professores regentes de turma das
escolas campo de estágio contribuem para a
realização dos Estágios Curriculares dos
alunos de Licenciatura?
X
Q.F.
X ----- ----- -----
Q.F.(18) Comente sobre a participação do(a) professor(a) regente: a) na
elaboração de seus planejamentos; b) na condução das aulas; c) no
enfrentamento dos desafios e ou/dificuldades que você vivenciou; c) na
avaliação do seu EC.
G.F. Relatos dos estagiários.
07
Que contribuições são apontadas para a
atuação no Estágio Curricular, a partir das
disciplinas cursadas na Formação Inicial.
Como os alunos estagiários avaliam a sua
Formação Inicial?
X
Q.I.
Q.F.
X ----- ----- -----
Q.I.(12) Quais disciplinas mais auxiliaram?
Q.F. (20) Qual a avaliação final que você faz do seu EC que acaba de
realizar, considerando como um todo?
G.F. Relatos dos estagiários.
Q.I: Questionário Inicial
Q.F:Questionário
Final
51
3. O CONTEXTO ATUAL (2006-2007) DA REALIZAÇÃO DE
ESTÁGIOS CURRICULARES NOS CURSOS DE LICENCIATURA DA
UFSM
Aprender a profissão docente no decorrer do estágio supõe estar atento às particularidades
E às interfaces da realidade escolar em sua contextualização na sociedade.
Aprender com os professores de profissão como é o ensino,
Como é ensinar, é o desafio a ser aprendido/ensinado
No decorrer dos Cursos de formação e no estágio.
(Maurice Tardif, 2002)
Neste capítulo, inicialmente, mostramos a atual conjuntura da realização dos
Estágios Curriculares em cada um dos treze Cursos de Licenciatura da UFSM. A
seguir, apresentamos uma breve caracterização da organização proposta para os
Estágios Curriculares nos Cursos já mencionados e fizemos uma análise. Em
seguida, descrevemos o caminho percorrido para a coleta das informações junto aos
alunos estagiários, trouxemos as constatações, seguidas da análise e dos
resultados obtidos. Por fim, apresentamos a partir das narrativas dos professores
orientadores de Estágio Curricular, algumas constatações seguidas da análise e dos
resultados obtidos.
Atualmente a Universidade Federal de Santa Maria, oferece um total de
quinze Cursos de Licenciatura Plena, para os quais são oferecidas as disciplinas de
Estágio Curricular. É importante ressaltar que em nosso estudo optamos por
investigar os Cursos que tradicionalmente formam professores para o segmento de
5ª a 8ª séries de Ensino Fundamental e Ensino Médio, bem como, os Cursos que
tem uma similaridade na vivência de tensão na modalidade de Licenciatura e
Bacharelado.
Neste primeiro momento, não vamos contemplar os Cursos que não tem
vivenciado essa polarização entre Licenciatura e Bacharelado. Portanto, não
52
incluímos nesse estudo os Cursos de Pedagogia e Educação Especial, sediados no
Centro de Educação - CE.
O atual quadro de docentes que ministram a disciplina de Estágio Curricular
nos treze Cursos de Licenciatura em estudo na Universidade Federal de Santa Maria
é composto por vinte e sete professores, entre as quais, boa parte é professor
substituto contratado pelo período de dois anos.
O perfil profissional dos doze (12) docentes participantes da pesquisa revela
que:
02 professores têm Graduação, sendo um aluno do Programa de Pós-
Graduação em Educação - PPGE;
02 professores têm curso de Graduação e Pós-Graduação em nível de
Especialização e Mestrado;
02 professores têm curso de Graduação e Pós-Graduação em nível de
Mestrado;
05 professores têm Graduação e Pós-Graduação em nível de Mestrado e
Doutorado;
01 professor tem Graduação e Pós-Graduação em nível de Especialização,
Mestrado e Doutorado.
No entanto, destes docentes dez pertencem ao Departamento de Metodologia
de Ensino - MEN ligado ao Centro de Educação - CE, e dois, ao Centro de Ciências
Naturais e Exatas – CCNE, sendo um pertencente ao Departamento de Geociências
- GCC e o outro ao Departamento de Física - FSC.
Vale lembrar que o Departamento de Metodologia de Ensino - MEN sempre
foi responsável pelas disciplinas de Didática nos Cursos de Licenciatura da UFSM,
mas por decisão dos colegiados dos Cursos de Geografia e Física estes decidiram
não optar pela “força de trabalho” oferecida pelo MEN. Por outro lado, no caso do
Curso de Física há entre os seis professores orientadores de Estágio Curricular uma
divisão, sendo que metade pertence ao Departamento de Metodologia de Ensino –
MEN, e a outra parte ao Departamento de Física - FSC.
Recentemente, a Universidade Federal de Santa Maria, firmou um Convênio
entre o Município de Santa Maria através da Secretaria Municipal de Educação -
53
SMED, Coordenadoria Regional de Educação - CRE e Sociedade Civil Servos da
Caridade, propondo para a realização de Estágio Profissional no Programa de
Práticas Educativas Interdisciplinares - PPEI (Anexo 02).
Constata-se que o referido Convênio pretende desenvolver o Programa de
Práticas Educativas Interinstitucionais - PPEI, para a realização de Estágio
Profissional mediante as seguintes metas, segundo cláusula Primeira do Objeto:
I – orientar, organizar e executar as ações decorrentes do presente
Convênio;
II – propor ações específicas, multidisciplinares e integradas nas
Instituições e nas suas Comunidades;
III – qualificar a formação profissional e continuada;
IV – proporcionar espaços de ensino, pesquisa e extensão que
possibilitem a efetivação de Práticas Educativas através de Estágios;
V – acompanhar o desenvolvimento das ações propostas através de
processo avaliativo.
Assim, a partir do Convênio mencionado os alunos estagiários podem optar
por realizar seu Estágio Curricular em escolas da rede Municípal, da rede Estadual,
ou ainda na escola Pão dos Pobres, cuja fonte de subsídios é a Sociedade Civil
Servos de Caridade.
3.1. CARACTERIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS CURRICULARES DOS CURSOS DE
LICENCIATURA DA UFSM
Neste item, apresentamos uma breve caracterização dos Estágios
Curriculares sobre os treze Cursos de Licenciatura da UFSM
22
que estão inseridos
nessa pesquisa. Para isso, realizamos uma análise dos Projetos Político-
Pedagógicos – PPP, sobre a Matriz Curricular e as Ementas, e assim pudemos
perceber como estão organizadas as disciplinas em cada Curso de Licenciatura
mencionado, bem como os objetivos propostos nas disciplinas destinadas ao Estágio
22
Cursos de Licenciatura: Letras/Português; Letras/Inglês; Letras/Espanhol; Educação Física,
Química, Física, Ciências Biológicas; Música; Matemática; Filosofia; Geografia; Artes Visuais e
História.
54
Curricular. Portanto, na tabela abaixo lemos o quadro indicativo da distribuição das
disciplinas referentes ao Estágio Curricular em cada Curso de Licenciatura.
Tabela 2 – Distribuição das Disciplinas Referentes ao Estágio Curricular no
Decorrer de cada Curso, em Semestres letivos
Cursos
Licenciatura
Sem Disciplinas CH
CH
Total
Estágio Supervisionado I 75
Estágio Supervisionado II 90
Estágio Supervisionado III 120
Artes Visuais
Estágio Supervisionado IV 120
405
Estágio Supervisionado das Ciências Biológicas no Ensino Fundamental I 90
Estágio Supervisionado das Ciências Biológicas no Ensino Fundamental II 90
Estágio Supervisionado das Ciências Biológicas no Ensino Médio I 90
Estágio Supervisionado das Ciências Biológicas no Ensino Médio II 90
Ciências
Biológicas
Estágio Supervisionado das Ciências Biológicas em espaços Educativos 45
405
Estágio Supervisionado I 120
Estágio Supervisionado II 120
Estágio Supervisionado III 120
Educação Física
Seminário em Estágio Supervisionado 45
405
Estágio Curricular Supervisionado I 210
Filosofia
Estágio Curricular Supervisionado II 210
420
Estágio Supervisionado em Ensino de Física I 60
Estágio Supervisionado em Ensino de Física II 75
Estágio Supervisionado em Ensino de Física III 90
Física
Estágio Supervisionado em Ensino de Física IV 180
405
Geografia e Ensino I 60
Geografia e Ensino II 60
Geografia e Ensino III 60
Geografia e Ensino IV 60
Geografia e Ensino V 60
Geografia e Práticas de Ensino Fundamental 60
Geografia
Geografia e Práticas de Ensino Médio 60
420
Prática de Ensino em História I 105
Prática de Ensino em História II 105
Prática de Ensino em História III 105
História
10º Prática de Ensino em História IV 105
420
Estágio Supervisionado – Português/Literaturas
105
Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental –Português 105
Estágio Supervisionado no Ensino Médio I – Português 105
Letras/Português
Estágio Supervisionado no Ensino Médio II - Literaturas 105
420
Estágio Supervisionado em Língua Inglesa I
105
Estágio Supervisionado em Língua Inglesa II 105
Estágio Supervisionado em Língua Inglesa III 105
Letras/Inglês
Estágio Supervisionado em Língua Inglesa IV 105
420
Estágio Supervisionado em Língua Espanhola I
105
Estágio Supervisionado em Língua Espanhola II 105
Estágio Supervisionado em Língua Espanhola III 105
Letras/Espanhol
10º Estágio Supervisionado em Língua Espanhola IV 105
420
Estágio Supervisionado da Matemática no Ensino Fundamental
210
55
Cursos
Licenciatura
Sem Disciplinas CH
CH
Total
Matemática
Estágio Supervisionado da Matemática no Ensino Fundamental 210
405
Matemática
Estágio Supervisionado da Matemática no Ensino Médio
195
405
Estágio Supervisionado I
90
Estágio Supervisionado II 105
Estágio Supervisionado III 105
Música
Estágio Supervisionado IV 105
405
Prática de Ensino de Ciências I
105
Prática de Ensino de Ciências II 105
Prática de Ensino de Química I 105
Prática de Ensino de Química II 105
No Curso de
Artes Visuais Licenciatura Plena em Desenho e Plástica
do
currículo vigente, o Estágio Curricular está organizado em quatro disciplinas
seqüenciais (5º a 8º semestres), sendo todas elas dedicadas a atividades de
regência em sala de aula. Os objetivos propostos a serem desenvolvidos nas
disciplinas de Estágio Curricular são:
Aprender a ser professor no campo de situação profissional referente às
diferentes realidades;
Materializar roteiros de aula compartilhados com o professor regente,
executando o Projeto de Estágio;
Reconhecer os diferentes setores da escola e seu funcionamento;
Construir a competência da docência na ação educativa do Estágio
Supervisionado;
Estabelecer relações entre teoria e prática, como pesquisador e profissional
atuante;
Compreender a ação educativa como espaço de pesquisa e extensão;
Realizar uma exposição didática na escola dos trabalhos produzidos pelos
alunos;
Apresentar e defender o Relatório final do Estágio Supervisionado com banca
examinadora.
No Curso de
Ciências Biológicas Bacharelado e Licenciatura Plena
o
Estágio Curricular está organizado em cinco disciplinas, sendo que, quatro delas
devem ser realizadas em unidades escolares: duas dedicadas ao Ensino
Fundamental e duas ao Ensino Médio. Existe uma quinta disciplina destinada ao
56
Estágio Curricular que deve ser realizada em espaços educativos não formais. Os
objetivos propostos a serem desenvolvidos nas disciplinas de Estágio Curricular são:
Observar e analisar a estrutura e o funcionamento da instituição de Ensino
Fundamental e Médio;
Planejar, elaborar e desenvolver atividades de Ensino de Ciências Biológicas
e atividades de Biologia em escolas de Ensino Fundamental e Médio;
Planejar, elaborar e desenvolver atividades de Ensino de Ciências e Biologia
em ambientes extra-classe.
No Curso de
Educação Física Licenciatura Plena
está organizado em
quatro disciplinas seqüenciais (5º a 8º semestres) sendo que, três delas devem ser
realizadas em unidades escolares em disciplinas dedicadas às séries iniciais e finais
no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Porém, existe uma quarta disciplina
destinada ao Estágio Curricular que deve ser realizada na universidade sob forma
de Seminário. As atividades previstas a serem desenvolvidos nas disciplinas de
Estágio Curricular são:
Diagnóstico da realidade escolar específica;
Observação e análise das aulas;
Análise do Projeto Político Pedagógico da escola;
Participação em atividades da escola (Conselho de Classe, reuniões
pedagógicas);
Ao final de cada Estágio, o acadêmico elabora um relatório em que descreve
detalhadamente toda a realidade vivenciada;
No Seminário o acadêmico discute a experiência vivenciada.
No Curso de
Filosofia Licenciatura Plena
o Estágio Curricular está
organizado em duas disciplinas seqüenciais (7º a 8º semestres) sendo uma delas
destinada a conhecer a realidade dos alunos, bem como a realidade escolar. A
atividade de regência em sala de aula está prevista para acontecer na segunda
disciplina, ou seja, no último semestre do Curso. Os objetivos propostos a serem
desenvolvidos nas disciplinas de Estágio Curricular são:
Conhecer a realidade escolar e da comunidade onde os alunos da escola
vivem;
57
Elaborar um relatório da observação sobre a realidade vivenciada;
Elaborar um plano de ensino para a efetiva docência na escola média;
Realizar a docência em filosofia com apoio do professor da escola e
orientação do professor da UFSM;
Elaborar o relatório final de regência de classe em Filosofia.
No Curso de
Física Licenciatura Plena
o Estágio Curricular está organizado
em quatro disciplinas seqüenciais (5º a 8º semestres), sendo todas elas dedicadas
ao Ensino Médio. A atividade de regência em sala de aula, contudo, está prevista
para acontecer apenas na quarta disciplina, no último semestre do curso. Os
objetivos propostos a serem desenvolvidos nas disciplinas de Estágio Curricular são:
Estudar e compreender os mecanismos de funcionamento da Escola de
Ensino Médio;
Elaborar planejamentos didáticos;
Realizar docência em sala de aula.
No Curso de
Geografia Licenciatura Plena
o Estágio Curricular está
organizado em sete disciplinas seqüenciais (2º a 8º semestres) sendo cinco
disciplinas dedicadas à preparação de atividades teóricas e práticas. Porém, a
atividade de regência em sala de aula está prevista somente nos dois últimos
semestres do curso. As atividades previstas no decorrer das disciplinas de Estágio
Curricular (Geografia e Ensino I, II, III, IV e V) são:
Análise das recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
para o Ensino Fundamental e Médio e das Diretrizes Curriculares da
Educação Básica;
Inserção na comunidade escolar;
Contato com os professores de Geografia do Ensino Fundamental e Médio e
proposição de observação de aulas nas escolas;
Produção de materiais didáticos para implementação em sala de aula, ou
para ser repassado às instituições de ensino;
Manuseio e análise de livros didáticos de Geografia do Ensino Fundamental e
Médio e Atlas Geográfico;
58
Desenvolvimento de exercícios pedagógicos relativos ao ensino dos
conteúdos previstos nas disciplinas Geografia e Ensino I, II, III, IV e V;
Desenvolvimento de aulas práticas e/ou teóricas articuladas com o (s)
professor (es) da classe, que ministram a disciplina de Geografia e de outras
disciplinas interdisciplinares;
Estabelecimento de contato com órgãos públicos e privados para conhecer o
Sistema de Ensino e seu funcionamento.
Os objetivos propostos a serem desenvolvidos nas disciplinas (Estágio
Curricular) “Geografia e Práticas no Ensino Fundamental, e Geografia e Práticas do
Ensino Médio” são:
Caracterizar a realidade educacional dos campos de estágio em Geografia;
Planejar, executar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem em
Geografia;
Avaliar as atividades da prática de ensino em Geografia.
No Curso de
História Licenciatura Plena e Bacharelado
o Estágio
Curricular está organizado em quatro disciplinas seqüenciais (7º a 10º semestres)
sendo duas disciplinas entre o 7º e 8º semestres, ambas dedicadas a
desenvolverem atividades em espaços educativos não formais. E as duas outras,
nos 9º e 10º semestres, dedicadas ao trabalho no Ensino Fundamental e Médio. Os
objetivos propostos a serem desenvolvidos nas disciplinas de Estágio Curricular são:
Proporcionar atividades para atualização de professores no ensino de
História;
Desenvolver atividades de ensino monitoradas em instituições não formais de
Ensino Fundamental e Médio em caráter voluntário;
A definição e execução da proposta pedagógica para o ensino da História no
Ensino Fundamental e Médio. O relatório da prática de ensino de História.
No Curso de
Letras/Português e Literaturas de Língua Portuguesa
o
Estágio Curricular está organizado em quatro disciplinas seqüenciais (5º a 8º
semestres), sendo todas elas dedicadas à inserção e atuação do acadêmico na
escola (campo de estágio). Porém, uma disciplina no 5º semestre é dedicada a
conhecer a realidade escolar, as outras três nos 6º, 7º e 8º semestres, são
59
dedicadas ao trabalho no Ensino Fundamental e Médio. Os objetivos propostos a
serem desenvolvidos nas disciplinas de Estágio Curricular são:
Compreender a realidade educacional nos aspectos sociais, pedagógicos e
administrativos em espaços educativos;
Planejar, executar e avaliar atividades referentes ao ensino da língua
portuguesa no Ensino Fundamental e Médio.
No Curso de
Letras/Inglês e Literaturas de Língua Inglesa
o Estágio
Curricular está organizado em quatro disciplinas seqüenciais (5º a 8º semestres),
sendo uma delas realizada no 5º semestre dedicada à inserção do acadêmico na
escola (campo de estágio), e as outras três, nos 6º, 7º e 8º semestres são dedicadas
ao trabalho no Ensino Fundamental e Médio. Os objetivos propostos a serem
desenvolvidos nas disciplinas de Estágio Curricular são:
Inserir-se no contexto escolar;
Planejar, desenvolver, aplicar e analisar as atividades docentes;
Problematizar a prática de ensino para desenvolver projetos de pesquisa
sobre o ensino de literatura e de língua inglesa;
Executar, avaliar sua prática docente e as atividades de pesquisa
relacionadas ao ensino de literatura inglesa no contexto educacional.
No curso de
Letras/Espanhol e Literaturas de Língua Espanhola
o Estágio
Curricular está organizado em quatro disciplinas seqüenciais (7º a 10º semestres),
sendo todas as atividades previstas a ser realizadas na escola (campo de estágio).
Os objetivos propostos a serem desenvolvidos nas disciplinas de Estágio Curricular
para todos os semestres são:
Planejar, executar e avaliar atividades de ensino e vivenciar em contexto
escolar a docência de Língua Espanhola.
No Curso de
Matemática Licenciatura e Bacharelado
o Estágio Curricular
está organizado em duas disciplinas seqüenciais (7º a 8º semestres), sendo ambas
destinadas às atividades de regência em sala de aula no Ensino Fundamental e
Médio. Os objetivos propostos a serem desenvolvidos nas disciplinas de Estágio
Curricular são:
60
Caracterizar a realidade educacional dos campos de estágio;
Planejar, executar e avaliar processos de ensino-aprendizagem em
Matemática no Ensino Fundamental e Médio;
Avaliar as atividades do Estágio Supervisionado.
No Curso de
Música Licenciatura Plena
o Estágio Curricular está organizado
em quatro disciplinas seqüenciais (5º a 8 semestre), sendo duas delas realizadas no
5º e 6º semestres dedicadas ao trabalho nos níveis da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental, e as outras duas, no 7º e 8º semestres destinadas ao trabalho no
Ensino Médio. Os objetivos propostos a serem desenvolvidos nas disciplinas de
Estágio Curricular são:
Elaborar projeto de estágio para os níveis da Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Médio;
Conhecer o campo de estágio da escola e seus constituintes organizacionais
e administrativos;
Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola;
Identificar etapas de desenvolvimento sócio-cognitivo considerando os níveis
de escolarização: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio;
Participar ativa e criticamente das atividades organizacionais e administrativas
no campo de estágio escolar;
Planejar, desenvolver e avaliar atividades de educação musical nos níveis da
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
Elaborar relatório final de estágio, realizado em cada disciplina de Estágio
Curricular.
No Curso de
Química Licenciatura Plena
o Estágio Curricular está
organizado em quatro disciplinas, sendo duas delas realizadas no 5º e 6º semestres,
e as outras duas, no 7º e 8º semestres, as quais poderão ser efetuadas nos
seguintes espaços: Escolas Públicas ou Particulares do Ensino Fundamental e
Médio, Curso de Educação de Jovens e Adultos – EJA, Cursos Educacionais do
SESI e SENAC, Escolas Técnicas e Organização da Comunidade de abrangência
da UFSM, que demandem por situações de Educação em Química. Os objetivos
propostos a serem desenvolvidos nas disciplinas de Estágio Curricular são:
61
Organizar e planejar as atividades do estágio;
Observar e analisar a dinâmica e a organização da escola campo de estágio;
Planejar, executar e avaliar planejamentos didáticos;
Analisar e avaliar as atividades desenvolvidas no estágio.
A partir dessa breve caracterização dos treze Cursos de Licenciatura da
UFSM, percebemos que não há um padrão quanto às formas de organização do
Estágio Curricular, ainda que esses Cursos pertençam à mesma Instituição de
Ensino Superior - IES.
Constatamos que os Cursos apresentados possuem carga horária pouco
superior a prevista pela legislação vigente para as atividades de Estágio Curricular,
estando neste ponto em acordo com a Resolução CNE/CP 2/2002.
Quanto ao início das atividades de Estágio Curricular prevista legalmente a
partir da segunda metade do Curso, percebemos que a maioria (11) dos Cursos
estão em acordo coma Resolução CNE/CP 2/2002, com exceção dos Cursos de
Matemática e Filosofia cujas atividades de Estágio Curricular estão previstas para os
dois últimos semestres do Curso, devido à maneira como foram distribuídas na
Matriz Curricular as disciplinas de “Conhecimento pedagógico de conteúdo” e as
disciplinas de “Conhecimento pedagógico geral”, as quais são pré-requisitos para
que os acadêmicos possam cursar as disciplinas propostas para o Estágio
Curricular, o que, de certa forma, retoma a antiga “configuração 3+1”.
Notamos também pela análise das Ementas dos Projetos Político
Pedagógicos – PPP, que os Cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas,
Química e História, apresentam uma discordância com o que consta na Resolução
CNE/CP 1/2002, em seu artigo 13, parágrafo 3, quando faz referência ao “campo de
estágio”. Esses Cursos sugerem como possíveis campos de estágio alguns espaços
não formais de ensino o que não é previsto nessa normativa legal para a formação
de professores.
Por fim, nosso estudo revela que entre os treze Cursos de Licenciatura
investigados que, a pesar da mudança ocorrida na Matriz Curricular vigente, alguns
ainda apresentam as disciplinas destinadas à realização do Estágio Curricular
alocadas no final do Curso. Tal organização curricular evidencia a dicotomia ainda
existente entre teoria e prática na atual formação do profissional docente.
62
3.2. O PROCESSO DE COLETA DE INFORMAÇÕES JUNTO A ALUNOS
ESTAGIÁRIOS
No 1º semestre do ano de 2006 nos treze Cursos de Licenciatura da
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM que fazem parte da nossa amostra
somam um total de trezentos e quarenta e cinco alunos estagiários. Porém, foram
entregues o montante de cento e trinta e nove questionários em fase inicial de
Estágio Curricular sendo recolhidos apenas setenta e um questionários. Também
foram entregues cinqüenta e sete questionários aos estagiários em fase final de
Estágio Curricular e, recolhidos apenas quarenta e dois deles.
No entanto, vale ressaltar que o motivo que não nos permitiu entrar em
contato com o universo total de nossa amostra foi devido ao atraso na elaboração do
instrumento, e conseqüentemente, retardamento na entrega dos questionários aos
alunos estagiários, os quais tiveram o seu calendário alterado devido à greve e
encontravam-se nas escolas realizando o Estágio de Regência, comparecendo a
universidade, somente, para as orientações individuais. Outros já haviam concluído
as atividades de Estágio Curricular não sendo possível contatá-los. Portanto, na
tabela abaixo lemos o quadro indicativo da entrega e da recolha dos questionários
junto aos alunos estagiários:
63
Tabela 3: Distribuição da Entrega e da Recolha dos Questionários para Alunos
Estagiários Referente ao 1º Semestre de 2006, Junto aos Cursos de
Licenciatura da UFSM
Inicialmente, começamos a mapear as turmas de alunos em fase de Estágio
Curricular em Cursos de Licenciatura da UFSM, nos departamentos de Metodologia
de Ensino – MEN pertencente ao Centro de Educação – CE e nos Departamentos
de Física e Geociências ambos pertencentes ao Centro de Ciências Naturais e
Exatas – CCNE, responsáveis pela sua organização e oferta. Além disso,
solicitamos os cadastros dos professores orientadores de Estágio Curricular e os
horários para poder encontrá-los e agendar uma conversa formal, a fim de
apresentarmos nossa pesquisa, bem como, o instrumento a ser utilizado.
Após esse encontro inicial, passamos a fazer contato telefônico e em alguns
casos também presencial, para agendar a hora e o local que seriam entregues os
questionários a seus alunos estagiários.
Por fim, realizamos a entrega e recolha do questionário inicial e final no 1º e
2º semestres de 2006 e apenas fizemos a entrega e recolha do questionário inicial
no 1º semestre de 2007, conforme passamos a descrever todo o processo nestes
três semestres de coleta de informações mediante o uso do questionário.
Questionário
Inicial
(1º sem / 2006)
Questionário
Final
(1º sem / 2006)
Curso
licenciatura
Entr. Recol. Entr. Recol.
Artes Visuais
05 04 05 04
Ciências
Biológicas
15 05 19 06
Educação Física
10 10 20 20
Filosofia
15 15 ---- ---
Física
08 08 --- ---
Geografia
- - - - - - 13 12
História
26 10 --- ---
Letras/Portugués
16 05 --- ---
Letras/Inglês
05 0 --- ---
Letras/Espanhol
11 05 --- ---
Matemática
10 09 --- ---
Música
--- --- --- ---
Química
17 0 --- ---
TOTAL 139 71 57 42
64
No primeiro semestre de 2006 no Curso de Artes Visuais, Educação Física,
Geografia, Letras/Português, Matemática e Filosofia, tanto o professor orientador,
quanto os alunos estagiários colaboraram com a nossa pesquisa. Mas no Curso de
Filosofia não foi possível entregar o questionário final deste semestre, porque os
alunos estagiários não se encontram em fase final de Estágio Curricular.
O Curso de Física é constituído por seis professores orientadores de Estágio
curricular, sendo que três pertencem ao Departamento de Metodologia de Ensino –
MEN, ligado ao Centro de Educação – CE, e os outros três ao Departamento de
Física - FSC, vinculado ao Centro de Ciências Naturais e Exatas - CCNE. Com
relação aos professores orientadores que estão vinculados ao MEN, estes foram
bons colaboradores, mas quanto aos estagiários, somente os da turma de um destes
professores orientadores de Estágio Curricular responderam e nos devolveram o
questionário. Com relação aos professores orientadores de Estágio Curricular que
pertencem ao Departamento de Física, tivemos algumas dificuldades, por este
motivo não foi possível coletar as informações.
Nos Cursos de História, Letras/Espanhol e Ciências Biológicas os professores
orientadores permitiram a entrega do questionário, disponibilizaram as turmas, mas
nem todos os estagiários estavam dispostos a colaborar.
No Curso de História, também não foi possível entregar o questionário final
deste semestre, pois os alunos não se encontravam em fase final de Estágio
Curricular.
Nos Cursos de Letras/Inglês e Química os professores orientadores de
Estágio Curricular permitiram fazer a entrega do questionário, mas os alunos
estagiários receberam os questionários e não os devolveram.
Por fim, no Curso de Música nos deparamos com algumas dificuldades, não
sendo possível por isso, coletar informações no referido Curso.
No segundo semestre do ano de 2006 os procedimentos para conseguirmos
coletar as informações foram semelhante aos dados apresentados na tabela
referente ao 1º Semestre do mesmo ano. Portanto, na tabela abaixo lemos o quadro
indicativo da entrega e recolha dos questionários junto aos alunos estagiários:
65
Tabela 4: Distribuição da Entrega e da Recolha dos Questionários para Alunos
Estagiários Referente ao 2º Semestre de 2006, Junto aos Cursos de
Licenciatura da UFSM
No Curso de Educação Física, tanto os alunos estagiários quanto os
professores colaboraram para o bom andamento da nossa pesquisa.
Nos Cursos de Artes Visuais e Letras/Português houve um aumento no
número de estagiários, mas isso não proporcionou um aumento significativo quanto
ao número de respondentes.
Nos cursos de Ciências Biológicas, Geografia, Física, Letras/Inglês,
Letras/Espanhol continuamos contando com a mínima colaboração dos alunos
estagiários.
No caso do Curso de Filosofia devido a Grade Curricular vigente ainda ter as
disciplinas referentes ao Estágio Curricular alocadas no último ano da graduação,
apenas foi possível entregar o questionário final, o qual não retornou a nós.
No Curso de História não foi possível entregar o questionário inicial, apenas o
questionário final, tendo em vista que os alunos estavam inseridos na última fase do
Estágio Curricular.
Questionário
Inicial
(2º sem / 2006)
Questionário
Final
(2º sem / 2006)
Curso
Licenciatura
Entr. Recol. Entr. Recol.
Artes Visuais
12 06 ---- ---
Ciências
Biológicas
--- --- 18 02
Educação Física
13 10 44 10
Filosofia
--- --- 26 ---
Física
--- --- 08 02
Geografia
13 --- 13 04
História
--- --- 11 11
Letras/Português
38 08 16 ---
Letras/Inglês
09 07 --- ---
Letras/Espanhol
11 0 08 0
Matemática
17 17 --- ---
Música
--- --- --- ---
Química
18 --- --- ---
TOTAL 131 47 131 29
66
No Curso de Matemática, devido à greve ocorrida na instituição as aulas
desta disciplina acabaram antes do previsto, o que acarretou na ausência de coleta
de informações referentes ao questionário final.
Nos Cursos de Música e Química, a situação prevalece a mesma do semestre
anterior, por isso também não foi possível coletar as informações.
No primeiro semestre do ano de 2007, assim que as aulas iniciaram entrei
novamente em contato com os departamentos responsáveis pela organização e
oferta das disciplinas destinadas ao Estágio Curricular, para atualizar minha lista de
contatos referente aos professores orientadores de Estágio Curricular, bem como
saber o número de alunos matriculados nas disciplinas de Estágio Curricular. Logo
em seguida, realizei os agendamentos e a entrega do questionário para alunos
estagiários em fase inicial de estágio. Portanto, na tabela abaixo lemos o quadro
indicativo da entrega e recolha dos questionários junto aos alunos estagiários:
Tabela 5: Distribuição da Entrega e da Recolha dos Questionários para Alunos
Estagiários Referente ao 1º Semestre de 2007, junto aos Cursos de
Licenciatura da UFSM
Conforme, podemos observar na tabela o número de alunos estagiários
matriculados em disciplinas de Estágio Curricular se manteve (346), mas o retorno
dos questionários decaiu ainda mais do que nos semestres anteriores (37). Fato este
Questionário
Inicial
(1º sem / 2007)
Questionário
Final
(1º sem / 2007)
Curso
licenciatura
Entr. Recol. Entr. Recol.
Artes Visuais
22 01 --- ---
Ciências
Biológicas
48 0 --- ---
Educação Física
39 14 --- ---
Filosofia
24 0 --- ---
Física
08 03 --- ---
Geografia
17 02 --- ---
História
22 03 --- ---
Letras/Português
59 0 --- ---
Letras/Inglês
17 04 --- ---
Letras/Espanhol
14 05 --- ---
Matemática
30 0 --- ---
Música
18 0 --- ---
Química
28 05 --- ---
TOTAL 346 37 0 0
67
que acarretou a impossibilidade de entregar o questionário final, tendo em vista que
os estagiários demonstraram pouco interesse em responder o questionário
novamente. Vale lembrar que, a participação dos estagiários neste estudo foi
voluntária, assim, devido à organização da Matriz Curricular em alguns Cursos, os
alunos estagiários foram os mesmos respondentes dos semestres anteriores, os
quais na grande maioria não concordaram em responder outra vez.
Diante desta dificuldade, resolvemos organizar e realizar o Grupo de
Discussão (GD), conforme é informado no Capítulo 2 item 2.3.2. Num primeiro
momento, elaboramos um roteiro constituído por dez questões, contemplando entre
elas parte do questionário inicial e parte do questionário final. (Apêndice 7). Também
elaboramos um Termo de Concordância para que fossem autorizadas as gravações
e as filmagens das sessões e para a utilização das informações no desenvolvimento
desta pesquisa (Apêndice 8).
Num segundo momento, entramos novamente em contato com cada
professor orientador de Estágio Curricular para agendar um horário com seus alunos
estagiários, para realizar o Grupo de Discussão respectivo.
Após os agendamentos foram realizados os Grupos de Discussão com os
alunos estagiários de todos os Cursos de Licenciatura que fazem parte do nosso
estudo. A dinâmica de trabalho foi à mesma para todos os grupos realizados; cada
seção foi constituída por um coordenador (a pesquisadora) um auxiliar (bolsista do
Projeto de Pesquisa DIPIED) e os convidados (alunos estagiários). Primeiramente,
foram distribuídas aos participantes um Termo de Concordância para que
assinassem e devolvessem em seguida. Também foi entregue a cada participante
uma cópia do roteiro com as questões a serem discutidas e uma folha para eles
registrarem o endereço eletrônico, para que assim que fossem transcritas as
audiogravações, pudéssemos enviá-las aos participantes, a fim de que eles lessem
e fizessem as adaptações que julgassem necessárias as suas falas.
A seguir, demos início as discussões em cada Grupo de Discussão. As
questões do roteiro foram levantadas e discutidas com o grupo e coube ao
coordenador da sala conduzir a discussão e fazer as ressalvas convenientes. Ao
auxiliar coube a tarefa de gravar, filmar e anotar os comentários levantados durante
a discussão.
Terminada a sessão as informações audiogravadas foram transcritas
literalmente e enviadas para os participantes que tiveram o prazo de quinze dias, a
68
contar da data do envio para fazerem alguma alteração nas suas falas caso
considerassem necessário. Logo que o prazo determinado se encerrou, alguns
alunos estagiários reenviaram-nos a transcrição contendo algumas alterações
referentes à correção da grafia. A partir desse momento, acatamos as correções
feitas e as informações coletadas foram analisadas e confrontadas com os dados
obtidos no questionário.
Os Grupos de Discussão foram realizados com os treze Cursos de
Licenciatura da UFSM. A tabela abaixo indica o número de participantes em cada
Grupo de Discussão realizado:
Tabela 6: Tabela Indicativa do Número de Alunos Estagiários Participantes nos
Grupo de Discussão Junto aos Cursos de Licenciatura da UFSM
Como a participação era voluntária, novamente não foi possível contar com a
colaboração de um grande número de alunos estagiários nos Grupos de Discussão
realizados.
Nos Cursos de Artes Visuais, Filosofia tanto a professora quanto os alunos
estagiários colaboraram com o nosso trabalho e nos permitiram gravar e filmar as
seções realizadas.
No Curso de Ciências Biológicas há três professores orientadores de Estágio
Curricular que dividiram os alunos estagiários em três turmas, por isso tivemos que
realizar o Grupo de Discussão em duas sessões. Nas duas sessões a discussão foi
Curso
Licenciatura
Sigla
Cursos
Data da
Realização
Quantidade de
Sessão
Realizada
Nº de
Estagiários
Participantes
Artes Visuais
AV 18/09/2007 Sessão 01 13
CB 01/08/2007 Sessão 01 12
Ciências
Biológicas
CB 09/08/2007 Sessão 02 09
Educação Física
EF 21/08/2007 Sessão 01 39
Filosofia
FL 02/08/2007 Sessão 01 10
Física
FS 17/08/2007 Sessão 01 03
Geografia
GE 16/08/2007 Sessão 01 02
História
HT 07/08/2007 Sessão 01 14
LT 07/08/2007 Sessão 01 17
Letras/Português
LT 11/09/2007 Sessão 02 05
Letras/Inglês
LI 05/11/2007 Sessão 01 02
Letras/Espanhol
LE 27/09/2007 Sessão 01 07
Matemática
MT 01/10/2007 Sessão 01 02
Música
MS 01/10/2007 Sessão 01 09
QM 01/08/2007 Sessão 01 09
Química
QM 03/08/2007 Sessão 02 05
69
gravada e em uma também filmada, mas na segunda sessão realizada tivemos
problemas com a gravação o que acarretou a perda das informações coletadas.
O Curso de Educação Física conta com dois professores orientadores de
Estágio Curricular, então, como o número de alunos estagiários é menor foi possível
realizar um Grupo de Discussão reunindo as duas turmas que nos permitiram gravar
e filmar a sessão realizada.
O Curso de Geografia conta com cinco professores orientadores de Estágio
Curricular, para os dezessete alunos estagiários que estão em fase de estágio.
Então, entramos em contato com a Coordenadora de Estágio Curricular deste Curso
que se disponibilizou a transmitir o convite a todos os alunos estagiários. Mas como
grande parte dos estagiários encontrava-se em Estágio de Regência, não foi
possível contar com a participação de todos, somente dois que nos permitiram
gravar e filmar.
No Curso de História, como no momento eu estava cursando a disciplina de
Docência Orientada I, foi possível reunir os alunos estagiários que estavam no 7º e
8º semestres para a realização do Grupo de Discussão que também foi gravado e
filmado.
No Curso de Letras/Português, por haver uma quantidade considerável de
alunos estagiários, optamos por realizar o Grupo de Discussão em duas sessões. Na
primeira tivemos problemas com a gravão acarretando a perda das informações e
na segunda decorreu tudo bem, no entanto, os estagiários só nos permitiram gravar
as discussões.
Nos Cursos de Letras/Inglês entramos em contato diretamente com os alunos
estagiários que já vinham colaborando com nossa pesquisa, mas devido à falta de
disponibilidade de horário contamos com a participação de duas estagiárias que nos
permitiram apenas gravar a discussão.
No Curso de Matemática devido também à falta de disponibilidade de horário,
pois os alunos estagiários estavam todos realizando Estágio de Regência e apenas
compareciam a Universidade para as orientações individuais, então conseguimos
contar com a participação de somente dois estagiários que nos permitiram gravar a
discussão.
No Curso de Música pudemos contar com a participação de quase todos os
alunos estagiários, com exceção daqueles que precisaram se ausentar-se para irem
às escolas realizar o Estágio Curricular. Os demais participantes nos permitiram
70
gravar a discussão.
No Curso de Química as disciplinas destinadas ao Estágio Curricular contam
com dois professores que dividem os alunos estagiários em duas turmas, por esse
motivo foram realizadas duas sessões de Grupo de Discussão, sendo as duas
gravadas e somente uma filmada.
3.3. A PREPARAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DOS ESTÁGIOS
CURRICULARES A PARTIR DAS FALAS DE ALUNOS ESTAGIÁRIOS
Passamos agora para a apresentação das constatações realizadas a partir
das informações coletadas no questionário inicial referente às questões: 12, 13, 16 e
20
23
e no questionário final nas questões 17, 18 e 20, e, além disso, a partir dos
relatos obtidos nos Grupos de Discussão. Portanto, a tabela abaixo indica a
quantidade de questionários que fazem parte deste estudo:
Tabela 7. Situação referente ao número de questionários recolhidos
Explicando a situação de nossa amostra
(1)
Não há resposta referente ao
questionário coletivo final porque este ficou sem questões ligadas às minhas
questões de pesquisa;
(2)
Há respostas porque o questionário final foi modificado
incluindo questões ligadas às minhas questões de pesquisa;
(3)
Não há resposta
porque no momento os alunos estagiários ainda não haviam entregado o
questionário inicial, fato que nos impossibilitou a realização da entrega do
questionário final. Então, diante desse acontecimento, resolvemos organizar e
realizar Grupos de Discussão com o objetivo de suprir a possível falta de
informações não obtidas nas respostas do questionário final, as quais também serão
23
Vale lembrar que o questionário inicial e final estão inserido no Projeto de Pesquisa “Dilema e
Perspectiva para Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores –
DIPIED”, financiado pelo CNPq, Edital Universal 02/2006 – Processo 486440/2006.
Ano Semestre
Questionário
Inicial
Questionário
Final
Situação da
amostra
2006 1º 71 42 (1)
2006 2º 47 29 (2)
2007 1º 36 0 (3)
71
apresentadas juntamente com as análises dos dados obtidos nos questionários.
Cada questionário respondido nos três semestres investigado foi identificado
pelo seguinte código 1º semestre do ano de 2006; 1S-06-HT-A01
24
, 2º semestre 2S-
06-HT-A01 e 1º semestre do ano de 2007; 1S-07-HT-A01 e para o questionário final
referente apenas ao 2º semestre de 2006; 2SF-06-HT-A01 e para o Grupo de
Discussão elegemos o código GD-QM-01
25
.
3.3.1. Comentários Referentes às Turmas do 1º Semestre de 2006
Nesta seção, vamos apresentar as constatações que foram obtidas a partir
dos setenta e um respondentes dos Cursos de Matemática, Filosofia,
Letras/Português, Letras/Espanhol, Educação Física, História, Artes Visuais, Física e
Ciências Biológicas.
Quanto às disciplinas que mais auxiliaram para a realização dos Estágios
Curriculares, apresentamos a seguir alguns destaques:
No Curso de
Matemática
dos nove respondentes, temos:
Didática da Matemática (5)
26
;
Ensino da Matemática I e II (4);
Laboratório em Educação Matemática (1);
Psicologia da Educação “A”(1);
Matemática Básica (1);
Não respondeu (3).
No Curso de
Letras/Português
dos cinco respondentes, temos:
Didática do Português (4);
Lingüística Aplicada (1);
24
O código 1S se refere ao semestre, ou seja, neste exemplo primeiro semestre, 06 ano da coleta,
HT ao Curso, A01 ao aluno número 1 da amostra.
25
GD Grupo de Discussão, QM se refere à sigla elegida para o Curso e 01 ao número de sessão que
foi realizada o GD.
26
Refere-se ao número de freqüências das indicações citadas.
72
Não respondeu (1).
No Curso de
Letras/Espanhol
dos cinco respondentes, temos:
Didática do Espanhol (5);
Oficina de Ensino de Língua Espanhola I e II (1);
Psicologia da Educação “A” (1);
Psicolingüística (1);
Fundamentos Gramaticais da Língua Espanhola, Gramática do Texto em
Língua Espanhola, Morfossintaxe da Língua Espanhola e História e evolução
da Língua Espanhola (3).
No Curso de
História
dos dez respondentes, temos:
Didática Geral para o Ensino de História (5);
Laboratório de Prática de Ensino em Historia I (3);
Psicologia da Educação “A” (1);
Políticas Públicas e Gestão na Educação Básica (1);
Fundamentos da Educação Especial (1);
História do Brasil Monárquico (2);
História do Brasil Republicano I e II (2);
História da América Contemporânea I e II (1);
História da América Pré-Colonial (1);
História da América Anglo Francesa (1);
História Antiga (1);
História Medieval (1);
História Moderna (1);
Teóricas (1);
Teoria da História I, II e III (1);
Metodologia da Pesquisa Científica em História (1).
No Curso de
Física
dos oito respondentes, temos:
Didática I da Física e Didática II da Física (5);
Políticas Públicas e Gestão na Educação Básica (2);
Cálculo I (2);
Física I, II, III e IV (2);
73
Álgebra Linear (2);
As disciplinas cursadas não auxiliaram (1);
Não entenderam a questão proposta (2).
No Curso de
Filosofia
dos quinze respondentes, temos:
Didática em Filosofia (6);
Prática em Filosofia (2);
Políticas Públicas e Gestão na Educação Básica (2);
Pesquisa para o Ensino de Filosofia (7);
História da Filosofia Contemporânea I e II (2);
História da Filosofia (2);
História da Filosofia Medieval (1);
Filosofia da Linguagem (1);
Ética e Lógica (2);
Todas as disciplinas do Curso de Filosofia (2);
Nenhuma disciplina (2);
Não respondeu (1).
No Curso de
Artes Visuais
dos quatro respondentes, temos:
Metodologia do Ensino das Artes Visuais (1);
Fundamentos do Ensino da Arte (2);
Ensino das Artes Visuais I e II (2);
Metodologia do Ensino de Desenho e Plástica (2);
Educação e Arte I e II (1);
Não entenderam a questão proposta (2);
Não respondeu (1).
No Curso de
Ciências Biológicas
dos cinco respondentes, temos:
Didática das Ciências Biológicas I e II (2);
Zoologia III (1);
Biologia Celular (1);
Genética Básica (1);
Todas as disciplinas (1);
74
Não entendeu a questão proposta (1).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Didática Especial da Educação Física (7);
Didática da Educação Física (6);
Antropologia do Movimento (2);
Desenvolvimento Humano (3);
Ginástica (5);
Aprendizagem Motora (1);
Crescimento e Desenvolvimento Motor (1);
Estudos do Lazer (1);
Esporte Coletivo I (1);
Todas as disciplinas (1).
Em relação à maneira como ocorreu a orientação para os alunos estagiários
conseguirem sua vaga na escola para a realização dos Estágios Curriculares,
apresentamos, a seguir alguns destaques:
No Curso de
Matemática
dos nove respondentes, temos:
Por intermédio do Coordenador do Curso (1);
Por sugestão de colega (2);
Não receberam orientação (5);
Não entendeu a questão (1).
No Curso de
Letras/Português
dos cinco respondentes, temos:
Pelo professor orientador (2);
Não recebeu orientação (3).
No Curso de
Letras/Espanhol
dos cinco respondentes, temos:
Ir à escola que desejasse estagiar, levar uma carta de apresentação e
conversar com a direção da escola sobre a disponibilidade de fazer o estágio
na escola (1);
Com o auxílio do professor orientador (1);
75
Buscar uma escola da rede pública em que o Espanhol fizesse parte do
currículo (1);
O
professor orientador apresentou as vagas nas escolas e se disponibilizou a
acompanhar-nos até ela para conversarmos com o professor regente e
acertar todos os detalhes para a realização do estágio na escola que
escolhemos (1);
Por sugestão de colegas (1).
No Curso de
História
dos dez respondentes, temos:
Procurar por escolas que aceitassem receber estagiários (2);
Carta de apresentação (4);
Não recebeu orientação (3);
Não entendeu a questão proposta (1).
No Curso de
Física
dos oito respondentes, temos:
Pelo professor orientador (7);
Não recebeu orientação (1).
No Curso de
Filosofia
dos quinze respondentes, temos:
Pelo professor orientador a partir de uma lista de escolas que aceitam receber
estagiários (2);
Carta de recomendação (2);
A professora orientadora orientou a procurar a Coordenadora Pedagógica da
escola e o professor regente (1);
Foram orientados a procurar escolas que aceitassem receber estagiários (3);
Por intermédio da secretaria do curso (1);
Livre escolha (1);
Por sugestão de amiga (1);
Não receberam orientação (3);
Não entenderam a questão proposta (2).
No Curso de
Artes Visuais
dos quatro respondentes, temos:
A professora orientadora entrou em contato com as escolas (1);
76
Confirmação da escolha levando uma carta de apresentação (1);
Foram orientados a ir à escola e conversar com os responsáveis pelas vagas
de estágio (2);
Não entendeu a questão proposta (1).
No Curso de
Ciências Biológicas
dos cinco respondentes, temos:
Pela professora orientadora (1);
Ir à escola e falar com a supervisora e a professora regente para escolher a
turma (1);
Foi orientada a como pedir vaga para realizar o estágio (1);
Não recebeu orientação (2).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Pelo professor orientador (8);
Não entendeu a questão proposta (1);
Não respondeu (1).
A respeito da forma como os alunos estagiários foram recebidos e como se
relacionaram com as escolas para a realização dos Estágios Curriculares,
apresentamos a seguir alguns destaques:
No Curso de
Matemática
dos nove respondentes, temos:
Bem recebida (9);
Ótima/boa relação (6);
Não respondeu (3).
No Curso de
Letras/Português
dos cinco respondentes, temos:
Bem recebido (5);
Bom relacionamento (4);
Não respondeu (1).
No Curso de
Letras/Espanhol
dos cinco respondentes temos:
Muito bem recebido (4);
77
Falta receptividade da escola (1);
Ótima/boa relação (4);
Relação razoável (1).
No Curso de
História
dos dez respondentes, temos:
Bem recebida (10);
Relação boa (10).
No Curso de
Física
dos oito respondentes, temos:
Bem recebido (6);
Falta de receptividade da escola (2);
Relação agradável/tranqüila/boa (6);
Com desconfiança (1);
Não respondeu (1).
