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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU
MARISE DE CASTRO CABRERA
Estudo cefalométrico comparativo entre
o recurso da Teoria de Força das Dez Horas
e o uso do Aparelho Extrabucal
BAURU
2008
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MARISE DE CASTRO CABRERA
Estudo cefalométrico comparativo entre
o recurso da Teoria de Força das Dez Horas
e o uso do Aparelho Extrabucal
Tese apresentada à Faculdade
de Odontologia de Bauru, da
Universidade de São Paulo, como
parte dos requisitos para obtenção
do título de Doutor em Odontologia
Área de Concentração: Ortodontia
Orientador: Prof. Dr. Marcos Roberto
de Freitas
BAURU
2008
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Cabrera, Marise de Castro
C112e Estudo cefalométrico comparativo entre o recurso da Teoria de
Força das Dez Horas e o uso do Aparelho Extrabucal/
Marise de Castro Cabrera. - - Bauru, 2008.
156p.: il. ; 29,7cm.
Tese. (Doutorado) - - Faculdade de Odontologia
de Bauru. USP. Universidade de São Paulo.
Orientador: Prof. Dr. Marcos Roberto de Freitas.
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos,
a reprodução total ou parcial desta tese, por processos fotocopiadores
e outros meios eletrônicos.
Assinatura do autor:
Data: 26 de maio de 2008.
Comitê de Ética da FOB/USP
Protocolo no. 31/2007
Data: 8 de fevereiro de 2008.
_________________________________________________________________
MARISE DE CASTRO CABRERA
Nascimento 08 de dezembro de 1957 - Tupã - SP.
1977-1980
Curso de Odontologia Faculdade de
Odontologia de Lins -SP.
1980- 1982
Curso de Especialização em Odontopediatria -
Faculdade de Odontologia de Bauru
Universidade São Paulo.
Estágio HPLLPF- Centrinho.
2000-2002
Curso de Pós-graduação em Ortodontia, ao
nível de mestrado, na Universidade Estadual
de Londrina- UEL e Faculdade de Odontologia
de Bauru, Universidade de São Paulo.
2005-2008
Curso de Pós-graduação em Ortodontia, ao
nível de Doutorado, na Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São
Paulo.
_________________________________________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho:
À “DEUS” – somente “ELE” consegue dar força para realizar um sonho, para
guiar o nosso destino, proteger as nossas vidas e iluminar nossos caminhos.
Meu marido: Carlos Alberto Gregório Cabrera, pela luta, amor, perseverança,
dedicação, busca constante de nossos objetivos. Somente NÓS sabemos o que se
passou até chegarmos aqui; nossas viagens, alegrias e tristezas, desentendimentos e
acertos, mas apesar de todas as dificuldades, sempre estamos juntos. Amo
incondicionalmente você.
Meus filhos: Raphael, Laura e Marina, razão de minha vida. Desculpem-nos pela
ausência e pouca atenção durante este período. VOCÊS são a realização de um
grande sonho que sempre tive na vida: ter filhos maravilhosos como vocês, e agora com
muita dedicação, abdição e esforço estamos conseguindo a realização de outro sonho:
O doutorado. SAIBAM SEMPRE QUE AMO VOCÊS INFINITAMENTE,
INCODICIONALMENTE E ETERNAMENTE.
Aos meus pais:
Jasson (in memorian) - Não passo um dia sequer sem me lembrar de
suas palavras, de seu carinho, seu apoio. Tenho certeza de que esteve sempre ao meu
lado dando força e incentivo para não desistir. Obrigada por ter sido o meu pai, jamais te
esquecerei. Muita, muita e muita saudade.
Aparecida, obrigada por todo seu carinho, esforço e dedicação,
possibilitando a minha formação e educação. Mãe, espero que possa entender a minha
ausência. Saiba que te amo infinitamente.
_________________________________________________________________
Ao meu sogro, Raphael, pela pouca atenção dispensada nestes anos e minha
sogra Elza (in memorian) que se aqui estivesse, estaria vibrando com esta conquista.
Ao meu irmão, Jassinho, amiga e cunhada Edna, queridos sobrinhos: Vitor,
Jussara e Vivian (além de sobrinha, grande amiga e dedicada afilhada; fico muito feliz
que tenha seguido a minha profissão); meu outro “irmão” Nelson, Lillian e sobrinhos,
Raquel, Eduardo, Neto, Marcela, Laura e João Guilherme; Giovanna e Lucas, tia Telma,
tio Adilson, Adilson Júnior, dedico este trabalho a todos, pois família é tudo na vida. Sei
que posso contar sempre com todos vocês, em todos os momentos da minha vida.
Agradeço em especial a minha sobrinha e amiga Laura de Castro Hette Moraes
(excelente ortodontista) que muito auxiliou abrindo o seu arquivo de documentação
ortodôntica, na tentativa de compormos uma amostra. Igualmente dedico a todos os
meus amigos em especial: Cecília e Silvio Angrisani, Teresa e Laurindo Furquim, Marcon
e Gislaine, Ana Lúcia e Alfred, Vera e Marcelo, Sérgio e Denise, Tony, Nilcéia e
Fernando, Nice Maria, Lia e Jorge, Lucília, Márcia Conte, André Ottaiano, Paulo Ferreira,
Omar Gabriel, Flávio Ferreira, Ana Elise, Matheus, Mário Neto, pela convivência (ou
falta de convivência durante estes anos) e amizade sincera, pois sei que posso contar
sempre com todos vocês.
Aos alunos do Cepad- Centro de Ensino e Pesquisa Apoio Didático que por eles,
procuramos sempre aprimorar e atualizar nossos conhecimentos.
Mary Anne e John por terem cuidado tão bem de minha filha Nina durante um
ano deste doutorado, e isto me deu tranquilidade para me dedicar a este trabalho.
Nunca vou esquecer destes grandes amigos e ”pais americanos” de minha filha.
_________________________________________________________________
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador: Dr. MARCOS ROBERTO DE FREITAS muito obrigada pela
oportunidade, por todo apoio, amizade sincera, confiança, por sua atenção de sempre e
pelos ensinamentos transmitidos. Pessoa especial, que jamais esquecerei. Devo também
meus agradecimento a esta maravilhosa família Lene, Daniel, Karina e Thiago pelo convívio
e amizade sincera. Obrigada pelo carinho e momentos que passamos juntos.
Aos amigos e professores Dr. Lawrence F. Andrews e Will Andrews, pela
oportunidade que tivemos em trabalhar juntos, por todo ensinamento que nos transmitirão,
pelo seus esforços, estudos e pesquisas na ortodontia. Seremos eternamente gratos pelos
resultados de suas pesquisas, inclusive este trabalho resultou da aplicação clínica de um de
seus conceitos. Obrigada.
Aos Professores Doutores, Arnaldo Pinzan, Décio Rodrigues Martins, Dr. Renato
Rodrigues de Almeida, Dr. Eduardo Sant'Ana, pelos conhecimentos transmitidos, pela
convivência e acima de tudo, pela amizade sempre.
Prof. Dr. Guilherme Janson, meus sinceros agradecimentos pela convivência e
amizade e acima de tudo, por todo o conhecimento transmitido durante este curso. Minha
admiração por sua dedicação e competência.
Meu orientador do mestrado e grande amigo Dr. Fernando, obrigada pelo apoio e
amizade de sempre. Devo ao senhor o incentivo para continuar no doutorado e a realização
deste sonho. Dr. Fernando, meu profundo agradecimento. Estendo este carinho a sua
família: Arlette, Fernanda, Rafael e Paola, pelos momentos alegres que passamos juntos e
amizade.
Agradecimento especial: A Karina Freitas (minha co-orientadora), pela amizade,
disponibilidade e atenção; sempre me ajudando, orientando e apoiando na elaboração deste
trabalho. Ká, obrigada por tudo.
_________________________________________________________________
Aos meus amigos do Doutorado: Darwin Vaz de Lima, Renata Castro, Lívia
Freitas, Fernando Torres, Alexandre Nakamura, Rafael Henriques, Fernando Pedrin,
Marcus Crepaldi, Paulinha Oltramari, Carlos Henrique Guimaes, Kelly Chiqueto, Sérgio
Stelita, e Carlos Cabrera, pelo respeito, amizade, apoio constante e pelo convívio
maravilhoso nestes anos. Somente NÓS sabemos o que passamos, mas valeu a pena.
Jamais os esquecerei. Muita saudade!!!!
Agradeço a Verinha, Neide, Sérgio, Cristina, pelo carinho e pela ajuda de sempre .
Estendo um especial agradecimento ao Daniel (Bonné), que auxiliou com as
telerradiografias e sempre muito prestativo. Obrigada a todos.
Ao prof. Dr. Luis Fernando Pegoraro, diretor da faculdade de Odontologia de Bauru,
Universidade de São Paulo.
Ao prof. Dr. José Carlos Pereira, vice-diretor da faculdade de Odontologia de Bauru,
Universidade de São Paulo.
A Profa. Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado, Presidente da Pós
Graduação da FOB- USP.
Aos funcionários da pós-graduação, em especial a Letícia por ser sempre muito
prestativa.
A M. Helena, Cibele, em especial a Valéria pela orientação de sempre, e a todos os
funcionários da biblioteca.
Agradeço a todos os amigos da Cabrera & Cabrera-Ortodontia, por fazerem
parte de uma equipe que consideramos FAMÍLIA, pois estamos juntos em todos os
momentos. Regina, Liana, Lis, Lúcio, Rodrigo, Maria, Fátima, Danilo, Dirceu; em especial
aos que trabalharam mais diretamente com o doutorado: Robson Winter e João Paulo na
organização dos seminários, artigos para tese e seleção das imagens para aulas; a
LEILA por me ajudar na difícil tarefa de selecionar a amostra e ao meu grande amigo e
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gerente BIRA que sempre esteve ao meu lado, principalmente nos momentos difíceis;
resolvendo todos os problemas durante a minha ausência; e a sua esposa Kelly por sua
paciência. Agradeço em especial a ZILAR, pela grande ajuda em cuidar de minha família
e minha casa durante a minha ausência.
E a todos que, de uma forma ou de outra, me auxiliaram nesta caminhada
.
Finalmente pessoal, conseguimos! Obrigada a todos vocês.
TODOS VOCÊS SÃO RESPONSÁVEIS PELA REALIZAÇÃO
DESTE SONHO.
MUITO OBRIGADA!!
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RESUMO
Este estudo objetivou comparar os efeitos cefalométricos promovidos por
dois protocolos diferentes com a finalidade de corrigir a má oclusão de Classe II:
Aparelho Extrabucal associado ao aparelho fixo (grupo AEB) e o recurso da Teoria
de Força das Dez Horas, que consiste no uso de aparelho ortodôntico fixo, 8 horas
diárias de uso de aparelho extrabucal e 16 horas de uso de elásticos de Classe II,
sendo 8 horas com apoio no primeiro molar inferior e 8 horas com apoio no
segundo molar inferior (grupo T10). O grupo T10 consistiu de 31 pacientes, com
idade média inicial de 14,90 anos, idade média final de 17,25 anos e tempo médio
de tratamento de 2,35 anos. O grupo AEB consistiu de 28 pacientes com idade
média inicial de 13,98 anos, idade média final de 16,46 anos e tempo médio de
tratamento de 2,47 anos. Foram avaliadas as telerradiografias em norma lateral de
todos os pacientes, nas fases pré e pós-tratamento ortodôntico. Para comparação
entre os grupos, foi utilizado o teste t independente. Os resultados demonstraram
que os molares superiores sofreram maior inclinação para distal e maior extrusão
no grupo AEB. Os molares inferiores apresentaram uma discreta extrusão e
mesialização em ambos os grupos, porém sem diferença estatisticamente
significante, mostrando que os molares inferiores não sofreram maior mesialização
devido ao uso dos elásticos no grupo T10. A relação molar de Classe II foi melhor
corrigida no grupo da T10, provavelmente pela falta de cooperação do paciente no
uso do aparelho extrabucal. Concluiu-se que a Teoria das Dez Horas é válida
porque o uso de elásticos de Classe II não influenciou a posição dos dentes
inferiores.
Palavras-chave: Má oclusão de Angle classe II; Ortodontia corretiva; Aparelhos
de tração extrabucal.
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ABSTRACT
Cephalometric effects produced by Ten Hour Force Theory application and
cervical headgear, both followed by the fixed appliance therapy for Class II
treatment
This study aimed to compare the cephalometric effects promoted by two
different protocols to correct the Class II malocclusion: Extraoral Appliance
associated to fixed appliances and the Ten-Hour Force Theory, that consists in the
use of fixed appliances, 8 hours a day using extraoral appliance and 16 hours a
day using Class II elastics, 8 hours in the first mandibular molar and 8 hours in the
second mandibular molar. The T10 group comprised 31 patients with a mean initial
age of 14.90 years, final age of 17.25 years and mean treatment time of 2.35
years. The Extraoral group comprised 28 patients with a mean initial age of 13.98
years, final age of 16.46 years and a mean treatment time of 2.47 years. It was
evaluated the lateral cephalograms of all patients in pretreatment and
posttreatment stages. Intergroup comparison of treatment changes was performed
by t tests. Maxillary molars presented greater distal tipping and extrusion in
Extraoral group, showing that mandibular molars did not present greater mesial
movement caused by use of elastics in T10 group. Class II molar relationship was
better corrected in T10 group than in Extraoral group, certainly due to the lack of
patient compliance in the use of extraoral appliance. It was concluded that the Ten
Hour Force Theory is valid because use of Class II elastics did not influence
mandibular teeth position.
Keywords: Angle class II mallocusion; Corrective orthodontics; Extraoral traction
appliances.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
- FIGURAS
Figura 1 – Distalizador Carrière .......................................................... 50
Figura 2, 3 – Aplicão da teoria de força das dez horas ................. 61
Figura 4- Colagem do aparelho para uso da T10 .......................... 73
Figura 5 – Soldagem do gancho no tubo telescópico .............................. 74
Figuras 6 a 12- Preparo e instalação tubo telescópico ........................... 75
Figuras 13 a 15 – Protocolo da teoria de força das dez horas ................. 77
Figura 16 – Elástico de Classe II e dinamômetro de precisão ............. 78
Figuras 17 a 22 – Caso clínico pré e pós tratamento ortodôntico .......... 79
Figuras 23 a 25 – Cursor deslizante com protocolo da T10 ................ 80
Figuras 26 e 27 – Aparelho extrabucal de tração cervical utilizado no
grupo AEB .................................................. 81
Figura 28 – Desenho anatômico ........................................................... 83
Figura 29 – Pontos cefalométricos utilizados; ........................................... 86
Figura 30 – Linha e planos .................................................................... 88
Figura 31 – Grandezas cefalométricas esqueléticas............................ 90
Figura 32 – Grandezas cefalométricas dentárias superiores............... 93
Figura 33 – Grandezas cefalométricas dentárias inferiores................. 95
Figura 34 – Relações dentárias.............................................................. 96
_________________________________________________________________
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Idade média inicial, final e tempo de tratamento dos grupos
T10 e AEB ................................................................................. 72
Tabela 2 - Erro do método - teste de Dahlberg e teste t independente ............ 102
Tabela 3 - Análise das idades iniciais, finais e tempos de tratamento -
teste t independente .................................................................. 103
Tabela 4 - Distribuição dos gêneros nos grupos avaliados - teste qui-
Quadrado .................................................................................. 104
Tabela 5 -Severidade da má oclusão de Classe II - teste qui-
Quadrado .................................................................................... 104
Tabela 6 - Comparação inicial entre os grupos (teste t independente) ............ 105
Tabela 7 - Valores iniciais e finais dos grupos T10 e AEB ................................ 106
Tabela 8 - Comparação dos efeitos promovidos pelos recursos T10
E AEB - teste t independente......................................................... 107
_________________________________________________________________
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 19
2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................... 23
2.1 METAS DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO.................................................. 26
2.2 TRATAMENTO DA CLASSE II DENTÁRIA........................................................ 28
2.2.1 Aparelhos Extrabucais........................................................................................... 29
2.2.2 Distalizadores Alternativos................................................................................... 38
2.3 ELÁSTICOS INTERMAXILARES.......................................................................... 53
2.4 CONCEITO E APLICAÇÃO DA TEORIA DE FORÇA DAS DEZ HORAS.. 58
3 PROPOSIÇÃO................................................................................ 65
4 MATERIAL E MÉTODOS................................................................ 69
4.1 MATERIAL ................................................................................................................. 71
4.2 MÉTODOS................................................................................................................. 72
4.2.1 Protocolo de Tratamento ..................................................................................... 73
4.2.1.1 Grupo T10.................................................................................................................. 73
4.2.1.2 Grupo AEB................................................................................................................. 80
4.2.2 Elaboração do Cefalograma ............................................................................... 82
4.2.2.1 Desenho Anatômico ................................................................................................ 82
4.2.2.2 Pontos Cefalométricos............................................................................................. 84
4.2.2.3 Linhas e Planos......................................................................................................... 87
4.2.2.4 Grandezas Cefalométricas Esqueléticas ............................................................. 89
4.2.2.5 Grandezas Cefalométricas Dentárias................................................................... 91
4.2.2.6 Relações Dentárias.................................................................................................. 96
4.2.3 Erro do Método ....................................................................................................... 97
4.2.4 Análise Estatística .................................................................................................. 97
5 RESULTADOS............................................................................... 99
5.1 ERRO DO MÉTODO................................................................................................. 101
5.2 COMPATIBILIDADE DOS GRUPOS.................................................................... 103
5.2.1 Idade Inicial e Tempo de Tratamento ............................................................... 103
5.2.2 Gêneros..................................................................................................................... 103
5.2.3 Severidade da Má Oclusão.................................................................................. 104
_________________________________________________________________
5.3 MEDIDAS CEFALOMÉTRICAS................................................................................ 105
5.3.1 Comparação Inicial .................................................................................................. 105
5.3.2 Comparação Final.................................................................................................... 106
5.3.3 Comparação Entre os Grupos das Alterações com o Tratamento.......... 107
6 DISCUSSÃO .................................................................................... 109
6.1 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA ................................................................... 111
6.2 METODOLOGIA EMPREGADA ................................................. 113
6.3 COMPARAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTOESQUELÉTICAS ................. 115
6.3.1 Componente Maxilar ............................................................................................... 116
6.3.2 Componente Mandibular ....................................................................................... 116
6.3.3 Componente Maxilomandibular.......................................................................... 117
6.3.4 Componente Vertical............................................................................................... 118
6.3.5 Componente Dentário Maxilar ............................................................................ 118
6.3.6 Componente Dentário Mandibular...................................................................... 120
6.3.7 Relações Dentárias.................................................................................................. 121
6.4 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS................................................................................ 122
7 CONCLUSÕES................................................................................. 129
7.1 EM RELAÇÃO ÀS ALTERAÇÕES DENTOESQUELÉTICAS........................ 131
7.1.2 Componente Maxilar ............................................................................................... 131
7.1.3 Componente Mandibular ....................................................................................... 131
7.1.4 Componente Maxilomandibular.......................................................................... 131
7.1.5 Componente Vertical............................................................................................... 131
7.1.6 Componente Dentário Maxilar ............................................................................ 131
7.1.7 Componente Dentário Mandibular...................................................................... 131
7.1.8 Relações Dentárias.................................................................................................. 131
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 133
APÊNDICES ............................................................................................................... 14 5
19
20
21
1 INTRODUÇÃO
O aparelho extrabucal (AEB) constitui o recurso terapêutico mais eficiente
utilizado na Ortodontia para a distalização dos molares superiores na fase de
desenvolvimento e crescimento craniofacial. A eficiência do AEB esta intimamente
associada à cooperação do paciente, e em virtude do aparelho ser removível, de impacto
social negativo e por apresentar elementos externos, dificulta a colaboração por parte dos
adolescentes. Em vista disto, inúmeros dispositivos intrabucais como: magnetos
(BERNHORLI, 1994; BONDEMARK; KUROL, 1992; BOWMAN, 2000; GIANELLY et al.,
1989; GIANELLY et al., 1988; ITOH et al., 1991; MARTINS, 2003; MORO et al., 1995),
molas ou fios superelásticos (BONDEMARK; KUROL; BERNHORLI, 1994; GIANELLY,
1998; GIANELLY; BEDNAR; DIETZ, 1991; LOCATELLI et al., 1992), Jones Jig
(ALMEIDA; ALMEIDA; INSABRALDE, 1999; BRICKMAN; SINHA; NANDA, 2000;
FREITAS, 1995; HAYDAR; ÜNER, 2000; JONES; WHITE, 1992; RUNGE; MARTIN;
BUKAI, 1999; SILVA FILHO, 2000; SUGINO; FURQUIM; RAMOS, 2000)
Pendulum/Pendex (ANGELIERI, 2005; GHOSH; NANDA, 1996; HILGERS, 1992, 1993;
MACEDO; AIDAR, 2001), Aparelho de Ertty (SILVA; GASQUE; VIEIRA, 2003), Sliding Jig
(ALVES; BOLOGNESE; SOUZA, 2006; LUCATO et al., 2004) Distalizador Carrière
(CARRIÈRE, 1991, 1993; CARRIÈRE, 2004) entre outros que estão sendo estudados e
aplicados na rotina ortodôntica, porém sabe-se por meio de diversas pesquisas, que
estes aparelhos apresentam limitações e podem causar movimentos dentários
indesejados. O conceito da Teoria de Força das Dez Horas é fundamentado em uma
teoria biológica que explica que um dente só inicia seu processo de movimentação
ortodôntica após ser submetido à aplicação de força por um período contínuo de dez
horas. Com base nessa teoria, o profissional pode alternar o uso de elásticos
intermaxilares com o uso do aparelho extrabucal para obter uma distalização dos molares
superiores, fazendo com que as forças incidam sobre esses dentes por um período de,
aproximadamente, 24 horas por dia. Realizou-se um estudo cefalométrico por meio de
telerradiografias em norma lateral pré e pós-tratamento ortodôntico, das alterações
dentárias e dentoesqueléticas de 59 pacientes com má oclusão de Classe II dentária,
distribuídos em dois grupos, sendo o Grupo T10 (31) – pacientes tratados com o recurso
22
da Teoria de Força das Dez Horas para distalização dos molares e Grupo AEB (28) –
pacientes tratados com o aparelho de ancoragem extrabucal; ambos associados ao uso
do aparelho ortodôntico fixo. A aplicação clínica deste recurso demonstrou ser favorável
visto que o paciente faz o uso durante o dia de elásticos intermaxilares trocando de
estágios a cada 8 horas, apoiando-os nos primeiros e segundos molares inferiores e
utiliza o aparelho extrabucal somente para dormir por oito horas, facilitando a sua
cooperação, caracterizando portanto, um protocolo efetivo e de fácil aceitação para a
distalização dos molares. A ausência de trabalhos publicados adotando esta metodologia
reforça a relevância deste tipo de investigação. Diante destas considerações, este trabalho
teve como objetivo analisar cefalometricamente os resultados pré e pós-tratamento
ortodôntico, de jovens que apresentavam má oclusão de Classe II e que utilizaram como
protocolo para distalização dos molares; o recurso da Teoria de Força das Dez Horas,
idealizada por Andrews (1971) e esta amostra foi comparada com pacientes que
apresentavam má oclusão semelhante porém fizeram o uso do aparelho extrabucal
23
24
25
2 REVISÃO DE LITERATURA
O objetivo do tratamento ortodôntico é devolver as características de normalidade à
oclusão. As Seis Chaves para a Oclusão Perfeita preconizada pelo ortodontista norte
americano, Andrews (1972), fornece metas terapêuticas seguras, para que possamos
identificar os desvios e buscar a finalização perfeita dos tratamentos ortodônticos, pois não
vento favorável se não soubermos em que porto atracar.
É consenso universal na Ortodontia que para se obter uma oclusão perfeita por meio
do tratamento ortodôntico, há a necessidade de um bom relacionamento entre as bases
ósseas apicais. (JACOBSON, 1975, 1976; STEINER, 1953, 1959; McNAMARA, 1984;
CABRERA, 2002). Assim sendo o arco dentário superior deverá compatibilizar-se com a
inferior contendo-o de forma que haja uma perfeita intercuspidação e assim promover o
máximo de função com o mínimo de esforço contemplando a longevidade do sistema
estomatogtico. (DAWSON, 1993; JANSON et al., 1999; ROTH, 1981; ROTH; GORDON,
1981; ROTH; ROLFS, 1981). Após a interpretação e diagnóstico da má oclusão de
Classe II, é importante definir as estratégias para o tratamento, os dispositivos mecânicos
e acessórios que poderão ser empregados para se obter o sucesso, sendo que é de
máxima importância como protocolo do tratamento obter uma relação molar de Classe I.
Para facilitar a leitura e a compreensão, a revisão de literatura foi dividida em
tópicos, conforme segue:
2.1 METAS DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO – OCLUSÃO ESTÁTICA
2.2 TRATAMENTO DA CLASSE II DENTÁRIA
2.2.1 Aparelhos Extrabucais
2.2.2 Distalizadores Alternativos
2.3 ELÁSTICOS INTERMAXILARES
2.4 CONCEITO E APLICAÇÃO DA TEORIA DE FORÇA DAS DEZ HORAS
26
2.1 METAS DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO - OCLUSÃO ESTÁTICA
A classificação ortodôntica que se difundiu na Ortodontia, fixando até os dias de
hoje, foi publicada na revista “The Dental Cosmos”, por Angle (1899), em um artigo que
propôs a classificação das más oclusões. O autor apresentou sua classificação com base
na teoria de que o primeiro molar permanente ocupava uma posição estável no esqueleto
craniofacial e que as más oclusões decorriam de alterações ântero-posteriores do arco
dentário inferior em relação a ele.
Andrews (1972) estudando 120 pares de modelos não tratados ortodonticamente,
observou minuciosamente as características que consistentemente estavam presentes
em toda amostra, na qual denominou de “As Seis Chaves da Oclusão Perfeita”. Este
trabalho tornou possível avaliar uma oclusão tanto por vestibular como por lingual sem
usar instrumentos de medição. As Seis Chaves para a Oclusão Perfeita resumem em:
Chave I: Relação Interarcos, que consiste em sete partes:
A cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior permanente oclui no sulco
entre as cúspides mesial e mesiovestibular do primeiro molar inferior permanente,
conforme definido por Angle (1899).
A crista marginal distal do primeiro molar superior permanente oclui com a crista
marginal mesial do segundo molar inferior.
A cúspide mesiolingual do primeiro molar superior permanente oclui na fossa
central do primeiro molar inferior.
A cúspide vestibular dos pré-molares superiores mantém uma relação cúspide-
ameia com os pré-molares inferiores.
27
A cúspide lingual dos pré-molares superiores busca uma relação cúspide-fossa
com os pré-molares inferiores.
O canino superior tem uma relação cúspide-ameia com o canino e o primeiro pré-
molar inferior. A ponta de cúspide do canino apresenta-se ligeiramente mesial à ameia.
Os incisivos superiores sobrepõem-se aos incisivos inferiores, com as linhas
médias das arcadas coincidentes.
CHAVE II: Angulação da coroa ou inclinação mesiodistal- Considerou-se a
angulação da coroa como o ângulo formado pelo eixo vestibular da coroa clínica (EVCC)
em relação a uma linha perpendicular ao plano oclusal. Todas as coroas da amostra
apresentavam uma angulação positiva. Todas as coroas de cada grupo de dentes
assemelhavam-se na magnitude de angulação.
