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qualquer animal que apresentasse possíveis
infestações. Os ovinos foram criados pelo
método Ran Rotacional de criação
heterogênica e mantidos em condições de
biotério convencional durante o período da
pesquisa.
Procedimento Cirúrgico e Eutanásia
O procedimento cirúrgico foi realizado
obedecendo a seguinte seqüência de
operação, que é mostrada na Figura 3: I –
Sedação através de inalação de éter
sulfúrico, seguida da indução anestésica por
Zoletil®; II – Exposição e anti-sepsia do
campo a ser operado, com a utilização de
iodo alcoólico 2 %; III – Isolamento da área a
ser operada; IV – Tricotomia da região; V –
Afastamento dos tecidos moles; VI –
Exposição da cortical óssea; VII – Adaptação
do template para a marcação dos locais de
inserção dos implantes; VIII – inserção dos
implantes; IX – Reposicionamento do
periósteo e tecidos moles; X – Sutura da
ferida operatória por pontos simples,
utilizando fio agulhado de nylon 2.0.
Figura 3: Procedimento cirúrgico mostrando
as etapas III, IV, V, VI, VII e X.
Após o procedimento cirúrgico, os animais
foram mantidos vivos por um período de 30
dias, para a ocorrência do processo de
osseointegração. A eutanásia para a retirada
das amostras foi realizada através da injeção
letal de tiopental sódico via endovenosa.
Após a remoção, o conjunto osso/implante foi
mantido em glutaraldeído 2 % até a
realização das análises.
Preparação das amostras para o teste de
pull out
Uma vez retirados do glutaraldeído e limpos
em água deionizada corrente, o conjunto foi
embutido em resina acrílica de co-polímero
de metil metacrilato, para adaptação da garra
inferior do equipamento de tração. Para
garantir uma fixação adequada da garra
superior do equipamento e aplicação do
teste, foi necessário adaptar um parafuso
sobre a rosca do implante com auxílio de um
a
ente colante, como visto na Fi
ura 1a.
plicação e análise dos testes de pull ou
para a avaliação da osseointegração
Todos os parâmetros de ensaio foram
ajustados de acordo com as indicações da
norma ASTM C633, até a ruptura do conjunto
osso/implante. Como resultado do ensaio
obteve-se uma curva de tensão
deformação, similar a Figura 4, onde se
associa a força máxima de ruptura com a
força de adesão osso/implante.
Força [N]
Deformação [mm]
Curva Tensão x Deformação
Tensão de ruptura
Figura 4: Curva tensão x deformação obtida
no teste de pull out.
Resultados
Foi possível observar que o teste de
ull ou
garante, de forma mais precisa, a distinção
de pequenas alterações superficiais na
preparação dos implantes que resultaram em
diferentes processos de osseointegração.
Também foi possível observar o
comportamento elasto-plástico do tecido
ósseo novo que pode ser associado com a
qualidade do tecido neoformado, o qual era
impossível de ser observado nos testes de
torque.
Referências bibliográficas
STM C633. Recomendação técnica.
Standard Test Method for Adhesion o
Cohesion Strength of Thermal Spra
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Cunha, A.; et al.
valiação da
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a
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b
Rønold, H. J.; Ellingsen, J. E., Effect o
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2
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III
IV
V
VI
III
VII
X