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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
CRISTIANA SOUSA VIEIRA
A REPRESENTATIVIDADE DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
DO BIOMA MATA ATLÂNTICA DA BAHIA NA CONSERVAÇÃO DA
AVIFAUNA AMEAÇADA
ILHÉUS, BAHIA
2007
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CRISTIANA SOUSA VIEIRA
A REPRESENTATIVIDADE DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
DO BIOMA MATA ATLÂNTICA DA BAHIA NA CONSERVAÇÃO DA
AVIFAUNA AMEAÇADA
Dissertação apresentada ao Programa Regional de
Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente, Sub-Programa Universidade Estadual de
Santa Cruz, como requisito para obtenção do Título de
Mestre.
Área de concentração: Conservação da Biodiversidade
Orientadora: Sofia Campiolo
ILHÉUS, BAHIA
2007
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DEDICATÓRIA
À minha mãe, uma fortaleza, que com muito amor sempre me incentivou
e nunca mediu esforços para que eu chegasse a esta etapa de
minha vida, dedico este trabalho.
AGRADECIMENTOS
A Deus por esta oportunidade.
À minha família, pelo apoio em todos os momentos.
À UESC, pela oportunidade.
Ao Coordenador do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente, Prof. Neylor Calasans pelo apoio.
Ao Prof. Max de Menezes pelo carinho.
A CAPES por proporcionar a oportunidade de realização do Curso.
À Profa. Sofia Campiolo, pela orientação, amizade, confiança e apoio.
Ao Prof. Jacques Hubert Charles Delabie pelo apoio e amizade.
À Profa. Raquel Maria de Oliveira, pela atenção, conselhos e amizade.
A José Vicente Ortiz, Prof. Eduardo Mariano Neto e Fábio Falcão pelas
sensatas contribuições.
Ao Prof. Luis Fábio Silveira, pelo apoio.
Ao Museu de Biologia Professor Mello Leitão, PRESERVA e SEMARH pelo
dados cedidos.
Aos professores do curso, pelos ensinamentos e confiança depositada.
A Francisco Bomfim, pelo apoio no início desse meu trabalho.
Aos meus colegas, pela amizade.
À Harley Dantas, pela confiança depositada.
A Pedro Develey, pelos dados cedidos.
Aos meus amigos, que me compreenderam nos momentos de ausência.
A REPRESENTATIVIDADE DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO BIOMA
MATA ATLÂNTICA DA BAHIA NA CONSERVAÇÃO DA AVIFAUNA AMEAÇADA
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar a representatividade das Unidades de
Conservação do Bioma Mata Atlântica da Bahia para conservação da avifauna
ameaçada e gerar um mapa de distribuição potencial das espécies. Através de
dados secundários foram obtidos os registros de distribuição da avifauna e gerados
os mapas em ArcView
®
9.1. Foi gerado também o mapa de localização de Unidades
de Conservação situadas na Mata Atlântica da Bahia. Os mapas foram sobrepostos
e foi possível constatar que, apesar das espécies ameaçadas terem prioridade de
proteção e conservação, algumas espécies contidas na Lista das Espécies da Fauna
Brasileira Ameaçadas de Extinção não estão presentes em áreas protegidas na
Bahia. De acordo com os dados coletados, das quarenta e duas espécies
consideradas, 36 estão representadas em pelo menos uma Unidade de
Conservação. A distribuição potencial das espécies ameaçadas no Estado da Bahia
abrange áreas desprovidas de Unidades de Conservação e para essas áreas
existem poucos registros de distribuição das espécies ameaçadas. Tal fato evidencia
que o sistema atual é deficiente tanto na representação total da riqueza em aves do
bioma Mata Atlântica, quanto no potencial de manutenção das espécies em longo
prazo. Também mostra que o acréscimo de novas áreas é uma medida necessária
para atingir a meta de representação, assim como para assegurar a permanência
das populações de espécies chaves na rede de áreas protegidas. Em conjunto com
essa medida, a consolidação das Unidades existentes, a definição dos problemas e
a implementação dos planos de manejo são essenciais para assegurar a proteção
das espécies que nelas ocorrem.
Palavras-chave: Avifauna; Mata Atlântica; Unidades de Conservação.
iv
THE REPRESENTATION OF CONSERVATION UNITS OF MATA
ATLÂNTICA’S BIOMA, BAHIA, RELATED TO THE CONSERVATION
OF ENDANGERED BIRD FAUNA
ABSTRACT
The aim of this work was to evaluate the representation of conservation units of Mata
Atlântica's biome to the conservation of endangered bird fauna in Bahia, and design
a map of potential distribution of species. The registers of distribution were obtained
through secondary data and the maps generated in ArcView
®
9.1. The map with the
localization of conservation units distributed in Mata Atlântica, Bahia, was also
generated. The maps were superimposed and it was possible to verify that, although
endangered species have priority to conservation, some of these species are not
present in the areas that are protected in Bahia State. According to data that was
collected, from the 42 species studied, 36 are represented in, at least, one
conservation unit. The potential distribution of endangered species in the State
includes areas without conservation units; for these areas there is little record of
endangered species distribution. This fact reveals that the actual system fails in both
the total representation of birds’ richness in Mata Atlântica biome, and the potential of
maintenance of species in long terms. It also indicates that the inclusion of new areas
is a necessary measure in order to achieve the expected representation, as well as
to guarantee the maintenance of key populations in the net of protected areas.
Associated to this measure, the consolidation of existing units, the identification of
problems and the accomplishment of managing plans are essential to guarantee the
protection to the local species.
KEYWORDS: Bird fauna, Mata Atlântica, conservation unit.
v
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Municípios cobertos, mesmo que parcialmente, pelo bioma Mata
Atlântica, Bahia...................................................................................
25
Quadro 2 - Unidades de Conservação da Mata Atlântica na Bahia por
município.............................................................................................
34
Quadro 3 - Lista de espécies de Aves Ameaçadas que ocorrem na Bahia
(IBAMA 2003).....................................................................................
40
Quadro 4 - Registro de espécies ameaçadas por Unidade de Conservação....... 42
Quadro 5 - Ocorrência de espécies em áreas não protegidas............................. 61
SUMÁRIO
Resumo....................................................................................................... iv
Abstract....................................................................................................... v
1 -
INTRODUÇÃO............................................................................................. 1
1.1. Objetivo geral........................................................................................ 3
1.2. Objetivos específicos............................................................................ 3
2 -
MATA ATLÂNTICA..................................................................................... 4
3 -
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO............................................................... 9
4 -
AVIFAUNA AMEAÇADA............................................................................. 15
5 -
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA............................................ 20
6 -
MATERIAL E MÉTODO............................................................................... 24
7 -
RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 30
8 -
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 65
ANEXOS ..................................................................................................... 74
Figura 1 - Percentual das Unidades de Conservação da Mata Atlântica da
Bahia
Figura 2 - Distribuição da avifauna ameaçada na Mata Atlântica, Bahia
Figura 3 - Distribuição potencial da espécie Aburria jacutinga
Figura 4 - Distribuição potencial da espécie Acrobatornis fonsecai
Figura 5 - Distribuição potencial da espécie Amazona rhodocorytha
Figura 6 - Distribuição potencial da espécie Carpornis melanocephala
Figura 7 - Distribuição potencial da espécie Celeus torquatus tinnunculus
Figura 8 - Distribuição potencial da espécie Cichlopsis leucogenys
leucogenys
Figura 9 - Distribuição potencial da espécie Claravis godefrida
Figura 10 - Distribuição potencial da espécie Cotinga maculata
Figura 11 - Distribuição potencial da espécie Crax blumenbachii
Figura 12 - Distribuição potencial da espécie Crypturellus noctivagus
noctivagus
Figura 13 - Distribuição potencial da espécie Discosura langsdorffi langsdorffi
Figura 14 - Distribuição potencial da espécie Glaucis dohrnii
Figura 15 - Distribuição potencial da espécie Grallaria varia intercedens
Figura 16 - Distribuição potencial da espécie Herpsilochmus pileatus
Figura 17 - Distribuição potencial da espécie Leucopternis lacernulatus
Figura 18 - Distribuição potencial da espécie Merulaxis stresemanni
Figura 19 - Distribuição potencial da espécie Myrmeciza ruficauda
Figura 20 - Distribuição potencial da espécie Myrmotherula urosticta
Figura 21 - Distribuição potencial da espécie Phylloscartes beckeri
Figura 22 - Distribuição potencial da espécie Pyriglena atra
Figura 23 - Distribuição potencial da espécie Pyrrura cruentata
Figura 24 - Distribuição potencial da espécie Rhopornis ardesiaca
Figura 25 - Distribuição potencial da espécie Sporophila maximiliani
Figura 26 - Distribuição potencial da espécie Synallaxis cinerea
Figura 27 - Distribuição potencial da espécie Thalurania watertonii
Figura 28 - Distribuição potencial da espécie Thripophaga macroura
Figura 29 - Distribuição potencial da espécie Xipholena atropurpurea
Figura 30 - Espécie Phaethon aethereus
Figura 31 - Espécie Phaethon lepturus
Figura 32 - Espécie Amazona vinacea
Figura 33 - Espécie Conopophaga lineata cearae
Figura 34 - Espécie Penelope jacucaca
Figura 35 - Espécie Phaethornis margarettae
Figura 36 - Espécie Procnias averano averano
Figura 37 - Espécie Pyrrhura leucotis
Figura 38 - Espécie Sporophila falcirostis
Figura 39 - Espécie Sporophila palustris
Figura 40 - Espécie Touit melanonota
Figura 41 - Distribuição Potencial da Avifauna Ameaçada na Mata Atlântica,
Bahia
1
1 - INTRODUÇÃO
Um dos principais instrumentos utilizados em todo o mundo para reduzir
os riscos de empobrecimento genético, resguardando a maior biodiversidade
possível, incluindo as espécies raras e ameaçadas de extinção é a criação de áreas
protegidas.
Tal estratégia, dissociada de uma abordagem que assegure a
conservação de extensões mais abrangentes da paisagem e uma interação com as
unidades de paisagem associadas, pode não assegurar efetivamente a manutenção
de comunidades ecologicamente viáveis em longo prazo, haja vista que a maioria
das Unidades de Conservação se resumem a verdadeiras ilhas que, isoladas em
meio à paisagem alterada, sofrem uma deterioração progressiva de seus ambientes,
na maioria das vezes a partir das bordas, em face à pressão antrópica e das
perturbações naturais.
Inquestionavelmente, as listas de espécies ameaçadas de extinção, são a
base das iniciativas para proteger as espécies ameaçadas. No Brasil, as prioridades
locais para a seleção de áreas protegidas e a adoção de medidas de conservação
são baseadas em informações sobre espécies endêmicas ameaçadas (Conservation
International et al., 2000).
Internacionalmente, a Convenção sobre o Comércio Internacional de
Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres (CITES), da qual o Brasil é
signatário desde 1975, utiliza as listas de espécies ameaçadas e em perigo para
combater o tráfico ilegal da vida silvestre. O objetivo é a cooperação entre países
2
para evitar que o comércio ilegal de animais não seja responsável pela extinção das
espécies (RENCTAS, 2006).
Uma das formas de garantir a conservação das espécies ameaçadas de
extinção é assegurar que existam Unidades de Conservação em número e tamanho
suficientes para a persistência, em longo prazo, das populações dessas espécies
(Paglia et al., 2004).
Estudos recentes têm demonstrado que a aplicação de métodos de
georeferenciamento têm contribuído no refinamento das informações biológicas dos
ecossistemas objetos de investigação científica (Jones et al., 1997; Lombard et al.,
1997; Pearson e Carroll, 1998; Menon et al., 2001). A conjunção desses com os
dados sobre riqueza de espécies da fauna e flora, em especial das espécies
ameaçadas de extinção, otimiza a indicação de áreas potenciais para a conservação
da biodiversidade numa determinada região (Caldecott et al., 1996; Wikramanayake
et al., 1998; Ranta et al., 1998).
Acredita-se que uma porção significativa da avifauna ameaçada de
extinção não está adequadamente protegida em Unidades de Conservação no
Estado da Bahia. É de fundamental importância identificar quais as espécies da
Mata Atlântica deste Estado não estão contempladas apropriadamente e priorizá-las
nas ações de conservação. Espera-se que os resultados apresentados a seguir
sirvam como orientação para a possível criação ou expansão da rede de áreas
protegidas na Bahia.
3
1.1. Objetivo Geral
O objetivo principal deste estudo foi avaliar a representatividade das
Unidades de Conservação do Bioma Mata Atlântica da Bahia para conservação da
avifauna ameaçada.
1.2. Objetivos específicos
Estabelecer a distribuição da avifauna ameaçada de extinção da Mata
Atlântica na Bahia de acordo com os registros de ocorrência;
Identificar as espécies de aves que não estão protegidas pelo atual
sistema de Unidades de Conservação;
Estabelecer a distribuição potencial da avifauna ameaçada da Mata
Atlântica na Bahia.
4
2 - MATA ATLÂNTICA
A Mata Atlântica brasileira, um mosaico de biodiversidade, é definida no
Artigo 2° da Lei nº 11.428 de 22 de dezembro de 2006 como:
Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também
denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta;
Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual,
bem como os manguezais, as vegetações de restingas, campos de
altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste.
Distribuído por mais de 17 Estados brasileiros, este bioma é composto de
uma série de fitofisionomias bastante diversificadas, determinadas pela proximidade
da costa, relevo, tipos de solo e regimes pluviométricos (Câmara, 2005). Essas
características foram responsáveis pela evolução de um rico complexo biótico de
natureza florestal.
O bioma Mata Atlântica está entre as áreas de maior prioridade para
conservação da biodiversidade devido à sua riqueza biológica. Na análise sobre
hotspots de biodiversidade (Myers et al., 2000), a Mata Atlântica aparece entre os
primeiros da lista de número de espécies endêmicas, tanto em número total dessas
espécies quanto em número dessas espécies por área. Ela está isolada de dois
outros blocos de florestas sul-americanas: a floresta Amazônica e as florestas
andinas e esse isolamento é que resultou na evolução de uma biota única, com
numerosas espécies endêmicas (Rizzini, 1997; Myers et al., 2000).
Originalmente com 1.363.000 km
2
, a Mata Atlântica brasileira tem hoje apenas
100.000 km
2
, o que equivale a menos de 8% da área original (Câmara, 2005). Essa
5
porcentagem de áreas remanescentes inclui as formações de florestas primárias, e,
em sua maior parte, florestas secundárias em diversos estágios de regeneração.
Mesmo que a floresta atual abrigue uma diversidade biológica surpreendentemente
alta, muito pouco resta da autêntica floresta original (Dean, 1996).
Essa floresta, que um dia foi contínua, é agora uma coleção de centenas de
pequenos fragmentos isolados em uma matriz complexa de usos da terra. Cada
fragmento, independentemente do tamanho, pode ser importante para a
conservação de certas espécies (Turner e Corlett, 1996). Algumas populações de
insetos e plantas podem ser viáveis em pequenos fragmentos, mas outras
necessitam de grandes extensões para a manutenção da espécie, como é o caso
das aves.
As informações disponíveis sobre as diferentes espécies da Mata Atlântica
são baseadas em levantamentos de flora e fauna realizados em épocas distintas e
sem monitoramento sistemático posterior, o que torna difícil avaliar a situação real
atual. São poucas as informações precisas sobre as populações em declínio ou
sobre o quadro atual das espécies, pois algumas delas já podem ter desaparecido
(Câmara, 2005). De qualquer forma, inúmeros exemplos de extinções locais ou
regionais continuam a prosperar na recente literatura (Brooks et al., 1997; Brewer et
al., 1997; Bawa e Seidler, 1998; Mittermeier et al., 1998; Aleixo, 1999; Chiarello,
1999; 2000; Harcourt et al., 2002; Ribon et al., 2003), evidenciando que estamos, de
fato, diante de um cenário catastrófico de extinção em massa (Wilson 1988;
Windsor, 1998; Pimm e Raven, 2000). O que se segue é que tanto a taxa de
extinção de espécies quanto a perda absoluta de espécies, devido à atual destruição
das florestas tropicais seria de mil a dez mil vezes superiores àquelas taxas
6
estimadas de extinção nos tempos geológicos que antecereram o Quaternário
(Wilson, 1988).
