Download PDF
ads:
KEYLA LAURA DE LIRA DOS SANTOS
BALANÇO DE MINERAIS E FUNÇÃO RENAL EM CAPRINOS RECEBENDO
DIETAS A BASE DE PALMA FORRAGEIRA E DIFERENTES NÍVEIS
DE CASCA DE SOJA
RECIFE
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
KEYLA LAURA DE LIRA DOS SANTOS
BALANÇO DE MINERAIS E FUNÇÃO RENAL EM CAPRINOS RECEBENDO
DIETAS A BASE DE PALMA FORRAGEIRA E DIFERENTES NÍVEIS
DE CASCA DE SOJA
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-graduação em
Zootecnia da Universidade Federal
Rural de Pernambuco para obtenção
do título de mestre em Zootecnia.
Orientadora: Profª.Adriana Guim, D.Sc.
Co- orientadora: Prof. Ângela Maria Vieira Batista, D.Sc.
. Profº Pierre Castro Soares, D. Sc.
Recife – PE
Julho de 2006
ads:
FICHA CATALOGRÁFICA
CDD 636. 089 239
1. Metabolismo
2. Digestibilidade
3. Excreção urinária
4. Macrominerais
I. Guim, Adriana
II.. Título
S237b Santos, Keyla Laura Lira dos
Balanço de minerais e função renal em caprinos recebendo die -
tas à base de palma forrageira e diferentes níveis de casca de soja /
Keyla Laura Lira dos Santos. -- 2008.
41 f. : il.
Orientadora : Adriana Guim
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal
Rural de Pernambuco. Departamento de Zootecnia.
Inclui bibliografia.
KEYLA LAURA DE LIRA DOS SANTOS
BALANÇO DE MINERAIS E FUNÇÃO RENAL EM CAPRINOS RECEBENDO
DIETAS A BASE DE PALMA FORRAGEIRA E DIFERENTES NÍVEIS
DE CASCA DE SOJA
Dissertação defendida e aprovada pela banca examinadora em 29 de julho de 2006.
Orientadora:
_____________________________________
Adriana Guim - D.Sc. UFRPE
Banca Examinadora:
_________________________________________
Ângela Maria Vieira Batista - D.Sc.- UFRPE
_________________________________________
Francisco Fernando Ramos de Carvalho- D.Sc. UFRPE
_________________________________________
Pierre Castro Soares- D.Sc. UFRPE
iv
BIOGRAFIA DA AUTORA
KEYLA LAURA DE LIRA DOS SANTOS, filha de Maria Izabel Santos de
Lira e José Miguel dos Santos (
in memoriam), nasceu em Ipojuca, em 08 de outubro de
1982.
Ingressou no curso de Zootecnia no ano de 2001, na Universidade Federal Rural
de Pernambuco-UFRPE, obtendo o título de Zootecnista em fevereiro de 2007 e de
honra ao mérito como aluna laureada do curso de graduação em Zootecnia. De 2003 a
2006, foi bolsista do Programa de Educação Tutorial – PET (MEC/SESu).
Em março de 2007, iniciou o curso de Mestrado em Zootecnia Universidade
Federal Rural de Pernambuco-UFRPE , concentrando seus estudos na área de Nutrição
de Ruminantes, tendo em 29 de julho de 2008, submetido à defesa da presente
dissertação.
v
Aos meus pais,
Por todo amor, educação, incentivo e exemplo de conduta moral.
Maria Izabel Santos de Lira
Mário Bezerra de Araújo
DEDICO
vi
AGRADECIMENTOS
A Deus, por seu amor incondicional. Toda boa dádiva vem de ti Senhor, sinto seu
cuidado a cada dia.
À minha família, que sempre me deu forças para ir avante sem desertar da jornada.
Especialmente minha mãe, meu porto seguro.
À Universidade Federal Rural de Pernambuco, pela oportunidade de realizar mais essa
conquista.
Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudo.
À Profª. Adriana Guim, pela sua orientação e grande contribuição na minha formação
acadêmica desde a graduação.
À Profª. Ângela Batista, por está sempre perto e disposta a ajudar, com seus conselhos e
por ser responsável por muito do que sou hoje.
Ao Profº. Pierre Soares e ao Profº Francisco Carvalho, por suas contribuições.
A Renaldo Araújo, por sua amizade sincera e ajuda na execução das análises
laboratoriais.
A Evaristo Souza, por sua contribuição na realização desse experimento e todos os
estudantes de graduação por sua ajuda.
A todos os professores do Departamento de Zootecnia, por seus preciosos ensinamentos
e paciência.
À Profª Norma Maria, sempre com uma palavra amiga e de incentivo.
À Fabiana Maria, por todo apoio e ajuda para que tudo pudesse ocorrer bem, estamos
sempre torcendo uma pela outra.
À Andrezza e Luciana, vocês são duas irmãs que ganhei obrigada por tudo.
vii
Aos amigos da Pós-graduação: Fabiana, Jane, Aline, Marcos Aurélio, Lígia, Florisval,
Júnior, Eulália, Raquel, Nalígia, Jânio, Joseane, Valéria, Joselaine, Rosália e tantos
outros... com vocês foi mais fácil chegar até aqui.
Ao sr. Nicacio e Sra. Cristina, pela ajuda prestadas.
A Jonas Lebre, por sua ajuda na exceção desse experimento e a todos os funcionários do
Departamento de Zootecnia.
A Janilson, Marcelo e todos do laboratório de química do solo e fertilidade pela ajuda
na determinação dos minerais.
A todos quantos permitiram que esse momento acontecesse, obrigada!
viii
O coração do homem propõe o seu
caminho, mas o Senhor lhe dirige os
passos.
(Provérbio 16:9)
ix
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 15
BALANÇO DE MINERAIS E FUNÇÃO RENAL EM CAPRINOS RECEBENDO
DIETAS À BASE DE PALMA FORRAGEIRA E DIFERENTES NÍVEIS DE
CASCA DE SOJA
RESUMO ....................................................................................................................... 17
ABSTRACT ................................................................................................................... 18
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 19
MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................ 21
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 25
CONCLUSÕES.............................................................................................................. 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 38
x
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS INGREDIENTES DAS DIETAS ................................ 22
TABELA 2- COMPOSIÇÃO PERCENTUAL E QUÍMICA DAS DIETAS ....................................... 22
TABELA 3- CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DA MATÉRIA SECA (MS), MATÉRIA ORGÂNICA
(MO), PROTEÍNA BRUTA (PB) E CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS (FDN), EXTRATO ETÉREO
(EE) CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS (CNF) E MATÉRIA MINERAL (MM) EM CAPRINOS
RECEBENDO DIFERENTES NÍVEIS DE CASCA DE SOJA EM SUBSTITUIÇÃO DO FENO DE TIFTON
EM DIETAS À BASE DE PALMA FORRAGEIRA
..................................................................... 27
T
ABELA 4- CONCENTRAÇÕES SANGÜÍNEA E URINÁRIA DE MINERAIS E DA CREATININA,
URÉIA E GLICOSE EM CAPRINOS RECEBENDO DIFERENTES NÍVEIS DE CASCA DE SOJA EM
SUBSTITUIÇÃO AO FENO DE TIFTON EM DIETAS À BASE DE PALMA FORRAGEIRA
.............. 29
T
ABELA 5- BALANÇO DE MINERAIS EM CAPRINOS RECEBENDO DIFERENTES NÍVEIS DE
CASCA DE SOJA EM SUBSTITUIÇÃO AO FENO DE TIFTON EM DIETAS À BASE DE PALMA
FORRAGEIRA
.................................................................................................................... 31
T
ABELA 6- INGESTÃO DE ÁGUA, VOLUME URINÁRIO E EXCREÇÃO FECAL DE ÁGUA EM
CAPRINOS RECEBENDO DIFERENTES NÍVEIS DE CASCA DE SOJA EM SUBSTITUIÇÃO AO FENO
DE TIFTON EM DIETAS À BASE DE PALMA FORRAGEIRA
.................................................... 34
TABELA 7- EXCREÇÃO DE CREATININA, URÉIA, OSMOLARIDADE PLASMÁTICA, ÍNDICE DE
EXCREÇÃO URINÁRIA E FRACIONAL DE MINERAIS EM CAPRINOS RECEBENDO DIFERENTES
NÍVEIS DE CASCA DE SOJA EM SUBSTITUIÇÃO AO FENO DE TIFTON EM DIETAS À BASE DE
PALMA FORRAGEIRA
........................................................................................................ 36
xi
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- EXCREÇÃO FECAL DE NA EM FUNÇÃO DO CONSUMO DE CL (A) E ABSORÇÃO DE
CL EM CAPRINOS RECEBENDO DIFERENTES NÍVEIS DE CASCA DE SOJA E PALMA
FORRAGEIRA
.....................................................................................................................32
SANTOS, K. L. L. Balanço de minerais e função renal em caprinos recebendo dietas a base de palma forrageira...
12
INTRODUÇÃO
O Semi-árido Nordestino caracteriza-se por apresentar secas periódicas, essa
condição adversa, torna a produção animal a principal vocação da região. No entanto, os
rebanhos são afetados principalmente pela disponibilidade de alimento.
A sazonalidade na produção de forragem, tendo como característica a
abundancia de alimento na época chuvosa e escassez no período seco, torna-se um dos
grandes entraves da produção animal, a alimentação pode chegar a representar mais de
60% dos custos de produção. Aliado a isso, fatores sociais, econômicos e políticos
fazem com que a produção animal nordestina ainda seja basicamente de subsistência.
Fontes de alimentos alternativos, adaptados a região, como a palma forrageira
são alternativas que vem dando certo. As pesquisas desenvolvidas nos últimos
cinqüenta anos foi condição sene qua non para o cultivo e uso racional da palma como
forrageira na alimentação animal. Os avanços, sobretudo, na área agronômica geraram
conhecimentos que utilizados podem elevar a produtividade da palma forrageira em
mais de 300%, ou seja, de, aproximadamente, 3t MS/ha/ano para 9 ou mais t MS/ha/ano
(Lira et al., 2006). Fato que torna bastante difundida na região Nordeste, principalmente
nas bacias leiteiras de Pernambuco e Alagoas, e representa principal reserva estratégica
para a alimentação animal nos longos períodos de estiagem da região.
