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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
AVALIAÇÃO IN-VIVO DA MAGNITUDE DE FORÇA PRODUZIDA
DURANTE A EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA EM PACIENTES
NAS DIFERENTES FASES DAS DENTIÇÕES: DECÍDUA, MISTA
E PERMANENTE JOVEM.
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-graduação em Odontologia da
Universidade Paulista UNIP para a
obtenção do título de mestre em
Odontologia
RODRIGO RAMIRES BORBOLLA
SÃO PAULO
2008
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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
AVALIAÇÃO IN-VIVO DA MAGNITUDE DE FORÇA PRODUZIDA
DURANTE A EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA EM PACIENTES
NAS DIFERENTES FASES DAS DENTIÇÕES: DECÍDUA, MISTA
E PERMANENTE JOVEM.
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-graduação em Odontologia da
Universidade Paulista UNIP para a
obtenção do título de mestre em
Odontologia
Orientador: Prof. Dr. Kurt Faltin Jr.
RODRIGO RAMIRES BORBOLLA
SÃO PAULO
2008
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Borbolla, Rodrigo Ramires
A avaliação in-vivo da magnitude de força produzida
durante a expansão rápida da maxila em pacientes nas
diferentes fases das dentições: decídua, mista e permanente
jovem. / Rodrigo Ramires Borbolla. – São Paulo, 2008.
80 f.:il, color
Dissertação (mestrado) – Apresentada ao Instituto de
Ciências da Saúde da Universidade Paulista, São Paulo, 2008.
Área de Concentração: Ortodontia
“Orientação: Kurt Faltin Junior”
1. Força expansiva. 2. Disjunção palatina. 3. Dentição. 4.
Gráficos. I. Título.
4
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais Dario e Marisa, por todo amor e confiança depositados
em mim. Agradeço a Deus por ter os pais que vocês são, amo muito vocês.
A minha esposa Ana Cristina, pelo amor, apoio, dedicação,
compreensão e principalmente pela paciência desprendida ao longo dessa
jornada, sem você eu não teria conseguido, você é a pessoa mais importante
da minha vida.
Ao meu irmão Pedro pela ajuda e incentivo.
Ao meu grande mestre, amigo e orientador Prof. Dr. Kurt Faltin Jr. pela
confiança, conhecimento, ajuda, incentivo que muito me auxiliou na realização
deste trabalho, e por incitar cada vez mais em todos nós a busca pela
excelência clínica.
Ao também amigo Prof. Dr. Rolf Marçon Faltin pelo apoio, e por acreditar
na minha capacidade de realizar este trabalho.
Ao Prof. Dr. Franz G. Sander por todo o material e conhecimentos
cedidos.
Ao Prof. Dr. Marcos Rogério de Mendonça pela qualidade e ajuda na
finalização deste trabalho.
5
5
AGRADECIMENTOS
A todos os pacientes que se propuseram ao tratamento e que
proporcionaram a realização deste trabalho.
Aos meus mestres e amigos de clínica Prof. Dr. Carlos Eduardo
Fonseca, Prof. Dr. Eduardo Camarote e Prof. Dr. Carlos Kessner.
As minhas amigas Dra. Giselle Namur Menusier e Dra. Mariana Mei
Janikian pela paciência, compreensão e principalmente pela amizade que
possibilitou a realização deste trabalho.
A Prof. Dra. Cristina Lúcia Feijó Ortolani pela paciência, ajuda e por todo
o incentivo dado durante o meu mestrado.
Ao Dr. Alexandre Pinheiro Bittencourt e sua equipe pelos aparelhos e
pela amizade.
Aos meus grandes amigos Dr. Marcos C. Pitta e Dr. Gustavo Motta por
todo o apoio e conhecimento.
Aos funcionários desta Universidade por toda ajuda e compreensão.
Aos meus companheiros de mestrado por tudo que passamos juntos.
Aos meus companheiros de profissão da CATOL por todo apoio e por
terem cedido o local para que esse trabalho fosse concluído.
Ao meu amigo e "irmão" Rafael Fragoso e ao meu primo Samuel
Friedman pela ajuda na finalização desse trabalho.
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6
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ......................................................................IV
LISTA DE TABELAS ......................................................................VII
LISTA DE ABREVIAÇÕES ............................................................VIII
RESUMO .......................................................................................IX
ABSTRACT ...................................................................................X
1. INTRODUÇÃO............................................................................01
2. REVISÃO DA LITERATURA ......................................................04
3. PROPOSIÇÃO ...........................................................................17
4. MATERIAL E MÉTODO .............................................................18
4.1 Aparelho para ERM .............. .......................................19
4.2 Protocolo de instalação..................................................21
4.3 Protocolo de ativação ....................................................24
4.4 Material e método de medição ......................................24
4.5 Método de cálculo da força de expansão real ..............30
5. RESULTADOS ..........................................................................31
5.1 Resultados do grupo I ..................................................31
5.2 Resultados do grupo II .................................................38
5.3 Resultados do Grupo III................................................46
6. DISCUSSÃO .............................................................................54
7. CONCLUSÕES .........................................................................61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................62
8. ANEXOS ....................................................................................66
7
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.1 – Foto do expansor maxilar utilizado. ....................................... 20
Figura 4.2 – Aparelho de ERM instalado ....................................................23
Figura 4.3 Representação esquemática do material e método de
medição.........................................................................................................26
Figura 4.4 Material de medição utilizado no experimento.
.......................................................................................................................26
Figura 4.5 Representação esquemática do método de medição
(ativação).......................................................................................................29
Figura 5.1 Gráfico da 1ª ativação paciente JMO ..........................................32
Figura 5.2 Gráfico da 2ª ativação paciente JMO ..........................................32
Figura 5.3 Gráfico da 3ª ativação paciente JMO ..........................................32
Figura 5.4 Gráfico da 4ª ativação paciente JMO ..........................................32
Figura 5.5 Gráfico da 5ª ativação paciente JMO ..........................................32
Figura 5.6 Gráfico da 6ª ativação paciente JMO ..........................................32
Figura 5.7 Gráfico da 7ª ativação paciente JMO ..........................................33
Figura 5.8 Gráfico da 8ª ativação paciente JMO ..........................................33
Figura 5.9 Gráfico da 9ª ativação paciente JMO ..........................................33
Figura 5.10 Gráfico da 10ª ativação paciente JMO ......................................33
Figura 5.11 Gráfico da 15ª ativação paciente JMO ......................................33
Figura 5.12 Gráfico da 16ª ativação paciente JMO ......................................33
Figura 5.13 Gráfico da 19ª ativação paciente JMO ......................................34
Figura 5.14 Gráfico da 20ª ativação paciente JMO ......................................34
Figura 5.15 Gráfico da 23ª ativação paciente JMO ......................................34
Figura 5.16 Gráfico da 24ª ativação paciente JMO ......................................34
Figura 5.17 Gráfico da 29ª ativação paciente JMO ......................................34
Figura 5.18 Gráfico da 30ª ativação paciente JMO ......................................34
Figura 5.19 Gráfico da 33ª ativação paciente JMO ......................................35
Figura 5.20 Gráfico da 34ª ativação paciente JMO ......................................35
Figura 5.21 Gráfico da 37ª ativação paciente JMO ......................................35
Figura 5.22 Gráfico da 38ª ativação paciente JMO ......................................35
Figura 5.23 Seqüência de diagramas do paciente JMO ao longo do
procedimento (comportamento longitudinal) ................................................36
Figura 5.24 Gráfico de colunas do paciente do Grupo I ...............................37
Figura 5.25 Gráfico da 1ª ativação paciente LSM ........................................39
Figura 5.26 Gráfico da 2ª ativação paciente LSM ........................................39
8
8
Figura 5.27 Gráfico da 3ª ativação paciente LSM ........................................39
Figura 5.28 Gráfico da 4ª ativação paciente LSM ........................................39
Figura 5.29 Gráfico da 5ª ativação paciente LSM ........................................39
Figura 5.30 Gráfico da 6ª ativação paciente LSM ........................................39
Figura 5.31 Gráfico da 7ª ativação paciente LSM ........................................40
Figura 5.32 Gráfico da 8ª ativação paciente LSM ........................................40
Figura 5.33 Gráfico da 9ª ativação paciente LSM ........................................40
Figura 5.34 Gráfico da 10ª ativação paciente LSM ......................................40
Figura 5.35 Gráfico da 15ª ativação paciente LSM ......................................40
Figura 5.36 Gráfico da 16ª ativação paciente LSM ......................................40
Figura 5.37 Gráfico da 19ª ativação paciente LSM ......................................41
Figura 5.38 Gráfico da 20ª ativação paciente LSM ......................................41
Figura 5.39 Gráfico da 23ª ativação paciente LSM ......................................41
Figura 5.40 Gráfico da 24ª ativação paciente LSM ......................................41
Figura 5.41 Gráfico da 29ª ativação paciente LSM ......................................41
Figura 5.42 Gráfico da 30ª ativação paciente LSM ......................................41
Figura 5.43 Gráfico da 33ª ativação paciente LSM ......................................42
Figura 5.44 Gráfico da 34ª ativação paciente LSM ......................................42
Figura 5.45 Gráfico da 37ª ativação paciente LSM ......................................42
