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Essas passagens permitem trazer alguns esclarecimentos acerca da trilogia:
Homem, humanismo e humanização.
As contribuições dos filósofos gregos, com a clássica sabedoria antiga sobre
o conhecimento e o saber, tecem concepções importantes acerca dos problemas do
homem em seu processo histórico..
Alguns desses principais pensadores são citados, no intuito de ressaltar suas
interações com os estudos sobre a psique desde a antiguidade.
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Em passagem pelo renascimento, surge a questão do humanismo através da
visão de outros importantes pensadores e as novas escolas científicas que iniciam a
era moderna, com destaque a alguns teóricos e movimentos significativos desse
período.
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Através desses esclarecimentos, chegarmos à pós-modernidade, como um
processo que envolve o significado do homem, do humanismo, as desconstruções
humanas – algo até desumano – e suas possibilidades de um retorno, que permita
interagir e integrar o que de melhor tem acontecido, superando as fragmentações e
dicotomias ocorridas.
O referencial teórico principal em nosso trabalho, Ken Wilber, constrói seu
pensamento com fundamentos e concepções do oriente e do ocidente, desde as
tradições clássicas antigas, até abordar autores contemporâneos, indo da pré-
modernidade à pós-modernidade.
Como contribuição à psicologia transpessoal, Wilber trafega desde a
construção e desenvolvimento do espectro da consciência, até, mais atualmente,
uma abordagem integral.
Em sua obra, há um movimento constante de integrar o sentido psicológico,
como possibilidade de vir instaurar a ordem na vida humana através de um caminho
que também traga contribuições à humanidade. A consciência, portanto, se torna
seu principal enfoque, inicialmente, capaz de operar esse caminho de integração.
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As pesquisas realizadas para compor o texto foram referenciadas nas principais obras: REALE, Giovanni e
ANTISSERI, Dario, História da filosofia vols. 1, 2, São Paulo: Paulus, 1990 e 2004; CHAUI, Marilena, Convite
à filosofia, São Paulo: Ática, 2005; CHALITA, Gabriel, Vivendo a filosofia, São Paulo: Ática, 2005; Coleção OS
PENSADORES, São Paulo: Nova Cultural, 1996 e 1999; ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de filosofia, São
Paulo: Martins Fontes, 1999; PACHECO, Mario, Humanismo in: Logos, enciclopédia luso-brasileira de
filosofia, verbo vol. 2, 1997; CABRAL, Roque, Enciclopédia luso-brasileira de filosofia, Lisboa/São Paulo:
Editora Verbo, 1990; QUEIROZ, José J., Filosofia da diferença e identidades culturais, São Paulo: Eccos
Revista científica vol. 3, n. 1 (junho de 2001); PLOTINO, Vida e obra, Tratado das Enéadas, São Paulo: Polar
Editorial & Comercial, 2002; EDINGER, Edward F., A psique na antiguidade livros 1 e 2, São Paulo:
Cultrix,1995.
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Pesquisas realizadas através das obras: REALE, Giovanni e ANTISSERI, Dario, História da filosofia vol. 3,
2004; CHAUI, Marilena, Convite à filosofia, 2005; SIMÕES, Galvão Roberto Carlos, O humanismo de Jacques
Maritain e a educação,WWW.pedagobrasil.com.br/pedagogia/ohumanismo.htm, obtido em 03 de fevereiro de
2006; CHALITA, Gabriel, Vivendo a filosofia, 2005; WILBER, Ken, Psicologia integral, São Paulo: Cultrix,
2000; WILBER, Ken, O espectro da consciência, São Paulo: Cultrix, 2000; GREENING, Thomas C. (org.),
Psicologia existencial humanista, Rio de Janeiro: Zahar, 1975; TABONE, Marcia, A psicologia transpessoal,
São Paulo: Cultrix, 2001.