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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PÓS-GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA
CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA DA
COMUNIDADE NECTÔNICA DEMERSAL DA
PLATAFORMA EXTERNA E TALUDE
SUPERIOR DA REGIÃO SUL DO BRASIL
(28°S-34°S)
LUCIANO GOMES FISCHER
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação em Oceanografia Biológica da
Fundação Universidade Federal do Rio Grande,
como requisito parcial à obtenção do título de
MESTRE.
Orientador: Manuel Haimovici
RIO GRANDE
Janeiro, 2008
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ÍNDICE
Página
ÍNDICE.............................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS......................................................................................................II
LISTA DE TABELAS..................................................................................................... IV
LISTA DE FIGURAS................................................................................................... VIII
ANEXO ......................................................................................................................... XI
RESUMO ........................................................................................................................1
ABSTRACT.....................................................................................................................3
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................5
2. ÁREA DE ESTUDO ..................................................................................................10
3. MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................................15
3.1. Obtenção de dados...........................................................................................15
3.2. Métodos de análise ...........................................................................................20
3.2.1. Diversidade ...............................................................................................20
3.2.2. Análises multivariadas...............................................................................22
4. RESULTADOS..........................................................................................................28
4.1. Capturas............................................................................................................28
4.2. Diversidade, equitatividade e dominância.........................................................31
4.3. Condições ambientais nos levantamentos........................................................33
4.4. Relação com variáveis ambientais....................................................................34
4.5. Assembléias......................................................................................................35
4.5.1. Identificação..............................................................................................35
4.5.2. Comparação entre Projetos ......................................................................37
4.5.3. Composição de espécies..........................................................................37
4.5.4. Caracterização ambiental..........................................................................40
5. DISCUSSÃO.............................................................................................................41
5.1. Diversidade........................................................................................................42
5.2. Assembléias......................................................................................................44
5.2.1. Mudanças entre períodos (1986-1987 vs 2001-2002)..............................45
5.3. Redução nas biomassas de grandes predadores.............................................47
5.3.1. Relação com condições oceanográficas atípicas durante El Niño............50
5.3.2. Influência de fatores ambientais na estrutura e dinâmica das assembléias
............................................................................................................................52
5.3.3. Sazonalidade nas assembléias.................................................................54
6. CONCLUSÕES.........................................................................................................57
7. REFERÊNCIAS.........................................................................................................59
TABELAS......................................................................................................................76
FIGURAS......................................................................................................................94
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II
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, pelo apoio incondicional, por fazer acreditar meus sonhos
e seguir com determinação. Ao meu pai, por me iniciar na pesca e me mostrar
os primeiros peixes, fica aqui o apreço de um jovem pescador.
À minha amada esposa Cintia, pelo amor, compreensão e apoio
infindáveis ao longo de todos esses anos, pelas férteis discussões acerca de
tudo nesta vida, pelo encorajamento para seguir o rumo a favor ou contra a
maré. Às três grandes preciosidades da minha vida: Julia, Anna e Theo, pelo
amor, compreensão, incompreensão, questionamentos e discussões dessas
crianças-prodígio.
Ao meu orientador, Dr. Manuel Haimovici, pelos preciosos ensinamentos
e grande apoio durante minha vida profissional e acadêmica, minha gratidão.
Aos membros da banca, Dr. Agnaldo Silva Martins, Dr. João Paes Vieira
e Dr. Jorge Pablo Castello, pelas valiosas sugestões e comentários, tanto para
a dissertação como para as futuras publicações.
À Vera da secretaria da Pós-graduação em Oceanografia Biológica pelo
inestimável e competente auxílio durante meus estudos de pós-graduação.
Aos companheiros antigos e atuais do Laboratório de Recursos
Pesqueiros Demersais e Cefalópodes, em especial Roberta, Laurinha, Tatiana
e Márcio Freire, pelo auxílio nas coletas e amostragens.
III
Aos inúmeros companheiros de embarques que auxiliaram na coleta e
triagem do material, e sem os quais esse trabalho e muitos outros não seriam
possíveis.
À tripulação do N/Oc Atlântico Sul, pelo valoroso afinco e competência
com que desempenharam suas funções, sem esquecer os companheiros das
memoráveis pescarias na madrugada. Ao velho lobo-do-mar “seu Manduca” (In
Memoriam) por tornar nossa “estadia” mais agradável com suas histórias,
experiências e gentil prestatividade.
Aos colegas de valiosas discussões: Garcia, Carranza, Gonzalo, Denis,
Ricardo e Burns.
A todos os professores, colegas e funcionários que me auxiliaram de
uma forma ou outra durante o curso, sendo inestimáveis para minha formação
acadêmica e profissional.
A todas as pessoas que acreditaram em mim e me ofereceram inúmeras
oportunidades ao longo de minha vida acadêmica, mesmo sem experiência.
Ao Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq) pela
concessão da bolsa de mestrado.
IV
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
Tabela 1. Número de arrastos de pesca realizados por faixa de profundidade e época do ano
utilizados nas análises de diversidade e associações da plataforma externa e talude superior
do extremo sul do Brasil (28º30´S-34º40´S) nos quatro levantamentos realizados nos Projetos
TALUDE e REVIZEE...................................................................................................................76
Tabela 2. Freqüência de ocorrência, percentual em peso e número das espécies incluídas nas
análises de assembléias por faixas de profundidade e épocas do ano nos arrastos realizados
no Projeto TALUDE (1986-1987) no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S). ......................................77
Tabela 3. Freqüência de ocorrência, percentual em peso e número das espécies incluídas nas
análises de assembléias por faixas de profundidade e épocas do ano nos arrastos realizados
no Projeto REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S). .....................................78
Tabela 4. Número de famílias e espécies por ordens de peixes e cefalópodes nos arrastos de
pesca realizados na plataforma externa e talude superior do extremo sul do Brasil (28º30´S e
34º40´S) nos Projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002). ....................................79
Tabela 5. Número de espécies e exemplares capturados, número esperado de espécies para
uma amostra padronizada de 30.000 exemplares, Índice de Equitatividade de Pielou (J’) e
Índice de Diversidade de Shannon (H´) calculados para cada ano, época e estratos latitudinais
e de profundidade para os quatro levantamentos realizados com redes de arrasto de fundo na
plataforma externa e talude superior do extremo sul do Brasil (28º30´S-34º40´S) nos Projetos
TALUDE e REVIZEE...................................................................................................................80
Tabela 6. Número de lances realizados por estratos de profundidades e anos em águas
próximas ao fundo com características de correspondentes às massas de água ACAS: Água
Central do Atlântico Sul (salinidade 34,6-36, 6-20°C); AIA: Água Intermediária Antártica
(salinidade <34,6, <6°C); ACAS-AIA: águas de características intermediárias entre ACAS e AIA
(salinidade <34,6, 6-10°C). Em itálico o lance com temperatura inferior a 10°C.que não pode
ser distinguido com certeza entre ACAS e AIA...........................................................................80
Tabela 7. Análise de similaridade (ANOSIM, Primer) entre os lances agrupados por diferentes
épocas do ano, estratos latitudinais e de profundidades (ver Tabela 6) no sul do Brasil
(28º30´S-34º40´S) nos Projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002). N.S: nível de
significância da hipótese nula de homogeneidade entre grupos. ..............................................81
Tabela 8. Resultados da análise de correlação iterativa BIOENV (Primer) entre a matriz
ambiental de distância euclidiana e dados abióticos normalizados, e a matriz biótica de
similaridade de Bray-Curtis das densidades (num/km²) logaritmizadas das espécies
V
selecionadas dos levantamentos do Projeto TALUDE (1986-1987) no sul do Brasil (28º30´S-
34º40´S). Nível de Significância da amostra estatística: 0,0001, ρ= 0,688.
.....................................................................................................................................................82
Tabela 9. Resultados da análise de correlação iterativa BIOENV (Primer) entre a matriz
ambiental de distância euclidiana e dados abióticos normalizados, e a matriz biótica de
similaridade de Bray-Curtis das densidades (num/km²) logaritmizadas das espécies
selecionadas dos levantamentos do Projeto REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil (28º30´S-
34º40´S). Nível de Significância da amostra estatística: 0,0001, ρ= 0,778. ...............................82
Tabela 10. Resultados das análises de similaridade (ANOSIM, Primer) entre as três principais
assembléias (a: plataforma externa, b: intermediária e c: talude superior) identificadas nos
levantamentos sazonais dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no sul do
Brasil (28°30'S-34°40'S). ...........................................................................................................83
Tabela 11. Resultados das análises de similaridade (ANOSIM, Primer) entre os Projetos
TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) para as três assembléias identificadas (a:
plataforma externa, b: intermediária e c: talude superior) na mesma época do ano no sul do
Brasil (28°30'S-34°40'S). Detalhes no Capítulo 4, item Assembléias.........................................83
Tabela 12. Densidades médias (kg/km²) nos lances das assembléias de plataforma
externa, intermediária e de talude superior nos levantamentos do Projeto TALUDE
(1986-1987) e Projeto REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil (28°30'S-34°40'S).......84
Tabela 13. Densidades médias das espécies (num/km²), nas assembléias de plataforma
externa (a), intermediária (b) e de talude superior (c) nos dois levantamentos sazonais do
Projeto TALUDE no sul do Brasil (28°30'S-34°40'S). Em negrito as 6 espécies com maiores
densidades em cada grupo, com fundo cinza claro as que estiveram entre as 6 maiores
densidades nas mesmas épocas do ano com fundo cinza escuro as que em ambos os
levantamentos estiveram entre as 6 principais...........................................................................85
Tabela 14. Densidades médias das espécies (num/km²), nas assembléias de plataforma
externa (a), intermediária (b) e de talude superior (c) nos dois levantamentos sazonais do
Projeto REVIZEE no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S). Em negrito as 6 espécies com maiores
densidades em cada grupo, com fundo cinza claro as que estiveram entre as 6 maiores
densidades nas mesmas épocas do ano com fundo cinza escuro as que em ambos os
levantamentos estiveram entre as 6 principais. .........................................................................86
Tabela 15. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições
das espécies para as similaridades dentro das assembléias de plataforma externa (a), quebra
da plataforma (b) e talude superior (c) definidas para os dois levantamentos sazonais do
Projeto TALUDE no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S). DM= densidade média da espécie em
num/km², SM= similaridade média, SM/DP= razão entre a similaridade média e o desvio padrão
VI
= consistência da similaridade, C%= contribuição percentual da espécie para a similaridade
média da assembléia, C%Cum= valor de C% acumulado. Em negrito as espécies com SM/
DP>2. .........................................................................................................................................87
Tabela 16 Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições das
espécies para as similaridades dentro das assembléias de plataforma externa (a), quebra da
plataforma (b) e talude superior (c) definidas para os dois levantamentos sazonais do Projeto
REVIZEE no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S). DM= densidade média da espécie em num/km²,
SM= similaridade média, SM/DP= razão entre a similaridade média e o desvio padrão =
consistência da similaridade, C%= contribuição percentual da espécie para a similaridade
média da assembléia, C%Cum= valor de C% acumulado. Em negrito as espécies com SM/
DP>2. .........................................................................................................................................88
Tabela 17. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições
das principais espécies para as dissimilaridades entre diferentes assembléias nos mesmos
levantamentos sazonais do Projeto TALUDE no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S). DM=
densidade média da espécie na assembléia (num/km²), DisM= dissimilaridade média,
DisM/DP= razão entre a dissimilaridade média e o desvio padrão = consistência da
dissimilaridade, C%= contribuição percentual da espécie para a dissimilaridade média da
assembléia, C%Cum= valor de C% acumulado. Em negrito as espécies com DisM/ DP>2......89
Tabela 18. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições
das principais espécies para as dissimilaridades entre diferentes assembléias nos mesmos
levantamentos sazonais do Projeto REVIZEE. Dens. média= densidade média da espécie na
assembléia (num/km²), DisM= dissimilaridade média, DisM/DP= razão entre a dissimilaridade
média e o desvio padrão = consistência da dissimilaridade, C%= contribuição percentual da
espécie para a dissimilaridade média da assembléia, C%Cum= valor de C% acumulado. Em
negrito as espécies com DisM/ DP>2. ......................................................................................90
Tabela 19. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições
das espécies para as dissimilaridades entre assembléias correspondentes entre os
levantamentos sazonais do Projeto TALUDE. DM= densidade média da espécie na assembléia
(num/km²), DisM= dissimilaridade média, DisM/DP= razão entre a dissimilaridade média e o
desvio padrão = consistência da dissimilaridade C%= contribuição percentual da espécie para
a dissimilaridade média da assembléia, C%Cum= valor de C% cumulado................................91
Tabela 20. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições
das espécies para as dissimilaridades entre assembléias correspondentes entre os
levantamentos sazonais do Projeto REVIZEE. DM= densidade média da espécie na
assembléia (num/km²), DisM= dissimilaridade média, DisM/DP= razão entre a dissimilaridade
média e o desvio padrão = consistência da dissimilaridade C%= contribuição percentual da
espécie para a dissimilaridade média da assembléia, C%Cum= valor de C% cumulado..........91
VII
Tabela 21. Espécies "características" e "discriminantes" nas assembléias identificadas nos
levantamentos dos Projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil
(28º30´S-34º40´S). As amplitudes de profundidades e temperaturas de fundo e suas médias
nas assembléias estão indicadas. A: ambas as épocas, ip: inverno-primavera, vo: verão-
outono..........................................................................................................................................92
Tabela 22. Valores médios e desvio padrão (em itálico) da profundidade e temperatura de
fundo e massas de água correspondentes às principais assembléias (a: plataforma externa, b:
intermediária e c: talude superior) identificadas em cada levantamento. ip: inverno-primavera,
vo: verão-outono..........................................................................................................................93
VIII
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
Figura 1. Cortes ilustrando as massas de água tipicamente presentes na Região Sul entre o
Cabo de Santa Marta Grande e Chuí no inverno e verão (baseado em Castro & Miranda, 1998
e Piola et al., 2000). Abreviaturas: ASA: Água Subantártica originária da Corrente Patagônica;
ASAP: Água Subantártica de Plataforma; ASTP: Água Subtropical de Plataforma; AT: Água
Tropical; ACAS: Água Central do Atlântico Sul; AIA: Água Intermediária Antártica. Setas
indicam direção das correntes; linhas tracejadas indicam fortes gradientes de salinidade e/ou
temperatura.................................................................................................................................94
Figura 2. Contribuição percentual em peso de teleósteos, elasmobrânquios e cefalópodes, por
estratos de profundidade nos levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE
(2001-2002) no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S)...........................................................95
Figura 3. Contribuição percentual em número e peso por hora das principais ordens de peixes
e cefalópodes capturados no conjunto dos levantamentos dos projetos TALUDE e REVIZEE no
extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S). ...................................................................................96
Figura 4. Contribuição percentual em número e peso por hora das principais famílias de peixes
e cefalópodes capturados no conjunto dos levantamentos dos projetos TALUDE e REVIZEE no
extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S). ...................................................................................97
Figura 5. Contribuição relativa em peso (kg/km²) de cada uma das principais espécies
capturadas nos levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no
extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).....................................................................................98
Figura 6. Contribuição percentual em número (num/km²) das 40 principais espécies em cada
um dos 4 estratos de profundidade nos levantamentos dos projetos dos levantamentos dos
projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no extremo sul do Brasil (28°30’S-
34°40’S), agrupados por épocas do ano. ...................................................................................99
Figura 7. Número de espécies de peixes e cefalópodes associadas ao fundo: demersais e
bentônicas (A), e à coluna de água: epi, bento e mesopelágicas (B) por estrato de
profundidade nos levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002)
no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S). C: Área ocupada por cada estrato de profundidade,
D: valor mediano da coluna de água em cada estrato de profundidade (ver texto)..................101
IX
Figura 8. Riqueza de espécies para números de amostras crescentes calculada através da
Técnica de Rarefação (Sanders, 1968; Hurlbert, 1971) para (A) cada um dos levantamentos
sazonais dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no extremo sul do Brasil
(28°30’S-34°40’S) e (B) para os lances agrupados por estratos de profundidade no conjunto
dos quatro levantamentos. .......................................................................................................101
Figura 9. Curvas de Lorenz da abundância em peso (kg/km²) nos quatro estratos de
profundidade definidos nos levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE
(2001-2002) no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S). .......................................................102
Figura 10. Temperaturas de fundo médias nos lances por estratos de profundidade em cada
um dos quatro levantamentos realizados na plataforma externa e talude superior do no extremo
sul do Brasil (28°30’S-34°40’S) nos projetos TALUDE (1986 e 1987) e REVIZEE (2001 e 2002).
Barras horizontais indicam intervalos de confiança de 95%.....................................................103
Figura 11. Dendograma resultante da análise de agrupamento dos lances de levantamento de
inverno-primavera de 1986, mostrando os grupos formados, o número do lance, a profundidade
e 4 estrados de profundidade, massa d’água, área (n=28°30’S-31°40’S, s=31°40’S-34°40’S),
temperatura de fundo e latitude do lance. Os ramos em vermelho simbolizam homogeneidade
entre grupos como resultado do teste de permutação SIMPROF para 1% de significância....104
Figura 12. Dendograma resultante da análise de agrupamento dos lances de levantamento de
verão-outono de 1987, mostrando os grupos formados, o número do lance, a profundidade e 4
estrados de profundidade, massa d’água, área (n=28°30’S-31°40’S, s=31°40’S-34°40’S),
temperatura de fundo e latitude do lance. Os ramos em vermelho simbolizam homogeneidade
entre grupos como resultado do teste de permutação SIMPROF para 1% de significância....105
Figura 13. Dendograma resultante da análise de agrupamento dos lances de levantamento de
inverno-primavera de 2001, mostrando os grupos formados, o número do lance, a profundidade
e 4 estrados de profundidade, massa d’água, área (n=28°30’S-31°40’S, s=31°40’S-34°40’S),
temperatura de fundo e latitude do lance. Os ramos em vermelho simbolizam homogeneidade
entre grupos como resultado do teste de permutação SIMPROF para 1% de significância....106
Figura 14. Dendograma resultante da análise de agrupamento dos lances de levantamento de
verão-outono de 2002, mostrando os grupos formados, o número do lance, a profundidade e 4
estrados de profundidade, massa d’água, área (n=28°30’S-31°40’S, s=31°40’S-34°40’S),
temperatura de fundo e latitude do lance. Os ramos em vermelho simbolizam homogeneidade
entre grupos como resultado do teste de permutação SIMPROF para 1% de significância....107
X
Figura 15. Diagrama de escalonamento multidimensional (MDS) dos lances no período de
inverno-primavera de 1986 e verão-outono de 1987 do projeto TALUDE, mostrando a
distribuição espacial dos lances e estratos de profundidade. ..................................................108
Figura 16. Diagrama de escalonamento multidimensional (MDS) dos lances no período de
inverno-primavera de 2001 e verão-outono de 2002 do projeto REVIZEE, mostrando a
distribuição espacial dos lances e estratos de profundidade. ..................................................109
Figura 17. Diagrama de escalonamento multidimensional (MDS) dos lances no período de
inverno-primavera de 1986 e verão-outono de 1987, mostrando a distribuição espacial dos
grupos encontrados. As linhas unem os lances com níveis de similaridades superiores a 38%
nas análises de agrupamentos. ................................................................................................110
Figura 18. Diagrama de escalonamento multidimensional (MDS) dos lances no período de
inverno-primavera de 2001 e verão-outono de 2002, mostrando a distribuição espacial dos
grupos encontrados. As linhas unem os lances com níveis de similaridades superiores a 42%
nas análises de agrupamentos. ................................................................................................111
Figura 19. Localização geográfica das assembléias identificadas nos lances de inverno-
primavera de 1986 do Projeto TALUDE no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S)............................112
Figura 20. Localização geográfica das assembléias identificadas nos lances de verão-outono
de 1987 do Projeto TALUDE no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).............................................113
Figura 21. Localização geográfica das assembléias identificadas nos lances de inverno-
primavera de 2001 do Projeto REVIZEE no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S)...........................114
Figura 22. Localização geográfica das assembléias identificadas nos lances de verão-outono
de 2002 do Projeto REVIZEE no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S)............................................115
Figura 23. Densidade média relativa (% num/km²) de cada espécie nas três assembléias
principais identificadas nos lances do projeto TALUDE nos períodos de inverno-primavera de
1986 e verão-outono de 1987 no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S). ..........................................116
Figura 24. Densidade média relativa (% num/km²) de cada espécie nas três assembléias
principais identificadas nos lances do projeto REVIZEE nos períodos de inverno-primavera de
2001 e verão-outono de 2002 no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S). ..........................................117
Figura 25. Densidades médias em peso (kg/km²) das principais ordens de peixes e
cefalópodes nas assembléias de plataforma externa, intermediária e de talude superior no
conjunto dos quatro levantamentos dos projetos TALUDE e REVIZEE no sul do Brasil (28°30’S-
34°40’S). ...................................................................................................................................118
XI
Figura 26. Riqueza de espécies calculada através da Técnica de Rarefação (Sanders, 1968;
Hurlbert, 1971) para as diferentes assembléias identificadas no conjunto dos quatro
levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil
(28°30’S-34°40’S). ....................................................................................................................119
Figura 27. Curvas de Lorenz da abundância em peso (kg/km²) das espécies nas assembléias
identificadas no conjunto dos quatro levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e
REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S). .....................................................119
Figura 28. Médias das temperaturas e profundidades de fundo nos lances das assembléias
identificadas nos levantamentos dos Projetos TALUDE e REVIZEE no sul do Brasil (28°30’S-
34°40’S). Barras verticais indicam intervalos de confiança de 95%.........................................120
ANEXO
ANEXO 1. Lista dos peixes e cefalópodes identificados nas capturas com rede de arrasto de
fundo na Região Sul-Sudeste nos levantamentos dos Projetos Talude (1986-19887) e
REVIZEE (2001-2002). T: presentes no Projeto Talude, R: presentes no Projeto REVIZEE, A:
presentes em ambos os projetos..............................................................................................121
1
RESUMO
A composição e distribuição das espécies de peixes e cefalópodes
demersais da plataforma externa e talude superior (100 e 600 m) do extremo sul
do Brasil (28°S-34°40’S) foi estudada a partir de quatro levantamentos de arrasto
de fundo, representando o inverno-primavera (ip) e verão-outono (vo) em dois
períodos 1986-1987 (Projeto TALUDE) e 2001-2002 totalizando 167 arrastos
(Projeto REVIZEE).
Ao todo foram capturadas 222 espécies, 139 no primeiro levantamento e
197 no segundo, com maior número de espécies nas ordens Perciformes,
Rajiformes, Gadiformes, Teuthida, Myctophiformes e Stomiiformes. Os Perciformes
contribuíram com a maior biomassa em ambos os levantamentos, seguido dos
Carcharhiniformes no primeiro e Teuthida e Gadiformes no segundo. O número de
espécies bentônicas e demersais diminuiu com a profundidade e os índices de
dominância aumentaram com a profundidade.
Análises de agrupamento e de escalonamento multidimensional com base
nas densidades numéricas das principais espécies nas capturas apresentaram o
mesmo padrão nos quatro levantamentos: 3 assembléias distintas que
caracterizaram a plataforma externa, uma faixa intermediária e o talude superior
caracterizadas por espécies "características" e por "discriminantes" entre
assembléias adjacentes.
A estrutura das assembléias apresentou forte correlação com a temperatura
e profundidade de fundo, e pequena variação sazonal, em parte relacionada aos
padrões migratórios de algumas espécies. Mudanças na composição de espécies
2
e densidade relativa entre os períodos são relacionadas à sobrepesca de grandes
predadores.
As três assembléias apresentaram deslocamento para águas mais rasas no
inverno-primavera e mais profundas no verão-outono, possivelmente relacionados
aos deslocamentos da Frente Subtropical de Plataforma e à maior disponibilidade
de alimento em águas mais rasas. Condições atípicas, durante o período de “El
Niño” no verão-outono de 1987, com redução nas temperaturas de fundo,
estiveram associadas ao deslocamento das assembléias em direção a águas
profundas.