Figura 5.46 Gráfico da 38ª ativação paciente LSM ......................................42
Figura 5.47 Gráfico da 43ª ativação paciente LSM ......................................42
Figura 5.48 Gráfico da 44ª ativação paciente LSM ......................................42
Figura 5.49 Gráfico da 47ª ativação paciente LSM ......................................43
Figura 5.50 Gráfico da 48ª ativação paciente LSM ......................................43
Figura 5.51 Gráfico da 51ª ativação paciente LSM ......................................43
Figura 5.52 Gráfico da 52ª ativação paciente LSM ......................................43
Figura 5.53 Gráfico da 53ª ativação paciente LSM ......................................43
Figura 5.54 Seqüência de diagramas do paciente LSM ao longo do
procedimento (comportamento longitudinal) ................................................44
Figura 5.55 Gráfico de colunas do paciente do Grupo II...............................45
Figura 5.56 Gráfico da 1ª ativação paciente BVL .........................................47
Figura 5.57 Gráfico da 2ª ativação paciente BVL .........................................47
Figura 5.58 Gráfico da 3ª ativação paciente BVL .........................................47
Figura 5.59 Gráfico da 4ª ativação paciente BVL .........................................47
9
9
Figura 5.60 Gráfico da 5ª ativação paciente BVL .........................................47
Figura 5.61 Gráfico da 6ª ativação paciente BVL .........................................47
Figura 5.62 Gráfico da 7ª ativação paciente BVL .........................................48
Figura 5.63 Gráfico da 8ª ativação paciente BVL .........................................48
Figura 5.64 Gráfico da 9ª ativação paciente BVL .........................................48
Figura 5.65 Gráfico da 10ª ativação paciente BVL .......................................48
Figura 5.66 Gráfico da 15ª ativação paciente BVL .......................................48
Figura 5.67 Gráfico da 16ª ativação paciente BVL .......................................48
Figura 5.68 Gráfico da 19ª ativação paciente BVL .......................................49
Figura 5.69 Gráfico da 20ª ativação paciente BVL .......................................49
Figura 5.70 Gráfico da 23ª ativação paciente BVL .......................................49
Figura 5.71 Gráfico da 24ª ativação paciente BVL .......................................49
Figura 5.72 Gráfico da 29ª ativação paciente BVL .......................................49
Figura 5.73 Gráfico da 30ª ativação paciente BVL .......................................49
Figura 5.74 Gráfico da 33ª ativação paciente BVL .......................................50
Figura 5.75 Gráfico da 34ª ativação paciente BVL .......................................50
Figura 5.76 Gráfico da 37ª ativação paciente BVL .......................................50
Figura 5.77 Gráfico da 38ª ativação paciente BVL .......................................50
Figura 5.78 Gráfico da 43ª ativação paciente BVL .......................................50
Figura 5.79 Gráfico da 44ª ativação paciente BVL .......................................50
Figura 5.80 Gráfico da 47ª ativação paciente BVL .......................................51
Figura 5.81 Gráfico da 48ª ativação paciente BVL .......................................51
Figura 5.82 Gráfico da 51ª ativação paciente BVL .......................................51
Figura 5.83 Gráfico da 52ª ativação paciente BVL .......................................51
Figura 5.84 Gráfico da 53ª ativação paciente BVL .......................................51
Figura 5.85 Seqüência de diagramas do paciente BVL ao longo do
procedimento (comportamento longitudinal).................................................52
Figura 5.86 Gráfico de colunas do paciente do Grupo III..............................53
10
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 4. 1 Relação dos dias de medições e correspondentes ativações
.........................................................................................28
11
11
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ERM – Expansão rápida da maxila
N – Newton
cm – Centímetro
lb – Libras
ELM – Expansão lenta da maxila
g – Gramas
mm – Milímetros
% - Porcentagem
º - Graus Celsius
CL – Classe
s - Segundos
TICKS = (t x 0,001segundos)
12
12
RESUMO
BORBOLLA, R.R. Avaliação in-vivo da magnitude de força produzida
durante a expansão rápida da maxila em pacientes nas diferentes
fases das dentições: decídua, mista e permanente jovem.
Dissertação (Mestrado em Ortodontia - Ortopedia Facial) - Instituto de
Ciências da Saúde, Universidade Paulista, 2008.
A expansão rápida da maxila (ERM) sempre despertou grande interesse
nos pesquisadores da área da ortopedia facial ao longo dos anos por ser
um dos procedimentos mais empregados na especialidade e pelo fato da
atresia maxilar estar freqüentemente associada às más-oclusões. Além
disso, as atresias maxilares se desenvolvem de uma maneira precoce
sem correção espontânea. A magnitude de força expansiva e suas
implicações durante o procedimento clínico de ERM permanece
questionável até hoje. O presente estudo tem como objetivo avaliar a
magnitude de força expansiva durante a ERM nas diferentes fases das
dentições: decídua, mista e permanente jovem. A amostra foi composta
por 9 pacientes brasileiros, sendo 8 do gênero feminino e 1 do gênero
masculino que foram separados em três grupos de acordo com suas
dentições. O Grupo I com três pacientes com dentição decídua, o Grupo
II possuía três pacientes com dentição mista e o Grupo III com três
pacientes com permanente jovem. O aparelho utilizado no estudo foi um
expansor palatino com recobrimento acrílico dos dentes suporte. Foram
avaliadas as curvas representativas das forças aplicadas durante a ERM
no protocolo de duas ativações diárias, que mostraram que o
comportamento dessas forças expansivas ao longo do procedimento
variou longitudinalmente, individualmente e entre os grupos
experimentais. As forças chegam no máximo a 20N no Grupo I, 65N no
Grupo II e 78N no Grupo III.
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13
ABSTRACT
BORBOLLA, R.R. An in-vivo study of the expansive force produce
during rapid maxillary expansion in patience in the deciduous,
mixed and young permanent dentition. Dissertation (Specialization in
Orthodontics - Facial Orthopedics) - Instituto de Ciências da Saúde,
Universidade Paulista, 2008.
Rapid maxillary expansion (RME) has always draw great interest of
researchers in the orthopedic field along the years. It’s a largely
employed procedure and maxillary constriction is often associated with
malocclusions. In addition, maxillary constriction has an early
development and is hardly corrected. The aim of this study is to assess
the magnitude of the expansive force during RME in the different
dentitions phases. The sample consisted of 9 Brazilian patients, 8 female
and 1 male, who were sorted in three groups: Group I, three patients with
deciduous dentition, Group II, three patients mixed dentition and Group
III, three patients with young permanent dentitions. The appliance utilized
in this study was a palatal expansor with an acrylic splint for the
supporting teeth. Curves representing the forces applied during RME in
the protocol of two daily activations were evaluated. They showed that
the way such expansive forces behave along the procedure had a
longitudinal and individual variation, including between the experimental
groups. It was also determined that the maximum expanding force
measured in Group I was 20N, in the Group II was 65N and in Group III
was 78N.
14
14
1. INTRODUÇÃO
Quando o ortodontista realiza um procedimento ortopédico de
expansão rápida da maxila (ERM) em seus pacientes ele espera que
aconteça um alargamento transverso dos ossos maxilares com a
disjunção da sutura palatina mediana alterando assim a morfologia do
arco superior e possibilitando uma oclusão harmônica com o arco
inferior. Foi o que relatou Angell em 1860 nos E.U.A quando, em um
período de 15 dias, expandiu em 6mm o arco superior de uma menina de
14 anos.
No começo do século passado, ao divulgar “o conceito funcional
do crescimento” que admitia que a expansão das arcadas dentárias
poderia estimular o crescimento ósseo intersticial, Angle praticamente
pôs um fim aos estudos sobre a ERM, pois como era muito conhecido e
conceituado, todos os ortodontistas da época acabaram por realizar uma
expansão convencional do que a expansão rápida da maxila.
No entanto, foi nos meados da década de 40, após os adventos
do cefalostato por Hofrath e Broadbent que os estudos sobre a ERM
recomeçaram. Na Europa, ortodontistas de renome como Derichsweiler
(1953) e Korkhaus (1960) continuavam com os estudos sobre a ERM.
Entusiasmado com os bons resultados apresentados por aqueles
autores, Haas, na década de 60 nos Estados Unidos, provou que a
sutura palatina mediana podia ser aberta em uma extensão suficiente
15
15
para causar o alargamento do arco superior, tendo atraído a atenção não
só dos ortodontistas, mas também de otorrinolaringologistas, que se
tornaram adeptos da ERM.
Com o passar dos anos muitos trabalhos foram realizados pela
comunidade científica para demonstrar os benefícios da expansão rápida
da maxila. Concomitante a isso, muitos tipos de aparelhos e técnicas
foram sendo desenvolvidos também, que comprovaram os ótimos
resultados que uma expansão palatina pode oferecer.
Os estudos recentes mostram que a expansão maxilar seja ela
rápida ou não, deve ser realizada o mais cedo possível e que o
diagnóstico preciso dos diferentes tipos de más oclusões é de vital
importância para o bom andamento do tratamento. Além da idade, o
sexo, a maturação óssea e o tipo facial do paciente também podem
determinar o sucesso ou não desse tratamento.
A magnitude de força empregada nos dentes e estruturas de
suporte e as conseqüências que podem advir desta terapêutica é outra
grande preocupação dos ortodontistas que realizam a ERM nos dias
atuais. Desta maneira, o número de ativações diárias utilizada como
protocolo durante a ERM torna-se um fator muito importante no resultado
e tempo final da expansão. Com isso a determinação de um protocolo de
ativações diária no processo de disjunção palatina é tão importante
quanto a magnitude de força empregada durante a ERM. A conduta com
os aspectos biológicos em todos os procedimentos ortodônticos e
ortopédicos parece ser o grande desafio da especialidade no presente.
