40
eletromagnéticos, colocadas no solo ou em esteiras, que medem a força de reação do
solo em um ou mais planos (SIMON, 2004).
Esses métodos, no entanto, podem interferir diretamente no modo como a pessoa
deambula em razão de todo o aparato aderido ao seu corpo (fios, sensores, etc.),
impondo-lhe “barreiras” para desenvolver seu padrão de marcha, especialmente se for
um paciente que já apresenta uma patologia que dificulta sua marcha. Uma solução
para esse problema seria o uso de telemetria, porém, ao passo que o problema é
solucionado, o custo e a complexidade do sistema aumentariam bastante (ARENSON,
IHAI, BAR, 1983).
Dois tipos de análise de marcha podem ser feitos: diagnóstica e monitoração. A
primeira fornece dados detalhados da patologia e serve como base para o tratamento,
sendo que varia de paciente para paciente bem como as variáveis que se deseja
estudar. Pode ser atividade muscular, variáveis temporais ou espaciais, ângulos
articulares, variando conforme a patologia em curso (DEWAR, JUDGE, 1980).
Agora, tratando-se da monitoração, baseia-se em uma simples avaliação em que a
análise é usada como uma ferramenta importante para avaliar a eficácia da intervenção
proposta, analisando as mudanças apresentadas pelo paciente no curso do tratamento.
Pode, por exemplo, analisar o padrão de marcha de um paciente com um determinado
tipo de prótese ou órtese e comparar o padrão do mesmo paciente com outro tipo de
dispositivo auxiliar (SIMON, 2004).
O termo “avaliação da marcha” dever ser aplicado a todo o processo de examinar
a marcha do paciente e a tomada de decisões quanto ao tratamento. Por outro lado, o
termo “análise da marcha” destina-se ao lado técnico da avaliação, devendo fazer parte
dela as mensurações objetivas de variáveis como a velocidade, ângulos articulares
entre outros (WHITTLE, 1996, b).
Ao se realizar a avaliação, devem-se considerar todos os dados obtidos: o
histórico do paciente, o exame físico e a análise quantitativa (instrumentada). Se as
mensurações foram tomadas sob diferentes situações (com e sem uso de uma órtese,
por exemplo), elas devem ser comparadas e os resultados revelam o desempenho do
paciente e o comportamento de determinado movimento e/ou segmento durante a
marcha (WHITTLE, 1996, b).