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dos alimentos, é razoável assumir que o status da saúde bucal poderia influenciar a dieta
e nutrição (Walls, Steele et al. 2000).
Não está claro se a digestão per se não é influenciada pela mastigação, mas em
contrapartida há evidência que suporta que a escolha do alimento é afetada pela nossa
capacidade de mastigar os alimentos (Walls, Steele et al. 2000). Relatos de dificuldades
para mastigar ou mesmo a rejeição de alimentos difíceis de mastigar são freqüentes em
situações onde há diminuição da eficiência mastigatória. Por estes motivos, a
manutenção de dentes naturais e funcionais pode representar um fator-chave na
preservação da função mastigatória e na prevenção de incapacidade mastigatórias que
freqüentemente estão associadas a perdas dentais parciais ou totais (Walls, Steele et al.
2000; Yamashita, Sakai et al. 2000).
Além das evidências ligando problemas bucais à qualidade da dieta, achados de
grandes estudos populacionais, incluindo o NHANES e BNDNS, indicam que pessoas
desdentadas ou com perdas dentais extensas consomem, em média, quantidades
menores de proteína total, (Sheiham, Steele et al. 2001; Yoshihara, Watanabe et al.
2005), proteína animal (Yoshihara, Watanabe et al. 2005), cálcio (Sheiham, Steele et al.
2001), vitamina D (Yoshihara, Watanabe et al. 2005), vitamina C (Sahyoun, Lin et al.
2003; Yoshihara, Watanabe et al. 2005), vitamina B1 (Yoshihara, Watanabe et al.
2005), vitamina A (Sahyoun, Lin et al. 2003), vitamina B6 (Yoshihara, Watanabe et al.
2005), ácido fólico (Sahyoun, Lin et al. 2003), niacina (Yoshihara, Watanabe et al.
2005) e ácido pantatênico (Yoshihara, Watanabe et al. 2005), além de ingerirem mais
sódio, colesterol, gordura saturada e calorias do que pessoas classificadas como tendo
uma dentição funcional, representada por ter ao menos 20 dentes naturais. Estudos
epidemiológicos também sugerem que a ingestão de vegetais, peixes e frutos do mar é