No Curso de
Filosofia
dos quinze respondentes, temos:
Muito bem recebido (13);
A escola dificultou minha entrada (1);
Não entendeu a questão proposta (1);
Relação muito boa (12);
Relação hostil (1);
Não respondeu (1).
No Curso de
Artes Visuais
dos quatro respondentes, temos:
Muito bem recebido (3);
Com indiferença (1);
Boa relação (2);
Não respondeu (2).
No Curso de
Ciências Biológicas
dos cinco respondentes, temos:
Muito bem recebido (3);
Falta receptividade da escola (2);
Boa relação (4);
78
Relação boa com o professor regente, com a escola ruim (1).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Muito bem recebido (10);
Ótima/muito boa relação (9);
Falta interatividade da escola (1).
Quanto à maneira como a escola acompanhou os alunos estagiários no
decorrer da realização dos Estágios Curriculares, apresentamos a seguir
alguns destaques:
No Curso de
Matemática
dos nove respondentes, temos:
Por meio de diálogo com a Direção e a Coordenadora Pedagógica (2);
Pelo professor regente (4);
Não respondeu (3).
No Curso de
Letras/Português
dos cinco respondentes, temos:
Por meio de reuniões (2);
Ainda não iniciou o estágio (2);
Não entendeu a questão proposta (1).
No Curso de
Letras/Espanhol
dos cinco respondentes, temos:
Sempre quando necessário para resolver eventuais problemas (2);
Conversas com o Coordenador Pedagógico (1);
Pelo livro ponto (1);
A escola não acompanha (1);
Não respondeu (1).
No Curso de
História
dos dez respondentes, temos:
Por intermédio do professor regente (2);
Por observações e conversas com a Coordenadora Pedagógica (1);
Diálogos sobre o estágio com a Coordenadora Pedagógica (1);
A escola acompanha na parte burocrática (1);
79
Não entenderam a questão proposta (3);
Não responderam (2).
No Curso de
Física
dos oito respondentes, temos:
Reuniões quinzenais com a Coordenadora Pedagógica (2);
Pelo livro ponto (1);
O estagiário ainda não iniciou o estágio (1);
A escola não acompanha (2);
Às vezes pela Supervisora (1);
Por intermédio do professor regente (1).
No Curso de
Filosofia
dos quinze respondentes, temos:
Por conversas informais com a Coordenadora Pedagógica (1);
Por reuniões ocasionais (3);
Pela presença em sala de aula (1);
Pela conferência das aulas ministradas (1);
Pelo atendimento dos representantes da escola (1);
A escola não acompanha (2);
Não entendeu a questão proposta (2);
Não respondeu (4).
No Curso de
Artes Visuais
dos quatro respondentes, temos:
A escola não acompanha (3);
A escola raramente acompanha (1).
No Curso de
Ciências Biológicas
dos cinco respondentes, temos:
Livro ponto (1);
Por meio de diálogo após a aula com a Coordenadora Pedagógica (1);
A escola não acompanha (2);
Não respondeu (1).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Livro ponto (3);
Por intermédio do professor regente (1);
80
Pela entrega dos Planos de Aula (1);
A escola não acompanha (1);
Não entenderam a questão proposta (5).
3.3.2. Comentários Referentes às Turmas do 2º Semestre de 2006
Neste item, vamos apresentar as constatações que foram possíveis a partir
dos quarenta e sete respondentes dos Cursos de Matemática, Letras/Português,
Letras/Inglês, Educação Física e Artes Visuais.
Quanto às disciplinas que mais auxiliaram para a realização dos Estágios
Curriculares, apresentamos a seguir alguns destaques:
No Curso de
Matemática
dos dezessete respondentes, temos:
Didática da Matemática (9);
Instrumentação para o Ensino de Matemática I e II (9);
Psicologia da Educação “A” (6);
Laboratório em Educação Matemática (3);
Metodologia da Pesquisa em Educação (2);
Matemática Básica (2);
Fundamentos Histórico, Filosóficos e Sociológicos em Educação (1);
Tópicos e Ensino da Matemática Discreta (1);
Os Complementos de Discreta e Geometria (1);
Todas as disciplinas (1);
Não entendeu a questão proposta (1);
Não respondeu (1).
No Curso de
Letras/Português
dos oito respondentes, temos:
Didática do Português (6);
As disciplinas específicas do Português (2);
Não respondeu (1).
81
No Curso de
Letras/Inglês
dos sete respondentes, temos:
Didática do Inglês (6);
Lingüística Aplicada (2);
Os Conteúdos básicos da Língua Inglesa (1);
Uma DCG (Disciplina Complementares de Graduação) (1).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Didática da Educação Física (10);
Didática Especial de Educação Física A (6);
Psicologia da Educação “A” (3);
Políticas Públicas e Gestão na Educação Básica (1);
Fundamentos da Educação Física II (1);
Ginástica I e II (4);
Ginástica III (4);
Jogos Esportivos Coletivos I (1).
No Curso de
Artes Visuais
dos cinco respondentes, temos:
Metodologia do Ensino das Artes Visuais (1);
Ensino das Artes Visuais I e II (1);
Metodologia de Pesquisa (1);
Todas as disciplinas do Curso de Artes Visuais (2);
As disciplinas práticas (1).
Em relação à maneira como ocorreu a orientação para os alunos estagiários
conseguirem sua vaga na escola para a realização dos Estágios Curriculares,
apresentamos a seguir alguns destaques:
No Curso de
Matemática
dos dezessete respondentes, temos:
O aluno e a professora orientadora foram à escola conversar com a
Coordenadora Pedagógica (1);
Procurar a escola e conversar com a professora e Supervisora (1);
Professora orientadora me orientou a ir à escola pedir vaga para o estágio (1);
82
Procurar por uma escola que aceitassem receber estagiários (1);
Carta de apresentação (1);
Por sugestão de colega (2);
Não recebeu orientação (7).
No Curso de
Letras/Português
dos oito respondentes, temos:
Ir às escolas que a professora sugeriu e escolher uma (2);
Por sugestão de colegas (1);
Não recebeu orientação (2);
Não entendeu a questão proposta (1);
Não respondeu (2).
No Curso de
Letras/Inglês
dos sete respondentes, temos:
Pelo professor orientador (3);
Não recebeu orientação (4).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Por escolha do professor orientador (4);
Mediante um contato prévio do professor orientador com a escola (1);
A partir da lista de escolas cadastrada oferecida pelo professor orientador;
Por meio de reuniões na disciplina Prática de Ensino (1);
Não entendeu a questão proposta (3).
No Curso de
Artes Visuais
dos cinco respondentes, temos:
Pela professora orientadora (3);
Não entendeu a questão proposta (1);
Não respondeu (1).
A respeito da forma como os alunos estagiários foram recebidos e como se
relacionaram com as escolas para a realização dos Estágios Curriculares,
apresentamos a seguir alguns destaques:
No Curso de
Matemática
dos dezessete respondentes, temos:
83
Muito bem recebido (17);
Ótima/boa relação (17).
No Curso de
Letras/Português
dos oito respondentes, temos:
Muito bem recebido (6);
Boa relação (5);
Não respondeu (3).
No Curso de
Letras/Inglês
dos sete respondentes, temos:
Muito bem recebido (6);
Não respondeu (1);
Ótima/boa relação (5);
Ainda não conhece o corpo docente (1).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Muito bem recebido (10);
Boa relação (9);
Falta receptividade por parte do corpo docente (1).
No Curso de
Artes Visuais
dos cinco respondentes, temos:
Bem recebido (5);
Boa relação (4);
Relação quase harmoniosa (1).
Quanto à maneira como a escola acompanhou os alunos estagiários no
decorrer da realização dos Estágios Curriculares, apresentamos a seguir
alguns destaques:
No Curso de
Matemática
dos dezessete respondentes, temos:
Por reuniões pedagógicas semanais (6);
Controle das atividades realizadas (1);
Acompanhamento em sala de aula pelo professor regente (2);
Diálogo com o diretor e a Coordenadora Pedagógica (4);
84
Por meio do professor regente (1);
Não respondeu (3);
Não entendeu a questão proposta (1).
No Curso de
Letras/Português
dos oito respondentes, temos:
Diálogo com a Coordenadora Pedagógica (1);
Por encontros casuais com a Coordenadora Pedagógica (1);
Ainda não iniciou o estágio (2);
Não respondeu (4).
No Curso de
Letras/Inglês
dos sete respondentes, temos:
Pelo livro ponto (1);
O estágio ainda não começou (1);
Não entendeu a questão proposta (1);
Não respondeu (4).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Conversa informal com Coordenadora Pedagógica (2);
Mediante observação das aulas e conversas depois destas com o professor
regente (1);
Pelo professor regente em todas as aulas (1);
Pelo livro ponto (2);
A escola não acompanhou (1);
Não entendeu a questão proposta (2);
Não respondeu (1).
No Curso de
Artes Visuais
dos cinco respondentes, temos:
Por conversas informais com a Coordenadora Pedagógica (1);
Não entenderam a questão proposta (2);
Não respondeu (2).
85
3.3.2.1. Comentários sobre a parte final dos estágios das turmas do 2º
semestre de 2006
Neste item, vamos apresentar as constatações obtidas a partir dos vinte e
nove respondentes referentes aos Cursos de Educação Física, Geografia, História,
Ciências Biológica e Física.
Em relação à opinião dos alunos estagiários quanto ao relacionamento com o
professor orientador na realização dos Estágios Curriculares, apresentamos a
seguir alguns destaques:
No Curso de
Geografia
dos quatro respondentes, temos:
Para os aspectos positivos:
Muito bom, pois buscaram discutir e superar as dificuldades encontradas (1);
Pelas orientações e sugestões para melhorar o trabalho de estágio (1);
O relacionamento foi bom, sem haver problema nenhum (1);
Foi bom (1);
Para os aspectos negativos:
Falta de tempo para orientação (1);
Não respondeu (3).
No Curso de
História
dos onze respondentes, temos:
Para os aspectos positivos:
Boa relação em sala de aula (4);
Orientação foi satisfatória (1);
Acompanhou o estágio de forma satisfatória (1);
Foi bom, possibilitou conhecimento sobre teorias educacionais e sua
utilização (1);
Encontros em sala de aula com conversas e orientações (1);
Foi positivo (1);
Normal, com discussões e comentários sobre a prática pedagógica (1);
Para os aspectos negativos:
O professor não foi às aulas do estágio (4);
86
Orientações muito genéricas (1);
Não respondeu (7).
No Curso de
Ciências Biológicas
dos dois respondentes, temos:
Para aspectos positivos:
Sempre disposto a atender e dar sugestões (1);
Sempre disponível a me ouvir e me aconselhar (1).
No Curso de
Física
dos dois respondentes, temos:
Para aspectos positivos:
Contribuiu imensamente no desenvolvimento do Estágio Curricular (1);
Não respondeu (1);
Para aspectos negativos:
Divergências na elaboração do material e no desenvolvimento do processo
(1);
Não respondeu (1).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
Para aspectos positivos:
Relacionamento bom (7);
Auxílio nas dificuldades (1);
Diálogo aberto e produtivo acerca de melhorias de nossa prática (1);
Proporcionou compreensão de vários fatos (1);
Auxílio e instrução para realização das aulas (1);
Encontros semanais (1);
Não respondeu (1);
Para os aspectos negativos:
Não compareceu na escola para observar as aulas (2);
Excesso de atividades propostas (1);
Atividades muito extensas (1);
Nenhum (2);
Não respondeu (4).
Em relação à opinião dos alunos estagiários quanto à participação do
87
professor regente na elaboração dos planejamentos, na condução das aulas,
no enfrentamento dos desafios e /ou dificuldades e na avaliação do Estágio
Curricular, apresentamos a seguir alguns destaques:
No Curso de
Geografia
dos quatro respondentes, temos:
a) na elaboração de seus planejamentos;
O professor regente participou (1);
O professor regente não participou (2);
Foi muito pouca a participação do professor regente (1);
b) na condução das aulas;
O professor regente participou (1);
O professor regente esteve presente às vezes (1);
O professor regente não participou (2);
c) no enfrentamento dos desafios e ou/ dificuldades que você vivenciou;
O professor regente participou (1);
O professor regente esteve presente às vezes (2);
O professor regente não participou (1);
d) na avaliação de seu Estágio Curricular;
O professor regente participou (1);
O professor regente não participou (3).
No Curso de
História
dos onze participantes, temos:
a) na elaboração de seus planejamentos;
Apoio total (1);
Liberdade de planejamento (1);
Elaboração individual, com apresentação para a professora. Às vezes, com
orientação para preparar determinados tipos de exercícios, sem interferir
diretamente (1);
O professor regente não participou (8);
b) na condução das aulas;
Apoio total (1);
O professor regente participou algumas vezes (1);
Liberdade de condução das aulas (2);
88
Auxiliava na manutenção da disciplina (1);
Orientação sobre a turma (1);
O professor regente não participou (4);
Não entendeu a questão proposta (1);
c) no enfrentamento dos desafios e ou/ dificuldades que você vivenciou;
Por conselhos/diálogo (3);
Orientou no sentido da solução dos problemas (1);
Auxiliou-me com conversas sobre alunos e com sua experiência (2);
Apoio total para resolver os problemas (1);
Auxilio no comportamento dos alunos (1);
O professor regente não participou (2).
d) na avaliação de seu Estágio Curricular;
O professor regente concedeu um Parecer positivo (8);
Não entendeu a questão proposta (2);
O professor regente não participou da avaliação (1).
No Curso de
Ciências Biológicas
dos dois respondentes, temos:
a) na elaboração de seus planejamentos;
O professor regente não participou (2);
b) na condução das aulas;
O professor regente não participou de nenhuma aula (2);
c) no enfrentamento dos desafios e ou/ dificuldades que você vivenciou;
O professor regente sempre esteve disponível para me ouvir e me aconselhar
(1);
Não entendeu a questão proposta (1);
d) na avaliação de seu Estágio Curricular;
Ainda não foi avaliada (1);
Não entendeu a questão proposta (1).
No Curso de
Física
dos dois respondentes, temos:
a) na elaboração de seus planejamentos;
O professor regente apenas tomou conhecimento dos planejamentos, não
participou (1);
89
O professor regente opinava e contribuía com sugestões (1);
b) na condução das aulas;
O professor regente acompanhou apenas as primeiras aulas (1);
O professor regente não interferia (1);
c) no enfrentamento dos desafios e ou/ dificuldades que você vivenciou;
Às vezes o professor regente discutia sobre as dificuldades (1);
A participação do professor regente foi muito pouca (1);
d) na avaliação de seu Estágio Curricular;
Não entendeu a questão proposta (2).
No Curso de
Educação Física
dos dez respondentes, temos:
a) na elaboração de seus planejamentos;
A participação do professor regente foi constante (1);
O professor regente apenas sugere dicas de como realizar algumas
atividades para a melhoria das aulas (4);
O professor regente não participou (4);
O professor regente auxiliou na fundamentação dos conteúdos (1);
b) na condução das aulas;
O professor regente auxilia na condução das aulas sempre que preciso (3);
Sugere dicas e às vezes conversava com aluno mais agitados (1);
Sugere dicas e variações de atividades (1);
O professor regente às vezes acompanhou as aulas (1);
O professor regente acompanhava mais não interferia (1);
O professor regente ajudou a manter a ordem na sala de aula (1);
O professor regente não participou (2);
c) no enfrentamento dos desafios e ou/ dificuldades que você vivenciou;
O professor regente sempre se mostrou compreensivo e humano (1);
O professor regente sugeriu idéias e incentivos de como enfrentar as
dificuldades (3);
O professor regente a partir de diálogo (1);
O professor regente sempre me apoiou na resolução de todas as dificuldades
(4);
O professor regente não participou (1);
90
d) na avaliação de seu Estágio Curricular;
O professor regente avaliou elogiando o que estava bom e criticando o que
estava ruim, fazendo sugestões sobre o que melhorar (4);
Ainda não foi realizada a avaliação (2);
O professor regente não participou (2);
Não entendeu a questão proposta (5).
Em relação à opinião dos alunos estagiários quanto à avaliação final do
Estágio Curricular que acabaram de realizar, apresentamos a seguir alguns
destaques:
No Curso de
Geografia
dos quatro respondentes, temos:
É um momento muito importante para o acadêmico (1);
Considero o estágio produtivo, uma fase inicial essencial para a
complementação da formação do professor (1);
Foi muito bom (1);
Muito bom, pois no estágio pude ter certa experiência frente a uma sala de
aula (1).
No curso de
História
dos onze respondentes, temos:
Produtivo (1);
Foi uma experiência única e muito produtiva (4);
Positivamente por ter nos possibilitado ver os problemas e dificuldades de
realização do trabalho e aplicar as técnicas apreendidas no espaço
acadêmico (1);
Foi uma experiência valida para se tornar um futuro profissional;
Foi satisfatória (1);
Experiência positiva, para meu crescimento pessoal (1);
Proveitoso, mas com dificuldades de ação e pontos a serem pensados sobre
a prática (1);
Muito boa à experiência, afirmando meu compromisso e opção profissional e
de vida com a educação e o ensino de História (1).
91
No Curso de
Ciências Biológicas
dos dois respondentes, temos:
Gostei muito, apesar dos medos, das incertezas que senti (1);
Foi um período de experiências boas e ruins em que aprendi a aceitar os
outros como são e aprendi a ter mais paciência (1).
No Curso de
Física
dos dois respondentes, temos:
Positivo por me proporcionar contato com as dificuldades da prática
pedagógica (1);
Altamente produtivo (1).
No Curso de
Educação Física
dos onze respondentes, temos:
Acho que foi uma boa experiência. Como profissional pude ver como é difícil
trabalhar na escola e o quanto temos que exigir de nós mesmos para realizar
um trabalho satisfatório (1);
Boa, pela orientação adequada tanto do professor orientador como do
professor regente (1);
Considero bom, acho que tive um bom desempenho (1);
Vivenciar diferentes maneiras de conduzir uma aula podendo adequar-se às
situações impostas por cada turma (1);
Interessante e instrutivo, pois me deu uma boa idéia de como é a realidade na
escola (1);
Bastante proveitoso, porém muito pouco tempo para elaboração de [materiais]
e desafios que um futuro professor deve ter (1);
Acredito que poderia melhorar bastante se houvesse mais tempo (1);
Foi positivo à única dificuldade foi quanto ao domínio da turma que sempre foi
bem agitada e dispersa, não parando muito tempo para ouvir explicações (1);
Foi uma boa aprendizagem, percebi crescimento dos meus conhecimentos
(1);
Foi muito importante para minha formação apesar do pouco tempo (1).
92
3.3.3. Comentários Referentes às Turmas do 1º Semestre de 2007
Neste item, vamos apresentar as constatações que foram possíveis a partir
dos trinta e seis respondentes dos Cursos de Geografia, Letras/Inglês, Educação
Física, História, Física, Letras/Espanhol e Química.
Quanto às disciplinas que mais auxiliaram para a realização dos Estágios
Curriculares, apresentamos a seguir alguns destaques:
No Curso de
Geografia
dos dois respondentes, temos:
Geografia e Ensino I, II, III, IV e V (2);
Psicologia da Educação (1).
No Curso de
Letras/Inglês
dos quatros respondentes, temos:
Análise do Discurso e do Texto em Língua Inglesa (1);
Didática do Inglês (1);
Não entenderam a questão (2).
No Curso de
Educação Física
dos quatorze respondentes, temos:
Didática da Educação Física (13);
Didática Especial (10);
Psicologia da Educação “A” (1);
Prática Educativa I (2);
Fundamentos da Educação Física I e II (1);
Filosofia e História da Ciência (1);
Ginástica I (6);
Ginástica II (1);
Esporte Aquático I (1);
Dança (1);
Currículo em Educação Física (3);
Anatomia - Educação Física (1);
Fisiologia (1);
Biomecânica dos Exercícios Físicos (1).
93
No Curso de
História
dos três respondentes, temos:
Didática Geral para o Ensino de História (2);
Laboratório de Prática de Ensino em História I (2);
Laboratório de Prática de Ensino em História II, III e IV (1);
Teoria e Metodologia do Ensino da História (1);
Todas as disciplinas do Curso (1).
No Curso de
Física
dos três respondentes, temos:
Didática I da Física (3);
Didática II da Física (2);
Psicologia da Educação “A” (2);
Políticas Públicas e Gestão na Educação Básica (1);
Fundamentos Históricos e Filosóficos da Física (1);
Instrumentação para o Ensino de Física A (2);
Instrumentação para o Ensino de Física B, C e D (1);
Unidades de Conteúdo de Física I (1);
As Disciplinas Básicas (1).
No Curso de
Letras/Espanhol
dos cinco respondentes, temos:
Didática do Espanhol (4);
Psicologia da Educação “A” (4);
Políticas Públicas e Gestão na Educação Básica (1);
No Curso de
Química
dos cinco respondentes, temos:
Didática da Química I (5);
Didática da Química II (1);
Química Geral (1).
Em relação à maneira como ocorreu a orientação para os alunos estagiários
conseguirem sua vaga na escola para a realização dos Estágios Curriculares,
apresentamos a seguir alguns destaques:
94
No Curso de
Geografia
dos dois respondentes, temos:
A partir de uma lista de escolas em parceria com a UFSM (1);
Pelo professor orientador (1).
No Curso de
Letras/Inglês
dos quatros respondentes, temos:
Pelo professor orientador (2);
O professor orientador foi junto até a escola e conversou com a supervisora
para disponibilizar as vagas (1);
A partir da lista de escolas que recebem estagiários (1).
No Curso de
Educação Física
dos quatorze respondentes, temos:
O professor orientador os encaminhou para as escolas (6);
Escolher uma escola da rede pública que possuísse vagas para estágio (1);
Escolher de acordo com a lista de escolas que o professor orientador
apresentou (1);
Orientados e apresentados pelo professor orientador à escola (2);
Livre escolha (1);
Ainda não iniciou o estágio (1);
Não receberam orientação (2).
No Curso de
História
dos três respondentes, temos:
Foi orientado a procurar uma escola e conversar com o responsável pelos
estágios (1);
Entrar em contato com as escolas (1);
Não recebeu orientação (1).
No Curso de
Física
dos três respondentes, temos:
Não entenderam a questão proposta (3).
No Curso de
Letras/Espanhol
dos cinco respondentes, temos:
O professor orientador indicou algumas escolas que ofereciam Língua
Espanhola no Ensino Fundamental (3);
Buscar escola conveniada com a universidade e falar com a professora
95
regente e Supervisora da escola (1);
Carta de apresentação (1);
Não recebeu orientação (1).
No Curso de
Química
dos cinco respondentes, temos:
Pegar carta de apresentação e ir até a escola que desejasse estagiar e falar
com a Diretora ou Supervisora se haveria vagas para estágio. Em caso
afirmativo, o professor orientador entraria em contato com a escola (1);
Carta de apresentação (1);
Por indicação de amigos (1);
Não recebeu orientação (1);
Não respondeu.
A respeito da forma como os alunos estagiários foram recebidos e como se
relacionaram com as escolas para a realização dos Estágios Curriculares,
apresentamos a seguir alguns destaques:
No Curso de
Geografia
dos dois respondentes, temos:
Muito bem recebido (2);
Boa relação (2).
No Curso de
Letras/Inglês
dos quatro respondentes, temos:
Muito bem recebido (4);
Ótima/boa relação (4).
No Curso de
Educação Física
dos quatorze respondentes, temos:
Bem recebido (13);
Não entendeu a questão proposta (1);
Ótima/boa relação (5);
Ainda não iniciou o estágio (3);
Não respondeu (5).
96
No Curso de
História
dos três respondentes, temos:
Muito bem recebido (3);
Relação boa (3).
No Curso de
Física
dos três respondentes, temos:
Bem recebido (3);
Boa relação (3).
No Curso de
Letras/Espanhol
dos cinco respondentes, temos:
Muito bem recebido (4);
Não respondeu (1);
Boa relação (4);
Falta receptividade dos professores (1).
No Curso de
Química
dos cinco respondentes, temos:
Muito bem recebido (4);
Falta receptividade da escola (1);
Boa relação (5).
Quanto à maneira como a escola acompanhou os alunos estagiários no
decorrer da realização dos Estágios Curriculares, apresentamos a seguir
alguns destaques:
No Curso de
Geografia
dos dois respondentes, temos:
Por meio de diálogo com a Diretora, Vice-diretora e Coordenadora
Pedagógica (2);
Pelo roteiro dos conteúdos (1);
Pelo livro ponto (1).
No Curso de
Letras/Inglês
dos quatro respondentes, temos:
Por reuniões (1);
Na disciplina dos alunos (1);
97
Pelo livro ponto (1);
Caso seja necessário (2).
No Curso de
Educação Física
dos quatorze respondentes, temos:
Reuniões semanais (2);
Em reuniões quinzenais com professores e pais de alunos (1);
O acompanhamento da escola é realizado quinzenalmente (1);
Por meio de relatório do professor regente e orientador (1);
Por intermédio da Coordenadora Pedagógica desde que chegou à escola (1);
Está iniciando o estágio (1);
Acompanhamento muito superficial quase inexistente (3);
Pelo livro ponto (1);
Não entendeu a questão proposta (1);
Não respondeu (2).
No Curso de
História
dos três respondentes, temos:
Diálogo com a Orientadora Educacional (2);
A escola não acompanha (2).
No Curso de
Física
dos três respondentes, temos;
A Coordenadora Pedagógica acompanha todos os dias que estou na escola
(1);
Pelo professor regente (1);
Ainda não iniciou o estágio (1).
No Curso de
Letras/Espanhol
dos cinco respondentes, temos:
Por meio de diálogo com a Supervisora (1);
Mediante reuniões pedagógicas (2);
Não entenderam a questão proposta (2);
Não respondeu (1).
No Curso de
Química
dos cinco respondentes, temos:
Mediante diálogo (2);
98
Livro ponto (1);
A escola não acompanha (1);
Não respondeu (1).
3.4. ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES COLETADAS JUNTO A ALUNOS
ESTAGIÁRIOS
Neste item, vamos apresentar as análises que foram realizadas a partir dos
setenta e um respondentes referentes ao 1º Semestre de 2006 junto aos Cursos de
Matemática, Letras/Português, Letras/Espanhol, História, Física, Filosofia, Artes
Visuais, Ciências Biológicas e Educação Física.
3.4.1. Análise Referente às Turmas do 1º Semestre de 2006
Em relação à análise referente às informações obtidas junto aos alunos
estagiários sobre as disciplinas que mais contribuíram para a realização do
Estágio Curricular evidenciamos que:
No Curso de Matemática, as disciplinas que mais contribuíram para a realização do
Estágio Curricular foram às disciplinas de “Conhecimento pedagógico de conteúdo”
27
No Curso de Letras/Português, as disciplinas que mais contribuíram para a
realização do Estágio Curricular foram as disciplinas de “Conhecimento pedagógico
de conteúdo”. Porém, tivemos uma indicação para a disciplina de “Conhecimento de
conteúdo específico”.
27
Essa análise foi realizada com bases nas categorias de conhecimento cunhadas por Lee Shulman.
Maiores informações ver: SHULMAN, Lee S.: (1986). ‘Those who Understand: Knowledge growth in
teaching’. In: Educational Researcher, v.15, n.2, p.4-14. Cambridge/US: American Educational
Research Association. ISSN 0013-189X.
SHULMAN, Lee S.: (1987). ‘Knowledge and Teaching: Foundations of the New Reform.’ In: Harvard
Educational Review, v.57, n.1, p.1-22. Cambridge/US: Harvard Educational Publishing. ISSN 0017-
8055.
99
No Curso de Letras/Espanhol, evidenciamos que para três respondentes tanto as
disciplinas “Conhecimento pedagógico de conteúdo” quanto às disciplinas de
“Conhecimento de conteúdo específico” contribuíram para a realização do Estágio
Curricular.
No Curso de História, as disciplinas que mais contribuíram para a realização do
Estágio Curricular para oito respondentes foram as disciplinas de “Conhecimento
pedagógico de conteúdo”, para dois as disciplinas de “Conhecimento pedagógico
geral”, para cinco as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico”. Dentre
essas disciplinas, causou-nos estranheza que um respondente tenha se expressado
que somente as disciplinas referentes à pesquisa contribuíram, pois geralmente a
pesquisa é direcionada a formar Bacharel e não Licenciado.
No Curso de Física, as disciplinas que mais contribuíram para a realização do
Estágio Curricular para sete respondentes foram as disciplinas de “Conhecimento
pedagógico de conteúdo”, para dois as disciplinas de “Conhecimento pedagógico
geral” e para dois as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico”. Deste
total somente para dois respondentes tanto às disciplinas de “Conhecimento
pedagógico de conteúdo” quanto às disciplinas de “Conhecimento de conteúdo
específico” auxiliaram neste processo de formação .
No Curso de Filosofia, as disciplinas que mais contribuíram para a realização do
Estágio Curricular para três respondentes foram somente às disciplinas de
“Conhecimento de conteúdo específico”, para quatro tanto às disciplinas de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo” quanto às disciplinas de “Conhecimento de
conteúdo específico”, para três respondentes também auxiliaram as disciplinas de
“Conhecimento pedagógico geral”; para dois todas as disciplinas auxiliaram e para
dois nenhuma disciplina contribuiu para esse momento.
No Curso de Artes Visuais, as disciplinas que mais contribuíram para a realização do
Estágio Curricular foram às disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico”.
No Curso de Ciências Biológicas, as disciplinas que mais contribuíram para a
realização do Estágio Curricular para dois respondentes foram as disciplinas de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo”, para um, foram somente as disciplinas de
“Conhecimento de conteúdo específico”, e para outro, todas as disciplinas auxiliaram
para esse período.
No Curso de Educação Física, para o total de 10 respondentes, as disciplinas que
mais contribuíram para a realização do Estágio Curricular foram tanto às disciplinas
100
de “Conhecimento pedagógico de conteúdo”, quanto às disciplinas de
“Conhecimento de conteúdo específico”. Com exceção de dois respondentes, para
um, somente as disciplinas de “Conhecimento pedagógico de conteúdo” auxiliaram,
e, para o outro, todas as disciplinas cursadas foram úteis no decorrer do Estágio
Curricular.
Em relação à análise referente à maneira como ocorreu a orientação para os
alunos estagiários conseguirem sua vaga na escola para a realização do Estágio
Curricular evidenciamos que:
No Curso de Matemática, os alunos estagiários não receberam nenhuma orientação
do professor orientador para conseguir sua vaga na escola para a realização do
Estágio Curricular.
No Curso de Letras/Português, dos cinco respondentes, dois alunos estagiários
receberam orientação e três não foram orientados para conseguir sua vaga na
escola para a realização do Estágio Curricular.
No Curso de Letras/Espanhol, dos cinco respondentes, quatro foram orientados pelo
professor orientador, o qual apresentou uma lista de escolas que possuíam vagas
para a realização do Estágio Curricular, concedeu uma carta de apresentação e
solicitou que fossem até as escolas que desejassem estagiar e que conversassem
com a direção da escola sobre a possibilidade de fazerem o estágio. O orientador
também se disponibilizou a acompanhar os estagiários até a escola para conversar
com o professor regente.
No Curso de História, dos dez respondentes, três não receberam orientação e seis
foram orientados pelo professor orientador a procurar por escolas que aceitassem
receber estagiários levando uma carta de apresentação.
No Curso de Física, dos oito respondentes, sete foram orientados pelo professor
orientador que indicou o nome de algumas escolas e alguns professores e solicitou
que os estagiários procurassem por uma das escolas para a realização do Estágio
Curricular.
No Curso de Filosofia, dos quinze respondentes, nove foram orientados pelo
professor orientador que apresentou uma lista de escolas que aceitavam receber
estagiários, concedeu uma carta de apresentação e solicitou aos estagiários
buscassem uma escola e conversassem com a Coordenadora Pedagógica e o
101
professor regente.
No Curso de Artes Visuais, os alunos estagiários foram orientados pela professora
orientadora que entrou em contato com as escolas e solicitou aos estagiários que
confirmassem a escolha levando uma carta de apresentação para a professora
regente da escola.
No Curso de Ciências Biológicas, dos cinco respondentes, três receberam
orientação do professor orientador que os instruiu a procurarem as escolas
conversarem com a supervisora e depois com a professora regente para escolherem
uma turma e realizar o Estágio Curricular.
No Curso de Educação Física, dos dez respondentes, oito foram orientados pelo
professor orientador que ofereceu três escolas onde poderiam trabalhar. Ficou a
critério de cada um escolher em qual escola iria realizar o Estágio Curricular.
Em relação à análise referente à forma como os alunos estagiários foram
recebidos e como se relacionaram com as escolas para a realização do Estágio
Curricular evidenciamos que:
No Curso de Matemática, foi unânime a boa receptividade e o bom relacionamento
dos alunos estagiários com as escolas no decorrer da realização do Estágio
Curricular.
No Curso de Letras/Português, foi unânime a boa receptividade e o bom
relacionamento dos alunos estagiários com as escolas no decorrer da realização do
Estágio Curricular.
No Curso de Letras/Espanhol, dos cinco respondentes, quatro foram bem recebidos
pelas escolas e o relacionamento foi bom. Porém, um deles sentiu falta de
receptividade da escola e a relação foi considerada “razoável”.
No Curso de História, os alunos estagiários foram muito bem recebidos pelas
escolas e a relação foi muito boa.
No Curso de Física, dos oito respondentes, seis foram bem recebidos pelas escolas
e a relação foi boa. Dois sentiram falta de receptividade das escolas, e um estagiário
sentiu desconfiança no relacionamento com a escola.
No Curso de Filosofia, os alunos estagiários foram bem recebidos pelas escolas e o
relacionamento foi bom, com exceção de dois respondentes; dentre os quais um se
deparou com dificuldades para entrar na escola e o outro teve dificuldades pois, o
102
relacionamento foi hostil.
No Curso de Artes Visuais, os alunos estagiários foram bem recebidos pelas escolas
e o relacionamento foi bom. Com exceção de um respondente que foi recebido com
indiferença. A respeito da relação entre escola e estagiário, dois deles omitiram sua
opinião.
No Curso de Ciências Biológicas, dos cinco respondentes, três foram bem recebidos
pelas escolas e dois sentiram falta de receptividade da escola. No que se refere à
relação com a escola quatro tiveram um bom relacionamento com ela. Para um
estagiário a relação foi considerada boa com o professor regente, mas com a escola
foi ruim.
No Curso de Educação Física, os alunos estagiários foram bem recebidos pelas
escolas e o relacionamento foi considerado ótimo/muito bom. Com exceção de um
respondente que sentiu falta de interação com a escola.
Em relação à análise referente à maneira como os alunos estagiários foram
acompanhados pelas escolas para a realização do Estágio Curricular
evidenciamos que:
No Curso de Matemática, dos nove respondentes, dois foram acompanhados pela
direção de Coordenadora Pedagógica, quatro pelo professor regente e três omitiram
sua opinião.
No Curso de Letras/Português, dos cinco respondentes, dois foram acompanhados
pelas escolas por meio de reuniões, dois ainda não haviam iniciado o estágio e um
não entendeu a questão proposta.
No Curso de Letras/Espanhol, dos cinco respondentes, três foram acompanhados
pelas escolas de alguma maneira: por meio do livro ponto, somente quando
necessário, ou por meio do Orientador Pedagógico. Porém, um respondente não foi
acompanhado pela escola e outro omitiu sua opinião.
No Curso de História, dos dez respondentes, três foram acompanhados pelo
professor regente, dois pela Coordenadora Pedagógica. Porém, dois omitiram sua
opinião e três não entenderam a questão proposta.
No Curso de Física, dos oito respondentes, dois não foram acompanhados pelas
escolas; os demais, as escolas acompanharam de alguma maneira: por intermédio
da Supervisora, por reuniões e livro ponto.
103
No Curso de Filosofia, dos quinze respondentes, dois não foram acompanhados
pelas escolas, para oito a escola acompanhou de alguma maneira: por meio de
conversas, reuniões, pelos resultados obtidos pelos alunos, pela presença em sala
de aula, pelas aulas ministradas, pelo atendimento prestado. Destes estagiários,
quatro omitiram sua opinião e um não entendeu a questão proposta.
No Curso de Artes Visuais, os alunos estagiários não foram acompanhados pelas
escolas no decorrer da realização do Estágio Curricular.
No Curso de Ciências Biológicas, dos cinco respondentes, dois não foram
acompanhados pelas escolas, dois foram acompanhados pelo livro ponto, e diálogo
após a aula. Um respondente omitiu sua opinião.
No Curso de Educação Física, dos dez respondentes, um não foi acompanhado pela
escola, cinco deles as escolas acompanharam pelo livro ponto, apenas observando,
cobrando resultados, pela entrega do Plano de aula e por intermédio do professor
regente. Porém, quatro estagiários não entenderam a questão proposta
3.4.2. Análise Referente às Turmas do 2º Semestre de 2006
Neste item, vamos apresentar as análises que foram realizadas a partir dos
quarenta e sete respondentes referentes ao 2º Semestre de 2006 junto aos Cursos
de Matemática, Letras/Português, Letras/Inglês, Educação Física e Artes Visuais.
Em relação à análise referente às informações obtidas junto aos alunos
estagiários sobre as disciplinas que mais contribuíram para a realização do
Estágio Curricular evidenciamos que:
No Curso de Matemática, para nove respondentes, as disciplinas que mais
contribuíram para a realização do Estágio Curricular foram as disciplinas de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo” e às disciplinas de “Conhecimento
pedagógico geral”. Para quatro estagiários tanto as disciplinas de “Conhecimento de
conteúdo específico” quanto às disciplinas de “Conhecimento pedagógico de
conteúdo” contribuíram. Somente para um respondente todas as disciplinas
cursadas auxiliaram no decorrer do Estágio Curricular.
104
No Curso de Letras/Português, para cinco respondentes, as disciplinas que mais
contribuíram para a realização do Estágio Curricular foram somente às disciplinas de
“Conhecimento pedagógico do conteúdo”. Para dois tanto as disciplinas de
“Conhecimento de conteúdo específico” quanto às disciplinas de “Conhecimento
pedagógico de conteúdo” auxiliaram para esse momento.
No Curso de Letras/Inglês, para cinco respondentes, somente as disciplinas de
“Conhecimento pedagógico do conteúdo” auxiliaram. Para dois respondentes tanto
as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico” quanto às disciplinas de
“Conhecimento pedagógico do conteúdo” contribuíram. Apenas para um dos
respondentes somente às disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico”
auxiliaram no decorrer do Estágio Curricular.
No Curso de Educação Física, para os dez respondentes, sete deles as disciplinas
que mais contribuíram para a realização do Estágio Curricular foram tanto às
disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico” quanto às disciplinas de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo”. Dentre esses respondentes para quatro
também auxiliaram as disciplinas de “Conhecimento pedagógico geral”.
No Curso de Artes Visuais, para os cincos respondentes, as disciplinas que mais
contribuíram para a realização do Estágio Curricular para um deles foram somente
às disciplinas de “Conhecimento pedagógico de conteúdo”. Para dois as disciplinas
de “Conhecimento de conteúdo específico” auxiliaram. Por outro lado, para dois
respondentes todas as disciplinas cursadas contribuíram nesse processo de
formação inicial.
Em relação à análise referente à maneira como ocorreu a orientação para os
alunos estagiários conseguirem sua vaga na escola para a realização do Estágio
Curricular evidenciamos que:
No Curso de Matemática, dos dezessete respondentes, sete não receberam
orientação para conseguir sua vaga na escola para realização do Estágio Curricular.
E somente cinco respondentes foram orientados pelo professor orientador que os
instruiu a procurar por escolas que aceitassem receber estagiários, forneceu uma
carta de apresentação e solicitou que procurassem conversar com a supervisora e a
professora regente.
No Curso de Letras/Português, dos oito respondentes somente dois foram
105
orientados pelo professor orientador para conseguir sua vaga na escola para
realização do Estágio Curricular.
No Curso de Letras/Inglês, dos sete respondentes somente três receberam
orientação do professor orientador para conseguir sua vaga na escola para
realização do Estágio Curricular.
No Curso de Educação Física, os respondentes foram orientados pelo professor
orientador o qual realiza um contato prévio com as escolas conveniadas e apresenta
uma lista de escolas que aceitassem receber estagiários e permite que eles façam a
opção de escolha entre as escolas citadas para a realização do Estágio Curricular.
No Curso de Artes Visuais, os respondentes foram orientados pelo professor
orientador para conseguir sua vaga na escola para realização do Estágio Curricular.
Em relação à análise referente à forma como os alunos estagiários foram
recebidos pelas escolas e como se relacionaram com elas para a realização do
Estágio Curricular evidenciamos que:
No Curso de Matemática, os alunos estagiários foram bem recebidos pelas escolas
e o relacionamento foi considerado ótimo.
No Curso de Letras/Português, os alunos estagiários foram muito bem recebidos
pelas escolas e o relacionamento foi considerado bom.
No Curso de Letras/Inglês, os alunos estagiários foram muito bem recebidos pelas
escolas e a relação foi considerada ótima/boa.
No Curso de Educação Física, os alunos estagiários foram muito bem recebidos
pelas escolas e o relacionamento também foi considerado bom. Com exceção de um
respondente que sentiu falta de receptividade por parte do corpo docente da escola.
No Curso de Artes Visuais, os alunos estagiários foram muito bem recebidos pelas
escolas e o relacionamento também foi considerado bom. Com exceção de um
respondente que a relação com a escola foi quase harmoniosa.
Em relação à análise referente à maneira como os alunos estagiários foram
acompanhados pelas escolas para a realização do Estágio Curricular
evidenciamos que:
No Curso de Matemática, dos dezessete respondentes quatorze foram
106
acompanhados pelas escolas de alguma maneira como: por meio de reuniões
semanais, pelo controle das atividades, por diálogo com Diretor e Coordenadora
Pedagógica e por intermédio do professor regente. Porém, três respondentes
omitiram sua opinião.
No Curso de Letras/Português, dos oito respondentes dois foram acompanhados
pelas escolas. Porém, dois respondentes ainda não havia iniciado o estágio e quatro
omitiram sua opinião.
No Curso de Letras/Inglês, dos sete respondentes um foi acompanhado pela escola
somente a partir do livro ponto. Porém, quatro respondentes omitiram sua opinião e
um ainda não havia iniciado o estágio.
No Curso de Educação Física, dos dez respondentes somente cinco foram
acompanhados pela escola por meio do professor regente, coordenadora
pedagógica e livro ponto. Porém, um respondente a escola não acompanhou, um
omitiu a sua opinião e dois não entenderam a questão proposta.
No Curso de Artes Visuais, dos cinco respondentes um a escola acompanha por
meio de conversas informais. Porém, dois omitiram sua opinião e dois não
entenderam a questão proposta.
3.4.2.1. Análise sobre a parte final dos estágios das turmas do 2º semestre de
2006
Neste item, vamos apresentar as análises que foram realizadas a partir dos
vinte e nove respondentes referentes ao final do 2º Semestre de 2006 junto aos
Cursos aos Cursos de Educação Física, Geografia, História, Ciências Biológica e
Física.
Em relação à análise referente às informações obtidas junto aos alunos
estagiários a respeito do seu relacionamento com o professor orientador para a
realização do Estágio Curricular evidenciamos que:
No Curso de Geografia, os alunos estagiários em relação a seus relacionamentos
com o professor orientador, consideraram como aspectos positivos a maneira de
107
discutir formas para superar as dificuldades encontradas e as sugestões para
melhorar o trabalho no estágio. Como aspecto negativo somente a falta de tempo
para orientação.
No Curso de História os alunos estagiários, em relação a seus relacionamentos com
o professor orientador consideraram como aspectos positivos: a boa relação em sala
de aula, orientação satisfatória, acompanhamento no estágio, o ensino sobre as
teorias educacionais e as discussões e comentários sobre a prática pedagógica. E
como aspectos negativos a ausência do professor orientador nas aulas do estágio e
orientação muito genérica.
No Curso de Ciências Biológicas, os alunos estagiários, em relação a seu
relacionamento com o professor orientador, consideraram como aspectos positivos a
disponibilidade do professor em atender, ouvir dar sugestões e aconselhar. Os
aspectos negativos não foram mencionados.
No Curso de Física, os alunos estagiários, em relação a seu relacionamento com o
professor orientador, consideraram como aspectos positivos à contribuição intensa
no desenvolvimento do estágio. E como aspectos negativos as divergências na
elaboração do material e no desenvolvimento do estágio.
No Curso de Educação Física, os alunos estagiários, em relação a seu
relacionamento com o professor orientador, consideraram como aspectos positivos:
o bom relacionamento, o auxílio nas dificuldades, o diálogo, a compreensão de
vários fatos, a instrução para a realização das aulas e os encontros semanais. E
como aspectos negativos a ausência do professor orientador nas aulas do estágio, o
excesso de atividades propostas, atividades muito extensas. Para dois
respondentes, não houve nenhum aspecto negativo a declarar.
Em relação à análise referente às informações obtidas junto aos alunos
estagiários a respeito da participação do professor regente: na elaboração de
seus planejamentos, na condução das aulas, no enfrentamento dos desafios e/ou
dificuldades e na avaliação do Estágio Curricular evidenciamos que:
No Curso de Geografia, para os quatro respondentes, a participação do professor
regente na elaboração dos planejamentos foi muito pouca, somente um respondente
foi auxiliado. No que se refere à condução das aulas para um respondente o
professor participou, para outro deles somente às vezes, e para dois o professor
108
regente não participou. Quanto ao enfrentamento dos desafios e/ou dificuldades,
para um respondente o professor regente participou, para outro deles somente às
vezes, e para dois o professor regente não participou. Na avaliação do Estágio
Curricular o professor regente não participou, com exceção de um respondente que
contou com a sua participação.
No Curso de História dos 11 respondentes, para a maioria (08) o professor regente
não participou na elaboração de seus planejamentos. Com relação à condução das
aulas para quatro respondentes o professor regente não participou, para os demais
(06) participou algumas vezes, deu liberdade, apoio, auxiliou na manutenção da
disciplina e na orientação sobre a turma. No enfrentamento dos desafios e/ou
dificuldades para a maioria (09) o professor regente participou de algumas maneiras,
tais como: orientação, conselhos, diálogo, apoio e auxiliando no controle do
comportamento dos alunos. Na avaliação do Estágio Curricular para a maioria (08)
dos respondentes o professor regente emitiu um Parecer positivo.
No Curso de Ciências Biológicas dos dois respondentes, na elaboração de seus
planejamentos e na condução das aulas, os alunos estagiários não contaram com a
participação do professor regente. No que se refere ao enfrentamento dos desafios
e/ou dificuldades para um deles o professor regente participou ativamente, o outro
não entendeu a questão proposta. Com relação à avaliação do Estágio Curricular
um respondente ainda não havia sido avaliado, o outro não entendeu a questão
proposta.
No Curso de Física, na elaboração de seus planejamentos para um respondente o
professor regente apenas olhou os planejamentos, não participou e para outro
opinou e contribuiu com sugestões. Na condução das aulas para um respondente o
professor regente acompanhou apenas as primeiras aulas, para outro não
participou. No que se refere ao enfrentamento dos desafios e/ou dificuldades a
participação do professor regente foi mínima. Na avaliação do Estágio Curricular os
respondentes não entenderam a questão proposta.
No Curso de Educação Física, na elaboração de seus planejamentos, para um
respondente a participação do professor regente foi constante, para quatro não teve
nenhuma participação. Para os demais respondentes (04) o professor regente
participou de alguma maneira: sugerindo dicas de como realizar algumas atividades,
auxiliou na fundamentação dos conteúdos e sugeriu variações das atividades. No
que diz respeito à condução das aulas, para dois respondentes o professor regente
109
não participou, aos demais (08) auxiliou na condução das aulas, sugeriu dicas e
variações de atividades e ajudou a manter a ordem na sala. No que se refere ao
enfrentamento dos desafios e/ou dificuldades, os alunos estagiários contaram com a
participação do professor regente por meio de apoio, diálogo, compreensão,
sugestões e dicas nas resoluções das dificuldades encontradas. Na avaliação do
Estágio Curricular dos dez respondentes um contou com a participação do professor
regente, outro ainda não havia sido avaliado, dois o professor regente não participou
e os demais, entenderam a questão proposta.
Em relação à análise referente às informações obtidas junto aos alunos
estagiários a respeito da avaliação do Estágio Curricular que realizaram
evidenciamos que:
No Curso de Geografia, os alunos estagiários consideraram o Estágio Curricular
como um momento muito importante para a formação do futuro professor.
No Curso de História, os alunos estagiários consideraram o Estágio Curricular como
um momento muito importante para a formação do professor, porque proporciona
verificar a opção profissional.
