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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA E COMPARAÇÃO DE MÉTODOS
DE ESTIMATIVA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA
PARA REGIÕES DO ESTADO DO CEARÁ
JÚLIO CESAR DE SALES
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP - Campus de Botucatu,
para obtenção do título de DOUTOR em
Agronomia – Irrigação e Drenagem.
BOTUCATU – SP
Abril – 2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA E COMPARAÇÃO DE MÉTODOS
DE ESTIMATIVA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA
PARA REGIÕES DO ESTADO DO CEARÁ
JÚLIO CESAR DE SALES
Orientador: Prof. Dr. Antônio Evaldo Klar
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP - Campus de
Botucatu, para obtenção do título de DOUTOR
em Agronomia – Irrigação e Drenagem
BOTUCATU – SP
Abril – 2008
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DEDICO
A minha querida família: Alice, Juliana e
Victor César, que sempre estiveram ao
meu lado, me dando forças para que eu
pudesse alcançar aos meus objetivos.
OFEREÇO
Aos meus pais,
José Muniz de Sales (in memóriam) e
Maria Pereira de Sales,
mesmo com pouca educação recebida,
souberam multiplicá-la na riqueza
herdada aos filhos.
AGRADECIMENTOS
À Universidade Estadual Paulista - UNESP, Faculdade de Ciências
Agronômicas, Campus de Botucatu; em particular, ao Departamento de Engenharia Rural,
pela oportunidade concedida para realização deste curso.
À Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Irrigação e
Drenagem, na pessoa dos Prof. Dr. João Carlos Cury Saad e Raimundo Leite Cruz, pela
oportunidade e confiança para poder participar deste programa de Pós-Graduação.
Ao Prof. Dr. Antônio Evaldo Klar, pela orientação, conhecimentos
transmitidos, incentivo e amizade.
A CAPES e ao CNPq pelo incentivo financeiro no início e durante a
realização deste trabalho de pesquisa.
A Faculdade de Tecnologia FATEC CENTEC, pela liberação parcial
para a realização do curso.
Ao Professor Dr. Raimundo Nonato Távora Costa do Centro de
Ciências Agrárias, Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Ceará;
pela boa vontade demonstrada no apoio à elaboração do projeto inicial desta pesquisa.
Aos Professores do Curso de Pós-Graduação em Irrigação e Drenagem
pelo convívio e ensinamentos transmitidos.
A todos os funcionários do Departamento de Engenharia Rural, pelo
valioso apoio.
Aos funcionários da biblioteca “Paulo de Carvalho Mattos” e da Seção
de Pós-Graduação, parabéns pelo eficiente atendimento.
Aos companheiros de república, Lauter, Vladmir, Gilmar (Baiano),
Marcio e Renê pelo companheirismo, apoio e amizade em todos os momentos.
À amiga Liana, pelos laços de amizade, carinho e respeito na condução
de trabalhos de disciplina.
Ao amigo Dr. Eliseu Marlônio Pereira de Lucena da Universidade
Estadual do Ceará, pela orientação nas análises estatísticas.
À Prof. Patrícia Linard da FATEC Cariri e enfim, a todos aqueles que
direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS ................................................................................................. VII
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................VIII
1. RESUMO ..................................................................................................................... 1
2. SUMMARY ................................................................................................................. 3
3. INTRODUÇÃO............................................................................................................5
4. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................7
4.1 Evapotranspiração ...................................................................................................7
4.2. Fatores que afetam a evapotranspiração.................................................................8
4.2.1 Fatores Meteorológicos....................................................................................8
4.3 Necessidade de água nas culturas........................................................................133
4.4 Coeficientes culturais ..........................................................................................133
4.5 Métodos de estimativas da evapotranspiração ....................................................137
4.6 Comparativos de estimativas da evapotranspiração............................................222
5. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................... .255
5.1 Área de estudo e coleta de dados.........................................................................255
5.1.1 Caracterização da área de estudo.................................................................265
5.1.2 Levantamento de dados ...............................................................................266
5.2 Metodologias de estimativas da evapotranspiração de referência ......................288
5.2.1 Processamento dos dados meteorológicos...................................................288
5.2.2. Métodos de estimativa da evapotranspiração de referência.........................30
5.3 Variação temporal da evapotranspiração de referência.......................................388
5.4 Análises estatísticas.............................................................................................399
5.4.1 Valores médios e medidas de dispersão ......................................................399
5.4.2 Estudo da regressão e correlação.................................................................399
5.4.3 Métodos de estimativas de evapotranspiração de referência
e as varíáveis climáticas.................................................................................41
5.5 Distribuição da evapotranspiração de referência no Estado................................411
V
5.6 Demandas hídricas das culturas irrigadas .............................................................41
5.6.1 Principais culturas – coeficientes culturais....................................................41
5.6.2 Demandas potenciais .....................................................................................42
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................ 477
6.1 Caracterização climática da região......................................................................477
6.2 Análises comparativas da evapotranpiração de referência local.........................599
6.2.1 Região de Acaraú...........................................................................................60
6.2.2 Região de Aracati ........................................................................................622
6.2.3 Região de Barbalha......................................................................................655
6.2.4 Região de Campos Sales..............................................................................677
6.2.5 Região de Cratéus..........................................................................................70
6.2.6 Região de Fortaleza .....................................................................................722
6.2.7 Região de Guaramiranga .............................................................................755
6.2.8 Região de Iguatu..........................................................................................777
6.2.9 Região de Jaguaruana ....................................................................................80
6.2.10 Região de Juazeiro do Norte........................................................................82
6.2.11 Região de Morada Nova..............................................................................85
6.2.12 Região de Paraipaba ....................................................................................88
6.2.13 Região de Pentecoste...................................................................................91
6.2.14 Região de Quixeramobim............................................................................93
6.2.15 Região de Sobral..........................................................................................96
6.2.16 Região de Tauá ............................................................................................99
6.3 Tratamento e análise acumulativa dos métodos..................................................101
6.3.1 Método de Hargreaves (1974) .....................................................................101
6.3.2 Método de Thornthwaite (1948)..................................................................105
6.3.3 Métodos de Jensen-Haise (1963), Makking (1957) e........................................
Priestley & Taylor (1972) ...........................................................................106
6.3.4 Método de Linacre (1977) .........................................................................1088
6.3.5 Métodos de Kharrufa (1985) e Hamon (1961) ............................................109
6.3.6 Métodos de Hargreaves-Samani (1985) e Camargo (1971) ........................110
6.3.7 Método de Radiação (FAO-24) ...................................................................111
VI
6.3.8 Método de Blaney-Criddle (FREVET et al 1983).......................................113
6.3.9 Método de Benavides & Lopez (1970)........................................................113
6.4 Análises Estatísticas ............................................................................................114
6.4.1 Método de Hargreaves (1974) .....................................................................114
6.4.2 Método de Thornthwaite (1948)..................................................................116
6.4.3 Métodos de Jensen-Haise (1963), Makking (1957),..........................................
Priestley & Taylor (1972) e Radiação (FAO-24)........................................117
6.4.4 Método de Linacre (1977) ...........................................................................119
6.4.5 Métodos de Camargo (1971), Kharrufa (1985) e Hamon (1961)................120
6.4.6 Método de Hargreaves-Samani (1985)........................................................120
6.4.7 Métodos de Benavides & Lopez (1970)......................................................121
6.4.8 Modelos de Blaney-Criddle (FREVERT et al ., 1983)................................122
6.4.9 Validação do método proposto....................................................................122
6.4.10 Evapotranspiração de referência e variáveis climáticas ............................129
6.5 Distribuição espacial da evapotranspiração de referência...................................133
6.6 Demandas hídricas das principais culturas irrigadas no Estado..........................136
7 CONCLUSÕES ........................................................................................................ 143
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 145
APÊNDICE.................................................................................................................. 165
ANEXO ........................................................................................................................ 186
VII
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
Tabela 1. Relação dos municípios selecionados com dados meteorológicos completos. ........29
Tabela 2. Relação dos Pólos de Irrigação do Estado com aptidão frutícola...........................444
Tabela 3. Resultados da análise da evapotranspiração de referência nos
métodos testados em cada localidade......................................................................102
Tabela 4. Valores do indicador estatístico da regressão, coeficiente de
determinacão, (R
2
) em relação à evapotranspiração de referência (ETo)
estimada por Penman-Monteith (FAO-56). ............................................................115
Tabela 5. Valores do indicador estatístico da corelação (R) da evapotranspiração
de referência (ETo) em relação aos dados climáticos nas áreas de estudo.............130
Tabela 6. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação
do Baixo Acaraú. ....................................................................................................137
Tabela 7. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação
deTabuleiro de Russas (Jaguaruana).......................................................................138
Tabela 8. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação
de Jaguaribe Apodi (Morada Nova)........................................................................139
Tabela 9. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação
de Araras Norte (Cratéus). ......................................................................................140
Tabela 10. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação
do Cariri. .................................................................................................................141
Tabela 11. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Projeto de Irrigação
Pingo D'Água (Quixeramobim) ..............................................................................142
VIII
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
Figura 1. Identificação das estações meteorológicas selecionadas no
Estado do Ceará..................................................................................................... 277
Figura 2. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Acaraú no período de 1976 a1988................................................... 488
Figura 3. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Aracati no período de 1958 a 1968.................................................. 488
Figura 4. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Barbalha no período de 1979 a 1988 .............................................. 499
Figura 5. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Campos Sales no período de 1978 a 1987 ....................................... 499
Figura 6. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Cratéus no período de 1979 a 1988 ................................................... 50
Figura 7. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Fortaleza no período de 1966 a 1999................................................. 50
Figura 8. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Guaramiranga no período de 1961 a 1988....................................... 522
Figura 9. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Iguatu no período de 1961 a 1990 ................................................... 522
Figura 10. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Jaguaruana no período de 1979 a 1988............................................ 533
Figura 11. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Juazeiro do Norte no período de 1978 a 1987 ................................. 533
Figura 12. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Morada Nova no período de 1961 a 1990 ....................................... 544
Figura 13. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
munnicípio de Paraipaba período de 1975 a 1998................................................. 544
IX
Figura 14. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Pentecoste no período de 1970 a 1998............................................. 555
Figura 15. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Quixeramobim no período de 1961 a 1990 ..................................... 555
Figura 16. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Sobral no período de 1961 a 1988 ................................................... 566
Figura 17. Variáveis climáticas de acordo com os dados mensais do
município de Tauá no período de 1977 a 1986...................................................... 566
Figura 18a. Valores da radiação solar global dos municípios selecionados. .......................... 588
Figura 18b. Valores da radiação solar global dos municípios selecionados........................... 588
Figura 19A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Acaraú ........................................................ 61
Figura 19B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Baney-Criddle para o município Acaraú .................................... 62
Figura 20A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Aracati ........................................................ 63
Figura 20B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Aracati ................................... 64
Figura 21A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Barbalha...................................................... 66
X
Figura 21B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Barbalha ................................ 67
Figura 22A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Campos Sales ............................................. 68
Figura 22B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Campos Sales ........................ 69
Figura 23A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Cratéus........................................................ 71
Figura 23B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Cratéus................................... 72
Figura 24A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Fortaleza ..................................................... 73
Figura 24B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Fortalza.................................. 74
XI
Figura 25A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Guaramiranga ............................................. 76
Figura 25B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Guaramiranga........................ 77
Figura 26A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Iguatu.......................................................... 78
Figura 26B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Iguatu..................................... 79
Figura 27A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Jaguaruana.................................................. 81
Figura 27B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Jaguaruana............................. 82
Figura 28A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Juazeiro do Norte........................................ 84
Figura 28B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
XII
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Juazeiro do Norte .................. 85
Figura 29A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Morada Nova.............................................. 86
Figura 29B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Morada Nova......................... 88
Figura 30A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Paraipaba .................................................... 89
Figura 30B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Paraipaba ............................... 90
Figura 31A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Pentecoste................................................... 92
Figura 31B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Pentecoste.............................. 93
Figura 32A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Quixeramobim............................................ 95
XIII
Figura 32B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Quixeramobim....................... 96
Figura 33A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Sobral.......................................................... 97
Figura 33B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Sobral .................................... 98
Figura 34A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse,
LN Linacre, MK Makkink, PT Priestley & Taylor e
TW Thornthwaite para o município Tauá.......................................................... 100
Figura 34B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de
PM Penman-Monteith, HG BL Benavides & Lopez,
HS Hargreaves-Samani, CM Camargo, KF Kharrufa, HM Hamon,
RD Radiação e Blaney-Criddle para o município Tauá..................................... 101
Figura 35. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de
referência (ETo) mensal, estimados segundo o método de
Penman-Monteith (FAO-56), em relação ao método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983), nos municípios de Acaraú (a), Aracati (b)
e Barbalha (c)......................................................................................................... 124
Figura 36. Regressão linear entre valores osmensais de evapotranspiração de
referência (ETo) mensal, estimados segundo o método de
Penman-Monteith (FAO-56), em relação ao método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983), nos municípios de Campos Sales (a), Cratéus (b) e
Fortaleza (c)........................................................................................................... 125
XIV
Figura 37. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de
referência (ETo) mensal, estimados segundo o método de
Penman-Monteith (FAO-56), em relação ao método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983), nos municípios de Guaramiranga (a), Iguatu (b) e
Jaguaruana (c)........................................................................................................ 126
Figura 38. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de
referência (ETo) mensal, estimados segundo o método de
Penman-Monteith (FAO-56), em relação ao método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983), nos municípios de Juazeiro do Norte (a),
Morada Nova (b) e Paraipaba (c)........................................................................... 127
Figura 39. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de
referência (ETo) mensal, estimados segundo o método de
Penman-Monteith (FAO-56), em relação ao método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983), nos municípios de Pentecoste (a),
Quixeramobim (b) e Sobral (c).............................................................................. 128
Figura 40. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de
referência (ETo) mensal, estimados segundo o método de
Penman-Monteith (FAO-56), em relação ao método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983), no município de Tauá (a).............................................. 129
Figura 41. Isolinhas de evapotranspiração de referência (mm dia
-1
), para o
método de Penman-Monteith (FAO) - verão......................................................... 134
Figura 42. Isolinhas de evapotranspiração de referência (mm dia
-1
), para o
método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) - verão................................ 135
1. RESUMO
No Estado do Ceará muitos projetos de irrigação tem sido
desenvolvidos utilizando estimativas da evapotranspiração de referência baseados apenas em
dados de temperatura, sem avaliar a eficácia do método. O estudo teve como objetivo
verificar a precisão dos métodos de estimativas da evapotranspiração de referência (ETo),
propostos por Hargreaves, Thornthwaite, Linacre, Jensen-Haise, Makking, Priestley & Taylor,
Benavides & Lopez, Hargreaves-Samani, Camargo, Kharrufa, Hamon, Radiação (FAO-24,
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e Blaney-Criddle (FREVET
et., 1983), para o Estado Ceará; aplicando a equação de Penman-Monteith (FAO-56), como
padrão em comparação com os métodos propostos. Foram utilizados dados de temperatura,
umidade relativa, insolação e velocidade do vento de postos meteorológicos de 16 municípios,
a partir de uma série histórica iniciada em 1958 e concluída em 1999 por entidades distintas,
sendo que não foi possível manter o mesmo intervalo de tempo em cada localidade, que
possuem informações necessários para aplicação da metodologia FAO-56. Na análise dos
resultados, foi aplicado estudo estatístico por meio de regressão linear e correlação entre as
variáveis estudadas. Em função dos resultados da análise estatística, traçou-se o mapa das
isolinhas com os dados médios de evapotranspiração de referência medidos na estação do ano
de maior demanda de água no processo de evapotranspiração. Foram determinadas as
demandas hídricas potenciais das principais culturas frutícolas nos principais pólos de
irrigação. Os estudos estatísticos revelaram que o método de Blaney-Criddle, apresentou
2
diferenças estatisticamente mais significativas em relação aos demais métodos quando
comparados com o método de Penman-Monteith, podendo ser recomendado, portanto, em
estudos de avaliação de consumo de água das culturas nas áreas estudadas no Estado do Ceará.
_______________________________________
Palavras-chave: Penman-Monteith, Hargreaves, Thornthwaite, Linacre, Jensen-Haise,
Makking, Priestley & Taylor, Benavides & Lopez, Hargreaves-Samani, Camargo, Kharrufa,
Hamon, Radiação e Blaney-Criddle.
3
CLIMATIC CHARACTERISATION AND COMPARISON OF ESTIMATED
METHODS OF THE REFERENCE EVAPOTRANSPIRAÇÃO IN THE REGIONS
OF CEARÁ STATE. Botucatu, 2008. 194 p.
Tese (Doutorado em Agronomia/Irrigação e Drenagem) - Faculdade de Ciências
Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
Author: JÚLIO CESAR DE SALES
Adviser: ANTÔNIO EVALDO KLAR
2. SUMMARY
In the state of Ceara many irrigation projects have been developed
using estimates of the reference evapotranspiration based only on temperature data, without
evaluating of the effectiveness method.
The present study had as objective verifies the precision of the
methods of estimates of the reference evapotranspiration (ETo) proposed by Hargreves,
Thornwaite, Linacre, Jensen-Haise, Makking, Priestley & Taylor, Benavides & Lopez,
Hargreaves-Samani, Camargo, Kharrufa, Hamon, Radiation (FAO-24, Food and Agricultural
Organization of the United Nations) and Blaney-Criddle (FREVET et al., 1983) in the State of
Ceará; applying the equation of Penman-Monteith (FAO-56), as pattern in the comparison of
the proposed method Climatic data of temperature were used, humid relative, heatstroke and
wind speed from meteorological stations of 16 municipal districts in the State of Ceará, from a
historical series began in 1958 and completed in 1999 by different entities, and it was not
possible to maintain the same interval of time in each location, they have got necessary data
for methodology application FAO-56. In the analysis of the results a statistic study was
applied through the linear regression and correlation among the several ones studied. In
function of the results of the statistical analysis, the map of the isolinhas was traced with the
medium data of measured reference evapotranspiration process. They were certain the
demands for potential hidricas of the main fruit cultures in their more significant irrigation
poles. The statistics studies reveal that the method of Blaney-Criddle, presented statistics
results more significant in relation to the other methods when compared with the method of
Penman-Monteith.
4
________________________________
Keywords: Penman-Monteith, Hargreaves, Thornthwaite, Linacre, Jensen-Haise, Makking,
Priestley & Taylor, Benavides & Lopez, Hargreaves-Samani, Camargo, Kharrufa, Hamon,
Radiation and Blaney-Criddle.
5
3. INTRODUÇÃO
A região Nordeste tem potencial reconhecido como grande produtora
de frutas tropicais, entretanto eventos de seca m inibido a expressão desse potencial, o que
faz da irrigação atividade obrigatória em empreendimentos agrícolas.
No Estado do Ceará a fruticultura irrigada tem apresentado enorme
potencial, tanto para o mercado interno como para o de exportação, e as condições
edafoclimáticas do Estado favorecem a exploração da fruticultura nos perímetros irrigados.
O Estado tem mais de 90% de seu território situado no semi-árido, que
se caracteriza pela distribuição irregular de chuvas no espaço e no tempo, ou seja, a cada
inverno chove quantidades variáveis que são diferentemente distribuídas nas várias regiões. A
variação nas quantidades de chuva que ocorre a cada ano, gera dois problemas bastante
conhecidos pelos cearenses: as secas e as cheias. Diante desta realidade, a água assume uma
importância ainda maior, pois ela se torna mais escassa e por isso é preciso racionalizar e saber
usar.
A possibilidade de estimar corretamente a evapotranspiração serve de
subsídios para poder determinar a quantidade real de água a ser suprida ao solo no
monitoramento da irrigação. Desse modo, conhecer e quantificar a evapotranspiração, de
forma precisa, proporcionará a possibilidade de se estimar o volume e a intensidade de água a
aplicar em uma comunidade vegetal, resultando na otimização do uso dos recursos hídricos,
6
dos equipamentos de irrigação e da energia elétrica, proporcionando redução nos custos de
produção.
No Estado muitos trabalhos e projetos de irrigação têm sido
desenvolvidos utilizando-se a metodologia de Hargreaves (1974) e Thornthwaite-Mather
(1948), sendo que a evapotranspiração é estimada a partir de dados de temperatura, portanto,
sem avaliar a eficácia do método, que pode estar incorrendo em erro.
Para a região, a quantificação da evapotranspiração assume particular
importância em virtude dos deficits hídricos ao longo do ano constituindo séria limitação à
produção agrícola, e uma permanente fonte de risco agrícola em quase todo o Estado,
principalmente em áreas secas cujas características climáticas se aproximam da semi-aridez.
Dessa forma, sugere-se que estes e outros métodos sejam testados em
várias localidades do Estado, pois assim, estará levando-se em conta a variação da
metodologia em cada localidade.
Face a essas considerações a presente pesquisa teve como objetivos:
i. testar a aplicabilidade das equações empíricas de estimativas da
evapotranspiração de referência (ETo), propostos por Hargreaves (1974), Thornthwaite
(1948), Linacre (1977), Jensen-Haise (1963), Makking (1957), Priestley & Taylor (1972),
Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985),
Hamon (1961), Radiação (FAO-24, Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura) e Blaney-Criddle (FREVET et al., 1983), comparadas com a equação de
Penman-Monteith (FAO-56), no Estado do Ceará;
ii. analisar mediante estudo estatístico as relações entre os
métodos de estimativa de evapotranspiração de referência e as variáveis climéticas envolvidas;
iii. determinar as demandas hídricas potenciais das principais
culturas frutícolas nos principais pólos de irrigação no Estado.
7
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Evapotranspiração
A evaporação da água é um fenômeno físico que propicia a mudança
de estado da fase líquida para gasosa diretamente de uma superfície de água livre (mar, lago,
rio, etc.) ou úmida (planta, solo). Quando esta mudança se através das plantas recebe o
nome de transpiração. No caso de solos parcialmente vegetados estes procedimentos ocorrem
simultaneamente e independente, sendo utilizado o termo evapotranspiração (BERLATO &
MOLION, 1981).
A evapotranspiração é um termo bastante estudado devido à sua
importância para a estimativa do consumo de água pelas plantas. A primeira citação foi
efetuada por Thornthwaite em 1948, citado por vários autores entre eles Medeiros (1996).
Para Thornthwaite, o fenômeno chamado de evapotranspiração de referência (ETo), é
considerado como: a perda máxima de água em uma superfície de solo bem umedecido,
completamente coberto com vegetação rasteira, em fase de desenvolvimento ativo, e com
dimensões suficientemente grandes, de modo a minimizar os efeitos de energia advectiva
local. Se algumas dessas condições, não forem atendidas têm-se a evapotranspiração real.
Quase que simultaneamente, Penman (1948), na Inglaterra, também definiu a
evapotranspiração de referência (PEREIRA et al., 1997).
8
Segundo Camargo & Camargo (2000), considerou a evapotranspiração
de referência, como um elemento meteorológico normal, padrão, que representa a precipitação
necessária para atender à necessidade de água de uma cobertura vegetal.
Durante os períodos de seca, a evapotranspiração é um dos principais
mecanismos de perda de água disponível e, portanto, um dos fatores geradores do próprio
processo de seca. No entanto, apesar do importante papel desempenhado pela
evapotranspiração no balanço hídrico regional, não dados disponíveis para a maioria das
áreas agricultáveis (BRUTSAERT, 1986).
A evaporação da água no solo é de grande importância quantitativa,
pois pode responder a cerca de 50% da evapotranspiração, durante o ciclo de uma cultura. Por
isso é de grande importância conhecer os fatores que determinam à evaporação de água no
solo, com o objetivo de minimizá-la, possibilitando a conservação de maior quantidade de
água no solo, para que seja utilizado pelas plantas (BERLATO et al., 1981).
Klar (1984), considera a transpiração como processo fundamental para
as plantas, pois a água age como solvente e agente transportador de nutrientes pelo floema e
xilema, participa das atividades metabólicas, promove o resfriamento dos tecidos vegetais e
mantém a turgência das células.
4.2 Fatores que afetam a evapotranspiração
4.2.1 Fatores meteorológicos
A evapotranspiração é função dos elementos meteorológicos, do solo e
da planta (LEMON, et al., 1957).
Quando a cobertura do solo é completa e não restrição hídrica, a
ETo é condicionada principalmente pelos elementos meteorológicos (PENMAN, 1956).
9
4.2.1.1 Radiação solar
A determinação da evapotranspiração máxima das culturas agrícolas,
sem limitação hídrica, é a de maior importância e interesse nas pesquisas agronômicas. A
evapotranspiração depende da demanda evaporativa da atmosfera, determinada por quatro
componentes meteorológicas: radiação solar, vento, umidade e temperatura do ar. Destes, a
radiação solar é o elemento de maior importância na demanda evaporativa da atmosfera,
consequentemente na evapotranspiração. A evapotranspiração é diretamente dependente da
disponibilidade de energia e de água no solo. A energia é suprida pela radiação solar, somado
a energia advectiva, a água é fornecida pela irrigação ou pelas chuvas (MATZENAUER,
1992.
A radiação líquida é o principal elemento meteorológico, que
influência a evapotranspiração (PELTON et al., 1960; VILA NOVA et al., 1975). A
importância relativa da radiação líquida, da umidade relativa do ar e da velocidade do vento na
ETo é da ordem de 80:6:14, respectivamente, dependendo do local e das condições
meteorológicas vigentes (MUKAMMAL & BRUCE, 1968; citado em BERLATO &
MOLION, 1981).
É difícil separar a ação dos fatores meteorológicos, pois os mesmos
agem simultaneamente e se interrelacionam. Assim, de maneira geral, para uma dada região,
quanto maior for a energia solar, temperatura do ar e velocidade do vento, e quanto menor for
à umidade relativa do ar, maior deverá ser a taxa de evapotranspiração de referência (VILA
NOVA, 1987).
Segundo Aubertini & Peter (1961), citados por Azevedo (1999), a taxa
de evapotranspiração é governada principalmente, pelo saldo de radiação e pela quantidade de
água presente no solo.
Pereira et al. (1997) afirmam que a “evapotranspiração é controlada
pela disponibilidade de energia, pela demanda atmosférica e pelo suprimento de água do solo
às plantas. A disponibilidade de energia depende do local e da época do ano. O local é
caracterizado pelas coordenadas geográficas (latitude e longitude), e pela topografia da região.
A latitude determina o total diário de radiação solar potencialmente passivo de ser utilizado no
processo evaporativo. Num terreno plano, o total diário de radiação solar é modulado pela
10
época do ano, que determina o ângulo de incidência dos raios solares. Numa topografia
acidentada dependendo da estação do ano, terrenos com faces distintas terão disponibilidades
diferentes de energia. A altitude também afeta diretamente a temperatura do solo e do ar, e a
pressão atmosférica que são fatores que influenciam a evapotranspiração. Para um dado local,
a disponibilidade de radiação, é controlada pelo poder refletor da superfície que é expresso
pelo coeficiente de reflexão (albedo). Superfícies de cor mais claras refletem mais que àquelas
mais escuras e, portanto, têm menos energia disponível. Desse modo, uma vegetação de cor
mais escura, tipo floresta, reflete menos radiação solar que uma cultura ou gramado. Logo, sob
as mesmas condições climáticas, uma floresta evapotranspira mais que um gramado”. Os
mesmos autores relatam que a demanda atmosférica é controlada pelo poder evaporante do ar,
quanto mais seco estiver o ar, maior será a demanda atmosférica. (CABRAL, 2000).
Segundo Amatya et al. (1992) em estudo realizado na Carolina do
Norte (EUA), a radiação foi o lemento climático mais importante no processo de
evapotranspiração.
Os fatores meteorológicos têm influência direta nos requerimentos
d’água pelas culturas, como afirma Klar (1991): - “o clima é o fator que mais afeta a perda de
água de uma cultura. As condições de solo, doenças, pragas, a própria cultura e suas
características de crescimento, além de práticas agrícolas, também influenciam a transferência
de água a atmosfera”.
As principais variáveis meteorológicas que proporcionam energia para
a vaporização e remoção de vapor de água, a partir de superfícies evaporantes são: radiação
solar, temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do vento, déficit de pressão de vapor e
nebulosidade.
Uma das principais variáveis meteorológiocas que afeta a evaporação
da água do solo e a transpiração das plantas é a radiação solar, fator condicionante para a
temperatura do ar e do solo (PEREIRA et al., 2002).
No caso de não se dispor de dados de radiação solar incidente (Rs)
medidos em determinado local, pode-se lançar mão de estimativas a partir de dados de
insolação (n), considerando-se ainda, valores de N (fotoperíodo) e dados de radiação no topo
da atmosfera (Ra), tendo conhecimento dos coeficientes de Angström (a e b) (SMITH, 1991).
11
Segundo Allen et al. (1998), na ausência de dados de radiação solar,
esse elemento pode ser obtido a partir da diferença de temperatura. Portanto, a diferença entre
temperatura máxima e mínima é um bom indicador da fração de radiação no topo da atmosfera
(Ra) que alcança a superfície da terra.
De acordo com Aguiar et al. (2003), com base em dados obtidos em
uma estação convencional em Fortaleza, CE, localizada na UNIVERSIDADE FEDERAL DO
CEARÁ, utilizando dados de radiação solar e insolação nos anos de 1996 a 1998, encontraram
valores (coeficientes de Angström) a variando de 0,2351 a 0,3280 e valores de b entre 0,2653
a 0,3482. Para o ano como um todo, os autores recomendam a = 0,2608 e b = 0,3092.
4.2.1.2 Temperatura do ar
Essa variável tem sua importância pelo fato de ser um dos elementos
mais disponíveis em estações meteorológicas. Na ausência de dados de radiação, esse
elemento meteorológico pode ser usado como indicativo de energia no sistema estudado. A
radiação absorvida pela atmosfera aumenta a temperatura do ar, contribuindo para o aumento
do processo de evapotranspiração. Dessa forma a temperatura do ar interfere nas condições
ambientais, interagindo com outras variáveis de importância para o processo de
evapotranspiração. Portanto, é de fundamental importância às medições da temperatura do ar,
em qualquer instante, principalmente naqueles horários recomendados pela OMM
(Organização Meteorológica Mundial), incluindo neste caso as temperaturas máxima e
mínima do ar, ocorridas em um período de 24 horas, e na impossibilidade destas últimas
medidas, deve-se recorrer a métodos de estimativas (AZEVEDO et al., 2005).
Analisando a importância relativa de diferentes variáveis envolvidas
no cálculo de evapotranspiração, com base em ries mensais de dados que foram coletados
nas bacias de Fortaleza (bacia metropolitana), Sobral (bacia do Acaraú), Pentecoste (bacia do
Curu), Iguatu e Tauá (bacia do Alto Jaguaribe) e Quixeramobim (bacia do Banabuiú); sendo
as variáveis testadas: precipitação, temperatura máxima e mínima do ar, velocidade do vento,
umidade relativa e razão de insolação, a componente de maior influência para todas as bacias
estudadas foi o gradiente de pressão de vapor do ar. O estudo mostrou que os métodos de
12
estimativas de ETo baseados em temperatura, não são recomendados para o Estado do Ceará
(SILVEIRA, 2000).
4.2.1.3 Umidade relativa do ar
A oferta de energia do sol e do ar é a principal fonte de energia para
evaporar a água, sendo a diferença entre pressão de vapor na superfície e no ar ao redor, fator
determinante na transferência de vapor para atmosfera. Campos bem úmidos em regiões
áridas, secas e quentes, consomem mais água devido a maior disponibilidade de energia, e
poder evaporante da atmosfera. Em climas úmidos de regiões tropicais, apesar da elevada
quantidade de energia, a alta umidade relativa reduz a evapotranspiração, pois o ar está sempre
próximo da saturação. A umidade relativa local, e a temperatura determinam o déficit de
pressão de vapor.
Oliveira et al. (1998) compararam doze equações de estimativa de
evapotranspiração, sendo dez variações da equação de Penman–Monteith, usando diferentes
métodos de cálculo do déficit de pressão de vapor e as equações de Hargreaves 1974 e 1985,
no período de janeiro a setembro de 1997, divididos em período seco e chuvoso. Os autores
observaram melhores estimativas de evapotranspiração, durante o período chuvoso do que o
período seco. De acordo com os autores, o método de cálculo de déficit de pressão de vapor,
que proporcionou melhores resultados combinados aos métodos de Penman-Monteith, para as
condições de estudo, foi calculado com base na média de pressão de vapor.
4.2.1.4 Velocidade do vento
O processo de transferência de vapor depende do aumento da
velocidade do vento e da turbulência do ar, a qual transfere grandes quantidades de ar sobre a
superfície evaporante. O vento remove a camada logo acima da superfície evaporante, criando
uma condição favorável ao aparecimento de um gradiente de pressão de vapor, aumentando
dessa forma o poder evaporante no local.
13
Em condições áridas, pequena variação na velocidade do vento,
proporciona grande variação na taxa de evapotranspiração. A velocidade do vento é uma das
variáveis que apresentam maiores incertezas devido à sua variabilidade temporal e espacial.
Todas as variáveis descritas anteriormente, participam do processo de
evapotranspiração direta ou indiretamente (MEDEIROS, 2002).
4.3 Necessidade de água nas culturas
A evapotranspiração de referência é considerada como fator básico na
determinação do total de água necessária durante o ciclo de uma cultura, quando se deseja um
manejo correto da água nos trabalhos de irrigação e drenagem (SEDIYAMA, 1987).
A estimativa das necessidades de água das culturas irrigadas tem sido
procedida em função de métodos nem sempre capazes de propiciar resultados confiáveis. Tal
situação tem se refletido, na maioria das vezes, num dimensionamento inadequado dos
sistemas de bombeamento, adução, e de remoção de excesso aplicado, características de cada
sistema de irrigação (SAAD & SCALOPPI, 1988).
De acordo com Saad (1990) a resposta das plantas ao défice hídrico é
importante para o desenvolvimento de estratégias de irrigação. Esse conhecimento aplicado
em projetos ou manejo da irrigação pode evitar um baixo desempenho das culturas sob
irrigação.
O estabelecimento do consumo de água das culturas deve ser feito
criteriosamente a fim de propiciar um correto dimensionamento de sistemas de irrigação,
como bem afirma Bastos (1994).
4.4 Coeficientes culturais
Uma vez que a evapotranspiração de referência (ETo) representa um
índice climático da demanda evaporativa, o Kc (coeficiente de cultura) varia, essencialmente,
de acordo com as características da cultura, traduzindo, em menor escala, a variação dos
elementos climáticos (FREVERT, et. al., 1983). Este fato possibilita a transferência de valores
de Kc de um local para outro e de um clima para outro. O coeficiente de cultura pode variar de
14
acordo com a textura e o teor de umidade do solo, com a profundidade e densidade radicular e
com as características fenológicas da planta. Entretanto, o conceito de Kc tem sido usado,
extensivamente, para estimar a necessidade real de água de uma cultura particular por meio de
estimativas ou medições de ETo (SEDIYAMA et. al., 1998).
Várias fontes recomendam valores de Kc para um amplo elenco de
culturas anuais e perenes e as principais incluem os manuais 24 (DOORENBOS & PRUITT,
1977) e 56 (ALLEN et al., 1998) da FAO. Os dados de Kc indicados nessas publicações, tem
ampla aceitação mundial, sendo a melhor alternativa quando valores locais não estejam ainda
disponíveis. No Brasil, Albuquerque (2002) sistematizaram, por região, valores de Kc de
algumas culturas anuais e Marquelli et al. (2001) apresentaram coeficientes de cultura para as
principais hortaliças.
Em uma revisão do manual da FAO para a estimativa das necessidades
de água dos cultivos, Allen et al. (1998) recomendam a adoção do método de Penman-
Monteith como padrão para a estimativa da evapotranspiração de referência (ETo). Nessa
publicação, os autores apresentam novos valores de coeficientes de cultivo para diferentes
culturas e propõem um método de aproximação dos coeficientes de cultivo, em que apenas
três valores de Kc médio (para os estádios inicial Kc inic., intermediário Kc int. e final
Kc fin.), seriam utilizados para determinar graficamente a variação do Kc ao longo do ciclo da
cultura.
Allen et al. (1998) recomendam, ainda, que os valores de Kc e de
duração dos estádios da cultura apresentados sejam ajustados por meio de experimentos para
cada região, de acordo com a variedade plantada, condições climáticas e as técnicas de cultivo
utilizadas. Como exemplos desses experimentos citam-se os realizados por Rodrigues &
Souza (1998), com a cultura do melão na região costeira do Piauí e Bezerra & Oliveira (1998)
com a cultura da melancia na região costeira do Ceará.
O abacaxizeiro (Ananás comosus L.) é uma planta com necessidades
hídricas relativamente reduzidas, se comparado com outras plantas cultivadas. A sua
adaptação a condições de deficiência hídrica decorre de uma série de características
morfológicas e fisiológicas típicas de plantas xerófilas, tais como: a) a capacidade de
armazenar água na hipoderme das folhas; b) capacidade de coletar água eficientemente,
15
incluindo o orvalho, por suas folhas em forma de canaleta; c) capacidade de reduzir
consideravelmente as perdas de água (transpiração) por meio de vários mecanismos.
A demanda de água do abacaxizeiro varia ao longo do ciclo da planta
e, depedendo do seu estádio de desenvolvimento e das condições de umidade do solo, pode ser
1,3 a 5,0mm.dia
-1
. Um cultivo comercial de abacaxi exige em geral uma quantidade de água
equivalente a uma precipitação mensal de 60 a 150mm. A faixa ideal de precipitação anual,
para que ocorra sucesso na exploração da cultura, situa-se entre 1.000 e 1.500mm bem
distribuídos, tornado-se necessária à irrigação nos locais onde tal situação não é alcançada.
A bananeira (Musa sp L.) é uma planta de regiões tropicais e
subtropicais, cujo centro de origem é o continente asiático, exigente em água nos períodos de
estiagens com temperaturas e evaporações elevadas. Sendo uma cultura permanente, as
necessidades hídricas totais da banana são elevadas e as anuais variam de 1.200mm nos
trópicos secos. Dentre as fruteiras produzidas no Estado do Ceará, a bananeira se destaca entre
as mais cultivadas sob irrigação, principalmente pelo seu potencial de produção ao fator água,
além da grande importância alimentícia, social e econômica (ALVES, 1999).
O mamoeiro (Carica papaya L.), dicotyledonae, caricaceae - tem como
origem provável uma região entre noroeste da América do Sul e sul do México (América
Tropical). O mamoeiro é uma das fruteiras mais cultivadas nos países de clima tropical, sendo
o Brasil o maior produtor mundial, com 1,4 milhão de toneladas por ano, que representa
25,8% da produção total (FAO, 2001).
Bezerra et al. (2001), trabalhando com a cultivar Sunrise Solo,
utilizando o método do balanço drico até a fase de floração da cultura, no município de
Fortaleza - CE, encontraram valores médios de evapotranspiração do mamoeiro, variando de
2,3mm dia
-1
, na fase inicial, até 6,8mm dia
-1
, no 88º dia após o plantio. Os valores de Kc
revelaram-se diferentes em função dos métodos de estimativa da ETo utilizados. Para o
método de Penman-Monteith, o coeficiente de cultura variou de 0,41 (fase inicial da cultura) a
1,16 (início da floração) e, para o método do tanque Classe A, de 0,40 a 1,20. Os valores
médios foram de 0,74 a 0,75 para a fase inicial, e de 1,09 a 1,12 no início da floração, para o
primeiro e o segundo métodos, respectivamente.
As informações sobre a cultura da mangueira (Mangifera indica L.),
ainda são bastante preliminares no Brasil como em outras regiões produtoras no mundo. A
16
maior disponibilidade dessas informações reside na escolha do método de irrigação e na época
de aplicação e suspensão de água (CUNHA et al., 1994; PÓVOA, 1996; SOARES & COSTA,
1995; COELHO et al., 2000).
Pelo coeficiente de cultura (Kc), e conhecendo-se a ETo de um pomar
de mangueiras, pode-se estimar a ETc, e assim determinar a lâmina de irrigação a ser irrigada.
Em Petrolina, pode-se adotar os valores de Kc de 0,44 para a floração, 0,65 para a queda de
frutos, 0,83 para a formação do fruto, e 0,84 para a maturação do fruto (SILVA, 2000).
A necessidade de água do meloeiro (Cucumis melo L.), do plantio até a
colheita, varia de 300 a 550mm, dependendo das condições climáticas, ciclo da cultivar e
sistema de irrigação. Miranda & Bleicher (2001) trabalhando com o uso do lisímetro de
pesagem e tanque Classe A na região litorânea do Ceará encontraram os seguintes coeficientes
de irrigação (Ki) para as diferentes fases da cultura: 0,13 (inicial), 0,13 a 0,68 (crescimento),
0,68 (intermediária) e 0,55 (final).
Miranda et al., (1999), observaram valores de Kc-inicial de 0,21; Kc-
intermediário de 1,21 e Kc-final de 0,98; para a cultura do melão plantado na região litorânea
do Estado do Ceará. Em relação às recomendações da FAO, observaram-se menores durações
dos estádios fenológicos e maiores valores de Kc-intermediário e Kc-final, o que mostra a
importância da realização de estudos regionais de determinação da evapotranspiração e de
coeficientes de cultivo.
Em geral as necessidades hídricas anuais da cultura da uva (Vitis spp.)
variam entre 500 e 1.200mm, dependendo do clima, da duração do ciclo fenológico, do
cultivar, da estrutura e profundidade do solo, do manejo cultural, da direção, espaçamento e
largura das fileiras e da altura da latada (DOORENBOS & KASSAN, 1994). Allen et al.
(1998) citam valores de coeficientes de cultura (Kc) inicial, médio e final da uva iguais a 0,30;
0,85 e 0,45, respectivamente.
Teixeira et al. (1999) determinaram a evapotranspiração de referência
(ETo), a evapotranspiração da cultura (ETc) e Kc da uva, em todas as fases do ciclo produtivo,
no período de 03/06 a 11/09/1994, em Petrolina, PE. A ETc acumulada foi 503mm, com valor
médio de 4,2mm d
-1
e variação diária de 2,8 a 7,0mm. Os valores de Kc variaram de 0,65 a
1,15.
17
De acordo com Ávila Netto (2000), o consumo de água da videira,
cultivar Itália, irrigada por gotejamento no Submédio São Francisco, determinado pelo método
do balanço de água no solo, no período de 13/05 a 11/08/96 (da poda à colheita dos frutos), foi
333,6mm. O consumo médio diário foi 3,6mm sendo que no subperíodo de maior demanda
transpiratória da vegetação este valor foi 4,33mm. Os valores do Kc oscilaram de 0,49 a 0,74.
Conceição (2001) apresenta valores de Kc que podem ser empregados
para a cultura da videira, caso não existam valores específicos para as condições locais: poda-
brotação 0,4; brotação-florescimento, 0,6; florescimento-compactação, 0,8; compactação-
maturação 1,0 e na maturação-colheita, 0,8.
Uma dificuldade no uso dos coeficientes de cultura na fruticultura é a
pequena disponibilidade de dados para as diversas espécies cultivadas.
4.5 Métodos de estimativas da evapotranspiração
A evapotranspiração tem sido estudada por muitos pesquisadores em
diferentes regiões de cultivo e recorrendo-se a diferentes metodologias. Estas possuem
características que podem se adaptar melhor a determinadas condições ou apresentar
limitações devido a exigências de variáveis necessárias ou condições particulares de
funcionamento. Um fator que tem intrigado os pesquisadores é que na aplicação de diferentes
metodologias sob as mesmas condições, os resultados encontrados muitas vezes, têm variado
dependendo do método empregado. Este fato tem estimulado estudos visando ajustar os
métodos e avaliá-los objetivando estimativas mais precisas.
Segundo Dantas (1995) a evapotranspiração consiste numa das
maiores preocupações na medição das vaiáveis climatológicas, tendo em vista que a perda de
água da superfície terrestre tem muita influência no desenvolvimento das culturas,
principalmente nas regiões áridas e semi-áridas onde o déficit de água é bem caracterizado, e a
irrigação desempenha papel importante na suplementação de água exiogida por cada cultura.
A indisponibilidade de variáveis específicas, na maioria das vezes,
limita o emprego de métodos mais precisos e favorece a utilização de métodos mais simples
para estimativa da evapotranspiração, nem sempre propiciando resultados sastifatórios (SAAD
& SCALOPPI, 19880.
18
Muitos métodos tem aceitação quase unânime, enquanto outros são
bastante criticados e até desprezados. Os critérios de rejeição nem sempre são bem
esclarecidos, pois; inúmeros métodos empíricos têm aceitação quase universal. Portanto,
empiricismo não é o critério de rejeição. Talvez, e isso é muito comum, haja propagação de
um mau uso num dado local e condições, e até falta de conhecimentos específicos do assunto
para julgar a utilidade de um determinado método. Críticas e elogios devem sempre ser
tomados com muito cuidado e critério (PEREIRA et al., 1997).
As equações empíricas foram estabelecidas com base no ajuste por
regressão das variáveis envolvidas, para algumas regiões e condições específicas. Por isso
devem ser usadas com cuidado. Em regiões onde o clima difere daquele onde a equação foi
desenvolvida, os resultados obtidos não são satisfatórios (BERLATO e MOLION, 1981).
Devido às dificuldades de determinação da evapotranspiração de
referência mediante medições diretas em condições reais, têm sido largamente utilizados
métodos indiretos, possibilitando resultados satisfatórios (MARQUELLI et al., 1986).
Estudando os efeitos da variação temporal de evapotranspiração de
referência em projetos de sistemas de irrigação, concluíram que para efeito de projetos deve-
se, utilizar valores médios de evapotranspiração de referência para série de dados de maior
duração possível (AUGUSTO et al., 1996).
Conforme Martins et al. (2005) estimaram e compararam dados do
ano de 2003 da ETo fornecida por uma Estação Meteorológica Automática (EMA) com uma
Estação Meteorológica Convencional (EMC) da Escola Superior de Agricultura de Mossoró
ESAM - Rio Grande do Norte, observaram melhor resposta na estimativa de ETo na EMA
quando utilizaram as equações de regressão obtidas de dados mensais.
A FAO, por intermédio de seu Grupo de Exigências de Água pelas
Culturas, recomenda quatro métodos indiretos para a estimativa da evapotranspiração de
referência: Penman modificado, Radiação, Tanque evaporímétrico e Blaney-Criddle.
O Manual 56 da FAO “Crop Evapotranspiration” (ALLEN et al.,
1998) apresenta um procedimento para o cálculo da evapotranspiração de referência (ETo) e
da cultura (ETc), a partir de dados meteorológicos e coeficientes da cultura. Este manual
afirma que desde a publicação do Manual 24, os avanços da pesquisa e o desenvolvimento de
técnicas mais acuradas de acessar o uso da água pelas culturas mostraram a necessidade de
19
atualização das metodologias para o cálculo da ETo da FAO. Este manual recomenda
enfaticamente, o uso do método de Penman-Monteith; com dados completos (temperatura,
umidade relativa, vento e insolação) e na ausência de um destes parâmetros, que seja utilizado
Penman-Monteith com dados incompletos. Mesmo assim, o uso de métodos que se baseiam
em um número limitado de dados climáticos, como por exemplo, a temperatura, é menos
recomendado na estimativa da ETo.
A Comissão Internacional de Irrigação e Drenagem (ICID) e a
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), consideram o
método de Penman-Monteith como padrão no cálculo da evapotranspiração de referência, a
partir de dados meteorológicos e na avaliação de outros métodos (SMITH, 1991).
De acordo com Araújo Filho (1993) que comparou as estimativas de
evapotranspiração de referência aplicando o método de Hargreaves que utiliza dados de
temperatura média e de umidade relativa do ar, com leituras do tanque evaporimétrico Classe
A, em várias localidades do Estado de Pernambuco. Como as diferenças entre os dados do
Tanque e os calculados ficaram em torno de 10%, considerou plausível aplicar Hargreaves,
onde não existiam leituras de tanque e traçou isolinhas para as regiões do Agreste e da Mata,
mas achou inadequado este procedimento para a região do Sertão onde as diferenças atingiram
29%.
Os métodos que apresentaram resultados não significativos foram os
de Thornthwaite, tanque Classe A e Hargreaves & Samani, não sendo recomendado seu uso
para a estimativa de ETo, nas condições semelhantes às deste estudo, por apresentarem baixa
exatidão (SENTELHAS e CAMARGO, 1996).
Os valores de evapotranspiração obtidos pelos métodos de
Thornthwaite e Camargo subestimaram, de maneira geral, aqueles obtidos pelo método de
Penman-Monteith. Esses valores refletiram uma tendência nítida de subestimar o efeito do
estresse por falta d'água, acarretando produtividades superiores aos obtidos com o método de
Penman-Monteith, (SILVA , 2005).
Conforme Junior et al. (2005) que avaliaram o desempenho dos
métodos de Prestley-Taylor e Thorthwaite para estimativa de ETo na escala decendial para as
condições de Teresina-PI, em comparação à equação de Penman-Monteith (FAO-56), foi
verificado que o método de Thornthwaite apresentou baixo coeficiente de determinação e que
20
o método de Priestley-Taylor pode ser utilizado para estimativa de ETo na escala decendial
apresentando assim um alto índice de determinação. Mesmo tendo observado resultado mais
significativo do método de Priestley-Taylor, o mesmo ressaltou que a escala decendial nem
sempre é adequada para manejo da irrigação, sendo dependente das características da cultura,
ou seja, as culturas mais sensíveis ao estresse hídrico devem ter seu manejo de irrigação
baseado na escala diária.
De acordo com medeiros (1998) que comparou o desempenho de 12
equações de estimativa de evapotranspiração de referência (ETo), com dados obtidos em
evapotranspirômetros tipo Thornthwaite-Mather, visando encontrar um método que estimase
melhor a ETo, para as condições de Santa Maria-RS, com dados de 6 anos, concluiu que os
métodos que tiveram melhor desempenho foram: Penmam, Camargo e Tanner & Pelton, com
desempenhos considerados significativos. Os métodos de Benavidez & Lopez, Turco,
Hargreaves-Samani, Jensen-Haise, Makkink, Tanque Classe A e Priestley-Taylor, tiveram
desempenho menos significativos. Os métodos de Linacre e David, obtiveram resultados não
significativos.
A estimativa de ETo baseada nas suas causas, como a equação de
Thorthwaite, foi muito simplificada pela introdução da equação de Camargo (1971), que foi
analisada e avaliada por Camargo & Camargo (1983). Esses autores verificaram que em nível
mensal e decendial os resultados da equação de Camargo (1971), nas condições climáticas do
Estado de São Paulo, foram muito consistentes e dão praticamente os mesmos resultados da
equação clássica de Thornthwaite, podendo ser utilizada para estimar a ETo, elevar o balanço
hídrico, quantificar as disponibilidades de umidade no solo e assim prescrever
satisfatoriamente as necessidades de irrigação.
Comparando oito métodos de estimativa de evapotranspiração de
referência (ETo): Penman-Monteith, Penman 1963, Penman (FAO), quatro métodos baseados
na radiação (Makkink, Priestley-Taylor, Turc e Jensen-Haise) e um método baseado na
temperatura-Thornthwaite, observaram significativa correlação entre os valores de ETo
estimado pelos quatro métodos de radiação, o de temperatura e Penman-Monteith,
apresentando alguma diferença. Encontraram ainda, resultados mais significativos para
estimativas de ETo mensais e menos significativos para estimativas diárias (AMATYA et al.,
1992).
21
Allen (1986) encontrou resultados significativos com o método de
Priestley-Taylor em climas onde a advecção é baixa Entretanto, em climas áridos, onde a
advecção é mais elevada, subestimoou ETo.
Comparando dados de evapotranspiração de cinco anos na Ilha de
Taiwan, nas cidades de Taipei, Taichung, Tainan e Taitung, verificou que os resultados da
equação de Priestley & Taylor (1972) superestimou Penman-Monteith (FAO), para a
equação de Makkink (1957), seus resultados subestimaram ETo (CHEN et al., 2005).
O método de Makkink subestima a ETo em relação à Penman-
Monteith, trabalhando com dados mensais (TURCO, 2002).
O método da Radiação Solar superestimou a ETo e apresentou
resultados significativos com o método de Penman-Monteith, o que permitiu o uso da
equação de regressão linear para estimar a ETo (BEZERRA e OLIVEIRA, 1999).
Maemo et al. (1994) citam Allen, que comparando estimativas da
evapotranspiração feitas pelo método da Radiação com medidas em lisímetro; obtiveram alta
correlação e baixo desvio padrão para a localidade úmida de Coshocton, em Ohio, e teve baixa
correlação e alto desvio padrão para a localidade árida de Kimberly, em Idaho, percebendo-se
que a ausência do termo aerodinâmico causou a subestimativa que, no local, existe grande
variação da velocidade do vento e défice de pressão de vapor durante o dia.
Comparando equações empíricas de Blaney-Criddle, Camargo,
Hagreaves, Hamon, Kharrufa e Thornthwaite para estimativa da evapotranspiração de
referência na bacia do Rio Jacupiranga, comparando com Penman-Monteith, verificaram que a
equação de Blaney-Criddle subestima a ETo praticamente todo o ano, a de Hamon subestimou
a ETo todo o período, sem tendência específica quanto à estação do ano, o método de Kharufa
superestimou a ETo em todos os meses do ano; os métodos de Thornthwaite e Camargo
apresentam tendências similares: baixos erros nos meses mais chuvosos (fevereiro e março) e
maiores erros nos meses mais secos (agosto e setembro). O método de Hargreaves apresentou
o menor erro de estimativa (BORGES et al., 2007)
De acordo com Jensen (1973), a escolha do método para estimativa da
evapotranspiração de referência depende do clima, local e dos dados disponíveis. Existem
equações simples, como por exemplo, a de Blaney-Criddle, e formulações mais complexas,
exigindo maior número de variáveis, como Penman-Monteith. Para períodos longos, anuais,
22
mensais, por exemplo, talvez não exista necessidade de métodos complexos para as
estimativas. Para períodos curtos as equações simples resultam em parâmetros imprecisos.
Para Amatya et al. (1992), nenhum método específico de estimativa de
ETo tem sido adequado para todas as condições climáticas e locais, o que a pesquisa procura é
aplicar o método que melhor corresponda à realidade de cada local. Diante da escolha do
melhor método, depara-se com o que ocorre no uso de modelo de Simulação Hidrológica e
Balanço de Água no Solo (Modelo de Drainmond) e outros modelos, onde inevitavelmente
ocorre o problema da necessidade de estimativas precisas de ETo e a falta, ou os altos custos
requerido para obtê-los.
Ainda segundo os autores, análises estatísticas de sensibilidade de
variáveis na equação de Penman-Monteith indicam a radiação líquida como mais sensível,
seguidos, de défice da pressão de vapor e velocidade do vento.
Sousa et al. (2005) com base nos dados da região Nordeste do Brasil,
aplicou uma técnica estatística multivariada denominada de Análise de Componente Principais
(ACP) e identificou quais variáveis meteorológicas (temperatura máxima do ar, temperatura
mínima do ar, precipitação, umidade relativa do ar, evaporação, insolação e velocidade do
vento) apresentou maior influência no processo de evapotranspiração de referência (ETo) na
região. Esta análise indicou que as variáveis climatológicas investigadas com maior
representatividade foram: precipitação, umidade relativa do ar, evaporação à superfície e
velocidade do vento à superfície; enquanto a temperatura mínima do ar apresentou menor
influencia para a região Nordeste do Brasil.
4.6 Comparativos de estimativas da evapotranspiração
Uma maneira muito utilizada para obter a evapotranspiração de
referência (ETo) em diferentes situações e locais é por meio de métodos de estimativas, e
compará-la com o método de Penman-Monteith, recomendado pela FAO (TURCO et al,
2008).
As metodologias de Penman-Monteith (FAO-1991) e Hargreaves
(1974) foram comparadas e avaliadas com o intuito de verificar o balanço hídrico e a
classificação climática para o município de Acaraú-CE. Constataram que ocorreu modificação
23
na fórmula climática utilizando a ETo estimada com a metodologia de Hargreaves (1974), que
obteve um clima seco com chuvas moderadas no inverno, enquanto com a utilização da ETo
estimada por Penman-Monteith (FAO-1991), o clima encontrado foi semi-árido com chuvas
moderadas no inverno. Ficou também evidenciado, que o método proposto por Hargreaves
(1974) subestimou a ETo quando comparada com a de Penman-Monteith (FAO-1991), de 14
a 25% no período de junho a dezembro (CABRAL et al., 2000).
Em estudo para determinar a evapotranspiração de referência no
Estado do Ceará, encontrou que a equação Penman-Monteith (FAO) apresentou melhor
aproximação do valor da ETo com os valores medidos no lisímetro, e que Hargreaves (1974)
apresentou resultados menos significativo da ETo, mostrando que deve ser rejeitada nessa
região (OLIVEIRA, 1998).
De acordo com Souza & Yoder (1994) que compararam a ETo para os
municípios de Fortaleza e Pentecoste, a partir de dados diários totalizados em mensais, no
período de 1974 -1978, de Hargreaves (1974), Hargreaves (1985) e Penman-Monteith (FAO-
1991), as equações de Hargreaves (1974 e 1985) superestimam a ETo para vários meses do
período, em valores que variam de uma faixa mínima de 4 a 8% e máxima entre 32 e 35%.
Portanto, a análise realizada mostrou que as equações de Hargreaves não proporcionam boas
estimativas de ETo para o Estado do Ceará, quando comparadas com Penman-Monteith
(FAO-1991).
Utilizando o Programa REF-ET para estimar a ETo para as cidades de
Pentecoste-CE e Mossoró-RN por oito métodos, constatou que a metodologia de Hargreaves
(1974) não apresentou boas estimativas quando comparada a de Penman-Monteith (FAO-
1991), tida como padrão (MEDEIROS, 1996).
Em estudo para comparar duas equações, Thornthwaite (1948) e
Hargreaves (1974) considerando Penman-Monteith (FAO-1991) como padrão para sete
cidades do Vale do Jaguaribe e o município de Crateús, os resultados mostraram que a
metodologia de Hargreaves (1974) subestima a ETo de 3 a 23%, enquanto para a metodologia
de Thornthwaite (1948) estes valores situam-se entre 10 e 30%. Os autores relatam que o
método de Hargreaves (1974) tem sido utilizado indiscriminadamente no dimensionamento de
projetos de irrigação. Também, concluíram que se faz necessário que as necessidades hídricas
24
das plantas cultivadas sejam baseadas no método de Penman-Monteith (FAO-1991) nas
localidades com disponibilidade de informações climatológicas (SOUZA, 1995).
Medeiros et al. (2003) estimaram a evapotranspiração de referência a
partir da equação de Penman-Monteith, com medidas lisimétricas e de equações empíricas de
Priestley-Taylor (" = 1,19), Thornthwaite modificado (f = 0,379), Tanque Classe A e
Hargreaves & Samani em Paraipaba-CE. Estes autores concluíram que os que apresentaram
desempenho mais significativo, na escala diária, foram aqueles que sofreram ajuste local:
Priestley-Taylor (" = 1,19) e Thornthwaite modificado (f = 0,379), e os métodos que
apresentaram desempenho menos significativo foram os de Thornthwaite, Tanque Classe A e
Hargreaves & Samani, não sendo recomendado seu uso para estimativa de ETo, nas condições
semelhantes às deste estudo, por apresentar baixa exatidão e precisão.
Utilizando dados da cidade de Paraipaba-CE, constatou que a
metodologia de Priestley & Taylor (1972), em escala diária tende a superestimar a Penman-
Monteith/FAO (MEDEIROS, 2002).
Comparando oito métodos de estimativas para as localidades de
Pentecoste-CE e Mossoró-RN, verificou que o método de Radiação se correlaciona
percentualmente a Penman-Monteith em 88% para a localidade de Pentecoste-CE, e ajusta-se
melhor a Penman-Monteith do que os outros métodos baseados na temperatura, com uma
diferença mínima entre os mesmos, e dentre os métodos baseados na temperatura os resultados
significativos foram de Hargreaves, para Pentecoste, e Blaney-Criddle, para Mossoró
(MEDEIROS, 1996).
Conforme (2001), trabalhando com dados da região litorânea de
Paraipaba-CE, ao contrário da umidade relativa, o parâmetro radiação solar segue a mesma
tendência da evapotranspiração. Fator importante a ser considerado na determinação da ETo,
principalmente, para a região que possui altos valores de radiação solar.
Estes resultados demonstram a importância da realização de outros
estudos que recomendem melhor à estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) no
Estado.
25
5. MATERIAL E MÉTODOS
5.1 Área de estudo e coleta de dados
5.1.1 Caracterização da área de estudo
O Estado do Ceará ocupa uma área de quase 150 mil km
2
,
correspondendo a 9,4% da área da Região Nordeste do Brasil, situando-se próximo à linha do
equador, entre os meridianos 37°14’54” 41°24’45”de longitude oeste de Greenwich nos
paralelos 24°46’20” e 7º52’15” de latitude sul, limitando-se com o oceano atlântico e os
Estados de Pernambuco, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte.
O clima predominante no Ceará é o semi-árido. Em pelo menos oito
meses do ano chove muito pouco e a temperatura média alcança 29 graus em algumas regiões
do Sertão. Nos meses de chuva, normalmente fevereiro a maio (devido à irregularidade das
pluviosidades, em alguns anos, o período de chuvas pode extrapolar esse intervalo ou ser até
menor), as temperaturas decrescem um pouco, beirando os 25 graus de média. As amplitudes
térmicas são relativamente altas, variando desde mínimas de 17ºC até máximas próximas a
40ºC. Dependendo da localidade, as pluviosidades podem variar de menos de 500mm até perto
de 1.000mm anuais, sendo, no entanto, sempre irregularmente distribuídas.
O Estado elegeu, com base em análise de mercado, as seis frutas com
maior potencial, que são: abacaxi, banana, mamão, manga, melão e uva, mas, sem descartar
26
outras possibilidades potenciais como a pinha (ata), graviola, goiaba, melancia, coco verde,
limões e limas, laranja, acerola, abacate, figo e etc.
Os indicadores da agricultura irrigada e da fruticultura a partir de 1999,
de cerca de 18 mil hectares cultivados em 1999, o Ceará passou para 27,8 mil hectares em
2004 (incremento de 54%), ampliando em 9,7 mil hectares, a área irrigada de frutas,
projetando uma área de 37,5 mil em 2006 e mais 51 mil hectares até 2010, correspondendo a
um aumento de 182% no período, ou cerca de 15% ao ano.
Da mesma forma o valor bruto da produção da fruticultura irrigada de
R$ 92,5 milhões em 1999 para cerca de R$ 203,5 milhões, em 2004, projetando um valor de
R$ 890,7 milhões em 2010.
Os empregos diretos na agricultura que eram cerca de 9,9 mil em 1999,
atingiram 17,8 mil em 2004 e espera gerar 35 mil empregos em 2010 (SEAGRI, 2005).
5.1.2 Levantamento de dados
Foram coletados dados das principais variáveis climáticas relacionadas
com a evapotranspiração e o clima; em dezesseis municípios do Estado, que dispõem de dados
climáticos médios completos: temperatura máxima (°C) e mínima (°C), umidade relativa (%),
velocidade do vento a dois metros da superfície do solo (ms
-1
), insolação (hmês
-1
) e
precipitação (mm), além da altitude (m) e das coordenadas geográficas de cada município,
conforme as Tabelas de 1A a 16A (ANEXO). Os dados médios mensais das variáveis
climáticas dos municípios selecionados, conforme mapa do Estado (Figura 1), obedeceram aos
seguintes critérios:
Disponibilidade de dados consistentes;
Observações regulares das variáveis exigidas pelos métodos adotados
pela FAO: temperatura, umidade relativa do ar, evaporação, velocidade
do vento e insolação; além de elementos complementares necessários:
latitude, pressão atmosférica e altitude;
Cobertura geográfica relativamente homogênea do Estado;
Período de disponibilidade de dados;
27
Figura 1. Identificação das estações meteorológicas selecionadas no Estado do Ceará.
28
Para conseguir uma cobertura adequada do território do Estado, não foi
possível utilizar estações de uma única entidade, e por isso foram utilizadas estações de outras
fontes:
Fortaleza e Pentecoste: os dados foram obtidos na Estação
Meteorológica do Campus do Pici na Universidade Federal do Ceará (UFC);
Paraipaba: cujos dados foram coletados no Centro Nacional de
Pesquisa de Agroindústria Tropical da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA);
Quixeramobim: dados obtidos nas Normais Climatológicas do Instituto
Nacional de Meteorologia (INMET);
Acaraú, Aracati, Barbalha, Campos Sales, Crateús, Jaguaruana,
Juazeiro do Norte, Guaramiranga, Iguatu, Morada Nova, Sobral e Tauá: dados
coletados no Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Os municípios citados acima e suas coordenadas geográficas podem
ser visualizados na Tabela 1.
5.2 Metodologias de estimativas da evapotranspiração de referência (ETo)
5.2.1 Processamento dos dados meteorológicos
Os cálculos da evapotranspiração de referência foram efetuados com
os dados das Tabelas 1A a 16A (ANEXO), que foram coletados em diferentes instituições,
utrilizando o software SEVAP (Sistema de Estimativa da Evapotranspiração), desenvolvido no
Departamento de Ciências Atmosféricas, do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade
Federal de Campina Grande UFCG, visando atender a demanda real, em veis acadêmicos
e contribuir com a otimização do uso dos recursos hídricos no manejo de irrigação.
Desenvolvido em ambiente "Windows 95+" e "Delphi v.5.0", de fácil
interação com o usuário, para a determinação da estimativa da evapotranspiração de referência
pelos métodos de: Penman-Monteith (FAO-56); Hargreaves (1974); Jensen-Haise (1963);
Linacre (1977); Makkink (1957); Priestley & Taylor (1972), Tanque Classe "A" e
Thornthwaite (1948).
29
Tabela 1. Relação dos municípios selecionados com dados meteorológicos completos.
Coordenadas geográficas
Estação
Latitude Longitude Altitude Período
Tamanho da
série
Sul (S) Oeste (W) (m) (anos) (anos)
Acaraú 2°53' 40°07' 7 1976-1988 13
Aracati 4°34' 37°46' 13 1958-1968 11
Barbalha 7°19' 39°18' 409 1979-1988 10
Campos Sales 7°00' 40°23' 551 1978-1987 10
Crateús 5°15' 40°40' 300 1979-1988 10
Fortaleza 3°44' 38°33' 20 1966-1999 34
Guaramiranga 4°17' 38°55' 865 1961-1988 28
Iguatu 6°22' 39°18' 79 1961-1990 30
Jaguaruana 4°47' 37°46' 12 1979-1988 10
Juazeiro do Norte 7°21' 39°16' 377 1978-1987 10
Morada Nova 6°01' 38°28' 180 1961-1990 30
Paraipaba 3°26' 39°08' 31 1975-1998 24
Pentecoste 3°47' 39°17' 45 1970-1998 19
Quixeramobim 5°12' 39°18' 211 1961-1990 30
Sobral 3°42' 40°21' 75 1961-1988 28
Tauá 6°00' 40°25' 399 1977-1986 10
Média 19,19
O método do Tanque Classe “A” não foi aplicado neste trabalho por não se dispor de dados
de evaporação nas estações selecionadas.
Oferece a possibilidade de planejamento de irrigação pelos métodos de
Penman-Monteith, Hargreaves e Tanque Classe "A", além do balanço hídrico e/ou
classificação climática por Thornthwaite (1948).
Os outros métodos: Benavides & Lopez (1970), Hargreaves–Samani
(1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação Solar (FAO-24) e -
Blaney-Criddle (FREVET et al., 1983), foram processados utilizando a planilha eletrônica
Excell do WINDOWS.
O SURFER 7.0 que, entre outras funções, interpola isolinhas em
conjunto de pontos para os quais se conhece o valor do parâmetro, foi utilizado no traçado das
isolinhas de ETo, com a participação do programa GEODESIA; que transforma coordenadas
30
geográficas em coordenadas planas UTH (Universal Transverso Mercator). Para plotar as
isolinhas no mapa do Estado; utilizou-se o programa ARQVIEW.
5.2.2 Métodos de estimativas da evapotranspiração de referência (ETo)
Método de Penman-Monteith (PM) - A equação de Penman-Monteith
(FAO-56) foi proposto pela FAO e reconhecido como o método padrão na determinação da
evapotranspiração de culturas e de referência (SMITH et al, 1996).
Considerando-se a resistência estomática de 70 sm
-1
,
albedo de 23% e
a altura da grama fixada em 0,12m, e de acordo com o Boletim (FAO-56) (ALLEN et al.,
1998), utiliza-se a expressão (1):
ETo =
)U234,01(
))(
273
2900
()(408,0
++
+
+
γ
γ
eaes
T
U
GRn
(1)
em que:
= tangente à curva de pressão de vapor em relação a temperatura, kPa°C
-1
;
Rn = saldo de radiação, MJm
-2
d
-1
.
G = fluxo de calor do solo em MJm
-2
d
-1
.
Υ = coeficiente psicométrico, kPa°C
-1
;
U
2
= velocidade do média do vento a 2m de altura, ms
-1
.
T = temperatura média do ar, em °C;
es - ea = déficit de pressão de vapor, kPa.
De acordo com Allen et al. (1998), a magnitude do fluxo de calor no
solo em períodos diários é relativamente baixa e pode ser desprezada (G 0).
Método de Hargreaves (HG) - Na ausência dos dados da radiação solar,
umidade relativa e velocidade do vento, a ETo (mm d
-1
) pode ser estimada através da equação
de Hargreaves, 1974 (2):
31
ETo = 0,0023(Tmed +17,8)(Tmax – Tmin)
0,5
Ra (2)
em que:
ETo = evapotranspiração de referência, em mmmês
-1
;
Tmed = temperatura média, °C;
Tmax = temperatura máxima, °C;
Tmin = temperatura mínima, °C;
Ra = radiação extraterrestre, mm d
-1
, obtido em tabelas.
Método de Jensen-Hayse (JH) - Para regiões áridas, Jensen-Haise
(1963), apresentou a seguinte equação para o cálculo da evapotranspiração (3):
ETo = Rs (0,025 Ta – 0,008) (3)
em que:
Ta = temperatura média diária, °C;
Rs = radiação solar global convertida em unidades de água evaporada, mm.
Método de Linacre (LN) - A evapotranspiração de referência (mm d
-1
),
pode ser obtida em função da altitude, latitude e das temperaturas diárias máximas, mínimas e
do ponto de orvalho, através da equação (LINACRE, 1977)(4):
ETo =
)(
Ta
-
80
15
Ø100
700
TdTa
Tm
+
(4)
em que:
Tm = Ta + 0,006z;
z = altitude, m;
T
a
= temperatura média do ar, °C;
Ø = latitude local (graus) e
T
d
= temperatura do ponto de orvalho, °C.
32
Essa equação foi desenvolvida usando-se conjuntos de dados da África
e da América do Sul. Para as condições brasileiras esta equação deve ser usada com reservas,
pois não existem estudos que substanciem esta proposição (PEREIRA et al 1997).
Método de Makkink (MK) - A equação para estimativa da
evapotranspiração a partir de medições da radiação solar foi proposta por Makking (1957), em
que (5):
ETo = 12,0+
+
γ
Rs (5)
em que:
ETo = evapotranspiração de referência, mmmês
-1
,
De acordo com Rosemberg et al., (1983), a equação de Makking
apresenta bons resultados em climas úmidos, entretanto em regiões áridas não apresenta
resultados satisfatórios.
Método de Priestley & Taylor (PT) O método Priestley & Taylor
(1972), utilizado na estimativa da ETo, constitui-se numa aproximação do método de Penman.
Nesta equação permanece apenas o saldo de radiação corrigido por um coeficiente empírico,
conhecido como parâmetro de Priestley & Taylor, o qual imcorpora a energia adicional ao
processo de evapotranspiração proveniente do termo aerodinâmico. Priestley & Taylor (1972)
mostraram que este coeficiente variou de 1,08 a 1,34; com média de 1,26 em condições
mínimas de advecção regional. Através do método de Priestley & Taylor, ETo; em MJm
-2
d
-1
,
pode ser obtida pela equação (6):
λ.ETo = αW(R
n
– G) (6)
em que:
λ = fluxo de calor latente (2,45 MJkg
-1
);
33
α = parâmetro de Priestley & Taylor;
R
n
= saldo de radiação em MJm
-2
d
-1
;
W = o fator de ponderação, que varia em função da temperatura do ar (ºC) e do
parâmetro psicrométrico, pode ser estimado por (VISWANADHAM et al.
1991):
W = 0,407 + 0,0147T, para 0 < T < 16°C;
W = 0,483 + 0,0100T, para 16,1 < T < 32°C.
Método de Thornthwaite (TW) O método de Thornthwaite é a forma
mais antiga de estimar a evapotranspiração. Baseia-se na temperatura média mensal e na
duração efetiva do dia e não é apropriado para estimativas da evapotranspiração em curto
períodos de tempo, como semanas ou dias. Trata-se de um método climatológico para
estimativas da evapotranspiração de referência mensal (mm.mês
-1
), que pode ser obtido da
seguinte forma (THORNTHWAITE, 1948) (7):
ETo = 0,533F
j
I
Ta10
a
(7)
em que:
F
j
= fator de correção, que varia em função do número de dias do mês ( Dj )
considerado e da duração efetiva média desse dia (N
j
) obtidos, respectivamente,
por:
F
j
=
12
DjNj
Nj = 2arccos
15
Ø
δ
tg
tg
em:
Ø = latitude, graus;
δ = declinação do sol, para o dia considerado;
34
Nj = insolação máxima teórica, calculada para o dia 15 de cada mês j;
T
a
= temperatura média mensal do ar, °C;
a = função cúbica do índice anual de calor, dada por:
a = 6,75 x 10 - 7I
3
- 7,71 x 10 – 5I
2
+ 1,79 x 10
-2
I + 0,49
em que:
I = índice de calor obtido pela soma dos 12 índices mensal (i), expresso por:
i =
5
Ta
1,514
Método de Benavides & Lopez (BL) O método Benavides & Lopez
(1972), utilizado na estimativa da ETo, baseia-se na temperatura média mensal e na umidade
relativa, pode ser obtida pela equação (8):
ETo = 1,21x 10
+ T
T
7,234
45,7
(
)
0,01UR - 1 + 0,21T – 2,30 ( 8)
em que:
T é a temperatura média mensal do ar, em °C, e
UR é a umidade relativa do ar, %.
Método de Hargreaves-Samani (HS) Usando dados obtidos no
lisímetro de Davis, California (clima semi-àrido), Hargreaves-Samani (1985) propuseram a
seguinte equação para estimativas de ETo (mm d
-1
) (9):
ETo = 0,0023 Q
o
(Tmax – Tmin)
0,5
(T +17,8) (9)
em que:
Q
o
= radiação extraterrestre, em mm d
-1
; obtido por tabelas;
T = temperatura media diária, °C.
35
Camargo (CM) Este método foi apresentado por Camargo (1971), que
desenvolveu analiticamente a equação a seguir, baseando-se em resultados da
evapotranspiração de referência para mais de uma centena de localidades (10).
ETo = 0,01 R
a
T
a
K (10)
em que:
K = fator de ajuste de Camargo: 1,00 para temperatura média do ar (T
a
) até
23,5°C; 1,05 para T
a
de 23,6 a 24,5°C; 1,10 para T
a
de 24,6 a 25,5°C; 1,15 para
T
a
de 25,6 a 26,5°C; 1,20 para T
a
26,6 a 27,5°C e 1,30 para T
a
superior a
27,5°C.
R
a
= radiação solar extraterrestre incidente acima da atmosfera no dia 15 de
cada mês (mm d
-1
). Para a obtenção de R
a
em mm d
-1
, dividem-se os valores em
MJm
-2
d
-1
por 2,45.
Método de Kharrufa (KF) - A equação foi desenvolvida por Kharrufa
(1985), a partir da relação entre ETo e a porcentagem de insolação máxima diária, conforme a
relação (11):
ETo = 0,34 p T
a
1,3
(11)
em que:
ETo é a evapotranspiração em mm d
-1
e as demais notações tem o mesmo
significado.
Método de Hamon (HM) – O método foi desenvolvido por Hamon
(1961) e é expresso pela equação abaixo (12):
ETo = 0,55
12
N
2
100
4,95exp
0,062Ta
25,4 (12)
36
Na qual ETo é a evapotranspiração em mm d
-1
.
Método de Radiação FAO-24 (RD) Doorenbos & Pruitt (1977),
apresentaram um método da radiação para estimativa de evapotranspiração, usando a radiação
solar (Rs = Rg) que, segundo Jensen et al. (1990), é uma adaptação do método de Makkink
(1957) e foi recomendado em relação ao método de Penman, quando medidas de velocidade
do vento e umidade não forem disponíveis. A equação que representa o método da Radiação
(FAO 24) é a seguinte (13):
ETo = a + b
+
γ
Rs
(13)
em que:
Rs = radiação solar em mm dia
-1
.
= -0,3 mm d
-1
é um fator de ajuste que varia com a umidade relativa do ar e
velocidade do vento diurna.
O valor de Rs pode ser medido diretamente, mas raramente é
disponível. Poderá ser obtido a partir das medidas da duração da insolação.
Dados de radiação solar ou métodos calibrados de estimativa de Rs
devem ser usados se disponíveis.
Doorenbos & Prutti (1977) recomendam um método de estimativa de
Rs, a partir da radiação no topo da atmosfera (Ra), expresso por:
Rs =
(
0,25 + 0,5
N
n
)
Ra
Onde:
n/N = relação horas de brilho solar medida (n) e horas de brilho solar máxima
possíveis (N). Este último é função da latitude e do mês do ano, obtido em
tabelas.
37
Ra = radiação extraterrestre em equivalente de evaporação (mm d
-1
), em função
da latitude e do mês, obtido por tabelas.
No presente estudo Rs foi calculado considerando a = 0,2608 e
b = 0,3092 para o ano como um todo, para as condições do Estado (AGUIAR et al. 2000).
Rs =
(
0,2608 + 0,3092
N
n
)
Ra
Método de Blaney-Criddle (BC) - Este método é bastante antigo, tendo
sido desenvolvido na região semi-árida dos Estados Unidos, onde é muito usado para
quantificar irrigação. Entre as inúmeras versões existentes desse método será apresentada
aquela modificada pela FAO (14):
ETo = cp
(
0,46 T
a
+ 8,13
)
(14)
em que:
c = coeficiente de ajuste c é representado pela inclinação das retas dos
nomogramas;
p = porcentagem do total de fotoperíodo médio mensal (°C) sobre o total de
fotoperíodo anual, obtido por tabela;
T
a
= temperatura média mensal (°C).
Para evitar o uso de nomogramas e interpolações, e para facilitar
cálculos automatizados, Frevert et al. (1983) adaptaram a modificação da FAO ao seguinte
sistema de equações:
ETo = a + b p
(
0,46 T + 8,13
)
a = 0,0043 Urmin –
N
n
– 1,41
38
b = ao + aUrmin + a2
N
n
+ a3 Ud + a4 Urmin
N
n
+ a5 UrminUd
onde:
ao = 0,81917 a3 = 0,065649
a1 = -0,0040922 a4 = - 0,0059684
a2 = 1,0705 a5 = -0,0005967
Embora esse método possa ser utilizado para estimar ETo em escalas
de tempo menores que a mensal, a representatividade dessas estimativas é questionável visto
que o método foi desenvolvido em cima de dados médio mensais.
Este método, embora classificado como baseado apenas na
temperatura, exige também observações da umidade relativa, velocidade do vento, e da razão
de insolação.
5.3 Variação temporal da evapotranspiração de referência
Foram elaboradas tabelas com os valores médios de ETo, obtidos por
cada um dos métodos para todas os municípios. Estão também em tabelas, valores dos desvios
padrão, coeficientes de variação, ETo máximas e mínimas.
Foram traçados gráficos com valores médios de ETo determinados
para cada método, para cada uma das dezesseis estações. Estes, permitem a visualização de
períodos de valores extremos e das tendências anuais de ETo. Possibilitam ainda, comparações
entre si dos resultados de cada método e, destes com os valores dos variáveis pertinentes a
cada método.
Para poder analisar os resultados obtidos pelos métodos proposto,
foram elaboradas as Tabelas 1B, 2B e 3B a 18B (APÊNDICE), e as Figuras 19A, 19B a 34A,
34B, a partir dos valores estimados da evapotranspiração de referência para cada localidade ou
município sede. A análise da evapotranspiração de referência foi realizada por município,
considerando os métodos analisados no programa SEVAP (Sistema de Estimativa da
Evapotranspiração) e na planilha EXCELL.
