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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
AVALIAÇÃO DA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE
DO CRESTAMENTO BACTERIANO COMUM DO FEIJÃO VAGEM
SANDRA CRISTINA VIGO-SCHULTZ
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp - Câmpus de Botucatu,
para obtenção do título de Doutor em
Agronomia (Proteção de Plantas).
BOTUCATU - SP
Julho-2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
AVALIAÇÃO DA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE
DO CRESTAMENTO BACTERIANO COMUM DO FEIJÃO VAGEM
SANDRA CRISTINA VIGO-SCHULTZ
Engenheira Agrônoma
Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Maringoni
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp - Câmpus de Botucatu,
para obtenção do título de Doutor em
Agronomia (Proteção de Plantas).
BOTUCATU - SP
Julho-2008
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DA INFORMAÇÃO – SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - UNESP - FCA
- LAGEADO - BOTUCATU (SP)
Vigo-Schultz, Sandra Cristina, 1977-
V689a Avaliação da indução de resistência no controle do
crestamento bacteriano comum do feijão vagem / Sandra
Cristina Vigo-Schultz. – Botucatu : [s.n.], 2008.
iv, 78 f. : gráfs., tabs.
Tese (Doutorado) -Universidade Estadual Paulista, Fa-
culdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2008
Orientador: Antonio Carlos Maringoni
Inclui bibliografia.
1. Feijão. 2. Xanthomonas. 3. Bactérias fitopatogênicas.
4. Fitopatologia - Controle alternativo. 5. Plantas medi-
cinais. I. Maringoni, Antonio Carlos. II.Universidade Es-
tadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Campus de Botu-
catu). Faculdade de Ciências Agronômicas. III. Título.
DEDICATÓRIA
Primeiramente ao Deus bondoso que me deu a oportunidade e forças nessa jornada, aos meus
pais Dervi Antonio Vigo e Ione Regina Vigo pelo amor e carinho e apoio nos momentos
difíceis, aos meus irmãos Marcelo Vigo, Luciano Vigo, Priscila Regina Vigo e Felipe Otávio
Vigo pelo apoio e amizade, ao meu esposo Charles Schultz pela paciência, carinho e amor
dedicados nesse trajeto de minha vida.
I
AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Ciências Agronômicas Universidade Estadual
Paulista Júlio de Msequita Filho, Departamento de Produção Vegetal, Setor de Defesa
Fitossanitária, pela oportunidade de realizar o curso de Doutorado.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Antonio Carlos Maringoni, pela
oportunidade oferecida, orientação e amizade.
À Prof. Dra. Giuseppina P.P. Lima, pela paciência, apoio, amizade e
valiosas contribuições ao trabalho.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
– CNPq pela concessão de bolsa de estudos.
Ao Prof. Dr. José Renato Stangarlin (Unioeste, Marechal Cândido
Rondon) pelo incentivo e disponibilidade em esclarecer dúvidas no decorrer deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Reginaldo da Silva Romeiro, pelo fornecimento de
isolados para realização da pesquisa.
Aos demais Professores do setor de Defesa Fitossanitária, pelos
ensinamentos e momentos agradáveis de convivência.
A todos os colegas do programa de pós-graduação em Produção
Vegetal Proteção de Plantas, em especial aos amigos Cristiane De Pieri, Lucas Mateus
Rivero Rodrigues, Juan Fernan Sierra Hayer, Tadeu A. F. da Silva JR., Daniel Dias Rosa pelo
bom convívio,ajuda e amizade.
Em especial à amiga e aluna de mestrado Renata de Cássia Camara
pela constante ajuda, convívio, apoio e amizade em toda realização desse trabalho.
Aos amigos Clarice Backes, Elisa Eni Freitag, Alessandro J. Marques,
Tammy Aparecida Khiil, Claudinei Paulo de Lima e Rúbia Renata Marques pelo convívio
agradável e por tornar a vida mais fácil durante a realização desse trabalho.
Aos funcionários Norberto, Domingos, Paulo, Maria Aparecida
(Dinha), Fátima, Maria do Carmo, Nivaldo e Ana Rita (Setor Defesa Fitossanitária), Cláudio e
Vânia (Departamento Química e Bioquímica), pela amizade e atenção.
II
Às empresas Bioessencia Ltda, Basf, Sakata Seed Sudamerica Ltda e
Centroflora pelo fornecimento de material para realização da pesquisa;
A todas as pessoas que contribuíram, direta ou indiretamente, para a
realização deste trabalho
III
SUMÁRIO
1. RESUMO ................................................................................................................................1
2. ABSTRACT ............................................................................................................................3
3. INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA ................................................................5
3.1. O feijão vagem e crestamento bacteriano comum............................................................5
3.2 Controle alternativo e mecanismos de defesa das plantas.................................................7
3.3 As plantas medicinais e seu potencial no controle de doenças .......................................13
3.3.1 Plantas medicinais estudadas........................................................................................15
3.3.2 Ação de plantas medicinais sobre fitopatógenos e no controle de doenças de plantas 19
CAPÍTULO I.............................................................................................................................24
Ação de tinturas etanólicas e óleos essenciais de plantas medicinais na indução de
resistência ao crestamento bacteriano comum do feijoeiro...................................................25
CAPÍTULO II............................................................................................................................49
Atividade antimicrobiana de piraclostrobina in vitro........................................................52
Indução de resistência em feijão vagem ao crestamento bacteriano comum ........................53
4. CONCLUSÕES.....................................................................................................................67
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................68
IV
1
1. RESUMO
O crestamento bacteriano comum do feijoeiro (CBCF), incitado por Xanthomonas axonopodis
pv. phaseoli, é responsável por expressivos danos na cultura e por reduções no rendimento e
qualidade dos grãos. A preocupação com o meio ambiente e o uso indiscriminado de
agrotóxicos tem impulsionado a pesquisa para a busca de métodos alternativos ao controle de
patógenos em plantas. Os indutores de resistência têm se mostrado eficientes e promissores no
controle de diversos patógenos de culturas. O presente trabalho teve como objetivos verificar o
potencial de tinturas etanólicas de Lippia alba (erva cidreira), Lippia sidoides (alecrim
pimenta), Mikania glomerata (guaco), Equisetum sp. (cavalinha) e Hedera helix (hera), óleos
essenciais de Rosmarinus officinalis (alecrim) e Cinnamomum zeylanicum (canela) e de
piraclostrobina e acibenzolar-S-metil no controle do crestamento bacteriano comum em feijão
vagem cultivar Bragança. Esses produtos foram utilizados nos seguintes ensaios: atividade
antimicrobiana in vitro (exceção ao acibenzolar-S-metil), atividade in vivo em plantas
cultivadas sob condições de casa de vegetação, tratadas com os produtos e calculada a área
abaixo da curva do progresso da doença (AACPD); atividade de polifenoloxidases,
peroxidases e proteínas solúveis totais em folhas tratadas e não tratadas de feijão vagem,
inoculadas e não inoculadas, coletadas em diferentes épocas (0, 3, 5, 8 e 10 dias após
pulverização das tinturas etanólicas, óleos essenciais, acibenzolar-S-metil e pyraclostrobin).
Os resultados obtidos demonstraram que as tinturas de L. alba e L. sidoides e os óleos
2
essenciais apresentaram atividade in vitro aos isolados de X. axonopodis pv. phaseoli,
enquanto que piraclostrobina não apresentou ação in vitro sobre a bactéria. A tintura etanólica
de L. alba, pyraclostrobin e acibenzolar-S-metil apresentaram menores valores da AACPD,
em relação ao tratamento testemunha. Maiores valores nos teores de polifenoloxidase,
peroxidase e proteínas solúveis totais foram observados nos folíolos das plantas pulverizadas
com esses produtos que provavelmente estejam relacionados com a indução de resistência. Os
óleos essenciais não apresentaram diferença na AACPD e nem a indução de proteínas.
Palvras chave: Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, Phaseolus vulgaris, controle
alternativo, plantas medicinais
3
EVALUATION OF THE RESISTANCE INDUCTION ON THE CONTROL
COMMON BACTERIAL BLIGHT IN SNAP BEAN. Botucatu, 2008. 88 p. Tese
(Doutorado em Agronomia/ Proteção de Plantas) Faculdade de Ciências Agronômicas,
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.
Author: Sandra Cristina Vigo-Schultz
Adviser: Dr. Antonio Carlos Maringoni
2. ABSTRACT
Common bacterial blight of snap bean (CBCSB), caused by Xanthomonas axonopodis pv.
phaseoli responsible for expressive culture damage and reduction of seeds production and
quality. The environmental impact of the indiscriminate use of pesticides has lead to search
alternative methods of plant pathogens control. Resistance inducers have been efficiently
successful on several plant pathogens control. Thus, this study aimed to evaluate the potential
of alcohol extracts of Lippia alba (Melissa), Lippia sidoides (pepper-rosmarin), Mikania
glomerata (guaco), Equisetum sp. (horsetail) and Hedera helix (English Ivy), essential oils of
Rosmarinus officinalis (rosemary) and Cinnamomum zeylanicum (cinnamon) and,
pyraclostrobin and acibenzolar-S-metil on the control of common bacterial blight in snap
beans, Bragança cultivar. These products were used in the following assays: in vitro
bactericidal activity (except for acibenzolar-S-metil), in vivo activity of greenhouse-cultivated
plants treated with products and the area under the disease progress curve (AUPDC) was
calculated; activity of poliphenoloxidases, peroxidases and total soluble proteins in treated and
4
untreated bean leaves, infected and non-infected leave collected in different stages (0, 3, 5, 8
and 10 days after sprinkling with alcohol extracts, essential oils, acibenzolar-S-metil and
pyraclostrobin). Results showed in vitro activity against X. axonopodis pv. phaseoli for L.
alba and L. sidoides extracts, and essential oils while pyraclostrobin did not show any in vitro
activity effect. L. Alba alcohol extract, pyraclostrobin and acibenzolar-S-methy showed the
lowest AUPDC values compared to control treatment. The highest poliphenoloxidases,
peroxidases and total soluble proteins values were observed in plant leaflets sprinkled with
these products which probably are related to resistance induction. Essential oils did not show
difference on AUPDC nor protein induction.
Key words: Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, Phaseolus vulgaris, alternative control,
medicinal plants
5
3. INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA
3.1. O feijão vagem e o crestamento bacteriano comum
O feijoeiro é uma planta herbácia, dicotiledônea originária das
Américas, pertencente à família Leguminosae, pode apresentar hábito de crescimento
determinado ou indeterminado, com ciclo anual variando de 60 a 120 dias (SANTOS &
GAVILANES, 2006). O feijão vagem pertence à mesma espécie botânica do feijão para grãos
secos: Phaseolus vulgaris L. Caracteriza-se por ser colhido quando as sementes estão ainda
imaturas (FILGUEIRA, 2000). cultivares de porte alto, de crescimento indeterminado e
exigentes em tutoramento. Outras são de crescimento determinado, de porte anão e apresentam
ciclo mais curto (CASTELLANE et al., 1988). A produção de feijão-vagem para o consumo
humano é caracterizada em grande parte por cultivares com hábito de crescimento
indeterminado (QUEIROGA et al., 2003). É uma cultura plantada em cerca de 100 países em
todo o mundo, envolvendo grande número de gêneros e espécies (ARAÚJO et al., 1996).
O feijão-vagem é a décima terceira hortaliça em termos de
importância econômica e a sexta em volume produzido no país. É uma hortaliça que se adapta
bem em climas amenos ou quentes com temperaturas variando entre 18
0
C e 30
0
C, sendo
prejudicada por temperaturas acima de 35
0
C ou sob frio intenso (NADAL et al., 1986). Esta
6
olerícola possui o maior volume de comercialização na CEASA-PR, atingindo cerca de 6000
toneladas por ano. A comercialização é feita durante todos os meses do ano, sendo julho,
agosto, setembro e outubro os meses de menor oferta do produto. A produção destina-se ao
consumo in natura, sendo pequeno o volume industrializado (PEREIRA et al., 2003). Apesar
de não ser rica em proteínas e calorias como os grãos secos, é rica em vitaminas e sais
minerais, que faltam na maioria dos alimentos (PEIXOTO et al., 1997).
O feijoeiro é uma planta bastante vulnerável à ação dos agentes de
natureza abiótica (clima) ou biótica (organismos vivos), caracterizado por acentuada
instabilidade produtiva (DOURADO NETO & FANCELLI, 2000). Em função da expansão
das áreas cultivadas no Brasil e do cultivo sucessivo, principalmente em áreas irrigadas,
uma maior contribuição para o aumento e disseminação dos patógenos. Além de ser suscetível
a inúmeras doenças que diminuem a produtividade da cultura e podem depreciar a qualidade
do produto (SARTORATO, 2008).
As doenças estão entre os principais fatores causadores da redução à
produção em uma lavoura, sejam elas causadas por fungos, bactérias, vírus ou nematóides.
Dentre estes patógenos que ocorrem sobre as espécies de plantas de expressão econômica na
agricultura brasileira, as bactérias têm assumido uma importância crescente, quer pela
gravidade das enfermidades que incitam nas culturas, pela facilidade com que se disseminam
ou pelas dificuldades encontradas no controle das enfermidades por elas causadas
(ROMEIRO, 2005; SILVA, 2007).
Vários tipos de patógenos afetam esta cultura causando doenças e
acarretando perdas significativas na produção. Entre estes o horticultor m se preocupado
com a bactéria Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, agente causal do crestamento
bacteriano comum, que possui grande importância para a cultura, devido sua distribuição
quase generalizada, transmissão pela semente, ineficiente controle químico, insatisfatórios
níveis de resistência em cultivares avaliadas (ZAPATA, 1996) e os danos severos na
produtividade, principalmente sob cultivo protegido (BARROS et al., 2000).
Os primeiros sintomas surgem na forma de manchas aquosas, com
crescimento irregular, na face inferior dos folíolos, tornando-se de coloração parda e aspecto
necrótico, circundadas por halo de tecido amarelo, coalescendo e originando o crestamento.
Quando as lesões adquirem grandes proporções pode ocorrer o desfolhamento das plantas.
7
Nos caules jovens as lesões começam como manchas aquosas, crescendo gradualmente e
adquirindo coloração avermelhada, podendo aparecer nestas lesões exsudação bacteriana
amarelada. A infecção pode atingir as vagens ocorrendo ao longo da sutura dorsal, atingindo
as sementes via funículo (BIANCHINI et al., 2005).