As estimativas do grau de risco de extinção das espécies são divulgadas
em listas compiladas a cada dois anos pelas organizações World Conservation
Monitoring Center e World Conservation Union (International Union for Conservation
of Nature and Natural Resources, IUCN). Nestas listas, conhecidas como red books
(livros vermelhos), as espécies são classificadas em diversas categorias, as quais
são baseadas principalmente nas alterações no tamanho das populações e áreas de
ocorrência (Tonhasca Jr., 2005).
Segundo levantamento da CI-Brasil (2006) - Conservation International do
Brasil, a maior parte das espécies brasileiras ameaçadas de extinção presente na
Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção do Ministério do
Meio Ambiente, habitam a Mata Atlântica. Das 265 espécies de vertebrados
ameaçadas, 185 ocorrem nesse bioma (69,8%), sendo que 100 (37,7%) deles são
endêmicos. Das 160 aves da relação, 118 (73,7%) ocorrem nesse bioma, sendo 49
endêmicas. Entre os anfíbios, todas as 16 espécies indicadas como ameaçadas são
consideradas endêmicas da Mata Atlântica. Das 69 espécies de mamíferos
ameaçados, 38 ocorrem nesse bioma (55%), sendo 25 endêmicas. Entre as 20
espécies de répteis, 13 ocorrem na Mata Atlântica (65%), sendo 10 endêmicas, a
maioria com ocorrência restrita às restingas. (http://www.ambientebrasil.com.br/).
A distribuição de espécies ameaçadas não é homogênea ao longo da Mata
Atlântica. O maior número de espécies ameaçadas está nas florestas de baixadas,
entre os Estados da Bahia e Espírito Santo, e nas florestas montanas
compartilhadas pelos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Tabarelli et al., 2005).
7
A primeira menção específica à Mata Atlântica na legislação brasileira surge
na Constituição Federal de 1988, quando se refere ao bioma como patrimônio
nacional e determina que ele deve ser usado na forma da lei, dentro de condições
que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso de
recursos naturais. Em 1993, foi expedido o Decreto nº 750, que protegia não
somente as formações florestais primárias, mas também aquelas em processo de
regeneração natural (Câmara, 2005).
A história de conservação da Mata Atlântica tem sofrido grandes oposições,
principalmente pela bancada ruralista. Um exemplo é o projeto de lei que ficou em
tramitação por 14 anos, pois, como continha pontos que contrariavam os interesses
do setor rural, especialmente os limites do domínio da Mata Atlântica, a bancada
ruralista esteve sempre em oposição à sua aprovação (Rede de ONGs da Mata
Atlântica, 2006). Esse projeto de lei, após sofrer 80 emendas, foi aprovado pela
Câmara dos Deputados em novembro de 2006 e resultou na Lei nº 11.428, que
dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma.
A Floresta Atlântica tem sido alvo de várias ações conservacionistas,
recebendo apoio internacional para formular políticas ambientais, fortalecer
instituições e estabelecer estruturas e mecanismos para melhorar o seu
monitoramento e a avaliação. Os projetos que contam com apoio internacional, na
sua maioria, envolvem preocupações globais como mudanças climáticas e
conservação da biodiversidade.
Um dos programas é o Programa Piloto da Floresta Tropical Brasileira – PPG-
7 que envolve inúmeras instituições nacionais e internacionais. Nesse projeto foram
selecionados o Corredor da Amazônia Central (CAC), no Estado do Amazonas, e o
Corredor Central da Mata Atlântica nos Estados da Bahia e Espírito Santo. Esses
8
corredores regionais são utilizados como unidades de planejamento, e oferecem
suporte econômico, social e político no Brasil, para conservar a biodiversidade
(Mendonça et al., 1994).
No Estado da Bahia restam apenas 0,4% dos 215.436 km
2
da área florestal
original (Mendonça et al., 1994). As ameaças provêm do desenvolvimento costeiro e
das atividades descontroladas de exploração madeireira, agrícola e de produção de
carvão. Sob ameaça estão cerca de 8.000 espécies vegetais (2,7% do total global)
conhecidos da Mata Atlântica e 567 vertebrados (2,1% do total global de
vertebrados), dos quais, 181 são aves. Apesar de ser um dos biomas mais
estudados no Brasil, ainda existem áreas na Mata Atlântica pouco conhecidas do
ponto de vista biológico.
Além do seu valor como imensa reserva biológica e como prestadora de
serviços ecológicos, a Mata Atlântica é parte dos patrimônios histórico e cultural do
Brasil porque está intimamente ligada à colonização e desenvolvimento do país
(Dean, 1996).
9
3 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
A idéia de proteger áreas naturais não é recente. Há séculos, determinados
espaços eram reservados para manutenção de estoques de recursos naturais, para
lugar de descanso para os mortos, lugar de meditação e reflexão ou até mesmo por
serem considerados lugares sagrados. Reservas reais de caça já aparecem nos
registros históricos assírios de 700 a.C. Os romanos já se preocupavam em manter
reservas de madeira, entre outros produtos, para a construção de navios. Na Índia,
reservas reais de caça foram estabelecidas no século III (Colcherster, 1997).
Nos dias de hoje, o estabelecimento de áreas protegidas é um instrumento
utilizado em todo o mundo com o objetivo de conservação da biodiversidade.
Algumas áreas protegidas foram criadas ainda no século XIX, com o objetivo de
preservar paisagens formosas para futuras gerações. No final do século XX a
criação dessas áreas tornou-se muito popular devido à alta taxa de extinção de
espécies e perda de ecossistemas naturais.
De acordo com Mulongoy e Chape (2003), baseados em estatísticas de 2003,
existem 102.102 áreas protegidas em 80% dos países do planeta. A superfície total
coberta por essas áreas é de aproximadamente 18.764.958 km
2
(maior que a área
do Brasil e Canadá juntos), mas representa somente 3,4% da superfície do planeta.
Na realidade, a maioria destas áreas está em terra e a superfície terrestre total
cobertas por áreas protegidas é de aproximadamente 17.125.893 km
2
, ou 11,5% do
total.
10
Apesar de utilizadas como principal instrumento de conservação, as áreas
protegidas não podem assegurar que a perda da biodiversidade seja freiada ou
evitada. A porcentagem de áreas protegidas existente no mundo é muito pequena
para preservar as espécies e toda a sua diversidade. Dos 11,5% protegidos, parte
significativa está localizada em áreas de baixa biodiversidade, como a calota de gelo
da Groenlândia (Terborgh e Van Schaik, 2002). Há biomas com alta diversidade de
espécies e ecossistemas não incluídos em áreas protegidas e ainda, essa
porcentagem inclui as Unidades de Conservação que foram criadas oficialmente,
mas que não foram implementadas.
Um fato mundialmente aceito nos dias de hoje, é que a proteção das espécies
de fauna e flora nativas de um país ou região só poderá ser feita, de forma efetiva,
com a preservação de parcelas significativas de seus ambientes naturais. Em razão
disso, a exemplo de muitos outros países, o Brasil tem criado diversas Unidades de
Conservação, visando, além da proteção dos recursos bióticos, a conservação dos
recursos físicos e culturais destes mesmos espaços naturais. Mas a criação destas
Unidades de Conservação nem sempre segue critérios fundamentados
biologicamente, o que pode levar a uma distribuição ineficiente para conservação
das espécies ameaçadas.
O Brasil, apesar de ser um dos países mais ricos em megadiversidade do
mundo, é também um dos países em que o título de hotspots de biodiversidade foi
atribuído em dois de seus biomas: o cerrado e a Mata Atlântica (Brandon et al.,
2005). A posição de megadiverso confere ao Brasil uma responsabilidade maior em
proteger suas grandes regiões naturais, e a criação de Unidades de Conservação é
a chave para conservar o que ainda resta.
11
Atualmente, o Brasil conta com 10,52% da superfície coberta por Unidades de
Conservação, o que representa 101.474.971 hectares. Do percentual total, 6,34%
são áreas de proteção integral e 3,53% de uso sustentável (Bensusan, 2006). Essas
Unidades de Conservação, apesar da falta de recursos financeiros, de pessoal
técnico na sua gestão e pressão de uso, têm-se mostrado eficazes na proteção de
seus ecossistemas, evitando principalmente o desmatamento.
Ao longo da história do Brasil, muitos movimentos e organizações
ambientalistas propuseram e designaram áreas protegidas. No entanto, essas áreas
não são consideradas oficialmente protegidas até que tenham sido legalmente
reconhecidas, registradas e aceitas pelos governantes e pelas comunidades locais.
As áreas protegidas que estão efetivamente cumprindo suas funções devem ser
distinguidas daquelas que não estão, pois muitas delas não são mais que “parques
de papel” (Bertonattie e Corcuera, 2000), apesar da declaração oficial de que uma
área é protegida embora necessária, não é suficiente para assegurar a conservação
em longo prazo.
A Mata Atlântica conta com um grande número de Unidades de Conservação
que parecem abrigar populações de várias espécies ameaçadas, embora a falta de
dados sobre a distribuição das espécies impossibilite tal verificação (Tabarelli et al.,
2005).
O Estado da Bahia investiu relativamente pouco nas Unidades de Proteção
Integral, optando por criar Unidades de Conservação de Uso Sustentável, sendo a
maioria APA – Área de Proteção Ambiental. Estas estão mais próximas de um
mecanismo para ordenamento do uso da terra do que uma área protegida
verdadeira (Rylands e Brandon, 2005).
12
Para uma avaliação concreta da efetividade das Unidades de Conservação é
necessária uma análise da representatividade, ou seja, saber se essas Unidades
representam quantitativa e qualitativamente porções dos ecossistemas do país.
Transformar fragmentos remanescentes em reservas não assegura que a
diversidade local se mantenha ao longo do tempo. Uma nova percepção é que
devem existir corredores que funcionem como elementos de conectividade entre as
Unidades.
As áreas protegidas devem ser tão grandes quanto possível, não apenas para
maximizar a integridade das espécies, dos hábitats e dos ecossistemas que elas
contêm, mas também para minimizar o risco de extinção de espécies (Green e
Paine, 1997) e aumentar a representatividade das espécies e comunidades bióticas
em seus limites. Internacionalmente, considera-se que as áreas maiores que 10km
2
,
ou 1km
2
no caso de ilhas totalmente protegidas, têm mais chances de atingir os
objetivos de conservação (IUCN, 1994).
Análises de representatividade de Unidades de Conservação já foram
realizadas para várias regiões, enfocando diferentes grupos. Fearnside e Ferraz
(1995) fizeram uma análise da representatividade de Unidades de Conservação de
Proteção Integral Federais baseando-se nos mapas de vegetação com o objetivo de
determinar prioridades de conservação na Amazônia Legal. A base para esta análise
foi o mapa de vegetação da Amazônia produzido a partir dos dados do Projeto
RADAMBRASIL. Os Estados foram utilizados como unidades geográficas de
análise. Assim, para cada Estado foram identificados quais os tipos de vegetação
que estavam presentes ou não nas Unidades de Conservação. Eles encontraram
diversos tipos de vegetação que não estavam representados nas Unidades de
Conservação existentes em nove Estados na Amazônia legal brasileira. Por conta do
13
crescente desmatamento na região eles concluíram que era necessário estabelecer
novas Unidades de Conservação para que certos tipos de vegetação não pudessem
desaparecer.
Entre 1990 e 1994 a Fundação Pró-Natureza – FUNATURA, diagnósticou o
estado das aves raras, endêmicas e ameaçadas de extinção na Amazônia, com
vistas a determinar a representatividade do sistema de Unidades de Conservação
Federal na região (Cavalcanti, 1993). Entre outros resultados deste estudo,
destacam-se a constatação de novos registros de ocorrência de espécies nas
Unidades de Conservação do Amapá, permitindo uma avaliação mais precisa de sua
importância para a preservação da biodiversidade e o planejamento de implantação
de uma nova Unidade de Conservação estadual para proteger os ambientes e aves
não contempladas pelo sistema federal de Unidades de Conservação no Estado.
Na África do Sul, foram realizadas análises de representatividade de
serpentes (Lombard et al., 1995), onde os autores concluíram que a maioria das
espécies de serpentes da África do Sul pode ser protegida adequadamente com a
aquisição de poucas novas reservas. O estudo de plantas da família Rosidae
(Angiospermas) (Rebelo & Siegfried, 1992), também na África do Sul, confirmaram
que a melhor estratégia para projetar a configuração de reservas que maximizam a
riqueza de espécies é também a identificação das áreas de endemismo e riqueza
dentro de regiões biogeográficas.
No Distrito Federal foi realizado um trabalho para avaliar a representatividade
de áreas protegidas na conservação da avifauna do Cerrado (Braz e Cavalcanti,
2001). No estudo eles verificaram que o conjunto de Unidades de Conservação foi
importante para a manutenção da riqueza da avifauna do Distrito Federal, mas que
14
apesar da boa representatividade de espécies endêmicas e ameaçadas, há ainda
uma grande quantidade de espécies raras não representadas.
Na Mata Atlântica foi realizado um estudo para identificar lacunas de
conservação no sistema de áreas protegidas e apontar as áreas “insubstituíveis”
para definição de prioridades para a expansão do sistema de Unidades de
Conservação do bioma (Paglia et al., 2004). Esse estudo mostrou que 54,8% das
espécies analisadas não estariam efetivamente protegidas pelo atual sistema de
Unidades de Conservação.
As Unidades de Conservação são a chave para conservar o que resta da
Mata Atlântica, apesar de grandes os desafios, alguns intrínsecos a cada unidade e
outros do sistema. A efetividade do sistema de Unidades de Conservação depende
de quão adequadamente estas podem cumprir sua missão em qualquer sítio e
salvaguardar coletivamente a biodiversidade.
15
4 - AVIFAUNA AMEAÇADA
No Brasil, a distribuição de aves começou a ser estabelecida com o acúmulo
de informações advindas dos inúmeros trabalhos de natureza regional. Autores
pioneiros, no Brasil, na tentativa de estabelecer distribuições prévias foram
Burmeister (1855-56), Pelzeln (1868-71), Goeldi (1900), Ihering e Ihering (1907) e
Snethlage (1914). O grande compilador deste século, responsável pelo
delineamento essencial da distribuição de aves no Neotrópico, foi
incontestavelmente C. E. Hellmayr, através especialmente de seus catálogos de
aves das Américas, publicados no período de 1918-1949. Foram marcos
importantes da ornitologia brasileira neste aspecto os catálogos de aves do Brasil de
Olivério Pinto. Outra obra referencial importante foi a lista de espécies da América
do Sul, com ênfase na distribuição, de R. Meyer de Schauensee (1966) (Pacheco e
Bauer, 1996).
A efetivação das coleções ornitológicas dos principais museus brasileiros no
início deste século, a grande maioria dos dados sobre a avifauna brasileira esteve
dependente da atividade de naturalistas estrangeiros. Estas coleções sediadas
principalmente no Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ) e Museu Paulista, hoje
Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), através das muitas
expedições a diversos pontos do país, em especial da Mata Atlântica, promoveram,
gradativamente, um melhor conhecimento da distribuição das aves brasileiras.