Vários estudos apontam a qualidade nutritiva dessa planta, altos teores de
carboidratos não fibrosos, elevado coeficiente de digestibilidade da matéria seca, alta
palatabilidade, altos percentuais de minerais e de água, e baixos teores de proteína e
mataria seca (Santos et al., 1997; Santos et. al., 2000; Mattos et al., 2000; Batista et al.,
2003; Wanderley et al., 2002; Melo et al., 2003). Desde que os baixos teores de PB e
elevados de carboidratos não fibrosos sejam corrigidos, o uso de palma na dieta não
compromete o desempenho animal.
A utilização da palma forrageira de forma exclusiva na alimentação pode
diminuir o crescimento microbiano, ocasionar diarréias, perda de peso e distúrbios
metabólicos. Contudo, foi verificado que a palma forrageira quando associada a um
alimento fibroso e fornecida através de ração completa reduz o aparecimento de
diarréias (Mattos et al., 2000).
13
Fontes de fibra que promovam a ruminação são importantes no tamponamento
ruminal e na manutenção das condições ideais do rúmen, reduzindo o aparecimento de
distúrbios metabólicos, condição indesejável para o animal.
A palma forrageira também apresenta elevados teores de Ca, K e Mg e baixo de
P e Na (Santos et al., 1992). Os altos teores de Ca e os baixos teores de P elevam a
relação Ca: P, acima de 2:1. Dados na literatura indicam que quando essa relação não é
respeita o desempenho animal pode ser afetado, reduzindo a ingestão de matéria seca e
levando ao aparecimento de cálculos renais. Os estudos com palma forrageira indicam
que a presença de oxalato, também elevada nessa planta, reduz esse efeito, pois o
oxalato se complexa com o Ca reduzindo sua biodisponibilidade (James et al., 1968 ).
Embora muitos questionamentos a cerca da utilização da palma forrageira
tenham sido respondidos, ainda se sabe pouco a respeito do seu alto percentual de
minerais. Os mecanismos que envolvem a relação Ca: P ainda não estão totalmente
esclarecidos e, por outro lado, minerais como K e a relação K: Na também são elevados
e podem ter efeito sobre a função renal. Segundo Szentmihályi et al. (1998), o K e a
relação K: Na são altos nas plantas, comumente utilizados na farmacologia tradicional
como diuréticos.
O Mg também pode estar relacionado ao efeito laxativo da palma. Segundo
Davenpot (1978), citado por Alcalde et al. (1999), os íons Mg
2+
são responsáveis, em
parte, pela retenção de água na luz intestinal para manter o equilíbrio osmótico,
provocando a formação de fezes amolecidas e taxa de passagem mais alta.
Os minerais atuam no tamponamento ruminal, no equilíbrio ácido-base, no
equilíbrio hidro-eletrolítico, nas secreções digestivas, como co-fatores enzimáticos e
desempenham muitas outras funções no organismo (Underwood & Suttle, 1999).
Porém, sua avaliação é complexa uma vez que se interelacionam uns com os outros de
forma sinérgica ou antagônica, e com outros compostos, principalmente vitaminas.
O elevado teor de água presente na palma forrageira reduz significativamente a
ingestão de água pelos animais, sendo uma característica favorável para regiões semi-
áridas. A privação de água limita o consumo de matéria seca, tornando-se um dos
grandes entraves à produção animal. Isso ocorre porque a água é necessária a digestão
dos alimentos, absorção, eliminação de frações indigestíveis e produtos residuais
(Langhans et al., 1995).
14
Os requerimentos de água pelo animal são influenciados por fatores como
temperatura ambiente, teor de proteína, matéria seca, ingestão de sal, espécie animal e
estado produtivo. Os caprinos quando comparado a outras espécies, destacam-se por
desenvolverem um sofisticado mecanismo de resistência a desidratação e minimização
das perdas de água via urina e fezes (Reece, 1996).
A eficiência de utilização de água pelos caprinos se deve a seu pequeno tamanho
corporal, baixo requerimento metabólico, capacidade de reduzir o metabolismo,
eficiência digestiva em relação a estratégias de alimentação, eficiência de utilização de
alto teor de fibra da forragem e capacidade de reciclagem de nitrogênio via uréia
(Silanikove, 2000).
Segundo Ben Salem et al. (2005) o consumo de palma forrageira por bovinos,
caprinos e ovinos resulta em redução da ingestão de água. Vieira et al. (2007), também
observaram redução na ingestão da água de bebida e aumento na excreção urinária com
aumento da proporção de palma em dieta para caprinos.
Animais alimentados com palma forrageira apresentam aumento no volume
urinário. Fato atribuído a elevada ingestão de água por meio da palma forrageira, muitas
vezes acima do requerido pelo animal, caso a palma forrageira esteja em alta proporção
na dieta.
O aumento na ingestão de água tem efeito direto no funcionamento renal. A
excreção renal é um mecanismo fisiológico cujo objetivo é manter o equilíbrio
hidroeletrolítico. Se não houvesse esse equilíbrio os processos metabólicos ficariam
comprometidos, visto que, a excreção de água sem a ingestão causaria uma
hiperosmolidade do líquido extracelular, e a ingestão de água sem excreção causaria
uma hiposmolidade, comprometendo assim, a realização das reações bioquímicas.
A diurese não está relacionada exclusivamente como o aumento na ingestão de
água, mas outras substâncias orgânicas e minerais como K e Mg (Szentmihályi et. al.,
1998) podem apresentar efeitos diuréticos.
Praticamente não investigações científicas do efeito diurético da palma
forrageira em animal. O único trabalho encontrado avaliando o efeito diurético da palma
foi conduzido por Vieira et al. (2007), com espécie caprina.
Dessa forma, espera-se avaliar se essas dietas a base de palma forrageira alteram
a equilíbrio hídrico e absorção, retenção e excreção de macrominerais e como eles
podem interferir na função renal em caprinos.
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCADE, C.R.; EZEQUIEL, J.M.B.; LEMA, A.C.F.; MALHEIROS, E.B. Perdas
endógenas e coeficientes de absorção aparente e real do magnésio em caprinos. Revista
Brasileira Zootecia, v.28, n.6, p.1347-1357, 1999.
BATISTA, A.M.V.; MUSTAFA, A.F.; SANTOS, G.R.A.; et al. Chemical composition
and ruminal dry matter and crude protein degradability of spineless cactus. Journal
Agronomy & Crop Science, v. 189, p. 123-126. 2003.
BEN SALEM, H.; ABDULAI, H.; NEFZAOUI, A. et al. Nutritive value, behaviour,
and growth of Barbarine lambs fedo n oldman saltbush (Atriplex nummularia L.) and
supplemented or not with barley grains or spineless cactus (Opuntia ficus-indica f.
Inermis). Small Ruminant Reseach, v. 59, p. 229-237, 2005.
JAMES, L.F.; STREET, J.C.; BUTCHER, J.E.; BINNS, W. Oxalate metabolism in
sheep. I. Effect of low level Halogeton glomeratus intake on nutrient balance. Journal
Animal Science, 27, p. 718-723, 1968.
LANGHANS, W.; ROSSI, R; SCHARRER, E. Relationships between feed and water
intake in ruminantes. In: ENGLEHARDT, W. V. et al (Eds). Ruminant Physiology:
Digestion, Metabolismo, Growth and Reproduction. Ferdinand Enke Verlag, Stuttgart,
Germany, p.199-216, 1995.
LIRA ,M.; SANTOS, M.V.F.; DUBEUX JR, J.C.B.; FARIAS, I; CUNHA, M.V.C;
SANTOS, D.C. meio século de pesquisa com a palma forrageira (Opuntia E Nopalea) -
enfase em manejo. ZOOTEC 2006. Recife: Centro de convenções, 22 a 26 de maio de
2006 - Centro de Convenções de Pernambuco.
MATTOS, L.M.E.; FERREIRA, M.A.; SANTOS, D.C.; LIRA, M.A.; SANTOS, M.V.
F.; BATISTA, A.M.V.; VÉRAS, A.S.C. Associação da palmaforrageira (Opuntia fícus
indica
Mill) com diferentes fontes de fibra na alimentação de vacas 5/8 Holandês-Zebu
em lactação.
Revista Brasileira de Zootecnia, v.29, n.6, p.2128-2134, 2000.
MELO, A.A.S.; FERREIRA, M.A.; VÉRAS, A.S.C.; LIRA, M.A.; LIMA, L.E.
;VILELA, M.S.; MELO, E.O.S.; ARAÚJO, P.R.B. Substituição parcial do farelo de
soja por uréia e palma forrageira (
Opuntia fícus indica Mill) em dietas para vacas em
lactação. I. Desempenho.
Revista Brasileira de Zootecnia, v.32, n.3, p.727-736, 2003.
REECE, W. O. Dukes Fisiologia dos animais domésticos. 11. ed. Rio de Janeiro,
Editora guanabara koogan, 1996.
SANTOS, M.V.F.; LIRA, M.A.; FARIAS, I.; BURITY, H.A.; TAVARES FILHO, J.J.
Efeito do período de armazenamento pós- colheita sobre a matéria seca e composição
química das palmas forrageiras. Pesquisa Brasileira Agropecuária, v.27, n.6, p. 777-
783, 1992.
SANTOS , G. R. de A. et al. Composição química e degradabilidade da matéria seca de
dez clones de palma forrageira (Opuntia e Nopalia ). In: REUNIÃO ANUAL DA
16
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 37, 2000. Viçosa, MG. Anais...
Viçosa: SBZ, p. 368, 2000.