Chave III: Inclinação da coroa ou "torque" vestibulolingual. Considerou-se a
inclinação da coroa, como o ângulo formado entre a linha perpendicular ao plano oclusal
e uma linha paralela e tangente ao eixo vestibular da coroa clínica (EVCC) no seu ponto
central (ponto EV) apresentando as seguintes características para os dentes individuais:
A maioria dos incisivos superiores (81,5%) exibiu uma inclinação positiva; os
incisivos inferiores mostraram uma inclinação ligeiramente negativa. Na maior parte da
amostra de oclusão perfeita, o ângulo Interincisivos das coroas foi menor que 180º.
Coroas póstero-superiores (de canino ao molar superior): a inclinação lingual das
coroas apresentou-se negativas sendo ligeiramente mais pronunciada nos molares do
que nos pré-molares e caninos. Os molares são mais negativos porque são medidos no
sulco e não no lóbulo vestibular proeminente, da qual são medidos os caninos e pré-
molares, e coroas póstero-inferiores (do canino ao molar): as inclinações das coroas
inferiores apresentaram progressivamente mais negativas desde os incisivos até os
segundos molares.
28
CHAVE IV – Rotações: os dentes devem apresentar ausência de rotações.
CHAVE V – Contatos justos: os pontos de contato devem ser justos, a menos
que exista uma discrepância no diâmetro mesiodistal da coroa.
Chave VI - Curva de Spee: a profundidade da curva de Spee variou de um plano
raso até uma superfície ligeiramente côncava. Nos modelos normais, não tratados, a
Curva de Spee não ultrapassou 2,5mm de profundidade quando medida a partir da
cúspide mais proeminente do segundo molar inferior até o incisivo central inferior.
Concluiu em sua pesquisa que as Seis Chaves são elementos interdependentes
do sistema estrutural de uma oclusão perfeita, servindo de base para a avaliação da
oclusão podendo ser usadas como metas terapêuticas para a maioria dos pacientes.
“Alcançar estas metas pode não ser possível em todos os casos, mas desistir quando
elas são passíveis de serem atingidas é inaceitável”. (ANDREWS, 1997, p.23).
2.2 TRATAMENTO DA CLASSE II DENTÁRIA
A má oclusão de Classe II representa um desafio na Ortodontia moderna.
Representa uma das mais abrangentes más oclusões em quantidade de protocolo de
tratamento e diversidade de aparelhos para o seu tratamento. O diagnóstico da má
oclusão de Classe II é fundamental para determinar o plano de tratamento. Silva Filho,
Freitas e Cavassan (1989) relatam que 42% das más oclusões são Classe II, sendo: 15%
esqueléticas e 27% dentárias na qual não apresentam comprometimento facial e denotam
um bom relacionamento entre as bases apicais. Freitas et al. (2002), também
constataram uma grande incidência de má oclusão de Classe II. O plano de tratamento
para Classe II associada à protrusão dentária pode ser realizado com extrações dentárias
ou distalização dos molares.
29
O protocolo de tratamento mais adequado para o sucesso do tratamento
ortodôntico da má oclusão de Classe II dentária, buscando melhores resultados, bem
como a colaboração com o uso do aparelho extrabucal, continua sendo um problema
para o ortodontista. Atualmente, vários distalizadores com ancoragem intrabucal para
distalização dos molares vêm-se destacando, possibilitando, resultados satisfatórios
requerendo a mínima colaboração dos pacientes. (HENRIQUES et al., 1997; HILGERS,
1992, 1993; ITOH et al., 1991; JONES; WHITE, 1992; LOCATELLI et al., 1992; MUSE et
al., 1993).
2.2. 1 Aparelhos Extrabucais
Kingsley (1875) descreveu pela primeira vez os aparelhos extrabucais com a
finalidade ortodôntica, para a distalização dos molares, controle da direção de
crescimento e a manutenção da ancoragem.
Baker (1893 apud NELSON, 1952), introduziu o uso dos elásticos intermaxilares
por meio da qual os dentes de arcos opostos poderiam ser movidos reciprocamente
em conjunto – os superiores distalmente e os inferiores, mesialmente, ou vice-versa.
Esta forma de ancoragem, chamada de ancoragem intermaxilar de Baker (1893 apud
NELSON, 1952), tornou-se muito popular e a utilização da ancoragem extrabucal foi
esquecida devido à maior praticidade na aplicação dos elásticos, facilidade de uso e
estética favorável. A aplicação dos elásticos intermaxilares para promover a correção da
discrepância maxilomandibular, tornou-se então, o método preferido pelos profissionais
da época. A sua ação recíproca parecia oferecer um meio seguro para estabelecer uma
relação oclusal adequada, embora provocasse uma inclinação mesial exagerada nos
dentes inferiores. Atualmente as correntes admitem claramente que o efeito de tais
elásticos não passa de compensação dentária.
Por mais 40 anos, a ancoragem extrabucal foi raramente utilizada, até que
Oppenheim (1936)
reintroduziu o seu uso, quando então se conheceu o primeiro relato
sobre o tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, por meio da demonstração dos
seus efeitos na maxila e na distalização dos molares superiores. Desta forma a ancoragem
30
extrabucal tornou-se amplamente difundida e utilizada. Os profissionais da época
passaram, então, a empregá-la associada ao aparelho fixo e sua principal função era de
reforço de ancoragem.
Kloehn (1947) redescobriu o uso da ancoragem extrabucal como forma de
tratamento para as más oclusões de Classe II, 1ª divisão, preconizando a tração cervical
na contenção do crescimento da maxila, permitindo, ao mesmo tempo, o crescimento
mandibular espontâneo para frente e para baixo. Ressaltou a imporncia do tratamento
precoce, sendo após a irrupção total dos primeiros molares superiores permanentes com a
finalidade de redução do tempo de tratamento com a obtenção de uma oclusão mais estável.
Nelson (1952) afirmou que a ancoragem extrabucal promoveu a manutenção da
posição dos molares superiores e a sua movimentação para distal quando utilizado por
um período intermitente de 10 a 12 horas, seguido por um período de repouso, permitia a
correção da relação dentária de Classe II.
Klein (1957) verificou os efeitos da tração cervical na correção da Classe II. A
amostra era composta de vinte e quatro casos tratados com idade média de oito anos e
seis meses. Os casos foram tratados por um período de aproximadamente 17 meses.
Verificou com os resultados que: 1- a tração cervical produzia uma mudança na direção
do crescimento normal dos primeiros molares superiores, para baixo e para frente. Na
maioria dos casos, esses dentes ocupavam uma posição mais distal; 2- O grau e direção
da inclinação dos molares poderiam ser controlados pela correta manipulação do
aparelho e que na maioria dos casos, ele havia conseguido um movimento distal de corpo
destes dentes; 3- observou uma extrusão pouco significante; 4- O ponto A foi movido para
distal e o plano palatino inclinou para baixo no sentido horário.
Blueher (1959) estudou 22 jovens que apresentavam má oclusão de Classe II, 1
a
divisão, sem extrações de dentes e utilizaram aparelho extrabucal cervical associado à
aparelhagem fixa. As grandezas cefalométricas evidenciaram uma diminuição do ângulo
SNA, devido a um posicionamento mais posterior do ponto A, sem alteração no ângulo
SNB, porém ocorreu uma rotação horária do plano palatino e mandibular.
31
Posteriormente Kloehn (1961) avaliou 7 casos, com a finalidade de esclarecer
as diversas variações que cada jovem e cada má oclusão podem apresentar e concluiu
que: maior será a estabilidade quanto maior forem colocados os dentes em equilíbrio
dinâmico e nos limites dos padrões morfológicos, fisiológicos e genéticos do paciente.
Ressaltou que a ancoragem extrabucal cervical proporciona um bom equilíbrio facial, oclusão
estável, movimenta distalmente os dentes superiores e inibe o crescimento para frente da
maxila.
Sandusky Júnior (1965) avaliou 20 pacientes que utilizaram tração cervical
extrabucal tipo Kloehn (1947) como auxiliar no tratamento ortodôntico com aparelho fixo.
Os resultados obtidos mostraram que: o tratamento precoce utilizando o aparelho
extrabucal cervical pode promover uma grande redução do ângulo ANB, por meio de uma
restrição do crescimento anterior da maxila e um posicionamento mais anterior da mandíbula,
além de uma verticalização dos incisivos superiores e uma rotação do plano palatino e
mandibular no sentido horário.
Wieslander (1974) comparando um grupo tratado com a ancoragem extrabucal
- tração cervical a um grupo controle de Classe II, concluiu que a força aplicada na
maxila em uma direção distal produziu uma mudança no padrão de crescimento com a
subseqüente posição mais posterior e ligeiramente inferior da mesma; o ângulo ANB reduziu
devido ao movimento para posterior do ponto A; e os molares superiores sofreram uma
distalização de 5 mm nos grupos tratados, resultado esse devido ao crescimento de 2 mm
da maxila em combinação com a movimentação de 3 mm para distal dos molares, na área
dentoalveolar. A mudança da posição dos molares superiores produziu uma ligeira rotação
da mandíbula, no sentido horário.
No ano seguinte, Wieslander (1975) continuando suas pesquisas, observou os
efeitos do tratamento precoce e tardio, na dentadura mista, de pacientes com Classe II. A
amostra constou de dois grupos de 23 pacientes tratados com tração cervical, um deles
iniciado na dentadura mista precoce foi comparado a outro iniciado na dentadura mista
tardia. A avaliação dos resultados obtidos mostrou que a quantidade e a direção de
crescimento foram de grande importância para a obtenção de um tratamento efetivo.
32
Observou uma grande variabilidade individual, recomendando que nos casos com grande
discrepância entre os maxilares, o tratamento seja iniciado na dentadura mista precoce.
Brown (1978), avaliou 37 jovens que apresentavam má oclusão de Classe II com
a finalidade de avaliar as diferenças entre os dois tipos de ancoragem extrabucal: tração
cervical e tração alta; ambos associados à aparelhagem fixa. Verificou que a tração
cervical promoveu uma redução dos ângulos SNA e ANB, extrusão dos molares superiores
e inferiores, intrusão dos incisivos superiores e extrusão dos incisivos inferiores. O aumento
da altura facial anterior e da angulação do plano mandibular nos pacientes tratados foi
provavelmente decorrente da extrusão dos molares superiores. Houve uma tendência à
abertura dos planos: palatino e mandibular. Verificou que o tratamento com o aparelho
fixo associado à ancoragem extrabucal cervical, tende a direcionar a maxila e a
mandíbula para baixo e para trás, enquanto que a tração alta tende a minimizar este
direcionamento, sendo então indicada para pacientes com pado vertical.
Com a finalidade de observar as mudanças do plano mandibular durante o uso
do aparelho extrabucal, Baumrind et al. (1978) avaliaram cinco tipos de sistemas dentre
eles a tração cervical, média e alta. Todos os tipos apresentaram um pequeno aumento
nos ângulos que demonstraram a rotação do plano mandibular, porém a tração cervical
demonstrou um ligeiro aumento em relação aos outros sistemas, embora sem
significância estatística. Os autores ressaltaram que este tipo de ancoragem requer um
maior cuidado em relação às mudanças no plano de orientação mandibular do que os
outros tipos avaliados.
No ano seguinte, com a finalidade de avaliar a restrição do crescimento para
anterior da maxila e a distalização dos molares, Baumrind et al. (1979) utilizaram de forças
aplicadas distalmente na maxila. A amostra constituiu-se de 198 casos que receberam
tratamento de correção de Classe II, no início da dentadura mista. Utilizaram cinco tipos
diferentes de aparelhos, sendo 62 com tração cervical, oito com tração occipital, 53 com
trão alta, 14 combinadas e 61 intrabucais. A média de tratamento foi igual ou inferior a 3
anos. Foram feitas tomadas radiográficas em norma lateral antes e após o tratamento e
sobrepostas na base do crânio anterior, tendo como referência o plano oclusal, a cúspide
33
mesiovestibular do primeiro molar superior e a espinha nasal anterior, para quantificar o
movimento para distal tanto do dente em questão quanto da maxila. Concluíram que 40%
dos casos (80) os molares deslocaram-se para distal; 37% dos casos (74) apresentaram
um deslocamento distal da maxila, concluindo que clinicamente consegue-se a
distalização tanto da maxila quanto do primeiro molar superior.
Ao analisar o efeito da ancoragem extrabucal cervical sobre a maxila, mandíbula
e dentes, em pacientes de Classe II, 1
a
divisão, na dentadura mista, Henriques (1979)
utilizou uma amostra de 20 pacientes de ambos os sexos, leucodermas e realizou um
estudo com medidas cefalométricas obtidas de telerradiografias iniciais e finais de
tratamento. Concluiu que: 1- a ancoragem extrabucal, tipo cervical, foi eficaz na correção
da Classe II, 1
a
divisão, distalizando o primeiro molar superior e ocorrendo em média,
maior movimentação coronária do que radicular; a relação normal dos molares foi obtida
não só pela distalização dos primeiros molares superiores, mas também pelo crescimento
da mandíbula e conseqüente mesialização dos primeiros molares inferiores; 2- o ângulo
SNA, em média, diminui enquanto que o ângulo SNB aumentou ligeiramente,
ocasionando uma diminuição do ângulo ANB e uma melhora do perfil facial; 3- os ângulos
dos planos: palatino e mandibular, em média aumentaram e o oclusal diminuiu; 4- a
altura da metade inferior da face, em média, aumentou, tanto pela extrusão dos molares
superiores e inferiores, como pelo crescimento normal da face, melhorando a correção da
sobremordida.
Telles (1982) avaliou os efeitos do uso do aparelho extrabucal tipo Kloehn de
tração cervical. A amostra constitui de 30 pacientes tratados com idade média inicial de
10 anos e 11 meses e final de 14 anos e 2 meses. A correção da Classe II foi realizada
com extrabucal e alguns pacientes receberam aparelho fixo total. O ANB médio inicial era
de 5 graus. Concluiu após a comparação das medidas cefalométricas, que houve
inclinação do plano palatino para baixo na região anterior, em média de 1,24 graus. O
ângulo ANB reduziu em média 2,57 graus e os molares superiores extruíram em média
3,90 m e deslocaram para distal 0,63 mm. Não foi observada nenhuma alteração no plano
mandibular e a conclusão final foi de que o aparelho extrabucal do tipo Kloehn foi
eficiente na correção da Classe II.
34
Com o propósito de determinar os efeitos do tratamento sem extração em 43
pacientes que apresentavam Classe ll, 1
a
. divisão com a utilização da mecânica Edgewise
associada à ancoragem extrabucal cervical, Cangialosi et al. (1988) encontraram os
seguintes resultados mais significantes: a inibição do crescimento para anterior da
maxila; diminuição no ângulo SNA contribuindo para a redução do ANB; deslocamento
mandibular para frente e para baixo, inclinando para baixo a porção anterior do palato,
redução da convexidade facial, extrusão e movimento mesial dos primeiros molares
superiores e inferiores.
O aparelho extrabucal constitui até os dias de hoje, um dos recursos terapêuticos
utilizados de rotina para ancoragem, distalização de molares e produção de alterações
ortopédicas na maxila, com excelentes resultados. (KLOEHN, 1961; VIGORITO, 1980;
BAUMRIND et al., 1983).
Boecler et al. (1989) avaliaram uma amostra pré e pós-tratamento ortodôntico
tratados com aparelhos edgewise. Esta amostra de 200 pacientes foi dividida em 3
grupos pré-tratamento, de acordo com a terapia empregada: aparelho extrabucal com
tração cervical, com tração combinada cérvico-occipital e ausência do aparelho
extrabucal, com a instalação apenas do aparelho ortodôntico fixo. Os resultados deste
trabalho mostraram que todos os grupos mostraram uma grande variação na resposta do
tratamento, mas não demonstraram diferença significante; o padrão facial pré-tratamento
não pode ser considerado um fator previsível das alterações esqueléticas verticais
ocorridas; a tração cervical e combinada melhorou a discrepância ântero-posterior, e não
houve diferença estatisticamente significante nas alterações verticais e horizontais
proporcionadas pelo aparelho extrabucal com tração cervical e combinada.
Turner (1991) após uma revisão sobre a tração extrabucal, verificou que a
distalização dos dentes superiores e a ancoragem posterior nas correções das más
oclusões de Classe II e l são os principais objetivos na utilização dos aparelhos
extrabucais. Observou que a extrusão dos primeiros molares superiores ocorrida pelas
forças do aparelho extrabucal cervical que passam abaixo do plano oclusal aumentou a
altura facial ântero-inferior e auxiliou na correção da sobremordida.
35
Em sua tese de livre docência, Henriques (1993) comparou o AEB conjugado com
outros dois tipos de aparelhos de tração extrabucal. A amostra constou de 75 jovens
divididos em três grupos de 25 cada: grupo l tratado com ancoragem extrabucal cervical,
grupo II tratado com AEB conjugado e grupo III tratado com ativador associado à
ancoragem extrabucal. Os resultados demonstraram restrição significante do crescimento
da maxila nos três grupos, crescimento discreto da mandíbula nos grupos l e II e
crescimento significante no grupo III, o que levou à diminuição do ângulo ANB,
melhorando a relação maxilomandibular. Concluiu que: 1- o pado de crescimento não foi
alterado conforme o comportamento da medida SN.GoMe, apresentando apenas um
pequeno aumento da inclinação do plano palatino e da altura facial ântero-inferior; 2- os
incisivos superiores inclinaram-se para lingual e os inferiores não foram influenciados
pelo tratamento; 3- os molares superiores distalizaram em todos os grupos.
Com a finalidade de avaliar e comparar os efeitos nos componentes
dentoesqueléticos dos aparelhos: extrabucal, Frankel e Herbst; comparados com um
grupo controle, Ursi (1993) analisou telerradiografias iniciais e finais de pacientes que
apresentavam inicialmente má oclusão de Classe II, 1ª. divisão com grande similaridade
nos componentes dentoesqueléticos e concluiu que as principais alterações quanto ao
uso do AEB foi que neste grupo houve uma restrição do deslocamento anterior da maxila
e do deslocamento mesial dos molares, inclinação lingual dos incisivos superiores sem
alteração na AFAI e no tamanho e posição da mandíbula.
Papaionnou e Papaionnou (1994) avaliaram as alterações decorrentes da
correção da Classe II, 1ª. divisão, em 50 pacientes tratados sem extrações, por meio de
duas técnicas: 1- 25 pacientes tratados com AEB cervical e aparelhagem fixa com a
técnica Edgewise e 2- 25 pacientes com a técnica Begg e elásticos de Classe II. Os
autores concluíram após comparação das alterações decorrentes médias (final – inicial)
entre os grupos; que no grupo que utilizou elásticos sem AEB, houve maior aumento da
AFAI ao final do tratamento, maior rotação mandibular no sentido horário, grande
inclinação dos incisivos superiores e inclinação vestibular dos incisivos inferiores. No
grupo AEB, encontraram uma posição mais anterior do mento e inclinação vestibular dos
incisivos inferiores. Concluíram que o grupo AEB mostrou maiores resultados
36
esqueléticos quando comparados com o grupo dos elásticos, onde se caracterizou por
alterações dentoalveolares.
Maltagliati (1997) com o objetivo de comparar as alterações dentoesqueléticas da
oclusão de Classe II, 1ª divisão, avaliou 75 pacientes, sendo 25 pacientes que não
receberam nenhum tipo de tratamento (grupo 1- controle), 25 tratados com AEB conjugado
(aparelho removível associado ao aparelho extrabucal – Grupo 2) e 25 tratados com
aparelho fixo associado ao AEB cervical (grupo 3). A análise dos resultados revelou que há
pouca alteração no padrão de crescimento e que a altura facial ântero-inferior aumentou
em todos os grupos. Não houve melhora significante da relação maxilomandibular no grupo
controle, enquanto que nos grupos tratados, a maxila foi retruída e conseqüentemente o
ângulo ANB diminuiu significantemente. Os molares superioreso se alteraram
significantemente, enquanto que os inferiores mesializaram e extruíram igualmente em
ambos os grupos, porém ocorreu uma maior verticalização no grupo 3. Os incisivos
superiores apresentaram maior lingualização e retrusão e os inferiores não apresentaram
diferenças estatisticamente significante quando utilizados o aparelho extrabucal com
ancoragem cervical.
Kim e Muhl (2001) estudaram 30 pacientes tratados com aparelho extrabucal
com ancoragem cervical, associado ao aparelho fixo e comparou com 26 jovens não
tratados. Concluíram que, o aparelho extrabucal com tração cervical não causa rotação
horária da mandíbula, não aumentando a altura facial ântero-inferior devido à extrusão dos
molares superiores. As alterões verticais dos molares superiores foram semelhantes às
do grupo controle não tratado ortodonticamente. Outras pesquisas tendem a demonstrar uma
estabilidade da altura facial ântero-inferior, durante a distalização dos molares superiores com
o aparelho extrabucal cervical, acompanhando muitas vezes de ausência de rotação no
plano mandibular conforme relatado por Ursi (1993) e ausência de extrusão dos molares
superiores comparado ao grupo controle. (GANDINI, et al., 2001).
Gandini Júnior et al. (1997, 1998, 2001) avaliaram cefalometricamente
tratamentos realizados com aparelho extrabucal de tração cervical (Kloehn), seguido de
aparelho fixo, baseando-se nas alterações provocadas pelo crescimento normal, na má
37
oclusão Classe II, 1
a
divisão, de Angle. A amostra constou de 75 indivíduos, sendo 45
tratados com aparelho extrabucal e aparelho fixo (Grupo Tratado), e 30 indivíduos que
não receberam tratamento (Grupo Controle). Com base nesta metodologia empregada e
nos resultados obtidos, permitiram concluir que o tratamento com o aparelho extrabucal
de Kloehn e aparelho fixo: 1- restringiu completamente o deslocamento ântero-posterior
dos dentes superiores (incisivos e molares) 2- restringiu a irrupção dos incisivos
superiores, 3- o tratamento não foi capaz de influenciar a posição dos molares inferiores,
porém, os incisivos foram inclinados para vestibular e exibiram um menor movimento
irruptivo e 4- reduziu a relação dentária ântero-posterior de sobressaliência, bem como de
trespasse vertical.
O sucesso do tratamento ortodôntico está relacionado diretamente com a
cooperação dos pacientes no uso do aparelho extrabucal, elásticos, higienização bucal,
restrição na dieta alimentar, visitas constantes ao ortodontista, outros aparelhos
removíveis e cuidados gerais.
Desde a introdução do aparelho extrabucal na Ortodontia, Kloehn (1947) salienta
a importância da cooperação do paciente: "A cooperação do paciente é importante em
todo o tratamento ortodôntico, mais particularmente com relação ao aparelho extrabucal,
requerendo cooperação absoluta do paciente durante o seu uso."
Alguns ortodontistas chamam atenção para a motivação do paciente quanto ao
uso da ancoragem extrabucal. (CLEMMER; HAYERS, 1979; JOHNSON et al., 1998).
Johnson et al. (1998) acreditam que um bom relacionamento entre o ortodontista e o
paciente, informando o paciente sobre o sucesso e a importância do tratamento, pode
potencializar e aumentar a cooperação dos pacientes. A falta de cooperação do paciente
pode destruir o melhor plano de tratamento e a mecânica mais promissora para o
sucesso do tratamento ortodôntico. Em razão disto, diversos autores pesquisaram
aparelhos que independem da colaboração dos pacientes.
38
2.2.2 Distalizadores Alternativos
A correção das más oclusões de Classe II tem sido realizada com eficiência por
meio da tração extrabucal, pois promove efeitos ortopédicos - restrição do crescimento
anterior da maxila como relatado amplamente na literatura. (KLEIN, 1957; BLUEHER,
1959; SANDUSKY JÚNIOR, 1965; WIESLANDER, 1974, 1975; BROWN, 1978;
CANGIALOSI et al., 1988; HENRIQUES, 1993; GANDINI JÚNIOR; MARTINS; GANDINI,
1997, 1998; MALTAGLIATI, 1997; PAPPAIONNOU; PAPPAIONNOU, 1994).
Adicionalmente promove também efeitos ortodônticos - distalização real dos molares
superiores (WIESLANDER, 1974, 1975) ou a manutenção da posição ântero-posterior
dos molares superiores (ausência da mesialização decorrente do crescimento e
desenvolvimento craniofacial), bem como a extrusão dos molares. (KLEIN, 1957;
WIESLANDER, 1974; BROWN, 1978; HENRIQUES, 1979; CANGIALOSI et al., 1988;
URSI, 1993; GANDINI et al., 2001; KIM; MUHL, 2001).
Sua eficiência, entretanto, apresentava insatisfatória, visto que dependia
exclusivamente da colaboração do paciente. (CLEMMER; HAYERS, 1979; COLE, 2002;
EGOLF; BEGOLE; UPSHAW, 1990; EL-MANGOURY, 1981; JOHNSON et al., 1998;
NANDA; KIERL, 1992).
Dentre os dispositivos intrabucais utilizados como um método alternativo para a
distalização dos molares, podemos citar: os magnetos (BERNHORLI, 1994;
BONDEMARK; KUROL, 1992; BOWMAN, 2000; GIANELLY et al., 1989; GIANELLY et
al., 1988; ITOH et al., 1991; MARTINS, 2003; MORO et al., 1995), molas ou fios
superelásticos (BONDEMARK; KUROL; BERNHORLI, 1994; GIANELLY, 1998;
GIANELLY; BEDNAR; DIETZ, 1991; LOCATELLI et al., 1992), Jones Jig (ALMEIDA;
ALMEIDA; INSABRALDE, 1999; BRICKMAN; SINHA; NANDA, 2000; FREITAS, 1995;
HAYDAR; ÜNER, 2000; JONES; WHITE, 1992; RUNGE; MARTIN; BUKAI, 1999; SILVA
FILHO, 2000; SUGUINO; FURQUIM, RAMOS; 2000), Pendulum/Pendex (ANGELIERI,
2005; GHOSH; NANDA, 1996; HILGERS, 1992, 1993; MACEDO; AIDAR, 2001),
Aparelho de Ertty (SILVA; GASQUE, VIEIRA, 2003), Sliding Jig (LUCATO et al., 2004;
ALVES; BOLOGNESE; SOUZA, 2006) e Distalizador Carrière (CARRIÈRE, 1991, 1993;
39
CARRIÈRE, 2004). Alguns dispositivos e mecânicas intra e extrabucais associados para
a distalização dos molares foram descritos, como o introduzido por Henriques et al.
(1997) que consiste em um aparelho removível com mola digital associado ao uso do
aparelho extrabucal o recurso introduzido por Andrews (1971) denominado de Teoria de
Força das Dez Horas.
Magnetos
Gianelly et al. (1988) estudaram a utilização de magnetos repelentes para
promover a distalização dos molares e observaram que a quantidade média de
movimentação, quando havia a presença dos segundos molares superiores era de 0,75
mm por mês. Os magnetos têm se mostrado efetivos na distalização dos molares (ITOH
et al., 1991). Existem relatos na literatura, que este aparelho proporciona a distalização
simultânea dos primeiros e segundos molares. (BERNHORLI, 1994; BONDEMARK;
KUROL, 1992).
No ano seguinte, Gianelly et al. (1989) realizaram um trabalho com oito pacientes
em idades diferentes que apresentavam má oclusão de Classe II e foram tratados com
magnetos repelentes. Observaram que estes foram bem tolerados pelos pacientes. A
distalização dos molares superiores foi conseguida com sucesso e com pouca perda de
ancoragem. Os resultados mostraram que 80% do espaço criado, representaram o
movimento distal dos molares e 20% de perda de ancoragem. A distalização foi mais
rápida quando os segundos molares não estavam presentes, e nestes casos a relação
molar foi conseguida entre 2 a 5 meses.