39
5.4 Análises estatísticas
5.4.1 Valores médios e medidas de dispersão
Foram determinados os valores centrais (médias aritméticas),
dispersões absolutas (desvios padrões) e dispersões relativas (coeficientes de variação) dos
valores estimados de evapotranspiração de referência dos métodos utilizados, para cada
localidade de todas as dezesseis estações climatológicas selecionadas.
Por estação, foram determinados para a evapotranspiração de
referência: médias de inverno, verão e anuais.
Foram reunidos os resultados de ETo para todas as estações e
calculado ainda, para cada método: média aritmética, máximo e mínimo, desvio padrão e
coeficiente de variação. Foram também elaborados quadros resumos anuais com os valores de
ETo calculados, mostrando suas respectivas médias, máximos e mínimos, desvios padrões e
coeficientes de variação.
5.4.2 Estudo da regressão e correlação
Utilizando o programa de estatística ASSISTAT, foram realizadas as
análises de regressão e correlação entre os métodos de estimativas de evapotranspiração de
referência e as variáveis climáticas, utilizando o método de Penman-Montheith como padrão.
O conjunto de dados referente à evapotranspiração de referência
(ETo), estimada pelo método de Penman-Monteith (FAO-56), foi utilizado para propor uma
equação linear simples, tendo como varáveis independentes os métodos propostos neste
estudo.
Na análise de regressão, as medidas de evapotranspiração de Penman-
Monteith (FAO-56) foram tomadas como padrão e representam Y (variável independente); e
os valores de evapotranspiração estimados pelos treze métodos, representam X (variável
independente), conforme a equação:
Y = a + bX ETo
PM
= a + bETo
estimado
(15)
40
sendo Y, a ETo estimada por Penman-Monteith (FAO-56), em mm.mês
-1
, X, a ETo mensal
estimada pelas treze equações sugeridas no estudo, mm.mês
-1
; a a interceptação no eixo das
ordenadas (coeficiente linear) e b a declividade da reta (coeficiente angular).
Foram utilizados na análise das equações os coeficientes de
determinação (R
2
), que indicam a proporção da variação total conforme regressão (que está
sendo explicado pela regressão.)
Σ (Yestimado – Y)
2
(16)
R
2
=
Σ (Y – Y)
2
Os valores de R
2
irão dispor-se no intervalo 0-1, fornecendo uma
medida relativa à quantidade do ajuste da equação de regressão múltipla aos dados. Se o valor
de R
2
for próximo de 1 isso significa que as diversas variáveis X's medidas são responsáveis
quase que totalmente pela variabilidade de Y, caso contrário, R
2
apresentará um valor mais
próximo à zero.
Os valores de evapotranspiração de referência estimados pela equação
de Penman-Monteith (FAO-56) foram comparados a valores medidos por treze equações
utilizando-se equação linear simples, por meio da análise de regressão.
A correlação mede a força, ou grau de relacionamento entre duas
variáveis. Correlação significa co-relacionamento e é representado pela letra R:
N. Σ XY – (Σ X) (Σ Y) (17)
R =
[N.ΣX
2
– (Σ X)
2
[N.ΣY
2
– (Σ Y)
2
]
41
5.4.3 Métodos de evapotranspiração de referência e as variáveis
climatológicas
Cada variável climática dos dezesseis municípios foi analisado para
verificar sua influência sobre cada método estudado. Foram estudadas as correlações entre as
estimativas de ETo e as variáveis climatológicas do processo evapotranspirativo: temperatura,
insolação, umidade relativa do ar, velocidade do vento e radiação solar global. Este estudo foi
realizado nos métodos que apresentaram resultados significativos na maioria das localidades
estudadas através do índice ou coeficiente de correlação R, que é um número entre + 1,00 e
1,00 que indica a maior ou menor extensão em que os fatos estão relacionados entre si. Um
coeficiente de + 1,00 indica correlação perfeita; 0,00 não representa correlação alguma.
5.5 Distribuição da evapotranspiração de referência (ETo) no Estado
Com os valores de evapotranspiração de referência (ETo) estimados
pelo do programa SEVAP, Planilhas EXCEL e com o auxílio de programas auxiliares como
o SURFER 7.0, GEODESIA e ARQVIEW; foram traçadas isolinhas no mapa do Estado,
utilizando o método de Penman-Monteith (FAO-56) e o método que melhor se ajustou ao
padrão.
5.6 Demandas hídricas das culturas irrigadas
5.6.1 Principais culturas – coeficientes culturais
A seleção das principais culturas irrigadas; foi baseado no Plano
Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará - PERH, (1990), e no Estudo Frutas do
Ceará, Secretaria de Agricultura Irrigada – SEAGRI (2005).
Tem sido rotina, nos últimos 20 anos, especialmente após a publicação
do boletim FAO-24, o procedimento que utiliza o conceito de evapotranspiração de referência
(ETo) relacionado com um conjunto de coeficientes de cultura (Kc) para estimação da ET da
cultura específica (ETc). Esta técnica pode utilizar equações que incorporam os processos
42
físicos da ETo comparadas com as condições de ET de culturas específicas. Os métodos de
estimação da ETc a partir de coeficientes de culturas em função da ETo requerem cuidados
especiais, principalmente por causa dos coeficientes empíricos. Todavia, o método pode ser
considerado uma técnica prática, uma vez que ela é baseada em dados relativamente fáceis de
serem obtidos e tem potencial para se avançar no conceito de ET da cultura de referência e,
principalmente, face à aceitação pela comunidade de usuários dessa metodologia.
A partir dos valores de ETo, pode-se determinar a evapotranspiração
da cultura (ETc) multiplicando-se ETo por um coeficiente Kc. Os valores de Kc podem variar
conforme a região, a espécie cultivada, o sistema de irrigação e o manejo adotado.
Kc =
ETo
ETcultura
ou Kc =
ETo
ETc
(18)
O coeficiente Kc varia de 0 a 1 e depende da quantidade de água
extraída do solo.
A evapotranspiração da cultura foi determinada utilizando-se a
evapotranspiração de referência (ETo) estimada e os valores de coeficientes de cultivo ao
longo do ciclo das culturas, conforme recomendam Allen et al. (1998).
5.6.2 Demandas potenciais
As demandas hídricas potenciais (evapotranspiração máxima ETm),
das principais culturas irrigadas do Estado: abacaxi, banana, mamão, manga, melão e uva,
foram calculadas de acordo com a aptidão frutícola de cada pólo de irrigação (Tabela 2),
incluindo o Projeto Pingo D’água, localizado no município de Quixeramobim e o Pólo Cariri;
que apresentam alto potencial produtivo em termos de fruticultura irrigada no Estado, estando
de acordo com a metodologia da FAO, apresentada por Doorenbos & Pruitt (1984):
ETm = EToKc (19)
em que:
ETm e ETo em termos médios mensais em mm d
-1
.
43
Os valores de ETo foram tirados dos referidos no item 5.2.1, de acordo
com as coordenadas geográficas da cidade que nomeia o pólo de irrigação.
Os valores de Kc, foram determinados conforme descrito no item
5.6.1.
44
Tabela 2. Relação dos Pólos de Irrigação do Estado com aptidão frutícola.
CONVÊNIO DNOCS / SEAGRI PGE 03/2005 - RESUMO DAS ÁREAS PLANTADAS
Período: Janeiro/2006
ÁREA (ha)
CULTURA
TABULEIROS
DE RUSSAS
JAGUARIBE
APODI
BAIXO
ACARAÚ
ARARAS
NORTE
CURU
PENTECOSTE
CURU
PARAIPABA
MORADA
NOVA
ICÓ
LIMA
CAMPOS
TOTAL
GERAL
FRUTAS 179,30 897,56 381,68 569,19 416,18 2.380,50 20,60 125,76 4.970,77
FLORES 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
HORTALIÇAS 16,20 250,00 17,00 15,80 1,00 51,95 2,00 0,00 353,95
GRÃOS 20,00 187,75 0,00 6,50 28,00 33,20 170,05 54,37 499,87
PASTAGEM 0,00 0,00 0,00 9,70 38,80 40,96 485,19 177,86 752,51
CANA DE AÇÚCAR
0,00 0,00 0,00 7,00 39,60 320,00 0,00 0,00 366,60
ALGODÃO 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
TOTAL 215,50 1.335,31 399,68 608,19 523,58 2.826,61 677,84 357,99 6.944,70
Abacate
1,60
1,60
Abacaxi 12,00 36,50 0,50
49,00
Abóbora 7,00
7,00
Acerola 0,50 30,40
30,90
Algodão
0,00
Arroz 18,88
18,88
Ata 34,50 0,17 3,10
37,77
Banana Grand-nine 7,00
7,00
Banana Gros Michel 3,00
3,00
Banana Ipac 2,00
2,00
Banana Maçã 2,00
2,00
Banana Nanica 4,60 21,26
25,86
Fonte: Secretaria de Agricultura Irrigada do Estado do Ceará - SEAGRI
45
Tabela 2. Relação dos Pólos de Irrigação do Estado com aptidão frutícola (Cont.)
CONVÊNIO DNOCS / SEAGRI PGE 03/2005 - RESUMO DAS ÁREAS PLANTADAS
Período: Janeiro/2006
ÁREA (ha)
CULTURA
TABULEIROS
DE RUSSAS
JAGUARIBE
APODI
BAIXO
ACARAÚ
ARARAS
NORTE
CURU
PENTECOSTE
CURU
PARAIPABA
MORADA
NOVA
ICÓ
LIMA
CAMPOS
TOTAL
GERAL
Banana Pacovan 12,00 549,60 132,80 133,05 3,20 80,00
910,65
Banana Prata Anã
150,10 158,50
308,60
Banana Terrinha 5,36
5,36
Banana Wilians 8,00
8,00
Batata doce 6,20 14,60
20,80
Caju 8,00 9,00 5,00 37,21
59,21
Cana 7,00 39,60 320,00
366,60
Capim 9,70 38,80 40,96 485,19 177,86
752,51
Cheiro Verde 2,00
2,00
Citrus 1,00
1,00
Coco 33,35 226,10 281,33 2.220,47 4,50 9,50
2.775,25
Feijão 20,00 6,25 0,50 30,10 1,00 22,99
80,84
Figo 8,00
8,00
Goiaba 38,50 32,45 12,20 10,50 14,00
107,65
Graviola 2,00 20,06 9,70 1,80 47,78 0,50
81,84
Laranja 1,80
1,80
Limão 2,00 0,40
2,40
Macaxeira 2,50 1,00 33,70
37,20
Mamão 2,50 33,00 35,95 89,51 15,72
176,68
Fonte: Secretaria de Agricultura Irrigada do Estado do Ceará - SEAGRI
46
Tabela 2. Relação dos Pólos de Irrigação do Estado com aptidão frutícola (Cont.).
CONVÊNIO DNOCS / SEAGRI PGE 03/2005 - RESUMO DAS ÁREAS PLANTADAS
Período: Janeiro/2006
ÁREA (ha)
CULTURA
TABULEIROS
DE RUSSAS
JAGUARIBE
APODI
BAIXO
ACARAÚ
ARARAS
NORTE
CURU
PENTECOSTE
CURU
PARAIPABA
MORADA
NOVA
ICÓ
LIMA
CAMPOS
TOTAL
GERAL
Mamão hawai 3,00
3,00
Mandioca 11,70
11,70
Manga 37,50 11,00 52,33 3,22 0,50
104,55
Maracujá 0,30 50,60
50,90
Maxixe
0,00
Melancia 22,50 12,00
34,50
Melão 122,00
122,00
Milho (grão) 62,50 6,00 28,00 3,10 5,00 12,50
117,10
Milho verde 250,00 8,50
258,50
Pimenta 4,00 5,70
9,70
Pimenta de cheiro
0,00
Pimentão 1,50 1,00 1,20 0,85
4,55
Romã 0,50
0,50
Sapoti 9,30 6,00
15,30
Soja 12,50
12,50
Sorgo 106,50 164,05
270,55
Tomate 2,00 0,50
2,50
Uva 14,00 2,25 17,20 1,00
34,45
Abacaxi ornamental
1,00
1,00
Fonte: Secretaria de Agricultura Irrigada do Estado do Ceará - SEAGRI
47
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Caracterização climática da região
O clima constitui o conjunto de variáveis atmosféricas que
caracterizam a alternância das estações secas, chuvosas e quentes que demonstram a
concepção histórica regional.
Dentre os elementos climáticos que estão mais inter-relacionados à
evapotranspiração, pode-se enumerar a radiação solar, responsável pelo aporte de energia
necessária para que o processo físico ocorra, a temperatura e a umidade do ar, que juntas
definem o déficit de pressão de vapor próximo à superfície evaporante, e a velocidade do
vento, responsável pela renovação do ar junto à superfície em questão. Todos esses elementos
são essenciais à aplicação do método de Penman-Monteith (FAO-56) e serão discutidos, de
modo a caracterizar a área de estudo.
Nas Figuras 2 a 17, estão plotados as variáveis climáticas dos
municípios selecionados, de acordo com as Tabelas 1A a 16A (ANEXO) e Tabelas 1B
(APÊNDICE). Nessas figuras são apresentadas as variações mensais ao longo do ano dos
variáveis utilizados como entradas no SEVAP e na planilha EXCEL para o cálculo da ETo,
quais sejam: temperatura máxima, temperatura mínima, umidade relativa do ar, insolação e
velocidade do vento. A temperatura máxima média anual é de 33,43°C, e a temperatura
48
Figura 2. Variáveis climáticos de acordo com as médias mensais do
município de Acaraú no período de 1976 a1988.
Figura 3. Variáveis climáticas de acordo com as médias mensais do
município de Aracati no período de 1958 a 1968.
49
Figura 4. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Barbalha no período de 1979 a 1988.
Figura 5. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Campos Sales no período de 1978 a 1987.
50
Figura 6. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Crateús no período de 1979 a 1988.
Figura 7. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Fortaleza no período de 1966 a 1999.
51
mínima média anual é de 20,33°C. O mês de outubro apresenta a maior temperatura máxima
média que ocorre nos seguintes municípios: Pentecoste 36,50ºC, Sobral 36,00ºC, Morada
Nova com 35,80ºC, Iguatu 35,70ºC e Crateús com 35,50. Os municípios com maiores médias
de inverno, verão e anual são Pentecoste com 33,22°C, 35,48°C e 34,40°C e Morada Nova
com 32,97°C; 34,73ºC e 33,85ºC. O município com menor temperatura média máxima e
mínima é Guaramiranga com 27,00°C em outubro e novembro, e 18,20°C em janeiro, com a
menor média anual de 17,46°C. Verifica-se que a tendência da temperatura máxima média é
aumentar nos meses de agosto, a novembro, e diminuir a partir do mês de dezembro, com
exceção de Aracati, onde há uma queda de temperatura neste período.
Na estação de inverno e verão, são comuns temperaturas elevadas,
sendo a temperatura máxima média anual de 33,43°C na maioria dos municípios, com exceção
a Guaramiranga com altitude de 865 m tem uma temperatura média anual de 27,27°C; que tem
contribuição significativa para o processo de evapotranspiração.
O perfil da umidade relativa média do ar varia no decorrer do ano,
onde temos o município de Guaramiranga e Paraipaba com as maiores amplitudes de umidade
relativa média do ar que vai de 81 a 92% e, as menores amplitudes é de Crateús com 43 a 79%
e Tauá com 46 a 74%. As cidades com as maiores médias de umidades relativas do ar de
inverno, verão e anual são: Paraipaba com 90,50; 85,17 e 87,73% e Guaramiranga com 89,67;
83,67 e 86,67%, e as menores média de inverno verão e anual é o município de Tauá com
68%, 49 e 58,8% de umidade relativa média. Essas altas taxas de umidade relativa média terão
influência na estimativa da ETo pelas métodos testados. Nota-se que o período de maior
umidade relativa média do ar é justamente durante a estação de inverno ou estação chuvosa.
Com relação à umidade relativa do ar, observa-se ainda uma variação
inversa em relação à insolação. Nota-se que o município de Guaramiranga que apresenta a
maior amplitude de umidade relativa do ar (81 a 92%), corresponde a uma menor amplitude de
insolação (3,19 a 7,13 h dia
-1
), seguida por Iguatu com a amplitude de 2,65 a 7,23 h dia
-1
. Os
municípios de Crateús, Guaramiranga, Iguatu, Quixeramobim, Sobral e Tauá apresentam
insolação entre 2,65 e 8,90 h dia
-1
, e os demais de 4,77 a 10,26 h dia
-1
, sendo este maior valor
no município de Aracati no mês de outubro. Os meses que apresentam maior insolação são:
agosto, setembro outubro e novembro, meses estes que configuram a maior parte da estação
sem chuvas ou de verão no Estado.
52
Figura 8. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Guaramiranga no período de 1961 a 1988.
Figura 9. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Iguatu no período de 1961 a 1990.
53
Figura 10. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Jaguaruana no período de 1979 a 1988.
Figura 11. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Juazeiro do Norte no período de 1978 a 1987.
54
Figura 12. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Morada Nova no período de 1961 a 1990.
Figura 13. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Paraipaba no período de 1975 a 1998.
55
Figura 14. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Pentecoste no período de 1970 a 1998.
Figura 15. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Quixeramobim no período de 1961 a 1990.
56
Figura 16. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Sobral no período de 1961 a 1988.
Figura 17. Variáveis climáticvas de acordo com as médias mensais do
município de Tauá no período de 1977 a 1986.
57
Os ventos exercem grande efeito na taxa de evaporação e nas reações
transpiratórias das plantas, especialmente nos climas semi-áridos. A predominância dos ventos
depende das condições gerais de circulação da atmosfera, as quais variam no tempo e no
espaço, tendo em cada época do ano um comportamento diferenciado. A intensidade dos
ventos varia de acordo com a estação do ano, apresentando valores crescentes no verão e
decrescentes no inverno.
Observa-se uma variação inversa em relação às variações de
velocidade média do vento e a umidade relativa média do ar, o que, no entanto, não denota a
influência de um sobre o outro. Nota-se que as menores velocidades médias do vento ocorrem
no período de inverno, e as maiores no verão, sendo registradas as maiores velocidade médias
do vento nos municípios de Acaraú, Aracati e Pentecoste com os valores de 3,0 a 6,80 ms
-1
,
2,90 a 5,90 ms
-1
e 2,60 a 5,40 ms
-1
, respectivamente; e os menores valores de 1,20 a
2,40 ms
-1
, 1,30 a 2,90 ms
-1
e 1,70 a 2,50 ms
-1
para os municípios de Iguatu, Paraipaba e
Guaramiranga.
Com relação à radiação solar global nas Tabelas 2B (APÊNDICE), e
Figuras 18a e 18 b, observa-se que os municípios de Aracati, Barbalha, Morada Nova e
Juazeiro do Norte, apresentam os maiores valores médios anual de radiação solar, sendo
213,29; 213,01; 212,55 e 211,75 MJm
2
d
-1
respectivamente, apresentando ainda; as maiores
médias anuais (17,77; 17,75; 17,71 e 17,65 MJm
2
d
-1
). Já os menores valores médios anual de
radiação solar são verificados nos municípios de Guaramiranga e Iguatu, com 180,05 e
181,33 MJm
2
d
-1
, que também apresentam as menores médias anuais de 15,00 e
15,11 MJm
2
d
-1
.
Verifica-se também que os menores valores de radiação solar estão
concentrados nos meses de dezembro a maio, sendo o valor mínimo de 12,53 MJm
2
d
-1
no mês
de março no município de Iguatu , e a partir de junho há uma ascensão pronunciada até o mês
de novembro, em que o valor máximo de 19,97 MJm
2
d
-1
ocorre em Juazeiro do Norte no mês
de Agosto.
O parâmetro de precipitação que compõe o trabalho, não faz parte dos
dados de entrada para o cálculo da evapotranspiração, é apresentado como informação
complementar da região estudada. A caracterização pluviométrica destaca-se pela formação de
58
Figura 18a. Valores da radiação solar global dos municípios selecionados.
Figura 18b. Valores da radiação solar global dos municípios selecionados.
59
dois períodos bem distintos: o período de inverno ou da estação das chuvas e o período de
verão, das secas ou sem chuva, que são de aproximadamente seis meses. Verifica-se que a
precipitação média total anual está entre 544 e 1679mm, que ocorre nos municípios de Tauá-
região que chove menos no Estado do Ceará e Guaramiranga-região serrana, de clima ameno,
respectivamente. Observa-se pelos dados pluviométricos que em certos períodos do ano chove
bem em uma certa região, e em outras localidades quase não chove, portanto, o que ocorre no
Estado é que a as chuvas são mal distribuídas, o que é caracterizado por períodos onde chove
muito, que se concentra nos meses de março e abril, e praticamente não chove no restante do
ano, que muitas vezes caracteriza um período de seca de seis a oito meses, onde à medida que
se caminha para o interior do Estado, esta estação e situação de seca é mais castigante.
O caráter errático da precipitação condiciona, juntamente com certas
características e propriedades físico-químicas do solo, da planta e do clima, o aparecimento de
deficiências hídricas mesmo durante o período chuvoso, caráter este que fortifica a adoção de
técnicas corretas de irrigação, que devem ser embasadas em estimativas corretas da
evapotranspiração de referência regional e a nível local.
6.2 Análises comparativas da evapotranspiração de referência local
Uma outra avaliação foi realizada, com o propósito de identificar uma
ou mais equações alternativas para a estimativa de evapotranspiração de referência, para os
casos em que há pouca disponibilidade de dados meteorológicos, fato muito comum em
localidades próximas às regiões do estudo. Para essa avaliação, selecionou-se, as seguintes
equações ou métodos: Penman-Monteith (FAO-56), Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963),
Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley & Taylor (1972), Thornthwaite (1948), Benavides
& Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon
(1961), Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983).
Os valores de evapotranspiração de referência foram comparados com
os dados obtidos pela equação de Penman-Monteith (FAO-56).
60
6.2.1 Região de Acaraú
Na Tabela 3B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência em mmdia
-1
para o município de Acaraú no período de 1976 a
1988.
Verifica-se na Tabela 3B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Makkink (1957) e Priestley & Taylor (1972), com 4,97 e
4,90 mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores valores médios são 5,79; 5,76 e 5,74 mm
dia
-1
para as equações de Priestley & Taylor (1972), Makkink (1957) e Jensen-Haise (1963),
respectivamente. As maiores médias anuais são de 5,26; 5,34 e 5,36 mm dia
-1
para os métodos
de Jensen-Haise (1963), Priestley & Taylor (1972) e Makkink (1957). O método de Linacre
(1977) apresenta os menores valores médios de inverno, verão e anual (2,19; 2,11 e
2,15 mm dia
-1
, respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão e coeficiente de variação são
apresentados pelas equações de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), Radiação (FAO-24)
e Penman-Monteith (FAO-56) com os valores de 0,82; 0,75; e 0,65, respectivamente para o
desvio padrão e 20,49; 16,58; e 14,02%, respectivamente para o coeficiente de variação. Os
menores valores de desvio padrão são observados nas equações de Linacre (1977) e Kharrufa
(1985) (0,09 e 0,10, respectivamente) e os menores valores de coeficiente de variação são
constatados nas equações de Karrufa (1985) e Camargo (1971) (2,47 e 3,42%,
respectivamente) (TABELA 3B).
Na Figura 19A, pode-se verificar que os métodos de Jensen-Haise
(1963), Makkink (1957), Priestley & Taylor (1972) superestimam Penman-Monteith (FAO-
56) o ano inteiro, os métodos de Hargreaves (1974), Thornthwaite (1948) superestimam
Penman-Monteith (FAO-56) no até o mês de maio, e subestimam Penman-Monteith (FAO-56)
no restante do ano. O método de Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano
todo. Observa-se ainda, que os métodos de Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e Priestley
& Taylor (1972), seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56).
Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley &
Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 2,0 a 6,0 mm dia
-1
.
61
Figura 19A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Acaraú.
Observou-se que, na Figura 19B, os métodos de Kharrufa (1985) e
Hamon (1961) subestimam Penman-Monteith (FAO-56) durante todo o ano, com exceção ao
mês de março, onde uma pequena superestimativa. Os método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983) subestima e o de Benavides & Lopez (1970) superestima a Penman-
Monteith (FAO-56) durante todo o ano. Os métodos de Hargreaves-Samani (1985) e Camargo
(1971) superestimam Penman-Monteith (FAO-56) até maio e subestimam o restante do ano. Já
o método de Radiação (FAO-24) subestima ao método de Penman-Monteith (FAO-56) de
dezembro até o mês de julho e superestima de agosto a novembro. Também se verifica que os
métodos de Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) têm a mesma
tendência da curva apresentada por Penman-Monteith (FAO-56). Detecta-se ainda que os
valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os método de Benavides &
Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961),
Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) estão entre 2,80 a
5,73 mm dia
-1
.
62
Figura 19B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Acaraú.
6.2.2 Região de Aracati
Na Tabela 4B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência em mmdia
-1
para o município de Aracati no período de 1958 a
1968.
Verifica-se na Tabela 4B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Makkink (1957) e Benavides & Lopez (1970), com 5,05 e
5,13 mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores valores médios são 5,74; 5,55 mm dia
-1
para as equações de Makkink (1957) e Priestley & Taylor (1972), respectivamente. As
maiores médias anuais são de 5,39; 5,13; 5,12 e 5,11 mm dia
-1
para os métodos de Makkink
(1957), Jensen-Haise (1963), Priestley & Taylor (1972) e Benavides & Lopez (1970),
respectivamente. O método de Linacre (1977) apresenta os menores valores médios de
inverno, verão e anual (2,02; 2,04 e 2,03mm dia
-1
, respectivamente).
Os maiores valores médios de desvio padrão e coeficiente de variação
são apresentados pelas equações de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), Radiação (FAO-
24) e Priestley & Taylor (1972) com os valores de 0,64; 0,58 e 0,53, respectivamente para o
desvio padrão e 14,81; 12,13 e 10,39%, respectivamente para o coeficiente de variação . Os
63
menores valores de desvio padrão são observados nas equações de Kharrufa (1985) e Linacre
(1977) (0,10 e 0,10; respectivamente), e os menores valores de coeficiente de variação são
constatados nas equações de Kharrufa (1985) e Camargo (1971) (2,70 e 3,18%,
respectivamente) (Tabela 4B).
Na Figura 20A, pode-se verificar que os métodos de Jensen-Haise
(1963), Makkink (1957) e Priestley & Taylor (1972) superestimam Penman-Monteith (FAO-
56) o ano inteiro, o método de Hargreaves (1974) superestima de fevereiro a junho e
subestima o restante do ano. O método de Thornthwaite superestima (FAO-56) nos meses de
janeiro, março, abril e maio, e subestima de junho a dezembro e fevereiro. O método de
Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se ainda, que os
métodos de Makkink (1957) e Jensen-Haise (1963) seguem a tendência da curva de Penman-
Monteith (FAO-56), mantendo afastamento e divergindo sua tendência no final da curva.
Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley &
Taylor ( 1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,88 a 6,0 mm dia
-1
.
Figura 20A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Aracati.
64
Observou-se na Figura 20B que os métodos de Kharrufa (1985) e Hamon
(1961) subestimam Penman-Monteith (FAO-56) o ano inteiro, os métodos de Benavidez &
Lopez (1970) e Radiação (FAO-24) superestimam Penman-Monteith (FAO-56) durante todo o
ano. O método de Camargo (1971) superestima Penman-Monteith (FAO-56) de novembro até
julho, e subestima de agosto a outubro. O método de Hargreaves-Samani (1985) superestima
Penman-Monteith (FAO-56) no até o mês de abril, e subestima durante o restante do ano. Já o
método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) superestima Penman-Monteith (FAO-56)
de julho até o mês de março e subestima de abril a junho. Também se verifica que a tendência
da curva apresentada por Penman-Monteith (FAO-56), não apresenta bons seguidores de sua
tendência. Os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os métodos
Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985),
Hamon (1961), Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FRVERT et al., 1983) estiveram estão
entre 3,0 a 5,73 mm dia
-1
.
Figura 20B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Acracati.
65
6.2.3 Região de Barbalha
Na Tabela 5B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência em mmdia
-1
para o município de Barbalha no período de 1979
a 1988.
Verifica-se na Tabela 5B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Makkink (1957) e Priestley & Taylor (1972) com 5,28 5,03
mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores valores médios são 5,64; 5,79 e 6,58 mm dia
-1
para as equações de Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e Benavides & Lopez (1970),
respectivamente. As maiores médias anuais são de 5,53 e 5,73 mm dia
-1
para os métodos de
Makkink (1957) e Benavides & Lopez (1970), respectivamente. O método de Linacre (1977)
apresenta os menores valores médios de inverno, verão e anual (2,01; 1,95 e 1,98 mm dia
-1
).
Os maiores valores de desvio padrão e coeficiente de variação são
apresentados pelas equações de Thornthwaite (1948), Benavides e Lopez (1970), Radiação
(FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), e com os valores de 0,65; 1,04; 0,66 e
0,86, respectivamente para o desvio padrão e 18,21 e 20,66%, respectivamente para o
coeficiente de variação nos métodos de Benavides & Lopez (1970) e Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983). Os menores valores de desvio padrão são apresentados pelas
equações de Linacre (1977) e Kharrufa (1985) (0,12 e 0,30, respectivamente), e o menor valor
de coeficiente de variação é constatada na equação de Makkink (1957) (5,82%) (Tabela 5B).
Na Figura 21A verificou-se que os métodos Hargreaves (1974),
Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e Priestley & Taylor (1972) superestimam Penman-
Monteith (FAO-56) o ano todo, já o método de Thornthwaite (1948) superestima de outubro a
abril, e subestima-o de maio a setembro. O método de Linacre (1977) subestima Penman-
Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se ainda, que os métodos de Makkink (1957) e
Jensen-Haise (1963) seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56).
Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
métodos de Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957),
Priestley & Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,81 a 5,95 mm dia
-1
.
66
Figura 21A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Barbalha.
Observou-se, na Figura 21B, que os métodos de Benavides & Lopez
(1970) e Radiação (FAO-24) superestimam Penman-Monteith (FAO-56) durante todo o ano.
Os métodos Hargreaves-Samani (1985) e Camargo (1971) superestimam Penman-Monteith
(FAO-98) de setembro até junho, e subestimam de julho e agosto. O método Kharrufa (1985)
e Hamon (1961) subestimam Penman-Monteith (FAO-56) de abril a novembro, e
superestimam de dezembro a março. o método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983)
subestima Penman-Monteith (FAO-56) de janeiro até o mês de julho e superestima-o de
agosto a dezembro. Também se verifica que os métodos de Radiação (FAO-24) e Blaney-
Criddle (FREVERT et al., 1983), seguem melhor a tendência da curva apresentada por
Penman-Monteith (FAO-56). Detecta-se ainda que os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para os métodos de Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-
Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961) e Radiação (FAO-24) estão
entre 3,0 a 7,40 mm dia
-1
.
67
Figura 21B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Barbalha.
6.2.4 Região de Campos Sales
Na Tabela 6B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência em mmdia
-1
para o município de Campos Sales no período de
1978 a 1987.
Verifica-se na Tabela 6B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Jensen-Haise (1963), Benavides & Lopez (1970) e
Makkink (1957), com 4,73; 4,74 e 5,10 mm dia
-1
. No verão os maiores valores médios são
5,69 e 6,42 mm.dia
-1
para as equações de Makkink (1957) e Benavides & Lopez (1970) e as
maiores médias anuais são 5,39 e 5,58 mm dia
-1
nos métodos de Makkink (1957) e Benavides
& Lopez (1970). O método de Linacre (1977) apresenta os menores valores médios de
inverno, verão e anual de 1,96; 1,98 e 1,97 mm dia
-1
.
Os maiores valores de desvio padrão e coeficiente de variação são
apresentados pelas equações de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) e Benavides & Lopez
(1970), com valores de 0,99 e 1,03, respectivamente para o desvio padrão e 22,46; 18,41%
respectivamente para coeficiente de variação. Os menores valores de desvio padrão são
observados nas equações de Linacre (1977) e Kharrufa (1985) (0,12 e 0,30, respectivamente),
68
e o menor valor de coeficiente de variação é constatado na equação de Linacre (1977) (5,91%)
(Tabela 6B).
Na Figura 22A, verifica-se que os métodos de Thorthwaite (1948) e
Linacre (1977) subestimam a Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo, já os métodos de
Jensen-Haise (1963) e Makkink (1957) superestimam o ano todo. O todo da Priestley &
Taylor (1972) superestima e subestima a Penman-Monteith (FAO-56) seis meses no ano,
sendo: março, maio, julho, outubro, novembro e dezembro, respectivamente para
superestimativa, e nos meses de janeiro, fevereiro, abril, junho, agosto e setembro,
respectivamente para subestimativa. O método de Hargreaves (1974) superestima de outubro
até o mês de maio e subestima de junho até setembro. Observa-se ainda, que os métodos de
Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e Priestley & Taylor (1972) seguem a mesma tendência
da curva de Penman-Monteith (FAO-56). Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para os métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963),
Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley & Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre
1,77 a 5,88 mm dia
-1
.
Figura 22A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Campos Sales.
69
Observou-se, na Figura 22B, que os métodos de Kharrufa (1985) e
Hamon (1961) subestimam a Penman-Monteith (FAO-56) e Benavides & Lopez (1970)
superestimam o ano inteiro. O método Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) subestima de
janeiro até agosto, e superestima do mês de setembro até dezembro, já o método de Radiação
(FAO-24) subestima de janeiro até abril, e superestima Penman-Monteith (FAO-56) o restante
do ano. Camargo (1971) e Hargreaves-Samani (1985) superestimam ao método Penman-
Monteith (FAO-56) de novembro até o mês de abril e subestimam de maio até outubro.
Também se verifica que os métodos de Radiação (FAO-24), Blaney-Criddle (FREVERT et
al., 1983) e Benavides & Lopez (1970) têm a mesma tendência da curva apresentada por
Penman-Monteith (FAO-56). Detecta-se ainda que os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para os métodos de Benavidez & Lopez (1970), Hargreaves-
Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961) e Radiação (FAO-24) e
Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) estão entre 2,86 a 7,18mm dia
-1
.
Figura 22B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Campos Sales.
70
6.2.5 Região de Cratéus
Na Tabela 7B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência em mm dia
-1
para o município de Crateús no período de 1979
a 1988.
Verifica-se na Tabela 7B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Camargo (1971) e Benavides & Lopez (1970) com 4,93 e
5,39 mm.dia
-1
. No verão os maiores valores médios são 5,61; 5,62 e 7,70 mm dia
-1
para as
equações de Jensen-Haise (1963), Hargreaves (1974) e Benavides & Lopez (1970),
respectivamente. A maior média anual é 6,55 mmdia
-1
para o método de Benavides & Lopez
(1970). O método de Linacre (1977) apresenta os menores valores médios de inverno, verão e
anual (2,09; 2,07 e 2,08 mmdia
-1
).
Os maiores valores médios de desvio padrão e coeficiente de variação
são apresentados pelas equações de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) e Benavides e
Lopez (1970) com os valores de 1,15 e 1,42 respectivamente para o desvio padrão e 25,73 e
21,65%, respectivamente para o coeficiente de variação. Os menores valores de desvio padrão
e coeficiente de variação são constatados na equação de Linacre (1977) (0,13 e 6,36) (Tabela
7B).
Na Figura 23A, verifica-se que os métodos de Hargreaves (1974),
Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) superestimam a Penman-Monteith (FAO-56) o ano
inteiro. O método de Thornthwaite (1948) superestima Penman-Monteith (FAO-56) do mês
de novembro até abril, tem valor igual ao Penman-Monteith (FAO-56) no mês de maio, e
subestima de junho até outubro. O método Priestley & Taylor (1972) superestima Penman-
Monteith (FAO-56) nos meses de fevereiro até junho, e de outubro até dezembro, subestima
nos meses de janeiro, julho e agosto, apresentando valor igual ao método padrão no mês de
setembro. O método de Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo.
Observa-se ainda, que os métodos Jensen-Haise (1963), Hargreaves (1974) Priestley & Taylor
(1972) e Makkink (1957) seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-
56). Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para
os métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957),
Priestley & Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,86 a 5,92 mm dia
-1
.
71
Figura 23A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Cratéus.
Observou-se, na Figura 23B, que o método de Benavides & Lopez
(1970) superestima a Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Os métodos de Hargreaves-
Samani (1985) e Camargo (1971) superestimam Penman-Monteith (FAO-56) de setembro até
o mês de maio, e subestimam de junho até agosto. Os métodos de Kharrufa (1985) e Hamon
(1961) subestimam Penman-Monteith (FAO-56) de maio e abril até o mês de fevereiro,
superestimam nos meses de março e abril, respectivamente, o método Radiação (FAO-24)
superestima Penman-Monteith (FAO-98) de junho até o mês de novembro e subestima de
dezembro até maio. O método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) subestima Penman-
Monteith (FAO-56) de janeiro até o mês de julho e superestima de agosto até dezembro.
Também se verifica que os métodos Radiação (FAO-24), Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) e Benavides & Lopez (1970), têm a mesma tendência da curva apresentada por
Penman-Monteith (FAO-56), sendo que a equação de Benavides & Lopez (1970), mantém
certo afastamento em relação à Penman-Monteith (FAO-56). Detecta-se ainda que os valores
médios mensais de evapotranspiração de referência para os métodos de Benavides & Lopez
(1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961),
Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) estão entre 2,86 a
8,51mm dia
-1
.
72
Figura 23B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Cratéus.
6.2.6 Região de Fortaleza
A Tabela 8B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência em mm dia
-1
para o município de Fortaleza no período de
1966 a 1999.
Verifica-se na Tabela 8B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Jensen-Haise (1963), Camargo (1971) e Makkink (1957),
com 4,80; 4,85 e 4,87 mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores valores médios são
5,61; 5,62 e 5,66 mm dia
-1
para as equações de Jensen-Haise (1963), Priestley & Taylor
(1972) e Makkink (1957), respectivamente. As maiores médias anuais são de 5,14; 5,20 e 5,27
mm dia
-1
para os métodos de Priestley & Taylor (1972), Jensen-Haise (1963) e Makkink
(1957). O método de Linacre apresenta os menores valores médios de inverno, verão e anual
(2,32; 2,31 e 2,31 mm dia
-1
).
Os maiores valores de desvio padrão e coeficiente de variação são
apresentados pelas equações de Priestley & Taylor (1972), Radiação (FAO-24) e Blaney-
Criddle (FREVERT et al., 1983), com os valores de 0,59; 0,62 e 0,62, respectivamente para
desvio padrão e 11,58; 14,46 e 17,06, respectivamente para o coeficiente de variação. Os
73
menores valores de desvio padrão e coeficiente de variação são apresentados nas equações de
Linacre (1977), Kharrufa (1985) e Hargreaves (1974) com 0,10; 0,15 e 0,17; respectivamente
para o desvio padrão, e nos métodos Kharrufa (1985), Linacre (1977) e Hargreaves (1974)
com 3,85; 4,24 e 4,34 % respectivamente para o coeficiente de variação (Tabela 8B).
Na Figura 24A, verifica-se que os métodos Jensen-Haise (1963),
Makkink (1957), Priestley Taylor (1972) e Thornthwaite (1948) superestimam a Penman-
Monteith (FAO-56) o ano inteiro, o método de Hargreaves (1974) superestima Penman-
Monteith (FAO-56) no até o mês de junho, e subestima de julho até dezembro. O método de
Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se ainda, que os
métodos Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e Priestley Taylor (1972), seguem a mesma
tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56), o método de Hargreaves apresenta essa
tendência um pouco modificada. Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para os métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963),
Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley & Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre
2,15 a 5,94 mm dia
-1
.
Figura 24A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Fortaleza.