Entretanto, apenas as coleções seriadas do MZUSP serviram efetivamente ao
16
propósito de um melhor conhecimento da distribuição, devido à divulgação, em seu
tempo, das localidades de coleta, através dos inúmeros artigos de Olivério Pinto
(Pacheco e Bauer, 1996).
A avifauna da Mata Atlântica foi uma das primeiras a ser pesquisada no
Brasil. Com a abertura dos portos às nações amigas, em janeiro de 1808, diversas
expedições de viajantes-naturalistas estrangeiros iniciaram suas investigações
científicas, especialmente, pela região da Mata Atlântica. O Rio de Janeiro e São
Paulo foram, nesta fase pioneira, os Estados mais amostrados. Os Estados da Bahia
e do Rio de Janeiro, mesmo antes deste ciclo de expedições, contribuíram como
principais centros exportadores de material de história natural da América do Sul
(Berlioz, 1959).
Muitas aves estão restritas a certos tipos de hábitat e acredita-se que o
padrão de distribuição esteja fortemente relacionado com vários aspectos florísticos
e estruturais da vegetação (Karr 1971, Noon 1981, Levey 1988).
Consequentemente, espera-se que uma floresta estruturalmente complexa e rica em
espécies de plantas contenha uma maior diversidade de espécies de aves do que
vegetações estruturalmente mais simples.
Embora em regiões temperadas, como Europa e América do Norte, já exista
um grande número de estudos sobre a influência da fragmentação florestal sobre
aves, um impulso maior sobre a questão em regiões tropicais teve início nos últimos
15 anos. No Brasil, vários zoólogos já alertavam, há décadas, para o perigo da
destruição florestal, especialmente da Mata Atlântica, e seus efeitos sobre a
avifauna (Moojen, 1943; Sick, 1997). Trabalhos já demonstraram que pequenos
fragmentos de Mata Atlântica continham menos espécies do que fragmentos
grandes, e também que algumas espécies de pássaros eram mais sensíveis à
17
diminuição da área dos fragmentos, ou seja, não conseguiam se manter em
fragmentos de 2 a 20 ha (Willis, 1979).
A fragmentação do hábitat é uma das grandes ameaças, particularmente em
ecossistemas com um grande número de espécies endêmicas e o efeito mais
evidente é a redução do número de espécies. Muitas espécies endêmicas da Mata
Atlântica já ocuparam extensas áreas de distribuição geográfica ao longo da costa e
acabaram tornando-se ameaçadas no plano global, como resultado da exploração e
da redução de seus hábitats em toda a sua área de distribuição. Muitas outras
espécies ameaçadas são endêmicas de áreas restritas, agora fragmentadas e
desprovidas de cobertura florestal (Tabarelli et al., 2005).
A ameaça sofrida pela avifauna já foi há tempo apontada pelos ornitólogos,
sendo que a ocorrência de uma ou várias espécies ameaçadas em um local ajuda a
estabelecer a prioridade do mesmo, no esforço de conservação do bioma e a
determinar a importância de se preservá-lo. Isso faz das aves um grupo usado pelos
biólogos como bio-indicadores da qualidade ambiental, através do mapeamento de
regiões de prioritárias à conservação (Gagliardi, 2007).
As aves têm um importante papel no meio ambiente rural e urbano: ajudam
no controle de pragas, que atacam as plantações e as cidades; polinizam flores e
espalham sementes, auxiliando na reprodução das plantas; servem como ótimos
indicadores da qualidade dos ambientes, pois indicam rapidamente qualquer
impacto ambiental (CEMAVE, 2006). Vários estudos demonstraram que as
comunidades de aves respondem às alterações na floresta como desmatamento,
clareiras naturais, alterações no curso e volume dos riachos (Sick, 1997).
Em termos de Ornitologia, o Estado da Bahia é possivelmente o mais
complexo e diversificado dos Estados brasileiros extra-amazônicos, onde
18
recentemente foram descritas novas espécies (Pacheco e Bauer, 1996). É
excepcionalmente rico em diversidade de aves, com cinco novas espécies e um
novo gênero, Acrobatornis, recentemente descritos nas regiões cacaueiras
montanhosas e costeiras do sul e do centro do Estado (Aguiar et al., 2005).
O Brasil abriga uma das mais diversas avifaunas do mundo, com 1.796
espécies, ou seja, cerca de cerca de 20% das 9.000 espécies do mundo
(http://www.cbro.org.br). Isso equivale a aproximadamente 57% das espécies de
aves registradas em toda a América do Sul. Na região neotropical, o Brasil é o país
com o maior número de espécies de aves ameaçadas (Collar et al., 1997). É o
terceiro país em diversidade de aves, atrás apenas da Colômbia e do Peru. No
entanto, é o primeiro em número de espécies em extinção
(http://www.avistarbrasil.com.br). São 111 espécies de aves globalmente ameaçadas
de extinção e 93 espécies quase ameaçadas. De acordo com a Lista das Espécies
da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, na Mata Atlântica existem 94 espécies
de aves ameaçadas, sendo que 50 são “Vulneráveis”, 32 “Em Perigo” e 12
“Criticamente em Perigo”.
Uma iniciativa global que visa identificar e proteger uma rede mundial de
áreas críticas para a conservação das aves é o Programa de Áreas Importantes para
a Conservação das Aves (Important Bird Areas - IBAs) da BirdLife International.
Baseado em uma síntese de conhecimento atual da avifauna, ela identificou, usando
critérios globais, 163 IBAs importantes ao longo de 15 Estados de Brasil que
contém, junto, 98 espécies globalmente ameaçadas, representando 84% de todos
os pássaros ameaçados do Brasil. Uma grande proporção dessas áreas está
totalmente ou parcialmente protegida pelo atual sistema de Unidades de
Conservação ou por áreas de preservação privadas. A Bahia foi o Estado com o
19
maior número de IBAs identificados (33 áreas), seguido de Minas Gerais, com 25
áreas. A maioria dessas IBAs são representativas da Mata Atlântica ou incluem
ecossistemas associados a esse bioma. Para a Mata Atlântica da Bahia foram
identificadas 31 IBAs (Bencke et al., 2006).
Os padrões de endemismo e hábitos de especialização da avifauna na Mata
Atlântica, especialmente considerando-se as atividades humanas na região,
sugerem que esta comunidade de aves está altamente ameaçada. O grau de
endemismo é ainda maior em aves de interior de mata que são as espécies
reconhecidas como as mais afetadas pela fragmentação das florestas (Lovejoy et
al., 1986, Bierregaard e Lovejoy 1989, Newmark 1991).
De acordo com o IBAMA (2007) - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis, as categorias de ameaça foram sugeridas pelo setor
acadêmico para enquadramento das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção, a
partir dos critérios internacionais utilizados pela União Mundial para a Natureza.
Existem para a Mata Atlânticas três categorias de ameaça para a avifauna:
Criticamente em Perigo: aquela cujas evidências demonstram que a
espécies está enfrentando um risco extremamente alto de extinção na natureza;
Em Perigo: aquela cujas evidências demonstram que a espécies está
enfrentando um risco muito alto de extinção na natureza;
Vulnerável: aquela cujas evidências demonstram que a espécies está
enfrentando um risco alto de extinção na natureza.
20
5 - SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
De um ponto de vista abrangente, a solução mais antiga, e até hoje comum,
de resolver problemas de análise de informações espaciais envolve a construção e a
utilização de mapas. Embora toda a técnica de produção de mapas em papel esteja
bastante dominada, o processo de produção e utilização é muito caro,
principalmente levando em conta os aspectos de armazenamento e atualização
manual (Davis e Fonseca, 2001).
Os primeiros Sistemas de Informação Geográficos (SIGs) ou Geographic
Information Systems (GIS) surgiram no Canadá na década de 60 como parte de um
esforço governamental para criar um inventário de recursos naturais. No início da
década de 80, com a grande popularização e barateamento das estações de
trabalhos gráficos, ocorreu uma grande difusão do uso de SIG (Davis e Fonseca,
2001).
Os Sistemas de Informações Geográficas são ferramentas que permitem
armazenar, analisar, recuperar, manipular e manejar grandes quantidades de dados
espaciais. Originalmente estas ferramentas foram desenvolvidas para facilitar
trabalhos cartográficos, mas estão sendo atualmente utilizadas para inventários,
estimativas, planejamento e modelagem. Os SIG’s utilizam dados geograficamente
referenciados (georreferenciados) e dados não espaciais, incluindo operações que
dão suporte as análises espaciais (Calijuri e Lorentz, 2003).
21
Considerando que as necessidades de planejamento, controle e gestão
ambientais pelos agentes públicos são cada vez mais crescentes em todas as áreas
do conhecimento, a correta implementação de geotecnologias e de Sistemas de
Informações Geográficas vêm a atender essas demandas, uma vez que detêm as
habilidades de integrar informação e ajudar na tomada de decisões, contando com
as características essenciais de referência espacial e análise de dados (Maia, 2003).
Mattos (2002) utilizou técnicas de sensoriamento remoto e de SIG para a
geração, atualização, integração e análise de informações georreferenciadas sobre
a APA Municipal de Campinas (SP), aplicando e avaliando procedimentos e
ferramentas metodológicas disponíveis de planejamento e gestão ambientais.
O Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Bahia (IESB) iniciou em 1994, um
programa de monitoramento da cobertura florestal e do uso das terras em áreas
protegidas da região Sul do Estado da Bahia, a partir do uso de tecnologias de
sensoriamento remoto e de SIG (IESB, 2005). As informações disponíveis no banco
de dados geográfico contribuíram para a realização de diversos estudos e trabalhos
sobre a região, entre os quais se destacam: a identificação dos principais
remanescentes florestais do entorno da Reserva Biológica de Una, definindo
estratégias para a conservação e desenvolvimento daquela região; a indicação da
poligonal do Parque Estadual da Serra do Conduru; a elaboração de croquis de
localização de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) para o IBAMA; o
planejamento de uso de terras agricultáveis; pesquisas sobre o manejo da vida
silvestre e o planejamento da expansão urbana.
Rodrigues et al., (2003) realizaram uma análise global de lacunas
combinando os mapas de distribuição das espécies de aves, mamíferos e anfíbios
com os mapas de áreas protegidas, utilizando o software ArcView
®
, Sistema de
22
Informações Geográficas, para analisar o grau de representação de cada espécie
nas áreas protegidas. Com esse projeto, os autores mostraram que pelo menos
1.310 espécies (831 das quais em risco de extinção) não estariam protegidas em
nenhuma parte da sua área de distribuição.
Jarvis et al., (2003) utilizaram o DIVA-GIS
®
(2006) para avaliar o estado de
conservação do Amendoim Selvagem (Arachis spp.) e priorizar ações futuras de
conservação biológica e geográfica. Foram feitas predições da distribuição das
espécies com base em 36 variáveis de clima e esses dados foram sintetizados com
o mapa de uso da terra para traçar a distribuição potencial de cada espécie e
consequentemente a riqueza de espécies de todo o gênero. Analisando os mapas,
hotspots de riqueza de espécies foram localizados em Mato Grosso e Campo
Grande e ao redor da Serra Geral de Goiás. As espécies tiveram pouca
representação em áreas protegidas, somente 48 das 2.175 observações em parques
nacionais e algumas foram identificadas como pertencentes a espécies ameaçadas
de extinção. Foi sugerido que esforços na conservação ex situ focalizasse a área ao
redor de Pedro Gomes (300 km a sudeste de Cuiabá), 170 km sul ao longo da
estrada de Cuiabá para Corumbá, e ao redor de San de José de Chiquitos na
Bolívia, onde algumas espécies que se adaptaram a baixas temperaturas puderam
ser encontradas.
A supervisão de pragas e doenças emergentes sempre foi limitada pela falta
de sistemas de prevenção que poderiam prever as rotas da propagação e da
distribuição geográfica potencial da espécie. Enquanto a importância dos padrões de
expansão de organismos invasores sempre foi percebida, as ferramentas analíticas
necessárias para fazer as predições estão muito limitadas. Recentemente,
entretanto, a disponibilidade de dados ecológicos e climatológicos, as habilidades
23
computacionais de processar uma enorme série de dados, e o desenvolvimento dos
algoritmos apropriados ajudaram a uma melhor compreensão dos testes padrões da
propagação das espécies invasoras. Por exemplo, algoritmos como o Genetic
Algorithm for Rule Set Prediction (GARP) e o DIVA-GIS, estão sendo empregados
com sucesso em uma larga escala de situações para prever a propagação de
espécies invasoras.
Ganeshaiah et al. (2003) usaram o Genetic Algorithm for Rule Set Prediction
(GARP) e o DIVA-GIS
®
, para prever a distribuição geográfica potencial de um inseto
praga, o afídeo lanoso da cana-de-açúcar que se espalhou na Índia trazendo
grandes prejuízos financeiros, destruindo colheitas em Maharashtra e Karnataka.
Eles tentaram prever a distribuição geográfica potencial deste afídeo usando os
dados de sua distribuição atual em uma escala de parâmetros ambientais. O GARP
foi utilizado para identificar o nicho específico da espécie, definindo-o em diversas
dimensões climáticas, físicas e variáveis ecológicas a partir das exigências
ecológicas, baseadas nos limites definidos pelos pontos georreferenciados de sua
distribuição. O DIVA-GIS foi utilizado para identificar as áreas ou os nichos que o
afídeo poderia invadir, baseado nas características climáticas e ecológicas dos
pontos georreferenciados de ocorrência da espécie. A distribuição potencial prevista
ajudou nas estratégias de controle e monitoramento do afídeo lanoso e deu uma
grande oportunidade de prever a eventual expansão da praga nos anos seguintes.
Confirmou-se então a utilidade dessa metodologia para hierarquizar,
rapidamente, áreas para proteger as espécies já ameaçadas de extinção.
24
6 - MATERIAL E MÉTODO
A área de estudo abrange 203 municípios do Estado da Bahia (Quadro 1) de
acordo com a base cartográfica do limite do bioma Mata Atlântica do Ministério do
Meio Ambiente, perfazendo uma área total de 134.196,14 km
2
e representa os
municípios que ainda possuem uma boa representatividade de Mata Atlântica, como
também aqueles que possuem pequenos remanescentes.
Os registros de distribuição das espécies ameaçadas foram obtidos através
de dados secundários. Foram considerados: dissertações, teses, livros, artigos, sites
da Internet, planos de manejo, bibliotecas da USP e UESC, registros cedidos pelo
administrador da Unidade de Conservação, dados cedidos pelo Museu de Biologia
Professor Mello Leitão, em Santa Tereza (ES) e relatórios de projetos de pesquisa.
Foi criado um banco de dados no Microsoft Office Access
®
2003 para a
inclusão dos registros de distribuição, constando o nome científico, nome vulgar,
distribuição com as respectivas coordenadas geográficas e a fonte de onde o
registro foi coletado.
Os dados sobre a distribuição das espécies estão representados em um
Sistema de Informações Geográficas na forma de pontos. Para todas as atividades
de elaboração dos mapas de distribuição das espécies, foi utilizado o Software
ArcView® 9.1.
25
Município
Área (km²)
Acajutiba 267,66
Água Fria 643,18
Aiquara 195,18
Alagoinhas 733,93
Alcobaça 1.474,86
Almadina 246,91
Amargosa 435,94
Amélia Rodrigues 152,56
Anagé 1.852,56
Anguera 170,15
Antônio Cardoso 293,92
Aporã 598,55
Apuarema 150,69
Aracas 419,96
Aramari 331,36
Arataca 396,12
Aratuípe 177,04
Aurelino Leal 446,35
Barra do Choça 781,30
Barra do Rocha 192,54
Barro Preto 120,58
Belmonte 2.009,82
Belo Campo 608,51
Boa Nova 856,88
Bom Jesus da Serra 410,03
Brejões 481,27
Buerarema 209,54
Caatiba 655,65
Cabaceiras Paraguaçu 213,52
Cachoeira 398,49
Caetanos 857,28
Cairu 451,19
Camacan 632,92
Camaçari 759,83
Camamu 885,20
Canavieiras 1.375,63
Candeal 454,47
Município Área (km²)
Candeias 264,47
Cândido Sales 1.301,29
Caravelas 2.392,50
Cardeal da Silva 194,92
Castro Alves 764,40
Catu 518,03
Coaraci 296,81
Conceição da Feira 159,72
Conceição do Almeida 290,01
Conceição do Jacuípe 144,50
Conde 950,63
Condeuba 1.237,09
Coração de Maria 357,29
Cordeiros 554,41
Cravolândia 159,63
Cruz das Almas 173,21
Dário Meira 400,33
Dias D´Ávila 207,47
Dom Macedo Costa 91,21
Elísio Medrado 199,52
Encruzilhada 2.041,10
Entre Rios 1.164,78
Esplanada 1.402,98
Eunápolis 1.193,17
Feira de Santana 1.332,95
Firmino Alves 159,40
Floresta Azul 351,61
Gandu 229,12
Gongogi 198,32
Governador Mangabeira 94,33
Guaratinga 2.326,67
Ibicaraí 217,89
Ibicuí 1.163,29
Ibirapitanga 470,22
Ibirapuã 786,01
Ibirataia 226,12
Igrapiúna 507,87
Município Área (km²)
Iguaí 833,35
Ilhéus 1.841,03
Inhambupe 1.245,11
Ipecaetá 393,92
Ipiaú 286,60
Irajuba 383,37
Irara 260,74
Itabela 854,73
Itabuna 443,19
Itacaré 730,27
Itagi 303,49
Itagibá 810,29
Itagimirim 817,44
Itaju do Colônia 1.217,50
Itajuípe 295,94
Itamaraju 2.369,78
Itamari 131,46
Itambé 1.625,64
Itanagra 452,37
Itanhém 1.445,02
Itaparica 47,28
Itapé 443,25
Itapebi 971,85
Itapetinga 1.609,64
Itapitanga 410,45
Itaquara 296,92
Itarantim 1.783,51
Itatim 574,26
Itiruçu 302,95
Itororó 330,76
Ituberá 422,64
Jacaraci 1.241,92
Jaguaquara 960,38
Jaguaripe 891,38
Jandaíra 644,24
Jequié 3.035,49
Jiquiriçá 236,27
Quadro 1 - Municípios cobertos, mesmo que parcialmente, pelo bioma Mata Atlântica, Bahia
26
Município
Área (km²)
Jitaúna 332,86
Jucuruçu 1.438,37
Jussari 356,74
Lafaiete Coutinho 352,59
Laje 497,50
Lajedão 613,83
Lajedo do Tabocal 423,72
Lauro de Freitas 59,80
Macarani 1.371,71
Madre de Deus 11,14
Maiquinique 413,86
Manoel Vitorino 2.400,23
Maracás 2.435,16
Maragogipe 436,10
Maraú 774,42
Mascote 709,22
Mata de São João 680,83
Medeiros Neto 1.245,90
Milagres 307,81
Mucuri 1.774,01
Muniz Ferreira 114,94
Muritiba 110,59
Mutuípe 273,32
Nazaré 256,30
Nilo Peçanha 385,32
Nova Canaã 566,52
Nova Ibiá 180,71
Nova Itarana 456,24
Nova Viçosa 1.326,14
Ouricangas 169,10
Pau Brasil 609,51
Pedrão 148,62
Piraí do Norte 227,63
Piripa 651,07
Planaltino 938,15
Planalto 913,91
Poções 962,78
Município Área (km²)
Pojuca 279,75
Porto Seguro 2.408,41
Potiraguá 989,42
Prado 1.664,56
Presidente Tancredo Neves 414,13
Rafael Jambeiro 1.234,32
Riacho do Jacuípe 1.199,00
Ribeirão do Largo 1.222,10
Rio Real 734,02
Salinas da Margarida 117,63
Salvador 324,53
Santa Bárbara 324,86
Santa Cruz Cabrália 1.551,16
Santa Cruz da Vitória 250,03
Santa Inês 356,21
Santa Luzia 785,30
Santa Terezinha 710,35
Santo Amaro 486,18
Santo Antônio de Jesus 251,92
Santo Estevão 365,13
São Felipe 197,95
São Félix 95,50
São Francisco do Conde 219,29
São Gonçalo dos Campos 294,32
São José da Vitória 53,37
São Miguel das Matas 207,28
São Sebastião do Passé 551,32
Sapeaçu 101,82
Saubara 91,47
Serra Preta 538,77
Simões Filho 192,28
Tanquinho 214,62
Taperoá 408,58
Teixeira de Freitas 1.153,63
Teodoro Sampaio 229,35
Teolândia 288,26
Terra Nova 156,34
Município Área (km²)
Tremedal 1.779,43
Ubaíra 762,39
Ubaitaba 221,80
Ubatã 332,98
Una 1.159,41
Urandi 895,93
Uruçuca 337,70
Urandi 895,93
Uruçuca 337,70
Valença 1.191,13
Varzedo 167,72
Vera Cruz 253,50
Vereda 828,81
Vitória da Conquista 3.204,49
Wenceslau Guimarães 661,77
Quadro 1 - Municípios cobertos, mesmo que parcialmente, pelo bioma Mata Atlântica, Bahia
27
O Software ArcView
®
, desenvolvido pela ESRI Inc. (Environmental Systems
Research Institute), pode ser considerado uma das principais ferramentas de para
Sistemas de Informações Geográficas e Mapeamento. O ArcView
®
fornece aos seus
usuários um conjunto poderoso de ferramentas que permitem visualizar, explorar,
consultar e analisar bases de dados geográficos, armazenados em formatos
diversos, vetoriais ou matriciais (Calijuri e Lorentz, 2003).
O Sistema de Coordenadas Geográficas adotado neste estudo foi o Datum
SAD-69, que utiliza o Elipsóide de Referência Internacional de 1967 (SGR-67).
O mapa do Estado da Bahia foi obtido do CD Corredor de Biodiversidade da
Mata Atlântica
®
(Alger et al., 2003) do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul
da Bahia e Conservation International do Brasil.
Foi elaborado também um mapa das Unidades de Conservação localizadas
na Mata Atlântica da Bahia, considerando todas as de Proteção Integral e de Uso
Sustentável. Todos os shapes (extensão de arquivo do ArcView
®
) das Unidades de
Conservação estão representados em forma de polígono. As Reservas Particulares
do Patrimônio Natural cujos shapes não foram encontrados, foram representadas
por pequenos círculos.
Alguns arquivos em formato shapefile de Unidades de Conservação foram
criados através de mapas já existentes, outros foram cedidos pela SEMARH, outros
obtidos do CD Corredor de Biodiversidade da Mata Atlântica
®
do Instituto de Estudos
Sócio-Ambientais do Sul da Bahia e Conservation International do Brasil e alguns
cedidos pelo consultor do Ministério do Meio Ambiente Jean-François Timmers. A
PRESERVA - Associação de Proprietários de Reservas Particulares da Bahia -
cedeu arquivos em formato shape de algumas RPPNs do Estado da Bahia.
28
Os mapas de distribuição das espécies ameaçadas foram sobrepostos com
os mapas de áreas protegidas utilizando o ArcView
®
para analisar o grau de
representação de cada espécie em áreas protegidas.
As espécies Anodorhynchus hyacinthinus, Anodorhynchus leari, Carduelis
yarrellii, Culicivora caudacuta, Cyanopsitta spixii, Geobates poecilopterus,
Harpyhaliaetus coronatus, Herpsilochmus pectoralis, Lepidocolaptes wagleri,
Sclerurus scansor cearensis e Xiphocolaptes falcirostris são típicas do Cerrado ou
da Caatinga, por isso não foram consideradas neste estudo. A espécie Mergus
octosetaceus ocorre em Floresta Atlântica, mas não foi encontrado registro algum
para a Mata Atlântica da Bahia.
Para gerar os mapas de distribuição potencial das espécies foi utilizado o
programa DIVA-GIS
®
. O DIVA-GIS
®
foi desenvolvido para analisar a distribuição
potencial de organismos e seus padrões geográficos e ecológicos. O DIVA-GIS
®
usa
o BIOCLIM (Análise Bio-climática e Sistema de Predição) para identificar as áreas ou
nichos onde as espécies podem ocorrer, baseado nas características climáticas e
ecológicas dos registros de dados conhecidos de distribuição (www.DIVA-GIS.org).
O modelo de distribuição para espécies no DIVA-GIS foi implementado com
as seguintes variáveis climáticas: temperatura média anual, média da variação de
temperaturas mensais, isotermas, temperatura máxima do mês mais quente,
temperatura mínima do mês mais frio, variação da temperatura anual, temperatura
média do semestre mais úmido, temperatura média do semestre mais seco,
temperatura média do semestre mais quente, temperatura média do semestre mais
frio, precipitação anual, precipitação do mês mais úmido, precipitação do mês mais
seco, precipitação do semestre mais úmido, precipitação do semestre mais seco,
precipitação do semestre mais quente e precipitação do semestre mais frio. Estas
29
variáveis climáticas disponíveis, carregadas com o programa, provavelmente afetam
o domínio ecológico das espécies.
30
7 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Estado da Bahia possui 154 Unidades de Conservação, instituídas por
decretos e portarias federais, estaduais e municipais, sendo que o maior percentual
está concentrado ao longo da costa. Essa distribuição diminui consideravelmente no
interior do Estado, onde porém, ainda se concentram importantes áreas
remanescentes de Mata Atlântica. Estão incluídas Área de Proteção Ambiental –
APA, Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE, Estação Ecológica, Floresta
Nacional – FLONA, Cinturão verde – COPEC, Jardim Botânico, Monumento Natural,
Museu Ecológico e Artístico, Reserva, Parque, Reserva Particular do Patrimônio
Natural - RPPN. No total são 47 Unidades de Proteção Integral e 107 Unidades de
Uso Sustentável (www.sei.ba.gov.br).
A função primordial das áreas protegidas é preservar elementos da
biodiversidade de processos que ameaçam a sua sobrevivência, e a extensão na
qual as reservas vão cumprir essa meta depende de quão bem elas alcançam dois
objetivos. O primeiro é a representatividade, o objetivo que se refere à necessidade
das reservas contemplarem um leque amplo da diversidade biológica local. O
segundo é a persistência: as reservas, uma vez estabelecidas, devem promover a
sobrevivência em longo prazo das espécies e elementos da biodiversidade,
mantendo processos naturais e populações viáveis e excluindo as ameaças
(Margules et al., 2002). A representação de todas as espécies ameaçadas em nível
local é apenas o primeiro passo, e não a meta final na aquisição do propósito de
31
manutenção da biodiversidade em longo prazo, sendo apenas o patamar mínimo no
estabelecimento de um sistema de áreas protegidas (Rodrigues et al., 2000).
Como uma tendência geral (Margules et al., 2002), também no Brasil, o
estabelecimento de áreas protegidas foi feito na maioria das vezes mais sobre bases
pragmáticas que científicas, favorecendo freqüentemente a biodiversidade de áreas
menos valiosas para usos comerciais, áreas em terrenos públicos ou carismáticas, e
no geral com menor urgência para proteção a curto-prazo. Esse processo resultou
no fato de que os recursos de conservação foram usados de forma ineficiente, e que
áreas com maior urgência de preservação em curto prazo foram negligenciadas,
havendo atualmente uma representação irregular para a maioria dos casos. No
presente estudo, esse procedimento é refletido pela baixa eficiência no incremento
de novas áreas ao longo do tempo.
Existe um número de áreas protegidas muito grande na área coberta pela
Mata Atlântica no Estado (Figura 1). As RPPNs, única categoria de Unidade de
Conservação criada para o setor privado, aparecem em maior número, seguidas das
APA’s. Das 39 RPPN’s, foram encontrados registros de distribuição da avifauna em
somente cinco delas. Apesar do número significativo de Unidades, a maioria não
tem plano de manejo, nem estudos específicos sobre a fauna e flora, por isso a
dificuldade de obter registros das espécies nestas áreas. Mesmo as áreas de
Proteção Integral necessitam de inventários completos e sistemáticos, como por
exemplo, os Parques Nacionais do Descobrimento e do Pau Brasil, localizados em
Prado e Porto Seguro respectivamente.
32
Teoricamente, a exigência mínima para uma espécie ser considerada
protegida pela rede de Unidades de Conservação áreas protegidas é que pelo
menos a inclusão de uma população viável esteja dentro dessa rede. Esta exigência
inclui não só um número mínimo de indivíduos (Soulé, 1987), mas também toda a
infra-estrutura ecológica necessária para a persistência das espécies a longo prazo,
como a variabilidade natural das condições ambientais (tal como mudança de clima)
(Rodrigues et al., 2003).
Há outras explanações para a pouca proteção das espécies ameaçadas.
Primeiro, a presença e/ou a ausência de espécies em áreas protegidas não é um
dos critérios aplicados pela IUCN para definir o status da ameaça de uma espécie
(IUCN, 2001), mas há mais chances que espécies cujas populações não estão
protegidas de acordo com os critérios da IUCN aproximem-se do declínio. Segundo,
a ameaça à espécie resulta freqüentemente da destruição do hábitat no bioma e nas
regiões geográficas usadas intensivamente pela população (Balmford et al., 2001).
30%
1%
3%
1%
1%
19 %
9%
36%
APA
Cint urão Verde
Est ação Ecológica
Jardim Bot ânico
Monument o Nat ural
Parque
Reserva
RPPN
Figura 1 - Percentual das Unidades de Conservação da Mata Atlântica da Bahia
33
Foram consideradas para este estudo 105 Unidades de Conservação (Quadro
2) sendo 31 de Proteção Integral e 74 de Uso Sustentável.
A base de dados de distribuição das espécies ameaçadas inclui um total de
1024 registros, e destes, 875 ocorrem dentro da área de Mata Atlântica.
Na Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, constam
55 espécies de aves ameaçadas para o Estado da Bahia (Quadro 3), 42 destas
ocorrem no bioma Mata Atlântica. As espécies marinhas Procellaria aequinoctialis,
Procellaria conspicillata e Thalasseus maximus não foram consideradas. A espécie
Penelope jacucaca é típica da Caaatinga e a Sporophila palustris de brejos mas foi
encontrado um registro de distribuição para cada uma delas no Bioma Mata
Atlântica.
A avifauna brasileira é de uma grandeza ímpar e apesar de ser um dos
grupos mais conhecidos, os dados sobre elas ainda não insuficientes. Além da
carência muito grande de ornitólogos, os estudos realizados nem sempre são
divulgados na literatura científica ou são de circulação restrita. Mesmo no Museu de
Zoologia da USP, que possui a maior coleção de aves da Região Neotropical, não
foram encontrados registros para todas as espécies ameaçadas que ocorrem no
Estado da Bahia. Outro exemplo é a lista de exemplares da avifauna da Bahia
depositadas no Museu de Biologia Professor Mello Leitão, que contém registros de
distribuição de 25 espécies de aves que ocorrem no Estado, mas só aparece uma
das espécies oficialmente ameaçada de extinção, a Myrmotherula urosticta.
34
Quadro 2 - Unidades de Conservação da Mata Atlântica na Bahia por município
Nome Tipo Área (ha) Administração Criação
APA Bacia do Cobre/São Bartolomeu Uso Sustentável 1.134 Estadual Decreto nº 7.970 de 05/06/01
APA Baía de Camamu Uso Sustentável 118.000 Estadual Decreto 8.175 de 27/02/02
APA Caminhos Ecológicos da Boa Esperança Uso Sustentável 230.296 Estadual Decreto nº 8.552 de 05/06/03
APA Costa de Itacaré-Serra Grande Uso Sustentável 14.925 Estadual Decreto nº 2.186 de 07/06/93
APA da Baia de Todos os Santos Uso Sustentável 80.000 Estadual Decreto nº 7.595 de 05/06/99
APA da Costa Dourada Uso Sustentável 3.435 Municipal Decreto nº 274 de 01/07/99
APA da Lagoa Encantada Uso Sustentável 11.800 Estadual Decreto 2.217 de 14/06/93
APA da Península de Maraú Uso Sustentável 21.200 Municipal Decreto nº 15 de 09/97
APA da Ponta da Baleia-Abrolhos Uso Sustentável 34.600 Estadual Decreto nº 2.218 de 14/06/1993
APA das Ilhas de Tinharé-Boipeba Uso Sustentável 43.300 Estadual Decreto nº 1.240 de 05/06/92
APA de Cachoeira da Pancada Grande Uso Sustentável 50 Municipal Decreto nº 1.494 de 13/05/93
APA de Candengo Uso Sustentável 7.000 Municipal Decreto de 08/09/90
APA de Caraíva-Trancoso Uso Sustentável 31.900 Estadual Decreto 2.215 de 14/06/93
APA de Coroa Vermelha Uso Sustentável 4.100 Estadual Decreto 2.184 de 07/06/93
APA de Joanes-Ipitanga Uso Sustentável 64.463 Estadual Decreto 7.596 de 05/06/99
APA de Mangue Seco Uso Sustentável 3.395 Estadual Decreto nº 605 de 06/11/91
APA de Santo Antônio Uso Sustentável 23.000 Estadual Decreto nº de 3.413 de 31/08/94
APA do Guaibim Uso Sustentável 2.000 Estadual Decreto nº 1.164 de 11/05/92
APA do Lapão Uso Sustentável 4.300 Municipal Lei nº 201 de 2001
APA do Litoral Norte Uso Sustentável 142000 Estadual Decreto 1.046 de 17/03/1992
APA do Pratigi Uso Sustentável 85686 Estadual Decreto nº 7.272 de 02/04/98
APA do Rio Capivara Uso Sustentável 1.800 Estadual Decreto 2.219 de 14/06/93
APA Itapebi Uso Sustentável ... Municipal Decreto nº 408/99 de 13.04.99
35
Nome
Tipo Área (ha) Administração Criação
APA Lago de Pedra do Cavalo Uso Sustentável 30.156 Estadual Decreto 6.548 de 18/07/1997
APA Lagoa da CCC Uso Sustentável 189 Municipal Lei nº 23 de 04/06/93
APA Lagoa de Guarajuba Uso Sustentável 230 Estadual Resolução CEPRAM nº 387 de 27/02/91
APA Lagoas e Dunas do Abaeté Uso Sustentável 1.800 Estadual Decreto nº 351 de 22/09/87
APA Plataforma Continental do Litoral Norte Uso Sustentável 362.266 Estadual Decreto nº 8.553 de 05/06/03
APA Recife das Pinaúnas Uso Sustentável ... Municipal Lei nº 467 de 20/10/97
APA Serra das Candeias Uso Sustentável 3.051 Municipal Lei nº 126 de 19/04/95
APA Vale das Cascatas Uso Sustentável 5.880 Municipal Lei nº 077 de 30/01/95
Cinturão Verde (COPEC) Uso Sustentável 2.707 Estadual Decreto nº 22.146 de 20/11/70
Estação Ecológica da Ilha do Medo Proteção Integral 1 Municipal Decreto 27/07/91
Estação Ecológica Estadual Wenceslau Guimarães Proteção Integral 2.418 Estadual Decretos nº 6.228 de 21/02/97 e 7.791 de 19/04/00
Estação Ecológica Federal Pau Brasil Proteção Integral 1.145 Federal -
Jardim Botânico de Salvador Proteção Integral 17 Municipal Decreto nº 13.546 de 22/03/02
Monumento Subaé Proteção Integral 404,15 Estadual -
Parque da Cidade Joventino Silva Proteção Integral 72 Municipal Decreto nº 4.522 de 31/10/73
Parque Estadual da Serra do Conduru Proteção Integral 7.000 Estadual Decreto nº 6.227 de 21/02/97
Parque Estadual Ilha dos Frades Proteção Integral 910 Estadual Decreto nº 24.643 de 28/02/75
Parque Florestal e Reserva Ecológica Garcia D´Ávila Proteção Integral 7.000 Estadual Decreto nº 24.643 de 28/02/75
Parque Florestal e Reserva Ecológica da Ilha de Itaparica Proteção Integral 2.295 Estadual Decreto nº 26.643 de 28/02/75
Parque Histórico Castro Alves Proteção Integral 5 Estadual Decreto nº 22.268 de 11/02/71
Parque Histórico Metropolitano de Pirajá Proteção Integral 1.550 Municipal Decreto nº 3.363 de 28/04/78
Parque Metropolitano de Pituaçu Proteção Integral 430 Municipal Decreto nº 5.158 de 20/06/77
Parque Metropolitano Ipitanga I Proteção Integral 667 Estadual Decreto nº 32.915 de 06/02/86
Parque Municipal da Boa Esperança Proteção Integral 465 Municipal Lei nº 001 de 07/06/01
Quadro 2 - Unidades de Conservação da Mata Atlântica na Bahia por município - continuação
36
Nome
Tipo Área (ha) Administração Criação
Parque Municipal das Dunas de Abrantes Proteção Integral 700 Municipal Decreto nº 116 de 01/03/77
Parque Municipal Lagoas e Dunas do Abaeté Proteção Integral 1.410 Estadual Decreto nº 3.932 de 30/09/88
Parque Municipal Marinho do Recife de Fora Proteção Integral 1.750 Municipal Decreto nº 260 de 16/12/97
Parque Municipal São Bartolomeu Proteção Integral 75 Municipal Decreto nº 3.363 de 28/04/78
Parque Nacional do Descobrimento Proteção Integral 21.118 Federal Decreto Federal de 20/04/99
Parque Nacional do Monte Pascoal Proteção Integral 22.500 Federal Decreto nº 242 de 29/11/61
Parque Nacional do Pau Brasil Proteção Integral 12.112 Federal Decreto de 20/04/99
Parque Nacional Marinho de Abrolhos Proteção Integral 91.235 Federal Decreto nº 88.218 de 06/04/83
Parque Zoobotânico da Matinha Proteção Integral 24 Municipal Decreto 5158
Parque Zoobotânico Getúlio Vargas Proteção Integral 18 Estadual Decreto nº 17.461 de 15/09/59
Reserva Biológica de Maracás Proteção Integral 10 Estadual -
Reserva Biológica de Una Proteção Integral 11.400 Federal Decreto nº 85.463 de 10/12/80
Reserva Ecológica Cachoeira do Pau Proteção Integral ... Municipal Decreto nº 541 de 27/06/97
Reserva Ecológica do Juliana Proteção Integral ... Municipal Decreto nº 1.657 de 29/04/97
Reserva Ecológica Ilha de Maré Proteção Integral 1.378 Municipal Decreto n° 3.207 de 05/07/82
Reserva Estadual Cotegipe-CIA Proteção Integral 118 Estadual Decreto nº 25.679 de 11/05/77
Reserva Extrativista de Canavieiras Uso Sustentável 100.646 Federal Decreto de 05/06/06
Reserva Extrativista Marinha da Baia do Iguape Uso Sustentável 8.117 Federal Decreto de 11/08/00
Reserva Extrativista Marinha do Corumbau Uso Sustentável 89.500 Federal Decreto de 21/09/00
RPPN Água Boa Norte Uso Sustentável 18.5 Particular -
RPPN Água Boa Sul Uso Sustentável 27 Particular -
RPPN Cajueiro Uso Sustentável 379 Particular Portaria Federal nº 136/02
RPPN Dunas de Santo Antônio Uso Sustentável 371 Particular Portaria Federal 65/01
RPPN Ecoparque de Una Uso Sustentável 83 Particular Portaria Federal nº 53/ 99 -N
Quadro 2 - Unidades de Conservação da Mata Atlântica na Bahia por município - continuação
37
Nome
Tipo Área (ha) Administração Criação
RPPN Estação Vera Cruz Uso Sustentável 6.069 Particular Portaria Federal nº 149/ 98 -N
RPPN Estância de Manacá Uso Sustentável 95 Particular Portaria Federal 36/2000
RPPN Fazenda Ágda Uso Sustentável 13 Particular Portaria Federal 169/2001
RPPN Fazenda Água Branca Uso Sustentável 97 Particular Portaria Federal 12/99-N
RPPN Fazenda Araçari Uso Sustentável 110 Particular Portaria Federal nº 138/98-N
RPPN Fazenda Ararauna Uso Sustentável 39 Particular Portaria Federal nº 06/03
RPPN Fazenda Arte Verde Uso Sustentável 10 Particular Portaria Federal nº 114/ 98 -N
RPPN Fazenda Avaí Uso Sustentável 469 Particular Portaria Federal nº 701/90
RPPN Fazenda Coqueiros Uso Sustentável 87 Particular Portaria Federal nº 2.264/90
RPPN Fazenda Fugidos Uso Sustentável 450 Particular Portaria Federal 28/00
RPPN Fazenda Itacira Uso Sustentável 100 Particular Portaria Federal nº 791/21-N
RPPN Fazenda Joaquim da Cobonha Uso Sustentável 257 Particular Portaria Federal nº 61/00
RPPN Fazenda Kaybi Uso Sustentável 5 Particular Portaria Federal nº 0117/94-N
RPPN Fazenda Lontra/Saudade Uso Sustentável 1.377 Particular Portaria Federal nº 95/96-N
RPPN Fazenda Panema Uso Sustentável 216 Particular Portaria Federal 14/00
RPPN Fazenda Paraíso Uso Sustentável 26 Particular Portaria Federal nº 26/00
RPPN Fazenda Pindorama Uso Sustentável 47 Particular Portaria Federal nº 059/98-N
RPPN Fazenda São João Uso Sustentável 25 Particular Portaria Federal nº 22/97-N
RPPN Fazenda São Paulo Uso Sustentável 25 Particular Portaria Federal nº 022/96-N
RPPN Fazenda Sossego Uso Sustentável 5 Particular Portaria Federal nº 13/ 99 -N
RPPN Jueirana Uso Sustentável 27 Particular Portaria Federal nº 70/02
RPPN Lagoa do Peixe Uso Sustentável 31 Particular Portaria Federal 35/2000
RPPN Mãe da Mata Uso Sustentável 13 Particular Portaria Federal nº 32/04
RPPN Mata Atlântica da Manona Uso Sustentável 7 Particular Portaria Federal 053/1999
Quadro 2 - Unidades de Conservação da Mata Atlântica na Bahia por município - continuação
38
Nome
Tipo Área (ha) Administração Criação
RPPN Pedra do Sabiá Uso Sustentável 22 Particular Portaria Federal 155/2001
RPPN Portal do Curupira Uso Sustentável 50 Particular Portaria Federal106/2001
RPPN Reserva de Sapiranga Uso Sustentável 600 Particular Portaria Federal nº 64/84
RPPN Reserva do Peninha Uso Sustentável 350 Particular Portaria Federal nº 18/2003
RPPN Reserva Natural do Teimoso Uso Sustentável 200 Particular Portaria Federal nº 93/97-N
RPPN Reserva Salto Apepique Uso Sustentável 118 Particular Portaria Federal nº 103/ 97-N
RPPN Riacho das Flores Uso Sustentável 370 Particular -
RPPN Rio Capitão Uso Sustentável 385 Particular Portaria Federal nº 24/04-N
RPPN Rio Monos Uso Sustentável 9 Particular Portaria Federal nº 19/06
RPPN Serra Bonita Uso Sustentável 800 Particular -
Quadro 2 - Unidades de Conservação da Mata Atlântica na Bahia por município - continuação
39
Como bem salientado por Rodrigues et al., (2004), é bem provável que outros
grupos com altos níveis de endemismo, além da avifauna, como plantas e insetos,
estejam ainda bem menos representados, dada a tendência mundial de conjunto de
espécies com menores áreas de distribuição geográfica possuírem as maiores
proporções entre as espécies com lacunas na sua proteção legal.
Na Bahia ainda não existe uma lista sistematizada da avifauna, o
conhecimento biológico é muito insuficiente, a começar pela distribuição geográfica.
Desse modo, apesar dos dados aqui obtidos estarem ligeiramente subestimados,
não impede uma avaliação objetiva com resultado sólido.
Levando em consideração a falta de dados de distribuição de algumas
espécies e a ocorrência de espécies em outros biomas, foram consideradas para
este estudo 42 espécies. Das 42 espécies consideradas, 36 estão representadas em
pelo menos uma Unidade de Conservação.
40
Quadro 3 - Lista de espécies de aves ameaçadas que ocorrem na Bahia (IBAMA 2003)
Ordem Família Nome científico Nome vulgar Categoria ameaça
Tinamiformes Tinamidae
Crypturellus noctivagus noctivagus (Wied, 1820)* Jaó
Vulnerável
Procellariiformes Procellariidae
Procellaria aequinoctialis (Linnaeus, 1758) Pardela-preta
Vulnerável
Procellaria conspicillata (Gould, 1844) Pardela-de-óculos
Em perigo
Pelecaniformes Phaethontidae
Phaethon aethereus (Linnaeus, 1758) Rabo-de-palha
Vulnerável
Phaethon lepturus (Daudin, 1802) Rabo-de-palha-de-bico-laranja
Vulnerável
Anseriformes Anatidae
Mergus octosetaceus (Vieillot, 1817) Pato-mergulhão
Criticamente em perigo
Falconiformes Acciptridae
Harpyhaliaetus coronatus (Vieillot, 1817) Águia-cinzenta
Vulnerável
Leucopternis lacernulatus (Temminck, 1827)* Gavião-pombo-pequeno
Vulnerável
Galliformes Cracidae
Crax blumenbachii (Spix, 1825)* Mutum-do-sudeste
Em perigo
Penelope jacucaca (Spix, 1825) Jacucaca
Vulnerável
Aburria jacutinga (Spix, 1825)* Jacutinga
Em perigo
Charadriiformes Laridae
Thalasseus maximus (Boddaert, 1783) Trinta-réis-real
Vulnerável
Columbiformes Columbidae
Claravis godefrida (Temminck, 1811)* Pararu
Criticamente em perigo
Psittaciformes Psittacidae
Amazona rhodocoryt150ha (Salvadori, 1890)* Chauá
Em perigo
Amazona vinacea (Kuhl, 1820) Papagaio-de-peito-roxo
Vulnerável
Anodorhynchus hyacinthinus (Latham, 1790) Arara-azul-grande
Vulnerável
Anodorhynchus leari (Bonaparte, 1856) Arara-azul-de-lear
Criticamente em perigo
Cyanopsitta spixii (Wagler, 1832) Ararinha-azul
Extinta da natureza
Pyrrhura cruentata (Wied, 1820)* Fura-mato
Vulnerável
Pyrrhura leucotis (Kuhl, 1820) Tiriba-de-orelha-branca
Vulnerável
Touit melanonota (Wied, 1820) Apuim-de-cauda-vermelha
Vulnerável
Apodiformes Trochilidae
Glaucis dohrnii (Bourcier & Mulsant, 1852)* Balança-rabo-canela
Em perigo
Phaethornis margarettae (Ruschi, 1972) Besourão-de-bico-grande
Em perigo
Discosura langsdorffi langsdorffi (Temminck, 1821)* Rabo-de-espinho
Vulnerável
Thalurania watertonii (Bourcier, 1847)* Beija-flor-das-costas-violetas
Vulnerável
Piciformes Picidae
Celeus torquatus tinnunculus (Wagler, 1829)* Pica-pau-de-coleira-do-sudeste
Vulnerável
Passeriformes Conopophagidae
Conopophaga lineata cearae (Cory, 1916) Cuspidor-do-nordeste
Vulnerável
Cotingidae
Carpornis melanocephala (Wied, 1820)* Cochó, sabiá-pimenta
Vulnerável
Cotinga maculata Statius (Muller, 1776)* Crejoá, cotinga-crejoá
Em perigo
Procnias averano averano (Hermann, 1783) Araponga-de-barbela
Vulnerável
Xipholena atropurpurea (Wied, 1820)* Anambé-de-asa-branca
Em perigo
Dendrocolaptidae
Lepidocolaptes wagleri (Spix, 1824) Arapaçu-escamado-de-wagler
Vulnerável
Xiphocolaptes falcirostris (Spix, 1824) Arapaçu-do-nordeste
Vulnerável
Emberizidae
Sporophila maximiliani (Cabanis, 1851)* Bicudo, bicudo-verdadeiro
Criticamente em perigo
Sporophila falcirostris (Temminck, 1820) Cigarra-verdadeira
Em perigo
Sporophila palustris (Barrows, 1883) Caboclinho-de-papo-branco
Em perigo
Formicariidae
Grallaria varia intercedens (Berlepsch & Leverkühn, 1890)* Tovacuçu-malhado
Vulnerável
Fringillidae
Carduelis yarrellii (Audubon, 1839)* Pintassilgo-baiano
Vulnerável
Furnariidae
Acrobatornis fonsecai (Pacheco, Whitney & Gonzaga, 1996)* Acrobata
Vulnerável
Geobates poecilopterus (Wied, 1830) Andarilho, bate-bunda
Vulnerável
Sclerurus caudacutus umbretta (Lichtenstein, 1823) Vira-folha-pardo-do-sudeste
Em perigo
Sclerurus scansor cearensis (Snethlage, 1924) Vira-folhas-cearense
Vulnerável
Synallaxis cinerea (Wied, 1831)* João-baiano
Vulnerável
Thripophaga macroura (Wied, 1821)* Rabo-amarelo
Vulnerável
Muscicapidae
Cichlopsis leucogenys leucogenys (Cabanis, 1851)* Sabiá-castanho
Em perigo
Rhinocryptidae
Merulaxis stresemanni (Sick, 1960)* Entufado-baiano
Criticamente em perigo
Thamnophilidae
Herpsilochmus pectoralis (Sclater, 1857) Chorozinho-de-papo-preto
Vulnerável
Herpsilochmus pileatus (Lichtenstein, 1823)* Chorozinho-da-bahia
Vulnerável
Myrmeciza ruficauda (Wied, 1831)* Formigueiro-de-cauda-ruiva
Em perigo
Myrmotherula minor (Salvadori, 1864) Choquinha-pequena
Vulnerável
Myrmotherula urosticta (Sclater, 1857)* Choquinha-de-rabo-cintado
Vulnerável
Pyriglena atra (Swainson, 1825)* Olho-de-fogo-rendado
Em perigo
Rhopornis ardesiaca (Wied, 1831)* Gravatazeiro
Em perigo
Tyrannidae
Culicivora caudacuta (Vieillot, 1818) Maria-do-campo
Vulnerável
Phylloscartes beckeri (Gonzaga & Pacheco, 1995)* Borboletinha-baiano
Em perigo
*Espécies trabalhadas
41
Essas lacunas na representação refletem a importância do aumento do
conhecimento ornitológico em áreas não protegidas e da criação de Unidades de
Conservação em regiões com espécies não contempladas, de forma a diminuir a
lacuna entre a riqueza de espécies de aves da Mata Atlântica e a porcentagem
preservada (Braz, 2003).
As Unidades de Conservação que apresentaram maior representatividade da
avifauna ameaçada estão localizadas no sul do Estado, onde se encontra o maior
remanescente de Mata Atlântica do Nordeste. É interessante notar, também, que no
sul do Estado foi identificada recentemente a maior diversidade botânica do mundo
para plantas lenhosas, ou seja, foram registradas 454 espécies em um único hectare
(http://www.ibama.gov.br). O sul da Bahia também é um dos alvos do Ministério do
Meio Ambiente como prioridade para conservação.
Os fragmentos maiores abrigam a maior quantidade de espécies ameaçadas.
Dentre as Unidades de Conservação de Proteção Integral, as mais representativas
(Quadro 4), ou seja, que apresentaram o maior número de espécies ameaçadas
foram a Reserva Biológica de Una, o Parque Nacional do Descobrimento, o Parque
Nacional de Monte Pascoal e o Parque Nacional do Pau Brasil. Dentre as Unidades
de Uso Sustentável foram mais representativas a RPPN Estação Vera Cruz, a APA
Costa de Itacaré-Serra Grande, a APA Baía de Camamu, a APA do Pratigi e a APA
Ponta da Baleia-Abrolhos. Nenhuma espécie foi encontrada em todas as Unidades
de Conservação. As espécies estão representadas em apenas 28,57% das
Unidades de Conservação (20,95% de Uso Sustentável e 7,61% de Proteção
Integral). Em 75 Unidades de Conservação não foram encontrados registros de
espécies ameaçadas.
42
As espécies que compõem a comunidade de aves da Reserva Biológica de
Una, do Parque Nacional do Descobrimento, do Parque Nacional do Monte Pascoal
e do Parque Nacional do Pau Brasil indicam com clareza a relevância das Unidades
de Conservação para a manutenção da riqueza de espécies ameaçadas e/ou
endêmicas da Mata Atlântica.
Quadro 4 - Registro de espécies ameaçadas por Unidade de Conservação
Unidade de Conservação Registro
Reserva Biológica de Una 19
Parque Nacional do Descobrimento 18
Parque Nacional do Monte Pascoal 17
Parque Nacional do Pau Brasil 16
RPPN Estação Vera Cruz 14
APA Costa de Itacaré-Serra Grande 13
APA Baía de Camamu 12
APA da Ponta da Baleia-Abrolhos 11
APA do Pratigi 11
APA Caminhos Ecológicos da Boa Esperança 9
APA da Lagoa Encantada 9
APA de Santo Antônio 9
Reserva Extrativista de Canavieiras 7
RPPN Rio Capitão 7
RPPN Serra Bonita 7
RPPN Ecoparque de Una 6
RPPN Fazenda São João 5
RPPN Jueirana 5
RPPN Reserva Natural do Teimoso 5
APA da Baia de Todos os Santos 4
Estação Ecológica Estadual de Wenceslau Guimarães 4
Parque Estadual da Serra do Conduru 4
APA do Litoral Norte 3
APA das Ilhas de Tinharé-Boipeba 1
APA de Caraíva-Trancoso 1
APA de Joanes-Ipitanga 1
APA Lago de Pedra do Cavalo 1
APA Lagoas e Dunas do Abaeté 1
Monumento Subaé 1
Parque Municipal Boa Esperança 1
43
Distribuição Potencial das espécies
As predições da distribuição das espécies são essenciais para o plano de
conservação. Usados apropriadamente, os dados preditos da distribuição dessas
espécies podem ajudar na decisão de como melhorar o uso limitado de recursos
para conseguir os alvos de conservação. Entretanto, é importante que a incerteza
dos dados preditos da distribuição esteja esclarecida no planejamento de
conservação (Wilson et al., 2005).
As probabilidades de ocorrência não podem indicar a qualidade do hábitat
para uma espécie e não podem ser relacionados à persistência da espécie. Isto
porque as probabilidades são baseados nos dados de registro de localização da
espécie. Conseqüentemente, ao gerar estas probabilidades, supõe-se que a
população está em equilíbrio (Guisan e Zimmermann, 2000). Não obstante, haverá
sempre uma incerteza associada com o uso de dados preditos para a distribuição de
espécies para o plano de conservação (Wilson et al., 2005).
No sentido de avaliar com bases científicas as prioridades para o
estabelecimento de áreas protegidas, o Ministério do Meio Ambiente tem realizado
seminários regionais onde são indicadas as prioridades dos biomas brasileiros. As
áreas aqui mostradas como ocorrência potencial e consequentemente como
prioridade na conservação das espécies, também fazem parte das prioridades do
Ministério (MMA, 2006). Resta agora a implementação das áreas protegidas.
Para uma melhor análise da ocorrência potencial, foram consideradas as
espécies que possuíam cinco ou mais registros de distribuição. As áreas coloridas
no mapa indicam a probabilidade de ocorrência das espécies de “Zero” (em cinza)
para “Excelente” (em vermelho).
44
Aburria jacutinga
Nome popular: jacutinga. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Dos 23 registros de ocorrência encontrados, 15 estão em Unidades de
Conservação, sendo o Parque Nacional de Monte Pascoal que apresentou maior
ocorrência da espécie.
Provavelmente só existam pequenas populações em áreas protegidas. Essa
espécie ocorre também na Argentina e Paraguai (http://www.iucnredlist.org).
A Ocorrência potencial aponta para o Sul e Extremo Sul do Estado (Figura 3).
Acrobatornis fonsecai
Nome popular: acrobata. Categoria de Ameaça: Vulnerável.
Espécie das montanhas sul baianas (Cordeiro, 2003) tem uma distribuição
concentrada no sul do Estado (Figura 4), mas apenas com um registro para Jequié,
Ipiaú e Ibirataia. É a mais recente descoberta de endemismo da avifauna da Floresta
Atlântica, descrita no final de 1996 (Souza, 1998). Curiosamente, não se trata de
espécie rara, podendo mesmo ser vista às margens da BR-101, nas plantações de
cacau da região entre os vales dos rios Jequitinhonha e de Contas.
É possível que a erradicação dos cacauais sombreados, que formam a
chamada "mata cabrucada", coloque esta espécie sob risco de extinção (Souza,
1998.). Está distribuída na Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional
Semidecidual.
Sua distribuição potencial aponta para áreas onde não existem Unidades de
Conservação. Dos 28 registros de distribuição encontrados para a espécie, apenas
dois estão em uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável (a RPPN Serra
Bonita). A ocorrência potencial da espécie coincide com a IBA Serra Bonita (Bencke
45
et al., 2006) que sugere o local como uma das áreas importantes para a preservação
dessa espécie.
Amazona rhodocorytha
Nome popular: chauá. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Endêmica da Mata Atlântica, os registros da espécie aparecem no Sul, Baixo
Sul e Extremo Sul do Estado. Dos 48 registros de distribuição encontrados 21
(43,75%) estão protegidos em Unidades de Conservação. O Parque Nacional Monte
Pascoal e a RPPN Estação Vera Cruz é que apresentaram mais registros da
espécie.
Essa ave habita a mata alta, tanto na Serra do Mar e regiões altas do interior
(leste de MG) como nas baixadas litorâneas (Sick, 1997).
A distribuição potencial da espécie é bastante ampla, podendo ocorrer desde
o baixo Sul até o Extremo Sul e especialmente na região de Una e Gongogi, onde a
probabilidade é “excelente” (Figura 5).
Carpornis melanocephala
Nome popular: sabiá-pimenta. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Endêmica da Mata Atlântica, foi uma das espécies que mais apresentou
registros de distribuição. Dos 54 registros, 37 estão em Unidades de Conservação.
As Unidades de Conservação que apresentam maior número de registros da
espécie foram o Parque Nacional Monte Pascoal e a RPPN Estação Vera Cruz.
Pelos registros, ocorre em Floresta Ombrófila Densa e em áreas de 0 a 100m de
altitude. Sua distribuição potencial em vermelho (Figura 6) também apontou para
uma área com estas características.
46
Celeus torquatus tinnunculus
Nome popular: pica-pau-de-coleira. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Endêmica da Mata Atlântica, essa ave apresentou registro de distribuição
para o Sul e Extremo Sul do Estado, com maior incidência para o Extremo Sul. Dos
15 registros de ocorrência, 14 estão em Unidades de Conservação. A Figura 7
aponta os municípios de Una e Porto Seguro como áreas excelentes para ocorrência
potencial da espécie.
Cichlopsis leucogenys leucogenys
Nome popular: sabiá-castanho. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Espécie migratória, além do Brasil ocorre também na Colômbia, Equador,
Guiana, Peru, Suriname e Venezuela (http://www.iucnredlist.org/).
O tamanho de sua população global não foi quantificada, mas embora seja
descrita como rara na sua área de distribuição, ela está na categoria global de
ameaça da IUCN como LC (Least Concern), ou seja como ela não se enquadrou nos
outros critérios (Extremamente Ameaçada, Ameaçada, Vulnerável ou Próxima da
Ameaça) ela não é vista com muita preocupação (http://www.iucnredlist.org/).
Dos 17 registros encontrados para a Bahia, 12 estão em Unidades de
Conservação sendo cinco em áreas de Proteção Integral (Figura 8).
47
Claravis godefrida
Nome popular: pararu-espelho. Categoria de ameaça: Criticamente em Perigo.
Somente oito registros de distribuição foram encontrados para esta espécie
endêmica da Mata Atlântica, sendo apenas dois em Unidades de Conservação de
Uso Sustentável.
Os registros de distribuição na última década sugerem que a espécie tem
uma população extremamente pequena. Suas exigências ecológicas especializadas
como a dependência de taquaras e a perda e fragmentação do seu hábitat
ameaçam severamente esta ave (http://www.iucnredlist.org/).
Habita ambientes com florestas densas nas encostas das serras (Sick, 1997)
e os registros encontrados indicam uma ocorrência potencial no Estado da Bahia
para a região de Belmonte e Canavieiras (Figura 9).
Cotinga maculata
Nome popular: crejoá. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Endêmica da Mata Atlântica, esta espécie ocorre no sul-leste da Bahia e norte
Espírito Santo, sem registros em Minas Gerais desde 1940 e nenhum desde o
século XIX no Rio de Janeiro (http://www.iucnredlist.org). Dos 40 registros de
ocorrência encontrados para o Estado da Bahia, 14 estão em Unidades de
Conservação de Proteção Integral e 13 de Uso Sustentável.
Apresentou uma ampla distribuição que vai desde Camamu no Baixo Sul até
Mucuri no Extremo Sul do Estado. A probabilidade de que a espécie ocorra é muito
alta para o Extremo Sul do Estado (Figura 10).
48
Crax blumenbachii
Nome popular: mutum-de-bico-vermelho. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Endêmica da Mata Atlântica, foi uma das espécies que mais apresentou
registros de sua distribuição. Dos 68 registros encontrados, 44 estão em Unidades
de Conservação.
Um programa próspero de reintrodução ajudou a compensar, parcialmente, o
declínio contínuo desta espécie no Espírito Santo (http://www.iucnredlist.org). As
florestas onde a espécie ocorre na Bahia são classificadas como Floresta Ombrófila
Densa. Uma simulação da distribuição potencial elaborada com base na distribuição
conhecida da espécie resultou numa área muito extensa onde a espécie pode
ocorrer (Figura 11). A destruição do seu hábitat e o impacto da caça contribuem para
a sua ameaça.
Crypturellus noctivagus noctivagus
Nome popular: jaó-do-sul. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Endêmica da Mata Atlântica, para esta espécie só foram encontrados sete
registros, denso três na Reserva Biológica de Una.
Habita áreas com altitude entre 0 e 300 m em mata seca alta. Na lista da
IUCN a espécie está na categoria “Quase Ameaçada”. Sofre contínua destruição de
seu hábitat, mas pode sobreviver em área degradada ou floresta secundária
(http://www.iucnredlist.org). A simulação de sua ocorrência potencial aponta para o
Extremo Sul do Estado (Figura 12).
49
Discosura langsdorffi langsdorffi
Nome popular: rabo-de-espinho. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Dos seis registros de ocorrência encontrados, cinco estão em Unidades de
Conservação. A simulação de sua distribuição potencial aponta poucas regiões onde
a espécie poderia ocorrer (Figura 13).
Glaucis dohrnii
Nome popular: balança-rabo-canela. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Espécie endêmica da Mata Atlântica, foram encontrados 48 registros de sua
distribuição, sendo que 34 em Unidades de Conservação. O Parque Nacional Monte
Pascoal foi que apresentou maior registro da espécie.
Apesar da quantidade de registros desse beija-flor, a espécie era considera
por alguns como já extinta, não sendo observada desde 1997
(http://www.iucnredlist.org). Recentemente pesquisadores da Reserva Ambiental de
Alcoprado, Bahia, o avistaram no Estado. Na simulação da ocorrência potencial
mostra que a espécie tem grande probabilidade de ocorrer em todo o Sul e Extremo
Sul do Estado (Figura 14).
Grallaria varia intercedens
Nome popular: tovacuçu. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Foram encontrados 27 registros em Unidades de Conservação, do total de 34
sendo a maior parte de Uso Sustentável.
A espécie tem ampla distribuição, mas essa subespécie está com distribuição
restrita. (Figura 15).
50
Herpsilochmus pileatus
Nome popular: corozinho-de-boné. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Dos 26 registros encontrados, 18 estão em Unidades de Conservação de
Proteção Integral e Uso Sustentável. Sua distribuição foi desde Camaçari, norte de
Salvador ao Extremo Sul, em Prado.
Era definida como uma ave da Caatinga, mas uma recente revisão
taxonômica do complexo revelou que o autêntico H. pileatus é confinado à região
costeira do sul da Bahia, aonde a ocorrência da espécie-tipo representante do
complexo não era sequer admitida (http://www.cbro.org.br). Quando o ambiente é
satisfatório, costuma ser muito abundante (http://www.iucnredlist.org/). A costa
baiana foi apontada como ocorrência potencial para a espécie (Figura 16).
Leucopternis lacernulatus
Nome popular: gavião-pombo-pequeno. Categoria de ameaça: Vulnerável
Foram encontrados 41 registros dessa espécie endêmica da Mata Atlântica,
dos quais 32 estão dentro de Unidades de Conservação. Esse gavião-pomba,
endêmico da Mata Atlântica, ocorre na Bahia desde o Norte ao Extremo Sul. Entre
outros, sua ameaça se deve à baixa densidade populacional e destruição de seu
hábitat. Na simulação da distribuição potencial, toda a costa baiana aparece como
provável hábitat para a espécie (Figura 17).
51
Merulaxis stresemanni
Nome popular: entufado-baiano. Categoria de ameaça: Criticamente em
Perigo.
Espécie endêmica da Mata Atlântica, só era conhecida de dois espécimes,
coletados em Salvador em 1830 e Ilhéus em 1945. Somente em 1995 é que ele foi
observado na Fazenda Jueirana (Baudet, 2001), próxima a Reserva Biológica de
Uma. A região de Una, Ilhéus e Salvador é que aparecem como provável ocorrência
potencial (Figura 18).
Myrmeciza ruficauda
Nome popular: formigueiro-de-cauda-ruiva. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Endêmica da Mata Atlântica esta espécie não tinha registro para o Estado da
Bahia desde 1974 (http://www.iucnredlist.org), mas num recente levantamento do
Instituto Dríades, o pesquisador Luis Fábio Silveira observou cinco casais no
município de Barra do Choça, dois casais no município de Ribeirão do Largo e seis
indivíduos em Itambé (Silveira, 2003)1. Em todas essas áreas onde a espécie foi
encontrada, não existem Unidades de Conservação. Sua distribuição potencial
aponta claramente para uma região onde não existem Unidades de Conservação
(Figura 19).
Myrmotherula urosticta
Nome popular: choquinha-de-rabo-cintado. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Endêmica da Mata Atlântica, a espécie tem distribuição bastante ampla que
vai desde Santo Amaro até Mucuri, no Extremo Sul do Estado. Sua distribuição
52
concentra-se na Floresta Ombrófila Densa, que já está bastante antropizada, com
altitude variando entre 0 a 100m.
Dos 61 registros de distribuição na Bahia, dez estão em Unidades de
Proteção Integral e 22 de Uso Sustentável. A simulação de sua distribuição potencial
aponta para a região de Una, Belmonte e Santa Cruz Cabrália como principal área
de ocorrência (Figura 20).
Phylloscartes beckeri
Nome popular: borboletinha-baiana. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Endêmica da Mata Atlântica, só foram encontrados 16 registros de
distribuição da espécie, dos quais somente um em Unidade de Conservação.
Foi descoberta em 1992 em Boa Nova. Ocorre em montanhas entre 800 a
1.200 m. A simulação aponta a região de Boa Nova e a Arataca e Camacan como
locais prováveis para sua ocorrência potencial (Figura 21).
Pyriglena atra
Nome popular: papa-taoca-da-bahia. Categoria de ameaça: Em perigo.
Endêmica da Mata Atlântica, a espécie é conhecida vulgarmente como “olho-
de-fogo-rendado”, foi a única que teve sua distribuição restrita ao norte do Estado.
Dos 22 registros encontrados da distribuição da espécie, na sobreposição dos
mapas ela aparece em apenas uma Unidade de Conservação, a APA Lago de Pedra
do Cavalo. Sua distribuição potencial aponta para a região do município de Conde,
Norte da Bahia (Figura 22).
53
Pyrrhura cruentata
Nome popular: tiriba-grande. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Foram encontrados 68 registros para esta espécie endêmica da Mata
Atlântica, dos quais 17 estão em Unidades de Conservação de Proteção Integral e
17 de Uso Sustentável, sendo que o Parque Nacional de Monte Pascoal foi que
apresentou mais registros da espécie. Sua distribuição potencial vai desde o Baixo
Sul, Oeste e Extremo Sul do Estado, onde o hábitat conservado é satisfatório (Figura
23).
Rhopornis ardesiaca
Nome popular: gravatazeiro. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Para esta espécie endêmica da Mata Atlântica foram encontrados 26 registros
e nenhum em Unidade de Conservação. Conhecido vulgarmente como
"gravatazeiro" ou "papa-formigas", é geográfica e biologicamente pouco conhecida.
Ela vive nas matas de Boa Nova e em algumas localidades no norte de Minas
Gerais (Ribon e Maldonado-Coelho, 2001). Sua distribuição indica Floresta
Estacional Decidual “mata de cipó” com altitudes de 200 a 500m. A região de Boa
Nova é que aparece como hábitat satisfatório para a espécie. (Figura 24). Todos os
seus registros de ocorrência apontam para áreas onde não existem Unidades de
Conservação.
54
Sporophila maximiliani
Nome popular: bicudo. Categoria de ameaça: Criticamente em Perigo.
Foram encontrados somente seis registros de distribuição para esta espécie.
Vale ressaltar que o registro em Salvador foi de uma apreensão da espécie pelo
IBAMA em 2003, o que não vale como registro de ocorrência.
Além do Brasil o O. maximiliani ocorre também na Bolívia, Colômbia,
Equador, Guiana Francesa, Guiana, Peru e Venezuela (http://www.iucnredlist.org).
Na Bahia não esteve presente em Unidades de Conservação.
Possui canto melodioso por isso o seu comércio para pássaro de gaiola, um
dos motivos do declínio populacional (http://www.iucnredlist.org). Sua distribuição
potencial é “Excelente” para as florestas interioranas no Estado (Figura 25).
Synallaxis cinerea
Nome popular: joão-baiano. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Para esta espécie endêmica da Mata Atlântica, foram encontrados 23
registros de distribuição, sendo quatro em Unidades de Conservação de Uso
Sustentável.
Ela foi redescoberta em 1992 perto de Boa Nova, na Serra da Ouricana,
porém não foram encontrados mais de 10 casais nesta serra (Pacheco e Gonzaga,
1995). Recentemente ela foi descoberta em várias localidades como na Serra
Bonita, perto de Camacan, em Ituberá e Camamu (Ribon et al, 2002). Uma grande
área classificada como “Excelente” aparece na simulação de sua ocorrência
potencial (Figura 26).
55
Thalurania watertonii
Nome popular: beija-flor-de-costas-violetas. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Só foram sete registros de distribuição para este beija-flor e quatro deles em
Unidades de Conservação de Proteção Integral.
Teve distribuição em Floresta Ombrófila Densa em áreas que variam de 0 a
100 m de altitude. Os poucos registros mostraram uma pequena área para sua
ocorrência potencial (Figura 27).
Thripophaga macroura
Nome popular: rabo-amarelo. Categoria de ameaça: Vulnerável.
Espécie endêmica da Mata Atlântica foram encontrados 34 registros de sua
ocorrência, sendo oito em Unidade de Conservação de Proteção Integral e 14 de
Uso Sustentável. A simulação de sua distribuição potencial “Excelente” aponta para
uma região onde não há registro da espécie (Figura 28).
Xipholena atropurpurea
Nome popular: anambé-de-asa-branca. Categoria de ameaça: Em Perigo.
Espécie endêmica da Mata Atlântica, foram encontrados 77 registros de sua
ocorrência, sendo 43 em Unidade de Conservação.
De todos os registros, a espécie foi a que apresentou maior distribuição nos
diferentes ambientes. Ela ocorre desde a Matas de Condes e Baixios até o município
de Mucuri. Está distribuída em Parques Nacionais, APAS, Reservas Biológica,
Estação Ecológica e em municípios sem Unidades de Conservação. Na simulação
de sua ocorrência potencial aparece uma vasta área onde é provável a distribuição
da espécie (Figura 29).
56
Figura 32 – A. vinacea
Espécies com menos de cinco registros para a Bahia
As espécies Phaethon aethereus e Phaethon
lepturus (Figuras 30 e 31) estão ameaçadas na
Categoria “vulnerável“. São espécies marinhas e têm
registros no Parque Nacional Marinho de Abrolhos. O
IUCN não considera nenhuma das duas espécies como
ameaçada de extinção. As populações são, no entanto,
sensíveis a perturbações de hábitat e à introdução de
espécies invasoras nos locais de nidificação,
principalmente de roedores que atacam posturas e
juvenis (http://www.iucnredlist.org).
Só foram encontrados dois registros para a espécie
Amazona vinacea (Figura 32) um para Salvador e outro para
o Parque Nacional de Monte Pascoal. É talvez muito comum
no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (várias
populações de mais de 100 indivíduos), e baixos números
persistem em Minas Gerais e São Paulo. Possivelmente
nunca foi comum, e deve estar extinta na Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro
(http://www.iucnredlist.org).
Figura 31 - P. lepturus
Figura 30 - P. aethereus
57
Para a espécie Conopophaga lineata (Figura 33 só
foram encontrados três registros, um deles da RPPN Serra
do Teimoso. Tem uma larga distribuição global, mas o
tamanho de sua população não foi quantificada. Embora
seja descrita como rara na sua área de distribuição, ela está na categoria global de
ameaça da IUCN como LC (Least Concern), ou seja, como ela não se enquadrou
nos outros critérios (Extremamente Ameaçada, Ameaçada, Vulnerável ou Próxima
da Ameaça), ela não é vista com muita preocupação (http://www.iucnredlist.org/).
A Myrmotherula minor, classificada como “Vulnerável” teve somente três
registros de distribuição e 2 deles na RPPN Serra Bonita. A espécie é extremamente
sensível à destruição do hábitat.
Só foi encontrado um registro para a espécie Penelope
jacucaca, classificada como “Vulnerável”, no município de
Poções, onde não existe área protegida (Figura 34).
Somente dois registros foram encontrados para a
espécie Phaethornis margarettae (Figura 35). Classificada
como “Em Perigo” tem registro na Estação Ecológica de
Wenceslau Guimarães.
Figura 33 – C. lineata
Figura 35 – P. margarettae
Figura 34 – P. jacucaca
58
Não houve registro em Unidade de Conservação
para a espécie Procnias averano averano (Figura 36).
Ocorre além do Brasil, na Colômbia, Guiana, Trinidade e
Tobago e Venezuela.
A Sclerurus caudacutus umbretta teve três registros e nenhum em área
protegida. Como ambas têm uma larga distribuição global, não são vistas pela IUCN
com muita preocupação, pois a espécie não se enquadra nos critérios de ameaça
(http://www.iucnredlist.org/).
A espécie Pyrrhura leucotis (Figura 37) teve dois
registros, um para a RPPN Serra Bonita e outro para o Parque
Nacional do Descobrimento.
Para a espécie Sporophila falcirostris (Figura 38)
considerada extremamente rara (http://www.iucnredlist.org/),
só foram encontrados quatro registros de sua distribuição,
dois deles na Reserva Biológica de Una.
O único registro encontrado para a Sporophila
palustris (Figura 39) foi na Reserva Biológica de Una.
Figura 36 – P. averano
Figura 37 – P. leucotis
Figura 38 – S. falcirostis
Figura 39 – S. palustris
59
Dos três registros encontrados para a espécie Touit
melanonotus (Figura 40) nenhum foi em área protegida.
A Serra das Lontras, área desprotegida mais representativa das espécies
ameaçadas é um complexo montanhoso que se eleva próximo à costa sudeste da
Bahia, a poucos quilômetros de Una. A região apresenta uma paisagem
predominantemente florestal, formada por um mosaico de cabrucas, capoeiras e
fragmentos florestais. A vegetação original é a Mata Atlântica úmida. Pelo menos
25% da avifauna que ocorre na região é endêmica do sudeste da Bahia e nordeste
do Espírito Santo. Ao todo, ocorrem na área 295 espécies de aves, incluindo as
ameaçadas (Silveira et al, 2005).
Os dados indicaram um total de dez espécies ameaçadas foram registradas
no município de Boa Nova (Quadro 5). Boa Nova vem chamando a atenção dos
ornitólogos há alguns anos em função da sua peculiar avifauna. Possui elementos
típicos das florestas de montana do bioma Mata Atlântica em contato com elementos
endêmicos da Caatinga e da Mata de Cipó e abriga as maiores populações
conhecidas de Rhopornis ardesiaca, Formicivora iheringi e Synallaxis cinerea.
A região de Boa Nova é também uma das mais negligenciadas com relação à
conservação da avifauna no Brasil (Gonzaga et al., 1995). Este interessante
planalto, onde se encontram e se misturam elementos de biomas tão distintos,
nunca havia sido objeto de maior atenção por parte dos ornitólogos. Os 2,6% de
florestas restantes em toda a região apenas agora vêm sendo estudados com maior
Figura 40 – T. melanonota
60
rigor. Desta forma, a distribuição de vários táxons endêmicos e ameaçados,
conhecidos principalmente de Boa Nova, poderia, potencialmente, ser encontrados
em outras localidades dentro do planalto de Vitória da Conquista, apontando áreas
que até então não haviam sido objeto de maior interesse para a conservação.
A região também foi considerada como a primeira área de prioridade para
conservação de pássaros na Mata Atlântica da Bahia, e a segunda para todo o
bioma da Mata Atlântica.
Espécies ameaçadas ocorrem também na Serra da Ouricana, localizada 7-13
km a sudeste de Boa Nova, o que mostra o quão rica é a região e merece uma
atenção emergencial para a proteção não só da avifauna, mas do sistema como um
todo.
61
Quadro 5 – Ocorrência de espécies em áreas não protegidas
Espécie Serra Lontras Ilhéus Boa Nova Itabuna Camamu Barrolândia V. Conquista Jequié Poções Conde Santo Amaro
Acrobatornis fonsecai
1 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0
Amazona rhodocorytha
1 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0
Carpornis melanocephala
1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0
Cichlopsis leucogenys leucogenys
1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0
Cotinga maculata
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Crax blumenbachii
1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Crypturellus noctivagus noctivagus
0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Glaucis dohrnii
0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0
Grallaria varia intercedens
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Herpsilochmus pileatus
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Leucopternis lacernulatus
1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Merulaxis stresemanni
0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Myrmeciza ruficauda
0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0
Myrmotherula minor
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Myrmotherula urosticta
1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 1
Sporophila maximiliani
0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0
Penelope jacucaca
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
Phylloscartes beckeri
1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Aburria jacutinga
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Discosura langsdorffi langsdorffi
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Procnias averano averano
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Pyriglena atra
0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Pyrrhura cruentata
1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 0
Rhopornis ardesiaca
0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0
Sclerurus caudacutus umbretta
0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
Sporophila falcirostris
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Synallaxis cinerea
1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 0
Thalurania watertonii
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Thripophaga macroura
1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0
Touit melanonota
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Xipholena atropurpurea
1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1
Total de espécies 18 14 10 7 6 5 5 4 4 3 3
62
A Serra do Ouricana é uma pequena extensão de colinas no centro-sul da
Bahia alcançando cerca de 1.100 m, coberta por uma floresta úmida cobre a
vertente voltada para o mar e marca os limites oeste mais elevados da Mata
Atlântica na região. A grande importância desta área tornou-se clara somente
através de censos executados durante os anos 1990. Além da longa lista de
espécies ameaçadas lá encontradas, estão vários táxons não descritos (Wege &
Long, 1995).
Não existe levantamento ornitológico para as regiões (somente observações
isoladas) de Ilhéus, Itabuna, Uruçuca, Itajuípe e Coaraci, onde a vegetação é
composta principalmente de cabruca e matas secundárias. Mas existem registros de
várias espécies, inclusive essa região deve constituir atualmente o principal reduto
do Acrobatornis fonsecai. Existem poucas áreas protegidas, tendo para toda essa
região somente o Parque Estadual Serra do Conduru e a APA Lagoa Encantada
A Figura 41 nos mostra a simulação da distribuição potencial do conjunto de
espécies ameaçadas da Mata Atlântica na Bahia. As áreas de maior ocorrência
potencial assinaladas concentram-se no Sul do Estado.
A probabilidade “Excelente” para a ocorrência das espécies aponta para os
municípios de Arataca, Aurelino Leal, Barra do Rocha, Belmonte, Camacan,
Canavieiras, Eunápolis, Gongogi, Ibicuí, Ipiaú, Itagibá, Itapebi, Itapitanga, Mascote,
Santa Cruz Cabrália, Santa Luzia, Ubaitaba, Ubatã e Una. Os municípios de
Arataca, Belmonte, Camacan, Canavieiras, Santa Cruz Cabrália e Una são
municípios que fazem parte das IBAs da Bahia (Bencke et al., 2006). Mas vale
ressaltar que esse resultado da distribuição potencial das espécies ameaçadas está
em uma área desprovida de Unidades de Conservação e para essa área, existem
poucos registros de distribuição das espécies ameaçadas.
63
A manutenção de grandes extensões de floresta original ou que estejam
minimamente perturbadas é essencial para a garantia de sobrevivência da maior
parte das espécies da biota primitiva (Brewer et al., 1997; Bawa e Seidler, 1998;
Debinski e Holt, 2000; Laurance, 1999; Ney-nifle e Mangel, 2000). De uma maneira
geral, como vem acontecendo na Mata Atlântica, há uma tendência ao isolamento e
formação de pequenas “ilhas” de florestas, que serão totalmente incorporadas
dentro das necessidades humanas por mais espaço e mais recursos florestais num
futuro próximo (Tabarelli et al., 2004). Portanto, preservar esses remanescentes
florestais, especialmente, as áreas com boa representatividade de floresta primária,
é uma solução de curto prazo na tentativa de manter o ecossistema e sua fauna e
flora o mais próximos do real (Dean, 1996).
A criação de novas UC’s não só é uma demanda mundial, como uma garantia
de que ecossistemas tão ameaçados e sua biota associada se dá, de forma efetiva,
com base na garantia perpétua que determinadas áreas alcançam (Bruner et al.,
2001). Claramente, o mero estabelecimento de uma área protegida pode significar
pouco sem investimento proporcional na administração e execução (Brandon et al.,
1998). Assim, a recomendação para o estabelecimento rápido e estratégico de áreas
protegidas na Mata Atlântica como prioridade urgente, vem em conjunto com a
recomendação que existir áreas protegidas para assegurar sua eficácia (Bruner et
al., 2004).
Considerando as Unidades de Conservação do Estado da Bahia, conclui-se
que o conjunto é importante tanto na preservação e proteção da avifauna ameaçada.
Contudo, é deficiente tanto na representação total da riqueza do bioma Mata
Atlântica, quanto no potencial de manutenção das espécies em longo prazo.
Algumas espécies apresentam uma parcela muito pequena de sua área de
64
distribuição geográfica protegida, e considerando o risco de extinção destas
espécies, é urgente a criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral
onde se confirma sua ocorrência.
A maior prioridade no Estado em nível de Mata Atlântica é criar uma Unidade
de Conservação na região de Boa Nova. Esta Unidade deve contemplar trechos de
mata-de-cipó e trechos de Mata Atlântica de encosta adjacente (Gonzaga et al.,
1995). Devem ser também prioritariamente criada a Unidade de Conservação na
Serra das Lontras, perto de Arataca, a fim de salvaguardar um expressivo conjunto
de matas úmidas e montanas da região cacaueira ao sul de Itabuna. Esta região de
Arataca mantém populações viáveis do recém-descrito Acrobatornis fonsecai e vem
sofrendo com o desmatamento provocado pela crise da cultura cacaueira.
Outros remanescentes do Estado sugeridos para conservação são: Itagibá,
Gongogi, Santa Luzia, Belmonte, Camacan, Santo Amaro, Camamu, Canavieiras,
Itapetinga, Jequié, Vitória da Conquista Caravelas e Mucuri.
A implementação de novas áreas protegidas seria uma medida no mínimo
urgente e imprescindível na representação da riqueza do bioma e contemplação das
espécies raras e ameaçadas ausentes no sistema atual de Unidades de
Conservação. Em conjunto com essas medidas, a consolidação das Unidades
existentes, a definição dos problemas e a implementação dos planos de manejo são
essenciais para assegurar a proteção das espécies presentes.
65
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ANEXOS
Figura 2 - Distribuição da Avifauna Ameaçada na Mata Atlântica, Bahia
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-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
1:2.916.908
0 40150 8030020075 Metros
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
&
Acrobatornis fonsecai
&
Amazona rhodocorytha
&
Amazona vinacea
&
Carduelis yarrellii
&
Carpornis melanocephalus
&
Celeus torquatus tinnunculus
&
Cichlopsis leucogenys leucogenys
&
Claravis godefrida
&
Conopophaga lineata cearae
&
Cotinga maculata
&
Crax blumenbachii
&
Crypturellus noctivagus noctivagus
&
Glaucis dohrnii
&
Grallaria varia intercedens
&
Herpsilochmus pectoralis
&
Herpsilochmus pileatus
&
Leucopternis lacernulata
&
Merulaxis stresemanni
&
Myrmeciza ruficauda
&
Myrmotherula minor
&
Myrmotherula urosticta
&
Oryzoborus maximiliani
&
Penelope jacucaca
&
Phaethon aethereus
&
Phaethon lepturus
&
Phaethornis margarettae
&
Phylloscartes beckeri
&
Pipile jacutinga
&
Popelaria langsdorffi langsdorffi
&
Procnias averano averano
&
Pyriglena atra
&
Pyrrhura cruentata
&
Pyrrhura leucotis
&
Rhopornis ardesiaca
&
Sclerurus caudacutus umbretta
&
Sporophila falcirostris
&
Sporophila palustris
&
Synallaxis cinerea
&
Thalurania watertonii
&
Thripophaga macroura
&
Touit melanonota
&
Xipholena atropurpurea
Distribuição da Avifauna Ameaçada
OCEANO ATLÂNTICO
Unidades de Conservação
APA
ESTAÇÃO
OUTROS
RPPN
RESEX
REBIO
PARQUE
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
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-3
7
-3
6
-3
6
-1
8
-1
8
-1
7
-1
7
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6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Aburria jacutinga
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 3 - Distribuição Potencial
Zero
Intermediária
Alta
Muito Alta
Registro de distribuição
Figura 4 - Distribuição Potencial
!(
!(
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7
-3
7
-1
8
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8
-1
7
-1
7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFERÊNCIA: GREENWICH
1:3.538.183
0 40150 8030020075
Metros
OCEANO ATLÂNTICO
Unidades de Conservação
APA
ESTÃO
OUTROS
RPPN
RESEX
REBIO
PARQUE
Acrobatornis fonsecai
Probabilidade de Ocorrência
Zero
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
Amazona rhodocorytha
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
Zero
Baixa
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
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-3
7
-3
6
-3
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-1
8
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8
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6
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5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Figura 5 - Distribuição Potencial
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 6 - Distribuição Potencial
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!(
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2
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2
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8
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8
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-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFERÊNCIA: GREENWICH
1:3.534.016
0 40150 8030020075
Metros
OCEANO ATLÂNTICO
Unidades de Conservação
APA
ESTÃO
OUTROS
RPPN
RESEX
REBIO
PARQUE
Carpornis melanocephala
Zero
Baixa
Intermediária
Alta
Muito alta
Excelente
Registro de distribuição
Probabilidade de Ocorrência
Celeus torquatus tinnunculus
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
Zero
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
7
-3
7
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-3
6
-1
8
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8
-1
7
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6
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6
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5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Figura 7 - Distribuição Potencial
Cichlopsis leucogenys leucogenys
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
7
-3
7
-3
6
-3
6
-1
8
-1
8
-1
7
-1
7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Figura 8 - Distribuição Potencial
Zero
Alta
Muito Alta
Registro de distribuição
Claravis godefrida
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
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-3
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-3
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6
-3
6
-1
8
-1
8
-1
7
-1
7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Figura 9 - Distribuição Potencial
Zero
Muito Alta
Registro de distribuição
Cotinga maculata
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
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-3
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-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Figura 10 - Distribuição Potencial
Zero
Intermediária
Alta
Muito Alta
Registro de distribuição
Crax blumenbachii
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
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9
-3
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6
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5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Figura 11 - Distribuição Potencial
Zero
Baixa
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
Crypturellus noctivagus noctivagus
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
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-3
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8
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-1
7
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7
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6
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6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Figura 12 - Distribuição Potencial
Zero
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
7
-3
7
-3
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-1
8
-1
8
-1
7
-1
7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Discosura langsdorffi
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 13 - Distribuição Potencial
Zero
Muito Alta
Registro de distribuição
Glaucis dohrnii
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
7
-3
7
-3
6
-3
6
-1
8
-1
8
-1
7
-1
7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Figura 14 - Distribuição Potencial
Zero
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
7
-3
7
-3
6
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6
-1
8
-1
8
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7
-1
7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Grallaria varia intercedens
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 15 - Distribuição Potencial
Zero
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
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-3
7
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8
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7
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7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Herpsilochmus pileatus
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 16 - Distribuição Potencial
Zero
Intermediária
Alta
Muito Alta
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
7
-3
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7
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5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Leucopternis lacernulatus
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 17 - Distribuição Potencial
Zero
Intermediária
Alta
Muito Alta
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
7
-3
7
-3
6
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6
-1
8
-1
8
-1
7
-1
7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Merulaxis stresemanni
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 18 - Distribuição Potencial
Zero
Muito Alta
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
-3
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8
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6
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6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Myrmeciza ruficauda
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 19 - Distribuição Potencial
Zero
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
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9
-3
8
-3
8
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7
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8
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7
-1
6
-1
6
-1
5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Myrmotherula urosticta
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 20 - Distribuição Potencial
Zero
Baixa
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
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9
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8
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8
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5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Phylloscartes beckeri
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 21 - Distribuição Potencial
Zero
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
-3
8
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7
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8
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7
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6
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6
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5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Pyriglena atra
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 22 - Distribuição Potencial
Zero
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
Figura 23 - Distribuição Potencial
!(
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4
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4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFERÊNCIA: GREENWICH
1:3.538.183
0 40150 8030020075
Metros
OCEANO ATLÂNTICO
Unidades de Conservação
APA
ESTÃO
OUTROS
RPPN
RESEX
REBIO
PARQUE
Pyrrura cruentata
Probabilidade de Ocorrência
Zero
Baixa
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
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-3
9
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-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Rhopornis ardesiaca
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 24 - Distribuição Potencial
Zero
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
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7
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5
-1
5
-1
4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Sporophila maximiliani
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 25 - Distribuição Potencial
Zero
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
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8
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5
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4
-1
4
-1
3
-1
3
-1
2
-1
2
Synallaxis cinerea
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 26 - Distribuição Potencial
Zero
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
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4
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3
-1
2
-1
2
Thalurania watertonii
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 27 - Distribuição Potencial
Zero
Muito Alta
Registro de distribuição
-4
1
-4
1
-4
0
-4
0
-3
9
-3
9
-3
8
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5
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4
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4
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3
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3
-1
2
-1
2
Thripophaga macroura
Unidade de Conservação
Outros
Parque
REBIO
RESEX
RPPN
Estação
APA
Oceano Atlântico
Probabilidade de Ocorrência
1:3.583.076
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
0 40150 8030020075 Metros
Figura 28 - Distribuição Potencial
Zero
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
Figura 29 - Distribuição Potencial
!(
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5
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4
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3
-1
3
-1
2
-1
2
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFERÊNCIA: GREENWICH
1:3.534.016
0 40150 8030020075
Metros
OCEANO ATLÂNTICO
Unidades de Conservação
APA
ESTÃO
OUTROS
RPPN
RESEX
REBIO
PARQUE
Probabilidade de Ocorrência
Zero
Baixa
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Registro de distribuição
Xipholena atropurpurea
Figura 41 - Distribuição Potencial da Avifauna Ameaçada na Mata Atlântica, Bahia
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2
-1
2
1:2.916.908
0 40150 8030020075 Metros
Localização na América do Sul
8
SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS
DATUM: SAD69
MERIDIANO DE REFENCIA: GREENWICH
Oceano Atlântico
Unidade de Conservação
&
Acrobatornis fonsecai
&
Amazona rhodocorytha
&
Amazona vinacea
&
Carduelis yarrellii
&
Carpornis melanocephalus
&
Celeus torquatus tinnunculus
&
Cichlopsis leucogenys leucogenys
&
Claravis godefrida
&
Conopophaga lineata cearae
&
Cotinga maculata
&
Crax blumenbachii
&
Crypturellus noctivagus noctivagus
&
Glaucis dohrnii
&
Grallaria varia intercedens
&
Herpsilochmus pectoralis
&
Herpsilochmus pileatus
&
Leucopternis lacernulata
&
Merulaxis stresemanni
&
Myrmeciza ruficauda
&
Myrmotherula minor
&
Myrmotherula urosticta
&
Oryzoborus maximiliani
&
Penelope jacucaca
&
Phaethon aethereus
&
Phaethon lepturus
&
Phaethornis margarettae
&
Phylloscartes beckeri
&
Pipile jacutinga
&
Popelaria langsdorffi langsdorffi
&
Procnias averano averano
&
Pyriglena atra
&
Pyrrhura cruentata
&
Pyrrhura leucotis
&
Rhopornis ardesiaca
&
Sclerurus caudacutus umbretta
&
Sporophila falcirostris
&
Sporophila palustris
&
Synallaxis cinerea
&
Thalurania watertonii
&
Thripophaga macroura
&
Touit melanonota
&
Xipholena atropurpurea
Distribuição da Avifauna Ameaçada
Zero
Baixa
Intermediária
Alta
Muito Alta
Excelente
Probabilidade de Ocorrência
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