As mudanças observadas na composição e densidades relativas das
espécies nas assembléias entre as décadas de 1980 e 2000 podem ser
relacionadas a efeitos diretos e indiretos do aumento nas atividades pesqueiras,
com a redução de espécies de interesse comercial de maior tamanho, mais
longevas e de maturação tardia, como os elasmobrânquios e o cherne-poveiro,
além do aumento da biomassa de suas presas potenciais, como Merluccius hubbsi
e Urophycis mystacea, ou competidores como Lophius gastrophysus.
Palavras-chave: assembléias, associações de peixes, diversidade, peixes
demersais, Sul do Brasil.
3
ABSTRACT
Demersal fish and cephalopods species composition and distribution of the
outer shelf and upper slope (100 e 600 m) of Southern Brazil (28°S-34°40’S) were
studied from data collected in four surveys performed as part of the TALUDE
project in winter-spring 1987 and summer-autumn 1987, and the REVIZEE project
in winter-spring 2001 and summer-autumn 2002.
Overall, 222 species were recorded, 139 in 1986-1987 and 197 in 2001-
2002. The largest number of species were from the orders Perciformes, Rajiformes,
Gadiformes, Teuthida, Myctophiformes e Stomiiformes. Perciformes was the main
order contributing in biomass in both surveys, followed by Carcharhiniformes in
TALUDE and Teuthida and Gadiformes in REVIZEE. Benthic and demersal species
numbers decreased with increasing depth and dominance increased with depth.
Cluster and multidimensional scaling analysis based in the numerical
densities of the most frequent or abundant species showed the same pattern in all
four surveys, three assemblages on the outer shelf, intermediate and upper slope
were characterized by several common species and distinguished from adjacent
assemblages by discriminant species. The species seasonal structure of the
assemblages showed strong correlation with depth and bottom temperature and
little seasonal variation, in part due to migratory patterns of some abundant
species.
The assemblages shifted seasonally between shallower waters in winter-
spring to deeper waters in summer-autumn. Lower bottom temperatures during “El
Niño” of the summer-autumn of 1987 were associated to the outer shelf
assemblages shift to deeper waters.
4
Assemblages changes between the 1980 and the 2000 decades were
attributed to the increase in fishing intensity. Overfishing of large, long living and
slow growing predatory fishes induced increases in the faster growing competitors
as Lophius gastrophysus and potential prey species as Merluccius hubbsi and
Urophycis mystacea.
Key words: assemblages, diversity, demersal fishes, southern Brazil
5
1. INTRODUÇÃO
O ecossistema marinho do sul do Brasil possui a maior abundância de
recursos pesqueiros demersais do país, devido à influência do fenômeno da
convergência subtropical, que traz águas frias de alta produtividade de regiões
mais ao sul (Piola, 2000; Odebrecht & Castello, 2001), e também devido à
existência de uma plataforma continental larga e talude superior com baixa
declividade cobertos em sua maior parte de fundos de areia ou lama
(Figueiredo & Tessler, 2004).
A pesca na região é intensa, e as espécies demersais representaram em
média mais de 75% da produção pesqueira no período 1975-1994 nessa
região, destacando-se nesse grupo os peixes teleósteos com mais de 70%
desse montante (Haimovici, 1997). Desde o início dos anos 1980 tem sido
constatado um paulatino declínio nas tonelagens desembarcadas da maioria
das espécies-alvo da pesca demersal, evidenciando a falta de êxito no manejo
dos recursos pesqueiros demersais da região (Vooren & Klippel, 2005;
Haimovici et al., 2006a; Valentini e Pezzuto, 2006).
A maioria das principais pescarias mundiais tem sido administrada
através de modelos monoespecíficos, em alguns casos com sucesso, mas na
maior parte conduzindo a uma explotação não sustentável (Hilborn, 2005).
Vários trabalhos indicam que parte do problema se deve a que muitas
pescarias comerciais, incluindo as de pesca de arrasto de fundo são
multiespecíficas (Hilborn et al., 2003; Jennings, 2006). Os modelos
monoespecíficos ignoram as interações do ecossistema, o que têm estimulado
6
a proposta de adoção de um enfoque ecossistêmico no manejo das pescarias
(Pikitch et al., 2004). Este enfoque não substitui os métodos tradicionais de
avaliação de estoques, mas contribui a uma visão mais completa,
principalmente quando as capturas incluem quantidades expressivas de
capturas incidentais como é o caso da pesca de arrasto de fundo (Francis et
al., 2007).
A identificação dos padrões de distribuição e de associação de espécies
nas capturas é considerada fundamental para a compreensão dos estoques
multiespecíficos e para o delineamento de estratégias de manejo orientadas ao
ecossistema (Caddy & Sharp, 1986), e recentemente tem sido proposta a
adoção de assembléias como unidades de manejo (Jennings, 2006). Com
algum entendimento da co-ocorrência espacial e temporal de espécies em
assembléias pode ser possível, por exemplo, gerenciar grupos de espécies
como entidades ecológicas (Tyler et al., 1982; Jay, 1996; Mahon et al., 1998;
Beentjes et al, 2002). Para fornecer subsídios para este enfoque, vêm sendo
realizados trabalhos de caracterização das assembléias vulneráveis a
diferentes artes de pesca nas mais diversas regiões (Smale et al., 1983;
Bianchi et al., 2000; Koranteng, 2001; Beentjes et al., 2002; Pihl & Wennage,
2002; Massutí & Moranta, 2003; Labropoulou & Papaconstantinou; 2004;
Jaureguizar et al., 2006; Sousa et al., 2005; Abad et al., 2007).
As assembléias também são denominadas associações por alguns
autores, e geralmente resultam da determinação, através de técnicas de
análise multivariada, de grupos de espécies com padrões similares de
distribuição ou co-ocorrência. Neste projeto o termo assembléia é utilizado para
7
designar grupos de espécies disponíveis e vulneráveis a certo tipo de
amostrador e que ocorrem repetidamente (Margalef, 1980),
independentemente da existência de interações entre elas (Wootton, 1990). Ao
longo do trabalho, o termo agrupamento é também utilizado para designar as
assembléias, já que são identificadas por possuírem padrões semelhantes e se
apresentarem agrupadas nas análises multivariadas.
Diversos levantamentos sobre a composição de espécies, distribuição e
abundância de peixes e cefalópodes vulneráveis à pesca de arrasto de fundo
no sul do Brasil foram desenvolvidos nas últimas décadas. Nos programas
GEDIP I e II (Vazzoler & Iwai, 1971; Vazzoler et al., 1973) foram utilizadas
redes de arrasto camaroeiras de cabo real único e beam trawl, realizados a
bordo do N/Oc. Prof. W. Besnard entre 1968 e 1973, em profundidades de 12-
215 m sobre a plataforma do Rio Grande do Sul entre 29°S e 35°S. O N/Oc
“Atlântico Sul” realizou uma série de cruzeiros de arrasto de fundo com redes
comerciais entre 1981 e 1983 abrangendo a plataforma continental até 120 m
de profundidade entre 30°40’S e 34°40’S no quais foram estudados os
teleósteos demersais e cefalópodes (Projeto ATEDE: Haimovici & Perez, 1991;
Haimovici et al., 1996). Também com o N/Oc Atlântico Sul utilizando redes de
arrasto de fundo foi realizado o Projeto TALUDE entre 1986 e 1987,
abrangendo a plataforma externa e talude superior entre 120 e 587 m de
profundidade ao longo do Rio Grande do Sul entre 29°S e 35°S (Vooren et al.,
1988). Mais recentemente, entre 2001 e 2002 foi realizada uma segunda série
de prospecções com redes de arrasto de fundo na plataforma externa e talude
8
superior entre 22°S e 34°’40’S, que nesta dissertação serão denominadas
Projeto REVIZEE (Bernardes et al., 2006; Haimovici et al. no prelo).
Com os dados destes levantamentos foram realizadas algumas
tentativas de identificar as principais assembléias nectônicas demersais da
região: Benvegnu-lé (1978) utilizou análises de agrupamentos para identificar
assembléias de teleósteos capturados no programa GEDIP I. Haimovici et al.
(1994) utilizaram análises de correspondência para ordenar as capturas de
teleósteos demersais capturados no Projeto TALUDE. Martins (2000) utilizou
parte dos dados de capturas dos Projetos ATEDE e TALUDE para identificar
assembléias de teleósteos demersais e cefalópodes através de técnicas de
ordenação e classificação.
Também na região Sul, mas utilizando capturas de outras artes de
pesca, foram realizadas tentativas de identificação de assembléias nectônicas.
A partir de levantamentos realizados com redes de arrasto meia-água a bordo
do N/Oc “Atlântico Sul” em 1980, 1982, 1987 e 1988, entre Conceição
(31°40’S) e Chuí (34°40’S), Mello et al. (1992) analisaram as associações de
pequenos peixes e cefalópodes pelágicos de plataforma. A partir das capturas
de espinhel de fundo realizadas de 100 a 500 m com a embarcação “Margus
II”, em 1996-1997 entre o Cabo São Tomé - RJ (22°S) e Chuí - RS (34°40'S),
Ávila-da-Silva & Haimovici (2004) analisaram as associações de peixes
demersais vulneráveis a anzóis.
Com base em dados dos Projetos TALUDE e REVIZEE, o objetivo
primário deste estudo foi o de analisar as mudanças na composição da fauna
nectônica e identificar e caracterizar a estrutura das assembléias de espécies
9
demersais sobre a plataforma continental externa e talude superior da região
Sul do Brasil, entre o cabo Santa Marta 28°S e Chuí 34°30’S e examinar
mudanças que possam ter ocorrido nestas assembléias entre as décadas de
1980 e 2000. O estudo também procurou identificar os fatores que determinam
a estrutura das comunidades nectônicas demersais na área de estudo e
correlacionar os parâmetros ambientais e atividades antropogênicas com a
estrutura e dinâmica das assembléias.
10
2. ÁREA DE ESTUDO
A região de estudo compreendeu a área entre o Cabo da Santa Marta
Grande e Chuí (28°33’S a 34°34’S) entre 100 e 600 m de profundidade. A
superfície total desta área é de aproximadamente 70.671 km², dos quais
47.401 km² (67%) se situam entre as isóbatas de 100 e 200 m, e 23.270 km²
(33%), entre as isóbatas de 200 e 600 m.
A linha da costa e a topografia de fundo da plataforma da Região
Sudeste-Sul do Brasil são relativamente regulares. A plataforma na região do
Cabo de Santa Marta Grande tem cerca de 110 km, se alargando até o máximo
de 140 km em Tramandaí, 170 km na barra de Rio Grande e 140 km em frente
ao Arroio Chuí (33°48’S). As isóbatas, aproximadamente paralelas à costa e à
quebra de plataforma (geralmente entre 160 e 190 m), estabelecem uma
passagem suave de uma plataforma com uma declividade sempre inferior a 2
m/km, ou 0°08’, para um talude superior com gradiente pouco acentuado, de
cerca de 20m/km ou 1° (Zenbruscki et al., 1972). As exceções ocorrem entre
Rio Grande e Chuí, onde a inclinação da região de talude é maior, de 80 a 130
m/km.
O levantamento de dados geológicos indicou que as areias predominam
na plataforma interna de toda a região e as lamas na plataforma externa e
talude; ao norte do Rio de Janeiro ocorrem sedimentos de maior granulometria
(Figueiredo & Madureira, 2004). Em relação à composição dos sedimentos em
profundidades superiores a 100 m, os litoclásticos (<30% de carbono)
predominam ao sul do Estado de São Paulo e os bioclásticos (>30% de
11
carbono) ao norte; os litoclásticos estão em águas mais rasas, enquanto os
bioclásticos em águas mais profundas. Fundos duros ocorrem em áreas
restritas do talude superior mais ao sul. Os bioclásticos estão representados
por “concheiros” mais esparsos e isolados na plataforma interna (Figueiredo &
Madureira, 2004).
Em relação à hidrografia, na superfície oceânica sobre o talude da
Região Sudeste-Sul, flui em direção ao sul a Água Tropical da Corrente do
Brasil (AT, temperatura >20°C, salinidade >36,4). Sob esta massa de água está
a Água Central do Atlântico Sul (ACAS, cujo limite inferior de temperatura se
encontra entre 6°C e 10°C e o superior em 20°C, e que tem salinidade de 34,6
a 36,0), que, desde o sul do Cabo São Tomé, flui em direção sul até
profundidades maiores que 500 m (Figura 1). Abaixo desta profundidade, flui em
direção norte a Água Intermediária Antártica (AIA, temperatura de 3°C a 6°C,
salinidade de 34,2 a 34,6) (Sverdup et al., 1942; Thomsen, 1962; Stramma &
England, 1999; Silveira et al., 2000). Já a plataforma entre 20°S e 40°S é
ocupada por duas massas de água originárias da diluição de águas de origens
oceânicas por descargas continentais (Piola et al., 2000). Estas são: a Água
Subtropical de Plataforma (ASTP, >18°C e salinidade de 33,5 a 35,9), formada
pela mistura da ACAS com a água costeira, e a Água Subantárctica de
Plataforma (ASAP, salinidade de 33,5 a 34,1 e temperaturas de 10°C a 14°C
no inverno, e de 12°C a 20°C no verão), formada pela mistura de águas
oriundas da plataforma continental argentina, a chamada Corrente Patagônica,
descrita por Brandhorst & Castello (1971) com águas de origem continental.
12
Na plataforma da região ao sul do Cabo de Santa Marta Grande, a
característica mais marcante é a variação sazonal da temperatura da água e da
estratificação da temperatura, que é forte no verão, e fraca ou inexistente no
inverno (Castro & Miranda, 1998). No inverno, próximo à costa, existe a
presença marcante de águas costeiras de baixa salinidade, resultantes da
descarga continental do Rio da Prata e da Lagoa dos Patos. Também ocorre a
Frente Subtropical de Plataforma (FSTP), aproximadamente perpendicular à
linha de costa na faixa costeira e paralela e próxima ao talude e que separa a
Água Subantártica de Plataforma (ASAP) da Água Subtropical de Plataforma
(Piola et al., 2000).
Sobre o talude, ao norte da posição da FSTP, tem-se a presença da
Corrente do Brasil e sob esta, deslocando-se para o sul, a ACAS, cujo
meandramento pode provocar sua intrusão sobre a plataforma continental
(Castro & Miranda, 1998). Ao sul da FSTP, um forte gradiente de temperatura e
salinidade, paralelo à costa, define uma frente que marca a separação entre
Águas Subantárticas de Plataforma com a ACAS. Nesta região, sobre o talude
superior, entre o final do outono e meados da primavera, se observa também a
margem oeste da frente de convergência entre as correntes do Brasil e das
Malvinas que oscila sazonalmente (Piola et al., 2000; Soares & Möller, 2001)
(Figura 1-A). Nos meses quentes, a FSTP se desloca para o sul para águas
uruguaias e argentinas, enquanto na plataforma sul do Brasil as águas
costeiras abrangem uma faixa estreita, e a plataforma interna pode estar
tomada por ASTP com intrusões da Corrente do Brasil (Figura 1-B). Este
quadro é variável de ano a ano, podendo em alguns a Corrente do Brasil cobrir
13
toda a plataforma (Castello & Odebrecht, 2001), ou a plataforma interna estar
tomada por águas de baixa salinidade sob a influência do Rio da Prata (Piola et
al., 2005).
A produtividade da plataforma da Região Sul é relativamente alta no
inverno e na primavera, devido ao aporte de nutrientes de origem terrígena e
do deslocamento para o norte da ASAP (Castello et al., 1997). Outros
mecanismos de fertilização são as ressurgências costeiras, originadas pela
forte ação dos ventos de NE na primavera e no verão, que provocam a
divergência de águas superficiais e causam advecção da ACAS sobre a
plataforma entre 28°S e 32°S (Figura 1-B). Somam-se a isso as ressurgências
no talude, mais comuns no inverno e primavera, quando a ACAS, a Corrente
do Brasil e o ramo costeiro da Corrente de Malvinas formam vórtices de
circulação ciclônica (Garcia, 1997).
Em relação à ictiofauna, na plataforma predominam espécies demersais,
particularmente cienídeos sendo que a plataforma e o talude superior são
áreas de criação de peixes demersais de importância comercial (Haimovici et
al., 1994; Haimovici et al., 1996). Atuns e espécies afins ocorrem ao longo do
talude da Região Sul no inverno. Várias das espécies demersais mais
abundantes de plataforma e talude superior migram sazonalmente durante o
inverno acompanhando o deslocamento, para o norte, da Convergência
Subtropical (Haimovici et al., 1997). Sobre o talude superior ocorrem também
pescarias de linha de mão e espinhel de fundo e, mais recentemente, de
arrasto de fundo dirigido principalmente a merluza, abrótea-de-profundidade,
peixe-sapo e calamar-argentino (Haimovici et al., 2003; Perez et al., 2003).
14
Uma pescaria de bonito-listrado ocorre no sul nos meses de novembro a maio
ao longo da isóbata de 200 m, reforça a hipótese da existência de uma
ressurgência de borda da plataforma no extremo sul do Brasil (Andrade &
Garcia, 1999).
15
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Obtenção de dados
Os dados utilizados provieram dos Projetos TALUDE e REVIZEE em
cruzeiros realizados com o N/Pq “Atlântico Sul”, arrasteiro de popa com 295
toneladas de arqueação, 35,9 m de comprimento e 860 HP de potência do
motor principal e guinchos hidráulicos de pesca providos de 2000 m de cabo de
aço de 3/4 de polegada de diâmetro. Os levantamentos sazonais do Projeto
TALUDE foram realizados durante o inverno-primavera de 1986 (julho, agosto
e setembro) e o verão-outono de 1987 (março e maio), e os levantamentos do
Projeto REVIZEE em inverno-primavera de 2001 (junho e setembro) e verão-
outono de 2002 (dezembro e março).
A rede utilizada no Projeto TALUDE foi de polietileno com tralha inferior
de 28 m e superior de 23,4 m; a tralha inferior era guarnecida de roletes de aço
ocos, de 40 cm de diâmetro no centro e 30 cm nas laterais; as portas eram de
aço em “V” de 450 kg. Os brincos eram de 30 m e as malhetas de 80 m. A
malha no saco era de 50 mm medida entre nós opostos com a malha esticada,
com um forro de igual malha e um sobressaco de malha de 80 mm de fio duplo.
No Programa REVIZEE foi utilizada uma rede “Engel Star Balloom Trawl” de
grande abertura vertical com 439 malhas de 160 mm na boca. A tralha inferior
era do tipo “rockhopper”, com a parte central, de 20,8 m, provida de bobinas de
borracha de 300, 200 e 130 mm de diâmetro, e as duas extensões laterais de
9,8 m, com discos de borracha de 75 mm de diâmetro, totalizando 40,4 m.
Foram utilizadas portas retangulares de 550 kg. Os brincos utilizados tinham 50
16
m e malhetas 5 m. O interior do sacador era forrado com duas panagens, uma
de fio duplo de aproximadamente 32 mm de distância entre nós opostos e a
segunda de fio simples, com aproximadamente 27 mm entre nós opostos.
A distribuição dos lances em ambos os levantamentos atendeu ao
objetivo de estudar a composição da fauna, e a distribuição e abundância de
várias espécies sobre as quais as informações prévias eram escassas,
situação na qual é recomendado um padrão o mais uniforme possível
(Gunderson, 1993). Como a profundidade e a latitude são fatores importantes
da distribuição das espécies (Moyle & Cech, 1988; Bianchi, 1991) os lances
foram planejados em perfis perpendiculares à costa nos quais foram realizados
entre 5 e 7 arrastos, procurando ter representadas as diferentes profundidades.
Nas regiões com forte declive, os lances de algumas faixas de profundidade
foram suprimidos e naquelas com pequeno declive lances adicionais foram
incluídos, visando uma representação proporcional às extensões
representadas. A exata posição dos lances não foi preestabelecida,
procurando-se otimizar a utilização do navio, aproveitar a experiência do
mestre, minimizar o tempo de procura de fundos e, maximizar o número de
lances realizados a cada dia. As melhoras tecnológicas introduzidas no projeto
REVIZEE, como posicionamento por satélite e redes mais eficientes com
rockhopper, permitiram uma cobertura mais uniforme da área de estudo e a
realização de mais lances por dia de mar.
Nos levantamentos de 1986-1987 foram registrados os dados de
temperatura da coluna de água adquiridos com termômetro de inversão ou
batitermógrafo, enquanto que nos de 2001-2002 com perfilador de
17
condutividade, temperatura e profundidade - CTD Seabird SBE 19. As massas
de água dos lances realizados no Projeto REVIZEE foram identificadas
segundo diagramas TS (Haimovici et al., no prelo) e as massas relativas aos
lances do Projeto TALUDE segundo uma aproximação com valores de
temperatura e salinidade, e em alguns casos, somente com valores de
temperatura.
Em todos os levantamentos, os lances foram iniciados entre o
amanhecer e duas horas antes do crepúsculo. As distâncias percorridas nos
arrastos em 1986-1987 foram estimadas a partir da duração dos lances (em
geral de uma hora) e da velocidade de arrasto, padronizada através do
odômetro em 3 nós. Em 2001-2002, os lances foram em geral de 30 minutos e
as distâncias percorridas foram as registradas no navegador por satélite. Para
o cálculo da abertura horizontal da rede foi utilizado o índice de abertura
proposto por Alverson (1971) de 45% da tralha inferior da rede, que foi de
12,76 m e 18,18 m para 1986-1987 e 2001-2002 respectivamente. As áreas
varridas (km²) em cada lance foram calculadas multiplicando-se a distância do
arrasto pelo índice de abertura da rede.
Em cada lance foram registrados o peso total e número de exemplares
de todas as espécies ou táxons na captura. Capturas pequenas foram triadas
em sua totalidade, as amostragens de capturas maiores foram divididas em
duas etapas: na primeira foram separados, contados e pesados por espécies,
os exemplares maiores. Na segunda etapa o resto da captura foi pesado e uma
amostra de uma ou duas caixas (30 ou 60 kg aproximadamente) foi triada por
espécies ou táxons, sendo registrado o número e peso total de cada espécie
18
ou categoria. A captura total de cada espécie foi a soma da fração dos
exemplares grandes e a fração estimada a partir da amostragem de
organismos pequenos.
Listas completas das espécies capturadas nos levantamentos do Projeto
TALUDE podem ser encontradas em Haimovici et al. (1994) (peixes teleósteos)
e Haimovici & Perez (1991) (cefalópodes) e para os levantamentos de arrasto
do Programa REVIZEE em Bernardes et al. (2005) (peixes) e Haimovici et al.
(no prelo) (cefalópodes e peixes). As espécies de peixes foram classificadas
quanto ao hábitat segundo Bernardes et al. (2005) e os cefalópodes segundo
Haimovici et al. (no prelo).
Para as análises realizadas foram incluídos os dados de capturas por
espécies de 54 lances do Projeto TALUDE e 113 do Programa REVIZEE, nos
quais as capturas foram superiores a 50 exemplares e duração superior a 20
minutos. Bianchi & Høisæter (1992), analisando as capturas de arrastos de
fundo na costa ocidental da África, mostram que na maioria das situações, a
utilização de número ou biomassa apresenta resultados semelhantes. As
capturas de ambos os levantamentos foram padronizadas em densidades em
número por quilômetro quadrado (num/km²). Em algumas análises, dentro dos
mesmos levantamentos, foram utilizados comparativamente números e pesos
por hora de arrasto. Para as análises relacionadas com a profundidade, os
lances foram agrupados a posteriori em 4 estratos (100-149, 150-219, 220-399,
400-600 m), procurando manter em cada estrato números aproximadamente
iguais de lances de ambos os projetos (Tabela 1).
19
As matrizes originais das densidades das espécies por amostras foram
submetidas previamente a uma redução, eliminando-se as espécies raras e
aquelas não adequadamente amostradas com arrasto de fundo, visando
reduzir o ruído nas análises (Legendre & Legendre, 1998). A seleção de
espécies foi feita separadamente para ambos os projetos, e somente peixes e
cefalópodes foram selecionados para compor as matrizes. Vários critérios de
seleção das espécies foram comparados para determinar aquele que reduzisse
o tamanho das matrizes sem gerar perdas relevantes significativas na
caracterização das assembléias.