16
16
Durante estes últimos 150 anos, muitos estudos foram feitos,
muitos dispositivos foram criados, muitas idéias foram defendidas porém,
muitas dúvidas ainda permanecem.
Diante do exposto surgiu o interesse em determinar de uma forma
mais precisa a magnitude de força in-vivo usada durante a expansão
rápida da maxila nas diferentes fases das dentições: decídua, mista e
permanente jovem, tornando assim o tratamento dessas más oclusões
mais eficiente do ponto de vista biológico sem que se utilize forças
excessivas e danos aos tecidos de suporte.
17
17
2. REVISÃO DE LITERATURA
A expansão rápida da maxila (ERM) é uma técnica ortodôntica
que foi relatada pela primeira vez em 1860, quando Angell, na cidade de
São Francisco expandiu em 6mm a largura do arco de uma menina de
14 anos de idade no período de 15 dias, utilizando um parafuso
expansor colocado entre os pré-molares.
Este primeiro trabalho marcou o início dos tratamentos dos casos
de atresias maxilares. Porém, no período entre os anos de 1910 e 1930
os estudos sobre expansão rápida da maxila mostravam grandes
controvérsias quanto a seus modos de aplicação, tipo de expansão e
forças empregadas. Por esta razão permaneceram sem muito estudo
durante este período.
Haas (1961), realizou um estudo sobre a ERM dividido em duas
partes, uma experimental e outra clínica. No estudo experimental utilizou
8 porcos para verificar se a sutura palatina mediana poderia ser
separada e qual a extensão dessa abertura. Observou também as
mudanças nasais após o procedimento. Satisfeito com os resultados
obtidos Haas selecionou dez pacientes os quais foram submetidos a
ERM, e onde pode comprovar que este procedimento não causava dor
ou desconforto aos pacientes, abria-se um diastema entre os incisivos
centrais superiores, separação dos maxilares em forma de cunha com o
ápice voltado para a cavidade nasal, alargamento do nariz e
abaixamento do seu assoalho além de promover uma ligeira inclinação
18
18
para vestibular dos dentes inferiores que tendiam acompanhar os
superiores.
Krebs (1964), realizou um estudo em pacientes onde foram
colocados implantes metálicos em ambos os lados da arcada para
avaliar as mudanças ocorridas com a expansão palatina. Comprovou
que o aumento da expansão na arcada dentária estava associado a uma
expansão na base maxilar mais freqüente em meninos do que em
meninas e que os melhores resultados da expansão se davam antes do
surto de crescimento, porém o efeito ortopédico diminuía com a idade.
Isaacson & Wood (1964), desenvolveram o desenho, a construção
e a calibragem do primeiro sistema de medição de forças que foi
destinado a medir corretamente as forças produzidas no procedimento
de expansão rápida da maxila. O aparelho desenvolvido para o
experimento era bandado e com recobrimento acrílico em um dos lados,
no outro um dinamômetro foi conectado para realizar as medições. A
pressão exercida pelo aparelho podia ser analisada nos três eixos
perpendiculares em seu momento de força. As forças medidas durante a
ERM eram horizontal, vertical e uma combinação das duas, resultando
em uma força rotacional vestibular nas duas metades alveolares da
maxila.
Ainda em 1964 Isaacson & Ingram na continuidade do estudo
anterior, mostraram em cinco pacientes através do aparelho
desenvolvido, que uma única ativação, de 0,2mm a cada ¼ de volta do
parafuso expansor produzia entre 3 e 10 lb (libras) de força, (de 13,6N a
19
19
45,3N) que se deteriorou rapidamente no princípio e continuou
diminuindo, porém poderia acumular uma força residual de até 20
libras(90,6N). Também foram medidas as forças mecânicas produzidas
pelos aparelhos de ERM nas fases de ativação e contenção e avaliaram
a força resultante residual que se acumulava entre os intervalos das
ativações. Por definição, força residual é a força remanescente entre
duas ativações consecutivas, antes de iniciar a segunda ativação. Após
a ativação do torno, a força se eleva e logo depois declina. No entanto,
foi verificado que entre a primeira e a segunda ativação acumulava-se
uma força residual. Esta força residual aparecia em todos os pacientes
porém variando a sua magnitude, de acordo com a idade e maturação
óssea. Essa força residual seria o resultado da força inicial aplicada
subtraída da força absorvida pelos tecidos. Os autores sugeriram ainda
que a expansão total poderia se tornar fisiológicamente estável, em um
tratamento com tempo inferior ao convencional, com procedimentos de
expansão realizados com forças constantes, de menor intensidade, em
horários de ativação mais espaçados ou com ativações menos intensas
por expansão. Concluíram ainda que a resistência à ERM não estava
somente na sutura palatina mediana, mas nas outras suturas ósseas do
esqueleto facial relacionadas à maxila.
Zimring & Isaacson (1965), investigaram as forças residuais
presentes durante a fase de contenção. Essa força residual foi
encontrada em todos os pacientes, porém, ela era maior e mais presente
em pacientes mais velhos do que nos pacientes mais jovens (28% vs
15%). Ela se tornava maior ainda nos estágios iniciais de ativação nos
20
20
pacientes mais velhos (70%) e nos estágios finais dos pacientes jovens
(25%). Observou-se que na fase de contenção a força residual foi
dissipada em todos os pacientes, e que a força ideal necessária para
que houvesse a ocorrência da separação maxilar foi relacionada com a
idade, maturação óssea, sexo, padrão esqueletal facial e padrão
muscular do paciente.
Haas (1965), na Universidade norte-americana na cidade de
Illinois, provou que a sutura intermaxilar podia ser aberta em uma
extensão suficiente para causar o alargamento do arco superior, os
pacientes não sentiam dor e os dentes da arcada inferior sofriam uma
leve vestibularização em função da oclusão e das forças musculares da
mastigação. Seus trabalhos atraíram não só a atenção dos ortodontistas,
mas também dos rinologistas, que se tornaram adeptos da ERM.
Storey em 1973, sugeriu uma expansão mais lenta da maxila
com ativações de 0,5 à 1,0 mm(de 2 à 4 ativações) de expansão por
semana para obter-se um menor trauma psicológico e uma maior
estabilidade na ERM. Ele também relatou que com a expansão lenta, a
força exercida estimulou a produção óssea a níveis ótimos e que
clinicamente as recidivas esqueletais são reduzidas bem como o período
de contenção que dura pouco mais de três meses. Storey também
mostrou em seu estudo que a expansão palatina era maior na crista
alveolar, e menor na abóbada palatina, e que o centro de rotação dessa
expansão maxilar ficava perto da sutura fronto-nasal, ou seja, a abertura
se dá de forma triangular.
21
21
Timms (1974), realizou um estudo para avaliar os benefícios
gerais da disjunção palatina. Relatou a importância do aparelho
expansor rígido que abrangesse um maior número de dentes possível,
para que a força fosse distribuída ao longo da borda inferior da maxila e
com a mínima movimentação dentária. Este seu estudo mostrou que a o
centro de rotação da disjunção se encontrava mais alto e mais para
posterior e que o alargamento da maxila trazia benefícios para a
respiração já que o assoalho nasal também aumentava.
Cotton (1978), estudou as mudanças esqueletais lineares e
angulares contra a movimentação dos dentes suporte durante uma
expansão lenta da maxila. No estudo quatro macacos (Macaca mulatta)
cada um com um expansor foram submetidos a uma força contínua de
baixa intensidade que variava entre 1 e 2 lb (de 4,5N a 9,0N). A idade
dos macacos também variou e um deles foi usado como controle sem
ativação. Os resultados mostraram uma efetividade tão boa quanto uma
expansão rápida, no entanto a estabilidade pós-tratamento foi
considerada melhor graças a essa expansão lenta de baixa intensidade.
Os resultados mostraram também que a expansão foi 50% ortopédica e
50% ortodôntica.
Hicks (1978), quis confirmar os resultados obtidos por Cotton no
mesmo ano usando também forças de baixa intensidade 1-2 lb (de 4,5N
a 9,0N) para expansão palatina de 5 crianças. O aparelho utilizado no
experimento fora o mesmo descrito por Cotton com uma haste metálica
presa ao primeiro molar permanente. Esta medida permitiu avaliar as
mudanças esqueléticas e de inclinação dentária. Hicks determinou ainda
22
22
que a estabilidade pós-tratamento ocorreu devido a essa expansão lenta
num período de não mais que 8 semanas.
Wertz e Dreskin (1977), realizaram um estudo envolvendo 56
pacientes de vários ortodontistas de uma fundação de pesquisa
ortodôntica. Os pacientes da amostra apresentavam dentições decídua,
mista, permanente jovem e permanente adulta. Foram feitas tomadas
radiográficas em norma lateral e frontal em quatro estágios do
tratamento para avaliar as mudanças dentárias e esqueléticas.
Observaram que em todos os casos houve um aumento na largura do
arco superior, no entanto esse aumento foi mais ortodôntico na dentição
permanente adulta onde ocorreu também o maior número de recidivas.
