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CENTRO UNIVERSITÁRIO POSITIVO – UNICENP
GIULIANO NACARATO MORETTI
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ISO 14001: IMPLEMENTAR OU NÃO?
UMA PROPOSTA PARA A TOMADA DE DECISÃO
CURITIBA
2007
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GIULIANO NACARATO MORETTI
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ISO 14001: IMPLEMENTAR OU NÃO?
UMA PROPOSTA PARA A TOMADA DE DECISÃO
CURITIBA
2007
Dissertação apresentada como requisito
parcial para a obtenção do tulo de Mestre
em Gestão Ambiental do curso de mestrado
Profissional em Gestão Ambiental, Centro
Universitário Positivo (UnicenP).
Orientador: Prof. Dr. Klaus Dieter Sautter
Co-orientador: Prof. MSc. Jayme Augusto
Azevedo
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Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca do UnicenP - Curitiba – PR
M845 Moretti, Giuliano Nacarato.
Sistemas de gestão ambiental ISO 14001 : implementar ou
não ? uma proposta para a tomada de decisão / Giuliano
Nacarato Moretti. Curitiba : UnicenP, 2007.
222 p. : il.
Dissertação (mestrado) Centro de Estudos Superiores
Positivo – UnicenP, 2007.
Orientador : Klaus Dieter Sautter .
1. Gestão ambiental. I.tulo.
CDU 504.06
TÍTULO: SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ISO 14001: IMPLEMENTAR OU
O? UMA PROPOSTA PARA A TOMADA DE DECISÃO”.
ESTA DISSERTAÇÃO FOI JULGADA ADEQUADA COMO REQUISITO PARCIAL
PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE EM GESTÃO AMBIENTAL (área de
concentração: gestão ambiental) PELO PROGRAMA DE MESTRADO EM GESTÃO
AMBIENTAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO POSITIVO UNICENP. A DISSERTAÇÃO
FOI APROVADA EM SUA FORMA FINAL EM SESSÃO PÚBLICA DE DEFESA, NO DIA 12
DE DEZEMBRO DE 2007, PELA BANCA EXAMINADORA COMPOSTA PELOS
SEGUINTES PROFESSORES:
1) Prof. Klaus Dieter Sautter, UnicenP (Presidente);
2) Prof. José Carlos Barbieri, examinador externo, Fundação Getúlio Vargas, SP.
3) Prof. André Virmond de Lima Bittencourt, UnicenP;
4) Prof. Jayme Augusto Azevedo, UnicenP;
5) Prof. Maurício Dziedzic, UnicenP.
CURITIBA – PR, BRASIL
PROF. MAURÍCIO DZIEDZIC
COORDENADOR DO PROGRAMA DE MESTRADO EM GESTÃO AMBIENTAL
À minha família por me
possibilitar mais esta conquista.
À Liana, pela cumplicidade, compreeno
e fundamental apoio nas dificuldades
enfrentadas no caminho até aqui.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu orientador, Prof. Dr. Klaus Dieter Sautter, que me conduziu
com muita sabedoria, presteza e confiança, por todas as etapas deste trabalho,
compartilhando plenamente de todo o seu conhecimento em Gestão Ambiental.
Ao meu co-orientador, Prof. MSc. Jayme Azevedo, que com sua simpatia e
disposição, contribuiu significativamente para embasar as pesquisas desenvolvidas
neste trabalho, abrindo-me, também, novos horizontes profissionais na docência.
Ao coordenador do curso de mestrado Profissional em Gestão Ambiental,
Prof. Dr. Maucio Dziedzic, que em suas aulas de Desenvolvimento Docente
incentivou-me rumo ao desenvolvimento profissional e, acima de tudo, pessoal.
Às empresas que trouxeram muito conhecimento prático a este trabalho,
respondendo pacientemente às pesquisas: Arteche EDC, Preserva Ambiental
Consultoria e demais participantes.
Ao grande amigo Luciano Passuello, pelos seus preciosos conselhos.
À Essência da Vida que iluminou ainda mais esta bela trajetória.
“Dance como uma árvore e você será
capaz de entrar no fluxo”.
Osho
RESUMO
A adoção da norma ISO 14001 para se estabelecer um Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) e a sua respectiva certificação não é compulsória, e as
organizações que buscam a implementação de uma gestão ambiental sistematizada
podem optar tanto pela adoção dos requisitos prescritos pela ISO 14001, como pela
simples utilização de critérios e requisitos próprios. Esta última opção não é passível
de certificação por um organismo de terceira parte, que os critérios e requisitos
não podem ser comparados com um padrão previamente estabelecido, tal como no
caso da ISO 14001. Entre as vantagens e desvantagens oferecidas pela
implementação da norma ISO 14001, o empresariado leigo, muitas vezes, não
encontra subsídios suficientes para a tomada de decisão pela adoção ou não da
referida norma. Este trabalho apresenta uma ferramenta de auxílio à tomada de
decisão empresarial, promovendo um estudo sobre a real necessidade e viabilidade
da implementação da norma ISO 14001 e a respectiva certificação que atesta a
conformidade de um SGA com seus requisitos. Trata-se de uma análise
multicriterial, em que se verifica a compatibilidade entre o perfil organizacional
(definido pelo agente decisor) e a norma ISO 14001. Este perfil organizacional, em
termos genéricos, leva em conta características culturais, ambientais, gerenciais e
econômico-financeiras da organização. O algoritmo considera critérios e subcritérios
(motivações das organizações que conduzem ou não à implementação da norma e
respectiva certificação), tais como: mercado, legislação, controle ambiental,
investimentos e recursos, funcional e imagem institucional, nos quais assume-se que
a norma tenha forte influência. A ferramenta apresentada promove a priorização
paritária entre tais motivões, por meio de um processo conhecido como Análise
Hierárquica de Processos, além de pontuar o perfil organizacional face às
peculiaridades da norma, fornecendo uma recomendação pela sua adoção ou não
pelo agente decisor da organização. Busca-se facilitar a decisão das organizações
em adotar ou não a ISO 14001, por meio de uma recomendação que aumente suas
chances de atingir os objetivos almejados.
Palavras-chave: ISO 14001, Gestão Ambiental, Tomada de Decisão, Análise
Hierárquica de Processos.
ABSTRACT
The adoption of the ISO 14001 standard to establish a certified environmental
management system (EMS) is not compulsory. Organizations seeking to implement
an EMS can opt for the ISO 14001 requirements, as well as their own criteria and
requirements. If this last option is chosen, it is not possible to certify such system, as
those criteria and requirements cannot be compared with a standard previously
established. One of the difficulties of the decision making process, is that lay
entrepreneurs may find themselves incapable of finding enough subsidies for the
decision of adopting or not the standard. The present work presents a tool that
facilitates corporate decision making, providing a thorough analysis of the real
necessity and feasibility of the implementation of the ISO 14001 standard and the
respective certification. This tool consists of a multicriterial analysis, in which is
possible to verify the compatibility between the organizational profile (defined by the
decision maker) and the ISO 14001 standard. This organizational profile takes into
account cultural, environmental, managerial and economic-financial features of the
organization. The algorithm considers criteria and subcriteria (motivations of
organizations which might conduct to the implementation of the standard), such as:
market, legal compliance, environmental control, investments and resources,
functional (staff) and institutional image, which are presumed o be influenced by the
standard. The presented tool promotes parities prioritizations between such
motivations, through a process known as Analytic Hierarchy Process (AHP), and also
scores the organizational profile in relation to the characteristics of the standard,
providing a recommendation for its possible adoption. This recommendation of
adopting or not the ISO 14001 standard seeks to facilitate the organization decision
making; and, as a result, it also enhances the chances of the organization attaining
its objectives.
Keywords: ISO 14001, Environmental Management, Decision Making, Analytic
Hierarchy Process.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Quadro da Escala Fundamental de Saaty (1991) 46
Figura 2 - Estrutura hierárquica simples do método AHP (MOISA, 2005) 47
Figura 3 - Fluxograma do processo decisório 58
Figura 4 - Distribuição da amostragem dos respondentes por Reges do Brasil 63
Figura 5 - Distribuição de cargos dos respondentes 63
Figura 6 - Distribuição da existência de algum tipo de gestão ambiental antes da
implementação e certificação ISO 14001 64
Figura 7 - Percentagem de empresas que afirmaram a ocorrência de maiores
dificuldades no atendimento aos requisitos da norma ISO 14001 65
Figura 8 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de mercado para a tomada de adoção da norma ISO 14001 65
Figura 9 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de legislação, verificação e fiscalização para a adoção da norma ISO
14001 66
Figura 10 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de controle operacional ambiental para a adoção da norma ISO 14001
67
Figura 11 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de investimentos e recursos para a adoção da norma ISO 14001 68
Figura 12 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de motivação e produtividade funcional para a adoção da norma ISO
14001 68
Figura 13 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de imagem institucional para a adoção da norma ISO 14001 69
Figura 14 - Estrutura hierárquica dos critérios assumidos 81
Figura 15 - Estrutura hierárquica do critério de mercado 82
Figura 16 - Estrutura hierárquica do critério de legislação 83
Figura 17 - Estrutura hierárquica do critério controle ambiental 84
Figura 18- Estrutura hierárquica do critério investimentos e recursos 85
Figura 19 - Estrutura hierárquica do critério funcional 86
Figura 20 - Estrutura hierárquica do critério imagem institucional 87
Figura 21 - Esquema de atribuição de valores dos subcritérios no intervalo de 0 a 10
93
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Matriz de comparações adaptada de Gomes et al. (2002) 48
Tabela 2 - Matriz de importâncias relativas dos critérios (GOMES et al., 2002) 52
Tabela 3 - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios do critério 1 54
Tabela 4 - Comparação de critérios e subcritérios utilizados na pesquisa e na
composição da ferramenta 73
Tabela 5 - Matriz de importâncias relativas dos critérios adotados pela ferramenta 88
Tabela 6 - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios de mercado 91
Tabela 7 - Interpretação do índice de recomendação final (α) 96
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 16
1.1 OBJETIVO 19
2 REVISÃO DA LITERATURA 20
2.1 A QUESTÃO AMBIENTAL 20
2.2 A GESTÃO AMBIENTAL 25
2.2.1 Normas Ambientais 28
2.2.2 A ISO 14001 30
2.2.3 A Certificação da Norma ISO 14001 34
2.3 MOTIVAÇÕES PARA A ADOÇÃO DA NORMA ISO 14001 E CERTIFICAÇÃO 36
2.4 TOMADA DE DECISÃO 40
2.4.1 Análise Multicriterial 44
3 METODOLOGIA 49
3.1 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA DE APOIO À DECISÃO 49
3.1.1 Identificação do objetivo do problema de decisão 49
3.1.2 Identificação das alternativas de decisão 49
3.1.3 Levantamento de critérios e subcritérios de apoio à decisão (questionário de
pesquisa) 50
3.1.4 Priorização de critérios e subcritérios pela Análise Hierárquica de Processos 51
3.1.5 Pontuação dos subcritérios 55
3.1.6 Pontuação dos critérios (índice de recomendação parcial da ferramenta) 56
3.1.7 Cálculo do índice de recomendação final da ferramenta 56
3.1.8 Interpretação do índice de recomendação final 56
3.1.9 Síntese do processo decisório 57
3.1.10 Algoritmo da ferramenta no programa computacional Excel 57
3.1.11 Aplicação da ferramenta 58
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 61
4.1 PESQUISA APLICADA ÀS EMPRESAS CERTIFICADAS ISO 14001 61
4.2 RESULTADOS ESTATÍSTICOS 69
4.3 CRITÉRIOS ASSUMIDOS PARA A COMPOSIÇÃO DA FERRAMENTA 72
4.3.1 Critério de Mercado 74
4.3.2 Critério de Legislação 75
4.3.3 Critério de Controle Ambiental 76
4.3.4 Critério de Investimentos e Recursos 77
4.3.5 Critério Funcional 78
4.3.6 Critério de Imagem Institucional 79
4.4 ESTRUTURAÇÃO HIERÁRQUICA DO PROBLEMA DECISÓRIO 80
4.4.1 Priorização dos critérios utilizados na composição da ferramenta 88
4.4.2 Priorização dos subcritérios utilizados na composição da ferramenta 90
4.4.3 Pontuação dos subcritérios da ferramenta 92
4.4.4 Índice de recomendação final 94
4.4.5 Interpretação do índice de recomendação final (α) e do índice de
recomendação parcial (βi) 94
4.5 APLICÃO 1: ARTECHE EDC 97
4.6 APLICÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA 100
4.7 FERRAMENTA CONSOLIDADA 103
5 CONCLUSÕES 104
6 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 109
7 REFERÊNCIAS 110
ANEXO 1 114
ANEXO 2 122
ANEXO 3 191
ANEXO 4 204
ANEXO 5 217
ANEXO 6 220
16
1 INTRODUÇÃO
A problemática ambiental planetária, ora evidente, urge por ações de controle
e mitigação dos impactos ambientais decorrentes das atividades antpicas e pela
premente recuperação do meio compartilhado de vida, desgastado pela negligência
do desenvolvimento depredatório. Sendo assim, estabelece-se a necessidade de
uma remodelagem dos meios de sobrevivência de forma a torná-los mais
sustentáveis, em que a qualidade ambiental esteja na lista de prioridades dos
interesses humanos.
Dentre os diversos elementos com influência direta na degradação da
qualidade ambiental, estão as atividades de produção e consumo, sustentadas
sobre as bases do capitalismo que, até então, primou pela exploração ilimitada dos
recursos naturais, em detrimento do consumo equilibrado e responsável para com as
gerações vindouras. O sistema capitalista pode ser muito bem representado pela
atuação das organizações empresariais que, na maioria das vezes, visam o acúmulo
de riquezas materiais às custas da degradação do meio ambiente. Uma cultura
exploratória que até os dias de hoje ainda é observada.
A relação do ser humano com o seu meio ambiente apresenta imediatamente
a questão de como ele constrói as suas condições de vida, as quais são reflexos das
opções econômicas adotadas. Cabe salientar aqui que a qualidade de vida do
homem é uma conseência direta da qualidade ambiental. Ambas são
interdependentes e relacionam-se diretamente com a questão econômica
(SEIFFERT, 2007).
É indiscutível, portanto, a necessidade de se intervir na gestão das empresas
visando processos menos impactantes ao meio ambiente e, também, em todas as
17
outras atividades humanas, sejam elas de cunho econômico, social ou cultural.
Organizações que ainda se sustentam sobre as bases de produção
exploratória e consumo em larga escala impostos já pela Revolução Industrial,
poderão ser engolidas pela nova cultura que ora se instala: a proatividade ambiental,
cristalizada por meio da gestão ambiental responsável que, por sua vez, se
enquadra como um dos preceitos do chamado desenvolvimento sustentável.
Com a premente necessidade da inclusão da gestão ambiental nas
organizações, o desenvolvimento de ferramentas gerenciais com foco na melhoria
da interface entre a organização e o meio ambiente, torna-se fundamental para que
tal necessidade seja suprida. Nesta linha de desenvolvimento, uma das principais
ferramentas que ora se destacam na consolidação de uma efetiva gestão ambiental
é a norma internacional ISO 14001, elaborada pela Organização Internacional para
Normalização (ISO), sediada em Genebra, Suíça, e composta por entidades de
normalização de diversos países. A ISO é, portanto, uma instituição que visa, com
suas normas, universalizar padrões para as diversas esferas das atividades
humanas. Como exemplo, tem-se a normalização de sistemas de gestão
empresariais, que buscam promover o atendimento de requisitos dos clientes e dos
indispensáveis requisitos ambientais - a Norma da Qualidade ISO 9001 e a Norma
Ambiental ISO 14001, respectivamente, facilitando o comércio internacional.
A ISO 14001 surgiu em 1996 - e hoje encontra-se na versão 2004 - como
resultado de uma pressão social por elementos de gestão que viabilizassem o
equilíbrio entre os interesses econômicos das empresas e os interesses ambientais
pregados por toda a sociedade. Desta forma, a norma prescreve determinados
requisitos que as organizações devem cumprir para o estabelecimento de um
Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que objetiva a melhoria contínua de seus
18
processos, produtos e serviços, além de permitir a diminuição sistemática de seus
impactos ambientais.
Para a ratificação da implementação de um SGA eficaz e melhorado
continuamente nas organizações, existe a chamada “certificação ISO 14001”, um
instrumento complementar que confirma ou não, por um organismo de terceira parte
alheio e imparcial às atividades daquela organização o cumprimento dos
requisitos da norma, quando implementada.
Existem diversos elementos gerenciais e operacionais envolvidos com o
estabelecimento, implementação, verificação e melhoria contínua de um SGA
baseado na ISO 14001. Esses elementos estão intimamente ligados ao perfil
ambiental, gerencial, cultural e financeiro das organizações. Sendo assim, antes de
optar pela efetiva adoção da ISO 14001, as organizações devem entender suas
motivações culturais, ambientais e gerenciais, além da disponibilidade de
investimentos para todo o processo que, uma vez instalado, proceder-se-á de forma
contínua.
Considerando-se, entretanto, que muitas organizações não dispõem de
subdios elementares para escolher entre as opções “implementar a ISO 14001 e
certificar” ou “não implementar a ISO 14001”, pois ainda não compreendem os
aspectos principais que envolvem a norma e suas influências, percebe-se a
necessidade de se desenvolver procedimentos específicos para o processo de
tomada da decisão em pauta.
Organizações que pretendam avaliar a necessidade e viabilidade da adoção
da ISO 14001, devem se utilizar de diversas análises econômico-financeiras,
técnicas e gerenciais, para que a opção escolhida entre implementar ou não esteja
19
sustentada sobre dados factuais, diminuindo a probabilidade de insucessos
decorrentes da decisão adotada.
O grande obstáculo neste processo de tomada de decisão é a consideração
de elementos muitas vezes subjetivos, que não podem ser quantificados por uma
medida específica. Eles o peculiares ao perfil empresarial em questão e
dependentes da percepção do agente decisor.
Identifica-se, portanto, a necessidade do desenvolvimento de ferramentas
específicas, que auxiliem o corpo decisor das organizações nesse processo de
tomada de decisão.
1.1 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é desenvolver uma ferramenta que auxilie as
organizações no processo de tomada de decisão quanto à viabilidade da adoção da
norma ISO 14001 e respectiva certificação.
A pergunta fundamental que a ferramenta, quando adotada pelos
empresários, pretende responder às organizações é: “Implementar e certificar um
Sistema de Gestão Ambiental baseado na ISO 14001 ou não?”.
A metodologia na qual a ferramenta proposta se sustenta, busca valorar
elementos objetivos e subjetivos intnsecos à adoção da norma, com o objetivo
principal de facilitar o processo de tomada de decisão na organização.
Deve-se ter em mente que a ferramenta servirá como mais um suporte na
tomada de decisão empresarial, devendo ser utilizada em conjunto com outras
ferramentas disponíveis, similares ou não, para que se atendam a todos os aspectos
elementares que correlacionam os objetivos da decisão e as respectivas opções
disponíveis.
20
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 A QUESTÃO AMBIENTAL
O processo de desenvolvimento dos pses se realiza, basicamente, às
custas dos recursos naturais vitais, provocando a deterioração das condições
ambientais em ritmo e escala até ontem desconhecidos. A paisagem natural da
Terra está cada vez mais ameaçada pelas usinas nucleares, pelo lixo atômico, pelos
dejetos orgânicos, pela ‘chuva ácida’, pelas indústrias e pelo lixo químico. Por conta
disso, em todo o mundo, o freático é contaminado, a água se torna escassa, a área
florestal diminui, o clima sofre grandes alterações, o ar se torna irrespirável e o
patrimônio genético se degrada (MILARÉ, 2005).
Citando Maurice Strong
1
(1991), Mila(2005) conclui que do ponto de vista
ambiental o planeta chegou ao ponto de quaseo retorno. Se fosse uma empresa,
estaria à beira da falência, pois dilapida seu capital, que são os recursos [e servos]
naturais, como se eles fossem eternos. O poder de autopurificação do meio
ambiente está chegando ao limite”.
Após a Revolução Industrial, a preocupação com o esgotamento dos recursos
naturais surgiu com a percepção de que a capacidade do ser humano de alterar o
meio ambiente aumentou de forma bastante intensa, trazendo conseências
positivas e negativas e evidenciando uma interdepenncia entre a economia e o
meio ambiente (SEIFFERT, 2007).
Segundo Barbieri (2007):
1
Revista Veja. o Paulo: Editora Abril, 29/05/1991. p. 9.
21
É comum apontar a Revolução Industrial como um marco importante na intensificação dos
problemas ambientais. A maior parcela de emissões ácidas, de gases de estufa e de
substâncias tóxicas resulta das atividades industriais em todo o mundo. O lixo gerado pela
população cada vez mais está composto por restos de embalagens e de produtos industriais.
Milaré (2005) acerta quando observa que:
De fato, a natureza morta não serve ao homem. A utilização dos recursos naturais,
inteligentemente realizada, deve subordinar-se aos princípios maiores de uma vida digna,
em que o interesse econômico cego não prevaleça sobre o interesse comum da
sobrevincia da humanidade e do próprio Planeta.
Percebe-se que a idéia do antropocentrismo é insustentável, face à sua
resultante problemática ambiental. O ecocentrismo entra em cena, dando suporte às
ideologias defendidas pela chamada “ecologia profunda”, termo que, segundo Capra
(1986) reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos, e o fato
de que, enquanto indiduos e sociedades, estamos todos encaixados nos
processos cíclicos da natureza (e, em última análise, somos dependentes desses
processos).
A história do ambientalismo não é nova. O filósofo grego Platão levantava
alguns dos problemas relacionados à erosão dos solos e desmatamento nas colinas
da Ática (McCORMICK, 1992).
Pelicioni (2004), afirma que apesar de as denúncias sobre a degradação
humana e ambiental serem feitas desde a Antiidade, foi apenas no século XIX que
essas manifestações começaram a configurar-se como um movimento”. A autora
também destaca que foi nessa época que várias publicações trouxeram à tona o
agravamento e a generalização da degradação socioambiental pelo mundo
decorrentes da ação humana.
22
Além disso, para McCormick (1992), alguns fatores foram decisivos na
construção do movimento ambientalista na década de 1960, tais como a tomada de
consciência a respeito dos efeitos pós-guerra e das conseqüências dos testes
nucleares; a divulgação de uma série de desastres ambientais e as denúncias de
contaminação ambiental mostradas por Rachel Carson
2
(2002) no periódico New
Yorker e no livro Primavera Silenciosa (Silent Spring) - originalmente publicado em
1962; os avanços no conhecimento científico com relação ao meio ambiente; a
publicação de estudos antropológicos a respeito dos valores e do estilo de vida dos
povos tradicionais, além da influência de outros movimentos sociais (McCORMICK,
1992).
Pelicioni (2004) destaca que:
Por volta de 1970, a crise ambiental não mais passava despercebida. Um movimento
significativo havia surgido no cenário mundial e a evolução dos estudos científicos
comprovava cada vez mais a existência de vários problemas ambientais que poderiam
comprometer a vida no planeta.
Foi quando marcou-se a construção de uma nova fase no mundo pela
disseminação, entre vários atores sociais, da responsabilidade pela sustentabilidade.
Muitos acidentes ambientais de grande notoriedade, paralelamente,
contribuíram e ainda hoje contribuem para o incremento das discussões sobre as
conseqüências das ações antrópicas depredatórias. Como exemplos, citam-se:
Seveso (Itália, 1976), quando ocorreu a ruptura do disco de segurança de um
reator, que resultou na emissão para a atmosfera de uma grande nuvem xica de
triclorofenol, etilenoglicol e 2,3,7,8-tetraclorodibenzoparadioxina (TCDD): Toda a
2
CARSON, Rachel. Silent Spring. Anniversary Edition. Boston: Mariner Books, 2002.
23
vegetação nas proximidades da instria morreu de imediato devido ao contato com
compostos clorados. No total, 1.807 hectares foram afetados. A região denominada
Zona A, com uma área de 108 hectares, possuía uma alta concentração da dioxina
TCDD (240 µg/m²). Os efeitos imediatos à saúde das pessoas se limitaram ao
surgimento de 193 casos de cloroacne (doença de pele atribuída ao contato com a
dioxina). Os efeitos à saúde de longo prazo ainda são monitorados (CETESB,
2006a).
Bhopal ndia, 1984): uma nuvem xica de isocianato de metila causou a morte
de milhares de pessoas na cidade de Bhopal, a capital de Madya-Pradesh, na Índia
central. A emissão foi causada por uma planta do complexo industrial da Union
Carbide situada nos arredores da cidade, onde existiam vários bairros marginais.
Estima-se que ocorreram por volta de 4.000 mortes e cerca de 200.000 pessoas
intoxicadas, caracterizando assim a maior catástrofe da indústria química (CETESB,
2006b).
Goiânia (Brasil, 1987): a violação de uma psula de césio 137 por sucateiros da
cidade de Goiânia (GO), resultou em quatro mortes. Cerca de 250 pessoas tiveram
problemas de saúde na época - [...] cerca de mil foram consideradas afetadas pela
radioatividade do césio de Goiânia, grande parte das quais são funcionários públicos
que trabalharam na assistência às pessoas contaminadas. Atualmente, as seis mil
toneladas de lixo radioativo resultantes do acidente estão armazenadas em
contêineres de concreto, em um depósito em Abadia de Goiás, próximo a Goiânia
(GREENPEACE, 2006).
Como observa Freitas (2005), o homem percebeu que era imprescindível
reagir a tal estado das coisas, mesmo que tarde. O autor, a partir d, delineia o
desenvolvimento sustentável como sendo a tentativa de ligar os interesses,
24
desenvolvimento e proteção ao meio ambiente, fazendo com que a utilização dos
recursos naturais seja feita com critério, de modo a preservá-los.
O relatório Nosso Futuro Comum, conhecido também por Brundtland,
publicado em abril de 1987, propôs a seguinte lista de objetivos críticos, para as
políticas de desenvolvimento sustentável:
Reviver o crescimento econômico;
Mudar a qualidade do crescimento;
Atender às necessidades de empregos, alimentos, energia, água,
saneamento;
Conservar e ampliar a base de recursos;
Reorientar a tecnologia e administrar o risco;
Fundir ambiente e economia nos processos de tomada de decisão
(WCED, 1987; PALMER, 2006).
Por fim, o relatório contém muitas recomendações específicas de mudança
institucional e legal, sendo suas principais propostas:
Chegar às fontes: organizações internacionais e regionais e governos
nacionais devem começar a fazer grupos diretamente responsáveis pelos
efeitos ambientais de suas ações.
Tratar os efeitos: é necessário reforçar as agências formadas para
proteger e restaurar o ambiente, especialmente o Programa Ambiental das
Nações Unidas.
Avaliar os Riscos Globais: a capacidade de identificar, avaliar e relatar os
riscos ao meio ambiente deve ser aperfeiçoada. Isso não deve ser apenas
responsabilidade de governos individuais; um novo grupo coordenador
independente deve ser criado (WCED, 1987; PALMER, 2006).
25
Tomar Decisões Informadas: o público, as Organizações o-
governamentais, cientistas e as indústrias devem todos ter a oportunidade
de participar da tomada de decisões.
Fornecer os Meios Legais: o Direito Nacional e Internacional está sendo
superado pelos acontecimentos. Os governos devem preencher as
maiores lacunas.
Investir no Futuro: a eficácia global dos custos de cortar a poluição foi
demonstrada ao longo da última década. Um compromisso com o
desenvolvimento sustentável, no entanto, tem grandes implicações
financeiras, e é necessário que as instituições financeiras, agências de
auxílio e governos adotem uma nova prioridade e foco. Os pses em
desenvolvimento precisam de uma forte infusão de apoio financeiro de
fontes internacionais para a restauração ambiental, proteção e
melhoramento. As principais agências financiadoras, como o Banco
Mundial, o Fundo Monetário Internacional e os bancos regionais de
desenvolvimento devem aumentar seus programas ambientais (WCED,
1987; PALMER, 2006).
2.2 A GESTÃO AMBIENTAL
A preocupação com a preservão do meio ambiente tem assumido uma
posição de destaque entre as questões que afligem o empresariado brasileiro. O
mercado consumidor vem mudando de comportamento, buscando os chamados
“produtos verdes” e o Governo, por sua vez, tem atendido à pressão crescente da
sociedade, criando mecanismos de legislação mais rígidos. Isso tem levado os
26
empresários a buscarem ferramentas que possibilitem atender as exigências legais e
comerciais e garantir a sobrevivência de suas empresas (CAMPOS et al. , s/d).
Robinson
3
(1991) segundo Chan e Wong (2004), salienta que existem
atualmente um número significativo de ameas ambientais para o futuro da
humanidade, incluindo o “aquecimento global da superfície terrestre e da baixa
atmosfera, depleção da camada de ozônio estratosférica, um exacerbado consumo
de recursos não-renováveis e poluição global do ar. Estes problemas ambientais
foram intensificados pelo crescimento exponencial da população, gerando altas
demandas por uma base de recursos cada vez menor.
Neste aspecto, algumas organizações, além de cumprirem a legislação, têm
adotado uma série de medidas de proteção e melhoria ambiental em suas
operações. Entre essas medidas, destacam-se: mudanças em toda a linha de
produção, adotando novas tecnologias (tecnologias limpas), repurificando a água
através de ETA´s (Estações de Tratamento de Água) e ETE´s (Estações de
Tratamento de Esgotos), substituindo matérias primas poluidoras e/ou altas
produtoras de resíduos por outras mais limpas, entre outras. Atualmente, para
muitas empresas, associar competitividade com o uso sustentável dos recursos
naturais é adotar um novo paradigma, e talvez uma nova ética, conjugando
produção e proteção ambiental (CISSÉ BA e BRITO, 2003).
Chan e Wong (2004) concordam ao afirmarem que “indubitavelmente, os
negócios têm um papel importante na prevenção de danos ambientais, que são
responsáveis por grande parte da degradação ambiental que ocorre em função dos
processos de produção. Além disso, continuam os autores, diversas organizações
3
ROBINSON, J. P. Criteria for scale selection and evaluation in measures of personality and
social psychological attitudes. New York: Academic Press, 1991.
27
não-governamentais e grupos de pressão têm encorajado os empreendimentos a
revelarem os impactos que eles oferecem ao meio ambiente.
De acordo com Butzke et al. (2002), a Gestão Ambiental consiste de um
conjunto de medidas e procedimentos bem definidos e adequadamente aplicados
que visam a reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento
sobre o meio ambiente. Ainda segundo os mesmos autores, é primordial a
participação de todos os indivíduos de uma determinada atividade de gestão
ambiental.
A gestão ambiental atual pode abarcar a idéia de desenvolvimento
sustentável. Segundo Ferreira e Viola (1996), uma sociedade sustentável é aquela
que mantém o estoque de capital natural ou compensa pelo desenvolvimento do
capital tecnológico uma reduzida depleção do capital natural, permitindo assim o
desenvolvimento das gerações futuras”.
Para Backer (1995), gestão ambiental é:
Uma estratégia de negociação permanente, na qual os objetivos dos grupos e das pessoas
com interesses parcialmente opostos, tanto dentro como fora da empresa, devem ser
analisados, pesados e se possível relacionados a um modelo de equilíbrio do ecossistema,
que deve ser forjado pelo responvel da empresa, em pessoa. Para tanto, é necessária uma
ferramenta de análise e ntese que lhe permita identificar as prioridades da sua política e os
objetivos ecologistas que ele pode ou quer estabelecer.
Para Valle (1995), por sua vez, a gestão ambiental consiste de um conjunto
de medidas e procedimentos bem definidos e adequadamente aplicados que visam
a reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio
ambiente.” O autor ainda acrescenta que o gerenciamento ambiental deve assegurar
28
a melhoria contínua das condições de segurança, higiene e saúde ocupacional de
todos os seus empregados e um relacionamento sadio com os segmentos da
sociedade que interagem com o empreendimento.
Andrade et al. (2000) atestam que a gestão ambiental é entendida como um
processo adaptativo e contínuo, em que as organizações definem e redefinem seus
objetivos e metas relacionados à proteção ambiental, à saúde de seus empregados,
clientes e comunidade local, selecionando estratégias e meios para atingir estes
objetivos num tempo determinado, por meio de constantes avaliações de sua
interação com o meio ambiente externo.
