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ODAIR LACERDA LEMOS
Engenheiro Agrônomo
CULTIVO E CONTROLE DE INSETOS DO TOMATEIRO EM
DIFERENTES AMBIENTES
Orientador
Prof. Dr. SHIZUO SENO
Tese apresentada à Faculdade de
Engenharia UNESP - Campus de Ilha
Solteira, para obtenção do título de Doutor
em Agronomia. Especialidade: Sistemas
de Produção.
ILHA SOLTEIRA - SP
AGOSTO DE 2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da UNESP - Ilha Solteira.
Lemos, Odair Lacerda.
L557c
Cultivo e controle de insetos do tomateiro em diferentes ambientes / Odair
Lacerda Lemos. -- Ilha Solteira : [s.n.], 2008
71 f. : il., fots. color.
Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Engenha-
ria de Ilha Solteira. Especialidade: Sistemas de Produção, 2008
Orientador: Shizuo Seno
Bibliografia: p. 62-71
1. Tomate. 2. Inseto – Controle. 3. Ambiente protegido. 4. Malha colori-
da. 5. Agrotêxtil.
4
5
DEDICO
A Deus, aos meus pais, Manoel Alves
Lemos e Ivanilde Lacerda Lemos, por
todo amor e carinho, que me deram
estruturas para chegar até aqui.
OFEREÇO
Aos meus irmãos, Valmir, Helício,
Helenice, José (Zeca), Clovis, Orlando,
Cida, Eliene, Vanusa, Vanderlei e de
Lourdes (Lurdinha), que sempre me
apoiaram.
6
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida, por me guiar em mais uma etapa da minha vida e por tudo
que me tem concedido;
A Universidade Estadual Paulista – Campus de Ilha Solteira, pela oportunidade
concedida para a realização deste curso;
Ao mestre, orientador e amigo Prof. Dr. Shizuo Seno por ter me acolhido, pela
orientação dispensada e apoio incondicional em todo este período de convivência;
Ao professor Pedro César dos Santos, pela atenção, pelas valiosas sugestões antes
e durante o Exame de Qualificação;
À amiga e professora Regina Maria Monteiro de Castilho pela amizade, carinho e
atenção dispensada em todo esse período;
Aos funcionários da Fazenda de Ensino e Pesquisa (“Pomar”) Auceniro Pereira de
Sousa Senna, Edson Alves da Rocha, Cláudio Alves de Oliveira e Francisco Magalhães
Pereira, pelos auxílios e ensinamentos e principalmente pela amizade gerada neste período
de convivência;
Ao amigo Pedro de Almeida Guedes pela amizade inestimável, ensinamentos,
agradável convívio e incentivo nos momentos difíceis;
A amiga, Katiane Santiago Silva pela sua importante amizade, convívio e apoio ao
longo desses anos de trabalho;
Ao amigo Alexsander Seleguini pela ajuda, convivência, companheirismo no decorrer
do curso e parceria constante na execução dos experimentos;
Aos amigos de convívio diário Cleiton, Elza, Geovane, Fabiana Queiroz Garcia,
Rafael Montes pela amizade, companheirismo e pelos momentos alegres que passamos
juntos, em especial ao amigo Eliozéias Vicente de Almeida;
Aos professores do curso Pós-graduação pelo ensino de qualidade e enriquecimento
profissional;
A todos os colegas do curso de Pós-graduação, pela convivência harmoniosa;
Aos meus familiares por todo apoio e incentivo, sem eles não seria possível;
Aos funcionários da Biblioteca e da Seção de Pós-graduação da UNESP, Campus de
Ilha Solteira, em especial à Adelaide Amaral dos Santos Passipieri, Onilda Naves de Oliveira
Akasaki, Márcia Regina Nagamachi Chaves, Sandra Maria Clemente de Souza e João
Josué Barbosa pela paciência, prontidão e atenção dispensada;
Aos amigos e todos que ajudaram de alguma forma durante o Curso e na
concretização deste trabalho;
Meus sinceros agradecimentos !!!!
7
"Não importa o tamanho da montanha,
ela não consegue esconder o sol."
Provérbio Chinês
“A única LUTA que se perde,
é aquela que se abandona.”
Pearl S. Buck
8
CULTIVO E CONTROLE DE INSETOS DO TOMATEIRO EM DIFERENTES
AMBIENTES
RESUMO - A proteção de cultivos com malhas coloridas e agrotêxtil vem sendo
muito usado, visando melhoria na eficiência do cultivo e a minimização da aplicação
de defensivos. Diante disso, este trabalho teve como objetivo verificar o efeito do
tipo de proteção de plantas ou dos frutos de dois híbridos de tomate, conduzidos em
ambiente protegido, com e sem aplicação de inseticidas, na área experimental da
UNESP – Campus de Ilha Solteira – SP no período de abril a agosto de 2007. Foram
conduzidos experimentos em quatro tipos de proteção. Em cada tipo o delineamento
experimental em blocos casualizados (DBC), sendo os tratamentos dispostos em
parcelas subdivididas no esquema fatorial 2x2, dois tipos de aplicação de inseticidas
e dois híbridos. Foram avaliados os seguintes parâmetros: altura; diâmetro médio da
haste; taxas médias de crescimento absoluto e produtividade de frutos total,
comercial e furados. Os resultados foram submetidos a análise de variância (teste F)
e os efeitos dos tratamentos foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade, levando as seguintes conclusões: a aplicação de inseticidas não
alterou o desenvolvimento das plantas; o tipo de proteção com agrotêxtil
proporcionou um incremento na amplitude rmica dentro da estufa, entretanto a
estufa protegida com chromatinet proporcionou maior altura de plantas; o híbrido
Saladete teve melhor adaptação as condições de cultivo; estufas desprotegidas
lateralmente apresentam maiores produtividades, entretanto com maiores perdas
devido ao descarte de frutos não comerciais; a estufa protegida com agrotêxtil
proporcionou as menores produtividades de frutos furados nos tratamentos com e
sem aplicação de inseticidas; o híbrido Saladete mostrou-se melhor adaptado as
condições de cultivo, apresentando maior produtividade comercial e menor
produtividade de frutos furados; ocorrem alterações na qualidade físico-química dos
frutos de tomate submetido as condições de cultivo empregadas em função do
tempo de armazenamento; houve um substancial aumento da perda de massa
fresca e nos teores de vitamina C, oscilações nos teores de sólidos solúveis e índice
de maturação.
Palavras-chave: Lycopersicon esculentum Mill; Malha colorida; Agrotêxtil;
Ensacamento; Híbrido; Produtividade.
9
CULTIVATION AND CONTROL OF INSECTS OF TOMATO CROP IN DIFFERENT
ENVIRONMENT
ABSTRACT - The protection of cultivation with colored meshes and nonwoven has
been very used, seeking minimization of the defensive application. With that, this
work had as the aim verifies the effect of the type of plant protection or the fruits in
two hybrid of tomato, driven in protecting environment, with and without application of
insecticides in the experimental area of College of Engineering of Ilha Solteira - SP
UNESP/FEIS from April to August of 2007. Experiments were driven in four
protection types. In each type the experimental design was in randomized blocks
(DBC), being the treatments disposed in split splot array in the factorial outline 2x2,
two types of application of insecticides and two hybrid. They were appraised the
following parameters: height; medium diameter of the stem; taxes averages of
absolute growth and total, commercial and discarded productivity of fruits. The
results were submitted to the variance analysis (Test F) and the effects of the
treatments were compared by the test of Tukey to 5% of probability, taking the
following conclusions: the of insecticides application do not alter the plant
development; the greenhouse protected with Chromatinet Blue 30% provided a
larger height of plants; Therefore the type of protection with nonwoven offered an
increment at the termal high inside the greenhouse protected; the hybrid Saladete
had better adaptation of the cultivations conditions; greenhouses failed to protect
sidelong present larger total productivities, meantime with larger losses due to the
discard of fruits don't trade; the greenhouse protected with nonwoven provided the
smallest productivities of discarded fruits in the treatments with and without
application of insecticides; the hybrid Saladete best was shown adapted to the
cultivation conditions presenting larger commercial productivity and smaller
productivities of discarded fruits; they happen alterations in the physiochemical the
fruit quality of submitted tomato the cultivation conditions use in function of the
storage time; there was a substantial increase of the fresh mass loss and in the
vitamin C and oscillation in the soluble solids and maturation index.
Keywords: Lycopersicon esculentum Mill; Colored meshes; Nonwoven; Sacking;
Hybrid; Productivity.
10
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Resultados da análise de fertilidade do solo da área
experimental, em cada ambiente protegido, na camada de 0 a
0,20 m. Ilha Solteira (SP), 2007...................................................
29
TABELA 2 – Esquema de análise de variância individual proposto para o
experimento..................................................................................
35
TABELA 3 – Esquema de análise de variância de grupos de experimentos
proposto.......................................................................................
35
TABELA 4 – Esquema de análise de variância da avaliação tecnológica da
qualidade dos frutos.....................................................................
37
TABELA 5 – Valores médios de altura e diâmetro das hastes de plantas
(cm) avaliadas aos 15, 30, 45 e 60 dias após o transplantio
(DAT), obtidos para os híbridos de tomate Saladete DRW3410-
F1 e Débora Plus-F1 em função do tipo de proteção, ambiente
protegido. Ilha Solteira (SP), 2007...............................................
47
TABELA 6 – Valores médios da taxa de crescimento absoluto da altura e
diâmetro da haste de plantas (cm dia
-1
), entre os intervalos de
15-30, 30-45, 45-60 e 15-60 (DAT), obtidos para os híbridos de
tomate Saladete DRW3410-F1 e Débora Plus-F1 produzidos
em função do tipo de proteção, ambiente protegido. Ilha
Solteira (SP), 2007.......................................................................
49
TABELA 7 – Número de frutos por planta e massa dia de matéria fresca,
produzidos com e sem aplicação de inseticidas em função do
tipo de proteção, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP),
2007..............................................................................................
51
TABELA 8 – Produtividade total, comercial e de frutos furados produzidos
com e sem aplicação de inseticidas em função do tipo de
proteção, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2007 ........
52
TABELA 9 – Produtividade total, comercial e de frutos furados obtidos para
os híbridos de tomate Saladete DRW3410-F1 e Débora Plus-
F1 produzidos em função do tipo de proteção, em ambiente
protegido. Ilha Solteira (SP), 2007...............................................
54
TABELA 10
Firmeza da polpa, pH e acidez titulável de frutos obtidos em
função do tipo de proteção em ambiente protegido,
armazenados em temperatura ambiente. Ilha Solteira (SP),
2007..............................................................................................
56
11
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 –
Vista geral, da lateral e internamente, das estufas protegida com
Chromatinet azul 30% (A e B), agrotêxtil branco (C e D) e sem
proteção lateral (E e F). Ilha Solteira (SP), 2007............................
30
FIGURA 2 –
Vista geral, do ponto de ensacamento (A), forma de amarrio (B) e
das plantas com frutos ensacados (C) com agrotêxtil branco,
conduzidos na estufa sem proteção lateral. Ilha Solteira (SP),
2007................................................................................................
31
FIGURA 3 –
Variação de temperatura médias (A), máximas (B) e mínimas (C)
do ar, obtidas para as estufas protegidas com Chromatinet azul,
agrotêxtil e normal, no período de 11/04 a 13/08/2007, em Ilha
Solteira (SP), 2007..........................................................................
39
FIGURA 4 –
Variação de umidades médias (A), máximas (B) e mínimas (C)
do ar, obtidas para as estufas protegidas com Chromatinet azul,
agrotêxtil e normal, no período de 11/04 a 13/08/2007, em Ilha
Solteira (SP), 2007..........................................................................
41
FIGURA 5 –
Variação de temperaturas do solo a 6 cm (A) e 12 cm (B) de
profundidade, obtidas para as estufas protegidas com
Chromatinet azul, agrotêxtil e normal, no dia 19/05/2007 (45
DAT), em Ilha Solteira (SP), 2007...................................................
43
FIGURA 6 –
Variação de luminosidade (A), umidade relativa (B) e
temperatura do ar (C), obtidas para as estufas protegidas com
Chromatinet azul, agrotêxtil, normal e na área externa (céu
aberto), no dia 19/05/2007 (45 DAT), em Ilha Solteira (SP), 2007.
44
FIGURA 7 –
Firmeza da polpa (A), acidez titulável (B) e pH (C) de frutos de
tomate em função do tempo de armazenamento, em temperatura
ambiente. Ilha Solteira (SP), 2007..................................................
57
FIGURA 8 –
Perda de massa fresca (A), sólidos solúveis (B), índice de
maturação - Ratio (C) e vitamina C (D) de frutos de híbridos de
tomate em função dos tipos de proteção e do tempo de
armazenamento em temperatura ambiente. Ilha Solteira (SP),
2007................................................................................................
58
12
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................
14
2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 16
2.1. Generalidades do Tomateiro ....................................................................... 16
2.2. Exigências climáticas do tomateiro ..............................................................
18
2.3. Recursos genéticos ..................................................................................... 19
2.4. Cultivo de tomateiro em ambiente protegido ............................................... 20
2.5. Controle fitossanitário do tomateiro ............................................................. 22
2.6. Uso de agrotêxtil e malhas coloridas na agricultura .................................... 25
3. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................ 28
3.1. Localização do Experimento ........................................................................
28
3.2. Caracterização do experimento ...................................................................
29
3.3. Implantação e condução do experimento ....................................................
32
3.4. Características analisadas ...........................................................................
33
3.4.1. Avaliação de microclima ...........................................................................
33
3.4.2. Avaliações fitotécnicas ............................................................................. 33
3.4.2.1. Delineamento experimental para as avaliações fitotécnicas .................
34
3.4.3. Avaliação tecnológica da qualidade dos frutos..........................................
36
3.4.3.1. Delineamento experimental para as avaliações de qualidade de frutos
36
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................
38
4.1. Avaliação de microclima ..............................................................................
38
4.1.1. Temperatura do ar ....................................................................................
38
4.1.2. Umidade relativa do ar ..............................................................................
40
13
4.1.3. Temperatura do solo .................................................................................
42
4.1.4. Luminosidade, umidade relativa e temperatura do ar em dia de céu
claro .........................................................................................................
43
4.2. Avaliações fitotécnicas ................................................................................
46
4.2.1. Altura e diâmetro da haste de plantas ......................................................
46
4.2.2. Taxa de crescimento absoluto ..................................................................
48
4.2.3. Número de frutos e massa média de matéria fresca de frutos .................
50
4.2.4. Produtividade total, comercial e de frutos furados ....................................
51
4.2.4.1. Produtividades dentro dos tratamentos fitossanitários ..........................
51
4.2.4.2. Produtividades dos híbridos Saladete e Débora ................................... 53
4.3. Avaliação da qualidade de frutos .................................................................
55
5. CONCLUSÕES ...............................................................................................
61
6. REFERÊNCIAS ..............................................................................................
62
APÊNDICE
14
1. INTRODUÇÃO
A crescente demanda por hortaliças de alta qualidade, ofertadas durante o
ano todo, tem contribuído para o investimento em novos sistemas de cultivo que
permitam produção adaptada a diferentes regiões e condições climáticas. No Brasil,
o cultivo de hortaliças em ambiente protegido vem ganhando espaço entre os
produtores, principalmente pela relativa facilidade em manejar as condições de
cultivo quando comparado ao sistema convencional em campo aberto.