No Curso de Ciências Biológicas, os alunos estagiários consideram o Estágio
Curricular como um período de aprendizagens.
No Curso de Física, os alunos estagiários consideraram o Estágio Curricular como
útil e proveitoso porque proporciona contato com as dificuldades da prática
pedagógica.
No Curso de Educação Física, os alunos estagiários consideraram o Estágio
Curricular como um momento muito importante para a formação do professor,
porque permite vivenciar a realidade escolar, apesar do pouco tempo.
3.4.3. Análise Referente às Turmas do 1º Semestre de 2007
Neste item, vamos apresentar as análises que foram realizadas a partir dos
trinta e seis respondentes referentes ao 1º Semestre de 2007 junto aos Cursos de
Geografia, Letras/Inglês, Educação Física, História, Física, Letras/Espanhol e
110
Química.
Em relação à análise referente às informações obtidas junto aos alunos
estagiários sobre as disciplinas que mais contribuíram para a realização do
Estágio Curricular evidenciamos que:
No Curso de Geografia, para os dois respondentes, as disciplinas que
maiscontribuíram para a realização do Estágio Curricular foram às disciplinas de
“Conhecimento pedagógico do conteúdo”, com exceção de um deles que tanto as
disciplinas de “Conhecimento pedagógico geral” quanto às disciplinas de
“Conhecimento pedagógico do conteúdo” auxiliaram.
No Curso de Letras/Inglês, entre os quatro respondentes, para um as disciplinas que
mais contribuíram para a realização do Estágio Curricular foram somente às
disciplinas de “Conhecimento pedagógico do conteúdo” e para outro, apenas as
disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico”, e os demais (02) não
entenderam a questão proposta.
No Curso de Educação Física, dos quatorze respondentes, as disciplinas que mais
contribuíram para a realização do Estágio Curricular para três respondentes foram
somente às disciplinas de “Conhecimento pedagógico do conteúdo”. Para três
respondentes, tanto as disciplinas de “Conhecimento pedagógico geral” quanto às
disciplinas de “Conhecimento pedagógico de conteúdo” colaboraram. E para oito
deles tanto as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico” quanto às de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo” contribuíram.
No Curso de História, dos três respondentes, as disciplinas que mais contribuíram
para a realização do Estágio Curricular para um deles foram somente às disciplinas
de “Conhecimento pedagógico de conteúdo”, para dois tanto as disciplinas de
“Conhecimento de Conteúdo específico” quanto às disciplinas de “Conhecimento
pedagógico de conteúdo” contribuíram para esse momento.
No Curso de Física, dos três respondentes, as disciplinas que mais contribuíram
para a realização do Estágio Curricular para dois deles foram tanto às disciplinas de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo” quanto às disciplinas de “Conhecimento
pedagógico geral” e para um respondente tanto as disciplinas de “Conhecimento de
conteúdo específico” quanto às disciplinas de “Conhecimento pedagógico de
conteúdo”.
No Curso de Letras/Espanhol, dos cinco respondentes, as disciplinas que mais
111
contribuíram para a realização do Estágio Curricular foram tanto às disciplinas de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo” quanto às disciplinas de “Conhecimento
pedagógico geral”.
No Curso de Química, dos cinco respondentes, as disciplinas que mais contribuíram
para a realização do Estágio Curricular foram às disciplinas de “Conhecimento
pedagógico de conteúdo”. Com exceção de um respondente, que também
contribuíram as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico”.
Em relação à análise referente à maneira como ocorreu a orientação para os
alunos estagiários conseguirem sua vaga na escola para a realização do Estágio
Curricular evidenciamos que:
No Curso de Geografia, os alunos estagiários foram orientados pelo professor
orientador a partir de uma lista de escolas conveniadas com a UFSM.
No Curso de Letras/Inglês, todos alunos estagiários foram orientados pelo professor
orientador a partir de uma lista de escolas que recebem estagiários e também o
professor acompanhou os estagiários até a escola e conversou com a supervisora
para disponibilizar as vagas.
No Curso de Educação Física, a maioria (11) dos alunos estagiários foi orientada
pelo professor orientador a escolher uma escola a partir de uma lista de escolas que
ele dispunha e, também, encaminhou-os para elas. Porém, apenas dois
respondentes foram acompanhados e apresentados pelo professor orientador às
escolas.
No Curso de História, os alunos estagiários foram orientados pelo professor
orientador a procurar uma escola e conversar com o responsável pelos estágios,
com exceção de um respondente que não recebeu orientação.
No Curso de Física, os alunos estagiários não entenderam a questão proposta.
No Curso de Letras/Espanhol, os alunos estagiários foram orientados pelo professor
orientador que disponibilizou uma lista de escolas que ofereciam Língua Espanhola
no Ensino Fundamental, concedeu uma carta de apresentação enviada pela
coordenadora do Curso e pelo professor orientador e solicitou uma conversa com a
Supervisora da escola e a professora regente.
No Curso de Química, dos cinco respondentes, três foram orientados pelo professor
orientador que concedeu uma carta de apresentação e solicitou que os estagiários
112
fossem até as escolas conversar com a Diretora ou Supervisora sobre a
disponibilidade de vagas para realizar o estágio. Em caso afirmativo, o professor
orientador entrou em contato com a escola.
Em relação à análise referente à forma como os alunos estagiários foram
recebidos e como se relacionaram com as escolas para a realização do Estágio
Curricular evidenciamos que:
No Curso de Geografia, foi unânime a boa receptividade e o bom relacionamento
dos alunos estagiários com as escolas no decorrer da realização do Estágio
Curricular.
No Curso de Letras/Inglês, foi unânime a boa receptividade e o bom relacionamento
dos alunos estagiários com as escolas no decorrer da realização do Estágio
Curricular.
No Curso de Educação Física, os alunos estagiários foram bem recebidos pelas
escolas e a relação também foi considerada boa.
No Curso de História, foi unânime a boa receptividade e o bom relacionamento dos
alunos estagiários com as escolas no decorrer da realização do Estágio Curricular.
No Curso de Física, foi unânime a boa receptividade e o bom relacionamento dos
alunos estagiários com as escolas no decorrer da realização do Estágio Curricular.
No Curso de Letras/Espanhol, os alunos estagiários foram bem recebidos pelas
escolas e o relacionamento foi considerado bom. Com exceção de um respondente
que sentiu falta de receptividade por parte dos professores.
No Curso de Química, os alunos estagiários foram bem recebidos pelas escolas e o
relacionamento foi considerado bom. No entanto, um respondente sentiu falta de
receptividade da escola.
Em relação à análise referente à maneira como os alunos estagiários foram
acompanhados pelas escolas para a realização do Estágio Curricular
evidenciamos que:
No Curso de Geografia, os alunos estagiários foram acompanhados pelas escolas
por meio do livro ponto, pelo roteiro dos conteúdos e por meio de diálogo com a
Diretora e Vice-diretora.
113
No Curso de Letras/Inglês, os alunos estagiários foram acompanhados pelas
escolas por reuniões, auxiliando na disciplina dos alunos e pelo livro ponto se fosse
necessário.
No curso de Educação Física, a maioria (10) dos alunos estagiários foi
acompanhada pelas escolas de alguma maneira, tais como: por meio de reuniões
semanais e quinzenais, de relatório, pela Coordenadora Pedagógica e pelo livro
ponto.
No Curso de História, dos três respondentes, somente um foi acompanhado pela
escola por meio de diálogos com a Orientadora Educacional.
No Curso de Física, os alunos estagiários foram acompanhados pelas escolas por
meio da Coordenadora Pedagógica e do professor regente. Com exceção de um
respondente, que ainda não havia iniciado o estágio.
No Curso de Letras/Espanhol, dos sete respondentes três as escolas
acompanharam os alunos estagiários por meio de diálogos com a Supervisora, por
meio de reuniões pedagógicas. Com excão de quatro respondentes, que três não
entenderam a questão proposta e um omitiu sua opinião.
No Curso de Química, os alunos estagiários foram acompanhados pelas escolas por
meio de diálogo e pelo livro ponto. Com exceção de um respondente que não foi
acompanhado pela escola.
3.4.4. Síntese da Análise Conjunta Referente a todas as turmas
Nesta parte, passamos a apresentar uma análise geral referente ao conjunto
de informações coletadas a partir dos questionários e dos grupos de discussão junto
aos alunos estagiários nos Cursos de Licenciatura da UFSM inseridos neste estudo.
No entanto, vale lembrar que as análises se referem ao 1º e 2º semestres do
ano de 2006 e 1º semestre do ano de 2007, sendo que, neste último semestre foram
realizados os grupos de discussão visando suprir a possível falta de informações
não obtidas no questionário final.
No
1º semestre de 2006
, em relação à opinião dos alunos estagiários quanto
às disciplinas que mais contribuíram para a realização dos Estágios Curriculares nos
Cursos de Matemática, Letras/Português, Letras/Espanhol, História, Física, Filosofia,
114
Artes Visuais, Ciências Biológicas e Educação Física entre as disciplinas mais
citadas destacam-se as disciplinas de “Conhecimento pedagógico de conteúdo”.
Com exceção do Curso de Artes Visuais que somente as disciplinas de
“Conhecimento de Conteúdo específico” colaboraram.
Além dessas, nos Cursos de História, Física e Filosofia também contribuíram
as disciplinas de “Conhecimento Pedagógico Geral”.
Nos Cursos de Física e Filosofia igualmente contribuíram as disciplinas de
“Conhecimento de Conteúdo específico”.
Com relação à maneira como os alunos estagiários foram orientados para
conseguir sua vaga na escola para realizar seus Estágios Curriculares evidenciamos
que no Curso de Matemática os estagiários não foram orientados.
Já nos Cursos de Letras/Espanhol, Filosofia e Ciências Biológicas, as
orientações concedidas foram semelhantes, pois os professores orientadores
concederam uma carta de apresentação e instruíram os seus alunos estagiários a
irem às escolas conversarem com a direção ou Coordenadora Pedagógica e com o
professor regente. Além disso, no caso do Curso de Letras/Espanhol o professor
orientador também se disponibilizou a acompanhar os estagiários até as escolas
para conversar com o professor regente.
No Curso de Física os alunos estagiários foram orientados pelo professor
orientador o qual indicou o nome de algumas escolas, assim como o nome de alguns
professores e solicitou que os estagiários fossem a procura de uma.
No Curso de Artes Visuais o professor orientador primeiramente entrou em
contato com as escolas e depois encaminhou os seus alunos estagiários até elas,
concedendo-lhes uma carta de apresentação, para ser entregue aos professores
regentes como confirmação da escolha.
No que se refere à forma como os alunos estagiários foram recebidos e como
se relacionaram com a escola evidenciamos que foi quase unânime a boa
receptividade e o bom relacionamento deles com as escolas. Com exceção dos
Cursos de Letras/Espanhol, Física, Filosofia e Ciências Biológicas para os quais
alguns respondentes (07) sentiram falta de receptividade da escola e a relação foi
considerada como: razoável, hostil, com desconfiança, boa somente com o professor
regente, mas com a escola ruim.
115
Em relação à questão da receptividade essa é fruto do passado dos alunos
egressos dos Cursos de Licenciatura pelas escolas, conforme nos contou o aluno
estagiário:
(...) Eu levei um sermão de meia hora da coordenadora no primeiro
dia que eu cheguei, porque num outro ano um estagiário um aluno de
Biologia tinha sumido do Conselho de classe da escola. Então, eu
levei um sermão de meia hora frente aluno (...) (GD-CB-01).
Nesse sentido, percebemos que a forma como as escolas receberam os
alunos estagiários está relacionada ao fato de como os estagiários anteriores se
comportaram na escola, e a origem da Instituição de Ensino Superior - IES a qual
este pertence. Diante deste relato, entendemos que a escola onde aconteceu o fato
mencionado, ficou com receios de estar recebendo novamente estagiários, porém,
não concordamos com essa atitude da escola por dois motivos: primeiro, por fazer o
estagiário ouvir um “sermão” por algo que aquele estagiário não havia cometido, e
segundo, porque a conversa não foi apenas entre as pessoas interessadas no
momento, ou seja, diretora, Coordenadora Pedagógica e aluno estagiário, mas entre
os alunos da escola.
Os alunos estagiários quando questionados sobre a forma como foram
recebidos pelas escolas a maioria dos depoentes relataram que foram bem
recebidos, as escolas recebem de “braços abertos”, porém, no decorrer das
narrativas percebemos que por trás de tal atitude as escolas encobrem uma
segunda intenção, como evidenciam os relatos abaixo:
(...) É que nas escolas os professores tem os estagiários pra tapa
furo,(sic) pra eles descansa; então no geral, todos eles adoram
porque relax assim dos colegas e na grande maioria das vezes é
assim né, eles estão ali bem vindos. Que bom o estagiário! (GD-AV-
01)
(...) a professora titular também gostou muito, ela disse pra mim que
era uma forma de ela desafogar um pouco; que ela tava com
bastante turmas. Então, ela gostou muito de ter esse estagiário (...)
(GD-QM-02).
(...) a gente é bem recebido, sabe? Até porque a professora gosta de
estagiários né? Porque é uma folga pra ela (...) (GD-MT-01).
Para a escola, como instituição o estagiário acaba sendo aquele que
na hora que eles precisam dizem: oh! vem aqui adiantar o horário
que faltou professor (...) (GD-FL-01).
116
Constatamos a partir dos relatos que os professores regentes não mostraram
preocupação em auxiliar o estagiário em formação, mas sim o vêem como um
substituto para suas aulas, um “alguém” que vai amenizar sua sobrecarga de
trabalho.
Conforme a literatura estudada, o Estágio Curricular é considerado a base
para exercer a futura profissão. Estes depoimentos, no entanto, nos levam aos
seguintes questionamentos: Que tipo de formação estes estagiários estão
recebendo? Por que a escola não assume a sua co-responsabilidade no processo
de formação inicial?
Percebemos que há uma falta de conscientização por parte dos professores
regentes de turma em considerar o estagiário um professor apto à profissão, pois ele
está em processo de formação, construindo sua identidade docente necessitando de
acompanhamento e de todo o auxílio necessário da escola e, sobretudo, do
professor regente nesse momento essencial para a sua formação inicial. Segundo
Oliveira:
Se enquanto curso de formação de professores, queremos realmente
formar docentes com condições de se inserir nas escolas de modo a
propor um ensino significativo, de mudanças nas concepções de
cultura e valores para a vida, o estágio deverá ser um trabalho
coletivo, não só centrado na sala de aula universitária, nem só de
mão única dos nossos alunos estagiários, mas de toda equipe de
professores da escola (OLIVEIRA, 2005, p.70).
Quanto à forma de relacionamento entre a escola e os estagiários estes
sentiram certa indiferença quanto à maneira como foram tratados pela escola em
relação aos professores efetivos. O depoimento abaixo é um exemplo disto:
A escola que eu estou (...) a relação de respeito dos alunos comigo
em relação à atitude da direção sabe? A direção não tomou uma
atitude igual pra mim com os outros professores, e aí os alunos não
me respeitam, porque eles notavam que as professoras não tinham a
mesma atitude, isso aí complicou bastante no começo foi à
professora da escola que fez muda um pouco, porque ela se impôs,
mas a direção não ajudou em nada nesse lado (GD-MT-01).
Outra lamentação dos alunos estagiários foi com relação à mudança de
horários na escola, a qual não foram comunicados. No Curso de Música, por
exemplo, o estagiário sentiu que houve certa depreciação da escola com relação ao
117
trabalho realizado no decorrer do Estágio Curricular. Como ele nos contou:
(...) nós temos primeiramente que educar a escola (...) desde os
professores a diretora a secretaria até as faxineiras, primeiro educar
eles pra depois educar os alunos, porque às vezes eles pegam
fazem comentários que deprecia nosso trabalho, sem perceber, é
aquela coisa “vocês fazem muito barulho”, “há! Toca direito essas
musiquinhas”, sabe? (GD-MS-01).
No que diz respeito à maneira como os alunos estagiários foram
acompanhados pelas escolas para a realizão dos Estágios Curriculares podemos
sintetizar como: conversas com a direção, Coordenadora Pedagógica, Supervisora,
professor regente, por reuniões, pela entrega dos Planos de Aula, pelas aulas
ministradas e pelo atendimento realizado. Porém, entre os Cursos de
Letras/Espanhol, Física, Filosofia, Artes Visuais e Educação Física dez
respondentes não foram acompanhados pelas escolas.
No
2º semestre de 2006
, em relação à opinião dos alunos estagiários quanto
às disciplinas que mais contribuíram para a realização dos Estágios Curriculares nos
Cursos de Matemática, Letras/Português, Letras/Inglês, Educação Física e Artes
Visuais entre as mais citadas destacam-se as disciplinas de “Conhecimento
pedagógico de conteúdo” e de “Conhecimento de conteúdo científico”. Nos Cursos
de Matemática e Educação Física, também contribuiu as disciplinas de
“Conhecimento pedagógico Geral”.
Além disso, para um respondente no Curso de Matemática e dois do Curso de
Artes Visuais, todas as disciplinas cursadas colaboraram no decorrer do Estágio
Curricular.
Com relação à maneira como os alunos estagiários foram orientados para
conseguir sua vaga na escola para realizar seus Estágios Curriculares evidenciamos
que nos Cursos de Letras/Português, dos oito respondentes somente dois
receberam orientação, no Curso de Letras/Inglês, dos sete respondentes apenas
três foram orientados e no Curso de Artes Visuais todos receberam orientação.
No Curso de Matemática, dos dezessete respondentes somente cinco foram
orientados pelo professor orientador que os instruiu a procurar por escolas que
aceitassem receber estagiários, concedeu uma carta de apresentação e solicitou
que fossem conversar com a supervisora e a professora regente.
118
Já no Curso de Educação Física, os respondentes foram orientados pelo
professor orientador que primeiramente realiza um contato prévio com as escolas
conveniadas para certificar-se quanto ao número de vagas e, após apresenta uma
lista de escolas que aceitavam receber estagiários e permite que eles façam a opção
de escolha entre as escolas oferecidas para a realização do Estágio Curricular.
No que se refere à forma como os alunos estagiários foram recebidos e como
se relacionaram com a escola evidenciamos que foi quase unânime a boa
receptividade e o bom relacionamento dos alunos estagiários com as escolas. Com
exceção dos Cursos de Educação Física que um respondente sentiu falta de
receptividade por parte do corpo docente da escola e, no Curso de Artes Visuais,
também para um respondente a relação com a escola foi quase harmoniosa.
No que diz respeito à maneira como os alunos estagiários foram
acompanhados pelas escolas para a realizão dos Estágios Curriculares podemos
sintetizar como: por meio do diretor, Coordenadora Pedagógica, professor regente,
com reuniões semanais, controle de atividades e pelo livro ponto.
Nos Cursos de Letras/Português, dois respondentes não foram
acompanhados pelas escolas, e no Curso de Educação Física e Artes Visuais
também um respondente em cada Curso não foi acompanhado pelas escolas.
No que se refere à maneira de acompanhamento realizado pelas escolas
mencionadas pelos alunos estagiários, não acreditamos que o controle de atividades
e principalmente o livro ponto sejam formas de acompanhamento, pois no nosso
entender, no caso do controle das atividades este se refere a uma verificação do
conteúdo ministrado, e quanto ao livro ponto, este funciona como uma maneira de
confirmar a presença do estagiário na escola para ministrar as aulas e não como
forma de acompanhamento.
Em relação à opinião dos alunos estagiários referentes ao
final do 2º
Semestre de 2006
, no que se refere ao relacionamento entre o professor orientador
e os alunos estagiários para a realização dos Estágios Curriculares nos Cursos de
Geografia, História, Ciências Biológicas, Física e Educação Física, podemos
destacar alguns aspectos considerados como positivos, tais como: a maneira de
discutir formas para superar as dificuldades encontradas, as sugestões para
melhorar o trabalho no estágio, boa relação em sala de aula, orientação satisfatória,
acompanhamento no estágio, o ensino sobre as teorias educacionais, discussões e
comentários sobre a prática pedagógica, a disponibilidade do professor em atender,
119
ouvir, aconselhar e apresentar sugestões.
Nas narrativas dos alunos estagiários, quanto aos aspectos positivos
considerados no relacionamento com o professor orientador podemos acrescentar
no caso de Curso de Ciências Biológicas, a troca de experiências com os alunos da
Pós-Graduação (mestrandos e doutorandos) que auxiliaram os estagiários no
decorrer do Estágio Curricular.
No Curso de Educação Física, foram consideradas positivas as formas de
organização, planejamento prévio o fornecimento de material didático para pesquisar
e buscar informações sobre eventuais problemas que poderiam surgir durante a
prática.
No Curso de Filosofia, foi considerado positivo o fato dos estagiários já terem
cursado disciplinas que antecederam o estágio tais como: Pesquisa para o Ensino
de Filosofia e Didática em Filosofia as quais foram ministradas pela professora que
também é responsável pela orientação de Estágio Curricular no referido Curso, fato
que contribuiu no relacionamento entre eles.
Nos Cursos de Geografia, História, Física e Educação Física, como aspectos
negativos, podemos evidenciar: a falta de tempo para orientação, a ausência do
professor orientador nas aulas do estágio, orientações muito genéricas, as
divergências na elaboração do material e no desenvolvimento do processo, excesso
de atividades propostas e atividades muito extensas. No entanto, vale ressaltar que
dois respondentes do Curso de Educação Física não tiveram aspectos negativos a
mencionaram.
Com relação aos aspectos considerados negativos no relacionamento com o
professor orientador podemos citar algumas falas que expressam e complementam
as informações acima apresentadas:
É o problema dos horários dos professores aqui no meio acadêmico
o que impossibilita muitas vezes a visita. E às vezes o professor
regente que conhecer o professor do estagiário, para fazer uns
vínculos, umas comunicações entre Universidade e Escola e acaba
indo (...) poucas vezes visitar, e às vezes acaba não tendo tempo
(GD-GE-01).
(...) Em relação à sobrecarga não poderiam ir acompanhar (GD-LP-
01).
(...) Eu também tive um pouco de problema com o horário do
orientador, que ele não pode acompanhar nenhuma aula minha (...)
120
(GD-EF-01).
(...) O meu orientador é esse padrão de ir em todas as aulas, eu acho
que é um exagero. Ele poderia ir em umas (GD-FS-O1).
(...) não completou o estágio inteiro, no meio tirou umas férias (...)
depois que ele anunciou que ia sair fora assumiu outro orientador,
daí e a partir daí tivemos que recuperar tudo (...) (GD-EF-01).
Mas eu acho no meu ponto de vista um pouco errado que ela pega
quando ela vai fazer observações na nossa turma a gente comete
um erro né (...) a professora ela às vezes nos corrige diante da turma
(...) (GD-MS-01).
Conforme os depoimentos dos alunos estagiários, constatamos que
geralmente o professor orientador é impossibilitado de acompanhar o estagiário na
escola (campo de estágio) devido à carga horária que possui com outras disciplinas
que também é responsável por ministrar. Segundo Pimenta e Lima: “A universidade
é por excelência o espaço formativo da docência, uma vez que não é simples formar
para o exercício da docência de qualidade e a pesquisa é o [único] caminho
metodológico para esta formação” (2004, p.41). Então, por que a universidade não
contrata mais professores para atender a demanda nos Cursos de Licenciatura?
Um fato importante foi o acompanhamento “excessivo” do professor
orientador a respeito das aulas ministradas no decorrer do Estágio Curricular. No
entanto, vale ressaltar que esse comentário foi considerado uma exceção nas
informações obtidas, pois os estagiários geralmente clamam pelo acompanhamento
do professor orientador na escola. Mas, entendemos a colocação da estagiária no
sentido que ela gostaria de ficar sozinha com os alunos para verificar a maneira
como eles iriam proceder em sua aula. Nesta perspectiva, às vezes seria
aconselhável o professor orientador/regente deixar algumas aulas somente a cargo
do estagiário.
Outro fato importante mencionado se refere à falta de responsabilidade do
professor orientador com os alunos estagiários, deixando estes sem orientação para
a organização e desenvolvimento do Estágio Curricular. E ainda, merece destaque o
fato do professor orientador fazer advertência a respeito dos erros cometidos pelos
estagiários diante dos alunos durante as aulas de Estágio Curricular na escola
campo de estágio.
Neste sentido, somos levados a concordar com o estagiário, pois essa atitude
121
pode ser mal interpretada pelos alunos que estão assistindo à aula, já que eles
ainda não conseguem entender, que o aluno estagiário está em fase de formação,
por isso o professor orientador es apontando as suas lacunas no sentido de
contribuir com a sua formação inicial.
No que se refere à participação do professor regente, durante a realização
dos Estágios Curriculares evidenciamos que nos Cursos de Geografia, História,
Ciências Biológicas e Educação Física, dos vinte e nove respondentes somente três
contaram com a participação do professor regente.
Nos comentários dos alunos estagiários, em relação à participação do
professor regente na elaboração de seus planejamentos percebemos que as
informações foram reafirmadas. No entanto, vale acrescentar que em alguns
comentários referentes aos Cursos de Letras/Português e Química o professor
regente não participou na elaboração dos Planos de Aula, porque a escola segue o
Programa de Ingresso ao Ensino Superior – PEIES
28
e ao estagiário cabe a tarefa
de dar continuidade ao programa.
Neste sentido, percebemos que todo esforço que vem sendo travado para
romper com a formação docente concebida pelo modelo da racionalidade técnica
ressurge novamente com essa modalidade de ensino, na qual os alunos estagiários
se vêm impossibilitados de seguir as perspectivas “modernas” de formação de
professores cunhadas por alguns autores como: Schön (1987) – Professor Reflexivo,
José Contreras (2002) – Professor Autônomo e Henry A. Giroux (1997) – Professor
Intelectual Transformador, e para as quais também vêm sendo preparados a partir
de Projetos de Estágio que tentam trabalhar buscando romper com o ensino
“tradicional”, mas no momento que pretendem por em prática o modelo da
racionalidade prática às escolas o restringem apenas ao papel de transmissor de
conhecimentos científicos.
Na condução das aulas nos Cursos de Geografia e Física, o professor
regente esteve presente às vezes. Já, nos Cursos de História, dos onze
respondentes, somente seis contaram com a participação do professor regente e no
Curso de Educação Física, dos dez respondentes oito foram auxiliados pelo
28
O Programa de Ingresso ao Ensino Superior - PEIES teve início em 2005, tendo como objetivo
proporcionar aos estudantes Escola de Educação Básica uma modalidade alternativa de ingresso ao
Ensino Superior na UFSM, através de provas realizadas ao final de cada série do Ensino Médio. Para
esse processo seletivo são destinadas 20% das vagas dos Cursos da UFSM e 80% restantes
continuam sendo preenchidas pelo Exame de Vestibular.
122
professor regente na condução das aulas. No Curso de Ciências Biológicas o
professor regente não participou.
Conforme as informações já mencionadas, a partir dos relatos dos alunos
estagiários evidenciamos que o professor regente não participou na condução das
aulas devidas algumas circunstâncias. Os depoimentos abaixo exemplificam esse
fato:
(...) Ela foi assistir e ela viu que era melhor não, porque a turma
começou a perguntar pra ela, a presta mais atenção nela do que em
mim, que ela era antes a professora né (GD-MT-01).
(...) a professora regente ela não assiste as nossas aulas, ela não
assistiu nenhuma (...) ela perguntou vocês gostariam que eu
assistisse à aula de vocês? Vocês precisam de algum auxílio? E a
gente preferiu que não, que a gente ficaria mais a vontade sozinha
(GD-LI-01).
Ela disse se houvesse algum problema que fosse passado pra ela
(...) ela sempre esteve disposta, só que nem ela (sic) disse não tem
porque te alguém monitorando você se vocês tem o conteúdo e ter
esse monitoramento vai acaba prejudicando o desenvolvimento da
aula (GD-QM-02).
As narrativas dos alunos estagiários esclarecem alguns porquês da ausência
do professor regente na condução das aulas desenvolvidas no decorrer do Estágio
Curricular. Percebemos que há um consenso na ausência desta participação.
Em relação à participação do professor regente no enfrentamento dos
desafios e/ou dificuldades, evidenciamos nos Cursos de História, Ciências Biológicas
e Educação Física que os alunos estagiários contaram com o auxílio do professor
regente. Já nos Cursos de Geografia e Física foi mínima a colaboração oferecida
pelo professor regente.
Conforme os relatos dos alunos estagiários a respeito do enfrentamento dos
desafios e/ou dificuldades, percebemos que os estagiários necessitam também
contar com o apoio da direção da escola para que os alunos colaborem com o
trabalho deles. Segundo os estagiários nos relataram:
É pra mim ela foi importante porque eu tinha dificuldades na turma né
(...) ela e a direção sempre falaram pra mim me impor quando não
tem apoio sabe? (...) porque os alunos não respeitam o estagiário
sabe? Eles só respeitam se eles notam que a direção dá essa (...)
(GD-MT-01).
123
Eu concordo, porque eu tenho apoio lá a coordenadora já foi na sala
falar, tive apoio, sabe? Alguns alunos extrapolaram e outros estavam
reclamando, ela disse: ‘olha (...) ela é professora como qualquer
uma’ eles se aquietaram eles viram que não é estagiário é a
professora sabe? (GD-MT-01).
A participação do professor regente na avaliação do Estágio Curricular nos
Cursos de Geografia ocorreu para um dos dois respondentes. No Curso de História
de dez respondentes oito contaram com a participação do professor regente nesse
processo de avaliação. Já nos Cursos de Cursos de Ciências Biológicas e Educação
Física para dois respondentes dos dois Cursos a avaliação ainda não havia sido
realizada.
Nos comentários dos alunos estagiários constatamos que o professor regente
não participou da avaliação do Estágio Curricular em alguns Cursos. No Curso de
Geografia, foi apenas um parecer redigido pelos alunos da escola a respeito do
trabalho desenvolvido pelo estagiário apontando aspectos positivos e negativos.
Perante este procedimento de avaliação adotado pela escola a respeito da
avaliação do trabalho realizado pelo aluno estagiário, somos levados a questionar-
nos: será que estes alunos estão aptos a avaliar um professor em formação?
No Curso de Química, o professor orientador E
1
realiza a avaliação do Estágio
Curricular por meio da entrega e defesa do Relatório de Estágio. Já o professor
orientador E
2
para fazer a avaliação final do Estágio Curricular, conversa antes com
o professor regente.
No Curso de Música, a avaliação do Estágio Curricular foi realizada apenas
pelo professor orientador mediante a entrega do Relatório de Estágio, pois como na
escola não há especificamente uma disciplina de Música, para a realização do
Estágio Curricular os alunos estagiários fazem uso dos períodos destinados à
disciplina de Educação Artística, devido a esse motivo à professora regente não
interfere na avaliação. Conforme os alunos estagiários nos relataram:
É, a professora mesmo de Educação Artística ela disse que não
entende nada, então ela fica de fora, nem da aula ela participa (GD-
MS-01).
Só pra ressaltar que, a gente ta dando aula de Educação Artística,
então o espaço que a gente ocupa é que seriam de Artes Visuais e
não de Música, então a professora nem ia na (sic) aula (...) (GD-MS-
124
01).
Em relação à avaliação do Estágio Curricular evidenciamos que os alunos
estagiários o consideraram como um momento importante para a formação do futuro
professor é um período de aprendizagens que proporciona o contato com as
dificuldades da prática pedagógica e permite vivenciar a realidade escolar.
Além disso, o Estágio Curricular também foi considerado como uma fase de
experiências negativas. Os depoimentos dos alunos estagiários comprovam essa
constatação:
(...) os alunos me pediram se eu não queria continuar até o final do
ano, e aquilo ali me motivou um pouco, porque eu andava bastante
desmotivada, porque era uma turma assim terrível (...) (GD-GE-01).
(...) Eu acho que antes de começar eu não queria dar aula, agora eu
tenho quase certeza (...) eu não me identifico com a área da sala de
aula (...) é que eu peguei uma turma um pouco problemática, muitos
alunos indisciplinados (...) (GD-EF-01).
(...) na minha percepção em relação a minha experiência passou por
diversas fases; uma delas mudou essa percepção de escola. A
primeira fase foi de euforia, por estar em uma sala, eu achei não é
isso mesmo que eu quero (...) este ano eu já estava na fase da
decepção achei que nós estávamos presos a escola (...) que nós
professores somos completamente impotentes né, não temos força
nenhuma diante do que a escola quer da concepção que os alunos
trazem (...) eu to querendo não ser pessimista, mas to numa fase de
transição, eu acho (GD-LP-01).
Nos depoimentos percebemos que o motivo que levou os alunos estagiários à
decepção em serem professores no futuro, foi principalmente devido à indisciplina
dos alunos da Educação Básica, situação essa para a qual não foram preparados, o
que ajudou a formar uma idéia decepcionante da realidade escolar, no momento
atual. Oliveira e Lampert propõe que: “o estágio seja um momento de superação de
obstáculo, de diálogo e de lições em seus fundamentos teóricos e práticos. Que
cada estagiário encontre sua identidade como professor (...)” (2006, p.05).
Entretanto, nas sugestões das autoras o estágio é também o momento de
aprender a superar as dificuldades que fazem parte da realidade escolar. Trata-se
de fazer uma inter-relação mais efetiva entre a teoria e prática visando testar os
conhecimentos adquiridos ao longo do Curso.
No
1º semestre de 2007
, em relação à opinião dos alunos estagiários quanto
125
às disciplinas que mais contribuíram para a realização dos Estágios Curriculares nos
Cursos de Letras/Inglês, Educação Física e História, para alguns respondentes
foram somente as disciplinas de “Conhecimento pedagógico de conteúdo”.
Nos Cursos de Geografia, Educação Física, Física e Letras/Espanhol também
contribuíram as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo científico”.
Além disso, ainda nos Cursos de Educação Física, História e Física para
alguns respondentes tanto as disciplinas de “Conhecimento pedagógico de
conteúdo” quanto às disciplinas de “Conhecimento de Conteúdo específico”
colaboraram.
No Curso de Letras/Inglês para um respondente somente as disciplinas de
“Conhecimento de conteúdo específico” contribuíram para a realização do Estágio
Curricular.
No Curso de Música, somente as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo
específico” colaboraram.
Já, no Curso de Artes visuais, somente a disciplina de “Conhecimento de
conteúdo específico”, ou seja, a disciplina Metodologia de Pesquisa foi escolhida a
mais importante; porém ouve uma discordância entre os estagiários a respeito dessa
colocação, os quais afirmaram que não escolheriam nenhuma disciplina como sendo
a mais importante.
Perante aos resultados evidenciamos que os Cursos de Licenciatura estão
proporcionando aos alunos estagiários, a partir das disciplinas citadas uma base
para a formação inicial. Na conclusão de Lima: “O Estágio componente curricular,
configura-se como atividade fundamental na Didática. A abrangência da Didática e
do Estágio está além de seus limites e abarca todas as disciplinas de forma
articuladora e interdisciplinar” (2002, p.07).
Com relação à maneira como os alunos estagiários, foram orientados para
conseguir sua vaga na escola para realizar seus Estágios Curriculares evidenciamos
que nos Cursos de Letras/Inglês, Educação Física e Letras/Espanhol os alunos
estagiários foram orientados a partir de uma lista de escolas que os professores
regentes dispunham. Porém, no Curso de Letras/Inglês o professor orientador
também acompanhou os estagiários até as escolas e conversou com a supervisora
para disponibilizar vagas.
No Curso de Letras/Espanhol, o professor orientador também concedeu uma
carta de apresentação e solicitou aos estagiários que fossem às escolas conversar
126
com a supervisora e a professora regente.
No Curso de Educação Física, dois respondentes não receberam orientação e
dois foram acompanhados e apresentados pelo professor orientador às escolas.
No Curso de Geografia, os alunos estagiários foram orientados a partir de
uma lista de escolas conveniadas com a UFSM.
No Curso de História, dos três respondentes um não recebeu orientação, e os
demais foram somente orientados a procurar uma escola e conversar com o
responsável pelos estágios.
No Curso de Química, dos cinco respondentes, dois não receberam
orientação e aos demais o professor orientador concedeu uma carta de
apresentação e solicitou que fossem até as escolas conversar com a diretora ou
supervisora sobre a disponibilidade de vagas para o estágio. E somente após, a
disponibilidade de vaga para realizar o Estágio Curricular, o professor orientador
entraria em contato com a escola.
No que se refere à forma como os alunos estagiários foram recebidos e como
se relacionaram com a escola evidenciamos que foi quase unânime a boa
receptividade e o bom relacionamento dos alunos estagiários com as escolas. Com
exceção do Curso de Letras/Espanhol, que um respondente sentiu falta de
receptividade dos professores e no Curso de Química, cujo um respondente sentiu
falta de receptividade da escola.
No que diz respeito à maneira como os alunos estagiários foram
acompanhados pelas escolas para a realização dos Estágios Curriculares, podemos
sintetizar como: por meio de diálogo com a Vice-diretora, Coordenadora Pedagógica,
Orientadora Educacional, professor regente, com reuniões semanais e quinzenais,
roteiro dos conteúdos, por relatório feito pelo professor regente e professor
orientador, auxiliando na disciplina dos alunos, pelo livro ponto e, caso fosse
necessário. Porém, no Curso de História, dois respondentes não foram
acompanhados e no Curso de Química um também não foi acompanhado pela
escola no decorrer do Estágio Curricular.
127
3.5. RESULTADOS OBTIDOS COM BASE NAS INFORMAÇÕES COLETADAS
JUNTO A ALUNOS ESTAGIÁRIOS
Nesta parte, passamos a apresentar os resultados obtidos com base no
universo de informações coletadas no decorrer de três semestres letivos entre os
anos 2006 e 2007, junto aos alunos estagiários inseridos nos Cursos de Licenciatura
que fazem parte deste estudo.
Em relação às colocações feitas pelos alunos estagiários quanto às disciplinas
que mais contribuíram para a realização do Estágio Curricular, percebemos que:
Nos Cursos de Licenciatura em estudo, dos cento e cinqüenta e quatro (154)
respondentes, obtivemos cento e cinqüenta e uma (151) indicações para as
disciplinas de “Conhecimento pedagógico de conteúdo”, cento e nove (109)
indicações para as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico” e somente
quarenta (40) indicações para as disciplinas de “Conhecimento pedagógico geral”.
Deste total, obtivemos três (03) indicações duas (02) no Curso de Filosofia e uma
(01) no Curso de Física, alegando que nenhuma das disciplinas cursada contribuiu
para a realização do Estágio Curricular.
Ainda, obtivemos oito (08) indicações, duas (02) no Curso de Filosofia, uma
(01) do Curso de Ciências Biológicas, uma (01) no Curso de Educação Física, uma
(01) do Curso de Matemática, duas (02) no Curso de Artes Visuais e uma (01) para o
Curso de História alegando que todas as disciplinas cursadas contribuíram para a
realização do Estágio Curricular.
Em relação à maneira como os alunos estagiários foram orientados para
conseguir sua vaga para realizar o Estágio Curricular percebemos que:
Nos Cursos de Licenciatura em estudo, obtivemos noventa (90) indicações
afirmando que foram orientados pelo professor orientador e trinta e cinco (35)
indicações declarando que não receberam nenhuma orientação do professor
orientador para conseguirem sua vaga na escola para a realização do Estágio
Curricular.
128
Percebemos que nos Cursos de Matemática e História, o estilo de orientação
concedida aos estagiários foram semelhantes, pois, ambos instruem os seus alunos
estagiários a procurar por escolas que aceitem receber estagiários, concedem uma
carta de apresentação e solicitam que fossem até as escolas conversar com a
Supervisora e a professora regente.
Nos Cursos de Letras/Espanhol e Filosofia, a maneira de orientação
concedida para os estagiários foi semelhante, pois ambos apresentaram uma lista
de escolas que aceitavam receber estagiários, concediam uma carta de
apresentação e solicitavam que os estagiários fossem até uma escola conversar
com a Coordenadora Pedagógica e a professora regente. E, ainda no Curso de
Letras/Espanhol, o professor orientador também se disponibilizava a acompanhar os
estagiários até a escola para conversar com o professor regente.
No Curso de Física, o professor orientador F
1
indicou o nome de algumas
escolas e de alguns professores e solicitou que os estagiários fossem a procura das
escolas para a realização do Estágio Curricular.
No Curso de Letras/Português, o professor orientador entrou em contato com
as escolas, apresentou uma lista de escolas e solicita aos estagiários que
escolhessem uma que seja compatível com os seus horários.
No Curso de Letras/Inglês, o professor orientador apresentou uma lista de
escolas que aceitavam receber estagiários e os acompanhava até as escolas para
conversar com a supervisora para conseguir as vagas.
No Curso de Química, o professor orientador concedeu uma carta de
apresentação e solicitou que os estagiários fossem até as escolas conversar com a
Diretora ou Supervisora. Somente após a confirmação da disponibilidade da vaga
para realizar o Estágio Curricular o professor orientador entrava em contato com as
escolas.
No Curso de Música, o professor orientador entrou em contato com as
escolas e conseguiu o número de vagas necessárias aos seus estagiários, e logo
em seguida os encaminhou para as escolas.
No Curso de Geografia, a princípio o professor orientador L
1
deixava o
estagiário livre para escolher seu campo de estágio. Mas se eles não conseguiam o
professor orientador apresentava uma lista de escolas conveniadas com a UFSM e
solicitava ao estagiário a escolha de uma e entrava em contato com a escola.
No Curso de Artes Visuais, o professor orientador entrava em contato com as
129
escolas, apresentava uma lista de escolas aos estagiários, concedia uma carta de
apresentação e solicitava que os mesmos escolhessem uma escola a qual estivesse
próxima a sua casa e, sobretudo, que houvesse possibilidade de desenvolver um
Projeto de Estágio nessa escola.
No Curso de Educação Física, o professor orientador ofereceu três escolas
nas quais os seus estagiários poderiam realizar seu Estágio Curricular e permitiu
que eles fizessem a escolha de uma delas.
No Curso de Ciências Biológicas, o professor orientador instrui os estagiários
a irem as escolas conversar com a supervisora e depois com a professora.
Em relação à forma como os alunos estagiários foram recebidos e como se
relacionaram com as escolas para a realização do Estágio Curricular,
percebemos que:
Foi quase unânime a boa receptividade e o bom relacionamento entre aluno
estagiário e a escola. Com exceção de dez indicações entre os Cursos de
Letras/Espanhol, Física, Filosofia, Artes Visuais, Ciências Biológicas, Educação
Física e Química os quais alegaram que sentiram falta de receptividade por parte da
escola.
Quanto ao relacionamento com as escolas obtivemos quatro indicações entre
os Cursos de Artes Visuais, Letras/Espanhol, Física e Filosofia, afirmaram que a
relação foi quase harmoniosa, razoável, hostil e com desconfiança.
Em relação à maneira como os alunos estagiários foram acompanhados pelas
escolas para a realização dos Estágios Curriculares, percebemos que:
Nas colocações feitas nos Cursos de Matemática, História, Física e Educação
Física, obtivemos vinte (20) indicações afirmando que o acompanhamento da escola
foi realizado por intermédio do professor regente.
Nos Cursos de Letras/Espanhol, Física, História, Química, Filosofia, Ciências
Biológicas, Geografia, Matemática, Letras/Português e Artes Visuais, obtivemos
vinte e duas (22) indicações declarando que foram acompanhados pela escola por
meio de diálogos com a Diretora, Vice-diretora, Orientadora Educacional e
Coordenadora Pedagógica. Com exceção de uma indicação referente ao Curso de
130
Física que somente às vezes foi acompanhado pela supervisora da escola.
Nos Cursos de Letras/Espanhol, Física, Letras/Inglês, Educação Física,
Geografia, Química e Ciências Biológicas, obtivemos treze (13) indicações
afirmando que a escola acompanhou a realizão do Estágio Curricular pelo Livro
Ponto.
Nos Cursos de Letras/Português, Filosofia, Matemática, Letras/Inglês,
Educação Física, Letras/Espanhol e Física, obtivemos vinte (20) indicações
alegando que o acompanhamento da escola foi realizado por meio de reuniões.
Porém, no Curso de Letras/Espanhol ainda das colocações feitas obtivemos quatro
(04) indicações afirmando que a escola acompanhou somente quando foi necessário
para resolver alguns problemas.
E, ainda, das colocações feitas obtivemos sete (07) indicações, sendo uma no
Curso de Matemática alegando que a escola acompanhou somente pelo controle
das atividades realizadas, uma indicação no Curso de História o acompanhamento
ocorreu apenas na parte burocrática, duas indicações no Curso de Educação Física
de que a escola acompanhou o estagiário por meio da entrega dos Planos de Aula e
pelo relatório do professor regente e do professor orientador. No Curso de
Letras/Inglês, a escola somente acompanhou na disciplina dos alunos, e no Curso
de Filosofia, houve três indicações de que a escola acompanhou pela presença em
sala de aula.
Evidenciamos, também, vinte e uma (21) indicações nos Cursos de
Letras/Espanhol, Física, Filosofia, Artes Visuais, Educação Física, História, Química
e Música, afirmaram que a escola não acompanhou os estagiários no decorrer da
realização do Estágio Curricular. Ainda, obtivemos quatro (04) indicações, sendo
uma (01) no Curso de Artes Visuais e três (03) no Curso de Educação Física
declarando que o acompanhamento da escola foi quase inexistente.
A respeito do relacionamento dos alunos estagiários com os professores
orientadores durante o desenvolvimento dos Estágios Curriculares
percebemos que:
Nos Cursos de Música, Artes Visuais, Letras/Espanhol, História, Letras/Inglês,
Química, Letras/Português, Matemática, Geografia, Ciências Biológicas, Educação
Física, Química e Filosofia, pelas colocações feitas, foram considerados como
131
aspectos positivos nas trinta e sete (37) indicações a boa orientação, boa relação em
sala de aula, o ensino sobre as teorias educacionais e a sua utilização, a
disponibilidade para atender, discutir e conceder sugestões para resolver as
dificuldades encontradas.
E, ainda, nos Cursos de História, Artes Visuais e Música, obtivemos três (03)
indicações considerando também, como aspectos positivos, o acompanhamento do
professor orientador no estágio de forma satisfatória.
Nos Cursos de Química, Matemática e Letras/Inglês, também obtivemos três
(03) indicações considerando como aspectos positivos o fato de os professores
orientadores disponibilizarem o seu e-mail e telefone para os seus estagiários.
Porém, no Curso de Filosofia, obtivemos mais uma (01) indicação
considerando como aspecto positivo o fato de o aluno estagiário já ter cursado
disciplinas com o professor orientador de estágio.
A respeito do relacionamento dos alunos estagiários com os professores
orientadores de Estágios Curriculares na preparação e no desenvolvimento
do Estágio Curricular, evidenciamos que:
Os alunos estagiários inseridos nos Cursos de História, Geografia, Educação
Física e Letras/Português, quanto aos aspectos considerados negativos das
colocações feitas obtivemos quatro (04) indicações declarando que o professor
orientador não compareceu na escola para observar as aulas.
E, ainda, nos Cursos de História, Geografia e Filosofia, obtivemos quatro (04)
indicações considerando também como aspectos negativos, a falta de tempo para
orientação, orientações muito genéricas e a ausência de contribuições e sugestões
na elaboração dos Planos de Aula.
No Curso de Ciências Biológicas, obtivemos uma (01) indicação considerando
como aspecto negativo nesse relacionamento a falta de comunicação entre
estagiários e professores orientadores acarretando problemas nos agendamentos de
orientação.
No Curso de Educação Física, obtivemos três (03) indicações declarando
como aspectos negativos o excesso de atividades propostas, atividades muito
extensas e as reuniões que não permitiam espaços para a discussão dos problemas
enfrentados no decorrer do Estágio Curricular.
132
No Curso de Música, obtivemos uma (01) indicação considerando como um
aspecto negativo a correção realizada pelo professor orientador no momento da
observação da prática do estagiário na escola campo de estágio.
No Curso de Física, obtivemos duas (02) indicações considerando como
aspectos negativos as divergências na elaboração do material a ser trabalhado nas
aulas e o fato do professor ter acompanhado todas as aulas durante o Estágio
Curricular.
No Curso de Letras/Espanhol, obtivemos uma (01) indicação considerando
como negativo o fato de o professor orientador permitir que o Estágio Curricular seja
realizado em duplas.
Nos Cursos de Letras/Inglês, Artes Visuais, Educação Física e Química, os
estagiários na relação com o professor orientador, não tiveram nenhum aspecto
negativo a declarar.
Em relação às colocações feitas pelos alunos estagiários, a respeito da
participação do professor regente na elaboração dos planejamentos
evidenciamos que:
Nos Cursos de Física, Geografia, Educação Física e História, obtivemos onze
(11) indicações alegando que os professores regentes olhavam os Planos de Aula e
faziam contribuições.
