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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROECOLOGIA
CURSO DE MESTRADO EM AGROECOLOGIA
ASPECTOS REPRODUTIVOS DE Melipona compressipes fasciculata
(Hymenoptera, Apidae): ALIMENTO LARVAL, OVO E POVOAMENTO
DE COLMÉIAS
GEORGIANA EURIDES VIANA DE CARVALHO
São Luís (MA)
2007
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GEORGIANA EURIDES VIANA DE CARVALHO
ASPECTOS REPRODUTIVOS DE Melipona compressipes fasciculata Smith.
(Hymenoptera, Apidae): ALIMENTO LARVAL, OVO E POVOAMENTO
DE COLMÉIAS
Dissertação de Mestrado
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Agroecologia da Universidade estadual
do Maranhão para obtenção do Título de Mestre.
Orientador: Prof. Dr. José Mauricio Dias Bezerra
São Luís (MA)
2007
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GEORGIANA EURIDES VIANA DE CARVALHO
ASPECTOS REPRODUTIVOS DE Melipona compressipes fasciculata Smith.
(Hymenoptera, Apidae): ALIMENTO LARVAL, OVO E POVOAMENTO
DE COLMÉIAS
Dissertação defendida e aprovada em: ________/________/_________
BANCA EXAMINADORA:
_________________________________________________
Prof. Dr. José Mauricio Dias Bezerra
Dr. Ciências – Genética
___________________________________________________
Profa. Dra. Lenira de Melo Lacerda
__________________________________________________
Profa. Dra. Gisele Garcia Azevedo
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
2007
Dedico aos meus pais que foram
exemplos de superação dos obstáculos da
vida, conseguindo mostrar o verdadeiro
amor a todos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS, pelo imenso amor e cuidados que tem comigo. Aos meus pais, José Ribamar,
que me acompanhou durante as viagens e se tornou um apaixonado pelas abelhas, e Maria da
Paz, que esteve sempre torcendo para que esta pesquisa obtivesse êxito. A meus irmãos, Mauro e
Edson, que são amigos e companheiros para tudo.
Ao Prof.Dr. José Mauricio pela orientação, dedicação e compreensão ao longo da realização
desta pesquisa, pois sempre esteve disposto ajudar, disponibilizando, sua residência para a
realização de algumas atividades. A Sra. Neuzeli, esposa do Prof. Dr. José Mauricio, pela ajuda e
disponibilidade durante a realização das atividades desta pesquisa.
Aos meliponicultores, Sr. Antonio Pereira, pelos seus esforços e disposição a ajudar sempre que
requisitado, e Sr.Osmar Mario Pinheiro, que sempre me recebeu bem e cuidou das abelhas
utilizadas no experimento com carinho e dedicação, estes dois meliponicultores foram
fundamentais para a obtenção dos resultados desta pesquisa.
Aos alunos do Curso de Ciências Biológicas, José Ribamar e Marcos Eduardo que contribuíram
para a realização desta pesquisa.
A Bianca Kellen que participou de diversas etapas desta pesquisa, contribuindo com seu esforço e
dedicação, estando sempre alerta e disponível para ajudar.
A CAPES/CNPq pela bolsa concedida, que proporcionaram a coleta dos dados iniciais desta
pesquisa.
“Você não pode ensinar nada a um
homem; você pode apenas ajudá-lo a
encontrar a resposta dele mesmo”.
Galileu Galilei
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................8
ABSTRACT ........................................................................................................................9
CAPÍTULO I .....................................................................................................................10
Introdução Geral..................................................................................................................11
Referências ..........................................................................................................................14
CAPITULO II....................................................................................................................16
Determinação de caracteres relacionados ao alimento larval e ao ovo em colônias de Melipona
compressipes fasciculata Smith (Hymenoptera, Apidae)....................................................17
Resumo................................................................................................................................17
Abstract................................................................................................................................198
Introdução............................................................................................................................19
Material e Métodos..............................................................................................................20
Resultados............................................................................................................................21
Discussão.............................................................................................................................22
Agradecimentos...................................................................................................................26
Referências ..........................................................................................................................27
Lista de Figuras ...................................................................................................................29
Lista de Tabelas...................................................................................................................32
CAPITULO III...................................................................................................................35
Processo de povoamento de colméias visando a divisão racional de colônias de Melipona
compressipes fasciculata Smith (Hymenoptera, Apidae)....................................................36
Resumo................................................................................................................................36
Abstract................................................................................................................................27
Introdução............................................................................................................................38
Material e Métodos..............................................................................................................39
Resultados e Discussão........................................................................................................42
Peso das colônias recém – formadas de Melipona compressipes fasciculata.....................42
Relação do número de abelhas adultas e os favos de cria nascentes utilizados no experimento.46
Quantidade de células de cria construídas pelas colônias de Melipona compressipes fasciculata53
Construção de potes de alimento.........................................................................................55
Análises das colônias mães de Melipona compressipes fasciculata ..................................59
Acompanhamento do peso das colônias mães (cm) de Melipona compressipes fasciculata 62
Conclusão ............................................................................................................................64
Agradecimentos...................................................................................................................65
Referências ..........................................................................................................................66
RESUMO
Para o Estado do Maranhão, a Melipona compressipes fasciculata (Tiúba) possui uma grande
importância, pois é a abelha social mais criada, representando uma das principais fontes de renda
para diversas famílias, e possui importância ecológica para a conservação dos seus ecossistemas
naturais. Assim, esta pesquisa teve como objetivo a determinação de caracteres relacionados ao
alimento larval e ao peso do ovo, além de estabelecer um processo de povoamento de colônias de
Melipona compressipes fasciculata. Para determinação do peso, densidade, volume médio do
alimento larval e o peso médio do ovo foram avaliados nove colônias de onde se coletou 520
células de cria recém-construídas, totalizando 520 ovos, 260 células de cria para obtenção do
peso do alimento larval e 260 células de cria para a obtenção da densidade. Os dados coletados
foram avaliados estatisticamente. Para o processo de povoamento de colméias visando a
multiplicação de colônias através da divisão racional foram utilizadas abelhas adultas, jovens e
campeiras, e favos de cria nascente colocados no mesmo instante da divisão, distribuídos em três
tratamentos, constituídos de 80, 160 e 240 abelhas adultas, respectivamente, com 05 colônias
cada. Foram selecionadas colônias mães fortes para serem doadoras dos favos de cria nascentes e
outras para serem doadoras de abelhas adultas para o povoamento das novas colônias. Esse
método de divisão foi avaliado através do acompanhamento do peso das colônias formadas,
assim como a quantidade de potes de alimento, presença da rainha virgem e da rainha
fisiogástrica, quantidade de células de cria construídas e tamanho dos favos. Com relação ao
alimento larval obteve-se, peso médio de 192, 9127 mg, densidade média de 1,1728 mg/µl e
volume médio de 164,4890 µl. Para o peso do ovo a média obtida foi de 2,8066 mg. Com relação
às colônias formadas, as colônias que receberam 160 abelhas adultas foram superiores às demais
quanto ao peso e ao número de potes de alimento, já as colônias que receberam 240 abelhas
adultas foram superiores às demais quanto ao número de células de cria construídas. As colônias
mães influenciaram as colônias formadas quanto ao seu potencial genético e não enfraqueceram
após a retirada das abelhas adultas e dos favos de cria nascente. Logo, é possível realizar o
povoamento de colônias de Melipona compressipes fasciculata através da divisão racional
baseada no número de abelhas adultas, jovens e campeiras, e favos de cria nascente. O emprego
desse método pelos (as) meliponicultores (as) estará ajudando a manter o potencial genético e
produtivo das colônias, assim como garantindo a manutenção da diversidade florística e o
equilíbrio ecológico para os ecossistemas terrestres, sendo então fundamental para a busca da
sustentabilidade desta atividade dentro do Estado do Maranhão.
PALAVRAS – CHAVE: Melipona compressipes fasciculata; Alimento larval e Ovo;
Multiplicação de colônias;
9
SUMMARY
For the State of the Maranhão, the Melipona compressipes fasciculata (Tiúba) possess a great
importance, therefore servant, representing one of the main sources of income for diverse
families is the social bee more, and possess ecological importance for the conservation of its
natural ecosystems. Thus this research had as objective the determination of characters related to
the larval food and to the weight of the egg, beyond to establish a process of settlement of
colonies of Melipona compressipes fasciculata. For determination of the weight, density, average
bulk of the larval food and the average weight of the egg had been evaluated nine colonies of
where if it collected 520 cells of creates just-constructed, in a total of 520 eggs, 260 cells of
create for attainment of the weight of the larval food and 260 cells of create for the attainment of
the density. The collected data had been evaluated statistics. For the process of populate of
beehives aiming at the multiplication of colonies through the rational division had been used
adult, young the old bees and placed mass of cells of create spring in the same instant of the
division, distributed in three treatments, constituted of 80, 160 and 240 adult bees, respectively,
with 05 colonies each. Colonies had been selected strong mothers to be givers of the mass of cells
of create springs and others to be givers of adult bees for the populate of the new colonies. This
method of division was evaluated through the accompaniment of the weight of the formed
colonies, as well as the amount of pots of food, presence of the virgin queen and of the
fisiogástrica queen, amount of cells of creates constructed and so great of the mass of cells. With
relation to the larval food it was gotten, average weight of 192, 9127 mg, mean density of 1,1728
mg/µl and 164,4890 µl average of bulk. For the weight of the egg the gotten average was of
2,8066 mg. With relation to the formed colonies, the colonies that had received 160 adult bees
had been upper to excessively how much to the weight and the number of food pots, already the
colonies that had received 240 adult bees had been upper to excessively how much to the frame
number of it creates constructed. The colonies mothers had influenced the formed colonies how
much to its genetic potential and they had not weakened after the withdrawal of the adult bees
and of the mass of cells of it creates spring. Soon, is possible to carry through the populate of
colonies of Melipona compressipes fasciculata through the based rational division in the number
of adult, young the old bees , and mass of cells of create spring. The job of this method for the
breeder will be helping to keep the genetic and productive potential of the colonies, as well as
guaranteeing the maintenance of the woods diversity and the ecological balance for terrestrial
ecosystems, being then basic for the search of the sustentabilidade of this activity inside of the
State of the Maranhão.
KEYWORDS: Melípona compressipes fasciculata; Larval Food the Egg; Multiplication of
colonies;
10
Capítulo I
INTRODUÇÃO GERAL
11
As abelhas indígenas sem ferrão pertencem à superfamília Apoidea, família Apidae e
subfamília Meliponinae. A subfamília Meliponinae está subdividida em duas tribos: Meliponini e
Trigonini. A tribo Meliponini é formada apenas pelo gênero Melipona, com cerca de 40 espécies,
e a tribo Trigonini, abriga um grande número de gêneros, sendo aproximadamente, 54
(Wille,1983). Sua distribuição ocorre desde América do Sul, América Central, Ásia, Ilhas do
Pacífico, Austrália, Nova Guiné e África (Roubik, 1989).