Vários estudos foram realizados sobre o desempenho dos magnetos. Bondemark
e Kurol (1992) visando avaliar a distalização simultânea dos primeiros e segundos
molares superiores, utilizaram magnetos de samário-cobalto e evidenciaram um
movimentação para distal da coroa dos molares de 1 mm ao mês.
Moro et al. (1995) apresentaram dois casos clínicos, na qual utilizou magnetos
repelentes para a distalização unilateral dos molares superiores. Observaram pouco
40
movimento de inclinação, com pouca perda de ancoragem, e os resultados foram
conseguidos sem a cooperação dos pacientes. Martins et al. (2003) concordam com este
resultado.
Molas ou fios superelásticos
Gianelly, Bednar e Dietz (1991) preconizaram o uso de um aparelho modificado
de Nance associado a uma mola de secção aberta de níquel titânio superelástica
juntamente com um arco contínuo, na qual se pode obter uma distalização de 1 a 1,5 mm
ao mês.
No ano seguinte, Locatelli et al. (1992) apresentaram o uso do arco retangular de
níquel titânio “neosentalloy” de 100 gramas para a distalização dos molares associados a
um botão de Nance como meio de ancoragem. Neste protocolo de tratamento são
demarcados três pontos: um na distal dos braquetes dos primeiros molares, outro cinco a
sete milímetros na entrada da luz do tubo molar e entre os incisivos laterais e caninos e
instalaram ganchos prensáveis em cada um destes pontos e entre incisivos laterais e
caninos um gancho para elástico de Classe II. O fio era inserido com o gancho contra o
tubo dos molares e contra os braquetes dos primeiros pré-molares, sendo que o excesso
era defletido em direção gengival e os molares recebiam 100 gramas de força enquanto
que a força de reação era dissipada nos pré-molares, caninos e incisivos. Concluíram que
os molares poderiam ser distalizados 1 a 2 mm com mínima perda de ancoragem,
quando os segundos molares não estivessem irrompidos. Quando estes dentes estavam
irrompidos, a distalização média era de 1mm, com maior perda de ancoragem e um fio
retangular neosentalloy de 200g deveria ser instalado.
Bondemark et al. (1994) compararam os efeitos dos magnetos e das molas
superelásticas para a distalização simultânea dos primeiros e segundos molares.
Concluíram que as molas superelásticas produziram uma distalização mais rápida dos
molares comparados aos magnetos, porém a inclinação axial dos dentes alterava-se,
devido a maior movimentação da coroa.
41
Gianelly (1998) publicou um artigo relatando que os molares podem ser
distalizados com pouca ou nenhuma colaboração do paciente utilizando molas ou fios
superelásticos intra-arcos juntamente com o aparelho de Nance modificado. Relata que a
perda de ancoragem não foi determinada, mas considera que como estes sistemas são
semelhantes ao sistema do magneto, a perda de ancoragem deve ser igualmente
semelhante, ou seja, dois terços do espaço para ocorrer a distalização dos primeiros e
segundos molares e um terço de perda de ancoragem. Quando ocorrer uma perda de
ancoragem, causando um trespasse horizontal de mais de 2 mm, são utilizados elásticos
de Classe II, utilizando ancoragem do arco inferior. O índice de sucesso mais alto com
menores complicações ocorre quando os molares são distalizados no estágio de
desenvolvimento da dentadura mista.
Dentre os distalizadores intrabucais que utilizam molas, destacam-se:
Jones Jig
Dentre os mecanismos intrabucais para distalização dos molares que utilizam
molas de compressão, podemos citar também o aparelho idealizado por Jones e White
(1992) denominado Jones Jig, que pode ser utilizado uni ou bilateral. Este aparelho utiliza
uma ancoragem dentomucosuportada apoiada nos pré-molares (botão palatino de Nance
modificado) e uma unidade ativa, que compreende uma mola de níquel titânio de secção
aberta e um cursor deslizante encaixado em um fio de aço de .030". O mecanismo de
ação deste aparelho, ocorre com a ativação desta mola de níquel titânio, que libera uma
força de 70 a 75 gramas quando submetida a uma compressão média de 1 a 5 mm. Os
autores encontraram que a correção da Classe II ocorre em 120 a 180 dias e relataram
que o movimento para distal do molar não era totalmente de corpo e a inclinação distal
era visível clinicamente e estaria recomendado em pacientes com padrão de crescimento
mesofaciais e contra indicado em padrões verticais acentuados, pois a extrusão do molar
não é restringida. Observaram que não era significante a perda de ancoragem nos casos
iniciados apenas com o Jones Jig e o Botão de Nance e não observaram alterações
esqueléticas e relataram que as mudanças na convexidade são limitadas à remodelação
alveolar anterior e quando uma maior redução da convexidade fosse desejada, haveria
42
necessidade da utilização da ancoragem extrabucal. Constaram ser um método rápido e
independente da colaboração do paciente.
Por meio de avaliação clínica e cefalométrica dos efeitos do aparelho Jones Jig,
Freitas (1995) constatou em dois casos clínicos que a correção ocorreu num período
curto de tempo, com pouca perda de ancoragem e sem a colaboração dos pacientes. As
sobreposições cefalométricas dos casos analisados, não mostraram alterações
esqueléticas na maxila ou mandíbula. Já na dentadura mista, os pré-molares intra-ósseos
acompanharam o movimento dos molares e o paciente relatou algum desconforto na fala
devido ao Botão de Nance.
Almeida, Almeida, Insabralde (1999) descreveram um caso clínico tratado em
duas fases: a primeira fase combina aparelho Jones Jig e depois associa o aparelho
extrabucal e aparelhagem fixa e concluíram que este método mostrou-se eficiente
necessitando mínima colaboração do paciente. Ressaltaram que o prognóstico e sucesso
do tratamento estão relacionados a fatores como o padrão de crescimento craniofacial,
grau de discrepância dentoesquelética, estágio de desenvolvimento dentário e idade do
paciente.
Com o propósito de analisar os efeitos esqueléticos, dentários e no tecido mole,
quando do movimento rápido do molar sem a cooperação do paciente com o distalizador
intrabucal Jones Jig, Runge, Martin e Buckai (1999) realizaram um estudo retrospectivo
comparando 13 telerradiografias em norma lateral pré e pós-tratamento de pacientes que
usaram em média 26 semanas este distalizador. Concluíram que o Jones Jig produz o
movimento para distal dos molares sem a cooperação do paciente, porém houve um
movimento mesial dos pré-molares, aumento da sobressaliência e aumento da altura
anterior da face. Devido aos problemas encontrados, questionaram a efetividade de
terapias sem colaboração do paciente, sugerindo uma extensão deste estudo e outros;
focalizando no comportamento, colaboração e métodos para melhorar as formas de
comunicação e motivação dos pacientes no uso dos aparelhos.
43
Por meio de uma revisão de literatura e apresentação de casos clínicos Suguino,
Furquim e Ramos (2000) descreveram as características, as indicações mais freqüentes,
o mecanismo de ação e os efeitos ortopédicos do Jones Jig. Consideraram que desde
que bem indicados, estes dispositivos de distalização intra-arcos possibilitam uma
rápida resolução do caso, com efeitos colaterais controláveis e com a mínima
cooperação do paciente.
Silva Filho (2000) destacou as vantagens e desvantagens do AEB e o aparelho
Jones Jig. Dentre as principais vantagens do AEB mencionou: 1) a sua simplicidade de
instalação, 2) ancoragem extrabucal - a reação da força encontra-se fora da boca, 3)
controle do centro de rotação durante a distalização dos molares relacionando a linha de
ação de força do centro de resistência do molar, 4) controle vertical da movimentação do
molar e, 5) possibilidade de efeitos ortopédicos quando aplicado em fase de crescimento.
A principal desvantagem é a falta de colaboração do paciente. Destacou como vantagens
do Jones Jig ser um aparelho fixo, estético e independe da colaboração do paciente
tendo boa aceitação por parte do paciente, distaliza os molares com força suave de
natureza contínua e eficiente nas pequenas distalizações. Como desvantagem, destacou
o maior número de procedimentos, ancoragem insuficiente para distalizações simétricas,
impossibilidade de controle do centro de rotação durante a distalização dos molares, não
promove efeito ortopédico e dificuldade na higienização.
Haydar e Üner (2000)
compararam o aparelho Jones Jig e a tração cervical.
Neste estudo, foram avaliados 20 pacientes, sendo dez tratados com Jones Jig e 10 com
ancoragem extrabucal, ambos os grupos seguidos por terapia fixa. O tempo médio de
tratamento foi 2,5 e 10,7 meses respectivamente, para obtenção de uma relação molar de
Classe I. A principal diferença foi a unidade de ancoragem. Observaram que, apesar do
aparelho Jones Jig ser mais rápido em atingir os objetivos no sentido ântero-posterior,
esse promoveu maior perda de ancoragem anterior e maior grau de inclinação distal dos
molares, além de promover somente efeitos dentários.
Com o propósito de avaliar os efeitos da movimentação distal sobre os molares
superiores e o efeito recíproco nos pré-molares e incisivos superiores entre casos
44
tratados com Jones Jig e AEB, Brickman, Sinha e Nanda (2000) estudaram 72
telerradiografias em norma lateral de pacientes pré e pós-tratamento que usaram Jones
Jig e compararam com uma amostra de 35 pacientes que usaram ancoragem extrabucal.
Comparando com o Jones Jig, a amostra do AEB mostrou as seguintes mudanças
significantes: um aumento na posição do lábio inferior devido à diminuição da medida do
ponto A na amostra do AEB, uma diminuição do SNA. A sobressaliência e a
sobremordida, tiveram alterações similares, demonstrando não haver diferenças
significantes entre ambos os grupos.
Patel (2006) avaliou 30 pacientes que apresentavam má oclusão de Classe II,
pré e pós-distalização dos molares com aparelho Jones Jig. A partir dos resultados
obtidos concluiu que: quanto aos efeitos esqueléticos, não houve alterações significantes
na maxila e ocorreu rotação mandibular horária. Também confirmou efeitos indesejáveis
como a perda de ancoragem o que refletiu em mesialização, extrusão e angulação mesial
dos segundos pré-molares, protrusão dos incisivos superiores, aumento do overbite e
overjet.
Distal Jet
Os aparelhos intrabucais para distalizar os molares, as forças são aplicadas
na coroa do primeiro molar superior ocorrendo principalmente inclinação e rotação das
coroas. Carano e Testa (1996) desenvolveram o aparelho denominado de Distal Jet,
que pode distalizar os molares sem as desvantagens dos outros métodos isto é, sem
inclinar ou girar os molares superiores. Utiliza como unidade de ancoragem anterior o
botão de Nance. Esse dispositivo é constituído de dois tubos de 0,9mm conectados a um
botão de Nance modificado, através dos quais dois fios guias terminando em baioneta
poderiam deslizar, sendo a baioneta inserida em tubos linguais nas bandas dos
primeiros molares permanentes. A força necessária para a movimentação era exercida
por molas de Níquel-Titânio ou mesmo de aço inoxidável (150g para dentadura mista
e 250g para dentadura permanente). Após a distalização o botão de Nance era
convertido para contensor, não sendo necessário à utilização do AEB. Baseado no
estudo de dois casos clínicos, os autores afirmaram que o índice de movimentação
45
dos molares superiores foi comparável aos reportados com o uso dos magnetos
repelentes e do Jones Jig, mas que não ocorreu inclinação ou rotação. Concluíram
que o Distal Jet era um aparelho relativamente de fácil instalação, bem tolerado pelos
pacientes, estético e não necessita de colaboração do paciente, podendo ser
empregado para correções bi ou unilaterais.
Bowman (1998) introduziu modificações ao desenho original do aparelho, o
que permite o uso concomitante com a aparelhagem ortodôntica, possibilitando a
realização do tratamento em uma fase. Introduziu um anel de ativação com dois
parafusos, o que facilitou na conversão do aparelho ativo em um aparelho passivo de
Nance. Sugeriu inserir um helicóide no fio baioneta para aumentar o comprimento de
fio e possibilitar a correção da rotação molar superior com forças mais apropriadas.
Citou também como vantagens o fato de ser estético, confortável, de simples
instalação e ativação.
Pendulum
Hilgers (1992) preconizou o aparelho Pendulum, com o objetivo de tratar a má
oclusão de Classe II com a mínima colaboração do paciente. Consiste em um botão
de resina acrílica no palato que serve como ancoragem e molas construídas com fio
de TMA (titânio-molibdênio) .032” que encaixam nos tubos linguais dos molares,
exercendo força moderada e contínua. Havendo a necessidade de expansão, adapta-
se um parafuso expansor na região mediana do palato, transformando-se no aparelho
Pendex. Afirmou que este aparelho proporciona um movimento distal dos molares
superiores de 5mm em um período de 3 a 4 meses.
Algumas indicações mais importantes deste aparelho de acordo com Hilgers
(1992); Macedo e Aidar (2001) são: pacientes não colaboradores, Classe II, pacientes
braquifaciais sendo que a maior contra indicação são os pacientes dolicofaciais (altura
facial aumentada) em decorrência da tendência da abertura da mordida anterior com o
uso deste aparelho.
46
Ghosh e Nanda (1996) avaliaram os efeitos do aparelho Pendulum sobre os
molares, pré-molares e incisivos em 41 pacientes que apresentavam Classe II e
determinaram as mudanças esqueléticas, dentárias e de tecido mole. Concluíram que
o plano mandibular mostrou uma pequena rotação horária de 1,09
o
o que causou uma
diminuição na sobremordida de 1,39mm, além de um aumento na AFAI de 2,79mm
como resultado da distalização do molar superior. Encontrou que em cada 1 mm de
distalização ocorreram 0,75 mm de mesialização dos molares, inclinação distal do
primeiro molar superior, extrusão dos segundos pré-molares e vestibularização dos
incisivos superiores. A presença dos segundos molares superiores teve efeito mínimo
na distalização dos primeiros molares.
Byloff e Darendeliler (1997) encontraram que o espaço criado pelo uso do
Pendulum, era decorrente em 75% pela distalização do molares e 25% pela
mesialização dos pré-molares, acentuada inclinação distal do primeiro molar superior,
não encontraram efeitos esqueléticos. Os autores concordam com Ghosh e Nanda
(1996) quanto à presença dos segundos molares superiores que não interferiu na
distalização.
Embora o uso do Pendulum não seja indicado para paciente dolicofaciais,
Macedo e Aidar (2001) apresentaram um caso clínico de uma paciente Classe II
dentária, perfil facial satisfatório e padrão esquelético com tendência a Classe III.
Observaram que o tratamento apresentou uma oclusão satisfatória ao final, bom perfil
e o padrão vertical apresentado no início do tratamento melhor ou após a mecânica,
passando de hiperdivergente para neutro.
Angelieri (2005) comparou os efeitos cefalométricos promovidos pelo aparelho
extrabucal cervical e pendulum, associados ao aparelho ortodôntico fixo. A amostra
constitui de 52 telerradiografias iniciais e finais sendo divididos em um grupo de 30
pacientes tratados por um período de 3,28 anos, com aparelho extrabucal e o outro
grupo com 22 pacientes tratados por um período de 4,12 anos, com o aparelho
Pendulum. Os resultados encontrados foram: 1- o aparelho extrabucal cervical
proporcionou um redirecionamento do crescimento maxilar, com restrição do
47
mesmo para anterior, melhorando a relação maxilomandibular esquelética, ao
contrário do aparelho Pendulum, que não promoveu qualquer efeito esquelético; 2- o
tratamento com o aparelho Pendulum resultou em uma maior correção da relação
maxilomandibular dentária vertical; 3- os incisivos e primeiros molares superiores
mesializaram igualmente em ambos os grupos; 4- verificou-se maior verticalização dos
primeiros molares superiores, no grupo AEB; 5- o grupo AEB apresentou uma
maior extrusão dos primeiros molares superiores; 6- ambos os aparelhos
corrigiram a má oclusão com resultados semelhantes e com as mesmas repercussões
no perfil facial tegumentar, com suave retrusão do lábio superior e protrusão do lábio
inferior.
Outros Distalizadores
Henriques et al. (1997) apresentaram um caso clínico de correção de uma má
oclusão de Classe II, 1
a
divisão com protrusão maxilar e falta de espaço superior
utilizando um aparelho removível coadjuvante no tratamento com a ancoragem
extrabucal. A aplicação simultânea do aparelho removível com molas digitais e
ancoragem extrabucal mostrou-se eficiente. A placa de acrílico propicia a distalização
da coroa do segundo molar superior, enquanto que o aparelho extrabucal promove a
distalização da coroa e da raiz do primeiro molar, controlando principalmente a
inclinação da raiz para distal. Ressaltaram que os resultados obtidos estão
diretamente relacionados com o padrão de crescimento equilibrado, bem como a
cooperação no uso dos aparelhos.
Silva, Gasque e Vieira (2003) propuseram um novo método de tratamento
para distalização de molares, denominado de Ertty System. Constataram em seu
trabalho que: este sistema é capaz de distalizar o molar de corpo, sem apresentar os
efeitos colaterais indesejáveis; os molares superiores não sofrem inclinação e
extrusão; a distalização é conseguida em curto período; a aplicação da força do
sistema acarreta movimentação do molar e de todo o segmento bucal do lado que
está sofrendo a distalização; é necessária a colaboração no uso dos elásticos de
48
Classe II o que poderá levar a uma projeção dos incisivos inferiores e ligeira rotação
do plano oclusal.
O espanhol Carrière (2004) publicou um Novo Distalizador para a má oclusão
de Classe II, desenvolvido por meio de uma avançada tecnologia computadorizada e
representa uma evolução do Arco Seccional Modular. (CARRIÈRE, 1991; 1993;
CARRIÈRE, CARRIÈRE, 1995). Foi denominado de Distalizador Carrière (Class One
Orthodontics) (Fig.1). Consiste em um aparelho funcional fixo, simples e eficiente para
o tratamento da má oclusão de classe II sem extrações. Os objetivos biomecânicos
deste tipo de distalizador são:
• Produzir um movimento de rotação distal dos primeiros molares superiores
em torno de suas raízes palatinas, quando necessário;
• Simultaneamente, produzir uma força uniforme para um movimento de
distalização do molar;
• Movimentar cada segmento posterior independentemente, de canino a
molar, como uma unidade;
• Eliminar as trocas de fio e, assim, as forças de distorção colateral que
ocorrem em toda troca de fios quando se usam métodos tradicionais;
• Minimizar as reações periodontais.
A maior evidência clínica que comprova a obtenção da relação molar é o
aparecimento de diastemas entre os incisivos e mesial dos caninos. O distalizador é
confeccionado de aço inoxidável sem níquel. É colado ao canino e ao primeiro molar e
está disponível em três tamanhos. O distalizador apresenta uma base no canino,
permite um movimento distal sem inclinações do canino ao longo do rebordo alveolar,
e contém um gancho soldado com o objetivo de receber o elástico de Classe II. Esta
base possuiu uma extensão que segue posteriormente, formando uma leve curva por
49
vestibular dos pré-molares superiores. A extremidade distal consiste em uma estrutura
circunferencial permanentemente fixa, que se articula em um receptor na base do
molar na qual foram projetadas com o objetivo de se assemelhar à articulação humana
e permitir liberdade máxima de movimentos na direção apropriada. A extremidade
posterior do distalizador permite a realização de três tipos de movimentos dos
molares: verticalização da coroa, rotação distal ao redor da raiz palatina e o
deslocamento distal sem inclinação distal simultânea da coroa. A ancoragem inferior
deve ser cuidadosamente selecionada e vai depender do padrão esquelético e
neuromuscular do paciente, para evitar a protrusão dos incisivos inferiores, podendo
ser utilizado o: 1) Arco Lingual de Nance, 2) Aparelho fixo inferior, 3) Mini-implantes,
entre outros. Os pacientes braquifaciais e musculatura peribucal competente, devem
fazer uso de elásticos de Classe II de tamanho 1/4" pesados, durante 24 horas por
dia, exceto durante as refeições. Os pacientes dolicofacial e musculatura peribucal
mais leve, o uso dos elásticos deve ser limitado há 14 horas por dia, incluindo as
horas de sono. Os elásticos não devem ser usados durante a mastigação devido ao
vetor de força vertical produzida por estes movimentos. A aceitação do paciente que
faz uso do distalizador tem sido positiva, provavelmente porque os incisivos superiores
não recebem nenhum aparelho e a região anterior do arco dentário inferior contém
apenas um arco lingual, que não é visível. Adicionalmente, o distalizador é
relativamente confortável e é usado nos primeiros três a seis meses de tratamento,
quando a cooperação do paciente é maior. O paciente é estimulado pelo aparecimento
imediato do diastema entre os incisivos superiores, mostrando a evolução da
distalização. O fato de evitar extrações dos pré-molares é uma boa razão para que
haja cooperação com o uso do elástico durante alguns meses.
50
Fonte: Class One Orthodontics. Disponível em <http://www.classoneorthodontics.com/distalizer.php>
Acesso em 7 fev 08.
Figura 1 - Distalizador Carrière
Lucato et al. (2004) apresentaram o método de confecção e o mecanismo de
ação do dispositivo Sliding Jig (cursor deslizante), que utilizado em associação com o
aparelho fixo no tratamento da má oclusão de Classe II tem a finalidade de distalizar
os molares superiores. A mecânica de distalização com apoio de elásticos
intermaxilares no sentido da Classe II ou III, pode apresentar efeitos indesejáveis
como o componente de força vertical sobre os dentes de apoio dos elásticos, podendo
causar sua extrusão ou rotação, e um componente mesial, que tem a tendência de
mesializar os dentes anteriores; o que poderá resultar em uma inclinação vestibular
dos incisivos superiores ou inferiores, tornando necessário o domínio das manobras
ortodônticas de forma a minimizar ou neutralizar os efeitos colaterais decorrentes do
uso dos elásticos intermaxilares.
Alves, Bolognese e Souza (2006) demonstraram por meio de casos clínicos o
movimento distal dos molares no tratamento de Classe II ou III, usando o Sliding-Jig
51
associado à mecânica de elásticos intermaxilares, favorecendo casos de deficiência
no comprimento do arco, necessidade de ganho de espaço para a correção de
giroversões, trespasse horizontal e relação molar.
Durante a fase de distalização dos molares superiores, ocorre uma perda de
ancoragem o que ocasionará uma protrusão dos dentes anteriores que posteriormente
deverão ser retraídos; isto é o que ocorre basicamente nos dispositivos intrabucais.
Esta abordagem segundo Janson (2006), não dispensa o uso dos aparelhos
extrabucais e/ou elásticos de Classe II e a colaboração do paciente; pois quando os
dentes anteriores forem retraídos, haverá a necessidade de colaboração do paciente
com o uso destes aparelhos. Adicionalmente, o tempo de tratamento será maior, pois,
a protrusão dos dentes anteriores em razão da perda de ancoragem aumentará e
haverá necessidade de uma maior retração do que aquela apresentada inicialmente.
Também em função das modificações muitas vezes necessárias nos dispositivos
intrabucais, para inicialmente distalizarem os segundos molares e depois os primeiros
molares; demandam um grande tempo clínico do profissional. Por estas razões,
Janson (2006), acredita que estes dispositivos são pouco eficientes (maior quantidade
de alteração oclusal obtida em menor período de tempo, principalmente quando
comparados ao protocolo de tratamento da Classe II com extrações de dois pré-
molares superiores. (FUZIY, 2001; PINZAN-VERCELINO, 2005).
Distalização sem a colaboração dos pacientes
A ancoragem esquelética em Ortodontia esta surgindo como alternativa de
tratamento para os casos em que a ancoragem convencional, que depende da
colaboração do paciente, compromete o resultado final do tratamento ortodôntico. A
eficiência da ancoragem ortodôntica conseguida por meio de mini-implantes, tem sido
demonstrada em diversos trabalhos na literatura. (KANONI, 1997; MIYAWAKI, 2003;
ARAÚJO et al., 2006; DE CLERCK; CORNELIS, 2006; SUGAWARA et al., 2006).
Dentre as mais recentes publicações com finalidade de distalização dos molares
em pacientes adultos evitando extrações destaca o trabalho de Sugawara et al. (2006)
52
que estudaram 25 pacientes adultos, com a finalidade de investigar a quantidade de
movimento distal dos primeiros molares superiores, o tipo de movimento, a diferença
entre a atual e predição distalização e a relação entre distalização quantidade de
distalização e idade, com a utilização do sistema de ancoragem esquelética. Os
resultados mostraram que os molares superiores foram distalizados de corpo (a média da
coroa dos primeiros molares foi de 3,78mm e 3,20 ao nível de raiz) de maneira previsível
conforme a meta do tratamento não mostrando nenhuma relação com a idade e a
extração do segundo ou terceiro molar. O sistema de ancoragem esquelética é uma
forma segura de movimentar dos molares superiores distalmente, corrigindo a protrusão
maxilar.
As pesquisas continuam neste ano, onde De Clerk e Cornelis (2006)
demonstraram como os mini-implantes ancorados no osso inserido na crista
infrazigomática podem ser utilizados como apoio para distalização dos molares em
pacientes adultos com forças contínuas que agem 24 horas por dia e não criar nenhum
efeito adverso no segmento anterior. Em um período de 4 anos e meio, os autores
utilizaram 153 mini-implantes, em pacientes adultos para corrigir a má oclusão de Classe
II sem extrações de pré-molares. Como protocolo de tratamento, os pacientes receberam
a colagem do aparelho com exceção dos pré-molares superiores e após três meses
ocorreu à implantação dos mini-implantes e as forças ortodônticas foram aplicadas duas a
três semanas depois de cirurgia. Utilizaram cursor ou mola fechada com gancho
deslizante em um fio apoiado no mini-implante com uma força de 100-130g e troca diária
dos elásticos. Atingindo a relação molar de Classe I (normalmente demora de seis a nove
meses) a colagem total foi realizada e o tratamento foi dado seqüência com a retração
dos pré-molares e caninos com elásticos atados em uma extensão do mini-implante até o
completo fechamento de espaço. Ao contrário da biomecânica convencional de Classe II,
os caninos são distalizados simultaneamente com os molares, enquanto ajuda a reduzir a
sobressaliência. Houve a perda somente de 3 mini-implantes. Este protocolo de
tratamento mostrou eficiente, com excelentes resultados sem a necessidade de
colaboração do paciente.
53
Ainda neste ano, Araújo et al. (2006) expuseram baseando em experiências
clínicas e publicações cientificas, diversos aspectos referentes aos mini-implantes
ortodônticos. O uso do mini-implantes para distalizar os molares, apresenta o maior
problema na sua localização, pois estes devem ser posicionados entre as raízes de
preferência entre o segundo pré-molar e o primeiro molar, sendo necessário à utilização
de cursores deslizantes ou molas abertas para transferir a força para uma região mais
posterior. Alguns autores sugerem a localização do mini-implante na rafe palatina
mediana ou no rebordo alveolar palatino, com a aplicação de força através de uma barra
transpalatina. (GELGÖR et al., 2004; KYUNG; HONG; PARK, 2003).
2.3 ELÁSTICOS INTERMAXILARES
Philippe (1995) propõem a utilização de três sistemas no emprego dos elásticos
de Classe II, que diferem pela variação da posição do gancho no arco superior e inferior,
considerando a análise mecânica e a análise dos fatores individuais de cada paciente
como a função muscular e o tipo de crescimento craniofacial. Considera que o elástico
tradicional de Classe II (sistema 1) esta mais indicada em pacientes que apresentam
Classe II moderada e dimensão vertical normal, utilizando fios mais rígidos no arco
superior para evitar os efeitos indesejados. O componente vertical da força tem a
tendência de extruir os incisivos e molares inferiores, e inclinaria o plano oclusal para
baixo e para frente. Este sistema é contra-indicado em pacientes Classe II, 1
a
divisão e
face curta (hipodivergente) e em Classe II, 2
a
divisão com mordida profunda, devido ao
efeito indesejado que ocorreria no plano oclusal, no giro da mandíbula e na extrusão dos
dentes superiores anteriores. Também contra-indica o uso em pacientes Classe II com
face longa (hiperdivergente) onde a extrusão do molar deve ser evitada. Cita que apesar
das desvantagens deste sistema tradicional de uso, a maioria dos ortodontistas continua
utilizando, porque a ação ântero-posterior é bastante efetiva. O autor preconiza para a
para pacientes hipodivergentes, Classe II, 1
a
ou 2
a
divisão; o sistema 2, na qual utiliza um
arco auxiliar .045” que estende desde o primeiro molar superior do lado direito até o lado
54
esquerdo, ao longo da gengiva, que recebe ganchos de solda para receber os elásticos.
Este sistema é projetado de forma que o componente vertical de força é aplicado nos
molares superiores ao invés dos incisivos. Para os casos Classe II, hiperdivergentes, o
autor indica o sistema 3 , que utiliza o arco semelhante ao sistema 2 porém para o arco
inferior, e como o elástico é adaptado paralelo ao plano oclusal, não existe componente
vertical ou força de extrusão.
Ellen, Scheneider e Selike (1998) realizaram um estudo comparativo por meio de
telerradiografias pré e pós-tratamento ortodôntico, no tratamento da Classe II sem
extração que não utilizaram AEB, em pacientes que utilizaram elástico intermaxilar com a
ancoragem pela técnica Bioprogressiva e o aparelho edgewise. Um grupo de 30
pacientes foi previamente tratado com arco utilidade para preparo de ancoragem no arco
dentário inferior antes do uso do elástico de Classe II, e o outro grupo de 26 pacientes
foram tratados com mecânica edgewise aonde a ancoragem foi realizada com “full
appliance”, arco inferior bem alinhado, e arco retangular. Os grupos foram selecionados
de acordo com a idade, sexo e quantidade de elástico de Classe II utilizada. Os
resultados mostraram uma vestibularização dos incisivos inferiores, extrusão e
movimento mesial do molar em ambos os grupos.
Nelson, Hansen e Hägg (2000) avaliaram as mudanças dentoesqueléticas em
pacientes tratados com elásticos de Classe de II (técnica de Begg) comparados com
pacientes tratados com aparelho fixo funcional (Herbst). A amostra reunia trinta e seis
pacientes do sexo masculino com má oclusão de Classe II, divisão 1, sem extrações e
dezoito pacientes tratados com aparelho funcional tipo Herbst para um período de 1.3 e
0.5 anos, respectivamente. Foram realizadas telerradiografias em norma lateral em
oclusão habitual no início do tratamento e após 12 meses. O grupo tratado com a técnica
de Begg, ocorreu um avanço da maxila de 1mm mais que no grupo Herbst, e a mandíbula
moveu 1 mm mais no grupo Herbst. A redução do overjet no grupo Begg foi melhor que
no grupo Herbst, principalmente por causa dos movimentos dentários. A correção da
relação molar foi semelhante em ambos os grupos. No grupo Begg pode-se notar um
movimento mesial do molar inferior porque parte da movimentação ortopédica da
correção de molar foi menor no grupo Begg do que no grupo Herbst. As conclusões deste
55
estudo mostraram que as mudanças que contribuem para a correção da má oclusão de
Classe II em ambos os grupos eram dentoesqueléticas, porém as mudanças esqueléticas
foram maiores no grupo tratado com Herbst. As mudanças verticais favoráveis e
desfavoráveis foram mais pronunciadas no grupo tratado com elástico de Classe II.
Cabrera et al. (2003) descreveram as aplicações e indicações dos elásticos
utilizados em Ortodontia. A falta de referências normativas quanto à magnitude de força
liberada pelos elásticos, levou a pesquisar o comportamento de elásticos de diferentes
marcas, diâmetros e espessura. O elástico intermaxilar tem sido uma ferramenta
indispensável para o tratamento ortodôntico e tem como principal característica à
versatilidade e criatividade em sua aplicação, obrigando o profissional a efetuar um
adequado planejamento conhecendo seus efeitos, vantagens e desvantagens.
Objetivaram neste trabalho, avaliar e medir a força dos diversos elásticos utilizados em
Ortodontia com o intuito de estabelecer a magnitude de força liberada por cada tipo de
elástico. Após a análise dos resultados chegaram à conclusão de que os elásticos sofrem
uma variação de força entre os diversos diâmetros, espessuras e, sobretudo marcas,
onde concluíram que os resultados obtidos funcionam somente como referência, e para
uma força adequada se faz necessário o uso do dinamômetro de precisão.
Henriques, Hayasaki e Henriques (2003) afirmaram que existe grande variação
de força entre os diversos diâmetros, espessuras e marcas comercias sendo necessário o
uso do dinamômetro de precisão para aferir com exatidão a força promovida em uma
situação clínica. Ressaltaram ainda que os elásticos produzem quantidades de força
determinada quando distendidos no máximo, três vezes o seu tamanho, tornando
necessário medir a distância entre os pontos de apoio.
O uso dos elásticos intermaxilares foi demonstrado por Janson et al. (2004) com
a apresentação de um caso clínico de uma paciente que apresentava Classe II, 1
a
divisão,
subdivisão, e suave apinhamento dentário na região anterior do arco superior. A linha média
inferior apresentava-se desviada para a direita (lado da Classe II) e a linha média dentária
superior apresentava-se coincidente com o plano sagital mediano. Como o tratamento não
poderia ser realizado com extrações, pois prejudicaria mais o perfil facial da paciente; optou-se
56
pela correção por meio de dois elásticos intermaxilares de Classe II do lado direito e um
elástico diagonal anterior, com o objetivo de corrigir a relação ântero-posterior desse lado e o
desvio da linha média dentária entre si, por um período de seis meses. O resultado mostrou
satisfatório.
Loriato et al. (2006) publicaram neste mesmo ano, os aspectos biomecânicos dos
elásticos utilizados em Ortodontia bem como as aplicações clínicas, vantagens,
desvantagens, indicações e limitações. Dentro das aplicações tem-se o elástico de
Classe II, que caracterizam por apoiar na região do canino superior a um molar inferior,
podendo ser o primeiro ou o segundo. Ressaltam que pode ser utilizado com arco auxiliar
como o sliding-jig para potencializar o efeito de distalização dos molares superiores. Um
efeito colateral destes elásticos é o giro mesial dos molares inferiores, pois a linha de
ação da força promovida pelo elástico passa distante do centro de resistência dos
molares provocando uma tendência de rotação para mesial e de inclinação ara lingual.
Este efeito pode ser minimizado com o uso de arcos de maior calibre como o retangular,
arco lingual, arcos com stops justos aos tubos molares, entre outros.
Os usos dos elásticos intermaxilares podem levar as reabsorções radiculares.
Linge e Linge (1983) consideram que existe um aumento significante na magnitude da
reabsorção no lado onde foram usados os elásticos e sugerem que as forças de vai-e-
vem resultantes da junção combinada aos elásticos são responsáveis pela reabsorção
radicular dos incisivos.
Nelson et al. (2007) realizaram um estudo comparando a morfologia
dentofacial e as mudanças promovidas pelo crescimento a longo prazo de pacientes
do sexo masculino com má oclusão de Classe II, tratados sem extração pela técnica
de Begg e com aparelho funcional tipo Herbst. Foram realizadas telerradiografias em
norma lateral no início, após o tratamento ativo e após observação a longo prazo. Os
resultados mostraram que os efeitos do tratamento foram diferentes em ambos os
grupos com resultados mais favoráveis no grupo Herbst. Durante o período de
observação total, o prognatismo maxilar e a altura facial anterior diminuíram mais no
grupo Begg do que no grupo Herbst, concluindo que embora havia inicialmente
57
diferenças nos resultados promovidos pelo tratamento, a maioria destas diferenças
não se mantiveram a longo prazo, indicando que o resultado final do tratamento da má
oclusão de Classe II foram semelhantes independente do dispositivo utilizado.
Uzel, Uzel, e Toroglu (2007) avaliaram por meio de telerradiografias, os
efeitos dos elásticos de Classe II em 30 pacientes que apresentavam má oclusão
de Classe II, tratados sem extração sendo quinze tratados com arco utilidade e
elástico de Classe II (grupo UAs) e os outros tratados com o aparelho mini mentoneira
recíproca (grupo RMCC) introduzido por Langlade (1997). Quinze telerradiografias de
quinze pacientes sem tratamento que possuíam as mesmas características dos
grupos tratados, foram usados como grupo controle. O período de controle foi de 10
meses. Os resultados mostraram que a relação molar e caninos, foram alcançadas em
um tempo de tratamento de 4.6 meses com a aplicação do aparelho RMCC e em 8.5
meses no grupo UAs A redução do overjet foi de 4.7 mm no RMCC (87.87% de
movimento dentário) e 5.2 mm no grupo UAs (80.76% de movimento dentário). A
correção de molar foi de 4.5 mm para o grupo RMCC (87.36% de movimento dentário)
e 2.0 mm no grupo UAs (51.47% de movimento dentário). A altura facial anterior
aumentou em ambos os grupos. Concluíram que o aparelho RMCC é uma valiosa
alternativa no uso de elásticos de Classe II em más oclusões de Classe II na qual os
molares superiores precisam ser movidos para distal mais do que os incisivos
superiores.
Os elásticos intermaxilares têm como principal característica sua versatilidade e
criatividade em sua aplicação, obrigando o profissional a efetuar um adequado
planejamento nas disposições dos elásticos conhecendo seus efeitos, vantagens e
desvantagens.
58
2. 4 CONCEITO E APLICAÇÃO DA TEORIA DE FORÇA DAS DEZ HORAS
Uma contribuição muito relevante para o tratamento das distalizações de molares
que advém do conceito de Andrews (1971) denominado “Teoria de Força das Dez Horas”.
Este conceito é fundamentado em uma teoria biológica que explica que um dente só inicia
seu processo de movimentação ortodôntica após ser submetido à aplicação de força por
um período contínuo de 10 horas, ou seja; ao imprimir uma força com o objetivo de
promover a movimentação ortodôntica, os osteoclastos responsáveis pela reabsorção
óssea e os osteoblastos responsáveis pela aposição óssea, só promoverão condições
para a movimentação a partir de 10 horas de uso contínuo da força. Cessada a força, o
movimento do dente pára imediatamente. Após um período aproximadamente de 30
minutos de repouso, será necessária a aplicação de mais 10 horas de força contínua
para que se reinicie a movimentação ortodôntica. Exemplo clínico: Com o emprego do
AEB por 14 horas/dia continuamente, teremos 10 horas para desencadear a atividade
osteoclástica e iniciar movimentação e somente 4 horas de movimentos efetivos (14-10=
4 mm). Conseqüentemente, se 4 horas corresponde a 1/6 de 24 horas, o uso contínuo de
14 horas/dia promoverá a distalização de apenas 1 milímetro em 6 meses. Pacientes que
usam o aparelho extrabucal durante 24 horas diariamente, mostram uma resposta
máxima, sendo que os molares apresentam mobilidade, e ocorre um aumento do espaço
interdentário aproximadamente um milímetro por mês. Os elásticos interarcos horizontais
quando usados distendidos quer no sentido de Classe II ou III promovem uma ação igual
e contraria aos locais onde foram atados (reciprocidade). Para anular este efeito
indesejado, pode-se usar o conceito da Teoria de Força das Dez Horas, retirando a
força do local aonde não se deseja movimentar, antes que complete 10 horas de
aplicação de força. Baseado no conceito da Teoria de força das Dez horas pode-se
reduzir o período de uso do aparelho de ancoragem ou tração extrabucal (uso de
somente 8 horas por dia) intercalando-o com uso de elásticos interarcos horizontais
(Classe II). É uma maneira de gerar força não recíproca. Com base nessa teoria, o
profissional pode alternar o uso de elásticos intermaxilares com o uso do aparelho
extrabucal para obter uma distalização dos molares superiores, fazendo com que as
forças incidam sobre esses dentes por um período de, aproximadamente, 24 horas por
59
dia. “Dentes que não precisam de movimentação, podem ser usados por até dez horas,
como ancoragens não recíprocas para dentes que precisam de movimentação, ou como
ancoragens para aplicação de força ortopédica”. (ANDREWS, 1995).
Aplicação Clínica: Este protocolo de tratamento pode ser utilizado em duas
fases durante o tratamento ortodôntico: 1
a
. Fase – Distalização dos molares superiores e
2
a
. Fase- Retração ou redução da sobressaliência. Cada fase apresenta três estágios.
1
a
. FASE- Distalização dos molares- esta fase está dividida em três estágios
distintos de 8 horas.
Utilização de elásticos de Classe II instalado no tubo telescópico no arco superior
para aplicação de força nos primeiros molares superiores. Os elásticos intermaxilares
podem ser alternados entre dois dentes posteriores inferiores de cada lado em intervalos
de 8 horas (uso diurno) e força direta nos primeiros molares superiores por meio do
aparelho de ancoragem extrabucal por mais 8 horas (uso noturno). Deste modo os
molares superiores são submetidos a 24 horas de força distalizadora sem a ação
recíproca dos dentes inferiores, pois a força é retirada antes de completar 10 horas,
período necessário para ocorrer a movimentação ortodôntica (Figs. 2 e 3).
Para a aplicação da Teoria de Força das Dez Horas, os molares superiores
deverão receber bandas com tubos duplos soldados. Inicialmente realiza-se a colagem do
aparelho fixo no arco dentário superior e inferior, com exceção dos pré-molares
superiores. Utiliza-se um tubo telescópico 0,07 mm inserido no fio de nivelamento entre o
canino superior e molar superior e o paciente deve ser orientado quanto ao uso dos
elásticos e do AEB. (CABRERA, CABRERA, 2005; CABRERA et al., 2000).
A etapa de nivelamento e alinhamento deverá atingir o fio de aço inoxidável, de
diâmetro .016” para que se inicie a aplicação das forças sobre os molares, para evitar os
efeitos indesejados da ação dos elásticos intermaxilares. (CABRERA et al., 2003;
HENRIQUES, HAYASAKI; HENRIQUES, 2003; KERSEY et al., 2003; LORIATO;
MACHADO; MACEDO, 2006).
60
2
a
. FASE: Retração ou redução da sobressaliência - dividida em três estágios
distintos de 8 horas.
Aplicação de força é realizada por meio de elástico intramaxilar instalado do tubo
do primeiro molar superior ao gancho do arco retangular, associado ao AEB durante 8
horas. Após este período, são atados elásticos intermaxilares de Classe II no gancho do
arco retangular, alternando entre os dois dentes posteriores inferiores em cada lado com
intervalos de 8 horas durante o dia.
Segundo Andrews (1995) o significado clínico da Teoria de Força das Dez Horas
é: forma de gerar força não recíproca. Dentes que não precisam ser movidos podem ser
usados, por até dez horas, como ancoragens não recíprocas para dentes que precisam
de movimento, ou como ancoragens para aplicação de força ortopédica. Andrews (1995)
considera que a cooperação do paciente geralmente é melhor com a Teoria de Força das
Dez Horas do que quando são usados métodos alternativos, por que: 1) A ancoragem
extrabucal é usada apenas à noite, o que é aceitável por muitos pacientes; 2) A biologia
do movimento dentário (Teoria de Força das Dez Horas) pode ser explicada com recursos
didáticos de maneira fácil de compreender. A compreensão de como e porque, é melhor
do que um paciente que não sabe a razão do aparelho, e com isso o sucesso para o
resultado é mais favorável; 3) O período de oito horas é conveniente para os pacientes.
Como as pessoas são basicamente criaturas de oito horas (oito horas de sono, oito horas
de trabalho), essa seqüência de tempo torna mais fácil para os pacientes se lembrarem
de quando devem trocar os elásticos. Oito horas também é um período que apresenta 2
horas de segurança dentro do limiar biológico de 10 horas para a movimentação dentária
que fornece um limite de segurança; para os pacientes que esquecerem de fazer as
trocas dos elásticos.
61
Aplicação da Teoria de Força das Dez Horas. (ANDREWS, 1995).
Fonte: ANDREWS (1995). Tabela da Teoria de Força das Dez Horas.
Figura 2 - Demonstração da aplicação clínica da T10
Estágio 1 – manhã- uso 8 horas com uso de cursor deslizante
Estágio 2- tarde- uso 8 horas
Fonte: ANDREWS (1995). Tabela da Teoria de Força das Dez Horas.
Figura 3 - Sete meses após e com todos os braquetes colados
62
Cabrera e Cabrera (1997) e Cabrera et al. (2000) demonstraram resultados
clínicos da utilização deste protocolo para distalização de molares, bem como a
confecção, instalação e uso dos elásticos intermaxilares em estágios.
Como não havia publicações sobre a Teoria de Força das Dez Horas ou relatos
de estudos experimentais ou microscópicos, Cuoghi (1996) analisou e quantificou (do
ponto de vista macro e microscópico), os primeiros momentos da movimentação dentária
induzida em dentes de cinco macacos adultos jovens, da espécie Cebus apella,
apresentando pesos médio de 2.048 gramas e com idade entre 6 e 7 anos e foram
selecionados para o estudo da movimentação, os incisivos centrais superiores e
inferiores, bem como os pré-molares superiores do lado direito e inferiores do lado
esquerdo e empregada força de aproximadamente 3 onças, correspondente a 84 gramas.
Foi analisada para as condições de força contínua dissipante, a movimentação dentária
no final de 5, 10, 15 e 20 horas e para a força contínua dissipante, mas intermitente, os
períodos de 10hF/5hR (10 horas de força e 5 horas de repouso), 10hF/10hR (10 horas de
força e 10 horas de repouso), 10hF/5hR/5hF (10 horas de força, 5 horas de repouso e
reaplicação da força por 5 horas), e 10hF/5hR/10hF (10 horas de força, 5 horas de
repouso e reaplicação da força por 10 horas). Com base na metodologia utilizada e
considerando as limitações inerentes, os resultados obtidos permitiram verificar quanto à
movimentação dentária que: A movimentação dentária induzida atingiu seu ponto máximo
após 10 horas de força contínua dissipantes; nos períodos de 10, 15 e 20 horas as
movimentações médias não apresentaram diferenças estatisticamente significante; as
forças contínuas dissipantes, sem períodos de repouso proporcionaram maiores
movimentações dentárias em menor período. Após um período de repouso de 5 horas, a
quantidade de movimentação não se recuperou com as reativações de 5 e 10 horas. A
força contínua dissipante atingiu a máxima movimentação dentária depois de 10 horas de
sua aplicação e permaneceu no mesmo patamar após 15 e 20 horas. Após 10 horas de
movimentação dentária induzida a força era removida e reaplicada após 5 horas de
repouso. Observou uma acentuada redução da área de pressão. A reaplicação desta
força após 10 horas implicava em retomar todo o processo no nível inicial anterior;
podendo concluir que as forças contínuas dissipantes devem ser empregadas de forma
contínua ao longo dos dias. Nos primeiros momentos, a interrupção em horas da
63
aplicação da força contínua dissipante não favorece a eficiência da movimentação
dentária induzida e assim concluiu que: para uma movimentação dentária favorável, as
forças devem ser aplicadas de forma contínua ao longo do dia. Os períodos de repouso
devem ser mínimos e não atingir 5 horas. Nos primeiros momentos, a interrupção em
horas da aplicação da força contínua dissipante não favorece a eficiência da
movimentação dentária induzida. O autor concluiu com este estudo que a hipótese de
Andrews (1995) sobre a quantidade de movimentação é válida, ou seja, para uma
movimentação dentária favorável, as forças devem ser aplicadas de forma contínua e
atingia a máxima movimentação depois de 10 horas de sua aplicação.
Andrews (1997, p. 7) respondeu a pergunta em entrevista realizada por
Suguimoto: “O senhor mostra a seus pacientes uma espécie de tabela que ilustra a
importância da força contínua para um movimento dentário eficiente. O senhor a
denomina de tabela da "Teoria das Dez Horas". A ilustração mostra que do momento em
que a força é aplicada, é necessário aproximadamente 8 a 10 horas de força antes do
dente iniciar o movimento. A tabela mostra então que se aquela força é removida por
apenas 1 hora e meia, a química do osso se reverte de osteoclástica para osteoblástica,
então, se a mesma força for reaplicada ela leva novamente aproximadamente 8 a 10
horas para que o processo osteoclástico reinicie. Isto significa que se o paciente retirar os
elásticos a cada 8 horas durante meia hora, não haverá progresso mesmo que ele o use
por outras 22 horas e meia. Minha pergunta é, o senhor realmente acredita que isto é o
que realmente acontece ou é apenas uma técnica para se estimular à cooperação do
paciente?”
Andrews (1997, p. 7) respondeu: “Isto ocorre 100% em alguns pacientes e
menos em outros. A utilidade desta abordagem é que os dentes que você não quer
movimentar podem ser utilizados como ancoragem por 8 horas para movimentar os
dentes que você deseja. Apenas mantenha 24 horas de força sobre o dente. que você
quer movimentar e mude a força onde não deseja movimentação. A dificuldade é medir a
responsabilidade do paciente em seguir a prescrição das 8 horas. Alguns pacientes
esquecem e ocasionalmente deixam a força sobre o dente por mais de 10 horas, sendo
assim, o uso de um relógio de pulso com alarme ajuda. Parece haver uma correlação
64
entre a eficácia da teoria e aquelas que seguem a prescrição do tempo. Um extenso
relato clínico naquele indivíduo está sendo preparado com um grande número de relatos
de modelos. Esperamos aprender mais de um estudo histológico que está sendo
conduzido atualmente”.
65
66
67
3 PROPOSIÇÃO
Este estudo visa comparar cefalometricamente, por meio da análise de
telerradiografias em norma lateral pré e pós-tratamento ortodôntico, as alterações
dentoalveolares em dois tipos de protocolos para a correção da má oclusão de Classe II:
1- Aplicação clínica da Teoria de Força das Dez Horas e 2- Aparelho Extrabucal Cervical;
ambos associados ao aparelho ortodôntico fixo.
68
69
70
71
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
A amostra utilizada para a realização deste estudo constituiu-se de 118
telerradiografias em norma lateral, sendo 59 iniciais e 59 finais, de um grupo de pacientes
portadores de má oclusão inicial de Classe II, os quais foram divididos em dois grupos
conforme o tipo de recurso utilizado para distalização de molares, sendo denominado:
Grupo T10 - pacientes que utilizaram o recurso da Teoria de Força das Dez Horas e
Grupo AEB - pacientes que utilizaram o Aparelho de Ancoragem Extrabucal. Os critérios
para seleção da amostra basearam-se nas seguintes características: 1- Relação molar de
Classe II bilateral; 2- Exclusão dos casos que apresentavam ausências ou perdas de
dentes permanentes.
A meta objetivada em ambos os grupos foi as Seis Chaves para Oclusão
Perfeita. (ANDREWS, 1972).
Grupo T10
O Grupo T10 compreendeu de 31 pacientes, com idade média inicial de 14,90
anos e idade final de 17,25 anos (tabela 1), sendo 22 do gênero feminino e 9 do
masculino. As documentações dos pacientes foram obtidas do acervo da Cabrera &
Cabrera- Ortodontia (clínica ortodôntica que pertence a Marise de Castro Cabrera e
Carlos Alberto Gregório Cabrera) e foram tratados pelos mesmos. A má oclusão de
Classe II foi corrigida por meio do recurso da Teoria de Força das Dez Horas associado
ao aparelho ortodôntico fixo com a técnica Straight Wire (A’ Company). (ANDREWS,
1997). O tempo médio de tratamento foi de 2,35 anos.
72
Grupo AEB
O Grupo AEB consistiu de 28 pacientes com idade média inicial de 13,98 anos e
idade final de 16,46 anos (tabela 1), sendo 19 do gênero feminino e 9 do masculino.
Deste total, 16 documentações foram obtidos do acervo da clínica de Ortodontia Cabrera
& Cabrera, e tratados com a técnica Straight Wire e o restante (12) das documentações
foram obtidas do acervo do curso de pós-graduação da Faculdade de Odontologia de
Bauru - Universidade de São Paulo e foram tratados por alunos do Curso de Pós-
Graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São
Paulo, com a técnica Edgewise, sendo que a má oclusão de Classe II foi corrigida
somente por meio da utilização do aparelho de ancoragem extrabucal, também chamado
de KHG (Kloehn Headgear) associado ao aparelho ortodôntico fixo. O tempo médio de
tratamento foi de 2,47 anos (tabela 1). A seleção dos pacientes do acervo da FOB-USP
foi aleatória.
Tabela 1 - Idade média inicial, final de tratamento e tempo de tratamento dos Grupos T10 e AEB
GRUPOS Idade Média Inicial Idade Média Final Tempo de tratamento
T10 14,9 17,25 2,35
AEB 13,98 16,46 2,47
4.2 MÉTODOS
Para uma melhor compreensão, os métodos foram divididos em:
4.2.1 Protocolo de Tratamento
4.2.2 Elaboração do Cefalograma
4.2.3 Controle do Erro
4.2.4 Análise Estatística
73
4.2.1 Protocolo de Tratamento
4.2.1.1 Grupo T10
O protocolo do recurso da Teoria de Força das Dez Horas utilizado para a
distalização dos molares neste grupo, iniciou com a bandagem e soldagem de tubos
duplos dos primeiros molares superiores (A’ Company) e a colagem dos braquetes
Straight Wire Andrews (A’ Company), de ranhura .022”x.025” com exceção dos pré-
molares superiores (Fig. 4).
Fonte: CABRERA et al., (2000).
Figura 4 - Colagem dos dentes com exceção dos pré-molares
O tratamento ortodôntico fixo foi realizado de maneira convencional, com o
nivelamento e alinhamento dentário até atingir o fio de aço inoxidável polido de diâmetro
.016”, quando iniciou a preparação da 1a. fase da Teoria de Força das Dez Horas que
tem por finalidade a distalização os molares. Inicialmente confeccionou-se o aparelho de
ancoragem extrabucal e realizou a soldagem do gancho de fio de latão de calibre 0,8
mm no tubo telescópico, prendendo o gancho de fio de latão com uma pinça mathieu na
extremidade no tubo telescópico de 0,07 mm de diâmetro e por meio do fluxo para solda
aplicado na base do gancho, procedeu-se a soldagem. O fio de latão foi cortado 7 mm
74
acima da solda e após o acabamento, confeccionou-se um gancho voltado para mesial
cervical (Figs. 5 a,c,b,d,f).
a b c
d e f
Fonte: CABRERA et al., (2000).
Figura 5 (5a,5b,5c.5d,5f) Soldagem do gancho no tubo telescópico
Com arco dentário superior previamente preparado sem a colagem dos pré-
molares para receber a T10, mediu-se com o próprio tubo telescópico, diretamente na
cavidade bucal do paciente, a distância entre a entrada do tubo superior e a face distal do
braquete do canino, marcando com caneta hidrocor (Figs. 6 e 7), e o excesso do tubo
telescópico foi cortado com disco de carburundum (Fig. 8). Os procedimentos foram
repetidos no lado oposto. Os tubos telescópicos são inseridos ao arco de nivelamento
com os ganchos voltados para mesial (Figs. 9 a 11) e foram amarrados nas canaletas dos
braquetes fazendo o uso de amarrilho de metal (Fig. 12). Os procedimentos foram
repetidos no lado oposto.