Porém, nos Cursos de História, Letras/Português, Química e Filosofia,
obtivemos seis (06) indicações alegando que os professores regentes forneceram o
Programa de Ingresso ao Ensino Superior – PEIES, uma lista de conteúdos a serem
seguidos e também, solicitaram que seguissem alguns conteúdos do Polígrafo. Além
disso, nos Cursos de Filosofia e Artes Visuais, obtivemos duas (02) indicações
alegando que os professores regentes somente olharam os Planos de Aula, mas
não interferiram.
Nos Cursos de Geografia, Ciências Biológicas, Física, Educação Física,
Letras/Português, Música, Artes Visuais, Matemática, Letras/Inglês e
Letras/Espanhol, obtivemos vinte e uma (21) indicações, afirmando que o professor
regente não participou dessas atividades.
Em relação às colocações feitas pelos alunos estagiários, a respeito da
133
participação do professor regente na condução das aulas evidenciamos que:
Nos Cursos de Geografia, História, Educação Física, Ciências Biológicas,
Letras/Inglês e Artes Visuais, obtivemos quinze (15) indicações afirmando que o
professor regente participou na condução das aulas, apoiou, auxiliou na manutenção
da disciplina e concedeu orientações a respeito da turma.
Nos Cursos de Geografia, História, Educação Física, obtivemos cinco (05)
indicações alegando que os professores regentes participaram somente algumas
vezes no decorrer das aulas ministradas durante a realização do Estágio Curricular.
E, ainda, nos Cursos de Geografia, História, Ciências Biológicas, Física,
Educação Física, Letras/Português, Matemática, Química e Letras/Inglês, obtivemos
dezesseis (16) indicações afirmando que os professores regentes não participaram
na condução das aulas.
Em relação às colocações feitas pelos alunos estagiários, a respeito da
participação do professor regente no enfrentamento dos desafios ou
dificuldades que eles vivenciaram evidenciamos que:
Nos Cursos de História, Ciências Biológicas, Física, História, Música,
Letras/Inglês, Educação Física e Filosofia, obtivemos vinte e oito (28) indicações
alegando que os professores regentes auxiliaram no comportamento dos alunos
durante as aulas e orientaram na resolução dos problemas que ocorreram no
decorrer do Estágio Curricular.
Nos Cursos de Geografia, História, Física, Letras/Português, Ciências
Biológicas e Matemática, obtivemos sete (07) indicações afirmando que o professor
regente não participou nesses momentos. Nos Cursos de Física e Geografia,
obtivemos três (03) indicações declarando que o professor regente participou às
vezes desses momentos.
Em relação às colocações feitas pelos alunos estagiários, a respeito da
participação do professor regente na avaliação do Estágio Curricular
evidenciamos que:
Nos Cursos de História, Física, Ciências Biológicas e Letras/Inglês, obtivemos
134
treze (13) indicações declarando que os professores regentes fizeram um Parecer
referente ao desempenho do estagiário.
No Curso de Educação Física, obtivemos duas (02) indicações alegando que
os professores regentes preencheram um questionário a respeito do desempenho
do estagiário durante o desenvolvimento do Estágio Curricular. Porém, nos Cursos
de Ciências Biológicas e Educação Física, obtivemos três (03) indicações afirmando
que a avaliação ainda não havia ocorrido.
Nos Cursos de Artes Visuais, Matemática, Química, Geografia, História,
Educação Física, Letras/Português, Música e Física, obtivemos dezesseis (16)
indicações alegando que os professores regentes não participaram da avaliação do
Estágio Curricular.
Em relação aos comentários feitos pelos alunos estagiários a respeito da
avaliação do Estágio Curricular que eles realizaram evidenciamos que:
O Estágio Curricular para quase todos (97,0%) dos alunos estagiários foi
considerado como um momento importante para a formação do futuro professor, um
período de aprendizagens que proporciona o contato com as dificuldades da prática
pedagógica e permite vivenciar a realidade escolar. No entanto, para alguns (3,0%)
estagiários inseridos nos Cursos de Geografia, Educação Física e Matemática, o
Estágio Curricular foi considerado uma fase de experiências negativas, em função,
principalmente da indisciplina dos alunos da Escola de Educação Básica - EEB.
Em suma, conforme as informações obtidas em nosso estudo por meio dos
alunos estagiários, percebemos que as disciplinas que mais contribuíram para a
realização do Estágio Curricular foram às disciplinas de “Conhecimento pedagógico
de conteúdo” e as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico”.
Notamos que houve falta de orientação para alguns alunos estagiários no
momento de procurar vaga nas escolas para realizar o Estágio Curricular.
É interessante ressaltar que entre os alunos estagiários foi quase unânime a
boa receptividade por parte das escolas. A relação, por sua vez, também foi
considerada boa. Contudo, ainda existem escolas que receberam os estagiários com
apatia.
Percebemos, a respeito do relacionamento dos alunos estagiários com os
professores orientadores durante o desenvolvimento dos Estágios Curriculares que
135
quase todos consideraram como aspectos positivos a boa orientação recebida, e
como aspectos negativos a ausência do professor orientador na escola para assistir
às aulas e a falta de tempo para as orientações individuais. Com exceção de alguns
estagiários inseridos nos Cursos de Letras/Inglês, Artes Visuais e Educação Física
que não tiveram nenhum aspecto negativo a declarar.
Constatamos que o Estágio Curricular para quase todos os alunos estagiários
foi considerado como um momento importante para a formação do futuro professor,
com exceção de alguns respondentes inseridos nos Cursos de Geografia, Educação
Física e Matemática, os quais consideraram o Estágio Curricular como uma fase de
experiências negativas, devido principalmente à indisciplina dos alunos.
Os resultados mostram, pois, um dado preocupante quanta à falta de
acompanhamento da escola aos alunos estagiários durante a realização do Estágio
Curricular. Acreditamos que será desta supervisão/acompanhamento que dependerá
o “sucesso” da formação inicial dos futuros professores, além disso, percebemos
que não há um padrão de acompanhamento das escolas, bem como dos
professores regentes de turma. De acordo com Pacheco, “Neste meio caminho
profissional, o estagiário vive de forma direta ou indireta, sob a influência dos
supervisores orientadores, tendo em vista os aspectos úteis e imediatos que lhe
garantam o sucesso acadêmico e profissional” (1995, p.47).
Neste sentido, somos levados a questionar: por que a escola quase não
acompanha o processo de formação inicial dos futuros profissionais que nela
atuarão? Por que não ocorre a co-responsabilidade entre os Sistemas de Ensino
previstos nas normativas legais? Entendemos que assim, poderia ocorrer um
trabalho mais sólido e consistente, possibilitando amenizar as lacunas na formação
inicial do futuro professor.
3.5.1. Alguns Destaques Referentes aos Cursos de Licenciatura
Neste item, vamos apresentar e retomar
alguns assuntos
que se destacaram
em nosso estudo,
sobre a organização e o desenvolvimento dos Estágios
Curriculares junto aos alunos estagiários.
136
No Curso de Artes Visuais, quanto às disciplinas que mais contribuíram para
a realização do Estágio Curricular nos comentários dos alunos estagiários,
percebemos que foram as disciplinas de “Conhecimento de conteúdo específico”,
porque especialmente, na disciplina Metodologia de Pesquisa a qual antecede a
disciplina destinada ao Estágio Curricular foram elaborados os Projetos de Estágio.
Nos Cursos de Física e Filosofia, obtivemos três (03) indicações, sendo uma
no Curso de Física e duas no Curso de Filosofia alegando que as disciplinas
cursadas não auxiliaram para a realização do Estágio Curricular.
Nos Cursos de Filosofia, Educação Física, Matemática, Artes Visuais, História
e Ciências Biológicas, obtivemos sete (07) indicações afirmando que todas as
disciplinas cursadas auxiliaram para a realização do Estágio Curricular.
No Curso de Matemática, evidenciamos que no 1º semestre de 2006 que os
alunos estagiários não foram orientados pelo professor orientador para conseguir
sua vaga nas escolas para a realização do Estágio Curricular. Já no 2º semestre de
2006 dos dezessete respondentes obtivemos cinco (05) indicações afirmando que
foram orientados pelo professor orientador para conseguir sua vaga na escola.
No Curso de Letras/inglês, constatamos que no 1º semestre de 2006, dos
sete (07) respondentes, obtivemos somente três (03) indicações afirmando que
receberam orientação para conseguir sua vaga na escola. Já no 1º semestre de
2007, todos os respondentes foram orientados e, além disso, um deles afirmou que
o professor orientador o acompanhou até a escola e conversou com a Supervisora
para conseguir a vaga.
No Curso de Geografia, a maneira como ocorreu a orientação para os alunos
estagiários conseguirem sua vaga na escola para a realização do Estágio Curricular,
foi a seguinte: os estagiários escolhiam a escola e se não conseguiam a vaga o
professor orientador interferia apresentando uma lista de escolas conveniadas com a
UFSM e os orientava a procurá-las.
No Curso de Ciências Biológicas, dos cinco (05) respondentes obtivemos
duas (02) indicações alegando que sentiram falta de receptividade da escola. No
entanto, constatamos que a questão da receptividade é fruto da atuação passada
dos alunos egressos dos Cursos de Licenciatura nas escolas, conforme nos contou
o aluno estagiário:
(...) Eu levei um sermão de meia hora da coordenadora no primeiro
137
dia que eu cheguei, porque num outro ano um estagiário um aluno de
Biologia tinha sumido do Conselho de classe da escola. Então, eu
levei um sermão de meia hora frente aluno (...) (GD-CB-01).
No Curso de Filosofia, foi considerado como aspecto positivo no
relacionamento com o professor orientador, o fato dos alunos estagiários já terem
cursado disciplinas as quais foram ministradas pelo professor que também foi
responsável pela orientação do Estágio Curricular no referido Curso.
Nos Cursos de Química, Matemática e Letras/Inglês, também obtivemos três
(03) indicações considerando como aspectos positivos os professores orientadores
disponibilizarem o seu e-mail e o número de telefone para os seus alunos estagiários
entrarem em contato sempre que fosse necessário.
No Curso de Música, obtivemos uma (01) indicação considerando como um
aspecto negativo o fato do professor orientador observar as aulas na escola e
corrigir o estagiário diante da turma.
No Curso de Física, foi considerado como um aspecto negativo o
acompanhamento constante do professor orientador durante a realização do Estágio
Curricular. No entanto, vale lembrar que este comentário foi considerado uma
exceção nas informações obtidas.
No Curso de Letras/Espanhol, obtivemos uma (01) indicação considerando
como negativo o professor orientador permitir que o Estágio Curricular fosse
realizado em duplas.
Nos Cursos de Letras/Inglês, Artes Visuais, Educação Física e Química, os
estagiários não tiveram nenhum aspecto negativo a declarar sobre o relacionamento
com o professor orientador.
Nos Cursos de História, Letras/Inglês, Ciências Biológicas e Física quanto à
participação do professor regente na avaliação do Estágio Curricular percebemos
que foi feito um Parecer sobre o trabalho desenvolvido pelos estagiários no decorrer
deste processo formativo.
Já no Curso de Educação Física, a participação do professor regente no
processo de avaliação do Estágio Curricular foi realizada mediante o preenchimento
de um questionário sobre o desempenho dos alunos estagiários no decorrer deste
processo formativo.
No Curso de Geografia, os professores regentes não participaram da
avaliação do Estágio Curricular, pois a escola solicitou aos alunos que fizessem um
138
Parecer apontando os aspectos positivos e negativos sobre o trabalho desenvolvido
pelos estagiários.
No Curso de Química, a participação do professor regente na avaliação do
Estágio Curricular, foi realizada por meio de diálogo com o professor orientador,
mas, somente no caso do professor orientador E
2.
Nos Cursos de Matemática e Química, quanto à participação na condução
das aulas, os professores regentes preferiram não acompanhar as aulas dos
estagiários, porque consideraram sua presença prejudicial ao desenvolvimento
delas. Conforme nos contou o estagiário:
(...) Ela foi assistir e ela viu que era melhor não, porque a turma
começou a perguntar pra ela, a presta mais atenção nela do que em
mim, que ela era antes a professora né (GD-MT-01).
Já nos Curso de Letras/Inglês, o professor regente não participou por opção
dos alunos estagiários os quais preferiram permanecer a sós com os alunos.
3.6. A PREPARAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DOS ESTÁGIOS
CURRICULARES A PARTIR DAS FALAS DE PROFESSORES
ORIENTADORES DE ESTÁGIOS
Nesta parte, fazemos à apresentação das constatações realizadas sobre as
informações coletadas nas entrevistas estruturadas realizadas com doze professores
orientadores de Estágio Curricular dos Cursos de Licenciatura da Universidade
Federal de Santa Maria.
Para isso, utilizamos as respostas e comentários referentes às questões: 08,
09, 12 e 13, junto ao Projeto de Pesquisa intitulado “
Dilema e Perspectiva para
Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores –
DIPIED”
, financiado pelo CNPq, Edital Universal 02/2006 – Processo 486440/2006.
As entrevistas foram audiogravadas, com o objetivo de aprofundar as
discussões sobre Estágio Curricular e, sobretudo, buscar informações
complementares que os alunos estagiários talvez não houvessem mencionado.
139
Portanto, na tabela abaixo lemos o quadro indicativo referente à realização das
entrevistas junto aos professores orientadores de Estágio Curricular:
Tabela 8: Cursos de Licenciatura da UFSM e Respectivos Orientadores de
Estágio Curricular por Departamento e Centro
Conforme, podemos observar na tabela no segundo semestre de 2007 o
corpo docente de professores que orientou Estágio Curricular nos treze Cursos de
Licenciatura da UFSM em estudo, é constituído por vinte e sete professores. No
entanto, foi possível realizar as entrevistas somente com doze professores
orientadores de Estágio Curricular, devido à indisponibilidade de tempo para
conceder-nos a entrevista.
Assim, para a coleta dos depoimentos orais destes docentes inicialmente
entramos em contato via telefone e em alguns casos os procuramos pessoalmente
29
Departamento de Metodologia de Ensino – MEN
30
Centro de Educação – CE
31
Departamento de Física - FSC
32
Centro de Ciências Naturais e Exatas - CCNE
33
Departamento de Geociências – GCC
Curso Orientador (a) Departamento Centro
Entrevista
Realizada
Letras/Português A MEN
29
CE
30
X
Letras/Inglês B MEN CE X
Letras/Espanhol C MEN CE X
D
1
MEN CE ---
Educação Física
D
2
MEN CE ---
E
1
MEN CE X
Química
E
2
MEN CE ---
F
1
MEN CE ---
F
2
MEN CE ---
F
3
FSC
31
CCNE
32
X
F
4
FSC CCNE ---
F
5
FSC CCNE ---
Física
F
6
MEN CCNE ---
G
1
MEN CE ---
G
2
MEN CE ---
Ciências Biológicas
G
3
MEN CE X
H
1
MEN CE X
Música
H
2
MEN CE ---
Matemática I MEN CE X
Filosofia J MEN CE X
L
1
GCC
33
CCNE X
L
2
GCC CCNE ---
L
3
GCC CCNE ---
L
4
GCC CCNE ---
Geografia
L
5
GCC CCNE ---
Artes Visuais M MEN CE X
História N MEN CE X
140
para agendar o dia, horário e local da realização da entrevista. Num segundo
momento, começamos a realizar as entrevistas. Antes de iniciarmos, solicitamos a
cada professor (a) entrevistado (a) que lesse o roteiro para sanar qualquer dúvida a
respeito das questões propostas. Ele (a) leram e nos disseram que o roteiro era
“bem tranqüilo”.
Ao término de cada entrevista realizada, agradecemos a disponibilidade
dele(a) e garantimos que assim que transcrevessemos a entrevista a enviaríamos
por e-mail, ou seja, correio eletrônico para que ele(a) lessem e, em caso de alguma
objeção, poderiam fazê-la até o prazo de quinze dias, a contar da data de envio.
As entrevistas foram audiogravadas e transcritas
ipisis litteris
. Após as
transcrições das entrevistas, enviamo-las por e-mail para os professores
orientadores entrevistados, solicitando-lhes para os respectivos docentes, para que
lessem e me dessem o retorno dentro do prazo estipulado. Dos doze professores
entrevistados, seis me retornaram a transcrição com algumas alterações quanto à
grafia, autorizando a utilização. Então, para saber o parecer dos demais professores
que ainda não haviam me correspondido, entrei em contato telefônico e com alguns
conversei pessoalmente para saber se haviam recebido a transcrição, bem como se
gostariam de fazer algumas alterações em suas falas. A partir desse momento, não
recebemos mais nenhum retorno, por isso acreditamos que não houve mais
nenhuma objeção com relação à transcrição.
Em relação à opinião dos professores orientadores de Estágio Curricular
quanto à forma como é feito o contato com as escolas campo de estágio
podemos destacar que:
O professor M, primeiramente entra em contato com as escolas para verificar
o número de vagas e turno que essas escolas dispõem. No contato com os alunos
no início das aulas são apresentadas uma lista de escolas e o número de vagas por
escolas e depois concede uma carta de apresentação. No entanto, os alunos
estagiários ficam livres para a escolha das escolas segundo critérios como a
proximidade do lugar onde vivem.
O professor I, também primeiramente entra em contato com algumas escolas,
solicitando o envio de um quadro de horários para ver a disponibilidade na aceitação
de estagiários, na tentativa de reunir o máximo de estagiários na mesma escola.
141
O professor A, também é responsável pelo contato com as escolas para
conseguir vagas aos alunos estagiários. A partir do grande número de matriculados
na disciplina ela tenta concentra os estagiários em algumas escolas.
O professor B, também faz o contato com as escolas, dirige-se até elas,
conversa com a Coordenação da escola e com o professor regente. Após essa
conversa é feita uma reunião para verificar o número de vagas e qual a
disponibilidade do aluno.
O professor L
1,
o contato com as escolas é feito pelos alunos estagiários,
estes ficam livres para escolherem as escolas que eles têm interesse para estagiar.
Mas, o responsável também pode ser o professor orientador se o aluno tiver
dificuldades para conseguir uma escola.
O professor G
3,
o contato com as escolas é feito pelos alunos estagiários que
são orientados previamente a irem procurando as escolas levando uma carta de
apresentação e algumas normas de como eles devem ser avaliados também pelos
professores regentes das escolas que irão emitir um parecer a respeito do aluno
estagiário. Somente se a escola exigir a presença do professor orientador nesse
momento ele comparecerá a escola.
O professor C, o contato com as escolas é feito pelo aluno estagiário
mediante uma carta de apresentação fornecida pelo professor orientador. Então,
com essa carta o aluno estagiário fica encarregado de procurar uma instituição de
ensino e conseguir seu próprio campo de estágio. Após conseguir a vaga na escola,
a coordenação do Curso emite uma carta apresentando o aluno formalmente a
comunidade escolar.
O professor H
1,
o contato com as escolas é realizado por ele que tenta alocar
os seus alunos estagiários numa única escola, por entender que a partir do
momento que os estagiários estiverem juntos todos no mesmo espaço educativo
eles compartilham este momento pedagógico. Porque as questões pedagógicas
daquela escola passam a ser ponto de debate deles fora da escola e ao mesmo
tempo se torna um pouco mais simplificado por estar envolvida somente com um
espaço pedagógico para fazer supervisão.
O professor J, diz que o contato é feito pelos alunos estagiários que desejam
determinada escola. Ele não tem influenciado nisso, são os estagiários que fazem
contato com as escolas e com os professores.
142
O professor N é o responsável pelo contato com as escolas, possibilitando
aos alunos estagiários opções de escolhas.
O professor E
1,
o contato é feito basicamente pelos alunos estagiários
mediante uma carta de apresentão fornecida pelo professor orientador. Após ele
conseguir seu campo de estágio o professor orientador vai à escola assistir o
trabalho do estagiário junto ao professor regente.
O professor F
3
o contato é feito pelo professor orientador juntamente com o
aluno estagiário os quais se dirigem à escola e conversam com a Coordenadora
Pedagógica e a professora regente para conseguir vaga para realizar o Estágio
Curricular.
No que diz respeito à utilização do Convênio Programa de Práticas
Educativas Interinstitucionais – PPEI, firmado entre a Universidade Federal de
Santa Maria – UFSM, o município de Santa Maria através da Secretaria
Municipal de Educação – SMED, a Coordenadoria Regional de Educação – 8ª
CRE e a Sociedade Civil Servos da Caridade pelos professores orientadores
de Estágio Curricular para conseguir vagas para os alunos estagiários nas
Escolas de Educação Básica - EEB, das informações obtidas podemos
destacar que:
O professor M, tem conhecimento sobre o Convênio, o qual se estabelece
entre orientador e escola e disponibiliza o número x de vagas e assim a universidade
vai procurando atender as escolas. A partir desse momento as escolas procuram a
universidade para estabelecer convênio, e isso fez com que aumentasse o número
da oferta, no entanto, é um trabalho a mais para o professor orientador se deslocar
para tantas escolas.
O professor I, não tem conhecimento a respeito desse convênio, mas na
tentativa de conseguir vagas para os alunos estagiários está juntamente com outros
professores orientadores de Estágios Curriculares fazendo um novo “Convênio” para
acordar com as escolas a disponibilidade de vagas para os alunos estagiários.
O professor A, tem conhecimento a respeito do referido convênio, porém não
o menciona quando vai procurar vagas para os alunos estagiários nas escolas. Ele
observa a disponibilidade da escola em recebê-los e procura firmar contato sempre
com as mesmas.
143
O professor B, também tem conhecimento a respeito do referido convênio,
mas não o utiliza para conseguir vaga nas escolas para os alunos estagiários, não
chega nem a mencionar o convênio, pois a maioria dos professores regentes não
sabe da sua existência.
O professor L
1
, não tem conhecimento do referido do convênio, e também não
o utiliza para conseguir vaga aos seus alunos estagiários.
Para o professor G
3
, tem conhecimento sobre o convênio, mas percebe que
este não auxilia em nada, porque as escolas parecem estar prestando um favor ao
receber os alunos estagiários.
O professor C tem conhecimento do referido convênio, mas não o utiliza para
conseguir campo de estágio, pois as escolas alegam o desconhecimento. Para ele o
que conta mais é à amizade e o bom relacionamento que o professor orientador tem
com as professoras regentes da disciplina e com os próprios alunos por terem sido
alunos destas mesmas professoras.
O professor H
1
tem conhecimento do referido convênio, pois participou da
construção desse documento, mas também não o utiliza para conseguir campo de
estágio, já que as vagas para os seus alunos estagiários realizarem seus Estágios
Curriculares nas escolas sempre foram conseguidas exclusivamente por seu
intermédio.
O professor J, também conhece o convênio, mas só o utilizou uma vez porque
uma escola solicitou. Geralmente as escolas não sabem da existência do referido
convênio. E atualmente, são os próprios alunos estagiários em função da
proximidade com a casa e dos seus interesses, que a escolhem para realizar o
Estágio Curricular.
O professor N, também tem conhecimento do referido convênio. Porém, não o
utiliza para conseguir campo de estágio. Mas na tentativa de conseguir vagas para
os alunos estagiários está juntamente com outros professores orientadores de
Estágios Curriculares fazendo um “novo Convênio” para acordar com as escolas a
disponibilidade de vagas para os alunos estagiários.
O professor E
1,
também tem conhecimento do referido convênio, mas não o
utiliza para conseguir campo de estágio. E também, na tentativa de conseguir vagas
para os alunos estagiários, está juntamente com outros professores orientadores de
Estágios Curriculares fazendo um novo “Convênio” para acordar com as escolas a
disponibilidade de vagas para os alunos estagiários.
144
O professor F
3
, também tem conhecimento a respeito do referido convênio, e
o vem utilizando para seus alunos estagiários conseguirem campo de estágio. Pois
as escolas que concordaram em participar desse convênio, neste caso continuam
recebendo os estagiários.
A respeito do processo de aceitação e recepção dos alunos estagiários pelas
escolas, quem os recebeu e de que forma das informações obtidas podemos
destacar que:
O professor M, a partir dos relatos dos alunos estagiários e das suas visitas,
constatou que a receptividade é maior naquelas escolas que vem recebendo os
seus estagiários desde o ano de 2002. Em função de que nessas escolas os
professores regentes já têm um conhecimento maior com o trabalho que os alunos
estagiários realizaram. Então, eles são bem recebidos. Porém, nas escolas que já
houve problemas com os alunos estagiários, não existe essa relação tão amigável.
No entanto, os seus estagiários foram recebidos pela Diretora ou pela professora
regente.
O professor I costuma fazer um contato prévio com as escolas, e a partir
disso, encaminha os seus alunos estagiários os quais foram bem recebidos.
O professor A, percebeu que o processo de aceitação dos alunos estagiários
difere de escola para escola. Pois nas escolas onde o professor orientador
encaminhou os estagiários pela segunda vez, que ele foi visitar, conversou com a
equipe diretiva e com o professor regente a receptividade foi maior.
Já nas escolas que os alunos estagiários chegam “garimpando” elas o
recebem como se estivessem prestando um favor para o estagiário. Mas,
geralmente os seus estagiários foram recebidos pela equipe diretiva a qual os
encaminhou aos professores regentes.
O professor B constatou que os seus alunos estagiários foram bem recebidos
pelas escolas. Mas, ele também percebeu não por parte do professor regente, mas
da Coordenação e Supervisores das escolas certa resistência em receber
estagiários, porque já tiveram algumas decepções com aluno estagiário desta
universidade que causou problemas.
145
O professor L
1
constatou que normalmente seus alunos estagiários foram bem
recebidos pelas escolas, porque eles já vêm construindo projetos nas escolas, já
mostraram trabalho, isso ajudou no relacionamento.
O professor G
3
percebeu que a maneira como os seus alunos estagiários
foram recebidos pelas escolas dependeu de como os estagiários anteriores
cumpriram as normas das escolas. Se eles realizaram um bom trabalho os próximos
estagiários serão bem recebidos, caso contrário essa recepção será feita com
receios. Normalmente, essa recepção é feita pela Coordenadora Pedagógica,
porém, a aceitação é por parte da professora regente.
O professor C verificou que as escolas costumam receber bem os alunos
estagiários, mas há sim uma indiferença dos outros docentes para com os
estagiários, pois quem os conhece nas escolas, é muitas vezes apenas a diretora,
ou a Coordenadora Pedagógica e a própria professora regente, os demais nem
sequer tem conhecimento do estagiário, às vezes o veem como um aluno.
O professor J constatou que seus alunos estagiários geralmente são bem
recebidos pelas escolas, pelo Coordenador Pedagógico e depois pelo professor
regente.
O professor H
1
percebeu que os seus alunos estagiários tiveram uma
excelente aceitação pelas escolas e a relação também foi muito boa. Os seus
estagiários foram recebidos pela Coordenadora Pedagógica e pelos professores
regentes, e a forma de recepção foi a mais normal e simples possível, explicando
como é que a escola funciona, a partir de reuniões na qual apresentam vídeos sobre
a escola, os regulamentos, como funcionam o Projeto Político Pedagógico – PPP,
assim de uma forma geral.
O professor N percebeu que os seus alunos estagiários foram bem recebidos
pelas escolas e normalmente quem os recebeu foi a Coordenadora Pedagógica e a
professora regente.
O professor E
1
constatou que a grande mudança nesse contato com as
escolas foi basicamente esse convênio, pois a partir dele as escolas passaram a
criar uma expectativa de que o professor orientador fosse assistir todas às aulas dos
alunos estagiários, o que é impossível diante da realidade que nós temos aqui na
UFSM.
O professor F3 depois que o Coordenador do Curso “abriu” a via de
comunicação com as escolas por meio do convênio, não teve mais problemas para
146
conversar com ninguém, a não ser com a professora regente para estabelecer o
novo período de estágio.
No que se refere às modificações na postura das escolas em relação à
implementação do currículo novo, nas informações obtidas podemos destacar
que:
Na constatação do professor I a partir da implementação do currículo novo, as
escolas passaram a solicitar que os estagiários permanecessem durante o semestre
ou o ano todo para não interromper o trabalho.
Nas percepções do professor A, com a implementação do currículo novo essa
situação tende a se agravar, devido a enorme quantidade de estagiários que foram
para as escolas, fato este que leva o professor orientador à não conseguir
acompanhar os seus estagiários no campo de estágio.
Nas constatações do professor C, no que se refere à implementação do
currículo novo, o que as escolas se questionam é por que um estágio tão extenso,
assim como não se sentem a vontade com esse “novo estágio”, isso é mencionado
nos relatórios dos estagiários.
O professor H
1
devido à implementação do currículo novo percebeu certa
estabilização desestabilizada, porque hoje a escola pode ter mais estagiários e isso
por um lado, pode representar certa acomodamento dos professores regentes. Por
outro lado, existem muitos estagiários dentro de uma escola e isso desestabiliza.
O professor J não notou modificação na postura das escolas em relação à
implantação do currículo novo.
A respeito das formas de orientação que os professores orientadores
concedem para preparar seus alunos estagiários para desenvolverem seus
Estágios Curriculares, nas informações obtidas podemos destacar que:
No caso do professor M, os alunos estagiários elaboram um projeto piloto de
uma disciplina de observação de aula, na qual os alunos passam a acompanhar as
aulas de um colega na escola que eles pretendem estagiar. Além disso, os alunos
fazem um relato de todas as aulas assistidas a partir de um roteiro pré-estabelecido
com os itens a serem observados. No entanto, quando o aluno vai para a escola
147
observar ele já tem o projeto numa outra disciplina que antecede a esta. No
semestre seguinte, passa para o Estágio I, no qual ele participa das aulas teóricas e
práticas. Na parte teórica o aluno lê textos participa das dinâmicas; na parte prática
ele somente ouve os relatos dos colegas que já estão inseridos nas escolas. Nos
Estágios II, III e IV, eles fazem relatos também e nós temos uma listagem de
Bibliografias que são textos que nós trabalhamos e essa seleção é feita pelos
alunos.
O professor I inicia a preparação dos seus alunos estagiários para a
realização do Estágio Curricular com as disciplinas de Didática e de Laboratório, nas
quais são trabalhadas as bibliografias que já estão na ementa, a questão dos livros
didáticos que irão servir de suporte na escola. Essa preparação ocorre mediante a
realização de reuniões semanais no horário da disciplina para discutir a respeito do
material a ser utilizado no decorrer do Estágio Curricular.
O professor A começa a preparação dos seus alunos estagiários para a
realização do Estágio Curricular a partir da disciplina de Didática que ela também
ministra mediante a qual ela convida os estagiários que já concluíram o Estágio
Curricular para relatarem suas experiências. O Estágio I é voltado para a
observação, o estagiário vai a campo visando à compreensão da realidade e em
reuniões pedagógicas discute no grupo a análise que está fazendo.
O professor B também inicia a preparação dos seus alunos estagiários para a
realização do Estágio Curricular a partir da disciplina de Didática mediante as
discussões teóricas, visitas às escolas, elaboração de oficinas já pensando em
atividades voltadas para os diferentes níveis de ensino. Também, durante os quatro
estágios é realizada uma aula semanal com os alunos visando trocar experiências.
O professor L
1
acredita que as atividades para preparar os alunos estagiários
têm início desde o segundo semestre nas disciplinas destinadas ao processo de
ensino nas quais os alunos são incentivados a realizarem projetos entre a
universidade e escola desenvolvendo experimentos para suprir recursos didáticos
pedagógicos. Além disso, antes do aluno ingressar no campo de estágio ele faz
observações e realiza esse projeto.
O professor G
3
prepara os seus alunos estagiários para a realização do
Estágio Curricular a partir das aulas nas disciplinas de estágio nas quais acontecem
as orientações coletivas e os agendamentos individuais. Nas orientações coletivas
os alunos vão discutir problemas comuns entre eles, as metodologias e os módulos
148
que eles preparam para utilizar em sala de aula. Já nas orientações individuais eles
trazem os planos de aula, o diário da prática pedagógica e a partir da transcrição
que eles fizeram do diário são discutidos os problemas que são reincidentes e o que
eles podem fazer para melhorar as suas aulas.
O professor C começa a preparação para a regência dos alunos estagiários a
partir da disciplina de Didática que é oferecida num semestre anterior aos estágios.
No Estágio I, o aluno ingressa na escola para realizar um trabalho de observação a
partir de roteiro de pontos a serem observados na escola. Recolhidas estas
informações o aluno elabora um Projeto de Estágio para o Ensino Fundamental. E,
no Estágio II, o aluno desenvolve o projeto e elabora um artigo descrevendo as suas
experiências. O mesmo acontece no Estágio III e IV. No Estágio I, as atividades são
de observação na escola e aulas teóricas na universidade, no Estágio II, regência na
escola orientações e aulas teóricas na universidade e o mesmo segue para o
Estágio III e IV.
O professor H
1
inicia a preparação dos alunos estagiários para a realização
do Estágio Curricular na Disciplina de Didática com atividades reflexivas referente à
prática educativa. Porém, as formas utilizadas para essa preparação são baseadas
no diálogo acerca dos Planos de Aula que o aluno trás dos seus relatos sobre a sua
aula.
O professor J, também inicia a preparação dos alunos estagiários a partir da
disciplina de Didática, na qual são discutidas as realidades escolares vigentes. No
Estágio I, o aluno estagiário conhece a escola como um todo e elabora um Projeto
de Estágio. No Estágio II, são realizadas reuniões semanais para orientar o
desenvolvimento desse Projeto de Estágio no decorrer da docência.
O professor N, também prepara os alunos estagiários a partir da disciplina de
Didática. No Estágio I e II as disciplinas são desenvolvidas no ensino informal, e no
Estágio III e IV as atividades práticas são desenvolvidas dentro do sistema formal do
ensino.
O professor E
1,
também inicia a preparação dos alunos estagiários a partir da
disciplina de Didática sendo que no semestre seguinte os alunos ingressam na
prática.
O professor F3, a preparação dos alunos estagiários acontece durante as
disciplinas de Estágio I, II e III. No Estágio I, o aluno conhece a escola, o Plano
Político Pedagógico - PPP, as dependências da escola, depois discute estas
149
questões com o orientador de Estágio Curricular e a partir daí escreve o relatório
sobre o funcionamento da escola. No Estágio II, o aluno faz um pré-planejamento
inicial das atividades de cada aula. No Estágio III, o aluno prepara as aulas sob a
orientação do professor orientador e com a ajuda da professora regente, procurando
incluir experimento através de uma aula dialogada. No Estágio IV, o aluno executa o
que foi planejado em sala de aula, mas antes dele executar a aula é rediscutida,
bem como após a sua execução. E após o aluno faz um relatório comparativo sobre
o que foi planejado e o que foi executado para depois extrair alguma lição dessa
comparação. Então, nos quatro estágios os alunos vêm e discutem com o orientador
a prática e a aprendizagem.
No que se refere às orientações que os alunos estagiários costumam receber
das escolas e dos professores responsáveis por turma para a realização do
Estágio Curricular, assim como, se há diferenças entre as escolas, nas
informações obtidas podemos destacar que:
O professor M percebeu que as orientações feitas aos alunos estagiários
ocorrem mais no sentido comportamental. Os professores recomendam que eles
devam ser fortes, falem em voz alta, invistam no comportamento dos alunos, tenham
pulso firme. Mas há muitas diferenças entre as escolas, em algumas delas é difícil
até para conhecer quem é o Diretor, Orientador Pedagógico da escola, em outras o
professor regente vai à escola nos primeiros dias e depois deixa de freqüentá-la.
O professor I também percebeu que há diferenças entre as escolas, esse fato
influi também devido à localização das escolas, e também pelo estagiário já estar
atuando como professor na escola.
O professor A constatou que as informações transmitidas aos alunos
estagiários estão relacionadas à questão da avaliação, do preenchimento de
planilhas de apostilas e da lista de presença. Mas, há também muita diferença entre
as escolas no sentido daquelas que costumam receber estagiários há vários anos e
aquelas escolas que não possuem toda essa caminhada.
O professor B também percebeu que há muitas diferenças entre as escolas.
Nas escolas menores os alunos conseguem um contato mais direto com o professor
regente, mas tem escolas que eles nem encontram o professor. Então, os
estagiários têm uma caminhada distinta de uma escola para outra.
150
O professor L
1
constatou que as orientações feitas aos alunos estagiários
dizem respeito ao próprio Projeto Político Pedagógico – PPP da escola, a sugestões
de como realizar algumas atividades e também sobre a avaliação do programa de
conteúdo.
Para o professor G
3
as orientações feitas aos alunos estagiários foram no
sentido de que eles deveriam vencer todo o conteúdo programático, não fazer
muitas atividades diversificadas e não levar os alunos para fora da sala de aula.
Porém, este professor não percebeu nenhuma diferença entre as escolas.
O professor C percebeu que há diferenças entre as escolas, pois há escolas
que o professor regente se faz mais presente desde o planejamento das aulas
discute com o estagiário, demonstra interesse também em observá-lo em sala de
aula, oferece ajuda no caso de alguma situação de mau comportamento dos alunos.
Essa situação, porém, é muito restrita, pois nas demais escolas o professor regente
se faz ausente.
O professor H constatou que os alunos estagiários não receberam uma
orientação pedagógica das escolas, mas sim uma orientação normativa. Também,
considera que não há muita diferença entre as escolas, pois todas cobram dos
estagiários a presença e uma maturidade profissional de escola que muitas vezes
olham para o estagiário como se este já fosse um professor em início de carreira.
Para o professor J as orientações feitas aos alunos estagiários foram aquelas
básicas, tais como: participar das reuniões semanais, participar do Conselho de
Classe, saber que a qualquer momento poderá haver troca de horários na escola,
manter os Diários de Classe organizados, explicar como funciona a avaliação
trimestral, as datas das provas. Porém, não percebeu diferença entre as escolas,
mas sim poucas orientações concedidas aos estagiários.
O professor N as orientações que os alunos estagiários receberam foram no
sentido do cumprimento do conteúdo a ser ministrado, da disciplina em sala, de
preservar valores. Este constatou que existem diferenças entre as escolas, enquanto
umas somente cumprem o Programa de Ingresso ao Ensino Superior – PEIES,
outras que não na verdade não são muitas, conseguem discutir com a comunidade
na qual estão inseridas determinadas propostas.
O professor E
1
evidenciou que as orientações que os seus alunos estagiários
recebem das escolas se confrontam com as que a Universidade concede. Os
estagiários, por parte do professor orientador são instruídos a fazer um período de
151
dois meses de Estágio de Observação, mas quando chegam à escola os
professores não querem ser observados. Então, geralmente os estagiários iniciam o
Estágio já ministrando aulas em função da exigência do próprio professor regente
que o acolhe em sua sala de aula, ou tentam negociar com o professor regente, às
vezes eles conseguem, às vezes não.
O professor F3 constatou que as orientações feitas aos alunos estagiários se
referem aos procedimentos usuais que o professor deve ter com os cadernos para
fazer a chamada.
3.7. ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES COLETADAS JUNTO A PROFESSORES
ORIENTADORES DE ESTÁGIOS
Nesta parte, passamos a apresentar a análise sobre as informações
coletadas nas entrevistas estruturadas realizadas com doze professores
orientadores de Estágio Curricular dos Cursos de Licenciatura da Universidade
Federal de Santa Maria em estudo.
Para isso, retomamos algumas informações referentes aos alunos estagiários,
para reafirmar ou contrapor a respeito dos dados obtidos por intermédio dos
depoentes.
Em relação à opinião dos professores orientadores de Estágio Curricular
quanto à forma como foram feitos os contatos com as escolas campo de
estágio a partir das informações obtidas evidenciamos que:
Para mais da metade dos professores entrevistados (07) esse contato foi feito
pelo professor orientador. No entanto, aos demais professores depoentes (05) o
contato foi feito pelos alunos estagiários os quais foram orientados a escolher
determinada escola a partir de uma lista de escolas oferecida pelo professor
orientador, levando uma carta de apresentação.
No caso do professor G
3
, após este contato inicial com escolas, algumas
delas exigem que o professor orientador se faça presente para esclarecimentos
sobre a carga horária que o estagiário deve cumprir.
152
Já no caso do professor E
2
a situação é semelhante, logo que o aluno
estagiário consegue a vaga para realizar o Estágio Curricular na escola e inicia suas
atividades docentes o professor orientador vai até a escola para assistir o trabalho
do estagiário.
Todos esses relatos nos levaram a confirmar as informações obtidas junto
aos alunos estagiários, com exceção de alguns depoentes cujas as informações não
condizem totalmente com os comentários dos estagiários, uma vez que, entre o
nosso conjunto de informações referentes ao 1º e 2º Semestres do ano de 2006 e 1º
Semestre do ano de 2007, com cento e cinqüenta e quatro (154) alunos estagiários,
deste total trinta cinco (35) participantes alegaram não terem recebido orientação.
Sendo estes alunos estagiários dos seus respectivos orientadores de Estágio
Curricular, a saber: os professores I, A, F
1
, G
3
, J, B, F
3
, E
1
, C e D
1
.
Portanto, consideramos um dado preocupante a falta de orientação aos
alunos estagiários por parte dos professores orientadores de Estágio Curricular,
nesta etapa que vem sendo considerada essencial para a formação inicial dos
futuros professores. Acreditamos que o bom desenvolvimento do estágio, necessita
de uma boa preparação, organização, acompanhamento e avaliação de todos os
sujeitos envolvidos neste processo de formativo.
No que diz respeito à utilização do Convênio Programa de Práticas
Educativas Interinstitucionais – PPEI, firmado entre a Universidade Federal de
Santa Maria – UFSM, o município de Santa Maria através da Secretaria
Municipal de Educação – SMED, a Coordenadoria Regional de Educação – 8ª
CRE e a Sociedade Civil Servos da Caridade para conseguir vagas para os
alunos estagiários nas Escolas de Educação Básica, evidenciamos que:
Somente dois professores utilizam o referido Convênio, bem como o
consideram como uma ajuda no aumento do número de vagas para os alunos
estagiários nas escolas. Conforme eles nos contaram:
(...) o Convênio (...) o que tem de bom nisso porque as escolas nos
procuram pra fazer o Convênio (...) isso pra mim que já trabalhava
com essas escolas antes do Convênio (...) eu penso que o aspecto
positivo é que deu uma “certa seriedade” da escola para conosco.
Então funciona dessa maneira: o Convênio se estabelece, entre
153
orientador e a escola e não via Prograd
34
, como deveria ser. A escola
disponibiliza o número de vagas e nesta medida nós procuramos
atender a demanda. Atualmente nos estamos com 17 escolas, esse
ano nós temos alunos em 17 escolas em Santa Maria. Então é um
trabalho para o orientador, porque o orientador tem que se deslocar,
mas aumentou o número de oferta e isso é bom também (Professor
Orientador M).
O coordenador do Curso usando esse Convênio fez contato com
várias escolas. As escolas que concordaram em participar do
programa começaram a receber estagiários, quer dizer a partir desse
momento à gente esta enviando os estagiários sempre para as
mesmas escolas, então (...) o Convênio serviu para abrir a
comunicação inicial entre professores, estagiários e a escola
(Professor Orientador F
3
).
Já para a maioria (08) dos professores orientadores de Estágios Curriculares
entrevistados declararam que possuem conhecimento do Convênio, mas não o
utilizam, nem o mencionam às escolas. Mesmo quando é mencionado muitas
escolas alegam o desconhecimento dele. Com exceção de dois professores
entrevistados que afirmaram não conhecer o referido Convênio, apesar deste ter
sido firmado no dia 19 de dezembro de 2003.
Por meio das narrativas dos professores entrevistados percebemos que as
vagas nas escolas são conseguidas muitas vezes, em função da amizade
preservada desde o tempo em que os estagiários foram alunos destas escolas,
assim como pela amizade do professor orientador de Estágio Curricular com o
professor regente de turma da escola e, além disso, pelas escolas que
sistematicamente costumam receber estagiários de várias áreas. Os depoimentos
abaixo comprovam essas informações:
(...) eu não menciono o Convênio eu vejo a disponibilidade da escola,
eu tenho uma relação de escolas que eu sei que já receberam
estagiários de outras áreas, que receberam na primeira vez que eu
fiz contato. Então, eu vou procurando firmar contato sempre com as
mesmas (...) (Professor Orientador A).
A questão desse Convênio é bem utópica ele existe (...) mas ele não
tem uma aplicação muito prática não. O que acontece é que para
conseguir campo de estágio conta muito mais à amizade o
relacionamento que o professor orientador tem com as professoras
(...) ou quem sabe que os próprios alunos tenham por haverem sido
34
Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD tem o papel de coordenar, em articulação com as
Unidades de Ensino e com os órgãos da Administração Central, tendo como objetivo criar condições
favoráveis à melhoria do funcionamento da vida acadêmica e da qualidade dos cursos oferecidos
pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.
154
alunos dessas professoras do que realmente um Convênio
(Professor Orientador C).
Com relação ao Convênio firmado (...) nunca foi utilizado, mas eu
conheço o Convênio (...) mas nunca foi um passaporte para mim
conseguir vaga para aluno. Meu maior passaporte sempre fui eu
mesma (Professor Orientador H
1
).
Esse Convênio (...) ele foi bem ativo e no tempo de atividade ele
provocou grande perturbação negativa no trabalho como um todo (...)
foi em 2004 que deu rolo (...) chegou um ponto que nós, não
tínhamos mais escolas pra fazer estágios, porque tinha escola que
organizava o estágio da seguinte maneira: oferecia estágio pra um
aluno, por exemplo, cada turma poderia ter um estagiário só a partir
do Convênio (...) e nos acabamos que não tinha mais escolas pra
colocar alunos (Professor Orientador E
1
)
Uma modificação na postura das escolas foi abordada por dois professores
entrevistados com relação ao Convênio (PPEI) firmado entre a UFSM e os Sistemas
Públicos de Ensino, os quais relataram que as escolas a partir desse acordo criaram
expectativas em relação ao professor orientador esperando que este fosse
assistir/acompanhar todas as aulas do aluno estagiário na escola, fato considerado
inviável diante da realidade vivenciada pelos depoentes. Conforme eles nos
relataram:
As escolas a partir desse Convênio tinham uma expectativa de que o
professor vá assistir todas as aulas dos alunos e essas coisas que é
impossível a partir da realidade que nos temos aqui na UFSM
(Professor Orientador E
1
).
(...) nós que não trabalhamos unicamente com estágios (...) neste
semestre eu to trabalhando com quatro disciplinas diferentes, então
fica neste semestre pra mim tá quase impossível ir às escolas, então
o que eu aproveito tentar fazer o estágio noturno (...) A sobrecarga
os trabalhos (...) a gente tem os sistemas administrativos (...) no 1º
semestre de 2007 não tinha nada mais nada menos que 62 alunos-
estagiários no estágio (...) isso provoca um desgaste e um
deslocamento um custo financeiro que no fim quem trabalha no
estágio acaba pagando pra trabalha né. Então, esses todos são
fatores que muitas vezes a escola desconhece (Professor Orientador
N).
Perante os depoimentos dos professores entrevistados, percebemos que o
propósito de referido Convênio não foi alcançado, salvo duas exceções. Neste
sentido, com objetivo de encontrar meios para facilitar o acesso dos alunos
estagiários às escolas para a realização do Estágio Curricular, atualmente um grupo
de professores vem se reunindo para fazer um projeto referente ao Estágio
155
Curricular Supervisionado, tentando, a partir de reuniões com as escolas encontrar
formas de parcerias entre universidade e escolas. Nessas reuniões foram expostas
as situações de trabalho dos professores que orientam o Estágio Curricular em
Instituição de Ensino Superior – IES, e propostas sugestões sobre o que poderá ser
oferecido para a escola em “troca” de campo de estágio para os alunos estagiários.
Como nos contou o professor:
É a partir desse grupo que nós estamos fazendo, nós já fizemos uma
reunião com as escolas, vamos chamar uma outra reunião com todas
as escolas já prevendo o primeiro semestre de 2008. Então, a gente
senta com as escolas os professores que tão neste grupo mostra sua
concepção de estágio, mostra como é estruturado do ponto de vista
dos PPP dos Cursos, e as escolas de parte dessas informações elas
passam a nos oferecer algumas vagas né (Professor Orientador N).
Nesta perspectiva, um grupo de professores orientadores de Estágios
Curriculares estão tentando acordar um novo “Convênio” visando estabelecer um
sistema de “troca” entre as instituições de ensino envolvidos neste processo de
formação inicial, o qual a universidade passaria a oferecer alguns cursos, oficinas
etc. E as escolas, por sua vez, em compensação se comprometer-se-ão a oferecer
campo de estágio aos alunos estagiários.