Segundo Kerr (1998) há três espécies de Meliponini sendo manipulados pelo homem
americano mais que qualquer outra espécie de abelhas deste continente: Melipona beechei (a
xanan-cab do México), a Melipona compressipes (a tiúba do Maranhão) e a Melipona scutellaris
(a uruçu do Nordeste). No Brasil existem ainda outras espécies, dentre as mais conhecidas, estão
as Mandaçaia (Melipona quadrifasciata Lep.), Jataí (Tetragonisca angustula Latreielle), Jandaíra
(Melipona subnitida Ducke), Mirim (Plebeia sp), Rajada (Melipona asilvae), Canudo
(Scaptotrigona sp) e Uruçu (Melipona sp) (Lopes; Ferreira & Santos, 2005).
A Melipona compressipes fasciculata, também denominada de tiUba, possui um lugar de
destaque para o Estado do Maranhão, uma vez que é a abelha social mais comum e representa
uma das principais fontes de renda para várias famílias no interior do Estado (Bezerra, 2004). Há
relatos que os índios Timbiras possuíam mais de 2000 colônias dessas abelhas distribuídas ao
redor de suas aldeias (Kerr, 1996).
A contribuição mais significativa das abelhas (solitárias e sociais) está na sua atuação
como agentes polinizadores, peça chave na manutenção da diversidade florística e do equilíbrio
ecológico na maioria dos ecossistemas terrestres (Camargo & Pedro, 2003).
De acordo com Kerr; Carvalho & Nascimento (1996) os meliponíneos são responsáveis,
de acordo com o ecossistema, pela polinização de 40 a 90% das árvores nativas, atuando também
na produtividade das plantas cultivadas e na fertilidade dos vegetais que dependem da
12
polinização cruzada. Segundo Aidar (2000) na floresta amazônica 60% das árvores são bissexuais
e dependem das abelhas para se reproduzirem.
Porém, segundo Hoyt (1992) apud Aidar & Kerr (2003) está acontecendo uma diminuição
desses polinizadores naturais. De acordo com Kerr; Carvalho & Nascimento (1996), esta
diminuição é ocasionada pelos desmatamentos, pela extração do mel por meleiros, pela
diminuição das áreas de reservas florestais que não abrigam no mínimo 44 colônias de uma
mesma espécie de abelhas, número adequado de colônias para manter o sistema genético de
determinação de sexo e evitar à consangüinidade Outras dificuldades também podem ser citadas,
como: as instalações de serrarias; o corte para carvão de árvores nativas e a aplicação de
inseticidas pelos agricultores (Kerr, 1996).
Segundo Marinho et. al (2004) o desaparecimento de várias espécies de abelhas nativas na
região de Seridó - Rio Grande do Norte é determinado, provavelmente, pela intensa destruição da
caatinga, pela ação da exploração irracional das colméias e pela expansão da abelha africanizada.
Assim, na busca de sistemas produtivos agroecologicamente sustentáveis, ou seja,
economicamente viáveis, ecologicamente corretos e socialmente justos, a meliponicultura ou
criação de abelhas sem ferrão é uma atividade produtiva que contribui para a geração de renda,
proporciona a conservação das abelhas e de seus habitats, e as famílias podem ser inseridas sem
distinção de geração e gênero.
Porém, esta atividade atravessa algumas dificuldades ligadas à falta de padronização das
colméias, pois ainda se utilizam cabaças, cortiços e caixas rústicas que dificulta o manejo, a
determinação da produção e da produtividade das colônias. De acordo com Bezerra (2004), outra
dificuldade provém de criadores que transferem as colônias de troncos originais para colméias
rústicas sem utilizar os processos de divisão artificial (método que aumenta o número de
colônias).
13
Segundo Silva & Lages (2001), para a meliponicultura atuar como fator de
desenvolvimento na área de Proteção ambiental da ilha de Santa Rita – Alagoas, onde a criação
de abelhas da espécie Melipona scutellaris ainda é feita de forma rústica, é indispensável o apoio
de vários organismos específicos destinados a promover o desenvolvimento sustentável, pois as
comunidades locais não detêm suporte econômico e tecnológico necessários para o seu eco
desenvolvimento.
Assim, a eficiência de um manejo adequado de abelhas indígenas sem ferrão pode ser
realizada com o advento de tecnologias, citando-se por exemplo: padronização de colméias
utilizando modelos de caixas racionais adaptadas as espécies regionais; melhoramento genético
das colônias através de divisões de colônias; disponibilização de alimento ao longo do período de
criação, entre outros. Porém estas tecnologias só podem ser empregadas a partir da aquisição do
conhecimento sobre produção, manejo e conservação dessas abelhas pelos produtores.
Pesquisas realizadas por Brilhante & Mitoso (2004) sobre a introdução de tecnologias no
manejo de abelhas nativas nas populações tradicionais no Estado do Acre, relatam que as
populações tradicionais da floresta, índios e seringueiros, conseguiram modificar seus
comportamentos e a forma de manejar as suas criações, se sentindo parte da natureza,
considerando as abelhas amigas e reconhecendo a importância do seu trabalho no ecossistema, ao
invés de tratá-las como “escravas”, apenas visando à maximização do lucro.
Portanto, pesquisas para melhoria do manejo visando à criação das abelhas indígenas sem
ferrão são importantes, pois trazem vantagens para a comunidade, aos meliponicultores e para os
ecossistemas, propiciando a conservação de espécies nativas de cada região e contribuindo para a
preservação da biodiversidade local.
14
REFERÊNCIAS
AIDAR, D. S. Meliponíneos. 2000. O apicultor. ....p.
AIDAR, D.S.; KERR, W. E.2003. Transferência de colônias de meliponineos para colméias
modelo “Urbelandia” (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae).Mensagem doce, São Paulo, v.74, 2-
9p.
BEZERRA, J. M. D. 2004. Meliponicultura: uma boa atividade essencial para a economia
familiar do trópico úmido. In: Agroambientes de transição entre o trópico úmido e o semi-
árido do Brasil,São Luís, 161-217 p.
BRILHANTE, N. A. & MITOSO, P.C. 2004. Manejo de abelhas nativas como componentes
agroflorestais por populações tradicionais do estado do Acre. <Disponível em:
<www.ufac.br> Acesso em: 14 abr. 2006.
CAMARGO, M. F. ; PEDRO, S. R. M.2003. Meliponini neotropicais: o gênero Partamona
Schwarz, 1939 (Hymenoptera, Apidae, Apinae) – binômia e biogeografia. Revista Brasileira de
Entomologia, São Paulo, v. 47, n.3, 15p.
KERR, W. E. 1996 Biologia e manejo da Tiúba: A abelha do Maranhão. São Luís,
EDUFMA,156p.
KERR W. E.; CARVALHO, G. A.; NASCIMENTO, V. A.1996. Abelha uruçu: biologia,
manejo e conservação. Belo Horizonte, Acangau, 143p.
KERR, W.E. 1998. As abelhas e o meio ambiente. Anais...XII Congresso Brasileiro de
Apicultura, Salvador. 8p.
LOPES, M; FERREIRA, J.B & SANTOS, G. de. 2005. Abelhas sem ferrão: a biodiversidade
invisível. Agriculturas, v.2, n.4, 7-9p.
15
MARINHO, I. V.; FREITAS, M. F.; GUILHERME, R. F.; ARAÚJO, W. 2004. Preservação de
abelhas sem ferrão no semi-árido através da criação racional. 4p.
SILVA, J. C. & LAGES, V. N. 2001. A meliponicultura como fator de ecodesenvolvimento na
área de Proteção ambiental da ilha de Santa Rita, Alagoas. Revista de Biologia e Ciências da
terra. v.1, n.3.
WILLE, A. 1983. Biology of the stingless bees. Ann. Rev. Entomol. 28:41-64.
16
Capítulo II
DETERMINAÇÃO DE CARACTERES RELACIONADOS AO ALIMENTO
LARVAL E AO OVO EM COLÔNIAS DE Melipona compressipes fasciculata
Smith (Hymenoptera, Apidae).
17
DETERMINAÇÃO DE CARACTERES RELACIONADOS AO ALIMENTO LARVAL E
AO OVO EM COLÔNIAS DE Melipona compressipes fasciculata Smith (Hymenoptera,
Apidae).
Georgiana Eurides Viana de Carvalho
I,II
; Bianca Kellen
III
José Mauricio Dias Bezerra
I,IV
;
I
Laboratório de Genética e Biologia Molecular, Mestrado em Agroecologia, Universidade
Estadual do Maranhão, Campus Paulo VI s/n Tirirical, 65000-000, São Luís-MA,Brasil.
II
IV
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo determinar caracteres relacionados ao alimento larval e ao peso
do ovo para Melipona compressipes fasciculata. Foram coletados favos de cria recém –
construídos de nove colônias oriundas do município de São Bento e analisadas no Laboratório de
Genética e Biologia Molecular da Universidade Estadual do Maranhão em São Luís -MA entre os
meses de novembro-2004 a abril-2005. Para as 520 células de cria recém – construídas analisadas
o peso médio do alimento larval foi de 192,9127mg, a densidade média foi de 1,1728 mg/µL e o
volume médio foi de 164,4890 µL. Para o peso do ovo a média total foi de 2,7784mg.
Palavras-chave: Melipona; alimento larval; ovo
18
DETERMINATION OF CHARACTERS RELATED TO LARVAL FOOD AND THE
EGG IN COLONIES OF Melipona compressipes fasciculata Smith (Hymenoptera, Apidae).
ABSTRACT
This study aimed to determine larval characters related to the food and the weight of the egg to
Melipona compressipes fasciculata. We collected honeycomb to create newly constructed of nine
colonies from the municipality of St. Benedict and analyzed in the Laboratory of Genetics and
Molecular Biology of the University of Sao Luis in Maranhão -MA between the months of
November-2004 to April, 2005. To create the 520 cells of newly built analyzed the average
weight of the food larval was 192.9127 mg, the average density was 1.1728 mg / µL and the
average of bulk was 164.4890 µ L. For the weight of the egg the average total was 2.7784 mg.
Keywords: Melipona; food larval; egg
19
INTRODUÇÃO
Melipona compressipes fasciculata Smith (Hymenoptera, Apidae), também conhecida
como tiúba, é uma das três espécies de Meliponinae mais manipulada pelos homens americanos
(Kerr, 1996). Para o Estado do Maranhão essa espécie possui um lugar de destaque, uma vez que
é a abelha social mais comum e representa uma das principais fontes de renda para várias
famílias no interior do Estado (Bezerra, 2004).
As crias de Meliponinae geralmente se localizam na parte central do ninho. Cada abelha é
criada em uma célula individual de cerume, construída pelas operárias antes da postura da rainha
e aprovisionada com alimento larval. As células podem estar dispostas lado a lado formado favos
compactos (horinzontais ou helicoidais) ou formando cachos (Freitas, 2003). Durante o
desenvolvimento a larva não fará contato físico com os indivíduos adultos da colônia (Araújo,
2005).
