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Francisco de Assis Costa Souza
“AVALIAÇÃO CLÍNICA-EPIDEMIOLÓGICA
E LABORATORIAL DO EIXO
HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GONADAL
DE PACIENTES COM OBESIDADE CLASSE III”
D
ISSERTAÇÃO APRESENTADA AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E MASTOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM
TOCOGINECOLOGIA
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU UNESP,
PARA
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE.
ORIENTADOR: PROFESSOR ADJUNTO/LIVRE DOCENTE ROGÉRIO DIAS
BOTUCATU - SP
2008
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Milhares de livros grátis para download.
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SÃO DE AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO
DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP
BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE
Souza, Francisco de Assis Costa.
Avaliação clínica-epidemiológica e laboratorial do eixo hipotálamo-hipófise-
gonodal de mulheres com obesidade classe III / Francisco de Assis Costa Souza. –
Botucatu : [s.n.], 2008.
Dissertação (mestrado) – Faculdade de Medicina de Botucatu,
Universidade Estadual Paulista, 2008.
Orientador: Prof. Adj. Rogério Dias
Assunto CAPES: 40101150
1. Obesidade mórbida. 2. Resistência à insulina. 3. Distúrbios menstruais.
CDD 618.2
Palavras-chave: Eixo hipotálamo-hipófise-gonadal; Hiperandrogenismo;
Hiperestrogenismo; Obesidade classe III; Obesidade mórbida.
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"Grandes realizações são possíveis
quando se dá importância aos pequenos
começos."
Lao Zi, (Sec.VII a.C).
DADOS CURRICULARES
DADOS CURRICULARES
DADOS CURRICULARES
DADOS CURRICULARES
Nome: Francisco de Assis Costa Souza.
Nascimento: 10 de Agosto de 1947.
Naturalidade: Campina Grande, Estado da Paraíba.
Nacionalidade: Brasileira.
Filiação: Jose Franklin de Souza e Ana da Costa Souza.
Cônjuge: Telma Silvie Castilho Silveira Souza.
Endereço: Rua Indiana, 245, apto. 1401
CEP 19015-550 – Fone 18.32225876
Presidente Prudente – SP.
DADOS CURRICULARES
FORMAÇÃO:
1970/1975: Curso de Graduação em Medicina - Faculdade de
Ciências Médicas de Pernambuco - PE / Brasil.
TÍTULOS
E QUALIFICAÇÕES:
1993/1995: Chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do
Hospital e Maternidade Estadual “Dr. Odilo Antunes Siqueira” de
Presidente Prudente/SP.
1996/2008: Supervisor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do
Hospital e Maternidade Estadual “Dr. Odilo Antunes Siqueira” de
Presidente Prudente/SP.
1996/2008: Professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
da Faculdade de Medicina da Unoeste de Presidente Prudente/SP.
2004/2008: Chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da
Faculdade de Medicina da Unoeste de Presidente Prudente/SP.
2004/2008: Chefe do Serviço de Plantonistas do Hospital
Universitário de Presidente Prudente/SP.
2005/2008: Programa de Pós-Graduação em Ginecologia,
Obstetrícia e Mastologia, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, SP. * Nível de
Mestrado.
DEDICATÓRIAS
DEDICATÓRIAS
HOMENAGENS
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIAS
Aos meus pais JOSE FRANKLIN DE SOUZA (in memorian) E ANA
DA
COSTA SOUZA,
De onde tudo começou; o exemplo de humildade e o sacrifício
do trabalho. Não consigo agradecer-lhes o que realmente merecem;
DEDICATÓRIAS
À minha esposa TELMA,
De quem recebo amor e carinho. Desculpe-me as irritações, os
momentos de tensões, as correrias e as ausências;
Aos meus filhos ANDRÉA, ADRIANO, ALLAN, RENEÉ E FERNANDO,
Pelo orgulho que me dão, motivo maior da minha vida;
DEDICATÓRIAS
Aos meus irmãos J
OSE FRANKLIN, MARCOS ANTONIO E MARIA DO
SOCORRO,
Pela eterna memória da nossa infância, grandes companheiros;
À minha sogra e meus cunhados, EUNICE, TÂNIA, RICARDO,
Pelo incentivo e apoio nesse trabalho.
DEDICATÓRIA ESPECIAL
AO PROFESSOR ADJUNTO/LIVRE-DOCENTE ROGÉRIO DIAS,
Seus ensinamentos de maneira segura, o incentivo forte para
não desanimar, a confiança transmitida, a mão na hora mais difícil.
Agradecer-lhe, nesse momento, é pouco para uma página...
HOMENAGEM
Às pacientes,
Pelo carinho e pelo interesse depositados nessa pesquisa e por
todo o espírito de colaboração que demonstraram durante todo esse
trabalho.
AGRADECIMENTOS
À PROFESSORA ADJUNTA/LIVRE-DOCENTE IRACEMA PARANHOS
MATTOS CALDERÓN, COORDENADORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E MASTOLOGIA DO DEPARTAMENTO DE
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU,
UNESP;
Pela sua ajuda, tolerância e capacidade administrativa.
AOS PROFESSORES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E MASTOLOGIA DO DEPARTAMENTO DE
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU,
UNESP;
Pelos ensinamentos, pela capacidade e pela dedicação; grandes
mestres!
AO GRUPO DE APOIO À PESQUISA (GAP) DA FACULDADE DE
MEDICINA DE BOTUCATU UNESP, NA PESSOA DO PROFESSOR DR.
ADRIANO DIAS.
Pelo estudo estatístico e orientações oportunas; muito
obrigado!
AGRADECIMENTOS
AO DR. JEFFERSON TAGUSHI, CIRURGIÃO-CHEFE DO SERVIÇO DE
CIRURGIA BARIÁTRICA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PRESIDENTE
PRUDENTE, SP.
Pela compreensão e ajuda nessa pesquisa em me ceder às
pacientes inscritas no seu ambulatório de cirurgia de redução de
estômago, sem as quais essa pesquisa não teria sido realizada.
AO DR. ROBERTO LOFTI, DIRETOR DO HOSPITAL E MATERNIDADE
ESTADUAL “DR. ODILO ANTUNES SIQUEIRA DE PRESIDENTE PRUDENTE E
DIRETOR DE COMUNICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA (APM).
Pela liberação do serviço de ultra-sonografia do Hospital
Estadual de Presidente Prudente para a realização dos exames ultra-
sonográficos nesse trabalho.
AO DR. FERNANDO RODRIGUES PIMENTEL FILHO, DOUTOR EM
ENDOCRINOLOGIA E DIRETOR DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNOESTE DE
PRESIDENTE PRUDENTE, SP.
Pelos conhecimentos transmitidos que contribuíram para o
enriquecimento científico desse trabalho; muito obrigado!
AGRADECIMENTOS
À DRA. MARIA NOZAWA,
Minha sincera gratidão pelo carinho e amizade com que realizou
os exames de ultra-sonografia dessa pesquisa.
A
DRA. MARIA APARECIDA SOUZA (DRA. CIDINHA),
Pela disponibilidade do laboratório de análises para os exames
laboratoriais das pacientes dessa pesquisa.
À
PROFESSORA MARIA INEZ MEIRA,
Pelo apoio e colaboração junto ao serviço de Pós-graduação da
Unoeste.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que contribuíram para a realização
desse trabalho, em especial:
- Aos Professores do Departamento de Ginecologia e
Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Unoeste, pelo incentivo e
apoio;
- Aos Médicos do Hospital e Maternidade Estadual “Dr. Odilo
Antunes Siqueira” de Presidente Prudente, pela cobertura dos
plantões e cirurgias;
- Ao Professor Mestre Fernando Barreiros, colega e
incentivador dessa pesquisa;
AGRADECIMENTOS
- Às Funcionárias da secretaria do Departamento de
Ginecologia e Obstetrícia e da Pós-Graduação (PPG-GOM) da
Faculdade de Medicina de Botucatu, Aparecida Benedita Vasquez;
Ana Cláudia Garcia Mira, Sandra Aparecida Cruz e Célia Regina
Gamito pelas informações e orientações prestadas;
- Aos Funcionários da seção de Pós-Graduação da Faculdade
de Medicina de Botucatu, UNESP, Janete Ap. Herculano Nunes
Silva, Regina Célia Spadin, Lilian Cristina Nadal Bianchi,
Andréa Paula Longo Devidé e Nathanael Pinheiro Salles, pela
gentileza nas informações.
- À Funcionária da biblioteca da Faculdade de Medicina de
Botucatu, Nivaldete Costa Fernandes Cruz, pelas referencias
pesquisadas e a Sra. Rosemeire Aparecida Vicente, bibliotecária
responsável pela elaboração da ficha catolográfica;
AGRADECIMENTOS
- À Equipe Multiprofissional do laboratório de análises
clínicas da APEC, Dinamara Pereira Pinto Martins, Cristiane
Aparecida de Souza, Marcio Pinha Bocari, Ana Cristina Messas
e Adriana Araujo Pendenza Bocari, na efetuação dos exames
hormonais e bioquímicos indispensáveis a esse trabalho;
- À Angela Maria Rosa Galindo, secretária do ambulatório de
cirurgia bariátrica, pelas informações e encaminhamento das
pacientes para esse trabalho;
- À Professora Doutora em Letras, Maria Antonia Vanalli,
Diretora Administrativa e Coordenadora Pedagógica do CEVEA
(Centro Venceslauense de Estudos Avançados) da cidade de
Presidente Venceslau, pelo seu trabalho de revisão de texto desta
dissertação.
