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Universidade de São Paulo
Faculdade de Saúde Pública
Fatores associados ao tabagismo em escolares
da Região Sul do Brasil
Ana Luiza de Lima Curi Hallal
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Saúde Pública para obtenção
do título de Doutor em Saúde Pública.
Área de concentração: Epidemiologia
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
.
Sabina L. D.
Gotlieb
São Paulo
2008
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Fatores associados ao tabagismo em escolares
da Região Sul do Brasil
Ana Luiza de Lima Curi Hallal
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Saúde Pública, para
obtenção do título de Doutor em Saúde
Pública.
Área de concentração: Epidemiologia
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
.
Sabina L. D.
Gotlieb
São Paulo
2008
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É expressamente proibida a comercialização deste documento, tanto em sua forma
impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida exclusivamente
para fins acadêmicos e científicos, desde que na reprodução figure a identificação do
autor, título, instituição e ano da tese.
Para Isabella e Ida Ismênia,
com o maior amor do mundo
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, Prof
a
. Dr
a
.
Sabina L. D. Gotlieb, pelos prazerosos anos de
aprendizado, bem como pela disponibilidade, incentivo e confiança.
Ao Prof. Dr. José Maria Pacheco de Souza pelas valiosas contribuições durante a
elaboração desta tese.
À Dr
a
. Liz Maria de Almeida e à equipe do Instituto Nacional de ncer pelo
brilhante trabalho, assim como pela imensa colaboração que propiciou o término deste
estudo.
Aos colegas de trabalho e, agora, amigos Armando Peruga, Rosa Sandoval,
Heather Selin, Melania Flores e Charles Wick Warren, por tudo, sempre.
Ao Fábio pelo apoio e incentivo em todos os meus, nossos, projetos de vida.
Curi Hallal ALL Fatores associados ao tabagismo em escolares da Região Sul do Brasil
[tese de doutorado]. São Paulo Faculdade de Saúde Pública da USP; 2008.
RESUMO
Introdução. O tabaco é, mundialmente, uma relevante causa prevenível de morte. O
hábito de fumar, na maioria das vezes, estabelece-se na adolescência. Considerando-se a
prevalência de tabagismo e o potencial de seu crescimento, entre os jovens brasileiros,
justifica-se o presente estudo que visa a embasar programas abrangentes de controle do
tabagismo. Objetivo. Identificar fatores associados ao tabagismo em estudantes de 13 a
15 anos de idade, nas capitais dos três estados da Região Sul do Brasil. Métodos. Foram
utilizados dados secundários provenientes do Inquérito de Tabagismo em Escolares,
relativos a Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, em 2002 e 2004. A população
compreendeu adolescentes de 13 a 15 anos, cursando as 7
a
. e 8
a
. séries, do ensino
fundamental, e primeira, do ensino médio, de escolas públicas e privadas. Coletou-se a
informação por meio de um questionário auto-aplicável e anônimo. Consideraram-se
tabagistas os que informaram ter fumado em um ou mais dias, nos últimos trinta dias.
Para análise, foram estimados proporções ponderadas e os respectivos intervalos com
95% de confiança e aplicadas técnicas de regressão logística múltipla por meio do
programa computacional SPSS, para detectar os principais fatores associados ao vício
de fumar. O nível de significância adotado foi de 10% (α 0,10). Resultados. A
prevalência de fumantes entre esses escolares variou de 10,7% em Florianópolis a
17,7% em Porto Alegre e foi sempre mais elevada, entre as meninas. Observou-se, nas
três capitais, que as proporções entre estudantes fumantes foram maiores na presença de
pai fumante, mãe fumante ou ambos fumantes, amigo fumante, exposição à fumaça
ambiental em casa e fora de casa, de possuidores de objetos com o logotipo de marca de
cigarros e que receberam mais freqüentemente oferta gratuita de cigarros,
comparativamente às dos não fumantes. Conclusões. Entre escolares residentes nas
capitais do Sul do Brasil, a prevalência de tabagismo é elevada, e os fatores comuns
associados ao tabagismo, estatisticamente significantes, foram possuir indivíduos
fumantes como melhores amigos e estar exposto à fumaça ambiental, fora de casa.
Descritores – Tabagismo, Adolescentes, Vigilância
Curi Hallal ALL Fatores associados ao tabagismo em escolares da Região Sul do Brasil/
Risk factors associated to the tobacco use among school youth at the Brazilian South
Region. [Thesis]. São Paulo (BR): Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
Paulo; 2008.
ABSTRACT
Introduction. Tobacco use is the leading preventable cause of death worldwide and
adolescents are at a great risk to initiate the smoking habit. The prevalence of tobacco
use and its potential growth among Brazilian school youth justify this work, which
intends to subside a comprehensive tobacco control program. Objective. To identify
relevant factors associated with the tobacco use among students aged 13 to 15 years, in
the capital cities of the three States of the Brazilian South Region. Methods. Sample
data was obtained in the Global Youth Tobacco Survey, related to Curitiba, PR,
Florianópolis, SC, and Porto Alegre, RS, in 2002 and 2004. Adolescents 13 to 15 years,
attending the 7
th
, the 8
th
grades and the 1
st
grade of highschool of private and public
schools, have composed the study population. Data was collected through an
anonymous and self-administered questionnaire. Those who smoked at least one day
within the last 30 days were considered smokers. For the statistical analysis of the
results, weighted proportions and their respective confidence intervals of 95%, as well
as multinomial logistic regression model were applied through the SPSS, a computer
statistical program. The level of significance adopted was 10% (α 0.10). The smoking
prevalence among the students varied from 10.7% in Florianópolis, SC, to 17.7% in
Porto Alegre, RS, and was higher among girls. In the three capitals, the proportion of
smokers was higher among those whose mother, father, both parents or best friends had
the smoking habit; also, the occurrence of smokers was higher among students exposed
to tobacco smoke environment (at home or outside); the same situation was detected
among the students who owned objects with a cigarette brand logo, or if more often
were offered free cigarettes. Conclusions. Among school youths living in the three
capitals of the states of the South of Brazil, it was estimated high prevalence of smokers
and the factors statistically associated with the tobacco use were presence of best peer
friends addicted to the smoking habit and environmental exposition to the smoke
outside home.
Descriptors – Tobacco habit, Adolescent, Surveillance
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................6
2. OBJETIVO........................................................................................................................................18
3. MÉTODOS ........................................................................................................................................19
4. RESULTADOS..................................................................................................................................24
5. DISCUSSÃO......................................................................................................................................38
6. CONCLUSÕES .................................................................................................................................52
7. REFERÊNCIAS... .............................................................................................................................53
ANEXO... ..................................................................................................................................................59
Anexo 1- Questionário
1 INTRODUÇÃO
1.1 Magnitude
O tabaco é uma das principais causas evitáveis de mortes em todo mundo
21
.
Estima-se que, durante o século XX, cem milhões de pessoas faleceram devido ao seu
consumo, sendo o hábito de fumar responsável por 12% da mortalidade adulta mundial.
A cada ano, aproximadamente, cinco milhões de pessoas morrem por doenças
relacionadas ao tabaco e a previsão é que, persistindo o atual modelo de consumo, em
2020, serão dez milhões de mortes ao ano, sendo que 70% dessas perdas ocorrerão nos
países em desenvolvimento
1
.
Estimativas sugerem que, atualmente, mais de um bilhão de pessoas com 15 ou
mais anos fumam tabaco diariamente e aproximadamente 80% dessas vivem em países
de renda baixa ou média
93
.
Várias publicações documentaram os efeitos do consumo de tabaco na
saúde
17,18,41,42,71,81,82,83,86,87
. Sabe-se que o tabagismo tem efeito nocivo em quase todos
os órgãos do corpo. A lista de enfermidades associadas ao uso de tabaco inclui câncer
de pulmão, câncer de bexiga, câncer de esôfago, câncer de boca, câncer de laringe,
câncer de garganta, doença pulmonar crônica, doença cardiovascular, síndrome de
morte súbita infantil, efeitos nocivos no aparelho reprodutor, aneurisma da aorta
abdominal, leucemia mielóide aguda, catarata, cânceres de colo uterino, de rim e de
pâncreas, pneumonia e periodontite
88
.
O uso de tabaco por jovens está associado a um significante aumento de
problemas de saúde durante a infância e a adolescência. Fumar tabaco nesses períodos
da vida aumenta o risco de problemas respiratórios, como tosse e sibilância, ao mesmo
tempo, que parece reduzir a velocidade e intensidade do crescimento e a função
pulmonar. Além disso, é fator de risco para doenças crônicas na maturidade, como, por
exemplo, doença pulmonar obstrutiva crônica
87, 88
.
A prevalência de uso de tabaco é uma das medidas mais importantes para que se
conheça a magnitude do problema em uma população. Além de fornecer um diagnóstico
do problema, a repetição periódica de estudos de prevalência, em um mesmo grupo
populacional, é particularmente útil porque permite identificar as tendências de
comportamento desse grupo
63
. Entretanto, dado que muitos dos efeitos do uso de tabaco
na saúde dependem da história de exposição, como por exemplo, idade de início do
hábito, número de cigarros consumidos por dia, entre outros, a prevalência de
tabagismo, isoladamente, é um indicador insuficiente do risco acumulado do
tabagismo
21
.
O consumo de tabaco está associado causalmente ao aumento do risco de morte
por câncer de pulmão
17, 18
. Peto e colaboradores
69
observaram que o excesso de
mortalidade por câncer de pulmão de uma população fumante em relação à de não-
fumantes é um indicador do estágio da epidemia do uso do tabaco nessa população. Os
autores calcularam a mortalidade absoluta por câncer de pulmão para obter o risco de
mortalidade atribuível ao uso de tabaco e, assim, estimar indiretamente o risco
acumulado de fumar de uma dada população.
Com o objetivo de estimar a mortalidade atribuível ao tabaco segundo sexo,
idade e causa da morte, em 14 sub-regiões do mundo, foi visto que, no ano 2000,
ocorreram 4,83 milhões de mortes prematuras atribuíveis ao uso de tabaco, sendo 2,41
milhões (49,9%) em países em desenvolvimento. Quanto ao sexo, aproximadamente
80% dessas mortes foram no sexo masculino. Como principais causas de morte nas
regiões industrializadas apareceram as doenças cardiovasculares (42,0%), câncer de
pulmão (21,4%) e doença pulmonar obstrutiva crônica (12,8%), enquanto, nos países
em desenvolvimento, aconteceram as doenças cardiovasculares (27,8%), doença
pulmonar obstrutiva crônica (27,0%) e câncer de pulmão (13,7%)
21,22
.
Ezzati e Lopez
21
estimaram indiretamente o risco acumulado do tabagismo, para
diferentes regiões do mundo, por sexo e faixa etária. Com base nos resultados,
concluíram que, atualmente, o risco nos países em desenvolvimento está mais
concentrado em homens jovens e de meia idade.
Para conhecer o impacto do tabagismo nas mortes por doenças cardio-
vasculares, outro estudo
23
mostrou que, em 2000, 11% das mortes por doenças
cardiovasculares no mundo foram atribuídas ao uso de tabaco, sendo que a maioria
(72,2%) destas ocorreu no sexo masculino.
Em publicação recente, os Centros para Prevenção e Controle de Doenças do
Governo dos Estados Unidos (CDC) avaliaram as conseqüências para a saúde e a perda
de produtividade atribuíveis ao fumo, nos Estados Unidos, entre 1997 e 2001. Os dados
observados mostraram que, nesse período, aproximadamente 438.000 pessoas
morreram, prematuramente, a cada ano, devido ao tabagismo ou à exposição ambiental
à fumaça de tabaco. Os autores estimaram que o tabagismo resultou, em média, 259.494
mortes masculinas e 178.408 de mulheres, anualmente. Considerando-se somente os
adultos, 39,8% dessas mortes foram por câncer, 34,7%, por doenças cardiovasculares e
25,5%, por doenças respiratórias. Nesse estudo, também, foi observado o fato de que o
tabagismo e a exposição à fumaça ambiental resultaram em 5,5 milhões de anos
potenciais de vida perdidos e US$ 92 bilhões de dólares, em perda anual de
produtividade
12
.
Atualmente, morrem mais homens do que mulheres devido às doenças
relacionadas ao tabaco. A tendência de consumo de cigarros entre os homens, em todos
os países, indica que os índices de consumo alcançaram seu máximo e começa a
observar-se tendência, embora lenta, de diminuição do consumo, nesse sexo. Entretanto,
o consumo de cigarros entre mulheres está aumentando em muitos países,
especialmente, nos em desenvolvimento
1
.
Todas as formas de tabaco são reconhecidamente aditivas, sendo a nicotina a
droga responsável por essa característica. Reconhecer o tabaco como uma adição é
fundamental para o esforço de reduzir o uso de tabaco na sociedade. Embora existam
várias definições para drogas aditivas, a maioria delas tem em comum os seguintes
critérios: uso compulsivo, efeito psicoativo, comportamento fortalecido pelo uso da
droga, modelo estereotipado de uso, uso apesar dos efeitos prejudiciais, recaída após
abstinência, desejo recorrente da droga, dependência física, tolerância. Há evidências de
que o uso de tabaco e da nicotina, em particular, preenche todos os requisitos acima
citados
85, 87
.
O reconhecimento de que a expansão do tabagismo é um problema global, fez
com que, em 2003, os países membros das Nações Unidas adotassem unanimemente,
durante a 56ª Assembléia Mundial da Saúde, o primeiro tratado internacional de saúde
pública: a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). A Convenção-
Quadro é um instrumento legal, sob forma de um tratado internacional, no qual os
Estados signatários concordam em empreender esforços para circunscrever a epidemia
causada pelo tabaco, reconhecida como um problema global com conseqüências graves
para a saúde pública. A CQCT entrou em vigor em 27 de fevereiro de 2005 e o tratado
cria padrões internacionais para o controle do tabaco com providências relacionadas à
propaganda e patrocínio, à política de impostos e preços, à etiquetagem, ao comércio
ilícito e ao tabagismo passivo, dentre outras medidas. Depois da fase de assinatura, em
cada país, iniciou-se a etapa de ratificação da adesão à Convenção, quando o texto
passou a tramitar nos Congressos Nacionais ou em outras esferas legislativas específicas
de cada país
99
. No Brasil, o Congresso Nacional aprovou o texto da Convenção-Quadro
sobre Controle do Uso do Tabaco, por meio do Decreto Legislativo n.º 1.012, de 28 de
outubro de 2005, e o governo brasileiro ratificou a citada Convenção em 3 de novembro
de 2005; assim, ela entrou em vigor no Brasil em 1.º de fevereiro de 2006
45,99
.
1.2 Fatores associados
Fatores ambientais, socio-demográficos, comportamentais e pessoais estão
associados ao uso de tabaco por adolescentes. Entre os principais fatores ambientais,
que aumentam o risco dos adolescentes tornarem-se fumantes, estão a acessibilidade,
exposição à propaganda e mídia a favor do tabaco, tabagismo dos pais, irmãos e amigos.
Entre os fatores sócio-demográficos estão baixo nível sócio-econômico e morar somente
com um dos pais. Os principais fatores comportamentais associados ao tabagismo o o
baixo desempenho acadêmico, a propensão a comportamentos de risco, outros
problemas comportamentais, a falta de capacidade para resistir à influência para fumar,
a intenção de fumar e experimentação; enquanto os principais fatores pessoais recaem
na baixa percepção de risco, na baixa auto-imagem, na baixa auto-eficácia e na
depressão
87
.
O hábito de fumar tabaco, assim como o uso de outras drogas aditivas, tende a se
estabelecer durante a adolescência. A maioria dos fumantes experimenta seu primeiro
cigarro antes dos 18 anos e sabe-se que, hoje em dia, a idade de início do vício está
diminuindo, nos países de ingresso médio e baixo
1,80,87
.
Quanto mais precoce for a idade de início, maior é a chance de o indivíduo
tornar-se um dependente da nicotina; com base nesse conhecimento, autores sugerem
que a precocidade do início do tabagismo pode afetar a probabilidade de tornar-se
adicto à nicotina
20,87
.
A iniciação precoce ao uso regular dos produtos do tabaco está associada
significantemente com maior dependência, menor interesse e confiança na habilidade de
abandonar o fumo; está, também, associada a outros comportamentos de risco como não
uso de cinto de segurança e dieta inadequada, entre outros. A idade de início também
está associada estatisticamente ao uso freqüente e diário de tabaco e consumo de maior
número de cigarros por dia
20,50
.
Um dos fatores ambientais que admite-se aumentar o risco de os adolescentes
tornarem-se fumantes é a fácil acessibilidade aos produtos derivados do tabaco
87,90
.