Já nas dentições decídua e mista os resultados foram mais ortopédicos e
a contenção se deu em menos tempo. Observaram também um
deslocamento ântero-inferior da maxila e uma rotação horária da
mandíbula nos pacientes mais jovens.
Chaconas E Caputo (1982), realizaram um estudo que foi dividido
em duas etapas. Na primeira foi observado as características das forças
de ativação de cada aparelho, na segunda observaram a distribuição de
força ortopédica produzida em diferentes aparelhos expansores (Hyrax,
Haas, mini-expansor, quadriélice e um aparelho removível) no complexo
crânio facial. Um modelo anatômico tridimensional foi confeccionado
para simular essas alterações. O modelo foi examinado e fotografado
para avaliar as alterações ocorridas com cada tipo de aparelho. Os
resultados encontrados mostram que os disjuntores Hyrax, Haas e o
aparelho removível quando bem adaptado produziram forças ortopédicas
23
23
altas e similares e mudanças ortopédicas significativas. O mini-expansor
mostrou uma queda na força em cada ativação, porém as mudanças
ortopédicas apareceram. o quadriélice se mostrou o aparelho com
menor força ortopédica e mais ortodôntica a não ser quando utilizado em
idades jovens.
Bishara e Staley (1987), investigaram as implicações clínicas de
uma expansão rápida da maxila. Relataram que as causas das
desarmonias buco-linguais podem ser de origem genética ou adquirida, e
que a atresia maxilar pode ser resultado de uma alteração de função,
como ocorre em respiradores bucais. Em um caso clínico verificaram que
a expansão rápida da maxila ocorreu quando a força aplicada sobre os
dentes e sobre o processo alveolar excedeu os limites necessários para
a movimentação ortodôntica, e que a magnitude da abertura da sutura
varia em diferentes partes da sutura. Observaram também em seus
estudos que a principal resistência à abertura da sutura palatina não foi a
própria sutura e sim as demais estruturas em seu redor, particularmente
os ossos esfenóide e zigomático, e que essa abertura se dava de uma
forma triangular na vista oclusal e na vista frontal. Na vista oclusal o
vértice do triângulo está na porção posterior, e na frontal próximo a
sutura fronto-nasal.
Vardimon, et al (1987), estudaram os efeitos da magnitude (rápida
ou lenta) e ponto de aplicação (dento ou mucossuportado) da força no
tratamento da expansão palatina. No estudo realizado em 4 macacas
(Macaca fascicularis) foram utilizados quatro tipos de aparelhos. Um com
expansor rápido convencional bandado e com força de 2033g (20,33N),
24
24
dois deles usando forças magnéticas de expansão de baixa intensidade
258g (2,58N) e outro aparelho sem ativação, somente para controle. Os
resultados apresentados mostraram que a expansão magnética diminui
de acordo com o ponto de aplicação, isto fez com que os autores
sugerissem uma redução da força convencional de expansão em até oito
vezes e que o tratamento começasse o mais cedo possível,
principalmente nos casos de CL III com atresia maxilar.
Ferreira publicou em 1988 um artigo em que afirmava que a força
ideal para promover a expansão rápida da maxila para cada paciente
tem um valor individual, e que esse valor está relacionado com a idade,
maturação óssea, sexo, padrão esquelético facial e padrão muscular.
Segundo o próprio autor, as forças de 900 a 1800g (9N e 18N) são
suficientes para realização de uma ERM em pacientes com idades
inferiores a 15 anos. Em seu trabalho o autor também salienta que em
pacientes jovens as ativações podem ser feitas duas vezes ao dia com
intervalos de 12 horas enquanto que no adulto essas ativações são
realizadas apenas uma vez ao dia.
Arndt (1993), desenvolveu um aparelho semelhante ao quadriélice
de material termo ativado (Níquel-Titânio). Este aparelho produz uma
força constante depois de instalado de 230 a 300g (2,3 - 3,0N) ativado
pelo calor do corpo até um formato pré-determinado, causando assim
uma força leve e constante além de distalizar o primeiro molar superior.
Henry (1993), em um artigo, verificou os benefícios da expansão
lenta da maxila durante a dentição mista com o uso do quadriélice. No
25
25
estudo cada ativação gerava uma força recíproca de 450 550g (4,5
5,5N). O autor quis mostrar que a expansão maxilar e a disjunção
palatina podem ser realizadas com sucesso e comprovadas
radiograficamente utilizando forças de baixa intensidade com resultados
ortopédicos na dentição mista, mas produz apenas movimentos
ortodônticos no adulto. Porém deve-se levar em conta a idade do
paciente, o tipo de aparelho empregado, o estágio da dentição e a
maturação óssea do nosso paciente.
Darendelier, et al (1994) desenvolveram um projeto para
expansão maxilar com ativação magnética com forças leves entre 250 e
500g (2,5 e 5,0N). No estudo dois tipos de aparelhos (bandado e
cimentado) foram utilizados em seis pacientes com idades variando entre
7 e 16 anos. Quatro microimplantes foram colocados em cada paciente
para a comprovação radiográfica (oclusal, frontal e lateral). Dois entre o
incisivo central e o lateral e dois entre o pré-molar e o molar. Os
resultados variaram de acordo com a idade e com o tipo de aparelho
empregado, porém se mostraram satisfatórios, pois promoveram
modificações ortopédicas e ortodônticas em todos os casos com o uso
de forças leves o que trouxe menos trauma para a reparação da sutura
palatina mediana.
Ott e Ferreira (1994), em seu artigo mostraram um caso clínico
onde foi confeccionado um aparelho disjuntor bandado tipo Haas
modificado para expansão maxilar de um paciente com dentição mista,
porém de uma forma mais vagarosa que a habitual. Com 3 ativações por
semana, o que alcançaria 1 mm, as ativações foram realizadas em dias
26
26
alternados. Com esse método eles atingiram de 2 a 4 lb (9 a 18N) de
força contra 15 a 20 lb (70 a 100N) da expansão rápida, e mesmo assim
conseguiram a separação da sutura palatina mediana comprovada
radiograficamente pela radiografia oclusal.
Brosh, et al (1998), realizaram um estudo para determinar o
padrão da tensão desenvolvida durante as fases de ativação e
contenção em uma ERM. Foi feito um estudo comparativo entre 5 gatos
e 14 humanos, onde todos foram submetidos a uma ERM com o mesmo
expansor e o mesmo medidor. Neste estudo ficou comprovado que a
tensão e a expansão aumentaram progressivamente e
concomitantemente durante a fase de ativação no tratamento da ERM, e
que entre as ativações foi observado a presença da força residual. Essa
força residual permaneceu por mais dez dias na fase de contenção vindo
a diminuir posteriormente. A presença dessa força residual por mais dez
dias é atribuída a força de recidiva que acomete os pacientes. Ela não
pode ser mensurada, porém não pode ser descartada.
Silva Filho et al. (1999), defenderam a realização da ERM em
pacientes com dentição decídua e mista e portadores de mordida
cruzada posterior. Isto porque segundo os autores este procedimento
favorece o desenvolvimento da oclusão normal mais precocemente, o
que beneficiaria o desenvolvimento crânio-facial desses pacientes. No
protocolo realizado, as ativações eram feitas, 2/4 de volta pela manhã e
2/4 de volta à noite.
27
27
Haas (2001), em uma entrevista, fez algumas afirmações sobre a
expansão rápida da maxila. A magnitude da força aplicada na ERM evita
a movimentação dentária e promove a expansão ortopédica. As
ativações constantes de 1mm por dia promovem a separação da sutura
sem, no entanto vestibularizar os dentes. O aumento nos intervalos das
ativações resultou em um maior movimento ortodôntico do que
ortopédico. Mesmo com forças superiores a 75 N nós temos uma boa
tolerância da mucosa palatal. A magnitude das forças aplicadas pode
chegar a 100N, porém o usual fica entre 40 e 50 N. Para pacientes
acima de 18 anos faz-se necessário a ERM cirurgicamente assistida,
pois só assim conseguiremos promover uma separação maxilar sem
lesar os tecidos adjacentes.
Lopes et al em 2003 realizaram uma revisão da literatura sobre os
procedimentos que estão envolvidos na ERM. Com relação às forças
aplicadas os autores dizem que não um consenso e que elas podem
atingir a10.000g (100N), porém a sua faixa usual seria entre 4.000 e
5.000g (40 e 50N) e que uma simples ativação pode chegar a 7.000
(70N)
Knaup, et al (2004), observaram as mudanças morfológicas bem
como o grau de obliteração da sutura palatina mediana em vinte e três
pacientes de ambos os gêneros e com idades variando de 18 a 63 anos.
Neste estudo os pacientes foram divididos em dois grupos. Um grupo
com pacientes com menos de vinte e cinco e anos e outro grupo com
pacientes com mais de vinte e cinco anos. Eles puderam constatar que a
morfologia e a proporção de ossificação da sutura palatina mediana
28
28
variaram bastante entre os pacientes, porém não como se esperava. A
proporção de obliteração completa da sutura foi de apenas 13%, sendo
que o paciente que apresentava o maior grau não era o paciente mais
velho. Esse estudo mostrou que tanto a forma quanto o grau de
ossificação da região da sutura palatina mediana varia de acordo com a
idade, porém essa variação não demonstra que os pacientes com mais
idade possuam um grau de obliteração sutural maior.