AGRADECIMENTOS
“Àqueles que involuntariamente
omitimos e que nos auxiliaram de
alguma forma, a certeza de que este
fato, não diminuiu nossa gratidão”.
SUMÁRIO
SUMÁRIO
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO ________________________________ 27
2. OBJETIVOS __________________________________ 38
2.1 Objetivo geral............................................................ 39
2.2 Objetivo específico .................................................... 39
3. PACIENTES E MÉTODOS ________________________ 41
3.1 Casuística.................................................................. 42
3.2 Desenho de Estudo .................................................... 42
3.3 Critérios de Inclusão .................................................. 43
3.2 Critérios de Exclusão ................................................. 43
3.3 Variáveis Estudadas ................................................... 44
3.4 Coleta de Dados ........................................................ 48
3.5 Metodologia Estatística ............................................... 49
3.6 Aspectos Éticos ......................................................... 50
4. RESULTADOS ________________________________ 51
5. DISCUSSÃO _________________________________ 60
5.1 Considerações Gerais ................................................. 61
5.2. Discussão ................................................................ 61
6. CONCLUSÕES ________________________________ 70
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _________________ 72
8. ANEXOS ____________________________________ 85
RESUMO
RESUMO
RESUMO
Introdução: A obesidade classe III ou mórbida determina um risco
significativamente aumentado para complicações metabólicas.
Também são referenciadas alterações ginecológicas, como as
irregularidades menstruais, o hirsutismo e as alterações hormonais.
Objetivo: Avaliação dos aspectos clínicos-epidemiológicos-
laboratoriais de pacientes com obesidade classe III, portadoras de
distúrbios metabólicos e hormonais. Pacientes e Métodos: foram
analisadas 58 mulheres com obesidade classe III ou mórbida e
divididas em 2 grupos de estudo; sendo um grupo com mulheres
obesas grau III sem disfunção menstrual ou hirsutismo, (Grupo C) e
outro grupo com mulheres obesas grau III apresentando disfunção
menstrual associada ou não a hirsutismo (Grupo E). Foram avaliadas:
idade, cor, paridade, estado civil, profissão, nível sócio-econômico,
escolaridade, idade da menarca, peso corporal, estatura, índice de
massa corpórea, presença de hirsutismo (Índice de Ferriman e
Gallwey), medida da circunferência abdominal (CA), medida da
circunferência do quadril (CQ), relação cintura-quadril (RCQ), ciclo
menstrual, medida da pressão arterial, presença da acantose
nigricans, avaliação da resistência a insulina, glicemia de jejum (GJ),
colesterol total (CT), HDL-C, LDL-C, triglicerídeos (TG), hormônio
tireo-estimulante (TSH), T4 livre, hormônio luteinizante (LH), o
hormônio folículo-estimulante (FSH), prolactina (PRL), Testosterona
total, sulfato de dehidroepiandrosteron (DHEA-S), a insulina e o
RESUMO
HOMA test. Resultados: Os aspectos clínicos-epidemiológicos não
apresentaram diferenças estatísticas. Os parâmetros clínicos e
laboratoriais não apresentaram alterações estatisticamente
significativas; entretanto, os valores do HOMA test para o grupo E
foram significantemente maiores que os pacientes do grupo C.
Conclusões: Em mulheres obesas classe III a presença da
resistência insulínica pode acarretar disfunções menstruais, como
amenorréia ou oligomenorréia, mesmo na ausência do
hiperandrogenismo, sugerindo um importante papel da resistência
insulínica nos mecanismos ovarianos que envolvem o ciclo menstrual
destas mulheres.
Palavras chaves: obesidade classe III, obesidade mórbida, eixo
hipotálamo-hipófise-gonadal,
hiperandrogenismo, hiperestrogenismo.
ABSTRACT
ABSTRACT
ABSTRACT
Introduction: Class-III or morbid obesity determines significantly
increased risk for metabolic complications. Gynecologic alterations,
such menstrual irregularity, hirsutism and hormonal alterations are
also reported. Objective: To evaluate the clinical, epidemiological
and laboratory aspects of patients with class-III obesity showing
metabolic and hormonal disorders. Patients and methods: Fifty-
eight women with class-III or morbid obesity were evaluated. They
were divided into 2 groups: one group comprising grade-III obese
women without menstrual dysfunctions or hirsutism (Group C), and
another with grade-III obese women showing menstrual dysfunction
associated with hirsutism or not (Group E). The following aspects
were evaluated: age, color, parity, marital status, profession, socio-
economic level, education, age at menarche, body weight, height,
body mass index, presence of hirsutism (Ferriman and Gallwey
Index), abdominal circumference measurement (AC), hips
circumference measurement (HC), waist-to-hip ratio (WHR),
menstrual cycle, blood pressure, presence of acanthosis nigricans,
evaluation of insulin resistance, fasting glycemia (FG), total
cholesterol (TC), HDL-C, LDL-C, triglycerides (TG), thyroid-
stimulating hormone (TSH), free T4, luteinizing hormone (LH),
follicle-stimulating hormone (FSH), prolactin (PRL), total
testosterone, dehydroepiandrosterone sulfate (DHEA-S), insulin and
the HOMA test. Results: The clinical and epidemiological aspects did
ABSTRACT
not present statistical differences. The clinical and laboratory
parameters did not show statistically significant alterations; however,
the HOMA test values for group E were significantly higher than those
for patients in group C. Conclusions: In class-III obese women, the
presence of insulin resistance can cause menstrual dysfunctions, such
as amenorrhea or oligomenorrhea even in the absence of
hyperandrogenism, thus suggesting an important role of insulin
resistance in the ovarian mechanisms involving such women’s
menstrual cycle.
Key words: class-III obesity, morbid obesity, hypothalamic-
hypophyseal-gonadal axis, hyperandrogenism.
INTRODUÇÃO
27
1. INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
28
A obesidade é uma doença multifatorial que vem atingindo
proporções epidêmicas tanto em países desenvolvidos como em
países em desenvolvimento
(1-2-3)
, sendo resultado de uma interação
de fatores genéticos, metabólicos, sociais e culturais. Além disso, na
maioria dos casos ela também está associada ao abuso da ingestão
calórica e ao sedentarismo, onde o excesso de calorias se armazena
como tecido adiposo
(4)
. A Organização Mundial de Saúde (OMS)
define a obesidade como um excesso de tecido gorduroso no
organismo. Para estudos epidemiológicos tem sido aceito o conceito
de obesidade pelo índice de massa corporal (IMC) ou "índice de
Quetelet", que relaciona o peso com a altura ao quadrado, calculado
pela fórmula IMC = peso (kg) /altura 2 (m).
(5-6-7)
Quanto à gravidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
classifica a obesidade em grau I, quando o IMC situa-se 30 e 34,9
kg/m
2
, obesidade grau II, quando o IMC está entre 35 e 39,2 kg/m
2
e
obesidade grau III, quando o IMC ultrapassa 40 kg/m
2
.
(8)
Outros parâmetros utilizados no diagnóstico da obesidade são a
relação da cintura quadril (RCQ) e a circunferência da cintura
abdominal (CA). Uma RCQ acima de 0,85 cm, em mulheres, identifica
o acúmulo de gordura abdominal e circunferência da cintura
abdominal acima de 88 cm em mulheres é consistente com obesidade
INTRODUÇÃO
29
abdominal, determinando desta forma, um risco aumentado
significativo para complicações metabólicas.
(9-10-11-12-13).
De destaque, a obesidade mórbida ou classe III constitui um
problema de saúde pública em vários países e sua prevalência está
crescendo com uma estimativa que equivale a 7% da população
mundial.
É mais prevalente entre o sexo feminino, estimando-se, no
Brasil, que 0,5% das mulheres apresentam obesidade classe III.
(14-
15-16)
Os pacientes obesos mórbidos (OM) apresentam co-morbidades
médicas importantes e que ocorrem à medida que aumenta o IMC.
Destas, a hipertensão arterial, a resistência insulínica e a síndrome
metabólica são os principais fatores responsáveis pela alta incidência
de coronariopatias neste grupo de pacientes, onde ocorrem altos
índices de mortalidade.
(17-18-19-20)
Quanto à hipertensão arterial, a sua relação com a obesidade
atualmente é amplamente reconhecida com demonstração de estudos
clínicos e experimentais sobre ganho de peso e aumento da pressão
sanguínea; por outro lado, estudos clínicos mostram que a perda de
peso é efetiva na diminuição da hipertensão para a maioria dos
pacientes. Estes estudos sugerem que aproximadamente 65% a 75%
do risco para a hipertensão possa ser diretamente atribuído ao
excesso de peso.
(21-22)
INTRODUÇÃO
30
Embora a importância de obesidade como causa de hipertensão
essencial esteja bem estabelecida, os mecanismos pelos quais o
ganho de peso excessivo altera a função renal e o aumento da
pressão sanguínea só agora estão começando a ser elucidados. Estão
envolvidos, além do aumento da pressão arterial, um aumento da
produção cardíaca, ativação do sistema renina-angiotensina, retenção
de sódio e água e expansão do volume extracelular.