A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em seu 16º. artigo, recomenda
que os países signatários adotem e apliquem medidas legislativas em nível apropriado
para proibir a venda de produtos de tabaco a menores de idade, definido segundo a
legislação nacional, ou a menores de 18 anos
97
.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei N.º 8.069, de 13 de julho
de 1990, proíbe, em seu artigo 81, vender, fornecer ou entregar a crianças ou a
adolescentes, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou
psíquica. Também, a Lei N.º 10.702 de 14 de julho de 2003 proíbe a venda de produtos
fumígenos derivados do tabaco a menores de 18 anos. No país está proibida por lei a
participação de crianças e adolescentes na publicidade de produtos derivados do tabaco
(Lei N.º 10.167 de 27 de dezembro de 2000), bem como o trabalho de menor de 18 anos
na colheita, beneficiamento ou industrialização do fumo (Portaria do Ministério de
Trabalho e Emprego N.º 6 de 5 de fevereiro de 2001). A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) N.º 335,
de 21 de novembro de 2003, no seu 9º. Artigo, estabelece que todas as embalagens dos
produtos fumígenos derivados do tabaco deverão apresentar a seguinte frase "venda
proibida a menores de 18 anos - Lei 8.069/1990 e Lei 10.702/2003”, além de proibir o
uso das frases "somente para adultos", "produto para maiores de 18 anos"
45
.
Embora, a criação e a aplicação de leis que dificultem o acesso aos produtos
derivados do tabaco, por parte de crianças e adolescentes, sejam medidas integrantes
dos programas abrangentes de prevenção e controle do tabagismo
14,60
e, também, que,
estudos recomendem que intervenções específicas sejam capazes de aumentar o grau de
cumprimento por parte dos comerciantes e, conseqüentemente, diminuir a venda aos
menores de idade
72,79
, o impacto dessa medida na prevalência de fumantes ainda não foi
suficientemente avaliado
16,27,78
.
O tabagismo dos pais é um importante preditor do uso de tabaco por parte de
crianças e adolescentes
87, 90
. Pais fumantes atuam como modelo para iniciação ao uso de
tabaco, favorecem a aceitação do hábito e facilitam o acesso aos cigarros
7
.
De acordo com a literatura, pais fumantes influenciam tanto na iniciação quanto
na progressão do uso de tabaco por seus filhos
7
. Para Hill e colaboradores
35
, o
tabagismo dos pais contribui para o início do uso diário de tabaco por seus filhos
adolescentes e salientam que o maior risco de uso diário de tabaco por parte dos filhos
ocorre mesmo quando a família possui normas contra o uso de tabaco por parte de
adolescentes e os pais não envolvem seus filhos no seu próprio uso de tabaco.
Por outro lado, alguns autores sugerem que atitudes antitabaco por parte dos pais
estão associadas à diminuição do tabagismo entre filhos adolescentes, mesmo quando os
pais são fumantes
2, 46,75
. Salientam que, embora o abandono do uso de tabaco por parte
dos pais seja o fator isolado mais importante para prevenir o tabagismo dos filhos,
certas atitudes anti-fumo paternas que podem reduzir o risco dos filhos tornarem-se
usuários de tabaco
2
.
Possuir o melhor amigo fumante, também, aumenta o risco de o adolescente
tornar-se um fumante. Segundo a literatura, esses adolescentes têm probabilidade duas
vezes maior de tornarem-se fumantes do que aqueles, cujos melhores amigos são o-
fumantes. Entretanto, o efeito de ter o melhor amigo fumante sobre o hábito tabágico do
adolescente varia segundo a faixa etária e, tudo leva a crer, ter maior influência na faixa
entre 11 e 12 anos de idade, decrescendo a partir de então
51
.
Pais fumantes de crianças e adolescentes, além de influenciarem seus filhos no
uso de tabaco, na maioria das vezes expõem seus filhos à fumaça ambiental do cigarro
ou congênere
92
.
Diante desses fatos, deve-se definir o tabagismo passivo, que nada mais é do que
a inalação da fumaça ambiental de tabaco por indivíduos não-fumantes. Assim, os o-
fumantes inalam a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a que sai da ponta
do cigarro (corrente secundária), sendo reconhecido que esta mistura possui mais de 50
substâncias carcinogênicas
82, 89,91
. Considera-se que 75% ou mais da nicotina vinda de
um cigarro são emitidas no ar como corrente secundária
61
.
A fumaça ambiental do tabaco foi reconhecida como carcinógeno humano por
várias agências internacionais, entre elas, a Agência de Proteção Ambiental da
Califórnia
91
, Organização Mundial de Saúde
96
e a Agência Internacional para Pesquisa
sobre Câncer
42
.
O tabagismo passivo é a terceira maior causa evitável de morte no mundo,
subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool
41, 84
.
Evidências científicas sobre os efeitos prejudiciais da exposição passiva à
fumaça do cigarro, para a saúde, vêm sendo apresentadas quase cinqüenta anos. Os
primeiros estudos publicados, nas décadas de cinqüenta e sessenta do século XX,
detiveram-se nos efeitos da exposição passiva à fumaça do cigarro em crianças e nas
conseqüências resultantes de mães fumantes, no feto. A partir de então, vários
documentos foram publicados acerca das conseqüências para a saúde da exposição
passiva à fumaça do cigarro, documentos esses que vinculam a exposição passiva à
fumaça do cigarro a uma variedade de doenças graves em crianças e
adultos
61,77,84,89,96,98
.
Em publicação recente do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos
Estados Unidos, foram revisadas as conseqüências para a saúde da exposição
involuntária à fumaça do tabaco. De acordo com ela, há um número suficiente de
evidências para inferir a existência de relação causal entre exposição à fumaça
ambiental ao fumo e a síndrome de morte súbita infantil, infecção das vias respiratórias
inferiores, otite média, tosse e bronquite, entre outros agravos, em crianças. Outra
importante conclusão do relatório é a de que, atualmente, nos EUA, a residência tornou-
se o local predominante de exposição à fumaça ambiental do tabaco para crianças e
adultos
89
.
Documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) com recomendações de
políticas para a proteção da exposição passiva à fumaça de cigarro descreve que o
níveis seguros de exposição à fumaça ambiental do tabaco
98
.
Tanto o fumo da mãe quanto do pai são causadores de doenças das vias
respiratórias inferiores, como bronquite e pneumonia, particularmente durante o
primeiro ano de vida, bem como levam à ocorrência mais freqüente de sintomas
respiratórios como tosse, catarro e chiado no peito em crianças. Os riscos mais elevados
foram encontrados em domicílios onde ambos os pais são fumantes. Em relação à asma,
a exposição passiva à fumaça do cigarro intensifica a asma pré-existente e causa novos
episódios em crianças, bem como está associada à maior ocorrência de otite média.
Quando a exposição passiva se dá na residência, ocorrem aumentos do número de
consultas em pronto-socorro e do uso de medicamentos pelas crianças asmáticas
98
.
A restrição ao tabagismo no domicílio, além de evitar a exposição passiva à
fumaça do cigarro, está associada a menores taxas de tabagismo na adolescência.
Residências livres de fumo estão associadas significativamente com menor prevalência
de tabagismo entre adolescentes, mesmo depois de ajustada para a existência de outros
fumantes no domicílio
25, 56
.
As principais leis federais vigentes no Brasil que objetivam a proteção contra os
riscos da exposição à poluição tabagística ambiental são a Portaria Interministerial n.º
3.257, de 22 de setembro de 1988, que recomenda medidas restritivas ao fumo nos
ambientes de trabalho; a Lei N.º 9.294 de 15 de julho de 1996 que proíbe o uso de
cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, ou de qualquer outro produto fumígeno
derivado do tabaco, em recinto coletivo privado ou público, tais como, repartições
públicas, hospitais, salas de aula, bibliotecas, ambientes de trabalho, teatros e cinemas,
entretanto, permite o tabagismo em “fumódromos”, ou seja, áreas destinadas
exclusivamente ao fumo, devidamente isoladas e com arejamento conveniente, o
Decreto N.º 2.018 de 1.º de outubro de 1996, que regulamenta a Lei N.º 9.294/96,
definindo os conceitos de recinto coletivo e área devidamente isolada e destinada
exclusivamente ao tabagismo. Incluem-se, também, a Lei N.º 10.167 de 27 de dezembro
de 2000 que altera a Lei N.º 9.294/96, proibindo o uso de produtos fumígenos derivados
do tabaco em aeronaves e demais veículos de transporte coletivo e a Portaria
Interministerial N.º 1.498, de 22 de agosto de 2002, que recomenda às instituições de
saúde e de ensino implantarem programas de ambientes livres da exposição tabagística
ambiental
45
.
A publicidade dos produtos do tabaco, tanto a propaganda direta quanto a
indireta, influencia no consumo, bem como na iniciação ao consumo de tabaco
68, 87
.
Quanto maior for o número de itens promocionais relacionados a produtos do
tabaco que um adolescente esteja exposto, maior será a probabilidade de esse jovem
experimentar cigarros, bem como, de ser fumante, caracterizando uma relação dose-
resposta entre possuir itens promocionais e tabagismo
75
.
A proibição total da publicidade relacionada ao tabaco tende a reduzir o
consumo de cigarros, enquanto restrições parciais, sejam elas de conteúdo, veículo ou
horário, produzem pequeno ou nenhum efeito sobre o uso dos produtos de tabaco
3, 73
.
O Brasil possui vasta legislação que visa a proteger a população da exposição à
propaganda a favor do tabaco. Assim, entre as principais leis federais, está a de N.º
10.167, de 28 de dezembro de 2000, que proibiu a publicidade de produtos derivados do
tabaco em revistas, jornais, televisão, rádio, outdoors, e restringiu a publicidade à
afixação de pôsteres, painéis e cartazes, na parte interna dos locais de venda. Proibiu;
também, a propaganda por meio eletrônico, inclusive internet, a propaganda indireta
contratada e a publicidade em estádios, pistas, palcos ou locais similares; vetou o
patrocínio de eventos esportivos internacionais e culturais pelas indústrias do tabaco, a
partir de 2003. Por meio da Medida Provisória N.º 2.134-30, de 24 de maio de 2001, foi
determinado que o material de propaganda e as embalagens de produtos fumígenos
derivados do tabaco, exceto os destinados à exportação, contenham advertências
acompanhadas de imagens que ilustrem o seu sentido. A Resolução Nº104 da ANVISA
complementou a Medida Provisória N.º 2.134-30, ao definir as frases de advertência,
suas características gráficas, assim como, as imagens que as acompanham. Proíbe,
inclusive, a utilização de qualquer tipo de invólucro ou dispositivo que impeça ou
dificulte a visualização das advertências. A Lei N.º 10.702, de 15/07/03, alterou
dispositivos na Lei N.º 9294/96, prorrogando a proibição do patrocínio de eventos
esportivos internacionais por marcas de cigarros até 30 de setembro de 2005
45
.
O Instituto Nacional do Câncer, órgão do Ministério da Saúde responsável pelo
Programa Nacional de Controle do Tabagismo, juntamente com as Secretarias
Municipais e Estaduais da Saúde e outros setores do governo e a sociedade civil
organizada têm logrado reduzir a prevalência de fumantes e as conseqüentes
morbidades e mortalidade, relacionadas ao tabagismo no Brasil. A partir da década de
90, observa-se um significativo declínio na prevalência do tabagismo e no consumo
total de cigarros por adultos no país. Em 1989, a prevalência de tabagismo era de 35%
passando para 16%, em 2006. Como decorrência, a mortalidade por ncer de pulmão
diminuiu no sexo masculino, entretanto, elevou-se entres as mulheres
40
.
1.3 Vigescola
Em 1998, a Organização Mundial da Saúde e os Centros para prevenção e
controle de doenças do governo dos Estados Unidos (CDC), após concluírem a
inexistência de dados comparáveis sobre uso de tabaco, tanto para adultos quanto para
adolescentes, desenvolveram o Sistema Mundial de Vigilância em Tabaco (GTSS), com
o objetivo de auxiliar os 193 estados membros da OMS na coleta de dados sobre uso de
tabaco e, desta forma, melhorar a capacidade dos países de planejar, implementar e
avaliar os programas de prevenção e controle do tabagismo
31
.
O GTSS compreende dados provenientes do “Inquérito de Tabagismo em
Escolares” (Vigescola), também conhecido por seus nomes nos idiomas inglês e
espanhol, respectivamente, Global Youth Tobacco Survey (GYTS) e Encuesta Mundial
sobre Tabaquismo en Jóvenes (EMTJ), bem como, os gerados pelo “Inquérito Mundial
em Funcionários do Sistema Escolar” e “Inquérito Mundial sobre Profissionais da
Saúde”
31
, sendo que, em breve, contará com dados obtidos por meio do Inquérito
Mundial sobre Consumo de Tabaco em Adultos.
Em 1999, Barbados, China, Figi, Jordânia, Polônia, Rússia, África do Sul, Sri
Lanka, Ucrânia, Venezuela e Zimbábue realizaram o estudo piloto do Vigescola. Entre
1999 e 2005, a pesquisa foi aplicada em 140 países dos 193 estados membros da OMS
(GTSS 2005), sendo que 40 países já aplicaram a pesquisa pela segunda vez. Na região
das Américas, a pesquisa foi realizada em todos os países pelo menos uma vez, com
exceção do Canadá, e 14 países já repetiram sua aplicação
65
.
O objetivo do Vigescola é monitorar o uso de tabaco entre os jovens e produzir
informações que permitam aos países planejar, executar e avaliar programas integrais de
controle do tabagismo, além de permitir a comparação dos dados nacional, regional e
mundialmente
31
.
Para garantir uma metodologia comum, publicação e difusão dos dados, são
realizados pelo menos três seminários com os coordenadores nacionais da pesquisa. O
primeiro deles é realizado antes da aplicação da pesquisa, com o objetivo de padronizar
o processo de amostragem, a elaboração e aplicação do questionário e o trabalho de
campo. O segundo seminário tem o objetivo de treinar os coordenadores em técnicas de
análise e comunicação dos dados. No terceiro seminário, participam os coordenadores
nacionais das pesquisas e os responsáveis pelo planejamento e execução das políticas
públicas referentes ao tabagismo, sendo que o foco desse seminário é a transformação
dos dados em programas e intervenções para o controle do tabagismo
10, 29
.
A participação na pesquisa é voluntária e realizada em escolas de uma área
geográfica definida (país, estado, município ou qualquer outra área limitada
geograficamente). A aplicação é realizada de forma sistemática e periódica, a cada três
ou quatro anos. A metodologia utilizada é comum a todos os países participantes,
especificamente, em relação ao processo de amostragem, aplicação do questionário e
processamento dos dados coletados
31
.
O processo de amostragem foi planejado para produzir uma amostra
representativa dos estudantes que freqüentam as séries correspondentes às idades entre
13 e 15 anos. Para tanto; é utilizada amostragem por conglomerados em duas etapas,
sendo que, no primeiro estágio, a probabilidade de uma escola ser selecionada é
proporcional ao número de estudantes matriculados nas séries específicas. No segundo
estágio, para a seleção das classes, é realizada amostragem sistemática com início
aleatório. Salienta-se que embora o processo de amostragem tenha sido desenhado com
base nas séries escolares que correspondem às idades entre 13 e 15 anos, todos os
estudantes matriculados nas classes selecionadas e presentes no dia de aplicação do
questionário são convidados a participar, independentemente da idade
31, 33
.
O questionário permite o anonimato, é auto-aplicável e possui um grupo de
perguntas comuns aos países participantes, havendo a possibilidade de acrescentar
perguntas de interesse do país. Os temas abordados no questionário são referentes ao
uso e dependência de tabaco, preço e acesso, conhecimentos e atitudes em relação ao
fumo, exposição ao cigarro de outras pessoas, cessação do hábito, conhecimento de
mensagens sobre o fumo nos meios de comunicação e currículo escolar. As folhas de
respostas utilizadas permitem no máximo 99 questões com até oito opções de resposta
para cada pergunta, admitindo-se somente uma única resposta para cada pergunta. O
processamento dos dados e a análise descritiva inicial são realizados pelo CDC. Os
resultados são publicados em uma ficha descritiva nacional e nos informes nacionais,
ambos disponíveis no website do CDC
29
.
Além dos resultados, também as bases de dados dos países estão disponíveis no
website do CDC e se tornam de domínio público depois de transcorrido um ano
calendário da data do seminário de análise dos dados. Nesse período, os dados são de
domínio exclusivo do país
29
.
No Brasil, o Vigescola foi aplicado pela primeira vez em 2002. A pesquisa foi
realizada e tem seus dados publicados para capitais e uma cidade de dezesseis estados
brasileiros; assim, na Região Norte, Boa Vista, Belém e Palmas; na Região Nordeste,
Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Salvador e São Luís; na Região Centro-Oeste,
Campo Grande e Goiânia; na Região Sudeste, Rio de Janeiro, Vitória e Cataguases e na
Região Sul, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Em seis cidades (Palmas, Fortaleza,
João Pessoa, Natal, Curitiba e São Luís) a pesquisa foi realizada pela segunda vez
43, 44
.
