_______________________________________________________________Anexo de publicação
RELAÇÃO ENTRE A DEFORMIDADE DO ARCABOUÇO
ÓSSEO ORBITÁRIO E ALTERAÇÃO OCULOMOTORA
NAS FRATURAS ORBITÁRIAS
Autores: Gustavo Cavalcanti Dutra Eichenberger; Harley Edison Amaral Bicas
Unitermos: Fraturas orbitárias, diplopia, tela de Hess, tomografia computadorizada
RESUMO
Foram analisados o equilíbrio oculomotor e o grau de deformidade orbitária de
24 pacientes (19 pacientes do sexo masculino) com fraturas unilaterais do terço médio
da face com acometimento orbitário. As idades variaram de 18 a 52 anos com média
de 33 e mediana de 30,5 anos. Os critérios de inclusão foram: fraturas envolvendo o
arcabouço ósseo orbitário, diagnosticadas clinicamente e/ou por exames de imagem
(tomografia computadorizada), unilateralidade, acuidade visual preservada, com ou
sem queixas de visão dupla, e capacidade cognitiva mantida para a realização da tela
de Hess. Foram excluídos: fraturas bilaterais, pacientes sem capacidade cognitiva
para a realização dos exames e com baixa de acuidade visual (< 0,6). O tempo desde
o trauma até a avaliação do paciente variou de 15 a 300 dias, com uma média de 78,8
dias. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação oftalmológica completa e
incluídos em um protocolo com: nome completo, idade, sexo, queixa principal,
acuidade visual (teste de Snellen), lado fraturado, tempo do trauma em dias, causa do
trauma (veículo automotor, acidente de trabalho, esporte, violência, acidente
doméstico e outros), tipo de fratura seguindo a classificação de Jackson. Todos os
pacientes foram submetidos à exame de imagem orbitária por tomografia
computadorizada com cortes contíguos finos coronais de 2mm e 3mm. Apenas um
paciente o corte foi de 5mm. Para cada uma das 48 órbitas da amostra (24 fraturadas
e 24 normais), as áreas orbitárias foram medidas nos cortes coronais utilizando-se um
software de processamento de imagens em formato DICOM que permite vários tipos
de medidas e otimização das imagens (DicomWorks versão 1.3.5). As medidas foram
realizadas no sentido ântero-posterior a partir do rebordo lateral até o ápice orbitário.
Os resultados mostram que pelo menos 5 tipos de deformidade orbitária puderam ser
distinguidos: expansão global, aumento predominantemente anterior, expansão
posterior, expansão anterior e diminuição posterior e diminuição global. As alterações
oculomotoras foram quantificadas por meio do estabelecimento de um índice expresso
pela relação entre as áreas da tela Hess (olho normal/olho não acometido). Os índices
variaram de 1 (normalidade) a 10 (grande alteração oculomotora). Os piores índices
foram verificados no tipo 1 de deformidade (expansão global).