O alimento larval é composto de três produtos principais: pólen e carboidratos, que foi
previamente coletado das flores e estocado separadamente em potes de mel ou de pólen, e
proteínas secretadas pelas glândulas hipofaringenea (Roubik,1982). De acordo com Hartfelde &
Engels (1982), o alimento larval das abelhas sem ferrão contêm 40-60% de água, 5-12% açúcar e
0,2 a 1,3% aminoácidos.
O aprovisionamento e postura nas células de cria desenvolvem-se segundo uma cadeia de
comportamentos sincronizados caracterizados por construções e demolições de células, fixação
da rainha (marcada pela interação da rainha com as operárias), provisionamento, ovoposição e
operculação das células de cria pelas operárias (Sakagami & Zucchi, 1963).
De acordo com Velthuis (1976) no gênero Melipona a ovoposição é processo natural e
altamente interativo. Uma vez construída as células do ninho, um número de operárias se reuni
20
nos favos aguardando a rainha, após sua chegada a uma manifestação convocando-a para fixação
nas células, logo depois deste processo a rainha inspeciona as células e transmite sinais para as
operárias para que as mesmas iniciem a colocação do alimento larval na célula de cria. Com
quantidade de alimento adequada no interior das células as operarias põem ovos tróficos, que são
consumidos pela rainha. Ao final desse processo a rainha põe seu ovo e se retira da célula de cria,
que é, posteriormente, lacradas por operárias.
O objetivo desse trabalho é determinar peso, densidade e volume do alimento larval e
peso do ovo para Melipona compressipes fasciculata.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram coletados favos de cria recém - construídos de nove colônias de Melipona
compressipes fasciculata localizados na Fazenda Escola de São Bento(São Bento – MA) entre os
meses de novembro-2004 a abril-2005. Os favos de cria foram retirados das colônias com auxilio
de um fio de nylon e colocados em recipientes contendo algodão umedecido, sendo colocados e
transportados dentro de caixas de isopor (Figura - 01). As análises foram realizadas no
Laboratório de Genética e Biologia Molecular da Universidade Estadual do Maranhão, situada no
Campus de São Luís - MA.
O alimento larval para determinação do peso foi retirado das células de cria com auxilio
de cotonetes de algodão, sendo esses pesados em uma balança analítica antes e após a emersão.
Com os dados coletados aplicou-se a seguinte fórmula:
PA = PAU – PAS, sendo PA- peso do alimento (mg); PAU-peso do algodão úmido(mg) e PAS-
peso do algodão seco (mg).
O alimento larval para estimação da densidade foi retirado das células de cria com auxílio
de um capilar de 100μL. Com os dados coletados aplicou-se a seguinte fórmula:
21
d=m/V, sendo d-densidade(mg/ μL); m- peso do alimento(mg) e V-volume (μL);
O volume médio foi obtido a partir dos resultados obtidos do peso e densidade do
alimento larval, seguindo a fórmula:
Vm=PA/d, sendo Vm-volume médio(μL); PA-peso do alimento(mg) e densidade(mg/ μL);
Para determinação do Peso do ovo, utilizaram-se os ovos retirados das células de cria na
qual foram retirados os alimentos larvais para a determinação do peso e densidade, denominando-
os de peso do ovo
1
e peso do ovo
2
, respectivamente (Figura - 02).
Foram amostradas 520 células de cria recém – construída, que foram divididas em duas
partes de acordo com a finalidade do alimento larval, sendo uma para determinação do peso e a
outra para estimação da densidade. Todos os ovos retirados destas células de cria foram utilizados
para determinação do peso médio do ovo. A partir dos dados analisados referentes ao alimento
larval foram calculados o volume médio.
RESULTADOS
Para as nove colônias Melipona compressipes fasciculata verificou-se que o peso médio
do alimento larval existente nas suas células de cria recém - construídas foi de 192,9127mg
(DP=±22,788). A densidade média obtida foi de 1,1728 mg/ μL(DP=±0,0313). E o volume
médio estimado foi de 164,4890 μL.
Para o peso do ovo
1
a média obtida foi de 2,8066mg (DP=±0,8202 e CV=0,2922). Para o
peso do ovo
2
a média obtida foi de 2,8089 mg (DP=±0,9095 e CV=0,3238). Assim, a média total
para o caractere peso do ovo foi de 2,7784mg (DP=±0,6378 e CV=0,2274). Ver Tabela – 01.
22
DISCUSSÃO
A Figura - 03 abaixo demonstra as variações do peso de alimento larval de acordo com o
número de células de cria recém - construída para cada uma das nove colônias analisadas de
Melipona compressipes fasciculata.
Como pode ser visto, a colônia dois foi a que obteve a maior média em relação ao peso
do alimento (206,1 mg) e a colônia quatro foi a que obteve a menor média (169,52 mg).
Observa-se também que as colônias três e quatro são as que obtiveram a maior variação entre
os valores máximos e mínimos encontrados para o peso do alimento.
Comparando esses dados com os de Hodl & Kerr (1986), que estudando o processo de
ovoposição em Melipona compressipes fasciculata observou que as operárias operculavam em
cada alvéolo uma variação de 150 a 270 mg de alimento larval, observa-se que os dados
obtidos estão dentro dessa variação, porém a menor e a maior média observada encontra-se no
intervalo daqueles verificados por esses autores.
Estudos com outras espécies de Melipona demonstram que a variação na quantidade de
alimento larval aprovisionado varia de acordo com a espécie, por exemplo, nos estudos de
Nielsen (1966) estudando Melipona quadrifasciata demonstraram que cada alvéolo dessa
espécie é aprovisionado com 90 a 180 mg de alimento. Esse resultado pode estar relacionado
ao tamanho da abelha, que nesse caso é inferior a Melipona compressipes fasciculata. Kerr;
Stort & Montenegro (1966) confirmaram os dados de Nielsen (1966), pois verificou uma
média de 122mg de alimento depositado, com variação entre 87,6 a 185,8mg para a mesma
espécie. Já Bezerra (1995) estudando nove colônias e analisando células de cria de Melipona
compressipes fasciculata observou o peso médio do alimento larval de 130,6 mg, porém a
quantidade de células de cria foi superior ao dessa pesquisa.
23
De acordo com Camargo (1972) estudando Melipona quadrifasciata observou que a
variação na quantidade de alimento larval influência o peso das pupas, por exemplo, quando
testado 93mg de alimento obtinha-se operárias pesando 38,8mg após a emergência; com 186g
obtinham-se operárias com 80,5mg e rainhas de 71,4mg; acima de 218mg de alimento as larvas
foram incapazes de consumir todo o alimento.
Quanto à determinação das castas, Kerr, Stort & Montenegro (1966) demonstraram que
em Melipona quadrifasciata há uma relação entre o peso das abelhas e as castas. Quando as
abelhas pesam cerca de 20 a 72mg não são encontradas rainhas, entre 72 a 108mg a proporção de
rainhas é de 22,1%, e se forem consideradas somente as fêmeas pesando mais de 78mg (peso da
pupa de olho branco), a proporção de rainhas será de 25%.
Assim, os dados encontrados nesse trabalho com Melipona compressipes fasciculata
podem ser usados em processos de enxertia para estudos sobre determinação das castas para o
gênero Melipona e verificar quantidade de alimentos que podem influenciar o nascimento e o
peso das pupas dos indivíduos da colônia. De acordo com Maciel-Silva & Kerr(1994) para
Melipona compressipes fasciculata o peso do alimento larval e a genética são preponderantes na
determinação das castas.
Em relação à densidade, a colônia cinco foi a que obteve a maior média de densidade
(1,1919 mg/µl) e a colônia oito a que apresentou a menor média (1,1534 mg/µl) em suas células
de cria. As demais colônias possuíram valores médios semelhantes, não obtendo grandes
variações (Figura - 04). Comparando a média da densidade encontrada para as colônias de
Melipona compressipes fasciculata com o valor médio obtido para densidade para em Melipona
quadrifasciata encontrado por Bezerra (1995), onde foi observada uma média de 1,1492 mg/µ,
os dados obtidos foram superiores.
24
Com relação ao volume do alimento larval para Melipona compressipes fasciculata
quando comparado com a Melipona quadrifasciata os valores obtidos são semelhantes, visto que
Kerr & Nielsen (1966) que observaram que o volume larval varia para espécie entre 144 a 172
µ.
Em cada célula de cria recém - construída analisada observou-se a presença de apenas um
ovo por célula, indicando apenas postura de rainha. Os valores médios para peso do ovo em cada
colônia analisada são próximos, existindo apenas uma pequena variação de valores, contudo
pode-se notar que a colméia sete obteve a maior média (3,29 mg) e a colônia dois a menor média
(2,51 mg) para esta variável, como observado na Figura - 05.
O peso médio do peso de ovo para Melipona compressipes fasciculata observado foi
menor que os dados relatados por Kerr (1996), que observou uma média de 3,45mg.
Essa variação encontrada pode estar relacionada segundo Hejetimank (1961); Iwata;
Sakagami (1966); Karlsson (1987); Tschnkel (1988); Kasule (1991); Henderson (1992);
Leprince; Foil (1993); Avelar (1993); Woyke (1994); Bolelli & Teles (1999) apud Lacerda &
Simões (2006) a variação normal do tamanho dos ovos dos insetos, especialmente das abelhas,
que são atribuídas a diferentes fatores como: tamanho do corpo e idade da rainha, temperatura da
colônia, efeitos sazonais, idade do embrião e taxa de ovoposição das rainhas.
Segundo Berrigan (1991) o volume do ovo e o volume do ovário são significamente
correlacionados para Díptera, Hymenoptera e Coleópteros. Enquanto o número de ovos são
significamente correlacionados negativamente com o tamanho do corpo somente em Díptera.
Assim, quanto maior o ovo menor o número de ovos e vice-versa.
25
De acordo com Sakagami (1982) a taxa de ovoposição das rainhas é resultado de
combinações de diversas características ligadas à diversidade de comportamentos e condições
internas das colônias, que influenciará o número de ovos produzidos, duração do processo de
ovoposição e de sua intensidade.
Observa-se uma tendência de aumento do peso médio do ovo
1
em relação ao peso médio
do ovo
2
por colônias analisadas. Verifica-se que a colônia oito obteve 2,75 mg para peso do ovo
1
e 2,66 mg para o peso do ovo
2
, enquanto que a colônia dois apresentou o peso do ovo
1
de 2,69
mg e o peso do ovo
2
de 2,41 mg. A colônia nove o peso do ovo
1
de 2,82 mg e o peso do ovo
2
de 2,71 mg.
Esses dados vão de encontro com os de Lacerda & Simões (2006); Ernsting & Isaaks
(1997) que indicam que o tamanho do ovo diminui conforme o processo de ovoposição da rainha,
ocorrendo inclinação do centro para a periferia dos favos. Pois o peso dos ovo
1
é resultado da
postura da rainha no centro do favo, enquanto o peso do ovo
2
é resultado da postura da rainha na
periferia do favo.