Considerando-se a magnitude da endemia de tabagismo no Brasil, seu potencial
de crescimento, bem como a existência de dados comparáveis para todas as três capitais
da Região Sul do Brasil, justifica-se o presente estudo que visa contribuir para o
conhecimento dos fatores associados ao tabagismo, em estudantes de 13 a 15 anos, e
assim embasar programas abrangentes de controle do tabaco e seus derivados, na
Região.
2 OBJETIVO
Estimar a prevalência e identificar alguns fatores associados ao tabagismo em
estudantes de 13 a 15 anos de idade, residentes nas capitais de Estados da Região Sul do
Brasil.
3 MÉTODOS
Os dados aqui utilizados são secundários, pois, são provenientes do Inquérito de
Tabagismo em Escolares (Vigescola)
13
. A população de estudo foi composta por
escolares matriculados nas 7
a
e 8
a
séries do Ensino Fundamental e 1
a
série do Ensino
Médio de escolas públicas e privadas de Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto
Alegre (RS), capitais dos estados pertencentes à Região Sul do Brasil.
A definição do tamanho da amostra e a seleção das escolas e classes
participantes do estudo seguiram a metodologia sugerida pelo CDC
31
. Em cada capital,
foram selecionadas escolas públicas e privadas que possuíam alunos matriculados nas 7
a
e 8
a
séries do Ensino Fundamental e 1
a
série do Ensino Médio. Em Curitiba e
Florianópolis, a seleção ocorreu somente nas séries diurnas, enquanto, em Porto Alegre,
nas séries diurnas e noturnas
43
.
A probabilidade de uma escola pertencer à amostra foi proporcional ao número
de estudantes matriculados nas referidas séries. Em cada uma das escolas selecionadas
foram sorteadas, por meio de amostragem casual do tipo sistemática
(eqüiprobabilística), entre uma e cinco classes, dependendo do tamanho da população
escolar. Todos os estudantes das séries selecionadas que estavam presentes no dia da
aplicação do questionário foram convidados a participar, independentemente da idade
43
.
Neste estudo foram analisados os dados dos estudantes entre 13 e 15 anos de idade.
Conforme mencionado, a coleta de informação para o Vigescola foi feita por
meio de um questionário auto-aplicável e anônimo (Anexo 1). Esse era composto por
perguntas fechadas e pré-codificadas. Além das 56 perguntas comuns a todos os países
que fazem parte desse projeto, havia um bloco de perguntas selecionadas pelos técnicos
da Divisão de Epidemiologia e da Divisão de Tabagismo e Outros Fatores de Risco de
Câncer, ambas as divisões pertencentes à Coordenação de Prevenção e Vigilância
(CONPREV) do Instituto Nacional do Câncer do Ministério da Saúde do Brasil
43
.
Em Curitiba, a pesquisa foi aplicada nos anos 2002 e 2005, entretanto, para o
presente estudo, foram analisados os dados coletados em 2002, em função da
disponibilidade do banco de dados. Em Florianópolis, a pesquisa foi aplicada em 2004
e, em Porto Alegre, em 2002. Em Curitiba, a taxa de resposta das escolas foi de 92%, a
taxa entre estudantes, 82,9% e a taxa global foi igual a 76,2%. Em Florianópolis, esses
valores foram 96%, 84,1% e 80,8%, respectivamente; em Porto Alegre, foram iguais a
96%, 87,1% e 83,6%, respectivamente
43
.
As variáveis selecionadas foram hábito tabágico do escolar, sexo, idade e série
do escolar, hábito tabágico dos pais e amigos, exposição ambiental à fumaça em casa e
fora de casa e exposição às mensagens antitabagismo e à propaganda de cigarros.
O critério adotado que definia um escolar tabagista era o de que, no momento de
preenchimento do questionário, respondia que fumara em um ou mais dias, nos últimos
trinta dias, que antecederam o dia da aplicação do questionário.
Quanto à variável hábito tabágico dos pais, as modalidades observadas eram se o
escolar possuía ambos os pais não fumantes, ambos os pais fumantes, somente a mãe
fumante ou somente o pai fumante. Os escolares foram agrupados em duas categorias
quanto ao habito tabágico dos amigos, a saber, aqueles que informaram possuir alguns,
a maioria ou todos os amigos fumantes e os que referiram o possuir nenhum amigo
próximo fumante (todos não fumantes).
Foram apresentadas duas questões referentes à exposição ao fumo passivo, a
saber, exposição do escolar à fumaça ambiental de cigarro em casa e exposição do
escolar à fumaça ambiental de cigarro fora de casa. Foram considerados expostos, tanto
em casa quanto fora de casa, os escolares que responderam que, nos últimos sete dias,
pessoas fumaram na sua presença, em um ou mais dias.
Foram considerados expostos às mensagens antitabagismo aqueles escolares que
informaram ter visto muitas ou poucas mensagens contra o cigarro, nos últimos 30 dias,
nos meios de comunicação.
A exposição à propaganda de cigarros foi verificada em cinco perguntas. Assim,
com base na pergunta “Quando você vê televisão, vídeos ou filmes, com que freqüência
atores fumando?”. Foram considerados expostos os escolares que responderam que
muitas vezes ou às vezes vêem atores fumando.
Os escolares que responderam afirmativamente à pergunta “Você tem algo
(camiseta, caneta, mochila etc.) com logotipo de marca de cigarro?” foram considerados
de maior risco quando comparados com aqueles escolares que responderam
negativamente à pergunta.
Em ambas as perguntas, “Nos últimos 30 dias (um mês), quantos anúncios de
propaganda de cigarros você viu em cartazes, outdoors?” e “Nos últimos 30 dias (um
mês), quantos anúncios ou promoções de cigarros você viu em jornais ou revistas?”,
foram considerados expostos aqueles escolares que responderam muitos ou poucos
anúncios.
Os adolescentes que receberam oferta gratuita de cigarros por parte de algum
representante de cigarros foram considerados de maior risco quando comparados com
aqueles que não receberam tal oferta.
Para a descrição das prevalências de fumantes e de não fumantes e discussão dos
resultados, foram apresentados dados de freqüências ponderadas (absoluta e relativa) e
os respectivos intervalos de 95% de confiança para as prevalências, em cada uma das
capitais da Região Sul, separadamente, para os escolares fumantes e não-fumantes.
Considerando as várias taxas de respostas observadas e que as escolas, classes e
indivíduos estudados não mantiveram a mesma probabilidade de ser selecionados, para
participar do inquérito, foram utilizadas estimativas ponderadas. O peso final atribuído a
cada indivíduo (W) foi o resultado da multiplicação de seis fatores
29, 30,31
, a saber:
W = W
1
* W
2
* f
1
* f
2
*f
3
*f
4
onde:
W
1
= inverso da probabilidade de seleção de cada escola
W
2
= inverso da probabilidade de seleção de cada classe, dentro da escola
f
1
= ajuste pela não participação das escolas, segundo o tamanho da escola (pequena,
média e grande)
f
2
= ajuste pela não participação das classes por escola
f
3
= ajuste pela não participação de estudantes por classe
f
4
=
ajuste pós-estratificação segundo sexo e classe
Somente os resultados ponderados permitem estimar adequadamente inferências
relativas ao comportamento de risco dos estudantes de 7ª, séries do ensino
fundamental e da série do ensino médio, de 13 a 15 anos, pois, de alguma forma,
compensam as perdas.
Foi aplicada a técnica de regressão logística múltipla para avaliar os principais
fatores associados ao tabagismo
49
. A variável dependente (Y) considerada foi presença
de tabagismo e a categoria de referência para cada variável independente (X) foi a de
menor risco para o tabagismo, na faixa etária estudada, de acordo com a literatura sobre
o tema (Quadro 1). A medida de associação estimada foi a Odds Ratio (OR).
Inicialmente, foi realizada a análise simples para avaliação isolada do efeito de
cada variável independentemente, sendo selecionadas, para o modelo, as variáveis que
apresentaram valor de “p descritivo” até 0,25, isto é, p 25% no modelo simples de
regressão logística
38
.
A análise conjunta dos fatores selecionados na etapa anterior foi realizada por
meio da regressão logística “passo a passo” (stepwise forward). O processo de
modelagem foi iniciado com a variável sexo, sendo que as demais variáveis foram
incluídas no modelo, uma a uma, até se chegar ao modelo final. Cada variável era
mantida caso a sua entrada no modelo resultasse em diferença estatisticamente
significante entre o modelo anterior e o resultante
49
.
O teste utilizado foi o de máxima-verossimilhança
49
, sendo admitida
significância estatística somente quando o nível de significância fosse menor do que
0,10, ou seja, α
10%.
A análise descritiva da amostra foi realizada com o auxílio do programa
computacional Epi-info, versão 3.3.2. A regressão logística múltipla foi efetuada por
meio do programa computacional SPSS, versão 13.0.
O projeto do Vigescola foi, primeiramente, submetido à análise do conteúdo e
recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo. Salienta-se que o Vigescola é um inquérito com
participação voluntária e anônima, que não oferece riscos para os sujeitos entrevistados.
Não houve qualquer tipo de remuneração aos participantes da pesquisa, sendo que os
benefícios dos mesmos serão indiretos e provenientes do aprimoramento dos programas
e ações relativos ao controle de tabaco no país.
Quadro 1 Apresentação das variáveis com as respectivas categorias finais para
análise de regressão múltipla.
Variável
Categorias
Categorias para
análise
(1) (2)
Idade (anos completos) 13 0 0
14 (1)
1
0
15 (2)
0
1
Sexo Masculino 0
Feminino 1
Ambos os pais fumantes Não 0
Sim 1
Somente o pai fumante Não 0
Sim 1
Somente a mãe fumante Não 0
Sim 1
Amigos fumantes Não 0
Sim 1
Exposição à fumaça em casa Não 0
Sim 1
Exposição à fumaça fora de casa Não 0
Sim 1
Viu mensagem antitabaco Não 0
Sim 1
Viu ator fumando Não 0
Sim
1
Possui algo com logotipo de marca de
cigarro
Não
0
Sim 1
Viu propaganda em cartazes Não 0
Sim 1
Viu propaganda em jornais e revistas Não 0
Sim 1
Ganhou cigarro grátis Não 0
Sim 1
4 RESULTADOS
4.1 Descrição da Amostra
No Inquérito de Tabagismo em Escolares, nas três capitais brasileiras da Região
Sul, foram entrevistados 4.844 escolares, dos quais 3.690 (76,2%) tinham entre 13 e 15
anos de idade, no momento da aplicação do questionário. Esta proporção de escolares
entre 13 e 15 anos que participaram do Vigescola variou entre as capitais, sendo o maior
valor (84,2%), em Curitiba, e o menor, 68,4%, em Porto Alegre (Tabela 1).
Tabela 1 – Distribuição do número de escolares participantes do Vigescola e do número
e proporção (%) de escolares entre 13 e 15 anos segundo ano de aplicação da entrevista
e capital. Região Sul, 2002-2004.
Escolares
Escolares de 13 a 15 anos
Capital
Ano
no Vigescola N %
Curitiba
2002 1.378 1.161 84,2
Florianópolis
2004 1.665 1.298 78,0
Porto Alegre
2002 1.801 1.231 68,4
Total
- 4.844 3.690 76,2
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
Em todas as cidades houve predomínio de meninas, variando suas presenças de
61,4% em Curitiba a 53,4% em Florianópolis; considerando as capitais conjuntamente,
a população analisada foi constituída por 58,2% adolescentes do sexo feminino e 41,8%
adolescentes masculinos (Tabela 2).
Houve maior presença de escolares com 14 anos de idade em todas as capitais;
quando considerados conjuntamente, os escolares com 14 anos de idade
corresponderam a 37,5% da amostra e os de 13 e 15 anos, a 28,8% e 33,7%,
respectivamente (Tabela 3).
Tabela 2 Distribuição do número e proporção (%) ponderados de escolares entre 13 e
15 anos segundo sexo e capital. Região Sul, 2002-2004.
Sexo
Capital Masculino
Feminino Total
N % N % N %
Curitiba
26.461 38,6 42.022 61,4 68.483 100
Florianópolis
5.806 46,6 6.662 53,4 12.468 100
Porto Alegre
23.356 44,9 28.630 55,1 51.986 100
Total
55.623 41,8 77.314 58,2 132.937 100
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
Tabela 3 Distribuição do número e proporção (%) ponderados de escolares entre 13 e
15 anos segundo idade e capital. Região Sul, 2002-2004.
Idade (em anos)
Capital 13
14 15 Total
N % N % N % N %
Curitiba
18.898 27,2 26.303 37,9 24.156 34,8 69.357 100
Florianópolis
4.425 34,8 4.777 37,6 3.516 27,6 12.718 100
Porto Alegre
15.303 29,4 19.189 36,8 17.581 33,8 52.073 100
Total 38.626 28,8 50.269 37,5 45.253 33,7 134.148 100
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
Estavam cursando a sétima série 41,1% dos estudantes, 37,4% estavam na oitava
série do ensino fundamental e 21,6%, na primeira
série do ensino médio. Tanto em
Curitiba quanto em Porto Alegre, a maioria era composta por escolares da tima
série
do ensino fundamental, respectivamente, 35,8% e 49,2%, enquanto em Florianópolis, a
maioria (40,9%) estava na oitava
do ensino fundamental (Tabela 4). As proporções de
participantes cuja série escolar era ignorada alcançaram os valores iguais a 0,3% em
Curitiba, 0,4% em Florianópolis e 0,2% em Porto Alegre.
Tabela 4 Distribuição do número e proporção (%) ponderados de escolares entre 13 e
15 anos de idade segundo série escolar e capital. Região Sul, 2002-2004.
Série Escolar
7
a
Fundamental 8
a
Fundamental 1
o
Médio
Total
Capital
N % N % N % N %
Curitiba
24.772 35,8 23.508 34,0 20.903 30,2 69.183
100
Florianópolis
4.629 36,5 5.186 40,9 2.855 22,5 12.670 100
Porto Alegre
25.569 49,2 21.297 41,0 5.088 9,8 51.954 100
Total 54.970 41,1 49.991 37,4 28.846 21,6 133.807 100
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
4.2 Estimativas Populacionais
A prevalência de fumantes em escolares de 13 a 15 anos variou de 10,7% com
IC
95%
[10,2%-11,3%], em Florianópolis, a 17,7% IC
95%
[17,4%-18,0%], em Porto
Alegre. Na análise da prevalência de fumantes segundo sexo, observa-se que a
proporção de fumantes foi maior no sexo feminino nas três capitais estudadas. Em Porto
Alegre, a diferença relativa da prevalência ponderada é da ordem de 67,4% maior entre
as meninas, com razão de sexo igual a 0,6:1 menina, em Curitiba e em Porto Alegre, e
de 0,7:1 menina em Florianópolis. Observou-se associação estatisticamente significativa
entre ser mulher e maior prevalência de tabagismo, nas capitais (Tabela 5).
Tabela 5 – Proporção ponderada (%) de escolares fumantes entre 13 e 15 anos e
respectivo intervalo com 95% de confiança, segundo sexo e capital. Região Sul, 2002-
2004.
Sexo
Capital Total
Masculino
Feminino
% IC
95%
% IC
95%
% IC
95%
Curitiba 12,6 12,4 – 12,9 9,1 8,8 – 9,5
14,4
14,1
14,7
Florianópolis
10,7 10,2 - 11,3 8,6 7,9 - 9,3
12,2
11,5
-
13,1
Porto Alegre
17,7 17,4 - 18,0 12,9 12,5 - 13,6 21,6 21,1 - 22,1
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
Na análise da ocorrência de fumantes de acordo com a idade, observa-se que a
proporção de fumantes foi maior aos 15 anos, em todas as capitais, e a prevalência
aumentou significantemente com a idade (Tabela 6).
Na análise da prevalência de fumantes segundo série escolar, verifica-se que a
maior proporção de fumantes em Curitiba foi na primeira série do ensino médio,
enquanto, em Florianópolis e em Porto Alegre, concentrou-se na oitava rie do
fundamental. Diferentemente da idade, não houve evidências estatísticas para informar
que tendência de aumento da prevalência de tabagismo quanto mais avançada a série
escolar (Tabela 7).
Tabela 6 – Proporção ponderada (%) de escolares fumantes entre 13 e 15 anos e
respectivo intervalo de confiança, segundo idade e capital. Região Sul, 2002-2006.
Idade
Capital 13 anos 14 anos 15 anos
% IC
95%
% IC
9
5%
% IC
95%
Curitiba
8,4 8,0-8,8 12,2 11,8-12,6 16,4 15,9-16,9
Florianópolis
6,8 6,1-7,6 10,7 9,8-11,6 15,6 14,4-16,8
Porto Alegre
7,8 7,4-8,2 17,0 16,5-17,5 27,0 26,4-27,7
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
Tabela 7 – Proporção ponderada (%) de escolares fumantes entre 13 e 15 anos e
respectivo intervalo de 95% de confiança, segundo série escolar e capital. Região Sul,
2002-2004.
Série Escolar
Capital
7
o
Fundamental
8
o
Fundamental
1
o
Médio
% IC
95%
% IC
95%
% IC
95%
Curitiba
11,0 10,7-11,4 9,9 9,5-10,3 17,8 17,2-18,3
Florianópolis
10,1 9,2-11,0 11,5 10,7-12,4 10,4 9,3-11,6
Porto Alegre
14,8 14,4-15,3 21,2 20,6-21,7 16,9 15,9-18,0
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
A informação sobre ter pais fumantes foi coletada pela pergunta seus pais
fumam”? As alternativas de resposta, isto é, as modalidades da variável, como já
apresentadas, foram: Nenhum, Ambos, Somente o pai, Somente a mãe, Não tenho
pais/Não sei (Anexo 1).
Nos locais estudados, a maioria dos escolares não possuía nenhum dos pais
fumantes. A proporção relativa a esta modalidade variou de acordo com as capitais,
sendo que, em Porto Alegre, 50,7%, com IC
95%
[50,2% - 51,1%], dos escolares
informaram não possuir nenhum dos pais fumantes, enquanto, em Curitiba a freqüência
foi igual a 61,6% com IC
95%
[61,3% - 62,0%]. Foi verificado nas capitais estudadas, que
o fato de não possuir nenhum dos pais fumantes está estatisticamente associado à
ausência do hábito tabágico dos filhos, ocorrendo, assim, com maior freqüência entre
escolares não-fumantes (Tabela 8).
Tanto em Porto Alegre quanto em Florianópolis e Curitiba, mais de 10% dos
entrevistados informaram possuir ambos os pais fumantes. A presença de ambos os pais
fumantes foi maior entre os escolares fumantes do que entre os não-fumantes. Possuir
ambos os pais fumantes esteve associado significativamente ao tabagismo dos filhos,
nas três capitais (Tabela 8).
Em Porto Alegre, 47,7% dos entrevistados referiram possuir pelo menos um dos
pais fumantes, sendo que esse valor foi de 38,4% em Curitiba e 40,0% em
Florianópolis.
A prevalência de pai fumante variou entre as capitais, sendo que a maior ocorreu
em Porto Alegre, correspondendo a 18,4%. A prevalência de pai fumante foi maior
entre os escolares fumantes do que entre os o-fumantes. Em todos os locais
estudados, ter pai fumante esteve significantemente associado ao uso de tabaco por
parte dos filhos adolescentes. Quanto a possuir somente a mãe fumante, foi observado
que essa proporção ultrapassou 10% em Florianópolis e Porto Alegre. Nas três capitais,
foi verificada associação estatisticamente significativa entre a mãe ser fumante e o filho
possuir o hábito de fumar, bem como foi observado, como era de se esperar, que a
maior prevalência de mães fumantes ocorreu entre os escolares fumantes (Tabela 8).
A informação sobre ter amigos fumantes foi coletada pela pergunta algum de
seus amigos mais próximos fuma cigarros”? As alternativas de resposta, isto é,
modalidades da variável, eram: Nenhum, Alguns, A maioria e Todos. Na presente
análise foram agrupadas as categorias Alguns, A maioria e Todos (Anexo 1).
Nas cidades estudadas, foi observado que mais da metade dos entrevistados
informava possuir alguns ou a maioria ou todos os amigos fumantes, sendo que, em
Porto Alegre, 67,8% IC
95%
[67,4% - 68,2%] dos escolares referiram tal situação. A
proporção dos participantes com amigos fumantes entre os escolares fumantes foi maior
do que entre os não-fumantes, em todas as capitais, sendo que em Porto Alegre mais de
nove em cada 10 escolares fumantes informaram possuir amigos fumantes. Foi
verificada associação estatisticamente significativa entre ter os melhores amigos
fumantes e ser um adolescente fumante (Tabela 9).
Tabela 8 Proporção ponderada (%) de escolares entre 13 e 15 anos e respectivo
intervalo de 95% de confiança, segundo hábito de fumar dos pais, hábito tabágico do
escolar e capital. Região Sul, 2002-2004.
Hábito do Escolar
Capital
Total
Fumantes
Não
-
fumantes
Categorias
% IC
95%
% IC
95%
% IC
95%
Curitiba
Nenhum dos pais
Ambos
Somente o pai
Somente a mãe
Não sei
61,6
10,8
17,7
9,5
0,4
61,3-62,0
10,5-11,0
17,4-18,0
9,3-9,7
0,3-0,4
50,8
11,9
27,0
8,5
1,8
49,7-51,9
11,2-12,6
26,1-27,9
7,9-9,1
1,6-2,1
63,1
10,7
16,4
9,7
0,2
62,7-63,5
10,4-10,9
16,1-16,7
9,4-9,9
0,1-0,2
Florianópolis
Nenhum dos pais
Ambos
Somente o pai
Somente a mãe
Não sei
59,7
11,4
16,4
12,2
0,3
58,8-60,5
10,9-12,0
15,7-17,0
11,7-12,8
0,2-0,4
46,1
15,9
20,0
16,4
1,6
43,4-48,8
14,0-18,0
17,9-22,2
14,5-18,5
1,0-2,4
61,2
10,9
16,1
11,6
0,2
60,3-62,2
10,3-11,5
15,4-16,8
11,0-12,2
0,1-0,3
Porto Alegre
Nenhum dos pais
Ambos
Somente o pai
Somente a mãe
Não sei
50,7
15,0
18,4
14,3
1,6
50,2-51,1
14,7-15,3
18,0-18,7
14,0-14,6
1,5-1,7
33,4
23,7
20,6
18,8
3,3
32,5-34,4
22,9-24,6
19,8-21,5
18,1-19,7
3,0-3,7
54,3
13,2
17,9
13,3
1,2
53,8-54,8
12,9-13,5
17,6-18,3
13,0-13,6
1,1-1,3
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
Tabela 9 Proporção ponderada (%) de escolares entre 13 e 15 anos com amigos
fumantes e respectivo intervalo de 95% de confiança, segundo hábito tabágico do
escolar e capital. Região Sul, 2002-2004.
Hábito do Escolar
Total
Fumantes
Não
-
fumantes
Capital
% IC
95%
% IC
95%
% IC
95%
Curitiba
61,1 60,8-61,5 86,0 85,3-86,7 57,6 57,2-58,0
Florianópolis
54,6 53,7-55,5 91,8 90,1-93,2 50,2 49,3-51,2
Porto Alegre
67,8 67,4-68,2 96,1 95,7-96,5 61,7 61,2-62,1
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
No que se refere à exposição ambiental à fumaça, foram feitas duas questões:
“nos últimos 7 dias, em quantos dias fumaram na sua casa, na sua presença?” e nos
últimos 7 dias, em quantos dias fumaram na sua presença fora da sua casa?”. Em ambas,
as modalidades de resposta eram 0, 1 a 2 dias, 3 a 4 dias, 5 a 6 dias e 7 dias (Anexo 1).
Na presente análise, as respostas foram agrupadas em duas categorias, a saber: nenhum
dia e um ou mais dias.
A prevalência de exposição ambiental à fumaça dentro de casa variou de 48,2%
IC
95%
[47,8% - 48,6%], em Porto Alegre, a 38,4% IC
95%
[37,6% - 39,3%], em
Florianópolis. Em todas as capitais foi observada maior prevalência de escolares
expostos à fumaça dentro de casa, entre os fumantes, quando comparados com os não-
fumantes, associação estatisticamente significativa entre exposição ambiental à
fumaça dentro de casa e o hábito tabágico do escolar (Tabela 10).
Considerando-se à exposição ambiental à fumaça fora de casa, observa-se que a
prevalência variou de 62,2% IC
95%
[61,75% - 62,65%] em Porto Alegre, a 53,6% IC
95%
[52,7% - 54,5%], em Florianópolis. Em todas as cidades, a prevalência de escolares
expostos à fumaça fora de casa foi maior entre os fumantes do que entre os não-
fumantes; em Porto Alegre, mais de oito em cada 10 escolares fumantes referiram
exposição à fumaça fora de casa nos últimos sete dias. Foi verificada associação
estatisticamente significativa entre exposição ambiental à fumaça fora de casa e o hábito
tabágico do escolar. Em todas as cidades houve maior proporção de escolares expostos à
fumaça ambiental fora de casa do que em casa; a diferença relativa entre exposição
ambiental à fumaça em casa e fora de casa foi de 49,3%, 39,6% e 29,9%,
respectivamente, em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre (Tabela 10).
Tabela 10 Proporção ponderada (%) de escolares entre 13 e 15 anos expostos à
fumaça ambiental e respectivo intervalo de 95% de confiança, segundo local da
exposição, hábito tabágico do escolar e capital. Região Sul, 2002-2004.
Hábito do Escolar
Capital Total
Fumantes
Não
-
fumantes
Exposição à fumaça
% IC
95%
% IC
95%
% IC
95%
Curitiba
Em casa
Fora de casa
40,4
60,3
40,0 - 40,7
60,0 - 60,7
50,0
83,5
48,9 - 51,0
82,7 - 84,3
38,9
56,8
38,5 - 39,3
56,4 - 57,2
Florianópolis
Em casa
Fora de casa
38,4
53,6
37,6 - 39,3
52,7 - 54,5
62,2
73,7
59,5 - 64,8
71,2 - 76,0
35,6
51,3
34,7 - 36,5
50,4 - 52,2
Porto Alegre
Em casa
Fora de casa
48,2
62,2
47,8 - 48,6
61,7 - 62,6
69,4
83,9
68,5 - 70,3
83,1 - 84,6
43,7
57,6
43,2 - 44,1
57,1 - 58,0
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
A exposição à propaganda de produtos do tabaco e as mensagens contra esse
produto na mídia foram analisadas por meio de seis perguntas. Quatro delas tiveram
suas categorias de resposta agrupadas em “muitas/poucas” e “nunca/nenhuma”, a saber:
“nos últimos 30 dias (um s), quantas mensagens antitabagismo (contra o cigarro)
você viu através dos meios de comunicação (televisão, rádio, cartazes, pôster, jornais,
revistas, filmes)?”, “quando você televisão, vídeos ou filmes, com que freqüência
atores fumando?”, “nos últimos 30 dias (um mês) quantos anúncios de propaganda de
cigarros você viu em cartazes, outdoors? e nos últimos 30 dias (um mês) quantos
anúncios de propaganda de cigarros você viu em jornais ou revistas?”. As perguntas
“você tem algo (camiseta, caneta, mochila, etc.) com o logotipo da marca de cigarros?”
e “algum representante de cigarros já lhe ofereceu cigarros gratuitamente? tinham
como alternativas: sim ou não (Anexo 1).
Nas capitais estudadas, foi observado que, aproximadamente, nove em cada 10
escolares entrevistados havia visto mensagens antitabagismo nos meios de
comunicação, nos últimos 30 dias, sendo que, em Curitiba, a proporção foi mais elevada
entre os escolares fumantes e, em Porto Alegre, entre os estudantes o-fumantes. Em
Florianópolis, não foi detectada associação estatisticamente significativa entre ver
mensagens antitabagismo nos meios de comunicação e a presença do hábito tabágico do
escolar (Tabela 11).
Mais de 95% dos escolares vêem atores fumando em televisão, vídeos ou filmes.
Tanto em Curitiba quanto em Porto Alegre, os escolares não-fumantes foram os que
mais viram atores fumando, por outro lado, em Florianópolis, os escolares fumantes
referiram mais freqüentemente haver visto atores fumando (Tabela 11).
Ter algum objeto com o logotipo da marca de cigarros foi observado em Porto
Alegre, em 8,9% dos escolares, com IC
95%
de [8,7% - 9,2%] e, em Curitiba e em
Florianópolis, as proporções foram 5,6%, com IC
95%
de [5,4% 5,8%] e 4,9% dos
estudantes, e IC
95%
de [4,5% – 5,3%], respectivamente. Os escolares fumantes referiram
mais frequentemente possuir objetos com o logotipo de marca de cigarro, havendo
associação estatisticamente significativa entre ser fumante e possuir brindes das
companhias de tabaco (Tabela 11).
Nas três capitais, mais de sete em cada dez escolares entrevistados confirmaram
ter visto propaganda de cigarros em cartazes nos últimos 30 dias, sendo que em Porto
Alegre, esta proporção foi de 88%, com IC
95%
de [87,7% 88,3%]. Em Curitiba e em
Florianópolis, os escolares fumantes mais freqüentemente viram propaganda em
cartazes no último mês, sendo estatisticamente significativa a associação entre ver
propaganda em cartazes e o fumo em escolares nestas capitais. Em Porto Alegre,
também, foi verificada associação estatística, entretanto, entre ver propaganda em
cartazes e ser não-fumantes (Tabela 11).
Quanto a anúncios ou promoções de cigarros em jornais ou revistas, foi
encontrado que em Curitiba e em Porto Alegre mais de 70% dos escolares referiram
haver visto propaganda de cigarros nesses meios de comunicação. Foi, também,
observado que os escolares fumantes viram mais frequentemente propagandas em
jornais e revistas, do que os escolares não-fumantes (Tabela 11).
Quanto à oferta gratuita de cigarros, foi observado que, em Porto Alegre, 9,4%
(IC
95%
[9,1% 9,6%]) dos escolares receberam esta oferta por parte de representantes
da indústria do tabaco e, em Florianópolis e Curitiba, os valores foram 6,6% e 8% dos
adolescentes, com IC
95%
[6,2% 7,0%] e [7,8% 8,2%], respectivamente. Nas três
cidades, os escolares fumantes receberam esse tipo de oferta mais frequentemente do
que os não-fumantes, tendo sido observada associação estatisticamente significativa
entre receber oferta de cigarros grátis e a presença do hábito de fumar entre os escolares
(Tabela 11).
Tabela 11 Proporção ponderada (%) de escolares entre 13 e 15 anos e respectivo
intervalo de 95% de confiança, segundo exposição à mídia,bito tabágico do escolar e
capital. Região Sul, 2002-2004.
Total
Hábito do Escolar
Fumante
Não
-
fumante
Capital
%
IC
95%
% IC
95%
% IC
95%
Curitiba
Nos últimos 30 dias quantas
mensagens antitabagismo você viu
nos meios de comunicação?
Muitas/Poucas
Nenhuma
92,1
7,9
91,9-92,3
7,7-8,1
94,5
5,5
94,0-94,9
5,1-6,0
92,0
8,0
91,7-92,2
7,8-8,3
Em televisão, vídeos ou filmes, com
que freqüência vê atores fumando?
Muitas vezes/Às vezes
Nunca/Não vê
98,3
1,7
98,2-98,4
1,6-1,8
96,5
3,5
96,1-96,9
3,1-3,9
98,6
1,4
98,5-98,7
1,3-1,5
Você tem algo com o logotipo de
marca de cigarro?
Sim
Não
5,6
94,4
5,4-5,8
94,2-94,6
14,8
85,2
14,0-15,5
84,5-86,0
4,3
95,7
4,1-4,5
95,5-95,9
Nos últimos 30 dias, quantos
anúncios de propaganda de cigarros
você viu em cartazes?
Muitos/Poucos
Nenhum
84,4
15,6
84,2-84,7
15,3-15,8
88,5
11,5
87,8-89,2
10,8-12,2
83,8
16,2
83,5-84,1
15,9-16,5
Nos últimos 30 dias, quantos
anúncios ou promoções de cigarros
você viu em jornais ou revistas?
Muitos/Poucos
Nenhum
70,3
29,7
70,0-70,7
29,3-30,0
76,0
24,0
75,1-76,9
23,1-24,9
69,5
30,5
69,1-69,8
30,2-30,9
Algum representante de cigarros já
lhe ofereceu cigarros
gratuitamente?
Sim
Não
8,0
92,0
7,8-8,2
91,8-92,2
12,7
87,3
12,0-13,4
86,6-88,0
7,3
97,2
7,1-7,5
92,5-92,9
Florianópolis
Nos últimos 30 dias quantas
mensagens antitabagismo você viu
através dos meios de comunicação?
Muitas/Poucas
Nenhuma
89,0
11,0
88,5-89,6
10,4-11,5
90,6
9,4
88,9-92,1
7,9-11,1
88,9
11,1
88,3-89,5
10,5-11,7
Em televisão, vídeos ou filmes, com
que freqüência vê atores fumando?
Muitas vezes/Às vezes
Nunca/ Não
97,4
2,6
97,1-97,7
2,3-2,9
98,5
1,5
97,7-99,1
0,9-2,3
97,4
2,6
97,0-97,6
2,4-3,0
Você tem algo com o logotipo de
marca de cigarro?
Sim
Não
4,9
95,1
4,5-5,3
94,7-95,5
10,6
89,4
9,1-12,5
87,5-90,9
4,3
95,7
3,9-4,7
95,3-96,1
Nos últimos 30 dias, quantos
anúncios de propaganda de cigarros
você viu em cartazes?
Muitos/Poucos
Nenhum
76,4
23,6
75,6-77,1
22,9-24,4
86,1
13,9
94,1-87,9
12,1-15,9
75,2
24,8
74,4-76,0
24,0-25,6
Nos últimos 30 dias, quantos
anúncios ou promoções de cigarros
você viu em jornais ou revistas?