A respeito do processo de aceitação e recepção dos alunos estagiários pelas
escolas a partir dos depoimentos dos professores orientadores de Estágio
Curricular evidenciamos que:
Os professores M e A constataram que a receptividade foi maior naquelas
escolas que vêm recebendo os seus alunos estagiários desde 2002, ou pela
segunda vez, porque eles já possuem um conhecimento mais amplo do trabalho que
os estagiários realizaram por isso os recebem com cordialidade. Mas, nas escolas
procuradas pela primeira vez ou naquelas que já tiveram algum tipo de problema
com ex-estagiários, estes geralmente são recebidos com receio.
Além disso, os professores depoentes perceberam que a concepção que os
professores regentes possuem em relação às escolas concederem vagas para os
alunos estagiários realizar o Estágio Curricular, são no sentido de estarem prestando
um favor. Por isso, o estagiário deve concordar com todas as imposições que a
escola venha lhe fazer. Conforme nos relatou o professor:
156
Nas escolas onde eles chegam garimpando (...) Teve uma escola em
que esse problema dos professores acharem que estavam fazendo
um favor para o estagiário eram bem acentuados, eles mandavam os
estagiários substitui professores em outras disciplinas de última hora
diziam assim: há tu vai lá dá aula porque o professor de Química não
venho (...) numa turma que não era a turma que eles estagiavam,
então eles conheciam o grupo na hora que tinha que improvisa uma
aula pra substitui a professora que faltou (...) isso aconteceu mais de
uma vez os estagiários começaram a reclamar que às vezes tinham
compromisso na universidade ficavam constrangidos de vir embora e
não atender o pedido da direção da escola, porque eles deixavam
bem claro que “uma mão lava a outra”, então teve esse tipo de caso,
assim foi exceção, mas aconteceu. E nas escolas onde eu consigo
ter um contato me aproxima um pouco dos professores esse tipo de
situação já não acontece, por isso eu acho importante esse
acompanhamento do professor (...) (Professor Orientador A).
No depoimento do professor, podemos perceber que a presença do professor
orientador na escola que o aluno estagiário vai realizar o Estágio Curricular
proporciona certo respeito ao estagiário, visto que este está sendo amparado pelo
orientador e isso faz com que a escola perceba que ele tem uma tarefa a cumprir, ou
seja, realizar o Estágio Curricular conforme foi acordado com a direção da escola e
não servir de professor substituto na ausência de outros professores na escola.
Os professores C, H
1
, J, N e L
1
, perceberam que os seus alunos estagiários
foram bem recebidos pelas escolas. E mais, no entender do professor L
1
essa
receptividade se deve aos projetos que os estagiários vêm construindo dentro das
escolas, fato que auxiliou na melhoria desta relação.
Já na percepção do professor C a receptividade foi boa, mas há indiferença
dos docentes efetivos para com os estagiários, os quais nem sequer têm
conhecimento a respeito do estagiário, às vezes os vêm como alunos.
Em relação a quem costuma receber os alunos estagiários nas escolas, nas
informações obtidas evidenciamos que:
Nos casos dos professores orientadores J, N, H
1
e G
3
os estagiários foram
recebidos pelas Coordenadoras Pedagógicas e pelos professores regentes. Já, no
caso do professor orientador M essa recepção foi feita pela Diretora ou professora
regente.
157
No que se refere à mudança na postura das escolas em relação à
implementação do currículo novo, alguns professores orientadores (03)
perceberam que:
A situação se agravou, devido tanto ao aumento do número de horas e
quanto ao aumento do número de estagiários nas escolas, os quais provocam certa
estabilização e desestabilização nas escolas. Os depoimentos abaixo apresentam
essas percepções:
A implementação do currículo novo ela tende a agravar essa
situação, porque é uma leva tão grande de estagiários que vai para
as escolas (...) então eu acho que a questão do pessoal na
universidade que acaba não dando muito conta dessa ampliação do
número de estagiários no curso (Professor Orientador A).
O que as escolas estranham sim é por que um estágio tão grande
(...) as escolas elas não se sentem assim muito à vontade com esse
novo estágio, isso eu observo bem pelos relatos dos meus alunos e
pelas visitas é desgastante, às vezes pra professora tutora tem cinco
estagiários, se ela tem um comprometimento de acompanhá-lo isso é
desgastante. (Professor Orientador C).
(...) em relação às 400 horas eu acho que houve uma certa
estabilização desestabilizada, porque hoje a escola diz a gente pode
ter mais estagiários (...) e isso pra alguns pode representar até um
acomodamento dos professores. Por outro lado, existe muito
estagiário dentro de uma escola e isso desestabiliza (...) (Professor
Orientador H1).
Nas narrativas dos professores entrevistados constatamos que o currículo
novo devido ao aumento da carga horária acarretou no aumento do número de
alunos estagiários em sala de aula, gerando excesso de trabalho tanto para o
professor orientador como para o professor regente, prejudicando, assim, a
qualidade no atendimento aos alunos estagiários.
A respeito das formas de orientação que os professores orientadores
concederam para preparar seus alunos estagiários para desenvolverem seus
Estágios Curriculares, das informações obtidas evidenciamos que:
Os professores orientadores possuem formas peculiares para preparar os
alunos estagiários para a realização dos Estágios Curriculares. No entanto, para a
158
maioria dos depoentes (09) essa preparação começou a partir das disciplinas de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo”.
Em relação às orientações que os alunos estagiários costumam receber das
escolas e dos professores responsáveis por turma para a realização do
Estágio Curricular, evidenciamos que:
Os professores M e N perceberam que as orientações feitas pelas escolas
foram no sentido comportamental, da disciplina, de impor valores. No caso do
professor N os estagiários também foram orientados a respeito do cumprimento do
conteúdo.
A partir dessas informações chamou-nos atenção as tarefas atribuídas pelas
escolas aos alunos estagiários com relação ao compromisso com o conteúdo, assim
como a questão de manter o bom comportamento dos alunos em sala de aula. Neste
sentido, somos levados a questionar-nos: qual é a função do Estágio? Cumprir
normas, reproduzir os conteúdos e manter a disciplina? Ou propiciar espaços de
formação, aprendizagem e produção de conhecimentos? Qual é a verdadeira função
do Estágio Curricular na formação do futuro professor? Na compreensão de Kulcsar:
(...) o Estágio Supervisionado deve ser considerado um instrumento
fundamental no processo de formação do professor. Poderá auxiliar
o aluno a compreender e enfrentar o mundo do trabalho e contribuir
para a formação de sua consciência política e social, unindo a teoria
a prática. Mas para que isso ocorra o Estágio não deve ser encarado
como uma tarefa burocrática a ser cumprida formalmente, muitas
vezes desvalorizado nas escolas onde os estagiários buscam
espaço. Deve, sim, assumir a sua função prática, revisada numa
dimensão mais dinâmica, profissional, produtora, de troca de
serviços e de possibilidades de abertura para mudanças (KULCSAR,
1991, p.64-65).
Na experiência vivenciada pelo professor E
1
geralmente essas orientações
que os estagiários recebem na escola se confrontam com aquelas fornecidas pela
universidade, a qual define em relação ao aluno estagiário fazer primeiro um período
de observação antes de assumir a regência de turma. Porém, neste caso quase
todos os professores regentes de turma quando recebem o estagiário impõe que
este inicie o estágio já ministrando aulas, pois os professores alegam que não
querem ser observados. Então, cabe ao aluno estagiário “negociar” com o professor
159
para entrar num consenso, sendo que às vezes ele consegue fazer esta
concordância, e às vezes não.
Conforme os esquemas tradicionais, o Estágio Curricular tem se resumido em
atividades de observação, participação e regência. Então, se a observação faz parte
do processo de formação, novamente nos questionamos: por que o professor da
escola (campo de estágio) não permite que o estagiário observe as suas aulas?
Qual o seu receio ao ser observado pelo estagiário? Será que este fato acontece
devido à falta de elaboração de um roteiro, o qual especifique os pontos a serem
observados pelo estagiário no decorrer da observação das aulas? Estas indagações
nos remetem a Carvalho quando nos afirma que:
(...) a observação deve ser crítica e construtiva para ser válida.
Entretanto, precisamos especificar bem que o foco de nossa análise
é o trabalho do estagiário e não o do professor. Alegoricamente,
podemos dizer que queremos formar “artistas” e não críticos de arte,
isto é, queremos formar professores ativos e não críticos do trabalho
alheio (CARVALHO, 1997, p.103).
Conforme as constatações dos professores orientadores J, A, L
1
, F
3
E G
3
as
orientações feitas aos seus alunos estagiários foram aquelas básicas, podemos
sintetizar como: participar de reuniões semanais, participar do Conselho de Classe,
saber que a qualquer momento poderá haver troca de horários nas escolas, manter
os Diários de Classe organizados, como funciona a avaliação trimestral, as datas
das provas, preenchimento de planilhas de apostilas, como realizar algumas
atividades e explicação sobre o Projeto Político Pedagógico – PPP, da escola. Além
disso, os estagiários devem vencer todo o conteúdo programático, não fazer muitas
atividades diversificadas e não levar os alunos para fora da sala de aula.
O professor H
1
percebeu que os seus alunos estagiários não receberam uma
orientação pedagógica das escolas, mas sim uma orientação normativa.
Em relação às diferenças entre as escolas que os alunos estagiários
realizaram o Estágio Curricular, evidenciamos que:
Nas narrativas de seis professores orientadores percebemos que existem
muitas diferenças de uma escola para outra.
160
Na percepção do professor M as diferenças entre as escolas dizem respeito à
dificuldade de conhecer que é o Diretor, Orientador Pedagógico, e ao fato do
professor regente ir à escola somente nos primeiros dias, depois não se encontra
mais na escola, não acompanhando ou auxiliando o estagiário.
Já o professor C percebeu que há escolas que o professor regente se faz
presente desde o planejamento das aulas, observação, oferece auxílio, mas essa
situação é muito restrita. Pois nas demais escolas o professor regente se faz
ausente constantemente.
O professor B percebeu uma diferença relevante entre as escolas menores,
os alunos estagiários conseguem um contato direto com o professor regente,
principalmente nas escolas municipais ocorre um melhor acompanhamento. Vale
lembrar que este acompanhamento é muito restrito, em outras escolas
independentemente da infra-estrutura e da rede de ensino que esta instituição
pertence.
Quanto essa ausência no acompanhamento do professor regente ao aluno
estagiário durante o período de realização do Estágio Curricular é às vezes
justificado da seguinte forma; segundo o relato do professor orientador:
A função do estagiário é estar sozinho, porque o estar só lhe dá
liberdade, lhe dá oportunidade de desenvolver seus saberes práticos
e que a interferência dessa professora seja no planejamento, seja no
acompanhamento limitaria o processo formativo (Professor
Orientador C).
Essa justificativa, nos remete a uma exceção nas informações obtidas junto
ao relato do aluno estagiário quando nos contou que foi acompanhado pelo
professor regente
35
em todas as aulas ministradas durante o período do Estágio
Curricular, sendo que esta presença constante foi considerada pelo estagiário como
um exagero, pois ele sentiu necessidade de ficar às vezes sozinho com a turma de
alunos, conforme ele nos contou: “Eu acho que tu tem que ter um momento de ficar
sozinha com a turma (...) Eu queria que em pelo menos alguns dias assim eu
pudesse ficar sozinha com meus alunos para ver como é que eles reagem. Mas é
claro que ele tem que ir” (GD-FS-01).
35
Neste caso, o Professor Orientador é também o Professor Regente do aluno estagiário na escola,
pois ele atua nas duas instituições de ensino.
161
Outra diferença foi constatada pelo professor A no que se referem às escolas
que costumam receber estagiários há vários anos e as escolas que não possuem
toda essa caminhada.
Nas verificações do professor I as diferenças entre as escolas dependem da
sua localização, a qual é influenciada pelo nível social da comunidade na qual es
inserida. Além disso, pelo fato do estagiário já estar atuando como professor
naquela escola.
Outra diferença foi percebida pelo professor N, quanto às escolas que se
detêm ao cumprimento do Programa de Ingresso ao Ensino Superior – PEIES,
visando uma alternativa de ingresso dos alunos ao Ensino Superior na Universidade
Federal de Santa Maria – UFSM. Em outras escolas, em menor escala, conseguem
discutir com a comunidade determinadas propostas, havendo nessas escolas certa
flexibilidade com relação ao trabalho a ser realizado pelo aluno estagiário.
Já na opinião de duas professoras entrevistadas não há muita diferença entre
as escolas, existe sim pouca orientação aos estagiários e, além disso, a escola
considera o estagiário como uma espécie de ajuda para aquele professor que está
sobrecarregado com muitas disciplinas, não entendendo que estes alunos
estagiários estão em processo de formação. Como o professor orientador nos
contou:
(...) às vezes a escola acaba cobrando do estagiário uma maturidade
profissional de escola. E a escola muitas vezes olha para aquele
estagiário como se fosse um professor em início de carreira e não é.
A escola (...) tem que entender que esses sujeitos eles ainda estão
em processo formativo, muito embora eles façam atividades
profissionais (Professor Orientador H
1
).
A fala do professor reafirma as narrativas dos alunos estagiários quando nos
relataram que foram bem recebidos pela escola de “braços abertos”, mas
percebemos que nessa boa receptividade existe a intenção que o estagiário assuma
a turma do professor regente, para que este possa descansar, tirar férias, sair para
fazer compras durante o horário de aula, ou seja, visando amenizar a sobrecarga de
trabalho destes docentes.
Neste sentido, a escola parece não entender a sua co-responsabilidade no
processo de formação inicial, permitindo que o professor regente de turma se
ausente da escola durante seu horário de aula devido à presença do aluno
162
estagiário que está em processo de formação, construindo sua identidade
profissional e precisando imensamente de acompanhamento e auxílio nesta fase da
sua formação inicial. De acordo com Putnam e Borko:
Los profesores de formación del profesorado deberían tratar a los
maestros de la misma manera como esperan que los maestros traten
a sus alumnos. (...) Es más, los profesores de formación del
profesorado deberían introducir a los maestros en las actividades y
las formas de interacción que a su vez esperan de los estudiantes
(...) (PUTNAM e BORKO, 2000, p.223).
Conforme os autores mencionados, também almejamos que os professores
orientadores e os professores regentes juntamente com as escolas, também se
sintam responsáveis pelo processo de formação, e procurem fazer a interação entre
universidade e escola, para assim, talvez conseguir amenizar as lacunas na
formação inicial.
3.8. RESULTADOS OBTIDOS COM BASE NAS INFORMAÇÕES COLETADAS
JUNTO A PROFESSORES ORIENTADORES DE ESTÁGIOS
Neste item, apresentamos os resultados que foram obtidos a partir das
narrativas dos professores orientadores acerca da preparação e o desenvolvimento
do Estágio Curricular.
Constatamos que a forma como foram feitos os contatos com as escolas
campo de estágio para mais da metade (07) dos professores entrevistados foram
realizados pelo professor orientador, e aos demais (05) professores depoentes o
contato foi feito pelos alunos estagiários os quais foram orientados a escolher
determinada escola a partir de uma lista oferecida pelo professor orientador levando
uma carta de apresentação.
Esses relatos nos levaram a confirmar as informações obtidas junto aos
estagiários com exceção de alguns depoentes que os dados não condizem
totalmente com os comentários dos estagiários, uma vez que, em meio aos cento e
cinqüenta e quatro alunos estagiários (154), deste total trinta e cinco (35) alegaram
não ter recebido orientação, sendo estes alunos estagiários dos seus respectivos
163
orientadores de Estágio Curricular, a saber: os professores I, A, F
1
, G
3,
J, B, F
2
, E
1
, C
e D
1
.
Percebemos que os propósitos do Convênio (PPEI) firmado entre a
Universidade Federal de Santa Maria e os Sistemas de Ensino não foram
alcançadas, salvo duas exceções em que os professores depoentes o consideraram
como uma ajuda no aumento do número de vagas para os estagiários nas escolas.
Perante esse fato, um grupo de professores orientadores de Estágio
Curricular está tentando acordar um novo “convênio” com objetivo de estabelecer
uma “troca” entre as instituições de ensino, visando conseguir campo de estágio aos
alunos estagiários.
Notamos que os alunos estagiários foram bem recebidos nas escolas que
possuem uma tradição em receber estagiários de várias áreas, bem como nas
escolas em que os professores orientadores costumam enviar sistematicamente
seus estagiários. Porém, nas escolas em que os professores orientadores
juntamente com os estagiários procuram vagas pela primeira vez, sendo que essas
escolas já tiveram problemas com ex-estagiários a aceitação e recepção ocorre de
maneira mais “fria”, receosa.
Evidenciamos que os professores orientadores possuem formas peculiares
para preparar os alunos estagiários para a realização dos Estágios Curriculares, mas
para todos os depoentes essa preparação começou a partir das disciplinas de
“Conhecimento pedagógico de conteúdo”.
Constatamos que geralmente os alunos estagiários foram recebidos nas
escolas pela Diretora, Coordenadoras Pedagógicas e pelos professores regentes de
turma.
Percebemos que as orientações concedidas aos alunos estagiários pelas
escolas para a realização do Estágio Curricular se referem àquelas orientações
básicas acerca da parte burocrática que rege as escolas e, sobretudo, acerca do
comportamento dos alunos.
Evidenciamos a partir das narrativas de seis professores orientadores que
existem muitas diferenças de uma escola para outra. No entanto, essas diferenças
em resumo, referem-se às escolas que possuem uma tradição em receber
estagiários e as que estão começando a recebê–los, à dificuldade para conhecer
quem é o Diretor, Orientador Pedagógico, ao professor regente estar sempre
presente, ou se fazer ausente não acompanhando o estagiário, às escolas menores
164
principalmente as municipais nas quais os estagiários conseguem um contato direto
com o professor regente, às escolas que costumam receber estagiários há vários
anos e as que estão começando a recebê-los, as que se detêm ao cumprimento do
Programa de Ingresso ao Ensino Superior - PEIES e, acrescentando a isso, o fato do
estagiário já estar atuando como professor na escola.
Já na opinião de duas professoras entrevistadas não há muita diferença entre
as escolas, existe sim, pouca orientação aos estagiários e, sobretudo a escola o
considera como uma espécie de ajuda para aquele professor que está
sobrecarregado com muitas disciplinas, não entendendo que estes alunos
estagiários estão em processo de formação.
Por fim, em relação à implementação do currículo novo, percebemos na fala
de alguns (03) professores depoentes que a situação se agravou, devido tanto ao
aumento do número de horas quanto ao número de estagiários nas escolas, isso
acabou gerando excesso de trabalho tanto para o professor orientador, quanto para
o professor regente e prejudicando a qualidade no atendimento dos alunos
estagiários.
CONCLUSÕES
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
Tem mil faces secretas sob a face neutra
E te pergunta, sem interesse pela resposta,
Pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
(Carlos Drummond de Andrade)
Nossa investigação procurou “caracterizar a organização e o desenvolvimento
dos Estágios Curriculares nos Cursos de Licenciatura da Universidade Federal de
Santa Maria”. Nesse sentido, esperamos contribuir com sugestões, subsídios e
parâmetros que possam ser utilizados para proposta de melhorias nos processos
de organização e desenvolvimento do Estágio Curricular em Cursos de Licenciatura.
Quando iniciamos a pesquisa, imaginamos que o processo planejado para
coleta de informações junto aos sujeitos escolhidos seria facilmente implementando,
visto que tanto os alunos estagiários, como os professores orientadores de estágios
encontravam-se formalmente inseridos nos Cursos de Licenciatura em estudo.
Porém, quanto ao uso dos questionários, tivemos grandes dificuldades no
retorno deste instrumento. Nem sempre foi possível entregar os questionários para
uma turma de estagiários e esperar para recolhê-los, já preenchidos, no mesmo
momento/encontro; dessa maneira, houve um número maior de questionários
entregues e menor de recolhidos.
O baixo retorno dos questionários nos levou a suspeitar que talvez os
estagiários preferissem falar ao invés de escrever. Isso nos levou a pensar em outro
tipo de instrumento. Para isso, promovemos os grupos de discussão, os quais
também não contemplaram um grande número de participantes, agora, devido à
falta de disponibilidade de tempo, alegada pelos convidados a participar das
sessões de discussão, que foram agendadas em horários e locais específicos.
166
Mesmo assim, os encontros com esses grupos nos proporcionaram informações
complementar, àquelas obtidas com os do questionário.
De posse das informações coletadas, mediante esses dois instrumentos
mencionados, junto aos alunos estagiários, partimos para a realização das
Entrevistas individuais estruturadas com os professores orientadores de Estágio
Curricular, visando conhecer as principais idéias destes docentes acerca do tema
em estudo, bem como, confrontá-las com as informações já obtidas junto aos
estagiários.
Nesta busca de informações com os docentes orientadores de estágios dos
Cursos de Licenciatura da UFSM, também não foi possível contar com a
participação de todos os sujeitos envolvidos neste processo, novamente, devido a
falta de disponibilidade de tempo alegada pelos docentes convidados a nos
conceder a entrevista.
Neste estudo, pudemos perceber que todos os Cursos investigados
procuraram adaptar-se às 400 horas de Estágio Curricular previstos nas normativas
legais. Contudo, não há um padrão quanto às formas de organização dos Estágios
Curriculares, pois cada Curso procurou adequarem-se as suas especificidades.
Por exemplo, no Curso de Ciências Biológicas, Química e História, quanto ao
campo de estágio, os Cursos mencionados sugerem alguns espaços não formais de
ensino, o que não é previsto na Resolução CNE/CP 1/2002, em seu artigo 13,
parágrafo 3, quando faz referência ao “campo de estágio” para a formação de
professores, afirma-se que o estágio obrigatório deve ser realizado em escola de
educação básica.
Com a implementação do currículo novo decorrente da Resolução CNE/CP
2/2002, ampliou-se a carga horária para 400 horas de Estágio Curricular, fato este
que provocou certo “desconforto” para as escolas, tendo em vista, que aumentou
consideravelmente o número de alunos estagiários em sala de aula.
Perante essa constatação, e tendo em vista a proposição feita recentemente
pelo Parecer CNE/CP nº 5/2006, de um novo mínimo de 300 horas para o Estágio
Curricular na Formação de Professores. Entendemos que a questão primordial não
deve centrar-se na preocupação com o aumento ou com a diminuição da carga
horária destinada ao Estágio Curricular, mas sim, em encontrar meios para que ele
possa ser desenvolvido com qualidade, independentemente da quantidade de horas
estabelecida.
167
Assim, faz-se necessário e urgente, o estabelecimento de formas e/ou
programas de parcerias das agências formadoras com as redes de ensino, no
sentido de proporcionar atendimento/acompanhamento aos alunos estagiários tanto
na fase de preparação, como na fase de desenvolvimento do Estágio Curricular,
visando não prejudicar a integralidade no processo de formação inicial do futuro
profissional do ensino.
A análise dos Cursos investigados mostrou que para os alunos estagiários,
tanto as disciplinas relativas a “conhecimentos didáticos sobre a matéria de ensino”
(conhecimentos pedagógicos do conteúdo) quanto às disciplinas relativas ao
“conhecimento conceitual da matéria de ensino” (conhecimentos disciplinares)
contribuíram de alguma forma, para o desenvolvimento dos seus Estágios
Curriculares, bem como, proporcionaram uma base para a sua formação inicial.
No que tange à aceitação e à recepção dos alunos estagiários, essa boa
receptividade ocorre freqüentemente, sobretudo nas situações em que o professor
orientador costuma manter seus alunos numa mesma escola campo de estágio por
diversos anos consecutivos.
De modo geral, os alunos sinalizam que, no geral foram bem recebidos pelas
escolas que possuem tradição em recebê-los. Contudo, essa boa receptividade,
muitas vezes esconde um certo interesse, por parte das escolas, em “transformar”
os alunos estagiários em professores substitutos sem remuneração. As escolas
parecem não entender que os estagiários estão em processo de formação inicial,
construindo as bases que lhes darão suportes, para futuramente, exercer suas
atividades docentes de modo profissional.
No entanto, há alguns depoimentos dando conta de que as escolas que
receberam alunos estagiários com apatia, ou simplesmente não os receberam. O
motivo, nesses casos, costuma ser fruto de experiências negativas com os
estagiários egressos desses mesmos Cursos de Licenciatura em anos anteriores.
Ao analisarmos os aspectos que caracterizam o relacionamento entre aluno
estagiário e professor orientador, podemos afirmar que há um bom empenho da
maior parte desses docentes em atendê-los em qualquer momento em que haja
necessidade de auxílio, para melhoria na qualidade das aulas, bem como para
resolver as dificuldades encontradas em sala de aula.
Por outro lado, Os alunos estagiários consideram como aspectos negativos
nesses relacionamentos o fato do professor orientador não comparecer na escola
168
para observar as aulas. Essa questão é relativamente complexa e remete para a
necessidade de se discutir conjuntamente as atribuições das agências formadoras e
das escolas campo de estágios, no acompanhamento e na avaliação dos Estágios
Curriculares. Os alunos também apontam que a falta de tempo de alguns
orientadores para atendimentos individuais acarretavam orientações muito
genéricas.
Essa é uma questão institucional, para a qual sugerimos que a universidade
deva providenciar a contratação de mais docentes para trabalhar com as disciplinas
destinadas ao Estágio Curricular, visando proporcionar melhores formas de
atendimento aos alunos estagiários em fase de formação inicial. Além disso, a
universidade deveria fornecer meios para que os professores orientadores de
Estágio Curricular pudessem se deslocar até as escolas, isentos de quaisquer
custos financeiros. Uma medida como essa viria a auxiliar, também, os professores
substitutos que atuam nessas disciplinas e que recebem uma remuneração inferior a
de um professor efetivo.
Outro aspecto considerado como negativo, nessa relação entre professor
orientador e aluno estagiário diz respeito à maneira como o orientador procede
durante a observação das aulas do estagiário. Percebemos que os estagiários
clamam por uma observação qualitativa por parte do professor orientador, como
meio de proporcionar melhorias na qualidade das aulas, bem como do seu perfil
profissional.
O Convênio intitulado “Programa de Práticas Educativas Interinstitucionais –
PPEI”, firmado entre a Universidade Federal de Santa Maria, Secretaria Municipal de
Educação – SMED, Coordenadoria Regional de Educação – CRE e Sociedade Civil
Servos da Caridade e os Sistemas de Ensino, existe e é do conhecimento da maioria
(83%) dos orientadores entrevistados. Mas esses mesmos docentes informaram que
as escolas costumam alegar um total desconhecimento de tal convênio. Além disso,
parece não ter uma função específica, nem mesmo prática ou operacional, pois os
depoentes manifestaram a necessidade de firmar um “novo convênio” que desse
suporte para facilitar o acesso dos alunos estagiários às escolas campo de estágio.
Constatamos que existe uma preocupação por parte de alguns orientadores
de Estágio Curricular em proporcionar condições para conseguir campo de estágio
adequado para seus alunos estagiários. Para isso, há uma mobilização entre alguns
docentes da universidade, que estão realizando reuniões com Escolas de Educação
169
Básica - EEB tentando acordar um “novo convênio”, visando evitar os atuais
transtornos em busca de vagas para a realização de estágio.
A maioria (58,33%) dos professores orientadores também costumam
participar ativamente da inserção dos alunos estagiários nas escolas, fazendo
contatos e apresentando uma lista das escolas conveniadas com a Universidade
Federal de Santa Maria e concedendo uma carta de apresentação para o estagiário
levar à escola.
Em alguns casos esse primeiro contato com as escolas é feito diretamente
pelo aluno estagiário que procura a escola de acordo com os seus interesses e suas
necessidades pessoais para a realização do Estágio Curricular.
Perante as formas de orientação, utilizadas pelos professores orientadores
para preparar os alunos estagiários desenvolverem seus Estágios Curriculares,
podemos afirmar que não existem propriamente modelos de orientação, que sejam
seguidos por um conjunto razoável de orientadores, pois os professores orientadores
utilizam formas bem peculiares para preparar os estagiários. Todos os professores
entrevistados (12) utilizam as disciplinas que costumam tratar do “conhecimento
pedagógico de conteúdo”, para organizar e encaminhar as atividades de orientação
de Estágios Curriculares.
Nos chamou atenção também, a posição que os professores regentes têem
em relação às escolas concederem vagas para os alunos estagiários realizarem o
Estágio Curricular. Eles entendem isso como uma prestação de favor, e por isso o
estagiário em princípio deveria concordar com todas as imposições que a escola
venha lhe fazer.
Neste sentido, a escola parece não entender a sua co-responsabilidade no
processo de formação inicial, cobrando do estagiário maturidade profissional e
permitindo devido a presença do professor estagiário que o professor regente de
turma se ausente da escola durante seu horário de aula devido à presença do aluno
estagiário. O curioso é que esse estagiário está em processo de formação e precisa
imensamente de acompanhamento e de auxílio nesta fase da sua formação inicial.
Notamos que as diferenças entre as escolas estão centradas na maior ou
menor tradição em receber estagiários, na exigência ou não de seguir programações
curriculares padronizadas (como ocorre PEIES/UFSM), e da maior ou menor
exigência de que seus professores acompanhem os estagiários nas suas
responsabilidades.
170
Dessa maneira, acreditamos que as escolas que seguem o Programa de
Ingresso ao Ensino Superior - PEIES, estão criando obstáculos para os alunos
estagiários colocarem em prática o Projeto de Estágio. Eles tentam trabalhar
buscando romper com o ensino “tradicional”, mas no momento que pretendem por
em prática o ensino baseado no modelo de racionalidade prática as escolas o
restringem apenas ao papel de transmissor de conhecimentos científicos.
Muitas vezes, parece que todo o esforço dispendido para romper com a
formação docente concebida pelo modelo da racionalidade técnica, ressurge
novamente a todo o vigor, impedindo os estagiários de seguirem as perspectivas
atuais de formação de professores para a qual vêm sendo preparados.
De modo geral, percebemos que não há uma participação constante dos
professores regentes de turma junto aos alunos estagiários durante a realização do
Estágio Curricular. Dessa maneira, podemos afirmar que a responsabilidade pela
formação inicial do futuro professor está mais centrada na Instituição de Ensino
Superior - IES. Tendo em vista que as Escolas de Educação Básica – EEB, parecem
ainda não conceber o Estágio Curricular como uma forma de trabalho coletivo entre
as agências formadoras, conforme o previsto na Resolução CNE/CP 1/2002 em seu
artigo 13, parágrafo 3, quando faz referência à “colaboração entre os sistemas de
ensino”.
Consideramos de extrema importância esse trabalho conjunto entre as
Escolas de Educação Básicas – EEB e as Instituição de Ensino Superior, na medida
em que os professores das escolas são educadores que possuem experiência, a
qual foi construída no decorrer da sua atuação no contexto educativo. A participação
destes professores no processo formativo é essencial, porque eles conhecem a
realidade da escola, assim como dos alunos que a freqüentam e dessa maneira
podem contribuir para preparar melhor o seu futuro colega de profissão.
Mediante a análise sobre a forma como as Escolas de Educação Básica -
EEB realizaram o acompanhamento dos alunos estagiários, percebemos que estas
se centram apenas em diálogos com alguma das pessoas que fazem parte da
equipe diretiva da escola, por meio de reuniões realizadas semanalmente ou
quinzenalmente, ou fica a cargo do professor regente. Além disso, algumas escolas
não acompanham o aluno estagiário, somente verificam o livro ponto para se
certificarem do cumprimento das aulas assumidas pelo estagiário.
171
Neste sentido, consideramos preocupante a falta de acompanhamento das
escolas aos alunos estagiários nesta etapa, considerada essencial para a formação
inicial dos futuros professores. Porém, essa atitude das escolas nos levou a
perceber que elas ainda não conceberam o Estágio Curricular como um trabalho
coletivo que necessita dessa interação entre a universidade e escola para poder
formar docentes com “condições” de praticar um ensino significativo.
Duas outras questões que também nos chamam a atenção: uma delas se
refere as orientações que as escolas costumam transmitir aos alunos estagiários, as
quais dizem respeito ao compromisso com o “cumprimento do conteúdo”, a outra
questão refere-se a manutenção do bom comportamento dos alunos em sala de
aula. Assim, percebe-se que eles não receberam uma orientação pedagógica das
escolas, mas apenas uma orientação normativa.
Neste sentido, questionamo-nos mais uma vez: qual é a função do Estágio
Curricular? Cumprir normas, reproduzir os conteúdos propostos e manter a
disciplina?
Para nós, o Estágio Curricular deve ser considerado como um espaço de
formação, de aprendizagem, de produção de conhecimentos, de pesquisa, enfim, o
início da construção da identidade profissional e, sobretudo, encontro entre
experiência e conhecimento.
O Estágio Curricular configura-se como um espaço de formação, que tem a
função de colocar o futuro professor em contato com o seu campo de trabalho,
proporcionando-lhe uma experiência única, sobre como exercer sua futura profissão
em situações reais de ensino.
Contudo, nesta investigação apareceram alguns casos em que o Estágio
Curricular foi considerado como uma fase de experiências negativas, devido
principalmente, à indisciplina dos alunos das Escolas de Educação Básica – EEB,
situação essa para a qual os estagiários não foram preparados, o que ajudou a
formar uma idéia decepcionante da realidade escolar, no momento atual. Em seus
registros e depoimentos os estagiários não deixaram indicadores que permitissem
perceber aprendizagem específicas de vida à realização de seus estágios.
Nas informações levantadas, pudemos afirmar que o Estágio Curricular é
considerado de extrema importância para a formação inicial dos futuros professores,
pois proporciona a inserção do aluno estagiário na realidade escolar. Parece
172
também ter um papel decisivo no momento de definir ou reafirmar a opção
profissional.
Neste contexto, gostaríamos de retomar alguns aspectos considerados de
grande relevância na formação inicial de professores, tais como: a questão das
visitas nas escolas pelos professores orientadores de estágio, a ausência do
professor responsável pela turma, a falta de acompanhamento das escolas aos
alunos estagiários, o Convênio Programa de Práticas Educativas Interinstitucionais –
PPEI, firmado entre a Universidade Federal de Santa Maria e os Sistemas Públicos
de Ensino, a heterogeneidade nas orientações de estágio, a questão da indisciplina
dos alunos da Educação Básica apontada como um problema com o qual os
estagiários não sabem/conseguem lidar.
No nosso entendimento, a visita dos professores orientadores de estágio as
escolas campo de estágio as escolas campo de estágio devem ser repensada,
devido as dificuldades apresentadas em nosso estudo.
Nesta perspectiva, acreditamos que uma das possibilidades para um maior
comprometimento, bem como uma interação entre universidade escola na formação
inicial dos alunos estagiários seria a formação de Grupos de Trabalho para o
Desenvolvimento e Acompanhamento Compartilhado de Estágio Curricular –
GTDACEC, conforme estudos realizados no âmbito do projeto COTESC
(TERRAZZAN, 2006) os quais contaram com a participação de professores regentes
de turma das Escolas de Educação Básica – EEB, exercendo a função de tutores,
por nós denominados tutores, alunos de licenciaturas em situação de Estágio
Curricular e docentes universitários, como orientadores de estágio. Um desses
estudos (KIST e TERRAZZAN, 2007) evidenciam grandes possibilidades, mas
também vários condicionantes no sentido de promover ações conjuntas do fazer
pedagógico, colocando a escola e a universidade juntas no acompanhamento efetivo
e produtivo para ambas as instituições envolvidas neste processo formativo.
Quanto à ausência do professor responsável pela turma no horário em que o
estagiário está ministrando aulas, assim como a falta de acompanhamento por parte
das Escolas de Educação Básica – EEB, dos alunos estagiários no decorrer do
estágio, entendemos essa atitude como muito preocupante, pois mostra que apesar
da legislação vigente no Brasil orientar claramente que a escola também deve ser
responsável pela formação desse professor, ainda não existe, condições efetivas
para uma co-responsabilidade na formação inicial do seu futuro colega de profissão.
173
Em relação ao Convênio “Programa de Práticas Educativas Interinstitucionais
– PPEI”, firmado entre a UFSM e os Sistemas Públicos de Ensino, compreendemos
que, da maneira como ele está proposto não tem uma função específica, pois o
referido documento apenas menciona a possibilidade de fazer estágios nas escolas
da rede municipal, da rede Estadual ou ainda na escola Pão dos Pobres, sem
nenhum indicador de apoio para a operacionalização desse processo.
Acreditamos que um convênio desse tipo seja necessário, porém só se torna
importante e efetivo se for repensado/reelaborado, tendo em vista que a
necessidade de estabelecer a organização de serviços de estágios para facilitar o
acesso dos alunos estagiários as escolas campo de estágio.
A questão da heterogeneidade nas formas de orientações dos estágios não
pode ser valorada independentemente de uma avaliação das diversas estruturas
curriculares dos diferentes Cursos de Licenciatura. No momento, o que se pode
afirmar é que há extrema dificuldades de se discutir e de se estabelecer normas
mínimas de orientação para tais estágios.
Outro fator marcante abordado pelos alunos estagiários, se refere a questões
de indisciplina de alunos da Educação Básica, os quais alegaram não ter recebido
nenhum preparo por parte da Instituição de Ensino Superior – IES para lidar tais
situações.
No nosso entendimento, a indisciplina é apenas mais um dos assuntos não
tratados nos Cursos de formação de professores. No caso da Universidade Federal
de Santa Maria não há uma disciplina de caráter mais geral e que seja comum a
todas as Licenciaturas, a exemplo de uma que articule conhecimentos relativos a
Didática, ao Currículo, e as Práticas Pedagógicas ou Práticas Docentes, onde
estejam todos os licenciandos presentes. Não há espaço nas programações
curriculares atuais das chamadas Didáticas específicas para tais discussões.
Por fim, ao longo do nosso estudo concluímos que, para haver melhorias na
formação inicial não basta a Instituição de Ensino Superior – IES adaptar-se ao
cumprimento de aspectos primários das normativas legais (tais como as 400 horas
de atividades de Estágio Curricular). Faz-se necessário buscar formas de interação
que estimulem um comprometimento intenso dos formadores de professores que
atuam nas Escolas de Educação Básica – EEB e nas Instituições de Ensino Superior
– IES, no sentido de proporcionarem acompanhamento efetivo, visando superar
174
algumas dificuldades enfrentadas pelos estagiários no decorrer do desenvolvimento
de seus estágios.
Neste sentido, esta pesquisa nos trouxe também várias indagações e
dúvidas, tendo em vista que o “Estágio é um centro de questionamentos”. Mas,
diante dessas inquietações pretendemos continuar a investigar também em outras
Instituições de Ensino Superior - IES, o modo de organização e desenvolvimento do
Estágio Curricular em seus Cursos de Licenciatura, visando encontrar caminhos que
conduzam a superação das dificuldades enfrentadas para dimensões mais
produtivas.
Numa perspectiva de continuidade desse estudo, os participantes do Projeto
de Pesquisa DIPIED
,
citado anteriormente, estarão ampliando as ações
investigativas procurando compreender a estrutura e o funcionamento dos Cursos de
Licenciatura da UFSM em sua totalidade.
175
REFERÊNCIAS
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Estágios Supervisionados e os Estilos de Orientação. In: ENCONTRO NACIONAL
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Anais...
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São Paulo/BR: Papirus, 1991. ISBN 85-308-
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BARDIN, Laurence.
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São Paulo/BR: T. A. QUEIROZ Editor, 1991. (Biblioteca Básica de Ciências
Sociais Série 2. Textos; v.7).
SILVA, Marcos Antonio da.
História:
O Prazer em ensino e Pesquisa. São Paulo/BR:
Brasiliense, 1995. ISBN 85-11-13115-9.
SZYMANSKI, Heloisa (org).
A entrevista na pesquisa em educação:
a prática reflexiva.
Brasília/BR: Plano Editora, 2002.
(Série “Pesquisa em Educação”,4). ISBN 85-85946-43-1.
TARDIF, Maurice.
Saberes docentes e formação profissional.
Tradução Francisco Pereira
de Lima. 3 ed. Petrópolis/BR: Vozes, 2002. ISBN 85-326-2668-8.
TERRAZZAN, E. A., DUTRA, E. F.; WINCH, P. G.; SILVA, A. A. Configurações Curriculares em
Cursos de Licenciatura e Formação Identitária de Professores. In:
Revista Diálogo
Educacional,
v. 8, n. 23, janeiro/abril 2008. ISSN 1518-3483. Disponível em:
http://www.2.pucpr.br/reol/index.php/DIALOGO?dd1=1829&dd99=view>. Acesso em: 16 Abr.
2008.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva.
Introdução à pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa
qualitativa em educação.
São Paulo/BR: Atlas, 1994. ISBN 85-224-0273-6.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Artes Visuais. Aprovado na Sessão 642ª do CEPE/UFSM em 30 de Janeiro de
2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Bacharelado e Licenciatura Plena em Ciências Biológicas. Aprovado na Sessão 660ª do
CEPE/UFSM em 14 de Janeiro de 2005. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa
Maria, Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD/UFSM).
188
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Educação Física. Aprovado na Sessão 655ª do CEPE/UFSM em 24 de
Setembro de 2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de
Graduação (PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Filosofia. Aprovado na Sessão 642ª do CEPE/UFSM em 30 de Janeiro de
2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Física. Aprovado na Sessão 660ª do CEPE/UFSM em 14 de Janeiro de 2005.
Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Geografia. Aprovado na Sessão 641ª do CEPE/UFSM em 16 de Janeiro de
2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
História Licenciatura Plena e Bacharelado. Aprovado na Sessão 643ª do CEPE/UFSM em 13
de Março de 2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de
Graduação (PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Letras Português e Literaturas de Língua Portuguesa. Aprovado na Sessão
642ª do CEPE/UFSM em 30 de Janeiro de 2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de
Santa Maria, Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Letras/Inglês e Literaturas de Língua Inglesa. Aprovado na Sessão 642ª do
CEPE/UFSM em 30 de Janeiro de 2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa
Maria, Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Letras/Espanhol e Literaturas de Língua Espanhola. Aprovado na Sessão 642ª
do CEPE/UFSM em 30 de Janeiro de 2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa
Maria, Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Matemática. Aprovado na Sessão 651ª do CEPE/UFSM em 02 de Julho de
2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD/UFSM).
189
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Música. Aprovado na Sessão 659ª do CEPE/UFSM em 17 de Dezembro de
2004. Santa Maria/BR: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD/UFSM).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Projeto Político Pedagógico do Curso de
Licenciatura em Química. Aprovado na Sessão 651ª do CEPE/UFSM em 02 de Julho de 2004.
Santa Maria/BRA: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de Graduação
(PROGRAD/UFSM).
190
APÊNDICES
191
APÊNDICE 1
Questionários Inicial Elaborado para os Alunos Estagiários em fase
inicial de Estágio Curricular
Questionário Final Elaborado para os Alunos Estagiários em fase final
de Estágio Curricular
192
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
QUESTIONÁRIO PARA ALUNOS-ESTAGIÁRIOS DE CURSOS DE LICENCIATURA DA
UFSM
Prezado(a) Estagiário(a)
Estamos realizando um estudo sobre as relações entre Universidade e Escola referentes às atividades
de Formação Inicial e Continuada de professores. Um dos aspectos centrais do nosso estudo relaciona-
se ao desenvolvimento dos Estágios Curriculares Pré-Profissionais. Por isso, seria de extrema
importância se pudéssemos contar com algumas das suas impressões e de seus registros sobre esta
vivencia que se inicia, pois assim esse estudo adquirirá maior representatividade. A idéia é que
possamos contribuir para a elaboração de parâmetros que sirvam para a melhoria das novas
configurações desses estágios nos Cursos de Licenciatura.
Caso concorde em colaborar, apresentamos algumas questões para você responder. As informações
serão mantidas, como é de praxe neste tipo de estudo, em absoluto sigilo, sendo que nossas
conclusões serão divulgadas sempre de modo genérico. Os resultados decorrentes deste estudo serão
informados diretamente a todos que prestaram colaboração com as suas informações.
Até o inicio do próximo semestre estaremos sistematizando os resultados das respostas dos
questionários devolvidos. Esta sistematização será disponibilizada para consulta na sala 3289 do CE,
sede do projeto DIPIED. Se preferir, enviaremos essa sistematização para o seu endereço eletrônico.
Obrigado(a),
Equipe DIPIED
Contatos
Telefone: 3220-9413
E-mail: brasucaya@yahoo.com.br (Fabiana) // sandraagostini04@yahoo.com.br (Sandra)
193
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
QUESTIONÁRIO INICIAL PARA ALUNOS-ESTAGIÁRIOS DE CURSOS DE LICENCIATURA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:____________________________________________________________________
Telefone:________________________________E-mail: ____________________________
Curso de Licenciatura: _______________________________________________________
Escola de Estágio: __________________________________________________________
Disciplina: ___________________________ Turma: _______________Série: ___________
Professor(a) regente: ________________________________________________________
Professor(a) orientador(a): ____________________________________________________
BLOCO I - CONHECIMENTO SOBRE O CURSO
1. Como os Estágios Curriculares estão estruturados no seu Curso de Licenciatura ?
N° Disciplina
Carga
Horária
Semestre Função/objetivo
1
2
3
4
5
2. Em que semestre do curso você se encontra?
3. Qual “disciplina” corresponde a seu Estágio Curricular neste momento?
4. Que tarefas estão propostas neste momento para a realização do seu Estágio Curricular?
5. Quais as principais características do modelo de Estágio Curricular que você está praticando neste
momento?
BLOCO II - CONCEPÇÕES DE ESTÁGIO
6. O que você entende por Estágio Curricular na formação de um profissional de nível superior?
7. Que papel você atribui ao Estágio Curricular especificamente num Curso de Licenciatura?
194
8. Que condições você considera que devam ser oferecidas para a realização adequada do Estágio
Curricular, pela:
a) universidade;
b) escola.
BLOCO III - EXPECTATIVAS SOBRE O ESTÁGIO
9. Para a realização de seu estágio, o que você espera do(a):
a) professor(a) orientador(a);
b) professor(a) regente (responsável pela turma de estágio).
10. Enumere alguns desafios e/ou dificuldades que você imagina que poderão surgir durante o período
de realização desse Estágio Curricular.
BLOCO IV - PREPARAÇÃO PARA O ESTÁGIO
11. Como você avalia a preparação que seu curso lhe proporcionou, para o desenvolvimento das
atividades docentes referentes ao Estágio Curricular?
12. Quais disciplinas mais auxiliaram?
13. Como você foi orientado para conseguir sua vaga para o Estágio Curricular?
14. Como foi feita a escolha da escola para a realização do Estágio Curricular?
15. Como foi feita a escolha da turma para a realização do Estágio Curricular?
BLOCO V - REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
16. De que forma você foi recebido e como está sendo a sua relação com a escola?
17. Foram apresentadas normas para a realização do Estágio Curricular? Em caso afirmativo, quem as
apresentou e de que forma (oral, escrita, reunião, individualmente). Comente sua resposta.
18. Quanto tempo você destina semanalmente para:
a) a preparação das atividades referentes ao estágio;
b) a realização do estágio propriamente dito.
19. Com que freqüência seu Estágio Curricular está sendo acompanhado pelo(a):
a) professor(a) orientador(a);
b) professor(a) regente (responsável pela turma de estágio);
c) escola.
20. Como está sendo realizado este acompanhamento,
a) pelo professor(a) orientador(a);
b) pelo professor(a) regente (responsável pela turma de estágio);
c) pela escola
195
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
QUESTIONÁRIO FINAL PARA ALUNOS-ESTAGIÁRIOS DE CURSOS DE LICENCIATURA
Prezado(a) estagiário(a)
Novamente nos dirigimos a você para colher algumas informações para o estudo que estamos
realizando.
Como você pode observar, algumas poucas questões são retomadas, pois gostaríamos de
registrar e acompanhar as eventuais modificações ocorridas na realização do seu Estágio Curricular,
desde o nosso primeiro contato.
Esperamos contar mais vez com sua valiosa contribuição, pois entendemos que quanto mais
abrangente e representativa for nossa amostra, tanto maior poderá ser nossa contribuição para
subsidiar melhorias no processo de organização e desenvolvimento dos Estágios Curriculares na
Formação Inicial de Professores.
As informações serão mantidas, como é de praxe neste tipo de estudo, em absoluto sigilo, sendo
que nossas conclusões serão divulgadas sempre de modo genérico. As análises decorrentes desse
estudo serão informadas diretamente a todos que prestarem colaboração com suas informações, para
que cada um também possa avaliar nosso trabalho.
Desde já, agradecemos sua colaboração.
Equipe Dipied
Contatos
Telefone: 3220-9413
E-mail: . [email protected].br (Fabiana)
[email protected].br (Sandra)
[email protected].br (Eduardo)
Orientações Gerais:
Em anexo, seguem folhas identificadas por blocos para facilitar o registro de suas respostas,
bem como para facilitar o nosso trabalho de tabulação.
Procure numerar as respostas de acordo com as perguntas correspondentes.