Para as análises multivariadas foram incluídas espécies que
apresentavam freqüência de ocorrência maior ou igual a 40% em pelo menos
um dos 4 estratos de profundidade predefinidos. Por não serem
adequadamente amostradas com esta arte de pesca, foram excluídas as
espécies de hábitats epi e mesopelágicos e todos os peixes das Ordens
Myctophiformes e Stomiiformes. Esses critérios de seleção levaram ao total de
34,8% em peso e 87,8% em número do total capturado no Projeto TALUDE
(1986-1987), sendo posteriormente incluídos Galeorhinus galeus, Polyprion
americanus e Squatina argentina por terem uma elevada contribuição em peso,
ficando a seleção final com 88,7% e 89,1% em peso e número,
respectivamente resultando em uma matriz com 38 espécies: 27 teleósteos, 6
elasmobrânquios e 5 cefalópodes (Tabela 2). A seleção de espécies
capturadas no Projeto REVIZEE (2001-2002) representou 86,7% em peso e
68,7% em número do total capturado, e a matriz incluiu 46 espécies: 5
cefalópodes, 4 elasmobrânquios e 37 teleósteos (Tabela 3), o menor
20
percentual em número foi devido à exclusão das capturas muito numerosas de
mictofídeos.
3.2. Métodos de análise
3.2.1. Diversidade
Foram calculadas as diversidades gama (a diversidade global em um
conjunto de amostras) por serem mais utilizáveis em comparações futuras,
visto que a diversidade alfa (a diversidade em uma amostra) é muito mais
dependente das características das amostras coletadas, como o petrecho
utilizado e esforço, se tornando pouco útil em termos comparativos, além de
freqüentemente induzir a erros interpretativos, além de não indicar a
heterogeneidade entre amostras. A diversidade de teleósteos,
elasmobrânquios e cefalópodes foi analisada nas suas duas componentes: a
riqueza de espécies e a equitatividade. A riqueza de espécies foi calculada
através da Técnica de Rarefação, que permite a comparação do número de
espécies entre amostras com diferentes números de indivíduos (Sanders,
1968; Hurlbert, 1971; James & Rathbun, 1981). O número de espécies
esperado para uma amostra de n indivíduos tomados aleatoriamente da
comunidade ES(n) é calculado como:
=
=
s
i
n
n
N
n
NiN
SE
1
1)(
,
21
onde N é o número total de indivíduos coletados; S= número total de espécies
da comunidade; Ni é o número de indivíduos da espécie i naquela amostra e
n= tamanho da amostra padronizada, para a qual o número de espécies é
estimado, que deve ser menor que a abundância total de indivíduos da menor
amostra. A representação gráfica do ES(n) em função dos números de
indivíduos coletados permite comparações entre assembléias distintas (Ludwig
& Reynolds, 1988).
A equitatividade expressa o quão igualmente estão distribuídos os
indivíduos entre as diferentes espécies e pode ser calculada através do índice
de equitatividade de Pielou J’ (Pielou, 1966; 1969):
)log(
'
'
s
H
J =
onde S= riqueza média de espécies, log(s)=H’máx, que é a máxima
diversidade que pode ser atingida se todas as espécies forem igualmente
abundantes; H’ é o Índice de Diversidade de Shannon, calculado como:
)(ln'
i
i
i
ppH
=
onde, pi é a proporção no número total da i-gésima espécie.
A dominância e equitatividade foram ilustradas através de Curvas de
Lorenz, nas quais as abundâncias acumuladas das espécies são plotadas no
eixo das ordenadas, e as espécies em ordem decrescente de abundância no
eixo das abscissas, em escala percentual. A bissetriz entre os dois planos é a
reta de equitatividade perfeita, e os eixos indicam a dominância completa.
22
As comparações dos fatores ambientais (temperatura e profundidade)
que caracterizam diferentes grupos de amostras (estratos de profundidades,
assembléias, etc.) foram realizadas através de análise de variância não
paramétrica de Kruskal-Wallis (Zar, 1984:176), pois os pressupostos de
normalidade e homogeneidade de variâncias raramente foram atendidos.
3.2.2. Análises multivariadas
Para as análises multivariadas de classificação e ordenação, as matrizes
de similaridade de espécies entre lances foram elaboradas com base nas
densidades em número de cada espécie em cada lance. Com o propósito de
reduzir a importância de espécies com densidade extremamente elevadas e
para contornar as muitas ausências das espécies nas amostras, as
densidades, em kg/km², foram transformadas no logaritmo natural, adicionadas
de uma unidade. A transformação logarítmica além de reduzir a importância
das espécies mais abundantes, permite que, tanto espécies de média
abundância como espécies raras exerçam alguma influência no cálculo da
similaridade (Clarke & Warwick, 2001: 2-3; McCune & Grace, 2002: 68). O
índice de similaridade utilizado foi o de Bray-Curtis, amplamente utilizado e que
apresenta algumas propriedades desejáveis em análises ecológicas: 1) S=0 se
duas amostras não têm espécies em comum; 2) S=100 somente se duas
amostras são idênticas; 3) mudanças de escala (mmm, tg) nas medidas
não afetam S; 4) “ausências conjuntas” de espécies não têm efeito em S; 5) o
valor de S não é alterado pela inclusão ou exclusão de uma espécie que tem
23
“ausência conjunta” nas duas amostras (Legendre & Legendre, 1998; Clarke &
Warwick, 2001: 2-3; McCune & Grace, 2002: 48; Clarke et al., 2006).
As variáveis ambientais tipicamente não estão em escalas de medidas
comparáveis, razão pela qual, previamente às análises multivariadas, os dados
de latitude, profundidade e temperatura de fundo, foram padronizados,
resultando em médias iguais a zero e desvio padrão igual à unidade para cada
uma das variáveis (Clarke & Gorley, 2006: 39; McCune & Grace, 2002: 74).
Como medida de similaridade na construção das matrizes das variáveis
ambientais foi utilizada a distância euclidiana, procedimento padrão
previamente à análise com o BIO-ENV (Biota-Environment, Clarke & Gorley,
2006:121).
Nas análises de classificação aglomerativo hierárquicas, o método de
ligação utilizado foi o de média de grupo, ou UPGMA (Unweighted pair-group
method), no qual a distância entre os grupos é a média das distâncias para
todos os pares de indivíduos, uma para cada grupo (McCune & Grace, 2002:
92). A técnica de agrupamento é apropriada para delinear grupos de amostras
com estruturas de comunidades distintas, não implicando que os grupos não
tenham espécies em comum, mas que diferentes padrões característicos de
abundância sejam encontrados consistentemente em diferentes grupos (Clarke
& Warwick, 2001: 3-4 e 3-6).
Como técnica de ordenação foi utilizada o escalonamento
multidimensional (MDS), recomendada pela fidelidade na representação de
relações complexas num espaço dimensional reduzido (Clarke & Warwick,
2001; McCune & Grace, 2002). O escalonamento multidimensional parte de
24
qualquer matriz triangular de semelhanças (distâncias, similaridades,
dissimilaridades, etc.) dando a liberdade de escolher o tipo de semelhança e
pré-tratamento que mais convém, e faz poucas suposições sobre a forma dos
dados ou das inter-relações das amostras. O algoritmo utilizado no MDS é
complexo, mas a interpretação é simples e direta: os pontos que estão mais
próximos representam amostras que são muito similares na composição de
espécies (ou variáveis ambientais, etc.), e aqueles muito distantes
correspondem a valores muito diferentes das variáveis. O stress indica o quão
fielmente as relações multidimensionais entre as amostras estão representadas
nos diagramas de ordenação. Para valores de stress baixos (<0,1), a
ordenação no MDS provavelmente é uma representação mais útil que uma
análise de Cluster (Clarke & Warwick, 2001: 5-12).
A análise de similaridade percentual SIMPER (Primer 6.1) foi utilizada
para identificar a contribuição individual das espécies para a distinção entre
dois grupos de amostras, bem como a contribuição individual para a
similaridade dentro um grupo de amostras (Clarke, 1993; Clarke & Warwick,
2001: Cap.7; Clarke & Gorley, 2006:140). O procedimento decompõe a média
de dissimilaridades de Bray-Curtis entre todos os pares de amostras, uma para
cada grupo definido (ou decompõe todas as similaridades entre amostras
dentro de um grupo), em contribuições percentuais de cada espécie. Uma boa
espécie discriminante é aquela que contribui consistentemente àquela
distinção, para todos os pares de amostras, i.e. com uma alta dissimilaridade
média (DisM) e baixo desvio padrão (DP), tendo assim um valor alto para a
razão DisM/DP. Espécies "características" foram aquelas que contribuíram
25
consistentemente à semelhança entre todos os pares de amostras, com uma
alta razão SM/DP. O valor da contribuição percentual (C%) de cada espécie
para a dissimilaridade total entre os dois grupos (ou similaridade total dentro do
grupo) e seu valor cumulativo (C%Cum) também são fornecidos pelo SIMPER.
O quociente entre a similaridade média (ou dissimilaridade média) e seu desvio
padrão foi utilizado para indicar as espécies que mais contribuem para a
semelhança dentro das assembléias (ou diferenças entre assembléias). Neste
trabalho classificaram-se como espécies "características" aquelas que
contribuíram consistentemente à similaridade entre todos os pares de lances,
e espécies "discriminantes" aquelas com elevada contribuição e consistência
na distinção entre assembléias, possuindo razão entre contribuição e desvio
maior que dois (SM/DP>2 ou DisM/DP>2), respectivamente.
A análise de similaridades ANOSIM (Primer 6.1) foi utilizada para testar a
hipótese nula de homogeneidade da composição das espécies em grupos de
amostras definidas. É um teste não-paramétrico de permutação que opera
sobre a matriz de similaridades e análogo a um teste padrão de ANOVA com
um critério, permitindo um teste de hipótese nula H
0
de que não existem
diferenças entre grupos previamente definidos de amostras (e.g. épocas,
locais, tratamentos) (Clarke & Green, 1988; Clarke & Warwick, 2001: Cap.6;
Clarke & Gorley, 2006: 129). O teste calcula o R estatístico, que estima o grau
de diferença entre grupos de amostras e seu nível de significância (p) ao
relacionar o valor observado de R à sua distribuição de permutação. R é
calculado como:
26
)2)1((5,0
)(
=
nn
rWrB
R ,
onde rB= média de ordens das similaridades entre grupos, rW= dentro dos
grupos e n=número total de amostras. Valores de R próximos a 1 indicam que
as amostras dentro dos grupos são mais similares entre si do que com outras
amostras dos outros grupos, valores de R próximos a zero indicam que as
similaridades entre e dentro dos grupos são as mesmas, e que a hipótese nula
H
0
é verdadeira. Pode ser aplicado a qualquer matriz de similaridades, sendo
igualmente efetivo para testar mudanças nas assembléias em similaridades
bióticas, mudanças ambientais sobre euclidiana ou outra matriz de distâncias.
O procedimento BIO-ENV (Biota-Environment) (Primer 6.1) foi utilizado
para selecionar as variáveis ambientais que melhor “explicam” (se
correlacionam) a matriz de similaridade biótica (Clarke & Gorley, 2006:121). O
procedimento realiza uma busca completa de todas as combinações possíveis
de variáveis da matriz ambiental, à procura das que resultem nas mais altas
correlações com a matriz biótica. A lógica é que se o conjunto de variáveis
ambientais responsáveis por estruturar a comunidade é conhecido, espera-se
que amostras com valores bem similares para estas variáveis tenham também
composições de espécies semelhantes, e uma ordenação baseada nesta
informação abiótica deverá agrupar os locais do mesmo modo que a ordenação
biótica (Clarke & Warwick, 2001: 11-6). A medida de concordância entre ambas
as matrizes é a ordem do coeficiente de correlação ρ entre os elementos
correspondentes das duas matrizes, com ρ=0 representando a hipótese nula.
Os valores de ρ que são possíveis de observar ao acaso, se a H
0
for
27
verdadeira, são gerados pela permutação aleatória de um conjunto de nomes
de amostras relativo a outro (e assim destruindo qualquer ligação real) e
recalculando ρ, sobre muitas permutações aleatórias (Clarke & Ainsworth,
1993; Clarke & Gorley, 2006: 124). Dentre as variáveis coletadas em ambos os
projetos, foram escolhidas a temperatura de fundo, profundidade do arrasto e
latitude dos lances para compor a matriz ambiental, e as densidades das
espécies (num/km²) para a matriz biótica. A significância do teste foi calculada
com base em 99999 permutações aleatórias para cada par comparado (Clarke,
1993, Clarke & Gorley, 2006:124).
A correlação dos lances com os tipos de fundos não pode ser feita neste
trabalho por três motivos: 1) não foram realizadas amostragens de fundo
concomitantemente aos arrastos; 2) os mapas de fundos existentes não
possuem detalhamento suficiente para relacionar os lances, mostrando um
modelo aproximado da realidade; 3) os arrastos se estenderam entre 2,5 e
quase 6 km, certamente percorrendo mais de um tipo de fundo, o que dificulta
sua classificação.
As padronizações, índices de diversidade e análises multivariadas foram
realizadas no software Primer v 6.1.10 (Clarke & Warwick, 2001; Clarke &
Gorley, 2006).
28
4. RESULTADOS
4.1. Capturas
Ao todo foram registradas 222 espécies de peixes e cefalópodes, 139
nos anos de 1986-1987, e 199 em 2001-2002. A lista taxonômica dos peixes e
cefalópodes capturados em ambos os projetos é apresentada no Anexo 1.
As ordens e o número de famílias e espécies identificadas em cada
levantamento são apresentados na Tabela 4. A ordem mais diversa foi a
Perciformes, com 26 famílias e 50 espécies (26/50), seguida pelos Rajiformes
(7/18), Gadiformes (5/17), Teuthida (8/15), Myctophiformes (2/14),
Stomiiformes (7/13) e Carcharhiniformes (4/13). As famílias com maior número
de espécies foram Myctophidae (12), Rajidae (10), Macrouridae (7), Serranidae
(7), Dalatiidae (6), Octopodidae (5) e Paralichthyidae (5).
A Figura 2 apresenta a contribuição em peso (kg/km²) dos teleósteos,
elasmobrânquios e cefalópodes nos estratos de profundidade para cada
projeto. Os elasmobrânquios constituíram 66% das densidades médias totais
(kg/km²) no Projeto TALUDE, reduzindo para 14% na década de 2000 durante
o Projeto REVIZEE.
A Figura 3 evidencia a grande redução nas capturas de
Carcharhiniformes (cações) e Squatiniformes (cações-anjo). A ordem
Perciformes teve a maior contribuição em peso e número, tanto no Projeto
TALUDE (23,6%/79,5%) como no Projeto REVIZEE (20,4%/23,7%). Também
no Projeto TALUDE os Carcharhiniformes tiveram grande contribuição em peso
29
no (44,7%) e pouca em número (1,3%). Os cefalópodes da Ordem Teuthida
contribuíram com 15% do peso e 17,4% do número no Projeto REVIZEE.
Entre as famílias, a maior contribuição em peso foi da Triakidae (43%,
Figura 4), durante o Projeto TALUDE, composta essencialmente por
Galeorhinus galeus, espécie de crescimento lento, maturação tardia e baixa
fecundidade, sobrexplotada na década de 1980. Durante o Projeto TALUDE
foram capturados cerca de 900 exemplares, totalizando 7000 kg, enquanto no
Projeto REVIZEE, apenas 4 indivíduos foram capturados. O Ommastrephidae
Illex argentinus, típico de águas mais profundas, foi mais importante durante o
Projeto REVIZEE, sendo o responsável pela contribuição quase total da família
em peso (14%) e número (8%). A família Myctophidae contribuiu com 22% das
capturas em número, formada por peixes de pequeno porte e tipicamente
mesopelágicos, esteve composta essencialmente por Diaphus dumerilii
(+43000 exemplares), uma espécie formadora de densos cardumes sobre a
quebra de plataforma e talude da região (Soares et al., 2005). A família mais
abundante no Projeto TALUDE foi a Carangidae, formada quase que
completamente pelo xixarro Trachurus lathami, de hábito demersal-pelágico e
formador de grandes cardumes sobre a plataforma externa (Saccardo &
Haimovici, 2007).
A Figura 5 mostra a contribuição relativa em peso (kg/km²) das 50
espécies com maior captura em peso no conjunto dos levantamentos dos
Projetos TALUDE e REVIZEE, onde se nota que a maioria das espécies
ocorreu predominantemente em um dos projetos apenas. Das primeiras 17
espécies, 14 são elasmobrânquios, sendo que 9 não ocorreram no Projeto
30
REVIZEE e outras 8 tiveram uma redução de mais de 75%, mesmo com maior
esforço amostral, e melhores tecnologias. Dentre as que não ocorreram no
Projeto REVIZEE estão os tubarões Hexanchus griseus, Carcharias taurus,
Carcharhinus obscurus, C. signatus, C. plumbeus, o cação-bico-doce
Galeorhinus galeus, e a raia Dasyatis say. Ainda entre os elasmobrânquios,
apresentaram grande redução (>75%) nas capturas os cações-anjo Squatina
guggenheim e S. argentina, o cação-bagre Squalus megalops, os caçonetes
Mustelus canis e M. schmitti, Squaliolus laticaudus e as raias Dasyatis say,
Myliobatis freminvillii.
Entre as espécies que aumentaram significativamente sua contribuição
em peso durante o Projeto REVIZEE estão o calamar-argentino Illex
argentinus, a merluza Merluccius hubbsi, a abrótea-de-profundidade Urophycis
mystacea, o peixe-galo-de-profundidade Zenopsis conchifera, o peixe-sapo
Lophius gastrophysus, o sarrão Helicolenus lahillei, as raias do gênero
Atlantoraja e Antigonia capros, somente esta última sem interesse pesqueiro
(Figuras 3 e 4). Além destas espécies citadas, observa-se também um
aumento nas densidades em número de mictofídeos (basicamente Maurolicus
stemahnni e Diaphus dumerilli) e por duas espécies de peixes da família
Acropomatidae, Synagrops spinosus e S. bellus, todas sem valor comercial.
A densidade relativa por estratos de profundidade de cada uma das 40
principais espécies pode variar entre épocas do ano (Figura 6). Muitas delas
ocorrem em maiores densidades em águas mais rasas durante o verão-outono,
como Ariomma bondi, Argentina striata, Thyrsitops lepidopoides, Porichthys
porosissimus, Nemadactylus bergi, Peristedion sp. e Zenopsis conchifera.
31
Outras durante o verão-outono ocorreram em maiores densidades em águas
mais profundas como Diaphus dumerilii, Maurolicus stemahnni, Squalus
megalops, em menor grau Helicolenus lahillei e Synagrops spinosus.
4.2. Diversidade, equitatividade e dominância
As espécies que ocorreram no levantamento de arrasto de fundo foram
classificadas quanto ao hábitat preferencial segundo Bernardes et al., (2005) e
Froese & Pauly (2007) em cinco tipos: bentônicas (37), demersais (89),
pelágicas (10), mesopelágicas (33) e bentopelágicas (53), totalizando 222
espécies classificadas, que foram agrupadas em duas categorias: a primeira de
espécies mais associadas ao fundo, incluindo os dois primeiros tipos, e a
segunda, as mais ligadas à coluna de água, incluindo os três tipos restantes. O
número de espécies de cada categoria foi representado para cada projeto e
estrato de profundidade (Figura 7A-B).
O Projeto REVIZEE apresentou um maior número de espécies devido à
ocorrência de várias espécies de Perciformes (6), Pleuronectiformes (5),
Rajiformes (5), Anguilliformes (4) e Carcharhiniformes, ausentes no Projeto
TALUDE (Tabela 4, Anexo 1). No Projeto REVIZEE, o número de espécies de
hábitos mais pelágicos no estrato mais profundo (400-600m) foi muito maior
que no Projeto TALUDE, devido à ocorrência de diversas espécies meso e
bentopelágicas, principalmente teleósteos das ordens Stomiiformes (11),
Myctophiformes (9) e Gadiformes (8), além de cefalópodes Teuthida (8) e
elasmobrânquios Squaliformes (3).
32
O número total de espécies e exemplares coletados, o número esperado
de espécies, e os índices de equitatividade e diversidade foram calculados para
cada levantamento, épocas do ano, estratos latitudinais e de profundidade
(Tabela 5). A riqueza de espécies, calculada através da Técnica de Rarefação,
foi padronizada para amostras de 30000 indivíduos e mostrou uma menor
riqueza nos levantamentos do Projeto TALUDE, 97 a 105 espécies, contra 118
a 139 espécies nos levantamentos do Projeto REVIZEE. A equitatividade (J’) e
diversidade (H’) também foram maiores durante o Projeto REVIZEE. As áreas
ao norte e ao sul de Conceição (31°40’S) apresentaram valores semelhantes.
Em ambos os projetos, observam-se maiores riquezas no inverno-primavera
em relação ao verão outono (Figura 8A). A riqueza de espécies aumentou
diretamente com a profundidade (Figura 8B), sendo que o estrato mais
profundo (400-600 m), embora compreenda uma pequena área, apresentou a
maior riqueza de espécies e menor equitatividade (Tabela 5 e Figura 8B).
Foram construídas Curvas de Lorenz com as abundâncias acumuladas
em peso (kg/km²) agrupadas nos quatro estratos de profundidade para os
Projetos TALUDE e REVIZEE (Figura 9). As Curvas de Lorenz indicaram que a
dominância foi muito maior durante os levantamentos do TALUDE, e aumentou
com a profundidade, exceto no REVIZEE, onde o estrato de 150-219 m foi o
mais eqüitativo.
33
4.3. Condições ambientais nos levantamentos
As temperaturas de fundo médias e os intervalos de confiança (95%) por
estratos de profundidades nos arrastos realizados em cada levantamento são
apresentadas na Figura 10 e o número de lances por estratos de profundidade
e as massas de água em que ocorreram na Tabela 6. As massas de água dos
lances realizados no Projeto REVIZEE foram identificadas segundo diagramas
TS (Haimovici et al., no prelo) e as massas relativas aos lances do Projeto
TALUDE segundo uma aproximação com valores de temperatura e salinidade,
em alguns casos somente com temperatura. Os lances sem registros de
salinidade do Projeto TALUDE (1987) foram em sua maioria em águas de 10 e
20°C, consideradas como pertencentes a ACAS (45 lances), ou abaixo de 6°C,
e classificadas como AIA (3 lances). Apenas 6 lances ocorreram em
temperaturas entre 6-10°C, e, não sendo possível estabelecer a massa de
água, preferiu-se classificá-las como ACAS-AIA. No Projeto REVIZEE, todos os
81 lances realizados a menos de 400 m tinham águas com características de
ACAS, e abaixo de 400 m, 8 ocorreram em ACAS, 14 em ACAS-AIA, e 10 em
AIA.
Comparando os levantamentos de ambos os períodos, observa-se que
profundidades inferiores a 400 m, em ambas as épocas do ano, as estações de
pesca realizadas sobre a plataforma externa e talude superior tinham água de
fundo com características de Água Central do Atlântico Sul (ACAS). Em
profundidades maiores que 400 m, além da ACAS, ocorreram também a Água
Intermediária Antártica (AIA) e águas de características intermediárias entre
ACAS e AIA. Nota-se que, atipicamente, a Água Antártica Intermediária, não foi
34
registrada no inverno-primavera de 1986, quando a temperatura de fundo foi
cerca de 2 a 2,5°C acima das registradas na mesma época em 2001 (Figura
10). No verão-outono de 1987 as temperaturas de fundo foram muito mais
baixas em relação aos outros levantamentos (Figura 10).