75
6
7 8
9 10
11 12
Fonte: CABRERA et al., (2000).
Figuras 6 a 12 – Preparo e instalação do tubo telescópico
76
TEORIA DE FORÇA DAS DEZ HORAS
1
a
Fase- Distalização dos primeiros molares
Esta fase está dividida em 3 estágios distintos:
1
o
estágio – Adaptação do aparelho de ancoragem extrabucal de tração cervical,
com intensidade de força de 400 a 500cN/lado, de uso noturno, somente por 8 horas
(exemplo: das 23 às 7 horas) (Fig. 13).
2
o
estágio – Adaptação de elásticos interarcos horizontal (elástico de Classe II)
bilateral que deve ser distendido do gancho do tubo do primeiro molar inferior ao gancho
do tubo telescópico. O paciente é orientado a utilizá-lo por 8 horas (exemplo: das 7 às
15:00 horas) (Fig. 14).
3
o
estágio – Adaptação de elásticos interarcos horizontal (elástico de Classe II)
bilateral que deve ser distendido do gancho do tubo do segundo molar inferior ao gancho
do tubo telescópico. O paciente é orientado a utilizá-lo por 8 horas (exemplo: das 15 às
23:00 horas) (Fig. 15).
77
13
14
15
Fonte: CABRERA et al., (2000).
Figuras 13 a 15 Protocolo da Teoria de Força das Dez Horas para distalização dos molares
78
A magnitude da força dos elásticos deve ser entre 200 a 250 cN, quantificado
pelo dinamômetro de precisão (Fig. 16). A troca dos elásticos deve ser bilateral e
diariamente e somente retirado durante as refeições por um período aproximadamente de
30 minutos de repouso.
Fonte: CABRERA et al., (2000).
Figura 16 – Elástico de Classe II e dinamômetro de precisão
Desta forma, os molares recebem 24 horas por dia de força favorecendo a
distalização e os dentes inferiores não são movimentados, já que a força é retirada destes
ao se completar 8 horas de aplicação, não atingindo o período de 10 horas necessárias
para iniciar a movimentação.
Esta fase termina quando a correção do posicionamento dos molares superiores
estiver completada (relação molar de Classe I). Nesta situação já podem ser colados os
braquetes dos pré-molares superiores. O tratamento ortodôntico segue
convencionalmente tendo sempre como meta a obtenção das seis chaves da oclusão
perfeita preconizada por Andrews (1972), quando então deve ser finalizado com a
remoção do aparelho ortodôntico fixo e instalação das contenções, sendo para o arco
superior a placa de Hawley modificada e uma contenção fixa colada 3x3 inferior. O tempo
médio de tratamento foi de 2,35 anos.
79
17
Figura 17 - Pré-tratamento ortodôntico
18 19
20 21
Fonte: CABRERA et al., (2000).
Figuras 18 a 21 - Caso Clínico com tubo telescópico
e protocolo da T10 para distalização dos molares
Figs.18 e 19 - Uso AEB/8 horas, sem uso de elásticos
Fig. 20- Elástico de Classe II atado no gancho do tubo
telescópico até o 1
o
molar inferior por 8 horas
Fig. 21- Elástico de Classe II atado no gancho do tubo
telescópico até o 2
o
molar inferior por 8 horas
22
Figura 22 - Pós-tratamento ortodôntico
80
O tubo telescópico utilizado durante a aplicação da Teoria de Força das Dez
Horas, pode ser substituído por um cursor deslizante confeccionado com fio de aço polido
de calibre 0,7mm e com este dispositivo os aparelhos poderão ser colados totalmente,
pois o cursor é instalado passando acima dos braquetes (Figs. 23 a 25).
Figuras 23 a 25- Cursor deslizante com protocolo da T10. Fig. 23- Uso de AEB por 8 horas; Fig. 24- Elástico de
Classe II atado no gancho do cursor até o 1
o
molar inferior por 8 horas; Fig. 25- Elástico de Classe II atado no
gancho do cursor até o 2
o
molar inferior por 8 horas
4.2.1.2 Grupo AEB
O grupo AEB consistiu de 28 pacientes sendo 16 tratados com a técnica Straight
Wire na clínica de Ortodontia Cabrera & Cabrera e os outros 12, por alunos do Curso de
Pós-Graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de
São Paulo, com a técnica Edgewise.
Todos os pacientes utilizaram aparelho ortodôntico fixo associado ao aparelho
extrabucal de tração cervical ou KHG (Figs. 26 e 27), com o braço externo encaixado nos
tubos redondos dos primeiros molares superiores para a distalização de molares. Foi
utilizada uma almofada cervical com ganchos para a adaptação de elásticos, que quando
distendidos apresentavam uma força de 450 gramas por lado e foram orientados a utilizar
por um período médio de 16h/dia e trocar bilateralmente os elásticos a cada dois dias. O
arco interno encontrava-se afastado das faces vestibulares dos primeiros molares
superiores, cerca de 2 mm com a finalidade de evitar a instalação de mordida cruzada
81
desses dentes. Após a correção da relação molar, o aparelho extrabucal cervical foi
utilizado somente no período noturno como contenção. Após a remoção do aparelho
ortodôntico fixo, instalou-se a placa de Hawley superior e uma contenção fixa colada 3x3
inferior. O tempo médio de tratamento foi de 2,47 anos.
Figuras 26 e 27- Aparelho de Ancoragem Extrabucal
82
4.2.2 Elaboração do Cefalograma
Todas as radiografias foram scaneadas em escala de cinza com 300DPi em
scanner da Microtek modelo ScanMaker i800 e gravadas em DVD. Em seguida foram
inseridas no programa Dolphin Imaging Version 10.0, onde os pontos foram demarcados
e o cefalograma e as medições foram realizadas pelo software automaticamente. Todas
as radiografias tiveram o fator de magnificação (6%, 7,9% e 9,8%) corrigido
automaticamente pelo software.
A elaboração do cefalograma consistiu em:
4.2.2.1 Desenho Anatômico
4.2.2.2 Pontos Cefalométricos
4.2.2.3 Linhas e Planos
4.2.2.4 Grandezas Cefalométricas Esqueléticas
4.2.2.5 Grandezas Cefalométricas Dentárias
4.2.2.6 Relações Dentárias
4.2.2.1 Desenho Anatômico
Foram delimitadas as seguintes estruturas dentoesqueléticas (Fig. 28):
- perfil mole;
- perfil do osso frontal e dos ossos nasais;
- sela túrcica;
83
- meato acústico externo;
- fissura pterigomaxilar;
- limite inferior da cavidade orbitária;
- maxila;
- contorno da mandíbula;
- incisivos centrais e primeiros molares permanentes superiores e inferiores.
Figura 28- Desenho Anatômico
Para todas as estruturas bilaterais foram efetuados os traçados médios.
84
4.2.2.2 Pontos Cefalométricos ( Fig. 29)
Os pontos de referência anatômicos foram demarcados seguindo as especificações
de Krogman e Sassouni (1957), Sassouni (1970), McNamara Júnior (1984), Ricketts (1960),
Jacobson (1975), Steiner (1953,1959).
1 - S (sela túrcica): ponto mais central da sela túrcica;
2 - N (násio): ponto mais anterior da sutura frontonasal;
3 - Or (orbitário): a média dos pontos mais inferiores das margens inferiores das órbitas;
4 - ENP (espinha nasal posterior): ponto mais posterior do assoalho da fossa nasal;
5 - ENA (espinha nasal anterior): ponto mais anterior da espinha nasal anterior;
6 - Ponto A (subespinhal): ponto mais profundo da concavidade anterior da maxila;
7- Ponto B (supramentoniano): o ponto mais profundo da concavidade da sínfise mentoniana;
8 - Pog (pogônio): o ponto mais anterior do contorno do mento ósseo;
9 - Gn (gnátio): o ponto mais inferior e anterior do contorno do mento ósseo, determinado pela
bissetriz das linhas NPog e o plano mandibular (GoMe);
10 - Me (mentoniano): o ponto mais inferior da sínfise mentoniana;
11 - Go (gônio): o ponto determinado pela intersecção da bissetriz do ângulo formado pelas
tangentes às bordas posterior e inferior da mandíbula;
12 - Po (pório anatômico): o ponto mais superior do meato acústico externo;
13 - Co (condílio): o ponto mais posterior e superior do côndilo mandibular;
14 - Bii (borda incisal inferior): o ponto mais superior da borda incisal do incisivo central
inferior;
15 - Bis (borda incisal superior): o ponto mais inferior da borda incisal do incisivo central
superior;
85
16 - SMPMs (superfície mesial do primeiro molar superior): ponto mais anterior da coroa do
primeiro molar permanente superior;
17- SMPMi (superfície mesial do primeiro molar inferior): o ponto mais anterior da coroa do
primeiro molar permanente inferior;
18 - COM (contato oclusal molar): o ponto médio da superfície de intercuspidação dos
primeiros molares;
19- COPM (contato oclusal pré-molar): ponto médio da superfície de intercuspidação dos
primeiros pré-molares;
20- Centro6 - Ponto Centróide- ponto localizado no ponto médio da distância mesiodistal dos
molares superiores e inferiores;
21- Centro4 - Ponto Centróide- ponto localizado no ponto médio da distância mesiodistal dos
primeiros pré-molares superiores;
22- PTM (fissura pterigomaxilar): o ponto mais posterior e superior da fissura pterigomaxilar.
86
Figura 29- Pontos Cefalométricos
87
4.2.2.3 Linhas e Planos (Fig. 30)
1 - Linha SN: do ponto sela ao násio;
2 - FH (plano horizontal de Frankfort): do ponto pório ao orbitário;
3 - PP (plano palatino): do ponto ENA ao ENP;
4 - POF (plano oclusal funcional): do contato oclusal pré-molar ao contato oclusal molar;
5 - GoMe (plano mandibular): do ponto gônio ao mentoniano;
6 - Linha NA: une o ponto násio ao ponto A;
7 - Linha NB: une o ponto násio ao ponto B;
8 - Linha BIS-AIS (longo eixo do incisivo superior): une os pontos correspondentes da borda
incisal ao ápice dos incisivos centrais superiores;
9 - Linha BII-AII (longo eixo do incisivo inferior): une os pontos correspondentes da borda
incisal ao ápice dos incisivos centrais inferiores;
10- Linha do longo eixo do primeiro molar superior- partindo do ponto centróide passando
pelo centro da raiz (perpendicular à linha que une a maior convexidade mesial e distal do
primeiro molar no ponto centróide);
11- Linha do longo eixo do primeiro pré-molar superior- partindo do ponto centróide passando
pelo centro da raiz (perpendicular à linha que une a maior convexidade mesial e distal do
primeiro pré-molar no ponto centróide);
12- Linha ENA-Me – une os pontos localizados na espinha nasal anterior (ENA) e mentoniano
(Me);
13- Linha PTV- linha vertical pterigóide linha tangente ao ponto PTM (ponto mais posterior e
superior da fissura pterigomaxilar) e perpendicular ao plano horizontal de Frankfort;
14 – Linha CoA: do ponto condílio ao ponto A;
15 – Linha CoGn: do ponto condílio ao ponto gônio.
88
Figura 30 - Linhas e Planos
89
4.2.2.4 Grandezas Cefalométricas Esqueléticas (Fig. 31)
MAXILARES
1 - SNA (º): ângulo formado pelas linhas SN e NA. Indica a relação sagital da maxila em
relação à base do crânio, e seu aumento indica um aumento da protrusão maxilar;
2 - Co-A (mm): distância entre os pontos condílio e A. Representa o comprimento efetivo da
maxila.
MANDIBULARES:
3 - SNB (º): ângulo formado pelas linhas SN e NB. Indica a relação sagital da mandíbula em
relação à base do crânio, e seu aumento indica um aumento da protrusão mandibular;
4 - Co-Gn (mm): distância entre os pontos condílio e gônio. Representa o comprimento efetivo
da mandíbula.
MAXILOMANDIBULARES:
5 - ANB (º): ângulo entre as linhas NA e NB. Representa o grau de discrepância sagital entre
a maxila e mandíbula;
6 - Wits (mm): distância entre as projeções perpendiculares dos pontos A e B sobre o plano
oclusal funcional. Define o relacionamento sagital entre a maxila e mandíbula.
HORIZONTAIS E VERTICAIS:
7- FMA (º): ângulo formado pelos planos horizontal de Frankfort e mandibular (GoMe). Define
basicamente a orientação do padrão de crescimento facial;
8- AFAI (mm): distância entre os pontos espinha nasal anterior e mentoniano. Indica a altura
do terço inferior da face.
90
Figura 31 – Grandezas Cefalométricas Esqueléticas
91
4.2.2.5 Grandezas Cefalométricas Dentárias
SUPERIORES (Fig. 32) :
Grandezas angulares
1 - 1.NA (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo central superior e a linha NA. Define o grau
de inclinação do incisivo central em relação à maxila e ao násio;
2- 1.SN (º): ângulo formado pelo longo eixo do incisivo central superior com o S-N.
Determinado por comparação entre os valores iniciais e finais, indicando se houve inclinação
para vestibular ou lingual do incisivo central superior;
3- 4.SN (º): ângulo formado pelo longo eixo do primeiro pré- molar superior com S-N.
Determinado por comparação entre os valores iniciais e finais, indicando se houve inclinação
para mesial ou distal do primeiro pré-molar superior;
4- 6.SN (º): ângulo formado pelo longo eixo do primeiro molar superior com o S-N.
Determinado por comparação entre os valores iniciais e finais, indicando se houve inclinação
para mesial ou distal do primeiro molar superior.
Grandezas lineares
5 - 1-NA (mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo central superior e a
linha NA. Relaciona a posição sagital do incisivo superior em relação à maxila e ao násio e
seu aumento indica uma protrusão do incisivo;
6- 1-PTV (mm): distância linear do ponto mais inferior da borda incisal do incisivo central
superior até perpendicular a linha vertical pterigóide (PTV). Define a posição ântero-posterior
do incisivo superior, sendo formada pela diferença entre os valores iniciais e finais. Os valores
finais menores que os iniciais indicam uma retrusão do incisivo e valores finais maiores, uma
protrusão;
92
7- 4-PTV (mm): distância do ponto centróide do primeiro pré-molar superior à linha vertical
pterigóide (PTV). Demonstra a posição ântero-posterior do primeiro pré-molar superior;
8- 6-PTV (mm): distância do ponto centróide primeiro molar superior à linha vertical pterigóide
(PTV). Demonstra a posição ântero-posterior do primeiro molar superior. Os valores finais
maiores que os iniciais indicam que houve um movimento para mesial do primeiro molar
superior.
Grandezas dentárias verticais
9- 1
-PPperp (mm): distância linear entre a borda incisal do incisivo central superior e o plano
palatino. Demonstra o grau de intrusão ou extrusão do incisivo superior durante a mecânica
realizada pela diferença entre os valores iniciais e finais obtidos;
10- 4
-PPperp (mm): distância linear entre o ponto centróide do primeiro pré- molar superior e
o plano palatino (PP). Demonstra o grau de intrusão ou extrusão do primeiro pré-molar
superior durante a mecânica realizada pela diferença entre os valores iniciais e finais obtidos;
11- 6
Centro-PPperp (mm): distância linear entre o ponto centróide do primeiro molar superior
e o plano palatino. Demonstra o grau de intrusão ou extrusão dos molares superiores durante
a mecanoterapia pela diferença entre os valores iniciais e finais obtidos.
93
Figura 32 – Grandezas Cefalométricas Dentárias Superiores
94
INFERIORES (Fig. 33) :
Grandezas angulares
1 - 1.NB (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo inferior e a linha NB. Relaciona a inclinação
desse dente com a mandíbula e o násio;
2 - IMPA (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo central inferior e o plano mandibular GoMe.
Indica a inclinação desse dente em relação à mandíbula.
Grandezas lineares
3- 1-NB (mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo central inferior e a
linha NB. Relaciona a posição sagital do incisivo inferior em relação à mandíbula e ao násio;
4- 1-PTV (II-PTV): distância do ponto mais superior da borda incisal do incisivo central inferior
à linha vertical pterigóide (PTV). Define a posição ântero-posterior do incisivo inferior, sendo
constituído pela diferença entre os valores iniciais e finais. Valores finais menores que os
iniciais indicam uma retrusão do incisivo e valores finais maiores, uma protrusão;
5- 6-PTV (6 Centro-PTV): distância do ponto médio da maior convexidade mesial e distal dos
primeiros molares inferiores à linha vertical pterigóide (PTV). Indica a posição ântero-posterior
do primeiro molar inferior. É definido pela comparação entre os valores iniciais e finais.
Valores finais maiores que os iniciais demonstram uma mesialização dos primeiros molares
inferiores.
Grandezas dentárias verticais
6- 1-GoMeperp (mm): distância linear do ponto mais superior da borda incisal do incisivo
central inferior ao plano mandibular (GoMe). É determinado pela comparação dos valores
iniciais e finais. Demonstra o grau de intrusão ou extrusão do incisivo inferior durante a
mecânica realizada;
7- 6ocl-GoMeper (mm): distância linear do ponto mais superior da cúspide mesiovestibular do
primeiro molar inferior e o plano mandibular (GoMe). É determinado pela comparação dos
95
valores iniciais e finais. Demonstra o grau de intrusão ou extrusão do primeiro molar inferior
durante a mecânica realizada.
Figura 33 – Grandezas Cefalométricas Dentárias Inferiores
96
4.2.2.6 Relações Dentárias (Fig. 34)
1 – Relação Molar – Rel. molar (mm): distância da superfície mesial do primeiro molar
superior à superfície mesial do primeiro molar inferior, medida paralelamente ao plano oclusal
funcional;
2 – Trespasse Horizontal - TH (mm): distância da borda incisal do incisivo inferior à borda
incisal do incisivo superior, medida paralelamente ao plano oclusal funcional;
3 – Trespasse Vertical - TV (mm): distância da borda incisal do incisivo inferior à borda incisal
do incisivo superior, medida perpendicularmente ao plano oclusal funcional.
Figura 34 – Relações Dentárias. A face mesial do primeiro molar superior deverá estar 3,5mm atrás da face
mesial do primeiro molar inferior para apresentar uma relação molar de Classe I (valor negativo).
97
4.2.3 Erro do Método
Para avaliação do erro intra-examinador, foram selecionadas aleatoriamente
quarenta telerradiografias, e os pontos cefalométricos foram novamente demarcados
e as medidas refeitas no software Dolphin. A primeira e a segunda medição foram
realizadas com intervalo de tempo de um mês. A fórmula proposta por Dahlberg
(1940) (Se
2
=Σ d
2
/2n) foi aplicada para estimar a ordem de grandeza dos erros
casuais, enquanto os erros sistemáticos foram analisados pela aplicação dos teste t
pareado, de acordo com Houston (1983).
4.2.4 Análise Estatística
Para a verificação das alterações cefalométricas ocorridas nos dois grupos, foram
calculadas as diferenças entre as medidas iniciais e finais (subtraindo do valor final, o valor
inicial). Foi utilizado o teste t independente para a verificação dsa compatibilidade entre os
grupos da T10 e AEB, em relação à idade inicial e o tempo de tratamento. Para a análise da
distribuição do gênero entre os grupos, utilizou-se do teste não paramétrico do Qui-quadrado.
Todos os testes foram realizados no programa "Statistica for Windows", versão 6.0,
produzido por StatSoft Inc, adotando um nível de significância de 0,05.
98
___________________________________________________________________
99
___________________________________________________________________
100
___________________________________________________________________
101
5 RESULTADOS
5.1 ERRO DO MÉTODO
Na tabela 2, pode-se avaliar as médias e os desvios padrão dos valores obtidos
nas duas medições da mesma telerradiografia em norma lateral, e os respectivos valores
dos erros casuais Dahlberg (1940) e sistemáticos (teste t pareado).
Foi adotado como parâmetro para os erros sistemáticos um valor significante de
P menor que 0,05 (p < 0,05) e, para os erros casuais, valores acima de 1 mm para as
variáveis lineares e valores acima de 1,5°, para as variáveis angulares. Foram
encontrados somente dois erros sistemáticos, nas seguintes variáveis: ANB, 4-PTV. Os
maiores erros casuais encontrados foram de 1,79° para a medida ANB, e de 1,25 mm
para a medida 4-PTV.
___________________________________________________________________
102
Tabela 2 - Resultados do teste t e da fórmula de Dahlberg (1940), aplicados a todas as variáveis, para
estimativa dos erros sistemáticos e casuais, respectivamente
1ª. Medição
N=20
2ª. Medição
N=20 Variáveis
Média DP Média DP
Dahlberg P
Componente Maxilar
SNA (º) 81,26 3,12 81,98 3,74 1,267 0,512
Co-A (mm) 91,92 4,93 92,15 5,51 0,986 0,890
Componente Mandibular
SNB (º) 77,65 2,96 78,25 3,37 1,573 0,553
Co-Gn (mm) 116,68 6,45 117,94 6,00 0,869 0,526
Relação Maxilomandibular
ANB (º) 3,97 1,29 3,22 1,01 1,793 0,047*
Wits (mm) -0,53 1,62 -0,14 1,95 0,521 0,495
Componente Vertical
FMA (º) 25,53 3,08 26,72 3,85 1,388 0,287
AFAI (ENA-Me)(mm) 68,77 4,03 67,61 4,38 0,738 0,388
Componente Dentário Maxilar
1.NA (º) 25,43 4,87 24,31 4,60 1,060 0,459
1.SN (º) 104,69 4,01 106,18 3,58 1,294 0,222
1-NA (mm) 6,34 1,82 6,68 2,09 0,843 0,586
1-PPperp (mm) 29,01 1,85 29,91 1,24 0,776 0,078
1-PTV (mm) 59,97 2,75 60,31 2,70 1,106 0,695
4.SN (º) 75,65 2,51 76,08 3,13 1,681 0,634
4-PPperp (mm) 23,44 1,00 22,61 1,70 0,929 0,067
4-PTV (mm) 40,37 2,35 41,95 1,77 1,253 0,021*
6.SN (º) 69,65 3,34 70,63 3,65 1,200 0,381
6-PPperp (mm) 20,68 1,87 19,55 1,81 1,015 0,059
6-PTV (mm) 24,44 1,46 23,81 1,10 0,964 0,131
Componente Dentário Mandibular
1.NB (º) 29,22 4,61 31,67 3,03 1,347 0,054
IMPA (º) 96,75 3,70 97,02 3,90 1,624 0,823
1-NB (mm) 7,10 1,35 6,75 1,14 0,862 0,381
1-GoMeperp (mm) 41,27 1,29 40,33 1,64 0,793 0,051
1-PTV (mm) 56,36 2,73 57,93 2,50 0,637 0,065
6-GoMeperp (mm) 30,24 1,53 29,36 1,60 0,894 0,083
6-PTV (mm) 24,78 2,11 25,39 1,58 0,993 0,307
Relações Dentárias
Relação Molar (mm) -0,39 0,85 0,10 0,97 0,272 0,097
Overjet (mm) 3,41 1,27 4,13 1,15 0,870 0,067
Overbite (mm) 2,56 1,44 3,05 1,69 0,459 0,329
* Statistically significant for p<0.05.
___________________________________________________________________
103
5.2 COMPATIBILIDADE DOS GRUPOS
5.2.1 Idade Inicial e Tempo de Tratamento
A tabela 3 demonstra a compatibilidade da idade inicial e final e do tempo
médio de tratamento entre os grupos estudados (T10 e AEB). Não houve diferença
estatisticamente significante entre as médias da idade inicial, final e do tempo de
tratamento em ambos os grupos.
Tabela 3 - Teste t independente para comparação das idades e tempo de tratamento entre os grupos 1 e 2
Grupo 1 (T 10) Grupo 2 (AEB)
N=31 N=28
Variáveis
Média DP dia DP
P
Idade T1 14,90 1,80 13,98 1,82 0,058
Idade T2 17,25 1,99 16,46 1,52 0,093
Tempo Tratamento 2,35 0,85 2,47 0,82 0,588
5.2.2 Gêneros
A distribuição dos gêneros dos pacientes em cada grupo foi comparada por meio
do teste Qui-quadrado, visando-se à avaliação da compatibilidade dos grupos T10 e AEB.
Na tabela 4, verifica-se que houve compatibilidade entre os grupos estudados com
relação à distribuição dos gêneros.
___________________________________________________________________
104
Tabela 4 - Resultados do teste Qui-quadrado para avaliação da compatibilidade dos grupos 1 e 2 quanto à
distribuição dos gêneros
Gêneros
Grupos
Masculino Feminino Total
Grupo 1 (T 10) 9 22 31
Grupo 2 (AEB) 9 19 28
Total 18 41 59
X
2
= 0,07 df=1 p=0,795
5.2.3 Severidade da Má Oclusão
A severidade da relação molar inicial de Classe II se mostrou semelhante em
ambos os grupos.
Tabela 5 - Resultados do teste t independente para comparação da severidade da relação molar entre os
grupos 1 e 2
Grupo T10 – T10
Grupo AEB – AEB
Média
D.P.
Média
D.P.
P
Relação Molar
(mm)
0,78 1,11 0,39 1,58 0,279
___________________________________________________________________
105
5.3 MEDIDAS CEFALOMÉTRICAS
5.3.1 Comparação Inicial
A tabela 6 demonstra os valores cefalométricos entre os grupos na fase inicial do
tratamento.
Tabela 6- Teste t independente para comparação das variáveis entre os grupos 1 e 2, na fase inicial (T1)
Grupo 1 (T 10)
N=31
Grupo 2 (AEB)
N=28
Variáveis
Média DP Média DP
P
Componente Maxilar
SNA (º)
82,66 3,43 81,70 4,22 0,338
Co-A (mm)
91,72 5,48 91,03 6,76 0,670
Componente Mandibular
SNB (º)
77,89 3,22 78,37 3,91 0,602
Co-Gn (mm)
115,44 7,23 115,33 9,13 0,959
Relação Maxilomandibular
ANB (º)
4,76 2,33 3,32 2,00
0,013*
Wits (mm)
0,22 2,75 -0,22 3,21 0,561
Componente Vertical
FMA (º)
26,54 5,15 25,64 3,96 0,459
AFAI (ENA-Me) (mm)
67,51 6,06 66,25 4,73 0,380
Componente Dentário Maxilar
1.NA (º)
21,77 7,03 26,61 7,38
0,012*
1.SN (º)
104,43 6,87 108,31 7,60
0,044*
1-NA (mm)
5,69 2,01 7,18 2,58
0,015*
1-PPperp (mm)
29,34 2,82 28,68 2,09 0,316
1-PTV (mm)
60,01 3,85 59,91 5,24 0,936
4.SN (º)
76,97 4,75 78,31 6,70 0,376
4-PPperp (mm)
22,65 2,51 22,08 2,13 0,352
4-PTV (mm)
41,44 3,00 40,61 3,70 0,342
6.SN (º)
66,37 5,35 68,95 5,77 0,080
6-centr-PPperp (mm)
19,65 2,34 19,63 2,65 0,981
6-PTV (mm)
24,68 2,87 23,55 3,81 0,203
Componente Dentário Mandibular
1.NB (º)
29,44 6,46 28,81 5,10 0,682
IMPA (º)
95,22 6,61 96,67 5,03 0,352
1-NB (mm)
6,75 2,70 6,02 1,90 0,240
1-GoMeperp (mm)
41,10 3,35 40,75 3,14 0,685
1-PTV (mm)
56,27 4,29 55,33 5,64 0,474
6-GoMeperp (mm)
29,36 2,73 28,93 3,50 0,595
6-PTV (mm)
25,24 3,53 23,36 4,60 0,082
Relações Dentárias
Relação Molar (mm)
0,78 1,11 0,39 1,58 0,274
Overjet (mm)
5,21 2,07 5,23 2,05 0,965
Overbite (mm)
3,68 1,53 3,45 2,12 0,638
* Estatisticamente si
g
nificante para p < 0,05.