Use o verso das folhas, caso o espaço reservado não seja suficiente.
196
BLOCO I - CONHECIMENTO SOBRE O CURSO
1. Em que semestre do curso você se encontra?
2. Qual “disciplina” corresponde a seu Estágio Curricular neste momento?
BLOCO II - CONCEPÇÕES DE ESTÁGIO CURRICULAR
3. Que papel você atribui ao Estágio Curricular (EC) na formação de futuros(as) professores(as)?
4. Que condições você considera que devam ser oferecidas para a realização adequada do Estágio
Curricular, pela:
c) Universidade;
d) Escola.
(
enumere e caracterize as condições indicadas
)
BLOCO III – REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR
5. Quanto tempo durou seu EC:
a) em meses e/ou semanas, na disciplina correspondente do seu curso;
b) em termos de horas-aula trabalhadas na turma de estágio.
(caso não disponha de números “exatos”, indique-os aproximadamente)
6. Você considera esses tempos suficientes? Por quê?
7. Que desafios, dilemas ou dificuldades você enfrentou durante a realização de seu EC neste
semestre? Procure identificá-los e caracterizá-los individualmente.
8. Como você superou tais desafios, dilemas ou dificuldades.
9. Que inovações, em termos de prática de sala de aula, você introduziu durante a realização do seu
Estágio Curricular neste semestre? Identifique tais inovações e comente-as.
10. Que avaliação você faz destas inovações?
11. Como você avalia o seu próprio desempenho durante o EC?
BLOCO IV - INTERAÇÕES ENTRE ESTAGIÁRIO PROF.(A) REGENTE DE TURMA E
PROF(A) ORIENTADOR DO ESTÁGIO)
12. Que tipo de acompanhamento você recebeu do seu professor(a) regente da turma de estágio?
13. Houve algum tipo de encontro e/ou reunião com o(a) professor(a) regente da turma durante seu
EC?
Em caso afirmativo, qual a periodicidade desses encontros e/ou reuniões? (semanal, quinzenal,
mensal, etc)
O que foi tratado nesses encontros e/ou reuniões? (procure enumerar e caracterizar)
14. Comente, de forma geral, como foi seu relacionamento com o(a) professor(a) regente da turma,,
apontando aspectos que você considera positivos e negativos.
15. Que tipo de acompanhamento você recebeu do seu professor(a) orientador(a) de estágio
?
16. Houve algum tipo de encontro e/ou reunião com o(a) professor(a) orientador(a) de estágio?
Em caso afirmativo, qual a periodicidade desses encontros e/ou reuniões? (semanal, quinzenal,
mensal, etc)
O que foi tratado nesses encontros e/ou reuniões? (procure enumerar e caracterizar)
197
17. Comente, de forma geral, como foi seu relacionamento com o(a) professor(a) orientador(a),
apontando aspectos que você considera positivos e negativos.
18. Comente sobre a participação do(a) professor(a) regente:
a) na elaboração de seus planejamentos;
b) na condução das aulas;
c) no enfrentamento dos desafios e/ou dificuldades que você vivenciou;
d) na avaliação de seu EC.
19. Comente sobre a participação do(a) professor(a) orientador(a) do estágio:
a) na elaboração de seus planejamentos;
b) na condução das aulas;
c) no enfrentamento dos desafios e/ou dificuldades que você vivenciou;
d) na avaliação de seu EC.
BLOCO V – AVALIAÇÃO GERAL E SUGESTÕES PARA A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
CURRICULAR
20. Qual a avaliação final que você faz do estágio que acaba de realizar, considerando como um todo?
21. Após ter vivenciado esta experiência do EC, que sugestões você deixaria para serem assumidas e
implementadas:
a) pelas Universidades;
b) pelas Escolas de Educação Básica.
22. Você gostaria de acrescentar algum comentário/sugestão sobre a relação entre:
a) Estagiário e Escola;
b) Estagiário e Universidade.
BLOCO VI - PERSPECTIVAS FUTURAS
23. Você pretende seguir carreira docente na Educação Básica?
Justifique sua resposta, buscando fatores que influíram nessa sua pretensão.
24. Em que medida a realização desse EC colaborou para sua decisão na questão anterior?
25. Você pretende ser pesquisador na área de Educação/Ensino?
198
APÊNDICE 2
Roteiro Entrevista Estruturada Elaborada para os Professores
Orientadores de Estágios Curriculares da UFSM
199
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO –
DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
ENTREVISTA COM ORIENTADORES DE ESTÁGIO
DOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM
ROTEIRO PARA REALIZAR A ENTREVISTA – 1ª ETAPA – 1ª PARTE
Bloco I. Informações Pessoais e Profissionais
1. Nome Completo:
___________________________________________________________________________________________
2. Contato:
E-mail:_______________________________________________________________________________
Telefone:_____________________________________________________________________________
Celular:_______________________________________________________________________________
3. Formação:
Graduação (Curso/Inst./Ano):_____________________________________________________________
Especialização:________________________________________________________________________
Mestrado:____________________________________________________________________________
Doutorado:___________________________________________________________________________
4.Tempo de serviço na UFSM (Anos e Meses):
___________________________________________________________________________________________
5. Curso(s) de graduação em que atua na UFSM e disciplina(s) que costuma ministrar nesse(s) curso(s):
6. Situação funcional (tipo de vínculo com a UFSM):
__________________________________________________________________________________________
7. Experiências em outra Instituição de Ensino Superior (IES), particularmente em atividades de orientação
de Estágio Curricular (EC):
__________________________________________________________________________________________
N. Curso de Graduação UFSM
Disciplinas que Ministra
01
02
03
200
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
ENTREVISTA COM ORIENTADORES DE ESTÁGIO
DOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM
ROTEIRO PARA REALIZAR A ENTREVISTA – 1ª ETAPA – 2ª PARTE
Bloco II. Contato inicial com as Escolas de Educação Básica (EEB) e preparação dos Estagiários
para o Estágio Curricular
a) Preparação por parte da IES
8. Como é feito o contato com as escolas campo de estágio? Quem é o responsável por esse
contato: orientador, aluno, coordenação do curso, etc...? Em que medida o Convênio firmado
entre a UFSM e os Sistemas de Ensino está sendo utilizado para conseguir vagas para os
estagiários nas EEB?
09. Descreva as ações/atividades/formas que você utiliza para preparar os alunos-estagiários para
desenvolverem seus EC? Como isso acontece e o que é discutido?
10. Que mecanismos você utiliza para discutir questões referentes aos estágios de seus alunos com
as equipes diretivas e/ou professores das escolas? Como isso acontece e o que é discutido?
b) Preparação por parte das EEB
11. As escolas, em que seus alunos costumam estagiar, possuem normas, critérios e/ou regras para
a realização do EC? Você poderia comentar identificando as escolas?
12. Que orientações os estagiários costumam receber das escolas e dos professores responsáveis
por turma a realização do EC? Há muita diferença entre as escolas?
13. Normalmente, como se dá o processo de aceitação e de recepção de estagiários nas escolas?
Quem os recebe? De que forma? Houve modificações na postura das escolas em relação a
esse processo, devido à implementação do currículo novo?
14. Você gostaria de acrescentar algum comentário sobre o assunto deste bloco?
Bloco III. Formação docente
15. Como você se tornou professor orientador de estágio em Cursos de Licenciatura?
16. Como aprendeu a fazer este tipo de trabalho?
17. Se pudesse escolher, você permaneceria como responsável pela disciplina de EC? Comente,
por favor.
18. Você gostaria de acrescentar algum comentário sobre o assunto deste bloco?
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
201
ENTREVISTA COM ORIENTADORES DE ESTÁGIO
DOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM
ROTEIRO PARA REALIZAR A ENTREVISTA – 2ª ETAPA
Bloco I. Organização do Estágio Curricular
a) Currículo antigo
1. Há alunos que ainda cursam o currículo antigo? Como está ocorrendo (ou ocorreu) a transição do
currículo antigo para o novo?
2. Quais são (eram) as disciplinas de Estágio Curricular no currículo antigo? Como elas são (eram)
distribuídas por semestre?
3. Quantas horas o estagiário deve (devia) trabalhar em sala de aula com os alunos da EB?
4. Quais são (eram) os critérios para distribuição dos alunos, em situação de EC, entre os
professores orientadores?
b) Currículo novo
5. No currículo novo, quais são as disciplinas referentes ao EC e como estão distribuídas por
semestre?
6. Qual a carga total prevista no Curso para a realização do EC? Com está carga horária está
distribuída nas disciplinas de EC?
7. Há alguma orientação prevista pelo curso para a distribuição das horas, em cada disciplina de
EC, entre atividades de orientação e trabalhos em sala de aula com alunos das EEB?
8. Na oferta de disciplinas por matrícula semestral dos alunos, o curso reserva espaço na grade
horária semanal para a quantidade total de horas previstas nas disciplinas de Estágio Curricular?
Em caso afirmativo, como isso tem sido feito?
9. Há pré-requisitos para que o aluno possa cursar as disciplinas de EC? Em caso afirmativo, quais
são eles? Como você avalia a adequação desses pré-requisitos? Como a coordenação costuma
agir em relação ao cumprimento desses pré-requisitos?
10. Na tradição anterior, os Cursos de Licenciatura costumavam alocar o EC em uma ou mais
disciplinas chamadas “Prática de Ensino”. Nas novas configurações, há previsão de cargas
horárias próprias para Prática como Componente Curricular (PCC) e para EC? Como você
avalia o encaminhamento dado a esse aspecto no curso em que você atua?
11. Você gostaria de acrescentar algum comentário sobre o assunto deste bloco?
Bloco II. Desenvolvimento e Acompanhamento do EC
a) Aspectos relativos à IES
12. Como você realiza a orientação dos estagiários? (dinâmicas, encontros, periodicidade).
13. Quais as dificuldades mais freqüentes com as quais os estagiários se defrontam? Como eles
costumam superar essas dificuldades?
202
14. Que características você considera essenciais para o profissional que atua na orientação de
Estagiários em Cursos de Licenciatura?
b) Aspectos relativos às EEB
15. Como acontece a participação do professor responsável pela turma no desenvolvimento e
acompanhamento do EC?
16. Existe algum tipo de encontro entre estagiário e professor responsável pela turma para
discussão das atividades desenvolvidas pelo estagiário (planejamento didático, gestão da
classe, avaliação dos alunos, dificuldades apresentadas pelos estagiários)?
17. Existe algum tipo de encontro entre o estagiário, o professor responsável pela turma e você,
orientador? Em caso afirmativo, especifique:
18. Além de ministrar aulas, de que outras atividades o estagiário costuma participar na escola em
que estagia? Que orientações o estagiário recebe da escola e do professor responsável pela
turma nesse sentido?
19. Você gostaria de acrescentar algum comentário sobre o assunto deste bloco?
Bloco III. Avaliação do EC
a) Avaliação feita pela IES
20. Como você orientador de EC, costuma avaliar seus estagiários?
21. Além de você, orientador de EC, há outros formadores envolvidos na avaliação dos EC? Em
caso afirmativo, especifique:
b) Avaliação feita pela EEBs
22. De que forma as escolas campo de estágio realizam a avaliação dos alunos de Licenciatura que
nela estagiam? Como elas acompanham o desempenho e a freqüência dos seus estagiários?
23. Qual o papel do professor responsável pela turma nessa avaliação?
24. Você gostaria de acrescentar algum comentário sobre o assunto deste bloco?
Bloco IV. Inovações Educacionais e realização do EC
25. Que aspectos inovadores você poderia destacar no processo de organização e de
desenvolvimento do EC de seus alunos?
26. Em que medida você avalia que os seus alunos-estagiários estão desenvolvendo propostas
pedagógicas inovadoras durante a realização de seus Estágios Curriculares?
27. Você gostaria de acrescentar algum comentário sobre o assunto deste bloco?
203
APÊNDICE 3
Roteiro para Análise de Documentos
204
ROTEIRO PARA ANÁLISE DE DOCUMENTOS
No que se refere análise das normativas legais sobre a formação de professores, primeiramente
verificamos os seguintes Pareceres e Resoluções, a saber:
Resolução CNE/CP, que estabelece as Diretrizes Curriculares do Curso de Licenciatura
(específica para cada Curso de Licenciatura).
Parecer CNP/CP 9 e 27/2001, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de
Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena.
Parecer CNP/CP 27/2001, que dá nova redação ao item 3.6, alínea c, do Parecer CNE/CP
09/2001que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores da
Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena;
Resolução CNE/CP 1/2002, estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de
Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena.
Parecer CNE/CP 21 e 28/2001, que trata da duração e carga horária dos Cursos para Formação
de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena.
Parecer CNE/CP 28/2001, que dá nova redação ao item 3.6, alínea c, do Parecer CNE/CP
09/2001que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores da
Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena.
Resolução CNE/CP 2/2002, estabelece a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura,
de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior.
Logo após, a verificação dos documentos citados, passamos a buscar algumas informações
referentes aos seguintes itens:
Estrutura do documento
Ano de elaboração do documento;
Itens que compõem o PPP referente a cada Curso de Licenciatura;
Proposições dos documentos com relação à realização dos Estágios Curriculares;
Distribuição e duração do Estágio Curricular Supervisionado;
Formas de orientação, acompanhamento e avaliação dos Estágios Curriculares;
Formas de articulação entre Universidade e Escola na Formação Inicial de Professores.
Responsabilidades atribuídas as IES e as EBB na realização dos Estágios Curriculares.
205
APÊNDICE 4
Exemplar de Tabulação dos Questionários
206
TABULAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS INICIAL REFERENTE AO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO
2º SEMESTRE 2006 (N=10)
12- Quais as disciplinas mais auxiliaram? [para a realização do Estágio Curricular]
Tabela 01
Freqüência das
Indicações
. de ordem Idéias Centrais Código do Aluno
f
01
Didática da Educação Física
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A03
2S-06-EF-A04
2S-06-EF-A04
2S-06-EF-A05
2S-06-EF-A06
2S-06-EF-A07
2S-06-EF-A08
2S-06-EF-A09
2S-06-EF-A10
10
02
Didática Especial de Educação Física A
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A03
2S-06-EF-A06
2S-06-EF-A07
2S-06-EF-A08
2S-06-EF-A10
6
03
Psicologia da Educação “A”
2S-06-EF-A09
2S-06-EF-A07
2S-06-EF-A08
3
04
Prática de Ensino em Educação Física A
2S-06-EF-A10 01
05
Políticas Públicas e Gestão na Educação
Básica
2S-06-EF-A10 01
06
Fundamentos da Educação Física II
2S-06-EF-A07 01
07
Ginástica I
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A02
2S-06-EF-A04
2S-06-EF-A05
2S-06-EF-A08
05
08
Ginástica II
2S-06-EF-A02
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A05
2S-06-EF-A08
04
09
Ginástica III
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A05
2S-06-EF-A07
2S-06-EF-A08
04
10
Jogos esportivos coletivos I
2S-06-EF-A07 01
207
13- Como você foi orientado para conseguir sua vaga para o Estágio Curricular?
Tabela 02
Freqüência das
Indicações
N. de ordem
Idéias Centrais
Código do Aluno
F
01
Por escolha do professor orientador
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A03
02
02 Pelo professor orientador
2S-06-EF-A02
2S-06-EF-A07
02
03
Mediante um contato prévio do Professor
orientador com a escola
2S-06-EF-A05
01
04
A partir da lista de escolas cadastrada
oferecida pelo professor orientador
2S-06-EF-A06
01
05
Por meio de reuniões na disciplina
Prática de Ensino
2S-06-EF-A10
01
06 Não entenderam a questão proposta
2S-06-EF-A04
2S-06-EF-A08
2S-06-EF-A09
03
208
16- De que forma você foi recebido e como está sendo a sua relação com a escola?
Tabela 03
Freqüência das
Indicações
N. de ordem Idéias Centrais Código do Aluno
f
01
Muito bem recebido
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A02
2S-06-EF-A03
2S-06-EF-A04
2S-06-EF-A05
2S-06-EF-A06
2S-06-EF-A07
2S-06-EF-A08
2S-06-EF-A09
2S-06-EF-A10
10
Freqüência das
Indicações
N. de ordem Idéias Centrais Código do Aluno
f
01 Boa relação
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A02
2S-06-EF-A03
2S-06-EF-A04
2S-06-EF-A05
2S-06-EF-A06
2S-06-EF-A07
2S-06-EF-A08
2S-06-EF-A10
09
02
Falta receptividade por parte do corpo
docente
2S-06-EF-A09
01
209
20- Como está sendo realizado este acompanhamento,
c) pela escola
Tabela 04
Freqüência das
Indicações
N. de ordem
Idéias Centrais Código do Aluno
f
01
Conversa informal com a
Coordenadora Pedagógica.
2S-06-EF-A01
2S-06-EF-A03
02
02
Mediante observação das aulas e
conversas depois destas com
professor regente.
2S-06-EF-A07
01
03
Todas as aulas.
2S-06-EF-A04
01
04
Livro-ponto.
2S-06-EF-A05
2S-06-EF-A10
02
05
A escola não está acompanhando
2S-06-EF-A02 01
06
Não entenderam a questão
proposta
2S-06-EF-A08
2S-06-EF-A09
02
07
Não respondeu
2S-06-EF-A06 01
210
APÊNDICE 5
Tabulação dos Grupos de Discussão Realizados com os Alunos
Estagiários nos Cursos de Licenciatura da UFSM
212
212
Tabulação Grupo de Discussão Realizado com os Alunos Estagiários nos Cursos de Licenciatura da UFSM
Questão 3- Que disciplinas mais auxiliaram para a realização dos seus Estágios Curriculares?
Categoria Curso
Informações obtidas
Geografia
- Geografia e Ensino I, II, III, IV e V.
- Psicologia da Educação
- Ensino e Pesquisa
Educação Física
- Eu acho que todas igualmente, Didática, Biomecânica, Cinesiologia, Musculação
- Ginástica I,II e III
- Esporte Coletivo
- Desenvolvimento Motor
Letras/Portuguê
s
- Lingüística
- Sociolingüística
- Didática
Música
- Percepção
- Didática
- Educação Musical
- Eu acho que essa parte que a gente os conteúdos da Música (...)
- Prática Educativa
- Psicologia
Física
- Didática I e II
- Psicologia Da Educação
- Instrumentalização B
História
- Didática
- Os laboratórios I, II,III e IV
- História do Brasil I, II e III
- Brasil Republicano
- História do Rio Grande do Sul, todos os conteúdos históricos.
Letras/ Inglês
- Didática, as outras cadeiras não muito contribuíram.
Artes Visuais
- Metodologia, onde a gente já propõe um projeto pro nosso estagiário (...) no ranque é a primeira, depois as demais disciplinas acho que
também
- Eu não elencaria uma disciplina como a mais importante
Ciências
Biológicas
- Foram poucas que auxiliaram (...) mais importante foram as de ensino, na verdade as pedagógicas elas trabalham um pouco como trabalha ,
mas se tu não tivesse conhecimento
- Fundamentos da Educação auxilio, porque foi o primeiro encontro com algo ligado a educação, a gente começou a pensar sobre educação e
isso facilitou depois o trabalho
Matemática
- Laboratório da Educação Matemática, Didática da Matemática
Química
Seção01
- As básicas
Filosofia
- Eu considero que as disciplinas que mais auxiliaram né são aquelas disciplinas que proporcionaram que a gente participasse das aulas e
falasse.
- as disciplinas de Metodologia, que foi uma disciplina feita com esse intuito, era quase que uma oficina, onde a gente tinha que preparar um
conteúdo para apresentar para os alunos, ai a gente fazia em power point.
Contribuições para o
Desenvolvimento do
Estágio Curricular
Letras/Espanhol
- a teórica foi justamente essa noção de como você trabalhar com o aluno.
- Fundamental foi a Didática, porque é toda aquela base pra gente ir até a escola.
213
213
Questão 4. Como você foi orientado para conseguir sua vaga numa escola de educação básica para realizar seu estágio curricular?
Categorias Curso Informações obtidas
Geografia
- A gente ficou livre ... livre escolha
- (...) então eu tive alguma dificuldade procurei a professora e (...) ela me deu uma listinha né, me orientou, como eu poderia procurar, me deu
telefones, alguns endereços de escola eu fui e procurei e consegui.
- Se o estagiário não conseguir recorre. No meu caso assim oh (...) peguei por telefone (...) então geralmente os alunos recorreram a essa lista
assim de convênios.
Educação física
- É o professor da disciplina (...) consegue as vagas nas escolas (...) dá cada um vai escolhendo a escola que fica perto de você.
- O professor nos apresentou no período de aula uma lista com os horários e as turmas e nós optamos em grupo de colegas, optamos qual era o
sistema melhor para cada uma e então fomos até a escola, conhecemos a escola, as professoras da escola, organizamos os nossos horários e a
partir de então começamos a prática.
- No Estágio Curricular profissionalizante final cada um escolhe o professor, orientador e o local que vai fazer.
Letras/português
- A professora chegou tinha uma lista de escolas, a gente tem que pesquisar nas escolas quais poderiam ter o acesso a nós de tempo.
- A professora ligou primeiro para a escola pra ver se tinha vaga pra que a gente pudesse fazer o estágio.
Música
- Foi a professora que conseguiu as vagas nas escolas.
Física
- É, eu não tive escolha, o meu orientador trabalha num colégio e todos os estagiários dele sempre vão lá para escola, e ele me colocou lá.
- Pelo orientador, ele me indicou o cogio, eu gostei era próximo de casa.
História
- Além de não ter orientação a escola tu tem que responder pelos erros passados dessa não orientação da Universidade
- Procurem a escola que quiser não teve essa orientação.
Letras/ inglês
------------------------------------------------------------------------------
Artes visuais
- A orientação que a professora nós dá e que a gente procure uma escola de preferência que seja mas próxima aonde a gente mora e que tenha a
possibilidade da gente desenvolve esse projeto na escola, seja ele no Fundamental ou no Médio.
- Fica a critério da gente, tem uma lista das escolas que estão credenciadas para receberem os estagiários, mas nada impede, eu por exemplo
estou numa escola que ela ainda não tá credenciada.
- A professora orientadora esta sempre nos orientando a respeito disso ela faz a carta de recomendação sabe ela não nós deixa simplesmente a
resolver os problemas ela esta sempre junto.
Ciências
biológicas
- Ela sempre esperava na escola o coordenador pra chegar com a cartinha já de recomendação e ela dava algum exemplo da escola que
normalmente receba o estagiário.
- A forma de como elas nos orientam pra conseguir escolas, ela é indireta nunca conversando co a escola e sim com nós (...) não há uma
interferência, um relacionamento, uma ligação da Universidade com a escola a não ser através de nós acadêmicos é centrado na atuação do
estagiário na escola.
Matemática
- A gente vai por si só, a principio você escolhe a escola que você acha perto, ou que você já fez observações anteriores, você já tem um contato.
- Agora é oferecido, os professores tem uma lista de escolas agora nas quais os alunos podem ir.
- É o primeiro dia a gente pega a carta de apresentação, geralmente a gente vai com o professor orientador lá ele conversa.
- Ele nos apresenta e fala com a coordenadora.
Química seção 01
- Eu me escrevi na disciplina de estágio aí eu fui falar com o professor pra saber como é que eu fazia para chegar na escola, e ai ele me deu duas
ou três cartas pra ver qual escolas iam me aceitar, eu fui entreguei a carta e daí eu consegui estágio
Química seção 02 - Primeiro é o estagiário que tem que procurar a escola, escola pública.
- Uma carta de apresentação.
Filosofia
- A professora deu o nome de algumas escolas para a gente poder ir, mas tu ficou livre para escolher, depois ela entregou uma carta de
apresentação para que a gente pudesse ir na escola.
Orientações
Fornecidas
pelo
Orientador
de Estágio
Curricular ao
Aluno
Estagiário
Letras/espanhol
- Com o professor com as escolas que tem espanhol como língua estrangeira, o nome das escolas, os endereços e a carta que a gente leva pra
escola, conversa com a pessoa responsável desta parte dos estágios.
214
214
Questão. 5. De que forma vocês foram recebidos e como foram seus relacionamentos na escola em que estagiaram?
Categoria Curso Informações Obtidas
Geografia
- Muito bem recebido
- Relacionamento muito bom
Educação física
- Bom recebimento
- A relação era um pouco mais estreita, eles se comportaram como uma grande família na escola.
- Foi bem acessível
- A relação foi bem mais estreita.
Letras / Português
- Muito bem acolhido; - A recepção foi boa.
Música
- Bem recebido, mas não tenho relação pessoal
- Todo mundo é assim só muito prazer.
- Como é só uma vez por semana não tenho muito convívio sala de professores
- “ Primeiramente educar a escola pra depois (...) desde os professores a diretora, a secretaria, as faxineiras, primeiro educar eles pra depois educar os
alunos, porque as vezes eles pegam e fazem comentários que deprecia nosso trabalho, sem perceber, é aquela coisa e vocês fazem muito barulho, há
toca direito essas musiquinhas sabe? Trabalho.
Física
- Fui muito bem recebido e o tratamento deles, com estagiário exatamente igual ao tratamento da direção, supervisão e com os estagiários, com os
concursados e com os contratados.
- Relação é muito boa.
História
- Fui muito bem recebida
- Relacionamento é muito bom.
Letras / Inglês - A minha foi muito boa; - Muito bem recebidas
Artes Visuais
- Eu fui bem recebida, agora quanto ao relacionamento ainda na escola em geral não posso dizer.
- Eu sinto assim, que as escolas recebem de braços abertos os estagiários, inclusive eu fui muito bem recebida.
- Assim, no geral é que as escolas, os professores tem os estagiários pra tapa furo, pra eles descansa, então no geral todos eles adoram porque relax
assim dos colegas e na grande maioria das vezes é assim, eles estão ali são bem vindos, que bom o estagiário.
Ciências Biológicas
- Fui muito bem recebida, o relacionamento na escola é muito bom.
- No Fundamental foi maravilhoso, no Médio foi terrível eu levei um sermão de meia hora da coordenadora no primeiro dia que eu cheguei, porque num
outro ano um estagiário, um aluno da biologia tinha sumido do conselho de classe.
Matemática
- Fui bem recebida, a relação é ótima, então todo mundo apóia os estagiários
- A minha relação também, até porque a professora gosta de estagiário porque é uma folga pra ela, eu já vi um monte de professores fala isso.
- A relação de respeito dos alunos comigo em relação a atitude da direção, sabe a direção não tomou uma atitude igual pra mim com os outros
professores e ai os alunos não me respeitavam porque eles notavam que as professoras não tinham a mesma atitude, isso ai complicou bastante
Química Seção 01
- Bem recebido e o relacionamento é bom
- Falta consideração com o estagiário em relação a aviso referente à mudança de horário.
- Lá na minha escola (...) mudou o horário só que a minha professora não me aviso.
Química Seção 02
- No primeiro estagio que eu fiz na escola de Ensino Fundamental eu tinha contato com uma professora titular da disciplina. Agora no estagio de Ensino
Médio eu entro na sala dos professores, tenho contato com os professores normalmente.
Fui bem recebido por todos (...) eles gostaram muito a professora titular também gostou muito, ela mesmo disse pra mim que era uma forma de ela
desafogar um pouco que ela tava com bastante turmas então, ela gostou muito de te esse estagiário e eu fui muito bem recebido.
Filosofia
- Primeiro contato com a escola a primeira resposta foi negativa, mas aí conversando melhor eles me deram a oportunidade de fazer o estágio.
- A relação tanto com a professora, quanto com a diretora, a coordenação foi uma relação bem cordial.
- E me tratam muito bem quando estou lá, não tem diferença entre os outros professores.
- Eu fui falar duas ou três vezes com a Coordenadora Pedagógica e sem ter uma resposta positiva se eu iria conseguir ou não o estágio. Eu tive que fecha
um convênio, pois a universidade não tinha convênio com o Colégio Militar. Sempre me recebeu bem, não há distinção no meu tratamento.
Relação Aluno
Estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
Letras/Espanhol
- Fui bem recebido.- A escola bem receptiva. - Na minha escola não teve essa receptividade, porque tinha muitos estagiários.
- Estagiário e professor tinham os grupos separados.
215
215
Questão 6. De forma, como foram seus relacionamentos com seus professores orientadores durante o desenvolvimento dos estágios? Vocês poderiam apontar aspectos
negativos e positivos nesses relacionamentos?
Categoria Curso Informações Coletadas
Geografia
Aspectos positivos
- Foi um bom relacionamento
- Na questão de procurar e se envolver no que eu estou praticando lá, tipo semanalmente perguntando quando é que ela pode ir lá me visitar,
se eu estou preparado para receber ela para ir me visitar para avaliar, se informando sobre questões de métodos ou idéias para estar
contribuindo par o meu estágio.
- Ela foi muito atenciosa no que eu precisasse.
Aspectos negativos - O problema dos horários dos professores aqui no meio acadêmico o que impossibilita muitas vezes a visita a escola.
Educação Física
Ponto positivo
- Exige bastante organização, planejamento prévio e trouxe bastante material didático pra gente pesquisar e se informa sobre os problemas
que poderiam surgir durante a pratica.
- Nos auxiliar bastante sempre prestou esclarecimentos necessários para as dúvidas que nos tivemos, ele nos deu esse espaço de discussões
e trouxe material pra aula pra nós mostra, trouxe bastantes coisas interessantes que eu não tinha conhecimento até então e que nos auxiliou
para sanar as duvidas e os problemas no decorrer do período da pratica.
Ponto negativo
- As reuniões ficaram muito restritas e essa explanação, a gente não teve muito espaço para discutir os problemas que a gente teve durante
as aulas.
- Problema com o horário do orientador que ele não pode acompanhar nenhuma aula minha.
- Não completou o estágio inteiro no meio ele tirou umas férias depois anunciou que eu iria sair.
Letras/Português
Pontos positivos
- Fantástica, ela te acompanha e entende as dificuldades que a gente tem.
- Nunca opõe a idéia dela a nossa sempre a gente entrou numa negociação, a gente tinha uma proposta de projeto e isso sempre foi refletido.
Pontos negativos - Em relação a sobrecarga não podem ir acompanhar.
Música
Pontos positivos
- Eu gosto de orientação da professora, em geral acho bom assim sempre que a gente precise de alguma coisa tem acesso, tem como
conversar.
Ponto Negativo – A professora quando vai fazer observação na escola as vezes ela nos corrige diante a turma.
Física
Pontos positivos
- O meu relacionamento com o professor foi muito bom, a gente conversa, ele me passa as orientações, eu fazia, ele discutia. Me dá todo o
apoio necessário que eu preciso para poder desenvolver as aulas.
- Ele trabalha um sistema virtual, qualquer dúvida que tiver ele se comunica.
- Ele mostra uma visão diferente ele tenta mudar o que está sendo feito, não fica mostrando coisa repetida
- Ele é bem presente discute os planejamentos
Ponto Negativo – O meu orientador acompanha todas as aulas, eu acho que é um exagero, ele poderia ir em umas.
Relação
Aluno
Estagiário e
Professor
Orientador
História
Pontos positivos
- Auxilio formal e teórico, antigo orientador
- Atual auxilio formal
Ponto negativo - Falta orientação, contribuições, sugestões.
216
216
Questão 6. De forma, como foram seus relacionamentos com seus professores orientadores durante o desenvolvimento dos estágios? Vocês poderiam apontar
aspectos negativos e positivos nesses relacionamentos?
Categoria Curso
Informações Coletadas
Letras/ Inglês
Aspectos positivos
- Muito prestativa
- Disponibilidade de horário
- Mandava e-mail e recebia retorno
Aspecto negativo - Nenhum aspecto negativo a destacar
Artes Visuais
Aspectos positivos
- Aluno dela a principio tem razão, ela vai levar em consideração o aluno
- Dá uma segurança
- Ela é muito presente
- Assiste aulas pra poder ver como é que tão não de avalia, mas de contribuir.
- Diz o que tá bom, o que não tá, não é legal também, tá ótimo, não é por ai...
Ciências
Biológicas
Aspecto positivo - A troca de experiências com os mestrandos e com os doutorandos.
Aspectos negativos
- Falta comunicação entre os estagiários e orientadores, problemas nos agendamentos.
- Não tem uma ata para agendamento
Matemática
Aspectos positivos
- Bastante apoio no que a gente precisa
- Disposição a qualquer horário, e-mail, telefone
- Ela deixa bem tranqüilo.
- Ele te explica como é que ele já foi professor
Química Seção 01
Aspectos positivos
- Nos aponta o que está legal, o que está mudado, eu acho que tudo isso é válido pra gente melhorar cada vez mais no que é dado em sala
de aula
- Acho bom assim vim uma vez por semana para orientação.
Aspectos negativos - Eu não vejo nenhum.
Química Seção 02
Aspectos positivos
- Os professores estão todos dispostos a fica a cargo do aluno procurar, eles tem os horários que não preciso vim o aluno, mas que eles
tavão aqui no horário o professor tá a dispor do aluno.
- Ele disponibiliza até o telefone dele, pode liga marcando horário e tal.
Aspectos negativos - Nenhum que eu me lembre.
Filosofia
Aspectos positivos
- A princípio foi boa.
- o fato de a gente já ter feito as disciplinas de Pesquisa para o Ensino de Filosofia e de Didática com a professora orientadora de estágio,
eu acho que ajudou bastante.
Negativo – Seria bom, mais orientações individuais, eu acho que a gente precisa disso.
Relação
aluno
estagiário e
professor
orientador
Letras/Espanhol
Aspectos positivos
- Foi muito positivo, justamente por essa questão, preparar as aulas e levar para a sala de aula com orientação para discutir com ele.
Aspectos negativos - Estágio realizado em duplas (...) as duplas não se entenderam em sala de aula.
217
217
7. Que tipo de acompanhamento vocês receberam para a realização de seus Estágios Curriculares: c) da escola como instituição
Categoria Curso
Informações Coletadas
Geografia
- A escola me acompanhou mais que os professores regentes, a supervisora me acompanhava mais, perguntavam todo o intervalo de
aula na sala dos professores “como é que estão os alunos, se eles se agitaram muito, como é que tá indo a tua evolução tu está
gostando?
- Eu tive um acompanhamento da escola diretamente da professora regente.
Educação Física
- Não teve acompanhamento diretamente da supervisora escolar ou da diretora.
- Eu tive uma relação mais pela professora, ela fazia conexão com a escola.
Letras/ Português
- A escola não acompanhava.
Música
- A escola não acompanhava.
Física
- A escola deixa o acompanhamento mais com o professor regente
História
- Foi mais com a professora a escola em si não
Artes Visuais
- A minha escola era mais pela professora ela assistia as aulas ela passava pra coordenadora.
Ciências
Biológicas
- A vice direção (...) tava sempre conversando com a gente perguntando se tava tudo bem, se tava precisando de alguma coisa a
coordenadora (...) a diretora também sempre que foi lá sempre agradecendo os estagiários sempre tentando mante, faze com que os
estagiários se sentisse como os professores da escola mesmo e com os mesmos direitos e as mesmas obrigações que outros
professores sempre oferecendo ajuda.
Matemática
- Eu fala mais com a coordenadora.
- Na minha escola a Deus dará só por parte da professora a direção, supervisão, só dizem oi, tudo bem? E nem perguntam nada, não
registram nada.
Química Seção 01
- Só com a professora
Química Seção 02
- A escola cria um lar familiar.
Letras/ Inglês
- Todos os professores nos conhecem sabem que nós somos estagiários e qualquer coisa que a gente precisa a gente recorre a eles,
então estou me sentido bem em casa.
Filosofia
- Caderno ponto.
- Tu entra tu sai, podem te ver pra eles não faz diferença. Para a escola como instituição o estagiário acaba sendo aquele que eles
precisam dizem oh, vem aqui adiantar o horário que faltou professor e aquilo ali.
- Não dão muita atenção mesmo, então eu me sinto um fantasma lá, porque nem te vêem né as vezes. Na sala dos professores tudo a
gente tem que ir atrás, tudo eu tenho que descobrir.
- Eu não sou tão largada assim, tenho uma conversa boa com a Coordenadora Pedagógica, ela sempre que me encontra como é que
tu está? Como é que tu está indo no teu estágio? Tu está bem? Sabe se mostra preocupada.
Relação
aluno
estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
Letras/Espanhol
- A escola acompanhava.
218
218
Questão 8. Vocês poderiam comentar sobre a participação dos professores regentes nos seguintes aspectos:
a) na elaboração de seus planejamentos;
Categoria Curso Informações Coletadas
Geografia
- Não houve
- Houve
Educação Física - Houve em relação a escola dos tipos da atividades que a turma gosta mais e atividades que a turma dispersa mais.
Letras/ Português
- Não houve acompanhamento nenhum na elaboração do novo planejamento mas a professora nos disse os conteúdos que iam ser
trabalhados no começo.
- Ela não ajudou a elaborar, apenas olhou e deu o seu consentimento.
- Ela só me deu o programa do PEIES xerocado.
- Ela só me deu uma lista do que deveria dar.
Música
- Não interfere
Física
- Não interferiu no planejamento
- (O professor regente nem sabe do meu planejamento, ele não me perguntou nada) comigo não interferiu nem um pouco, ele deixou
bem a vontade.
História
- No meu caso houve ela me passou uma folha das matérias que eu deveria tratar enquanto estivesse estagiando.
- Não foi assim todo um planejamento ela dava opiniões, dava sugestões.
Artes Visuais
- Não, no meu caso não tem
- Olhou
Ciências Biológicas
- A gente comenta a aula que vai desenvolver.
- O regente não acompanha.
- Deixa muito a cargo do estagiário.
Matemática
- Não interfere, eu faço o meu e ela só olha pra vê como é que tá.
- Eu tenho que seguir o livro, então tem muito como articula pra mim leva exercícios, como para complemento, daí ela me deixa livre
quando é pra expor os exercícios. Ela olha geralmente, mas não antes, ela olha depois só, então quando a gente segue o livro
didático, não tem muita coisa diferente pra fazer.
Química Seção 01
- No primeiro dia ela falou que eu tinha que seguir o roteiro, ela não interfere no que eu vou fazer.
Química Seção 02
- A elaboração dos planejamentos, o planejamento é o programa que tem que segui no caso o PEIS.
Letras/ Inglês
- Nesse aspecto ela não nos ajuda, depois ao final da aula a gente sempre passa o material para a professora.
Filosofia
- Então ela tinha elaborado um polígrafo ela pede que eu siga algumas coisas do polígrafo, mas eu tenho liberdade de trazer material
diferente. Ela sempre olha os meus planos de aula, mas geralmente é depois que eu dei a aula, porque como eu tenho o último
período e quando eu chego na escola ela está em outra turma, então dificilmente a gente consegue se ver.
- Eu passo para ela antes o que eu vou fazer.
Rel ação
aluno
estagiário e
professor
regente
Letras/Espanhol
- Não.
- Ela falou assim: as aulas são de vocês, vocês trabalham da maneira que vocês acharem melhor, sigam o planejamento de vocês.
219
219
Questão 8. Vocês poderiam comentar sobre a participação dos professores regentes nos seguintes aspectos:
b) na condução de suas aulas;
Categoria Curso Informações Obtidas
Geografia
- Interferência não durante as aulas, mas sempre que eu saia das aula a gente conversa um pouco assim como é que eu estava na
aula
Educação Física
- Houve interferência dela numa atividade para ocorrer melhor, para conduzir melhor a atividade.
- Ela me interferiu no sentido de me auxiliar na indisciplina dos alunos.
- Ela interferiu em apenas uma atividade que eu ia desenvolver usando o túnel, ela que ela não usava aquilo e que não servia pra nada,
mas eu usei.
Letras/ Português - Ela interferiu no sentido de me auxiliar com a presença dos alunos nas aulas.
Música
- Não
Física
- Acompanhava algumas aulas no inicio, ai depois parou.
História
- A professora não assistia a gente.
Artes Visuais
- Algumas aulas até auxilia, quando os alunos estão trabalhando, ela fica dá uma ajuda, mas nada muito.
Ciências
Biológicas
- Não condução geralmente ela tava presente, mas ela era como se fosse mais um aluno. (não interferiu)
Matemática
- Ela foi assistir e ela viu que era melhor não, porque a turma começou a perguntar pra ela, há presta mais atenção nela do que em
mim, que ela era antes da professora.
- Ela pediu pra mim ir mais devagar com eles.
Química Seção 01 - Ela não interfere na aula.
Química Seção 02
- Ela disse se houve algum problema que fosse passado pra ela. Ela sempre esteve disposta, ela disse não tem porque tem alguém
monitorando você se vocês tem o conteúdo e te esse monitoramento vai acaba prejudicando o desenvolvimento da aula.
Letras/Inglês
- A professora regente fica a cargo da disciplina dos alunos.
- A professora regente ela não assiste as nossas aulas, não assistiu nenhuma e a gente preferiu que não, que a gente ficaria mais a
vontade sozinho.
Filosofia
- Não.
Relação
aluno
estagiário e
professor
regente
Letras/Espanhol
--------------------
220
220
Questão 8. Vocês poderiam comentar sobre a participação dos professores regentes nos seguintes aspectos:
c) no enfrentamento dos desafios e ou dificuldades que vocês vivenciaram
Categorias Curso Aspectos relevantes
Geografia
- Ela me ajudava e me dizia: “Tira da sala se está incomodando”
- Eu recorria à orientadora educacional, nunca a professora regente.
Educação Física
- Ela me auxiliou com respeito à indisciplina dos alunos.
- Sempre depois de cada aula eu conversava com a professora regente e ela me dava umas dicas da realidade dos alunos para que na próxima
aula eu já soubesse como interagir com eles.
- Quando eu cheguei tinha um aluno com uma doença degenerativa, mas ela não me ajudou nesse sentido e também não demonstrou interesse.
- Ela sempre me orientava quando eu levava meus problemas ocorridos na sala.
Letras/Português
- Não.
Música
- Principalmente com os problemas com o comportamento dos alunos que ela dá uma ajuda mais direta.
- Em relação às aulas não tem nenhuma.
Física
- O professor regente ele está sempre acompanhando o trabalho, então ele procura me orientar em relação a alguns problemas que possam surgir
com o desenvolvimento do trabalho e mais com relação (aos alunos) professor – aluno.
História
- A professora ela sempre acompanhou, principalmente quando dava algum problema é que ela acompanhava mais ainda.
- O professor se preocupava com os problemas.
Artes Visuais
- Auxiliou na disciplina dos alunos.
Ciências
Biológicas
- No meu caso eu tive ajuda.
- E não só ela, como as outras professoras da escola que nem era da mesma disciplina que estavam sempre perguntando e aí como é que tá?
Matemática
- É para mim ela foi importante porque eu tinha dificuldades na turma (...) Ela e a direção sempre falaram pra mim me impor, não deixa os alunos
toma conta, só que é difícil se impor quando não tem apoio sabe? E eles porque os alunos não respeitam o estagiário sabe? Eles só respeitam se
eles notam que a direção dá essa.
- Eu tenho apoio lá a coordenadora já foi na sala falar; ela disse: “Ela é professora como qualquer uma eles viram que não é estagiário é a
professora sabe?
Química Seção 02
- Não deu para entender as falas. Guilherme.
– Não responderam.
Letras/Inglês
- A gente deixava a cargo da professora os casos de indisciplina dos alunos.
Filosofia
- Na realidade ela está sempre disposta.
- Na minha turma eu tenho um aluno especial, então a professora ela está sempre disposta a me ajudar com qualquer dificuldade que eu possa ter
com ele, me orienta como eu devo agir com ele.
Relação
aluno
estagiário e
professor
regente
Letras/Espanhol
- -------------------
221
221
Questão 8. Vocês poderiam comentar sobre a participação dos professores regentes nos seguintes aspectos:
d) na avaliação de seus Estágios Curriculares
Categorias Curso Informações obtidas
Geografia
- A minha avaliação vai ocorrer só a partir dá universidade, porque a minha orientadora não teve contado com a escola.
- É entregue um Relatório de Estágio como forma de avaliação do EC.
- E é o relatório em si, é que varia de cada professor, é que varia de cada professor. O professor vai colocar um peso para o relatório,
um peso para a vista, para avaliação e para o andamento e acompanhamento.
- A escola pediu para os alunos fazerem um Parecer a respeito do Trabalho do estagiário apontando aspectos positivos e negativos.
Educação Física
- A avaliação resulta mediante o professor regente da escola que preenche um questionário referente ao desempenho do estagiário,
o professor orientador o qual é entregue um Diário de Campo e a nossa auto-avaliação vai ser um conjunto dessas coisas.
Letras/Português
- A avaliação é feita, mesmo pelo projeto de Estágio, o relatório de Estágio, a participação nas orientações semanais, entrega de
planos de aula.
Música
- Relatório de Estágio.
- (É a professora de música ela disse que não entende nada, então ela fica fora nem da aula ela participa).
- Só pra ressaltar que a gente ta dando aula de Educação Artística, então o espaço que a gente ocupa é que seriam Artes Visuais, e
não Música, então a professora nem ia na aula (...)
Física
- O professor regente vai escrever um parecer ao final do Estágio Curricular que vai ser encaminhado ao Professor Orientador.
- A avaliação do orientador é por meio do relatório das atividades que tu desenvolveste.
História
- O primeiro professor orientador, ele tinha um critério de avaliação do Estágio seria relatório, a conversa com o professor e a
participação nas aulas teóricas. Agora a princípio é só o relatório.
Artes Visuais
- Não tem a participação do professor regente, tem a nossa participação. Aqui na discussão, tem o Relatório que a gente faz, o artigo
final, tem a apresentação do artigo, são quatro notas que a Prof. Orientadora junta.
Ciências Biológicas
- O professor regente nos avalia e o orientador também.
- O professor regente tem que fazer um parecer e dá uma nota da aula nossa.
Matemática
- A gente tem que apresentar no final do Estágio os Planos de Aula, e um Relatório diário de tudo o que aconteceu na tua aula.
Química Seção 01
- A gente entrega o Relatório de Estágio no final.
- A gente faz uma defesa de Estágio.
Química Seção 02
- O professor Guilherme, no ano passado pra fazer a avaliação final ele foi à escola conversar com o meu professor. (...) depois ele
comentou que o professor teve uma participação na avaliação.
Letras/Inglês - A professora regente foi convidada a fazer um parecer a respeito da minha docência na sala.
- A gente tem que ter um Parecer de horas que a gente cumpriu, além do Relatório e do Parecer do professor regente e da
orientadora.
Filosofia
- O professor orientador e o professor regente avaliam.
Relação
aluno
estagiário e
professor
regente
Letras/Espanhol
- A avaliação é mediante as aulas teóricas, as orientações do artigo, e diálogo com o professor regente.
222
222
Questão 9. Que avaliação global cada um de vocês faz do estágio que acabou de realizar? Procure levar em consideração a experiência recente que vocês vivenciaram.
Categorias Curso Informações Obtidas
Geografia
- Os alunos me pediram se eu não queria continuar até o final do ano e aquilo me motivou um pouco. Por que eu andava bastante desmotivada, porque era uma turma assim
terrível.
- Mas pegar uma turma assim, pegar um caderno de chamada, fazer uma avaliação, preencher um boletim, fazer reunião com os pais, foi à concretização de um ideal que eu
busquei desde que eu passei no vestibular e escolhi a Licenciatura.
Educação Física
- Antes de começar eu não queria dar aula, agora eu acho que tenho quase certeza, mas serviu como experiência, é uma experiência prática muito nova.
- O estágio é o primeiro passo da prática porque a gente aqui aprende muita teoria, mas a prática é que realmente tu vai ser colocado à prova, tu vai ver se tu aprendeste, se tu
sabes e quanto tu não sabe, tu vai é a melhor forma de aprender eu acho que é praticando.
Letras/Português
- Foi uma experiência importante, uma vivência diferente e importante (...) o fato de eu ter experimentado realmente esse papel de professor. Em geral, acredito que foi uma
experiência boa, não vou desistir de ser professora.
- Foi importante porque eu fui bem inseguro no início, a posição de estar lá na frente na sala de aula foi de tremer, mas aos poucos eu fui percebendo que é isso que eu quero.
- Minha percepção em relação a minha experiência passou por diversas fases, uma delas mudou essa percepção de escola. A primeira fase foi de euforia, por estar em sala de
aula, eu achei não é isso mesmo que eu quero, eu vi que a escola é um lugar maravilhoso pra se trabalhar, que lá eu ia ser útil de alguma maneira. Este ano eu já estava na fase
da decepção, que nós enquanto professores somos completamente impotentes, não temos força nenhuma diante do que a escola quer, da concepção que os alunos trazem, mas
estou numa fase de transição eu acho.
Música
- Comecei a me enxergar como professor durante os estágios, cresci bastante eu amadureci enquanto professor, passei a entender algumas coisas, aprendi a lidar com
problema.
