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23.05.2005
Novos trechos do caso de propina - Na praça de alimentação do
aeroporto da capital, tudo parou ontem à noite quando a repor-
tagem foi ao ar no
Fantástico
. Foi assim também nos bares da
cidade. Todos estavam ligados na TV. Num dos novos trechos
de
gravação
, o deputado Emílio Paulista, sem partido, diz co-
mo foi eleito o presidente da assembléia Carlão de Oliveira, do
PFL. O governador, pergunta ao deputado quanto o Carlão gas-
tou nessa presidência, na primeira, no total? O deputado Emílio
Paulista responde que na primeira presidência, ele gastou R$
200 mil para cada um dos 14 deputados, num total de R$ 2,8
milhões. Em outro trecho, o deputado Ronilton Capixaba cita
os nomes dos deputados que pediram R$ 50 mil por mês em
troca de apoio político ao governador. [...] Além dos dez, apa-
recem ainda nas
gravações
do governador, cobrando propina,
os deputados Amarildo Almeida, do PDT, e João da Muleta, do
PMDB. Hoje, no fim da tarde, o governador Ivo Cassol entre-
gou cópias das
fitas
para o Ministério Público do Estado. O
material vai fazer parte do inquérito civil, aberto pelo MP, para
apurar as denúncias. [...]
Flagrante
03.06.2005
Vídeo
mostra paramilitares sérvios executando jovens muçul-
manos na Bósnia. Os adolescentes, aterrorizados, aparecem
com as mãos amarradas para trás e apresentam marcas de tortu-
ra. Quatro tinham menos de 18 anos. [...] Sete suspeitos já fo-
ram presos. [...]
Testemunha
03.03.2006
O fiscal corrupto escolheu como vítima o maior sindicato de
trabalhadores da América Latina - que representa 300 mil me-
talúrgicos em São Paulo. Ao presidente do sindicato, o fiscal
entregou um documento, com o valor da suposta dívida: quase
R$ 2 milhões. E mais: o sindicato perderia a possibilidade de
continuar pagando parceladamente uma dívida anterior com o
INSS. Mas o fiscal apresentou outra opção: o sindicato poderia
recolher ao INSS menos da metade da suposta dívida. E, em 60
vezes, desde que pagasse propina. Na sexta-feira passada, o
sindicato pagou parte da propina: R$ 100 mil em dinheiro vivo.
E o sindicato procurou a Polícia Federal. O encontro para o
pagamento da segunda parte da propina foi marcado para às
15h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, no centro de São
Paulo.
Câmeras foram montadas
no 11º andar - na mesma
sala onde o fiscal trabalhou durante a auditoria. As imagens
mostraram
toda a negociação. Quando o fiscal acaba de guar-
dar o dinheiro, policiais federais descem para o
flagrante
de
corrupção.
Flagrante
07.02.2006
Quem passa pela avenida não imagina, mas está sendo vigiado.
Não por câmeras de segurança, mas por ladrões. A dupla está
em busca de uma vítima, como mostram as imagens do
cine-
grafista amador
. Os bandidos escolhem um homem de camisa
branca e começam a perseguição. Um vai na frente. O outro
fica para trás dando proteção. De repente, um dos rapazes ar-
ranca uma corrente do pescoço do homem e os dois desapare-
cem na escadaria de um viaduto. A poucos metros dali, num
outro dia, um dos assaltantes se aproxima de uma jovem que
fala distraidamente ao telefone. Ele arranca o celular da mão
dela. A moça reage e leva um chute de um comparsa do crimi-
noso. O cenário desses
flagrantes
é uma região no centro de
Porto Alegre. Uma área de grande circulação de pessoas. Perto
ficam uma igreja, um colégio e um hospital.
Flagrante