2.2.1 Normas Ambientais
Como resultado de tantos esforços despendidos pelas nações,
aparentemente preocupadas em restabelecer um nível de desenvolvimento
econômico compatível com o equilíbrio socioambiental, primando pela qualidade de
vida das pessoas, surge uma miríade de ferramentas, metodologias e até mesmo
“ciências” para tratar de forma mais pragmática, além da pura especulação ou
discussões, as questões relativas à preservação da natureza.
A internalização das novas regras de proteção ambiental, por meio de uma
legislação mais restritiva e que objetiva a redução dos impactos ambientais
promovidos pelas atividades antrópicas, consolida a ciência do Direito Ambiental, um
instrumento que apóia a sociedade no sentido de proteger seus recursos naturais e
impedir que o processo de degradação se estenda ainda mais.
Para que problemas ambientais possam ser minimizados e para que ocorra
uma melhoria na qualidade ambiental e de vida, afirma Butzke et al. (2001),
29
importante, se não fundamental, é a mudança de comportamento dos indivíduos e
da sociedade como um todo, tanto em suas atividades como em todos os aspectos
de suas vidas. É, essencialmente, uma questão que implica em um processo
educativo e de conscientização ambiental.
Como conseqüência direta da ação da sociedade, as organizações foram
obrigadas a incorporar às suas atividades cuidados específicos com os aspectos
ambientais envolvidos e que têm potencial para produzir impactos ambientais
significativos. Observa-se a necessidade de prevenção impondo à gestão
requisitos essenciais a serem atendidos (CERQUEIRA, 2005).
Normas internacionais de caráter voluntário foram desenvolvidas para auxiliar
a gestão das organizações a equilibrar seus interesses econômico-financeiros com
os impactos gerados por suas atividades, sejam impactos ao meio ambiente ou
conseqüências diretas para a segurança e a saúde de seus colaboradores
(CERQUEIRA, 2005).
Ainda segundo o mesmo autor, essas normas têm foco na gestão preventiva,
buscando não assegurar, mas também melhorar continuamente, por ações
planejadas e sistematizadas, o atendimento aos requisitos legais e regulamentares
aplicáveis às suas atividades, buscar o cumprimento de políticas e de seus
compromissos com todas as partes interessadas, e atingir seus objetivos e metas,
sejam eles relativos à qualidade, ao meio ambiente ou à segurança e à saúde
ocupacional (CERQUEIRA, 2005).
De acordo com Cajazeira (1998), o desenvolvimento de Sistemas de
Gerenciamento Ambiental, de maneira normatizada, deve-se sobretudo a uma
resposta com relação às crescentes dúvidas sobre a proteção do meio ambiente.
Esta preocupação global em relação às questões ecológicas foi transferida para as
30
indústrias sob as mais diversas formas de pressão: Financeira (bancos e outras
instituições financeiras evitam investimentos em negócios com perfil ambiental
conturbado), Seguros (diversas seguradoras aceitam apólices contra danos
ambientais em negócios de comprovada competência em gestão do meio ambiente),
Legal (crescente aumento das restrições aos efluentes industriais pelas agências
ambientais). Todavia, a pressão dos consumidores, notadamente em pses mais
desenvolvidos, reflete uma autêntica paranóia por produtos ambientalmente corretos
e de certa forma estabeleceu uma suposta “consciência verde” ao redor do mundo.
2.2.2 A ISO 14001
A Organização Internacional para Normalização (ISO) é uma fundação
mundial composta por 130 membros de entidades nacionais de normalização, tendo
um membro de cada ps associado. É uma organização não-governamental criada
em 1947, sediada na Suíça, cuja missão é promover o desenvolvimento da
normalização mundial, com o objetivo de facilitar o comércio internacional de bens e
serviços e desenvolver a cooperação de atividades científicas, tecnológicas e
econômicas. O trabalho da ISO resulta em consensos internacionais, os quais são
publicados como normas e outros documentos internacionais (SANTOS, 2006).
A existência de normas distintas para tecnologias similares em diferentes
pses e regiões pode contribuir para a imposição de barreiras técnicas ao comércio
internacional. A origem da ISO está ligada à necessidade de derrubar tais barreiras,
de modo a incrementar o intercâmbio comercial mundial. O Brasil possui uma vaga
na ISO representada pela Associação Brasileira de Normas cnicas (ABNT)
(SANTOS, 2006).
31
As normas ISO, ainda segundo Santos (2006), são desenvolvidas de acordo
com os seguintes princípios:
Consenso: convergência de interesses de produtores, vendedores e usuários,
grupos de consumidores, laboratórios de análises, entidades governamentais,
profissionais de engenharia e organizações de pesquisa;
Abrangência global: soluções globais para satisfazer indústrias e consumidores
no mundo inteiro;
Trabalho voluntário: a normalização internacional é dirigida pelo mercado e,
portanto, baseada no envolvimento voluntário de todos os interessados que
ocupam espaço no mercado.
Entre as consagradas ferramentas no auxílio da consolidação de práticas
produtivas mais compatíveis com o novo modelo de gestão ambiental e que vem
sendo adotada em larga escala, é a Norma Ambiental ABNT NBR ISO 14001
Sistemas da Gestão Ambiental Requisitos com orientações para uso, já na versão
2004, subseqüente à primeira versão, de 1996. Ela é a versão brasileira da ISO
14001:2004, traduzida pela ABNT. Qualquer organização que tencione atestar à
sociedade, aos seus clientes e aos órgãos de controle e fiscalização ambiental, que
possui controle sobre seus aspectos e impactos ambientais, poderá se utilizar da
aplicação desta norma em seus processos, consolidando um Sistema de Gestão
Ambiental e, sendo esta aplicação efetivamente comprovada e verificada como
conforme em relação aos requisitos prescritos pela Norma, poderá este sistema ser
certificado em “conformidade com a ISO 14001”.
Cissé BA e Brito (2003) expressam que mesmo que imeros sistemas de
gestão ambiental tenham sido desenvolvidos anteriormente, a norma ISO 14001
32
tende a servir de modelo de referência, substituindo outros sistemas, cujo
reconhecimento é menos legítimo”.
A Norma ISO 14001 define Sistemas de Gestão Ambiental segundo um
conjunto de requisitos específicos e faz parte da série de normas internacionais ISO
14000, que buscam uma Gestão Ambiental sistemática de processos, produtos e
serviços, com o objetivo de atingir melhores resultados em termos de gerenciamento
das variáveis ambientais (ABNT, 2004).
Cissé BA e Brito (2003) enfatiza que a norma ISO 14001 conheceu um rápido
crescimento desde o seu lançamento, principalmente em empresas multinacionais.
De acordo com o autor, o novo padrão nos sistemas de gestão ambiental impõe-se
como um tipo de passaporte para o acesso a determinados mercados.
A ISO 14001 é uma norma de gestão ambiental que busca assegurar o
compromisso das organizações em reduzir os negativos efeitos ambientais (ABNT,
2004). Borges (2001) exemplifica que na Aracruz Celulose foram necessários
ajustes tais como a implantação de uma nova política de meio ambiente, qualidade,
saúde e segurança; diretrizes específicas para todos os departamentos no que diz
respeito à adequação da legislação ambiental; avaliação dos aspectos ambientais
de todas as atividades da empresa, procedimentos para uma avaliação interna da
gestão ambiental e a realização de duas auditorias internas anuais. A autora ainda
enfatiza que, embora a obtenção deste certificado seja opcional, ele abre
perspectivas de negócios e financiamento e, muitas vezes, faz parte das exigências
impostas pelo mercado.
Segundo a ABNT (2004), As normas de gestão ambiental têm por objetivo
prover as organizações de elementos de um sistema de gestão ambiental (SGA)
33
eficaz que possam ser integrados a outros requisitos de gestão, e auxiliá-las a
alcançar seus objetivos ambientais e ecomicos” .
A norma especifica os requisitos para que um sistema da gestão ambiental
capacite uma organização a desenvolver e implementar política e objetivos que
levem em consideração requisitos legais e informações sobre aspectos ambientais
significativos. Pretende-se que se aplique a todos os tipos e portes de organizações
e para adequar-se a diferentes condições geográficas, culturais e sociais (...) O
sucesso do sistema depende do comprometimento de todos os níveis e funções e
especialmente da alta administração. Um sistema deste tipo permite a uma
organização desenvolver uma política ambiental, estabelecer objetivos e processos
para atingir os comprometimentos da política, agir, conforme necessário, para
melhorar seu desempenho e demonstrar a conformidade do sistema com os
requisitos da norma. A finalidade geral desta norma é equilibrar a proteção ambiental
e a prevenção de poluição com as necessidades socioeconômicas (ABNT, 2004).
Esta norma é baseada na metodologia conhecida como Plan-Do-Check-Act
(PDCA)/(Planejar-Executar-Verificar-Agir). O PDCA pode ser brevemente descrito da
seguinte forma:
- Planejar: Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os
resultados em concordância com a política ambiental da organização;
- Executar: Implementar os processos;
- Verificar: Monitorar e medir os processos em conformidade com a política
ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e outros, e relatar os resultados;
- Agir: Agir para continuamente melhorar o desempenho do sistema da gestão
ambiental (ABNT, 2004).
34
Em suma, a norma se aplica aos aspectos ambientais que a organização
identifica como aqueles que possa controlar e aqueles que possa influenciar. Apesar
disso, ela não estabelece critérios específicos de desempenho ambiental. Aplica-se,
ainda, a qualquer organização que deseja:
a) estabelecer, implementar, manter e aprimorar um sistema da gestão
ambiental;
b) assegurar-se da conformidade com sua política ambiental definida;
c) demonstrar conformidade com os requisitos da norma ao
a. fazer uma auto-avaliação ou autodeclaração, ou
b. buscar confirmação de sua conformidade por partes que tenham
interesse na organização, tais como clientes, ou
c. buscar confirmação de sua autodeclaração por meio de uma
organização externa, ou
d. buscar certificação/registro de seu sistema da gestão ambiental por
uma organização externa (ABNT, 2004).
A marca de mais de duas mil empresas brasileiras certificadas até março de
2006 em conformidade com a Norma ISO 14001 (ALTINO, 2006), revela a tendência
das empresas (públicas, privadas ou mistas) em administrar seus aspectos e
impactos ambientais de seus processos, produtos ou serviços, incrementando a
gestão organizacional com o controle sobre as varveis que definem a interface
Empresa X Meio Ambiente.
2.2.3 A Certificação da Norma ISO 14001
35
De acordo com a Organização Internacional para Normalização, o termo
“certificação se refere à emissão de um certificado escrito por um organismo
independente e externo que auditou o sistema de gestão da organização e verificou
sua conformidade com os requisitos especificados na norma. O termo “registro”
significa que o corpo auditor (Organismo Certificador Credenciado) registrou esta
certificação em seu registro de clientes (ISO, 2006a).
Como uma das formas de comprovação e demonstração da validade do
atendimento aos requisitos implantados em conformidade com a ISO 14001,
portanto, existem as certificações de terceira parte, concedidas por Organismos
Certificadores Credenciados (OCCs). A certificação é um instrumento que valida o
Sistema de Gestão Ambiental implementado, atestando sua conformidade com os
requisitos da Norma ISO 14001. Esta certificação é uma garantia às partes
interessadas, de forma imparcial e objetiva, que a organização possui um SGA
planejado, implementado, mantido e melhorado continuamente.
A certificação de conformidade com a ISO 14001 não é compulsória. Isto
significa que a organização que implementa a norma para estabelecer um sistema
de gestão ambiental não necessariamente precisa ser certificada por um organismo
de terceira parte. Isto é, a alta administração é quem define se certifica ou não o
sistema de gestão implementado, de acordo com suas necessidades e perspectivas.
A ISO salienta que “decidir por se submeter a uma auditoria independente do
seu sistema de gestão para confirmar a conformidade com o padrão (a norma) é
uma decisão a ser tomada se, por exemplo:
é um requisito contratual, regulamentar ou de mercado,
vai ao encontro dos desejos do consumidor,
é parte de um programa de gestão de riscos, ou (...)
36
a certificação irá motivar sua equipe por estabelecer um objetivo claro para
o desenvolvimento do sistema de gestão” (ISO, 2006b).
Entende-se, portanto, que a tomada de decisão em relação à certificação ISO
14001 deve ser subsidiada por uma série de aspectos convergentes, que incluem
critérios objetivos e subjetivos (quantitativos e qualitativos). Estes critérios, dados
para a caracterização do perfil de cada empresa no que se refere às suas tomadas
de decisão, deverão ser levantados e tratados estatisticamente por um modelo que
possa, ao final, conduzir a uma recomendação com maior probabilidade de acerto na
decisão adotada.
2.3 MOTIVAÇÕES PARA A ADOÇÃO DA NORMA ISO 14001 E CERTIFICAÇÃO
O Brasil teve o mérito de ser o primeiro ps da América Latina a alcançar
tamanha expressividade na adoção da norma, que pode representar que a
certificação ambiental foi encarada muito mais como uma oportunidade de melhoria
do que, simplesmente, como uma barreira que estava sendo imposta com o intuito
de dificultar práticas comerciais (ALTINO, 2006).
Entretanto, para as organizações, esta nova norma levanta muitos desafios.
Num primeiro momento, sua adoção parece ser muito mais motivada por uma
atitude de antecipação, que por pressões internas e/ou externas. Além da grande
quantidade de documentos exigidos, as proposições da norma não estão
necessariamente de acordo com a filosofia de gestão das organizações, que se
deparam com muitos problemas relacionados. Esse processo de certificação, além
de envolver a implementação de diversos procedimentos, requer uma mudança
cultural que mostra-se de difícil assimilação. Assim, a ISO provoca alteração no
37
universo simbólico criando movimentos de resistência e adesão devido à
interpretação que cada membro faria dela (CISSÉ BA e BRITO, 2003).
Fryxell e Szeto (2001) afirmam que as razões em virtude das quais as
empresas deveriam buscar a certificação, são: melhorias nas conformidades
regulatórias, melhoria no desempenho ambiental, atendimento das expectativas dos
clientes, redução de custos, melhor atendimento às partes interessadas externas e a
melhoria na reputação corporativa.
Zeng et al. (2005), da mesma forma, enumeram algumas motivações pela
certificação ISO 14001, tais como: a entrada no mercado internacional, a
padronização de procedimentos de gestão ambiental para operações internas, a
economia de recursos e redução de desperdícios para o gerenciamento corporativo,
a melhoria na imagem corporativa para efeitos de mercado e o aumento na
consciência ambiental de fornecedores.
Os autores ainda relacionam os benefícios provenientes da certificação ISO
14001, pesquisados entre diversas organizações:
Benefícios para operações internas, através do aumento da eficiência,
responsabilidades bem-definidas, aumento da consciência ambiental:
padronização de um sistema de gestão ambiental;
Benefícios para a gestão corporativa, através de menor número de
reclamações, melhoria nos resultados, economia de recursos e
redução de desperdícios e aumento do reconhecimento social;
Benefícios de mercado, por meio do aumento da fatia de mercado,
confiança dos consumidores e melhoria na imagem corporativa;
38
Benefícios nas relações com fornecedores (terceirizados), através de
melhores relações, controle e aumento da consciência ambiental e da
promoção da certificação ISO 14001; e
Benefícios para a produção mais limpa, em que oitenta e um por
cento das organizações pesquisadas afirmaram que a certificação ISO
14001 promoveu “óbvia melhoria”, ao passo que apenas dezessete
por cento afirmaram que a certificação “não fez diferença” com relação
à produção mais limpa (ZENG et al., 2005).
De acordo com Bansal e Bogner (2002), os custos com a ISO 14001 não são
triviais. Os autores concordam que gerentes precisam adotar uma análise cuidadosa
da relevância da ISO 14001 para suas organizações antes de decidirem pela sua
adoção. Apesar da facilidade de se estimar os custos diretos da implementação da
norma e respectiva certificação com a ajuda de uma boa contabilidade interna, a
valoração de custos e benefícios intangíveis e os impactos indiretos no desempenho
do empreendimento é mais complexa.
Ainda de acordo com os autores acima, a certificação para um SGA baseado
na ISO 14001 não é nem fácil e nem barato. Além dos custos de certificação, as
empresas precisam contabilizar os custos anuais de manutenção da documentação
(BANSAL e BOGNER, 2002).
Pergunta-se, então, quais seriam os benefícios econômicos diretos esperados
em função da certificação? Devido ao aumento da eficiência das organizações, pela
ajuda de um SGA, em função de uma gestão ambiental responsável, a ISO 14001
provê benefícios marginais da respectiva certificação. Um dos claros benefícios seria
a possibilidade de sinalizar aos clientes que a organização exigirá a certificação ISO
14001. Xerox, IBM, Honda, Toyota, entre outras organizações, encorajaram seus
39
fornecedores a certificarem-se com a adoção da ISO 14001. A Ford e a GM deram
passos mais largos nesse sentido. Em setembro de 1999, a divisão de compras da
Ford anunciou que todos os seus fornecedores, no mundo inteiro, deveriam obter a
certificação ISO 14001 a 2003. Após duas semanas, a GM procedeu com um
anúncio semelhante. Os fornecedores destas organizações terão poucas opções se
a ISO 14001 se tornar um requisito de fato para vender em qualquer cadeia de
valores que desembocam nessas organizações (BANSAL e BOGNER, 2002).
Morrow e Rondinelli (2002), abordando também a questão motivacional em
relação a ISO 14001, enumeram possíveis motivões, tais como a economia de
recursos pela melhoria da eficiência e redução de custos com a energia, materiais,
multas e penalidades, aumento da confiança do investidor na organização e
vantagens competitivas internacionais.
Ademais, Clark
4
(1999) segundo Morrow e Rondinelli (2002), afirma que
muitas organizações multinacionais estão adotando um sistema de gestão ambiental
para satisfazer as pressões dos clientes e para assegurar que a cadeia de
fornecedores esteja operando de maneira social e ambientalmente responsável.
Também, em função do grande interesse entre as partes envolvidas internas e
externas, as organizações estão adotando os sistemas de gestão ambiental.
Os pesquisadores ainda salientam outras motivões, tais como: avaliação do
comprometimento com a melhoria do desempenho ambiental e redução de riscos
das companhias, por agências regulatórias do governo, companhias de seguro e
instituições financeiras; aumento da eficiência das operações; aumento da
consciência dos impactos ambientais entre funcionários e o estabelecimento de uma
4
CLARK, D. What drives companies to seek ISO 14000 certification? Pollution Engineering
International, v. Summer, p. 4-17, 1999.
40
forte imagem de responsabilidade social corporativa (MORROW e RONDINELLI,
2002).
Em matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, Carlos Nomoto,
superintendente de desenvolvimento sustentável do Banco Real, afirma que no setor
de crédito o banco tem analistas especializados em avaliar aspectos sociais e
ambientais do tomador de empréstimo. Quanto mais “sustentavelmente correto” ele
for, menores serão os juros (BANCOS, 2007).
Para Culey
5
(1998) segundo Seiffert (2007), a maioria das empresas que vêm
implementando um SGA baseado na ISO 14001, tem sido motivada, em geral,
quase exclusivamente pelo eventual surgimento de futuras barreiras não tarifárias ao
comércio de seus produtos. Com a adoção da norma, portanto, as empresas
acreditam assegurar sua fatia do mercado, tanto nacional, como internacional.
Supõe-se, portanto, que o processo de tomada de decisão com relação à
certificação ISO 14001 seja executado considerando-se diversos elementos
motivacionais e contextuais relativos às organizações. Para tanto, o agente decisor
da organização precisa entender quais os principais elementos relacionados a um
SGA ISO 14001, avaliando-os em face do seu perfil organizacional.
2.4 TOMADA DE DECISÃO
Buchanan e O´Connell (s/d) afirmam que a tomada de decisão é parte de um
fluxo de pensamento que teve seu início nos tempos em que o homem, diante da
incerteza, buscava orientação nos astros. A partir dali, o homem nunca cessou sua
busca por novas ferramentas decisórias. Os autores ainda concordam que a
5
CULEY, W. C. Environmental and quality systems integration. Washington: Lewis Publisher,
1998.
41
chegada da expressão “tomada de decisão”, inserida no século passado por um
executivo aposentado chamado Chester Barnard, mudou o modo como o
administrador via aquilo que fazia e gerou uma nova firmeza no agir; um desejo de
conclusão.
Os autores defendem a idéia de que o estudo da tomada de decisão é uma
mescla de várias disciplinas do saber, como matemática, sociologia, psicologia,
economia e ciências políticas (BUCHANAN e O´CONNELL, s/d).
Shimitzu (2001) afirma que uma organização freqüentemente se encontra
diante de problemas sérios de decisão. Uma pessoa física poderia analisar o
problema e escolher a melhor alternativa de decisão de modo inteiramente informal.
Em uma organização, os problemas são muito mais amplos e complexos,
envolvendo riscos e incertezas. Necessitam, normalmente, da opino e participação
de muitas pessoas, em diversos níveis funcionais. Dependendo do tipo e/ou do nível
da decisão, o processo de decisão em uma empresa ou organização pode ser
estruturado e resolvido de modo formal, detalhado, consistente e transparente.
Para Gomes et al. (2002), uma decio precisa ser tomada sempre que se
está diante de um problema que possui mais que uma alternativa para sua solução.
Mesmo quando, para solucionar um problema, dispõe-se uma única ação a tomar,
têm-se as alternativas de tomar ou não essa ação. Concentrar-se no problema certo
possibilita direcionar corretamente todo o processo.
A tomada de decisão é um esforço para tentar resolver problemas de
objetivos conflitantes cuja presença impede a existência da solução ótima e conduz
à procura do “melhor compromisso” (ZELENY
6
, 1994 apud GOMES et al., 2002).
6
ZELENY, Milan. Six concepts of optimality. TIMS/ORSA Joint Meeting. Boston, 1994.
42
Raiffa
7
(1970) entende que os objetivos ajudam a determinar quais
informações devem ser obtidas, permitem justificar decisões perante os outros,
estabelecem a importância de uma escolha e permitem estabelecer o tempo e o
esforço necessário para cumprir uma tarefa (RAIFFA
8
, 1970 apud GOMES et al.,
2002).
Gomes et al. (2002) também observa que o processo de decisão requer a
existência de um conjunto de alternativas factíveis para a sua composição, em que
cada decisão (escolha de uma alternativa factível) tem associados um ganho e uma
perda.
Para Soares (2004), a gestão ambiental pode ser entendida como um
processo de tomada de decisões que devem repercutir positivamente sobre a
variável ambiental de um sistema. Nesse caso, a tomada de decisão consiste na
busca da opção que apresente o melhor desempenho, a melhor avaliação, ou ainda,
a melhor aliança entre as expectativas daquele que tem o poder de decidir e suas
disponibilidades em adotá-la.
DOT
8
(2001) segundo Lima e Vasconcelos (2006) sugere que a seqüência de
um processo de tomada de decisão pode ser descrita por meio dos seguintes
passos:
1. Identificação dos objetivos, considerada como uma fase crucial já que ela
devecondicionar todas as seguintes e, portanto, a viabilidade do projeto. Esses
objetivos devem obedecer aos requisitos de i) especificidade; ii) mensurabilidade; iii)
consensualidade; iv) realismo e v) estar associado a determinado período de tempo.
7
RAIFFA, H. Decision Analysis. Reading Addison: Wesley, 1970.
8
DOT. Multi Criteria Analysis: A Manual. Department for Transport, Local Government and the
Regions, United Kingdon, 2001.
43
2. Após definidos os objetivos, necessário é identificar as opções que irão
contribuir para a satisfação daqueles objetivos.
3. Para a comparação das opções levantadas no passo anterior, deve-se
proceder então com a identificação dos critérios para a comparação das opções. De
acordo com os autores, esta é a fase em que se estabelece o método de
comparação das diferentes opções, no sentido de atingir aqueles objetivos definidos
previamente. Para tanto, faz-se necessário o estabelecimento de critérios de
medição do desempenho das diferentes opções e, além disso, esses critérios têm de
permitir a mensurabilidade das diferentes opções, pelo menos em termos
qualitativos.
4. O passo seguinte é executar a análise das opções, onde condiciona-se a
escolha da opção final. De acordo com os autores, os métodos de análise mais
comuns baseiam-se simplesmente na avaliação econômica e financeira.
5. Como penúltimo passo, tem-se a seleção entre opções analisadas e a
opção selecionada não deve ser necessariamente irreversível, devendo-se
salvaguardar a possibilidade de apreciar novas opções.
6. Retorno dos resultados (feedback) - por consulta às partes interessadas ou
debate - é o último passo, importante para a obtenção de elementos e informações
enriquecedores que contribuem para a redução de incerteza nos processos futuros.
Oliveira (1997), define que as fases do processo decisório se dão,
basicamente, da seguinte forma:
identificação do problema;
análise do problema, com base na consolidação das informações sobre ele.
Para tanto é necessário tratá-lo como um sistema;
Estabelecimento de soluções alternativas;
44
Análise e comparação das soluções alternativas, por meio de levantamento
das vantagens e desvantagens de cada alternativa, bem como da avaliação
de cada uma dessas alternativas em relação ao grau de eficiência, eficácia e
efetividade no processo;
Seleção de alternativas mais adequadas, de acordo com critérios
preestabelecidos;
Implantação de alternativa selecionada, incluindo o devido treinamento e
capacitação das pessoas envolvidas; e
Avaliação da alternativa selecionada por meio de critérios devidamente
aceitos pela empresa.
Ainda segundo Oliveira (1997), os elementos do processo decisório que o
executivo poderá lançar mão são:
a) a incerteza que ocorre tanto no conhecimento da situação do ambiente que
envolve a decisão, quanto na identificação e valoração das conseqüências
decorrentes da opção por um curso de ação em detrimento de outras alternativas.
b) Os recursos do decisor, que normalmente são limitados, prejudicando a
correspondente ação. Essa é uma das razões da necessidade de estabelecer planos
de ação inerentes às principais decies da empresa. Isso porque os cursos
alternativos de que a empresa dispõe competem entre si, apesar de estarem
hipoteticamente voltados para o mesmo propósito, objetivo, meta ou desafio
estabelecidos.
2.4.1 Análise Multicriterial
Lucena (2003) afirma que tradicionalmente as decisões nos diversos setores
da sociedade o baseadas em apenas um ou dois critérios, por meio de técnicas
45
monocriteriais. Nestes métodos, segundo a autora, não é fácil considerar a presença
e a importância de fatores subjetivos, sejam eles quantificáveis ou não. Isto pode
conduzir a escolhas não muito adequadas, por exemplo, para atender as prioridades
socioeconômicas de uma comunidade. A partir de tais necessidades e exigências, o
pensamento multicriterial de tomada de decisão começou a crescer e tomar forma.
As decisões que envolvem ações ambientais são sustentadas sobre múltiplos
critérios de decio, em que as aplicações de análises multicriteriais, portanto, são
as mais adequadas para os processos de tomada de decisão.
Segundo Gomes et al. (2002), existem seis principais metodologias
multicriteriais de atribuição de pesos aos critérios, a saber: SMART (Simple Multi
Attribute Rating Technique), Ordinal (Ranking Methods), Atribuição Direta de Peso
(ou Pontuação Direta), Swing Weighting, Trade-off Weighting e Análise Hierárquica
de Processos (AHP).
O método de Análise Hierárquica de Processos, criado por Saaty (1991),
utiliza uma escala verbal para fazer comparações de valor entre as alternativas de
decisão. Ao se comparar duas alternativas A e B (comparação paritária), pode-se
dizer que a alternativa A é melhor do que a alternativa B (PESSÔA, 2005).
Schmidt (1995) entende que o modelo hierárquico de Saaty (1991) reflete a
maneira pela qual a mente humana conceitualiza e estrutura um problema complexo.
O método natural de funcionamento da mente humana, quando se defronta com um
grande número de elementos, controláveis ou não, que abrangem uma situação
complexa, é agregá-los a grupos, segundo propriedades comuns, isto é, quando o
ser humano identifica alguma coisa, decompõe a complexidade encontrada; quando
descobre relações, sintetiza; este é o processo fundamental da percepção:
decomposição e síntese.
46
No Método de Análise Hierárquica, o uso de comparações paritárias é
combinado com uma estrutura hierárquica que define critérios e subcritérios. Isto
torna o método bastante poderoso, tanto por facilitar a estruturação do problema em
vários níveis hierárquicos, quanto por facilitar sobremaneira a valoração de
alternativas sob critérios subjetivos. O resultado de todo o processo é um
ordenamento de todas as alternativas (PESSÔA, 2005).
A atribuição de pesos aos critérios no método AHP, é baseada na comparação
paritária dos critérios considerados. Isto é feito por meio das perguntas: “qual destes
critérios é mais importante? Quanto este critério é mais importante que o outro?
(GOMES et al., 2002).
O decisor responderá a esta última pergunta, segundo o autor, com o número
que relata a expressão verbal. Portanto, neste método, utiliza-se de uma escala de
um a nove (Figura 1). Outros pesquisadores propuseram escalas alternativas, nas
quais é estabelecido um valor superior a 9 como limite. O método AHP tem como
origem a escala de razão (GOMES et al., 2002).
Figura 1 - Quadro da Escala Fundamental de Saaty (1991).
Valor
Importância
relativa
Expressão verbal
1 Igual importância
Os dois elementos contribuem igualmente para o
objetivo
3
Preponderância
pequena de um
sobre o outro
A experiência e o julgamento favorecem levemente um
critério em relação ao outro
5
Preponderância
grande ou
essencial
A experiência e o julgamento favorecem fortemente um
critério em relação ao outro
7
Preponderância
muito grande ou
demonstrada
Um critério é muito fortemente favorecido em relação
ao outro, sua dominação de importância é
demonstrada na prática
9
Preponderância
absoluta
A evidência favorece um critério em relação ao outro
com mais alto grau de certeza
2, 4,
6, 8
Valores
intermedrios
Quando se procura uma condição de compromisso
entre duas definições
47
Utilizando a escala de razão, pode-se obter a seguinte metodologia:
considerando os critérios c1, c2 e c3, onde c1 > c2 > c3, pergunta-se o quanto c1 é
superior a c2, o quanto c1 é superior a c3 e o quanto c2 é superior a c3. Pode-se
observar que o número de comparações N é definido pela equação (1):
ܰ
௡ ൈ
௡ିଵ
(1)
em que n é o número de critérios (GOMES et al., 2002).
Na Figura 2 apresenta-se uma ilustração de uma típica estrutura hierárquica de
processo:
Figura 2 - Estrutura hierárquica simples do método AHP (MOISA, 2005).
Na fase de priorização dos elementos (critérios), obtém-se o vetor de prioridade
local a partir da matriz de comparação, o qual permite a determinação do grau de
importância dos elementos em cada nível hierárquico do sistema (LUCENA, 2003).
Este vetor é obtido a partir do autovetor da matriz de comparação e pode ser
calculado pelo produtório dos julgamentos de cada linha da matriz de comparação. É
OBJETIVO
Critério 1
Critério 2
...
Critério n
Alternativa 1 Alternativa 2 ...
Alternativa n
48
então calculada a n-ésima raiz de cada produtório e os resultados obtidos são
normalizados (SAATY, 1991).
Supondo-se que c1 = 2 x c2, c2 = 2 x c3 e, conseqüentemente, c1 = 4 x c3
(GOMES et al., 2002), compõe-se a matriz de comparações apresentada na Tabela
1.
Tabela 1 - Matriz de comparações adaptada de Gomes et al. (2002).
C1 C2 C3 W (autovetor)
C1 1 2/1 4/1 [1x(2/1)x(4/1)]
1/3
= 2,0
C2 1/2 1 2/1 [(1/2)x1x(2/1)]
1/3
= 1,0
C3 1/4 1/2 1 [(1/4)x(1/2)x1]
1/3
= 0,5
Efetuando a soma dos valores do autovetor W (2,0 + 1,0 + 0,5) obtém-se o
valor 3,5. Após isso, efetua-se a normalização dos valores, obtendo-se:
a. Wc1 = 2,0 / 3,5 = 0,5714
b. Wc2 = 1,0 / 3,5 = 0,2857
c. Wc3 = 0,5 / 3,5 = 0,1428
Conclui-se, portanto, que o elemento (critério C1), em relação aos outros
elementos, tem um peso (ou importância) de 0,5714 (ou 57,14%) e assim
sucessivamente para C2 (28,57%) e C3 (14,28%).
49
3 METODOLOGIA
3.1 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA DE APOIO À DECISÃO
3.1.1 Identificação do objetivo do problema de decisão
Inicialmente, considerou-se a necessidade da identificação do objetivo que o
agente decisor deve ter em mente com relação ao seu processo decisório. A
pergunta que levou o agente decisor para este processo, e que ele deve sempre ter
em mente é: “qual o objetivo que se pretende alcançar neste processo de tomada de
decisão?Portanto, nesta etapa definiu-se claramente qual o objetivo do problema
de decisão.
3.1.2 Identificação das alternativas de decisão
Definido o objetivo, na segunda etapa considerou-se que o agente decisor
deve conhecer as opções (ou alternativas de decisão) disponíveis, sabendo que a
ferramenta de apoio à sua decisão irá fornecer uma tendência para uma dessas
opções. As alternativas de decisão derivam diretamente do objetivo do problema,
esclarecido na primeira etapa. Tem-se, portanto, como opções mutuamente
excludentes, as seguintes alternativas a serem recomendadas ao agente decisor:
1. Implementar a ISO 14001 e certificar o empreendimento/atividade ou
2. Não implementar a ISO 14001.
50
Logicamente, pretende-se que o referido resultado indique uma tendência
para uma das alternativas de decisão.
3.1.3 Levantamento de critérios e subcritérios de apoio à decisão (questionário de
pesquisa)
Na terceira etapa foram levantados os critérios e subcritérios de apoio à
decisão, elementos que subsidiam a comparação entre as alternativas de decio.
Esta fase se concretizou por meio de uma pesquisa com empresas já certificadas
nos padrões normativos ISO 14001, em que foram sugeridos critérios e subcritérios
iniciais e que, eventualmente, tenham sido considerados como elementos para a
tomada de decisão.
O questionário (ANEXO 1) foi publicado na Internet, em um endereço
destinado especificamente para a pesquisa, com campos para preenchimento das
respostas, para que os convidados pudessem responder as perguntas e enviar os
resultados de forma prática e ágil. As respostas foram recebidas por um endereço de
correio eletrônico também destinado exclusivamente à pesquisa.
Para participar das pesquisas, as empresas foram selecionadas a partir de
uma lista de empresas certificadas por Organismos Certificadores Credenciados
pelo INMETRO (2007), disponibilizada no endereço eletrônico deste. No total foram
enviados, por correio eletrônico, aproximadamente quinhentos convites para a
participação na pesquisa, endereçados a gestores ambientais e/ou administradores,
responsáveis pelo SGA certificado de suas respectivas empresas.
Com base nos resultados da pesquisa e na revisão de literatura, procedeu-se
ao estabelecimento definitivo dos critérios e subcritérios que efetivamente se
51
apresentaram como principais elementos para a tomada de decisão das
organizações para a adoção da norma ISO 14001.
Ainda nesta etapa, procedeu-se ao estudo estatístico das respostas
dicotômicas com relação aos subcritérios adotados ou não pelas empresas
respondentes. O objetivo deste estudo foi encontrar as significâncias (teste t,
ANEXO 5) e as correlações (de Pearson, ANEXO 6) entre os subcritérios
(BARBETTA, REIS e BORNIA, 2004). Para a realização deste estudo, foi utilizado o
programa computacional SPSS versão 13.0.
3.1.4 Priorização de critérios e subcritérios pela Análise Hierárquica de Processos
Dentre as principais metodologias multicriteriais de atribuição de pesos
citadas por Gomes et al. (2002), a Análise Hierárquica de Processos (AHP), por já
ter sido utilizada em trabalhos anteriores de tomada de decisão ambiental e pela sua
relativa simplicidade de aplicação e entendimento, foi a metodologia escolhida para
a priorização dos critérios e subcritérios, par a par, utilizados no algoritmo da
ferramenta proposta.
a. Priorização de critérios
Para a priorização tanto dos critérios, quanto dos subcritérios paritariamente,
isto é, para o cálculo da importância relativa entre estes elementos, foi utilizado o
tratamento da Análise Hierárquica de Processos (AHP), em que o agente decisor
deve considerar a importância que um determinado critério ou subcritério de decisão
52
tem com relação aos seus respectivos pares, utilizando-se da Escala Fundamental
(Figura 1, p. 46).
Como exemplo, pode-se simular a percepção do agente decisor sobre a
importância dos critérios, da seguinte maneira:
Tabela 2 - Matriz de importâncias relativas dos critérios (GOMES et al., 2002).
CRITÉRIO 1 (C
1
) CRITÉRIO 2 (C
2
) CRITÉRIO 3 (C
3
)
CRITÉRIO 1 (C
1
) 1 C
1
/C
2
C
1
/C
3
CRITÉRIO 2 (C
2
) C
2
/C
1
1 C
2
/C
3
CRITÉRIO 3 (C
3
) C
3
/C
1
C
3
/C
2
1
Na Tabela 2, caso o agente decisor perceba que o critério 2 tem pequena
preponderância sobre o critério 1, a razão C
1
/C
2
será igual a 1/3. Automaticamente a
razão C
2
/C
1
será igual a 3. Analogamente, se o critério 3 tiver uma importância
absoluta sobre o critério 1, a razão C
3
/C
1
será valorada em 9. Automaticamente a
razão C
1
/C
3
será igual a 1/9.
Ao final da composição da matriz de importâncias relativas, pode-se obter a
influência de cada critério no processo de tomada de decisão (peso relativo),
adotando-se o produtório dos julgamentos de cada linha da matriz de comparação. É
então calculada a n-ésima raiz de cada, da seguinte forma:
O peso do critério 1 (P
1
) é calculado pela equação 2.
P
1
= (1 x C
1
/C
2
x C
1
/C
3
)
1/3
(2)
53
e assim sucessivamente para o restante dos critérios:
O peso do critério 2 (P
2
) é calculado pela equação 3.
P
2
= (C
2
/C
1
x 1 x C
2
/C
3
)
1/3
(3)
O peso do critério 3 (P
3
) é calculado pela equação 4.
P
3
= (C
3
/C
1
x C
3
/C
2
x 1)
1/3
(4)
Com todos os pesos calculados, procede-se à normalização dos valores
(pesos relativos normalizados), em que o somatório de todos eles resulta em um,
conforme as equações 5 a 7.
NP
1
= P
1
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
) (5)
NP
2
= P
2
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
) (6)
NP
3
= P
3
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
) (7)
b. Priorização de subcritérios
Em seguida, assumindo-se que o critério 1 possua dois subcritérios S
11
e S
12
,
deve-se proceder, assim como no caso dos critérios, à análise paritária entre eles.
Sendo assim, a matriz de importâncias relativas dos subcritérios do critério 1 se
configura como na Tabela 3.
54
Tabela 3 - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios do critério 1.
Subcritério 1 do critério
1
(S
11
)
Subcritério 2 do critério
1
(S
12
)
Subcritério 1 do critério
1
(S
11
)
1 S
11
/S
12
Subcritério 2 do critério
1
(S
12
)
S
12
/S
11
1
Caso o agente decisor perceba que o subcritério 1 tenha grande importância
sobre o subcritério 2, a razão S
11
/S
12
deve ser valorada, de acordo com a Escala
Fundamental de Saaty (Figura 1, p. 46), como 5. Automaticamente a razão inversa,
S
12
/S
11
será igualada a 1/5.
Ao final da composição da matriz de importâncias relativas, pode-se obter a
influência de cada subcritério no processo de tomada de decisão (peso relativo), da
seguinte forma:
O peso do subcritério 1 do critério 1 (PS
11
) é calculado pela equação 8.
PS
11
= (1 x S
11
/S
12
)
1/2
(8)
O peso do subcritério 2 do critério 1 (PS
12
) é calculado pela equação 9.
PS
12
= (S
12
/S
11
x 1)
1/2
(9)
55
Com todos os pesos calculados dos respectivos subcritérios, procede-se com
a normalização dos valores PS
11
e PS
12
, tal como executado para normalização dos
critérios, obtendo-se os valores normalizados NPS
11
e NPS
12
(pesos relativos
normalizados). Desta forma, o somatório dos pesos relativos normalizados dos
subcritérios se igualará a 1.
Os pesos dos demais subcritérios, relativos aos outros critérios (critério 2,
critério 3), são calculados da mesma maneira.
3.1.5 Pontuação dos subcritérios
Após concluída a hierarquização dos critérios e subcritérios, com seus
respectivos pesos normalizados já definidos, o agente decisor partirá para a
pontuação dos subcritérios. Esta pontuação refletirá a percepção do agente decisor
em relação ao seu perfil organizacional frente às alternativas, relativas aos
subcritérios, pré-definidas pela ferramenta. O valor é atribuído cognitivamente pelo
agente decisor, por meio de uma escala verbal de valores; isto é, reflete o quanto um
determinado subcritério influencia no processo decisório em questão (no presente
estudo, na adoção ou rejeição da ISO 14001).
Com esses valores determinados, o agente decisor procede à ponderação da
pontuação dada para cada subcritério, por meio de sua multiplicação pelo seu
respectivo peso relativo normalizado, calculado anteriormente. O peso relativo
normalizado é, portanto, o fator de ponderação subcriterial.
Sendo assim, obtém-se o valor final da pontuação ponderada do subcritério
sob análise, que representa o quanto efetivamente ele contribui para a adoção ou
para a rejeição da implementação da norma ISO 14001.
56
3.1.6 Pontuação dos critérios (índice de recomendação parcial da ferramenta)
A pontuação dos critérios foi estabelecida por meio do somatório (médias) das
pontuações ponderadas dos seus respectivos subcritérios. Obtém-se, assim, o
resultado da pontuação do critério, que deveser multiplicada pelo seu respectivo
peso relativo normalizado calculado anteriormente, representando o quanto este
critério contribui para a adoção ou para a rejeição da implementação da norma ISO
14001. Tal como na ponderação dos subcritérios, o peso relativo normalizado do
critério é o fator de ponderação criterial.
Esta pontuação, quando normalizada (escala percentual), pode ser
interpretada também como um índice de recomendação parcial relacionado ao
critério em questão, uma vez que este índice explicita a influência do critério no
cômputo geral da ferramenta, representado pelo seu índice de recomendação final.
3.1.7 Cálculo do índice de recomendação final da ferramenta
Para se encontrar o valor final retornado pela ferramenta, denominado “índice
de recomendação final”, procede-se com o somatório (médias) das pontuações
ponderadas dos critérios, o que representa a aderência (ou compatibilidade) entre os
requisitos exigidos pela ISO 14001 e o perfil organizacional atual em questão. Isto é,
a ferramenta executa um balanceamento entre as condições organizacionais atuais
a as vantagens e desvantagens de se adotar a norma ISO 14001.
3.1.8 Interpretação do índice de recomendação final
57
Para que o agente decisor proceda à interpretação do índice de
recomendação final retornado pela ferramenta, desenvolveu-se uma tabela sob os
mesmos moldes da escala verbal de pontuação das alternativas, relativas aos
subcritérios, em que o índice obtido relacionará qual a recomendação verbal final
(sobre a adoção da ISO 14001): fortemente desaconselhável, desaconselhável,
ponto de equilíbrio, aconselhável, fortemente aconselhável.
3.1.9 Síntese do processo decisório
Na Figura 3 é apresentado o fluxograma que sintetiza o processo decisório
através da aplicação da ferramenta desenvolvida.
3.1.10 Algoritmo da ferramenta no programa computacional Excel
Para facilitar e agilizar a aplicação da ferramenta nas organizações,
desenvolveu-se um algoritmo de interface simples no programa computacional
Excel. Desta forma, os resultados do estudo proposto pela ferramenta são
retornados imediatamente após a inserção dos dados pelo agente decisor. A
interface de priorização paritária do algoritmo é apresentada nos ANEXOS 3 e 4, já
com os resultados da aplicação da ferramenta, conforme o item 3.1.11.
58
Figura 3 - Fluxograma do processo decisório.
3.1.11 Aplicação da ferramenta
Com o objetivo de se ratificar a validade da ferramenta de auxílio à tomada de
decisão, em sua versão já consolidada no programa computacional Excel, executou-
se sua aplicação em duas empresas de segmentos distintos. Sendo assim, foi
possível identificar suas funcionalidades, possíveis necessidades de alterações e se,
Objetivo da tomada de decisão
Definição das alternativas de decisão
Critérios de decisão
Alternativa 2 de decis
ão
Alternativa 1 de decisão
Subcritérios de decisão
Alternativas para a pontuão dos subcritérios
Pontuão dos critérios
Í
ndice de recomendação final (
α
)
Interpretação do
α
Tomada de decisão
Priorização paritária dos critérios
Priorização paritária dos subcritérios
59
de fato, ela retornaria resultados condizentes com os perfis organizacionais
analisados.
A primeira aplicação ocorreu na ARTECHE EDC, localizada na Rua Juscelino
K. de Oliveira, número 11400, Cidade Industrial de Curitiba, Paraná. A referida
organização multinacional trabalha no setor de geração, transmissão e distribuição
de energia, fabricando equipamentos para a automatização e distribuição, proteção
e controle de redes elétricas e equipamentos para subestações de energia. Seus
principais produtos são: bancos de capacitores, bobinas de bloqueio, fusíveis,
interruptores automáticos de média tensão, isoladores de passagem, medidores e
contadores, pára-raios, relés de proteção, transformadores, dentre outros
(ARTECHE, 2007).
A ARTECHE tem a intenção de implementar a ISO 14001 num futuro breve
(meados de 2008) e aceitou o convite para a aplicação da ferramenta, para que os
resultados obtidos pelo estudo sirvam, também, como subsídios auxiliares quando
da efetiva tomada de decisão pela implementação da norma ambiental.
Importante observar que a ARTECHE já possui um Sistema de Gestão da
Qualidade, certificado em atendimento aos requisitos da ISO 9001, versão 2000
(ARTECHE, 2007).
Os resultados da aplicação da ferramenta (em Excel) na ARTECHE são
apresentados no ANEXO 3.
A segunda aplicação (ANEXO 4) foi desenvolvida com a empresa Preserva
Ambiental Consultoria, que oferece serviços de consultoria ambiental para diversos
tipos de organizações. Esta empresa se localiza na Avenida Batel, 1230, conjunto
BTC 710, em Curitiba, Paraná.
60
Os principais servos oferecidos pela Preserva Ambiental Consultoria são:
consultoria em implementação de Sistemas de Gestão Ambiental, incluindo também
aqueles baseados na ISO 14001, licenciamento ambiental, controle e mitigação de
impactos ambientais, auditorias de Sistemas de Gestão Ambiental, auditorias
ambientais compulsórias no Estado do Paraná, perícias técnicas ambientais
judiciais, treinamentos, dentre outros.
Sendo uma empresa que trabalha diretamente com as questões ambientais,
aventou-se a possibilidade, por parte da diretoria, da implementação da ISO 14001.
Esta possibilidade foi levantada fundamentalmente em função dos possíveis
resultados em termos de imagem institucional que a certificação poderia abarcar,
partindo-se da premissa de que, particularmente, esta empresa não oferece
impactos ambientais significativos (serviços de consultoria).
O objetivo da aplicação da ferramenta na Preserva Ambiental Consultoria
também foi o de levantar subsídios que pudessem alimentar a tomada de decisão
para a futura implementação da norma ou não, além de validar a ferramenta.
61
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 PESQUISA APLICADA ÀS EMPRESAS CERTIFICADAS ISO 14001
O questionário de pesquisa (ANEXO 1), publicado na Internet
(http://unicenp.giulianomoretti.com), foi respondido por 5% do total de 500 convites
enviados, totalizando 25 organizações respondentes. Deve-se observar que dos
quinhentos convites enviados, nem todos atingiram seus destinatários em razão de
prováveis erros de cadastro de endereços eletrônicos, endereços inválidos ou já
desativados, filtros de e-mail, dentre outras barreiras da comunicação eletrônica e
das atualizações cadastrais.
Dezenove o os ramos de atividades das empresas que participaram da
pesquisa: fabricação de autopeças, indústria e comércio de móveis, indústria têxtil,
serviços de tratamento e destinação de resíduos, metalúrgicas, farmacêutica,
indústria de suprimentos de informática, indústria de cerâmica e plásticos,
instituições educacionais e de pesquisa, entidades financeiras (banco), indústria de
papel e celulose, indústria de metal e plástico, indústria de maquinários para
indústria de papel, indústria química, indústria do petróleo, serviços de
recondicionamento de cartuchos para impressoras, indústria de telecomunicações,
montadoras de motocicletas e indústria do couro.
As respostas obtidas, em conjunto com a revisão de literatura, contribuíram
para a inferência da base de critérios e de subcritérios no desenvolvimento da
ferramenta proposta. Este conjunto de elementos abrange as principais motivações
pela implementação da ISO 14001 e sua certificação.
62
Dentre as motivações que culminam na implementação da ISO 14001,
informadas pelas empresas respondentes, estão: exigência de mercado nacional e
internacional (critério de mercado envolvendo clientes, diferenciais, vantagens
competitivas, requisitos contratuais); o reconhecimento internacional da norma,
legitimada e com desempenho mensurável; contribuição com a sociedade pela
conscientização dos funcionários, cultura da organização e compromissos da alta
administração da empresa com a sociedade (critério de motivação e produtividade
funcional), colaboradores e clientes; garantia de comprometimento com a legislação
ambiental (critério de legislação, verificação e fiscalização); melhoria no
desempenho ambiental (critério de controle operacional ambiental); satisfação das
expectativas das partes interessadas, melhoria da imagem pública e credibilidade da
certificação (critério de imagem institucional); boa integração com outros sistemas de
gestão da ISO; dentre outras motivações menos representativas.
Os resultados da pesquisa são ilustrados nas Figuras 4 a 13.
Na Figura 4 é clara a alta representatividade da Região Sudeste (56% dos
respondentes). Isto se deve ao fato de que a maioria das organizações convidadas
faziam parte desta Região. Em seguida, tem-se 24% de representatividade da
Rego Sul, seguida das Reges Norte e Nordeste (ambas com 8%) e, finalmente,
com 4% de representatividade na pesquisa, a Região Centro-oeste.
63
Figura 4 - Distribuição da amostragem dos respondentes por Reges do Brasil.
A grande maioria dos respondentes é composta por coordenadores
ambientais (Figura 5). Isto provavelmente se deve ao fato de que todas as
organizações pesquisadas já possuem ISO 14001 implementada e certificada, o que
remete ao fato de que já possuem um coordenador ambiental bem definido,
conforme o requisito “4.4.1 Recursos, Funções, Responsabilidades e Autoridades”
da referida norma (ABNT, 2004).
Figura 5 - Distribuição de cargos dos respondentes.
Administrador: 16%
Coordenador ambiental: 84%
NORDESTE: 8%
CENTRO
-
OESTE: 4%
NORTE: 8%
SUL: 24%
SUDESTE: 56%
64
Antes da implantação e certificação da ISO 14001 nas organizações
respondentes, 64% delas afirmaram já possuir algum tipo de gestão ambiental
formalizada (Figura 6).
Figura 6 - Distribuição da existência de algum tipo de gestão ambiental antes
da implementação e certificação ISO 14001.
Com relação aos principais elementos que a norma, formal ou informalmente
estabelece, aquele relacionado ao levantamento de requisitos legais aplicáveis foi
declarado como um dos mais difíceis de executar. Sessenta por cento das
organizações respondentes afirmaram a ocorrência de maiores dificuldades no
atendimento deste requisito. Outro elemento de destaque é a conscientização
ambiental dos colaboradores, em que 44% das organizações afirmaram a ocorrência
de maiores dificuldades no seu atendimento. Surpreendentemente, apenas 35% das
organizações responderam haver maiores dificuldades na disponibilização de
recursos humanos, financeiros, tecnológicos e infra-estruturais para a
implementação e certificação ISO 14001 (Figura 7).
o havia gestão
ambiental antes da
certificação: 36%
Havia gestão ambiental
antes da certificação:
64%
65
Figura 7 - Percentagem de empresas que afirmaram a ocorrência de maiores
dificuldades no atendimento aos requisitos da norma ISO 14001.
Na Figura 8 constata-se a alta influência dos clientes na tomada de decisão
pela ISO 14001, corroborando a importância do critério de mercado como um dos
principais fatores a serem considerados no processo. A baixa representatividade da
exigência contratual de fornecedores evidencia que, apesar de existirem exceções, a
maioria das vendas não impõe a necessidade de certificação por parte dos clientes.
Figura 8 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de mercado para a tomada de adoção da norma ISO 14001.
4%
16%
32%
60%
24%
24%
36%
20%
20%
44%
28%
24%
24%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Desenvolvimento da Política Ambiental
Atendimento à Potica Ambiental
Levantamento de Aspectos e Impactos
Levantamento dos Requisitos Legais aplicáveis
Definição de objetivos, metas e programas
Atingimento dos objetivos e/ou metas
Disponibilização de RH, recursos
Definição de funções, responsabilidades e
Identificação de necessidades de treinamento
Conscientização ambiental dos colaboradores
Motivação dos colaboradores
Comprometimento da Alta Administração
Outros
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Exincia contratual de clientes
(atual e/ou futura): 72%
Exincia contratual de fornecedores
(atual e/ou futura): 16%
Concorrência imp
lementou ou
irá implementar e
certificar: 36%
66
Com relação ao subcritério de concorrência, percebe-se que ele tem uma
importante participação no processo de tomada de decisão, já que 36% das
empresas respondentes assumiram levá-lo em conta no estudo decisório.
Na Figura 9, o controle no atendimento à legislação ambiental, como
resultado da implementação da ISO 14001, é considerado um critério importante no
processo decisório pela adoção da norma, já que 76% das organizações
respondentes afirmaram levá-lo em conta quando da decisão. o desempenho no
atendimento aos requisitos das auditorias ambientais (como, por exemplo, estarem
preparadas para as auditorias), ao contrário do que se supôs, não tem uma
influência significativa no processo decisório da adoção da norma. De qualquer
forma, subentende-se que o critério de legislação, verificação e fiscalização tem
significativa importância na tomada de decisão.
Figura 9 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de legislação, verificação e fiscalização para a adoção da norma ISO
14001.
O critério de controle operacional ambiental, sugerido pela pesquisa, tem uma
forte representatividade na tomada de decisão (Figura 10), já que a grande maioria
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Controle no atendi
mento à Legislação
Ambiental: 76%
Desempenho em Auditorias Ambientais: 28%
67
das organizações afirmaram adotar os respectivos subcritérios como elementos
fortemente influenciados pela ISO 14001 e, portanto, devem ser considerados no
processo decisório.
Figura 10 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram
os subcritérios de controle operacional ambiental para a adoção da norma ISO
14001.
Na Figura 11 é evidente a influência que o critério de investimentos e recursos
oferece ao processo decisório, principalmente em função da alta representatividade
do subcritério “investimentos para implementação, manutenção e
certificação/recertificação”, em que 80% das organizações pesquisadas
responderam afirmativamente quanto à consideração deste item no tocante à
tomada de decisão. A melhor racionalização de recursos, também com boa
representatividade (76%), contribui fortemente para a adoção do respectivo critério
no estudo decisório.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Controle da poluição e
desempenho ambiental:
84%
Maior gerenciamento/
atendimento às
emerncias: 72%
68
Figura 11 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de investimentos e recursos para a adoção da norma ISO 14001.
Outro importante critério apresentado como subsídio no processo de tomada
de decisão é aquele referente à motivação e produtividade funcional, pois 92% das
organizações respondentes afirmaram a consideração do subcritério “melhoria na
consciência e atitude dos funcionários” como um elemento influente na decisão
(Figura 12).
Figura 12 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram
os subcritérios de motivação e produtividade funcional para a adoção da norma ISO
14001.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Investimentos para
implementação,
manutenção e certifica-
ção/recertificação: 80%
Melhor racionalização: 76%
Maior redução de custos 36%
Melhoria na conscncia
e atitude dos funcionários:
92%
Melhoria na produtividade
dos funcionários: 44%
Valorização da organização
perante investidores: 40%
69
Na Figura 13 destaca-se a grande influência que o critério de imagem
institucional exerce sobre a tomada de decisão, uma vez que 92% das organizações
respondentes consideram que o subcritério “melhor imagem junto à comunidade” e
76% consideram que o subcritério “melhor imagem junto aos órgãos de controle e
fiscalização ambiental são influenciados pela implementação e certificação ISO
14001.
Figura 13 - Percentagem do total de empresas pesquisadas que consideraram os
subcritérios de imagem institucional para a adoção da norma ISO 14001.
4.2 RESULTADOS ESTATÍSTICOS
Com os resultados da pesquisa, procedeu-se ao estudo estatístico das
significâncias e respectivas correlações (de Pearson) entre os subcritérios
abordados (motivações). Estatisticamente, todos os subcritérios foram considerados
significativos pelo “teste t” (ANEXO 5), dentro de um intervalo de confiança de 95%.
Algumas motivões apresentaram importante correlação entre si, inversa ou
diretamente proporcional (ANEXO 6). Algumas destas correlações, apresentadas a
seguir, podem conduzir a possíveis interpretações, tais como:
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Melhor imagem junto aos
órgãos de controle e
fiscalização ambiental: 76%
Melhor imagem junto à
comunidade: 92%
70
a) A motivação “concorrência implementou” mostrou-se inversamente
correlacionada à motivação “controle da poluição e desempenho ambiental” (-
0,402). Isto pode levar à interpretação de que empresas que adotam a ISO
14001, fortemente motivadas por aquele subcritério de mercado, não
consideram uma motivão importante, para a adoção da norma, o controle
da poluição e desempenho ambiental; subcritério do controle operacional
ambiental. De maneira análoga, aquelas empresas que consideram o
“controle da poluição e desempenho ambiental” como motivação para a
adoção da norma, não o fazem com o subcritério de concorrência. com
relação ao subcritério “maior redução de custos com instituições financeiras e
seguradoras”, a motivação “concorrência implementou” está diretamente
correlacionada (0,557). Esta correlação pode ocorrer em função da
observão de que a concorrência está efetivamente em posição de
vantagem, reduzindo seus custos com tais instituições. Portanto, perfis
organizacionais que consideram o subcritério “concorrência implementou
como motivação importante na tomada de decisão, também o fazem para o
subcritério “maior redução de custos com instituições financeiras e
seguradoras”;
b) Empresas que consideram o subcritério “controle da poluição e desempenho
ambiental” na tomada de decisão pela ISO, também consideram importantes
os subcritérios: “controle no atendimento à legislação ambiental (0,777),
“maior gerenciamento de emergências” (0,457) e “melhor racionalização
(matérias-primas, desperdícios, subprodutos, reciclagem) (0,521)”. Pode-se
concluir, portanto, que o controle da poluição e melhoria no desempenho
estão intimamente relacionados ao “atendimento da legislação ambiental”,
71
com o melhor gerenciamento de emergências (sistematização) e com a
melhoria na racionalização dos processos (otimizando o uso de matérias-
primas, reduzindo desperdícios, reciclando);
c) O subcritério “redução de custos com instituições financeiras e seguradoras”
apresentou-se forte e diretamente correlacionado ao subcritério “valorização
da organização perante investidores” (0,748), o que, em prinpio, justifica-se:
empresas que adotam a ISO fortemente motivadas a reduzir custos com tais
instituições buscam a redução de riscos operacionais, facilitando o acesso ao
crédito (que é um investimento por parte das instituições financeiras) e
diminuindo custos com seguros, em função dos menores riscos;
d) A motivação “melhoria da imagem junto aos órgãos de controle ambiental
apresentou correlação com a motivação valorização da organização perante
investidores” (0,459), donde pode-se concluir que a imagem institucional
perante os órgãos públicos de fiscalização é um fator muito importante a ser
analisado por potenciais investidores das organizações;
e) O subcritério “melhor imagem junto à comunidade” também correlaciona-se
com o subcritério “melhoria na consciência e atitude dos funcionários” (0,457),
o que pode indicar que funcionários mais conscientes trabalham de forma a
aumentar a percepção, por parte da comunidade, da responsabilidade
ambiental da empresa. Além disso, há forte correlação também entre a
“melhoria na consciência e atitude dos funcionários”, com a motivação
“controle no atendimento à legislação ambiental” (0,525), o que torna clara a
evidência de que a consciência e atitude funcional está diretamente
relacionada ao melhor atendimento dos requisitos legais.
72
As correlações encontradas no tratamento estatístico dos resultados da
pesquisa podem evidenciar que muitas das motivões para a tomada de decisão
pela implementação da ISO 14001 são intimamente inter-relacionadas, fruto da
necessidade de operacionalização sistêmica das organizações. Quando um perfil
organizacional reflete uma determinada motivação pela adoção da norma, ele
também reflete outras motivações correlacionadas àquela.
4.3 CRITÉRIOS ASSUMIDOS PARA A COMPOSIÇÃO DA FERRAMENTA
Em função das respostas obtidas pela pesquisa e a revisão bibliográfica, os
critérios e subcritérios adotados para a composição da ferramenta, foram
consolidados como mostra a Tabela 4.
73
Tabela 4 - Comparação de critérios e subcritérios utilizados na pesquisa e na composição da ferramenta.
Critérios abordados
na pesquisa
Subcritérios abordados na pesquisa Critérios adotados para a composição da ferramenta
Subcritérios adotados para a composição da
ferramenta
Mercado
Exigência contratual de clientes atual ou
futura
Exigência contratual de fornecedores
atual ou futura
Concorrência implementou ou irá
implementar a ISO 14001
Mercado
(FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; MORROW e
RONDINELLI, 2002; BANSAL e BOGNER, 2002; BORGES,
2001; ISO 2006b)
Impacto na carteira de clientes em termos de
faturamento
Impacto em relação à Concorrência
Legislação,
verificação e
fiscalização
Controle no atendimento à Legislação
Ambiental
Desempenho em Auditorias Ambientais
Legislação
(FRYXELL e SZETO, 2001; MORROW e RONDINELLI, 2002;
ZENG et al., 2005; BANSAL e BOGNER, 2002; ABNT, 2004)
Impacto no atendimento à legislação e demais normas
regulamentares
Impacto na preparação e atendimento dos requisitos das
auditorias ambientais diversas
Controle operacional
ambiental
Controle da poluição e desempenho
ambiental
Maior gerenciamento/atendimento às
emergências
Controle ambiental
(FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; MORROW e
RONDINELLI, 2002; BANSAL e BOGNER, 2002; ABNT, 2004;
ISO 2006b)
Impacto no controle e prevenção da poluição
Impacto no controle de documentos
Impacto na comunicação interna e externa
Impacto no controle e gerenciamento de emergências
ambientais
Investimentos e
recursos
Investimentos para implementação,
manutenção e certificação/recertificação
Melhor racionalização/maior redução de
custos
Valorização da organização perante
investidores
Investimentos e recursos
(FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; MORROW e
RONDINELLI, 2002; BANCOS, 2007; BANSAL e BOGNER,
2002; ABNT, 2004; BORGES, 2001)
Impacto financeiro devido à necessidade de
investimento em quadro funcional
Impacto financeiro devido à necessidade de
investimentos em recursos tecnológicos e infra-
estruturais
Impacto financeiro devido à necessidade de alocação de
recursos financeiros (custos) para as auditorias de
certificação e/ou de acompanhamento
Impacto na redução de custos referente à otimização
dos processos
Impacto proveniente da redução de custos com
seguradoras e instituições financeiras
Motivação e
produtividade
funcional
Melhoria na consciência e atitude dos
funcionários
Melhoria na produtividade dos
funcionários
Funcional
(FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; BANSAL e
BOGNER, 2002; ABNT, 2004; ISO 2006b)
Impacto no comprometimento ambiental dos
funcionários (motivação e produtividade)
Impacto no comprometimento ambiental da alta
administração
Impacto no estabelecimento de treinamentos,
competências e conscientização ambiental
Imagem institucional
Melhor imagem junto à comunidade
Melhor imagem junto aos órgãos de
controle e fiscalização ambiental
Imagem institucional
(FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; MORROW e
RONDINELLI, 2002; BANSAL e BOGNER,2002)
Impacto na imagem perante a comunidade da região
Impacto na imagem perante as ONGs
Impacto na imagem perante os órgãos ambientais
públicos
74
4.3.1 Critério de Mercado
A adoção deste critério se deu em função da evidente influência que
geralmente ele exerce sobre a tomada de decisão empresarial. O mercado é um
aspecto que direciona as decisões nas organizações, pois ele dita as expectativas
dos consumidores/clientes com relação aos seus produtos e serviços e, cada vez
mais, com relação à gestão dos impactos socioambientais provenientes dessas
organizações (FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; MORROW e
RONDINELLI, 2002; BANSAL e BOGNER, 2002; BORGES, 2001; ISO 2006b).
Entende-se que a ISO 14001 tenha uma forte influência nos elementos do mercado
contemplado por um determinado empreendimento, uma vez que ela, quando
implementada, potencializa um aumento da fatia de clientes, como um diferencial da
organização.
Apesar de existirem diversas variáveis relacionadas ao mercado, acredita-se
que a exigência de clientes pela implementação da norma, seja contratual ou
informal, tem uma considerável influência na tomada de decisão pela adoção ou não
da ISO 14001. Portanto, como subcritérios de mercado, adotaram-se o “impacto na
carteira de clientes”, em termos de faturamento da organização e o “impacto em
relação à concorrência”, que a implementação da ISO 14001 e a respectiva
certificação irão oferecer ao empreendimento, de acordo com o seu perfil
organizacional. Assume-se que estes subcritérios consolidam a maioria das
variáveis de mercado que influenciam nas diretrizes de uma organização. Um
exemplo típico destes impactos pode ser definido da seguinte maneira: uma
determinada companhia certificou-se nos padrões normativos da ISO 14001 e, em
75
função disso, aumentou seu faturamento devido a novos clientes que adquirem
produtos de organizações certificadas.
4.3.2 Critério de Legislação
Presume-se que a legislação, também, seja um dos importantes critérios para
as empresas, visto que o não cumprimento da regulamentação e diplomas legais
ambientais representa, pelo menos em tese, uma significativa ameaça para o
negócio (embargo, multas, ações criminais, entre outras conseqüências negativas)
(FRYXELL e SZETO, 2001; MORROW e RONDINELLI, 2002; ZENG et al., 2005;
BANSAL e BOGNER, 2002; ABNT, 2004). Portanto, assumiu-se que este critério
tem uma influência bastante significativa na tomada de decisão pela adoção ou não
da ISO 14001.
Como subcritérios da Legislação, adotaram-se o “impacto no atendimento à
Legislação Municipal, Estadual e Federal, incluindo regulamentações, normas
técnicas e tratados internacionais ratificados pelo Brasil e o impacto no
atendimento aos requisitos das auditorias ambientais de conformidade legal, de
clientes, de acompanhamento etc” que a implementação da ISO 14001 e a
respectiva certificação irão oferecer ao empreendimento, de acordo com o seu perfil
organizacional. Para exemplificar o impacto da ISO 14001 quando implementada,
pode-se citar: uma determinada empresa, após a obtenção da certificação ISO
14001, passou a atender de forma mais eficiente às regulamentações legais em
função da sistematização do controle e do atendimento a essas regulamentações,
diminuindo potenciais autuações de órgãos públicos de fiscalização ambiental.
76
4.3.3 Critério de Controle Ambiental
Além dos critérios de mercado e legislação, entende-se que o critério de
controle ambiental deva ser levado em conta no processo de tomada de decisão
empresarial, uma vez que ele remete ao controle sobre os impactos reais e
potenciais que os empreendimentos oferecem ao meio ambiente. Portanto,
considerando-se que um dos objetivos principais da norma ISO 14001 é sistematizar
o referido controle, buscando a redução da poluição por meio da melhoria contínua
(tanto do sistema de gestão como dos processos operacionais), subentende-se que
este critério tenha significativa importância nas considerações pela adoção da norma
(FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; MORROW e RONDINELLI, 2002;
BANSAL e BOGNER, 2002; ABNT, 2004; ISO 2006b).
Os subcritérios assumidos para representar o critério de controle ambiental,
foram o “impacto no controle e prevenção da poluição”, o “impacto no controle de
documentos (registros, procedimentos gerenciais e operacionais, legislação,
licenças, outorgas, ofícios, etc)”, o “impacto na comunicação interna (entre níveis
hierárquicos) e externa (partes interessadas)” e o impacto no controle e
gerenciamento de emergências ambientais” que a implementação da ISO 14001 e a
respectiva certificação irão oferecer ao empreendimento, de acordo com o seu perfil
organizacional. Para exemplificar um desses impactos, pode-se citar: uma
companhia que antes da certificação não controlava o prazo da licença ambiental de
operação (controle de documentos), acarretando em potenciais prejuízos pelo
embargo de suas atividades, passou a controlar o vencimento do documento e,
sendo assim, passou a tomar as medidas de renovação necessárias dentro dos
77
prazos definidos em lei. Desta forma, potenciais prejuízos com a perda da licença de
operação passaram a ser mitigados.
4.3.4 Critério de Investimentos e Recursos
Sabe-se que, muitas vezes, são necessários diversos investimentos e
recursos para que se efetive o estabelecimento, implementação e melhoria contínua
de um SGA baseado na norma ISO 14001. Tanto em função de aspectos técnicos,
tecnológicos, recursos humanos e infra-estruturais, como em função de custos com
auditorias de certificação e de acompanhamento, dentre outros. Por outro lado, a
sistematização do SGA por meio da norma também pode possibilitar um
gerenciamento bem racionalizado dos recursos, matérias-primas, insumos,
diminuindo eventuais desperdícios envolvidos no processo operacional do
empreendimento (FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; MORROW e
RONDINELLI, 2002; BANCOS, 2007; BANSAL e BOGNER, 2002; ABNT, 2004;
BORGES, 2001). Sendo assim, verifica-se, também, que este critério possivelmente
deva ser considerado no processo de tomada de decisão.
Como subcritérios representativos deste critério, adotaram-se o “impacto no
investimento em quadro funcional (recursos humanos)”, o “impacto no investimento
em recursos tecnológicos e infra-estruturais”, o “impacto referente a alocação de
recursos financeiros (custos) para as auditorias de certificação e/ou de
acompanhamento”, o “impacto na redução de custos referente à otimização dos
processos (redução de desperdícios e reaproveitamento de recursos)” e o “impacto
proveniente da redução de custos com seguradoras e instituições financeiras” que a
implementação da ISO 14001 e a respectiva certificação irá oferecer ao
78
empreendimento, de acordo com o seu perfil organizacional. Para exemplificar, uma
empresa que deseja certificar-se pela adoção da norma, poderá ter de se adaptar
tecnologicamente (compra e instalação de equipamentos de controle da poluição ou
mudanças na linha de processo), o que acarretará em altos custos financeiros para o
atendimento dos requisitos prescritos pela ISO 14001. Nesse sentido, a empresa
deve fazer um estudo com relação à viabilidade destes investimentos, necessários
para a implementação da ISO 14001.
4.3.5 Critério Funcional
Acredita-se que a sistematização do SGA baseado na norma ISO 14001
possa interferir (negativa ou positivamente) na motivação e na produtividade dos
colaboradores do empreendimento. Sugere-se que um SGA baseado na ISO 14001,
eficientemente implementado, possa trazer reflexos positivos na motivão dos
colaboradores, na medida em que a satisfação pessoal por trabalhar numa empresa
comprometida com o meio ambiente (independentemente do grau), possa aumentar
com a certificação ISO 14001. Da mesma forma, a produtividade pode aumentar, já
que ela está ligada à motivação funcional (mas não apenas a ela). A análise deste
critério, apesar de mais subjetiva, também pode fazer parte, portanto, do processo
de tomada de decisão pela implementação ou não da norma. Além da questão da
motivação e produtividade funcional, existem elementos que também podem ser
enquadrados neste critério, tais como a determinação de responsabilidades e
funções dentro de um SGA, o comprometimento ambiental da alta administração e
de todo o corpo de colaboradores, além dos treinamentos, competências e
conscientização ambiental.
79
Sendo assim, adotaram-se os seguintes subcritérios representativos do
critério funcional: o “impacto no estabelecimento e implantação de responsabilidades
e funções”, o “impacto no comprometimento ambiental dos funcionários (motivão e
produtividade)”, o “impacto no comprometimento ambiental da alta administração”, o
“impacto no estabelecimento de treinamentos, competências e conscientização
ambiental” que a implementação da ISO 14001 e a respectiva certificação irão
oferecer ao empreendimento, de acordo com o seu perfil organizacional (FRYXELL e
SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; BANSAL e BOGNER, 2002; ABNT, 2004; ISO
2006b). A título de exemplo, cita-se que: uma companhia poderá sofrer um
determinado impacto pela implementação da ISO 14001 na definição de
treinamentos, competências e conscientização ambiental, já que antes da adesão
aos requisitos da norma, a preocupação com a conscientização e determinação de
competências ambientais nunca esteve em pauta. Pelas exigências da norma neste
sentido, a empresa deve adotar planos de treinamentos, definição de
competências e conscientização ambiental bem determinados e isto gerará um
impacto gerencial na organização.
4.3.6 Critério de Imagem Institucional
O bom senso regra que a imagem institucional perante as diversas partes
interessadas tem influência no bom desenvolvimento dos negócios do
empreendimento, pois eventuais atritos com essas partes podem conduzir ao
descrédito do empreendimento perante alguns setores da sociedade. Supõe-se que,
em vista disso, a influência da sistematização do SGA baseado na ISO 14001 na
imagem institucional deve ser considerada no processo de tomada de decisão
80
empresarial (FRYXELL e SZETO, 2001; ZENG et al., 2005; MORROW e
RONDINELLI, 2002; BANSAL e BOGNER,2002).
Os subcritérios representativos do critério imagem institucional foram
assumidos como: o “impacto na imagem perante a comunidade da região”, o
“impacto na imagem perante as ONGs” e o “impacto na imagem perante os órgãos
ambientais públicos” que a implementação da ISO 14001 e a respectiva certificação
irão oferecer ao empreendimento, de acordo com o seu perfil organizacional. Para
exemplificar o entendimento da adoção destes subcritérios, pode-se citar: um
empreendimento que outrora recebia diversas reclamações da comunidade da
região em função da poluição local evidente (ruído, diminuição da qualidade de
corpos hídricos ou alta densidade de efluentes gasosos), em que sua imagem
perante a comunidade era altamente afetada, ao certificar-se pela ISO 14001,
passou a adotar ações mais efetivas para a satisfação dos reclamantes, diminuindo
a potencial degradação de sua imagem perante a comunidade em questão.
4.4 ESTRUTURAÇÃO HIERÁRQUICA DO PROBLEMA DECISÓRIO
Nesta quarta etapa, procedeu-se à estruturação hierárquica do problema,
delineando a priorização dos critérios e subcritérios definidos pelo estudo.
A estruturação hierárquica dos critérios e dos subcritérios é apresentada nas
Figuras 14 a 20.
81
Figura 14 - Estrutura hierárquica dos critérios assumidos.
COMPATIBILIDADE ENTRE A NORMA E O
PERFIL ORGANIZACIONAL ATUAL
Mercado
Legislação
Controle
Ambiental
Investimentos
e Recursos
Funcional
Imagem
Institucional
Implementar
e Certificar
ISO 14001
o
implementar
ISO 14001
82
Figura 15 - Estrutura hierárquica do critério de mercado.
MERCADO
Impacto na
carteira de
clientes
Impacto em
relação à
Concorrência
83
Figura 16 - Estrutura hierárquica do critério de legislação.
LEGISLAÇÃO
Impacto no
atendimento à
legislação
Impacto no
atendimento
aos requisitos
de auditorias
84
Figura 17 - Estrutura hierárquica do critério controle ambiental.
CONTROLE AMBIENTAL
Impacto no
controle e
prevenção da
poluição
Impacto no controle
e gerenciamento de
emergências
ambientais
Impacto no controle
de documentos
Impacto na
comunicação interna
e externa
85
Figura 18 - Estrutura hierárquica do critério investimentos e recursos.
INVESTIMENTOS E RECURSOS
Impacto no
investimento em
RH
Impacto da
realocação de
recursos para
Auditorias
Ambientais
Impacto no
investimento em
recursos
tecnológicos/infra-
estruturais
Impacto referente à
otimização de
processos/redução
de custos
Impacto referente à
redução de custos
com instituições
financeiras e
seguradoras
86
Figura 19 - Estrutura hierárquica do critério funcional.
FUNCIONAL
Impacto no
estabelecimento de
responsabilidades
e funções
Impacto no
comprometimento
ambiental dos
funcionários
(motivação e
produtividade
ambiental)
Impacto no
comprometimento
ambiental da alta
administração
Impacto no
estabelecimento de
treinamentos,
competências e
conscientização
87
Figura 20 - Estrutura hierárquica do critério imagem institucional.
IMAGEM INSTITUCIONAL
Impacto na
imagem perante a
comunidade da
região
Impacto na
imagem perante
ONGs
Impacto na
imagem perante
órgãos ambientais
públicos
88
4.4.1 Priorização dos critérios utilizados na composição da ferramenta
Através da Análise Hierárquica de Processos, procedeu-se à priorização dos
critérios adotados para a elaboração da ferramenta, conforme a matriz de
importâncias relativas dos critérios explicitadas na Tabela 5 (à semelhança da Figura
1, p. 46):
Tabela 5 - Matriz de importâncias relativas dos critérios adotados pela ferramenta
Mercado
(M)
Legislação
(L)
Controle
Ambiental
(C)
Investimentos
e Recursos
(R)
Funcional
(F)
Imagem
Institucional
(I)
Mercado
(M)
1 M/L M/C M/R M/F M/I
Legislação (L)
L/M 1 L/C L/R L/F L/I
Controle
Ambiental
(C)
C/M C/L 1 C/R C/F C/I
Investimentos
e Recursos
(R)
R/M R/L R/C 1 R/F R/I
Funcional
(F)
F/M F/L F/C F/R 1 F/I
Imagem
Institucional
(I)
I/M I/L I/C I/R I/F 1
Para estabelecer as relações apresentadas na Tabela 5, o agende decisor
deve estimar, baseado na sua cognição sobre o perfil organizacional em questão,
qual a importância relativa do critério em relação a seu par e quanto o é, utilizando-
se da Escala Fundamental de Saaty (Figura 1, p. 46).
Ao final da composição da matriz de importâncias relativas, pode-se obter a
influência de cada critério no processo de tomada de decisão (peso), adotando-se o
produtório dos julgamentos de cada linha da matriz de comparação. É então
89
calculada a n-ésima raiz de cada produtório e os resultados obtidos são
normalizados (SAATY, 1991), da seguinte forma:
O peso do critério mercado (P
1
) é calculado pela equação 10.
P
1
= (1 x M/L x M/C x M/R x M/P x M/I)
1/6
(10)
e assim sucessivamente para o restante dos critérios.
O peso do critério legislação (P
2
) é calculado pela equação 11.
P
2
= (L/M x 1 x L/C x L/R x L/F x L/I)
1/6
(11)
O peso do critério controle ambiental (P
3
) é calculado pela equação 12.
P
3
= (C/M x C/L x 1 x C/R x C/F x C/I)
1/6
(12)
O peso do critério investimentos e recursos (P
4
) é calculado pela equação 13.
P
4
= (R/M x R/L x R/C x 1 x R/F x R/I)
1/6
(13)
O peso do critério funcional (P
5
) é calculado pela equação 14.
P
5
= (F/M x F/L x F/C x F/R x 1 x F/I)
1/6
(14)
90
O peso do critério imagem institucional (P
6
) é calculado pela equação 15.
P
6
= (I/M x I/L x I/C x I/R X I/F x 1)
1/6
(15)
Com todos os pesos calculados, procede-se à normalização dos valores, em
que o somatório dos valores normalizados (NP
1
, NP
2
, NP
3
, NP
4
, NP
5
, NP
6
) resulta
em 1, conforme as equações 16 a 21.
NP
1
= P
1
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) (16)
NP
2
= P
2
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) (17)
NP
3
= P
3
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) (18)
NP
4
= P
4
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) (19)
NP
5
= P
5
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) (20)
NP
6
= P
6
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) (21)
4.4.2 Priorização dos subcritérios utilizados na composição da ferramenta
Semelhantemente à priorização dos critérios, para estabelecer as relações
apresentadas na Tabela 7, o agente decisor deverá estimar, baseado na sua
cognição sobre o perfil organizacional em questão, qual a importância relativa do
subcritério em relação a seu par e quanto o é, utilizando-se da Escala Fundamental
de Saaty (Figura 1, p. 46).
Considerando-se o critério de mercado, tem-se dois subcritérios para serem
analisados paritariamente (impacto na carteira de clientes e impacto com relação à
91
concorrência). Sendo assim, a matriz de importâncias relativas dos subcritérios de
mercado é estabelecida conforme a Tabela 6:
Tabela 6 - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios de mercado.
Impacto na carteira
de clientes
(faturamento)
(SM
1
)
Impacto com relação à
concorrência
(SM
2
)
Impacto na carteira de
clientes (faturamento)
(SM
1
)
1 SM
1
/SM
2
Impacto com relação
à concorrência
(SM
2
)
SM
2
/SM
1
1
Ao final da composição da matriz de importâncias relativas, pode-se obter a
influência de cada subcritério no processo de tomada de decisão (peso), da seguinte
forma:
O peso do subcritério impacto na carteira de clientes (PS
11
) é calculado pela
equação 22.
PS
11
= (1 x SM
1
/SM
2
)
1/2
(22)
O peso do subcritério impacto com relação à concorrência (PS
22
) é calculado pela
equação 23.
PS
22
= (SM
2
/SM
1
x 1)
1/2
(23)
92
Com todos os pesos calculados, procede-se com a normalização dos valores
para estes subcritérios. Os pesos dos demais subcritérios, relativos aos outros
critérios, são, portanto, calculados seguindo o mesmo procedimento.
4.4.3 Pontuação dos subcritérios da ferramenta
Após concluída a hierarquização dos critérios e subcritérios, com seus
respectivos pesos já definidos, o agente decisor deverá ser conduzido pela
ferramenta de auxílio à decisão a avaliar a pontuação dos subcritérios, por meio da
sua cognição (percepção que representa o perfil organizacional) em relação às
alternativas apresentadas pela ferramenta para cada um dos subcritérios. Para cada
uma dessas alternativas (afirmativas) foi atribuída uma pontuação, numa escala de
zero a dez, em que o zero representa uma fraca recomendação parcial pela adoção
da norma, e o dez, que representa uma alta recomendação parcial pela adoção da
norma ISO 14001. Adota-se a denominação “parcial” porque aquela recomendação
refere-se apenas ao subcritério em questão.
Com esses valores determinados, o agente decisor procede à ponderação da
pontuação dada para cada subcritério, por meio de sua multiplicação pelo seu
respectivo peso. Com todos os subcritérios ponderados para cada um dos critérios
estabelecidos, o agente decisor procede ao somatório (média ponderada) dos
resultados da pontuação dos subcritérios, para obter o valor da pontuação do
respectivo critério. Finalmente, o agente decisor pondera a pontuação obtida pelo
critério, pela sua multiplicação com seu respectivo peso, já estabelecido
anteriormente. O somatório (média ponderada) da pontuação de todos os critérios
representa o resultado final do estudo.
93
Figura 21 - Esquema de atribuição de valores dos subcritérios no
intervalo de 0 a 10.
4.4.4 Pontuação dos critérios da ferramenta
Considerando, N
P
i
o peso normalizado do critério
i
, n o número de
subcritérios do critério
i
, N
P
ij
o peso normalizado do subcritério
ij
(
j 1... n
),
pS
ij
a
pontuação escolhida pelo agente decisor para o subcritério
ij
, tem-se o cálculo de β
i
,
a pontuação final do critério i, por meio da média ponderada das pontuações dos
subcritérios do critério i.
Critério
i
Subcritério
i
j
Subritério
i
n
. . . .
Alternativa 1
ij
ijij
ij
: 0 = Perfil organizacional
atual incompatível com a Norma ISO 14001
Alternativa 2
ij
ijij
ij
: 2,5 = Perfil organizacional
atual fracamente compatível com a Norma
ISO 14001
Alternativa 3
ij
ijij
ij
: 5 = Perfil organizacional
atual moderadamente compatível com a
Norma ISO 14001
Alternativa 4
ij
ijij
ij
: 7,5 = Perfil organizacional
atual fortemente compatível com a Norma
ISO 14001
Alternativa 5
ij
ijij
ij
: 10 = Perfil organizacional
atual absolutamente compatível com a
Norma ISO 14001
Alternativa 1
in
inin
in
: 0 = Perfil organizacional
atual incompatível com a Norma ISO 14001
Alternativa 2
in
inin
in
: 2,5 = Perfil organizacional
atual fracamente compatível com a Norma
ISO 14001
Alternativa 3
in
inin
in
: 5 = Perfil organizacional
atual moderadamente compatível com a
Norma ISO 14001
Alternativa 4
in
inin
in
: 7,5 = Perfil organizacional
atual fortemente compatível com a Norma
ISO 14001
Alternativa 5
in
inin
in
: 10 = Perfil organizacional
atual absolutamente compatível com a
Norma ISO 14001
NP
ij
NP
i
n
NP
i
ܣ݈ݐ݁ݎ݊ܽݐ݅ݒܽ
݁ݏܿ݋݈
݄
݅݀ܽ
՜
݌
ܵ
ij
ܣ݈ݐ݁ݎ݊ܽݐ݅ݒܽ
݁ݏܿ݋݈
݄
݅݀ܽ
՜
p
S
in
94
ߚ
ܰܲ
ܰܲ
௜௝
௝ୀଵ
݌ܵ
௜௝
(24)
4.4.4 Índice de recomendação final
Finalmente, para o cálculo do resultado final α, sendo N o número total de
critérios, procede-se ao somatório da média ponderada da pontuação de todos os
critérios, conforme a equação 25.
ߙ
ߚ
௜ୀଵ
(25)
4.4.5 Interpretação do índice de recomendação final (α) e do índice de
recomendação parcial (βi)
A seleção, pelo agente decisor, entre as alternativas de decio analisadas,
dar-se-á por meio da interpretação do índice de recomendação final α (Tabela 7),
numa escala verbal, correspondente a valores de zero a dez, na qual a pontuação
nima “zero” representa uma baixa recomendação para a adoção da ISO 14001
(não implementar), e a pontuação máxima “dez” representa uma alta recomendação
para a sua adoção (implementar e certificar). Importante lembrar que a
compatibilidade entre a adoção da norma e o perfil organizacional sustenta-se sobre
a percepção, por parte do agente decisor, do impacto que os subcritérios propostos
oferecem à sua organização.
A Tabela 7 foi desenvolvida com o objetivo de reproduzir essencialmente o
valor ponderado de todas as alternativas identificadas pelo agente decisor, quando
da aplicação da ferramenta em seu empreendimento. Logo, sua escala de valores
95
assume exatamente a mesma escala de valores das alternativas (de zero a dez),
relativas aos subcritérios, analisadas pelo agente decisor. A sua leitura, não
obstante, dá-se por meio de intervalos, para facilitar a interpretação verbal do
resultado obtido.
Ademais, é importante observar que os pesos dos subcritérios e dos critérios
são as varveis que viabilizam a referida ponderação das pontuações obtidas no
estudo das alternativas, conduzindo ao valor final que se interpretado na sua
correlação com a referida escala verbal de intervalos.
Existe, também, a possibilidade de interpretações parciais fornecidas pelos
valores das pontuações dos critérios (β
i
). Essas pontuações, que já resultam da
ponderação dos critérios, indicam o índice de recomendação exclusivamente
relacionado ao critério i; uma recomendação parcial que a ferramenta fornece.
Sendo assim, o agente decisor poderá entender qual a influência daquele critério na
tomada de decisão.
A interpretação do índice de recomendação parcial β
i
se dá por meio da
normalização de seus valores, obtendo-os na escala percentual. Quanto maior a
representatividade percentual de β
i
, maior a influência do critério i na recomendação
pela implementação e certificação ISO 14001. A recomendação parcial não foi
descrita na metodologia, pois foi evidenciada apenas quando da composição e
aplicação final da ferramenta.
96
Tabela 7 - Interpretação do índice de recomendação final (α).
Intervalos do
Índice de
Recomendação
ou final (α)
Compatibilidade entre a adoção da norma ISO 14001 e o perfil
organizacional cognitivo (agente decisor)
0,0 - 2,4
Fortemente desaconselhável:
n
ão é
recomendada
a implementação da ISO
14001 e sua respectiva certificação, por absoluta impossibilidade de sucesso
e/ou total dispensabilidade frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou
financeira do empreendimento
2,5 - 4,9
Desaconselhável:
não é recomendada a implementação da ISO 14
001
e sua
respectiva certificação, por algumas impossibilidades e/ou relativa
dispensabilidade frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou financeira
do empreendimento
5,0
Ponto de equilíbrio:
a implementação
da ISO 14001 e sua respectiva
certificação pode ser implementada, porém com algumas vantagens e
desvantagens frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou financeira do
empreendimento
5,1 - 7,4
Aconselhável:
é recomendada
a implementação da ISO 14001 e sua
respectiva certificação, por forte possibilidade de sucesso e/ou relativa
adotabilidade frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou financeira do
empreendimento
7,5 - 10,0
Fortemente aconselhável:
é recomendada a implementação da ISO 14001 e
sua respectiva certificação, por absoluta possibilidade de sucesso e/ou total
adotabilidade frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou financeira do
empreendimento
As recomendações parciais e final fornecidas pela ferramenta (resultado) não
devem ser interpretadas de maneira determinista. Devem, portanto, ser utilizadas
pelo agente decisor como elementos de tendência para seu estudo global, levando-
se em conta outras particularidades do seu empreendimento, eventualmente não
consideradas pela análise proposta.
Finalmente, através da interpretação do índice de recomendação final,
somada aos outros subdios provenientes de outras análises particulares de cada
empreendimento, o agente decisor procede à sua tomada de decisão.
A ferramenta consolidada para pronta aplicação é apresentada no ANEXO 2.
97
4.5 APLICÃO 1: ARTECHE EDC
Para a aplicação da ferramenta na ARTECHE, foram entrevistados o Sr.
Rodolfo Mueller Schlemm (Gerente da Qualidade e do Conhecimento) e a Sra.
Ângela Oliveira subordinada direta daquele, ambos encarregados pela gestão
ambiental ainda não sistematizada na organização.
Apresentou-se a ferramenta para ambos em formato Excel, após uma breve
explanação de seu funcionamento e objetivos. Em seguida, procedeu-se à sua
aplicação efetiva, com duração de duas horas e meia. Durante a aplicação, o agente
decisor da organização, representado pelos funcionários supracitados, desenvolveu
uma análise crítica do perfil organizacional, contemplando suas peculiaridades
econômico-financeiras, ambientais, gerenciais e culturais.
As principais dificuldades encontradas pelo agente decisor foram as
definições das importâncias relativas referentes às análises paritárias, tanto dos
critérios, como dos subcritérios. Estas dificuldades residem no fato de que, em
muitos casos, torna-se difícil a comparação entre dois determinados critérios ou
subcritérios, em termos de importâncias relativas e o valor destas importâncias pela
Escala Fundamental de Saaty (Figura 1, p. 46). A definição do critério ou subcritério
mais importante, paritariamente, e quanto, muitas vezes trouxe dúvidas ao agente
decisor.
Estas dúvidas, porém, foram mais freqüentes no início da aplicação da
ferramenta, já que, no decorrer das discussões, o agente decisor passou a se
familiarizar mais com os termos e a metodologia do estudo.
Algumas alternativas de pontuação dos subcritérios também apresentaram
certa ambigüidade, interpretações e entendimento incertos, o que motivou o
98
desenvolvimento da segunda aplicação, em que se tentaria esclarecer melhor tais
alternativas. As modificações das alternativas identificadas como necessárias foram
implementadas nesta segunda aplicação.
Ao final, quando da total definição das análises paritárias dos critérios e
subcritérios, e as respectivas pontuações por meio das alternativas subcriteriais, a
ferramenta retornou as recomendações parciais, na escala percentual, e a
recomendação final, para a interpretação por meio da Tabela 7.
A recomendação final retornou uma pontuação de 6,5 (ANEXO 3). Este valor
encontra-se entre o “ponto de equilíbrio (5,0) e o limite inferior da recomendação
“altamente aconselhável a implementação da ISO 14001” (7,5). Neste intervalo,
portanto, de acordo com a Tabela 8, a interpretação verbal retornou que “A
IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14001 É ACONSELHÁVEL”.
O perfil organizacional, conforme declarações do agente decisor, foi muito
bem representado pelas recomendações parciais obtidas: o critério de Imagem
Institucional tem a menor influência na tomada de decisão pela adoção da norma,
haja vista que os respectivos subcritérios não são motivações para a implementação
da ISO. Isto é, o perfil revela que a organização não encontra dificuldades em
manter sua Imagem Institucional, tanto com a comunidade industrial e residencial do
entorno, quanto com Organizações Não-Governamentais e com Órgãos de
Fiscalização Ambiental. Este critério teve a menor influência na pontuação global,
com 3,7 pontos percentuais.
Na seqüência, o critério de Investimentos e Recursos conferiu uma influência
de 5,9% na recomendação final, indicando claramente que o perfil econômico-
financeiro da empresa seria pouco influenciado por meio da implementação da
norma. Desta forma, a questão dos Investimentos e Recursos, necessários para a
99
implementação, certificação e manutenção do SGA, não seria uma motivação ou
barreira considerada importante pela organização para implantar a ISO 14001.
Importante lembrar que este critério inclui também impactos da norma na potencial
otimização de processos e redução de custos com instituições financeiras e
seguradoras.
O critério de Controle Ambiental apresentou um índice de recomendação
parcial de 9,9%. Relativamente, esta pontuação percentual também é baixa,
traduzindo um perfil organizacional que não necessita de um controle ambiental
muito mais rígido do que o atual, já que os seus impactos ambientais provavelmente
já possuem, atualmente, um controle satisfatório segundo o agente decisor.
Já o critério de Legislação apresentou quase o dobro da influência em relação
ao critério de Controle Ambiental, com 18,6 pontos percentuais, apontando a relativa
importância que a organização confere à necessidade de atendimento dos diplomas
ambientais e o impacto que a ISO eventualmente traria a este elemento. Este
critério, portanto, apresentou-se como uma razoável motivação pela implementação
da ISO 14001.
O critério de Mercado obteve 30,1% de influência na recomendação final,
evidenciando que seus subcritérios representam elementos importantes que
levariam a organização a adotar a norma ambiental. De fato, clientes importantes da
ARTECHE oferecem vantagens competitivas contratuais a fornecedores certificados.
O perfil organizacional indicou, neste sentido, que o critério de Mercado é uma forte
motivação para a adoção da norma.
Por fim, o critério Funcional apresentou a maior influência na recomendação
final da ferramenta, indicando que a implementação da norma ambiental influenciaria
positiva e significativamente seus elementos subcriteriais, tais como alto impacto no
100
estabelecimento de responsabilidades e funções, no comprometimento ambiental de
funcionários, da ppria alta administração e no estabelecimento e implantação de
treinamentos, competências e conscientização ambiental. Sendo assim, o perfil
organizacional refletiu suas principais deficiências que a sistematização da gestão
ambiental por meio da norma iria mitigar.
O resultado servirá como um subdio a mais em favor da implementação da
ISO 14001 na ARTECHE. A intenção inicial da empresa, anterior ao estudo,
fortificou-se com os resultados fornecidos pela ferramenta, na direção da efetiva
adoção dos requisitos ambientais ditados pela norma e conseqüente obtenção da
certificação. Os resultados completos deste estudo são apresentados no ANEXO 3.
4.6 APLICÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
A aplicação da ferramenta na Preserva Ambiental Consultoria ocorreu por
meio de uma reunião com a Diretora Liana Zumbach, Administradora de Empresas e
Especialista em Sistemas de Gestão Ambiental, que cogitava a possibilidade e
estudo de viabilidade da adoção de um Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001
certificado.
o foram despendidas maiores explanações da metodologia utilizada no
estudo, uma vez que a referida profissional colaborou ativamente com sugestões
para o desenvolvimento desta ferramenta.
Da mesma forma que na primeira aplicação, completaram-se as etapas de
análise paritária dos critérios e subcritérios, pontuando-os para, enfim, serem obtidas
as recomendações parciais e final.
101
Como identificado na aplicação 1, foram necessárias alterações em algumas
das alternativas de pontuação, para melhorar o entendimento e corrigir deficiências,
tais como afirmativas paradoxais. Algumas destas modificações estão claras na
ferramenta final consolidada (ANEXO 2), em que foram substituídos o ponto ou
sentenças relacionais (uma vez que, visto que) pelas sintaxes “E/OU” (destacadas
em letra maiúscula na ppria ferramenta), descondicionando uma sentença da
outra.
Uma das modificações realizadas, por exemplo, foi na seção de pontuação de
do critério de Investimentos e Recursos em que, na primeira aplicação, o subcritério
“impacto na redução de custos devido à otimização de processos” constava:
“0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação e
certificação ISO 14001 não proporcionará benefícios em termos de
otimização/economia de recursos materiais e energéticos e minimização de
desperdícios, não favorecendo a saúde financeira da empresa, uma vez que o
empreendimento já trabalha sob eficiência máxima dentro das condições econômica
e/ou tecnologicamente vveis.”
Nesta aplicação, adotou-se a seguinte alternativa substitutiva:
“0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação e
certificação ISO 14001 não proporcionará benefícios em termos de
otimização/economia de recursos materiais e energéticos e minimização de
desperdícios, não favorecendo a saúde financeira da empresa, E/OU o
empreendimento já trabalha sob eficiência máxima dentro das condições econômica
e/ou tecnologicamente vveis.”
102
Outras alterações que se mostraram essenciais para o melhor entendimento
das análises paritárias, foram as transcrições fiéis dos subcritérios descritos nas
pontuações, para as planilhas de análises paritárias.
Como exemplo destas alterações, tem-se na primeira aplicação a seguinte
situação: nas alternativas do critério de Investimentos e Recursos, o subcritério
“impacto na redução de custos devido à otimização de processos” foi levado para a
planilha de análise paritária como “impacto referente à otimização de
processos/redução de custos”. Identificado este erro de transcrição, adotou-se a
mesma terminologia na segunda aplicação, para ambas as planilhas, mantendo-se a
originalidade das sentenças contidas nas alternativas de pontuação. Portanto, nesta
aplicação, manteve-se a sentença “impacto na redução de custos devido à
otimização de processos” na respectiva planilha de análise paritária.
A recomendação da ferramenta ora ajustada, para a empresa Preserva
Ambiental Consultoria, pontuou-se em 2,1, entre os limites inferior e superior do
intervalo com interpretação verbal “IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14001
FORTEMENTE DESACONSELHÁVEL” (Tabela 7), ANEXO 4.
De acordo com o perfil organizacional reconhecido pelo agente decisor da
empresa, a Imagem Institucional e a Legislação não possuem a mínima influência
(0,0%) na tomada de decisão pela implementação da norma ambiental. Isto se deve
ao fato de que a empresa não considera o critério de Imagem Institucional como
necessariamente beneficiário de uma possível implementação da ISO, bem como o
critério de Legislação, já que a legislação ambiental aplicável ao tipo de negócio é
facilmente atendida ou, muitas vezes, não aplicável (a sistematização não traria
maiores benefícios).
103
O critério Funcional obteve também uma baixíssima pontuação (2,5%), bem
como os critérios de Mercado (3,7%) e de Controle Ambiental (4,4%). Ainda devido
ao tipo de negócio da empresa ora estudada (serviços de consultoria), estes critérios
não seriam influenciados positivamente pela implementação da norma. Foram
considerados motivações fracas para a adoção da norma.
Por fim, o critério de Investimentos e Recursos obteve uma influência global
extraordinária na recomendação final, em relação aos outros critérios. A pontuação
atingiu 89,4%, representando o peso deste elemento na tomada de decisão. Os
subcritérios de Investimentos e Recursos, obtiveram relativamente uma grande
pontuação, favorecendo sua recomendação parcial pela implementação. Por ser,
praticamente, o único critério de recomendação pela adoção da norma, não é
suficientemente influente para incrementar a recomendação final.
A tomada de decisão pela não implementação da norma na Preserva
Ambiental Consultoria foi baseada no resultado obtido.
A versão da ferramenta considerada como final” foi baseada nas melhorias
implementadas nesta segunda aplicação.
4.7 FERRAMENTA CONSOLIDADA
A consolidação do algoritmo completo da ferramenta para pronta aplicação
por meio de cálculos manuais, é apresentada no ANEXO 2.
104
5 CONCLUSÕES
A adoção da norma ISO 14001 para se estabelecer um Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) e a sua respectiva certificação não é compulsória, e as
organizações que buscam a implementação de uma gestão ambiental sistematizada
podem optar tanto pela adoção dos requisitos prescritos pela ISO 14001, como pela
simples utilização de critérios e requisitos próprios. Esta última opção não é passível
de certificação por um organismo de terceira parte, que os critérios e requisitos
não podem ser comparados com um padrão previamente estabelecido, tal como no
caso da ISO 14001.
Entre as vantagens e desvantagens oferecidas pela implementação da norma
ISO 14001, portanto, o empresariado leigo, muitas vezes, não encontra subsídios
suficientes para a tomada de decisão pela adoção ou não da referida norma. Este
trabalho apresenta uma ferramenta de auxílio à tomada de decisão empresarial,
promovendo um estudo sobre a real necessidade e viabilidade da implementação da
norma ISO 14001 e a respectiva certificação que atesta a conformidade de um SGA
com seus requisitos. Trata-se de uma análise multicriterial, em que se verifica a
compatibilidade entre o perfil organizacional (definido pelo agente decisor) e a norma
ISO 14001. Este perfil organizacional, em termos genéricos, leva em conta
características culturais, ambientais, gerenciais e econômico-financeiras da
organização. O algoritmo considera critérios e subcritérios (motivações das
organizações que conduzem ou não à implementação da norma e respectiva
certificação), tais como: mercado, legislação, controle ambiental, investimentos e
recursos, funcional e imagem institucional, nos quais assume-se que a norma tenha
105
forte influência. A ferramenta apresentada promove a priorização paritária entre tais
motivações, por meio de um processo conhecido como Análise Hierárquica de
Processos, além de pontuar o perfil organizacional face às peculiaridades da norma,
fornecendo uma recomendação pela sua adoção ou não pelo agente decisor da
organização.
Com a aplicação da ferramenta nos dois casos apresentados, ratificou-se a
necessidade de uma rigorosa análise cognitiva do perfil ambiental, gerencial, cultural
e de investimentos. A dificuldade de se levantar este perfil organizacional por
equipes com baixa multidisciplinaridade, talvez tenha sido uma das maiores
barreiras enfrentadas na aplicação da ferramenta. Portanto, para a mitigação deste
obstáculo, recomenda-se a aplicação do estudo por meio de uma equipe
multidisciplinar, composta por engenheiros, administradores, contadores, advogados
e outros especialistas, no sentido de se obter avaliações mais precisas das
alternativas subcriteriais apresentadas. Isto se deve ao fato de que as alternativas
para a pontuação dos subcritérios contemplam análises de diversos campos do
conhecimento empresarial e que, também, essas alternativas podem levar a
ltiplas interpretações, que devem convergir para aquelas efetivamente propostas
pela ferramenta. Nesse sentido, também aconselha-se a simulação de outros
cenários diferentes daqueles em que a organização se encontra no momento da
análise, para se obter contra-dados comparativos que reforcem a validade dos
resultados oficiais obtidos.
Além disso, a composição de uma segunda equipe com diferentes
especialistas, também é recomendada, obtendo-se outros valores para o índice de
recomendação final. Se os valores encontrados pelas equipes apresentarem graus
de discrepância elevados, as percepções sobre o perfil organizacional podem estar
106
distorcidas ou os dados que as sustentam foram diferentes de uma equipe para
outra, devendo-se reavaliar as informações de base alimentadas pelos agentes
decisores. Recomenda-se, também, várias sessões de discussão entre as equipes,
para se obter um consenso na obtenção das importâncias relativas dos critérios e
subcritérios, além do consenso na pontuação dos subcritérios.
A pontuação dos subcritérios por meio das alternativas apresentadas pela
ferramenta depende de algumas análises bastante profundas, especialmente nos
subcritérios referentes aos investimentos e recursos, visto que identifica-se a
necessidade de um levantamento provisional minucioso de custos necessários para
o atendimento dos requisitos da norma. São necessárias, portanto, várias reflexões
que possam sustentar a análise das afirmativas subcriteriais de forma a garantir que
suas pontuações reflitam a realidade do perfil organizacional.
Os critérios e subcritérios assumidos em função da literatura e das
confirmações obtidas por meio da pesquisa realizada com as empresas certificadas,
podem variar em função das circunstâncias de cada empreendimento submetido ao
processo proposto. Os resultados da pesquisa possibilitaram a ratificação daqueles
encontrados na literatura.
As correlações entre as motivações para a tomada de decisão (critérios e
subcritérios), constatadas pelo tratamento estatístico da pesquisa, podem evidenciar
que a busca pela sistematização da gestão ambiental visa justamente atender aos
requisitos ambientais de maneira inter-relacionada. Constata-se, portanto, que a
busca pela operacionalização sistêmica da gestão ambiental, na visão das
organizações, atenderia a este objetivo.
Buscou-se abranger, na composição da metodologia, os elementos
criteriológicos mais relevantes que correlacionam a viabilidade de implantação dos
107
requisitos normativos com o perfil da organização. Porém, a desconsideração de
eventuais elementos no corpo metodológico da ferramenta, e que se façam
importantes no perfil organizacional em questão, pode gerar resultados de
recomendação não condizentes com as reais necessidades do empreendimento.
A partir dos resultados obtidos, conclui-se que uma das etapas mais
complexas para o agente decisor seja a determinação das importâncias relativas
entre os critérios e subcritérios, já que a análise é feita subjetiva e cognitivamente,
por meio de uma escala de importâncias relativas, em que nem sempre é fácil
distinguir qual dos elementos é o mais importante e/ou o quanto o é, paritariamente.
A ferramenta também fornece os resultados parciais que conduzem ao índice
de recomendação final. Estes resultados, que são as influências em escala
percentual de cada critério, reproduzem o perfil organizacional em questão, que
alimenta o algoritmo da tomada de decisão.
Apesar da ferramenta ter sido desenvolvida considerando-se prioritariamente
organizações privadas com fins lucrativos, nada impede que ela possa ser aplicada
em quaisquer outros tipos de empreendimentos, à semelhança da aplicabilidade da
ISO 14001. Para tanto, bastam pequenas readaptações de termos dentro das
afirmativas dos subcritérios que possam enquadrá-las no tipo de empreendimento
em questão. A possibilidade da inclusão ou remoção de critérios e subcritérios no
algoritmo também permite a customização da ferramenta para determinados
segmentos organizacionais.
Acredita-se que a aplicação da ferramenta proposta de apoio à tomada de
decisão nas organizações, no que se refere à necessidade e viabilidade da
implementação de Sistemas de Gestão Ambiental baseados na norma ISO 14001,
promova uma avaliação mais precisa do perfil organizacional em contraste com a
108
aplicabilidade da ISO 14001. Conforme constatado nas duas aplicações, o perfil
organizacional foi muito bem representado pelas recomendações parciais obtidas,
validando-a quanto à sua aplicabilidade. Com a aplicação da ferramenta ora
proposta, tal como verificado, acredita-se que as mais diversas organizações
possam encontrar uma recomendação mais criteriosa (e multicriterial) do que a
simples opção baseada em critérios vagos e intuitivos.
109
6 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
a. Desenvolvimento de um programa computacional flexível, que possibilite
simulações ágeis de diversos cenários, personalização de critérios, subcritérios e
alternativas de pontuação, gerando maiores quantidades de dados comparativos
para o agente decisor;
b. Desenvolvimento de uma metodologia sistematizada para que a análise
paritária dos critérios e subcritérios possa ser executada de forma mais precisa e
objetiva;
c. Desenvolvimento de metodologias semelhantes para aplicações nas
diversas normas da série ISO 14000.
110
7 REFERÊNCIAS
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114
ANEXO 1
115
Questionário sobre o Processo de Tomada de Decisão
para a Certificação ISO 14001
Aplicável para empresas certificadas por Organizações Certificadoras Credenciadas
pelo INMETRO. Os dados deste questionário serão considerados válidos se
forem preenchidos pelo GESTOR/COORDENADOR AMBIENTAL ou
ADMINISTRADOR da organização.
Observações:
- Nome da empresa e do responvel pelo preenchimento deste questionário serão
mantidos em sigilo e não aparecerão nos resultados da pesquisa e em nenhuma
parte da dissertação, apenas servindo como referência para o pesquisador quando
da composição da ferramenta de auxílio à tomada de decisão.
- Por gentileza, seja o mais transparente possível em suas respostas para que o
resultado da pesquisa reflita fielmente a realidade.
1. Dados da Organização:
Nome/Razão Social:___________________________________________________
Endereço da unidade certificada:_________________________________________
Seu nome:___________________________________________________________
Seu e-mail:__________________________________________________________
Seu telefone:_________________________________________________________
Seu cargo na Organização: Administrador Gestor/Coordenador Ambiental
116
Em caso de esclarecimento adicional, o pesquisador está autorizado a entrar em
contato por telefone? Sim Não
2. Antes da implementação e certificação da ISO 14001, já era adotada alguma
forma de GESTÃO AMBIENTAL na organização?
Sim o
3. Por que a organização optou pela implementação e certificação de um SGA
baseado na ISO 14001 ao invés de adotar apenas uma diretriz não-certificável
destinada a prover uma orientação genérica para um SGA?
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________
4. Marque as maiores barreiras/dificuldades enfrentadas pela organização na
implementação, manutenção e certificação da ISO 14001
01. Desenvolvimento da Política Ambiental
02. Atendimento à Política Ambiental
03. Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais
04. Levantamento dos Requisitos Legais aplicáveis
05. Definição de objetivos, metas e programas
06. Atingimento dos objetivos e/ou metas
07. Disponibilização de recursos humanos, financeiros, tecnológicos e infra-estrutura
organizacional
08. Definição de funções, responsabilidades e autoridades
117
09. Identificação de necessidades de treinamento
10. Conscientização ambiental dos colaboradores
11. Motivação dos colaboradores
12. Comprometimento da Alta Administração
13. Outros (Especifique) .
5. Marque os CRITÉRIOS e SUBCRITÉRIOS considerados no PROCESSO DE
TOMADA DE DECISÃO pela implementação e certificação ISO 14001
5.1. Critério de Mercado Sim Não
Subcritérios: O subcritério foi considerado no PROCESSO DE TOMADA DE
DECISÃO?
a. Exigência Contratual de Clientes (atual e/ou futura) Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
b. Exigência Contratual de Fornecedores (atual e/ou futura) Sim Não
Comentário Adicional? _______________________________________________
c. Concorrência implementou a ISO 14001 ou irá implementar e certificar Sim Não
Comentário Adicional? _______________________________________________
d. Outro subcritério de Mercado foi considerado? Qual(is)? (deixe os campos abaixo
em branco em caso de negativa) Sim o
d.1.__________________________Comentário Adicional?___________________
d.2.__________________________Comentário Adicional?___________________
d.3.__________________________Comentário Adicional?___________________
d.4.__________________________Comentário Adicional?___________________
d.5.__________________________Comentário Adicional?___________________
118
5.2. Critério de Legislação, Verificação e Fiscalização Sim Não
Subcritérios: O subcritério foi considerado no PROCESSO DE TOMADA DE
DECISÃO?
a. Controle no Atendimento à Legislação Ambiental Sim o
Comentário Adicional?________________________________________________
b. Desempenho em Auditorias Ambientais (Compulsórias, Autodeclaratórias, entre
outras) Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
c. Outro subcritério de Legislação, Verificação e Fiscalização foi considerado?
Qual(is)? (deixe em branco os campos abaixo em caso de negativa) Sim Não
c.1.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.2.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.3.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.4.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.5.__________________________Comentário Adicional?___________________
5.3. Critério de Controle Operacional Ambiental Sim Não
Subcritérios: O subcritério foi considerado no PROCESSO DE TOMADA DE
DECISÃO?
a. Controle da poluição e desempenho ambiental (controle de aspectos e mitigação
dos impactos ambientais) Sim o
Comentário Adicional?________________________________________________
b. Maior gerenciamento de/atendimento às emergências Sim o
Comentário Adicional?________________________________________________
119
c. Outro subcritério de Controle Operacional Ambiental foi considerado? Qual(is)?
(deixe em branco os campos abaixo em caso de negativa) Sim Não
c.1.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.2.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.3.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.4.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.5.__________________________Comentário Adicional?___________________
5.4. Critério de Investimentos e Recursos Sim o
Subcritérios: O subcritério foi considerado no PROCESSO DE TOMADA DE
DECISÃO?
a. Investimentos para implementação, manutenção e certificação (e/ou
recertificação) ISO 14001 Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
b. Melhor racionalização (matérias-primas, desperdícios, subprodutos, reciclagem)
Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
c. Maior redução de custos (bancos, seguradoras e outras instituições financeiras)
Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
d. Valorização da organização perante investidores (maior facilidade de aporte de
capital) Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
e. Outro subcritério de Investimentos e Recursos foi considerado? Qual(is)? (deixe
em branco os campos abaixo em caso de negativa) Sim o
120
e.1.__________________________Comentário Adicional?___________________
e.2.__________________________Comentário Adicional?___________________
e.3.__________________________Comentário Adicional?___________________
e.4.__________________________Comentário Adicional?___________________
e.5.__________________________Comentário Adicional?___________________
5.5. Critério de Motivação e Produtividade Funcional Sim o
Subcritérios: O subcritério foi considerado no PROCESSO DE TOMADA DE
DECISÃO?
a. Melhoria na consciência e atitude dos funcionários Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
b. Melhoria na produtividade dos funcionários (organização, controle, agilidade)
Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
c. Outro subcritério de Motivão e Produtividade Funcional foi considerado?
Qual(is)? (deixe em branco os campos abaixo em caso de negativa) Sim Não
c.1.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.2.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.3.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.4.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.5.__________________________Comentário Adicional?___________________
5.6. Critério de Imagem Institucional Sim Não
Subcritérios: O subcritério foi considerado no PROCESSO DE TOMADA DE
DECISÃO? Sim Não
121
a. Melhor imagem junto à Comunidade (percepção e influência da ISO 14001)
Sim Não
Comentário Adicional?________________________________________________
b. Melhor imagem junto aos Órgãos de Controle e Fiscalização Ambiental
(percepção e reconhecimento informal da ISO 14001) Sim o
Comentário Adicional?________________________________________________
c. Outro subcritério de Imagem Institucional foi considerado? Qual(is)? (deixe em
branco os campos abaixo em caso de negativa) Sim o
c.1.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.2.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.3.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.4.__________________________Comentário Adicional?___________________
c.5.__________________________Comentário Adicional?___________________
5.7. Outros critérios, além dos anteriores - 5.1., 5.2., 5.3., 5.4., 5.5., 5.6. - foram
considerados? Quais?
5.7.1. _______________________Comentário Adicional?____________________
5.7.2. _______________________Comentário Adicional?____________________
5.7.3. _______________________Comentário Adicional?____________________
5.7.4. _______________________Comentário Adicional?____________________
5.7.5. _______________________Comentário Adicional?____________________
122
ANEXO 2
123
FERRAMENTA CONSOLIDADA DE AUXÍLIO À TOMADA DE DECISÃO
1. Definição do objetivo do processo de tomada de decisão:
O objetivo do processo de tomada de decisão dirigido por esta ferramenta é
fornecer subdios para a compreensão do nível de aderência (compatibilidade)
entre a implementação e certificação ISO 14001 e o perfil organizacional (cultural,
ambiental, gerencial e financeiro) do empreendimento. Em suma, a ferramenta
proposta deverá fornecer um resultado que indique se o perfil organizacional tem
predileção pela adoção da ISO 14001 ou não. O objetivo definido para o agente
decisor, aplicando este processo (ferramenta) é, portanto: obter um nível de
recomendação pela implementação e certificação da norma ISO 14001.
2. Identificação das alternativas de decisão
Como resultado imediato da identificação do objetivo da tomada de decisão
na primeira etapa, tem-se como opções mutuamente excludentes, as seguintes
alternativas a serem recomendadas ao agente decisor:
a. Implementar a ISO 14001 e certificar o empreendimento/atividade ou
b. Não implementar a ISO 14001.
3. Priorização dos critérios e subcritérios da tomada de decisão
124
Nesta etapa, recomenda-se a composição de um “grupo decisor”, que deve
lançar mão de sua percepção da importância relativa dos critérios e subcritérios pré-
definidos. Para tanto, este grupo decisor deve conhecer as peculiaridades destes
elementos. Recomenda-se, nesse sentido, que ele tenha um bom nível de preparo e
entendimento sobre o perfil organizacional em termos de mercado, meio ambiente,
legislação, finanças, corpo de colaboradores, gestão, necessidades técnicas e
tecnológicas e, também, da própria norma ISO 14001. É recomendável que este
grupo de decisores, denominado “agente decisor”, seja composto por especialistas
nas diversas áreas, possibilitando uma melhor precisão na percepção da influência
da ISO 14001 em comparação com o perfil organizacional em questão. Isto
possibilitará a caracterização do empreendimento face aos requisitos da norma, por
meio de sessões de “tempestade de idéias” (brainstorming) entre os especialistas do
grupo.
Antes da valoração da importância relativa de cada um destes elementos,
portanto, recomenda-se uma breve leitura de seus significados embutidos na
ferramenta de auxílio à tomada de decisão, expostos a seguir:
Critério de mercado: a abrangência do mercado é influenciada, em determinado
grau, pela implementação da ISO 14001 e a respectiva certificação do
empreendimento. As razões dessa influência se sustentam sobre a percepção
que o mercado consumidor dos produtos e serviços da organização tem em
relação à adoção da norma pelo empreendimento. Desta forma, este critério
deve ser avaliado como elemento na tomada de decisão pela adoção ou não
da norma. Os subcritérios de mercado assumidos para a pontuação da
percepção do agente decisor com relação ao seu perfil organizacional são:
125
o Subcritério de mercado - impacto na carteira de clientes em termos de
faturamento; e
o Subcritério de mercado - impacto em relação à concorrência.
Critério de legislação: o controle e atendimento da legislação ambiental,
federal, estadual e municipal, além de outros requisitos regulamentares (normas
técnicas, resoluções, portarias, decretos, etc) é geralmente influenciado
positivamente pela sistematização da gestão ambiental por meio da adoção da
norma ISO 14001 pelo empreendimento. Nesse sentido, este critério deverá ser
avaliado como elemento na tomada de decisão pela adoção ou não da norma.
Os subcritérios de legislação assumidos para a pontuação da percepção do
agente decisor com relação ao seu perfil organizacional são:
o Subcritério de legislação - impacto no atendimento à legislação e demais
normas regulamentares; e
o Subcritério de legislação - impacto na preparação e atendimento às
auditorias ambientais diversas.
Critério de controle ambiental: o controle ambiental é um dos elementos
centrais da ISO 14001, uma vez que esta norma tem o objetivo de sistematizar
atividades e procedimentos visando a prevenção e a mitigação da poluição, por
meio de um levantamento e controle dos aspectos e impactos ambientais
oferecidos pelo empreendimento. Sendo assim, este critério deverá ser avaliado
como um elemento fundamental na tomada de decisão pela adoção ou não da
norma. Os subcritérios de controle ambiental assumidos para a pontuação da
percepção do agente decisor com relação ao seu perfil organizacional são:
126
o Subcritério de controle ambiental - impacto no controle e prevenção da
poluição;
o Subcritério de controle ambiental - impacto no controle de documentos
relativos ao meio ambiente;
o Subcritério de controle ambiental - impacto na comunicação interna e
externa à organização, relativa à gestão ambiental; e
o Subcritério de controle ambiental - impacto no controle e gerenciamento
de emergências ambientais.
Critério de investimentos e recursos: estabelecer, planejar, implementar,
verificar e melhorar continuamente um sistema de gestão ambiental ISO 14001
requer diversos tipos de recursos e investimentos financeiros. Em contrapartida,
a implementação da norma também potencializa a redução de custos com
desperdícios e a otimização dos processos operacionais do empreendimento.
Além disso, custos com instituições financeiras (créditos) e seguradoras, por
exemplo, podem ser reduzidos de acordo com a política de análise de riscos
destas entidades. Portanto, o agente decisor deve considerar este critério no seu
processo de tomada de decisão pela implantação da ISO 14001 e respectiva
certificação. Os subcritérios de investimentos e recursos assumidos para a
pontuação da percepção do agente decisor com relação ao seu perfil
organizacional são:
o Subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro no quadro de
recursos humanos;
127
o Subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro devido à
necessidade de investimentos em recursos tecnológicos e infra-
estruturais;
o Subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro devido à
necessidade de realocação de recursos para as auditorias ambientais de
certificação, acompanhamento e recertificação;
o Subcritério de investimentos e recursos - impacto na redução de custos
devido à otimização dos processos; e
o Subcritério de investimentos e recursos - impacto na redução de custos
com instituições de crédito e seguradoras.
Critério funcional: a norma ISO 14001 influencia em diversos aspectos
relacionados ao corpo funcional e administrativo das organizações. A
necessidade do estabelecimento de programas de treinamento, capacitação e
conscientização dos funcionários, a motivão e produtividade, o
comprometimento ambiental das pessoas, e até na necessidade de contratação
para ampliar o quadro funcional e suprir a demanda especializada para uma
implantação bem-sucedida da norma, devem ser aspectos considerados neste
critério. Portanto, importante é a avaliação deste critério no processo de tomada
de decisão pela implantação da ISO 14001 e respectiva certificação. Os
subcritérios funcionais assumidos para a pontuação da percepção do agente
decisor com relação ao seu perfil organizacional são:
o Subcritério funcional - impacto no estabelecimento de responsabilidades e
funções;
128
o Subcritério funcional - impacto no comprometimento ambiental de
funcionários da organização (motivação e produtividade);
o Subcritério funcional - impacto no comprometimento ambiental da alta
administração da organizão; e
o Subcritério funcional - impacto no estabelecimento da necessidade de
treinamentos, competências e conscientização.
Critério de imagem institucional: sabe-se que a imagem institucional é
altamente influenciada nos dias de hoje em razão da conduta organizacional
frente às novas necessidades ambientais da sociedade. Sendo assim, diversos
atores sociais (comunidade da rego, incluindo indústrias e moradores,
organizações não-governamentais, órgãos ambientais blicos) influenciam
sobremaneira nas organizações, exigindo uma atuação ambientalmente
responsável. A adoção da norma ISO 14001 pode ter significativa influência
sobre a imagem institucional que a organização projeta sobre estes elementos
sociais. Nesse sentido, o agente decisor deve considerar este critério no seu
processo de tomada de decisão pela implantação da ISO 14001 e respectiva
certificação. Os subcritérios de imagem institucional assumidos para a pontuação
da percepção do agente decisor com relação ao seu perfil organizacional são:
o Subcritério de imagem institucional - impacto da imagem perante à
comunidade da região;
o Subcritério de imagem institucional - impacto da imagem perante às
organizações não-governamentais; e
o Subcritério de imagem institucional - impacto da imagem perante os
órgãos ambientais blicos de fiscalização.
129
A pontuação obtida pela percepção do agente decisor para cada subcritério,
indicará a compatibilidade entre a implementação da ISO 14001, incluindo a sua
viabilidade, e o perfil organizacional atual do empreendimento, relacionado ao
subcritério analisado.
4. Priorização dos critérios
Com base nas informações acima, o agente decisor deve considerar a
priorização dos critérios (encontrar a importância relativa) de acordo com o perfil
organizacional, considerando a situação cultural, ambiental, gerencial e financeiro do
empreendimento.
A priorização dos critérios deve ser efetuada com base na Escala
Fundamental Saaty (1991), Figura I. A pergunta fundamental para a comparação
paritária, utilizando-se da Escala Fundamental é: “qual é o critério mais importante e
quanto o é para a tomada de decisão pela implementação da ISO 14001?”.
Figura I - Quadro da Escala Fundamental de Saaty (1991).
Valor
Importância
relativa
Expressão verbal
1 Igual imporncia Os dois elementos contribuem igualmente para o objetivo
3
Prepondencia
pequena de um
sobre o outro
A experiência e o julgamento favorecem levemente um
critério em relão ao outro
5
Prepondencia
grande ou essencial
A experiência e o julgamento favorecem fortemente um
critério em relão ao outro
7
Prepondencia
muito grande ou
demonstrada
Um critério é muito fortemente favorecido em relação ao
outro, sua dominação de importância é demonstrada na
prática
9
Prepondencia
absoluta
A evidência favorece um critério em relação ao outro com
mais alto grau de certeza
2, 4,
6, 8
Valores
intermediários
Quando se procura uma condição de compromisso entre
duas definições
130
O agente decisor deverá julgar, baseando-se na Escala Fundamental de
Saaty (1991), quais os valores das razões (importâncias relativas dos critérios),
conforme a Tabela I.
Tabela I - Matriz de importâncias relativas dos critérios adotados pela ferramenta.
Mercado
(M)
Legislação
(L)
Controle
Ambiental
(C)
Investimentos
e Recursos
(R)
Funcional
(F)
Imagem
Institucional
(I)
Mercado
(M)
1 M/L M/C M/R M/F M/I
Legislação
(L)
L/M 1 L/C L/R L/F L/I
Controle
Ambiental
(C)
C/M C/L 1 C/R C/F C/I
Investimentos
e Recursos
(R)
R/M R/L R/C 1 R/F R/I
Funcional
(F)
F/M F/L F/C F/R 1 F/I
Imagem
Institucional
(I)
I/M I/L I/C I/R I/F 1
Importância do critério de mercado sobre o critério de legislação:
M/L =
Conseqüentemente, L/M =
Importância do critério de mercado sobre o critério de controle ambiental:
M/C =
Conseqüentemente, C/M =
Importância do critério de mercado sobre o critério de investimentos e recursos:
M/R =
131
Conseqüentemente, R/M =
Importância do critério de mercado sobre o critério funcional:
M/F =
Conseqüentemente, F/M =
Importância do critério de mercado sobre o critério de imagem institucional:
M/I =
Conseqüentemente, I/M =
Importância do critério de legislação sobre o critério de controle ambiental:
L/C =
Conseqüentemente, C/L =
Importância do critério de legislação sobre o critério de investimentos e recursos:
L/R =
Conseqüentemente, R/L =
Importância do critério de legislação sobre o critério funcional:
L/F =
Conseqüentemente, F/L =
Importância do critério de legislação sobre o critério de imagem institucional:
L/I =
132
Conseqüentemente, I/L =
Importância do critério de controle ambiental sobre o critério de investimentos e
recursos:
C/R =
Conseqüentemente, R/C =
Importância do critério de controle ambiental sobre o critério funcional:
C/F =
Conseqüentemente, F/C =
Importância do critério de controle ambiental sobre o critério de imagem
institucional:
C/I =
Conseqüentemente, I/C =
Importância do critério de investimentos e recursos sobre o critério funcional:
R/F =
Conseqüentemente, F/R =
Importância do critério de investimentos e recursos sobre o critério imagem
institucional:
R/I =
Conseqüentemente, I/R =
133
Importância do critério funcional sobre o critério de imagem institucional:
F/I =
Conseqüentemente, I/F =
O valor dos pesos dos critérios, P
1
(mercado), P
2
(legislação), P
3
(controle
ambiental), P
4
(investimentos e recursos), P
5
(funcional) e P
6
(imagem institucional),
devem ser calculados por meio das seguintes fórmulas:
Peso relativo do critério de mercado:
P
1
= (1 x M/L x M/C x M/R x M/P x M/I)
1/6
=
Peso relativo do critério de legislação:
P
2
= (L/M x 1 x L/C x L/R x L/F x L/I)
1/6
=
Peso relativo do critério de controle ambiental:
P
3
= (C/M x C/L x 1 x C/R x C/F x C/I)
1/6
=
Peso relativo do critério de investimentos e recursos:
P
4
= (R/M x R/L x R/C x 1 x R/F x R/I)
1/6
=
Peso relativo do critério funcional:
P
5
= (F/M x F/L x F/C x F/R x 1 x F/I)
1/6
=
Peso relativo do critério de imagem institucional:
P
6
= (I/M x I/L x I/C x I/R X I/F x 1)
1/6
=
134
Após o cálculo dos pesos relativos, procede-se à normalização desses
valores, para deixá-los na escala de 0 a 1:
Peso normalizado do critério de mercado:
NP
1
= P
1
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) =
Peso normalizado do critério de legislação:
NP
2
= P
2
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) =
Peso normalizado do critério de controle:
NP
3
= P
3
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) =
Peso normalizado do critério de investimentos e recursos:
NP
4
= P
4
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) =
Peso normalizado do critério funcional:
NP
5
= P
5
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) =
Peso normalizado do critério de imagem institucional:
NP
6
= P
6
/ (P
1
+ P
2
+ P
3
+ P
4
+ P
5
+ P
6
) =
135
5. Priorização dos subcritérios
Com os pesos relativos dos critérios, parte-se então para o lculo dos pesos
relativos dos subcritérios (priorização de subcritérios) para cada critério, utilizando-se
da mesma metodologia. Da mesma forma como na priorização dos critérios, a
pergunta fundamental para a comparação paritária, utilizando-se da Escala
Fundamental é: “qual é o subcritério mais importante e quanto o é para a tomada de
decisão pela implementação da ISO 14001?”.
a. Priorização dos subcritérios de mercado
Considerando a matriz de importância importâncias (Tabela II), o agente
decisor devejulgar, baseando-se na Escala Fundamental de Saaty (1991), Figura
I, quais os valores das razões (importâncias relativas dos subcritérios de mercado):
Tabela II - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios de mercado
Impacto na carteira de
clientes
Impacto em relação à
concorrência
Impacto na carteira de
clientes
1 SM
1
/SM
2
Impacto em relação à
concorrência
SM
2
/SM
1
1
Importância do subcritério impacto na carteira de clientes sobre o subcritério
impacto em relação à concorrência:
SM
1
/SM
2
=
Conseqüentemente, SM
2
/SM
1
=
136
Os valores dos pesos dos subcritérios de mercado, P
11
e P
12
serão:
Peso relativo do subcritério de mercado - impacto na carteira de clientes:
P
11
= (1 x SM
1
/SM
2
)
1/2
=
Peso relativo do subcritério de mercado - impacto em relação à concorrência:
P
12
= (SM
2
/SM
1
x 1)
1/2
=
Após o cálculo dos pesos relativos, procede-se com a normalização desses valores,
para deixá-los na escala de 0 a 1:
Peso normalizado do subcritério de mercado - impacto na carteira de clientes
(NP
11
):
NP
11
= P
11
/ (P
11
+ P
12
) =
Peso normalizado do subcritério de mercado - impacto em relação à concorrência
(NP
12
):
NP
12
= P
12
/ (P
11
+ P
12
) =
b. Priorização dos subcritérios de legislação
137
Considerando a matriz de importância (Tabela III), o agente decisor deverá
julgar, baseando-se na Escala Fundamental de Saaty (1991), Figura I, quais os
valores das razões (importâncias relativas dos subcritérios de legislação):
Tabela III - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios de legislação
Importância do subcritério impacto no atendimento à legislação e demais normas
regulamentares sobre o impacto no atendimento às auditorias ambientais
diversas:
SL
1
/SL
2
=
Conseqüentemente, SL
2
/SL
1
=
Os valores dos pesos dos subcritérios de legislação, P
21
e P
22
serão:
Peso relativo do subcritério de legislação - impacto no atendimento à legislação e
demais normas regulamentares:
P
21
= (SL
1
/SL
2
x 1)
1/2
=
Peso relativo do subcritério de legislação - impacto no atendimento às auditorias
ambientais diversas:
Impacto no atendimento à
legislação e demais
normas regulamentares
Impacto no atendimento
às auditorias ambientais
diversas
Impacto no atendimento à
legislação e demais
normas regulamentares
1 SL
1
/SL
2
Impacto no atendimento
às auditorias ambientais
diversas
SL
2
/SL
1
1
138
P
22
= (SL
2
/SL
1
x 1)
1/2
=
Após o cálculo dos pesos relativos, procede-se com a normalização desses valores,
para deixá-los na escala de 0 a 1:
Peso normalizado do subcritério de legislação - impacto no atendimento à
legislação e demais normas regulamentares (NP
21
):
NP
21
= P
21
/ (P
21
+ P
22
) =
Peso normalizado do subcritério de mercado - impacto em relação à concorrência
(NP
22
):
NP
22
= P
22
/ (P
21
+ P
22
) =
c. Priorização dos subcritérios de controle ambiental
Considerando a matriz de importância (Tabela IV), o agente decisor deverá
julgar, baseando-se na Escala Fundamental de Saaty (1991), Figura I, quais os
valores das razões (importâncias relativas dos subcritérios de controle ambiental).
139
Tabela IV - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios de controle ambiental
Importância do subcritério impacto no controle e prevenção da poluição sobre o
impacto no controle de documentos relativos ao meio ambiente/gestão ambiental:
SC
1
/SC
2
=
Conseqüentemente, SC
2
/SC
1
=
Importância do subcritério impacto no controle e prevenção da poluição sobre o
impacto na comunicação interna e externa à organização:
SC
1
/SC
3
=
Conseqüentemente, SC
3
/SC
1
=
Impacto no
controle e
prevenção da
poluição
Impacto no
controle de
documentos
relativos ao meio
ambiente
Impacto na
comunicação
interna e
externa à
organização,
relativa à
gestão
ambiental
Impacto no
controle e
gerenciamento
de
emergências
ambientais
Impacto no
controle e
prevenção da
poluição
1 SC
1
/SC
2
SC
1
/SC
3
SC
1
/SC
4
Impacto no
controle de
documentos
relativos ao meio
ambiente
SC
2
/SC
1
1 SC
2
/SC
3
SC
2
/SC
4
Impacto na
comunicação
interna e externa à
organização,
relativa à gestão
ambiental
SC
3
/SC
1
SC
3
/SC
2
1 SC
3
/SC
4
Impacto no
controle e
gerenciamento de
emergências
ambientais
SC
4
/SC
1
SC
4
/SC
2
SC
4
/SC
3
1
140
Importância do subcritério impacto no controle e prevenção da poluição sobre o
impacto no controle e gerenciamento de emergências ambientais:
SC
1
/SC
4
=
Conseqüentemente, SC
4
/SC
1
=
Importância do subcritério impacto no controle de documentos relativos ao meio
ambiente sobre impacto na comunicação interna e externa à organização,
relativa à gestão ambiental:
SC
2
/SC
3
=
Conseqüentemente, SC
3
/SC
2
=
Importância do subcritério impacto no controle de documentos relativos ao meio
ambiente sobre impacto no controle e gerenciamento de emergências
ambientais:
SC
2
/SC
4
=
Conseqüentemente, SC
4
/SC
2
=
Importância do subcritério impacto na comunicação interna e externa à
organização, relativa à gestão ambiental, sobre impacto no controle e
gerenciamento de emergências ambientais:
SC
3
/SC
4
=
Conseqüentemente, SC
4
/SC
3
=
Os valores dos pesos dos subcritérios de controle ambiental, P
31
, P
32
, P
33
e
P
34
serão:
141
Peso relativo do subcritério de controle ambiental - impacto no controle e
prevenção da poluição:
P
31
= (1 x SC
1
/SC
2
x SC
1
/SC
3
x SC
1
/SC
4
)
1/4
=
Peso relativo do subcritério de controle ambiental - impacto no controle de
documentos relativos ao meio ambiente:
P
32
= (SC
2
/SC
1
x 1 x SC
2
/SC
3
x SC
2
/SC
4
)
1/4
=
Peso relativo do subcritério de controle ambiental - impacto na comunicação
interna e externa à organização, relativa à gestão ambiental:
P
33
= (SC
3
/SC
1
x SC
3
/SC
2
x 1 x SC
3
/SC
4
)
1/4
=
Peso relativo do subcritério de controle ambiental - impacto no controle e
gerenciamento de emergências ambientais:
P
34
= (SC
4
/SC
1
x SC
4
/SC
2
x SC
4
/SC
3
x 1)
1/4
=
Após o cálculo dos pesos relativos, procede-se com a normalização desses
valores, para deixá-los na escala de 0 a 1:
Peso normalizado do subcritério de controle ambiental - impacto no controle e
prevenção da poluição (NP
31
):
NP
31
= P
31
/ (P
31
+ P
32
+ P
33
+ P
34
) =
142
Peso normalizado do subcritério de controle ambiental - impacto no controle de
documentos relativos ao meio ambiente (NP
32
):
NP
32
= P
32
/ (P
31
+ P
32
+ P
33
+ P
34
) =
Peso normalizado do subcritério de controle ambiental - impacto na comunicação
interna e externa à organização, relativa à gestão ambiental (NP
33
):
NP
33
= P
33
/ (P
31
+ P
32
+ P
33
+ P
34
) =
Peso normalizado do subcritério de controle ambiental - impacto no controle e
gerenciamento de emergências ambientais (NP
34
):
NP
34
= P
34
/ (P
31
+ P
32
+ P
33
+ P
34
) =
d. Priorização dos subcritérios de investimentos e recursos
Considerando a matriz de importância (Tabela V), o agente decisor deverá
julgar, baseando-se na Escala Fundamental de Saaty (1991), Figura I, quais os
valores das razões (importâncias relativas dos subcritérios investimentos e
recursos):
143
Tabela V - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios de investimentos e
recursos
Importância do subcritério impacto financeiro no quadro de recursos humanos
sobre o impacto financeiro devido à necessidade de investimentos em recursos
tecnológicos e infra-estruturais:
SR
1
/SR
2
=
Impacto
financeiro
no quadro
de
recursos
humanos
Impacto
financeiro
devido à
necessidade
de
investimentos
em recursos
tecnológicos e
infra-
estruturais
I
mpacto
financeiro devido
à necessidade de
realocação de
recursos para as
auditorias
ambientais de
certificação,
acompanhamento
e recertificação
Impacto na
redução de
custos devido
à otimização
dos
processos
Impacto na
redução de
custos com
instituições
de crédito e
seguradoras
Impacto
financeiro no
quadro de
recursos
humanos
1 SR
1
/SR
2
SR
1
/SR
3
SR
1
/SR
4
SR
1
/SR
5
Impacto
financeiro devido
à necessidade de
investimentos em
recursos
tecnológicos e
infra-estruturais
SR
2
/SR
1
1 SR
2
/SR
3
SR
2
/SR
4
SR
2
/SR
5
I
mpacto
financeiro devido
à necessidade de
realocação de
recursos para as
auditorias
ambientais de
certificação,
acompanhamento
e recertificação
SR
3
/SR
1
SR
3
/SR
2
1 SR
3
/SR
4
SR
3
/SR
5
Impacto na
redução de
custos devido à
otimização dos
processos
SR
4
/SR
1
SR
4
/SR
2
SR
4
/SR
3
1 SR
4
/SR
5
Impacto na
redução de
custos com
instituições de
crédito e
seguradoras
SR
5
/SR
1
SR
5
/SR
2
SR
5
/SR
3
SR
5
/SR
4
1
144
Conseqüentemente, SR
2
/SR
1
=
Importância do subcritério impacto financeiro no quadro de recursos humanos
sobre o impacto financeiro devido à necessidade de realocação de recursos para
as auditorias ambientais de certificação, acompanhamento e recertificação:
SR
1
/SR
3
=
Conseqüentemente, SR
3
/SR
1
=
Importância do subcritério impacto financeiro no quadro de recursos humanos
sobre o impacto na redução de custos devido à otimização dos processos:
SR
1
/SR
4
=
Conseqüentemente, SR
4
/SR
1
=
Importância do subcritério impacto financeiro no quadro de recursos humanos
sobre o impacto na redução de custos com instituições de crédito e seguradoras:
SR
1
/SR
5
=
Conseqüentemente, SR
5
/SR
1
=
Importância do subcritério impacto financeiro devido à necessidade de
investimentos em recursos tecnológicos e infra-estruturais sobre o impacto
financeiro devido à necessidade de realocação de recursos para as auditorias
ambientais de certificação, acompanhamento e recertificação:
SR
2
/SR
3
=
Conseqüentemente, SR
3
/SR
2
=
145
Importância do subcritério impacto financeiro devido à necessidade de
investimentos em recursos tecnológicos e infra-estruturais sobre o impacto na
redução de custos devido à otimização dos processos:
SR
2
/SR
4
=
Conseqüentemente, SR
4
/SR
2
=
Importância do subcritério impacto financeiro devido à necessidade de
investimentos em recursos tecnológicos e infra-estruturais sobre o impacto na
redução de custos com instituições de crédito e seguradoras:
SR
2
/SR
5
=
Conseqüentemente, SR
5
/SR
2
=
Importância do subcritério impacto financeiro devido à necessidade de
realocação de recursos para as auditorias ambientais de certificação,
acompanhamento e recertificação sobre o impacto na redução de custos devido
à otimização dos processos:
SR
3
/SR
4
=
Conseqüentemente, SR
4
/SR
3
=
Importância do subcritério impacto financeiro devido à necessidade de
realocação de recursos para as auditorias ambientais de certificação,
acompanhamento e recertificação sobre o impacto na redução de custos com
instituições de crédito e seguradoras:
SR
3
/SR
5
=
Conseqüentemente, SR
5
/SR
3
=
146
Importância do subcritério impacto na redução de custos devido à otimização dos
processos sobre o impacto na redução de custos com instituições de crédito e
seguradoras:
SR
4
/SR
5
=
Conseqüentemente, SR
5
/SR
4
=
Os valores dos pesos dos subcritérios de investimentos e recursos, P
41
, P
42
,
P
43
, P
44
e P
45
serão:
Peso relativo do subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro no
quadro de recursos humanos:
P
41
= (1 x SR
1
/SR
2
x SR
1
/SR
3
x SR
1
/SR
4
x SR
1
/SR
5
)
1/5
=
Peso relativo do subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro
devido à necessidade de investimentos em recursos tecnológicos e infra-
estruturais:
P
42
= (SR
2
/SR
1
x 1 x SR
2
/SR
3
x SR
2
/SR
4
x SR
2
/SR
5
)
1/5
=
Peso relativo do subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro
devido à necessidade de realocação de recursos para as auditorias ambientais
de certificação, acompanhamento e recertificação:
P
43
= (SR
3
/SR
1
x SR
3
/SR
2
x 1 x SR
3
/SR
4
x SR
3
/SR
5
)
1/5
=
147
Peso relativo do subcritério de investimentos e recursos - impacto na redução de
custos devido à otimização dos processos:
P
44
= (SR
4
/SR
1
x SR
4
/SR
2
x SR
4
/SR
3
x 1 x SR
4
/SR
5
)
1/5
=
Peso relativo do subcritério de investimentos e recursos - impacto na redução de
custos com instituições de crédito e seguradoras:
P
45
= (SR
5
/SR
1
x SR
5
/SR
2
x SR
5
/SR
3
x SR
5
/SR
4
x 1)
1/5
=
Após o cálculo dos pesos relativos, procede-se com a normalização desses
valores, para deixá-los na escala de 0 a 1:
Peso normalizado do subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro
no quadro de recursos humanos (NP
41
):
NP
41
= P
41
/ (P
41
+ P
42
+ P
43
+ P
44
+ P
45
) =
Peso normalizado do subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro
devido à necessidade de investimentos em recursos tecnológicos e infra-
estruturais (NP
42
):
NP
42
= P
42
/ (P
41
+ P
42
+ P
43
+ P
44
+ P
45
) =
Peso normalizado do subcritério de investimentos e recursos - impacto financeiro
devido à necessidade de realocação de recursos para as auditorias ambientais
de certificação, acompanhamento e recertificação (NP
43
):
NP
43
= P
43
/ (P
41
+ P
42
+ P
43
+ P
44
+ P
45
) =
148
Peso normalizado do subcritério de investimentos e recursos - impacto na
redução de custos devido à otimização dos processos (NP
44
):
NP
44
= P
44
/ (P
41
+ P
42
+ P
43
+ P
44
+ P
45
) =
Peso normalizado do subcritério de investimentos e recursos - impacto na
redução de custos com instituições de crédito e seguradoras (NP
45
):
NP
45
= P
45
/ (P
41
+ P
42
+ P
43
+ P
44
+ P
45
) =
e. Priorização dos subcritérios funcionais
Considerando a matriz de importância (Tabela VI), o agente decisor deverá
julgar, baseando-se na Escala Fundamental de Saaty (1991), Figura I, quais os
valores das razões (importâncias relativas dos subcritérios funcionais):
Tabela VI - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios funcionais
Impacto no
estabelecimento de
responsabilidades e
funções
Impacto no
comprometimento
ambiental de
funcionários da
organização
(motivação e
produtividade)
Impacto no
comprometimento
ambiental da alta
administração da
organização
Impacto no
estabelecimento
da necessidade
de
treinamentos,
competências e
conscientização
Impacto no
estabelecimento de
responsabilidades e
funções
1 SF
1
/SF
2
SF
1
/SF
3
SF
1
/SF
4
Impacto no
comprometimento
ambiental de
funcionários da
organização
(motivação e
produtividade)
SF
2
/SF
1
1 SF
2
/SF
3
SF
2
/SF
4
Impacto no
comprometimento
ambiental da alta
administração da
organização
SF
3
/SF
1
SF
3
/SF
2
1 SF
3
/SF
4
Impacto no
estabelecimento da
necessidade de
treinamentos,
competências e
conscientização
SF
4
/SF
1
SF
4
/SF
2
SF
4
/SF
3
1
149
Importância do subcritério impacto no estabelecimento de responsabilidades e
funções sobre o impacto no comprometimento ambiental de funcionários da
organização (motivação e produtividade):
SF
1
/SF
2
=
Conseqüentemente, SF
2
/SF
1
=
Importância do subcritério impacto no estabelecimento de responsabilidades e
funções sobre o impacto no comprometimento ambiental da alta administração
da organização:
SF
1
/SF
3
=
Conseqüentemente, SF
3
/SF
1
=
Importância no estabelecimento de responsabilidades e funções sobre o Impacto
no estabelecimento da necessidade de treinamentos, competências e
conscientização:
SF
1
/SF
4
=
Conseqüentemente, SF
4
/SF
1
=
Importância do subcritério impacto no comprometimento ambiental de
funcionários da organização (motivação e produtividade) sobre Impacto no
comprometimento ambiental da alta administração da organização:
SF
2
/SF
3
=
Conseqüentemente, SF
3
/SF
2
=
150
Importância do subcritério impacto no comprometimento ambiental de
funcionários da organização (motivação e produtividade) sobre impacto no
estabelecimento da necessidade de treinamentos, competências e
conscientização:
SF
2
/SF
4
=
Conseqüentemente, SF
4
/SF
2
=
Importância do subcritério impacto no comprometimento ambiental da alta
administração da organização sobre impacto no estabelecimento da necessidade
de treinamentos, competências e conscientização:
SF
3
/SF
4
=
Conseqüentemente, SF
4
/SF
3
=
Os valores dos pesos dos subcritérios de controle ambiental, P
51
, P
52
, P
53
e
P
54
serão:
Peso relativo do subcritério funcional - impacto no estabelecimento de
responsabilidades e funções:
P
51
= (1 x SF
1
/SF
2
x SF
1
/SF
3
x SF
1
/SF
4
)
1/4
=
Peso relativo do subcritério funcional - impacto no comprometimento ambiental
de funcionários da organização (motivação e produtividade):
P
52
= (SF
2
/SF
1
x 1 x SF
2
/SF
3
x SF
2
/SF
4
)
1/4
=
151
Peso relativo do subcritério funcional - impacto no comprometimento ambiental
da alta administração da organização:
P
53
= (SF
3
/SF
1
x SF
3
/SF
2
x 1 x SF
3
/SF
4
)
1/4
=
Peso relativo do subcritério funcional - impacto no estabelecimento da
necessidade de treinamentos, competências e conscientização:
P
54
= (SF
4
/SF
1
x SF
4
/SF
2
x SF
4
/SF
3
x 1)
1/4
=
Após o cálculo dos pesos relativos, procede-se com a normalização desses
valores, para deixá-los na escala de 0 a 1:
Peso normalizado do subcritério funcional - impacto no estabelecimento de
responsabilidades e funções (NP
51
):
NP
51
= P
51
/ (P
51
+ P
52
+ P
53
+ P
54
) =
Peso normalizado do subcritério funcional - impacto no comprometimento
ambiental de funcionários da organização (motivação e produtividade) (NP
52
):
NP
52
= P
52
/ (P
51
+ P
52
+ P
53
+ P
54
) =
Peso normalizado do subcritério funcional - impacto no comprometimento
ambiental da alta administração da organização (NP
53
):
NP
53
= P
53
/ (P
51
+ P
52
+ P
53
+ P
54
) =
152
Peso normalizado do subcritério funcional - impacto no estabelecimento da
necessidade de treinamentos, competências e conscientização (NP
54
):
NP
54
= P
54
/ (P
51
+ P
52
+ P
53
+ P
54
) =
f. Priorização dos subcritérios de imagem institucional
Considerando a matriz de importância (Tabela VII), o agente decisor deverá
julgar, baseando-se na Escala Fundamental de Saaty (1991), Figura I, quais os
valores das razões (importâncias relativas dos subcritérios de imagem institucional):
Tabela VII - Matriz de importâncias relativas dos subcritérios de imagem institucional
Importância do subcritério impacto na imagem perante a comunidade da região
sobre o impacto na imagem perante as ONGs:
SI
1
/SI
2
=
Conseqüentemente, SI
2
/SI
1
=
Impacto na imagem
perante a
comunidade da
região
Impacto na imagem
perante as ONGs
Impacto na imagem
perante os órgãos
públicos de fiscalização
ambiental
I
mpacto n
a
imagem
perante a
comunidade da
região
1 SI
1
/SI
2
SI
1
/SI
3
Impacto na imagem
perante as ONGs
SI
2
/SI
1
1 SI
2
/SI
3
Impacto na imagem
perante os órgãos
públicos de
fiscalização ambiental
SI
3
/SI
1
SI
3
/SI
2
1
153
Importância do subcritério impacto na imagem perante a comunidade da região
sobre o impacto na imagem perante os órgãos públicos de fiscalização
ambiental:
SI
1
/SI
3
=
Conseqüentemente, SI
3
/SI
1
=
Importância do subcritério impacto na imagem perante as ONGs sobre o impacto
na imagem perante os órgãos públicos de fiscalização ambiental:
SI
2
/SI
3
=
Conseqüentemente, SI
3
/SI
2
=
Os valores dos pesos dos subcritérios de imagem institucional, P
61
, P
62
e P
63
serão:
Peso relativo do subcritério de imagem institucional - critério impacto na imagem
perante a comunidade da região:
P
61
= (1 x SI
1
/SI
2
x SI
1
/SI
3
)
1/3
=
Peso relativo do subcritério de imagem institucional - impacto na imagem perante
as ONGs:
P
62
= (SI
2
/SI
1
x 1 x SI
2
/SI
3
)
1/3
=
Peso relativo do subcritério de imagem institucional - impacto na imagem perante
os órgãos públicos de fiscalização ambiental:
154
P
63
= (SI
3
/SI
1
x SI
3
/SI
2
x 1)
1/3
=
Após o cálculo dos pesos relativos, procede-se com a normalização desses
valores, para deixá-los na escala de 0 a 1:
Peso normalizado do subcritério de imagem institucional - critério impacto na
imagem perante a comunidade da região (NP
61
):
NP
61
= P
61
/ (P
61
+ P
62
+ P
63
) =
Peso normalizado do subcritério de imagem institucional - impacto na imagem
perante as ONGs (NP
62
):
NP
62
= P
62
/ (P
61
+ P
62
+ P
63
) =
Peso normalizado do subcritério de imagem institucional - impacto na imagem
perante os órgãos públicos de fiscalização ambiental (NP
63
):
NP
63
= P
63
/ (P
61
+ P
62
+ P
63
) =
6. Pontuão dos subcritérios em relação ao perfil organizacional do agente
decisor
Após calculados os pesos normalizados de todos os subcritérios, o agente
decisor parte para a pontuação de cada subcritério, através da análise das seguintes
alternativas, em função da percepção do perfil organizacional em relação ao
subcritério:
155
a. Critério de Mercado
a.1. Subcritério impacto na carteira de clientes em termos de faturamento:
o 0 = o há exigência de nenhum cliente pela sistematização da
Gestão Ambiental através da implementação e certificação ISO 14001
no empreendimento. A adoção da norma não fará diferença em termos
de faturamento da organização.
o 2,5 = Há exigência de clientes pouco significativos, em termos de
faturamento, pela sistematização da Gestão Ambiental através da
implementação e certificação ISO 14001 no empreendimento. A
adoção da norma fará pouca diferença em termos de faturamento da
organização (pela manutenção e/ou conquista de novos clientes).
o 5 = exigência de clientes moderadamente significativos, em termos
de faturamento, pela sistematização da Gestão Ambiental através da
implementação e certificação ISO 14001 no empreendimento. A
adoção da norma fará moderada diferença em termos de faturamento
da organização (pela manutenção e/ou conquista de novos clientes).
o 7,5 = exigência de clientes importantes, em termos de faturamento,
pela sistematização da Gestão Ambiental através da implementação e
certificação ISO 14001 no empreendimento. A adoção da norma fará
importante diferença em termos de faturamento da organização (pela
manutenção e/ou conquista de novos clientes).
o 10 = exigência de clientes fundamentais, em termos de
faturamento, pela sistematização da Gestão Ambiental através da
implementação e certificação ISO 14001 no empreendimento. A
156
adoção da norma fará absoluta diferença em termos de faturamento da
organização (pela manutenção e/ou conquista de novos clientes).
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
11
=
a.2. Subcritério impacto em relação à concorrência:
o 0 = Empreendimentos concorrentes não implementaram e nem
possuem planos para a implementação da ISO 14001. Não adotar a
norma não oferece absolutamente nenhum risco em função da
concorrência.
o 2,5 = Alguns empreendimentos concorrentes, pouco ameaçadores, já
implementaram a ISO 14001 ou têm planos para implementá-la. Não
adotar a norma oferece poucos riscos em função da concorrência.
o 5 = Alguns empreendimentos concorrentes, moderadamente
ameaçadores, já implementaram a ISO 14001 ou têm planos para
implementá-la. o adotar a norma oferece moderados riscos em
função da concorrência.
o 7,5 = Alguns empreendimentos concorrentes, que oferecem
importantes ameaças, já implementaram a ISO 14001 ou têm planos
para implementá-la. Não adotar a norma oferece importantes riscos em
função da concorrência.
o 10 = Empreendimentos absolutamente concorrentes e ameaçadores já
implementaram a ISO 14001 ou têm planos para implementá-la. Não
157
adotar a norma oferece riscos insustentáveis em função da
concorrência.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
12
=
b. Critério de Legislação
b.1. Subcritério impacto no atendimento à Legislação Ambiental e Demais
Normas:
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para o
atendimento às normas regulamentares e diplomas legais, já que o
empreendimento atende atualmente todos os requisitos de forma
bastante eficiente, E/OU não existem perdas pecuniárias e/ou
operacionais (potenciais ou reais) em função de autuações, embargos
e outras conseqüências advindas da inobservância do cumprimento
das regulamentações.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para o atendimento às normas regulamentares e diplomas
legais, já que o empreendimento registra raramente a ocorrência de
não-conformidades legais, as quais são detectadas e corrigidas
facilmente, E/OU existem inexpressíveis perdas pecunrias e/ou
operacionais (potenciais ou reais) em função de autuações, embargos
158
e outras conseqüências advindas da inobservância do cumprimento
das regulamentações.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
importância para o atendimento às normas regulamentares e diplomas
legais, já que as ocorrências de não-conformidades têm freqüência
moderada e/ou é moderadamente difícil de detectá-las e/ou
moderadamente difícil de corrigí-las nas condições ambientais atuais,
E/OU existem moderadas perdas pecuniárias e/ou operacionais
(potenciais ou reais) em fuão de autuações, embargos e outras
conseqüências advindas da inobservância do cumprimento das
regulamentações.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
benefícios para atendimento às normas regulamentares e diplomas
legais, já que as ocorrências de não-conformidades são sistêmicas,
ocorrem com freqüência significativa e/ou é significativamente difícil de
detectá-las e/ou significativamente difícil de corrigí-las nas condições
ambientais atuais, E/OU existem importantes perdas pecuniárias e/ou
operacionais (potenciais ou reais) em função de autuações, embargos
e outras conseqüências advindas da inobservância do cumprimento
das regulamentações.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o atendimento às normas regulamentares e diplomas
159
legais, já que as ocorrências de não-conformidades são sistêmicas,
ocorrem com freqüência insustentável e/ou é significativamente difícil
detectá-las e/ou significativamente difícil corrigí-las nas condições
ambientais atuais, E/OU existem insustentáveis perdas pecuniárias
e/ou operacionais (potenciais ou reais) em função de autuações,
embargos e outras conseqüências advindas da inobservância do
cumprimento das regulamentações.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
21
=
b.2. Subcritério impacto no preparo e atendimento às auditorias ambientais (de
conformidade legal, de clientes, de acompanhamento, etc):
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para o
atendimento às auditorias ambientais, já que o empreendimento não
encontra obstáculos na sua preparação e organização para os
processos de auditoria ou o empreendimento não é passível de ser
auditado ambientalmente.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para o atendimento às auditorias ambientais, já que o
empreendimento encontra poucos obstáculos, facilmente superados,
160
na sua preparação e organização para os processos de auditoria e/ou
o empreendimento está sujeito a raras auditorias ambientais.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
importância para o atendimento às auditorias ambientais, já que o
empreendimento encontra alguns obstáculos, superados com alguma
dificuldade, na sua preparação e organização para os processos de
auditoria e/ou o empreendimento está sujeito a auditorias ambientais
com baixa freqüência.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
benefícios para o atendimento às auditorias ambientais, já que o
empreendimento encontra difíceis obstáculos, nem sempre superados,
na sua preparação e organização para os processos de auditoria e/ou
o empreendimento está sujeito a auditorias ambientais com moderada
freqüência.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o atendimento às auditorias ambientais, já que o
empreendimento encontra obstáculos de alta criticidade, com níveis
insustentáveis de superação, na sua preparação e organização para os
processos de auditoria e/ou o empreendimento está sujeito a auditorias
ambientais com alta freqüência.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
22
=
161
c. Critério de Controle Ambiental:
c.1. Subcritério impacto no controle e prevenção da poluição (aspectos e
impactos ambientais):
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para o controle
e prevenção da poluição, já que o empreendimento não encontra
obstáculos para controlar e prevenir a poluição ambiental nas matizes
solo, água e ar, E/OU os aspectos e impactos ambientais são
facilmente identificados e controlados, não havendo absolutamente
nenhum risco significativo para o meio ambiente.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para o controle e prevenção da poluição, já que o
empreendimento encontra poucos obstáculos, facilmente superados,
para controlar e prevenir a poluição ambiental nas matizes solo, água e
ar, E/OU os aspectos e impactos ambientais são identificados e
controlados com pouca dificuldade, oferecendo pouquíssimos riscos
significativos para o meio ambiente.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
importância para o controle e prevenção da poluição, já que o
empreendimento encontra alguns obstáculos, superados com alguma
dificuldade, para controlar e prevenir a poluição ambiental nas matizes
solo, água e ar, E/OU os aspectos e impactos ambientais são
162
identificados e controlados com moderada dificuldade, oferecendo
alguns riscos significativos para o meio ambiente.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
benefícios para o controle da poluição, já que o empreendimento
encontra difíceis obstáculos, nem sempre superados, para controlar e
prevenir a poluição ambiental nas matizes solo, água e ar, E/OU os
aspectos e impactos ambientais são identificados e controlados com
grande dificuldade, oferecendo muitos riscos significativos para o meio
ambiente.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o controle e prevenção da poluição, já que o
empreendimento encontra obstáculos de alta criticidade, praticamente
intransponíveis, para controlar e prevenir a poluição ambiental nas
matizes solo, água e ar, E/OU os aspectos e impactos ambientais não
são identificados e controlados e, quando sim, o são com insustentável
dificuldade, oferecendo insustentáveis riscos para o meio ambiente.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
31
=
163
c.2. Subcritério impacto no controle de documentos (registros,
procedimentos gerenciais e operacionais, legislação, licenças, outorgas,
ofícios, etc):
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para o controle
de documentos, já que o empreendimento não encontra obstáculos
para controlar a documentação relativa ao meio ambiente, E/OU o
controle atual da documentação não oferece nenhum risco ao meio
ambiente e/ou à gestão da organização.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para o controle de documentos, já que o empreendimento
encontra poucos obstáculos, facilmente superados, para controlar a
documentação relativa ao meio ambiente, E/OU o controle atual da
documentação oferece baixo risco ao meio ambiente e/ou à gestão da
organização.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
importância para o controle de documentos, que o empreendimento
encontra alguns obstáculos, superados com alguma dificuldade, para
controlar a documentação relativa ao meio ambiente, E/OU o controle
atual da documentação oferece moderados riscos ao meio ambiente
e/ou à gestão da organização.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
164
benefícios para o controle de documentos, já que o empreendimento
encontra difíceis obstáculos, nem sempre superados, para controlar a
documentação relativa ao meio ambiente, E/OU o controle atual da
documentação oferece altos riscos ao meio ambiente e/ou à gestão da
organização.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o controle da documentação, já que o empreendimento
encontra obstáculos de alta criticidade, com altíssima dificuldade de
superação, para controlar a documentação relativa ao meio ambiente,
E/OU o controle atual da documentação oferece insustentáveis riscos
ao meio ambiente e/ou à gestão da organização.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
32
=
c.3. Subcritério impacto na comunicação interna (níveis hierárquicos
funcionais) e externa (partes interessadas):
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para o
gerenciamento da comunicação, já que o empreendimento não
encontra deficiências na comunicação entre os diversos níveis
gerenciais e funcionais e com as partes interessadas externas.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
165
benefícios para o gerenciamento da comunicação, já que são raras as
falhas na comunicação entre os diversos níveis gerenciais e funcionais
e com as partes interessadas externas, facilmente identificadas e
corrigidas, não acarretando em ameaças significativas para o meio
ambiente e partes interessadas internas e/ou externas.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
importância para o gerenciamento da comunicação, já que o
empreendimento encontra algumas deficiências na comunicação entre
os diversos níveis gerenciais e funcionais e com as partes interessadas
externas, superadas com alguma dificuldade, podendo acarretar em
prejuízos de grau moderado para o meio ambiente e partes
interessadas internas e/ou externas.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
benefícios para o gerenciamento da comunicação, já que o
empreendimento encontra difíceis obstáculos na comunicação entre os
diversos níveis gerenciais e funcionais e com as partes interessadas
externas, quase nunca superados, podendo acarretar em prejuízos de
grau elevado para o meio ambiente e partes interessadas internas e
externas.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o gerenciamento da comunicação, já que o
empreendimento encontra obstáculos de alta criticidade na
166
comunicação entre os diversos níveis gerenciais e funcionais e com as
partes interessadas externas, com altíssima dificuldade de superação,
geralmente acarretando em perdas significativas para o meio ambiente
e partes interessadas internas e/ou externas.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
33
=
c.4. Subcritério impacto no controle e gerenciamento de emergências
ambientais:
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para o controle
e gerenciamento de emergências ambientais, já que o
empreendimento não encontra deficiências nestes aspectos
(controlando e gerenciando prontamente e sem dificuldade alguma)
e/ou não oferece absolutamente nenhum risco de acidentes ambientais
significativos.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para o controle e gerenciamento de emergências
ambientais, já que são raras as falhas nesses aspectos (controlando e
gerenciando prontamente com baixa dificuldade) e/ou o
empreendimento oferece baixo risco de acidentes ambientais
significativos.
167
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
importância para o controle e gerenciamento de emergências
ambientais, já que as falhas são de grau moderado nesses aspectos
(controlando e gerenciando com alguma dificuldade) e/ou o
empreendimento oferece moderado risco de acidentes ambientais
significativos.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
benefícios para o controle e gerenciamento de emergências
ambientais, já que as falhas são de alto grau nesses aspectos
(controlando e gerenciando com muita dificuldade) e/ou o
empreendimento oferece grande risco de acidentes ambientais
significativos.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o controle e gerenciamento de emergências
ambientais, já que as falhas são críticas nesses aspectos (controlando
e gerenciando com absoluta dificuldade) e/ou o empreendimento
oferece risco de altíssima criticidade de acidentes ambientais
significativos.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
34
=
168
d. Critério de Investimentos e Recursos
d.1. Subcritério impacto financeiro no quadro funcional (recursos humanos):
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 demandará insustentáveis investimentos
financeiros no quadro funcional, altamente desinteressantes em termos
de custo/benefício, já que o corpo funcional
(operacional/técnico/gerencial) atual não atenderia as necessidades
para o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos pela Norma
ISO 14001.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará altos
investimentos financeiros no quadro funcional (operacional/técnico/
gerencial), desinteressantes em termos de custo/benefício, já que o
corpo funcional atual atenderia com grande dificuldade as
necessidades para o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos
pela Norma ISO 14001.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 demandará moderados investimentos
financeiros no quadro funcional (operacional/técnico/gerencial),
havendo um equilíbrio em termos de custo/benefício, uma vez que o
corpo funcional atual atenderia, com algumas ressalvas, as
necessidades para o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos
pela Norma ISO 14001.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará baixos
169
investimentos financeiros no quadro funcional (operacional/técnico/
gerencial), interessantes em termos de custo/benefício, já que o corpo
funcional atual atenderia, com relativa facilidade, as necessidades para
o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos pela Norma ISO
14001.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará insignificantes
investimentos financeiros no quadro funcional (operacional/técnico/
gerencial), muito interessantes em termos de custo/benefício, já que o
corpo funcional atual atenderia plenamente as necessidades para o
cumprimento integral dos requisitos estabelecidos pela Norma ISO
14001.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
41
=
d.2. Subcritério impacto financeiro devido à necessidade de investimentos em
recursos tecnológicos e infra-estruturais:
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 demandará investimentos financeiros em
recursos tecnológicos e infra-estruturais, altamente desinteressantes
em termos de custo/benefício, já que os existentes não atenderiam as
necessidades para o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos
pela Norma ISO 14001.
170
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará altos
investimentos financeiros em recursos tecnológicos e infra-estruturais,
desinteressantes em termos de custo/benefício, já que os existentes
atualmente atenderiam parcialmente e com baixa eficiência as
necessidades para o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos
pela Norma ISO 14001.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 demandará moderados investimentos
financeiros em recursos tecnológicos e infra-estruturais, havendo um
equilíbrio em termos de custo/benefício, já que os existentes
atualmente atenderiam parcialmente e com moderada eficiência, as
necessidades para o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos
pela Norma ISO 14001.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará baixos
investimentos financeiros recursos tecnológicos e infra-estruturais,
interessantes em termos de custo/benefício, já que os existentes
atualmente atenderiam parcialmente e com boa eficiência, as
necessidades para o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos
pela Norma ISO 14001.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará insignificantes
investimentos financeiros em recursos tecnológicos e infra-estruturais,
muito interessantes em termos de custo/benefício, já que os existentes
171
atualmente atenderiam plenamente e com alta eficiência as
necessidades para o cumprimento integral dos requisitos estabelecidos
pela Norma ISO 14001.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
42
=
d.3. Subcritério impacto financeiro devido à necessidade de realocação de
recursos para as auditorias ambientais de certificação, acompanhamento e
recertificação:
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 demandará custos insustentáveis para o
empreendimento quando da realização de auditorias de certificação,
acompanhamento e recertificação, gerando insustentável desequilíbrio
na saúde financeira da empresa.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará altos custos para
a realização de auditorias de certificação, acompanhamento e
recertificação, gerando alto desequilíbrio na saúde financeira da
empresa com alta dificuldade de recuperação.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 demandará moderados custos para a
realização de auditorias de certificação, acompanhamento e
172
recertificação, gerando moderado desequilíbrio na saúde financeira da
empresa com moderada dificuldade de recuperação.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará baixos custos
para a realização de auditorias de certificação, acompanhamento e
recertificação, gerando baixo desequilíbrio na saúde financeira da
empresa com baixa dificuldade de recuperação.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 demandará insignificantes
custos para a realização de auditorias de certificação,
acompanhamento e recertificação, não gerando desequilíbrio na saúde
financeira da empresa.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
43
=
d.4. Subcritério impacto na redução de custos devido à otimização dos
processos:
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não proporcionará benefícios em termos de
otimização/economia de recursos materiais e energéticos e
minimização de desperdícios, não favorecendo a saúde financeira da
empresa, E/OU o empreendimento já trabalha sob eficiência máxima
dentro das condições econômica e/ou tecnologicamente viáveis.
173
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 proporcionará poucos
benefícios em termos de otimização/economia de recursos materiais e
energéticos e minimização de desperdícios, favorecendo muito pouco a
saúde financeira da empresa, E/OU o empreendimento tem pouca
margem para melhoria de eficiência dentro das condições econômica
e/ou tecnologicamente vveis.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 proporcionará moderados benefícios em
termos de otimização/economia de recursos materiais e energéticos e
minimização de desperdícios, favorecendo moderadamente a saúde
financeira da empresa, E/OU o empreendimento tem boa margem para
melhoria de eficiência dentro das condições econômica e/ou
tecnologicamente vveis.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 proporcionará altos benefícios
em termos de otimização/economia de recursos materiais e
energéticos e minimização de desperdícios, favorecendo muito a saúde
financeira da empresa, E/OU o empreendimento tem grande margem
para melhoria de eficiência dentro das condições econômica e/ou
tecnologicamente vveis.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 proporcionará altíssimos
benefícios em termos de otimização/economia de recursos materiais e
energéticos e minimização de desperdícios, favorecendo
174
significativamente a saúde financeira da empresa, E/OU o
empreendimento tem significativa margem para melhoria de eficncia
dentro das condições econômica e/ou tecnologicamente viáveis.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
44
=
d.5. Subcritério impacto na redução de custos com instituições de crédito e
seguradoras:
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não proporcionará benefícios em termos de
economia de recursos com instituições financeiras (crédito) e/ou
seguradoras, já que o empreendimento não se utiliza desses serviços
e/ou as referidas instituições não consideram o maior controle
ambiental como fator de desconto (na análise de risco).
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 proporcionará baixos
benefícios em termos de economia de recursos com instituições
financeiras (crédito) e/ou seguradoras, já que o empreendimento tem
baixos custos com esses servos e/ou os descontos oferecidos pelas
referidas instituições devido a análise de risco, considerando o maior
controle ambiental do empreendimento, são irrisórios.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 proporcionará moderados benefícios em
termos de economia de recursos com instituições financeiras (crédito)
175
e/ou seguradoras, já que o empreendimento tem moderados custos
com esses serviços e/ou os descontos oferecidos pelas referidas
instituições devido a análise de risco, considerando o maior controle
ambiental do empreendimento, são moderadamente atraentes.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 proporcionará grandes
benefícios em termos de economia de recursos com instituições
financeiras (crédito) e/ou seguradoras, já que o empreendimento tem
altos custos com esses serviços e/ou os descontos oferecidos pelas
referidas instituições devido a análise de risco, considerando o maior
controle ambiental do empreendimento, são bastante atraentes.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 proporcionará benefícios
indispensáveis em termos de economia de recursos com instituições
financeiras (crédito) e/ou seguradoras, já que o empreendimento tem
custos elevadamente críticos com esses serviços e/ou os descontos
oferecidos pelas referidas instituições devido a análise de risco,
considerando o maior controle ambiental do empreendimento, são
absolutamente significativos.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
45
=
e. Critério Funcional
176
e.1. Subcritério impacto na no estabelecimento de responsabilidades e
funções:
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para o
estabelecimento e implantação de responsabilidades e funções, já que
o empreendimento possui um organograma hierárquico-funcional bem
definido e eficiente em termos de Gestão Ambiental.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para o estabelecimento e implantação de responsabilidades
e funções, já que o empreendimento encontra raras deficiências na
estrutura hierárquico-funcional, facilmente identificadas e corrigidas,
não acarretando em ameaças significativas para o meio ambiente e/ou
para a Gestão Ambiental.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
importância para o estabelecimento e implantação de
responsabilidades e funções, já que o empreendimento encontra
algumas deficiências na estrutura hierárquico-funcional, superadas
com alguma dificuldade, podendo acarretar em prejuízos de grau
moderado para o meio ambiente e/ou para a Gestão Ambiental.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
benefícios para o estabelecimento e implantação de responsabilidades
e funções, já que o empreendimento encontra difíceis obstáculos na
177
estrutura hierárquico-funcional, quase nunca superados, podendo
acarretar em prejuízos de grau elevado para o meio ambiente e/ou
para a Gestão Ambiental.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o estabelecimento e implantação de responsabilidades
e funções, já que o empreendimento encontra obstáculos de alta
criticidade na estrutura hierárquico-funcional, com altíssima dificuldade
de superação, geralmente acarretando em perdas significativas para o
meio ambiente e/ou para a Gestão Ambiental.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
51
=
e.2. Subcritério impacto no comprometimento ambiental de funcionários da
organização (motivação e produtividade):
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para
comprometimento ambiental dos funcionários, já que eles estão
altamente comprometidos e preocupados com o controle e prevenção
da poluição ambiental, demonstrando alta motivação e produtividade
nas questões relativas à proteção do meio ambiente e Gestão
Ambiental da organização.
178
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para comprometimento ambiental dos funcionários, já que o
comprometimento e a preocupação com o controle e prevenção da
poluição existem e raramente eles tomam atitudes prejudiciais ao meio
ambiente e/ou ao bom andamento da Gestão Ambiental da
organização. São raros os impactos ambientais provindos de
negligência.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em alguns benefícios para
comprometimento ambiental dos funcionários. Apesar do
comprometimento e da preocupação com o controle e prevenção da
poluição existirem, o informais e precisam ser reforçados, pois
algumas atitudes tomadas podem ser prejudiciais ao meio ambiente
e/ou à Gestão Ambiental da organização (devido à inobservância ou
negligência).
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em grandes
benefícios para comprometimento ambiental dos funcionários, já que o
comprometimento e a preocupação com o controle e prevenção da
poluição são baixos, necessitando de intenso reforço, podendo
acarretar em atitudes muito prejudiciais ao meio ambiente e ou à
Gestão Ambiental da organização. Potenciais impactos ambientais,
decorrentes de inobservâncias ou negligências, ocorrem com
moderada freqüência.
179
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o comprometimento ambiental dos funcionários, já que
não existe nenhum comprometimento, a motivão e a produtividade
ambiental inexistem, acarretando freqüentemente em perdas para o
meio ambiente e ou à Gestão Ambiental da organização.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
52
=
e.3. Subcritério impacto no comprometimento ambiental da alta administração:
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para
comprometimento ambiental da Alta Administração, já que o(s)
administrador(es) já estão altamente comprometidos e preocupados
com o controle e prevenção da poluição. Nunca tomam decisões em
detrimento da qualidade ambiental.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para comprometimento ambiental da Alta Administração, já
que o comprometimento existe e a administração raramente toma
decisões prejudiciais ao meio ambiente, e quando as toma, o prejuízo
ambiental é pequeno e reversível. o raros os impactos ambientais.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
180
importância para comprometimento ambiental da Alta Administração, já
que o comprometimento existe, mas de maneira informal, devendo ser
reforçado. Os interesses do empreendimento são, algumas vezes,
priorizados em detrimento da qualidade ambiental, podendo acarretar
em conseqüências para meio ambiente.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
benefícios para comprometimento ambiental da Alta Administração, já
que o comprometimento é baixo, raramente revelado, em que os
interesses da empreendimento são freqüentemente tratados com
prioridade sobre os potenciais prejuízos ambientais, podendo acarretar
em conseqüências negativas importantes para o meio ambiente.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o comprometimento ambiental da Alta Administração,
já que não existe nenhum comprometimento, em que os interesses da
empreendimento nunca são analisados sob a ótica ambiental, podendo
acarretar em perdas significativas para o meio ambiente.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
53
=
e.4. Subcritério impacto no estabelecimento e implantação de treinamentos,
competências e conscientização ambiental:
181
o 0 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 não acarretará em benefícios para o
estabelecimento e implantação treinamentos, definição de
competências e conscientização ambiental, já que o empreendimento
eficientemente levanta e supre as necessidades de treinamento, define
competências e mantém seus colaboradores conscientes da questão
ambiental.
o 2,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em poucos
benefícios para o estabelecimento e implantação treinamentos,
definição de competências e conscientização ambiental, já que o
empreendimento encontra raras deficiências no levantamento das
necessidades de treinamento, definição de compencias e
manutenção da consciência ambiental entre seus colaboradores.
Quando há ocorrência de deficiências, facilmente são identificadas e
corrigidas, não acarretando em ameaças significativas para o meio
ambiente e/ou para Gestão Ambiental da organização.
o 5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da implementação
e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios de moderada
importância para o estabelecimento e implantação treinamentos,
definição de competências e conscientização ambiental, já que o
empreendimento encontra algumas deficiências no levantamento das
necessidades de treinamento, definição de compencias e
manutenção da consciência ambiental entre seus colaboradores,
182
superadas com alguma dificuldade, podendo acarretar em prejuízos
para o meio ambiente e/ou para Gestão Ambiental da organização.
o 7,5 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em importantes
benefícios para o estabelecimento e implantação treinamentos,
definição de competências e conscientização ambiental, já que o
empreendimento encontra difíceis obstáculos para o atendimento
desses itens, quase nunca superados, podendo acarretar, muitas
vezes, em prejuízos para o meio ambiente e/ou para Gestão Ambiental
da organização.
o 10 = A sistematização da Gestão Ambiental por meio da
implementação e certificação ISO 14001 acarretará em benefícios
essenciais para o estabelecimento e implantação treinamentos,
definição de competências e conscientização ambiental, já que o
empreendimento encontra obstáculos de alta criticidade (sistêmicos) no
cumprimento desses itens, com altíssima dificuldade de superação,
podendo ocasionar perdas significativas para o meio ambiente e/ou
para Gestão Ambiental da organização.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
54
=
f. Critério de Imagem Institucional
f.1. Subcritério de impacto da imagem perante a comunidade da região:
183
o 0 = A imagem do empreendimento, sob a ótica da comunidade da
região, não se alteraria através da sistematização da Gestão
Ambiental com a implementação e certificação da ISO 14001 e/ou
não há absolutamente nenhum atrito com esta parte interessada.
o 2,5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica da comunidade da
região, pode melhorar pouco através da sistematização da Gestão
Ambiental com a implementação e certificação da ISO 14001, pois
os atritos com esta parte interessada o baixos, pontuais e
facilmente resolvidos.
o 5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica da comunidade da
região, pode melhorar moderadamente através da sistematização
da Gestão Ambiental com a implementação e certificação da ISO
14001, pois existem alguns atritos com esta parte interessada que,
algumas vezes, apresentam moderada dificuldade de superação.
poucas solicitações, em termos de poluição ambiental,
pendentes a serem sanadas junto à comunidade da rego.
o 7,5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica da comunidade da
região, pode melhorar bastante através da sistematização da
Gestão Ambiental com a implementação e certificação da ISO
14001, pois existem muitos atritos com esta parte interessada que,
muitas vezes, o difíceis de superar. muitas solicitações, em
termos de poluição ambiental, pendentes a serem sanadas junto à
comunidade da região.
o 10 = A imagem do empreendimento, sob a ótica da comunidade da
região, pode melhorar excepcionalmente através da sistematização
184
da Gestão Ambiental com a implementação e certificação da ISO
14001, pois existem muitos atritos com esta parte interessada que
são praticamente insuperáveis. muitas solicitações, em termos
de poluição ambiental, pendentes a serem sanadas junto à
comunidade da região, mas não há perspectivas de saná-las.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
61
=
f.2. Subcritério impacto da imagem perante organizações não-governamentais:
o 0 = A imagem do empreendimento, sob a ótica das ONGs, não se
alteraria através da sistematização da Gestão Ambiental com a
implementação e certificação da ISO 14001 e/ou não há
absolutamente nenhum atrito com esta parte interessada.
o 2,5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica das ONGs, pode
melhorar pouco através da sistematização da Gestão Ambiental
com a implementação e certificação da ISO 14001, pois os atritos
com esta parte interessada são baixos, pontuais e facilmente
resolvidos.
o 5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica das ONGs, pode
melhorar moderadamente através da sistematização da Gestão
Ambiental com a implementação e certificação da ISO 14001, pois
existem alguns atritos com esta parte interessada que, algumas
vezes, apresentam moderada dificuldade de superação. poucas
185
solicitações, em termos de poluição ambiental, pendentes a serem
sanadas junto às ONGs.
o 7,5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica das ONGs, pode
melhorar bastante através da sistematização da Gestão Ambiental
com a implementação e certificação da ISO 14001, pois existem
muitos atritos com esta parte interessada que, muitas vezes, são
difíceis de superar. muitas solicitações, em termos de poluição
ambiental, pendentes a serem sanadas junto às ONGs.
o 10 = A imagem do empreendimento, sob a ótica das ONGs, pode
melhorar excepcionalmente através da sistematização da Gestão
Ambiental com a implementação e certificação da ISO 14001, pois
existem muitos atritos com esta parte interessada que são
praticamente insuperáveis. muitas solicitações, em termos de
poluição ambiental, pendentes a serem sanadas junto às ONGs,
mas não há perspectivas de saná-las.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
62
=
f.3. Subcritério impacto da imagem perante órgãos ambientais públicos:
o 0 = A imagem do empreendimento, sob a ótica dos órgãos
ambientais públicos, não se alteraria através da sistematização da
Gestão Ambiental com a implementação e certificação da ISO
14001 e/ou não há absolutamente nenhum atrito com esta parte
interessada.
186
o 2,5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica dos órgãos
ambientais públicos, pode melhorar pouco através da
sistematização da Gestão Ambiental com a implementação e
certificação da ISO 14001, pois os atritos com esta parte
interessada são baixos, pontuais e facilmente resolvidos.
o 5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica dos órgãos
ambientais públicos, pode melhorar moderadamente através da
sistematização da Gestão Ambiental com a implementação e
certificação da ISO 14001, pois existem alguns atritos com esta
parte interessada que, algumas vezes, apresentam moderada
dificuldade de superação. poucas solicitações, em termos de
poluição ambiental, pendentes a serem sanadas junto aos órgãos
ambientais públicos.
o 7,5 = A imagem do empreendimento, sob a ótica dos órgãos
ambientais públicos, pode melhorar bastante através da
sistematização da Gestão Ambiental com a implementação e
certificação da ISO 14001, pois existem muitos atritos com esta
parte interessada que, muitas vezes, são difíceis de superar.
muitas solicitações, em termos de poluição ambiental, pendentes a
serem sanadas junto aos órgãos ambientais públicos.
o 10 = A imagem do empreendimento, sob a ótica dos órgãos
ambientais blicos, pode melhorar excepcionalmente através da
sistematização da Gestão Ambiental com a implementação e
certificação da ISO 14001, pois existem muitos atritos com esta
parte interessada que são praticamente insuperáveis. Há muitas
187
solicitações, em termos de poluição ambiental, pendentes a serem
sanadas junto aos órgãos ambientais blicos, mas não há
perspectivas de saná-las.
Pontuação atribuída (percepção do agente decisor):
pS
63
=
Considerando, NP
i
o peso normalizado do critério i (i = 1...6), n o número de
subcritérios do critério i, NP
ij
o peso normalizado do subcritério ij (j = 1... n), pS
ij
a
pontuação escolhida pelo agente decisor para o subcritério ij, tem-se o cálculo de
β
i
, a pontuação final do critério i, por meio da dia ponderada das pontuações
dos subcritérios do critério i ndice de recomendação parcial do critério i, quando
β
i
normalizado):
ߚ
ܰܲ
ቌ෍ܰܲ
௜௝
݌ܵ
௜௝
Para o cálculo do resultado final α ndice de recomendação final da
ferramenta), sendo seis o número total de critérios, procede-se à média
aritmética da pontuação de todos os critérios, a saber:
ߙߚ
ୀଵ
Os cálculos acima, com todos os dados cognitivos já definidos, podem ser
realizados e facilitados por meio da tabulação dos mesmos, através da Tabela VIII:
188
Tabela VIII - Tabulação dos resultados dos pesos de critérios e subcritérios, pontuação de subcritérios e critérios e cálculo do
índice de recomendação final
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
i
Critério i
(N = 6 critérios)
Peso
normaliza-
do do
Critério i
(NP
i
)
Subcritério ij (impacto)
Peso normaliza-
do do
Subcritério ij
(NP
ij
)
Pontuação do
Subcritério ij
(pS
ij
)
Pontuação
ponderada do
Subcritério ij
[E x F]
Somatório
da pontu-
ação pon-
derada
dos
Subcritéri
os ij
Número
de
subcritér
ios (n)
Pontuação
ponderada
do Critério
i
[β
i
= C x H]
1 Mercado NP
1
=
Carteira de clientes
NP
11
=
pS
11
=
2
β
1
=
Concorrência
NP
12
=
pS
12
=
2 Legislação NP
2
=
Atendimento à Legislação
NP
21
=
pS
21
=
2
β
2
=
Atendimento às Auditorias Ambientais
NP
22
=
pS
22
=
3
Controle
Ambiental
NP
3
=
Controle e Prevenção da Poluição Ambiental
NP
31
=
pS
31
=
4
β
3
=
Controle de Documentos
NP
32
=
pS
32
=
Comunicação
NP
33
=
pS
33
=
Controle e Gerencia
-
mento de Emergências
NP
34
=
pS
34
=
4
Investimentos e
Recursos
NP
4
=
Quadro
funcional
NP
41
=
pS
41
=
5
β
4
=
Tecnologia e infra
-
estrutura
NP
42
=
pS
42
=
Auditorias de certificação, acompanhamento e
recertificação
NP
43
= pS
43
=
Otimização de processos
NP
44
=
pS
44
=
Instituições financeiras
NP
45
=
pS
45
=
5 Funcional NP
5
=
Responsabilidades e funções
NP
51
=
pS
51
=
4
β
5
=
Comprometimento dos funcionários
NP
52
=
pS
52
=
Comprometimento da alta administração
NP
53
=
pS
53
=
Treinamentos, competências e
conscientização ambiental
NP
54
= pS
54
=
6
Imagem
Institucional
NP
6
=
Perante comunidade
da região
NP
61
=
pS
61
=
3
β
6
=
Perante ONGs
NP
62
=
pS
62
=
Perante Órgãos Públicos Ambientais
NP
63
= pS
63
=
Índice de recomendação final α =( β
1
+ β
2
+ β
3
+ β
4
+ β
5
+ β
6
) =
189
7. Interpretação do Índice de Recomendação final α e/ou Índice de
Recomendação parcial (β
i
normalizado)
O valor obtido para α deve ser interpretado utilizando-se a escala verbal
fornecida pelo Tabela IX. Valores intermedrios devem ser interpretados de maneira
análoga, respeitando os limites inferiores e superiores da escala verbal.
É importante reiterar o fato de que existe a possibilidade de interpretações
parciais fornecidas pelos valores das pontuações dos critérios (β
i
) normalizadas.
Essas pontuações ponderadas e normalizadas dentro de uma escala percentual
indicam o índice de recomendação exclusivamente relacionado ao critério i, isto é,
uma recomendação parcial da ferramenta. Sendo assim, o agente decisor poderá
entender qual influência (alta ou baixa) daquele critério na tomada de decisão pela
implementação da ISO.
Reitera-se, também, que o Índice de Recomendação α, fornecido como
retorno desta ferramenta, deve ser utilizado como mais uma referência para o
processo global de tomada de decisão pelo agente decisor. Inúmeros outros fatores
possivelmente não contemplados pela ferramenta e característicos do
empreendimento em questão devem ser utilizados como dados adicionais ao estudo
global. Recomenda-se a utilização de outras ferramentas, se disponíveis, a título de
reforço do resultado da decisão.
190
Tabela IX - Interpretação do índice de recomendação final (α).
Inte
rvalos do
Índice de
Recomendação
ou final (α)
Compatibilidade entre a adoção da norma ISO 14001 e o perfil
organizacional cognitivo (agente decisor)
0,0 - 2,4
Fortemente desaconselhável:
n
ão é
recomendada
a implementação da ISO
14001 e sua respectiva certificação, por absoluta impossibilidade de sucesso
e/ou total dispensabilidade frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou
financeira do empreendimento
2,5 - 4,9
Desaconselhável:
não é recomendada a implementação da ISO 14001
e sua
respectiva certificação, por algumas impossibilidades e/ou relativa
dispensabilidade frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou financeira
do empreendimento
5,0
Ponto de equilíbrio:
a implementação
da ISO 14001 e sua respectiva
certificação pode ser implementada, porém com algumas vantagens e
desvantagens frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou financeira do
empreendimento
5,1 - 7,4
Aconselhável:
é recomendada
a implementação da ISO 14001 e sua
respectiva certificação, por forte possibilidade de sucesso e/ou relativa
adotabilidade frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou financeira do
empreendimento
7,5 - 10,0
Fortemente aconselhável:
é recomendada a implementação da ISO 14001 e
sua respectiva certificação, por absoluta possibilidade de sucesso e/ou total
adotabilidade frente a situação cultural, ambiental, gerencial e/ou financeira do
empreendimento
191
ANEXO 3
192
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Análise Paritária Criterial
MERCADO LEGISLAÇÃO
CONTROLE
AMBIENTAL
INVESTIMENTOS
E RECURSOS
FUNCIONAL
IMAGEM
INSTITUCIONAL
Autovetor Normalização
MERCADO 1,0 3,0 3,0 1,0 1,0 3,0 1,7 0,2
= NP1
LEGISLAÇÃO 0,3 1,0 7,0 5,0 0,3 7,0 1,7 0,2
= NP2
CONTROLE
AMBIENTAL
0,3 0,1 1,0 1,0 1,0 3,0 0,7 0,1
= NP3
INVESTIMENTOS
E RECURSOS
1,0 0,2 1,0 1,0 0,3 0,3 0,5 0,1
= NP4
FUNCIONAL 1,0 3,0 1,0 4,0 1,0 3,0 1,8 0,3
= NP5
IMAGEM
INSTITUCIONAL
0,3 0,1 0,3 3,0 0,3 1,0 0,5 0,1
= NP6
Soma 7,0 1,0
MERCADO
25%
LEGISLAÇÃO
25%
CONTROLE
AMBIENTAL
10%
INVESTIMENTOS E
RECURSOS
7%
FUNCIONAL
26%
IMAGEM
INSTITUCIONAL
7%
193
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Análise Paritária dos Subcritérios de Mercado
IMPACTO NA CARTEIRA DE
CLIENTES
IMPACTO EM RELAÇÃO À
CONCORRÊNCIA
Autovetor Normalização
IMPACTO NA CARTEIRA DE
CLIENTES
1,0 6,0 2,4 0,9 = NP11
IMPACTO EM RELAÇÃO À
CONCORRÊNCIA
0,2 1,0 0,4 0,1 = NP12
Soma 2,9 1,0
IMPACTO NA
CARTEIRA DE
CLIENTES
86%
IMPACTO EM
RELAÇÃO À
CONCORRÊNCIA
14%
194
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Análise dos Subcritérios de Legislação
IMPACTO NO
ATENDIMENTO À
LEGISLAÇÃO E DEMAIS
NORMAS
IMPACTO NO
ATENDIMENTO AOS
REQUISITOS DE
AUDITORIAS
AMBIENTAIS
Autovetor Normalização
IMPACTO NO
ATENDIMENTO À
LEGISLAÇÃO E DEMAIS
NORMAS
1,0 8,0 2,8 0,889 = NP21
IMPACTO NO
ATENDIMENTO AOS
REQUISITOS DE
AUDITORIAS AMBIENTAIS
0,1 1,0 0,4 0,1 = NP22
Soma 3,2 1,0
IMPACTO NO
ATENDIMENTO À
LEGISLAÇÃO E
DEMAIS NORMAS
89%
IMPACTO NO
ATENDIMENTO AOS
REQUISITOS DE
AUDITORIAS
AMBIENTAIS
11%
195
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Análise Paritária dos Subcritérios de Controle Ambiental
IMPACTO NO CONTROLE E
PREVENÇÃO DA POLUÃO
IMPACTO NO
CONTROLE DE
DOCUMENTOS
RELATIVOS AO MEIO
AMBIENTAL/GESTÃO
AMBIENTAL
IMPACTO NA
COMUNICAÇÃO
INTERNA E EXTERNA
À ORGANIZAÇÃO
CONTROLE NO
GERENCIAMENTO DE
EMERGÊNCIAS
AMBIENTAIS
Autovetor Normalização
IMPACTO NO CONTROLE E PREVENÇÃO
DA POLUIÇÃO
1,0 3,0 0,1 7,0 1,3 0,2
= NP31
IMPACTO NO CONTROLE DE
DOCUMENTOS RELATIVOS AO MEIO
AMBIENTAL/GESTÃO AMBIENTAL
0,3 1,0 0,1 0,1 0,3 0,0
= NP32
IMPACTO NA COMUNICAÇÃO INTERNA E
EXTERNA À ORGANIZAÇÃO
7,0 9,0 1,0 2,0 3,4 0,6
= NP33
CONTROLE NO GERENCIAMENTO DE
EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS
0,1 8,0 0,5 1,0 0,9 0,1
= NP34
Soma 5,8 1,0
IMPACTO NO
CONTROLE E
PREVENÇÃO DA
POLUIÇÃO
23%
IMPACTO NO
CONTROLE DE
DOCUMENTOS
RELATIVOS AO MEIO
AMBIENTAL/GESTÃO
AMBIENTAL
4%
IMPACTO NA
COMUNICÃO
INTERNA E EXTERNA À
ORGANIZAÇÃO
58%
CONTROLE NO
GERENCIAMENTO DE
EMERGÊNCIAS
AMBIENTAIS
15%
196
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Análise Paritária dos Subcritérios de Investimentos e Recursos
IMPACTO NO
INVESTIMENTO
EM RH
IMPACTO NO
INVESTIMENTO DE
RECURSOS
TECNOLÓGICOS/INFRA
-ESTRUTURAIS
IMPACTO DA REALOCAÇÃO
DE RECURSOS PARA AS
AUDITORIAS AMBIENTAIS
IMPACTO REFERENTE
À OTIMIZAÇÃO DE
PROCESSOS/REDUÇÃ
O DE CUSTOS
IMPACTO COM
RELAÇÃO A
REDUÇÃO DE
CUSTOS COM
INSTITUÕES
FINANCEIRAS E
SEGURADORA
S
Autovetor Normalização
IMPACTO NO INVESTIMENTO EM RH 1,0 0,2 7,0 0,1 0,2 0,5 0,1
= NP41
IMPACTO NO INVESTIMENTO DE RECURSOS
TECNOLÓGICOS/INFRA-ESTRUTURAIS
6,0 1,0 6,0 0,1 1,0 1,4 0,2
= NP42
IMPACTO DA REALOCAÇÃO DE RECURSOS
PARA AS AUDITORIAS AMBIENTAIS
0,1 0,2 1,0 0,1 0,1 0,2 0,0
= NP43
IMPACTO REFERENTE À OTIMIZAÇÃO DE
PROCESSOS/REDUÇÃO DE CUSTOS
7,0 7,0 8,0 1,0 7,0 4,9 0,6
= NP44
IMPACTO COM RELAÇÃO A REDUÇÃO DE
CUSTOS COM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E
SEGURADORAS
6,0 1,0 8,0 0,1 1,0 1,5 0,2
= NP45
Soma 8,4 1,0
197
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Análise dos Subcritérios de Investimentos e Recursos
IMPACTO NO INVESTIMENTO
EM RH
6%
IMPACTO NO INVESTIMENTO
DE RECURSOS
TECNOLÓGICOS/INFRA-
ESTRUTURAIS
17%
IMPACTO DA REALOCAÇÃO DE
RECURSOS PARA AS
AUDITORIAS AMBIENTAIS
2%
IMPACTO REFERENTE À
OTIMIZAÇÃO DE
PROCESSOS/REDUÇÃO DE
CUSTOS
58%
IMPACTO COM RELAÇÃO A
REDUÇÃO DE CUSTOS COM
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E
SEGURADORAS
17%
198
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Análise Paritária dos Subcritérios Funcionais
IMPACTO NO
ESTABELECIMENT
O DE
RESPONSABILIDAD
ES E FUNÇÕES
IMPACTO NO
COMPROMETIMENTO
AMBIENTAL DOS
FUNCIONÁRIOS
(MOTIVAÇÃO E
PRODUTIVIDADE)
IMPACTO NO
COMPROMETIMENT
O AMBIENTAL DA
ALTA
ADMINISTRAÇÃO
IMPACTO NO
ESTABELECIMENTO
DE TREINAMENTOS,
COMPETÊNCIAS E
CONSCIENTIZAÇÃO
Autovetor Normalização
IMPACTO NO ESTABELECIMENTO DE RESPONSABILIDADES E
FUNÇÕES
1,0 0,1 0,3 7,0 0,8 0,2
= NP51
IMPACTO NO COMPROMETIMENTO AMBIENTAL DOS
FUNCIONÁRIOS (MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE)
7,0 1,0 0,5 1,0 1,4 0,3
= NP52
IMPACTO NO COMPROMETIMENTO AMBIENTAL DA ALTA
ADMINISTRAÇÃO
3,0 2,0 1,0 3,0 2,1 0,4
= NP53
IMPACTO NO ESTABELECIMENTO DE TREINAMENTOS,
COMPETÊNCIAS E CONSCIENTIZAÇÃO
0,1 1,0 0,3 1,0 0,5 0,1
= NP54
Soma 4,7 1,0
IMPACTO NO
ESTABELECIMENTO DE
RESPONSABILIDADES E
FUNÇÕES
16%
IMPACTO NO
COMPROMETIMENTO
AMBIENTAL DOS
FUNCIONÁRIOS
(MOTIVAÇÃO E
PRODUTIVIDADE)
IMPACTO NO
COMPROMETIMENTO
AMBIENTAL DA ALTA
ADMINISTRAÇÃO
44%
IMPACTO NO
ESTABELECIMENTO DE
TREINAMENTOS, COMP
ETÊNCIAS E
CONSCIENTIZAÇÃO
10%
199
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Análise Paritária dos Subcritérios de Imagem Institucional
IMPACTO NA
IMAGEM
PERANTE A
COMUNIDADE
DA REGIÃO
IMPACTO NA
IMAGEM PERANTE
AS ONGs
IMPACTO NA IMAGEM
PERANTE OS ÓRGÃOS
AMBIENTAIS PÚBLICOS
Autovetor Normalização
IMPACTO NA IMAGEM PERANTE A
COMUNIDADE DA REGIÃO
1,0 7,0 0,3 1,3 0,3
= NP61
IMPACTO NA IMAGEM PERANTE AS ONGs 0,1 1,0 0,1 0,3 0,1
= NP62
IMPACTO NA IMAGEM PERANTE OS
ÓRGÃOS AMBIENTAIS PÚBLICOS
3,0 9,0 1,0 3,0 0,7
= NP63
Soma 4,6 1,0
IMPACTO NA
IMAGEM PERANTE A
COMUNIDADE DA
REGIÃO
29%
IMPACTO NA
IMAGEM PERANTE AS
ONGs
5%
IMPACTO NA
IMAGEM PERANTE OS
ÓRGÃOS AMBIENTAIS
PÚBLICOS
66%
200
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
ntese e Recomendações Parciais e Final
A B C D E F G H I J K
i
Critério i
Peso
normalizado
do
Subcritério ij
(impacto)
Peso
normalizado
do Subcritério
ij (NP
ij
)
Pontuação do
Subcritério ij
(pS
ij
)
Pontuação
ponderada do
Subcritério ij
Somatório da
pontuação
pon-derada
dos
Subcritérios ij
mero de
subcritérios
(n)
Pontuação
ponderada do
Critério i
Contribuão
Parcial do Critério
i
(N = 6 critérios) Critério i (NP
i
) [E x F] [β
i
= C x H]
1 Mercado 0,2
Carteira de
clientes
0,9 8,0 6,9
7,9 2 2,0
30,1%
Concorrência
0,1 7,5 1,1
2 Legislação 0,2
Atendimento à
Legislação
0,9 5,0 4,4
4,9 2 1,2
18,6%
Atendimento às
Auditorias
Ambientais
0,1 4,0 0,4
201
3 Controle Ambiental 0,1
Controle e
Prevenção da
Poluição
Ambiental
0,2 2,5 0,6
6,2 4 0,6 9,9%
Controle de
Documentos
0,0 2,5 0,1
Comunicação
0,6 7,5 4,3
Controle e
Gerencia-mento
de Emergências
0,1 8,0 1,2
4 Investimentos e Recursos 0,1
Quadro funcional
0,1 9,0 0,5
5,3 5 0,4
5,9%
Tecnologia e infra-
estrutura
0,2 7,0 1,2
Auditorias de
certificação,
acompanhamento
e recertificação
0,0 8,0 0,2
Otimização de
processos
0,6 5,0 2,9
Instituições
financeiras
0,2 3,0 0,5
202
5 Funcional 0,3
Responsabilidades
e funções
0,2 7,5 1,2
8,0 4 2,1 31,9%
Comprometimento
dos funcionários
0,3 9,0 2,6
Comprometimento
da alta
administração
0,4 7,5 3,3
Treinamentos,
competências e
conscientização
ambiental
0,1 8,0 0,8
6
Imagem
Institucional
0,1
Perante
comunidade da
região
0,3 2,5 0,7
3,3 3 0,2
3,7% Perante ONGs
0,1 0,0 0,0
Perante Óros
blicos
Ambientais
0,7 4,0 2,6
Índice de recomendação final α =( β
1
+ β
2
+ β
3
+ β
4
+ β
5
+ β
6
) =
6,5 100%
Recomendação: ACONSELHÁVEL
A IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14001
203
APLICAÇÃO 1: ARTECHE EDC
Mercado; 30,1%
Legislação; 18,6%
Controle Ambiental; 9,9%
Investimentos e Recursos;
5,9%
Funcional; 31,9%
Imagem Institucional; 3,7%
204
ANEXO 4
205
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Análise Paritária Criterial
MERCADO LEGISLAÇÃO
CONTROLE
AMBIENTAL
INVESTIMENTOS
E RECURSOS
FUNCIONAL
IMAGEM
INSTITUCIONAL
Autovetor Normalização
MERCADO 1,0 9,0 7,0 0,2 7,0 7,0 2,9 0,3
= NP1
LEGISLAÇÃO 0,1 1,0 0,3 0,2 1,0 2,0 0,5 0,1
= NP2
CONTROLE
AMBIENTAL
0,1 3,0 1,0 0,2 2,0 2,0 0,8 0,1
= NP3
INVESTIMENTOS
E RECURSOS
5,0 5,0 6,0 1,0 6,0 6,0 4,2 0,4
= NP4
FUNCIONAL 0,1 1,0 0,5 0,2 1,0 0,5 0,4 0,0
= NP5
IMAGEM
INSTITUCIONAL
0,1 0,5 0,5 0,2 2,0 1,0 0,5 0,1
= NP6
Soma 9,3 1,0
MERCADO
31%
LEGISLAÇÃO
5%
CONTROLE
AMBIENTAL
9%
INVESTIMENTOS
E RECURSOS
45%
FUNCIONAL
5%
IMAGEM
INSTITUCIONAL
5%
206
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Análise Paritária dos Subcritérios de Mercado
IMPACTO NA CARTEIRA DE
CLIENTES (EM TERMOS DE
FATURAMENTO)
IMPACTO EM RELAÇÃO À
CONCORRÊNCIA
Autovetor Normalização
IMPACTO NA CARTEIRA DE
CLIENTES (EM TERMOS DE
FATURAMENTO)
1,0 9,0 3,0 0,9 = NP11
IMPACTO EM RELAÇÃO À
CONCORRÊNCIA
0,1 1,0 0,3 0,1 = NP12
Soma 3,3 1,0
IMPACTO NA
CARTEIRA DE
CLIENTES (EM
TERMOS DE
FATURAMENTO)
90%
IMPACTO EM
RELAÇÃO À
CONCORRÊNCIA
10%
207
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Análise Paritária dos Subcritérios de Legislação
IMPACTO NO
ATENDIMENTO À
LEGISLAÇÃO E DEMAIS
NORMAS
IMPACTO N
PREPARAÇÃO E
ATENDIMENTO AOS
REQUISITOS DE
AUDITORIAS
AMBIENTAIS
Autovetor Normalização
IMPACTO NO
ATENDIMENTO À
LEGISLAÇÃO E DEMAIS
NORMAS
1,0 9,0 3,0 0,9 = NP21
IMPACTO N PREPARAÇÃO E
ATENDIMENTO AOS
REQUISITOS DE
AUDITORIAS AMBIENTAIS
0,1 1,0 0,3 0,1 = NP22
Soma 3,3 1,0
IMPACTO NO
ATENDIMENTO À
LEGISLAÇÃO E
DEMAIS NORMAS
90%
IMPACTO NA
PREPARAÇÃO E
ATENDIMENTO AOS
REQUISITOS DE
AUDITORIAS
AMBIENTAIS
208
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Análise Paritária dos Subcritérios de Controle Ambiental
IMPACTO NO CONTROLE E
PREVENÇÃO DA POLUÃO
IMPACTO NO
CONTROLE DE
DOCUMENTOS
RELATIVOS AO MEIO
AMBIENTE/GESTÃO
AMBIENTAL
IMPACTO NA
COMUNICAÇÃO
INTERNA E EXTERNA
À ORGANIZAÇÃO
CONTROLE NO
GERENCIAMENTO DE
EMERGÊNCIAS
AMBIENTAIS
Autovetor Normalização
IMPACTO NO CONTROLE E PREVENÇÃO
DA POLUIÇÃO
1,0 0,3 2,0 1,0 0,9 0,2
= NP31
IMPACTO NO CONTROLE DE
DOCUMENTOS RELATIVOS AO MEIO
AMBIENTE/GESTÃO AMBIENTAL
3,0 1,0 2,0 2,0 1,9 0,4
= NP32
IMPACTO NA COMUNICAÇÃO INTERNA E
EXTERNA À ORGANIZAÇÃO
0,5 0,5 1,0 1,0 0,7 0,2
= NP33
CONTROLE NO GERENCIAMENTO DE
EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS
1,0 0,5 1,0 1,0 0,8 0,2
= NP34
Soma 4,3 1,0
IMPACTO NO
CONTROLE E
PREVENÇÃO DA
POLUIÇÃO
21%
IMPACTO NO
CONTROLE DE
DOCUMENTOS
RELATIVOS AO MEIO
AMBIENTE/GESTÃO
AMBIENTAL…
IMPACTO NA
COMUNICÃO
INTERNA E EXTERNA
À ORGANIZAÇÃO
16%
CONTROLE NO
GERENCIAMENTO DE
EMERGÊNCIAS
AMBIENTAIS
20%
209
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Análise Paritária dos Subcritérios de Investimentos e Recursos
IMPACTO
FINANCEIRO NO
QUADRO
FUNCIONAL
IMPACTO
FINANCEIRO DEVIDO
À NECESSIDADE DE
INVESTIMENTOS EM
RECURSOS
TECNOLÓGICOS E
INFRA-ESTRUTURAIS
IMPACTO FINANCEIRO
DEVIDO À NECESSIDADE DE
ALOCAÇÃO DE RECURSOS
PARA AS AUDITORIAS
AMBIENTAIS E DE
CERTIFICAÇÃO,
ACOMPANHAMENTO E
RECERTIFICAÇÃO
IMPACTO NA
REDUÇÃO DE
CUSTOS DEVIDO À
OTIMIZAÇÃO DE
PROCESSOS
IMPACTO NA
REDUÇÃO DE
CUSTOS COM
INSTITUÕES
DE CRÉDITO
(FINANCEIRAS) E
SEGURADORAS
Autovetor
Normalização
IMPACTO FINANCEIRO NO QUADRO
FUNCIONAL
1,0 0,1 0,1 0,1 1,0 0,3 0,0
= NP41
IMPACTO FINANCEIRO DEVIDO À
NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS EM
RECURSOS TECNOLÓGICOS E INFRA-
ESTRUTURAIS
9,0 1,0 0,1 4,0 5,0 1,9 0,2
= NP42
IMPACTO FINANCEIRO DEVIDO À
NECESSIDADE DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS
PARA AS AUDITORIAS AMBIENTAIS E DE
CERTIFICAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E
RECERTIFICAÇÃO
9,0 7,0 1,0 6,0 9,0 5,1 0,6
= NP43
IMPACTO NA REDUÇÃO DE CUSTOS DEVIDO À
OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS
9,0 0,3 0,2 1,0 4,0 1,1 0,1
= NP44
IMPACTO NA REDUÇÃO DE CUSTOS COM
INSTITUÕES DE CRÉDITO (FINANCEIRAS) E
SEGURADORAS
1,0 0,2 0,1 0,3 1,0 0,4 0,0
= NP45
Soma 8,7 1,0
210
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Análise Paritária dos Subcritérios de Investimentos e Recursos
IMPACTO FINANCEIRO NO
QUADRO FUNCIONAL
3%
IMPACTO FINANCEIRO DEVIDO
À NECESSIDADE DE
INVESTIMENTOS EM
RECURSOS TECNOLÓGICOS E
INFRA-ESTRUTURAIS
22%
IMPACTO FINANCEIRO DEVIDO
À NECESSIDADE DE ALOCAÇÃO
DE RECURSOS PARA AS
AUDITORIAS AMBIENTAIS E DE
CERTIFICAÇÃO, ACOMPANHA
MENTO E RECERTIFICAÇÃO
58%
IMPACTO NA REDUÇÃO DE
CUSTOS DEVIDO À
OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS
13%
IMPACTO NA REDUÇÃO DE
CUSTOS COM INSTITUIÇÕES
DE CRÉDITO (FINANCEIRAS) E
SEGURADORAS
4%
211
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Análise Paritária dos Subcritérios Funcionais
IMPACTO NO
ESTABELECIMENT
O DE
RESPONSABILIDAD
ES E FUNÇÕES
IMPACTO NO
COMPROMETIMENTO
AMBIENTAL DOS
FUNCIONÁRIOS
(MOTIVAÇÃO E
PRODUTIVIDADE)
IMPACTO NO
COMPROMETIMENT
O AMBIENTAL DA
ALTA
ADMINISTRAÇÃO
IMPACTO NO
ESTABELECIMENTO
DE TREINAMENTOS,
COMPETÊNCIAS E
CONSCIENTIZAÇÃO
Autovetor Normalização
IMPACTO NO ESTABELECIMENTO DE RESPONSABILIDADES E
FUNÇÕES
1,0 1,0 0,5 1,0 0,8 0,2
= NP51
IMPACTO NO COMPROMETIMENTO AMBIENTAL DOS
FUNCIONÁRIOS (MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE)
1,0 1,0 0,3 1,0 0,8 0,2
= NP52
IMPACTO NO COMPROMETIMENTO AMBIENTAL DA ALTA
ADMINISTRAÇÃO
2,0 3,0 1,0 3,0 2,1 0,5
= NP53
IMPACTO NO ESTABELECIMENTO DE TREINAMENTOS,
COMPETÊNCIAS E CONSCIENTIZAÇÃO
1,0 1,0 0,3 1,0 0,8 0,2
= NP54
Soma 4,4 1,0
IMPACTO NO
ESTABELECIMENTO DE
RESPONSABILIDADES E
FUNÇÕES
19%
IMPACTO NO
COMPROMETIMENTO
AMBIENTAL DOS
FUNCIONÁRIOS
(MOTIVAÇÃO E
IMPACTO NO
COMPROMETIMENTO
AMBIENTAL DA ALTA
ADMINISTRAÇÃO
47%
IMPACTO NO
ESTABELECIMENTO DE
TREINAMENTOS, COMP
ETÊNCIAS E
CONSCIENTIZAÇÃO
212
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Análise Paritária dos Subcritérios de Imagem Institucional
IMPACTO NA
IMAGEM
PERANTE A
COMUNIDADE
DA REGIÃO
IMPACTO NA
IMAGEM PERANTE
AS ONGs
IMPACTO NA IMAGEM
PERANTE OS ÓRGÃOS
AMBIENTAIS PÚBLICOS
Autovetor Normalização
IMPACTO NA IMAGEM PERANTE A
COMUNIDADE DA REGIÃO
1,0 1,0 0,3 0,7 0,2
= NP61
IMPACTO NA IMAGEM PERANTE AS ONGs 1,0 1,0 0,3 0,7 0,2
= NP62
IMPACTO NA IMAGEM PERANTE OS
ÓRGÃOS AMBIENTAIS PÚBLICOS
3,0 3,0 1,0 2,1 0,6
= NP63
Soma 3,5 1,0
IMPACTO NA
IMAGEM PERANTE A
COMUNIDADE DA
REGIÃO
20%
IMPACTO NA
IMAGEM PERANTE
AS ONGs
20%
IMPACTO NA
IMAGEM PERANTE
OS ÓRGÃOS
AMBIENTAIS
PÚBLICOS
60%
213
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
ntese e Recomendações Parciais e Final
A B C D E F G H I J K
i
Critério i
Peso
normalizado
do
Subcritério ij
(impacto)
Peso
normalizado
do Subcritério
ij (NP
ij
)
Pontuação do
Subcritério ij
(pS
ij
)
Pontuação
ponderada do
Subcritério ij
Somatório da
pontuação
pon-derada
dos
Subcritérios ij
mero de
subcritérios
(n)
Pontuação
ponderada do
Critério i
Contribuão
Parcial do Critério
i i
normalizado]
(N = 6 critérios) Critério i (NP
i
) [E x F] [β
i
= C x H]
1 Mercado 0,3
Carteira de
clientes
0,9 0,0 0,0
0,3 2 0,1 3,7%
Concorrência
0,1 2,5 0,3
2 Legislação 0,1
Atendimento à
Legislação
0,9 0,0 0,0
0,0 2 0,0 0,0%
Atendimento às
Auditorias
Ambientais
0,1 0,0 0,0
214
3 Controle Ambiental 0,1
Controle e
Prevenção da
Poluição
Ambiental
0,2 0,0 0,0
1,1 4 0,1 4,4%
Controle de
Documentos
0,4 2,5 1,1
Comunicação
0,2 0,0 0,0
Controle e
Gerencia-mento
de Emergências
0,2 0,0 0,0
4 Investimentos e Recursos 0,4
Quadro funcional
0,0 10,0 0,3
4,2 5 1,9
89,4%
Tecnologia e infra-
estrutura
0,2 9,0 2,0
Auditorias de
certificação,
acompanhamento
e recertificação
0,6 2,5 1,5
Otimização de
processos
0,1 4,0 0,5
Instituições
financeiras
0,0 0,0 0,0
215
5 Funcional 0,0
Responsabilidades
e funções
0,2 0,0 0,0
1,2 4 0,1 2,5%
Comprometimento
dos funcionários
0,2 0,0 0,0
Comprometimento
da alta
administração
0,5 2,5 1,2
Treinamentos,
competências e
conscientização
ambiental
0,2 0,0 0,0
6
Imagem
Institucional
0,1
Perante
comunidade da
região
0,2 0,0 0,0
0,0 3 0,0
0,0% Perante ONGs
0,2 0,0 0,0
Perante Óros
blicos
Ambientais
0,6 0,0 0,0
Índice de recomendação final α =( β
1
+ β
2
+ β
3
+ β
4
+ β
5
+ β
6
) =
2,1 100,0%
Recomendação: FORTEMENTE DESACONSELHÁVEL
A IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14001
216
APLICAÇÃO 2: PRESERVA AMBIENTAL CONSULTORIA
Mercado
4%
Legislação
0%
Controle Ambiental
4%
Investimentos e Recursos
89%
Funcional
2%
Imagem Institucional
0%
217
ANEXO 5
218
Teste t (SPSS v. 13.0)
One-Sample Statistics
N Mean
Std.
Deviation
Std.
Error
Mean
Exig
ê
ncia contratual
de
clientes
25
0,72
0,458
0,092
Exig
ê
ncia contratual de
fornecedores
25
0,16
0,374
0,075
C
oncorr
ê
ncia
implementou
25
0,32
0,476
0,095
C
ontrol
e
no
atendimento
à legislação ambiental
25
0,76
0,436
0,087
Desempenho em
auditorias ambientais
25
0,28
0,458
0,092
C
ontrole d
a
poluição e
desempenho ambiental
25
0,84
0,374
0,075
Maior gerenciamento de
emergências
25
0,72
0,458
0,092
I
nv
estimentos
par
a
implementação e
certificação
25
0,80
0,408
0,082
M
elhor racionalização
25
0,76
0,436
0,087
Maior
redução de custos
25
0,36
0,490
0,098
V
alorização organização
perante investidores
25
0,40
0,500
0,100
M
elhoria consci
ê
ncia e
atitude dos funcionários
25
0,92
0,277
0,055
M
elhoria
na
produtividade
25
0,44
0,507
0,101
M
elhor
imagem
junto
à
comunidade
25
0,92
0,277
0,055
M
elhor
imagem
junto
aos orgãos de controle
e fiscalização ambiental
25
0,76
0,436
0,087
219
One-Sample Test
Test Value = 0
t df
Sig. (2-
tailed)
Mean
Difference
95% Confidence
Interval of the
Difference
Lower Upper
Exig
ê
ncia contratual
de
clientes
7,856
24
0,000
0,720
0,53
0,91
Exig
ê
ncia contratual de
fornecedores
2,138
24
0,043
0,160
0,01
0,31
C
oncorr
ê
ncia
implementou
3,361
24
0,003
0,320
0,12
0,52
C
ontrole
no
atendimento
à legislação ambiental
8,718
24
0,000
0,760
0,58
0,94
Desempenho em
auditorias ambientais
3,055
24
0,005
0,280
0,09
0,47
C
ontrole d
a
poluição e
desempenho ambiental
11,225
24
0,000
0,840
0,69
0,99
Maior g
erenciamento de
emergências
7,856
24
0,000
0,720
0,53
0,91
I
nv
estimentos
para
implementação e
certificação
9,798
24
0,000
0,800
0,63
0,97
M
elhor racionalização
8,718
24
0,000
0,760
0,58
0,94
Maior
redução de custos
3,674
24
0,001
0,360
0,16
0,56
V
alori
zação organização
perante investidores
4,000
24
0,001
0,400
0,19
0,61
M
elhoria consci
ê
ncia e
atitude dos funcionários
16,613
24
0,000
0,920
0,81
1,03
M
elhoria
na
produtividade
4,342
24
0,000
0,440
0,23
0,65
M
elhor
imagem
junto
à
comunidade
16,613
24
0,000
0,920
0,81
1,03
M
elhor
imagem
junto
aos orgãos de controle
e fiscalização ambiental
8,718
24
0,000
0,760
0,58
0,94
220
ANEXO 6
221
Correlação de Pearson (SPSS v. 13.0)
Exigência
contratual
de
clientes
Exigência
contratual de
fornecedores
Concorrência
implementou
Controle
atendimento
a leg. amb.
Desempenho
em audit.
ambientais
Controle
de
poluição
e
desemp.
ambiental
Maior
gerenciamento
de
emergências
Inv. para
implemen.
e certific.
Melhor
racionalização
Redução
de
custos
Valorização
organização
perante
invest.
Melhoria
consciência
e atitude
Melhoria
produtiv.
Melhor
imag. junto
à
comunidade
Melhor
imag.
junto
aos
orgãos
de
controle
Exigência
contratual de
clientes
Pearson
Correlation
1
0,029
0,046
0,067
0,190
-0,029
0,008
-0,089
0,275
0,282
0,145
-0,184
0,014
-0,184
0,067
Sig. (2-
tailed)
0,890
0,828
0,751
0,362
0,890
0,970
0,672
0,183
0,172
0,488
0,379
0,946
0,379
0,751
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Exigência
contratual de
fornecedores
Pearson
Correlation
0,029
1
0,168
-0,010
0,457*
-0,107
0,029
-0,055
-0,010
0,127
0,089
-0,273
0,053
-0,676**
-0,010
Sig. (2-
tailed)
0,890
0,421
0,961
0,022
0,610
0,890
0,796
0,961
0,544
0,672
0,186
0,802
0,000
0,961
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Concorrência
implementou
Pearson
Correlation
0,046
0,168
1
-0,217
0,336
-0,402*
-0,145
-0,300
-0,217
0,557**
0,315
-0,114
0,083
-0,114
0,185
Sig. (2-
tailed)
0,828
0,421
0,298
0,100
0,046
0,489
0,145
0,298
0,004
0,125
0,588
0,694
0,588
0,377
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Controle e
atendimento a
leg. amb.
Pearson
Correlation
0,067
-0,010
-0,217
1
0,350
0,777**
0,275
0,656**
0,342
0,226
0,268
0,525**
0,121
0,180
0,123
Sig. (2-
tailed)
0,751
0,961
0,298
0,086
0,000
0,183
0,000
0,094
0,277
0,196
0,007
0,565
0,391
0,559
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Desempenho
em audit.
ambientais
Pearson
Correlation
0,190
0,457*
0,336
0,350
1
0,272
0,389
0,089
0,350
0,275
0,036
0,184
0,345
-0,144
0,142
Sig. (2-
tailed)
0,362
0,022
0,100
0,086
0,188
0,055
0,672
0,086
0,184
0,863
0,379
0,092
0,491
0,499
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Controle de
poluição e
desemp.
ambiental
Pearson
Correlation
-0,029
-0,107
-0,402*
0,777**
0,272
1
0,457*
0,327
0,521**
0,100
0,134
0,273
0,167
0,273
0,266
Sig. (2-
tailed)
0,890
0,610
0,046
0,000
0,188
0,022
0,110
0,008
0,634
0,524
0,186
0,425
0,186
0,199
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Maior
gerenciamento
de
emergências
Pearson
Correlation
0,008
0,029
-0,145
0,275
0,389
0,457*
1
0,134
0,484*
0,282
0,145
0,144
0,373
0,144
0,067
Sig. (2-
tailed)
0,970
0,890
0,489
0,183
0,055
0,022
0,524
0,014
0,172
0,488
0,491
0,066
0,491
0,751
222
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Inv. para
implemen. E
certific
Pearson
Correlation
-0,089
-0,055
-0,300
0,656**
0,089
0,327
0,134
1
0,187
-0,042
0,204
0,590**
0,242
0,221
-0,047
Sig. (2-
tailed)
0,672
0,796
0,145
0,000
0,672
0,110
0,524
0,370
0,843
0,328
0,002
0,244
0,288
0,824
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Melhor
racionalização
Pearson
Correlation
0,275
-0,010
-0,217
0,342
0,350
0,521**
0,484*
0,187
1
0,226
0,076
0,180
0,309
0,180
0,342
Sig. (2-
tailed)
0,183
0,961
0,298
0,094
0,086
0,008
0,014
0,370
0,277
0,716
0,391
0,132
0,391
0,094
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Redução de
custos
Pearson
Correlation
0,282
0,127
0,557*
0,226
0,275
0,100
0,282
-0,042
0,226
1
0,748**
-0,086
0,175
-0,086
0,421*
Sig. (2-
tailed)
0,172
0,544
0,004
0,277
0,184
0,634
0,172
0,843
0,277
0,000
0,683
0,404
0,683
0,036
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Valorização
organização
perante invest.
Pearson
Correlation
0,145
0,089
0,315
0,268
0,036
0,134
0,145
0,204
0,076
0,748**
1
-0,060
0,099
-0,060
0,459*
Sig. (2-
tailed)
0,488
0,672
0,125
0,196
0,863
0,524
0,488
0,328
0,716
0,000
0,775
0,639
0,775
0,021
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Melhoria
consciência e
atitude
Pearson
Correlation
-0,184
-0,273
-0,114
0,525*
0,184
0,273
0,144
0,590**
0,180
-0,086
-0,060
1
0,261
0,457*
-0,166
Sig. (2-
tailed)
0,379
0,186
0,588
0,007
0,379
0,186
0,491
0,002
0,391
0,683
0,775
0,207
0,022
0,429
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Melhoria
produtiv.
Pearson
Correlation
0,014
0,053
0,083
0,121
0,345
0,167
0,373
0,242
0,309
0,175
0,099
0,261
1
-0,036
-0,068
Sig. (2-
tailed)
0,946
0,802
0,694
0,565
0,092
0,425
0,066
0,244
0,132
0,404
0,639
0,207
0,866
0,747
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Melhor imag.
junto a
comunidade
Pearson
Correlation
-0,184
-0,676**
-0,114
0,180
-0,144
0,273
0,144
0,221
0,180
-0,086
-0,060
0,457*
-0,036
1
0,180
Sig. (2-
tailed)
0,379
0,000
0,588
0,391
0,491
0,186
0,491
0,288
0,391
0,683
0,775
0,022
0,866
0,391
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
Melhor imag.
junto aos
orgãos de
controle
Pearson
Correlation
0,067
-0,010
0,185
0,123
0,142
0,266
0,067
-0,047
0,342
0,421*
0,459*
-0,166
-0,068
0,180
1
Sig. (2-
tailed)
0,751
0,961
0,377
0,559
0,499
0,199
0,751
0,824
0,094
0,036
0,021
0,429
0,747
0,391
N
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
25
* Correlation is significant at the 0,05 level (2-tailed) / ** Correlation is significant at the 0,01 level (2-tailed)
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