- Foi super positivo, pois a gente cresce um monte, a gente sabe por onde tem que pisar; a gente vai entender como funciona cada prática educacional. Hoje acho que o estágio
nos passou isso, sabe que temos que estudar pra tal prática excepcional que acho que complementou tudo, a gente passou por todas essas práticas.
- É uma experiência cada vez diferente que vai mudando de nível de escolaridade, pela oportunidade de trabalhar com turma diferente vai ter outra realidade.
Física - Gostei estou gostando da experiência, dessa reflexão que eu tenho que fazer das aulas que realizei, eu converso com o orientador sobre o que é que está acontecendo.
História
- É importante, foi bom fazer eu gostei e tudo mais, porque eu acho que é o único momento que a gente tem de estar em sala de aula com essa orientação. O estágio é só o
primeiro momento, mas é o único momento que a gente teria essa orientação e poderia construir junto com alguém.
- O estágio serviu mais como experiência de ver as realidades dos alunos e apontar os problemas que tem que ser resolvidos pelo ensino que justamente aproveitado para que
minhas potencialidades possíveis como professor pudessem ser realizadas.
Artes Visuais
- Eu tive um crescimento muito grande assim desde o início até o momento e eu pude perceber isso e foi melhorando aos poucos nas primeiras aulas, eu nunca tinha entrado na
sala de aula. Então, foi bem difícil, no início até eu me habituar e hoje é uma coisa mais despreocupada mais natural. (...) Eu acho serviu muito para depois, quando eu for de fato
crescer.
- Deu aquele nervosismo no início, o medo não sei sempre no início tem um medo de avaliação. O medo do que os alunos vão pensar de ti. Será que vão gostar de ti? Será que
eles vão fazer o que você pede? Como é no início é cheio de perguntas, mas no decorrer do semestre a gente já vai se soltando mais, a gente vai se sentindo a vontade, porque
a gente vai conhecendo os alunos. Eu estou bem mais tranqüila agora do que quando comecei.
Ciências Biológicas
- Eu acho que valeu a experiência. - A experiência serve.
- O estágio é diferente de outras experiências e prova muitas mudanças do crescimento (...) permite que tenha um acompanhamento de como é a realidade de uma escola. Eu
avalio ele como um treinamento e uma oportunidade, de tu avaliar se tu quer ou não fazer parte dessa realidade.
Matemática
- Eu acho que é tudo vem a nos acrescentar pro futuro, eu acho que é ali que começa assim tudo; é ali que começa a pensar de repente, eu não posso pensar deste jeito e de
repente tem que mudar, perceber a realidade da escola.
- Eu acho bastante válido poder mostrar bem a realidade dentro da escola. Pra mim não está sendo tranqüilo, eu tenho que virá lá sem sabe muito como me virá que eu não sei
muito como saí da situação e por mais que tenha orientação dele, lá surge o problema não dá tempo de falar com ele. Eu acho talvez quem sabe se o acompanhamento fosse
diário do professor, não sei se isso adiantaria também.
Química Seção 01
- Eu acho to conseguindo muda, ta discutindo mais a metodologia dando noção dessa idéia, pelo menos a avaliação que eu faço tá se tornando uma coisa boa aquelas
instruções que a gente desenvolve dentro da Química.
Letras/Inglês
- Foi um crescimento muito grande como pessoa assim eu me sinto, eu levei muito pra minha vida pessoal.
- Eu cresci bastante com certeza se eu fosse avalia o primeiro ano do segundo ano, pela questão da regência e assim pessoalmente acho que o primeiro ano não acrescentou
muito na minha formação como professora porque foi só observação, a gente ficou muito passivo, com certeza esse último ano no 7º e 8º semestre acrescentou muito e vai ser
muito diferente eu começo dá aula como uma profissional de Letras com estágio.
Filosofia -------------------------------
Contribuições para
o desenvolvimento
do Estágio
Curricular
Letras/Espanhol
- Essa foi a primeira vez que eu dei aula, então pra mim foi válido por isso, pelo contato com a escola, com o aluno.
- É bom é a experiência de aluno, é uma parte assim que mais me faz refletir o que você faz.
223
APÊNDICE 6
Tabulação das Entrevistas Estruturadas Realizadas com doze
Docentes Orientadores de Estágios Curriculares da UFSM
224
224
Tabulação das Entrevistas realizada com os Professores Orientadores de Estágio Curricular da UFSM
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
M
Orientações
fornecidas pelo
orientador de
Estágio Curricular
ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
O contato é feito primeiramente por mim como orientadora eu, no período que
antecede as aulas umas duas semanas antes, contato as escolas vejo número
de vagas que essas escolas dispõe turno e no contato com os alunos então no
inicio das aulas, eu coloco uma listagem de escolas e o número de vagas por
escolas. Esse contato é feito primeiramente por mim e depois através de uma
carta que eu dou aos alunos, eu sempre deixo livre a questão da escola no
sentido que tenha proximidade com a casa do aluno em função de que nós
trabalhamos com muito material que nós levamos pra escola, se for mais perto
melhor. E quanto ao convênio o que tem de bom nisso porque as escolas elas
nos procuram pra fazer o Convênio, então elas dizem “nós somos uma escola
conveniada” isso pra mim que já trabalhava com essas escolas antes do
“convênio” entre as par que a gente sabe assim que é um Convênio meio fictício,
deu uma certa seriedade da escola conosco o que eu achei altamente positivo.
Então as escolas, nós tivemos neste semestre uma escola que nos ligou, o
diretor nos ligou queremos ser conveniada da UFSM, nós temos um aluno lá,
então a escola nós procura e desejar ser conveniada isso de uma certa forma
valorizou essa relação. Então funciona dessa maneira: o Convênio se
estabelece, entre orientador e escola e disponibiliza o número de vagas e nesta
medida a gente vai procurando atender as escolas. Atualmente nos estamos com
17 escolas né, esse ano nós temos alunos em 17 escolas em Santa Maria. Então
é um trabalho para o orientador porque o orientador tem que se desloca mais
aumentou o número da oferta isso é bom também.
I
Orientações
fornecidas pelo
orientador de
Estágio Curricular
ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
A partir do semestre passado, eu mais alguns professores da Licenciatura se
reuniram e também entraram em contato com algumas escolas ta, solicitando
que enviassem um quadro de horários, a disponibilidade dentro, na aceitação de
estagiários, na tentativa de reuni o máximo de estagiários lá na mesma escola e
que um professor pudesse mais do que um, por exemplo o professor de História
pudesse saber como esta indo o estagiário de Matemática, como esta indo o de
História ta, não que dize que ele vai entrar na sala de aula, mas que vá
simplesmente acompanha pra que sempre tenha alguém circulando para o caso.
Então foi feito o contato com as escolas vieram mandaram representantes e
depois no caso o orientador de cada área no caso cada Licenciatura foi até a
escola e fez o contato, oh tem tantas vagas acompanha o aluno e segue-se o
processo. A respeito do Convênio isso aqui não se tem, não se tinha nada a
respeito desse convênio, aqui eu não tinha pessoalmente, to completamente
ignorante a respeito desse convênio aqui tanto que já ta sendo feito esse outro
que não chega a se um Convênio, mas a tentativa ta de fazer sei la, de vou
chamar assim de troca, troca al
g
uma coisa assim com as escolas, ou
225
225
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
seja,oferecer talvez algum serviço, oficinas espaços não sei está sendo ainda
acordado a respeito disso.
A
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
Eu me coloco como responsável pelo contato com as escolas é pra conseguir as
vagas dos alunos né, até porque eu prevejo pelo número de matricula, quantas
vagas são necessárias para ir atrás das escolas e também pra tenta concentra
os alunos em algumas escolas né pelo grande numero de estagiários que eu
tenho e eu sei que a coordenação do Curso também faz um contato mas muito
mais função da demanda que as escolas apresentam, as escolas procuram a
coordenação do curso de letras pra vê demanda e tal. Mas quem faz o contato
pra consegui a vaga dos estágios sou eu professora orientadora e há o convenio
este que tu tava mencionando aqui, quando eu entrei na vaga como professora
substituta o professor Hamiltom ele me colocou que havia este convenio e depois
conversando com a coordenação da escola de algumas escolas eles colocavam
que a escola tem autonomia pra acatar esse convenio ou não, que a escola não
é obrigada a receber estagiário em função de te sido firmado convênio, então eu
não menciono o convenio quando vou procura a escola, eu vejo a disponibilidade
da escola eu tenho uma relação de escolas que eu sei que já receberam
estagiários de outras áreas, que receberam na primeira vez que eu fiz contato.
Então eu vou procurando firmar contato sempre com as mesmas, mas em função
da disponibilidade das escolas não haver essa a formalização desse convenio.
B
Orientações
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Estágio Curricular
ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
O contato é feito por mim, eu que vou até as escolas, geralmente escolas que a
gente já trabalhou semestre anterior. Às vezes os alunos por proximidade da
casa deles, eles querem fazer esse contato mas ai eu vou, eu converso com a
coordenação da escola a professora responsável pra ver se realmente elas tão
aceitando, enfim quais as exigências deles e ai a gente conversa faz uma
reunião, mas eu vou em todas as escolas é feito uma reunião pra ver número de
vagas né qual a disponibilidade do aluno e os professores sempre pedem vai ter
orientação? Você vai fazer visitas? convênio Não, não chego a dize que eu
tenho convênio que convênio esse? A maioria dos professores não sabem
também. Então, tu fala assim fica mais naquela questão que vai have uma troca,
tu vais acompanhar muito bem o teu estagiário vai se propor a ajudar a escola
em alguns projetos e acho que é assim que a gente faz, a nossa reunião é bem
diplomática assim.
L
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ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
O contato é feito pelos próprios alunos eles ficam livres para escolherem as
escolas que eles tem interesse é para estagiar. O responsável por esse contato
também pode ser orientador se o aluno tiver dificuldades, né, muitas vezes o
aluno não é de Santa Maria não conhece então a gente pode indicar, o
orientador também pode indicar o coordenador. Mas aqui com a maior freqüência
o aluno tem escolhido o campo de estágio. Esse convênio firmado não é de meu
conhecimento, pois estou aqui desde 2004 e não utilizei.
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226
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
C
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ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
O contato com as escolas é feito com os alunos, os alunos vão nas escolas e
eles já são orientados previamente já a irem procurando as escolas eles entram
em contato com essas escolas e levam algum documentos que comprovam que
eles estão matriculados na disciplina de estagio, então solicitam que a gente vá e
esclareça alguma coisa sobre carga horária que eles devem cumprir. Então
basicamente o contato é feito mediante aluno. E esse convênio que não ajuda
em nada porque algumas escolas parecem que estão prestando um favor em
receber os alunos, e isso que algumas escolas deixam claro quando recebem os
alunos. Cartas de apresentação aos alunos é uma de apresentação e algumas
normas de como eles devem ser avaliados também pelos professores da escola,
por exemplo, emite o parecer sobre o aluno.
G
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ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
O contato com as escolas ele é feito mediante uma carta de apresentação que é
fornecida pelo professor orientador ao aluno-estagiário, após conseguir esse
campo, a coordenação do Curso de Letras também emite uma carta
apresentando o aluno formalmente a escola não há por parte do professor
orientador a intenção de ir as escolas e buscar campo de estágio porque isso é
humanamente impossível bom eu um professor de estágio pro Curso como
recurso humano eu não tenho como dar conta de ir a todas as escolas
estabelecer contato com todas as direções com todas as professoras né, pra
conseguir campo de estágio aos meus alunos. Então, fica a cargo do aluno
mediante uma carta de apresentação que é fornecida. A questão desse
Convênio é bem utópica ele existe ele foi firmado entre a federal e algumas
escolas de Santa Maria no sentido de troca em que a Universidade daria as
escolas Cursos de Formação continuada e em contrapartida a escola ofereceria
campo de estágio. O que acontece é que para conseguir campo de estágio conta
muito mais a amizade o relacionamento que o professor orientador tem com as
professoras das colegas ou quem sabe que os próprios alunos tenham por
haverem sido alunos dessas professoras do que realmente um convênio né.
Esse Convênio ele não tem uma aplicação muito prática não. Eu acredito, que
neste caso que nenhuma escola mencionou esse convênio, e se tu menciona é
alegado o desconhecimento, nunca firmamos Convênio nenhum com a Federal
de Santa Maria. Bem interessante.
H
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ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
Com relação a escola campo de Estágio sempre foi realizado por mim, até
porque eu tenho uma relação com o estágio, bem que eu não acredito no estágio
do campo da música que é uma área bastante restrita nas escola pelo fato que
grande parte delas não possui música, principalmente as escola de Educação de
Ensino Fundamental até as tratativas geralmente são mais na simplificada a
maioria das escolas não tem. Então, quando eu me dirijo até alguma escola por
algum motivo sempre eu já tenho alguma relação conhece algum professor, ou
sabe que aquela escola tem alguma carência com relação a área de Música,
então, ao me a
p
roximar da
q
uela escola eu di
g
o eu tenho assim 14 está
g
ios, 14
227
227
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
estagiários, assim eu preciso de 14 turmas para realizar as atividades de estágio
e daí esses alunos são alocados em turmas de, nos temos estágios em vários
níveis tanto na Educação Infantil, quanto nos anos iniciais, nos finais do Ensino
do Fundamental e no Ensino Médio. Com relação ao Convênio firmado, então a
escola ela pertence a região a escola que nos trabalhamos geralmente pertence
ela a região de abrangência da 8ªCRE ou a SMED que são signatárias deste do
convênio, então quanto a isso não tem problema nenhum. Não, nunca foi
necessário pegar o convênio e partilhar com as escolas dize oh, vocês são,
vocês fazem parte do Convênio. A primeira recepção é maravilhosa que bom
vamos ter música esse ano. Então, geralmente a recepção da escola é muito
grande, claro que depois pra acertar o andamento desse processo daí temos
ceroens. No papel não, não é utilizado, nunca foi utilizado, mas eu conheço o
Convênio sei do que ele trata né. Mas nunca foi um passaporte pra eu conseguir
vaga pra aluno. Meu maior passaporte, sempre fui eu mesma.
J
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ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
O contato é feito pelos alunos que desejam a determinada escola, mas a
verdade como a gente já tem uma tradição de ir conhecer os professores das
escolas de ter um contato ter uma interação, eu não tenho influenciado nisso,
tenho pensado que poderia ser em algum momento revisto esse processo uma
vez que isso implica várias escolas em diferentes lugares da cidade pra que eu
possa depois estar né indo, visita os alunos não supervisiona, mas visita. Mas
hoje o que acontece os alunos fazem o contato com os professores e as escolas.
Em relação ao convênio então assim nenhuma das outras escolas mencionou o
convênio e pediu algo relativo ao Convênio, exceto a escola Militar, e ai como
havia o Convenio com a Universidade e com muitos Cursos, mas não com esse
nos tivemos que fazer um aditivo ao Convenio né colocando então o Curso. E a
escola foi bastante rígida nesse sentido precisava ter a indicação de que o Curso
de Filosofia fazia parte do convênio. Mas normalmente assim não utilizo, nem é
mencionado, muitas escolas nem sabem dos convênios.
N
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8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
A questão do Convênio ele se originou de uma comissão a tal COPEI né, na
atualidade na minha prática de Estágio ele não tem nenhuma finalidade, a gente
ta fazendo um projeto a gente tem um grupo que está se organizando pra
estudar a Prática de Ensino, especificamente o Estágio Supervisionado
Curricular e a gente está formando um grupo História, Matemática, da Filosofia,
da Química, né os da Física, a gente está tentando organizar um grupo, onde
possa forma uma parceria com as escolas, onde a gente possa trabalhar com a
escola e fazer uma inserção mais efetiva nas escolas. Podendo pensar primeiro
em que é que a escola que oportuniza para a gente trabalhar dentro das escolas.
No segundo momento, o que é que nos podemos disponibilizar e oferecer pra
escola enquanto trocando com a escola já que ela nos oferece digamos entre
aspas né, já que ela nos oferece a matéria-prima e toda a sua infra-estrutura, o
q
ue é
q
ue nos
p
odemos troca em rela
ç
ão a isso, e a nossa inten
ç
ão e faze esse
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Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
estágio ele em conexão com outros saberes que também estão na escola. com
quem é feito o contato das escolas campo de estágio? partindo do ponto de
vista desse Convênio que você se refere há pra mim não tem efeito nenhum né
Quem é o responsável por esse contato? é eu mesmo, porque eu entendo
que é o professor é que tem que te essa coordenação e poder possibilitar o
aluno maior tranqüilidade e colocar essas opções de escolhas. É a partir desse
grupo que nós estamos fazendo, nós já fizemos uma reunião com as escolas,
vamos chamar uma outra reunião com todas as escolas já prevendo o primeiro
semestre de 2008. Então, a gente senta com as escolas os professores que tão
neste grupo mostra sua concepção de estágio, mostra como é estruturado do
ponto de vista dos PPP dos Cursos, e as escolas de parte dessas informações
elas passam a nos oferecer algumas vagas, a gente começa a distribuir os
nossos estudantes nessas especificidades.
E
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ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
para conseguir vagas para os estagiários
nas EEB?
O contato basicamente é feito pelos alunos, eu faço uma carta de apresentando
o aluno o que ele tem que fazer lá se é um estágio onde ele vai dar aula um
semestre inteiro, na carta eu também falo sobre a defasagem que os semestres
letivos da Universidade e o ano letivo das escolas sempre tem esse problema, e
o aluno vai com uma carta dessas se apresenta depois que ele consegue o
estágio que a escola aceita e ele começa a observação período de observação,
aí sim eu vou na escola e assisto o trabalho do aluno com os professores e tal.
É, esse convênio ele tem uma história bem complicada, ele na verdade parece
que ajuda, mas ele atrapalhou muito a formação, a questão dos estagiários na
UFSM
Ele nunca foi utilizado por você Professor esse Convênio? Não. Então, hoje o
movimento é outro nós aqui dos laboratórios estamos organizando uma
organizando um grupo que vai a partir daquilo organizar as práticas de estágio
nas escolas não é, e cria se comunicar com as escolas e tal e não essa
comissão que era de burocratas. Ele foi bem ativo e no tempo de atividade dele
provocou grande perturbação negativa no trabalho como um todo. Foi em 2004
que deu rolo, chegou um ponto que nós, não tínhamos mais escolas pra fazer
estágios, porque tinha escola que organizava o estágio da seguinte maneira,
oferecia estágio pra um aluno, por exemplo cada turma poderia pode ter um
estagiário só a partir do convênio, das orientações do convênio, e nos acabamos
que não tinha mais escolas pra colocar alunos.
F
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ao aluno estagiário
8. Como é feito o contato com as escolas
campo de estágio? Quem é o responsável
por esse contato: orientador, aluno,
coordenação do curso, etc...? Em que
medida o Convênio firmado entre a UFSM e
os Sistemas de Ensino está sendo utilizado
p
ara conse
g
uir va
g
as
p
ara os esta
g
iários
Quando nos começamos a orientar os estagiários o coordenador do Curso
usando esse Convênio fez contato com várias escolas. As escolas que
concordaram em participar do programa começaram a receber estagiário que
dizer a partir desse momento a gente esta enviando os estagiários sempre pras
mesmas escolas então, a gente não precisou mais usa o Convênio pra conseguir
outras escolas, que dize o Convênio serviu pra abri a comunicação inicial entre
os
p
rofessores, esta
g
iários e a escola. Bom o contato, o
p
rimeiro contato foi o
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229
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
nas EEB? professor coordenador que foi e falou com o diretor, falou com as coordenadoras
de ensino a partir daquele primeiro momento, agora o professor, no caso eu o
meu estagiário, vou lá e converso com a professora converso com a
coordenadora pra vê se eles aceitam ou se continuam aceitando os alunos e o
coordenador não se envolveu mais porque ele abriu simplesmente a primeira
porta né, o Convênio serviu para abrir a primeira via de comunicação.
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Tabulação das Entrevistas realizada com os Professores Orientadores de Estágio Curricular da UFSM
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
M
Orientações
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orientador de
Estágio
Curricular ao
aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
Nós fizemos um projeto piloto de uma disciplina de observação de aula. Então, nessa
disciplina os alunos adotaram entre aspas um colega e acompanharam as aulas deste
colega nesta escola que eles pretendem estagiar. Então ele acompanha esse colega e faz
um relato de todas as aulas assistidas, existem uns itens de assistência que é: qual a
temática que esta sendo trabalhada naquela aula, qual é o objetivo daquela aula o que, que
o professor estagiário utilizou? Se foi trabalho de grupo, se foi trabalhos individuais, como é
que ele desenvolveu a aula através desses procedimentos metodológicos, como que ele fez
a avaliação da aula. Quando o aluno vai pra escola observa, ele já tem o projeto numa outra
disciplina que antecede a esta. No Estagio I, ele participa das aulas que são as aulas
teóricas praticas, na parte teórica ele lê os textos né, propostos ele discute, participa das
dinâmicas e na parte pratica ele somente ouve no estágio I os relatos dos colegas que já
estão inseridos nas escolas. No Estágio I, eles não apenas ouvem, os relatos eles
questionam, nos Estágios II, e III, e IV eles fazem relatos também. Há que mais como que
nós trabalhávamos, sempre assim os assuntos discutidos, nós temos uma listagem de
Bibliografia que são textos que nós trabalhamos e essa seleção é feita pelos alunos, a gente
considera básicos e aqueles outros que eles consideram para trabalhar.
I
Orientações
fornecidas pelo
orientador de
Estágio
Curricular ao
aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
A respeito dos estágios isso já começa com as disciplinas de didática de Laboratório estão
aqui no Men, então mesmo apesar de não ser o mesmo professor tentávamos trabalhar
junto. Então no caso existem bibliografias, que já estão na ementa disciplina mas são
trabalhadas questão de livros didáticos, são trabalhados questão que possam servir de
suporte na escola. Por isso, são feitas reuniões, durante as reuniões se alguém tem algum
material também trás esse material pra que a gente possa discutir isso é feito uma vez por
semana.
A
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Estágio
Curricular ao
aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
Acho que a primeira ação relacionada aos estágios ela se da na disciplina de didática, que
eu também ministro, quando a gente começa então a ouvir a experiência de estagiários que
concluíram seus estágios no mesmo ano, procuro convidar os estagiários para relatar suas
experiências na disciplina de Didática na turma de didática e analisa os textos que os alunos
produzem nessas experiências de estagio. Então eles começam a toma contato com essa
com o contexto escolar a partir da fala dos alunos que já tão em estagio e dos textos
produzidos dos materiais produzidos, enfim do que os estagiários já tão produzindo na nos
semestres mais adiantados do curso e depois no Estagio I, é voltado pra observação, a
compreensão dessa realidade escolar ai então, a principal ação é ir a campo e reuniões
periódicas discuti no grupo qual é a análise que cada um está fazendo Então, as principais
ações só se dão de preparação na disciplina de didática e na disciplina de estagio I.
231
231
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
B
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Estágio
Curricular ao
aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
Desde a disciplina de Didática já existe aquelas discussões teóricas em termos de educação,
essas questões assim da escolas função social. Mas alem disso, já na disciplina de didática
a gente faz uma visita nas escolas, a gente já começa a discutir esse papel da escola aqui
em Santa Maria, a escola básica como funciona. Também é feito dentro da disciplina de
didática algumas oficinas, já pensando em atividades ai voltadas para diferentes níveis,
escola básica no fundamental e no médio E depois durante os quatro estágios é realizado
uma aula semanal com os alunos que é a troca de experiência que a gente faz. Então esses
seminários é um relato que vai ocorre onde todos os alunos vão consegui passa pros seus
colegas as dificuldades os anseios o que superaram, o que pretendem ainda faze, se alguém
teve uma decepção com aquilo que imaginava nesse sentido, mas ai é feito sempre
atividades jogos desde a didática com essas ações, essas discussões e uma visita a escola
no mínimo 5 horas de aulas observada e discutida também, diferentes series, diferentes
escolas.
L
1
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Curricular ao
aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
As atividades pra preparar os alunos estagiários, a gente acredita acontecer desde o
segundo semestre, nós incentivamos os alunos a realizarem o Projeto Universidade Escola,
onde eles vão desenvolver qualquer tipo de trabalho relacionado com o ensino pode se um
experimento, pra suprir recursos didáticos pedagógicos para o ensino na escola e assim ele
vai se ambientando com a escola, ele vai construindo uma relação com a escola de
proximidade. Antes do aluno ingressa no campo de estágio ele faz observações e também
realiza esse projeto, já se preparando pro estágio, também o qual acontece muitos alunos
participam do Projeto Prolicem isso já facilita bastante o contato deles com a escola.
G
3
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Curricular ao
aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
Então basicamente as disciplinas de estágio ela é constituída de aulas presenciais reúne
toda a turma seriam as chamadas orientações coletivas, as orientações por grupos e mais os
agendamentos individuais. Nessas reuniões gerais todos os alunos da turma eles vão
discutir problemas comuns que eles tem e também vão ser discutidos algumas metodologias
que eles podem utilizar em sala de aula. Já nas reuniões por grupo cada orientador fica só
com os alunos que orienta eles também discutem a questão, os problemas que eles tem no
estagio e um colega vai procurando ajudar o outro e eles também preparam módulos
didáticos que ajudam na preparação da aula. E nas reuniões individuais, seriam os
agendamentos individuais que eles trazem o plano de aula e trazem o diário da pratica
pedagógica, e a partir da transcrição que eles fizeram no diário a gente vai discutindo, então
o que tem que melhorar quais são os problemas que são reincidentes e o que eles podem
fazer para melhorar isso.
C
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Estágio
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aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
O aluno ele tem uma preparação instrumental para regência dentro da Didática que é
oferecida num semestre anterior aos de estágio e quatro Estágios Supervisionados. No
estágio I o aluno ingressa na escola para realizar um trabalho de observação. Então, ele sai
da instituição com um questionário um roteiro de pontos a serem observados vai a escola
coletar dados vai inserir-se nesse contextos, vai conversar com a direção vai entrar em sala
de aula observar a tutora vai conversar com os alunos. Recolhendo esses dados ao final do
estágio I é pedido que o aluno elabore um projeto de Ensino para esse nível fundamental. O
mesmo modelo é a
p
licado
p
ara o Está
g
io III, observa
ç
ão e
p
ro Es
g
io IV re
g
ência. O aluno
232
232
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
observa no I faz o projeto de estágio, aplica esse projeto de estágio no estágio II, elabora um
artigo descrevendo as suas experiências, e assim no III e no IV.
H
1
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aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
O estagio inicia exatamente na metade do Curso e para os alunos é o 5º semestre, então
essa relação com a atividade de estágio ela já começa a ser construída na atividade de
Didática que eles realizam no terceiro semestre do Curso, nós já começamos a preparar o
estágio não com atividades de aplicabilidade prática, mas com atividades reflexivas sobre
educação, É as formas que nos tentamos realizar são formas que envolvem bastante o
diálogo. Eu parto do seguinte pressuposto quando eu faço a supervisão do estágio eu vou à
escola eu observo 20 a 30 minutos da aula de um aluno e eu tento fazer isso de no mínimo 3
vezes, o mínimo que eu vou na aula de cada aluno é 3 vezes por semestre. Então, essa
forma que nos buscamos é uma forma sustentada no diálogo que o aluno trás os seus
relatos sobre a sua aula e sempre em cima de Plano de Ensino depois de Plano de Aula, lá
no plano de aula ele tem esse material pra orientação e agente discute e tenta-se criar uma
relação bastante verdadeira entre o que se faz e o que se diz dentro do espaço da sala de
aula.
J
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9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
Na verdade essa preparação acontece bem antes do estagio na disciplina de Didática e na
Disciplina de Pesquisa que eu também sou responsável. Então, essa preparação, essa idéia
de que eles vão para uma escola que situação é essa que eles vão encontrar que tipos de
alunos se tem no Ensino Médio, a gente tem uma discussão bastante interessante sobre isso
e no Estágio I, propriamente a gente faz um trabalho de que é praticamente todo o Estagio I
de volta para sala pra escola, conhece essa escola esse aluno que será seu aluno do
Estagio II. Então, faz um Projeto de Estágio, feito de todo o trabalho de avaliação, porque a
escola de uma metodologia como pensa que deva ser o ensino de Filosofia naquela escola.
Então a preparação eu vejo que ela é um continuo e acredito também de como nós temos
hoje no curso algumas disciplinas DCGs, disciplinas complementares da graduação alguns
professores tem tomado essa questão de ensino aprendizagem, então eu creio que há todo
esse trabalho, já de preparação e a gente tem as reuniões fixas no Estagio I, Estágios II é
uma tarde por semana nós nos reunimos especificamente pra no caso do Estagio I, pra
desenvolver esse projeto de estagio orienta no estagio II, pra orienta já o processo de
docência.
N
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9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
Eu trabalho com a Didática. Teoria e Metodologia do Ensino, isso me possibilita a diminuir a
preocupação na preparação para o Estágio porque essas duas disciplinas no transcorrer
delas que são em semestres diferentes me proporciona eu poder já ir paulatinamente falando
em estágio ou Prática de Ensino no Ensino Formal especificamente o que isto acontece, A
Prática I são práticas que são desenvolvidas não no Ensino Formal, elas são feitas de forma
informal e a Prática III e a Prática IV são as práticas que são feitas dentro do sistema formal
do ensino.
233
233
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
E
1
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Curricular ao
aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
Na preparação eu tenho um semestre de Didática e a partir desse semestre eles ingressam
na prática, Então, é um semestre de bastante atividade, de muita exigência de minha parte
com os alunos são basicamente controlados assim com relação às faltas e coisa assim, a
responsabilidade é complicadíssima, ter um semestre só pra resolver isso tudo. E o estágio
agora tem dois anos de duração.
F
3
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Estágio
Curricular ao
aluno estagiário
9. Descreva as
ações/atividades/formas que você
utiliza para preparar os alunos-
estagiários para desenvolverem
seus EC? Como isso acontece e o
que é discutido?
A
preparação dos alunos estagiários acontece durante as disciplinas de Estágio I, II e III. No
Estágio I o aluno conhece a escola, o Plano Político Pedagógico, as dependências da escola,
depois discute com o orientador de Estágio Curricular e a partir daí escreve o relatório sobre o
f
uncionamento da escola. No Estágio II o aluno faz um pré-planejamento inicial das atividades
de cada aula. No Estágio III o aluno prepara as aulas sob a orientação do professor
orientador e com a ajuda da professora regente, procurando incluir experimento através de
uma aula dialogada. No Estágio IV o aluno executa o que foi planejado em sala de aula, mas
antes dele executar a aula é rediscutida, bem como após a sua execução. E após o aluno faz
um relatório comparativo sobre o que foi planejado e o que foi executado para depois extrair
alguma lição dessa comparação. Então, nos quatro estágios os alunos vêm e discutem com o
orientador o que ele está fazendo, o que ele está aprendendo.
234
234
Tabulação das Entrevistas realizada com os Professores Orientadores de Estágio Curricular da UFSM
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
M
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Existe, muita diferença entre as escolas, a gente percebe assim, que há uma divergência muito
grande porque existem escolas onde a gente percebe uma questão organizacional de gestão grande
e existe escolas que nós temos bastante dificuldade de inclusive de conhecer quem é o diretor da
escola quem é o orientador pedagógico e as orientações na maioria das vezes são dadas pelo
professor titular da disciplina, que orienta o aluno. Essas orientações elas são muito no sentido
comportamental, os professores dizem nossos alunos estagiários como que eles tem que ser forte,
vocês tem que falar alto, vocês tem que investir no comportamento dos alunos essas orientações que
eu não diria que são orientações mas é o que o professor de escola ele valoriza. Você tem que ter
pulso firme com os alunos então os alunos tem esse tipo de orientação dos professores e das
escolas e dos responsáveis do EC. E há muita diferença assim como eu disse antes há escolas por
exemplo que o professor vai na escola nos primeiros dias e depois naquele horário ele não se
encontra na escola.
I
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Os professores são muito bons, os professores acompanham diretamente, então, os planos de aula
alem de eles apresentarem semanalmente os planos de aula pra mim aqui eles são levados pras
escolas são apresentados aos professores responsáveis, a coordenação pedagógica, principalmente
aos professores responsáveis, o professor da disciplina, esse olha o plano de aula e depois é
trabalhando em conjunto com o professor em sala de aula necessariamente, não necessariamente
em todas as aulas os professores estão e eles tem conversado, diz olha nós permanecemos aqui do
lado, qualquer coisa ele pode chamar, mas eles estão na escola. Se tem muita diferença nas escolas
isso depende onde estão as escolas, por exemplo eu tenho uma escola aqui que é o Santa Helena,
que perto aqui, então pega o Bairro de Camobi é uma realidade, eu acabei de vir de uma escola que
lá da nova Santa Marta, que é outra realidade totalmente diferente Então isso vai depender da escola
exatamente inclusive dos estagiários, essa questão vai depender muito da escola, do tratamento.
A
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Há bastante diferença entre as escolas que costumam receber estagiários. Então a principal
diferença que eu percebo é em relação a esse aspecto de te uma caminhada com estagiários ou não.
Que orientações eles costumam receber, então é bastante relacionada à questão da avaliação do
preenchimento então de planilhas de apostilas enfim lista de presença. Essa questão administrativa e
tal.
B
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Há muita diferença, eu percebo que as escolas menores principalmente as escolas municipais de
Camobi os meninos e as meninas conseguem um contato direto com o professor, com aquele
planejamento que ele espera e discutem até dentro desse programa da disciplina discutem algumas
coisas. Até assim, é prioridade mais, tem escolas como eu te falei que eles nem encontram o
professor. Então, é muito mais difícil, então existe sim, o estagiário tem uma caminhada distinta ou
uma escola pra outra.
235
235
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
L
1
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Olha orientações a respeito do próprio PPP da escola os estagiários recebem da avaliação do
programa de conteúdos. Recebem sugestões de como realizar algumas atividades.
G
3
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Não, não há diferenças entre as escolas pelo menos pelos alunos desse semestre. E as orientações
é que eles devem vencer todo o conteúdo programático não deixar de desenvolver nenhum dos item
e nenhum dos sub item procurar não fazer muitas atividades diversificadas, eles não devem levar os
alunos pra fora da sala.
C
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Numa escola de Camobi a professora que é responsável pela disciplina é bem presente com os
estagiários, nas demais escolas não o professor se faz ausente, quando muito fica na sala de
professores, não há um acompanhamento, uma presença às vezes e justificada da seguinte forma e
há um entendimento por trás do que é a formação docente ou é uma justificativa não sei de que a
função do estagiário é estar sozinho porque o estar só lhe da liberdade lhe dá a oportunidade de
desenvolver seus saberes práticos e que a interferência dessa professora seja no planejamento seja
no acompanhamento limitaria o processo formativo.
H
1
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Eu acho que não, acho que, não há muita diferença entre as escolas, acho que todas as escolas
cobram dos estagiários quer saber sobre a presença que os estagiários as vezes isso é uma coisa
estranha, as vezes a escola acaba cobrando do estagiário uma maturidade profissional de escola e a
escola muitas vezes olha pra quele estagiário como se ele fosse um professor em início de carreira e
não é. e a escola tem que entender que esse sujeitos eles ainda estão em processo formativo. Muito
embora eles façam atividades profissionais. Há e as orientações, eu acho que não tem como a
orientação pedagógica, é muito mais uma orientação normativa do que propriamente pedagógica.
J
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Acredito que não, não há diferença acho que na verdade há pouca orientação aos estagiários assim
nas escolas. Eu acho que os estagiários chegam mais como uma espécie de ajuda a escola, ajuda o
professor que esta sobre carregado com muitas disciplinas às orientações são aquelas básicas ao
que você deve participar das reuniões semanais, que você deve participar do conselho de classe,
saber que em algum momento poderá haver troca de horário. Acerca de como funciona a
organização, a avaliação trimestral, quando tem que ser a prova acho que são essas orientações e ai
cada professor regente da turma vai tendo um contato com o seu estagiário e vai passando ao longo
do período.
N
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realiza
ç
ão do EC? Há muita
Tem algumas escolas que pensam de um ponto de vista mais disciplinar, mais regrado, onde vai do
cumprimento puro e simples do programas PEIS etc...pra atingir o vestibular ingressar no Ensino
Superior, mas temos algumas escolas não são muitas na verdade mas tem algumas escolas que
conseguem discutir com a comunidade na qual está inserida determinada propostas e aí o que
acontece nessas escolas há uma certa di
g
amos flexibilidade de um esta
g
iário estar um
p
ouco mais
236
236
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista
Informações Coletadas
diferença entre as escolas?
solto do ensino, dentro desse sentido algumas orientações normalmente são no sentido de
cumprimento, primeiro do conteúdo a ser ministrado, segundo do disciplinamento o terceiro de botar
valores, normalmente o que eu tenho percebido são essas as orientações que o estagiário recebe,
muito raramente se discute questão de conteúdo.
E
1
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Geralmente essas orientações se confrontam comas orientações daqui, idealmente o aluno que vai
fazer estágio ele teria que fazer um período de um a dois meses de observação, que os professores
quando recebem os estagiários lá, dizem não você, se você quiser estágio, já vai entrar o primeiro
dia dando aula, que os professores não querem ser observados. Então, geralmente o aluno entra no
estágio e já vai dando aula em função da exigência do próprio professor que acolhe ele em sua sala.
F
3
Relação aluno
estagiário e a
Escola de
Educação
Básica
12. Que orientações os
estagiários costumam receber
das escolas e dos professores
responsáveis por turma a
realização do EC? Há muita
diferença entre as escolas?
Bom eu só tenho uma escola, a orientação que eles tem da escola é quanto aos aqueles cadernos,
procedimentos usuais que o professor tem que ter, pra fazer chamada então, é a parte burocrática
mesmo.
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237
Tabulação das Entrevistas realizada com os Professores Orientadores de Estágio Curricular da UFSM
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista Informações Coletadas
M
Relação
aluno
estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
Eu percebo uma mudança sim, Como é que se dá esse processo então eu faço contato com as
escolas, vejo o número de vagas, horário disponível passo esta listagem pros alunos no primeiro dia
nas duas primeiras semanas de aulas quando a gente ta trabalhando planejamento e o aluno ele
nunca vai pra escola antes dessa revisão de pelo menos oito planos de aulas discutidas comigo e ai
então, ele faz a escolha da escola pega comigo a cartinha de apresentação vai na escola a escola já
esta esperando sabe que alguém vai aparecer. Ai quem recebe é a diretora, ou é a professora, eu
procuro que seja no horário de aula, porque o professor esta na escola. Essa recepção às vezes é
muito afetiva e muito calorosa às vezes é muito fria os alunos relatam isso nos nossos encontros, tem
escolas que são impulsivas que demonstram essa receptividade total apoio aos alunos, tem escolas
são bastantes tímidas que são mais frias que não dão muito esse calor humano que os alunos vão
procurando. Eu acredito assim pelos relatos dos alunos e pelas minhas visitas as escolas a
receptividade é maior naquelas escolas que nós trabalhamos a mais tempo, Então eles já tem um
conhecimento maior com o trabalho que a gente faz então recebe de forma mais receptiva os alunos.
Aquelas escolas que agente trabalha a pouco tempo as vezes ou a escola que tem muitos
estagiários, Então, o que nós percebemos, eu uma vez conversei com a diretora sobre isso e ela me
dizia que eles estavam tendo problemas de abandono de estagiários abandonavam as turmas. Então
não existe assim essa relação tão amigável, mas em geral costuma ser uma postura bem receptiva
dentro do possível.
I
Relação
aluno
estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
A gente já sabe de antemão quais são as escolas então é boa não tem problema nenhum, raramente
acontece algum fato na escola, mas como eles agora já sabem a quem se dirigir fica muito mais fácil.
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238
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista Informações Coletadas
A
Relação
aluno
estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
Eu acho que varia também bastante, eu já tive experiências dos professores se sentirem como se
estivessem fazendo um favor pros estagiários. A implementação do currículo novo ela tende a
agravar essa situação, porque é uma leva tão grande de estagiários que vai pras escolas. Tal em
geral quem recebe é a equipe diretiva o coordenador pedagógico o na falta dele alguém de vice
direção e tal ai encaminha para o professor. a postura das escolas em relação aos processos de
estágios eu acho que ela vai mudando sim, conforme a gente vai criando um vinculo, a gente da
Universidade, o orientador de estágios vai criando um vinculo com a escola.
Então aquelas escolas aonde eu to encaminhando estagiários pela segunda vez eu já sinto uma
receptividade maior, um acumulo de experiência que faz com que eles é saibam o que fazer com o
estagiário quando o estagiário chega entende e ai também o respeito muda, o respeito melhora
começa a diminui essa visão assim meio desprestigiadora do estagiário. Eu acho que começa te
mais consideração conforme vai se fortalecendo o vinculo, então aquelas escolas que tão recebendo,
recebem visita do orientador que eu converso com a equipe diretiva, que eu converso com o
professor entende? Que o professor sabe meu nome, esse tipo de coisa.
Nas escolas onde eles chegam garimpando assim porque eu tive algumas experiências assim, teve
uma escola em que esse problema dos professores acharem que estavam fazendo um favor pro
estagiário eram bem acentuado eles mandavam os estagiários substitui professores de outras
disciplinas de ultima hora, dizem assim há tu vai lá dá aula porque o professor de Química não
venho, então eles tinham que dá aula no lugar do professor de Química que faltou por exemplo,
numa turma que não era a turma que eles estagiavam, então eles conheciam o grupo na hora que
tinha que improvisa uma aula pra substitui a professora que faltou entende, isso aconteceu mais de
uma vez os estagiários começaram a reclama que as vezes tinham compromisso na universidade
ficavam constrangidos de vir embora e não atender o pedido da direção da escola, porque eles
deixavam bem claro que uma mão lava a outra é então teve esse tipo caso assim foi não foi a regra,
foi exceção, mas aconteceu e nas escolas onde eu consigo te um contato me aproxima um pouco
dos professores e tal esse tipo de situação já não acontece, por isso eu acho bem importante esse
acompanhamento do professor, mas que o professor orientador consiga ir a escola conversa com os
sujeitos da escola entende, te um contato direto com eles.
B
Relação
aluno
estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
Os estagiários são bem recebidos, algumas escolas as vezes eu percebo que não dá parte do
professor mas da parte da coordenação e supervisão da escola uma certa resistência porque houve
uma decepção com alguma disciplina da Universidade que as vezes tem estagiário lá e que deu um
problema mas existe escolas que diz olha nos decidimos em reunião que este ano não vai ter
estagiário porque tal e tal disciplina deu problema.
L
1
Relação
aluno
13. Normalmente, como se dá o
p
rocesso de aceita
ç
ão e de
Normalmente eles são bem recebidos porque eles já vem construindo esses projetos na escola.
Então eles
j
á mostram um trabalho,
j
á deram uma certa contribui
ç
ão, eu acho
q
ue isso a
j
uda na
239
239
Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista Informações Coletadas
estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
relação.
G
3
Relação
aluno
estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
O currículo novo pra biologia não mudou nada, a única coisa que aconteceu é que as disciplinas
foram separadas em vez de acontece todas no mesmo ano, elas foram separadas em 4 semestres e
aceitação se da pela coordenadora pedagógica, mas o que todos relatam é que recebe os alunos na
escola, mas a aceitação é por parte da professora da turma.
É que geralmente varia com o estagiário
anterior, se o estagiário anterior cumpri as normas da escola, então eles são bem recebidos, senão já
são recebidos com receio.
C
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aluno
estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
Bom às escolas elas costumam receber bem os estagiários há sim é uma indiferença dos outros
docentes para com o estagiário que o conhece na escola às vezes é a diretora ou é assistente ou
coordenadora pedagógica e a própria professora tutora os demais nem se quer tomam conhecimento
do estagiário às vezes o vêem como um aluno dependendo do nível de ensino também. Algumas
modificações em relação a esse processo? Não o que as escolas estranham sim é porque um
estágio tão grande, isso é bem mencionado as escolas elas não se sentem assim, muito à vontade
com esse novo estágio, isso eu observo bem, pelos relatos dos meus alunos e pelas visitas é
desgastante às vezes pra professora tutora que tem cinco estagiário, se ela tem um
comprometimento de acompanhá-lo isso é desgastante.
H
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Relação
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estagiário e
a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
Bom as escolas elas costumam receber bem os estagiários no sentido das relações humanas né,
nem um estagiário me relatou alguma grosseira por parte da direção, o que há sim é uma indiferença
dos outros docentes para com o estagiário que o conhece na escola às vezes é a diretora ou é
assistente ou coordenadora pedagógica e a própria professora tutora os demais nem se quer tomam
conhecimento do estagiário as vezes o vêem como um aluno dependendo do nível de ensino
também. Recepção, aceitação passa por um processo bem interessante que é o do aluno convencer
a escola de aceitá-lo né, às vezes de expor essa situação de necessidade de campo de Estágio de
conversar mais de uma vez pra conseguir vaga em uma turma né. E como eu te falei ao início às
vezes essa vaga é oferecida mais por uma questão de amizade que há entre professores. Algumas
modificações em relação a esse processo? Não o que as escolas estranham sim é porque um
estagiário tão grande, isso é bem mencionado né e há por detrás deste estranhamento também uma
outra concepção formativa que é mais mecânica né que não vê como um processo, mas que ao final
do Curso já seria o suficiente, as escolas elas não se sentem assim, muito à vontade com esse novo
está
g
io, isso eu observo bem né,
p
elos relatos dos meus alunos e
p
elas visitas é des
g
astante às
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Professor
Orientador
Categorias Questões da Entrevista Informações Coletadas
vezes pra professora tutora que tem cinco estagiário né, se ela tem um comprometimento de
acompanhá-lo isso é desgastante. Mas há o outro lado também os que se sentem muito felizes
porque é o momento que eu me ausento da sala de aula né que eu não trabalho com meus alunos.
J
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estagiário e
a Escola de
Educação
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processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
Normalmente quem recebe é o coordenador pedagógico passa primeiramente pelo coordenador
pedagógico e depois o professor, eu não vejo muita modificação. Eles são bem recebidos e até são
solicitados.
N
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a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
Bom, normalmente quem recebe os estudantes é a coordenação, de uma forma geral, tem sido muito
bem recebido embora as professoras e as coordenações pedagógicas sempre reclamam, porque
elas não entendem o funcionamento do estágio na Universidade, isso é um grande problema. Mas
existe essa comparação com as instituições privadas o estágio das instituições privadas ele se
diferencia do nosso, porque eles tem uma equipe né, que são pagas pra isso e tem uma função
específica pro estágio, então elas podem acompanhar mais sistematicamente mais cotidianamente,
estar acompanhando o estagiário. Então, isso nos cobra algumas cobranças, algumas cobranças pra
nós que não trabalhamos única e unicamente com estágios, só pra que você tenha uma idéia neste
semestre eu to trabalhando com quatro disciplinas diferentes, então fica neste semestre pra mim tá
quase impossível ir nas escolas, então o que eu aproveito tentar fazer o estágio noturno. A
sobrecarga os trabalhos, como a gente não faz só isso também, a gente tem os sistemas
administrativos. , no primeiro semestre de 2007 não tinha nada mais nada menos que 62 alunos-
estagiários no estágio. Só pra que você tenha uma dimensão do que significa isso, eu tinha uns que
estavam estagiando em Gravataí, alunos aqui em Nova Palma, né alunos em Paraíso. Então, isso
provoca um desgaste e um deslocamento um custo financeiro que no fim quem trabalha no estágio
acaba pagando pra trabalha né. E mesmo que esteja dentro do município muitas vezes a gente paga
porque os alunos estão todos espalhados dentro do município, isso nos causa transtornos muito
grande econômico financeiro e de tempo né, e de uma qualidade no atendimento do estagiário
também. Então, esses todos são os fatores que muitas vezes a escola desconhece.
E
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estagiário e
a Escola de
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13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse
p
rocesso, devido à
A grande mudança nesse contato do estagiário com a escola, foi basicamente o ingresso desse
Convênio, as escolas a partir desse convênio tinham uma expectativa de que o professor va assiste
todas as aulas dos alunos e essas coisas que é impossível a partir da realidade que nós temos aqui
na UFSM.
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Professor
Orientador
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implementação do currículo novo?
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a Escola de
Educação
Básica
13. Normalmente, como se dá o
processo de aceitação e de
recepção de estagiários nas
escolas? Quem os recebe? De que
forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a
esse processo, devido à
implementação do currículo novo?
Depois que o professor o coordenador, abriu a via de comunicação, através daquele convênio não
tivemos mais problemas, não temos mais que conversar com ninguém a não ser com a professora
para estabelecer o novo período de estágio e pronto. A única mudança assim relevante que teve na
postura da escola que no primeiro momento, não teve regra nenhuma.