A disseminação ocorre através de sementes infectadas e restos de
cultura. O clima úmido, com temperaturas altas (28
o
C), favorece o desenvolvimento da
doença, ocasionando grandes perdas na cultura, entretanto, a atividade da bactéria declina
conforme diminui a temperatura, paralisado aos 16
o
C (BIANCHINI et al., 2005).
Para a redução na severidade desta doença e obtenção da
produtividade esperada, recomenda-se manejo integrado da cultura, utilizando várias medidas
de controle que incluem o uso de cultivares resistentes ou tolerantes, rotação de culturas e
sementes certificadas (LOLLATO, 2002); aração profunda para incorporação de restos
culturais infectados, bom preparo e fertilidade do solo, época de semeadura e manejo da
irrigação (MARINGONI, 2002).
A eficácia do controle químico do crestamento bacteriano comum do
feijoeiro, através de pulverização das plantas com produtos bactericidas, têm sido de pouca
magnitude nas lavouras, devido à baixa eficiência destes. Pesquisas desenvolvidas no Paraná
evidenciaram a ineficácia de três pulverizações dos produtos oxicloreto de cobre, sulfato de
estreptomicina + oxitetraciclina, oxicloreto de cobre + maneb e oxicloreto de cobre + zineb no
controle da doença nas folhas e vagens e na redução da transmissão da bactéria por sementes
(BIANCHINI et al., 2005). Por esse motivo, a utilização de métodos alternativos de controle,
entre os quais se inclui a indução de resistência em plantas, está sendo pesquisado e utilizado.
3.2 Controle alternativo e mecanismos de defesa das plantas
Um dos enfoques da agricultura alternativa é o controle alternativo de
doenças, o qual inclui o controle biológico e a indução de resistência em plantas e o uso de
produtos naturais com atividade antimicrobiana e/ou indutora de resistência (SCHWAN-
ESTRADA et al., 2003).
8
O controle biológico pode ser definido como o controle de um
microrganismo através da ação direta de um outro microrganismo antagônico, o qual pode
atuar por meio de antibiose, parasitismo, competição, predação ou hipovirulência (BONALDO
et al., 2004).
A resistência do hospedeiro a uma doença pode ser definida, sob o
aspecto fisiológico, como a capacidade da planta em atrasar ou evitar a entrada e/ou a
subseqüente atividade de um patógeno nos tecidos da mesma (AGRIOS, 2005).
As plantas são continuamente expostas a um grande número de
patógenos, como resultado, apresentam um complexo mecanismo de defesa para reconhecer e
se proteger, através do desenvolvimento de barreiras, como mecanismos de defesa pré e pós
formados que restringem a infecção/colonização. Em ambas as categorias, os fatores
envolvidos na resistência podem ser subdivididos em estruturais ou bioquímicos. Os
estruturais atuam como barreiras físicas, enquanto os bioquímicos atuam através da produção
de substâncias tóxicas ou repelentes ao patógeno ou criando condições adversas ao
estabelecimento deste na planta (SBALCHEIRO, 2006; MAZARO, 2007).
Os fatores de resistência pré-formados são aqueles presentes na planta
antes do contato com o patógeno e são denominados de defesas constitutivas sendo
representados por estruturas tais como: ceras, cutícula, parede celular espessa, tricomas, fibras
vasculares e adaptações em estômatos, bem como substâncias químicas pré-formadas, como
fenóis, alcalóides, lactonas insaturadas, glicosídios fenólicos e cianogênicos, fotoxinas,
inibidores protéicos e enzimas hidrolíticas (PASCHOLATI & LEITE, 1995; AGRIOS, 2005).
os pós-formados, estão ausentes ou em baixo nível antes da infecção, sendo produzidos ou
ativados em resposta à presença do patógeno. Estes mecanismos envolvem a formação de
papilas, halos, lignificação, camada de cortiça, formação de tilosese deposição de goma, além
de compostos bioquímicos como fitoalexinas, proteínas relacionadas à patogênese espécies
reativas de oxigênio (PASCHOLATI & LEITE, 1995; AGRIOS, 2005). A seqüência de
eventos relacionados à indução e expressão da resistência ou resposta de defesa inicia-se com
o reconhecimento pelo hospedeiro de alguma característica química ou estrutural do patógeno,
ou agente de estresse ou dano associado com a invasão. Esta percepção resulta na produção ou
liberação de um composto sinalizador que é responsável pela indução da resposta de defesa da
planta (JOHAL et al., 1995).
9
Os genes de resistência estão associados com o incremento do ácido
salicílico (AS), ácido jasmônico (AJ) e etileno (ET) (JALALI et al., 2006). A resistência
sistêmica adquirida (RSA) está associada ao AS, o qual é o sinalizador para a expressão de
certas proteínas relacionadas à patogenicidade (GRÜNER et al., 2003; GLAZEBROOK,
2005). As diferentes formas de resistência foram descobertas recentemente, pois algumas
plantas não respondiam bioquimicamente a indutores como a rizobactéria Pseudomonas
fluorescens. Essas rizobactérias induzem a resistência sistêmica induzida (RSI) que é
independente do ácido salicílico e não está associada com a ativação dos mesmos genes da
RSA. Em substituição ao AS, a RSI requer, para a sua ativação, o aumento dos níveis de AJ e
etileno (BOSTOCK, 2005). No entanto, independente do agente biótico indutor, a
comunicação cruzada entre as diferentes rotas já foi demonstrada (HEIL & BOSTOCK, 2002).
Sendo assim, alguns autores preferem a utilização do termo geral indução de resistência, para
se evitar confusões (HAMMERSCHMIDT et al., 2001).
Kuc (2000) observa que um composto iniciador da indução de
resistência não pode ser sintetizado ou transportado por uma planta antes que um sinal tenha
sido recebido para desencadear o processo. Trabalhos realizados demonstraram que ocorre
acúmulo de AS no local e sistemicamente após a infecção por patógenos em diversas espécies
de plantas, provando a exigência desse composto para o acúmulo de proteínas relacionadas a
patogênese e outros agentes do metabolismo secundário (DURRANT & DONG, 2004).
Um dos mais eficientes mecanismos de defesa é a reação de
hipersensibilidade, onde a indução da produção de fitoalexinas e de rias proteínas de
defesa codificadas por genes da planta, resultando na morte repentina de um número limitado
de células do hospedeiro em torno dos sítios de infecção (HAMMOND-KOSACK & JONES,
1996).
As proteínas relacionadas à patogenicidade (proteínas-RPs) foram
descritas pela primeira vez em 1970, por Van Loon, que observou o acúmulo de proteínas
incomuns após infecção de plantas de fumo com o vírus TMV (DURRANT & DONG, 2004).
Elas foram inicialmente definidas como proteínas ácidas, de baixo peso molecular, resistentes
a proteases, solúveis em ácidos e localizadas nos espaços extra-celulares, sendo mais tarde
identificadas também nos vacúolos. As proteínas-RPs presentes nos vacúolos geralmente
exercem um efeito de defesa após a descompartimentalização das células, enquanto que as
10
proteínas-RPs extracelulares atuam diretamente em contato com o patógeno no processo de
penetração do tecido (STICHER et al., 1997). Atualmente são classificadas em 17 famílias
distintas, baseando-se na similaridade das seqüências de aminoácidos, relação sorológica ou
atividade enzimática ou biológica (GUZZO, 2004).
Polifenoloxidases (PFO), também conhecidas como tirosinases,
cresolases, catecolases, difenolases e fenolases são enzimas intracelulares que ocorrem em
plantas, animais e fungos (ZAWISTOWSKI et al., 1991; WHITAKER, 1994). Estas enzimas
contém cobre no centro ativo e catalisam dois tipos de reações, ambas envolvendo oxigênio. A
primeira reação corresponde à hidroxilação de monofenóis formando orto-difenóis e a segunda
à oxidação de ortodifenóis formando orto-quinonas. As PFO atuam sobre uma grande
variedade de substratos. Citase p-cresol, tirosina e ácido p-cumárico como substratos
monofenólicos, enquanto catecol, diidroxifenilalanina e ácido clorogênico substratos
difenólicos (VÁMOS-VIGYÁZÓ, 1981). A expressão de genes que codificam PFO é
altamente correlacionada com a ativação da via sinalizadora dos octadecanóides, indicando
que esta rota regula a expressão destas enzimas (CONSTABEL et al., 1995).
Estas enzimas permanecem de maneira intracelular,
compartimentalizadas dentro dos tilacóides nos cloroplastos e em sua grande maioria em
estado inativo (VAUGHN et al., 1988), onde são liberadas e iniciam o processo de oxidação
de compostos fenólicos, que também são liberados dos vacúolos, produzindo quinonas, na
medida em que ocorre a ruptura da célula, ocasionada por ferimentos, ação de insetos ou
patógenos, ou ainda senescência (MACHEIX et al., 1986; CONSTABEL et al., 1995;
MOHAMMADI & KAZEMI, 2002; BINDSCHEDLER et al., 2002; THIPYAPONG et al.,
2004). As PFO também participam do processo de lignificação durante a invasão por
patógenos (JUNG et al., 2004).
Na indução de resistência, Chérif et al. (1994) concluíram que a
conversão de fenóis a compostos tóxicos, proporcionados pela PFO, foi em grande parte
responsável pelo aumento da resistência em plantas de pepino induzidas por silicatos solúveis
contra Pythium aphanidermatum, agente causal de tombamento.
A peroxidase (POD) é uma importante enzima das plantas e está
envolvida em diversas reações, ligações de polissacarídeos, oxidação do ácido indol-3-acético,
ligações de monômeros, lignificação, cicatrização de ferimentos, oxidação de fenóis, defesa de
11
patógenos, regulação da elongação de células e outras (GASPAR et al., 1982; KAO, 2003). A
ativação das formas latentes de peroxidase, após a destruição ou inativação de inibidores
protéicos ou fenólicos, pode conduzir à indução de síntese de isoformas de peroxidase
(BIRECKA et al., 1973).
O funcionamento básico das PODs consiste em reagir com compostos
contendo grupos hidroxila anexado a um anel aromático. A reação é a oxidação
desidrogenativa do guaiacol que resulta na formação de radicais fenoxi, sendo que a
subseqüente ligação de radicais instáveis leva a polimerização não enzimática de monômerosa
e de maneira similar, hidroxicinamil álcool e seus derivados são convertidos em radicais
fenoxi formando lignina, bem como o ácido hidroxicinâmico é convertido em suberina
(HIRAGA et al., 2001). O papel destas enzimas no processo de defesa é reforçar a parede
celular a partir da formação de lignina, suberina, polissacarídeos ferulicolados e glicoproteínas
ricas em hidroxiprolina (BOWLES, 1990), aumento na produção de espécies ativas de
oxigênio que apresentam ação antimicrobiana, bem como atuam na sinalização (KAWANO &
MUTO, 2000; RESENDE et al., 2003), incitando a formação de fitoalexinas (KRISTENSEN
et al., 1999), participam também na peroxidação de lipídios que apresentam papel na
sinalização, induzindo o acúmulo de AS (LÉON et al., 1995).
Na indução de resistência as PODs têm se mostrado muito eficientes e
são bastante estudadas. Madi & Katan (1998) observaram o aumento de forma sistêmica de
POD em melão e em algodão em função do tratamento, por infiltração, de filtrado de cultura
ou suspensão de esporos de Penicilium janczewskii, um fungo promotor de crescimento, que
reduziu a incidência de tombamento de Rhizoctonia solani em 85%, em ambas culturas.
A indução de resistência em plantas pode ser definida como uma
resistência dinâmica baseada na produção de barreiras físicas e/ou químicas estimuladas pela
aplicação de uma substancia indutora. É um fenômeno sistêmico ou local, efetivo contra uma
ampla gama de patógenos, incluindo bactérias fungos ou vírus (BONALDO et al. 2005;
SILVA, 2007). Os agentes indutores ou ativadores de resistência podem ser microrganismos
saprofíticos, patógenos de plantas, metabólitos microbianos, extratos de plantas, agentes
químicos, entre outros (LIU et al. 1995; CAVALCANTI et al., 2005; SBALCHEIRO, 2006).
Os indutores aumentam o nível de resistência da planta, sem alterar
seu genoma. Eles ocorrem por meio da ativação de genes, de maneira não específica, que
12
codificam diversas respostas de defesa, incluindo compostos fenólicos e enzimas como
peroxidase e polifenoloxidase. Algumas formas de fenóis podem ser convertidas em derivados
com radicais de oxigênio, extremamente reativos, tornando-se muito tóxicos (HARTLEB
et al., 1997).
A proteção induzida é dependente do intervalo de tempo que ocorre
entre o tratamento com o indutor e a subseqüente inoculação da planta (agente desafiante).
Portanto, essa dependência indica que mudanças específicas no metabolismo da planta, que
envolvem a síntese e/ou acúmulo de substancias, são importantes no fenômeno da resistência
induzida (BONALDO et al. 2005). Por exemplo, o tratamento de folhas de ervilha com ácido
salicílico foi eficaz quando estas foram inoculadas três ou mais dias após a aplicação do
produto (FREY & CARVER, 1998).
Vários agentes podem induzir a produção de sinais no vegetal,
disparando reações que culminarão em proteção duradoura contra uma ampla gama de
fitopatógenos (Sobrinho et al., 2005). O composto sintético éster-S-metil do ácido benzo-
(1,2,3)-tiadiazol-7-carbotióico (acibenzolar-S-metil, ASM, BTH, CGA 245704, Bion®,
Actigard®), derivado do benzotiadiazol, é um análogo do ácido salicílico e tem sido
amplamente estudado como agente indutor da RSA (TERRY & JOYCE, 2004). Em cafeeiro
susceptível a Hemileia vastatrix, o uso de ASM, induziu a RSA e conferiu proteção à planta
(GUZZO et al., 2001). Os mesmos autores observaram, ainda, pela microscopia de
fluorescência , que o ASM, aplicado in vitro, não interfere na germinação dos esporos e na
formação de apressórios de H. vastatrix, concluindo que o ASM não possui ação
antimicrobiana direta aos patógenos, mas induz a expressão de genes de resistência para a
formação de compostos que impedem ou dificultam o estabelecimento ou desenvolvimento
destes patógenos.
O composto ASM conferiu proteção em fumo contra o vírus TMV e
os fungos Cercospora nicotianae, Phytophthora tabacina, Phytophthora parasitica e as
bactérias Erwinia carotovora e Pseudomonas syringae pv. tabaci (FRIEDRICH et al., 1996),
em trigo contra Erysiphe graminis f.sp. tritici (GÖRLACH et al., 1996), em Arabidopsis
thaliana contra o fungo P. parasitica, a bactéria P. syringae pv. tomato e ao vírus TCV
(LAWTON et al., 1996), em tomate contra a bactéria Clavibacter michiganensis sbsp.
