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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE MESTRADO
ANÁLISE EXPERIMENTAL DE LAJES TRELIÇADAS
ARMADURA MÍNIMA LONGITUDINAL DE TRAÇÃO E
REFORÇO PELA FACE SUPERIOR
Engº. Civil Robson Donizeth Gonçalves da Costa
Orientador: Prof. Gilson Natal Guimarães, Ph.D
Co-Orientador: Prof. Ronaldo Barros Gomes, Ph.D
Goiânia
2006
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ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL
ANÁLISE EXPERIMENTAL DE LAJES TRELIÇADAS
ARMADURA MÍNIMA LONGITUDINAL DE TRAÇÃO E
REFORÇO PELA FACE SUPERIOR
Engº. Civil ROBSON DONIZETH GONÇALVES DA COSTA
Orientador:
Prof.: Gilson Natal Guimarães, Ph.D
Co-orientador:
Prof.: Ronaldo Barros Gomes, Ph.D
Dissertação apresentada ao Curso de
Mestrado em Engenharia Civil da
EEC/UFG para obtenção dotulo de
Mestre em Engenharia Civil.
Goiânia
2006
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iii
ANÁLISE EXPERIMENTAL DE LAJES TRELIÇADAS
ARMADURA MÍNIMA LONGITUDINAL DE TRAÇÃO E
REFORÇO PELA FACE SUPERIOR
ROBSON DONIZETH GONÇALVES DA COSTA
Dissertação de Mestrado defendida e aprovada em 31 de Agosto de 2006 pela Banca
Examinadora constituída pelos professores:
_____________________________________________________
Professor Gilson Natal Guimarães, Ph.D (UFG)
(ORIENTADOR)
_____________________________________________________
Professor Ronaldo Barros Gomes, Ph.D (UFG)
(CO-ORIENTADOR)
_____________________________________________________
Professor Orlando Ferreira Gomes, Dr. (UFG)
(EXAMINADOR INTERNO)
_____________________________________________________
Professor Guilherme Sales S. de A. Melo, Ph.D (UNB)
(EXAMINADOR EXTERNO)
iv
AGRADECIMENTOS
A minha família eu agradeço pelo apoio e por terem sempre me incentivado a
continuar nos momentos em que julguei não superar. Em especial a minha Alice, esposa
compreensiva, paciente e que sempre me apoiou, minha mãe, dona Gercina sempre me
escutando e aconselhando.
Ao meu orientador, Prof. Gilson Natal Guimarães, por sua dedicação, respeito
e amizade e principalmente muita paciência, indo muito além de seu papel, contribuindo de
forma significativa para a realização do meu mestrado.
Ao meu co-orientador, Prof. Ronaldo Barros Gomes, pela sua amizade e
dedicação prestadas ao longo de todo o curso de mestrado bem como pela paixão
demonstrada para com o desenvolvimento da pesquisa em nosso país.
Ao meu grande amigo e colega de longa data, Mestre Luciano Caetano, que
contribuiu fortemente antes e durante o meu mestrado, demonstrando a real amizade.
Ao amigo Robson Lopes pelos esclarecimentos durante as pesquisas.
Aos meus professores da Universidade Católica de Goiás, José Sérgio Passos,
Ricardo Veiga e Alberto Vilela Chaer e ao amigo e laboratorista Eng.º Paulo Sérgio.
Aos meus fiéis amigos: Mohamad, Rubia e Valéria, valeu pela força, pela
ajuda constante, dando mais significado a este mestrado.
Ao meu colega veterano de mestrado Carlão, aqui citado como ASSIS 2005,
que contribuiu com sua dissertação e com seus esclarecimentos sobre sua pesquisa.
Aos colegas do mestrado Ana Lúcia, Daniel, Daniele, Erika, Fernanda, Gabriel,
Helen, Lilian, Luciana, Lorena, Magnus, Marcel, Murilo, Paulão, Paulo Henrique, Raquel,
Renata e Taís.
A grande amiga Carmen Rizzotto, pelos conselhos.
Aos professores do CMEC/UFG, que nos deram grandes ensinamentos, e aos
funcionários João Carlos, Agnaldo, Tancredo erio.
Aos colaboradores desta pesquisa: Eng.º Reginaldo de Aquino Porto, da
Realmix Concreto Ltda, Engº Mario Renato, das Lajes Santa Inês Ltda, Richelieu Costa
Miranda, da Impercia Atacadista Ltda, à empresa Carlos Campos Consultoria e
Construções Ltda e a Universidade Católica de Goiás pelo apoio desmedido e realização
dos ensaios de caracterização dos materiais.
À CAPES e ao PROCAD, pelo apoio financeiro.
v
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS.........................................................................................................viii
LISTA DE TABELAS........................................................................................................xiii
LISTA DE SÍMBOLOS.......................................................................................................xv
LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................................xix
RESUMO..............................................................................................................................xx
ABSTRACT........................................................................................................................xxi
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
1.1 Considerações Preliminares.................................................................................1
1.2 Justificativa da Pesquisa......................................................................................2
1.3 Objetivos..............................................................................................................3
1.4 Estrutura do Trabalho..........................................................................................4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................5
2.1 Introdução............................................................................................................5
2.2 Lajes Nervuradas Pré-Fabricadas........................................................................5
2.2.1 Lajes Pré-fabricadas com vigotas treliçadas.......................................6
2.3 Disposições Normativas sobre as Lajes Nervuradas.........................................11
2.3.1 Considerações...................................................................................11
2.3.2 Recomendações das normas brasileiras............................................11
2.4 Armadura longitudinal mínima de flexão...........................................................13
2.4.1 Introdução.........................................................................................13
2.4.2 Comportamento de vigas de concreto com nenhuma ou pouca
armadura longitudinal.......................................................................14
2.4.3 Determinação da taxa de armadura longitudinalnima de flexão.16
2.4.4 Pesquisas sobre armadura mínima de fleo....................................20
2.4.4.1 BOSCO, CARPINTERI et al. (1990)...................................20
2.4.4.2 AGOSTINI (2004).. ...........................................................23
2.4.4.3 QUEIRÓZ (1999).................................................................27
2.4.4.4 BORGES (2002) ..................................................................28
vi
2.5 Materiais e Técnicas de Reforço Estrutural.......................................................32
2.5.1 Considerações ..................................................................................32
2.5.2 Reforço Mediante Concreto Projetado.............................................33
2.5.3 Reforço Mediante o Uso de Argamassa Auto-Adensável(Grautes).34
2.5.4 Reforço Mediante Uso de Fibra de Carbono....................................34
2.5.5 Reforço por Adição de Chapas e Perfis Metálicos...........................35
2.5.6 Reforço por Meio de Protensão Exterior..........................................36
2.5.7 Reforço pelo Aumento da Seção Transversal Existente...................36
2.6 Reforço em Lajes e Vigas pela Face Superior...................................................37
2.6.1 Considerações...................................................................................37
2.6.2 Aderência..........................................................................................38
2.6.3 Pesquisas sobre reforço pela face superior.......................................39
2.6.3.1 CAMPOS (2000)...................................................................39
2.6.3.2 ANDO & MORENO (2000).................................................41
2.6.3.3 REIS (2003)..........................................................................44
2.6.3.4 ASSIS (2005)........................................................................46
2.7 Considerações Finais..........................................................................................50
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL..................................................................................52
3.1 Considerações Gerais........................................................................................52
3.2 Características dos Modelos Ensaiados.............................................................53
3.3 Esquema de Ensaio............................................................................................56
3.3.1 Considerações ..................................................................................56
3.3.2 Critérios de Parada do Carregamento para Posterior Reforço das
lajes...................................................................................................59
3.4 Detalhamento dos Modelos Ensaiados..............................................................60
3.5 Materiais............................................................................................................63
3.6 Instrumentação...................................................................................................67
3.7 Procedimento de Preparão das Lajes para Execução do Reforço..................71
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS....................................................................74
4.1 Resistência do concreto na data de ensaio de cada laje......................................74
4.2 Carga e modo de ruptura....................................................................................75
vii
4.3 Deslocamentos Verticais....................................................................................76
4.4 Deformações Espeficas....................................................................................80
4.4.1 Na Armadura.....................................................................................80
4.4.2 No Concreto......................................................................................84
4.5 Fissuras...............................................................................................................88
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS...................................................................................93
5.1 Análise das lajes................................................................................................93
5.1.1 Resultados experimentais ................................................................93
5.1.1.1 Carga e modo de ruptura.......................................................93
5.1.1.2 Carga x deslocamento vertical..............................................95
5.1.1.3 Carga x deformação do concreto..........................................97
5.1.1.4 Carga x deformação da armadura.........................................99
5.2 Resultados experimentais x resultados calculados de acordo com NBR
6118:2003.........................................................................................................106
5.3 Dados relevantes para determinação da armadura mínima.............................112
6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES.................................................................................117
6.1 Conclusões.......................................................................................................117
6.2 Sugestões para trabalhos futuros......................................................................120
6.2.1 Armaduras mínimas........................................................................120
6.2.2 Reforço............................................................................................121
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................122
ANEXO 1 (Valores teóricos).................................................................................126
ANEXO 2 (Cálculo da taxa de armadura)..............................................................137
ANEXO 3 (Dados experimentais)..........................................................................142
ANEXO 4 (Fotografias).........................................................................................161
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Detalhe dos Elementos Constituintes de uma laje Treliçada ........................ 6
Figura 2.2 – Armadura treliçada........................................................................................ 7
Figura 2.3 – Vigota treliçada.............................................................................................
7
Figura 2.4 – Detalhe da Nervura de Travamento............................................................... 9
Figura 2.5 – Detalhe da Armadura negativa...................................................................... 10
Figura 2.6– Distribuição das tensões na mesa de compressão (CARVALHO &
FIGUEIREDO, 2001).....................................................................................................
11
Figura 2.7 – Curvas carga-deslocamento de vigas submetidas à flexão com pouca e
nenhuma armadura longitudinal........................................................................................
15
Figura 2.8 – Fissuração de viga com baixa taxa de armadura longitudinal de tração....... 16
Figura 2.9 – Fissuração de viga com taxa de armadura longitudinal maior que a
mínima que menor que a balanceada.................................................................................
16
Figura 2.10 – Variação de taxa mínima de armadura longitudinal de tração com
resistência a compressão do concreto, para as equações apresentadas na tabela
2.5.......................................................................................................................................
19
Figura 2.11 – Esquema de ensaio de vigas (BOSCO et al, 1990).................................... 21
Figura 2.12 – Curvas carga-deslocamento vertical das vigas (BOSCO et al, 1990). ....... 22
Figura 2.13 – Esquema de ensaio das vigas (AGOSTINI, 2004)...................................... 23
Figura 2.14 – Detalhe das armaduras das vigas (AGOSTINI, 2004)................................ 24
Figura 2.15 – Curvas carga-deslocamento das vigas da série A1 Borges (2002).............. 30
Figura 2.16 – Curvas carga-deslocamento das vigas da série B1 Borges (2002).............. 30
Figura 2.17 – Curvas carga-deslocamento das vigas da série B2 Borges (2002).............. 31
ix
Figura 2.18 - Curvas carga-deslocamento adimensionais para 2 vigas (Borges, 2002).... 31
Figura 2.19 Reforço de laje pelo aumento da altura útil d.............................................. 37
Figura 2.20 – Gráficos da altura útil x carga (CAMPOS, 2000)...................................... 41
Figura 2.21 – Esquema de Vigas ensaiadas por ANDO & MORENO (2000).................. 42
Figura 2.22 – Esquema das vigas reforçadas pela face superior (REIS, 2003)................. 44
Figura 2.23 - Seção transversal das lajes monoticas – (ASSIS, 2005)............................ 47
Figura 2.24 - Seção transversal das lajes reforçadas – (ASSIS, 2005).............................. 47
Figura 3.1 – Faixa de Laje Analisada................................................................................ 53
Figura 3.2 –Seção transversal das lajes monoticas, referência e originais dos reforços. 54
Figura 3.3 – Seção transversal da laje reforçada L2/L2R-120........................................... 54
Figura 3.4 - Seção transversal da laje reforçada L3/L3R-120........................................... 55
Figura 3.5 – Pontos de Aplicação de Carga....................................................................... 56
Figura 3.6aEsquema Geral de Ensaio – Vista em planta............................................... 57
Figura 3.6b – Esquema Geral de Ensaio – Vista lateral.................................................... 57
Figura 3.7a – Fotografia do Esquema de EnsaioVista Lateral....................................... 58
Figura 3.7b – Fotografia do Esquema de ensaio – Perspectiva......................................... 58
Figura 3.8 – Esquema de ensaio adotado nos modelos – Perspectiva............................... 59
Figura 3.9 – Armadura treliça eletrosoldada.................................................................... 61
Figura 3.10- Posição da Armadura de distribuição seção transversal............................... 62
Figura 3.11 –Armadura de distribuição das lajes da 1
a
e 2
a
série – vista em planta......... 62
Figura 3.12a – Curvas de resistência à compressão do concreto da 1ª e 2ª concretagens. 64
Figura 3.12b – Curvas de resistência à tração por compressão diametral dos concretos
da 1
a
e 2ª concretagens....................................................................................................... 64
Figura 3.12c - Curva de resistência à tração por flexão direta do concreto da 2
a
concretagem ...................................................................................................................... 65
x
Figura 3.12d - Curva do módulo de elasticidade do concreto da 2
a
concretagem ............ 65
Figura 3.13 – Curva tensão x deformação da armadura de 4.2, 5.0 e 6.0mm................... 66
Figura 3.14a – Posição dos Deflectômetros nas lajes....................................................... 67
Figura 3.14b–Posição dos Deflectômetros - lajes reforçadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80... 68
Figura 3.14c - Foto em detalhe da posição dos deflectômetros laterais nas lajes lajes
reforçadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80 .................................................................................
68
Figura 3.15 Disposição dos Extensômetros na armadura de distribuição...................... 69
Figura 3.16– Disposição dos Extensômetros na armadura................................................ 70
Figura 3.17 Posição dos Extensômetros no concreto .................................................... 71
Figura 3.18 Fotografias do procedimento de escarificação das lajes.............................. 72
Figura 3.19 – Fotografia do procedimento de limpeza das lajes a serem reforçadas........ 72
Figura 3.20 – Aplicação do material de reforço................................................................ 73
Figura 4.1 – Deslocamentos verticais na direção longitudinal da treliça TR1 da laje L3-
80-180................................................................................................................................
76
Figura 4.2 – Deslocamentos verticais na direção longitudinal da treliça TR2 da laje l3-
80-180................................................................................................................................
77
Figura 4.3 – Deslocamentos verticais na direção transversal da Laje L3-80-180............. 77
Figura 4.4 – Deslocamento vertical na direção longitudinal da treliça TR1 da laje L2-
80-160................................................................................................................................
78
Figura 4.5 – Deslocamento na direção longitudinal da treliça TR2 da laje L2-80-160..... 78
Figura 4.6 – Deslocamentos verticais na direção transversal da Laje L2-80-160............. 79
Figura 4.7a – Deslocamento vertical central dos modelos da 1
a
e 2 séries ....................... 79
Figura 4.7b - Detalhe A da Figura 4.7a - Deslocamento vertical central dos modelos da
1
a
e 2
a
séries ......................................................................................................................
80
Figura 4.8a – Carga x Deformação da Armadura da TR1 da L1-80-120.......................... 81
xi
Figura 4.8b – Carga x Deformação da Armadura da TR2 da L1-80-120.......................... 82
Figura 4.9a – Carga x Deformação da Armadura da TR1 da L1-80-140.......................... 82
Figura 4.9b – Carga x Deformação da Armadura da TR2 da L1-80-140.......................... 83
Figura 4.10a –Deformação da Armadura da seção central da laje L3-80-180.................. 83
Figura 4.10b –Deformação da Armadura da seção central da laje L1-80-120.................. 84
Figura 4.11 –Deformação do concreto na face superior da laje L5-80-120...................... 85
Figura 4.12a –Deformação do concreto na seção central da laje L4-80-200.................... 86
Figura 4.12b –Deformação do concreto na seção central da laje L5-100-120.................. 86
Figura 4.13 –Deformação do concreto nas lajes analisadas na 1ª Série............................ 87
Figura 4.14 –Deformação do concreto nas lajes analisadas na 2ª Série............................ 87
Figura 4.15 – Estado de fissuração final das lajes da 1
a
rie............................................ 89
Figura 4.16a – Estado de fissuração final das lajes monoticas da 2
a
rie...................... 90
Figura 4.16b Estado de fissuração final das lajes reforçadas da 2
a
rie série............... 91
Figura 5.1a– Curvas Carga x deslocamento vertical das lajes da 1
a
e 2
a
rie................. 96
Figura 5.1b– Detalhe A da Figura 5.1a - Deslocamento vertical central dos modelos da
1
a
e 2
a
ries.....................................................................................................................
96
Figura 5.2 – Carga x deformação do concreto das lajes da 1ªrie. ................................. 98
Figura 5.3 – Carga x deformação do concreto das lajes da 2ªrie .................................. 99
Figura 5.4 – Carga x deformação da armadura do banzo inferior da treliça na seção
central das lajes da 1ª série.................................................................................................
101
Figura 5.5 – Carga x deformação da armadura do banzo inferior da treliça na seção
central das lajes da 2ª série.................................................................................................
102
Figura 5.6 – Carga x deformação da armadura do banzo superior da treliça na seção
central das lajes da 1ª série.................................................................................................
103
xii
Figura 5.7 – Carga x deformação da armadura do banzo superior da treliça na seção
central das lajes da 2ª série.................................................................................................
103
Figura 5.8 – Carga x deformação da armadura de distribuição das lajes da 1ª série....... 104
Fig. 5.9a–Curvas carga x deslocamento vertical teórico e experimental de L1-80-140. 108
Fig 5.9bCurvas carga x deslocamento vertical teórico e experimental de L2-80-160 109
Fig 5.9c – Curvas carga x deslocamento vertical teórico e experimental de L3-80-180 109
Fig 5.9d – Curvas carga x deslocamento vertical teórico e experimental de L4-80-200 110
Fig 5.9e – Curvas carga x deslocamento vertical teórico e experimental de L1-80-120 110
Fig 5.9fCurvas carga x deslocamento vertical teórico e experimental de L4-00-120 111
Fig 5.9g–Curvas carga x deslocamento vertical teórico e experimental de L5-100-120 111
Figura 5.10 – Estado de fissuração final das lajes L4-80-200, L4-00-120 e L1-80-120 114
xiii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 - Capa mínima de concreto resistente para alturas totais padronizadas........ 12
Tabela 2.2-Corresponncia entre classe de agressividade ambiental e cobrimento
nominal.............................................................................................................................
12
Tabela 2.3 - Valores de M
cr
para diferentes normas........................................................ 17
Tabela 2.4 -Expressões de normas e recomendações de cálculo para avaliar a
resistência à tração do concreto........................................................................................
18
Tabela 2.5 - Expressões normativas para ρ
min
................................................................. 18
Tabela 2.6 – Taxas mínimas de flexão para vigas, segundo a NBR6118-2003............... 19
Tabela 2.7 – Características e resultados dos ensaios das vigas de Bosco et al.(1990)...
20
Tabela 2.8 – Taxa de armadura longitudinal de trão das vigas (AGOSTINI, 2004).... 25
Tabela 2.9 – Valores experimentais das cargas de fissuração, nima logo após a
fissuração, escoamento e última, e as relações entre estas cargas (AGOSTINI, 2004)...
25
Tabela 2.10 – Valores teóricos de P
cr,t
, P
y,t
, P
u,t
e as relações entre valores teóricos e
experimentais (AGOSTINI, 2004)...................................................................................
26
Tabela 2.11 – Características das vigas ensaiadas de Borges (2002).............................. 28
Tabela 2.12 – Resultados teóricos e experimentais das vigas de Borges (2002)............. 29
Tabela 2.13 - Resultados obtidos por ANDO & MORENO (2000)................................ 43
Tabela 2.14 - Cargas de Serviço e Ruptura dos ensaios feitos por REIS (2003)............. 45
Tabela 2.15 - Principais características das lajes ensaiadas por ASSIS (2005)............... 48
Tabela 2.16 – Carga de ruptura das lajes ensaiadas por ASSIS (2005)........................... 48
Tabela 3.1 - Principais características geométricas das lajes ensaiadas........................... 55
Tabela 3.2 - Taxa de Armadura dos Modelos Ensaiados................................................. 60
Tabela 3.3 - Composição por m
3
de concreto.................................................................. 63
Tabela 3.4 - Características do aço utilizado................................................................... 66
Tabela 3.5 – Posições dos extenmetros do aço para cada laje...................................... 69
Tabela 4.1- Resistência à compressão do concreto na data do ensaio de cada laje......... 74
xiv
Tabela 4.2- Carga de ruptura das lajes ensaiadas............................................................. 75
Tabela 4.3 – Carga de fissuração obtida experimentalmente e teoricamente.................. 92
Tabela 5.1 – Comparações das características e cargas de ruptura das lajes da 1
a
e 2
a
rie..................................................................................................................................
94
Tabela 5.2–Relação entre cargas de escoamento e ruptura da 1
a
e 2ªrie..................... 100
Tabela 5.3 – Posição da linha neutra e dos fios dos banzos inferior e superior das lajes
da e séries e da armadura de distribuição das lajes da série................................
105
Tabela 5.4 - Cargas experimentais e teóricas das peças da 1
a
rie e 2ªrie................. 107
Tabela 5.5 – Cargas de ruptura e escoamento experimentais e de fissuração gráfica,
visual e teórica de cada modelo.......................................................................................
113
Tabela 5.6 – Taxa da ferragem ponderada das lajes ensaiadas........................................
115
xv
LISTA DE SÍMBOLOS
Letras Romanas
a Distância entre os pontos de momento fletor nulo
A
s
Área total da armadura principal de tração
b
f
Largura colaborante da mesa
b
w
Largura da nervura
b
2
Distância entre as faces das nervuras
h
f
Capeamento de concreto
d Altura útil ou efetiva
d
m
Altura útil média
d” Distância da ferragem de distribuição até a face superior da laje.
E
c
Módulo de elasticidade secante do concreto
E
s
Módulo de deformação longitudinal do aço
f
c
Resistência do concreto à compressão obtida do ensaio de cilindros
f
ck
Resistência característica do concreto à compressão, aos 28 dias
f
ctd
Resistência a tração do concreto considerada no projeto
f
ct,f
Resistência do concreto à tração na flexão
f
ctk,inf
Resistência à tração do concreto no limite inferior
f
ctk
,
sup
Resistência à tração do concreto no limite superior
f
yd
Tensão de início de escoamento da barra
f
ykw
Tensão de início de escoamento da armadura transversal
f
u
Tensão última alcançada no ensaio de tração do aço
G
F
Energia de fratura do concreto
xvi
h Altura total da laje
h
t
Altura da treliça
h
e
Altura do EPS
I
g
Momento de inércia da seção bruta de concreto
I
T
Momento de inércia transformado, do Estádio II
I
TF
Momento de inércia transformada e fissurada, do Estádio II
0
l Vão da laje (de face a face dos apoios)
l
ef
Vão efetivo da laje
l
bal
Vão da laje em balao
l
ext
Vão da laje ligada a apoio externo
l
int
Vão da laje ligada a apoio interno
l
t
Distância entre os dois fios do banzo inferior
LN Linha neutra
M
a
Momento fletor na seção crítica do vão
M
d
Momento resistente
M
r
Momento de fissuração da peça
N
p
Índice de fragilidade
N
P
Índice de fragilidade crítico
p
t
Distância entre dois nós eletrosoldados
P Carga aplicada pelo macaco hidráulico
P
BI
Carga de referência, levando em consideração apenas a contribuição da
tensão de escoamento da armadura do banzo inferior, sem nenhum
coeficiente de minoração.
P
cr.visual
Carga de fissuração observada visualmente durante o ensaio
P
cr.graf
Carga de fissuração retirada da curva carga x deslocamento da seção central
da peça
xvii
P
cr,teo
Carga de fissuração determinada teoricamente
P
u.Exp
Carga última obtida experimentalmente
P
u.Teo
Carga última calculada teoricamente
P
y.Teo
Carga de escoamento da armadura calculada teoricamente
P
par.
Carga de parada no 1º Ensaio;
P
y(BI)
Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve o escoamento da
armadura do banzo inferior da treliça.
q Peso próprio das lajes
R Altura da camada de concreto de reforço
t
1
Largura do apoio do vão externo da laje
t
2
Largura do apoio do vão intermediário da laje
x Posição da linha neutra em relação à face superior da laje
y
t
Distância do centro de gravidade da seção à fibra mais tracionada
xviii
Letras Gregas
ε
c
Deformação específica do concreto
ε
s
Deformação específica do aço
ε
y
Deformação específica de escoamento do aço
φ Diâmetro da barra deo
γ
c
Coeficiente de ponderação do concreto
ρ Taxa geométrica de armadura calculada na seção central
ρ
mín
Taxa geométrica da armadura longitudinal de tração
ρ
vigota
Taxa de armadura do aço contido na vigota treliçada;
ρ
B.Superior
Taxa de armadura do banzo superior das treliças;
ρ
A.Distrib
Taxa da armadura de distribuição;
ρ
reforçob
Taxa de armadura do reforço;
ρ
adot.
Taxa de armadura total adotada nos cálculos
ρ
pond.
(%) Taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de
dimensões reais
τ
wu,1
Tensão última resistente
σ Tensão normal
σ
si
Tensão de tração no centro de gravidade da armadura
ε
y
* Deformação específica de escoamento do aço para o diagrama tensão-
deformação bilinear;
xix
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ACI American Concrete Institute
CEB Comite Euro-International du Beton
EPS Expanded Polystyrene (Poliestireno expandido)
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
TR Armação treliçada
UFG Universidade Federal de Goiás
EEC Escola de Engenharia Civil
xx
Resumo
COSTA, R. D. G. Análise experimental de lajes treliçadas – armadura
mínima longitudinal de tração e reforço pela face superior. 2006. f. Dissertação
(Mestrado em Estruturas) – UFG. Goiânia, 2006.
Este trabalho objetivou avaliar e estudar experimentalmente o comportamento
e desempenho de faixas de lajes treliçadas reforçadas, com seção transversal em forma de
T”, com relação à taxa de armadura longitudinal mínima de tração necessária para que
apresentem comportamento dúctil, e também reforçadas à flexão através do aumento da
seção de concreto na face superior com uso de concreto e aço.
Com o objetivo de realizar a análise experimental da armadura mínima em
lajes pré-fabricadas treliçadas reforçadas, foram ensaiadas duas séries de faixas de laje de
1,0 m largura por 2,15 m de comprimento. A primeira série era composta de quatro lajes
com treliças de 8 cm de altura e a segunda série, de sete lajes, sendo duas para o estudo de
armadura mínima e cinco para o estudo de reforço pela face superior. Na segunda série,
para o estudo de armadura mínima, tínhamos uma laje com treliças de 10 cm e a outra
apenas com ferro corrido e sem treliça. Para o estudo do reforço uma das lajes era a de
referência e as outras duas lajes foram reforçadas. As lajes reforçadas, antes da execução
do reforço, foram ensaiadas até uma carga de parada previamente determinada. O material
de reforço foi concreto de mesmas propriedades do concreto antigo e, a ligação dos dois
concretos foi feita sem a utilização de qualquer adesivo estrutural, fazendo apenas uma
escarificação manual, limpeza e umidecimento do substrato.
Os resultados mostraram que a NBR 6118:2003 é conservadora com relação a
cargas, por não levar em conta a contribuição das armaduras do banzo superior e de
distribuição. Uma das lajes ensaiadas, feita totalmente dentro das normas brasileiras,
apresentou uma carga de ruptura experimental 82% superior a teórica, calculada apenas
com a contribuição do banzo inferior.
As lajes treliçadas confeccionadas conforme determinado pela NBR 6118:2003
foram as que apresentaram a maior ductilidade, mesmo utilizando as treliças com as
menores alturas e seções de aço comercialmente disponíveis, ou seja, neste estudo, as lajes
executadas de acordo com o recomendado pelas normas brasileiras, não tem como
apresentarem um comportamento frágil.
O ganho de carga da laje reforçada com aço e concreto, em relação à apenas
com concreto, foi de 19%, sendo que as deformações verticais também foram menores. Em
relação à laje de referência, o maior ganho no momento resistente se deve ao acréscimo da
altura útil média da armadura.
Palavras-chave: laje treliçada, armadura nima, reforço, face superior.
xxi
ABSTRACT
COSTA, R. D. G. Experimental analysis of precast slabs – minimum
longitudinal reinforcement and strengthened by concrete overlay. 2006. f. Dissertation
(Master’s Degree) – UFG. Goiânia, 2006.
This work evaluates and studies the experimental behavior and performance of
reinforced precast slabs strips, with “T” shaped section constructed with steel lattice
trusses, with respect to minimum longitudinal tensile steel ratio required for ductile
behavior, and also strengthened with reinforced concrete overlay.
For the experimental analysis of minimum longitudinal reinforcement of the
precast slabs, two series of 1,0 m wide for 2,15 m long slabs strips were tested. The first
series was composed of four slabs with 8 cm high lattice steel trusses and the second series
of seven slabs was composed of seven slabs: two were used for the study of minimum
reinforcement and five for the strengthening study. For the second series, for the study of
minimum reinforcement, one slab with of 10 cm high lattice steel truss and the other slab
with conventional reinforcement without trusses were tested. For the study of the
reinforced concrete overlay strengthing, one of the slabs served as reference and the other
two slabs were strengthened. The strengthened slabs, before the execution of the overlay,
were pre-loaded. Concrete of same properties of the old concrete was used as the overlay
material and the connection of the two materials was made without the use of any special
structural bonder.
The results showed that the NBR 6118:2003 code is conservative, for not
taking into account the contribution of the reinforcement of the steel truss top chord and of
distribution reinforcement of the T section. One of the slabs, totally constructed according
to the brazilian code, had an experimental rupture load 82% superior the theoretical load
considering lower chord steel only.
The precast slabs made according to the NBR 6118:2003 code were the ones
that presented the largest ductile behavior, even using steel trusses with the smallest
heights and steel reinforcement available. In this study, the slabs executed in agreement
with recommended brazilian code cannot present a fragile behavior.
The increase in slab ultimate loads strengthened with steel and concrete, in
relation to the just with concrete, it was of 19%. In relation to reference slabs, the largest
increases in ultimate moment is due to the increase in average steel depth.
Keywords: precast slabs, minimum reinforcement, strengthened, superior
overlay.
Introdução 1
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Atualmente o uso de lajes pré-fabricadas treliçadas está bastante difundido na
construção, pois conseguem vencer grandes vãos sem significativos acréscimos do seu
peso próprio, ao contrário do que ocorre com as lajes maciças. Outra vantagem é que o uso
destas lajes pode promover, em grande maioria, uma otimização do custo geral da estrutura
devido à redução na quantidade de concreto, de fôrmas, de escoramentos e tempo de
execução da laje. Em alguns casos haveria necessidade de se colocar pouca armadura
longitudinal de tração ou até mesmo nenhuma, porém, para se evitar uma ruptura frágil por
flexão, logo após a fissuração, se faz necessário o uso de armadura mínima.
Não existe um consenso com relação ao real valor de taxa de armadura mínima
longitudinal que se deve adotar para lajes treliçadas, mesmo por que a grande parte das
pesquisas com relação a peças submetidas à flexão se refere a vigas.
Os estudos sobre reforço e recuperação de estruturas vêm evoluindo cada vez
mais e assumindo um papel de destaque na indústria da construção civil, apresentando uma
gama imensa de materiais, equipamentos e técnicas para vários tipos de reforço e
recuperação. Uma destas formas de reforço é o acréscimo de capeamento de concreto pela
face superior.
A avaliação da taxa de armadura longitudinal mínima em lajes treliçadas
reforçadas, neste estudo, foi feita através de faixas de lajes monoticas com alturas de
capeamento superiores as que são usualmente utilizadas pelos engenheiros, justamente
para simular uma laje reforçada. Apesar de monoticas os resultados apresentam-se
Introdução 2
semelhantes aos que seriam obtidos em lajes previamente ensaiadas e posteriormente
reforçadas pela face superior.
Este trabalho teve duas finalidades básicas, a primeira é de analisar a taxa de
armadura longitudinal mínima em lajes treliçadas reforçadas, armadas unidirecionalmente,
submetidas a esforços de flexão. A segunda finalidade é, para o mesmo tipo de laje,
analisar o comportamento de lajes reforçadas através de acréscimo de uma camada de
concreto na face superior com e sem armadura longitudinal incluída dentro desta camada.
Foram ensaiadas duas séries de lajes, totalizando 11 faixas de lajes treliçadas
unidirecionais, monoticas ou reforçadas, de 2,0 metros de vão. A primeira série composta
de quatro lajes com trelas e material de enchimento (EPS) com 8 cm de altura, com altura
do capeamento variando de 6 cm até 12 cm, afim de variar a área da seção de concreto. A
segunda série de sete lajes com duas reforçadas e cinco monoticas, entre estas últimas
todas com EPS de 8 cm de altura, três com treliça de 8 cm, uma com treliça de 10 cm e
uma sem treliça, apenas com quatro ferragens longitudinais na região inferior da sapata.
Nas lajes reforçadas, após pré-ensaio, uma com apenas uma camada de concreto de 6 cm
na face superior, a outra, além desta mesma camada recebeu o reforço de armadura
longitudinal de tração sobre a face da laje a ser reabilitada.
1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
Como todos os demais elementos estruturais de concreto, as lajes devem ser
dimensionadas de forma que suas armaduras longitudinais de tração lhes proporcionem um
comportamento dúctil. Nas lajes com maior taxa de armadura, deve-se evitar que esta seja
maior que a correspondente à ruptura com escoamento do aço e ruptura do concreto
simulneos, fazendo-se com que o comportamento das vigas seja regido pelo aço. As lajes
que necessitam pouca ou nenhuma armadura para resistir aos esforços solicitantes, por
outro lado, devem ser providas de armaduras mínimas para que, quando da ocorrência de
fissuração crítica devida a fatores não previstos, não haja uma ruptura brusca das lajes. As
lajes com pouca armadura apresentam comportamento semelhante ao de lajes sem
armadura, ocorrendo ruptura com rompimento da armadura, o que acarreta em uma ruptura
frágil.
Introdução 3
Com o objetivo de evitar uma ruptura frágil logo após a fissuração por flexão,
uma armadura nima deve ser colocada, porém atualmente sem uma definição clara e do
que seja a armadura mínima em lajes treliçadas, as expressões propostas nas normas e
também por alguns autores levam a valores de taxa destas armaduras bem diferentes.
Do ponto de vista da segurança não se pode utilizar uma taxa de armadura
abaixo da armadura nima, porém com relação à economia, se estivermos usando uma
armadura além do que realmente seria necessário, estaremos elevando custos que poderiam
ser evitados.
No caso da realização de um reforço em lajes treliçadas pela face superior, há
um ganho de tempo e uma maior facilidade de execução, pois se necessita apenas do
correto tratamento na supercie do concreto antigo, uma limpeza e saturação do substrato
para em seguida, fazer o lançamento da nova camada de concreto.
1.3 OBJETIVOS
O objetivo principal deste trabalho é estudar a taxa de armadura mínima
necessária para que uma laje pré-moldada treliçada tenha um comportamento dúctil bem
como verificar o comportamento e a eficiência do reforço à flexão de faixas de lajes pré-
fabricadas treliçadas unidirecionais, pela face superior. Desta forma podem ser citados,
como objetivos específicos:
Analisar o efeito de cargas atuantes em lajes com variação na área de
armadura longitudinal de tração.
Verificar, experimentalmente, se o valor de taxa de armadura mínima
longitudinal de tração proposto pela norma brasileira NBR 6118:2003, corresponde ao
valor mínimo para que a peça apresente um comportamento dúctil.
Atras de ensaios experimentais, analisar a diferenças dos reforços em
lajes, sendo um tipo utilizando apenas um acréscimo de camada de concreto na face
superior da laje e o outro, fazendo uso de acréscimo de área de aço longitudinal juntamente
com o de uma camada de concreto.
Análise do efeito das cargas atuantes na peça antes da execução do
reforço.
Introdução 4
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
O Capítulo 2 traz uma revisão da literatura e está divida em três partes. A
primeira consiste em apresentar um breve estudo sobre lajes pré-fabricadas formadas por
nervuras, dando ênfase as com armação treliçada, destacando-se os tipos produzidos no
mercado, as disposições normativas, os critérios de dimensionamento, as características de
seus elementos constituintes e os aspectos relacionados aos processos de fabricação e
execução. A segunda parte mostra alguns estudos sobre armadura mínima em vigas e lajes
com as disposições normativas da NBR 6118 e do ACI. A terceira parte expõe alguns
trabalhos, bem como algumas técnicas e materiais de reforço de estruturas de concreto
armado, destacando os reforços de vigas e lajes.
No Capítulo 3 é apresentado o programa experimental adotado, com o detalhe
de todas as fases de execução para cada modelo ensaiado, dos materiais empregados e do
esquema de ensaio utilizado e da instrumentação de cada peça. O Capítulo 4 apresenta
todos os resultados experimentais obtidos nos ensaios dos modelos.
No Capítulo 5 serão feitas todas as alises de resultados obtidos nos ensaios,
comparando-os com os valores obtidos com o emprego dos critérios da norma NBR-
6118:2003. As principais conclusões e sugestões para trabalhos futuros estarão contidas no
Capitulo 6.
Revisão Bibliográfica 5
CAPÍTULO 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica dividida em três partes.
A primeira consiste em apresentar um breve estudo sobre lajes pré-fabricadas formadas por
nervuras, dando ênfase as com armação treliçada, destacando-se os tipos produzidos no
mercado, as disposições normativas, os critérios de dimensionamento, as características de
seus elementos constituintes e os aspectos relacionados aos processos de fabricação e
execução. A segunda parte mostra alguns estudos sobre armadura mínima em vigas e lajes
com as disposições normativas da NBR 6118 e do ACI. A terceira parte expõe alguns
trabalhos, bem como algumas técnicas e materiais de reforço de estruturas de concreto
armado, destacando os reforços de vigas e lajes.
2.2 LAJES NERVURADAS PRÉ-FABRICADAS
Se forem consideradas as características da seção transversal, a laje pode ser
macica ou nervurada, sendo que a primeira tem concreto em toda a seção transversal,
enquanto a segunda é caracterizada pela retirada de parte do concreto abaixo da linha
neutra. Isto possibilita o aumento da altura da laje sem que haja um acréscimo considerável
do peso próprio, como é observado nas lajes maciças. De acordo com a norma NBR 6118
(2003): “Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas,
cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais
pode ser colocado material inerte”.
As normas NBR 14859-1 (2002) e NBR 14859-2 (2002), padronizam a
nomenclatura relativa às lajes pré-fabricadas e fixa as condições exigíveis para o
recebimento e utilização de componentes a serem empregados na execução de estruturas
laminares nervuradas unidirecionais e bidirecionais. Sendo que as definições e a
nomenclatura utilizadas neste trabalhoo as mesmas presentes na NBR 14859-1 (2002).
Além do critério relativo à direção de instalação das nervuras principais, as lajes
Revisão Bibliográfica 6
nervuradas pré-fabricadas podem também ser classificadas quanto ao tipo de vigota pré-
fabricada que utiliza.
Com relação ao tipo de vigota pré-fabricada que se utiliza, as lajes pré-
fabricadas podem ser classificadas em lajes pré-fabricadas com vigotas de concreto
armado, com vigotas de concreto protendido ou com vigotas treliçadas, esta última sendo
objeto de nosso estudo.
2.2.1 Lajes pré-fabricadas com vigotas treliçadas
As lajes pré-fabricadas com vigotas treliçadas, são lajes nervuradas
constituídas de elementos p-fabricados do tipo trela espacial metálica, que trabalha
como armadura de combate ao momento fletor e distribuição dos esforços e é fundida em
uma base de concreto (sapata), acompanhado ou não de elemento de enchimento.
Suas principais vantagens podem ser: a possibilidade de vencer grandes vãos,
da ordem de 15m construídos com laje pré-fabricada treliçada bi-direcional
(SINPROCIM/ABILAJE-1999) e o alívio do peso global da estrutura que pode levar à
redução do custo total da obra. As lajes treliçadas podem ter nervuras principais resistentes
em uma ou em duas direções, sendo assim classificadas como lajes unidirecionais ou
bidirecionais, respectivamente. Segundo a NBR 14859-1: 2002, todos os componentes que
constituem as lajes treliçadas estão dispostos na Figura 2.1.
