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Essa denominação tem como objetivo de afirmar a nossa origem histórica; afirmar que
nascemos de um movimento de defesa à ortodoxia. E, além disso, a condenação de um
programa que nos impusemos. E, mais ainda, o levantamento de uma mística em torno
da qual queremos formar a alma coletiva deste pugilo de idealistas que pretendem
ocupar um lugar no grande exército de Cristo.
É assim que queremos ser compreendidos. Tudo faremos para merecer essa
compreensão.
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O movimento anti-maçonico de 1903, quer nos seus pródromos, quer no testemunho
ardoroso da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil nos seus primeiros tempos,
conseguiu plasmar, neste País, uma mentalidade bem definida a esse respeito, sendo
raro encontrar-se, hoje em dia, em nossa Pátria, um cristão evangélico que não
reconheça a incompatibilidade entre a Maçonaria e o Evangelho.
Não alcançou ele, todavia, o objetivo que havia imediatamente desejado: o
reconhecimento oficial dessa incompatibilidade por parte das demais igrejas em cujo
seio foi a questão largamente debatida.
A Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, nascida e consolidada à sombra desse
propósito, houve por bem julgar-se satisfeita com a vitória alcançada.
Não nos compete, pois, levantar de novo aquele “Pendão” e nem no-lo permitiriam as
circunstâncias do momento, que muito diferem das de 1903.
Queremos, no entanto, fixar aqui a nossa atitude em face ao problema.
Esta Igreja vai ser, fora da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, a primeira a
adotar oficialmente o anti-maçonismo, aceitando na íntegra, sobre a matéria, as
conclusões de Eduardo Carlos Pereira no seu livro “A Maçonaria e a Igreja Cristã”.
Acha, no entanto, em face da atitude da igreja diretamente responsável pela sustentação
desse princípio, que o assunto não deve ser levantado isoladamente perante a
consciência da Igreja, mas, sim, em pé de igualdade com a oposição às demais teorias
ou doutrinas adversárias da nossa ortodoxia, notadamente as filosofias esotéricas, tais
como o Teosofismo, Comunhão do Pensamento, etc..., que, atualmente rondam as
igrejas evangélicas e até penetram em seu seio.
O anti-maçonismo é, para esta igreja, questão de ortodoxia. Não reconheceremos como
ortodoxo alguém que, dizendo-se crente, seja, ao mesmo tempo, maçom, esoterista ou
teosofista, e por isso, e só por isso, não o receberemos como membro desta Igreja, quer
venha ele do mundo, quer de outra igreja onde o assunto não tiver sido ventilado.
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Não é nosso propósito provocar adesões.
Nossa aspiração limita-se a encontrar, para nós, um lugar em que possamos ser úteis à
causa de Cristo no Brasil, sem sacrifício de nossa tranqüilidade espiritual e sem
transigir quanto aos princípios que norteiam nossa posição doutrinária. Nosso número é
limitado. Contentar-nos-emos, apesar disso, com o crescimento paulatino que
corresponder aos frutos da nossa pregação.
Se for do agrado do nosso Pai Celestial que assim fiquemos, limitados ao nosso número
atual e à modéstia dos nossos recursos de toda ordem, assim ficaremos felizes e
tranqüilos, aguardando o raiar do “Novo Dia”.
Se, porém, adesões aparecerem de pessoas sinceramente desejosas de caminhar conosco
nesta jornada, nós as receberemos jubilosos e incluiremos os novos companheiros no rol
desta Igreja local, até que o número e a natureza das adesões autorizem a criação do
Presbitério Conservador.
Aprovado unanimemente pela Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana Conservadora
em 18 de fevereiro de 1940. (aa.) Rafael Pages Camacho, presidente, Flamínio Fávero,
secretário, Armando Pinto de Oliveira, Luiz Jorge, Sérgio Juventino de Miranda,
Messias Domingos Correa, Evaristo Rodrigues, Noemia Correa Arienzano, Davi
Domingos Correa, Justo Novah, Hilda do Vale Camacho, José de Almeida Filho, José