13
michiganensis (BAYSAL et al., 2003), em feijoeiro contra Uromyces appendiculatus
(ROMEIRO et al., 1999; IRITI & FAORO, 2003).
Liu et al. (2005), em tratamento pós-colheita de frutos de pêssego com
acibenzolar-S-metil (ASM), observaram aumento na atividade de PFO, promovendo redução
da severidade de Penicilium expansum em 50%. Para Pereira et al. (2008), a indução de
resistência com ASM e filtrado de micélio de Rhizopus sp. (FMR), também resultou em
aumento na atividade de PFO após 72 h da pulverização, em tratamento de mudas de
cacaueiro contra murcha-de-verticílio, promovendo redução da severidade de Verticillium
dahliae em 38 e 23% para ASM e FMR, respectivamente. A atividade de POD aumentou
gradualmente, em tratamento com ASM em plantas de feijão cupi e desafiadas com
Macrophomina phaseolina, observando-se a maior atividade a partir das 72 e 84 horas, para os
tratamentos ASM e inoculação e ASM, respectivamente (ATHAYDE SOBRINHO et al.,
2006).
O grupo de fungicidas das estrubirulinas compreende uma variedades
de produtos sintéticos para proteção de plantas com amplo espectro antifúngico e semelhança
estrutural a antibióticos de basidiomicetos (HERMS et al., 2002). Ao longo dos anos tem-se
observado também evidências de influências diretas das estrubirulinas na fisiologia de plantas.
Este efeito fisiológico inclui o chamado “greening” que, até mesmo na ausência do ataque de
patógenos, as plantas tratadas com estrubirulinas ficam com um verde intenso e parecem mais
saudáveis do que plantas não tratadas com o produto (KOEHLE et al., 2002). Isto sugere que
além da atividade fungicida destes produtos, eles também podem aumentar a capacidade das
plantas se defenderem contra os patógenos (HERMS et al., 2002).
3.3 As plantas medicinais e seu potencial no controle de doenças
O Brasil possui uma vasta flora medicinal. Contudo, pouco ou quase
nada é feito no sentido de explorar estes recursos como fonte de divisas para o país ou mesmo
para seu aproveitamento pelo mercado interno. Muitas substâncias exclusivas de plantas
14
brasileiras encontram-se patenteadas por empresas ou órgãos governamentais estrangeiros,
porque a pesquisa nacional não recebe o devido apoio (MARTINS et al., 2000).
Uma planta é tida como medicinal quando em sua composição
ocorrem substâncias químicas biologicamente sintetizadas a partir de nutrientes, água e luz. O
grau de concentração do princípio ativo na planta, bem como sua forma de preparo e forma de
administração é o determinante da ação terapêutica ou tóxica das espécies medicinais
(MUÑOZ, 2002).
Um dos principais e grandes entraves na área de plantas medicinais é
a confusão popular da pluri nomenclatura regional de muitas ervas. Posteriormente, faz-se
necessário o estudo do modo de propagação das espécies, visando observar a maior eficiência
econômica, além de manejos culturais, procedimento de colheita, processamento da produção
e comercialização, entre outros (SILVA JÚNIOR et al., 1996).
Até o momento, ainda não se conhece quase nada sobre a composição
química de quase 99% das plantas de nossa flora, estimadas entre 40 mil a 55 mil espécies
(MING, 1996). Além disso, grande quantidade de compostos secundários das plantas
medicinais já isolados e com estrutura química determinada ainda não foram estudados quanto
as suas atividades biológicas. Esses compostos pertencem a várias classes distintas de
substâncias químicas, como alcalóides, terpenos, flavanóides, cumarinas, quinonas, xantonas,
lactonas, esteróides, ácidos orgânicos, compostos fenólicos, óleos essenciais, entre outras. Os
metabólitos secundários apresentam características diferenciadas dos produtos do metabolismo
primário devido, não serem vitais para as plantas na maioria das vezes, como os alcalóides;
serem a expressão da individualidade química das espécies; e serem produzidos em pequena
quantidade (MARTINS et al., 2000).
Quando esses compostos são extraídos das plantas por processos
específicos, como a destilação por arraste de vapor de água, originam líquidos de consistência
semelhante ao óleo, voláteis, dotados de aroma forte, quase sempre agradável, insolúveis em
água e solúveis em solventes orgânicos, denominados de óleos essenciais (SILVA &
SANT’ANA, 1995). Quando esses compostos são extraídos pela ação do álcool sobre uma
erva seca ou uma mistura de ervas secas originam as tinturas simples ou compostas,
respectivamente (TESKE & TRENTINI, 1997).
15
3.3.1 Plantas medicinais estudadas
Sob o nome de guaco (Mikania glomerata Sprengel) são conhecidas
várias plantas trepadeiras do gênero Mikania, cujas folhas apresentam o formato de coração
(GEOPLANT, 2002). Estas plantas são nativas da América do Sul, sendo abundantes no
Brasil, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, mas crescem também na Argentina, Paraguai
e Uruguai (TESKE & TRENTINI, 1997). É uma planta herbácea trepadeira pertencente à
família Asteraceae. Possui ramos lenhosos, cilíndricos e castanhos, com folhas lanceoladas
verdes e inervadas longitudinalmente. Tem preferência pela iluminação meia sombra ou plena
e o plantio é efetuado por estacas. As folhas podem ser utilizadas com finalidade medicinal em
dermatites e micose, dentre outras (CORRÊA et al., 1999).
O guaco possui em sua composição química flavanóides, cumarinas,
terpenos (ácido caurenóico, ácido grandiflórico, cinamiol, estigmasterol), guacina, glicosídios,
resinas e taninos (CORRÊA et al., 1999).
A ação antitussígena do chá preparado com as folhas secas de M.
glomerata foi confirmada nos estudos científicos. Esta atividade se deve à presença de uma
substância química chamada cumarina, substância esta que pode também apresentar atividade
antimicrobiana (GEOPLANT,2002).
Trabalhos realizados na área humana têm demonstrado que extrato
bruto de guaco provoca inibição do crescimento e a morte dos microrganismos responsáveis
pela formação da placa bacteriana e pela candidíase (DUARTE,2002; ROSALEN, 2002;
ROSALEN et al., 2004).
A cavalinha (Equisetum sp. Lineu) é uma planta criptógama, perene
da família Equisataceae, caule aéreo, verde com a 1 m de altura, apresenta estrias e é
impregnada de sílica. As folhas são pequenas, escamiformes, soldadas entre si na base. Os
estróbilos terminais são encontrados nos ápices dos ramos férteis (HERTWIG, 1986; SILVA
& SANT’ANA, 1995).
Equisetum sp. é vulgarmente conhecida como cavalinha, rabo de
cavalo, sola de cavalo, lixa vegetal, erva canudo, milho de cobra, cauda eqüina, cavalinha dos
campos, rabo de raposa e rabo de rato. Esta planta ocorre comumente em lugares úmidos e
16
terrenos pantanosos e propaga-se por touceiras (CORRÊA JR. et al., 1994; MARTINS et al.,
1994; CORRÊA et al., 1998).
A cavalinha é usada na medicina pelo seu valor terapêutico e tem
indicação de uso como diurética, hemostática e em casos de incontinência urinária, sudorese
dos pés, diarréia e gonorréia. Pode também ser usada como planta ornamental (CORRÊA JR.
et al., 1994; SILVA et al., 1995; MARTINS et al., 2000).
Equisetum sp. possui os seguintes princípios ativos: ácido silícico,
flavanóides, sais de potássio, ferro e magnésio e taninos (ácido gálico) (SILVA &
SANT’ANA, 1995; CORRÊA et al., 1998).
Descrita como um arbusto perene da família Verbenaceae de origem
na América do Sul, a erva cidreira (Lippia alba Mill.) possui folhas oblongo-agudas e opostas;
flores róseas, reunidas em capítulo axial. Os ramos novos são pubescentes e os velhos,
glabros. Atinge até três metros de altura. Cheiro semelhante ao da Melissa officinalis e do
capim-santo (MARTINS et al., 2000).
A espécie é conhecida popularmente pelos nomes de erva-cidreira-do-
campo, alecrim-do-campo, alecrim-selvagem, cidreira-brava e falsa-melissa. Não tolera
excessos de calor ou frio e cresce espontaneamente no Sul e Sudeste brasileiro. A propagação
é feita por estacas facilmente enraizadas em viveiro. A colheita é feita normalmente 5 a 6
meses após o plantio, sendo coletados os ramos floridos ou não, durante todo o ano
(MARTINS et al., 2000).
Para uso medicinal é utilizada como antiespasmódico, estomáquico,
carminativo, calmante, digestivo. Combatendo também a insônia e a asma. Possui em sua
composição química óleo essencial, contendo geranial, neral, cariofileno, citronelol, geraniol,
dentre outros; as folhas contém ainda alcalóides e flavanóides (MARTINS et al., 2000).
Hera (Hedera helix Lineu) é uma trepadeira da família Araliaceae,
semi-lenhosa e vigorosa. Originária da Europa, Ilhas Canárias, norte da África e Ásia, de
ramagem densa e longa, com numerosas raízes adventícias e folhagem decorativa. Planta
muito variável, com diversas variedades geográficas e inúmeras formas hortícolas e
variegadas. Inflorescências eventuais formadas durante o verão e sem valor ornamental
(LORENZI & SOUZA, 2001).
17
Cultivada em vasos como planta pendente ou apoiada em suporte de
xaxim e para revestimento de muros e paredes bem como para forração em canteiros a pleno
sol ou meia-sombra. Tolerante a geadas. Multiplica-se facilmente pro estacas, preparadas em
qualquer época do ano (LORENZI & SOUZA, 2001).
Alecrim pimenta (Lippia sidoides Cham.) (syn. L. multicapitata
Mart.) é uma planta arbustiva, aromática, que ocorre na região nordeste do Brasil com grande
freqüência na área abrangida pelos municípios de Mossoró, RN e Tabuleiro do Norte (CE),
onde é conhecida pelos moradores das zonas rurais como alecrim-pimenta, alecrim e estrepa-
cavalo. Suas folhas são utilizadas popularmente sob a forma de chá abafado ou tintura como
anti-séptico local (COSTA et al., 2001; SOUSA et al., 2002; LEAL et al., 2003).
Seu óleo essencial, rico em timol e carvacrol, apresentou propriedades
bactericida e fungicida, enquanto o hidrolato revelou atividade moluscicida e larvicida. Em
virtude destas propriedades, este vegetal é cultivado em hortos de plantas medicinais (COSTA
et al., 2002). O principal contituinte do óleo é o timol, cujo teor tem variado entre 34,2 a
95,1% em várias determinações. Outros constituintes encontrados são p-cimeno, α-terpineno e
β-cariofileno. O estudo químico de extratos de Lippia sidoides levou ao isolamento e
caracterização de compostos fixos, incluindo dois dímeros naftoquinônicos
(lapachenolisocatalponol e tectol), ésteres metílicos naturais dos ácidos graxos de C
16
a C
24
, β-
sitosterol, ácido vanílico, 2-metil-5-isopropilfenol e a 5-4-dihidroxi-6,7-dimetoxi-flavona. O
espectro de atividade antibacteriana e antifúngica do óleo essencial se relaciona a
microorganismos como Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa,
Acinetobacter sp, Streptococcus mutans, Corynebacterium xerosis, Cândida albicans,
Trichophytum rubrum e Trichophytum interdigitale, dentre outros (LEAL et al., 2003).
Planta semi arbustiva, perene, lenhosa, ramificada, da família
Lamiaceae, cuja altura oscila entre 50 cm a 2 m, o alecrim (Rosmarinus officinalis Lineu),
possui folhas de comprimento de 2 a 4 cm e largura de 1 a 4 mm, sendo lineares, estreitas,
opostas, sésseis, coriáceas, com bordos recurvados ou enrolados para dentro ao longo da
nervura central. A página superior das folhas é verde rugosa, e a gina inferior com pêlos
finos é brilhante e esbranquiçada. As flores estão dispostas em pequenos cachos na axila de
brácteas e possuem cor azul-violeta, rosada ou branca (HERTWIG, 1986; SILVA &
SANT’ANA, 1995; CORRÊA et al., 1998).
18
R. officinalis é originária do Mediterrâneo, sendo vulgarmente
conhecida como alecrim, alecrim-de-jardim, rosmarim, rosmarinho, rosmarino, libanotis,
alecrim de cheiro e alecrim de horta. Esta planta é cultivada em escala comercial na Espanha,
sul da França, Tunísia, Marrocos, Iuguslávia e sul da Itália, vegetando espontaneamente em
terrenos rochosos e arenosos (HERTWIG, 1986). Parece não haver dúvidas de que a boa
qualidade de R. officinalis está diretamente relacionada com a localização (latitude), condições
locais de solo, clima, altitude, boa exposição à luz solar e a época de colheita (verão ou
inverno). R. officinalis pode ser propagado na primavera ou verão brando por sementes ou
então por alporquia e estaquia antes ou depois da floração mais intensa. A produtividade
média, quando plantada em condições ideais de clima e solo, pode chegar ao redor de 11.500
kg/ha de planta fresca e 3.900 kg/ha de matéria seca (CORRÊA JR. et al., 1994; SIMÕES et
al., 1995; MARTINS et al., 2000).
O alecrim é usado na medicina pelo seu valor terapêutico e tem
indicação de uso como estimulante digestivo e para falta de apetite (inapetência), contra azia,
para problemas respiratórios e debilidade cardíaca (cardiotônico), contra cansaço físico e
mental, combate hemorróidas, antiespasmódico, abranda os quadros febris, afecções hepáticas
e das vias biliares, dispepsia, flatulência, ansiedade, astenia, anorexia, cefaléia e dores de
origem reumática (uso interno), tem efeito diurético e antimicrobiano, é aplicado em
contusões, dores de origem reumática, calvice e cicatrizante (uso externo) (HERTWIG, 1986;
SILVA & SANT’ANA, 1995; CORRÊA et al., 1998).
R. officinalis têm os seguintes princípios ativos: taninos, flavanóides,
óleo essencial rico em terpenos (cineol, pineno, borneol, canfeno, eucaliptol, acetato de
isobornila, valerianato de isonila, cânfora), além de saponinas, ácidos (cítrico, glicólico,
glicínico, rosmarínico), nicotinamida, colina, pectina, rosmaricina e vitamina C (HERTWIG,
1986; CORRÊA et al., 1998; MARTINS et al., 2000).
