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I
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO (Gossypium
hirsutum L.) AO USO DE DIFERENTES DOSES DE CLORETO DE
MEPIQUAT
JULIO CESAR BOGIANI
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agronômicas da Unesp -
Câmpus de Botucatu, para obtenção do
título de Mestre em Agronomia -
Agricultura
BOTUCATU – SP
Junho – 2008
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II
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO (Gossypium
hirsutum L.) AO USO DE DIFERENTES DOSES DE CLORETO DE
MEPIQUAT
JULIO CESAR BOGIANI
Engenheiro Agrônomo
Orientador: Prof. Dr. CIRO ANTONIO ROSOLEM
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agronômicas da Unesp -
Câmpus de Botucatu, para obtenção do
título de Mestre em Agronomia -
Agricultura
BOTUCATU – SP
Junho – 2008
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I
II
I
DEDICO
Aos meus queridos e amados pais
Antônio Bogiani e
Conceição Rosin Bogiani
pelo exemplo de vida, pelo carinho e imenso amor que dedicaram de suas vidas à felicidade e
educação de seus filhos.
OFEREÇO
Aos meus irmãos
Antônio Henrique Bogiani,
Giovani Carlo Bogiani e
Paulo Alexandre Bogiani
pelo companheirismo e infinita amizade que existe entre nós.
II
Agradecimentos
Primeiramente à DEUS.
A todos meus familiares, pelo incentivo, apoio e carinho dedicados em todos os momentos.
Ao meu orientador Prof. Dr. Ciro Antônio Rosolem pela confiança, pelos ensinamentos, pela
dedicação, pelo exemplo de vida e pela amizade.
Os membros da banca examinadora, Dr. Luiz Henrique Carvalho e Prof
a
. Dr
a
. Elizabete Orika
Ono pela disposição e valiosas sugestões.
Ao CNPq pela concessão da bolsa de estudo.
Aos companheiros(a) de república Marco A. Basseto, Juliana S. de Alexandre e Daniel D.
Rosa por todos os momentos que convivemos juntos, meu carinho e sincero obrigado.
A todos os professores do Departamento de Produção Vegetal – Setor Agricultura pelos
ensinamento, amizade e excelente convivência.
À Faculdade de Ciências Agrnômicas UNESP e ao Departamento de Produção Vegetal
Agricultura, pela oportunidade oferecida para aprimorar meu estudos.
Aos funcionários do Departamento de Produção Vegetal Agricultura, pela contribuição e
valiosa ajuda.
A todos os colegas e amigos(as) da Pós-Graduação minha imensa gratidão pelo
companheirismo e pela ajuda prestada durante este tempo que pudemos conviver juntos.
A todos àqueles que embora não mencionados contribuíram para a realização do trabalho e
também estiveram comigo nesta importante etapa.
III
SUMÁRIO
Página
1. RESUMO.................................................................................................................... 1
2. SUMMARY................................................................................................................ 3
3. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 4
4. REVISÃO DA LITERATURA.................................................................................. 6
5. MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................ 17
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................ 23
6.1. Estruturas reprodutivas....................................................................................... 23
6.2. Área foliar e Massa de matéria seca................................................................... 24
6.3. Altura das plantas, Número de intenódios e Simpódios e o Comprimento
médio de internódios......................................................................................... 26
6.4. Concentração do produto na planta.................................................................... 35
6.5. Fotossíntese das plantas...................................................................................... 39
7. CONCLUSÕES.......................................................................................................... 41
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 42
9. APÊNDICE................................................................................................................ 50
1
1. RESUMO
O experimento foi conduzido de janeiro a abril de 2007 sob condições
de casa de vegetação. O objetivo foi avaliar o comportamento de cultivares de algodão
submetidas a doses de cloreto de mepiquat e, ainda, verificar se a resposta está ligada ao ciclo
ou arquitetura da cultivar. Os tratamentos foram constituídos de seis cultivares com
comportamento de crescimento e diferentes ciclos produtivos (FiberMax 966, FiberMax 977,
DeltaPenta, DeltaOpal, FMT 501 e FMT 701), bem como, a utilização de quatro doses do
regulador vegetal a base de cloreto de mepiquat (PIX
®
): 7,5; 15,0 e 22,5 g ha
-1
de i.a e a
testemunha sem aplicação do produto. Foram utilizados vasos de 12 litros de capacidade,
sendo cultivadas duas plantas por vaso. O delineamento experimental utilizado foi em blocos
casualizados com quatro repetições em esquema fatorial 4 doses x 6 cultivares. As avaliações
constituíram da: altura de plantas, número de ramos reprodutivos, massa de matéria fresca e
massa de matéria seca, retenção de estruturas reprodutivas e área foliar. Para cada cultivar, foi
calculada a relação entre taxa de crescimento em altura e concentração do regulador. Os
resultados mostraram que o crescimento das plantas de algodoeiro em altura é diminuído com
a aplicação foliar de cloreto de mepiquat, sendo maior a redução de altura, quanto maior a
quantidade de regulador aplicada. Existe diferença entre as cultivares estudadas quanto à
sensibilidade ao regulador, de modo que as mais precoces são mais sensíveis. Para a mesma
dose aplicada, a concentração de regulador vegetal na planta é diferente, pois a quantidade de
2
produto depositada na folha de cada cultivar é também diferente. O regulador não afetou a
taxa de assimilação de CO
2
das cultivares de algodão estudadas.
Palavras-Chave: Algodão, regulador vegetal, crescimento, variedades, fotossíntese.
3
BEHAVIOR OF COTTON CULTIVARS (Gossypium hirsutum L.) TO THE USE OF
DIFERENT DOSES OF MEPIQUAT CHLORIDE. Botucatu, 2008. 54 p. Dissertação
(Mestrado em Agronomia/Agricultura) Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade
Estadual Paulista.
Author: JULIO CESAR BOGIANI
Adviser: CIRO ANTONIO ROSOLEM
2. SUMMARY
The experiment was conducted between January and April 2007 under greenhouse conditions.
The objective to evaluate the behavior of cotton cultivars submitted to the doses of Mepiquat
Chloride, and also to find if the answer is linked to the cycle or architecture of cultivar. The
treatments were constituted of six cultivars of different behaviour about its growth and cycle
(FiberMax 966, FiberMax 977, DeltaPenta, DeltaOpal, FMT 501 e FMT 701); and four doses
of the plant growth regulator, mepiquat chloride (PIX®): 7,5, 15,0, 22,5 g ha
-1
and a control
(0,0 g ha
-1
). Plots of 12 liters of capacity were used with two plants per plot. The experimental
design used was the completely randomized with four replications in outline factorial 4 doses
x 6 cultivars. The parameters analyzed were: height of plants, number of reproductive
branches, weight of dry matter, retention of reproductive structures, and leaf area. Also, it was
calculated for each cultivar, the relationship among growth rate in height and concentration of
the regulator. The results showed that the growth of cotton plants in height is reduced by
application of mepiquat chloride, and the height reduction is larger, as larger the amount of
plant growth regulator applied. There is difference among the cultivars studied for sensitivity
to the plant growth regulator, so that the earliest cultivars are more sensitive. In the same
applied dose, the concentration of plant growth regulator in the plant is different because the
amount of product deposited on the left of each cultivar is different too. The mepiquat chloride
didn’t affect the assimilation rate of CO
2
to the cotton cultivars studied.
Key words: Cotton, plant growth regulator, growth, variety, photosynthesis
4
3. INTRODUÇÃO
O algodoeiro é uma espécie originalmente perene, de hábito de
crescimento indeterminado, sendo hoje cultivada como cultura anual na maioria dos países
produtores. Sua pluma é considerada a mais importante dentre as fibras têxteis e artificiais,
apresentando relevante importância social e econômica no Brasil e no mundo, situando-se
entre as dez maiores fontes de riqueza no setor agropecuário brasileiro.
Quando comparada aos moldes como vinha sendo cultivada até a
década dos anos 80, a cotonicultura brasileira passou por mudanças fundamentais,
apresentando hoje maior competitividade na economia globalizada, em função do avanço
tecnológico conseguido. Assim, se obtém alta produtividade e qualidade de fibras, a custos de
produção competitivos, haja vista que esta fibrosa apresenta grande capacidade de resposta ao
manejo e às condições ambientais. A tecnologia adotada atualmente consiste num sistema de
produção, tendo como umas das principais técnicas, a adequada correção do solo e utilização
de altas doses de fertilizantes, além de clima favorável. Considerando-se as características
originais da planta (ciclo e hábito de crescimento), tais condições proporcionam crescimento
vegetativo muito vigoroso que, se mal manejado, pode interferir negativamente e levar à
diminuição da produtividade. Assim, a manipulação da arquitetura das plantas do algodoeiro
com reguladores vegetais é uma das estratégias agronômicas recomendadas para a obtenção de
alta produtividade (Hodges et al., 1991).
5
Nas plantas tratadas com cloreto de mepiquat, os internódios ao longo
do caule e dos ramos crescem menos, gerando plantas menores e mais compactas,
possibilitando ou melhorando a colheita mecanizada. O tratamento com este regulador vegetal
pode facilitar ainda o controle de pragas, diminuir o apodrecimento de maçãs, acelerar a
maturação dos frutos e melhorar a qualidade do produto colhido, segundo York, 1983; Cia et
al., 1984 e Lamas 2000.
Assim, a utilização de reguladores vegetais proporciona redução da
altura e do tamanho dos ramos laterais do algodoeiro, possibilitando as condições desejadas de
cultivo. Porém, um dos problemas é a definição da dose adequada a ser aplicada, uma vez que,
embora existindo recomendações oficiais e das empresas, nem sempre se consegue os
resultados desejados. Um dos motivos da inconsistência de algumas respostas ao uso de
reguladores vegetais, pode ser a diversidade de cultivares em uso no Brasil, sendo possível que
exista diferença de sensibilidade e, portanto, de resposta ao regulador aplicado. Além disso, as
diferenças de sensibilidade ao regulador podem estar relacionadas ao porte de crescimento
(alto, médio e baixo) ou ciclo do material recomendado (precoce, médio e tardio).
Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo investigar a
resposta de cultivares de algodoeiro com diferentes características de arquitetura e ciclo
produtivo, ao uso de doses de cloreto de mepiquat, bem como verificar se a resposta está
ligada ao ciclo ou arquitetura da cultivar.
6
4. REVISÃO DA LITERATURA
A cotonicultura nacional, para ser competitiva na economia
globalizada, requer tecnologia avançada, de modo a se obter alta produtividade, qualidade de
fibras e diminuição dos custos de produção. A tecnologia adotada atualmente consiste num
sistema de produção, tendo como umas das principais técnicas, a adequada correção do solo e
utilização de altas doses de fertilizantes, além de clima favorável. Por outro lado, as maiores
áreas de algodão no Brasil encontram-se em locais com índice pluviométrico relativamente
alto. Tais condições proporcionam crescimento vegetativo muito vigoroso da planta que, se
mal manejado, pode levar à diminuição da produtividade (Silva et al., 1981).
O algodoeiro é uma planta naturalmente de crescimento
indeterminado, isto é, continua o crescimento devido a emissão de sucessivas gemas terminais,
a não ser que seja interrompido por fatores internos ou externos (Balls, 1914; Bailey e
Trought, 1926; Mcclelland e Nelly, 1931; Castro e Barbosa, 1978; Athayde, 1980; Barbosa e
Castro, 1981; Carvalho et al., 1986).
Nestas condições favoráveis ocorre um crescimento excessivo das
plantas, que atingem altura indesejável para a colheita mecanizada, geralmente resultando num
denso volume de folhas, que dificulta o controle de pragas e doenças, além de aumentar o
apodrecimento dos frutos localizados na região do “baixeiro” das plantas (Bayles, 1988).
Ainda, o crescimento excessivo das plantas causa
autossombreamento, impedindo a penetração da radiação solar nas posições inferiores da
7
planta, contribuindo para um aumento da perda de estruturas reprodutivas. Isso ocorre devido
ao fato de que a maior parte do suprimento de assimilados para estas estruturas é obtido da
folha próxima à estrutura reprodutiva (Ashley, 1972; Benedict e Kohel, 1975). Quando estas
folhas estão sombreadas, o suprimento de assimilados é reduzido devido à diminuição da
capacidade fotossintética, podendo resultar em queda das estruturas reprodutivas (York,
1983), devido ao desbalanço entre açúcares do tecido e o teor de etileno, ou seja, o nível de
fotoassimilados no tecido se torna baixo e o de etileno alto. Stuart et al. (1984) também
mencionaram que, quando as condições favorecem o crescimento vegetativo excessivo, botões
florais são abortados enquanto os meristemas produzem folhas adicionais.
Segundo Silva et al.(1981), a grande quantidade de massa verde
produzida pela planta do algodoeiro dificulta o aproveitamento dos fotoassimilados alocados
para a formação das fibras, que é o seu principal produto. Com um melhor equilíbrio entre as
partes vegetativas e reprodutivas, é possível a melhoria do vel de produtividade do
algodoeiro (Meredith Jr. e Wells, 1989). De acordo com estes autores, a correlação entre a
altura de plantas e a produção de algodão é negativa.
Conforme Reddy et al. (1992), no caso de produção excessiva da parte
vegetativa da planta, o uso de reguladores vegetais torna-se inevitável. Para obtenção de
produtividades satisfatórias de algodão, o ideal é que a relação entre a matéria seca da parte
reprodutiva e a vegetativa do algodoeiro seja maior que uma unidade (Meredith Jr. e Wells,
1989).
A utilização de reguladores vegetais é uma das estratégias
agronômicas para a manipulação da arquitetura das plantas que podem evitar a queda da
produtividade (Hodges et al., 1991). Barbosa e Castro (1983b) relatam que a aplicação
exógena de reguladores vegetais pode uniformizar as plantas, facilitando a colheita manual ou
mecanizada. O equilíbrio de crescimento entre as partes vegetativas e reprodutivas propicia
maior deslocamento de metabólitos para os frutos (Beltrão, 1996).
O cloreto de mepiquat, cloreto é um produto sistêmico, que é
absorvido, principalmente, pelas partes verdes da planta e pode ser incluído no grupo de
inibidores da biossíntese do ácido giberélico, sendo, portanto, um inibidor do alongamento
celular (Reddy et al., 1995). Reddy et al. (1992) ao avaliarem o efeito do cloreto de mepiquat
na fotossíntese e crescimento das plantas de algodão, admitiram que o regulador é um produto
8
sistêmico que entra na planta através das folhas. Admitiram também, que o regulador é
translocado de forma ascendente e descendente através do xilema e floema e distribuído
uniformemente por todas as partes da planta.
A ação do regulador se pela inibição da síntese de giberelinas nas
plantas, hormônio que tem a função de divisão e expansão das células. O cloreto de mepiquat
inibe uma das enzimas que está envolvida na biossíntese de ácido giberélico, a caureno sintase
(Taiz e Zeiger, 2004). As giberelinas são sintetizadas através da rota de terpenóides que pode
ser dividida em três etapas, cada uma ocorrendo em um compartimento celular diferente
(Hedden e Phillips, 2000). Na primeira etapa as reações de ciclização que convertem o GGPP
em ent-caureno e são específicas para giberelinas. A produção de precursores de terpenóides e
ent-caureno ocorrem nos plastídios. A unidade básica biológica de isopreno é o isopentenil
difosfato (IPP). O IPP, usado na síntese da giberelina em tecidos clorofilados, é sintetizado
nos plastídios a partir do gliceraldeído-3-fosfato e do piruvato (Lichtenthaler et al., 1997).
Uma vez sintetizadas, as unidades isoprênicas IPP são adicionadas sucessivamente para
formar intermediários de 10 carbonos (geranil difosfato), de 15 carbonos (farnesil difosfato) e
de 20 carbonos (geranilgeranil difosfato, GGPP). Somente após formar o GGPP que a rota
torna-se específica para giberelinas.
As duas enzimas que catalizam as reações estão localizadas nos
plastídios dos tecidos do ápice meristemático, mas, estão ausentes nos cloroplastos maduros
(Aach et al., 1997). Assim, as folhas perdem sua capacidade de sintetizar giberelinas a partir
de IPP, uma vez que os cloroplastos estejam maduros. O cloreto de mepiquat é um dos
inibidores específicos da primeira etapa da biossíntese de giberelinas, sendo utilizado como
redutor de crescimento. Na segunda etapa, ocorrem as reações de oxidação do GA
12
e GA
53
.
Um grupo metil do ent-caureno é oxidado a ácido carboxílico, seguido pela contração do anel
B de um anel de seis para um de cinco carbonos, resultando em GA12- aldeído, o qual é, então,
oxidado a GA12, a primeira giberelina da rota em todos os vegetais e, portanto, o precursor de
todas as demais giberelinas. As conversões seguintes da GA
12
ocorrem no retículo
endoplasmático (Taiz e Zeiger, 2004). Na terceira etapa, ocorre a formação de outras
giberelinas a partir do GA12 e GA53 no citosol. Todas as etapas subseqüentes da rota são
realizadas por um grupo de dioxigenases no citosol. Essas enzimas necessitam de 2-
9
oxoglutarato e de oxigênio molecular como co-substratos e usam Fe
+2
e ascorbato como co-
fatores (Taiz e Zeiger, 2004).
A redução do alongamento das células após a aplicação do cloreto de
mepiquat também pode resultar na redução do número de ramos vegetativos e reprodutivos,
bem como na diminuição da área foliar (Reddy et al., 1992; York, 1983). Os principais efeitos
do uso de cloreto de mepiquat sobre o algodoeiro são: redução no crescimento das plantas, do
tamanho dos ramos vegetativos e reprodutivos, do número e comprimento dos internódios, do
número de folhas quando da colheita, melhoria na arquitetura, aumento da retenção de frutos
nas primeiras posições dos ramos frutíferos, do peso dos capulhos e de 100 sementes, maior
precocidade de abertura dos frutos, melhoria na eficiência na colheita e na qualidade do
produto colhido (Barbosa e Castro, 1983a; Kerby et al., 1986; Athayde et al., 1988; Pipolo,
1990; Busoli, 1991; McComell et al., 1992; Cothren e Oosterhuis, 1993; Pípolo et al., 1993;
Carvalho et al., 1994; Soares et al., 1995; Thonson, 1995; Soares e Busoli, 1996; Lamas, 1997;
Athayde e Lamas, 1999, Soares, 1999;). Conforme Fernandes et al. (1991), o cloreto de
mepiquat não afeta a produção de biomassa, mas afeta sua partição, inibe o crescimento de
ramos, aumentando o tamanho das raízes secundárias, inibe a expansão dos internódios e
tamanho dos pecíolos.
A redução na altura das plantas de algodão, associada à aplicação de
cloreto de mepiquat, leva também à redução no crescimento das raízes das plantas (Urwiler e
Oosterhuis, 1986).
O cloreto de mepiquat uniformiza e concentra a produção de botões
florais, ocasionando o escape das pragas tardias. Plantas tratadas com cloreto de mepiquat
apresentam menor número de botões florais e maçãs danificadas pelas larvas Heliothis
(Zummo et al., 1984). A modificação da arquitetura das plantas também pode contribuir para
melhorar a eficiência na aplicação dos inseticidas, facilitando, assim, a melhor distribuição dos
produtos, melhorando o controle de insetos-pragas que atacam a planta e os frutos, além de
permitir uma melhor penetração da radiação solar, criando assim um microclima menos
favorável ao desenvolvimento de agentes causais de apodrecimento de frutos (Lamas, 2000).
Fator como precocidade de colheita também foi comprovado por
resultados obtidos com o uso de regulador vegetal à base de cloreto de mepiquat, devido a
maior retenção dos primeiros frutos formados e, consequentemente, menor tempo para fixação
10
de sua carga pendente (York, 1983; Kerby, 1986; Lamas e Staut, 2001), bem como, melhor
penetração da luz, contribuindo para uma abertura mais rápida e uniforme dos frutos (Reddy et
al., 1990).
Analisando três densidades de semeadura (4, 8 e 16 plantas m
-1
)
associadas ao uso de regulador vegetal do algodoeiro na cultivar IAC 18 Cia et al. (1996)
constataram que, na maior densidade de semeadura (16 plantas m
-1
), o porte das plantas foi
maior (>1,40 m) e a produção foi menor, contudo, o regulador promoveu aumento
significativo na produção de algodão em caroço. Já, nas menores densidades de semeadura (4
e 8 plantas m
-1
), as plantas tiveram menor porte (<1,40 m) e não demonstraram diferenças
quanto à produtividade com o uso de regulador vegetal. No entanto, o regulador proporcionou
aumento no número de capulhos localizados na parte inferior da planta (abaixo de 35 cm),
diminuição no número de carimãs e aumento da precocidade das plantas.
O uso de cloreto de mepiquat pode ainda alterar a qualidade do
algodão pelo acréscimo de fibras de maior comprimento e resistência (Yamaoka et al., 1982;
Reddy et al., 1995). Cathey (1983) relatou que as alterações na estrutura da planta devido à
aplicação do regulador, cloreto de mepiquat, resultaram em modificações favoráveis do
microclima da vegetação, reduzindo a incidência da podridão dos frutos e melhorando a
qualidade do algodão produzido.
Em vários municípios do estado de São Paulo, Carvalho et al. (1994)
estudaram os efeitos de diferentes reguladores vegetais e da capação, nas plantas de algodão
cultivar IAC 19. Observaram que os reguladores vegetais promoveram aumento da massa do
capulho e de sementes, não ocorrendo diferenças significativas na resistência, micronaire,
maturidade, uniformidade e comprimento de fibra.
De acordo com resultados obtidos por Ordoñez et al. (2003), as
aplicações de reguladores vegetais são dependentes de vários fatores, dentre eles a época de
aplicação, a dose e o hábito de crescimento dos cultivares.
O momento da primeira aplicação também é decisivo para que se
tenha sucesso com a aplicação de reguladores vegetais (Lamas, 2007) e, segundo a
recomendação da Embrapa (1997), a primeira aplicação deve ser realizada quando o primeiro
botão floral da primeira posição alcançar 3 mm de diâmetro. Em trabalhos desenvolvidos por
Lamas (2001), para uma mesma dose de cloreto de mepiquat, quando houve atraso na primeira
11
aplicação, a altura das plantas por ocasião da colheita, foi semelhante à do tratamento que não
recebeu regulador vegetal.
Pereira et al. (2003) estudaram a ação das doses 50 e 75 g i.a ha
-1
e de
formas de parcelamento do cloreto de mepiquat (1 - 10 DAE; 2 - 10 e 20 DAE; 3 - 10, 20 e 30
DAE; 4 - 10, 20, 30 e 40 DAE) nas características tecnológicas da fibra de algodoeiro
herbáceo, cultivar CNPA 97-2865, e concluíram que as doses de cloreto de mepiquat testadas
não influenciaram as características da fibra da linhagem de algodoeiro herbáceo estudada; o
parcelamento do cloreto de mepiquat até os 40 DAE influenciou positivamente apenas na
uniformidade da fibra.
A redução na altura da planta de algodão é diretamente proporcional à
dose aplicada, portanto quanto maior a dose do produto, menor o porte da planta (Suet et al.,
2003). Azevedo et al. (2001) utilizaram cloreto de mepiquat nas doses 0; 50; 75 e 100 g de i.a.
ha
-1
em algodoeiro, cultivar CNPA 7H, cultivado com diferentes densidades de semeadura e
obtiveram resultados que mostraram um decréscimo linear (0,2067 cm/g de i.a.) no que tange
a altura das plantas, com o aumento da dose de cloreto de mepiquat.
Cruz et al. (1982), trabalhando com doses de Cloreto de Mepiquat,
concluíram que o produto provocou redução na altura do algodoeiro, no comprimento dos
ramos laterais e no número de folhas por ocasião da colheita e que não houve prejuízo das
características tecnológicas da fibra, assim como do poder germinativo das sementes, além de
proporcionar redução do número de maçãs estragadas. A altura das plantas na colheita não
diferiu entre as doses estudadas (25, 50, 75 e 100 i.a. ha
-1
), diferindo apenas da testemunha.
As modificações provocadas pelo cloreto de mepiquat nas plantas de
algodão alteram alguns processos vitais nas mesmas como fotossíntese, transpiração, dentre
outras. Estudando o efeito do cloreto de mepiquat na economia de carbono e água, Fernandez
et al. (1992), concluíram que as plantas tratadas com o produto conservaram mais água, em
função da redução da expansão da área foliar. Os autores verificaram também que as plantas
tratadas, quando em condição de estresse hídrico, não tiveram a eficiência de redução do
carbono afetada. Em contrapartida, ao avaliar a fotossíntese e translocação de carboidratos em
plantas de algodão submetidas ao déficit hídrico, após a aplicação de cloreto de mepiquat, no
início do florescimento, Marur (1998) observou que sob condições de estresse, as plantas
12
tratadas apresentaram valores significativamente maiores de teor de clorofila e de assimilação
de carbono.
Stuart et al. (1984) estudando as modificações que o cloreto de
mepiquat provoca no algodoeiro e utilizando 50 g ha
-1
, aplicado quando do surgimento das
primeiras flores, observaram aumento no potencial de água das folhas, da pressão de turgor e
redução do tamanho das folhas. Com relação à produção de fibras, não houve efeito
significativo. Não foi observada redução no número de capulhos por planta, embora a redução
na altura das plantas tenha sido significativa. Segundo os autores, a aplicação de cloreto de
mepiquat alterou a relação entre quantidade de CO2 assimilado e a quantidade de água
transpirada, o que contribuiu para melhorar a eficiência fotossintética do algodoeiro.
O cloreto de mepiquat influenciou o crescimento, a fotossíntese e a
respiração (Hodges et al., 1991). A fotossíntese parece ter maior eficiência em função da
redução da fotorrespiração em plantas tratadas com o produto. No entanto, a resposta é
altamente dependente da temperatura. De acordo com Hodges et al. (1991), o efeito do
produto sobre a fotossíntese se manifesta 48 horas após a aplicação, persistindo por
aproximadamente três semanas.
Cothren (1979) demonstrou que plantas de algodão tratadas com
cloreto de mepiquat apresentam folhas mais espessas com maior quantidade de clorofila,
portanto, com maior potencial fotossintético. Gausman et al. (1979) observaram que
aplicações de diferentes concentrações de cloreto de mepiquat, quando as plantas
apresentavam sete folhas, acarretaram aumentos na espessura das mesmas, redução da área
foliar, células paliçádicas mais alongadas e maior número de células do parênquima lacunoso.
Observaram ainda que a concentração de clorofila (mg cm
-2
) aumentou, enquanto a relação
clorofila a/b, diminuiu. Tais resultados indicam possível mudança nas relações de energia no
interior das folhas, influenciando a eficiência fotossintética.
No Arkansas, Oosterhuis et al. (1998) avaliaram os efeitos de cloreto
de mepiquat sobre a fisiologia e produção da cultivar de algodão DPL 20 e observaram que
sua aplicação aumentou a condutância estomática nas folhas e a taxa fotossintética quida,
houve redução da altura das plantas, aumento do peso médio de maçãs e nenhum efeito do
regulador vegetal foi notado sobre o número de nós no caule.
13
Cia et al. (1984), estudando o efeito do cloreto de mepiquat na cultura
do algodoeiro, nas doses de 50g ha
-1
, aplicada de uma vez aos 60-70 dias de idade das
plantas ou, parceladamente, 30g ha
-1
nessa época e 20g ha
-1
15 dias após; e, de 75g ha
-1
aplicada parceladamente, 50g ha
-1
e 25g ha
-1
, da mesma forma anterior, notou que o produto
promoveu redução da altura das plantas, da ordem de 25%. Reflexos positivos na produção
foram observados nos experimentos com grande desenvolvimento das plantas (acima de 130
cm de altura). Nesses casos, as melhores produções foram obtidas com o tratamento 30 + 20g
ha
-1
de cloreto de mepiquat. Em média, a produção no baixeiro das plantas (até 35cm de
altura), foi, nas parcelas tratadas, 16% maior do que na testemunha. Os produtos provocaram
aumento no peso dos capulhos e das sementes.
Azevedo et al. (2004), objetivando investigar o efeito do parcelamento
do cloreto de mepiquat no algodoeiro anual, testaram a dose de 75g ha
-1
nos parcelamentos:
dose única (50 DAE), duas aplicações (30 e 60 DAE), três aplicações (30, 45 e 60 DAE),
quatro aplicações (30, 45, 60 e 75 DAE) e cinco aplicações (30, 40, 50, 60 e 70 DAE).
Concluíram que o produto reduziu o porte das plantas de algodão (altura e o diâmetro
caulinar), mas o parcelamento não influenciou na intensidade de redução da altura nem nos
componentes da produção, produtividade e características da fibra.
Lamas (2001), comparando os efeitos de cloreto de mepiquat e cloreto
de chlormequat isolados e combinados no algodoeiro, observou que a altura das plantas com a
aplicação parcelada foi 24% menor em relação à testemunha, independentemente do produto
estudado e o peso do capulho foi maior com a aplicação de regulador. Não houve efeito dos
reguladores na porcentagem de fibras; a maior produtividade foi obtida com aplicações
parceladas de cloreto de mepiquat em três e duas vezes.
A taxa de crescimento em altura depende da concentração do
regulador na planta. Souza (2004) verificou que a redução era linear e determinou que a cada
17,58 µg g
-1
de cloreto de mepiquat o crescimento era reduzido em 0,1 cm GD
-1
. Também
Reddy et al. (1996) encontraram relação linear, com coeficiente angular de -58,0 significando
que a cada 0,01 mg g
-1
de aumento na concentração de cloreto de mepiquat, havia um aumento
na redução de 0,58 cm dia
-1
na taxa de crescimento.
Para que haja redução na altura da planta de modo desejado, é
necessária determinada concentração do produto na planta. Com relação à definição de doses a
14
serem aplicadas, Landivar (s/d) estudou o efeito de diferentes concentrações do produto nas
plantas de algodão em função do crescimento das plantas e estimou a quantidade de regulador
à base de cloreto de mepiquat necessária para ajustar a taxa de alongamento do ramo principal
a um nível desejado. Seus estudos mostraram que mantendo-se a concentração deste regulador
na planta em torno de 0,1 a 0,12 ppm, ocorreu regulação adequada do crescimento vegetativo
e que conforme a planta cresce, a concentração de cloreto de mepiquat diminui devido à
chamada “biodiluição”. Conforme a concentração diminui, o crescimento das plantas aumenta.
Sua pesquisa indicou que o efeito do cloreto de mepiquat na taxa de alongamento das plantas
diminui linearmente, conforme a concentração diminui de 0,05 para 0 ppm.
Conseqüentemente, se a concentração cai abaixo de 0,05 ppm, aplicações adicionais de cloreto
de mepiquat podem ser necessárias para manter a redução na taxa de alongamento das plantas.
Landivar (s/d) obteve ainda, um gráfico onde relacionou a concentração de regulador à base de
cloreto de mepiquat e a porcentagem de redução na altura das plantas e observou que com o
aumento da concentração de cloreto de mepiquat, maior foi a redução na altura das plantas.
Rios & Martinez (1983) avaliaram diferentes épocas de aplicação a
partir do aparecimento das primeiras flores, concluindo que quando a aplicação é realizada
antes do início do florescimento, a resistência da fibra pode ser influenciada negativamente. A
utilização de biorreguladores deve ser efetuada através de um programa de aplicação de doses
baixas e múltiplas, iniciando na fase de primeiro botão floral em desenvolvimento. A primeira
aplicação deve ser realizada quando o primeiro botão floral da primeira posição tiver três
milímetros de diâmetro (tamanho de uma cabeça de fósforo). Isso ocorre de seis a dez dias
(dependendo da variedade e região), após o início da formação do botão floral. Quando 50%
das plantas tiverem atingido este estágio deve-se efetuar a aplicação de 250 ml ha
-1
do produto
comercial.
Atualmente, há a disponibilidade de cultivares de ciclo precoce e
médio e tardio de diferentes arquiteturas e conformações, exigindo diferentes necessidades de
manejo com o regulador vegetal (Ornellas et al., 2001).
Santos et al. (1988) compararam os efeitos de reguladores vegetais em
cultivares de algodoeiro de diferentes portes e ciclos (IAC 19 e IAC 20) e notaram que o
produto provocou redução significativa no porte das plantas, comparado à testemunha, com
maior efeito na cultivar de maior porte, IAC 19.
15
Ferreira (2005) utilizou das doses 0; 50; 75 e 100 g i.a. ha
-1
de cloreto
de mepiquat em cinco cultivares de algodoeiro (BRS Araçá, BRS Cedro, DeltaPenta,
Fibermax 966 e BRS Buriti) e uma linhagem CNPA GO 2003-AR
+
. Observou que a altura das
plantas decresceu linearmente com o aumento da dose e, ainda, que a dose adequada de
regulador é função do genótipo. Bolonhezi e Freitas (2001) observaram interação entre
cultivares e regulador vegetal. As cultivares IAC 22, Coodetec 404 e IAC 97-86, apresentaram
maiores médias de altura das plantas e diferiram significativamente das variedades Saturno,
Deltaopal, ITA 90 e IAC 20RR, que foram mais baixas.
Fortuna (1999) notou que diferentes doses de cloreto de mepiquat
tiveram variação significativa entre as cultivares, IAC 22, CNPA ITA 96, COODETEC
401, IAPAR PR 9471, DELTAPINE ACALA 90, EPAMIG PRECOCE 1 e CS 50. Com
relação à produtividade as cultivares COODETEC 401, IAC 22 e CS 50 destacaram-se
com maior produtividade. Já Heithold et al. (1996), ao avaliarem o efeito do cloreto de
mepiquat aplicado de forma parcelada (25,0 + 25,0 + 25,0 g ha
-1
) em 12 cultivares de
algodoeiro herbáceo, concluíram que o efeito do cloreto de mepiquat foi significativo (P <
0,05), independente da cultivar.
Cathey e Meredith Jr. (1988) aplicaram 49 g i.a.ha
-1
de cloreto de
mepiquat sobre cinco cultivares de algodoeiro semeadas em diferentes épocas, com população
de 100.000 plantas ha
-1
e verificaram que a interação cultivar x cloreto de mepiquat foi
significativa. Assim, em alguns cultivares, o cloreto de mepiquat provocou efeito negativo
sobre a produtividade e em outras, positivo. Ainda, nas semeaduras realizadas mais
tardiamente, verificou-se maior percentual de redução da altura das plantas.
York (1983) estudou o efeito do cloreto de mepiquat em quatorze
cultivares de algodoeiro e constatou que o regulador vegetal reduziu a altura das plantas e
aumentou o peso das maçãs e das sementes.
Para comparar a resposta de duas cultivares de ciclo precoce
(Stoneville 132 e Stoneville 453) e uma de ciclo tardio (Stoneville LA 887) ao cloreto de
mepiquat, Gwathmey e Craig Jr. (2003) conduziram experimentos durante três anos no
Tennessee (USA) e observaram que o cloreto de mepiquat acelerou significativamente o
processo de florescimento em todas as cultivares, com efeito mais evidente na cultivar tardia e
que antecipou em oito dias o florescimento, comparando com as plantas não tratadas. A altura
16
das plantas foi reduzida e a porcentagem de capulhos aumentou em todos os tratamentos,
enquanto a porcentagem de fibra não sofreu efeitos do regulador vegetal.
17
5. MATERIAL E MÉTODOS
O presente experimento foi instalado em casa de vegetação no
Departamento de Produção Vegetal, Setor Agricultura, na Fazenda Experimental Lageado, da
Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP, Campus de Botucatu, entre os meses de janeiro
e abril de 2007.
Coletou-se uma porção de solo classificado como Latossolo Vermelho
distroférrico de textura média (Embrapa, 1999), proveniente da camada arável de uma área da
Fazenda Experimental Lageado, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas, Campus
de Botucatu/SP. O solo foi seco ao ar e peneirado em malha de 4 mm. Depois de
homogeneizado, foi separada uma amostra do mesmo para as análises químicas (Raij et al.,
2001) e as características químicas são descritas na Tabela 1.
Ao solo coletado foi aplicado calcário dolomítico (CaO: 28%, MgO:
20% e PRNT: 91%) para elevar a saturação por bases a 60% (Raij et al., 1996) e umedecido à
capacidade de campo, sendo incubado sob lona plástica por 20 dias. Após esse período, o solo
recebeu adubação de base: 150 ppm de fósforo (Fosfato super triplo), 150 ppm de potássio
(Cloreto de potássio), 50 ppm de Nitrogênio (Uréia), 2 ppm de Zinco (Sulfato de zinco) e
2 ppm de B (Ácido bórico).
Para a semeadura, as sementes foram tratadas com fungicida Carboxin
e Thiram (500 mL 100 kg
-1
de sementes do produto comercial Vitavax Thiram 200 SC,
Uniroyal Química) e, posteriormente, colocadas para serem pré-germinadas, por 36 horas. As
18
sementes, pré-germinadas, foram transferidas em número de seis, para cada vaso. A
emergência se deu 4 dias após a semeadura e passados 5 dias desta data, foi realizado desbaste
para 2 plantas por vaso.
Tabela 1. Análise química do solo utilizado. Botucatu – SP. 2002
pH M.O P
resina
H+Al Ca Mg K SB CTC V
CaCl
2
g/Kg mg/dm
3
.................................. mmol
c
/dm
3
.....................................
(%)
4,3 15,9 0,1 70,4 3,0 0,5 1,0 4,5 74,9 6,0
Foram utilizados vasos com capacidade para 12 L de solo para o
cultivo do algodão. O teor de água nos vasos foi corrigido diariamente aplicando 250ml de
água por vaso até 14 DAE, aumentando para 500ml até 34DAE e 750ml desta data até o final
do experimento. Por ocasião do desbaste, foi realizada a primeira aplicação de solução
nutritiva (Hoagland e Arnon, 1950), diluída em 50%. A partir desta, foi aplicada
semanalmente a solução completa (Tabela 2), durante toda a condução do experimento. O uso
de solução nutritiva é necessário para evitar, pelo menos parcialmente, o efeito vaso no
crescimento das plantas.
A casa de vegetação possui um sistema de ventilação acionado
automaticamente por sensor elétrico quando a temperatura em seu interior chega a 30 °C e
aquecedores que são acionados a temperaturas inferiores a 15°C. A temperatura foi
monitorada através de termo-higrógrafo, de modo a se obter dados para expressar os
resultados de crescimento das plantas em função dos Graus-Dia acumulados.
Os tratos culturais constaram do controle de plantas daninhas, feito
manualmente, aplicação de inseticida para o controle de pulgão (Aphis sp.), tripes
(Frankliniella sp) e mosca branca (Bemisia sp.), aos 25 e 48 DAE.
19
Tabela 2. Constituição da solução nutritiva utilizada para as regas semanais do experimento.
(Hoagland & Arnon, 1950).
Composto Solução Estoque Solução Nutritiva
-------------g L
-1
------------
--------------ml L
-1
------------
Macronutrientes
NH
4
H
2
PO
4
115,00 1,0
KNO
3
101,10 6,0
Ca(NO
3
)
2
236,16 4,0
MgSO
4
.7H
2
O 246,50 2,0
Micronutrientes
H
3
BO
3
2,86
MnCl
2
.4H
2
O 1,81 1,0
ZnSO
4
.7H
2
O 0,22 1,0
CuSO
4
.5H
2
O 0,08 1,0
H
2
MoO
4
.H
2
O 0,02 1,0
Solução Fe
EDTA 26,10 1,0
FeSO
4
.7H
2
O 24,90 1,0
NaOH 40,0 1,0
Foram utilizadas seis cultivares de algodoeiro de diferentes
características de ciclo e arquitetura (Tabela 3).
Tabela 3. Características de ciclo, arquitetura e porte de crescimento das seis cultivares de
algodoeiro utilizadas no experimento.
Cultivares
Ciclo
Arquitetura
Porte
Fibermax 966 (FMX 966) precoce/médio moderna médio/baixo
Fibermax 977 (FMX 977) tardio moderna médio/alto
DeltaPenta médio/tardio arredondada alto
DeltaOpal médio/tardio cônica alto
FMT 501 precoce/médio moderna médio/alto
FMT 701 médio/tardio moderna alto
20
Doses de regulador a base de cloreto de mepiquat (PIX
®
- 5% do i.a.)
correspondentes a 0,0 (Testemunha); 7,5; 15,0 e 22,5 g ha
–1
do princípio ativo foram aplicadas
às plantas, sem adjuvante, no estádio de aparecimento dos botões florais (Reddy et al., 1990),
o que ocorreu aos 34 dias após a emergência.
O cloreto de mepiquat, cloreto 1,1-dimetil piperidíneo, é um composto
orgânico, pertencente ao grupo químico dos amônios quaternários, solúvel em água, com
LD50 de 1605 mg/kg de peso vivo. Apresenta forma molecular: C
7
H
16
NCL, com peso
molecular de 149,66 e temperatura de fusão de 223 °C, de pouca toxidade, não causando
mutações, aberrações ou câncer sob condições experimentais (Jiangsu, 2008).
Para realizar aplicação do regulador, foi utilizado o equipamento de
pulverização e simulação de chuva que encontra-se instalado em uma sala fechada do
laboratório de tecnologia de aplicação/UNESP – FCA Campus de Botucatu SP e constitui-
se de uma estrutura metálica, com três metros de altura por dois metros de largura, que permite
o acoplamento de um carrinho suspenso a 2,5 metros de altura. A esse carrinho, encontram-se
acopladas duas barras de pulverização, uma responsável pelo sistema de simulação de chuva
(não utilizada neste experimento) e a outra, pelo sistema de pulverização do regulador e
defensivos agrícolas, as quais deslocam-se por uma área útil de 6 metros quadrados no sentido
do comprimento do equipamento.
A organização das unidades experimentais ao longo do percurso das
barras do simulador foi feita utilizando espaçamento de 0,90 m, simulando uma população de
90.000 plantas por hectare. A barra de pulverização foi dotada com 6 pontas de pulverização
JA-2 (Jacto - Cone Vazio) e posicionados a 0,5 m do dossel das plantas. Foi utilizado o
volume de aplicação de 150 L ha
-1
de calda. Antes da aplicação do regulador vegetal, mediu-se
a altura de todas as plantas (colo até o último nó vegetativo).
Após a aplicação dos tratamentos às plantas, foram realizadas
medições de altura em intervalos de 3 dias durante 30 dias, quando as plantas foram colhidas.
Na colheita do experimento foram avaliados o número de ramos
reprodutivos, número de estruturas reprodutivas (coleta das estruturas presentes nas plantas e
contagem das estruturas perdidas), área foliar e contagem do número de internódios. Pela
razão entre a altura final das plantas e o número de internódios obteve-se o comprimento
21
médio de internódios. Feitas as avaliações, as plantas foram secas em estufa de circulação
forçada de ar a 60 ºC, para obtenção da massa de matéria seca.
Durante o período de condução do ensaio, foram registradas as
temperaturas máxima (Tmáx) e temperaturas mínima (Tmin) do ar dentro da casa de
vegetação para o cálculo dos graus-dia acumulados. A temperatura média calculada no
experimento no período posterior a aplicação do regulador até a colheita foi de 28,3° C. Com
as médias de altura das plantas determinou-se o crescimento em função dos graus-dia
acumulados (GD).
No cálculo de GD, foi considerada a temperatura base (TB) de 15 °C,
utilizando-se a equação: GD = (Tmáx + Tmin/2) – TB (Oosterhuis, 1992).
Paralelamente ao experimento, foi efetuado um estudo de retenção do
regulador pelas folhas do algodoeiro. Foi utilizada a metodologia descrita por Palladini (2000).
Foram cultivadas, junto com o experimento, 4 repetições adicionais para cada cultivar. Por
ocasião da aplicação dos tratamentos, em 8 plantas de cada cultivar, foi aplicada uma calda
contendo o corante azul FDC 1 (Blue Brilhant), na concentração de 3000 mg L
-1
. As folhas
provenientes destas plantas foram coletadas e lavadas em 300 ml de água destilada. Foi
medida a massa de matéria seca de tais plantas, bem como a área foliar e altura. A água
proveniente da lavagem dessa folhas foi coletada e feita a leitura de absorbância em
espectrofotômetro, sendo possível assim, estimar a quantidade de produto presente na água de
lavagem e, por conseqüência, a quantidade retida nas folhas das plantas por ocasião da
aplicação. Relacionando-se a quantidade de produto retirada por unidade de área foliar com a
área foliar e a massa de matéria seca por ocasião da aplicação do produto, foi estimada a
concentração do produto na planta, assumindo-se que todo o produto tenha sido absorvido. Os
valores das áreas foliares foram fornecidos em cm
2
(Reddy et al. 1996).
Em seguida, de posse da concentração do produto depositado na
planta, mais as taxas de crescimento, foi possível se estabelecer uma relação entre a taxa de
crescimento de cada cultivar, com as concentrações do produto.
As medidas de taxa de assimilação líquida de CO
2
nas folhas de
algodão foram realizadas utilizando-se um medidor portátil de fotossíntese, com sistema
aberto, IRGA 6400 da LI-COR. A primeira medida se deu momentos antes da aplicação dos
22
tratamentos com regulador (34DAE). A segunda medição foi realizada 15 dias após a
aplicação do regulador (49DAE).
O delineamento estatístico foi em blocos casualizados com 4
repetições num esquema fatorial com 4 doses e 6 cultivares. As médias foram comparadas
utilizando o teste LSD (ou DMS) (P<0,05). Para o estudo da resposta em altura foi usada
análise de regressão, escolhendo-se a curva com melhor ajuste e significado biológico.
23
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1. Estruturas reprodutivas
Não foram observadas diferenças significativas no número de
estruturas reprodutivas produzidas (Tabela 4). Sabe-se que dentre os principais efeitos do
cloreto de mepiquat está a redução do crescimento das plantas e no número e comprimento dos
ramos reprodutivos (Kerby et al., 1986; Athayde et al., 1988; McComell et al., 1992; Cothren
& Oosterhuis, 1993). Assim, era esperado um efeito do produto sobre as estruturas
reprodutivas, haja vista que o regulador vegetal ocasiona mudanças na arquitetura da planta,
que levariam à diminuição no número de posições florais produzidas e, consequentemente, o
número de estruturas reprodutivas seria menor. Nas condições que o experimento foi
conduzido, a não ocorrência de efeitos da dose de cloreto de mepiquat é de difícil explicação.
Ainda, cabe lembrar que os valores apresentados representam a soma da contagem dos botões,
flores e maçãs, de modo que estes não representam produção fixada.
Dentre as cultivares, não verificou-se diferença entre o número de
estruturas reprodutivas abortadas (Tabela 4). O que ocorreu, de um modo geral, foi que com o
uso de regulador, o número de estruturas reprodutivas abortadas foi menor, concordando com
Hodges et al. (1991) e Reddy et al. (1992). Como as avaliações foram feitas sobre as primeiras
estruturas a se formarem, esta informação reforça o resultado de que o uso de cloreto de
mepiquat melhora a eficiência de estabelecimento dos frutos das primeiras posições e das
24
partes mais baixas da planta (Cothren e Oostehuis, 1993; McCarty Jr. e Hedin, 1994; Lamas,
2000), aumentando a precocidade de colheita (Barbosa e Castro, 1983b).
Tabela 4. Número de Estruturas Reprodutivas e Número de Estruturas Reprodutivas
Abortadas (Botões florais, flores e maçãs) em diferentes cultivares de algodoeiro,
aos 64 DAE, em função da aplicação de doses de cloreto de mepiquat.
CULTIVAR
DOSE
FMT 501 FMT 701 FMX 966 FMX 977 D. Opal D. Penta
Número de estruturas reprodutivas
g de i.a. ha
-1
------------------------ Estruturas reprodutivas . planta
-1
--------------------------
0,0 15,9 15,3 13,8 12,9 15,0 15,3
7,5 15,3 13,8 12,8 15,3 14,6 13,9
15,0 14,0 14,0 10,8 13,9 13,6 13,9
22,5 13,3 13,1 12,8 13,3 13,9 12,1
DMS 3,2
Número de estruturas reprodutivas abortadas
g de i.a. ha
-1
------------------------------- Nº de aborto . planta
-1
--------------------------------
0,0 2,0 1,9 1,8 1,9 2,0 2,1
7,5 1,0 1,3 1,0 1,1 1,7 1,5
15,0 1,3 1,3 1,3 0,6 1,1 1,1
22,5 1,6 1,3 1,3 1,1 1,0 1,3
DMS 0,7*
* Significativo(P< 0,05)
6.2. Área foliar e Massa de matéria seca
Em relação a área foliar, verificou-se, com exceção das cultivares FMT
701 e DeltaPenta, redução significativa da área foliar com aplicação de cloreto de mepiquat
(Tabela 5). As cultivares FMT 501 e DeltaOpal foram as mais afetadas quando receberam
aplicação de regulador na maior dose (22,5 g de i.a. ha
-1
), seguida pela cultivar FMX 966.
York (1983), Reddy et al. (1990), McCarty Jr. e Hedin (1994) também observaram redução da
área foliar do algodoeiro com aplicação de cloreto de mepiquat, bem como um menor índice
de área foliar. Os resultados obtidos neste trabalho corroboram com os observados por
Barbosa e Castro (1983a) que verificaram que cloreto de mepiquat nas doses de 84, 167 e 250
25
mg L
-1
causou redução da área foliar, peso de matéria seca, taxa de produção de matéria seca e
índice de área foliar. Fernandez et al. (1992) relataram ainda que, plantas tratadas com o
mesmo produto, conservaram mais água em função da menor expansão foliar.
De acordo com Lamas (2007), o cloreto de mepiquat reduz a
concentração de ácido giberélico das plantas de algodão pela inibição de sua síntese. Como
este hormônio é responsável pela divisão e expansão celular (Taiz e Zeiger, 2004), o bloqueio
ou diminuição de sua síntese causa redução no crescimento das plantas (Tabela 6), levando
também à diminuição na expansão das folhas, proporcionando folhas menores,
conseqüentemente, redução da área foliar das plantas.
Tabela 5. Área foliar e Massa de matéria seca total de diferentes cultivares de algodoeiro, aos
64 DAE, em função da aplicação de doses de cloreto de mepiquat.
CULTIVAR
DOSE
FMT 501 FMT 701 FMX 966 FMX 977 D. Opal D. Penta
Área foliar
g de i.a. ha
-1
------------------------------------- cm
2
. planta
-1
-------------------------------------
0,0 3264,5 3459,5 3249,3 3485,0 3734,2 3184,3
7,5 2486,5 3220,6 2787,0 2872,8 3053,8 3055,9
15,0 2589,2 3102,9 2454,2 2761,8 2807,2 2844,2
22,5 2379,5 3044,4 2692,1 3011,1 2865,9 2909,4
DMS 505,5*
Massa de matéria seca
g de i.a. ha
-1
-------------------------------------- g . planta
-1
---------------------------------------
0,0 45,4 42,2 37,5 46,4 42,5 40,8
7,5 33,9 36,3 35,1 35,9 38,0 38,3
15,0 30,8 36,8 23,5 31,6 32,4 32,0
22,5 26,7 27,3 28,1 31,3 30,1 33,8
DMS 9,1*
* Significativo(P< 0,05)
As massas de matéria seca entre as cultivares não diferiram
significativamente, porém, observa-se que as doses de cloreto de mepiquat afetaram a
produção de matéria seca (Tabela 5).
26
O cloreto de mepiquat é conhecido por reduzir a altura de plantas de
algodão, o número e tamanho dos ramos laterais, bem como a área foliar, mantendo-as mais
compactas (York, 1983; Reddy et al., 1992). Também Meredith Jr. e Wells (1989), Fernandez
et al. (1991) e Cothren e Oosterhuis (1993) mencionaram que o cloreto de mepiquat altera a
partição da biomassa, inibindo o crescimento de determinadas partes e estimulando outras e
que a combinação desses efeitos confere maior eficiência às plantas, inclusive maior tolerância
ao estresse hídrico.
No entanto, no presente experimento, no tratamento com a aplicação
da maior dose (22,5 g de i.a. ha
-1
), pode-se notar que, em todas as cultivares, a produção de
massa de matéria seca foi bastante prejudicada e estes resultados são parecidos com os obtidos
para a área foliar (Tabela 5) e também para a altura final das plantas (Tabela 6). Isto pode
indicar que no estádio (aparecimento dos botões florais) e tamanho que as plantas
apresentavam no momento da aplicação, a dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
tenha sido excessiva.
6.3. Altura das plantas, Número de intenódios e Simpódios e o comprimento
médio de internódios
Todas as cultivares tiveram a altura final diminuída com a aplicação de
cloreto de mepiquat e, como pode ser visualizado na Tabela 6, este efeito se intensificou com o
aumento da quantidade de cloreto de mepiquat aplicada. Nas doses de 7,5; 15,0 e 22,5 g de i.a.
ha
-1
de regulador vegetal, a cultivar FMX 966 apresentou altura final significativamente menor
que as outras, com exceção da DeltaPenta, contudo, deve-se lembrar que aquela é uma cultivar
de porte baixo, ou seja, mesmo no tratamento controle (testemunha), quando não se aplicou
regulador, ela apresentava altura significativamente menor que as cultivares FMT 501,
DeltaOpal e DeltaPenta.
As cultivares DeltaPenta e FMT 501, que no tratamento controle
apresentaram alto crescimento, tiveram sua altura final bastante diminuída com uso de
regulador, apresentando grande efeito de redução. a DeltaOpal, que é uma cultivar de porte
alto, foi a que apresentou os maiores valores de crescimento, tanto no tratamento sem
27
aplicação de regulador, assim como em todas as doses de cloreto de mepiquat utilizadas,
apresentando na dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
, a maior altura final.
Comparando o crescimento das plantas entre os tratamentos
testemunha e dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
com cloreto de mepiquat, a cultivar DeltaPenta foi a
mais responsiva, apresentando redução em sua altura final de 31,7%, seguida das cultivares
FMX 966, FMT 501, FMT 701, FMX 977 e DeltaOpal, com redução de 30,5%, 28,8%, 23,2%,
19,0% e 16,2%, respectivamente.
Quanto ao número de internódios, também ocorreram diferenças
significativas entre as cultivares, sendo que a cultivar FMX 966 apresentou quantidades
significativamente menores de internódios que a cultivar DeltaOpal, em todas as doses de
regulador (Tabela 6). As cultivares FMT 501 e 701 foram as mais afetadas com a utilização de
cloreto de mepiquat, pois o número de internódios foi bastante reduzido. Cabe lembrar que na
planta de algodão desenvolvem-se ramos vegetativos ou reprodutivos em cada da haste
principal, onde normalmente a partir do quinto e sexto, partindo do cotiledonar, se
desenvolvem somente ramos reprodutivos (Rosolem, 2007), assim, o mero de nós do eixo
principal é de grande importância para a produtividade do algodoeiro (Mauney, 1986).
Em relação ao número de ramos reprodutivos, observou-se diferenças
significativas somente entre as cultivares no tratamento sem regulador, pois a FMX 966
apresentou menor quantidade de simpódios que as demais (Tabela 6).
O cloreto de mepiquat é conhecido por conter o desenvolvimento
excessivo do algodoeiro através do decréscimo na sua altura, no número de ramos e nós nos
ramos, no comprimento dos ramos, e na área foliar, e isto foi observado por Reddy et al.
(1992) e York (1983). No presente experimento, quando se aplicou cloreto de mepiquat
também foi observada a diminuição no número de ramos reprodutivos, concordando com
Reddy et al. (1996), Soares (1999) e Souza (2004).
Observou-se que o uso do cloreto de mepiquat diminuiu o
comprimento dos internódios, sendo a cultivar FMX 966, a qual apresentou o menor valor de
comprimento, 5,3 cm, na dose 22,5 g de i.a. ha
-1
, seguida das cultivares Deltapenta, FMT701,
FMX977, FMT511 e DeltaOpal (Tabela 6). McCarty Jr. e Hedin (1994) também observaram
que a aplicação de cloreto de mepiquat no algodoeiro reduziu a altura das plantas, motivada
pelo encurtamento dos internódios, resultando em plantas mais compactas, com as maçãs
28
localizadas nos ramos mais baixos, apresentando índice de área foliar menor e, também,
encurtamento do ciclo.
Tabela 6. Altura final, número de intenódios, comprimento médio de internódios e número de
ramos reprodutivos (Simpodiais) em diferentes cultivares de algodoeiro, aos 64
DAE, em função da aplicação de doses de cloreto de mepiquat.
CULTIVAR
DOSE
FMT 501 FMT 701 FMX 966 FMX 977 D. Opal D. Penta
Altura final
g de i.a. ha
-1
------------------------------------- cm . planta
-1
--------------------------------------
0,0 109,6 104,0 95,2 105,0 111,0 108,0
7,5 88,3 93,2 78,2 90,3 96,8 85,4
15,0 84,5 85,2 74,2 87,7 89,6 83,7
22,5 78,0 79,9 66,2 85,0 93,0 73,8
DMS 10,0*
Número de intenódios
g de i.a. ha
-1
----------------------------- Nº de internódios . planta
-1
-----------------------------
0,0 14,5 15,1 13,4 14,5 14,9 13,6
7,5 12,9 13,9 12,9 13,9 14,4 13,3
15,0 13,3 13,6 12,8 13,6 14,0 12,6
22,5 12,5 13,3 12,6 13,5 13,9 12,6
DMS 1,0*
Número de ramos reprodutivos
g de i.a. ha
-1
-------------------------- Ramos reprodutivos . planta
-1
----------------------------
0,0 12,0 12,0 10,6 11,8 11,8 11,1
7,5 10,4 11,1 10,5 11,3 11,3 10,8
15,0 10,8 11,0 10,0 11,0 11,4 10,0
22,5 10,1 10,6 9,6 11,3 10,2 9,5
DMS 1,0*
Comprimento médio de internódios
g de i.a. ha
-1
---------------------------------- cm . internódio
-1
------------------------------------
0,0 7,6 6,9 7,1 7,3 7,5 7,9
7,5 6,8 6,7 6,1 6,5 6,7 6,5
15,0 6,4 6,3 6,1 6,4 6,4 6,6
22,5 6,3 6,0 5,3 6,3 6,7 5,9
DMS 0,7*
* Significativo(P< 0,05)
29
Observa-se nas Figuras 1 a 4 que, de maneira geral, as cultivares
cresceram mais quando não se aplicou cloreto de mepiquat e o crescimento entre as cultivares,
após a aplicação de cloreto de mepiquat, em função dos graus-dia acumulados, foi
significativamente diferente apenas nas doses 7,5 e 22,5 g de i.a. ha
-1
. Ainda, a aplicação da
dose 22,5 g de i.a. ha
-1
, proporcionou diferenças mais expressivas de crescimento entre as
cultivares, do que a dose 7,5 g de i.a. ha
-1
.
O crescimento das plantas em altura, em todos os tratamentos ajustou-
se melhor e apresentou o melhor significado biológico, no modelo de equação polinomial
quadrática, obtendo-se coeficientes de determinação de 0,99 (Tabelas 6 a 9).
No tratamento testemunha não houve diferença significativa de
crescimento entre as cultivares (Figura 1).
Com a dose 7,5 g de i.a. ha
-1
, as diferenças de crescimento são claras
(Figura 2). A cultivar DeltaOpal mostrou o maior crescimento, seguido da cultivar FMT 701.
Os crescimentos das cultivares FMX 966 e DeltaPenta são muito similares, apresentando as
menores alturas nas últimas avaliações, sendo significativamente diferente das cultivares
DeltaOpal e FMT 701.
No caso da dose 15,0 g de i.a. ha
-1
, o comportamento mudou, não
existindo diferenças significativas no crescimento em altura, entre as cultivares (Figura 3),
porém, mesmo que os crescimentos não sejam diferentes significativamente, a cultivar
DeltaPenta apresentou, em valores absolutos, crescimento menor. Esperava-se que nesta dose
(15,0 g de i.a. ha
-1
), as plantas apresentassem menor crescimento do que as plantas tratadas
com 7,5 g de i.a. ha
-1
e exibissem também diferenças significativas de crescimento entre as
cultivares, haja vista que, a redução da altura das plantas é proporcional à dose aplicada
(Azevedo et al., 2000; Lamas, 2001) e a resposta de redução é variável entre as cultivares
(York, 1983; Cathey e Meredith Jr., 1988; Santos et al., 1988; Ferreira, 2005).
Na dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
, o crescimento em altura foi menor em
relação às doses anteriores e as diferenças entre as cultivares são visíveis (Figura 4). Nesta
dose, observa-se claramente crescimento significativamente maior da cultivar DeltaOpal. As
cultivares DeltaPenta e FMT 501 se equivaleram quanto ao crescimento para esta dose (22,5 g
de i.a. ha
-1
), sendo que ambas apresentam, no final do experimento, grande redução no
crescimento. A FMX 966 exibiu o menor crescimento após a aplicação de cloreto de mepiquat.
30
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Graus Dia Acumulados (ºC)
Crescim ento após apicação (cm )
Delt Opal
FMT 701
FMX 977
FMT 501
Delta Penta
FMX 966
Figura 1. Crescimento de diferentes cultivares de algodoeiro nos tratamentos Testemunha, em
função dos graus-dia acumulados.
Tabela 7. Equação ajustada aos dados de crescimento de diferentes cultivares de algodoeiro no
tratamento Testemunha, em função dos graus-dia acumulados com os respectivos
coeficientes de determinação (R).
Tratamento Equação R
2
F P
FMT 501 y = -0,0002x
2
+ 0,2578x - 2,7651 0,992 504,2838 <0,0001
FMT 701 y = -3,6E-05x
2
+ 0,2095x - 1,7614 0,996 885,9479 <0,0001
FMX 966 y = -5,6E-05x
2
+ 0,2108x - 2,1114 0,994 613,3900 <0,0001
FMX 977 y = -0,0002x
2
+ 0,2654x - 2,4157 0,994 707,9692 <0,0001
Delta Opal y = -0,0001x
2
+ 0,2640x - 2,8941 0,993 594,9181 <0,0001
Delta Penta y = -0,0001x
2
+ 0,2602x - 3,2560 0,991 393,0277 <0,0001
31
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Graus Dia Acumulados (ºC)
Crescimento após apicação (cm)
Delt Opal
FMT 701
FMX 977
FMT 501
Delta Penta
FMX 966
Figura 2. Crescimento de diferentes cultivares de algodoeiro após aplicação de cloreto de
mepiquat na dose de 7,5 g de i.a. ha
-1
, em função dos graus-dia acumulados.
Tabela 8. Equação ajustada aos dados de crescimento de diferentes cultivares de algodoeiro na
dose de 7,5 g de i.a. ha
-1
de cloreto de mepiquat, em função dos graus-dia
acumulados com os respectivos coeficientes de determinação (R).
Tratamento Equação R
2
F P
FMT 501 y = -7,1E-05x
2
+ 0,1682x - 1,2757 0,995 798,382 <0,0001
FMT 701 y = -3E-06x
2
+ 0,1689x - 0,6199 0,997 1530,8711 <0,0001
FMX 966 y = -0,0001x
2
+ 0,1718x - 1,4718 0,995 850,6521 <0,0001
FMX 977 y = -0,0001x
2
+ 0,1912x - 1,4991 0,996 1088,2605 <0,0001
Delta Opal y = -0,0001x
2
+ 0,2307x - 1,6319 0,997 1141,0485 <0,0001
Delta Penta y = -6,4E-05x
2
+ 0,1537x - 0,3230 0,999 4537,247 <0,0001
32
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Graus Dia Acumulados (ºC)
Crescimento após apicão (cm)
Delt Opal
FMT 701
FMX 977
FMT 501
Delta Penta
FMX 966
Figura 3. Crescimento de diferentes cultivares de algodoeiro após aplicação de cloreto de
mepiquat na dose de 15,0 g de i.a. ha
-1
, em função dos graus-dia acumulados.
Tabela 9. Equação ajustada aos dados de crescimento de diferentes cultivares de algodoeiro na
dose de 15,0 g de i.a. ha
-1
de cloreto de mepiquat, em função dos graus-dia
acumulados com os respectivos coeficientes de determinação (R).
Tratamento Equação R
2
F P
FMT 501 y = 2,8E-05x
2
+ 0,1595x - 0,7773 0,998 1748,2584 <0,0001
FMT 701 y = -9,6E-05x
2
+ 0,1750x - 0,6202 0,999 3554,0372 <0,0001
FMX 966 y = -1,7E-05x
2
+ 0,1558x - 1,5323 0,996 882,9375 <0,0001
FMX 977 y = -8,9E-05x
2
+ 0,1877x - 1,5065 0,997 1398,4869 <0,0001
Delta Opal y = -7,2E-05x
2
+ 0,1775x - 0,7650 0,998 2246,2377 <0,0001
Delta Penta y = -5,2E-05x
2
+ 0,1503x - 0,8067 0,999 3033,5568 <0,0001
33
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
40 80 120 160 200 240 280 320 360
Graus Dia Acumulados (ºC)
Crescim ento após apicação (cm )
Delt Opal
FMT 701
FMX 977
FMT 501
Delta Penta
FMX 966
Figura 4. Crescimento de plantas diferentes cultivares de algodoeiro após aplicação de cloreto
de mepiquat na dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
, em função dos graus-dia acumulados.
Tabela 10. Equação ajustada aos dados de crescimento de diferentes cultivares de algodoeiro
na dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
de cloreto de mepiquat, em função dos graus-dia
acumulados com os respectivos coeficientes de determinação (R).
Tratamento Equação R
2
F P
FMT 501 y = -1,7E-05x
2
+ 0,1230x - 0,5429 0,998 2115,8615 <0,0001
FMT 701 y = 9,5E-06x
2
+ 0,1247x + 0,2170 0,999 2644,1376 <0,0001
FMX 966 y = -1,7E-05x
2
+ 0,1039x + 0,1433 0,999 2942,3533 <0,0001
FMX 977 y = 1,5E-05x
2
+ 0,1352x - 0,5711 0,998 1913,4193 <0,0001
Delta Opal y = -5,5E-05x
2
+ 0,1892x - 1,3532 0,997 1336,4627 <0,0001
Delta Penta y = -3,7E-05x
2
+ 0,1318x - 0,8055 0,996 1004,7077 <0,0001
34
Com relação à taxa de crescimento (Figura 5), observou-se redução
dos seus valores com a aplicação de cloreto de mepiquat e na dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
, esta
redução foi maior. O menor valor da taxa de crescimento foi notado para cultivar FMX 966, na
maior dose (22,5 g de i.a. ha
-1
), e isto refletiu em seu menor crescimento em altura, como pode
ser visualizado na figura 4. Na cultivar DeltaPenta, nota-se que sua taxa de crescimento
também foi bastante afetada pela aplicação de regulador, no entanto, nehuma diferença existiu
entre as doses 7,5 e 15,0 g de i.a. ha
-1
de cloreto de mepiquat. a DeltaOpal apresentou as
maiores taxas de crescimento em todas as doses utilizadas.
Souza (2004) também observou redução da taxa de crescimento do
algodoeiro, cultivar DeltaOpal, com o aumento da dose de cloreto de mepiquat.
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
FMT 501 FMT 701 FMX 966 FMX 977 D. Opal D. Penta
Cultivar
Taxa de crescimento (cm . GD
-1
)
Testemunha 7,5 g de i.a. 15,0 g de i.a. 22,5 g de i.a.
Figura 5. Taxa de Crescimento de plantas de algodão de diferentes cultivares após aplicação
de diferentes doses de cloreto de mepiquat.
35
Os resultados observados neste experimento concordaram com os
obtidos por Ferreira (2005) que, utilizando as doses (0; 50; 75 e 100 g de i.a. ha
-1
) de cloreto
de mepiquat nas cultivares BRS Araçá, BRS Cedro, DeltaPenta, Fibermax 966 e BRS Buriti e
a linhagem CNPA GO 2003-AR
+
, notou que a altura das plantas reduziram linearmente com o
aumento da dose de cloreto de mepiquat e, ainda, que a dose adequada do regulador varia entre
as cultivares. Também estão de acordo com os obtidos por York (1983), que estudando
durante três anos o efeito do cloreto de mepiquat em quatorze cultivares de algodão, constatou
que o regulador vegetal reduziu a altura das plantas, aumentou o peso das maçãs e das
sementes e, ainda, que as cultivares responderam de diferentes formas ao uso de regulador
vegetal.
Os resultados obtidos neste experimento estão de acordo com os
apresentados por Lamas (2000), o qual demonstra que, a aplicação de cloreto de mepiquat
reduz a altura das plantas de algodão e que a intensidade da redução é depende da dose
utilizada. Trabalhos como os realizados por Ferraz et al. (1977); Barbosa e Castro (1983a);
Athayde et al. (1988); Laca-Buendia (1989); Reddy et al. (1992), apresentam resultados
semelhantes.
6.4. Concentração do produto na planta
Na avaliação da concentração do cloreto de mepiquat nas plantas, não
se observou a existência de diferença significativa, para a dose 7,5 g de i.a. ha
-1
, entre as
cultivares. Já nas doses de 15,0 e 22,5 g de i.a. ha
-1
observa-se diferenças significativas, sendo
que as maiores diferenças estão entre as cultivares na dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
(Tabela 11).
Na dose de 15,0 g de i.a. ha
-1
a cultivar FMT 701 apresentou concentração de regulador
significativamente maior que as outras cultivares, com exceção apenas para FMX 966. Já na
maior dose (22,5 g de i.a. ha
-1
), os valores observados para a cultivar FMT 701, são
significativamente maiores que todas as cultivares, ou seja, sua arquitetura e disposição das
folhas, possibilitou maior deposição do produto e a cultivar DeltaPenta apresentou a menor
concentração de cloreto de mepiquat.
36
Tabela 11. Concentração de cloreto de mepiquat por grama de massa de matéria seca
produzida, em diferentes cultivares de algodoeiro, aos 34 DAE, em função da
aplicação das diferentes doses do produto.
DOSE
CULTIVAR
Test. 7,5g de i.a.
15,0g de i.a.
22,5g de i.a.
------------------------ µg de i.a. g
-1
de matéria seca -------------------------
FMT 701 0,00 8,95 17,90 26,84
D. OPAL 0,00 6,06 12,12 18,19
D. PENTA 0,00 5,12 10,24 15,35
FMT 501 0,00 6,06 12,13 18,19
FMX 966 0,00 6,85 13,70 20,55
FMX 977 0,00 6,25 12,50 18,75
DMS 4,82*
* Significativo(P< 0,05)
Houve redução linear da taxa de crescimento das plantas com o
aumento da concentração do produto e, também, existiram diferenças de resposta entre as
cultivares (Figura 6). As equações lineares ajustadas para os dados, bem como seu coeficiente
de determinação estão apresentados na Tabela 12.
A sensibilidade das cultivares, ao cloreto de mepiquat, pode ser
visualizada pela inclinação da reta, que representa a resposta de cada cultivar a dose retida na
planta (Figura 6). Observou-se que, apesar da cultivar FMT 701 ter apresentado uma grande
concentração do produto, sua resposta ao cloreto de mepiquat equiparou-se ao da FMX 977
que mostrou concentração menor, exibindo um coeficiente angular de -0,0025, demonstrando
pequena sensibilidade ao regulador, quando comparada às demais cultivares. as cultivares
FMX 966 e FMT 501 apresentaram coeficientes angulares de -0,0038 e -0,0037,
respectivamente. A cultivar DeltaPenta, com um coeficiente angular de -0,0051, apresentou a
maior sensibilidade ao cloreto de mepiquat.
Estes resultados demonstram que as cultivares de ciclo produtivo mais
curto (FMX 966; FMT 501 e DeltaPenta), apresentaram coeficientes angulares com valores
inferiores às cultivares de ciclo produtivo mais tardio (FMX 977; DeltaOpal e FMT 701) e,
com isso, é possível inferir que a sensibilidade existente entre os materiais tem relação com o
ciclo produtivo, ou seja, as cultivares mais precoces apresentaram maior sensibilidade ao
37
cloreto de mepiquat do que as mais tardias. No entanto, como pode ser visto na tabela 11, a
deposição do produto entre as cultivares não teve a mesma relação, ou seja, as cultivares que
apresentaram maiores concentrações foram: a FMT 701 que é mais tardia e a FMX 966 que é
mais precoce. Desta forma, fica difícil gerar recomendações a partir destes dados porque a
deposição de regulador vegetal é diferente entre cada cultivar.
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
0,22
0 4 8 12 16 20 24 28
Concentração de produto na planta ( µg de produto x g
-1
de M S )
Taxa de Crescimento (cm GD
-1
)
FMT 501
D. Penta
D. Opal
FMX 966
FMX 977
FMT 701
Figura 6. Relação entre a taxa de crescimento e a concentração de regulador (cloreto de
mepiquat) na massa de matéria seca de diferentes cultivares de algodoeiro.
38
Tabela 12. Equação ajustada aos dados da relação entre a taxa de crescimento e a
concentração de regulador (cloreto de mepiquat) na massa de matéria seca de
diferentes cultivares de algodoeiro com os respectivos coeficientes de determinação
(R).
Tratamento Equação R
2
F P
FMT 501 y = -0,0037x + 0,1850 0,8171 8,934 <0,0961
FMT 701 y = -0,0026x + 0,1933 0,9733 72,8213 <0,0135
FMX 966 y = -0,0038x + 0,1827 0,7808 7,1243 <0,1164
FMX 977 y = -0,0025x + 0,1846 0,7748 6,8815 <0,1198
Delta Opal y = -0,0029x + 0,2062 0,6427 3,5977 <0,1983
Delta Penta y = -0,0051x + 0,1865 0,7111 4,923 <0,1567
Os resultados do presente experimento estão de acordo com os obtidos
por Reddy et al. (1996), que também observaram redução linear da altura de plantas de
algodão, em relação ao aumento da concentração do produto na planta. Souza (2004) também
notou que a redução da taxa de crescimento em altura depende da concentração do regulador
na planta e, segundo este autor, a redução também foi linear, demonstrando que para uma
redução na altura da planta de 0,1 cm GD
-1
foi necessário uma concentração de 17,59 µg g
-1
de cloreto de mepiquat.
Investigando o efeito de diferentes concentrações de regulador nas
plantas de algodão Landivar (s/d) estimou que a quantidade de regulador à base de cloreto de
mepiquat necessária para ajustar a taxa de alongamento do ramo principal a um nível desejado
está em torno de 0,10 a 0,12 ppm e, quando a concentração cai para valores abaixo de 0,05
ppm, aplicações adicionais são necessárias para manter a redução na taxa de alongamento das
plantas.
39
6.5. Fotossíntese das plantas
Na primeira avaliação (34 DAE), quando as plantas ainda não tinham
recebido aplicação dos tratamentos com cloreto de mepiquat, diferenças significativas na taxa
de assimilação líquida de CO
2
podem ser observadas entre as cultivares de algodão
(Tabela 13). A cultivar DeltaOpal apresentou a menor taxa fotossintética não diferindo
significativamente apenas da cultivar DeltaPenta, que por sua vez também é significativamente
menor que as cultivares FMX 966 e FMX 977 as quais foram mais eficientes na assimilação
de CO
2
.
Tabela 13. Taxa de assimilação líquida de CO
2
nas folhas (taxa fotossintética), em diferentes
cultivares de algodoeiro, aos 34 DAE (dia da aplicação dos tratamentos) e aos 49
DAE (15 dias após aplicação dos tratamentos), em função da aplicação das
diferentes doses do produto.
15 dias após aplicação dos tratamentos
Cultivares
Dia da
aplicação dos
tratamentos
Test. 7,5g de i.a. 15,0g de i.a. 22,5g de i.a.
----------------------------------- µmol CO
2
m
-2
s
-1
-----------------------------------
FMT 701 30,9
30,8 32,0 29,8 32,3
D. Opal 29,2
31,3 31,8 33,5 32,0
D. Penta 30,3
31,5 31,5 32,0 34,5
FMT 501 31,4
31,0 32,0 32,5 33,3
FMX 966 32,3
31,0 30,3 31,0 33,3
FMX 977 32,3
31,3 34,0 33,0 31,5
DMS 1,1*
4,4
* Significativo(P< 0,05)
Passados quinze dias da aplicação de cloreto de mepiquat, não se
observou nenhuma diferença significativa na taxa de assimilação de CO
2
entre as cultivares
(Tabela 13). No entanto, quando aplicado o regulador vegetal na maior dose (22,5 g de i.a.
ha
-1
), notou-se, em números absolutos, pequeno aumento na taxa fotossintética em todas as
cultivares, no entanto, este aumento é insuficiente para afirmar que o uso de cloreto de
mepiquat melhorou a assimilação de CO
2
. Desta forma, os dados não estão de acordo com os
40
obtidos por Cothen (1979); Stuart et al. (1984); Hodges et al. (1991) e Marur (1998), que
observaram aumento significativo da taxa de assimilação de CO
2
pela aplicação de cloreto de
mepiquat.
Da mesma forma, esses resultados não concordam com os relatados
por Reddy et al. (1996) que, utilizando diferentes doses de cloreto de mepiquat (0; 7,65; 15,3;
30,6; e 61,2 g de i.a. ha
-1
) observaram que as folhas apresentavam maior teor de clorofila, no
entanto, ocorreu redução de 25% na fotossíntese líquida das plantas resultando em parcial
perda da capacidade fotossintética em algodão, pelo menos 20 dias após a aplicação do
regulador. Ainda, Kerby et al. (1993) afirmaram que a taxa fotossintética é diminuída nos
tratamentos submetidos ao cloreto de mepiquat, pois ocorre redução na atividade da Ribulose
1,5 difosfato carboxilase.
41
7. CONCLUSÕES
O crescimento do algodoeiro em altura é diminuído com a aplicação
foliar de cloreto de mepiquat, sendo maior a redução de altura, quanto maior a quantidade de
regulador aplicada.
diferença entre as cultivares estudadas quanto à sensibilidade ao
regulador, de modo que as cultivares mais precoces são mais sensíveis. Entretanto, para a
mesma dose aplicada, a concentração na planta é diferente, pois a quantidade de produto
depositada na folha de cada cultivar é também diferente.
O regulador não afetou a taxa de assimilação de CO
2
das cultivares de
algodoeiro estudadas.
42
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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50
9. APÊNDICE
51
Figura 7. Detalhe das cultivares de algodoeiro no tratamento testemunha, 30 dias após
aplicação dos tratamentos.
Figura 8. Detalhe das cultivares de algodoeiro aos 30 dias após aplicação de cloreto de
mepiquat na dose de 7,5 g de i.a. ha
-1
.
Figura 9. Detalhe das cultivares de algodoeiro aos 30 dias após aplicação de cloreto de
mepiquat na dose de 15,0 g de i.a. ha
-1
.
52
Figura 10. Detalhe das cultivares de algodoeiro aos 30 dias após aplicação de cloreto de
mepiquat na dose de 22,5 g de i.a. ha
-1
.
Figura 11. Detalhe da cultivar DeltaPenta, 30 dias após aplicação de
doses de cloreto de mepiquat.
Figura 12. Detalhe da cultivar FMX 966, 30 dias após aplicação de
doses de cloreto de mepiquat.
53
Figura 13. Detalhe da cultivar FMT 501, 30 dias após aplicação de
doses de cloreto de mepiquat.
Figura 14. Detalhe da cultivar DeltaOpal, 30 dias após aplicação de
doses de cloreto de mepiquat.
Figura 15. Detalhe da cultivar FMT 701, 30 dias após aplicação de
doses de cloreto de mepiquat.
54
Figura 16. Detalhe da cultivar FMX 977, 30 dias após aplicação de
doses de cloreto de mepiquat.
Figura 17. Detalhe do simulador de
pulverização utilizado.
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