O cultivo do tomateiro em ambiente protegido na década de 1990 apresentou
um grande crescimento. A área com cultivo protegido cresceu 40% e a produção
53% (HORA; GOTO, 2005), tornando-se um sistema de produção muito difundido na
região Sudeste, principalmente no Estado de São Paulo, maior centro produtor de
hortaliças do Brasil. Esta técnica de cultivo advém da necessidade de fornecer ao
consumidor produtos “in natura” de boa qualidade durante o ano todo
(FERNANDES, 2001).
As perspectivas para o cultivo protegido são boas desde que associadas a
outras tecnologias que contemplem a qualidade e a produtividade. Os números
impressionam e ajudam a explicar por que se investe tanto em tecnologia na
horticultura, com a adoção de diferentes sistemas de produção. Alguns horticultores
querem produzir mais; outros querem colher no inverno, quando os preços são
melhores; outros, ainda, perseguem preços mais altos com produtos diferenciados
pela qualidade.
15
No cultivo do tomateiro o uso de ambiente protegido tem crescido utilizando-
se vários sistema, visando melhores produções e a diminuição do ataque de pragas
e doenças. São várias as moléstias que podem causar danos irreversíveis ao
tomateiro, levando assim ao constante uso de produtos químicos causando danos
ao meio ambiente e ao homem.
Na busca da racionalização do uso destes insumos, faz-se necessário à
implantação de novas tecnologias tendo em vista redução nos custos com a sua
aplicação.
Os produtores procuram novas opções de cultivo, seja para obter maiores
lucros ou pela melhoria na qualidade dos alimentos, visto a necessidade declarada
pelos consumidores de se adquirir alimentos com essas características, não
importando o seu preço. Assim, observa-se a necessidade de melhores alimentos no
mercado, bem como, a diminuição da contaminação do meio ambiente devido o
acúmulo de agrotóxicos.
Algumas das tecnologias que vêm sendo utilizadas são a proteção com
malhas coloridas e com agrotêxtil, que podem minimizar a utilização de defensivos
agrícolas nas hortaliças e plantas ornamentais, proporcionando produtos com baixos
teores de resíduos químicos.
Segundo Shahak et al. (2002), o uso de malhas coloridas constitui um
elemento novo no cultivo protegido, provocando reações morfológicas e fisiológicas
específicas, apresentando resultados qualitativos e econômicos satisfatórios, que,
de acordo com Orem-Shamir et al. (2001), vão depender do tipo de cultivo e da fase
de desenvolvimento da cultura.
Diante disso, este trabalho teve como objetivo verificar o efeito do isolamento
de plantas ou dos frutos de dois híbridos de tomateiro, conduzidos em ambiente
protegido, com e sem aplicação de inseticidas.
16
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Generalidades do Tomateiro
Segundo Filgueira (2003), a espécie cultivada originou-se da espécie silvestre
Lycopersicum esculentum var. cerasiforme, originário da América do Sul,
especificamente entre o Equador e o norte do Chile, região com diversas espécies
do gênero Lycopersicum crescendo espontaneamente. Sua domesticação ocorreu
no México e foi difundido ao mundo pelos espanhóis e portugueses através de suas
colônias. Quanto a introdução do tomate no Brasil deve-se a imigrantes europeus no
final do século XIX (ALVARENGA, 2004).
O tomateiro é uma planta da classe dicotiledoneae, ordem Tubiflorae,
pertencente à família Solanaceae, gênero Lycopersicon, sendo a espécie cultivada o
Lycopersicon esculentum Mill (ALVARENGA, 2004). Planta herbácea anual,
possuindo raiz pivotante. O caule é redondo, piloso e macio quando jovem, torna-se
anguloso e fibroso com o passar do tempo. As folhas são alternadas, com cerca de
11 a 32 cm de comprimento, do tipo composta e inserem-se a partir dos nós. A
floração e a frutificação ocorrem juntamente com o crescimento vegetativo
(RODRIGUEZ; RODRIGUEZ; SAN JUAN, 1984).
Segundo Filgueira (2000), a planta apresenta dois hábitos de crescimento
distintos, que condicionam o tipo de cultura. O hábito de crescimento determinado,
que ocorre nas cultivares destinadas à produção de matéria-prima para a
17
agroindústria e também para consumo in natura, conduzidas em cultura rasteira. O
hábito de crescimento indeterminado é aquele que acontece na maioria das
cultivares apropriadas para produção de frutos para mesa, são tutoradas e podadas,
com caule atingindo mais de 2,5 m de altura.
No tomateiro de crescimento tipo indeterminado, após a emissão de sete a
doze folhas, o ponto de crescimento da planta é diferenciado e ocorre o
aparecimento da primeira inflorescência que dará origem ao primeiro cacho de frutos
da planta; a partir daí, ocorre o desenvolvimento do caule e de duas a quatro folhas
seguido de um novo cacho e, assim, sucessivamente, de modo que, após a emissão
do primeiro cacho floral até o final do ciclo da planta, as fases vegetativa e
reprodutiva ocorrem simultaneamente (PAPADOPOULOS, 1991).
O cultivo do tomateiro é considerado o mais importante dentre as hortaliças,
por sustentar o primeiro lugar em valor econômico e volume de produção
(CAMARGO FILHO; MAZZEI, 2002). Segundo Food and Agriculture Organization of
the United Nations Alimentação e agricultura Organização das Nações Unidas-
FAOSTAT (2007), o tomate sustenta o primeiro lugar em volume e valor econômico
da produção das oleráceas. Sendo que em 2005, o País produziu cerca de 3,4
milhões de toneladas, o que representou cerca de 2,8% da produção mundial e o
colocou como o nono produtor mundial desta hortaliça.
Sua produção anual é de aproximadamente 3,5 milhões de toneladas
destinadas ao mercado de tomate fresco e para processamento, desta 21% está
localizada no Estado de São Paulo, principal produtor do País. Sendo cultivada em
60 mil hectares, dos quais o estado de São Paulo detém 19% da área de produção
(FNP CONSULTORIA E COMÉRCIO, 2006).
Em 2006 o Estado de São Paulo apresentou uma área de 8.556 hectares de
tomate estaqueado, com uma produção de mais de 822 mil toneladas de frutos, o
que o torna o principal produtor, no seguimento de tomates estaqueados
(INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA – IEA, 2008).
Segundo Tavares (2003), estão envolvidos na cultura do tomateiro no Brasil
mais de 10.000 produtores, com aproximadamente 200.000 pessoas trabalhando
diretamente na produção desta hortaliça, ressaltando a importância social e
econômica da cultura.
18
2.2. Exigências climáticas do tomateiro
Planta de clima tropical, o tomateiro se adapta a quase todos os tipos de
clima, não tolerando as temperaturas extremas, sendo que condições climáticas
secas e amenas com boa luminosidade são ideais para o bom desenvolvimento da
cultura, podendo, no caso de temperaturas extremas interferir na atuação dos
hormônios da planta e, conseqüentemente, na formação da flor e do grão de pólen
alterando sua germinação, bem como o crescimento do tubo polínico, observando-
se, ainda, efeitos diretos sobre a fixação do fruto, coloração e amadurecimento
(LOPES; STRIPARI, 1998).
Alvarenga (2004) citou que para o cultivo do tomateiro, situação de ambiente
quente, com boa iluminação e drenagem são os mais adequados, entretanto, as
plantas desenvolvem bem em diferente latitude, tipos de solo, temperaturas e
métodos de cultivo.
Goto (1995) relata que com os intensivos programas de melhoramento
genético, a cultura do tomate possui material adaptado às regiões de clima
subtropical e temperado, não tolerando somente as temperaturas extremas, como
geadas e temperaturas demasiadamente elevadas.
A produtividade ou a produção da cultura está relacionada com número de
frutos colhidos e esses relacionam com a queda de flores e frutos ocorridos durante
o desenvolvimento da planta. Filgueira (2003) comenta que são numerosos os
fatores que podem ocasionar a queda de flores e fruto, como a alta temperatura
noturna, carências ou desequilíbrios nutricionais, doenças fúngicas, bacterianas e
pragas.
Segundo Martins et al. (1999), as condições ambientais durante o período
reprodutivo das plantas determinam a velocidade de diferenciação floral e duração
do período vegetativo, afetando principalmente o desenvolvimento da inflorescência,
fator dependente do índice de área foliar e da duração do sistema fotossintetizador,
valores estes fundamentais para o cultivo em estufa, em função das suas condições
ambientais.
De acordo com Seleguini (2007), o tomateiro apresenta sensibilidade a altas
temperaturas, o seu cultivo, na maioria das regiões produtoras do País, é realizado
durante os meses com temperaturas mais amenas do ano. Por essa razão a oferta
do produto não é uniforme ao longo do ano, ocorrendo períodos característicos de
19
safra e entressafra. Nos meses mais quentes do ano a oferta é reduzida e os preços
são elevados.
Em relação ao efeito da luz, numerosos autores consideram o tomateiro uma
espécie indiferente ou pouco sensível a variação fotoperiódica, obtendo-se boa
produção sob uma ampla faixa de variação de horas diárias de luz. Contrariamente,
é decisivo o efeito da intensidade luminosa, o tomateiro é cultura altamente exigente,
como comprovam pesquisas efetuadas na Holanda (FILGUEIRA, 2003). No entanto,
em condição de ambiente protegido, a luminosidade pode ser reduzida de 20 a 40%,
podendo haver prejuízos quanto à produtividade nessas condições (ALVARENGA,
2004).
Sob condições ótimas de luminosidade, situação comum no Brasil, as
temperaturas diurnas e noturnas favoráveis podem ser um pouco mais elevadas, em
relação àquelas pesquisadas na Holanda, já que a luminosidade compensa os
excessos térmicos, dentro de certa medida (FILGUEIRA, 2003).
A umidade relativa do ar atua de forma indireta no desenvolvimento e
produção do tomateiro, podendo, em situação de alta umidade relativa, favorecer a
multiplicação de fungos e bactérias. Em condições de ambiente protegido, a baixa
umidade relativa e a ocorrência de altas temperaturas provocam aumento da taxa de
transpiração, fechamento de estômatos, redução da taxa de polinização,
abortamento de flores e menor produção (ALVARENGA, 2004).
2.3. Recursos genéticos
O material genético utilizado têm que apresentar boa resposta às
adversidades climáticas e a presença de pragas e de doenças de solo, em
conseqüência do uso intensivo das áreas (HORA; GOTO, 2006).
Os recursos genéticos do tomateiro têm sido exaustivamente explorados por
todo o mundo. No mercado, são encontradas centenas de cultivares com as mais
diversas características (GIORDANO; SILVA; BARBOSA, 2000). No Brasil, são
também inúmeras as cultivares, algumas produzindo frutos para mesa e outras
matérias-primas para a agroindústria. Atualmente, as cultivares plantadas podem ser
didaticamente reunidas em cinco grupos ou tipos: Salada, Agroindustrial, Cereja,
Santa Cruz e Italiano (FILGUEIRA, 2003).
20
O grupo Salada, também chamado tomate-caqui, apresenta hábito de
crescimento indeterminado ou determinado, os frutos são graúdos, com peso
unitário de 250 g, podendo chegar até 500 g (ALVARENGA, 2004). O grupo
Agroindustrial produzido em cultura rasteira, sem tratos culturais sofisticados,
objetivando minimizar os custos de produção. Para esse tipo de tomate é mais
relevante a produção por área, do que a produção de cada planta (SELEGUINI,
2007).
O grupo Santa Cruz, é o que predomina na cultura tutorada pela notável
resistência dos frutos ao transporte. São frutos para consumo in natura
apresentando dois lóculos nas cultivares mais antigas e até três nas modernas. Os
tomates do grupo Santa Cruz são os que apresentam maior demanda pelo mercado,
sendo os mais conhecidos. Comparando com outros materiais para consumo in
natura, geralmente tem preço mais baixo e o sabor ligeiramente mais ácido
(ALVARENGA, 2004).
O grupo de tomate Italiano, também chamado de tomate saladete, é o mais
novo no mercado, apresentando dupla aptidão, sendo recomendado para consumo
in natura e processamento. Os frutos são alongados (7 a 10 cm), com diâmetro
transversal reduzido (3 a 5 cm), biloculares, polpa espessa, coloração vermelha
intensa, sendo muito firmes e saborosos. Ultimamente a demanda tem sido
crescente e os preços alcançados no mercado são ligeiramente superiores aos do
grupo Santa Cruz e Saladinha (FILGUEIRA, 2003, ALVARENGA, 2004).
2.4. Cultivo de tomateiro em ambiente protegido
A origem e o desenvolvimento da casa-de-vegetação ocorreu em países do
hemisfério Norte, em função de suas necessidades e dificuldades na produção
invernal. As maiores conquistas na obtenção de ambiente protegido, iniciado no
século passado, foram oriundas da utilização do vidro. Porém, na década de 1930
surgia o polietileno e, com ele, uma nova e versátil opção no cultivo em ambiente
protegido, o qual ganhava maior dimensão (MARTINS, 1991).
A produção de hortaliças em ambiente protegido apresenta um crescimento
significativo no contexto de produção atual, objetivando-se maiores produtividades,
melhor qualidade e barateamento dos produtos na entressafra. O estabelecimento
21
da plasticultura como promissora tecnologia agrária de excelentes perspectivas para
o futuro próximo, estabeleceram novas técnicas de cultivo, que protegem as plantas
e adicionam à produção maior qualidade e produtividade (PEREIRA; MARCHI,
2000).
A plasticultura ampliou-se rapidamente pelo mundo e o cultivo do tomateiro
não poderia ficar à margem de tão importante conquista tecnológica. Dessa forma,
desenvolvimento da tomaticultura em ambiente protegido está relacionado à
evolução da plasticultura, sendo o tomate a hortaliça mais difundida e produzida em
casa-de-vegetação (MARTINS, 1991).
Na cultura do tomateiro, existe uma grande diversidade de sistemas de
produção que variam de acordo com a região, com o poder aquisitivo do produtor,
com a classificação quanto ao grupo a que pertence a planta, com o hábito de
crescimento e com a cultivar. Toda essa diversidade de sistemas de produção ainda
se subdivide em sistema a céu aberto e em sistema em ambiente protegido, e esse
último, ainda se subdivide em cultivo no solo, cultivo hidropônico e cultivo
aeropônico (ALVARENGA, 2004).
