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existência de professores titulados e com experiência em atividades investigativas para a
sua nucleação. As ciências agrárias, biológicas e da saúde são as que têm se sobressaído na
pesquisa, com a execução de projetos que têm contribuído para a expansão do
conhecimento na área, para o atendimento de exigências da região que estão articuladas às
ênfases dos cursos (UNIVAG-PDI, 2003/2007).
No entanto, notamos nas entrevistas, uma tendência ao silenciar ou uma
frustração pela não existência da pesquisa (mesmo sabedores que não é obrigado a
instituição a fazer pesquisa), apesar das afirmativas convincentes dos entrevistados da
presença da iniciação científica nos cursos que geram ensino/aprendizado de qualidade na
graduação. Observemos as entrevistas no que diz respeito a esse assunto:
Existe, ela não é presente nos cursos de forma muito forte, mas nos temos. Por
exemplo, há áreas que eu citaria aqui como uma atitude bastante intensa que
acontece no GPA das Ciências Agrária e Biológica. Pela vocação do estado
agrícola, então tem muita pesquisa nesse sentido e conseguem fomento, via
FAPEMAT e outros órgãos [...], que o professor e coordenador do curso de
agronomia, junto com a equipe de professores, fazem os projetos de pesquisa,
envolvem alunos, inclusive há alunos com bolsas do CNPq para trabalhar
nesses projetos de pesquisa. Isso já começa a acontecer também nos demais
GPAs, na saúde por exemplo, temos um professor da odontologia que hoje tem
um projeto, consegui a provação de um projeto na FAPEMAT no valor de 30
mil reais em equipamento que vieram inclusive para o UNIVAG e consegui 3
bolsas de iniciação cientifica para alunos de outros cursos, são 2 alunos de
farmácia e um de fisioterapia, até onde eu tenho acompanhado, bolsa de valores
baixos mais que de certa forma incentiva a pesquisa. A pesquisa é algo, como
Centro Universitário não tem a obrigatoriedade do desenvolvimento e a
realização de pesquisa, a pesquisa não tem recebido da instituição até por
impossibilidade, recursos para isso. Há alguns projetos que sim, por exemplo, a
farmácia tem dois ou três projetos que são considerados curriculares, são
projetos de pesquisa que o curso depende muito desse trabalho com os
professores e alunos então, a UNIVAG financia, ela banca a carga horária dos
docentes para o desenvolvimento dessas pesquisas, mas não é uma rotina, não é
algo disseminado ainda (Entrevista 3, Gerente do GPA da Saúde).
Falando da instituição eu sei que existe na agronomia. Eu vou falar
especificamente do curso de direito. A gente começou a um ano nesse processo
de iniciação científica. Falando com o professor responsável pela Coordenação
de Ensino de Graduação e Extensão e de Pesquisa e Pós-graduação, ele nos
disse que nem poderia dar esse nome, mas é uma iniciação a iniciação
científica. Até porque falta numero de doutores. No direito a gente tem três
grupos de pesquisas já iniciada. Os alunos têm demonstrado interesse e o
professor tem demonstrado interesse em particular. A gente tem um grupo que
está discutindo a questão da cidadania, [...] um grupo que a gente chama de
observatório internacional, onde a gente discute questão da máfia verde e temos
um outro grupo que a gente discute a questão da violência. (Entrevista 9,
Professora do Curso de Direito).