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professor o é, o trabalho coletivo dessas diferentes especialidades
na escola é que provocará mudanças.
3 – A expectativa que alunos, pais, comunidade têm em relação à
escola é uma dimensão que não pode ser ignorada e sim conhecida
para ser atendida.
4 – Os indivíduos precisam assumir as responsabilidades de suas
atividades sem que alguém lhes diga sempre o que e como fazer.
Não pode, pois, existir a dicotomia – uns pensam, outros executam -
, mas todos precisam ter e desenvolver o compromisso político
próprio do ato educativo.
5 – O individualismo, a desconfiança, a acomodação e o egoísmo
devem ceder lugar ao sentido coletivo da crítica e autocrítica, do
direito e do dever, da responsabilidade social frente ao ato
educativo.
6 – O comando, por ser sensível às necessidades e aos interesses
dos diversos grupos, agiliza o confronto dos mesmos, resultando em
ações criadoras.
7 – A gestão da escola passa a ser, então, o resultado do exercício
de todos os componentes da comunidade escolar, sempre na busca
do alcance das metas estabelecidas pelo projeto político pedagógico
construído coletivamente. (2002, p. 52).
O diretor tem, pois, a função integradora na escola, articulando os
diferentes segmentos, garantindo canais de participação para que juntos decidam
sobre os aspectos pedagógicos
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, administrativos e financeiros da unidade escolar.
Entendemos que o diretor de escola deve ser visto, dentro desse espaço, como um
profissional que compreende as funções da escola nas suas múltiplas dimensões e
relações com a sociedade. Essa coerência exige do diretor uma aproximação
indispensável com a comunidade.
A presença das categorias docentes atribui para a articulação dos
interesses particulares de cada segmento aos interesses coletivos. Nesta
perspectiva Paro (2004) discorre:
[...] há uma multiplicidade de interesses imediatos relativos a todos
os grupos que se relacionam no interior da escola. Isto chama a
atenção para a importância de se procurar superar esses interesses
particularistas (sem deixar de levá-los em conta), com vistas a
objetivos coletivos como melhor Educação e estabelecimento de
relações democráticas na vida escolar. (2004, p. 21)
Na escola, especificamente no Conselho de Escola, órgão máximo das
deliberações, as tensões entre os interesses imediatos, particulares, e os interesses
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O diretor precisa estar atento às manifestações ocorridas no interior da escola, às questões
concernentes à cultura escolar, ao pedagógico, ao educativo, uma vez que conhece as questões
relativas à educação.