A produção de hortaliças em ambiente protegido constitui um
agroecossistema distinto daquela representado pelo cultivo tradicional no campo.
Duas características fundamentais são apontadas para diferenciar os dois
ecossistemas, uma seria a produção fora das épocas normais de cultivo (produção
nos períodos de entressafras), estendendo o ciclo das espécies para a maior parte
do ano, e a outra produção protegida, onde os fatores do ambiente podem ser
ajustados às plantas para crescer e produzir em condições de conforto vegetal
(ANDRIOLO, 2000).
O sistema de cultivo protegido, além de propiciar alta qualidade ao produto,
permite antecipação da colheita, menor consumo de água e fertilizantes, produção
fora de época, melhor preço, maior produtividade e preservação do meio ambiente
(JENSEN; COLLINS, 1983, CASTELLANE; ARAÚJO, 1994, RESH, 1997).
O cultivo protegido segundo Camargo Filho e Mazzei (2000) representa uma
excelente alternativa na produção de tomate para consumo in natura. Todavia, o
emprego de abrigos para proteção das plantas envolve custos elevados, e deste
modo, o que se espera é que as áreas cobertas sejam intensivamente utilizadas e a
relação custo-benefício seja otimizada pelo uso de técnicas apropriadas.
22
Martins (1992), avaliando três cultivares de tomate, conduzidas a céu aberto e
sob proteção de uma estufa capela, durante o verão, em Jaboticabal-SP, verificou
como resposta produções, no interior desta última, que foram de 4 a 15 vezes
superiores àquelas obtidas em campo, mesmo sem observar efeito da cobertura
plástica sobre a temperatura e umidade relativa, uma vez que a estufa era aberta
lateralmente. Ainda, segundo o autor, vários autores comprovaram a viabilidade do
investimento na tomaticultura em ambiente protegido no Brasil, desde que sejam
levados em consideração aspectos fundamentais como: a escolha da cultivar e da
época, o manejo da cultura e ambiente e a eficiência na comercialização, atendendo
as exigências de mercado e considerando as oscilações de preço.
O valor da produção das 14 hortaliças mais representativas no Estado de São
Paulo foi de quase R$ 1,5 bilhão, em 2004. Os números impressionam e ajudam a
explicar por que se investe tanto em tecnologia na horticultura, com a adoção de
diferentes sistemas de produção. Alguns horticultores querem produzir mais; outros
querem colher no inverno, quando os preços são melhores; outros ainda, perseguem
preços mais altos com produtos diferenciados pela qualidade ou mesmo por serem
raros no mercado. Com isso, muitas tecnologias são adotadas e logo em seguida
abandonadas, por não terem surtido o efeito desejado (HORA; GOTO, 2006).
2.5. Controle fitossanitário do tomateiro
A planta do tomate é susceptível ao ataque de um grande número de pragas
e doenças, que causam sérias perdas a produção e diminuem a qualidade do fruto.
O dano econômico causado aos produtores pelo ataque de parasitas torna os
programas de proteção essenciais em todas as áreas de cultivo de tomate
(RINCÓN, 1997).
O tomateiro é uma das culturas mais atacadas por insetos-praga, sendo a
infestação intensa e podendo ocorrer durante todo o ciclo. Mesmo em cultivos
protegido, os ataques podem causar danos consideráveis, dependendo da
intensidade (ALVARENGA, 2004).
Em razão das pragas e enfermidades que atingem a cultura do tomate, o uso
de praguicidas é elevado, sobretudo para a prevenção dessas manifestações. Nas
últimas décadas, a técnica mais difundida no combate dessas pragas, que incluem
23
insetos, patógenos e erva daninha, tem sido o uso de produtos químicos (BIECHE,
1997). Cerca de 70% dos praguicidas produzidos por ano são consumidos em
países considerados desenvolvidos. No entanto, a maior quantidade de mortes
decorrentes da exposição humana a esses agentes é observada nos países em
desenvolvimento. Na produção agrícola o uso inadequado de praguicidas provoca
impactos para além do aspecto ocupacional, afetando o meio ambiente, os
consumidores e os familiares que vivenciam o processo produtivo (ARAÚJO;
NOGUEIRA; AUGUSTO, 2000).
Bull e Hathaway (1986), o uso de praguicidas permite a sobrevivência de um
grupo da população de pragas com características genéticas ou de comportamento
que permitem a elas reduzir a quantidade de produtos químicos que penetram em
seu corpo, eliminar esses produtos de seu organismo e/ou sobreviver aos seus
efeitos tóxicos de alguma outra forma. Assim, o uso intensivo de praguicidas na
cultura do tomate pode ser danoso para o próprio processo produtivo, à medida que
provoca resistências de pragas, resultando em uma crescente aplicação de novos
produtos.
A população de insetos-praga na cultura do tomate comporta-se de forma
diversificada, inúmeros são os fatores relacionados com a sua sobrevivência,
destacando-se a fonte de alimentação, temperatura, umidade relativa, abrigo e
inimigos naturais. Quando esses fatores se harmonizam em favor da praga, existe
grande possibilidade do produtor ter prejuízos, entretanto qualquer interferência em
um desses fatores pode causar resultados maléficos para as pragas (ALVARENGA,
2004).
Dentre os insetos-praga, os broqueadores de frutos são de grande
importância, por constituírem pragas diretas que atacam a parte de interesse
comercial. Neste grupo, destaca-se a traça do tomateiro Tuta absoluta (Meyrick)
(Lepidoptera: Gelechiidae) que broqueia o caule e os frutos, além de atacar as
folhas, se alimentando do parênquima foliar e formando minas. a broca gigante
do tomateiro Helicoverpa zea (Bod.) (Lepidoptera: Noctuidae) danifica o fruto,
destruindo a polpa e tornando-os imprestáveis ao consumo. O ataque da broca
pequena do tomateiro Neuleocinodes elegantalis (Guenée) (Lepidoptera:
Crambidae) é caracterizado por um orifício de entrada, quase imperceptível, se
alojando no interior do fruto e consumindo-o (PAULA et al. 1998, PICANÇO et al.,
1997, PICANÇO et al., 1998).
24
O adulto da broca pequena do tomateiro é uma mariposa que, após o
acasalamento, deposita os ovos nos frutos junto ao cálice ou mesmo sob as
sépalas. Após alguns dias nascem às lagartinhas que procuram penetrar no fruto
através de sua película; o orifício praticado para a sua penetração é quase
imperceptível e, posteriormente, desaparece devido ao deslocamento da polpa
atacada. A lagarta permanece no interior do fruto por 30 dias, em média. Findo o
período larval, a lagarta abandona o fruto. É o principal problema da cultura,
podendo causar prejuízos que chegam a representar 45% da produção, pois os
frutos atacados ficam totalmente imprestáveis, e com a polpa destruída (GALLO et
al., 2002).
O controle adequado dessas pragas deve objetivar o equilíbrio da fauna no
agroecossistema, que é desfavorecido pela introdução de produtos fitossanitários
(PAULA et al., 2004). muito que se observa, na tomaticultura, a prática de fazer
tratamentos fitossanitários programados, em função do estágio de desenvolvimento
das plantas. Trata-se, porém, de um contra-senso, em vista da necessidade atual de
racionalização do uso de insumos, para a melhoria de qualidade ambiental e a
produção de alimentos saudáveis.
A implantação de novas tecnologias visando à diminuição do uso de produtos
químicos é defendida pelo produtor, quando este almeja um incremento de
lucratividade. Na horticultura, porém, a pressão tem sido exercida pelas redes de
hipermercados, interessadas na rastreabilidade dos alimentos comercializados in
natura. A rastreabilidade é a característica que permite ao consumidor conhecer a
origem do alimento e certificar-se da qualidade nutricional, elevando o grau de
confiabilidade perante a unidade revendedora. Dessa forma, é o consumidor, por
intermédio das redes varejistas, que vem impulsionando melhorias no sistema de
produção, exigindo dos produtores maior comprometimento com a qualidade do
alimento (BENVENGA; GRAVENA; SILVA, 2006).
Vários autores têm buscado melhorias nos sistemas de produção, visando à
diminuição do uso de produtos químicos e conseqüentemente ocasionando uma
melhor qualidade dos produtos. Daí a importância desse trabalho em se verificar o
efeito do isolamento com agrotêxtil, na estufa e no ensacamento dos frutos, e malha
colorida no desenvolvimento e produção do tomateiro.
25
2.6. Uso de agrotêxtil e malhas coloridas na agricultura
A possibilidade da utilização de distintos materiais em estruturas de cultivo
protegido, com diferentes características ópticas, pode promover respostas
específicas nas plantas, constituindo-se em uma ferramenta interessante na
manipulação do desenvolvimento e produção das culturas.
Um desses materiais é o agrotêxtil, confeccionado a partir de longos
filamentos de polipropileno que são colocados em camadas e soldados entre si por
temperaturas apropriadas, constituindo-se um material muito leve e de resistência
suficiente para sua utilização na agricultura. Algumas das vantagens da utilização do
agrotêxtil em cultivo protegido é a possibilidade de sua colocação e retirada em
qualquer fase de desenvolvimento da cultura e a possibilidade de ser colocado
diretamente sobre as plantas ou solo sem a necessidade de estruturas de
sustentação (BARROS JÚNIOR et al., 2004).
No Brasil, algumas respostas já foram observadas com o agrotêxtil mostrando
sua eficiência, tanto no aumento da produção como na melhoria da qualidade do
produto obtido. Esses benefícios foram observados para culturas como alface
(FUELLO et al., 1993, OTTO et al., 2001), mandioquinha salsa (REGHIN et al.,
2000), morango (OTTO et al., 2000), pimentão (PEREIRA et al., 2001), couve-
chinesa (COLTURATO et al., 2001) e feijão-vagem (PEREIRA et al., 2003). A
utilização do agrotêxtil como proteção de plantas tem apresentado bons resultados,
mostrando como vantagens de sua utilização, barreira física contra geadas,
manutenção da umidade do solo, precocidade e qualidade na produção de mudas,
melhoria e sanidade do produto final, precocidade e aumento da produção. Além
disso, apresenta facilidade de manuseio e menor investimento inicial, se comparado
com outros sistemas de cultivo protegido.
Segundo Mermier et al. (1995), o agrotêxtil promove alterações
microclimáticas tais como, aumento da umidade relativa do ar de 15 a 20% durante
o dia e de 5 a 10% durante a noite. Esse ambiente mais úmido, aliado com
temperaturas elevadas, permite que a atmosfera interior possa conter maior
quantidade de água permanecendo o solo mais úmido.
O agrotêxtil pode ser colocado diretamente sobre a cultura após o
transplantio, sobre o solo semeado diretamente ou com a utilização de uma
estrutura de apoio (túneis). Em cultivo de pimentão, a colocação do agrotêxtil sobre
26
as mudas recém transplantadas danificou o ponto de crescimento das plantas,
atrasando o início da fase reprodutiva, porém, resultou em aumento da produção
total (FOLTRAN et al.,1999). No Estado do Rio Grande do Norte o agrotêxtil é
bastante utilizado nas culturas do melão e da melancia, sobre as plantas após o
transplantio até início de floração, com o objetivo de reduzir o ataque de pragas
(BARROS JÚNIOR et al., 2004).
O uso de agrotêxtil promove o “efeito estufa”. A temperatura diurna do ar
debaixo da cobertura do agrotêxtil pode aumentar, prejudicando o início do
crescimento do cultivo. No entanto, este efeito é controlado por meio do intercâmbio
gasoso que ocorre entre ambiente interno e externo devido à porosidade do
material. Além disso, a temperatura do ar debaixo da cobertura diminui com o
desenvolvimento da cultura devido ao efeito da transpiração (CHOUKR-ALLAN et
al., 1994).
Não se encontrou na literatura relatos do uso de malhas coloridas visando o
isolamento do cultivo contra o ataque de pragas, pois esta é utilizada para fins de
modificação do espectro de luz. As malhas coloridas constituem um elemento novo
no cultivo protegido, provocando reações morfológicas e fisiológicas específicas,
melhorando a eficiência do cultivo e apresentando resultados qualitativos e
econômicos satisfatórios (SHAHAK et al. 2002).
Segundo Oren-Shamir et al. (2001) com a presença das malhas, pode se
obter vantagens específicas com a utilização de malhas diferenciadas, com
propriedades ópticas especiais, que podem modificar a composição da luz que
passa para as plantas, melhorando o rendimento dos cultivos.
D´Andrea Mateus (2005), estudando a utilização de malha para manipulação
do espectro solar no cultivo de girassol, observou que não houve efeito da tela
fotosseletiva sobre a altura das plantas. E que o nível de sombreamento na estufa
com tela fotosseletiva e a ação antagônica do filme plástico, que promove um
incremento nos comprimentos de onda na faixa do vermelho-distante (BLISKA
JUNIOR; HONÓRIO, 1994).
Meirelles et al. (2007), analisando a influência de diferentes sombreamentos
no desenvolvimento de mudas de palmeira ráfia (Rhapis excelsa), verificaram que
aos 105 dias, o uso das malhas influenciou na altura das plantas. Nessa avaliação,
para as plantas cultivadas sob malha chromatinet azul 50%, ocorreu o maior
27
incremento na altura, enquanto que, para as plantas mantidas sob as malhas preta
50%, preta 80% e vermelha 50%, não houve diferenças nas alturas.
Os autores alertaram que embora detectado efeito da transmissão de
espectro diferenciado sobre as plantas, há de se determinar, ainda, o nível de
sombreamento ideal, que o resulte em prejuízo ao desenvolvimento da cultura,
em função da redução na disponibilidade de radiação.
Segundo Taiz e Zeiger (2004), a fisiologia das plantas é bastante variável em
resposta à luz azul e inclui fototropismo, movimentos estomáticos, inibição do
alongamento celular, ativação de genes, biossíntese de pigmentos,
acompanhamento do solo pelas folhas e movimento dos cloroplastos dentro das
células.
28
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização do Experimento
O experimento foi conduzido de abril a agosto de 2007, na área experimental
da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da UNESP Campus de Ilha Solteira,
localizada no município de Ilha Solteira - SP, com Latitude de 20º22’ Sul, Longitude
51º22’Oeste e altitude de 330 m.
O clima da região caracteriza-se como subúmido, com pouca deficiência
hídrica, megatérmico e com calor bem distribuído durante o ano, com estiagem no
inverno, temperatura média anual em torno de 24,1ºC e precipitação anual de 1400
mm. O solo da área experimental foi classificado como Argissolo Vermelho,
Eutrófico, conforme nomenclatura do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA, 1999). A
área experimental foi amostrada e os resultados da análise química do solo estão
apresentados na Tabela 1.
29
TABELA 1 Resultados da análise de fertilidade do solo da área experimental, em
cada ambiente protegido, na camada de 0 a 0,20 m. Ilha Solteira (SP),
2007.