SANTOS, D.C.; FARIAS, I; LIRA, M.A; TAVRES FILHO, J.J.; SANTOS M. V. F.,
ARRUDA, G.P. A palma forrageira em Pernambuco: cultivo e utilização, Recife: IPA,
p.23, 1997. (IPA documentos).
SZENTMIHÁLYI, K.; KÉRY, Á.; THEN, M.; LAKATOS, B.; SÁNDOR, Z.;
VINKLER, P. Potassium- sodium ratios for the chacterization of medicinal plants
extracts whith diuretic activity. Res. Phytother. v. 12, p.163-166, 1998.
SINALIKOVE, N. The phyiological basis of adaptation in goats to harsh enviroments.
Small Ruminant Reseach. v. 35, p.181-193, 2000.
UNDERWOOD, E. J.; SUTTLE, N.F. Mineral nutrition of livestock. 3. ed. London:
CAB International, p.614, 1999.
VIEIRA , E.L. ; BATISTA A.M.V; MUSTAFA, A.F; ARAUJO, R.F.S; SOARES, P.C;
ORTOLANE, E.L; Mori, C.K. Effects of feeding high levels of cactus (Opuntia fícus-
indica Mill)cladodes on urinary output and electrolyte excretion in goats. Livestock
Science. doi:10.1016/j.livsci.2007.10.011, 2007.
WANDERLEY, W. L.; FERREIRA, M. de A.; ANDRADE, D. K. B. de; VÉRAS, A. S.
C.; LIMA, L. E. de; DIAS, A. M. de A. Palma forrageira (Opuntia fícus indica Mill) em
substituição à silagem de sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) na alimentação de vacas
leiteiras. Revista Brasileira de Zootecnia, v.31, n.1, p.273-281, 2002.
17
BALANÇO DE MINERAIS E FUNÇÃO RENAL EM CAPRINOS RECEBENDO
DIETA A BASE DE PALMA FORRAGEIRA E DIFERENTES NÍVEIS DE
CASCA DE SOJA
RESUMO: O objetivo desse trabalho foi avaliar o balanço de minerais e a
função renal em dietas a base de palma forrageira e diferentes níveis de casca de soja
em substituição ao feno de tifton. Foram utilizados cinco caprinos, castrados, sem
padrão racial definido, equipados com cânulas ruminais permanentes, com peso vivo
médio de 40 kg. O delineamento experimental utilizado foi quadrado latino 5 x 5. Os
tratamentos experimentais consistiram de níveis crescentes de casca de soja, nas
proporções de 0; 6,25; 12,5; 18,75 e 25% da dieta em substituição ao feno de tifton. A
inclusão da casca de soja aumentou o consumo de proteína bruta e favoreceu a
digestilidade da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta e carboidratos não
fibrosos. As concentrações sangüíneas de cálcio aumentaram (P<0,05) linearmente em
função da inclusão de casca na dieta e para magnésio, a resposta foi quadrática (P<010).
As concentrações urinárias do potássio e cloro diminuíram linearmente (P<0,10) com a
inclusão da casca de soja. A ingestão de água não aumentou (P>0,01) em função da
adição de casca, mas volume urinário, taxa de formação de urina e as taxas de excreções
fracionais de uréia, cálcio, potássio e cloro aumentaram linearmente (P<0,10) com os
níveis de casca de soja. A inclusão da casca de soja na dieta de caprinos não
proporcionou desbalanço dos macrominerais: cálcio, fósforo, cloro e sódio, mas
levaram a diminuição do volume urinário e da taxa de formação de urina.
PALAVRA CHAVES: digestibilidade, excreção urinária, macrominerais, metabolismo
18
MINERAL BALANCE AND KIDNEY FUNCTION IN GOTS FED SPINELES
CACTUS BASED DIETS AND DIFFERENTS LEVELS OF SOYBEAN HULLS
ABSTRACT: Objective of this work was to evaluate the minerals balance and kidney
function the diets based on spineles cactus and different levels of soybean hulls in place
of the hay tifton. It was used five goats, castrated, without racial pattern set, equipped
with permanent rumen cannula, with average live weight of 40 kg. The experiment was
to 5 x 5 latin square. The experimental treatments consisted of increasing levels of
soybean hulls, in the proportions of 0, 6.25, 12.5, 18.75 and 25% of the diet. The
inclusion of the soybean hulls increased the consumption of crude protein and boosted
digestilidade of dry, organic matter, crude protein and carbohydrate not fibrous. The
blood concentrations of calcium increased (P <0.05) linearly according to the inclusion
of bark in the diet and magnesium, the response was quadratic (P<0.10).The urinary
concentrations of potassium and chlorine decreased linearly (P<0.10) with the inclusion
of the soybeans hulls. The intake of water has not increased (P>0.01) depending on the
addition of bark, but urine volume, rate of formation of urine and excreta fractional rates
of urea, calcium, potassium and chlorine increased linearly (P <0.10) with the levels of
soybean hulls. The inclusion of the soybean hulls in the diet of goats provided no
imbalance of macrominerals: calcium, phosphorus, chlorine and sodium, but led to
decrease in urine volume and rate of formation of urine.
KEYWORDS: digestibility, urinary excretion, macrominerals, metabolism
.
19
INTRODUÇÃO
Em regiões de clima semi-árido como o Nordeste brasileiro, a palma forrageira
(
Opuntia fícus- indica, Mill) vem sendo utilizada, principalmente, na alimentação
animal e representa uma reserva estratégica de nutrientes e água para os longos períodos
de estiagem.
A palma forrageira apresenta em sua composição química baixos teores de
matéria seca e proteína e elevados de carboidratos, minerais e água, que variam de
acordo com a espécie, idade dos artículos e época do ano (Santos, et al., 2005). Outra
característica dessa forrageira é sua elevada digestibilidade. Segundo Melo (2006), a
palma forrageira apresenta em média 64,66% de nutrientes digestíveis totais (NDT),
quantidade esta superior à silagem de milho e a maioria dos alimentos volumosos
utilizados na ração animal no sertão nordestino. No entanto, a alta proporção de
carboidratos não fibrosos pode ocasionar baixo consumo de matéria seca (MS), diarréias
e perda de peso no animal quando não associada a uma fonte de fibra fisicamente
efetiva.
De acordo com Santos et al. (2005), seu percentual de cálcio é alto, porém os
níveis de sódio e fósforo são baixos. A concentração de cálcio (Ca) varia de 10,0 a 86,6
g/kg de matéria seca (MS) e os níveis de fósforo (P), entre 0,4 a 2,0 g/kg MS, o que
resulta em uma relação Ca:P extremamente alta. O desbalanço na relação desses
minerais está relacionado com a redução no consumo de matéria seca e o aparecimento
de cálculos renais. A relação K: Na na palma forrageira também é alta, embora possa
variar largamente, devido à variação no teor de K 10,9 a 25,8 g/Kg de MS (Santos, et
al., 2005). De acordo com Martin (1993), essa relação deve variar de 3 a 4: 1, acima
disso pode levar o animal a um quadro de tetania.
A casca de soja é um subproduto do processamento da soja que se destaca por
apresentar elevado teor de fibra digestível, sendo considerado como um volumoso
concentrado. Segundo Moore et al. (2002) grande parte desta fibra é composta por
celulose e hemicelulose, com pouca lignina, o que faz da casca de soja uma excelente
fonte de fibra prontamente digestível no rúmen. Esse fornecimento de energia oriundo
da digestibilidade da casca pode favorecer o aproveitamento dos demais nutrientes da
dieta e inclusive dos minerais.
20
Os mecanismos de absorção e utilização dos minerais ainda não são totalmente
conhecidos, inter-relações entre os minerais e com outros compostos dificultam seu
estudo (Underwood & Suttle, 1999).
A presença de ácidos orgânicos, como o oxalato, pode reduzir a
biodisponibilidade dos minerais. Conforme Jame et al. (1968), a presença de ácido
oxálico na palma forma sais insolúveis com o cálcio, potássio, magnésio e sódio e pode
afetar a ingestão e digestão em ovinos alimentados com dietas à base de palma
forrageira.
O alto percentual de água que essa forrageira possui é uma característica
favorável em regiões áridas e semi-áridas, onde muitas vezes, a palma forrageira
constitui a única fonte de água disponível para o animal. Em conseqüência, têm sido
verificado reduções na ingestão de água por vários autores que utilizaram a palma
forrageira na alimentação de diferentes espécies animais (Ben Salem et al., 2005; Vieira
et al., 2007; Gebremariam et al.,2006) e, dependendo do seu percentual na dieta, a
ingestão de água pelos animais supera em muito os requerimentos hídricos dos animais
(Ramos et al., 2006).
O excesso de água da palma forrageira é comumente correlacionado com
aumento no volume urinário pelos animais. Contudo, seus níveis de minerais também
podem estar ligados a esse efeito diurético, já que o balanço na relação dos minerais tem
implicações sobre o funcionamento renal e a diurese. A palma tem efeito diurético
per
si ou componentes presentes na palma têm efeitos diuréticos? Praticamente não
trabalhos na literatura abordando as implicações do elevado teor de água e minerais da
palma forrageira sobre a função renal em animais.
De acordo com Szentmihályi (1998), além da água outras substâncias orgânicas
(flavonoides, saponinas, vitamina C) e alguns minerais com Mg e K presentes nas
plantas são utilizadas na farmacologia tradicional como diuréticos.
Segundo Magaldi (1996), os rins identificam quando deficiência ou excesso
de água e eletrólitos específicos, e responde alterando o ritmo de reabsorção ou secreção
dessas substâncias, podendo então, através de mecanismos específicos, produzirem
urina concentrada ou diluída em relação ao plasma.