Como o número de células construídas na periferia dos favos é maior que o número de
células construídas no centro é de esperar que o número de posturas de ovos aumente do centro
para a periferia, diminuindo o tempo de permanência dos ovócitos nos ovários da rainha e a
absorção de nutrientes e, conseqüentemente, diminuindo o tamanho.
Os valores apresentados para coeficiente de variação (C.V.) para o peso do ovo
1
e peso
do ovo
2
foram inferiores a 50% , isso indica ajuste dessas variáveis em relação à amostra. As
análises comparativas de variância para o peso do ovo submetido as metodologias mencionadas
anteriormente mostraram diferenças significativas em apenas três colônias das analisadas,
26
indicando que em algumas colônias o tamanho do ovo varia conforme a região dos favos (Tabela
- 03).
Quando se compara o peso do alimento entre colônias nota-se que este possui uma diferença
significativa entre as colônias, mostrando a influência de fatores genéticos e ambientais em
relação ao peso do alimento estocado nas células de cria (Tabela - 04).
Agradecimentos.
Ao CNPq pela concessão da Bolsa de Mestrado para a primeira autora. Ao BNB pela aquisição
das colônias e colméias.
27
REFERÊNCIAS
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28
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Velthuis, B.J.1976. Egg laying, aggression and dominance in bees. Entomol: 436-449 p.
29
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Distribuição de favos de cria recém – construída em uma colônia de Melipona
compressipes fasciculata
Figura 02 – Células com ovos de Melipona compressipes fasciculata.
30
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
COLÔNIAS
100
140
180
220
260
P
E
S
O
D
O
A
L
I
M
E
N
T
O
(
m
g
)
Figura 03 - Médias do Peso do Alimento Larval (mg) em células de cria nas nove colônias de Melipona
compressipes fasciculata.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
COLÔNIAS
1.0
1.1
1.2
1.3
D
E
N
S
I
D
A
D
E
(
m
g
/
µ
l)
Figura 04 - Médias de Densidade (mg/µ) em células de cria em nove colônias de Melipona
compressipes fasciculata.
31
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
COLÔNIAS
0
1
2
3
4
5
P
E
S
O
D
O
O
V
O
T
O
T
A
L
(
m
g
)
Figura 05- Médias do Peso do Ovo(mg) em células de cria nas nove colméias de Melipona
compressipesfasciculata.
32
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Médias do peso do alimento larval (mg), densidade (mg/µ), volume (µ) e peso do ovo (mg)
em nove colõnias de Melipona compressipes fasciculata.
COLÔNIAS
P
ALIM
*
(mg)
N
DENS *
(mg/µl)
N
P
OVO
*
Total
(mg)
N
VOL*
(µl)
1
196,4038 26 1,1840 28 2,7280 28 165,8816
2
206,1000 29 1,1677 27 2,5061 34 176,5008
3
191,0791 67 1,1604 70 2,8616 74 164,6666
4
169,5172 29 1,1795 26 2,4431 29 143,7195
5
176,1455 33 1,1919 33 2,9581 36 147,7855
6
200,3258 31 1,1736 34 2,5818 34 170,6934
7
199,9433 30 1,1676 33 3,2943 36 171,2430
8
200,8210 21 1,1534 20 2,7452 24 174,1122
9
195,8786 70 1,1771 67 2,8870 76 166,4078
Total
192,9127
1,1728
2,7784
164,4890
* Diferente significativamente entre as colônias a 5% de probabilidade pelo Teste F.
33
Tabela 02 - Médias e coeficientes de variância para os pesos do ovo
1
(mg) e do peso do ovo
2
(mg)
em
colônias de Melipona compressipes fasciculata.
PESO DO OVO
1
* PESO DO OVO
2
*
COLÔNIAS
N MÉDIA CV (%) N MÉDIA CV (%)
1
23 2,7391 14,17 20 2,4300 11,57
2
32 2,6906 16,84 27 2,4111 18,49
3
69 2,7043 26,52 72 3,1175 34,20
4
24 2,7367 30,90 24 2,1292 37,25
5
27 2,8778 27,89 33 3,3333 23,59
6
32 2,5406 32,75 31 2,6710 24,91
7
32 3,4531 12,68 33 3,0909 21,41
8
24 2,7500 25,69 24 2,6667 30,86
9
69 2,8246 40,42 68 2,7132 37,89
Total
36,88 2,81298 25,32 36,89 2,72921 26,68
* Diferente significamente entre as colônias a 5% de probabilidade pelo teste F.
34
Tabela 03 – Resumo da análise de variância dos caracteres peso do ovo dentro das colônias de Melipona
compressipes fasciculata analisadas.
PESO DO OVO
COLÔNIAS
FV GL QM
Tratamento 1 0,4287
1
Resíduo 54 1,0448
Tratamento 1 3,0919*
2
Resíduo 66 0,4920
Tratamento 1 4,0756*
3
Resíduo 146 1,0399
Tratamento 1 10,7759*
4
Resíduo 56 1,0647
Tratamento 1 2,7573
5
Resíduo 70 2,1354
Tratamento 1 0,0013
6
Resíduo 66 0,7618
Tratamento 1 0,4512
7
Resíduo 70 0,6632
Tratamento 1 0,0833
8
Resíduo 46 0,5881
Tratamento 1 0,0853
9
Resíduo 150 2,3619
*Diferente significativamente dentro das colméias a 5 % de probabilidade pelo Teste F.
Tabela 04 - Resumo da análise de variância do peso do alimento e densidade entre as colônias de
Melipona compressipes fasciculata analisadas.
PESO DO ALIMENTO DENSIDADE
FV GL QM GL QM
Colônias
8 4479,7880* 8 0,0047*
Resíduo
327 422,4372 329 0,0009
Média
192,7132 1,1724
CV (%)
11,83 2,67
*Diferente significativamente entre as colônias a 5 % de probabilidade pelo Teste F.
35
Capítulo III
PROCESSO DE POVOAMENTO DE COLMÉIAS VISANDO A DIVISÃO
RACIONAL DE COLÔNIAS DE Melipona compressipes fasciculata Smith
(Hymenoptera, Apidae).
36
PROCESSO DE POVOAMENTO DE COLMÉIAS VISANDO A DIVISÃO RACIONAL
DE COLÔNIAS DE Melipona compressipes fasciculata Smith (Hymenoptera, Apidae).
Georgiana Eurides Viana de Carvalho
I,II
; José Mauricio Dias Bezerra
I,III
;
I
Laboratório de Genética e Biologia Molecular, Mestrado em Agroecologia, Universidade
Estadual do Maranhão, Campus Paulo VI s/n Tirirical, 65000-000, São Luís-MA,Brasil.
II
III
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo estabelecer um processo de povoamento de colméias para
aumentar o número de colônias de Melipona compressipes fasciculata Smith. Foram utilizados
abelhas adultas (jovens e campeiras) e favos de cria nascentes constituindo três tratamentos: 80,
160 e 240 abelhas adultas, respectivamente. Cada tratamento foi composto por 05 colônias.
Foram selecionadas colônias mães fortes para serem doadoras dos favos de cria nascentes ou de
abelhas adultas para o povoamento das novas colônias. Esse método de divisão foi avaliado
através do acompanhamento do peso das colônias recém –formadas; quantidade de potes de
alimento construídos; presença da rainha virgem e de rainha fisiogástrica; quantidade de células
de cria construídas e tamanho dos favos durante 60 dias. As colônias que receberam 160 abelhas
adultas foram superiores às demais quanto ao peso e ao número de potes de alimento, já as
colônias que receberam 240 abelhas adultas foram superiores às demais quanto ao número de
células de cria construídas. As colônias mães influenciaram as colônias recém - formadas quanto
ao seu potencial genético e não enfraqueceram após a retirada das abelhas adultas e dos favos de
cria nascente. Logo é possível realizar o povoamento de colônias de Melipona compressipes
fasciculata Smith. através da divisão racional baseada no número de abelhas adultas, jovens e
campeiras, e favos de cria nascente.
Palavras-chave: Melipona; divisão racional; povoamento;
37
SETTLEMENT PROCESS OF BEEHIVES TARGETING BACKGROUND OF THE
DIVISION OF COLONIES Melipona compressipes fasciculata SMITH (HYMENOPTERA,
APIDAE).
ABSTRACT
This study aimed to establish a process of settlement of hives to increase the number of colonies
of Melipona compressipes fasciculata Smith. We used adult bees (young and field) and creates
sources as honeycombs of three treatments: 80, 160 and 240 adult bees, respectively. Each
treatment was composed of 05 colonies. Colonies were selected mothers to be strong donor of
honeycombs, or create sources of adult bees for the settlement of new colonies. This method of
division was assessed by monitoring the weight of the newly formed colonies; quantity of pots of
food constructed; presence of the virgin queen and queen in production; quantity of cells built up
and size of honeycombs for 60 days. The colonies that received 160 adult bees were superior to
the others about the weight and number of pots of food, as the colonies that received 240 adult
bees were superior to the others on the number of cells built up. The colonies mothers influence
the new colonies - formed about their genetic potential, not weakened after the withdrawal of
adult bees and honeycombs of establishing source. So it is possible to achieve the settlement of
colonies of Melipona compressipes fasciculata Smith. through rational division based on the
number of adult bees, youth and rural, and honeycombs of establishing source.
Keywords: Melipona; Rational division; settlement;
38
INTRODUÇÃO
As abelhas sem ferrão estão distribuídas na subfamília Meliponinae, dividida em duas
tribos, Meliponini e Trigonini (Wille, 1983). Dentre o gênero Melipona, encontra-se a Melipona
compressipes fasciculata, também conhecida como tiúba.
De acordo com Bezerra (2004) para o Estado do Maranhão a Melipona compressipes
fasciculata representa uma das principais fontes de renda para várias famílias do interior do
Estado, principalmente para a Baixada Maranhense. Essa abelha é responsável pela polinização
de diversas espécies fanerógamas presentes nos diferentes ecossistemas locais (Kerr et al.,1996).
No Maranhão, diversos são os fatores que contribuem para a diminuição da população das
Melipona compressipes fasciculata. De acordo com (Kerr, 1997) os mais importantes são os
seguintes: os desmatamentos em áreas de florestas nativas; a utilização das árvores para
transformação de carvão nas guzeiras; as queimadas; ação destrutiva da extração do mel por
meleiros; a instalação de serrarias e lenhadores; as áreas de reserva do IBAMA, que são menores
que as exigidas para a reprodução das abelhas e manutenção de um número adequado de
heteroalelos “xo”; o uso de inseticidas em monoculturas e a fome.
Segundo Kerr & Vincousky (1982) para evitar o desaparecimento dos meliponíneos é
necessário à manutenção de pelo menos seis alelos “xo” diferentes em uma população. Esses
alelos são responsáveis pela primeira fase da determinação do sexo, ou seja, se o inseto vai ter
ovário ou testículo.