Resultados da análise química
P
resina
M.O.
pH
CaCl
2
K Ca
Mg
H+Al
Al
SB CTC V%
Tipo de Proteção
mg dm
-3
g dm
-3
----------------- mmol
c
dm
-3
------------------ %
Chromatinet 74 32 6,1 4,6
96
21 16 0 121,2
137,2
88
Agrotêxtil 82 32 5,6 4,5
78
18 21 0 101,1
122,1
83
Normal/Ensacada
85 32 5,8 3,8
96
18 18 0 117,4
135,4
87
Análise realizada pelo Laboratório de Fertilidade do solo da Faculdade de Engenharia, UNESP, Campus de Ilha Solteira.
3.2. Caracterização do experimento
Foram avaliados o desenvolvimento de dois híbridos de tomate, Saladete
DRW3410-F1 e Débora Plus-F1, cultivados em três estufas com teto em forma de
arco, com cobertura de plástico transparente de 75 µm de espessura, com
orientação leste-oeste, sendo duas estufas com dimensões de 5,4 x 15,0 m e uma
estufa com dimensão de 5,4 x 30,0 m, pé direito de 2,5 m e cumeeira de 4,0 m de
altura.
Estudou-se os efeitos do tipo de proteção no desenvolvimento e produção de
dois híbridos de tomateiro, com e sem a aplicação de inseticidas, em ambiente
protegido de abril a agosto de 2007.
As plantas e frutos foram submetidos aos seguintes tipos de proteção: (1)
Chromatinet aplicação de malha fotosseletiva com 30% de sombreamento, de cor
azul, sob o filme de polietileno e na lateral; (2) Agrotêxtil aplicação de agrotêxtil
branco com 15 g m
-2
, na lateral, frente e o fundo aa altura do direito e para
completar a vedação do meio circulo superior da estufa utilizou-se tela antiafídica;
(3) Normal cultivo sem nenhum tipo proteção lateral (Figura 1); (4) Ensacamento
cultivo sem nenhum tipo proteção lateral, entretanto efetuou-se a aplicação de sacos
30
de agrotêxtil branco 15 g m
-2
com dimensão de 30 x 45 cm, para a proteção dos
frutos (Figura 2).
FIGURA 1 – Vista geral, da lateral e internamente, das estufas protegida com
Chromatinet azul 30% (A e B), agrotêxtil branco (C e D) e sem
proteção lateral (E e F). Ilha Solteira (SP), 2007.
Fotos: Lemos, O.L., (2007)
31
FIGURA 2 Vista geral, do ponto de ensacamento (A), forma de amarrio (B) e das
plantas com frutos ensacados (C) com agrotêxtil branco, conduzidos na
estufa sem proteção lateral. Ilha Solteira (SP), 2007.
A malha colorida empregada, segundo o fabricante, muda o espectro da luz,
reduzindo as ondas no comprimento do vermelho e do vermelho distante e
aumentando as ondas no comprimento do azul. Como conseqüência, as plantas
cultivadas sob a malha chromatinet azul se desenvolvem mais paulatinamente.
Obtêm-se plantas compactas e com folhagem verde escura. Em plantas de flores
pode-se atrasar a data de florescimento (POLYSACK, 2008).
O agrotêxtil, segundo o fabricante, é um não-tecido desenvolvido para
agricultura e produzido em 100% polipropileno reciclável. Com tratamento contra a
degradação causada pelos raios solares ultravioleta, pode apresentar níveis de
permeabilidade, ventilação e barreira microbiana adequados à necessidade de cada
cultura. Funciona como barreira física de controle de insetos e outros organismos e
como proteção das variações climáticas, como geada, frio e calor extremo. Este
proporciona um microclima favorável ao crescimento das plantas, além de mantê-las
protegidas de seus inimigos naturais (FITESA, 2008).
Os híbridos utilizados são de crescimento indeterminado e apresentam as
seguintes características: a) Híbrido Saladete DRW3410-F1, é do tipo italiano,
crescimento indeterminado, precoce com pencas uniformes ao longo da colheita.
Com resistência ao vírus do mosaico do tomateiro (ToMV), murcha de verticílio
(Verticillium dahliae raça 1), murcha-de-fusário (Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici
Fotos: Lemos, O.L., (2007)
32
raças 1 e 2) e a espécies de nematóide das galhas; b) Híbrido Débora Plus-F1, é do
tipo santa cruz, longa vida estrutural, de ciclo de 110-115 dias, com resistência a
murcha de verticílio raça 1 (Verticillium dahliae), e murcha de fusário raças 1 e 2
(Fusarium oxsyporum f.sp.lycopersici) e nematóide (Meloidogyne incognita,
M.javanica).
3.3. Implantação e condução do experimento
As mudas foram produzidas em bandejas de poliestireno expandido, com 128
células piramidais, substrato organomineral comercial e com semeadura de uma
semente por célula. A semeadura foi realizada em 09/03/2007 e o transplantio no dia
05/04/2007 em espaçamento de 1,2 x 0,5 m. A adubação consistiu na aplicação de
4g m
-2
de N, 30 g m
-2
de P
2
O
5
, 10 g m
-2
de K
2
O e 2,0 L m
-2
de composto orgânico
nos sulcos. Realizou-se adubação de cobertura via fertirrigação de 12 g planta
-1
de
N e 7,2 g planta
-1
de K
2
O, parceladas em seis aplicações. Utilizou-se cobertura do
solo com agrotêxtil preto 25 g m
-2
(mulching).
O sistema de condução adotado foi de uma planta por cova, com duas hastes
por planta em sistema de tutoramento com estacas individuais na vertical. Todas as
plantas foram despontadas, após a última avaliação da altura, aos 60 dias após o
transplantio.
Para a irrigação da cultura foram empregadas fitas gotejadoras, com vazão
nominal de 3,8 L h
-1
m
-1
, a 70 kPa de pressão de serviço e com emissores a cada
0,30 m, instaladas embaixo da cobertura do solo com agrotêxtil preto. A cultura foi
irrigada durante todo o ciclo, inicialmente, dois turnos diários de 15 minutos, que
passaram a três turnos de 15 minutos, a partir do início da frutificação.
Durante o período experimental para o controle de plantas daninhas, houve
necessidade de capinas manual somente entre as ruas. No controle de doenças
foram realizadas todas as aplicações necessárias de maneira preventiva, utilizando-
se os seguintes produtos: oxicloreto de cobre (Oxicloreto), benzimidazoles
(Cercobin), ditiocarbamato (Mancozeb), etilene-bis-ditiocarbamato de manganês
(Manzat), etilenobisditiocarbamato de manganês e íon zinco (Dithane),
Chlorothalonil + oxicloreto de cobre (Dacobre), clorotalonil (Bravonil).
33
Para o controle de pragas foram feitas aplicações apenas nas parcelas
pertinentes, conforme os tratamentos testados, sendo aplicados os seguintes
produtos: Abamectina (Abamex), Beta-Cyfluthrin (Turbo), lufenuron (Match),
Imidacloprid (Provado), deltametrina+triazofós (Deltaphos), Deltamethrine (Decis),
zeta-cipermetrina (Fury), espiromesifeno (Oberon), Paration metílico (Folidol).
A colheita foi realizada duas vezes por semana, iniciando-se no dia
18/06/2007 aos 69 dias após o transplantio (DAT) e estendeu-se a o dia
22/08/2007 completando 133 DAT, foram colhidos todos os frutos maduros e
aqueles que se encontravam no início da maturação fisiológica quando os frutos
começam a mudar a cor.
3.4. Características analisadas
3.4.1. Avaliação de microclima
Realizou-se no decorrer do experimento avaliações de microclima dentro de
cada ambiente protegido estudado, obtendo-se temperatura e umidade relativa do ar
durante todo o ciclo da cultura, com o auxílio de termohigrômetro digital, Marca
Incoterm modelo 9550 com dois visores.
Ainda, foram obtidas a luminosidade, a temperatura e umidade relativa do ar e
a temperatura do solo a 6 e 12 cm de profundidade, em dia típico de u claro, no
dia 19/05/2007 (45 dias após o transplantio). As avaliações foram iniciadas às seis
horas até às dezoito horas, com intervalo de duas em duas horas.
Para a obtenção dos dados de luminosidade, foi utilizado um luxímetro digital
Marca Instrutemp modelo MS 6610. Para a determinação da temperatura e umidade
relativa do ar, foi empregado o mesmo termohigrômetro citado anteriormente. As
temperaturas do solo foram obtidas com o auxílio de termômetro digital com sonda
de inserção, Marca Soloterm 1200, com resolução de 0,1 ºC.
3.4.2. Avaliações fitotécnicas
34
Quanto às características fitotécnicas foram avaliados os seguintes
parâmetros:
a) altura média das plantas: foram medidas três plantas de cada subparcela,
do solo ao ápice da haste principal, aos 15, 30, 45 e 60 dias após o transplantio;
b) diâmetro médio da haste: foram utilizadas três plantas em cada
subparcela, efetuando as medidas do diâmetro da haste na altura do colo da planta,
aos 15, 30, 45 e 60 dias após o transplantio;
c) taxas médias de crescimento absoluto: foram obtidas as taxas de
crescimento absoluto, para altura de plantas e diâmetro da haste (BENICASA,
2003);
d) número médio de frutos por planta: obtidos pela relação entre o número
total de frutos de cada subparcela e a sua quantidade de plantas;
e) massa média fresca dos frutos: foram obtidos pela relação entre o peso
total dos frutos de cada subparcela e o número total de frutos;
f) produtividade: determinada pela relação entre a massa média total dos
frutos na subparcela com a sua área equivalente;
g) produtividade comercial: determinada pela relação entre a massa média
dos frutos comerciais na subparcela com a sua área equivalente. Foram
considerados frutos comerciais todos aqueles que se encontravam aptos para o
consumo;
h) produtividade de frutos furados: determinada pela relação entre a massa
média dos frutos furados na subparcela com a área equivalente. Foram
considerados frutos furados aqueles que se encontravam com o orifício de saída da
broca pequena Neuleucinodes elegantalis e/ou o broqueamento causado nos frutos
pela broca-grande Helicoverpa zea.
3.4.2.1. Delineamento experimental para as avaliações fitotécnicas
Adotou-se o delineamento em blocos casualizados com os tratamentos
dispostos em parcelas subdivididas no esquema fatorial 2x2, dois tipos de
tratamentos fitossanitários (com e sem a aplicação de inseticidas) e dois híbridos de
tomate de crescimento indeterminado (Saladete DRW3410-F1 e bora Plus-F1).
35
Os tratamentos foram estudados em quatro tipos de proteção (Chromatinet,
agrotêxtil branco, estufa normal sem isolamento lateral e estufa normal sem
isolamento lateral com ensacamento dos frutos), caracterizando quatro
experimentos, sendo necessário a realização da análise de variância para grupo de
experimentos, modelo fixo. A parcela experimental foi composta por 14 plantas e a
subparcela por sete plantas, em quatro repetições.
Os resultados observados para cada variável foram submetidos à análise de
variância individual (teste F) fixando o fator tipo de proteção (Tabela 2) e quando
atendida a relação de 7:1 para os quadrados médios residuais, conforme
recomendado por Banzatto e Kronka (2006), foi realizado análise para grupos de
experimentos visando verificar o efeito do tipo de proteção no desenvolvimento e na
produção da cultura (Tabela 3). Os efeitos dos tratamentos foram comparados pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.
TABELA 2 Esquema de análise de variância individual proposto para o
experimento.
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L.
Blocos 3
Aplicação de inseticida (I) 1
Resíduo (A) 3
Híbridos (H) 1
Interação (I) x (H) 1
Resíduo (B) 6
TOTAL 15
TABELA 3 – Esquema de análise de variância de grupos de experimentos proposto.
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L.
Blocos (Tipos de proteção) 12
Tipos de proteção (T) 3
Aplicação de inseticida (I) 1
Interação (T) x (I) 3
Resíduo (A) 12
Híbridos (H) 1
Interação (I) x (H) 1
Interação (T) x (H) 3
Interação (T) x (I) x (H) 3
36
Resíduo (B) 24
TOTAL 63
3.4.3. Avaliação tecnológica da qualidade dos frutos
As avaliações de qualidade de frutos foram realizadas conforme as Normas
Analíticas do Instituto Adolf Lutz (1985). Sendo analisadas as seguintes
características:
a) acidez titulável (AT): foi determinada por titulação do filtrado, proveniente
do sumo dos tomates, utilizando com solução de NaOH (0,1 N), sendo os resultados
expressos em % de ácido cítrico por 100g de fruto;
b) teor de sólidos solúveis (SS): a determinação do teor de SS foi por meio
de refratômetro, com leitura direta e realizada por meio da colocação de gotas do
sumo da fruta na placa do refratômetro, sendo expressos em graus Brix;
c) pH: a determinação foi realizada com o mesmo material utilizado na
obtenção da acidez titulável onde, antes da adição do hidróxido de sódio, foi feita a
leitura com o pHmetro digital;
d) Índice de maturação Ratio: para a determinação do índice de
maturação (IM), que fornece indicação a respeito do sabor de um determinado
produto, utilizou-se a relação entre a quantidade de sólidos solúveis brix) e a
acidez titulável determinada. Portanto, o IM foi calculado por:
IM = °brix / acidez titulável;
e) Perda de massa fresca: foi determinada por meio da diferença entre a
massa fresca inicial dos frutos nas unidades experimentais e a massa fresca no dia
da amostragem, expressos em porcentagem;
f) Firmeza da polpa: foi medida em dois lados opostos da superfície
longitudinal de cada fruto, pela utilização de um texturômetro modelo FT 327 com
ponteira de 8 mm e os valores foram expressos em libras (lb pol
-2
);
g) Vitamina C: o teor de vitamina C, expresso em mg de ácido ascórbico por
100 g de polpa foram determinados por titulometria.
3.4.3.1. Delineamento experimental para as avaliações de qualidade de
frutos
37
Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema
fatorial 3x2x5, onde foram estudados três tipos de proteção (Chromatinet na lateral,
agrotêxtil branco na lateral, estufa normal sem isolamento lateral), dois híbridos de
tomate de crescimento indeterminado (Saladete DRW3410-F1 e Débora Plus-F1) e
cinco períodos de armazenamento (0, 5, 10, 15 e 20 dias), com três repetições, no
qual cada repetição consistiu de três frutos. Os dados obtidos foram submetidos à
análise de variância (Tabela 4), e as médias analisadas pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade e por regressão polinomial.
TABELA 4 Esquema de análise de variância da avaliação tecnológica de
qualidade de frutos.
CAUSAS DA VARIAÇÃO G.L.
