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recursos humanos e financeiros, prioridade absoluta, conforme estabelecido no
artigo 227 da Constituição Federal, a partir de políticas públicas integradas onde o
governo, a família, o setor privado e a sociedade civil organizada são responsáveis.
O IDI-E (Índice de Desenvolvimento Infantil Empresarial), que representa a união
de esforços entre o Instituto Ethos e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a
Infância), pretende trazer para a pauta das empresas formas concretas de contribuir
para o desenvolvimento dos filhos e dependentes de seus empregados e, assim
avançar no alcance dos Objetivos do Milênio. O conteúdo do IDI-E e seu
monitoramento permitirão balizar o processo de desenvolvimento de políticas e
programas dirigidos ao desenvolvimento infantil e, aferir os resultados na vida das
crianças, além de identificar boas práticas e lições que sejam úteis a todas as
empresas. Garantir hoje os direitos das crianças é assegurar o crescimento e
desenvolvimento de seres humanos cidadãos, responsáveis, seguros, com maior
escolaridade, melhores salários, statua social e menos violentos.
* Uma criança entre 3 e 4 anos de idade já desenvolveu grande parte do seu
potencial cerebral. Por esse motivo é fundamental que a família fortaleça suas
competências na proteção e atenção à sobrevivência, desenvolvimento e participação
dessa criança.
◊ Valorização da Diversidade
A empresa não deve permitir qualquer tipo de discriminação em termos de
recrutamento, acesso a treinamento, remuneração, avaliação ou promoção de seus
empregados. Devem ser oferecidas oportunidades iguais às pessoas, independente
do sexo, raça, idade, origem, orientação sexual, religião, deficiência física,
condições de saúde, etc. Atenção especial deve ser dada a membros de grupos que
geralmente sofrem discriminação na sociedade.
◊ Compromisso com a Eqüidade Racial
As empresas interessadas em combater o preconceito racial devem estar conscientes
de que apenas o discurso é ineficaz para transforma positivamente qualquer cenário.
Este novo indicador pretende auxiliar as empresas trazendo propostas práticas do
que pode ser feito em relação à inclusão dos negros (pretos e pardos) tais como,
contemplar este tema no código de conduta da empresa, promover censo para
monitorar e promover a eqüidade racial etc.
◊ Compromisso com a Eqüidade de Gênero
As desvantagens das mulheres no mundo do trabalho e na sociedade em geral são
um desses problemas globalizados. As políticas que se limitam tratá-la com
igualdade têm sido insuficientes, pois tratar igualmente pessoas que estão em
situações desiguais não altera desvantagens iniciais. Tampouco se deve considerar
as mulheres isoladamente, pois elas ainda são pessoas centrais nas estratégias de
manutenção das famílias. O fortalecimento do papel econômico das mulheres
também requer políticas que contribuam para reduzir sua carga de trabalho
doméstico, de cuidado com as crianças e com os idosos da família, que estimulem a
paternidade responsável e as protejam contra todas as formas de violência. Este
novo indicador tem o objetivo de mostrar o que uma empresa pode fazer para mudar
esta realidade e assim tornar-se agente de transformação social.
Trabalho Decente
◊ Política de Remuneração, Benefícios e Carreira
A empresa socialmente responsável deve considerar seus funcionários como sócios,
desenvolvendo uma política de remuneração, benefícios e carreira que valorize as
competências potenciais de seus funcionários e invista em seu desenvolvimento
profissional. Além disso, deve monitorar a amplitude de seus níveis salariais com o
objetivo de evitar reforçar mecanismos de má distribuição de renda e geração de
desigualdades sociais, efetuando ajustes quando necessário.