Sander, et al (2006), em um estudo com dez pacientes entre 9 e
13 anos realizaram uma expansão rápida da maxila com parafusos
expansores previamente calibrados em laboratórios e com a mesma
chave de ativação para determinar a magnitude de força expansiva
durante as ativações. Elas foram realizadas em média cinco vezes por
dia. As forças geradas nessas ativações foram em média de 60 N,
atingindo picos máximos entre 80 a 90 N.
29
29
3. PROPOSIÇÃO
1. Determinar por meio de um estudo in-vivo, o comportamento da magnitude
das forças produzidas ao longo da expansão rápida da maxila nas dentições
decídua, mista e permanente jovem.
2. Confirmar a efetividade da disjunção palatina com o protocolo de duas
ativações diárias nos diferentes grupos.
30
30
4. MATERIAL E MÉTODO
O presente trabalho foi realizado em parceria entre a Universidade de
Ulm da Alemanha, e a Universidade Paulista – UNIP, como parte de um estudo
sobre a magnitude de força produzida durante a ERM. Foram selecionados
para este estudo 9 (nove) pacientes, sendo oito deles do gênero feminino e um
do gênero masculino. Todos os pacientes o brasileiros residentes em São
Paulo e que procuraram atendimento ortodôntico na clínica infantil da
Universidade Paulista, Campus Bacelar, São Paulo. Todos os pacientes não
haviam sofrido intervenção ortodôntica anteriormente.
Para realização deste procedimento todos os pacientes tinham que
apresentar atresia maxilar severa, ou seja, elevada discrepância transversa
negativa (superior a -6mm), diagnosticada através da análise transversa de
modelos de Korkhaus, (distância de 6-6 e de 4-4) e/ou reduzida distância inter-
jugal (superior a -4mm) obtida através da análise cefalométrica frontal de
Ricketts. Todos apresentavam ainda mordida cruzada posterior e
apinhamentos dentários superior anterior, além de gozarem de uma satisfatória
saúde geral e periodontal.
A amostragem foi, por razões metodológicas, separada em grupos de
acordo com as fases das dentições. Assim sendo os nove pacientes foram
divididos em três grupos experimentais:
31
31
Grupo I: Este grupo foi composto por 3(três) pacientes, sendo um do
gênero masculino e dois do gênero feminino que encontravam-se no primeiro
período transitório da dentição, ou seja, com todos os dentes decíduos
erupcionados e em oclusão sem que o primeiro molar permanente estivesse
irrompido ou qualquer outro dente decíduo estivesse esfoliado.
Grupo II: Este grupo foi composto por 3(três) pacientes do gênero
feminino que encontravam-se no período inter-transitório da dentição mista.
Esses pacientes possuem os 4(quatro) primeiros molares permanentes e os
8(oito) incisivos permanentes erupcionados e em oclusão, além dos demais
dentes decíduos da zona de sustentação (molares e caninos) fora da fase de
esfoliação.
Grupo III: Este grupo foi constituído também por 3(três) pacientes do
gênero feminino que encontravam-se com a dentição permanente, ou seja, na
fase final do segundo período transitório com os pré-molares superiores
totalmente erupcionados e em oclusão, independentemente ou não da irrupção
dos caninos permanentes superiores.
4.1 – Aparelho para ERM
Para a realização do trabalho, o aparelho escolhido foi um expansor
palatino com recobrimento acrílico dos dentes suporte preconizado por
McNamara (McNamara 1995). Os parafusos expansores utilizados foram todos
cedidos pela equipe do Prof. Dr. F.G. Sander do Departamento de Ortodontia
Ortopedia Facial da Universidade de Ulm. São todos do tipo Hyrax da firma
Forestadent (Pforzheim, Alemanha) modelo 167-1326, tendo capacidade total
de abertura de 13,0 mm e aproximadamente 0,22mm de expansão a cada ¼
32
32
de volta segundo o fabricante. Estes possuíam ainda duas guias e quatro
hastes soldadas a laser ao torno expansor. Estas hastes foram soldadas à
prata a uma estrutura ferulizada com recobrimento oclusal em resina acrílica
autopolimerizavel da marca Clássico (São Paulo, Brasil) para fixação aos
dentes posteriores que serviram de suporte. (Fig. 4.1 pág, 20)
Figura 4.1 – Vista oclusal do expansor utilizado
A equipe do Professor Sander testou anteriormente em laboratório do
Departamento de Ortodontia Ortopedia Facial na Universidade de Ulm todos
os parafusos enviados para este trabalho. Todos esses parafusos foram
submetidos a um teste in-vitro de carga e fricção ao longo das ativações dos
parafusos para aferição das forças de resistência inerentes a cada torno. Os
valores obtidos nestes testes foram utilizados mais tarde para a determinação
da magnitude de força expansiva final (real) presente in-vivo durante a ERM.
Foram realizados ainda testes para observar o limite de ativação de cada torno.
Ao final, esses foram respectivamente numerados para o experimento in-vivo
das forças expansivas.
33
33
4.2– Protocolo de instalação
Antes de realizar a instalação propriamente dita do expansor, observou-
se as condições dos dentes que serviriam de suporte, tanto na dentição mista
quanto na permanente jovem bem como os tecidos de suporte. Foram
realizadas tomadas radiográficas panorâmicas e periapicais para essa
comprovação, onde pudemos observar os estágios de rizólise dos dentes
decíduos e a rizogênese dos dentes permanentes.
Foram realizadas também radiografias oclusais de cada paciente antes
da instalação do aparelho para avaliar as características da sutura palatina
mediana e observar a existência de uma linha radiolúcida correspondente.
Após todas essas verificações deu-se início ao processo de instalação
dos aparelhos. A primeira providencia foi testar a abertura máxima de todos os
tornos nos aparelhos confeccionados que seriam utilizados no experimento.
Começamos então a preparação dos dentes que serviriam de suporte para a
cimentação dos expansores.
De início foi realizada uma profilaxia nos dentes suporte com pedra
pomes, água e uma escova de Robinson. Logo em seguida os dentes foram
enxaguados vigorosamente com água e secados posteriormente. Terminada a
profilaxia realizamos a prova do expansor.
Nesta etapa foi verificada sua retenção junto aos dentes suporte visando
que o plano acrílico apresentasse contatos oclusais bilaterais simultâneos com
os dentes antagonistas posteriores inferiores. Isto foi feito com o auxilio de
papel carbono evidenciador (contacto Angelus – Brasil).
34
34
Quando observados toques prematuros, o acrílico foi seletivamente
desgastado com um broca maxi - cut e posteriormente feito acabamento e
alisamento da superfície oclusal acrílica.
Após prova e ajuste, foi aplicada uma solução de álcool etílico a 92%
nas superfícies internas da capa acrílica para limpeza e preparação das
mesmas para receber o cimento fixador. Nesta fase observou-se um aspecto
fosco destas superfícies semelhantes à de uma “placa despolida”.
Sob isolamento relativo, com roletes de algodão e sugador, foi realizado
o ataque ácido, com ácido fosfórico a 37% sobre as superfícies vestibular e
palatina por 60(sessenta) segundos, sem estendê-lo sobre as faces oclusais.
Em seguida foi realizada a lavagem com água em abundância e depois a
secagem.
O cimento de ionômero de vidro (Ketac Cem ESPE, Alemanha), foi
espatulado sobre uma placa de vidro lisa na proporção de 1:2 como
especificado pelo fabricante. A espatulação foi feita de forma vagarosa,
aglutinando o pó ao líquido.
O cimento espatulado foi então distribuído na parte interna da capa
acrílica (nas superfícies palatina e vestibular), obedecendo ao tempo de presa
inicial de 1(um) minuto segundo o fabricante.
35
35
Posicionou-se o expansor na arcada superior do paciente e com os
dedos foi empregada uma forte pressão para que o cimento em excesso
escoasse. Em seguida pediu-se que o paciente mordesse vigorosamente sob o
aparelho com a proteção de roletes de algodão até que o cimento tomasse sua
presa final, respeitando o tempo de 8(oito) minutos de acordo com o fabricante.
Tempo este pelo qual o paciente deveria esperar antes da remoção do
isolamento relativo e dos excessos de cimento. (Fig. 4.2 pág, 23)
Fig. 4.2 Aparelho de ERM instalado
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36
4.3– Protocolo de ativação
O protocolo adotado para a realização deste trabalho foi de duas
ativações diárias para cada paciente. Uma ativação (1/4 de volta) no período
da manhã e outra ativação (1/4 de volta) no período da noite com um intervalo
médio entre as ativações de 12 horas, totalizando 2/4 de volta por dia. As
ativações foram feitas até atingir a expansão desejada para cada caso, com
uma sobrecorreção predeterminada, ou seja, até as cúspides palatinas dos
superiores estarem próximas às cúspides vestibulares dos inferiores. Por esta
razão o número total de ativações variou de paciente para paciente
dependendo da necessidade individual de expansão. O número mínimo de
ativações neste experimento foi de 20 ativações num total de 10 dias e o
máximo foi de 52 ativações num total de 26 dias. Tudo isso até atingirmos a
expansão necessária para cada caso.
4.4 – Material e método de medição
Um aparelho de medição foi especificamente desenvolvido pela equipe
do Prof. Dr. F. G. Sander do Departamento de Ortodontia – Ortopedia Facial da
Universidade de Ulm - Alemanha para registrar as forças de expansão
presentes no torno expansor em cada ativação e armazená-las em computador
para posterior processamento gráfico.