Cinnamomum zeylanicum Blume, planta pertencente à família
Lauraceae, é popularmente conhecida no Brasil como canela e mundialmente, no comércio,
como cinnamon (RAINA et al., 2001). A canela é nativa e largamente cultivada no Sri Lanka,
podendo ser encontrada em toda a Ásia tropical, como algumas partes da Índia. Estas espécies
de árvores ocorrem no sul da Índia em altitudes superiores a 500 metros, porém é comum
19
encontrá-la em menores altitudes também (JAYAPRAKASHA et al., 1997; RAINA et al.,
2001).
As cascas de canela são usadas como aromatizantes e fitoterápicas
(JAYAPRAKASHA et al., 2006). A folha e a casca da planta são utilizadas em todo o mundo
como especiarias. O óleo extraído das folhas pode ser de dois tipos, um contém eugenol e o
outro contém benzil benzoato como principal constituinte. Para o óleo extraído das cascas do
caule também se pode ter dois tipos, um contendo cinnamaldeído e o outro contendo benzil
benzoato como maior constituinte (RAINA et al., 2001).
Na medicina natural a casca de canela é descrita como sendo um estimulante, antiflatulência,
antidiabética e com propriedades antidiarréicas. Ela também tem sido estudada para atividades
antibacterianas e antidermáticas (KAMATH et al., 2003).
3.3.2 Ação de plantas medicinais sobre fitopatógenos e no controle de doenças de plantas
Na literatura é possível encontrar um grande número de trabalhos que
utilizam as propriedades antimicrobianas dos compostos secundários de plantas medicinais
para o controle de agentes fitopatogênicos. French et al. (1978) verificaram que aldeídos como
nonanal e compostos relacionados, além dos componentes presentes no óleo de Citrus sp.
inibiram a germinação de conídios de duas espécies de Penicillium em ágar-água 1%.
Óleo essencial de Ocimum adscendens foi capaz de proteger sementes
de Capsicum annuum contra 16 fungos de armazenamento, quando utilizado na concentração
de 0,1%, sendo o óleo superior aos fungicidas utilizados, como Bavistin, Dithane M-45 e
Blitox-50 (ASTHANA et al., 1989).
Extratos clorofórmicos de folhas de Tagetes minuta e etanólicos de
folhas de Vernonia condensata, foram capazes de proporcionar inibição na germinação de
urediniósporos de Hemillea vastatrix de até 96% na concentração de 10.000 ppm dos extratos
(CATARINO et al.,1990).
Valarini et al. (1994) verificaram que o extrato de Cymbopogon
citratus obtido de folhas inibiu totalmente o crescimento micelial de Fusarium solani f. sp.
phaseoli, Sclerotium rolfsii e Rhizoctonia solani.
20
Biswas et al. (1995) constataram que os extratos aquosos de Adhatoda
zeylanica, em aplicações in vivo por meio de pulverizações, se mostraram efetivos no controle
de Phyllactinia corylea, Pseudocercospora mori e Cerotelium fici.
Folhas secas de Lippia alba (erva cidreira brasileira), em contato com
suspensão de esporos de Colletotrichum gloeosporioides, promoveram um aumento do
comprimento e da largura dos tubos germinativos formados, bem como a inibição da formação
de apressórios, e substâncias solúveis em etanol exerceram efeito fungistático in vitro
(SANTOS, 1996).
Extratos das plantas Viscum álbum e Hedera helix aplicados em
Cotoneaster watereri inibiram a infecção bacteriana causada por Erwinia amylovora, além de
estimular o metabolismo de fenóis, juntamente com a indução de atividades enzimáticas de
peroxidases, polifenoloxidases e fenilalanina amônia liase (MOSCH et al., 1996).
Schwan-Estrada et al. (1998) constataram que o extrato bruto de
Eucalyptus citriodora inibiu totalmente o crescimento micelial de Sclerotium rolfsii,
Colletotrichum graminicola e Phytophthora sp. e parcialmente o crescimento micelial de
Rhizoctonia solani e Alternaria alternata; alterou morfologicamente o desenvolvimento de C.
graminicola, aumentando a germinação e o comprimento dos tubos germinativos e reduzindo
a formação de apressórios. Verificaram também que as frações presentes no óleo essencial e
no extrato bruto mostraram-se fungitóxicos a C. graminicola.
Stangarlin et al. (1999) estudaram o efeito do extrato bruto de E.
citriodora sobre C. graminicola e observaram que ocorreu um estímulo da germinação de
esporos e redução de até 34% na formação de apressórios em concentrações do extrato acima
de 10%.
Diniz et al. (2000), em trabalho realizado in vitro com óleos vegetais
de Artemisia dracunculus, Thymus vulgaris, Origanum majorona, Menta piperita var. citrata
e Ocimum basilicum contra Myrothecium verrucaria conseguiram uma redução de 100% no
crescimento micelial desse fungo com óleo de Artemisia dracunculus, Thymus vulgaris e
Menta piperita var. citrata, a 2%. Enquanto que para Origanum majorona e Ocimum
basilicum foi necessária a concentração de 20% para inibição total do crescimento micelial
desse fungo.
21
O efeito do extrato bruto e óleo essencial das plantas medicinais
Eucalyptus citriodora, Cymbopogon citratus, Ageratum conizoides e Achillea millefolium foi
estudado para inibição do crescimento micelial in vitro de Didymella bryoniae, onde
observou-se que todos os extratos tiveram efeito inibitório e que A. conizoides foi o mais
efetivo, inibindo 95% do crescimento na concentração de 50%. Os óleos essenciais de E.
citriodora, C. citratus, A. conizoides promoveram 100% de inibição do crescimento micelial e
germinação de esporos (FIORI et al., 2000).
Óleo essencial e extrato de pimenta longa (Pipper aduncum) foram
testados in vitro para o controle de Ralstonia solanacearum, raças 1 e 2, onde verificou-se a
formação do halo de inibição do crescimento bacteriano em todas as estirpes avaliadas das
raças 1 e 2 na diluição de 1:1, tanto para o óleo essencial quanto para o extrato etanólico dessa
planta, mostrando-se assim produtos com potencial para controle destas raças da bactéria
Ralstonia solanacearum (VÉRAS & YUYAMA, 2001).
Os efeitos antifúngicos e fungicidas do óleo de hyssop (Hyssopus
officinales) foi estudado em uma série de experimentos in vitro e in vivo. O crescimento
micelial dos fungos Pyrenophora avenae e Pyricularia oryzae foi completamente inibido por
0,4% do óleo. Para o tratamento in vivo no controle do oídio da cevada e da maçã ocorreu um
efeito variável no controle entre os tratamentos, sugerindo que esse resultado pode ser devido
à volatilização de componentes do óleo, o que não ocorre in vitro (LETESSIER et al., 2001).
Becker (2003), em trabalhos realizados em pepino contra mancha
angular causada por Pseudomonas syringae pv. lachrymans, contatou que extratos aquosos
brutos de capim limão inibiu completamente o crescimento bacteriano, a partir da
concentração de 20% e a carqueja, a partir de 25 %.
Avaliou-se o controle in vitro de Xanthomonas axonopodis pv.
manihotis mediante o uso de extrato aquoso de quatro genótipos de cúrcuma provenientes de
cultivos de Jaboticabal-SP, Mara Rosa-GO,Maringá-PR e Mercedes-PR. O extrato de cúrcuma
causou inibição total do crescimento da bactéria, na concentração de 10%, para o material
proveniente de Mercedes, enquanto que, para a cúrcuma de Jaboticabal, houve controle total a
15% e o de Mara Rosa a 20% (KUHN, 2003).
Pretorius et al. (2003) estudaram, in vitro, os extratos de 26 espécies
de plantas coletadas na África do Sul com potencial para inibir o crescimento de cinco
22
bactérias fitopatogênicas (Agrobacterium tumefaciens, Clavibacter michiganense pv.
michiganense, Erwinia carotovora pv. carotovora, Ralstonia solanacearum e Xanthomonas
axonopodis pv. phaseoli). Todos os extratos inibiram o crescimento de uma ou mais das cinco
bactérias testadas, com graus diferentes. O extrato bruto de Acacia karros e Elephantorrhiza
elephantina inibiram o crescimento de quatro bactérias, enquanto que Euclea crispa, Acacia
eriolola, Senna italica e Buddleja saligna inibiram o crescimento das cinco bactérias. Destes
extratos brutos, Euclea crispa foi ligeiramente superior em relação aos demais e também
superior comparado ao produto bactericida comercial, dimethyl dodecyl amonium chloride
(DDAC).
Dhingra et al. (2004) avaliou o efeito do óleo essencial de Brassica
rapa na supressão do crescimento in vitro de Rhizoctonia solani, na redução da colonização
saprofítica no solo, e no tombamento e requeima de plântulas, utilizando feijão vagem como
planta indicadora. O crescimento in vitro de R. solani foi completamente inibido na
concentração de 50 ml L
-1
, a colonização saprofítica do substrato foi drasticamente reduzida
para 45% , 24 h após o tratamento e a irrigação de solos infestados por R. solani com água
contendo o óleo essencial resultou em 95% de controle do tombamento e requeima em mudas
de feijão-vagem.
Os efeitos inibitórios, in vitro, de óleos essenciais de Rosmarinus
officinalis L., Allium cepa L., Ocimum basilicum L., Mentha piperita L. e Origanum vulgare
L., foram avaliados sobre o desenvolvimento dos fungos Fusarium sp.; Aspergillus ochraceus
W..; Aspergillus flavus L. e Aspergillus niger. O óleo essencial do orégano inibiu o
desenvolvimento dos fungos testados nas concentrações de 500, 1000, 1500 e 2000 mg mL
-1
exceto o fungo A. niger que teve o seu desenvolvimento micelial inibido a partir da
concentração de 1000 mg mL
-1
.Os óleos R. officinalis, A. cepa, O. basilicum e M. piperita
tiveram um efeito pronunciado a partir da concentração de 1500 mg mL
-1
(PEREIRA et al.,
2006).
A atividade de citral, óleo essencial e hidrolato de Cymbopogon
citratus na indução de resistência em plantas de tomate contra Alternaria solani, pela
avaliação da atividade de peroxidase, foi constatada às 12 e 48 horas após a inoculação maior
atividade dessa enzima em relação ao tratamento controle com água e plantas não inoculadas
(BALBI-PEÑA et al., 2007).
23
O presente trabalho objetivou verificar o potencial de tinturas
etanólicas e óleos essenciais de plantas medicinais, piraclostrobina e ASM no controle do
crestamento bacteriano comum e na indução da resistência do feijão vagem cultivar Bragança .
Para isso, a tese foi dividida em dois capítulos, sendo o primeiro intitulado: “Ação de tinturas
etanólicas e óleos essenciais de plantas medicinais na indução de resistência ao crestamento
bacteriano comum”, redigido conforme as normas da revista Summa Phytopathologica, e o
segundo capítulo intitulado: “Atividade de acibenzolar-S-metil e piraclostrobina na indução de
resistência de feijão vagem ao crestamento bacteriano comum”, redigido conforme as normas
da revista Tropical Plant Pathology.
24
CAPÍTULO I
AÇÃO DE TINTURAS ETANÓLICAS E ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS
MEDICINAIS NA INDUÇÃO DE RESISTENCIA AO CRESTAMENTO BACTERIANO
COMUM
25
Ação de tinturas etanólicas e óleos essenciais de plantas medicinais na indução de
resistência ao crestamento bacteriano comum do feijoeiro
Sandra Cristina Vigo-Schultz
1
, Antonio Carlos Maringoni
1
, Renata de Cássia Camara
1
&
Giuseppina P.P. Lima
2
1
Departamento de Produção Vegetal-Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP. CP 237, Botucatu, SP,
18610-307.
2
Departamento de Química e Bioquímica, Instituto de Biologia, UNESP. CP 1510 Botucatu, SP,
18618-000 Autor para correspondência: Sandra Cristina Vigo-Schultz < sandracvigo@yahoo.com.br>
1
bolsista CNPq
Data de chegada: Aceito para publicação:
_______________________________________________________________________________________
Vigo-Schultz, S.C., Maringoni, A.C., Câmara, R. de C., Lima, G.P.P. Ação de tinturas etanólicas e óleos
essenciais de plantas medicinais na indução de resistência ao crestamento bacteriano comum do feijoeiro. Summa
Phytopathologica,
RESUMO
A exploração da atividade biológica de compostos secundários presentes nas tinturas
etanólicas ou em óleos essenciais de plantas podem representar, ao lado da indução de
resistência, mais uma forma potencial de controle alternativo de doenças em plantas
cultivadas. O presente trabalho objetivou avaliar o potencial de tinturas etanólicas de Lippia
alba, Lippia sidoides, Mikania glomerata, Equisetum sp. e Hedera helix e óleos essenciais de
Rosmarinus officinalis e Cinnamomum zeylanicum na atividade in vitro, in vivo e na produção
de proteínas na indução de resistência, em plantas de feijão vagem cultivar Bragança. Os
resultados obtidos demonstraram que as tinturas de L. alba e L. sidoides e os óleos essenciais
apresentaram atividade in vitro aos isolados de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, todas
as tinturas etanólicas ensaiadas apresentaram menores valores do progresso da doença
(AACPD), em relação à testemunha, merecendo destaque a tintura etanólica de L. alba, que
estavam correlacionadas com os maiores teores de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas
solúveis totais, evidenciando uma possível indução de resistência. Os óleos essenciais não
apresentaram diferença na AACPD e nem a indução de proteínas.
Palavras-chave adicionais: Phaseolus vulgaris, Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli,
resistência sistêmica adquirida.
____________________________________________________________________________
26
Vigo-Schultz, S.C., Maringoni, A.C., Câmara, R. de C., Lima, G.P.P. Action of medicinal
plants alcohol extracts and essential oils on resistance induction to the bean common bacterial
blight. Summa Phytopathologica,
ABSTRACT
Additionally to resistance inducers, the exploitation of secondary compounds biological
activity present in plants alcohol extracts or essential oils could represent an alternative
potential way to control diseases in cultivated plants. This study aimed to evaluate the
potential of Lippia alba, Lippia sidoides, Mikania glomerata, Equisetum sp. and Hedera helix
alcohol extracts and, Rosmarinus officinalis and Cinnamomum zeylanicum essential oils on in
vitro and in vivo activity, and protein production on resistance induction in snap beans,
Bragança cultivar. Results showed in vitro activity against Xanthomonas axonopodis pv.