4.4. Relação com variáveis ambientais
A distribuição de espécies de ambientes demersais freqüentemente se
estrutura em função de variáveis temporais e/ou espaciais. Em busca destas
relações, a análise de similaridade ANOSIM foi utilizada para testar a hipótese
nula de similaridade entre as composições de espécies entre os lances de cada
período agrupados por estratos latitudinais (sul e norte de Conceição, 31°40’S-
latitude que divide a área de estudo aproximadamente na metade), épocas do
ano (inverno-primavera e verão-outono), a combinação de latitudes e épocas, e
por estratos de profundidade (100-149, 150-219, 220-399 e 400-600 m). Em
ambos os períodos os resultados não evidenciaram diferenças entre épocas,
latitudes e a combinação de ambas, mas sim entre os estratos de profundidade
(Tabela 7).
Os resultados da análise com o BIO-ENV mostraram que as matrizes de
densidades das espécies foram correlacionadas com a profundidade
(Spearman, ρ=0,688 para 1986-1987 e ρ=0,761 para 2001-2002, p=0,0001),
temperatura (Spearman, ρ=0,617 para 1986-1987 e ρ=0,761 para 2001-2002,
p=0,0001) e a combinação de ambas (Spearman, ρ=0,674 para 1986-1987 e
ρ=0,778 para 2001-2002, p=0,0001), mas não com a latitude em ambos os
35
levantamentos (Tabelas 8 e 9), indicando que a temperatura e profundidade
são fatores importantes na distribuição das espécies. Sendo a temperatura de
fundo e a profundidade na área de estudo estreitamente correlacionadas
(Pearson= 0,94, p<0,05), não é possível inferir qual delas desempenha o papel
mais importante na distribuição das espécies.
4.5. Assembléias
4.5.1. Identificação
Os dendogramas resultantes da análise de agrupamentos por épocas do
ano e períodos são apresentados nas Figuras 11, 12, 13 e 14, para 1986,
1987, 2001 e 2002, respectivamente. Junto aos dendogramas foram incluídas
as profundidades dos lances e os estratos correspondentes, temperatura de
fundo, massa de água, latitude em graus e a área correspondente a cada
lance.
Em todos os levantamentos foram identificados três agrupamentos
principais, identificados pelas letras a, b, e c, e associados a profundidades
crescentes. Em todos os levantamentos, observou-se que os lances
pertencentes aos três grupos principais tiveram uma distribuição consistente
com a profundidade: os indicados com a letra a ocorreram na plataforma
externa; com b em profundidades intermediárias; e com c no talude superior.
Um ou dois grupos adicionais, identificados pelas letras d e e, foram
encontrados, sendo formados por um ou dois lances "outliers" com espécies
36
típicas de fundos duros e/ou praticamente monoespecíficas com densidades
muito elevadas. Essas comunidades de fundos consolidados fazem parte da
fauna local, sendo geralmente evitados nos arrastos de fundo por causa dos
danos causados às redes, sendo melhor amostrados com espinhéis de fundo.
Análises de escalonamento multidimensional (MDS) foram elaboradas
com os mesmos dados e representadas em espaços bidimensionais para os
quatro levantamentos, nas Figuras 15 e 16 com a identificação dos lances e
estratos de profundidade e os diagramas girados para apresentar os lances
mais rasos à esquerda, e nas Figuras 17 e 18 com os agrupamentos
identificados nas análises de classificação. De acordo com as características
de cada grupo, os três agrupamentos principais foram assim designados: a:
assembléia de plataforma externa, b: assembléia intermediária, e c:
assembléia de talude superior.
A distribuição espacial das assembléias mostrou uma consistente
relação com a profundidade, representando de certa forma as regiões de
plataforma externa, uma área intermediária (que inclui a quebra de plataforma)
e o talude superior, podendo ser observada nas Figuras 19, 20, 21 e 22, para
os anos de 1986, 1987, 2001 e 2002, respectivamente.
Para testar a hipótese nula de que, para uma época, não ocorreram
mudanças na estrutura das espécies entre as assembléias definidas nas
análises de agrupamento, e também para testar que, dentro das assembléias,
não ocorreram mudanças na estrutura das comunidades entre épocas, foram
utilizadas análises de similaridade ANOSIM para cada um dos Projetos
independentemente (Tabela 10).
37
4.5.2. Comparação entre Projetos
Utilizando uma matriz conjunta de 53 espécies dos Projetos TALUDE e
REVIZEE, o ANOSIM também foi utilizado para comparar as assembléias
correspondentes entre os dois Projetos para a mesma época do ano. Foram
encontradas diferenças significativas entre as assembléias de plataforma
externa, intermediárias e do talude superior (Tabela 11).
As densidades médias (kg/km²) dos lances das três assembléias foram
calculadas para os dois Projetos (Tabela 12), observando-se uma grande
redução nas assembléias de plataforma externa, mesmo com o maior esforço e
melhores tecnologias utilizadas no Projeto REVIZEE.
4.5.3. Composição de espécies
As densidades em num/km² das espécies selecionadas nas três
principais assembléias para cada Projeto são apresentadas nas Tabelas 13 e
14. Nas assembléias de plataforma externa, somente Trichiurus lepturus esteve
entre as espécies de maior densidade nos quatro levantamentos, e Trachurus
lathami, Mullus argentinae e Loligo sanpaulensis nos levantamentos de
inverno-primavera. Nas assembléias intermediárias, Zenopsis conchifera,
Synagrops spinosus, Merluccius hubbsi e Polymixia lowei estiveram sempre
entre as de maior densidade, enquanto Illex argentinus e Helicolenus lahillei
apenas nos levantamentos de verão-outono. Nas assembléias de talude, Illex
argentinus, Helicolenus lahillei, Caelorinchus marinii e Malacocephalus
occidentalis estiveram entre as de maior densidade nos quatro levantamentos.
38
As contribuições percentuais em termos de densidade média de cada
uma das espécies nas três assembléias principais em cada levantamento são
apresentadas nas Figuras 23 e 24. A maioria das espécies ocorreu em mais
de uma assembléia, entretanto, a maioria foi importante em apenas um dos
agrupamentos. Por exemplo, 11 das 12 espécies do extremo superior da
Figura 24, tiveram mais de 90% de densidade média em peso na assembléia
de plataforma, e a maioria das espécies do extremo inferior ocorreu quase que
somente na assembléia de talude.
O procedimento de análise da similaridade percentual SIMPER (Primer)
foi utilizado para calcular as contribuições de cada espécie para a similaridade
dos lances dentro das assembléias, e para as dissimilaridades entre as
assembléias ou épocas.
As contribuições das principais espécies para as similaridades dentro de
cada assembléia do Projeto TALUDE são apresentadas na Tabela 15; as
contribuições para as dissimilaridades entre as assembléias na mesma época
são apresentadas na Tabela 17; e para as dissimilaridades nas mesmas
assembléias entre épocas na Tabela 19. Para o Projeto REVIZEE, as
contribuições das espécies são apresentadas nas Tabelas 16, 18 e 20, da
mesma forma que para o Projeto TALUDE. Nas Tabelas 15 e 16, as espécies
"características" são destacadas, e nas Tabelas 17, 18, 19 e 20 as espécies
"discriminantes" são destacadas.
Uma síntese das três principais assembléias identificadas, contendo
intervalos e médias de temperaturas e profundidades de fundo onde foram
encontradas e suas espécies "características" e "discriminantes" em cada
39
levantamento é apresentada na Tabela 21. No Projeto TALUDE destacaram-se
como espécies "características" a trilha Mullus argentinae, na assembléia de
plataforma externa durante o inverno-primavera (ip). Na assembléia
intermediária, a barbuda Polymixia lowei, a merluza Merluccius hubbsi,
Synagrops spinosus, o peixe-galo-de-profundidade Zenopsis conchifera (ip) e o
calamar-argentino Illex argentinus (vo). Na assembléia de talude superior, Illex
argentinus e o sarrão Helicolenus lahillei foram características em ambas as
épocas.
No Projeto REVIZEE, a trilha Mullus argentinae, Paralichthys isosceles
(ip) e Prionotus nudigula (vo) foram "características" da assembléia de
plataforma externa; na assembléia intermediária, Zenopsis conchifera,
Synagrops spinosus (ip) Merluccius hubbsi (vo) e Illex argentinus (vo); na
assembléia de talude superior foram espécies "características" os Macrouridae
Caelorinchus marinii e Malacocephalus occidentalis (vo), além de Merluccius
hubbsi e Illex argentinus (vo).
As contribuições das principais ordens de peixes e cefalópodes para as
densidades em peso (kg/km²) das assembléias de plataforma externa,
intermediária e talude superior para cada projeto são apresentadas na Figura
25, onde fica ilustrada a maior equitatividade encontrada durante o Projeto
REVIZEE entre os táxons, tanto em peso como em número. Os
Carcharhiniformes foram dominantes nas três assembléias durante os
levantamentos do Projeto TALUDE, tendo uma contribuição insignificante
durante os levantamentos do REVIZEE, o mesmo ocorrendo para os cações-
anjo Squatiniformes e os hexanchiformes na assembléia do talude. A
40
contribuição dos Perciformes se manteve no mesmo patamar na assembléia de
plataforma entre períodos. Aumentaram expressivamente as densidades em
peso dos Zeiformes (basicamente Antigonia capros e Zenopsis conchifera),
Teuthida (Illex argentinus) e Gadiformes (Urophycis mystacea e Merluccius
hubbsi) nas assembléias do talude superior nos levantamentos do REVIZEE.
A riqueza de espécies, calculada através da Técnica de Rarefação, foi
calculada para as diferentes assembléias identificadas no conjunto dos quatro
levantamentos dos projetos para (Figura 26). Para comparar a equitatividade e
dominância entre as assembléias foram construídas Curvas de Lorenz para
cada Projeto separadamente (Figura 27).
4.5.4. Caracterização ambiental
Para as três principais assembléias foram calculadas as médias e desvio
padrão das profundidades e temperaturas de fundo nos diferentes
levantamentos (Figura 28 e Tabela 22).
41
5. DISCUSSÃO
Na análise dos resultados sobre as mudanças da composição faunística
que forma parte da comunidade nectônica da plataforma externa e talude
superior do Sul do Brasil com o ambiente e suas mudanças ao longo do tempo,
cabem certas considerações sobre as dificuldades de comparações entre
interpretação dos resultados devido às diferenças entre ambos os projetos tais
como: (1) a rede utilizada no REVIZEE tinha maior abertura horizontal e vertical
que a do TALUDE, determinado maior captura e redução do escape; (2) o
recolhimento mais rápido da rede, devido a maior potência dos guinchos
utilizados e tralha inferior mais leve, sem roletes de metal, contribuiu à captura
de espécies pelágicas na subida da rede; (3) a experiência adquirida na
localização de áreas adequadas para arrasto, o posicionamento por satélite e a
maior potência dos guinchos possibilitou uma distribuição mais uniforme dos
lances e um maior número de lances por dia no mar no Projeto REVIZEE em
relação ao Projeto TALUDE, permitindo um maior esforço amostral. Portanto,
as comparações entre projetos devem ser interpretadas tendo em mente as
ressalvas acima, e valorizadas as observações que indicam padrões comuns
entre ambos.
42
5.1. Diversidade
O número de espécies foi muito maior nos levantamentos do Projeto
REVIZEE, e pode ser relacionado ao maior número de lances realizado nesse
projeto. Das 199 espécies de peixes e cefalópodes capturadas no Projeto
REVIZEE, 83 ocorreram exclusivamente neste projeto, 11 cefalópodes, 12
elasmobrânquios e 60 teleósteos, sendo 37 mais associadas ao fundo e 46 à
coluna de água. Do total de 139 espécies de peixes e cefalópodes capturadas
no Projeto TALUDE, 25 ocorreram exclusivamente neste projeto, 2
cefalópodes, 9 elasmobrânquios e 14 teleósteos, sendo 16 associadas ao
fundo e 9 à coluna de água. O maior número de espécies associadas à coluna
de água capturado está relacionado ao guincho mais rápido e a rede mais leve
utilizada no Projeto REVIZEE (Vooren, 1991, Haimovici et al, no prelo), que
continuou amostrando toda a coluna de água durante o içamento, causando
um grande aumento no número de espécies de hábitos mais pelágicos,
principalmente entre 400 e 600 m (Figura 7A-B). A captura de peixes pelágicos
no procedimento de subida em redes de arrasto-de-fundo desprovidas de
sistema de fechamento é bastante comum, chegando a ser utilizada por Braga
et al. (2007) para analisar as assembléias de peixes epi- e mesopelágicos da
Região Central da costa brasileira entre 11°S e 22°S.
Em relação às espécies demersais e bentônicas, em ambos os projetos
ocorreu uma redução no número de espécies em direção a áreas mais
profundas, e o inverso para as associadas à coluna de água apenas para o
REVIZEE (Figura 7A-B). Lembrando que o número de lances foi semelhante
nos quatro estratos de profundidade, surge a dúvida se essas tendências no
43
número de espécies representam tendências reais ou são relacionadas a outro
fator amostral.
Vários trabalhos mostram que o número de espécies pode ser
relacionado ao tamanho da área amostrada (MacArthur & Wilson, 1976; Short,
1979; Plotkin et al. 2000; Schoereder et al. 2004). Plotkin et al. (2000),
utilizando o maior banco de dados de espécies mapeadas geograficamente,
concluem que, apesar da complexidade e diversidade de diferentes
ecossistemas, a diversidade de espécies é proporcional à área elevada a um
expoente, que em geral é aproximadamente 1/4. Sendo assim, o número de
espécies associadas ao fundo pode ser diretamente relacionado à área
ocupada por cada um dos estratos de profundidade (Figura 7C).
Essa relação não tem o mesmo teor para as espécies pelágicas, onde
um fator que passa a ser muito importante é a altura da coluna de água, pois
locais rasos não são apropriados para espécies meso e bentopelágicas (e.g.
Myctophiformes e Stomiiformes) por impedir os importantes ciclos de migração
vertical (Santos, 2003). Em uma revisão sobre diversidade pelágica, Pierrot-Bults
(2003) mostrou que o número de espécies pelágicas aumenta com a profundidade
e distância da costa. De forma semelhante, o número de espécies associadas à
coluna de água pode então ser relacionado à altura da coluna de água (Figura
7D).
Em direção ao mar aberto, a área do estrato amostrado e o número de
espécies de fundo diminuiu, e a coluna de água amostrada e o número de
espécies mais pelágicas aumentou. Claro que esta é uma relação simplista que
serve para demonstrar a relação do número de espécies e área amostrada
44
para organismos de fundo, e número de espécies e altura da coluna de água
para organismos pelágicos. Inúmeros fatores ambientais como o tempo de
permanência das massas de água, a maturidade do ambiente, a
heterogeneidade de hábitats e de fundos, e fatores biológicos como as
relações com competidores, predadores, grau de endemismo, tamanho e
variabilidade genética das populações, e suas interações, também são
responsáveis pelo número de espécies em uma área ou local.
5.2. Assembléias
Todos os resultados das análises de similaridade ANOSIM, comparando
agrupamentos de diferentes faixas de profundidades (a vs b, a vs c, b vs c),
tanto na mesma como em diferentes épocas do ano, mostraram diferenças
altamente significativas, indicando que as assembléias identificadas são bem
definidas e estatisticamente diferentes (Tabela 10). No entanto, estes
resultados têm de ser interpretados com cautela porque segundo Clarke &
Gorley (2006), a utilização do ANOSIM para comparar grupos definidos a
posteriori (com alguma análise estatística, como a análise de agrupamentos)
pode se tornar redundante.
Por outro lado, talvez ainda mais importantes sejam os resultados das
comparações entre agrupamentos característicos das mesmas faixas de
profundidades (a vs a, b vs b, c vs c), que mostraram homogeneidade ou não
evidenciaram diferenças estatisticamente significativas entre as duas épocas
do ano (Tabela 10). Isso indica que as diferenças sazonais não são tão
45
conspícuas nas assembléias, embora sejam notáveis em algumas espécies
que as constituem.
5.2.1. Mudanças entre períodos (1986-1987 vs 2001-2002)
As diferenças significativas identificadas pelo ANOSIM entre as décadas
de 1980 e 2000 ao comparar assembléias das mesmas faixas de
profundidades e épocas do ano, (Tabela 11), em parte podem ser devidas às
diferenças na metodologia de coleta de dados mencionadas no início da
discussão, no entanto, também podem refletir mudanças reais na estrutura das
comunidades (densidades e/ou composição das espécies) já que são
consistentes com os impactos da pesca em diferentes faixas de profundidade.
A identificação das espécies "características" de cada assembléia é
importante para saber quais as principais espécies capturadas nas pescarias
que atuam sobre cada assembléia, em cada época do ano, e potencialmente
mais impactadas. A identificação de espécies co-ocorrentes numa determinada
assembléia também pode ser utilizada com propósitos de manejo pesqueiro,
tanto de espécies-alvo como de espécies descartadas, além de poder ser
usada para monitorar mudanças na composição destas espécies ao longo do
tempo. Por outro lado, a partir da identificação de uma espécie "discriminante"
em uma determinada amostra (tanto de pesca comercial como de pesquisa),
podemos identificar sobre qual assembléia foi realizada a captura, pois elas
ocorreram com grandes densidades e freqüência em uma assembléia apenas.
46
A definição de espécies "características" ou "discriminantes" é sempre
baseada em critérios arbitrários, diferindo para cada trabalho/autor e de acordo
com os objetivos propostos. Observa-se que as assembléias de plataforma
externa apresentaram grandes variações na composição de espécies
"características" e "discriminantes", ao comparar os Projetos TALUDE e
REVIZEE, enquanto as assembléias intermediárias e de talude superior
apresentaram menores alterações (Tabela 21). Em outras palavras: a
assembléia mais rasa sofreu as maiores alterações e as mais profundas foram
as mais estáveis em relação à composição das espécies "características" e
"discriminantes" entre os dois períodos.
As maiores alterações na composição das espécies "características" e
"discriminantes" ocorreram na região de plataforma externa, que foi mais
impactada pela pesca nas últimas décadas do que as regiões de quebra de
plataforma e de talude superior, que até o início da década de 2000 tinha sido
pouco impactada pela pesca de arrasto (Cergole et al., 2003). O elevado
impacto da pesca que vem ocorrendo há décadas, principalmente sobre a
região de plataforma provavelmente foi a causa da grande alteração na
composição das espécies "características" nas assembléias de plataforma
externa. O menor esforço realizado sobre áreas mais profundas até o REVIZEE
possivelmente ainda não havia provocado alterações tão profundas na
composição de espécies "características" nas assembléias intermediárias e de
talude superior. Isso pode ser também observado nas mudanças nas
densidades médias capturadas em ambos os Projetos: em relação aos estratos
de profundidade se observa uma grande redução nos estratos mais rasos e
47
pouca alteração nos estratos mais profundos (Figura 2). Em relação às
assembléias, mesmo com maior esforço amostral e melhores tecnologias
durante o REVIZEE, as densidades médias capturadas nas assembléias de
plataforma externa foram reduzidas praticamente a metade durante esse
Projeto, enquanto houve um aumento nas assembléias intermediárias e de
talude superior (Tabela 12).
5.3. Redução nas biomassas de grandes predadores
A redução marcante na participação de elasmobrânquios fica evidente
nas Figuras 2 a 5, sendo decorrente da intensa pesca ocorrida desde a
década de 1970 (Haimovici, 1998; Miranda & Vooren, 2003; Vooren & Klippel,
2005; Haimovici et al., 2006a). Apesar das ressalvas apresentadas em relação
à comparabilidade dos dados entre projetos, a redução drástica nas capturas
de elasmobrânquios e alguns teleósteos de crescimento lento, maturação
tardia e grande porte parece ser devida a uma diminuição real na densidade
destes organismos. A redução ou depleção causada pela pesca no Sul do
Brasil está documentada em diversos trabalhos, tanto para diversas espécies
de elasmobrânquios (Vooren et al., 1988; Haimovici et al., 1997; Vooren et al.,
1997; Miranda & Vooren, 2003; Vooren & Klippel, 2005; Haimovici et al., 2007)
como para o cherne-poveiro Polyprion americanus (Peres & Haimovici, 1998;
Haimovici & Peres, 2005).
Dentre as espécies com grande redução na captura na década de 2000,
não explicada por diferenças na seletividade e efeito da pesca, encontram-se a
48
cavalinha Scomber japonicus, que apresenta grandes variações interanuais na
biomassa no litoral do Rio Grande do Sul (Castello, 1997) e Ariomma bondi, um
pequeno peixe cujos juvenis são epipelágicos e adultos batipelágicos e que se
alimenta de plâncton gelatinoso (Martins, 2000). Grandes oscilações anuais na
abundância e distribuição de uma espécie congênere, Ariomma melanum no
Golfo do México, foram encontradas por Lamkin (1997) (Figura 5).
Em contraste a estes exemplos, houve espécies cujas capturas
aumentaram consideravelmente no REVIZEE. Notadamente as maiores
capturas do calamar-argentino Illex argentinus, em 2001-2002, devem ser
atribuídas a fatores alheios à pesca, já que esta é uma espécie semelpárea
cujos estoques apresentam biomassas interanuais altamente variáveis (Csirke
1987; Haimovici et al., 2006b).
As maiores capturas de algumas espécies, como da merluza Merluccius
hubbsi e da abrótea-de-profundidade Urophycis mystacea no projeto REVIZEE,
podem estar relacionadas: 1) à maior eficiência da rede e equipamentos
utilizados; 2) ao maior esforço realizado sobre a quebra de plataforma e talude
superior; 3) a aumentos reais nas abundâncias.
O aumento nas biomassas de merluza e abrótea-de-profundidade
parece que de fato aconteceu, já que nos últimos anos estas espécies se
tornaram alvo permanente da pesca de arrasto-de-profundidade (Perez et al.,
2001; Perez et al., 2003; Haimovici et al. 2005; Perez & Pezzuto, 2006).
Como a remoção de predadores pode diminuir a mortalidade de algumas
espécies ou criar oportunidades adicionais de alimentação para outras (Pauly,
49
1979; Koranteng, 2001; Dayton, et al., 2002; Frank, et al., 2005). a maior
abundância da abrótea-de-profundidade Urophycis mystacea, pode ainda estar
relacionada à depleção de grandes predadores de fundo, como o cherne-
poveiro, o cação-bico-doce Galeorhinus galeus, os cações-anjo Squatina spp, o
cação-bruxa Hexanchus griseus, e outros elasmobrânquios. Isso pode em
parte ser válido também para a o aumento da biomassa de merluza, sarrão
Helicolenus lahillei e calamar-argentino, que junto a abrótea de profundidade
são as principais presas do cherne-poveiro (Martins, 2000; Peres & Haimovici,
2003), cações-anjo (Vögler, et al., 2003), e incluindo na lista o peixe-sapo,
também são presas do cação-bruxa (Soto, 2001; Compagno, 1984).
Nos levantamentos da década de 1980, o cherne-poveiro foi capturado
nas três assembléias (entre 120-450m, 56 exemplares, peso médio 10,2kg),
enquanto no REVIZEE apenas na assembléia de plataforma (entre 104-156 m,
6 exemplares, peso médio 2,7kg). Peres (2001) afirma que os juvenis de
cherne-poveiro ocorrem principalmente na plataforma externa ao sul de Rio
Grande. Embora o arrasto de fundo não seja adequado à captura da espécie,
principalmente dos adultos, a drástica diminuição nas capturas indica que se
trata de uma redução real na biomassa da espécie, principalmente dos
exemplares mais velhos, alvo de pescarias de linha e espinhéis de fundo desde
a década de 1970 (Haimovici & Peres, 2005).
Quase sempre existe mais de uma espécie desempenhando papéis
semelhantes no mesmo hábitat, a chamada diversidade funcional (Halpern et
al., 2006; Resetarits & Chalcraft, 2007), e a depleção de alguma pode levar ao
aumento na abundância de outras.
50
Pode ser o caso do peixe-sapo, predador de espreita cuja abundância
pode ter aumentado no início da década de 2000 como conseqüência tanto da
redução da sua predação por outras espécies, como pelo aumento na
disponibilidade de suas principais presas: o calamar-argentino, a merluza e a
abrótea-de-profundidade (Muto et al., 2005), e até mesmo pela redução na
competição por estas presas com outros predadores-topo. O aumento na
pesca de arrasto e de emalhe por parte de embarcações nacionais e
arrendadas, em parte dirigidas à espécie, levou à sobrexplotação e declínio das
pescarias (Perez et al., 2003), hoje com desembarques controlados.