(23-24-25)
A resistência à insulina (RI) é uma anormalidade metabólica
característica de indivíduos portadores de obesidade, bem como de
indivíduos com diabetes tipo 2, diabetes tipo 1 descontrolado,
cetoacidose diabética, dislipidemias, hipertensão, entre outros.
(26–27-
28-29-30)
Segundo Legro (2004), a resistência à insulina constitui uma
resposta biológica subnormal para uma determinada concentração de
insulina. Ela exerce ação em tecidos com atividades diferentes e tem
ação especifica em cada tecido. Assim, a resistência à insulina
representa uma sensibilidade diminuída do tecido, à ação da insulina
e à captação da glicose. Sabe-se que a sensibilidade da insulina varia
com a idade, raça e massa corporal, porém os mecanismos para a
sensibilidade seletiva do tecido para a insulina são desconhecidos.
(31)
Essa redução da ação insulínica pode estar acompanhada de um
grupo de alterações metabólico-cardiovasculares que compreendem:
hipertensão arterial, hipertrigliceridemia, redução do HDL - colesterol,
INTRODUÇÃO
31
intolerância aos carboidratos, obesidade centrípeta, aumento do
inibidor-1 do ativador do plasminogênio (PAI 1), hiperuricemia e
doença cardiovascular aterosclerótica. Este conjunto de alterações da
resistência insulínica é conhecido como síndrome de resistência à
insulina ou síndrome metabólica (SM).
(32-33)
Vários estudos demonstram os aspectos neuroendócrinos
envolvidos com a síndrome metabólica e a obesidade, notadamente
com a deposição de gordura abdomino-visceral.
(32-33)
A prevalência da síndrome metabólica aumenta
substancialmente com a idade e etnia. Em mulheres depois da
menopausa o acúmulo de gordura abdominal pode ser relacionado,
em parte, a níveis de estrógenos diminuídos. Os estrógenos tendem a
promover um acúmulo de gorduras glúteo-femoral. Alternativamente,
a perda de estrógenos é associada com um aumento da obesidade
abdominal, que pode aumentar o risco do desenvolvimento da
resistência insulínica na mulher.
(34-35)
Além disso, a gordura abdominal visceral e certos fatores em
menopausa tais como hipertensão arterial, o diabetes mellitus,
podem conduzir a dislipidemia, o que caracteriza síndrome
metabólica. Nesse período de menopausa, a inflamação e estado pró-
trombótico, ambos associado com a síndrome metabólica, também
contribuem para o risco cardiovascular.
(36-37)
INTRODUÇÃO
32
A importância do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal evidenciada
pela observação de que crianças desnutridas não entram em
puberdade e que crianças obesas iniciam a puberdade em idade mais
precoce, é antiga. Estudos epidemiológicos corroboraram a
observação clínica da importância do tecido adiposo no
desencadeamento e manutenção da atividade reprodutiva.
(38-39)
Chehab e cols. (1996) observaram que camundongos ob/ob,
(que não produzem leptina) não entravam em puberdade e que a
injeção de leptina recombinante desencadeava puberdade.
Em
camundongos selvagens, o jejum de 48 horas acarreta redução da
freqüência de pulsos de LH e, paralelamente, a leptina encontra-se
suprimida. A administração de leptina, nesses camundongos, leva a
um aumento do nível basal de LH.
(40)
Através da injeção
intracerebroventricular de anticorpo antileptina em camundongos
consegue-se a redução na secreção pulsátil de LH, evidenciando-se a
ação central da leptina sobre as gonadotrofinas.
(41-42)
A anovulação crônica e infertilidade são associadas à obesidade,
sendo a síndrome dos ovários policísticos (SOP) a responsável pela
maior parte dos casos de infertilidade. Estudos demonstraram que,
geralmente, a obesidade está associada a alterações nos níveis de
gonadotrofinas.
(43-44)
INTRODUÇÃO
33
Na obesidade, a produção androgênica adrenal e ovariana
encontra-se elevada, apresentando correlação positiva com o índice
de massa corpórea (IMC).
(43)
Nas mulheres, a obesidade abdominal é fortemente associada à
hiperandrogenemia; também parece haver hiper-responsividade dos
andrógenos adrenais ao estímulo corticotrófico, como demonstrado
por aumento de deidroepiandrosterona (DHEA) e da relação
DHEA/17-OH progesterona após administração exógena de ACTH.
Este achado também apresenta correlação positiva com IMC.
(45)
A globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) encontra-se
diminuída em indivíduos obesos causando grande impacto no
metabolismo e na ação dos esteróides sexuais. Esta alteração pode
também facilitar o aumento do clearance androgênico. A diminuição
da SHBG decorre de menor produção hepática e correlaciona-se
inversamente com IMC, hiperinsulinemia e relação cintura-quadril.
(46)
Há maior quantidade de testosterona livre (bioativa) nas
mulheres. No entanto, na obesidade classe III, a testosterona livre
pode estar reduzida devido à menor freqüência e amplitude de pulso
de LH nesses indivíduos.
(47)
A obesidade é uma condição de hiperestrogenismo, associada a
aumento de risco para hiperplasia endometrial e carcinoma
hormônio-sensível em mulheres. A aromatização, reação enzimática
INTRODUÇÃO
34
responsável pela conversão de andrógenos a estrógenos, ocorre no
tecido adiposo de mulheres (tanto na pré como na pós-menopausa) e
é fortemente relacionada ao peso corporal. A androstenediona é o
principal substrato para formação periférica de estrógenos e é
convertida em estrona. Este seqüenciamento resulta no aumento da
relação estrona/estradiol. A estrona também pode ser convertida em
estradiol no próprio tecido adiposo por atividade 17-hidróxi-esteróide-
desidrogenase. Os níveis de estrógenos totais são iguais aos de
mulheres magras, mas a fração livre encontra-se aumentada.
(48)
A condição de hiperestrogenismo e hiperandrogenismo é
comum em mulheres obesas devido aos níveis circulantes mais
elevados de estradiol e estrona conseqüentes à aromatização dos
androgênios no tecido adiposo. Entretanto, pode estar presente
também em mulheres com IMC normal.
(31)
Por consenso geral, hiperandrogenismo é a presença de
qualquer evidência clínica ou laboratorial do excesso de andrógeno
em mulheres. A apresentação clínica mais comum de
hiperandrogenismo em mulheres no menacme é o hirsutismo ou a
acne, com ou sem evidência de anovulação, oligo ou amenorréia ou
hemorragia disfuncional uterina. O hirsutismo afeta entre 2 a 10%
das mulheres na faixa etária que vai de 18 e 45 anos.
(49)
INTRODUÇÃO
35
Existem vários sistemas de contagem que verificam a
quantidade do hirsutismo, usados para unificar o diagnostico e avaliar
opções de tratamento. O melhor deles é a contagem ou índice de
Ferriman-Gallwey (F-G). Uma adaptação popular deste índice (F-G)
avalia nove locais do corpo. Cada local do corpo é marcado de 0-4
baseado na quantidade de pelo terminal. Uma contagem igual a 8 é
considerada como suficiente no diagnóstico de hirsutismo.
(50-51)
As causas de hiperandrogenismo em mulheres em idade
reprodutiva podem ser divididas em cinco categorias; sendo a
primeira causa mais importante, a síndrome de ovários policísticos
(SOP), seguida (em ordem decrescente de incidência) pelo hirsutismo
idiopático, a deficiência de enzimas esteroidogênicas das Supra -
renais ou ovarianas, os tumores ovarianos ou de supra-renal,
produtores de andrógenos e, finalmente, considera-se o hirsutismo
por outras desordens endócrinas como síndrome de Cushing,
desordens de metabolismo do cortisol, hiperprolactinemia e
acromegalia.
(53-53-54-54-56)
O hiperandrogenismo ovariano, considerado o mais incidente, é
resultante do aumento da produção dos esteróides pelas células da
teca ovariana. A base genética dessa hiperatividade tem que ainda
ser identificada, mas sua presença sugere fortemente que um defeito
primário nessas células possa iniciar a SOP.
(57-58)
INTRODUÇÃO
36
As anormalidades na secreção de LH nessas mulheres são
resultado da anovulação e hiperandrogenismo ovariano. Essas
anormalidades ocorrem devido à falta de produção cíclica da
progesterona pelo corpo lúteo dessas mulheres, que serviria de
inibição da secreção pulsátil de LH, e que resultam num
hiperandrogenismo ovariano intrínseco.
(59)
Vale ressaltar a importância da resistência insulínica e
hiperinsulinemia que estão presentes em, aproximadamente, 50 a
70% das portadoras da síndrome.
(60-61)
Dunaif (1997) demonstrou
que mulheres com resistência insulínica extrema devido a anticorpos
de receptores de insulina ou com anormalidades genéticas do
receptor de insulina têm hiperandrogenismo ovariano severo e
virilização.
