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FACULDADE NOVOS HORIZONTES
A QUALIDADE PERCEBIDA PELO CLIENTE UNIVERSITÁRIO
EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS BANCÁRIOS
D
ÉBORA ROBERTA ALVES FERREIRA SOUSA
Belo Horizonte
2007
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DÉBORA ROBERTA ALVES FERREIRA SOUSA
A QUALIDADE PERCEBIDA PELO CLIENTE UNIVERSITÁRIO
EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS BANCÁRIOS
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado Acadêmico da Faculdade Novos
Horizontes, como requisito parcial para a
obtenção do tulo de Mestre em
Administração.
Área de Concentração Organização e
Estratégia
Orientador: Prof. Dr. Anthero de Moraes
Meirelles
Belo Horizonte
2007
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FACULDADE NOVOS HORIZONTES
Dissertação intitulada A Qualidade Percebida pelo Cliente Universitário em Relação aos
Serviços Bancários, de autoria da mestranda
Débora Roberta Alves Ferreira Sousa, aprovada pela seguinte banca examinadora:
Prof. Dr. Anthero de Moraes Meirelles
Orientador
Instituição: Faculdade Novos Horizontes
Assinatura: _____________________________________________________________
Prof. Marcos Vinicius Gonçalves da Cruz
Instituição: Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais - FEAD
Assinatura: _____________________________________________________________
Prof (a). Ester Eliane Jeunon
Instituição: Faculdade Novos Horizontes
Assinatura: _____________________________________________________________
Data de aprovação: _______/_________/___________
Belo Horizonte, 21/12/2007
Ao meu marido, com muito amor e gratidão.
AGRADECIMENTO
Agradecer, ao mesmo tempo em que é uma atitude simples, torna-se difícil. Assim,
eu quero agradecer a Deus, que sempre está olhando por nós.
De modo mais do que especial, quero agradecer ao meu marido, Éder Sousa, um
exemplo a ser seguido, que sempre me deu força e incentivo pelo o seu carinho e
companheirismo. A ele registro aqui toda a minha admiração e gratidão.
Aos meus familiares, minha mãe, meu irmão e minha enteada Gabriela, que sempre
acreditaram e me incentivaram.
Também, em especial, ao meu orientador Prof. Dr. Anthero Moraes Meirelles,
que, com seu apoio e paciência, permitiu que este trabalho se concretizasse.
Aos amigos que foram feitos durante esses dois anos de caminhada e aos
professores, cada um, a sua maneira, muito contribuiu para o êxito deste trabalho.
Incluir todos nesse agradecimento seria muito difícil, pois muitas pessoas me
ajudaram na concretização deste trabalho. Assim deixo aqui registrado o meu
agradecimento a todos.
MUITO OBRIGADA.
SOUSA, D
ébora Roberta Alves Ferreira. A Qualidade percebida pelo cliente Universitário em relação
aos serviços bancários. Dissertação de Mestrado. Faculdade Novos Horizontes. 2007. 97
RESUMO
O presente estudo trata da qualidade percebida pelo cliente universitário em relação ao
serviço conta universitária. Foi utilizado como instrumento de medição a Escala Servqual,
proposta por Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985). A escala Servqual adotada neste
trabalho foi modificada, mas sem alteração na sua estrutura sica original. Foram
pesquisadas as cinco dimensões da qualidade em serviços: tangibilidade, confiabilidade,
capacidade de resposta, segurança e empatia, visando identificar a qualidade percebida
pelos clientes universitários em relação a cada uma dessas dimensões. 221 usuários do
serviço responderam a pesquisa de avaliação da qualidade percebida pelos clientes
universitários. A avaliação da qualidade percebida pelos clientes universitários, a média, foi
entre igual ao esperado e melhor que o esperado para a maioria das dimensões com
exceção das dimensões capacidade de resposta e empatia. A média geral atribuída pelos
estudantes universitários em relação à satisfação com a qualidade dos serviços a eles
oferecidos foi de 7,19 numa escala de 0 a 10. Para o presente estudo, foram abordados,
em termos teóricos, os conceitos de serviços, marketing, marketing de relacionamento,
qualidade em serviços e escala Servqual.
Palavras chave: qualidade em serviços, modelo conceitual da qualidade, cliente
universitário, setor de serviços, escala servqual, conta universitária.
SOUSA, Roberta D
ébora Ferreira Alves. The Quality perceived by the customer University
on banking services. Dissertation of masters. New Horizons School. 2007. 97.
ABSTRACT
The present study deals with the quality perceived by the customer university to the service
to university. It was used as a tool for measuring the scale Servqual, proposed by
Parasuraman, Zeithaml and Berry (1985). The scale Servqual adopted in this work has been
modified, but no change in its basic structure original. Were surveyed the five dimensions of
quality in services: tangibilidade, reliability, capacity-building, security and empathy, to
identify the quality perceived by customers university on each of these dimensions. 221
users of the service responded to assessing the quality perceived by customers university.
The evaluation of the quality perceived by customers between university was equal to the
expected and better than expected for most dimensions except the size capacity to respond
and empathy. The average general assigned by university students in relation to satisfaction
with the quality of services offered to them was 7.19. For this study, were addressed in
theoretical issues, the concepts of service, marketing, relationship marketing, quality of
services and scale Servqual.
Key-words: quality in services, the conceptual model of the quality, customer university,
industry, services, scale servqual, to university.
LISTA DE TABELA
Tabela 1 O setor de serviços na América Latina ............................................................................... 18
Tabela 2 Número de contas do setor bancário brasileiro 2001 a 2006.......................................... 49
Tabela 3 Dados do setor bancário brasileiro no período de 2001 a 2006......................................... 49
Tabela 4 Origens das transações do setor bancário 2000 a 2005................................................ 50
Tabela 5 Classificação dos bancos em junho 2007........................................................................... 54
Tabela 6 Sexo dos entrevistados....................................................................................................... 60
Tabela 7 Faixa etária dos entrevistados ............................................................................................ 61
Tabela 8 Banco que os entrevistados possuem conta ...................................................................... 62
Tabela 9 Motivo por ter optado pelo serviço conta universitária....................................................... 62
Tabela 10 Critérios de escolha para utilização dos serviços conta universitária............................... 63
Tabela 11 Valores de Alfa para as Dimensões.................................................................................. 65
Tabela 12 Média por variável da dimensão tangibilidade................................................................. 66
Tabela 13 Média por variável da dimensão confiabilidade ................................................................ 66
Tabela 14 Média por variável da dimensão capacidade de resposta................................................ 67
Tabela 15 Média por variável da dimensão segurança ...................................................................... 67
Tabela 16 - Média por variável da dimensão empatia .......................................................................... 68
Tabela 17 Correlação da amostra....................................................................................................... 69
Tabela 18 Teste de significância entre as variáveis ........................................................................... 70
Tabela 19Grau de satisfação na utilização de serviços bancários ..................................................... 71
Tabela 20Intenção de permanecer cliente do atual banco ................................................................. 72
Tabela 21 Correlação das variáveis.................................................................................................... 74
Tabela 22 Descrição das 22 questões do instrumento Servqual........................................................ 76
Tabela 23 Variáveis que obtiveram notas mínimas ........................................................................... 78
Tabela 24 Variáveis que obtiveram notas mínimas e suas dimensões............................................. 79
Tabela 25 Variáveis que obtiveram nota mínima 1............................................................................ 80
Tabela 26 Variáveis que obtiveram nota 2......................................................................................... 81
Tabela 27 Escalonamento das 22 variáveis ...................................................................................... 82
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Comparativo entre o sexo dos entrevistados...................................................................... 60
Gráfico 2 Comparativo entre a faixa etária dos entrevistados .......................................................... 61
Gráfico 3 Comparativo entre motivo por ter optado pelo serviço conta universitária ......................... 63
Gráfico 4 Intenção de permanecer cliente do atual banco ............................................................... 73
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Características de serviços.................................................................................................. 21
Figura 3 Funções de marketing.......................................................................................................... 28
Figura 4 Dimensões: fatores que influenciam a qualidade percebida do serviço.............................. 36
Figura 5 Modelo conceitual de qualidade em serviço........................................................................ 37
Figura 6 Fórmula de cálculo alfa de Cronbach .................................................................................. 65
Figura 7 Coeficiente de correlação linear .......................................................................................... 73
Figura 8 Fórmula do coeficiente de correlação.................................................................................. 73
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Diferenças entre serviços e bens físicos............................................................................ 20
Quadro 2 Determinantes da qualidade percebida em serviços......................................................... 35
Quadro 3 Agrupamento das dimensões ............................................................................................ 40
Quadro 4 As cinco dimensões .......................................................................................................... 58
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................11
1.1 Justificativa.......................................................................................................................................14
1.2 Objetivos e problema de pesquisa...................................................................................................16
1.2.1 Problemas de pesquisa.................................................................................................................16
1.2.2 Objetivo geral ................................................................................................................................16
1.2.3 Objetivos específicos ....................................................................................................................16
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................................................17
2.1 O setor de serviços ..........................................................................................................................17
2.2 Características de serviços ..............................................................................................................20
2.3 Marketing de relacionamento...........................................................................................................27
2.4 Qualidade em serviços.....................................................................................................................31
2.5 Modelo conceitual de qualidade em serviços ou modelo de Gap....................................................33
2.6 A escala servqual e suas aplicações ...............................................................................................40
2.7 Marketing bancário...........................................................................................................................44
2.8 Qualidade em serviços bancários ....................................................................................................46
2.9 O setor bancário brasileiro ...............................................................................................................48
3 METODOLOGIA..................................................................................................................................52
3.1 Tipo de pesquisa..............................................................................................................................53
3.2 Unidade de análise...........................................................................................................................54
3.3 Unidade de observação ...................................................................................................................55
3.4 Universo e amostragem ...................................................................................................................55
3.5 Métodos e técnicas de coleta de dados...........................................................................................56
3.6 Dimensões........................................................................................................................................58
3.7 Tratamento dos dados .....................................................................................................................59
4 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA ...............................................60
4.1 Perfil da amostra ..............................................................................................................................60
4.2 Análise dos resultados .....................................................................................................................64
4.2 Dimensões estudadas......................................................................................................................66
4.4 Avaliação da nota geral....................................................................................................................71
4.5 Avaliação na intenção de permanecer cliente do banco .................................................................72
4.6. Análise de correlação......................................................................................................................73
4.7 Análise individual das questões de cada dimensão do instrumento servqual.................................75
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................84
5.1 Limitações da pesquisa e recomendação........................................................................................86
REFERÊNCIAS......................................................................................................................................87
APÊNDICE .............................................................................................................................................91
Relação dos 50 maiores bancos do País em junho de 2007.................................................................95
11
1 INTRODUÇÃO
Hoje, vive-se num mercado competitivo em que mudanças ocorrem a todo momento
e os clientes têm cada vez mais ofertas de produtos e serviços parecidos ou
equivalentes. As empresas que atuam nesse mercado competitivo, em destaque no
setor de serviços, têm-se preocupado cada vez mais em oferecer um serviço de
qualidade e diferenciado aos seus clientes. Essa nova postura adotada pelas
empresas tem sido provocada, em certa parte, pelos próprios clientes, que estão
cada vez mais exigentes e conhecedores dos seus direitos e demandam um serviço
com padrão mais alto de qualidade.
A qualidade dos serviços prestados é um dos principais fatores de competitividade e
está sendo o marco de sucesso ou insucesso para muitas empresas. Para a
garantia de continuidade e sucesso dos negócios, é importante que aconteça um
estreitamento da relação entre o cliente e a empresa.
Berry (2000, p.30), afirma que as empresas cujos lideres crêem apaixonadamente
na importância da qualidade do serviço, independentemente do setor, terão uma
vantagem competitiva no mercado.
O mercado financeiro, principalmente no segmento bancário, atua no setor de
serviços, em que as empresas, na maior parte do tempo, trabalham com a
intangibilidade dos produtos. Dessa forma, a preocupação com a satisfação de seus
clientes assume grande importância.
Para atender as necessidades dos clientes, obter ganho em escala e
competitividade, muitas vezes, em escala global, os bancos passaram por uma
grande transformação em todo o mundo, inclusive, no Brasil, verificando-se uma
onda de fusões e aquisições e de modernização nas operações (BISCOLA E FILHO
2006).
Para Biscola e Filho (2006), é possível identificar, no setor bancário brasileiro, duas
etapas de desenvolvimento:
12
1. bancarização, que se deu até dez anos atrás, dominada pela lógica da produção,
cujo foco era suprir a demanda tanto pelo posicionamento geográfico quanto pela
capacidade de produção em massa;
2. performance, que se iniciou na década de 1990, é marcada pela
desregulamentação e, tendo em vista um cliente mais exigente, focaliza a
qualidade dos serviços com o objetivo de fazer melhor do que os concorrentes.
Os bancos, por estarem em contato intensivo com os clientes, ficam diante de um
desafio de satisfazer as necessidades ao mesmo tempo em que buscam
eficiência operacional.
Um dos caminhos adotados pelos bancos para a melhoria do atendimento passa
pela segmentação dos serviços. O universo dos clientes de um banco permite
inúmeras possibilidades de segmentação e, independentemente do método adotado
para se constituírem os segmentos, é razoável considerar a configuração de pelo
menos dois conjuntos específicos: o cliente individual (pessoa física) e o cliente
corporativo (pessoa jurídica) (MCTAVISH E PERRIEN, 1991).
Na segmentação de pessoa física, pode-se destacar o das contas universitárias,
que, há muitos anos, vem chamando a atenção dos bancos. Os clientes
universitários passaram a representar uma fatia importante de mercado para os
bancos e significou a oportunidade de fidelização dos clientes.
Dessa forma, foi desenvolvido o presente estudo com o objetivo de avaliar a
percepção do cliente universitário sobre a qualidade dos serviços prestados a eles
pelas instituições financeiras. Trata-se de um tema atual e pouco explorado no que
diz respeito aos clientes universitários que vêm ganhando importância para as
instituições financeiras.
Neste trabalho, foi utilizada a escala Servqual, proposta por Parasuraman, Zeithaml
e Berry (1985). Foram pesquisadas as cinco dimensões da qualidade em serviços:
tangibilidade, confiabilidade, capacidade de resposta, empatia e segurança. Por
meio dessas cinco dimensões, procurou-se identificar como os clientes
universitários vêem a qualidade percebida em relação aos serviços bancários a eles
especificamente destinados.
13
o trabalho está dividido em cinco partes: a primeira parte é composta pela
introdução, justificativa e objetivos. A segunda parte expõe a fundamentação teórica.
Os procedimentos metodológicos estão descritos na terceira parte. A quarta parte é
composta pela análise dos dados. As considerações finais, com base nos dados
apresentados, compõem a última parte. As referências, um anexo e um apêndice
completam o trabalho.
14
1.1 Justificativa
A escolha do tema deste trabalho, a qualidade percebida pelo cliente universitário
em relação aos serviços bancários, justifica-se pela importância do setor financeiro
para a economia brasileira seja como intermediador de recursos ou como prestador
de serviços. O patrimônio líquido dos bancos que fazem parte do Sistema Financeiro
Brasileiro cresceu 21,4% em 2006 e atingiu o montante de R$ 185,9 bilhões. A
expansão do setor bancário ocorreu de forma saudável e sólida, conforme a
Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN, 2007).
Cada vez mais, o segmento financeiro está preocupado em conhecer os seus
clientes e as suas aspirações, porque reconhece que essas informações são
necessárias para a conquista de novos clientes e para a fidelização daqueles que já
fazem parte da sua carteira.
Uma das maneiras que os bancos têm encontrado para atender melhor a seus
clientes tem sido a sua segmentação em categorias, pois, por meio desse processo,
os bancos vêm classificando e atendendo cada grupo conforme o seu perfil
(MCTAVISH E PERRIEN, 1991).
Para as instituições financeiras, a importância do estudo sobre a qualidade
percebida pelos clientes universitários em relação aos serviços a eles destinados se
dá pela oportunidade de obter informações que possam contribuir para a melhoria
dos serviços oferecidos. Outro aspecto relevante para os bancos é saber se os
clientes universitários que utilizam o serviço conta universitária pretendem continuar
cliente após a conclusão do curso.
Outro ponto de relevância para o estudo é o setor de serviços que vem crescendo a
cada dia, influenciando toda a economia. O crescimento econômico do setor de
serviços de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE - foi
de 3,7% em 2006, sendo que os setores agropecuário e industrial tiveram um
crescimento de 4,1% e 2,8%, respectivamente (IBGE, 2007).