Guia de escoramento
Longitudinal
Transversal
Armadura complementar
Elemento de enchimento
Armadura complementar
de distribuição
Armadura
Adicional
Concreto
complementar
Nervura de travamento
Vigota
Treliçada
Figura 2.1 – Detalhe dos elementos constituintes da laje treliçada
Fonte: PEREIRA, R.L. Estudo Experimental de Emendas em Vigotas Treliçadas . Goiânia: UFG, 2002.
Revisão Bibliográfica 7
a) Armação treliçada eletrosoldada
Esta armadura é uma treliça espacial, fabricada industrialmente em máquinas
apropriadas que solidarizam os fios de aço através de solda por eletrofusão (ou
caldeamento). São fornecidas em medidas padronizadas, sendo que existe uma grande
variedade de combinações possíveis. Suas parte são identificadas conforme a figura 2.2.
Figura 2.2 – Armadura treliçada
Fonte: PEREIRA, R.L. Estudo Experimental de Emendas em Vigotas Treliçadas . Goiânia:
UFG, 2002.
As vigotas treliçadas são constituídas por uma armadura treliçada espacial
eletrossoldada apoiada em uma base de concreto, conhecida como sapata (Figura 2.3). Isso
faz com que a laje treliçada tenha uma maior rigidez e uma maior capacidade resistente
que os outros tipos de lajes pré-fabricadas, podendo assim, atingir maiores vãos sem que
haja o aumento de sua espessura (LIMA, 1999).
base de concreto (sapata)
armadura
adicional
13 cm
3 cm
armadura treliçada
eletrosoldada
Figura 2.3 – Vigota Treliçada
Fonte: MAGALHÃES, F. L. Estudo dos momentos fletores negativos nos apoios de lajes formadas por
elementos pré-moldados tipo nervuras com armação treliçada. 2001. 135p. Dissertação de Mestrado – USP,
São Carlos, 2001.
Revisão Bibliográfica 8
A sapata de concreto tem a função de apoio para os elementos de enchimento
durante a fase de montagem, evitando o uso de fôrmas no momento da concretagem das
nervuras.
A NBR 14862 (2002) fixa os requisitos mínimos para especificação,
fabricação, fornecimento e recebimento de armações treliçadas eletrosoldadas. Essa norma
padroniza a designação e a identificação das treliças das quais devem constar: abreviação
de armação treliçada (TR), altura (em cm, sem casas decimais), dmetro dos aços que as
ompõem (banzo superior, diagonais e banzo inferior, respectivamente, em milímetros, sem
casas decimais) tipo de aço utilizado. Recomenda que quando for utilizado aço CA50,
deve-se acrescentar a letra “A” após o número indicativo da bitola correspondente e
quando oo utilizado for CA 60, não deve ser colocada nenhuma designação as o
número indicativo da bitola. Desta forma, uma treliça composta integralmente por aço
CA60, com 16 cm de altura, banzo superior com fio de aço de 6,0 mm de diâmetro,
diagonal (sinusóide) com 4,2mm e banzo inferior com 6,0mm, será designada TR16646.
b) Elemento de Enchimento
Sem função estrutural, os elementos de enchimento, geralmente elementos
leves, servem de forma no momento da concretagem e têm a finalidade de substituir parte
do concreto da zona tracionada, reduzindo o volume de concreto e conseqüentemente o
peso próprio da laje. Este elementos devem ter resistência mínima à carga de trabalho
durante a montagem da laje e ao lançamento do concreto durante a concretagem fixada em
1,0 kN pela NBR 14859-1:2002. Outras características importantes são a boa aderência às
argamassas de revestimento e boa isolação termo-acústica.
Atualmente o material mais utilizado é o poliestireno expandido (EPS) por ter
boa resistência à compressão, baixa absorção de água, boa junção com as vigotas treliçadas
reduzindo as perdas de concreto e fácil corte e transporte. A montagem de lajes pré-
fabricadas pode ser feita substituindo o material de enchimento existente no mercado, por
uma fôrma plástica que, após a aplicação do capeamento do concreto é retirada deixando a
parte inferior da lajes com alguns sulcos em forma de cabaça.
Revisão Bibliográfica 9
c) Armadura Adicional (Armadura passiva inferior de tração)
Esta armadura é colocada dentro da sapata de concreto, juntamente com o aço
do banzo inferior, no momento da fabricação da vigota treliçada. Sua função é
complementar a área de armadura necessária para absorver os esforços de tração, oriundos
da flexão. Pode ser dividida em longitudinal, transversal, de distribuição ou negativa.
Longitudinal – È colocada sobre a sapata de concreto e é necessária quando a
sapata de concreto não for capaz de incorporar toda a armadura adicional necessária ao
combate dos esforços solicitante. Esta armadura deve ser distribuída uniformemente pelas
vigotas sendo que, pelo menos 1/3 da área de aço responsável por resistir o maior momento
fletor positivo deve chegar aos apoios e que estas devem ser ancoradas de acordo com os
itens 9.4.2.5 e 18.3.2.3.1 da NBR 6118:2003.
Transversal – Armadura das nervuras de travamento e tem a função de
combater a formação de fissuras.
Elem. de
Enchimento
Vigota
Treliçada
Nervura de
Travamento
Figura 2.4 – Detalhe da nervura de travamento
Fonte: ASSIS, C. E. A. R.. Análise Experimental de Lajes Treliçadas Reforçadas pela Face
Superior. Goiânia: UFG, 2004.
Distribuição – Esta armadura é colocada na parte inferior da capa de concreto,
pode estar disposta transversalmente ou eventualmente, longitudinalmente às vigotas
treliçadas. Suas principais características são: combater a fissuração do concreto lançado
Revisão Bibliográfica 10
na obra (devido à retração e aos efeitos térmicos), distribuir os esforços aplicados entre as
nervuras e impedir a flexão da mesa.
Segundo a NBR 6118:2003, nas lajes armadas numa só direção e nas lajes
nervuradas, a armadura de distribuição por metro de largura da laje deve ter seção
transversal de área igual ou superior a 1/5 da área da armadura principal, com um mínimo
de 0,9 cm²/m e ser composta por pelo menos três barras por metro.
Negativa ou superior de tração – Distribui a fissuração do concreto do
capeamento junto aos apoios da laje e resisti o momento fletor negativo provocado nos
vínculos. É disposta normalmente a 1,5 cm da capa de concreto como mostra a Figura 2.5.
1,0cm
armadura
negativa
vigota
elemento de
enchimento
capa de
concreto
1,5cm
Figura 2.5 – Detalhe da armadura negativa
Fonte: ASSIS, C. E. A. R.. Análise Experimental de Lajes Treliçadas Reforçadas pela Face
Superior. Goiânia: UFG, 2004.
d) Capa de Concreto
Trata se da placa superior da laje (h
f
), com espessura determinada a partir da
face superior do elemento de enchimento e tem importante papel estrutural. É lançado no
momento da concretagem da laje, depois de toda a etapa de montagem das peças pré-
fabricadas. Segundo a NBR 6118:2003, este não deve ter resistência à compressão, f
ck
,
inferior a 20 MPa e sua espessura (h
f
) deve ser maior ou igual a 1/15 da distância entre
nervuras eo menor que 3 cm quandoo houver tubulações horizontais embutidas ou
admite valor mínimo absoluto de 4 cm, quando existirem tubulações embutidas de
diâmetro máximo 12,5 mm. Não se permite a passagem de eletrodutos ou qualquer
material que diminua a espessura de concreto ou o seccione.
Revisão Bibliográfica 11
Como uma seção em T tem a largura real da mesa de compressão
sensivelmente maior que a largura da alma, essa distribuição de tensões no capeamento de
concreto ocorre de maneira não uniforme com uma concentração junto à alma, como
mostra a Figura 2.6.
Alma
Tensões de
Compressão
Mesa
b
f
h
f
b
w
Figura 2.6 – Distribuição das tensões na mesa de compressão.
Fonte: CARVALHO, R.C.; FIGUEIREDO FILHO, J.R. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de
concreto armado, São Carlos: EdUFSCar, 2001.
2.3 DISPOSIÇÕES NORMATIVAS SOBRE AS LAJES NERVURADAS
2.3.1 Considerações
O dimensionamento das lajes pré-fabricadas deve seguir as prescrições da NBR
6118:2003, referente às lajes nervuradas, pois esta faz menção às dimensões mínimas, ao
vão teórico, ao pré-dimensionamento, à determinação dos esforços solicitantes e às
disposições construtivas destas peças. Outras normas nacionais que tratam do assunto são:
NBR 14859 (2002) e NBR 14862 (2002).
2.3.2 Recomendações das Normas Brasileiras
a) Espessura mínima da capa de concreto
A espessura mínima da mesa de compressão é função da altura total da laje e
deve obedecer às prescrões abaixo e aos valores dispostos na Tabela 2.1:
- maior ou igual a 1/15 da distância entre as nervuras e não menor que 3 cm
quandoo houver tubulações horizontais embutidas;
- valor mínimo absoluto maior que 4 cm, quando existirem tubulações
embutidas de diâmetro máximo de 12,5 mm.
Revisão Bibliográfica 12
Tabela 2.1 - Capa mínima de concreto resistente para alturas totais padronizadas
Altura total da laje (cm) 10,0 a 11,00 12,0 a 24,0 25,0 a 34,0
Espessura mínima da
capa de concreto (cm)
3,0 4,0 5,0
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14859-1: Laje pré-fabricada –
Requisitos – Parte 1: Lajes unidirecionais. Rio de Janeiro, 2002.
b) Disposições Construtivas
Conforme a NBR 6118:2003 apresenta, no item 7.4.7.6, a espessura nominal
do cobrimento em função da classe de agressividade ambiental segue-se a Tabela 2.2.
Tabela 2.2 – Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento
nominal
Classe de agressividade ambiental
I II III IV
Tipo de estrutura
Componente ou
elemento
Cobrimento Nominal - mm
Laje 20 25 35 45
Concreto Armado
Viga/Pilar 25 30 40 50
Concreto Protendido Todos 30 35 45 55
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de
concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
Para o caso de lajes e vigas revestidas, as exigências da Tabela 2.2 podem ser
substituídas pela equação 2.1, não sendo menor que o cobrimento nominal de 15 mm.
==
bainha
nfeixe
barra
c
nnom
φ
φφφ
φ
5,0
(2.1)
As recomendações quanto à taxa de armadura mínima e à disposição das
armaduras são as seguintes:
- nas lajes armadas em uma única direção, a armadura nima de distribuição
o deve ser menor que 0,9 cm
2
/m ou 20% da armadura principal, devendo ser composta
de no mínimo 3 barras;
Revisão Bibliográfica 13
- os estribos, se necessários forem, não devem ter espaçamentos maiores que
20 cm, nem diâmetro maior que 1/8 da largura das nervuras. Estes devem possuir área
mínima de 0,14% de b
w
/s para aço CA-50, e 0,25%b
w
/s para aço CA-25, e deverão ser
distribuídos em toda a extensão do vão, cobrindo todo o diagrama de esforço cortante;
c) Outras recomendações
A largura mínima das nervuras é de 5 cm, e, quando esta for inferior a 8 cm, as
nervuras não devem conter armadura de compressão.
No cálculo de lajes nervuradas, além das recomendações citadas anteriormente,
devem ser observadas as seguintes prescrições:
- a determinação dos esforços solicitantes deve ser feita em regime elástico;
- o apoio da laje deve ser feito ao longo de uma nervura;
- para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65 cm,
é dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a verificação do cisalhamento da
região das nervuras, permite-se a consideração dos critérios de laje;
- para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 e 110 cm, exige-
se a verificação da flexão da mesa e as nervuras devem ser verificadas ao cisalhamento
como vigas; permite-se essa verificação como lajes se o espaçamento entre eixos de
nervuras for até 90 cm e a largura média das nervuras for maior que 12 cm;
- para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior que
110 cm, a mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas,
respeitando-se os seus limites mínimos de espessura.
2.4 ARMADURA LONGITUDINAL MÍNIMA DE FLEXÃO
2.4.1 Introdução
Dependendo da quantidade de armadura longitudinal, vigas de concreto
armado, submetidas à flexão, exibem diferentes modos de ruptura. Quando não existe uma
armadura longitudinal numa viga, ou a taxa desta armadura é muito pequena , a ruptura da
viga de concreto é frágil (brusca) e logo após a fissuração.
Revisão Bibliográfica 14
Dentre outros fatores, o comportamento de uma viga de concreto depende da
sua taxa de armadura longitudinal. Antes da ocorrência da fissuração é o concreto que
resiste às tensões normais de tração. A partir do instante que o momento fletor iguala-se ao
momento fletor de fissuração, para que a viga continue resistindo à flexão é necessário que
exista uma certa taxa de armadura longitudinal mínima. Quando não há armadura de
tração, a ruptura é brusca e ocorre assim que a viga fissura. Caso exista pouca armadura de
tração a viga pode também romper bruscamente logo após a fissuração.
Existem diferentes expressões de normas e de autores para a determinação de
ρ
min
. Estas expressões dependem da tensão de escoamento da armadura utilizada, e em
alguns casos da resistência à tração do concreto e da altura da viga.
Para a determinação da taxa de armadura longitudinal mínima de tração é
necessário obter o momento de fissuração (M
cr
), que está relacionado com a resistência do
concreto à tração. No item 2.4.2 será feito apresentação sobre o comportamento de vigas
de concreto com pouca ou nenhuma armadura de tração.
2.4.2 Comportamento de Vigas de Concreto com Nenhuma ou Pouca
Armadura Longitudinal
A armadura longitudinal de tração mínima é que garante que não ocorra na
viga uma ruptura brusca logo após a fissuração, garantindo uma transferência dos esforços
resistidos pelo concreto tracionado para o aço. O gráfico da Figura 2.7, representa o
comportamento de vigas com pouca e nenhuma armadura longitudinal de tração, sendo a
única diferença entre elas a taxa de armadura.
Pode se observar que vigas sem armadura mostram perda de capacidade
resistente brusca logo após a fissuração e que vigas com ρ < ρ
min
apresentam queda de
capacidade resistente que não é totalmente recuperada. Vigas com ρ = ρ
min
são capazes de
recuperar a perda de capacidade resistente e as com ρ > ρ
min
suportam acréscimos de
cargas após a fissuração.
Revisão Bibliográfica 15
P
y
P
y
P
y
ρ ρ
>
min
ρ ρ
<
min
ρ ρ
=
min
ρ
= 0
ρ
= A
s
/
A
c
∆δ
δ
δ
Figura 2.7 – Curvas carga-deslocamento de vigas submetidas à flexão com pouca e
nenhuma armadura longitudinal.
Fonte: RUIZ et al (1999)
Onde: A
s
é a área de aço da armadura longitudinal de tração e A
c
é a área da seção de concreto.
Uma característica das vigas armadas com pequenas taxas de armadura
longitudinal de tração é apresentar um pico de carga (P
cr
) no gfico carga deslocamento,
que corresponde, aproximadamente, à carga de fissuração do concreto. Como mostra a
Figura 2.7, esta carga pode ser maior que a carga para a qual ocorre o escoamento da
armadura longitudinal (P
y
).
A resistência do concreto (f
c
), a altura da viga (h), a tensão de escoamento do
aço utilizado (f
y
) e a armadura longitudinal ao longo da altura também influenciam o
comportamento da viga de concreto com ruptura por flexão.
A Figura 2.8 mostra uma viga com baixa taxa de armadura longitudinal
submetida à flexão. Observa-se que, neste caso, surgem poucas fissuras, ou até mesmo
uma única fissura com grande abertura. Quando a taxa de armadura é menor ou igual à
mínima, observa-se freqüentemente apenas uma única fissura na seção de maior momento
fletor até o instante da ruptura da armadura longitudinal.
A figura 2.9 mostra que com o aumento da taxa de armadura longitudinal,
passa-se a ter fissuras distribuídas ao longo do vão. Quando esta taxa de armadura é
inferior à balanceada e acima de ρ
min
, a ruptura é dúctil e a viga apresenta várias fissuras.
Revisão Bibliográfica 16
Figura 2.8 – Fissuração de viga com baixa taxa de armadura longitudinal de tração.
Fonte: AGOSTINI, B.M. Armadura longitudinal mínima em vigas de concreto armado, Rio de
Janeiro:COPPE/UFRJ, 2004.
Figura 2.9 – Fissuração de viga com taxa de armadura longitudinal de tração maior que a
mínima e menor que a balanceada.
Fonte: AGOSTINI, B.M. Armadura longitudinal mínima em vigas de concreto armado, Rio de
Janeiro:COPPE/UFRJ, 2004.
2.4.3 Determinação da taxa de armadura longitudinal mínima de flexão
Armadura longitudinal mínima de flexão, pode ser definida como sendo a
armadura longitudinal concentrada próxima a face tracionada da viga, que deve assegurar
um comportamento estável desta após o aparecimento da primeira fissura de flexão,
garantindo que não ocorra grande perda de capacidade resistente após a fissuração e que o
momento fletor último seja maior que ou igual ao correspondente a fissuração.
Desta forma, temos:
crys
MzfA
×
×
min
(2.2)
zfdb
M
y
cr
s
×××
min,
ρ
(2.3)
Onde:
A
s,min
-
Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração mínima
f
y
-
Tensão de escoamento do aço da armadura longitudinal.
Revisão Bibliográfica 17
z
-
Distância entre o centrde da zona de compressão e o centróide da seção da armadura
longitudinal de tração.
M
cr
-
Momento fletor sob o qual ocorre a primeira fissura de flexão
ρ
min
-
Taxa geométricanima da armadura longitudinal de tração = A
s,min
/bd
b
-
Largura da laje
d
-
Altura útil da seção, igual à distância da fibra mais comprimida ao centroíde da seção da
armadura longitudinal de tração
Expressões de normas de cálculo de estruturas de concreto para a determinação
do momento de fissuração de vigas, são apresentadas na Tabela 2.3.
Tabela 2.3 – Valores de M
cr
para diferentes normas
Norma M
cr
ACI-318 (2002)
t
fct
y
If
0,
.
t
ctk
y
If
0
..5,1
para seção retangular
t
ctk
y
If
0
..2,1
para outros casos
NBR 6118 (2003)
I
0
= Momento de inércia da seção não fissurada em relação ao eixo z que passa pelo centróide.
y
t
= Distância do centróide da seção a fibra mais tracionada.
f
ct,f
= Resistência característica do concreto à tração na flexão.
f
ct,k
= Resistência característica do concreto à tração direta.
O momento de fissuração está relacionado diretamente com a resistência do
concreto a tração, sendo que ruptura do concreto por tração ocorre na “interface” entre a
argamassa e o agregado graúdo, em concretos de resistência normal, e para concretos de
maior resistência esta ruptura atravessa os agregados. Esta resistência depende dos tipos de
componentes do concreto, bem como suas proporções, (AGOSTINI, 2004).
Na Tabela 2.4 são dadas expressões de normas e recomendações de cálculo
para avaliar a resistência à tração do concreto, na Tabela 2.5 expressões normativas para
determinação da taxa mínima de armadura longitudinal de tração e na Tabela 2.6 as taxas
de armaduras mínimas longitudinais de flexão para vigas, segundo a NBR6118-2003.
Revisão Bibliográfica 18
Tabela 2.4 –Expressões de normas e recomendações de cálculo para avaliar a resistência à
tração do concreto.
NORMA
f
ct
f
ct,sp
f
ct,f
NBR-6118 (2003)
f
ck
50 MPa
f
ctk,inf
= 0,7.
f
ct,m
f
ctk,sup
= 1,3.
f
ct,m
f
ct,m
= 0,3.
f
ck
2/3
f
ct
= 0,9.
f
ct
,sp
f
ct
= 0,7.
f
ct,f
ACI-318 (2002)
1,1
,
,
fct
spct
f
f =
2/1
,
.62,0
cfct
ff =
Tabela 2.5 – Expressões normativas para
ρ
min
NORMA
ACI 318
(2002)
yy
c
S
ff
f
bd
A
40,1
25,0
min,
=
Torna-se dispensável se M
R
for pelo menos um terço
maior
q
ue M
S
NBR 6118
(2003)
zf
f
WA
yd
ctk
s
.
8,0
sup,
0min,
=
ρ
min
0,15 %
5,1/
.3,0
.3,1
50
3/2
sup,
ydyd
ckctm
ctmctk
ck
ff
ff
ff
MPaf
=
=
=
CEB-FIP MC90
(1993)
0015,0
min,
=
bd
A
S
f
y
de 400 e 500 MPa
0025,0
min,
=
bd
A
S
f
y
de 220 MPa
f
ck
80 MPa
CEB (1995)
yk
ck
S
f
f
bd
A
sup,
min,
23,0
=
f
ck
100 MPa
f
ctk,sup
=1,3
f
ctm
f
ct,m
=0,318(f
ck
+8)
0,6
M
R
= momento fletor resistente M
S
= momento fletor solicitante M
d
= momento fletor de cálculo
W
0
= módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo à fibra mais tracionada.
A Tabela 2.5 apresenta equações para determinação da taxa de armaduras
mínimas longitudinais de tração propostas em normas e recomendações de cálculo de
concreto. O ACI 318 (2002), a NBR 6118 (2003) e o CEB (1995) estão em função de f
c
e
f
y
enquanto que o CEB-FIB MC90 (1993) está em função apenas de f
y.
Revisão Bibliográfica 19
Tabela 2.6 – Taxas mínimas de armaduras longitudinais de flexão para vigas, segundo a
NBR6118-2003
Valores de
ρ
min
1)
(A
s,min
/A
c
) %
Forma da seção
f
ck
ω
min
20 25 30 35 40 45 50
Retangular
0,035 0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
T
(mesa comprimida)
0,024 0,150 0,150 0,150 0,150 0,158 0,177 0,197
T
(mesa tracionada)
0,031 0,150 0,150 0,153 0,178 0,204 0,229 0,255
Circular
0,070 0,230 0,288 0,345 0,403 0,460 0,518 0,575
1)
Os valores de ρ
min
estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50, γ
c
=1,4 e γ
s
=1,15. Caso
esses fatores sejam diferentes, ρ
min
deve ser recalculado com base no valor de ω
min
dado.
Fonte: NBR 6118 (2003)
0102030405060
fc (MPa)
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0
armadura longitudinal mínima (%)
NBR 6118:2003
ACI 318 (2002)
CEB-FIP MC90 (1993)
CEB (1995)
Figura 2.10 – Variação de taxa mínima de armadura longitudinal de tração com resistência
a compressão do concreto, para as equações apresentadas na tabela 2.5.
O gráfico da Figura 2.10 contém curvas, obtidas a partir das equações
apresentadas na tabela 2.5, que mostram a varião da taxa de armadura mínima com f
c
para f
y
=500 MPa. A curva da NBR 6118 (2003) é relativa a seção T, mesa comprimida,
conforme Tabela 2.6. Na figura constatam-se diferenças da ordem de 80% entre o ACI 318
(2002) e a NBR 6118 (2003).
Revisão Bibliográfica 20
2.4.4 Pesquisas sobre armadura mínima de flexão
2.4.4.1 – BOSCO, CARPINTERI et al. (1990)
BOSCO, CARPINTERI
et al
(1990) realizaram ensaios em trinta vigas de
concreto armado de alta resistência, conforme Figura 2.11, sem estribos com a intenção de
estabelecer uma formulação para o cálculo de armadura mínima de flexão. Nas vigas foram
variadas a altura e a taxa de armadura longitudinal de flexão, sendo que sempre haviam
duas idênticas. O concreto das vigas apresentou resistência à compressão (f
c
) igual a 78
MPa (f
c
= 0,85f
cu
, f
cu
= 91,2MPa), módulo de elasticidade (E
c
) igual a 34,3 GPa .
Mantiveram-se constantes a relação vão/altura igual a seis, a relação
cobrimento da armadura de 0,1 e a dimensão máxima do agregado de 13 mm. A armadura
longitudinal consistiu de barras de 4 mm, 5 mm, 8 mm ou 10 mm, com tensão de
escoamento variando entre 441 e 637 GPa. Outros dados das vigas encontram-se na Tabela
2.7., onde tamm constam os resultados dos ensaios dos ensaios. Os valores apresentados
nesta tabela foram obtidos a partir da média dos resultados dos ensaios de cada par de
vigas inticas. Em nenhuma das vigas foi utilizado armadura transversal
Tabela 2.7 – Características e resultados dos ensaios das vigas de Bosco et al.(1990).
Viga
Armadura
φ
l
ρ
(%)
b
(mm)
h
(mm)
d
(mm)
f
y
P
cr
(kN)
P
y
(kN)
P
u
(kN)
A-0 0 0 150 100 90 0 11,8 0,0 11,8
A-1
1
φ
4
0,085 150 100 90 637 11,8 7,0 11,8
A-2
2
φ
5
0,256 150 100 90 569 12,5 15,2 13,3
A-3
2
φ
8
0,653 150 100 90 441 13,5 27,9 22,1
A-4
2
φ
10
1,003 150 100 90 456 14,9 34,5 47,8
B-0 0 0 150 200 180 0 22,6 0,0 22,6
B-1
1
φ
5
0,064 150 200 180 569 19,5 10,3 19,5
B-2
3
φ
5
0,190 150 200 180 569 20,8 23,1 23,5
B-3
3
φ
8
0,490 150 200 180 441 22,4 41,4 56,7
B-4
3
φ
10
0,775 150 200 180 456 26,7 65,0 76,6
C-0 0 0 150 400 360 0 40,2 0,0 40,2
C-1
2
φ
4
0,0427 150 400 360 637 36,7 15,7 36,7
C-2
4
φ
5
0,128 150 400 360 569 38,7 32,4 38,7
C-3
4
φ
8
0,327 150 400 360 441 43,1 53,9 65,0
C-4
4
φ
10
0,517 150 400 360 456 48,9 84,4 97,7
FONTE: BOSCO, C; CARPINTERI, A; DEBERNARDI, P.G. Minimum reinforcement in high-strength
concrete. Feb. 1990.
Revisão Bibliográfica 21
Figura 2.11 – Esquema de ensaio das vigas
FONTE: BOSCO, C; CARPINTERI, A; DEBERNARDI, P.G. Minimum reinforcement in high-strength
concrete. Feb. 1990.
Durante os ensaios foram realizados controles de deformações ou abertura de
fissura na face inferior e impondo uma taxa de deformação de valor constante. A
fissuração das vigas ocorreu, em média, após sete minutos e o escoamento da armadura de
tração após quarenta e cinco minutos do início do ensaio.
Na figura 2.12 são apresentados três gráficos carga-deslocamento vertical na
seção do meio do vão. Cada gráfico corresponde a uma altura de viga e cada curva
corresponde a uma das duas vigas ensaiadas. Sendo que como pode ser constatado
ocorreram cinco comportamentos distintos.
Revisão Bibliográfica 22
150 X 100 mm
25
20
15
10
5
0
00,20,40,60,8
A-1
A-2
A-3
A-4
A-5
P (kN)
δ
(mm)
P (kN)
δ
(mm )
0 0,2 0,4 0,6 0,8
5
10
15
20
25
30
35
150 X 200 mm
B- 0
B- 1
B- 2
B- 3
B- 4
0
10
20
30
40
50
60
0 0,4 0,8 1,2 1,6
150 X 400 mm
P (kN)
δ
(mm
C-0
C-1
C-2
C-3
C-4
Figura 2.12 – Curvas carga-deslocamento vertical das vigas de Bosco et al. (1990).
FONTE: BOSCO, C; CARPINTERI, A; DEBERNARDI, P.G. Minimum reinforcement in high-strength
concrete. Feb. 1990.
As curvas das vigas A-0, B-0 e C-0 apresentaram um comportamento
evidentemente frágil, como pode ser observado na figura 2.12. Para as vigas A-1, B-1 e C-
1 obteve-se P
y
< P
cr
.Para as vigas A-3, A-4, B-3, B-4, C-3 e C-4 a carga de escoamento foi
superior à de fissuração. Para as vigas A-2 e B-2 obteve-se P
y
> P
cr
e para a viga C-2
obteve-se P
y
<P
cr
, mas estas cargas tiveram valores não muito diferentes como pode ser
visto na tabela 2.7. Segundo os autores, as vigas 2 de cada grupo tiveram um
comportamento de transição entre o frágil e o plástico.
Revisão Bibliográfica 23
Segundo esses autores, a taxa de armadura mínima necessária para evitar
ruptura brusca quando da fissuração diminui com o aumento da altura da viga.
2.4.4.2 – Agostini (2004)
Agostini (2004) enfoca a taxa de armadura longitudinal mínima de tração
necessária para que uma viga de concreto apresente comportamento dúctil no estado limite
último. Um programa experimental foi realizado objetivando verificar a validade das
expressões existentes para a determinação da taxa de armadura mínima. Esse programa
incluiu seis vigas de concreto armado, sendo quatro com concreto de resistência normal e
duas de concreto de alta resistência. Sendo que todas elas com baixas taxas de armadura
longitudinal de tração. Elas tinham seção retangular (150 mm x 300 mm) e foram bi-
apoiadas (vão de 3000 mm) e carregadas no meio do vão (vão de cisalhamento/altura
efetiva
5,6), conforme esquema de ensaio mostrado na Figura 2.13.
Figura 2.13 – Esquema de ensaio das vigas.
Fonte: AGOSTINI, B.M.. Armadura longitudinal mínima em vigas de concreto armado, Rio de
Janeiro:COPPE/UFRJ, 2004.
Revisão Bibliográfica 24
Comparações das taxas de armadura mínimas definidas segundo critério
proposto com as dadas por expressões disponíveis levaram à definição para avaliar a taxa
de armadura mínima. Na Figura 2.14 é mostrado o detalhamento das armaduras das vigas
enquanto que na Tabela 2.8 são apresentadas as taxas de armadura longitudinal de tração.
Figura 2.14 – Detalhamento das armaduras das vigas.
Fonte: AGOSTINI, B.M.. Armadura longitudinal mínima em vigas de concreto armado, Rio de
Janeiro:COPPE/UFRJ, 2004.
Revisão Bibliográfica 25
Tabela 2.8 – Taxa de armadura longitudinal de tração das vigas.
Viga
bd
A
s
=
ρ
(%)
V1 0,238
V2 0,159
V3 0,150
V4 0,100
V6 0,317
V5 0,238
Fonte: AGOSTINI, B.M.. Armadura longitudinal mínima em vigas de concreto armado, Rio de
Janeiro:COPPE/UFRJ, 2004
Os valores obtidos paras as cargas verticais: de fissuração (P
cr
)
,
mínima
atingida logo após a fissuração (P
m
), escoamento da armadura longitudinal (P
y
) e última
(P
u
), como também as relações P
m
/P
cr
, P
y
/P
cr
, P
u
/P
cr
e P
u
/P
y
, estão listados na Tabela 2.9.
Tabela 2.9 – Valores experimentais das cargas de fissuração,nima logo após a
fissuração, escoamento e última, e as relações entre estas cargas.
Viga
f
c
(MPa)
ρ
(%)
P
cr
(kN)
P
m
(kN)
P
y
(kN)
P
u
(kN)
P
m
/P
cr
P
y
/P
cr
P
u
/P
cr
P
u
/P
y
V1 39,3 0,238 10,1 8,2 16,6 25,0 0,81 1,64 2,48 1,51
V2 39,3 0,159 10,4 7,9 8,2 16,6 0,76 0,79 1,60 2,02
V3 44,4 0,150 12,0 6,0 11,9 12,1 0,50 0,99 1,01 1,02
V4 44,4 0,100 13,3 3,2 2,9 13,3 0,24 0,22 1,00 4,59
V6 83,1 0,317 20,2 13,5 20,0 34,0 0,67 0,99 1,68 1,70
V5 83,1 0,238 21,6 14,9 20,5 26,4 0,69 0,95 1,22 1,29
Fonte: AGOSTINI, B.M.. Armadura longitudinal mínima em vigas de concreto armado, Rio de
Janeiro:COPPE/UFRJ, 2004.
Na Tabela 2.10 apresentam-se os valores teóricos para as cargas de fissuração,
escoamento e última, como também as relações entre valores experimentais e teóricos. Os
valores experimentais das cargas utilizados para obter as relações são os da Tabela 2.9. A
carga P
cr,t
, foi obtida utilizando a equação 2.4 com f
ct
= f
ct,f
do CEB-FIP MC90.
63
2
.
22
1
2
ct
ctcr
fbhh
b
h
fM =
=
(2.4)
Revisão Bibliográfica 26
Tabela 2.10 – Valores teóricos de P
cr,t
, P
y,t
, P
u,t
e as relações entre valores tricos e
experimentais.
Valores teóricos Relações
Viga
P
cr,t
(kN)
P
y,t
(kN)
P
u,t
(kN) P
cr
/P
cr,t
P
y
/P
y,t
P
u
/P
u
,
t
V1 13,6 16,4 23,7 0,74 1,01 1,06
V2 13,6 10,9 15,8 0,76 0,82 1,05
V3 14,8 11,7 15,6 0,81 1,01 0,77
V4 14,8 7,8 10,4 0,90 - -
V6 22,4 21,9 31,5 0,90 0,92 1,08
V5 22,4 16,4 23,7 0,96 1,25 1,12
P
cr,t
– Carga vertical de fissuração, determinada teoricamente
P
y,t
– Carga vertical sob a qual ocorre escoamento da armadura
longitudinal, determinada teoricamente.
P
u,t
– Carga vertical última (máxima), determinada teoricamente
P
cr
– Carga vertical de fissuração
Fonte: AGOSTINI, B.M.. Armadura longitudinal mínima em vigas de concreto armado, Rio de
Janeiro:COPPE/UFRJ, 2004.
Agostini (2004) admitiu que a taxa de armadura longitudinal mínima de tração,
para que uma viga apresente comportamento dúctil e uma reserva de resistência no estado
limite último quando submetida à flexão simples, deve ser tal que leve ao atendimento das
duas condições dadas pelas expressões 2.5 e 2.6.
1
cr
y
P
P
2.5
6,1
cr
u
P
P
2.6
onde P
u
é a carga referente à ruptura da armadura longitudinal de tração.
O valor 1,6 foi obtido da multiplicação entre o coeficiente de majoração do
carregamento, adotado igual a 1,4, e o coeficiente de minoração da resistência do aço,
adotado igual a 1,15.
A partir dos valores das relações P
y
/P
cr
e P
u
/P
cr
listados na Tabela 2.9, Agostini
(2004) constatou que as vigas V2 e V4 não atenderam à condição P
y
/P
cr
1 e que a
condição P
u
/P
cr
1,6 não foi satisfeita pelas vigas V3, V4 e V5. Portanto a taxa
ρ
adotada
nas vigas V1 e V6 deve ser próxima de
ρ
m
definida segundo critério proposto.
Revisão Bibliográfica 27
Através dos resultados provenientes dos ensaios das seis vigas e o critério
proposto, Agostini (2004) concluiu que as vigas V1 e V6 possuem
ρ
ρ
mím
.
Também verificou a necessidade de aumentar a taxa mínima da armadura
longitudinal de tração com aumento da resistência do concreto à compressão (f
c
).
Comparando os resultados das vigas V1 (f
c
= 39,3 MPa) e V5 (f
c
= 83,1 MPa), as quais
diferenciavam-se apenas pela resistência à compressão do concreto, verificou-se que, entre
as duas, apenas V1 atendeu ao critério proposto em seu trabalho para a determinação da
taxa mínima da armadura.
A taxa de armadura longitudinal influi decisivamente no tipo de
comportamento de vigas esbeltas com ruptura por flexão. Nos pares de vigas V1-V2, V3-
V4 e V6-V5 somente a taxa de armadura longitudinal de tração foi variada e verificou-se
que as vigas V1, V3 e V6, as quais possuíam maior valor desta taxa, apresentaram
comportamento mais dúctil e maior resistência que as V2, V4 e V5, respectivamente.
2.4.4.3 – QUEIRÓZ (1999)
Queiróz (1999) propõe equações para a determinação do momento de
fissuração a partir das quais obtém uma equação para a determinação de ρ
mín
assumindo a
condição M
cr
= M
y
. Ressalta que a resistência à tração do concreto parece ser a propriedade
do concreto que mais influencia o momento fletor sob o qual ocorre a primeira fissura. Na
determinação deste momento foi adotado para a resistência média do concreto à tração
direta (f
ct,m
) a equação proposta pelo MC/90, pois segundo análise estatística de resultados
de ensaio de concreto com f
c
variando de cerca de 30 a 100 MPa feita por Gomes, Shehata
et al. (1996); das equações analisadas essa é a que fornece melhores valores de f
ct,m
.
Segundo a análise dos resultados experimentais e propostas teóricas, Queiróz
(1999) concluiu que para as vigas mais usuais (h > 300 mm), pode-se considerar que o
momento de fissuração adimensional M
cr
/(bh
2
f
ct
), não tem influência significativa da
altura.
A influência da resistência a compressão do concreto no momento de
fissuração adimensional, foi considerada de forma diferente para concretos com resistência
a compressão abaixo e acima de 30 MPa. Para resistência inferiores que 30MPa, M
cr
/(bh
2
f
ct
) é menor a medida que a resistência do concreto é maior. Acima de 30MPa, o momento
Revisão Bibliográfica 28
de fissuração adimensional é constante e igual a cerca de 0,215. Porém Queiróz (1999) faz
uma única proposta para a taxa de armadura longitudinal mínima de flexão, que vale para
qualquer valor de f
c
.
ykyk
ck
ff
f
1
.085,0
3/2
min
>=
ρ
(2.7)
com f
ck
e f
yk
em MPa.
De acordo com Queiróz (1999), a equação (2.7) fornece valores ρ
min
normalmente mais conservadores, porém não mais que os obtidos a partir das equações
propostas pelas normas ACI-318/95 e CSA-A23.3/94.
2.4.4.4 – BORGES (2002)
Para analisar de forma experimental a taxa de armadura mínima de flexão
foram moldadas dezesseis vigas, porém, destas vigas moldadas, quatro foram danificadas
acidentalmente durante o transporte, restando portanto apenas doze resultados válidos.
Todas as vigas possuiam /h = 6 e diferenciavam-se pela resistência do concreto (34,5 e
72,2 MPa), altura (150 mm e 200 mm) e taxa de armadura longitudinal de tração. A tabela
2.11 dá outras características das vigas que foram ensaiadas.
Tabela 2.11 – Características das vigas ensaiadas de Borges (2002).
Viga
b
(mm)
h
(mm)
d
(mm)
ρ
(%)
f
c
(MPa)
f
y
(MPa)
A1-1 120 150 - - 34,5 -
A1-2 120 150 132,9 0,08 34,5 681,9
A1-3 120 150 132,5 0,11 34,5 707,8
A1-4 120 150 132,9 0,15 34,5 681,9
A2-1 120 200 - - 34,5 -
A2-3 120 200 182,5 0,08 34,5 707,8
B1-2 120 150 132,5 0,11
72,2
708,8
B1-3 120 150 132,5 0,26
72,2
681,9
B1-4 120 150 120,0 0,44
72,2
707,8
B2-1 120 200 - -
72,2
-
B2-3 120 200 182,5 0,22
72,2
707,8
B2-4 120 200 182,5 0,33
72,2
707,8
d
máx
= 19 mm
ρ = A
s
/bd
Revisão Bibliográfica 29
A armadura nima de cada viga foi calculada de acordo com Bosco e
Carpinteri (1992). Para cada grupo de vigas com determinados valores de f
c
e h, havia uma
viga sem armadura, uma com taxa de armadura igual à calculada, uma com taxa maior e
outra com taxa menor que essa.
Admitiu-se para resistência à tração na flexão valores dados pela expressão da
ACI 318 (0,62 f
c
1/2
, f
c
e f
ct
,
f
em MPa): 3,66 e 5,29 MPa.
Observou-se que, exceto as vigas com maior taxa de armadura (B1-4, B2-3,
B2-4) as vigas atingiram o colapso com a propagação de uma única fissura na região
central do vão.
Tabela 2.12 – Resultados teóricos e experimentais das vigas de Borges (2002).