Se em uma área de reprodução houver um número inferior a 44 colônias, existe 17,4% de
probabilidade das rainhas acasalarem-se com machos que possuem alelos “xo” igual a um dos
seus e isso resultará em 50% da cria na produção de machos diplóides, os quais não realizam
tarefas dentro de colônia e são inviáveis reprodutivamente. Em áreas com outras colônias da
39
mesma espécie de meliponíneos a consaguinidade aumenta entre e dentro das populações,
promovendo nascimento de machos diplóides, eliminação da rainha pelas operárias e falta de
operárias, levando a morte das colônias (Mackensen, 1951 & Kerr,1987).
De acordo com Kerr et al. (2001) a uma relação direta entre a preservação das abelhas e
das florestas, visto que se as abelhas forem destruídas, a floresta modificará sua estrutura
ecológica e genética, pois as espécies que necessitam das abelhas para a fecundação terão sua
capacidade de produzir sementes diminuídas, como se fora um gene letal ou semi-letal (70-140
anos) e, caso contrário, se a floresta desaparece grande número de espécies de abelhas também
desaparecerão.
Partindo das observações da redução da disponibilidade de habitat, alimentos (néctar e
pólen), locais para nidificação e visando à preservação das abelhas nativas por meio da
necessidade de aperfeiçoamento de métodos eficientes de multiplicação dos ninhos de forma
racional, aumentando o número de alelos “xo” nas populações. Esse trabalho teve como objetivo
estabelecer um processo de povoamento de colméias para aumentar o número de colônias de
Melipona compressipes fasciculata.
MATERIAL E MÉTODOS
Selecionaram-se colônias mães (CM) oriundas de meliponários situados no povoado de
Monte Alegre (Bequimão – MA) e da fazenda escola da Universidade Estadual do Maranhão
(São Bento – MA) no período de fevereiro a maio de 2006.
As colônias mães foram todas caracterizadas como fortes, ou seja, apresentavam mais de
cinco favos de cria com diâmetro superior a 10cm, população com grande número de operárias e
40
intensas posturas de ovos pela rainha. De modo qualquer uma delas poderia ser dividias ao meio
e multiplicadas racionalmente.
Visando a multiplicação racional das CM foram constituídos 03 tratamentos levando-se
em consideração a quantidade de abelhas e a sua faixa etária.
Foram consideradas abelhas jovens aquelas que após a realização de diversas batidas na
colméia com um formão permaneciam no interior da colméia, enquanto, as abelhas campeiras
eram aquelas que após as batidas saiam das colméias.
As colônias mães foram divididas em dois grupos: 1º) composto por colônias doadoras de
abelhas adultas; 2º) composto por colônias doadoras de favos de cria nascente.
Cada tratamento contou com cinco colônias e foram distribuídos da seguinte forma:
Tratamento 1: constituído por 80 abelhas, sendo 40 abelhas jovens e 40 abelhas campeiras;
Tratamento 2: constituído por 160 abelhas, sendo 80 abelhas jovens e 80 abelhas campeiras;
Tratamento 3: constituído por 240 abelhas, sendo 120 abelhas jovens e 120 abelhas campeiras;
O modelo de caixa utilizado no experimento foi a Marthi, este modelo é uma adaptação de
outros modelos idealizados para atender as exigências dos meliponicultores do Estado do
Maranhão, possui um aperfeiçoamento caracterizado pela presença de alças especiais que
facilitam o manejo, a produção de mel e a divisão das colônias (Bezerra, 2004).
Os favos de cria nascentes, utilizados no povoamento das colônias, assim que retirados
das colônias mães (CM) eram desenhados em papel e as células de cria eram conferidas, para
estabelecer uma relação entre o número de abelhas inseridas e a quantidade de abelhas a nascer.
Foram colocadas aproximadamente 500 células de cria nascente por colméia.
As abelhas foram retiradas da colônia mãe através de garrafas Pet, para facilitar a
contagem e separação das abelhas jovens das abelhas campeiras (Figura -01). Cada abelha foi
41
colocada separadamente na colméia a ser povoada. As abelhas campeiras foram marcadas com
uma tinta branca na parte dorsal para diferenciá-las das demais.
Figura 01 – Coleta das abelhas adultas de Melipona compressipes fasciculata utilizadas no
experimento.
Os tratamentos com as colônias recém - formadas resultantes das divisões foram
instalados em um meliponário tradicional no povoado de São Roque localizado no município de
São Bento - MA pertencente a um meliponicultor da região para acompanhamento e
monitoramento do desenvolvimento das colônias (Figura -02), entretanto, as colônias mães
permaneceram no meliponário de origem.
Figura 02 - Colméias de Melipona compressipes fasciculata oriundas das divisões artificiais
distribuídas no meliponário de São Bento – MA.
42
O monitoramento das colônias foi realizado a cada 15 dias, avaliando-se os seguintes
caracteres:Peso das colônias;Quantidade de potes de alimento; Presença da rainha virgem e
fisiogástrica; Número de células de cria nascentes inseridas e número de células construídas;
Tamanho dos favos de cria recém - construídos;
O acompanhamento foi realizado diariamente por 60 dias para obtenção dos dados e
monitoramento das colméias, a fim de evitar o aparecimento de pragas e disponibilizar a
alimentação artificial, essa baseada em xarope (50% de açúcar cristal, 50% de água de água
fervida, uma cápsula de vitamina) e pólen, até que as colméias fortalecerem. As colônias mães da
qual foram retiradas as abelhas também foram monitoradas para verificar o ganho de peso até 60
dias.
Para a realização das análises estatísticas foram utilizados os programas Systat v5. 0 e
para construção dos gráficos Origin Graph v.7.0.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Peso das colônias recém – formadas de Melipona compressipes fasciculata
A Tabela-01 mostra o ganho de peso (g) das colônias recém – formadas de Melipona
compressipes fasciculata aos 15, 30,45 e 60 dias.
43
Tabela 01 – Ganho de peso (g) das colônias de Melipona compressipes fasciculata durante o
experimento.
GANHO DE PESO (gramas)
T
n
C
n
QUANTIDADE DE
ABELHAS
PESO
INICIAL ( g)
15
dias
30
dias
45
dias
60
dias
T
1
C
1
80 abelhas adultas 50 50 150 200 300
T
1
C
2
80 abelhas adultas 300 400 400 500 600
T
1
C
3
* 80 abelhas adultas 200 750 -- -- --
T
1
C
4
* 80 abelhas adultas 100 -- -- -- --
T
1
C
5
80 abelhas adultas 200 0 100 300 300
T
2
C
1
160 abelhas adultas 348 200 300 500 650
T
2
C
2
160 abelhas adultas 380 750 850 900 1200
T
2
C
3
160 abelhas adultas 700 950 1000 700 800
T
2
C
4
160 abelhas adultas 300 350 200 300 400
T
2
C
5
160 abelhas adultas 200 350 100 300 300
T
3
C
1
240 abelhas adultas 300 400 500 550 650
T
3
C
2
240 abelhas adultas 500 600 650 750 500
T
3
C
3
240 abelhas adultas 510 560 610 610 510
T
3
C
4
240 abelhas adultas 100 0 0 100 250
T
3
C
5
240 abelhas adultas 200 0 400 500 500
* Morreram por ataque de pragas
Aos 15 dias das colônias com 80 abelhas, a colônia T
1
C
3
foi a que mostrou o melhor
ganho de peso, porém aos 30 dias sofreu ataque de forídeos e foi exterminada. A colônia T
1
C
5
não demonstrou desenvolvimento enquanto a colônia T
1
C
4
morreu por ataque de formigas no
período noturno. Das colônias com 160 abelhas adultas, foram a que obtiveram o melhor ganho
de peso, sendo a colônia T
2
C
3
a com melhor resultado. Entre as colônias com 240 abelhas
adultas, a que melhor demonstrou ganho de peso foi a T
3
C
2
seguida da T
3
C
3,
neste tratamento,
porém, houve duas colônias que não demonstraram desenvolvimento nos primeiros 15 dias.
De acordo com Souza et al. (1994) pelo fato de ser ter menos abelhas na composição da
colônia, a atividade de defesa da colméia fica comprometida, pois não há a quantidade ideal de
abelhas para serem recrutadas como guarda e defenderem o ninho dos inimigos naturais.
44
Aos 30 dias nas colônias com 80 abelhas as colônia T
1
C
5
e a T
1
C
1
começam a demonstrar
ganho de peso. As colônias com 160 abelhas adultas continuaram com o melhor desempenho,
porém, nota-se uma diminuição do peso em relação aos 15 dias iniciais de algumas colônias,
como pode ser verificado nas colônias T
2
C
4
e T
2
C
5
. As colônias com 240 abelhas continuaram
aumentando de peso, porém a colônia T
3
C
4
ainda não demonstrava ganho de peso.
Aos 45 dias, praticamente, todas as colônias demonstraram ganho de peso. Isto pode ser
explicado pela introdução de novos favos de cria nascente nas colônias T
1
C
1
, T
1
C
2
, T
1
C
5
,
T
2
C
3
,
T
2
C
4
, T
2
C
5
, T
3
C
4
, T
3
C
5
, em que não foi verificado o aparecimento da rainha fisiogástricas. . As
colônias com 160 abelhas adultas continuaram demonstrando os melhores resultados, seguidos
das colônias com 240 abelhas adultas, estes fatos explicados pela construção das células de cria
em algumas colônias já terem sido iniciadas e devido às abelhas adultas já terem se adaptado ao
ambiente externo, facilitando o transporte e armazenamento de alimento.
Aos 60 dias as colônias com 80 abelhas adultas, apesar das perdas iniciais, demonstram a
capacidade de manutenção e desenvolvimento. As colônias com 160 abelhas adultas
demonstraram os melhores pesos (g), como pode ser visto nas colônias T
2
C
2
e T
2
C
3,
que durante
o experimento mantiveram-se com peso superior as demais colônias. Em relação as colônias com
240 abelhas adultas, todas as colônias demonstram ganho de peso satisfatório.
De acordo com Waldischmidt et al. (1997) em Melipona quadrifasciata o início das
diferentes atividades da colméia realizadas pelas operárias possui uma diferença em dias,
relacionada provavelmente com as condições gerais das colônias e ao número de indivíduos
presentes. Logo quando as condições internas estão no ideal (temperatura, umidade, quantidade
de abelhas e boa postura da rainha) as colônias se desenvolve melhor e mais rápido.
O mesmo procedimento deve ocorrer com Melipona compressipes fasciculata, pois como
foram utilizados números de indivíduos diferentes por tratamento e apenas favos com cria
45
nascente, para que as colônias atingissem um grau satisfatório de desenvolvimento foi necessário
que os indivíduos das colônias organizassem o interior das colméias e aumentassem o número de
indivíduos.
A Figura - 03 demonstra os resultados médios de ganho de peso (g) das colônias de
Melipona compressipes fasciculata nos três tratamentos durante o experimento.