___________________________________________________________________
106
5.3.2 Comparação Final
A tabela 7 demonstra os valores cefalométricos entre os grupos na fase final do
tratamento.
Tabela 7 - Teste t independente para comparação das variáveis entre os grupos 1 e 2, na fase
final (T2)
* Estatisticamente significante para p < 0,05.
Grupo 1 (T 10)
N=31
Grupo 2 (AEB)
N=28
Variáveis
Média DP Média DP
P
Componente Maxilar
SNA (º)
81,50 3,29 80,77 4,42 0,473
Co-A (mm)
92,91 6,63 92,23 6,47 0,782
Componente Mandibular
SNB (º)
77,53 2,84 78,62 3,73 0,211
Co-Gn (mm)
119,4 8,38 120,05 8,93 0,775
Relação Maxilomandibular
ANB (º)
3,06 2,21 2,15 2,27 0,124
Wits (mm)
-0,89 2,99 -1,37 2,69 0,517
Componente Vertical
FMA (º)
26,34 5,29 26,26 4,99 0,952
AFAI (ENA-Me) (mm)
70,40 7,41 69,58 4,68 0,619
Componente Dentário Maxilar
1.NA (º)
23,17 6,05 28,03 8,08
0,011*
1.SN (º)
104,67 5,28 108,81 8,29
0,024*
1-NA (mm)
6,09 1,51 7,40 2,47
0,016*
1-PPperp (mm)
30,31 3,60 29,58 2,48 0,374
1-PTV (mm)
61,13 4,04 59,80 5,94 0,315
4.SN (º)
74,54 6,22 77,90 5,52
0,033*
4-PPperp (mm)
23,65 2,66 23,88 1,77 0,695
4-PTV (mm)
41,81 3,48 40,68 4,56 0,288
6.SN (º)
69,30 4,88 74,60 5,67
0,000*
6-centr-PPperp (mm)
20,67 2,35 21,58 2,03 0,121
6-PTV (mm)
24,77 3,08 23,76 3,86 0,268
Componente Dentário Mandibular
1.NB (º)
34,19 5,85 31,74 5,23 0,097
IMPA (º)
99,93 5,69 99,54 6,08 0,800
1-NB (mm)
8,22 2,73 7,36 2,14 0,186
1-GoMeperp (mm)
42,04 4,19 41,90 3,21 0,891
1-PTV (mm)
58,32 5,00 58,11 5,73 0,876
6-GoMeperp (mm)
31,78 3,33 30,88 3,58 0,323
6-PTV (mm)
27,15 4,48 25,70 4,86 0,235
Relações Dentárias
Relação Molar (mm)
-2,86 1,12 -1,85 1,41
0,003*
Overjet (mm)
2,53 0,68 2,77 0,78 0,211
Overbite (mm)
1,97 0,72 1,82 0,82 0,463
___________________________________________________________________
107
5.3.3 Comparação entre os grupos das alterações com o tratamento
A tabela 8 demonstra as diferenças obtidas entre os valores médios
cefalométricos iniciais e finais, promovidos pelo tratamento ortodôntico entre
os grupos.
Tabela 8- Teste t independente para comparação das variáveis entre os grupos 1 e 2, das
alterações com o tratamento (T2-T1)
Grupo 1 (T 10)
N=31
Grupo 2 (AEB)
N=28
Variáveis
Média DP Média DP
P
Componente Maxilar
SNA (º) -1,16 1,67 -0,92 2,83 0,694
Co-A (mm) 0,99 2,80 1,20 3,52 0,800
Componente Mandibular
SNB (º) -0,35 1,19 0,24 2,30 0,209
Co-Gn (mm) 3,95 4,37 4,71 5,05 0,555
Relação Maxilomandibular
ANB (º) -1,70 0,95 -1,16 1,74 0,139
Wits (mm) -1,11 2,69 -1,15 3,63 0,970
Componente Vertical
FMA (º) -0,19 1,47 0,62 2,21 0,097
AFAI (ENA-Me) (mm) 2,89 2,76 3,33 2,80 0,542
Componente Dentário Maxilar
1.NA (º) 1,40 6,42 1,41 7,83 0,992
1.SN (º) 0,23 6,03 0,50 7,94 0,883
1-NA (mm) 0,40 1,51 0,21 2,49 0,733
1-PPperp (mm) 0,97 1,54 0,90 2,06 0,882
1-PTV (mm) 1,12 2,40 -0,11 3,69 0,131
4.SN (º) -2,43 5,70 -0,41 6,96 0,226
4-PPperp (mm) 0,99 1,36 1,80 1,41 0,029*
4-PTV (mm) 0,36 2,20 0,07 3,18 0,684
6.SN (º) 2,93 2,82 5,65 4,49 0,006*
6-centr-PPperp (mm) 1,02 1,67 1,94 1,51 0,031*
6-PTV (mm) 0,09 2,07 0,20 3,13 0,868
Componente Dentário Mandibular
1.NB (º) 4,75 6,00 2,93 3,61 0,169
IMPA (º) 4,70 6,06 2,86 3,97 0,179
1-NB (mm) 1,47 1,74 1,34 1,14 0,736
1-GoMeperp (mm) 0,93 1,95 1,15 2,22 0,699
1-PTV (mm) 2,05 2,70 2,77 3,60 0,388
6-GoMeperp (mm) 2,41 1,79 1,95 2,24 0,384
6-PTV (mm) 1,91 2,44 2,33 3,70 0,603
Relações Dentárias
Relação Molar (mm) -3,65 1,69 -2,24 1,93 0,004*
Overjet (mm) -2,68 1,74 -2,46 1,97 0,650
Overbite (mm) -1,70 1,60 -1,62 2,27 0,878
* Estatisticamente significante para p < 0,05.
___________________________________________________________________
108
___________________________________________________________________
109
___________________________________________________________________
110
___________________________________________________________________
111
6 DISCUSSÃO
Com a finalidade de facilitar a interpretação dos resultados obtidos neste estudo,
a discussão será dividida didaticamente em:
6.1 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA
6.2 METODOLOGIA EMPREGADA
6.3 COMPARAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTOESQUELÉTICAS
6.4 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
6.1 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA
Para a realização desta pesquisa utilizou-se uma amostra de pacientes que
apresentavam uma relação molar inicial de Classe II. Os pacientes de ambos os grupos
possuíam relações dentárias semelhantes e não apresentavam agenesias ou falta de dentes
permanentes.
Vale ressaltar que o ideal para comparação com a Teoria de Força das Dez
Horas, seriam casos tratados somente com uso de elásticos para demonstrar mais
facilmente a diferença entre a movimentação dentária, principalmente do molar inferior.
Desta forma, buscou-se um grupo tratado com elásticos sem o uso do AEB. Por ser um
estudo retrospectivo, apenas alguns casos foram encontrados, e mesmo assim, o
resultado final dos mesmos não era satisfatório ou a relação molar inicial era muito
discreta para inclusão na amostra. Portanto, não foi possível a formação deste grupo.
___________________________________________________________________
112
Os pacientes de ambos os grupos (T10 e AEB) foram selecionados na mesma
proporção sendo para o grupo da T10, 31 pacientes, com idade média inicial de 14,90
anos e idade final de 17,25 anos (tabela 1), sendo 22 do gênero feminino e 9 do
masculino. O grupo AEB consistiu de 28 pacientes com idade média inicial de 13,98 anos
e idade final de 16,46 anos (tabela 3), sendo 19 do gênero feminino e 9 do masculino.
Portanto, a idade inicial bem como o tempo do tratamento ortodôntico foi compatível entre
os grupos T10 e AEB (tabela 3), porém o grupo AEB apresentou um tempo ligeiramente
maior, mas não apresentando diferença estatisticamente significante. Esta pequena
diferença do tempo de tratamento verificado com o emprego do AEB pode ter ocorrido
devido à falta de colaboração por parte dos pacientes.
A distribuição quanto aos gêneros dos pacientes em cada grupo foi comparado
(tabela 4), e verificou-se que houve compatibilidade entre os grupos.
A severidade da relação molar inicial de Classe II de ambos os grupos também
se mostrou semelhante e não houve diferença estatisticamente significante (tabela 5).
Esta semelhança favorece uma melhor avaliação dos resultados obtidos, visto que os
tratamentos apresentam o mesmo grau de dificuldade, sendo tratados por meio de dois
tipos de protocolos diferentes para a correção da Classe II, objetivando em ambos os
grupos a finalização do tratamento com as Seis Chaves para a Oclusão Perfeita.
(ANDREWS, 1972).
Os pacientes do grupo T10, onde se empregou o recurso da Teoria de Força das
Dez Horas para correção da relação molar de Classe II, foram selecionados da Clínica
Cabrera & Cabrera - Ortodontia e foram tratados por dois ortodontistas. Inicialmente a
amostra apresentava 44 pacientes, mas foram excluídos 13 por estarem em uma faixa
etária mais avançada ou por apresentarem relação molar de Classe II unilateral.
O grupo AEB foi selecionado inicialmente do mesmo arquivo, porém devido ao
número reduzido de pacientes para comparação com o grupo T10, que utilizaram o
aparelho extrabucal para distalização dos molares, foi necessário mesclar a amostra com
pacientes do arquivo da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru -
___________________________________________________________________
113
Universidade de São Paulo. Estes pacientes foram tratados pelos alunos dos cursos de Pós-
Graduão em Ortodontia da mesma instituição, sendo orientados pelos professores
responsáveis. A seleção destes pacientes das FOB/USP foi de caráter aleatório.
Para a obtenção de um resultado final mais confiável, é importante a
comparação entre os componentes dentários, esqueléticos dos grupos pré-tratamento
ortodôntico, para avaliar a similaridade entre ambos. Foram obtidas 29 grandezas
cefalométricas e dentre estas somente 4 (ANB, 1
.NA, 1.SN, 1-NA), apresentaram
diferenças estatisticamente significantes, evidenciando portanto que a grande maioria das
medidas cefalométricas estudadas não apresentaram diferenças estatisticamente
significantes, demonstrando uma similaridade entre os grupos.
6.2 METODOLOGIA EMPREGADA
Para a avaliação dentária superior e inferior, foram demarcados pontos nos
primeiros molares, primeiros pré-molares e incisivos centrais. Foi escolhido o ponto
localizado no centro da coroa clínica (centróide), exatamente no ponto médio da distância
mesiodistal, devido à afirmação de diversos autores que este ponto representa fielmente
as alterações dentárias, comparado com os pontos localizados nas faces mesial e distal,
sendo que estes se movimentam em excesso diante de uma angulação dentária para
distal, não refletindo claramente o movimento real do molar superior, super-
dimensionando um resultado de extrusão ou intrusão dos dentes avaliados. (GHOSH;
NANDA, 1996; BYLOFF; DARENDELILER, 1997; RUNGE; MARTIN; BUKAI, 1999;
BRICKMAN; SINHA; NANDA, 2000; NGANTUNG; RUNGE; BOWMAN, 2001).
Para a avaliação das alterações dentárias lineares, foi utilizada a linha vertical
pterigomaxilar. Esta medida é considerada uma referência bastante confiável, pois não se
altera significantemente no sentido ântero-posterior durante o crescimento craniofacial,
sendo utilizada constantemente na literatura. (GHOSH; NANDA, 1996; BYLOFF;
DARENDELILER, 1997; BRICKMAN; SINHA; NANDA, 2000; ANGELIERI, 2005).
___________________________________________________________________
114
O estudo radiográfico cefalométrico, apresenta um recurso para o diagnóstico,
planejamento e acompanhamento do tratamento ortodôntico; porém para a utilização
destas radiografias em pesquisas científicas, é fundamental determinar os erros dos
traçados cefalométricos na marcação dos pontos e sua digitalização.
Com o propósito de obter a confiabilidade dos traçados cefalométricos, das
medidas obtidas e dos resultados obtidos, realizou-se a avaliação da metodologia
empregada, para a obtenção do erro do método, que são classificados em sistemático e
casual.
Foram digitalizadas 20 telerradiografias de cada grupo, escolhidas
aleatoriamente pelo mesmo examinador em um intervalo de 30 dias como preconizado
por Houston (1983) para a verificação do erro intra-examinador.
Para a verificação da significância estatística do erro sistemático utilizou-se o
teste t pareado, ao nível de 5%, e para o erro casual a fórmula de Dahlberg (1940).
Foi adotado como parâmetro para os erros sistemáticos um valor significante
para P menor que 0,05 (p < 0,05). Dentre as 29 medidas avaliadas, observou somente
dois erros sistemáticos, nas seguintes variáveis: ANB, 4
-PTV (tabela 2). Para os erros
casuais, valores menores que 1 mm para as variáveis lineares e valores menores que
1,5°, para as variáveis angulares são considerados aceitáveis. Os maiores erros casuais
encontrados foram de 1,79° para a medida ANB e de 1,25 mm para a medida 4
-PTV.
Pode-se concluir que os resultados do erro metodológico demonstraram uma
reprodutibilidade adequada dos cefalogramas realizados pelo examinador, pois a
precisão das mensurações empregadas nesta pesquisa encontrou-se dentro dos
parâmetros aceitáveis, não comprometendo os resultados e conclusões deste estudo.
___________________________________________________________________
115
6.3 COMPARAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DENTOESQUELÉTICAS
A discussão da comparação das medidas cefalométricas na fase inicial entre os
grupos e na fase final (tabelas 6 e 7) e as alterações promovidas pelo tratamento
ortodôntico (tabela 8) com o recurso da Teoria de Força das Dez Horas e o aparelho
extrabucal cervical serão discutidos didaticamente em:
6.3.1 Componente Maxilar
6.3.2 Componente Mandibular
6.3.3 Relação Maxilomandibular
6.3.4 Componente Vertical
6.3.5 Componente Dentário Maxilar
6.3.6 Componente Dentário Mandibular
6.3.7 Relações Dentárias
___________________________________________________________________
116
6.3.1 Componente Maxilar - SNA, Co-A
A maxila encontrava bem posicionada em ambos os grupos no início e ao final
do tratamento.
ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELO TRATAMENTO- O resultado das alterações
entre as fases inicial e final das grandezas cefalométricas dos grupos T10 e AEB seguido
do uso da aparelhagem fixa, demonstraram que ambos os grupos apresentaram uma
diminuição do ângulo SNA, denotando uma discreta restrição do deslocamento anterior
da maxila, sendo maior no grupo AEB, porém sem diferença significante (tabela 8). Este
discreto movimento ortopédico ocorreu devido ao uso do aparelho extrabucal e
provavelmente porque os pacientes apresentavam-se ainda em fase final de crescimento.
O redirecionamento do crescimento maxilar, com restrição do crescimento anterior em
pacientes jovens que usaram AEB é reportado amplamente na literatura. (KLEIN, 1957;
BLUEHER, 1959; SANDUSKY JÚNIOR, 1965; WIESLANDER, 1974; 1975; BROWN,
1978; CANGIALOSI et al., 1988; HENRIQUES, 1993; PAPPAIONNOU; PAPPAIONNOU,
1994; MALTAGLIATI, 1997; GANDINI JÚNIOR; MARTINS; GANDINI, 1997; 1998).
6.3.2 Componente Mandibular - SNB (º), Co-Gn (mm)
Não houve diferença significante no componente mandibular entre os dois grupos
em ambas as fases inicial e final.
ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELO TRATAMENTO- Não houve diferença
significante entre os dois grupos pelas alterações decorrentes do tratamento (tabela 8).
Ambos os protocolos para o tratamento da Classe II utilizados não apresentaram
influência sobre o desenvolvimento mandibular concordando com diversos autores.
(SANDUSKY JÚNIOR, 1965; WIESLANDER, 1974, 1975; CANGIALOSI et al., 1988;
URSI, 1993; PAPPAIONNOU; PAPPAIONNOU, 1994; GANDINI JÚNIOR; MARTINS;
GANDINI, 1997, 1998; MALTAGLIATI, 1997; KIM; MUHL, 2001).
___________________________________________________________________
117
6.3.3 Componente Maxilomandibular - ANB (º), Wits (mm)
O ângulo ANB demonstrou uma discrepância entre as bases ósseas deficiente
em ambos os grupos, com uma maior discrepância estatisticamente significante no grupo
T10 (tabela 6). Porém, pela avaliação Wits, a relação entre as bases ósseas se
encontrava bem posicionada em ambos os grupos, sem diferença significante.
(JACOBSON, 1975, 1976).
Ao final do tratamento, verificou-se uma melhora na correção da discrepância
entre as bases ósseas em ambos os grupos (tabela 7). Pela avaliação Wits, a relação
entre as bases ósseas encontrava-se bem posicionada em ambos os grupos, sem
diferença estatiscamente significante. (JACOBSON, 1975, 1976).
ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELO TRATAMENTO - Tanto no grupo AEB como
no grupo T10, pode-se observar uma melhora da relação ântero-posterior das bases
ósseas representada pelas medidas cefalométricas ANB, sem apresentar diferenças
significantes entre os grupos.
Em função das alterações promovidas pelo aparelho extrabucal sobre a maxila,
mesmo sendo discreta, observou-se uma melhora da relação ântero-posterior
maxilomandibular em ambos os grupos; este resultado provavelmente decorre da atuação
do AEB sobre a maxila conforme relatado por diversos autores. (KLEIN, 1957; KLOEHN,
1961; SANDUSKY JÚNIOR, 1965; WIESLANDER, 1974; 1975; BROWN, 1978;
HENRIQUES, 1979; BOECLER et al., 1989; URSI, 1993; CANGIALOSI et al., 1988;
PAPPAIONNOU; PAPPAIONNOU, 1994; GANDINI JÚNIOR; MARTINS; GANDINI, 1997;
1998; MALTAGLIATI, 1997; KIM; MUHL, 2001). O grupo T10, em que os pacientes
utilizaram o AEB somente por 8 horas e apresentavam inicialmente uma discrepância
significante comparada ao grupo AEB, também se pode observar uma diminuição maior
desta medida ao final do tratamento, porém sem diferença significante.
___________________________________________________________________
118
6.3.4 Componente Vertical - FMA, AFAI (ENA-Me)
Com relação aos componentes verticais, observou-se que os grupos
apresentaram-se de maneira semelhantes ao início e ao final do tratamento, sem
apresentarem diferenças estatisticamente significantes.
ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELO TRATAMENTO Não houve diferença
significante na alteração do ângulo FMA entre os grupos. A AFAI possibilitou analisar as
alterações no sentido vertical da face, e pode-se observar que houve um aumento desta
grandeza em ambos os grupos sendo maior no grupo AEB, porém sem denotar diferença
estatística.
6.3.5 Componente Dentário Maxilar - 1
.NA, 1.SN, 1-NA, 1-PPperp, 1-PTV, 4.SN,
4
-PPperp, 4-PTV, 6.SN, 6centr-PPperp, 6-PTV
Ao início do tratamento o grupo AEB apresentava uma maior vestibularização
(1
.NA, 1.SN) e maior protrusão dos incisivos superiores (1-NA); estas diferenças entre os
grupos se mostraram estatisticamente significantes.
Na fase final do tratamento, o grupo AEB continuava apresentando os incisivos
superiores mais vestibularizados e protruídos com diferença estatisticamente significante
em comparação ao grupo T10. Pode-se observar no grupo AEB, que os pré-molares e
molares apresentaram uma maior inclinação para distal do que no grupo T10 com uma
diferença estatisticamente significante.
ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELO TRATAMENTO - Muito embora houvesse
diferença na medida da vestibularização e protrusão dos incisivos superiores do grupo
AEB ao início do tratamento, e também ao final, a quantidade de alteração entre os
grupos foi semelhante. Estes dados apresentaram diferentes dos resultados de outros
estudos utilizando o aparelho extrabucal, na qual encontraram uma retração dos incisivos
superiores. (CANGIALOSI et al., 1988; HENRIQUES, 1993; GANDINI JÚNIOR;
MARTINS; GANDINI, 1997; OLIVEIRA, 2002). A ausência de retrusão dos incisivos
superiores também foi reportada por Angelieri (2005).
___________________________________________________________________
119
Houve maior inclinação para distal dos molares superiores no grupo AEB,
estatisticamente significante em comparação ao grupo T10.
Com relação ao movimento vertical, os resultados mostraram uma suave
extrusão dos incisivos superiores estatisticamente não significante, porém, houve
extrusão estatisticamente significante dos primeiros molares e primeiros pré-molares
superiores no grupo AEB, em relação ao grupo T10, o que é justificável devido ao maior
tempo de uso do AEB. Este componente vertical de extrusão do molar concorda com
vários trabalhos sobre este efeito do AEB. (KLEIN, 1957; WIESLANDER, 1974;
HENRIQUES, 1979; CANGIALOSI et al., 1988; URSI, 1993; MALTAGLIATI, 1997; KIM;
MUHL, 2001).
A incidência das forças distalizadoras do aparelho extrabucal cervical
promovem um vetor de força para baixo, o que ocasionou uma maior extrusão dos
primeiros molares superiores no grupo AEB em relação ao grupo T10 estatisticamente
significante (tabela 8). Este efeito do AEB é bastante reportado nos estudos referentes ao
aparelho extrabucal cervical. (KLEIN, 1957; WIESLANDER, 1974; BROWN, 1978;
HENRIQUES, 1979; TELLES, 1982; CANGIALOSI et al., 1988; URSI, 1993; KIM; MUHL,
2001). A maior extrusão estatisticamente significante verificada no grupo AEB, não
promoveu um aumento da altura facial anterior (AFAI), muitas vezes correlacionada na
literatura. (WIESLANDER, 1974; BROWN, 1978; HENRIQUES, 1979). Neste estudo,
diferentemente dos autores acima relacionados, a extrusão do molar não causou um
maior aumento da altura facial em pacientes tratados com o aparelho extrabucal cervical
associados ao aparelho ortodôntico fixo, concordando com estudos publicados por
Gandini et al. (2001), Kim e Muhl (2001). Estes últimos autores afirmam que não ocorreu
correlação estatisticamente significante entre a extrusão dos molares superiores e a
rotação mandibular horária, correlacionando esta rotação à quantidade de direção de
crescimento condilar e ao deslocamento sagital do pogônio. A rotação horária mandibular
que ocorreu durante a distalização dos molares superiores com o aparelho extrabucal
cervical, provavelmente foi corrigida durante o tratamento ortodôntico fixo devido à
manutenção do padrão de crescimento do paciente. (URSI, 1993; OLIVEIRA, 2002).
___________________________________________________________________
120
Os molares superiores nesta pesquisa, não sofreram distalização discordando
dos resultados encontrados por alguns autores. (KLEIN, 1957; WIESLANDER, 1974;
BAUMRIND et al., 1979; TELLES, 1982). Alguns autores observaram uma posição mais
para mesial dos molares superiores ao final do tratamento em pacientes que utilizaram a
força extrabucal. (BROWN, 1978; CANGIALOSI et al., 1988; GANDINI JÚNIOR;
MARTINS; GANDINI, 1997; 1998; KIM; MUHL, 2001; GANDINI, 2001). Este trabalho
apresentou uma suave mesialização em ambos os grupos, mas sem apresentar diferença
estatisticamente significante entre eles; portanto a utilização de ambos recursos, não
proporcionaram movimento de distalização, somente limitaram o deslocamento mesial
dos molares superiores, permanecendo praticamente estável durante o tratamento
ortodôntico período em que ainda se manifestava o crescimento e desenvolvimento
craniofacial.
6.3.6 Componente Dentário Mandibular - 1.NB, IMPA, 1-NB, 1-GoMeperp, 1- PTV,
6-GoMeperp, 6-PTV
Nenhuma medida dentária mandibular apresentou estatisticamente significante
na fase inicial e final de tratamento, entre os grupos T10 e AEB (tabelas 6 e 7).
ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELO TRATAMENTO - Os incisivos inferiores
sofreram um suave movimento de inclinação para vestibular com mais intensidade no
grupo T10; porém sem alteração significante. Esta pequena vestibularização e protrusão
pode ser um efeito colateral do uso dos elásticos, muito embora suave. Os molares
inferiores sofreram uma suave extrusão sendo levemente maior no grupo T10, porém
sem apresentar diferença estatisticamente significante com relação ao grupo AEB.
Os molares inferiores sofreram mesialização em ambos os grupos,
provavelmente devido ao crescimento mandibular residual devido a idade mais avançada
dos grupos, porém o grupo T10 que utilizaram elásticos, não sofreu maior mesialização
devido ao uso dos mesmos, porque estes são usados por um tempo insuficiente para que
ocorresse movimentação; pois segundo a Teoria de Força das Dez Horas, só ocorreria a
___________________________________________________________________
121
movimentação após 10 horas de força contínua, e a força foi removida antes deste
período, evitando a mesialização dos molares inferiores, ou seja, o uso de elásticos de
acordo com a Teoria de Força das Dez Horas não causou mesialização dos molares
inferiores, exceto aquela apresentada decorrente do crescimento craniofacial, tanto que
ambos os grupos apresentaram esta movimentação mesial.
Ellen, Scheneider e Selike (1998); Nelson, Hansen e Hägg (2000) e Angelieri
(2005) encontraram uma mesialização dos molares inferiores e inclinação vestibular dos
incisivos inferiores. Papaionnou e Papaionnou (1994) também observaram o mesmo
efeito nos incisivos inferiores quando do uso de elásticos sem uso de AEB; concordando
com Ellen, Scheneider e Selike (1998) que observaram uma vestibularização dos
incisivos inferiores, extrusão e movimento mesial do molar. Nelson, Hansen e Hägg
(2000) também observaram um movimento mesial do molar inferior.
6.3.7 Relações Dentárias – Relação Molar, Trespasse Horizontal, Trespasse
Vertical
No início do tratamento, a relação molar do grupo T10 apresentava uma Classe II
mais severa que o grupo AEB, porém, sem diferença estatisticamente significante. Ao
final do tratamento, a relação molar do grupo T10 se mostrou mais próxima do normal do
que a do grupo AEB, ou seja, a relação molar do grupo AEB mostrou uma discreta Classe
II residual ao final do tratamento.
ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELO TRATAMENTO - A relação molar de Classe
II foi melhor corrigida no grupo T10 em comparação com o grupo AEB, apresentando uma
diferença estatisticamente significante. Esta diferença resultou certamente pela falta de
cooperação do paciente no uso do aparelho extrabucal, pois o sucesso do tratamento
distalizador promovido pelo aparelho extrabucal cervical requer a cooperação dos
pacientes, conforme relatado por diversos autores. (CLEMMER; HAYERS, 1979; EGOLF;
EL-MANGOURY, 1981; BEGOLE; UPSHAW, 1990; NANDA; KIERL, 1992; JOHNSON et
al., 1998; COLE, 2002).