Muitos/Poucos
Nenhum
56,7
43,3
55,8-57,5
42,5-44,2
58,2
41,8
55,5-60,9
39,1-44,5
56,5
43,5
55,6-57,4
42,6-44,4
Algum representante de cigarros já
lhe ofereceu cigarros
gratuitamente?
Sim
Não
6,6
93,4
6,2-7,0
93,0-93,8
14,5
85,5
12,7-16,6
83,4-87,3
5,7
94,3
5,2-6,1
93,9-94,8
Porto Alegre
Nos últimos 30 dias quantas
mensagens antitabagismo você viu
através dos meios de comunicação?
Muitas/Poucas
Nenhuma
91,5
8,5
91,3-91,7
8,3-8,7
90,6
9,4
90,0-91,2
8,8-10,0
91,7
8,3
91,4-91,9
8,1-8,6
Em televisão, vídeos ou filmes, com
que freqüência vê atores fumando?
Muitas vezes/Às vezes
Nunca/ Não
95,6
4,4
95,4-95,8
4,2-4,6
94,5
5,5
94,0-95,0
5,0-6,0
95,9
4,1
95,7-96,1
3,9-4,3
Você tem algo com o logotipo de
marca de cigarro?
Sim
Não
8,9
91,1
8,7-9,2
90,8-91,3
20,2
79,8
19,4-21,1
78,9-80,6
6,3
93,7
6,1-6,5
93,5-93,9
Nos últimos 30 dias, quantos
anúncios de propaganda de cigarros
você viu em cartazes?
Muitos/Poucos
Nenhum
88,0
12,0
87,7-88,3
11,7-12,3
87,0
13,0
86,3-87,7
12,3-13,7
88,3
11,7
87,9-88,6
11,4-12,1
Nos últimos 30 dias, quantos
anúncios ou promoções de cigarros
você viu em jornais ou revistas?
Muitos/Poucos
Nenhum
71,9
28,1
71,5-72,3
27,7-28,5
73,9
26,1
72,9-74,8
25,2-27,1
71,4
28,6
71,0-71,9
28,1-29,0
Algum representante de cigarros já
lhe ofereceu cigarros
gratuitamente?
Sim
Não
9,4
90,6
9,1-9,6
90,4-90,9
16,2
83,8
15,4-17,0
83,0-84,6
7,9
92,1
7,6-8,1
91,9-92,4
Fonte: INCA, 2002-2004 (dados brutos)
Em Curitiba, foi verificado que a escolar do sexo feminino (OR=1,49), com pai
fumante (OR=1,59), amigos fumantes (OR=3,46), exposta à fumaça do tabaco fora de
casa (OR=3,26) e que possui algo com logotipo de marca de cigarro (OR=3,29)
apresentou maior OR para ser fumante (Tabela 12).
As variáveis que não entraram no modelo final em Curitiba por o
apresentarem significância estatística foram idade (p=0,101), ter ambos os pais
fumantes (p=0,594), ter somente mãe fumante (p=0,291), exposição ambiental à fumaça
do tabaco em casa (p=0,474), ver mensagem antitabaco (p=0,311), ver atores fumando
(p=0,414), ganhar cigarro grátis (p=0,384), ver propaganda em cartazes (p=0,924), ver
propaganda em jornais ou revistas (p=0,445).
Tabela 12 Fatores associados ao tabagismo em escolares de 13 a 15 anos conforme
regressão logística. Curitiba, 2002.
Variável Odds ratio
ajustada
Valor de p
Sexo
Masculino
Feminino
1
1,49
0,06
Somente pai fumante
Não
Sim
1
1,59
0,04
Amigos fumantes
Não
Sim
1
3,46
0,00
Exposição à fumaça fora de casa
Não
Sim
1
3,26
0,00
Possuir algo com logotipo de marca de cigarro
Não
Sim
1
3,29
0,00
Em Florianópolis, as variáveis que permaneceram no modelo final foram sexo
(OR=1,26), ter amigos fumantes (OR=9,31), exposição à fumaça do tabaco em casa
(OR=2,03) e fora de casa (OR=1,45) e ter visto propaganda em cartazes (OR=1,82)
(Tabela 13).
As variáveis que não foram incluídas no modelo final em Florianópolis o
idade (p=0,101), ter ambos os pais fumantes (p=0,194), ter somente pai fumante
(p=0,496), ter somente mãe fumante (p=0,672), ver mensagem antitabaco (p=0,997),
ver atores fumando (p=0,114), possuir algo com logotipo de marca de cigarro
(p=0,289), ganhar cigarro grátis (p=0,112) e ver propaganda em jornais ou revistas
(p=0,291).
Tabela 13 Fatores associados ao tabagismo em escolares de 13 a 15 anos conforme
regressão logística. Florianópolis, 2004.
Variável Odds ratio
ajustada
Valor de p
Sexo
Masculino
Feminino
1
1,26
0,25
Amigos fumantes
Não
Sim
1
9,31
0,00
Exposição à fumaça em casa
Não
Sim
1
2,03
0,00
Exposição à fumaça fora de casa
Não
Sim
1
1,45
0,09
Viu propaganda em cartazes
Não
Sim
1
1,82
0,03
Em Porto Alegre, as variáveis que estiveram associadas com o uso de tabaco
pelos escolares foram ser do sexo feminino (OR=1,57), idade de 14 anos (OR=1,77) e
idade de15 anos (OR=2,89), amigos fumantes (OR=9,12), exposto à fumaça do tabaco
em casa (OR=1,87) e fora de casa (OR=1,77) e que possui algo com logotipo de marca
de cigarro (OR=2,83) (Tabela 14).
As variáveis que não entraram do modelo final em Porto Alegre foram ter ambos
os pais fumantes (p=0,507), ter somente a mãe fumante (p=0,783), ter somente o pai
fumante (p=0,845), ver mensagem antitabaco (p=0,193), ver atores fumando (p=0,501),
ganhar cigarro grátis (p=0,204), ver propaganda em cartazes (p=0,109) e ver
propaganda em jornais ou revistas (p=0,333).
Tabela 14 Fatores associados ao tabagismo em escolares de 13 a 15 anos conforme
regressão logística. Porto Alegre, 2002.
Variável Odds ratio
ajustada
Valor de p
Sexo
Masculino
Feminino
1
1,57
0,00
Idade
13 anos
14 anos
15 anos
1
1,77
2,89
0,00
Amigos fumantes
Não
Sim
1
9,12
0,00
Exposição à fumaça em casa
Não
Sim
1
1,87
0,00
Exposição à fumaça fora de casa
Não
Sim
1
1,77
0,01
Possui algo com logotipo de marca de cigarro
Não
Sim
1
2,83
0,00
5 DISCUSSÃO
As proporções de escolares entre 13 e 15 anos que experimentaram fumar
cigarros nas capitais de estados brasileiros da Região Sul, especialmente, em Curitiba
(43,5%, IC
95%
[43,1% - 43,8%]) e Porto Alegre (46,0%, IC
95%
[45,6% - 46,5%]), são
elevadas, quando comparadas às proporções verificadas nas outras capitais
brasileiras
43,44
, bem como em outros países
29,30,31
. Publicações anteriores indicavam
que a prevalência de tabagismo nos escolares da Região Sul está entre as mais elevadas
do país
43, 44
. Os valores da Região das Américas, quando analisados com os de outras
oficinas regionais da OMS
99
, apresentam as mais elevadas taxas de escolares entre 13 e
15 anos que experimentaram fumar cigarros (49,4%), seguida pela Região da Europa
(44,1%)
31
. Nas Filipinas, onde a prevalência de fumantes declinou significantemente
entre os escolares de 13 a 15 anos nos anos 2000 e 2003, o foi observada diminuição
significativa da prevalência de experimentação, sendo que, em ambos os anos,
aproximadamente, quatro em cada dez estudantes reportaram já ter fumado cigarros,
mesmo uma ou duas tragadas
58
. Na Grécia, a aplicação do inquérito de tabagismo em
escolares produziu dados relativos à proporção de escolares que experimentaram fumar
cigarros, sendo essa proporção igual a 32,1%
48
.
Diferentemente do observado na maioria das outras capitais brasileiras que
aplicaram o Vigescola, onde a prevalência de experimentação de cigarros foi maior no
sexo masculino do que no feminino
43, 44
, em Curitiba e em Porto Alegre, foi observado
que essa proporção foi significantemente mais elevada entre as meninas. Na Grécia, não
houve diferença significativa na prevalência de experimentação segundo os sexos,
enquanto, nas Filipinas, foi observada proporção significantemente maior entre os
meninos
48, 58
.
O tabagismo em crianças e adolescentes progride segundo vários estágios,
iniciando pelas atitudes e crenças em relação ao tabaco, passando pela experimentação,
uso regular até tornar-se um dependente; este processo leva, em média, três anos
36
.
Na presente análise, a prevalência de escolares fumantes foi maior que 10% nas
três capitais estudadas, ou seja, mais de um em cada dez estudantes com idade entre 13
e 15 anos informaram ter fumado cigarros nos últimos 30 dias que antecederam a
aplicação do inquérito. Salienta-se que em Porto Alegre, 17,7% ( IC
95%
[17,4% –
18,0%]) dos jovens eram fumantes segundo esse critério. Assim como o ocorrido em
relação à experimentação de cigarros, também a elevada prevalência de tabagismo nas
capitais do Sul, especialmente Porto Alegre, havia sido identificada
anteriormente
43,44
.
Na Região das Américas, é no cone Sul onde se encontram as maiores
prevalências de tabagismo, sendo que o Chile é o país onde se observa a maior
proporção de escolares fumantes
67
. Em algumas capitais, por exemplo, Santiago no
Chile e Bogotá na Colômbia, foi verificado que aproximadamente um terço dos
estudantes dessa mesma faixa etária fumava cigarros. Na Grécia, onde a prevalência de
fumantes entre os jovens é considerada excessivamente elevada, a proporção de
fumantes observada foi 10,4%
48
.
Quando os dados provenientes de 118 países membros da OMS que aplicaram o
inquérito de tabagismo em escolares foram considerados conjuntamente, foi observado
que a prevalência de tabagismo entre os estudantes de 13 a 15 anos era de 9,8%.
Consistentemente com o relatado em relação à experimentação de cigarros, foi também
na Região das Américas onde se encontrou a maior prevalência de tabagismo em
escolares, comparando-se com dados relativos às oficinas regionais da OMS
31
.
Nos locais em que o inquérito de tabagismo em escolares foi aplicado pela
segunda vez, três ou quatro anos após a aplicação do primeiro inquérito, não foi
observada diminuição significativa da prevalência de tabagismo
32,65
. Conforme
referido, anteriormente, nas Filipinas foi verificada diminuição significativa da
prevalência de tabagismo entre 2000 e 2003 (de 21,6% a 15,0%), provavelmente,
refletindo políticas de controle do tabagismo implantadas no país no período
58
.
Para descrever a prevalência e os fatores de risco para o tabagismo, em uma
amostra de base populacional de adolescentes, residentes em área urbana, foi feito um
estudo transversal com adolescentes entre 12 e 18 anos completos, residentes na zona
urbana da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Como resultado, 11,1% dos
adolescentes eram fumantes (definido como todo aquele adolescente que informou ter
fumado pelo menos um cigarro por semana no último mês). No que diz respeito aos
fatores de risco para o tabagismo, surpreendentemente, nenhuma das variáveis sócio-
econômicas esteve associada com o bito de fumar dos adolescentes. Foi observado
que, após o controle para possíveis fatores de confusão, aqueles adolescentes que o
estavam estudando, que eram repetentes, cujos pais estavam separados ou que relataram
terem abusado de bebidas alcoólicas no último mês, apresentaram uma maior razão de
odds para tabagismo
37
.
Em outro estudo de base populacional realizado em Pelotas, Rio Grande do Sul,
com uma amostra representativa de adolescentes de 10 a 19 anos, foi estimada a
prevalência de tabagismo de 12,1% (IC
95%
[10,3% - 14,0%]), não havendo diferença
significativa entre os sexos
57
.
Na presente análise, foi observado que meninas apresentaram prevalência de
tabagismo significantemente mais elevada do que os meninos, tanto em Curitiba e Porto
Alegre, quanto em Florianópolis. A maior prevalência observada foi entre as meninas
residentes em Porto Alegre (21,6%, IC
95%
[21,1% - 22,1%]). Esse achado é concordante
com outras análises que haviam concluído ser Porto Alegre a capital com as maiores
taxas de uso de cigarro entre as adolescentes do sexo feminino
43, 44
.
Embora outras informações necessitem ser consideradas, a diferença da
prevalência entre os sexos na faixa etária estudada sugere que a Região Sul encontra-se
no terceiro estágio de evolução da epidemia do tabaco. Segundo o modelo descrito por
Lopes e colaboradores, o que caracteriza a primeira fase da epidemia é a
comparativamente baixa magnitude do tabagismo, bem como baixo consumo de
cigarros; no segundo estágio, o hábito de fumar é mais freqüente nos sexo masculino, de
todas as classes sociais e a proporção de ex-fumantes é baixa. As principais
características dos terceiro estágio são o declínio da prevalência entre os homens e a
pequena diferença de sua magnitude entre os sexos. Essa etapa também se caracteriza
por um elevado percentual de mulheres jovens que se tornam fumantes. No quarto
estágio, o uso de tabaco diminui em ambos os sexos, sendo mais prevalente nas classes
sociais mais baixas
52
.
A análise dos dados do inquérito de tabagismo em escolares aplicado em 120
locais de 76 países identificou que, em mais da metade dos locais estudados, não havia
diferença significativa na prevalência de tabagismo entre os sexos. Na Região das
Américas, a prevalência no sexo masculino foi de 16,6% e no sexo feminino 12,2%,
sendo a razão de sexo de 1,2: 1menina
30
.
Nos dados recentes do inquérito de tabagismo em escolares aplicado em 141
países membros da OMS, observa-se que 8,9% dos jovens entrevistados eram fumantes,
sendo que essa proporção era de 10,5% (desvio padrão=2,4%) entre os meninos e 6,7%
(desvio padrão=1,7%) entre as meninas. A maior prevalência foi observada na Região
da Europa (17,9%), seguida pela Região das Américas (17,5%). Tanto nas Regiões da
Europa quanto na das Américas não houve diferença estatisticamente significante na
prevalência de fumantes segundo sexo
93,94
. Outros estudos também não detectaram
diferença significativa na prevalência do fumo entre os meninos escolares e as meninas
nesta condição
37,57
.
Historicamente a prevalência de tabagismo é mais elevada entre os homens
95
, o
recente crescimento da proporção de fumantes entre as mulheres reflete, em parte, uma
estratégia da indústria de desenvolver propagandas voltadas para satisfazer os seus
anseios, nas diferentes etapas da sua vida. Assim, as marcas voltadas para as mulheres
jovens enfatizaram, em suas propagandas, o companheirismo, a autoconfiança, a
liberdade e a independência; enquanto as marcas que focalizavam as mulheres adultas
ressaltavam o prazer, o relaxamento, a aceitabilidade social e a fuga de um dia
estressante
3
.
Autores salientam que as estimativas de morte elaboradas com base nos padrões
de consumo de tabaco de coortes passadas possivelmente subestimam a magnitude da
prevalência e as diferenças segundo sexo, observadas nas coortes recentes
94
.
Assim como a alta prevalência de fumantes entre os adolescentes, também a de
adultos fumantes é elevada, nas capitais da Região Sul do Brasil. Em pesquisa realizada
nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, com indivíduos de 18 ou
mais anos de idade, residentes em domicílios servidos com pelo menos uma linha
telefônica fixa, foi detectado que Porto Alegre e Rio Branco o as capitais com maior
proporção de adultos fumantes, ambas apresentando prevalência de 21,2%. Curitiba e
Florianópolis estão entre as capitais com proporções mais elevadas, respectivamente,
18,2% e 18,1% de tabagistas. Diferentemente da prevalência nos jovens, entre os
adultos observam-se taxas de tabagismo significantemente mais elevadas, entre os
homens
59
.
Considerando as elevadas taxas de tabagismo entre os jovens, autores salientam
a necessidade de intensificar os esforços de prevenção e controle do tabagismo nessa
faixa etária, através da elaboração de programas abragentes de controle do tabagismo,
que incluam estratégias clínicas, educacionais e regulatórias, sendo importante criar
ambientes que reforcem a prevenção e controle do tabagismo
93
.
No que se refere aos programas de cessação do hábito de fumar, é importante
que se identifiquem e desenvolvam estratégias que encorajem os jovens fumantes a
pararem de fumar, especialmente, considerando a elevada proporção de escolares que,
embora tendo entre 13 e 15 anos de idade, desejam parar de fumar
93
. Na Região das
Américas, dados coletados por meio do inquérito de tabagismo em escolares aplicado
em 23 países, entre 1999 e 2001, permitem concluir que mais da metade dos
adolescentes fumantes tentaram parar de fumar, no ano anterior, mas, sem sucesso,
indicando o poder aditivo do tabaco, mesmo em indivíduos com curta história de
exposição
67
.