242
APÊNDICE 7
Roteiro Grupo de Discussão Elaborado para Alunos Estagiários nos
Cursos de Licenciatura da UFSM
243
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO EM EDUCAÇÃO - DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
(Reg. GAP/CE/UFSM 019443 – CNPq, Ed.Univ. 02/2006, Proc. 486440/2006-0)
GRUPO DISCUSSÃO ALUNOS ESTAGIÁRIOS
Roteiro de Questões
1.
O Conselho Nacional de Educação, na Resolução CNE/CP 19/02/2002, estipulou que os Estágios
Curriculares devem ser realizados numa carga horária total de 400 horas a partir da segunda metade
do curso. Como esta orientação está sendo considerada no Curso de vocês? Vocês podem detalhar?
2.
Que função vocês atribuem ao Estágio Curricular na formação de um futuro professor?
3.
Que disciplinas mais auxiliaram para a realização dos seus Estágios Curriculares?
4.
Como você foi orientado para conseguir sua vaga numa EEB para realizar seu Estágio Curricular?
5.
De que forma vocês foram recebidos e como foram seus relacionamentos na escola em que
estagiaram?
6.
De forma geral, como foram seus relacionamentos com seus professores orientadores durante o
desenvolvimento dos estágios? Vocês poderiam apontar aspectos negativos e positivos nesses
relacionamentos?
7.
Que tipo de acompanhamento vocês receberam para a realização de seus Estágios Curriculares:
a) dos seus professores regentes de turma de estágio;
b) dos seus professores orientadores de estágios;
c) da escola como instituição.
8.
Vocês poderiam comentar sobre a participação dos professores regentes nos seguintes aspectos:
a) na elaboração de seus planejamentos;
b) na condução das suas aulas;
c) no enfrentamento dos desafios e/ou dificuldades que vocês vivenciaram;
d) na avaliação de seus Estágios Curriculares.
9.
Que avaliação global cada um de vocês faz do estágio que acabou de realizar? Procure levar em
consideração a experiência recente que vocês vivenciaram.
10.
Caso houvesse oportunidade de mudanças na estrutura dos Estágios Curriculares deste Curso,
que sugestões vocês teriam para:
a) a distribuição da carga horária em disciplinas;
b) estágio nos diversos semestres letivos;
c) tarefas previstas para o estagiário durante as diversas disciplinas de Estágio Curricular;
d) formas de escolha da escola e de turmas para estagiar
e) atribuições do professor orientador
f) atribuições do professor regente de turma
g) formas de desenvolvimento do estágio
245
APÊNDICE 8
Termo de Concordância Elaborado para os Alunos Estagiários
245
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – Departamento de Metodologia de Ensino
Projeto de Pesquisa
DIPIED
“Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores”
Termo de concordância
Eu, _______________________________________________________________
(1) concordo em participar deste grupo de discussão sobre organização e
desenvolvimento de Estágios Curriculares em Cursos de Licenciatura; (2) permito a
utilização de minhas falas para efeito de análises acadêmicas de pesquisa,
respeitados os cuidados, dispositivos e procedimentos de ordem ética que as
regem, o que inclui a utilização de nomes fictícios para a identificação dessas falas;
(3) estou ciente do meu direito de receber por correio eletrônico, cópia da transcrição
da gravação dessa sessão realizada no dia __/__/__ e/ou consultá-la em meio físico na
sala 3289, prédio 16, CE/UFSM, sede do Projeto de Pesquisa DIPIED - “Dilemas e
Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de
Professores”, coordenado pelo Prof. Dr. Eduardo A. Terrazzan (registro GAP/CE/UFSM
019443 – CNPq, Ed.Univ. 02/2006, Proc. 486440/2006-0); (4) estou ciente ainda, da
possibilidade de solicitar, no prazo de 15 dias a partir do recebimento da cópia da
referida transcrição, alteração de aspectos relativos à minha participação nessa sessão,
no sentido de deixá-la fielmente representativa do ocorrido.
Santa Maria, ______ de ________________ de 2007
__________________________________
Assinatura do Participante
246
APÊNDICE 9
Exemplar da Transcrição dos Grupos de Discussão Realizados
com os Alunos Estagiários dos treze Cursos de Licenciatura da
UFSM
247
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
(Reg. GAP/CE/UFSM 019443 – CNPq, Ed.Univ. 02/2006, Proc. 486440/2006-0)
TRANSCRIÇÃO DO GRUPO DE DISCUSSÃO – ALUNOS ESTAGIÁRIOS DA UFSM
Código da Entrevista ------
Entrevistado(a) Alunos – Estagiários do curso de Letras/
Espanhol
Instituição Universidade Federal de Santa Maria
Função do(a) Entrevistado(a) Estudantes
Número de Participantes 05
Entrevistador(a) Sandra Agostini
Auxiliar Halana Garcez Borowsky
Data da Entrevista 27/09/2007
Transcritor(a) Halana Garcez Borowsky
Roteiro utilizado Entrevista Estruturada
(S): Então hoje, dia 27 de setembro de 2007, estamos reunidos na sala 3358 do
Centro de Educação para realizarmos um grupo de discussão com os alunos
estagiários do curso de Letras Espanhol.
1 – O Conselho Nacional de Educação, na resolução CNE/CP 19/02/2002, estipulou
que os Estágios Curriculares devem ser realizados numa carga horária total de 400
horas a partir da segunda metade do curso. Como esta orientação está sendo
considerada no Curso de vocês? Vocês podem detalhar?
(S): isso, comentem como está organizado o Estágio aqui no Curso de
Letras/Espanhol, em que semestre começa, quantos semestres são.
(#): o nosso grupo faz parte do primeiro, da primeira turma do currículo novo. Então
primeiro as turmas tinham dois estágios, e agora nós temos quatro, é dividido no sexto,
sétimo e oitavo, (...) Nós estamos sendo a experiência, a cobaia do curso, nós estamos
no terceiro estágio, o primeiro aconteceu à observação, nós tivemos aulas teóricas, e
fazíamos a observação, onde nessa observação foi feito, projeto. O estágio II foi em sala
de aula, porém não era as 105h em sala de aula, foi dividido em orientações com o
professor, parte teórica, e regência em sala de aula que tinha que ser 40h, e vai contar
também a preparação que nós tínhamos fora da sala de aula, para preparar a aula e
mostrávamos para a professora a nossa proposta de trabalho e tudo isso em cima do
projeto né, (...).
(S): mais alguém quer comentar algo sobre essa questão?
(#): que no (...) de observação foi, no estágio I, foi no Ensino Fundamental, e nos outros
estágios, no segundo estágio foi à regência no Ensino Fundamental, o terceiro é
observação no Ensino Médio, e o quarto é regência no Ensino Médio, sempre
observávamos uma série, pra fazer o próximo estágio na série seguinte, nós observamos
a sexta série e realizamos o estágio na sétima.
(#): nós acompanhamos a turma, pra você conhecer o aluno, essa preparação, essa
observação em sala de aula é muito positiva, por que ela te prepara para momentos que
248
tivemos em sala de aula, conhecer nosso aluno, suas dificuldades, como esse aluno já
teve essa trajetória, a relação dele com a professora, e depois nós por em prática, não
que a gente vá seguir o mesmo estilo da professora, a metodologia da professora, mas
nós vamos já conhecer eles, saber das dificuldades, saber um pouco mais do nosso
aluno.
(S): vocês vão se inserindo na realidade escolar.
(#): esse é o objetivo, principalmente, se inserir na realidade escolar.
(S): mais algum comentário sobre essa questão? Não? Então passamos para a
questão dois.
2 – Que função vocês atribuem ao Estágio Curricular na formação de um futuro
professor?
(#): bom eu acho que o Estágio Curricular é fundamental porque (...)
(#): é fundamental também por que a gente coloca na prática o que a gente aprendeu, a
teoria né, coloca na prática, conhece a escola também né, porque a gente fica um pouco
afastado da escola, a gente fica estudando em sala de aula e não conhece a escola, os
professores, como funciona, os métodos utilizados então eu acho que é muito importante
para a formação, porque não tem como a gente se formar sem ter entrado em uma sala
de aula, sem ter vivenciado um aluno e um professor, isso para mim (...).
(#): o estágio em 400h é importante por que a gente tem mais tempo de estágio, para
poder ver como é que funciona realmente né, pra gente se ambientar na escola, pra gente
saber como é que funciona, por que antes como era só um semestre, faziam poucas
observações, já ia dar aula e pronto. Agora a gente tem a oportunidade de trabalhar com
(...), antes tu optaria ou por Ensino Médio, ou por Ensino Fundamental, agora a gente faz
nos dois, (...) ver com o que a gente se identifica mais, se a gente gosta mais de trabalhar
com o Ensino Fundamental ou com o Ensino Médio.
(#): complementando o que a (S) disse, essa questão, nós estamos num curso de
licenciatura, então nós vamos sair daqui professores, aonde nós vamos, podemos dar
aula no Ensino Médio ou no Ensino Fundamental, então essa experiência é muito
enriquecedora, conversando com algumas que já se formaram já, é tem essa questão que
elas não tiveram experiência, tiveram ou no Ensino Médio ou no Ensino Fundamental, só
tiveram contato com um nível de ensino, não com dois, eu acho que com essa forma de
estágio dá a oportunidade de nós trabalharmos com Ensino Fundamental e Ensino Médio,
é enriquecedor para o nosso fazer. Isso é muito positivo.
(S): Mais alguém quer falar? 3 – Que disciplinas mais auxiliaram para a realização
dos seus Estágios Curriculares?
(#): eu acho que a principal foi (...), depois vem Estágio I, aonde nós tínhamos a parte
teórica e tínhamos a prática, mas foi muito importante a prática, essa parte da sala de
aula que foi enriquecedora, a teórica foi justamente essa noção de como você trabalhar
com o aluno, essa relação, de você se relacionar com o teu aluno, eu considero isso mais
forte mesmo, a questão da sala de aula, o contato com o aluno na prática, não mais na
teoria, por que na teoria a sala de aula é (...), mas nós sabíamos já que não era dessa
249
forma assim, essa coisa tão fantástica, tinha até muitos colegas que já trabalharam, já
fizeram magistério então era outra realidade, se consegui relacionar essa parte teórica
com a prática.
(#): fundamental foi à didática, porque eu acho (...), toda aquela base pra gente ir para a
escola, por que a faculdade em si não deu essa base, bom a gente vai fazer estágio no
próximo semestre, o que a gente vai ver, então não tinha esse aporte, esse suporte (...)
achava assim distante, eram matérias assim,não eram direcionadas para fazer estágio.
(#): Complementando também a matéria didática (...), antes de entrar no estágio (...),
poder planejar teu estágio, no estágio I nós tivemos a elaboração do projeto de estágio,
com base na nossa observação em sala de aula, o nosso pelo menos não foi feito pelo
menos, de uma maneira, então a gente vê como nem sempre é possível tudo que é
planejado se colocar em prática, por vário motivos, os próprios alunos muitas vezes (...).
(#): também tu não pode querer seguir a risca teu planejamento e deixar de lado o aluno,
ver a dificuldade dele (...).
(S): 4 – Como você foi orientado para conseguir sua vaga numa EBB para realizar
seu Estágio Curricular?
(#): (...) com o professor com as escolas que tem Espanhol como língua estrangeira, o
nome das escolas, os endereços e a carta que a gente leva pra escola, conversa com a
pessoa responsável desta parte dos estágios e (...).
(#): além do que não são todas as escolas que oferecem língua espanhola, então é por
série, por turma, então se você quer trabalhar em uma determinada série, então algumas
escolas não oferecem, então tem esta parte de tu estar indo para a escola fazer estágio e
não ter escola suficiente, aulas de Ensino Fundamental e Ensino Médio.
(#): e também pode fazer estágio em dupla ou individual
(S): então tem colegas de vocês que fazem em duplas e colegas individuais?
(#): (...) que fizeram em dupla e que fizeram individual o estágio.
(Sandra): então não foi padronizado?
(#): não, não.
(S): algum comentário mais? Então questão número 5 – De que forma vocês foram
recebidos e como foram seus relacionamentos na escola em que estagiaram?
(#): na escola em que eu fiz estágio fui bem recebido, por que na disciplina de Psicologia
da Educação nós tivemos que fazer uma observação em sala de aula era para nós
observar os alunos, então para fazer o estágio eu já conhecia a professora, já conhecia a
escola, já tinha um contato com eles, e a questão da recepção da escola fui muito bem
recebido, a escola me recebeu super bem, tive orientação da professora, depois a
professora, a Orientadora Pedagógica e a Diretora me deram orientações, eu participava
das reuniões, sempre as quartas feiras tinha reunião da escola, dos professores e (...).
(Sandra): você era convidado?
250
(R): nós participávamos, da escola, era uma decisão em grupo ali, então não era
simplesmente assim o estagiário, eu era o regente da turma do nono ano ta, então eu
participava assim, tinha uma preocupação da escola em saber como estava o nosso
trabalho com os alunos e se nós estávamos conseguindo.
(#): (...) a escola bem receptiva.
(S): alguém mais gostaria de comentar sobre essa questão?
(#): na minha escola não teve essa receptividade, (...), então era como ter uma opção de
uma estagiária para cumprir os horários, quanto à escola assim, por que tinha vários
alunos, muitos estagiários, então não era nada (...).
(S): foram todos tratados no mesmo nível?
(#): todos tratados, estagiário e professor, tinham os grupos separados, cada estagiário
em um horário, tudo desencontrado, não tinha o grupo, é por que cada um tinha um
horário, eu ia lá (...), então essa parte não...
(S)? O relacionamento era à distância?
(#): isso, a relação com a escola, com a professora sim, (...).
(S): mas com a escola em si, havia aquela separação entre estagiário e professor
efetivo?
(#): (...), é uma dificuldade pra chegar até a Diretora.
(#): (...), nós tínhamos, não é amizade, relação bem legal, (...), nós não tivemos contato
com a Diretora, mas o Vice-diretor se colocou a disposição, a professora também, tudo
que fosse preciso, e está sendo, eu continuo na mesma escola e é a mesma relação.
(#): mas quando (...) a vocês são estagiárias né? (...) a disciplina é Língua Espanhola, ela
sabia que a gente tava lá, não nos ignorava, nem nos tratava assim...
(S): não passava ignorando?
(#): não, dava oi! Assim.
(S): mas sabiam o que vocês estavam fazendo lá, quer dizer que a presença de
vocês era marcante de alguma forma.
(#): na nossa escola por ser mais pequena, a escola de ensino fundamental, além das
reuniões que tivemos ao longo do estágio, nós tivemos reuniões dos estagiários com a
Diretora, aonde ela tentava dar essa liberdade, pra saber como está nosso trabalho, mas
particular, não era todo o grupo dos professores, os estagiários trabalhando juntamente
com a diretora, que estava aberta a saber como estava nosso trabalho, as nossas
opiniões né, o que poderia melhorar, então o contato assim com a diretora foi muito
próximo.
(S): que bom, uma interação realmente. Mais algum comentário sobre esta questão?
251
6 – De forma geral, como foram seus relacionamentos com seus professores
orientadores durante o desenvolvimento dos estágios? Vocês poderiam apontar
aspectos negativos e positivos nesses relacionamentos?
(#) a respeito do estágio em sala de aula, foi muito positivo né, justamente por essa
questão, preparar as aulas e levar para a sala de aula como orientação para discutir com
ele, em nenhum momento a gente ficou na questão de posse sabe? eu levava a proposta
de trabalho, e algumas modificações ocorriam, sugeridas por idéias, acrescentando no
trabalho, ou algumas vezes simplesmente não tinha como preparar a próxima aula,
conversava com ele, perguntava, eu to meio perdido aqui, como prosseguir, quando você
está em sala de aula você quer fazer o melhor, com estagiário você quer fazer o melhor
como professor, então (...) pode surgir uma (...) que você fica perdido, aonde seguir,
aconteceu comigo esta questão de levar anotação e seguir (...) o meu projeto (...).
(#): (...) a gente se perdem, no começo muitas vezes surge um tema, um assunto e tu
não sabe como trabalhar, (...) maneira um pouco diferente né, do que os alunos realmente
se interessem por aquele assunto, a gente levava pro professor, ele dava algumas
opiniões, (...), surgiram uma outra idéia, quando a gente levava tudo pronto, tinha que
modificar alguma coisinha, dizia o por que (...), os materiais também, por a gente ainda
estar na faculdade, nós não temos ainda determinados materiais, então sempre, quer
dizer, tudo que fosse preciso, sempre pra colaborar.
(#): A orientação é fundamental, (...) a teoria que a gente teve, a expectativa que a gente
tem de uma sala de aula, e essa questão de preparar a nossa aula e levar pro professor,
eu acho que é fundamental pra todos os cursos de licenciatura, por que eu conheço gente
que faz parte de um curso de licenciatura, quatro semestres de estágio, e não recebeu
nenhuma orientação, então eu vejo esta questão, como se elas estivessem perdidas
sabe, eu, tendo a orientação do professor às vezes fico perdido na sala de aula, e como
preparar a aula para o meu aluno, então imagina o aluno que não tem nenhuma
orientação, e pra entrar em sala de aula a orientação é fundamental.
(#): e assim também eu, por exemplo, tinha um diário nosso, com cada um, onde tu
informava o que aconteceu nas aulas, se foi boa ou não, por que, tentar melhorar, se tem
materiais que não dão certo, e também aquele fato de que olha, passa segurança para ti,
(...), acho que o mais importante pra mim foi os (...) de cada dia de aula escrever o que
deu certo e o que não deu, tenho anotado no caderno, assim como pode não funcionar
para uma escola, pra uma turma, pode funcionar tu ter o registro e tu lembrar, tu faz uma
coisa e não deu resultado, pra tu mostrar pro professor, pra ele saber e até ajudar, não
deu certo pra mim, (...)
(S): fizeste um diário então?
(#): só que um diário de uma forma diferente, (...), começava com os objetivos, as
justificativas e simplesmente as seqüências didáticas, e não, desta forma já é diferente,
são as impressões que nós tivemos desta aula, por que nós achamos que deu certo, por
que nós achamos que deu errado, como pode fazer pra mudar pra dar certo.
(#): continuando o aspecto científico que tinha, (...) na sala de aula, o que era, o que era
que estava acontecendo de errado, (...) então o próprio professor (...) como troca de
experiência.
(S): Teve algum ponto negativo, que vocês queiram estar relatando?
252
(#): vou falar assim pra mim, referente a duplas que não se entenderam em sala de aula,
eu não porque eu fiz estágio sozinha né, mas assim tem conversa né, tu conversa com os
teus colegas, tu troca experiência, tu fala como foi tua aula, (...), eu acho que isso gerou
muita (...)
(S) então foi mais divergência entre a turma do que com o professor em si?
(#): foi, pessoas resolveram fazer sozinhas o Estágio agora não tem problema nenhum,
mas isso foi bom também.
(#): e só complementando também o estágio, é um estágio (...) do projeto, o dois nós
aplicamos e no final do estágio II a gente tinha que escrever um artigo, foi o que nós
amarramos assim,era uma observação completar com teoria, depois colocando em
prática e depois nós observamos tudo aquilo que aconteceu e aí fizemos um artigo, tudo
seguindo o que foi proposto por cada aluno, por cada duplas no estágio I.
(S): dá um bom trabalho? Mais algum comentário nesta questão? Então vamos para
a questão número 7, esta questão, vocês têm o roteiro para acompanhar, ela tem
sub itens.
7 – Que tipo de acompanhamento vocês receberam para a realização de seus
Estágios Curriculares? a) dos seus professores regentes de turma de estágio;
(#): no meu caso, na nossa escola, a professora regente sempre acompanhava, todo o
dia quando chegava na escola ela vinha conversar com a gente, ela também conversava
com a turma, se tinha algum problema, se nós precisávamos de alguma coisa, tava
sempre ali, se precisasse chamar ela, e teve um momento que nós precisamos (...) em
atraso, de trabalhos, e nós não fizemos uma prova, correria pra resolver, e era final do
semestre pra eles e ela prontamente nos ajudou, no auxilio, no que poderia ser feito e
quando nós saímos no final do trimestre ficaram trabalhos para ela entregar e ela
entregou na boa, trabalhos feitos por nós, então sempre foi muito, nunca nos deixou
sozinha, sempre todos os dias que tinha aula, nenhum dia ela faltou, a tipo é estagiária,
não preciso ir.
(S): sempre presente, mais alguém quer comentar sobre a professora regente?
(#): a professora não era assim de ir na sala de aula, deixava, ela disse que se
preocupava assim, de como eu iria me sentir com a presença da professora, mas eu disse
que se quisesse assistir a aula, chegar de surpresa não tem problema nenhum, mas ela
não comparecia na sala de aula, só queria saber como estava indo, se eu tinha alguma
dificuldade em relação com os alunos, e questão de acompanhar no conteúdo assim, não
tinha, quanto a material, ela oferecia né, (...)
(#): a nossa não, ela se mostrava presente, foi em sala de aula, (...), fazia trabalhos,
falava o que ela tava fazendo, apostila, (...) então sempre se fez presente em sala de
aula, ou só com apoio.
(S): mais alguém quer fazer algum comentário sobre esse item?
b) dos seus professores orientadores de estágios;
(S): bom, vocês já estavam comentando que receberam uma boa orientação, se tem
mais alguma coisa a comentar fiquem a vontade.
253
(#): faltou dizer que tinha uma observação em sala de aula, três, foi um (...) até no
desenvolvimento do estágio em sala de aula, essas observações foi o professor
orientador que ia até a escola assistir a aula.
(S): a ele foi assistir a aula de vocês também.
(#): foi é uma forma de avaliar, até por que a gente chegar e dizer pra ele, a aconteceu
isso ,isso e isso na aula e daí né, ele tinha que ver se realmente nós estávamos, até por
que ele perguntava sobre o relacionamento, aí se alguém chega e diz, a foi maravilhoso,
e quando vê chega na sala de aula e não é bem assim, então (...).
(S): item c) da escola como instituição.
(S): vocês também já falaram sobre a escola, mas se quiserem complementar
também, fiquem a vontade.
(...): a escola como instituição acompanhavam (...)
(S): então vamos para a questão 8 – Vocês poderiam comentar sobre a participação
dos professores regentes nos seguintes aspectos:
a) na elaboração dos seus planejamentos;
(S): teve a interferência do professor regente ou não?
(#): não
(S): unânime
(#): interferência não, mas tipo, qualquer coisa que precisar.
(#): assim, antes de começar ela falou assim, as aulas são de vocês, vocês trabalham da
maneira que vocês acharem melhor, sigam o planejamento de vocês,
(#): na nossa escola, a professora só exigia o programa, o que vai dar né, (...).
(S); então tu tiveste uma programação a seguir, de acordo com o que a professora
deixou? Mais algum comentário?
c) no enfrentamento dos desafios e/ou dificuldades que vocês vivenciaram;
(S): aqui vocês já comentaram que elas estavam presentes, mas se quiserem falar
mais, podem falar.
d) na avaliação de seus Estágios Curriculares
(S): como é que é feita esta avaliação, tem a participação do professor regente lá da
escola, ou a avaliação de vocês refere-se somente aqui na instituição na pessoa do
professor orientador, como que é feito isso, pelo relatório que vocês entregam, que
mais é avaliado?
(#): as aulas teóricas, as orientações, do artigo, que no caso o professor conversou com a
professora (...).
254
(S): então de acordo com o dialogo com a professora ele deduziu como foi o
trabalho de vocês lá também, para poder estar avaliando, foi nesse sentido então?
Não teve um parecer explicito lá da professora regente da escola? Foi só o dialogo
entre ele e o professor?
(#): o dialogo com o professor observando nós, da nossa atuação em sala de aula, os
trabalhos que nós fomos realizando tanto aqui na faculdade, quanto o que a gente trazia,
quer dizer, do nosso inteiro.
(#): mas eu acho que mais completo seria até, ter um escrito ali do professor.
(#): do professor que acompanha né, mas e o professor que não acompanha e daí?
(#): a professora da minha escola conversava muito com meus alunos, conversava muito
com eles, então ela chegava pra mim e falava, a os alunos estão gostando da tua aula e
tal, e (...).
(S): de qualquer forma eles são nossos porta-vozes.
(#): mas eu acho que (...), seja do professor orientador, ou o regente, seria um parecer
(...).
(S): 9 – Que avaliação global cada um de vocês faz do estágio que acabou de
realizar? Procure levar em consideração a experiência recente que vocês
vivenciaram.
(Sandra): então dos estágios que vocês realizaram o que vocês têm pra me dizer,
bom, ruim?
(#): foi o que a gente já comentou antes assim, primeiro a experiência da sala de aula,
como eu não fiz magistério, essa foi a primeira vez que eu dei aula, que eu tive contato
com aluno, me imaginando professora, que experiência tu teve e não deu certo, o porque,
essa é a avaliação que a gente faz, gostou ou não gostou, toda experiência é válida,
ainda mais (...), então pra mim foi válido por isso, pelo contato com a escola, com o aluno.
(#): planejar uma aula, pensar o que tu tem que fazer nas aulas com teu aluno, o que tu
gostaria de passar.
(#): (...), você se coloca também no lugar (...).
(#): o que você esta dando espera um retorno, por mais que seja uma experiência
negativa (...)
(#): eu acho que os professores que estão a anos e anos na frentes das turmas, tem as
suas restrições, suas (...)
(#): mas foi muito válido, eu já tinha experiência de sala de aula, mas foi válido.
(#): essa questão, você chegar à sala de aula e será que eu to no curso certo? E ai
quando você chega na sala de aula você gosta, ou você odeia. Eu já tive experiência de
estar na sala de aula antes, então eu acho que, estando na sala de aula tu ver se é isso
que tu quer, to no caminho certo, eu acho que no grupo todo mundo chegou (...), primeiro
255
tu tava com as disciplinas de teorias, e tu nunca teve contato com a sala de aula, foi só no
momento do estágio.
(#): essa questão é a reflexão quando nós conseguimos nos encontros, como está as
aulas, o que deu errado, o que pode mudar, o que deu certo, o que os alunos não
gostaram, o que eles gostaram.
(#): é o momento que tu reflete sobre tudo que tu viu durante os teus três anos de aula, e
você fala, agora eu sei me relacionar com meu aluno, eu sei transmitir assim.
(#): e bom e a experiência de aluno, é uma das partes assim que mais me faz refletir, o
que você faz, e como está o relacionamento com os professores, como é tua relação com
os professores, é uma coisa muito interessante, pra mim assim, a questão professor-
aluno, e meu relacionamento com eles foi que (...)
(S): mais algum comentário? Não? Então passamos para a ultima questão.
10- Caso houvesse oportunidade de mudanças na estrutura dos Estágios
Curriculares deste Curso, que sugestões vocês teriam para: a ) distribuição da
carga horária em disciplinas;
(S): vocês acham que as disciplinas nesta grade nova estão de acordo, está bom,
tem alguma que vocês gostariam que fossem retiradas, ou alteradas, como vocês
vêem isto?
(#): algumas disciplinas eu acho que deveriam ser mudadas, fundamentos da educação
especial;
(#): nós já tínhamos feito o primeiro estágio quando a gente teve esta disciplina, é
ofertada no ultimo semestre e a gente já teve alunos especiais, temos agora, e não tem
fundamentos, então a gente conversa com os professores da escola, conversa com o
orientador, mas nós ainda não tivemos nenhum tipo de disciplina nada.
(S): a) estágio nos diversos semestres letivos.
(#): ta boa, a questão a gente já tinha falado antes, aumenta a nossa experiência.
(S) b) tarefas previstas para o estagiário durante as diversas disciplinas de Estágio
Curricular;
(#): ta bom (...).
d) formas de escolha da escola e de turmas para estagiar;
(#): está bom como está.
(S): e) atribuições do professor orientador; teria alguma coisa que vocês gostariam
de sugerir para o professor orientador? Não?
(S) f) atribuições do professor regente de turma; teriam alguma sugestão, para estar
sugerindo ao professor lá da EBB?
256
(#): acho que a questão do parecer, isso é bem interessante, acho que é uma sugestão
pro orientador e pro regente, que os dois entrem em acordo de como fazer isto.
(S): que seja redigido um parecer sobre o trabalho de vocês realizado lá na escola.
(#): isso, a visão do professor sobre o estagiando, pois como disse a (#), o professor
regente e os alunos entram em contato.
(S): g) as formas de desenvolvimento do estágio
as formas como está se desenvolvendo está boa, vocês colocaram, não sei se
querem comentar mais alguma coisa? Está contemplado nestas falas?
(#): (...), aonde o estágio I é observação, o II prática, o III observação e o IV prática.
(#): um é observação e prática no ensino fundamental e o outro, observação e prática no
ensino médio.
(#): dez semestres, cinco anos, no mínimo passar quatro semestres na escola, Ensino
Fundamental, Médio pra ti ver qual tu gosta de trabalhar, tu gosta mais, alunos de
diversas idades, diversas turmas (..)
(S): qual é a função do curso de licenciatura, formar professores, então está bom.
Bom, eu então agradeço a colaboração de vocês e a disponibilidade do professor em
ceder uma parte da sua aula.Muito obrigada.
257
APÊNDICE 10
Exemplar da Transcrição das Entrevistas Realizadas com os
Professores Orientadores de Estágios Curriculares da UFSM
258
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO
Projeto de Pesquisa
DIPIED
Dilemas e Perspectivas para a Inovação Educacional na Educação Básica e na Formação de Professores
(Reg. GAP/CE/UFSM 019443 – CNPq, Ed.Univ. 02/2006, Proc. 486440/2006-0)
TRANSCRIÇÃO DA ENTREVISTA REALIZADA COM PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO
CURRICULAR DA UFSM
(S) Hoje dia 27 de novembro de 2007, entrevista para o Projeto DIPIED, com a Professora
Marilda Orientadora de Estágio no Curso de Artes visuais da Universidade Federal de
Santa Maria.
Bloco II. Contato inicial com as Escolas de Educação Básica (EEB) e preparação
dos Estagiários para o Estágio Curricular
a) Preparação por parte da IES
8. Como é feito o contato com as escolas campo de estágio? Quem é o responsável por
esse contato: orientador, aluno, coordenação do curso, etc...? Em que medida o Convênio
firmado entre a UFSM e os Sistemas de Ensino está sendo utilizado para conseguir vagas
para os estagiários nas EEB?
(M) Bom Sandra, o contato é feito primeiramente por mim, como orientadora, no período
que antecede as aulas umas duas semanas antes, contato as escolas, vejo número de
vagas que essas escolas dispõe, turno, etc. E no contato com os alunos então no inicio
das aulas, eu coloco uma listagem de escolas e o número de vagas por escolas. Esse
contato é feito primeiramente por mim e depois através de uma carta que eu dou aos
alunos, eles procuram as escolas e se apresentam. Eu sempre deixo livre a questão da
escola no sentido que tenha proximidade com a casa do aluno, em função de que nós
trabalhamos com muito material que nós levamos pra escola, então né, se for mais perto
melhor. E quanto ao convênio porque você sabe nos tivemos toda aquela movimentação
em função do convênio e o que que foi??! O que teve de bom nisso foi que as escolas
nos procuram pra fazer o Convênio né, então elas dizem “nós somos uma escola
conveniada” isso pra mim que já trabalhava com essas escolas antes do “convênio” entre
aspas, porque a gente sabe que o Convênio é fictício; eu penso que o aspecto positivo é
que deu uma “certa seriedade” da escola para conosco. Nós tivemos neste semestre uma
escola que nos ligou, o diretor nos ligou queremos ser conveniada da UFSM. Chácara das
Flores, ele nos passou todos os dados e nós temos um aluno lá. Como acontece este
processo? O aluno foi na escola, que fica perto da sua casa e disse ter interesse em fazer
estágio lá, porém, esta escola não constava na listagem das escolas conveniadas, para
tanto, ele, o diretor, teria que solicitar o convênio junto a professora de estágio ou ao
Coordenador do Curso. É assim que a escola nos procura e sinaliza desejar ser
conveniada. Isso de certa forma valorizou essa relação. Então funciona dessa maneira: o
Convênio se estabelece, entre orientador e escola e não via Prograd, como deveria ser. A
escola disponibiliza o número de vagas e nesta medida nós procuramos atender a
Código da Entrevista ---
Entrevistado(a) Prof. M
Instituição Universidade Federal de Santa Maria
Curso Artes Visuais
Função do(a) Entrevistado(a) Professora
Entrevistador(a) Sandra Agostini
Data da Entrevista 27/11/2007
Transcritor(a) Sandra Agostini
Roteiro utilizado Entrevista Estruturada
259
demanda. Atualmente nos estamos com 17 escolas né, esse ano nós temos alunos em 17
escolas em Santa Maria. Então é um trabalho para o orientador, porque o orientador tem
que se deslocar, mas aumentou o número da oferta e isso é bom também.
(S) 9. Descreva as ações/atividades/formas que você utiliza para preparar os
alunos-estagiários para desenvolverem seus EC? Como isso acontece e o que é
discutido?
(M) Bom Sandra, nós temos uma disciplina no currículo novo denominada “Pedagogia da
Educação e Arte II” que é fruto de um projeto piloto de uma disciplina para observação de
aula. Então, nessa disciplina, os alunos adotam entre aspas um colega e acompanham as
aulas deste colega nesta escola que eles pretendem estagiar. Eu sempre estabeleço um
número de aulas para serem assistidas, mas a maioria dos alunos assistem mais que
esse número. Então ele acompanha esse colega e faz um relato de todas as aulas
assistidas né, existem uns itens de assistência que é: qual a temática que está sendo
trabalhada naquela aula, qual é o objetivo daquela aula o que, que o professor estagiário
utilizou como recursos? Se foi trabalho de grupo, se foi trabalhos individuais, como é que
ele desenvolveu a aula através desses procedimentos metodológicos, como que ele fez a
avaliação da aula. Então tem vários itens que ele observa. Quando o aluno vai pra escola
observar, ele já tem o projeto numa outra disciplina que antecede a esta, então a partir do
projeto pronto das assistências ele passa para o estagio I, que é um semestre seguinte.
No Estagio I, ele participa das aulas que são terças pela manhã, que são as aulas teórico/
práticas, na parte teórica ele lê os textos propostos, ele discute, participa das dinâmicas e
na parte prática ele somente ouve os relatos dos colegas que já estão inseridos nas
escolas, isso no estágio I. Por que que a gente fez isso? Primeiro lugar por questão
humana, porque eu era sozinha e não conseguia trabalhar com o estagio I, II, III e IV.
Então eu juntei dois grupos pra não ficar muito grande e trabalho dessa forma os alunos
estão juntos no Estágio I, II, III, e IV. No Estágio I, eles não apenas ouvem né, os relatos
eles questionam, nos Estágios II, e III, e IV eles fazem relatos também. Quanto a forma de
trabalho, nós temos uma listagem de Bibliografia que são textos básicos da formação
inicial em Artes Visuais. Alguns nós selecionamos, outros são escolhidos pelos alunos.
Seria mais ou menos dessa forma.
(S) 10. Que mecanismos você utiliza para discutir questões referentes aos estágios
de seus alunos com as equipes diretivas e/ou professores das escolas? Como isso
acontece e o que é discutido?
(M) Bom, eu visitei todos os meus alunos de estágio, antes eu visita duas, três vezes mas
em função de dois currículos acontecerem de forma conjunta eu tive que reduzir o número
de visitas, então, hoje eu faço uma visita por estagiário. As questões referentes ao estágio
elas, brotam nessas discussões da terça pela manhã, então, eu vou sinalizando e quando
eu faço a visita na escola, que eu procuro que seja no meio do semestre, eu sempre
procuro levar essas discussões pra escola sabe como né, que o professor está
percebendo. Existem aquelas escolas que dão apoio total ao aluno, que caminham junto,
que assistem a aula, existem escolas que o professor nem vai né, o professor tutor nem
aparece naquele horário da aula, então, eu aviso sempre que eu vou, o aluno está
sabendo, ele avisa o professor tutor, então nesse dia ele tem que estar na escola, ai eu
procuro conversar e discutir algumas questões referentes ao que o aluno está
pretendendo. Procuro conhecer sempre a diretora da escola, me apresento para a
diretora da escola, tem escolas que eu também converso com o orientador pedagógico,
260
depende muito da escola, mas eu procuro sempre estabelecer estes contatos, porque
muitas vezes quando eu telefono pra escola se o professor não está eu posso resolver
com outro professor. Então acho que essas relações são bastante importantes.
(S) b) Preparação por parte EEB
11. As escolas, em que seus alunos costumam estagiar, possuem normas, critérios
e/ou regras para a realização do EC? Você poderia comentar identificando as
escolas?
(M) Existem escolas que há muito tempo possuem normas, existem escolas que há pouco
tempo possuem normas. Então, por exemplo, o colégio técnico industrial aqui no Campus
da UFSM há pouco tempo estabeleceu algumas normas que eles nos mandam e nós
inclusive há uns 2 anos atrás sinalizamos como é importante isso de o aluno ficar ciente
quais eram as suas responsabilidades na escola. A escola Maria Rocha sempre possuiu
normas desde que a gente começou a trabalhar eles tem os critérios muito claros, assim,
é feito uma reunião, eu acho bastante positivo isso. O Colégio Politécnico também faz
pouco tempo que tem normas existe, por exemplo, a escola Rômulo Zanchi que não tem
normas né eles não eram costumados receber estagiários, pelo menos de Artes Visuais.
Então pra eles, não existe um contato diretivo pra com o estagiário, uma reunião, não
acontece nada disso, é um contato mais com o professor. Então existem aquelas escolas
que tem há bastante tempo, que eu tô lembrando, por exemplo, no caso do Maria Rocha,
e tem escolas que tem há pouco tempo, como é o caso do Industrial e do Politécnico e
existem escolas como é o Rômulo Zanchi que não tem. Não tem normas nenhuma e nem
critério pra realização do estágio.
(S) 12. Que orientações os estagiários costumam receber das escolas e dos
professores responsáveis por turma a realização do EC? Há muita diferença entre
as escolas?
(M) Existe muita diferença entre as escolas. Nós, enquanto orientador(es) que
trabalhamos com várias escolas percebe(mos) que há uma divergência muito grande,
porque existem escolas onde a gente percebe uma questão organizacional de gestão
grande e existe escolas que nós temos bastante dificuldade inclusive de conhecer quem é
o diretor da escola, quem é o orientador pedagógico e as orientações na maioria das
vezes são dadas pelo professor titular da disciplina né, que orienta o aluno. Essas
orientações são bastante interessantes porque elas são muito no sentido comportamental
né, os professores dizem aos nossos alunos estagiários que eles têm que ser firmes,
vocês tem que falar alto, vocês tem que investir no comportamento dos alunos, qualquer
coisa vocês mandem pro SOI, essas orientações que eu não diria que são orientações,
mas em fim elas funcionam mais no nível assim de comportamento que é que o professor
de escola valoriza né, o professor de escola ele valoriza muito essa questão. Você tem
que ter pulso firme com os alunos então os alunos têm esse tipo de orientação dos
professores e das escolas e dos responsáveis do EC. E há muita diferença, como eu
disse antes, há escolas, por exemplo, que o professor vai à escola nos primeiros dias e
depois naquele horário ele não se encontra na escola. Eu procuro cobrar isso quando eu
vou à escola, eu já vou sabendo aquele professor que tá ou não, então eu pergunto pro
professor, mas professor, nesse horário o senhor sempre está na escola, não é mesmo?,
“É às vezes eu tenho que dar uma saidinha”, alguns respondem. Mas eu procuro sempre
lembrar que ele deveria estar, caso o meu aluno precise de alguma coisa.
(S) É verdade!
261
(M) Eu tenho professores, por exemplo, que assistem às aulas dos meus alunos
estagiários, como uma forma de formação continuada, de ver o que é que o aluno tá
trabalhando. E são poucos, muito poucos, e tem professores que realmente se ausentam
e ai a gente tem que lembrar que ele precisa estar na escola nesse horário.
(S) Que é o horário de ele estar ali auxiliando.
(M) Exatamente, senão quiser estar dentro da sala de aula que esteja disponível.
(S) Seria o correto.
(M) Seria.
(S) 13. Normalmente, como se dá o processo de aceitação e de recepção de
estagiários nas escolas? Quem os recebe? De que forma? Houve modificações na
postura das escolas em relação a esse processo, devido à implementação do
currículo novo?
(M) Eu percebo uma mudança sim Sandra, eu percebo uma mudança de uns dois anos
pra cá 2005, começou essas mudanças de forma tênue em 2006, eu acredito que elas
eram mais perceptíveis e com certeza as escolas mudaram um pouco sim. Como é que
se dá esse processo? Então, como eu comentei anteriormente, eu faço contato com as
escolas, vejo o número de vagas, horário disponível e passo esta listagem para os alunos
no primeiro dia. Nas duas primeiras semanas de aulas nós trabalhamos planejamento, o
aluno nunca vai pra escola antes dessa revisão de pelo menos oito planos de aulas
discutidas comigo e ai então, ele faz a escolha da escola, pega comigo a cartinha de
apresentação e vai à escola. A escola já está esperando, sabe que alguém vai aparecer
ou que alguém pode aparecer e daí quando não aparece ninguém, a escola me liga:
“professora não viria um estagiário?” Sempre a demanda é maior do que a procura. E ai
então, às vezes eles ligam: “o estagiário não apareceu ainda”. Então o aluno vai à escola
com a carta e ai quem recebe é a diretora, ou é a professora de Artes, eu procuro que
seja no horário de aula, porque o professor de Artes está na escola. Essa recepção às
vezes é muito afetiva e muito calorosa, às vezes é muito fria né, os alunos relatam isso
nos nossos encontros de terça-feira, tem escolas que são impulsivas, que demonstram
essa receptividade, total apoio aos alunos, tem escolas bastante tímidas, que são mais
frias, que não dão muito esse calor humano que os alunos vão procurando né.
(S) Mais geralmente professora há mais receptividade, ou a receptividade é em maior
nível ou menor?
(M) Eu acredito Sandra, pelos relatos dos alunos e pelas minhas visitas às escolas que a
receptividade é maior naquelas escolas que nós trabalhamos há mais tempo, aquelas
escolas que a gente trabalha desde 2002.
(S) Já tem mais conhecimento com o trabalho de vocês.
(M) Então eles já têm um conhecimento maior com o trabalho que a gente faz, então
recebe de forma mais receptiva os alunos. Aquelas escolas que agente trabalha há pouco
tempo às vezes ou aquela escola que tem muitos estagiários, como é o caso, por
exemplo, do Augusto Ruschi, que é uma escola que tem um número de estagiários muito
altos em todas as disciplinas. Então, o que nós percebemos no Augusto Ruschi é que
262
existe certo cuidado, desconfiança com a figura do estagiário, um pé atrás. Eu uma vez
conversei com a diretora sobre isso e ela me dizia que eles estavam tendo problemas de
abandono, de estagiários que abandonavam as turmas. Então não existe assim essa
relação tão amigável né, mas em geral costuma ser uma postura bem receptiva dentro do
possível.
(S) 14. Você gostaria de acrescentar algum comentário sobre o assunto deste
bloco?
(M) O que eu poderia acrescentar Sandra? Eu acho que no campo das Artes Visuais nós
temos conseguido qualificar o trabalho no estágio e no momento esses critérios estão
mais claros pros alunos. Essas disciplinas, por exemplo, de observação de aula que eu
considero uma disciplina muito importante ela foi incorporada no currículo novo a partir de
um projeto piloto do currículo antigo. Então, acho que isso também qualifica o aluno, tem
um tempo que tá na escola mas que ele ainda não é professor, ainda tá observando.
Então isso foi bom, os alunos relatam isso como muito positivo. E nós, enquanto
orientadores vamos aprendendo a lidar com o estágio, eu lembro que em 2002 quando eu
comecei este trabalho eu sentia bastante ansiedade que as coisas dessem certo. Mas
cada aluno tem seu tempo e é importante que a formação inicial aconteça de forma
prazerosa pro aluno. Hoje eu sou bem tranqüila quanto ao processo formativo, e também
procuro tranqüilizar meu aluno. Digo a ele que quando algo não dá certo, quando a
experiência não é boa, aí reside a importância de olharmos para essa experiência,
analisar o processo e tentar fazer novamente, re-ver, re-formular. Eu acho que a minha
tranqüilidade é muito importante e isso se deve aos anos de experiência trabalhando com
estágio.
Bloco III – Formação Docente
15. Como você se tornou professor orientador de estágio em Cursos de
Licenciatura?
(M) Bom eu fiz Licenciatura em Artes Visuais e fiz Bacharelado, primeiro fiz Licenciatura
depois Bacharelado. O meu mestrado foi em Antropologia Social e depois Doutorado em
História da Arte, então quando eu estava fazendo doutoramento eu fazia disciplinas
pedagógicas, cursava disciplinas pedagógicas como aluna especial. Eu sempre gostei da
questão pedagógica, e ai quando eu voltei ao Brasil em 1996 não tinha Concurso na
Universidade e ai eu fui fazer um trabalho de orientador pedagógico, numa empresa aqui
em Santa Maria. Trabalhei de 1996 à 2001, como orientadora pedagógica. Eu acho que
este foi um momento muito importante de crescimento, um momento em que eu assistia
aulas, um momento que eu procurava fazer uma análise das aulas assistidas junto aos
professores, então eu acho que fui crescendo com isso, aprendendo e ai quando fiz o
concurso no departamento de metodologia para trabalhar num curso de Licenciatura
então, quando eu vi que tinha a questão do estagio fiquei muito contente porque era uma
questão que eu queria muito vê mais de perto, então aconteceu assim, eu acho que eu fui
me preparando pra isso.
(S) Para esse dia.
(M) Isso.
263
(S) Questão 16. Como aprendeu a fazer este tipo de trabalho?
(M) Bom a gente aprende acertando, errando, observando bastante. Eu acho que aprendi
muito com os alunos porque inclusive o fato dessa aula conjunta que eu comentava foi
uma aluna que disse: “professora nós deveríamos ter aulas conjuntas àqueles alunos que
estão começando e os outros que já estão há um ano na escola.” Ouvindo os alunos a
gente também aprende, então foi pontuado isso por uma aluna, e experimentado nesse
projeto piloto. Eu acho que o aprendizado se dá em várias linhas, em várias fontes, o
importante é que a gente esteja muito atenta sempre à tudo o que vem surgindo.
(S) 17. Se pudesse escolher, você permaneceria como responsável pela disciplina
de EC? Comente, por favor.
(M) Sim, com certeza. Nós somos três professores no Laboratório de Artes Visuais, e eu
dividi algumas disciplinas que eu tinha e não larguei o Estágio Curricular eu gosto muito
desse trabalho, eu acho que eu aprendo a cada semestre com ele e se pudesse escolher
eu permaneceria porque foi uma escola que eu fiz e eu acho bastante saudável, inclusive
agora, somos três professores trabalhando com estágio em Artes Visuais e essa
discussão se ampliou porque nós trocamos as experiências então tem sido muito bom. Eu
não gostaria de deixar essa disciplina de orientador de estágio.
(S) Então última questão, 18. Você gostaria de acrescentar algum comentário sobre
o assunto deste bloco?
(M) Gostaria de dizer que tenho feito parcerias com outras instituições e eu percebo o
quanto nós andamos já em termos de Estágio Curricular. Eu tenho uma curiosidade muito
grande na tua pesquisa, porque nós vamos ter o retrato das Licenciaturas da UFSM. Eu
tenho um projeto Interinstitucional com uma professora da UDESC e percebo o quanto
nós já caminhamos no estágio em Artes Visuais aqui e que lá eles estão engatinhando
ainda. Eu acho que a tua pesquisa ela é muito importante no momento em que ela vai
mapear a situação das Licenciaturas da UFSM, então eu tenho a maior curiosidade por
esses resultados, perceber como cada curso funciona, porque nós temos consciência que
cada um de nós, o próprio departamento de metodologia trabalha de uma forma, a gente
tem reuniões, a gente conversa, nós procuramos relatar os processos que são muito
diversos, mas cada um trabalha de um jeito, não existe um critério único não existe uma
homogenia nisso, é muito diverso então, eu acho que é importante sabe como é que
funciona isso, como, é que ta se comportando. Eu só tenho a agradecer Sandra.
(S) Não professora eu que te agradeço muito obrigada, então por ter me concedido essa
entrevista, primeira etapa, e a próxima etapa certamente será outras pessoas que terão
que escrever suas dissertações e estarão lhe procurando, para fazer a segunda etapa
dessa entrevista.
(M) Eu estou sempre disponível
(S) Muito obrigada.
(M) Obrigada.
264
ANEXO 1
Resolução CNE/CP 1 DE 18 de fevereiro de 2002
e
Resolução CNE/CP 2 de 19 de fevereiro de 2002
184
ANEXO 2
Programa de Práticas Educativas Interinstitucionais - PPEI
Livros Grátis
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Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
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Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
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Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
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Baixar livros de Química
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Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo