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que a gente teve. Tudo cresceu muito, ficou muito bonito. A tonelada de
adubo tá R$300,00, e a gente não consegue juntar tudo isso...
Tem os bichos para cuidar também, a gente vende ovos também. Os
bichos a gente vai sempre ganhando...
Na gestão passada, a subprefeitura se tornou parceira da horta, a
gente fez até um documento. Eu perguntei agora para essa nova
administração se eles são parceiros e eles disseram que sim. Por isso
pedi adubo, pedi uma equipe, só por um dia, para ajudar a carpir, como
essas equipes que carpi as praças, e assim seria uma verdadeira
parceria. Eles disseram que iriam ajudar, mas até agora nada. O
subprefeito veio aqui, tiramos foto com cacho de banana, ele disse que
ia fazer uma feijoada aqui, achou tudo muito agradável, mas no vamos
ver, a coisa tá muito difícil.
A prioridade nossa é o morro ali do lado, onde ao lado passa um rego, e
frequentemente estoura o esgoto do mutirão, lá de cima, e os homens têm que ir lá
para abrir um novo rego para fazer aquela água não descer na horta, mas ela desce
nesse rego, do lado do morro, bem do lado da horta, então a gente tem a
preocupação da contaminação. A outra preocupação é com o morro mesmo, porque
ele tá descendo. A defesa civil vem aí, tira foto, mas nada. A gente precisava que se
fizesse uma tubulação ali no córrego e no morro a geóloga que acompanha disse
que dava para fazer uma escada no morro para segurar o morro. Ali no morro é um
aterro e antigamente o pessoal jogou muito lixo ali, e a terra não une e o morro vai
descendo. A gente se preocupa até das casas ali em cima não caírem. Se
trouxerem os tubos a gente faz em mutirão, e a gente pode até limpar o morro, mas
não pode tirar as bananeiras, que falaram para tirar, porque senão acaba de descer
o morro. Parece que a prefeitura quer interditar aquelas casas dali de cima, mas se
tirar aquelas casas vai vir molecada, eles vão fazer bagunça... é melhor proteger
para preservar as casas. A prioridade é com a tubulação.
A gente fica com dificuldade... é um lugar que dava para tirar renda
e a gente fica com essas dificuldades... o pessoal gosta de comprar as
coisas daqui. O pessoal da secretaria falou para a gente colocar uma
placa lá na frente falando o que tem para vender, mas a gente não sabe
se nós somos um núcleo de agricultura ou se somos uma horta
comunitária, que reza no papel que não pode gerar renda. A gente fez
uma documentação e mandamos para o Galletti, porque quando a Marta
fez essa mudança, foi passado para nós que poderíamos vender, então
tem que mudar isso. Na gestão do Maluf a gente ia fazer uma creche
aqui, porque tem deficiência de creche aqui, só que o pessoal fez um
projeto e viu que tinha a tubulação do mutirão que atrapalharia para a
creche. A gente queria criar uma creche comunitária, que desse
emprego para a comunidade, ajudasse, e no espaço que sobrasse a
gente também faria a horta. Depois teve uma invasão aqui, a família
que mora aqui quis a posse do terreno, mas nós conseguimos reaver...
depois tem outra creche lá em cima que foi roubada algumas vezes,
então a gente ficou com medo de fazer uma creche e ela ser roubada,
ia ser ruim para as crianças... então a gente suspendeu a criação da
creche e na gestão da Marta aqui virou uma a´rea social, que a gente
vai mantendo como uma horta, que é melhor, né? Falta gerar renda...