15
No setor de serviços, oferecer qualidade e excelência é algo bem mais complexo
que não se resume na oferta de um bom produto. É necessário agregar a esse
produto processos mais eficientes e serviços de qualidade, para obter vantagem
competitiva sustentável frente à concorrência. Na estratégia da empresa, essa
máxima precisa estar bem definida e compreendida para que todas as pessoas
trabalhem em torno de um mesmo objetivo (KOTLER, 1998).
Dessa forma, o estudo justifica-se, pois, apesar de existirem trabalhos sobre a
qualidade no setor bancário, não foram identificadas pesquisas sobre a qualidade
percebida pelos clientes universitários em relação aos produtos a eles
especificamente destinados, em especial a conta universitária.
16
1.2 Objetivos e problema de pesquisa
1.2.1 Problemas de pesquisa
Qual o nível da qualidade percebida pelos clientes universitários em relação aos
serviços bancários a eles especificamente destinados.
1.2.2 Objetivo geral
Avaliar a qualidade percebida pelos clientes universitários em relação aos serviços
bancários a eles especificamente destinados.
1.2.3 Objetivos específicos
avaliar a qualidade percebida pelos clientes universitários com os serviços
bancários, considerando as cinco dimensões de qualidade em serviços:
tangibilidade, confiabilidade, capacidade de resposta, segurança e empatia;
verificar o grau de satisfação geral dos clientes universitários com a qualidade
dos serviços do banco em que possui conta universitária;
avaliar a disposição dos clientes universitários em permanecerem como
clientes do banco em que possuem conta, após a conclusão do curso.
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O setor de serviços
O setor de serviços está em rápido crescimento, influenciando toda a economia
global. Esse crescimento não se restringe mais apenas aos setores tradicionais
como saúde, setor financeiro e seguros entre outros. Verifica-se um interesse
contínuo dos produtores de bens tradicionais, como a indústria automobilística,
empresas de computadores e tantas mais, pois essas empresas buscam, no setor
de serviço, estabelecer uma vantagem competitiva e, conseqüentemente, a geração
de receitas adicionais.
Para Las Casas (2002, p.15), serviços constituem uma transação realizada por uma
empresa ou por individuo, cujo objetivo não está associado à transferência de um
bem.
Kotler e Armstrong (2003, p.224) definem serviços como: toda atividade ou
benefício, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer à outra e que não
resulte na posse de um bem. Ainda, segundo os autores, a prestação de um serviço
pode ou não estar ligada a um produto físico.
Já Gronroos (2003, p. 65) entende que
serviço é um processo, constituído de uma série de atividades mais ou
menos intangíveis em que normalmente, mas não necessariamente sempre,
ocorrem interações entre o cliente e os funcionários de serviço e/ou
recursos ou bens físicos e/ou sistemas do fornecedor de serviço e que são
fornecidas como soluções para problemas do cliente.
Lovelock (2001, p. 5) afirma.
Servi
ço é um ato ou desempenho oferecido por uma parte a outra, que,
embora o processo possa estar ligado a um produto físico, o desempenho é
essencialmente intangível e, normalmente, não resulta em propriedade de
nenhum dos fatores de produção.
Lovelock e Wright (2006, p. 5) comenta que os serviços constituem o grosso da
economia de hoje, não no Brasil, em que respondem por 56,7% do Produto
18
Interno Bruto - (PIB) - , mas também no mundo. Nos Estados Unidos e Canadá, os
serviços respondem, respectivamente, por 72% e 67% do Produto Nacional Bruto -
(PNB). Em 2000, 64% da riqueza mundial foi gerada pelas instituições financeiras,
operadoras de telefonia, provedores de internet e todas as formas de comércio entre
outras atividades que fazem parte da categoria de serviços. O setor de serviços
responde pela maior parte de crescimento dos novos empregos no Brasil, mais de
34 milhões de pessoas empregadas nesse setor (LOVELOCK e WRIGHT, 2006).
O crescimento do setor de serviços não é um fenômeno exclusivo dos países
desenvolvidos, e tal situação pode ser observada na América Latina e
especificamente no Brasil. Ao examinar-se a participação desse setor na América
Latina, percebe-se que ele representa mais da metade do (PNB) e emprega mais da
metade da mão-de-obra, conforme tabela 1.
Tabela 1 O setor de serviços na América Latina
Distribuição da força de trabalho
País
Porcentagem
dos serviços no PNB
Agricultura
Indústria
Serviços
Argentina 68 11,5 31,4 57,1
Brasil 56,7 15,6 22,4 62
Costa Rica 60 21,3 28,9 49,8
República
Dominicana
55 20,4 32,3 47,3
Equador 50 29,7 18,5 51,8
El Salvador 60 31,5 21,6 46,9
Guatemala 57 51,6 16,6 31,8
Honduras 50 32,7 22,3 45
México 68 23,1 20,7 56,2
Panamá 76 24,6 14,1 61,3
Trinidad-Tobago 55 11,7 27,4 60,9
Uruguai 67 12,5 26,4 61,1
Venezuela 59 10,6 27 62,4
Fonte - LOVELOCK e WRIGHT, 2006 p. 7
19
Para Lovelock e Wright (2006), a evolução do setor de serviços se devido a
alguns fatores que favoreceram, sensivelmente, a evolução desse setor. Um deles
seria a mudança dos padrões da regulamentação governamental. Muitos setores de
serviços, como transportes aéreos, bancos, telecomunicações entre outros, sofriam
grandes regulamentações governamentais, limitando assim o seu desenvolvimento.
Sobre esse aspecto, comenta Czinkota (2001, p.264).
Durante os anos 80, a desregulamentação forçou muitas indústrias tradicionais de
serviços, como as companhias aéreas, os serviços financeiros, de telecomunicações
e de transporte de cargas a entrarem em uma arena competitiva pela primeira vez.
Essa desregulamentação teve parte de sua origem nas pressões de um contexto
econômico globalizado em que, forçosamente, houve a necessidade de flexibilizar
legislações quanto ao ingresso de novas empresas nos mercados. Tal situação
gerou ambientes mais competitivos e ampliou de forma considerável o setor de
serviços, num contexto globalizado (CZINKOTA 2001).
Outro aspecto sugerido por Lovelock e Wright (2006), como colaborador do
desenvolvimento do setor de serviços, é a onda de privatizações que ocorreu de
forma intensa em diversos países da Europa, bem como no Canadá, na Austrália, na
Nova Zelândia, no Brasil, e, mais recentemente, em algumas nações asiáticas.
As transformações de operações de serviços como linhas aéreas, telecomunicações
e serviços públicos em empreendimentos privados resultaram em reestruturação,
redução de custos e uma postura mais voltada para o mercado. Quando a
privatização é combinada com um relaxamento de barreiras regulamentares para
permitir o ingresso de novos concorrentes, como na indústria brasileira de
telecomunicações, as implicações do marketing de serviço podem ser muito
sensíveis (LOVELOCK e WRIGHT, 2006).
Sobre a import
ância dos serviços para a geração de diferencial competitivo Czinkota
(2001, p. 264), afirma que se deve considerar a compra de um computador
pessoal, um veículo utilitário esportivo e um utensílio doméstico. As ofertas
20
competitivas são essencialmente idênticas. Com freqüência, é no lado dos serviços
que reside a diferenciação.
2.2 Características de serviços
Antes de se falar das principais características de serviços, é necessário fazer uma
distinção entre os conceitos de bens e de serviços, sendo que esses dois conceitos
algumas vezes se confundem.
Para Hoffman e Bateson (2006, p.4),
bens podem ser definidos como objetos, dispositivos ou coisas, ao passo
que serviços podem ser definidos como ações, esforços ou desempenho,
finalmente, a diferença principal entre bens e serviços é a propriedade da
intangibilidade ausência de substância física.
Para Lovelock e Wrigth (2006), a distinção fundamental entre bens e serviços está
no fato de que os clientes normalmente retiram o valor dos serviços, sem obter
propriedade permanente de qualquer elemento tangível.
Para Gronroos (2003), existem características que diferenciam serviços dos bens
físicos, como se pode ver no quadro 01.
Bens físicos
Serviços
Tangível Intangível
Homogêneo Heterogêneo
Produção e distribuição separadas do
consumo
Processo simult
âneo de produção, distribuição e
consumo
Uma coisa Uma atividade ou processo
Valor principal produzido em fábrica
Valor principal produzido nas intera
ções entre
comprador e vendedor
Clientes normalmente não participam do
processo de produção
Clientes participam da produ
ção
Podem ser mantidos em estoque Não podem ser mantidos em estoque
Transferência de propriedade Não há transferência de propriedade
Quadro 1 Diferenças entre serviços e bens físicos
Fonte - GRONROOS, 2003. p. 66.
21
Gronroos (2003) afirma que, entre as características básicas de serviços, três podem
ser destacadas: os serviços são atividades ou uma série de atividades, em vez de
coisas; os serviços são, pelo menos até certo ponto, produzidos e consumidos
simultaneamente; o cliente participa do processo de produção, pelo menos até em
certa medida.
Kotler e Armstrong (2003) afirmam que quatro principais características distinguem
serviços de bens: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade. A
figura 1 apresenta essas características em maiores detalhes.
Figura 1 Características de serviços
Fonte
KOTLER e ARMSTRONG, 2003, p. 224.
Ainda em relação às quatros características, pode-se destacar: intangibilidade,
inseparabilidade, perecibilidade e variabilidade.
1. Intangibilidade - É fundamentalmente a diferença principal entre serviços e bens
tangíveis. A intangibilidade dos serviços significa que eles não podem ser
tocados, cheirados ou provados. Serviços são experiências vividas pelas
SERVIÇOS
Inseparabilidade
Os servi
ços não
podem ser separados
de seus provedores
Perecibilidade
Os servi
ços não podem
ser armazenados para
venda ou uso posterior
Intangibilidade
Os servi
ços não
podem ser vistos,
tocados, sentidos,
ouvidos ou cheirados
Variabilidade
A qualidade dos
servi
ços depende de
quem os executa e de
quando, onde e como
s
ão executados
22
pessoas e que não resultam na posse de alguma coisa palpável. Tal propriedade
pode gerar certa insegurança aos consumidores. Berry (1980), apud Brasil
(1994, p.144), apresenta a necessidade de tangibilizar o intangível registrando a
dificuldade das empresas de serviços em incorporar a tangibilidade ao serviço.
Nessa mesma linha, Kotler e Armstrong (2003, p.455) mostram uma correlação
entre tangibilizar os serviços e intangibilizar os produtos: se cabe aos
profissionais de marketing de produtos tentar acrescentar intangibilidade às suas
ofertas tangíveis, os prestadores de serviços tentam acrescentar tangibilidade às
suas ofertas intangíveis. Os autores apresentam a seguir um exemplo da
tentativa de acrescentar tangibilidade às ofertas intangíveis.
Um banco que queira transmitir a idéia de que seu serviço é rápido e eficiente deve
tomar seu posicionamento estratégico tangível em todos os aspectos de contato
com o consumidor. O local físico do banco deve sugerir serviços pidos e
eficientes e seu exterior e interior devem ter linhas harmoniosas, o fluxo de pessoas
deve ser cuidadosamente planejado, as filas de espera devem ser curtas, e a
música de fundo, leve e otimista. Seus funcionários devem estar sempre ocupados
e corretamente vestidos. Os equipamentos computadores, copiadoras, mesas
devem ter uma aparência moderna. Suas propagandas e outros tipos de
comunicações devem indicar eficiência, com design limpo e simples, e palavras e
fotos cuidadosamente escolhidos para comunicar o posicionamento do banco.
Devem ser escolhidos um nome e um símbolo para seus serviços sugerindo
rapidez e eficiência. Os preços dos vários serviços do banco devem ser divulgados
de forma sempre simples e clara (KOTLER e ARMSTRONG 2003 p.456).
2. Inseparabilidade Diz respeito ao fato de que, em serviços, a produção ocorre
ao mesmo tempo que o consumo. Essa é uma característica diferenciadora dos
serviços que reside na inter-relação da produção e consumo. De modo geral, os
serviços não se apresentam de forma isolada do vendedor e nem do cliente. O
fato de o serviço ocorrer ao mesmo tempo em que ele é consumido pode afetar
a gestão da qualidade, pois elimina a oportunidade da intervenção do controle de
qualidade, como inspeção final. A importância da presença do cliente no
processo é apresentada por Berry (1980), apud Brasil (1994, p. 145).
Isto implica na necessidade do prestador dos serviços estar fisicamente presente
no momento da ação. Pode, também, ser obrigatória a presença do cliente, como
no caso de consultas médicas, aulas, ou tratamento de beleza. Assim, não
somente o local e o momento em que o serviço é oferecido tornam-se
importantes, o comportamento e conduta do implementador do serviço também
assumem papel fundamental na satisfação do cliente.
23
3. Perecibilidade - Os serviços são perecíveis, não podem ser estocados e nem
produzidos em escala, além do tempo normal (atual) de consumo, para suprirem
o mercado em períodos de alta da demanda. A demanda para a maioria dos
serviços flutua normalmente, apresentando ciclos maiores ou menores,
dependendo do caso.
Segundo Kotler (1999, p.457), quando a demanda é constante, o fato de os serviços
serem perecíveis não causa maiores problemas, contudo, quando são flutuantes, os
problemas podem ser graves.
Acumular estoques com antecedência da demanda é uma característica das
indústrias, sendo desejado por muitas empresas prestadoras de serviço. É nesse
diferencial que as empresas do setor de serviços se encontram em desvantagem. É
nesse aspecto que o administrador de serviço deve estar atento para uma melhor
visão de como proceder em relação à oferta e demanda (KOTLER 1999).
Para Lovelock e Wright (2006, p. 9), uma tarefa fundamental para os profissionais do
setor de serviço é
achar meios de ajustar os n
íveis de demanda à capacidade, mediante incentivos de
preço, promoções ou outros meios. Eles também devem procurar oportunidades
para reduzir a capacidade produtiva de uma empresa sob a forma de
funcionários, espaço físico e equipamentos para se ajustar às flutuações
previsíveis da demanda.
4 Variabilidade - Também conhecida como heterogeneidade, os serviços são
variáveis porque dependem de quem o presta, de quem consome e das condições
em que são prestados, sendo que o cliente também é parte do serviço. A dificuldade
de se estabelecerem padrões de desempenho está relacionada com a inflexibilidade
inerente ao setor e, em parte, da natureza de muitos serviços, em virtude da
participação intensiva de pessoas. Existem exceções relativas à característica da
heterogeneidade, como os serviços oferecidos por empresas que empregam
equipamentos de forma intensiva, por exemplo, os sistemas automatizados de
telefone (CHISTO 2001).
24
Zeithaml e Bitner (2003, p. 37) apresentam um exemplo de heterogeneidade.
Um especialista em contabilidade fiscal pode prestar uma experiência de um
serviço diferente para dois clientes diferentes no mesmo dia, dependendo das
suas necessidades e personalidades individuais e, dependendo do momento em
que se entrevistou com os clientes, se no início da manhã, quando estaria bem-
disposto e descansado, ou ao final de um longo dia e cansativo de reuniões.
Gronroos (2003) salienta que a heterogeneidade dos serviços cria um dos maiores
problemas no gerenciamento dos serviços, ou seja, como manter uma qualidade
uniforme percebida dos serviços produzidos e entregues aos clientes?
Outra característica importante de serviço é a dificuldade de se avaliá-lo antes do
consumo, sendo que, na maioria das vezes, o consumidor baseia-se em um
julgamento antes da compra, em alguma característica tangível da empresa ou do
prestador de serviço.
Berry e Parasuraman (1995) apresentam algumas características dos serviços que
o tornam mais peculiares em relação aos produtos tangíveis.
1. Serviços performances. Requerem a presença física do cliente e os serviços
são executados por pessoas. Nesse momento, surge a oportunidade para o
marketing de serviço, quando ocorre a interação entre o prestador de serviço
e o cliente.
2. As inovações no serviço são facilmente copiáveis. Pouco tempo depois do
lançamento de um novo serviço no mercado ele está disponível
praticamente em todos os prestadores de serviço.
3. Clientes são bem atentos aos aspectos tangíveis do serviço. Os elementos
visíveis ligados ao serviço como: instalações, empregados, equipamentos,
material de comunicação, outros clientes, entre outros. As evidências físicas
devem ser bem administradas, segundo Berry e Parasuraman (1995), de
modo a trazer vitalidade e reforço à estratégia de marketing.
Para Kotler (2001, p. 30), o marketing
é um processo social e gerencial pelo qual o
indivíduo e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e
25
OPERAÇÕES
MARKETING
Expectativa do
serviço a ser
Percepção do
serviço prestado
Avaliação do serviço
pelo cliente
troca de produtos de valor com o outro. Las Casas (2002, p. 15), nessa mesma
linha, define marketing como.
A área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às
relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos
consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou
indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que
estas relações causam no bem-estar da sociedade.
Para Gianese e Corrêa (1994), uma das funções básicas do marketing em serviços é
a comunicação com o cliente, seja durante o processo ou por meio de publicidade e
propaganda. Essa comunicação tem papel fundamental na formação das
expectativas dos consumidores a respeito do serviço que lhe será prestado.
Para os autores, essas expectativas devem ser superadas ou, ao menos,
alcançadas, se pretende que a avaliação do cliente seja positiva. Assim, é essencial
que haja perfeita integração entre as funções de marketing e das operações,
conforme mostra a figura 2.
.
Figura 2 A integração entre as funções de marketing e operações
Fonte - GIANESI e CORRÊA, 1994, p.38.
26
Gianesi e Corrêa (1994, p.38) acrescentam que uma outra função do marketing de
serviço é identificar as necessidades dos consumidores, de modo a projetar um
serviço cujo desempenho atenda a essas necessidades.
Os autores apresentam a importância de as empresas estarem sempre atentas às
necessidades dos clientes e à relevância que as empresas devem dar a elas.
Os serviços estão diretamente ligados aos relacionamentos. A aproximação do
marketing de relacionamento ao marketing de serviços deve-se ao fato de que o
relacionamento é um serviço prestado ao cliente, e a sua natureza interativa passa a
ser a base para a oferta contínua de valor superior. Para Zeithaml e Bitner (2003),
valorizar a criação dos serviços e criar uma operação de serviços bem sucedida é
incontestavelmente uma tarefa difícil, mas sustentar esse sucesso é mais difícil
ainda. Os serviços são nada menos que o desempenho, e o desafio de sustentar o
vigor, o compromisso, as habilidades e o conhecimento daquele que o desempenha,
a qualquer tempo.
Na visão de Berry e Parasuraman (1995, p.16), a essência do marketing de serviço
é o serviço, a qualidade do serviço é a base do marketing de serviço. O
entendimento dos autores é que o papel central da qualidade em serviço na
eficiência do marketing e a impossibilidade de separar a produção do consumo para
muitos serviços fazem do marketing de serviço uma disciplina que atua em campo.
Os autores relatam ainda que o marketing de serviço é especialmente diferente do
marketing de mercadorias embaladas.
Em mercadorias embaladas, a ênfase está na marca de cada produto no
marketing de serviço está na marca da empresa. Nas mercadorias embaladas, os
que fazem marketing empurram o produto para o comércio e puxam os clientes
através de publicidade; nos serviços, os administradores fazem o marketing para os
empregados para que estes vendam e façam os serviços para o consumidor final.
BERRY e PARASURAMAN 1995 p. 207).
E acrescentam ainda que,
nas mercadorias embaladas, os que fazem o marketing buscam a lealdade pela
marca por meios não personalizados; nos serviços, a meta são os
27
relacionamentos, e o contato personalizado é um instrumento primordial (BERRY
e PARASURAMAN 1995, p. 207).
Os autores concluem que muitas tarefas no marketing de serviço e no marketing das
mercadorias embaladas (tradicional) são descritas com as mesmas palavras o que
as diferenciam são as perspectivas requeridas para ter sucesso no marketing dos
serviços. Os prestadores de serviço são os produtos, e não nada em que se
escorar se o desempenho for insatisfatório (BERRY e PARASURAMAN, 1995).
2.3 Marketing de relacionamento
Segundo Ferreira e Sganzerlla (2000), no marketing tradicional, os consumidores
não são feitos para manifestar suas opiniões e sim para consumir os produtos que
as empresas produzem e que, muitas vezes, impõem a eles para alavancar seus
negócios. no marketing de relacionamento, há a preocupação com todos os tipos
de relacionamentos que possam influenciar a satisfação do cliente, as relações entre
comprador e vendedor, com fornecedores e com funcionários (FERREIRA;
SGANZERLLA, 2000). Kotler e Armstrong (2003, p. 397) definem marketing de
relacionamento como criar, manter e acentuar sólidos relacionamentos com os
clientes e outros públicos.
O marketing de relacionamento é uma atividade voltada para o longo prazo, sendo
necessário que todos os departamentos da empresa trabalhem com o mesmo
objetivo: servir o cliente. Pode-se dizer, então, que marketing de relacionamento é o
conjunto de ações que a empresa e os funcionários realizam, orientados por um
programa de fidelização, com o objetivo de conquistar e manter a simpatia e a
confiança do consumidor para receber, em troca, por um período de tempo o mais
longo possível, a preferência do consumidor quando de suas compras.
Para Gronroos (2003), a meta do marketing tradicional é conquistar clientes,
enquanto a meta do marketing de relacionamento é manter clientes. É fundamental
compreender essa diferença para se perceber que, no marketing de relacionamento,
as ações devem ser montadas visando à manutenção dos clientes no médio/longo
prazo.
28
Para Gronroos (2003), o marketing de relacionamento apóia-se na dimensão
interativa do marketing de serviços e do gerenciamento de qualidade. O autor afirma
que, para que os relacionamentos com os clientes e outros parceiros sejam
duradouros e lucrativos, é necessária a função interativa, ou seja, a interface entre a
produção e o consumo após a entrega do produto ou serviço. E o que garante novas
vendas é a interatividade da empresa com o cliente. Entende-se que essa
interatividade não pode ser feita apenas entre empresa e cliente, mas, sim, em todas
as relações que envolvem a empresa, pois elas interferem na satisfação do cliente.
Ferreira e Sganzerlla (2000) afirmam que marketing de relacionamento é um desafio
que compromete a empresa integralmente e todos devem estar sintonizados com os
objetivos propostos, com as condições que lhes são requeridas e com suas
implicações para a empresa.
A partir dessas considerações, identifica-se o marketing de relacionamento como um
retorno ao comércio praticado individualmente, com a sutil e importante diferença
dessa ocorrência aliada aos ganhos de escala.
Ferreira e Sganzerlla (2000) definem algumas funções do marketing de
relacionamento, que são divididas em duas partes, conforme se vê na figura 3.
Figura 3 Funções de marketing
Fonte - Ferreira e Sganzerlla, 2000, p.13.
Gestão de planejamento
estratégico de marketing ,
contemplando:
Posicionamento de
marketing
Propaganda e
promo
ção de vendas
Pesquisa de
marketing
Desenvolvimento de
novos produtos
Canal de distribuição
Gestão de marketing de
relacionamento,
contemplando:
Banco de
dados/informa
ção
Serviços aos clientes
Comunicação com os
clientes
Endomarketing
Ações de
manutenção/
retenção de clientes
Todas essas atividades focadas na
constru
ção e oferta de valor para o cliente
MARKETING
29
A primeira parte é a gestão do planejamento estratégico de marketing inclui as
funções tradicionais de definir o posicionamento de marketing, propaganda,
promoção, pesquisa, novos produtos e canais de venda.
A segunda parte refere-se à gestão de marketing de relacionamento inclui banco
de dados, serviços a clientes, manutenção / retenção / mensuração, comunicação
com os clientes e endomarketing.
Desse modo, há cincos aspectos do marketing de relacionamento, a saber: bancos
de dados, serviços aos clientes, comunicação com os clientes, endomarketing e
ações de manutenção e retenção de clientes (FERREIRA, SGANZERLLA, 2000).
1. Bancos de dados - independentemente de qual for o nível de interação com o
cliente, o marketing de relacionamento necessita de ferramentas que possam
contribuir para a construção de relacionamentos com os clientes. É essencial que
as informações obtidas e armazenadas no relacionamento com o cliente sejam
utilizadas para a elaboração das estratégias da empresa.
2. Serviços aos clientes Ferreira e Sganzerlla (2000) destacam que, por trás dos
serviços prestados aos clientes, está a interação com eles, e o marketing de
relacionamento apóia-se nessa interação. A interface entre a produção e o
consumo deve promover a interação, pois, depois que um produto ou serviço é
entregue, o que garante novas vendas é a interatividade da empresa com o
cliente. É importante destacar que o marketing de relacionamento exige,
justamente, interações freqüentes com os clientes. Portanto, é essencial que a
empresa planeje essas interações.
3. Comunicação com os clientes O marketing de relacionamento pressupõe
diálogo entre a empresa e os clientes, e que a comunicação seja individual.
Portanto, é essencial que as interações foquem uma geração mútua de valor,
relação de confiança, comprometimento e cooperação. Segundo Ferreira e
Sganzerlla (2000), a diferença fundamental entre a interatividade no marketing
tradicional e no de relacionamento é que o primeiro serve de intermediária entre
30
a produção e o consumo; e o segundo, de realizador entre a produção e o
consumo.
4. Endomarketing Para Ferreira e Sganzerlla (2000), numa empresa, todos
servem alguém; se o funcionário não tem contato direto com o cliente, está
servindo outro funcionário que tem esse contato; portanto, todos trabalham para
o cliente. Para o desenvolvimento do marketing de relacionamento, o processo
de conscientização dos funcionários sobre sua importância para a satisfação dos
clientes é ainda mais relevante, exigindo prática e técnica intensa, considerando
que, após o feedback do cliente, é preciso haver disposição para mudanças ou
melhorias.
5. Ações de manutenção e retenção de clientes - De um modo geral, essa
manutenção e retenção ocorrem em função do relacionamento constante e
diferenciado bem como de sua satisfação com o produto e serviço ou de seus
atributos. A percepção de valor em relacionar-se com a empresa é o fator
decisivo. Para isso, é essencial atender as necessidades, desejos e valores, pois
constantemente a comunicação deve reforçar a percepção positiva, com
mensagens certas, nos momentos adequados e pela mídia correta.
31
2.4 Qualidade em serviços
O conceito de qualidade tem um sentido amplo. O tema vem sendo estudado, com
maior ênfase a partir dos anos 60, estando ligado, no início, ao atendimento das
necessidades dos clientes. Hoje está mais ligado à valorização e à satisfação do
cliente.
Para Chisto (2001), nos últimos anos, o conceito tem evoluído muito até reconhecer
a importância de satisfazer muitos detentores da participação numa organização. O
autor afirma que, atualmente, qualidade abrange elementos tão diferenciados como
a melhoria de vida no trabalho, a promoção da diversificação de funções, a melhoria
das condições ambientais, a facilitação do comércio e o realce da competitividade.
No setor de serviços, a qualidade baseada na percepção do consumidor tem sido o
enfoque mais aceito atualmente.
De acordo com Juran (1990, p.16), qualidade é a adequação ao uso e que ela
consiste nas características de produtos que atendem às necessidades dos
clientes. Ainda, segundo o autor, qualidade consiste na ausência de deficiências.
Segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 400), a American for Quality Control define
qualidade como a totalidade de aspectos e características de um produto ou serviço
com a capacidade de satisfazer necessidades explícitas ou implícitas. Essa
definição, apresentada pelos autores, é centrada no cliente, que a empresa deve
proporcionar qualidade ao produto ou serviço que é oferecido para o cliente.
Os autores afirmam ainda que a qualidade do serviço está intimamente ligada à
satisfação do cliente e à lucratividade da empresa. Níveis mais altos de qualidade
resultam em maior satisfação do cliente.
Kotler (1998), por sua vez, comenta que o segredo da qualidade em serviço é
atender ou exceder as expectativas de qualidade dos consumidores. Caso essas
expectativas sejam atendidas, o consumidor procurará o fornecedor novamente.
32
Para Cobra (2001), dar valor para o cliente e entender o que ele quer comprar se
traduz em qualidade de serviço, de criação de valor para ele. O autor ainda enfatiza
que
a razão do sucesso de uma empresa em qualquer ramo de negócio depende do
grau de relacionamento da empresa com seus clientes. Essa integração depende
do adequado atendimento da clientela. Portanto, prestar serviços de qualidade
significa estreitar com os clientes um importante elo (COBRA 2001, p.57).
Parasuraman et al (1985), apud Gronroos (2003 p. 98), argumentam que um serviço
será de qualidade se as expectativas do consumidor são atendidas ou superadas.
Os autores ressaltam que, devido às diferenças que os serviços têm em relação aos
bens tangíveis, pode-se chegar às seguintes conclusões.
1. A qualidade em serviços é mais difícil de ser avaliada pelo cliente que a
qualidade em bens tangíveis;
2. A qualidade percebida em serviços resulta na comparação, pelo cliente, de
suas expectativas quanto ao serviço, e a performance do serviço recebido de
fato;
3. A avaliação de qualidade em serviços envolve tanto o resultado do serviço,
quanto o processo que originou tal resultado.
Segundo Gianesi e Corrêa (1994), a qualidade em serviços pode ser entendida
como o grau em que as expectativas do cliente são atendidas ou excedidas por sua
percepção do serviço prestado.
A qualidade percebida pelo consumidor pode ser definida como o julgamento a
respeito da excelência geral ou superior do fornecedor. É uma forma de atitude
relacionada, mas não equivalente à satisfação e resulta da comparação das
expectativas com as percepções de desempenho efetivo (PARASURAMAN et al.
1998 apud Chisto, 2001). Assim, o que os clientes fazem é, em resumo, comparar o
serviço que recebem com o serviço que, segundo as expectativas, deveriam
receber. O julgamento da qualidade resultará do grau e da direção do afastamento
33
(ou discrepância) entre as expectativas e o efetivamente recebido do fornecedor
(PARASURAMAN et al 1998,apud CHISTO, 2001).
Conforme Kotler e Armstrong (2003), se o cliente julga ter recebido um serviço cuja
qualidade supera suas expectativas, ele considera ter recebido uma prestação de
serviço de qualidade superior e se sente inclinado a utilizá-lo novamente ou a
recorrer novamente à empresa que lhe prestou o serviço.
2.5 Modelo conceitual de qualidade em serviços ou modelo de Gap
Para Zeithaml, Parasuraman e Berry (1990), a qualidade de serviços pode ser
entendida como sendo o quanto da expectativa do cliente é satisfeita pelos serviços
oferecidos. A diferença entre as expectativas do cliente antes de obter o serviço e a
sua percepção após a sua obtenção é denominada Gap da qualidade.
Segundo Eleutério e Souza (2002) o Modelo Gap originou-se a partir de estudos
realizados por Zeithaml, Parasuraman e Berry (1990), que se propunham a
encontrar respostas às seguintes dúvidas:
1. como exatamente os consumidores avaliam a qualidade de um serviço?
2. os serviços são avaliados pelos consumidores de uma forma global ou parcial?
3. quais as múltiplas facetas das dimensões de um serviço?
4. essas dimensões diferem de acordo com o segmento do serviço?
O estudo realizado originalmente por Zeithaml et al. (1990) foi um estudo
exploratório com quatro setores de serviços: banco de varejo, cartão de credito,
seguro e serviços de manutenção. O estudo envolveu grupos de foco com
consumidores e executivos das mesmas empresas. As questões abordadas nas
entrevistas incluíam as razões para a satisfação e insatisfação dos consumidores
com o serviço.
Na fase em que o estudo abordava os executivos, os autores obtiveram um grande
número de informações que possibilitou identificarem as potenciais causas de
deficiências na qualidade de serviço (ELEUTÉRIO e SOUZA, 2002).
34
Como resultado do estudo, os autores apresentaram como principais conclusões: a
definição de qualidade em serviço, os fatores que influenciam as expectativas dos
clientes, as dimensões que influenciam a percepção da qualidade de serviço e, em
linhas gerais, chegaram às seguintes conclusões:
1. definição de qualidade de serviço - O ponto principal da qualidade de prestação
de um serviço é atender ou superar as expectativas do cliente;
2. fatores que influenciam as expectativas dos clientes - O estudo indicou a
existência de quatro fatores principais que influenciam a expectativa do cliente:
a) comunicação boca-a-boca, que se estabelece entre os próprios
consumidores. A qualidade do serviço que os clientes esperavam, muitas
vezes, foi gerada por comentários ou recomendações de outros clientes;
b) necessidades pessoais, as características específicas de cada cliente em
determinada situação. As necessidades pessoais moldam a expectativa do
cliente;
c) experiência passada, o cliente já ter usado anteriormente o serviço da
empresa pode influenciar o nível de expectativa e exigências dos clientes;
d) comunicação externa, aspecto que está relacionado à maneira como a
empresa promove sua comunicação com seus clientes;
3. dimensões que influenciam a percepção da qualidade de serviço, como sendo um
dos aspectos mais importantes e que, independentemente do ramo de negócio da
empresa prestadora de serviço, os clientes utilizaram critérios comuns para avaliar a
qualidade dos serviços. Tais critérios foram agrupados inicialmente em dez grupos
ou categorias, denominadas pelos autores Dimensões da Qualidade em Serviço.
Para Parasuraman et al (1985) a qualidade dos serviços seria determinada
inicialmente por dez dimensões da qualidade em serviços, sendo que essas
determinantes devem estar presentes em todo tipo de serviços, ou cuja ausência é
sentida pelo consumidor. De acordo com os autores, essas seriam as dimensões
mensuráveis da qualidade percebida na prestação de serviço conforme visto no
quadro 2.
35
Dimensão e definição Exemplos de como podem ocorrer
Confiabilidade, credibilidade
Envolve consist
ência de desempenho e
confiança
A empresa desempenha o servi
ço corretamente da
primeira vez; exatidão no faturamento; manter
registros corretamente; executar o serviço no prazo
estipulado
Capacidade de resposta e prontidão
refere-se
à disposição ou presteza dos
funcionários para prestar o serviço
O servi
ço executado na hora certa; envio imediato
de boletos de transação; retornar rapidamente
telefonemas do cliente; executar o servi
ço com
presteza
Competência
Significa possuir a capacidade e os
conhecimentos requeridos
Conhecimento e capacidade dos empregados de
contato; conhecimento e capacidade do pessoal de
suporte operacional; capacidade de pesquisa da
organiza
ção
Acesso
Envolve facilidade de acesso e facilidade de
contato
O servi
ço é facilmente acessível por telefone; o
tempo de espera pela prestação do serviço não é
grande; horários de trabalhos convenientes;
localização conveniente das instalações da
empresa de serviço
Cortesia
Envolve polidez, respeito, considera
ção e
atitude amigável do pessoal de contato
Considera
ção pela propriedade do consumidor;
aparência limpa e cuidada do pessoal de contato
Comunicação
Significa manter clientes informados em
linguagem que possam entender e ouvi-los
Explicar o servi
ço em si explicar quanto custará o
serviço; explicar as vantagens entre os serviços e
custo; garantir aos consumidores que o problema
ser
á tratado
Credibilidade
envolve confian
ça, confiabilidade,
honestidade e realmente cuidar dos
interesses do cliente
Nome da empresa; reputa
ção da empresa;
Caracter
ísticas pessoais do pessoal de contato;
grau de esforço de venda envolvido nas interações
Segurança
É estar livre de perigo, risco ou dúvida
Seguran
ça física; segurança financeira ;
confidencialidade
Compreender e conhecer
O cliente envolve esfor
çar-se para entender
as necessidades do cliente
Conhecer os requisitos espec
íficos do cliente; dar
atenção individualizada; reconhecer clientes
ass
íduos
Tangíveis
Evid
ência física do serviço
Instala
ções físicas; aparência do pessoal;
ferramentas ou equipamentos utilizados para
prestar o servi
ço; representações físicas do serviço
(cartões de visita etc.);outros clientes nas
instala
ções de serviço
Quadro 2 Determinantes da qualidade percebida em serviços
Fonte - PARASURAMAN et al. 1985.
36
Para Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985), a confiabilidade é o principal critério
que os clientes levam em consideração ao avaliar a qualidade em serviço da
empresa.
Parasuramam et al. (1985) apresentam, como mostra a figura 4, a visão da
qualidade de serviço por parte do consumidor, resultado da comparação que o
cliente faz do serviço esperado com o serviço percebido.
Figura 4 Dimensões: fatores que influenciam a qualidade percebida do serviço
Fonte - PARASURAMAN et al., 1985.
Como se vê na figura 5, Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) apresentam um
modelo de qualidade em serviços, em que são trabalhadas as dimensões que
influenciam as percepções que os clientes têm sobre a qualidade de serviço,
identificando as principais exigências para um serviço de alta qualidade.
Comunicação
Boca a boca
Necessidades
Pessoais
Experiências
Anteriores
Comunicação
Externa
Serviço
Esperado
Serviço
Percebido
Qualidade de
servi
ço
percebida
Dimensões da
Qualidade de
Servi
ços
Tangibilidade
Confiabilidade
Responsividade
(presteza)
Compet
ência
Cortesia
Credibilidade
Seguran
ça
Acessibilidade
37
CONSUMIDOR
LACUNA 5
LACUNA 4
EMPRESA LA
LACUNA 3
LACUNA 1
LACUNA2
Percepções da gerência
quanto às expectativas
do consumidor
Tradução das percepções
em especificações de
qualidade de serviço
Entrega do serviço
(incluindo pré e pós
contato)
Servi
ço percebido
Servi
ço esperado
Necessidades pessoais
Comunica
ção externas a
consumidores
Comunica
ção
boca a boca
Experi
ência anterior
Figura 5 Modelo conceitual de qualidade em serviço
Fonte - PARASURAMAN et al. 1985.
O modelo apresentado na figua 5 mostra como surge a qualidade de serviço. A parte
superior do modelo inclui fenômenos relacionados ao cliente, enquanto a inferior
mostra fenômenos relacionados à empresa. O serviço esperado é uma função da
experiência anterior das necessidades pessoais do cliente e da comunicação boca a
boca. O serviço percebido, por sua vez, é o resultado de uma serie de decisões
internas relacionadas à empresa (GRONROOS, 2003).
Para o autor, na figura 5 são ilustradas cinco discrepâncias entre os vários
elementos das estruturas básicas denominadas lacunas da qualidade. Essas
38
lacunas (Gaps) de qualidade são os resultados de inconsistências no processo de
gerenciamento da qualidade. A última lacuna, isto é, lacuna 5 (Gap 5) entre serviço
esperado e percebido a qualidade que o cliente percebe numa prestação de serviço
é função da magnitude e da direção (positiva ou negativa) da lacuna entre o serviço
esperado e a percepção do serviço recebido (PARASURAMAN, 1985 apud
GRONROOS p. 133, 2003). A descrição das lacunas (Gaps) é apresentada a
seguir.
1. Lacuna 1 Percepção gerencial - Diferença na percepção do consumidor e da
empresa. Dificuldade dos executivos em interpretar quais os fatores que vão de
fato satisfazer as necessidades dos clientes, ou que lhes darão a percepção de
ter, recebido um serviço de alta qualidade. Para Parasuraman et al. (1985, p. 45)
a lacuna entre as expectativas dos consumidores e a percepção que os
executivos têm de tais expectativas tem impacto sobre a avaliação que os
consumidores fazem a qualidade do serviço.
2. Lacuna 2 Especificações da qualidade - Diferença entre a percepção da empresa
e as especificações de qualidade do serviço. A lacuna entre as percepções dos
executivos acerca das expectativas dos consumidores e as especificações de
qualidade da empresa afetam o julgamento da qualidade do serviço pelo cliente
(Parasuraman et al. 1985, p.45).
3. Lacuna 3 Entrega dos serviços - Diferença entre as especificações da qualidade
do serviço e sua execução, fatores que interferem no ato da prestação do
serviço. Dessa forma, o serviço recebido pelo cliente pode ser diferente do que
está previsto nas especificações e normas de como o serviço deve ser prestado.
4. Lacuna 4 Comunicações com o mercado - Diferença entre a execução do serviço
e a comunicação externa. A propaganda e outras ações de comunicação,
incluindo contatos dos vendedores com os clientes, influenciam as expectativas
dos clientes, na medida em que se fazem promessas de como o serviço será
prestado. A lacuna entre o serviço efetivamente prestado e as comunicações
externas sobre o serviço afeta a qualidade de serviço percebido pelos clientes
(PARASURAMAN et al. 1985, p. 46).
39
5. Lacuna 5 Qualidade percebida do serviço - Diferença entre serviço percebido e o
serviço prestado. É a idéia de que o serviço de boa qualidade é aquele que
atende ou supera as expectativas dos clientes. A qualidade que o cliente
percebe numa prestação de serviço é uma função da magnitude e da direção
(positiva ou negativa) da lacuna entre o serviço esperado e a percepção do
serviços percebido (PARASURAMAN et al. 1985, p. 46).
Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) identificaram, nesse modelo visto na figura 5,
as principais exigências para a prestação de um serviço de alta qualidade. A
qualidade de serviço é definida, pelos autores, como sendo o resultado da
comparação entre expectativas dos consumidores em relação a uma determinada
classe de serviço e as percepções do consumidor referentes ao serviço prestado por
uma empresa específica. O modelo procura identificar todo o processo de entrega
de um serviço, seja do lado do cliente ou do lado da empresa.
40
2.6 A escala servqual e suas aplicações
A escala Servqual teve sua origem nos resultados dos estudos de Zeithaml,
Parasuraman e Berry (1990), que realizaram pesquisas quantitativas com a
finalidade de desenvolver um instrumento para medir a qualidade do serviço levando
em conta as percepções dos clientes (ELEUTÉRIO E SOUZA, 2002).
Depois de aplicações e análises estatísticas, Zeithaml et al. (1990) aprimoram a
escala Servqual. As dez dimensões iniciais, conforme quadro 2, foram reduzidas
para cinco conforme quadro 3 .
Dimensões originais Dimensões finais
Tangíveis Tangíveis
Confiabilidade Confiabilidade
Presteza Presteza
Competência
Cortesia
Credibilidade
Seguran
ça (garantia)
Seguran
ça
Acessibilidade
Comunica
ção
Conhecimento
compreens
ão das necessidades do cliente
Empatia
Quadro 3 Agrupamento das dimensões
Fonte
Adaptado de Zeithaml et, al; 1990
As cinco dimensões podem ser assim descritas:
1. tangibilidade: refere-se às instalações físicas, aos equipamentos e à aparência
do pessoal da empresa. Muitos clientes usam esses aspectos como pista se o
serviço prestado é de qualidade;
2. confiabilidade credibilidade: capacidade e habilidade de implementar o serviço
prometido de forma segura e precisa;
3. capacidade de resposta/prontid
ão: boa vontade para prestar auxílio ao
consumidor e prestar pronto atendimento, resolvendo o problema na hora;
4. segurança/domínio: conhecimento e cortesia dos empregados e suas habilidades
para inspirar credibilidade e confiança;
41
5. empatia: consideração e atenção individualizada que a empresa presta aos seus
consumidores.
A escala Servqual original é formada por múltiplos itens que medem as cinco
dimensões ou determinantes da qualidade: confiabilidade, tangibilidade, segurança,
presteza e empatia. Para cada determinante, são efetuadas perguntas visando
levantar as expectativas prévias do cliente e suas percepções.
O modelo Servqual originalmente utilizava um questionário elaborado em duas
seções: uma seção com 22 questões acerca das expectativas do cliente sobre
determinado serviço e a segunda seção que busca medir a percepção do cliente
sobre o serviço prestado pela empresa avaliada.
O questionário Servqual original utiliza a escala do tipo Likert com sete pontos que
permite aos clientes responderem a cada questão em graus variados, marcando um
valor na escala que vai de 1 (discordo totalmente) até 7 (concordo totalmente), não
havendo nenhuma palavra associada aos números que vão de 2 a 6, que ficam
entre os extremos da escala. Nas escalas do tipo Likert, os números indicam a
posição e/ou quanto as respostas diferem entre si em determinadas características
ou elementos (ELEUTÉRIO e SOUZA, 2002).
Na escala Servqual original, pedia-se a marcação das expectativas e das
percepções para, depois, efetuar a diferença entre elas. No procedimento
modificado, o próprio respondente assinala essa diferença, de acordo com o seu
ponto de vista.
Ao analisarem e criticarem a escala Servqual, diversos autores, entre eles Cronim e
Taylor (1992), Teas (1993) apud Chisto (2001) , Brown, Churchil e Peter (1993),
estimularam a criação de modelos alternativos, nos quais unicamente as percepções
de qualidade dos clientes eram consideradas e, não, suas expectativas (CHISTO
2001).
Brown, Churchil e Peter (1993), por exemplo, sugerem o uso de uma escala n
ão
diferencial, em que, em vez de se perguntar as expectativas e depois as percepções,
42
indagar-se-ia apenas sobre a diferença entre elas em uma escala tipo Likert de sete
pontos que iria de muito pior que o esperado a muito melhor do que o esperado.
A utilização dessa alternativa tornaria a escala mais confiável estatisticamente e
válida. Os autores entendem ser mais fácil trabalhar com apenas um questionário de
22 questões, economizando tempo o que, certamente, colabora no sentido de obter
maior boa vontade dos respondentes.
Outra questão importante refere-se ao número de pontos da escala. Conforme
Pasquali (1999, p. 58) o número de pontos na escala de resposta varia de 3 a mais
de 10, sendo as mais utilizadas as escalas de 5 e 7 pontos. O número de pontos
utilizados nas escalas Likert parece ser algo irrelevante. Pasquali (1999) assim
defende que os bons resultados podem ser alcançados com qualquer número de
pontos, entre 3 a 10.
Zeithaml et al. (1990) ressaltam que, embora a escala Servqual tenha sido
desenvolvida a partir do estudo de alguns setores, ela é uma das escalas
padronizadas, podendo ser aplicada em qualquer organização que preste serviço,
sendo necessário promover adaptações na redação das afirmativas, para que
reflitam melhor a realidade de cada situação.
Uma outra vantagem de adotar as modificações propostas na escala Servqual é que,
mesmo não havendo, diretamente, uma bateria de respostas que considere
diretamente as expectativas dos clientes, estas estão implícitas nas âncoras, cujo
conteúdo semântico considera a avaliação do cliente em relação às suas
expectativas.
Neste trabalho, foi utilizada uma escala de 5 pontos, que vai desde a percepção da
qualidade muito pior que o esperado até a muito melhor do que o esperado,
utilizando-se as modificações sugeridas por Brown et al.
Tratando-se de sua aplicabilidade, a escala
Servqual tem sido amplamente utilizada
para medir a qualidade de serviço em vários setores, assim como tem servido de
base para estudos publicados sobre esse tema. Sua aplicação deu-se em empresas
43
de contabilidade, lojas de departamentos, empresas de energia elétrica, hospitais,
bancos, colégios e restaurantes entre outros (ELEUTÉRIO E SOUZA, 2002).
44
2.7 Marketing bancário
Segundo Perillo (2000), a concorrência acirrada, o impacto da tecnologia da
informação e a presença de novos clientes são fatores determinantes de mudança
na política de comercialização das instituições financeiras. O funcionamento
bancário torna seu marketing muito diferenciado daquele praticado em outros
setores, até mesmo, na própria área de serviços.
Para Toledo (1978), o marketing bancário é um marketing especializado, tanto por
se tratar de uma atividade de serviços quanto por ter peculiaridades distintas dos
outros setores de serviços. As principais características do setor, sob o ponto de
vista da análise e da estratégia de marketing bancário, são: condições ambientais de
funcionamento dos bancos e aspectos característicos da demanda e oferta.
1. Condições ambientais de funcionamento dos bancos Em função de sua
importância econômica e de seu poder de influenciar a economia, o setor tem
algumas restrições externas, regulamentadas pelo governo, que direcionam seu
funcionamento, sendo que essas restrições têm impacto nos produtos e serviços
oferecidos e na sua expansão.
2. Aspectos característicos de demanda e da oferta sob a ótica do marketing
bancário Sob o ponto de vista da demanda, os bancos dividem seus clientes
em dois grandes segmentos: o de pessoa física e o de pessoa jurídica. O
segmento empresarial apresenta características que o diferenciam do segmento
de pessoa física. Basicamente, essas diferenças se situam na dimensão e na
distribuição dos dois tipos de mercado e nas características de demanda. O
segmento empresarial apresenta menor quantidade de clientes, mas,
individualmente, tem um volume de negócios muito superior ao dos clientes
pessoa física e, ainda, demanda uma quantidade muito maior e mais complexa
de produtos e serviços.
Para cumprir a missão e atingir os objetivos organizacionais e de adaptação às
forças do ambiente, as instituições financeiras deverão dispor das várias ferramentas
de marketing de maneira integrada (TOLEDO 1978). Segundo o autor, muitos
45
bancos têm procurado desenvolver estudos sobre o comportamento dos
consumidores e, em especial, sobre as atitudes e as motivações da clientela com
relação a três elementos: o dinheiro; o banco como entidade financeira e os produtos
e serviços propostos. Tais estudos levam aos seguintes aspectos:
1. segmentos: identificar o número de grupos existentes, reunidos por critérios de
semelhança de atitudes face ao dinheiro, ao banco e/ou aos serviços prestados;
2. atitudes: respostas relativas à poupança, aos gastos, aos empréstimos, ao uso
de talões ou de cartões de crédito, ao atendimento a outros;
3. imagem: como o banco ou seu concorrente está posicionado na mente dos
consumidores;
4. prioridades do produto: preferências dos consumidores e possibilidade de
classificar os produtos do banco de acordo com elas;
5. relações cruzadas: associações de determinadas atitudes específicas dos
consumidores com o uso intensivo de determinados serviços bancários.
Os bancos são duplamente orientados para os clientes, diz Toledo (1978), em
relação ao marketing bancário. No contexto de prestação de serviços, existem duas
categorias genéricas de produtos em bancos: os produtos de intermediação
financeira, que consistem na captação e na aplicação de recursos; e os serviços
prestados aos clientes, tais como recebimento de contas, cobrança de títulos e
arrecadações.
46
2.8 Qualidade em serviços bancários
Para Reis (1998), a criação de um relacionamento de intimidade e comunicação
permanente entre o banco e seus clientes pode trazer benefícios importantes para
ambos. O autor considera que os bancos devem ser fornecedores de soluções para
problemas dos clientes e precisam superar suas expectativas.
Para Kotler (1998), uma das principais maneiras que os bancos têm para se
diferenciar dos concorrentes é prestar um serviço de alta qualidade. A dificuldade em
estabelecer padrões de qualidade nos serviços bancários está, muitas vezes, no fato
de os serviços prestados, em regra geral, serem medidos subjetivamente, cada
cliente ter o seu próprio conjunto de expectativas do que vem a ser qualidade.
Segundo Reis (1998), a preocupação dos bancos deve girar em torno da retenção
de clientes e, não apenas, na captação de novo clientes. Ainda, segundo o autor, a
qualidade dos serviços bancários é fator primordial de competitividade e pode ser
classificado em:
1. qualidade operacional: cuidado no fornecimento de serviços comuns, ou seja, de
avaliações do tempo de realização das tarefas e relações de erros entre outros;
2. qualidade estratégica: cuida da satisfação, encantamento dos clientes,
motivações dos funcionários e inovação, buscando a diferenciação entre os
bancos para o cliente.
Cobra (1994) considera que o serviço bancário é composto de uma parte tangível e
outra intangível. Para o autor, na verdade, o que os clientes de um banco querem é
mais do que ter uma conta corrente ou um cheque especial; eles desejam outras
satisfações agregadas a esses serviços como segurança, conveniência e prestígio
entre outras.
Reis (1998) ressalta alguns atributos que são considerados pelos clientes nas suas
avaliações de qualidade dos serviços bancários e que merecem implementação
como:
47
1. agilidade e rapidez nas respostas;
2. facilidade e comodidade na execução de operações diversas;
3. disponibilidade de canais de comunicação que evitem a necessidade do cliente ir
ao banco;
4. procedimentos facilitados, sem burocracia e sem excessos;
5. qualidade no atendimento dos funcionários;
6. localização e acesso facilitados;
7. ambiente arejado;
8. fácil acesso à gerência.
Nota-se que os serviços oferecidos pelos bancos são muito parecidos, isso para não
dizer praticamente idênticos. Para se destacarem perante os clientes, os bancos
vêm procurando oferecer serviços de qualidade, buscando desenvolver um
relacionamento mais profundo e duradouro com o cliente, pois sabem que essa é
uma das melhores vantagens competitivas que se pode ter hoje no mercado.
48
2.9 O setor bancário brasileiro
A oferta de diversos tipos de serviços é uma das características atuais dos bancos.
Tais serviços viabilizam receitas aos bancos, dentre outros fatores, por meio da
cobrança de tarifas, intermediação financeira e empréstimos.
Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN, 2007), o quadro
geral dos bancos no Brasil mostra uma lenta e gradual diminuição de instituições
autorizadas a operar no País. Essa relativa estabilização do cenário sinaliza a
consolidação do processo acentuado de fusões e incorporações ocorrido nas últimas
décadas no mercado financeiro. O número de bancos privados nacionais reduz-se
pouco a pouco enquanto o de bancos privados estrangeiros permanece estável.
No ano de 2006, houve um crescimento de 7,9% no número de contas correntes que
totalizaram 102,6 milhões. Desse montante, 73,7 milhões são contas ativas, ou seja,
tiveram alguma movimentação no período de seis meses (FEBRABAN, 2007).
O número de contas de poupança somou 75 milhões, em 2006, o que representou
uma expansão de 4,5% em relação a 2005. O número de clientes com internet
banking, empresas e indivíduos, praticamente se estabilizou em 2006. Esse número
representa cerca de 17% da população brasileira, enquanto os usuários de internet
totaliza cerca 28%. O uso de computador em casa ainda é fator limitante para a
ampliação do uso da internet banking (FEBRABAN, 2007/IBOPE). A tabela 2
representa a evolução do número de contas do setor bancário brasileiro.
49
Tabela 2 Número de contas do setor bancário brasileiro 2001 a 2006
Variação
Número de contas 2006 2005 2004 2003 2002 2001
2006/2005
Contas correntes 102,6 95,1 90,2 87 77,3 71,5 7,9
Contas movimentadas 73,7 70,5 66,9 61,4 55,7 53,5 4,6
Contas não movimentadas 28,9 24,6 23,3 25,6 21,6 17,9 17,5
Conta poupança 75,0 71,8 67,9 62,4 58,2 51,2 4,5
Clientes com internet
banking
27,3 26,3 18,1 11,7 9,2 8,8 3,9
Fonte - BANCO CENTRAL DO BRASIL /FEBRABAN, 2007.
O sistema bancário brasileiro, em 2006, era formado por 159 bancos múltiplos,
sendo 13 bancos públicos federais e estaduais, 85 privados nacionais, com e sem
participação estrangeira e 61 bancos privados e com controle estrangeiro. Tinham
juntos o total de 35.089 agências e postos de serviços. O setor emprega diretamente
cerca de 402.000 mil pessoas (FEBRABAN, 2007).
A tabela 3 revela a evolução, de 2001 a 2006, do número de instituições bancárias
no País.
Tabela 3 Dados do setor bancário brasileiro no período de 2001 a 2006
Variação
Período
2006 2005 2004 2003 2002 2001
(%)
Número de bancos 159 161 164 165 167 182 -1,2%
Privados nacionais com e sem
participa
ção estrangeira
85 84 88 88 87 95 1,2%
Privados estrangeiros e com
controle estrangeiro
61 63 62 62 65 72 -3,2%
Públicos federais e estaduais 13 14 14 15 15 15 -7,1%
Fonte - BANCO CENTRAL DO BRASIL /FEBRABAN, 2007.
O setor bancário tem sido considerado um dos setores que mais investem em
tecnologia da informação, com a maioria de seus produtos e serviços apoiados
nessa tecnologia.
50
As automações bancárias firmam-se nas tecnologias da informação, que visam
agilizar processos internos no banco e integrar eletronicamente os usuários, as
operações do sistema financeiro e outros sistemas da economia.
O processo de automação bancária envolve a adoção de inovações que utilizam
recursos da tecnologia, hardwares, softwares e telecomunicações, com vistas à
realização de transação contábil de resultados financeiros em tempo real (LEITE,
1996). Ainda, segundo o autor, a automação bancária, via tecnologia da informação,
visa também à redução de custos de administração dos serviços tradicionais e a se
firmar como pressuposto para ampliação de novos serviços.
O autor relata ainda que,
a evolução da tecnologia da informação, impulsionada principalmente pela
chegada da Internet, mudou uma série de conceitos na prestação de
serviços. E os bancos não ficaram de fora. Pelo contrário, saíram à frente,
oferecendo grande quantidade de benefícios e facilidades. Para isso,
investiu-se em especialização e modernização tanto de suas agências
quanto de seus profissionais e equipamentos. (LEITE, 1996, p.45).
Em 2005, o número total de transações bancárias automatizadas expandiu-se 16,9%
em relação a 2004, indicando que os bancos têm crescido em importância como
prestadores de serviços para a sociedade. Ademais, o crescimento de 50%, em
média, do uso de meios eletrônicos como a internet banking (tanto por pessoas
físicas quanto por pessoas jurídicas) indica que, cada vez mais, os clientes dos
bancos não precisam mais ir às agências para efetuar a maioria das transações
bancárias. Esse fato é confirmado pelo baixo crescimento (3%) das transações
presenciais nos caixas das agências no período (FEBRABAN, 2007).
Tabela 4
Origens das transações do setor bancário 2000 a 2005
Valor (%)
Origem das transações
(milhões)
2005 2004 2003 2002 2001 2000
2005/2004
(1) Automáticas externas 1.412 667 610 599 653 557 111,70
51
(2) Automáticas internas 8.639 7.514 6.758 3.893 3.805 3.585 15,00
(3) Auto-atendimento 10.790 9.891 7.585 6.094 7.766 6.616 9,10
(4)
Office e Internet Banking
PJ
2.682 1.862 1.174 970 664 359 44,00
(5) Internet Banking PF 3.167 2.045 1.457 1.139 820 370 54,90
(6)
POS
Ponto-de-venda
no com
ércio
1.117 1.002 581 549 380 314 11,30
-
Transa
ções de caixas de
agências
3.719 3.609 4.451 4.463 5.188 4.027 3,00
-
N
º de cheques
compensados
1.940 2.107 2.246 2.397 2.600 2.638 -7,90
Call center com
interven
ção de atendente
348 301 321 380 242 130 15,60
Call center (Unidade
Resposta Aud
ível)
1014 850 994 1.133 1.326 1.164 19,30
(7)
Correspondentes
banc
ários
296 187 125 - - - 58,20
Total 35.122 30.035 26.302 21.617 23.444 19.760 16,90
1. Débitos automáticos, crédito salário etc.
2. Tarifas, taxas, IOF,CPMF etc.
3. Saque, dep
ósitos, consultas, emissão de cheques etc.
4. Transferências de arquivos, consultas, pagamentos, investimentos etc.
5. Consultas, transferências, pagamentos, investimentos, empréstimos etc.
6. Pagamentos em lojas, supermercados, postos de gasolina etc.
7. Estabelecimentos comerciais, correios, casas lotéricas etc.
Fonte - BANCO CENTRAL DO BRASIL/ FEBRABAN, 2007.
Conforme o Banco Central do Brasil (2007), a conta universitária, objetivo desta
pesquisa, é um serviço oferecido pelos bancos, não havendo nenhuma
regulamentação especifica para esse tipo de conta, tendo a mesma regulamentação
da conta corrente tradicional, conforme resposta a uma consulta formal.
Não existe normativo editado por esta autarquia que classifique uma conta
como sendo de 'Natureza Universitária'. A Conta Universitária é meramente
um serviço oferecido por algumas instituições financeiras possivelmente
como parte de uma política de fidelização de clientes. A instituição como
prestadora deste serviço pode estabelecer critérios próprios para proposta de
abertura de conta e tarifas diferenciadas.No mais, se trata de conta corrente
comum regida pela Resolução 2.025, de 24.11.1993, com modificações
introduzidas pelas Resoluções 2.747, de 28.6.2000, e 2.953, de 25.4.2002
(BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2007).
52
3 METODOLOGIA
Para Demo (1995), metodologia é o estudo dos caminhos e dos instrumentos
usados para se fazer ciência. É uma disciplina a serviço da pesquisa. A metodologia
tem como função básica orientar o caminho da pesquisa, auxiliar a refletir e instigar
a capacidade criativa.
Pode-se definir pesquisa como o processo formal e sistemático de aplicação do
método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para
problemas mediante o emprego de procedimentos científicos (GIL 1999).
Direcionado para a disciplina de marketing, Mattar (2001) define pesquisa
mercadologica como:
a investiga
ção sistemática, controlada, empírica e crítica de dados com o
objetivo de descobrir e (ou) descrever fatos e (ou) de verificar a existência de
relações presumidas entre fatos (ou variáveis) referentes ao marketing de
bens, serviços e idéias, e ao marketing como área de conhecimento de
administração (MATTAR 2001, p15).
Para Malhotra (2006, p. 45), nessa mesma linha, pesquisa de marketing é a
identificação, coleta, análise e disseminação de informações de forma sistemática e
objetiva e seu uso visa a melhorar a tomada de decisões relacionadas à
identificação e solução de problemas (e oportunidades) em marketing.
53
3.1 Tipo de pesquisa
O estudo realizado pode ser classificado considerando a taxonomia de Vergara
(2007), que qualifica a pesquisa em relação a dois aspectos: quanto aos fins e
quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa foi descritiva. Quanto aos meios, a
pesquisa foi de campo, realizada via survey.
A pesquisa descritiva, segundo Gil (1999), tem como objetivo principal a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Tem como uma de suas características mais significativas a
utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados.
Para Malhotra (2004) a pesquisa descritiva é indicada quando se tem os seguintes
objetivos:
1. descrever as características de grupos;
2. fazer previsões específicas;
3. estimar as percentagens e outras medidas estatísticas;
4. determinar associação de variáveis;
5. determinar percepções de características de produtos e/ou serviços.
Para Lakatos e Marconi (2002), pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo
de conseguir informações e/ou conhecimento acerca de um problema para o qual se
procura uma resposta, ou de uma hipótese que se queira comprovar, ou, ainda,
descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Ou seja, é a investigação
empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de
elementos para explicá-lo.
As pesquisas survey, segundo Gil (1999), se caracterizam pela interrogação direta
das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à
solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema
estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões
correspondentes dos dados coletados (GIL,1999). Essa metodologia de pesquisa
vem sendo utilizada nas mais diversas áreas do conhecimento.
54
3.2 Unidade de análise
O estudo procurou verificar a percepção da qualidade percebida de usuários do
produto/serviço conta universitária, considerado como unidade de análise. Os
respondentes da pesquisa mantinham conta em oito diferentes bancos cujos os
ativos e posição do ranking por ativo são mostrados na tabela 5.
Tabela 5 Classificação dos bancos em junho 2007
Classificação por ativos totais - junho de 2007
Ranking Instituições Ativo total em milhões R$
1 Banco do Brasil* 332.967.570
2 Itaú* 248.014.250
3 Caixa Econômica Federal* 237.518.141
4 Bradesco* 236.768.552
5 ABN AMRO (Banco Real)* 152.715.311
6 Unibanco* 126.230.025
7 Santander 118.072.974
8 Safra 71.790.490
9 HSBC* 67.999.047
10 Votorantin 60.049.954
11 Nossa caixa* 44.951.757
12 Citibank 45.397.930
Fonte - BACEN, FEBRABAN, 2007.
1
* Bancos que os clientes respondentes possu
íam conta
1
Relação dos 50 maiores bancos do País anexo A
55
3.3 Unidade de observação
O objeto de estudo a ser observado foram os estudantes universitários que utilizam
os serviços de conta universitária.
3.4 Universo e amostragem
Para Lakatos e Marconi (2002), o universo ou a população de uma pesquisa
depende do assunto a ser investigado, e a amostra, porção ou parcela do universo,
que realmente será submetida à verificação, é obtida ou determinada por uma
técnica específica de amostragem.
O universo relacionado ao estudo compreende os estudantes de instituições de
ensino superior de Belo Horizonte. Só participaram da pesquisa estudantes que
tinham o serviço conta universitária.
Para os autores Lakatos e Marconi (2002), existem duas grandes divisões no
processo de amostragem: a probabilística e a não probabilística.
Neste estudo, foi utilizada a amostragem não probabilística, em que a seleção de
elementos da população não apresenta fundamentação matemática ou estatística,
dependendo unicamente, ao menos em parte, de critérios do pesquisador e da
facilidade de acesso.
Para Gil (1999), dentre os tipos de amostragem não probabilística, os mais
conhecidos são: por acessibilidade, por tipicidade e por cotas.
Utilizou-se, neste estudo, amostragem por acessibilidade ou por conveni
ência, em
que o pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que eles
possam, de alguma forma, revelar características do universo.