Este aparelho é composto por uma célula de carga (sensor) presa a um
gancho que capta impulsos elétricos, correspondentes às forças expansivas,
ao longo de cada ativação de volta = 90º). Esse sensor transmite os dados
(impulsos elétricos) captados a cada 0,001 segundos durante o movimento de
ativação para uma ponte amplificadora de sinal (Fig. 4.5 pág 30). Estes
37
37
impulsos captados passavam por um conversor analógico digital (ADC) que por
sua vez convertia-os em sinais digitais e enviava-os para um computador
através de entrada serial (Fig. 4.3 e 4.4 pág 26). No computador esses sinais
eram armazenados em um software ADC 186 sob forma de tabelas. Desta
forma se possível mensurar e avaliar o comportamento das forças
expansivas ao longo de cada ativação através de tabelas. Posteriormente,
essas tabelas serão processadas e dispostas em gráficos (Coordenada Y =
Força (N) e na Coordenada X = TICKS (tempo)=t x 0,001segundo) pelo
programa experimental Origin 6.0, facilitando a visualização e comportamento
das forças expansivas em cada ativação de cada paciente durante o processo
de disjunção palatina.
Para efetuar a medição de força expansiva ao longo da expansão
palatina, foi utilizada uma chave específica de ativação medindo 35,0 mm de
comprimento. Esta chave foi a mesma para todos os tornos e para todas as
ativações avaliadas. Desta forma o que foi mensurado em cada ativação foi o
momento. M = F x d (Momento = Força vezes a Distância). Como a distância
foi a mesma para todos os pacientes e em todas as ativações, o momento
gerado em cada ativação corresponde à força. Essa metodologia de aferição
da magnitude da força não interferiu na construção, instalação e procedimento
de ativação do torno, sendo desta maneira um método limpo.
38
38
Figura 4.3 - Representação esquemática do material e método de medição
Figura 4.4 - Material de medição utilizado no experimento
ATIVAÇÃO
ENTRADA SERIAL
TORNO
SENSOR
DE
PONTE
AMPLIFICADO
RA
CONVERSOR ADC
COMPUTADOR
39
39
O início das ativações, ou seja, medições, de todos os pacientes se
deram no mínimo com 72 horas após a cimentação dos expansores.
Durante os cinco primeiros dias todas as ativações de cada paciente
foram realizadas e medidas pelo mesmo operador, mesmo aparelho e método
de medição descrito anteriormente. Desta forma, as dez primeiras ativações
de cada paciente foram devidamente medidas e registradas.
Ao final do quinto dia, foi realizada em todos os pacientes, uma segunda
radiografia oclusal para termos a confirmação radiográfica da disjunção da
sutura palatina mediana, quando clinicamente observou-se a presença do
diastema característico entre os incisivos centrais superiores.
No sexto e sétimo dia cada paciente realizou as ativações em casa sem
que essas fossem registradas pelo aparelho de medição. Durante as semanas
que se seguiram, continuaram-se as duas ativações diárias até atingirmos as
expansões desejadas para cada caso, porém essas ativações (medições)
foram registradas pelo operador no oitavo, cimo, décimo segundo, décimo
quinto, décimo sétimo, décimo nono, vigésimo segundo, vigésimo quarto e
vigésimo sexto dia. Nos demais dias os próprios pacientes realizavam as
ativações sem, no entanto, serem mensuradas. (Tab. 5.1 pág, 28)
40
40
DIAS DE MEDIÇÕES ATIVAÇÕES
MEDIÇÕES
dia e 2° 1 e 2
dia e 4° 3 e 4
dia e 6° 5 e 6
dia e 8° 7 e 8
dia e 10° 9 e 10
dia 15° e 16° 11 e 12
10° dia 19° e 20° 13 e 14
12° dia 23° e 24° 15 e 16
15° dia 29° e 30° 17 e 18
17° dia 33° e 34° 19 e 20
19° dia 37° e 38° 21 e 22
22° dia 43° e 44° 23 e 24
24° dia 47° e 48° 25 e 26
26° dia 51° e 52° 27 e 28
Tabela 4.1 - Relação dos dias de medição e correspondentes ativações
Durante todo o processo de medição e ativação, foi verificado a
estabilidade dos disjuntores e também a higienização realizada pelos
pacientes.
Ao final das ativações, além da presença do diastema entre os incisivos
centrais superiores, uma última radiografia oclusal foi solicitada para a
documentação do procedimento realizado. Nesta radiografia ficou evidente a
existência de uma fenda radiolúcida de formato triangular com o ápice voltado
para posterior. Feita esta última tomada radiográfica todos os tornos foram
devidamente travados com fio de amarrilho 0.20 mm (Morelli) com a finalidade
de não possibilitar, por medida de segurança, quaisquer movimentos do
parafuso do torno.
com os tornos travados todos os pacientes permaneceram com os
expansores cimentados por mais um período mínimo adicional de seis meses
41
41
para que a sutura palatina então disjuntada pudesse se consolidar com uma
nova formação óssea. Todo esse período pós-disjunção foi controlado para
verificar a estabilidade do aparelho expansor e a saúde dos tecidos adjacentes,
segundo protocolo convencional adotado para este procedimento.
Figura 4.5 - Representação esquemática do método de medição
(ativação).
42
42
4.5 – Método de cálculo da força de expansão real
Através das ativações que foram realizadas com o uso do aparelho
desenvolvido e descrito anteriormente, (ativação com tracionamento do gancho
acoplado a uma célula de carga) foi obtido o valor da força de expansão in-vivo
correspondente à resistência das estruturas contra o deslocamento (abertura
do torno) do complexo e estruturas fixas adjacentes aos mesmos.
Para se determinar a força de expansão final (real) presente sobre as
estruturas in-vivo, foi subtraída da força medida nas ativações in vivo, a força
de resistência a abertura (fricção) inerente a cada torno a partir dos
experimentos laboratoriais específicos realizados e descritos em 4.1 pág. 20.
Para tanto segue cálculo e equação correspondente:
Desta maneira, os gráficos finais representam a força expansiva real
propriamente dita, presentes sobre as estruturas dento-faciais no procedimento
de ERM com disjunção palatina nas diferentes fases das dentições.
Força expansiva real = Força de medição (in
-
vivo)
-
Força de
resistência (experimental)
43
43
5. RESULTADOS
Visando otimizar a descrição e interpretação dos resultados, os mesmos
foram divididos de acordo com os grupos experimentais e suas respectivas
dentições e foram elucidados por representações gráficas (Coordenada Y =
Força (N) e na Coordenada X = TICKS (tempo) = t x 0,001segundo).
Para melhor visualização e compreensão do comportamento longitudinal
dos resultados obtidos, ilustramos um sumário gráfico e uma representação
gráfica em colunas das forças expansivas (sucessivas e numeradas) ao longo
de todo procedimento clínico empregado composto por todas as ativações
mensuradas de um paciente de cada grupo experimental.
5.1 RESULTADOS DO GRUPO I (Dentição Decídua)
Os gráficos do grupo I com pacientes com dentição decídua foram os
que apresentaram a maior diferença gráfica, ou seja, visual. No início tivemos
picos de força chegando a 20N em um dos pacientes e 7N em outro. Os
gráficos tiveram comportamentos diferentes, mas o que ficou evidente foi que
em nenhum dos três casos as forças ultrapassaram os 20N. Em dois casos as
forças iniciaram com valores maiores, depois declinaram e deram um aspecto
mais estável e linear para os gráficos e no fim das ativações aumentaram de
valor sem, no entanto, ultrapassar os valores iniciais. Desta forma a média
encontrada para as forças no Grupo I para os três pacientes avaliados foi de
6,7N.
44
44
Gráficos das ativações mensuradas ao longo do procedimento do
paciente JMO do Grupo I com dentição decídua.
Figura 5.1 - Representação gráfica Figura 5.2 - Representação gráfica
da 1ª ativação da 2ª ativação
Figura 5.3 - Representação gráfica Figura 5.4 - Representação gráfica
da 3ª ativação da 4ª ativação
Figura 5.5 - Representação gráfica Figura 5.6 – Representação gráfica
da 5ª ativação da 6ª ativação
45
45
Figura 5.7 - Representação gráfica Figura 5.8 - Representação gráfica
da 7ª ativação da 8ª ativação
Figura 5.9 - Representação gráfica Figura 5.10 - Representação gráfica
da 9ª ativação da 10ª ativação
Figura 5.11 - Representação gráfica Figura 5.12 – Representação gráfica
da 15ª ativação da 16ª ativação
46
46
Figura 5.13 - Representação gráfica Figura 5.14 - Representação gráfica
da 19ª ativação da 20ª ativação
Figura 5.15 - Representação gráfica Figura 5.16 - Representação gráfica
da 23ª ativação da 24ª ativação
Figura 5.17 - Representação gráfica Figura 5.18 – Representação gráfica
da 29ª ativação da 30ª ativação
47
47
Figura 5.19 - Representação gráfica Figura 5.20 - Representação gráfica
da 33ª ativação da 34ª ativação
Figura 5.21 - Representação gráfica Figura 5.22 - Representação gráfica
da 37ª ativação da 38ª ativação
48
48
Figura 5.24 - Gráfico de colunas com todas as ativações mensuradas ao
longo do procedimento do paciente JMO do Grupo I.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Medições
Newton
49
49
Figura 5. 23 – Seqüência de diagramas do paciente JMO ao longo do
procedimento (comportamento longitudinal).
1ª ativ. 2ª ativ.
10ª ativ.
24ª ativ.
23ª ativ.
20ª ativ.
19ª ativ.
33ª ativ.
34ª ativ.
37ª ativ.
38ª ativ.
3ª ativ.
4ª ativ.
9ª ativ.
8ª ativ. 7ª ativ.
15ª ativ.
16ª ativ.
29ª ativ.
30ª ativ.
33ª ativ.
34ª ativ.
37ª ativ.
38ª ativ.
50
50
5.2 RESULTADOS DO GRUPO II (Dentição Mista)
Os gráficos dos pacientes do Grupo II demonstraram que as forças
expansivas ao longo dos cinco primeiros dias de ativações, ou seja,
abrangendo as dez ativações iniciais, apresentavam picos de força expansiva
que atingiram a máxima magnitude de 65N. Nesta fase, as representações
gráficas apresentavam curvas de aspecto correspondentemente verticais
(formato triangular). Após este período em que as curvas tinham aspectos
verticais e picos de força expansiva, observou-se nos gráficos das ativações
seguintes, um acentuado decréscimo no nível dessas forças, deixando-os com
características nitidamente horizontais como um patamar de força não superior
a 30N. No decorrer das ativações, após essa fase horizontal dos gráficos,
notou-se na extensão do procedimento, algumas elevações na magnitude das
forças, porém bem menos acentuadas que os picos máximos de força
expansiva encontrados na primeira semana. Essas elevações atingiam no
máximo 45N e depois voltavam a declinar e terem aspecto horizontal. A força
média total mensurada para todo procedimento no Grupo II para os três
pacientes avaliados foi de 34,4N.
51
51
Gráficos das ativações mensuradas ao longo do procedimento do
paciente LSM do Grupo II com dentição mista.
Figura 5.25 - Representação
gráfica da 1ª ativação
Figura 5.26 Representação
gráfica da 2ª ativação
Figura 5.27 Representação
gráfica da 3ª ativação
Figura 5.28 Representação
gráfica da 4ª ativação
Figura 5.29 Representação
gráfica da 5ª ativação
Figura 5.30 Representação
gráfica da 6ª ativação
52
52
Figura 5.31 Representação
gráfica da 7ª ativação
Figura 5.32 Representação
gráfica da 8ª ativação
Figura 5.33 Representação
gráfica da 9ª ativação
Figura 5.34 Representação
gráfica da 10ª ativação
Figura 5. 35 Representação
gráfica da 16ª ativação
Figura 5.36 Representação
gráfica da 16ª ativação
53
53
Figura 5.37 Representação
gráfica da 19ª ativação
Figura 5.38 Representação
gráfica da 20ª ativação
Figura 5.39 Representação
gráfica da 23ª ativação
Figura 5.40 Representação
gráfica da 24ª ativação
Figura 5.41 Representação
gráfica da 29ª ativação
Figura 5.42 Representação
gráfica da 30ª ativação
54
54
Figura 5.43 Representação
gráfica da 33ª ativação
Figura 5.44 Representação
gráfica da 34ª ativação
Figura 5.45 Representação
gráfica da 37ª ativação
Figura 5.46 Representação
gráfica da 38ª ativação
Figura 5.47 Representação
gráfica da 43ª ativação
Figura 5.48 Representação
gráfica da 44ª ativação
55
55
Figura 5.49 Representação
gráfica da 47ª ativação
Figura 5.50 Representação
gráfica da 48ª ativação
Figura 5.52 Representação
gráfica da 52ª ativação
Figura 5.51 Representação
gráfica da 51ª ativação
Figura 5.53 Representação
gráfica da 53ª ativação
56
56
Figura 5.55 - Gráfico de colunas com todas as ativações mensuradas ao longo
do procedimento do paciente LSM do Grupo II.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Medições
Newton
57
57
Figura 5.54 – Seqüência de diagramas do paciente LSM ao longo do
procedimento ( comportamento longitudinal)
58
58
1ª ativ.
2ª ativ.
3ª ativ.
4ª ativ.
5ª ativ.
6ª ativ.
7ª ativ.
8ª ativ.
9ª ativ.
10ª ativ.
15ª ativ. 16ª ativ.
19ª ativ.
20ª ativ.
29ª ativ.
30ª ativ.
37ª ativ.
38ª ativ.
43ª a
tiv.
44ª ativ.
33ª ativ.
59
59
47ª ativ. 48ª ativ. 51ª ativ.
52ª ativ.
53ª ativ.
60
60
5.3 RESULTADOS DO GRUPO III (Dentição Permanente Jovem)
Os gráficos dos pacientes do Grupo III demonstraram que as forças
expansivas ao longo dos cinco primeiros dias de ativações, ou seja,
abrangendo as dez ativações iniciais, apresentavam picos de força expansiva
que atingiram a máxima magnitude de 78N. Nesta fase, as representações
gráficas apresentavam curvas de aspecto verticais (formato triangular). Após
este período em que as curvas tinham aspectos verticais e picos de força
expansiva, observou-se nos gráficos das ativações seguintes um acentuado
decréscimo no nível dessas forças deixando-os com características nitidamente
horizontais como um patamar de força não superior a 40N. No decorrer das
ativações, após essa fase horizontal dos gráficos, notou-se na extensão do
procedimento, algumas elevações na magnitude das forças, porém bem menos
acentuadas que os picos máximos de força expansiva encontrados na primeira
semana. Essas elevações atingiam no máximo 50N e depois voltavam a
declinar e terem aspecto horizontal. A força média total mensurada para todo
procedimento no Grupo III para os três pacientes avaliados foi de 39,5 N.
61
61
Gráficos das ativações mensuradas ao longo do procedimento do
paciente BVL do Grupo III com dentição permanente jovem.
Figura 5.56 Representação
gráfica da 1ª ativação
Figura 5.57 Representação
gráfica da 2ª ativação
Figura 5.58 Representação
gráfica da 3ª ativação
Figura 5.59 Representação
gráfica da 4ª ativação
Figura 5.60 Representação
gráfica da 5ª ativação
Figura 5.61 Representação
gráfica da 6ª ativação
62
62
Figura 5.62 Representação
gráfica da 7ª ativação
Figura 5.63 Representação
gráfica da 8ª ativação
Figura 5.64 Representação
gráfica da 9ª ativação
Figura 5.65 Representação
gráfica da 10ª ativação
Figura 5.66 Representação
gráfica da 15ª ativação
Figura 5.67 Representação
gráfica da 16ª ativação
63
63
Figura 5.68 Representação
gráfica da 19ª ativação
Figura 5.69 Representação
gráfica da 20ª ativação
Figura 5.70 Representação
gráfica da 23ª ativação
Figura 5.71 Representação
gráfica da 24ª ativação
Figura 5.72 Representação
gráfica da 29ª ativação
Figura 5.73 Representação
gráfica da 30ª ativação
64
64
Figura 5.74 Representação
gráfica da 33ª ativação
Figura 5.75 Representação
gráfica da 34ª ativação
Figura 5.77 Representação
gráfica da 38ª ativação
Figura 5.76 Representação
gráfica da 37ª ativação
Figura 5.78 Representação
gráfica da 43ª ativação
Figura 5.79 Representação
gráfica da 44ª ativação
65
65
Figura 5.80 Representação
gráfica da 47ª ativação
Figura 5.81 Representação
gráfica da 48ª ativação
Figura 5.82 Representação
gráfica da 51ª ativação
Figura 5.83 Representação
gráfica da 52ª ativação
Figura 5.83 Representação
gráfica da 52ª ativação
Figura 5.84 Representação
gráfica da 53ª ativação
66
66
Figura 5.86 - Gráfico de colunas com todas as ativações mensuradas ao longo
do procedimento do paciente BVL do Grupo III
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Medições
Newton
67
67
1ª ativ.
2ª ativ.
3ª ativ.
4ª ativ.
7ª ativ.
8ª ativ.
9ª ativ.
10ª ativ.
19ª ativ.
20ª ativ.
23ª ativ. 24ª ativ.
33ª ativ.
34ª ativ.
37ª ativ.
38ª ativ.
47ª ativ. 48ª ativ. 51ª ativ. 52ª ativ.
53ª ativ.
68
68
Figura 5. 85 - Seqüência de diagramas do paciente BVL ao longo do
procedimento (comportamento longitudinal)
69
69
6. DISCUSSÃO
Há mais de um século os estudos sobre a ERM vêm sendo
discutidos por ortodontistas e áreas afins em todo o mundo. Na verdade
desde que Angell (1860) utilizou o método de expansão rápida pela
primeira vez, os trabalhos sobre a expansão palatina têm evoluído
bastante. No entanto permanecem inúmeras dúvidas referentes ao
melhor método, a melhor época, ao melhor aparelho e principalmente
com relação à força "ideal" (fisiológica) para alcançar a disjunção
palatina. Os resultados até agora obtidos deixavam ainda um grande
espaço para novas pesquisas.
Com um dinamômetro acoplado a um aparelho expansor, Isaacson &
Ingram (1964) avaliaram que uma simples ativação de ¼ de volta do torno
expansor durante o procedimento de ERM provocava aproximadamente de
13,8 a 45,6N de força em pacientes com dentição mista, e que essa força
poderia se acumular e chegar a 91N. Hass também citou em seu estudo que a
força necessária para realizar uma disjunção palatina estava entre 40 e 50N.