Tipo de proteção (A) 2
Híbrido (B) 1
Período de armazenamento (C) 4
Interação (A) x (B) 2
Interação (A) x (C) 8
Interação (B) x (C) 4
Interação (A) x (B) x (C) 8
Resíduo 60
TOTAL 89
38
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Avaliação de microclima
4.1.1. Temperatura do ar
As temperaturas médias do ar observadas foram muito próximas entre as
estufas com Chromatinet e a normal (Figura 3A). Os valores médios variaram entre
20,2 e 36,3 ºC, com média de 27,7 ºC, na estufa com Chromatinet; e entre 21,4 e
36,2 ºC, com dia de 28,1 ºC, na estufa normal. Entretanto, para a estufa com
agrotêxtil branco os valores médios observados foram entre 24,5 e 45,6 ºC, com
média de 34,1 ºC. As médias observadas ficaram entre a amplitude de temperatura
tolerada pelo tomateiro, segundo Alvarenga (2004), que é de 10 a 34ºC.
Os valores de temperatura máxima, nas estufas com chromatinet e normal,
foram bem próximos, com médias de 32,9 e 34,0 ºC, respectivamente. Porém,
verifica-se que na estufa protegida com agrotêxtil branco as temperaturas máximas
no decorrer do período avaliado, foram sempre superiores àquelas encontradas nas
estufas com chromatinet e a normal, com valores médios variando entre 34,6 e 47,2
ºC, com média de 42,9 ºC, ficando muito superior à temperatura tolerada e
recomendada para o cultivo do tomateiro (Figura 3B).
39
De acordo com Goto e Tivelli (1998) e Fontes (2005) temperaturas acima de
26 ºC, nove dias antes da antese, podem determinar a queda das flores, e por ser
este o estádio mais sensível às altas temperaturas, a permanência por três horas, a
40º C, já podem ser suficientes para causar o abortamento das flores.
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
45.0
50.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
inqüidio
Temperatura (ºC)
Temperatura média do ar - Estufa com Chromatinet
Temperatura média do ar - Estufa com Agrotêxtil
Temperatura média do ar - Estufa normal
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
inqüidio
Temperatura (ºC)
Temperatura máxima do ar - Estufa com Chromatinet
Temperatura máxima do ar - Estufa com Agrotêxtil
Temperatura máxima do ar - Estufa normal
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
inqüidio
Temperatura (ºC)
Temperatura mínima do ar - Estufa com Chromatinet
Temperatura mínima do ar - Estufa com Agrotêxtil
Temperatura mínima do ar - Estufa normal
(A)
(
B
)
(
C
)
40
FIGURA 3 - Variação de temperatura médias (A), máximas (B) e mínimas (C) do ar,
obtidas para as estufas protegidas com Chromatinet azul, agrotêxtil e
normal, no período de 11/04 a 13/08/2007, em Ilha Solteira (SP), 2007.
Na figura 3C, estão apresentadas as temperaturas mínimas das estufas no
período. Observa-se que as temperaturas obtidas ficaram muito próximas nos três
ambientes estudados. Os valores médios encontrados foram de 15,3; 14,5 e 14,7
nas estufas com chromatinet, agrotêxtil e normal, respectivamente (Figura 3C).
Segundo Andriolo (1999), tanto temperaturas excessivamente baixas como aquelas
excessivamente elevadas são prejudiciais à produção de assimilados.
De acordo com Brandão Filho e Callegari (1999) em cada fase do ciclo do
tomateiro, existe uma temperatura considerada ótima, mas, de maneira geral,
temperaturas diurnas entre 25 e 30ºC e noturnas entre 15 e 20ºC são consideradas
como favoráveis para o seu desenvolvimento e produção, o que concorda com os
dados encontrados neste experimento.
4.1.2. Umidade relativa do ar
Os valores de umidade relativa média do ar diária variaram entre 56,8 e
72,0%, com média de 63%; entre 53,2 e 67,5%, com média de 61,3%; e entre 55,2 e
69,2%, com média de 60,6, respectivamente, nas estufas chromatinet, agrotêxtil e
normal (Figura 4A), no período de 11/04 a 13/08/2007, apresentando um
comportamento muito similar entre os ambientes.
Em relação à umidade relativa máxima do ar, as variações das dias não
apresentaram grandes diferenças, as quais variaram de 96,1; 96,5 e 94,3%,
respectivamente, para as estufas com chromatinet, agrotêxtil e normal (Figura 4B).
As variações da umidade relativa mínima do ar foram semelhantes, as quais
variaram de 22,2 e 46,8%, com média de 29,9% para a estufa com chromatinet; para
a estufa com agrotêxtil os valores ficaram entre 19,6 e 36,1%, com média de 26,1%;
e na estufa normal variaram de 21,6 e 42%, com média de 26,8 (Figura 4C).
Altas umidades em abrigos para cultivo protegido, como as observadas no
período deste experimento, podem causar a condensação na face interna do filme
plástico de cobertura, nos horários de temperaturas mais baixas, que implica na
41
redução da transmitância da radiação solar, prejudicando a disponibilidade de
energia aos cultivos (ANTON, 2004), também observados no atual estudo.
30.0
35.0
40.0
45.0
50.0
55.0
60.0
65.0
70.0
75.0
80.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
inqüidio
Umidade relativa (%)
Umidade relativa média do ar - Estufa com Chromatinet
Umidade relativa média do ar - Estufa com Agrotêxtil
Umidade relativa média do ar - Estufa normal
50.0
60.0
70.0
80.0
90.0
100.0
110.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
inqüidio
Umidade relativa (%)
Umidade relativa máxima do ar - Estufa com Chromatinet
Umidade relativa máxima do ar - Estufa com Agrotêxtil
Umidade relativa máxima do ar - Estufa normal
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
45.0
50.0
55.0
60.0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
inqüidio
Umidade relativa (%)
Umidade relativa mínima do ar - Estufa com Chromatinet
Umidade relativa mínima do ar - Estufa com Agrotêxtil
Umidade relativa mínima do ar - Estufa normal
(A)
(
B
)
(
C
)
42
FIGURA 4 - Variação de umidades médias (A), máximas (B) e mínimas (C) do ar,
obtidas para as estufas protegidas com Chromatinet azul, agrotêxtil e
normal, no período de 11/04 a 13/08/2007, em Ilha Solteira (SP), 2007.
4.1.3. Temperatura do solo
Os menores valores de temperatura do solo, nas profundidades de 6 e 12 cm,
foram obtidas na estufa com chromatinet azul no dia 19/05/2007 (45 DAT). Os
maiores picos de temperatura do solo foram obtidos nas estufas agrotêxtil e normal,
nas quais a temperatura, a partir das 14 h, foram de 27,2 e 26,3 ºC, aos 6 cm de
profundidade; e para os 12 cm de 25,7 e 25,6 ºC respectivamente, para estufa com
agrotêxtil e normal (Figura 5A e 5B). Temperaturas do solo muito elevadas podem
ser limitantes para o bom desenvolvimento da cultura do tomateiro. Entretanto no
presente trabalho as temperaturas do solo encontradas foram adequadas para o
cultivo do tomateiro.
Goto e Tivelli (1998) relataram que a temperatura do solo é muito importante
na fase vegetativa, principalmente no início do ciclo, sendo que temperaturas do solo
entre 21 e 30 ºC propiciam crescimento normal do tomateiro, e temperaturas acima
de 35 ºC inibem seu crescimento. No presente experimento não foram observadas
temperaturas superiores a 30 ºC, não excedendo os limites aceitáveis para a cultura.
Verificou-se que, nas primeiras horas do dia, das 6 às 12 h, a temperatura do
solo nas camadas de 6 e 12 cm foram inferiores, o que pode ser explicado pela
perda de energia por irradiação na superfície do solo, durante a noite (SOUZA,
2005). Como também foi observado neste experimento.
43
20.00
21.00
22.00
23.00
24.00
25.00
26.00
27.00
28.00
29.00
30.00
06:00 08:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00
Horario da leitura
Temperatura (ºC
)
Temperatura do solo a 6 cm - Estufa Chromatinet
Temperatura do solo a 6 cm - Agrotextil Branco
Temperatura do solo a 6 cm - Estufa Normal
20.00
21.00
22.00
23.00
24.00
25.00
26.00
27.00
28.00
29.00
30.00
06:00 08:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00
Horario da Leitura
Temperatura (ºC)
Temperatura do solo a 12 cm - Estufa Chromatinet
Temperatura do solo a 12 cm - Estufa Agrotextil Branco
Temperatura do solo a 12 cm - Estufa Normal
FIGURA 5 - Variação de temperaturas do solo a 6 cm (A) e 12 cm (B) de
profundidade, obtidas para as estufas protegidas com Chromatinet
azul, agrotêxtil e normal, no dia 19/05/2007 (45 DAT), em Ilha Solteira
(SP), 2007.
4.1.4. Luminosidade, umidade relativa e temperatura do ar
Nas intensidades luminosas observadas no dia 19/05/2007 (céu aberto),
verificou-se que na estufa com chromatinet azul estas foram menores, durante os
diferentes horários de medição, ficando em seguida as estufas agrotêxtil e normal. A
maior intensidade luminosa medida foi no horário das 12 horas, com 58400, 43600,
34200 e 24800 lx, para área externa, estufas normal, agrotêxtil branco e chromatinet
azul, respectivamente. Tendo-se uma diminuição substancial, quando comparado
(A)
(B)
44
com a área externa, em aproximadamente 25% para a estufa normal, 41% na estufa
com agrotêxtil e 57% na estufa com chromatinet azul (Figura 6A).
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
06:00 08:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00
Horario da leitura
Luminosidade (lx)
Luminosidade - Estufa com Chromatinet Luminosidade - Estufa Agrotextil Branco
Luminosidade - Estufa Normal Luminosidade - Estufa Area externa
0.00
20.00
40.00
60.00
80.00
100.00
120.00
06:00 08:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00
Horario Leitura
Umidade relativa (%)
Umidade relativa do ar - Estufa Chromatinet Umidade relativa do ar - Agrotextil Branco
Umidade relativa do ar - Estufa Normal Umidade relativa do ar - Area externa
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
30.00
35.00
40.00
45.00
50.00
06:00 08:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00
Horario da leitura
Temperatura (ºC
)
Temperatura do ar - Estufa Chromatinet Temperatura do ar - Agrotextil Branco
Temperatura do ar - Estufa Normal Temperatura do ar - Area externa
FIGURA 6 - Variação de luminosidade (A), umidade relativa (B) e temperatura do ar
(C), obtidas para as estufas protegidas com Chromatinet azul,
agrotêxtil, normal e na área externa (céu aberto), no dia 19/05/2007 (45
DAT), em Ilha Solteira (SP), 2007.
(A)
(B)
(C)
45
Embora o tomateiro seja considerado indiferente ao fotoperíodo, em
determinadas condições pode sofrer de prolongada exposição luminosa, tornando-o
sensível ao fotoperíodo. Segundo Minami e Haag (1989) plantas que crescem em
condições de baixa intensidade luminosa tornam-se mais sensíveis ao fotoperíodo.
A intensidade luminosa, também, tem efeito importante no desenvolvimento
do tomateiro, sendo que a mesma tem que ser adequada para aumentar a área
foliar e, assim, aumentar o número de flores do tomateiro (RODRIGUES, 2002).
Em relação à umidade relativa do ar observada no dia 19/05/2007, verificou-
se que as estufas com agrotêxtil e a normal não apresentaram grandes diferenças,
ficando com média, de 56,9 e 56,0%, respectivamente. Na leitura efetuada às 12
horas constata-se que as menores umidades foram obtidas na estufas agrotêxtil,
com 31% e na estufa normal com 30%, enquanto que na estufa com chromatinet e
na área externa as umidades observadas foram da ordem de 41 e 51%,
respectivamente (Figura 6B).
De acordo com Martins et al. (1999), a umidade relativa do ar no interior de
uma estufa está determinada diretamente pela temperatura, numa relação inversa
entre ambas. Como pode ser também verificado nesse ensaio, pois altas
temperaturas foram observadas às 12 horas, conforme se constata na figura 6C,
com valores de 43,0; 37,0; 32,3 e 30,2 ºC, respectivamente para agrotêxtil, normal,
chromatinet e área externa, que afetaram diretamente os valores de umidade
relativa do ar neste mesmo horário.
Com relação à temperatura do ar constatou-se que a estufa com agrotêxtil
obteve os maiores valores no período das 8 horas da manhã até as 16 horas. Na
estufa com chromatinet azul a amplitude térmica variou de 19,5 a 32,3 ºC, com
média de 26,7 ºC; na estufa normal a amplitude verificada foi de 19,0 a 37,0, com
média de 28,0 ºC, média essa bem próxima da encontrada na área externa que foi
de 27,8 ºC, para uma amplitude de 23,0 a 31,7ºC. Entretanto, na estufa com
agrotêxtil ficou constatado a maior amplitude térmica com valores de 17,9 a 43,0 ºC,
com média de 30,9 ºC.
Otto, Gimenez e Castilla (2000), relataram que como em qualquer sistema
utilizando cultivo protegido, o uso do agrotêxtil, também, modifica o ambiente sob
proteção sem fluxo de ar. As variações das temperaturas do ar constituem um
componente importante no balanço de energia formado sob o agrotêxtil, com
46
aumento de temperatura média do ar embaixo desta proteção, também observado
neste experimento.
Alvarenga (2004) relatou que em ambiente protegido, a baixa umidade
relativa do ar e a ocorrência de altas temperaturas provocam aumento da taxa de
transpiração até o fechamento de estômatos, redução da taxa de polinização,
abortamento de flores e, conseqüentemente, menor produção.
4.2. Avaliações fitotécnicas
4.2.1. Altura e diâmetro da haste de plantas
Para as características de altura e diâmetro da haste de plantas não se
verificam efeitos significativos do tratamento aplicação de inseticidas nas plantas,
sendo observada uma interação significativa entre os tipos de proteção e os híbridos
estudados (Tabela 1 – Apêndice).
As plantas cultivadas sob a proteção com Chromatinet apresentaram os
maiores valores médios de altura para os dois híbridos analisados, constatando-se
um melhor crescimento das plantas submetidas a este tratamento, em todos os
intervalos de tempo, exceto aos 60 DAT onde ocorreu uma estabilização no
crescimento das plantas (Tabela 5).
Meirelles et al. (2007), analisando a influência de diferentes sombreamentos
no desenvolvimento de mudas de palmeira ráfia (Rhapis excelsa), verificaram que
aos 105 dias, o uso das malhas influenciou a altura de plantas. Nessa avaliação,
para as plantas cultivadas sob malha chromatinet azul 50%, ocorreu o maior
incremento na altura.
Esse fato está diretamente relacionado à característica do chromatinet Azul,
que funciona como um filtro de luz. As malhas quebram a luz direta convertendo-a
em luz difusa e essa luz apresenta melhor qualidade para o cultivo, estimulando a
fotossíntese, pois influencia a biossíntese de clorofila e outros pigmentos por meio
da regulação da expressão de determinados genes (TSUNOYAMA et al., 2002).