A preservação dos exemplares maiores e mais velhos de espécies mais
vulneráveis como o peixe-sapo e o cherne-poveiro, de grande porte, longevas,
e maturação tardia, se faz necessária, porque os exemplares maiores têm uma
relação quase exponencial da fecundidade em relação ao tamanho (Haimovici
et al., 2002; Peres & Klippel, 2003).
5.3.1. Relação com condições oceanográficas atípicas durante El Niño
As temperaturas de fundo registradas no inverno-primavera de 1986 em
profundidades maiores que 400 m foram cerca de 1,5ºC a 2ºC acima de anos
anteriores (Castello, 1991) e também das registradas em 2001 e 2002. Por
outro lado, durante o verão-outono de 1987, as temperaturas fundo em
profundidades maiores que 400 m estavam cerca de 3-4°C menores que as
encontradas em 2001-2002 (Figura 10), período em que todas as assembléias
foram encontradas em águas mais profundas (Figura 28). As profundidades
51
dos lances que caracterizaram as assembléias diferiram entre 1987 e 2001,
tanto na assembléia de plataforma externa (Kruskal-Wallis Z’=3,033350,
p=0,0145) como na intermediária (Kruskal-Wallis Z’=3,436498, p=0,0035). A
assembléia de talude superior apresentou diferenças significativas nas
temperaturas de fundo entre 1986-1987 (Kruskal-Wallis Z’=2,923620,
p=0,0207) e 1987-2001 (Kruskal-Wallis Z’=3,1978, p= 0,0083).
Cabe ressaltar que os levantamentos do Projeto TALUDE (1986-1987)
ocorreram durante um evento “El Niño” moderado, no qual altas taxas de
precipitação e grande aporte continental provocaram uma redução da
salinidade em águas sobre a plataforma (Ciotti et al., 1996; Lima et al., 1995
Severov et al., 2004). Vários trabalhos evidenciam que as anomalias de
circulação atmosférica sobre o Pacífico influenciam diretamente a TSM do
Atlântico Sul, principalmente próximo à latitude de 30°S (Diaz et al., 1998;
Robertson e Mechoso, 1998; Robertson e Mechoso, 2000; Lentini et al., 2001;
Garcia et al., 2004; Severov et al., 2004).Lentini et al. (2001) analisando a
temperatura da superfície do mar (TSM) encontraram anomalias quentes
direcionadas ao sul durante o período em que ocorreram os levantamentos de
inverno-primavera de 1986 e anomalias frias direcionadas ao norte durante os
levantamentos de verão-outono de 1987, coincidindo com as temperaturas
atípicas encontradas em profundidades maiores de 400m nos levantamentos
do TALUDE. Utilizando diferentes fontes de dados, Severov et al. (2004)
observaram que em anos de El Niño ocorreu um aumento na TSM sobre águas
quentes da Corrente do Brasil e redução na TSM sobre a Corrente das
Malvinas. Um maior aporte de águas de origem antártica durante o inverno-
52
primavera de 1987, ou uma intrusão mais para o norte de águas mais frias
poderia ter sido responsável pelas baixas temperaturas encontradas sobre o
talude da Região Sul. Devido à falta de dados consistentes de salinidade que
pudessem ser utilizados para construir diagramas TS e identificar precisamente
as massas de água, pouco se pode inferir ou especular sobre o que realmente
ocorreu nesta profundidade.
5.3.2. Influência de fatores ambientais na estrutura e dinâmica das
assembléias
Muitos trabalhos têm mostrado que a distribuição das assembléias de
espécies demersais está correlacionada com uma ou mais variáveis
ambientais, como temperatura da água, profundidade, latitude, salinidade, tipo
de fundo, concentração de O
2,
etc, (Bianchi, 1991; Smale, et al., 1993;
Haimovici et al., 1994; Martins, 2000; Beentjes et al., 2002; Massutí & Moranta,
2003; Jaureguizar et al., 2004; Abad, et al., 2007). Os resultados das análises
com o BIO-ENV indicaram uma elevada correlação da temperatura e
profundidade de fundo com a matriz de densidades das espécies.
As assembléias de plataforma externa, intermediária e de talude superior
apresentaram temperaturas e profundidades de fundo distintas, com pouca
sobreposição (Figura 28). Nota-se que em relação a essas variáveis, a
assembléia intermediária apresenta maior semelhança com a assembléia de
plataforma externa do que à de talude, principalmente nos períodos de inverno-
primavera (Figura 28-B).
53
Em relação à temperatura e profundidade de fundo, as assembléias
mostraram pouca variação entre anos. Exceção ocorreu durante o El Niño de
verão-outono de 1987 em profundidades maiores de 300 m, quando ocorreram
temperaturas muito baixas e as assembléias foram encontradas em águas
mais profundas que os demais anos (Figuras 10 e 28).
As assembléias apresentaram o mesmo padrão de deslocamento em
ambos os períodos: durante o inverno-primavera para águas mais rasas, e no
verão-outono em direção a águas mais profundas. Isso pode ser observado na
Figura 28 através das temperaturas e profundidades médias das assembléias
em cada época. Esse deslocamento também pode ser observado
espacialmente, comparando as posições dos lances do Projeto REVIZEE nas
duas épocas, realizados nos mesmos locais, onde nota-se que as assembléias
se encontram em águas mais rasas no inverno-primavera, e em águas mais
profundas no verão-outono (Figuras 21 e 22). Possivelmente durante o
inverno-primavera as espécies se deslocam para águas mais rasas para evitar
temperaturas extremas e aproveitar a maior disponibilidade de alimento,
coincidindo com épocas de ressurgências e picos de produtividade primária na
região, que são ainda maximizados em anos de “El Niño” (Ciotti et al., 1995;
Odebrecht & Garcia, 1998; Garcia et al., 2004).
O fato da profundidade e temperatura de fundo serem os principais
fatores na estruturação da composição das espécies, e também os
deslocamentos apresentados pelas assembléias frente a alterações na
temperatura, reforçam a idéia de que estas variáveis tenham forte influência na
estrutura e na dinâmica das assembléias demersais com um todo. Contudo,
54
outras variáveis ambientais além das interações interespecíficas (e.g.
predação, competição) não podem ser excluídas como forças estruturais das
assembléias demersais.
5.3.3. Sazonalidade nas assembléias
Um detalhe que notamos facilmente nas Figuras 23 e 24 é que a área
ocupada na figura pelas espécies que compõe a assembléia de plataforma
externa aumenta sensivelmente no verão em ambos os períodos, com uma
notável redução na assembléia intermediária e uma relativa estabilidade na de
talude superior. Isso indica que uma parte das espécies da assembléia de
plataforma externa aumentou sua proporção na composição do grupo em
relação às outras durante o verão, e/ou que as espécies da assembléia
intermediária aumentaram sua composição na assembléia de plataforma
externa (deslocamento/ migração reprodutiva e/ou alimentar). Observando as
densidades das espécies nas Tabelas 13 e 14 observamos que as duas
hipóteses podem co-ocorrem. Além disso, ainda pode ocorrer uma maior
“mistura” entre as assembléias de plataforma externa e intermediária durante a
época de inverno-primavera, pois elas apresentam maior sobreposição
ambiental (Figura 28).
As migrações sazonais de juvenis de peixes e cefalópodes da costa para
águas adjacentes, além de deslocamentos de adultos para áreas de desova
produzem mudanças temporais na estrutura das comunidades (Claridge et al.,
1986; Potter et al., 1986; Martins 2000). Observando as densidades das
55
espécies nas assembléias, vemos que várias espécies aumentaram sua
ocorrência na assembléia de plataforma externa durante o período de verão-
outono, em ambas as décadas. Isso se deve em parte a movimentos
migratórios alimentares e/ou reprodutivos de diversas espécies, podendo
ocorrer de forma diferencial até dentro da mesma espécie entre grupos de
idades distintas (ontogenia), em geral os juvenis mais no raso e os adultos em
águas mais profundas. Por exemplo: Illex argentinus e Zenopsis conchifera
aumentaram na assembléia de plataforma externa durante ambos os verões
porque ocorreram recrutamentos dos juvenis em águas mais costeiras
(Haimovici et al., no prelo).
Dentre as espécies que compõem as assembléias, diversas realizam
migrações sazonais entre latitudes ou profundidades. Entre as espécies que se
deslocam de áreas de alimentação provenientes do Uruguai e Argentina e que
reproduzem na Região Sul, chamadas migrantes de inverno-primavera,
incluem-se: Umbrina canosai (Gonzalez-Alberdi & Nani 1967, Haimovici, 1997);
Merluccius hubbsi, Cynoscion guatucupa (Haimovici et al., 1997); Scomber
japonicus (Castello & Cousseau, 1976; Castello, 1997: 140); Illex argentinus
(Haimovici et al., 2006b); Galeorhinus galeus e Mustelus schmitti, Mustelus
canis, Carcharias taurus, Squalus megalops, S. mitsukurii (Vooren, 1997)
(Figuras 23 e 24). Entre as espécies que realizam migração sazonal
reprodutiva/ alimentar entre profundidades (ocorrem em águas mais profundas
no inverno-primavera e se deslocam para águas mais rasas entre o fim de
primavera e o início do verão), incluem-se Squatina guggenheim (Silva, 1996;
Vooren & Klippel, 2005:66-67) e Galeorhinus galeus (somente 1/3 das fêmeas),
56
S. punctata, Mustelus fasciatus, M. schmitti e Rhinobatos horkelii (Vooren,
1997; Cousseau & Perrota, 1998), Trichiurus lepturus (Martins & Haimovici,
1997), Merluccius hubbsi (Cousseau & Perrota, 1998) (Figuras 6, 23 e 24).
Algumas espécies apresentaram um padrão inverso, se deslocando para águas
mais profundas e frias durante o verão, entre elas os mictofídeos Diaphus
dumerilli e Maurolicus stemahnni, formadores de densos cardumes sobre a
quebra de plataforma e talude da região (Soares et al., 2005).
Essas alterações na distribuição das espécies indicam que existe certa
dinâmica nos componentes das assembléias, quali e quantitativas, mas não
modificando suas características principais, nem impedindo de serem
identificadas em diferentes épocas. A persistência temporal das assembléias,
ou seja, a habilidade de manter certa composição de espécies ao longo do
tempo, é um fator importante para a validade da assembléia, e uma questão
essencial para propósitos de manejo (Tyler et al.,1982).
57
6. CONCLUSÕES
1. A profundidade e temperatura de fundo foram os principais fatores
relacionados à distribuição e abundância das espécies.
2. Em ambos os projetos, a equitatividade em peso das espécies e a
diversidade de peixes e cefalópodes demersais e bentônicos, diminuiu em
direção a águas mais profundas.
3. Análises de agrupamento e de escalonamento multidimensional com base
nas densidades numéricas das principais espécies nos arrastos apresentaram
consistência na identificação de três assembléias que caracterizaram a
plataforma externa, uma faixa intermediária e o talude superior em ambos os
períodos (1986-1987 e 2001-2002) e épocas do ano (inverno-primavera e
verão –outono).
4. Em ambos os períodos, as três assembléias realizaram o mesmo
deslocamento sazonal: no inverno-primavera em direção a águas mais rasas, e
no verão-outono para águas mais profundas.
5. Durante condições atípicas, durante o período de El Niño no verão-outono
de 1987 com redução nas temperaturas de fundo, as assembléias foram
encontradas em águas mais profundas, sugerindo um possível deslocamento.
6. Houve uma considerável alteração na composição e densidade das espécies
entre os períodos, em parte relacionada à sobrepesca de várias espécies
longevas, de crescimento lento e baixa fecundidade, sobretudo os
58
elasmobrânquios. As maiores alterações na composição de espécies
“características” e “discriminantes” entre os períodos ocorreram na assembléia
de plataforma externa, a mais impactada pela pesca.
7. Mesmo sendo direta ou indiretamente afetadas pela pesca intensa, as
análises das assembléias em duas épocas com intervalo de 15 anos, indicaram
um alto grau de persistência espacial e temporal no padrão de agrupamento. A
persistência temporal das assembléias, ou seja, a habilidade de manter a
composição das espécies ao longo do tempo, é um fator importante para a
validade da assembléia, e uma questão essencial para propósitos de manejo. A
identificação de assembléias bem definidas de peixes demersais tem
implicação direta para o monitoramento e manejo de recursos, contribuindo a
formulação de estratégias de manejo ecossistêmicas e multiespecíficas.
8. A caracterização da diversidade nectônica demersal do Sul do Brasil, de
suas mudanças e da composição de espécies das assembléias podem ser
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76
TABELAS
Tabela 1. Número de arrastos de pesca realizados por faixa de profundidade e época
do ano utilizados nas análises de diversidade e associações da plataforma externa e
talude superior do extremo sul do Brasil (28º30´S-34º40´S) nos quatro levantamentos
realizados nos Projetos TALUDE e REVIZEE.
Projeto TALUDE Projeto REVIZEE
Número de lances
inv-pri
1986
ver-out
1987
Total inv-pri
2001
ver-out
2002
Total Total
geral
100-149 m 6 5 11 14 13 27 38
150-219 m 11 8 19 13 13 26 45
220-399 m 9 7 16 15 13 28 44
400-600 m 4 4 8 16 16 32 40
Total 30 24 54 58 55 113 167
77
Tabela 2. Freqüência de ocorrência, percentual em peso e número das espécies
incluídas nas análises de assembléias por faixas de profundidade e épocas do ano
nos arrastos realizados no Projeto TALUDE (1986-1987) no sul do Brasil (28º30´S-
34º40´S).
Número de lances Peso capturado
Número
capturado
100-149 150-219 220-399 400-600 inv-pri ver-out Total inv-pri ver-out inv-pri ver-out
Total 11 19 16 8 30 24 54 11868 3427 43012 27074
Percentagem do total 20% 35% 30% 15% 56% 44% 100% 88,5% 89,7% 87,0% 92,5%
Grupo
Freqüência de Ocorrência (%) % do peso total % do número total
A
tlantoraja cyclophora
55% 53% 25% 40% 33% 37% 0,2% 0,2% 0,1% 0,1%
Galeorhinus galeus
27% 16% 19% 30% 17% 51,8% 1,6%
Mustelus canis
55% 32% 6% 30% 17% 24% 1,3% 0,2% 0,1% 0,0%
Squalus megalops
82% 84% 38% 63% 50% 57% 3,5% 1,3% 1,4% 0,3%
Squatina argentina
18% 37% 38% 33% 21% 28% 4,4% 30,9% 0,1% 0,3%
Elasmobrânquios
Squatina guggenheim
73% 58% 31% 47% 42% 44% 5,2% 3,2% 0,2% 0,1%
ntigonia capros
36% 58% 6% 13% 33% 29% 31% 0,4% 0,9% 0,7% 1,1%
A
rgentina striata
47% 44% 13% 33% 29% 31% 0,0% 0,0% 0,2% 0,6%
A
riomma bondi
27% 74% 38% 43% 42% 43% 4,4% 0,1% 24,1% 0,6%
Bembrops heterurus
18% 47% 31% 13% 37% 25% 31% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Benthodesmus elongatus
16% 25% 63% 30% 13% 22% 0,0% 0,0% 0,3% 0,0%
Caelorinchus marinii
16% 38% 88% 27% 33% 30% 0,1% 0,1% 0,8% 0,1%
Cynoscion guatucupa
45% 5% 13% 8% 11% 2,5% 2,7% 17,5% 5,9%
Genypterus brasiliensis
27% 42% 31% 33% 25% 30% 0,3% 0,2% 0,1% 0,0%
Helicolenus lahillei
16% 63% 100% 40% 38% 39% 0,7% 0,6% 2,5% 0,9%
Malacocephalus occidentalis
21% 19% 75% 23% 25% 24% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0%
Merluccius hubbsi
55% 58% 75% 38% 70% 46% 59% 0,3% 0,6% 0,9% 1,4%
Mullus argentinae
91% 58% 6% 50% 29% 41% 0,5% 0,4% 2,1% 0,9%
Paralichthys isosceles
73% 53% 6% 37% 33% 35% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1%
Polymixia lowei
47% 94% 38% 53% 46% 50% 0,3% 1,3% 2,0% 3,3%
Polyprion americanus
9% 11% 25% 38% 27% 8% 19% 3,6% 2,2% 0,1% 0,0%
Prionotus nudigula
45% 42% 19% 33% 25% 30% 0,0% 0,0% 0,2% 0,1%
Saurida caribbaea
45% 58% 19% 27% 46% 35% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3%
Serranus atrobranchus
9% 42% 6% 17% 21% 19% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Synagrops spinosus
36% 79% 69% 53% 58% 56% 0,0% 0,0% 0,4% 0,3%
Thyrsitops lepidopoides
82% 63% 31% 47% 50% 48% 0,7% 2,3% 1,7% 2,5%
Trachurus lathami
100% 37% 6% 33% 38% 35% 2,5% 17,2% 21,2% 57,4%
Trichiurus lepturus
91% 68% 25% 43% 58% 50% 2,1% 21,0% 1,4% 7,5%
Umbrina canosai
45% 5% 17% 4% 11% 1,3% 1,0% 2,4% 2,9%
Urophycis brasiliensis
45% 16% 13% 17% 15% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Urophycis mystacea
45% 37% 38% 50% 40% 42% 41% 0,6% 1,1% 1,2% 1,4%
X
enolepidichthys dalgleishi
5% 13% 50% 17% 8% 13% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0%
Teleósteos
Zenopsis conchifera
82% 68% 75% 57% 71% 63% 0,6% 1,4% 0,6% 2,0%
A
bralia veranyi
5% 19% 50% 23% 4% 15% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Eledone massyae
64% 11% 13% 20% 21% 20% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Illex argentinus
64% 84% 75% 100% 70% 92% 80% 0,9% 0,5% 1,4% 1,7%
Loligo sanpaulensis
82% 21% 6% 37% 13% 26% 0,0% 0,0% 1,6% 0,5%
Cefalópodes
Semirossia tenera
45% 37% 13% 27% 25% 26% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
78
Tabela 3. Freqüência de ocorrência, percentual em peso e número das espécies incluídas nas
análises de assembléias por faixas de profundidade e épocas do ano nos arrastos realizados
no Projeto REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S).
Número de lances Peso capturado Número capturado
100-149 150-219 220-399 400-600 inv-pri ver-out Total inv-pri ver-out inv-pri ver-out
Lances / capturas totais 27 26 28 32 58 55 113 8639 10654 86311 115163
Percentagem do total 24% 23% 25% 28% 51% 49% 100% 78,6% 93,3% 57,4% 77,2%
Grupo
Freqüência de Ocorrência (%) % peso total % número total
Atlantoraja cyclophora
93% 77% 29% 6% 45% 53% 49% 2,3% 2,0% 0,3% 0,2%
Atlantoraja platana
52% 31% 4% 21% 20% 20% 1,6% 2,2% 0,1% 0,1%
Squalus megalops
74% 73% 29% 36% 47% 42% 1,0% 0,9% 0,2% 0,2%
Elasm.
Squalus mitsukurii
15% 50% 46% 25% 48% 18% 34% 3,3% 0,6% 0,3% 0,0%
Antigonia capros
11% 77% 21% 3% 24% 29% 27% 4,1% 4,5% 1,7% 2,1%
Argentina striata
30% 54% 39% 19% 29% 40% 35% 0,0% 0,1% 0,1% 0,5%
Ariomma bondi
48% 50% 14% 16% 38% 27% 0,1% 0,1% 0,3% 0,4%
Bembrops heterurus
26% 77% 75% 13% 40% 53% 46% 0,1% 0,1% 0,2% 0,2%
Beryx splendens
25% 44% 19% 18% 19% 1,1% 0,5% 0,7% 0,4%
Caelorinchus marinii
12% 68% 100% 50% 45% 48% 1,3% 2,1% 2,5% 3,4%
Chlorophthalmus agassizi
19% 43% 50% 29% 29% 29% 0,1% 0,0% 0,2% 0,1%
Cynoscion guatucupa
59% 8% 17% 15% 16% 0,4% 0,6% 0,7% 0,6%
Genypterus brasiliensis
48% 35% 29% 6% 24% 33% 28% 0,5% 0,5% 0,1% 0,0%
Helicolenus lahillei
11% 58% 79% 100% 64% 64% 64% 4,9% 4,8% 3,0% 2,7%
Lepidopus altifrons
4% 19% 68% 22% 29% 27% 28% 0,1% 0,6% 0,1% 1,2%
Lophius gastrophysus
67% 77% 82% 38% 64% 65% 65% 4,2% 3,4% 0,1% 0,2%
Lucigadus ori
14% 47% 14% 20% 17% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1%
Malacocephalus occidentalis
4% 50% 88% 34% 42% 38% 0,3% 0,4% 0,4% 0,5%
Merluccius hubbsi
67% 92% 96% 100,0% 90% 89% 89% 7,1% 5,8% 4,5% 3,3%
Mullus argentinae
100% 77% 14% 41% 49% 45% 1,3% 1,2% 1,5% 1,1%
Nemadactylus bergi
41% 73% 14% 33% 27% 30% 1,6% 1,5% 0,8% 0,6%
Pagrus pagrus
48% 27% 19% 16% 18% 0,5% 0,3% 0,2% 0,1%
Paralichthys isosceles
89% 35% 7% 33% 29% 31% 1,8% 1,5% 0,7% 0,6%
Paralichthys triocellatus
22% 69% 21% 22% 31% 27% 0,2% 0,3% 0,1% 0,1%
Parasudis truculenta
12% 61% 63% 38% 33% 35% 0,1% 0,1% 0,4% 0,3%
Polymixia lowei
7% 65% 79% 47% 41% 58% 50% 1,8% 2,4% 2,6% 3,6%
Porichthys porosissimus
52% 15% 19% 13% 16% 0,3% 0,1% 0,3% 0,1%
Prionotus nudigula
89% 54% 21% 3% 34% 45% 40% 0,6% 0,8% 0,7% 1,0%
Prionotus punctatus
81% 38% 4% 29% 29% 29% 1,9% 2,3% 0,4% 0,5%
Saurida caribbaea
78% 77% 43% 3% 40% 56% 48% 0,1% 0,1% 1,6% 1,3%
Setarches guentheri
4% 50% 31% 14% 31% 22% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1%
Synagrops bellus
7% 42% 54% 78% 40% 55% 47% 0,7% 0,8% 1,4% 1,4%
Synagrops spinosus
89% 88% 68% 13% 59% 65% 62% 0,6% 0,6% 7,0% 5,9%
Thyrsitops lepidopoides
85% 58% 39% 41% 45% 43% 0,4% 2,3% 0,3% 3,0%
Trachurus lathami
93% 46% 4% 29% 38% 34% 0,5% 3,2% 2,8% 7,5%
Trichiurus lepturus
89% 81% 39% 48% 51% 50% 5,9% 9,3% 1,5% 4,8%
Umbrina canosai
48% 14% 9% 12% 6,8% 0,2% 2,7% 0,2%
Urophycis brasiliensis
81% 31% 4% 22% 33% 27% 0,2% 0,4% 0,1% 0,1%
Urophycis mystacea
67% 58% 89% 91% 78% 76% 77% 6,2% 3,8% 1,7% 1,1%
Xenolepidichthys dalgleishi
4% 46% 41% 22% 25% 24% 0,3% 0,2% 0,5% 0,4%
Teleósteos
Zenopsis conchifera
56% 77% 82% 6% 60% 45% 53% 8,6% 10,5% 2,0% 6,1%
Abralia redfieldi
12% 29% 41% 16% 27% 21% 0,0% 0,0% 0,1% 0,4%
Eledone massyae
78% 31% 7% 26% 29% 27% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Illex argentinus
67% 96% 93% 91% 81% 93% 87% 4,9% 21,1% 2,3% 11,3%
Loligo plei
63% 46% 4% 10% 44% 27% 0,0% 0,8% 0,0% 7,8%
Cefalópodes
Loligo sanpaulensis
89% 46% 4% 36% 29% 33% 0,7% 0,1% 10,4% 1,4%
79
Tabela 4. Número de famílias e espécies por ordens de peixes e cefalópodes nos
arrastos de pesca realizados na plataforma externa e talude superior do extremo sul
do Brasil (28º30´S e 34º40´S) nos Projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-
2002).
