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1.1 Revisão Bibliográfica
Quanto à geração de Roll Waves em escoamentos de fluido Newtoniano e não
Newtoniano, estudos anteriores foram realizados na busca de explicar a ocorrência do
fenômeno. Podendo aparecer tanto em escoamentos laminares quanto em escoamentos
turbulentos.
Nos escoamentos laminares, onde são preponderantes a ação das forças viscosas do
fluido, em relação à inércia, amortecendo a tendência à turbulência, as Roll Waves são
formadas com baixos números de Reynolds, o que geralmente ocorre em escoamentos de
fluidos hiperconcentrados, apresentam amplitude mais elevada e baixa velocidade de
propagação, conforme mostrado por (Benjamin, 1957), (Chen, 1992), (Ng e Mei, 1994), (Liu
e Mei, 1994), (Maciel, 2001) entre outros.
Já para os escoamentos turbulentos conforme estudado por (Jeffreys, 1925), (Dressler,
1949), (Brock, 1969), (Kranenburg, 1992), (Zanuttigh e Lamberti, 2002) e outros; o fenômeno
ocorre para números de Reynolds elevados e as ondas apresentam uma velocidade de
propagação maior quando comparadas com as que aparecem nos escoamentos laminares.
As observações do fenômeno Roll Waves, de forma detalhada foram apresentadas
primeiramente por (Cornish, 1910), embora existam relatos de que essas ondas possam ter
sido vistas mais cedo, pois aparecem em desenhos artísticos antigos (Montes, 1998). A partir
daí, cientistas investem no estudo do fenômeno e resultados importantes são determinados
para a geração de
Roll Waves.
Jeffreys (1925) foi o primeiro a estabelecer um critério sobre a formação de
Roll
Waves
em escoamentos turbulentos e deduziu a partir de uma análise de estabilidade linear,
que o escoamento uniforme tornava-se instável, se o número de Froude fosse superior a 2.
Thomas (1939) tenta descrever analiticamente
Roll Waves de grande amplitude e
considera um trem de ondas com velocidade constante compondo a superfície da água.
Dressler (1949) tentou delinear o perfil da superfície livre e verificou a formação de
Roll Waves, descrevendo o fenômeno como sendo uma série de ondas de comprimentos bem
definidos, separadas por descontinuidades da superfície livre. A análise realizada por Dressler
(1949) é baseada na formulação de águas rasas sem os termos de difusão, combinada à
equação do ressalto hidráulico. O 2º membro da equação da quantidade de movimento