Resultados
teóricos
Resultados experimentais
Viga
ρ
(%)
P
cr,t
(kN)
P
u,t
(kN)
P
cr
(kN)
P
u
(kN)
teorcr
cr
P
P
,
exp,
teoru
u
P
P
,
exp,
δ
cr
(mm)
δ
u
(mm)
Colapso
ρ
min
(%)
A1-1 - 7,3 7,3 8,2 8,2 1,12 1,12 0,34 0,34 Frágil -
A1-2 0,08 7,4 5,5 9,0 9,0 1,23 1,03 0,28 2,69 Frágil 0,13
A1-3 0,11 7,4 8,1 7,3 8,0 0,99 1,00 0,22 3,07 Dúctil 0,10
A1-4 0,15 7,4 10,9 7,6 11,0 1,03 1,01 0,20 2,96 Dúctil 0,11
A2-1 - 9,8 9,8 8,2 8,2 0,84 0,84 0,63 0,63 Frágil -
A2-3 0,08 9,8 8,4 9,2 9,2 0,94 0,99 0,21 2,28 Frágil 0,09
B1-2 0,11 10,6 8,1 10,4 10,4 0,97 1,23 0,41 1,58 Frágil 0,14
B1-3 0,26 10,7 18,6 13,1 21,1 1,22 1,13 0,32 2,93 Dúctil 0,18
B1-4 0,44 10,7 28,7 9,7 31,3 0,91 1,09 0,27 3,27 Dúctil 0,14
B2-1 - 14,1 14,1 11,3 11,3 0,80 0,80 0,48 0,48 Frágil -
B2-3 0,22 14,2 22,5 15,4 23,5 1,08 1,04 0,30 3,09 Dúctil 0,15
B2-4 0,33 14,3 33,1 15,8 35,4 1,11 1,07 0,57 3,71 Dúctil 0,15
A tabela 2.12 mostra resultados teóricos e experimentais. Os valores de ρ
n
listados nesta tabela foram obtidos por Borges (2002) calculando a armadura necessária ara
que a carga última resistida pela seção armada fosse igual à carga de fissuração
experimental.
As figuras 2.15 a 2.18 mostram as curvas carga-deslocamento de algumas das
vigas ensaiadas por Borges (2002). Nestas figuras observa-se a diferença de
comportamento das vigas com a variação de ρ.
Na figura 2.18 constam duas curvas carga-deslocamento adimensionais para
vigas com um mesmo valor de f
c
e de taxa de armadura (ρ), mas com alturas diferentes,
que mostram a influência da altura da viga no ramo pós-fissuração das vigas. Nela P
cr
e δ
cr
Revisão Bibliográfica 30
são a carga de fissuração e o deslocamento correspondente a essa carga,
respectivamente.
Figura 2.15 – Curvas carga-deslocamento das vigas da série A1, com fc = 34,5 MPa, de
Borges (2002).
Figura 2.16 – Curvas carga-deslocamento das vigas da série B1, com fc = 72,2 MPa, de
Borges (2002).
Revisão Bibliográfica 31
Figura 2.17 – Curvas carga-deslocamento das vigas da série B2, com fc = 72,2 MPa, de
Borges (2002).
Figura 2.18 – Curvas carga-deslocamento adimensionais para duas vigas com fc = 34,5
MPa, ρ = 0,08 % e h = 150 e 200 mm (Borges 2002).
Baseando nos valores da tabela 2.12, Borges (2002) chegou as seguintes
conclusões:
A taxa mínima de armadura de flexão em vigas, no que diz respeito à
obtenção de um colapso dúctil, depende do tamanho da viga considerada (efeito de escala);
Revisão Bibliográfica 32
Para a série A, a taxa nima de armadura diminuiu 22% com o
aumento da altura da viga de 15 cm para 20 cm;
O efeito de escala na resistência do concreto à tração na flexão
(módulo de ruptura) está diretamente relacionado ao modo de colapso de vigas levemente
armadas;
Para as vigas não-armadas de tamanho maior (série 2), as cargas de
fissuração experimentais resultaram 16% e 20 % inferiores às da série 1, para as vigas com
um concreto de 34,54 MPa e 72,2 MPa, respectivamente;
Em média, a taxa nima de armadura para as vigas com um concreto
de 72,2 MPa resultou cerca de 36% mais elevada do que aquela para as vigas com um
concreto de 34,5 MPa, o que ratifica o fato da taxa nima de armadura aumentar com a
resistência à compressão do concreto;
A transição de comportamento dúctil-frágil em vigas levemente
armadas pode ser captada por meio de modelos de fraturamento que levam em conta o
efeito de escala na sua formulação. concluiu que, para uma mesma altura de viga, as vigas
com maior f
c
têm maiores valores de ρ
n
.
2.5 MATERIAS E TÉCNICAS DE REFORÇO ESTRUTURAL
2.5.1 Considerações
O crescimento da construção civil, em alguns países e épocas provocou a
necessidade de inovações que trouxeram, em si, a aceitação implícita de maiores riscos.
Aceitos estes riscos, ainda que dentro de certos limites, posto que regulamentados das mais
diversas formas, a progressão do desenvolvimento tecnológico aconteceu naturalmente, e,
com ela, o aumento do conhecimento sobre estruturas e materiais, em particular através do
estudo e análise dos erros acontecidos, que têm resultado em deterioração precoce ou em
acidentes. Atualmente existem vários materiais e procedimentos de reforço e recuperação
para a construção civil. A fim de que sejam escolhidos as técnicas e materiais mais
adequados, e aplicados de forma coerente, para o serviço a que se destinam, se faz
necessária uma análise criteriosa das causas da sua utilização e um estudo das
conseqüências e efeitos produzidos. Diagnosticado o problema, pode ser feito um projeto
Revisão Bibliográfica 33
de reforço mais completo e escolhida a melhor solução, tanto técnica quanto econômica
(SOUZA & RIPPER, 1998).
A seguir serão apresentadas as principais técnicas de reforço utilizadas no
Brasil, citando as condições básicas requeridas de cada um.
2.5.2 Reforço mediante concreto projetado
Pode-se definir o concreto projetado como uma argamassa ou concreto que é
levado por um mangote, desde o misturador até um bico de projeção que, por meio de ar
comprimido, o projeta a grande velocidade contra uma superfície; a força do jato causa um
impacto sobre a mesma, de modo que o material fique perfeitamente compactado e se
consiga um revestimento de grande densidade (CÂNOVAS, 1988).
O concreto projetado é um processo contínuo de colocação por meio de
projeção do concreto a pressão. Este sistema é muito adequado para a restauração e reparo
de grandes superfícies tais como paredes ou elementos estruturais nos quais o concreto que
recobre as armaduras é inadequado ou foi deteriorado pela ação de algum elemento
agressivo. É, portanto, um sistema muito útil para reparação de estruturas que tenham sido
submetidas à ação de agentes químicos agressivos ou qualquer causa que possa ter
comprometido a estrutura. Ressaltando também que esta técnica permite aplicar concreto
sem necessidade de formas: basta dispor de uma superfície de anteparo para sua aplicação
(CÂNOVAS, 1988).
A seguir são apresentadas as aplicações mais freqüentes de concreto projetado
em construções de concreto armado, expostas por BAUER (1994):
reparos em estruturas de edifícios;
recuperação de estruturas em contato com água, tubulões, pontes, canais e
túneis revestidos, depósitos e estruturas marítimas portuárias;
unes com o concreto velho em reforço de estruturas convencionais, sem
utilização de fôrmas;
no revestimento de túneis, em obras rodoviárias;
na execução de estruturas subterrâneas, como em obras do metrô e de
barragens; e na contenção de encostas, entre outras.
Revisão Bibliográfica 34
A maior desvantagem do uso de concreto projetado na recuperação de
estruturas é o grande desperdício de material que pode chegar a mais de 50% em volume
de concreto de lançamento (SILVA E HELENE, 1994).
2.5.3 Reforço mediante o uso de argamassa auto-adensável (Grautes)
O graute de base mineral é um material constituído por cimento, agregados
miúdos, quartzos, aditivo superplastificante e aditivo expansor (pó de alumínio), que
possibilitam a obtenção de elevada fluidez, tornando possível a sua aplicação em regiões
dos elementos estruturais de difícil acesso. Além disto, em virtude da presença de aditivo
expansor na mistura, há maior garantia de que todos os espaços da região do reparo serão
preenchidos (SOUSA
et al
, 1998).
Os grautes de base epóxi apresentam retração desprezível e são mais indicados
para regiões onde, além de recuperar, se deseja reforçar a estrutura, propiciando liberação
para carregamento da seção de reparo em 24 horas. Eles possuem alta resistência ao ataque
químico, porém protegem a armadura apenas fisicamente, pois não promovem a proteção
química, de caráter passivo (dado pelo pH básico), como ocorre nos grautes de base
mineral. (HELENE, OLIVEIRA, FIGUEIREDO, 1989)
2.5.4 Reforço mediante uso de fibra de carbono
Perante a constante ameaça de um violento sismo no distrito de Kanto, que
inclui a cidade de Tóquio, o governo japonês tomou a decisão, em meados da década de
80, de preparar as construções existentes, em partiular as estruturas do sistema viário.
Porém a tecnologia para reforço de estruturas de concreto com compósitos de fibras de
carbono conheceu alguns ajustes importantes e ganhou particular desenvolvimento após a
ocorrência do sismo de Kobe, em 1995 (SOUSA
et al
, 1998).
A fibra de carbono é um subproduto de materiais com base em policrilonitril,
oriundo da indústria de refinamento do petleo, oxidado a 1.500ºC. Trata-se de um
sistema de rápida e fácil aplicação, grande leveza (peso específico da ordem de 1,8 kN/m
3
),
elevada resistência à tração, grande rigidez e propriedades anticorrosivas, composto por
preparador de superfície, massa reparadora, resina epóxi saturante e fibra de carbono
(SCHREINER, 2001).
Revisão Bibliográfica 35
Na grande maioria dos estudos realizados, tem-se observado a ocorrência de
ruína prematura do reforço caracterizada pelo seu desprendimento do substrato de
concreto. Esse tipo de ruína é extremamente indesejável, pois ocorre sem aviso e antecipa
o colapso da viga reforçada, impossibilitando o total aproveitamento das propriedades
resistentes à tração da fibra (FERRARI et al, 2002).
Este processo requer a investigação dos diversos modos de ruptura possíveis e
suas implicações sobre o comportamento dos elementos reforçados. Além de admitir as
hipóteses básicas de flexão deve-se considerar a hipótese de aderência perfeita entre o
concreto e o compósito. Para isso é imprescindível a execução correta do material do
reforço para que haja a formação de uma estrutura monotica e conseqüentemente uma
transmissão eficiente das tensões entre os dois materiais (ASSIS, 2005).
2.5.5 Reforço por adição de chapas e perfis metálicos
A técnica de reforço de elementos estruturais por meio de perfis metálicos vem
sendo empregada há muito tempo; pode-se dizer talvez que é uma das mais antigas dentro
do campo dos reforços; contudo é preciso tomar uma série de precauções que, pois como o
reforço não trabalha nas condões para as quais foi projetado, aparecem, em
conseqüência, efeitos secundários em outros pontos da estrutura, que podem danificá-la e,
inclusive, provocar rupturas importantes (CANÕVAS, 1988).
As vigas de concreto podem ser reforçadas à flexão e à cortante, mediante a
colagem de elementos metálicos laminados na viga através de um adesivo, criando uma
armadura secundária monoliticamente solidária, sem causar grandes modificações na seção
transversal da peça.
Como vantagens da técnica de colagem de chapas metálicas no reforço de
vigas, podem ser mencionadas: a rapidez de execução e a não necessidade de fôrmas e
demolições.
Dentre as desvantagens dessa técnica podem ser citados:
a rápida corrosão da chapa devido à sua pequena espessura;
a falta de resistência ao fogo, tanto da chapa quanto do epóxi utilizado
para a colagem da mesma,
Revisão Bibliográfica 36
a tendência de descolamento dos bordos devido à concentração de
tensões nesta região;
a ruptura causada pela ligação aço-concreto é do tipo frágil;
2.5.6 Reforço por meio de protensão exterior
A protensão exterior é, na realidade uma pós-tensão quando aplicada como
instrumento de reforço ou recuperação, configurando-se a situação de concreto
parcialmente protendido, que requer métodos próprios de dimensionamento. Essa técnica
pode ser utilizada tanto para solucionar falhas de projeto, problemas devido à má execução
quanto para aumentar a capacidade portante das peças estruturais.
O reforço por protensão exterior não exige a necessidade de se descarregar
parcialmente ou totalmente a estrutura, já que, o que se pretende com sua utilização é
introduzir no elemento estrutural tensões que sejam as limites dos materiais que o
constituem (SOUZA & RIPPER, 1998).
A fim de assegurar o perfeito funcionamento dessa técnica de reforço, devem
ser tomadas medidas visando a proteção contra o fogo e a corrosão, e que assegurem o
funcionamento adequado dos dispositivos de ancoragem e de desvio de direção do sistema
de tirantes (TEIXEIRA JR., 1994).
2.5.7 Reforço pelo aumento da seção transversal existente
O reforço pelo aumento das seções de concreto e de aço existentes,
especialmente em pilares e vigas, é um sistema muito empregado, pelas vantagens que
possui, principalmente econômicas, em relação aos outros sistemas de reforço. Sendo o
mais utilizado no Brasil (SOUZA & RIPPER, 1998).
Em pilares, o aumento de sua seção transversal deve ser feito por um
encamisamento monotico em que a capa adicional de armadura e o concreto vão confinar
a estrutura existente. Em lajes e vigas, esse tipo de reforço se dá principalmente pelo
aumento da seção transversal por meio de acréscimo de concreto na região comprimida, o
que gera um aumento do braço de alavanca e conseqüentemente do momento resistente da
peça.
Revisão Bibliográfica 37
Para este tipo de reforço, na grande maioria das vezes, requer um traço
especialmente formulado a fim de melhorar algumas das características do concreto
convencional. A fim de se obter altas resistências iniciais, ausência de retração de secagem,
leves e controladas expansões, elevada aderência ao substrato, baixa permeabilidade e
outras propriedades normalmente obtidas às custas do emprego de aditivos e adições, tais
como: plastificantes, redutores de água, impermeabilizantes, escória de alto forno, cinza
volante,lica ativa e, via de regra, baixa relação água/cimento (HELENE, 1992).
Desta forma a fim de garantir a real obtenção de elevado desempenhoo é
aconselhável o uso de concretos executados na obra, a não ser que se garanta a assistência
técnica e orientação especializada.
2.6 REFORÇO EM LAJES E VIGAS PELA FACE SUPERIOR
2.6.1 Considerações
Trata-se de uma técnica bastante difundida e utilizada, por ser bastante
eficiente, de rápida execução e de baixo custo CAMPOS (2000). Sua facilidade de
execução se dá pela vasta gama de possibilidade de execução do reforço, pois este pode ser
feito com o descarregamento total ou parcial da peça, voltando ou não à forma plana
original da laje (desde que não danifique a face comprimida em função das deformações
residuais), utilizando inúmeros materiais desde que tenham propriedades mecânicas no
mínimo iguais às do concreto original e colocando ou não armadura na região da junta de
ligação dos dois materiais.
Possui como principal característica o alto ganho de resistência portante das
peças para um pequeno aumento de espessura de concreto na face superior. Isso é devido
ao aumento do braço de alavanca do momento resistente, como mostra a Figura 2.19.
d
r
altura útil da
laje reforçada
d
altura útil da
laje original
camada de reforço
Figura 2.19 – Reforço de laje pelo aumento da altura útil d
Fonte: ASSIS, C.E.R. Análise experimental de lajes treliçadas reforçadas pela face superior. 2005.
Dissertão (Mestrado) – UFG, Goiânia, 2005
Revisão Bibliográfica 38
É preciso garantir uma perfeita aderência entre os dois materiais para que se
obtenha um comportamento monotico do conjunto e assim tenha capacidade de resistir às
tensões de deslizamento existentes. Um fator de grande importância para o bom
desempenho da intervenção está na união entre o concreto do substrato e o material de
reforço.
A taxa de armadura (
ρ
) da laje reforçada sempre deve permanecer superior à
taxa de armadura nima para garantir o comportamento dúctil da mesma.
2.6.2 Aderência
Para que se possa garantir que a intervenção na estrutura terá a eficiência
desejada a ligação entre concreto do substrato e material de reforço/reparo tem função
importante no desempenho estrutural do conjunto, pois, as tensões tangenciais atuantes
devem ser iguais ou inferiores à resistência ao cisalhamento, nestas regiões.
Temos como principais fatores que afetam essa resistência ao cisalhamento os
seguintes: resistência do concreto, rugosidade da supercie de contato, taxa de armadura
que cruza a interface, tensão normal à interface e a existência de ações cíclicas.
Espera-se uma transferência total dos esforços por meio da ligação entre o
substrato e o material de reforço/reparo, a fim de garantir que o conjunto composto tenha
comportamento semelhante ao de uma seção monolítica, deve se garantir :
utilização de material de reforço/reparo adequado. Alguns
pesquisadores, entre eles CAMPOS (2000), ANDO & MORENO (2000) e PIRES (2003),
aconselham o uso de concreto de alto desempenho pois possui melhor resistência, à
compressão ou tração, principalmente na zona de transição pasta/agregado em função do
uso da sílica ativa, o que gera uma região bem densa e aderida ao substrato e mantendo um
módulo de elasticidade constante entre os dois materiais, evitando um estado de tensões
causado pela diferença entre as deformações entre eles;
a realização de uma cura adequada do material de reforço a fim de evitar
o surgimento de fissuras de retração, principalmente próximas à a junta de ligação;
a colocação de uma armadura de costura, principalmente em vigas onde
as tensões tangenciais são maiores em função de possuir uma menor superfície de contato,
deve ser feita quando as tensões atuantes não podem ser resistidas somente pelo concreto
Revisão Bibliográfica 39
apicoado. Essa armadura de costura é dimensionada utilizando as mesmas normas usadas
em peças pré-moldadas compostas; e
deixar o substrato suficientemente rugoso, sem a presença da nata de
cimento, para se criar uma superfície com ancoragem mecânica para ajudar a combater os
deslizamentos horizontais, além de garantir um substrato limpo e saturado antes da
aplicação do novo material.
CLÍMACO (1991) e GARCIA & CLÍMACO (2001) analisaram a eficiência de
vários materiais de reforço/reparo quanto à aderência dos mesmos em relação ao substrato,
utilizando o “slant shear test”, e concluiram que uma aderência eficiente pode ser obtida
apenas pelo lançamento do material de reforço contra o concreto antigo, sem o uso de
qualquer adesivo estrutural, estando a superfície da junta seca e áspera, com a nata de
concreto superficial do substrato retirada.
2.6.3 Pesquisas sobre reforço pela face superior
2.6.3.1 CAMPOS (2000)
Consiste em uma análise experimental do comportamento estrutural de cinco
lajes maciças de concreto armado reforçadas pelo bordo superior em escala real, ensaiadas
à flexão, sendo uma de referência e as outras quatro reforçadas pela face comprimida
(superior) com uma camada de concreto de alto desempenho (CAD) variável de 2cm nos
bordos e 4cm no centro, em forma de lente plano-convexa.
CAMPOS pré-carregou as lajes até um carregamento pré-definido em função
de três fatores: deformação na armadura principal atingindo o início do limite de
escoamento, abertura das fissuras estabelecidas em norma e flechas com a ordem de
grandeza da espessura da laje, pois na prática esta é a situação comum de patologia para
reforço em lajes. Em seguida tais lajes foram descarregadas para depois receberem a
camada de reforço. As principais variáveis analisadas foram: a deficiência da resistência do
concreto e deficiência de armadura.
Revisão Bibliográfica 40
CAMPOS, a fim de garantir a aderência, optou por fazer o apicoamento
manual na face superior, com ponteiro e martelo, manualmente, sem utilizar qualquer
ponte de aderência. A superfície apicoada foi lavada com água através de bomba de alta
pressão para remoção de todo pó e areia solta, realizando também o umedecimento e
saturação do substrato para que este não retirasse água do material do reforço. A fim de
melhorar ainda mais a aderência entre os materiais, foi utilizado como material de reforço
concreto de alto desempenho com resistência à compressão de 50MPa.
Após realizar todos os ensaios, CAMPOS concluiu que:
O reforço pela face superior com adição de uma camada de espessura
variável com concreto de alto desempenho, se mostrou eficaz para os casos em que havia
uma taxa mínima de armadura (0,07% no caso desta pesquisa e 0,10% pela NBR 6118/80).
Nas lajes armadas originalmente com uma taxa mínima de armadura
segundo a NBR 6118/80, a aplicação da camada de reforço elevou em até 30% a carga
última de ruptura, em relação a uma laje similar sem reforço.
Nas lajes com insuficiência de armadura, executadas com uma taxa no valor
da metade do mínimo de norma, o reforço, apesar de elevar a carga última de ruptura, não
demonstra o mesmo grau de eficiência, pois é limitada pela quantidade de armadura.
A escarificação manual como preparação do substrato, a saturação da peça
e a utilização de um concreto com 50 MPa de resistência à compressão como material de
reforço levaram a bons resultados de aderência entre o material antigo e o novo, não se
observando descolamento de áreas da camada de reforço.
Através dos gráficos
altura útil (d) x carga aplicada (q)
para flechas de 20
mm, 40 mm e 60 mm, da Figura 2.20, observou-se uma certa uniformidade de
comportamento entre todas as lajes, para cargas acima das de projeto. Utilizando tais
gráficos, pode-se conseguir determinar, com certa precisão, a espessura do reforço a ser
aplicado em função da altura útil e do carregamento para cada valor de flecha que se
deseja.
Revisão Bibliográfica 41
y = 1,8762x + 3,2876
R
2
= 0,7371
0
2
4
6
8
10
12
01234
q (kN/m
2
) para flecha de 20 mm
d (cm)
L1
L2
L3a
L4
L3
L4R L2R
y = 0,9385x + 4,1732
R
2
= 0,8283
0
2
4
6
8
10
12
02468
q (kN/m
2
) para flecha de 40 mm
d (cm)
L1
L2
L3a
L4
L3
L4R
L2R
y = 0,6911x + 4,0227
R
2
= 0,7853
0
2
4
6
8
10
12
0246810
q (kN/m
2
) para flecha de 60 mm
d (cm)
L1
L2
L3a
L4L3
L4R
L2R
Figura 2.20 – Gráficos da
altura útil x carga
para flechas de 20 mm, 40 mm e 60 mm, para
todas as lajes, com as equações e linhas de tendência e os respectivos valores de correlação
(R
2
).
2.6.3.2 ANDO & MORENO (2000)
ANDO & MORENO (2000) tiveram como principal objetivo um estudou sobre
o comportamento de vigas de concreto armado reforçadas à flexão pelo aréscimo de altura
no banzo comprimido. Duas vigas de concreto armado com dimensões e armaduras,
transversal e longitudinal, idênticas foram executadas (VT e VR-PRÉ). Uma camada de
concreto de 5 centímetros de altura foi adicionada ao banzo comprimido de uma delas.
Uma terceira viga (VR-PÓS) foi executada com as características finais da viga reforçada
anterior.
A viga VT foi concretada em uma única etapa com concreto de resistência à
compressão de 35 MPa e tinha seção transversal (15x20) cm. A viga VR-PRÉ, (15x25) cm,
também foi concretada de uma só vez, mas com concreto de 35 MPa (concreto do
substrato) para os 15 centímetros acima da face inferior da viga e 75 MPa (concreto do
Revisão Bibliográfica 42
reforço) para os 5 cm restantes.
A viga VR-PÓS (15x25) cm foi executada em duas etapas, sendo uma para
cada tipo de concreto. Vinte oito dias após a concretagem da primeira etapa, o substrato foi
perfurado para a colocação de uma armadura transversal de conexão com a finalidade de
conectar a armadura transversal já existente à camada de reforço.
A armadura longitudinal destas duas vigas foi constituída por três barras de
20,0 mm de diâmetro, aço CA50. A tensão de escoamento, f
y
, de 515,8 MPa, deformação
de início de escoamento,
ε
y
, de 2,6 ‰ e módulo de deformação longitudinal, E
s
, de 202,0
GPa .
A armadura transversal destas vigas foi constituída por estribos verticais de 6,3
mm, de aço CA60, posicionados a cada 12,5 cm, tensão de escoamento, f
y
, de 635,4 MPa,
deformação de início de escoamento,
ε
y
, de 5,2 ‰ e módulo de deformação longitudinal de
202,4 GPa. A Figura 2.21 mostra o esquema das vigas ensaiadas.
Viga VT
(15x20)
Viga VR-PRÉ
(15x25)
Viga VR-PÓS
(15x25)
φ20mm
φ
6,3mm c/12,5c
m
Vigas monolíticas Viga reforçada
Figura 2.21 – Esquema das vigas ensaiadas por ANDO & MORENO (2000)
Fonte: ANDO, E. S.; MORENO Jr., A. L. Refoo à Flexão de Vigas em Concreto Armado pelo Acscimo
de Altura na Região Comprimida, utilizando-se Concreto de Alta Resistência . 42º CONGRESSO
BRASILEIRO DO CONCRETO, 2000, Fortaleza-CE, Anais.
As vigas foram dimensionadas de maneira que a situação última de ruptura
fosse caracterizada pelo escoamento da armadura longitudinal, de maneira que, a ligação
entre as camadas e conseqüentemente os procedimentos de ligação adotados fossem
analisados de forma efetiva.
A Tabela 2.13 mostra os valores de momento máximo obtidos
experimentalmente em cada viga e os valores calculados teoricamente.
Revisão Bibliográfica 43
Tabela 2.13 – Resultados obtidos por ANDO & MORENO (2000)
VIGA TIPO
M
exper.
(kN.m) M
teórico
(kN.m)
Forma de ruptura
VT 53,10 50,03 Força cortante-flexão
VR-PÓS 78,38 87,15 Força cortante-flexão
VR-PRÉ 78,11 87,15 Força cortante-flexão
Para a viga VT, a ruptura se deu por escoamento da armadura longitudinal
antes que a armadura transversal iniciasse seu escoamento, enquanto que as vigas
reforçadas romperam por força cortante - flexão, com escoamento da armadura transversal
antes da longitudinal, seguido pelo esmagamento do concreto da região comprimida na
extremidade da fissura de cisalhamento que evoluiu até o ponto de aplicação do
carregamento.
Deste modo, a diferença observada para a ruptura das vigas reforçadas e sem
reforço foi em relação ao início de escoamento da armadura transversal – na viga
testemunho (VT) esta armadura iniciou seu escoamento depois do inicio de escoamento da
armadura longitudinal e nas vigas reforçadas este início de escoamento se deu antes do
início de escoamento da armadura longitudinal.
ANDO & MORENO concluíram que:
A viga reforçada de acordo com os procedimentos propostos neste
trabalho teve sua capacidade resistente à flexão aumentada em aproximadamente 46% em
relação à viga não reforçada (VT);
A diferença entre os momentos últimos, teórico e experimental, obtidos
para a viga reforçada deve-se ao fato de que, nessa viga, a armadura transversal entrou em
escoamento antes da armadura longitudinal, reduzindo a capacidade resistente à flexão
esperada para tal viga reforçada. No caso dessa viga, o reforço à flexão deveria ter sido
acompanhado por um reforço ao esforço cortante; se assim fosse feito, certamente o
momento último experimental teria se aproximado do valor teórico esperado ( escoamento
da armadura longitudinal);
Os procedimentos adotados em relação ao dimensionamento da
armadura transversal de conexão e sua colocação (ancoragem foi incrementada com o
emprego de adesivo epóxi) foram eficientes pois o comportamento das vigas VR-PRÉ e
VR-PÓS foi idêntico em relação à evolução das tensões na armadura longitudinal e aos
Revisão Bibliográfica 44
deslocamentos verticais, mesmo que não tenha sido feita qualquer preparação do substrato
e colocação de adesivo estrutural para incremento de aderência entre os dois concretos;
A aderência entre concreto novo e velho foi garantida devido à
utilização de sílica ativa na produção do concreto do reforço e à maneira como foi
preparado o substrato para o recebimento do novo material: escarificação manual e
limpeza, sem a utilização de qualquer adesivo epóxi entre as camadas.
2.6.3.3 REIS (2003)
REIS(2003) estudou o reforço de vigas “T” de concreto armado através de
adição de armadura longitudinal ao bordo tracionado envolvida por um material compósito
argamassa com fibras curtas de aço ,e pela aplicação de uma capa de 3 cm espessura de
microconcreto de alta resistência à face comprimida. No entanto para este trabalho será
detalhada apenas a segunda técnica de reforço realizada por REIS (2003).
No reforço pela face comprimida, REIS ensaiou três vigas T, denominadas
VFC1, VFC2 e VFC3 com mesmas dimensões e taxas de armadura. Tais vigas foram
submetidas, primeiramente a um pré-carregamento de longa duração (ensaio intermediário)
e posteriormente a um carregamento monotônico de curta duração (ensaio final). Suas
respectivas vigas originais são denominadas VO-3, VO-4 e VO-5. A Figura 2.22 mostra o
detalhe das vigas ensaiadas.
h
f
d
2
h
Substrato
VO-3 = VO-4 = VO-5
VFC-1; VFC-2 e VFC-3
h
Reforço
(Microconcreto)
d
1
h
1
b
f
b
w
h
t
Figura 2.22 – Esquema das vigas reforçadas pelo face superior
Fonte: REIS, A. P. A. Reforço de vigas de concreto armado submetidas a pré-carregamento e ações de longa
duração com aplicação de concretos de alta resistência e concreto com fibras de aço. 2003. 286p. Tese
(Doutorado) – USP, São Carlos, 2003
As vigas VO-3, VO-4 e VO-5 eram todas vigas superamadas, projetadas para
romper pelo esmagamento do concreto (domínio 4) mas que, depois de reabilitadas estas
Revisão Bibliográfica 45
entrariam em ruína pela deformação plástica excessiva da armadura longitudinal e
esmagamento do concreto (domínio 3). As vigas VFC se diferenciavam apenas em relação
ao valor e ao período de tempo em que foram pré-carregadas.
Como o refoo deveria ser feito com as vigas estando carregadas, REIS
idealizou um sistema no qual o pré-carregamento fosse aplicado através da protensão de
uma cordoalha engraxada não aderente, passando externamente à viga e ancorada em
blocos de concreto moldados em suas extremidades. Mas, como as vigas deformavam
constantemente e havia o problema de relaxação dos cabos de protensão, o pré-
carregamento não se mantinha constante.
A preparação da superfície para receber o reforço foi feita através da
escarificação do substrato com jato d´água e limpeza da supercie com ar comprimido
para retirar todo material pulverulento. E, antes da concretagem o substrato foi umedecido
para que não houvesse a perda água por parte do microconcreto de alta resistência.
A Tabela 2.14 apresenta os resultados de carga obtidos nos ensaios das vigas
ensaiadas.
Tabela 2.14 – Cargas de Serviço e Ruptura dos ensaios feitos por REIS (2003)
Viga
F
real
(kN)
F
serviço
(kN)
F
teórico
(kN)
F
real
/F
teorico
F
real
/F
real-VFC-2
F
real
/F
teorico-VO
Modo de
Ruptura
VO - 54,5 78,6 - - - dominio 4
VFC-1 153,0 90,9 146,4 1,05 0,99 1,95 dominio 3
VFC-2 154,4 90,9 146,4 1,05 1,00 1,96 dominio 3
VFC-3 147,2 90,9 146,4 1,00 0,95 1,87 dominio 3
F
real
- força real de ruptura observada nos ensaios das vigas;
F
serviço
e F
teorico
– força estimada de serviço e de ruptura respectivamente obtidas a partir da
NBR-6118:1978 utilizando valores característicos de resistência dos
materiais;
F
real-VFC-2
força real de ruptura observada no ensaio da viga VFC-2 (sem pré-
carregamento);
F
teorico-VO
força estimada de ruptura da viga original antes do reforço VO;
REIS (2003) obteve as seguintes conclues sobre o comportamento das vigas
reforçadas pelo acréscimo de uma camada de microconcreto na face comprimida:
O pré-carregamento aplicado nas vigas VFC-1 e VFC-3
aparentemente não afetaram suas capacidades portantes, pois ambas romperam com uma
Revisão Bibliográfica 46
carga próxima à da viga reforçada não previamente carregada (VFC-2), apresentando o
mesmo modo de ruptura e o mesmo padrão de fissuração;
Na análise dos efeitos das deformações dependentes do tempo no
desempenho de peças reforçadas no bordo comprimido, a caracterização da
deformabilidade do concreto tem grande importância. Tal deformabilidade pode ser
determinada por expressões matemáticas através de curvas experimentais, obtidas em
ensaios de fluência, retração, coeficiente de dilatação térmica, módulo de elasticidade e
resistência à compressão.
Esta técnica de reforço foi considerada bem eficiente pois com um
acréscimo de uma camada de apenas 3 cm, houve um ganho de resistência médio de 93%
em relação às vigas não reforçadas;
Houve o aparecimento de fissuras horizontais na junta de ligação entre
o substrato e o material de reforço, evidenciando uma perda parcial de aderência entre os
dois materiais mas que, não prejudicou a resistência das peças. Tal perda foi,
provavelmente, pelo fato da superfície de contato em vigas ser menor que em lajes,
promovendo maiores tensões cisalhantes na região da junta;
O dimensionamento desse tipo de reforço pode ser feito considerando
uma redução das tensões no concreto comprimido em função da fluência do mesmo.
2.6.3.4 ASSIS (2005)
ASSIS (2005) realizou uma análise experimental de reforço em lajes pré-
fabricadas treliçadas pela face comprimida, onde foram ensaiadas três séries de faixas de
laje de 1,0 m largura por 2,15 m de comprimento. A primeira série era composta de cinco
lajes com treliças de 8 cm de altura, a segunda de cinco lajes com treliças de 12 cm e a
terceira de duas lajes, com treliças de 8 cm. Nas 1
a
e 2
a
séries, havia três lajes de concreto
monoticas e duas lajes reforçadas em cada série e a 3
a
série era composta por uma laje de
referência e uma laje reforçada.
As lajes foram ensaiadas como biapoiadas submetidas a duas cargas
concentradas no terço médio. As peças sem reforço foram ensaiadas uma única vez até a
ruptura, ensaio este denominado ensaio de ruptura. As lajes reforçadas, chamadas
Revisão Bibliográfica 47
inicialmente de lajes originais do reforço, foram carregadas até uma carga de parada pré-
definida e em seguida foram reforçadas para então, serem ensaiadas até a ruptura.
Foi utilizado como material de reforço o concreto de cimento portland de
características (resistência à tração e compressão e módulo de deformação) semelhantes às
das lajes originais e a preparação do substrato foi feita por apicoamento manual e limpeza
com jato água.
A Tabela 2.15 mostra as principais características geométricas das lajes. As
Figuras 2.23 e 2.24 mostram as seções transversais das lajes monoticas e reforçadas
respectivamente.
M.ENCHIMENTOM.ENCH. M.ENCH.
20 2040
10 10
h
h
f
100
Figura 2.23 - Seção transversal das lajes monoticas - Un.: cm
Fonte: ASSIS, C.E.R. Análise experimental de lajes treliçadas reforçadas pela face superior. 2005.
Dissertão (Mestrado) – UFG, Goiânia, 2005
M.ENCHIMENTOM.ENCH. M.ENCH.
20 2040
10 10
h
R
h
f
Camada de reforço
Figura 2.24 - Seção transversal das lajes reforçadas - Un.: cm
Fonte: ASSIS, C.E.R. Análise experimental de lajes treliçadas reforçadas pela face superior. 2005.
Dissertão (Mestrado) – UFG, Goiânia, 2005
A Tabela 2.16 mostra os resultados obtidos nos ensaios das lajes.
Revisão Bibliográfica 48
Tabela 2.15 - Principais características geométricas das lajes ensaiadas por ASSIS (2005)
Série Laje h
t
(cm) h
f
(cm) h (cm) R (cm) Tipo da Laje
L1-80 4
,
012
,
0- Referência
L2-80 4
,
012
,
0-Ori
g
inal do Refor
ç
o
L3-80 4
,
012
,
0-Ori
g
inal do Refor
ç
o
L4-80 7
,
015
,
0 - Monolítica do Refor
ç
o
L5-80 10
,
018
,
0 - Monolítica do Refor
ç
o
L2/L2R-80 7
,
015
,
03
,
0Refor
ç
ada
1
a
L3/L3R-80
8,0
10
,
018
,
06
,
0Refor
ç
ada
L1-120 4
,
016
,
0- Referência
L2-120 4
,
016
,
0-Ori
g
inal do Refor
ç
o
L3-120 4
,
016
,
0-Ori
g
inal do Refor
ç
o
L4-120 7
,
019
,
0 - Monolítica do Refor
ç
o
L5-120 10
,
022
,
0 - Monolítica do Refor
ç
o
L2/L2R-120 7
,
019
,
03
,
0Refor
ç
ada
2
a
L3/L3R-120
12,0
10
,
022
,
06
,
0Refor
ç
ada
L6-80 4
,
012
,
0- Referência
L7-80 4
,
012
,
0-Ori
g
inal do Refor
ç
o
3
a
L7/L7R-80
8,0
7
,
015
,
03
,
0Refor
ç
ada
h
t
– altura da treliça; c – espessura total do capeamento de concreto;
h – espessura total da laje; R espessura da camada de reforço.
* Estas dimensões das peças são valores nominais.
Fonte: ASSIS, C.E.R. Análise experimental de lajes treliçadas reforçadas pela face superior. 2005.
Dissertão (Mestrado) – UFG, Goiânia, 2005
Tabela 2.16 – Carga de ruptura das lajes ensaiadas
rie Laje
h (cm) d (cm) As (cm
2
/m)
.adot
ρ
(%)
.par
P
(
kN
)
.,Expu
P
(
kN
)
L1-80 12
,
110
,
60
,
510 - 39
,
0
L2-80 12
,
010
,
50
,
510 35
,
0 -
L3-80 12
,
110
,
60
,
510 35
,
0 -
L4-80 15
,
614
,
10
,
316 - 70
,
0
L5-80 18
,
517
,
00
,
240 - 90
,
0
L2/L2R-80 16
,
014
,
50
,
303 - 74
,
0
1
a
L3/L3R-80 18
,
817
,
3
2,91
0
,
235 - 97
,
0
L1-120 16
,
114
,
60
,
481 - 67
,
0
L2-120 16
,
014
,
50
,
481 45
,
0 -
L3-120 16
,
014
,
50
,
481 45
,
0 -
L4-120 19
,
518
,
00
,
317 - 87
,
0
L5-120 22
,
020
,
50
,
250 - 110
,
0
L2/L2R-120 20
,
018
,
50
,
298 - 87
,
0
2
a
L3/L3R-120 22
,
521
,
0
3,13
0
,
241 - 113
,
0
L6-80 12
,
010
,
50
,
341 - 19
,
0
L7-80 12
,
010
,
50
,
341 12
,
0 -
3
a
L7/L7R-80 15
,
013
,
5
1,91
0
,
222 - 36
,
0
d – altura útil relativa à armadura inferior de tração (adicional e banzo inferior);
ρ
adot.
- taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de dimensões reais;
P
u.Exp.
– Carga de ruptura da laje no ensaio de ruptura; P
par.
– Carga de Parada no 1º Ensaio;
Obs.: Os valores de h
e do os valores reais encontrados.
Fonte: ASSIS, C.E.R. Análise experimental de lajes treliçadas reforçadas pela face superior. 2005.
Dissertão (Mestrado) – UFG, Goiânia, 2005
Revisão Bibliográfica 49
ASSIS (2005) obteve as seguintes conclusões sobre o comportamento das lajes
reforçadas pelo acréscimo de uma camada de concreto na face comprimida:
O objetivo de verificar o comportamento estrutural do reforço em
lajes treliçadas pela face superior se mostrou eficaz para faixas de lajes com altura total
variando de 12 cm a 22 cm, capeamento de concreto de 4 cm a 10 cm, treliças de 8 cm e 12
cm de altura e taxa de armadura variando de 0,222% a 0,510%.
Para se obter uma boa aderência entre o substrato e o concreto do
reforço, para o bom desempenho das lajes reforçadas, é suficiente a realização de um
apicoamento manual seguido de uma limpeza do substrato e, momentos antes da nova
concretagem promover a saturação do concreto antigo para não haver a perda de água do
material de reforço. O concreto do reforço deve apresentar características mecânicas e de
aderência nonimo iguais às do concreto da peça a ser reforçada.