A crescente proporção de meninas fumantes, o impacto negativo do tabaco nas
condições de saúde e de reprodução, bem como, o conhecimento da estratégia de
marketing da indústria do tabaco, sugerem a necessidade de desenvolver programas
efetivos de cessação do vício para jovens que levem em consideração os aspectos que
diferenciam a epidemia de tabagismo entre os sexos
30,93
.
Neste estudo, elevada proporção, praticamente, quatro em cada dez adolescentes,
informou possuir pelo menos um dos pais fumantes. Quando consideradas as capitais
dos dezesseis estados brasileiros que aplicaram o Vigescola, entre 2002 e 2005, o local
de maior proporção de adolescentes com pelo menos um dos pais fumante foi Porto
Alegre (47,7%). Na Região das Américas, Santiago do Chile é o local com a mais
elevada proporção de adolescentes com pelo menos um dos pais fumantes (67,2%)
34
.
Tanto em Curitiba, quanto em Florianópolis e Porto Alegre, possuir ambos os
pais fumantes ou apenas um deles ser fumante mostraram-se associados com o hábito
tabágico dos filhos, ocorrendo com maior freqüência entre escolares fumantes. Por
outro lado, não ter nenhum dos pais fumantes esteve inversamente associado com a
prevalência de tabagismo entre filhos adolescentes. A associação entre tabagismo dos
pais e uso de tabaco pelos filhos foi diversas vezes descrita na literatura científica,
sendo reconhecido que o fumo de ambos ou de um dos pais é importante preditor de uso
de tabaco por parte dos filhos adolescentes
7,9,24,25,28,35,64,66,70
. Outra importante
associação verificada foi entre a proibição do uso de tabaco no domicílio e menores
taxas de tabagismo entre adolescentes
9
.
Estudo realizado na Grécia, com o objetivo de avaliar o bito tabágico dos pais
que possuíam filhos na pré-escola, estimou prevalência de tabagismo de 44% , sendo
52% entre os pais e 36% entre as mães
92
. A Grécia é reconhecidamente um país com
alta prevalência de tabagismo em adultos, sendo estimado que o país possua as mais
elevadas taxas, entre os países europeus
39
.
Em um estudo prospectivo com 5.520 famílias cujo objetivo era verificar a
influencia do uso de tabaco pelos pais nas transições que levam ao tabagismo de
crianças e adolescentes, foi observado que pais fumantes influenciaram tanto na
iniciação quanto na progressão do uso de tabaco por seus filhos. Os autores estudaram
três transições: de não-fumantes à fase de experimentação, da experimentação a fumante
mensal, de fumante mensal a fumante diário. A probabilidade dos pais tabagistas
influenciarem seus filhos a iniciar a transição de não-fumantes à experimentação foi de
32% (IC
95%
[27% - 36%]), sendo que a probabilidade foi igual a 15% (IC
95%
[10% -
19%]) para a transição de experimentação a fumante mensal e de 28% (IC
95%
[27% -
36%]) para transição de fumante mensal a fumante diário. Nesse estudo também foi
verificada a influência do uso de tabaco por parte dos irmãos mais velhos. Os autores
encontraram que a probabilidade de irmãos tabagistas influenciarem na transição de
não-fumantes à experimentação foi de 29% (IC
95%
[17% - 39%]), na transição da
experimentação a fumante atual foi de 0% (IC
95%
[0% - 8%]) e de 20% (IC
95%
[4% -
33%]) para transição de fumante mensal a fumante diário
7
.
Fraga e colaboradores
28
observaram que o fumo dos pais foi determinante do
hábito nos filhos adolescentes, tanto para os meninos quanto para as meninas, sendo que
a prevalência mais elevada de filhos fumantes foi encontrada em famílias mono
parentais com progenitores fumantes.
No presente estudo o fumo dos pais não foi identificado como fator associado ao
tabagismo dos escolares, após a análise multivariada. Outro estudo no qual foi realizada
a análise univariada também não encontrou tal associação
57
.
Em função da metodologia utilizada pelo Vigescola, não foi possível verificar a
influência de pais e irmãos nas diversas transições que culminam com o estabelecimento
do uso diário de tabaco por parte dos escolares.
Com o objetivo de avaliar a influência dos pais e familiares no risco de iniciação
ao uso diário de tabaco por seus filhos, foi realizado um estudo prospectivo, no qual 808
crianças entre 10 e 11 anos foram acompanhadas até aos 21 anos. Entre os principais
resultados encontrados foi o de que o tabagismo dos pais contribuiu para o início do uso
diário de tabaco por parte dos filhos adolescentes; tal aumento de risco foi verificado
mesmo quando a família possuía normas contra o uso de tabaco por parte dos
adolescentes e os filhos não participavam do uso de tabaco por seus pais
35
.
Diferentemente do observado por Hill e colaboradores
35
, outros estudos sugerem
que a atitude antitabaco dos pais diminui a prevalência de tabagismo entre os
adolescentes
2,4,46,74
.
Os resultados de um estudo observacional transversal com 3.555 adolescentes e
seus pais sugerem que filhos adolescentes de pais que reportaram ter atitudes antitabaco
apresentaram menor probabilidade de fumar diariamente quando comparados com
filhos adolescentes de pais que não apresentavam atitudes antitabaco, a saber: proibir
uso de tabaco no domicílio, optar por ambiente para não-fumantes nos estabelecimentos
públicos e pedir para que outros não fumem na sua presença. Essa associação
estatisticamente significativa foi verificada tanto em domicílios com pais o-fumantes
quanto pais fumantes. Isso significa dizer que atitudes antitabaco por parte dos pais
parecem estar associadas com significante redução do uso de tabaco diário por seus
filhos. Os autores comentam que, embora o abandono do uso de tabaco por parte dos
pais seja o ato isolado mais importante para prevenir o tabagismo dos filhos, há atitudes
antitabaco que os pais podem assumir para reduzir o risco de seus filhos tornarem-se
usuários de tabaco
2
.
Na zona rural de Vermont, foi observado que adolescentes cujos pais
desaprovam veementemente o uso de tabaco apresentaram menor probabilidade de se
tornarem fumantes. Também foi observado que a desaprovação dos pais em relação ao
uso de tabaco teve maior efeito do que o próprio tabagismo dos pais. Outra importante
conclusão é a de que a influência do grupo é atenuada quando ambos os pais reprovam o
fumo. Os achados sugerem que intervenções que reforcem a auto-eficácia da atitude dos
pais em comunicar e enfatizar a reprovação ao uso de tabaco pode diminuir o fumo
entre adolescentes
75
.
Na presente análise foi visto que, nas três capitais estudadas, mais da metade dos
escolares referiram ter amigos fumantes, sendo que essa proporção foi
significantemente maior entre os jovens fumantes. Conforme referido, ter amigos
fumantes aumenta a probabilidade dos jovens serem fumantes, sendo que a influencia
dos amigos fumantes está entre os principais fatores de risco para o tabagismo nessa
faixa-etária
11,36,76,87
.
Em análise publicada recentemente com os resultados da aplicação do inquérito
de tabagismo em escolares em 132 países no período entre 1999 e 2005,
aproximadamente um em cada cinco (17,9%) escolares informou possuir a maioria ou
todos os melhores amigos fumantes. Essa proporção foi mais elevada na Região das
Américas onde, em média, 39,3% dos jovens referiram que seus melhores amigos eram
fumantes
34
.
Salienta-se que, na presente análise, os escolares foram agrupados em categorias
diferentes daquelas utilizadas na publicação referida, anteriormente, a saber: foram
agrupadas as categorias de resposta alguns, a maioria ou todos os melhores amigos
fumantes, enquanto, na outra, foram analisados conjuntamente aqueles que responderam
possuir a maioria ou todos os melhores amigos eram fumantes, o que pode explicar, em
parte, a elevada proporção de escolares cujos melhores amigos eram fumantes,nas
capitais da Região Sul.
Em um estudo transversal com objetivo de descrever o uso de tabaco e
identificar os seus determinantes em estudantes adolescentes foram avaliadas 1.052
meninas e 984 meninos de 13 anos, matriculados em escolas públicas e privadas da
cidade do Porto, em Portugal. Foi visto que ter amigos fumantes foi o mais forte
determinante para fumar, tanto entre as meninas quanto entre os meninos
28
.
Malcon e colaboradores
57
observaram que a chance de ser fumante do escolar
com até dois amigos fumantes foi quatro vezes maior do que a dos escolares que o
referiram ter amigos fumantes e a chance dos escolares com três ou mais amigos foi
17,5 vezes maior do que a dos escolares com nenhum amigo fumante. Os outros fatores
de risco identificados, além do grupo de amigos fumantes, foram: idade do adolescente,
irmãos mais velhos fumantes e baixa escolaridade.
Várias teorias buscam elucidar o uso de cigarros por adolescentes e o uso de
cigarros por seus amigos. Entre elas estão as teorias da influencia percebida, as da
influência externa, as teorias de grupo e as de redes
36
. A compreensão da influencia do
grupo de amigos no uso de tabaco pelos adolescentes é de fundamental importância na
elaboração de programas efetivos de prevenção, dadas as muitas implicações e
diferentes estratégias que podem ser adotadas para a prevenção do tabagismo entre os
jovens.
O fumo passivo ocorreu com elevada freqüência nas três capitais avaliadas: a
prevalência de escolares expostos à fumaça ambiental na casa foi maior do que 30%,
enquanto que a exposição fora de casa foi superior a 50%. Os valores nas capitais da
Região Sul estão entre os mais altos do país. Porto Alegre é a capital com a maior
proporção de adolescentes expostos à fumaça ambiental em casa (48,2% e IC
95%
[47,8%-
48,6%]) e fora de casa (62,2% e IC
95%
[61,7% - 62,6%]), quando comparada com outras
15 capitais que aplicaram o Vigescola no país
34
.
Importante observação é que, nas três capitais avaliadas, a exposição ambiental à
fumaça, tanto em casa quanto fora de casa, esteve associada com o hábito tabágico dos
escolares, ocorrendo com maior freqüência entre escolares fumantes, do que entre não-
fumantes. Embora o ambiente doméstico seja, com freqüência, descrito como a maior
fonte de exposição passiva à fumaça do cigarro para crianças e adultos que não
trabalham fora
89,98
, no presente estudo, em todas as capitais observadas, a exposição
ambiental à fumaça em lugares públicos foi a maior fonte de fumo passivo.
Na análise dos dados provenientes do inquérito de tabagismo em escolares
aplicado em 132 países entre 1999 e 2005, com comparação da prevalência da
exposição ao fumo ambiental segundo as seis oficinas regionais da OMS, foi observado
que entre escolares da Região das Américas existe elevada exposição ao fumo ambiental
tanto em casa quanto em ambientes públicos. A taxa de exposição no domicílio na
Região das Américas é a terceira mais elevada, quando comparada com as das outras
regiões segundo divisão da OMS, sendo que a taxa de exposição em ambientes públicos
é a segunda mais elevada
34
.
Nas Américas, mais de quatro em cada dez estudantes (40,9%) estão expostos à
fumaça ambiental do cigarro em casa, enquanto mais de cinco em cada dez (64,2%)
escolares referiram exposição à fumaça ambiental do cigarro em lugares públicos, sendo
observada proporção significantemente maior entre os adolescentes fumantes quando
comparados com aqueles que nunca fumaram, tanto na exposição em casa quanto fora
de casa
94
.
Embora alguns dados da literatura, baseados principalmente na tendência da taxa
de prevalência de tabagismo, sugiram que a exposição ao fumo ambiental esteja
decrescendo em países industrializados, existe grande variação entre os países, bem
como entre diferentes subgrupos populacionais de um mesmo país
19
.
Segundo pesquisa realizada com objetivo de estimar a prevalência de exposição
à fumaça ambiental nos domicílios dos Estados Unidos, 35% dos jovens menores de 18
anos (equivalente a 21 milhões) vivem em casas onde residentes ou visitantes fumam
regularmente, ou seja, fumam um ou mais dias por semana
53
. Embora a prevalência
seja, comparativamente, elevada, estudo realizado no Havaí e Alasca, Estados Unidos,
foi verificado que a grande maioria dos adultos entrevistados acredita que o fumo dos
pais é perigoso para seus filhos e que as companhias de tabaco não agem corretamente
quando dizem que o fumo passivo o é perigoso (95% e 96%, respectivamente), bem
como foi observado que filhos de fumantes têm maior probabilidade de tornarem-se
fumantes
54
.
O inquérito de tabagismo em escolares utiliza como instrumento de coleta de
informação o questionário auto-aplicável. O questionário é uma ferramenta fácil e,
comparativamente, barata, utilizada muito freqüentemente na coleta de dados sobre
exposição ao fumo ambiental. Além disto, é o único método que permite conhecer o
modelo de exposição em estudos retrospectivos
19
. Entretanto, dados provenientes de
estudos que utilizam somente questionários como fonte de informação estão sujeitos a
erros de classificação, devidos a vários fatores, entre eles viés de memória
15
e
habilidade do entrevistador em estimar acuradamente a duração, proximidade e
freqüência de exposição
55
. Sendo assim, essa ferramenta de coleta apresenta alta
especificidade, mas baixa sensibilidade
47
, provavelmente, devido à dificuldade dos não-
fumantes em identificar fontes, período e quantidade da exposição
19
.
Sabe-se que ambientes livres de tabaco são efetivos em reduzir tanto a
prevalência de tabagismo
27
quanto a quantidade de tabaco consumida pelos fumantes
8
.
Entretanto, para tal, a legislação necessita ser abrangente e deve proibir o uso de tabaco
em todos os ambientes fechados
68,98
. Outro benefício dos ambientes livres de tabaco é a
redução das taxas de iniciação ao tabagismo
24
, além disso, propicia ajuda aos fumantes
a deixarem de fumar
24,25,62
.
Evidências científicas indicam que não veis seguros para a exposição
passiva à fumaça do cigarro, sendo que a implementação de ambientes 100% livres de
fumo é a única maneira eficaz de proteger a população dos efeitos prejudiciais da
exposição passiva à fumaça do cigarro. Sabe-se que a ventilação e áreas reservadas para
fumantes, equipadas ou não com sistema de ventilação independente, não reduzem a
exposição a níveis seguros e não são recomendadas. Portanto, a OMS incentiva os
países-membros a sancionar, implementar e fiscalizar leis que exijam que todos os
locais de trabalho e ambientes públicos fechados sejam 100% livres de fumo,
promovendo, assim, proteção universal. Além disso, sugere que sejam postas, em
prática, estratégias educacionais para reduzir a exposição passiva à fumaça do cigarro
em casa, levando em consideração que a legislação relativa aos locais de trabalho livres
de fumo aumenta as chances de que as pessoas (tanto fumantes como não-fumantes)
tornem, de forma voluntária, suas casas ambientes livres de fumo
98
.
De acordo com o artigo oito da CQCT, “cada parte adotará e aplicará, em áreas
de jurisdição nacional existente e, conforme determine a legislação nacional, medidas
legislativas, executivas, administrativas e/ou outras medidas eficazes de proteção contra
a exposição à fumaça de cigarro em locais de trabalho fechados, meios de transporte
público, ambientes públicos fechados e, se apropriado, em outros ambientes públicos...”
(WHO, 2003, p. 9)
97
.
Importante observação é a de que mais de três quartos (76,1%) dos estudantes de
132 países membros da OMS que aplicaram o inquérito de tabagismo em escolares
entre 1999 e 2005, pensam que o fumo deve ser proibido em lugares públicos, sendo
que na Região das Américas a taxa média foi de 80,4%
34
.
A OMS em seu documento com recomendações de políticas para a proteção da
exposição passiva à fumaça de cigarro enfatiza a necessidade de políticas que abordem
esse ambiente, bem como sugere que a educação pode ser uma estratégia eficaz para
promover a proteção contra a exposição passiva à fumaça do cigarro no domicílio
98
.
Ambientes livres de fumo, além de protegerem não-fumantes contra os efeitos nocivos
da exposição à fumaça ambiental do tabaco, também colaboram para que fumantes
abandonem o vício, bem como diminuem as chances de recaída
6
.