0 102030405060
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
700
PESO (g)
DIAS
T1
T2
T3
Figura 03– Variação do ganho de Peso (g) das colônias de Melipona compressipes fasciculata
de acordo com os tratamentos T1= 80 abelhas; T2 = 160 abelhas e T3 = 240 abelhas.
Pode-se observar que as colônias com 80 abelhas foram as que menos se desenvolveram,
provavelmente por terem um peso inicial menor e a quantidade de abelhas inseridas não serem
suficientes para que neste intervalo de tempo demonstrassem ganhos maiores. As colônias com
240 abelhas obtiveram um ganho de peso mais lento neste intervalo de tempo, pois estas colônias
tinham a maior quantidade de abelhas iniciais, construíram mais rápidas as células de cria e
tiveram uma quantidade de potes de alimento inferiores ao tratamento com 160 abelhas adultas.
As colônias com 160 abelhas demonstraram um ganho de peso com melhor desempenho, tendo
46
colônias que ganharam neste intervalo de tempo quase 1Kg, demonstrando que a quantidade de
abelhas inseridas é suficiente para garantir o desenvolvimento de uma colônia.
Relação do número de abelhas adultas e os favos de cria nascentes utilizados no
experimento.
Durante o processo de divisão das colônias, inseriram-se os favos de cria nascente
seguindo uma proporção baseada na quantidade de abelhas adultas e o número de células de cria
contidos nos favos de cria (Tabela 02).
Tabela 02 – Relação entre a quantidade de abelhas adultas e a quantidade de células cria
nascente de Melipona compressipes fasciculata.
T
n
C
n
QUANTIDADE
DE ABELHAS
QUANTIDADE DE
CELULAS CRIAS
FATOR DE
PROPORÇÃO
T
1
C
1
** 80 abelhas adultas 1058 13,22
T
1
C
2
** 80 abelhas adultas 1658 20,72
T
1
C
3
* 80 abelhas adultas 629 7,86
T
1
C
4
* 80 abelhas adultas 548 6,85
T
1
C
5
** 80 abelhas adultas 1385 17,31
T
2
C
1
160 abelhas adultas 546 3,41
T
2
C
2
160 abelhas adultas 855 3,54
T
2
C
3
** 160 abelhas adultas 1050 6,56
T
2
C
4
** 160 abelhas adultas 2070 12,93
T
2
C
5
** 160 abelhas adultas 1528 9,55
T
3
C
1
240 abelhas adultas 563 2,36
T
3
C
2
240 abelhas adultas 834 3,47
T
3
C
3
240 abelhas adultas 722 3,01
T
3
C
4
** 240 abelhas adultas 1028 4,28
T
3
C
5
** 240 abelhas adultas 1380 5,75
* Morreram por ataque de pragas
Durante o desenvolvimento das colônias nem sempre os favos de cria nascentes inseridos
no momento do povoamento foram suficientes para que as colônias pudessem se desenvolver
sendo necessário à inserção de um novo favo de cria nascente nestas colônias. Segundo Aidar
(1996) a população de uma colônia de abelhas está relacionada diretamente à postura da rainha
fisiogástrica e às reservas alimentares, ou seja, o número de células de crias representa a atividade
de postura da rainha e reflete o tamanho da população da colônia.
47
A construção de células de cria se realiza em várias fases e sua duração depende da
espécie de abelha e do estado de fortaleza da colônia. Por exemplo, a Trigona (Tetragonisca
angustula) constrói uma célula de cria em aproximadamente duas horas e meia, menos que em
abelhas do gênero Melipona, que constroem em cerca de duas a nove horas (Andrade – C,1996).
Como as colônias utilizadas no experimento necessitavam primeiramente de se organizar
para em fim fortificar-se, a atividade de construção de células de cria somente ocorria quando a
rainha já estava adaptada e havia reservas de alimento no interior das mesmas, não sendo esse
intervalo de tempo contabilizado.
Analisando a Tabela - 02 observa-se que no tratamento com 80 abelhas adultas em todas
as colônias houve a necessidade de ser acrescentado favo de cria. No tratamento com 160 abelhas
adultas houve a necessidade de ser acrescentado favo em três colônias, sendo estas a T
2
C
3
, T
2
C
4
e
T
2
C
5.
No tratamento com 240 abelhas adultas foi o que teve menos colônias necessitando de
favos de cria, entretanto, as colônias T
3
C
4
e a T
3
C
5
foram as que precisaram.
No tratamento 01 houve uma proporção maior de células de cria inseridas (Figura-04). De
acordo com Kleinert (2005) quanto à substituição de rainhas em Melipona marginata em colônias
fortes, a ocorrência e a velocidade de substituição das rainhas são mais expressivas com relação
às colônias fracas, independentemente da idade da rainha. Para acontecer à substituição de
rainhas em colônias fracas é necessária a inserção de favos de cria de outras colônias, a fim de
fortalecê-las.
48
123
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Número de abelhas
Tratamentos
Número de abelhas
lulas de cria
Figura 04 – Relação entre o número de abelhas adultas e a quantidade de células de cria
nascentes adicionais necessárias ao seu desenvolvimento das colônias de Melipona
compressipes fasciculata.
Observou-se que 08 colônias dentre todos os tratamentos necessitaram da adição de novos
favos de cria nascentes. As colônias com menos abelhas adultas foram as que mais necessitaram
de reforço, porém nota-se que isto não foi determinado pela quantidade de células de cria
nascentes inseridas inicialmente, pois houve colônias com cerca de 500 células de cria que
necessitaram de reforço, assim como colônias com quase 1000 células de cria (Figura - 04).
De acordo com Venturiere et al. (2003) em Melipona fasciculata durante a transferência
de colônias de caixas rústicas para as racionais ocorre à morte de rainhas pelas operárias em
algumas colônias, provavelmente este fato é decorrência do estresse provocado pelo enorme
transtorno do processo de divisão. Outra explicação para o fato está relacionada à morte de
rainhas virgens, demorando ainda mais para o aparecimento da rainha fisiogástrica.
49
Em todas as colônias analisadas a média de dias para o aparecimento da rainha
fisiogástrica foi de 13 dias, visto que a rainha virgem aparecia nos primeiros cinco dias de
formação das novas colônias. Com, cerca de 15 dias, já se observava algumas células de cria em
construção.
Segundo Kerr (1996) em novas colônias de Melipona compressipes fasciculata o tempo
para aparecimento do primeiro ovo é de 14,58 dias, porém para isso ocorrer deve haver a
aceitação da rainha pelas operárias. Para que ocorra essa aceitação, de acordo com Silva (2006) é
necessário ocorrer laços bioquímicos com a colônia, ou seja, é necessário haver trocas de sinais e
de substâncias de controle (feromônios) entre os indivíduos da colônia. Somente após este
processo de interação a rainha será aceita. Caso isto não ocorra às operárias de uma colônia
continuarão a matar as rainhas. Kerr (1987) relata que normalmente, as operárias de uma colônia,
após ficarem órfãs, matam as rainhas por cerca de cinco dias.
Para se observar melhor a interferência do acréscimo de favos de cria ao longo da
experimentação foi necessário verificar o ganho de peso das colônias que receberam mais células
de cria em relação às que receberam os favos de cria somente no inicio do povoamento, como
mostra a Figura - 05.
50
123
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Número de abelhas, número de celulas de cria
e peso final
Colônias
número de abelhas
número de cel. de cria
peso final (g)
12345
0
500
1000
1500
2000
Número de abelhas, celulas
de cria e Peso (g)
Colônias
Número de abelhas
lulas de cria
Peso (g)
12345
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Número de abelhas, número de celulas de cria
e peso final
Colônias
Número de abelhas
Número de cel. de cria
Peso final (g)
b)
a)
c)
Figura 05 – Relação entre o número de abelhas, o número de células de cria e o peso final (g)
das colônias de Melipona compressipes fasciculata no final do experimento no tratamento
com 80,160 e 240 abelhas adultas.
Do tratamento 01 ressalta-se que duas colônias não sobreviveram até os 15 dias, o qual
pode estar relacionado ao pequeno número de abelhas adultas. As colônias do tratamento 02
também necessitaram da inserção de mais favos de cria em algumas colônias, porém este não foi
o fator preponderante pelo desenvolvimento das colméias, visto que a média entre as colônias que
não receberam novos favos de cria nascente foi maior do que a média das que receberam.
Os dados revelaram que durante o inicio do povoamento de uma colméia existe uma
relação negativa entre a quantidade de abelhas adultas e a necessidade de inserção de novos favos
51
de cria. Quanto maior o número de abelhas adultas menor a necessidade de inserção de novos
favos de cria, por outro lado, quanto menor a quantidade de abelhas adultas menor será a
necessidade de novos favos de cria.
Isto foi verificado com o tratamento utilizando 240 abelhas adultas, pois a maioria das
colônias utilizadas nesse tratamento não necessitou de novos favos de cria (T
3
C
1
, T
3
C
2
, e T
3
C
3
) e,
as que tinham mais células de cria por favo foram exatamente as que necessitaram de mais favos
de cria (T
3
C
4
e T
3
C
5
).
A Tabela - 03 apresenta as médias entre as colônias dos tratamentos em que não houve a
introdução de mais favos de cria nascente durante o experimento, onde se confirma que as
colônias do tratamento com 160 abelhas adultas possuíram a maior média de peso dentre todos os
tratamentos.
Tabela 03 – Ganho de peso nas colônias de Melipona compressipes fasciculata na qual não
houve a introdução de mais células de cria nascente durante o experimento.
GANHO DE PESO MÉDIO (g)
TRATAMENTO QUANTIDADE
DE ABELHAS
COLÔNIAS
Inicial 15 dias 30 dias 45 dias 60 dias
01
80 abelhas adultas T
1
C
1
, T
1
C
2
,
T
1
C
5
170 300 -- -- --
02
160 abelhas adultas T
2
C
1
, T
2
C
2
285,6 520 575 700 925
03
240 abelhas adultas T
3
C
1
, T
3
C
2
,
T
3
C
3
322 312 586,6 636,6 553,3
Quando se compara as colônias do tratamento com 160 abelhas adultas com as do
tratamento com 240 abelhas adultas, cujo não houve a introdução de mais favos de cria nascente,
verifica-se que as colônias do tratamento com 160 abelhas adultas continuaram ganhando peso
durante todo o experimento. Já as colônias com 240 abelhas adultas houve uma queda neste
ganho de peso, porém não comprometeu seu desenvolvimento. Esses dados mostram que a
52
quantidade de células de cria e o número de abelhas são suficientes para um novo povoamento
com este método de divisão racional.
Já a tabela - 04 apresenta o ganho de peso relativo das colônias dos tratamentos que
receberam mais favos de cria durante o experimento. As colônias do tratamento com 160 abelhas
adultas foram as que tiveram maior peso durante todo o experimento.
Tabela 04 – Ganho de peso nas colônias de Melipona compressipes fasciculata que
receberam mais células de cria durante todo o experimento.