74
Observou-se, na Figura 24B, que os métodos de Benavides & Lopez
(1970) e Camargo (1971) superestimam ao método Penman-Monteith (FAO-56) o ano,
todo. O método de Blaney-Criddle subestima à Penman-Monteith (FAO-56) no até o mês de
setembro e dezembro, superestimando nos meses de outubro e novembro. O método de
Radiação (FAO-24) superestima de maio a fevereiro, subestimando apenas em dois meses do
ano, março e abril. Os métodos Hamon (1961) e Hargreaves-Samani (1985) subestimam à
Penman-Monteith (FAO-56) de maio até o mês de dezembro, respectivamente, sendo que
Hargreaves-Samani (1985) volta a subestimar no mês de fevereiro, e superestimam qnos
meses de janeiro, março e abril, respectivamente. O método de Kharrufa superestima de
dezembro até o mês de maio, subestima de junho até novembro. Também se verifica que os
métodos Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) têm a mesma
tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56), enquanto o método de Benavides & Lopez
(1970), não tão bem quanto os outros dois métodos. Detecta-se ainda que os valores médios
mensais de evapotranspiração de referência para os métodos de Benavides & Lopez (1970),
Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação
(FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) estão entre 2,70 a 5,51 mm dia
-1
.
Figura 24B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Fortaleza.
75
6.2.7 Região de Guaramiranga
A Tabela 9B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência em mm dia
-1
para o município de Guaramiranga no período de
1961 a 1988.
Verifica-se na Tabela 9B que os maiores e menores valores médios de
inverno, verão e anual são apresentados pelos métodos de Makkink (1957), com 4,10; 4,80 e
4,45 mm dia
-1
, respectivamente para os maiores valores médios, e 1,87; 2,45; 2,16 mm dia
-1
e
2,05; 1,85; 1,95 mm dia
-1
,
respectivamente para os menores valores médios nos métodos de
Blaney-Criddle. (FREVERT et al., 1983) e Linacre (1977).
Os maiores valores de desvio padrão são apresentadas pelas equações
de Hargreaves (1974) e Hargreaves-Samani (1985) com os valores de 0,46 e 0,57; já os
maiores valores de coeficiente de variação são apresentados por Blaney-Criddle (FREVERT et
al., 1983) e Hargreaves-Samani (1985) com 15,89 e 16,77%. Os menores valores de desvio
padrão são observados nas equações de Linacre (1977), Camargo (1971) e Kharrufa (1985)
(0,11; 0,12 e 0,17, respectivamente) e os menores valores de coeficiente de variação são
constatados nas equações de Camargo (1971), Linacre (1977) e Kharufa (1985) (3,71; 5,58 e
5,95% respectivamente) (Tabela 9B).
Na Figura 25A, verifica-se os métodos de Linacre (1977) e
Thornthwaite (1948) subestimam à Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo, enquanto os
métodos de Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e Priestley-Taylor
(1972) superestimam o ano todo. Observa-se ainda, que os métodos de Jensen-Haise (1963),
Priestley Taylor (1972), Makkink (1957) e Hargreaves (1974) seguem a mesma tendência da
curva de Penman-Monteith (FAO-56), enquanto o método de Linacre (1977) mostra certa
semelhança com a curva padrão no primeiro semestre, convergindo em sentido contrário no
segundo semestre. Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de
referência para os métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink
(1957), Priestley & Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,80 a 4,88 mm dia
-1
.
76
Figura 25A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Guaramiranga.
Observou-se na Figura 25B, que o método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983) e Hamon (1961) subestimam à Penman-Monteith (FAO-56) o ano
todo. O método de Benavides & Lopez (1970) superestima ao método Penman-Monteith
(FAO-56) somente no mês de janeiro, subestimando o restante do ano. O método da Radiação
(FAO-24) subestima ao método Penman-Monteith (FAO-56) de janeiro a maio,
superestimando o restante do ano. O método de Hargreaves-Samani (1985) superestima de
agosto até o mês de maio, subestimando nos meses de junho e julho. O método de Camargo
(1971) superestima ao método Penman-Monteith (FAO-56) de novembro a julho,
subestimando nos meses de agosto, setembro e outubro, o método de Kharrufa (1985)
superestima Penman-Monteith (FAO-56) no até o mês de maio, subestimando de junho a
dezembro. Observa-se ainda, que os métodos de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983),
Radiação (FAO-24), seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56).
Detecta-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
métodos de Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971),
Kharrufa (1985), Hamon (1961) e Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) estão entre 1,67 a 4,35 mm dia
-1
.
77
Figura 25B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Guaramiranga.
6.2.8 Região de Iguatu
Na Tabela 10B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência em mmdia
-1
para o município de Iguatu no período de 1961 a
1990.
Verifica-se na Tabela 10B que os maiores valores médios de inverno,
verão e anual são apresentados pelos métodos de Camargo (1971) e Benavides & Lopez
(1970) com 5,33; 5,59; 5,46mm dia
-1
; e 5,74; 7,31; 6,53mm dia
-1
, respectivamente. Os
menores valores médios de inverno e anual são constatados nas equações de Linacre (1977) e
Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) (2,18; 2,10 e 3,04; 3,86, respectivamente), e os
menores valores médios de verão são apresentados nas equações de Linacre (1977) e Hamon
(1961) e (2,02 e 4,17, respectivamente).
Os maiores valores médios de desvio padrão são apresentados pelas
equações de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) e Benavides & Lopez (1970) com os
valores de 1,00 e 1,13, respectivamente, e 19,48 e 25,91% para o coeficiente de variação nos
métodos de Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), respectivamente.
Os menores valores de desvio padrão são observados nas equações de Linacre (1977) e
78
Kharrufa (1985) e (0,19 e 0,34, respectivamente) e os menores valores de coeficiente de
variação são constatados nas equações de Kharrufa (1985) e Thornthwaite (1948) e (8,10 e
8,87%, respectivamente) (Tabela 10B).
Na Figura 26A verifica-se que apenas o método de Linacre (1977)
subestima ao método padrão de Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo; enquanto os métodos
de Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Makkink (1957), Priestley & Taylor (1972) e
Thornthwaite (1948), superestimam Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se
ainda, que os métodos Makkink (1957), Jensen-Haise (1963), Priestley & Taylor (1972) e
Hargreaves (1974), seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56).
Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley &
Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,87 e 6,0 mm dia
-1
.
Figura 26A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Iguatu.
Observou-se na Figura 26B que os métodos de Benavides & Lopez
(1970), Camargo (1971) e Hargreaves-Samani (1985) superestimam ao método Penman-
Monteith (FAO-56) o ano todo. O método de Hamon (1961) superestima Penman-Monteith
(FAO-56) de dezembro até o mês de maio e subestima de junho a novembro, o método de
Kharrufa (1985) superestima de dezembro até o mês de junho, e subestima de julho a
79
novembro. O método de Radiação (FAO,-24) superestima ao Penman-Monteith (FAO-56) de
junho a janeiro, subestimando-o de fevereiro a maio, enquanto o método Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983) superestima ao método Penman-Monteith (FAO-56) de junho a
janeiro, subestimando de fevereiro a maio. Também se verifica que os métodos de Blaney-
Criddle (FREVERT et al., 1983), Radiação (FAO-24) têm a mesma tendência da curva
apresentada por Penman-Monteith (FAO-56), enquanto que, os métodos de Benavides &
Lopez (1970) e Hargreaves-Samani (1985) apresentam afastamento e distorção,
respectivamente, em relação à tendência da curva padrão. Detecta-se ainda que os valores
médios mensais de evapotranspiração de referência para os métodos de Benavides & Lopez
(1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961),
Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) estão entre 2,42 a 8,0 mm dia
-1
.
Figura 26B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Iguatu.
80
6.2.9 Região de Jaguaruana
A Tabela 11B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para o município de Jaguaruana no período de 1979 a 1988.
Verifica-se na Tabela 11B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Jensen-Haise (1963), Benavides & Lopez (1970) e
Camargo (1971) e com 5,12; 5,29 e 5,52 mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores
valores médios são 5,72; 5,80 e 5,95 mm dia
-1
para as equações de Makkink (1957), Jensen-
Haise (1963) e Benavides & Lopez (1970), respectivamente. As maiores médias anuais são de
5,62; 5,49 e 5,46 mm dia
-1
para os métodos de Jensen-Haise (1963), Camargo (1971) e
Benavides & Lopez (1970), respectivamente. O método de Linacre (1977) apresenta os
menores valores médios de inverno, verão e anual (2,23; 2,01 e 2,12 mm dia
-1
,
respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão são apresentados pelas equações
de Radiação (FAO 24), Penman-Monteith (FAO-56) e Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) com os valores de e 0,63; 0,72 e 0,73, respectivamente para o desvio padrão e 14,01;
15,04 e 17,78%, respectivamente para o coeficiente de variação. Os menores valores de desvio
padrão são observados nas equações de Linacre (1977), Kharrufa (1985) e Thornthwaite
(1948) e (0,16; 0,21 e 0,25; respectivamente) e os menores valores de coeficiente de variação
são constatados nas equações de Kharrufa (1985), Thornthwaite (1948) e Camargo (1971)
(4,97; 5,17 e 5,82%, respectivamente) (Tabela 11B).
Na Figura 27A, verifica-se que os métodos de Jensen-Haise (1963) e
Makkink (1957), superestimam Penman-Monteith (FAO-56) o ano inteiro, o método de
Priestley e Taylor (1972) superestima Penman-Monteith (FAO-56) praticamente o ano todo,
com exceção ao mês de setembro, onde há uma repentina subestimativa. Os métodos
Thornthwaite (1948) e Hargreaves (1974) superestimam a Penman-Monteith (FAO-56) de
dezembro a junho e dezembro a agosto, respectivamente, subestimando de julho a novembro e
de setembro a novembro, respectivamente. O método de Linacre (1977) subestima Penman-
Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se ainda, que os métodos de Hargreaves (1974),
Priestley & Taylor (1972), Jensen-Haise (1963), Makkink (1957), seguem a mesma tendência
da curva de Penman-Monteith (FAO-56). Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de
81
evapotranspiração de referência para os métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise(1963),
Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley & Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre
1,88 a 6,15 mm dia
-1
.
Figura 27A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Jaguaruana.
Observaou-se na Figura 27B que o método de Benavides & Lopez
(FREVERT et al, 1983) superestima a Penman-Monteith (FAO-56) durante todo o ano. Os
métodos de Camargo (1971) e Hargreaves-Samani (1985) superestimam a Penman-Monteith
(FAO-56) de novembro até o mês de julho e de dezembro até o mês de agosto,
respectivamente, subestimando de agosto até o mês de outubro e de setembro até o mês de
novembro, respectivamente. O método Kharrufa (1985) subestima Penman-Monteith (FAO-
56) de junho a fevereiro, superestimando nos meses de março, abril e maio. Já o método
Hamom (1961) subestima a Penman-Monteith (FAO-56) de maio a fevereiro, superestimando
apenas em dois meses no ano, março e abril. O método de Radiação (FAO-24) subestima
Penman-Monteith(FAO-56), praticamente o ano todo, superestimando apenas uma vez no ano,
no mês de junho, enquanto o método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), subestima o
ano todo. Também se verifica que os métodos de Radiação (FAO-24), Blaney-Criddle
82
(FREVERT et al., 1983), Hargreaves-Samani (1985) têm a mesma tendência da curva
apresentada por Penman-Monteith (FAO-56), já o método de Benavides & Lopez (1970)
divergiu desta tendência no primeiro semestre do ano, voltando a acompanhar no segundo
semestre. Detecta-se inda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência
para os métodos de Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971),
Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação (FAO 24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) estão entre 3,10 a 6,26 mm dia
-1
.
Figura 27B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Jaguaruana.
6.2.10 Região de Juazeiro do Norte
A Tabela 12B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para o município de Juazeiro do Norte no período de 1978 a
1987.
Verifica-se na Tabela 12B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Jensen-Haise (1963), Benavides & Lopez (1970) e
Makkink (1957), com 4,84; 4,97 e 5,08 mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores
valores médios são 5,56; 5,73 e 6,31 mm dia
-1
para as equações de Jensen-Haise (1963),
83
Makkink (1957) e Benavides & Lopez (1970), respectivamente. As maiores médias anuais são
de 5,20; 5,40 e 5,64 mmdia
-1
para os métodos de Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e
Benavides & Lopez (1970), respectivamente. O método de Linacre (1977) apresenta os
menores valores médios de inverno, verão e anual (1,91; 1,84 e 1,87 mm dia
-1
,
respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão e coeficientes de variação são
apresentados pelas equações Thornthwaite (1948), Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) e
Benavides & Lopez (1970), com os valores de e 0,68; 0,84 e 0,92, respectivamente para o
desvio padrão e 17,04; 16,32 e 20,02%, respectivamente para o coeficiente de variação. Os
menores valores de desvio padrão são observados nas equações de Linacre (1977) e Kharrufa
(1985) e (0,14 e 0,32, respectivamente) e os menores valores de coeficiente de variação são
constatados nas equações de Linacre (1977) e Makkink (1957) (7,62 e 7,71%,
respectivamente) (Tabela 12B).
Na Figura 28A, verifica-se que os métodos de Hargreaves (1974),
Priestley e Taylor (1972), Jensen-Haise (1963) e Makkink (1957), superestimam Penman-
Monteith (FAO-56) o ano inteiro, o método de Thornthwaite (1948) superestima ao método
Penman-Monteith (FAO-56) de outubro a abril, e subestima nos meses de maio a setembro. O
método de Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se
ainda, que os métodos de Makkink (1957) e Jensen-Haise (1963) seguem melhor a tendência
da curva de Penman-Monteith (FAO-56), enquanto os métodos de Hargreave (1974) e
Priestley & Taylor (1972) apresentam um pouco de distorção em relação à tendência da curva.
Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley e
Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,64 a 6,0 mm dia
-1
.
84
Figura 28A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Juazeiro do Norte.
Observaou-se na Figura 28B que os métodos de Benavides & Lopez
(1970) e Radiação (FAO 24), superestimam a Penman-Monteith (FAO-56) durante todo o ano.
Os métodos de Hargreaves-Samani (1985) e Camargo (1971) superestimam a Penman-
Monteith (FAO-56) de setembro a abril, e de setembro a maio, respectivamente,
subestimando-o de maio a agosto, e nos meses de junho, julho e agosto, respectivamente. O
método Kharrufa (1985) subestima Penman-Monteith (FAO-56) de maio a dezembro,
superestimando de janeiro a abril. Já o método de Hamom (1961) subestima a Penman-
Monteith (FAO-56) praticamente o ano todo, com exceção ao mês de janeiro, onde se igualha
ao valor de Penman-Monteith (FAO-56). o método de Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) superestima a Penman-Monteith (FAO-56) de agosto a janeiro, subestimando de
fevereiro a julho. Também se verifica que os métodos de Radiação (FAO-24), Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983), apresentam melhor a tendência da curva apresentada por Penman-
Monteith (FAO-56), enquanto o método de Benavides & Lopez (1970) mostra essa tendência
um pouco modificada. Detecta-se inda que os valores médios mensais de evapotranspiração de
referência para os métodos de Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985),
Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação (FAO-24) e Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983) estão entre 2,89 a 7,0 mm dia
-1
.
85
Figura 28B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Juazeiro do Norte.
6.2.11 Região de Morada Nova
A Tabela 13B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para o município de Morada Nova no período de 1961 a 1990.
Verifica-se na Tabela 13B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Makkink (1957), Jensen-Haise (1963) e Benavides &
Lopez (1970), com 5,36; 5,37 e 5,45 mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores valores
médios são 5,89; 5,96 e 6,51 mm dia
-1
para as equações de Jensen-Haise (1963), Blaney-
Criddle (FREVERT et al., 1983) e Benavides & Lopez (1970), respectivamente. As maiores
médias anuais são de 5,60; 5,63 e 5,98 mm dia
-1
para os métodos de Makkink (1957), Jensen-
Haise (1963) e Benavides & Lopez (1970), respectivamente. O método de Linacre (1977)
apresenta os menores valores médios de inverno, verão e anual (2,10; 1,93 e 2,02 mm dia
-1
,
respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão são apresentados pelas equações
Penman-Monteith (FAO-56), Benavides & Lopez (1970) e Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983), com os valores de e 0,73; 0,76 e 0,98, respectivamente, e para o coeficiente de variação
temos 13,48; 14,47 e 19,21%, respectivamente nas equações de Hargreaves-Samani (1985),
86
Penman-Monteith (FAO-98) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983). Os menores valores
de desvio padrão são observados nas equações de Linacre (1977) e Kharrufa (1985) com (0,13
e 0,27; respectivamente) e os menores valores de coeficiente de variação são constatados nas
equações de Makkink (1957) e Jensen-Haise (1963) com (6,26 e 5,38%, respectivamente)
(Tabela 13B).
Na Figura 29A, verifica-se que os métodos Jensen-Haise (1963),
Makkink (1957) e Hargreaves (1974) superestimam Penman-Monteith (FAO-56) praticamente
o ano inteiro, sendo que o método de Hargreaves (1974) subestima a Penman-Monteith (FAO-
56) em setembro, e o método de Makkink se iguala ao de Penman-Monteith (FAO-56) no mês
de novembro. Os métodos de Thornthwaite (1948) e Priestley-Taylor (1972) superestimam a
Penman-Monteith (FAO-56) de fevereiro até o mês de maio, e julho, respectivamente;
subestimando de junho a janeiro e de agosto a janeiro, respectivamente. O método de Linacre
(1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se ainda, que os métodos
de Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Priestley e Taylor (1972) e Makkink (1957)
seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56). Visualiza-se ainda que
os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os métodos Hargreave
(1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley-Taylor (1972) e
Thorthwaite (1948) estão entre 1,81 a 6,24 mm dia
-1
.
Figura 29A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Morada Nova.
87
Observou-se na Figura 29B que o método de Benavides & Lopez
(1970) superestima a Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. O método de Camargo (1971)
superestima ao método Penman-Monteith (FAO-56) de dezembro a julho, subestimando de
agosto a novembro, já Hargreaves-Samani (1985) superestima a Penman-Monteith (FAO-56)
de fevereiro até o mês de abril, e nos meses de outubro, novembro e dezembro, e subestima de
maio até o mês de setembro e janeiro. O método de Radiação (FAO 24), superestima a
Penman-Monteith (FAO-56) nos meses de fevereiro a agosto, e outubro, subestimando em
janeiro, setembro, novembro e dezembro. o método de Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) superestima a Penman-Monteith (FAO-56) nos meses de julho a dezembro, e fevereiro,
subestimando em janeiro, e de março a junho. Os métodos de Kharrufa (1985) e Hamom
(1961) subestimam a Penman-Monteith (FAO-56) praticamente o ano todo, no entanto; o
método de Kharrufa (1985) superestima a Penman-Monteith (FAO-56) no mês de abril.
Também se verifica que os métodos de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), Benavides &
Lopez (1970) seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56), enquanto
Hargreaves-Samani (1985) e Radiação(FAO-24), apresentam certa deformação. Detecta-se
ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os métodos de
Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985),
Hamon (1961), Radiação (FAO 24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) estão entre 3,40
a 7,0 mm dia
-1
.
88
Figura 29B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Morada Nova.
6.2.12 Região de Paraipaba
A Tabela 14B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para o município de Paraipaba no período de 1975 a 1998.
Verifica-se na Tabela 14B que os maiores valores médios de inverno,
verão e anual são apresentados pelos métodos de Jensen-Haise (1963) e Makkink (1957) com
5,00 e 5,06; 5,75; 5,78; 5,37 e 5,42 mm dia
-1
, respectivamente. O método de Linacre (1977)
apresenta os menores valores médios de inverno, verão e anual (2,10; 2,01 e 2,06 mm dia
-1
,
respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão e coeficientes de variação são
apresentados pelas equações Priestley-Taylor (1972) e Radiação (FAO 24) com os valores de
e 0,49 e 0,67, respectivamente para o desvio padrão, e 14,51 e 14,03% para os coeficiente de
variação nas equações de Radiação (FAO 24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983),
respectivamente. Os menores valores de desvio padrão e coeficiente de variação são
observados nas equações de Linacre (1977) e Kharrufa (1985) (0,09 e 0,16, respectivamente
para o desvio padrão e (4,25 e 3,94%, respectivamente para o coeficiente de variação) (Tabela
14B).
89
A Figura 30A mostra com bastante evidência que os métodos de
Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Makkink (1957), Priestley-Taylor (1972) e
Thorthwaite (1948), superestimam ao método de Penman-Monteith (FAO-56) o ano inteiro,
havendo uma aproximação dos valores de Thorthwaite (1948) nos meses de junho a
novembro, ao método padrão de Penman-Monteith. o método de Linacre (1977), é o único
dos métodos que subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se ainda, que os
métodos de Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e Priestley-Taylor
(1972), seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56). Visualiza-se
ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os métodos
Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley-Taylor
(1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,89 a 5,96 mm dia
-1
.
Figura 30A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Paraipaba.
Observa-se Figura 30B que os métodos de Camargo (1971),
Hargreaves-Samani (1985) e Radiação (FAO 24), superestimam a Penman-Monteith (FAO-
98) o ano todo, sendo que o método Radiação (FAO 24), mostra subestimativa no mês de
janeiro. O método de Benavides & Lopez (1970) superestima ao método de Penman-Monteith
(FAO-56) de novembro até o mês de junho, e setembro, subestimando nos meses de julho e
agosto, e se igualha ao valor de Penman-Monteith (FAO-56) no mês de outubro. Os métodos
90
de Hamom (1961) e Kharrufa (1985) subestimam a Penman-Monteith (FAO-56) nos meses de
junho e julho, respectivamente; até os meses de janeiro e dezembro, respectivamente,
superestimando de fevereiro até o mês de maio, e de janeiro junho. o método de Blaney-
Criddle (FREVERT et al., 1983), subestima ao método de Penman-Monteith (FAO-56) o ano
todo. Também se verifica que o método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), segue a
mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-568), enquanto os métodos de
Radiação (FAO 24) e Benavides & Lopez (1970), apresentam certa alteração nas tendências
das curvas. Detecta-se inda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência
para os métodos de Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971),
Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação (FAO 24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) estão entre 2,45 a 6,0 mm dia
-1
.
Figura 30B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Paraipaba.
91
6.2.13 Região de Pentecoste
A Tabela 15B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para o município de Pentecoste no período de 1970 a 1998.
Verifica-se na Tabela 15B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Jensen-Haise (1963), Hargreaves (1974) e Camargo
(1971), com 5,10; 5,23 e 5,58 mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores valores médios
são 6,02; 6,09 e 6,30 mm dia
-1
para as equações de Penman-Monteith (FAO-56), Jensen-Haise
(1963) e Benavides & Lopez (1970), respectivamente. As maiores médias anuais são de 5,60;
5,62 e 5,65 mm dia
-1
para os métodos de Jensen-Haise (1963), Benavides & Lopez (1970) e
Camargo (1971), respectivamente. O método de Linacre (1977) apresenta os menores valores
médios de inverno, verão e anual (2,16; 2,07 e 2,12 mm dia
-1
, respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão e coeficientes de variação são
apresentados pelas equações Penman-Monteith (FAO-56) e Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) com os valores de e 0,99 e 0,96; respectivamente para o desvio padrão e 18,78 e
23,53%, respectivamente para o coeficiente de variação. Os menores valores de desvio padrão
são observados nas equações de Linacre (1977) e Kharrufa (1985) com os valores de 0,07 e
0,24, respectivamente e 3,42 e 5,06% para os menores valores de coeficiente de variação nos
métodos de Linacre (1977) e Camargo (1971), respectivamente (Tabela 15B).
Na Figura 31A, verifica-se que os métodos testados superestimam ao
método de Penman-Monteith (FAO-56) na maior parte do ano; sendo que, essa
superestimativa se prolonga no até o mês de agosto, para os métodos Hargreaves (1974),
Jensen-Haise (1963), Priestley-Taylor (1972), e subestimam de setembro a dezembro, a
exceção ao método de Makkink (1957), que o superestima de fevereiro a agosto, subestimando
do mês de setembro a janeiro. o método de Thornthwaite (1948) superestima ao método
Penman-Monteith (FAO-56) de fevereiro a junho, e subestimando de julho até o mês de
dezembro, chegando a igualar ao valor de Penman-Monteith (FAO-56) nos meses de janeiro e
fevereiro. O método de Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo.
Observa-se ainda, que os métodos de Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Priestley-
Taylor (1972) e Makkink (1957) seguem a tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56).
Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
92
métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley-
Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 2,0 a 6,59 mm dia
-1
.
Figura 31A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Pentecoste.
Observa-se na Figura 31B que o método de Benavides & Lopez (1970)
superestima a Penman-Monteith (FAO-56) durante todo o ano. O método de Camargo (1971)
superestima a Penman-Monteith (FAO-56) no até o mês de julho, subestimando de agosto a
dezembro. O método de Hargreaves-Samani (1985) subestima ao método Penman-Monteith
(FAO-56) de junho até dezembro, e no mes de fevereiro e março, superestimando nos meses
de janeiro, março, abril e maio. O método de Kharrufa (1985) subestima a Penman-Monteith
(FAO-56) de maio até o mês de fevereiro, superestimando nos meses de março e abril. o
método Hamom (1961) subestima a Penman-Monteith (FAO-56) de abril a fevereiro,
superestimando apenas no mês de março. O método de Radiação (FAO-24) subestima
Penman-Monteith (FAO-56), do mês de agosto até fevereiro, superestimando de março até
julho. O método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), subestima ao método padrão
(FAO-56) o ano todo. Também se verifica que os métodos de Benavides & Lopez (1970),
Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) têm a mesma tendência da curva apresentada por
Penman-Monteith (FAO-56), já os métodos de Radiação (FAO-24), e Hargreaves-Samani
(1985), tentam seguir a tendência da curva padrão; mas divergem em alguns pontos da curva.
93
Detecta-se inda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
métodos de Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971),
Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação (FAO 24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) estão entre 2,73 a 6,67 mm dia
-1
.
Figura 31B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Pentecoste.
6.2.14 Região de Quixeramobim
A Tabela 16B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para o município de Quixeramobim no período de 1961 a
1990.
Verifica-se na Tabela 16B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Jensen-Haise (1963), Camargo (1971) e Makkink (1957),
com 5,03; 5,08 e 5,11 mm dia
-1
, respectivamente. No verão os maiores valores médios são
5,71; 5,77 e 5,92 mm dia
-1
para as equações de Makkink (1957), Jensen-Haise (1963) e
Benavides & Lopez (1970), respectivamente. As maiores médias anuais são de 5,32; 5,40 e
5,41 mm dia
-1
para os métodos de Camargo (1971), Jensen-Haise (1963) e Makkink (1957),
94
respectivamente. O método de Linacre (1977) apresenta os menores valores médios de
inverno, verão e anual (2,23; 2,13 e 2,18 mm dia
-1
, respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão e coeficientes de variação são
apresentados pelas equações Penman-Monteith (FAO-56), Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983) e Benavides & Lopez (1970) com os valores de e 0,84; 0,84 e 0,87, respectivamente
para o desvio padrão e 22,19; 18,06 e 16,63%, respectivamente para o coeficiente de variação.
Os menores valores de desvio padrão são observados nas equações de Kharrufa (1985) e
Linacre (1977) (0,11 e 0,31; respectivamente) e os menores valores de coeficiente de variação
são constatados nas equações de Linacre (1977) e Makkink (1657) (4,85 e 6,66%,
respectivamente) (Tabela 16B).
Na Figura 32A, verifica-se que os métodos Jensen-Haise (1963),
Makkink (1957) e Priestley-Taylor (1972), superestimam Penman-Monteith (FAO-56) o ano
inteiro, sendo que o método de Priestley e Taylor (1972), apresenta subestimativa no mês de
setembro. Os métodos de Thornthwaite (1948) e Hargreaves (1974) superestimam a Penman-
Monteith (FAO-56) de janeiro até o mês de maio, e de dezembro até julho, respectivamente; e
subestimam nos meses de junho a dezembro, e de agosto a novembro, respectivamente. O
método de Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se
ainda, que os métodos de Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Priestley-Taylor (1972) e
Makkink (1957) seguem a tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56). Visualiza-se
ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os métodos
Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley & Taylor
(1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,99 a 6,06 mm dia
-1
.
95
Figura 32A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Quixeramobim.
Observa-se na Figura 32B, que os métodos de Camargo (1971) e
Benavides & Lopez (FREVERT et al, 1983), superestimam Penman-Monteith (FAO-56) o ano
todo. O método de Hargreaves-Samani (1985) superestima ao método Penman-Monteith
(FAO-56) de dezembro até o mês de abril, subestimando de maio até o mês de novembro. O
método de Radiação (FAO-24), superestima a Penman-Monteith (FAO-56) nos meses de
fevereiro até o mês de agosto, e outubro, subestimando nos meses de setembro, novembro até
o mês de janeiro. O método de Kharrufa (1985) superestima a Penman-Monteith (FAO-56) de
fevereiro até o mês de maio, subestimando de junho até janeiro. Já o método de Hamom
(1961) superestima ao método padrão de Penman-Monteith (FAO-56) em apenas dois meses
do ano, março e abril, subestimando no restante do ano. O método de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983) subestima ao método de Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo.
Também se verifica que os métodos de Benavides & Lopez (1970), Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983) e Hargreaves-Samani (1985), seguem a mesma tendência da curva de
Penman-Monteith (FAO-56), enquanto Radiação (FAO-24) e Camargo (1971), apresentam
certa deformação em relação à curva padrão. Detecta-se inda que os valores médios mensais
de evapotranspiração de referência para os métodos de Benavides & Lopez (1970),
Hargreaves-Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação
(FAO-24) e Blaney-Criddle (FREVERT et al, 1983) estão entre 2,66 a 6,31mm dia
-1
.
96
Figura 32B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Quixeramobim.
6.2.15 Região de Sobral
A Tabela 17B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para o município de Sobral no período de 1961 a 1988.
Verifica-se na Tabela 17B que os maiores valores médios de inverno
são apresentados pelos métodos de Benavides & Lopez (1970) e Camargo (1971), com 5,09 e
5,10mmdia
-1
, respectivamente. No verão os maiores valores médios são 5,76 e 6,87 mmdia
-1
para as equações de Hargreaves (1974) e Benavides & Lopez (1970), respectivamente. As
maiores médias anuais são de 5,35 e 5,98 mm dia
-1
para os métodos de Camargo (1971) e
Benavides & Lopez (1970), respectivamente. O método de Linacre (1977) apresenta os
menores valores médios de inverno, verão e anual (2,09; 2,00 e 2,04 mm dia
-1
,
respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão são apresentados pelas equações
de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) e Benavides & Lopez (1970), com os valores de
0,96 e 1,12; respectivamente para o desvio padrão e 23,74 e 18,73%, respectivamente para o
coeficiente de variação. Os menores valores de desvio padrão e coeficiente de variação são
97
observados nas equações de Kharrufa (1985) e Linacre (1977) (0,10; 0,26 e 4,66 e 6,346%;
respectivamente) (Tabela 17B).
Na Figura 33A verifica-se que os métodos de Hargreaves (1974),
Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e Priestley & Taylor (1972), superestimam ao método
de Penman-Monteith (FAO-56) o ano inteiro, sendo que o método de Priestley & Taylor
(1972), apresentou subestimativa no mês de setembro, enquanto o método de Thorthwaite
(1948) superestima de dezembro até o mês de julho, subestimando de agosto a novembro. O
método de Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se
ainda, que os métodos de Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Priestley & Taylor (1972)
e Makkink (1957), seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56),
enquanto o método de Thorthwaite (1948) diverge da tendência da curva no primeiro
semestre. Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de
referência para os métodos Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink
(1957), Priestley-Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,87 a 6,11 mm dia
-1
.
Figura 33A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Sobral.
Observa-se na Figura 33B que os métodos Benavides & Lopez (1970),
Camargo (1971) e Hargreaves-Samani (1985) superestimam ao método Penman-Monteith
(FAO-56) o ano todo, sendo que o método Hargreaves-Samani (1985) apresenta
98
subestimativa no mês de fevereiro. Os métodos Kharrufa (1985) e Hamon (1961) subestimam
Penman-Monteith (FAO-56) de junho até o mês de janeiro, de maio até o mês de fevereiro,
respectivamente, superestimam de fevereiro até o mês de maio, e nos meses de março e abril,
respectivamente. O método de Radiação (FAO-24) superestima ao Penman-Monteith (FAO-
56) de fevereiro até o mês de agosto, e outubro, subestimando nos meses de setembro,
novembro, dezembro e janeiro. o método Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983)
subestima ao método Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Também se verifica que os
métodos de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), Benavides & Lopez (1970), Radiação
(FAO-24) e Hargreaves-Samani (1985) têm a mesma tendência da curva apresentada por
Penman-Monteith (FAO-56). Detecta-se ainda que os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para os métodos de Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-
Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação (FAO-24) e
Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) estão entre 2,69 a 7,28 mm dia
-1
.
Figura 33B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Sobral.
99
6.2.16 Região de Tauá
A Tabela 18B (APÊNDICE) apresenta os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para o município de Tauá no período de 1977 a 1986.
Verifica-se na Tabela 18B que os maiores valores médios de inverno e
anual são apresentados pelos métodos de Hargreaves (1974), Makkink (1957) e Benavides &
Lopez (1970), com 4,92; 4,97 e 5,36 mm dia
-1
, respectivamente para o inverno e 5,17; 5,27 e
6,28 mm dia
-1
, respectivamente para os valores anuais. No verão os maiores valores médios
são 5,51; 5,57 e 7,21 mm dia
-1
para as equações de Jensen-Haise (1963), Makkink (1957) e
Benavides & Lopez (1970), respectivamente. O método de Linacre (1977) apresenta os
menores valores médios de inverno, verão e anual (2,10; 2,11 e 2,10 mm dia
-1
,
respectivamente).
Os maiores valores de desvio padrão e coeficientes de variação são
apresentados pelas equações de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) e Benavides & Lopez
(1970) com os valores de e 0,90 e 1,13; respectivamente para o desvio padrão e 20,79 e
17,97%, respectivamente para o coeficiente de variação. Os menores valores de desvio padrão
são observados nas equações de Linacre (1977), Kharrufa (1985) e Hargreaves (1974) e (0,15;
0,31 e 0,31, respectivamente) e os menores valores de coeficiente de variação são constatados
nas equações de Hargreaves (1974), Linacre (1977) e Kharrufa (1985) (5,95; 6,95 e 7,75%,
respectivamente) (Tabela 18B).
Na Figura 34A, verifica-se que os métodos de Hargreaves (1974),
Jensen-Haise (1963), Priestley & Taylor (1972) e Makkink (1957), superestimam Penman-
Monteith (FAO-56) o ano inteiro, Thornthwaite (1948) superestima ao método Penman-
Monteith (FAO-56) de setembro até o mês de abril, e subestima nos meses de maio até agosto.
O método de Linacre (1977) subestima Penman-Monteith (FAO-56) o ano todo. Observa-se
ainda, que os métodos Hargreaves (1974), Jensen-Haise (1963), Priestley & Taylor (1972) e
Makkink (1957) seguem a mesma tendência da curva de Penman-Monteith (FAO-56).
Visualiza-se ainda que os valores médios mensais de evapotranspiração de referência para os
métodos Hargreave (1974), Jensen-Haise (1963), Linacre (1977), Makkink (1957), Priestley-
Taylor (1972) e Thorthwaite (1948) estão entre 1,85 a 5,79 mm dia
-1
.
100
Figura 34A. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, HG Hargreaves, JH Jensen-Hayse, LN Linacre, MK Makkink, PT
Priestley & Taylor e TW Thornthwaite para o município Tauá.
Observa-se na Figura 34B que os métodos de Benavides & Lopez
(1970) e Radiação (FAO 24), superestimam a Penman-Monteith (FAO-56) durante todo o ano.
Os métodos de Camargo (1971) e Hargreaves-Samani (1985) superestimam a Penman-
Monteith (FAO-56) de agosto até o mês de maio, subestimam nos meses de junho e julho,
respectivamente. Os métodos Kharrufa (1985) e Hamon (1961) subestimam Penman-Monteith
(FAO-56) de maio até o mês de novembro, de março a novembro, respectivamente, e
superestimam de dezembro até o mês de abril para Kharrufa, e nos meses de dezembro e
fevereiro, chegando a se igualar ao valor de Penman-Monteith (FAO-56) em janeiro,
respectivamente para o método de Hamon (1961). o método de Blaney-Criddle (FREVERT
et al., 1983) superestima a Penman-Monteith (FAO-56) de julho até o mês de dezembro,
subestimando de janeiro a junho. Também se verifica que os métodos de Radiação (FAO-24) e
Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), têm a mesma tendência da curva apresentada por
Penman-Monteith (FAO-56), enquanto o método de Benavides & Lopez (1970) mostra a
tendência da curva com mais curvatura. Detecta-se inda que os valores médios mensais de
evapotranspiração de referência para os métodos de Benavides & Lopez (1970), Hargreaves-
Samani (1985), Camargo (1971), Kharrufa (1985), Hamon (1961), Radiação (FAO 24) e
Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) estão entre 3,12 a 7,83 mm dia
-1
.
101
Figura 34B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência de PM Penman-
Monteith, BL Benavides & Lopez, HS Hargreaves-Samani,. CM Camargo, KF
Kharrufa, HM Hamon, RD Radiação e BC Blaney-Criddle para o município
Tauá.
6.3 Tratamento e análise acumulativa dos métodos
De acordo com a análise da evapotranspiração de referência realizada
nas dezesseis localidades do Estado do Ceará, e visando obter um conjunto de valores
interpretáveis e compreensíveis da evapotranspiração de referência (ETo) local, em cada
equação utilizada nesta pesquisa, os resultados de ETo foram organizados em conjunto bem
definidos de cada método, que foram organizados nas Tabelas 3 em cores diferenciadas para
facilitar a análise dos dados. Sendo as equações de Hargreaves (1974) e Thorthwaite (1948)
mais utilizadas no cálculo da evapotranspiração de referência (ETo) para dimensionamento de
projetos de irrigação no Estado do Ceará, estas foram discutidas em primeiro lugar.
6.3.1 Método de Hargreaves (1974)
Nas Tabelas 3, verificou-se que a evapotranspiração de referência
estimada pelo método de Hargreaves (1974) subestima a Penman-Monteith (FAO-56), sete
meses nos municípios de Acaraú e Aracati, seis meses em Fortaleza, quatro meses em Campos
Sales, Pentecoste e Quixeramobim, três meses em Jaguaruana e um mês em Morada Nova, e
102
Tabela 3. Resultados da análise da evapotranspiração de referência nos métodos testados em cada localidade.
Municípios
Acaraú Aracati Barbalha Campos Sales Crateús Fortaleza Guaramiranga
Iguatu
HG (NSb7) HG (NSb7) - HG (NSb4) - HG (NS6) - -
TW (NSb7) TW (NSb8) TW (NSb5) TW (NSb12) TW (SNb5) - TW (NSb12) -
LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12)
- - - PT (NSb6) PT (NSb3) - - -
KF (NSb11) KF (NSb12) KF (NSb8) KF (NSb12) KF (NSb10) KF (NSb6) KF (NSb7) KF (NSb5)
HM (NSb11) HM (NSb12) HM (NSb8) HM (NSb12) HM (NSb11) HM (NSb8) HM (NSb12) HM (NSb6)
HS (NSb7) HS (NSb8) HS (NSb2) HS (NSb6) HS (NSb3) HS (NSb9) HS (NSb2) -
CM (NSb7) CM (NSb3) CM (NSb2) CM (NSb6) CM (NSb3) - CM (NSb3) -
RD (NSb8) - - RD (NSb4) RD (NSb6) RD (NSb2) RD (NSb5) RD (NSb4)
BC (NSb12) BC (NSb3) BC (NSb7) BC (NSb8) BC (NSb7) BC (NSb10) BC (NSb12) BC (NSb6)
Subestima
- - - - - - BL (NSb11) -
HG (NSp5) HG (NSp5) HG (NSp12) HG (NSp8) HG (NSp12) HG (NSp6) HG (NSp12) HG (NSp12)
TW (NSp5) TW (NSp4) TW (NSp7) - TW (NSp6) TW (NSp12) - TW (NSp12)
JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12)
MK (NSp12) MK (NSp12) MK (NSp12) MK (NSp12) MK (NSp12) MK (NSp12) MK (NSp12) MK (NSp12)
PT (NSp12) PT (NSp12) PT (NSp12) PT (NSp6) PT (NSp8) PT (NSp12) PT (NSp12) PT (NSp12)
KF(NSp1) - KF (NSp4) - KF (NSp2) KF (NSp6) KF (NSp5) KF (NSp7)
HM(NSp1) - HM (NSp4) - HM (NSp1) HM (NSp4) - HM (NSp6)
HS (NSp5) HS (NSp4) HS (NSp10) HS (NSp6) HS (NSp9) HS (NSp3) HS (NSp10) HS (NSp12)
CM (NSp5) CM (NSp9) CM (NSp10) CM (NSp6) CM (NSp9) CM (NSp12) CM (NSp9) CM (NSp12)
RD (NSp4) RD (NSp12) RD (NSp12) RD (NSp8) RD (NSp6) RD (NSp10) RD (NSp7) RD (NSp8)
- BC (NSp9) BC (NSp5) BC (NSp4) BC (NSp5) BC (NSp2) - BC (NSp6)
Superestima
BL (NSp12) BL (NSp12) BL (NSp12) BL (NSp12) BL (NSp12) BL (NSp12) BL (NSp1) BL (NSp12)
Métodos
Igual
dade
- - - -
TW (NSi1)
PT (NSi1) - - -
HG Hargreaves. TW Tornthwaite. JH Jensen-Haise. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. KF Kharrufa. HM Hamon.
HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. RD Radiação. BC Blaney-Criddle. BL Benavides e Lopez.
NSb Número de Subestimativas. NSp Número de Superestimativas. NSi Número de igualdades.
103
Tabela 3. Resultados da análise da evapotranspiração de referência nos métodos testados em cada localidade.
Municípios
Jaguaruana Juaz. Norte M. Nova Paraipaba Pentecoste Quixeramobim Sobral Tauá
HG(NSb3) - HG(NSb1) - HG(NSb4) HG(NSb4) - -
TW(NSb5) TW(NSb5) TW(NSb8) - TW(NSb5) TW(NSb7) TW(NSb4) TW( NSb4)
LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12) LN (NSb12)
- - - - JH(NSb4) - - -
- - - - MK(NSb5) - - -
PT(NSb1) - PT (NSb6) - PT(NSb4) PT(NSb1) PT(NSb1) -
KF (NSb9) KF(NSb8) KF(NSb11) KF(NSb6) KF(NSb10) KF(NSb8) KF(NSb8) KF(NSb7)
HM(NSb10) HM(NSb11) HM (NSb12) HM(NSb8) HM(NSb11) HM(NSb10) HM(NSb10) HM(NSb9)
HS(NSb3) HS(NSb4) HS(NSb6) - HS(NSb8) HS(NSb7) HS(NSb1) HS(NSb2)
CM (NSb3) CM(NSb3) CM(NSb4) - CM(NSb5) - - CM(NSb2)
RD (NSb11) - RD(NSb4) RD(NSb1) RD(NSb7) RD(NSb4) RD(NSb4) -
BC (NSb12) BC(NSb6) BC(NSb5) BC (NSb12) BC (NSb12) BC (NSb12) BC (NSb12) BC(NSb6)
Subestima
- - - BL(NSb2) - - - -
HG (NSp9) HG (NSp12) HG(NSp11) HG (NSp12) HG(NSp8) HG (NSp8) HG (NSp12) HG (NSp12)
TW (NSp7) TW (NSp7) TW (NSp4) TW (NSp12) TW (NSp5) TW (NSp5) TW (NSp8) TW (NSp8)
JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12) JH(NSp8) JH (NSp12) JH (NSp12) JH (NSp12)
MK (NSp12) MK (NSp12) MK(NSp11) MK (NSp12) MK(NSp7) MK (NSp12) MK (NSp12) MK (NSp12)
PT (NSp11) PT (NSp12) PT(NSp6) PT (NSp12) PT (NSp8) PT (NSp11) PT (NSp11) PT (NSp12)
KF (NSp3) KF(NSp4) KF(NSp1) KF(NSp6) KF(NSp2) KF (NSp4) KF (NSp4) KF(NSp5)
HM (NSp2) - - HM(NSp4) HM(NSp1) HM (NSp2) HM (NSp2) HM(NSp2)
HS (NSp9) HS (NSp8) HS (NSp6) HS (NSp12) HS (NSp4) HS (NSp5) HS (NSp11) HS (NSp10)
CM (NSp9) CM (NSp9) CM (NSp8) CM (NSp12) CM (NSp7) CM (NSp12) CM (NSp12) CM(NSp10)
RD (NSp1) RD (NSp12) RD(NSp8) RD (NSp11) RD (NSp5) RD (NSp8) RD (NSp8) RD (NSp12)
- BC (NSp6) BC(NSp7) - - - - BC (NSp6)
Métodos
Superestima
BL (NSp12) BL (NSp12) BL (NSp12) BL(NSp9) BL (NSp12) BL (NSp12) BL (NSp12) BL (NSp12)
Igual
dade
- HM(NSi1) MK(NSi1) BL(NSi1) TW(NSi2) - - HM(NSi1)
HG Hargreaves. TW Tornthwaite. JH Jensen-Haise. LN Linacre. MK Makink. PT Priestley & Taylor. KF Kharrufa. HM Hamon.
HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. RD Radiação. BC -Blaney-Criddle. BL Benavides e Lopez.
NSb Número de Subestimativas. NSp Número de Superestimativas. NSi Número de igualdade
104
superestima Penman-Monteith (FAO-56) nos doze meses do ano nos municípios de Barbalha,
Crateús, Guaramiranga, Iguatu, Juazeiro do Norte, Paraipaba, Sobral e Tauá, onze meses em
Morada Nova, nove meses em Jaguaruana, oito meses em Campos Sales, Pentecoste e
Quixeramobim, seis meses em Fortaleza e cinco meses nos municípios de Acaraú e Aracati.
Portanto, observa-se que subestimativa da evapotranspiração de referência (ETo) em
relação ao método de Penman-Monteith (FAO-56), em oito municípios e superestimativa em
dezesseis, mostrando que o método de Hargreaves (1974) apresentou acentuada superestimava
dos dados de evapotranspiração de referência (ETo) em relação à Penman-Monteith (FAO-
56). A mesma tendência também foi observada a nível mensal por Santos et al., 1995.
Resultados semelhantes foram obtidos por Chen et al (2005), comparando dados de
evapotranspiração de cinco anos na Ilha de de Taiwan, Medeiros (1996) e por Souza & Yoder
(1994), que encontraram superestimativa de ETo pelo método de Hargreaves (1974) em
relação aos valores estimados por Penman-Monteith, em Fortaleza e Pentecoste, CE.
Segundo Sentelhas et al. (1996), a nível decendial o método de
Hargreaves (1974) apresentou acentuada superestimava dos dados de ETo em relação aos
medidos, principalmente nos decêndios correspondentes aos meses de verão.
De acordo com Medeiros (1996), utilizando dados da cidade de
Pentecoste-CE e Mossoró-RN, constatou que a metodologia de Hargreaves (1974), não
apresentou estimativas significativas quando comparadas a Penman-Monteith (FAO), por
outro lado, Souza et al. (1995) encontraram subestimativas de ETo, em relação ao método de
Penman-Monteith (FAO), de 3 a 23% para sete cidades do Vale do Jaguaribe e o município de
Crateús-Ce, enquanto Cabral et al. (2000), compararando as metodologias de Penman-
Monteith (FAO) e Hargreaves (1974), evidenciaram que o método Hargreaves (1974)
subestimou a ETo quando comparada com a de Penman-Monteith (FAO), no período de junho
a dezembro.
Analisando as variáveis climáticas na bacia Metropolitana, Acaraú,
Curu, Alto Jaguaribe e Quixeramobim, concluiu que os métodos de estimativas de ETo
baseados em temperaturas não são recomendados para o Estado do Ceará (SILVEIRA, 2000).
105
Realizando estudo para determinar a evapotranspiração de referência
no Estado do Ceará, encontrou que a equação Penman-Monteith (FAO) apresentou melhor
aproximação do valor da ETo com os valores medidos no lisímetro, e que Hargreaves (1974)
apresentou estimativa não significativa da ETo, mostrando que deve ser rejeitada nessa região
(OLIVEIRA, 1998).
Segundo Silva et al. (2005) que avaliaram a eficiência do método de
estimativa de evapotranspiração de referência de Hargreaves, utilizando o sistema de
estimativa da evapotranspiração SEVAP e dados médios mensais do ano de 2002 da
estação climatológica de Petrolina-PE, concluíram que na ausência de dados de insolação e
velocidade do vento, a evapotranspiração de referência pelo método de Penman-Monteith
pode ser substituída com razoável precisão pelo método de Hargreaves.
6.3.2 Método de Thornthwaite (1948)
Observa-se nas Tabelas 3, que a evapotranspiração de referência
estimada pelo método de Thorthwaite (1948) subestima a Penman-Monteith (FAO-56), doze
meses, nos municípios de Campos Sales e Guaramiranga, oito meses nos municípios de
Aracati e Morada Nova, sete meses em Acaraú e Quixeramobim, cinco meses em Barbalha,
Crateús, Jaguaruana, Juazeiro do Norte e Pentecoste, quatro meses em Sobral e Tauá, e
superestima Penman-Monteith (FAO-56), doze meses do ano, nos municípios de Fortaleza,
Iguatu e Paraipaba, oito meses em Sobral e Tauá, sete meses em Barbalha, Jaguaruana e
Juazeiro do Norte, seis meses em Crateús, cinco meses em Acaraú, Pentecoste e
Quixeramobim, quatro meses em Aracati e Morada Nova. ainda uma igualdade ao método
de Penman-Monteith (FAO-56) de dois e um mês nos municípios de Pentecoste e Crateús,
respectivamente.
A análise dos dados revela ter havido uma divisão quase que eqüitativa
entre subestimativas e superestimativas (treze municípios com subestimativas e quatorze com
superestimativas), com um predomínio da segunda situação, mostrando que o método de
Thorthwaite (1948) superestimou mais do que subestimou os dados de evapotranspiração de
referência (ETo) em relação à Penman-Monteith (FAO-56). Esse resultado era esperado, uma
vez que a equação foi desenvolvida para condições de climas úmidos e por se basear apenas na
106
temperatura média do ar. Resultados semelhantes foram obtidos por Amatya et al. (1992), que
verificaram que dentre oito métodos utilizados para estimar a ETo em três localidades da
Carolina do Norte (USA), o de Thornthwaite foi o que teve a correlação menos significativa
quando comparado à ETo obtida pelo método de Penman-Monteith, porém com
subestimativas dessa variável.
Segundo Silva et al. (2005) que avaliaram a eficiência do método de
estimativa de evapotranspiração de referência do método de Thornthwaite, utilizando o
sistema de estimativa da evapotranspiração SEVAP e dados médios mensais do ano de
2002 da estação climatológica de Petrolina-PE, concluíram que este método não apresentou
dados significativos na estimativa da evapotranspiração de referência.
De acordo com Medeiros et al. (2003) que estimaram a
evapotranspiração de referência a partir da equação de Penman-Monteith, com medidas
lisimétricas e de equações empíricas em Paraipaba-CE, concluindo que o método de
Thornthwaite apresentou desempenho não significativo, não sendo recomendado seu uso para
estimativa de ETo, nas condições semelhantes às deste estudo, por apresentar baixa precisão.
Souza et al. (1995) encontraram subestimativa da ETo em relação ao
método de Penman-Monteith (FAO-1991), de 10 a 30% para sete cidades do Vale do
Jaguaribe e o município de Crateús-CE.
6.3.3 Métodos de Jensen-Haise (1963), Makking (1957) e
Priestley & Taylor (1972)
Em virtude dos dados de evapotranspiração de referência nos métodos
de Jensen-Haise (1963), Makking (1957) e Priestley & Taylor (1972) apresentarem resultados
semelhantes nas localidades do estudo, estes métodos foram discutidos em conjunto.
Nas Tabelas 3, verificou-se que no município de Pentecoste
subestimativa da evapotranspiração de referência em relação ao método de Penman-Monteith
(FAO-56), quatro meses do ano no método de Jensen-Haise (1963), cinco meses no método de
Makking (1957), e quatro meses no método de Priestley & Taylor (1972). O método de
Priestley & Taylor (1972) subestima ainda Penman-Monteith (FAO-56) nas localidades de
Campos Sales e Morada Nova seis meses, três meses em Crateús, e um mês nos municípios de
107
Jaguaruana, Quixeramobim e Sobral. superestimativa da evapotranspiração de referência
em relação à Penman-Monteith (FAO-56), o ano todo ou onze meses nos métodos de Jensen-
Haise (1963) e Makking (1957), nos municípios de Acaraú, Aracati, Barbalha, Campos Sales,
Crateús, Fortaleza, Guaramiranga, Iguatu, Jaguaruana, Juazeiro do Norte, Morada Nova
(Makkink, 11 meses), Paraipaba, Quixeramobim, Sobral e Tauá, e superestimam ainda oito e
sete meses respectivamente, no município de Pentecoste. Já o método de Prietley & Taylor
(1972), superestima Penman-Monteith (FAO-56), o ano todo ou onze meses nos municípios de
Acaraú, Aracati, Barbalha, Fortaleza, Guaramiranga, Iguatu, Jaguaruana (11 meses), Juazeiro
do Norte, Paraipaba, Quixeramobim (11 meses), Sobral (11 meses) e Tauá, superestimando
ainda oito meses em Crateús e Pentecoste, e seis meses em Campos Sales e Morada Nova.
ainda igualdade ao método de Penman-Monteith (FAO-56) de um mês no método de Makkink
(1957) e Priestley-Taylor (1972), nos municípios de Morada Nova e Crateús respectivamente.
Portanto, notou-se uma predominância dos métodos de Jensen-Haise (1963), Makking (1957)
e Priestley & Taylor (1972), de superestimativas em relação à Penman-Monteith (FAO-56)
nos municípios estudados. Comparando oito métodos de estimativa de evapotranspiração de
referência (ETo), quatro métodos baseados na Radiação (Makkink, Priestley & Taylor, Turc e
Jensen-Haise), observaram significativa correlação entre os valores de ETo estimados pelos
quatro métodos de Radiação e Penman-Monteith. Encontraram ainda, correlação mais
significativa para estimativas de ETo mensais do que para as estimativas diárias (AMATYA et
al., 1992).
Os coeficientes a e b da equação de Makkink (1957) foram obtidos
para a cidade de Wageninten, na Holanda, e Berlato & Molion (1981) citam que em regiões
onde o clima difere daquele onde a equação foi desenvolvida, os resultados obtidos não são
satisfatórios.
De acordo com Junior et al. (2005) que avaliaram o método de
Priestley & Taylor em escala decendial, para as condições de Teresina–PI, em comparação à
equação de Penman-Monteith (FAO–1998), e concluíram que o método de Priestley & Taylor
pode ser utilizado para estimativa de ETo na escala decendial.
Segundo Medeiros et al. (2003) que estimaram a evapotranspiração de
referência, a partir da equação de Penman-Monteith, com medidas lisimétricas e de equações
empíricas em Paraipaba-CE, concluíram que dentre os métodos de estimativa de ETo
108
analisados, o que apresentou desempenho significativo, na escala diária, foi aquele que sofreu
ajuste local, Priestley & Taylor (α = 1,19).
Conforme Medeiros (2002), utilizando dados da cidade de Paraipaba-
CE, constatou que a metodologia de Priestley & Taylor (1972), em escala diária tende a
superestimar a Penman-Monteith (FAO).
De acordo com Allen (1986) encontrou estimativas significativas com
o método de Priestley & Taylor em climas onde a advecção é baixa. Entretanto, em climas
áridos, onde a advecção é mais elevada, subestimou ETo.
A equação de Jensen-Haise (1963) estima a evapotranspiração de
referência apoiando-se nos dados da temperatura e da radiação solar na região semi-árida.
A equação de Priestley e Taylor (1972) propõe a estimativa da
evapotranspiração de referência, baseando-se principalmente na radiação líquida.
6.3.4 Método de Linacre (1977)
Verifica-se nas Tabelas 3, que a evapotranspiração de referência
estimada pelo método de Linacre (1977) subestima a Penman-Monteith (FAO-56), doze meses
em todos os municípios da pesquisa, e que no município de Guaramiranga, é onde ocorre uma
maior aproximação da curva de evapotranspiração de referência estimada pela equação de
Linacre (1977) em relação à curva do método de Penman-Monteith (FAO-56), Figura 25 (A e
B).
Observou-se também que os valores mais baixos da evapotranspiração
de referência foram apresentados pelo método de Linacre (Figuras 19 a 26).
De acordo com Silva et al. (2005) que avaliaram a eficiência do
método de estimativa de evapotranspiração de referência do método de Linacre, utilizando o
sistema de estimativa da evapotranspiração SEVAP e dados médios mensais do ano de
2002 da estação climatológica de Petrolina-PE, e concluíram que este não apresentou dados
significativos na estimativa da evapotranspiração de referência.
109
6.3.5 Métodos de Kharrufa (1985) e Hamon (1961)
Devido aos dados de evapotranspiração de referência nos métodos de
Kharrufa (1985) e Hamon (1961) apresentarem resultados semelhantes nas localidades do
estudo, estes métodos foram discutidos em conjunto.
Observou-se nas Tabelas 3, que a evapotranspiração de referência
estimada pelo método de Kharrufa (1985) subestima a de Penman-Monteith (FAO-56), doze
meses, nos municípios de Aracati e Campos Sales, onze e dez meses nos municípios de
Acaraú, Morada Nova; Pentecoste e Crateús, nove e oito meses em Jaguaruana; Juazeiro do
Norte, Quixeramobim, Sobral e Barbalha, sete, seis e cinco meses respectivamente em
Guaramiranga, Tauá; Fortaleza, Paraipaba e Iguatu. Para o método de Hamon (1961) tem-se
subestimativa o ano todo em Aracati, Campos Sales, Guaramiranga e Morada Nova, com onze
e dez meses respectivamente, Juazeiro do Norte, Pentecoste; Acaraú, Crateús, Jaguaruana,
Quixeramobim e sobral, nove e oito meses respectivamente, Tauá; Acaraú, Barbalha,
Fortaleza e Paraipaba e seis meses em Iguatu. superestimativa da evapotranspiração de
referência em relação à Penman-Monteith (FAO-56), no método de Kharrufa (1985), sete e
seis meses no ano respectivamente, Iguatu; Fortaleza e Paraipba, cinco e quatro meses
respectivamente, Guaramiranga, Tauá; Barbalha, Juazeiro do Norte, Quixeramobim e Sobral,
três, dois e um mês respectivamente, Jaguaruana, Cratéus, Pentecoste e Morada Nova e
Acaraú. No método de Hamon (1961) temos superestimativas de seis e quatro meses, Iguatu;
Barbalha, Fortaleza e Paraipaba, dois e um mês em Jaguaruana, Quixeramobim, Sobral, Tauá,
Pentecoste, Acaraú e Crateus. Há ainda uma igualdade ao método de Penman-Monteith (FAO-
56) de um mês no método de Hamon no município de Juazeiro do Norte e Tauá. Portanto,
verificamos uma acentuada subestimtiva dos métodos de Kharrufa (1985) e Hamon (1961) em
relação a Penman-Monteith (FAO-56), estes resultados para a equação de Hamon (1961),
estão de acordo com Borges et al. (2007), comparando seis equações empíricas para estimativa
da evapotranspiração de referência na Bacia do Rio Jacupiranga-SP, verificaram que a
equação de Hamon subestimou a ETo todo o período, sem tendência específica quanto à
estação do ano, para o método de Kharufa superestimou a ETo em todos os meses do ano.
Resultados semelhantes foram obtidos por Chen et al (2005), comparando dados de
110
evapotranspiração de cinco anos na Ilha de Taiwan, onde verificou que os resultados da
equação de Kharrufa (1985) subestimou Penman-Monteith (FAO).
6.3.6 Métodos de Hargreaves-Samani (1985) e Camargo (1971)
Devido os dados de evapotranspiração de referência nos métodos de
Hargreaves-Samani (1985) e Camargo (1971) apresentarem resultados semelhantes nas
localidades do estudo, estes métodos foram discutidos em conjunto.
Observou-se nas Tabelas 3, que a evapotranspiração de referência
estimada pelo método de Hargreaves-Samani (1985) subestima a Penman-Monteith (FAO-56),
nove e oito meses do ano, nos municípios de Fortaleza, Aracati e Pentecoste, sete e seis meses
em Acaraú, Quixeramobim; Campos Sales e Morada Nova, respectivamente, quatro e três
meses em Juazeiro do Norte; Jaguaruana e Crateús, respectivamente, dois e um mês no ano,
Barbalha, Guaramiranga, Tauá e Sobral, respectivamente. Para o método de Camargo (1971)
tem-se subestimativa de sete e seis meses do ano nos municípios de Acaraú e Campos Sales,
cinco e quatro meses em Pentecoste e Morada Nova, três e dois meses do ano em Aracati,
Crateús, Guaramiranga, Jaguaruana, Juazeiro do Norte; Barbalha e Tauá. Tem-se
superestimativas da evapotranspiração de referência em relação à Penman-Monteith (FAO-
56), no método de Hargreaves-Samani (1985), o ano todo, e onze meses do ano nos
municípios de Iguatu, Paraípaba e Sobral, respectivamente; dez e nove meses do ano em
Barbalha, Guaramiranga, Tauá; Cratéus, Jaguaruana, Quixeramobim, Acaraú, Pentecoste,
Aracati e Fortaleza, respecrtivamente; oito, seis, cinco, quatro e três meses em Juazeiro do
Norte; Campos Sales e Morada Nova, respectivamente. No método de Camargo (1971), tem-
se superestimativas o ano todo nos municípios de Fortaleza, Iguatu, Paraipaba, Quixeramobim
e Sobral, dez e nove meses em Barbalha,Tauá; Aracati, Cratéus, Guaramiranga, Jaguaruana e
Juazeiro do Norte, respectivamente, oito e sete meses, Morada Nova e Pentecoste, seis e cinco
meses em Campo Sales e Acaraú. Portanto, verificamos uma acentuada superestimativa dos
métodos de Hargreaves-Samani (1985) e Camargo (1971) em relção a Penman-Monteith
(FAO-56), resultados semelhantes foram obtidos por Medeiros (1996) e por Souza e Yoder
(1994), que encontraram superestimativas de ETo pelo método de Hargreaves-Samani em
relação aos valores estimados por Penmam-Monteith, em Pentecoste, CE. Os resultados
111
também foram condizentes com os observados por Oliveira et al. (1998), com base em dados
de Paraipaba, CE, para o período de estação chuvosa.
Apesar da simplicidade do método Hargreaves-Samani, o resultado
observado se justifica pelo fato do mesmo ter sido desenvolvido para estimar a ETo para
regiões semi-áridas, com elevado déficit de saturação (OLIVEIRA & CARVALHO, 1998).
De acordo com Medeiros et al. (2003) que estimaram a
evapotranspiração de referência a partir da equação de Penman-Monteith, com medidas
lisimétricas e de equações empíricas em Paraipaba-CE, e concluíram que o método de
Hargreaves-Samani apresentou desempenho menos significativo, não sendo recomendado seu
uso para estimativa de ETo, nas condições semelhantes às deste estudo, por apresentar baixa
exatidão e precisão.
Segundo Camargo & Camargo (1983), verificaram que em nível
mensal e decendial os resultados da equação de Camargo (1971), nas condições climáticas do
Estado de São Paulo, foram muito consistentes e dão praticamente os mesmos resultados da
equação clássica de Thornthwaite, podendo ser utilizada para estimar a ETo.
6.3.7 Método de Radiação (FAO-24)
Observa-se nas Tabelas 3, que a evapotranspiração de referência
estimada pelo método de Radiação (FAO-24) subestima a de Penman-Monteith (FAO-56),
onze meses do ano, no município de Jaguaruana, oito e sete meses em Acaraú e Pentecoste,
seis, cinco e quatro meses em Crateús, Guaramiranga; Campos Sales, Iguatu, Morada Nova,
Quixeramobim e Sobral, respectivamente. Observa-se superestimativas em relação ao método
de Penman-Monteith (FAO-56), o ano todo e em onze meses do ano, nos municípios de
Aracati, Barbalha, Juazeiro do Norte, Tauá e Paraipaba, respectivamente, dez e oito meses em
Fortaleza; Campos Sales, Iguatu, Morada Nova, Quixeramobim e Sobral, sete,seis e cinco
meses em Guaramiranga, Cratéus e Pentecoste, quatro meses e um mês no ano em Acaraú e
Jaguaruana. Portanto, verificamos que predominância de superestimativa dos dados
estimados em relação a Penman-Monteith (FAO-56), resultados semelhantes foram obtidos
Bezerra & Oliveira (1999) que afirmaram que o método da Radiação Solar superestimou a
112
ETo e apresentou significativa correlação com o método de Penman-Monteith, o que permitiu
o uso da equação de regressão linear para estimar a ETo.
Tomando-se o método de Penman-Monteith como padrão FAO, como
sugere Smith et al. (1991), e comparando com os outros dois métodos estudados, verificaram
que o método de Radiação sempre superestimou a ETo.
Conforme (2001), trabalhando com dados da região litorânea de
Paraipaba-CE, ao contrário da umidade relativa, o parâmetro radiação solar segue a mesma
tendência da evapotranspiração. Fator importante a ser considerado na determinação da ETo,
principalmente, para a região que possui altos valores de radiação solar.
Segundo Oliveira (1998), a radiação solar (Rs) e a umidade relativa
(UR) mostraram ter grande influência sobre os valores de ETo.
Comparando oito métodos de estimativa para as localidades de
Pentecoste-CE e Mossoró-RN, verificou que o método de Radiação se correlaciona
percentualmente a Penman-Monteith em 88% para a localidade de Pentecoste-CE, e ajusta-se
melhor a Penman-Monteith do que os outros métodos baseados na temperatura, com uma
diferença mínima entre os mesmos (MEDEIROS, 1996).
De acordo com Fontana & Oliveira (1996), a radiação solar global (Rs)
é um elemento meteorológico importante para o cálculo da evapotranspiração, realização de
modelos de crescimento e produção na agricultura. O grande problema para medir o saldo de
radiação solar, nas estações meteorológicas, é o alto custo dos instrumentos a serem instalados
e sua manutenção, que requerem calibrações contínuas.
Segundo Maemo et al. (1994), que citam Allen, que comparando
estimativas da evapotranspiração feitas pelo método da Radiação com medidas em lisímetros,
percebeu que a ausência do termo aerodinâmico causou a subestimativa já que, no local, existe
grande variação da velocidade do vento e défice de pressão de vapor durante o dia.
Conforme Amatya et al. (1992), a radiação solar é o parâmetro mais
sensível em todos os métodos combinados de Penman e métodos baseados na radiação. Eles
afirmam que os métodos baseados na simples radiação, correspondem melhor à realidade do
que os combinados de Penman, isso no caso da não disponibilidade de dados, onde a
estimativa leva em consideração dados de estações próximas.
113
6.3.8 Método de -Blaney-Criddle (FREVET et al., 1983)
Observa-se nas Tabelas 3, que a evapotranspiração de referência
estimada pelo método de Blaney-Criddle (FREVET et al., 1983), subestima a Penman-
Monteith (FAO-56), o ano todo nos municípios de Acaraú, Guaramiranga, Jaguaruana,
Paraipaba, Pentecoste, Quixeramobim e Sobral, dez e oito meses em Fortaleza e Campos
Sales, sete e seis meses em Barbalha, Crateús; Iguatu, Juazeiro do Norte e Tauá, cinco e três
meses do ano nos municípios de Morada Nova e Aracati. Observa-se superestimativas em
relação ao método de Penman-Monteith (FAO-98), nove e sete meses do ano nos municípios
de Aracati e Morada Nova, seis e cinco meses em Iguatu, Juazeiro do Norte, Tauá; Barbalha e
Crateús, quatro e dois meses do ano em Campos Sales e Fortaleza. Portanto, verificamos que
predominância de subestimativa dos dados em relação ao método de Penman-Monteith
(FAO-56).
De acordo com Medeiros (1996), comparando oito métodos de
estimativa para as localidades de Pentecoste-CE e Mossoró-RN, verificou que o método de
Blaney-Criddle apresentou resultados mais significativos dentre os métodos baseados na
temperatura, para a cidade de Mossoró-RN.
Tomando-se o método de Penman-Monteith como padrão FAO, como
sugere Smith et al. (1991), e comparando com os outros dois métodos estudados, verifica-se
que o método de Blaney-Criddle foi o que melhor se aproximou do padrão.
6.3.9 Método de Benavides & Lopez (1970)
Observa-se nas Tabelas 3, que a evapotranspiração de referência
estimada pelo método de Benavides & Lopez (1970), subestima a Penman-Monteith (FAO-
56), onze meses e dois mês no ano nos municípios de Guaramiranga e Paraipaba, e
superestima o ano todo nos demais municípios de estudo, a exceção em Guaramiranga, que
superestima somente um mês no ano. ainda igualdade ao método de Penman-Monteith
(FAO-56) em um mês no município de Paraipaba. Portanto, verifica-se supremacia de
superestimativa dos dados em relação à Penman-Monteith (FAO-56).
114
Segundo Medeiros (1998), comparando o desempenho de doze
métodos de estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) obtidos em
evapotranspirômetros tipo "Thornthwaite-Mather" para a região de Santa Maria-RS, os
métodos de Penman, Camargo e Tanner e Pelton apresentaram desempenho mais
significativos; os métodos de Benavides-Lopez, Turc, Hargreaves e Samani, Jensen-Haise,
Makking, tanque classe A e Priestley e Taylor, tiveram desempenho significativos, enquanto
que os métodos de Linacre e David mostraram desempenho menos significativos,
respectivamente.
6.4 Análises Estatísticas
Segundo Jensen (1983), Doorenbos & Prutt (1984) e Arruda &
Barroso (1984) reconhecem que a utilização de métodos estatísticos reapresenta uma melhoria
considerável para recomendações em dimensionamento de sistemas de irrigação.
Para períodos menores ou iguais ao número de anos de observações, o
valor da freqüência fornece um boa idéia do real valor da probabilidade. Entretanto, quando se
deseja com boa precisão, a probabilidade de ocorrência de um evento com um período de
retorno mais amplo, a distribuição das freqüências observadas deve ser ajustada a uma lei
estatística teórica apropriada para o caso (CRUCIANI, 1986).
As equações empíricas foram estabelecidas com base no ajuste por
regressão das variáveis envolvidas, para algumas regiões específicas. Por isso devem ser
usadas com cuidado.
Os resultados para cada município estudado podem ser observados na
Tabela 4, para a comparação entre a equação de Penman-Monteith (FAO-56), com os valores
estimados com os outros métodos aplicados neste estudo.
6.4.1 Método de Hargreaves (1974)
Na Tabela 4 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
determinação R
2
para cada localidade.
115
Tabela 4. Valores do indicador estatístico da regressão, coeficiente de determinação, (R
2
) em relação à evapotranspiração de referência
(ETo) estimada por Penman-Monteith (FAO-56).
Métodos
Cidades
HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Acaraú 0,97** 0,91** 0,36* 0,92**
0,93**
ns 0,80**
0,40* ns ns ns 0,98**
0,95**
Aracati ns 0,49* ns 0,50* ns ns ns ns ns ns ns 0,70**
0,62**
Barbalha 0,51* 0,80** ns 0,96**
0,56**
ns 0,64**
ns ns ns ns 0,99**
0,82**
Campos Sales 0,63** 0,94** ns 0,88**
0,78**
ns 0,72**
ns ns ns ns 0,96**
0,91**
Crateús 0,92** 0,94** ns 0,87**
0,92**
ns 0,84**
0,47* ns ns ns 0,99**
0,97**
Fortaleza 0,74** 0,93** ns 0,92**
0,90**
ns 0,71**
ns ns ns ns 0,95**
0,92**
Guaramiranga 0,87** 0,96** 0,80** 0,91**
0,93**
ns 0,67**
0,63**
ns ns ns 0,94**
0,95**
Iguatu 0,84** 0,88** ns 0,91**
0,87**
ns 0,78**
0,59**
ns ns ns 0,92**
0,91**
Jaguaruana 0,98** 0,91** 0,44* 0,84**
0,88**
ns 0,79**
0,96**
ns ns ns 0,96**
0,95**
Juazeiro do Norte 0,69** 0,87** ns 0,90**
0,68**
ns 0,62**
ns ns ns ns 0,98**
0,86**
Morada Nova 0,96** 0,94** ns 0,78**
0,85**
0,44* 0,92**
0,68**
ns ns ns 0,83**
0,92**
Paraipaba 0,97** 0,97** ns 0,93**
0,97**
ns 0,78**
0,54**
ns ns ns 0,70**
0,97**
Pentecoste 0,98** 0,93** ns 0,85**
0,88**
0,69**
0,99**
0,78**
0,54** 0,66**
0,69**
0,85**
0,98**
Quixeramobim 0,96** 0,94** ns 0,80**
0,93**
0,60**
0,98**
0,80**
0,72** 0,62**
0,62**
0,78**
0,97**
Sobral 0,97** 0,92** ns 0,82**
0,90**
0,74**
0,96**
0,84**
0,75** 0,68**
0,69**
0,84**
0,99**
Tauá 0,98** 0,96** ns 0,90**
0,94**
ns 0,66**
ns ns ns ns 0,93**
0,90**
Média 0,83 0,86 0,27 0,83 0,86 0,51 0,79 0,58 0,67 0,65 0,66 0,89 0,91
HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite. BL Benavides & Lopez.
HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
*, ** Significativos, respectivamente, em nível de 5 e 1% de probabilidade, pelo teste t.
ns Não significativo.
116
Verifica-se que o método de Hargreaves (1974) apresentou valores de
R
2
para a maioria dos municípios estudados entre 0,84 a 0,98, evidenciando um desempenho
significativo, em relação ao método de Penman-Monteith (FAO-56), para as localidades de
Barbalha (significativo ao nível de 5% de probabilidade), Campos Sales, Juazeiro do Norte e
Fortaleza, o desempenho sofreu redução em sua precisão, em que os valores de R
2
estão entre
0,51 e 0,74; mostrando baixa a razoável ou mediana precisão do dados. No município de
Aracati, os dados não foram significativos para este tratamento.
Os resultados indicaram que o método de Hargreaves (1974) pode ser
utilizado para estimativa da evapotranspiração de referência nos municípios que apresentaram
significativa correlação, com coeficiente de determinação R
2
maior que 0,90, ou seja; com alta
precisão de estimativa dos dados em relação à Penman-Monteith (FAO-56), nos municípios de
Acaraú, Crateús, Jaguaruana, Morada Nova, Paraipaba, Pentecoste, Quixeramobim, Sobral e
Tauá, para os municípios de Guaramiranga, Iguatu, que apesar de ter apresentado menor
coeficiente de determinação (R
2
de 0,87 e 0,84, respectivamente), com o método de Penman-
Monteith (FAO-56), foi considerado como opção para estimativa da evapotranspiração de
referência, especialmente quando o usuário apenas se dispõe da variável temperatura do ar
recomenda-se seu uso. Resultados semelhantes foram observados por Silva et al. (2005),
utilizando dados médios mensais do ano de 2002 da estação climatológica de Petrolina-PE.
Nos municípios de Barbalha, Campos Sales, Juazeiro do Norte,
Fortaleza e Aracati, que apresentaram valores de R
2
de 0,51 a 0,74 e não significativos,
respectivamente, não são recomendados o seu uso para estas localidades, nas condições deste
estudo. Esse resultado está de acordo com Silveira (2000) e Oliveira (1998) que concluíram
que os métodos de estimativas de ETo baseados em temperaturas não são recomendados para
o Estado do Ceará, e que o método de Hargreaves (1974) apresentou uma estimativa da
ETo, mostrando que deve ser rejeitado nessa região, respectivamente.
6.4.2 Método de Thornthwaite (1948)
Na Tabela 4 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
determinação R
2
para cada localidade.
117
Verifica-se que o método de Thonthwaite (1948) apresentou valores de
R
2
não significativos para a maior parte das localidades estudadas e que nos municípios de
Morada Nova, Pentecoste, Quixeramobim e Sobral, os valores de R
2
estão entre 0,44 e 0,74,
mostrando um desempenho menos significativo na precisão dos dados em relação ao método
de Penman-Monteith (FAO-56), não sendo recomendado para estas localidades, nas condições
deste estudo. Resultados semelhantes foram observados por Medeiros et al. (2003), com
medidas lisimétricas e de equações empíricas em Paraipaba-CE, e concluíram que o método de
Thornthwaite apresentou o desempenho menos significativo, não sendo recomendado seu uso
para estimativa de ETo, nas condições semelhantes às deste estudo, por apresentar baixa
exatidão e precisão.
Segundo Junior et al., (2005) que avaliaram o desempenho dos
métodos de Prestley-Taylor e Thorthwaite para estimativa de ETo na escala decendial para as
condições de Teresina-PI, em comparação à equação de Penman-Monteith (FAO-56). Foi
verificado que o método de Thornthwaite apresentou baixo coeficiente de determinação.
6.4.3 Métodos de Jensen-Haise (1963), Makking (1957),
Priestley & Taylor (1972) e Radiação (FAO-24)
Em virtude destes todos utilizarem em suas equações dados
meteorológicos relativos a taxa de energia solar, como a radiação solar e saldo de radiação
para estimativa da evapotranspiração de referência, os mesmos foram discutidos em conjunto.
Na Tabela 4 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
determinação R
2
para cada localidade.
Verifica-se que os métodos de Jensen-Haise (1963), Makking (1957),
Priestley & Taylor (1972), apresentam valores de R
2
de 0,49; 0,50 (significativo ao nível de
5% de probabilidade) e não significativo para este tratamento no município de Aracati, os
municípios de Barbalha e Juazeiro do Norte, apresentaram valores baixo e mediano de R
2
(0,56 e 0,68), em relação ao método de Penman-Monteith (FAO-56), para o método de
Priestley & Taylor (1972), portanto, estes métodos não devem ser recomendados para o
cálculo da evapotranspiração de referência na cidade de Aracati, e nos município de Barbalha
118
e Juazeiro do Norte, não deve ser recomendado o uso da equação de Priestley & Taylor
(1972), visto que não apresentaram um ajuste significativo em relação à equação de regressão
linear.
O método de Jensen-Haise (1963), por ter apresentado R
2
de 0,80; 0,88
e 0,87, mostrando um ajuste significativo em relação à equação de regresão linear, deve ser
indicado como opção, com certa retrição para uso na estimativa da evapotranspiração de
referência nas ciades de cidades de Barbalha, Iguatu e Juazeiro do Norte, podendo ser
utilizado sem restrições nos municípios de Acaraú, Campos Sales, Crateús, Fortaleza,
Guaramiranga, Jaguaruana, Morada Nova, Paraipaba, Pentecoste, Quixeramobim, Sobral e
Tauá, onde apresentou um ajuste mais significativo em relação à equação de regressão (R
2
de
0,91 a 0,97). Junior et al. (2005), para as condições de Teresina–PI, concluíram que o método
de Priestley & Taylor pode ser utilizado para estimativa de ETo na escala decendial e
Medeiros et al. (2003), com medidas lisimétricas e de equações empíricas em Paraipaba-CE,
concluíram que o método que apresentou melhor desempenho na escala diária, foi aquele que
sofreu ajuste local, Priestley & Taylor (α = 1,19).
O método de Makking (1957), nas cidades de Campos Sales, Cratéus,
Jaguaruana, Morada Nova, Pentecoste, Quixeramobim e Sobral, apresentou R
2
entre 0,78 e
0,88; com um ajuste significativo em relação à Penman-Monteith (FAO-56), pode ser indicado
como opção e com certa retrição para uso na estimativa da evapotranspiração de referência
nestas localdades, nos municípios de Acaraú, Barbalha, Fortaleza, Guaramiranga, Iguatu,
Juazeiro do Norte, Paraipaba e Tauá, onde os valores de R
2
(0,90 a 0,92) estão mais
significativos, pode ser utilizada sem restrições para estimativa da evapotranspiração.
O método de Priestley & Taylor (1972) apresentou coeficiente de
determinação significativo (R
2
de 0,78 a 0,88), mostrando um ajuste significativo em relação
ao método de Penman-Monteith (FAO-56), nos municípios de Campos Sales, Iguatu,
Jaguaruana, Morada Nova e Pentecoste, podendo ser indicado como opção e com certa
retrição para uso na estimativa da evapotranspiração de referência nestas localdades; e pode
ser utilizada sem restrições nos municípios de Acaraú, Crateús, Fortaleza, Guaramiranga,
Paraipaba, Quixeramobim, Sobral e Tauá, onde apresentou um ajuste mais significativo de R
2
(0,90 a 0,97).
