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Foi verificado que dos oito casos considerados positivos o implante
ocorreu principalmente na derme e subcutâneo sem continuidade e/ou
proximidade com a fáscia. O que poderiam resultar em falso-positivos
(Quadro 6).
Em análise isolada dos dados, quando houve presença de células
neoplásicas no trajeto da biópsia (n = 8) o componente inflamatório foi
classificado como leve em 87,5% e a neovascularização acentuada em 75%
dos casos. Nos trajetos livres o componente inflamatório foi leve em 58,8% e
a neovascularização acentuada em 41,2% dos casos. Observou-se que nos
trajetos positivos houve uma freqüência maior do componente inflamatório
leve e da neovascularização acentuada, isso permite sugerir que a resposta
imune (inflamatória) e a angiogênese possam ter um papel importante na
disseminação neoplásica. Quando se correlacionaram os dados (Tabelas 3 e
4) não houve significância estatística, o componente inflamatório foi leve em
40% dos casos negativos e 28% dos positivos e a neovascularização foi
acentuada em 24% dos positivos e 28% dos negativos.
Não se comprovou diferença na probabilidade de ocorrência de
resultados positivos segundo o tipo de tumor, tabela 1 (p = 0,12), apesar do
número maior de sarcomas ósseos (n = 18) em relação aos de partes moles
(n = 7). Na análise isolada verificou-se que nos sarcomas de partes moles
57,2% foram positivos e nos ósseos 22,2% (Tabela 1). Pode-se sugerir que
a maior celularidade e a menor quantidade de matriz, características
próprias dos sarcomas de partes moles, estariam relacionadas à
disseminação das células. Ocorrendo o contrário nos tumores ósseos, onde