GANHO DE PESO MÉDIO (g)
TRATAMENTO QUANTIDADE DE
ABELHAS
COLÔNIAS
Inicial 15
dias
30
dias
45
dias
60
dias
01
80 abelhas adultas T
1
C
1
, T
1
C
2
,
T
1
C
5
170 -- 216,
66
333,
33
400
02
160 abelhas adultas T
2
C
3
, T
2
C
4
,
T
2
C
5
285,6 -- 433,
33
433,
33
500
03
240 abelhas adultas T
3
C
4
, T
3
C
5
322 -- 200 300 375
Quando se compara as colônias do tratamento 02, que receberam mais favos de cria com
as que não receberam, observa-se que o número de células de cria não interfere no
desenvolvimento da colônia, mas também o seu potencial genético, o qual determina um ganho
de peso maior e induz o surgimento da rainha fisiogástrica e operárias aptas para a produção de
cria e alimento visando o desenvolvimento da colônia.
O desenvolvimento das colônias é resultante não só pela quantidade de abelhas e de favos
de cria inseridos, mas também, pelo seu potencial genético, demonstrado através do
desenvolvimento acentuado de algumas colônias, pois colônias geneticamente aptas terão suas
atividades sendo realizadas mais rápidas, o qual foi verificado através do acúmulo de alimento e
da produção da rainha fisiogástrica em um curto período de tempo. Logo é essencial, que durante
o processo de divisão, que sejam utilizadas apenas colônias mães fortes, para que suas
53
características sejam passadas para as novas colônias formadas, a partir desse processo de divisão
racional.
Quantidade de células de cria construídas pelas colônias de Melipona compressipes
fasciculata
Aos 60 dias nas colônias com 80 abelhas adultas apenas a colônia T
1
C
1
demonstrou a
construção das células de cria, nas demais não havia aparecido à rainha fisiogástrica até esse
período, necessitando de mais favos de cria nascentes.
Nas colônias com 160 abelhas adultas somente as colônias T
2
C
1
e T
2
C
2
já possuíam
células de cria construídas.Na colônia T
2
C
1
aos 60 dias foi adicionada uma alça, pois a alça do
fundo da colméia já estava completamente preenchida.
As colônias com 240 abelhas foram as que mais realizaram a construção de favos de cria.
Na colônia T
3
C
1
também foi adicionada mais uma alça devido o ninho ter preenchido toda a alça.
A construção de células de cria foi observada a partir do aparecimento da rainha
fisiogástrica, ou seja, com cerca de dois a cinco dias depois que a rainha fisiogástrica foi
determinada. Waldschmidt et al. (1997) afirmam que os comportamentos de construção de
células de cria e propolização em Melipona quadrifasciata apresentam diferenças significativas
entre a origem de cada colônia. Sendo então, resultado do desempenho genético de cada colônia
original na qual será repassada a colônia filhas após o processo de divisão.
Pesquisa realizada por S Bazo (1977) citado por Silvio (1999) trabalhando com outra
espécie verificou que uma maior área de favos construídos foi obtida quando a temperatura média
ficou entre 16 e 21°C, colônias com menor população consomem proporcionalmente mais
alimento porque terão que produzir mais calor e cera para manter e produzir favos de crias
semelhantes. Geralmente colônias pequenas ou de grande população apresenta maior consumo de
alimento que colônias com média população. Como as colônias utilizadas inicialmente possuíam
54
um maior espaço livre dentro da colméia, as abelhas adultas inseridas realizaram inicialmente o
armazenamento de alimento, somente depois começaram a construir as células de cria, em
proporção menor ao número de potes de alimento da colméia.
A média do número de células de cria construídas por tratamento em Melipona
compressipes fasciculata durante o experimento pode ser visto na tabela - 05.
Tabela 05 – Número de células de cria do maior favo construído nas colônias de Melipona
compressipes fasciculata.
T
n
C
n
QUANTIDADE DE
ABELHAS
NUMERO DE CELULAS
CRIAS (MÉDIA)
T1 80 abelhas adultas 150
T2 160 abelhas adultas 132
T3 240 abelhas adultas 292,4
Analisando as médias acima, verifica-se que as colônias com 240 abelhas adultas
obtiveram as melhores médias, seguido pelas de 80 abelhas adultas. Neste parâmetro as colônias
com 160 abelhas adultas não demonstraram um bom desempenho, ao contrário dos demais
parâmetros analisados.
A postura de uma colônia forte de Melipona compressipes fasciculata é de
aproximadamente 50 ovos diários ou cerca de 14.400 abelhas por ano. Produz anualmente
aproximadamente 1.400 rainhas virgens, que consistem o “seguro” pago pela colônia para
assegurar sua sobrevivência (Kerr, 1987).
Portanto, se o tratamento dois com 160 abelhas adultas, teve o maior peso e o tratamento
três com 240 abelhas adultas, teve o maior número de células de cria, a média de abelhas entre
eles representa, provavelmente, a melhor condição de povoamento das colméias, ou seja, 200
abelhas adultas, sendo 100 abelhas novas e 100 abelhas campeiras.
55
Construção de potes de alimento
A construção de potes de alimento nas colônias de Melipona compressipes
fasciculata foi acompanhada durante 15, 30, 45 e 60 dias, analisando a quantidades de potes
fechados com pólen e mel.
Os dados coletados estão discriminados na tabela - 06.
Tabela 06 – Quantidade de potes de alimento construídos nas colônias de Melipona
compressipes fasciculata durante o experimento.
QUANTIDADE DE POTES (Unid) T
n
C
n
QUANTIDADE
DE ABELHAS
15 dias 30 dias 45 dias 60 dias
T
1
C
1
80 abelhas adultas 06 08 12 13
T
1
C
2
80 abelhas adultas 0 03 05 08
T
1
C
3
* 80 abelhas adultas -- -- -- --
T
1
C
4
* 80 abelhas adultas -- -- -- --
T
1
C
5
80 abelhas adultas 03 03 06 07
T
2
C
1
160 abelhas adultas 09 16 25 36
T
2
C
2
160 abelhas adultas 07 21 24 40
T
2
C
3
160 abelhas adultas 02 05 04 08
T
2
C
4
160 abelhas adultas 0 02 02 05
T
2
C
5
160 abelhas adultas 03 03 03 04
T
3
C
1
240 abelhas adultas 06 08 08 16
T
3
C
2
240 abelhas adultas 07 17 15 22
T
3
C
3
240 abelhas adultas 07 15 15 14
T
3
C
4
240 abelhas adultas 0 01 05 08
T
3
C
5
240 abelhas adultas 05 10 15 16
* Morreram por ataque de pragas
Aos 15 dias, nas colônias com 80 abelhas adultas houve um pequeno número de potes
construídos quando comparado com as demais colônias que possuiam uma quantidade de abelhas
adultas maiores. Nas colônias com 160 abelhas adultas, houve também a construção de potes de
alimento, cuja colônia T
2
C
1
foi a que construiu a maior quantidade de potes entre todas as
colônias, contudo também se observava que a colônia T
2
C
4
não construiu potes de alimento neste
56
intervalo de tempo. Já nas colônias com 240 abelhas adultas a maioria construiu potes de
alimento, com excessão da colônia T
3
C
4
, a qual não foi verificado o mesmo.
Aos 30 dias, as colônias com 80 abelhas adultas aumentaram a quantidade de potes de
alimento, visto, ainda, de forma lenta. As colônias com 160 abelhas adultas continuaram
aumentando a quantidade de potes de alimento, sendo este, realizado com melhor desempenho
com relação aos demais tratamentos. Dentre estas colônias observou-se que a colônia T
2
C
2
apresentou um grande aumento do número de potes de alimento, partindo de 07 para 21 potes de
alimento. As colônias com 240 abelhas continuaram apresentando um número intermediário de
potes de alimento, sendo superiores apenas às colônias que possuíam 80 abelhas adultas. Dentre
estas colônias pode-se destacar a colônia T
3
C
2
demonstrou um aumento de 07 potes de alimento,
nos primeiros dias, para 17 potes de alimento no 30º dia.
Aos 45 dias, as colônias com 80 abelhas adultas já apresentavam um aumento na
quantidade de potes superior aos períodos anteriores, isto podendo ser conseqüência da eclosão
dos favos de cria nascentes que proporcionaram um aumento na quantidade de abelhas dentro da
colméia. Nas colônias com 160 abelhas adultas, os bons desempenhos de algumas colônias
continuaram, como foi o caso das colônias T
2
C
1
e T
2
C
2,
porém nota-se que em outras colônias o
número de potes de alimento era mantido semelhantemente ao período inicial. Já as colônias com
240 abelhas adultas continuavam aumentando o número de potes de alimento, e as colônias T
3
C
2,
T
3
C
3
e T
3
C
5
se encontravam com a mesma quantidade de potes de alimento.
Aos 60 dias, as colônias com 80 abelhas adultas mantiveram o aumento do número de
potes de alimento, cuja colônia T
1
C
1
foi a que obteve o maior número de potes de alimento entre
as colônias de mesmo tratamento. As colônias com 160 abelhas adultas continuaram o aumento
da quantidade de potes de alimento, com as colônias T
2
C
1
e T
2
C
2
terminando as avaliações com
o maior número de potes de alimento de todas as colônias entre os três tratamentos. Nas colônias
57
com 240 abelhas adultas, também houve o aumento do número de potes de alimento entre todas
as colônias desse tratamento. As colônias T
3
C
1
, T
3
C
2
e T
3
C
5
foram as que mais construíram
potes de alimento.
Logo, nas colônias analisadas o período para começar a construção de células de cria foi
maior em relação a colônias orfanadas, devido às abelhas terem primeiro de organizar a colméia,
pois essas só possuíam a cera e alimentação artificial, tendo então a necessidade de construção
dos potes de alimento e organização interna. Em Tetragonisca angustula o tempo que a rainha
fisiogástrica leva para realizar a postura em colônias em formação é maior do que colônias
orfanadas, visto que as colônias em formação necessita organizar os elementos (invólucro, favos
nascentes, potes de alimento, organização interna), proporcionar condições de produção de
células e manter da temperatura, já as orfanadas possuem todas essas características presentes
(Aidar, 2002).
Para realizar a comparação do aumento do número de potes construídos pelas colônias de
Melipona compressipes fasciculata foi obtida a média dessa variável por tratamento empregado,
como mostra a figura – 06.
58
10 20 30 40 50 60
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Número de potes
de alimento
Dias
T1
T2
T3
Figura 06 – Potes construídos nos três tratamentos em colônias de Mlipona compressipes
fasciculata.
Assim, de acordo com o caráter construção de potes de alimento, as colônias com 160
abelhas demonstraram melhor desempenho durante todo o período de análise do experimento,
determinando que a quantidade de abelhas adultas inseridas seja suficiente para que as colônias
possam desenvolver e fortalecer-se. As colônias com 240 abelhas adultas demonstram habilidade
para a construção dos potes de alimento. Já as colônias com 80 abelhas adultas demonstraram os
índices menores de construção dos potes de alimento, podendo também, ressaltar que a
quantidade de abelhas é insuficiente para manter e promover o desenvolvimento de uma nova
colônia.