1986-1987 2001-2002 Total
Ordem Famílias Espécies Famílias Espécies Famílias Espécies
Carcharhiniformes 3 10 4 8 4 13
Chimaeriformes 1 1 1 1
Hexanchiformes 1 2 1 1 1 2
Lamniformes 1 1 1 1
Rajiformes 5 13 7 17 7 18
Squaliformes 1 4 1 6 1 7
Elasmobrânquios
Squatiniformes 1 3 1 3 1 3
Anguilliformes 3 3 6 8 6 8
Aulopiformes 2 3 3 6 3 6
Batrachoidiformes 1 1 1 1 1 1
Beryciformes 2224 2 4
Clupeiformes 1 1 1 1 1 1
Gadiformes 4 9 5 17 5 17
Gasterosteiformes 1 2 1 3 1 3
Lophiiformes 1 1 2 2 2 2
Myctophiformes 2 5 2 13 2 14
Ophidiiformes 1 2 2 5 2 5
Osmeriformes 1 1 2 2 2 2
Perciformes 21 41 23 41 26 50
Pleuronectiformes 1 4 3 8 3 9
Polymixiiformes 1 1 1 1 1 1
Scorpaeniformes 4 9 3 8 4 10
Stomiiformes 4 4 7 13 7 13
Tetraodontiformes 1 1 2 2 3 3
Teleósteos
Zeiformes 3344 4 4
Octopoda 2 4 1 5 2 6
Sepiolida 1 2 1 3 1 3
Cefal.
Teuthida 4 7 8 14 8 15
Total 73 139 95 197 102 222
80
Tabela 5. Número de espécies e exemplares capturados, número esperado de
espécies para uma amostra padronizada de 30.000 exemplares, Índice de
Equitatividade de Pielou (J’) e Índice de Diversidade de Shannon (H´) calculados para
cada ano, época e estratos latitudinais* e de profundidade para os quatro
levantamentos realizados com redes de arrasto de fundo na plataforma externa e
talude superior do extremo sul do Brasil (28º30´S-34º40´S) nos Projetos TALUDE e
REVIZEE. * Sul e Norte do Farol de Conceição.
Número de
espécies
Número de.
exemplares
ES(30000) J' H'
Levantamento de 1986 115 49614 105 0,52 2,49
Levantamento de 1987 97 29485 97 0,43 1,97
Levantamento de 2001 167 86311 138 0,59 3,04
Levantamento de 2002 154 115164 118 0,61 3,07
Inverno-primavera 186 135925 143 0,62 3,22
Verão-outono 175 144649 128 0,59 3,05
Latitudes 31º40´S – 34º40´S 182 152024 134 0,57 3,01
Latitudes 28º 30´S - 31º40´S 174 128550 128 0,56 2,93
Estrato 100-149 m 106 99170 88 0,49 2,33
Estrato 150-219 m 110 73635 98 0,66 3,10
Estrato 220-399 m 107 56281 96 0,59 2,79
Estrato 400-600 m 123 51487 107 0,44 2,12
Tabela 6. Número de lances realizados por estratos de profundidades e anos em
águas próximas ao fundo com características de correspondentes às massas de água
ACAS: Água Central do Atlântico Sul (salinidade 34,6-36, 6-20°C); AIA: Água
Intermediária Antártica (salinidade <34,6, <6°C); ACAS-AIA: águas de características
intermediárias entre ACAS e AIA (salinidade <34,6, 6-10°C). Em itálico o lance com
temperatura inferior a 10°C.que não pode ser distinguido com certeza entre ACAS e
AIA.
Estrato de profundidade (m) Ano Total
Massa d'água 100-149 150-219 220-399 400-600 1986 1987 2001 2002
ACAS 38 45 44 11 29 20 47 42 138
ACAS-AIA
14 (1)
1
7 7 14 (1)
AIA 14 4 4 6 14
Total 38 45 44 40 30 24 58 55 167
81
Tabela 7. Análise de similaridade (ANOSIM, Primer) entre os lances agrupados por
diferentes épocas do ano, estratos latitudinais e de profundidades (ver Tabela 6) no
sul do Brasil (28º30´S-34º40´S) nos Projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-
2002). N.S: nível de significância da hipótese nula de homogeneidade entre grupos.
Inverno-primavera 1986 e verão-outono 1987 Inverno-primavera 2001 e verão-outono 2002
Teste R estatístico Nível de significância Teste R estatístico Nível de significância
Estratos lat.
0,058
0,042 Estratos lat.
0,087
0,001
Épocas 0,009 0,304 Épocas 0,017 0,097
Áreas-épocas 0,054 0,068 Áreas-épocas
0,065
0,004
Estratos prof. 0,564 0,00001 Estratos prof. 0,708 0,00001
82
Tabela 8. Resultados da análise de correlação iterativa BIOENV (Primer) entre a
matriz ambiental de distância euclidiana e dados abióticos normalizados, e a matriz
biótica de similaridade de Bray-Curtis das densidades (num/km²) logaritmizadas das
espécies selecionadas dos levantamentos do Projeto TALUDE (1986-1987) no sul do
Brasil (28º30´S-34º40´S). Nível de Significância da amostra estatística: 0,0001,
ρ= 0,688.
Projeto TALUDE (1986-1987)
Correlação Variáveis
0,688 Profundidade
0,674 temperatura de fundo; profundidade
0,617 temperatura de fundo
0,615 temperatura de fundo; profundidade; latitude
0,542 profundidade; latitude
0,518 temperatura de fundo; latitude
0,076 latitude
Tabela 9. Resultados da análise de correlação iterativa BIOENV (Primer) entre a
matriz ambiental de distância euclidiana e dados abióticos normalizados, e a matriz
biótica de similaridade de Bray-Curtis das densidades (num/km²) logaritmizadas das
espécies selecionadas dos levantamentos do Projeto REVIZEE (2001-2002) no sul do
Brasil (28º30´S-34º40´S). Nível de Significância da amostra estatística: 0,0001,
ρ= 0,778.
Projeto REVIZEE (2001-2002)
Correlação Variáveis
0,778 temperatura de fundo; profundidade
0,761 profundidade
0,747 temperatura de fundo
0,694 temperatura de fundo; profundidade; latitude
0,578 profundidade; latitude
0,564 temperatura de fundo; latitude
0,087 latitude
83
Tabela 10. Resultados das análises de similaridade (ANOSIM, Primer) entre as três
assembléias identificadas (a: plataforma externa, b: intermediária e c: talude superior)
identificadas nos levantamentos sazonais dos projetos TALUDE
(1986-1987) e
REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil (28°30'S-34°40'S).
Projeto TALUDE Projeto REVIZEE
Inverno-primavera 1986 e verão-outono 1987 Inverno-primavera 2001 e verão-outono 2002
R
estatístico
Nível de
significância
R
estatístico
Nível de
significância
Teste Global:
0,617 0,00001
Teste global:
0,73 0,00001
a-1986 vs b-1986 0,728 0,00002 a-2001 vs b-2001 0,702 0,00001
a-1986 vs c-1986 0,977 0,00002 a-2001 vs c-2001 0,998 0,00001
b-1986 vs c-1986 0,62 0,002 b-2001 vs c-2001 0,904 0,00001
a-1986 vs b-1987 0,873 0,0003 a-2001 vs b-2002 0,854 0,00002
a-1986 vs c-1987 1 0,0003 a-2001 vs c-2002 1 0,00001
b-1986 vs a-1987 0,451 0,0005 b-2001 vs a-2002 0,596 0,00001
b-1986 vs c-1987 0,944 0,005 b-2001 vs c-2002 0,942 0,00001
c-1986 vs a-1987 0,916 0,00003 c-2001 vs a-2002 0,991 0,00001
c-1986 vs b-1987 0,639 0,01 c-2001 vs b-2002 0,859 0,00001
a-1987 vs b-1987 0,637 0,0003 a-2002 vs b-2002 0,718 0,00001
a-1987 vs c-1987 0,976 0,0003 a-2002 vs c-2002 0,997 0,00001
b-1987 vs c-1987 1 0,029 b-2002 vs c-2002 0,891 0,00001
a-1986 vs a-1987
0,16
0,01 a-2001 vs a-2002
0,169
0,003
b-1986 vs b-1987 0,246 0,086 b-2001 vs b-2002 -0,078 0,822
c-1986 vs c-1987 0,393 0,052 c-2001 vs c-2002
0,095
0,007
Tabela 11. Resultados das análises de similaridade (ANOSIM, Primer) entre os
Projetos TALUDE
(1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) para as três assembléias
identificadas (a: plataforma externa, b: intermediária e c: talude superior) na mesma
época do ano no sul do Brasil (28°30'S-34°40'S). Detalhes no Capítulo 4, item
Assembléias.
Inverno-primavera 1986 vs 2001
V
erão-outono 1987 vs 2002
Teste Global: 0,751,
N.S.= 0,00001
R estatístico Nível de significância R estatístico Nível de significância
Plataforma externa
0,386 0,00001
0,548
0,00001
Intermediária 0,675
0,00004
0,836
0,002
Talude superior
0,317 0,008
0,907
0,00006
84
Tabela 12. Densidades médias (kg/km²) nos lances das assembléias de plataforma
externa, intermediária e de talude superior nos levantamentos do Projeto TALUDE
(1986-1987) e Projeto REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil (28°30'S-34°40'S).
Assembléia: TALUDE REVIZEE
Plataforma externa 6057 3393
Intermediária 2947 3970
Talude superior 2675 3090
Média do projeto
5168 3529
85
Tabela 13. Densidades médias das espécies (num/km²), nas assembléias de
plataforma externa (a), intermediária (b) e de talude superior (c) nos dois
levantamentos sazonais do Projeto TALUDE no sul do Brasil (28°30'S-34°40'S). Em
negrito as 6 espécies com maiores densidades em cada grupo, com fundo cinza claro
as que estiveram entre as 6 maiores densidades nas mesmas épocas do ano com
fundo cinza escuro as que em ambos os levantamentos estiveram entre as 6
principais.
inverno-primavera 1986 verão-outono 1987
N° lances 15 6 6 14 4 4
Espécie
grupo a grupo b grupo c grupo a grupo b grupo c
Urophycis brasiliensis
1,2 0 0 1,6 0 0
Umbrina canosai
9,8 0 0 0,7 0 0
Trachurus lathami 195,4
0 0 11,1 1,5 0
Paralichthys isosceles
11,1 0 0 5,5 0 0
Mullus argentinae 458,4
0 0 7,1 0 0
Eledone massyae
2,5 0 0 1,0 1,0 0
Cynoscion guatucupa
9,7 0 0 2,7 0 0
Atlantoraja cyclophora
13,2 0 0 5,6 0 0
Loligo sanpaulensis 69,1
0,8 0 2,6 0 0
Trichiurus lepturus 73,4
1,3 0
112,3
1,0 0
Thyrsitops lepidopoides 48,4
1,9 0
28,4
0 0
Squalus megalops 110,1
4,8 0
25,3
0 0
Antigonia capros
9,0 0,6 0 3,8 0 1,0
Prionotus nudigula
12,3 0 0,8 2,8 1,0 0
Serranus atrobranchus
1,40,6 01,4 0 0
Mustelus canis
6,13,1 01,3 0 0
Saurida caribbaea
2,8 2,4 0 20,1 0 0
Ariomma bondi
6,9 5,2 0,8
30,8
0 0
Genypterus brasiliensis
3,4 2,6 0,8 2,0 1,0 0
Semirossia tenera
2,2 0,7 0,8 2,7 0 0
Squatina guggenheim
10,9 18,9 0 7,2 1,0 0
Argentina striata
2,7 4,6 0,6 4,5 3,6 0
Galeorhinus galeus
7,7 16,6 1,4 0 0 0
Zenopsis conchifera
10,5
100,5
0
68,4 65,0
0
Synagrops spinosus
8,8
96,5
0 18,7
20,1
0
Bembrops heterurus
2,4 3,4 1,9 3,0 0 0
Squatina argentina
1,6
39,0
0 2,6 1,3 0
Urophycis mystacea
5,8
54,7
14,0 12,1 1,1
2,9
Merluccius hubbsi
12,9
258,8 48,9
13,0
31,5
0
Polymixia lowei
4,0
193,4 58,7
16,1
367,7
0
Polyprion americanus
0,4 7,7 9,0 0,2 0 1,9
Benthodesmus elongatus
0 5,6 18,7 0,2 0
3,6
Illex argentinus
27,5 9,5
303,9 171,4 45,5 187,7
Abralia veranyi
0 1,6 16,1 0 0 1,0
Helicolenus lahillei
0,6 32,4
606,9
1,0
78,8 119,3
Caelorinchus marinii
06,9
180,3
1,1 5,6
26,4
Malacocephalus occidentalis
01,7
50,9
0,9 0
12,9
Xenolepidichthys dalgleishi
0 0,5 25,6 0,3 0 1,6
86
Tabela 14. Densidades médias das espécies (num/km²), nas assembléias de plataforma
externa (a), intermediária (b) e de talude superior (c) nos dois levantamentos sazonais do
Projeto REVIZEE no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S). Em negrito as 6 espécies com maiores
densidades em cada grupo, com fundo cinza claro as que estiveram entre as 6 maiores
densidades nas mesmas épocas do ano com fundo cinza escuro as que em ambos os
levantamentos estiveram entre as 6 principais.
inverno-primavera 2001 verão-outono 2002
N° lances 17 13 27 23 8 23
Espécie grupo a grupo b grupo c grupo a grupo b grupo c
Umbrina canosai
28,4 0,0 0,0 2,7 0,0 0,0
Loligo plei
2,2 0,0 0,0
1095,6
3,9 0,0
Cynoscion guatucupa
40,3 0,0 0,0 5,4 0,0 0,0
Paralichthys isosceles
565,8
1,0 0,0 49,9 0,7 0,0
Loligo sanpaulensis
3326,6
7,2 0,0 47,4 1,4 0,0
Prionotus punctatus
102,5 0,6 0,0 43,3 0,0 0,0
Trachurus lathami
191,5
2,4 0,0 243,7 0,6 0,0
Porichthys porosissimus
19,3 0,4 0,0 2,7 0,0 0,0
Mullus argentinae
517,0
15,3 0,0
560,2
4,3 0,0
Prionotus nudigula
112,3 8,4 0,1
300,9
0,0 0,1
Urophycis brasiliensis
12,3 1,0 0,0 29,9 0,6 0,0
Eledone massyae
14,8 1,2 0,0 9,3 0,5 0,0
Atlantoraja platana
11,3 1,2 0,0 6,9 0,7 0,0
Trichiurus lepturus
294,9
48,4 0,5
887,9
24,3 0,3
Pagrus pagrus
6,2 1,3 0,0 2,9 0,0 0,0
Thyrsitops lepidopoides
40,7 22,1 0,4 114,6 4,9 0,2
Ariomma bondi
3,7 2,3 0,0 45,1 7,4 0,1
Atlantoraja cyclophora
53,6 39,9 0,3 93,6 45,1 0,0
Squalus megalops
21,9 18,3 0,0 42,4 29,9 0,0
Lophius gastrophysus
24,8 17,9 7,0 25,0 36,7 4,9
Saurida caribbaea
57,0
106,8
0,3
274,9
51,5 1,1
Genypterus brasiliensis
2,7 2,4 0,8 6,8 1,5 0,6
Synagrops spinosus
316,3 1285,9
1,9
283,3 1021,5
3,6
Nemadactylus bergi
7,9 103,6 0,0 4,9 57,0 0,0
Paralichthys triocellatus
1,7 36,3 0,0 10,6 19,1 0,0
Antigonia capros
1,4 32,4 0,0 3,4 66,4 0,1
Argentina striata
1,4 10,0 0,9 10,6 13,6 1,2
Zenopsis conchifera
16,3
664,1
4,0 15,3
1807,0
1,6
Bembrops heterurus
2,9 16,5 2,6 11,3 27,2 5,5
Polymixia lowei
0,2
522,2
8,3 6,2
1052,6
47,4
Lepidopus altifrons
0,6 6,9 2,7 0,0 45,1 9,7
Illex argentinus
36,3
272,1 153,5
156,6
803,3 1084,7
Squalus mitsukurii
0,5 23,8 13,4 1,9 1,1 0,4
Chlorophthalmus agassizi
0,3 6,6 4,0 0,1 1,9 12,5
Merluccius hubbsi
92,7
238,8 613,0
137,4
280,5 600,8
Setarches guentheri
0,0 0,6 1,1 0,1 3,6 13,7
Synagrops bellus
0,0 12,2
27,2
2,8 3,6 115,7
Abralia redfieldi
0,0 0,9 2,1 0,0 0,7 18,7
Urophycis mystacea
37,1 20,3
326,0
35,6 17,9
166,3
Lucigadus ori
0,0 0,5 1,9 0,0 0,0 7,6
Parasudis truculenta
0,0 4,9 23,8 0,1 1,5 27,5
Xenolepidichthys dalgleishi
0,0 0,5 10,2 0,0 1,6 10,9
Helicolenus lahillei
0,6 10,9
554,6
1,4
106,8 691,3
Caelorinchus marinii
0,0 1,5
726,8
0,0 3,2
1379,2
Malacocephalus occidentalis
0,0 0,0
42,8
0,0 0,0
243,7
Beryx splendens
0,0 0,0 8,6 0,0 0,0 7,2
87
Tabela 15. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as
contribuições das espécies para as similaridades dentro das assembléias de
plataforma externa (a), quebra da plataforma (b) e talude superior (c) definidas para os
dois levantamentos sazonais do Projeto TALUDE no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S).
DM= densidade média da espécie em num/km², SM= similaridade média, SM/DP=
razão entre a similaridade média e o desvio padrão = consistência da similaridade,
C%= contribuição percentual da espécie para a similaridade média da assembléia,
C%Cum= valor de C% acumulado. Em negrito as espécies com SM/ DP>2.
Espécie DM SM
SM/
DP
C%
C%
Cum
Espécie DM SM
SM/
DP
C%
C%
Cum
plataforma externa - inv-pri 1986 (SM=47,5)
plataforma externa - ver-out 1987 (SM=44,93)
Mullus argentinae 458,4 7,1 3,5 15,0 15,0
Illex argentinus
171,4 6,5 1,9 14,5 14,5
Squalus megalops
110,1 4,5 1,9 9,4 24,4
Zenopsis conchifera
68,4 4,6 1,4 10,2 24,7
Trachurus lathami
195,4 3,3 0,8 7,0 31,4
Trichiurus lepturus
112,3 4,2 1,3 9,4 34,1
Trichiurus lepturus
73,4 3,2 0,9 6,8 38,2
Squalus megalops
25,3 3,2 1,2 7,2 41,3
Thyrsitops lepidopoides
48,4 2,9 1,0 6,1 44,3
A
riomma bondi
30,8 3,1 0,9 7,0 48,3
Loligo sanpaulensis
69,1 2,8 0,8 5,8 50,1
Thyrsitops lepidopoides
28,4 3,1 1,1 6,9 55,2
Illex argentinus
27,5 2,5 0,8 5,2 55,3
Saurida caribbaea
20,1 2,8 0,9 6,2 61,3
Paralichthys isosceles
11,1 1,9 1,0 4,0 59,3
Synagrops spinosus
18,7 2,3 0,9 5,2 66,5
A
tlantoraja cyclophora
13,2 1,8 0,8 3,9 63,2
Squatina guggenheim
7,2 1,6 0,8 3,6 70,1
Prionotus nudigula
12,3 1,8 0,7 3,8 66,9
Polymixia lowei
16,1 1,5 0,5 3,3 73,4
Zenopsis conchifera
10,5 1,7 0,8 3,5 70,5
A
tlantoraja cyclophora
5,6 1,3 0,6 3,0 76,4
Squatina guggenheim
10,9 1,7 0,8 3,5 74,0
Merluccius hubbsi
13,0 1,3 0,5 3,0 79,3
Merluccius hubbsi
12,9 1,6 0,8 3,5 77,4
Trachurus lathami
11,1 1,3 0,5 2,8 82,1
Synagrops spinosus
8,8 1,4 0,7 3,0 80,4
Urophycis mystacea
12,1 1,1 0,5 2,5 84,6
intermediária - inv-pri 1986 (SM=48,9)
intermediária - ver-out 1987 (SM=58,23)
Polymixia lowei 193,4 7,8 3,5 16,0 16,0 Polymixia lowei 367,7 15,5 5,1 26,6 26,6
Merluccius hubbsi 258,8 7,8 4,6 15,9 31,9 Illex argentinus 45,5 9,7 4,1 16,7 43,3
Synagrops spinosus 96,5 6,7 3,6 13,7 45,6 Merluccius hubbsi 31,5 9,2 5,4 15,8 59,0
Zenopsis conchifera 100,5 5,9 4,7 12,0 57,5 Synagrops spinosus 20,1 8,1 8,9 14,0 73,0
Squatina argentina
39,0 3,4 1,3 6,9 64,4
Helicolenus lahillei
78,8 7,2 0,8 12,4 85,4
Urophycis mystacea
54,7 2,7 0,8 5,5 70,0
Zenopsis conchifera
65,0 6,0 0,9 10,2 95,6
Helicolenus lahillei
32,4 2,6 0,8 5,2 75,2
Caelorinchus marinii
5,6 1,4 0,4 2,4 98,0
Squatina guggenheim
18,9 2,1 0,8 4,3 79,5
A
rgentina striata
3,6 1,2 0,4 2,1 100,0
Galeorhinus galeus
16,6 1,5 0,5 3,1 82,5
Trachurus lathami
1,5 0,0 0,0 100,0
talude superior - inv-pri 1986 (SM=57,63)
talude superior - ver-out 1987 (SM=60,21)
Helicolenus lahillei 606,9 11,9 2,5 20,6 20,6 Illex argentinus 187,7 21,5 9,4 35,7 35,7
Illex argentinus 303,9 9,9 4,9 17,1 37,7 Helicolenus lahillei 119,3 19,1 4,5 31,7 67,5
Caelorinchus marinii
180,3 6,2 1,3 10,8 48,5
Caelorinchus marinii
26,4 8,6 0,9 14,3 81,7
Malacocephalus occidentalis
50,9 5,7 1,3 9,8 58,4
Malacocephalus occidentalis
12,9 7,4 0,9 12,3 94,0
Polymixia lowei
58,7 5,5 1,3 9,6 67,9
Benthodesmus elongatus
3,6 1,9 0,4 3,2 97,2
Merluccius hubbsi
48,9 5,2 1,3 9,1 77,0
Urophycis mystacea
2,9 1,7 0,4 2,8 100,0
A
bralia veranyi
16,1 4,5 1,2 7,8 84,8
Polyprion americanus
1,9 0,0 0,0 100,0
88
Tabela 16 Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as
contribuições das espécies para as similaridades dentro das assembléias de
plataforma externa (a), quebra da plataforma (b) e talude superior (c) definidas para os
dois levantamentos sazonais do Projeto REVIZEE no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S).
DM= densidade média da espécie em num/km², SM= similaridade média, SM/DP=
razão entre a similaridade média e o desvio padrão = consistência da similaridade,
C%= contribuição percentual da espécie para a similaridade média da assembléia,
C%Cum= valor de C% acumulado. Em negrito as espécies com SM/ DP>2.