Phaseoli for L. alba and L. sidoides extracts, and essential oils. Although all alcohol extracts
have showed the lowest area under the disease progress curve (AUPDC) values compared to
control treatment, L. alba extract must be highlighted due to its correlation to the highest
poliphenoloxidases, peroxidases and total soluble proteins values which evidences a possible
resistance induction. Essential oils did not show difference on AUPDC nor protein induction.
Additional keywords: Phaseolus vulgaris, Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, acquired
systemic resistance.
_________________________________________________________________________
O feijoeiro é afetado por vários tipos de patógenos que causam doenças e acarretam
perdas significativas na produção. Entre estes o horticultor têm se preocupado com a bactéria
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, agente causal do crestamento bacteriano comum, que
possui grande importância para a cultura devido sua distribuição quase generalizada, e os
danos severos na produtividade (02).
Os primeiros sintomas surgem na forma de manchas aquosas, com crescimento
irregular, na face inferior dos folíolos, tornando-se de coloração parda e aspecto necrótico,
circundadas por halo de tecido amarelo, coalescendo e originando o crestamento. A
27
disseminação ocorre através de sementes infectadas e respingos de água da chuva ou irrigação.
O clima úmido, com temperaturas altas (28
o
C), favorece o desenvolvimento da doença,
ocasionando grandes perdas na cultura (03).
Como o controle da doença em condições favoráveis é difícil, recomenda-se manejo
integrado, utilizando várias medidas de controle que incluem o uso de cultivares resistentes,
rotação de culturas e sementes certificadas livres do patógeno (12); aração profunda para
incorporação de restos culturais infectados, bom preparo e fertilidade do solo, época de
semeadura e manejo da irrigação (14). A eficácia do controle químico do crestamento
bacteriano comum do feijoeiro, através de pulverização das plantas com produtos bactericidas,
tem sido de pouca magnitude nas lavouras, devido à baixa eficiência destes (03).
Um dos enfoques da agricultura alternativa é o controle alternativo de doenças, o qual
inclui o controle biológico e a indução de resistência em plantas e o uso de produtos naturais
com atividade antimicrobiana e/ou indutora de resistência (21). A resistência induzida tem
sido demonstrada em diversas espécies de plantas, ocorrendo em resposta ao tratamento com
elicitores, que podem ser bióticos ou abióticos, dentre os quais pode-se citar os extratos
vegetais, os óleos essenciais, produtos químicos, fungos, entre outros (24). Este tipo de
controle provavelmente se tornará um componente importante no manejo de doenças,
principalmente daquelas onde os métodos atuais mostram-se pouco efetivos (18).
A seqüência de eventos relacionados à indução e expressão da resistência ou resposta
de defesa inicia-se com o reconhecimento pelo hospedeiro de alguma característica química ou
estrutural do patógeno, ou agente de estresse ou dano associado com a invasão. Esta percepção
resulta na produção ou liberação de um composto sinalizador que é responsável pela indução
da resposta de defesa da planta (08).
Os mecanismos ativos de defesa das plantas contra fitopatógenos envolvem alterações
metabólicas que estão correlacionadas com mudanças na atividade de enzimas chaves
envolvidas na síntese de lignina e fitoalexinas, como a peroxidase, a polifenoloxidase e
compostos fenólicos (19).
As peroxidases e polifenoloxidases são enzimas encontradas em todas as plantas, em
muitos fungos e bactérias aeróbicas. Freqüentemente, aumentam sua atividade em resposta ao
estresse e um de seus principais papéis parece ser o de promover a proteção à célula. Também
podem participar de outras reações oxidativas em frutos e hortaliças, como mudança de cor,
28
degradação de clorofila ou auxinas, oxidação de fenóis e do ácido indol acético e biossíntese
de lignina (26).
Trabalhos desenvolvidos com extratos ou óleo essencial, obtidos a partir de plantas
medicinais da flora nativa, têm indicado o pontencial delas no controle de fitopatógenos, tanto
por sua ão direta sobre os patógenos, inibindo seu crescimento, quanto pela indução de
fitoalexinas, indicando compostos com característica de eliciadores. No entanto, não foram
realizadas a separação e caracterização das frações biologicamente ativas, nem a determinação
do alvo de atuação desses compostos, ou seja, se sobre o patógeno apenas ou sobre a planta
hospedeira, por meio da indução de resistência (22).
Diante do exposto, este trabalho foi realizado com os objetivos de estudar o efeito das
tinturas vegetais de Lippia alba (erva cidreira), Lippia sidoides (alecrim pimenta) Mikania
glomerata (guaco), Equisetum sp. (cavalinha) e Hedera helix (hera) e dos óleos essenciais de
Rosmarinus officinalis (alecrim) e Cinnamomum zeylanicum (canela) no crescimento in vitro
de X. axonopodis pv. phaseolis, na indução de resistência ao crestamento bacteriano comum
em feijão vagem cultivar Bragança, bem como a produção de peroxidase, polifenoloxidase e
proteínas solúveis totais em plantas tratadas e não tratadas com a aplicação dos produtos
vegetais.
MATERIAL E MÉTODOS
Isolado bacteriano
Foram utilizados dois isolados bacterianos de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli
(Xap) (101D e UFV50) da coleção do departamento de Produção Vegetal, FCA/Unesp e do
Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa, que encontram-se
preservados pelo método de dessecação em tiras de papel de filtro e mantido sob refrigeração.
Os isolados bacterianos foram repicados em meio de cultura nutriente líquido
(extrato de carne 3,0 g; peptona 5,0 g; água destilada 1000 mL) durante 24 h, a 28
o
C, e
transferidos para placas de Petri, contendo meio de cultura NSA (extrato de carne 3,0 g;
peptona 5,0 g; ágar 15 g; água destilada 1000 mL; acrescido de sacarose 5,0 g), e
incubados por 72 h, à temperatura de 28
o
C.
29
Obtenção de tinturas etanólicas e óleos essenciais de plantas medicinais
As plantas medicinais, produzidas no Campus da UNESP em Botucatu, foram
coletadas e utilizadas na forma de tintura vegetal. A tintura vegetal foi obtida através de
maceração de folhas frescas (200 g) em álcool etílico 70% (1000 mL) por 7 dias, em
temperatura ambiente e no escuro. Posteriormente, a tintura etanólica foi filtrada em gaze e em
papel filtro, Whatman 01, e preservadas sob refrigeração para utilização nos diferentes
ensaios.
Os óleos essenciais foram obtidos da indústria Bioessência Produtos Naturais Ltda,
localizada à Avenida Industrial, 827, Distrito Industrial, Barra Bonita, São Paulo.
Atividade antimicrobiana in vitro das tinturas e óleos essenciais
Visando verificar a ação in vitro das tinturas e óleos essenciais das plantas medicinais
dois isolados de Xap (101D e UFV50) foram cultivados em 50 mL de nutriente líquido,
durante 48 h, a 28
o
C. Seguida a incubação, os isolados foram transferidos individualmente
para recipientes contendo meio de cultura NSA fundente, a 45 50
o
C, na proporção de 1
parte de suspensão bacteriana para 9 partes de meio de cultura. Essa mistura foi transferida
para placas de Petri (20 mL), deixando-a solidificar sob condições ambientes. Após a
solidificação foram realizados perfurações (pocinhos) de 5 mm de diâmetro no meio de cultura
e acrescentado 40 µL das tinturas e óleos essenciais nas concentrações de 0, 1, 5, 10, 50 e
100%. Álcool etílico 70% foi utilizado como testemunha para as tinturas e água destilada
contendo leite em pó desnatado (18 g L
-1
) como testemunha para os óleos essenciais (09).
As placas foram incubadas a 28
o
C, durante 48 h e, em seguida, aferidos em milímetros
os diâmetros perpendiculares dos halos de inibição formados ao redor dos “pocinhos”. O
delineamento experimental empregado foi o inteiramente casualizado com 4 repetições, sendo
cada uma representada por uma placa de Petri.
30
Indução de resistência em feijão vagem ao crestamento bacteriano comum
Sementes de feijão vagem, cultivar Bragança, foram semeadas em vasos de 3 L
de capacidade contendo substrato autoclavado constituído de um terço de areia grossa, um
terço de solo e um terço de esterco de curral curtido, acrescido de calcário dolomítico e adubo
químico conforme a análise de solo (27), sob condições de casa de vegetação. Foram
semeadas 5 sementes de feijão vagem cultivar Bragança por vaso e, após a germinação,
selecionou-se as plantas com desenvolvimento normal, deixando 3 plantas por vaso. O
delineamento experimental foi o de blocos casualizados com 5 repetições, esquema fatorial 5 x
3 para as tinturas etanólicas e 4 x 2 para os óleos essenciais.
As tinturas etanólicas de Lippia alba, Lippia sidoides, Mikania glomerata,
Equisetum sp. e Hedera hélix foram pulverizados nas folhas das plantas, nas concentrações de
0, 1, 5, 10 20%. Os óleos essenciais de alecrim e canela foram diluídos em leite em
desnatado (09) e pulverizados nas folhas da plantas de feijão vagem nas concentrações de
0,5% para o óleo de alecrim e 0,1% para o óleo de canela, baseadas em pré-testes de
fitoxicidade para feijão vagem. Neste ensaio utilizou-se testemunha água contendo leite em
desnatado. Para tal, foi utilizado um pulverizador manual com 1,5 litros de capacidade e bico
de pulverização do tipo leque.
Os tratamentos para os extratos etanólicos foram: pulverização 5 dias antes da
inoculação, 5 dias antes e 5 dias após a inoculação e 5 dias após a inoculação. Para os óleos
essenciais foram: pulverização 5 dias antes da inoculação e 5 dias após a inoculação.
Foi realizada a inoculação nas folhas primárias, aos quinze dias após a emergência
das plantas, para os tratamentos com extratos etanólicos e inoculação nos folíolos da primeira,
segunda e terceira folhas trifolioladas, aos vinte e cinco dias após a emergência das plantas,
para os tratamentos com óleos essenciais através do método de agulhas múltiplas (01), com o
isolado de Xap UFV 50, na concentração de 10
8
ufc mL
-1
.
A avaliação da severidade de sintomas da doença nos folíolos foi realizada aos 12, 15
e 18 dias após a inoculação, através da escala de notas de 1 a 5, conforme Maringoni et al.
(13): 1 sem sintoma, 2 até 25% de amarelecimento e/ou necrose na área inoculada, 3 26
a 50% de amarelecimento e/ou necrose na área inoculada, 4 51 a 75% de amarelecimento
e/ou necrose na área inoculada, 5 acima de 75% de amarelecimento e/ou necrose na área
31
inoculada. Com os resultados obtidos nas avaliações foi calculada a área abaixo da curva do
progresso da doença (AACPD), conforme (20), e os valores foram submetidos à análise de
variância e a testes de separação de médias, com o auxílio do programa estatístico ASSISTAT
(23).
Análises bioquímicas
Para as análises de polifenoloxidase, peroxidase e teor de proteínas foi utilizado
ensaio em casa de vegetação com vasos, conforme descrito no item anterior.
Foram retiradas uma folha primária de cada repetição de plantas não inoculadas e
inoculadas (5 dias após os tratamentos), sendo no total 5, coletadas em cinco épocas
(concomitantemente, 3, 5, 8 e 10 dias após o tratamento). Para tanto foram pulverizados nas
folhas os extratos etanólicos na concentração de 20% e os óleos essenciais de alecrim e canela,
nas concentrações de 0,5 e 0,1%, respectivamente.
As amostras após pesagem, foram embaladas, congeladas em nitrogênio líquido e
mantidas a temperatura de 20
o
C. Foram processadas para as análises, através da trituração
em 5 mL de tampão fosfato 0,2 M, pH 6,7 à temperatura entre 0 e 4
o
C e centrifugação do
homogeneizado obtido, por 15 min a 10000 g (peroxidase (POD) e proteínas solúveis totais).
Para a atividade de polifenoloxidase (PFO) foi utilizado tampão fosfato 0,05 M, pH 6,0 na
trituração. O sobrenadante foi armazenado em frascos de vidro, mantidos em freezer a – 20
o
C,
para ser utilizado como extrato nas análises.
O teor de PFO foi determinado de acordo com o método de Cano et al. (06)
modificado. A reação ocorrida, em banho-maria, entre 0,3 mL do extrato e 1,85 mL de solução
de catecol (pyrocathecol 0,1 M em tampão fosfato 0,05 M, pH 6,0), durante 30 min, a 30
o
C,
foi interrompida após a adição de 0,8 mL de ácido perclórico a 5% (HClO
4
). A leitura da
absorbância foi realizada em espectrofotômetro no comprimento de onda de 395 nm. O teor de
PFO foi obtido aplicando-se a fórmula abaixo, calculando-se em U.A. g
–1
massa fresca min
-1
.
Fórmula: PFO = [(L / T) x 1000] / [(P x Am) / VT]
Onde: PFO = atividade de polifenoloxidase
L = leitura do espectrofotômetro (Abs.)
T = tempo de reação (min)
32
1000 = unidade de enzima (fator)
P= peso da amostra (mg)
Am= alíquota do extrato (mL)
VT= volume de tampão para homogenização da amostra (mL)
O teor de POD foi determinado pela reação dos extratos com as soluções A (20 mM
de H
2
O
2
+ tampão fosfato 0,2 M, pH 6,7) e B (4mM de aminoantipirina em 10 mM de fenol)
durante 5 min a 30
o
C, parando-se a reação com 2 mL de álcool etílico absoluto, fazendo-se
em seguida a leitura em espectrofotômetro, no comprimento de onda de 505 nm (11). O teor
de peroxidase foi calculado com o emprego da fórmula descrita abaixo, calculando-se em
µMol H
2
O
2
decomposto g
-1
massa fresca min
-1
.
Fórmula: POD = [(L x Vt) / (6,58 x T x Ve)] / [(P x Ve) / VT]
Onde: POD = atividade da peroxidase
L = leitura do espectrofotômetro (Abs.)
Vt = volume total da amostra (mL)
T = tempo de reação (min.)
Ve = volume utilizado do extrato (mL)
P= peso da amostra (mg)
VT= volume de tampão para homogenização da amostra (mL)
O teor de proteínas totais solúveis foi determinado pelo método de Bradford (04),
através da reação entre uma alíquota do extrato vegetal e 5 mL do reativo de Bradford (100 mg
de brilhante Blue G + 50 mL de etanol 95% + 100 mL H
3
PO
4
85% + água destilada q. s. p. 1
L), durante 5 min, realizando-se a leitura da absorbância em espectrofotômetro a 595 nm. Os
valores obtidos na leitura foram substituídos na equação da curva de eficiência (caseína como
padrão) e expressos em mg proteína g
-1
massa fresca.