119
Conforme Amatya et al. (1992) que compararam oito métodos de
estimativa de evapotranspiração de referência (ETo), quatro métodos baseados na Radiação
(Makkink, Priestley-Taylor, Turc e Jensen-Haise), observaram correlação mais significativa
entre os valores de ETo estimado pelos quatro métodos de Radiação e Penman-Monteith.
Encontraram ainda, correlação mais significativa para estimativas de ETo mensais e menos
significativas para estimativas diárias.
O método da Radiação (FAO-24) apresentou R
2
de 0,83; 0,85 e 0,84,
com um ajuste significativo em relação a Penman-Monteith (FAO-56), podendo ser indicado
como opção e com certa retrição para estimativa da evapotranspiração de referência nas
localidades de Morada Nova, Pentecoste, Quixeramobim e Sobral, e com muita restrição nos
municípios de Aracati e Paraipaba (R
2
igual a 0,70), nas cidades de Acaraú, Barbalha,
Campos Sales, Crateús, Fortaleza, Guaramiranga, Iguatu, Jaguaruana, Juazeiro do Norte e
Tauá, o método proposto pode ser utilizado sem restrições nestas localidades, e nas condições
deste estudo, pois apresentaram ajuste mais significativo em relação a equação de regressão,
com R
2
entre 0,92 e 0,99; sendo o melhor ajuste apresentado por estas equações que utilizam
dados relativos a taxa de energia solar, como a radiação solar global. Conforme Amatya et al.
(1992), a radiação solar é o parâmetro mais sensível em todos os métodos combinados de
Penman e métodos baseados na Radiação.
6.4.4 Método de Linacre (1977)
Na Tabela 4 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
determinação R
2
para cada localidade.
Verificou-se que o método de Linacre (1977) apresentou resultados
não significativos para este tratamento na maioria das localidades estudadas, ajuste menos
significativo dos dados em relação à equação de regressão nos municípios de Acaraú e
Jaguaruana, com valor de R
2
de 0,36 e 0,44 (significativos a nível de 5% de probabilidade), e
com apenas uma localidade com desempenho de razoável precisão e ajuste significativo em
relação à equação de Penman-Monteith (FAO-56), no município de Guaramiranga (R
2
de 080)
Portanto, o método de Linacre (1977), é indicado apenas para o município de Guaramiranga,
120
como opção para estimativa da evapotranspiração de referência, localidade esta que apresenta
as menores médias de temperatura na área de abrangência deste estudo (Tabela 1B, ANEXO),
o que confima Linacre (1977), que propôs o método para áreas bem supridas de umidade.
6.4.5 Métodos de Camargo (1971), Kharrufa (1985) e Hamon (1961)
Devido à estreita relação dos resultados obtidos com os dados de
evapotranspiração de referência nos métodos de Camargo (1971), Kharrufa (1985) e Hamon
(1961), nas localidades do estudo, estes métodos foram discutidos em conjunto.
Na Tabela 4 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
determinação R
2
para cada localidade.
Pode-se observar que os métodos propostos apresentaram resultados de
evapotranspiração de referência não significativos para este tratamento na maioria das
localidades propostas neste estudo, e nos municípios de Pentecoste, Quixeramobim e Sobral,
apresentaram R
2
entre 0,54 e 0,75, apresentando ajuste menos significativo em relação à
Penman-Monteith (FAO-56). Em virtude do desempenho menos significativo destes métodos
nas condições deste estudo, não se recomenda seu uso na estimativa da evapotranspiração de
referência no Estado do Ceará.
6.4.6 Método de Hargreaves-Samani (1985)
Na Tabela 4 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
determinação R
2
para cada localidade.
Pode-se observar que o método proposto apresentou resultados de
evapotranspiração de referência não significativos para este tratamento nos municípios de
Aracati, Barbalha, Campos Sales, Fortaleza, Juazeiro do Norte e Tauá, apresentou R
2
de 0,40 e
0,47 (significativo ao nível de 5% de probabilidade) para as cidades de Acaraú e Crateús, e de
0,54 a 0,84 nos municípios de Guaramiranga, Iguatu, Morada Nova, Paraipaba, Pentecoste,
Quixeramobim e Sobral, configurando um ajuste menos significativo em relação à Penman-
121
Monteith (FAO-56), em Jaguaruana apresentou resultado mais significativo (R
2
= 0,96).
Portanto, o método de Hargreaves-Samani (1985), pode ser indicado para estimativa da
evapotranspiração de referência com restrições nos municípios de Quixeramobim e Sobral (R
2
0,80 e 0,84), e sem restrições em Jaguaruana, para as condições deste estudo.
De acordo com Medeiros et al. (2003), com medidas lisimétricas e de
equações empíricas em Paraipaba-CE, comparando com a equação de Penman-Monteith,
concluíram que o método de Hargreaves-Samani apresentou o desempenho menos
significativo, por apresentar baixa exatidão e precisão.
6.4.7 Métodos de Benavides & Lopez (1970)
Na Tabela 4 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
determinação R
2
para cada localidade.
Observa-se que o método proposto apresentou resultados de
evapotranspiração de referência não significativos para este tratamento no município de
Aracati, com R
2
entre 0,62 e 0,79 nas localidades de Barbalha, Campos Sales, Fortaleza,
Guaramiranga, Iguatu, Jaguaruana, Juazeiro do Norte, Paraipaba e Tauá, configurando um
ajuste menos significativo em relação à Penman-Monteith (FAO-56). O método não
apresentou um bom ajuste, portanto não deve ser recomendado o seu uso para estimativa da
evapotranspiração nestas localidades, nas condições deste estudo. Nos municípios de Acaraú e
Crateús, o método apresentou ajuste mais significativo, com R
2
de 0,80 e 0,84
(respectivamente). Consequentemente este método de estimativa de evapotranspiração pode
ser utilizado com restrição, como alternativa ou opção entre os métodos testados, já em
Morada Nova, Pentecoste, Quixeramobim e Sobral, seu uso pode ser indicado sem restrições,
tendo em vista que o método de estimativa proposto é bastante significativo, com R
2
entre 0,92
e 0,99. Segundo Medeiros (1998), comparando o desempenho de doze métodos de estimativa
da evapotranspiração de referência (ETo) obtidos em evapotranspirômetros tipo
"Thornthwaite-Mather" para a região de Santa Maria-RS, o método de Benavides & Lopez,
teve desempenho significativo.
122
6.4.8 Modelos de Blaney-Criddle (FREVERT et al ., 1983)
Na Tabela 4 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
determinação R
2
para cada localidade.
Pode-se observar que o método de estimativa proposto neste estudo é
bastante preciso, tendo em vista o valor de R
2
na maioria dos municípios estar entre 0,90 e
0,99, com exceção de três municípios, Aracati, Barbalha e Juazeiro do Norte, com valores de
R
2
de 0,62; 0,82 e 0,86; e que ao se comparar o desempenho do método em estudo com a do
método de Penman-Monteith (FAO-56), a qual confere ao método proposto elevada exatidão,
constata-se que há concordância bastante consistente entre ambos os métodos, o que se
confirma estatisticamente pelo valor de R
2
, maior que 0,90, chegando a quase 1,00; e pela
dispersão extremamente pequena dos pares ordenados ao redor da reta, fato que evidencia a
viabilidade de recomendação do método Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), para avaliar
a demanda potencial de água nas culturas nas determinadas localidades em estudo no Estado
do Ceará. Nas cidades de Aracati, Barbalha e Juazeiro do Norte que apresentaram valores de
R
2
de 0,62; 0,82 e 0,86 foi realizada uma recalibração de todos os dados em relação à Penman-
Monteith (FAO-56), com o objetivo de melhorar o ajuste e precisão dos dados em relação à
equação de regressão linear.
6.4.9 Validação do método proposto
A primeira validação do método de Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983), com o objetivo de confirmar a viabilidade do método, foi realizado perante estudo de
regressão linear simples entre valores medidos e estimados de evapotranspiração de referência
(ETo), tomando como referência a equação de Penman-Monteith (FAO-56), nas dezesseis
localidades do Estado do Ceará.
A estreita correlação entre as medidas realizadas e as estimadas de
evapotranspiração de referência pelo método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983),
ajustado e de Penman-Monteith (FAO-56), é evidenciada pelos elevados valores de coeficiente
123
de determinação apresentados nas Figuras 35 a 40, tendo sido superiores a 0,90 em 94% em
15 dos 16 municípios estudados.
Nas Figuras 35 a 40, pode-se observar que os municípios de Aracati,
Barbalha e Juazeiro do Norte, que apresentavam valores de R
2
= 0,62; 0,82 e 0,86,
apresentaram uma melhora em seus coeficientes de determinação, com valores de 0,78; 0,91 e
0,93; onde o município de Aracati continua a apresentar um desempenho razoável, embora
aceitável com certa restrição, como alternativa para estimativa da evapotranspiração de
referência, e este desempenho que se configurou em todas as localidades da área de
abrangência deste estudo. Provavelmente esta ocorrência se deu devido ao período em que os
dados foram coletados (1958 a 1968), intervalo este, em que os postos ou estações
meteorológicas não dispunham de tanta tecnologia e precisão na coleta e armazenamento dos
dados.
Observa-se ainda nas figuras 35 a 40, que os eixos dos gráficos que
apresentam R
2
àcima 0,90 apresentam as retas com inclimação acentuada para cima, enquanto
nas cidades de Aracati, Acaraú e Juazeiro do Norte que apresentam valores de R
2
abaixo de
0,90 (0,62; 0,82 e 0,86) - antes do ajuste da equação de regressão, apresentam inclinação das
retas mais voltadas para baixo, e após sofrerem novo ajuste através de regressão, passam a
apresentar esta inclinação mais voltada para cima, assemelhando-se aos demais ajustes que
apresentaram valores superiores a 0,90, com exceção ao município de Aracati que continua
apresentado um valor inferior (0,78), mais apresenta uma melhora na inclinação de sua reta,
mostrando um melhor ajuste dos dados.
124
Figura 35. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de referência
(ETo) mensal, estimados segundo o método de Penman-Monteith (FAO-56), em
relação ao método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), nos municípios de
Acaraú (a), Aracati (b) e Barbalha (c).
a
c
b
125
Figura 36. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de referência
(ETo) mensal, estimados segundo o método de Penman-Monteith (FAO-56), em
relação ao método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), nos municípios de
Campos Sales (a), Crateús (b) e Fortaleza (c).
c
b
a
Y = 1,8925 + 0,5598X, R
2
= 0,92
126
Figura 37. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de referência
(ETo) mensal, estimados segundo o método de Penman-Monteith (FAO-56), em
relação ao método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), nos municípios de
Guaramiranga (a), Iguatu (b) e Jaguaruana (c).
b
c
a
127
Figura 38. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de referência
(ETo) mensal, estimados segundo o método de Penman-Monteith (FAO-56), em
relação ao método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), nos municípios de
Juazeiro do Norte (a), Morada Nova (b) e Paraipaba (c).
b
c
a
128
Após a análise dos resultados, foi observado que os métodos que
apresentaram melhor desempenho na estimativa da evapotranspiração de referência são
aqueles que incluem, em sua metodologia ou equação, dados meteorológicos relacionados à
razão de energia solar, e também foi verificado que o método de Blaney-Criddle (FREVERT
et al., 1983), apresentou uma performance melhor do que os métodos de Jensen-Haise (1963),
Makking (1957), Priestley & Taylor (1972) e Radiação (FAO-24), métodos que utilizam à
radiação solar e saldo de radiação, que nem sempre são medidos nas estações meteorológicas,
em virtude do alto preço dos equipamentos. O método proposto de Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983) utiliza dados da razão de insolação, onde as estações meteorológicas
dispõem de equipamentos para medir a insolação, além de utilizar um maior número de dados
como a umidade relativa do ar e velocidade do vento, que confere maior precisão e exatidão
em seus resultados, que permite ser indicado para estimativa da evapotranspiração de
referência mensal, no Estado do Ceará, nas condições deste estudo.
Na escolha de um método para a determinação da evapotranspiração,
devem ser levados em consideração praticidade e precisão, pois, apesar desses métodos
teóricos e micrometeorológicos serem baseados em princípios físicos, apresentam limitações,
principalmente quanto à instrumentação, o que pode restringir a utilização (BERLATO &
MOLION, 1981).
128
Figura 39. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de referência
(ETo) mensal, estimados segundo o método de Penman-Monteith (FAO-56), em
relação ao método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), nos municípios de
Pentecoste (a), Quixeramobim (b) e Sobral (c).
a
b
c
129
Figura 40. Regressão linear entre os valores mensais de evapotranspiração de referência
(ETo) mensal, estimados segundo o método de Penman-Monteith (FAO-56), em
relação ao método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), no município de
Tauá (a).
64.10 Evapotranspiração de referência e variáveis climáticvas
Para estudar possíveis correlações entre as estimativas de
evapotranspiração de referência com os variáveis climáticvas envolvidos no processo
evapotranspirativo, foi adotado o método padrão de Penman-Monteith (FAO-56), e Blaney-
Criddle (FREVERT et al., 1983) - método proposto no estudo, com base no índice de
correlação das variáveis envolvidas no processo.
Nas Tabelas 5 encontram-se os métodos de estimativa da
evapotranspiração de referência utilizados neste trabalho, assim como, o coeficiente de
correlação R
para cada localidade.
Verifica-se que existe correlação diretamente proporcional entre
Temperatura máxima (Tmax.) com Penman-Monteith (FAO-56), e Blaney-Criddle
(FREVERT et al., 1983), em quase todas as localidades, com exceção a cidade de Aracati, que
apresentou resultado não significativo para este tratamento, Barbalha, Campos Sales e
Juazeiro do Norte (R = 0,62; 0,70 e 0,66 - significativos ao nível de 5% de probabilidade,
respectivamente), para o método de Penman-Monteith (FAO-56), Fortaleza (R = 0,61 e 0,63 -
a
130
Tabela 5. Valores do indicador estatístico da correlação (R) da evapotranspiração de
referência (ETo) em relação aos dados climáticos nas áreas de estudo.
Métodos Métodos
Dados Climáticos Municípios
PM BC
Municípios
PM BC
Tmax 0,96** 0,98** ns ns
Tmin ns ns ns ns
UR -0,93** -0,97** ns -0,70*
Ins. 0,98** 0,95** 0,69* 0,73**
Rg 0,97** 0,94** 0,71* 0,73**
Vv
Acaraú
0,98** 0,98**
Aracati
0,73** 0,89**
Tmax 0,62* 0,87** 0,70* 0,84**
Tmin ns ns ns ns
UR -0,96** -0,98** -0,96** -0,99**
Ins. 0,91** 0,83** 0,92** 0,83**
Rg 0,96** 0,80** 0,88** 0,76**
Vv
Barbalha
0,76** ns
Campos Sales
0,88** 0,75**
Tmax 0,88** 0,93** 0,61* 0,63*
Tmin ns ns ns ns
UR -0,98** -0,99** -0,94** -0,99**
Ins. 0,91** 0,86** 0,95** 0,95**
Rg 0,88** 0,83** 0,97** 0,94**
Vv
Crateús
0,97** 0,94**
Fortaleza
0,95** 0,98**
Tmax 0,82** 0,85** 0,84** 0,91**
Tmin ns ns ns ns
UR -0,95** -0,99** -0,97** -0,99**
Ins. 0,93** 0,92** 0,96** 0,97**
Rg 0,92** 0,91** 0,95** 0,96**
Vv
Guaramiranga
ns ns
Iguatú
0,85** 0,83**
PM Penman-Monteith. BC Blaney-Criddle.
*, ** Significativos, respectivamente, em nível de 5 e 1% de probabilidade, pelo teste t.
ns Não significativo.
131
Tabela 5. Valores do indicador estatístico da correlação (R) da evapotranspiração de
referência (ETo) em relação aos dados climáticos nas áreas de estudo (Cont.).
Métodos Métodos
Dados Climáticos Municípios
PM BC
Municípios
PM BC
Tmax 0,91** 0,92** 0,66* 0,86**
Tmin ns ns ns ns
UR -0,97** -0,97** -0,95**
-0,96**
Ins. 0,91** 0,89** 0,94**
0,85**
Rg 0,88** 0,85** 0,91**
0,78**
Vv
Jaguaruana
0,95** 0,97**
Juaz. do Norte
0,72**
ns
Tmax 0,91** 0,83** 0,90**
0,92**
Tmin ns ns ns ns
UR -0,98** -0,93** -0,93**
-0,97**
Ins. 0,87** 0,87** 0,95**
0,95**
Rg 0,77** 0,79** 0,95**
0,92**
Vv
Morada Nova
0,99** 0,95**
Paraipaba
0,98**
0,97**
Tmax 0,97** 0,93** 0,95**
0,90**
Tmin ns ns ns ns
UR -0,96** -0,99** -0,94**
-0,95**
Ins. 0,89** 0,94** 0,86**
0,93**
Rg 0,88** 0,93** 0,79**
0,87**
Vv
Pentecoste
0,97** 0,95**
Quixeramobim
0,99**
0,97**
Tmax 0,98** 0,98** 0,74**
0,90**
Tmin ns ns ns ns
UR -0,97** -0,99** -0,93**
-0,99**
Ins. 0,89** 0,92** 0,94**
0,80**
Rg 0,85** 0,88** 0,89**
0,73**
Vv
Sobral
0,94** 0,91**
Tauá
0,91**
0,85**
PM Penman-Monteith. BC Blaney-Criddle.
*, ** Significativos, respectivamente, em nível de 5 e 1% de probabilidade, pelo teste t.
ns Não significativo.
132
significativo ao nível de 5% de probabilidade), para os métodos de Penman-Monteith (FAO -
56) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), respectivamente. Os demais municípios
apresentaram R variando de 0,74 a 0,98. Já a variável de temperatura mínima (Tmin.)
apresentou resultados não significativos em todas as localidades de estudo para este tratamento
Verifica-se também que existe alta correlação inversamente
proporcional entre a umidade relativa do ar (UR), com valores superiores a 0,93; com exceção
da localidade de Aracati, com coeficiente de correlação de 0,70 (significativo ao nível de 5%
de probabilidade), para a metodologia de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), e não
significativo para este tratamento no método de Penman-Monteith (FAO-56).
Para as variáveis de insolação e radiação solar, verifica-se correlação
positiva, estando os valores do coeficiente de correlação entre 0,77 e 0,98 para a equação de
Penman-Monteith (FAO-56), e de 0,73 e 0,97 para Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983),
em quase todos os municípios, com exceção a Aracati, que apresenta R com valor de 0,69 e
0,71 (significativo ao vel de 5% de probabilidade), para o método de Penman-Monteith
(FAO-56).
A variável velocidade do vento apresenta coeficiente de correlação
entre 0,72 e 0,99 para a equação de Penman-Monteith (FAO-56), na maioria das localidades,
com exceção a cidade de Guaramiranga (não significativo para este tratamento), e para o
método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), apresenta valores de 0,75 a 0,98, também
para a maioria das cidades, com exceção as localidades de Barbalha, Guaramiranga e Juazeiro
do Norte que apresentam resultados não significativos para este tratamento.
Novamente, o município de Aracati aparece com os menores valores
dos coeficientes estatísticos, e os municípios de Barbalha e Juazeiro do Norte com um
desempenho razoável para alguns variáveis climáticas, este efeito pode também ser verificado
nos resultados da análise de regressão (Tabela 4, Figuras 35b, 35c e 38a).
133
6.5 Distribuição espacial da evapotranspiração de referência
As isolinhas contidas nas Figuras 41 e 42 , representam graficamente
as distribuições médias de verão da evapotranspiração de referência (ETo), estimadas por
Penman-Monteith (FAO-56) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), no Estado Ceará.
O comportamento da evapotranspiração de referência de Penman-
Monteith (FAO-56) (Figuras 41 e 42), mostra que os maiores valores foram obtidos nos
municípios de Pentecoste (6,02 mm d
-1
), Morada Nova (5,58 mm d
-1
), Jaguaruana
(5,37 mm d
-1
), Quixeramobim (5,27 mm d
-1
), Crateús (5,21 mm d
-1
), Acaraú (5,17 mm d
-1
),
Campos Sales e Sobral com 5,16 mm d
-1
, e o menor valor ficou com a cidade de
Guaramiranga com 3,34 mm d
-1
. Já para o método de Blaney-Criddle (FREVERT et al.,
1983), os maiores valores foram obtidos nas cidades de Morada Nova (5,96 mm d
-1
), Crateús
(5,45 mm d
-1
), Campos Sales (5,22 mm d
-1
), Tauá (5,13 mm d
-1
), e o menor valor continuou
com a cidade de Guaramiranga com 2,45 mm d
-1
. Observa-se que as cidades que apresentaram
valores elevados na estimativa da evapotranspiração de referência, são as que apresentam altas
temperaturas médias (31,83 a 35,48°C), umidade relativa do ar de baixa a média (47,67 a
71,33%), insolação alta (7,85 a 9,27 h dia
-1
), velocidade do vento média a alta (2,51 a 6,32 ms
-
1
) e precipitação baixa (5,50 a 17,67mm), e o município de Guaramiranga, que apresentou o
menor valor de estimativa da evapotranspiração de referência, apresenta a menor média de
verão para temperatura do ar (25,98ºC), alta umidade relativa do ar (83,67%), alta insolação
(6,66 h dia
-1
), baixa velocidade do vento (2,12 ms
-1
) e baixa precipitação (52,33mm) (Tabelas
1B - APÊNDICE). Estes resultados estão de acordo com Sousa et al., (2005), comparando
dados da região Nordeste do Brasil, aplicando técnica estatística multivariada denominada de
Análise de Componentes Principais (ACP), indicaram que as variáveis climatológicas
investigadas com maior representatividade foram: precipitação, umidade relativa do ar,
evaporação à superfície e velocidade do vento à superfície; enquanto a temperatura mínima do
ar apresentou menor influência para a região Nordeste do Brasil.
Ainda, analisando o mapa das isolinhas, observa-se que as curvas com
os valores de estimativas de evapotranspiração de referência dificultam sua interpretação; e
134
Figura 41. Isolinhas de evapotranspiração de referência (mmdia
-1
), para o método de
Penman-Monteith (FAO-56) – verão.
Municípios selecionados
Municípios não selecionados
Isolinhas
-
ETo
quilômetros
135
Figura 42. Isolinhas de evapotranspiração de referência (mmdia
-1
), para o método de
Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) – verão.
Municípios selecionados
Municípios não selecionados
Isolinhas
-
ETo
quilômetros
136
segundo Araújo Filho (1993), este procedimento não é adequado para a região do sertão, onde
as diferenças atingiram 29%.
6.6 Demandas hídricas das principais culturas irrigadas no Estado
Nas Tabelas de 6 a 11 encontram-se as demandas hídricas potenciais
das culturas: abacaxi, banana, mamão, manga, melão e uva, nos principais pólos irrigados no
Estado do Ceará (Tabela 2). Também foram incluídos nesta análise o Projeto Pingo D’água,
localizado no município de Quixeramobim e a Região do Cariri; que apresentam alto potencial
produtivo em termos de fruticultura irrigada no Estado.
Pode-se observar que, em vista dos valores de evapotranspiração de
referência, as demandas potenciais médias são máximas nos meses de setembro e outubro,
com demandas potenciais médias mínimas em março e abril, para os métodos de Penman-
Monteith (FAO-56) e Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983), meses estes, que apresentaram
as menores precipitações e umidade relativa do ar e maiores temperatura do ar, insolação e
velocidade do vento para os Perímetros de Baixo-Acaraú, Tabuleiro de Russas (Jaguaruana),
Jaguaribe Apodi (Morada Nova), de Araras Norte (Crateús), Cariri. Já o Projeto Pingo D’água,
que apresenta a demanda potencial médias máxima em outubro, que diverge um pouco dos
demais por apresentar a demanda média mínima no mês de maio, meses que continuam com
as menores precipitações e umidade relativa do ar, e maiores temperatura do ar, insolação e
velocidade do vento.
Em função das maiores estimativas de evapotranspiração de referência,
as culturas: abacaxi e melão - Perímetro de Tabuleiro de Russas, banana; manga; mamão e uva
Perímetro de Jaguaribe Apodi, necessitam de mais água do que nos outros perímetros de
irrigação considerados, e necessitando menos de água em: abacaxi, mamão Baixo Acaraú,
banana; manga e uva – Cariri, melão - Projeto Pingo D’água.
Verifica-se que, no estágio intermediário Kc intermediário (Kc int.), as
culturas da banana, manga e videira têm evapotranspiração máxima (ETm) superior a ETo, e
no melão ETm = ETo, fato este comprovado por Sousa et al., citado por Wregue (1995) que
afirma: - “a partir de aproximadamente metade do ciclo da cultura, geralmente os valores de
ETm tendem a superar os de ETo”.
137
Tabela 6. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação do Baixo Acaraú.
Cultura do Abacaxi Cultura da Banana
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,30 0,50 0,40 0,55 1,15 0,90
ETo ETm ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 4,36 3,77 1,31 1,13 2,18 1,89 1,74 1,51 2,40 2,07 5,01 4,34 3,92 3,39
Fev. 4,03 3,50 1,21 1,05 2,02 1,75 1,61 1,40 2,22 1,93 4,63 4,03 3,63 3,15
Mar. 3,53 2,80 1,06 0,84 1,77 1,40 1,41 1,12 1,94 1,54 4,06 3,22 3,18 2,52
Abr. 3,90 2,89 1,17 0,87 1,95 1,45 1,56 1,16 2,15 1,59 4,49 3,32 3,51 2,60
May. 3,91 3,19 1,17 0,96 1,96 1,60 1,56 1,28 2,15 1,75 4,50 3,67 3,52 2,87
Jun. 4,67 3,80 1,40 1,14 2,34 1,90 1,87 1,52 2,57 2,09 5,37 4,37 4,20 3,42
Jul. 4,85 4,00 1,46 1,20 2,43 2,00 1,94 1,60 2,67 2,20 5,58 4,60 4,37 3,60
Ago. 5,28 4,75 1,58 1,43 2,64 2,38 2,11 1,90 2,90 2,61 6,07 5,46 4,75 4,28
Set. 5,31 4,91 1,59 1,47 2,66 2,46 2,12 1,96 2,92 2,70 6,11 5,65 4,78 4,42
Out. 5,26 5,09 1,58 1,53 2,63 2,55 2,10 2,04 2,89 2,80 6,05 5,85 4,73 4,58
Nov. 5,30 4,96 1,59 1,49 2,65 2,48 2,12 1,98 2,92 2,73 6,10 5,70 4,77 4,46
Dez. 5,00 4,52 1,50 1,36 2,50 2,26 2,00 1,81 2,75 2,49 5,75 5,20 4,50 4,07
Cultura do Mamão Cultura da Manga
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,40 0,90 0,70 0,45 1,05 0,90
ETo ETm ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 4,36 3,77 1,74 1,51 3,92 3,39 3,05 2,64 1,96 1,70 4,58 3,96 3,92 3,39
Fev. 4,03 3,50 1,61 1,40 3,63 3,15 2,82 2,45 1,81 1,58 4,23 3,68 3,63 3,15
Mar. 3,53 2,80 1,41 1,12 3,18 2,52 2,47 1,96 1,59 1,26 3,71 2,94 3,18 2,52
Abr. 3,90 2,89 1,56 1,16 3,51 2,60 2,73 2,02 1,76 1,30 4,10 3,03 3,51 2,60
Mai. 3,91 3,19 1,56 1,28 3,52 2,87 2,74 2,23 1,76 1,44 4,11 3,35 3,52 2,87
Jun. 4,67 3,80 1,87 1,52 4,20 3,42 3,27 2,66 2,10 1,71 4,90 3,99 4,20 3,42
Jul. 4,85 4,00 1,94 1,60 4,37 3,60 3,40 2,80 2,18 1,80 5,09 4,20 4,37 3,60
Ago. 5,28 4,75 2,11 1,90 4,75 4,28 3,70 3,33 2,38 2,14 5,54 4,99 4,75 4,28
Set. 5,31 4,91 2,12 1,96 4,78 4,42 3,72 3,44 2,39 2,21 5,58 5,16 4,78 4,42
Out. 5,26 5,09 2,10 2,04 4,73 4,58 3,68 3,56 2,37 2,29 5,52 5,34 4,73 4,58
Nov. 5,30 4,96 2,12 1,98 4,77 4,46 3,71 3,47 2,39 2,23 5,57 5,21 4,77 4,46
Dez. 5,00 4,53 2,00 1,81 4,50 4,08 3,50 3,17 2,25 2,04 5,25 4,76 4,50 4,08
138
Tabela 7. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação de Tabuleiro de Russas (Jaguaruana).
Cultura do Abacaxi Cultura do Melão
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,30 0,50 0,40 0,35 1,00 0,75
ETo ETm
ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 4,79 4,42 1,44 1,33 2,40 2,21 1,92 1,77 1,68 1,55 4,79 4,42 3,59 3,32
Fev. 4,40 3,68 1,32 1,10 2,20 1,84 1,76 1,47 1,54 1,29 4,40 3,68 3,30 2,76
Mar. 3,88 3,20 1,16 0,96 1,94 1,60 1,55 1,28 1,36 1,12 3,88 3,20 2,91 2,40
Abr. 3,84 3,10 1,15 0,93 1,92 1,55 1,54 1,24 1,34 1,09 3,84 3,10 2,88 2,33
Mai. 3,92 3,23 1,18 0,97 1,96 1,62 1,57 1,29 1,37 1,13 3,92 3,23 2,94 2,42
Jun. 4,32 3,62 1,30 1,09 2,16 1,81 1,73 1,45 1,51 1,27 4,32 3,62 3,24 2,72
Jul. 4,73 3,95 1,42 1,19 2,37 1,98 1,89 1,58 1,66 1,38 4,73 3,95 3,55 2,96
Ago. 5,32 4,53 1,60 1,36 2,66 2,27 2,13 1,81 1,86 1,59 5,32 4,53 3,99 3,40
Set. 5,70 4,69 1,71 1,41 2,85 2,35 2,28 1,88 2,00 1,64 5,70 4,69 4,28 3,52
Out. 5,80 5,21 1,74 1,56 2,90 2,61 2,32 2,08 2,03 1,82 5,80 5,21 4,35 3,91
Nov. 5,57 4,99 1,67 1,50 2,79 2,50 2,23 2,00 1,95 1,75 5,57 4,99 4,18 3,74
Dez. 5,08 4,52 1,52 1,36 2,54 2,26 2,03 1,81 1,78 1,58 5,08 4,52 3,81 3,39
139
Tabela 8. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação de Jaguaribe Apodi (Morada Nova).
Cultura da Banana Cultura do Mamão
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,55 1,15 0,90 0,40 0,90 0,70
ETo ETm ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 5,25 4,61 2,89 2,54 6,04 5,30 4,73 4,15 2,10 1,84 4,73 4,15 3,68 3,23
Fev. 4,53 4,65 2,49 2,56 5,21 5,35 4,08 4,19 1,81 1,86 4,08 4,19 3,17 3,26
Mar. 4,12 4,03 2,27 2,22 4,74 4,63 3,71 3,63 1,65 1,61 3,71 3,63 2,88 2,82
Abr. 4,04 3,79 2,22 2,08 4,65 4,36 3,64 3,41 1,62 1,52 3,64 3,41 2,83 2,65
Mai. 4,25 4,15 2,34 2,28 4,89 4,77 3,83 3,74 1,70 1,66 3,83 3,74 2,98 2,91
Jun. 4,49 4,48 2,47 2,46 5,16 5,15 4,04 4,03 1,80 1,79 4,04 4,03 3,14 3,14
Jul. 4,80 5,03 2,64 2,77 5,52 5,78 4,32 4,53 1,92 2,01 4,32 4,53 3,36 3,52
Ago. 5,36 5,54 2,95 3,05 6,16 6,37 4,82 4,99 2,14 2,22 4,82 4,99 3,75 3,88
Set. 5,79 6,10 3,18 3,36 6,66 7,02 5,21 5,49 2,32 2,44 5,21 5,49 4,05 4,27
Out. 5,98 6,57 3,29 3,61 6,88 7,56 5,38 5,91 2,39 2,63 5,38 5,91 4,19 4,60
Nov. 5,91 6,44 3,25 3,54 6,80 7,41 5,32 5,80 2,36 2,58 5,32 5,80 4,14 4,51
Dez. 5,64 6,05 3,10 3,33 6,49 6,96 5,08 5,45 2,26 2,42 5,08 5,45 3,95 4,24
Cultura do Manga Cultura da videira
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,45 1,05 0,90 0,35 1,15 0,90
ETo ETm ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 5,25 4,61 2,36 2,07 5,51 4,84 4,73 4,15 1,84 1,61 6,04 5,30 4,73 4,15
Fev. 4,53 4,65 2,04 2,09 4,76 4,88 4,08 4,19 1,59 1,63 5,21 5,35 4,08 4,19
Mar. 4,12 4,03 1,85 1,81 4,33 4,23 3,71 3,63 1,44 1,41 4,74 4,63 3,71 3,63
Abr. 4,04 3,79 1,82 1,71 4,24 3,98 3,64 3,41 1,41 1,33 4,65 4,36 3,64 3,41
Mai. 4,25 4,15 1,91 1,87 4,46 4,36 3,83 3,74 1,49 1,45 4,89 4,77 3,83 3,74
Jun. 4,49 4,48 2,02 2,02 4,71 4,70 4,04 4,03 1,57 1,57 5,16 5,15 4,04 4,03
Jul. 4,80 5,03 2,16 2,26 5,04 5,28 4,32 4,53 1,68 1,76 5,52 5,78 4,32 4,53
Ago. 5,36 5,54 2,41 2,49 5,63 5,82 4,82 4,99 1,88 1,94 6,16 6,37 4,82 4,99
Set. 5,79 6,10 2,61 2,75 6,08 6,41 5,21 5,49 2,03 2,14 6,66 7,02 5,21 5,49
Out. 5,98 6,57 2,69 2,96 6,28 6,90 5,38 5,91 2,09 2,30 6,88 7,56 5,38 5,91
Nov. 5,91 6,44 2,66 2,90 6,21 6,76 5,32 5,80 2,07 2,25 6,80 7,41 5,32 5,80
Dez. 5,64 6,05 2,54 2,72 5,92 6,35 5,08 5,45 1,97 2,12 6,49 6,96 5,08 5,45
140
Tabela 9. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação de Araras Norte (Crateús).
Cultura do Mamão Cultura da Manga
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,40 0,90 0,70 0,45 1,05 0,90
ETo ETm
ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 4,46 4,13 1,78 1,65 4,01 3,72 3,12 2,89 2,01 1,86 4,68 4,34 4,01 3,72
Fev. 4,08 3,47 1,63 1,39 3,67 3,12 2,86 2,43 1,84 1,56 4,28 3,64 3,67 3,12
Mar. 3,63 2,86 1,45 1,14 3,27 2,57 2,54 2,00 1,63 1,29 3,81 3,00 3,27 2,57
Abr. 3,72 2,87 1,49 1,15 3,35 2,58 2,60 2,01 1,67 1,29 3,91 3,01 3,35 2,58
Mai. 4,11 3,43 1,64 1,37 3,70 3,09 2,88 2,40 1,85 1,54 4,32 3,60 3,70 3,09
Jun. 4,51 3,98 1,80 1,59 4,06 3,58 3,16 2,79 2,03 1,79 4,74 4,18 4,06 3,58
Jul. 5,09 4,86 2,04 1,94 4,58 4,37 3,56 3,40 2,29 2,19 5,34 5,10 4,58 4,37
Ago. 5,24 5,33 2,10 2,13 4,72 4,80 3,67 3,73 2,36 2,40 5,50 5,60 4,72 4,80
Set. 5,33 5,78 2,13 2,31 4,80 5,20 3,73 4,05 2,40 2,60 5,60 6,07 4,80 5,20
Out. 5,40 6,03 2,16 2,41 4,86 5,43 3,78 4,22 2,43 2,71 5,67 6,33 4,86 5,43
Nov. 5,36 5,72 2,14 2,29 4,82 5,15 3,75 4,00 2,41 2,57 5,63 6,01 4,82 5,15
Dez. 4,85 4,96 1,94 1,98 4,37 4,46 3,40 3,47 2,18 2,23 5,09 5,21 4,37 4,46
Cultura da videira
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,35 1,15 0,90
ETo ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 4,46 4,13 1,56 1,45 5,13 4,75 4,01 3,72
Fev. 4,08 3,47 1,43 1,21 4,69 3,99 3,67 3,12
Mar. 3,63 2,86 1,27 1,00 4,17 3,29 3,27 2,57
Abr. 3,72 2,87 1,30 1,00 4,28 3,30 3,35 2,58
Mai. 4,11 3,43 1,44 1,20 4,73 3,94 3,70 3,09
Jun. 4,51 3,98 1,58 1,39 5,19 4,58 4,06 3,58
Jul. 5,09 4,86 1,78 1,70 5,85 5,59 4,58 4,37
Ago. 5,24 5,33 1,83 1,87 6,03 6,13 4,72 4,80
Set. 5,33 5,78 1,87 2,02 6,13 6,65 4,80 5,20
Out. 5,40 6,03 1,89 2,11 6,21 6,93 4,86 5,43
Nov. 5,36 5,72 1,88 2,00 6,16 6,58 4,82 5,15
Dez. 4,85 4,96 1,70 1,74 5,58 5,70 4,37 4,46
141
Tabela 10. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Pólo de Irrigação do Cariri.
Mauri ti (Juazeiro do Norte) - Cultura da Manga Missão Nova (Barbalha) - Cultura da Banana
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,45 1,05 0,90 Kc 0,55 1,15 0,90
ETo ETm ETo ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 3,92 4,07 1,76 1,83 4,12 4,27 3,53 3,66 3,79 4,00 2,08 2,20 4,36 4,60 3,41 3,60
Fev. 3,70 3,80 1,67 1,71 3,89 3,99 3,33 3,42 3,70 3,83 2,04 2,11 4,26 4,40 3,33 3,45
Mar. 3,54 3,64 1,59 1,64 3,72 3,82 3,19 3,28 3,55 3,68 1,95 2,02 4,08 4,23 3,20 3,31
Abr. 3,49 3,52 1,57 1,58 3,66 3,70 3,14 3,17 3,71 3,66 2,04 2,01 4,27 4,21 3,34 3,29
Mai. 3,87 3,79 1,74 1,71 4,06 3,98 3,48 3,41 3,97 3,85 2,18 2,12 4,57 4,43 3,57 3,47
Jun. 4,03 3,83 1,81 1,72 4,23 4,02 3,63 3,45 4,18 3,99 2,30 2,19 4,81 4,59 3,76 3,59
Jul. 4,17 4,03 1,88 1,81 4,38 4,23 3,75 3,63 4,50 4,20 2,48 2,31 5,18 4,83 4,05 3,78
Ago. 4,57 4,41 2,06 1,98 4,80 4,63 4,11 3,97 4,74 4,53 2,61 2,49 5,45 5,21 4,27 4,08
Set. 4,66 4,45 2,10 2,00 4,89 4,67 4,19 4,01 4,82 4,67 2,65 2,57 5,54 5,37 4,34 4,20
Out. 4,38 4,49 1,97 2,02 4,60 4,71 3,94 4,04 4,64 4,79 2,55 2,63 5,34 5,51 4,18 4,31
Nov. 4,44 4,56 2,00 2,05 4,66 4,79 4,00 4,10 4,47 4,64 2,46 2,55 5,14 5,34 4,02 4,18
Dez. 4,10 4,28 1,85 1,93 4,31 4,49 3,69 3,85 4,12 4,33 2,27 2,38 4,74 4,98 3,71 3,90
Brejo Santo (Juazeiro do Norte) - Cultura da Videira
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,35 1,15 0,90
ETo ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 3,92 4,07 1,37 1,42 4,51 4,68 3,53 3,66
Fev. 3,70 3,80 1,30 1,33 4,26 4,37 3,33 3,42
Mar. 3,54 3,64 1,24 1,27 4,07 4,19 3,19 3,28
Abr. 3,49 3,52 1,22 1,23 4,01 4,05 3,14 3,17
Mai. 3,87 3,79 1,35 1,33 4,45 4,36 3,48 3,41
Jun. 4,03 3,83 1,41 1,34 4,63 4,40 3,63 3,45
Jul. 4,17 4,03 1,46 1,41 4,80 4,63 3,75 3,63
Ago. 4,57 4,41 1,60 1,54 5,26 5,07 4,11 3,97
Set. 4,66 4,45 1,63 1,56 5,36 5,12 4,19 4,01
Out. 4,38 4,49 1,53 1,57 5,04 5,16 3,94 4,04
Nov. 4,44 4,56 1,55 1,60 5,11 5,24 4,00 4,10
Dez. 4,10 4,28 1,44 1,50 4,72 4,92 3,69 3,85
142
Tabela 11. Demandas hídicas potenciais das principais culturas no Projeto de Irrigação Pingo D'Água (Quixeramobim)
Cultura do Mamão Cultura do Melão
Estágios Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc inic
.