59
Análises das colônias mães de Melipona compressipes fasciculata
As colônias mães (CM) das quais foram retiradas às abelhas adultas para serem utilizadas
no experimento foram acompanhadas por 60 dias. As colônias filhas formadas estão
discriminadas na tabela - 07.
Tabela 07 – Desenvolvimento das colônias formadas originaria da mesma colônia mãe
(CM).
GANHO DE PESO (gramas)
COLÔNIA
MÃE
T
n
C
n
PESO DA
COLMEIA
INICIAL
(g)
15
dias
30
dias
45
dias
60
dias
T
2
C
1
3448 200 300 500 650 CM 01
T
3
C
1
3150 400 500 550 650
X
Total
3229 300,00 400 525 650
T
1
C
2
3300 400 400 500 600
T
2
C
2
3000 750 850 900 1200
CM 02
T
3
C
2
3500 600 650 750 500
X
Total
3266,67 583,33 633,33 716,67 766,67
T
1
C
3
* 3200 750
T
2
C
3
3500 950 1000 700 800
CM 03
T
3
C
3
3500 560 610 610 510
Total
3400 753,33 805 655 655
T
1
C
4
* 3200
T
2
C
4
3100 350 200 300 400
CM 04
T
3
C
4
3100 0 0 100 250
Total
3133,33 175 100 200 325
T
1
C
5
3300 0 100 300 300
T
2
C
5
3300 350 100 300 300
CM 05
T
3
C
5
3200 0 400 500 500
X
Total
3266,67 116,67 200 366,67 366,67
CM 06 T
1
C
1
3300 50 150 200 300
Total
3300 50 150 200 300
* Morreram por ataque de pragas.
60
As colônias filhas ou recém-formadas oriundas da CM 03 foram as que possuíam peso até
os 15 dias superiores às demais colônias, entretanto, a partir de 45 dias estas colônias tiveram
uma queda no ganho de peso, pois nesse momento as colônias recém – formadas oriundas da
colônia mãe CM 02 possuíram as maiores médias de peso. As colônias recém – formadas
oriundas da CM 04 foram as que demonstraram as menores médias de peso durante todo o
desenvolvimento do experimento.
A média do peso de cada colônia ao longo do experimento está discriminada na tabela 08.
Tabela 08 – Média do peso(g), nº. de células construídas e nº. de potes de alimento das
colônias formadas originária da mesma colônia mãe (m) de Melipona compressipes
fasciculata.
COLONIA
MAE
T
n
C
n
MÉDIA DO PESO AOS 60
DIAS
(gramas)
Nº. DE
CÉLULAS DE
CRIA
CONSTRUÍDAS
Nº. DE
POTES DE
ALIMENTO
T
2
C
1
330,2 450 36 CM 01
T
3
C
1
420,2 450 16
X
Total
296,86 450 26
T
1
C
2
380,4 0 08
T
2
C
2
740,4 210 40
CM 02
T
3
C
2
500,4 347 22
X
Total
540,4 278,50 23,33
T
1
C
3
* 0 -- --
T
2
C
3
862,5 0 08
CM 03
T
3
C
3
458,6 408 14
Total
660,55 408 11
T
1
C
4
* 0 -- --
T
2
C
4
312,5 0 05
CM 04
T
3
C
4
87,5 0 08
Total
200 0 6,50
T
1
C
5
175 0 07
T
2
C
5
262,5 0 04
CM 05
T
3
C
5
350 257 16
X
Total
262,5 257 09
CM 06 T
1
C
1
140,2 450 13
X
Total
140,2 450 13
* Morreram por ataque de pragas
61
As colônias oriundas das colônias mães CM 04, CM 05 e CM 06 foram as que ao final de
60 dias demonstraram as menores médias de peso (g), as maiores médias de peso foram vistas nas
colônias oriundas da colônia mãe CM 02 e CM 03. Esses dados refletem a influência genética no
potencial de desenvolvimento das colônias filhas.
Dentre as colônias oriundas da colônia mãe CM 01 observou-se que a colônia com 240
abelhas foi a que obteve maior peso ao final do experimento, resultado de um bom
desenvolvimento ao longo do experimento, uma quantidade de potes de alimento suficiente e
construção de células de favo de cria até o final do experimento.
Dentre as colônias oriundas da colônia mãe CM 02 observou-se que a colônia com 160
abelhas foi a que demonstrou a maior média de peso no final do experimento. Esta colônia foi a
que teve maior ganho de peso ao longo do experimento e com relação ao número de potes de
alimento também foi a que teve mais potes de alimento construídos aos 60 dias e, além disso,
também construiu células de cria durante o experimento.
Dentre as colônias oriundas da colônia mãe CM 03, a colônia 160 abelhas adultas
demonstrou um bom desenvolvimento. Esta colônia obteve um ganho de peso com cerca de 800g
no final do experimento, contudo teve poucos potes de alimento construídos, já neste caráter a
colônia com 240 abelhas teve melhor desenvolvimento e também construiu mais células de cria
contrapondo a de 160 abelhas adultas que não construiu células de cria durante o experimento.
Dentre as colônias oriundas da colônia mãe CM 04, a colônia com 160 abelhas adultas
demonstrou um peso médio ao final do experimento bem maior com relação à colônia com 240
abelhas. O peso maior da colônia com 160 abelhas adultas foi resultante do tamanho dos favos
inseridos durante o experimento, pois nessas duas colônias foram necessários a introdução de
novos favos de cria nascente. Assim na colônia com 160 abelhas adultas houve quase o dobro de
62
células de cria inseridas com relação à colônia com 240 abelhas adultas. Também se ressalta que
estas duas colônias formadas não construíram células de cria durante o experimento.
A colônia mãe CM 04 demonstrou um baixo potencial genético verificado através das
suas colônias filhas, o qual foi identificado pela obtenção das menores médias de peso entre todas
as colônias do experimento. Não houve o aparecimento da rainha fisiogástrica, além de ocorrer
morte da colônia filha com menos abelhas adultas logo no inicio do experimento.
Dentre as colônias oriundas da colônia mãe CM 05, a colônia com 240 abelhas adultas
demonstrou a maior média de peso, uma quantidade de potes de alimento superior às outras
colônias e foi a única das três que construiu células de cria. Porém quando se compara as suas
colônias filhas com as colônias oriundas das colônias mães CM 01, CM 02 e CM 03 observou-se
que essas tiveram médias de peso menores.
Da colônia mãe CM 06 resultou apenas a colônia T
1
C
1
, composta do tratamento com 80
abelhas adultas, este fato explicado pela perda inicial desta colônia no momento da instalação do
experimento, logo sendo necessário refazer esta amostra. Essa colônia recém – formada
demonstrou um peso menor entre todas as colônias, porém um número de potes de alimento e de
células de cria significativos.
Visualizando assim todas as colônias, ressalta-se que as colônias oriundas da colônia mãe
CM 02 foram as que melhor se desenvolveram ao longo do experimento, demonstrando que esta
colônia possui um potencial genético superior às demais.
Acompanhamento do peso das colônias mães (CM) de Melipona compressipes fasciculata
A figura - 07 mostra a diferença de peso das colônias mães (CM) de Melipona
compressipes fasciculata
.
63
0 102030405060
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
Peso (Kg)
Dias
CM 01
CM 02
CM 03
CM 04
CM 05
CM 06
Figura 07 – Peso das Colônias Mães (CM) de Melipona compressipes fasciculata das quais
foram retiradas às abelhas adultas para o experimento.
Analisando os dados observados, verifica-se que aos 15 dias as colônias mães CM 01, CM
02 e CM 03 foram as que ganharam peso, as demais apenas mantiveram seu peso inicial. Aos 30
dias observou-se uma queda de peso nas colônias mães CM 04 e CM 05. Entretanto, as colônias
CM 02 e CM 03 continuavam ganhando peso.
Aos 45 dias, praticamente, todas as colônias apenas mantiveram seus pesos e aos 60 dias
houve a retomada no ganho de peso em todas as colônias, demonstrando então a diminuição dos
riscos e das perdas destas colônias.
Dentre as colônias mães, a colônia CM 02 foi a que obteve o menor peso inicial, refletido
no seu peso final. A colônia mãe CM 01 apesar de ter peso inicial menor em relação à colônia
mãe CM 06, aos 30 dias ambas obtiveram o mesmo peso até o final do experimento. O mesmo
acontecendo com as colônias mães CM 04 e CM05 que se desenvolveram depois de 15 dias de
forma semelhante até o final do experimento. A colônia mãe CM 03 foi a que melhor se
desenvolveu aos 60 dias, possuindo um peso superior a 10Kg .
64
Para realizar o processo de povoamento através de divisão racional de colônias é
necessário que as colônias mães estejam fortes e que tenham um bom potencial genético, pois
este fator será determinante para a adaptação das colônias e para diminuir o período necessário
para o fortalecimento, e consequentemente, para o inicio da produção. Além disso, isto evitará
que as colônias mães possam enfraquecer com a retirada das abelhas, mantendo seu peso e,
consequentemente, sua produção.
CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos conclui-se que:
¾ As colônias que receberam 160 abelhas adultas foram superiores às demais colônias, quanto
aos caracteres peso da colônia e número de potes de alimento construídos. Enquanto as
colônias que receberam 240 abelhas adultas foram superiores as demais colônias quanto ao
número de células de cria construídas.
¾ Houve, provavelmente, influência do potencial genético das colônias mães no
desenvolvimento das suas colônias filhas, demonstrado através do ganho de peso mais rápido
dessas colônias ao longo do experimento;
¾ O processo de multiplicação utilizado não ofereceu riscos às colônias mães, pois estas não
enfraqueceram com a retirada das abelhas adultas, se mantendo ou ganhando peso durante a
execução do experimento;
¾ Para o sucesso do método de povoamento de colônias de
Melipona compressipes fasciculata
através da divisão racional baseada no número de abelhas adultas, jovens e campeiras e do
número de abelhas em favos de cria nascente é necessário que as colônias mães estejam fortes
e tenham bom potencial genético;
65
¾ É possível realizar o povoamento de colônias de Melipona compressipes fasciculata através
da divisão racional baseada no número de abelhas, jovens e campeiras, e favo de cria
nascente, desde que seja disponibilizada alimentação artificial no inicio da instalação no
meliponário e tenha um manejo eficaz.
¾ O emprego deste método de divisão para o povoamento de colônias de Melipona
compressipes fasciculata
pelos (as) meliponicultores (as) estará ajudando a manter o
potencial genético e produtivo das colônias, assim como garantindo a manutenção da
diversidade florística e do equilíbrio ecológico para os ecossistemas terrestres, sendo então,
fundamental para a busca da sustentabilidade agroecólogica no Estado do Maranhão.
Agradecimentos.
Ao Sr. Mário, meliponicultor de São Bento – MA. Ao BNB pelo financiamento concedido. Ao
CNPq pela bolsa de Mestrado.
66
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68
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