Equação da reta: y = (0,0257+ 0,0041 x) / Ve
y = leitura do espectrofotômetro
x = teor de proteína
Ve = peso da massa fresca utilizada
33
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Entre as tinturas etanólicas estudadas, as de Lippia alba e Lippia sidoides, na
concentração de 100%, e a de L. alba, na concentração de 50%, promoveram a formação de
halo de inibição ao isolado 101 D, enquanto que para o isolado UFV 50, apenas a tintura
etanólica de L. sidoides, nas concentrações de 50 e 100%, promoveu a formação de halos. As
demais tinturas avaliadas, em todas as concentrações, não foram capazes de inibir o
crescimento dos isolados de X. axonopodis pv. phaseoli ensaiados. Esses resultados foram
contrários àqueles obtidos por Morais et al. (15), que observaram a ação inibitória in vitro de
tinturas etanólicas Lippia alba e de Equisetum spp. à cinco isolados de X. axonopodis pv.
phaseoli. Conforme esses autores, houve variação na sensibilidade dos isolados às tinturas
etanólicas avaliadas, pois o isolado Feij-20, o mais sensível, com a formação de maior halo de
inibição, sendo este resultado concordante com os daqui descritos, pois o isolado 101D
apresentou maior sensibilidade in vitro quando comparado com o isolado UFV 50.
Estudos conduzidos por Vigo-Schultz et al. (29) demonstraram a ação inibitória in
vitro do extrato etanólico de M. glomerata a X. campestris pv. campestris nas concentrações a
partir de 250 mg L
-1
. Resultados semelhantes eram esperados no presente trabalho, com a
tintura etanólica dessa espécie vegetal, porém não foram constatadas atividades inibitórias aos
isolados de X. axonopodis pv. phaseoli aqui avaliados. .
Os óleos essenciais de Rosmarinus officinalis e Cinnamomum zeylanicum
apresentaram ação inibitória in vitro aos isolados de X. axonopodis pv. phaseoli ensaiados.
Foi observado a presença de halos de inibição para R. officinalis a partir da concentração de
1%, e para o isolado UFV 50, a partir da concentração de 5%. Pesquisas desenvolvidas
principalmente com fungos de pós colheita em banana, evidenciaram a redução no peso
micelial na presença de 0,3% v/v de óleo de C. zeylanicum, devido a presença dos compostos
antimicrobianos cinnamaldeído e eugenol (18).
Com relação ao tratamento das plantas de feijoeiro com as diferentes tinturas
etanólicas e óleos essenciais nas concentrações avaliadas e nos diferentes períodos de
aplicação, evidenciaram que todas as tinturas etanólicas apresentaram efeito no controle do
crestamento bacteriano comum, sendo que as concentrações de 5 e 20% de L. alba (Tabela 1),
34
5, 10 e 20% de L. sidoides e M. glomerata (Tabelas 2 e 3), 10 e 20% de Equisetum sp. (Tabela
4) e 5 e 20% de H. helix (Tabela 5) foram as que propiciaram os menores valores da AACPD.
Os óleos essenciais não evidenciaram essa ação no controle do crestamento bacteriano comum
(Tabela 6). Para o período de aplicação de L. alba, os menores valores de AACPD observados
foram aos cinco dias antes da inoculação (Tabela 1), para M. glomerata aos cinco dias antes e
cinco dias após a inoculação (Tabela 3) e para H. helix, onde houve interação entre
tratamentos e épocas de aplicação, os menores valores de AACPD foram observados aos cinco
dias antes ( concentração de 5%) e cinco dias antes e após a inoculação (concentração de 20%)
(Tabela 5). Com relação as tinturas de L. sidoides e Equisetum sp. e os óleos essenciais de R.
officinalis e C. zeylanicum (Tabelas 2, 4 e 6) não foram observadas diferenças entre os
períodos de aplicação desses produtos, para os valores de AACPD observados.
Embora Paixão et al. (16) tenham observado redução na severidade do crestamento
bacteriano comum em folíolos de feijão vagem, híbrido Flórida, pulverizados com as tinturas
etanólicas de L. alba, nas concentrações de 5 e 10% e não com a tintura de Equisetum sp., os
resultados aqui observados concordam parcialmente com esses autores pois os valores da
AACPD foram relativamente próximos entre os tratamentos.
Com relação a M. glomerata, Vigo-Schultz et al. (29) observaram que extrato
etanólico desta planta não ativou o processo de resistência em plantas de couve-flor à podridão
negra, sendo este extrato com ação direta sobre o patógeno.
Nos ensaios com óleos essenciais de R. officinalis e C. zeylanicum não se
constataram diferenças da AACPD em relação à testemunha água e a testemunha água + leite
em pó. Isto pode ser devido à baixa concentração dos óleos em relação às tinturas etanólicas,
que em pré-teste realizado observou-se um efeito tóxico dos mesmos em plantas de feijão
vagem, não sendo fitotóxicos nas concentrações em que foram aqui ensaiadas. Tworkoski (28)
observou que o óleo essencial de C. zeylanicum, na concentração de 5%, teve alta atividade
herbicida sobre as plantas invasoras Ambrosia artemisufolia, Chenopodium álbum e Sorghum
halepense, pois causou a morte das mesmas, após dois dias da aplicação.
Com relação à atividade enzimática, verifica-se maior produção de polifenoloxidase
e proteínas solúveis totais para as plantas tratadas com as tinturas etanólicas de L. alba, L.
sidoides, M. glomerata, Equisetum sp. e H. helix (Figuras 1 a 5), com o pico de produção
respectivamente aos oito e cinco dias após a pulverização. para a peroxidase, incrementos
35
na produção dessa enzima foram observados principalmente nas plantas pulverizadas com as
tinturas etanólicas de L. alba, M. glomerata e Equisetum sp. (Figuras 1, 3 e 4).
Os óleos essenciais empregados não acarretaram aumentos contrastantes em relação
ao tratamento testemunha, quanto a produção de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas
solúveis totais (Figuras 6 e 7).
Evidencias apontam que as tinturas etanólicas aqui estudadas tiveram ação indutora
de resistência do feijão vagem ao crestamento bacteriano comum, visto pelas alterações na
produção das enzimas e proteínas solúveis avaliadas e pelos menores valores da AACPD
observados. Conforme Kuhn (10), aumento na atividade de peroxidase em plantas de feijão
IAC Carioca Tybatã e redução na severidade do crestamento bacteriano comum foram
observados em plantas tratadas com Bacillus cereus. Já Campos et al. (05) constataram
correlações positivas entre as atividades de peroxidase e polifenoloxidase em plantas de feijão
tratadas com um isolado avirulento de Colletotrichum lindemuthianum, que propiciou a
ativação dos mecanismos de resistência dessas plantas quando inoculadas com um isolado
virulento de C. lindemuthianum.
As plantas inoculadas com o patógeno desafiante não apresentaram diferença na
produção de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais para nenhuma das tinturas
etanólicas ou óleos essenciais aqui ensaiados (Figuras 1 a 7). Silva et al. (25) observaram
um aumento na peroxidase em plantas de tomate tratadas com extratos aquosos dos cogumelos
Agaricus blazei e Lentinula edodes aos três dias após o tratamento, um dia após a inoculação,
onde as plantas tratadas e inoculadas com a bactéria desafiante Ralstonia solanacearum
apresentaram maior indução de peroxidase em relação a plantas somente tratadas com os
extratos aquosos dos cogumelos. Em plantas de pepino tratadas com extrato aquoso de L.
edodes e desafiadas com Colletotrichum lagenaria, Di Piero e Pascholati (07) constataram
uma elevação na atividade local e sistêmica de peroxidases no nono e décimo segundo dias
após o tratamento, respectivamente (no terceiro e sexto dia após a inoculação do patógeno).
36
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cocoa against Crinipellis perniciosa e Verticillium dahliae by acibenzolar-S-methyl
(ASM). Plant Phathology, San Diego, v. 51, p. 621-628, 2002.
20. Schneider, R.W.; Williams, R.J. & Sinclair, J.B. Cercospora leaf sport of cowpea:
models for estimating yield loss. Phytopathology, 66:384-388, 1976.
38
21. Schwan-Estrada, K.R.F.; Stangarlin, J.R.; Cruz, M.E.S. Uso de plantas medicinais no
controle de doenças de plantas. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 28 (suplemento), p.
554 – 556, 2003.
22. Schwan-Estrada, K.R.F. & Stangarlin, J.F. Extratos e óleos essenciais de plantas
medicinais na indução de resistência. In: Cavalcanti, L.S., Di Piero, R.M., Cia, P.,
Pascholati, S.F., Resende, M.L.V. & Romeiro, R.S. (Eds.) Indução de resistência em
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23. Silva, F. de A.S. e & Azevedo, C.A.V. de. A New Version of The Assistat-Statistical
Assistance Software. In: World Congress on Computers in Agriculture, 4, Orlando:
Anais... Orlando: American Society of Agricultural Engineers, p.393-396, 2006.
24. Silva, R.F. Indução de resistência em plantas de berinjela e tomate por Lentinula
edodes e Agaricus blazei contra bactérias causadoras de murcha (Ralstonia
solanacearum) e cancro (Clavibacter michiganensis subsp. Michiganensis). 2007, 109
f. Tese (Doutorado na área de Fitopatologia), Universidade de São Paulo, Piracicaba,
2007.
25. Silva, R.F., Pascholati, S.F. & Bedendo, I.P. Indução de resistência em tomateiro por
extratos aquosos de Lentinula edodes e Agaricus blazei contra Ralstonia solanacearum.
Fitopatologia Brasileira, v.32, n. 3, p.189-196. 2007.
26. Soares, R. M. Avaliação da eficácia de Fusarium sp. E da indução de resistência por
acibenzolar-S-methyl à murcha-de-curtobacterium do feijoeiro. 2001. 89 f. Tese
(Doutorado em Produção Vegetal Área de concentração Proteção de Plantas),
Universidade Estadual Paulista/FCA, Botucatu, 2001.
27. Trani, P.E.; Passos, F.A. Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São
Paulo. Campinas: IAC, 1997, 180 p. (Boletim técnico 100).
28. Tworkoski, T. Herbicide effects of essential oils. Weed Science, v. 50, p.425–431, 2002.
29. Vigo-Schultz, S.C.; Stangarlin, J.L.; Franzener, G.; Portz, R.L.; Kuhn, O.J. & Schwan-
Estrada, K.R.F. Avaliação da eficácia da tintura etanólica de guaco (Mikania glomerata)
no controle da podridão negra (Xanthomonas campestris pv. campestris) em couve-flor.
Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 27, n. 4, p. 515-524, 2006.
39
Tabela 1: Área abaixo da curva do progresso da doença (crestamento bacteriano comum) em
folhas de feijão vagem cultivar Bragança submetidas a tratamentos com tintura etanólica de
Lippia alba.
Épocas de aplicação
Concentrações da 5 dias antes 5 dias antes + 5 dias após Média
tintura etanólica (%) 5 dias após
0 22,41 24,15 23,97 23,51 a
*
1 22,35 21,12 22,38 21,95 b
5 20,97 20,76 22,20 21,31 bc
10 21,42 22,41 22,80 22,21 ab
20 19,50 20,97 20,85 20,44 c
Média 21,33 b 21,88 ab 22,44 a
CV (%) 6,20
*
Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade
Tabela 2: Área abaixo da curva do progresso da doença (crestamento bacteriano comum) em
folhas de feijão vagem cultivar Bragança submetidas a tratamentos com tintura etanólica de
Lippia sidoides.
Épocas de aplicação
Concentrações da 5 dias antes
5 dias antes + 5 dias após Média
tintura etanólica 5 dias após
0 21,48 22,44 22,56 22,16 a
*
1 22,44 20,55 20,91 21,30 ab
5 20,91 19,44 19,74 20,03 bc
10 19,26 19,56 19,38 19,40 c
20 20,91 19,14 20,46 20,17 bc
Média 21,00 a 20,23 a 20,61 a
CV (%) 7,28
*
Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade
40
Tabela 3: Área abaixo da curva do progresso da doença (crestamento bacteriano comum) em
folhas de feijão vagem cultivar Bragança submetidas a tratamentos com tintura etanólica de
Mikania glomerata.
Épocas de aplicação
Concentrações da 5 dias antes 5 dias antes + 5 dias após Média
tintura etanólica (%) 5 dias após
0 27,27 26,91 27,42 27,20 a
*
1 26,43 24,45 27,00 25,96 ab
5 25,59 24,24 25,83 25,22 b
10 26,43 25,38 24,57 25,46 b
20 26,19 24,81 25,17 25,39 b
Média 26,38 a 25,16 b 26,00 ab
CV (%) 5,55
*
Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade
Tabela 4: Área abaixo da curva do progresso da doença (crestamento bacteriano comum) em
folhas de feijão vagem cultivar Bragança submetidas a tratamentos com tintura etanólica de
Equisetum sp..
Épocas de aplicação
Concentrações da 5 dias antes 5 dias antes + 5 dias após Média
tintura etanólica (%) 5 dias após
0 29,94 29,88 29,91 29,91 a
*
1 29,82 29,22 29,61 29,55 a
5 29,43 29,49 29,61 29,51 a
10 28,92 28,95 29,79 29,22 ab
20 27,69 28,43 29,18 28,43 b
Média 29,16 a 29,19 a 29,62 a
CV (%) 2,88
*
Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade
41
Tabela 5: Área abaixo da curva do progresso da doença (crestamento bacteriano comum) em
folhas de feijão vagem cultivar Bragança submetidas a tratamentos com tintura etanólica de
Hedera helix.
Épocas de aplicação
Concentrações da 5 dias antes 5 dias antes + 5 dias após
tintura etanólica (%) 5 dias após
0 23,64 aA
*
23,91 aA 23,61 aA
1 22,59 aA 20,79 abA 21,51 aA
5 17,70 bB 20,55 abAB 21,90 aA
10 20,61 abA 21,24 abA 22,29 aA
20 22,62 aA 18,30 bB 20,94 aAB
CV (%) 8,93
*
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna, e maiúscula na linha, não diferem significativamente
entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
Tabela 6 Área abaixo da curva do progresso da doença (crestamento bacteriano comum) em
folhas de feijão vagem cultivar Bragança submetidas a tratamento com óleos essenciais.