56
Ao definir que será utilizada amostragem por acessibilidade para uma população
infinita, para selecionar o número de clientes universitários que foram pesquisados,
foi utilizada a recomendação de Pasquali (1999), que sugere entre 5 a 10
respondentes por item do questionário, com a ressalva de que qualquer análise com
menos de 200 sujeitos dificilmente pode ser considerada adequada (PASQUALI,
1999, p. 56). Desse modo, para o presente estudo utilizou-se uma amostra de 221
questionários respondidos.
Não existe intenção de fazer generalizações com os resultados obtidos. Em caso
contrário, seria necessária a obtenção de uma amostra do tipo probabilística
(MALHOTRA, 2006). Por esse motivo, foram utilizadas técnicas estatísticas para a
sumarização e análise dos dados mesmo com uma amostra não probabilística.
3.5 Métodos e técnicas de coleta de dados
Foram empregados métodos quantitativos, na pesquisa realizada, que, segundo Gil
(2002), têm como objetivo primordial descrever as características de determinada
população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
Os dados foram coletados por meio de questionários, que, para Malhotra (2006 p.
274), é uma técnica estruturada para coleta de dados, que consiste de uma série de
perguntas escritas ou verbais a que um entrevistado deve responder. Segundo o
autor, é a melhor forma de coletar informações de um grande número de
respondentes.
Os questionários foram aplicados em alunos de instituições de ensino superior da
cidade de Belo Horizonte, que mantinham o serviço conta universitária. Os dados
foram coletos nos períodos dos meses de junho e agosto de 2007.
O questionário adotado foi construído com base no modelo Servqual, proposto por
Parasuraman et al. (1985,1990). Os autores propõem que, para cada tipo de
pesquisa, adaptações podem ser feitas na redação das afirmativas, para que reflita
melhor a realidade de cada situação, assim tais adaptações foram feitas.
A escala adotada, neste trabalho, foi uma escala numérica tipo Likert modificada de
5 pontos, com âncoras identificadoras de qualidade muito pior que o esperado =
57
01, pior que o esperado = 02, igual ao esperado = 03, melhor que o esperado =
04, e muito melhor que o esperado = 05.
A associação semântica é a proposta por Brown et al. (1993). Tal modificação foi
adotada com o intuito de reduzir tempo na aplicação dos questionários e a sua
viabilidade dos mesmos.
Os questionários foram distribuídos em varias instituições de ensino superior de Belo
Horizonte, onde os mesmos foram aplicados em turmas e cursos diferentes. Os
questionários foram aplicados pelos professores das turmas e foi salientado para
os alunos que só respondessem os questionários os que tivessem conta
universitária.
Optou-se por aplicar os questionários em instituições de ensino superior diferentes,
para que a amostra não ficasse tendenciosa ou comprometida.
58
3.6 Dimensões
As cinco dimensões relacionadas com as perguntas do questionário que foi utilizado
na pesquisa estão mostradas no quadro 4.
Dimensão Definição
Questão do
questionário
Tangibilidade.
Refere-se
às instalações físicas, aos equipamentos e à
aparência do pessoal da empresa.
1 a 4
confiabilidade
Capacidade e habilidade de implementar o servi
ço
prometido de forma segura e precisa.
5 a 9
Capacidade de
resposta
Boa vontade para prestar aux
ílio ao consumidor e
prestar pronto atendimento, resolvendo o problema na
hora.
10 a 13
Segurança
Conhecimento e cortesia dos empregados e suas
habilidades para inspirar credibilidade e confian
ça.
14 a 17
Empatia
Conhecimento e cortesia dos empregados e suas
habilidades para inspirar credibilidade e confian
ça.
18 a 22
Quadro 4 As cinco dimensões
Fonte
Elaborado pela autora.
59
3.7 Tratamento dos dados
Segundo Gil (2002), a análise dos dados envolve diversos procedimentos tais como:
codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos.
Para Lakatos e Marconi (2002), na análise, o pesquisador entra em maiores detalhes
sobre o trabalho estatístico, procurando respostas para suas perguntas de pesquisa,
e busca estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e suas
perguntas de pesquisa.
Para a análise e a interpretação dos resultados da pesquisa quantitativa, foi utilizado
uma análise descritiva, baseada em valores absolutos e percentuais, e
procedimentos estatísticos média, variância, desvio- padrão.
Os dados receberam análise estatística, os questionários foram digitados via Data
Entry do SPSS for Dos, sistema de entrada de dados que minimiza erros de
digitação, e a análise dos dados foi feita pelo software de estatística SPSS 10.0
(Statistical Package for the Social Sciences, versão 10,0).
60
4 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA
4.1 Perfil da amostra
O perfil da amostra é apresentado na tabela. 6 e no gráfico 1. Na distribuição com
relação ao sexo da amostra, é identificada uma pequena predominância do sexo
feminino, com um percentual de 50,73%, sobre o sexo masculino, com um
percentual de 49,27% da amostra.
Tabela 6 Sexo dos entrevistados
sexo Freqüência %
Masculino 101 49,27
Feminino 104 50,73
Total 205 100,00
Fonte - Dados da pesquisa.
Gráfico 1 Comparativo entre o sexo dos entrevistados
Fonte - Dados da pesquisa.
Com relação à faixa etária dos entrevistados a tabela 7 e o gráfico 2 apresentam
uma predominância de 76,5% dos entrevistados com idade até 29anos.
Sexo
49,27
50,73
Masculino
Feminino
61
Faixa Etária
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Até 20 anos
De 21 a 24 anos
De 25 a 29 anos
De 30 a 34 anos
De 35 a 39 anos
De 40 a 49 anos
De 50 a 59 anos
%
Tabela 7 Faixa etária dos entrevistados
Faixa etária Freqüência %
Até 20 anos
24 11,06
De 21 a 24 anos
68 31,34
De 25 a 29 anos
74 34,10
De 30 a 34 anos
21 9,68
De 35 a 39 anos
18 8,29
De 40 a 49 anos
10 4,61
De 50 a 59 anos
2 0,92
Total 217 100,00
Fonte - Dados da pesquisa.
Gráfico 2 Comparativo entre a faixa etária dos entrevistados
Fonte - Dados da pesquisa
Em relação ao banco em que os entrevistados mantêm conta, a tabela 8 mostra que
86,4% dos respondentes têm conta nos bancos Real, Brasil e Bradesco, sendo que
o banco Real obteve a maioria dos entrevistados com 45,41%.
62
Tabela 8 Banco que os entrevistados possuem conta
Instituição Freqüência %
Caixa Econômica Federal
2 0,97
Banco do Brasil
41 19,81
Banco Bradesco
44 21,26
Banco Itaú
15 7,25
Unibanco
6 2,90
Banco Real
94 45,41
Banco HSBC
3 1,45
Banco Nossa Caixa
1 0,48
Outro
1 0,48
Total
207 100,00
Fonte - Dados da pesquisa.
Cerca de 34% dos entrevistados quando indagados, em questão aberta, (por que
você optou pelo serviço e produto conta universitária?) responderam que optaram
pelo serviço devido à redução das taxas/ tarifas da conta. Cerca de 41% não
responderam a essa questão. Acredita-se que a não resposta dessa questão
ocorreu por ser uma questão aberta.
Tabela 9 Motivo por ter optado pelo serviço conta universitária
Instituição Freqüência %
Redução do valor das taxas/tarifas da conta
74 33,94
A conta não possui taxas/tarifas
9 4,13
Comodidade
8 3,67
Já possuía a conta tradicional, alterando para conta universitária
5 2,29
Vantagens oferecidas
19 8,72
Vinculado à empresa em que trabalha (conta salário)
9 4,13
A conta universitária foi oferecida
4 1,83
Não respondeu
90 41,28
Total
218 100,00
Fonte - Dados da pesquisa.
63
Porque voce optou pelo serviço/produto "conta universitária"?
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Redução do valor das taxas/tarifas da conta
A conta não possui taxas/tarifas
Comodidade
Já possa a conta tradicional, alterando
para conta universitária
Vantagens oferecidas
Vinculado a empresa que trabalha (conta
salário)
A conta universitária doi oferecida
Não respondeu
Gráfico 3 Comparativo entre motivo por ter optado pelo serviço conta universitária
Fonte - Dados da pesquisa.
Em relação à questão aberta, ( o que levou você a escolher o banco em que possui
conta universitária?) cerca de 11% responderam que o motivo seria a facilidade de
acesso/localização. 55% dos entrevistados, mais da metade, não responderam
ou não sabiam o motivo.
Tabela 10 Critérios de escolha para utilização dos serviços conta universitária
Instituição Freqüência %
Facilidade de acesso/localização
24 10,91
Melhores serviços, taxas/tarifas e limites
10 4,55
Já possuía a conta tradicional, alterando para conta universitária
13 5,91
Facilidade na abertura da conta
14 6,36
Indicação
10 4,55
Publicidade
10 4,55
Vinculado à empresa em que trabalha (conta salário)
18 8,18
Não respondeu
32 14,55
Não sabe
89 40,45
Total
220 100,00
Fonte - Dados da pesquisa.
64
4.2 Análise dos resultados
Para análise dos dados, primeiramente deve-se o verificar a confiabilidade da escala
Servqual modificada utilizada para a presente pesquisa.
Segundo Malhotra (2006), a confiabilidade de uma escala pode ser avaliada de três
maneiras: teste-reteste, formas alternativas e consistência interna. O método de
consistência interna possui como objetivo avaliar a confiabilidade de uma escala
somatória em que os itens componentes de tal escala são somadas para formar o
índice final (a dimensão) . O coeficiente alfa de Cronbach é o coeficiente utilizado
para medir a consistência ou confiabilidade de um indicador. É a medida da
confiabilidade da consistência interna que é a média de todos os coeficientes
possíveis resultantes das diferentes divisões da escala em duas metades
(MALHOTRA, 2006).
O Alfa de Cronbach assume valores entre 0 e 1 e trabalha com a premissa de que
as correlações entre os itens são positivas. Uma correlação negativa viola o modelo
e para se manter uma variável nessa situação, seu sentido de direção deve ser
mudado, multiplicando-se seus valores por (-1)
Este coeficiente trabalha a relação entre covariâncias e variâncias internas das
medidas. O teste é robusto o suficiente para tolerar escalas não-homogêneas e
basear-se em correlações calculadas como razão de covariâncias e variâncias.
Quanto mais as variações entre as medidas do fenômeno, realizadas pelas
diferentes variáveis, superar as variações internas das variáveis individualmente,
melhor será o indicador. Quanto maior for o número de variáveis compondo o
indicador, tanto melhor ele será (MALHOTRA, 2006).
65
Desse modo a fórmula de cálculo do alfa de Cronbach é a seguinte:
var
cov)1(1
var
cov
k
k
Figura 6 Fórmula de cálculo alfa de Cronbach
Fonte - MALHOTRA, 2006.
Segundo Malhotra (2006), um valor de alfa de Cronbach inferior a 0,6000 indica uma
confiabilidade insatisfatória da consistência interna. Assim o valor do alfa tem que
ser igual ou superior a 0,6000.
Portanto, é possível verificar na tabela 11 que os valores encontrados para o alfa de
Cronbach para a escala Servqual, em todas as dimensões estudadas, revelam
consistência interna satisfatória, levando-se em conta os critérios definidos por
Malhotra (2006) e com base nos dados apurados em que o alfa de Cronbach é
superior a 0,6000.
Tabela 11 Valores de Alfa para as Dimensões
Instituição
Alpha de
Cronbach
Nº de Itens Média N
Q1 a Q22 (Geral) 0,9234 22 3,49 191
Q1 a Q4 (Tangibilidade) 0,7471 4 3,59 216
Q5 a Q9 (Confiabilidade) 0,8543 5 3,52 208
Q10 a Q13 (Capacidade de Resposta) 0,8535 4 3,47 211
Q14 a Q17 (Segurança) 0,8016 4 3,61 219
Q18 a Q22 (Empatia) 0,8535 5 3,32 212
Fonte - Dados da pesquisa.
K = Número de variáveis consideradas
Cov = M
édia das covariâncias
Var = M
édia das variâncias
66
4.2 Dimensões estudadas
Para a dimensão aspectos sicos (tangibilidade), foi encontrada uma média geral de
3,59, revelando que os clientes entrevistados consideram essa dimensão no
intervalo entre igual ao esperado e melhor que o esperado
Tabela 12 Média por variável da dimensão tangibilidade
Variável (tangibilidade) Média
O banco em que possuo conta universitária tem instalações e equipamentos
modernos. 3,39
O banco em que possuo conta universitária tem visual agradável. 3,65
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária têm boa
apresentação pessoal.
3,66
Os materiais promocionais (folhetos, cartazes, etc.) do banco em que possuo
conta universitária são visualmente agradáveis. 3,67
Média geral 3,59
Fonte - Dados da pesquisa.
A análise dos dados em relação à dimensão confiabilidade mostra que a média geral
encontrada foi de 3,52, o que significa que os clientes entrevistados consideram
essa dimensão da qualidade para o serviço conta universitária no intervalo igual ao
esperado e melhor que o esperado.
Tabela 13
Média por variável da dimensão confiabilidade
Variável (confiabilidade) Média
O banco em que possuo conta universitária cumpre o que promete. 3,50
O banco em que possuo conta universitária demonstra sincero interesse em
resolver qualquer problema que surge
3,49
No banco em que possuo conta universitária, as coisas são feitas corretamente
da primeira vez. 3,43
O banco em que possuo conta universitária cumpre rigorosamente o prazo de
entrega do serviço.
3,55
O banco em que possuo conta universitária mantém corretos e atualizados os
dados dos seus clientes.
3,63
Média geral 3,52
Fonte - Dados da pesquisa.
67
Na dimensão capacidade de resposta, a média geral obtida de 3,47 indica que os
clientes percebem que essa dimensão está no intervalo entre igual ao esperado e
melhor que o esperado.
Tabela 14 Média por variável da dimensão capacidade de resposta
Variável (capacidade de resposta ) Média
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária mantêm o cliente
informado sobre datas e prazos de entrega dos serviços. 3,39
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária atendem prontamente. 3,46
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária demonstram boa
vontade em atender os clientes.
3,52
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária mostram-se
disponíveis para atender às solicitações dos clientes.
3,50
Média geral 3,47
Fonte - Dados da pesquisa.
Quanto à análise dos dados relativos à dimensão segurança, a média geral foi de
3,61, que mantém essa dimensão no intervalo entre igual ao esperado e melhor
que o esperado.
Tabela 15 Média por variável da dimensão segurança
Variável (segurança ) Média
O comportamento dos funcionários do banco em que possuo conta universitária
gera confiança nos clientes.
3,55
Como cliente, sinto-me seguro(a) ao me relacionar com o banco em que possuo
conta universitária.
3,61
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária são educados e
corteses com os clientes.
3,68
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária têm competência para
responder às perguntas dos clientes.
3,58
O banco em que possuo conta universitária dá aos clientes atenção individual
3,26
Média geral 3,61
Fonte - Dados da pesquisa.
A média geral de 3,32 apresentada na dimensão da qualidade empatia também está
situada no intervalo entre igual ao esperado e melhor que o esperado.
68
Tabela 16 - Média por variável da dimensão empatia
Variável (empatia) Média
O horário de funcionamento do banco em que possuo conta universitária é
conveniente para os clientes. 3,29
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária dão aos clientes um
atendimento personalizado. 3,24
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária demonstram real
interesse pelos clientes.
3,41
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária entendem as
necessidades especificas dos seus clientes.
3,40
Média geral 3,32
Fonte - Dados da pesquisa.
A média geral das dimensões, como se pode observar na tabela 11 é de 3,49
indicando que a qualidade geral percebida pelos clientes universitárias encontra-se
entre o intervalo igual ao esperado e melhor que o esperado.
Na tabela 17, é apresentado o teste de correlação da amostra e, na tabela 18, o
teste de significância, tendo as seguintes hipóteses:
Ho: as médias são iguais
H1: as medias são diferentes
Para verificar se as médias são iguais ou diferentes em relação a cada uma das
cinco dimensões, foi realizado o teste de significância. Caso o valor do teste se
encontre na área de rejeição, a hipótese nula é rejeitada e a hipótese alternativa é a
escolhida. Caso o valor de p seja maior ou igual a 5% (0,050), não rejeita a hipótese
nula.
