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Conforme Morin (2007, p. 55-61), as possibilidades de erro e de ilusão são múltiplas e
permanentes, tanto aquelas oriundas do exterior cultural e social que impedem a busca da
verdade, quanto às vindas do interior, encerradas, às vezes, no seio dos melhores meios de
conhecimento. Quanto sofrimento e desorientações foram causados por erros e ilusões ao
longo da história humana e, particularmente, no século XX e início do século XXI. Por isso, o
problema da cognição é de importância vertical, seja do ponto de vista antropológico, político,
social ou histórico. Para que haja um progresso de base no decorrer dos próximos anos, o
principal instrumento a serviço da humanidade deve ser a educação, a arma coletiva do bom
combate, vital para a lucidez e compreensão humanas.
O grande desafio, todavia, não está apenas em tornar a educação relevante, mas em
tornar atraente o processo educacional para docentes e alunos. Para os primeiros, a formação
profissional, o ambiente de trabalho, a remuneração e perspectivas de carreira são cruciais.
Castanho (2007, p. 66) ao argumentar sobre a formação pedagógica dos professores, afirma
que,
Pensamos que, entre muitas outras possibilidades, os cursos para capacitação
de professores de ensino superior devem seguir uma linha que comece com
cursos pequenos, como os minicursos, e que se estenda para cursos de maior
duração, à medida que os professores forem se motivando para a discussão
das questões pedagógicas.
Ainda se tratando da formação dos professores do ensino superior, para que possam
superar os métodos tradicionais de ensino, Castanho (2007) propõe que sejam consideradas e
propostas algumas estratégias, desde que guiadas pelos objetivos. Como exemplo cita: a aula
expositiva dialogada, o estudo de texto, o portfólio, a tempestade cerebral, o mapa conceitual,
o estudo dirigido, a lista de discussão por meios informatizados, a solução de problemas, o
grupo de verbalização e de observação, a dramatização, o seminário, o estudo de caso, o júri
simulado, o simpósio, o painel, o fórum, a oficina, o estudo do meio e o ensino com pesquisa.
A avaliação é outra questão central proposta pela autora e está diretamente relacionada as
propostas de ensino e aprendizagem. Portanto, adverte que na avaliação deve ser,
[...] necessário romper com formas somativas de avaliação que analisam
partes fragmentárias do processo que, ao final, são somadas e contabilizadas
na forma de resultados produzidos pelos alunos. Em uma perspectiva
transformadora, defende-se a avaliação formativa – que é processual,
diagnóstica, contínua, emancipatória – que leve em conta as diferenças entre
os alunos. Esse tipo de avaliação considera a globalidade do processo de
ensino e aprendizagem e tem um objetivo mais amplo do que o de