Épocas de aplicação
Tratamentos 5 dias antes 5 dias após Média
Testemunha água 28,53 27,39 27,96 a
*
Testemunha água + leite 26,4 26,94 26,67 a
Óleo de Rosmarinus officinalis 0,5% 26,52 27,27 26,89 a
Óleo de Cinnamomum zeylanicum 0,1% 28,77 28,02 28,39 a
Média 27,55 a 27,40 a
CV (%) 5,75
*
Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade
42
POLIFENOLOXIDASE
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PEROXIDASE
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PROTEÍNAS SOLÚVEIS TOTAIS
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
Figura 1 - Teor de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais em folhas de feijão
vagem cultivar Bragança pulverizadas com tintura etanólica de Lippia alba a 20%, não
inoculadas (A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Barras indicam a
média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
43
POLIFENOLOXIDASE
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PEROXIDASE
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PROTEÍNAS SOLÚVEIS TOTAIS
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
Figura 2 - Teor de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais em folhas de feijão
vagem cultivar Bragança pulverizadas com tintura etanólica de Lippia sidoides a 20%, não
inoculadas (A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Barras indicam a
média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
44
POLIFENOLOXIDASE
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PEROXIDASE
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PROTEÍNAS SOLÚVEIS TOTAIS
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
Figura 3 - Teor de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais em folhas de feijão
vagem cultivar Bragança pulverizadas com tintura etanólica de Mikania glomerata a 20%, não
inoculadas (A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Barras indicam a
média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
45
POLIFENOLOXIDASE
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PEROXIDASE
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PROTEÍNAS SOLÚVEIS TOTAIS
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
Figura 4 - Teor de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais em folhas de feijão
vagem cultivar Bragança pulverizadas com tintura etanólica de Equisetum sp. a 20%, não
inoculadas (A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Barras indicam a
média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
Inoculação
A
B
46
POLIFENOLOXIDASE
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U.A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PEROXIDASE
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PROTEÍNAS SOLÚVEIS TOTAIS
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
Figura 5 - Teor de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais em folhas de feijão
vagem cultivar Bragança pulverizadas com tintura etanólica de Hedera helix a 20%, não
inoculadas (A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Barras indicam a
média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
Inoculação
A
B
47
POLIFENOLOXIDASE
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U. A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U. A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PEROXIDASE
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PROTEÍNAS SOLÚVEIS TOTAIS
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
Figura 6 - Teor de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais em folhas de feijão
vagem cultivar Bragança pulverizadas com óleo essencial de Rosmarinus officinalis a 0,5%,
não inoculadas (A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Barras
indicam a média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
Inoculação
A
B
48
POLIFENOLOXIDASE
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U. A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U. A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PEROXIDASE
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
0
2
4
6
8
10
12
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Tratadas
PROTEÍNAS SOLÚVEIS TOTAIS
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
20
25
30
35
40
45
50
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Tratadas
Figura 7 - Teor de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais em folhas de feijão
vagem cultivar Bragança pulverizadas com óleo essencial de Cinnamomum zeylanicum a 0,1%,
não inoculadas (A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Barras
indicam a média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
A
B
Inoculação
Inoculação
A
B
49
CAPÍTULO II
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE PIRACLOSTROBINA NO CONTROLE DO
CRESTAMENTO BACTERIANO COMUM DO FEIJÃO VAGEM
50
Avaliação da Eficácia de Piraclostrobina no Controle do Crestamento Bacteriano
Comum do Feijão Vagem
Sandra C. Vigo-Schultz
1
, Antonio Carlos Maringoni
1
, Renata de Cássia Camara
1
&
Giuseppina P.P. Lima
2
1
Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Caixa Postal 237, CEP 18610-307, Botucatu, SP, e-mail:
sandracvigo@yahoo.com.br.
2
Departamento de Química e Bioquímica, Instituto de Biologia, UNESP, Caixa Postal, 1510, CEP 18618-000,
Botucatu, SP.
(Aceito para publicação em ...)
Autor para correspondência: Sandra Cristina Vigo-Schultz
VIGO-SCHULTZ, S. C., MARINGONI, A. C., CAMARA, R. C. & LIMA, G. P. P. Avaliação da eficácia de
piraclostrobina no controle do crestamento bacteriano comum do feijão vagem. Tropical Plant Pathology...
RESUMO
Ensaios foram conduzidos in vitro e sob condições de casa de vegetação com a finalidade de
avaliar a ação de diferentes doses (0, 0,0375, 0,0750 e 0,150 mL L
-1
), de piraclostrobina e
uma dose (0,025 g L
-1
) de acibenzolar-S-metil (ASM), pulverizadas em três épocas (5 dias
antes; 5 dias antes e 5dias após; e 5 dias após a inoculação), sobre o crestamento bacteriano
comum, em folhas de feijão vagem cultivar Bragança, e o efeito desse produtos nos teores de
polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais em folhas não inoculadas e inoculadas.
A piraclostrobina não inibiu o crescimento do isolado de Xanthomonas axonopodis pv.
phaseoli in vitro. Em casa de vegetação, às concentrações de piraclostrobina, juntamente com
o ASM, reduziram a área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD) nas plantas
tratadas e, para as épocas de aplicação dos produtos, pode-se observar que o menor valor da
AACPD ocorreu com cinco dias antes e cinco dias após a pulverização desses. Maiores teores
de polifenoloxidase, peroxidase e proteínas solúveis totais, foram observados nos folíolos das
plantas pulverizadas com piraclostrobina e ASM, evidenciando uma possível indução de
resistência em plantas de feijão vagem cultivar Bragança.
51
Palavras-chave adicionais: Phaseolus vulgaris, Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli,
resistência sistêmica adquirida, benzotiadiazole, estrobilurina.
ABSTRACT
Efficacy of Pyraclostrobin on the snap bean to common bacterial blight control
Studies were carried out in vitro and under greenhouse conditions, to evaluate the
pyraclostrobin different races (0, 0.0375, 0.0750 and 0.150 mL L
-1
) action, and one
acibenzolar-S-methyl (ASM) race (0.025 g L
-1
), sprayed in three age (5 days before; 5 days
before and 5 days after; and 5 days after the inoculation), to common bacterial blight in snap
bean leaves, cultivar Bragança, and this products effect in the poliphenoloxidase, Peroxidase
and total soluble protein production in non inoculate and inoculate leaves. Pyraclostrobin did
not inhibit in vitro Xanthomonas axonopodis pv. Phaseoli growth. In greenhouse,
pyraclostrobin concentrations with acibenzolar-S-methyl reduced the area under the disease
progress curve (AUPDC) in treated plants and, for products application time the lowest value
of AUPDC occurred five days before and five days after products sprinkling. Higher
poliphenoloxidase, peroxidase and total soluble protein contents were observed in plant
leaflets sprinkled with pyraclostrobin and ASM which are probably related to resistance
induction in snap bean plants.
Additional keywords: Phaseolus vulgaris, Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, acquired
systemic resistance, benzothiadiazole, strobilurin.
_________________________________________________________________________
INTRODUÇÃO
Bacterioses de plantas cultivadas no Brasil vêm assumindo importância crescente,
provocando elevadas perdas na produção, embora não existam estatísticas precisas (Romeiro,
1995; Lopes & Quezado-Soares, 1997). O crestamento bacteriano comum (CBC), causado por
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, apresenta grande importância na cultura do feijoeiro,
devido à sua distribuição em quase todas as regiões produtoras do país. Os sintomas ocorrem
em toda a parte aérea da planta, afetando folhas, caules, vagens e sementes (Bianchini et al.,
2005).
52
A indução de resistência vem sendo alvo de estudos para o controle de patógenos
bacterianos, que o controle químico é ainda considerado variável. Esta envolve a ativação
de mecanismos de defesa latentes existentes nas plantas, em resposta ao tratamento com
agentes bióticos, como microrganismos viáveis ou inativados (Stangarlin & Pascholati, 1994)
ou abióticos, como ácido aminobutírico, ácido 2,6-dicloroisonicotínico e benzotiadiazólicos
(Görlach et al., 1996; Halfeld-Vieira et al., 2006).
A resistência de plantas a patógenos pode e têm sido conseguida pela aplicação de
produtos químicos sintéticos em plantas. Após o desenvolvimento do acibenzolar-S-metil,
observou-se um considerável avanço na indução de resistência. Desde então, vários produtos
tem surgido, explorando a capacidade de ativação de diferentes mecanismos de defesa nas
plantas, como quitosanas, probenazole, Oxycom
, harpina, entre outros (Sobrinho et al.,
2005).
Os fungicidas do grupo das estrobilurinas compreendem uma variedade de
compostos sintéticos protetores de plantas com amplo espectro na ão antifúngica. Estudos
realizados têm demonstrado evidências da influencia direta de estrobilurinas na fisiologia de
plantas (Köehle et al., 2002). Estes efeitos fisiológicos m indicado que a piraclostrobina
pode também, aumentar a habilidade de algumas plantas na resistência contra o ataque de
fitopatógenos (Venancio et al., 2003).
Diante do exposto esse trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de
piraclostrobina em comparação com acibenzolar-S-metil na indução da resistência de feijão
vagem ao crestamento bacteriano e análises bioquímicas de enzimas/proteínas (peroxidase,
polifenoloxidase, proteínas totais e fenóis) envolvidas na indução da resistência.
MATERIAL E MÉTODOS
Atividade antimicrobiana de piraclostrobina in vitro
Visando verificar a ação in vitro de piraclostrobina (Comet
), sobre a bactéria, o
isolado de Xap UFV 50 foi cultivado em 50 mL de nutriente líquido, durante 48 h, a 28
o
C.
Seguida a incubação, o isolado foi transferido para recipiente contendo meio de cultura NSA
53
(nutriente-sacarose-ágar) fundente, a 45 – 50
o
C, na proporção de 1 parte de suspensão
bacteriana para 9 partes de meio de cultura. Essa mistura foi transferida para placas de Petri
(20 mL), deixando-a solidificar sob condições ambientes. Após a solidificação foram
realizados perfurações (pocinhos) de 5 mm de diâmetro no meio de cultura e acrescentado 40
µL do produto nas concentrações de 0, 0,0075, 0,0375 e 0,150 mL.L
-1
. As placas foram
incubadas a 28
o
C, durante 48 h e, em seguida, avaliado o diâmetro dos halos de inibição
formados ao redor dos “pocinhos”. O delineamento experimental empregado foi o
inteiramente casualizado, com 4 repetições, sendo cada repetição representada por uma placa
de Petri.
Indução de resistência em feijão vagem ao crestamento bacteriano comum
Sementes de feijão vagem foram semeadas em vasos de 3 litros de capacidade
contendo substrato autoclavado constituído de um terço de areia grossa, um terço de solo e um
terço de esterco de curral curtido, acrescido de calcário dolomítico e adubo químico conforme
a análise de solo (Trani & Passos, 1997), sob condições de casa de vegetação. Foram
semeadas cinco sementes de feijão vagem cultivar Bragança por vaso e, após a germinação,
selecionou-se as plantas com desenvolvimento normal, deixando três plantas por vaso. O
delineamento experimental foi o de blocos casualizados com cinco repetições esquema fatorial
5 x 3 para as tinturas etanólicas e 4 x 2 para os óleos essenciais.
Piraclostrobina foi pulverizada nas folhas das plantas, com 10 dias após a
emergência, nas concentrações de 0, 0,0375, 0,0750 e 0,150 mL.L
-1
. Neste ensaio utilizou-se
acibenzolar-S-metil (Bion
) (0,025 g L
-1
) como parâmetro de indução de resistência já
conhecido (Romeiro et al. 1999). Para tal, foi utilizado um pulverizador manual com 1,5 litros
de capacidade e bico de pulverização do tipo leque.
Os períodos de aplicação foram: pulverização cinco dias antes da inoculação, cinco
dias antes e cinco dias após a inoculação e cinco dias após a inoculação. Foi realizada a
inoculação nas folhas primárias das plantas, aos 15 dias após a emergência, através do método
de agulhas múltiplas (Andrus, 1948), com o isolado UFV 50, na concentração de 10
8
ufc mL
-1
.
54
A avaliação da severidade de sintomas da doença nos folíolos foi realizada aos 12, 15
e 18 dias após a inoculação, através da escala de notas de 1 a 5, conforme Maringoni et al.
(1993): 1 sem sintoma, 2 até 25% de amerelecimento e/ou necrose na área inoculada, 3
26 a 50% de amarelecimento e/ou necrose na área inoculada, 4 51 a 75% de amarelecimento
e/ou necrose na área inoculada, 5 acima de 75% de amarelecimento e/ou necrose na área
inoculada. Com os resultados obtidos nas avaliações foi calculada a área abaixo da curva do
progresso da doença (AACPD), conforme (Schneider et al., 1976), e os valores foram
submetidos à análise de variância fatorial e a testes de separação de médias com o emprego do
programa estatístico ASSISTAT (Silva & Azevedo, 2006).
Análises bioquímicas
Para as análises de peroxidase, polifenoloxidase e teor de proteínas foi instalado
ensaio em casa de vegetação com vasos, conforme descrito no item anterior.
Foram retiradas uma folha primária de cada repetição de plantas não inoculadas e
inoculadas (5 dias após os tratamentos), sendo no total 5, coletadas em cinco épocas
(concomitantemente, 3, 5, 8 e 10 dias após o tratamento). Para tanto foi pulverizado nas folhas
piraclostrobina na concentração de 0,0750 mL.L
-1
, o acibenzolar-S-metil na concentração de
0,025 g L
-1
e a testemunha.
As amostras após pesagem, foram embaladas, congeladas em nitrogênio líquido e
mantidas a temperatura de 20
o
C. Foram processadas para as análises, através da trituração
em 5 mL de tampão fosfato 0,2 M, pH 6,7 à temperatura entre 0 e 4
o
C e centrifugação do
homogeneizado obtido, por 15 min a 10000 g (peroxidase (POD) e proteínas solúveis totais).
Para a atividade de polifenoloxidase (PFO) foi utilizado tampão fosfato 0,05 M, pH 6,0 na
trituração. O sobrenadante foi armazenado em frascos de vidro, mantidos em freezer a – 20
o
C,
para ser utilizado como extrato nas análises.
O teor de PFO foi determinado de acordo com o método de Cano et al. (1997)
modificado. A reação ocorrida, em banho-maria, entre 0,3 mL do extrato e 1,85 mL de solução
de catecol (pyrocathecol 0,1 M em tampão fosfato 0,05 M, pH 6,0), durante 30 min, a 30
o
C,
foi interrompida após a adição de 0,8 mL de ácido perclórico a 5% (HClO
4
). A leitura da
55
absorbância foi realizada em espectrofotômetro com leitura 395 nm. O teor de PFO foi obtido
aplicando-se a fórmula abaixo, calculando-se em U.A. g
–1
massa fresca min
-1
.