D´Andrea Mateus (2005), estudando a utilização de malha para manipulação
do espectro solar no cultivo de girassol, observou que não houve efeito da tela
47
fotosseletiva sobre a altura das plantas. E que o nível de sombreamento na estufa
com tela fotosseletiva e a ação antagônica do filme plástico, que promove um
incremento nos comprimentos de onda na faixa do vermelho-distante (BLISKA
JUNIOR; HONÓRIO, 1994), devem ter apresentado um efeito combinado de maior
magnitude, sobre o crescimento das plantas, que aquele resultante da modificação
do espectro solar pela tela plástica.
TABELA 5 – Valores médios de altura e diâmetro das hastes de plantas (cm)
avaliadas aos 15, 30, 45 e 60 dias após o transplantio (DAT), obtidos
para os híbridos de tomate Saladete DRW3410-F1 e Débora Plus-F1
em função do tipo de proteção, ambiente protegido. Ilha Solteira (SP),
2007.
Altura de plantas (cm)
15 DAT 30 DAT 45 DAT 60 DAT
Tipo de
Proteção
Saladete
Débora Saladete bora Saladete
Débora
Saladete
Débora
Chromatinet 43,7 aA 37,8 aB 109,6 aA 91,6 aB 173,4 aA 147,9 aB 205,3 199,0
Agrotêxtil 33,5 bA 32,3 bA 90,2 bA 78,1 bB 150,2 bA 130,2 bB 189,0 181,9
Normal 33,3 bA 28,5 cB 64,1 bA 70,8 cB 138,0 cA 122,4 bB 173,7 171,7
Ensacamento 32,4 bA 32,5 bA 84,6 bA 81,1 bA 136,3 cA 130,6 bA 174,2 173,7
Média Geral 35,7 A 32,7 B 92,1 A 80,4 B 149,5 A 132,8 B 185,5 A 181,6 B
C.V. (%) 7,53 6,43 5,75 3,26
Diâmetro da haste de plantas (cm)
Chromatinet 5,8 6,7 8,5 9,3 10,6 11,5 11,5 12,4
Agrotêxtil 4,6 6,3 8,2 9,5 11,8 13,4 13,1 15,3
Normal 5,1 6,5 8,9 10,8 12,4 13,6 13,2 14,7
Ensacamento 5,6 6,5 9,7 10,9 13,2 13,6 14,0 14,4
Média Geral 5,3 B 6,5 A 8,8 B 10,1 A 12,0 B 13,0 A 12,9 B 14,2 A
C.V. (%) 10,13 7,38 7,93 6,69
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, dentro de cada período de avaliação, não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Segundo Taiz e Zeiger (2004), a fisiologia das plantas é bastante variável em
resposta à luz azul e inclui fototropismo, movimentos estomáticos, inibição do
alongamento celular, ativação de genes, biossíntese de pigmentos,
48
acompanhamento do solo pelas folhas e movimento dos cloroplastos dentro das
células.
Cuquel et al. (2003), estudando o efeito de malhas coloridas (azul e
vermelha), colocadas sob o plástico transparente em estufas, ou mesmo em telados,
sobre o desenvolvimento de plantas ornamentais, verificaram que os melhores
resultados foram obtidos sob malha azul diminuindo o porte das plantas. Os autores
alertaram que embora detectado efeito da transmissão de espectro diferenciado
sobre as plantas, de se determinar, ainda, o nível de sombreamento ideal, que
não resulte em prejuízo ao desenvolvimento da cultura, em função da redução na
disponibilidade de radiação. Entretanto no presente estudos a malha colorida azul,
apresentou um efeito antagônico ao encontrado no estudo citado anteriormente.
Em relação aos híbridos estudados, observou-se melhor desenvolvimento do
híbrido Saladete DRW3410, em todos os peodos analisados, constatando-se assim
melhor adaptação desse híbrido às condições de manejo.
Para o diâmetro das hastes não foram observadas interações significativas,
observou-se apenas efeitos significativos entre os híbridos estudados (Tabela 2
Apêndice). Em que o híbrido Débora Plus apresentou os maiores valores dios do
diâmetro da haste em comparação ao híbrido Saladete DRW3410, em todas os
períodos de avaliação. Segundo Seleguini (2007) plantas com maiores diâmetros de
haste estão menos propicias às quebras das hastes, quer seja, pela pressão
exercida por altas cargas de frutos ou decorrentes de ventos ou pela combinação
dos dois fatores.
4.2.2. Taxa de crescimento absoluto
Analisando as taxas de crescimento absoluto (TCA) da altura e do diâmetro
da haste das plantas, constatou-se não haver interferência do tipo de proteção e
nem da aplicação de inseticidas na TCA da altura e na TCA do diâmetro, sendo
observado apenas efeitos significativos entre os híbridos estudados nas taxas de
crescimento absoluto da altura (Tabela 3 e 4 Apêndice), constatando-se o maior
porte das plantas do híbrido Saladete DRW3410, obtido em comparação com o
49
híbrido Débora Plus, em que às maiores taxas de crescimento absoluto das alturas
foram observadas nos estágios iniciais de desenvolvimento (Tabela 6).
No primeiro intervalo de amostragem de 15-30 e 30-45 DAT, o híbrido
Saladete apresentou TCAs de 18% e 9% superiores ao híbrido bora,
proporcionando, assim, um maior crescimento nesses intervalos. Contudo, no
intervalo de amostragem dos 45-60 DAT, observa-se melhor desenvolvimento do
híbrido Débora Plus com TCA de 35% superior ao híbrido Saladete DRW3410, o que
evidencia desenvolvimento tardio para o híbrido Débora Plus.
Quando comparadas as TCA no intervalo de amostragem dos 15-60 DAT não
se constataram diferenças significativas entres os híbridos estudados (Tabela 3
Apêndice), comprovando assim uma velocidade de crescimento igual para os dois
híbridos. Entretanto, vale ressaltar, o crescimento precoce do híbrido Saladete
DRW3410 e o crescimento tardio para o híbrido bora Plus (Tabela 6). Segundo
Benicasa (2003), a taxa de crescimento absoluto pode ser usada para se ter idéia da
velocidade média de crescimento ao longo de um período de observação.
TABELA 6 Valores dios da taxa de crescimento absoluto da altura e diâmetro
da haste de plantas (cm dia
-1
), entre os intervalos de 15-30, 30-45, 45-
60 e 15-60 (DAT), obtidos para os híbridos de tomate Saladete
DRW3410-F1 e Débora Plus-F1 produzidos em função do tipo de
proteção, ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2007.
Taxa de crescimento absoluto da altura da haste de plantas (cm dia
-1
)
Híbridos
15-30 DAT 30-45 DAT 45-60 DAT 15-60 DAT
Saladete 3,8 a 3,8 a 2,4 b 3,3 a
Débora 3,2 b 3,5 b 3,2 a 3,3 a
C.V. (%) 8,74 10,01 19,05 4,10
Taxa de crescimento absoluto do diâmetro da haste de plantas (cm dia
-1
)
Saladete 0,24 0,21 0,06 0,17
Débora 0,24 0,19 0,08 0,17
C.V. (%) 21,38 29,08 66,85 11,98
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna, dentro de cada intervalo de avaliação, não diferem entre si a 5% de
probabilidade pelo teste de Tukey.
50
4.2.3. Número de frutos e massa média de matéria fresca de frutos
Em relação ao número de frutos produzidos por planta constatou-se uma
interação significativa entre os tipos de proteção e a aplicação de inseticida (Tabela
5 - Apêndice). Os tipos de proteção normal e ensacamento apresentaram os
maiores valores médios, com 68,36 e 66,30 frutos planta
-1
para a estufa normal; e
65,55 e 71,32 frutos planta
-1
para a estufa com os frutos ensacados, para os
tratamentos com e sem inseticida, respectivamente (Tabela 7). A estufa protegida
com agrotêxtil apresentou os menores números de frutos por planta. Esse fato pode
estar ligado às altas temperaturas encontradas neste ambiente em todo o período
experimental (Figuras 3A, 3B e 6C), que provovaram queda de flores. Como
discutido por Alvarenga (2004).
Ainda, segundo Stevens e Rudich (1978) , Abdalla e Verkerk (1968), citados
por Silva et al. (2000), a exposição a temperaturas acima de 34 ºC na época de
germinação do grão de pólen provoca redução na porcentagem de germinação e na
taxa de crescimento do tubo polínico, determinando um menor número de frutos por
planta. A causa da não fixação dos frutos é a ausência de polens viáveis, pois, sob
altas temperaturas, a quantidade de pólen é drasticamente reduzida.
Para a massa média de matéria fresca dos frutos, não foram observadas
interações significativas. Constataram-se apenas diferenças significativas entre os
dois tipos de tratamento fitossanitário (Tabela 5 Apêndice), em que as maiores
massas médias foram obtidas para os frutos conduzidos sem a aplicação de
inseticida. Chandler (1977), Della Lucia e Chandler (1985), verificaram que a ação
de alguns inseticidas não se dá somente sobre as pragas, mas alterando, também, a
fisiologia das plantas, fato esse que pode ter ocorrido no presente ensaio em que as
plantas submetidas ao tratamento com inseticida apresentaram as menores massas
médias de matéria fresca dos frutos.
51
TABELA 7 Número de frutos por planta e massadia de matéria fresca,
produzidos com e sem aplicação de inseticidas em função do tipo de
proteção, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2007.
Número de frutos
(frutos planta
-1
)
Massa média de matéria fresca do
fruto (g)
Tipo de Proteção
Com inseticida Sem inseticida Com inseticida Sem inseticida
Chromatinet 64,9 aA 59,3 cA 90,6 97,9
Agrotêxtil 51,5 bB 60,1 bcA 102,0 109,8
Normal 68,4 aA 66,3 abA 101,3 102,8
Ensacamento 65,5 aA 71,3 aA 103,6 104,9
Média Geral 62,6 64,3 99,4 B 103,8 A
C.V. (%) 6,90 5,36
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, dentro de cada período de avaliação, não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
4.2.4. Produtividade total, comercial e de frutos furados
4.2.4.1. Produtividades dentro dos tratamentos fitossanitários
No que se refere à produtividade, observa-se interação significativa dos tipos
de proteção com a aplicação de inseticidas em todas as produtividades estudadas
(Tabela 5 – Apêndice).
Independentemente do tratamento fitossanitário aplicado, a produtividade total
da estufa sem proteção lateral e da estufa sem proteção lateral com os frutos
ensacados, apresentaram produtividades totais significativamente maiores que as
estufas protegidas com chromatinet e agrotêxtil. Provavelmente isso se deve aos
efeitos microclimáticos desfavoráveis encontradas dentro destes ambientes
protegidos.
Na estufa com agrotêxtil observou-se diferenças significativas entre o tipo de
tratamento fitossanitário, em que o tratamento com aplicação de inseticida
apresentou produtividade total inferior às encontradas nas plantas sem a aplicação
de inseticida, fato este que também foi observado nas plantas com frutos ensacados
com o mesmo material, com o qual as produtividades foram de 11,2 e 12,4 kg m
-2
para os tratamentos com e sem aplicação de inseticidas, respectivamente (Tabela
52
8). Provavelmente, essas diferenças encontradas podem estar relacionadas, com
reações adversas desencadeadas nas plantas submetidas ao uso do agrotêxtil, tais
como abortamento de flores constatado nessas parcelas durante o experimento,
embora não tendo sido mensurado.
TABELA 8 Produtividade total, comercial e de frutos furados produzidos com e
sem aplicação de inseticidas em função do tipo de proteção, em
ambiente protegido. Ilha Solteira (SP), 2007.
Produtividade total
(kg m
-2
)
Produtividade comercial
(kg m
-2
)
Produtividade frutos
furados
(kg m
-2
)
Tipo de Proteção
Com
inseticida
Sem
inseticida
Com
inseticida
Sem
inseticida
Com
inseticida
Sem
inseticida
Chromatinet 9,75 bA 9,43 cA 9,71 bA 9,02 bA 0,04 bB 0,40 cA
Agrotêxtil 8,63 cB 10,89 bA 8,61 cB 10,63 aA 0,02 bA 0,26 cA
Normal 11,34 aA 11,24 aA 10,64 aA 9,40 bB 0,69 aB 1,84 aA
Ensacamento 11,22 aB 12,36 aA 10,43 abA 10,92 aA 0,79 aB 1,44 bA
Média Geral 10,23 10,98 9,85 9,99 0,39 0,98
C.V. (%) 5,07 5,81 34,42
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, dentro de cada variável avaliada, não diferem
entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Para a produtividade total e comercial, observou-se que a estufa protegida
com Chromatinet Azul 30% obteve menores produtividades nos tratamentos com e
sem aplicação de inseticidas quando comparada com a estufa normal (Tabela 8), o
que pode estar relacionado com o maior desenvolvimento vegetativo da cultura,
conforme apresentado na Tabela 5, em detrimento ao desenvolvimento reprodutivo,
ficando assim constatado um possível prejuízo nas plantas cultivadas sob a malha
azul, devido provavelmente ao efeito do sombreamento dentro deste ambiente.
Cuquel et al. (2003) alertam que embora esse tipo de malha colorida promova o
efeito da transmissão de espectro diferenciado sobre as plantas, há de se ter cautela
para determinar o nível de sombreamento ideal, que não resulte em prejuízo ao
desenvolvimento da cultura.
Em relação à produtividade de frutos furados, observou-se diferenças
significativas entre os tipos de proteção, predominando o efeito isolante do cultivo
para os tipos de proteção Chromatinet e Agrotêxtil, pois, estas apresentaram
53
menores produtividades quando comparadas com o tipo de proteção normal.
Observou-se, ainda, nos tratamentos de aplicação de inseticida a eficácia do uso do
agrotêxtil como tipo de proteção lateral, pois entre os ambientes estudados este tipo
de proteção foi o único que não apresentou diferenças significativas entre os
tratamentos com e sem a aplicação de inseticidas, mostrando assim o isolamento
ocorrido nesse tipo de ambiente devido à baixa produtividade de frutos furados
(Tabela 8).
Quando analisado o efeito do tipo de proteção no tratamento sem a aplicação
de inseticida, ficou novamente, evidente o efeito da proteção proporcionada pela
estufa com agrotêxtil branco, pois a mesma apresentou produtividade de frutos
furados da ordem de 0,26 kg m
-2
, enquanto que a estufa sem nenhum tipo de
proteção lateral a produtividade de frutos furados foi da ordem de 1,83 kg m
-2
(Tabela 8).
4.2.4.2. Produtividades dos híbridos Saladete e Débora Plus
As produtividades total, comercial e de frutos furados apresentaram
interações significativas entre os tipos de proteção e os híbridos estudados (Tabela
5 – Apêndice).