(62)
A Acanthosis nigricans (AN) é condição dermatológica
caracterizada por espessamento, hiperpigmentação e acentuação das
linhas da pele, gerando aspecto grosseiro e aveludado no local
afetado. Histologicamente é comum a observação de hiperceratose,
projeção das papilas da derme e discreto espessamento das camadas
da epiderme. Embora possa ocorrer em qualquer local da superfície
corpórea, a área mais atingida é a região posterior do pescoço,
seguida pelas axilas, face lateral do pescoço, superfícies flexoras dos
membros, região peri-umbilical, infra-mamária, mucosa oral ou
mesmo, em casos raros, planta dos pés e palma das mãos.
(63)
Ela é
de fundamental importância quando encontrada com manifestações
INTRODUÇÃO
37
clínicas de hiperandrogenismo, como o hirsutismo, configurando a
chamada síndrome de Hiperandrogenismo-Resistência insulínica-
Acantose nigricans (HAIR-AN), o que ocorre em 2% a 5% das
mulheres hirsutas.
(64)
A síndrome de HAIR-AN também é uma característica comum
em pacientes portadoras de obesidade mórbida ou classe III, como
pudemos, inclusive, constatar em nosso estudo.
(65-66-67)
Os estudos apresentados na literatura envolvendo pacientes
portadores da obesidade classe III, na grande maioria, são referentes
aos resultados da cirurgia de redução de estômago.
(68-69-70-71)
Entretanto, já se demonstraram que a resistência insulínica e a
prevalência de diabetes mellitus são as disfunções metabólicas
freqüentemente relacionadas ao grau da obesidade, sendo que a
resistência insulínica tem sido apontada como um dos principais
fatores envolvidos no desenvolvimento da síndrome metabólica,
freqüentemente observada na obesidade.
(31-32)
Por outro lado, não encontramos estudos na literatura
demonstrando que pacientes obesas classe III, com alterações
clínicas relacionadas a disfunções hormonais, tais como irregularidade
menstrual e hirsutismo, pudessem apresentar maior prevalência de
alterações metabólicas.
Em vista do exposto e dos limitados trabalhos encontrados na
literatura envolvendo essa problemática em questão optamos pelo
delineamento deste estudo.
OBJETIVOS
38
2. OBJETIVOS
OBJETIVOS
39
2.1 Objetivo Geral
Avaliar os aspectos clínicos-epidemiológicos-laboratoriais de
pacientes com obesidade grau III portadoras de distúrbios
metabólicos e/ou hormonais.
2.2 Objetivos específicos
Avaliar as características clínicas, epidemiológicas e
laboratoriais em pacientes com obesidade grau III portadoras ou não
de irregularidades menstruais e hirsutismo.
Os parâmetros analisados foram:
1. Clínicos-Epidemiológicos: idade, cor, paridade, estado
civil, profissão, nível sócio-econômico, escolaridade, idade da
menarca, data da última menstruação (DUM), peso corporal,
estatura, Índice de massa corpórea (IMC), presença de hirsutismo,
medida da circunferência abdominal, medida da circunferência do
quadril, relação cintura-quadril (RCQ), ciclo menstrual, medida da
pressão arterial, presença da acantose nigricans.
OBJETIVOS
40
2. Laboratoriais: Insulina, glicemia de jejum (GJ), colesterol
total (CT), HDL-C, LDL-C, triglicerídeos (TG), prolactina (PRL),
hormônio tireo-estimulante (TSH), tetraiodotironina (T4) livre,
Testosterona total, dehidroepiandrosterona sulfato (DHEA-S),
hormônio luteinizante (LH), o hormônio folículo-estimulante (FSH) e a
avaliação da resistência insulínica.
3. Comparações e correlações estatísticas: entre as
variáveis estudadas nos grupos C e grupo E:
Perfil lipídico ou correlação entre o colesterol total, HDL,
LDL e triglicerídeos.
Relação entre os hormônios FSF, LH, testosterona e
DHEA-S.
Correlações entre o IMC,CA,CQ,RCQ e testosterona total e
o HOMA dos pacientes do grupo C e E.
PACIENTES E MÉTODOS
41
3. PACIENTES E MÉTODOS
PACIENTES E MÉTODOS
42
3.1 Casuística
Trata-se de estudo prospectivo-analítico que envolveu 58
mulheres, portadoras de obesidade classe III, candidatas a um
programa de cirurgia para redução do estômago, acompanhadas na
Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente-SP, no período de
dezembro de 2006 a dezembro de 2007. O estudo foi realizado no
Hospital Universitário de Presidente Prudente / SP.
3.2 Desenho do Estudo
No presente estudo as pacientes foram divididas em 2 grupos
assim distribuídos:
Grupo Controle ou Grupo C – foi composto por 21 pacientes
obesas grau III sem disfunção menstrual com e sem hirsutismo.
Grupo Estudo ou Grupo E – com 37 pacientes obesas grau III
com disfunção menstrual com ou sem hirsutismo.
Foram consideradas portadoras de disfunções menstruais as
pacientes que apresentaram quaisquer das seguintes alterações:
amenorréia ou oligomenorréia.
A presença de hirsutismo foi avaliada pelos escores de Ferriman
e Gallwey.
(50)
Todas as pacientes foram submetidas a uma rigorosa
anamnese, exame clínico geral e especial.
PACIENTES E MÉTODOS
43
3.3 Critérios de Inclusão
Foram incluídas no presente estudo, somente as pacientes com
IMC igual ou maior que 40 kg/m², com idades entre 20 e 40 anos,
com condições de participar das entrevistas ginecológicas, das coletas
de exames laboratoriais e que concordaram em participar da pesquisa
assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
3.4 Critérios de Exclusão
Foram excluídas as pacientes que não se enquadravam dentro
do índice de massa corpórea e da idade pré-estabelecidos, todas em
uso de hormônios androgênicos ou anticoncepcionais orais há menos
de 90 dias, comprovado pelos dados da anamnese, as portadoras de
hiperprolactinemia, verificadas através da dosagem de prolactina, de
alterações da tireóide, comprovadas pelos exames TSH e T4 livre e a
presença de alterações ginecológicas importantes como miomatose
gigante, malformações uterinas, câncer de endométrio ou anexos e
endometriose ovariana, verificadas através da ultra-sonografia
pélvica endovaginal e/ou pélvica.
PACIENTES E MÉTODOS
44
3.5 Variáveis estudadas
Foi estabelecido um fichário de atendimento (Anexo I) através
do qual se procurou avaliar as informações das pacientes,
destacando-se as seguintes variáveis estudadas:
1. Idade: idade em anos completos.
2. Cor: referência à cor da pele.
3. Paridade: número total de partos.
4. Estado civil: situação em relação à sociedade conjugal.
5. Profissão: atividade profissional exercida na sociedade.
6. Nível sócio-econômico: condição de aquisição econômica.
7. Escolaridade: grau de instrução.
8. Idade da menarca: data em que ocorreu a 1º menstruação.
9. Data da última menstruação (DUM) data em que ocorreu a
última menstruação, em dia, mês e ano.
10. Peso corporal: O peso corporal aferido em kilogramas.
11. Estatura: medida da altura aferida em metros.
12. Índice de massa corpórea: cálculo para avaliar a obesidade,
que foi realizado segundo o Índice de Quetelet, ou seja, pela
divisão do peso corporal, em quilogramas, pelo quadrado da
altura em metros: IMC = Peso (kg) /Altura (m²).
PACIENTES E MÉTODOS
45
13. Hirsutismo: Presença de pelos distribuídos no corpo, avaliado
pelo índice de Ferriman e Gallwey, nas regiões do lábio superior,
queixo, tórax, dorso, região lombar, abdome superior, abdome
inferior, membros superiores e coxas.
14. Medida da circunferência abdominal: medida na metade da
distância entre a face inferior da última costela e a porção
superior da crista ilíaca.
15. Medida da circunferência do quadril: medida ao redor da
região do quadril, na área de maior protuberância ou pelo maior
perímetro dos glúteos.
16. Relação cintura-quadril: definida pela divisão das medidas dos
perímetros da cintura abdominal e cintura do quadril.
17. Ciclo menstrual: duração do ciclo menstrual e intervalo entre os
ciclos menstruais.
18. Medida da pressão arterial: aferição das pressões máxima e
mínima.
19. Acantose nigricans: presença nas regiões posterior do pescoço,
axilas, face lateral do pescoço, região infra-mamária, região das
coxas, abdome superior e inferior, braços e coxas.
20. Avaliação da Resistência à insulina que foi definida pelo valor
do HOMA test (homeostasis model asssement), através da
fórmula:
PACIENTES E MÉTODOS
46
HOMA-IR=glicemia (µMol) x Insulina (µU/ml)/22,5.
Foram colhidos sangue para os seguintes exames laboratoriais:
1. Dosagem da glicose realizada pelo método glicose-oxidase
colorimétrico, os resultados expressos em mg/dL e os valores de
normalidade entre 60 a 99 mg/dL.
Obs. Para o cálculo do HOMA test, os valores da glicose,
expressos em mg/dl, foram transformados para mMol,
multiplicando-se o valor obtido pela constante 0,5551.
2. Colesterol total dosado pelo método colorimétrico e os
resultados expressos em mg/dL; os valores referenciais de CT <
200 a 240 mg/dL.
3. HDL-C dosado pelo método direto sem precipitação, resultado
expresso em mg/dL e valores referenciais, maiores que 40 mg/dl
(critérios do NCEP, ATP III)
.