Os adolescentes residentes nas capitais da Região Sul foram muito expostos à
mídia relativa ao tabaco, tanto a mensagens antitabagismo como propaganda, nos
diferentes meios de comunicação. Chama a atenção, a elevada proporção de jovens que
referiram ver propaganda de cigarros em cartazes, jornais ou revistas, dado que a Lei
Federal Nº 10.167 de 28 de dezembro de 2000 proíbe a publicidade de produtos
derivados do tabaco em revistas, jornais, televisão, dio, outdoors. Proíbe, também, a
propaganda por meio eletrônico, a propaganda indireta contratada e a publicidade em
estádios, pistas, palcos ou locais similares, bem como, o patrocínio de eventos
esportivos internacionais e culturais pelas indústrias do tabaco
45
. Os resultados da
Região Sul, isto é, alta taxa de jovens que referem ter visto propaganda nos últimos 30
dias, também, foram observadas nas outras capitais brasileiras
43
. Uma possível
explicação seria a de que os adolescentes que referiram ter visto anúncios ou promoções
de cigarros em cartazes, jornais ou revistas estão recordando a publicidade nos pontos
de venda, essa sim, não proibida pela legislação federal. Tal situação serve de alerta
para as autoridades competentes sobre a necessidade de que a proibição da propaganda
seja entendida para os pontos de venda. Considerando que os três inquéritos aqui
analisados foram realizados em 2002 e 2004, anos próximos à implantação da Lei
Federal N.º 10.167, o impacto dessa lei será mais bem avaliado quando os inquéritos
forem repetidos nessas cidades.
A oferta de cigarros gratuitos por parte de representantes de vendas está proibida
no Brasil, entretanto, aproximadamente 10 em cada 100 estudantes residentes em Porto
Alegre referiram ter recebido tal oferta. Resultado esse concordante com o encontrado
nas outras capitais que aplicaram o Vigescola
43
.
A freqüência de jovens expostos à propaganda do tabaco e que receberam oferta
grátis de cigarro, nas capitais brasileiras, assemelha-se àquelas encontradas em outros
locais, onde a publicidade e propaganda o são proibidas. Na Grécia, onde a
propaganda do tabaco está apenas restringida
100
e não proibida, como no Brasil
45
, 70,3%
escolares referiram ter visto propaganda em cartazes nos 30 dias anteriores a aplicação
do questionário e 75,6% referiram ter visto em jornais ou revistas. Quanto a receber
oferta gratuita de cigarros por parte de representantes da indústria do tabaco, 16,7%
escolares gregos referiram ter recebido
48
. Nas Filipinas, 84,4% e 80,4% dos escolares
comentaram ter visto a propaganda nos mesmos veículos, isto é, cartazes e em jornais e
revistas
58
.
Na Região das Américas, dados do inquérito de tabagismo em escolares
coletados entre 1999 e 2001 evidenciaram que nos 23 países participantes, pelo menos a
metade dos jovens entre 13 e 15 anos de idade foi exposta a publicidade direta das
companhias de tabaco, embora a literatura científica tenha mostrado a influência da
publicidade direta e indireta na iniciação ao tabagismo
67
.
A restrição completa da propaganda sobre produtos do tabaco é medida
integrante dos programas abrangentes de prevenção e controle do tabagismo
14,60
. A
Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em seu artigo 13, recomenda aos países
signatários adotarem a proibição completa de todas as formas de publicidade, promoção
e patrocínio de tabaco. Outras importantes medidas de controle do tabagismo sugeridas
são: restrição do acesso aos produtos para os jovens, o aumento de preços e impostos
dos produtos do tabaco e o desenvolvimento de programas de educação e
conscientização sobre os malefícios do tabagismo
97
.
Embora a restrição do acesso aos produtos para os jovens integre o grupo de
medidas sugeridas pela OMS
97
, bem como por outras diretrizes intitucionais
14, 86
, a
revisão sistemática de estudos que avaliaram os efeitos da legislação restritiva do acesso
aos produtos do tabaco por parte dos jovens na prevalência de tabagismo sugere que não
houve diferença estatisticamente significante no uso de tabaco por parte dos jovens em
comunidades que receberam intervenções relacionadas à restrição do acesso quando
comparadas com comunidades-controle
26
. Também não foi verificada relação entre o
cumprimento da lei por parte dos comerciantes e a prevalência de tabagismo
27
. Uma das
razões é que somente metade dos jovens fumantes utiliza fontes comerciais para a
obtenção de cigarros, o restante obtém cigarros dos pais, de amigos e de outros
adultos
97
.
No presente estudo, embora a informação referente à questão como o estudante
conseguiu seus cigarros, bem como ao valor pago, tenha sido coletada e esteja
disponível, essas variáveis não foram analisadas.
Importante consideração deve ser feita em relação ao papel da escola na
prevenção do tabagismo. Não obstante os programas de prevenção nas escolas sejam
medidas integrantes das diretrizes recomendadas por organizações internacionais com
reconhecida experiência no controle do tabagismo
14, 86
, recente revisão sistemática da
literatura sugere que somente poucos estudos do tipo ensaio clínico controlado
avaliaram rigorosamente o impacto, em longo prazo, dos programas. Com base nestes,
não foi encontrada evidência de que reduzam a prevalência em 1 ano ou mais
101
.
Os resultados obtidos com a aplicação do Vigescola estão sujeitos a algumas
limitações. Assim, a amostra é representativa dos escolares entre 13 e 15 anos de idade
que estavam presentes no dia da aplicação do questionário e que aceitaram participar da
pesquisa
33
. Estudos realizados em escolas podem subestimar ou superestimar a
prevalência de tabagismo na população, considerando que nem todos os adolescentes
freqüentam a escola. Malcon e colaboradores
57
encontraram que na cidade de Pelotas,
15,6% dos jovens não freqüentavam a escola, sendo que a prevalência de tabagismo
nesse grupo (36,2%) foi mais elevada do que a verificada entre aqueles que freqüentam
a escola (7,7%).
Outra limitação reside no fato de os resultados do Vigescola serem baseados em
dados preenchidos pelos estudantes, sem ter havido validação, e podendo super estimar
ou subestimar o real consumo de tabaco
31
. Outro importante fator a ser considerado é
que o questionário foi aplicado no ambiente escolar e tal situação pode aumentar a
possibilidade do adolescente ter omitido sua condição de fumante; entretanto, as
características do questionário (ser auto-aplicável e anônimo) podem ter contribuído
para minimizar tal omissão.
Considerando que a cotidina é o maior metabólito da nicotina, pois, em média,
70 a 80% da nicotina absorvida são nela convertida
5
, bem como que a presença de
cotidina na urina ou saliva é o marcador da exposição ao tabaco
4
, a medição de cotidina
na urina ou saliva pode ser utilizada como padrão ouro para validação dos
questionários
15
em estudos subseqüentes.
Outro comentário necessário é o fato de que, em Curitiba e Florianópolis, o
inquérito restringiu-se unicamente às séries escolares diurnas
43
, portanto, os escolares
matriculados no período noturno das e séries do Ensino Fundamental e série do
Ensino Médio não estão representados na amostra; há a possibilidade de que apresentem
características bastante distintas dos incluídos, o que pode vir a se constituir em
importante limitação.
6 CONCLUSÕES
Entre escolares de 13 a 15 anos, residentes nas capitais de estados da Região Sul:
Em Porto Alegre, houve a maior proporção de fumantes.
A proporção de fumantes entre as meninas foi maior do que entre os meninos.
As proporções de pai fumante, mãe fumante e ambos fumantes, amigo fumante,
presença de exposição à fumaça ambiental em casa e fora de casa, daqueles que
possuíam objetos com o logotipo de marca de cigarros e que receberam mais
freqüentemente oferta gratuita de cigarros, foram maiores entre os estudantes
fumantes em relação aos o fumantes; entretanto, os fatores estatisticamente
associados à presença de tabagismo, para os escolares foram os melhores amigos
serem fumantes e haver exposição ambiental à fumaça fora de casa.
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Pesquisa Mundial sobre Tabagismo em Escolares (VIGESCOLA)
Instituto Nacional de Câncer - Ministério da Saúde
Prezado Estudante,
Este questionário faz parte de um Estudo Mundial realizado pelo Ministério da
Saúde em escolas de diferentes países sobre comportamentos que podem influenciar a
saúde da população.
Aqui no Brasil, estudantes das e 8ª séries do Ensino Fundamental e da série
do Ensino Médio, de escolas públicas e particulares, de diversas capitais brasileiras
estarão respondendo a esta pesquisa.
Precisamos saber o que pensam e como se comportam os jovens das nossas
capitais. assim poderemos prevenir as doenças causadas no futuro por esse
comportamento.
Sua turma foi sorteada para participar desta pesquisa! Sua colaboração é
fundamental para a realização deste trabalho.
O questionário deve ser respondido individualmente.
Não coloque seu nome. Suas respostas serão secretas e não serão divulgadas
para ninguém. Seus pais, professores e outras pessoas jamais saberão as suas respostas.
Apenas o resultado geral da pesquisa será divulgado.
Sua participação é voluntária.
Para preencher use apenas o lápis preto 2B que você está recebendo.
Ë importante que você responda todas as perguntas.
Não existe resposta certa ou errada.
Marque apenas uma resposta para cada pergunta.
Se você tiver alguma pergunta a fazer, as pessoas que estão distribuindo o
questionário terão prazer em responder, ou entre em contato com o Comitê de Ética em
Pesquisa do Instituto Nacional de ncer, Dra. Adriana Alves de Souza Scheligo, Rua
André Cavalcante 37 / 2º andar, tel. 21- 3233-1410.
Caso concorde em participar assinale com um X o quadro abaixo. Se decidir não
participar é só entregar o questionário em branco. Você não será punido se não participar.
LI AS INFORMAÇÕES ACIMA E CONCORDO EM PARTICIPAR DA
PESQUISA.
1. ALGUMA VEZ VOCÊ JÁ TENTOU OU EXPERIMENTOU FUMAR CIGARROS, MESMO UMA OU DUAS
TRAGADAS?
a) |__| Sim
b) |__| Não
2. QUANTOS ANOS VOCÊ TINHA QUANDO FUMOU SEU PRIMEIRO CIGARRO?
a) |__| Nunca fumei cigarros
b) |__| 7 anos ou menos
c) |__| 8 ou 9 anos
d) |__| 10 ou 11 anos
e) |__| 12 ou 13 anos
f) |__| 14 ou 15 anos
g) |__| 16 anos ou mais
3. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS) EM QUANTOS DIAS VOCÊ FUMOU CIGARROS?
a) |__| 0 dia/ Nenhum dia
b) |__| 1 ou 2 dias
c) |__| 3 a 5 dias
d) |__| 6 a 9 dias
e) |__| 10 a 19 dias
f) |__| 20 a 29 dias
g) |__| Todos os 30 dias
4. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), NOS DIAS EM QUE FUMOU, QUANTOS CIGARROS VOCÊ FUMOU
EM MÉDIA?
a) |__| Não fumei cigarros nos últimos 30 dias (um mês)
b) |__| Menos de 1 cigarro por dia
c) |__| 1 cigarro por dia
d) |__| 2 a 5 cigarros por dia
e) |__| 5 a 10 cigarros por dia
f) |__| 11 a 20 cigarros por dia
g) |__| Mais de 20 cigarros por dia
5. QUANTOS CIGARROS VOCÊ FUMOU EM TODA SUA VIDA?
a) |__| Nenhum
b) |__| 1 a 2 tragadas
c) |__| 1 cigarro
d) |__| de 2 a 5 cigarros
e) |__| de 6 a 15 cigarros
f) |__| de 16 a 25 cigarros
g) |__| de 26 a 99 cigarros
h) |__| 100 cigarros ou mais (5 ou mais maços)
6. QUANTOS ANOS VOCÊ TINHA QUANDO COMEÇOU A FUMAR CIGARROS DIARIAMENTE?
a) |__| Nunca fumei cigarros diariamente
b) |__| 9 anos ou menos
c) |__| 10 a 12 anos
d) |__| 13 a 15 anos
e) |__| 16 a 18 anos
f) |__| 19 anos ou mais.
7. DE UM ANO PARA CÁ, VOCÊ FUMOU ALGUM CIGARRO?
a) |__| Sim
b) |__| Não
8. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), EM GERAL, COMO VO CONSEGUIU SEUS PRÓPRIOS
CIGARROS?
a) |__| Não fumei cigarros nos últimos 30 dias (um mês)
b) |__| Eu os comprei numa loja, botequim
c) |__| Eu os comprei num vendedor ambulante (camelô)
d) |__| Dei dinheiro para alguém comprá-los para mim
e) |__| Eu os pedi a alguém
f) |__| Eu peguei escondido
g) |__| Uma pessoa mais velha me deu
h) |__| Eu os consegui de outro modo
9. QUANDO VO ESCOLHE UMA MARCA DE CIGARROS, O QUE VO MAIS LEVA EM
CONSIDERAÇÃO?
a) |__| Não fumo
b) |__| A marca que os amigos fumam
c) |__| A marca que tem a propaganda mais bonita
d) |__| A marca que tem imagens de propaganda com que você se identifica
e) |__| A marca mais barata
f) |__| A marca que tem o melhor sabor
g) |__| As opções b, c, d, e, f
h) |__| Não levo em consideração nada
10. QUE TIPO DE CIGARRO VOCÊ FUMA MAIS?
a) |__| Não fumo
b) |__| Baixos teores (suaves/ light)
c) |__| Teores regulares (normal)
d) |__| De bali (cravo)
e) |__| Outros
10
11. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), QUE MARCA DE CIGARROS VOCÊ FUMOU MAIS?
a) |__| Não fumei cigarros nos últimos 30 dias (um mês)
b) |__| Nenhuma marca habitual
c) |__| Hollywood
d) |__| Derby
e) |__| Free
f) |__| Lucky Strike
g) |__| Marlboro
h) |__| Outros
. QUE TIPO DE CIGARRO VOCÊ FUMA MAIS?
12. QUE SABOR TEM O CIGARRO QUE VOCÊ FUMA MAIS?
a) |__| Não fumo
b) |__| Mentolado (menta/ hortelã)
c) |__| Baunilha
d) |__| Nenhum sabor especial
e) |__| Outros
13. COMO VOCÊ COMPRA CIGARROS, COM MAIOR FREQÜÊNCIA?
a) |__| Nunca fumei cigarros
b) |__| Não fumo mais cigarros
c) |__| A varejo
d) |__| Por maço
e) |__| Não compro cigarros
14. QUANTO VOCÊ PAGA HABITUALMENTE POR MAÇO DE CIGARROS?
a) |__| Não fumo cigarros
b) |__| Não compro cigarros ou não os compro em maço
c) |__| R$ 2,00
d) |__| R$ 1,60
e) |__| R$ 2,30
f) |__| R$ 1,10
g) |__| Menos de R$ 1,00
h) |__| R$ 5,50
15. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), QUANTO VOCÊ ACHA QUE GASTOU COM CIGARROS?
a) |__| Não fumo cigarros
b) |__| Não compro os meus cigarros
c) |__| Menos de R$ 1,00
d) |__| de R$ 1,00 a menos de R$ 6,25
e) |__| de R$ 6,25 a menos de R$ 12,50
f) |__| de R$ 12,50 a menos de R$ 25,00
g) |__| de R$ 25,00 a R$ 50,00
h) |__| Mais de R$ 50,00
16. NO PERÍODO DE UM MÊS (30 DIAS), QUANTO VOTEM, EM MÉDIA, PARA GASTAR COM VOCÊ
(PENSÃO, MESADA, SALÁRIO, ETC)?
a) |__| Não recebo nenhuma quantia para despesas miúdas (ou renda, mesada, etc).
b) |__| Menos de R$ 3,00
c) |__| de R$ 3,00 a R$ 15,00
d) |__| de R$ 16,00 a R$ 30,00
e) |__| de R$ 31,00 a R$ 60,00
f) |__| de R$ 61,00 a R$ 90,00
g) |__| Mais de R$ 90,00
17. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS) ALGUÉM SE RECUSOU A LHE VENDER CIGARROS EM FUNÇÃO
DE SUA IDADE?
a) |__| Não tentei comprar cigarros nos últimos 30 dias (um mês)
b) |__| Sim, alguém se recusou a me vender cigarros em função de minha idade
c) |__| Não, minha idade não me impediu de comprar cigarros
18. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), VOCÊ USOU OUTROS PRODUTOS QUE CONTÊM TABACO, ALÉM
DE CIGARROS (POR EXEMPLO, FUMO DE MASCAR, RAPÉ, PASTA, CHARUTOS, CIGARRILHAS,
CHARUTOS PEQUENOS, CACHIMBO, NARGUILÉ) ?
a) |__| Sim
b) |__| Não
19. EM QUE LOCAL VOCÊ FUMA OU FUMAVA COM MAIS FREQUÊNCIA?
a) |__| Nunca fumei cigarros
b) |__| Em casa
c) |__| Na escola
d) |__| No trabalho
e) |__| Na casa de amigos
f) |__| Em eventos sociais
g) |__| Em locais públicos (praças, shoppings, calçadas)
h) |__| Outros
20. É MAIS PROVÁVEL QUE VOCÊ FUME DEPOIS DE TER INGERIDO BEBIDAS ALCÓOLICAS OU USADO
OUTRA DROGA? (MACONHA, SOLVENTES, COCAÍNA, ESTIMULANTES, BENZODIAZEPÍNICOS,
ESTERÓIDES ANABOLIZANTES, ETC.)?