Na produtividade total, analisando os efeitos dos tipos de proteção sobre os
híbridos estudados, observou-se que as menores médias foram obtidas nas estufas
chromatinet e agrotêxtil em ambos os híbridos. Esse fato deveu-se principalmente as
altas temperaturas registradas na estufa com agrotêxtil. Na estufa com chromatinet
essa baixa produtividade, provavelmente, foi devido ao alto desenvolvimento
vegetativo (Tabela 5), em detrimento ao reprodutivo. Entretanto, especificamente
para o híbrido saladete a menor produtividade foi obtida na estufa com chromatinet
(Tabela 9).
Analisando o efeito da estufa fechada com agrotêxtil branco, para os dois
híbridos, constatou-se que às maiores produtividades total e comercial, foram
obtidas para o híbrido Saladete. Em média essa superioridade foi da ordem de 21%
(Tabela 9). Isso demonstrou uma maior tolerância do híbrido Saladete às
temperaturas elevadas encontradas dentro da estufa com agrotêxtil (Figura 3).
54
As produtividades obtidas na estufa protegida com Chromatinet Azul foram
menores para os dois híbridos estudados, entretanto não foram observadas
diferenças significativas entre os híbridos nas condições de cultivo estudadas.
TABELA 9 Produtividade total, comercial e de frutos furados obtidos para os
híbridos de tomate Saladete DRW3410-F1 e Débora Plus-F1
produzidos em função do tipo de proteção, em ambiente protegido.
Ilha Solteira (SP), 2007.
Produtividade total
(kg m
-2
)
Produtividade comercial
(kg m
-2
)
Produtividade de frutos
furados
(kg m
-2
)
Tipo de
Proteção
Saladete Débora Saladete Débora Saladete Débora
Chromatinet 9,51 bA 9,67 bA 9,37 bA 9,36 bA 0,14 bA 0,31 bA
Agrotêxtil 10,68 abA 8,84 bB 10,54 abA 8,70 bB 0,14 bA 0,14 bA
Normal 11,26 aA 11,31 aA 10,43 abA 9,62 abA 0,82 aB 1,70 aA
Ensacamento 11,54 aA 12,04 aA 10,64 aA 10,71 aA 0,90 aB 1,33 aA
Média Geral 10,75 A 10,46 A 10,24 A 9,60 B 2,11 B 3,65 A
C.V. (%) 9,74 9,49 54,22
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, dentro de cada variável mensurada, não diferem
entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Com relação aos bridos estudados as maiores produtividades total e
comercial foram encontradas para o híbrido Saladete foi de 10,75 e 10,24 kg m
-2
,
respectivamente e enquanto o híbrido Débora apresentou as produtividades total e
comercial na ordem de 10,46 e 9,60, para produtividade total e comercial (Tabela 9).
Na produtividade de frutos furados, constatou-se interação significativa de
híbridos com os tipos de proteção (Tabela 5 Apêndice). Os maiores valores de
produtividade de frutos furados foram obtidos nas estufas que ficaram sem proteção
lateral (Normal e Ensacada) (Tabela 9). Em relação às maiores produtividades de
frutos furados na estufa com ensacamento, para a qual se esperava um maior
controle, provavelmente no momento do ensacamento teria ocorrido alguma
oviposição.
Quando realizada uma comparação entre a produtividade de frutos furados do
hibrido Débora na estufa protegida com agrotêxtil e a produtividade da estufa
normal, observou-se que a estufa com agrotêxtil produziu 0,58 kg m
-2
e a estufa
normal 7,13 kg m
-2
(Tabela 9). Esta quantidade de frutos danificados é 12 vezes
menor que a da estufa com agrotêxtil, evidenciando a eficiência deste tipo de
proteção na contenção de perdas de frutos no cultivo. a proteção com
55
Chromatinet azul a perda foi 5 vezes menor quando comparada com as perdas
obtidas na estufa normal. Não foram constatadas diferenças significativas entre os
tipos de proteção com Agrotêxtil e Chromatinet (Tabela 9).
Com relação às produtividades de frutos furados para os híbridos, a maior
produtividade descartada foi obtida para o híbrido Débora nos tipos de proteção
normal com 7,13 kg m
-2
e ensacada com 5,58 kg m
-2
. Para as estufas protegidas
com Agrotêxtil e Chromatinet, não foram observadas diferenças significativas entre
os híbridos (Tabela 9).
Em geral comparando-se as produtividades de frutos furados dos híbridos, o
híbrido Saladete apresentou produtividade de frutos furados da ordem de 2,11 kg m
-2
e o híbrido bora uma produtividade de frutos furados de 3,65 kg m
-2
. Esta
diferença apresentada é de 72% superior para o híbrido Débora, o que demonstra
uma maior suscetibilidade desse híbrido ao ataque de pragas (Tabela 9).
No que se refere à produtividade comercial independentemente do tipo de
tratamento fitossanitário, a produtividade ficou entre 8,61 e 10,92 kg m
-2
, ficando
acima da produtividade média de tomate de mesa do Estado de São Paulo, que foi,
em 2006, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola, de 6,0 kg m
-2
(IEA,
2008). Resultados próximos foram encontrados no estudo de Gualberto, Braz e
Banzatto (2002), onde ao avaliarem diferentes genótipos de tomateiro de
crescimento indeterminado encontraram produtividades médias variando de 9,63 à
11,43 kg m
-2
. Também condizentes com o rendimento encontrado na região de Ilha
Solteira, conforme trabalho de Anton (2004), que obteve rendimentos equivalentes a
7,14 e 9,59 kg m
-2
para cultivo em ambiente protegido.
4.3. Avaliação da qualidade de frutos
Dentre as características estudadas verificaram-se efeitos significativos dos
tratamentos: híbridos, na firmeza da polpa; estufas e do tempo de armazenamento,
na acidez titulável; estufas, híbridos e tempo de armazenamento, no pH dos frutos.
Constata-se também efeito da interação entre os fatores estufas e tempo de
armazenamento para as características: perda de massa fresca, sólidos solúveis,
índice de maturação e vitamina C dos frutos (Tabela 6 – Apêndice).
56
Em relação à firmeza da polpa, constatou-se que os frutos do híbrido Débora
apresentaram maior firmeza quando comparados com o híbrido Saladete (Tabela
10). Para o pH, os valores obtidos para os frutos do híbrido Saladete cultivado na
estufa com chromatinet foram menores em comparação aos frutos produzidos nas
estufas agrotêxtil e normal, o que pode ter refletido diretamente na acidez titulável
dos frutos produzidos na estufa chromatinet, que apresentaram maior acidez (Tabela
10).
TABELA 10 Firmeza da polpa, pH e acidez titulável de frutos obtidos em função
do tipo de proteção em ambiente protegido, armazenados em
temperatura ambiente. Ilha Solteira (SP), 2007.
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, dentro de cada variável mensurada, não diferem
entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Analisando o tempo de armazenamento pós-colheita observam-se reduções
significativas da firmeza da polpa e da acidez titulável. Após 20 dias de
armazenamento a firmeza apresentou uma redução de 64% (Figura 7A) e a acidez
uma redução da ordem de 15% (Figura 7B).
Em relação ao pH dos frutos constatou-se um aumento de 3% ao final do
experimento (Figura 7C). Chitarra e Chitarra (2005) relatam que o pH representa o
inverso da concentração de íons hidrogênio em um dado material e que a
capacidade tampão de alguns sucos permite que ocorram grandes variações na
acidez titulável, sem variações apreciáveis no pH. Contudo, numa faixa de
concentração de ácidos o pH aumenta com a redução da acidez, sendo utilizado
como indicativo dessa variação.
Firmeza da polpa
(lb pol
-2
)
pH
Tipo de proteção
Saladete Débora Saladete Débora
Acidez titulável
(g de ácido cítrico
100g de polpa
-1
)
Chromatinet 6,10 6,59 4,19 b 4,31 a 0,337 a
Agrotêxtil 6,16 6,70 4,27 a 4,35 a 0,321 b
Normal 5,76 6,56 4,29 a 4,35 a 0,295 c
Média Geral 6,00 B 6,62 A 4,25 B 4,34 A 0,318
C.V. 13,76 0,96 5,31
57
y = -0.1939x + 8.254 - R
2
= 0.76**
0
2
4
6
8
10
0 5 10 15 20
Período de armazenamento (dias)
Firmeza da polpa (lb pol
-2
)
y = -0.0026x + 0.343 - R
2
= 0.85**
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0 5 10 15 20
Período de armazenamento (dias)
Acidez titulável
(g de ácido cítrico 100g de polpa-1)
y = 0.0079x + 4.2174 - R
2
= 0.92**
3
3.5
4
4.5
5
0 5 10 15 20
Período de armazenamento (dias)
pH
FIGURA 7 Firmeza da polpa (A), acidez titulável (B) e pH (C) de frutos de tomate
em função do tempo de armazenamento, em temperatura ambiente.
Ilha Solteira (SP), 2007.
(A)
(B)
(C)
58
Na interação entre os tipos de proteção e o período de armazenamento,
observou-se uma regressão linear positiva para a perda de massa fresca ao longo
do tempo de armazenamento, e que a perda de massa dos frutos produzidos na
estufa com agrotêxtil foi superior em 21% à estufa chromatinet e a 36% superior a
estufa normal, ao final do tempo de armazenamento (Figura 8A). Essa perda de
massa superior, atribuída à estufa com agrotêxtil pode ter ocorrido devido às altas
temperaturas no período de cultivo (Figura 3A, 3B e 3C), que pode ter refletido em
uma maior atividade enzimática dos frutos, desencadeando uma maior perda de
massa fresca, como também na diminuição da firmeza, conforme mostra a Figura
7A. Para Chitarra e Chitarra (2005), o efeito da temperatura ocorre sobre velocidade
das reações enzimáticas que acontecem na respiração, que obedecem à lei de Van’t
Hoff, segundo a qual, para cada aumento de 10º C na temperatura, a velocidade das
reações químicas e bioquímicas pode duplicar ou até triplicar.
y (Agrotêxtil) = 0.6371x + 0.227 - R
2
= 0.99**
y (Chromatinet) = 0.5239x + 0.5605 - R
2
= 0.98**
y (Normal) = 0.4646x + 0.2627 - R
2
= 0.98**
0
2
4
6
8
10
12
14
0 5 10 15 20
Período de armazenamento (dias)
Perda de massa fresca (%)
Perda de massa fresca - Estufa com Chromatinet
Perda de massa fresca - Estufa com Agrotêxtil
Perda de massa fresca - Estufa Normal
y (Chromatinet) = -0.0003x
3
+ 0.0075x
2
- 0.0294x + 3.9743 - R
2
= 0.98**
y (Agrotêxtil) = -0.0006x
3
+ 0.0188x
2
- 0.1782x + 4.589 - R
2
= 0.93**
y (Normal) = -0.0011x
3
+ 0.0326x
2
- 0.2773x + 4.6296 - R
2
= 1**
1
2
3
4
5
0 5 10 15 20
Período de armazenamento (dias)
Sólidos solúveis (º Brix)
Sólidos solúveis (ºBrix) - Estufa com Chromatinet
Sólidos solúveis (ºBrix) - Estufa com Agrotêxtil
Sólidos solúveis (ºBrix) - Estufa Normal
y (Normal) = -0.0047x
3
+ 0.1381x
2
- 0.989x + 14.63 - R
2
= 0.99*
y (Agrotêxtil) = -0.0022x
3
+ 0.0728x
2
- 0.6204x + 13.675 - R
2
= 0.52**
y (Chromatinet) = -0.0022x
3
+ 0.0618x
2
- 0.2989x + 11.147 - R
2
= 0.95**
0
5
10
15
20
0 5 10 15 20
Período de armazenamento (dias)
Índice de maturação - Ratio
Índice de maturação - Estufa com Chromatinet
Índice de maturação - Estufa com Agrotêxtil
Índice de maturação - Estufa Normal
y (Agrotêxtil) = 0.3884x + 17.602 - R
2
= 0.81**
y (Normal) = 0.3062x + 19.898 - R
2
= 0.75**
y (Chromatinet) = 0.174x + 21.828 - R
2
= 0.39
NS
0
5
10
15
20
25
30
0 5 10 15 20
Período de armazenamento (dias)
Vitamina C
(mg de ácido ascórbico 100g de polpa-1)
Teor de vitamina C - Estufa com Chromatinet
Teor de vitamina C - Estufa com Agrotêxtil
Teor de vitamina C - Estufa Normal
FIGURA 8 Perda de massa fresca (A), sólidos solúveis (B), índice de maturação -
Ratio (C) e vitamina C (D) de frutos de híbridos de tomate em função
dos tipos de proteção e do tempo de armazenamento em temperatura
ambiente. Ilha Solteira (SP), 2007.
(A)
(B)
(C) (D)
59
Segundo Tucker (1993), a diminuição da firmeza ocorre em função,
principalmente, da perda da integridade da parede celular. Isso ocorre devido à
degradação enzimática de moléculas poliméricas constituintes da parede celular
como a celulose, hemicelulose e pectina, que promovem modificações na parede
celular, levando à perda de massa e ao amolecimento do fruto.
Analisando o efeito da interação entre os tipos de estufa e o tempo de
armazenamento para os valores de sólidos solúveis dos frutos, verificou-se que, no
inicio do armazenamento (tempo zero) a estufa protegida com chromatinet obteve o
menor valor de sólidos solúveis. Quando comparado o valor de lidos solúveis
obtido na estufa protegida com agrotêxtil no início do período de armazenamento,
estes foram 15% superiores aos encontrados na estufa com chromatinet (Figura 8B),
provavelmente isso deveu-se às condições climáticas da estufa.
Segundo Kluge e Minami (1997) quando ocorre perda de massa
favorecimento no teor de lidos solúveis, isto porque concentração nos teores
de açúcares no interior dos tecidos. E analisando a perda de massa (Figura 8A),
observamos que a estufa com agrotêxtil apresentou as maiores perdas ao longo do
armazenamento, o que refletiu diretamente nos teores de sólidos solúveis.
Geralmente, os SS aumentam com o transcorrer da maturação, seja por
biossíntese, pela degradação de polissacarídeos ou, ainda, pela excessiva perda de
água dos frutos, promovendo um maior acúmulo dos mesmos (CHITARRA;
CHITARRA, 2005). Uma posterior diminuição ao final do armazenamento pode
ocorrer devido ao processo de senescência dos frutos, o que justifica a diminuição
dos teores apresentados aos 20 dias de armazenamento para todas as estufas
estudadas.
Para o índice de maturação (ratio), que fornece indicações a respeito do
sabor de um determinado produto, observou-se em todas as estufas que os valores
obtidos nos frutos ficaram sempre superiores aos índices preconizados (Figura 8C),
por Kader et al. (1978), que deve ser superior a 10 para excelente sabor. Esse valor
é determinado pela relação entre o teor de sólidos solúveis com a acidez titulável.