4. Para o cálculo do LDL-C foi utilizada a fórmula de Friedwald
(LDL= CT –(triglicerídeos/5) + HDL) considerando como valores
de referência LDL-C <130 mg/dl.
(74)
5. Triglicerídeos foram dosados pelo método colorimétrico e os
resultados expressos em mg/dL; os valores referenciais de TG <
50 a 200 mg/dl.
PACIENTES E MÉTODOS
47
6. TSH dosado pelo método de quimioluminescência, Immulite 2000
– DPC, resultados expressos em µUI/mL e valores entre 0,5 a 5,0
µUI/mL.
7. T4 livre dosado pelo método de quimioluminescência, Immulite
2000 – DPC, resultados em ng/dL e valores entre 0,8 a 1,9
ng/dL;
8. LH dosado pelo método de quimioluminescência, Immulite 2000
– DPC, os resultados em µUI/mL e valores entre 1,0 a 11,6
µUI/mL;
9. FSH dosado pelo método de quimioluminescência, Immulite 2000
– DPC, os resultados apresentados em µUI/mL e valores
referenciais entre 2,8 a 11,3 µUI/mL.
10. Prolactina dosada pelo método de quimioluminescência,
Immulite 2000 – DPC, com resultados em ng/dL e valores entre
1,9 a 25,9 ng/dL.
11. Testosterona total dosada pelo método de
quimioluminescência, Immulite 2000 – DPC, expressa em ng/dL e
valores referenciais até 80 ng/dL.
12. DHEA-S dosada pelo método de quimioluminescência, Immulite
2000 – DPC; os resultados em µg/dL e valores referenciais entre
35 a 430 µg/dL.
PACIENTES E MÉTODOS
48
13. Insulina dosada pelo método de quimioluminescência, Immulite
2000 – DPC, expressa em µUI/ml e valores referenciais para
jejum ou basal de 5,0 a 25,0 µUI/ml.
3.6 Coleta de Dados
As mulheres avaliadas de acordo com os critérios de inclusão e
exclusão foram convidadas a participar do estudo. Após a
convocação, essas pacientes participaram de uma palestra de
informação a respeito dessa pesquisa, proferida pelo autor desse
trabalho, fornecendo informações a respeito da relevância do estudo
a ser realizado e os procedimentos básicos inseridos; foi apresentado
e aceito o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cujo
conteúdo foi previamente lido e explicado (Anexo I).
Após a aceitação e assinatura do TCLE para a participação do
estudo foi iniciado o preenchimento do protocolo de atendimento
cujos dados foram coletados da ficha de atendimento da paciente
(Anexo II)
Depois do preenchimento da ficha de atendimento, as pacientes
foram encaminhadas para o laboratório, em jejum, para a coleta de
10 ml de sangue, colhidos das veias de um dos seus braços. Os
resultados dos exames laboratoriais foram anotados no fichário de
atendimento e, posteriormente, todos os dados foram transferidos
para uma planilha Excel e encaminhados para análises estatísticas.
PACIENTES E MÉTODOS
49
3.7 Metodologia Estatística
Na análise estatística, para a comparação entre os dois grupos
foram utilizados testes não paramétricos de MannWhitney Wilcoxon,
utilizando-se o programa Statwin (Sigma Stat).
Utilizam-se os testes não paramétricos de Mann-Whitney-
Wilcoxon para inferir à cerca da distribuição (localização) de duas
populações, com base em duas amostras independentes e aleatórias.
Foram calculadas as médias, os desvios padrões (DP) e os
percentuais dos dados clínicos e laboratoriais.
O valor do nível de significância: quando p foi menor que 0,05.
Calculo Amostral: Foi considerado o procedimento de
amostragem não-probabilística de conveniência, devido à
disponibilidade de pacientes para tratamento e acompanhamento
conforme descrito no nosso estudo. O dimensionamento da amostra
tem como fundamentos, informações oriundas de censos e outras
inferências realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e resultados obtidos no estudo realizado por
Escobar (2005),
(71)
com relação à perda de peso dos pacientes
acompanhados num estudo com características similares a este.
PACIENTES E MÉTODOS
50
3.8 Aspectos Éticos
A presente pesquisa foi realizada obedecendo às normas éticas
da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde. Nestes termos foram ressaltadas as seguintes diretrizes:
As informações obtidas na pesquisa são sigilosas e foram
utilizadas apenas nesta pesquisa. Nome e endereço ou qualquer outra
forma de identificação da paciente não aparecerão em nenhum tipo
de publicação, nem serão revelados aos profissionais de saúde,
exceto aos médicos do ambulatório da Santa Casa de Misericórdia, no
serviço de cirurgia de redução de estomago e no ambulatório do
pesquisador dessa pesquisa que têm acesso ao prontuário e fazem
seu acompanhamento para uma melhor abordagem diagnóstica ou
terapêutica.
As pacientes foram esclarecidas, previamente, dos riscos e
benefícios, da existência de métodos alternativos, da metodologia e
da sua total liberdade de recusa ou retirada do consentimento sem
qualquer penalização segundo o TCLE (Anexo II). O presente projeto
foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do
Unoeste para apreciação e aprovação, antes do início da pesquisa em
questão. O estudo foi aprovado no dia 12 de dezembro de 2006, de
acordo com o ofício n. 092/06 (Anexos III e IV).
RESULTADOS
51
4. RESULTADOS
RESULTADOS
52
A idade das mulheres nos dois grupos variou entre 21 e 38
anos, sendo a média±desvio-padrão (média±DP) para as mulheres
do grupo C de 32,2±4,1 anos e para as mulheres do grupo E,
30,3±4,7 anos. (tabela 1)
Com relação à cor da pele, 60,7% eram pardas, 34,2,1% eram
brancas e apenas 5,1% eram de cor negra.
Quanto à paridade tivemos 19 pacientes sem filhos (32,7%),
09 com 01 filho (15,5%), 23 com 02 filhos (39,6%), 06 pacientes
com 03 filhos (10,3%) e apenas 01 paciente com 05 filhos (1,7%).
Em relação ao estado civil apenas 05 pacientes eram solteiras
(8,6%), enquanto as demais pacientes eram casadas (91,3%).
Quanto à profissão, nenhuma das pacientes apresentava
profissão definida, sendo consideradas, por elas mesmas, como “do
lar”. No nosso prontuário não especificamos os tipos de atividades
domésticas exercidas pelas pacientes.
Em relação ao nível sócio-econômico, todas as pacientes
pertenciam à classe média baixa.
Em relação à escolaridade todas as pacientes eram
alfabetizadas, tendo freqüentado, tão somente, o curso básico.
A idade da menarca entre todas as pacientes variou entre 09
e 15 anos, sendo a média±DP para as mulheres do grupo C de
11,8±1,6 anos e para as mulheres do grupo E, 11,2±2,3 anos (tabela
1).
RESULTADOS
53
Quanto à informação sobre a data da ultima menstruação,
tivemos 21 pacientes (36,2%) com ciclos regulares, pois sabiam da
DUM, enquanto 37 pacientes (63,7%) tinham ciclos irregulares, uma
vez que não tinha certeza da DUM.
O peso corporal das mulheres variou entre 90 e 168 kg, sendo
a média±DP para as mulheres do grupo C de 122,2±15,4 kg e para
as mulheres do grupo E, 122,4±18,1 kg. (tabela 1).
A estatura das mulheres variou entre 1,42 e 1,79 metros
sendo a média±DP para as mulheres do grupo C de 1,63±0,06 m e
para as mulheres do grupo E, 1,62±0,07 m. (tabela 1).
Todas as mulheres apresentavam Índice de Massa Corpórea
(IMC) 40, sendo que a média±DP para as mulheres do grupo C
foi de 45,4±3,9kg/m² e para as mulheres do grupo E,
47,4±7,3kg/m² (tabela 1).
A presença de hirsutismo, avaliado pelo índice de Ferriman e
Gallwey (F/G) com valor igual ou maior que 08, foi encontrado em 25
pacientes da amostra (39.6%); destas, 23 pacientes pertenciam ao
grupo E, enquanto apenas 02 pacientes pertenciam ao grupo C. As
demais restantes (56,8%) tiveram os valores do índice de Ferriman e
Gallwey inferior a 08.
A medida da cintura abdominal (CA) variou entre 1,48 e 1,04
cm, com média±DP de 1,24±0,1 cm para as mulheres do grupo C e
RESULTADOS
54
entre 1,53 e 1,06 cm com média±DP de 1,25±0,1 cm para as
mulheres do grupo E (tabela 1).
A medida da cintura do quadril (CQ) variou entre 1,72 e 1,24
cm, com a média±DP de 1,42±0,1 cm para as mulheres do grupo C
e entre 1,76 e 1,24 cm com média±DP de 1,41±0,1 cm para as
mulheres do grupo E (tabela 1).
A relação cintura-quadril (RCQ) variou entre 0,97 e 0,73 cm,
com média±DP de 0,8±0,07 cm para as mulheres do grupo C e entre
1,00 e 0,70 cm com média±DP 0,88±0,05 cm de para as mulheres
do grupo E (tabela 1)
Tabela 1. Valores das médias±DP dos parâmetros epidemiológicos dos grupos
C e E.