___________________________________________________________________
122
Entretanto, a maior correção da relação molar no grupo T10, não influenciou os
resultados deste estudo, já que o objetivo não era avaliar a qualidade da finalização, e
sim avaliar se o uso de elásticos alternados de acordo com a Teoria de Força das Dez
Horas causariam ou não efeitos colaterais (por exemplo, a mesialização dos molares
inferiores).
6.4 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
O objetivo do tratamento ortodôntico é devolver as características de normalidade
à oclusão. As Seis Chaves para a Oclusão Perfeita preconizada por Andrews (1972),
fornece metas terapêuticas seguras, para que possamos identificar os desvios e buscar a
finalização perfeita dos tratamentos ortodônticos. É consenso universal na Ortodontia que
para se obter uma oclusão perfeita por meio do tratamento ortodôntico, há a necessidade
de um bom relacionamento entre as bases ósseas apicais. (STEINER, 1953; 1959;
JACOBSON, 1976; McNAMARA, 1984; CABRERA, 2002). Assim sendo, o arco dentário
superior deverá compatibilizar-se com o inferior, contendo-o de forma que haja uma
perfeita intercuspidação e assim promover o máximo de função com o mínimo de esforço
contemplando a longevidade do sistema estomatognático. (ROTH, 1981; ROTH;
GORDON, 1981; ROTH, ROLFS, 1981; DAWSON, 1993; JANSON et al., 1999).
Os efeitos promovidos pelo uso dos distalizadores extrabucais para a correção
das más oclusões de Classe II são relatados amplamente na literatura. (KLEIN, 1957;
BLUEHER, 1959; SANDUSKY JÚNIOR, 1965; WIESLANDER, 1974; 1975; BROWN,
1978; CANGIALOSI et al., 1988; HENRIQUES, 1993; GANDINI JÚNIOR;
PAPPAIONNOU; PAPPAIONNOU, 1994; MARTINS; GANDINI, 1997; 1998;
MALTAGLIATI, 1997). Porém sua eficiência, entretanto, apresentava insatisfatória, incerta
e imprevisível, visto que dependia exclusivamente da colaboração do paciente.
(CLEMMER; HAYERS, 1979; EGOLF; EL-MANGOURY, 1981; BEGOLE; UPSHAW,
1990; NANDA; KIERL, 1992; JOHNSON et al., 1998; COLE, 2002).
___________________________________________________________________
123
Desde a introdução do aparelho extrabucal na Ortodontia, Kloehn (1961), já
salientava a importância da cooperação do paciente. A cooperação do paciente é
importante em todo o tratamento ortodôntico, mais particularmente com relação ao
aparelho extrabucal, requerendo cooperação absoluta do paciente durante o seu uso. Em
razão disto, diversos dispositivos intrabucais foram estudados e utilizados como um
método alternativo para a distalização dos molares. Podemos citar os: magnetos
(BERNHORLI, 1994; BONDEMARK; KUROL, 1992; BOWMAN, 2000; GIANELLY et al.,
1989; GIANELLY et al., 1988; ITOH et al., 1991; MARTINS, 2003; MORO et al., 1995),
molas ou fios superelásticos (BONDEMARK; KUROL; BERNHORLI, 1994; GIANELLY,
1998; GIANELLY; BEDNAR; DIETZ, 1991; LOCATELLI, et al., 1992), Jones Jig
(ALMEIDA, ALMEIDA, INSABRALDE, 1999; BRICKMAN; SINHA; NANDA, 2000;
FREITAS, 1995; HAYDAR; ÜNER, 2000; JONES; WHITE, 1992; RUNGE; MARTIN;
BUKAI, 1999; SILVA FILHO, 2000; SUGUINO; FURQUIM, RAMOS; 2000),
Pendulum/Pendex (ANGELIERI, 2005; GHOSH; NANDA, 1996; HILGERS, 1992, 1993;
MACEDO; AIDAR, 2001), Aparelho de Ertty (SILVA; GASQUE, VIEIRA, 2003), Sliding Jig
(ALVES; BOLOGNESE; SOUZA, 2006; LUCATO, et al., 2004) e Distalizador Carrière
(CARRIÈRE, 1991,1993; CARRIÈRE, 2004). Alguns dispositivos e mecânicas intra e
extrabucais associados para a distalização dos molares foram descritos como o Aparelho
Removível com mola digital associado ao uso do aparelho extrabucal. (HENRIQUES,
1997).
Durante a fase de distalização dos molares superiores, ocorre uma perda de
ancoragem o que ocasionará uma protrusão dos dentes anteriores que posteriormente
deverão ser retraídos; isto é o que ocorre normalmente nos dispositivos intrabucais,
conforme trabalhos relatados na literatura. (GIANELLY et al., 1989; GIANELLY et al.,
1988; ITOH et al., 1991; JONES; WHITE, 1992; LOCATELLI, et al., 1992; HAYDAR;
ÜNER, 2000; MARTINS, 2003; ANGELIERI, 2005; PATEL, 2006). Esta abordagem
segundo Janson (2006), não dispensa o uso dos aparelhos extrabucais e/ou elásticos de
Classe II e a colaboração do paciente; pois quando os dentes anteriores forem retraídos,
haverá a necessidade de colaboração do paciente com o uso destes aparelhos. O tempo
de tratamento será maior, pois a protrusão dos dentes anteriores em razão da perda de
ancoragem aumentará e haverá necessidade de uma maior retração do que aquela
___________________________________________________________________
124
apresentada inicialmente. A correção da má oclusão de Classe II evidenciada nos
grupos tratados com o protocolo da Teoria de Força das Dez Horas e o AEB associado
ao emprego do aparelho fixo, demonstraram que o tempo de tratamento foi semelhante,
pois não houve necessidade em ambos os protocolos de maior retração dos dentes
anteriores, visto que não houve perda de ancoragem. Porém no grupo T10 a meta
almejada para a finalização do tratamento ortodôntico foi melhor alcançada, concordando
que a falta de cooperação dos pacientes quanto ao uso do aparelho extrabucal
compromete o resultado final do tratamento. (CLEMMER; HAYERS, 1979; EGOLF; EL-
MANGOURY, 1981; BEGOLE; UPSHAW, 1990; NANDA; KIERL, 1992; JOHNSON et al.,
1998; COLE, 2002). Os resultados desta inédita pesquisa demonstraram que o protocolo
para distalização dos molares com o recurso da Teoria de Força das Dez Horas propiciou
resultados satisfatórios para a correção da má oclusão de Classe II, e embora também
necessite na colaboração do paciente, tem a vantagem de ser na maior parte do tempo
de ação intrabucal. O fato também de evitar extrações de pré-molares, muitas vezes
prejudicando o perfil do paciente, é uma boa razão para que haja cooperação com o uso
dos elásticos por alguns meses.
Os elásticos intermaxilares têm sido utilizados frequentemente na rotina
ortodôntica e alguns autores relataram a sua magnitude de força e aplicação clínica.
(CABRERA et al., 2003; HENRIQUES; HAYASAKI; HENRIQUES, 2003; LORIATO, 2006;
PHILIPPE, 1995; ELLEN; SCHENEIDER; SELIKE, 1998; NELSON; HANSEN; HÄGG;,
2000; JANSON et al., 2004). Entretanto, pouco se conhece sobre o uso destes com o
conceito da Teoria de Força das Dez Horas.
Desta forma, o uso dos elásticos intermaxilares em estágios distintos, mostrou
que os molares inferiores não sofreram maior mesialização devido ao uso dos elásticos
no grupo T10 porque são usados por um tempo que não é suficiente para que ocorra
movimentação, pois segundo a Teoria de Força das Dez Horas, só ocorreria à
movimentação após 10 horas de força contínua, e a força foi retirada antes deste período
evitando que houvesse a mesialização dos molares, mas mesmo assim, houve a mesma
quantidade de mesialização dos molares inferiores nos 2 grupos, decorrente do
crescimento mandibular, ou seja, o uso de elásticos de acordo com a Teoria de Força das
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125
Dez Horas não causa mesialização dos molares inferiores, e os incisivos inferiores não
sofreram inclinação vestibular em ambos os grupos; discordando de Angelieri (2005) que
necessitou usar elásticos intermaxilares de Classe II tanto no grupo que utilizou o
distalizador intrabucal (Pendulum) e o grupo do aparelho extrabucal durante o
tratamento ortodôntico, para finalizar o tratamento, sendo que no primeiro grupo
(Pendulum) o uso do elástico foi mais intenso. Este protocolo durante o tratamento
ortodôntico pode ter contribuído para uma maior mesialização dos molares inferiores,
além de uma maior inclinação vestibular dos incisivos. Papaionnou e Papaionnou (1994)
também observaram o mesmo efeito nos incisivos inferiores quando do uso de elásticos
sem uso de AEB; concordando com Ellen, Scheneider e Selike (1998) que usou elásticos
de Classe II, em pacientes com má oclusão de Classe II sem extração e sem o uso de
AEB e os resultados mostraram uma vestibularização dos incisivos inferiores, extrusão e
movimento mesial do molar. Nelson, Hansen e Hägg (2000), também encontraram um
movimento mesial do molar inferior em pacientes que usaram elásticos de Classe II.
Lucato et al. (2004) utilizaram e demonstraram por meio de caso clínico, o
sliding-jig associado com o aparelho fixo no tratamento da má oclusão de Classe II para
distalização dos molares, porém ressaltou os efeitos indesejados como o componente
mesial dos elásticos intermaxilares, o que poderá resultar em uma inclinação para
vestibular dos incisivos inferiores, bem como o componente vertical sobre o dente de
apoio do elástico podendo causar a extrusão e ou giro do mesmo.
o há referências na literatura desse tipo de protocolo, portanto sem
possibilidades de comparação. Existem outros estudos comparando o aparelho
extrabucal a outro dispositivo intrabucal utilizando os elásticos intermaxilares.
(PAPAIONNOU; PAPAIONNOU, 1994; ANGELIERI, 2005). Porém, usando elásticos
intermaxilares em diferentes estágios para avaliar principalmente as alterações dentárias,
esqueléticas, nem mesmo o próprio autor publicou. (ANDREWS,1995).
Angelieri (2005), salientou que a colaboração dos pacientes no uso dos
elásticos muito embora fossem mais facilmente aceitos devido a sua estética, não
observou uma colaboração significativa na sua utilização e essa colaboração
___________________________________________________________________
126
insatisfatória também foi verificada durante o uso do aparelho extrabucal de uso
noturno nos pacientes que utilizaram o distalizador Pendulum. Esses dados
apresentam-se contrários com os resultados deste estudo, na qual os pacientes foram
conscientizados e colaboraram com o uso dos elásticos mesmo fazendo a troca a
cada 8 horas, como também não tiveram dificuldades na utilização do AEB no uso
noturno.
Uma grande vantagem do AEB, é que durante a distalização dos molares
superiores, devido ao seu caráter extrabucal, não ocorre a perda de ancoragem o que
normalmente acontece nos dispositivos intrabucais ocasionando efeitos protrusivos dos
dentes anteriores que posteriormente deverão ser reposicionados. (GIANELLY et al.,
1989; GIANELLY et al., 1988; ITOH et al., 1991; JONES; WHITE, 1992; LOCATELLI, et
al., 1992; MORO et al., 1995; MARTINS, 2003; ANGELIERI, 2005). Nestes aparelhos,
podem-se observar vários efeitos adversos como protrusão e inclinação para vestibular
dos incisivos superiores; e mesialização e inclinação para mesial dos pré-molares
superiores. O recurso da Teoria de Força das Dez Horas mesmo sendo de caráter
intrabucal a maior parte do tempo (16 horas) e associado ao extrabucal (por 8 horas
somente) não apresentou os mesmos efeitos colaterais dos dispositivos intrabucais.
Diferentemente dos aparelhos intrabucais e igualmente ao AEB, no recurso da
Teoria de Força das Dez Horas para a distalização dos molares, ao invés dos incisivos
vestibularizarem devido à perda de ancoragem, este efeito não ocorre e os apinhamentos
vão sendo diluídos para distal, o que não ocorre com os distalizadores intrabucais que
criam diastemas grandes devido à inclinação dos molares para distal e perda de
ancoragem dos dentes anteriores, sendo mais difícil a manutenção da ancoragem e
posteriormente maior tempo para realização da retração anterior.
O AEB cervical apresenta como principal vantagem o efeito ortodôntico e
ortopédico, porém esta diretamente relacionada com o uso e a colaboração do paciente.
O protocolo com a T10, não proporcionou efeitos ortopédicos, porém resultou em efeitos
dentários satisfatórios, mesmo necessitando da cooperação dos pacientes no uso do AEB
___________________________________________________________________
127
noturno e no uso e troca dos elásticos intermaxilares, pelo fato de ser um recurso de fácil
compreensão e esteticamente favorável ao paciente.
Os resultados desta pesquisa são indícios de que a Teoria de Força das Dez
Horas seria mais uma opção para o tratamento da Classe II. Como a Ortodontia é
baseada em evidencias científicas, necessitaria de mais pesquisas para realmente
comprovar a validade desta Teoria, como a comparação desta Teoria com o uso de
elásticos convencionais de Classe II apoiado no molar inferior por 24 horas ou o uso de
AEB com uso contínuo de elásticos de Classe II; além disso ressaltando a importância de
estudos avaliando a estabilidade dos resultados obtidos por meio do recurso da Teoria de
Força das Dez Horas para a distalização dos molares.
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7 CONCLUSÕES
Baseado na amostra estudada, na metodologia empregada e nos
resultados obtidos, torna-se lícito concluir que:
7.1 EM RELAÇÃO ÀS ALTERAÇÕES DENTOESQUELÉTICAS:
7.1.2 Componente Maxilar:
Ambos os grupos não apresentaram alterações significantes sobre
desenvolvimento maxilar.
7.1.3 Componente Mandibular:
Nenhum dos recursos empregados propiciou alterações significantes sobre o
desenvolvimento mandibular.
7.1.4 Relação Maxilomandibular:
Ambos os grupos não apresentaram alterações significantes na relação
maxilomandibular.
7.1.5 Componente Vertical:
O tratamento em ambos os grupos não influenciou as dimensões verticais da
face.
7.1.6 Componente Dentário Maxilar:
Os incisivos superiores não apresentaram alterações significantes tanto no
sentido horizontal como vertical. Os molares superiores sofreram maior
inclinação para distal e extrusão no grupo AEB e observou-se uma limitação
do deslocamento mesial em ambos os grupos.
7.1.7 Componente Dentário Mandibular:
Os tratamentos não promoveram alterações significantes nos incisivos e
molares inferiores.
7.1.8 Relações Dentárias:
A relação molar de Classe II foi melhor corrigida no grupo T10 apresentando
uma diferença significante.
________________________________________________________________
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133
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134
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147
Apêndice A
Grupo T10 - Sexo, Idade Inicial, Final e Tempo de Tratamento
No. Nome Sexo D. Nasc Data Início Data Final Idade T1 Idade T2
Tempo
Tratamento
1 A. P. M 8/5/1986 1/12/2000 20/9/2003 14,58 17,38 2,80
2 A.C. M 30/9/1985 1/12/2000 16/6/2004 15,18 18,72 3,54
3 B. A. M 4/10/1984 15/6/1999 16/10/2003 14,70 19,04 4,34
4 E. F. M 12/9/1984 10/6/1999 15/3/2001 14,75 16,52 1,76
5 H. F. M 30/1/1985 30/6/1999 18/3/2001 14,42 16,14 1,72
6 H. M. M 26/10/1989 10/2/2003 15/12/2005 13,30 16,15 2,85
7 J.O. M 14/8/1991 8/9/2004 30/6/2006 13,08 14,89 1,81
8 R. G. M 6/1/1987 10/9/2000 25/8/2003 13,69 16,64 2,96
9 T. L. M 25/9/1990 18/11/2004 16/3/2006 14,16 15,48 1,32
10 A. Z. F 6/9/1987 19/7/1999 20/8/2001 11,87 13,96 2,09
11 C. C. F 18/9/1983 29/7/2000 30/5/2001 16,87 17,71 0,84
12 C. C. F 10/12/1987 20/10/2003 1/11/2005 15,87 17,91 2,04
13 C. L. F 30/4/1985 10/9/2000 30/4/2004 15,38 19,01 3,64
14 C. R. F 17/2/1988 26/8/2004 16/6/2006 16,53 18,34 1,81
15 D. S. F 10/1/1988 1/3/2005 30/7/2006 17,15 18,56 1,41
16 E. S. F 5/10/1980 10/6/1999 10/11/2002 18,69 22,11 3,42
17 F. G. F 16/5/1981 20/7/1999 20/3/2001 18,19 19,86 1,67
18 F. K. F 11/11/1988 15/2/2005 24/9/2006 16,27 17,88 1,61
19 G. M. F 14/12/1986 1/7/1999 29/5/2003 12,55 16,47 3,91
20 K. J. F 3/9/1982 10/8/1997 2/7/2000 14,95 17,84 2,90
21 L. S. F 19/9/1990 5/2/2005 8/9/2006 14,39 15,98 1,59
22 M. S. F 3/10/1990 16/12/2001 25/1/2004 11,21 13,32 2,11
23 M. C. F 20/11/1982 30/9/2000 10/12/2003 17,87 21,07 3,19
24 M. O. F 24/2/1992 20/2/2005 1/7/2006 13,00 14,36 1,36
25 M. P. F 2/3/1986 16/9/2000 1/3/2002 14,55 16,01 1,45
26 N. R. F 18/11/1989 20/1/2003 5/6/2005 13,18 15,56 2,38
27 N. V. F 17/3/1984 30/9/2000 1/10/2003 16,55 19,55 3,00
28 P. J. F 29/1/1988 26/7/2003 7/11/2005 15,50 17,79 2,29
29 R. S. F 9/10/1985 10/6/1999 1/10/2001 13,68 15,99 2,31
30 S. E. F 2/3/1985 1/7/1999 1/12/2001 14,34 16,76 2,42
31 T. M. F 12/1/1984 20/6/1999 5/12/2001 15,45 17,91 2,46
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148
Apêndice B
Grupo AEB - Sexo, Idade Inicial, Final e Tempo de Tratamento
No. Nome Sexo D. Nasc Data Início Data Final Idade T1 Idade T2
Tempo
Tratamento
1 F. C. M 10/2/1990 10/11/2001 29/5/2004 11,76 14,31 2,55
2 G. R. M 4/4/1975 15/11/1992 19/10/1993 17,63 18,56 0,93
3 G. B. M 24/10/1973 19/8/1989 16/8/1991 15,83 17,82 1,99
4 R. J. M 30/5/1986 15/7/1999 28/8/2002 13,13 16,26 3,12
5 A. B F 20/10/1976 10/10/1990 24/1/1994 13,98 17,27 3,29
6 A. Z F 17/1/1976 29/11/1987 30/4/1991 11,87 15,29 3,42
7 A. B. F 1/12/1979 20/5/1991 7/7/1994 11,47 14,61 3,13
8 A.M. F 19/5/1974 11/10/1988 10/12/1991 14,41 17,57 3,16
9 A. C. F 8/2/1976 3/6/1988 30/3/1993 12,33 17,15 4,82
10 A. M. F 25/10/1972 25/11/1985 26/6/1988 13,09 15,68 2,59
11 H. G. F 2/11/1987 29/11/1999 25/8/2001 12,08 13,82 1,74
12 J. S. F 23/12/1975 10/12/1987 17/2/1992 11,97 16,16 4,19
13 L.S F 7/8/1979 30/8/1991 1/9/1993 12,07 14,08 2,01
14 L. T. F 17/11/1976 25/11/1989 17/10/1991 13,03 14,92 1,89
15 M. T. F 21/4/1981 14/12/1993 18/3/1996 12,66 14,92 2,26
16 M. A. F 30/3/1982 20/9/1993 9/8/1996 11,48 14,37 2,89
17 A. B. M 14/1/1965 27/6/1979 22/12/1981 14,46 16,95 2,49
18 F. C. M 21/11/1979 15/4/1993 14/11/1995 13,41 15,99 2,58
19 H. R. F 22/10/1973 12/7/1991 12/8/1993 17,73 19,82 2,09
20 H. B. F 2/4/1973 5/4/1989 5/3/1991 16,02 17,93 1,92
21 J. C. M 16/1/1971 30/7/1986 7/12/1988 15,55 17,90 2,36
22 K. A. F 11/6/1976 12/7/1991 22/4/1993 15,09 16,87 1,78
23 M. M. F 1/4/1963 20/6/1977 26/6/1979 14,23 16,25 2,02
24 M. P. M 22/3/1981 31/5/1995 27/8/1997 14,20 16,44 2,24
25 M. G. M 11/12/1971 8/5/1987 15/5/1989 15,42 17,44 2,02
26 M. P. F 24/4/1964 15/9/1979 6/3/1982 15,40 17,88 2,47
27 M. V. F 27/4/1963 15/9/1979 27/6/1981 16,40 18,18 1,78
28 R. C. F 2/6/1976 3/5/1991 6/11/1992 14,93 16,44 1,52
____________________________________________________________________
149
Apêndice C
Grupo T10 – Medidas Cefalométricas
No. Nome
SNA Co-A SNB Co-Gn ANB Wits FMA AFAI
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1
A. P.
81,6 78 102 98,5 75,4 73,7 136 136 6,3 4,2 0,2 1,9 37,5 37,7 86,3 89,9
2
A.C.
80,4 79 98,7 103 78,1 76,2 128 140 2,2 2,3 -1,3 -2,6 27,1 26,7 75,5 83,6
3
B. A.
75,8 78 99,5 106 73,1 74,4 127 136 2,7 3,5 -0,2 3,8 26,4 25,9 76,4 82,9
4
E. F.
81,6 76 91 91,4 76,8 74,7 113 120 4,7 1,6 7,6 1,9 26,4 25,2 63,9 69,9
5
H. F.
83,7 83 97,2 99,3 77,4 77,8 115 124 6,2 4,9 -0,5 0,7 30,5 31,2 68,8 75,4
6
H. M.
90,7 88 91,1 98,5 81,5 80,3 106 123 9,2 7,4 1,3 4,7 35,2 33,5 65,8 74,9
7
J.O.
83,7 85 85,6 90,3 76 77,3 108 120 7,7 7,6 -1,4 -0,6 31,3 33,5 71,2 78,7
8
R. G.
85,8 87 102 109 82,4 83,2 128 140 3,4 3,4 -0,6 -2,8 20,8 19 67,4 72,9
9
T. L.
77,9 77 93,9 93,8 73,5 73,2 116 118 4,4 3,9 -1 -3 30,5 31,6 66,5 69,5
10
A. Z.
80,7 81 82,2 86,6 74,7 76,3 101 111 6 5,1 0,6 -0,3 31 30 61,7 66,7
11
C. C.
82,8 83 96,9 97,8 76,7 76,5 119 120 6,2 6,4 4,7 0,2 22,1 19,6 66,3 67,3
12
C. C.
80,8 79 87,1 88 75,3 74,6 109 113 5,5 4 2,2 -1,8 30 29 66 67
13
C. L.
87,5 85 85,7 84,6 82,1 80 112 112 5,4 4,6 3,4 -2,4 25,3 25,2 66,8 69,7
14
C. R.
82,4 80 92,8 89,9 76,7 76,1 113 112 5,6 4,2 -0,7 -2,2 22 22,7 64,6 63,7
15
D. S.
81,5 81 89,1 88,4 77 76,4 116 118 4,6 4,5 1,2 -3,1 29,7 29,1 70,5 72,6
16
E. S.
84,8 83 89 90,6 81,7 79,8 113 114 3,1 2,9 0,6 0,8 22,6 24,1 61,1 62,6
17
F. G.
88,2 89 100 104 78,4 79,3 119 120 9,7 9,8 4,1 5,1 25,9 24,8 73,5 73,4
18
F. K.
80,7 80 88,6 87,3 82,3 81,4 120 119 -1,6 -1,8 -2,4 -3,5 18,1 20,3 63,7 64,9
19
G.M.
79,3 80 85,4 85,6 76,6 77,9 111 115 2,7 1,6 -1,7 -3,5 28,2 29,9 67,4 70,1
20
K. J.
91,1 87 92,7 91,7 88,2 86 115 117 2,9 1,2 -1,2 -2,3 20,4 20,5 53,7 56,2
21
L. S.
81,8 80 91,4 90,5 74,8 74,6 113 114 7 5,6 2,5 1,2 24,9 26,7 70,9 72,4
22
M. S.
79,1 78 87,9 87,6 79,5 78,3 115 116 -0,4 0 0,2 0,6 18,2 18,4 61 61,2
23
M. C.
81,4 81 95,2 98,2 75,5 77,5 113 122 6 3,3 2,7 -0,5 24,9 22,9 64,4 65,9
24
M.O.