Nas lajes da 1
a
série, a aplicação da camada de reforço de 3 e 6 cm
elevou a carga última de ruptura em 90% e 149% em relação à laje de referência,
respectivamente. Nas lajes da 2
a
série, o ganho foi de 38% e 79% para as mesmas
espessuras de reforço enquanto que, na laje reforçada com 3 cm de espessura da 3
a
série o
ganho foi de 89%. O ganho de carga foi maior nas lajes da 1
a
e 3
a
ries por terem uma
altura total inicial menor, de 12 cm, conseqüentemente o acréscimo percentual da altura em
função da camada de reforço foi maior que nas peças da 2
a
série. Mesmo que tenha havido
uma queda brusca na taxa de armadura das lajes da 3
a
série em relação às da 1
a
, o
acréscimo de carga foi o mesmo, 90% e 89%, para peças com reforço de 3 cm de
espessura.
Ao comparar as cargas obtidas experimentalmente com as calculadas
teoricamente conforme a NBR 6118:2003, concluiu-se que no cálculo das cargas últimas
das lajes reforçadas pode-se utilizar a altura útil da seção total, considerando o reforço
trabalhando monoliticamente (perfeita aderência) com a laje original, pois as cargas
obtidas experimentalmente nestas peças foram praticamente iguais às das suas respectivas
lajes monoticas e foram sempre maiores que as calculadas teoricamente, mesmo que as
peças reabilitadas estivessem pré-fissuradas devido ao pré-carregamento.
A relação carga x deslocamento vertical no meio do vão das lajes foi
relativamente bem estimada pelos critérios da NBR 6118:2003 até o carregamento de
Revisão Bibliográfica 50
escoamento nominal (P
y,nom.
) nas peças da 1
a
e 2
a
séries, sendo que, algumas peças tiveram
flecha superior a
l
0
/250 em P
y,nom.
. Depois desta carga observou-se uma certa divergência
entre os valores experimentais e teóricos, mas que não tem nenhum significado ptico. Em
relação às lajes da 3
a
série, provavelmente devido à baixa área de aço contida na vigota
treliçada, observaram-se valores experimentais diferentes do teórico desde o início do
carregamento.
Observou-se uma uniformidade de comportamento entre todas as lajes
ensaiadas em função da boa correlação das curvas
altura útil média x carga
traçadas para
vários valores de flechas. Esses gráficos
altura útil x carga
podem servir como previsão de
um futuro reforço pois, possibilitam a definição da espessura de concreto que se deve
aumentar na face superior de uma laje para que ela passe a suportar determinado
carregamento, mantendo um certo deslocamento limite.
As lajes com espessuras (h) e alturas úteis semelhantes (d
méd
),
independentemente da espessura do capeamento (4 cm ou 7 cm) e altura da treliça (8 cm
ou 12cm), apresentaram comportamentos bem parecidos tanto no estado limite último
quanto no de utilização (deslocamentos verticais e deformação no aço e concreto), mesmo
com uma diferença na taxa de armadura de 34%.
2.7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar dos avanços ainda existem poucas informações técnicas específicas em
relação às lajes pré-fabricadas treliçadas. As normas NBR 14859-1 (2002) e NBR 14859-2
(2002), relativas às lajes pré-fabricadas, apenas padronizam a nomenclatura, fixam as
condições exigíveis para o recebimento e utilização de componentes empregados na
execução de estruturas laminares nervuradas unidirecionais e bidirecionais, sendo que
NBR 6118 (2003) fixa as taxas de armadura nima longitudinal a serem utilizadas em
peças submetidas a flexão, de forma genérica sem ser específica com relação a lajes
treliçadas pré-moldadas.
Observa-se que este tipo de estrutura tem sido foco de estudos tanto teóricos
quanto experimentais, devido a grande quantidade de trabalhos realizados, visando analisar
seu comportamento de forma mais completa, desde a fabricação, montagem e
funcionamento com a estrutura.
Revisão Bibliográfica 51
O nível de conhecimento em relação ao reforço de lajes treliçadas é ainda
reduzido, já que não se sabe exatamente o real comportamento das peças reabilitadas. De
tal forma que há uma grande necessidade de se pesquisar a respeito de reforços nestas lajes
treliçadas, a fim de se obter dados confiáveis para se estabelecer procedimentos de cálculo
e verificações em relão ao estado limite de serviço.
ASSIS (2005) verificou que a armadura de distribuição e do banzo superior das
treliças estavam abaixo da linha neutra da peça, portanto, tracionada e, na sua maioria,
escoaram quando a carga se aproximava da carga de ruptura. Nesse caso, estas armaduras
estavam colaborando na resistência à flexão das lajes sendo então, consideradas no cálculo
teórico dos modelos, o que gerou um aumento da taxa geométrica de armadura tracionada
justificando tanto uma análise do comportamento destas lajes treliçadas quando reforçadas
na face superior com uma armadura longitudinal quanto o estudo da armadura mínima
específica para este tipo de laje.
A partir dos trabalhos consultados constatou-se que há um consenso quanto à
influência da resistência característica do concreto à compressão e da tensão de ínicio de
escoamento do aço na taxa geométrica mínima da armadura longitudinal de tração. A
influência de parâmetros como altura da viga, aderência e diâmetro da armadura
longitudinal de tração também foi investigada, no entanto ainda não há uma convergência
de opiniões sobre a mesma. Alguns autores, como Bosco et al. (1190) e Borges (2002), que
investigaram a influência da altura da viga em ρ
n
obtiveram resultados que indicam a
diminuição de ρ
mín
com o aumento da altura.
Foi observado que não existe um consenso em relação ao real valor de taxa de
armadura mínima longitudinal que se deve adotar para lajes treliçadas, mesmo porquê a
grande parte das pesquisas com relação a peças submetidas a flexão se refere a vigas.
Programa Experimental 52
CAPÍTULO 3
PROGRAMA EXPERIMENTAL
3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
Com o objetivo de realizar a análise experimental da armadura mínima em
lajes pré-fabricadas treliçadas, foram ensaiadas duas séries de faixas de laje de 1,0 m
largura por 2,15 m de comprimento. A primeira série era composta de quatro lajes para o
estudo de armadura mínima e a segunda série, de cinco lajes, sendo duas para o estudo de
armadura nima e três para o estudo de reforço.
Na primeira série, lajes com alturas de 14 cm, 16 cm, 18 cm e 20 cm, para o
estudo de armadura mínima, utilizando a treliça de 8 cm de altura e a armadura de
distribuição, localizada a 2,5 cm da face superior das lajes.
Na segunda série, para o estudo de armadura mínima, havia uma laje com
treliças de 10 cm e a outra sem treliça, apenas com ferro corrido posicionado no lugar do
banzo inferior. Para o estudo do reforço uma das lajes serviu como referência e as outras
duas lajes foram reforçadas. A diferença entre o reforço das duas lajes é que uma foi
reforçada apenas com uma camada de concreto de 6 cm na face comprimida da laje e a
outra além de receber esta mesma camada de concreto, teve a contribuição de uma
armadura longitudinal de 8 barras de 5.0 mm, a fim de contribuir na zona de tração
superior.
Todas as lajes foram ensaiadas como bi apoiadas submetidas a duas cargas
concentradas no terço médio. As peças sem reforço foram ensaiadas uma única vez até a
ruptura, ensaio este denominado ensaio de ruptura. As lajes reforçadas, chamadas
inicialmente de lajes originais do reforço, foram carregadas até uma carga de parada pré-
definida e em seguida foram reforçadas para então, serem ensaiadas até a ruptura (ensaio
de ruptura).
Programa Experimental 53
Foi utilizado como material de reforço o concreto de cimento portland de
características mecânicas semelhantes às das lajes originais e a preparação do substrato foi
feita por apicoamento manual. Todos estes ensaios foram realizados no Laboratório de
Estruturas da Escola de Engenharia Civil da UFG.
Os ensaios de caracterização do concreto foram feitos na empresa Carlos
Campos Consultoria Limitada e do aço no laboratório de materiais da Faculdade de
Engenharia Civil da Universidade Católica de Goiás (UCG).
3.2 CARACTERÍSTICAS DOS MODELOS ENSAIADOS
Os modelos ensaiados eram faixas de lajes pré-fabricadas treliçadas
unidirecionais com vão efetivo de 2,0 metros e contendo duas vigotas (TR1 e TR2),
separadas por placas de EPS que funcionaram como elemento de enchimento, como mostra
a Figura 3.1.
Vigota treliçada - TR1
Vigota treliçada - TR2
Apoio
Apoio
EPS
100 cm
215 cm
15
15
Figura 3.1– Faixa de laje analisada
Todas as lajes ensaiadas (1
a
e 2
a
séries) tinham 215 cm de comprimento por
100 cm de largura, e a variáveis foram altura e tipo da treliça, altura total da laje, tipo do
reforço e taxa de armadura. Na Tabela 3.1 são mostradas as principais características
geométricas das lajes ensaiadas e a nomenclatura de cada peça.
Nas lajes da 1
a
série a armadura de distribuição ficou localizada a 2,5 cm da
face superior das mesmas, a fim de que não influenciasse na taxa de armadura longitudinal.
Programa Experimental 54
Com a finalidade de que também não influenciassem na taxa de armadura
longitudinal, as lajes da 2
a
série, referentes ao estudo de armadura mínima, não receberam
barras de aço no sentido longitudinal, apenas no sentido transversal, para auxiliar na
distribuição de cargas através da laje. As lajes referentes ao estudo do reforço receberam
armadura de distribuição nos dois sentidos, localizada a 2,5 cm da face superior das lajes.
A Figura 3.2 mostra a seção transversal das lajes concretadas em apenas uma
etapa (monolíticas, referência e originais dos reforços).
EPSEPS EPS
Arm. de
Distribuição
Fio do banzo
superior
h
h
f
100
d"
he
Figura 3.2 - Seção transversal - lajes monoticas, referência e originais dos reforços - cm
Na 1
a
série todas as lajes foram ensaiadas até a ruptura. Na 2
a
série a laje que
utilizou a treliça de 10 cm e a de ferro corrido, referentes ao estudo de armadura mínima,
foram ensaiadas até a ruptura . A laje de referência foi carregada até sua ruptura, e a partir
dos dados coletados em seu ensaio foi determinada a carga de parada para as outras duas
lajes de reforço. Depois de realizado o ensaio até a carga de parada com as lajes originais
do reforço, elas foram descarregadas e preparadas para receberem uma camada de reforço.
O reforço foi executado com as lajes descarregadas e fora do aparato de ensaio. A Figura
3.3
e 3.4 mostram as seções transversais lajes reforçadas L2/L2R-120 e L3/L3R-120
respectivamente.
20 10 40 10 20
Camada de Reforço
Arm. de
Distribuição
EPS EPS EPS
hf
R
h
he
Figura 3.3 - Seção transversal da laje reforçada L2/L2R-120 - cm
Programa Experimental 55
EPSEPSEPS
R
h
hf
2010401020
Arm. de
Distribuição
Arm. do
Reforço
Camada de Reforço
he
Figura 3.4 - Seção transversal da laje reforçada L3/L3R-120 - Un.: cm
A armadura de reforço da laje reforçada L3/L3R-120 ficou a 4,5 cm da face
superior da camada de reforço da mesma.
Tabela 3.1 - Principais características geométricas das lajes ensaiadas
rie Laje h
t
(cm) h
f
(cm)
d”(cm)
)
h (cm)
R
(
h
e
(
Tipo da Laje
L1-80-140 6 2,5 14,3 Monolítica-armadura nima
L2-80-160 8 2,5 16,4 Monolítica-armadura nima
L3-80-180 10 2,5 18,4 Monotica-armadura mínima
1
a
L4-80-200
8
12 2,5 20,2 Monolítica-armadura mínima
L1-80-120 4 2,5 12,1 Referência dos reforços
L2-80-120 4 2,5 12,3 Original do Reforço
L3-80-120 4 2,5 12,2
**
Original do Reforço
L2/L2R-80 10 8,5 18,1 6 Reforçada com concreto
L3/L3R-80
8
10 8,5 18,1 6 Reforçada com concreto e aço
L4-00-120
sem
treli
ça
4 12,2 Monolítica-armadura nima
2
a
L5-100-120 10 4
*
12,3
**
8
Monotica-armadura mínima
h
t
– altura da treliça; h
e
– altura do EPS;
h
f
– espessura total do capeamento de concreto;
h – espessura total da laje (valores reais);
R – espessura da camada de concreto de reforço.
d”- distância da ferragem de distribuição até a face superior da laje.
* - lajes sem armaduras de distribuição **- lajes sem reforço
Para a nomenclatura das lajes, baseou-se na altura da treliça eletrosoldada (h
t
) e
na espessura total da laje (h) sendo, na 1
a
série, com os seguintes nomes: Li-ht-j com o
índice i variando de 1 a 4 e o índice j assumindo os valores 140, 160, 180 e 200 para as
lajes monoticas já que as treliças tinha 80 mm de altura, representado por ht. Na primeira
série não ocorreu nenhuma laje reforçada, apenas estudo de armadura mínima.
Programa Experimental 56
Na 2
a
série, procedeu-se da mesma forma com os nomes das lajes monoticas
de Li-ht-j
, com o índice i variando de 1 a 5 e o índice j assumindo o valor de 120, sendo
que haviam lajes que apresentavam treliças com alturas de 80mm e 100 mm e uma sem
nenhuma treliça (L4-00-120), apenas duas barras de diâmetro de 4.2mm no lugar de cada
treliça.
As lajes reforçadas desta segunda série, L2/L2R-80 e L3/L3R-80, não são
novas lajes, mas reforços das lajes L2-80-120 e L3-80-120, sendo que a primeira recebeu
como reforço apenas uma camada de concreto de 6 cm, na face superior, e a segunda,
além desta mesma camada de concreto, recebeu também uma malha de aço composta por
oito barras de aço CA-50 de diâmetro de 5.0 mm de forma a trabalhar como armadura de
tração na face superior da laje.
3.3 ESQUEMA DE ENSAIO
3.3.1 Considerações
Para a realização dos ensaios dos modelos aplicou-se cargas concentradas, nos
terços médios do vão para que a região analisada (seção central) estivesse sob flexão pura,
sem qualquer inflncia do esforço cortante, como mostra a Figura 3.5.
66 68 66
P/2 P/2
Figura 3.5 - Pontos de aplicação de carga - Un.: cm
Utilizou-se um atuador hidráulico com capacidade de 300 kN alimentado por
uma bomba manual, para a aplicação da carga. Essa força era transferida para os dois
perfis metálicos “H”, que são os pontos de aplicação de carga sobre os modelos, através de
uma viga de transferência. A reação a esse carregamento foi feita por uma viga metálica
que estava atirantada à laje de reação do Laboratório. O esquema geral e os detalhes do
esquema de ensaio estão dispostos nas Figuras 3.6a, 3.6b, 3.7a, 3.7b e 3.8.
Programa Experimental 57
Apoio
1ºGênero
41 41
18
100
20
Projeção da alma
das vigotas
10401020
215
Atuador Hidráulico e
Célula de Carga
Viga de Transferência
Apoio 2º
Gênero
73,5
68
73,5
Perfis "H"
Figura 3.6a – Esquema geral de ensaio – Vista em planta – Un.: cm
Fonte: ASSIS, C.E.R. Análise experimental de lajes treliçadas reforçadas pela face superior. 2005.
Dissertão (Mestrado) – UFG, Goiânia, 2005
Rolete D = 25mm
Apoio
Apoio
Rolete D =38mm
2ºGênero
Laje de Reação
68
BlocoBloco
66
15 15
215
185
Detalhe dos Apoios
Regularização com gesso
Apoio 2º Gênero
Célula de Carga
Macaco Hidráulico
Viga de Transferência
Pórtico(Viga de Reação)
Perfil "H"(Ponto de Aplicação)
Modelo de Ensaio
0,5
16,5
22,5
1,0
Detalhe
Perfil Metálico "H"
15,0
2,5
15,0
2,5
barras de ferro D = 6 mm
3,0
4,5 4,5
1,5
12,0
66
7,57,5
90
15 35 8
1º Gênero
Detalhe do Apoio
Figura 3.6b – Esquema geral de ensaio – Vista lateral - Un.: cm
Fonte: ASSIS, C.E.R. Análise experimental de lajes treliçadas reforçadas pela face superior. 2005.
Dissertão (Mestrado) – UFG, Goiânia, 2005
Programa Experimental 58
Célula de carga
Macaco Hidráulico
Perfil "H"
BlocoBloco
Apoio
Pórtico (viga de reação)
Célula de carga
Macaco Hidráulico
Viga de
transferência
Perfil "H"
BlocoBloco
Apoio
Figura 3.7a – Fotografia do esquema de ensaio – Vista lateral
Célula de carga
Macaco Hidráulico
Bloco
Bloco
Modelo de
Ensaio
Macaco Hidráulico
Célula de carga
Apoios
Figura 3.7b – Fotografia do esquema de ensaio– Perspectiva
Programa Experimental 59
B
l
o
c
o
C
o
n
c
r
e
t
o
Modelo de Ensaio
B
l
o
c
o
C
o
n
c
r
e
t
o
M.ENCHIMENTO
Laje de Reação
1,0
2,5
23,0
18,0
Seção Transversal
Viga de Transferência
0,9
35,5
19,5
Seção Transversal
Viga de Reação
Tirante (D=5,0cm)
Figura 3.8 - Esquema de ensaio adotado nos modelos – Perspectiva – Un. Cm
Fonte: ASSIS, C.E.R. Análise experimental de lajes treliçadas reforçadas pela face superior. 2005.
Dissertão (Mestrado) – UFG, Goiânia, 2005
Antes de aplicar a carga de ensaio, foi feito um pré-carregamento nas lajes para
que houvesse uma acomodação das peças e observasse se todos os instrumentos estavam
funcionando corretamente. Logo após, as lajes eram totalmente descarregadas e se iniciava
o carregamento de ensaio. O ensaio foi feito com incrementos de carga variáveis de acordo
com o que era observado no decorrer dos ensaios até o carregamento de ruptura, exceto
para as lajes L2-80-120 e L3-80-120 (originais do reforço), que foram carregadas até a
carga de parada, sendo que, em cada intervalo de carga, era feita a marcação das fissuras e
a leitura dos deslocamentos e deformações específicas.
3.3.2 Critérios de Parada do Carregamento para posterior Reforço das
Lajes
A carga de parada, nas lajes originais do reforço, foi adotada em função da laje
de referência da 2ª série (L1-80-120) e baseou-se em dois aspectos:
deformação na armadura principal atingindo o início do limite de
escoamento;
Programa Experimental 60
deslocamento na seção central chegasse ao limite de flecha das lajes em
serviço de
l
0
/250 ou 8,0 mm.
A carga de parada era o valor do carregamento para o qual se atingisse, primeiramente, um
dos estágios citados acima.
3.4 DETALHAMENTO DOS MODELOS ENSAIADOS
Para a confecção das lajes foram utilizadas taxas de armadura conforme
apresentado na Tabela 3.2.
Tabela 3.2 – Taxa de armadura dos modelos ensaiados
Série Laje
ρ
vigota
(%)
ρ
B.Superior
(%)
ρ
A.Distrib.
(%)
ρ
Reforço
(%)
ρ
adot.
(%)
L1-80-140
0,073 0,075 0,103 0,251
L2-80-160 0,056 0,059 0,082 0,197
L3-80-180 0,046 0,049 0,068 0,163
1
a
L4-80-200 0,041 0,042 0,058 0,141
L1-80-120
0,099 0,101 0,140 0,340
L2-80-120 0,099 0,101 0,140 0,340
L3-80-120 0,099 0,101 0,140 0,340
L2/L2
R
-80 0,046 0,049 0,068
*
0,163
L3/L3
R
-80 0,046 0,049 0,068 0,068 0,231
L4-00-120 0,099
sem banzo
superior
0,099
2
a
L5-100-120 0,099 0,101
sem
ferragem de
distribuição
*
0,200
ρ
vigota
– taxa de armadura doo contido na vigota treliçada;
ρ
B.Superior
– taxa de armadura do banzo superior das treliças;
ρ
A.Distrib
– taxa da armadura de distribuição;
ρ
reforçob -
taxa de armadura do reforço;
ρ
adot.
– taxa de armadura total adotada nos cálculos.
* - lajes sem ferragem de reforço
Obs.: Tais taxas foram calculadas dividindo a área de aço de cada camada pela área
de concreto da seção T(Anexo 2).
Estas taxas foram determinadas de forma que algumas lajes trabalhassem com
taxas de armadura longitudinal diferentes do recomendado pela NBR 6118:2003.
A armadura inferior de tração adotada para as lajes da 1ª série e para as lajes
L1, L2 , L3 e L5 da 2ª série de ensaio era composta apenas pelos fios do banzo inferior da
treliça, enquanto que na laje L4-00-120, referente à 2
a
série, era constituída pela armadura
corrida, sem a presença de treliça. A armadura superior da laje L5-100-120 foi
Programa Experimental 61
considerada na totalização da área de aço pelo fato de que ela começou a ser tracionada nos
carregamentos próximos a ruptura.
ASSIS (2005) verificou que a armadura de distribuição e do banzo superior das
treliças estavam abaixo da linha neutra da peça, portanto, tracionada e, na sua maioria,
escoaram quando a carga se aproximava da carga de ruptura. Nesse caso, estas armaduras
estavam colaborando na resistência à flexão das lajes sendo então, consideradas no cálculo
teórico dos modelos, o que gerou um aumento da taxa geométrica de armadura tracionada.
Sendo assim procurou-se nas lajes da 1
a
série desse estudo posicionar a
armadura de distribuição a 2,5 cm da face superior das mesmas, com o cuidado de também
instrumentá-las, a fim de verificar se realmente elaso trabalhariam e conseqüentemente
contribuiriam na taxa de armadura total das lajes.
a) Treliça Eletrosoldada
A treliça eletrosoldada utilizada nos modelos da 1
a
e 2
a
séries, com exceção
das lajes L4-00-120 e L5-100-120 era do tipo TR-08644, portanto, tinha 8 cm de altura,
com o fio do banzo superior de 6,0 mm, e com o fio do sinusóide e dos dois fios do banzo
inferior de 4,2 mm de diâmetro (Figura 3.9a). A treliça da Laje L5-100-120 da 2
a
série,
denominada TR-10644, tinha 10 cm de altura, fio de 6,0 mm no banzo superior, 4,2 mm na
sinuide e 4,0 mm nos fios do banzo inferior (Figura. 3.9b).
100 mm
80 mm
(b)
(a)
D=6,0mm
D=4,2mmD=4,2mm
D=6,0mm
Figura 3.9 – Armadura treliçada eletrosoldada
Programa Experimental 62
b) Armadura de Distribuição
Nas lajes da 1
a
e 2
a
série, exceto para as lajes L4-00-120 e L5-100-120, as
armaduras de distribuição foram colocadas nas duas direções, sendo que para 1
a
e 2
a
série a
distância da armadura à face superior das lajes era de 2,5 cm (d”) (Figura 3.10). Para as
lajes L4-00-120 e L5-100-120 a armadura de distribuição foi colocada apenas no sentido
transversal (Figura 3.11) com d”=1 cm. Sob os pontos de aplicação de carga colocou-se
uma taxa de armadura maior, 3 barras de diâmetro de 5 mm, para evitar uma ruptura
localizada pelo esmagamento do concreto naquela região e se conseguisse uma melhor
distribuição dos esforços ao longo de toda faixa da aplicação.
d"
h
h
f
EPSEPSEPS
Arm. de
Distribuição
Fio do banzo
superior
100
he
Figura 3.10 – Posição da armadura de distribuição – seção transversal
24,5
68,5
24
10
4 φ 5,0mm
armadura longitudinal
55 5
558
9 φ 5,0mm c/25
10
26,5
27
10
26,5
10
24
24,524,5
24,5
24,5
24,5
(Ponto de aplicação de Carga)
3 φ 5,0mm
Figura 3.11- Armadura de distribuição das lajes da 1
a
e 2
a
série – vista em planta
Programa Experimental 63
3.5 MATERIAIS
a) Concreto
Para a concretagem das peças, foi utilizado um concreto usinado, dosado para
que atingisse a resistência à compressão de 30 MPa aos 28 dias e os traços estão na Tabela
3.3.
Tabela 3.3 – Composição por m
3
de concreto
TRAÇO CONCRETO
1
a
Concretagem 2
a
Concretagem 3
a
Concretagem
Materiais Quantidade
Cimento Goiás CP II 32 310,0kg 310,0kg 340kg
Areia Natural Fina 155,6kg 155,6kg 155,6kg
Areia Natural Grossa 233,4g 233,4g -
Areia Artificial 497kg 497kg 497kg
Brita 0 388kg 388kg 388kg
Brita 1 619kg 619kg 619kg
Água
155
l 155l 200l
Aditivo Retardador 390 MB - MBT
2
,
17l 2
,
17l 2
,
10l
f
ck
20MPa 20MPa 20MPa
Relação água/cimento 0,50 0,50 0,50
Slump (95 ± 10) mm (95 ± 10) mm (90 ± 10) mm
Na primeira concretagem foram moldadas as lajes L1-80-140, L2-80-160, L3-
80-180, L4-80-200. Na segunda, concretaram-se as lajes L1-80-120, L2-80-120, L3-80-
120, L4-00-120 e L5-100-120. Os reforços das lajes L2 e L3 da 2
a
série foram concretados
em uma terceira etapa com o traço conforme a Tabela 3.3. Desta forma estas lajes
passaram a ser denominadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80. A cura foi feita por molhagem das
peças que, em seguida eram protegidas por uma lona preta para reduzir a perda da
umidade. Procedimento realizado durante sete dias.
Quanto à determinação das propriedades mecânicas do concreto: compressão
simples, tração por compressão diametral e o módulo de deformação longitudinal, foram
moldados corpos de prova cilíndricos de 150mm x 300mm, de acordo com a NBR
5738:2004.
Na 1ª concretagem foram realizados os ensaios de resistência à compressão e
tração por compressão diametral, rompendo-se corpos de prova em várias idades, sendo
Programa Experimental 64
duas amostras por idade, para a obtenção das curvas de resistência do material ao longo do
tempo (Figuras 3.12). A determinação do módulo de elasticidade nesta concretagem foi
realizada apenas aos 28 dias com três corpos de prova, obtendo uma média E
c
= 28,72 GPa.
Para a 2ª concretagem foram realizados os ensaios de resistência à
compressão, módulo de elasticidade, tração por compressão diametral e por flexão direta,
rompemdo-se corpos de prova em várias idades, utilizando também duas amostras por
idade, para obtenção das respectivas curvas (Figuras 3.12). Na 3ª concretagem a resistência
à compressão e o módulo de elasticidade foram determinados através de dois corpos de
prova para cada ensaio, aos 28 dias, obtendo-se respectivamente 24,1 MPa e 26,2 GPa.
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70
0
10
20
30
Resistêncis à compressão (MPa)
1ª concretagem
2ª concretagem
Idade (dias)
21,1
24,6
27,5
28,9
29,6
29,9
30,4
15,8
18
19,1
22,4
26
22,9
30,5
Figura 3.12a – Curvas de resistência à compressão dos concretos da 1
a
e 2 ª concretagens
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70
0
1
2
3
4
Resistêncis à tração diametral (MPa)
1ª concretagem
2ª concretagem
Idade (dias)
2,1
2,2
2,7
2,8
2,9
2,3
2,6
3,4
3,5
3,5
Figura 3.12b - Curvas de resistência à tração por compressão diametral dos concretos da 1
a
e 2ª concretagens
Programa Experimental 65
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70
0
1
2
3
4
Resistêncis à tração flexão direta (MPa)
Idade (dias)
3,1
3,3
3,3
Figura 3.12c - Curva de resistência à tração por flexão direta do concreto da 2
a
concretagem
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70
0
5
10
15
20
25
30
Módulo de elasticidade (GPa)
Idade (dias)
23,5
27,0
27,0
Figura 3.12d - Curva do módulo de elasticidade do concreto da 2
a
concretagem
b) Aço
O aço utilizado nas treliças eletrosoldadas foi obtido da Votoraço e oo da
armadura de distribuição foi obtido da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira.
As propriedades mecânicas do aço foram obtidas ensaiando uma amostra de
dois corpos de prova para cada diâmetro empregado nas lajes, conforme a NBR 6152
(1992), em prensa universal da EMIC com capacidade de carga de 1000 kN no laboratório
de materiais da Universidade Católica de Goiás. Os corpos de prova foram retirados da
Programa Experimental 66
bobina original doo na brica de treliças. Os diâmetros utilizados foram: 6,0 mm (fio
do banzo superior), 4,2 mm (fios do banzo inferior e sinusóide) e 5,0 mm (armadura de
distribuição).
A Figura 3.13 mostra os diagramas tensão-deformação das amostras de barra
de aço com diâmetro de 4,2 mm, 5,0 mm e 6,0 mm. A Tabela 3.4 apresenta os valores
obtidos para as propriedades mecâncias das barras de aço; tensão de escoamento f
y
, tensão
de ruptura f
u
e deformação de escoamento correspondente ao diagrama bilinear adotado na
NBR 6118 (2003) ε
y
*.
Tabela 3.4 - Características do aço utilizado
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Tensão (MPa)
Deformação(%)
4,2mm
5,0mm
fy=740MPa
fy=730MPa
6,0mm
fy=729MPa
ε
y
=0,31
ε
y
=0,28
ε
y
=0,26
Figura 3.13 - Curvas tensão x deformação das armaduras de 4.2, 5.0 e 6 mm de diâmetro
φ (mm) f
y
(MPa) ε
y
* (%) ε
y
(%) f
u
(MPa) E
s
(GPa)
4,2 730 0,31 0,51 850 194
5,0 740 0,28 0,49 800 216
6,0 729 0,26 0,47 790 248
f
y
- tensão de escoamento do aço;
ε
y
* - deformação específica de escoamento doo para o diagrama tensão-
deformação bilinear;
ε
y
- deformação específica de escoamento do aço;
f
u
- tensão última de ruptura da armadura;
Programa Experimental 67
3.6 INSTRUMENTAÇÃO
a) Deslocamento da Laje
Os deslocamentos foram medidos utilizando relógios comparadores
(deflectômetros), com precisão de 0,01 mm e curso de 12,7 mm. Foram posicionados onze
deflectômetros em cada laje monotica sendo que dois mediam os deslocamentos
horizontais e os outros nove mediam os deslocamentos verticais, como mostra a Figura
3.14a. Na posição central, o deslocamento vertical foi também medido com o auxílio de
trena, conforme Figura 3.14c.
As lajes reforçadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80 da 2ª série, além dos onze
deflectômetros existentes nas lajes monolíticas receberam mais um em cada lateral das
lajes, logo abaixo de um dos pontos de aplicação das cargas, totalizando quatorze
deflectômetros, como mostra a Figura 3.14b e Figura 3.14c.
Os deflectômetros das laterais foram posicionados juntamente com uma peça
de alumínio, a fim de que fosse verificado se a camada de concreto do reforço estaria se
deslocando em relação ao substrato da laje. Estes deflectômetros foram fixados no
substrato das lajes e as peças de alumínio foram posicionadas logo abaixo de um dos
pontos de aplicação das cargas de forma que ela só ficasse fixa no reforço. Tanto o
deflectômetro quanto a régua de alumínio foram fixados com auxílio de cola a base de
epoxy.
Vista Lateral - Treliça TR2
Vista Lateral - Treliça TR1
D1
D11/TRENA
D3
D4
D8
D9
Corte AA - Seção Central
2515
10
50
TR1 TR2
34,073,5 34,0 73,5
A
A
D6
TR2
TR1
D10 D8
D7
D4
D5
D2
Figura 3.14a – Posição dos deflectômetros nas lajes – Un.: cm
Programa Experimental 68
Vista Lateral - Treliça TR1
Vista Lateral - Treliça TR2
D1
Substrato
Reforço
Substrato
Reforço
Substrato
Reforço
DL1
D11/TRENA
2515
10
50
DL2
DL1
D2
D5
D4
D7
D8D10
TR1
TR2
D6
A
A
73,534,073,5 34,0
TR2TR1
Corte AA - Seção Central
D9
D8
D4
D3
DL2
Figura 3.14b – Posição dos deflectômetros nas lajes reforçadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80 –
Un.: cm
reguá de alumínio
fixada com cola
epox sobre a
camada de reforço
deflectômetro
fixado com cola
epox sobre a laje
viga para aplicação de
carga
camada de reforço
laje
Figura 3.14c – Foto em detalhe da posição dos deflectômetros laterais nas lajes lajes
reforçadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80 – Un.: cm
b) Deformação Específica
b.1) Armadura
A distribuições dos extensômetros para monitorar o comportamento do aço
estão relacionadas para cada uma das lajes deste estudo segundo a Tabela 3.5, sendo que as
suas respectivas posições são detalhadas nas Figuras 3.15 e 3.16.
Programa Experimental 69
Tabela 3.5 – Posições dos extensômetros doo para cada laje.
Série Laje Posições dos extensômetros do aço
L1-80-140
L2-80-160
L3-80-180
1
a
L4-80-200
1, 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 = b
L1-80-120
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 = a
L2-80-120
L3-80-120
L2/L2R-80
1, 2, 3, 4, 7, 8, 9 e 10 = c
L3/L3R-80 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 = b
L4-00-120 1, 2, 3, 7, 8 e 9 = d
2
a
L5-100-120 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 = a
E11
E12
(Ponto de aplicação de Carga)
3 φ 5,0mm
4 φ 5,0mm
9 φ 5,0mm c/25
Figura 3.15 – Disposição dos extensômetros na armadura de distribuição – Un.: cm
Programa Experimental 70
E4
E4
E1
E2
E12
E4
E10
E8
E7
E2
E1
E3
E8
E10
E7
E9
34,0 107,5
E7
E8
TR2
TR1
E3
E6
E5
E9
Armadura
de distribuição
73,5
Armadura
de distribuição
E11
Figura 3.16 – Disposição dos extensômetros na armadura – Un.: cm
Utilizaram-se extensômetros elétricos de resistência (EER) da marca EXCEL
do tipo PA-06-250BA-120-L e foram ligados a caixa de aquisição de dados com 15 canais,
interligada a um terminal da NATIONAL INSTRUMENTS modelo SCXI-1001 e
controlada por um software computacional (LABVIEW 6.1)
b.2) Concreto
Os extensômetros no concreto foram colados na superfície superior das lajes na
seção central da peça, sendo colocados cinco extensômetros, da marca EXCEL do tipo PA-
06-201BA-120-L, nas posições mostradas na Figura 3.17.
Programa Experimental 71
Seção transversal Central
TR2
Seção Central
1015
C5
C4
107,5
10 15 25
25
C3
C2
C1
TR1
Planta Baixa
C5
C4
C3
C2
C1
Figura 3.17 – Posição dos extensômetros no concreto nas lajes ensaiadas – Un.: cm
Os extenmetros elétricos colados ao concreto foram ligados a um sistema de
leitura com caixa comutadora e balanceadora com 24 canais acoplada a um medidor
analógico (KYOWA) para que pudesse obter os valores das deformações específicas do
concreto da face superior de cada peça.
3.7 PROCEDIMENTO DE PREPARAÇÃO DAS LAJES PARA
EXECUÇAO DO REFORÇO
As lajes originais do reforço (lajes a serem reforçadas) foram pré-carregadas
até uma carga pré-determinada e depois foram descarregadas e retiradas do esquema de
ensaio. Em seguida, estas lajes comaram a serem preparadas para a realização do
reforço, da seguinte forma:
a)
Foi escarificada toda a superfície superior que iria receber o reforço
(substrato), para que fosse retirada toda a nata de cimento pré-existente a fim de tornar a
região rugosa o bastante para se ter uma boa aderência entre o concreto antigo e novo. Esta
escarificação foi feita manualmente com a utilização de ponteira e martelo para a obtenção
de uma maior resistência de aderência. A Figura 3.18 mostra a escarificação realizada com
ponteiro de aço e a situação da laje após a intervenção.
Programa Experimental 72
(a)
(b)
Figura 3.18 – Fotografias do procedimento de escarificação das lajes
b)
depois da escarificação, foi realizada a limpeza das peças, através de uma
lavagem com água limpa sem nenhum produto e esfregando manualmente uma escova com
cerdas de aço, para que fosse retirado todo material pulverulento, graxas ou óleos que
porventura estivessem depositado nas lajes (Figura 3.19).
Figura 3.19 - Fotografia do procedimento de limpeza das lajes a serem reforçadas
c)
antes de se realizar a concretagem, a superfície foi umidecida para que esta
não retirasse água do novo material e assim prejudicasse na aderência dos dois materiais.
Lembrando que, a superfície ficou úmida, mas seca, sem poças de água, o que aumentaria
a relação água/cimento naquela e região que também é prejudicial a uma boa ligação entre
Programa Experimental 73
os dois materiais. Não foi usado qualquer adesivo estrutural na ligação entre concreto
velho/concreto novo.
d)
aplicação do novo material de reforço: foi utilizado um concreto usinado de
características e propriedades (resistência à tração e compressão e módulo de elasticidade)
semelhantes ao do concreto do substrato. Sua aplicação foi feita como mostra a Figura
3.20.
Figura 3.20 – Aplicação do material de reforço
Todos esses procedimentos visavam garantir a aderência entre concreto antigo
(substrato) e o material de reforço
para que, as peças reforçadas trabalhassem como se
fossem lajes monoticas, havendo a total transferência dos esforços de uma material para o
outro na região da junta.
Apresentação de resultados
74
_______________________________________________________________________________________
CAPÍTULO 4
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados experimentais obtidos no ensaio
das lajes que são: cargas e modos de ruptura, deslocamentos verticais, deformações no aço
e no concreto e fissuração, assim como o valor da resistência à compressão do concreto de
cada laje na data da realização do ensaio. Os resultados da caracterização dos materiais
estão no item 3.5 do presente trabalho.
4.1 RESISTÊNCIA DO CONCRETO NA DATA DO ENSAIO DE
CADA LAJE
Para a determinação da resistência à compressão (f
c
), resistência à tração na
flexão (f
ct,f
) e resistência à tração por compressão diametral (f
ct,sp
) concreto na data do
ensaio de cada laje, foram ensaiados corpos de prova em diferentes idades para a obtenção
das respectivas curvas de
resistência x idade (vide item 3.5). Interpolados os valores das
curvas das Figuras 3.13 (a) e (b), foram obtidos os valores da resistência à compressão do
concreto na data do ensaio de cada laje, conforme Tabela 4.1.
Tabela 4.1- Resistência à compressão do concreto na data do ensaio de cada laje
Série Laje Idade (dias) f
c
(MPa) f
ct,f
(MPa) f
ct,sp
(MPa)
L1-80-140 58 30,4 - 3,5
L2-80-160 62 30,4
- 3,5
L3-80-180 63 30,4
- 3,5
1
a
L4-80-200 68 30,4
- 3,5
L1-80-120 39 24,0 2,8 3,3
L2-80-120 39 24,0 2,8 3,3
L3-80-120 40 24,1 2,8 3,3
L4-00-120 42 24,3 2,8 3,3
L5-100-120 42 24,3 2,8 3,3
L2/L2R-80 28* 24,1 2,6 3,2
2
a
L3/L3R-80 29* 24,1 2,6 3,2
* Valores da resistência, nesta data, referente apenas ao concreto do reforço
Apresentação de resultados
75
_______________________________________________________________________________________
4.2 CARGA E MODO DE RUPTURA
A Tabela 4.2 mostra as principais características referentes às duas séries de
ensaio, com suas respectivas cargas de parada e de ruptura. Nos ensaios da 1ª série todas
foram ensaiadas até a ruptura, a fim de verificar suas respectivas ductilidades.
As lajes ensaiadas romperam por flexão, ocorrendo escoamento e ruptura da
armadura inferior de tração em uma das treliças inicialmente e logo após na outra treliça,
quando se finalizou o ensaio, sendo que em nenhuma foi observado, tanto visualmente
como através de resultados de deformação específica obtidos na leitura dos extensômetros,
o possível esmagamento do concreto no bordo comprimido.
Nas lajes da 2ª série, a laje de referência L1-80-120 rompeu com uma carga de
17 kN e, em função deste resultado e das análises de suas flechas e deformações, definiu-se
a carga de parada das lajes a serem reforçadas (L2-80-120 e L3-80-120) em 11 kN, porém
durante o ensaio da laje L3-80-120 verificou-se que só poderia se chegar ao carregamento
de 10 kN, devido ao risco do aço escoar caso ultrapassasse este carregamento.