GRUPO C GRUPO E
Parâmetros
média±DP média±DP
p
Idade
Menarca
Peso
Estatura
IMC
Cintura abdominal
Cintura Quadril
Rel. Cintura-Quadril
32,2±4,1
11,8±1,6
122,2±15,4
1,63±0,06
45,4±3,9
1,24±0,1
1,42±0,1
0,87±0,0
30,3±4,7
11,2±2,3
122,4±18,1
1,62±0,07
47,4±7,3
1,25±0,1
1,41±0,1
0,88±0,0
0,15
0,35
0,86
0,62
0,64
0,84
0,62
0,63
RESULTADOS
55
A média das pressões arteriais no grupo C e no grupo E estão
expressas na tabela 2.
Tabela 2. Comparação entre os valores das pressões arteriais,
máxima e mínima, nos grupos Controle e Estudo.
Grupo C Grupo E
P.Art. Máxima 148,4 ± 35,6 143,6 ± 24,4
P.Art. Mínima 98,5 ± 23,2 100,0 ± 21,2
Valores expressos em média ± desvio padrão
O ciclo menstrual foi classificado como regular e irregular e
utilizado como parâmetro importante na separação entre os grupos:
21 pacientes apresentando ciclos regulares (36,2%) constituindo o
grupo C e 37 pacientes com ciclos irregulares (63,7%) constituindo o
grupo E (figura 1).
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Grupo C - Ciclos regulares n=21 Grupo E - Ciclos irregulares n=37
Figura 1. Distribuição dos pacientes, segundo a classificação dos
ciclos regulares e irregulares entre grupos Controle e
Estudo
Grupo C
Grupo E
RESULTADOS
56
A Acantose Nigricans foi encontrada em 43 pacientes
(74,1%); destas, 14 pertenciam ao grupo C (32,5%), e 29
pertenciam ao grupo E (67,4%)(figura 2).
Acantose nigricans
Grupo
C
33%
0%0%
Grupo E
67%
Figura 2. Distribuição das pacientes com acantose nigricans entre os
grupos C e E.
O perfil lipídico e a Glicemia do grupo C e do grupo E apresentaram
as seguintes médias±DP de acordo com a tabela 3 abaixo:
Tabela 3. Comparações do perfil lipídico do colesterol total, HDL-C,
LDL-C e da glicemia entre os grupos Controle e grupo
Estudo.
Grupo C Grupo E p
Colesterol T 182,0 ± 35,9
HDL-C 44,0 ± 12,4
LDL-C 108,4 ± 28,7
Triglicerídeos 127,0 ± 66,4
Glicemia 113,6 ± 53,8
168,5 ± 26,8
42,5 ± 7,2
100,0 ± 25,
133,5 ± 71,0
108,5 ± 40,9
0,08
0,35
0,37
0,82
0,76
Valores expressos em media ± DP
Grupo C
33%
RESULTADOS
57
Os valores hormonais dos pacientes do grupo C e grupo E
estão descritos na tabela 4 abaixo.
Tabela 4. Comparações dos valores hormonais da testosterona total,
do hormônio folículo estimulante, do hormônio
luteinizante, do sulfato de deihidroepiandrosterona,
prolactina, hormônio tireo-estimulante e T4 livre dos
grupos Controle e grupo Estudo.
Grupo C Grupo E p
Testosterona T 58,8 ± 37,4
FSH 4,6 ± 2,9
LH 6,0 ± 6,4
DHEA-S 140,0 ± 65,1
Prolactina 10,6 ± 5,0
TSH 2,5 ± 0,8
T4 livre 1,5 ± 1,4
46,6 ± 27,8
4,6 ± 7,6
4,8 ± 5,6
113,5 ± 60,2
9,2 ± 4,8
2,8 ± 1,4
1,8 ± 2,4
0,18
0,88
0,91
0,17
0,26
0,73
0,74
Valores expressos em media ± DP.
A avaliação da resistência insulínica entre mulheres do
Grupo C e mulheres do Grupo E foi realizada através do HOMA-test.
Os resultados obtidos da glicemia e expressos em mg/dL foram
convertidos em
µUI/mL, através da constante 0,5551, a fim de que
pudessem ser introduzidos na formula do HOMA.
Os níveis séricos de insulina para os pacientes do grupo C
foram significativamente menores que aqueles do grupo E, com p =
0, 018 (tabela 5).
RESULTADOS
58
Tabela 5. Comparação entre níveis séricos de insulina das pacientes
do grupo Controle e grupo Estudo.
Grupo C Grupo E p
insulina
10,9 ± 7,4
17,9 ± 13,1
0, 018
Valores expressos em medianas ± DP.
Os níveis de HOMA para os pacientes do grupo C foram
significativamente menores que aqueles do grupo E, com p = 0, 016
(Tabela 6).
Tabela 6. Comparação entre os índices HOMA das pacientes do
grupo Controle e grupo Estudo.
Grupo C Grupo E p
HOMA 3,0 ± 1,5 4,5 ± 3,6 0,016
Valores expressos em medianas ± DP
Excluindo-se do grupo E as pacientes que apresentavam
hirsutismo, pudemos demonstrar que os níveis de HOMA dos
pacientes do grupo C também foram significativamente menores que
aqueles do grupo E, com p= 0, 04 (tabela 7).
Tabela 7. Comparação entre os índices HOMA das pacientes do
grupo Controle e Estudo, excluindo-se as pacientes que
apresentavam hirsutismo.
Grupo C Grupo E p
HOMA 3,1 ± 1,6 5,0 ± 4,0 0, 04
Valores expressos em medianas ± DP
RESULTADOS
59
Entre os dados antropométricos estudados encontramos
correlação positiva entre os níveis séricos de insulina e HOMA tanto
nas pacientes do Grupo C quanto nas do Grupo E.
Houve correlação positiva entre o Homa e a CA das pacientes
do grupo E; Não houve correlação entre o HOMA e a CA das pacientes
do Grupo I.
Não observamos correlações entre o IMC,CQ,RCQ e
testosterona total e o HOMA dos pacientes do grupo C e E;
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
60
5.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
61
5.1 CONSIDERACÕES GERAIS
Tendo em vista a grande escassez de trabalhos da literatura
sobre o tema, encontramos uma substancial dificuldade de podermos
realizar uma análise comparativa com os resultados por nós obtidos.
Entretanto, dentre os poucos trabalhos encontrados foi possível tecer
alguns comentários comparativos com a nossa pesquisa.
Desta forma acreditamos trazer uma significativa contribuição
ao meio científico, embora tenhamos a plena consciência de que
trabalhos futuros devam ser realizados objetivando maiores
esclarecimentos sobre o tema em estudo.
5.2
DISCUSSÃO
Em nosso trabalho a análise estatística não revelou diferença
significativa em relação à idade das pacientes nos dois grupos, sendo
a média± desvio-padrão para as mulheres do grupo C de 32,2±4,1
anos e para as mulheres do grupo E, 30±4,7 anos, cuja variação
entre as idades foi de 21 a 38 anos. No trabalho de Porto et al
(2002),
(75)
onde ele estudou o perfil de obesos mórbidos, a idade de
suas pacientes foi, em média, de 37±10 anos. Eles observaram que a
variação entre as idades mínima e máxima, foi de 13 e 69 anos. A
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
62
diferença em relação ao nosso trabalho deve-se ao fato de que as
nossas pacientes, nos critérios de inclusão, deveriam apresentar
idades entre 20 e até 40 anos.
Quanto à cor da pele, as mulheres negras representaram
5,1% de toda a amostra da pesquisa, enquanto as pacientes pardas e
brancas representaram 60,7% e 34,2,1%, respectivamente;
diferentemente do trabalho de Porto et al (2002),
(75)
que
encontraram, na sua amostra, 27,2% de pacientes negros, 38,9% de
pacientes pardos e 33,8% de brancos. Isto se deve, provavelmente,
ao fato do número da população negra, naquele estado (Bahia), ser
bem superior a do estado de São Paulo.
No nosso trabalho, no que se refere à paridade, 19 pacientes
não tinham filhos, (32,7%), enquanto que 39 pacientes (67,3%),
tinham entre 1 a 5 filhos; Dados semelhantes, são encontrados no
trabalho de Porto et al (2002),
(75)
com 22,1% para as mulheres sem
filhos e 77,9% para as mulheres com filhos, corroborando, desta
forma, com a nossa casuística.
Em relação ao estado civil apenas 5 pacientes eram solteiras,
representando 8,6% do grupo total da amostra, enquanto as demais
pacientes eram casadas, representando 91,3% das pacientes. Não
houve significado estatístico, nesta variável, em relação aos dois
grupos estudados. Ao analisarmos esta variável, em outros trabalhos
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
63
da literatura, não foi possível chegarmos a alguma conclusão
comparativa por falta de dados.
Na observação da variável profissão, nenhuma das mulheres
apresentava profissão definida, mas com opções de trabalho dirigidas
ao bem estar da família ou do lar. Não foi realizada uma classificação
mais detalhada, como aquela verificada em Porto et al (2002),
(75)
onde eles classificaram as diversas atividades dos pacientes, tais
como serviços domésticos, atividades comerciais, estudantes,
cozinheiras, atividades administrativas, professores, auxiliar de
enfermagem, entre outras, por omissão da informação no nosso
prontuário.
Quanto ao nível sócio-econômico, todas as pacientes
pertenciam à classe média baixa, motivo pelo qual procuraram o
programa de redução de estomago no serviço do SUS.
Em relação à escolaridade todas as pacientes eram
alfabetizadas, tendo freqüentado, tão somente, o curso básico. Este
aspecto vem de encontro com a profissão das pacientes e ao seu
baixo padrão sócio-econômico.
Não houve nenhuma diferença estatística em relação à idade
da menarca sendo a média±desvio-padrão para as mulheres do
grupo C de 11,8±1,6 anos e para as mulheres do grupo E, 11,2±2,3
anos. Valores idênticos também são encontrados no trabalho de Poy
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
64
et al (2001),
(61)
quando analisaram mulheres com hirsutismo
idiopático e síndrome dos ovários policísticos, com médias de
12,3±1,3 e 11,8±1,8, respectivamente.
Devido ao fato de que o nosso trabalho avaliou 2 grupos de
pacientes, sendo um grupo com ciclos regulares e outro caracterizado
por distúrbios menstruais, a data da ultima menstruação serviu-
se, apenas, como um parâmetro importante na separação entre esses
grupos, ou seja, 21 mulheres (36,2%) com ciclos regulares e 37
mulheres (63,7%) com distúrbios menstruais. Não encontramos na
literatura trabalhos com os quais pudéssemos comparar esta variável.
A análise estatística não revelou diferença significativa em
relação ao peso corporal dos dois grupos, sendo a média±desvio-
padrão para as mulheres do grupo C de 122,2±15,4 kg e para as
mulheres do grupo E, 122,0±18,1 kg. Dados semelhantes são
encontrados no trabalho de Porto et al (2002),
(75)
que apresentou
média±desvio-padrão do peso corporal dos seus pacientes 118,0±21
Kg. As semelhanças encontradas entre os trabalhos provavelmente
são devidas a homogeneidade das amostras, ou seja, pacientes com
pesos elevados, cujo IMC caracterizavam a sua obesidade em
mórbida ou classe III.
A análise estatística também não revelou diferença significativa
em relação à estatura dos dois grupos, sendo a média±desvio-
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
65
padrão para as mulheres do grupo C de 1,6±0,06 m e para as
mulheres do grupo E, 1,6±0,07 m. A provável razão para tal fato se
deve a homogeneidade das amostras. A avaliação da estatura foi
inferido como dado importante e coadjuvante para o cálculo do IMC
dessas pacientes.
Não houve diferença significativa em relação ao IMC dos dois
grupos, sendo média±desvio-padrão para as mulheres do grupo C de
45,4±3,9kg/m² e para as mulheres do grupo E, 44,4±7,3. Valores
muito aproximados foram encontrados em Porto et al (2002),
(75)
com
IMC média±desvio-padrão de 47±6kg/m². Esses dados também
podem ser explicados pela homogeneidade das amostras, uma vez
que todas as mulheres, nos dois trabalhos, apresentavam IMC 40
kg/m².
Quando comparamos a presença do hirsutismo entre os 2
grupos, a análise estatística revelou-se significante com um valor de
p > 0,001, demonstrando que as paciente do grupo E apresentavam
maior grau de hirsutismo que as pacientes do grupo C. Acreditamos
que a significância encontrada em nosso trabalho, em relação ao
hirsutismo, além de estar na dependência do aumento do IMC
apresentado por nossas pacientes, o que poderia estar acarretando
maior grau de hiperandrogenismo e, conseqüentemente, maior índice
de hirsutismo, também pode ser explicado pelo elevado índice de
resistência á insulina nestas pacientes, que, por sua vez, poderia
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
66
estar levando a um alterado estado de hiperandrogenismo, além da
maior freqüência de pacientes com hirsutismo ocorrida no grupo de
estudo.
As medidas da cintura abdominal, cintura quadril e a
relação cintura quadril, em nosso trabalho, não apresentaram
diferenças estatisticamente significativas entre os valores analisados
entre os dois grupos. Resultados diferentes são relatados no trabalho
de Poy et al (2001),
(61)
com a relação da cintura quadril que
apresentou dados estatísticos significantes entre os seus grupos. A
discrepância existente entre os dois trabalhos, provavelmente, se
deva ao fato que as nossas pacientes, apresentaram um IMC muito
elevado (>40) e uniforme.
O ciclo menstrual foi classificado como regular, para aquelas
mulheres que menstruavam mensalmente e, como irregular, para as
que apresentavam alterações do ciclo menstrual, como amenorréia
ou oligomenorréia. Desta forma, nesse trabalho, o ciclo menstrual
funcionou como um parâmetro importante na separação entre os 2
grupos, sendo o grupo C constituído por 21 mulheres (36,2%) com
ciclos regulares e 37 mulheres (63,7%) com ciclos irregulares.
Em nosso trabalho observamos que a média da pressão
arterial no grupo C a média foi de 148/99 mmHg e no grupo E a
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
67
média foi de 144/100 mmHg. Não houve significância estatística
entre os valores das pressões arteriais encontradas.
Trabalhos da literatura nos mostram que freqüências e
resultados semelhantes são encontrados em Porto et al (2002),
(75)
no
seu estudo com obesos mórbidos. No trabalho de Kuba et al (2006),
(76)
avaliando as médias das pressões arteriais em grupos com
sobrepeso e obesos de IMC variados (de 25 a 40kg/m) encontrou-se
valores de extrema significância entre essas médias. Acreditamos que
estes resultados divergentes do nosso trabalho são motivados por
serem, aqueles, um grupo de pacientes com IMC variáveis, o que não
ocorreu com o nosso grupo de pacientes, que apresentavam IMC
mais altos, mais homogêneos e semelhantes aos resultados de Porto
et al (2002),
(75)
os quais estudaram obesos mórbidos. Também
inferimos a possibilidade de que, a resistência à insulina, freqüente
no paciente obeso classe III e determinando uma hiperinsulinemia
compensatória, possa acarretar prejuízos à hipertensão arterial
sistêmica desses pacientes.
(77)
É importante salientarmos que os valores considerados para a
avaliação da pressão arterial nesse trabalho foram os postulados pelo
National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel
Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in
Adults (Adult Treatment Panel III)
(72)
que considera como valor
hipertensivo a pressão arterial igual ou acima de 130/85 mm Hg.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
68
A Acanthosis nigricans foi encontrada em 43 mulheres nos
dois grupos, correspondendo a 74,1% do total das pacientes. Essa
alta incidência da acanthosis nigricans em pacientes obesas classe III
encontrada em nosso trabalho é corroborada pelo trabalho de Araujo
et al (2002),
(63)
que estudando a acanthosis nigricans em mulheres
obesas com IMC de 33 a 44 47kg/m
2
, observou sua presença em
80,7% das suas pacientes. Acreditamos que a alta incidência de
acanthosis nigricans deva-se ao alto índice de RI presente nesse tipo
de obesidade.
Observamos que os níveis séricos de insulina foram
significantemente menores nos pacientes do grupo C quando
comparados com os do grupo E (tabela 5). Após a realização dos
cálculos com o HOMA test (dados de insulina e glicemia) as análises
estatísticas demonstraram resultados significantes a respeito da
avaliação da resistência á insulina (RI) nas pacientes dos dois
grupos (tabela 6). Desta forma quando comparamos as 37 mulheres
do grupo E, hirsutas e com ciclos irregulares, com as 21 mulheres do
grupo C, com ciclos regulares e que apresentavam ou não hirsutismo,
observamos um elevado índice de RI nas pacientes do grupo E,
demonstrando a importância, já comprovada na literatura,
do
hirsutismo frente à pacientes portadores da RI.
(23, 61,65,76,78,79)
Analisado os dados apresentados na tabela 7, onde
comparamos os índices HOMA das pacientes do grupo Controle e
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
69
Estudo, excluindo-se as pacientes que apresentavam hirsutismo,
podemos verificar que essas mulheres mantiveram o alto índice de
RI, caracterizando o possível papel direto da RI nos ovários dessas
pacientes, sem a presença do hiperandrogenismo. Esta observação,
da nossa casuística, devido a inexistência de dados na literatura
vigente, não foi possível fazermos correlações comparativas.
No presente trabalho não encontramos correlação entre o perfil
lipídico e glicemia entre as pacientes do grupo C e grupo E (tabela 4).
Os valores do colesterol, HDL-C, LDL-C, triglicerídeos e glicemia de
jejum foram muito semelhantes entre os dois grupos. Kuba et al
(2006),
(76)
em estudo recente, também não encontrou correlações
entre o perfil lipídico e glicemia. Acreditamos que os parâmetros
analisados por nós não são diferentes devido à homogeneidade da
amostra.
As variáveis hormonais, testosterona total, hormônio folículo-
estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), sulfato de
dehidroepiandrosterona (DHEA-S), prolactina, hormônio tireo-
estimulante (TSH) e T4 livre, analisadas conforme a tabela 4, não
apresentaram diferenças estatisticamente significativas quando
comparadas entre os grupo C e E. Não encontramos, na literatura
vigente, trabalhos semelhantes com os quais pudéssemos estabelecer
comparações.
CONCLUSÕES
70
6. CONCLUSÕES
CONCLUSÕES
71
1. As avaliações dos aspectos clínicos-epidemiológicos das
pacientes obesas, classe III, mostraram-se homogêneas.