a) |__| Nunca fumei cigarros
b) |__| Não fumo mais cigarros
c) |__| Eu fumo mas nunca bebo álcool ou uso outras drogas
d) |__| Não, fumo menos quando bebo álcool ou uso outras drogas
e) |__| Sim, fumo mais quando bebo álcool ou uso outras drogas
f) |__| Fumo a mesma quantidade quando bebo álcool ou uso outras drogas
21. VOCÊ FUMA CIGARRO OU SENTE VONTADE DE FUMAR CIGARRO AO ACORDAR DE MANHÃ?
a) |__| Nunca fumei cigarros
b) |__| Não fumo mais cigarros
c) |__| Não, não fumo nem sinto vontade de fumar cigarro ao acordar de manhã
d) |__| Sim, às vezes fumo ou tenho vontade de fumar cigarro ao acordar de manhã
e) |__| Sim, sempre fumo ou tenho vontade de fumar cigarro ao acordar de manhã
22. SEUS PAIS FUMAM?
a) |__| Nenhum dos dois
b) |__| Ambos
c) |__| Somente o pai
d) |__| Somente a mãe
e) |__| Não tenho pais
f) |__| Não sei
23. SEUS PAIS SABEM QUE VOCÊ FUMA CIGARROS?
a) |__| Eu não fumo cigarros
b) |__| Sim, meu pai
c) |__| Sim, minha mãe
d) |__| Sim, meu pai e minha mãe
e) |__| Não
f) |__| Não tenho pais
g) |__| Não sei
24. SE UM DE SEUS MELHORES AMIGOS LHE OFERECER UM CIGARRO, VOCÊ ACEITA?
a) |__| Com certeza não
b) |__| Provavelmente não
c) |__| Provavelmente sim
d) |__| Com certeza sim
25. ALGUÉM DE SUA FAMÍLIA JÁ LHE FALOU A RESPEITO DOS EFEITOS DANOSOS DE FUMAR?
a) |__| Sim
b) |__| Não
26. VOCÊ ACHA QUE VAI FUMAR UM CIGARRO EM QUALQUER DIA NOS PRÓXIMOS 12 MESES?
a) |__| Com certeza não
b) |__| Provavelmente não
c) |__| Provavelmente sim
d) |__| Com certeza sim
27. VOCÊ ACHA QUE DAQUI A 5 ANOS ESTARÁ FUMANDO CIGARROS?
a) |__| Com certeza não
b) |__| Provavelmente não
c) |__| Provavelmente sim
d) |__| Com certeza sim
28. VOCÊ ACHA DIFÍCIL ALGUÉM LARGAR OS CIGARROS DEPOIS DE COMEÇAR A FUMAR?
a) |__| Com certeza não
b) |__| Provavelmente não
c) |__| Provavelmente sim
d) |__| Com certeza sim
29. VOCÊ ACHA QUE OS RAPAZES QUE FUMAM TÊM MENOS OU MAIS AMIGOS?
a) |__| Mais amigos
b) |__| Menos amigos
c) |__| Nenhuma diferença dos não fumantes
30. VOCÊ ACHA QUE MENINAS QUE FUMAM TÊM MENOS OU MAIS AMIGOS?
a) |__| Mais amigos
b) |__| Menos amigos
c) |__| Nenhuma diferença das não fumantes
31. O CIGARRO FAZ COM QUE AS PESSOAS SE SINTAM MENOS OU MAIS À VONTADE EM
COMEMORAÇÕES, FESTAS OU OUTRAS REUNIÕES SOCIAIS?
a) |__| Mais à vontade
b) |__| Menos à vontade
c) |__| Nenhuma diferença das não fumantes
32. VOCÊ ACHA QUE FUMAR CIGARROS TORNA OS RAPAZES MENOS OU MAIS ATRAENTES?
a) |__| Mais atraentes
b) |__| Menos atraentes
c) |__| Nenhuma diferença dos não fumantes
33. VOCÊ ACHA QUE FUMAR CIGARROS TORNA AS MENINAS MENOS OU MAIS ATRAENTES?
a) |__| Mais atraentes
b) |__| Menos atraentes
c) |__| Nenhuma diferença das não fumantes
34. VOCÊ ACHA QUE FUMAR CIGARROS FAZ VOCÊ GANHAR OU PERDER PESO?
a) |__| Ganhar peso
b) |__| Perder peso
c) |__| Nenhuma diferença
35. VOCÊ ACHA QUE FUMAR CIGARROS É PREJUDICIAL À SUA SAÚDE?
a) |__| Com certeza não
b) |__| Provavelmente não
c) |__| Provavelmente sim
d) |__| Com certeza sim
36. ALGUM DE SEUS AMIGOS MAIS PRÓXIMOS FUMA CIGARROS?
a) |__| Nenhum
b) |__| Alguns
c) |__| A maioria
d) |__| Todos
37. QUANDO VOCÊ VÊ UM HOMEM FUMANDO, O QUE PENSA DELE?
a) |__| Não tem confiança em si
b) |__| É burro
c) |__| É um perdedor
d) |__| É um vencedor
e) |__| É inteligente
f) |__| É macho
38. QUANDO VOCÊ VÊ UMA MULHER FUMANDO, O QUE PENSA DELA?
a) |__| Não tem confiança em si
b) |__| É burra
c) |__| É uma perdedora
d) |__| É uma vencedora
e) |__| É inteligente
f) |__| É sofisticada
39. VOCÊ ACHA QUE É SEGURO FUMAR DURANTE UM OU DOIS ANOS DESDE QUE SE ABANDONE ESTE
COMPORTAMENTO APÓS ESSE PERÍODO?
a) |__| Com certeza não
b) |__| Provavelmente não
c) |__| Provavelmente sim
d) |__| Com certeza sim
40. A MULHER GRÁVIDA QUE FUMA, PARA NÃO PREJUDICAR A SAÚDE DO SEU BEBÊ DEVE FUMAR,
NO MÁXIMO, 3 CIGARROS AO DIA.
a) |__| Verdadeiro
b) |__| Falso
41. PESSOAS QUE FUMAM MAIS DE 20 CIGARROS AO DIA E PESSOAS QUE FUMAM ATÉ 5 CIGARROS
AO DIA TÊM A MESMA CHANCE DE ADOECEREM DE CÂNCER.
a) |__| Verdadeiro
b) |__| Falso
42. PESSOAS QUE FUMAM CIGARROS COM BAIXOS TEORES DE ALCATRÃO E NICOTINA (OS
CHAMADOS CIGARROS LIGHT, SUAVES, LEVES) TÊM MENOS DOENÇAS CAUSADAS PELO
CIGARRO DO QUE AQUELAS QUE FUMAM CIGARROS COM ALTOS TEORES DE ALCATRÃO E
NICOTINA.
a) |__| Verdadeiro
b) |__| Falso
43. PESSOAS QUE NUNCA FUMARAM E QUE PASSAM ANOS RESPIRANDO A FUMAÇA DE CIGARROS DE
OUTRAS PESSOAS, PODEM MORRER DE VÁRIAS DOENÇAS, INCLUSIVE DO CORAÇÃO.
a) |__| Verdadeiro
b) |__| Falso
44. É MUITO DIFÍCIL DEIXAR DE FUMAR PORQUE A NICOTINA É UMA DROGA E CAUSA
DEPENDÊNCIA.
a) |__| Verdadeiro
b) |__| Falso
45. VOCÊ ACHA QUE OS FUMANTES DEVEM PEDIR PERMISSÃO PARA FUMAR PERTO DE OUTRAS
PESSOAS?
a) |__| Sim
b) |__| Não
46. SE ALGUÉM PEDE PERMISSÃO PARA FUMAR PERTO DE VOCÊ, VOCÊ PERMITE?
a) |__| Sim
b) |__| Não
47. VOCÊ ACHA QUE A FUMAÇA DO CIGARRO DOS OUTROS LHE É PREJUDICIAL?
a) |__| Com certeza não
b) |__| Provavelmente não
c) |__| Provavelmente sim
d) |__| Com certeza sim
48. NOS ÚLTIMOS 7 DIAS, EM QUANTOS DIAS FUMARAM EM SUA CASA, NA SUA PRESENÇA?
a) |__| 0 dia / Nenhum dia
b) |__| 1a 2 dias
c) |__| 3 a 4 dias
d) |__| 5 a 6 dias
e) |__| 7 dias
49. NOS ÚLTIMOS 7 DIAS, EM QUANTOS DIAS FUMARAM NA SUA PRESENÇA FORA DE SUA CASA?
a) |__| 0 dia / Nenhum dia
b) |__| 1a 2 dias
c) |__| 3 a 4 dias
d) |__| 5 a 6 dias
e) |__| 7 dias
50. VOCÊ É A FAVOR DA PROIBIÇÃO DE FUMAR EM LOCAIS PÚBLICOS (COMO RESTAURANTES,
ÔNIBUS, TRANSPORTES COLETIVOS E TRENS, ESCOLAS, PLAYS, ACADEMIAS DE GINÁSTICA E
ESTÁDIOS ESPORTIVOS, DISCOTECAS)?
a) |__| Sim
b) |__| Não
51. VOCÊ QUER PARAR DE FUMAR AGORA?
a) |__| Eu nunca fumei cigarros
b) |__| Eu não estou fumando
c) |__| Sim
d) |__| Não
52. NESTE ANO QUE PASSOU VOCÊ ALGUMA VEZ TENTOU PARAR DE FUMAR CIGARROS?
a) |__| Eu nunca fumei cigarros
b) |__| Não fumei neste ano que passou
c) |__| Sim
d) |__| Não
53. HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ PAROU DE FUMAR?
a) |__| Eu nunca fumei cigarros
b) |__| Não parei de fumar
c) |__| 1-3 meses
d) |__| 4-11 meses
e) |__| Um ano
f) |__| 2 anos
g) |__| 3 anos ou mais
54. QUAL FOI A PRINCIPAL RAZÃO PARA VOCÊ DECIDIR PARAR DE FUMAR?
a) |__| Eu nunca fumei cigarros
b) |__| Não parei de fumar
c) |__| Para melhorar minha saúde
d) |__| Para economizar dinheiro
e) |__| Porque minha família não gosta
f) |__| Porque meus amigos não gostam
g) |__| Outros
55. VOCÊ ACHA QUE CONSEGUE PARAR DE FUMAR, SE QUISER?
a) |__| Eu nunca fumei cigarros
b) |__| Já parei de fumar
c) |__| Sim
d) |__| Não
56. VOCÊ JÁ RECEBEU ALGUMA AJUDA OU CONSELHO PARA LHE AJUDAR A PARAR DE FUMAR?
a) |__| Eu nunca fumei cigarros
b) |__| Sim, de profissional de saúde
c) |__| Sim, de um amigo
d) |__| Sim, de um membro da família
e) |__| Sim, de profissionais de saúde e/ou amigos e/ou membros da família
f) |__| Sim, de uma pessoa religiosa (qualquer religião)
g) |__| Não
57. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), QUANTAS MENSAGENS ANTITABAGISTAS (CONTRA O
CIGARRO) VO VIU ATRAVÉS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ( TELEVISÃO, RÁDIO,
CARTAZES, POSTERS, JORNAIS, REVISTAS, FILMES) ?
a) |__| Muitas
b) |__| Poucas
c) |__| Nenhuma
58. QUANDO VOCÊ VAI A EVENTOS ESPORTIVOS, FEIRAS, CONCERTOS, EVENTOS COMUNITÁRIOS
OU REUNIÕES SOCIAIS, COM QUE FREQÜÊNCIA, VÊ MENSAGENS ANTITABAGISTAS (CONTRA O
CIGARRO)?
a) |__| Nunca vou a eventos esportivos, feiras, concertos, eventos comunitários ou
reuniões sociais
b) |__| Muitas vezes
c) |__| Às vezes
d) |__| Nunca
59. QUANDO VOCÊ TELEVISÃO, VÍDEOS OU FILMES, COM QUE FREQÜÊNCIA ATORES
FUMANDO?
a) |__| Nunca vejo televisão, vídeos ou filmes
b) |__| Muitas vezes
c) |__| Às vezes
d) |__| Nunca
60. VOCÊ TEM ALGO (CAMISETA, CANETA, MOCHILA, ETC) COM O LOGOTIPO DE MARCA DE
CIGARRO?
a) |__| Sim
b) |__| Não
61. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), QUANDO ASSISTIU EVENTOS ESPORTIVOS OU OUTROS
PROGRAMAS NA TV, COM QUE FREQÜÊNCIA VOCÊ VIU PROPAGANDAS DE MARCAS DE
CIGARROS?
a) |__| Nunca vejo TV
b) |__| Muitas vezes
c) |__| Às vezes
d) |__| Nunca
62. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), QUANDO VOCÊ ASSISTIU TV, VIU PROPAGANDAS DE MARCAS
DE CIGARROS?
a) |__| Não assisti TV
b) |__| Vi em eventos esportivos na TV
c) |__| Vi em outros programas na TV
d) |__| Vi em ambos
e) |__| Não vi em nenhum programa
63. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), QUANDO VOCÊ OUVIU RÁDIO, VOCÊ OUVIU PROPAGANDAS DE
MARCAS DE CIGARROS?
a) |__| Não ouvi rádio
b) |__| Muitas vezes
c) |__| Às vezes
d) |__| Nunca
64. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS ( UM MÊS ), QUANTOS ANÚNCIOS DE PROPAGANDA DE CIGARROS VO
VIU EM CARTAZES, OUTDOORS?
a) |__| Muitos
b) |__| Poucos
c) |__| Nenhum
65. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS), COM QUE FREQÜÊNCIA VOCÊ VIU PROPAGANDA DE MARCAS
DE CIGARROS EM CARTAZES NOS LOCAIS ONDE SÃO VENDIDOS CIGARROS (BAR, BOTEQUIM,
JORNALEIRO, SUPERMERCADO, LOJA DE CONVENIÊNCIA ETC)?
a) |__| Muitas vezes
b) |__| Às vezes
c) |__| Nunca
66. NOS ÚLTIMOS 30 DIAS (UM MÊS ) QUANTOS ANÚNCIOS OU PROMOÇÕES DE CIGARROS VOCÊ VIU
EM JORNAIS OU REVISTAS?
a) |__| Muitos
b) |__| Poucos
c) |__| Nenhum
67. QUANDO VOCÊ VAI A EVENTOS ESPORTIVOS, FEIRAS, CONCERTOS OU EVENTOS
COMUNITÁRIOS, COM QUE FREQÜÊNCIA VÊ ANÚNCIOS DE CIGARROS?
a) |__| Nunca vou a eventos esportivos, feiras, concertos ou eventos comunitários
b) |__| Muitas vezes
c) |__| Às vezes
d) |__| Nunca
68. ALGUM REPRESENTANTE DE CIGARROS JÁ LHE OFERECEU CIGARROS GRATUITAMENTE?
a) |__| Sim
b) |__| Não
69. DURANTE ESTE ANO LETIVO, EM ALGUMA AULA LHE FALARAM A RESPEITO DOS PERIGOS DO
CIGARRO?
a) |__| Sim
b) |__| Não
c) |__| Não tenho certeza / Não me lembro
70. NESTE ANO LETIVO, FORAM DEBATIDAS EM AULA AS RAZÕES PELAS QUAIS PESSOAS DE SUA
IDADE FUMAM?
a) |__| Sim
b) |__| Não
c) |__| Não tenho certeza / Não me lembro
71. NESTE ANO LETIVO, EM ALGUMA AULA LHE FALARAM SOBRE OS EFEITOS DO CIGARRO, TAIS
COMO AMARELAR SEUS DENTES, PROVOCAR RUGAS OU FAZER VOCÊ CHEIRAR MAL?
a) |__| Sim
b) |__| Não
c) |__| Não tenho certeza / Não me lembro
72. QUAL FOI A ÚLTIMA VEZ QUE O CIGARRO E A SAÚDE FORAM TEMA DE AULA?
a) |__| Nunca
b) |__| Neste semestre
c) |__| No último semestre
d) |__| Há 2 semestres
e) |__| Há 3 semestres
f) |__| Há mais de um ano
73. QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?
a) |__| 12 anos
b) |__| 13 anos
c) |__| 14 anos
d) |__| 15 anos
e) |__| 16 anos
f) |__| 17 anos
g) |__| 18 anos
h) |__| 19 anos ou mais
74. QUAL É SEU SEXO?
a) |__| Masculino
b) |__| Feminino
75. QUAL A SUA RELIGIÃO?
a) |__| Não tenho religião
b) |__| Católica
c) |__| Evangélica
d) |__| Espírita
e) |__| Judaica
f) |__| Outra
76. EM QUE SÉRIE VOCÊ ESTÁ?
a) |__| 7ª série do Ensino Fundamental (Antigo 1º grau)
b) |__| 8ª série do Ensino Fundamental (Antigo 1º grau)
c) |__| 1ª série do Ensino Médio (Antigo 2º grau)
71.
77. EM QUE ESCOLA VOCÊ ESTUDA?
a) |__| Pública
b) |__| Particular
Data: ____/____/2005
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