69
Tabela 17 Correlação da amostra
Correlação das amostras
Descrição N
Correlaçã
o
Valor P
Tangibilidade (Q1-Q4)
Confiabilidade (Q5-Q9)
221 0,416 0,000
Tangibilidade (Q1-Q4)
Capacidade de Resposta (Q10-Q13)
221 0,300 0,000
Tangibilidade (Q1-Q4)
Seguran
ça (Q14-Q17)
221 0,295 0,000
Tangibilidade (Q1-Q4)
Empatia (Q18-Q22)
221 0,329 0,000
Confiabilidade (Q5-Q9)
Capacidade de Resposta (Q10-Q13)
221 0,657 0,000
Confiabilidade (Q5-Q9)
Seguran
ça (Q14-Q17)
221 0,545 0,000
Confiabilidade (Q5-Q9)
Empatia (Q18-Q22)
221 0,581 0,000
Capacidade de Resposta (Q10-Q13)
Seguran
ça (Q14-Q17)
221 0,671 0,000
Capacidade de Resposta (Q10-Q13)
Empatia (Q18-Q22)
221 0,492 0,000
Segurança (Q14-Q17)
Empatia (Q18-Q22)
221 0,472 0,000
Fonte - Dados da pesquisa.
70
Tabela 18 Teste de significância entre as variáveis
TESTE SIGNIFICÂNCIA
Diferenças Pareadas 95% Intervalo de Confiança da Diferença
Descrição
Media Desvio-Padrão Erro-Padrão Limite Inferior Limite Superior
Teste T GL Valor-p
Tangibilidade (Q1-Q4)
Confiabilidade (Q5-Q9)
0,074
0,765
0,051 -0,027 0,176 1,444* 220 0,150
Tangibilidade (Q1-Q4)
Capacidade de Resposta (Q10-Q13)
0,120 0,883 0,059 0,003 0,237 2,025 220 0,044
Tangibilidade (Q1-Q4)
Seguran
ça (Q14-Q17)
-0,015 0,786 0,053 -0,119 0,089 -0,285* 220 0,776
Tangibilidade (Q1-Q4)
Empatia (Q18-Q22)
0,270 0,804 0,054 0,164 0,377 5,000 220 0,000
Confiabilidade (Q5-Q9)
Capacidade de Resposta (Q10-Q13)
0,046 0,648 0,044 -0,040 0,132 1,054* 220 0,293
Confiabilidade (Q5-Q9)
Seguran
ça (Q14-Q17)
-0,089 0,674 0,045 -0,179 0,000 -1,971* 220 0,050
Confiabilidade (Q5-Q9)
Empatia (Q18-Q22)
0,196 0,671 0,045 0,107 0,285 4,343 220 0,000
Capacidade de Resposta (Q10-Q13)
Seguran
ça (Q14-Q17)
-0,135 0,613 0,041 -0,217 -0,054 -3,281 220 0,001
Capacidade de Resposta (Q10-Q13)
Empatia (Q18-Q22)
0,150 0,778 0,052 0,047 0,253 2,871 220 0,004
Segurança (Q14-Q17)
Empatia (Q18-Q22)
0,286 0,710 0,048 0,191 0,380 5,974 220 0,000
Fonte - Dados da pesquisa.
71
Como se pode observar, os valores 1,444, -0,285, 1,054 e -1,971 foram os teste em
que as médias não tiveram diferença significativa, ou seja, não rejeita a hipótese
nula. Verifica-se que os valores do teste T abrange, em sua maioria, as áreas de
rejeição. Isso significa que a hipótese nula de que as médias são iguais é rejeitada e
a hipótese de que as médias são diferentes passa ser considerada.
4.4 Avaliação da nota geral
A questão 23 solicitava que os clientes universitários dessem uma nota, numa
escala de 0 a 10, sobre o grau de satisfação geral com a qualidade dos serviços do
banco em que possuíam conta.
A análise das notas que foram dadas pelos clientes universitários, em relação ao
seu grau de satisfação com a qualidade dos serviços, revela que 82,55% dos
entrevistados deram a nota entre 6 e 10, dentro da escala de 0 a 10, com uma média
de 7,19%, como se pode ver na tabela 19.
A tabela19 representa percepção em relação ao grau de satisfação de maneira geral
com a qualidade dos serviços do banco em o cliente possui conta universitária em
uma escala de 0 a 10.
Tabela 19 Grau de satisfação na utilização de serviços bancários
Nota Freqüência %
1 0 0
2 0 0
3 4 1,81
4 7 3,17
5 14 6,33
6 33 14,93
7 51 23,08
8 52 25,53
9 35 15,84
10 7 3,17
Não respondeu 18 8,14
Total 221 100,00
Media
7,19
Fonte - Dados da pesquisa.
72
4.5 Avaliação na intenção de permanecer cliente do banco
Os resultados da questão que perguntava se os entrevistados tinham a intenção de
permanecer cliente do atual banco em que possuíam conta universitária, após a
conclusão do curso superior, são apresentados na tabela 20.
A tabela 20 referente ao interesse dos entrevistados em permanecer como cliente do
atual banco em que possuem conta universitária, após a conclusão do curso
superior.
Tabela 20 Intenção de permanecer cliente do atual banco
Nota Freqüência %
Discordo totalmente 4 1,83
Discordo em parte 17 7,80
Não concordo nem discordo 67 30,73
Concordo em parte 85 38,99
Concordo totalmente 45 20,64
Total
218 100,00
Fonte - Dados da pesquisa.
Analisando a intenção dos clientes universitários em permanecerem clientes do atual
banco em que possuem conta, percebe-se que aproximadamente 31% são
indiferentes, já 38,99% concordam em parte e 20,64% concordam totalmente em
permanecerem clientes do atual banco em que têm conta. Em outras palavras, cerca
de 60% concordam em parte ou concordam totalmente.
Se somados os indiferentes ao grupo propenso a permanecerem clientes, chega-se
a mais de 90% dos respondentes, revelando baixa rejeição, o que pode estar
indicando condições favoráveis para a fidelização do cliente por meio da conta
universitária.
73
2222
)()()()(
))((
yynxxn
yxxyn
r
Após a concluo do curso superior, tenho intenção em
permanecer cliente do atual banco em que possuo
contauniversitária
Concordo
Totalmente
21%
Discordo
Totalmente
2%
Discordo em parte
8%
Não concordo
nem discordo
31%
Concordo em
parte
38%
Gráfico 4 Intenção de permanecer cliente do atual banco
Fonte - Dados da pesquisa.
4.6. Análise de correlação
A análise de correlação refere-se à nota geral e intenção de permanecerem clientes
do banco após a conclusão do curso
A análise de correlação revela se há algum relacionamento entre duas variáveis
(perguntas). É por meio do coeficiente de correlação que se mede o grau da
correlação.
O coeficiente de correlação linear r mede o grau de relação linear entre os valores
emparelhados X e Y em uma amostra.
O valor de r está sempre entre -1 e 1. Isto é:
-1 r 1
Figura 7 Coeficiente de correlação linear
Dessa maneira a fórmula para encontrar o coeficiente é a seguinte vista na figura 8:
Figura 8 Fórmula do coeficiente de correlação
74
Quanto mais próximo dos extremos, mais forte é a correlação. Quanto mais próxima
de 0 (zero), mais fraca é a correlação. Uma correlação igual a 0 (zero) é nula. O
sinal positivo indica que as variáveis são diretamente proporcionais. Já o sinal
negativo significa que as variáveis são inversamente proporcionais. A correlação
somente é significativa, caso seu valor-p seja menor ou igual a 1%, o nível de
significância estabelecido.
A tabela 21 representa o resultado da correlação da variável intenção de
permanecerem cliente no banco após a conclusão do curso com a variável nota
geral com relação aos serviços bancários. Com o resultado de 0,4154, o valor
encontrado é significativo, mas corresponde a uma correlação mediana.
Tabela 21 Correlação das variáveis.
Nota que expressa o grau de satisfação geral com
a qualidade dos serviços do banco em que possui
conta universitária
Correlação de Pearson 0,4154
valor-p 0,000
N 200
Após a conclusão do curso superior,
tenho intenção em permanecer cliente do
atual banco em que possuo conta
universit
ária
Nível de significância 1%
Fonte - Dados da pesquisa.
75
4.7 Análise individual das questões de cada dimensão do instrumento servqual
Na tabela 22, observou-se o desempenho de cada uma das 22 questões que
compõem o instrumento servqual, distribuído nas cinco dimensões da qualidade
(tangiblidade, confiabilidade, presteza, segurança e empatia) para os clientes
universitários entrevistados. Assim, foi possível realizar uma análise das questões no
universo de cada dimensão.
Na primeira coluna, estão descritas e enumeradas as variáveis, na mesma ordem
em que aparecem no questionário. A segunda, terceira, quarta e quinta colunas são
compostas respectivamente por media, mediana, desvio- padrão e variância.
76
Tabela 22 Descrição das 22 questões do instrumento Servqual
Variável Média Mediana
Desvio
padrão
Variância
V1 - O banco em que possuo conta universitária tem instalações e equipamentos modernos. 3,39 3,00 0,99 0,98
V2 - O banco em que possuo conta universitária tem visual agradável. 3,65 4,00 0,84 0,71
V3 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária têm boa apresentação pessoal. 3,66 4,00 0,82 0,67
V4 - Os materiais promocionais (folhetos, cartazes, etc.) do banco em que possuo conta universitária são
visualmente agradáveis. 3,67 4,00 0,89 0,79
V5 - O banco em que possuo conta universitária cumpre o que promete. 3,50 3,00 0,90 0,81
V6 - O banco em que possuo conta universitária demonstra sincero interesse em resolver qualquer problema
que surge 3,49 4,00 1,01 1,02
V7 - No banco em que possuo conta universitária, as coisas são feitas corretamente da primeira vez. 3,43 3,00 0,95 0,90
V8 - O banco em que possuo conta universitária cumpre rigorosamente o prazo de entrega do serviço. 3,55 4,00 0,89 0,79
V9 - O banco em que possuo conta universitária mantém corretos e atualizados os dados dos seus clientes. 3,63 4,00 0,96 0,92
V10 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária mantêm o cliente informado sobre datas e
prazos de entrega dos serviços. 3,39 3,00 0,98 0,96
V11 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária atendem prontamente. 3,46 4,00 0,99 0,98
V12 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária demonstram boa vontade em atender os
clientes.
3,52 4,00 0,97 0,94
V13 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária mostram-se disponíveis para atender às
solicitações dos clientes. 3,50 4,00 0,97 0,94
V14 - O comportamento dos funcionários do banco em que possuo conta universitária gera confiança nos
clientes. 3,55 4,00 0,84 0,71
V15 - Como cliente, sinto-me seguro(a) ao me relacionar com o banco em que possuo conta universitária. 3,61 4,00 0,83 0,69
V16 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária são educados e corteses com os clientes. 3,68 4,00 0,81 0,66
V17 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária têm competência para responder às
perguntas dos clientes. 3,58 4,00 0,85 0,72
V18 - O banco em que possuo conta universitária dá aos clientes atenção individual 3,26 3,00 0,98 0,96
V19 - O horário de funcionamento do banco em que possuo conta universitária é conveniente para os clientes. 3,29 3,00 0,96 0,92
V20 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária dão aos clientes um atendimento
personalizado.
3,24 3,00 0,92 0,85
V21 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária demonstram real interesse pelos clientes. 3,41 3,00 0,84 0,71
V22 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária entendem as necessidades especificas dos
seus clientes. 3,40 3,00 0,83 0,69
Fonte - Dados da pesquisa.
77
Após análise da tabela 22, verificou-se que os maiores valores relacionadas ao
desvio- padrão e variância estão associados às seguintes variáveis:
V1 - O banco em que possuo conta universitária tem instalações e equipamentos
modernos;
V6 - O banco em que possuo conta universitária demonstra sincero interesse em
resolver qualquer problema que surge;
V10 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária mantêm o cliente
informado sobre datas e prazos de entrega dos serviços;
V11 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária atendem
prontamente;
V18 - O banco em que possuo conta universitária dá aos clientes atenção individual.
A tabela 23, apresenta as variáveis que obtiveram as menores notas atribuída pelos
clientes universitários, 1 (muito pior que esperado) e 2 (pior que o esperado).
A análise foi feita a partir dos percentuais e das freqüências com que os clientes
assinalaram as notas, ou seja, percentuais e freqüências que indicam os aspectos
em relação aos quais os clientes (respondentes) percebem os serviços conta
universitária com a qualidade abaixo de suas expectativas.
78
Tabela 23 Variáveis que obtiveram notas mínimas
Muito pior que
o esperado
Pior que o
esperado
Afirmativas que definem o sentimento
em relação ao seu banco
Freq % Freq %
média
O banco em que possuo conta universitária
tem instala
ções e equipamentos modernos
8 3,62 30 13,57 3,39
O banco em que possuo conta universitária
demonstra sincero interesse em resolver qualquer
problema que surge
10 4,59 20 9,17 3,49
No banco em que possuo conta universitária, as
coisas são feitas corretamente da primeira vez
3 1,38 30 13,76 3,43
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária mantêm o cliente informado sobre datas
e prazos de entrega dos serviços
5 2,27 35 15,91 3,39
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária atendem prontamente
6 2,74 30 13,70 3,46
O banco em que possuo conta universitária
d
á aos clientes atenção individual
8 3,69 37 17,05 3,26
O horário de funcionamento do banco em que possuo
conta universitária é conveniente para os clientes
11 5,02 22 10,05 3,29
Os funcionários do banco em que possuo conta
universit
ária dão aos clientes um atendimento
personalizado
7 3,20 36 16,44 3,24
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária demonstram real interesse pelos clientes
2 0,91 23 10,45 3,41
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária entendem as necessidades especificas
dos seus clientes
1 0,45 27 12,22 3,40
Fonte - Dados da pesquisa.
A tabela 24, associa cada variável que obteve nota mínima a dimensão que pertence
na escala servqual.
79
Tabela 24 Variáveis que obtiveram notas mínimas e suas dimensões
Nota Freqüência %
O banco em que possuo conta universitária
tem instala
ções e equipamentos modernos.
Tangibilidade 3,39
O banco em que possuo conta universitária demonstra
sincero interesse em resolver qualquer problema que surge
confiabilidade 3,49
No banco em que possuo conta universitária, as coisas são
feitas corretamente da primeira vez.
confiabilidade 3,43
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
mantêm o cliente informado sobre datas e prazos de entrega
dos serviços.
Capacidade de
resposta
3,39
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
atendem prontamente.
Capacidade de
resposta
3,46
O banco em que possuo conta universitária
d
á aos clientes atenção individual
Empatia 3,26
O horário de funcionamento do banco em que possuo conta
universitária é conveniente para os clientes.
Empatia 3,29
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
dão aos clientes um atendimento personalizado.
Empatia 3,24
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
demonstram real interesse pelos clientes.
Empatia 3,41
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
entendem as necessidades especificas dos seus clientes
Empatia 3,40
Fonte - Dados da pesquisa.
Nas tabelas 25 e 26, s
ão apresentados os percentuais e freqüências com que os
clientes assinalaram as notas mais baixas 1 para muito pior que o esperado e 2
para pior que o esperado ou seja, os percentuais e freqüências com que os
80
respondentes indicaram que percebem os serviços conta universitária com a
qualidade abaixo de suas expectativas.
Tabela 25
Variáveis que obtiveram nota mínima 1
Muito pior que
o esperado
(nota 1)
Afirmativas que definem o sentimento
em relação ao seu banco
Freq %
dimensões
O banco em que possuo conta universitária tem
instalações e equipamentos modernos
8 3,62 Tangibilidade
O banco em que possuo conta universitária demonstra
sincero interesse em resolver qualquer problema que
surge
10 4,59 confiabilidade
No banco em que possuo conta universitária, as coisas
são feitas corretamente da primeira vez.
3 1,38 confiabilidade
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária mantêm o cliente informado sobre datas e
prazos de entrega dos serviços
5 2,27
Capacidade
de resposta
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária atendem prontamente
6 2,74
Capacidade
de resposta
O banco em que possuo conta universitária
d
á aos clientes atenção individual
8 3,69 Empatia
O horário de funcionamento do banco em que possuo
conta universitária é conveniente para os clientes
11 5,02 Empatia
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária dão aos clientes um atendimento
personalizado
7 3,20 Empatia
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária demonstram real interesse pelos clientes
2 0,91 Empatia
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária entendem as necessidades especificas dos
seus clientes
1 0,45 Empatia
Fonte - Dados da pesquisa.
81
Tabela 26 Variáveis que obtiveram nota 2
Muito pior que
o esperado
(nota 2)
Afirmativas que definem o sentimento
em relação ao seu banco
Freq %
dimensões
O banco em que possuo conta universitária
tem instala
ções e equipamentos modernos
30 13,57
Tangibilidade
O banco em que possuo conta universitária demonstra
sincero interesse em resolver qualquer problema que
surge
20 9,17
confiabilidade
No banco em que possuo conta universitária, as coisas
são feitas corretamente da primeira vez.
30 13,76
confiabilidade
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária mantêm o cliente informado sobre datas e
prazos de entrega dos serviços
35 15,91
Capacidade
de resposta
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária atendem prontamente
30 13,70
Capacidade
de resposta
O banco em que possuo conta universitária
d
á aos clientes atenção individual
37 17,05
Empatia
O horário de funcionamento do banco em qu
e possuo
conta universitária é conveniente para os clientes
22 10,05
Empatia
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária dão aos clientes um atendimento
personalizado
36 16,44
Empatia
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária demonstram real interesse pelos clientes
23 10,45
Empatia
Os funcionários do banco em que possuo conta
universitária entendem as necessidades especificas dos
seus clientes
27 12,22
Empatia
Fonte - Dados da pesquisa.
Após análise das tabelas. 24 e 25 e tabela 26 encontra-se o resultado da tabela. 27,
em que a ordem das variáveis corresponde à posição crítica de cada variável que
obteve nota mínima em relação às freqüências e percentuais.
82
Tabela 27 Escalonamento das 22 variáveis
Total da nota 1 e 2
variáveis
dimensões Feq %
V18 - O banco em que possuo conta universitária dá aos clientes atenção individual Empatia 45 20,79
V20 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária dão aos clientes um atendimento
personalizado.
Empatia 43 19,64
V10 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária mantêm o cliente informado sobre datas e
prazos de entrega dos serviços.
Capacidade
de resposta
40 18,18
V1 - O banco em que possuo conta universitária tem instalações e equipamentos modernos. Tangibilidade 38 19,19
V11 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária atendem prontamente. Capacidade
de resposta
36 16,44
V13 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária mostram-se disponíveis para atender às
solicitações dos clientes.
Capacidade
de resposta
32 15,22
V7 - No banco em que possuo conta universitária, as coisas são feitas corretamente da primeira vez. Confiabilidade
33 15,14
V19 - O horário de funcionamento do banco em que possuo conta universitária é conveniente para os clientes. Empatia 33 15,07
V6 - O banco em que possuo conta universitária demonstra sincero interesse em resolver qualquer problema que
surge
Confiabilidade
30 13,76
V22 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária entendem as necessidades especificas dos
seus clientes.
Empatia 28 13,37
V12 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária demonstram boa vontade em atender os
clientes.
Capacidade
de resposta
27 12,45
V21 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária demonstram real interesse pelos clientes. Empatia 25 11,36
V8 - O banco em que possuo conta universitária cumpre rigorosamente o prazo de entrega do serviço. Confiabilidade
23 10,51
V5 - O banco em que possuo conta universitária cumpre o que promete. Confiabilidade
22 10,05
V9 - O banco em que possuo conta universitária mantém corretos e atualizados os dados dos seus clientes. Confiabilidade
21 9,63
V14 - O comportamento dos funcionários do banco em que possuo conta universitária gera confiança nos
clientes.
Segurança 20 9,13
V17 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária têm competência para responder às
perguntas dos clientes.
Segurança 18 8,15
V2 - O banco em que possuo conta universitária tem visual agradável. Tangibilidade 18 7,84
V4 - Os materiais promocionais (folhetos, cartazes, etc.) do banco em que possuo conta universitária são
visualmente agradáveis.
Tangibilidade 17 7,79
V15 - Como cliente, sinto-me seguro(a) ao me relacionar com o banco em que possuo conta universitária.
Seguran
ça 15 6,78
V3 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária têm boa apresentação pessoal.
Tangibilidade 12 5,48
V16 - Os funcionários do banco em que possuo conta universitária são educados e corteses com os clientes. Segurança 10 4,52
Fonte - Dados da pesquisa.
83
Na tabela 27, é apresentada a ordem das variáveis correspondente à posição crítica
em relação à freqüência e percentuais. Após análise dos dados, podem-se fazer as
seguintes colocações:
1º as variáveis relacionadas às dimensões segurança, tangibilidade e confiança são
as que melhor performance apresentaram, ocupando as últimas posições, em
relação a tabela 27.
2º as variáveis mais criticas, relacionadas às dimensões empatia e capacidade de
resposta, apresentam pior performance.
Para Zeithamal et al (1990), todas as dimensões são importantes, mas confiabilidade
e capacidade de resposta são consideradas pelos clientes como as mais
importantes das dimensões, independentemente do ramo ou tipo de serviço
pesquisado.
84
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A qualidade percebida pelo cliente universitário em relação aos serviços bancários
foi o tema escolhido, tendo como objetivo geral avaliar a qualidade percebida pelos
clientes universitários em relação aos serviços bancários a eles especificamente
destinados no contexto das cinco dimensões da qualidade de serviço. O modelo
conceitual da qualidade em serviço Escala Servqual foi utilizado com instrumento
de coleta de dados.
Foi empregado como referencia a escala servqual. O presente estudo concluiu que a
qualidade percebida pelos estudantes universitários, que possuíam o serviço conta
universitária, apresentam algumas características dignas de nota.
Em relação ao grau de satisfação geral do estudante universitário com a qualidade
do serviço a ele oferecido, 82,55% dos clientes universitários deram notas entre 6 e
10, mostrando que os cliente estão satisfeitos com os serviços oferecidos.
Quando avaliada a qualidade percebida pelos clientes universitários com os serviços
bancários, considerando as cinco dimensões de qualidade em serviços:
tangibilidade, confiabilidade, capacidade de resposta, segurança e empatia,
obtiveram-se os seguintes resultados, com base nos dados das tabelas 12,13,14,15
e 16.
Em relação à dimensão tangibilidade, que engloba, a aparência física, os
equipamentos, os funcionários e os materiais de comunicação, foi percebida pelos
clientes universitários no intervalo entre igual ao esperado e melhor que o
esperado, tendo uma média geral de 3,59.
Os clientes universitários consideram a capacidade de prestar o serviço prometido
de modo confiável e com precisão (confiabilidade) igual ao esperado e melhor
que o esperado, tendo uma média geral de 3,52.
A dimensão capacidade de resposta, disposição para proporcionar um pronto
atendimento, teve uma média geral de 3,47 em que os clientes perceberam que esta
85
dimensão está situada no intervalo de igual ao esperado e melhor que o
esperado.
A dimensão segurança, que envolve o conhecimento dos funcionários, se os mesmo
são habilidosos, confiáveis e se transmitem segurança, foi percebida pelos clientes
universitários no intervalo entre igual ao esperado e melhor que o esperado,
tendo uma média geral de 3,61.
Os clientes universitários consideram a empatia, atenção e carinho disponibilizado
aos clientes, igual ao esperado e melhor que o esperado, tendo uma média geral
de 3,52.
Com base nos dados apurados na pesquisa, os pontos apontados pelos clientes
universitários como piores em relação à qualidade do serviço prestados a eles são a
capacidade de resposta e empatia.
Quanto à intenção dos estudantes universitários em permanecerem como clientes
do banco em que possui conta, após a conclusão de curso chegou-se aos seguintes
resultados. Aproximadamente 31% são indiferentes, 38,99% concordam em parte e
20,64% concordam em permanecerem clientes do atual banco após a conclusão do
curso. Pode se observar que, quando somados os valores dos que são
indiferentes mais os que concordam em parte com os que concordam totalmente,
obtém um resultado de mais de 90% dos respondentes, revelando uma baixa
rejeição dos clientes, o que pode estar indicando condições favoráveis para a
fidelização do cliente por meio da conta universitária, o que seria o maior objetivo
dos bancos com esse serviço/produto.
86
5.1 Limitações da pesquisa e recomendação
A amostra utilizada foi um outro fator limitador do estudo já que esta se deu de forma
intencional em razão da limitação de tempo e recursos possíveis para serem
empregados na pesquisa. Assim, o resultado encontrado nesta pesquisa não pode
ser utilizado como único parâmetro para decisão das instituições financeiras.
Outro limitador da pesquisa foi a dificuldade de conseguir dados e informações a
respeito do serviço conta universitária. Todas as instituições financeiras contatadas
informaram que não poderiam passar informações a respeito da conta universitária
por se tratar de dados confidenciais.
Analisando as informações contidas nas tabelas e nos gráficos do trabalho, as
instituições financeiras podem priorizar suas estratégias de marketing para
contemplar a resolução das carências apontadas pelos clientes universitários nas
variáveis descritas dando destaque às duas dimensões, empatia e capacidade de
resposta, que obtiveram pior resultado.
Como sugestão para futuros trabalhos seria a aplicação do questionário para uma
amostra maior, probabilística, a fim de alcançar resultados que possam ser
generalizados para toda a população.
Outra sugestão seria um estudo para verificar a satisfação do cliente universitário
com os produtos e serviços a eles especificamente destinados.
Por fim, sugere-se a realização de estudos qualitativos e quantitativos sobre o
comportamento do consumidor, o cliente universitário onde novas percepções
poderiam ser apontadas.
87
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administração, v. 8, n. 15, jan,/jun 2006.
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88
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89
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90
ZEITHAML, V.A; PARASURAMAN,A; BERRY. L.L. Delivering qality service
balancing customer perception and expectations. New York: The Free Press,1990.
91
APÊNDICE
Questionário aplicado aos estudantes universitários
Esta pesquisa tem como objetivo verificar a percepção do cliente em relação à
qualidade do serviço bancário conta universitária. Se você o possui conta
universitária, pedimos que devolva o questionário em branco. Em caso afirmativo,
por favor, contribua com a pesquisa respondendo o questionário. Não há respostas
certas ou erradas. O que importa é que você assinale a opção que melhor
representa a sua opinião. Não deixe respostas em branco.
Para cada afirmativa, pedimos a gentileza de assinalar com um X a opção que
melhor define o seu sentimento em relação ao seu banco e ao serviço conta
universitária. A pesquisa busca avaliar em que medida o seu banco, com o serviço
conta universitária, consegue atender as suas expectativas nos vários aspectos
considerados.
A escala, de 5 pontos, tem a seguinte correspondência:
1 = Muito pior que o esperado
2 = Pior que o esperado
3 = Igual ao esperado
4 = Melhor que o esperado
5 = Muito melhor que o esperado
92
continua
Muito pior
que o
esperado
Muito melhor
que o
esperado
Questões
1
O banco em que possuo conta universitária tem instalações e
equipamentos modernos.
1 2 3 4 5
2
O banco em que possuo conta universitária tem visual
agradável.
1 2 3 4 5
3
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
têm boa apresentação pessoal.
1 2 3 4 5
4.
Os materiais promocionais (folhetos, cartazes, etc.) do banco
em que possuo conta universitária são visualmente agradáveis
1 2 3 4 5
5
O banco em que possuo conta universitária cumpre o que
promete
1 2 3 4 5
6
O banco em que possuo conta universitária demonstra sincero
interesse em resolver qualquer problema que surge
1 2 3 4 5
7
No banco em que possuo conta universitária, as coisas são
feitas corretamente da primeira vez.
1 2 3 4 5
8
O banco em que possuo conta universitária cumpre
rigorosamente o prazo de entrega do serviço
1 2 3 4 5
9
O banco em que possuo conta universitária mantém corretos e
atualizados os dados dos seus clientes.
1 2 3 4 5
10
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
mantêm o cliente informado sobre datas e prazos de entrega
dos serviços.
1 2 3 4 5
11
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
atendem prontamente
1 2 3 4 5
12
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
demonstram boa vontade em atender os clientes
1 2 3 4 5
13
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
mostram-se disponíveis para atender às solicitações dos
clientes
1 2 3 4 5
14
O comportamento dos funcionários do banco em que possuo
conta universitária gera confiança nos clientes
1 2 3 4 5
15
Como cliente, sinto-me seguro(a) ao me relacionar com o banco
em que possuo conta universitária
1 2 3 4 5
16
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
são educados e corteses com os clientes.
1 2 3 4 5
17
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
têm competência para responder às perguntas dos clientes
1 2 3 4 5
18
O banco em que possuo conta universitária dá aos clientes
atenção individual.
1 2 3 4 5
19
O horário de funcionamento do banco em que possuo conta
universitária é conveniente para os clientes.
1
2 3 4 5
20
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
dão aos clientes um atendimento personalizado
1 2 3 4 5
21
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
demonstram real interesse pelos clientes.
1 2 3 4 5
22
Os funcionários do banco em que possuo conta universitária
entendem as necessidades especificas dos seus clientes.
1 2 3 4 5
23
. De 0 a 10, que nota você daria para expressar o seu grau de satisfação
geral com a qualidade dos serviços do banco em que possui conta
universitária?
Nota geral
____________
93
DADOS PESSOAIS
24 Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
Até 20 anos
21 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
25. Faixa
etária
Acima de 60 anos
Caixa Econômica Federal
Banco do Brasil
Banco Bradesco
Banco Itaú
Unibanco
26. Banco em que possui conta
universitária
Banco Real
Banco Santander
Banco HSBC
Banco Nossa Caixa
Outro especificar: _______________
27 Por que você optou pelo serviço/produto conta universitária?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
28
O que levou você a escolher o banco em que possui conta universitária?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
29 Em uma escala de 1 a 5 pontos, onde, 1 = discordo totalmente, 2 = discordo em
parte , 3 = não concordo e nem discordo, 4 = concordo em parte e 5 = concordo
totalmente , assinale o seu grau de concordância com a seguinte afirmativa:
94
Discordo
totalmente
Concordo
totalmente
Questões
1
Após a conclusão do curso superior, tenho intenção em
permanecer cliente do atual banco em que possuo conta
universitária.
1 2 3 4 5
Agradecemos a sua valiosa contribui
ção para o desenvolvimento desta pesquisa.
Atenciosamente,
D
ébora Roberta Alves Ferreira Sousa
Mestranda em Administra
ção pela Faculdade Novos Horizontes Belo Horizonte Minas
Gerais.
95
ANEXO A
Relação dos 50 maiores bancos do País em junho de 2007
continua
CLASSIFICAÇÃO POR ATIVOS TOTAIS EM JUNHO DE 2007
Saldos em r$ mihões
Ranking Instituição financeira Ativos
1 BANCO DO BRASIL 332.967.570
2 ITAU 248.014.250
3 CAIXA ECONOMIA FEDERAL 237.518.141
4 BRADESCO 236.768.552
5 ABN AMRO (banco Real) 152.715.311
6 UNIBANCO 126.230.025
7 SANTANDER BANESPA 118.072.974
8 SAFRA 71.790.490
9 HSBC 67.999.047
10 VOTORANTIM 60.049.954
11 NOSSA CAIXA 44.951.757
12 CITIBANK 45.397.930
13 UBS PACTUAL 33.032.322
14 BANRISUL 17.253.210
15 BBM 16.653.608
16 BNP PARIBAS 16.596.356
17 CREDIT SUISSE 14.813.213
18 BNB 12.878.742
19 ALFA 11.832.481
20 JP MORGAN CHASE 10.527.624
21 ING 10.312.530
22 DEUTSCHE 9.346.946
23 FIBRA 12.151.494
24 BIC 8.864.191
96
25 BASA 5.679.073
26 BANESTES 6.601.539
27 BMG 5.348.372
28 BESC 5.053.838
29 RABOBANK 4.784.372
30 MERCANTIL DO BRASIL 5.972.525
31 IBIBANK 4.456.337
32 SS 4.525.416
33 DAYCOVAL 5.087.858
34 SOFISA 4.118.463
35 BRB 4.097.703
36 PINE 4.091.305
37 ABC-BRASIL 4.032.436
38 BANCOOB 4.044.568
39 CLASSICO 3.402.034
40 WESTLB 3.180.949
41 BANSICREDI 5.508.324
42 CRUZEIRO DO SUL 3.044.381
43 MORGAN STANLEY 3.264.929
44 BMC 2.317.508
45 BGN 2.277.798
46 DBB BM 2.146.205
47 BANIF 1.934.541
48 INDUSTRIAL DO BRASIL 2.037.506
49 RURAL 1.754.530
50 SCHAHIN 1.942.702
Fonte - BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2007
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