Tabela 4.2- Carga de ruptura das lajes ensaiadas
Série Laje
h
(cm)
.adot
ρ
(%)
P
y(BI)
(kN/m)
.par
P (kN)
.,Expu
P (kN)
FqP
Expu
+
+
.,
(kN)
L1-80-140 14
,
3 0
,
241 15 - 25 28
,
9
L2-80-160 16,4 0,190 24 - 31 35,4
L3-80-180 18,4 0,160 31 - 39 43,9
1
a
L4-80-200 20,2 0,138 32,5 - 45 50,4
L1-80-120 12,1 0,333
10
- 17 20,4
L2-80-120 12,3 0,322
11
11 - -
L3-80-120 12,2 0,328
10
10 - -
L4-00-120 12,2 0,093
10
- 11 14,4
L5-100-120 12,3 0,193
12
- 14 18,4
L2/L2R-80
18,1 0,162
42
- 58 62,9
2
a
L3/L3R-80
18,1 0,230
46
- 69 73,9
q – peso próprio da laje;
F – peso do aparato de aplicação da carga, que para todas as lajes foi de 2 kN;
ρ
adot.
- taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de
dimensões reais (vide Tabela 3.2);
P
par.
– Carga de parada no 1º Ensaio;
P
u.Exp.
– Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve a ruptura da laje no ensaio;
P
y(BI)
- Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve o escoamento da armadura do
banzo inferior da treliça.
Obs.: Os valores de h
e d são os valores reais encontrados.
Apresentação de resultados
76
_______________________________________________________________________________________
A Tabela 4.2 mostra que a carga de ruptura, aplicada pelo atuador hidráulico,
da laje L3/L3R-80 foi 19% superior à da laje L2/L2R-80, mostrando o ganho de carga que
se pode ter no acréscimo de aço na face superior da laje.
4.3 DESLOCAMENTOS VERTICAIS
Posicionaram-se onze relógios na laje: sob as vigotas treliçadas e o capeamento
de concreto conforme detalhes na Figura 3.14 (item 3.6). Também foi feita leitura de trena
no centro de cada peça, além dos deflectômetros, na posição do relógio D11, pois nos
últimos carregamentos não foi possível realizar a leitura com deflectômetros. Conforme
iam ocorrendo a acscimo do carregamento os deslocamentos medidos aumentaram e os
maiores valores foram encontrados na seção central da peça.
Foi observado, na maioria das lajes ensaiadas, uma simetria dos deslocamentos
verticais nas direções longitudinal e transversal, como mostram as Figuras 4.1, 4.2 e 4.3.
Na direção longitudinal, as diferenças de deslocamentos, do lado esquerdo da peça (D2 e
D10) para o lado direito (D5 e D7), em sua maioria, ficaram em torno de 10%. Isso mostra
que a transferência da carga feita pela viga de transferência para os pontos de aplicação de
carga foi feita de forma simétrica, pois as treliças foram igualmente solicitadas.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Distância (cm)
-5
-4
-3
-2
-1
0
Deslocamentos verticais (mm)
D5D2 D4
TR1
66 68 66
66
34 66
34
100
100
D5D2 D4
TR1
66 68 66
66
34 66
34
100
100
31kN
30kN
22kN
14kN
4kN
P
u.Exp.
= 39 kN
Figura 4.1 – Deslocamentos verticais na direção longitudinal da Treliça TR1 da Laje L3-
80-180
Apresentação de resultados
77
_______________________________________________________________________________________
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Distância (cm)
-5
-4
-3
-2
-1
0
Deslocamentos verticais (mm)
D5
D2 D4
TR1
66 66
66
34 66
34
100
100
D7
D10 D8
TR2
66 68 66
66
34 66
34
100
100
31kN
30kN
22kN
14kN
4kN
P
u.Exp.
= 39 kN
Figura 4.2- Deslocamentos verticais na direção longitudinal da Treliça TR2 da Laje L3-80-
180
02,557,51012,515
Deslocamento (mm)
0
10
20
30
40
Carga (kN/m)
D3
D8
D9
D4
D11
D3
D4
D11
D8
D9
TR2
TR1
D3
D4
D11
D8
D9
TR2
TR1
P
u.Exp.
= 39 kN
Figura 4.3 – Deslocamentos verticais na direção transversal da Laje L3-80-180
As Figuras 4.4 e 4.5 mostram que os deslocamentos verticais nas lajes L1-80-
140, L2-80-160 e L4-80-200 não tiveram a mesma simetria observada na laje L3-80-180
(Figuras 4.1, 4.2 e 4.3), mas com diferença máxima de 17% entre os deslocamentos
medidos nas vigotas treliçadas TR1 e TR2. Isso ocorreu, provavelmente, por problemas
Apresentação de resultados
78
_______________________________________________________________________________________
construtivos, que causou pequenas diferenças na largura das vigotas após a concretagem e
possivelmente pequenas diferenças na montagem do esquema de ensaio.
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Distância (cm)
-10
-9
-8
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
Deslocamentos verticais (mm)
D5D2 D4
TR1
66 68 66
66
34 66
34
100
100
D5D2 D4
TR1
66 68 66
66
34 66
34
100
100
26kN
24kN
22kN
16kN
4kN
P
u.Exp.
= 31 kN
Figura 4.4-Deslocamento vertical na direção longitudinal da treliça TR1 da laje L2-80-160
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Distância (cm)
-10
-9
-8
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
Deslocamentos verticais (mm)
D5
D2 D4
TR1
66 68 66
66
34 66
34
100
100
D7
D10 D8
TR2
66 68 66
66
34 66
34
100
100
26kN
24kN
22kN
16kN
4kN
P
u.Exp.
= 31 kN
Figura 4.5-Deslocamento vertical na direção longitudinal da treliça TR2 da laje L2-80-160
Apresentação de resultados
79
_______________________________________________________________________________________
02,557,51012,515
Deslocamento (mm)
0
10
20
30
40
Carga (kN/m)
D3
D8
D9
D4
D11
D3
D4
D11
D8
D9
TR2
TR1
D3
D4
D11
D8
D9
TR2
TR1
P
u.Exp.
= 31 kN
Figura 4.6 – Deslocamentos verticais na direção transversal da Laje L2-80-160
Os gráficos das figuras 4.7a e 4.7b foram baseados nas leituras do
deflectômetro da posição 11, porém, as leituras finais nas lajes L1-80-140, L3-80-180, L1-
80-120 e L4-00-120 foram complementadas pelas leituras realizadas pela trena, localizada
na mesma posição do deflectômetro 11. Observou-se uma ruptura mais dúctil das lajes da
2ª série apresentando flechas finais de 1,5 a 4,5 vezes maiores que as da 1ª série.
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
L2-80-160
*
L4-80-200
*
-
L5-100-120
**
L3-80-180
*
L1-80-140
*
L1-80-120**
L4-00-120
**
L2-80-120
**
L3-80-120
**
-
*
-
lajes da 1ª série
**
-
lajes da 2ª série
- - - - Deslocamentos medidos com trena
L3/L3R-80
**
-
L2/L2R-80
**
-
Detalhe A
Figura 4.7a – Deslocamento vertical central dos modelos da 1
a
e 2
a
séries
Apresentação de resultados
80
_______________________________________________________________________________________
036912
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
Carga (kN)
L2-80-160*
L4-80-200*
-
L5-100-120**
L3-80-180*
L1-80-140*
L1-80-120**
L4-00-120**
L2-80-120**
L3-80-120**
-
L3/L3R-80**
-
L2/L2R-80**
-
Figura 4.7b – Detalhe A da Figura 4.7a - Deslocamento vertical central dos modelos da 1
a
e 2
a
séries
4.4 DEFORMAÇÕES ESPECÍFICAS
4.4.1 Na Armadura
Neste item são apresentadas as variações das medidas de deformão no aço
em função da carga aplicada. Os pontos na armadura foram instrumentados conforme está
detalhado no item 3.6.
As curvas das Figuras 4.8 e 4.9 exemplificam o comportamento das treliças e
mostram que a armadura inferior de tração das lajes foi bastante solicitada, chegando ao
escoamento e por fim, à ruptura. Os fios do banzo superior das treliças (extensômetros E4
e E10), em sua maioria, foram menos solicitados ao longo de todo o carregamento,
tendendo a tracionar-se nas cargas próximas à de ruptura e até mesmo ao escoamento. Em
Apresentação de resultados
81
_______________________________________________________________________________________
função, provavelmente, de problemas construtivos em algumas lajes (pequenas diferenças
nas dimensões das peças), observou-se que a armadura de uma treliça se deformou mais
em relação à outra, como mostra a Figura 4.10.
As armaduras do sinusóide (E5 e E6), sofreram deformações que chegaram até
a 35% do valor de escoamento, conforme foi verificado na laje L1-80-120. Neste caso,
houve uma possível contribuição da armadura do sinusóide na resistência a flexão da laje.
0 2 4 6 8 101214161820
0
10
20
30
40
50
Carga (kN)
E2
E4
E5
E6
E3
E1
Tração
Deformação(‰)
Compressão
P
u
= 74kN/mP
u
= 74kN/m
Tração
Deformação(‰)
Compressão
E3
E1
E2
E4
E6
E5
P
u
= 74kN/m
TR1
P
u.Exp.
= 17 kN
Figura 4.8a- Carga x Deformação da armadura TR1 da L1-80-120
Apresentação de resultados
82
_______________________________________________________________________________________
0 2 4 6 8 101214161820
0
10
20
30
40
50
Carga (kN)
E8
E10
E7
E9
Tração
Deformação(‰)
Compressão
Tração
Deformação(‰)
Compressão
E9
E7
E8
E10
TR2
P
u.Exp.
= 17 kN
Figura 4.8b - Carga x Deformação da Armadura da TR2 da L1-80-120
-2 0 2 4 6 8 101214161820
0
10
20
30
40
50
Carga (kN)
E4
E1
Tração
Deformação(‰)
Compressão
Tração
Deformação(‰)
Compressão
E11
E2
TR1
P
u.Exp.
= 25 kN
E1E3
E4
E2
E11
E3
Figura 4.9a - Carga x Deformação da Armadura da TR1 da L1-80-140
Apresentação de resultados
83
_______________________________________________________________________________________
0 2 4 6 8 101214161820
0
10
20
30
40
50
Carga (kN)
E10
E12
E7
Tração
Deformação(‰)
Compressão
E12
E8
TR2
P
u.Exp.
= 25 kN
E7E9
E10
E8
E9
Figura 4.9b - Carga x Deformação da Armadura da TR2 da L1-80-140
0 2 4 6 8 101214161820
0
10
20
30
40
50
60
Carga (kN)
Tração
Deformação(‰)
Compressão
E1
E2
E13
E9
E7
E10
TR1
TR2
E2E1
E10
E7
E4
E8
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp.
= 39 kN
E12
E11
E1
E2
E4
E2
E7
E12
E11
E8
E10
Figura 4.10a – Deformação da armadura da seção central da laje L3-80-180
Apresentação de resultados
84
_______________________________________________________________________________________
0 2 4 6 8 101214161820
0
10
20
30
40
50
60
Carga (kN)
Tração
Deformação(‰)
Compressão
E1
E2
E13
E9
E7
E10
TR1
TR2
E2E1
E10
E7
E4
E8
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp.
= 17 kN
E1
E2
E2
E7
E10
E4
E8
Figura 4.10b – Deformão da armadura da seção central da laje L1-80-120
Nas lajes da 1ª série foram fixados extensômetros nas barras de distribuição
(conforme item 3.6) que em sua maioria foram menos solicitadas ao longo de todo o
carregamento, tendendo a tracionar-se nas cargas próximas à de ruptura e até mesmo ao
escoamento, e em alguns casos com valores próximos aos dos banzos superiores, conforme
mostrado na Figura 4.9a.
A Figura 4.10a mostra que a armadura de tração da treliça TR2 deformou-se
mais em relação à TR1, mostrando que a TR2 foi a treliça mais solicitada na laje L3-80-
120. Já a Figura 4.10b mostra que foi a TR1 a treliça mais solicitada da laje L1-80-120.
4.4.2 No Concreto
Conforme ASSIS (2005), foi observado que a deformação do concreto na
direção das extremidades da alma era praticamente igual à medida no eixo da treliça, a
instrumentação foi feita de acordo com o item 3.6 e conforme é mostrado na Figura 4.11.
Apresentação de resultados
85
_______________________________________________________________________________________
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
0
10
20
30
40
Carga (kN)
Compressão
Deformação(‰)
C1
C2
C3
C5
C4
C2
C3
C4
C5
C6
C7
C8
C1
Planta Baixa
TR1
TR2
TR1
TR2
C1
C3
C2 C4 C5 C6 C7 C8
Corte A
A
AA
C2
C3
C4
C5
C6
C7
C8
C1
Planta Baixa
TR1
TR2
A
A
C2
Planta Baixa
TR1
TR2
A
AA
C1
C3
C4
C5
TR1
TR2
A
A
TR1
TR2
C1
C3
C2 C4 C5 C6 C7 C8
TR1
TR2
C3
Corte A
TR1
TR2
C2
C1 C3 C4 C5
P
u
= 74kN/mP
u,Exp
= 14 kN
Figura 4.11 – Deformação do concreto na face superior da laje L5-80-120
Na maioria das lajes, não se observou uma simetria, nos encurtamentos
ocorridos no concreto ao longo do ensaio. Isso se deve, possivelmente, pela diferea das
dimensões das vigotas treliçadas em função de problemas construtivos, já que, as vigotas,
inclusive suas sapatas, foram concretadas de uma só vez, diferentemente de como ocorre
na prática, favorecendo o surgimento de possíveis erros que levam a diferenças nas
medidas das peças.
As Figuras 4.12a e 4.12b mostram que em função das diferenças das dimensões
entre vigotas da mesma peça, uma foi mais solicitada que a outra recebendo uma maior
parcela da carga aplicada e, conseqüentemente, se deformando mais.
Apresentação de resultados
86
_______________________________________________________________________________________
0102030405060708090100
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
Deformação (‰)
5 kN
15 kN
22,50 kN
30 kN
32,5 kN
Posição (cm)
C5
C3
C2
C1
C1
C3
C2
C4
C5
TR1
TR2
Corte
C1
C3
C2
C4
C5
TR1
TR2
Seção Central
P
u,Exp
= 45 kN
C4
Figura 4.12a – Deformação do concreto na seção central da laje L4-80-200
0 102030405060708090100
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
Deformação (‰)
1 kN
5 kN
7 kN
10 kN
12 kN
Posição (cm)
C5
C4
C3
C2
C1
C1
C3
C2
C4
C5
TR1
TR2
Corte
C1
C3
C2
C4
C5
TR1
TR2
Seção Central
P
u,Exp
= 14 kN
Figura 4.12b – Deformação do concreto na seção central da laje L5-100-120
Apresentação de resultados
87
_______________________________________________________________________________________
As Figuras 4.13 e 4.14 mostram a variação da deformação do concreto em
função da carga para as lajes da 1
a
e 2
a
séries, respectivamente. Os valores plotados foram
obtidos fazendo a média entre os dois valores de deformação (C2 e C4).
0 0,5 1 1,5 2
0
10
20
30
40
50
Carga (kN)
Compressão
Deformação(‰)
L1-80-140
L2-80-160
L4-80-200
L3-80-180
TR1
TR2
C2
C4
Corte
TR1
TR2
C2
C4
Seção Central
Figura 4.13– Deformação do concreto nas lajes analisadas na 1
a
série
0 0,5 1 1,5 2
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
Compressão
Deformação(‰)
L1-80-120
L2-80-120
L4-00-120
L3-80-120
TR1
TR2
C2
C4
Corte
TR1
TR2
C2
C4
Seção Central
L5-100-120
L3/L3R-80
L2/L2R-80
Figura 4.14– Deformação do concreto nas lajes analisadas na 2
a
série
Apresentação de resultados
88
_______________________________________________________________________________________
Conforme verificado nos gráficos das Figura 4.13, na 1
a
série, as maiores
deformações foram no concreto da laje L1-80-140, de 1,16 mm/m enquanto que na 2ª série
foi de 2,58 mm/m da laje L3/L3R-80, sendo que ambos os valores comprovam que o
concreto não sofreu esmagamento na face comprimida das lajes.
Observou-se também que a deformação máxima da laje reforçada L3/L3R-80
foi 94% superior a da laje de referência L1-80-120. No entanto as cargas de ruptura,
respectivamente, foram 69kN e 17 kN, apresentando portanto uma diferença de 4 (quatro)
vezes.
A deformação máxima da laje reforçada L2/L2R-80 foi 59% superior a da laje
de referência L1-80-120, ressaltando porém que a laje reforçada rompeu com uma carga de
58 kN, superior a 3 (três) vezes a carga de ruptura da de referência.
4.5 FISSURAS
Marcaram-se para cada estágio de carregamento, todas as fissuras que foram
observadas visualmente. As fissuras inicialmente surgiram na parte inferior da laje,
transversalmente à sapata da treliça eletrosoldada e subiam pela alma das vigotas em
direção a mesa de compressão.
Foi observado que ocorreu um maior aparecimento de fissuras de flexão,
principalmente entre os dois pontos de aplicação de carga. A medida que se ia aumentando
o carregamento, fissuras verticais eram formadas nas regiões mais próximas aos apoios,
sendo que, posteriormente estas começavam a inclinar-se em direção aos pontos de
aplicação de carga, caracterizando a influência do esforço cortante nesta região.
A laje L4-80-200, que da 1ª série é a que apresenta a menor taxa de armadura,
foi a que visualmente apresentou o comportamento menos dúctil, apresentando o menor
número de fissuras de todas as lajes, inclusive com relação a 2ª série.
Nas lajes da 2
a
série, a laje L4-00-120 foi a que apresentou o menor número
de fissuras, demonstrando ser a que teve o comportamento menos dúctil nesta série.
As Figuras 4.15 e 4.16a e 4.16 b mostram o estado final de fissuração, após a
ruptura, das lajes das 1
a
série e as da 2
a
série monoticas e reforçadas, respectivamente,
em relação ao posicionamento da armadura treliçada e a posição em que houve a ruptura
das lajes (fissura principal).
Apresentação de resultados
89
_______________________________________________________________________________________
Quanto à posição da fissura de ruptura, que é onde localizou-se a ruptura da
laje e das armaduras de tração longitudinal inferiores, ocorreu próxima à seção central ou
logo abaixo de um dos pontos de aplicação da carga.
TR2
TR1
L1-80-140
Fissura
de
ruptura
P/2 P/2
P
u,EXP
=25kN
TR1
TR2
L2-80-160
P
u,EXP
=31kN
P/2 P/2
Fissura
de
ruptura
TR1
TR2
L3-80-180
P
u,EXP
=39kN
P/2 P/2
Fissura
de
ruptura
TR1
TR2
L4-80-200
P
u,EXP
=45kN
P/2 P/2
Fissura
de
ruptura
Figura 4.15- Estado de fissuração final das lajes da 1
a
série
Apresentação de resultados
90
_______________________________________________________________________________________
TR1
TR2
L1-80-120
Fissura
de
ruptura
P
u,EXP
=17kN
P/2
P/2
Treliça
Eletrosoldada
Fissuras
TR1
TR2
L2-80-120
P
P
=11kN
P/2 P/2
Treliça
Eletrosoldada
Fissuras
TR1
TR2
L3-80-120
P
P
=10kN
P/2
P/2
Treliça
Eletrosoldada
Fissuras
TR1
TR2
L4-00-120
Fissura
de
ruptura
P
U,Exp
=11kN
P/2
P/2
Treliça
Eletrosoldada
Fissuras
TR1
TR2
L5-100-120
Fissura
de
ruptura
P
U,Exp
=14kN
P/2
P/2
Treliça
Eletrosoldada
Fissuras
Figura 4.16a – Estado de fissuração final das lajes monoticas da 2
a
série
Apresentação de resultados
91
_______________________________________________________________________________________
TR1
TR2
L2/L2R-80
P
u,EXP
=58kN
P/2 P/2
Fissura
de
ruptura
TR1
TR2
L3/L3R-80
P
u,EXP
=69kN
P/2 P/2
Fissura
de
ruptura
Figura 4.16b – Estado de fissuração final das lajes reforçadas da 2
a
série.
As fissuras que levavam a laje à ruptura chegavam, sempre, à mesa de
compressão e bem próximas à face superior das lajes, inclusive nas peças reforçadas, em
que as fissuras ultrapassavam a junta de ligação entre o material do reforço e o substrato,
sem o aparecimento de fissuras horizontais, evidenciando que houve a transferência de
esforços entre os dois materiais, o que também ficou comprovado pelas leituras realizadas
nos deflectômetros posicionados em suas laterais, visto que os mesmos permaneceram com
a mesma leitura do início ao fim dos ensaios.
As cargas de primeira fissura visualmente observadas no ensaio (
P
cr,visual
) e
determinadas graficamente (
P
cr.gráf
.
) através das curvas carga x deslocamento vertical estão
dispostas na Tabela 4.3. Estas observações não foram feitas para as lajes refoadas
L2/L2R-80 e L3/L3R-80, pois elas já estavam fissuradas.
Apresentação de resultados
92
_______________________________________________________________________________________
Tabela 4.3 – Carga de fissuração obtida experimentalmente e teoricamente.
Série Laje
ρ
adot
.
(%)
P
cr.visual
(kN)
P
cr.graf
.
(kN)
P
cr.graf
.
+q+F
(kN) (1)
P
cr.teo
(kN)
P
cr.teo
+q+F
(kN) (2)
Coluna
(1)/(2)
L1-80-140
0,241
9 6
9,9 3,46
7,36 1,35
L2-80-160
0,190
16 10
14,4 5,84
10,24 1,40
L3-80-180
0,160
16 12
15,9 8,88
12,78 1,24
L4-80-200
0,138
17,5 17,5 22,9 12,31 17,71 1,29
L1-80-120
0,333
4 2
5,4 0,98
4,38 1,23
L2-80-120
0,322
2 2
5,4 1,07
4,47 1,21
L3-80-120
0,328
3 2
5,4 1,04
4,44 1,22
L4-00-120
0,093
3 2
5,4 1,13
4,53 1,19
L5-100-120
0,193
6 3
6,4 1,19
4,59 1,39
q – peso próprio da laje;
F – peso do aparato de aplicação da carga, que para todas as lajes foi de 2 kN;
P
cr,visual
– carga de 1ª fissura observada visualmente;
P
cr,.graf
.
– carga de fissuração determinada através da curva carga x deslocamento vertical
de cada laje.
P
cr.teo
– carga de fissuração determinada teóricamente (Anexo 1).
As maiores inércias da seção transversal das lajes da 1ª série foram as
principais responsáveis pelas suas maiores cargas de fissuração, quando comparadas as
lajes da 2ª série.
Análise dos Resultados
93
CAPÍTULO 5
ANÁLISE DOS RESULTADOS
A partir dos ensaios das 2 (duas) séries de lajes foram obtidos dados relevantes
que neste capítulo são analisados e discutidos, fazendo um estudo comparativo entre os
resultados experimentais e tricos (Anexo 1). São analisados os resultados de carga e
modo de ruptura, deslocamento vertical, deformações no aço e concreto, além da formação
e desenvolvimento das fissuras.
5.1 ANÁLISE DAS LAJES
Neste item é feita a análise dos resultados experimentais obtidos nos ensaios
das lajes de cada série, assim como a análise comparativa destes resultados com os
resultados teóricos calculados de acordo com a NBR 6118:2003.
5.1.1 RESULTADOS EXPERIMENTAIS
5.1.1.1 – CARGA E MODO DE RUPTURA
As lajes monoticas foram ensaiadas de uma só vez até a ruptura, exceto as
lajes L2-80-120 e L3-80-120 da 2
a
série que foram ensaiadas até uma carga de parada pré-
definida para, em seguida, receberem a camada de reforço na face superior e serem
novamente testadas.
Todas as lajes romperam por flexão com escoamento e posterior ruptura da
armadura inferior de tração, sem o aparecimento de fissuras horizontais na ligação entre o
substrato e o material de reforço nas lajes reabilitadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80. Quando
ocorreu a ruptura, para algumas lajes, as armaduras de distribuição e do banzo superior se
aproximaram do escoamento (Anexo 3). As lajes apresentaram deformações ápos a
ruptura, visíveis.
Não se notou, visualmente através de fissuras na junta o desplacamento entre o
substrato e o novo concreto aplicado como reforço, evidenciando a transferência dos
Análise dos Resultados
94
esforços na região da ligação. Este comportamento também foi verificado através dos
deflectômetros colocados nas laterais das lajes, conforme programa experimental(item
3.6).
A Tabela 5.1 mostra e compara as cargas de ruptura experimental e teóricas das
lajes. Como as armaduras longitudinais resistentes à flexão, compostas pela armadura do
banzo superior e inferior e de distribuição, estavam a diferentes distâncias da face superior
da laje, considerou-se a altura útil de cada seção de aço (Anexo 1).
Tabela 5.1 – Comparações das características e cargas de ruptura das lajes da 1
a
e 2
a
rie
Série Laje
h
(cm)
.adot
ρ
(%)
d
1
(cm)
d
2
(cm)
d
3
(cm)
.,Expu
P
(KN)
.,Expu
P
+
q+F(KN)
Col
(
1
)
10,
Teou
P
+
q+F (kN)
Col
(
2
)
Teou
P
,
+ q+F
(
kN
)
Col(1)
Col(2)
Col(1)
Col(3)
L1-80-140 14,3 0,241 13,3 5,3 2,5 25 28,9 22,34 23,95 1,29 1,21
L2-80-160 16,4 0,190 15,4 7,4 2,5 31 35,4 29,24 33,33 1,21 1,06
L3-80-180 18,4 0,160 17,4 9,4 2,5 39 43,9 37,00 36,99 1,19 1,19
1
a
L4-80-200 20,2 0,138 19,2 11,2 2,5 45 50,4 37,97 43,70 1,30 1,15
L1-80-120 12
,
1 0
,
333 10
,
62
,
62
,
617 20
,
419
,
90 19
,
90 1
,
03 1
,
03
L2-80-120 12,3 0,322 10,5 2,5 2,5 - - - - - -
L3-80-120 12,2 0,328 10,5 2,5 2,5 - - - - - -
L4-00-120 12,2 0,093 10,5 - - 11 14,4 14,65 14,65 0,98 0,98
L5-100- 12,3 0,193 11 1 - 14 17,6 15,40 15,40 1,14 1,14
L2/L2R-80 18,1 0,162 17 9 9 58 62,9 49,92 49,92 1,26 1,26
2
a
L3/L3R-80 18,1 0,230 17 9 9 69 73,9 59,86 63,34 1,24 1,17
d
1
– altura útil da ferragem do banzo inferior; d
2
– altura útil da ferragem do banzo superior;
d
3
– altura útil da ferragem de distribuição;
ρ
adot.
- taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de dimensões reais
(Tabela 3.2);
P
u.Exp.
- Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve a ruptura da laje no ensaio ;
P
u,Teo-10
– Carga de ruptura teórica da laje, considerando deformação de 10‰ na ferragem do
banzo inferior (Anexo 1)
;
P
u,Teo
– Carga de ruptura teórica da laje, considerando deformação até ruptura na ferragem do
banzo inferior (Anexo 1)
;
Obs.: 1 Os valores de h e d são os valores reais encontrados;
2 – A laje L3/L3R-80 é a laje reforçada com ferragem, cuja altura útil é de 6 cm e que
também foi considerada nos lculos.
A laje que possui os valores teóricos de ruptura mais próximo do valor
experimental foi a L4-00-120, com uma diferença de 2%, justamente a laje que não possui
treliça, apenas uma armadura longitudinal de tração na parte inferior da laje. Ressaltando
que uma parte da diferença existente entre os valores teóricos e os experimentais se devem
a contribuição que a treliça realiza a resistência da laje aos esforços de flexão, pois como
mencionado, foi constatado que os sinusóides sofreram esforços de tração ou compressão
durante os ensaios das lajes (Anexo 3).
Análise dos Resultados
95
A laje L3/L3R-80 apresentou uma carga de ruptura 19% superior a L2/L2R-80,
demonstrando o ganho que se pode ter, neste caso, quando acrescentada uma camada de
armadura juntamente com o reforço de concreto.
Em relação à laje de referência L1-80-120, as lajes reforçadas L2/L2R-80 e
L3/L3R-80 apresentaram cargas de ruptura bem superiores, 3 e 3,6 vezes, respectivamente.
No caso da L2/L2R-80 esse ganho de carga se deve principalmente ao aumento
da altura útil dia (de 5,72 cm em L1-80-120 para 11,47 em L2/L2R-80), porém em
relação a laje L3/L3R-80 esse ganho se deu também em relação ao acréscimo que se teve
da armadura na região do reforço.
Ao compararmos o ganho de carga entre as duas lajes reforçadas L2/L2R-80 e
L3/L3R-80 e depois em relação à laje de referência L1-80-120, podemos constatar que o
maior ganho no momento resistente se deu principalmente com o acréscimo da altura útil
média, mesmo com uma queda na taxa de armadura, 105% e 45% respectivamente, em
função do aumento da área de concreto devido à aplicação dos reforços de concreto.
Mesmo com uma redução na taxa de armadura das lajes reforçadas em relação
à laje de referência, em função do aumento da seção transversal de concreto, em todas as
lajes a taxa geométrica de armadura esteve superior à taxa mínima de 0,15% prescrita na
NBR 6118:2003.
5.1.1.2 CARGA x DESLOCAMENTO VERTICAL
Os gráficos das Figuras 5.1a e 5.1b mostram as curvas
carga x deslocamento
vertical
na seção central do vão para todas as vigas. Essas curvas apresentam o mesmo
formato, sendo formado por basicamente três segmentos: o primeiro ocorre quando o
concreto da face tracionada ainda não fissurou, caracterizando a fase elástico-linear (não
ocorrendo nas lajes reforçadas por já estarem fissuradas), em seguida, há uma mudança de
inclinação da curva evidenciando uma perda de rigidez em função do início do processo de
fissuração (fase elasto-plástica) e, por fim, a fase plástica em que se observa um maior
aumento na flecha sem grandes incrementos no carregamento imposto, até atingir a carga
de ruptura.
Análise dos Resultados
9
6
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
L2-80-160
*
L4-80-200
*
-
L5-100-120
**
L3-80-180
*
L1-80-140
*
L1-80-120**
L4-00-120
**
L2-80-120
**
L3-80-120
**
-
*
-
lajes da 1ª série
**
-
lajes da 2ª série
- - - - Deslocamentos medidos com trena
L3/L3R-80
**
-
L2/L2R-80
**
-
Detalhe A
Figura 5.1a – Curvas Carga x deslocamento vertical das lajes da 1
a
e 2
a
série
036912
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
Carga (kN)
L2-80-160*
L4-80-200*
-
L5-100-120**
L3-80-180*
L1-80-140*
L1-80-120**
L4-00-120**
L2-80-120**
L3-80-120**
-
L3/L3R-80**
-
L2/L2R-80**
-
Figura 5.1b – Detalhe A da Figura 5.1a - Deslocamento vertical central dos modelos da 1
a
e 2
a
séries
Análise dos Resultados
9
7
Graficamente é possível de se determinar o momento de 1ª fissura das lajes,
mas podemos notar que principalmente para as lajes da 1ª série que possuíam uma seção
transversal com maior inércia, a mudança de inclinação das curvas são menores,
principalmente na fase elásto-plástica, gerando menores delocamentos para mesmos
valores de carga, dificultando a identificação do exato momento de fissuração.
Apesar das lajes reforçadas possuírem a mesma altura total (h) que a laje da 1ª
série L3-80-180, elas além de apresentarem uma carga de ruptura maior também obtiveram
deslocamentos verticais menores, devido as as armaduras de distribuição em L3-80-180
estarem a 2,5 cm da face superior da laje, enquanto que nas lajes L2/L2R-80 e L3/L3R-80
elas estavam a 9 cm, fazendo com que a contribuição destas armaduras a inércia destas
lajes fosse maior e consequentemente o momento resistente fosse superior ao da laje L3-
80-180.
Através da Figura 5.1 verificamos que a relação entre a flecha das peças da 1
a
série e 2
a
, onde os deslocamentos de todas as lajes com maior espessura de capeamento,
monotica ou reforçada, foram sempre menores que os da laje de referência L1-80-120. A
medida em que se aumenta o carregamento essa diferença aumenta pois na segunda fase
(elasto-plástica) a curva
carga x deslocamento vertical da laje L1-80-120 teve uma
mudança mais brusca de direção o que gerou maiores flechas para mesmos valores de
carga em relão às outras lajes com maior espessura de capeamento de concreto.
Ressaltamos que as lajes da 1ª série apesar de confeccionadas conforme é
permitido pelas normas da ABNT, os seus capeamentos estão acima do que é usualmente
utilizado comercialmente, pois a medida que se aumenta a altura da laje o material de
enchimento também tem sua altura elevada. O objetivo era verificar o comportamento das
lajes treliçadas a medida que se reduzia a taxa de armadura.
5.1.1.3 – CARGA x DEFORMAÇÃO DO CONCRETO
Nas Figuras 5.2 e 5.3 são mostradas as curvas carga x deformação do concreto
da face superior das lajes da 1
a
e 2
a
ries, respectivamente. Os valores foram obtidos
fazendo uma média aritmética das deformações referentes às posições 2 e 4 mostradas na
Análise dos Resultados
98
figura. As curvas mostram que o concreto da face superior das lajes teve deformações de
compressão significativas.
Em todas as lajes, a deformação do concreto, antes da carga de ruptura, foi
inferior à deformação última do concreto de aproximadamente 3,5‰. Assim que não
ocorreu o esmagamento do concreto na face superior, o que também pode ser notado
visualmente após os ensaios.
0 0,5 1 1,5 2
0
10
20
30
40
50
Carga (kN)
Compressão
Deformação(‰)
L1-80-140
L2-80-160
L4-80-200
L3-80-180
TR1
TR2
C2
C4
Corte
TR1
TR2
C2
C4
Seção Central
Figura 5.2 – Carga x deformação do concreto das lajes da 1ª série.
Análise dos Resultados
99
00,511,52
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
Compressão
Deformação(‰)
L1-80-120
L2-80-120
L4-00-120
L3-80-120
TR1
TR2
C2
C4
Corte
TR1
TR2
C2
C4
Seção Central
L5-100-120
L3/L3R-80
L2/L2R-80
Figura 5.3– Carga x deformação do concreto das lajes da 2ª série.
Conforme foi observado nas curvas
carga x deslocamento vertical, a medida
em que se aumenta o capeamento da mesa de compressão das lajes, ocorreu uma mudança
menos brusca da inclinação da reta após a fissuração do concreto da região tracionada,
gerando menor deformação de compressão no concreto para mesmos valores de carga.
5.1.1.4 – CARGA x DEFORMAÇÃO DA ARMADURA
A única armadura contida dentro da sapata das vigotas treliçadas era a do
banzo inferior, e em todas as lajes foi de diâmetro de 4,2mm e
ε
y
=3,0‰.
Análise dos Resultados
100
Tabela 5.2–Relação entre cargas de escoamento e ruptura da 1
a
e 2ª série.
Série Laje
..Expu
P
(kN)
)(BIy
P
(kN)
Expu
BIy
P
P
.
)(
L1-80-140 25 15 0,61
L2-80-160 31 24 0,77
L3-80-180 39 31 0,79
L4-80-200 45 32,5 0,72
L1-80-120 17 10 0,59
L4-00-120 11 10 0,91
L5-100-120 14 12 0,85
L2/L2R-80 58 42 0,72
L3/L3R-80 69 46 0,67
P
u.Exp
– Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve a ruptura
experimental;
P
y(BI)
- Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve o
escoamento da armadura do banzo inferior da treliça.
Na tabela 5.2 mostra e compara as cargas de ruptura e escoamento entre as
lajes ensaiadas. Para as lajes da 1ª série, a armadura do banzo inferior escoou a um valor
médio de 72% da carga de ruptura alcançada durante o ensaio (P
u.Exp
), enquanto que as da
2ª série esta mesma armadura escoou com diferenças que chegaram até 91% na laje L4-00-
120, onde esta diferença em relação a carga última se deveu ao fato de que não havia outra
armadura, apenas a inferior, ocorrendo a ruptura da mesma logo após o escoamento.
Na laje L5-100-120, que era constituída de treliça e consequentemente possuir
uma armadura no banzo superior, que estava a 1 cm da face superior da laje, a armadura do
banzo inferior escoou a um valor de 85% da carga de ruptura, demostrando que a presença
da treliça oferece uma contribuição para a resistência a flexão da laje.
Na Figura 5.4 é verificado que, devido o incremento na altura e
consequentemente de uma camada de concreto na mesa de compressão das lajes L3-80-180
e L4-80-200, suas armaduras longitudinais de tração apresentaram menores deformações
para mesmos valores de carga, na fase elasto-plástica, do que as deformações observadas
na laje L1-80-140. Porém este comportamento só pode ser constatado entre diferenças de
altura mais relevantes, pois as lajes L3-80-180 e L4-80-200 que possuem uma diferença de
altura de 2 cm, apresentaram comportamentos semelhantes na fase elasto-plástica.
A laje L2-80-160 o apresentou as maiores deformações da armadura
longitudinal de tração desta laje não ocorreram na região central da mesma (Anexo 3).
Análise dos Resultados
101
012345678910
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN/m)
Tração
Deformação(‰)
L2-80-160
L4-80-200
L3-80-180
L1-80-140
E1
E2
E13
E9
E7
E10
TR1
TR2
E2
E1
E7
E8
TR1
TR2
Seção Central
Figura 5.4–
Carga x deformação da armadura do banzo inferior da treliça na seção central
das lajes da 1ª série.
Conforme demonstrado na Figura 5.5, nas lajes reforçadas L2/L2R-80 e
L3/L3R-80, suas armaduras tracionadas foram menos solicitadas que a da laje de
referência (L1-80-120) na fase elasto-plástica, para mesmos valores de carga.
O acréscimo de ferragem na região do reforço da laje L3/L3R-80 funcionou
semelhante a um acréscimo na altura da laje, pois além de apresentar uma maior resistência
final que a da laje L2/L2R-80, também foi verificado que suas armaduras tracionadas
foram menos solicitadas na fase elasto-plástica.
Análise dos Resultados
102
-1012345678910
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN/m)
Tração
Deformação(‰)
L2-80-120
L4-00-120
L3/L3R-80
L3-80-120
L1-80-120
L2/L2R-80
E1
E2
E9
E10
TR1
TR2
E2
E1
E7
E8
TR1
TR2
Seção Central
L5-100-120
Figura 5.5 –
Carga x deformação da armadura do banzo inferior da treliça na seção central
das lajes da 2ª série
Nas duas séries de lajes, com o acréscimo na altura da camada de compressão
das lajes, as armaduras tracionadas foram menos solicitadas na fase elasto-plástica,
gerando uma mudança de inclinação menos brusca da reta, caracterizando um aumento de
rigidez à flexão das peças e conseqüentemente menor deformação da armadura para
mesmos valores de carga.
Na laje L5-100-120 as maiores deformações da armadura longitudinal de
tração não ocorreram na região central da mesma (Anexo 3).
Todas as lajes romperam por flexão com escoamento e ruptura da armadura de
tração sendo que, próximo da carga última, a deformação da armadura de todas as lajes
eram superiores a 7‰.
As rupturas das armaduras de tração ocorreram primeiramente nas ferragens
dos banzos inferiores de uma das trelas, sendo que ao se tentar dar continuidade no
ensaio com a aplicação de carga, a ferragem do banzo inferior da outra treliça também
rompia, sem acréscimo no valor da carga de ruptura.
As Figuras 5.6 e 5.7 apresentam as curvas
carga x deformação na armadura
dos fios do banzo superior das treliças das lajes da 1ª e 2ª séries respectivamente.
Análise dos Resultados
103
-1012345678910
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN/m)
Tração
Deformação(‰)
L2-80-160
L4-80-200
L3-80-180
L1-80-140
TR1
TR2
TR1
TR2
E4
E10
Seção
Central
Figura 5.6 –
Carga x deformação da armadura do banzo superior da treliça na seção
central das lajes da 1ª série
-1012345678910
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN/m)
Tração
Deformação(‰)
L2-80-120
L3-80-120
L1-80-120
TR1
TR2
TR1
TR2
E4
E10
Seção
Central
L2/L2R-80
L3/L3R-80
Figura 5.7 –
Carga x deformação da armadura do banzo superior da treliça na seção
central das lajes da 2ª série
Análise dos Resultados
104
Essas armaduras superiores foram pouco solicitadas para baixas cargas mas, a
medida que se aumentava o carregamento, a peça perdia rigidez a flexão, devido a redução
da inércia da seção transversal em conseqüência da fissuração do concreto da região
tracionada provocando maiores deformações na armadura, chegando em alguns casos até o
escoamento.