Kc int
.
Kc fin
.
Kc 0,40 0,90 0,70 0,35 1,00 0,75
ETo ETm
ETm
Meses PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC PM BC
Jan. 4,72 3,81 1,89 1,52 4,25 3,43 3,30 2,67 1,65 1,33 4,72 3,81 3,54 2,86
Fev. 4,28 3,40 1,71 1,36 3,85 3,06 3,00 2,38 1,50 1,19 4,28 3,40 3,21 2,55
Mar. 3,85 2,88 1,54 1,15 3,47 2,59 2,70 2,02 1,35 1,01 3,85 2,88 2,89 2,16
Abr. 3,64 2,66 1,46 1,06 3,28 2,39 2,55 1,86 1,27 0,93 3,64 2,66 2,73 2,00
Mai. 3,51 2,81 1,40 1,12 3,16 2,53 2,46 1,97 1,23 0,98 3,51 2,81 2,63 2,11
Jun. 3,91 3,10 1,56 1,24 3,52 2,79 2,74 2,17 1,37 1,09 3,91 3,10 2,93 2,33
Jul. 4,23 3,58 1,69 1,43 3,81 3,22 2,96 2,51 1,48 1,25 4,23 3,58 3,17 2,69
Ago. 4,96 4,45 1,98 1,78 4,46 4,01 3,47 3,12 1,74 1,56 4,96 4,45 3,72 3,34
Set. 5,62 4,77 2,25 1,91 5,06 4,29 3,93 3,34 1,97 1,67 5,62 4,77 4,22 3,58
Out. 5,73 4,90 2,29 1,96 5,16 4,41 4,01 3,43 2,01 1,72 5,73 4,90 4,30 3,68
Nov. 5,72 4,82 2,29 1,93 5,15 4,34 4,00 3,37 2,00 1,69 5,72 4,82 4,29 3,62
Dez. 5,37 4,42 2,15 1,77 4,83 3,98 3,76 3,09 1,88 1,55 5,37 4,42 4,03 3,32
143
7. CONCLUSÕES
Os resultados obtidos permitiram concluir que:
§ Dentre os métodos de estimativa de evapotranspiração de referência
(ETo), o método de Blaney-Criddle (FREVERT et al., 1983) foi o que apresentou melhor
ajuste em relação ao método de Penman-Monteith (FAO-98), mostrando ser viável de
utilização nas condições do Estado do Ceará, apresentando elevados níveis de concordância
entre os dados estimados, medidos e ajustados;
§ O método de Hargreaves (1974), que tem sido utilizado
indiscriminadamente no dimensionamento de projetos de irrigação em todo Estado, pode ser
recomendado para estimar ETo nas cidades de Acaraú, Crateús, Guaramiranga, Iguatu,
Jaguaruana, Morada Nova, Paraipaba, Pentecoste, Quixeramobim, Sobral e Tauá, devido ter
mostrado significativa correlação, mas não deve ter seu uso recomendado nas localidades de
Aracati, Barbalha, Campos Sales, Fortaleza e Juazeiro do Norte por não ter apresentado
significativa correlação em relação a Penman-Monteith (FAO-56);
§ Os métodos de Linacre (1977), Thornthwaite (1948), Camargo
(1971), Kharrufa (1985) e Hamon (1961) não devem ser recomendados para estimativas de
ETo para o Estado do Ceará, devido a análise estatística ter mostrado resultados menos
significativos e não significativos em relação ao método padrão de Penman-Monteith (FAO-
56); o método de Hargreaves-Samani (1985) pode ser indicado sem restrições apenas apara
o município de Jaguaruana;
144
§ O método de Benavides & Lopez (1970) pode ser recomendado para
estimar ETo nas cidades de Acaraú, Crateús, Morada Nova, Pentecoste, Quixeramobim e
Sobral, devido ter mostrado significativa correlação, mas não deve ter seu uso recomendado
nas localidades de Aracati, Barbalha, Campos Sales, Fortaleza, Guaramiranga, Iguatu,
Jaguaruana, Juazeiro do Norte, Paraipaba e Tauá, por ter apresentado correlação menos
significativa e não significativas em relação ao método de Penman-Monteith (FAO-56);
§ Os métodos de Jensen-Haise (1963), Makking (1957) e Priestley &
Taylor (1972) e Radiação (FAO-24), que utilizam em suas equações dados meteorológicos
relativos à taxa de energia solar, como a radiação solar e saldo de radiação para estimativa da
evapotranspiração de referência, apresentaram ajuste significativo para a maioria das cidades,
com excessão ao municípios de Aracati, para os métodos de Jensen-Haise (1963) e Makking
(1957), Campos Sales e Juazeiro do Norte para o método de Priestley & Taylor (1972),
Aracati e Paraipaba para o método de Radiação (FAO-24);
§ Os métodos empíricos que consideram apenas as temperaturas
máximas e mínimas do ar, devem ser evitados na estimativa da evapotranspiração de
referência, pois foi verificado que os métodos que levam em consideração o maior número
possível de variáveis climatológicas (temperatura, umidade relativa, insolação e velocidade do
vento), apresentaram uma melhor correlação dos dados em relação ao método de Penman-
Monteith (FAO-56), e os que consideram a radiação solar global, apresentam um grande
inconveniente para a região de estudo, em virtude do equipamento específico para medir esta
variável ser de alto custo, não estando disponível nos postos meteorológicos do Estado;
§ O município de Aracati apresentou os resultados menos
significativos de estimativas de evapotranspiração de referência, o que provavelmente deve ter
influenciado esta resposta dos dados; deve ter sido em virtude do período de tempo de
coleta (1958 a 1968), período em que não se dispunha de tanta tecnologia para coleta,
armazenamento e processamento dos dados, visto que o período de tempo das demais
localidades engloba a década de 70, 80 e 90, períodos em que houve introdução, sofisticação,
modernização e atualização da tecnologia na área meteorológica;
§ Os métodos de Hargreaves e Thonthwaite tem sido utilizados
indiscrimandamente no dimensionamento de sistemas de irrigação em todas as regiões do
Estado.
145
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165
APÊNDICE
166
Tabela 1B. Dados climatológicos médios dos municípios selecionados.
Tmax
Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
Municípios Média
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
)
(h.dia
-1
)
(m.s
-1
)
(km.dia
-1
)
(mm)
inverno 30,65
22,83 80,17 196,72 6,52 4,08 369,47 184,33
verão 31,83
22,60 71,33 285,83 9,27 6,32 545,75 10,33
Acaraú
(1976 –1988)
anual 31,24
22,72 75,75 241,28 7,89 5,20 457,61 97,33
inverno 29,17
21,50 67,33 213,33 7,08 3,43 296,65 142,83
verão 28,30
21,47 65,50 293,33 9,57 5,47 472,32 11,00
Aracati
(1958-1968)
anual 28,73
21,48 66,42 253,33 8,33 4,45 384,48 76,92
inverno 30,63
20,82 72,83 214,33 7,10 1,68 145,43 158,17
verão 32,63
20,80 54,00 263,83 8,61 2,35 194,72 34,33
Barbalha
(1979-1988) anual 31,63
20,81 63,42 239,08 7,86 2,02 170,08 96,25
inverno 29,85
19,75 70,50 200,17 6,63 3,67 316,82 87,17
verão 32,00
20,35 52,67 256,83 8,38 4,45 417,80 17,67
Campos Sales
(1978-1987) anual 30,93
20,05 61,58 228,50 7,50 4,06 367,31 52,42
inverno 31,83
21,75 70,83 174,00 5,77 2,63 227,52 121,67
verão 34,52
22,18 34,52 241,17 7,85 3,55 306,73 15,67
Crateús
(1979-1988) anual 33,18
21,97 59,25 207,58 6,81 3,09 267,13 33,18
inverno 30,10
23,50 81,67 189,72 6,29 3,18 275,05 240,12
verão 30,47
23,53 74,83 272,88 8,90 4,45 367,82 34,77
Fortaleza
(1966-1999)
anual 30,28
23,52 78,25 231,30 7,60 3,82 30,28 137,44
inverno 24,55
17,90 89,67 128,67 4,26 1,90 164,18 227,50
verão 25,98
17,02 83,67 204,17 6,66 2,12 182,88 52,33
Guaramiranga
(1961-1988)
anual 25,27
17,46 86,67 166,42 5,46 2,01 173,53 139,92
inverno 32,18
23,20 70,33 116,00 3,85 1,43 123,83 119,83
verão 34,43
22,52 53,33 207,00 6,75 2,28 197,28 13,67
Iguatu
(1961-1990)
anual 33,31
22,86 61,83 161,50 5,30 1,86 160,56 33,31
167
Tabela 1B. Dados climatológicos médios dos municípios selecionados (Cont.).
Tmax
Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
Municípios Média
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
)
(h.dia
-1
)
(m.s
-1
)
(km.dia
-1
)
(mm)
inverno 32,40
23,65 77,50 197,00 6,52 3,03 262,07 123,17
verão 33,73
22,45 69,00 267,00 8,71 4,43 383,03 8,33
Jaguaruana
(1979-1988)
anual 33,07
23,05 73,25 232,00 7,62 3,73 322,55 65,75
inverno 29,62
21,00 69,67 202,00 6,69 2,18 188,65 125,33
verão 31,40
20,75 53,67 269,67 8,80 2,48 214,57 78,71
Juazeiro do
Norte
(1978-1987) anual 30,51
20,88 61,67 235,83 7,75 2,33 201,61 76,83
inverno 32,97
22,57 73,33 218,33 7,24 2,67 230,42 111,83
verão 34,73
21,55 62,00 268,33 8,75 3,75 324,00 7,00
Morada Nova
(1961-1990) anual 33,85
22,06 67,67 243,33 8,00 3,21 277,21 59,42
inverno 31,33
22,43 90,50 209,47 6,95 1,53 132,47 150,62
verão 32,30
22,03 85,17 285,00 9,30 2,58 223,20 11,35
Paraipaba (1975-
1998) anual 31,82
22,23 87,83 247,23 8,12 2,06 177,83 80,98
inverno 33,32
23,23 83,17 195,82 6,49 3,27 282,23 125,65
verão 35,48
23,03 69,83 262,02 9,09 4,83 417,62 12,13
Pentecoste
(1970-1998) anual 34,40
23,13 76,50 228,92 7,79 4,05 349,93 68,89
inverno 31,25
22,85 72,83 201,27 6,68 2,63 227,52 125,47
verão 33,60
22,73 58,17 258,85 8,45 4,38 378,72 15,95
Quixeramobim
(1961-1990)
anual 32,43
22,79 76,50 230,06 7,56 3,51 303,12 70,71
inverno 32,02
22,40 76,83 179,00 5,94 2,18 188,63 133,33
verão 35,13
22,28 60,00 247,00 8,22 3,17 273,60 5,50
Sobral
(1961-1988)
anual 35,58
22,34 68,42 213,00 7,08 2,68 231,12 69,42
inverno 30,92
21,38 68,00 183,50 6,08 2,32 200,15 80,50
verão 33,00
21,92 49,00 241,50 7,88 2,70 233,27 10,17
Tauá
(1977-1986) anual 31,96
21,65 58,50 212,50 7,88 2,51 216,71 45,33
168
Tabela 2B. Valores da Radiação Solar Global (Rg) em MJ.m
2
d
-1
nos municípios selecionados.
Meses
Acaraú
(1976 –1988)
Aracati
(1958-1968)
Barbalha
(1979-1988)
C. Sales
(1978-1987)
Crateús
(1979-1988)
Fortaleza
(1966-1999)
Guaram.
(1961-1988)
Iguatu
(1961-1990)
Jan.
16,15 17,19 16,62 15,74 15,00 16,36 14,64 15,23
Fev.
15,35 16,67 16,64 15,41 15,13 15,66 13,86 13,74
Mar.
14,50 16,05 16,31 15,56 14,45 14,30 12,81 12,53
Abr.
15,04 15,96 16,83 16,44 15,01 14,56 13,16 12,70
Mai.
16,33 15,65 17,86 17,71 16,12 16,07 13,96 13,44
Jun.
17,76 18,00 18,06 18,58 16,98 17,15 14,69 14,58
Jul.
17,61 18,16 18,45 18,55 17,73 17,74 15,53 15,94
Ago.
18,91 18,72 19,15 19,05 18,14 18,43 16,63 17,11
Set.
18,86 19,42 18,94 18,75 18,05 18,35 16,45 16,87
Out.
19,09 19,80 18,62 18,24 17,82 18,66 16,31 16,91
Nov.
18,67 19,30 18,36 18,01 17,30 18,53 16,34 16,48
Dez.
17,75 18,37 17,17 16,62 15,62 17,50 15,67 15,80
Total 206,02 213,29 213,01 208,66 197,35 203,31 180,05 181,33
Med inv. 15,86 16,59 17,05 16,57 15,45 15,68 13,85 13,70
Med ver. 18,48 18,96 18,45 18,20 17,44 18,20 16,16 16,52
Média 17,17 17,77 17,75 17,39 16,45 16,94 15,00 15,11
C. Sales Campos Sales. Guaram. Guaramiranga
169
Tabela 2B. Valores da Radiação Solar Global (Rg) em MJ.m
2
d
-1
nos municípios selecionados (Cont.).
Meses
Jaguaruana
(1979-1988)
J. do Norte
(1978-1987)
M. Nova
(1961-1990)
Paraipaba
(1975-1998)
Pentecoste
(1970-1998)
Quixer.
(1961-1990)
Sobral
(1961-1988)
Tauá
(1977-1986)
Jan. 17,06 15,99 17,37 16,60 16,45 16,50 15,34 15,46
Fev. 15,37 16,43 16,49 16,62 15,73 16,45 15,16 14,93
Mar. 15,42 16,63 16,02 15,20 14,46 15,93 14,46 15,16
Abr. 15,37 15,54 16,67 15,46 15,25 15,62 14,86 16,03
Mai. 15,58 17,67 17,37 16,44 16,31 16,62 15,71 16,43
Jun. 17,62 17,66 18,05 17,36 17,07 16,85 16,51 17,74
Jul. 17,88 18,13 18,43 18,23 17,70 17,55 16,92 18,14
Ago. 18,59 19,97 18,36 18,89 18,51 18,51 18,05 18,36
Set. 18,32 19,18 18,68 18,71 18,41 18,44 17,85 18,27
Out. 19,00 18,48 18,90 19,03 18,81 18,51 17,90 17,89
Nov. 18,30 18,78 18,46 18,62 18,71 18,14 17,37 17,34
Dez.
16,90 17,29 17,75 17,80 18,17 16,97 16,29 15,85
Total 205,41 211,75 212,55 208,96 205,58 206,09 196,42 201,60
Med inv. 16,07 16,65 17,00 16,28 15,88 16,33 15,34 15,96
Med ver. 18,17 18,64 18,43 18,55 18,39 18,02 17,40 17,64
Média 17,12 17,65 17,71 17,41 17,13 17,17 16,37 16,80
J. do Norte Juazeiro do Norte. M. Nova Morada Nova. Quixer. Quixeramobim.
170
Tabela 3B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Acaraú no
período de 1976 – 1988.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 4,36 4,38
4,70 2,21
5,04
5,07 4,75
5,12
4,37
4,93
3,99
3,85
4,23 3,77
Fev. 4,03 4,25
4,72 2,22
4,78
4,74 4,32
5,06
4,24
4,89
3,92
3,74
3,94 3,50
Mar. 3,53 4,02
4,41 2,25
4,77
4,42 4,60
4,40
4,11
4,83
3,86
3,66
3,35 2,80
Abr. 3,90 4,21
4,55 2,16
4,65
4,58 4,48
4,35
4,29
4,60
3,83
3,62
3,56 2,89
Mai. 3,91 4,11
5,01 2,27
5,08
5,09 4,55
4,55
3,99
4,88
3,88
3,67
3,89 3,19
Jun. 4,67 4,59
5,36 2,01
5,48
5,47 4,26
4,75
4,16
4,59
3,79
3,55
4,53 3,80
Jul. 4,85 4,67
5,33 1,99
5,44
5,41 4,46
4,97
4,05
4,60
3,80
3,56
4,65 4,00
Ago. 5,28 4,73
5,83 2,06
5,88
5,96 4,67
5,45
4,17
4,91
3,91
3,70
5,31 4,75
Set. 5,31 4,70
5,89 2,13
5,89
6,03 4,80
5,64
4,38
4,97
4,01
3,84
5,39 4,91
Out. 5,26 4,78
5,97 2,16
5,97
5,99 4,83
5,73
4,58
5,08
4,02
3,86
5,51 5,09
Nov. 5,30 4,81
5,84 2,13
5,84
5,82 4,85
5,65
4,78
5,00
4,05
3,92
5,32 4,96
Dez. 5,00 4,67
5,56 2,16
5,55
5,50 4,86
5,45
4,64
4,94
4,06
3,93
4,89 4,53
Média inv. 4,07 4,26
4,79 2,19
4,97
4,90 4,50
4,71
4,19
4,79
3,88
3,68
3,92 3,33
Média ver. 5,17 4,73
5,74 2,11
5,76
5,79 4,74
5,48
4,43
4,92
3,98
3,80
5,18 4,71
Média 4,62 4,49
5,26 2,15
5,36
5,34 4,62
5,09
4,31
4,85
3,93
3,74
4,55 4,02
Desv. padrão 0,65 0,28
0,57 0,09
0,48
0,56 0,21
0,50
0,25
0,17
0,10
0,14
0,75 0,82
Variância 0,42 0,08
0,32 0,01
0,23
0,32 0,04
0,25
0,06
0,03
0,01
0,02
0,57 0,68
Coef. Var. 14,02 6,28
10,81 4,15
9,03
10,53 4,47
9,78
5,72
3,42
2,47
3,61
16,58 20,49
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
171
Tabela 4B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Aracati no
período de 1958-1968.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 3,88 3,85 5,07 2,14 5,26 5,01 4,13 5,73 3,94 4,52 3,75 3,57 4,86 4,66
Fev. 3,92 4,00 4,88 2,06 5,09 4,77 3,73 5,33 4,14 4,29 3,68 3,47 4,54 4,22
Mar. 3,75 4,06 4,67 2,01 4,89 4,52 3,89 5,08 4,16 4,27 3,62 3,39 4,17 3,78
Abr. 3,78 4,19 4,64 1,96 4,86 4,45 3,81 5,00 4,02 4,26 3,58 3,32 4,09 3,49
Mai. 3,65 4,05 4,58 2,04 4,78 4,37 3,89 5,20 3,61 4,29 3,59 3,30 4,07 3,52
Jun. 3,98 4,15 5,11 1,88 5,43 4,98 3,46 4,42 3,56 4,15 3,41 3,08 4,42 3,57
Jul. 3,98 3,73 5,29 2,13 5,53 5,21 3,80 5,54 3,21 4,27 3,56 3,27 5,19 4,70
Ago. 4,27 4,01 5,31 1,93 5,64 5,27 3,46 5,64 3,67 4,14 3,45 3,18 5,56 5,16
Set. 4,36 3,99 5,50 1,92 5,85 5,51 3,98 5,19 3,96 3,94 3,47 3,22 5,56 4,93
Out. 4,35 4,13 5,71 2,01 6,00 5,97 3,76 5,30 4,02 4,28 3,60 3,38 5,66 5,22
Nov. 3,69 3,44 5,51 2,20 5,83 5,85 3,67 4,47 3,36 4,20 3,58 3,38 4,99 4,27
Dez. 3,95 3,88 5,27 2,06 5,57 5,50 3,75 4,39 3,80 4,19 3,64 3,47 4,65 3,99
Média inv. 3,83 4,05 4,83 2,02 5,05 4,68 3,82 5,13 3,91 4,30 3,61 3,36 4,36 3,87
Média ver. 4,10 3,86 5,43 2,04 5,74 5,55 3,74 5,09 3,67 4,17 3,55 3,32 5,27 4,71
Média 3,96 3,96 5,13 2,03 5,39 5,12 3,78 5,11 3,79 4,23 3,58 3,34 4,81 4,29
Desv. padrão 0,25 0,21 0,37 0,10 0,42 0,53 0,19 0,46 0,31 0,13 0,10 0,14 0,58 0,64
Variância 0,06 0,04 0,14 0,01 0,17 0,28 0,04 0,22 0,09 0,02 0,01 0,02 0,34 0,40
Coef. Var. 6,19 5,29 7,24 4,77 7,71 10,39 5,07 9,08 8,11 3,18 2,70 4,11 12,13 14,81
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
172
Tabela 5B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Barbalha no
período de 1979-1988.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK
PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 3,79 4,73 5,05
2,07
5,21
4,60
4,75 5,44 5,04 5,01 3,97
3,87 4,15 3,78
Fev. 3,70 4,54 4,97
2,07
5,18
4,55
3,99 4,93 4,83 4,71 3,84
3,69 3,98 3,42
Mar. 3,55 4,24 4,87
2,18
5,08
4,44
4,21 4,53 4,54 4,71 3,76
3,55 3,70 3,09
Abr. 3,71 4,43 4,93
2,02
5,20
4,48
3,81 4,48 4,60 4,40 3,60
3,33 3,88 3,05
Mai. 3,97 4,63 5,19
1,92
5,50
4,71
3,64 4,88 4,49 4,37 3,52
3,21 4,37 3,46
Jun. 4,18 4,68 5,15
1,82
5,52
4,66
3,35 5,07 4,17 4,27 3,38
3,02 4,65 3,76
Jul. 4,50 4,63 5,24
1,83
5,63
4,79
3,30 5,35 3,93 4,26 3,39
3,06 5,03 4,21
Ago. 4,74 5,11 5,65
1,81
5,93
5,09
3,89 6,19 4,35 4,64 3,63
3,35 5,43 4,91
Set. 4,82 5,33 5,81
1,90
5,95
5,20
4,58 6,95 4,91 5,07 3,91
3,73 5,54 5,21
Out. 4,64 5,91 5,92
2,00
5,92
5,74
4,96 7,40 5,46 5,69 4,16
4,08 5,43 5,46
Nov. 4,47 5,72 5,85
2,09
5,84
5,71
5,13 7,14 5,51 5,74 4,25
4,24 5,24 5,14
Dez. 4,12 5,50 5,39
2,09
5,44
5,25
4,97 6,42 5,36 5,18 4,19
4,17 4,64 4,49
Média inv. 3,82 4,54 5,03
2,01
5,28
4,57
3,96 4,89 4,61 4,58 3,68
3,45 4,12 3,43
Média ver. 4,55 5,37 5,64
1,95
5,79
5,30
4,47 6,58 4,92 5,10 3,92
3,77 5,22 4,90
Média 4,18 4,95 5,34
1,98
5,53
4,94
4,22 5,73 4,77 4,84 3,80
3,61 4,67 4,17
Desv. padrão 0,44 0,54 0,38
0,12
0,32
0,46
0,65 1,04 0,51 0,51 0,30
0,42 0,66 0,86
Variância 0,20 0,30 0,14
0,02
0,10
0,21
0,42 1,09 0,26 0,26 0,09
0,18 0,43 0,74
Coef. Var. 10,62 10,98
7,14
6,25
5,82
9,27
15,38
18,21 10,72
10,58 8,01
11,76
14,10
20,66
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
173
Tabela 6B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Campos Sales
período de 1978-1987.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK
PT TW BL HS CM
KF HM RD BC
Jan. 4,25 4,62
4,65
2,05
4,90
4,24 4,18 5,35 4,92 4,67
3,80
3,67 4,19 3,88
Fev. 4,12 4,53
4,49
2,03
4,78
4,09 3,66 4,76 4,84 4,37
3,70
3,53 3,87 3,34
Mar. 3,83 4,27
4,44
2,04
4,79
4,08 3,59 4,15 4,42 4,28
3,52
3,27 3,63 2,96
Abr. 4,31 4,51
4,69
1,95
5,05
4,28 3,50 4,45 4,37 4,27
3,47
3,18 4,08 3,25
Mai. 4,48 4,49
4,97
1,89
5,41
4,58 3,25 4,80 3,99 4,00
3,34
3,02 4,68 3,77
Jun. 4,92 4,67
5,13
1,77
5,64
4,70 3,03 4,95 3,96 3,93
3,22
2,86 5,13 4,24
Jul. 4,72 4,68
5,19
1,82
5,66
4,77 3,22 5,21 3,98 3,99
3,32
2,98 5,20 4,38
Ago. 5,48 5,03
5,51
1,82
5,88
5,01 3,68 6,16 4,63 4,34
3,53
3,23 5,79 5,41
Set. 5,53 5,17
5,68
1,96
5,88
5,13 4,48 6,85 5,18 4,78
3,84
3,64 5,82 5,62
Out. 5,40 5,59
5,64
2,04
5,76
5,53 4,76 7,18 5,42 5,09
4,00
3,87 5,69 5,86
Nov. 5,08 5,51
5,58
2,09
5,70
5,49 4,83 6,70 5,36 5,12
4,07
4,01 5,34 5,25
Dez. 4,73 5,29
5,10
2,12
5,24
4,99 4,75 6,39 5,15 5,05
4,06
4,01 4,81 4,78
Média inv. 4,32 4,52
4,73
1,96
5,10
4,33 3,53 4,74 4,42 4,25
3,51
3,26 4,26 3,57
Média ver. 5,16 5,21
5,45
1,98
5,69
5,15 4,29 6,42 4,95 4,73
3,80
3,62 5,44 5,22
Média 4,74 4,86
5,09
1,97
5,39
4,74 3,91 5,58 4,69 4,49
3,66
3,44 4,85 4,40
Desv. padrão 0,56 0,44
0,45
0,12
0,42
0,51 0,66 1,03 0,54 0,44
0,30
0,40 0,77 0,99
Variância 0,31 0,19
0,20
0,01
0,18
0,26 0,43 1,06 0,29 0,19
0,09
0,16 0,59 0,97
Coef. Var. 11,84 9,00
8,85
5,91
7,83
10,68 16,82 18,41 11,54 9,78
8,17
11,76 15,82 22,46
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
174
Tabela 7B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Crateús no
período de 1979-1988.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK
PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 4,46 5,11
4,84 2,22
4,79
4,38 5,22 6,77 5,29 5,70 4,29
4,27 4,27 4,13
Fev. 4,08 4,79
4,70 2,15
4,77
4,31 4,45 5,51 5,00 5,04 4,03
3,90 3,89 3,47
Mar. 3,63 4,45
4,39 2,18
4,52
4,03 4,62 4,74 4,57 4,92 3,86
3,66 3,41 2,86
Abr. 3,72 4,47
4,52 2,12
4,68
4,16 4,15 4,65 4,32 4,66 3,77
3,53 3,54 2,87
Mai. 4,11 4,76
4,85 2,02
5,02
4,47 4,11 5,13 4,28 4,66 3,74
3,47 4,06 3,43
Jun. 4,51 5,05
5,05 1,86
5,26
4,63 3,88 5,55 4,35 4,60 3,63
3,31 4,54 3,98
Jul. 5,09 5,27
5,34 1,85
5,52
4,90 4,13 6,38 4,52 4,67 3,73
3,45 5,18 4,86
Ago. 5,24 5,46
5,69 1,95
5,72
5,19 4,74 7,15 5,06 5,10 3,99
3,78 5,47 5,33
Set. 5,33 5,61
5,85 2,06
5,76
5,33 5,08 8,07 5,59 5,73 4,24
4,14 5,67 5,78
Out. 5,40 5,91
5,92 2,18
5,74
5,67 5,35 8,51 5,74 5,94 4,42
4,41 5,70 6,03
Nov. 5,36 5,87
5,73 2,18
5,57
5,48 5,41 8,24 5,71 5,91 4,46
4,51 5,47 5,72
Dez.
4,85 5,60
5,12 2,20
5,01
4,85 5,34 7,84 5,82 5,79 4,43
4,48 4,79 4,96
Média inv. 4,09 4,77
4,73 2,09
4,84
4,33 4,40 5,39 4,64 4,93 3,89
3,69 3,95 3,46
Média ver. 5,21 5,62
5,61 2,07
5,55
5,24 5,01 7,70 5,41 5,52 4,21
4,13 5,38 5,45
Média 4,65 5,20
5,17 2,08
5,20
4,78 4,71 6,55 5,02 5,23 4,05
3,91 4,67 4,45
Desv. padrão 0,65 0,51
0,53 0,13
0,45
0,54 0,56 1,42 0,60 0,54 0,31
0,44 0,83 1,15
Variância 0,43 0,26
0,28 0,02
0,21
0,29 0,31 2,01 0,36 0,30 0,09
0,19 0,69 1,31
Coef. Var. 14,04
9,78
10,30
6,36
8,75
11,31
11,92
21,65
11,97
10,42
7,58
11,19
17,86
25,73
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
175
Tabela 8B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Fortaleza
no período de 1966-1999.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 3,81 3,87 5,11 2,44 5,12 5,02 4,88 5,07 3,89 5,00 4,07 3,95 4,11 3,61
Fev. 3,70 3,90 4,83 2,36 4,88 4,69 4,43 4,81 3,22 4,92 3,96 3,79 3,83 3,29
Mar. 3,36 3,80 4,35 2,33 4,44 4,16 4,62 4,41 3,89 4,85 3,86 3,67 3,27 2,73
Abr. 3,40 3,86 4,43 2,31 4,52 4,25 4,57 4,41 3,75 4,85 3,85 3,64 3,33 2,70
Mai. 3,74 3,98 4,89 2,26 4,98 4,74 4,54 4,48 3,60 4,85 3,82 3,58 3,78 3,07
Jun. 3,89 4,01 5,17 2,20 5,30 5,06 4,22 4,53 3,46 4,60 3,75 3,48 4,12 3,36
Jul. 3,78 3,70 5,25 2,23 5,44 5,23 3,90 4,57 3,22 4,50 3,66 3,40 4,38 3,60
Ago. 4,33 4,19 5,57 2,15 5,69 5,51 4,46 4,97 3,90 4,61 3,80 3,56 4,79 4,07
Set. 4,37 4,15 5,63 2,24 5,70 5,58 4,60 5,26 4,13 4,90 3,91 3,73 4,92 4,28
Out. 4,38 4,28 5,81 2,33 5,83 5,91 4,83 5,40 4,16 5,08 4,01 3,86 5,01 4,42
Nov. 4,27 4,11 5,84 2,43 5,81 5,94 4,86 5,44 4,02 5,51 4,11 4,01 4,95 4,41
Dez. 4,10 4,07 5,53 2,45 5,50 5,57 4,98 5,32 3,99 5,46 4,15 4,07 4,56 4,08
Média inv. 3,65 3,90 4,80 2,32 4,87 4,65 4,54 4,62 3,64 4,85 3,89 3,69 3,74 3,13
Média ver. 4,21 4,08 5,61 2,31 5,66 5,62 4,61 5,16 3,90 5,01 3,94 3,77 4,77 4,14
Média 3,93 3,99 5,20 2,31 5,27 5,14 4,57 4,89 3,77 4,93 3,91 3,73 4,25 3,64
Desv. padrão 0,36 0,17 0,50 0,10 0,48 0,59 0,31 0,40 0,33 0,31 0,15 0,21 0,62 0,62
Variância 0,13 0,03 0,25 0,01 0,23 0,35 0,09 0,16 0,11 0,10 0,02 0,05 0,38 0,38
Coef. Var. 9,19 4,34 9,65 4,24 9,16 11,58 6,68 8,25 8,65 6,30 3,85 5,70 14,46 17,06
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
176
Tabela 9B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Guaramiranga
no período de 1961-1988.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK
PT TW
BL HS CM
KF HM
RD BC
Jan. 3,07 3,78 3,78 2,03
4,39
3,81 2,97
3,14 3,87 3,38
3,08
2,86
3,04 2,24
Fev. 2,89 3,62 3,51 2,03
4,13
3,53 2,62
2,81 3,75 3,31
2,97
2,74
2,73 1,94
Mar. 2,69 3,38 3,19 2,06
3,80
3,20 2,66
2,56 3,46 3,25
2,88
2,63
2,42 1,67
Abr. 2,71 3,33 3,28 2,08
3,90
3,30 2,64
2,67 3,19 3,25
2,86
2,58
2,54 1,72
Mai. 2,75 3,19 3,42 2,08
4,11
3,50 2,50
2,47 2,84 3,18
2,76
2,48
2,65 1,74
Jun. 2,85 3,19 3,51 1,99
4,29
3,64 2,32
2,43 2,73 3,09
2,64
2,35
2,88 1,89
Jul. 2,99 3,44 3,71 1,89
4,53
3,87 2,32
2,57 2,96 3,09
2,66
2,39
3,10 2,08
Ago. 3,29 3,83 4,05 1,81
4,88
4,20 2,47
2,78 3,54 3,16
2,76
2,50
3,43 2,36
Set. 3,51 4,15 4,14 1,80
4,88
4,20 2,72
3,07 4,12 3,28
2,91
2,66
3,51 2,50
Out. 3,50 4,47 4,20 1,84
4,88
4,40 2,93
3,23 4,35 3,42
3,05
2,80
3,48 2,56
Nov. 3,41 4,37 4,24 1,84
4,91
4,43 3,01
3,39 4,27 3,42
3,11
2,89
3,54 2,66
Dez. 3,32 4,21 4,08 1,94
4,71
4,25 3,04
3,29 4,14 3,40
3,14
2,94
3,34 2,52
Média inv. 2,83 3,42 3,45 2,05
4,10
3,50 2,62
2,68 3,31 3,24
2,87
2,61
2,71 1,87
Média ver. 3,34 4,08 4,07 1,85
4,80
4,23 2,75
3,06 3,90 3,30
2,94
2,70
3,40 2,45
Média 3,08 3,75 3,76 1,95
4,45
3,86 2,68
2,87 3,60 3,27
2,90
2,65
3,06 2,16
Desv. padrão 0,31 0,46 0,38 0,11
0,41
0,43 0,26
0,34 0,57 0,12
0,17
0,20
0,41 0,36
Variância 0,10 0,21 0,14 0,01
0,16
0,19 0,07
0,12 0,33 0,01
0,03
0,04
0,17 0,13
Coef. Var. 10,11 12,30 10,00 5,58
9,12
11,15 9,57
11,90 15,89 3,71
5,95
7,46
13,30 16,77
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
177
Tabela 10B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Iguatu no
período de 1961-1990.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW
BL HS CM
KF HM RD BC
Jan. 3,75 4,56 5,20 2,61
4,93 4,67 5,64
7,42 4,79 6,13
4,68
4,83 4,20 4,15
Fev. 3,91 4,80 4,39 2,16
4,35 3,85 4,75
5,97 5,07 5,70
4,22
4,16 3,45 3,16
Mar. 3,13 4,54 3,90 2,12
3,93 3,37 4,82
5,17 4,70 5,10
3,99
3,82 2,94 2,57
Abr. 3,15 4,44 3,92 2,12
3,97 3,41 4,65
5,02 4,29 5,05
3,91
3,70 2,96 2,42
Mai. 3,37 4,52 4,09 2,03
4,18 3,59 4,50
5,16 4,03 4,97
3,79
3,54 3,25 2,70
Jun. 3,60 4,56 4,45 2,03
4,54 3,95 4,46
5,70 3,94 5,00
3,76
3,45 3,75 3,24
Jul. 4,13 4,93 4,83 1,87
4,94 4,32 4,38
6,09 4,22 4,74
3,74
3,46 4,35 3,89
Ago. 4,53 5,25 5,34 1,89
5,36 4,77 4,72
6,80 4,86 5,12
3,94
3,72 4,88 4,56
Set. 4,60 5,51 5,48 1,99
5,36 4,85 5,08
7,63 5,51 5,80
4,25
4,15 4,96 4,81
Out. 4,69 6,01 5,62 2,06
5,42 5,32 5,37
7,96 5,82 5,96
4,43
4,42 5,03 5,17
Nov. 4,62 5,89 5,50 2,12
5,29 5,21 5,42
7,84 5,73 6,00
4,52
4,60 4,87 4,97
Dez. 4,44 5,69 5,25 2,16
5,07 4,97 5,45
7,55 5,53 5,94
4,54
4,64 4,58 4,63
Média inv. 3,49 4,57 4,33 2,18
4,32 3,81 4,80
5,74 4,47 5,33
4,06
3,92 3,43 3,04
Média ver. 4,50 5,55 5,34 2,02
5,24 4,91 5,07
7,31 5,28 5,59
4,24
4,17 4,78 4,67
Média 3,99 5,06 4,83 2,10
4,78 4,36 4,94
6,53 4,87 5,46
4,15
4,04 4,10 3,86
Desv. padrão 0,59 0,58 0,65 0,19
0,56 0,70 0,44
1,13 0,67 0,50
0,34
0,49 0,80 1,00
Variância 0,35 0,34 0,42 0,04
0,31 0,49 0,19
1,28 0,44 0,25
0,11
0,24 0,64 1,00
Coef. Var. 14,75
11,55
13,46
8,97
11,73
16,12
8,87
17,34
13,68
9,20
8,10
12,19
19,48
25,91
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
178
Tabela 11B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Jaguaruana no
período de 1979-1988.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 4,79 4,83 5,55 2,24 5,42 5,25 5,20 6,00 5,02 5,72 4,34 4,34 4,66 4,42
Fev. 4,40 4,80 4,95 2,21 4,87 4,58 4,72 5,59 4,99 5,66 4,39 4,19 3,98 3,68
Mar. 3,88 4,39 4,87 2,26 4,85 4,54 4,92 4,86 4,57 5,53 4,07 3,93 3,66 3,20
Abr. 3,84 4,36 4,94 2,36 4,86 4,58 4,95 5,10 4,54 5,64 4,28 4,00 3,68 3,10
Mai. 3,92 4,43 4,98 2,31 4,92 4,61 4,92 5,21 4,61 5,61 4,08 3,89 3,80 3,23
Jun. 4,32 4,71 5,40 2,00 5,47 5,06 4,51 4,96 4,90 4,94 3,92 3,50 4,34 3,62
Jul. 4,73 5,01 5,50 1,91 5,56 5,13 4,51 5,27 5,21 4,95 3,84 3,59 4,61 3,95
Ago. 5,32 5,34 5,81 1,88 5,81 5,40 4,74 5,80 5,55 5,03 3,97 3,76 5,08 4,53
Set. 5,70 5,43 5,88 1,96 5,78 5,46 5,00 6,08 5,64 5,63 4,31 4,05 5,16 4,69
Out. 5,80 5,61 6,15 2,04 6,02 6,02 5,15 6,26 5,61 5,76 4,26 4,20 5,46 5,21
Nov. 5,57 5,46 5,94 2,09 5,80 5,81 5,19 6,20 5,46 5,73 4,47 4,31 5,21 4,99
Dez. 5,08 5,19 5,51 2,18 5,37 5,35 5,22 6,10 5,20 5,71 4,39 4,42 4,70 4,52
Média inv. 4,19 4,59 5,12 2,23 5,07 4,77 4,87 5,29 4,77 5,52 4,18 3,98 4,02 3,54
Média ver. 5,37 5,34 5,80 2,01 5,72 5,53 4,97 5,95 5,45 5,47 4,21 4,06 5,04 4,65
Média 4,78 4,96 5,46 2,12 5,39 5,15 4,92 5,62 5,11 5,49 4,19 4,02 4,53 4,10
Desv. padrão 0,72 0,44 0,44 0,16 0,43 0,50 0,25 0,52 0,40 0,32 0,21 0,29 0,63 0,73
Variância 0,52 0,20 0,19 0,03 0,18 0,25 0,06 0,27 0,16 0,10 0,04 0,09 0,40 0,53
Coef. Var. 15,04 8,94 8,06 7,64 7,89 9,66 5,17 9,20 7,91 5,82 4,97 7,35 14,01 17,78
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
179
Tabela 12B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Juazeiro do
Norte no período de 1978-1987.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK
PT TW BL HS CM
KF HM RD BC
Jan. 3,92
4,43 4,89
2,02
4,97
4,44 4,75 6,14 4,82 5,05
4,01
3,92 4,35 4,17
Fev. 3,70
4,13 4,85
2,00
5,04
4,49 3,84 5,02 4,42 4,65
3,90
3,62 4,09 3,54
Mar. 3,54
3,92 4,81
1,98
5,06
4,47 3,74 4,38 4,07 4,34
3,58
3,34 3,85 3,18
Abr. 3,49
4,02 4,49
1,95
4,73
4,10 3,68 4,51 3,90 4,34
3,66
3,26 3,66 2,89
Mai. 3,87
4,26 5,05
1,82
5,35
4,64 3,45 4,90 3,76 4,28
3,43
3,11 4,44 3,53
Jun. 4,03
4,43 4,94
1,68
5,30
4,51 3,16 4,89 3,76 3,99
3,39
2,92 4,53 3,63
Jul. 4,17
4,49 5,03
1,64
5,43
4,63 3,07 5,30 3,81 3,96
3,28
2,94 4,90 4,09
Ago. 4,57
4,70 5,68
1,67
6,03
5,25 3,44 5,80 4,31 4,27
3,44
3,14 5,62 4,98
Set. 4,66
4,95 5,78
1,81
5,92
5,26 4,37 6,51 4,97 4,76
3,94
3,60 5,51 5,06
Out. 4,38
5,39 5,72
1,91
5,76
5,66 4,76 6,84 5,22 5,10
4,01
3,88 5,27 5,16
Nov. 4,44
5,26 5,84
1,98
5,87
5,82 4,93 6,98 5,12 5,16
4,24
4,04 5,43 5,32
Dez. 4,10
5,03 5,32
2,00
5,38
5,27 4,76 6,40 4,87 5,07
4,07
4,02 4,79 4,67
Média inv. 3,76
4,20 4,84
1,91
5,08
4,44 3,77 4,97 4,12 4,44
3,66
3,36 4,15 3,49
Média ver. 4,39
4,97 5,56
1,84
5,73
5,32 4,22 6,31 4,72 4,72
3,83
3,60 5,25 4,88
Média 4,07
4,58 5,20
1,87
5,40
4,88 4,00 5,64 4,42 4,58
3,75
3,48 4,70 4,19
Desv. padrão 0,39
0,48 0,45
0,14
0,42
0,55 0,68 0,92 0,56 0,44
0,32
0,42 0,66 0,84
Variância 0,15
0,23 0,21
0,02
0,17
0,30 0,46 0,85 0,31 0,19
0,10
0,17 0,44 0,70
Coef. Var. 9,54
10,56 8,71
7,62
7,71
11,24 17,04 16,32 12,66 9,63
8,53
11,99 14,05 20,02
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
180
Tabela 13B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Morada Nova
no período de 1961-1990.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 5,25 5,49 5,73
2,11
5,56
5,18
5,03
6,22 4,92 5,62
4,18
4,14
4,84
4,61
Fev. 4,53 5,09 5,30
2,13
5,24
4,80
4,73
5,87 5,37 5,72
4,39
4,20
4,60
4,65
Mar. 4,12 4,78 5,07
2,17
5,06
4,59
4,92
5,27 4,94 5,63
4,09
3,95
4,41
4,03
Abr. 4,04 4,62 5,22
2,18
5,24
4,77
4,75
5,01 4,46 5,13
4,13
3,80
4,56
3,79
Mai. 4,25 4,74 5,40
2,10
5,45
4,93
4,69
5,17 4,22 5,09
3,92
3,70
4,76
4,15
Jun. 4,49 4,89 5,47
1,93
5,61
4,97
4,37
5,13 4,22 4,74
3,83
3,40
4,93
4,48
Jul. 4,80 5,13 5,57
1,84
5,72
5,06
4,38
5,52 4,39 5,96
3,73
3,45
5,07
5,03
Ago. 5,36 5,52 5,67
1,81
5,74
5,08
4,63
6,03 5,10 5,05
3,88
3,65
5,38
5,54
Set. 5,79 5,73 5,99
1,90
5,92
5,37
4,98
6,69 5,72 5,71
4,31
4,05
5,57
6,10
Out. 5,98 6,24 6,18
1,95
6,03
5,92
5,27
6,92 6,04 5,85
4,32
4,28
6,05
6,57
Nov. 5,91 6,16 6,08
2,01
5,91
5,83
5,32
7,02 6,00 5,90
4,59
4,49
5,55
6,44
Dez. 5,64 5,98 5,85
2,05
5,68
5,61
5,35
6,86 5,83 5,87
4,48
4,56
5,31
6,05
Média inv. 4,45 4,94 5,37
2,10
5,36
4,87
4,75
5,45 4,69 5,32
4,09
3,87
4,68
4,29
Média ver. 5,58 5,79 5,89
1,93
5,83
5,48
4,99
6,51 5,51 5,72
4,22
4,08
5,49
5,96
Média 5,01 5,36 5,63
2,02
5,60
5,18
4,87
5,98 5,10 5,52
4,15
3,97
5,09
5,12
Desv. padrão 0,73 0,57 0,35
0,13
0,30
0,42
0,34
0,76 0,69 0,41
0,27
0,38
0,49
0,98
Variância 0,53 0,33 0,12
0,02
0,09
0,18
0,11
0,58 0,47 0,17
0,07
0,15
0,24
0,97
Coef. Var. 14,47 10,65 6,26
6,34
5,38
8,20
6,91
12,72 13,48 7,39
6,59
9,61
9,70
19,21
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
181
Tabela 14B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Paraipaba no
período de 1975-1998.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 3,95 4,73 5,18 2,11 5,19 5,00 4,86 4,18 4,75 4,98 4,06 3,94 3,58 2,92
Fev. 3,77 4,60 5,18 2,15 5,20 5,00 4,51 4,17 3,80 4,97 4,15 3,86 4,53 2,89
Mar. 3,38 4,42 4,67 2,15 4,73 4,46 4,62 3,98 4,51 4,89 3,91 3,73 4,09 2,53
Abr. 3,40 4,38 4,72 2,14 4,80 4,53 4,57 3,88 4,25 4,86 4,00 3,66 4,15 2,45
Mai. 3,54 4,47 5,01 2,09 5,10 4,82 4,54 3,92 4,04 4,84 3,82 3,58 4,43 2,64
Jun. 3,75 4,68 5,21 1,96 5,35 5,04 4,15 3,96 4,04 4,57 3,85 3,46 4,69 2,86
Jul. 4,09 4,84 5,47 1,89 5,62 5,30 4,14 4,02 4,21 4,56 3,73 3,48 4,95 3,08
Ago. 4,43 4,94 5,76 1,93 5,85 5,59 4,55 4,21 4,60 4,85 3,84 3,62 5,42 3,34
Set. 4,51 4,94 5,83 2,03 5,85 5,66 4,80 4,75 4,92 4,97 4,13 3,83 5,40 3,67
Out. 4,65 5,14 5,96 2,05 5,95 5,93 4,83 4,65 5,01 5,10 4,04 3,90 5,86 3,68
Nov. 4,56 5,09 5,85 2,06 5,83 5,80 4,86 4,67 4,99 5,48 4,23 3,99 5,39 3,65
Dez. 4,34 4,96 5,60 2,10 5,58 5,52 4,88 4,54 4,87 5,42 4,12 4,03 5,14 3,42
Média inv. 3,63 4,55 5,00 2,10 5,06 4,81 4,54 4,02 4,23 4,85 3,97 3,71 4,25 2,72
Média ver. 4,43 4,99 5,75 2,01 5,78 5,63 4,68 4,47 4,77 5,06 4,02 3,81 5,36 3,47
Média 4,03 4,77 5,37 2,06 5,42 5,22 4,61 4,24 4,50 4,96 3,99 3,76 4,80 3,09
Desv. padrão 0,46 0,26 0,44 0,09 0,42 0,49 0,26 0,32 0,42 0,28 0,16 0,20 0,67 0,45
Variância 0,22 0,07 0,19 0,01 0,18 0,24 0,07 0,10 0,18 0,08 0,02 0,04 0,45 0,20
Coef. Var. 11,51 5,45 8,22 4,25 7,77 9,33 5,60 7,58 9,35 5,63 3,94 5,23 14,03 14,51
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
182
Tabela 15B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Pentecoste no
período de 1970-1998.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 5,38 5,63
5,48 2,20
5,27
5,39
5,38
5,85 5,39 5,81
4,46
4,47
4,41 4,07
Fev. 4,81 5,34
5,13 2,19
5,00
5,03
4,81
5,23 4,21 5,67
4,43
4,21
4,39 3,49
Mar. 3,96 4,98
4,62 2,22
4,57
4,51
5,02
4,51 4,85 5,54
4,14
4,01
3,97 2,73
Abr. 4,04 4,98
4,83 2,18
4,80
4,76
4,87
4,44 4,61 5,49
4,21
3,92
4,18 2,77
Mai. 4,21 5,11
5,16 2,13
5,13
5,11
4,84
4,65 4,40 5,48
4,03
3,84
4,49 3,09
Jun. 4,59 5,35
5,38 2,03
5,36
5,33
4,72
4,92 4,40 5,46
4,13
3,79
4,73 3,46
Jul. 4,74 5,20
5,51 2,02
5,53
5,52
4,72
5,24 4,32 4,97
3,94
3,73
4,87 3,92
Ago. 5,85 5,96
6,07 2,02
5,89
5,96
5,15
6,25 5,29 5,71
4,27
4,16
5,53 4,77
Set. 6,38 6,08
6,15 2,07
5,90
6,04
5,30
6,62 5,77 5,83
4,57
4,39
5,55 5,11
Out. 6,59 6,16
6,35 2,08
6,05
6,07
5,44
6,67 6,00 6,01
4,51
4,53
6,07 5,23
Nov. 6,46 6,05
6,32 2,10
6,02
6,05
5,47
6,59 5,91 5,95
4,70
4,60
5,67 5,18
Dez. 6,10 5,87
6,14 2,14
5,85
5,87
5,49
6,43 5,75 5,88
4,57
4,65
5,49 4,92
Média inv. 4,50 5,23
5,10 2,16
5,02
5,02
4,94
4,93 4,64 5,58
4,23
4,04
4,36 3,27
Média ver. 6,02 5,89
6,09 2,07
5,87
5,92
5,26
6,30 5,51 5,73
4,43
4,34
5,53 4,86
Média 5,26 5,56
5,60 2,12
5,45
5,47
5,10
5,62 5,08 5,65
4,33
4,19
4,95 4,06
Desv. padrão 0,99 0,45
0,60 0,07
0,50
0,54
0,31
0,88 0,68 0,29
0,24
0,33
0,69 0,96
Variância 0,98 0,20
0,36 0,01
0,25
0,29
0,09
0,77 0,47 0,08
0,06
0,11
0,47 0,91
Coef. Var. 18,78 8,10
10,69 3,42
9,24
9,86
5,99
15,65 13,46 5,06
5,60
7,93
13,88 23,53
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
183
Tabela 16B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Quixeramobim
no período de 1961-1990.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK
PT TW BL HS CM
KF HM RD BC
Jan. 4,72 4,86 5,33
2,27
5,25
4,95
5,22 5,53 5,04 5,70
4,29
4,27 4,29 3,81
Fev. 4,28 4,68 5,22
2,25
5,20
4,86
4,64 4,98 4,89 5,59
4,29
4,06 4,52 3,40
Mar. 3,85 4,30 5,00
2,34
5,02
4,65
4,82 4,37 4,43 5,10
4,04
3,88 4,32 2,88
Abr. 3,64 4,22 4,80
2,27
4,89
4,46
4,55 4,20 4,08 4,98
4,01
3,67 4,19 2,66
Mai. 3,51 3,85 4,86
2,21
5,09
4,63
3,70 4,07 3,47 4,55
3,62
3,34 4,34 2,81
Jun. 3,91 4,40 4,99
2,04
5,20
4,67
3,81 4,39 3,79 4,58
3,73
3,29 4,50 3,10
Jul. 4,23 4,61 5,24
1,99
5,43
4,91
3,94 4,85 3,96 4,62
3,67
3,39 4,73 3,58
Ago. 4,96 4,93 5,82
2,12
5,83
5,42
4,74 5,79 4,56 5,54
4,00
3,81 5,36 4,45
Set. 5,62 5,30 5,92
2,08
5,85
5,47
4,98 6,17 5,29 5,67
4,32
4,06 5,43 4,77
Out. 5,73 5,69 6,06
2,15
5,92
5,86
5,25 6,31 5,52 5,84
4,33
4,29 5,84 4,90
Nov. 5,72 5,61 5,97
2,19
5,81
5,80
5,30 6,28 5,47 5,85
4,56
4,44 5,38 4,82
Dez. 5,37 5,42 5,58
2,25
5,44
5,39
5,34 6,12 5,62 5,81
4,45
4,51 5,00 4,42
Média inv. 3,99 4,39 5,03
2,23
5,11
4,70
4,46 4,59 4,28 5,08
4,00
3,75 4,36 3,11
Média ver. 5,27 5,26 5,77
2,13
5,71
5,48
4,92 5,92 5,07 5,56
4,22
4,08 5,29 4,49
Média 4,63 4,82 5,40
2,18
5,41
5,09
4,69 5,26 4,68 5,32
4,11
3,92 4,83 3,80
Desv. padrão 0,84 0,59 0,46
0,11
0,36
0,48
0,59 0,87 0,74 0,52
0,31
0,43 0,56 0,84
Variância 0,70 0,35 0,21
0,01
0,13
0,23
0,35 0,76 0,54 0,27
0,10
0,18 0,31 0,71
Coef. Var. 18,06 12,18 8,44
4,85
6,66
9,41
12,58 16,63 15,75 9,78
7,63
10,90 11,54 22,19
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
184
Tabela 17B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Sobral no
período de 1961-1988.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK
PT TW
BL HS CM
KF HM
RD BC
Jan. 4,38 5,17 4,97 2,15
4,87
4,63 5,18
6,18 5,20 5,63
4,28
4,23
4,12 3,87
Fev. 4,08 4,89 4,79 2,13
4,77
4,49 4,62
5,53 4,04 5,47
4,23
3,96
4,17 3,48
Mar. 3,67 4,54 4,43 2,11
4,51
4,18 4,60
4,54 4,64 4,89
3,90
3,72
3,90 2,79
Abr. 3,50 4,49 4,55 2,13
4,63
4,31 4,57
4,46 4,36 4,89
4,02
3,68
4,00 2,69
Mai. 3,62 4,57 4,78 2,07
4,88
4,55 4,54
4,69 4,13 4,85
3,82
3,58
4,24 2,99
Jun. 3,96 4,88 5,02 1,95
5,12
4,76 4,52
5,16 4,22 4,84
3,92
3,54
4,50 3,49
Jul. 4,46 5,29 5,21 1,87
5,27
4,90 4,53
5,64 4,60 4,91
3,88
3,66
4,68 3,92
Ago. 4,99 5,70 5,75 1,89
5,69
5,37 4,95
6,69 5,31 5,53
4,10
3,94
5,35 4,83
Set. 5,62 5,84 5,89 2,01
5,70
5,47 5,20
7,28 5,81 5,75
4,49
4,28
5,36 5,23
Out. 5,47 6,11 5,94 2,03
5,73
5,66 5,34
7,28 5,95 5,90
4,40
4,37
5,74 5,17
Nov. 5,39 5,92 5,76 2,06
5,56
5,47 5,37
7,26 5,79 5,83
4,57
4,43
5,21 5,10
Dez. 5,02 5,68 5,39 2,11
5,21
5,10 5,28
7,08 5,57 5,74
4,43
4,45
4,85 4,71
Média inv. 3,87 4,76 4,76 2,09
4,80
4,49 4,67
5,09 4,43 5,10
4,03
3,79
4,16 3,22
Média ver. 5,16 5,76 5,66 2,00
5,53
5,33 5,11
6,87 5,51 5,61
4,31
4,19
5,20 4,83
Média 4,51 5,26 5,21 2,04
5,16
4,91 4,89
5,98 4,97 5,35
4,17
3,99
4,68 4,02
Desv. padrão 0,77 0,58 0,53 0,10
0,44
0,50 0,36
1,12 0,71 0,44
0,26
0,35
0,62 0,96
Variância 0,59 0,34 0,28 0,01
0,19
0,25 0,13
1,26 0,51 0,19
0,07
0,12
0,38 0,91
Coef. Var. 16,96 11,10 10,23 4,66
8,45
10,16 7,33
18,73 14,38 8,16
6,34
8,76
13,24 23,74
PM. Penman-Monteith HG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
185
Tabela 18B. Valores médios mensais de evapotranspiração de referência em mm.dia
-1
para o município de Tauá no
período de 1977-1986.
Métodos
Meses
PM HG JH LN MK PT TW BL HS CM KF HM RD BC
Jan. 4,05
5,06
4,83
2,24
4,89
4,75
4,92 6,24 4,91
5,15 4,12
4,05 4,23 3,99
Fev. 3,74
4,82
4,52
2,18
4,67
4,46
4,26 5,47 4,71
4,76 4,03
3,76 4,01 3,45
Mar. 3,63
4,71
4,58
2,21
4,74
4,51
4,35 5,10 4,50
4,74 3,82
3,61 4,06 3,25
Abr. 3,80
4,84
4,72
2,09
4,98
4,73
4,02 4,89 4,33
4,66 3,83
3,46 4,29 3,18
Mai. 3,87
4,87
4,81
2,01
5,08
4,79
3,71 5,00 4,01
4,38 3,59
3,30 4,39 3,39
Jun. 4,36
5,21
5,12
1,85
5,45
5,08
3,47 5,45 4,16
4,31 3,57
3,12 4,77 4,10
Jul. 4,47
5,31
5,31
1,87
5,60
5,27
3,70 5,98 4,20
4,38 3,56
3,25 4,91 4,54
Ago. 4,66
5,46
5,57
1,97
5,74
5,49
4,43 6,73 4,67
4,77 3,78
3,53 5,28 5,02
Set. 4,75
5,61
5,77
2,10
5,79
5,67
4,88 7,54 5,19
5,64 4,21
3,93 5,34 5,37
Out. 4,74
5,51
5,76
2,20
5,71
5,60
5,06 7,73 5,34
5,75 4,22
4,14 5,59 5,60
Nov. 4,55
5,45
5,59
2,23
5,54
5,44
5,12 7,83 5,31
5,76 4,45
4,30 5,08 5,44
Dez. 4,26
5,24
5,08
2,27
5,06
4,89
5,15 7,43 5,10
5,68 4,30
4,31 4,60 4,78
Média inv. 3,91
4,92
4,76
2,10
4,97
4,72
4,12 5,36 4,44
4,67 3,83
3,55 4,29 3,56
Média ver. 4,57
5,43
5,51
2,11
5,57
5,39
4,72 7,21 4,97
5,33 4,09
3,91 5,13 5,13
Média 4,24
5,17
5,14
2,10
5,27
5,06
4,42 6,28 4,70
5,00 3,96
3,73 4,71 4,34
Desv. padrão 0,41
0,31
0,46
0,15
0,41
0,43
0,60 1,13 0,47
0,57 0,31
0,41 0,53 0,90
Variância 0,17
0,09
0,21
0,02
0,17
0,18
0,36 1,27 0,22
0,32 0,09
0,17 0,28 0,81
Coef. Var. 9,64
5,95
8,86
6,95
7,78
8,45
13,65 17,97 9,98
11,40 7,75
11,11 11,28 20,79
PM. Penman-MonteithHG Hargreaves. JH Jensen-Hayse. LN Linacre. MK Makkink. PT Priestley & Taylor. TW Thornthwaite.
BL Benavides & Lopez. HS Hargreaves-Samani. CM Camargo. KF Kharrufa. HM Hamon. RD Radiação. BC Blaney-Criddle.
186
ANEXO
187
Tabela 1A - Dados Climatológicos de Acaraú-CE (1976-1988)
Latitude: 2°53'S Altitude: 7 m Longitude: 40°07'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
) (mm)
Jan. 31,20 23,10 76,00 213,90 6,90 4,90 423,40 82,00
Fev. 30,80 23,10 76,00 168,00 6,00 4,20 362,90 161,00
Mar. 30,10 23,10 84,00 158,10 5,10 3,00 359,20 295,00
Abr. 30,30 22,60 84,00 170,10 5,67 4,00 345,60 268,00
Mai. 30,50 23,30 83,00 216,10 6,97 3,60 311,00 148,00
Jun. 31,00 21,80 78,00 254,10 8,47 4,80 414,70 152,00
Jul. 31,20 21,70 75,00 257,90 8,32 5,30 457,90 16,00
Ago. 31,80 22,30 71,00 300,10 9,68 6,40 553,00 3,00
Set. 32,00 22,80 70,00 291,00 9,70 6,80 587,50 3,00
Out. 31,90 23,00 69,00 297,00 9,58 6,80 587,50 2,00
Nov. 32,10 22,80 70,00 295,90 9,53 6,60 570,20 6,00
Dez 32,00 23,00 73,00 273,10 8,81 6,00 518,40 32,00
TOTAL 2885,30 1069,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Tabela 2A - Dados Climatológicos de Aracati-CE (1958-1968)
Latitude: 4°34'S Altitude: 13 m Longitude: 37°46'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
) (mm)
Jan. 29,10 22,30 60,00 244,00 7,87 4,20 362,90 75,00
Fev. 29,20 21,80 65,00 203,00 7,25 4,10 354,20 143,00
Mar. 29,20 21,50 68,00 203,00 6,55 3,20 276,50 233,00
Abr. 29,40 21,20 69,00 192,00 6,40 3,00 259,20 222,00
Mai. 29,30 21,70 67,00 187,00 6,03 2,90 250,60 136,00
Jun. 28,80 20,50 75,00 251,00 8,37 3,20 276,50 48,00
Jul. 28,60 22,10 61,00 267,00 8,61 5,10 440,60 21,00
Ago. 28,40 20,80 55,00 287,00 9,26 5,70 492,50 3,00
Set. 28,40 20,70 62,00 302,00 10,07 5,90 509,80 3,00
Out. 28,70 21,40 63,00 318,00 10,26 5,80 501,10 5,00
Nov. 27,40 22,20 75,00 299,00 9,97 5,30 457,90 7,00
Dez. 28,30 21,60 77,00 287,00 9,26 5,00 432,00 27,00
TOTAL 3040,00 923,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
188
Tabela 3A - Dados Climatológicos de Barbalha-CE (1979-1988)
Latitude: 7°19'S Altitude: 409 m Longitude: 39°18'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
) (mm)
Jan. 31,70 21,50 69,00 214,00 6,90 1,50 129,60 188,00
Fev. 30,90 21,30 74,00 192,00 6,86 1,50 129,60 213,00
Mar. 30,30 21,90 80,00 198,00 6,39 1,40 121,00 310,00
Abr. 30,20 20,80 78,00 205,00 6,83 1,60 138,20 166,00
Mai. 30,50 20,10 71,00 241,00 7,77 1,80 155,50 54,00
Jun. 30,20 19,30 65,00 236,00 7,87 2,30 198,70 18,00
Jul. 30,00 19,30 60,00 258,00 8,32 3,30 235,10 12,00
Ago. 31,90 19,50 53,00 283,00 9,13 2,70 233,30 8,00
Set. 33,30 20,50 49,00 272,00 9,07 2,50 216,00 13,00
Out. 34,40 21,50 49,00 276,00 9,90 2,00 172,80 38,00
Nov. 34,00 22,10 53,00 260,00 8,67 1,90 164,20 37,00
Dez 32,20 21,90 60,00 234,00 6,55 1,70 146,90 98,00
TOTAL
2869,00
1155,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Tabela 4A - Dados Climatológicos de Campos Sales-CE (1978-1987)
Latitude: 7°00'S Altitude: 551 m Longitude: 40°23'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 30,80 20,70 66,00 186,00 6,00 3,40 293,80
87,00
Fev. 30,30 20,40 73,00 157,00 5,61 3,30 285,10
120,00
Mar. 29,30 20,30 80,00 175,00 5,65 2,90 250,60
169,00
Abr. 29,80 19,70 75,00 194,00 6,47 3,70 319,70 100,0
0
Mai. 29,40 19,20 67,00 237,00 7,65 4,00 345,60
38,00
Jun. 29,50 18,20 62,00 252,00 8,40 4,70 406,10
9,00
Jul. 29,80 18,70 60,00 262,00 8,45 4,60 397,40
3,00
Ago. 31,30 19,00 50,00 281,00 9,06 5,10 440,60
1,00
Set. 32,60 20,40 48,00 267,00 8,90 4,80 714,70
3,00
Out. 33,10 21,10 47,00 264,00 8,52 4,50 388,80
11,00
Nov. 32,90 21,40 54,00 250,00 8,33 3,90 337,00
32,00
Dez. 32,30 21,50 57,00 217,00 7,00 3,80 228,30
56,00
TOTAL 2742,00
629,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
189
Tabela 5A - Dados Climatológicos de Crateús-CE (1979-1988).
Latitude: 5°15'S Altitude: 300 m Longitude: 40°40'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 33,80 23,10 60,00 169,00 5,45 3,10 267,80
96,00
Fev. 32,20 22,10 71,00 155,00 5,54 2,70 233,30
153,00
Mar. 31,00 22,20 79,00 148,00 4,77 2,20 190,10
234,00
Abr. 30,80 21,80 79,00 159,00 5,30 2,30 198,70
163,00
Mai. 31,40 21,20 72,00 198,00 6,39 2,60 224,60
63,00
Jun. 31,80 20,10 64,00 215,00 7,17 2,90 250,60
21,00
Jul. 32,60 20,10 54,00 248,00 8,00 3,70 319,70
12,00
Ago. 33,90 21,20 50,00 263,00 8,48 3,50 302,40
4,00
Set. 35,00 22,20 44,00 255,00 8,50 3,40 293,80
6,00
Out. 35,50 23,20 43,00 256,00 8,16 3,60 311,00
11,00
Nov. 35,40 23,20 46,00 233,00 7,77 3,70 319,70
17,00
Dez. 34,70 23,20 49,00 192,00 6,19 3,40 293,80
44,00
TOTAL 2488,00
824,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Tabela 6A - Dados Climatológicos de Fortaleza-CE (1966-1999).
Latitude: 3°44'S Altitude: 20 m Longitude: 38°33'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
) (mm)
Jan. 30,60 24,30 78,00 220,40 7,11 3,70 319,70 166,90
Fev. 30,30 23,80 80,00 176,70 6,31 3,50 302,40 198,10
Mar. 29,80 23,50 84,00 150,40 4,85 2,70 233,30 345,60
Abr. 29,90 23,40 84,00 153,30 5,11 2,60 224,60 335,10
Mai. 30,10 23,20 83,00 205,50 6,63 3,20 276,50 228,80
Jun. 29,90 22,80 81,00 232,00 7,73 3,40 293,80 166,20
Jul. 28,90 22,70 78,00 259,50 8,37 3,80 328,30 86,20
Ago. 30,30 22,60 75,00 283,00 9,13 4,50 288,80 31,30
Set. 30,60 23,20 73,00 273,60 9,12 4,90 423,40 21,90
Out. 30,90 23,80 73,00 282,10 9,10 4,70 406,10 13,70
Nov. 31,00 24,40 74,00 277,70 9,26 4,60 397,40 13,50
Dez. 31,10 24,50 76,00 261,40 8,43 4,20 362,90 42,00
TOTAL 2775,50 1599,30
Fonte: Estação Metereológica do Campus do Pici-UFC
190
Tabela 7A - Dados Climatológicos de Guaramiranga-CE (1961-1988).
Latitude: 4°17'S Altitude: 865 m Longitude: 38°55'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
) (mm)
Jan. 26,00 18,20 85,00 161,00 5,19 1,90 164,20 139,00
Fev. 25,30 18,00 89,00 121,00 4,32 1,70 146,90 213,00
Mar. 24,50 18,00 92,00 99,00 3,19 1,70 146,90 318,00
Abr. 24,40 18,10 90,00 106,00 3,53 1,70 146,90 300,00
Mai. 23,80 17,90 92,00 134,00 4,32 1,90 164,20 244,00
Jun. 23,30 17,20 90,00 151,00 5,03 2,50 216,00 151,00
Jul. 23,80 16,70 87,00 184,00 5,94 2,10 181,40 84,00
Ago. 25,00 16,40 85,00 221,00 7,13 2,20 190,10 45,00
Set. 26,30 16,60 83,00 210,00 7,00 2,40 207,40 41,00
Out. 27,00 17,10 83,00 206,00 6,65 2,10 181,40 40,00
Nov. 27,00 17,50 81,00 206,00 6,87 1,90 164,20 44,00
Dez. 26,80 17,80 83,00 198,00 6,39 2,00 172,80 60,00
TOTAL 1997,00 1679,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Tabela 8A - Dados Climatológicos de Iguatu-CE (1961-1990).
Latitude: 6°22'S Altitude: 79 m Longitude: 39°18'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 34,30 26,30 61,00 172,00 5,55 1,50 129,60
84,00
Fev. 33,00 23,30 69,00 111,00 3,96 1,20 103,70
134,00
Mar. 31,80 22,80 76,00 82,00 2,65 1,20 103,70
207,00
Abr. 31,40 22,70 77,00 84,00 2,80 1,30 112,30
174,00
Mai. 31,20 22,00 73,00 109,00 3,52 1,60 138,20
90,00
Jun. 31,40 22,10 66,00 138,00 4,60 1,80 155,50
30,00
Jul. 32,00 21,00 59,00 186,00 6,00 2,30 198,70
14,00
Ago. 33,40 21,40 54,00 224,00 7,23 2,40 207,40
6,00
Set. 34,90 22,40 50,00 213,00 7,10 2,20 190,10
8,00
Out. 35,70 23,10 50,00 222,00 7,16 2,20 190,10
13,00
Nov. 35,50 23,50 52,00 204,00 6,80 2,30 198,70
13,00
Dez. 35,10 23,70 55,00 193,00 6,23 2,30 198,70
28,00
TOTAL 1938,00
801,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
191
Tabela 9A - Dados Climatológicos de Jaguaruana-CE (1979-1988).
Latitude: 4°47'S Altitude: 12 m Longitude: 37°46'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 33,40 24,00 71,00 240,00 7,74 4,10 354,20
47,00
Fev. 33,10 23,70 75,00 165,00 5,89 3,50 302,40
106,00
Mar. 31,80 23,70 82,00 182,00 5,87 2,70 233,30
223,00
Abr. 32,20 24,40 81,00 173,00 5,77 2,50 216,00
208,00
Mai. 32,20 24,10 79,00 184,00 5,94 2,60 224,60
112,00
Jun. 31,70 22,00 77,00 238,00 7,93 2,80 241,90
43,00
Jul. 32,40 21,50 73,00 256,00 8,26 3,30 285,10
24,00
Ago. 33,50 21,40 68,00 281,00 9,06 3,90 337,00
4,00
Set. 34,30 22,20 68,00 267,00 8,90 4,70 406,10
3,00
Out. 34,30 22,80 67,00 292,00 9,42 5,10 440,60
2,00
Nov. 34,10 23,10 68,00 268,00 8,93 5,00 432,00
5,00
Dez. 33,80 23,70 70,00 238,00 7,68 4,60 397,40
12,00
TOTAL 2784,00
789,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Tabela 10A - Dados Climatológicos Juazeiro do Norte-CE (1978 - 1987).
Latitude: 7°21'S Altitude: 377 m Longitude: 39°16'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 31,40 22,20 60,00 193,00 6,23 2,30 198,70
96,00
Fev. 29,80 21,70 71,00 186,00 6,64 2,20 190,10
217,00
Mar. 28,90 21,40 78,00 208,00 6,71 1,90 164,20
249,00
Abr. 29,10 21,20 76,00 166,00 5,53 2,00 172,80
125,00
Mai. 29,30 20,30 68,00 235,00 7,58 2,20 190,10
33,00
Jun. 29,20 19,20 65,00 224,00 7,47 2,50 216,00
32,00
Jul. 29,20 18,80 57,00 248,00 8,00 2,70 233,30
10,00
Ago. 30,20 19,20 53,00 308,00 9,94 2,90 250,60
10,00
Set. 32,00 20,70 52,00 279,00 9,30 2,70 233,30
2,00
Out. 32,70 21,60 52,00 272,00 8,77 2,10 181,40
13,00
Nov. 32,50 22,10 51,00 273,00 9,10 2,30 198,70
61,00
Dez. 31,80 22,10 57,00 238,00 7,68 2,20 190,10
74,00
TOTAL 2830,00
922,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
192
Tabela 11A - Dados Climatológicos Morada Nova-CE (1961 - 1990).
Latitude: 6°01'S Altitude: 180 m Longitude: 38°28'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 35,20 23,10 64,00 243,00 7,84 3,50 302,40
76,00
Fev. 33,70 22,90 71,00 192,00 6,86 2,80 241,90
89,00
Mar. 32,70 23,00 77,00 194,00 6,26 2,40 207,40
206,00
Abr. 32,10 22,90 79,00 206,00 6,87 2,20 190,10
160,00
Mai. 32,20 22,40 76,00 233,00 7,52 2,40 207,40
95,00
Jun. 31,90 21,10 73,00 242,00 8,07 2,70 233,30
45,00
Jul. 32,40 20,50 67,00 264,00 8,52 3,00 259,20
16,00
Ago. 33,80 20,40 63,00 264,00 8,52 3,50 302,40
3,00
Set. 35,10 21,40 60,00 270,00 9,00 3,90 337,00
2,00
Out. 35,80 21,90 60,00 286,00 9,23 4,00 345,60
2,00
Nov. 35,80 22,40 60,00 267,00 8,90 4,10 354,20
2,00
Dez. 35,50 22,70 62,00 259,00 8,35 4,00 345,60
17,00
TOTAL 2920,00
713,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Tabela 12A - Dados Climatológicos de Paraipaba-CE (1975 - 1998).
Latitude: 3°26'S Altitude: 31 m Longitude: 39°08'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 32,10 22,70 90,00 229,40 7,40 2,10 181,40
90,90
Fev. 31,80 22,90 90,00 206,10 7,36 1,70 146,90
138,40
Mar. 31,10 22,70 91,00 180,80 5,83 1,30 112,30
255,10
Abr. 30,90 22,60 92,00 182,40 6,08 1,30 112,30
222,00
Mai. 31,00 22,30 91,00 218,60 7,05 1,30 112,30
126,40
Jun. 31,10 21,40 89,00 239,50 7,98 1,50 129,60
70,90
Jul. 31,40 21,00 88,00 276,60 8,92 2,00 172,80
30,80
Ago. 32,00 21,40 87,00 298,90 9,64 2,50 216,00
9,50
Set. 32,50 22,20 82,00 286,30 9,54 2,70 233,30
5,30
Out. 32,60 22,40 84,00 294,40 9,50 2,90 250,60
2,80
Nov. 32,70 22,50 84,00 281,30 9,38 2,80 241,90
6,40
Dez. 32,60 22,70 86,00 272,50 8,79 2,60 224,60
13,30
TOTAL 2966,80
971,80
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
193
Tabela 13A - Dados Climatológicos de Pentecoste-CE (1970 - 1998).
Latitude: 3°47'S Altitude: 45 m Longitude: 39°17'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 35,00 23,90 76,00 223,20 7,20 4,60 397,40
66,90
Fev. 33,90 23,60 81,00 178,70 6,38 4,00 345,60
128,60
Mar. 32,70 23,50 88,00 155,60 5,03 2,70 233,30
210,40
Abr. 32,50 23,20 88,00 175,00 5,83 2,70 233,30
189,00
Mai. 32,70 22,90 85,00 213,30 6,88 2,60 224,60
105,40
Jun. 33,10 22,30 81,00 229,10 7,64 3,00 259,20
53,60
Jul. 32,50 22,10 75,00 157,80 8,32 3,60 311,00
37,20
Ago. 35,30 22,60 69,00 285,10 9,20 4,40 380,20 4
,30
Set. 36,00 23,10 67,00 275,40 9,18 5,40 466,60
3,40
Out. 36,50 23,30 68,00 286,60 9,25 5,40 466,60
3,40
Nov. 36,40 23,40 69,00 283,60 9,45 5,30 457,90
3,20
Dez. 36,20 23,70 71,00 283,60 9,15 4,90 423,40
21,30
TOTAL 2847,00
826,70
Fonte: Estação Meteorológica do Campus do Pici-UFC
Tabela 14A - Dados Climatológicos de Quixeramobim-CE (1961 - 1990).
Latitude: 5°12'S Altitude: 211 m Longitude: 39°18'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
) (mm)
Jan. 33,30 23,60 59,00 218,20 7,04 3,80 328,30
77,80
Fev. 32,50 23,30 68,00 194,00 6,93 3,00 259,20
99,90
Mar. 31,50 23,60 76,00 195,20 6,30 2,50 216,00
166,40
Abr. 30,80 23,00 80,00 178,00 5,93 2,10 181,40
195,70
Mai. 29,10 22,20 79,00 210,70 6,80 2,00 172,80
138,00
Jun. 30,30 21,40 75,00 211,50 7,05 2,40 207,40
75,00
Jul. 30,90 21,20 65,00 242,50 7,82 2,80 241,90
45,90
Ago. 32,80 22,50 58,00 274,90 8,87 3,90 337,00
10,90
Set. 34,10 22,50 56,00 266,90 8,90 4,80 414,70 4,9
0
Out. 34,70 23,10 58,00 272,30 8,78 4,80 414,70
2,10
Nov. 34,70 23,40 55,00 259,70 8,66 5,10 440,60
7,30
Dez. 34,40 23,70 57,00 236,80 7,64 4,90 423,40
24,60
TOTAL 2760,70
858,50
Fonte: Normas Climatológicas do Instituto Nacional de Meteorologia.
194
Tabela 15A - Dados Climatológicos de Sobral-CE (1961 - 1988).
Latitude: 3°42'S Altitude: 75 m Longitude: 40°21'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
) (mm)
Jan. 33,90 23,20 68,00 187,00 6,03 2,80 241,90 76,00
Fev. 32,70 22,80 73,00 162,00 5,79 2,60 224,60 139,00
Mar. 31,30 22,40 83,00 156,00 5,03 2,30 198,70 225,00
Abr. 31,20 22,50 84,00 163,00 5,43 1,70 146,90 216,00
Mai. 31,20 22,10 80,00 194,00 6,26 1,70 146,90 105,00
Jun. 31,80 21,40 73,00 212,00 7,07 2,00 172,80 39,00
Jul. 33,00 21,00 68,00 233,00 7,52 2,50 216,00 8,00
Ago. 34,70 21,40 59,00 271,00 8,74 2,70 233,30 2,00
Set. 35,80 22,50 57,00 258,00 8,60 3,70 319,70 1,00
Out. 36,00 22,70 58,00 258,00 8,32 3,30 285,10 3,00
Nov. 35,70 22,90 58,00 241,00 8,03 3,50 302,40 6,00
Dez. 35,60 23,20 60,00 221,00 8,13 3,30 285,10 13,00
TOTAL 2556,00 833,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
Tabela 16A - Dados Climatológicos de Tauá-CE (1977 - 1986).
Latitude: 6°00'S Altitude: 399 m Longitude: 40°25'W
Meses Tmax Tmin UR Insolação Vel. Vento
PPT
(°C) (°C) (%) (h.mês
-1
) (h.dia
-1
) (m.s
-1
) (km.dia
-1
)
(mm)
Jan. 32,20 22,70 62,00 178,00 5,74 2,60 224,60
62,00
Fev. 31,00 22,00 68,00 144,00 5,14 2,30 198,70
84,00
Mar. 30,70 22,10 73,00 164,00 5,29 2,00 172,80
155,00
Abr. 30,60 21,30 74,00 184,00 6,13 2,10 181,40
117,00
Mai. 30,30 20,70 70,00 201,00 6,48 2,20 190,10
48,00
Jun. 30,70 19,50 61,00 230,00 7,67 2,70 233,30
17,00
Jul. 31,20 19,80 55,00 252,00 8,13 2,70 233,30
9,00
Ago. 32,30 20,80 50,00 261,00 8,42 2,80 241,90
4,00
Set. 33,50 22,00 46,00 254,00 8,47 2,70 233,30
2,00
Out. 33,90 22,80 47,00 254,00 8,19 2,80 241,90
5,00
Nov. 33,80 23,00 46,00 232,00 7,73 2,60 224,60
12,00
Dez. 33,30 23,10 50,00 196,00 6,32 2,60 224,60
29,00
TOTAL 2550,00
544,00
Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Ceará.
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