Download PDF
ads:
Contribui¸co˜es ao Estudo dos Estados T´ermicos da
Corda Bosˆonica no Formalismo de Dinˆamica de
Campos T´ermicos
Edison Luiz da Gra¸ca
March 8, 2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Tese de Doutorado
Contribui¸co˜es ao Estudo dos Estados T´ermicos da
Corda Bosˆonica no Formalismo de Dinˆamica de
Campos ermicos
Edison Luiz da Gra¸ca
Centro Brasileiro de Pesquisas F´ısicas
Janeiro de 2007
ads:
Resumo
Determinamos a entropia local e a energia livre para cordas ermicas bosˆonicas
abertas quantizadas no espa¸co-tempo Minkowski, com as mais gerais condi¸oes de
contorno. Formulamos uma teoria a temperatura finita para as excita¸oes ermicas
da corda bosˆonica fechada no espa¸co-tempo anti-de Sitter, com abordagem da DCT.
Escrevemos os e stados e obtemos a entropia e a energia livre, com uma teoria per-
turbativa semicl´assica quantizada at´e primeira ordem, no referencial de centro de
massa.
Palavras chave: Teoria de Cordas e Temperatura Finita.
´
Area de conhecimento: Teoria Quˆantica de Campos.
Abstract
We determine the local entropy of the free energy of the quantized open bosonic
string in M inkowski spacetime with the most general boundary conditions. We for-
mulate a finite temperature theory of the thermal closed string excitations in anti-de
Sitter spacetime within the TFD approach. We write down the thermal states and
obtain the entropy and the free energy in the first order expansion of the semiclas-
sical quantization in the center of mass reference frame.
Agradecimentos
Ao professor Ion Vasile Vancea, meu orientador, pelo coragem e perseveran¸ca
que demonstrou nas horas dif´ıceis e que atraes de uma convivˆencia di´aria possibi-
litou escrever esta tese. Ao professor Sebasti˜ao Alves Dias, meu co-orientador, pela
amizade e apoio. Ao professor Jos´e Abdalla Helael-Neto pelas excelentes aulas e
semin´arios e pela sua amizade sincera. Ao professor An´ıbal Caride que nos recebeu
no CBPF. A Patricia Vancea pelo acolhimento e carinho. A todos os conhecidos do
CBPF, todos mesmo, que sempre am´aveis, foram sol´ıcitos `as nossas necessidades.
´
Indice
1 Introdu¸ao 6
2 Corda Bosˆonica 10
2.1 Corda Bosˆonica Cl´assica no Espa¸co - Tempo de Minkowski . . . . . . 10
2.2 Quantiza¸ao da Corda Bosˆonica no Cone de Luz . . . . . . . . . . . . 16
2.3 Espa¸co-Tempo AdS com D = 2 + 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.4 Corda Bosˆonica Cl´assica no Espa¸co-Tempo AdS . . . . . . . . . . . . 24
2.5 Quantiza¸ao da Corda Bosˆonica no Espa¸co-Tempo AdS . . . . . . . . 26
3 Dinˆamica de Campos T´ermicos 29
3.1 Postulado Fundamental da DCT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.2 DCT no Formalismo Canˆonico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.3 Formalismo para Campos Livres e a Entropia . . . . . . . . . . . . . 33
3.4 Axiomas da DCT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4 Estados da Corda Bosˆonica T´ermica no Formalismo DCT 39
4.1 Estados da Corda Aberta ermica no Espa¸co-Tempo de Minkowski . 39
4.2 Estados da Corda Bosˆonica T´ermica no Espa¸co AdS . . . . . . . . . . 45
4.3 acuo T´ermico no Espa¸co de Hilbert Total . . . . . . . . . . . . . . . 53
5 Conclus˜oes 55
Referˆencias 57
5
Cap´ıtulo 1
Introdu¸ao
Os experimentos dispon´ıveis atualmente ao atingem a escala de energia necess´aria
para testar a teoria de cordas, entretanto o interesse na teoria de cordas se deve a
possibilidade de que a teoria ´e uma forte candidata a unificar as for¸c as existentes
na natureza. O estudo do espectro de cordas bosˆonicas, mostra que dependendo dos
modos no qual a corda vibra, surgem part´ıculas que podem ser associadas a otons
e aos gr´avitons, levando a pensar que a teoria ´e capaz de acomodar uma teoria
quˆantica da gravidade.
Recentemente, a interesse na formula¸ao das cordas e D-branas `a temperatura
finita por arias raz˜oes. A rela¸ao entre as cordas e a teoria de campos `a temperatura
finita representa por si mesma, um interessante problema que pode nos ajudar a me-
lhor entender as propriedades f´ısicas das cordas e D-branas. Algum progresso nesta
dire¸ao pode ser feito no limite de baixas energias da teoria de cordas, onde as D-
branas ao solu¸oes solitˆonicas da (super)gravidade. Neste limite, a termodinˆamica
das cordas e D-branas tem sido formulada utilizando as integrais de trajet´oria de
teoria de campos `a temperatura finita [1]-[9]. De outro lado podemos querer entender
as propriedades estat´ısticas de alguns sistemas que podem ser descritos em termos
de cordas, D-branas e anti-D-branas, como, por exemplo, o extremo, quasi-extremo
e buracos negros de Schwarzschild.
No outro bem conhecido limite da teoria de cordas, o limite perturbativo, as in-
6
CAP
´
ITULO 1. INTRODUC¸
˜
AO 7
forma¸oes geom´etricas relativas as D-branas ao perdidas. Neste caso, as D-branas
ao apropriadamente descritas por uma sup erposi¸ao de estados coerentes no espa¸co
de Fock do setor de cordas fechadas [10]-[16] que devem satisfazer um conjunto de
condi¸oes de contorno de Dirichlet e Neummann a serem impostas nos pontos termi-
nais da corda aberta. A interpreta¸ao intuitiva das D-branas como estados coerentes
de contorno ´e mantida a temperatura finita se a abordagem DCT ´e aplicada. A
raz˜ao para isso ´e que a dependˆencia t´ermica ´e implementada atrav´es dos operadores
t´ermicos que preservam a forma das rela¸oes a temperatura zero. Trabalhando com
a DCT em vez do formalismo de integrais de trajet´oria a tempo real temos uma
formula¸ao conveniente do problema, ´e conhecido que ambos formalismos ao equi-
valentes no equil´ıbrio t´ermico.
A DCT foi usada para discutir um as ideal de cordas, construir uma teoria de
campos de cordas bosˆonicas abertas a temperatura finita e provar sua renormaliz-
abilidade [17]-[22]. Estes estudos foram motivados pela necessidade de entender a
cosmologia de cordas e conjuntos de cordas em geral. Todavia quando aplicamos a
DCT para as cordas e D-branas, devemos tomar algumas precau¸oes [23]-[35]. As
D-branas ao definidas como estados no espa¸co de Fock das cordas em primeira
quantiza¸ao. A teoria de campos conformes que baseia a constru¸ao descreve o
acuo bosˆonico da teoria de cordas. Considerando temperatura finita, interpretamos
a corda t´ermica como um modelo para as excita¸oes ermicas do acuo bosˆonico
na teoria de cordas. Al´em disso, a DCT ´e aplicada na teoria conforme em duas
dimens˜oes. Assim, as D-branas podem ser interpretadas como estados ermicos co-
erentes de contorno no espa¸co de Fock das excita¸oes ermicas [27]-[35] .Uma outra
nota ´e que a entropia das cordas e D-branas ´e definida com o valor esperado do
operador entropia no estado de acuo t´ermico da corda. At´e o presente ao ´e co-
nhecida uma teoria na qual as D-branas ao escritas por estados do tipo acuo ou
estados criados a partir do acuo. Assim, para calcularmos a entropia dos estados
de D-branas temos que calcular o valor esperado do operador entropia da corda
bosˆonica nos estados de contorno.
CAP
´
ITULO 1. INTRODUC¸
˜
AO 8
Usando a motivao acima apresentada vamos construir os estados t´ermicos da
corda bosˆonica e desenvolver um alculo para a entropia tanto para cordas aber-
tas no espa¸co-tempo de Minkowski quanto para cordas fechadas no espa¸co-tempo
anti-de Sitter (AdS). A corda bosˆonica no AdS representa o primeiro exemplo de
quantiza¸ao exata da teoria de cordas no espa¸co-tempo com curvatura. A diferen¸ca
entre a dinˆamica da corda nos espa¸cos de Minkowski e AdS ´e que em geral AdS ao ´e
uma solu¸ao das equa¸oes de fun¸oes-β para o modelo-σ de corda. Portanto a uma
grande classe de configura¸oes de campos no AdS conformais e ao-conformais nas
quais as propriedades f´ısicas das cordas quˆanticas ao dif´ıceis de estudar. Os fundos
que ao invariantes conformais ao necess´arios para definir a consistˆencia da teoria
quˆantica de corda. Todavia muitos fundos interessantes do ponto de vista f´ısico ao
satisfazem este requisito. Um etodo para analisar a dinˆamica de cordas bosˆonicas
no espa¸co-tempo com etrica arbitr´aria foi proposto nos trabalhos [36]-[40]. Foi
mostrado que escolhendo as condi¸oes apropriadas de contorno para a corda bosˆonica
a invariˆancia de reparametriza¸ao da teoria de folha mundo pode ser escrita como
uma transforma¸ao de coordenadas entre diferentes referenciais no espa¸co-tempo.
Tamb´em, um calibre de cone de luz local pode ser escolhido em qualquer referencial.
Neste calibre nos podemos localmente separar os graus de liberdade da corda em lon-
gitudinais, ou seja ao longo da trajetoria do centro de massa da corda, e transversais,
e mostrar que os graus de liberdade longitudinais ao fun¸oes somente dos transver-
sais. Esse permite um esquema de aproxima¸ao para a quantiza¸ao canˆonica em
fundos invariantes conformais, e squema esse chamado de quantiza¸ao semicl´assica,
no qual a etrica ´e tomada fixa enquanto a perturba¸ao ´e feita em torno da trajetoria
do centro de massa. Nos mesmos trabalhos o m´etodo da quantiza¸ao semicl´assica
foi extendido at´e primeira ord´em para fundos AdS ao-conformais D-dimensionais.
No cap´ıtulo 2, desenvolvemos uma introdu¸ao a cordas bosˆonicas no espa¸co-
tempo de Minkowski para cordas abertas e no espa¸co-tempo anti-de Sitter (AdS)
o estudo para cordas fechadas. Apresentam-se tamb´em, para ambas situa¸oes as
maneiras de proceder para a devida quantiza¸ao. No cap´ıtulo 3 introduzimos o for-
CAP
´
ITULO 1. INTRODUC¸
˜
AO 9
malismo da dinˆamica de campos t´ermicos (DCT). No quarto cap´ıtulo ao apre-
sentadas as contribui¸oes mais relevantes desta tes e, analisamos a corda bosˆonica
aberta ermica no espa¸co-tempo de Minkowski, quantizada e calculamos a entropia
local e a energia livre para as mais variadas condi¸oes de contorno impostas. Ainda
neste cap´ıtulo consideramos a corda bosˆonica fechada quantizada no formalismo
semicl´assico no espa¸co AdS, escrevemos os estados f´ısicos e calculamos a entropia
local e a energia livre. Por ´ultimo, dis cutimos a rela¸ao entre a Hamiltoniana no
espa¸co de Hilbert total e o espa¸co de Hilbert f´ısico. No ´ultimo cap´ıtulo ao apre-
sentadas as conclus˜oes e perspec tivas futuras. A tese foi baseada nos trabalhos do
autor [48]-[51].
Cap´ıtulo 2
Corda Bosˆonica
Apresentam-se neste cap´ıtulo aspectos asicos da teoria de cordas bosˆonicas tanto
no espa¸co-tempo de Minkowski quanto no espa¸co AdS. Ser˜ao discutidas a ao
cl´assica de Polyakov e a sua quantiza¸ao canˆonica no calibre de cone de luz no
espa¸co de Minkowski [54, 55]. A quantiza¸ao semicl´assica da corda no espa¸co AdS ´e
desenvolvida em [36]-[41].
2.1 Corda Bosˆonica Cl´assica no Espa¸co - Tempo
de Minkowski
Uma superf´ıcie bidimensional, denominada folha mundo ´e descrita pela corda ao
propagar-se no es pa¸co-tempo. A folha mundo M pode ser parametrizada pelas co-
ordenadas (σ
0
, σ
1
) = (τ, σ), onde σ
0
= τ ´e um parˆametro tipo-tempo e o outro
σ
1
= σ [0, π] ´e um parˆametro tipo-espa¸co. Uma fun¸ao dessas coordenadas,
para descrever a evolu¸ao espa¸co-temporal da corda na folha mundo M, ´e dada
por x
a
(σ
0
, σ
1
), onde a = 0, 1, . . . , D 1 e sendo D a dimens˜ao do espa¸co-tempo de
Minkowski.
A ao de Polyakov, que descreve a corda, ´e dada por
S =
T
s
2
d
2
σ
hh
αβ
α
x
a
β
x
b
η
ab
, (2.1)
10
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 11
sendo T
s
= (2πα
)
1
e α
o parˆametro de Regge. h
αβ
e η
ab
ao tensores m´etricos de
tipo-Minkowskiano, respctivamente, da folha mundo M e do espa¸co-tempo. h
αβ
por
ser sim´etrico, possui trˆes campos independentes, h ´e o seu determinante e d
2
σ =
0
1
.
A ao (2.1) ´e invariante por transforma¸oes gerais de coordenadas na folha-
mundo σ
α
σ
α
+ξ
α
. As reparametriza¸oes locais sob as quais esta ao ´e invariante
ao
δh
αβ
= ξ
γ
γ
h
αβ
γ
ξ
α
h
γβ
γ
ξ
β
h
αγ
,
δx
a
= ξ
α
α
x
a
,
δ(
h) =
α
(ξ
α
h), (2.2)
A ao (2.1) apresenta invariˆancia conforme ou de Weyl (por reescalamento con-
forme da etrica h
αβ
):
δx
a
= 0 , δh
αβ
= Λh
αβ
,
onde Λ = Λ(σ
0
, σ
1
) ´e uma fun¸c ˜ao infinitesimal arbitr´aria de σ
α
. Existe uma simetria
global no espa¸co-tempo de Minkowski, a ao ´e invariante de Poincar´e para
δx
a
= ω
a
b
x
b
+ a
b
, δh
αβ
= 0,
onde a
b
´e um vetor constante e ω
ab
= η
ac
ω
c
b
´e um tensor anti-sim´etrico.
O tensor energia-momento ´e definido como
T
αβ
=
2
T
s
1
h
δS
δh
αβ
, (2.3)
e sua forma expl´ıcita ´e
T
αβ
=
1
2
h
αβ
h
γδ
γ
x
a
δ
x
a
+
α
x
a
β
x
a
. (2.4)
ao v´ınculos da teoria cl´assica:
Tr(T
αβ
) = 0 e T
αβ
= 0, (2.5)
que devem tamb´em ser satisfeitos pela teoria quˆantica.
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 12
Adotaremos um calibre conveniente, que servir´a para diminuiremos os graus de
liberdade das vari´aveis dinˆamicas que aparecem explicitamente na ao. Escolhemos
uma parametriza¸ao da folha mundo, tal que h
αβ
= e
Λ
η
αβ
, onde η
αβ
´e a m´etrica
plana da folha mundo (η
αβ
= diag(1, +1)). Denomina-se e
Λ
de fator conforme,
Λ = Λ(τ, σ). Substituindo este calibre conforme na ao
S =
T
s
2
d
2
ση
αβ
α
x
a
β
x
a
, (2.6)
resultando o tensor energia-momento
T
00
= T
11
=
1
2
( ˙x
2
+ x
2
) = 0,
T
10
= T
01
= ˙x · x
= 0. (2.7)
Explicitamente, neste calibre conforme temos o tensor energia-momento:
T
00
= T
11
=
1
2
˙x
2
+ x
2
= 0
T
10
= T
01
= ˙x · x
= 0. (2.8)
Tomando a varia¸ao da ao de Polyakov (2.6) com rela¸ao a x
a
δS = 0 = T
s
M
(n
σ
σ
x
a
) δx
a
T
s
M
d
2
σ (
α
α
x
a
) δx
a
, (2.9)
onde n
σ
´e um versor normal ao contorno M. As duas parcelas da δS = 0 devem se
anular separadamente. Da segunda parcela
α
α
x
a
= 0, (2.10)
ao as equa¸oes de movimento da corda; sendo equa¸oes de Klein-Gordon em duas
dimens˜oes, sem o termo de massa. Da primeira parcela resultam as condi¸oes de
contorno(c.c.). Para a corda fechada, as condi¸oes de contorno peri´odicas escolhidas
ao:
x
a
(τ, 0) = x
a
(τ, π). (2.11)
Para a corda aberta
[
σ
x
a
δx
a
]
σ=π
σ=0
= 0, (2.12)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 13
a arias possibilidades de condi¸oes de contorno.
σ
x
a
|
π
0
= 0 ao c.c. tipo Neumann
(N) e δx
a
|
M
= 0 ao c.c. tip o Dirichlet (D). As c.c. tipo N e D podem ser aplicadas
independentemente `as duas extremidades da corda aberta. As solu¸oes das equa¸oes
de movimento expandidas em erie de Fourier com as c.c. NN, DD, DN e ND,
respectivamente, ao
x
a
(τ, σ) = x
a
+ 2α
p
a
τ + i
2α
n=0
1
n
α
a
n
e
inτ
cos , (2.13)
x
a
(τ, σ) =
c
a
(π σ) + d
a
σ
π
2α
n=0
α
a
n
n
e
inτ
sin
, (2.14)
x
a
(τ, σ) = c
a
2α
rZ
α
a
n
n
e
inτ
sin
, (2.15)
x
a
(τ, σ) = d
a
+ i
2α
rZ
α
a
n
n
e
inτ
cos
, (2.16)
onde x
a
e p
a
s ao coordenadas de posi¸ao e momenta canonicamente conjugados do
centro de massa da corda, c
a
e d
a
ao vetores constantes que descrevem respecti-
vamente, as posi¸oes dos extremos finitos onde a corda ´e aberta e Z
= Z + 1/2.
Somente a solu¸ao (2.13) ´e invariante de Poincar´e, as demais solu¸oes tˆem alguma
extremidade fixa que associada a objeto f´ısico extenso a origem a chamada D-brana
[55]. Vamos de agora em diante, somente considerar para cordas abertas as solu¸oes
NN, ao trataremos de branas.
Para a corda fechada, as solu¸oes das e qua¸oes de movimento ao invariantes de
Poincar´e e dadas por
x
a
(τ, σ) = x
a
+ 2α
p
a
τ + i
2α
n=0
1
2n
α
a
n
e
2in(τσ)
+ β
a
n
e
2in(τ+σ)
. (2.17)
Estas solu¸oes para as cordas bosˆonicas ao uma superposi¸ao linear de modos de
oscila¸ao movendo-se para a direita e para a esquerda da corda, com respectivamente,
coeficiente de Fourier α
a
n
e β
a
n
. O fato de x
a
(τ, σ) ser real imp˜oe:
α
a
n
= (α
a
n
)
, β
a
n
= (β
a
n
)
, (2.18)
para n > 0.
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 14
Fixando τ a evolu¸ao do sistema pode ser descrita com os parenteses de Poisson
para as vari´aveis dinˆamicas do sistema cl´assico
{x
a
(τ, σ), x
b
(τ, σ
)} = {˙x
a
(τ, σ), ˙x
b
(τ, σ
)} = 0 (2.19)
{p
a
(τ, σ), x
b
(τ, σ
)} = T
s
{˙x
a
(τ, σ), ˙x
b
(τ, σ
)} = η
ab
δ(σ σ
) (2.20)
Substituindo a solu¸ao para corda fechada na ´ultima rela¸ao
{α
a
m
, α
b
n
} = {β
a
m
, β
b
n
} = imδ
m+n,0
η
ab
, {α
a
m
, β
b
n
} = 0, (2.21)
com as vari´aveis do centro de massa
{p
a
, x
b
} = η
ab
. (2.22)
´
E conveniente utilizar as componentes do tensor energia-momento nas co orde-
nadas de cone de luz na folha mundo x
±
= τ ± σ e
±
=
1
2
(
τ
±
s
). Assim
T
++
=
1
2
(T
00
+ T
01
) =
+
x
a
+
x
a
,
T
−−
=
1
2
(T
00
T
01
) =
x
a
x
a
. (2.23)
As equa¸oes de v´ınculos (2.5) tomam a sequinte forma
T
++
= T
−−
= 0, (2.24)
valendo para as cordas abertas e cordas fechadas. As componentes de movimento
para a direita e para a esquerda ao, respectivamente
x
a
R
(x
+
, x
) =
1
2
x
a
+
1
2
l
2
p
a
x
i
2
2α
n=0
α
a
n
n
e
21nx
, (2.25)
x
a
L
(x
+
, x
) =
1
2
x
a
+
1
2
l
2
p
a
x
i
2
2α
n=0
α
a
n
n
e
21nx
+
. (2.26)
Para a corda fechada, as componentes de Fourier de T
++
e T
−−
definidas em τ = 0
ao:
¯
L
m
=
T
s
2
π
0
e
imσ
T
++
, (2.27)
L
m
=
T
s
2
π
0
e
imσ
T
−−
, (2.28)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 15
Reescritos em modos de Fourier
¯
L
m
=
1
2
n=−∞
α
a
mn
α
an
, (2.29)
L
m
=
1
2
n=−∞
β
a
mn
β
an
. (2.30)
L
m
e
¯
L
m
ao denominados de operadores de Virasoro.
Para a corda aberta temos um conjunto de osciladores de modos α
a
m
e definimos
as componentes de Fourier do tensor energia-momento como
L
m
= T
s
pi
0
e
imσ
T
++
+ e
imσ
T
−−
=
T
s
2
n=−∞
α
a
mn
α
an
. (2.31)
A Hamiltoniana para a corda aberta ´e H = L
0
e para a corda fechada H =
L
0
+
¯
L
0
. Em termos de componentes de Fourier temos para a corda aberta:
H =
T
s
2
d
s
˙x
2
+ x
2
=
n=0
α
a
n
α
an
+
1
2
2α
p
a
p
a
, (2.32)
onde α
a
0
=
2α
p
a
. Para a corda fechada a Hamiltoniana toma a seguinte forma
H =
n=0
(α
a
n
α
an
+ β
a
n
β
an
) +
1
2
2α
p
a
p
a
, (2.33)
onde α
a
0
= β
a
0
=
1
2
lp
a
.
A partir das defini¸oes dos operadores de Virasoro e dos parˆenteses de Poisson
dos modos de osciladores, escrevemos para corda aberta os parˆenteses de Poisson
{L
m
, L
n
} = i(m n)L
m+n
, (2.34)
para corda fechada
{L
m
, L
n
} = i(m n)L
m+n
, {
¯
L
m
,
¯
L
n
} = i(m n)
¯
L
m+n
,
{L
m
,
¯
L
n
} = 0. (2.35)
Utilizando a condi¸ao de concha de massa M = p
a
·p
a
e o vinculo L
0
= 0 para
corda aberta, o quadrado da massa da corda M
2
´e obtido em termos dos modos
internos de oscila¸ao
M
2
=
1
α
n=1
α
a
n
α
an
. (2.36)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 16
para corda fechada, os v´ınculos ao L
0
=
¯
L
0
= 0 e obtemos
M
2
=
2
α
n=1
α
a
n
α
an
+ β
a
n
β
an
. (2.37)
2.2 Quantiza¸c˜ao da Corda Bosˆonica no Cone de
Luz
Na escolha de calibre conforme nem toda liberdade de calibre foi removida, ainda
´e poss´ıvel reduzir o n´umero de c omponentes ao triviais de x
a
(τ, σ) e que mant´em
somente os graus de liberdade fisicos relevantes [44]. Vamos definir as coordenadas
de cone de luz para uma corda em D dimens˜oes
x
±
(τ, σ) =
1
2
x
0
(τ, s) ± x
D1
(τ, σ)
. (2.38)
A invariˆancia residual de calibre permite fazer a escolha
x
+
= x
+
+ l
2
p
+
τ, (2.39)
onde x
+
e p
+
ao constantes.
Combinando as reparametriza¸oes e o reescalonamento local de Weyl podemos
obter novo τ , que ´e soma de fun¸oes arbitr´arias de (τ ±σ). O novo τ definido, pode
ser identificado com qualquer solu¸ao escolhida u da equa¸ao de onda
α
α
u = 0. (2.40)
Como x
+
e (ax
+
+ b), para a e b constantes, satisfazem a equa¸ao de onda (lineari-
dade), a escolha (2.39) ´e aceit´avel para novo τ.
Considerando a corda aberta, suas componentes x
±
(τ, σ) satisfazem as mesmas
solu¸oes (2.13)-(2.16) com a i = 1, 2, . . . , D 1. As rela¸oes de quantiza¸ao no
cone de luz a serem satisfeitas pelos campos de corda ao:
[x
i
(τ, σ), P
j
τ
(τ, σ
)] =
ij
δ(σ σ
), (2.41)
[x
, p
+
] = i, (2.42)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 17
[x
i
(τ, σ), x
j
(τ, σ
)] = [P
i
τ
(τ, σ), P
j
σ
(τ, σ
)] = 0, (2.43)
[x
, x
i
] = [x
, P
j
τ
] = [p
+
, x
i
] = [p
+
, P
i
τ
] = 0. (2.44)
Das rela¸oes (2.41)-(2.44) segue que os operadores no espa¸co de Fock para osciladores
quantizados devem satisfazer
[α
i
n
, α
j
m
] =
ij
δ
n+m
. (2.45)
α
i
n
= (α
i
n
)
, n > 0, (2.46)
O operador de massa quˆantico pode ser escrito
M
2
=
1
α
(N 1), (2.47)
onde
N =
m=1
α
i
m
α
i
m
. (2.48)
O Hamiltoniano no cone de luz para a corda aberta ´e
H
ca
=
1
2
m=−∞
: α
i
m
α
i
m
: 1, (2.49)
e os operadores de Virasoro quantizados
L
m
=
1
2
−∞
: α
mn
· α
n
: . (2.50)
A ´algebra de Virasoro para o caso quˆantico ao apresenta anomalias para D = 26.
Neste caso a ´algebra satisfaz
[L
m
, L
n
] = (m n)L
m+n
. (2.51)
Em geral, a presen¸ca de anomalias na ´algebra quˆantica de Virasoro ao permite que
o v´ınculo cl´assico L
m
= 0, m possa ser implementado em estados qu˜anticos. Por
causa das rela¸oes de comuta¸ao [α
a
m
, α
b
n
] =
m+n,0
η
ab
que definem o espa¸co de
Fock com os osciladores, conterem a etrica de Lorentz η
ab
, existem no espa¸co de
Fock estados com norma negativa (estados fantasma ou tamb´em chamados estados
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 18
ao-f´ısicos). No formalismo de cone de luz ao resolvidos os v´ınculos cl´assicos e o
espa¸co de Fock cont´em apenas os estados f´ısicos. O estado de acuo com momento
p ´e definido como
α
i
n
|0; p
α
= 0, n > 0, (2.52)
ˆp
i
|0; p
α
= p
i
|0; p
α
. (2.53)
Como componentes de Fourier de T
ab
= 0, a Hamiltoniana H = L
0
e L
m
ao as
demais componentes para m > 0, na corda aberta. Para os demais estados f´ısicos
L
m
|Ψ
phys
= 0 , m > 0. (2.54)
O operador L
m
tem a propriedade de hermiticidade
L
m
= L
m
. (2.55)
Considerando a corda fechada, temos duas ´algebras para os osciladores
quˆantizados
[α
i
n
, α
j
m
] = [β
i
n
, β
j
m
] =
ij
δ
n+m
, [α
i
n
, β
j
m
] = 0. (2.56)
A Hamiltoniana da corda fechada ´e
H
cf
=
n=−∞
: α
i
n
α
i
n
: + : β
i
n
β
i
n
: 2
, (2.57)
e o operador de massa ´e
M
2
=
1
α
(N +
¯
N 2), (2.58)
onde
N =
n=1
α
i
n
α
i
n
,
¯
N =
n=1
β
i
n
β
i
n
. (2.59)
Os operadores de Virasoro para a corda fechada ao
L
m
=
1
2
n=−∞
: α
a
mn
α
an
: , m = 0, (2.60)
L
m
=
1
2
n=−∞
: β
a
mn
β
an
: , m = 0. (2.61)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 19
Os estados f´ısicos devem satisfazer a condi¸ao de Virasoro
(L
m
δ
m
)|Ψ
phys
= 0 , m 0, (2.62)
(L
m
δ
m
)|Ψ
phys
= 0 , m 0. (2.63)
Os operadores de Virasoro para a corda fechada tem a propriedade de hermiticidade
L
m
= L
m
, L
m
= L
m
. (2.64)
O v´ınculo cl´assico L
0
= L
0
= 0 ´e implementado em (2.62) e (2.63) para m = 0
(L
0
1)|Ψ
phys
= (L
0
1)|Ψ
phys
= 0. (2.65)
e finalmente o acuo na corda fechada satisfaz
α
i
n
|0
α
|0
β
= β
i
n
|0
α
|0
β
= 0, n > 0. (2.66)
A obten¸ao dos demais estados f´ısicos faz-se com a atua¸ao sucessiva dos opera-
dores de cria¸ao de osciladores da corda sobre o estado de acuo.
2.3 Espa¸co-Tempo AdS com D = 2 + 1
O espa¸co AdS com D = 2 + 1 pode ser embebido no espa¸co com D = 2 + 2 e com a
m´etrica [41, 42]
ds
2
= du
2
dv
2
+ dx
2
+ dy
2
, (2.67)
atraes da equa¸ao
v
2
u
2
+ x
2
+ y
2
= l
2
. (2.68)
Podemos definir um sistema de coordenadas para a variedade inteira
u = l cosh µ sin λ, v = l cosh µ cos λ, (2.69)
onde l sinh µ =
x
2
+ y
2
e 0 µ < , 0 λ < 2π. Usando as rela¸oes (2.69) e
(2.67) podemos escrever a etrica da seguite forma
ds
2
= l
2
cosh
2
µ
2
+
dx
2
+ dy
2
l
2
+ x
2
+ y
2
. (2.70)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 20
Esta rela¸ao pode ser simplificada em coordenadas polares no plano (x, y)
x = l sinh µ cos θ, y = l sinh µ cos θ, (2.71)
para obter a seguinte m´etrica no espa¸co AdS
ds
2
= l
2
cosh
2
µdλ
2
+
2
+ sinh
2
µdθ
2
. (2.72)
O par´ametro λ sendo um ˆangulo existem curvas fechadas no espa¸co AdS, por exemplo
µ = µ
0
, θ = θ
0
. Por esta raz˜ao ao vamos identificar λ com λ+2π. Usando as nota¸oes
λ = t/l e r = l sinh µ escrevemos (2.72) na seguinte f orma
ds
2
= ((r/l)
2
+ 1)dt
2
+ ((r/l)
2
+ 1)
1
dr
2
+ r
2
2
. (2.73)
A etrica do espa¸co AdS ´e invariante por constru¸ao `a ao do grupo SO(2, 2).
Os vetores de Killing ao
J
ab
= x
b
φ
φx
a
x
a
φ
φx
b
, (2.74)
onde x
a
= (v, u, x, y). A forma detalhada dos vetores (2.74) ´e
J
01
= vφ
u
v
J
02
=
v
+ vφ
x
,
J
03
= yφ
v
+ vφ
y
J
12
=
u
+
x
,
J
13
= yφ
u
+
y
J
23
= yφ
x
y
.
(2.75)
O vetor J
01
gera ”transla¸oes temporais” enquanto o vetor J
23
gera rota¸oes no plano
(x, y). A forma mais geral do vetor de Killing ´e
µω
ab
J
ab
, ω
ab
= ω
ba
, (2.76)
sendo este determinado pelo tensor antisim´etrico do espa¸co R
4
.
Podemos definir as coordenadas de Poincar´e atrav´es das seguintes rela¸oes
z =
l
u + x
, β =
y
u + x
, γ =
v
u + x
. (2.77)
Estas coordenadas cobrem apenas uma parte do espa¸co AdS, ou seja uma infinidade
de regi˜oes onde u+x tem um sinal bem definido. Consequentemente, as coordenadas
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 21
de Poincar´e ao ao apropriadas para estudar as propriedades globais do AdS. Em
fun¸ao das (z, β, γ) o elemento de linha do espa¸co AdS tem a seguinte express˜ao
ds
2
= l
2
dz
2
+
2
2
z
2
. (2.78)
Para u + x > 0 temos z > 0 enquanto para u + x < 0 temos z < 0. De forma
semelhante podemos definir as coordenadas de Poincar´e para cada regi˜ao onde ux
tem um sinal definido.
Os vetores de Killing definem subgrupos uniparam´etricos de isometrias do espa¸co
AdS
P e
P. (2.79)
Os valores do t n´umero inteiro m´ultiplo de 2π
P e
P, t = 0, ±2π, ±4π, ...., (2.80)
definem um subgrupo de identificoes. O espa¸co quociente obtido atrav´es da identi-
fica¸ao dos pontos de uma ´orbita dada do subgrupo de identifica¸oes tem a etrica
de curvatura negativa induzida pela m´etrica do AdS. Consequentemente, o espa¸co
quociente ´e uma solu¸ao das equa¸oes de Einstein. A condi¸ao necess´aria para a
ausˆencia de curvas fechadas do tipo tempo ´e
ξ · ξ > 0. (2.81)
A rela¸ao (2.81) torna o vetor de Killing ξ um vetor do tipo espa¸co. Para buracos
negros, esta condi¸ao ´e tamb´em suficiente. Existem vetores de Killing que satisfazem
a rela¸ao (2.81) no espa¸co inteiro. Contudo, alguns dos vetores de Killing que de-
terminam a estrutura dos buracos negros ao do tipo nulo ou temporal em certas
regi˜oes do espa¸co AdS. Estas regi˜oes devem ser recortadas do espa¸co para fazer as
identifica¸oes poss´ıveis. O espa¸co resultante, chamado de ads, ´e invariante `as trans-
forma¸oes (2.79) porque a norma dos vetores de Killing ´e constante ao longo de suas
´orbitas. O espa¸co ads ´e geodesicamente incompleto porque ele tem geodesic as que
ligam ξ · ξ > 0 ao ξ · ξ < 0. As fronteiras da regi˜ao ξ · ξ > 0, ou seja a superf´ıcie
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 22
ξ · ξ = 0, aparece como sendo uma singularidade na estrutura do espa¸co-tempo e
produz curvas do tipo temp o fechadas. Devido a esse fato, a regi˜ao com ξ · ξ = 0
pode ser vista como uma singularidade do espa¸co quociente. Consequentemente, as
´unicas geodesicas incompletas ao as que atingem a singularidade, como no caso dos
buracos negros em D = 3 + 1. A superf´ıcie ξ ·ξ = 0 ´e singular somente na estrutura
causal [41].
A ao da gravita¸ao no formalismo lagrangiano em unidades G =
1
8
´e
I =
1
2π
g
R + 2l
2
d
2
xdt + B
, (2.82)
onde B
´e um termo de superf´ıcie e o raio l ´e relacionado `a constante cosmologica
Λ = l
2
. A varia¸ao da ao em rela¸ao a m´etrica g
ab
(x, t) conduz `as e qua¸oes de
Einstein
R
ab
1
2
g
ab
(R + 2l
2
) = 0. (2.83)
Em D = 1 + 2 o tensor de Riemann ´e completamente determinado pelas rela¸oes
(2.83)
R
abcd
= l
2
(g
ac
g
bd
g
bc
g
ad
). (2.84)
A rela¸ao acima descreve um espa¸co sim´etrico de curvatura constante e negativa.
Para obter a solu¸ao de buraco negro usamos o seguinte Ansatze [41]
ds
2
= a(r)dt
2
+
dr
2
a(r)
+ r
2
2
, (2.85)
onde a(r) ´e uma fun¸ao arbitr´aria de r. O tensor de Einstein G
ab
= R
ab
R
2
g
ab
´e
G
rr
=
a
,r
2ar
, G
tt
=
aa
,r
2r
, G
φφ
=
r
2
2
a
,rr
, (2.86)
as outras c omponentes sendo nulas. A ´unica solu¸ao de acuo ´e a = c onstante e
corresponde ao espa¸co plano em D = 2 + 1. Levando em considera¸ao a constante
cosmologica da ao (2.82)
T
µ
ν
= diag(1, 1, 1)Λ, (2.87)
a solu¸ao ´e ao trivial
a(r) = c Λr
2
, (2.88)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 23
onde c ´e uma constante arbitr´aria. Se c = 1 obtemos duas solu¸oes: Λ > 0 representa
o espa¸co de Sitter, e Λ < 0 representa o espa¸co anti de Sitter. Se c < 0 obtemos a
solu¸ao [41]
ds
2
= (1
r
2
l
2
)dt
2
+ (
r
2
l
2
1)
1
dr
2
+ r
2
2
. (2.89)
Esta solu¸ao particular com φ
=
φ + 2π descreve um buraco negro de massa M = 1
e momento ˆangular J = 0. O horizonte est´a localizado no r = l e asimptotica-
mente a solu¸ao tende ao espa¸co AdS com Λ = 1/l
2
. Uma familia de solu¸oes
biparam´etricas em (M, J) de buracos negros pode ser obtida identificando uma
combina¸ao linear de t e φ o que leva `a solu¸ao [41]
ds
2
= (M
r
2
l
2
)dt
2
+ (
r
2
l
2
M +
J
2
4r
2
)
1
dr
2
Jdtdφ + r
2
2
, (2.90)
com dois horizontes para Ml
2
> J
2
r
±
=
Ml
2
2
±
l
2
M
2
l
2
J
2
(2.91)
e o limite est´atico
r
erg
=
Ml, (2.92)
que define uma ergoesfera como para os buracos negros de Kerr.
Concluiremos esta se¸ao fazendo algumas observoes sobre a relevˆancia da
solu¸ao (2.90) para a teoria de cordas [43]. A ao da corda em primeira ordem
em α
´e
S =
d
3
x
ge
[
4
k
+ R + 4(Φ)
2
1
12
H
abc
H
abc
], (2.93)
onde Φ ´e o campo dilatˆonico e H
abc
=
[a
B
bc]
, sendo B o campo de Kalb-Ramond.
A etrica (2.90) ´e uma solu¸ao das equa¸oes de movimento e da condi¸ao [43]:
B
φt
=
r
2
l
2
, Φ = 0, k = l
2
. (2.94)
Como foi mostrado em [43], a rela¸ao com o modelo-σ pode ser feita atrav´es da
dualiza¸ao em coordenada c´ıclica φ. A solu¸ao dual ´e [43]
d˜s
2
= (M
J
2
4r
2
)dt
2
+ (
r
2
l
2
M +
J
2
4r
2
)
1
dr
2
+
2
l
dtdφ +
2
r
2
,
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 24
˜
B
φt
=
J
2r
2
,
˜
Φ = log r. (2.95)
Ap´os a diagonaliza¸ao da m´etrica obtemos
d˜s
2
= (1
M
˜r
)d
˜
t
2
+ (1
Q
2
M˜r
)d˜x
2
+ (1
M
˜r
)
1
(1
Q
2
M˜r
)
1
l
2
d˜r
2
4˜r
2
,
˜
B
˜x
˜
t
=
Q
r
,
˜
Φ =
1
2
log ˜rl, (2.96)
onde
t =
l(˜x
˜
t)
r
2
+
r
2
, φ =
r
2
+
˜
tr
2
˜x
r
2
+
r
2
,
M =
r
2
+
l
, Q =
J
2
, r
2
= ˜rl. (2.97)
A m´etrica (2.96) representa a solu¸c ˜ao de corda negra em D = 2 + 1 [43] obtida
atraes da fixa¸ao de calibre do modelo-σ com o grupo SL(2, R) × R.
2.4 Corda Bosˆonica Cl´assica no Espa¸co-Tempo
AdS
A ao da corda bosˆonica no espa¸co-tempo AdS ´e dada pelo funcional:
S =
1
2πα
d
2
σ
hh
αβ
g
ab
(x)
α
x
a
β
x
b
, (2.98)
escrevendo o tensor energia-momento
T
αβ
2
h
δS
δh
αβ
= g
ab
(x)
α
x
a
β
x
b
1
2
h
αβ
γ
x
a
γ
x
b
, (2.99)
onde usamos
h
h
αβ
=
1
2
hh
αβ
. (2.100)
Pelas equa¸oes de movimento de h
αβ
o tensor energia-momento T
αβ
= 0. Com a
fixa¸ao do calibre conforme
h
αβ
(σ
0
σ
1
) = e
Λ(σ
0
1
)
η
αβ
, (2.101)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 25
variando a ao com rela¸ao a x
a
(τ, σ) e impondo δS = 0, obtemos as equa¸oes de
movimento e os v´ınculos [36]
¨x
a
x
a
+ Γ
a
bc
(x)
˙x
b
˙x
c
x
b
x
c
= 0, (2.102)
g
ab
(x) ˙x
a
x
b
= g
ab
(x)
˙x
a
˙x
b
+ x
a
x
b
= 0, (2.103)
O m´etodo de quantiza¸ao semicl´assica foi desenvolvido para estudar as excita¸oes
quˆanticas em configura¸oes cl´assicas exatas (background). Devido a ao-linearidade
de (2.102)-(2.103), vamos expandir as coordenadas x
a
(τ, σ) em torno de uma solu¸ao
exata η
a
0
(τ)
x
a
(τ, σ) =
n=0
n
η
a
n
(t, σ), (2.104)
com a condi¸ao inicial η
a
0
(τ, σ) = η
a
0
(τ) nas equa¸oes de movimento e v´ınculos
¨η
a
0
+ Γ
a
bc
(η
0
) ˙η
b
0
˙η
c
0
= 0, (2.105)
g
ab
(η
0
) ˙η
a
0
˙η
b
0
= m
2
α
2
. (2.106)
No espa¸co AdS D dimensional a D 1 polariza¸oes de perturba¸oes da corda
em torno da solu¸ao η
a
0
(τ). Consequentemente, D 1 vetores normais transversos
n
a
µ
, µ = 1, 2, . . . , D podem ser introduzidos
g
ab
(η
0
)n
a
µ
˙η
b
0
= 0, (2.107)
g
ab
(η
0
)n
a
µ
n
b
ν
= δ
µν
. (2.108)
A escolha do conjunto {n
a
µ
} ao ´e ´unica, a um grupo de calibre local SO(D 1)
correspondente as rota¸oes do conjunto. Esta simetria de calibre ´e fixada impondo
que os vetores normais sejam covariantemente constante
˙η
a
0
a
n
b
µ
= 0. (2.109)
Neste calibre, as rela¸oes entre os vetores normais tomam uma forma mais simples.
Em particular, os vetores deste conjunto satisfazem a sequinte rela¸ao de completeza
g
ab
=
1
m
2
˙η
a
0
˙η
b
0
+ n
a
µ
n
b
ν
δ
µν
. (2.110)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 26
Considerando a primeira ordem η
a
1
(τ, σ) e admitindo perturba¸oes co-moventes
η
a
1
(τ, σ) = δx
µ
(τ, σ)n
a
µ
. (2.111)
As perturba¸oes comoventes satisfazem as equa¸oes de movimento com buraco negro
de momento angular zero e tem como solu¸ao geral uma corda bosˆonica fechada
δx
µ
(τ, σ) =
n=0
2|n|
n
α
α
µ
n
e
in(Ω
n
τσ)
+ β
µ
n
e
in(Ω
n
τ+σ)
+
l
2m
α
µ
0
e
i
l
τ
+ β
µ
0
e
+i
l
τ
. (2.112)
As frequˆencias dos osciladores em unidades = 1 ao
ω
0
=
/l , ω
n
= ω
n
= |n|
n
(2.113)
onde n = ±1, ±2, . . .. A frequˆencia
n
´e
n
=
1 +
m
2
α
2
n
2
l
2
. (2.114)
A solu¸ao (2.112) satisfaz a equa¸ao de movimento derivada da ao
S
2
=
1
2πα
D1
µ=1
η
αβ
α
δx
µ
β
δx
ν
+
m
2
α
2
l
2
δx
µ
δx
µ
. (2.115)
2.5 Quantiza¸c˜ao da Corda Bosˆonica no Espa¸co-
Tempo AdS
A quantiza¸ao da corda bosˆonica fechada no espa¸co conforme AdS com D = 2 + 1
e buracos negros est´aticos se faz de maneira semelhante a quantiza¸ao realizada no
espa¸co-tempo de Minkowski [41, 42]. Ainda considerando perturba¸oes em primeira
ordem, podemos extender os resultados para espa¸cos AdS de dimens˜ao arbitr´aria
[36].
Os comutadores dos osciladores livres quˆanticos satisfazem as rela¸oes
[α
µ
m
, α
ν
n
] = [β
µ
m
, β
ν
n
] = δ
µν
δ
mn
, [α
µ
m
, β
ν
n
] = 0 , [α
µ
0
, α
ν
0
] = δ
µν
, (2.116)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 27
onde α
µ
n
= α
µ
n
, α
µ
n
= α
µ
n
, and β
µ
0
= α
µ
0
. As componentes do tensor energia-
momento conservadas ao
T
−−
=
1
2π
n
L
n
e
in(στ)
, (2.117)
T
++
=
1
2π
n
L
+
n
e
in(σ+τ)
. (2.118)
onde T
++
= T
−−
= 0. Escrevendo os operadores de Virasoro para o modo zero
obtemos
L
0
= πα
n>0
(ω
n
n)
2
2n
n
β
n
· β
n
+
(ω
n
+ n)
2
2n
n
α
n
· α
n
+
π
2
2l
α
0
· α
0
πm
2
α
2
2
, (2.119)
L
+
0
= πα
n>0
(ω
n
+ n)
2
2n
n
β
n
· β
n
+
(ω
n
n)
2
2n
n
α
n
· α
n
+
π
2
2l
α
0
· α
0
πm
2
α
2
2
, (2.120)
onde · representa a soma em µ = 1, 2, . . . , D 1.
ao estados f´ısicos os que satisfazem os v´ınculos dos operadores de Virasoro de
modo zero
L
0
2πα
|Ψ
phys
= 0 ,
L
+
0
2πα
|Ψ
phys
= 0, (2.121)
e das simetrias na folha mundo: σ σ + ξ and τ τ + ζ geradas por P = L
+
0
L
0
e H = L
+
0
+ L
0
, respectivamente. Em D = 2 + 1, estes operadores ao ao mais os
geradores da simetria conforme. Contudo, em primeira ordem, eles geram os mesmos
v´ınculos acima.
O operador Hamiltoniano total e o operador de momento linear ao
H = 2πα
n1
2
n
+ 1
n
N
n
+ N
n
+
π
2
l
α
0
· α
0
πm
2
α
2
, (2.122)
P = 4πα
n1
N
n
N
n
. (2.123)
onde
N
n
=
n
2
D1
µ=1
α
µ
n
α
µ
n
, N
n
=
n
2
D1
µ=1
β
µ
n
β
µ
n
, (2.124)
CAP
´
ITULO 2. CORDA BOS
ˆ
ONICA 28
O momento linear para a corda fechada imp˜oe como v´ınculos para os estados f´ısicos
em D = 2 + 1
4πα
n1
N
n
N
n
|Ψ
phys
= 0. (2.125)
No espa¸co AdS de dimens˜ao arbitr´aria a unitariedade da teoria ´e obtida impondo
restri¸oes de spin sobre as representa¸oes da ´algebra de Virasoro permitidas al´em
dos v´ınculos de Virasoro porque estes ao eliminam completamente os estados de
norma negativa. As ormulas obtidas acima para o buraco negro AdS em D = 2 + 1
ao dependem da massa do buraco negro e tamb´em, essa configura¸ao de fundo ´e
assitoticamente AdS. Consequentemente, podemos generalizar para espa¸co AdS de
dimens˜ao arbitr´aria.
´
E importante observar que L
+
n
e L
n
ao geram simetrias exatas
no espa¸co AdS de dimens˜ao arbitr´aria. Entretanto, o Hamiltoniano correspondente
e a condi¸ao operatorial de n´ıveis iguais (2.125) ao obtidas quando da generaliza¸ao
da dimens˜ao do espa¸co AdS em primeira ordem.
Ainda observamos que as excita¸oes da corda no espa¸co AdS oscilam no tempo.
Apesar de que p oss´ıveis instabilidades ao se desenvolvem devido ao car´ater ao
negativo da gravidade local.
Cap´ıtulo 3
Dinˆamica de Campos T´ermicos
Diversos formalismos introduzem a temperatura em teoria de campos. Os sistemas
f´ısicos encontrados na natureza, geralmente ao est˜ao completamente isolados; ´e
necess´aria a descri¸ao de sistemas com infinitos graus de liberdade `a temperatura
finita. Como alternativa ao m´etodo de Matsubara [45], Takahashi e Umezawa [46,
47] adotaram um postulado fundamental, construiram estados de acuo t´ermico
dependente da temperatura que se relacionam, via transforma¸ao de Bogoliubov.
Foi poss´ıvel construir todos estados t´ermicos, estabelecendo-se a DCT.
3.1 Postulado Fundamental da DCT
O formalismo desenvolvido por Umezawa e Takahashi [46, 47], inspirado em [45] ´e
baseado no alculo de edias estat´ısticas de uma vari´avel dinˆamica A com valor
esperado deste operador num acuo dependente da temperatura (v´acuo ermico).
Como postulado
A = Z
1
(β
T
)tr [e
β
T
H
A] = 0(β
T
)|A|0(β
T
), (3.1)
onde H = H µN, Z(β
T
) = tr [e
β
T
H
] e β =
1
k
B
T
sendo H a Hamiltoniana total, µ
o potencial qu´ımico, N o n´umero de part´ıculas e k
B
a constante de Boltzmann.
29
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 30
3.2 DCT no Formalismo Canˆonico
Considerada a edia estat´ıstica
0(β
T
)|A|0(β
T
) = Z
1
(β
T
)
n
n|A|ne
β
T
ω
n
, (3.2)
a expan¸ao do acuo em termos de uma base {|n} do espa¸co de Hilbert ´e dada pela
express˜ao
|0(β
T
) =
n
|nn|0(β
T
) =
n
f
n
(β
T
)|n, (3.3)
onde f
n
(β
T
) ao coeficientes a serem determinados. Da ortogonalidade entre os es-
tados da base {|n} e a normaliza¸ao do estado |0(β
T
) resulta
f
n
(β
T
)f
m
(β
T
) = Z
1
(β
T
)e
β
T
ω
n
δ
nm
. (3.4)
Observamos que a express˜ao (3.4) ´e correta somente se {f
n
(β
T
)} ao coeficientes
vetoriais. O estado de acuo ermico devera ser expandido por {|n} e {f
n
(β
T
)}.
Existe necessidade de dobrar os graus de liberdade do sistema e utilizar para isto
um espa¸co auxiliar ao f´ısico
˜
H, idˆentico e ortogonal ao espa¸co f´ısico inicial H; para
este espa¸co extendido
ˆ
H por constru¸c ˜ao
ˆ
H = H
˜
H. (3.5)
Se {|n} ao autoestados do Hamiltoniano H e {
˜
|n} autoestados da sua opia
˜
H
obedecem as rela¸oes
H|n = ω
n
|n ,
˜
H
˜
|n = ω
n
˜
|n, (3.6)
onde n|m = ˜n|˜m = δ
nm
e ω
n
´e a mesma frequˆencia do sistema f´ısico. Um vetor
de estado do sistema total do
ˆ
H ´e construido como
|n, ˜n = |n |˜n, (3.7)
o que determina o seguinte coeficiente ve torial
f
n
(β
T
) = e
βω
n
/2
Z
1/2
(β
T
)|n. (3.8)
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 31
Finalmente, o estado de acuo t´ermico ´e
|0(β
T
) =
n
e
β
T
ω
n
/2
Z
1/2
(β
T
)|n, n. (3.9)
Vamos representar o estado de acuo `a temperatura zero como |0 = |0,
˜
0. Com a
condi¸ao de que |0 = |0,
˜
0 ´e normalizado 0|0 = 1 obtemos a fun¸ao de parti¸ao
Z(β
T
) =
n
e
β
T
ω
n
n|n = tr [e
βH
]. (3.10)
O valor m´edio do operador A no estado de acuo ermico, est´a de acordo com o
postulado fundamental da DCT.
Considerando um sistema bosˆonico, os operadores A e
˜
A que atuam nos espa¸cos
H e
˜
H, respectivamente, comutam entre si
[A,
˜
A] = 0. (3.11)
A t´ıtulo de exemplo, consideramos o Hamiltoniano de um oscilador bosˆonico `a tem-
peratura zero
H = ωa
a. (3.12)
Tem-se as rela¸oes de comuta¸ao
[a, a
] = 1 e [a, a] = [a
, a
] = 0. (3.13)
Os estados no espa¸co de Fock correspondem a
|n =
(a
)
n
n!
|0 , a|0 = 0. (3.14)
Duplicando o sistema original, o Hamiltoniano
˜
H no espa¸co auxiliar ´e
H = ωa
a, (3.15)
e as seguintes rela¸oes de comuta¸ao ao satisfeitas
[a, a
] = 1 e [a, a] = [a
, a
] = 0. (3.16)
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 32
e
[a, a] = [a
, a
] = [a, a
] = [a
, a] = 0. (3.17)
O acuo do sistema duplicado deve satisfazer
|0
|0 = |0. (3.18)
O estado de acuo t´ermico para o sistema extendido ´e obtido via uma transforma¸ao
unit´aria [46, 47]
|0(β
T
) = e
iG(θ)
|0, (3.19)
cujo gerador ´e o operador de Bogoliubov
G(θ) = G(θ)
= (β
T
)(aa a
a
), (3.20)
Escolhendo o parˆametro θ(β
T
) R, G
B
= G
B
´e hermitiano. Definindo
u(β
T
) = (1 e
βω
)
1
2
= cosh θ(β
T
), (3.21)
e
υ(β
T
) = (e
βω
1)
1
2
= sinh θ(β
T
), (3.22)
onde f
B
´e a distribui¸ao de Bose, o estado de acuo ermico para o sistema total
resulta
|0(β
T
) =
1
cosh θ(β
T
)
exp [tanh(θ(β
T
))] |0. (3.23)
A transforma¸ao de Bogoliubov atuando sobre os operadores de aniquila¸ao a e ˜a
em T = 0 mapea em a(β
T
) e ˜a(β
T
), respectivamente
a(β
T
) = e
iG
ae
iG
, (3.24)
devido a unitariedade da transforma¸ao gerada pelo operador de Bogoliubov. A
transforma¸ao (3.24) pode ser escrita como uma transforma¸ao linear
a = u(β
T
)a(β
T
) + υ(β
T
)a
(β
T
) , a
= u(β
T
)a
(β
T
) + υ(β
T
)a(β
T
) (3.25)
a = u(β
T
)a(β
T
) + υ(β
T
)a
(β
T
) , a
= u(β
T
)a
(β
T
) + υ(β
T
)a(β
T
). (3.26)
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 33
Como esperado para o acuo ermico
a(β
T
)|0(β
T
) = ˜a(β
T
)|0(β
T
) = 0,
0(β
T
)|a(β
T
)
= 0(β
T
)|˜a(β
T
)
= 0. (3.27)
Com uma sequˆencia de atua¸oes dos operadores a(β
T
)
e ˜a(β
T
)
, obtemos os estado
t´ermicos de Fock
|0(β
T
), a(β
T
)
|0(β
T
), ˜a(β
T
)
|0(β
T
), . . . ,
1
n!
m!
(a(β
T
)
)
n
a(β
T
)
)
m
|0(β
T
).
(3.28)
As rela¸oes de comuta¸ao entre os operadores t´ermicos, i. e. operadores com de-
pendˆencia em β
T
ao as mesmas que as apresentadas no sistema extendido em T = 0.
Explorando os comutadores de G com os operadores dos osciladores
[G, a] = (β
T
)a
, [G, a] = (β
T
)a
, [G, a
] = (β
T
)a , [G, a
] = (β
T
)a
(3.29)
onde, por simplicidade θ = θ(β
T
) ´e sempre dependente da temperatura. Resulta que
o gerador da transforma¸ao G ´e conservado (canˆonico):
i
˙
G = [G, H] = 0. (3.30)
Observamos que qualquer estado de ocupa¸ao pode ser obtido.
3.3 Formalismo para Campos Livres e a Entropia
Considerando o sistema total, a Lagrangeana
ˆ
L = L
˜
L leva a escrever a Hamiltoni-
ana extendida como
ˆ
H = H
˜
H. A Hamiltoniana
ˆ
H ´e invariante por transforma¸ao
de Bogoliubov. Considera-se o volume finito onde s e quantizam os campos que ex-
pandidos em ondas planas dependem dos operadores a
k
(β), a
k
(β) e os operadores
til conjugados. A transforma¸ao de Bogoliubov ´e unit´aria U = exp(iG) onde o
gerador de Bogoliubov para o campo ´e
G = i
k
θ
k
(a
α
k
a
α
κ
a
κ
a
k
), (3.31)
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 34
e satisfaz a rela¸ao de comuta¸ao [G,
ˆ
H] = 0. Os operadores de aniquila¸ao depen-
dentes de temperatura ao obtidos dos operadores de aniquila¸ao `a temperatura zero
da seguinte form
a
k
(β) = e
iG
a
k
e
iG
= a
k
cosh θ
k
(β) a
α
k
sinh θ
k
(β), (3.32)
a
k
(β) = e
iG
a
k
e
iG
= a
k
cosh θ
k
(β) a
α
k
sinh θ
k
(β) . (3.33)
Explorando a liberdade que a transforma¸ao de Bogoliubov oferece, podemos de finir
o acuo ermico
|0(β) = U(θ)|0(β) = e
iG
|0. (3.34)
que deve satisfazer as sequintes rela¸oes
a
k
(β)|0(β) = e
iG
a
k
e
iG
e
iG
|0 = e
iG
a
k
|0 = 0, (3.35)
a
k
(β)|0(β) = e
iG
a
k
e
iG
e
iG
|0. = e
iG
a
k
|0 = 0. (3.36)
Para o sistema de osciladores que comp˜oem o campo podemos definir fun¸oes
termodinˆamicas. As grandezas entropia e energia livre de Helmholtz em papel im-
portante no formalismo DCT. O operador K definido como
K =
k
a
k
a
k
ln sinh
2
θ
k
(β
T
) a
k
a
k
ln cosh
2
θ
k
(β
T
)
. (3.37)
O operador
˜
K ´e obtido por conjuga¸ao til do operador K. Pode-se mostrar que o
operador
ˆ
K = K
K satisfaz as rela¸oes
(K
K)|0(β) = 0 , [K
K, G] = 0. (3.38)
com G dado pela equa¸ao (3.31).
Para o caso bosˆonico, usando as rela¸oes de comuta¸ao reescrevemos o estado de
acuo t´ermico [46, 47]
|0(β
T
) = e
K/2
exp
k
a
k
a
k
|0. (3.39)
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 35
A entropia no sistema Gr˜a-Canˆonico [56] ´e calculada como o valor esperado edio
do operador K no acuo t´ermico
S = k
B
K = k
B
0(β
T
)|K|0(β
T
). (3.40)
Um alculo simples leva a seguinte express˜ao para a entropia
S = k
B
k
{(1 + n
k
) ln(1 + n
k
) n
k
lnn
k
} (3.41)
onde n
k
representa o n´umero edio de ocupa¸ao do estado k.
Usando a formula¸ao canˆonica do formalismo DCT, pretendemos obter os estados
`a temperatura finita para a corda bosˆonica com arias condi¸oes de contorno como
descrito no capitulo anterior, assim como o operador entropia e a energia livre de
Helmholtz calculada a partir da sua defini¸ao
F = T S + H µN. (3.42)
3.4 Axiomas da DCT
Para quaisquer operadores A e
˜
A por atuarem respectivamente no espa¸co H e em
espa¸co auxiliar fict´ıcio
˜
H ortogonal a H, temos que o comutador [A,
˜
A] = 0. Existem,
al´em disso, um mapeamento entre o conjunto de operadores {A} e {
˜
A} que obe dece
as denominadas regras de conjuga¸ao til. A temperatura entra na teoria atrav´es de
condi¸oes que relacionam a forma na qual A e
˜
A atuam no acuo t´ermico |0(β
T
).
Esta ´e a condi¸ao de estado t´ermico,tamem denominada de regra de substitui¸ao
til. Uma teoria DCT para a teoria quˆantica de campos (TQC), pode ser melhor
construida a partir de axiomas asicos da DCT [46, 47, 57].
Vamos enunciar os axiomas, considerando dois conjuntos de operadores = {A}
e
= {
A}, ent˜ao
Axioma 1 . A tempos iguais, vari´aveis dinˆamicas pertencentes a diferentes sub-
espa¸cos (A e
B
) ao independentes, ou seja
[A,
B] = 0. (3.43)
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 36
Axioma 2 . Existe um mapeamento um a um entre os espa¸cos ortogonais deno-
minado de conjuga¸ao til; para quais A e B e
˜
A e
˜
B
e c
1
, c
2
dois n´umeros
complexos, valem as regras de conjuga¸ao til:
(AB) =
A
B, (3.44)
(c
1
A + c
2
B) = c
1
A + c
2
B, (3.45)
A
=
A
. (3.46)
Axioma 3 . O acuo t´ermico ´e invariante sob as regras de conjuga¸ao til
|0(β
T
) = |0(β
T
). (3.47)
Axioma 4 . Transla¸ao espa¸co-temporais ao induzidas pelo operador energia-
momento P
µ
da
A(x) = e
iP
µ
x
µ
Ae
iP
µ
x
µ
. (3.48)
Axioma 5 . O acuo ermico ´e definido pelas rela¸oes operatoriais chamadas de
condi¸oes de estado ermico
A(t, x)|0(β
T
) = σ
A
(t /2, x)|0(β
T
), (3.49)
O(β
T
)|A(t, x) = O(β
T
)|
A
(t + /2), x)σ
, (3.50)
Se A ´e uma vari´avel bosˆonica, escolhemos σ = 1.
Axioma 6 . A dupla conjuga¸ao til ´e definida como
A = σA. (3.51)
onde σ = 1 para bosons e σ = 1 para f´ermions.
A importˆancia das regras de conjuga¸ao til ´e a de que todas as rela¸oes usuais
da TQC, por exemplo rela¸oes de comuta¸ao, e equa¸oes de Heisenberg podem ser
generalizadas para DCT. A condi¸ao de estado ermico, al´em de fundamental para
definir o acuo t´ermico, mostra que existe sempre uma combina¸ao de op eradores
A(x) e A
(x) que aniquila o acuo t´ermico. Esta caracteristica usualmente ao existe
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 37
em TQC. Podemos generalizar o Axioma 1. Sejam A(x) e
B(y) ent˜ao eles comutam
em todo espa¸co-tempo
[A(x),
B(y)] = 0. (3.52)
Se realizarmos uma opera¸ao e uma ˜ ou uma opera¸ao ˜ e uma , pelo Axioma
2 verificamos que os coeficientes dos operadores permanecem inalterados. Podemos
considerar um axioma suplementar a constru¸ao da Lagrangeana e Hamiltoniana
extendidas
ˆ
H =
α
α
H
α
= H
H,
ˆ
L =
α
α
L
α
= L
L. (3.53)
Decorre dos axiomas a seguinte propriedade do acuo t´ermico
a(β
T
, t)|0(β
T
) = a(β
T
, t)|0(β
T
) = 0(β
T
)|a
α
(β
T
, t) = 0(β
T
)|a
α
(β
T
, t) = 0. (3.54)
A rela¸ao entre a conjuga¸ao til e a conjuga¸ao hermitiana do operador A(t) num
instante t ´e
A(t)|0(β
T
) =
A
(t /2)|0(β
T
), (3.55)
A
(t)|0(β
T
) =
A(t /2)|0(β
T
), (3.56)
onde
a(β
T
, t) = f
1/2
(i∂
t
)
A(t + /2)
A
(t)
, (3.57)
a(β
T
, t) = f
1/2
(i∂
t
)
A(t /2) A
(t)
, (3.58)
e
f(ω) =
1
e
βω
1
, (3.59)
´e a fun¸ao de Bose-Einstein. A rela¸ao entre os operadores `a temperatura nula
e os operadores `a temperatura finita pode ser derivada a partir dos axiomas do
formalismo DCT
A = e
iG(β
T
)
a(β
T
, t)e
iG(β
T
)
, (3.60)
e tamem, a rela¸ao entre o acuo t´ermico e o acuo duplicado `a temperatura nula
|0(β
T
) = e
iG(β
T
)
|0,
0, (3.61)
CAP
´
ITULO 3. DIN
ˆ
AMICA DE CAMPOS T
´
ERMICOS 38
com o operador de Bogoliubov definido pela
G(β
T
) = G
(β
T
) =
G(β
T
). (3.62)
Cap´ıtulo 4
Estados da Corda Bosˆonica
T´ermica no Formalismo DCT
Neste cap´ıtulo, construimos os estados de corda bosˆonica t´ermica aberta no
espa¸co de Minkowski e calculamos a entropia desses estados [48]. Na sequˆencia, co-
nstruimos os estados de corda bosˆonica fechada t´ermica no espa¸co AdS em primeira
aproxima¸ao; calculamos a entropia usando o formalismo DCT [49] e discutimos
a rela¸ao entre a Hamiltoniana no espa¸co de Hilbert total e o espa¸co de Hilbert
f´ısico [50]. Estas contribui¸oes e possibilidades abertas ser˜ao comentadas no final do
cap´ıtulo.
4.1 Estados da Corda Aberta T´ermica no Espa¸co-
Tempo de Minkowski
Inicialmente para construir os estados da corda, escrevemos os operadores de cria¸ao
e aniquila¸ao dos osciladores da corda f´ısica obtidos no primeiro cap´ıtulo
A
µ
n
=
1
n
α
µ
n
; A
µ
n
=
1
n
α
µ
n
, (4.1)
39
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT40
opias idˆenticas de operadores ao escritas, para atua¸ao no espa¸co aix´ıliar
ˆ
H
A
µ
n
=
1
n
α
µ
n
;
A
µ
n
=
1
n
α
µ
n
, (4.2)
Os operadores satisfazem a ´algebra
[A
µ
n
, A
ν
m
] = [
A
µ
n
,
A
ν
m
] = δ
n+m
η
µν
, [A
µ
n
,
A
ν
m
] = [A
µ
n
,
A
ν
m
] = 0. (4.3)
O espa¸co de Fock do sistema total ´e o produto tensorial dos espa¸cos de Fock de cada
corda. Considerando T = 0, o estado de acuo dos osciladores da corda ´e
|0 = |0|p, (4.4)
onde para obtermos o estado fundamental de acuo devemos considerar a parte de
momento do centro de massa. Assim,
|0 |p |˜p = |0,
˜
0|p, ˜p (4.5)
representa o acuo fundamental em T = 0 e
A
µ
n
|0 = 0 , n, (4.6)
ˆp
µ
|p = p
µ
|p. (4.7)
Uma vez duplicado o n´umero de graus de liberdade; faz-se uso dos operadores
unit´arios de Bogoliubov G
µ
n
, para obtermos a descri¸ao ermica. Definimos
G
µ
n
=
n
(β
T
)(A
n
·
˜
A
n
˜
A
n
· A
n
). (4.8)
onde θ(β
T
) ´e um parˆametro real que depende da estat´ıstica do n - ´esimo modo
cosh θ
n
(β
T
) = (1 e
β
T
M
)
1
. A
n
·
˜
A
n
representa o produto escalar A
µ
n
A
µ n
no espa¸co
de Minkowski. Os operadores G
µ
n
ao hermitianos e G
|n|
= G
n
para n < 0.
Escolhido o calibre de cone de luz, onde x
± x
25
; µ = 1, ··· , 24; D = 26, sem
anomalias, sem estados fantasmas G
n
=
24
µ=1
G
µ
n
.
As rela¸coes de comuta¸ao entre operadores de Bogoliubov e os osciladores ao:
[G
n
, A
µ
n
] =
n
(β
T
)
A
µ
n
, [G
n
, A
µ
n
] =
n
(β
T
)
A
µ
n
, (4.9)
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT41
[G
n
,
A
µ
n
] =
n
(β
T
)A
µ
n
, [G
n
,
A
µ
n
] =
n
(β
T
)A
µ
n
, (4.10)
Vamos construir o estado de acuo t´ermico e os operadores de aniquila¸ao e cria¸ao
t´ermicos para corda aberta
|0(β
T
)
osc
=
m>0
e
iG
m
|0, (4.11)
onde |0 = |0
˜
|0. O acuo t´ermico do sis tema total `a tempe ratura finita cont´em
contribui¸oes do momento linear
|0(β
T
) = |0(β
T
)
osc
|p|˜p. (4.12)
Os operadores que aniquilam o acuo ermico ao
A
µ
n
(β
T
) = e
iG
n
A
µ
n
e
iG
n
,
˜
A
µ
n
(β
T
) = e
iG
n
˜
A
µ
n
e
iG
n
. (4.13)
e os operadores que criam estados a partir do acuo ermico ao conjugados hermi-
tianos destes. Os estados do sistema a temperatura finita ao obtidos atuando no
acuo ermico com os operadores ermicos de cria¸ao e destrui¸ao. Os estados obti-
dos pertencem a um espa¸co de Fock t´ermico. As coordenadas de momento e centro
de massa da corda ao invariantes por transforma¸oes de Bogoliubov, ou seja, todos
os operadores dos osciladores comutam com os operadores x, ˜x, p, ˜p , podemos tratar
a corda como um conjunto de osciladores bosˆonicos. Os operadores de entropia para
a corda bosˆonica aberta, diretamente de suas defini¸c ˜oes ao
K =
24
µ=1
n=1
(A
µ
n
A
µ
n
log sinh
2
θ
n
A
µ
n
A
µ
n
log cosh
2
θ
n
) (4.14)
e o operador
˜
K obtido atrav´e s da conjuga¸ao til do K. O acuo ´e invariante sob
a ope ra¸ao til, todas as informa¸oes est´a contida em operadores sem til, assim os
elementos de matriz que interessam ao os do operador K. Foi ´util escrever
K =
24
µ=1
K
µ
, (4.15)
A entropia da corda representa a soma das entropias de todos osciladores em todas
as dire¸oes. Pretendemos encontrar a entropia da corda associada mais geral da
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT42
equa¸ao de movimento. A entropia ´e fun¸ao do campo x(τ, σ) que descreve a folha
mundo e as condi¸oes de contorno nas equa¸oes de movimento informam qual ´e a
dependˆencia com os parˆametros da folha mundo. Vamos escolher a solu¸ao geral
com as c.c. NN para calcularmos os elementos de matriz, inicialmente.
Os elementos de matriz < X
µ
(β
T
) |K|X
ν
(β
T
) > podem ser separados em duas
partes: a primeira que conem as coordenadas e momento do centro de massa e a
parte que cont´em a informa¸ao dos osciladores, ou seja
X
µ
(β
T
) |K
ρ
|X
µ
(β
T
) = termos do c. m.
2α
n,k,l>0
e
i(ln)τ
ln
cos cos lσ [(T
1
)
µρν
nkl
+ (T
2
)
µρν
nkl
] ,
(4.16)
onde
(T
1
)
µρν
nkl
=
˜
0, 1
µ
n
|
m>0
e
iG
m
A
ρ
k
A
ρ
k
log sinh
2
θ
k
s>0
e
iG
s
|1
ν
l
,
˜
0˜p, p|˜q, q,
(T
2
)
µρν
nkl
=
˜
0, 1
µ
n
|
m>0
e
iG
m
A
ρ
k
A
ρ
k
log cosh
2
θ
k
s>0
e
iG
s
|1
ν
l
,
˜
0˜p, p|˜q, q
(4.17)
e
|1
µ
l
= A
µ
l
|0. (4.18)
Aqui, consideramos a normaliza¸ao usual dos estados de momento em um volume
V
24
no espa¸co transverso
p|q = 2π δ
(24)
(p q) (4.19)
(2π)
24
δ
(24)
(0) = V
24
. (4.20)
Resulta, ap´os uma simples ´algebra, a contribui¸ao dos osciladores para o elemento
de matriz
X
µ
(β
T
) |K
ρ
|X
µ
(β
T
) = termos do c.m. 2α
(2π)
(48)
δ
µν
δ
(24)
(p q)δ
(24)
(˜p ˜q) ×
n>0
1
n
cos
2
[log(tanh θ
n
)
2
δ
ρν
δ
ρρ
k>0
δ
kk
]. (4.21)
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT43
Por sua vez os termos CM pode ser divido em duas partes: uma contendo somente
operadores de posi¸ao e momento e outra com a contribui¸ao dos osciladores. Usan-
do a rela¸ao de completeza dos autoestados dos operadores de momento junto com
os elementos de matriz
x|p = (2π)
12
e
ip·x/
, (4.22)
os termos contendo posi¸ao e momento do CM podem ser calculados. A contribui¸ao
devida aos osciladores ´e obtida expressando os osciladores em T = 0 em termos
dos osciladores em T = 0 ou escrevendo o acuo ermico em termos de acuo
a temperatura nula. Os dois mo dos de alculo levam ao mesmo resultado. Usan-
do as propriedades dos operadores de Bogoliubov mostra-se que as contribui¸oes
dos termos onde a mistura de operadores de centro de massa com parte dos os-
ciladores ao cancelados. Os termos diferentes de zero ao todos proporcionais a
< 0(β
T
)
K
P
0(β
T
) >. A rela¸ao final para a entropia, levando em conta todas as
contribui¸oes ´e
X
µ
(β
T
) |K
ρ
|X
µ
(β
T
) =
(2π)
24
(2π)
24
(2α
τ)
2
p
µ
p
ν
δ
(24)
(p p
) + 2α
τ(I
µ
2
p
ν
+ I
ν
2
p
µ
) + I
µ
2
I
ν
2
j=µ,ν
I
j
1
× δ
(24)
(˜p
˜
p
)
m=1
[n
ρ
m
log n
ρ
m
+ (1 n
ρ
m
) log(1 n
ρ
m
)] 2α
(2π)
(48)
δ
µν
δ
(24)
(p p
)
× δ
(24)
(˜p
˜
p
)
n>0
1
n
cos
2
log(tanh θ
n
)
2
δ
ρν
δ
ρρ
k>0
δ
kk
, (4.23)
onde as integrais unidimensionais no dom´ınio x [x
0,
x
1
] ao
I
1
= i(p
p)
1
e
i
(p
p)x
1
e
i
(p
p)x
0
(4.24)
I
2
= i(p
p)
1
iI
1
+ x
1
e
i
(p
p)x
1
x
0
e
i
(p
p)x
0
. (4.25)
e os estados de momento final e inicial ao escolhidos por |p > e |p
>, respectiva-
mente. O n´umero de excita¸oes da corda no acuo ermico ´e
n
ρ
m
=
0(β
T
)
A
ρ
m
A
ρ
m
0(β
T
)
= sinh
2
θ
m
(4.26)
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT44
Uma vez que as condi¸oes de contorno ao imposta nas coordenadas da folha
mundo, podemos de forma semelhante obter express˜oes para as entropias das cordas
submetidas as demais c.c DD, DN e ND. Nestes casos ao existem operadores
associados com as coordenadas e momentos de centro de massa, mas vetores de
posi¸ao constante associados as suas extremidades, ao havendo contribui¸ao destes
termos para a entropia.
Os termos dos elementos de matriz diferentes de zero obtidos ao
DD : X
µ
(β
T
) |K
ρ
|X
µ
(β
T
) = 2α
(2π)
(48)
δ
µν
δ
(24)
(p p
)δ
(24)
(˜p
˜
p
)
×
n>0
1
n
sin
2
log(tanh θ
n
)
2
δ
ρν
δ
ρρ
k>0
δ
kk
(4.27)
DN : X
µ
(β
T
) |K
ρ
|X
µ
(β
T
) = 2α
(2π)
(48)
δ
µν
δ
(24)
(p p
)δ
(24)
(˜p
˜
p
)
×
r=Z+1/2
1
r
sin
2
rσ
log(tanh θ
r
)
2
δ
ρν
δ
ρρ
k>0
δ
kk
(4.28)
ND : X
µ
(β
T
) |K
ρ
|X
µ
(β
T
) = 2α
(2π)
(48)
δ
µν
δ
(24)
(p p
)δ
(24)
(˜p
˜
p
)
×
r=Z+1/2
1
r
cos
2
rσ
log(tanh θ
r
)
2
δ
ρν
δ
ρρ
k>0
δ
kk
(4.29)
(Z +
1
2
), ao n´umeros inteiros. As express˜oes obtidas ao a entropia como fun¸ao
da folha mundo. Esta entropia ao pode ser pensada como a entropia do acuo da
corda bosˆonica que ´e dada como a soma em todas as condi¸oes espa¸co - temporais
da entropia dos bosons escalares sem massa e ao dependentes das c.c.
A contribui¸ao para entropia dos estados da corda com condi¸oes de contorno
DD, DN e ND pode ser calculada truncado as trˆes rela¸oes anteriores ap´os o primeiro
termo de oscilador ou calculado o elemento de matriz K
ρ
nos estados ermicos que
descrevem campos de massa nula. Os campos de massa nula formam um multipleto
U(1), A
j
= α
j
1
= |0 onde j = 1, . . . , p e um conjunto de (24 p) escalares
φ
a
= α
a
1
|0 onde a = p + 1, . . . , 24, dessa forma para os es tados
Ψ
λ
(β
T
)
= α
λ
1
(β
T
) |0(β
T
) (4.30)
multiplicados pelas fun¸oes dependentes de τ e σ convenientes, respeitadas as
condi¸oes de contorno, c alculamos os elementos de matriz de K
ρ
. Obtemos como
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT45
express˜ao da entropia E = E
{A}
+ E
{φ}
E
{A}
= 2α
p(sin
2
σ
n=1
log cosh
2
θ
n
+ 4 cos
2
σ
r∈Z+1/2
log cosh
2
θ
r
),
(4.31)
E
{φ}
= 2α
(24 p)(sin
2
σ
n=1
log cosh
2
θ
n
+ 4 cos
2
σ
r∈Z+1/2
log cosh
2
θ
r
)
. (4.32)
Nas duas rela¸oes acima o primeiro termo representa a contribui¸ao do setor DD
e o segundo a contribui¸ao dos setores DN e ND. Somente o termo de entropia
com as c.c NN depende de . No limite semi-cl´assico 0 a contribui¸ao devida
unicamente aos momenta ´e irrelevante. O termo dominante ´e o mesmo que domina
no limite de tens˜ao infinita quando α
0. A entropia da corda devida as c.c. DD,
DN e ND anula-se.
4.2 Estados da Corda Bosˆonica T´e rmica no
Espa¸co AdS
Para obter em primeira ordem a corda bosˆonica ermica, vamos aplicar a DCT
`a corda quantizada semicl´assica descrita na cap´ıtulo 1. Vamos discutir o ansatz
da DCT e o acuo t´emico |0(β
T
). No alculo da fun¸ao de parti¸ao Z(β
T
) a
diferen¸cas formais entre trabalhar na espa¸co de Hilbert total
ˆ
H e nos subspa¸cos
f´ısicos H e
˜
H. Da forma de Z(β
T
) em H, concluimos que operador de Bogoliubov
´e conhecido e a termaliza¸ao ´e vi´avel. Por termaliza¸ao, entendemos o processo de
colocar o sistema em contato com seu reservat´orio t´ermico de calor, o sistema inicial
a temperatura zero ´e levado a T = 0. A intera¸ao espec´ıfica ´e descrita via operador
de Bogoliubov que mistura o par de osciladores. O resultado desse procedimento ´e o
aparecimento de dois novos graus de liberdade ermicos. Diremos que o sistema est´a
dobrado quando expresso em termos dos osciladores f´ısicos e os do reservat´orio cor-
respondentes, considerando uma temperatura determinada. O ansatz fundamental
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT46
da DCT ´e expresso pelo valor edio de um operador O qualquer.
O = Z
1
(β
T
)Tr
e
β
T
H
O
0(β
T
)|O|0(β
T
), (4.33)
Na aplica¸ao da DCT o ansatz ser´a modificado, quando considerarmos uma teoria
de cordas. O novo ansatz adotado ´e
O = Z
1
(β
T
)Tr
δ(P = 0)e
β
T
H
O
0(β
T
)|O|0(β
T
), (4.34)
que tamb´em, respeita a invariˆancia por reparametriza¸oes na folha mundo. Primeiro
as simetrias da corda ao fixada e ap´os o novo ansatz ´e imposto, somente os estados
f´ısicos contribuiem no alculo do tra¸co. Todo o conjunto de v´ınculos deve ser im-
plementado antes da imposi¸ao desse novo ansatz. O acuo ermico na DCT tem a
forma
|0(β
T
) =
w
w
f
w,w
(β
T
)|w|w, (4.35)
onde neste caso w e w ao multi-´ındices correspondentes aos modos α e aos modos
auxiliares β do reservat´orio, respectivamente, introduzimos a nota¸ao para os auto-
valores dso operadores n´umero
N
n
= n
D1
µ=1
k
µ
n
, N
n
= n
D1
µ=1
k
µ
n
, (4.36)
onde onde k
µ
n
e
¯
k
µ
n
ao auto-valores dos operadores n´umero
N
µ
n
|···k
µ
n
··· = nk
µ
n
|···k
µ
n
···, , N
µ
n
|···k
µ
n
··· = nk
µ
n
|···k
µ
n
···, (4.37)
respectivamente, para qualquer µ = 1, 2, . . . , D 1 e n = 1, 2, . . . , ou seja eles
satisfazem as rela¸oes
f
w
,w
(β
T
)f
w,w
(β
T
) = Z
1
(β
T
)δ(w
, w)δ(w
, w)
exp
β
T
πm
2
α
2
1 exp
β
T
π
2
l

D1
×
+1/2
1/2
ds exp
2πα
n
λ
n
(β
T
, s)N
n
+ λ
n
(β
T
, s)N
n
,
(4.38)
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT47
onde δ(w, w
) e δ(w, w
) ao nota¸oes abreviadas para o produto de fun¸oes delta,
para cada par de ´ındices no multi - ´ındice correspondente e
λ
n
(β
T
, s) = β
T
ω
n
is
α
, λ
n
(β
T
, s) = β
T
ω
n
+
is
α
. (4.39)
O v´ınculo pode ser escrito usando a representa¸ao anal´ıtica da fun¸ao delta
δ(P = 0) δ(N N) =
+1/2
1/2
ds e
2πis
(
NN
)
. (4.40)
A rela¸ao de ortogonalidade (4.38) mostra que, como no caso do espa¸co - tempo de
Minkowski, os coeficientes na expans˜ao do acuo t´ermico ao vetores do espa¸co de
Hilbert idˆenticos aos do espa¸co de Hilbert das cordas, ou seja, o espa¸co de Hilbert
ˆ
H
que tem os graus de liberdade do reservat´orio, tamb´em, como mostra a rela¸ao (*)
na expans˜ao de |0(β
T
) no espa¸co de Hilbert total
ˆ
H = H
H, estes vetores ao
escritos com os funcionais de Columbeau [60], i ´e a raiz quadrada de fun¸ao delta.
Isto sugere que o acuo t´ermico ´e realmente um estado do espa¸co f´ısico total
H
f´ısico
e
H e ao de todo espa¸co. Al´em disso, ao fator com fun¸ao delta se o tra¸co de (4.33)
´e tomada sobre
H
f´ısico
em vez de
ˆ
H e, consequentemente, ao a dependˆencia do
acuo t´ermico com os v´ınculos. p or simplicidade, vamos trabalhar no que depende
do espa¸co f´ısico. Enao a rela¸ao (4.35) pode ser expressa
|0(β
T
) = Z
1
2
(β
T
)δ(w
, w)δ(w
, w)
exp
β
T
πm
2
α
2
2
1 exp
β
T
π
2
l

D1
2
×
w
w
exp
β
T
πα
n=1
ω
n
N
n
+ N
n
|w, w
|w, w. (4.41)
Aqui, os estados de multi-´ındice ao |w, w
H
f´ısico
,respectivamente. A fun¸ao de
parti¸ao pode ser obtida impondo que o acuo t´ermico ´e normalizado e tomando o
tra¸co do operador identidade no subespa¸co f´ısico
Z(β
T
) =
exp
β
T
πm
2
α
2
1 exp
β
T
π
2
l

D1
n=1
1 e
β
T
πα
n
2(1D)
. (4.42)
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT48
Aqui, o fator 2 na exponencial vem das contribui¸oes iguais dos osciladores com α
e β, respectivamente.
As rela¸c ˜oes anteriores mostram que a decomposi¸ao do acuo ermico em termos
dos estados f´ısicos ´e semelhante a do c ampo livre quˆantico no espa¸co - tempo de
Minkowski. Todavia, a duas diferen¸cas importantes. A primeira nas contribui¸oes
no modo zero e o quadrado da massa que aparece na exponencial. A segunda
diferen¸ca, diz respeito a validade desse estado como estado de acuo ermico de
corda - ´e alido somente localmente no sistema de referˆencia de centro de massa, e
´e, ao longo de geoesicas no espa¸co-tempo AdS.
O mapeamento da teoria em T = 0 para T = 0 ´e gerado pelo operador de
Bogoliubov dependente da temperatura, correspondendo a todos os osciladores da
sistema total
G = G
0
+ G + G, (4.43)
onde o operador de Bogoliubov para o modo zero ´e
G
0
=
0
(β
T
)
D1
µ=1
˜α
µ
0
α
µ
0
α
µ
0
˜α
µ
0
, (4.44)
e o parˆametro θ
0
´e relacionado a fun¸ao distribui¸ao como
cosh θ
0
(β
T
) =
1 e
β
T
ω
0
1
2
. (4.45)
A frequˆencia do modo zero ´e
ω
0
=
π
2
l
. (4.46)
Os operadores de Bogoliubov G e G para os modos α e β, respectivamente, tem a
forma
G
0
=
n=1
G
n
= i
n=1
θ
n
(β
T
)
D1
µ=1
˜α
µ
n
α
µ
n
α
µ
n
˜α
µ
n
, (4.47)
G
0
=
n=1
G
n
= i
n=1
θ
n
(β
T
)
D1
µ=1
˜
β
µ
n
β
µ
n
β
µ
n
˜
β
µ
n
. (4.48)
Os coeficientes θ
n
(β
T
) = θ
n
(β
T
) ao iguais para todos n = 1, 2, . . . µ = 1, 2, . . . , D
1, uma vez que os osciladores ao idˆenticos em ambos os setores e ao longo de
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT49
todas dire¸oes transversais do espa¸co tangente. Suas rela¸oes com as dis tribui¸oes
bosˆonicas ao
cosh θ
n
(β
T
) = cosh θ
n
(β
T
) =
1 e
β
T
ω
n
1
2
, (4.49)
onde
ω
n
= ω
n
= πα
n
2
n
+ 1
n
. (4.50)
O acuo ermico da corda bosˆonica ´e a imagem do acuo total `a temperatura zero
|0 |0
˜
|0 = |0
0
n
|0
n
n
|0
n
, (4.51)
sob a transforma¸ao unit´aria gerada pelo operador de Bogoliubov
|0(β
T
) = e
iG
|0. (4.52)
Como |0 pertence ao espa¸co f´ısico total, o operadore de Bogoliubov mapea
H
f´ısico
no espa¸co de Hilbert ermico
H (β
T
). O acuo total ´e aniquilado por todos os
operadores de aniquila¸ca˜o e tem invariˆancia translacional. O acuo t´ermico pode
ser definido da mesma forma se os operadores ao construidos com a ao sobre o
conjunto de todos operadores
O {O} = {α
µ
0
, α
µ
0
, ˜α
µ
0
, ˜α
0
; α
µ
n
, α
µ
n
, ˜α
µ
n
, ˜α
n
; β
µ
n
, β
µ
n
,
˜
β
µ
n
,
˜
β
n
}, (4.53)
de transforma¸oes similares geradas pelo operador de Bogoliubov
O(β
T
) = e
iG
Oe
iG
= {e
iG
Oe
iG
}. (4.54)
O espa¸co H
(β
T
)
tem a estrutura de um espa¸co de Fock. Os estados de acuo t´ermico
satisfazem as rela¸oes
α
µ
0
(β
T
)|0(β
T
) = α
µ
n
(β
T
)|0(β
T
) = β
µ
n
(β
T
)|0(β
T
) = 0, (4.55)
˜α
µ
0
(β
T
)|0(β
T
) = ˜α
µ
n
(β
T
)|0(β
T
) =
˜
β
µ
n
(β
T
)|0(β
T
) = 0. (4.56)
Como o operador de Bogoliubov mistura os modos de osciladores a temperatura zero
de todos os setores, a temperatura finita osciladores sem til e com til ao representam
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT50
mais grau de liberdade da corda e do reservat´orio, respectivamente. Portanto, eles
representam as oscila¸oes t´ermicas do sistema aquecido que resulta da intera¸ao a
temperatura zero da corda e seu reservat´orio. Um estado de corda ermica, dever´a
conter um n´umero arbitr´ario de excita¸oes de todos os setores e tem como forma
geral
|Ψ
µ
1
...ν
1
...ρ
1
...τ
1
m
1
...ν
1
...p
1
...q
1
(β
T
) =
α
µ
1
m
1
(β
T
)
k
µ
1
m
1
···
β
ν
1
n
1
(b
T
)
k
ν
1
n
1
···
˜α
ρ
1
p
1
(β
T
)
s
ρ
1
p
1
···
˜
β
τ
1
q
1
(β
T
)
s
τ
1
q
1
···|0(β
T
).
(4.57)
O estado cont´em k
µ
1
m
1
exita¸oes t´ermicas do tipo α
m
1
na dire¸ao µ
1
,
¯
k
ν
1
n
1
excita¸oes
t´ermicas do tipo β
n
1
na dire¸ao γ
1
, etc.
As simetrias da corda ermica podem ser verificadas utilizando-se a ´algebra con-
forme nos estados t´ermicos. Todavia, os operadores L
n
e
¯
L
n
ao comutam com
operadore de Bogoliubov a ´algebra conforme ´e quebrada a temperatura finita.
´
E
natural perguntamos se a simetrias e v´ınculos que possam ser impostos sobre os
estados da corda. A resposta a quest˜ao ´e obtida notando que a dinˆamica da corda
a temperatura finitas pose ser derivada da Lagrangeana
L
2
(β
T
) = e
iG
ˆ
L
2
e
iG
, (4.58)
onde
ˆ
L
2
= L
2
˜
L
2
e L
2
´e a Lagrangeana correspondente a ao truncada dada pela
rela¸ao (4.58) e
˜
L
2
´e a parte do reservat´orio associado. Da Lagrangeana acima, a
Hamiltomiana e momento na folha mundo em D = 2 + 1 ao
ˆ
H = H
˜
H ,
ˆ
P = P
˜
P , (4.59)
e mostra que as rela¸oes de comuta¸ao ao
ˆ
H, G
=
ˆ
P , G
= 0. (4.60)
Sendo
H a hamiltonia total da corda bosˆonica podemos interpretar
P como sendo
o momento total. Finalmente, qual estado f´ısico |Ψ
f´ısico
 = |Ψ
f´ısico
|Ψ
f´ısico
pode
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT51
ser mapeado no estado ermico
|Ψ
fisico
(β
T
) = e
iG
|Ψ
fisico
, (4.61)
que ´e invariante por transla¸ao na folha mundo
ˆ
P |Ψ
fisico
(β
T
) = 0. (4.62)
A rela¸ao acima juntamente com a invariˆancia da Hamiltoniana ao usadas para
definir os estados t´ermicos. Observamos que na rela¸ao acima, os operadores est˜ao
a temperatura zero e o estado a temperatura finita.
Considerando os modos de oscila¸ao da corda no espa¸co de Hilbert f´ısico, a
entropia pode ser localmente definida como o valor esperado do operador K no
acuo t´ermico da corda, como mostrado no cap´ıtulo anterior. O operador K ´e
K =
n=1
D1
µ=1

α
µ
n
α
µ
n
+ β
µ
n
β
µ
n
log sinh
2
θ
n
(β
T
)
α
µ
n
α
µ
n
+ β
µ
n
β
µ
n
log cosh
2
θ
n
(β
T
)
D1
µ=1
α
µ
0
α
µ
0
log sinh
2
θ
0
(β
T
) α
µ
0
α
µ
0
log cosh
2
θ
0
(β
T
)
. (4.63)
Usando o valor esperado do operador n´umero no acuo ermico
0(β
T
)|α
µ
n
α
µ
n
|0(β
T
) = 0(β
T
)|β
µ
n
β
µ
n
|0(β
T
) = sinh
2
θ
n
(β
T
), (4.64)
para todos osciladores, podemos escrever a entropia
S = 2(D 1)k
B
n=1
[β
T
πα
n
f(πα
n
) + log(1 + f(πα
n
))]
+ (D 1)k
B
β
T
π
2
l
f(
π
2
l
) + log
1 + f(
π
2
l
)

, (4.65)
onde
f(ω
n
) =
1
e
β
T
ω
n
1
, (4.66)
´e a fun¸ao distribui¸ao por n = 1, 2, . . .. Por defini¸ao a energia livre ´e dada por
valor esperado do operador F no acuo t´ermico, onde
F =
1
k
B
K + H. (4.67)
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT52
Com o uso dos alculos acima e a forma expl´ıcita da Hamiltoniana loc al, obtemos a
energia livre de Helmholtz
F  = (D 1)
n=1
4πα
n
f(πα
n
) +
2π
2
l
f(
π
2
l
)
+
(D 1)
β
T
2
n=1
log (1 + f(πα
n
)) + log
1 + f(
π
2
l
)
πm
2
α
2
,
(4.68)
onde os dois ´ultimos termos representam a contribui¸ao dos modos zero e a da massa
da corda, respectivamente. Os dois ´ultimos termos na entropia diferem a fun¸ao S
0
,
com tens˜ao da corda e a constante cosmol´ogica. A temperatura constante e para
T
2
s
>>
T
4π
Λ, (4.69)
S
0
depende da temperatura como
S
0
1 + log
1 +
1
β
T
ω
0
. (4.70)
Assim, esta contribui¸ao d´eve ser relevante a altas temperaturas
T >>
m
4πk
B
Λ. (4.71)
Para valores, onde a tens˜ao da corda T
s
´e
T
2
s
<<
T
4π
Λ, (4.72)
os ´ultimos termos na entropia dependem da temperatura como
S
0
log(2 β
T
ω
0
) + β
T
ω
0
(β
T
ω
0
)
2
. (4.73)
Neste casa, a temperatura c´utica T c
T
c
=
8πk
B
mT
2
s
Λ
. (4.74)
Para T < T
c
o modo zero da entropia ao ´e bem definido. Este resultado pode
ser interpretado como ao validade do procedimento de quantiza¸ao semicl´assico no
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT53
limite de tens˜ao nula da teoria de cordas. Neste limite, a intera¸ao entre os osciladores
da corda vai al´em da aproxima¸ao em primeira ordem da expans˜ao pertubativa em
. Os efeitos da corda ao reduzidos no limite de tens˜ao grande o suficiente, para que
a corda se comporte mais como uma part´ıcula. Considera¸oes se melhantes podem
ser tiradas da energia livre.
4.3 acuo T´ermico no Espa¸co de Hilbert Total
Aplicando o postulado fundamental da DCT do cap´ıtulo 3, modificado para teoria
de cordas como visto anteriormente, o valor esperado de um operador O no espa¸co
de Hilbert total ´e
Z
1
(β
T
)Tr
δ(P = 0)e
β
T
H
O
0(β
T
)|O|0(β
T
), (4.75)
onde o estado do acuo ermico no espa¸co de Hilbert total ´e
|0(β
T
) =
Z
1
2
(β
T
) e xp(
β
T
πm
2
α
2
)
2
1 exp
β
T
π
2
l

D1
2
w
w
+1/2
1/2
ds exp
ns
D1
µ=1
k
µ
n
k
µ
n
1
2
× exp
β
T
πα
n=1
n
D1
µ=1
k
µ
n
+ k
µ
n
|w, w
|w, w. (4.76)
A fun¸ao de parti¸ao ermica tem forma explicita
Z(β
T
) =
exp(β
T
πm
2
α
2
)
1 exp
β
T
π
2
l

D1
+1/2
1/2
ds
n=1

1 e
πα
n
(β
T
,s)
1 e
πα
n
(β
T
,s)

1D
.
(4.77)
No espa¸co de Hilbert total a Hamiltoniana tem a forma
H
= 2πα
n1

2
n
+ 1
n
N
n
+
N
n
+ 2πis
N
n
N
n
+
π
2
l
α
0
·α
0
πm
2
α
2
,
(4.78)
que difere da (2.122) por conter a condi¸ao de n´ıveis iguais (level matching) dada
na express˜ao (2.123). A Hamiltoniana (4.78) est´a de acordo com a interpreta¸ao
CAP
´
ITULO 4. ESTADOS DA CORDA BOS
ˆ
ONICA T
´
ERMICA NO FORMALISMO DCT54
do parˆametro s como multiplicador de Lagrange [25]. A presen¸ca dos v´ınculos na
Hamiltoniana (4.78) se deve a expans˜ao do acuo t´ermico no espa¸co de Hilbert total
enquanto a Hamiltoniana (2.122) de partida tem os estados escolhidos no espa¸co
de Hilbert f´ısico. Desenvolver o alculo das grandezas f´ısic as da corda bosˆonica em
qualquer uma das representa¸oes deve ser equivalente sendo que trabalhar no espa¸co
de Hilbert total implica manipular os funcionais de Columbeau [60].
A teoria de cordas bosˆonicas ´e conforme no espa¸co AdS D = 2+1 [41] onde a ter-
maliza¸ao no m´etodo DCT ´e exata. Entretanto, a ´algebra de Virasoro ao se realiza
na representa¸ao de estados t´ermicos aparecendo uma quebra da simetria conforme.
´
E interessante estudar a termaliza¸ao da ´algebra de Virasoro usando a representa¸ao
de osciladores que possibilitam implementar de modo direto o formalismo DCT. O
passo inicial para a constru¸ao da ´algebra de Virasoro ermica foi dado utilizando
t´ecnicas alg´ebricas de Wigner-Heisenberg na constru¸ao dos geradores da ´algebra de
Virasoro [51].
Cap´ıtulo 5
Conclus˜oes
Calculamos a entropia e a energia livre para todas as solu¸oes da corda t´ermica
bosˆonica aberta , onde ao levadas em considera¸ao todas as condi¸oes de contorno
poss´ıveis [48].
Formulamos uma teoria a temperatura finita para excita¸oes ermicas livres
da corda bosˆonica fechada no espa¸co AdS.na abordagem de DCT. A m´etrica no
espa¸co AdS ´e tratada exatamente quando a corda e o reservat´orio ermico ao semi-
classicamente quantizados em teoria de perturba¸ao at´e primeira ordem com respeito
ao parˆametro adimensional = α
H
2
onde H ´e a constante de Hubble. Com fundo
de buraco negro no AdS conforme D = 2 +1, a quantiza¸ao ´e exata. O m´etodo pode
ser extendido a espa¸co-tempo AdS arbitr´ario. A aproxima¸ao ´e tomada no sistema
de referˆencia de centro de massa, sendo justificada p elo fato de que em primeira
ordem a dinˆamica da corda ´e determinada somente pela intera¸ao entre os modos
livres de oscila¸oes da corda e a solu¸ao de fundo exata. A corda t´ermica bosˆonica
fechada em primeira ordem ´e obtida por termaliza¸ao do sistema em T = 0 efet-
uada pelos operadores de Bogoliubov da DCT. Determinamos os estados da corda
t´ermica bosˆonica fechada e calculamos a entropia local e a energia livre nos sistema
de referˆencia de centro de massa. Discutimos tamb´em a rela¸ao entre a Hamiltoni-
ana no espa¸co de Hilbert total e o espa¸co de Hilbert f´ısico. A DCT tem-se mostrado
prof´ıcua neste procedimento canˆonico e perturbativo em que submetemos as cordas.
55
CAP
´
ITULO 5. CONCLUS
˜
OES 56
O pr´oximo passo no desenvolvimento de nosso trabalho indica caminhos na
aplica¸ao a cordas supersim´etricas e tamb´em ao estudo das D-branas. Uma poss´ıvel
generaliza¸ao do etodo apresentado nesta tese, com aplica¸oes na teoria de cordas
e supercordas, ´e a termaliza¸ao no formalismo DCT das representa¸oes da ´algebra de
Virasoro usando t´ecnicas alg´ebricas de Wigner-Heisenberg para sistemas bosˆonicos
[51].
Referˆencias
[1] M. A. Vazquez-Mozo, Phys. Lett. B 388, 494 (1996); J. L. F. Barbon,
M. A. Vazquez-Mozo, Nucl. Phys. B 497, 236 (1997).
[2] A. Bytsenko, S. Odintsov and L. Granada, Mod. Phys. Lett. A11, 2525(1996).
[3] J. Ambjorn, Yu. Makeenko, G. W. Semenoff and R. Szabo, Phys. Rev. D60,
106009(1999).
[4] G. Dvali, I. I. Kogan and M. Shifman, Phys. Rev. D62, 106001(2000).
[5] S. Abel, K. Freese and I. I. Kogan, JHEP 0101, 039(2001).
[6] I. I. Kogan, A. Kovner and M. Schvellinger, JHEP 0107, 019 (2001).
[7] S. A. Abel, J. L. F. Barbon, I. I. Kogan, E. Rabinovici, JHEP 9904, 015(1999).
[8] J. L. F. Barbon, E. Rabinovici, JHEP 0106, 029(2001).
[9] S. S. Gubser, S. Gukov, I. R. Klebanov, M. Rangamani and E. Witten, J.
Math. Phys. 42, 2749 (2001)
[10] M. B. Green and P. Wai, Nucl. Phys. B431, 131(1994).
[11] M. B. Green, Nucl. Phys. B381, 201(1992).
[12] M. B. Green and M. Gutperle, Nucl.Phys. B476, 484(1996).
[13] M. Li, Nucl. Phys. B 460, 351(1996).
57
REFER
ˆ
ENCIAS 58
[14] C. Callan Jr. and I. Klebanov, Nucl. Phys. B465, 473(1996).
[15] P. Di Vecchia and A. Liccardo, D-Branes in String Theory I, hep-th/9912161;
D-Branes in String Theory II, hep-th/9912275.
[16] P. Di Vecchia, M. Frau, A. Lerda and A. Liccardo, Nucl. Phys. B565,
397(2000).
[17] Y. Leblanc, Phys. Rev. D38, 3087(1988).
[18] Y. Leblanc, Phys. Rev. D36, 1780(1987); Phys. Rev. D37, 1547(1988); Phys.
Rev. D39, 1139(1989); Phys. Rev. D39, 3731(1989).
[19] Y. Leblanc, M. Knecht and J. C. Wallet, Phys. Lett. B237, 357(1990).
[20] H. Fujisaki and K. Nakagawa, Prog. Theor. Phys. 82, 236(1989); Prog. Theor.
Phys. 82, 1017(1989); Prog. Theor. Phys. 83, 18(1990); Europhys. Lett. 20,
677(1992); Europhys. Lett. 28, 471(1994).
[21] H. Fujisaki, Il Nuovo Cimento, 108A, 1079(1995).
[22] H. Fujisaki and K. Nakagawa, Europhys. Lett. 35, 493(1996).
[23] D. L. Nedel, M. C. B. Abdalla and A. L. Gadelha, Phys. Lett. B 598, 121
(2004).
[24] M. C. B. Abdalla, A. L. Gadelha and D. L. Nedel, JHEP 0510, 063 (2005).
[25] M. C. B. Abdalla, A. L. Gadelha and D. L. Nedel, Phys. Lett. B 613, 213
(2005).
[26] M. C. B. Abdalla, A. L. Gadelha and D. L. Nedel, PoS(WC2004), 032 (2004).
[27] I. V. Vancea, Phys. Lett. B 487, 175 (2000).
[28] M. C. B. Abdalla, A. L. Gadelha and I. V. Vancea, Phys. Rev. D 64, 086005
(2001).
REFER
ˆ
ENCIAS 59
[29] M. C. B. Abdalla, A. L. Gadelha and I. V. Vancea, Phys. Rev. D 66, 065005
(2002).
[30] M. C. B. Abdalla, A. L. Gadelha and I. V. Vancea, D-branes at finite temper-
ature in TFD, hep-th/0308114.
[31] M. C. B. Abdalla, A. L. Gadelha and I. V. Vancea, Int. J. Mod. Phys. A 18,
2109 (2003).
[32] M. C. B. Abdalla, A. L. Gadelha and I. V. Vancea, Nucl. Phys. Proc. Suppl.
127, 92 (2004).
[33] I. V. Vancea, Phys. Rev. D 74, 086002 (2006).
[34] I. V. Vancea, PoS(IC2006), 36(2006).
[35] I. V. Vancea, Phys. Rev. D 74, 086002 (2006).
[36] H. J. de Vega and N. Sanchez, Phys. Lett. B 197, 320 (1987).
[37] H. J. de Vega and N. Sanchez, Nucl. Phys. B 299, 818 (1988).
[38] N. G. Sanchez, Phys. Lett. B 195, 160 (1987).
[39] A. L. Larsen and N. Sanchez, Phys. Rev. D 50, 7493 (1994).
[40] H. J. de Vega, A. L. Larsen and N. G. Sanchez, Phys. Rev. D 58, 026001
(1998).
[41] M. Banados, C. Teitelboim and J. Zanelli, Phys. Rev. Lett. 69, 1849 (1992).
[42] M. Banados, M. Henne aux, C. Teitelboim and J. Zanelli, Phys. Rev. D 48,
1506 (1993)
[43] G.T. Horowitz and D.L. Welch, Phys. Rev. Lett. 71 (1993) 328.
[44] P. Goddard, J. Goldstone, C. Rebi e C. B. Thorn, Nucl. Phys. B56, 109(1973).
REFER
ˆ
ENCIAS 60
[45] T. Matsubara, Prog. Theor. Phys. 14, 351 (1955).
[46] Y. Takahashi, H. Umezawa, Collective Phenom. 2, 55 (1975).
[47] Y. Takahashi, H. Umezawa, Int. J. Mod. Phys. B10, 1755 (1996).
[48] M. C. B. Abdalla, E. L. Graca and I. V. Vancea, Phys. Lett. B 536, 114 (2002).
[49] H. Belich, E. L. Graca, M. A. Santos and I. V. Vancea, J. High Energy Physics
02(2007)037.
[50] E. L. Graca and I. V. Vancea, Thermal string vacuum in black-hole AdS space-
time, hep-th/0505210, submetido para publica¸ao.
[51] E. L. da Graca, H. L. Carrion and R. de Lima Rodrigues, Braz. J. Phys. 33,
333 (2003).
[52] E. L. Graca, I. V. Vancea, Estados ermicos da Corda Aberta no Formal-
ismo DCT, apresentado no encontro 2nd International Conference on Fun-
damental Interactions, Domingos Martins, Espirito Santo, Brazil, 6-12 Jun
2004(poster).
[53] B. Hatfield, Quantum Field Theory of Point Particles and Strings, Ed.
Addison-Wesley (1992).
[54] M. B. Green, J. H. Schwarz and E. Witten, Superstring Theory, Vol.1, Ed.
Cambridge University Press (1987).
[55] J. Polchinski, String Theory, Vol. 1,Ed. Cambridge University Press (1998).
[56] W. Greiner and J. Reinhardt, Field Quantization, Ed. Springer-Verlag (1983).
[57] H. Umezawa, Advanced Field Theory: Micro, Macro and Thermal Physics, Ed.
AIP New-York, (1993).
[58] J. F. Columbeau, Elementary Introduction to New Generalized Functions Ed.
North Holland, (1985).
REFER
ˆ
ENCIAS 61
[59] W. Paniago de Souza, Corda Bosˆonica `a Temperatura Finita, tese de mestrado
IFT-UNESP (2002), hep-th/0208134.
[60] J. F. Columbeau, Elementary Introduction to New Generalized Functions
North Holland, 1985.
[61] A. L. Gadelha, Dp-Branas `a Temperatura Finita, tese de doutorado IFT-
UNESP, (2002).
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo