RESUMO
INTRODUÇÃO: O progresso da tecnologia aplicada aos microcomputadores tanto na forma corporativa
quanto doméstica, relacionado à crescente oferta de quantidade e qualidade de equipamentos, periféricos e
programas aplicativos, além da progressiva redução dos custos de aquisição, tem proporcionado interessante
desenvolvimento em particular campo da informática em medicina: o da imagem digital com valor
diagnóstico.
OBJETIVO: Definir e demonstrar a importância do uso da imagem digital como ferramenta diagnóstica no
cotidiano profissional do médico patologista, através de um modelo diagnóstico em neuropatologia, além de
propor um protocolo de rotina para facilitar e corrigir ações baseado na experiência relatada na literatura
internacional.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo através da revisão sistemática da literatura médica especializada
onde foram consideradas as publicações em periódicos, jornais e revistas, no período 1995-2006, abordando
a experiência de serviços universitários ou laboratórios na implantação da imagem digital e da telepatologia
nos processos diagnósticos de rotina ou como instrumento de educação médica à distância. Foram
cons
ideradas imagens digitais de patologias neurológicas, macro e microscópicas, de valor diagnóstico,
capturadas e tratadas em estação de trabalho microcomputadorizada orientada ao uso de imagem digital e
telepatologia estática, a partir de lâminas, fragmentos de tecidos (biópsias), peças anatômicas (cirúrgicas ou
necropsias) e procedimentos de congelação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Operar microcomputadores ou estações de trabalho orientadas ao uso de
imagem digital requer do anatomopatologista, além da proficiência em anatomia patológica, conhecimentos
em informática médica, tratamento digital de imagens e telemedicina; o que na prática, significa não só
saber utilizar um computador, mas lidar com periféricos e programas específicos orientados à captura,
digitalização e tratamento de imagens, além de disponibilizar este conteúdo na internet. A telepatologia
associa conhecimentos de informática médica e tratamento digital de imagens por computador, com recursos
de telecomunicação, relacionando-se às modalidades telemédicas de telediagnóstico, teleconsulta e
teleducação.
CONCLUSÃO: 1. O uso da imagem digital e a Telepatologia como ferramenta diagnóstica constituem um
importante elo tecnológico entre os diversos campos da Patologia e as diversas especialidades médicas, além
de significar importante referencial para a patologia moderna; 2. Processos de implantação da imagem
digital e telepatologia em laboratórios de anatomopatologia e hospitais devem basear-se em coordenação,
cooperação, disponibilidade de informação, divulgação e aceitação por todos os departamentos clínico-
cirúrgicos integrados. 3. O tratamento de imagens digitais com finalidade diagnóstica pode ser operado em
estações de trabalho microcomputadorizadas de baixo custo, em países pobres ou em desenvolvimento,
constituindo uma excelente opção aos elevados investimentos da telepatologia dinâmica. 4. O modelo de
rotina diagnóstica em neuropatologia utilizado em nosso trabalho foi adequado para a comparação com os
resultados da literatura e a técnica empregada se demonstrou aplicável a qualquer outra especialidade.
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