Espécie DM SM
SM/
DP
C%
C%
Cum
Espécie DM SM
SM/
DP
C%
C%
Cum
plataforma externa - inv-pri 2001 (SM=62,03)
plataforma externa - ver-out 2002 (SM=61,75)
Loligo sanpaulensis 3326,6 6,31 2,9 10,2 10,2 Trichiurus lepturus 887,9 4,55 2,7 7,4 7,4
Paralichthys isosceles 565,8 5,39 9,9 8,7 18,9 Mullus argentinae 560,2 4,54 4,0 7,4 14,7
Mullus argentinae 517,0 4,86 4,3 7,8 26,7
Loligo plei
1095,6 4,46 1,9 7,2 22,0
Trichiurus lepturus
294,9 3,88 1,7 6,3 32,9
Prionotus nudigula 300,9 3,9 3,8 6,3 28,3
Synagrops spinosus
316,3 3,71 1,6 6,0 38,9
Saurida caribbaea 274,9 3,79 2,7 6,1 34,4
Trachurus lathami
191,5 3,03 1,3 4,9 43,8
Synagrops spinosus 283,3 3,65 2,6 5,9 40,3
Prionotus punctatus
102,5 3,01 1,5 4,9 48,7
A
tlantoraja cyclophora 93,6 3,08 2,7 5,0 45,3
Prionotus nudigula
112,3 2,92 1,3 4,7 53,4
Trachurus lathami
243,7 2,94 1,2 4,8 50,0
Merluccius hubbsi
92,7 2,84 1,3 4,6 57,9
Thyrsitops lepidopoides
114,6 2,75 1,8 4,5 54,5
A
tlantoraja cyclophora
53,6 2,72 1,7 4,4 62,3
Illex argentinus
156,6 2,72 1,3 4,4 58,9
Thyrsitops lepidopoides
40,7 2,08 1,1 3,4 65,7
Merluccius hubbsi
137,4 2,64 1,2 4,3 63,2
Lophius gastrophysus
24,8 2,08 1,4 3,4 69,0
Squalus megalops
42,4 2,29 1,6 3,7 66,9
Urophycis mystacea
37,1 1,88 0,9 3,0 72,0
A
riomma bondi
45,1 1,82 0,9 2,9 69,8
Saurida caribbaea
57,0 1,81 0,8 2,9 75,0
Lophius gastrophysus
25,0 1,81 1,2 2,9 72,8
Cynoscion guatucupa
40,3 1,8 0,7 2,9 77,9
Paralichthys isosceles
49,9 1,74 0,8 2,8 75,6
intermediária - inv-pri 2001 (SM=53,96)
intermediária - ver-out 2002 (SM=56,55)
Synagrops spinosus 1285,9 5,68 3,8 10,5 10,5 Zenopsis conchifera 1807,0 6,76 5,4 12,0 12,0
Zenopsis conchifera 664,1 5,49 5,1 10,2 20,7 Illex argentinus 803,3 6,07 5,6 10,7 22,7
Polymixia lowei
522,2 4,59 1,8 8,5 29,2
Polymixia lowei
1052,6 5,72 1,6 10,1 32,8
Illex argentinus
272,1 4,17 1,8 7,7 37,0
Synagrops spinosus
1021,5 5,07 1,6 9,0 41,8
Merluccius hubbsi
238,8 3,51 1,3 6,5 43,5
Merluccius hubbsi 280,5 4,61 3,3 8,2 49,9
Saurida caribbaea
106,8 2,97 1,1 5,5 49,0
Helicolenus lahillei
106,8 2,99 1,4 5,3 55,2
Nemadactylus bergi
103,6 2,62 1,1 4,9 53,8
A
tlantoraja cyclophora
45,1 2,81 1,5 5,0 60,2
Trichiurus lepturus
48,4 2,19 1,1 4,1 57,9
Bembrops heterurus
27,2 2,46 1,6 4,4 64,5
A
tlantoraja cyclophora
39,9 2,1 0,9 3,9 61,8
Nemadactylus bergi
57,0 2,39 1,0 4,2 68,8
Paralichthys triocellatus
36,3 2,07 0,9 3,9 65,6
Lophius gastrophysus
36,7 2,32 1,1 4,1 72,9
Squalus megalops
18,3 1,79 1,1 3,3 68,9
Saurida caribbaea
51,5 2,16 1,0 3,8 76,7
Thyrsitops lepidopoides
22,1 1,75 0,9 3,2 72,2
ntigonia capros
66,4 2,05 0,7 3,6 80,3
Lophius gastrophysus
17,9 1,72 0,9 3,2 75,4
Squalus megalops
29,9 1,98 1,0 3,5 83,8
ntigonia capros
32,4 1,67 0,8 3,1 78,5
Lepidopus altifrons
45,1 1,51 0,7 2,7 86,5
talude superior - inv-pri 2001 (SM=58,30)
talude superior - ver-out 2002 (SM=62,89)
Caelorinchus marinii 726,8 9,17 4,9 15,7 15,7 Caelorinchus marinii 1379,2 8,41 4,2 13,4 13,4
Merluccius hubbsi 613,0 8,69 3,9 14,9 30,6 Illex argentinus 1084,7 7,98 3,6 12,7 26,1
Helicolenus lahillei 554,6 8,5 2,5 14,6 45,2 Merluccius hubbsi 600,8 7,42 3,6 11,8 37,9
Urophycis mystacea 326,0 7,71 2,6 13,2 58,5
Helicolenus lahillei
691,3 7,42 1,9 11,8 49,6
Illex argentinus
153,5 5,66 1,5 9,7 68,2
Malacocephalus occidentalis 243,7 6,53 3,6 10,4 60,0
Malacocephalus occidentalis
42,8 3,7 1,0 6,3 74,5
Urophycis mystacea
166,3 5,12 1,9 8,1 68,2
Synagrops bellus
27,2 2,57 0,8 4,4 78,9
Synagrops bellus
115,7 3,91 1,3 6,2 74,4
Parasudis truculenta
23,8 2,54 0,8 4,4 83,3
Polymixia lowei
47,4 2,93 1,0 4,7 79,1
89
Tabela 17. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições
das principais espécies para as dissimilaridades entre diferentes assembléias nos mesmos
levantamentos sazonais do Projeto TALUDE no sul do Brasil (28º30´S-34º40´S). DM=
densidade média da espécie na assembléia (num/km²), DisM= dissimilaridade média,
DisM/DP= razão entre a dissimilaridade média e o desvio padrão = consistência da
dissimilaridade, C%= contribuição percentual da espécie para a dissimilaridade média da
assembléia, C%Cum= valor de C% acumulado. Em negrito as espécies com DisM/ DP>2.
Espécie Dens. média Dens. média DisM DisM/ DP C% C%Cum
inv-pri 1986 (DisM=70,9) plataforma ext. intermediária
Mullus argentinae 458,4 0,0 4,6 2,9 6,5 6,5
Trachurus lathami
195,4 0,0 3,7 1,2 5,2 11,7
Polymixia lowei 4,0 193,4 3,3 2,6 4,6 16,3
Trichiurus lepturus
73,4 1,3 2,9 1,3 4,1 20,4
Loligo sanpaulensis
69,1 0,8 2,8 1,3 4,0 24,4
Thyrsitops lepidopoides
48,4 1,9 2,6 1,1 3,7 28,1
Urophycis mystacea
5,8 54,7 2,6 1,2 3,7 31,8
inv-pri 1986 (DisM=63,1) intermediária talude sup.
Synagrops spinosus 96,5 0,0 4,4 2,8 7,0 7,0
Zenopsis conchifera 100,5 0,0 4,3 3,0 6,9 13,9
Helicolenus lahillei
32,4 606,9 3,9 1,3 6,1 20,0
Caelorinchus marinii
6,9 180,3 3,8 1,4 6,1 26,1
Illex argentinus
9,5 303,9 3,8 1,3 6,1 32,2
Urophycis mystacea
54,7 14,0 3,2 1,2 5,1 37,2
Malacocephalus occidentalis
1,7 50,9 3,2 1,4 5,0 42,2
inv-pri 1986 (DisM=85,3) plataforma talude sup.
Mullus argentinae 458,4 0,0 5,1 3,1 6,0 6,0
Helicolenus lahillei 0,6 606,9 5,0 2,1 5,9 11,9
Caelorinchus marinii
0,0 180,3 4,0 1,8 4,7 16,6
Trachurus lathami
195,4 0,0 4,0 1,2 4,7 21,3
Squalus megalops 110,1 0,0 3,9 2,0 4,6 25,9
Trichiurus lepturus
73,4 0,0 3,5 1,4 4,1 30,0
Thyrsitops lepidopoides
48,4 0,0 3,2 1,3 3,8 33,8
ver-out 1987 (DisM=67,5) plataforma ext. intermediária
Helicolenus lahillei
1,0 78,8 4,3 1,4 6,4 6,4
Trichiurus lepturus
112,3 1,0 4,1 1,5 6,1 12,4
Polymixia lowei
16,1 367,7 4,0 1,6 5,9 18,3
Ariomma bondi
30,8 0,0 3,6 1,3 5,3 23,6
Thyrsitops lepidopoides
28,4 0,0 3,5 1,3 5,2 28,8
Squalus megalops
25,3 0,0 3,3 1,6 4,9 33,7
Saurida caribbaea
20,1 0,0 3,1 1,4 4,5 38,2
ver-out 1987 (DisM=68,2) intermediária talude sup.
Polymixia lowei 367,7 0,0 10,6 5,1 15,6 15,6
Zenopsis conchifera
65,0 0,0 7,2 1,4 10,6 26,1
Merluccius hubbsi 31,5 0,0 6,3 4,9 9,2 35,3
Synagrops spinosus 20,1 0,0 5,5 4,0 8,1 43,4
Malacocephalus occidentalis
0,0 12,9 4,8 1,6 7,1 50,5
Helicolenus lahillei
78,8 119,3 4,5 1,6 6,7 57,1
ver-out 1987 (DisM=67,5) plataforma ext. talude sup.
Trichiurus lepturus
112,3 0,0 5,1 1,6 6,1 6,1
Helicolenus lahillei 1,0 119,3 5,1 2,8 6,1 12,2
Zenopsis conchifera
68,4 0,0 5,0 1,9 5,9 18,1
Ariomma bondi
30,8 0,0 4,1 1,3 4,9 23,0
Thyrsitops lepidopoides
28,4 0,0 4,0 1,3 4,8 27,8
Squalus megalops
25,3 0,0 3,8 1,6 4,5 32,3
Saurida caribbaea
20,1 0,0 3,5 1,4 4,2 36,4
90
Tabela 18. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições das
principais espécies para as dissimilaridades entre diferentes assembléias nos mesmos levantamentos
sazonais do Projeto REVIZEE. Dens. média= densidade média da espécie na assembléia (num/km²),
DisM= dissimilaridade média, DisM/DP= razão entre a dissimilaridade média e o desvio padrão =
consistência da dissimilaridade, C%= contribuição percentual da espécie para a dissimilaridade média da
assembléia, C%Cum= valor de C% acumulado. Em negrito as espécies com DisM/ DP>2.
Espécie Dens. média Dens. média DisM DisM/ DP C% C%Cum
inv-pri 2001 (DisM=58,52) plataforma ext. intermediária
Loligo sanpaulensis
3326,6 7,2 3,1 1,8 5,2 5,2
Polymixia lowei 0,2 522,2 2,9 2,1 4,9 10,2
Paralichthys isosceles 565,8 1,0 2,7 3,1 4,6 14,7
Trachurus lathami
191,5 2,4 2,3 1,7 3,9 18,6
Prionotus punctatus
102,5 0,6 2,0 1,8 3,5 22,0
Mullus argentinae
517,0 15,3 1,9 1,5 3,2 25,2
Cynoscion guatucupa
40,3 0,0 1,8 1,1 3,1 28,3
Zenopsis conchifera
16,3 664,1 1,8 1,4 3,0 31,3
inv-pri 2001 (DisM=67,97) intermediária talude sup.
Synagrops spinosus 1285,9 1,9 3,7 2,3 5,5 5,5
Caelorinchus marinii 1,5 726,8 3,5 2,6 5,1 10,6
Zenopsis conchifera
664,1 4,0 3,1 1,7 4,6 15,2
Polymixia lowei
522,2 8,3 3,0 1,5 4,4 19,5
Saurida caribbaea
106,8 0,3 2,7 1,6 4,0 23,6
Nemadactylus bergi
103,6 0,0 2,7 1,5 4,0 27,5
Helicolenus lahillei
10,9 554,6 2,5 1,6 3,7 31,3
Malacocephalus occidentalis
0,0 42,8 2,2 1,5 3,3 34,5
inv-pri 2001 (DisM=82,33) plataforma ext. talude sup.
Loligo sanpaulensis 3326,6 0,0 4,7 3,2 5,7 5,7
Caelorinchus marinii 0,0 726,8 3,8 5,3 4,6 10,3
Paralichthys isosceles 565,8 0,0 3,7 7,0 4,4 14,8
Mullus argentinae 517,0 0,0 3,6 4,4 4,4 19,1
Helicolenus lahillei 0,6 554,6 3,5 2,5 4,2 23,3
Trichiurus lepturus 294,9 0,5 3,1 2,0 3,8 27,1
Trachurus lathami
191,5 0,0 3,0 1,8 3,6 30,7
Synagrops spinosus
316,3 1,9 2,9 1,7 3,6 34,2
ver-out 2002 (DisM=56,47) plataforma ext. intermediária
Loligo plei
1095,6 3,9 2,7 1,7 4,7 4,7
Polymixia lowei
6,2 1052,6 2,6 1,8 4,7 9,4
Prionotus nudigula 300,9 0,0 2,6 3,4 4,6 13,9
Trachurus lathami
243,7 0,6 2,4 1,6 4,2 18,1
Zenopsis conchifera
15,3 1807,0 2,4 1,9 4,2 22,3
Mullus argentinae 560,2 4,3 2,1 2,0 3,8 26,1
Trichiurus lepturus
887,9 24,3 2,0 1,4 3,6 29,7
Helicolenus lahillei
1,4 106,8 1,9 1,6 3,3 33,0
ver-out 2002 (DisM=63,42) intermediária talude sup.
Zenopsis conchifera 1807,0 1,6 3,9 2,5 6,2 6,2
Caelorinchus marinii 3,2 1379,2 3,4 2,1 5,4 11,5
Synagrops spinosus
1021,5 3,6 3,3 1,7 5,3 16,8
Malacocephalus
0,0 243,7 3,2 3,9 5,0 21,8
Polymixia lowei
1052,6 47,4 2,5 1,4 4,0 25,8
Antigonia capros
66,4 0,1 2,4 1,2 3,8 29,5
Nemadactylus bergi
57,0 0,0 2,3 1,5 3,7 33,2
Atlantoraja cyclophora 45,1 0,0 2,2 2,1 3,5 36,7
ver-out 2002 (DisM=79,59) plataforma ext. talude sup.
Loligo plei 11270,1 41,5
3,6 5,0 4,6 4,6
Argentina striata 4674,1 20,8
3,6 2,4 4,5 9,1
Trachurus lathami 130,6 0,0
3,3 2,7 4,2 13,2
Squalus mitsukurii 0,0 62,4
3,2 4,0 4,1 17,3
Lophius gastrophysus 43,7 0,0
3,0 2,1 3,8 21,1
Bembrops heterurus 0,0 41,5
2,8 3,1 3,6 24,6
Illex argentinus
21,9 705,3
2,8 1,6 3,6 28,2
Eledone massyae 21,9 0,0
2,8 4,3 3,5 31,7
91
Tabela 19. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições
das espécies para as dissimilaridades entre assembléias correspondentes entre os
levantamentos sazonais do Projeto TALUDE. DM= densidade média da espécie na assembléia
(num/km²), DisM= dissimilaridade média, DisM/DP= razão entre a dissimilaridade média e o
desvio padrão = consistência da dissimilaridade C%= contribuição percentual da espécie para
a dissimilaridade média da assembléia, C%Cum= valor de C% cumulado.
Espécie Dens. média Dens. média DisM DisM/ DP C% C%Cum
Plataforma externa (DisM=57,00) inv-pri 1986 ver-out 1987
Mullus argentinae
458,4 7,1 3,2 1,6 5,6 5,6
Trachurus lathami
195,4 11,1 3,1 1,3 5,5 11,1
Loligo sanpaulensis
69,1 2,6 2,7 1,3 4,7 15,8
Trichiurus lepturus
73,4 112,3 2,4 1,3 4,3 20,1
Polymixia lowei
4,0 16,1 2,3 1,0 4,1 24,2
Ariomma bondi
6,9 30,8 2,2 1,3 3,8 28,0
Intermediária (DisM=53,38) inv-pri 1986 ver-out 1987
Helicolenus lahillei
32,4 78,8 4,0 1,4 7,4 7,4
Urophycis mystacea
54,7 1,1 3,7 1,4 6,9 14,3
Squatina argentina
39,0 1,3 3,1 1,6 5,9 20,1
Zenopsis conchifera
100,5 65,0 3,0 1,3 5,7 25,8
Illex argentinus
9,5 45,5 3,0 1,1 5,6 31,4
Galeorhinus galeus
16,6 0,0 2,8 0,9 5,3 36,7
Talude superior (DisM=50,31) inv-pri 1986 ver-out 1987
Polymixia lowei
58,7 0,0 6,0 1,6 11,9 11,9
Merluccius hubbsi
48,9 0,0 5,5 2,0 11,0 22,9
Caelorinchus marinii
180,3 26,4 5,0 1,6 9,9 32,8
Xenolepidichthys dalgleishi
25,6 1,6 4,0 1,3 8,0 40,8
Urophycis mystacea
14,0 2,9 3,7 1,3 7,4 48,2
Benthodesmus elongatus
18,7 3,6 3,6 1,3 7,1 55,3
Tabela 20. Análise de similaridade percentual SIMPER (Primer) mostrando as contribuições
das espécies para as dissimilaridades entre assembléias correspondentes entre os
levantamentos sazonais do Projeto REVIZEE. DM= densidade média da espécie na
assembléia (num/km²), DisM= dissimilaridade média, DisM/DP= razão entre a dissimilaridade
média e o desvio padrão = consistência da dissimilaridade C%= contribuição percentual da
espécie para a dissimilaridade média da assembléia, C%Cum= valor de C% cumulado.
Dens. média Dens. média
DisM DisM/ DP C% C%Cum
Plataforma externa (DisM=42,32) inv-pri 2001 ver-out 2002
Loligo plei
2,2 1095,6 2,6 2,0 6,2 6,2
Loligo sanpaulensis
3326,6 47,4 2,1 1,4 5,0 11,1
Cynoscion guatucupa
40,3 5,4 1,6 1,2 3,8 14,9
Illex argentinus
36,3 156,6 1,6 1,3 3,7 18,7
Trachurus lathami
191,5 243,7 1,6 1,3 3,7 22,3
Umbrina canosai
28,4 2,7 1,5 1,0 3,6 25,9
Intermediária (DisM=44,38) inv-pri 2001 ver-out 2002
Antigonia capros
32,4 66,4 1,8 1,3 4,0 4,0
Lepidopus altifrons
6,9 45,1 1,8 1,2 3,9 7,9
Trichiurus lepturus
48,4 24,3 1,7 1,4 3,9 11,8
Helicolenus lahillei
10,9 106,8 1,7 1,4 3,8 15,6
Nemadactylus bergi
103,6 57,0 1,6 1,2 3,6 19,2
Urophycis mystacea
20,3 17,9 1,6 1,2 3,5 22,7
Talude superior (DisM=41,25) inv-pri 2001 ver-out 2002
Synagrops bellus
27,2 115,7 2,5 1,4 6,1 6,1
Polymixia lowei
8,3 47,4 2,5 1,3 6,0 12,1
Xenolepidichthys dalgleishi
10,2 10,9 2,2 1,1 5,2 17,3
Parasudis truculenta
23,8 27,5 2,1 1,3 5,2 22,5
Abralia redfieldi
2,1 18,7 2,1 1,1 5,1 27,7
Illex argentinus
153,5 1084,7 2,1 1,0 5,1 32,7
92
Tabela 21. Espécies "características" e "discriminantes" nas assembléias identificadas
nos levantamentos dos Projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no sul
do Brasil (28º30´S-34º40´S). As amplitudes de profundidades e temperaturas de fundo
e suas médias nas assembléias estão indicadas. A: ambas as épocas, ip: inverno-
primavera, vo: verão-outono. Em negrito as espécies comuns a ambos os Projetos.
Assembléia: Projeto TALUDE (1986-1987) Projeto REVIZEE (2001-2002)
Plataforma externa
100-150 m (156,9 m)
12-17,6°C (15,5°C)
Trichiurus lepturus (A)
Mullus argentinae (ip)
Paralichthys isosceles (ip)
Squalus megalops (A)
Thyrsitops lepidopoides (A)
Illex argentinus (vo)
Zenopsis conchifera (vo)
Trichiurus lepturus (A)
Mullus argentinae (A)
Paralichthys isosceles (ip)
Atlantoraja cyclophora (A)
Synagrops spinosus (A)
Loligo sanpaulensis (ip)
Loligo plei (vo)
Prionotus nudigula (vo)
Saurida caribbaea (vo)
Intermediária
145-344 m (244,0 m)
10-16°C (13,1°C)
Polymixia lowei (A)
Zenopsis conchifera (A)
Synagrops spinosus (A)
Merluccius hubbsi (A)
Illex argentinus (vo)
Squatina argentina (ip)
Polymixia lowei (A)
Zenopsis conchifera (A)
Synagrops spinosus (A)
Merluccius hubbsi (vo)
Illex argentinus (A)
ESPÉCIES "CARACTERÍSTICAS"
Talude superior
210-536 m (430,7 m)
4-12,8°C (8,0°C)
Caelorinchus marinii (A)
Illex argentinus (A)
Helicolenus lahillei (A)
Malacocephalus occidentalis (A)
Caelorinchus marinii (A)
Illex argentinus (A)
Helicolenus lahillei (A)
Malacocephalus occidentalis (vo)
Merluccius hubbsi (A)
Urophycis mystacea (A)
Vs intermediária
Mullus argentinae (ip)
Vs intermediária
Mullus argentinae (vo)
Loligo sanpaulensis (ip)
Paralichthys isosceles (ip)
Prionotus nudigula (vo)
Plataforma externa
Vs talude
Mullus argentinae (ip)
Trichiurus lepturus (vo)
Squalus megalops (A)
Zenopsis conchifera (vo)
Vs talude
Mullus argentinae (ip)
Loligo sanpaulensis (ip)
Paralichthys isosceles (ip)
Trichiurus lepturus (ip)
Loligo plei (vo)
Argentina striata (vo)
Trachurus lathami (vo)
Lophius gastrophysus (vo)
Eledone massyae (vo)
Vs plataforma
Polymixia lowei (A)
Vs plataforma
Polymixia lowei (ip)
Intermediária
Vs talude
Synagrops spinosus (A)
Zenopsis conchifera (ip)
Polymixia lowei (vo)
Merluccius hubbsi (vo)
Vs talude
Synagrops spinosus (ip)
Zenopsis conchifera (vo)
Atlantoraja cyclophora (vo)
Vs plataforma
Helicolenus lahillei (A)
Caelorinchus marinii (ip)
Vs plataforma
Helicolenus lahillei (ip)
Caelorinchus marinii (ip)
ESPÉCIES "DISCRIMINANTES"
Talude superior
Vs intermediária
Malacocephalus occidentalis (vo)
Helicolenus lahillei (vo)
Vs intermediária
Malacocephalus occidentalis (vo)
Caelorinchus marinii (ip)
Squalus mitsukurii (vo)
Bembrops heterurus (vo)
93
Tabela 22. Valores médios e desvio padrão (em itálico) da profundidade e temperatura
de fundo e massas de água correspondentes às principais assembléias (a: plataforma
externa, b: intermediária e c: talude superior) identificadas em cada levantamento. ip:
inverno-primavera, vo: verão-outono.
