3
idéias ou das percepções sociais a mudança é inegável, decisões de
consumidores já são influenciadas por conceitos ou preconceitos ambientais,
e a presença de atividades e balanços ambientais melhora a imagem de
empresas passando, então, a fazer parte de seu ‘marketing’”. Ferreira (2003,
p. 13) confirmando esta tendência assinala que “se estabeleceu um
compromisso maior dos países participantes com o assunto e onde os
conceitos de ‘ambientalmente correto’ e de ‘desenvolvimento sustentável’
tomaram maior dimensão e começaram a fazer parte do cotidiano de um
número maior de empresas”.
As organizações pró-ativas que captaram esta mensagem que ecoava
na sociedade elevaram as questões ambientais ao nível de variável
estratégica
4
(KEMP. 1993, p. 88; HANNA e NEWMAN, 1995, p. 38;
DENTON, 1998, p. 60; FLORIDA e DAVISON
5
, 2001, p. 64; DIAS FILHO,
2002, p. 3). De acordo com o Relatório da Competitividade da Indústria
Brasileira
6
(BNDES, CNI e SEBRAE, 2001, p. 66) para 50% dos
respondentes a formulação da gestão ambiental é realizada na direção geral
e para outros 20% na gerência de produção, evidenciado a prática
organizacional acima comentada, corroboradas também pelas pesquisas da
FIRJAN (FIRJAN, 2002, p. 6) e do BNEDS, CNI e SEBRAE (1998. p. 44-5).
As implicações decorrentes são imediatas e tem impacto direto no
design dos produtos e processos e nas operações da manufatura (GUPTA,
1995. p. 40-42; HANNA e NEWMAN, 1995, p. 38; DIAS FILHO, 2002, p. 8)
como também no gerenciamento do ciclo de vida dos produtos (BRINSON,
1996, p. 115; COGAN, 1998, p.104; RIBEIRO, 1998a, p. 155; LUSTOSA,
2003, p. 162), entre outras implicações de igual importância.
4
Ou como citam Romero e Salles (ROMERO e SALLES, 1995, apud MARTINS P., 2004, p.108), à criação de
competências para a busca de vantagens competitivas.
5
Florida e Davison (2001, p. 64) sintetizam: surgem três paradigmas zero na manufatura, pois as organizações,
simultaneamente, procuram alcançar ‘defeito zero’, ‘inventário zero’ e ‘poluição zero’.
6
Amostra de 1.158 empresas de 23 setores da economia, dados de 1999.