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“A nova revolução não é de superfície, onde se espelham os
grupos atuais, não é para dividi-la de outra maneira em outros
grupos, mas é revolução que se realiza em outra dimensão,
volumétrica, pela qual o ser, aprofundando-se mais com suas
raízes, no âmago da vida, se levanta a um nível de vida superior.
Então, a divisão não está na forma, mas na substância, não no
vaso que contém, mas no conteúdo, não nas aparências, mas
na realidade, na natureza do indivíduo. (...) A revolução será
interior, que produz um homem diferente; não será exterior,
como as outras, que deixam o homem na mesma. Não se trata
só de praticar as mesmas coisas com teoria, palavras e estilos
diferentes, mas de viver a vida superior de ser, verdadeiramente
civilizado. Trata-se de substituir o princípio fundamental de
nosso nível biológico, o da luta pela vida – seleção do mais forte,
individualista e separatista – por outro, colaboracionista, num
estado orgânica. Não se trata de pequenos reajustes dos velhos
sistemas, mas de cortar o mal pela raiz, iniciando outra forma de
vida.” (Ubaldi, 1988, p.49)
É desta forma que concebemos uma nova civilização. E, através de uma
vivência com os estudantes, estabeleceríamos uma nova ordem social.
Faríamos um grande fórum de debates organizado pelos professores uma vez
por mês ou quando houvesse necessidade. O Prefeito teria a incumbência de fazer
valer os princípios de uma nova ética, ou seja, da paz, da harmonia, da cooperação,
do respeito mútuo, etc; tomar conta da organização das visitas, da limpeza em fim,
da administração da Cidade, assim como fazer um organograma de atividades tanto
das visitas externas (de outras escolas) quanto das internas (das classes).
Nesta Cidade projetada teríamos: Correio, banco, praça, supermercado, ruas
faróis de transito, calçadas para pedestres, automóveis, motos e bicicletas. O
prefeito também teria que trazer sistematicamente alguém para falar sobre algum
assunto que tenha sido colocado em pauta na reunião com os vereadores ou em
caráter especial caso surgisse algum assunto de interesse de todos. Os temas dos
assuntos seriam sempre voltados para a paz e para resolução dos 15 desafios
globais.
Com isso pretendemos formar cidadãos civilizados para um novo ciclo da
humanidade. O ciclo em que o humano deverá olhar seu próximo com compreensão,
superar a ferocidade e o egoísmo; voltado para a espiritualidade e para a paz.