A Figura 5.8 apresenta as curvas
carga x deformação na armadura de
distribuição
das lajes da 1ª série. De acordo com a figura, observa-se que essas armaduras
apresentaram deformações negativas até mesmo para cargas próximas da ruptura das lajes.
Caracterizando que durante a maior parte do carregamento estavam sendo comprimidas.
Isto ocorreu devido ao fato de que nas lajes 1ª série a armadura de distribuição foi colocada
a 2,5 cm da face superior das lajes.
Este comportamento não ocorreu nas lajes da série, pois as armaduras de
distribuição se encontravam no mesmo alinhamento que os banzos superiores, na mesma
distância da face superior (2,5 cm). Apesar desta distância ser a mesma, as lajes da 1ª série
possuem uma altura (h) superior as da 2ªrie, conseentemente um braço de alavanca
maior.
-2-1012345678910
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN/m)
Tração
Deformação(‰)
L2-80-160
L3-80-180
L1-80-140
TR1
TR2
E11
E12
Seção
Central
L4-80-200
Figura 5.8–
Carga x deformação da armadura de distribuição das lajes da 1ª série
Análise dos Resultados
105
Na Tabela 5.3 são apresentadas as posições da armadura do banzo superior da
treliça, da armadura de distribuição e da linha neutra das lajes para carregamentos iniciais e
próximos dos finais. Esses valores foram obtidos utilizando a hitese de que seções
permanecem planas após se deformarem.
Tabela 5.3 – Posição da linha neutra e dos fios dos banzos inferior e superior das lajes da
1ª e 2ª séries e da armadura de distribuição das lajes da 1ª série.
rie
Laje
Posição do
B.S.(cm)
Posição da
armadura de
distribuição
(cm)
Carga
(kN)
ε
c
(mm/m)
ε
s
(mm/m)
x
(cm)
2 0,015 0,016 3,33
L1-80-140 5,3 2,5
18 0,676 6,121* 1,32
2 0,015 0,016 7,32
L2-80-160 7,4 2,5
30 0,208 3,086 0,97
2 0,009 0,010 8,24
L3-80-180 9,4 2,5
34 0,372 6,736* 0,91
5 0,014 0,059 3,75
L4-80-200 11,6 2,5
32,5 0,168 6,871*
0,46
2 0,013 0,022 3,97
L1-80-120 2,6 2,6
17 0,444 6,680 0,66
2 0,011 0,025 3,25
L4-00-120 - -
11 0,019 2,547 0,08
2 0,004 0,035 1,16
L5-100-120 1 -
14 0,270 2,806 0,92
2 0,017 0,018 8,26
L2/L2R-80 9 9
56 2,217 6,984* 2,82
2 0,010 0,016 6,55
L3/L3R-80 9 9
69 2,537 6,277
4,89
ε
c
- deformação específica do concreto comprimido (face superior), obtido nos
ensaios;
ε
s
- deformação específica do aço tracionado do banzo inferior (vigota treliçada),
obtido nos ensaios;
x - Posição da linha neutra, calculada com base nos resultados experimentais de
ε
c
e
ε
s
em relação à face superior da laje (Vide Anexo 1);
* - estas deformações são a última leitura realizada disponível, pois houve mau
funcionamento dos extensômetros ao final do ensaio.
Análise dos Resultados
10
6
Para as lajes da 2ª série os resultados demonstram que para os primeiros
carregamentos (2kN), a linha neutra se encontrava acima da armadura do banzo superior da
treliça e da armadura de distribuição apenas para as lajes reforçadas, significando portanto
que estas já se encontravam em tração nestas lajes. Para as lajes da 1ª série a posição da
linha neutra indica que as armaduras do banzo superior tracionaram também já nos
primeiros carregamentos, não incluindo a armadura de distribuição que estava mais
próxima da face superior da laje.
Para o último estágio de carregamento, com a peça já fissurada e
conseqüentemente momento de inércia reduzido, devido a fissuração do concreto na região
tracionada, a linha neutra se encontrava posicionada mais próxima da face superior de
todas as lajes, inclusive acima das armaduras de distribuição das lajes da 1ª série.
Estes resultados da Tabela 5.3 confirmam que a armadura de distribuição e do
banzo superior da treliça contribuíram na resistência à flexão das peças ensaiadas, pois
essas armaduras se encontravam em tração, próximo da ruptura, e bem abaixo da posição
da linha neutra (x), proporcionando um bro de alavanca considerável com o concreto
comprimido.
5.2 RESULTADOS EXPERIMENTAIS X RESULTADOS
CALCULADOS DE ACORDO COM NBR 6118:2003
- Carga de Ruptura
A Tabela 5.4 apresenta os valores de cargas obtidos experimentalmente e de
acordo com a NBR 6118:2003 e faz uma comparação entre estes valores.
As cargas última teórica (P
uTeo
), de referência (P
BI
) e de escoamento teórica
(P
yTeo
) foram calculadas, respectivamente, conforme itens 1.3 e 1.4 do Anexo 1,
apresentado neste trabalho. Nos valores das cargas teóricas foram descontados os pesos
próprios das lajes e dos equipamentos de aplicação de carga.
Para o cálculo das cargas tricas foram consideradas como área de aço
tracionada a armadura do banzo inferior, superior e de distribuição pois, todas elas estavam
abaixo da linha neutra e contribuiram para a resistência a flexão da peça (Tabela 5.3).
Análise dos Resultados
10
7
Tabela 5.4 - Cargas experimentais e teóricas das peças da 1
a
série e 2ª série
rie
Laje
.,Expu
P
(KN)
.,Expu
P
+
q+F(KN)
Col(1)
..Teou
P
+
q+F (kN)
Col (2)
10,
Teou
P
+
q+F (kN)
Col (3)
..Teoy
P
+
q+F
(kN)
BI
P
+
q+F
(kN)
Col(1)
Col(2)
Col(1)
Col(3)
L1-80-140 25 28,9 23,95 22,34 25,59 15,99 1,21 1,29
L2-80-160 31 35,4 33,33 29,24 30,73 18,53 1,06 1,21
L3-80-180 39 43,9 36,99 37,00 35,90 20,94 1,19 1,19
L4-80-200 45 50,4 43,70 37,97 40,02 23,12 1,15 1,33
L1-80-120 17 20,4 19,90 19,90 18,82
12,73
1,03 1,03
L4-00-120 11 14,4 14,65 14,65 12,55 12,59 0,98 0,98
L5-100-120 14 17,6 15,40 15,40 13,94 13,20 1,14 1,14
L2/L2R-80 58 62,9 49,92 49,92 45,63 20,44 1,26 1,26
L3/L3R-80 69 73,9 63,34 59,86 58,95 20,44 1,17 1,24
q – peso próprio da laje;
F – peso do aparato de aplicação da carga, que para todas as lajes foi de 2 kN;
P
u.Exp
.
= Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve ruptura da laje no ensaio;
P
u,Teo-10‰
– Carga de ruptura teórica da laje, considerando deformação de 10‰ na
ferragem do banzo inferior (Anexo 1);
P
u,Teo
– Carga de ruptura teórica da laje, considerando deformação até ruptura na
ferragem do banzo inferior (Anexo 1);
P
y.Teo
.
= Carga teórica que geraria o escoamento da armadura com valores de tensão no
aço obtido experimentalmente (Anexo 1);
P
BI
= Carga de referência, levando em consideração apenas a contribuição da tensão de
escoamento da armadura do banzo inferior, sem nenhum coeficiente de minoração.
A Tabela 5.4 mostra que os valores de carga de ruptura das lajes reforçadas,
obtidos experimentalmente (P
u
,
Exp
+q+F), foram superiores aos calculados teoricamente
(P
u,Teo-10
‰+
q+F), em 26% e 17%, se consideradas apenas deformações de 10‰ na
ferragem do banzo inferior, de 8% a 38% maiores que a carga de escoamento da armadura
(P
y,Teo
+q+F), em todas as lajes.
Os valores encontrados para a carga de referência, que leva em conta apenas o
escoamento do banzo inferior, chegando a ser inferiores em até 118% para as lajes sem
reforço e 2,7 vezes para lajes reforçadas.
O que ficou comprovado, é que com relação as cargas atuantes, e
especificamente para estes casos em estudo, a norma brasileira NBR 6118:2003, é
conservadora e que quando não se leva em consideração as contribuições das armaduras do
banzo superior e de distribuição essas diferenças são maiores, atingindo a 2,7 vezes, caso
da laje reforçada L3/L3R-80.
Análise dos Resultados
108
A carga de ruptura experimental da laje L1-80-120 (P
u
,
Exp
+q+F) apresentou
uma diferença de 3% em relação à carga de ruptura teórica (P
y,Teo
+q+F) e de 60% em
relação a de referência (P
BI
+q+F), sendo que esta laje foi executada totalmente dentro das
normas brasileiras. As lajes da 1ª série e as L4-00-120 e L5-100-120 não estavam
completamente dentro das normas, pois estas lajes visavam principalmente a redução da
taxa de armadura.
- Carga x Deslocamento vertical
As flechas teóricas foram calculadas usando as equações apresentadas no
Anexo 1. As Figuras 5.9a a 5.9e mostram as
curvas carga x deslocamento vertical
obtida
experimentalmente e teoricamente na seção central das cinco lajes desta série de ensaio.
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
TR1
TR2
Corte
TRENA
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp
.=39 kN/m
P
u.Exp
.=25 kN
l
0
/250
Teórico
Experimental
Carga de Referência
P
BI
=12,09 kN
Laje L1-80
-
1
40
Figura 5.9a –
Curvas carga x deslocamento vertical
teórico e experimental de L1-80-140
Análise dos Resultados
109
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
TR1
TR2
Corte
TRENA
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp
.=39 kN/m
P
u.Exp
.=31 kN
l
0
/250
Teórico
Experimental
Carga de Referência -
P
BI
=14,13 kN
Laje L2-80-160
Figura 5.9b –
Curvas carga x deslocamento vertical
teórico e experimental de L2-80-160
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
TR1
TR2
Corte
TRENA
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp
.=39 kN/m
P
u.Exp
.=39 kN
l
0
/250
Teórico
Experimental
Carga de Referência
P
BI
=16,04 kN
Laje L3-80-180
Figura 5.9c –
Curvas carga x deslocamento vertical
teórico e experimental de L3-80-180
Análise dos Resultados
110
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
TR1
TR2
Corte
TRENA
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp
.=39 kN/m
P
u.Exp
.=45 kN
l
0
/250
Teórico
Experimental
Carga de Referência -
P
BI
=17,72 kN
Laje L4-80-200
Figura 5.9d –
Curvas carga x deslocamento vertical
teórico e experimental de L4-80-200
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
TR1
TR2
Corte
TRENA
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp
.=39 kN/m
P
u.Exp
.=17 kN
l
0
/250
Teórico
Experimental
Carga de Referência -
P
BI
=9,33 kN
Laje L1-80-120
Figura 5.9e –
Curvas carga x deslocamento vertical
teórico e experimental de L1-80-120
Análise dos Resultados
111
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
TR1
TR2
Corte
TRENA
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp
.=39 kN/m
P
u.Exp
.=11 kN
l
0
/250
Teórico
Experimental
Carga de Referência -
P
BI
=9,19 kN
Laje L4-00-120
Figura 5.9f
Curvas carga x deslocamento vertical
teórico e experimental de L4-00-120
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento vertical central (mm)
0
10
20
30
40
50
60
70
Carga (kN)
TR1
TR2
Corte
TRENA
TR1
TR2
Seção Central
P
u.Exp
.=39 kN/m
P
u.Exp
.=14 kN
l
0
/250
Teórico
Experimental
Carga de Referência -
P
BI
=9,8 kN
Laje L5-100-120
Figura 5.9g –
Curvas carga x deslocamento vertical
teórico e experimental de L5-100-120
Análise dos Resultados
112
As Figuras 5.9 mostram que a norma NBR 6118:2003 superestimou as flechas
das lajes, visto que os valores calculados foram superiores aos experimentais,
principalmente apos as cargas de primeira fissura.
A lajes L1-80-120 e a L4-00-120 foram as que apresentaram o comportamento
das flechas teóricas e experimentais mais semelhantes, porém apenas a L1-80-120 possui
treliça.
Considerando que a norma brasileira NBR 6118:2003 estabelece que o limite
de flecha de lajes em serviço é dado por 250/
0
l ou 8 mm neste caso, as lajes L1-80-120 e
L4-00-120 apresentaram flechas superiores ao limite com cargas experimentais 4% e 15%
inferiores a carga de referência. No entanto apenas a laje L1-80-120 possui treliça e a carga
de referência não leva em conta os coeficientes de minoração do aço de 1,15 e do concreto
de 1,4, se for levado em conta esses coeficientes a deformação vertical da laje fica dentro
do limite, pois a carga de referência (P
BI
) cai para 7,64 kN, e a carga experimental que
ocorreu a flecha de 8 mm foi de 9 kN.
5.3 DADOS RELEVANTES PARA DETERMINAÇÃO DA
ARMADURA MÍNIMA
Na Tabela 5.5 são apresentados a carga de ruptura e escoamento experimentais
e de fissuração gráfica, visual e téorica de cada modelo. A carga de fissuração determinada
graficamente (P
cr.graf
) foi obtida através das
curvas carga x deslocamento vertical
da
posição central de cada faixa de laje. A carga de fissuração corresponde à carga do pico do
primeiro ramo ascendente que se observa em cada curva. A carga de fissuração teórica
(P
cr.teo
) através do método apresentado no Anexo 1.
O valor da carga de escoamento experimental do banzo inferior (P
y.(BI)
) foi
determinado através dos valores contidos nas tabelas do Anexo 3, que tinha como
referência a deformação ε
y
*
=0,31% (Tabela 3.4) da ferragem de 4,2 mm de diâmetro, que
compõem o banzo inferior da treliça e é a primeira armadura a sofrer escoamento durante o
ensaio.
Análise dos Resultados
113
Tabela 5.5 – Carga de ruptura e escoamento experimentais e de fissuração gráfica, visual e
teórica de cada modelo.
Série Laje
ρ
adot.
(%)
P
cr.visual
+
q+F
(kN)
P
cr.graf
+
q+F
.
(kN)
(Col 1)
P
cr,teo
+
q+F(kN)
(Col 2)
P
y(BI)
+
q+F(kN)
(Col 3)
P
u,Exp
+
q+F(kN)
(Col 4)
Col
3
Col 1
.
Col
4
Col 1
.
L1-80-140 0,241 12,9 9,9 7,36 18,9 28,9 1,91 2,92
L2-80-160 0,190 22,4 14,4 10,24 28,4 35,4 1,98 2,46
L3-80-180 0,160 20,9 16,9 13,78 35,9 43,9 2,12 2,60
L4-80-200 0,138 22,9 22,9 17,71 37,9 50,4 1,66 2,20
L1-80-120 0,333 7,4 5,4 4,38 13,4 20,4 2,48 3,78
L4-00-120 0,093 6,4 5,4 4,53 13,4 14,4 2,48 2,68
L5-100-120 0,193 9,4 6,4 4,59 15,4 18,4 2,41 2,88
L2/L2R-80 0,162 46,9 62,9
L3/L3R-80 0,230 50,9 73,9
P
cr.visual
– carga de 1ª fissura observada visualmente;
P
cr,graf.
– carga de fissuração determinada através da curva
carga x deslocamento vertical
de cada laje.
P
.cr,teo
– carga de fissuração determinada teóricamente.
P
u.Exp
– carga de Ruptura experimental;
P
y(
BI)
- carga aplicada pelo atuador hidrálico em que houve o escoamento da armadura do
banzo inferior da treliça;
ρ
adot.
(%)- taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de
dimensões reais (Tabela 3.2)
As fissuras, que foram observadas em cada estágio de carregamento, sempre se
iniciaram na parte inferior da peça (região tracionada) e subiam pela alma das vigotas em
direção à mesa de compressão. No aspecto geral, todas as lajes fissuraram de maneira
semelhante, com uma grande quantidade de fissuras de flexão entre os pontos de aplicação
de carga e algumas fissuras diagonais próximas à região dos apoios.
Seguindo o que já foi exposto no item 2.4.2 entre os quais o proposto por
Agostini (2004), item 2.4.4.2, onde é sugerido P
y
/P
cr
=1 e P
u
/P
cr
=1,6, foi verificado através
dos valores apresentados na Tabela 5.5 que a laje que apresentou um comportamento
menos dúctil foi a L4-80-200 da 1ª série. Contrariando o fato de que era esperado que a
laje L4-00-100 fosse a que apresentasse um tal comportamento, pois a sua taxa de
armadura está 61% abaixo do que o prescrito pela NBR-6118.
Todas as lajes, inclusive a L4-80-200 ainda apresentaram comportamento
dúctil, ao compararmos os valores sugeridos por Agostini (2004) com os apresentados na
Análise dos Resultados
114
Tabela 5.5. O número de fissuras tanto na laje L4-80-200 quanto na L4-00-120 foi inferior
ao apresentado pela laje L1-80-120 que foi o modelo que apresentou maior ductilidade
conforme era esperado.
TR1
TR2
L4-80-200
P
u,EXP
=45kN
P/2 P/2
Fissura
de
ruptura
TR1
TR2
L4-00-120
Fissura
de
ruptura
P
U,Exp
=11kN
P/2
P/2
Treliça
Eletrosoldada
Fissuras
TR1
TR2
L1-80-120
Fissura
de
ruptura
P
u,EXP
=17kN
P/2
P/2
Treliça
Eletrosoldada
Fissuras
Figura 5.10 – Estado de fissuração final das lajes L4-80-200, L4-00-120 e L1-80-120.
Visualmente a L4-80-200 através do estado de fissuração apresentado na
Figura 5.10 foi a que realmente teve o comportamento menos dúctil, pois a quantidade de
fissuras foi reduzida, quase que se resumindo a uma fissura de ruptura apenas. Mesmo
assim ela ainda suportou acréscimos de carga após a fissuração, mesmo ela já apresentando
uma taxa de armadura abaixo do que é recomendado pela NBR-6118.
A taxa de armadura presente na laje L4-80-200 está distribuída ao longo da
altura da mesma, presente no banzo inferior, banzo superior e armadura de distribuição.
Desta forma a armadura de tração não está concentrada na sapata das treliças, sendo o seu
comportamento diferente do apresentado por uma viga, onde normalmente a armadura
longitudinal de tração está totalmente concentrada na região inferior da mesma.
Análise dos Resultados
115
Admitindo-se a necessidade de se determinar uma taxa de armadura
equivalente a apresentada pelas lajes treliçadas, mas que esteja concentrada apenas na
região inferior da treliça, ou seja na sapata, é sugerido uma forma de cálculo para ferragem
(Anexo 1), aqui nomeada de ferragem ponderada, cujos valores são apresentados na
Tabela 5.6.
Tabela 5.6 – Taxa da ferragem ponderada das lajes ensaiadas
Série Laje
P
cr.graf
+
q+F
.
(kN)
(Col 1)
P
y.(BI)
+
q+F(kN)
(Col 2)
P
u,Exp
+
q+F (kN)
(Col 3)
Col
2
Col 1
.
Col
3
Col 1
.
ρ
adot.
(%)
ρ
pond.
(%)
ρ
adot.
/ρ
pond.
L1-80-140 9,9 18,9 28,9 1,91 2,92 0,241 0,091 2,65
L2-80-160 14,4 28,4 35,4 1,98 2,46 0,19 0,087 2,18
L3-80-180 16,9 35,9 43,9 2,12 2,60 0,16 0,071 2,25
L4-80-200 22,9 37,9 50,4 1,66 2,20 0,138 0,066 2,09
L1-80-120 5,4 13,4 20,4 2,48 3,78 0,333 0,135 2,47
L4-00-120 5,4 13,4 14,4 2,48 2,68 0,093 0,093 1
L5-100-120 6,4 15,4 18,4 2,41 2,88 0,193 0,094 2,05
L2/L2R-80 46,9 62,9 0,162 0,099 1,64
L3/L3R-80 50,9 73,9 0,23 0,1 2,3
P
cr.graf.
– carga de fissuração determinada através da curva
carga x deslocamento
vertical
de cada laje.
P
u.Exp
– Carga de Ruptura experimental;
P
(BI)
- Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve o escoamento da armadura
do banzo inferior da treliça.
ρ
adot.
(%) - taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de
dimensões reais (Tabela 3.2)
ρ
pond.
(%) - taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de
dimensões reais (Anexo 1)
A intenção dos cálculos sugeridos no anexo 1 para a ferragem ponderada de
cada laje é de achar uma taxa de armadura longitudinal de tração que, concentrada na
região da sapata da treliça fizessem com que a laje com suas respectivas armaduras
tivessem um comportamento e resistência final de ruptura semelhantes aos valores obtidos
teóricamente para as lajes já ensaiadas que possuem as ferragens longitudinais distribuídas
ao longo da altura (h). No entanto, essas armaduras ponderadas tem validade para os casos
em estudo, pois como será verificado no anexo 1 foram levadas em conta as deformações
das armaduras obtidas através dos extensômetros elétricos durante os ensaios.
Os valores apresentados na Tabela 5.6 mostram que a laje L4-80-200 foi a que
obteve a menor taxa da ferragem ponderada. E foi a que apresentou durante os ensaios o
comportamento menos dúctil, apresentando inclusive as menores razões
Análise dos Resultados
11
6
(P
u,Exp
+q+F)/(P
cr.graf
+q+F)
e (P
y.(BI)
+q+F)/ (P
cr.graf.
+q+F)
, porém com diferenças de 66% e
38% em relação ao que foi sugerido por Agostini (2004), cujos valores são
respectivamente 1 e 1,6.
A laje L4-80-200, apesar de estar de acordo com as normas brasileiras, não foi
executada conforme é usualmente utilizado pelos profissionais da área da engenharia civil,
pois seu capeamento era de 12 cm e seu material de enchimento tinha 8 cm de altura.
Normalmente aumentasse a altura do material de enchimento a medida que se é necessário
elevar a espessura da laje.
A laje L1-80-120 apresentou um comportamento bastante dúctil, mesmo com
uma taxa ponderada inferior a de norma, reforçando o fato de que se executado
completamente de acordo com o determinado pelas normas brasileiras não há como a laje
treliçada unidirecional ter um comportamento frágil, pois as treliças utilizadas foram as
que possuem menor diâmetro de ferragens longitudinais utilizadas no mercado formal e
normalizado.
Apesar da laje L4-00-120 não possuír treliça e sim um ferragem longitudinal
corrida concentrada na região inferior da sapata, ela não apresentou o comportamento
menos dúctil, sendo observado que a sua ferragem ponderada foi 41% superior a da laje
L4-80-200.
Conclusões e Sugestões 117
CAPÍTULO 6
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Neste trabalho foram analisadas duas séries de lajes treliçadas pré-moldadas
submetidas a ensaio com carregamento estático, totalizando 11 faixas de lajes treliçadas
unidirecionais, monoticas ou reforçadas, de 2,0 metros de vão. A primeira série composta
de quatro lajes com trelas e material de enchimento (EPS) com 8 cm de altura, com altura
do capeamento variando de 6 cm até 12 cm, afim de variar a área da seção de concreto. A
segunda série de sete lajes com duas reforçadas e cinco monoticas, entre estas últimas
todas com EPS de 8 cm de altura, três com treliça de 8 cm, uma com treliça de 10 cm e
uma sem treliça, apenas com quatro ferragens longitudinais na região inferior da sapata.
Nas lajes reforçadas, uma possuía como reforço apenas uma camada de concreto de 6 cm
na face superior, a outra possuía esta mesma camada juntamente com reforço de armadura
longitudinal de tração rente a face da laje a ser reabilitada.
Este trabalho teve duas finalidades básicas, a primeira é de analisar a taxa de
armadura longitudinal mínima em lajes treliçadas reforçadas, armadas unidirecionalmente,
submetidas a esforços de flexão. A segunda finalidade é, para o mesmo tipo de laje,
analisar o comportamento de lajes reforçadas através de acréscimo de uma camada de
concreto na face superior com e sem armadura longitudinal incluída dentro desta camada.
Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões obtidas nesta pesquisa
e as principais sugestões para a continuação deste trabalho em futuras pesquisas.
6.1 Conclusões
As conclusões estão relacionadas às características dos modelos e do esquema
de ensaio desenvolvidos neste trabalho tais como: todas as lajes eram biapoiadas com
seção sub-armada e taxas de armadura longitudinal de tração variadas, algumas com
Conclusões e Sugestões 118
valores abaixo e outras acima de 0,15% prescrito na NBR6118:2003, montadas conforme
apresentado no capítulo 3. O carregamento foi aplicado no terço médio das peças e de
forma estática, crescente e de curta duração. Uma das lajes foi reforçada pelo acréscimo de
concreto na face superior (comprimida) e outra, além desta camada, recebeu o acréscimo
na taxa de armadura longitudinal, ambas depois das peças terem sido pré-carregadas,
escarificadas, limpas e saturadas. As principais conclusões obtidas são as seguintes:
1) As lajes ensaiadas, reforçadas ou não, romperam por flexão com escoamento
e posterior ruptura da armadura de tração sem o esmagamento do concreto da face
superior. As lajes que possuiam mesma altura e com taxas de armadura longitudinal total
maiores, apresentaram carga de ruptura superior, no entanto esse ganho o foi
proporcional ao acréscimo na taxa de armadura.
A laje L1-80-120 possuía uma taxa de armadura longitudinal 73% maior que a
da laje L5-100-120, porém a carga de ruptura (P
u,Exp
+q+F) da primeira era 16% superior,
sendo que a laje L5-100-120 não possuía armadura de distribuição, demostrando desta
forma, como era esperado, que em peças submetidas a flexão o ganho de carga não é
proporcional e não depende apenas da taxa de armadura longitudinal de tração, mas
também da posição em que ela se localiza em relação a altura da laje, ou seja, o braço de
alavanca, a fim de verificar a sua real contribuição para o momento resistente da peça.
Nas lajes da primeira série a maior contribuição no ganho da carga de ruptura
foi o acréscimo na altura das lajes, através do recobrimento de concreto. No entanto isso
fez com que a taxa de armadura longitudinal reduzisse, contribuindo para uma menor
ductilidade. As deformações destas armaduras apresentaram comportamento semelhantes
entre as lajes e proporcional a carga de ruptura.
Foi verificado, através da instrumentação, que as armaduras de distribuição e
do banzo superior contribuem para a resistência a flexão e ductilidade das lajes. No entanto
as deformações destas armaduras só chegaram ao escoamento em lajes que possuíam
recobrimentos acima do recomendado pela NBR 6118:2003.
Com relação as cargas atuantes, e especificamente para os casos em estudo, a
norma brasileira NBR 6118:2003, é conservadora e que quando não é levado em
consideração as contribuições das armaduras do banzo superior e de distribuição, as
diferenças entre o carregamento experimental e os de cálculo podem ser bastante distintas.
Conclusões e Sugestões 119
A carga de ruptura experimental da laje L1-80-120 apresentou uma diferença
de 3% em relação às cargas de ruptura teórica que levam em consideração a contribuição
de todas as ferragens da seção, e de 60% em relação ao cálculo que leva em conta apenas a
contribuão do banzo inferior.
2) Todas as lajes apresentaram ruptura dúctil, inclusive as reforçadas e as que
possuíam taxas de armadura longitudinal inferiores aos 0,15% determinados pela NBR
6118:2003.
Com o auxílio do que foi sugerido por AGOSTINI (2004) e através de
observações visuais durante os ensaios, a laje que apresentou o comportamento menos
dúctil foi a L4-80-200, apresentando uma taxa de armadura longitudinal de 0,138%,
superior a da laje L4-00-120 que é de 0,093%, ambas inferiores a taxa de armadura nima
recomendada pela NBR 6118:2003. A laje L4-80-200 possui toda a sua armadura
longitudinal distribuída ao longo da altura da mesma, ou seja, a armadura não está
concentrada apenas na região inferior, enquanto que a laje L4-00-120 não possui treliça,
apenas uma ferragem corrida concentrada na região inferior da mesma, desta forma a
armadura de tração atua diferente em ambas as lajes.
Devido à necessidade de se determinar uma taxa de armadura equivalente a
apresentada pelas lajes treliçadas, mas que esteja concentrada apenas na região inferior da
treliça, ou seja na sapata, de forma a ficar mais próximo do comportamento de uma viga,
foi sugerido uma forma de cálculo para ferragem, item 5.3 e Anexo 1, nomeada de
ferragem ponderada.
As lajes L4-00-120 e L4-80-120 apresentaram as taxas de ferragem ponderada
longitudinal, respectivamente de 0,093% e 0,066%, ambas com valores inferiores ao
recomendado pela NBR 6118:2003, respectivamente 61% e 127%, justificando o fato da
laje L4-80-120 ter sido a que apresentou o comportamento menos dúctil e demonstrando
que, pelo menos nos casos em estudo, a norma brasileira é conservadora.
A laje L1-80-120, que apresentou a maior ductilidade, já possuía treliça de
menor seção de área de aço permitida pela norma, ou seja, as lajes treliçadas
confeccionadas com alturas, capeamento e armadura de treliças e distribuição conforme o
normalizado, para os casos em estudo, terão um comportamento dúctil quando submetidas
a esforços de flexão.
Conclusões e Sugestões 120
3) As lajes reforçadas romperam por flexão com escoamento e posterior
ruptura das armaduras do banzo inferior, juntamente com o escoamento da armadura do
banzo superior, sem o aparecimento de fissuras horizontais na ligação entre o substrato e o
material de reforço nas lajes reabilitadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80.
A laje L3/L3R-80 apresentou um ganho de carga de ruptura de 18% em relação
a L2/L2R-80 bem como menores deformações verticais centrais para mesmos valores de
carga, demonstrando que o reforço com aço funcionou como um acréscimo na altura do
capeamento de concreto.
Ao analisar o ganho de carga entre as duas lajes reforçadas L2/L2R-80 e
L3/L3R-80 e depois em relação à laje de referência L1-80-120, podemos constatar que o
maior ganho no momento resistente se deve principalmente ao acréscimo da altura útil
média da armadura, mesmo com uma queda na taxa de armadura, 105% e 45%
respectivamente, em função do aumento da área de concreto devido à aplicação dos
reforços de concreto.
4) Com relação aos deslocamentos verticais a NBR 6118:2003, para os casos
em estudo, também se mostrou conservadora, porém vale ressaltar que na pesquisa de
campo realizada por PEREIRA (2000) foi observado que um do grandes problemas das
lajes treliçadas são as deformações excessivas, ressaltando que os resultados obtidos são
válidos para as lajes pesquisadas neste trabalho.
6.2 Sugestões para trabalhos futuros
6.2.1 Armaduras mínimas
Utilizar treliças com diâmetros inferiores aos utilizados nesta pesquisa,
neste caso deverão ser feitas sob encomenda, pois comercialmente e de acordo com a NBR
6118:2003 as treliças utilizadas neste estudo já possuíam as menores dimensões. Isto a fim
de que possa se ter o capeamento e altura de laje de acordo com a norma e apenas variando
a taxa de armadura geométrica, para que fique abaixo de 0,15%.
Verificar com o uso de treliças de alturas e diâmetros de ferragem menores,
o acréscimo que pode ser necessário nos escoramentos de lajes treliçadas, bem como as
dificuldades que possam surgir no transporte e manuseio durante a execução da obra. A
Conclusões e Sugestões 121
fim de analisar se pode ser compensador a redução da seção de aço em uma treliça se
comparadas com as dificuldades e os custos extras que possam surgir com escoramentos e
transportes.
Fazer uso de treliças com sinusóides mais espaçados e de algumas sem o
banzo superior.
Fazer o estudo com as sugestões citadas acima em lajes de vãos livres
maiores, mais próximos do que é utilizado comercialmente.
6.2.2 Reforço
Reforçar lajes variando a camada de concreto e a taxa de aço, a fim de
verificar a contribuição no acréscimo de armadura longitudinal na face superior da laje,
para outros acréscimos na camada de concreto.
Efetuar reforço em lajes treliçadas adicionando armadura na mesma altura
do fio do banzo superior das treliças e da armadura de distribuição.
Neste ensaio foram utilizados carregamento de curta duração, verificar a
realização de análise destas peças sujeitas a carregamento de longa duração e/ou cíclica; e
a realização do reforço fazendo o descarregamento parcial das lajes.
Referências bibliográficas 122
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN CONCRETE INSTITUTE, 2002. Building Code Requirements for
Reinforced Concrete (ACI 318M-02) and Commentary
- Detroit, American Concrete
Institute, 2002.
ASSIS,C. E. A. R. Análise Experimental de Lajes Treliçadas Reforçadas pela Face
Superior.
211p. Dissertação de Mestrado – UFG, Goiânia – Goiás, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de
estruturas de concreto – Procedimento
. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14859-1: Laje pré-
fabricada – Requisitos – Parte 1: Lajes unidirecionais
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Anexo 1 – Valores Teóricos 126
ANEXO 1
Valores Teóricos
Anexo 1 – Valores Teóricos 127
1 - CÁLCULO DAS CARGAS TEÓRICAS: ESCOAMENTO,
RUPTURA E DE REFERÊNCIA.
1.1 – Cálculo da carga teórica de escoamento (P
yTeo
)
100
13
LAJES MONOLÍTICAS-SEÇÃO REAL
13
LAJES REFORÇADAS-SEÇÃO REAL
hf hf
ht
EPSEPS
18,5
13 37
37
13
18,5
ht
EPS EPS
hf
As2 As3
d3
d1
méd
d
d2
1,5
h
EPS
18,5
As1
18,5
20
9,5
401020
SEÇÃO TRANSVERSAL ADOTADA
h
10
h
EPS
R
Figura 1 – Simplificação realizada na seção transversal das peças
Onde:
A
s1
, A
s2
, A
s3
o respectivamente as áreas das seções transversais das armaduras do
banzo inferior, banzo superior e de distribuição;
d
1
, d
2
e d
3
são as distâncias, respectivamente das armaduras do banzo inferior,
banzo superior e de distribuição até a face superior da laje;
f
s1
, f
s2
e f
s3
tensões a que estão submetidas as armaduras no momento do
escoamento e/ou ruptura.
As lajes reabilitadas foram calculadas como se tivessem sido construídas
monoliticamente, considerando a perfeita aderência entre o material do reforço e o
substrato mas sem considerar que as lajes reforçadas apresentavam uma flecha residual e
estavam pré-fissuradas.
Em relação ao esquema de aplicação de carga, foram consideradas as cargas
aplicadas pelo macaco hidráulico (P), o peso próprio de cada laje (q) e o peso da estrutura
de transferência da carga do atuador (F). A Figura 2 mostra o esquema estrutural de
cálculo. Para o cálculo das outras lajes o procedimento é o mesmo, sendo que, o peso da
estrutura de transferência mantém-se constante.
Anexo 1 – Valores Teóricos 128
q
P/2+F/2
P/2+F/2
P
L/3 L/3 L/3
s
Figura 2 – Esquema estrutural de cálculo adotado
Para o cálculo da carga teórica de escoamento foi feita a leitura dos
extensômetros doo. Na carga mais próxima da qual o extensômetro do banzo inferior
sofreu uma deformação específica igual a 0,31% (Tabela 3.4) foi feita a leitura dos demais
extensômetros localizados no mesmo alinhamento vertical deste. Através destas leituras
(Anexo 03) e do gráfico de curvas
tensão x deformação das armaduras
(Figura 3.13),
obteve-se os valores das tensões a que estavam submetidas cada armadura longitudinal no
momento do escoamento. A fim de ilustrar melhor o procedimento tomemos como
exemplo a laje da 1ª série denominada L1-80-140.
Foi escolhida a leitura do extensômetro E2, por ter apresentado um
comportamento bastante homogêneo e coerente ao longo do desenvolvimento do ensaio. A
deformação do aço mais próxima dos 0,31% foi a de 0,33% (3,28 %
0
) quando a carga
aplicada alcançou 16 kN. No mesmo alinhamento vertical do extensômetro E2 estava o E4,
situado no banzo superior, que apresentou uma deformação de 0,46%
0
. De posse desse
valor foi encontrada a tensão a qual estava submetida as armadura do banzo superior
conforme mostrado na Figura 2.
Para a armadura do banzo inferior de todas as lajes foi considerada a tensão de
escoamento obtida no ensaio dos aços (Tabela 3.4). Na laje L1-80-140 devido às variações
nas leituras do extensômetro E11, a contribuição da armadura de distribuição para a carga
de escoamento teórica foi desconsiderada. Estes dados obtidos para todas as lajes se
encontram nas Tabelas de 1 a 9.
Anexo 1 – Valores Teóricos 129
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Tensão (MPa)
Deformação(%)
6mm
fs=166MPa
ε =0,046%
Figura 1 – Curvas
tensão x deformação
da armadura do banzo superior da laje L1-80-140
Devido às leituras dos extensômetros de aço serem mais precisas e confiáveis
dos que os de concreto, para determinar a carga de escoamento teórica, foi preferível obter
a deformação do concreto (ε
c
) em função da armadura inferior de tração (ε
s1
) e do banzo
superior (
ε
s2
), considerando a hipótese de que as seções permanecem planas depois de se
deformarem. Como exemplo serão utilizados valores de deformações experimentais da laje
L1-80-120, em relação ao estágio de carregamento que correspondeu ao escoamento da
armadura do banzo inferior, onde temos:
=
=
mmm
mmm
LajeL
s
s
/46,0
/28,3
120801
2
1
ε
ε
Através destes valores lançados em escala conforme indicado na Figura 3, foi
possível obter para a laje L1-80-120, durante o escoamento, uma deformação do concreto
(ε
c
) de 0,8 mm/m ou 0,08%.
Anexo 1 – Valores Teóricos 130
LN
ε
c
ε
s2
s1
ε
Armadura inferior de
tração
Diagrama de
Deformações
Face superior
do concreto
x
d
Figura 3 – Diagrama de deformações da laje L1-80-140
Considerando a simplificação do diagrama tensão deformação para parábola-
retângulo, e que até 0,7
fc
o diagrama é praticamente linear, temos para a laje L1-80-140:
=
2
002,0
11
c
cc
f
ε
σ
=
2
002,0
008,0
11300 = 192 MPa (2)
Onde: σ
c
= tensão de compressão a que está submetido o concreto.
f
c= tensão máxima de resistência a compressão do concreto, obtido através de
ensaio.
Considerando:
l = 200 cm, d
1
= 13,3, d
2
=5,3, d
3
=2,5 e b = 100 cm.
cm
bf
fA
x
c
ys
27,0
2
100.300
7300.552,0
2
.
.
1
1
===
-posição linha neutra para o banzo inferior;
mkNM
xdfAM
ys
.32,5)27,0.4,03,13).(7300.552,0(
)4,0).(.(
1
1111
==
=
- Momento resistente da ferragem do
banzo inferior
Realizando a mesma operação para o banzo superior temos: M
2
=0,43kN.m
Desta forma o momento total resistente é:
M
T
=M
1
+M
2
=5,32+0,43=5,75kN.m
e
kN
x
Fq
M
P
yteo
13,1321,2
2
75,56.6
===
l
- Carga de escoamento teórica
Anexo 1 – Valores Teóricos 131
1.2 – Cálculo das cargas téoricas de ruptura (P
u,Teo
) e (P
u,Teo-10‰
)
Afim de simplificar os métodos de cálculo, adotou-se como diagrama de
tensões do concreto o retangular em substituição ao paralico. Em todas as lajes am da
armadura do banzo inferior (As
1
), as do banzo superior (As
2
) e de distribuição (As
3
)
trabalharam e estas foram consideradas no cálculo à flexão das peças. No entanto, os
esforços resistidos foram determinados de acordo com as deformações sofridas pelas
armaduras, obtidas através dos extensômetros (Anexo 3).
Estas deformações foram lançadas nas respectivas curvas tensão x deformação
de cada aço (Figura 3.13) e desta forma foi obtida a tensão a que estava submetida a
armadura no instante da carga de ruptura. Processo idêntico ao realizado para a
determinação das tensões nas armaduras para a carga teórica de escoamento. Utilizando a
laje L1-80-140 exemplificamos através dos cálculos mostrados pelas equações abaixo.