80 79 85,4 84,7 75,8 75,5 111 111 4,2 3,8 -3,3 -4,2 35,8 35,8 64,1 67
25
M. P.
86,8 85 91,5 91,5 81,8 80,7 117 121 4,9 4,1 1,7 3,5 23,8 24 69 70,5
26
N. R.
82,8 81 88 87,9 78,1 77 124 125 4,7 4,3 -1,8 -5,2 29,3 28,6 77,3 83,1
27
N. V.
82,6 83 91,9 92,5 77,3 77,5 111 112 5,3 5,8 0,2 -0,2 17 17,3 60,9 61,7
28
P. J.
82,9 80 90,9 87,5 77 76,2 110 109 5,9 3,8 2,9 2,4 28,3 24 65,9 66,8
29
R. S.
82,8 83 90,4 90,4 78,3 79,3 114 116 4,4 4 -5,7 -2 27,4 28,5 67,4 68,1
30
S. E.
80,6 80 96,7 96 77 76,6 119 119 3,6 3 -0,8 -0,3 22,1 20,2 64,3 62,9
31
T. M.
80,8 79 82,9 83,5 75,6 75,4 108 111 5,2 3,9 3,1 -0,8 30,1 30,8 70,6 71,1
____________________________________________________________________
150
Apêndice D
Grupo T10 – Medidas Cefalométricas
1.NA 1.SN 1-NA 1-PP 1-PTV 4.SN 4-PP 4-PTV
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1 27,8 25 115 112 6,8 8 38 40 61,1 63,8 73,2 72,9 30,8 31 42,7 43
2 14,9 20,8 97,6 105 4,8 5,2 33,6 36,3 53,2 57,6 78 75,8 25,8 28,4 34,5 37
3 19,2 23,9 106 112 8,5 6,6 35,8 37,4 66,2 68 67,7 69,8 26,5 28,1 46 46
4 20,6 32,5 111 119 1,4 4,9 27,5 30,3 55,4 61,3 81 73,4 21,4 23,5 41,1 44
5 26,4 23,6 119 118 7,6 7,9 29,1 30,6 65 65,8 78,8 74,3 22,4 25,1 44,8 46
6 22,8 16,1 119 111 3,9 3 27,9 31,1 59,3 62,1 82,7 73,6 19,8 23,8 39,9 42
7 23,2 18,8 117 115 7 7,2 30,5 33,3 61,2 64,9 76,7 69,9 23,5 26,3 41,2 43
8 28,4 28,2 125 125 7,1 5,2 27,9 29,2 70,8 72 76,4 86 22,7 25,6 49,1 53
9 15 20,9 108 114 3,5 5,2 29 28,7 54,9 56,6 80,9 73,3 22,6 22,6 40,5 39
10 22,4 22,5 114 118 4,7 5,7 26,2 27,9 55,8 60,8 68,8 75,7 20,1 22,9 38,4 44
11 11,6 17,8 104 110 3,5 4,3 29,1 30,6 59,5 62,7 76,3 76,8 22,9 23,5 41,6 42
12 27,9 30,9 122 122 6 7,8 27,8 28,8 61,1 62,9 75,6 66,9 20,2 21 42,4 43
13 13,5 12,1 106 101 3,3 4,1 29 29,9 58,2 55,2 82 76,8 21,3 22,1 41,3 37
14 25 27,4 119 120 5,9 7,1 29,2 29,8 60,2 63,4 76,5 71,7 23,9 23 40 42
15 17,5 15,5 110 107 5 5,1 31,7 32,2 57,5 59,1 78,4 75,4 24,2 25,3 40,8 41
16 16,6 24,9 107 115 4,8 6,5 27,1 26,8 56,5 58,3 73,7 82,7 21,5 22 39,4 39
17 12,7 10 110 110 3,5 3 31,4 31,1 67,7 67,6 71,1 74,3 25,1 25 48,9 48
18 29,2 27,6 115 113 8,6 8,6 28,6 28,6 59,4 56,6 83,8 80 23 22,8 42,1 38
19 39,9 33,5 123 116 10,3 8,7 28 30,1 62,2 59,7 80,3 77,1 21,1 22,2 42,2 41
20 9,8 26,6 106 121 2,8 4,9 24,2 22,8 58,6 61,4 80,5 87,8 17,9 19,2 43,6 45
21 12,8 23,7 99 109 5,2 8,3 30,7 30,8 59,7 60,9 74,4 73,1 22,4 23,4 41,3 40
22 28,6 31,7 112 116 8,3 6,3 25,8 24,4 58,9 57,3 84 74,6 18,5 19 39,6 39
23 21,4 29,5 115 123 4,9 7,3 29,9 28,1 60,6 63,1 75,6 69 20,8 22,9 39,8 43
24 24,3 20,1 117 112 6 5,9 27,4 30,4 56 55,5 69,6 57,6 22,2 23 37,8 38
25 18,3 17 107 105 6,9 6 30,1 30,8 59,5 59,3 84,6 82,5 24 23,2 41 40
26 29,3 17,2 119 105 6,5 6,2 32,1 36,9 59,3 58,3 73,8 63,9 25,5 28,3 38,1 39
27 32,4 25,4 126 120 8,2 6,4 27,7 29,7 64,9 63,4 75,5 75,3 22,6 22,8 40,2 41
28 24,6 32,3 121 125 4,5 7,2 26,8 26,4 60,2 64 78,2 77,5 21,3 21,9 41,6 44
29 23,6 20,9 114 111 6,7 6,1 30,1 30,9 61,9 59,5 79,6 82,3 24 22,4 44,7 41
30 13 19,9 103 111 3,9 4,3 27,6 27 59,7 59,8 67,5 67 21 20,4 41,2 41
31 22,4 22,2 109 109 6,4 5,9 29,8 29 55,9 54,3 81 73,8 23,3 22,5 39,1 37
____________________________________________________________________
151
Apêndice E
Grupo T10 – Medidas Cefalométricas
6.SN 6-PP 6-PTV 1.NB IMPA 1-NB 1-GoMe 6-GoMe
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1 57,7 63,8 25,2 26,7 23,1 23,6 27,1 35,7 86,5 93,6 8,5 12,4 49,8 51,9 33,7 36,8
2 64,7 72,5 21,4 24,9 17,6 19,3 16,2 28,8 83,3 96,4 3,2 5,8 43,5 46,5 29,7 35,3
3 61,6 66,3 22,1 23,9 28,3 28,2 34,8 32,5 100,7 97,7 7,7 9,6 45,1 49,3 34,5 37,8
4 61,2 70,7 19,4 21 24,6 27,5 19,4 19,2 87,7 89,8 2,8 3,1 36,7 40,1 26,5 31,1
5 63,8 63,1 18,3 22,9 27 26,7 37,7 37,2 103,3 102,1 11,3 11,9 43,9 47,7 31,1 36,1
6 69,7 72,1 15,6 20,8 21,4 24,7 38,7 36,8 100,2 99 10 9,9 41,9 45,6 29,6 33,9
7 61,4 59,8 20,1 21,8 23,6 24,6 26,9 40 87,1 96,9 9,6 14,3 44,4 48,4 29,9 34,4
8 74,7 74,1 21,3 23,6 31,5 34,2 33,3 27,7 101,2 95,9 8,3 6,5 43,1 45,4 33,1 37,7
9 60,8 66,4 19,5 20,2 23,9 22,1 25,4 31,9 90,1 96 5,5 7,7 39,4 41,8 29,7 31,9
10 68,1 71,8 17,3 20,9 23,4 27,2 37,5 35,3 98,9 96,6 8,2 8,5 37,9 40,9 26 31,2
11 72,5 70,9 22 20,3 25,8 24,4 27,5 31,7 97,5 102,9 6,1 8,6 40,2 39,3 28,2 31
12 65,5 68,5 18,8 17,4 26,6 25,7 27 40,9 89,3 104,5 5,3 9,3 41,4 42,2 30,8 31,6
13 69 68,6 18,7 18,6 24,7 20,8 28,7 30,6 91,7 94,2 5,6 6,3 40,3 40,1 28,4 30,4
14 64,6 68,7 20,6 20,5 23 25,4 35,2 43,1 101,3 108,7 7,3 9,2 39,8 37,1 26,7 27,1
15 63,7 63,9 23,1 22,7 24,1 24,9 30,5 32,4 93,8 94,8 5,7 8 42 41,8 28,6 30,7
16 71 71,4 19,4 20,2 23,3 21,8 26,6 37,5 95,3 107,2 4,4 6,6 38 37,6 25,1 26,9
17 69,6 71,4 21,9 22,3 32,6 31,2 38,9 44,6 103 108,9 12,5 12,2 44,3 44,9 34,8 36,5
18 71,3 71,8 21,2 20,7 26 21,6 19,2 23,9 90,8 95,5 2,8 3,5 37 37,3 27,2 28,8
19 64,7 70,8 15,8 17,1 24,2 24,5 36,3 33,6 100,2 96,8 7,4 7,5 40,9 41,6 29 30,5
20 76,1 78,5 16,6 17,1 28,2 28,2 14,3 28,5 82 96,9 1,3 4,1 34,5 34,7 23,8 26,1
21 61,5 62,6 16,7 19 23,8 22,6 33,1 42,7 100,4 110,1 9,9 13 45,7 44,5 33 34,1
22 72,5 74,5 15,4 17,2 23,7 22,3 28,2 25,7 101,9 99,3 3,9 4,7 38,3 38 29,7 29,1
23 64,1 66,9 18,5 20,2 22,1 25,9 37,7 37,5 105,9 106,2 8,1 8,4 40 40,9 29 31,4
24 56,7 60,4 17,7 18,3 22,4 22,2 31,3 37,9 89,8 96,1 6,3 7,8 36,2 37,8 25,3 27,6
25 75,1 79,5 21,7 20 24,4 23 30,1 33,5 98,6 100,4 7,9 7,5 42,7 40,5 30,3 31,2
26 58,9 65,7 22,1 23,8 22 23,3 22,5 36,5 83,5 98,8 6,5 9,8 43,2 46,3 29,4 35,6
27 65,9 66,5 20,2 20,6 23,8 24,4 26,4 40 99,8 113 3,2 8,8 35,9 36,1 26,3 27
28 74,4 77,5 21,1 20,9 25,3 27,1 30,2 39 98,9 106,5 8 8,9 42,7 42,2 30,8 31,4
29 62,1 68,5 19,1 19,3 26,8 24,5 33 31,6 95,7 93,4 8,9 8,1 41,1 41,4 29,2 30
30 68,2 71,9 18,5 18,8 25 24,6 27,8 28,9 97,2 100,2 4,2 4,7 40,3 38 29,4 29,2
31 66,4 69,3 20 19,3 23 21,6 31,2 34,8 96,5 99,5 9 8,4 44 43,4 31,6 33
____________________________________________________________________
152
Apêndice F
Grupo T10 – Medidas Cefalométricas
1-PTV 6-PTV Relação Molar Overjet Overbite
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1 60,4 66,5 29 31,5 0,7 -3,8 8,4 3,6 4,1 2,3
2 50,8 53,2 19,6 19,9 -0,9 -2,9 4,2 2,7 6,1 1,5
3 61,8 64,4 29,4 31,4 -0,2 -4,9 4,6 2,8 3,2 2,8
4 51,6 54,1 24,3 26,9 2,1 -3,5 5,8 4,6 3,5 2,4
5 61,1 64 23,2 28,9 4,1 -4,8 4,7 2,8 2 1,7
6 55,3 59,6 20,5 27,3 0,4 -4,3 5,7 2,9 3,2 2,2
7 57,6 65,6 26,2 30,8 2,5 -3,3 8,4 3,5 4 1,4
8 68,5 69,2 32 39 1,8 -3,3 3,5 3,8 3 2,1
9 55,9 55 27,3 24,4 0,4 -3,8 3,2 2,4 3,1 1,3
10 53,3 57,7 24,1 30 0,4 -2,8 3,4 3,7 2,1 1,8
11 60,9 64,6 29,9 33,8 2,4 -3,3 4 3 4,4 2,6
12 54,2 60,6 26,6 29,3 0,8 -3,5 8 4,1 4 2,7
13 54,9 53,1 24,2 23,6 0,6 -2,6 3,9 2,6 4 1,1
14 59,8 60,8 28,8 28,8 0,7 -3,1 6 3,9 4,2 2,1
15 53,7 54,6 24,6 23,6 0,3 -2 4,5 3 5,2 1,9
16 54,7 58,7 23,5 25,8 0,8 -1,8 2,6 2,8 5,4 1,8
17 63,2 65 31 34,4 0 -2,7 3,3 3,3 0,5 1
18 58,3 58,7 29 29,1 0,7 -2,3 4,7 2,2 3,9 2,3
19 58,3 57,4 27,1 27,6 0,1 -3 6,3 3,3 1,3 2,2
20 55,9 57,9 28,6 29,7 0,6 -2,8 4,9 2,8 7,4 2,4
21 55,3 57,7 21,2 22,8 1,1 -1,4 4,8 3,4 5,6 0,7
22 54,6 55 24,3 25 0,8 -2,4 3,9 2,1 3,3 1,8
23 56,8 61,3 24 28,8 -0,7 -1,9 4,7 3,5 5 2,4
24 51,5 48,9 22,7 20,3 0,1 -3,2 5,7 3,3 0,4 1,1
25 55,8 54,1 23,9 24 1,3 -4,6 4,4 2,6 3,8 1,4
26 49,1 50,7 16,9 18,2 2,4 -0,7 8,4 3,1 2,2 1,7
27 50,6 58 22,5 24,2 1,4 0,3 12,6 5,3 3,9 3,8
28 56,7 57,8 26,4 27,4 -1 -2,1 4,4 3,5 3,9 1
29 57,8 56,2 26 27,1 1,4 -3,5 4,1 3,8 2,6 3,5
30 56,9 57,1 25,3 26,2 -0,3 -2,2 3,7 3,2 5,3 2,8
31 49,2 50,7 20,5 22,1 -0,4 -2,6 4,9 2,8 3,6 1,5
____________________________________________________________________
153
Apêndice G
Grupo AEB – Medidas Cefalométricas
No. Nome
SNA Co-A SNB Co-Gn ANB Wits FMA AFAI
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1 F. C. 72,9 74 89,4 94,2 71,8 72,3 121,9 128,3 1,2 1,6 -3,2 -4 27,1 26,2 76,1 79,9
2 G. R. 80,7 81,4 92,1 98 77,2 80,6 112,3 129,8 3,5 0,8 4 -3,3 26,2 20,6 65,1 69,3
3 G. B. 83,5 82,1 112,8 114,3 80,9 80,3 137,8 140,6 2,6 1,8 -3,3 -1,9 20,8 21,4 72,9 73
4 R. J. 80 79,5 88,3 92,6 77,9 77,8 111 118,9 2,1 1,7 -2,6 -4,8 27,9 28,9 64,6 69,8
5 A. B 84,7 80,5 88,2 92,6 83,6 78,4 115,7 118,9 1,1 2 -4,8 -0,2 27 26,9 67,4 70,4
6 A. Z 85,7 87 85,1 84,8 79,9 81,8 102,7 106,3 5,8 5,2 0,7 -0,6 30,5 35,3 59 62,5
7 A. B. 82,3 81,3 95,5 97,2 76,4 76,5 117 122,5 5,9 4,8 0,3 0,6 28,4 30,3 66,7 72,2
8 A.M. 82,4 81,2 96,4 96,5 79,4 79,2 119,2 123,4 3 2 -0,4 -4 20,8 20,4 66 68
9 A. C. 83,5 83,6 85,2 84,8 76,1 76,7 101,3 104 7,3 7 4,6 1,3 26,1 28,4 62,8 66,7
10 A. M. 76,9 82 83,8 86,8 77,1 80,7 108,2 112,2 -0,2 1,3 -5,8 -1,7 26,8 27,1 64,3 67
11 H. G. 89,4 90,4 89 92 86,1 86,9 111,8 117 3,3 3,6 -3,3 -2,7 23,7 23,2 60,8 65
12 J. S. 87,2 89,5 90,8 97,4 82,5 86,6 114,6 128,6 4,7 3 -2,5 -6,9 28,1 27,4 68,2 77,8
13 L.S 77,5 75,4 90,3 90,8 74 75,2 108,2 113,1 3,5 0,2 -0,6 -1 22,2 22,2 61,4 63,2
14 L. T. 78,8 80,3 80,3 87,6 76,7 76,9 107 118,1 2,1 3,4 -2,8 0 30,3 30,1 65,1 71,5
15 M. T. 88,9 84,8 94 92,9 82 79,7 111,6 112,5 6,9 5,1 -0,2 3,4 23,6 25,3 60,5 62,7
16 M. A. 75,6 77 79,8 85,7 69,4 72,5 93,9 106,7 6,2 4,5 6,3 0,7 30,9 33,7 58,4 69,5
17 A. B. 83,5 80,8 99,4 96,1 79,3 79,9 127,3 129,4 4,1 0,9 6,9 0 17,8 17,4 68,2 71,6
18 F. C. 76,8 75,1 94,4 96,1 75,2 77,8 114,7 127,8 1,6 -2,7 1,3 -3,3 27,6 27,2 59 65,5
19 H. R. 81,1 77,5 87,8 81,7 75,3 75,4 111,3 108,4 5,8 2,1 0,3 -3,9 33,1 32,2 68 66,4
20 H. B. 84,7 81,7 89,1 89,8 85 83,2 123,5 125,7 -0,3 -1,5 -1,9 -4,5 23,4 28,9 72 73
21 J. C. 81 76,6 102,3 96,1 77,6 76,5 128 128,5 3,4 0,2 3,4 -2,1 21 20 66,1 69,9
22 K. A. 77,4 77 89,2 87,2 75,9 76,2 119,6 120,9 1,5 0,8 -2,1 -3,9 27,7 27,6 72,7 74,8
23 M.M. 84,5 78,4 88,7 88,8 80,6 75 114 115,5 3,9 3,4 1,5 0,5 27 30,8 70,2 74,2
24 M. P. 82,2 79,3 97,5 100,9 78,9 78,9 126,2 132,7 3,2 0,4 2,6 0,2 20,5 19 74 77,2
25 M. G. 84,5 78,1 94 92,9 81,8 79,8 120,8 123,6 2,7 -1,7 -1,1 -3,8 17,9 17 65,2 64,5
26 M. P. 80,9 80,6 85,8 85,7 78,3 77,6 112,9 111,6 2,7 2,9 -3,5 3,2 29,2 31,1 65,7 66,9
27 M. V. 74,8 76,3 91,8 88,6 73,3 74,1 124,1 120,7 1,5 2,2 -1 0,1 24,4 25,3 70,7 71,9
28 R. C. 86,2 90,3 88,1 90,6 82,4 85 112,9 115,7 3,9 5,3 0,8 4 28 31,5 63,9 64,1
____________________________________________________________________
154
Apêndice H
Grupo AEB – Medidas Cefalométricas
1.NA 1.SN 1-NA 1-PP 1-PTV 4.SN 4-PP 4-PTV
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1 30 34,2 117 123 10,4 11,5 31,5 32,5 58,8 63,8 70,3 74,2 24,3 26,2 39,8 41,9
2 35 29,5 125 122 6,1 9 27,6 27,1 60 67,6 65,7 74,8 21,9 24,3 38,4 45,3
3 25,7 28,6 118 119 6,3 8,1 30,3 29,9 73,9 74,2 81,4 77,9 23,6 25,1 50,9 51,6
4 44,3 34,5 131 120 11 10,5 27,3 32,2 63,4 63,9 76 79,6 22,1 24,9 37,8 42,8
5 29,8 29,6 114 114 10,8 7,4 30,6 30,3 61,1 60,1 84,6 83,2 23 23,3 42,5 41,7
6 28,3 27,5 119 121 6,5 7,2 25,8 27,2 58 56,9 81,8 78,8 18,1 20,7 37 36,2
7 13 8,4 104 98,4 3,3 3,3 31,1 31,9 57,4 54,7 75,9 70,6 20,6 23,8 40,1 37,1
8 19,6 34,8 107 120 5,3 8 27,5 29 58,5 61,2 81,1 80,5 21,2 24,1 42,1 41,6
9 22,3 16,5 116 109 5,1 4,3 27 27 59,8 54,4 69,1 80,6 20,5 22,2 41,3 42,1
10 25,4 34,2 111 122 8,8 8,3 28,5 27,9 53,3 56,8 84,6 78,6 21,8 22,7 37,1 35,8
11 21,5 19,5 116 114 4,5 5,1 27,2 29,5 56,8 60,3 83,3 84,5 21,3 23,8 37,7 39,3
12 33,3 31,3 124 120 10,9 10,1 29,3 34,5 72,1 74,6 74,6 88,8 21,1 26 46,2 51,8
13 31,5 36,4 116 118 8,4 9,5 28,6 27,8 60,6 62,4 72 77,6 20,7 22,2 40,5 41,8
14 25,8 31 116 125 10 7,6 27,2 26,8 52,1 56,3 76,6 76,8 21,9 23,6 35,4 35,4
15 27,9 24,4 125 120 5,5 4,8 25,9 27 60,5 57,5 76,3 71,2 19,4 22,7 38,8 38,2
16 36,4 32,1 118 115 7,6 5,5 24,4 32 53,1 52,4 66,8 70,3 18,7 23,9 33 35,1
17 25,5 24,6 115 112 8,2 7,8 29,4 28,6 67,6 62,4 82 74,8 22,9 23,3 44,8 42,7
18 34 45,1 120 130 8,9 11,7 25,2 26,4 57,9 60,3 79,1 86 19,3 22,3 39,4 40,7
19 20,8 29,3 114 119 3,7 7,1 28,2 26,4 54,2 51,4 68,5 68,6 21,6 21,8 35,8 33,9
20 35,7 37,5 121 122 10,7 10,6 29,3 30,4 65,7 60,5 85,5 87,8 26,4 26,7 44,8 40,8
21 11,2 21,5 103 109 2,7 5,6 30,2 30,3 59,3 58,9 83,2 74 22,3 24,3 43,9 42,2
22 22,1 23,5 107 108 6,3 6,3 31,6 32,2 56,7 55,2 89,9 81,2 25,3 26,5 41 43,5
23 26,5 11,4 111 94,7 7,3 4,1 32,8 34,7 60,2 53,9 87,5 71,7 25,9 27,7 41,1 35,5
24 20,1 27,9 110 115 5,6 9,2 30,8 31,7 64,5 67 76,4 81,2 24,3 25,9 44,3 46,2
25 19,7 37,7 105 120 4,6 10,5 29,6 28,8 57,7 62,9 75,8 76,1 21,7 23 38,6 42,8
26 20,8 24,6 107 110 4,8 3,6 27,8 28,5 53,8 52 89 76,2 21,5 21,6 41,1 36
27 34,2 21,4 118 105 11,3 5,5 30,6 31,6 62,3 57,1 73,4 71 25,7 24,7 42 40,9
28 24,8 27,9 115 122 6,6 5,1 27,8 26,3 58,4 55,9 82,4 84,6 21,2 21,5 41,7 36,4
____________________________________________________________________
155
Apêndice I
Grupo AEB – Medidas Cefalométricas
6.SN 6-PP 6-PTV 1.NB IMPA 1-NB 1-GoMe 6-GoMe
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1 56,7 62,1 21,9 22,9 23,9 24,2 34,1 40,1 102 107,3 8,4 10,8 46,5 49,8 37,2 40,1
2 61,7 79,9 19,5 23,6 21,4 27,9 25 30,7 94,2 103 4,8 7,4 39,2 43,5 27,7 33,6
3 74,8 72,7 21,9 23,3 33,6 33,8 29,9 27,8 101,6 99,7 6,9 7,9 45,8 46,2 36,8 35,7
4 65,6 71,9 18,5 20,7 19,9 24,9 27,6 35,1 92 98,6 6,8 9,5 40,6 41,6 26,5 29,3
5 78,1 77,5 20,2 20 27,7 24,2 34,2 34,6 96,9 100,3 8,4 8 42,2 41,3 28,9 31,3
6 66,4 75,5 15,1 17,5 18,1 19,4 39,1 39,7 102,3 100,3 8,6 10,7 37,5 40,3 23,5 24,7
7 66 68 18,5 21,2 23,3 21,6 32,7 27,7 97,3 91,7 6,5 6,4 39,9 41,1 27,8 30,3
8 78,6 79 19,2 19,6 25 25 27,7 35,1 102,1 110,5 4,5 7,5 39,8 41,5 32,9 34,1
9 64,5 71,2 17,8 19,1 24,9 24,4 35,9 33,8 103,9 102,8 8,6 9,8 40,3 42,5 30,1 32,3
10 71,6 71 18,5 19,3 18,4 18,2 29,5 35 99,8 104,2 3,8 7,9 41,1 42,7 29,9 31,8
11 73,1 81,9 18,7 21,9 21,4 23,4 28,5 29,2 95,5 95 4,3 4,9 35,7 37,4 25,5 28,4
12 71,5 82,3 17,3 21,9 27,9 32,8 35,9 39,1 95 99,5 8,8 11 42,1 47,8 27,1 33,1
13 70 73,9 16,6 19,2 21,9 24,1 27,8 29,2 101,4 101,6 8 7,9 37,8 37,9 26,6 27,8
14 65,2 69,5 20 22,7 17,6 18 32,3 36,4 99,5 102,8 8,2 10,4 41,7 45,7 30,7 33
15 63,9 70,1 17,8 21,3 21,5 21,2 33,8 38,9 101,6 106,7 8 8,8 39,8 38,9 27,1 27,6
16 64,5 72,6 14,2 19,3 16,4 20,6 26 33,9 96,5 100,3 5,1 8,2 33,2 39,6 22 30,2
17 70,3 80,3 21,1 22,6 25,9 25 27,8 32,4 102,5 108,2 6,3 5,9 45,1 41,8 31,3 34,4
18 69,6 81,3 18,2 22,1 22,4 22,5 20,5 23,1 93,2 94,4 3,9 5,6 40,4 40,9 25,6 29,5
19 59,2 66,4 18,9 19 20,1 20,2 26,4 33,3 87,6 95,6 5,1 6,2 42,1 40,3 28,7 28,9
20 77,8 86,5 25 25,8 28,7 24,5 26,1 28,3 94,2 96,7 5,4 6,5 41,4 43,1 29,6 29,1
21 73,1 74 21 22,5 26 27,2 15,4 19,4 85,8 91,7 1,9 2,3 40,8 39,4 29,5 32,5
22 63,6 68 21,7 23,6 23,6 25,1 27,7 27,3 91,8 91,3 5,3 5,9 42,1 42,8 30,3 32,5
23 72,5 76,2 23,3 24,2 25,3 18,5 26,3 27,9 89,6 90 5 5,7 41,9 40,6 26,6 26,8
24 72,8 79,9 24,5 25,3 26 27,3 32,6 33,9 103,9 107 6 6,3 48,2 48,8 35,2 37,8
25 74,5 73,2 17,9 21,2 21,9 25,8 24,4 34,5 97,5 108,6 3,9 5,1 39,3 38,1 28,8 27,9
26 69,2 76 18,8 20,8 25,8 20,7 27,8 24,7 94 90,3 4,6 5 37,1 38,3 28,8 27,1
27 62,1 69 24,4 23 27 24,5 21,5 25,1 91,4 92,8 3,8 5,4 39,7 40,7 28,9 29
28 73,7 79 19,4 20,7 24 20,4 30,3 32,7 93,8 96,3 7,8 9,3 39,9 40,8 26,5 26,1
____________________________________________________________________
156
Apêndice J
Grupo AEB – Medidas Cefalométricas
1-PTV 6-PTV
Relação
Molar
Overjet
Overbite
Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1 58,7 62,8 27,9 28,6 0 -2,8 3,2 3,6 1,4 1
2 54,9 63,4 23,3 30,1 -1,3 -2,5 5,9 3 2,7 1,6
3 72,4 71,1 37,2 36,5 -1,7 -3 3,4 3,1 2,7 2,2
4 54,5 61,2 20,1 27,7 -1,2 -3,5 7,9 3,5 1,9 2,1
5 59,8 60,6 27,7 28,7 1,3 -3,5 3,8 1,9 3,3 0,3
6 52,4 56,6 17,3 22,5 -1,7 -1,1 4,6 3,2 2,9 3,3
7 55,4 54,4 21,3 23,1 2,1 -1,2 4,7 2,2 5,4 2,5
8 49,9 57,6 20,6 25,9 -1,8 -2,8 2,7 3 1,6 2,3
9 48,9 50,7 17,5 18,6 1,4 3,2 5,8 2,2 2,9 1,7
10 50,8 55,2 18,3 20,2 0,9 -1,1 4,5 2,3 5 2,3
11 58,9 63,9 26,9 33 -1,5 -2,6 3,4 4 3,2 2,5
12 63 71,1 27,9 35,2 -0,8 -2 7,9 3,8 1,9 3
13 57 60,1 23,5 26 0 -1,3 5,5 2,3 4 0,7
14 51,1 56,8 18,8 22,1 0,2 -2,1 3,7 1,3 3,3 0,6
15 59 58,7 23,6 23,7 2,9 -2,2 6,3 2,6 5,5 2,3
16 44,3 54,3 16,8 27,1 2,4 -3,3 10 3,9 0,6 2,3
17 60,5 60,8 26,1 28,2 0,4 -2,8 7,3 2,5 8,3 0,5
18 52 58,2 18,5 25,5 3,3 -3,3 6,9 2,4 7,2 1,9
19 46,8 47,1 16,7 16,5 2,1 -0,3 7,6 3,9 3,8 0,7
20 60,7 58,8 28,7 24,4 -0,6 -0,8 4 1,8 -0,9 0,8
21 55 55 25,5 27,5 0,4 -1,7 5,4 4,1 7,6 2,2
22 54 54 24,3 27,2 -1,1 -3,5 2,8 1,3 2,8 1
23 53,2 52,6 23,3 21 2 -2,5 6,7 2 4,8 1,9
24 62 65,1 27,2 30,2 0,3 -2 3,4 2,8 4,9 2,9
25 54,5 60 23,9 26,3 -1,1 -0,8 4 3,1 4,3 2,2
26 51,5 49,7 23,4 20,4 1,8 0 2,9 2,6 0,7 1,6
27 53,1 54,8 24,4 25 2,9 -1,1 9,2 2,6 1,8 2,4
28 55,2 52,5 23,5 18,4 -0,5 -1,2 3,2 2,8 3,2 2,4
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