Diante disso, observou-se um comportamento, para os índices de maturação nas
estufas com agrotêxtil e normal, muito parecido ao encontrado para os teores de
sólidos solúveis (Figura 8B), comprovando assim o maior amadurecimento dos frutos
nessas estufas.
60
Segundo Chitarra e Chitarra (2005), os fatores ambientais como luz,
temperatura e umidade, exercem influência pronunciada sobre os produtos
hortícolas, a qual variam entre as estações do ano e localidades para uma mesma
cultivar. Valores extremos de temperatura podem contribuir para a incidência dos
mais diversos tipos de estresses e desordens fisiológicas, aumentando a
suscetibilidade à deterioração e, como conseqüência, reduzindo a qualidade e a vida
de armazenamento, causando o amuderecimento prematuro de alguns produtos.
Os teores de vitamina C encontrados no início do armazenamento, foram
maiores na estufa com chromatinet. Estes valores foram superiores à estufa com
agrotêxtil e normal, respectivamente 27 e 47%, respectivamente (Figura 8D). Em
trabalho realizado com uvas por Reuther e Nauer (1972), citado por Lee e Kader
(2000), estes relatam que em altas temperaturas (30 a 35ºC durante o dia e de 20 a
25ºC à noite), ocorre uma diminuição dos teores de vitamina C.
Observou-se, também, um aumento linear nos teores de vitamina C ao longo
do tempo de armazenamento, crescendo do dia da colheita aatingirem o máximo
valor estimado de 26,18; 25,66 e 26,23 mg, aos 20 dias, para as estufas
chromatinet, agrotêxtil e normal, respectivamente.
Na literatura consultada alguns autores afirmam que pouca mudança no
conteúdo desse ácido, enquanto que outros, como Dalal et al. (1965), evidenciaram
aumento do conteúdo de ácido ascórbico com a maturação do frutos, corroborando
com os dados do presente ensaio.
61
5. CONCLUSÕES
Após análise dos resultados e nas condições em que se desenvolveu o
trabalho, pode se concluir que: a aplicação de inseticidas não alteram o
desenvolvimento vegetativo das plantas, as estufas desprotegidas lateralmente
apresentam maiores produtividades e aquelas protegidas com agrotêxtil branco e
chromatinet azul mostram-se mais eficiente em conter o ataque de brocas.
Entretanto, recomenda-se o uso do agrotêxtil como proteção lateral e o
ensacamento para a proteção dos frutos, visto que as maiores produtividades
comerciais foram obtidas nestes tipos de proteção.
Para os híbridos estudados, o Saladete DRW3410-F1 mostrou-se melhor
adaptado às condições climáticas de cultivo deste experimento. Na análise da
qualidade dos frutos, as maiores perdas de massa fresca dos frutos ocorre, onde as
temperaturas na pré-colheita são mais altas, os teores de sólidos solúveis sofrem
interferência do tipo de cultivo, apresentando menores valores na estufa com
chromatinet onde as temperaturas foram mais baixas, interferindo diretamente nos
índices de maturação, pois, estufas que apresentam altas temperaturas na pré-
colheita, diminuí o tempo de prateleira dos produtos, bem como os valores de
vitamina C.
62
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72
APÊNDICE
73
TABELA 1 - Quadrados médios para altura de plantas avaliadas aos 15, 30, 45 e 60
dias após o transplantio (DAT), obtidos para os híbridos de tomate
Saladete DRW3410-F1 e Débora Plus-F1, com e sem aplicação de
inseticida, produzidos em função do tipo de proteção, em ambiente
protegido. Ilha Solteira (SP), 2007.
(ns) não significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; * - significativo a 5% de probabilidades pelo teste F; ns –
não significativo;
ALTURA DE PLANTAS (DAT)
CAUSAS DA VARIAÇÃO GL
15 30 45 60
BLOCO(TIPOS DE PROTEÇÃO) 12 19,95 ns 50,25 ns 125,87 ns 96,08 ns
TIPOS DE PROTEÇÃO (A) 3 315, 83 * 1596,91 ** 2986,89 * 2985,81 **
APLICAÇÃO INSETICIDA (B) 1 0,11 ns 36,03 ns 105,14 ns 171,22 ns
INTERAÇÃO (A) x (B) 3 1,26 ns 11,97 ns 51,75 ns 12,44 ns
RESIDUO (A) 12 4,51 19,44 70,17 45,10
HÍBRIDO (C) 1 140,01 ** 2193, 98 ** 4455,40 ** 250,51 *
INTERAÇÃO (B) x (C) 1 7,10 ns 6,69 ns 0,70 ns 121,05 ns
INTERAÇÃO (A) x (C) 3 34,48 ** 147,09 ** 280,08 * 42,27 ns
INTERAÇÃO (A) x (B) x (C) 3 3,79 ns 39,27 ns 38,95 ns 52,81 ns
RESIDUO (B) 24 6,64 30,78 65,87 35,83
Total 63
C.V. (A)
4,39 3,61 4,20 2,59
C.V. (B)
7,53 6,43 5,75 3,26
74
TABELA 2 - Quadrados médios para diâmetro da haste de plantas avaliadas aos 15,
30, 45 e 60 dias após o transplantio (DAT), obtidos para os híbridos de
tomate Saladete DRW3410-F1 e Débora Plus-F1, com e sem aplicação
de inseticida, produzidos em função do tipo de proteção, em ambiente
protegido. Ilha Solteira (SP), 2007.
(ns) não significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; * - significativo a 5% de probabilidades pelo teste F; ns –
não significativo;
DIÂMETRO DA HASTE DE PLANTAS (DAT)
CAUSAS DA VARIAÇÃO GL
15 30 45 60
BLOCO(TIPOS DE PROTEÇÃO) 12 0,74 ns 1,31 ns 1,87 ns 0,91 ns
TIPOS DE PROTEÇÃO (A) 3 1,96 ns 7,93 ns 6,81 ns 8,97 ns
APLICAÇÃO INSETICIDA (B) 1 0,05 ns 1,02 ns 0,06 ns 0,78 ns
INTERAÇÃO (A) x (B) 3 0,46 ns 1,58 ns 0,41 ns 0,24 ns
RESIDUO (A) 12 0,40 0,43 1,04 1,19
HÍBRIDO (C) 1 23,63 ** 25,97 ** 16,88 ** 25,65 **
INTERAÇÃO (B) x (C) 1 0,36 ns 0,47 ns 0,61 ns 0,32 ns
INTERAÇÃO (A) x (C) 3 0,53 ns 0,75 ns 0,87 ns 2,03 ns
INTERAÇÃO (A) x (B) x (C) 3 0,17 ns 0,26 ns 0,46 ns 0,61 ns
RESIDUO (B) 24 0,36 0,49 0,98 0,82
Total 63
C.V. (A)
7,57 4,91 5,76 5,67
C.V. (B)
10,13 7,38 7,93 6,69
75
TABELA 3 - Quadrados médios da taxa de crescimento absoluto (TCA) da altura de
plantas (cm dia
-1
), entre os intervalos de 15-30, 30-45, 45-60 e 15-60
(DAT), obtidos para os híbridos de tomate Saladete DRW3410-F1 e
Débora Plus-F1, com e sem aplicação de inseticida, produzidos em
função do tipo de proteção, em ambiente protegido. Ilha Solteira (SP),
2007
(ns) não significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; * - significativo a 5% de probabilidades pelo teste F; ns –
não significativo;
TCA – ALTURA DE PLANTAS - (DAT)
CAUSAS DA VARIAÇÃO GL
15 - 30 30 - 45 45 - 60 15 - 60
BLOCO(TIPOS DE PROTEÇÃO) 12 0,07 ns 0,22 ns 0,51 ns 0,04 ns
TIPOS DE PROTEÇÃO (A) 3 2,23 ns 1,19 ns 0,30 ns 0,72 ns
APLICAÇÃO INSETICIDA (B) 1 0,18 ns 0,08 ns 0,04 ns 0,09 ns
INTERAÇÃO (A) x (B) 3 0,04 ns 0,19 ns 0,07 ns 0,008 ns
RESIDUO (A) 12 0,06 0,16 0,23 0,016
HÍBRIDO (C) 1 5,44 ** 1,76 ** 11,50 ** 0,009 ns
INTERAÇÃO (B) x (C) 1 0,0000 ns 0,01 ns 0,46 ns 0,032 ns
INTERAÇÃO (A) x (C) 3 0,24 ns 0,18 ns 0,59 ns 0,027 ns
INTERAÇÃO (A) x (B) x (C) 3 0,10 ns 0,05 ns 0,07 ns 0,017 ns
RESIDUO (B) 24 0,09 0,14 0,29 0,018 ns
Total 63
C.V. (A)
5,13 7,65 11,97 2,67
C.V. (B)
8,74 10,10 19,05 4,10
76
TABELA 4 - Quadrados médios da taxa de crescimento absoluto (TCA) do diâmetro
das hastes de plantas (cm dia
-1
), entre os intervalos de 15-30, 30-45,
45-60 e 15-60 (DAT), obtidos para os híbridos de tomate Saladete
DRW3410-F1 e Débora Plus-F1, com e sem aplicação de inseticida,
produzidos em função do tipo de proteção, em ambiente protegido.
Ilha Solteira (SP), 2007
(ns) não significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; * - significativo a 5% de probabilidades pelo teste F; ns –
não significativo;
TCA – DIÂMETRO DAS HASTES DE PLANTAS - (DAT)
CAUSAS DA VARIAÇÃO GL
15 - 30 30 - 45 45 - 60 15 - 60
BLOCO(TIPOS DE PROTEÇÃO) 12 0,0030 ns 0,0075 ns 0,0021 ns 0,0006 ns
TIPOS DE PROTEÇÃO (A) 3 0,0370 ns 0,0303 ns 0,0103 ns 0,0150 ns
APLICAÇÃO INSETICIDA (B) 1 0,0070 ns 0,0026 ns 0,0020 ns 0,0004 ns
INTERAÇÃO (A) x (B) 3 0,0020 ns 0,0080 ns 0,0001 ns 0,0003 ns
RESIDUO (A) 12 0,0010 0,0040 0,0021 0,0006
HÍBRIDO (C) 1 0,00040 ns 0,00473 ns 0,00422 ns 0,00008 ns
INTERAÇÃO (B) x (C) 1 0,00002 ns 0,00004 ns 0,00022 ns 0,000002 ns
INTERAÇÃO (A) x (C) 3 0,00296 ns 0,00518 ns 0,00129 ns 0,000389 ns
INTERAÇÃO (A) x (B) x (C) 3 0,00035 ns 0,00446 ns 0,00029 ns 0,000531 ns
RESIDUO (B) 24 0,00258 0,00345 0,00223 0,00042
Total 63
C.V. (A)
11,10 22,13 45,71 9,81
C.V. (B)
21,38 29,08 66,85 11,98
77
TABELA 5 - Quadrados médios do número de frutos por planta (NFP), massa de
matéria fresca dos frutos (MMFF), produtividades total (TOTAL),
comercial (COM) e de frutos furados (FUR), obtidos para os híbridos de
tomate Saladete DRW3410-F1 e Débora Plus-F1, com e sem aplicação
de inseticida, produzidos em função do tipo de proteção, ambiente
protegido. Ilha Solteira (SP), 2007
(ns) não significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; * - significativo a 5% de probabilidades pelo teste F; ns –
não significativo;
QUADRADOS MÉDIOS
PRODUTIVIDADE
CAUSAS DA VARIAÇÃO GL
NFP MMFF
TOTAL COM FUR
BLOCO(TIPOS DE PROTEÇÃO) 12 73,79 ns 57,38 ns 1,66 ns 1,02 ns 0,43 ns
TIPOS DE PROTEÇÃO (A) 3 531, 31 ns 427,63 ns 19,34 * 5,22 ns 5,50 *
APLICAÇÃO INSETICIDA (B) 1 44,34 ns 321,04 * 8,84 ** 0,34 ns 5,69 **
INTERAÇÃO (A) x (B) 3 175,43 * 51,68 ns 5,73 ** 8,35 ** 0,63 *
RESIDUO (A) 12 38,29 59,25 0,58 0,66 0,11
HÍBRIDO (C) 1 2142,88 ** 4374,83 ** 1,26 ns 6,69 ** 2,15**
INTERAÇÃO (B) x (C) 1 32,85 ns 0,22 ns 1,53 ns 3,67 ns 0,47 ns
INTERAÇÃO (A) x (C) 3 132,04 ns 76,01 ns 4,47 * 3,15 * 0,58 *
INTERAÇÃO (A) x (B) x (C) 3 69,70 ns 107,23 ns 1,38 ns 1,59 ns 0,16 ns
RESIDUO (B) 24 45,56 117,53 1,07 0,89 0,14
TOTAL 63
C.V. (A)
6,90 5,36 5,07 5,81 34,42
C.V. (B)
10,64 10,67 9,73 9,49 54,21
TABELA 6 - Quadrados médios para firmeza (FIRM), acidez titulável (AT), pH, perda de massa fresca (PMF), sólidos solúveis
(SS), índice de maturação (RATIO) e vitamina C (VIT C), obtidos em frutos dos híbridos Débora Plus e Saladete, em
função do tipo de estufa e do período de armazenamento em temperatura ambiente. Ilha Solteira (SP). 2007.
(ns) não significativo a 1% de probabilidade pelo teste F; * - significativo a 5% de probabilidades pelo teste F; ns – não significativo;
CAUSAS DA
VARIAÇÃO
GL FIRM AT pH PMF SS RATIO VIT. C
Estufas (A) 2 0,56 ns 0,0135 ** 0,041 ** 23,46 ** 0,24 * 25,28 ** 34,38 **
Híbrido (B) 1 8,43 ** 0,0003 ns 0,171 ** 40,47 ** 0,15 ns 3,68 ns 89,16 **
Período (C) 4 55,45 ** 0,0088 ** 0,075 ** 328,52 ** 1,34 ** 11,29 ** 104,26 **
Int. (A) x (B) 2 0,20 ns 0,0006 ns 0,009 ns 2,13 ns 0,06 ns 1,84 ns 91,76 **
Int. (A) x (C) 8 1,01 ns 0,0003 ns 0,002 ns 3,86 * 0,24 ** 3,14 ** 20,71 **
Int. (B) x (C) 4 0,97 ns 0,0001 ns 0,003 ns 2,17 ns 0,07 ns 0,78 ns 6,47 ns
Int. (A) x (B) x (C) 8 0,35 ns 0,0007 ns 0,004 ns 0,58 ns 0,10 ns 3,50 ** 11,45 ns
Resíduo 60 0,75 0,0003 0,002 1,39 0,06 1,00 6,24
Total 89
C.V. (%)
13,76 5,31 0,96 5,74 6,25 7,79 11,01
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