Assembléia ip 1986 vo 1987 ip 2001 vo 2002 Média
Número lances 15 14
17 23
Profundidade 159,3
27,5
184,1
46,1
128,8
25,2
153,7
47,4
154,9
42,3
Temperatura 15,6
0,8
15,8
1,1
15,5
1,1
15,4
1,4
15,5
1,1
Plataforma
externa
(a)
ACAS 15 14 17 23
Número lances 6
4
13 8
Profundidade 276,7
37,3
307,5
18,5
212,5
36,7
239,0
58,6
244,0
52,9
Temperatura 13,3
1,7
11,5
1,9
13,9
1,5
12,6
1,5
13,1
1,7
Intermediária
(b)
ACAS 6 4 13 8
Número lances 6
4
27
23
Profundidade 427,3
77,1
501,0
59,6
416,3
95,2
436,3
81,9
430,7
87,3
Temperatura 8,8
1,4
4,9
0,8
8,6
2,2
7,8
1,8
8,0
2,1
ACAS 5 16 10
ACAS-AIA 1? 7 7
Talude
(c)
AIA 4 4 6
94
FIGURAS
Figura 1. Cortes ilustrando as massas de água tipicamente presentes na Região Sul
entre o Cabo de Santa Marta Grande e Chuí no inverno e verão (baseado em Castro &
Miranda, 1998 e Piola et al., 2000). Abreviaturas: ASA: Água Subantártica originária da
Corrente Patagônica; ASAP: Água Subantártica de Plataforma; ASTP: Água
Subtropical de Plataforma; AT: Água Tropical; ACAS: Água Central do Atlântico Sul;
AIA: Água Intermediária Antártica. Setas indicam direção das correntes; linhas
tracejadas indicam fortes gradientes de salinidade e/ou temperatura.
95
Figura 2. Contribuição percentual em peso de teleósteos, elasmobrânquios e
cefalópodes, por estratos de profundidade nos levantamentos dos projetos TALUDE
(1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
96
Figura 3. Contribuição percentual em número e peso por hora das principais ordens
de peixes e cefalópodes capturados no conjunto dos levantamentos dos projetos
TALUDE e REVIZEE no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
97
Figura 4. Contribuição percentual em número e peso por hora das principais famílias
de peixes e cefalópodes capturados no conjunto dos levantamentos dos projetos
TALUDE e REVIZEE no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
98
Figura 5. Contribuição relativa em peso (kg/km²) de cada uma das 50 principais
espécies capturadas nos levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e
REVIZEE (2001-2002) no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
99
Figura 6. Contribuição percentual em número (num/km²) das 40 principais espécies
em cada um dos 4 estratos de profundidade nos levantamentos dos projetos dos
levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no extremo
sul do Brasil (28°30’S-34°40’S), agrupados por épocas do ano.
100
Figura 7 Número de espécies de peixes e cefalópodes associadas ao fundo:
demersais e bentônicas (A), e à coluna de água: epi, bento e mesopelágicas (B) por
estrato de profundidade nos levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e
REVIZEE (2001-2002) no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S). C: Área ocupada
por cada estrato de profundidade, D: valor mediano da coluna de água em cada
estrato de profundidade (ver texto).
101
Figura 8. Riqueza de espécies para números de amostras crescentes calculada
através da Técnica de Rarefação (Sanders, 1968; Hurlbert, 1971) para (A) cada um
dos levantamentos sazonais dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-
2002) no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S) e (B) para os lances agrupados por
estratos de profundidade no conjunto dos quatro levantamentos.
102
Figura 9. Curvas de Lorenz da abundância em peso (kg/km²) nos quatro estratos de
profundidade definidos nos levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e
REVIZEE (2001-2002) no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
103
Figura 10. Temperaturas de fundo médias nos lances por estratos de profundidade
em cada um dos quatro levantamentos realizados na plataforma externa e talude
superior no extremo sul do Brasil (28°30’S-34°40’S) nos projetos TALUDE (1986 e
1987) e REVIZEE (2001 e 2002). Barras horizontais indicam intervalos de confiança
de 95%.
104
Figura 11. Dendograma resultante da análise de agrupamento dos lances de
levantamento de inverno-primavera de 1986, mostrando os grupos formados, o
número do lance, a profundidade e 4 estrados de profundidade, massa d’água, área
(n=28°30’S-31°40’S, s=31°40’S-34°40’S), temperatura de fundo e latitude do lance. Os
ramos em vermelho simbolizam homogeneidade entre grupos como resultado do teste
de permutação SIMPROF para 1% de significância.
105
Figura 12. Dendograma resultante da análise de agrupamento dos lances de
levantamento de verão-outono de 1987, mostrando os grupos formados, o número do
lance, a profundidade e 4 estrados de profundidade, massa d’água, área (n=28°30’S-
31°40’S, s=31°40’S-34°40’S), temperatura de fundo e latitude do lance. Os ramos em
vermelho simbolizam homogeneidade entre grupos como resultado do teste de
permutação SIMPROF para 1% de significância.
106
Figura 13. Dendograma resultante da análise de agrupamento dos lances de
levantamento de inverno-primavera de 2001, mostrando os grupos formados, o
número do lance, a profundidade e 4 estrados de profundidade, massa d’água, área
(n=28°30’S-31°40’S, s=31°40’S-34°40’S), temperatura de fundo e latitude do lance. Os
ramos em vermelho simbolizam homogeneidade entre grupos como resultado do teste
de permutação SIMPROF para 1% de significância.
107
Figura 14. Dendograma resultante da análise de agrupamento dos lances de
levantamento de verão-outono de 2002, mostrando os grupos formados, o número do
lance, a profundidade e 4 estrados de profundidade, massa d’água, área (n=28°30’S-
31°40’S, s=31°40’S-34°40’S), temperatura de fundo e latitude do lance. Os ramos em
vermelho simbolizam homogeneidade entre grupos como resultado do teste de
permutação SIMPROF para 1% de significância.
108
Figura 15. Diagrama de escalonamento multidimensional (MDS) dos lances no
período de inverno-primavera de 1986 e verão-outono de 1987 do projeto TALUDE,
mostrando a distribuição espacial dos lances e estratos de profundidade.
109
Figura 16. Diagrama de escalonamento multidimensional (MDS) dos lances no
período de inverno-primavera de 2001 e verão-outono de 2002 do projeto REVIZEE,
mostrando a distribuição espacial dos lances e estratos de profundidade.
110
Figura 17. Diagrama de escalonamento multidimensional (MDS) dos lances no
período de inverno-primavera de 1986 e verão-outono de 1987, mostrando a
distribuição espacial dos grupos encontrados. As linhas unem os lances com níveis de
similaridades superiores a 38% nas análises de agrupamentos.
111
Figura 18. Diagrama de escalonamento multidimensional (MDS) dos lances no
período de inverno-primavera de 2001 e verão-outono de 2002, mostrando a
distribuição espacial dos grupos encontrados. As linhas unem os lances com níveis de
similaridades superiores a 42% nas análises de agrupamentos.
112
Figura 19. Localização geográfica das assembléias identificadas nos lances de
inverno-primavera de 1986 do Projeto TALUDE no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
113
Figura 20. Localização geográfica das assembléias identificadas nos lances de verão-
outono de 1987 do Projeto TALUDE no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
114
Figura 21. Localização geográfica das assembléias identificadas nos lances de
inverno-primavera de 2001 do Projeto REVIZEE no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
115
Figura 22. Localização geográfica das assembléias identificadas nos lances de verão-
outono de 2002 do Projeto REVIZEE no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
116
Figura 23. Densidade média relativa (% num/km²) de cada espécie nas três
assembléias principais identificadas nos lances do projeto TALUDE nos períodos de
inverno-primavera de 1986 e verão-outono de 1987 no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
117
Figura 24. Densidade média relativa (% num/km²) de cada espécie nas três
assembléias principais identificadas nos lances do projeto REVIZEE nos períodos de
inverno-primavera de 2001 e verão-outono de 2002 no sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
118
Figura 25. Densidades médias em peso (kg/km²) das principais ordens de peixes e
cefalópodes nas assembléias de plataforma externa, intermediária e de talude superior
no conjunto dos quatro levantamentos dos projetos TALUDE e REVIZEE no sul do
Brasil (28°30’S-34°40’S).
119
Figura 26. Riqueza de espécies calculada através da Técnica de Rarefação (Sanders,
1968; Hurlbert, 1971) para as diferentes assembléias identificadas no conjunto dos
quatro levantamentos dos projetos TALUDE (1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no
sul do Brasil (28°30’S-34°40’S).
Figura 27. Curvas de Lorenz da abundância em peso (kg/km²) das espécies nas
assembléias identificadas no conjunto dos quatro levantamentos dos projetos TALUDE
(1986-1987) e REVIZEE (2001-2002) no sul do Brasil (28°30’S-
34°40’S).
120
Figura 28. Médias das temperaturas e profundidades de fundo nos lances das
assembléias identificadas nos levantamentos dos Projetos TALUDE e REVIZEE no sul
do Brasil (28°30’S-34°40’S). Barras verticais indicam intervalos de confiança de 95%.
121
ANEXO 1. Lista dos peixes e cefalópodes identificados nas capturas com rede de arrasto de
fundo na Região Sul-Sudeste nos levantamentos dos Projetos Talude (1986-19887) e
REVIZEE (2001-2002). T: presentes no Projeto Talude, R: presentes no Projeto REVIZEE, A:
presentes em ambos os projetos.
Cefalopoda
Elasmobranchii (continuação)
Ordem Sepiolida
Família Carcharhinidae
Família Sepiolidae
Carcharhinus obscurus (Lesueur, 1818)
T
Rondeletiola minor (Naef, 1921)
R
Carcharhinus plumbeus (Nardo, 1827)
T
Semirossia tenera (Verril, 1880)
A
Carcharhinus signatus (Poey, 1868)
A
Heteroteuthis dispar (Rüppell, 1844)
R
Carcharhinus sp
T
Ordem Teuthida
Família Sphyrnidae
Família Loliginidae
Sphyrna zygaena (Linnaeus, 1758)
R
Loligo plei Blainville, 1823
A
Ordem Lamniformes
Loligo sanpaulensis Brakoniecki, 1984
A
Família Odontaspididae
Família Lycoteuthidae
Carcharias taurus Rafinesque, 1810
T
Lycoteuthis lorigera (Steenstrup, 1975)
A
Ordem Hexanchiformes
Família Enoploteuthidae
Família Hexanchidae
Abralia redfieldi Voss, 1955
A
Heptranchias perlo (Bonnaterre, 1788)
A
Abralia veranyi (Rüppell, 1844)
A
Hexanchus griseus (Bonnaterre, 1788)
T
Família Pholidoteuthidae
Ordem Squaliformes
Pholidoteuthis adami Voss, 1956
R
Família Dalatiidae
Família Histioteuthidae
Etmopterus bigelowi Shirai & Tachikawa, 1993
R
Histioteuthis corona corona (Voss & Voss, 1962)
R
Etmopterus gracilispinis Krefft, 1968
R
Histioteuthis sp
R
Etmopterus lucifer Jordan & Snyder, 1902
R
Família Ctenopterygidae
Etmopterus sp
T
Chtenopteryx sicula (Verany, 1851)
R
Squaliolus laticaudus Smith & Radcliffe, 1912
A
Família Ommastrephidae
Squalus megalops (Macleay, 1881)
A
Illex argentinus (Castellanos, 1960)
A
Squalus mitsukurii Jordan & Snyder, 1903
A
Ommastrephes bartramii (Lesueur, 1821)
R
Ordem Squatiniformes
Ornithoteuthis antillarum Adam, 1957
R
Família Squatinidae
Família Cranchiidae
Squatina argentina (Marini, 1930)
A
Liocranchia reinhardti (Steenstrup, 1856)
R
Squatina guggenheim Marini, 1936
A
Megalocranchia sp.
R
Squatina punctata Marini 1936
A
Ordem Octopoda
Ordem Rajiformes
Família Bolitaenidae
Família Torpedinidae
Japetella diafana Hoyle, 1885
T
Torpedo puelcha Lahille, 1926
A
Família Octopodidae
Família Narcinidae
Octopus vulgaris (Cuvier, 1797)
R
Benthobatis kreffti Rincón, Stehmann & Vooren, 2001
R
Scaeurgus unicirrhus (Chiaie, 1839)
R
Família Rhinobatidae
Eledone gaucha Haimovici, 1988
A
Rhinobatos horkelii Müller & Henle, 1841
R
Eledone massyae Voss, 1964
A
Família Rajidae
Vosseledone charrua Palacio, 1978
A
Atlantoraja castelnaui (Ribeiro, 1907)
A
Atlantoraja cyclophora (Regan, 1903)
A
Atlantoraja platana (Günther, 1880)
A
Dipturus leptocauda (Krefft & Stehmann, 1975)
A
Dipturus mennii Gomes & Paragó, 2001
R
Holocephali
Dipturus sp.
R
Ordem Chimaeriformes
Gurgesiella dorsalifera McEachran & Compagno, 1980
A
Família Chimaeridae
Psammobatis lentiginosa McEachran, 1983
A
Hydrolagus matallanasi Soto & Vooren, 2004
R
Psammobatis rutrum Jordan, 1890
R
Psammobatis sp.
Não identificado
A
Família Dasyatidae
Dasyatis centroura (Mitchill, 1815)
A
Elasmobranchii
Dasyatis say (Lesueur, 1817)
T
Ordem Carcharhiniformes
Família Gymnuridae
Família Scyliorhinidae
Gymnura altavela (Linnaeus, 1758)
A
Galeus mincaronei Soto, 2001
R
Ordem Myliobatiformes
Schroederichthys saurisqualus Soto, 2001
R
Família Myliobatidae
Scyliorhinus haeckelii (Ribeiro, 1907)
A
Myliobatis freminvillii Lesueur, 1824
A
Família Triakidae
Myliobatis goodei Garman, 1885
A
Galeorhinus galeus (Linnaeus, 1758)
A
Mustelus canis (Mitchell, 1815)
A
Mustelus fasciatus (Garman, 1913)
T
Mustelus schmitti Springer, 1939
A
122
Família Myctophidae (continuação)
Teleostei
Electrona risso (Cocco, 1829)
R
Ordem Anguilliformes
Gymnoscopelus bolini Andriashev, 1962
R
Família Muraenidae
Gymnoscopelus nicholsi (Gilbert, 1911)
R
Gymnothorax conspersus Poey, 1867
R
Gymnoscopelus piabilis (Whitley, 1931)
T
Gymnothorax ocellatus Agassiz, 1831
A
Hygophum hygomii (Lütken, 1892)
R
Família Synaphobranchidae
Lampanyctus australis Tåning, 1932
R
Dysommina rugosa Ginsburg, 1951
A
Lepidophanes guentheri (Goode & Bean, 1896)
R
Família Ophichthidae
Myctophum obtusirostre Tåning, 1928
R
Ophichthus gomesii (Caustelnau, 1855)
R
Symbolophorus barnardi (Tåning, 1932)
A
Família Congridae
Ordem Polymixiiformes
Bassanago albescens (Barnard, 1923)
R
Família Polymixiidae
Conger orbignyanus Valenciennes, 1842
A
Polymixia lowei Günther, 1859
A
Família Nettastomatidae
Ordem Ophidiiformes
Nettastoma melanura Rafinesque, 1810
R
Família Carapidae
Família Serrivomeridae
Echiodon cryomargarites Markle,Williams & Olney, 1983
R
Serrivomer schmidti Bauchot-boutin, 1954
R
Snyderidia canina Gilbert, 1905
R
Ordem Clupeiformes
Família Ophidiidae
Família Engraulidae
Benthocometes robustus (Goode & Bean, 1886)
A
Engraulis anchoita Hubbs & Marini, 1935
A
Genypterus brasiliensis Regan, 1903
A
Ordem Osmeriformes
Monomitopus americanus (Nielsen, 1971)
R
Família Argentinidae
Ordem Gadiformes
Argentina striata Goode & Bean, 1895
A
Família Macrouridae
Família Alepocephalidae
Caelorinchus marinii Hubbs,1934
A
Xenodermichthys copei (Gill, 1884)
R
Hymenocephalus billsam Marshall & Iwamoto,1973
R
Ordem Stomiiformes
Lucigadus ori (Smith, 1968)
R
Família Gonostomatidae
Malacocephalus laevis (Lowe, 1843)
A
Gonostoma elongatum Günther, 1878
R
Malacocephalus occidentalis Goode & Bean, 1885
A
Família Sternoptychidae
Ventrifossa macropogon Marshall, 1973
R
Argyropelecus aculeatus Valenciennes, 1849
R
Ventrifossa mucocephalus Marshall,1973
R
Argyropelecus gigas Norman, 1930
R
Família Moridae
Argyropelecus hemigymnus Cocco, 1829
R
Austrophycis marginata (Günther, 1878)
R
Maurolicus stehmanni Parin & Kobyliansky, 1993
A
Gadella imberbis (Vaillant, 1888)
R
Família Phosichthyidae
Laemonema goodebeanorum Meléndez & Markle, 1997
R
Phosichthys argenteus Hutton, 1873
R
Tripterophycis gilchristi Boulenger, 1902
R
Polymetme thaeocoryla Parin & Borodulina, 1990
A
Família Bregmacerotidae
Polymetme sp
R
Bregmaceros atlanticus Good & Bean, 1886
A
Família Astronesthidae
Bregmaceros cantori Milliken & Houde, 1984
R
Astronestes sp.
Família Merlucciidae
Família Chauliodontidae
Macruronus magellanicusnnberg, 1907
A
Chauliodus minimus Parin & Novikova, 1974
R
Merluccius hubbsi Marini, 1933
A
Chauliodus sloani Bloch & Schneider, 1801
R
Família Gadidae
Família Idiacanthidae
Urophycis brasiliensis (Kaup, 1858)
A
Idiacanthus atlanticus Brauer, 1906
R
Urophycis mystacea Ribeiro, 1903
A
Família Melanostomiidae
Ordem Batrachoidiformes
Flagellostomias boureei (Zugmayer, 1913)
R
Família Batrachoididae
Melanostomias niger Gilchrist & vonBonde, 1924
R
Porichthys porosissimus (Valenciennes, 1837)
A
Família Stomiidae
Ordem Lophiiformes
Stomias affinis Günther, 1887
A
Família Lophiidae
Ordem Aulopiformes
Lophius gastrophysus Ribeiro, 1915
A
Família Chlorophthalmidae
Família Ogcocephalidae
Chlorophthalmus agassizi Bonaparte, 1840
A
Dibranchus atlanticus Peters, 1876
R
Parasudis truculenta (Goode & Bean, 1896)
A
Ordem Beryciformes
Família Synodontidae
Família Trachichthyidae
Saurida brasiliensis Norman, 1935
R
Gephryroberyx darwini (Johnson, 1866)
R
Saurida caribbaea Breder, 1927
A
Hoplostethus occidentalis Woods, 1973
A
Família Paralepididae
Paratrachichthys atlanticus Menezes, 1971
R
Lestidum atlanticum Borodin, 1928
R
Família Berycidae
Lestrolepis intermedia (Poey, 1868)
R
Beryx splendens Lowe, 1834
A
Ordem Myctophiformes
Ordem Zeiformes
Família Neoscopelidae
Família Zeniontidae
Neoscopelus macrolepidotus Johnson, 1863
T
Zenion hololepis (Goode & Bean, 1896)
R
Família Myctophidae
Família Zeidae
Diaphus dumerilii (Bleeker, 1856)
A
Zenopsis conchifera (Lowe, 1852)
A
Diaphus effulgens (Goode & Bean, 1896)
A
Família Grammicolepididae
Diaphus garmani Gilbert, 1906
R
Xenolepidichthys dalgleishi Gilchrist, 1922
A
Diaphus hudsoni Zubbrigg & Scott, 1976
R
123
Família Caproidae
Família Kyphosidae
Antigonia capros Lowe, 1843
A
Kyphosus incisor (Cuvier, 1831)
R
Ordem Gasterosteiformes
Família Cheilodactylidae
Família Macroramphosidae
Nemadactylus bergi (Norman, 1937)
R
Centriscops humerosus (Richardson, 1846)
R
Família Zoarcidae
Macroramphosus scolopax (Linnaeus, 1758)
A
Não identificado
R
Notopogon fernandezianus (Delfin, 1899)
A
Família Pinguipedidae
T
Ordem Scorpaeniformes
Pseudopercis numida Ribeiro, 1903
Família Dactylopteridae
Pseudopercis sp
A
Dactylopterus volitans Linnaeus, 1758
T
Família Percophidae
A
Família Scorpaenidae
Bembrops heterurus (Ribeiro, 1903)
Helicolenus lahillei Norman, 1937
A
Percophis brasiliensis Quoy & Gaimard, 1824
A
Pontinus corallinus Ribeiro, 1903
T
Família Callionymidae
Setarches guentheri Johnson, 1862
A
Foetorepus dagmarae (Fricke, 1985)
R
Família Triglidae
Família Gempylidae
A
Bellator brachychir (Regan, 1914)
A
Neoepinnula americana (Grey,1953)
A
Prionotus nudigula Ginsburg, 1950
A
Promethichthys prometheus (Cuvier, 1832)
Prionotus punctatus (Bloch, 1797)
A
Thyrsitops lepidopoides Cuvier, 1831
A
Família Peristediidae
Família Trichiuridae
A
Peristedion altipinnis (Regan, 1903)
A
Benthodesmus elongatus (Clarke, 1876)
A
Peristedion sp.
A
Evoxymetopon taeniatus Gill, 1863
A
Peristedion truncatum (Günther, 1880)
R
Lepidopus altifrons Parin & Collettte, 1993
Ordem Perciformes
Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758
T
Família Acropomatidae
Família Scombridae
T
Synagrops bellus (Goode & Bean, 1895)
A
Auxis thazard (Lacepède, 1800)
T
Synagrops spinosus Schultz, 1940
A
Sarda sarda (Bloch, 1793)
Família Serranidae
Scomber japonicus Houttuyn, 1782
R
Anthias menezesi Anderson & Heemstra, 1980
R
Família Centrolophidae
Bathyanthias roseus Günther, 1880
A
Centrolophus niger (Gmelin, 1789)
A
Dules auriga Cuvier, 1829
A
Família Ariommatidae
Epinephelus flavolimbatus Poey, 1865
T
Ariomma bondi Fowler, 1930
A
Hemanthias vivanus (Jordan & Swain, 1884)
R
Família Stromateidae
Polyprion americanus (Bloch & Schneider, 1801)
A
Peprilus paru (Linnaeus, 1758)
Pronotogrammus martinicensis (Guichenot, 1868)
A
Ordem Pleuronectiformes
R
Serranus atrobranchus (Cuvier, 1829)
A
Família Bothidae
R
Família Opistognathidae
Monolene antillarum Norman, 1933
Lonchopisthus meadi Menezes & Figueiredo, 1971
R
Monolene atrimana Goode & Bean, 1886
T
Família Priacanthidae
Família Paralichthyidae
A
Cookeolus japonicus (Cuvier, 1829)
A
Citharichthys cornutus (Günther, 1880)
A
Priacanthus arenatus Cuvier, 1829
T
Etropus longimanus Norman, 1933
A
Família Epigonidae
Paralichthys isosceles Jordan, 1890
R
Epigonus occidentalis Goode & Bean, 1896
R
Paralichthys patagonicus Jordan, 1889
R
Família Branchiostegidae
Paralichthys triocellatus Ribeiro, 1903
Caulolatilus chrysops (Valenciennes, 1833)
A
Verecundum rasile Jordan, 1890
R
Lopholatilus villarii Ribeiro, 1915
A
Família Cynoglossidae
Família Pomatomidae
Symphurus ginsburgi Menezes & Benvegnú, 1976
Pomatomus saltatrix (Linnaeus, 1766)
A
Ordem Tetraodontiformes
R
Família Carangidae
Família Balistidae
Decapterus tabl Berry, 1968
A
Canthidermis sp.
R
Naucrates ductor (Linnaeus, 1758)
T
Família Tetraodontidae
Trachurus lathami Nichols, 1920
A
Sphoeroides pachygaster (Müller & Troschel, 1848)
T
Família Bramidae
Família Molidae
Brama brama (Bonnaterre, 1788)
T
Mola mola (Linnaeus, 1758)
T
Família Lutjanidae
Pristipomoides freemani Anderson, 1966
A
Família Sparidae
Pagrus pagrus (Linnaeus, 1758)
A
Família Sciaenidae
Cynoscion guatucupa (Cuvier, 1830)
A
Cynoscion jamaicensis (Vaillant & Bocovrt, 1883)
A
Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823)
A
Umbrina canosai Berg, 1895
A
Família Mullidae
Mullus argentinae Hubbs & Marini, 1933
A
Família Kyphosidae
Kyphosus incisor (Cuvier, 1831)
R
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