Considerando: l = 200 cm, d
1
= 13,3, d
2
=5,3, d
3
=2,5 e b = 100 cm.
Para
P
u,Teo, temos:
cm
bf
fA
x
c
ys
20,0
100.300.8,0
8500.552,0
..8,0
.
1
1
===
-posição da linha neutra para o banzo inferior;
mkNM
xdfAM
ys
.20,6)20,0.4,03,13).(8500.552,0(
)4,0).(.(
111
==
=
- Momento resistente para o banzo
inferior;
Realizando a mesma operação para o banzo superior e armadura de distribuição temos:
M
2
=1,45kN.m e M
3
=0,41kN.m
Desta forma o momento total resistente é:
M
T
=M
1
+M
2
+M
3
=6,20+1,43+0,40=7,99kN.m
kN
x
Fq
M
P
Teou
05,2029,1
2
99,76.6
,
===
l
- Carga de ruptura teórica
O mesmo procedimento se aplica as cargas de ruptura P
u-Teo-10
Anexo 1 – Valores Teóricos 132
1.3 – Cálculo da carga de referência (P
Bi
)
Na carga de referência não foi considerado o efeito de Rüsch, nenhum
coeficiente de segurança e apenas a contribuição da tensão de escoamento da armadura do
banzo inferior, pois na prática somente é levado em consideração para o cálculo de
resistência a flexão a armadura inferior. Utilizando a laje L1-80-140 exemplificamos
através dos cálculos mostrados pelas equações abaixo.
Considerando: l = 200 cm, d
1
= 13,3 cm e b = 100 cm.
cm
bf
fA
x
c
ys
17,0
100.300
7300.552,0
..8,0
.
1
1
===
-posição da linha neutra;
mkNM
xdfAM
ys
.33,5)17,0.4,03,13).(7300.552,0(
)4,0).(.(
1
111
==
=
- Momento resistente
kN
x
Fq
M
P
Bi
09,12298,1
2
33,56.6
===
l
- Carga de escoamento de referência
(considerando apenas o banzo inferior).
As Tabelas 1 até 9 apresentam um resumo das cargas teóricas de escoamento
(P
yTeo
), cargas teóricas de ruptura (P
uTeo
) e das cargas de referência (P
Bi
).
Tabela 1 – Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L1-80-140
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 13,3
B.Super. 6,0 140 0,566 5,3
30
A.Distr. 5,0 11,9 0,785 2,5
790 1,91 2 5,75 13,13
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 850 0,552 13,3
B.Super. 6,0 490 0,566 5,3
30
A.Distr. 5,0 210 0,785 2,5
790 1,91 2 7,99 20,05
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 13,3
B.Super. 6,0 - 0,566 5,3
L1-80-140
30
A.Distr. 5,0 - 0,785 2,5
790 1,91 2 5,33 12,09
Anexo 1 – Valores Teóricos 133
Tabela 2 – Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L2-80-160
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 15,4
B.Super. 6,0 183 0,566 7,4
30
A.Distr. 5,0 - 0,785 2,5
1000 2,41 2 6,8 16,05
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 850 0,552 15,4
B.Super. 6,0 780 0,566 7,4
30
A.Distr. 5,0 450 0,785 2,5
1000 2,41 2 11,11 28,93
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI.
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 15,4
B.Super. 6,0 - 0,566 7,4
L2-80-160
30
A.Distr. 5,0 - 0,785 2,5
1000 2,41 2 6,18 14,13
Tabela 3 – Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L3-80-180
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 17,4
B.Super. 6,0 480 0,566 9,4
30
A.Distr. 5,0 - 0,785 2,5
1200 2,91 2 9,3 23,06
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 850 0,552 17,4
B.Super. 6,0 740 0,566 9,4
30
A.Distr. 5,0 213 0,785 2,5
1200 2,91 2 12,33 32,09
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI.
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 17,4
B.Super. 6,0 - 0,566 9,4
L3-80-180
30
A.Distr. 5,0 - 0,785 2,5
1200 2,91 2 6,98 16,04
Tabela 4 – Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L4-80-200
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 19,2
B.Super. 6,0 200 0,566 11,2
30
A.Distr. 5,0 38,6 0,785 2,5
1380 3,41 2 9,41 22,84
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 850 0,552 19,2
B.Super. 6,0 780 0,566 11,2
30
A.Distr. 5,0 450 0,785 2,5
1380 3,41 2 14,57 38,3
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI.
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 19,2
B.Super. 6,0 - 0,566 11,2
L4-80-200
30
A.Distr. 5,0 - 0,785 2,5
1380 3,41 2 7,71 17,72
Anexo 1 – Valores Teóricos 134
Tabela 5 – Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L1-80-120
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 10,6
B.Super. 6,0 56 0,566 2,6
24
A.Distr. 5,0 42 0,785 2,6
570 1,4 2 4,32 9,57
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 850 0,552 10,6
B.Super. 6,0 650 0,566 2,6
24
A.Distr. 5,0 490 0,785 2,6
570 1,4 2 6,63 16,5
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI.
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 10,6
B.Super. 6,0 - 0,566 2,6
L1-80-120
24
A.Distr. 5,0 - 0,785 2,6
570 1,4 2 4,24 9,33
Tabela 6 – Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L4-00-120
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 10,5
B.Super. - - - -
24
A.Distr. - - - -
580 1,4 2 4,13 9,01
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 10,5
B.Super. - - - -
24
A.Distr. - - - -
580 1,4 2 4,88 11,25
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI.
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 10,5
B.Super. - - - -
L4-00-120
24
A.Distr. - - - -
580 1,4 2 4,2 9,19
Tabela 7 – Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L5-100-120
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 11
B.Super. 6,0 - 0,566 1
24
A.Distr. - - - -
590 1,4 2 4,33 9,61
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 850 0,552 11
B.Super. 6,0 35 0,566 1
24
A.Distr. - - - -
590 1,4 2 5,13 12
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI.
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 11
B.Super. 6,0 - 0,566 1
L5-100-120
24
A.Distr. - - - -
590 1,4 2 4,4 9,8
Anexo 1 – Valores Teóricos 135
Tabela 8 Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L2/L2R-80
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 17
B.Super. 6,0 419 0,566 9
24
A.Distr. 5,0 316 0,785 9
1190 2,91 2 10,83 27,58
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 850 0,552 17
B.Super. 6,0 760 0,566 9
24
A.Distr. 5,0 740 0,785 9
1190 2,91 2 16,64 45
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI.
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 17
B.Super. 6,0 - 0,566 9
L2/L2R-80
24
A.Distr. 5,0 - 0,785 9
1190 2,91 2 6,82 15,54
Tabela 9 Dado para o cálculo das cargas teóricas da laje L2/L2R-80
Laje
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
y
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
kN)
M
(kN.m)
P
yTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 17
B.Super. 6 510 0,566 9
A.Distr. 5 384 0,785 9
24
A.Refoo 5 148 0,785 6
1180 2,91 2 12,32 32,05
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
u
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
u
(kN.m)
P
uTeo
(kN)
B.Infer. 4,2 850 0,552 17
B.Super. 6 760 0,566 9
A.Distr. 5 740 0,785 9
24
A.Refoo 5 740 0,785 6
1180 2,91 2 21,12 54,95
f
c
(MPa)
Armadura
φ
(mm)
f
s
(MPa)
A
s
(cm
2
)
d
(cm)
A
c
(cm
2
)
q
(kN/m)
F
(kN)
M
d
(kN.m)
P
BI.
(kN)
B.Infer. 4,2 730 0,552 17
B.Super. 6 - 0,566 9
A.Distr. 5 - 0,785 9
L3/L3R-80
24
A.Refoo 5 - 0,785 6
1180 2,91 2 6,82 15,54
2 – CÁLCULO DA CARGA DE FISSURAÇÃO TEÓRICA
Nos estados limites de serviço, as estruturas trabalham parcialmente no estádio
I e parcialmente no estádio II. A separação entre essas duas partes é definida pelo momento
Anexo 1 – Valores Teóricos 13
6
de fissuração, calculado pela seguinte expressão (NBR 6118:2003, item17.3):
t
cct
r
y
If
M
α
=
Onde: M
r
é o momento de fissuração;
α é fator que correlaciona aproximadamente a resistência à tração na flexão com a
resistência à tração direta;
y
t
é a distância do centro de gravidade da seção à fibra mais tracionada;
I
c
é o momento de inércia da seção bruta de concreto;
f
ct
é a resistência à tração direta do concreto.
Utilizando como exemplo a laje L1-80-140, o valor do momento de fissuração
é:
mkN
f
y
If
M
ck
t
cct
r
.48,2
63,4
9764)..3,0.7,0.(2,1
3/2
===
α
Determinado o momento de fissuração, calcula-se a carga em que ocorreu a 1
a
fissura:
kN
M
P
r
Teocr
46,329,136,7
0,2
48,2.6
.6
..
====
l
Anexo 2 – Cálculo da Taxa de Armadura 137
ANEXO 2
Cálculo da taxa de armadura
Anexo 2 – Cálculo da Taxa de Armadura 138
1 – CÁLCULO DA TAXA DE ARMADURA
Independente da presença ou não de uma camada de reforço, foi verificado que
toda a armadura presente na laje estava contribuindo na resistência à flexão das peças. As
armaduras adicional, do banzo inferior, de reforço e do banzo superior estavam
posicionadas em camadas diferentes, conforme mencionado no programa experimental
deste trabalho, e logicamente contribuíram de forma diferente na resistência a flexão.
Devido a esta variação na posição das armaduras longitudinais de flexão, para
efeito dos cálculos teóricos foram consideradas as contribuições individuais de cada
armadura. Este valor foi determinado através da posição da armadura resistente e a tensão
a qual está submetida na carga a que se deseja determinar (escoamento e/ou ruptura),
conforme consta no Anexo 1, a fim de se obter o momento resistente da peça.
A taxa de armadura adotada (ρ
adot.
) foi calculada em função da área de concreto
total, pois a NBR 6118:2003, no item 17.3.5.2.1 diz: “ Nas seções tipo T, a área da seção a
ser considerada deve ser caracterizada pela alma acrescida da mesa colaborante”. Sendo
que para a laje L3/L3R-80 também foi considerada a camada de armadura de reforço.
c
s
A
A
=
ρ
(1)
onde
A
s
área total de aço (incluindo armadura inferior de tração, de distribuição, de
reforço e do banzo superior da treliça);
A
c
– área de concreto da seção em T;
Desta forma, nesta expressão é utilizada a altura total h da seção ao calcular a
área de concreto da alma.
Visto que o fator determinante para maior ganho de carga é a altura útil, esse
acréscimo da taxa de armadura pouco influencia nos cálculos teóricos da carga, como será
demonstrado pelas equações a seguir. Utilizando a expressão básica de resistência de uma
seção de uma viga sujeita à flexão simples, temos:
).( dkfAM
zysd
= (2)
Anexo 2 – Cálculo da Taxa de Armadura 139
Como
bd
A
s
=
ρ
, tem-se:
).( dkbdfM
zyd
ρ
=
(3)
onde
M
d
– momento fletor de cálculo;
A
s
– área total de aço;
f
y
– tensão de escoamento da armadura;
b – largura da mesa de compressão;
d – altura útil da peça;
Para todas as lajes a tensão de escoamento f
y
foi constante em todas as
armaduras de cada série,
d
x
k
z
4,01= se manteve aproximadamente constante e a largura
efetiva b se manteve efetiva em 100 cm. Supondo b, f
y
e k
z
constantes, o momento fletor
será proporcional a taxa de armadura multiplicada pela altura útil ao quadrado como
mostra a equação abaixo.
2
dM
ρ
(4)
Analisando a equação 4 temos que o momento fletor varia linearmente com a
variação na taxa de armadura. Assim, uma pequena variação na taxa de armadura gera
pequenas alterações no valor da carga, diferentemente do que ocorre quando se altera a
altura útil da peça já que está elevada à segunda potência. Como mostrado nos resultados
experimentais, uma variação na altura útil da pa contribuiu substancialmente para uma
variação no momento fletor resistente e conseqüentemente na carga de ruptura. Isto é
válido neste caso, em que a altura útil média das peças é maior que o capeamento de
concreto e conseqüentemente há pequenas variações na área de concreto da seção
analisada.
Anexo 2 – Cálculo da Taxa de Armadura 140
2 – CÁLCULO DA TAXA DE ARMADURA PONDERADA
As lajes treliçadas possuem suas armaduras distribuídas ao longo da altura h,
ou seja com distâncias (d) em relação a face superior variáveis, sendo assim as taxas de
armadura obtidas nestas lajes não podem ser comparadas com peças que possuam toda a
armadura longitudinal concentrada na região inferior de tração. A fim de viabilizar esta
comparação realizamos uma conversão desta armadura distribuída ao longo da altura da
laje para o que chamamos de “taxa de armadura ponderada”, sendo que esta taxa
corresponde a uma área de aço que concentrada totalmente na parte inferior da laje
resistiria a mesma carga de ruptura que a taxa originalmente distribuída.
A taxa de armadura foi calculada utilizando a equação 1, com mesma seção de
concreto, porém com a área de aço ponderada. Desta forma as taxas de aço de todas as
lajes, exceto para a L4-00-120, foram inferiores que as taxas calculadas conforme o item 1.
A taxa de armadura ponderada foi calculada conforme a equação 5, que se segue:
11
333222111
.
......
u
ssssus
Pond
fd
fdAfdAfdA
A
+
+
=
(5)
Onde: A
s1
, A
s2
, A
s3
o respectivamente as áreas das seções transversais das armaduras do
banzo inferior, banzo superior e de distribuição;
d
1
, d
2
e d
3
são as distâncias, respectivamente das armaduras do banzo inferior,
banzo superior e de distribuição até a face superior da laje;
f
u1
, f
s2
e f
s3
tensões a que estão submetidas as armaduras no momento da ruptura.
Abaixo, na Tabela 1, são apresentadas as taxas de armadura ponderada e a taxa
de armadura da seção de aço utilizada.
Anexo 2 – Cálculo da Taxa de Armadura 141
Tabela 1 – Taxa da ferragem ponderada das lajes ensaiadas
Série Laje
P
cr.graf
+
q+F
.
(kN)
(Col 1)
P
y(BI)
+
q+F(kN)
(Col 2)
P
u,Exp
+
q+F(kN)
(Col 3)
Col
2
Col 1
Col
3
Col 1
ρ
adot.
(%)
ρ
pond.
(%)
ρ
adot.
/ρ
pond.
L1-80-140
9,9 18,9 28,9 1,91 2,92
0,241 0,091 2,65
L2-80-160
14,4 28,4 35,4 1,98 2,46
0,19 0,087 2,18
L3-80-180
16,9 35,9 43,9 2,12 2,60
0,16 0,071 2,25
L4-80-200
22,9 37,9 50,4 1,66 2,20
0,138 0,066 2,09
L1-80-120
5,4 13,4 20,4 2,48 3,78
0,333 0,135 2,47
L4-00-120
5,4 13,4 14,4 2,48 2,68
0,093 0,093 1
L5-100-120
6,4 15,4 18,4 2,41 2,88
0,193 0,094 2,05
L2/L2R-80 -
46,9 62,9
- - 0,162 0,099 1,64
L3/L3R-80 -
50,9 73,9
- - 0,23 0,1 2,3
q – peso próprio da laje;
F – peso do aparato de aplicação da carga, que para todas as lajes foi de 2 kN;
P
cr.graf.
– carga de fissuração determinada através da curva carga x deslocamento vertical
de cada laje.
P
u.Exp
– Carga de Ruptura experimental;
P
y(BI)
- Carga aplicada pelo atuador hidráulico em que houve o escoamento da armadura
do banzo inferior da treliça.
ρ
adot.
(%) - taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de
dimensões reais (Tabela 3.2)
ρ
pond.
(%) - taxa de armadura total adotada nos cálculos, utilizando os valores de
dimensões reais (Anexo 3)
Anexo 3 – Dados Experimentais 142
ANEXO 3
Dados Experimentais
Anexo 3 – Dados Experimentais 143
DEFLECTÔMETRO - Laje L1-80-140
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 -0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,0 0,00 0,03 0,00 0,05 0,03 -0,01 0,03 0,03 0,00 0,03 0,04 0,00
2,0 0,00 0,07 0,01 0,10 0,08 -0,04 0,06 0,07 0,00 0,07 0,09 0,00
3,0 -0,01 0,10 0,12 0,16 0,13 -0,04 0,10 0,11 0,04 0,11 0,15 0,00
4,0 -0,01 0,14 0,18 0,22 0,18 -0,06 0,13 0,13 0,08 0,14 0,19 0,00
5,0 -0,01 0,28 0,19 0,29 0,24 -0,07 0,16 0,18 0,13 0,18 0,24 0,00
6,0 -0,01 0,24 0,25 0,22 0,29 -0,07 0,18 0,24 0,18 0,22 0,29 1,00
7,0 -0,01 0,29 0,32 0,29 0,35 -0,07 0,28 0,31 0,25 0,27 0,36 1,00
8,0 -0,02 0,36 0,43 0,38 0,41 -0,07 0,31 0,37 0,29 0,30 0,47 1,00
9,0 0,08 0,53 0,69 0,67 0,62 -0,10 0,46 0,66 0,63 0,54 0,71 1,00 1ª fissura
10,0 0,11 0,63 0,81 0,75 0,67 -0,12 0,55 0,78 0,73 0,62 0,86 2,00
11,0 0,14 0,70 0,93 0,89 0,79 -0,14 0,62 0,87 0,86 0,72 1,00 2,00
12,5 0,19 0,84 1,13 1,07 0,94 -0,16 0,77 1,03 1,01 0,87 1,19 2,00
15,0 0,49 1,78 2,75 2,50 2,02 -0,37 1,90 2,71 2,67 1,99 2,74 4,00 2ª fissura
16,0 0,80 2,37 3,62 3,30 2,61 -0,48 2,10 3,40 3,35 2,48 3,42 4,00 3ª fissura
17,0 0,95 2,79 4,27 3,98 3,04 -0,56 2,78 3,96 3,90 3,04 4,09 5,00
fissura
18,0
5,00 5,00
19,0
6,25 6,00
19,5
8,68 11,00
20,0
9,90 11,00 fissura
21,0
11,60 13,00
22,0
12,00 14,00
23,0
17,00
24,0
18,00
25,0
P
u.exp.
= 25 kN
DEFLECTÔMETRO - Laje L2-80-160
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2,0 - 0,05 0,05 0,06 0,02 0,02 0,04 0,05 0,05 0,06 0,06 0,00
4,0 - 0,10 0,10 0,11 0,07 0,07 0,08 0,10 0,10 0,08 0,12 0,00
6,0 - 0,18 0,19 0,20 0,15 0,15 0,15 0,19 0,19 0,13 0,17 0,00
8,0 - 0,21 0,23 0,24 0,18 0,18 0,20 0,23 0,23 0,18 0,21 0,00
10,0 - 0,31 0,34 0,36 0,28 0,28 0,27 0,33 0,33 0,26 0,29 0,00
12,0 - 0,41 0,46 0,46 0,38 0,38 0,33 0,40 0,40 0,32 0,37 0,00
14,0 - 0,48 0,55 0,57 0,45 0,45 0,43 0,53 0,53 0,44 0,51 0,00
16,0 - 0,64 0,75 0,77 0,62 0,62 0,57 0,71 0,71 0,57 0,68 0,00 fissura
18,0 - 0,86 1,01 1,03 0,82 0,82 0,77 0,96 0,96 0,77 0,94 0,00
20,0 - 0,99 1,17 1,18 0,95 0,95 0,89 1,11 1,11 0,95 1,13 0,00 fissura
22,0 1,17 1,42 1,40 1,14 1,14 1,06 1,32 1,32 1,08 1,36 0,00 3ª fissura
24,0 - 2,40 3,29 3,30 2,67 2,67 2,56 3,21 3,21 2,44 3,29 2,00 fissura
26,0 - 5,19 5,77 5,77 4,44 4,44 4,22 5,55 5,55 5,17 5,66 3,00 fissura
28,0
7,22
6,00
30,0 -
11,04 10,00 fissura
31,0 -
13,40 13,00
P
u.exp.
= 31 kN
Anexo 3 – Dados Experimentais 144
DEFLECTÔMETRO - Laje L3-80-180
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2,0 0,00 0,04 0,02 0,04 0,05
-
0,02 0,03 0,04 0,03 0,04 0,00
4,0 0,01 0,08 0,08 0,10 0,09
-
0,08 0,08 0,10 0,09 0,09 0,00
6,0 0,02 0,12 0,11 0,14 0,14
-
0,12 0,14 0,15 0,14 0,15 0,00
8,0 -0,01 0,20 0,21 0,24 0,21
-
0,18 0,19 0,20 0,19 0,21 0,00
10,0 -0,02 0,22 0,24 0,26 0,24
-
0,19 0,23 0,23 0,21 0,24 0,00
12,0 -0,02 0,29 0,32 0,33 0,30
-
0,25 0,28 0,29 0,27 0,30 0,00
14,0 -0,02 0,35 0,40 0,41 0,37
-
0,31 0,36 0,37 0,33 0,38 0,00
16,0 -0,02 0,43 0,50 0,51 0,45
-
0,38 0,45 0,45 0,40 0,47 0,00 1ª fissura
18,0 -0,03 0,54 0,64 0,66 0,56
-
0,49 0,59 0,59 0,51 0,59 0,00
20,0 -0,02 0,64 0,75 0,76 0,65 0,57 0,70 0,69 0,60 0,70 0,00 fissura
22,0 -0,02 0,71 0,84 0,85 0,73 0,64 0,81 0,78 0,68 0,79 0,00 fissura
24,0 0,00 0,84 0,97 1,00 0,86 0,75 0,97 0,93 0,80 0,93 1,00 fissura
26,0 0,02 0,94 1,10 1,13 0,96 0,86 1,08 1,03 0,90 1,04 1,00 fissura
28,0 0,07 1,12 1,33 1,35 1,15 1,04 1,31 1,25 1,08 1,27 1,00 fissura
30,0 0,12 1,33 1,64 1,68 1,38 1,28 1,66 1,58 1,32 1,60 1,00
fissura
31,0 0,49 2,28 2,90 2,98 2,26 2,20 3,02 2,90 2,20 2,92 1,00
32,0
3,18 2,00
33,0
3,36 3,00 fissura
34,0
3,65 3,00
35,0
4,06 4,00
36,0
4,53 4,00
37,0
7,13 4,00
38,0
9,00
39,0
10,00
P
u.exp.
= 39 kN
DEFLECTÔMETRO - Laje L4-80-200
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,00 0,00 0,00
5,0
0,06 0,08 0,05 0,06 0,02 0,09 0,10 0,03 0,07 0,00
10,0
0,14 0,18 0,17 0,15 0,11 0,19 0,19 0,10 0,16 0,00
12,5
0,20 0,24 0,22 0,20 0,16 0,24 0,24
0,14
0,22 1,00
15,0
0,26 0,33 0,30 0,27 0,22 0,32 0,31 0,19 0,30 1,00 1ª fissura
17,5
0,32 0,39 0,37 0,33 0,27 0,38 0,38 0,25 0,36 1,00 2ª fissura
20,0
0,39 0,49 0,46 0,41 0,34 0,48 0,47 0,32 0,46 2,00 3ª fissura
22,5
0,45 0,56 0,53 0,46 0,40 0,55 0,53 0,38 0,53 2,00 4ª fissura
25,0
0,53 0,66 0,63
0,54
0,48 0,65 0,64 0,47 0,62 2,00
fissura
27,5
0,65 0,81 0,76 0,65 0,59 0,79 0,76 0,56 0,75 2,00
fissura
30,0
0,74 0,93 0,88 0,75 0,68 0,92 0,88 0,65 0,87 2,00
fissura
32,5
2,06 2,87 2,88 2,05 2,03 3,01 2,80 1,89 2,79 4,00 8ª fissura
35,0
3,55 5,00 fissura
37,5
4,12 5,00 10ª fissura
40,0
4,81 6,00 11ª fissura
42,5
5,72 8,00
45,0
8,10
P
u.exp.
= 45 kN
Anexo 3 – Dados Experimentais 145
DEFLECTÔMETRO - Laje L1-80-120
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2,0 0,01 0,09 0,13 0,14 0,02 -0,04 0,12 0,11 0,14 0,11 0,03 0,00
4,0 0,14 0,56 0,78 0,84 0,51 -0,16 0,66 0,70 0,83 0,57 0,68 0,00 1º fissura
6,0 0,38 1,42 2,00 2,18 1,38 -0,36 1,55 1,91 2,09 1,51 1,84 3,00 2º fissura
8,0 1,60 5,13 6,79 7,04 5,62 -1,19 5,85 6,71 6,98 5,10 6,66 7,00 3º fissura
10,0 2,42 7,74 9,83 10,13 8,21 -1,75 8,50 9,74 10,09 7,71 9,72 10,00 4º fissura
12,0 3,20 10,06 12,66 13,17 10,58 -2,22 10,92 12,52 13,01 10,03 12,56 12,00 5º fissura
14,0 4,52 14,56 18,23 19,02 15,18 -3,18 15,65 18,21 18,79 14,49 18,20 19,00
15,0 5,77 -2,70 22,97 23,00
16,0 6,80 -3,42 27,74 28,00
17,0 8,13 -3,48 37,00
P
u.exp.
= 17 kN
DEFLECTÔMETRO - Laje L2-80-120
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,0 0,32 0,13 0,14 0,15 0,11 -0,34 0,12 0,16 0,15 0,10 0,14 0,00
2,0 0,32 0,22 0,25 0,25 0,21 -0,32 0,20 0,27 0,25 0,17 0,24 0,00 1º fissura
3,0 0,16 0,30 0,37 0,37 0,31 -0,15 0,29 0,39 0,36 0,25 0,36 1,00 2º fissura
4,0 0,17 0,42 0,53 0,52 0,43 -0,17 0,42 0,55 0,52 0,38 0,49 1,00
5,0 0,20 0,51 0,63 0,63 0,51 -0,18 0,53 0,68 0,65 0,47 0,61 1,00
6,0 0,23 0,83 1,00 1,00 0,80 -0,19 0,82 1,09 1,07 0,78 1,01 1,00
7,0 0,37 1,41 1,71 1,68 1,38 -0,27 1,35 1,79 1,76 1,29 1,66 2,00 3º fissura
8,0 1,33 3,35 4,48 4,47 4,39 -0,88 4,49 4,57 4,60 3,10 4,44 4,00 4º fissura
9,0 1,60 4,29 5,55 5,51 5,28 -1,04 5,36 5,59 5,63 4,01 5,46 5,00
10,0 2,08 5,81 7,40 7,35 6,77 -1,32 6,87 7,40 7,39 5,43 7,24 7,00
11,0 2,58 7,18 9,20 9,14 8,30 -1,63 7,42 9,13 9,17 6,74 9,02 9,00 5º fissura
P
p.
= 11 kN
Anexo 3 – Dados Experimentais 146
DEFLECTÔMETRO - Laje L3-80-120
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,0 0,03 0,12 0,12 0,12 0,11 -0,04 0,11 0,12 0,04 0,12 0,13 0,00
2,0 0,05 0,17 0,18 0,18 0,16 -0,06 0,16 0,18 0,09 0,16 0,19 0,00
3,0 0,11 0,27 0,31 0,30 0,26 -0,10 0,26 0,29 0,21 0,26 0,31 0,00 1º fissura
4,0 0,16 0,78 0,96 0,96 0,74 -0,12 0,77 1,11 0,91 0,78 0,99 1,00 2º fissura
5,0 0,33 1,28 1,59 1,63 1,24 -0,24 1,27 1,88 1,59 1,28 1,66 2,00 3º fissura
6,0 0,44 1,62 2,04 2,06 1,57 -0,31 1,62 2,35 2,05 1,64 2,11 2,00
7,0 1,03 3,57 4,67 4,69 3,89 -0,61 3,91 5,04 4,75 3,59 4,77 5,00 4º fissura
8,0 1,49 4,59 6,18 6,19 5,51 -0,89 5,60 6,58 6,29 4,67 6,28 6,00
9,0 1,80 5,61 7,39 7,40 6,55 -1,06 6,74 7,82 7,52 5,71 7,48 8,00 5º fissura
10,0 2,06 6,41 8,33 8,34 7,31 -1,19 7,42 8,80 8,49 6,48 8,42 9,00
P
p.
=10 kN
DEFLECTÔMETRO - Laje L4-00-120
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,0 0,02 0,11 0,12 0,15 0,11 -0,04 0,14 0,15 0,08 0,11 0,15 1,00
2,0 0,02 0,17 0,19 0,21 0,16 -0,05 0,20 0,21 0,15 0,16 0,21 1,00
3,0 0,12 0,55 0,70 0,63 0,55 -0,11 0,58 0,75 0,67 0,53 0,71 1,00 fissura
4,0 0,18 0,81 1,04 0,97 0,82 -0,15 0,84 1,09 1,00 0,78 1,05 2,00 fissura
5,0 0,37 1,51 1,89 1,79 1,45 -0,26 1,48 1,92 1,85 1,48 1,88 3,00 fissura
6,0 0,46 1,94 2,39 2,29 1,82 -0,32 1,86 2,38 2,31 1,85 2,33 3,00 fissura
7,0 0,77 2,83 3,56 3,44 3,03 -0,50 2,94 3,53 3,45 2,69 3,47 4,00 fissura
8,0 2,07 6,32 7,97 7,97 7,70 -1,18 7,86 8,21 8,10 6,21 8,03 8,00
9,0 10,00
10,0 14,00
10,8 18,00
11,0 21,00
P
u.exp.
= 11 kN
Anexo 3 – Dados Experimentais 147
DEFLECTÔMETRO - Laje L5-100-120
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1,0 0,00 0,08 0,09 0,09 0,08 0,00 0,08 0,09 0,09 0,07 0,08 0,00
2,0 0,00 0,13 0,15 0,15 0,14 0,00 0,13 0,15 0,16 0,12 0,14 0,00
3,0 0,01 0,18 0,21 0,22 0,15 0,00 0,20 0,23 0,24 0,19 0,22 1,00
4,0 0,03 0,26 0,31 0,32 0,29 0,00 0,30 0,36 0,38 0,29 0,33 1,00
5,0 0,06 0,37 0,45 0,47 0,42 0,00 0,43 0,51 0,53 0,40 0,48 1,00
6,0 0,17 0,77 0,95 0,96 0,82 0,00 0,84 1,09 1,07 0,78 1,00 1,00 1ª fissura
7,0 0,21 1,07 1,40 1,43 1,13 0,00 1,10 1,47 1,46 1,08 1,40 1,00 2ª fissura
8,0 0,36 1,64 2,12 2,19 1,69 0,00 1,72 2,24 2,23 1,65 2,14 2,00
fissura
9,0 0,55 2,10 2,78 2,85 2,35 -0,12 2,42 2,92 2,92 2,14 2,79 2,00
10,0 1,15 3,88 5,01 5,10 4,37 -0,41 4,48 5,16 5,17 3,98 5,03 4,00 3º fissura
11,0 1,41 4,87 6,10 6,16 5,23 -0,55 5,35 6,22 6,25 4,90 5,71 5,00 4º fissura
12,0 1,92 6,27 7,83 7,88 6,83 -0,82 6,92 7,99 8,06 6,31 7,41 7,00
fissura
13,0 2,38 7,52 9,42 9,47 8,24 -1,05 8,35 9,62 9,71 7,60 8,99 8,00
13,0 9,48 9,00 fissura
14,0 13,43
14,0 21,53
P
u.exp.
= 14 kN
DEFLECTÔMETRO - Laje L2/L2R-80
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2,0 -0,06 0,09 0,13 0,13 0,12 0,08 0,08 0,10 0,10 0,08 0,11 0,00
4,0 -0,11 0,19 0,26 0,28 0,25 0,15 0,17 0,19 0,17 0,15 0,20 0,10
6,0 -0,18 0,31 0,42 0,44 0,41 0,24 0,30 0,33 0,31 0,26 0,35 0,10
8,0 -0,19 0,42 0,57 0,60 0,55 0,28 0,41 0,46 0,44 0,36 0,48 0,20
10,0 -0,18 0,51 0,70 0,73 0,67 0,28 0,50 0,56 0,54 0,45 0,59 0,20
12,0 -0,16 0,62 0,84 0,87 0,80 0,28 0,62 0,71 0,67 0,56 0,72 0,20
14,0 -0,11 0,74 1,00 1,02 0,95 0,28 0,77 0,88 0,84 0,70 0,88 0,20
18,0 0,01 0,98 1,32 1,35 1,27 0,23 1,06 1,23 1,20 0,99 1,22 0,20
22,0 0,28 1,56 2,11 2,12 1,99 0,10 1,78 2,05 2,00 2,02 2,01 0,40
26,0 0,54 2,05 2,78 2,77 2,59 0,00 2,35 2,72 2,65 2,13 2,65 0,401º fissura
30,0 1,00 2,89 3,84 3,84 3,52 -0,17 3,29 3,81 3,72 2,99 3,72 0,50
34,0 1,65 4,09 5,37 5,38 4,76 -0,42 4,53 5,26 5,15 4,17 5,14 0,50
38,0 2,08 4,86 6,41 6,41 5,50 -0,59 5,44 6,34 6,21 5,00 6,20 2,08
42,0 2,80 6,11 7,73 7,62 6,88 -0,88 6,93 8,05 7,90 6,29 7,37 0,902º fissura
46,0 3,76 7,81 9,81 9,85 8,62 -1,26 8,86 10,24 10,05 7,96 9,53 1,10
48,0 4,39 -1,48 10,96 1,20
50,0 4,91 -1,78 12,14 1,50
52,0 5,50 -1,90 13,50 1,50
54,0 6,04 -2,22 15,41 1,70
56,0 6,04 -2,63 17,79 1,90
58,0 2,50
P
u.exp.
= 58 kN
Anexo 3 – Dados Experimentais 148
DEFLECTÔMETRO - Laje L3/L3R-80
Carga
(kN)
D1
(mm)
D2
(mm)
D3
(mm)
D4
(mm)
D5
(mm)
D6
(mm)
D7
(mm)
D8
(mm)
D9
(mm)
D10
(mm)
D11
(mm)
Trena
(mm)
Obs.
0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2,0 0,00 0,07 0,08 0,08 0,12 0,03 0,07 0,00 0,08 0,03 0,00 0,00
4,0 0,00 0,12 0,15 0,16 0,18 0,04 0,01 0,06 0,16 0,05 0,10 0,10
6,0 0,00 0,19 0,23 0,24 0,25 0,05 0,21 0,14 0,24 0,09 0,08 0,10
8,0 0,00 0,31 0,39 0,41 0,38 0,08 0,34 0,30 0,39 0,17 0,22 0,10
10,0 0,00 0,36 0,46 0,48 0,44 0,09 0,40 0,37 0,46 0,20 0,28 0,10
12,0 0,05 0,44 0,55 0,56 0,52 0,09 0,47 0,46 0,55 0,25 0,36 0,20
14,0 0,05 0,54 0,67 0,68 0,63 0,08 0,56 0,57 0,66 0,31 0,47 0,201º fissura
18,0 0,10 0,75 0,91 0,91 0,83 0,05 0,77 0,81 0,90 0,42 0,70 0,20
22,0 0,17 0,93 1,14 1,14 1,03 0,02 0,96 1,05 1,14 0,57 0,92 0,20
26,0 0,29 1,21 1,52 1,51 1,36 0,01 1,29 1,44 1,53 0,83 1,28 0,30
30,0 0,47 1,60 2,01 2,02 1,80 0,08 1,70 1,92 2,01 1,15 1,76 0,40
34,0 0,79 2,24 2,78 2,77 2,45 -0,23 2,37 2,71 2,82 1,77 2,54 0,40
38,0 1,53 3,80 4,57 4,58 3,95 -0,51 3,83 4,49 4,60 3,40 4,32 0,60
42,0 2,19 5,04 6,10 6,08 5,27 -0,77 5,15 6,07 6,19 4,67 5,90 0,70
46,0 3,08 6,87 8,08 8,05 6,95 -1,10 6,82 8,10 8,24 6,50 7,90 0,90
48,0 3,48 7,61 8,98 8,94 7,73 -1,25 7,61 8,99 9,15 7,19 8,78 1,00
50,0 3,89 9,31 11,05 11,99 9,54 -1,41 9,41 11,13 11,31 8,80 9,81 1,10
52,0 4,36 -1,59 10,89 1,30
56,0 5,42 -2,02 13,56 1,50
58,0 5,97 -2,23 14,37 1,70
60,0 6,61 -2,48 15,84 1,80
62,0 7,18 -2,73 17,40 1,90
64,0 7,21 -3,05 19,40 2,20
66,0 7,27 -3,47 22,09 2,40
68,0 7,34 -3,97 2,80
69,0 3,30
P
u.exp.
= 69 kN
Anexo 3 – Dados Experimentais 149
Extensômetros do aço – Laje L1-80-140
P
u.exp.
= 25 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4(‰) E7() E8(‰) E9(‰) E10(‰) E11(‰) E12(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 -0,0192 -0,0199 -0,0076 -0,0094 -0,0183 -0,0076 -0,0067 0,0004 -1,5012 -0,0252
2,0 -0,0034 -0,0126 -0,0019 -0,0103 -0,0148 -0,0068 -0,0027 0,0025 -1,3247 -0,0304
3,0 0,0330 0,0275 0,03435 0,0096 0,0230 0,0447 0,0319 0,0032 -1,2100 -0,0351
4,0 0,0342 0,0233 0,0208 0,0034 0,0223 0,0331 0,0242 0,0065 -1,1759 -0,0353
5,0 0,0696 0,0515 0,0464 0,0239 0,0642 0,0582 0,0483 0,0076 -0,7147 -0,0371
6,0 0,0636 0,0551 0,0468 0,0136 0,0539 0,0576 0,0432 0,0093 -0,7066 -0,0406
7,0 0,1032 0,0800 0,0636 0,0244 0,1311 0,0900 0,0689 0,0142 -0,6855 -0,0476
8,0 0,1321 0,1049 0,0728 0,0344 0,3222 0,1694 0,0731 0,0211 -0,6865 -0,0589
9,0 0,7177 0,6930 0,0700 0,1896 4,6172 1,0920 0,0843 0,1462 -0,2113 -0,0889
10,0 0,8426 0,8219 0,0805 0,2493 2,3176 1,1274 0,0930 0,1812 -0,1979 -0,1027
11,0 0,9509 0,9232 0,0843 0,2862 1,8628 1,2532 0,0958 0,2054 -0,1987 -0,1130
12,3 1,1446 1,0929 0,1114 0,3501 1,7023 1,2861 0,1114 0,2363 -0,0378 -0,1251
15,0 2,3293 2,1448 0,1128 0,3876 2,4205 2,2693 0,1271 0,4198 0,0940 -0,0567
16,0 3,3367 3,2803 0,1384 0,4593 3,8198 3,3584 0,1674 0,4318 0,2788 0,0206
17,0 4,3655 4,0529 0,1535 0,4451 4,5148 3,8891 0,1713 0,4816 0,3290 0,0429
18,0 6,1950 5,5708 0,1472 0,4933 6,1208 5,4026 0,1714 0,5211 0,4593 0,0903
19,0 8,5008 7,4690 0,1569 0,5931 7,5403 7,0354 0,1832 0,5861 0,5168 0,1271
19,5 9,5212 8,2400 0,3358 0,6207 8,3647 7,5329 1,6769 0,5510 0,5661 0,1352
20,0 9,7296 8,4779 2,2875 0,6815 8,5634 7,9827 2,8768 0,6527 0,5857 0,1244
21,0 10,4509 9,1516 2,4577 0,7158 9,0450 8,6803 3,0023 0,6719 0,6119 0,1331
22,0 12,5478 11,0512 2,8135 0,8720 8,1291 10,2314 3,4956 0,7585 0,7038 0,1453
23,0 14,1431 12,7934 3,0198 0,9844 8,3704 11,0530 4,0548 0,8307 0,7780 0,1544
24,0 13,6373 15,0983 3,4636 1,2346 7,7008 12,7821 5,3335 0,9806 0,8584 0,1550
25,0 13,6447 16,0100 4,1681 1,4091 7,5146 12,9525 6,3451 1,1068 0,8959 0,1573
Anexo 3 – Dados Experimentais 150
Extensômetros do aço - Laje L2-80-160
P
u.exp.