2. A análise comparativa dos valores hormonais entre os dois
grupos não apresentaram diferenças estatísticas.
3. Não encontramos correlação significativa entre o perfil
lipídico, a glicemia e dos dados antropométricos entre os
dois grupos estudados.
4. A resistência insulínica nas pacientes com obesidade classe
III, portadoras de ciclos menstruais irregulares e hirsutismo
(grupo E) apresentou índice mais elevado em relação às
pacientes com obesidade classe III, com ciclos menstruais
regulares; provavelmente, decorrente de um
hiperandrogenismo.
5. O aumento do índice de resistência insulínica encontrado nas
pacientes obesas, classe III, com ciclos menstruais
irregulares e sem hirsutismo, possivelmente caracteriza a
ação direta da resistência insulínica sobre os ovários destas
mulheres, determinando, conseqüentemente, distúrbios
menstruais importantes.
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7.
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ANEXOS
85
8. ANEXOS
ANEXOS
86
ANEXO I FICHÁRIO MÉDICO DA PESQUISA
Nome: idade: DN: Data
Consulta:
Endereço: Bairro:
Cidade: Estado: Fone 1: Fone 2:
Cor: Branca ( ) Negra ( ) Parda ( ) outra ( )
Profissão: Do lar ( ) outros ( ) Especifique:
Estado Civil: Casada ( ) Solteira ( ) Divorciada ( ) Outro ( )
Escolaridade: 1º grau ( ) 2º grau ( ) Curso Superior ( )
Nível sócio-econômico: Baixo ( ) Médio ( ) Alto ( )
HISTÓRIA GINECOLÓGICA
Menarca: DUM:
Paridade: Infértil ( ) 1 filho ( ) 2 filhos ( ) 3 ou + filhos
( )
Ciclo Menstrual: regular ( ) Irregular ( )
Especifique::......................................................................................
DADOS PESSOAIS
Peso: Altura: IMC:
C.A: C.Q: RCQ:
P.Arterial:
Acantose nigrans: pescoço ( ) axila ( ) seios ( ) virilha
( )
Hirsutismo: (F/G) labio S ( ) mento ( ) abd.Sup ( ) abd.Inf ( )
braços ( ) costas ( ) coxas ( )
EXAMES LABORATORIAIS - BASAL
Insulina
µUI/ml
Glicose
mg/dl
Col.Total
mg/dl
HDL-c
mg/dl
LDL-c
mg/dl
Triglicerídeos
mg/dl
TSH
µUI/ml
T4 livre
ng/dl
Prolactina
ng/dl
DHEA-S
µg/dl
FSH
mUI/ml
LH
mUI/ml
Testo Total
ng/dl
ULTRA-SONOGRAFIA
Ovário D: Ovário E: Útero: Endométrio:
Nº folículos: Outros (especifique): ........................................................
Hipótese Diagnóstica: .....................................................................................
ANEXOS
87
Anexo II. TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
(Resolução 01/88)
Pesquisa: Avaliação clínica-epidemiológica e laboratorial do eixo hipotálamo-
hipófise-gonadal de mulheres com obesidade classe III.
Pesquisador: Francisco de Assis Costa Souza.
Orientador: Professor Adjunto / Livre-Docente Rogério Dias.
Esta é uma pesquisa que têm por finalidade avaliar o funcionamento dos
ovários da Sra... através da realização de exames clínicos e dosagens dos
hormônios denominados FSH, LH, Prolactina, Insulina, Testosterona, DHEA-S, além
de exames bioquímicos.
Essa pesquisa se justifica devido ao fato da Sra... ser portadora de
obesidade classe III, também chamada de obesidade mórbida e estando a Sra. ...
participando de um programa para cirurgia de redução de estômago.
Ao ingressar na pesquisa a Sra... participará de uma palestra informativa
sobre a pesquisa, responderá a uma entrevista feita pelo pesquisador, realizará um
exame físico inicial que constará de medidas da sua cintura abdominal e da sua
cintura quadril, além de aferição do seu peso, altura e de sua pressão arterial.
Depois a Sra... fará uma coleta de sangue (volume: 10 ml) na veia de um
dos seus braços para a execução dos exames laboratoriais.
O exame físico não causará dor ou desconforto. A coleta de sangue um leve
desconforto no momento da punção venosa. Esse material será submetido a
análises no laboratório clínico da Associação Prudentina de Educação e Cultura –
APEC.
Os benefícios da Sra... em participar desse estudo é que ele lhe
proporcionará informações sobre o funcionamento dos seus ovários, as condições
dos seus hormônios, do seu colesterol, da sua glicose, da sua obesidade, bem como
seu estado geral de saúde.
Foi garantido a Sra... que, se tiver qualquer dúvida sobre o estudo, ela
poderá procurar o Dr. Francisco de Assis Costa Souza, na disciplina de Ginecologia
e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente, que poderá estar
esclarecendo as suas dúvidas.
ANEXOS
88
Ainda foi informada que, se ela tiver reclamações sobre qualquer
procedimento do estudo, poderá procurar a secretaria do Comitê de Ética em
Pesquisa da Faculdade da Unoeste, telefone 18.3229.2077.
Serão garantidos totais sigilos e privacidade sobre sua identidade, seu
estado de saúde e sobre os resultados dos exames realizados.
Não está prevista nenhuma forma de ressarcimento ou indenização durante
este estudo, exceto a manutenção de sua assistência médica.
Portanto, a Sra... não terá nenhum prejuízo financeiro com a realização
desses exames, que será comunicada de toso os resultados desses exames e sobre
a finalização do mesmo.
Desta forma a Sra... DECLARA estar satisfeita com as informações recebidas
e afirmando ter entendido as explicações que lhes foram prestadas em linguagem
clara e simples, estando o pesquisador à disposição para esclarecer outras dúvidas
que surgirem durante a realização da pesquisa.
Portanto, entende a paciente que poderá REVOGAR o consentimento que
agora presta sem qualquer penalização ou prejuízo para a assistência de sua saúde.
Por tal razão e nestas condições CONSINTO que se realize o protocolo de
pesquisa proposto.
Presidente Prudente, de de 200.
Sra. Francisco de Assis Costa Souza
- Paciente- - Pesquisador Legal -
Endereço: Rua Indiana, 245, Apto 1401
Bairro: Vila Euclides
Cidade: Presidente Prudente
Estado:SP Estado: SP
Fone: Fone: 18.32225876
ANEXOS
89
Anexo III. Comitê de Ética em Pesquisa
ANEXOS
90
Anexo IV. Comitê de Ética em Pesquisa
ANEXOS
91
Anexo V. Relação entre os dados colhidos de pacientes obesas grau III sem
disfunção menstrual ou hirsutismo (Grupo C) e Pacientes obesas grau III
com disfunção menstrual associada ou não a hirsutismo (Grupo E).
GRUPO C
N = 21
GRUPO E
N = 37
Maximo Mínimo Medias DP Máximo Mínimo Médias DP
Idade 38,0 25,0 32,2 4,1 38,0 21,0 30,3 4,7
Peso 153,1 100,4 122,2 15,4 168,0 95,1 122,4 18,1
Estatura 1,79 1,51 1,63 0,06 1,80 1,40 1,62 0,07
IMC 54,0 40,8 45,4 3,9 72,1 36,5 47,4 7,4
CA 1,48 1,04 1,24 0,12 1,53 1,06 1,25 0,12
CQ 1,72 1,24 1,42 0,1 1,76 1,24 1,41 0,1
RCQ 0,97 0,73 0,87 0,07 1,00 0,70 0,88 0,05
Menarca 15,0 9,0 11,8 1,6 15,0 10,0 11,2 2,3
Pressão Art. Max.
Pressão Art. Min.
220,0
140,0
100,0
60,0
148,4
98,5
35,6
23,2
200,0
150,0
100,0
70,0
143,6
100,0
24,4
21,2
F/G 12,0 0,0 3,7 3,0 19,0 1,0 9,6 6,0
Glicemia 308,0 67,0 113,6 53,8 264,0 20,0 108,9 40,9
Colesterol total 282,00 125,0 185,6 35,9 254,0 125,0 175,2 26,8
HDH-C 87,0 34,0 47,7 12,4 63,0 30,0 43,8 7,2
LDL-C 178,8 51,0 110,0 28,7 176,0 44,0 103,7 25,9
Triglicerídeos 288,0 54,0 139,1 66,4 400,0 40,0 135,3 71,0
TSH 4,0 0,9 2,5 0,8 6,6 0,5 2,8 1,4
T4 7,7 0,9 1,5 1,4 13,5 0,8 1,8 2,4
Prolactina 25,0 3,3 10.6 5,0 25,0 2,7 9,2 4,8
DHEA-S 303,0 32,1 134,1 65,1 282,0 22,3 110,8 60,2
FSH 13,8 1,9 5,1 2,9 48,9 2,0 6,1 7,6
LH 27,1 0,9 7,0 6,4 28,9 0,9 6,3 5,6
Testosterona
Insulina
HOMA
138,0
28,1
6,6
20,0
2,0
0,4
69,2
12,7
3,0
37,4
7,4
1,5
145,0
67,8
16.3
20,0
3,0
0,7
53,7
20,1
4,5
27,8
13,1
3,6
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