Fórmula: PFO = [(L / T) x 1000] / [(P x Am) / VT]
Onde: PFO = atividade de polifenoloxidase
L = leitura do espectrofotômetro (Abs.)
T = tempo de reação (min)
1000 = unidade de enzima (fator)
P= peso da amostra (mg)
Am= alíquota do extrato (mL)
VT= volume de tampão para homogenização da amostra (mL)
O teor de POD foi determinado pela reação dos extratos com as soluções A (20 mM
de H
2
O
2
+ tampão fosfato 0,2 M, pH 6,7) e B (4mM de aminoantipirina em 10 mM de fenol)
durante 5 min a 30
o
C, parando-se a reação com 2 mL de álcool etílico absoluto, fazendo-se
em seguida a leitura em espectrofotômetro, no comprimento de onda de 505 nm (Lima, 1994).
O teor de peroxidase foi calculado com o emprego da fórmula descrita abaixo, calculando-se
em µMol H
2
O
2
decomposto g
-1
massa fresca min
-1
.
Fórmula: POD = [(L x Vt) / (6,58 x T x Ve)] / [(P x Ve) / VT]
Onde: POD = atividade da peroxidase
L = leitura do espectrofotômetro (Abs.)
Vt = volume total da amostra (mL)
T = tempo de reação (min.)
Ve = volume utilizado do extrato (mL)
P= peso da amostra (mg)
VT= volume de tampão para homogenização da amostra (mL)
O teor de proteínas totais solúveis foi determinado pelo método de Bradford (1976),
através da reação entre uma alíquota do extrato vegetal e 5 mL do reativo de Bradford (100 mg
de brilhante Blue G + 50 mL de etanol 95% + 100 mL H
3
PO
4
85% + água destilada q. s. p. 1
L), durante 5 min, realizando-se a leitura da absorbância em espectrofotômetro a 595 nm. Os
valores obtidos na leitura foram substituídos na equação da curva de eficiência (caseína como
padrão) e expressos em mg proteína g
-1
massa fresca.
Equação da reta: y = (0,0257+ 0,0041 x) / Ve
56
y = leitura do espectrofotômetro
x = teor de proteína
Ve = peso da massa fresca utilizada
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos testes in vitro, a piraclostrobina não inibiu o crescimento do isolado de
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Conforme Silva et al. (2007), em ensaios realizados in
vitro com extrato aquosos de Lentinula edodes e Agaricus blazeie e de acibenzolar-S-metil
(ASM), que constataram que estes produtos não promoveram inibição significativa do
crescimento de Ralstonia solanacearum em tomateiro. Kessmann et al. (1994) afirmaram que
ASM é definido como um indutor de SAR por não possuir atividade antimicrobiana direta.
Quanto às concentrações de piraclostrobina, juntamente com o acibenzolar-S-metil
(ASM), utilizados no ensaio em casa de vegetação, com a finalidade de avaliar o controle do
crestamento bacteriano comum, foi observada a redução da área abaixo da curva do progresso
da doença (AACPD) nas plantas tratadas com os produtos, conforme a Tabela 1. Com relação
as três épocas de aplicação dos produtos, pode-se observar que o menor valor da AACPD
ocorreu com duas aplicações desses, cinco dias antes e cinco dias após a inoculação (Tabela
1). Observou-se também que não houve diferença estatística nos valores de AACPD para as
diferentes concentrações de piraclostrobina utilizadas. A dose de 0,0750 mL.L
-1
é registrada
para a cultura visando o controle de Colletotrichum lindemunthianum (Agrofit, 2008).
A ação do ASM e piraclostrobina na redução dos sintomas da doença (Tabela 1) foi
devido a atividores fisiológicos de resistência, uma vez que não houve ação direta de
piraclostrobina na inibição do crescimento bacteriano in vitro e o ASM não ocorreu devido a
uma ação direta sobre a bactéria, uma vez que esses produtos não apresentaram atividade
antibiótica in vitro e o ASM não apresenta atividades antimicrobianas diretas (Kessmann et al.
1994).
Alguns trabalhos avaliaram a ação de ASM e piraclostrobina na defesa de plantas
contra bactérias. Hermes et al. (2002) demonstraram que pyraclostrobin aumentou a
resistência de fumo contra a infecção causada pelo vírus do mosaico do fumo (TMV) e por
Pseudomonas syringae pv. tabaci. Houve acúmulo de ácido salicílico nos tecidos das plantas
57
tratadas e de PR-1 proteínas, indicando que pyraclostrobin age ativando mecanismos de
defesas nas plantas, além da ação fungicida.
Soylu et al., (2003) demonstraram que o ASM reduziu a severidade de Clavibacter
michiganensis subsp. Michiganensis, em 75%, aos 7 dias após a inoculação em plântulas de
tomate, mantendo esse mesmo nível de controle até os 14 dias após a inoculação. Quando este
mesmo indutor foi utilizado para o controle de R. solanacearum em tomate, reduziu a
severidade da murcha bacteriana em 66% (Silva et al., 2007).
Estudando a ação do ASM na indução de resistência à canela-preta em batata, em
diferentes cultivares, Benelli et al. (2004) verificaram que no tratamento utilizando 60 mg i.a.
L
-1
houve diminuição da incidência de canela preta nas três cultivares avaliadas, comparando-
as à testemunha. Kuhn (2007) observou em plantas de feijão, que o ASM reduziu os
sintomas do crestamento bacteriano comum em torno de 79%. Porém, no patossistema
feijoeiro/Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens, Soares & Maringoni (2002) não
constataram proteção tanto no tratamento de sementes, quanto na aplicação foliar de ASM.
No ensaio envolvendo o teor de polifenoloxidase, as plantas tratadas com ASM e
piraclostrobina apresentaram um pico de produção da enzima aos 5 dias após a aplicação dos
produtos, mas piraclostrobina apresentou indução a partir do terceiro dia após a aplicação e
manteve-se superior a testemunha, até o décimo dia após a aplicação. A inoculação da
bactéria, aos cinco dias após o tratamento com os produtos, não alterou a produção dessa
enzima na planta, inclusive na testemunha pulverizada com água (Figura 1). Estando de
acordo com Campos et al. (2004) que não observaram diferença na atividade de
poliofenoloxidase, na cultivar de feijão AB 136 (resistente à antracnose), após a inoculação
com o fungo desafiador Colletotrichum lindemuthianum.
Li & Steffens (2002), estudaram a importância da polifenoloxidase na resposta de
defesa das plantas tomate transgênicas, que expressavam altos níveis dessa enzima. Após a
inoculação das plantas com Pseudomonas syringae pv. tomato, elas apresentaram poucas
lesões nas folhas em relação aos controles, aos sete dias da inoculação. A polifenoloxidase
catalisa a oxidação de fenóis para quinonas, na presença de oxigênio. A expressão dessa
enzima pode atuar como uma linha de defesa adicional na proteção de plantas a ataques de
patógenos e insetos (Thipyapong et al., 1995).
58
Quanto à peroxidase (Figura 2) ocorreu um pico de produção para os tratamentos
com ASM e piraclostrobina aos 8 e 5 dias após a aplicação, respectivamente. Sendo maior o
teor dessa enzima para o tratamento com piraclostrobina. Não houve diferença pela inoculação
da bactéria no quinto dia após o tratamento com os produtos ocorrendo apenas um ligeiro
aumento nas plantas tratadas com ASM e inoculadas com a bactéria. Estes resultados podem
ser vistos também para as proteínas solúveis totais, indicando atividades enzimáticas para as
plantas tratadas com ASM e piraclostrobina, em relação à testemunha.
A peroxidase é uma importante enzima nas plantas e está envolvida em diversas
reações, ligações de polissacarídeos, oxidação do ácido indol-3-acético, ligações de
monômeros, lignificação, cicatrização de ferimentos, oxidação de fenóis, defesa de patógenos,
regulação da elongação de células e outras (Kao, 2003).
Peroxidases e polifenoloxidases lideram a degradação oxidativa de compostos
fenólicos próximo ao local da descompartimentalização celular provocada por patógenos. Um
dos resultados mais estudados deste fenômeno é o aparecimento de substâncias escuras
provenientes da polimerização oxidativa das quinonas (Bindschedler et al., 2002).
Cavalcanti et al. (2006) demonstrara a participação das peroxidases e oxidases de
polifenóis na resistência induzida de tomateiro contra Xanthomonas vesicatoria, após a
pulverização das plantas com ASM ou Ecolife
®
. Sendo conferido o aumento na atividade
destas enzimas logo nas primeiras horas após a pulverização, ocorrendo maior atividade no
quinto dia após a inoculação do patógeno. Na avaliação da resistência à antracnose de quatro
cultivares de feijão, pulverizadas com ácido salicílico ou com um fungo indutor, Campos et al.
(2004) verificaram que, avaliando a atividade de peroxidase e polifenoloxidase das plantas
tratadas, cinco dias após a inoculação com o patógeno, houve um acréscimo na atividade
destas enzimas nos tratamentos com ácido salicílico em todas as cultivares.
Em trabalho realizado para investigar o modo de ação de ASM e extratos aquosos de
Lentinula edodes e Agaricus blazei na atividade protetora de plantas de tomate contra
Ralstonia solanacearum, através de alterações na atividade de determinadas enzimas,
observou-se que a atividade de peroxidase aumentou significativamente nas plantas não
inoculadas com a bactéria e tratadas com ASM e extratos aquosos de micélio de Lentinula
edodes e Agaricus blazei, no terceiro, sétimo e décimo segundo dias após o tratamento, em
relação ao tratamento com água. A atividade de polifenoloxidase em plantas tratadas com os
59
indutores e inoculadas com a bactéria foi menor do que nas plantas tratadas com água e
inoculadas com o patógeno (Silva et al., 2007).
Pereira et al. (2008) verificaram que, paralelamente à redução da severidade da
murcha-de-verticílio, promovida por ASM e pelo filtrado de micélio de Rhizopus sp., houve
aumento relativo das atividades das enzimas peroxidase e polifenoloxidase. Onde as plantas
apresentaram um pico de atividade de peroxidase aos oito dias após os tratamentos, enquanto
que a atividade de polifenoloxidase apresentou pico aos quatro dias após o tratamento com
o produto. Este estudo pode indicar o potencial de algumas espécies de microrganismos para a
síntese de produtos que possuam ação de indução de resistência em plantas, que as
estrubilurinas foram primeiro identificadas ocorrendo naturalmente nos basidiomicetos
Strobilurus tenacellus e Oudemansiella mucida (Ypema & Gold, 1999).
Com relação ao teor de proteínas solúveis totais ocorreu um aumento aos 3 dias
após os tratamentos, com picos de produção aos 5 e 8 dias após os tratamentos, sendo que o
fator inoculação aos cinco dias após os tratamentos com os produtos o acarretou maior
produção de proteínas (Figura 3). Silva (2007), em bioensaio conduzido no patossistema
berinjela/Ralstonia verificou aumento na quantidade de proteínas no tratamento com ASM e
inoculadas do terceiro ao décimo segundo dias após o tratamento.
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TABELA 1 Área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD) do crestamento
bacteriano comum em folhas de feijão vagem submetidos a diferentes tratamentos.
Épocas de aplicação
Tratamentos 5 dias antes 5 dias antes + 5 dias após Média
5 dias após
Água
29,73
29,28 29,25 29,42 a
*
Pyraclostrobin 0,0375 mL.L
-1
27,27
25,59 27,24 26,70 b
Pyraclostrobin 0,075 mL.L
-1
26,55
26,91 27,66 27,04 b
Pyraclostrobin 0,150 mL.L
-1
26,88
25,02 28,68 26,86 b
ASM 0,025 g L
-1
26,76
26,94 27,18 26,96 b
Média
27,44 ab 26,75 b 28,00 a
CV (%) 5,25
*
Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade
64
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U. A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Piraclostrobina
ASM
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
U. A. mg
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Piraclostrobina
ASM
Figura 1 - Teor de polifenoloxidase do tecido foliar do feijoeiro em função do tratamento com
piraclostrobina (0,075 mL.L
-1
) e acibenzolar-S-methil (0,025 g L
-1
) em plantas não inoculadas
(A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (concentração 10
8
ufc mL
-1
).
Barras indicam a média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
65
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Piraclostrobina
ASM
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 3 5 8 10
Dias após o tratatamento
µ
mol H
2
O
2
g
-1
massa fresca min
-1
Testemunha
Piraclostrobina
ASM
Figura 2 - Teor de peroxidase do tecido foliar do feijoeiro em função do tratamento com
pyraclostrobin (0,075 mL.L
-1
) e acibenzolar-S-methil (0,025 g L
-1
) em plantas não inoculadas
(A) e inoculadas(B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (concentração 10
8
ufc mL
-1
).
Barras indicam a média ± o erro padrão.
A
B
Inocula
ção
66
10
20
30
40
50
60
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Piraclostrobina
ASM
10
20
30
40
50
60
0 3 5 8 10
Dias após o tratamento
mg proteína g
-1
massa fresca
Testemunha
Piraclostrobina
ASM
Figura 3 - Teor de proteínas solúveis totais do tecido foliar do feijoeiro em função do
tratamento com pyraclostrobin (0,075 mL.L
-1
) e acibenzolar-S-methil (0,025 g L
-1
) em plantas
não inoculadas (A) e inoculadas (B) com Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli (concentração
10
8
ufc mL
-1
). Barras indicam a média ± o erro padrão.
A
B
Inoculação
67
4. CONCLUSÕES
Tinturas etanólicas apresentaram ação in vitro para doses elevadas de L. alba e L. sidoides,
enquanto que os óleos essenciais apresentaram ação em baixas concentrações, a X.
axonopodis pv. phaseoli;
Tintura etanólica de L. alba, acibenzolar-S-metil e piraclostrobina proporcionaram baixos
valores da área abaixo da curva do progresso da doença (crestamento bacteriano comum),
quando pulverizadas em plantas de feijão vagem cultivar Bragança, diferindo da
testemunha;
Tintura etanólicas de L. alba, L. sidoides, M. glomerata, Equisetum sp., H. helix,
acibenzolar-S-metil e piraclostrobina propiciaram maiores níveis de polifenoloxidase,
peroxidase e proteínas solúveis totais em plantas de feijão vagem, cultivar Bragança, o que
sugere seu envolvimento nos mecanismos de indução de resistência ao crestamento
bacteriano comum;
Óleos essências de R. officinalis e C. zeylanicum não apresentaram ação sobre o
crestamento bacteriano comum, em feijão vagem cultivar Bragança, e, nas doses
utilizadas, não apresentaram envolvimento no mecanismo de indução de resistência a esta
doença.
68
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