= 31 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2() E3(‰) E4(‰) E7() E8(‰) E9(‰) E10(‰) E11(‰) E12(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2,0 0,0186 0,0162 0,0141 0,0037 0,0140 0,0193 0,0168 0,0011 0,0005 -0,0076
4,0 0,0393 0,0410 0,0412 0,0130 0,0372 0,0427 0,0364 0,0040 0,0037 -0,0102
6,0 0,0365 0,0515 0,0322 0,0019 0,0355 0,0364 0,0296 0,0026 0,0015 -0,0187
8,0 0,0564 0,0725 0,0446 0,0108 0,0485 0,0486 0,0470 0,0093 0,0094 -0,0230
10,0 0,0775 0,0982 0,0742 0,0296 0,0590 0,0625 0,0688 0,0225 0,0112 -0,0359
12,0 0,0664 0,0832 0,0703 0,0180 0,0391 0,0526 0,0609 0,0319 0,0091 -0,0448
14,0 0,0924 0,1044 0,1105 0,0452 0,0602 0,0596 0,0855 0,0364 0,0123 -0,0551
16,0 0,0791 0,0910 0,1167 0,0358 0,0456 0,0397 0,0662 0,0468 0,0089 -0,0689
18,0 0,0970 0,1095 0,1465 0,0592 0,0813 0,0600 0,1068 0,0577 0,0061 -0,0802
20,0 0,1199 0,1290 0,1729 0,0732 0,1232 0,0735 0,1331 0,0627 0,0139 -0,0978
22,0 0,1298 0,1314 0,1919 0,0895 0,2006 0,0861 0,2496 0,0730 0,0080 -0,1117
24,0 1,7208 1,5414 0,2533 0,5200 1,6902 1,3845 0,4300 0,5892 0,1236 -0,1013
24,0 2,1888 1,9803 4,3307 0,6852 1,9055 1,5997 3,8016 0,7252 0,1828 -0,1073
26,0 2,4483 2,2123 6,6982 0,7913 1,9995 1,6959 5,5984 0,8247 0,2424 -0,0986
28,0 3,0893 2,6786 9,6850 1,1789 2,0759 1,7738 8,0083 1,0614 0,3454 0,0807
30,0 3,9401 3,0855 16,1366 2,4573 2,1875 1,8423 13,6264 1,8961 0,8000 0,6283
31,0 0,6155 0,2770 17,9434 4,7282 0,5693 0,1429 12,3469 26,6056 1,6878 1,5930
Extensômetros do aço - Laje L3-80-180
P
u.exp.
= 39 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4(‰) E7() E8(‰) E9(‰) E10(‰) E11(‰) E12(‰)
0,0 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
2,0 0,010 0,007 0,009 0,012 0,019 0,022 0,011 0,003 -0,006 -0,006
4,0 0,036 0,012 0,009 0,004 0,016 0,030 -0,001 0,006 -0,010 -0,009
6,0 0,039 0,017 0,005 0,004 0,031 0,043 0,004 0,010 -0,014 -0,014
8,0 0,070 0,033 0,019 0,003 0,022 0,045 0,003 0,015 -0,026 -0,022
10,0 0,097 0,043 0,028 0,018 0,051 0,076 0,024 0,018 -0,029 -0,026
12,0 0,119 0,062 0,028 0,020 0,054 0,115 0,021 0,027 -0,037 -0,031
14,0 0,165 0,095 0,051 0,044 0,076 0,193 0,046 0,034 -0,048 -0,040
16,0 0,310 0,304 0,064 0,079 0,116 0,279 0,055 0,046 -0,059 -0,049
18,0 0,485 0,485 0,066 0,158 0,466 0,529 0,056 0,111 -0,078 -0,065
20,0 0,547 0,553 0,064 0,199 0,566 0,624 0,059 0,156 -0,092 -0,079
22,0 0,627 0,623 0,073 0,239 0,623 0,686 0,063 0,184 -0,102 -0,091
24,0 0,711 0,711 0,090 0,306 0,687 0,749 0,079 0,217 -0,115 -0,100
26,0 0,790 0,793 0,108 0,351 0,727 0,783 0,086 0,236 -0,123 -0,108
28,0 0,970 0,981 0,117 0,449 0,852 0,907 0,058 0,270 -0,137 -0,127
30,0 1,325 1,357 0,164 0,614 1,167 1,253 0,100 0,333 -0,168 -0,145
31,0 3,905 3,926 0,176 1,375 3,393 4,488 0,080 0,688 -0,168 0,272
32,0 4,726 4,567 0,181 1,490 4,214 5,515 0,084 0,742 -0,159 0,343
33,0 5,441 5,088 0,184 1,574 4,862 6,308 0,084 0,777 -0,156 0,392
34,0 6,736 6,023 0,180 1,707 6,038 7,686 0,087 0,832 -0,140 0,476
35,0 8,678 7,404 0,180 1,882 7,817 9,834 0,075 0,921 -0,086 0,590
36,0 10,393 8,581 0,204 2,039 9,561 12,089 0,091 1,033 -0,008 0,677
37,0 10,466 8,620 0,199 2,063 10,043 12,752 0,084 1,071 0,005 0,704
38,0 10,744 8,737 0,196 2,067 10,171 12,951 0,082 1,080 0,014 0,722
39,0 12,042 9,745 0,232 2,317 11,356 14,599 0,101 1,383 0,017 0,792
Anexo 3 – Dados Experimentais 151
Extensômetros do aço - Laje L4-80-200
P
u.exp.
= 45 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4(‰) E7() E8(‰) E9(‰) E10(‰) E11(‰) E12(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
5,0 0,0594 0,0424 0,0312 0,0333 0,0368 0,0429 0,0507 0,0067 -0,0291 -0,0135
10,0 0,1665 0,1772 0,0526 0,0460 0,0643 0,0649 0,0570 0,0172 -0,0711 -0,0258
12,5 0,2633 0,2811 0,0536 0,0670 0,0846 0,0815 0,0681 0,0252 -0,0709 -0,0322
15,0 0,3471 0,3901 0,0612 0,0731 0,1051 0,0848 0,0695 0,0315 0,0235 -0,0391
17,5 0,4421 0,4985 0,0768 0,1152 0,1634 0,1225 0,0929 0,0405 -0,0066 -0,0515
20,0 0,5237 0,6008 0,0772 0,1420 0,1717 0,1245 0,0815 0,0488 -0,0392 -0,0587
22,5 0,5897 0,6745 0,1081 0,1864 0,2014 0,1455 0,1059 0,0538 0,0033 -0,0657
25,0 0,6840 0,7719 0,1295 0,2356 0,2468 0,1986 0,1272 0,0626 -0,0795 -0,0772
27,5 0,7504 0,8294 0,1229 0,2716 0,5738 0,5730 0,1298 0,1497 -0,0405 -0,1025
30,0 0,8477 0,9315 0,1547 0,3289 0,6990 0,7149 0,1642 0,1966 -0,0177 -0,1179
32,5 1,1104 1,2307 0,1648 0,3693 0,8557 0,8779 0,1758 0,2742 -0,0340 -0,1362
32,5 6,8712 7,4855 0,1816 0,7929 6,1741 7,2849 0,1946 1,6090 0,2722 0,1176
33,0 8,7344 9,3970 0,1741 0,8273 8,0037 9,4097 0,2028 1,7836 0,3452 0,1648
35,0 10,9413 12,1318 0,1994 0,9697 10,2758 12,4897 0,2245 2,0776 0,3894 0,2123
37,5 13,7870 16,0031 0,2101 1,1616 13,3020 17,1020 0,2636 2,4493 0,4444 0,2722
40,0 16,8852 20,9575 0,4712 1,4693 16,5121 23,8371 0,5438 2,9178 0,4887 0,3459
42,5 20,5222 25,8753 0,5908 1,9540 19,0736 29,4690 0,6357 3,8788 0,5288 0,4504
42,5 22,6596 26,3025 0,9107 4,3346 18,7036 29,4690 0,7562 25,2523 0,6890 0,7899
45,0 26,5648 26,3025 0,5690 7,8820 15,1054 29,0853 0,4604 25,2523 1,2330 1,5998
Extensômetros do aço - Laje L1-80-120
P
u.exp.
= 17 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4(‰) E5() E6(‰) E7(‰) E8(‰) E9(‰) E10(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2,0 -0,0219 -0,0291 -0,0187 0,0033 -0,0027 0,0034 -0,0223 -0,0271 -0,0114 0,0063
4,0 -0,0048 0,0014 0,0002 0,0010 0,0112 0,0017 0,0068 0,0010 0,0055 0,0043
6,0 0,6336 0,7457 -0,0198 0,0664 -0,0387 -0,0339 0,4253 0,3912 0,0282 0,0176
8,0 1,6261 1,5802 0,0237 0,2115 -0,0262 -0,0184 0,8485 0,7993 0,0332 0,0278
10,0 2,3975 2,3665 0,3193 0,2380 0,0612 0,3523 1,7777 1,6577 0,0996 0,1605
12,0 3,1090 3,1714 0,5980 0,2689 0,1237 0,4463 2,3372 2,2150 1,2323 0,3349
14,0 3,9425 4,1132 0,8069 0,3157 0,1515 0,5544 2,9229 2,7615 1,7008 0,5707
15,0 6,0464 6,2129 1,2365 0,5384 0,2785 0,8668 4,5353 4,1936 2,2362 1,1304
16,0 7,4059 7,3917 4,5240 0,6453 0,3153 0,9299 5,5334 5,0251 3,0317 1,5103
17,0 9,1715 8,9137 5,5822 0,8761 0,4035 1,0444 6,6797 6,0650 3,4124 1,8522
Anexo 3 – Dados Experimentais 152
Extensômetros do aço - Laje L2-80-120
Pp
.
= 11 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4() E7(‰) E8(‰) E9(‰) E10(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 0,0191 0,0044 0,0111 -0,0008 0,1424 0,1511 0,0065 0,0158
2,0 0,0431 0,0296 0,0200 -0,0013 0,2400 0,2565 0,0157 0,0250
3,0 0,0660 0,0409 0,0367 0,0082 0,3408 0,3495 0,0306 0,0383
4,0 0,0747 0,0500 0,0382 -0,0030 0,4616 0,4966 0,0361 0,0416
5,0 0,1282 0,1005 0,0584 0,0205 0,5588 0,5900 0,0529 0,0768
6,0 0,1966 0,1832 0,0475 0,0154 0,7065 0,7067 0,0509 0,0867
7,0 0,2067 0,1894 0,0342 -0,0026 1,0309 1,0489 0,0532 0,1138
8,0 0,2771 0,2504 0,0638 0,0142 1,2748 1,2825 0,0989 0,1631
9,0 0,3784 0,3490 0,0746 0,0210 1,4153 1,4329 0,1561 0,1629
10,0 0,8451 0,6409 0,3393 0,1479 1,9394 1,9480 0,5196 0,2172
11,0 1,6261 1,3684 0,5236 0,4780 2,6147 2,6568 0,7104 0,2830
Extensômetros do aço - Laje L3-80-120
Pp
.
= 10 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4() E7(‰) E8(‰) E9(‰) E10(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 0,0339 0,0332 0,0323 0,0017 0,0313 0,0399 0,0243 0,0000
2,0 0,0527 0,0477 0,0488 0,0101 0,0442 0,0423 0,0341 0,0062
3,0 0,1252 0,0666 0,0648 0,0923 0,1796 0,0798 0,0541 0,0099
4,0 0,1991 0,0787 0,0706 0,1168 0,8968 0,8065 0,0543 0,0767
5,0 0,5814 0,3907 0,0990 0,1665 1,5599 1,5818 0,0818 0,1699
6,0 0,7998 0,6316 0,1123 0,2184 1,7748 1,8676 0,1003 0,1673
7,0 1,2116 1,0904 0,3040 0,3676 1,9578 2,0620 0,0827 0,1549
8,0 1,5496 1,4303 0,4197 0,6116 2,1329 2,2767 0,1193 0,1686
9,0 1,8691 1,7367 0,5970 0,6985 2,3137 2,5063 0,1457 0,1884
10,0 2,1292 1,9771 0,8480 0,8084 2,5042 2,7252 0,3313 0,2175
Extensômetros do aço - Laje L4-00-120
P
u.exp.
= 11 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E7(‰) E8(‰) E9(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 0,0237 0,0172 0,0177 0,0345 0,0159 0,0242
2,0 0,0247 0,0226 0,0268 0,0666 0,0236 0,0368
3,0 0,0719 0,1637 0,0571 0,5589 0,0371 0,4520
4,0 0,2375 0,3174 0,0589 0,6649 0,0419 0,4764
5,0 0,6583 0,5289 0,0726 0,7760 0,0525 0,5318
6,0 0,7580 0,5809 0,0694 0,9157 0,0688 0,6078
7,0 0,8987 0,6654 0,2511 1,1335 0,2801 0,7729
8,0 0,9635 0,7734 1,7789 2,0918 1,3058 1,2790
9,0 1,2908 0,9286 2,1687 2,5088 1,6855 1,5840
10,0 1,6695 1,0990 2,4336 2,8158 1,9083 1,8942
10,8 2,2882 1,4199 2,9476 6,5306 2,2450 3,6974
11,0 2,5465 1,4376 2,8930 6,9105 2,1413 1,2430
Anexo 3 – Dados Experimentais 153
Extensômetros do aço - Laje L5-100-120
P
u.exp.
= 14 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4(‰) E5() E6(‰) E7(‰) E8(‰) E9(‰) E10(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 0,0242 0,0211 0,0146 0,0267 0,0218 0,0264 0,0183 1,6047 -0,0041 0,0000
2,0 0,0220 0,0345 0,0123 0,0067 0,0132 0,0219 0,0284 1,7100 0,0120 -0,0047
3,0 0,0350 0,0437 0,0223 0,0089 0,0150 0,0273 0,0405 -1,3169 0,0229 -0,0057
4,0 0,0532 0,0729 0,0341 0,0153 0,0305 0,0508 0,0646 2,2369 0,0301 -0,0105
5,0 0,0792 0,1044 0,0611 0,0207 0,0294 0,0525 0,0742 2,0629 0,0453 -0,0217
6,0 0,0863 0,1106 0,0626 0,0205 0,0361 0,0585 0,1361 -0,8468 0,0523 -0,0427
7,0 0,0961 0,1272 0,0741 0,0204 0,0444 0,3035 1,3771 12,6363 0,0726 -0,0716
8,0 0,8755 0,7614 0,0929 0,0060 0,0913 0,3629 1,5647 5,8712 0,0791 -0,0693
9,0 1,5043 1,4353 0,1531 0,0154 0,1345 0,4147 1,7253 12,6363 0,0941 -0,0719
10,0 1,6648 1,6307 0,1614 0,0191 0,1619 0,4233 1,8230 12,6363 0,0964 -0,0778
11,0 1,8837 1,9501 0,1960 0,0229 0,3655 0,4462 2,3460 12,6363 0,2209 -0,0769
12,0 1,8192 1,8945 1,2147 0,0469 0,3880 0,4211 2,3914 12,6363 0,4531 -0,0721
13,0 2,5138 2,6913 3,0001 0,0690 0,4713 0,5630 3,3482 12,6363 1,3566 0,0002
14,0 2,6820 2,8949 3,1448 0,1022 0,4957 0,5735 3,4776 11,5489 1,4235 0,0122
14,0 2,5973 2,8063 3,0204 0,1045 0,4787 0,5437 3,3477 11,5693 1,4149 0,0233
Extensômetros do aço - Laje L2/L2R-80
P
u.exp.
= 58 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4() E7(‰) E8(‰) E9(‰) E10(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2,0 -0,0179 0,0156 0,0093 -0,0039 -0,0453 -0,0223 0,0083 -0,0091
4,0 -0,0142 0,0002 -0,0053 -0,0055 -0,0099 -0,0038 -0,0003 -0,0008
6,0 0,0047 0,0249 -0,0131 -0,0072 0,0239 0,0384 -0,0051 -0,0052
8,0 0,0626 0,0933 0,0240 0,0214 0,1010 0,1164 0,0277 0,0336
10,0 0,1055 0,1425 0,0361 0,0387 0,1570 0,1796 0,0387 0,0514
12,0 0,1260 0,1751 0,0446 0,0496 0,1903 0,3017 0,0443 0,0599
14,0 0,1804 0,2278 0,0608 0,0826 0,2708 0,2913 0,0756 0,1040
18,0 0,3110 0,3682 0,0786 0,1450 0,4807 0,4098 0,1009 0,1846
22,0 0,5332 0,5887 0,1260 0,2463 0,8010 0,6456 0,1779 0,3620
26,0 0,7249 0,7761 0,1715 0,3290 1,0605 0,8879 0,2878 0,4463
30,0 1,0959 1,0973 0,3590 0,5248 1,5212 1,3422 0,5592 0,6135
34,0 1,7172 1,7009 0,6486 0,8020 2,1317 1,9519 1,1475 0,8010
38,0 2,1316 2,1005 0,7817 0,9654 2,5601 2,3686 1,3905 0,9367
42,0 2,8718 2,7176 0,9635 1,2902 3,6606 3,3864 1,6756 1,1922
46,0 3,7733 3,2894 1,2958 1,6693 5,1348 4,6578 1,9135 1,5408
48,0 4,2959 3,5841 1,5526 1,8801 5,8046 5,2455 2,0557 1,7042
50,0 4,8088 3,7379 1,7242 2,1043 6,6064 5,9092 2,1615 1,8993
52,0 5,3742 3,8659 1,9853 2,3286 7,5145 6,6625 2,2768 2,1530
54,0 6,0683 4,0077 2,8537 2,5812 8,7791 7,6664 2,4254 2,6473
56,0 6,9845 4,0867 3,2725 2,9073 10,8451 9,2340 2,5613 3,7399
58,0 7,5767 1,0520 3,1527 4,0262 22,7842 18,6625 2,5496 9,0143
Anexo 3 – Dados Experimentais 154
Extensômetros do aço - Laje L3/L3R-80
P
u.exp.
= 69 kN
Carga
(kN)
E1(‰) E2(‰) E3(‰) E4(‰) E7() E8(‰) E9(‰) E10(‰) E11(‰) E12(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2,0 0,0164 0,0169 0,0189 0,0191 0,0504 0,0618 0,0212 0,0315 -0,0034 0,0007
4,0 0,0171 0,0253 0,0221 0,0336 0,1000 0,0879 0,0239 0,0334 -0,0022 0,0060
6,0 0,0390 0,0551 0,0284 0,0494 0,1258 0,1100 0,0255 0,0444 -0,0027 0,0069
8,0 0,0834 0,0866 0,0483 0,0834 0,1732 0,1660 0,0532 0,0507 0,0019 0,0137
10,0 0,1005 0,1076 0,0684 0,0974 0,2122 0,2060 0,0665 0,0774 0,0002 0,0140
12,0 0,1381 0,1371 0,0795 0,1126 0,2363 0,2360 0,0819 0,0857 0,0023 0,0163
14,0 0,1697 0,1710 0,0990 0,1325 0,2820 0,2777 0,1018 0,0997 0,0078 0,0219
18,0 0,2271 0,2242 0,1199 0,1623 0,3502 0,3539 0,1298 0,1149 0,0119 0,0308
22,0 0,3150 0,3143 0,1851 0,2296 0,4588 0,4630 0,1804 0,1608 0,0181 0,0391
26,0 0,4082 0,4019 0,2229 0,2706 0,5830 0,5881 0,2303 0,1758 0,0445 0,0647
30,0 0,5776 0,5464 0,3133 0,3637 0,7981 0,8049 0,2951 0,2289 0,1010 0,1046
34,0 0,7990 0,7351 0,5335 0,4743 1,0362 1,0445 0,8207 0,3261 0,1777 0,1489
38,0 1,1853 1,1070 1,0583 0,7648 1,3669 1,4072 2,0612 0,5124 0,2735 0,2089
42,0 1,6599 1,5148 1,3113 1,1310 1,7483 1,8952 2,6642 0,6876 0,3921 0,3340
46,0 2,2799 1,9560 1,6845 1,4502 2,2416 2,5071 3,4384 0,8615 0,5593 0,5709
48,0 2,5982 2,1829 1,8496 1,6244 2,5444 2,8439 3,8278 0,9611 0,6408 0,6882
50,0 2,9326 2,4201 1,9703 1,7736 2,8709 3,1765 4,1955 1,1622 0,7298 0,8099
52,0 3,3222 2,6912 2,1407 1,9640 3,2567 3,5762 4,5938 1,3153 0,8196 0,9191
56,0 4,1270 3,3042 2,8824 2,5137 4,3680 4,6159 5,7265 1,6558 1,0601 1,2069
58,0 4,5466 3,6898 3,5029 2,7175 4,8557 5,1105 6,3522 1,8301 1,1670 1,3303
60,0 5,0306 4,1334 4,1681 2,9495 5,4975 5,6422 7,1119 2,2330 1,2914 1,4795
62,0 5,5657 4,6717 4,7360 3,1774 6,2280 6,2458 7,7807 2,8301 1,4354 1,6467
64,0 6,2259 5,4027 5,3477 3,4036 7,2965 7,0322 8,5485 3,6244 1,6454 1,8850
66,0 6,7417 6,1871 6,1177 3,6556 8,5065 7,9626 9,5337 4,2613 1,9209 2,1709
68,0 6,7558 6,8224 6,9486 3,9684 9,8734 9,0221 - 4,5329 2,2710 2,5187
69,0 6,2771 6,8737 7,8920 4,5548 10,7812 8,9902 - 4,7708 3,0695 3,0272
Anexo 3 – Dados Experimentais 155
Extensômetros do concreto – Laje L1-80-140
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 0,0083 0,0086 0,0124 0,0098 0,0095
2,0 0,0020 0,0019 0,0058 0,0055 0,0045
3,0 -0,0051 -0,0033 0,0003 -0,0004 -0,0010
4,0 -0,0080 -0,0080 -0,0010 0,0021 -0,0028
5,0 -0,0137 -0,0140 -0,0067 -0,0050 -0,0098
6,0 -0,0205 -0,0203 -0,0118 -0,0119 -0,0162
7,0 -0,0260 -0,0310 -0,0160 -0,0173 -0,0280
8,0 -0,0343 -0,0389 -0,0263 -0,0385 -0,0463
9,0 -0,1062 -0,1183 -0,0841 -0,1315 -0,1038
10,0 -0,1287 -0,1658 -0,1024 -0,1569 -0,1274
11,0 -0,1501 -0,1925 -0,1171 -0,1773 -0,1425
12,3 -0,1831 -0,2277 -0,1393 -0,2041 -0,1611
15,0 -0,4495 -0,3837 -0,2273 -0,4513 -0,4056
16,0 -0,6647 -0,5217 -0,2573 -0,5593 -0,4973
17,0 -0,7394 -0,5775 -0,2772 -0,6053 -0,5366
18,0 -0,8232 -0,6522 -0,3066 -0,6755 -0,5956
19,0 -0,9372 -0,7387 -0,3503 -0,7639 -0,6484
19,5 -0,9402 -0,7401 -0,3574 -0,7453 -0,6350
20,0 -1,0117 -0,7920 -0,3792 -0,8039 -0,6867
21,0 -1,0220 -0,7995 -0,3834 -0,8232 -0,7029
22,0 -1,1358 -0,8861 -0,4141 -0,9190 -0,7642
23,0 -1,2159 -0,9627 -0,4388 -0,9944 -0,8160
24,0 -1,3496 -1,0604 -0,4906 -1,1217 -0,8886
25,0 -1,4421 -1,1316 -0,5347 -1,1961 -0,9277
Extensômetros do concreto – Laje L2-80-160
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2,0 -0,0127 -0,0147 -0,0101 -0,0102 -0,0115
4,0 -0,0175 -0,0214 -0,0158 -0,0148 -0,0163
6,0 -0,0322 -0,0364 -0,0283 -0,0282 -0,0294
8,0 -0,0356 -0,0368 -0,0338 -0,0322 -0,0338
10,0 -0,0538 -0,0493 -0,0503 -0,0525 -0,0523
12,0 -0,0665 -0,0602 -0,0637 -0,0645 -0,0687
14,0 -0,0802 -0,0693 -0,0804 -0,0790 -0,0832
16,0 -0,1035 -0,0803 -0,1082 -0,0933 -0,1021
18,0 -0,1212 -0,0894 -0,1353 -0,1120 -0,1255
20,0 -0,1272 -0,0825 -0,1527 -0,1264 -0,1411
22,0 -0,1276 -0,0724 -0,1725 -0,1446 -0,1591
24,0 -0,2234 -0,1540 -0,1679 -0,1580 -0,1689
24,0 -0,2438 -0,1348 -0,1773 -0,1497 -0,1697
26,0 -0,2642 -0,1275 -0,1814 -0,1480 -0,1615
28,0 -0,2659 -0,1365 -0,1996 -0,1540 -0,1603
30,0 -0,4216 -0,2078 -0,2508 -0,2078 -0,1928
31,0 -0,5093 1,3755 -0,2011 -0,1453 -0,1387
Anexo 3 – Dados Experimentais 156
Extensômetros do concreto – Laje L3-80-180
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
2,0 -0,008 -0,009 -0,009 -0,036 -0,019
4,0 -0,013 -0,012 -0,016 -0,011 -0,023
6,0 -0,019 -0,019 -0,023 0,033 -0,029
8,0 -0,028 -0,030 -0,036 0,124 -0,036
10,0 -0,035 -0,035 -0,047 0,129 -0,045
12,0 -0,042 -0,041 -0,058 0,140 -0,051
14,0 -0,056 -0,055 -0,072 0,135 -0,072
16,0 -0,074 -0,077 -0,089 0,112 -0,100
18,0 -0,098 -0,113 -0,112 0,064 -0,149
20,0 -0,113 -0,130 -0,122 0,115 -0,178
22,0 -0,126 -0,143 -0,135 0,144 -0,195
24,0 -0,142 -0,161 -0,151 0,135 -0,206
26,0 -0,158 -0,178 -0,163 0,121 -0,219
28,0 -0,185 -0,216 -0,205 0,081 -0,219
30,0 -0,211 -0,267 -0,288 0,021 -0,192
31,0 -0,182 -0,333 -0,520 -0,186 -0,312
32,0 -0,187 -0,346 -0,527 -0,181 -0,316
33, 0 -0,188 -0,355 -0,531 -0,197 -0,319
34,0 -0,196 -0,372 -0,544 -0,216 -0,322
35,0 -0,205 -0,392 -0,525 -0,244 -0,336
36,0 -0,215 -0,412 -0,558 -0,270 -0,351
37,0 -0,205 -0,404 -0,528 -0,265 -0,359
38,0 -0,201 -0,397 -0,523 -0,251 -0,353
39,0 -0,224 -0,443 -0,578 -0,276 -0,389
Anexo 3 – Dados Experimentais 157
Extensômetros do concreto - Laje L4-80-200
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
5,0 -0,0093 -0,0144 -0,0068 -0,0110 -0,0112
10,0 -0,0177 -0,0369 -0,0172 -0,0239 -0,0268
12,5 -0,0220 -0,0530 -0,0210 -0,0295 -0,0330
15,0 -0,0321 -0,0775 -0,0283 -0,0642 -0,0492
17,5 -0,0404 -0,1010 -0,0403 -0,0727 -0,0586
20,0 -0,0476 -0,1205 -0,0454 -0,0757 -0,0701
22,5 -0,0512 -0,1234 -0,0520 -0,0692 -0,0778
25,0 -0,0611 -0,1143 -0,0605 -0,0776 -0,0888
27,5 -0,0718 -0,1127 -0,0754 -0,1132 -0,1199
30,0 -0,0854 -0,1167 -0,0889 -0,1326 -0,1391
32,5 -0,1074 -0,1406 -0,1354 -0,1646 -0,1694
32,5 -0,2923 -0,1683 -0,4650 -0,5822 -0,4779
33,0 -0,3258 -0,1666 -0,4625 -0,6204 -0,5209
35,0 -0,3737 -0,1311 -0,5052 -0,6705 -0,5743
37,5 -0,4262 -0,0193 -0,5542 -0,7177 -0,6319
40,0 -0,4858 -0,0089 -0,5912 -0,7684 -0,6868
42,5 -0,5748 -0,1038 -0,6440 -0,8207 -0,7411
42,5 -0,7788 -0,3429 -0,7224 -0,8778 -0,8095
45,0 -0,8050 -0,6261 -0,7358 -0,8544 -0,7490
Extensômetros do concreto - Laje L1-80-120
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2,0 0,0116 0,0163 0,0145 0,0134 0,0154
4,0 0,0006 0,0022 0,0019 0,0001 0,0022
6,0 -0,1272 -0,2664 -0,0958 -0,0303 -0,0808
8,0 -0,4573 -0,6061 -0,2414 -0,0547 -0,1624
10,0 -0,6492 -0,7824 -0,5793 -0,0864 -0,2783
12,0 -0,7585 -0,9139 -0,7123 -0,1083 -0,2990
14,0 -0,8713 -1,0612 -0,8619 -0,1346 -0,3265
15,0 -1,0916 -1,3787 -1,1855 -0,2043 -0,3304
16,0 -1,2191 -1,5532 -1,3723 -0,3182 -0,3518
17,0 -1,3896 -1,7883 -1,6142 -0,4441 -0,3864
17,0 -1,6170 -2,0810 -1,9220 -0,5764 -0,4609
Anexo 3 – Dados Experimentais 158
Extensômetros do concreto - Laje L2-80-120
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 -0,0180 -0,0088 -0,0124 -0,0347 -0,0188
2,0 -0,0279 -0,0146 -0,0247 -0,0563 -0,0349
3,0 -0,0381 -0,0183 -0,0356 -0,0793 -0,0470
4,0 -0,0515 -0,0287 -0,0570 -0,1181 -0,0720
5,0 -0,0586 -0,0326 -0,0638 -0,1377 -0,0885
6,0 -0,0840 -0,0396 -0,0917 -0,1794 -0,1422
7,0 -0,0906 -0,0354 -0,1291 -0,2469 -0,2244
8,0 -0,1120 -0,0511 -0,1736 -0,2751 -0,2732
9,0 -0,1260 -0,0580 -0,2049 -0,2959 -0,2940
10,0 -0,1832 -0,0899 -0,3384 -0,3549 -0,3757
11,0 -0,2058 -0,1295 -0,4638 -0,4234 -0,4607
Extensômetros do concreto - Laje L3-80-120
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 -0,0079 -0,0088 -0,0101 -0,0091 -0,0080
2,0 -0,0078 -0,0110 -0,0107 -0,0068 -0,0079
3,0 -0,0144 -0,0162 -0,0124 -0,0125 -0,0110
4,0 -0,0412 -0,0244 -0,0594 -0,0994 -0,0621
5,0 -0,1044 -0,0327 -0,1371 -0,1698 -0,1082
6,0 -0,1220 -0,0383 -0,1671 -0,1775 -0,1040
7,0 -0,1408 -0,0481 -0,2686 -0,1638 -0,1221
8,0 -0,1425 -0,0471 -0,2873 -0,1599 -0,1128
9,0 -0,1361 -0,0452 -0,3110 -0,1626 -0,1098
10,0 -0,1295 -0,0477 -0,3326 -0,1631 -0,1084
Extensômetros do concreto - Laje L4-00-120
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,00 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,00 -0,0050 -0,0142 -0,0107 -0,0094 -0,0060
2,00 -0,0151 -0,0111 -0,0146 -0,0149 -0,0071
3,00 -0,0658 -0,0149 -0,0856 -0,1712 -0,0481
4,00 -0,0995 -0,0213 -0,1224 -0,2085 -0,0570
5,00 -0,1569 -0,0405 -0,1871 -0,4237 -0,0790
6,00 -0,1861 -0,0606 -0,2148 -0,4448 -0,0899
7,00 -0,1819 -0,0559 -0,2354 -0,4794 -0,1071
8,00 -0,2103 -0,0553 -0,1689 -0,4589 -0,1335
9,00 -0,2163 -0,0519 -0,1554 -0,4434 -0,1533
10,00 -0,2298 -0,0627 -0,1536 -0,4330 -0,1945
10,80 -0,2153 -0,0529 -0,1521 -0,3869 -0,3246
11,00 -0,1715 -0,0193 -0,0794 -0,2824 -0,2976
Anexo 3 – Dados Experimentais 159
Extensômetros do concreto - Laje L5-100-120
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
1,0 0,0014 0,0019 0,0004 -0,0003 0,0034
2,0 -0,0071 -0,0043 -0,0067 -0,0087 -0,0088
3,0 -0,0087 -0,0047 -0,0114 -0,0118 -0,0072
4,0 -0,0159 -0,0103 -0,0176 -0,0181 -0,0146
5,0 -0,0246 -0,0145 -0,0302 -0,0483 -0,0283
6,0 -0,0288 -0,0132 -0,0442 -0,0912 -0,0451
7,0 -0,0499 -0,0172 -0,0965 -0,2738 -0,1352
8,0 -0,1090 -0,1053 -0,1470 -0,2921 -0,1559
9,0 -0,1883 -0,2024 -0,2034 -0,3213 -0,1963
10,0 -0,2119 -0,2242 -0,2285 -0,3434 -0,2115
11,0 -0,2725 -0,2530 -0,2746 -0,4245 -0,2807
12,0 -0,2552 -0,2433 -0,2673 -0,4198 -0,2890
13,0 -0,3483 -0,2829 -0,3422 -0,4334 -0,3259
14,0 -0,3816 -0,2843 -0,3470 -0,4340 -0,3287
14,0 -0,3661 -0,2697 -0,3293 -0,4111 -0,3120
Extensômetros do concreto - Laje L2/L2R-80
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2,0 0,0116 0,0174 0,0143 0,0130 0,0156
4,0 -0,0038 -0,0023 -0,0024 -0,0042 -0,0032
6,0 -0,0131 -0,0129 -0,0174 -0,0206 -0,0158
8,0 -0,0283 -0,0307 -0,0385 -0,0445 -0,0380
10,0 -0,0427 -0,0515 -0,0578 -0,0654 -0,0600
12,0 -0,0548 -0,0598 -0,0738 -0,0851 -0,0740
14,0 -0,0681 -0,0775 -0,0892 -0,1041 -0,0937
18, 0 -0,1158 -0,1333 -0,1590 -0,1798 -0,1751
22, 0 -0,1773 -0,2169 -0,2625 -0,2674 -0,2833
26,0 -0,2164 -0,2749 -0,3399 -0,3266 -0,3528
30,0 -0,2624 -0,3720 -0,4591 -0,3988 -0,4452
34,0 -0,3207 -0,5200 -0,6129 -0,4942 -0,5539
38,0 -0,3666 -0,6147 -0,7192 -0,5723 -0,6342
42,0 -0,4445 -0,7607 -0,8908 -0,7164 -0,7668
46,0 -0,5430 -0,8965 -1,0743 -0,8881 -0,9090
48,0 -0,6069 -0,9709 -1,1680 -0,9783 -0,9853
50,0 -0,6771 -1,0363 -1,2496 -1,0667 -1,0565
52,0 -0,7579 -1,1189 -1,3416 -1,1640 -1,1361
54,0 -0,8703 -1,2193 -1,4577 -1,2837 -1,2279
56,0 -1,0361 -1,3868 -1,6219 -1,4304 -1,3367
58,0 -1,8114 -2,2168 -2,3292 -2,0218 -1,6888
Anexo 3 – Dados Experimentais 160
Extensômetros do concreto - Laje L3/L3R-80
Carga
(kN)
C1(‰) C2(‰) C3(‰) C4(‰) C5(‰)
0,0 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2,0 -0,0139 -0,0103 -0,0111 -0,0148 -0,0145
4,0 -0,0249 -0,0211 -0,0248 -0,0293 -0,0255
6,0 -0,0339 -0,0304 -0,0364 -0,0467 -0,0415
8,0 -0,0554 -0,0471 -0,0608 -0,0791 -0,0684
10,0 -0,0656 -0,0578 -0,0724 -0,0907 -0,0803
12,0 -0,0748 -0,0675 -0,0860 -0,1079 -0,0961
14,0 -0,0868 -0,0750 -0,1024 -0,1270 -0,1139
18,0 -0,1175 -0,1037 -0,1387 -0,1753 -0,0137
22,0 -0,1433 -0,1251 -0,1717 -0,2137 -0,0469
26,0 -0,1746 -0,1520 -0,2182 -0,2692 -0,0962
30,0 -0,1978 -0,1764 -0,2761 -0,3422 -0,1600
34,0 -0,2147 -0,1941 -0,3411 -0,4121 -0,2023
38,0 -0,2371 -0,2207 -0,4108 -0,4922 -0,2573
42,0 -0,2604 -0,2714 -0,5413 -0,6335 -0,3495
46,0 -0,2764 -0,3434 -0,7189 -0,8108 -0,4678
48,0 -0,2878 -0,3826 -0,8020 -0,8951 -0,5245
50,0 -0,3053 -0,4233 -0,8886 -0,9879 -0,5862
52,0 -0,3197 -0,4725 -0,9840 -1,0880 -0,6554
56,0 -0,3503 -0,6013 -1,2095 -1,3461 -0,8346
58,0 -0,3804 -0,6704 -1,3101 -1,4603 -0,9275
60,0 -0,4446 -0,7718 -1,4242 -1,5910 -1,0344
62,0 -0,6095 -0,9181 -1,5543 -1,7338 -1,1528
64,0 -0,9191 -1,1876 -1,7340 -1,9372 -1,3274
66,0 -1,2329 -1,5175 -1,9433 -2,1678 -1,5501
68,0 -1,5629 -1,8987 -2,2003 -2,4279 -1,8302
69,0 -2,1322 -2,5372 -2,5993 -2,6224 -2,1106
Anexo 4 – Fotografias 161
ANEXO 4
Fotografias
Anexo 4 – Fotografias 162
Figura A4.1- Atuador hidráulico
Figura A4.2 – Deflectômetros digitais
Figura A4.3 – Extensômetros elétricos para aço e concreto, respectivamente
Anexo 4 – Fotografias 163
Figura A4.4 Apoio do Gênero
Figura A4.5 - Apoio do 1º Gênero
Figura A4.6 - Apoio do 2º Gênero
Figura A4.7 – extensômetros elétricos de
concreto sobre a laje
Figura A4.8 - extensômetros elétricos de
concreto sobre a laje
Figura A4.9 - extensômetros elétricos de
concreto sobre a laje
Anexo 4 – Fotografias 164
Figura A4.10 – Moldagem dos corpos-de-
prova
Figura A4.11 – Formas de compensado das
lajes
Figura A4.12 – Detalhe do “Huck”
Figura A4.13 – Fixação dos ferros corridos
da laje L4-00-120
Figura A4.14 – Colocação dos ferros corridos
da laje L4-00-120
Figura A4.15 – Fixação do EPS
Anexo 4 – Fotografias 165
Figura A4.16 – Extensômetros elétricos no
aço da laje L4-00-120
Figura A4.17 – Uso de cola branca para
fixação do EPS na forma de madeira
Figura A4.18 - Uso de cola branca para fixação do EPS na forma de madeira
Anexo 4 – Fotografias 166
Figura A4.19 -Uso de cola branca para fixação do EPS na forma de madeira
Figura A4.20 – Extensômetros elétricos nas treliças
Anexo 4 – Fotografias 167
Figura A4.21 - Extenmetros elétricos nas
treliças
Figura A4.22 - Extenmetros elétricos nas
treliças
Figura A4.23- Detalhe da fixação da treliça no fundo da forma de madeira
Figura A4.24 – Treliças na forma de madeira
Figura A4.25 – Armadura de distribuição –
vista superior
Anexo 4 – Fotografias 168
Figura A4.26 – colocação da armadura de
distribuição das lajes L4-00-120 e L5-100-
120 – durante a concretagem
Figura A4.27 – acabamento na superfície da
laje, após a concretagem
Figura A4.28 – Lajes após a concretagem
Anexo 4 – Fotografias 169
Figura A4.29 – extensômetros elétricos na armadura de reforço da laje L3/L3R-80
Figura A4.30 – Armadura de reforço da laje
L3/L3R-80
Figura A4.31 – Instalação o aparato de
ensaio na face superior da laje
Anexo 4 – Fotografias 170
Figura A4.32 – Aparato de ensaio
Figura A4.33 – Deflectômetro sob a laje
Figura A4.34 - Deflectômetro sob a laje
Figura A4.35 – Apoio do gênero sob a
laje
Figura A4.36 – Apoio do gênero após o
ensaio
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