Este nível de força esta em acordo aproximado com o presente trabalho
realizado onde a força média das ativações na dentição mista, correspondente
ao Grupo II foi de 34,4 N, mas chegaram também à 65N.
70
70
O método utilizado neste estudo onde se averiguou o comportamento in-
vivo da magnitude de força produzida durante o procedimento de ERM em
grupos experimentais, foi um método nunca antes empregado. Nele pudemos
determinar os valores de cada ativação para cada paciente e observar o
comportamento longitudinal dessas ativações em formas gráficas como
resultados ao longo da disjunção sem interferir na construção, instalação do
aparelho ou mesmo no processo de ativação, tratando-se assim de um método
limpo. Além disso, pode-se comparar os resultados dos pacientes entre si e
dentro de seus grupos experimentais.
No entanto, no nosso trabalho, foram mensurados os valores das
ativações durante todo o procedimento de ERM. Como descrito anteriormente,
o protocolo utilizado foi de duas ativações diárias, ¼ de volta pela manhã e ¼
de volta no período da tarde totalizando 2/4 de volta por dia até se obter a
disjunção palatina com sobrecorreção. Este protocolo utilizado vai contra
alguns autores que defendem a realização de uma expansão maxilar mais
lenta, onde seriam realizadas ativações uma vez por dia e em dias alternados,
diminuindo assim a magnitude de força empregada. Força essa que ficaria
entre 4,5 e 9N (Hicks 1978; Cotton 1978; Ardnt 1993; Darendedelier 1994).
Estes valores ressaltados por esses autores foram encontrados no Grupo I com
dentição decídua onde a média para o experimento ficou em 6,7N. Desta
maneira pode-se avaliar que a força gerada durante a realização da ERM em
pacientes com dentição decídua não corresponde a uma força excessiva e fica
muito próxima da força sugerida por vários autores, porém com ativações mais
lentas. Isto mostra que a realização de duas ativações diárias em pacientes
com dentição decídua não torna o procedimento agressivo ou invasivo do
71
71
ponto de vista fisiológico, pois teremos os mesmos resultados com a mesma
magnitude de força, porém em um menor espaço de tempo.
Quando comparamos os gráficos dos Grupos experimentais, Grupo I
com dentição decídua, Grupo II com dentição mista e Grupo III com dentição
permanente jovem fica evidente a relação existente entre magnitude de força
empregada com a fase de dentição e correlacionadas idades e maturação
óssea. No entanto, fazem-se necessários novos estudos com uma amostragem
maior para que possamos estabelecer uma relação mais precisa e estatística
entre esses fatores. Pode-se observar que existem semelhanças nos gráficos,
porém os picos máximos registrados ao longo das primeiras ativações são
maiores no Grupo III do que nos demais grupos, o que confirma, nesta
amostragem, que foi preciso uma maior magnitude de força expansiva para
realizar a disjunção palatina na dentição permanente jovem do que nos Grupos
I e II. Dentro dos grupos tivemos algumas variações de valores máximos,
porém sem diferenças significativas entre os pacientes do mesmo grupo.
Apesar desta variação, os valores máximos registrados sempre estiveram
muito próximos.
Analisando o comportamento longitudinal das curvas gráficas dentro dos
grupos experimentais, ao longo do procedimento, pode-se notar que no Grupo I
as forças ao início das ativações chegaram no máximo a 20N e que os valores
diminuíram do decorrer do procedimento e tiveram 6,7N como média. no
Grupo II com dentição mista a força máxima para promover a disjunção
palatina foi de 65N, observada durante as primeiras ativações onde os gráficos
tinham um aspecto mais triangular e a média do Grupo II foi de 34,4N. No
Grupo III com dentição permanente jovem o valor máximo chegou a 78N. Após
72
72
os picos as forças tendem a baixar consideravelmente a atingirem um
patamar quase linear onde essas forças não passaram de 40N, muito próximo
à média do Grupo III que ficou em 39,5N. Nos três grupos, as ativações se
elevaram no final na medição tendo alguns picos, porém com valores menores
que os picos das primeiras ativações. Essas novas elevações gráficas nos
sugerem que mesmo após a disjunção da sutura palatina mediana tenha sido
alcançada, as outras estruturas existentes no complexo crânio-facial causem
uma nova resistência ao movimento de abertura, em acordo com Isaacson &
Ingram, 1964 e Bishara e Staley, 1987.
Durante o procedimento clínico adotado comprovamos através de
radiografias e de exame clínico que houve a disjunção palatina desejada nos
grupos estudados. No entanto, os resultados obtidos na amostra, sugerem que
a resistência presente para que essa disjunção ocorresse, variou segundo as
fases das dentições, possivelmente correlacionando aos estágios de
maturação óssea. Cabe ressaltar que a intensidade das forças expansivas
medidas neste experimento, representam a energia necessária para suplantar
a resistência dos tecidos vivos não calcificados e calcificados e suas
respectivas continuidades ao movimento de separação, dissolução e/ou
distensão.
Lembrando ainda da natureza viscoelástica dos tecidos conjuntivos
interpostos as entidades anatômicas, fica evidente o papel fundamental e
capacidade de adaptação estrutural das suturas presentes em todo o complexo
craniofacial frente à ação mecânica dos mais diversos recursos terapêuticos.
73
73
O protocolo de ERM utilizado neste experimento tem como ancoragem
primária, a coroa dentária dos dentes suporte. Devemos aqui salientar a
capacidade de absorção dos estímulos mecânicos externos por parte do
periodonto de inserção destes dentes. Numa transdução em cadeia, esses
estímulos são subdivididos sobre o processo alveolar, osso basal maxilar
(processo palatino e ossos palatinos) e subseqüentes ossos e suturas
adjacentes.
Ao avaliar essas forças devemos ter em mente uma distribuição e
absorção desta energia por estas estruturas acima citadas e associadas ao
movimento. Estes aspectos biológicos e anatômicos devem impreterivelmente
ser correlacionados na realização de procedimentos como este experimento.
Um recente estudo sobre a anatomia da região da sutura palatina
mediana e seu grau de coaptação realizado por Knaup. et al em 2004 mostra
que, diferentemente do que se afirmava, a sutura palatina mediana pode não
ser tão embricada e conseqüentemente não oferecer tanta resistência ao
movimento de expansão. Isto porque neste estudo ficou demonstrado que a
característica anatômica da sutura palatina mediana pode variar de paciente
para paciente mesmo quando comparamos pacientes com idades bem
diferentes (de 4 anos e 11 meses a 12 anos e 6 meses, enaltecendo neste
sentido, uma necessária individualização do diagnostico e procedimentos
terapêuticos. Tais variações individuais foram também observadas neste nosso
estudo.
74
74
Diante desses aspectos mencionados, e a literatura estudada, parece-
nos importante ressaltar uma relação existente entre a magnitude de força
empregada com a fase de dentição, idade, gênero e maturação óssea. Isso
mostra de uma maneira clara que os valores a serem empregados para a
realização de uma ERM ficam cada vez mais individualizados e devem sempre
respeitar o diagnóstico de cada paciente. A literatura mostra ainda que quanto
mais cedo se realiza a ERM menos força é necessária para promover a
disjunção palatina e assim obtermos um resultado mais ortopédico e menos
traumático. (Krebs, 1964; Isaacson & Wood, 1964; Zimring & Isaacson, 1965;
Wertz e Dreskin, 1977; Ferreira, 1988; Henry, 1993; Darendedelier, 1994).
Como a literatura é ampla em relação ao estabelecimento do número de
ativações diárias para a realização da ERM, (Hicks 1978; Cotton 1978; Ardnt
1993; Darendedelier 1994; Ott e Ferreira, 1994; Sander, 2006) procuramos
observar durante este estudo o comportamento da magnitude de força gerada
e conseqüentemente absorvida pelo organismo durante o processo de
expansão palatina nas ativações diárias. Assim sendo o protocolo adotado
neste estudo de duas ativações diárias se mostrou eficaz para realização da
ERM, gerando forças que possibilitaram a disjunção da sutura palatina sem
diferenças significativas tampouco de injuria nos tecidos de suporte.
Este estudo avaliou o comportamento da magnitude de força produzida
para realização da ERM nas dentições: decídua, mista e permanente jovem.
Porém novos estudos deverão ser realizados com uma amostragem maior para
dar continuidade a este trabalho a fim de otimizar este importante procedimento
terapêutico, respeitando a individualidade dos pacientes e seus respectivos
limites biológicos.
75
75
7. CONCLUSÕES
1a. O método de aferição das forças produzidas para realização da ERM
neste experimento não alterou a confecção, instalação e procedimento de
ativação dos expansores, constituindo-se portanto um método limpo.
1b. O comportamento da magnitude das forças expansivas ao longo do
procedimento clínico de ERM apresentou variação individual e entre os grupos
experimentais.
1c. Os valores médios encontrados foram Grupo I: 6,7N, Grupo II: 34,4N
e Grupo III: 39,5N.
1d. As forças geradas ao longo do processo de ERM tiveram seus
valores máximos durante as primeiras ativações, vindo a declinar em seguida e
elevando-se novamente nas últimas ativações sem, no entanto, ultrapassar os
limites máximos iniciais.
2. O protocolo adotado neste experimento, de duas ativações diárias,
mostrou-se eficiente na execução da ERM em todos os grupos.
76
76
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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