Indicadores bioquímicos como a osmolaridade plasmática e a creatinina são
variáveis importantes para medir o funcionamento renal. A creatinina por ser uma
substância livremente filtrada nos rins e ser excretada a uma taxa constante no plasma,
21
sua concentração pode ser utilizada para medir a capacidade de filtração glomerular. Se
a função renal estiver alterada os níveis de creatinina plasmática aumentam. Por outro
lado, o aumento na osmolaridade plasmática interfere na manutenção do equilíbrio
hídrico e de eletrólitos entre os fluidos corporais, podendo afetar o funcionamento renal.
O objetivo do trabalho foi avaliar o balanço de minerais e função renal em
caprinos submetidos a dietas com elevada proporção de palma forrageira e diferentes
níveis casca de soja em substituição ao feno de tifton.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado no Departamento de Zootecnia da Universidade
Federal Rural de Pernambuco. Utilizaram-se cinco caprinos, adultos, castrados, sem
padrão racial definido, com peso vivo médio de 40 kg, dispondo de cânula ruminal
permanente. Os animais foram alojados em baias individuais, providas de comedouro e
bebedouro e submetidos a controle de endo e ectoparasitas antes de cada período
experimental.
O delineamento experimental foi o quadrado latino 5 x 5 (sendo 5 dietas e 5
períodos). As dietas experimentais eram compostas por palma forrageira cultivar
gigante (Opuntia fícus- indica, Mill), feno de tifton (Cynodon dactylon), farelo e casca
de soja (Glycine max (L.), uréia pecuária e sal mineral. A composição química dos
ingredientes utilizados na dieta está apresentada na Tabela 1 e a composição percentual
e química das dietas está descritas na Tabela 2.
22
Tabela 1- Composição química dos ingredientes das dietas
Composição química
(% MS)
Alimentos
Feno de
Tifto
Casca de
Soja
Palma
Forrageira
Farelo de
Soja
Sal
Mineral
Matéria seca 91,68 90,28 8,17 89,07 -
Matéria Orgânica 92,11 95,30 86,37 92,73 -
Proteína bruta 7,37 15,27 5,04 51,43 -
Estrato etéreo 1,87 1,96 2,41 2,07 -
Fibra em detergente
neutro
73,67 72,38 29,08 15,23 -
Carboidratos não
fibrosos
9,20 5,68 49,89 23,99 -
Matéria mineral 7,89 4,70 13,63 7,27 -
Cálcio 3,0 3,01 4,56 2,58 17,93
Fósforo 0,11 0,17 0,18 0,46 4,3
Magnésio 0,59 0,60 1,82 0,63 2,07
Cloro 1,18 0,20 0,66 0,20 21,0
Sódio 0,07 0,01 0,03 0,01 12,96
Potássio 1,67 1,18 1,44 1,78 2,66
Tabela 2- Composição percentual e química das dietas
Ingredientes
Níveis de casca de soja (%)
0 6,25 12,5 18,75 25,0
Feno de tifton 25,0 18,75 12,5 6,25 0
Casca de soja 0 6,25 12,5 18,75 25,0
Palma forrageira 60 60 60 60 60
Farelo de soja 13,4 13,6 13,8 14 14
Uréia pecuária 0,6 0,4 0,2 0 0
Sal mineral 1 1 1 1 1
Nutriente
s
Composição química
Matéria seca (%) 12,83 12,84 12,84 12,78 12,83
Matéria Orgânica (%) 90,01 90,02 90,03 90,04 90,23
Proteína bruta (% MS) 12,33 12,91 13,51 13,55 13,99
Estrato etéreo (%MS) 2,19 2,20 2,21 2,22 2,23
Fibra em detergente neutro (%MS) 37,88 37,85 37,80 37,73 37,67
Carboidratos não fibrosos (% MS) 35,42 35,25 35,08 34,90 34,68
Matéria mineral (% MS) 12,13 11,94 11,76 11,57 11,37
Cálcio (% MS) 3,95 3,99 3,96 4,03 4,03
Fósforo (% MS) 0,22 0,24 0,24 0,25 0,26
Magnésio (%MS) 1,34 1,35 1,34 1,35 1,35
Cloro (% MS) 0,94 0,87 0,78 0,75 0,68
Sódio (%MS) 0,12 0,16 0,15 0,15 0,15
Potássio (%MS) 1,54 1,52 1,48 1,47 1,44
Relação Ca: P 17,77 16,27 16,27 15,85 15,64
Relação K: Na 13,14 9,35 10,20 9,45 9,47
23
Cada período experimental teve duração de 18 dias, sendo 7 dias de adaptação e
11 dias para coleta de amostra e dados. Durante os três primeiros dias consecutivos do
período de coleta foram retiradas amostras dos ingredientes das dietas, sobras, fezes
(direto da ampola retal dos animais) e água para a determinação do consumo e
digestibilidade de nutrientes e balanço de minerais. No décimo sétimo e décimo oitavo
dia de cada período experimental, foram coletadas amostras de urina e sangue para
determinação da concentração de Na, K, P, Cl, Ca, Mg, uréia, cretinina e glicose. Em
cada período essas amostras foram identificadas e acondicionadas em freezer a -20
o
C
para posteriores análises.
As dietas foram oferecidas duas vezes ao dia (8 e 15 horas), em forma de ração
completa, permitindo sobras de 20%. As amostras de alimentos, sobras e fezes foram
secas em estufa de circulação forçada (55°C), por 72 horas e moídas em moinho tipo
Wiley, passando por peneiras de 1 mm. Para determinação dos teores de matéria seca
(MS), matéria mineral (MM), proteína bruta (PB) e extrato etéreo (EE), foram utilizadas
metodologias descritas por Silva & Queiroz (2002). Para a determinação da fibra em
detergente neutro (FDN) foi empregada a metodologia descrita por Van Soest (1991) e
os teores de carboidratos não fibrosos (CNF), foram estimadas segundo fórmula descrita
por Hall et al. (1999), onde: CNF= 100%-(%PB+ %FDN+ %EE+ %MM).
O consumo voluntário de matéria seca e dos diferentes nutrientes foram
calculados mediante a diferença entre as quantidades oferecidas e refugadas. Para
determinação do coeficiente de digestibilidade utilizou-se a diferença entre o consumo
de nutriente da dieta e o excretado nas fezes.
A ingestão do elemento mineral foi calculada pela diferença entre a quantidade
do mineral oferecido e sua sobra. A absorção foi determinada pela quantidade ingerida
do mineral menos o mineral que foi excretado nas fezes, e para calcular o mineral retido
foi utilizada a diferença entre o mineral ingerido e o mineral excretado nas fezes e na
urina.
A ingestão de água foi mensurada mediante o cálculo da diferença entre a
quantidade de água ofertada e sua sobra, descontando-se, ainda, a água perdida por
evaporação. Para obtenção das perdas de água por evaporação foram utilizados baldes
com a mesma quantidade de água, distribuídos no galpão experimental. Por diferença de
peso em vinte e quatro horas, quantificou-se a perda média de evaporação.
24
A produção de matéria seca fecal foi estimada utilizando o óxido crômico
(Fenton & Fenton, 1979), fornecido três dias antes do período de coleta. Foram
oferecidos 5 gramas de óxido crômico, antes do arraçoamento, pela manhã e à tarde, em
cartucho de papel, por via oral. As fezes foram coletadas pela manhã e à tarde após o
período de alimentação, com o uso de bolsas plásticas tipo colonostomia com orifício de
65 mm. As amostras foram congeladas em frezeer a -20°C. A produção de matéria seca
fecal foi estimada mediante a quantidade do marcador ingerido e sua excreção nas fezes.
As amostras de urina foram obtidas por micção espontânea durante vinte e
quatro horas, com o uso de bolsas plásticas tipo colonostomia com orifício de 65 mm,
adaptadas, com cola adesiva na região prepucial, para evitar perdas de conteúdo
urinário. Após a micção, a urina era colocada em um balde contendo 100 mL de H
2
SO
4
a 10%, a fim de inativar a atividade bacteriana. As amostras foram armazenadas em
freezer a -20º C para posterior análise dos minerais
Amostras de sangue de cada animal foram coletadas quatro horas após a
alimentação, por punção da veia jugular externa, utilizando-se tubos de ”vacutainer”
sem anticoagulante para a determinação de Na, K, P, Cl, Ca e Mg e com coagulante a
base de heparina para a determinação da creatinina e uréia e a base de fluoreto para a
glicose. O sangue era centrifugados a 3.500 rpm durante 10 minutos, acondicionados
em tubos tipo ependorf de 1,5 mL e armazenados em freezer a -20º C.
Para determinação dos minerais nos alimentos, nas sobras e nas fezes as
amostras pré-secas e moídas foram submetidas à digestão nítrico-perclórica (AOC,
1990).
O sódio e potássio foram determinados por fotometria de chama; o fósforo pelo
método colorimétrico do molibidato de amônia; a determinação de cálcio e magnésio
através de espectrofotômetro de absorção atômica (AOC, 1990).
Para determinação do cloro nas amostras de água, fezes, alimentos utilizou-se a
titulometria do nitrato de prata pelo método de Mohr (Malavolta et al, 1989), sendo o Cl
sérico e da urina determinado por kit colorimétrico comercial (Doles®).
Para determinações das concentrações de cretinina, uréia e glicose no sangue e
na urina foram utilizados kits colorimétricos comerciais (Doles®).
A osmolaridade plasmática foi estimada pela equação descrita por Andrews e
Grindem (2000), citados por Geovú et al. (2006), em que:
OsmP (mmol/L)=[1.86 (Na
mEq/L
+K
mEq/L
)]+ [glicose
mg/dL
/18] + [uréia
mg/dL
/2.8]
25
Os índices urinários foram calculados segundo as fórmulas descritas Garry et al
(1990) e ajustada para o peso metabólico animal por Chen et al. (1990), sendo:
A taxa de depuração endógena da creatinina (TDECr), a taxa de excreção fracional
(TEF) e o índice de excreção urinária de “y” substâncias (IEUy): uréia, Na, K, Ca, Mg,
P e Cl calculados, respectivamente por:
TDECr (mL/min/PV
0,75
) = [(CrU x Vu)/CrP]/PV
0,75
TEFy (%) = [(Uy/Sy)/(CrU/CrS)]x100
IEUy (mmol/L)= (Sy/CrU) x PV
0,75
CrU – concentração de creatinina na urina;
Vu – Volume urinário (mL/minuto);
CrP – concentração de creatinina no plasma;
Uy – concentração urinária de y substâncias;
Sy – concentração sérica de y substâncias;
Os dados foram submetidos à análise de variância, regressão e correlação
utilizando-se o Statistical Analysis System Institute (SAS, 2001). Com nível de 10% de
probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A adição de casca de soja não teve efeito significativo sobre a ingestão de
matéria seca, matéria orgânica, carboidratos não fibrosos e extrato etéreo e fibra em
detergente neutro, embora essas variáveis tenham apresentado tendência a diminuir com
a adição da casca de soja na dieta. Fato provavelmente relacionado com o atendimento
mais rápido dos requerimentos energéticos pelo animal. Contudo, o consumo de
proteína aumentou linearmente (P<0,05) com a adição da casca de soja e o consumo de
matéria mineral diminuiu linearmente (P<0,10), Tabela 3.
Verificou-se que os teores de proteína na composição da dieta (Tabela 2)
aumentaram com a inclusão da casca de soja, de 12,33% para a dieta sem casca de soja
até 13,99% para o nível máximo de inclusão desse ingrediente na dieta (25%). Isso
explica o aumento na ingestão de proteína, ainda que o consumo de matéria seca não
tenha diferido. Comportamento semelhante foi observado para o consumo de matéria
26
mineral que diminuiu linearmente com a adição da casca de soja nas dietas
experimentais.
Efeitos favoráveis do uso da casca de soja foram encontrados por Morais et al.
(2006) avaliando a adição da casca de soja em substituição ao feno de coastcross na
alimentação de boregas. Os autores observaram aumento do consumo e digestibilidade
da matéria seca, da matéria orgânica, da fibra em detergente neutro, da hemicelulose, e
sobre o consumo da fibra em detergente ácido com o uso da casca de soja.
Aumentos lineares (P<0,10) na digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica,
proteína bruta e carboidratos não fibrosos também foram observados com a inclusão da
casca de soja (Tabela 3). Esses incrementos na digestibilidade dos nutrientes podem ser
atribuídos à maior digestibilidade e conseqüente disponibilidade de energia da casca de
soja que, apesar de apresentar alto teor de fibra em detergente neutro, boa parte é
composta por celulose e hemicelulose, podendo ser utilizada pelos microrganismos do
rúmen (Moore et al., 2002).
Souza (2008) avaliando a inclusão do feno de tifton nas mesmas proporções
estudadas nesse trabalho (0; 6,25; 12,5; 18,75 e 25 %) em dietas a base de palma,
relatou o esvaziamento quase que total do rúmen, antes da primeira alimentação, dos
animais submetidos ao tratamento sem feno e com casca de soja. O autor alertou sobre a
utilização do tipo de fibra da dieta em rações com altos percentuais de palma, uma vez
que este ingrediente apresenta elevados teores de carboidratos não fibrosos e elevado
coeficiente de digestibilidade da matéria seca.
27
Tabela 3- Consumo e digestibilidade da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO),
proteína bruta (PB) e carboidratos não fibrosos (FDN), extrato etéreo (EE) carboidratos
não fibrosos (CNF) e matéria mineral (MM) em caprinos recebendo diferentes níveis de
casca de soja em substituição do feno de tifton em dietas à base de palma forrageira
Níveis de Casca de Soja (%)
Variáveis
0 6,25 12,5 18,75 25 L Q CV
Ingestão
IMS (g/d)
1252,95 1136,57
1101,1
1 1281,42 1104,51
ns ns 0,69 14,34
MO (g/d) 1143,12 992,19 932,68 1139,54 997,63 ns ns 0,64 15,23
PB (g/d) 144,70 148,08 152,11 183,58 165,31 0,039 ns 0,75 13,54
FDN
(g/d)
454,73 385,60 378,40 463,22 399,38 ns ns 0,68 18,01
CNF
(g/d)
887,31 892,13 833,77 940,62 815,59 ns ns 0,72 11,13
EE (g/d) 27,50 25,64 25,75 29,27 25,81 ns ns 0,92 11,15
MM (g/d) 134,34 138,82 123,28 141,85 125,46 0,091 ns 0,79 16,78
Digestibilidade
MS (%) 67,28 74,03 71,03 79,26 75,17 0,079 ns 0,63 7,43
MO (%) 77,65 77,33 73,36 81,63 79,02 0,075 ns 0,67 5,73
PB (%) 74,86 79,50 78,01 82,56 81,45 0,070 ns 0,66 5,86
FDN (%) 48,30 55,62 50,93 66,51 60,18 ns ns 0,69 19,64
CNF (%) 95,28 97,38 97,10 98,67 98,26 0,001 ns 0,78 0,94
A fibra é importante na manutenção das condições ideais do rúmen, favorece os
processos de ruminação e o tamponamento ruminal. Na literatura são relatados casos de
animais com significativa modificação dos aspectos organolépticos da MS fecal, sendo
estas com aspecto pastoso a líquido, a depender do percentual de palma incorporado na
dieta total e problemas digestivos na utilização da palma forrageira quando os teores de
fibra não são corrigidos.
A relação Ca:P da dieta diminuiu com a diminuição da casca de soja (Tabela 2) e
foi correlacionada negativamente (P<0,01) com a digestibilidade de MS (r = -0,68), MO
(r= -0,66), PB (r= -0,61), FDN (r= -0,61) e CNF (r= -0,76). De acordo com a análise de
regressão a digestiblidade da MS, PB, FDN e CNF aumentaram linearmente (P<0,01)
com a redução da relação Ca:P das dietas.
28
Nos ruminantes quando a relação Ca: P excede a 7:1, ou é menor que 1:1 (NRC,
2001) pode ocasionar o aparecimento de cálculos renais, afetar o consumo e o
desempenho animal. Em dieta à base de palma forrageira, embora os níveis de cálcio
sejam elevados, vários autores atribuem ausência de intoxicação desse mineral em
virtude da presença do oxalato, que ao se ligar ao cálcio, torna-o indisponível ao animal.
A digestibilidade da PB apresentou correlações positivas (P<0,05) com o
consumo do Na e do K (r=0,40 e r=0,41, respectivamente). Cabe lembrar que esses
minerais atuam na permeabilidade da membrana celular, importante nos mecanismos de
absorção dos aminoácidos, pirimidinas e sais biliares (Reece, 1996).
As concentrações sangüíneas e urinárias dos minerais, creatinina, uréia e glicose
são apresentadas na Tabela 4. Os níveis séricos do cálcio aumentaram linearmente
(P<0,05) com a inclusão da casca de soja, porém para os níveis de magnésio
apresentaram comportamento quadrático (P<0,10). Os teores de Ca das dietas foram
diferentes estatisticamente. No entanto, a relação Ca:P das dietas diminuiu linearmente
em função da substituição do feno pela casca de soja (Tabela 2), o que pode ter
favorecido a absorção desse elemento.
Embora a concentração sangüínea do Ca tenha aumentado, esses níveis são
considerados normais. Na maioria das espécies, o nível plasmático normal de cálcio
varia de 8,5 a 11,5 mg/dL (Recee, 1996; Church, 1993; Pereira & Berchielle, 2006),
próximo aos valores médios encontrado neste trabalho que foi de 7,37 mg/dL. Os níveis
plasmáticos do Ca são regulados por mecanismos homeostáticos e sua concentração
sangüínea não representa a verdadeira condição nutricional do animal. De acordo com
Gonzáles & Silva (1999), isso ocorre porque reduções nos níveis séricos de Ca
provocam liberação do hormônio da paratireóide (PTH) que promove o aumento
sangüíneo do Ca, através da diminuição da excreção renal, aumento da absorção
intestinal e da mobilização óssea do Ca. Por outro lado, quando os níveis de Ca estão
altos, aumenta a calcitonina que inibe a reabsorção do Ca.
29
Tabela 4- Concentrações sangüínea e urinária de minerais e da creatinina, uréia e
glicose em caprinos recebendo diferentes níveis de casca de soja em substituição ao
feno de tifton em dietas à base de palma forrageira
Os níveis de magnésio na dieta não diferiram, mas o K e a relação K: Na na
dieta variaram respectivamente de forma linear e quadrática (P<0,01) com a adição da
casca de soja (Tabela 2).
A literatura aponta efeito antagônico entre Mg, K e Na; excesso de potássio e
baixas concentrações de Na inibem a absorção intestinal de Mg e pode levar facilmente
a hipomagnesemia. Segundo Pereira & Berchielle (2006) a elevada concentração de K
despolariza a membrana e aumenta a diferença de potencial trans-epitelial, reduzindo a
força eletromotiva que induz a entrada de Mg no citoplasma.Porém, no presente
trabalho as concentrações sangüíneas do Mg estavam bem acima (5,47 mg/dL) dos
valores considerados normais (1,8 a 2,4 mg/ dL), segundo Contreras (2000) e Pereira &
Berchielle (2006).
Níveis de Casca de Soja (%)
Variáveis 0 6,25 12,5 18,75 25 L Q CV
Sangue
Na (mEq/L) 125,57 141,18 102,77 117,15 129,32 ns ns 0,51 25,27
K (mEq/L) 6,44 5,78 5,55 5,20 5,71 ns ns 0,63 16,52
Cl (mEq/L) 138,50 159,55 143,31 147,70 147,85 ns ns 0,48 8,56
Ca (mg/dL) 5,77 7,37 7,44 8,23 8,12 0,030 ns 0,50 18,74
P (mg/dL ) 1,62 1,71 1,65 1,06 1,75 ns ns 0,59 31,27
Mg (mg/dL) 5,92 5,17 4,95 5,57 5,66 ns 0,08
8
0,65 15,90
Creatinina
(mg/dL)
2,32 2,23 2,18 1,87 1,94 ns ns 0,81 22,97
Uréia (mg/dL) 23,62 31,20 26,47 23,09 37,97 ns ns 0,55 26,53
Glicose
(mg/dL)
57,95 67,0 65,06 72,39 65,39 ns na 0,65 9,67
Urina
Na (mEq/L) 0,64 1,80 0,54 0,15 0,40 ns ns 0,61
225,66
K (mEq/L) 172,97 181,15 181,79 187,50 137,18 0,010
0,047
0,83 13,38
Cl (mEq/L) 40,84 43,55 36,45 35,21 21,39 0,006 ns 0,82 24,61
Ca (mg/dL) 27,86 35,55 29,46 37,05 32,95 ns ns 0,57 25,70
P (mg/dL) 0,08 0,09 0,11 0,11 0,14 ns ns 0,61 32,86
Mg (mg/dL) 90,86 89,63 108,83 98,12 105,87 ns ns 0,46 28,28
Creatinina
(mg/dL)
20,81 23,61 20,76 26,56 24,82 ns ns 0,68 16,37
Uréia (mg/dL) 344,61 483,79 327,71 422,97 330,19 ns ns 0,62 35,56
30
Como nas dietas os níveis de Mg estavam próximos dos níveis de K não houve
desequilíbrio na relação desses minerais. O efeito da concentração absoluta de Na e K é
menos importante do que o da relação K: Na sobre a absorção do Mg (Church, 1993).
As concentrações urinárias do potássio e do cloro diminuíram linearmente
(P<0,01) com a adição da casca de soja (Tabela 4). Nas dietas, os teores desses minerais
também diminuíram à medida que ia sendo adicionada a casca de soja.
Vieira et al. (2007) avaliando níveis (37,3 a 76,5%) de palma forrageira em
dietas para caprinos também não observaram feitos sobre a concentração urinária de Na.
Porém, a concentração e excreção urinária de K diminuíram linearmente com a adição
de palma na dieta. Também Vaz (2008) avaliando a retirada da palma na dieta a cada
dois dias (60% a 0% de palma) também não observou efeito na concentração urinária do
Na, mas a concentração urinária do K aumentou linearmente com substituição da palma
pelo feno e o volume urinário diminuiu.
Os valores médios de glicose e a concentração urinária de creatinina e uréia
(65,58 mg/dL; 23,27 mg/dL e 381,16 mg/dL, respectivamente) estão próximos aos que
foram encontrados por Vaz (2008) em caprinos alimentados com 60% de palma
forrageira na dieta. Os teores sangüíneos de creatinina encontrados estão dentro dos
valores considerados normais, 1 a 2 mg/dL (Reece, 1996). A creatinina é uma
substância originária do metabolismo muscular (fosfocreatina) livremente filtrada pelos
néfrons e sua concentração reflete a condição do funcionamento renal.
De acordo com os fluxos de entrada e saída do Na, Ca, P e CL, apresentados na
Tabela 5, foi observado efeito quadrático (P<0,05) da adição da casca de soja sobre a
ingestão e absorção do Na. O comportamento quadrático da ingestão de Na não teve
efeito significativo na retenção desse elemento.
Estudo realizado por Araújo et al. (1997) encontraram coeficientes de absorção
do sódio acima de 90%, valores próximos ao encontrado nesse trabalho. Isso ocorre
porque o Na é rapidamente solubilizado e absorvido no rúmen, sua absorção corre em
resposta a pressão osmótica da parede ruminal e no intestino pelo transporte ativo da
bomba de Na e K ATPase (Church, 1993 ; Gonzáles, 2000).
31
Tabela 5- Balanço de minerais em caprinos recebendo diferentes níveis de casca de soja
em substituição ao feno de tifton em dietas à base de palma forrageira
1- percentual do ingerido
A excreção fecal de Na diminuiu linearmente (P<0,10) com o aumento da casca
de soja, porém, não teve efeito sobre a excreção urinária. As perdas diminuíram porque
a absorção e a retenção desse mineral aumentaram. No entanto, em termos absolutos a
excreção fecal do Na foi superior à excreção urinária, o que geralmente ocorre de forma
Níveis de Casca de Soja (%)
Variáveis 0 6,25 12,5 18,75 25 L Q CV
Sódio
Ingestão (g/d) 1,19 1,78 1,73 2,02 1,70 0,069 0,016 0,77 17,91
Fezes (g/d) 0,18 0,11 0,09 0,09 0,09 0,033 0,076
0,74 34,51
Absorção (g/d) 1,01 1,67 1,63 1,93 1,61 0,045 0,008 0,78 18,51
Absorvido (%) 84,87 93,74
93,88 95,84 94,58 0,007 0,005 0,81 2,94
Urina (g/d) 0,08 0,27 0,53 0,01 0,05 ns ns 0,61 239,03
Retido (g/d) 0,93 1,40 1,10 1,92 1,46 ns ns 0,47 44,45
Retido (%)
1
78,35 81,17 69,20 95,19 91,87 ns ns 0,64 25,80
Cálcio
Ingestão (g/d) 49,74 35,91 35,79 45,37 40,02 ns ns 0,65 27,08
Fezes (g/d) 25,85 17,01 16,57 16,62 16,73 ns ns 0,74 25,50
Absorção (g/d)
23,89 18,90 19,22 28,75 23,29 ns ns 0,69 38,30
Absorvido (%) 46,56 52,40 51,43 61,26 56,43 ns ns 0,74 18,35
Urina (g/d) 1,56 1,83 1,50 1,37 1,34 0,049 ns 0,65 18,26
Retido (g/d) 22,23 17,08
17,73 27,38 21,95 ns ns 0,70 40,84
Retido (%) 43,12 47,14 46,78 57,60 52,98 ns ns 0,75 20,51
Fósforo
Ingestão (g/d) 2,75 2,73 2,55 3,20 3,08 ns ns 0,69 17,16
Fezes (g/d) 1,59 1,61 1,44 1,68 1,32 ns ns 0,68 31,69
Absorção (g/d) 1,15 1,12 1,11 1,52 1,76 0,044 0,093 0,73 29,35
Absorção (%) 45,36 38,56 42,64 49,95 57,05 ns ns 0,64 30,48
Urina (g/d) 0,004 0,01 0,01 0,004
0,01 ns ns 0,63 34,43
Retido (g/d) 1,15 1,12 1,11 1,53 1,76 0,044 0,093
0,73 29,47
Retido (%) 45,19 38,35 42,64 49,82 56,86 ns ns 0,64 30,63
Cloro
Ingestão (g/d) 11,43 11,84 9,62 10,92 8,28 0,009 ns 0,85 16,07
Fezes (g/d) 0,14 0,23 0,21 0,27 0,27 ns ns 0,34 58,35
Absorção (g/d)
11,29 11,61 9,41 10,66 8,02 0,007 ns 0,85 16,37
Absorvido (%) 78,95 97,90 97,66 97,65 96,51 0,033 ns 0,46 1,34
Urina (g/d) 6,60 7,70 6,34 4,75 2,63 <0001 ns 0,83 24,0
Retido (g/d) 4,69 3,91 3,07 5,91 5,39 ns ns 0,58 47,32
Retido (%) 32,87 32,26 29,58 51,61 63,77 0,001 0,056 0,65 35,55
32
inversa. A menor excreção urinária do Na pode ter ocorrido pela ativação de algum
mecanismo renal de retenção de Na.
De acordo com Reece (1996), a concentração plasmática de K é o principal
estímulo para a secreção de aldosterona que estimula a reabsorção de Na. Isso ocorre
porque com a reabsorção do Na aumenta o diferencial de potencial transepitelial, ou
seja, o lúmen fica negativo favorecendo a difusão do K das células tubulares para o
lúmen onde é excretado na urina.
A excreção fecal de Na apresentou correlação positiva (P<0,01) com a absorção
(r=0,70) do Cl. A análise de regressão mostrou comportamento quadrático para a
excreção fecal de Na com a ingestão e absorção do Cl (Figura 1). Na forma de NaCl
estes minerais encontram-se interligados e atuam principalmente na manutenção do
equilíbrio hídrico corporal.
y = 0,2746x
2
- 0,1754x + 0,0987
R
2
= 0,5465
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 0,5 1 1,5
Consumo de Cl (g)
Excreção Fecal do Na (g
)
(a)
(b)
Figura 1- Excreção fecal de Na em função do consumo Cl (a) e a absorção de Cl (b) em
caprinos recebendo diferentes níveis de casca de soja e palma forrageira
y = 0,3405x
2
- 0,2419x + 0,12
R
2
= 0,5402
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Absoão Cl (g)
33
A excreção urinária do Ca diminui linearmente (P<0,05) com a adição da casca
de soja na dieta (Tabela 5), embora as dietas (Tabela 2) tenham apresentado
comportamento quadrático (P<0,05). Apesar da excreção fecal não ter diferido
estatisticamente foi superior a excreção urinária. O consumo de Ca foi correlacionado
positivamente (P<0,05) com sua excreção fecal (r=57), mas não apresentou correlação
significativa para sua excreção urinária. O que indica que o aumento na ingestão de Ca
também aumenta sua excreção fecal.
Sousa (1997) avaliando o balanço de cálcio em caprinos da raça Alpina em
crescimento recebendo dietas com de 0,00, 0,20 e 0,51 % Ca verificou que a excreção
fecal de Ca aumentou linearmente em função do aumento na ingestão de Ca.
Queiroz et al. (2000) utilizando níveis de fósforo de 0,12; 0,21 e 0,29% em
dietas para caprinos em crescimento, observaram redução na ingestão de Ca e aumento
das excreções fecais do mineral, acarretando balanço negativo. Resultado semelhante
foi encontrado por Braithwaite (1985), trabalhando com níveis crescentes de P e
ingestões constantes de Ca, se observou menor coeficiente de absorção para a dieta
baixa em P, havendo redução do coeficiente de absorção aparente do Ca com o aumento
dos níveis de P.
Os níveis elevados de Ca e da relação Ca: P da dieta não afetou o balanço de
fósforo. A absorção e retenção em gramas por dia aumentou linearmente (P<0,05) com
a adição da casca de soja, porém a relação Ca: P diminuiu linearmente com a adição da
casa de soja (P<0,01).
A ingestão, absorção e excreção urinária do Cl diminuíram linearmente (P<0,05)
com a adição de casca de soja nas dietas, a retenção aumentou linearmente (P<0,05)
com a casca de soja. Os animais submetidos às dietas com mais feno de tifton
apresentaram maior de ingestão de cloro e consequentemente maior absorção, contudo
em termos percentuais do ingerido sua retenção diminuiu, isso pode ter ocorrido pela
saturação na capacidade de utilização desse mineral.
Os valores médios de ingestão de água, volume urinário e excreção fecal de água
são descritos na Tabela 6. A ingestão de água pelos animais não foi influenciada pelos
níveis de inclusão de casca de soja na dieta. Fato esperado, pois o nível de palma
forrageira na dieta era constante (60%) e que é rica em água (90% de sua composição).
A água via alimento foi a principal forma de ingestão de água e a água de bebida
representou menos de um ponto percentual da água ingerida pelos animais.
34
Gebremariam et al. (2006) verificaram redução na ingestão de água de 1,02 para
0,28 litros com inclusão de palma em dietas para ovinos. Tegegne et al. (2007)
trabalhando com níveis de suplementação de palma em dietas para ovinos, a ingestão de
água de bebida reduziu de 1226,0 para 6,0 mL/dia quando o nível de inclusão de palma
foi de 80%. Viera et al. (2007) avaliando a ingestão de água em caprinos recebendo
67% de palma forrageira na dieta obtiveram valores de ingestão de água, kg/kg de
matéria seca e em gramas por peso metabólico (7,89 L; 7,75 e 470,08, respectivamente)
próximos ao que foi encontrado nesse trabalho.
Tabela 6- Ingestão de água, volume urinário e excreção fecal de água em caprinos
recebendo diferentes níveis de casca de soja em substituição ao feno de tifton em dietas
à base de palma forrageira
1.
Taxa de Formação de Urina
O volume urinário e a taxa de formação da urina diminuíram linearmente
(P<0,05) com a adição da casca de soja. Porém, não foi verificado aumento na ingestão
de água. O aumento na produção de urina foi correlacionado positivamente (P<0,05)
com a ingestão de matéria seca (r=0,46), consumo de potássio (r=0,54), relação K: Na
% de Casca de Soja na dieta P>F
Variávies 0 6,25 12,5 18,75 25,0 L Q R
2
CV
Consumo de água
Bebida
(mL/d)
47,50 88,00 38,80 43,50 31,60 ns ns 0,47 86,45
Dieta (L/d) 8,78 6,77 6,93 7,75 7,39 ns ns 0,65 18,85
Total Kg/dia 8,83 6,86 6,97 7,79 7,42 ns ns 0,66 18,46
Kg/Kg MS 6,74 6,05 6,59 6,03 6,64 ns ns 0,85 06,55
g/PV
0,75
570,01 506,32 477,86 506,32 478,32 ns ns 0,54 21,38
Volume Urinário
L/dia 5,87 5,17 5,22 3,80 4,44 0,003 ns 0,84 14,33
TFU
1
(mL/min)
4,07 3,59 3,62 2,64 3,08 0,003 ns 0,84 14,33
Excreção de água
Fezes (L/dia) 1,45 0,89 1,13 0,83 0,83 0,059 ns 0,68 31,02
35
(r=0,63) e consumo de água (r=0,41). A análise de regressão mostrou comportamento
linear significativo (P<0,05) para essas variáveis e a produção de urina. A ingestão de K
e a relação K: Na foi o fator que mais contribuiu para o aumento no volume urinário.
Segundo Szentmihályi et al. (1997) aumentos dos íons de K são responsáveis mais
freqüentes pelo efeito diurético de algumas plantas.
A diminuição na concentração de K na urina e no volume urinário (Tabela 4 e 6)
em função dos níveis de substituição da casca de soja na dieta são indicativo que a
diurese observada em animais alimentados com elevado percentual de palma forrageira
não sejam reguladas apenas pela quantidade de água que esta fornece, mas por seus
receptores osmóticos efetivos. Segundo Reece (1996), a diurese é o aumento na
formação de urina causado pela retenção de água nos túbulos pelo aumento na pressão
osmótica efetiva no lúmen tubular.
A excreção fecal de água diminuiu linearmente (P<0,10) com a adição da casca
de soja. Esse aumento na excreção fecal de água está relacionado com o maior consumo
de alimento que os animais que recebiam feno ingeriram também mais água porque
consumiam mais.
Para avaliação da função renal, os valores médios excreção de creatinina, uréia,
osmolaridade plasmática, índice de excreção e taxa de excreçreção fracional dos
minerais são apresentados na Tabela 7.
36
Tabela 7- Excreção de creatinina, uréia, osmolaridade plasmática, índice de excreção
urinária e fracional de minerais em caprinos recebendo diferentes níveis de casca de
soja em substituição ao feno de tifton em dietas à base de palma forrageira
% de Casca de Soja na dieta P>F
Variávies 0 6,25 12,5 18,75 25,0 EPM L Q
Excreção Urinária
Creatinina
mg/PV/dia 30,22 29,53 28,14 25,47 26,22 0,75 0,004 ns 0,72
mg/PV
0
,75
/dia 75,87 73,87 69,89 63,56 65,79 1,97 0,005 ns 0,75
Uréia
mg/PV/dia 473,70
576,24 453,29 407,70 358,90 34,64 0,063 ns 0,80
mg/PV
0,75
/dia 3956,3 6237,8 5024,9 3087,6 3876,7 86,65 0,017 ns 0,78
Taxa de Depuração Endógena da Creatinina (mL/min/PV
0,45
)
TDECr 2,53 2,65 2,69 2,76 2,61 0,22 ns ns 0,78
Osmolaridade Plasmática
OsmP(mmol/L) 256,02 257,47 214,77 239,95 2969,59 13,01 ns ns 0,51
Índice de excreção urinária (mmol/L)
Uréia 0,48 0,59 0,46 0,39 0,41 0,036 ns ns 0,76
Sódio 0,01 0,02 0,03 0,003 0,001 0,0071 ns ns 0,62
Potássio 1,51 1,42 1,50 0,90 1,07 0,073 0,0043 ns 0,73
Cloro 0,35 0,33 0,29 0,20 0,13 0,023 0,0002 0,089 0,80
Magnésio 0,33 0,26 0,38 0,20 0,31 0,018 ns ns 0,43
Cálcio 0,06 0,07 0,06 0,05 0,06 0,0031 ns ns 0,65
Fósforo 0,0002 0,0003 0,0003 0,0002 0,0003 0,00002 ns ns 0,59
Taxa de Excreção Fracional (%)
Uréia 158,42 134,36 132,33 124,62 92,32 0,19 0,051 ns 0,64
Sódio 0,04 0,11 0,58 0,01 0,02 0,12 ns ns 0,53
Potássio 310,82 304,61 380,52 264,53 191,65 32,26 0,081 ns 0,59
Cloro 3,21 2,58 2,77 1,66 0,97 0,28 0,003 ns 0,71
Magnésio 188,92 152,46 224,62 114,64 145,58 17,21 ns ns 0,57
Cálcio 49,76 52,33 41,03 29,26 31,26 3,60 0,006 ns 0,78
Fósforo 0,61 0,79 0,79 0,73 0,81 0,1 ns ns 0,84
37
Vieira et al. (2007), avaliando a função renal de caprinos, observaram redução
na aumento na excreção urinária com aumento da proporção de palma em dieta e sobre
a excreção de creatinina em miligramas por dia.
A excreção de creatinina mg/PV por dia e mg/ PV
0,75
por dia diminuíram
linearmente com a adição da casca de soja. O aumento na excreção de creatinina foi
correlacionado (P<0,01) positivamente com o volume urinário e TFU, excreção do K,
excreção do Cl e negativamente com a retenção do P.
A taxa depeduração endógena da creatinina não foi alterada em função do nível
de casca de soja na dieta e indica que essa substância está realmente sendo livremente
filtrada.
A osmolaridade plasmática não sofreu efeito significativo da adição da casca de
soja, mas o índice de excreção urinária do K e Cl diminuíram linearmente (P<0,05).
Esse índice indica que maior quantidade de cloro e potássio está sendo eliminado na
urina.
Efeito observado também para a taxa de fracional da uréia, cálcio, potássio e
cloro diminuiu linearmente (P<0,10) em função da casca de soja na dieta. Porém, ao
contrário da excreção urinária, a taxa de excreção fracional refere-se a fração da
substância que foi filtrada pelo glomérulo e que é eliminado na urina. No entanto, nem
toda substância que é filtrada é excretada na urina, conforme Reece (1996) , quando a
taxa de excreção fracional é igual a 1, a substância excretada foi somente filtrada;
sendo menor que 1, a substância excretada foi filtrada e quando maior que 1 foi filtrada
e secretada na urina.
A taxa de excreção da uréia e do potássio foram maiores que 1, indicando que
essas substâncias foram filtradas e secretadas na urina. Por outro lado, a excreção
fracional do cálcio, fósforo, sódio e cloro foram menores que 1, indicando que essas
substâncias foram filtradas e em parte reabsorvidas.
38
CONCLUSAÕES
A inclusão de casca de soja em substituição ao feno de tifton em dietas à base de
palma forrageira não afetam o balanço de minerais, mas proporcionam aumento do
volume urinário de caprinos, sem alterar a função renal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, G. G. L., et al. Consumo e absorção aparente e total de macroelementos
minerais (Ca, P, Mg, Na e K) de dietas com diferentes níveis de volumoso. In:
REUNIÂO ANUAL DA SOCIEDADE, 1997, Juiz de Fora. Anais... Juiz de fora: SBZ,
1997.p.237-239.
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTY-AOAC. Official
methods of analysis. 15. ed. Arlington: OAC, 1990.1298p.
BEN SALEM, H.; ABDULAI, H.; NEFZAOUI, A. et al. Nutritive value, behaviour,
and growth of Barbarine lambs fedo n oldman saltbush (Atriplex nummularia L.) and
supplemented or not with barley grains or spineless cactus (Opuntia ficus-indica f.
Inermis). Small Ruminant Reseach, v. 59, p. 229-237, 2005.
BRAITHWAITE, G. D. Reviews of the progress of dairy science. Calcium and
phosphorus metabolism in ruminants with special reference to parturient paresis.
Journal of Dairy Science, v. 43, n. 3, p. 501-520, 1985.
CHEN, X.B.; GOMES, M.J. Estimation of microbial protein supply to sheep and cattle
based on urinary excretion of purine derivatives- an overview of technical details.
International Feed Reseach. Unit. Rowett Research Institute. Aberdeen,
UK.(Occasional publication). 21p,1992.
CHURCH, D.C. Fisiologia digestiva y nutrición de los rumiantes, 4.ed. Zaragoza:
Acribia, 1993, p.127-135.
CONTERRAS, P. Uso dos perfis metabólicos no monitoramento nutricional dos ovinos.
In: GONZÁLES, F. H. D; BARCELOS, J; PATIÑO, H. O; RIBEIRO, L. A. Perfil
metabólico em Ruminantes- seu uso em nutrição e doenças nutricionais. 2000, Rio
Grande do Sul. Anais...Rio Grande do Sul, 2000.
FENTON, T. W.; FENTON, M. An improved procedure for the determination of
chromic oxide in feed and feces. Canadian Journal of Animal Science, v. 59, n. 3,
p.631, 1979.
39
GARRY, F. et al. Renal excretion of creatinine, electrolytes, protein, and enzymes in
healthy sheep. Animal Journal Veterinary Reseach. v.51, n.3, p. 414-419. 1990.
GEBREMARIAM, T.; MELAKU, S.; YAMI, A. Effect of different levels of cactus
(Opuntia ficus indica) Iincluision on feed intake, digestibility and body weight gain in
tef (Eragrostis tef) straw-based feeding of sheep. Animal Feed Science and
Technology
, p.1-10, 2006.
GEOVÚ L.B.; COSTA, A.P.D.; DETMANN, B.E.; CARVALHO, C.S.P. Osmolalidade
plasmática e osmol gap em eqüinos desidratados experimentalmente. Arquivo
Brasileiro de. Medicina Veterinária e Zootecnia
, v.58, n.5, p.744-748, 2006.
GONZÁLES, F. H. D. Indicadores sangüíneos do metabolismo mineral em ruminantes.
In: GONZÁLES, F. H. D; BARCELOS, J; PATIÑO, H. O; RIBEIRO, L. A. Perfil
metabólico em Ruminantes- seu uso em nutrição e doenças nutricionais. 2000, Rio
Grande do Sul. Anais.... Rio Grande do Sul, 2000.
GONZÁLEZ, F. H. D. & SILVA, S. C. Introdução à Bioquímica Clínica
Veterinária. 1999. Disponível: <http://www.ufrgs.br/favet/bioquimica/graduação/livro-
texto.pdf.>. Acessado em 09 de nov. de 2007.
GUEGUEN, L.; DEMARQUILLY, C. Influence of the vegetative cycle and the growth
stage on the mineral value of some herbage plants for adult sheep. In:
INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS, 1965, São Paulo. Anais… São Paulo:
Secretaria, v. 1, p. 745-754, 1965.
HALL, M. B. ; HOOVER,W.H; JENNINGS, J.P. et al. A method for partitioning
neutral detergent soluble carbohydraes. Journal of Animal Science, v.7, n.9, p.2079-
2086, 1999.
JAMES, L.F.; STREET, J.C.; BUTCHER, J.E.; BINNS, W. Oxalate metabolism in
sheep. I. Effect of low level Halogeton glomeratus intake on nutrient balance. Journal
Animal Science, v. 27, p. 718-723, 1968.
MAGALDI, A. J. Revisão/Atualização em Fisiologia e Fisiopatologia Renal: Regulação
hormonal da reabsorção de água no ducto colector. Jornal Brasileiro de Nefrologia.
v.4, n.18, p. 401-404. 1996.
MALAVOLTA, E. et al. Avaliação do estado nutricional de plantas: princípios e
aplicações. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do
Fosfato,1989.
MARTIN, L.C.T. Nutrição mineral de bovinos de corte. São Paulo: Nobel, 1993, p. 39-
88.
MELO, A. A. S. Utilização da Palma na alimentação animal. In: ZOOTEC. 2006,
Recife. Anais ... Recife: 2006.
40
MORAIS, J. B.; SUSIN, I; PIRES, A. V.; MENDES, C. Q.; OLIVEIRA JÚNIOR, R.
C.; PACKER, I. U. Comportamento ingestivo de ovinos e digestibilidade aparente dos
nutrientes de dietas contendo casca de soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.41,
n.7, p.1157-1164, 2006.
MOORE, J. A.; POORE, M. H.; LUGINBUHL, J.M. By- products feeds for meat goats:
Effects on digestibility ruminal enverinonment, and carcass characteristic. Journal of
animal Science, v.20, p. 1752-1758, 2002.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL NRC
. Nutrient requirements of the dairy
cattle.
7ed. Washigton: D. C.: National Academy Press. 2001. 381p.
PEREIRA, M. S. & BERCHIELLI, T. T, S. G. Minerais. In. BERCHIELLI, T.T
.PIRES, A. V.; OLIVEIRA Nutrição de Ruminantes. Jaboticabal: Funesp, 2006.
p.333-354.
QUEIROZ, A. C.; GOUVEIA, L. J.; PERREIRA, J. C.; RODRIGUES, M. T.;
RESENDE, K. T.; SOUSA, H. M. H. Exigências Nutricionais de Caprinos da Raça
Alpina em Crescimento. 1. Exigência Nutricional de Fósforo para Mantença: Perdas
Endógenas e Abate Comparativo. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 29, n.4, p.1205-
1215, 2000.
RAMOS, A.O.; VERÁS, A. S. C.; FERREIRA , M.A.; AZEVEDO, M; LIMA, L.
E.;SILVA, R. R.; FOTIUS,A.C.A., MORAES, A. C. A.; PINTO, T.F.; SARAIVA, T.
A. Consumo de água por vacas holandesas em lactação alimentadas com dietas à base
de palma forrageira e diferentes volumosos. In: ZOOTEC, 2006, Recife. Anais...
Recife,2006.
REECE, W. O. Dukes Fisiologia dos animais domésticos. 11. ed. Rio de Janeiro:
guanabara koogan, 1996. 999p.
SANTOS, M. V. F.; LIRA, M. A; FARIAS, I; BURITY, H. A; TAVARES FILHO, J.J.
Efeito do período de armazenamento pós colheita sobre o teor de matéria seca e
composição química das palma forrageiras. Pespuisa Agropecuária Brasileira, v.27,
n.6, p.777-783, 2005.
SANTOS, M.V.F; FERREIRA, M.A; BATISTA, A.M.V. Valor nutritivo e utilização da
palma forrageira na alimentação de ruminantes. In: MENEZES, R.C.S; SIMÕES, D. A.;
SAMPAIO, E.V.S.B. A palma no Nordeste do Brasil. Recife: Ed. Universitária da
UFPE, 2005. p. 143-162, 2005.
SILVA, D.J & QUEIROZ, A.C. Análise de Alimentos: métodos químicos e biológicos.
3 ed. Viçosa: UFV, Imprensa Universitária, 2002. 235p.
SOUSA, H. M. H. Composição corporal e exigências nutricionais de energia,
proteína, cálcio e fósforo de caprinos da raça Alpina em crescimento. 1997. 62p.
Tese (Doutorado)-Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.
41
SOUZA, E.J.O. Substituição da casca de soja por feno de fiton (Cynodon dacctilon)
em dietas a base de palma forrageira
(Opuntia fícus-indica, Mill) para caprinos.
2008. 73p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia), Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife.
STATISTICAL ANALYSES SISTEM INSTITUTE, Inc 2001. SAS user’s guide:
Statics Version, 2001. SAS, Cary, N. C.
SZENTMIHÁLYI, K.; KÉRY, Á.; THEN, M.; LAKATOS, B.; SÁNDOR, Z.;
VINKLER, P. Potassium- sodium ratios for the chacterization of medicinal plants
extracts whith diuretic activity.
Reseach Phytother. v. 12, p.163-166, 1998.
TEGGNE, F.; KIJORA,C.; PETERS, K. J. Study on the optimal level of cactus pear
(Opuntia fícus-indica) suplementation to sheep and its contribution as souce of water.
Small Ruminant Reseach, v.72, p.157-164, 2007.
VAN SOEST, P. J.; ROBERTSON, J. B.; LEWIS, B. A. Methods for dietary fiber,
neutral detergent fiber and nonstarch polysacharides in relation to animal nutrition.
Journal Dairy Science, v.74, p. 3586 – 3597, 1991.
VAZ, J. C.
Efeito da retirada da palma forrageira (Opuntia fícus indica Mill ) na
dieta sobre os parâmetros da função renal e ruminal de Caprrinos. 2008.42p..
Dissertação (Mestrado em Zootecnia), Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Recife.
VIEIRA , E.L. ; BATISTA A.M.V; MUSTAFA, A.F; ARAUJO, R.F.S; SOARES, P.C;
ORTOLANE, E.L; Mori, C.K. Effects of feeding high levels of cactus (Opuntia fícus-
indica Mill)cladodes on urinary output and electrolyte excretion in goats. Livestock
Science. doi:10.1016/j.livsci.2007.10.011.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo