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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Estudo de reações de N-alquilação de pirimidin-2-onas: síntese
de novos análogos nucleosídicos modificados
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Patrícia Bulegon Brondani
Santa Maria, RS, Brasil, 2008
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Estudo de reações de N-alquilação de pirimidin-2-onas: síntese
de novos análogos nucleosídicos modificados
Por
Patrícia Bulegon Brondani
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de
Pós-graduação em Química, Área de concentração em Química
Orgânica, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS),
como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em
Química
Orientador: Prof. Dr. Nilo Zanatta
Santa Maria, RS, Brasil, 2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Comissão Examinadora, Abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado
Estudo de reações de N-alquilação de pirimidin-2-onas: síntese
de novos análogos nucleosídicos modificados
Elaborada por
Patrícia Bulegon Brondani
Como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Química
COMISSÃO EXAMINADORA:
_______________________________________________________
Prof. Dr. Nilo Zanatta – Orientador – UFSM
_______________________________________________________
Prof. Dr. Marcos A. P. Martins UFSM
_______________________________________________________
Prof. Dr. Alex F. C. Flores – UFSM
Santa Maria, 15 de Janeiro de 2008
iv
“Quando se ama não é preciso
entender o que se passa fora, pois
tudo passa a acontecer dentro de
nós.” Clarice Lispector
A minha família: meus pais,
Marineusa e Cláudio, e meu irmão
Luiz Eduardo, obrigado por todo o
apoio.
v
“É fundamental que o estudante
adquira uma compreensão e uma
percepção nítida dos valores. Tem
de aprender a ter um sentido bem
definido do belo e do moralmente
bom.” Albert Einstein
Ao professor Dr. Nilo Zanatta, meu
agradecimento, pela orientação
dedicada e ética.
vi
“O tempo é muito lento para os que
esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muitos curtos para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é
eterno.” Willian Shakespeare
Ao Bernardo, meu namorado e
amigo para todas as horas, obrigado.
vii
Agradecimentos
Aos professores Marcos A. P. Martins e Alex F. C. Flores, pela
colaboração no exame de qualificação e defesa, muito obrigado.
Aos meus colegas de laboratório e amigos: Leonardo, Helena, Liana,
Carlos, Josiane, Estefânia, Sinara, Cristiéle e Débora, meu agradecimento pela
paciência e amizade ao longo dos anos.
A aluna de graduação, Taritza, que me auxiliou no desenvolvimento do
projeto de mestrado, obrigado.
Ao Fábio e a Ana muito obrigado pela amizade sincera, paciência e
ajuda no desenvolvimento do meu projeto.
A Simone, obrigado pelos ensinamentos e amizade demonstrados.
Aos colegas dos laboratórios vizinhos pela colaboração, empréstimos de
reagentes e conversas de corredores, meu agradecimento. Em especial ao
Lucas, pela realização de meus espectros bidimensionais e a Jussara, pela
amizade dentro e fora da universidade.
Aos meus amigos de longa data e, também os mais recentes, obrigado
pela paciência e confiança.
“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os
meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”
Vinícius de Moraes
viii
RESUMO
Estudo de reações de N-alquilação de pirimidin-2-onas: síntese
de novos análogos nucleosídicos modificados
Este trabalho apresenta um estudo das reações de N-alquilação de 4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (4), citosina (5), 5-bromo-4-metóxi-4-
triclorometil-1,3H-pirimidin-2-ona (6), 4-metóxi-4-triclorometil-1,3H-pirimidin-2-
ona (7), 3-benzoil-1H-pirimidina-2,4-diona (ou 3-benzoil-uracila) (8), 3-benzoil-
5-metil-1H-pirimidina-2,4-diona (ou 3-benzoil-timina) (9). As pirimidinonas foram
testadas com os agentes alquilantes cloro-acetamida (1) e malonato de dietila
bromado (2) na presença de solventes polares (acetona, DMF, THF) e meio
básico (K
2
CO
3
ou NaH). As pirimidinonas 4, 6, 8 e 9 foram alquiladas
satisfatoriamente e em rendimentos que variaram de bons a ótimos. Não foi
possível realizar a alquilação da 4-metóxi-4-triclorometil-1,3H-pirimidin-2-ona
(7) e da citosina (5). A pirimidinona 3-benzoil-timina (9) somente foi alquilada
com sucesso na presença do alquilante 1. Os produtos alquilados, 4-
triclorometil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidin-2-ona (10), 4-Triclorometil-1-(1,3-
dietoximalon-2-il)-1H-pirimidin-2-ona (11), 5-bromo-1-(metil carbamoil)-4-
metóxi-4-triclorometil-1,3H-pirimidin-2-ona (14), 5-bromo-4-triclorometil1-(1,3-
dietoximalon-2-il)-4-metóxi--1,3H-pirimidin-2-ona (15), 3-benzoil-1-(metil
carbamoil)-1H-pirimidin-2,4-diona (18), 3-benzoil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-
pirimidin-2,4-diona (19) e 3-Benzoil-5-metil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidina-
2,4-diona (20), podem ser considerados análodos nucleosídicos acíclicos.
Na segunda etapa do trabalho realizou-se um estudo das reações de
substituição em 1-[(E)-5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-oxo-penten-2-il-]-4-triclorometil-
1H-pirimidin-2-ona (22) na presença de aminas primárias e aminoálcoois
levando a uma série de enamino cetonas triclorometiladas: 1-(5,5,5-tricloro-2-
etilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24b), 1-(5,5,5-
tricloro-2-propilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24c),
1-(5,5,5-tricloro-2-isopropilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil- 1H-pirimidin-
2-ona (24d), 1-(5,5,5-tricloro-2-fenetilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-
1H-pirimidin-2-ona (24h), 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxietilamino)-4-oxopent-2-
enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24n), 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-
ix
hidroxipropilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24o).
Quando a amina utilizada foi metilamina o produto de disssubstituição, 4-
triclorometil-1-[-N-metil-3-(metilamino)but-2-enamida-4-il]-1H-pirimidin-2-ona
(24a), foi obtido e, quando foi utilizado 2,2-dimetiletanolamina o produto de
ciclização, 1-[(2-ilideno-4,4-dimetiloxazolidin)metil]-4-triclorometil-1H-pirimidin-
2-ona (24p), foi obtido. De maneira geral, a maioria dos produtos precipitaram
de forma pura no meio reacional quando utilizou-se excesso de nucleófilo,
sendo obtidos em rendimentos moderados.
Autora: Patrícia Bulegon Brondani
Orientador: Prof. Dr. Nilo Zanatta
Universidade Federal de Santa Maria
Programa de Pós-graduação em Química
Santa Maria, 15 de Janeiro de 2008.
x
ABSTRACT
N- Alkylation reaction study on pyrimidin-2-ones:
Synthesis of new modified nucleosides analogues
This work presents a study of the N-alkylation reactions of 4-
(trichloromethyl)pyrimidin-2(1H)-one(2), 5-bromo-4-methoxy-4-(trichloromethyl)-
3,4-dihydropyrimidin-2-(1H)-one (7), 4-methoxy-4-(trichloromethyl)-3,4-
dihydropyrimidin-2(1H)-one (6), cytosine (1), 3-benzoylpyrimidine-2,4(1H,3H)-
dione (or 3-benzoyl-uracil) (10), 3-benzoyl-5-methylpyrimidine-2,4(1H,3H)-dione
(or 3-benzoyl-thymine) (11). The pyrimidines were tested with the alkylating
agents chloro-acetamide (3a) and diethyl 2-bromomalonate (3b) in the
presence of polar solvents (acetone, DMF, THF) and base (K
2
CO
3
e NaH). The
pyrimidines 4, 6, 8, and 9 were satisfactorily alkylated and in good to excellent
yields. However, we were unable to alkylate 4-methoxy-4-(trichloromethyl)-3,4-
dihydropyrimidin-2(1H)-one (6) and the cytosine (1). 3-Benzoyl-thymine 11 was
only alkylated successfully in the presence of the alkylating agent 1. The
alkylated products, 4-trichloromethyl-1-(methylcarbamoyl)-1H-pyrimidin-2-one
(10), 4-trichloromethyl-1-(1,3-diethoxymalon-2-yl)-1H-pyrimidin-2-one (11), 5-
bromo-4-trichloromethyl-1-(methylcarbamoyl)-4-methoxy-3,4-dihydropyrimidin-
2(1H)-one (14), 5-bromo-4-trichloromethyl-1-(1,3-diethoxymalon-2-yl)-4-
methoxy-3,4-dihydropyrimidin-2(1H)-one (15), 3-benzoyl-1-(methylcarbamoyl)-
1H-pyrimidin-2,4-dione (18), 3-benzoyl-1-(1,3-diethoxymalon-2-yl)-1H-pyrimidin-
2,4-dione (19) e 3-benzoyl-5-methyl-1-(methylcarbamoyl)-1H-pyrimidin-2,4-
dione (20), can be considered acyclic nucleoside analogues .
In the second stage of this work, a study of the substitution reactions on
1-[(E)-5,5,5-trichloro-2-methoxy-4-oxo-penten-2-yl]4-trichloromethyl-1H-
pyrimidin-2-one (22) in the presence of amines and aminoalcohols (synthesis of
enamino ketones), was done: 1-(5,5,5-trichloro-2-ethylamine-4-oxopent-2-enyl)-
4-trichloromethyl-1H-pyrimidin-2-one (24b), 1-(5,5,5-trichloro-2-propylamine-4-
oxopent-2-enyl)-4-trichloromethyl-1H-pyrimidin-2-one (24c), 1-(5,5,5-trichloro-2-
isopropylamine-4-oxopent-2-enyl)-4-trichloromethyl-1H-pyrimidin-2-one (24d),
1-(5,5,5-tricloro-2-phenethylamino-4-oxopent-2-enyl)-4-tricloromethyl-1H-
xi
pyrimidin-2-one (24h), 1-(5,5,5-trichloro-2-(2-hydroxyethylamine)-4-oxopent-2-
enyl)-4-trichloromethyl-1H-pyrimidin-2-one (24n), 1-(5,5,5-trichloro-2-(2-
hydroxypropylamine)-4-oxopent-2-enyl)-4-trichloromethyl-1H-pyrimidin-2-one
(24o). When the amine was methylamine the disubstitution product , 4-
trichloromethyl-1-[N-methyl-3-(methylamino)but-2-enamide-4-yl]pyrimidin-2(1H)-
one (24a), was obtained and, when the nucleophile was 2,2-
dimethylethanolamina the product, 1-[(4,4-dimethyloxazolidin-2-ylidene)methyl]-
4-(tricloromethyl)pyrimidin-2(1H)-one (24p), was obtained. Most products
precipitated in the reaction vessel as pure compounds and in good yields.
Author: Patrícia Bulegon Brondani
Adviser: Prof. Dr. Nilo Zanatta
Universidade Federal de Santa Maria
Graduate Program in Chemistry
Santa Maria, January 15, 2008
xii
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
1
2. REVISÃO DA LITERATURA
5
2.1. Síntese de análogos de nucleosídicos acíclicos
6
2.2. Síntese de análogos de nucleosídicos contendo ciclos
25
2.4. Síntese de enonas e pirimidinonas halometiladas 28
2.4.1. Aplicação de β-alcóxiviniltrialometil cetonas na síntese de
pirimidinas
30
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
34
3.1. Reações de N-alquilações
41
3.1.1. Reações de N-alquilações de 4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona e
citosina.
41
3.1.2. Reações de N-alquilação de bromo-4-metóxi-4-triclorometil-1,3H-
pirimidin-2-ona e 4-metóxi-4-triclorometil-1,3H-pirimidin-2-
ona
43
3.1.3. Reações de N-alquilação de 3-benzoil-1H-pirimidin-2,4-diona (ou
3-benzoil-uracila) e de 3-benzoil-5-metil-1H-pirimidin-2,4-diona (ou 3-
benzoil-
timina)
45
3.1.4. Espectros copia de RMN de ¹H e ¹³C
49
3.2. Reações de substituição de 1-[(E)-5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-oxo-
penten-2-il-]4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
53
xiii
3.2.1. Espectroscopia de RMN ¹H e ¹³C
58
4. CONCLUSÃO
63
5. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
65
5.1. Reagentes, solventes, métodos de identificação e determinação de
pureza
65
5.1.1. Espectroscopia de RMN
65
5.1.2. Cromatografia Líquida
65
5.1.3. Pontos de fusão
66
5.1.4. Análise Elementar
66
5.2. Reações de N-
alquilação
67
5.2.1 Síntese de 4-Triclorometil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidin-2-ona
(10)
67
5.2.2. Síntese de 4-Triclorometil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidin-2-
ona (11)
67
5.2.3. Síntese de 5-Bromo4-triclorometil--4-metóxi-1-(metil carbamoil)-
1,3H-pirimidin-2-ona (14
)
67
5.2.4. Síntese de 5-Bromo-4-triclorometil-4-metóxi-1-(1,3-dietoximalon-2-
il)-1,3H-pirimidin-2-ona (15
)
68
5.2.5. Síntese de 3-Benzoil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-diona
68
xiv
(18
)
5.2.6. Síntese de 3-Benzoil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidina-2,4-
diona (19)
68
5.2.7. Síntese de 3-Benzoil-5-metil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-
diona (20)
68
5.3. Reações de substituição de 1-[(E)-5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-
oxopenten-2-il-]4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (22
)
69
5.3.1. Síntese de 4-triclorometil-1-[-N-metil-3-(metilamino)but-2-enamida-
4-il]-1H-pirimidin-2-ona (24a)
69
5.3.2. Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-etilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil -1H-pirimidin-2-ona (24b)
69
5.3.3. Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-propilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24c
)
70
5.3.4 Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-isopropilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24d
)
70
5.3.5 Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2(fenetilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-pirimidin-2(1H)-ona (24h
)
70
5.3.6. Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxietilamino)-4-oxopent-2-
enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24n)
71
5.3.7. Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxipropilamino)-4-oxopent-2-
enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24o
)
71
5.3.8. ntese de 1-[(4,4-dimetiloxazolidin-2-ilideno)metil]-4- 71
xv
(triclorometil)-1H-pirimidin-2-ona (24p
)
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
72
Apêndice 1 –
Especrtos de RMN ¹H, ¹³C e bidimensionais
75
Apêndice 2 –
Cromatogramas e espectros de UV
95
xvi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Nomenclatura
dos compostos sintetizados
34
Tabela 2 Condições reacionais otimizadas para a obtenção dos
compostos 10,11
42
Tabela 3 - Condições reacionais otimizadas para a obtenção dos
compostos 914,15
44
Tabela 4 - Condições reacionais otimizadas para a obtenção dos
compostos 18-20
47
Tabela 5 Fórmula molecular, peso molecular, dados de análise
elementar, aspecto e pontos de fusão dos compostos 10, 11, 14, 15 e
18-20
47
Tabela 6 Dados de RMN ¹H e ¹³C dos compostos 10, 11, 14, 15 e 18-
20
49
Tabela 7- Condições reacionais otimizadas para a obtenção dos
compostos 24a-p
56
Tabela 8 - Fórmula molecular, peso molecular, dados de análise
elementar, aspecto e pontos de fusão dos compostos 24a-d,h,n-p
57
Tabela 9 - Dados de RMN ¹H e ¹³C dos compostos 17a-d,h,n-p
58
xvii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 –
Representação esquemática de um nucleosídeo
1
Figura 2 – Representação esquemática das partes de
um nucleosídeo
2
Figura 3 Exemplos de análogos nucleosídeos utilizados no combate
ao HIV
6
Figura 4 – Espectro de RMN ¹H do composto
10
51
Figura 5 – Espectro de RMN ¹H do composto 11
51
Figura 6 – Espectro de RMN do composto 24n
61
Figura 7 – Espectro de RMN ¹³C do composto 24n
61
Figura 8 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 4-Triclorometil-1-(metil
carbamoil)-1H-pirimidin-2-ona (10
)
76
Figura 9 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 4-Triclorometil-1-(1,3-
dietoximalon-2-il)-1H-pirimidin-2-ona (11
)
77
Figura 10 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 5-Bromo-4-triclorometil-4-
metóxi-1-(metil carbamoil)-1,3H-pirimidin-2-ona (14)
78
Figura 11 Espectros de RMN ¹H e ¹³C de 5-Bromo-4-triclorometil-4-
metóxi-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1,3H-pirimidin-2-ona (15
)
79
Figura 12 Espectros de RMN ¹H e ¹³C de 3-Benzoil-1-(metil
carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-diona (18
)
80
Figura 13 Espectros de RMN ¹H e ¹³C de 3-Benzoil-1-(1,3- 81
xviii
dietoximalon-2-il)-1H-pirimidina-2,4-diona (19
)
Figura 14 Espectros de RMN ¹H e ¹³C de 3-Benzoil-5-metil-1-(metil
carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-diona (20
)
82
Figura 15 Espectros de RMN ¹H e ¹³C de 4-triclorometil-1-[-N-metil-3-
(metilamino)but-2-enamida-4-il]-1H-pirimidin-2-ona (24a
)
83
Figura 16 Espectro de COSY de 4-triclorometil-1-[-N-metil-3-
(metilamino)but-2-enamida-4-il]-1H-pirimidin-2-ona (24a
)
84
Figura 17 – Espectro de HETCORR de 4-triclorometil-1-[-N-metil-3-
(metilamino)but-2-enamida-4-il]-1H-pirimidin-2-ona (24a
)
85
Figura 18 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 1-(5,5,5-tricloro-2-etilamino-
4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24b
)
86
Figura 19 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 1-(5,5,5-tricloro-2-
propilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil -1H-pirimidin-2-ona (24c
)
87
Figura 20 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 1-(5,5,5-tricloro-2-
isopropilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
(24d)
88
Figura 21 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 1-(5,5,5-tricloro-2-
fenetilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24h
)
89
Figura 22 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-
hidroxietilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
(24n)
90
Figura 23 Espectro de HETCORR de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-
hidroxietilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-pirimidin-2(1H)-ona
91
xix
(24n)
Figura 24 Espectro de RMN ¹H e ¹³C de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-
hidroxipropilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
(24o)
92
Figura 25 Espectro de ¹H e ¹³C de 1-[(4,4-dimetiloxazolidin-2-
ilideno)metil]-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24p
)
93
Figura 26 – Espectro de HETCORR de 11-[(4,4-dimetiloxazolidin-2-
ilideno)metil]-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24p
)
94
Figura 27 Cromatograma e espectro de UV de 1-(5,5,5-tricloro-2-
etilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24d
)
96
Figura 28 Cromatograma e espectro de UV de 1-(5,5,5-tricloro-2-
propilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24c
)
97
Figura 29 Cromatograma e espectro de UV de 1-(5,5,5-tricloro-2-
isopropilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
(24d)
98
Figura 30 Cromatograma e espectro de UV de 1-(5,5,5-tricloro-2-
fenetilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24h
)
99
Figura 31 Cromatograma e espectro de UV de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-
hidroxietilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
(24n)
100
Figura 32 Cromatograma e espectro de UV de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-
hidroxipropilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
(24o)
101
xx
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
Boc – t-butóxicarbonil
BSA – N,O-bis(trimetilsilil)acetamida
DEAD – Azocarboxilato de dietila
DES – Sulfato de etila
DIBALH – Hidreto de diisobutilalumínio
DMF – N,N-Dimetilformamida
DMS – Sulfato de metila
DMSO - Dimetilsulfóxido
DNA – Ácido Desoxiribonucléico
dppf – 1, 1’-bis(difenilfosfino) ferroceno
HMDS - Hexametildisilazano
LDA – diisopropilamideto de lítio
NFSI – N- Fluorbenzenosulfomidina
Py – Piridina
RNA – Ácido Ribonucléico
TBAF – Fluoreto de tetra-n-butil amônio
TMSCl – Cloreto de trimetilsilano
1
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Pirimidinas e purinas têm sido alvos constantes de estudos, devido ao fato de
ocorrerem na natureza como componentes dos ácidos nucléicos (DNA e RNA), na
forma de derivados de açúcares N-substituídos
1
.
A molécula de DNA é constituída por uma seqüência de nucleotídeos, que por
sua vez são formados por três diferentes tipos de moléculas: um açúcar
(desoxiribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada, que pode ser pirimidinica
(citosina e timina) e púrica (adenina e guanina), conforme mostrado na figura 1. No
RNA a desoxiribose é substituída por uma ribose e a timina por uracila.
O
N
NH
O
O
H
OH
OH
O
P
O
O
O
H
H
H
Base
Açúcar
Fosfato
Figura 1- Representação esquemática de um nucleotídeo
Um nucleosídeo é constituído somente por uma base nitrogenada e por uma
pentose. A base nitrogenada está covalentemente ligada à pentose, um açúcar de
cinco carbonos.
Um nucleosídeo análogo é uma substância sintética que se assemelha a um
nucleosídeo. De maneira geral as modificações na sua estrutura podem ser feitas
em qualquer uma das partes destacadas na Figura 2
2
.
1
T. L. Gilchrist. Heterocyclic Chemistry, 2
rd
Edition, Ed. Longman Scientific & Techinical, 1992, p.252.
2
Foye, W. O.;Lemke, T. L.; Williams, D. A. Principles of Medicinal Chemistry, 4
rd
Edition, Williams &
Vilkins, 1995.
2
N
XH
Y
OH
Ribose
Base
Figura 2 - Representação esquemática das partes de um nucleosídeo
Análogos de nucleosídeos que contenham uma cadeia aberta ligada à base
nitrogenada são chamados aciclonucleosídeos. Existem ainda os C-nucleosídios, N-
nucleosídeos e os O-nucleosídios, em que o ocorre ligação C-C, C-N ou C-O,
respectivamente, no carbono 1. Os nucleosídeos análogos merecem especial
atenção, tanto os púricos como os pirimídicos, constituindo-se nos mais potentes
antivirais até hoje sintetizados.
Por sua particular importância as pirimidinas vêm tendo suas propriedades
físicas e químicas extensivamente estudadas. Os nitrogênios dos anéis pirimidínicos
são nucleofílicos e podem ser alquilados
1
. A N-alquilação de pirimidinas tem
fornecido compostos com propriedades antiinflamatórias, anti-cancerígenas, anti-
radicalares, antivirais entre outras
3
.
Os pesquisadores do cleo de Química de Heterociclos (NUQUIMHE) vem
sintetizando pirimidinas a partir da ciclocondensação de 1,3 dieletrófilos com 1,3
dinucleófilos (uréias). Os precursores 1,3 dieletrofílicos têm sido obtidos a partir da
acilação de enol éteres disponíveis comercialmente ou de acetais com cloreto de
tricloroacetila ou anidrido trifluoracético.
Neste trabalho procurou-se sintetizar, de maneira simples, compostos inéditos
com possível atividade anti-viral, a partir dos blocos sintéticos desenvolvidos pelo
NUQUIMHE.
Portanto, dando continuidade aos estudos que vêm sendo desenvolvidos em
nossos laboratórios foram estabelecidos os objetivos desta dissertação:
1. Estudo das reações de alquilação de pirimidin-2-onas: 4-triclorometil-1H-
pirimidin-2-ona (4), 4-amino-1H-pirimidin-2-ona (citosina) (5), 5-bromo-4-metóxi-4-
triclorometil-1,3H-pirimidin-2-ona (6), 4-metóxi-4-triclorometil-1,3H-pirimidin-2-ona
3
Gambacorta, A.; Tofani, D.; Loreto, M. A.; Gaspen, T. ; Bernini, R. Tetrahedron 2006, 62, 6848.
3
(7), 3-benzoil-1H-pirimidina-2,4-diona (3-benzoil-uracila) (8) e de 3-benzoil-5-metil-
1H-pirimidina-2,4-diona (3-benzoil-timina) (9).
Esquema 1
R X
N
H
N
O
CCl
3
N
H
N
O
NH
2
N
H
NH
O
CCl
3
MeO
N
H
NH
O
CCl
3
MeO
Br
N
H
N
O
O
O
Ph
N
H
N
O
O
O
Ph
Me
N
N
O
NH
2
R
N
N
O
CCl
3
R
N
NH
O
CCl
3
MeO
Br
R
N
NH
O
CCl
3
MeO
R
N
N
O
O
O
Ph
R
N
N
O
O
O
Ph
Me
R
1
4
5
6
7
8
9
1
1
10, 11
12, 13
14, 15
1
16, 17
1
1
18, 19
1
20, 21
1, 2
Composto R
1
X
1, 10, 12, 14, 16, 18 e 20 CH
2
C(O)NH
2
Cl
2, 11, 13, 15, 17, 19, 21 CH(CO
2
Et)
2
Br
4
2. Realizar reações de substituição do 1-[(E)-5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-
oxopenten-2-il-]4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
4
frente a aminas primárias e
aminoálcoois.
Esquema 2
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O OMe
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O NHR
N
H
N
CCl
3
O
Cl
3
C
O
CH
2
Br
OMe
22
23a-p
24a-p
Comp. 23, 24 a b c d e f g h i
R Me Et Pr i-Pr alil Ph Bn (CH
2
)
2
Ph 4-BrPh
Comp. 23, 24 j l m n o p
R 4-ClPh 4-FPh 4-OHPh (CH
2
)
2
OH (CH
2
)
2
CH
2
OH C(CH
3
)
2
CH
2
OH
4
+
3
Ref. 4
RNH
2
4
Zanatta, N.; Flores, D. C.; Amaral, S. S.; Bonacorso, H. G.; Martins, M. A. P.; Flores, A. F. C.Synlett,
2005, 20, 3079-3082.
5
2. REVISÃO DA LITERATURA
Pirimidinas são heterociclos de seis membros que contêm dois átomos
nitrogênios nas posições 1 e 3 do anel. Quando o anel heterocíclico apresentar um
grupamento carbonila entre os átomos de nitrogênio, este poderá ser chamado de
pirimidinona.
Nucleosídeos têm sido as estruturas-modelo no planejamento racional e
desenvolvimento, principalmente de fármacos antivirais. As bases nitrogenadas
podem ser substituídas por outros heterociclos nitrogenados, assim como a ribose
pode ser modificada. As modificações na ribose têm proporcionado os melhores
resultados quanto à atividade farmacológica. Essas modificações podem ser: a
introdução de heteroátomos exo e/ou endocíclicos, substituição do anel furanosídico
por outro heterociclo (ou carbociclo) e ainda substituintes alicíclicos
(aciclonucleosídeos)
5
.
O
N
N
N
NH
O
OH
N
N
N
NH
O
OH
NH
2
O
N
NH
O
Me
O
OH
N
3
O
S
N
N
NH
2
O
OH
NH
N
O
Me
S
O
O
OH
NH
N
O
R
R'O
R''
ddI
Carbovir
AZT
3CT
HEPT
DABOs
5
(a) Foye, W. O.; Lemke, T. L.; Williams, D. A. Principles of medicinal chemistry, Ed., Williams &
Vilkins, 1995. (b) Alberts, B.; Johnson, A.; lewis, J.; Raff, A.; Roberts, K.; Walter, P. Molecular Biology
of The Cell, Ed. , Garland Science, 2002. (c) Challand, R. & Young, R. J. Antiviral Chemotherapy, ,
Spektrum Academic Publishers, 1997. (d) Huryn, D. M.; Okabe, M. M. Chem. Rev. 1992, 92, 1745.
6
NH
N
O
R
R'S
R''
NH
O
NH
2
N
N
O
OH
S-DABOs
Aciclovir
Figura 3 – Exemplos de análogos nucleosídeos utilizados no combate ao HIV.
De acordo com os objetivos descritos anteriormente, apresenta-se a
seguir alguns trabalhos diretamente relacionados ao trabalho desenvolvido nesta
dissertação.
2.1 Síntese de análogos de nucleosídeos acíclicos (N-alquilação de
pirimidinonas)
Existem duas maneiras para a obtenção de análogos N-nucleosídicos
acíclicos, abetura de anéis e N-alquilação de bases nitrogenadas. Nesta revisão da
literatura somente serão abordadas as reações de N-alquilação de pirimidinonas.
A maioria dos métodos descritos na literatura para a síntese de
nucleosídeos modificados envolve reações de N-alquilação de bases nucleosídicas
na presença de bases fortes. As pirimidinas nucleosídicas dificilmente são alquiladas
pelos métodos clássicos que envolvem um haleto de alquila, base (geralmente
K
2
CO
3
, NaH), e um solvente polar aprótico (acetona, THF, DMF, CH
3
CN). Embora,
em alguns casos esses métodos sejam bem sucedidos, na maioria das vezes, os
rendimentos são muito baixos e produtos resultantes de mono e dialquilação são
obtidos.
Jane e col., em 1997 publicaram a síntese de uma série de derivados de
Willardiine, um agonista dos receptores Kainato. Os produtos foram obtidos por
reação de derivados da uracila com (S)-3-{(terc-butoxicarbonil)amino]oxetan-2-ona
em DMF seco e utilizando como base NaH. Houve a mistura do derivado da uracila
com a base em DMF a temperatura ambiente por uma noite, e somente no outro dia
foi adicionado o (S)-3-[(terc-butoxicarbonil)amino]oxetan-2-ona e a reação continuou
sob agitação por mais uma noite. O solvente foi evaporado e a desproteção foi
realizada com ácido trifluoracético (agitado durante uma noite). Foram obtidos
7
produtos provenientes da N
1
alquilação e, em alguns casos, pequenas quantidades
dos produtos N
1
,N
3
-dialquilados foram observados. A quantidade de produto
dialquilado foi minimizada pelo uso de um excesso de derivados da uracila. A
purificação foi realizada por cristalização em água levando aos produtos puros com
rendimentos que variaram de 10 a 67% (Esquema 3)
6
.
Esquema 3
A
N
H
NH
O
R
O
O
O
BocNH
A
N
NH
O
R
O
NH
2
CO
2
H
R= H, A= CH
R= F, A= CH
R= Cl, A= CH
R= Br, A= CH
R= I, A= CH
R= NO
2
, A= CH
R= H, A= N
R= Cl, A= N
R= I, A= N
R= Me, A= N
(i) NaH, DMF, t.a, 16 h (ii)
, 16 h (iii) TFA, 16 h
i, ii, iii
10-67%
Em 2000, Gupta e col. relataram a síntese de uma variedade de derivados
da uracila, obtidos por reação de alquilação com haletos de alquila. A substituição
ocorreu em ambas as posições 1 e 3 do anel pirimidínico. Os produtos foram
posteriormente purificados em coluna cromatográfica de sílica gel. Os produtos
foram obtidos com rendimentos que variaram de 15 a 60% (Esquema 4)
7
.
6
Jane, D. E.; Hoo, K.; Kamboj, R.; Deveril, M.; Bleakman, D.; Mandelzys, A. J. Med. Chem., 1997, 40,
3645.
7
Guppta, O. D.; Twamley, B.; Kirchmeier, R. L.; Shreeve, J. M. J. Fluorine Chem., 2000, 106, 199.
8
Esquema 4
NH
N
H
O
O
X
N
N
O
O
X
R
R
RI
+
X = H, CF
3
, Cl, F, NO
2
R = -CH
2
CH
2
CF(CF
3
)
2
ou -CH
2
CH
2
(CF
2
)
5
CF
3
(i) CH
3
CN, Na
2
CO
3
, refluxo 24 h, 15-60%
i
Nawrot e col., em 2001 reagiram o 2,4-bis(trimetilsililoxi)-5-metilpirimidina
com 1,2 dibromoetano como solvente, na presença de iodeto de sódio, por 24 h a
100°C. Eles obtiveram mistura de produtos de monoal quilação, ciclização e
polimerização . Tentando evitar os produtos de ciclização, os autores utilizaram uma
metodologia menos drástica, reagindo a timina com 1,2 dibromoetano, em excesso,
em DMF na presença de K
2
CO
3
a temperatura ambiente. Depois de 48 h mais de
60% da timina ainda estava presente no meio reacional. Após coluna cromatográfica
em sílica gel três produtos foram obtidos, dois produtos de ciclização e um produto
de dialquilação (Esquema 5)
8
.
Esquema 5
N
N
OTMS
TMSO
N
N
N N
N
N
O
O
O
O
O
O
Br
N
N
O
O
NH
N
O
O
Br
NH
N
H
O
O
N
O
N
O
N
N
O
O
NH
N
O
O
Br
44%
+
+
(i) Br(CH
2
)
2
Br, NaI, 100°C, 24 h; (ii) Br(CH
2
)
2
Br, DMF, K
2
CO
3
,t.a, 48 h
i
ii
10%
1,2%
> 1%
+
+
8
Nawrot, B.; Michalak, O.; Olejniczak, S. Wieczorek; M. W.; Lis , T.; Stec, W. J.
Tetrahedron
,
2001
,
57, 3979-3985
.
9
Em 2001, Krivonogov e col. publicaram a síntese de uma série de derivados
pirimidínicos alquilados a partir da reação da uracila e da timina com a epicloroidrina
e posterior substituição do cloro, do produto obtido, por aminas secundárias. A
uracila ou a timina foram misturadas com o epóxido em DMF na presença de
carbonato de potássio e foi agitada a temperatura ambiente por 1 h, depois a mistura
foi aquecida a 60°C por 13 h e, então foi resfriada . O sal precipitado foi filtrado e o
solvente destilado levando ao composto bruto com 95% de rendimento. Uma
solução da pirimidinona N-alquilada e uma amina secundária em metanol foi agitada
durante 1 h a temperatura ambiente na presença de carbonato de potássio. A
reação foi colocada em refluxo durante 6 h, o sal precipitado foi filtrado e o solvente
foi destilado. O resíduo foi tratado com acetona e metanol e posteriormente
evaporado para levar ao produto bruto com 84% de rendimento (Esquema 6)
9
.
Esquema 6
NH
N
H
O
RO
O
Cl
N
N
O
RO
Cl
OH
Cl
OH
N
N
O
RO
OH
OH
O
N
N
+
R= H, Me
R
1
R
1
R
1
=
,
,
N(CH
3
)
2
. N(CH
2
CH
3
)
2
(i) DMF, K
2
CO
3
, 14 h, t.a-60°C; (ii) R
1
H, DMF, K
2
CO
3
, 7 h, t.a-refluxo
i
ii
95%
84%
A N
1
-propargil-N
3
-benzoilpirimidina foi sintetizada por Lee e col., em 2002, a
partir da correspondente N
3
-benzoilpirimidina por tratamento com álcool propargílico
na presença de dietil azodicarboxilato e trifenilfosfina. A benzoil pirimidina foi obtida
por benzoilação das nucleobases correspondentes. Os rendimentos do produto N-
alquilado puro variaram de 76 a 82% (esquema 7)
10
.
9
Krivonogov, V. P.; Myshkin, V. A.; Sivkova, G. A.; Greben’kova, N. A.; Srubillin, D. V.; Kozlova, G.
G.; Abdrkhmanov, I. B.; Mannapova, R. T.; Spirikhin, L. V.; Tolstikov, G. A.
Pharm. Chem. J.
,
2001
,
35, 411.
10
Lee, Y.; Kim, B. H.
Bioorg. Med. Chem. Lett.
,
2002
, 12, 1395-1397
.
10
Esquema 7
N
H
NH
R
O
O
N
H
NBz
R
O
O
N
NBz
R
O
O
R = CH
3
R = H
R = F
R = CH3 (85%)
R = H (81%)
R = F (75%)
R = CH3 (82%)
R = H (75%)
R = F (78%)
(i) Cloreto de Benzoila, Piridina, THF; (ii) 0,5 M K
2
CO
3
, Dioxano, H
2
O; (iii) PPh
3
, DEAD,
álcool propargílico, THF, 0°C
i, ii
iii
Guillarme e col. publicaram, em 2003, primeiramente a síntese do agente
alquilante partindo de um aduto de Bylis-Hillman que, em algumas etapas levou ao
alquilante desejado com 58% de rendimento (Esquema 8). O agente alquilante foi
submetido a substituição na presença de timina e N-4-benzoilcitosina, para a
obtenção do análogo N-nucleosídico acíclico com rendimentos de 53-81% (Esquema
8)
11
.
11
Guillarme, S.; Legoupy, S.; Bourgougnon, N.; Aubertin, A. M.; Huet, F.
Tetrahedron
,
2003
, 59, 9635.
11
Esquema 8
ETO
2
C
OH
ETO
2
C
TBDPSO
OH
TBDPSO
O
TBDPSO
MeO
O
TBDPSO
AcO
N
H
NH
O
O
N
NH
O
O
O
N
NH
O
O
OOH
N
H
N
NHCOPh
O
N
N
NHCOPh
O
O
N
N
NH
2
O
OOH
i
85%
ii
79%
iii
88%
iiii
58%
(i) tBuPh
2
SiCl, Py; (ii) DIBAL-H, tolueno, -70°C; (iii) CH
2
(OMe)
2
, LiBr, ATPS; (iiii) H
2
SO
4
, Ac
2
O
i
73%
TBDPSO
ii
81%
i
64%
TBDPSO
iii
53%
(i) (1) BSA, CH
3
CN; (2) TMSOTf, Agente alquilante; (ii) TBAF, THF; (iii) (1) NH
3
/MeOH; (2) TBAF, THF
Zanatta e col., em 2005, publicaram a síntese de análogos nucleosídicos
através da N-alquilação de pirimidinonas trihalogenadas com β-alcoxiviniltrihalometil
cetonas bromadas, em acetona e meio básico (K
2
CO
3
) por 16 h em refluxo. Somente
o produto proveniente da substituição do bromo foi obtido. O composto N-alquilado
com a β-alcoxiviniltriclorometilcetona foi obtido com 60% de rendimento e foi
purificado por recristalização em solução de clorofórmio-metanol. Na reação que
utilizou a β-alcoxivinil trifluormetilcetona foi obtida uma mistura de produto e material
de partida (pirimidina) e não foi possível isolar o produto por recristalização ou
coluna cromatográfica. Quando os autores utilizaram as mesmas condições de N-
alquilação para outras pirimidinas (timina, citosina e uracila) a alquilação não ocorreu
(Esquema 9)
4
.
12
Esquema 9
N
H
N
CCl
3
O
X
3
C
Br
O
OMe
N
N
CCl
3
O
X
3
C
O OMe
+
30-60%
X= F ou Cl
(i) K
2
CO
3
, acetona, 16 h, refluxo
i
No mesmo trabalho o composto N-alquilado foi reagido com aminas
secundárias em acetonitrila para a obtenção de 1-(2-alquilamina-5,5,5-tricloro-4-
oxopenten-2-em-1-il)-4-triclorometilpirimidinonas em bons rendimentos (Esquema
10).
Esquema 10
N
N
O
CCl
3
Cl
3
C
O OMe
N
N
O
CCl
3
Cl
3
C
O N
70-98%
R
1
R
2
R
1
R
2
Rend. (%)
Me
Me
70
Et
Et
70
- (CH
2
)
5
-
94
- (CH
2
)
2
- O - (CH
2
)
2
-
98
- (CH
2
)
4
-
79
(i) HNR
1
R
2
, CH
3
CN, 0-25°C, 24 h
i
No mesmo ano, Amblard e col., sintetizaram acicloalquenil nucleosídeos.
Reagiram derivados da uracila com alilacetato na presença de Pd(PPh
3
)
4
e dppf
[1,1’-bis(difenil-fosfinoferoceno)] em uma mistura de THF e DMF. Foram obtidos as
correspondentes N
1
-alilpirimidinas com rendimentos moderados. Para a uracila e a
13
5-fluoruracila foram obtidos também os produtos N,N-dialquilados numa razão
monoalquilado/dialquilado de 4/1 e 5/2 respectivamente (Esquema 11)
12
.
Esquema 11
OAc
N
H
NH
O
X
O
N
NH
O
X
O
+
(35-55%)
X = H, CH
3
, I, F
(i) Pd(PPh
3
)
4
, dppf, THF, DMF, 6C, 24 h
i
Em 2006, Gambacorta e col. estudaram o efeito do solvente, do agente
alquilante e de alguns substituintes na seletividade em alquilações de derivados da
uracila e da timina. Como solventes foram utilizados dioxano anidro e DMF. Os
agentes alquilantes utilizados foram sulfato de metila (DMS) e sulfato de etila (DES)
secos, como eletrófilos duros, e os correspondentes iodetos, como eletrófilos moles.
Foram ainda utilizados LiH (cátion duro) e KH (cátion mole) (Esquema 12)
3
.
12
Amblard, F. ; Nolan, S. P.; Schinazi, R. F.; Agrofoglio, L. A.
Tetrahedron
,
2005
, 61, 537-544.
14
Esquema 12
N
N
H
ERG
R
O
H
N
N
ERG
R
O
N
N
ERG
R
O
N
N
R
O
O
NH
N
R
O
O
N
N
ERG
R
O
N
N
ERG
R
O
N
N
ERG
R
O
R = Me, ERG = OMe
R = H, ERG = OMe (60°C, 24 h)
R = H, ERG = NHAc (60°C, 48 h)
+
+
R =R
1
= Me
R = H, R
1
= Me
R = H, R
1
= Me
R = Me, R
1
= Et
R = H, R
1
= Et
R =R
1
= Me, ERG = OMe
R = H, R
1
= Me, ERG = OMe
R = H, R
1
= Me, ERG = NHAc
R = Me, R
1
= Et, ERG = OMe
R = H, R
1
= Et, ERG = OMe
R = H, R
1
= Et, ERG = NHAc
R
1
X
R
1
R
1
R
1
R
1
R
1
R
1
R
1
= Me, Et
X = OSO
3
R
1
, I
(60°C, 24 h)
No mesmo trabalho, a fim de comparar a seletividade das reações sem a
presença do grupo doador de elétrons no C
4
ou C
2
, o experimento foi repetido com a
uracila e a timina sem a presença de grupamentos doadores (Esquema 13).
15
Esquema 13
NH
N
H
O
R
O
H
NH
N
O
R
O
N
N
H
O
R
O
NH
N
O
R
O
NH
N
O
R
O
N
N
H
O
R
O
N
N
H
O
R
O
N
N
O
R
O
N
N
O
R
O
N
N
O
R
O
N
N
O
R
O
N
N
O
R
Et
EtO
N
N
O
R
O
N
NEt
R
O
OEt
N
N
R
OEt
EtO
R = Me
R = H
-
-
R
1
X
R
1
X
R
1
R
1
+
R
1
+
R
1
-
R
1
-
R
1
Quando R
1
= Et
-
-
R
1
R
1
Quando R
1
= Et
R
1
X
EtX
EtX
R
1
R
1
EtX
EtX
R = R
1
= Me
R = Me, R
1
= Et
R = H, R
1
= Me
R = H, R
1
= Et
R
1
= Me, Et
X = OSO
3
R
1
, I
-
Os autores concluíram que a posição N
1
é mais dura que a N
3
, portanto
quando utilizados agentes alquilantes duros (como sulfatos) e solventes apolares o
ataque do N
1
é aumentado. A dureza e a quimiosseletividade do N
1
é fortemente
aumentada pela presença de um grupo doador de elétrons no C
4
. Quando o grupo
doador de elétrons está no C
2
o N
3
se torna mais duro que o N
1
, e a regiosseleção é
completamente invertida, originando em maior quantidade o produto de N
3
-
alquilação. Com o uso do cátion K
+
, mole, ocorre um aumento da O
2
-alquilação que,
16
em alguns casos, ultrapassa a quantidade da N
1
-alquilação. As reações utilizando a
timina e a uracila não protegidas seguiram a mesma tendência das reações com a
presença dos grupos doadores C
4
, porém com menor seletividade.
Em 2006, Semaine e col. publicaram a N-alquilação de pirimidinas
derivadas da uracila. Os autores utilizaram como agente alquilante
iodometil[(trimetilsilil)oxi]etil éter, preparado in situ a partir do 1,3-dioxolano e trimetil
clorosilano. Primeiramente os derivados da uracila foram sililados com
bis(trimetilsilil)acetamida em acetonitrila anidra, posteriormente a mistura foi reagida
com trimetilclorosilano, iodeto de potássio e 1,3-dioxolano a temperatura ambiente
durante 16-24 h. A mistura resultante foi tratada com metanol e neutralizada com
NaHCO
3
(Esquema 14)
13
.
Esquema 14
NH
N
H
O
R
RX
N
N
OSiMe
3
R
RMe
3
SiX
NH
N
O
R
RX
O
OH
1
2
1
2
2
1
i
ii, iii
R
1
= Br, R
2
= H, X = O
R
1
= Cl, R
2
= H, X = O
R
1
= I, R
2
= H, X = O
R
1
= NO
2
, R
2
= H, X = O
R
1
= NH
2
, R
2
= H, X = O
R
1
= C
2
H
5
, R
2
= H, X = S
R
1
= H, R
2
= H, X = S
R
1
= CF
3
, R
2
= H, X = O
R
1
= CH
2
OH, R
2
= H, X = O
R
1
= COOC
2
H
5
, R
2
= H, X = S
R
1
= H, R
2
= CH
3
, X = O
R
1
= H, R
2
= COOCH
3
, X = O
R
1
= I, R
2
= CH
3
, X = O
R
1
= NO
2
, R
2
= CH
3
, X = O
(i) Bis(trimetilsilil)acetamida, CH
3
CN anidra; (ii) 1,3-dioxolano, iodeto de potássio, trimetil clorosilano, 25°C, 16-24 h;
(iii) tratado com MeOH e neutralizado com NaHCO
3
.
13
Semaine, W.; Johar, M.; Tyrrel, D. L. J.; Kumar, R.; Agrawal, B.
J. Med. Chem.
,
2006
, 49, 2049.
17
Dolman e col., em 2007, publicaram a síntese de derivados da uracila. As
pirimidinas foram aquecidas na presença de hexametildisilazano, TMSCl e sulfato de
amônia em quantitade catalítica até sililação completa. O derivado sililado foi tratado
com excesso de 2-acetoxitetrahidrofurano (preparado por uma rota previamente
publicada
14
) resultando numa mistura de produtos N
1
e N
1
, N
3
-disubstituídos. Esta
mistura foi tratada com etanol e ácido acético levando a pirimidina livre. O produto
resultante foi alquilado com brometo de benzila originando o derivado N
3
-substituído.
Também foi realizada a N-alquilação do Ftorufur, um composto comercial. Houve a
subseqüente hidrólise básica do éster metílico ao ácido carboxílico livre, que após
tratamento com TFA teve removido o grupo protetor do N
1
. O tratamento com NaH e
(S)-N-boc-serina-β-lactona em DMF, seguido por hidrólise do intermediário N-boc
protegido com HCl 2M levou ao aminoácido com um excesso enantiomérico > 99%
determinado por HPLC quiral (Esquema 15)
15
.
14
Dolman, N.P.; More, J.C. A.; Ogden, A.M.; Troop, H. M.; Bleakman, D.; Collingridge, G. L.; Jane, D.
E.
J. Med. Chem.
,
2007
, 49, 2579-2592.
15
Dolman, N. P.; More, J. C. A.; Alt, A.; Knauss, J. L.; Pentikäinen, O. T.; Glasser, C. R., Bleakman,
D.; Mayer, M. L., Collingridge, G. L.; Jane, D. E.
J. Med. Chem.
,
2007
, 50, 1558.
18
Esquema 15
N
H
NH
O
R
O
N
N
OSiMe
3
R
OSiMe
3
O
OAc
N
NH
O
R
O
O
N
NH
O
R
O
O
Br
CO
2
Me
N
N
O
R
O
O
CO
2
Me
N
H
N
O
R
O
CO
2
H
N
N
O
R
O
O
CO
2
H
O
ONH
H
N
N
O
R
O
CO
2
H
NH
2
CO
2
H
R = CH
3
R = Br
R = CF
3
a
+
+
b
c
d
Boc
(a) HMDS, TMSCl, (NH
4
)
2
SO
4
, refluxo; (b) NaH, DMF; (c) LIOH, dioxano/água (1:1), t.a; (d) TFA, t.a; (e)
(i) 2 equiv. de NaH, DMF, t.a, (ii) 2M HCl, 50°C
58-60%
e
No mesmo trabalho, os autores publicaram a N-alquilação utilizando como
agentes alquilantes compostos bromados contendo anéis heterocíclicos em sua
estrutura (Esquema 16).
19
Esquema 16
N
NH
O
R
O
O
N
N
O
R
O
O
S
CO
2
tBu
S
O
tBu
Br
N
H
N
O
R
O
S
CO
2
H
N
N
O
R
O
S
CO
2
H
NH
2
CO
2
H
a
+
b
c
R = CH
3
, Br, CF
3
(a) NaH, DMF, t.a; (b)TFA, t.a; (c) (i) 2 equiv. NaH, DMF, t.a, (ii) (s)-N-Boc-serina-betalactona;
(iii) HCl 2M, 50°C
No mesmo ano, como parte da rota sintética de um inibidor do vírus HIV,
Wang e col. publicaram a N-alquilação de um derivado da uracila. A 6-benzil-5-
isopropilpirimidina foi preparada de acordo com a literatura
16
e o agente alquilante,
éter clorometílico, foi preparado a partir do álcool benzílico e p-formaldeído
suspensos em TMSCl. Por sua vez, o álcool benzílico foi obtido do aldeído
correspondente por redução quimiosseletiva com NaHB(OAc)
3
. O produto N-
alquilado foi obtido via intermediário 2,4-oxo-bis-sililado. Este produto é um
intermediário chave na síntese do composto que é inibidor tanto na transcriptase
reversa como da protease do HIV, reunindo numa mesma molécula a inibição para
dois estágios do ciclo de replicação do vírus, além de possuir baixa toxicidade
(Esquema 17)
17
.
16
Adrian, G.; Mignonac, S.; Leucoutteux, F. WO 2000003999,
2000
.
17
Wang, Z.; Bennett, E. M.; Wilson, D. J.; Salomon, C.; Vince, R.
J. Med. Chem.
,
2007
, 50, 3416.
20
Esquema 17
O
H
O
OH
O
O
O
Cl
NH
N
H
O
O
NH
N
O
O
O
O
NH
N
O
O
O
O
OH
OH
O
a
b
c
(a) NaHB(OAc)
3
, THF, 6C, 83%; (b) (HCHO)
n
, TMSCl, t.a; (c) CH
3
C(OTMS)=NTMS (BSA), CH
2
Cl
2
, t.a,
iodeto de tetrabutilamonio (TBAI), 76%.
2.2 – Síntese de análogos N-nucleosídicos contendo ciclos
Serão abordados, nesta revisão da literatura, somente a síntese de análogos
nucleosídicos que contenham em sua estrutura, ligado a base nitrogenada, um ciclo
e, que seja derivado de composto N-alquilado.
Lee e col., em 1999, publicaram a alquilação da timina, da uracila e da 5-
bromouracila com 2-bromo-4’-fenilacetofenona sob condições básicas levando ao 1-
[2-oxo-2-(4 feniletil]timina com 76% de rendimento. Os produtos N-alquilados foram,
então, reagidos com etil-2-(bromometil)acrilato e zinco em THF seco originando os
análogos nucleosídeos cíclicos por condensação de reformatsky com rendimentos
que variaram de 56-93% (Esquema 18)
18
.
18
Lee, K. H.; Huang, B. R.; Tzeng, C. C.
Bioorg. Med. Chem. Lett.
,
1999
, 9, 241-244.
21
Esquema 18
NH
N
H
O
O
R
COCH
2
Br
NH
N
O
O
R
O
O
NH
N
O
O
R
O
R
1
+
R
1
R
1
R= Me, H, Br
R
1
= Ph, F, Cl, Br, Me, NO
2
(i) K
2
CO
3
, DMF; (ii) CH=C(CO
2
Et)CH
2
Br, Zn, THF
76%
i
ii
53-96%
Em 2002, Lee e col., publicaram reações de ciclocondensação utilizando N
1
-
propargil-N
3
-benzoilpirimidina e N-Boc amino aldoximas. Os produtos foram obtidos
com rendimentos que variaram de 41-78% e continham o anel isoxazolínico na sua
estrutura. Os análogos nucleosídeos produzidos foram testados frente ao vírus da
poliomelite Coxsakie B tipo 3. O produto com R = CH
2
C
6
H
5
, R’ = CH
3
obteve o
melhor resultado para a atividade anti-polio (EC
50
= 10,61 µg/mL). Estes resultados
foram comparados com o comercial Ribavirim (EC
50
= 92,45 µg/mL) (Esquema
19)
10
.
22
Esquema 19
N
NBz
O
R
O
N
H
H
N
R
OH
N
O
N
NBz
O
R
O
N
H
H
R
N
O
N
NBz
O
R
O
NH
2
H
R
+
Boc
Boc
R= CH
3
,R
1
= CH
3
(63%)
R = CH
2
C
6
H
5
, R¹= CH
3
(71%)
R = CH(CH
3
)
2,
R¹= CH
3
(71%)
R = CH(CH
3
)CH
2
CH
3
, R¹= CH
3
(41%)
R = CH
2
CH(CH
3
)
2
, R¹= CH
3
(62%)
R = CH
3
R = H
1
1
1
1
1
R= CH
3
,R
1
= H
(66%)
R = CH
2
C
6
H
5
, R¹= H (69%)
R = CH(CH
3
)
2,
R¹= H (74%)
R = CH(CH
3
)CH
2
CH
3
, R¹= H (78%)
R = CH
2
CH(CH
3
)
2
, R¹= H
(73%)
(i), 4% NaOCl, THF; (ii) HF-Piridina, CH
2
Cl
2
i
ii
Em 2004, Zhou e col. publicaram a síntese de análogos nucleosídeos cíclicos.
Os autores utilizaram uma metodologia clássica para a N-alquilação, que envolve
K
2
CO
3
em DMF. A reação se processou em 7h numa temperatura de 100 °C. Após a
evaporação do solvente, o resíduo foi solubilizado em EtOAc/EtOH e filtrado em
celite. A solução resultante foi concentrada e agitada com EtOH/H
2
O e K
2
CO
3
por
uma noite. O solvente foi novamente evaporado e o produto foi obtido como uma
mistura de isômeros E/Z numa razão 1,5:1 com rendimento de 86%. O produto foi
submetido a fluoração, utilizando LiCl, LDA, THF e NFSI a uma temperatura de -78
°C. A separação dos isômeros foi realizada por colu na cromatográfica com sílica gel
levando aos isômeros Z e E com 27% e 22% de rendimento, respectivamente. Os
isômeros foram reduzidos separadamente com DIBALH em THF e posteriormente
purificados em coluna cromatográfica com sílica gel levando ao isômero Z com 57%
de rendimento e ao isômero E com 71% (Esquema 20)
19
.
19
Zhou, S.; Kern, E. R.; Gullen, E.; Cheng, Y.; Drach, J. C.; Matsumi, S. H. M.; Zemlicka, J.
J.Med.Chem.
,
2004
, 47, 6964.
23
Esquema 20
N
H
N
NHAc
O
Br
Br
EtO
2
C
N
N
NHAc
O
EtO
2
C
N
N
NHAc
O
EtO
2
C
F
N
N
NHAc
O
F
OH
F
OH
N
N
NHAc
O
+
e
a) (i) K
2
CO
3
, DMF, 100°C, 7 h; (ii) K
2
CO
3
, EtOH/H
2
O, 16 h; b) (i) LiCl, LDA, THF, -78°C; (ii)NFSI, TH F, -78°C
c) DIBALH, THF
86%
a
b
c
isômero Z (27%) e E (22%)
57%
71%
No mesmo trabalho os autores sintetizaram o análogo nucleosídeo clico
derivado da timina. Neste caso os autores partiram da timina protegida para a etapa
de N-alquilação e obtiveram o produto com 56% de rendimento. O composto
fluorado foi obtido com 30% de rendimento e a redução foi realizada utilizando LiBH
4
levando aos isômeros Z e E com 68% e 71% de rendimento, respectivamente
(Esquema 21).
24
Esquema 21
N
H
N
OSiMe
3
O
CH
3
Br
Br
EtO
2
C
N
NH
O
EtO
2
C
Br
O
N
NH
O
EtO
2
C
F
O
N
NH
O
F
OH
O
F
OH
N
N
H
O
O
N
NH
O
EtO
2
C
O
+
e
a)CH
3
CN; b) K
2
CO
3
, DMF, 100°C; c) (i) LiCl, LDA, THF, -78°C; (ii) NF SI, THF, -78°C; d) LiBH
4
, CH
3
OH, THF
a
b
c
d
56%
30 %
68 %
71%
Zanatta e col., em 2005, publicaram a síntese de análogos nucleosídeos
através da reação de 1-[5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-oxopent-2-en-1-il]-4-triclorometil-
1H-pirimidin-2-onas com dinucleófilos (Esquema 22)
4
.
25
Esquema 22
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
MeO
O
N
N
N
CCl
3
O
OH
Cl
3
C
N
H
N
N
N
CCl
3
O
80%
60%
(i) HONH
2
.HCl, MeOH, Py, refluxo, 24 h; (ii) 1,2-fenilenodiamina, EtOH, refluxo, 4 h
i
ii
2.3 – Síntese de Enamino Cetonas contendo grupo Trialometila
Serão abordados, nesta revisão da literatura, apenas síntese de enamino
cetonas contendo grupos trialometilados e que tenham sidos sintetizados a partir de
β-alcóxiviniltrialometilcetonas e aminas primárias.
Em 1991, Gorbunova e col. publicaram a síntese de uma série de enamino
cetonas derivadas de aminoácidos. Diferentes aminoácidos foram regidos com 4-
etoxi-1,1,1-trifluor-3-buten-2-ona, na presença de NaOH em meio aquoso. As
reações foram mantidas sob agitação a temperatura ambiente durante 1-3 h e após
foram acidificadas com HCl até pH=3 e extraídas com acetato de etila. Os produtos
sólidos foram recristalizados em acetato de etila/hexano levando aos produtos puros
com 70-89% (Esquema 23)
20
.
20
Gorbunova, M. G.; Gerus, I. I., Galushko, S. V.; Kukhar, V. P.
Synthesis
,
1991
, 207.
26
Esquema 23
F
3
C
O
OEt
R
NH
2
CO
2
H
H
O
N
CF
3
R CO
2
H
N
CF
3
O
O
OH
+
(i) NaOH/H
2
O, t.a, 1-3 h; (ii) 6N HCl (pH = 3)
i
i
R
Me
i-Pr
CH
2
CH
2
CO
2
Bu-t
CH
2
CH
2
CO
2
Me
Bn
70-89%
88%
No mesmo ano, Okada e col. publicaram a síntese de enaminonas derivadas
de 4-alcoxi-1,1,1- trifluor-3-alquen-2-onas. A 4-alcoxi-1,1,1-trifluor-3-alquen-2-ona foi
reagida com o hidrocloreto amino ácido éster em acetonitrila na presença de Et
3
N
por 4 h a temperatura ambiente. O solvente foi evaporado e foram adicionados
diclorometano, HCl e água, a fase orgânica foi separada e o solvente foi removido
para obtenção dos produtos com 70-100% de rendimento (Esquema 24)
21
.
Esquema 24
R
OR
CF
3
O
R
NH
CF
3
O
X
Y
1
(i) YXHNH
2
.HCl, Et
3
N/MeCN, t.a, 4 h
i
71-100%
R = Et, Me
R
1
= H, Me
Y = CO
2
Et, CO
2
Me, COPh, CN
X = H, Me, CH
2
CH
2
SMe, Ph
Em 1997, Bonacorso e col., relataram a síntese de enaminonas a partir de
1,2-fenilenodiamina. A solução de 1,2-fenilenodiamina em diclorometano anidro foi
adicionada a 4-alcoxi-4-aril(alquil)-1,1,1-tricloro-3-buten-2-ona e a reação foi agitada
durante 2h a temperatura ambiente. O solvente foi evaporado e o sólido
21
Okada, E.; Masuda, R.; Hojo, M.; Inoue, R.
Synthesis
,
1991
, 533.
27
recristalizado em diclorometano/éter dietílico para obtenção do produto com 68-94%
de rendimento (Esquema 25)
22
.
Esquema 25
R
OR
CCl
3
O
R
NH
CCl
3
O
NH
2
1
(i) o-C
6
H
4
(NH
2
)
2
, CH
2
Cl
2
, 2 h, t.a
i
68-94%
R= H, Me, Ph, p-MePh, p-BrPh, p- NO
2
Ph, p-OMePh
R
1
= Et, Me
Em 2002, Bonacorso e col. relataram a síntese de enaminonas a partrir de β-
alcoxiviniltricloro(trifluor)metil cetonas e o-fenilienodiamina e o-aminofenol. A
solução de o-aminofenol em etanol ou o-fenilenodiamina em diclorometano foi
adicionada a 4-alcoxi-4-alquil(aril)-1,1,1-tricloro(trifluor)-3-buten-2-ona, a mistura foi
ragitada a 80°C por 3 h para o-aminofenol, e a t.a por 2 h para o-fenilenodiamina
(Esquema 26)
23
.
Esquema 26
X
3
C
OR
O
R
X
3
C
R
O
NH
Y
1
R = H, Me, Et, Aril
R
1
= Me, Et
X = F, Cl
Y = NH
2
, OH
68-98%
i
(i) o-NH
2
C
6
H
4
Y, etanol 3 h, 80°C (Y = OH) e CH
2
Cl
2
, 2 h, 25°C (Y = NH
2
)
Em 2006, Martins e col., sintetizaram enamino cetonas através de reação de
anilina com 4-alcoxi-1,1,1-trialometil-3-alquen-2-ona com o auxílio de ultrason. A
reação se processou em 15-29 min numa potência de 20 W. Após a reação estar
22
Bonacorso, H. G.; Bittencourt, S. R. T.; Wastowski, A. D.; Wentz, A. P.; Zanatta, N. Martins, M. A. P.
J. Heterocyclic Chem
,
1997
, 36, 45.
23
Bonacorso, H. G.; Wentz, A. P.; Bittencourt, S. R. T.; Marques, L. M. L.; Zanatta, N.; Martins, M. A.
P.
Synthetic Commun.
,
2002
, 32, 335.
28
completa, a fase orgânica foi extraída com éter etílico e lavada com HCl 0,1 N, o
solvente foi removido para obtenção dos produtos com 72-90% de rendimentos
(Esquema 27)
24
.
Esquema 27
O
CX
3
R
OEt
O
CX
3
R
NHPh
(i) NH
2
Ph, H
2
O, ultrason, 15-20 min., 45°C
i
72-90%
2.4 – Síntese de enamino cetonas e pirimidinonas halometiladas
Nesta parte da revisão da literatura serão abordados trabalhos que relatam a
síntese de enonas halometiladas a partir de enol éteres e, pirimidinonas
halometiladas a partir de enonas halometiladas .
Os pesquisadores Núcleo de Química de Heterociclos tem desenvolvido com
muito sucesso precursores dieletrofílicos trialometilados para a síntese de
heterociclos funcionalizados. Além da metodologia sintética, também têm sido feitos
estudos de efeitos estruturais e atividade biológica.
Os precursores dieletrofílicos desenvolvidos pelo NUQUIMHE envolveram
halometil-3-alquen-2-onas diferentemente substituídas e compostos 1,3-
dicarbonilílicos. As halometil-3-alquen-2-onas têm sido obtidas a partir da acilação
de enoléteres com anidrido trifluoracético, cloreto de tricloroacetila e de dicloroacetila
(Esquema 28)
25
.
24
Martins, M. A. P.; Pereira, C. M. P.; Cunico, W.; Moura, S.; Rosa, F. A.; Peres, R. L.; Machado, P.;
Zanatta, N.; Bonacorso, H. G.
Ultrasonics Sonochemistry
,
2006
, 13, 364.
25
(a)Martins, M. A. P.; Cunico, W.; Pereira, C. M. P.; Sinhorin, A. P.; Flores, A. F. C., Bonacorso, H.
G.; Zanatta, N.
Curr. Org. Synthesis
,
2004
, 1, 391. (b) Druzhinin, S. V.; Balenkova, E. S.; Nenajdenko;
V. G.
Tetrahedron
,
2007
, 63, 7753.
29
Esquema 28
OR
OR
O
R
R
2
R
1
80-95%
R
2
R
1
R
3
= CF
3
, CCl
3
, CHCl
2
Z = F
3
CCO
2
, Cl
(i) R
3
CCOZ, 0-25°C, 15 h
i
3
R R
1
R
2
Et H H
Et H Me
Me Me H
-(CH
2
)
2
- H
-(CH
2
)
3
- H
-(CH
2
)
2
- Me
Em 2001 Martins e col. publicaram a síntese de 5-heteroalquil-1,1,1-tricloro-4-
metoxi-3-alquenonas
26
. As 1,1,1-triclorometil-4-metoxi-3-alquenonas foram
bromadas na presença de piridina com ótimos rendimentos. Os compostos 5-bromo-
1,1,1-tricloro-4-metoxi-3-alquenonas foram submetidos a reações de substituição
nucleofílica com diferentes nucleófilos, levando à síntese de 5-R-1,1,1-tricloro-4-
metoxi-3-alquenonas. As condições reacionais para a síntese das 5-R-1,1,1-tricloro-
4-metoxi-3-alquenonas variaram de acordo com o nucleófilo utilizado. Os compostos
5-bromo-1,1,1,-tricloro-4-metoxi-3-alquenonas foram aplicados na síntese de vários
heterocíclos (Esquema 29).
Esquema 29
CH
2
RO
CCl
3
OMe
CHRO
CCl
3
OMe
CHRO
CCl
3
OMe
R = H, Me
Y = Br, N
3
, OPh, SCH
2
CO
2
Et, SPh, SCN, I
90-93%
Br
Y
60-97%
(i) Br
2
, CH
2
Cl
2
, 25°C, 1 h, piridina,C; (ii) Nucleófilo, refluxo, 10-1 6 h ou Et
3
N, benzeno, 25°C, 2 h
i
ii
26
Martins, m. A. P.; Sinhorin, A. P.; Zimmermann, N. E. K.; Zanatta, N.; Bonacorso, H. G.
Synthesis
2001
, 1959.
30
2.4.1 – Aplicação de β-alcoxiviniltrialometil cetonas na síntese de Pirimidinas
O NUQUINHE tem estudado também as reações de halometil-3-alquen-2-
onas com 1,3 dinucleófilos, visando a síntese de pirimidinas.
Zanatta e col. publicaram antese de várias pirimidinas e pirimidinonas,
Esquemas 23-26. As halometil-3-alquen-2-onas foram ciclocondensadas com uréia,
2-metil-2-pseudotiouréia,3-metil-tiouréia,guanidina e aliluréia resultando em
pirimidinas ou pirimidinonas com ótimos rendimentos.
Pirimidinonas trialometiladas foram obtidas pela reação das halometil-3-
alquen-2-onas com uréias em metanol sob refluxo. Dependendo do substituinte na
posição 3 do 1,3-dieletrófilo, 1,2,3,4-tetrahidropirimidinas ou 1,1-diidropirimidinas
foram obtidas na primeira etapa reacional. A desidratação das 1,2,3,4-
tetraidropirimidinas foi feita com ácido sulfúrico sob refluxo (Esquema 30)
27
.
Esquema 30
OR
O
CX
3
N
H
NH
CX
3
OH
O
N
H
NH
O
CX
3
R
1
R
2
X = Cl, F
R = Et, Me
R
1
= R
2
= H, Me
61-95%
Me
R
1
R
2
maior 95%
R
1
R
2
(i) NH
2
CONH
2
, HCl, MeOH, refluxo, 20 h; (ii), H
2
SO
4
conc.
As halometil-3-alquen-2-onas foram reagidas com cloridrato de guanidina
para a síntese de 2-amino-pirimidinas trialometiladas, em meio básico (Esquema
31)
28
.
27
Pacholski, I. L.; Blanco, I.; Zanatta, N. Martins, M. A. P.
J. Braz. Chem. Soc. 1991
, 2, 118.
28
Zanatta, N. Cortelini, M. F. M.; Carpes, M. J. S.; Bonacorso, H. G.; Martins, M. A. P.
J. Heterocyclic
Chem.
1997
, 34, 509.
31
Esquema 31
OR
O
CX
3
NH
2
NH.HCl
NH
2
N
N
CX
3
NH
2
N
N
CF
3
NH
2
R
1
R
2
X = Cl, F
R = Et, Me
R
1
= R
2
= H, Me
X = Cl menor 5%
X = F 38%
13-45%
R
2
R
1
R
2
R
1
(i) RO
-
Na
+
/ ROH; (ii) NaOH 1N
i
ii
Melhores resultados foram obtidos com dinucleófilos derivados de tiouréias.
As halometil-3-alquen-2-onas foram ciclocondensadas com sulfato de 2-metil-2-
pseudotiouréia em meio ácido ou básico dependendo dos substituintes e do
halogênio presentes no 1,3-dieletrófilo. De uma maneira geral, as reações de 1,1,1-
trifluormetil-3-alquen-2-onas com sulfato de 2-metil-2-pseudotiouréia forneceram
melhores resultados em meio básico (piridina) e de 1,1,1-triclorometil-3-alquen-2-
onas em meio ácido (ácido clorídrico) (Esquema 32)
29
.
Esquema 32
OR
O
CX
3
N
N
SMe
CX
3
R
1
R
2
R
1
R
2
X = Cl, F
R = Et, Me
R
1
= R
2
= H, Me
(i) [NH
2
C(SMe)NHO]
2
H
2
SO
4
i
Resultados muito interessantes foram obtidos por Zanatta e col. no estudo da
reatividade de halometil-3-alquen-2-onas frente à 3-metil-tiouréia em vários meios
reacionais
30
. Os compostos de cadeia aberta foram isolados pela primeira vez. Estes
29
Madruga, C. C.; Clerici, E.; Martins, M. A. P.; Zanatta, N.
J. Heterocyclic Chem.
1995
, 32, 735.
30
Zanatta, N.; Madruga, C. C.; Marisco, P. C.; Flores, D. C.; Bonacorso, H. G.; Martins, M. A. P.
J.
Heterociclic Chem.
2000
, 37, 1213.
32
compostos são dificilmente isolados, uma vez que a ciclização após a adição de
Michael da tiouréia é muito rápida. Segundo Zanatta, a interação entre o N-metil e o
grupamento trialometilado favoreceu o isolamento dos compostos de cadeia aberta.e
os substituintes nas halometil-3-alquen-2-onas exercem um controle sobre a
reatividade e regioquímica das pirimidinas formadas. As maiores diferenças foram
observadas para R
2
= Me (Esquema 33).
Esquema 33
CX
3
N
H
N
H
Me
O S
OR
O
CX
3
CX
3
N N
H
H
O S
Me
N
N
CF
3
S
Me
N
NMe
CF
3
S
Me
N
H
NMe
Me
S
O
N
H
NMe
Me S
CF
3
OH
R
1
R
2
R
1
R
2
R
1
R
2
R
1
R
2
R
1
R
2
R
1
X = Cl, F
R = Et, Me
R
1
= R
2
= H, Me
(i) 3-Metil-tiouréia
i
i
, MeOH, HCl; (ii) Refluxo
ii
ii
X= Cl, F
X = F
Zanatta e col. publicaram estudos envolvendo derivatizações das
pirimidinonas sintetizadas em trabalhos anteriores
31
. A posição 2 das 4-triclometil-
pirimidinonas foi funcionalizada com a introdução de um átomo de cloro e posterior
substituição por alcóxidos e aminas substituídas (Esquema 34).
31
Zanatta, N.; Pacholski, I. L.; Faoro, D. ; Bonacorso, H. G.; Martins, M. A. P.
Syntetic Commun.
2001
, 31, 2855.
33
Esquema 34
N
H
N
CCl
3
R O
N
H
N
CCl
3
R Cl
N
N
CCl
3
R N
N
N
CCl
3
OMe(Et)
80-94%
60-63%
R
1
R
2
R = H, Me
R
1
= R
2
= H, Me, Et, Ph, Bn, -C(=NH)NH
2
(i) POCl
3
, refluxo; (ii) HNR
1
R
2
; (iii) (Et)MeO
-
Na
+
/(Et)MeOH
i
ii
iii
34
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Tabela 1 – Nomenclatura dos compostos sintetizados segundo normas da IUPAC.
Compostos Nomenclatura
N
N
CCl
3
O
NH
2
O
10
4-Triclorometil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
OO
OEtEtO
11
4-Triclorometil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidin-2-
ona
N
N
NH
2
O
O
NH
2
12
4-Amino-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidin-2-ona
N
N
NH
2
O
OO
OEtEtO
13
4-Amino-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidin-2-ona
35
N
NH
O
O
NH
2
Br
CCl
3
MeO
14
5-bromo-1-(metil carbamoil)-4-metóxi-4-triclorometil-
1,3H-pirimidin-2-ona
N
NH
O
O
EtO OEt
O
Br
CCl
3
MeO
15
5-Bromo-4-triclorometil1-(1,3-dietoximalon-2-il)-4-
metóxi--1,3H-pirimidin-2-ona
N
NH
O
O
NH
2
CCl
3
MeO
16
4-Triclorometil-4-metóxi-1-(metil carbamoil)-1,3H-
pirimidin-2-ona
N
NH
O
O
EtO OEt
O
CCl
3
MeO
17
4-Triclorometil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-4-metóxi-1-(1,3-
dietoximalon-2-il)-1,3H-pirimidin-2-ona
N
N
O
O
NH
2
O
O
18
3-Benzoil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-diona
36
N
N
O
O
EtO OEt
O
O
O
19
3-Benzoil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidina-2,4-
diona
N
N
O
O
NH
2
O O
20
3-Benzoil-5-metil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-
diona
N
N
O
O
EtO OEt
O
O
O
21
3-Benzoil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-5-metil-1H-
pirimidina-2,4-diona
N
N
CCl
3
O
MeNH
NHMe
O
24a
4-triclorometil-1-[-N-metil-3-(metilamino)but-2-enamida-
4-il]-1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
EtNH
CCl
3
O
24b
1-(5,5,5-tricloro-2-etilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
37
N
N
CCl
3
O
PrNH
CCl
3
O
24c
1-(5,5,5-tricloro-2-propilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
i-PrNH
CCl
3
O
24d
1-(5,5,5-tricloro-2-isopropilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
N
H
CCl
3
O
24e
1-(2-alilamino-5,5,5-tricloro-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
PhNH
CCl
3
O
24f
1-(5,5,5-tricloro-2-fenilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
38
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
Ph
24g
1-(2-benzilamino-5,5,5-tricloro-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
Ph
24h
1-(5,5,5-tricloro-2-fenetilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
24i
4-BrPhNH
1-(2-(4-bromofenilamino)-5,5,5-tricloro-4-oxopent-2-
enil)-4-triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
24j
4-ClPhNH
1-(5,5,5-tricloro-2-(4-clorofenilamino)-4-oxopent-2-enil)-
4-triclorometil-pirimidin-2(1H)-ona
39
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
24l
4-FPhNH
1-(5,5,5-tricloro-2-(4-fluorfenilamino)-4-oxopent-2-enil)-
4-triclorometil-pirimidin-2(1H)-ona
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
24m
4-OHPhNH
1-(5,5,5-tricloro-2-(4-hidroxifenilamino)-4-oxopent-2-
enil)-4-triclorometil-pirimidin-2(1H)-ona
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
OH
24n
1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxietilamino)-4-oxopent-2-enil)-
4-triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
OH
24o
1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxipropilamino)-4-oxopent-2-
enil)-4-triclorometil- 1H-pirimidin-2-ona
40
N
N
CCl
3
O
N
H
O
Me
Me
24p
1-[(2-ilideno-4,4-dimetiloxazolidin)metil]-4-triclorometil-
1H-pirimidin-2-ona
41
3.1 – Reações de N- alquilação
A modificação de pirimidinas por sua N-alquilação, como mostrado na revisão
bibliográfica, tem sido uma importante estratégia sintética para a síntese de diversas
drogas como agentes antitumorais, anti-virais, antiinflamatórios etc.
De acordo com estas informações, nesta etapa do trabalho apresenta-se uma
estratégia sintética simples para a obtenção de pirimidinas N-alquiladas que podem
ser consideradas análogos acíclicos de N-deoxinucleosídeos. A síntese envolveu
reações de N-alquilação das pirimidinas 4-9 com os compostos 1 e 2, resultando nos
derivados 10-21.
A metodologia utilizada para as reações de N-alquilação foi a metodologia
clássica para este tipo de reação, que se processa a partir de um solvente polar e
uma base no meio reacional. Para as reações testadas neste trabalho foram
utilizados como solventes acetona, DMF e THF anidros e, como bases, K
2
CO
3
e
NaH.
3.1.1 Reações de N-alquilação de 4-Triclorometil-1H-pirimidin-2-ona e
citosina.
A síntese da 4-Triclorometil-1H-pirimidin-2-ona foi realizada através do
método publicado anteriormente na literatura
27
e a citosina foi obtida
comercialmente.
A 4-Triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (4) se mostrou consideravelmente reativa
na presença dos agentes alquilantes empregados e, pôde ser N-alquilada utilizando
acetona p.a. e K
2
CO
3
a temperatura ambiente, numa relação 1:1 pirimidina/agente
alquilante, levando aos produtos desejados com bons rendimentos (Esquema 35).
Para a citosina (5) foram testados, como solventes, acetona P.A, DMF e THF
anidros e, como bases, K
2
CO
3
e NaH porém não foi possível a obtenção dos
produtos N-alquilados com nenhum dos métodos utilizados, foram isolados os
materiais de partida apenas. Os tempos reacionais variaram de 16 a 48 h e foram
testadas temperatura ambiente, 80°C (em DMF) e refl uxo em THF (Esquema 36).
As reações foram extraídas com acetato de etila e a fase orgânica foi
evaporada sob pressão reduzida para resultar nos compostos desejados.
42
Os compostos foram isolados, na maioria das vezes, com alto grau de pureza,
quando necessário, o composto 10 foi purificado por recristalização em CHCl
3
/ EtOH
na presença de carvão ativo, e o composto 11 foi purificado por recristalização em
CHCl
3
na presença de carvão ativo.
Esquema 35
N
H
N
CCl
3
O
N
N
CCl
3
O
NH
2
O
N
N
CCl
3
O
OO
OEtEtO
4
10
11
(i) K
2
CO
3
, Acetona,1, t.a, 24 h; (ii) K
2
CO
3
, acetona, 2, t.a, 16 h
95%
60%
i
ii
Composto Estrutura
1 NH
2
C(O)CH
2
Cl
2 CHBr(CO
2
Et)
2
Tabela 2 – Condições reacionais otimizadas para obtenção dos compostos 10 e 11.
Composto
Agente
alquilante
Base Solvente T./t.
C)/(h)
Rendimento
do prod.
puro(%)
Produto
4 1 K
2
CO
3
acetona t.a/24 60 10
4 2 K
2
CO
3
acetona t.a/16 95 11
O produto 10 apresenta baixa solubilidade sendo solúvel à frio apenas em
acetato de etila e DMSO e, à quente em metanol. Diferentemente, o produto 11
apresenta uma maior solubilidade sendo solúvel a frio também em metanol e
parcialmente solúvel em clorofórmio.
43
Esquema 36
N
H
N
NH
2
O
N
N
NH
2
O
R
5
(i) K
2
CO
3
, acetona ou DMF, 1 ou 2, 16-72 h, t.a-80°C ou NaH, THF, 1 ou 2, refluxo, 24-72 h
i
x
12, 13
1
Composto R
1
12 NH
2
C(O)CH
2
13 CH(CO
2
Et)
2
3.1.2 - Reações de N-alquilação de 5-Bromo-4-triclorometil-4-metóxi-1,3H-
pirimidin-2-ona e 4-triclorometil-4-metóxi-1,3H-pirimidin-2-ona.
A Síntese de 5-bromo-4-triclorometil--4-metóxi-1,3H-pirimidin-2-ona (6) e 4-
Triclorometil-4-metóxi-1,3H-pirimidin-2-ona (7) foi realizada a partir de dados
encontrados na literatura
27
.
A N-alquilação da 5-bromo-4-triclorometil-4-metóxi-1,3H-pirimidin-2-ona (6)
ocorreu de maneira esperada (Esquema 37), porém a reação com 4-triclorometil-4-
metóxi-1,3H-pirimidin-2-ona parece transcorrer com a eliminação do grupamento
metoxila ou triclorometil da posição 4 do anel pirimidínico e após 48 h em refluxo de
acetona foi obsevada quantidade apreciável de material de partida no espectro,
formando uma mistura complexa e de difícil identificação. Não foi possível separar a
mistura formada, por recristalização ou coluna cromatográfica, não sendo possível,
portanto, a obtenção dos produtos desejados (Esquema 38)
A eliminação não ocorre na pirimidinona bromada porque o bromo na posição
5 do anel estabiliza a tetrahidro-pirimidinona por fatores estéricos, impedindo a
aromatização pela eliminação do grupo triclorometil. Após a saída do grupo
triclorometil, o grupo metóxi deveria se alinhar no plano do anel, mas o volume do
bromo dificulta este alinhamento.
Apesar da possibilidade de N
1
,N
3
-dialquilação e de N
3
-alquilação a reação
mostrou-se regiosseletiva para a pirimidinona 6 levando apenas ao composto N
1
-
alquilado. Estes resultados podem ser explicados pela presença do grupo
triclorometila no carbono quatro, que impede estéricamente a N
3
-alquilação.
44
Para a N-alquilação da pirimidina 5-bromo-4-triclorometil-4-metóxi-1,3H-
pirimidin-2-ona (7) houve a necessidade de refluxo em acetona, a base utilizada foi
K
2
CO
3
e a relação estequiométrica se manteve 1:1.
O isolamento dos compostos 14 e 15 foi realizado da mesma maneira que o
isolamento dos compostos 10 e 11.
Os compostos foram isolados com alto grau de pureza. O composto 14 foi
purificado por recristalização em CHCl
3
/ EtOH na presença de carvão ativo, e o
composto 15, por recristalização em CHCl
3
na presença de carvão ativo.
Esquema 37
N
H
NH
O
Br
CCl
3
MeO
N
NH
O
Br
CCl
3
MeO
R
1
Composto R
1
14
15
CH
2
C(O)NH
2
CH(CO
2
Et)
2
(i) K
2
CO
3
, acetona, 1 ou 2, refluxo, 24 h
i
6
14 , 15
60%
Tabela 3 - Condições reacionais otimizadas para a obtenção dos compostos 14, 15.
Composto
Agente
alquilante
Base Solvente T./t.
C)/(h)
Rendimento
do prod.
puro (%)
Produto
6 1 K
2
CO
3
acetona Refl./24 60 14
6 2 K
2
CO
3
acetona Refl./24 60 15
O produto 14 é solúvel à frio apenas em acetato de etila e DMSO e, à quente
em metanol. O produto 15 apresenta maior solubilidade sendo solúvel em acetato,
DMSO e metanol à frio e, em clorofórmio à quente.
45
Esquema 38
N
H
NH
O
CCl
3
MeO
N
NH
O
CCl
3
MeO
R
7
1
i
X
16, 17
(i) K
2
CO
3
, acetona ou DMF, t.a-80°C, 16-72 h, ou NaH, THF, r efluxo, 16-72 h
3.1.3 - Reações de N-alquilação de 3-benzoil-1H-pirimidin-2,4-diona (ou 3-
benzoil-uracila) e de 3-benzoil-5-metil-1H-pirimidin-2,4-diona (ou 3-benzoil-
timina).
A síntese da 3-benzoil-uracila e da 3-benzoil-timina foi realizada seguindo
metodologia descrita na literatura
32
.
A 3-benzoil-uracila (8) foi alquilada facilmente frente a ambos agentes
alquilantes, levando a melhores renimentos frente ao 2. A alquilação foi realizada em
acetona/K
2
CO
3
a temperatura ambiente ou refluxo e numa relação 1:1
pirimidina/agente alquilante (Esquema 39).
A 3-benzoil timina (9) pode ser alquilada somente com o agente alquilante 1
e, foi necessário a utilização de DMF/K
2
CO
3
a 80°C. Não foi possível a alquilação
com 2, foram testados como solvente acetona sem prévio tratamento, DMF e THF
anidros e, como base K
2
CO
3
e NaH em temperaturas que variaram de ambiente a
refluxo em THF e tempos reacionais de 16 a 72 h (Esquema 40).
O isolamento dos compostos 18-20 foi realizado da mesma maneira que o
isolamento dos compostos 10 e 11.
Os compostos foram isolados com alto grau de pureza, na maioria das vezes.
Quando necessário, os compostos 18 e 20 foram purificados por recristalização em
CHCl
3
/ EtOH na presença de carvão ativo, e o composto 19 foi purificado por
recristalização em CHCl
3
na presença de carvão ativo.
Na tentativa de desbenzoilação dos produtos 18-20 foram utilizados 6
equivalentes de NaOH em 1,4 dioxano durante 20h a temperatura ambiente, após foi
32
Frieden, M.; Giraud, M.; Reese, C. B.; Quanlai, S.
J. Chem. Soc.
, 1998, 1, 2827.
46
realizada neutralização com solução 10% de HCl e extração com acetato de etila
33
.
A reação de desbenzoilção não foi possível, pois decompõe o produto formado.
Esquema 39
N
H
N
O
O
O
N
N
O
O
O
NH
2
O
N
N
O
O
O
OO
OEtEtO
8
18
19
(i) K
2
CO
3
, acetona, 1, refluxo 48 h; (ii) K
2
CO
3
, acetona, 2, t.a, 16 h
i
ii
55%
95%
Esquema 40
N
H
N
O
O
O
Me
N
N
O
O
O
NH
2
O
Me
N
N
O
O
O
OO
OEtEtO
Me
9
20
21
(i) K
2
CO
3
, DMF, 80°C, 48 h; (ii) K
2
CO
3
, acetona ou DMF, t.a-80°C, 16-72 h, ou NaH, THF, refl uxo 16-72 h
50%
i
ii
X
33
R. Csuk, A. Kern.
Tetrahedron
, 1999, 55, 8409.
47
Tabela 4 - Condições reacionais otimizadas para a obtenção dos compostos 18-20.
Composto
Agente
alquilante
Base Solvente T./t.
C)/(h)
Rendimento
do prod,
puro (%)
Produto
8 1 K
2
CO
3
acetona Refl./48 55 18
8 2 K
2
CO
3
acetona t.a/16 95 19
9 1 K
2
CO
3
DMF 80/48 50 20
A solubilidade dos compostos 18 e 20 é baixa, sendo solúveis à frio apenas
em DMSO e acetato de etila e apresentando baixa solubilidade em metanol à
quente. O composto 19 é mais solúvel sendo solúvel também em metanol à frio e
ainda em clorofórmio à quente.
Tabela 5 - Fórmula molecular, peso molecular, dados de análise elementar, aspecto
e pontos de fusão dos compostos 10, 11, 14, 15, 18-20.
Composto
Fórmula e peso
molecular
Calculado
Experimental
C H N
Aspecto Pf (°C)
10 C
7
H
6
Cl
3
N
3
O
2
270,5
31,08
31,13
2,24
2,18
15,53
15,41
Sólido
branco
199-200
11 C
12
H
13
Cl
3
N
2
O
5
371,5
38,79
38,76
3,53
3,61
7,54
7,51
Óleo
castanho
-
14 C
8
H
9
BrCl
3
N
3
O
3
381,4
25,19
25,08
2,38
2,16
11,02
11,00
Sólido
branco
210-212
15 C
13
H
16
BrCl
3
N
2
O
6
482,4
31,85
32,02
3,12
3,20
6,19
6,41
Óleo
marron
-
18 C
13
H
11
N
3
O
4
273
57,14
57,03
4,06
3,99
15,38
15,20
Sólido
castanho
202-205
19 C
18
H
18
N
2
O
7
374
57,75
57,35
4,85
4,93
7,48
7,52
Óleo
marron
-
20 C
14
H
13
N
3
O
4
287
58,53
58,55
4,56
4,61
14,63
14,48
Sólido
branco
232-234
48
Todos os produtos de N-alquilação obtidos são estáveis à temperatura
ambiente, porém os mesmos não puderam ser caracterizados por CG-EM, pois
decompuseram na coluna do cromatógrafo.
49
3.1.4 – Espectroscopia de RMN de
1
H e
13
C.
As estruturas dos compostos 10,11,14, 15, 18-20 foram determinadas por
RMN ¹H e ¹³C e por análise elementar.
Tabela 6 – Dados de RMN ¹H e ¹³C dos compostos 10,11,14, 15, 18-20.
Composto RMN ¹H δ ppm
J(Hz)
RMN ¹³C δ ppm
N
N
CCl
3
O
NH
2
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
7,05 (1H; d; J=6,6; H5);
8,40 (1H; d; J=6,6; H6);
4,59 (2H; s; H7); 7,38 (1H;
s;H9) e 7,78 (1H; s; H9)
154,01 (C2); 170,43
(C4); 95,38 (CCl
3
);
98,10 (C5); 154,29
(C6); 52,10 (C7);
167,52 (C8)
N
N
CCl
3
O
OO
OCH
2
CH
3
H
3
CH
2
CO
10
1
2
3
4
5
6
7
8
8
9
9 10
11
6,97 (1H; d; J=7,4; H5);
8,15 (1H; d; J=7,2; H6);
6,53 (1H; s; H7); 4,53 (4H;
m; H9); 1,34(6H; t; J=7,0;
H10)
153,26 (C2); 171,35
(C4); 94,97 (CCl
3
);
99,19 (C5); 153,26
(C6); 63,66 (C7);
163,26 (C8); 62,64
(C9); 13,27 (C10)
N
NH
CCl
3
O
MeO
Br
O
NH
2
14
1
2
3
4
5
6
8
9
7
a
(H3); 3,84 (3H; s;
OMe); 8,34 (1H; s; H6);
4,39 (2H; s; H7); 7,27 (1H;
s; H9) e 7,65 (1H; s; H9)
166,39 (C2); 85,38
(C4); 97,62 (CCl
3
);
50,85 (OMe); 150,14
(C5); 154,08 (C6);
54,94 (C7);168,19
(C8)
50
N
NH
CCl
3
O
OCH
2
CH
3
CH
3
CH
2
O
O
O
MeO
Br
15
1
2
3
4
5
6
7
8
9
9
8
10
10
a
(H3); 4,05 (3H; s;
OMe); 7,95 (1H; s; H6);
6,39 (2H; s; H7); 4,31 (4H;
m; H9); 1,33(6H; t; J=7,2;
H10)
166,78 (C2); 86,71
(C4); 97,10 (CCl
3
);
55,41 (OMe); 148,73
(C5); 153,32 (C6);
62,66 (C7); 163,71
(C8)
N
N
O
O
NH
2
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
11
12
10
9
18
13
14
5,86 (1H; d; J=7,8; H5);
7,82 (1H; d; J
=8,0; H6);
7,60 a 7,94 (5H; m;
Aromáticos H9-11); 4,39
(2H; s; H12); 7,32 (1H; s;
H14) e 7,70 (1H; s; H14)
149,62 (C2); 147,68
(C4); 100,09 (C5);
162,34 (C6); 168,16
(C7); 129,45-135,46
(Aromáticos-C8-11);
49,81 (C12); 169,41
(C13)
N
N
O
O
OO
OCH
2
CH
3
H
3
CH
2
CO
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
12
13
10
19
13
15
14
14
15
5,90 (1H; d; J=7,8; H5);
7,59 (1H; d; J=8,0; H6);
7,50 a 7,93 (5H, m;
Aromáticos-H9-11); 6,06
(1H; s; H12); 4,32 (4H; m;
H14); 1,31 (6H; m; H15)
149,03 (C2); 145,91
(C4); 101,30 (C5);
161,64 (C6); 168,64
(C7); 129,56-135,71
(Aromáticos-C8-11);
61,92 (C12); 163,63
(C13); 62,33 (C14);
13,69 (C15)
N
N
O
O
O
NH
2
O
1
2
3
4
5
6
7
8
11
12
10
9
20
13
14
15
1,83 (3H; s; H6); 7,71 (1H;
s; H7); 7,59 a 7,92 (5H, m;
Aromáticos -H10-12); 4,34
(2H; s; H13); 7,29 (1H; s;
H15) e 7,97 (1H; s; H15)
149,59 (C2); 143,41
(C4); 107,89 (C5);
11,75 (C6); 162,95
(C7) ; 168,42 (C8);
129,42-135,40
(Aromáticos-C9-12);
49,63 (C13); 169,51
(C14)
a
Hidrogênio não aparece no espectro
51
Figura 4- Espectro de RMN ¹H do composto 10.
Figura 5 - Espectro de RMN ¹H do composto 11.
52
As reações utilizando o composto 1 como agente alquilante levam aos
produtos 10, 14 e 18 e 20. Estes compostos apresentam um padrão nos seus
espectros de ¹H (Figura 4), relacionado ao NH
2
do substituinte acetamida. Os
hidrogênios do NH
2
se desdobram em dois sinais, ou seja, um hidrogênio em cada
sinal.
As reações de N-alquilação utilizando o composto 2 como agente alquilante
levam aos produtos 11, 15 e 19. Estes compostos apresentam um padrão em seus
espectros de ¹H (Figura 5) e ¹³C, no que diz respeito ao substituinte dietil malonato.
Os hidrogênios e carbonos do CH
2
e CH
3
da etoxila são quimicamente equivalentes,
e por isto apresentam um sinal único tanto no espectro de ¹H como no de ¹³C.
53
3.2 Reações de substituição de 1-[(E)-5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-oxo-penten-2-
il-]4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (síntese de enaminonas)
Dando continuidade aos trabalhos realizados pelo NUQUIMHE e, visando
aumentar o escopo de análogos nucleosídicos e deoxi-nucleosídicos acíclicos, foram
sintetizados os compostos 24a-p. Substituições com aminas secundárias foram
anteriormente realizadas
4
, porém não havia sido possível com aminas primárias,
pois eram obtidas misturas complexas que não podiam se separadas. Neste
trabalho desenvolveu-se uma metodologia simples para a obtenção dos produtos
24a-p puros (Esquema 41).
Esquema 41
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O OMe
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O NHR
N
N
CCl
3
O
N
H
O
Me
Me
22
24a-o
Comp. 23, 24 a b c d e f g h i
R Me Et Pr i-Pr alil Ph Bn (CH
2
)
2
Ph 4-BrPh
Comp. 23,24 j l m n o
R 4-ClPh 4-FPh 4-OHPh (CH
2
)
2
OH (CH
2
)
2
CH
2
OH
24p
(i) CH
3
CN, RNH
2
(23 a-o), t.a 1,4-24 h; (ii) CH
3
CN, RNH
2
(23p), t.a, 3 h
i
ii
43-98%
40%
54
O composto 1-[(E)-5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-oxo-penten-2-il-]4-triclorometil-1H-
pirimidin-2-ona
7
(22) foi tratado com várias quantidades de aminas primárias e
aminoálcoois, afim de se estudar a influência da quantidade de nucleófilo no meio
reacional. Como solventes foram testados acetona, acetonitrila e diclorometano, a
escolha foi baseada em experiências prévias do NUQUINHE. O solvente escolhido
foi acetonitrila, pois promoveu tempos reacionais menores e espectros mais limpos.
As reações tiveram melhores resultados quando mantidas à temperatura ambiente
em todos os casos.
Quando a reação se processou em quantidade estequiométrica a maioria dos
produtos foram obtidos, porém impuros. Na tentativa de purificação testou-se
recristalização e coluna cromatográfica com sílica gel e alumina básica utilizando
vários sistemas de solventes, porém não foi possível a purificação dos mesmos.
Quando as reações foram conduzidas com um grande excesso de amina ou
aminoálcool (Tabela 15) a maioria dos produtos foram obtidos puros, precipitando no
meio reacional. Houve a formação de dois isômeros referentes a E/Z por causa da
dupla ligação. Para o composto 24a obteve-se somente o produto de di-substituição
(substituição da OMe e do CCl
3
concomitantemente), para 24b, 24c, 24e pequena
quantidade do produto de di-substituição foi observada além do produto de mono-
substituição. Não foi possível separar, por recristalização ou coluna cromatográfica,
os produtos de mono e di-substituição, devido a solubilidade semelhante.
Os produtos 24e-l não foram obtidos puros em nenhum dos excessos
testados (1:2 1:20). o foi possível a síntese do composto 24m em acetona ou
acetonitrila, a síntese somente foi possível quando usou-se como solvente
diclorometano (24 h, t.a), porém não foi possível a purificação do referido composto.
Quando a amina utilizada foi a 2,2-dimetil etanolamina houve a formação do
produto de ciclização 24p com uma vinilação do carbono ligado ao nitrogênio da
pirimidinona, o mecanismo reacional para a reação de ciclização esta representado
no esquema 42.
Todos os produtos são solúveis em metanol, parcialmente solúveis em
clorofórmio à quente e em DMSO e acetato de etila a frio.
55
Esquema 42
CH
2
Pirim.
CCl
3
O
OMe
CH
2
Pirim.
CCl
3
O
OMe
NH
2
O
NH
CH
2
Pirim.
Me
Me
CCl
3
OH
NH
2
OH
Me
Me
O
NH
CHPirim.
Me
Me
OH
H
CH
2
Pirim.
CCl
3
O
NH
2
OH
O
NH
CH
2
Pirim.
Me
Me
CCl
3
O
O
N
CHPirim.
Me
Me
24p
I
II
III
IV
V
+
-
+
-
-H
+
Primeiramente ocorre o ataque do grupo amino e a formação do intermediário
I após, a restituição da dupla ligação pela saída do grupo metoxila e a formação do
intermediário II
34
. Ocorre o ataque do grupo OH e a posterior ciclização, formando o
intermediário III. Com a eliminação do grupo CH=C(CO
-
)CCl
3
ocorre a formação da
forma mais estável 24p. A ciclização, neste caso, parece ser possível por causa da
presença das metilas no carbono adjacente ao NH
2
que força a configuração que
favorece o ataque do grupo OH ao carbono β da enona
4,35
.
As condições reacionais e quantidades otimizadas dos reagentes estão
listadas na tabela 7.
34
Vdovenko, S. I.; Gerus, I. I.; Wójcik, J.
J. Physical Org. Chem.
, 2001, 14, 533.
35
Bonacorso, H. G; Bittencourt, S. R. T.; Wastowski, A. D.; Wentz, A. P.; Zanatta, N.; Martins, M. A. P.
J. Hetrocyclic. Chem.
, 1999, 36, 45.
56
Tabela 7 Condições reacionais otimizadas para a síntese dos compostos 24a-d,
h,n-p.
Amina Composto
Razão
22/amina
Tempo
reacional (h)
Rendimento (%)
Metilamina 24a 1/10 5 50
Etilamina 24b 1/5 1,4 51
Propilamina 24c 1/5 3,3 48
Isopropilamina 24d 1/5 3,3 45
Fenetilamina 24h 1/10 24 98
Etanolamina 24n 1/5 5,3 45
1,3
propanolamina
24o 1/5 4 43
2,2dimetil
etanolamina
24p 1/1 3 40
Todos os produtos obtidos são estáveis à temperatura ambiente, porém os
mesmos não puderam ser caracterizados por espectroscopia de massas, pois
decompõem ao longo do experimento.
57
Tabela 8 - Fórmula molecular, peso molecular, dados de análise elementar, aspecto
e pontos de fusão dos compostos 24a-d, h,n-p.
Composto
Fórmula e peso
molecular
Calculado
C H N
Aspecto P.f (°C)
24a C
11
H
11
Cl
3
N
4
O
2
337,5
39,11 3,25 16,59 Sólido
creme
263-267
24b C
12
H
11
Cl
6
N
3
O
2
441,95
32,61 2,51 9,51 Sólido
creme
223-225
24c C
13
H
13
Cl
6
N
3
O
2
455,98
34,24 2,87 9,22 Sólido
branco
157-159
24d C
13
H
13
Cl
6
N
3
O
2
455,98
34,24 2,87 9,22 Sólido
branco
237-240
24h C
17
H
15
Cl
6
N
3
O
2
518,05
41,73 2,92 8,11 Sólido
creme
140-143
24n C
12
H
11
Cl
6
N
3
O
3
458,00
31,44 2,40 9,17 Sólido
creme
168-171
24o C
13
H
13
Cl
6
N
3
O
3
472,00
33,05 2,75 8,89 Sólido
marrom
150-152
24p C
11
H
12
Cl
3
N
3
O
2
324,5
40,67 3,69 12,94 Sólido
creme
120-123
.
58
3.2.1 – Espectroscopia de RMN de
1
H e
13
C.
Tabela 9 - Dados de RMN ¹H e ¹³C dos compostos 24a-d, h,n-p.
Compostos
RMN ¹H δ ppm
J(Hz)
RMN ¹³C δ ppm
N
N
CCl
3
O
O
N
H
NH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
24a
13
14
5,72 (1H,d, J= 5,2, H5);
5,70 (1H, d,J=5,6, H5);
7,68 (1H,d, J=7,2, H6);
7,35 (1H, d, J= 7,6, H6);
5,04 e 4,44 (2H, s, H7);
4,54 e 4,03 (2H, S, H9);
7,63 (1H, d, J= 4,0, H11);
7,28 (1H,d, J= 4,4, H11);
7,06 (1H, d, J= 4,8, H11);
6,0 (1H, d, J= 4,8, H11);
8,77 (1H, d, J= 5,6, H11);
7,63 (1H, d, J= 4,0, H13);
2,48-2,78 (18H, m, H12 e
14)
153,92 e 155,41 (C2);
163, 98 e 164, 17
(C4);94,50 e 94,66
(C5); 144,10 e 144,15
(C6); 45,29 e 47, 08
(C7); 156,20 e 157,31
(C8); 83,64 e 86,83
(C9); 168,16 e 170,19
(C10)
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
24b
13
5,76 (1H; d; J=7,2; H5);
7,53 (1H; d; J=7,2; H6);
4,77 (2H; s; H7); 5,24
(1H; s; H9); 10,17 e 7,78
(2H; t; J= 5,2; H11); 3,49
e 3,29 (4H; q; J=6,0;
H12); 1,24 e 1,09 (6H; t;
J=7,2; H13)
155,32 (C2); 168,73
(C4); 94,92 (CCl
3
);
94,92 (C5); 144,46
(C6); 47,70 (C7);
163,57 (C8); 80,48
(C9); 178,46 (C10);
96,96 (CCl
3
’); 37,78 e
34,57 (C12);14,71 e
14,03 (C13)
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
24c
13
14
5,78 (1H; d; J=7,2; H5);
7,63 (1H; d; J=7,6; H6);
4,74 (2H; s; H7); 5,26
(1H; s; H9); 10,56 e 7,77
(2H; t; J= 5,6; H11); 3,43
e 3,21
(4H; q; J=6,0; H12); 1,64
e 1,51
(4H; q; J=75,6; H13); 0,95
e 0,89
(6H; t; J=7,2; H14)
155,28 (C2); 168,96
(C4); 94,92 (CCl
3
);
94,92 (C5); 144,42
(C6); 47,74 (C7);
163,78 (C8); 80,67
(C9); 178,55 (C10);
96,92 (CCl
3
’); 42,38 e
41,63 (C12); 22,31 e
21,69 (C13); 11,26 e
10,90 (C14)
59
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
24d
13
13
5,74 (1H; d; J=7,2; H5);
7,54 (1H; d; J=7,2; H6);
4,77 (2H; s; H7); 5,24
(1H; s; H9); 10,53 (1H; d;
J=8,8; H11) e 7,64
(1H; d; J= 5,2; H11);
4,08(2H; sep; J=6,4;
H12); 1,27 e 1,11
(12H; d; J=6,4; H13)
155,37 (C2); 167973
(C4); 95,02 (CCl
3
);
95,02 (C5); 144,46
(C6); 47,62 (C7);
162,93 (C8); 80,49
(C9); 178,56 (C10);
96,91 (CCl
3
’); 45,06 e
41,21 (C12); 23,01 e
21,92 (C13)
N
N
CCl
3
O
N
H
CCl
3
O
24h
1
2
3
45
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
15
16
16
17
5,77 (1H; d; J=7,2; H5);
7,47 (1H; d; J=7,4; H6);
4,74 (2H; s; H7); 5,25
(1H; s; H9); 10,47 e 7,84
(2H; t; J=5,4; H11); 3,72
(4H; q; J=6,6; H12); 2,95
e 2,82 (4H; t; J=7,0; H13);
7,20 a 7,33 (Aromáticos -
H15-17)
155,43 (C2); 168,67
(C4); 95,45 (CCl
3
);
95,08 (C5); 144,49
(C6); 47,85 (C7);
163,87 (C8); 81,03
(C9); 178,66 (C10);
96,94 (CCl
3
’); 44,31 e
41,22 (C12); 35,02 e
34,19 (C13); 126,05 a
139,32 (Aromáticos-
C14-17)
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
OH
24n
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
5,83 (1H; d; J=6,8; H5);
7,52 (1H; d; J=7,2; H6);
4,78 (2H; s; H7); 5,26
(1H; s; H9); 10,64 e 7,83
(2H; t; J=5,2; H11);
3,50(4H; q; J=5,2; H12);
3,61 e 3,54 (4H; t; J=4,8;
H13); 5,12 (1H; t J=4,0;
H14) e 4,80 (1H; t; J=4,4;
H14)
155,50 (C2); 169,04
(C4); 95,17 (CCl
3
);
95,17 (C5); 144,58
(C6); 48,09 (C7);
164,09 (C8); 80,71
(C9); 178,52 (C10);
97,05 (CCl
3
’); 45,30 e
42,64 (C12); 59,37
(C13)
N
N
CCl
3
O
CCl
3
O
N
H
OH
24o
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
5,78 (1H; d;J=7,2; H5);
7,52 (1H; d; J=7,2; H6);
4,75 (2H; s; H7); 5,22
(1H; s; H9); 10,58 (1H; t;
J=6,0; H11) e 7,77 (1H; t;
J=5,6; H11); 3,32(2H; q;
J=6,8; H12) e 3,44 (2H; q;
J=6,0; H12); 1,77 (2H; qui
J=6,4; H13) e 1,63 (2H;
qui; J=6,8; H13); 3,53
(2H; m; J=3,2; H14); 4,57
(2H. t; J=5,6; H15)
155,28 (C2); 168,83
(C4); 94,91 (CCl
3
);
94,91 (C5); 144,50
(C6); 47,73 (C7);
163,89 (C8); 80,47
(C9);78,41 (C10);
97,00 (CCl
3
’); 40,29 e
36,84 (C12); 31,84 e
31,82 (C13); 58,11 e
57,86 (C14)
60
O
NH
N
N
CCl
3
O
Me
Me
24p
1
2
3
45
6
7
8
9
10
11
11
12
6,37 (1H; d; J-5,8; H5);
8,15 (1H; d; J=5,8; H6);
6,92 (1H; s; H7); 4,30
(1H; s; H9); 1,04 (6H; s;
H11); 3,20 (2H; s; H12)
152,61 (C2); 171,98
(C4); 93,51 (CCl
3
);
99,96 (C5); 150,39
(C6); 70,24 (C7);
156,00 (C8); 54,41
(C10); 22,14 (C11);
66,31 (C12)
61
Figura 6 - Espectro de RMN ¹H do composto 24n.
Figura 7 – Espectro de RMN ¹³C do composto 24n.
62
Os espectros de RMN ¹H e ¹³C do composto 24a apresentam sinais referentes
aos produtos de di-substituição (E/Z). Encontra-se sinais referentes a seis metilas e
seis NH (esquema 42).
Esquema 42
N
N
CCl
3
O
N
O
MeHN
H
Me H
N
N
CCl
3
O
N
O
MeHN
H
H Me
N
N
CCl
3
O
N
O
NHMe
HMe
H
N
N
CCl
3
O
N
O
NHMe
MeH
H
Produto Z
Produto E
Anti
Syn
Anti
Syn
Para os compostos 24b-d a formação dos produtos de di-substituição é muito
pequena e os seus sinais não estão citados na tabela 9. Para os demais compostos
ocorre apenas os produtos de mono-substituição (E/Z) do grupo alcóxi da enona.
Para a correta atribuição dos sinais do composto 24a foram necessários
experimentos bidimensionais como HETCORRR e COSY. Assim como para o
composto 24n foi necessário a realização de HETCORR.
Devido a formação dos isômeros E/Z os sinais referentes ao NH e a cadeia a
ele ligada sofre duplicação de sinais ou de integração para os compostos 24a-d, h, n
e o.
Para o produto 24p houve a necessidade de experimentos bidimensionais
como HETCORRR e COLOC para a correta elucidação da sua estrutura. Através
destes experimentos pode-se observar que a dupla ligação é formada entre o
carbono vizinho ao nitrogênio do anel pirimidínico e o carbono do anel de cinco
membros.
63
4 – CONCLUSÃO
De acordo com os objetivos deste trabalho e após a análise dos resultados,
foi possível concluir que:
1- As reações de N-alquilação da pirimidinona 4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (4)
se processaram a temperatura ambiente e em bons rendimentos. Os melhores
rendimentos foram obtidos com o agente alquilante 2.
2- Não foi possível a N-alquilação da citosina (5) com as metodologias testadas.
3- A N-alquilação da 5-Bromo-4-triclorometil-4-metóxi-1,3H-pirimidin-2-ona (6) se
processou apenas com aquecimento e apresentou regiosseletividade, levando
apenas ao produto de N
1
-monoalquilação com bons rendimentos.
4- Não foi possível a alquilação da pirimidinona 4-triclorometil-4-metóxi-1,3H-
pirimidin-2-ona (8), pois parece ocorrer a eliminação da metoxila ou do grupamento
triclorometila e permanece material de partida no meio reacional formando uma
complexa mistura que não pôde ser separada.
5- A N-alquilação da 3-benzoiluracila (8) obteve melhores resultados frente ao
agente alquilante 2 do que com o agente alquilante 1. A alquilação ocorreu em bons
rendimentos.
6- A 3-benzoiltimina apenas reagiu com o agente alquilante 1, o produto alquilado foi
obtido em bons rendimentos.
7- o foi possível a debenzoilação dos produtos 18-20, pois a tentativa de
debenzoilção decompõe os produtos.
8- A pirimidinona que levou a melhores resultados em reações de N-alquilação
frente aos agentes alquilantes testados foi a 4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (4).
9- Apenas a reação de substituição de 2,2-dimetiletanolamina (23p) com a 1-[(E)-
5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-oxo-penten-2-il-]4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (22) levou
ao produto puro sem a utilização de excesso de amina.
10- Não foi possível a purificação por recristalização ou coluna cromatográfica dos
demais produtos de substituição pois, os produtos foram isolados, após tentativa de
purificação, ainda impuros.
11- A reação da 1-[(E)-5,5,5-tricloro-2-metóxi-4-oxo-penten-2-il-]4-triclorometil-1H-
pirimidin-2-ona com excessos de aminas ou aminoálcoois levou, na maioria dos
casos, a produtos puros e com rendimentos moderados. Porém há a obtenção de
dois produtos em alguns casos, produto de mono e di-substituição (pequena
64
quantidade do produto de di-substituição). Apenas para a reação com a metil amina
somente foi obtido o produto de di-substituição.
12- A reação com a 2,2-dimetiletanolamina (23p) levou ao produto de ciclização com
a eliminação da metoxila, da carbonila e do grupo triclorometil, levando também a
formação de uma dupla ligação no carbono vizinho ao nitrogênio da pirimidina. A
reação pode ser descrita, então, como uma ciclização seguida de uma vinilação da
cadeia ligada ao anel pirimidínico.
13- Não foi possível a obtenção de produtos de substituição puros para reações com
nenhuma das anilinas testadas.
14- As reações de substituição ocorrem de maneira rápida, a temperatura ambiente,
com rendimentos moderados e os produtos são isolados puros do meio reacional.
65
5 – METODOLOGIA EXPERIMENTAL
5.1 Reagentes, Solventes, Métodos de Identificação e Determinação de
Pureza.
5.1.1 - Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear
Os espectros de RMN de ¹H, ¹³C e bidimensionais foram obtidos em
espectrômetros BRUKER DPX-200 e BRUKER DPX-400.
Os parâmetros experimentais dos equipamentos para a quisição dos
espectros dos compostos sintetizados, em geral, foram:
Espectrômetro BRUCKER DPX-200: SF 200,13 MHz para
1
H e 50,32
MHz para
13
C; largura do pulso 90º, 9,0µs (
1
H) e 19,5µs (
13
C); tempo de aquisição
3,9s (
1
H) e 2,8s (
13
C); janela espectral 965Hz (
1
H) e 5000Hz (
13
C); número de
varreduras de 8-32 para
1
H e 2000-20000 para
13
C, dependendo do composto;
número de pontos 65536 com resolução digital Hz/ponto igual a 0,128875 (
1
H) e
0,179994 (
13
C); temperatura 300K.
Espectrômetro BRUCKER DPX-400: SF 400,13 MHz para
1
H e 100,62 MHz
para
13
C; largura do pulso 90º, 8,0µs (
1
H) e 13,7µs (
13
C); tempo de aquisição 6,5s
(
1
H) e 7,6s (
13
C); janela espectral 965Hz (
1
H) e 5000Hz (
13
C); mero de varreduras
de 8-32 para
1
H e 2000-20000 para
13
C, dependendo do composto; número de
pontos 65536 com resolução digital Hz/ponto igual a 0,677065 (
1
H) e 0,371260 (
13
C);
temperatura 300K.
5.1.2 – Cromatografia Líquida
Os cromatogramas líquidos foram registrados em um cromatógrafo líquido de
alta eficiência HP modelo 1100 equipada com bomba quaternária, forno de
aquecimeto de coluna e detector UV/Vis com arranjo de diodos. Foi usado uma
coluna HP C-18 (100mm x 2,1 mm) com partículas de 5 µm. a fase móvel foi
metano/água e os compostos foram eluídos utilizando gradiente iniciando com 40%
de metanol a 100% em 10 min. e manteve-se a 100% de metanol por 5 min.
66
5.1.3 – Ponto de Fusão
Os pontos de fusão foram determinados em aparelho digital MICROQUÍMICA
EQUIPAMENTOS LTDA, MQAF - 302.
5.1.4 – Análise Elementar
As análises elementares foram determinadas em um aparelho analisador
Perkin Elmer 2400 CHN, no Instituto de Química, USP, São Paulo.
67
5.2 – REAÇÕES DE N-ALQUILAÇÃO
Em todas as reações a pirimidinona foi pesada (2 mmol) no balão,
solubilizada no solvente de escolha (acetona ou DMF), após foi adicionado
carbonato de potássio (0,276g, 2 mmol) e a mistura foi agitada por 30 min. a
temperatura ambiente. Após o agente alquilante foi adicionado (2 mmol) e a reação
foi agitada até estar completa, a temperatura ambiente, a 56°C ou a 80°C. As
reações foram extraídas com acetato de etila (3 x 20 ml), a fase orgânica foi
separada e o solvente foi removido por evaporação a pressão reduzida. Os produtos
foram purificados por recristalização em clorofórmio/ metanol, na presença de carvão
ativo.
5.2.1 - Síntese de 4-Triclorometil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidin-2-ona (10).
sólido branco com 60% de rendimento. Ponto de fusão: 199-200°C. ¹H RMN
(DMSO/TMS) δ: 7,05 (1H; d; J=6,6; H5); 8,40 (1H; d; J=6,6; H6); 4,59 (2H; s; H7);
7,38 (1H; s;H9) e 7,78 (1H; s; H9). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 154,01 (C2); 170,43
(C4); 95,38 (CCl
3
); 98,10 (C5); 154,29 (C6); 52,10 (C7); 167,52 (C8). Peso Molecular
270,5. C
7
H
6
Cl
3
N
3
O
2
. Análise elementar: Calculado C, 31,08; H, 2,24; N, 15,53%.
Experimental C, 31,13; H, 2,18; N, 15,41%.
5.2.2 Síntese de 4-Triclorometil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidin-2-ona
(11). óleo castanho com 95% de rendimento. ¹H RMN (CDCl
3
/TMS) δ: 6,97 (1H; d;
J=7,4; H5); 8,15 (1H; d; J=7,2; H6); 6,53 (1H; s; H7); 4,53 (4H; m; H9); 1,34(6H; t;
J=7,0; H10). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 153,26 (C2); 171,35 (C4); 94,97 (CCl
3
); 99,14
(C5); 153,23 (C6); 63,66 (C7); 163,26 (C8); 62,40 (C9); 13,27 (C10). Peso Molecular
371,5. C
12
H
13
Cl
3
N
2
O
5
. Análise elementar: Calculado C, 39,79; H, 3,53; N, 7,54%.
Experimental C, 38,76; H, 3,61; N, 7,51%.
5.2.3 Síntese de 5-Bromo-4-triclorometil-4-metóxi-1-(metil carbamoil)-1,3H-
pirimidin-2-ona (14). lido branco com 60% de rendimento. Ponto de Fusão: 210-
212. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 3,84 (3H; s; OMe); 8,34 (1H; s; H6); 4,39 (2H; s; H7);
7,27 (1H; s; H9) e 7,65 (1H; s; H9). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 166,39 (C2); 85,28
(C4); 97,62 (CCl
3
); 50,85 (OMe); 150,14 (C5); 154,00 (C6); 54,94 (C7); 168,19 (C8).
68
Peso Molecular 381,4. C
8
H
9
BrCl
3
N
3
O
3
. Análise elementar: Calculado C, 25,19; H,
2,38; N, 11,02%. Experimental C, 25,08; H, 2,16; N, 11,00%.
5.2.4 Síntese de 5-Bromo-4-triclorometil-4-metóxi-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-
1,3H-pirimidin-2-ona (15). óleo marrom com 60% de rendimento. ¹H RMN
(CDCl
3
/TMS) δ: 4,05 (3H; s; OMe); 7,95 (1H; s; H6); 6,39 (2H; s; H7); 4,31 (4H; m;
H9); 1,33(6H; t; J=7,2; H10). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 166,78 (C2); 86,71 (C4);
97,10 (CCl
3
); 55,41 (OMe); 148,73 (C5); 153,32 (C6); 163,71 (C8); 62,14(C9); 13,72
(C10) . Peso Molecular 482,4. C
13
H
16
BrCl
3
N
2
O
6
. Análise elementar: Calculado C,
25,19; H, 2,38; N, 11,02%. Experimental C, 25,08; H, 2,16; N, 11,00%.
5.2.5 – Síntese de 3-Benzoil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-diona (18).
Sólido castanho com 55% de rendimento. Ponto de fusão: 202-205°C. ¹H RMN
(DMSO/TMS) δ: 5,86 (1H; d; J=7,8; H5); 7,82 (1H; d; J=8,0; H6); 7,60 a 7,94 (5H;
m; Aromáticos – H9-11); 4,39 (2H; s; H12); 7,32 (1H; s; H14) e 7,70 (1H; s; H14). ¹³C
RMN (DMSO/TMS) δ: 149,03 (C2); 145,391 (C4); 101,30 (C5); 161,63 (C6); 168,64
(C7); 129,56 - 135,71 (Aromáticos, C811); 61,92 (C12); 163,64 (C13); 62,33 (C14).
Peso Molecular 273,0. C
13
H
11
N
3
O
4
. Análise elementar: Calculado C, 57,14; H, 4,06;
N, 15,38%. Experimental C, 57,03; H, 3,99; N,15,20 %.
5.2.6 Síntese de 3-Benzoil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidina-2,4-diona
(19). óleo marron com 95% de rendimento. ¹H RMN (CDCl
3
/TMS) δ: 5,90 (d, 1H, H-
5); 7,59 (d, 1H, H-6); 5,90 (1H; d; J=7,8; H5); 7,59 (1H; d; J=8,0; H6); 7,50 a 7,93
(5H, m; Aromáticos-H9-11); 6,06 (1H; s; H12); 4,32 (4H; m; H14); 1,31 (6H; m; H15).
¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 149,62 (C2); 147,68 (C4); 100,09 (C5); 162,34 (C6);
168,16 (C7); 129,56-135,71 (aromáticos, C8-11); 49,81 (C12); 169,41 (C13); 13,69
(C15). Peso Molecular 374,0. C
18
H
18
N
2
O
7
. Análise elementar: Calculado C, 57,75; H,
4,85; N, 7,48%. Experimental C, 57,35; H, 4,93; N, 7,52%.
5.2.7 Síntese de 3-Benzoil-5-metil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-diona
(20). Sólido Branco com 50% de rendimento. Ponto de fusão: 232-234°C. ¹H RMN
(DMSO/TMS) δ: 1,83 (3H; s; H6); 7,71 (1H; s; H7); 7,59 a 7,92 (5H, m; Aromáticos -
H10-12); 4,34 (2H; s; H13); 7,29 (1H; s; H15) e 7,97 (1H; s; H15) . ¹³C RMN
(DMSO/TMS)
δ: 149,54 (C2); 143,41 (C4); 107,89 (C5); 11,75 (C6); 162,95 (C7);
69
129,45-135,46 (aromáticos, C8-12); 49,63 (C13); 160,51 (C14). Peso Molecular
287,0. C
14
H
13
N
3
O
4
. Análise elementar: Calculado C, 58,53; H, 4,56; N, 14,63%.
Experimental C, 58,55; H, 4,61; N, 14,48 %.
5.3 REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO DE 1-[(E)-5,5,5-TRICLORO-2-METÓXI-4-
OXO-PENTEN-2-IL]4-TRICLOROMETIL-1H-PIRIMIDIN-2-ONA
A 1-[(E)-5,5,5-tricloro-2-metoxi-4-oxo-penten-2-il]4-triclorometil-1H-pirimidin-2-
ona (15) (0,858g, 2mmol) foi solubilizada em acetonitrila e permaneceu sob
agitação, a temperatura ambiente, por 10 minutos. Adicionou-se o nucleófilo (numa
relação 1:1, 1:5 ou 1:10) e a reação foi agitada a temperatura ambiente aestar
completa.
5.3.1 Síntese de 4-triclorometil-1-[-N-metil-3-(metilamino)but-2-enamida-4-il]-
1H-pirimidin-2-ona (24a). sólido creme com 50% de rendimento. Ponto de Fusão:
263-267°C. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 5,72 (1H,d, J= 5,2, H5); 5,70 (1H, d,J=5,6, H5);
7,68 (1H,d, J=7,2, H6); 7,35 (1H, d, J= 7,6, H6); 5,04 e 4,44 (2H, s, H7); 4,54 e 4,03
(2H, S, H9); 7,63 (1H, d, J= 4,0, H11); 7,28 (1H,d, J= 4,4, H11); 7,06 (1H, d, J= 4,8,
H11); 6,0 (1H, d, J= 4,8, H11); 8,77 (1H, d, J= 5,6, H11); 7,63 (1H, d, J= 4,0, H13);
2,48-2,78 (18H, m, H12 e 14).¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 153,92 e 155,41 (C2); 163,
98 e 164, 17 (C4);94,50 e 94,66 (C5); 144,10 e 144,15 (C6); 45,29 e 47, 08 (C7);
156,20 e 157,31 (C8); 83,64 e 86,83 (C9); 168,16 e 170,19 (C10). Peso Molecular
427,9. C
11
H
9
Cl
6
N
3
O
2
. Análise elementar: Calculado C, 30,87; H, 2,12; N, 9,82%.
5.3.2 Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-etilamino-4-oxopent-2-enil)-4-triclorometil-
1H-pirimidin-2-ona (24b). sólido creme com 51% de rendimento. Ponto de Fusão:
223-225°C. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 5,76 (1H; d; J=7,2; H5); 7,53 (1H; d; J=7,2;
H6); 4,77 (2H; s; H7); 5,24 (1H; s; H9); 10,17 e 7,78 (2H; t; J= 5,2; H11); 3,49 e 3,29
(4H; q; J=6,0; H12); 1,24 e 1,09 (6H; t; J=7,2; H13). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ:
155,35(C2); 168,46 (C4); 94,92 (CCl
3
); 94,92 (C5); 144,46 (C6); 47,70 (C7); 163,57
(C8); 80,48 (C9); 178,46 (C10); 96,96 (CCl
3
’); 34,57 (C12); 37,78 (C12); 14,03 (C13);
14,71 (C13).
Peso Molecular 441,9. C
12
H
11
Cl
6
N
3
O
2
. Análise elementar: Calculado C,
32,61; H, 2,51; N, 9,51%.
70
5.3.3 Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-propilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24c). sólido branco com 48% de rendimento.
Ponto de Fusão: 157-159°C. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 5,78 (1H; d; J=7,2; H5); 7,63
(1H; d; J=7,6; H6); 4,74 (2H; s; H7); 5,26 (1H; s; H9); 10,56 e 7,77 (2H; t; J= 5,6;
H11); 3,43 e 3,21 (4H; q; J=6,0; H12); 1,64 e 1,51 (4H; q; J=75,6; H13); 0,95 e 0,89
(6H; t; J=7,2; H14). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 155,28 (C2); 168,96 (C4); 94,92 (CCl
3
)
94,92 (C5); 144,42 (C6); 47,74 (C7); 155,28 (C8); 80,67 (C9); 178,54 (C10); 96,92
(CCl
3
’); 44,38 (C12); 41,63 (C12); 22,31 (C13); 21,69 (C13); 11,26 (C14); 10,90
(C14). Peso Molecular 455,9. C
13
H
13
Cl
6
N
3
O
2
. Análise elementar: Calculado C, 34,24;
H, 2,87; N, 9,22%.
5.3.4 - Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-isopropilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24d). sólido branco com 45% de rendimento.
Ponto de Fusão: 237-240°C. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 5,74 (1H; d; J=7,2; H5); 7,54
(1H; d; J=7,2; H6); 4,77 (2H; s; H7); 5,24 (1H; s; H9); 10,53 (1H; d; J=8,8; H11) e
7,64 (1H; d; J= 5,2; H11); 4,08(2H; sep; J=6,4; H12); 1,27 e 1,11 (12H; d; J=6,4;
H13). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 155,37 (C2); 167,93 (C4); 95,02 (CCl
3
); 95,02 (C5);
144,46 (C6); 47,62 (C7); 162,93 (C8); 80,49 (C9); 178,56 (C10); 96,91 (CCl
3
’); 45,06
(C12); 41,21 (C12); 23,01 (C13); 21,92 (C13). Peso Molecular 455,9. C
13
H
13
Cl
6
N
3
O
2
.
Análise elementar: Calculado C, 34,24; H, 2,87; N, 9,22%.
5.3.5 - Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-fenetilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24h). sólido creme com 98% de rendimento.
Ponto de Fusão: 140-143°C. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 5,77 (1H; d; J=7,2; H5); 7,47
(1H; d; J=7,4; H6); 4,74 (2H; s; H7); 5,25 (1H; s; H9); 10,47 e 7,84(2H; t; J=5,4; H11);
3,72 (4H; q; J=6,6; H12); 2,95 e 2,82 (4H; t; J=7,0; H13); 7,20 a 7,33 (Aromáticos -
H15-17). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 155,43 (C2); 168,67(C4); 95,45 (CCl
3
); 95,08
(C5); 144,49 (C6); 47,85 (C7); 163,87 (C8); 81,03 (C9); 178,66 (C10); 96,94 (CCl
3
’);
44,31 (C12); 41,22 (C12); 35,02 (C13), 34,19 (C13); 126,05 a 139,32 (aromáticos,
C14-17). Peso Molecular 514,9. C
17
H
15
Cl
6
N
3
O
2
. Análise elementar: Calculado C,
41,73; H, 2,92; N, 8,11%.
71
5.3.6 Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxietilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24n). sólido marrom com 45% de rendimento.
Ponto de Fusão: 168-171°C. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 5,83 (1H; d; J=6,8; H5); 7,52
(1H; d; J=7,2; H6); 4,78 (2H; s; H7); 5,26 (1H; s; H9); 10,64 e 7,83 (2H; t; J=5,2;
H11); 3,50(4H; q; J=5,2; H12); 3,61 e 3,54 (4H; t; J=4,8; H13); 5,12 (1H; t J=4,0;
H14) e 4,80 (1H; t; J=4,4; H14). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 155,50 (C2); 169,04 (C4);
95,17 (CCl
3
); 95,17 (C5); 144,58 (C6); 48,09 (C7); 164,09 (C8); 80,71 (C9); 178,52
(C10); 97,05(CCl
3
’); 45,30 (C12); 42,64 (C12); 59,37 (C13). Peso Molecular 458,00.
Análise elementar: Calculado C, 31,44; H, 2,40; N, 9,17 %.
5.3.7 Síntese de 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxipropilamino)-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona (24o). sólido creme com 43% de rendimento.
Ponto de Fusão: 150-152°C. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 5,78 (1H; d;J=7,2; H5); 7,52
(1H; d; J=7,2; H6); 4,75 (2H; s; H7); 5,22 (1H; s; H9); 10,58 (1H; t; J=6,0; H11) e 7,77
(1H; t; J=5,6; H11); 3,32(2H; q; J=6,8; H12) e 3,44 (2H; q; J=6,0; H12); 1,77 (2H; qui
J=6,4; H13) e 1,63 (2H; qui; J=6,8; H13); 3,53 (2H; m; J=3,2; H14); 4,57 (2H. t;
J=5,6; H15). ¹³C RMN (DMSO/TMS) δ: 155,28 (C2); 168,83 (C4); 94,91 (CCl
3
);
94,91 (C5); 144,50 (C6); 47,73 (C7); 163,89 (C8); 80,47 (C9); 178,41 (C10); 97,00
(CCl
3
’); 40,29 (C12); 36,84 (C12); 31,84 (C13); 31,82 (C13); 58,11 (C14); 57,86
(C14). Peso Molecular 472,00. Análise elementar: Calculado C, 33,05; H, 2,75; N,
8,89 %.
5.3.8 ntese de 1-[(4,4-dimetiloxazolidin-2-ilideno)metil]-4-triclorometil-1H-
pirimidin-2-ona (24p). sólido creme com 40% de rendimento. Ponto de Fusão: 120-
123°C. ¹H RMN (DMSO/TMS) δ: 6,37 (1H; d; J-5,8; H5); 8,15 (1H; d; J=5,8; H6); 6,92
(1H; s; H7); 4,30 (1H; s; H9); 1,04 (6H; s; H11); 3,20 (2H; s; H12). ¹³C RMN
(DMSO/TMS) δ: 152,61 (C2); 171,98(C4); 93,51 (CCl
3
); 99,96 (C5); 150,39 (C6);
70,24 (C7); 156,00 (C8); 54,41 (C10); 22,14 (C11); 66,31 (C12). Peso Molecular
224,4. Análise elementar: Calculado C, 40,67; H, 3,69; N, 12,94%.
72
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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207.
21 - Okada, E.; Masuda, R.; Hojo, M.; Inoue, R. Synthesis, 1991, 533.
22 - Bonacorso, H. G.; Bittencourt, S. R. T.; Wastowski, A. D.; Wentz, A. P.; Zanatta,
N. Martins, M. A. P. J. Heterocyclic Chem, 1997, 36, 45.
23 - Bonacorso, H. G.; Wentz, A. P.; Bittencourt, S. R. T.; Marques, L. M. L.; Zanatta,
N.; Martins, M. A. P. Synthetic Commun., 2002, 32, 335.
24 - Martins, M. A. P.; Pereira, C. M. P.; Cunico, W.; Moura, S.; Rosa, F. A.; Peres,
R. L.; Machado, P.; Zanatta, N.; Bonacorso, H. G. Ultrasonics Sonochem., 2006, 13,
364.
25 - (a)Martins, M. A. P.; Cunico, W.; Pereira, C. M. P.; Sinhorin, A. P.; Flores, A. F.
C., Bonacorso, H. G.; Zanatta, N. Curr. Org. Synthesis, 2004, 1, 391. (b) Druzhinin,
S. V.; Balenkova, E. S.; Nenajdenko; V. G. Tetrahedron, 2007, 63, 7753.
26 - Martins, m. A. P.; Sinhorin, A. P.; Zimmermann, N. E. K.; Zanatta, N.;
Bonacorso, H. G. Synthesis 2001, 1959.
27 - Pacholski, I. L.; Blanco, I.; Zanatta, N. Martins, M. A. P. J. Braz. Chem. Soc.
1991, 2, 118.
28 - Zanatta, N. Cortelini, M. F. M.; Carpes, M. J. S.; Bonacorso, H. G.; Martins, M. A.
P. J. Heterocyclic Chem. 1997, 34, 509.
29 - Madruga, C. C.; Clerici, E.; Martins, M. A. P.; Zanatta, N. J. Heterocyclic Chem.
1995, 32, 735.
30 - Zanatta, N.; Madruga, C. C.; Marisco, P. C.; Flores, D. C.; Bonacorso, H. G.;
Martins, M. A. P. J. Heterocyclic Chem. 2000, 37, 1213.
74
31 - Zanatta, N.; Pacholski, I. L.; Faoro, D. ; Bonacorso, H. G.; Martins, M. A. P.
Syntetic Commun. 2001, 31, 2855.
32 - Frieden, M.; Giraud, M.; Reese, C. B.; Quanlai, S. J. Chem. Soc., 1998, 1, 2827.
33 - R. Csuk, A. Kern. Tetrahedron, 1999, 55, 8409.
34 -
Vdovenko, S. I.; Gerus, I. I.; Wójcik, J. J. Physical Org. Chem., 2001, 14, 533.
35 - De Clercq, E. J. Med. Chem., 1995, 38, 2491.
36 - Bonacorso, H. G; Bittencourt, S. R. T.; Wastowski, A. D.; Wentz, A. P.; Zanatta,
N.; Martins, M. A. P. J. Hetrocyclic. Chem., 1999, 36, 45.
37 - Barral, K.; Balzarini, J.; Johan, N.; De Clercq, E.; Hider, R. C.; Camplo, M. J.
Med. Chem., 2006, 49, 43.
38 - Ciapetti, P.; Taddei, M. Tetrahedron, 19998, 54, 11305.
39 - Senda, S.; Hirota, K.; Banno, K. J. Med. Chem., 1971, 12, 471.
40 - Souza, M. V. N.; Almeida, M. V. Quim. Nova, 2003, 26.
41 - Yu, M. J.; Thrasher, K. J.; McCowan, J. R.; Mason, N. R.; Mendelsohn, L. G. J.
Med. Chem., 1991, 34, 1508.
42 – Tanaka, H.; Takashima, H.; Ubasawa, M.; Sekiya, K.; Nitta, I.; Baba, M.;
Shigeta, S.; Walker, R. T.; De Clerq, E.; Miyasaka, T. J. Med. Chem., 1992, 35, 4713.
43 - Tanaka, H.; Takashima, H.; Ubasawa, M.; Sekiya, K.; Nitta, I.; Baba, M.;
Shigeta, S.; Walker, R. T.; De Clerq, E.; Miyasaka, T. J. Med. Chem., 1992, 35, 337.
44 – Pontikis, R.; Monneret, C. Tetrahedron Lett., 1994, 35, 4351.
45 – Lenzi, A.; Reginato, G.; Taddei, M. Tetrahedron Lett., 1995, 36, 1713.
75
APÊNDICE 1
76
Figura 8 - Espectros de
1
H e ¹³C da 4-Triclorometil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidin-
2-ona 10, espectrômetro Dpx 200 (
1
H) e Dpx400 (
13
C), DMSO.
77
Figura 9 - Espectro de
1
H da 4-Triclorometil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidin-2-
ona 11, espectrômetro Dpx200 (
1
H), CDCl
3
E Dpx200 (¹³C), DMSO.
78
Figura 10 - Espectros de
1
H da 5-Bromo-4-triclorometil-4-metóxi-1-(metil carbamoil)-
1,3H-pirimidin-2-ona 14, espectrômetro Dpx200 (
1
H), DMSO.
79
Figura 11 - Espectro de
1
H da 5-Bromo-4-triclorometil1-(1,3-dietoximalon-2-il)-4-
metóxi-1,3H-pirimidin-2-ona 15, Dpx200 (
1
H), CDCL
3
e Dpx200, DMSO.
80
Figura 12 - Espectros de
1
H e
13
C
da 3-benzoil-1-(metil carbamoil)-1H-pirimidina-2,4-
diona 18, espectrômetro Dpx200 (
1
H) e Dpx400 (
13
C), DMSO.
81
Figura 13 - Espectro de
1
H e
13
C da 3-benzoil-1-(1,3-dietoximalon-2-il)-1H-pirimidina-
2,4-diona 19, espectrômetro Dpx400 (
1
H), CDCl
3
e Dpx200
13
C, DMSO.
82
Figura 14 - Espectros de
1
H e
13
C
da 3-benzoil-5-metil-1-(metil carbamoil)-1H-
pirimidina-2,4-diona 20, espectrômetro DPX200 (
1
H) e Dpx200 (
13
C), DMSO.
83
Figura 15 - Espectro de
1
H e
13
C da 4-triclorometil-1-[-N-metil-3-(metilamino)but-2-
enamida-4-il]-1H-pirimidin-2-ona 24a, espectrômetro Dpx400 (
1
H), DMSO e Dpx400
³C), DMSO.
84
Figura 16 - Espectro de Cosy da 4-triclorometil-1-[-N-metil-3-(metilamino)but-2-
enamida-4-il]-1H-pirimidin-2-ona 24a, espectrômetro Dpx 400, DMSO.
85
Figura 17 - Espectro de HETCORR da 4-triclorometil-1-[-N-metil-3-(metilamino)but-
2-enamida-4-il]-1H-pirimidin-2-ona 24a, espectrômetro Dpx 400, DMSO.
86
Figura 18 - Espectro de
1
H e
13
C da 1-(5,5,5-tricloro-2-etilamino-4-oxopent-2-enil)-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona 24b, espectrômetro Dpx400 (
1
H), DMSO e Dpx 200
³C), DMSO .
87
Figura 19 - Espectro de
1
H e
13
C da 1-(5,5,5-tricloro-2-propilamino-4-oxopent-2-enil)-
4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona 24c, espectrômetro Dpx400 (
1
H), DMSO e Dpx 200
³C), DMSO.
88
Figura 20 - Espectro de
1
H e
13
C da 1-(5,5,5-tricloro-2-isopropilamino-4-oxopent-2-
enil)-4-triclorometil--1H-pirimidin-2-ona 24d, espectrômetro Dpx400 (
1
H), DMSO e
Dpx200 (¹³C), DMSO.
89
Figura 21 - Espectro de
1
H e
13
C da 1-(5,5,5-tricloro-2-fenetilamino-4-oxopent-2-
enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona 24h, espectrômetro Dpx200 (
1
H), DMSO e
Dpx400(
13
C), DMSO.
90
Figura 22 - Espectro de
1
H e
13
C da 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxietilamino)-4-
oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona 24n, espectrômetro Dpx400 (
1
H),
DMSO e Dpx200 (
13
C), DMSO.
91
Figura 23 - Espectro de HETCORR da 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxietilamino)-4-
oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona 24n, espectrômetro Dpx400.
92
Figura 24 - Espectro de
1
H e
13
C da 1-(5,5,5-tricloro-2-(2-hidroxipropilamino)-4-
oxopent-2-enil)-4-triclorometil-1H-pirimidin-2-ona 24o, espectrômetro Dpx400 (
1
H),
DMSO e Dpx (
13
C), DMSO.
93
Figura 25 - Espectro de
1
H e
13
C da 1-[(4,4-dimetiloxazolidin-2-ilideno)metil]-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona 24p, espectrômetro Dpx200 (
1
H), DMSO e
Dpx400(
13
C), DMSO.
94
Figura 26 - Espectro de HETCORR da 1-[(4,4-dimetiloxazolidin-2-ilideno)metil]-4-
triclorometil-1H-pirimidin-2-ona 24p, espectrômetro Dpx400 (
1
H), DMSO.
95
APÊNDICE 2
96
Figura 27 - Cromatograma e espectro de UV do composto 24b.
97
Figura 28 - Cromatograma e espectro de UV do composto 24c.
98
Figura 29 - Cromatograma e espectro de UV do composto 24d.
99
Figura 30 - Cromatograma e espectro de UV do composto 24h.
100
Figura 31 - Cromatograma e espectro de UV do composto 24n.
101
Figura 32 - Cromatograma e espectro de UV do composto 24o.
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