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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA
MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL – MADE
MÍRIAN ROSA DO VALLE
A UTILIZAÇÃO DA LÓGICA FUZZY PARA ANÁLISE DE FATORES ENDÓGENOS E
EXÓGENOS EM UM ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: O CASO DA MODA PRAIA DE CABO
FRIO.
Rio de Janeiro
2007
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MÍRIAN ROSA DO VALLE
A UTILIZAÇÃO DA LÓGICA FUZZY PARA ANÁLISE DE FATORES ENDÓGENOS E
EXÓGENOS EM UM ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: O CASO DA MODA PRAIA DE CABO
FRIO.
Dissertação apresentada à Universidade Estácio de como requisito parcial à obtenção do grau
de Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial.
ORIENTADOR: Prof. Dr.Lamounier Erthal Villela
Rio de Janeiro
2007
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MÍRIAN ROSA DO VALLE
A UTILIZAÇÃO DA LÓGICA FUZZY PARA ANÁLISE DE FATORES ENDÓGENOS E
EXÓGENOS EM UM ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: O CASO DA MODA PRAIA DE CABO
FRIO.
Dissertação apresentada à Universidade Estácio de como requisito parcial à obtenção do grau
de Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial.
Aprovada em ___de Fevereiro de 2007.
BANCA EXAMINADORA
Prof.(o) Dr.(o) Lamounier Erthal Villela
Universidade Estácio de
Prof.(o) Dr.(o) Jesus Domech More
Universidade Estácio de
Prof.(o) Dr.(o) Marco Annio Vargas
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Aos meus pais e a minha irmã Berenice (in memoriam) que me fizeram acreditar que através do
estudo e muita dedicação os sonhos se tornam possíveis.
AGRADECIMENTOS
A Deus que guia meus passos.
Ao meu companheiro e melhor amigo Elvis que desafia meus limites.
Aos meus amados filhos Eric e Arthur para quem tudo faço e dedico.
A Roberta minha filha de coração.
Ao meu orientador Professor Lamounier Villela por sua sinceridade, conhecimento e por ter
acreditado no meu potencial. Minha admiração e gratidão.
Para o Professor Jesus More pela generosidade com que compartilha suas oportunidades e
conhecimentos. Sua dedicação no tratamento dos dados de minha pesquisa de campo foi
fundamental para o término desse trabalho.
A todos os Professores do Mestrado que dedicaram todo o seu saber em prol do meu crescimento,
tanto pessoal quanto profissional e à Secretária do MADE, Ana Lúcia.
Aos Professores Renata La Rovere, Lia Hasenclever e Marco Antônio Vargas pela disponibilidade
e atenção com que participaram desta pesquisa.
5
Aos especialistas locais Ielra Viter e Elizandra Weigert pela paciência e interesse com que
participaram da pesquisa.
Aos representantes do SEBRAE Sérgio Tostes e Mauro Fernandes que, foram fundamentais nas
informações da rede, além da indicação de empresas que pudessem participar da minha pesquisa
de campo, em especial ao estímulo e dedicação da amiga Cláudia Magalhães.
Aos empresários e representantes das instituições do APL de Moda Praia de Cabo Frio, que
participaram da pesquisa, em especial aos companheiros do Time de Responsabilidade Social.
A toda a equipe de trabalho da Ferlagos, em especial a amiga Celina Franco pelas revisões e
apoio.
As amigas Cláudia Tavares, Sílvia Lourenço e Alice Moura pela boa-vontade, interesse, carinho,
críticas, paciência, disponibilidade e companheirismo com que me apoiaram nas horas mais
difíceis dessa dissertação.
Meu muito obrigada!
RESUMO
A presente dissertação visa analisar a extensão da influência e a relevância da
participação dos fatores endógenos e exógenos no desempenho do Arranjo Produtivo
Local – APL de Cabo Frio e Região. Para tanto, foram estudados como fatores
endógenos: cooperação e associativismo; crenças, hábitos e valores locais;
empreendedorismo; governança; planejamento estratégico; custo de transação e
tecnologia (inovações). E como fatores exógenos foram estudados: políticas públicas;
financiamentos e mercado. Esta escolha baseou-se teoricamente na suposição de que
tais fatores podem contribuir de forma significativa para o fortalecimento de laços de
cooperação no APL e, como conseqüência, no desenvolvimento sustentável regional.
A metodologia de estudo de caso investigou a intfluência dos fatores endógenos e
exógenos no desenvolvimento do arranjo, segundo os empresários, os representantes
das instituições que pertencem à estrutura de governança do APL, e dos especialistas
locais e externos. A pesquisa qualiquantitativa baseou-se em pesquisas bibliográfica,
documental e participação em eventos e fóruns, no período de 2004 a 2006, sob ótica
descritiva e analítica, conforme a natureza do material coletado. A pesquisa de
campo através da aplicação de formulários obteve sua apuração e análise dos dados
com a utilização da Lógica Fuzzy. Todos os fatores estudados se mostraram
relevantes quanto a influência para o desenvolvimento de um APL, sendo a
“cooperação e o associativismo”; o “mercado”; e o “empreendorismo” os fatores que
mais influenciam. Quanto ao grau de desempenho foi verificado que os fatores
“financiamentos”; “cooperação e associativismo” e “empreendorismo” foram os de
6
pior avaliação. Sendo, portanto necessária a implementação de ações voltadas para
o dinamização do APL.
Palavras-chave: Arranjo Produtivo Local, Fatores Endógenos e Exógenos, Lógica
Fuzzy.
ABSTRACT
The main aim of the present Master Thesis is to analyze both the extent of the influence of
endogenous (internal) and exogenous (external) factors and the relevance of their role in the
performance of the Local Productive Arrangement LPA of Cabo Frio and Surroundings. For
such an accomplishment, the following have been studied as endogenous factors: cooperation and
association; local beliefs, habits and values; entrepreneurship; governance; strategic planning;
technological and transaction costs (innovations). Likewise, the following factors have been studied
as exogenous: governmental policies; financing; and market. The choices here have been
theoretically oriented by the assumption that the factors aforementioned may deliver a significant
contribution to the strengthening of the desirable cooperative network composing the LPA, as well
as to the regional sustainable management. The methodology of case study employed here has
investigated the influence of both endogenous and exogenous factors on the development of the
Local Arrangement in question, in accordance with the views of businessmen, representatives of the
institutions belonging to the LPA’s governance structure, and local and external specialists. Both
the quantitative and the qualitative researches have been based on bibliographical and documental
sources, and participation in events and forums, within the period between 2004 and 2006, with the
adoption of analytical and descriptive procedures fitting the nature of the material collected. The
field research through the utilization of forms was assessed and analyzed according to Fuzzy’s
Logic. All the factors studied have shown relevant as to their potential influence on the
development of the LPA. In this regard, cooperation and association”; market”; and
entrepreneurship” have proven the most influential factors. As for the performance level,
financing”; “cooperation and association”; and “entrepreneurship” have been the factors with the
worst evaluation. Thus, the implementation of strategies to improve the performance of the LPA
have shown necessary.
Key-words: Local Productive Arrangement; Endogenous and Exogenous Factors; Fuzzy’s Logic.
7
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
ACIA Associação Comercial, Industrial e Agrícola
ACIRB Associação Comercial e Industrial da Rua dos Biquínis
APEX Agência de Promoção e Exportação
APL Arranjo Produtivo Local
BB Banco do Brasil
BID Banco Interamericano de Desenvolvimento
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica
CONSÓRCIO
Consórcio Pau Brasil de Moda Praia
EMPRETEC Empresas Tecnológicas
FERJUNIOR Empresa Júnior do Curso de Administração de Empresas da
Faculdade da Região dos Lagos
FERLAGOS Fundação Educacional da Região dos Lagos
FIRJAN Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
FPNQ Fundação Prêmio Nacional da Qualidade
IE Instituto de Economia
IES Instituição de Ensino Superior
MPEs Micro e Pequenas Empresas
MPMEs Micro, Pequenas e Médias Empresas
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
OMC Organização Mundial do Comércio
PMCF Prefeitura Municipal de Cabo Frio
PROEX Programa de Financiamento às Exportações
8
PROMOS Divisão Especial da Câmara de Comércio de Milão para o
Desenvolvimento das Atividades Internacionais
RAIS Relação Anual de Informações Sociais
REDESIST Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais
RJ Rio de Janeiro
SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SENAI Serviço Nacional da Indústria
SESI Serviço Social da Indústria
SPLs Sistemas Produtivos Locais
TCT Teoria dos Custos de Transação
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Relações Diretas e Indiretas – Nakano (2005 , p.61) – p. 33.
Figura 2 – Os Três Tipos de Relações Sociais – Elaboração Própria (a partir de
Filion - 1991) – p.43.
9
Figura 3 - Composição MAX - MIN da influência do fator “Cooperação e Associativismo”
no fator “Crenças, Hábitos e Valores Locais p.142.
Figura 4: Representação da influência do fator “Crenças, Hábitos e Valores Locais” no
fator “ Planejamento Estragico” – p.145.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Quadro Teórico – Elaboração Própria (2006) – p. 32
Tabela 2 – Fatores Sistêmicos (Exógenos) – Ferraz, Kupfer, Haguenauer (1995) – p. 39
Tabela 3 – Características Pessoais do Empreendedor – Dolabela (1999) apud Veiga (2005) – p. 45.
Tabela 4 – Tipos de Conhecimento – Chai (2000) apud Amato Neto (2005) - p. 53
Tabela 5 – Distribuição da Amostra (Empresários e Representantes das Instituições) – Elaboração Própria (2006) – p. 65
Tabela 6 - Distribuição da Amostra (Especialistas) – Elaboração Própria (2006) – p. 65
Tabela 7 – Etapas da Metodologia - Elaboração Própria (2006) – p. 71 -77
Tabela 8 – Número Estabelecimentos por Porte/Setor da Economia Cabo Frio - RAIS (2002) – p. 80
Tabela 9 – Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Empresários) - Elaboração Própria (2006) – p.
96
10
Tabela 10 – Valor Médio Ponderado (VMP) da Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os
Empresários) - Elaboração Própria (2006) – p. 97
Tabela 11 – Valor Médio Ponderado (VMP) da Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os
Empresários), em ordem decrescente - Elaboração Própria (2006) – p. 98
Tabela 12 – Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Representantes das Instituições) - Elaboração
Própria (2006) – p. 100
Tabela 13 – Valor Médio Ponderado (VMP) da Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os
Representantes das Instituições) - Elaboração Própria (2006) – p. 101
Tabela 14 – Valor Médio Ponderado (VMP) da Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os
Representantes das Instituições), em ordem decrescente - Elaboração Própria (2006) – p. 102
Tabela 15 Valores normalizados dos pesos dos especialistas externos e locais (Resultados do ANEXO
F) - Elaboração Própria (2006) – p. 104
Tabela 16 – Padrão de Pertinência para as Respostas dos Especialistas Externos e Locais - Elaboração Própria (2006) – p. 104
Tabela 17 – Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Especialistas Externos e Locais) - Elaboração
Própria (2006) – p. 105
Tabela 18 – Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Especialistas Locais e Externos) - Elaboração
Própria (2006) – p. 105
Tabela 19 – Valor Médio Ponderado (VMP) da Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Especialistas
Externos e Locais) - Elaboração Própria (2006) p. 106
Tabela 20 – Valor Médio Ponderado (VMP) da Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Especialistas
Externos e Locais), em ordem decrescente - Elaboração Própria (2006) – p. 107
Tabela 21 – Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Empresários,
Representantes das Instituições e Especialistas Locais e Externos) - Elaboração Própria (2006) – p. 109
Tabela 22 – Grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os Empresários) -
Elaboração Própria (2006) – p. 111
Tabela 23 – Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Segundo os Empresários) - Elaboração Própria (2006) – p. 112
Tabela 24 – Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Segundo os Empresários), em ordem decrescente - Elaboração Própria (2006) – p. 113
Tabela 25 – Grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os Representantes das
Instituições) - Elaboração Própria (2006) – p. 116
Tabela 26 – Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Segundo os Representantes das Instituições) - Elaboração Própria (2006) – p. 117
Tabela 27 – Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Segundo os Representantes das Instituições), em ordem decrescente - Elaboração Própria (2006) – p. 118
Tabela 28 – Grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os Especialistas Locais) -
Elaboração Própria (2006) – p. 119
Tabela 29 – Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Segundo os Especialistas Locais) - Elaboração Própria (2006) – p. 120
Tabela 30 – Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Segundo os Especialistas Locais), em ordem decrescente - Elaboração Própria (2006) – p. 121
Tabela 31 – Comparação entre os Graus de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os
Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas Locais) - Elaboração Própria (2006) p. 124
Tabela 32 – Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão Teórica) e o Grau de
Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Empresários - Elaboração
Própria (2006) – p. 126
11
Tabela 33 – Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão Teórica) e o Grau de
Desempenho de cada Fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Representantes das
Instituições - Elaboração Própria (2006) – p. 128
Tabela 34 – Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL(Visão Teórica) - Segundo os
Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade
Local) - Segundo os Especialistas Locais - Elaboração Própria (2006) – p. 130
Tabela 35 – Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão Teórica) - Segundo os
Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de cabo Frio e Região (Realidade
Local) – Segundo os Empresários - Elaboração Própria (2006) – p. 132
Tabela 36 – Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão Teórica) - Segundo os
Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade
Local) – Segundo os Representantes das Instituições - Elaboração Própria (2006) – p. 134
Tabela 37 – Cálculo da Distância entre a Influência e do Desempenho dos Fatores Endógenos e Exógenos – Elaboração Própria
(2006) – p.136
Tabela 38 – Matriz de Impacto de Influência entre Fatores - Elaboração Própria (2006) – p.139
Tabela 39 – Composição MAX - MIN - Elaboração Própria (2006) p.143.
Tabela 40 – Matriz de Composição MAX - MIN - Elaboração Própria (2006) – p.143.
Tabela 41 – Matriz de Efeitos Esquecidos - More (2006) – p.144.
LISTA DE GRÁFICOS
Gfico I - Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Empresários) - Elaboração Própria – 2006 – p.
99.
Gfico II - Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Representantes das Instituições) – Elaboração
Própria – 2006 – p. 103.
Gfico III - Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Especialistas Externos e Locais) - Elaboração
Própria – 2006 – p. 108.
Gfico IV - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Empresários,
Representantes das Instituições e Especialistas Locais e Externos) - Elaboração Própria 2006 – p. 110.
Gfico V - Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os Empresários) -
Elaboração Própria – 2006 – p. 114.
Gfico VI - Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os Representantes das
Instituições) - Elaboração Própria 2006 – p. 118.
Gfico VII - Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os Especialistas Locais) -
Elaboração Própria – 2006 – p. 122.
Gfico VIII - Comparação entre os Graus de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os
Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas Locais e Externos) - Elaboração Própria – 2006 – p. 125.
12
Gfico IX - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão Trica) e o Grau de
Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Empresários - Elaboração
Própria – 2006 – p. 127.
Gfico X - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão Teórica) e o Grau de
Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Representantes das
Instituições - Elaboração Própria – 2006 – p. 129.
Gráfico XI - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
respondidos pelos 3 (três) especialistas externos e os 5 (cinco) especialistas locais (Visão Teórica) e o
Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade
Local) - Segundo os Especialistas Locais - Elaboração Própria – 2006 – p. 131.
Gráfico XII - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
(Visão Teórica) Segundo os Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de cada
fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Empresários -
Elaboração Própria – 2006 – p. 133.
Gráfico XIII - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
(Visão Teórica) Segundo os Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de cada
fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Rego (Realidade Local) - Segundo os Representantes
das Instituições - Elaboração Própria 2006 – p. 135.
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 – Localização do Município de Cabo Frio/RJ – p.79.
13
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
24
1.1 – CONTEXTO.......................................................................... 24
1.2 – O PROBLEMA..................................................................... 28
1.3 – OBJETIVOS........................................................................... 28
1.3.1 – Objetivo Geral.................................................................... 28
1.3.2 – Objetivos Intermediários.................................................. 28
14
1.4 – SUPOSIÇÃO.......................................................................... 29
1.5 – DELIMITAÇÃO DO ESTUDO............................................. 29
1.6 – RELEVÂNCIA DO ESTUDO...............................................
30
CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO
32
2.1 – CARACTERÍSTICA ESTRUTURAIS DE UMA REDE DE
EMPRESAS....................................................................................
32
2.2 – CONCEITOS DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS............... 35
2.3 – FATORES ENDÓGENOS E EXÓGENOS............................ 38
2.4 – FATORES ENDÓGENOS...................................................... 39
2.4.1 – Cooperação e associativismo............................................. 39
2.4.2 – Crenças, hábitos e valores locais....................................... 42
2.4.3 – Empreendedorismo............................................................ 43
2.4.4 – Governança......................................................................... 46
2.4.5 – Planejamento estratégico.................................................. 48
2.4.6 – Custos de transação............................................................ 50
2.4.7 – Tecnologia (Inovações)...................................................... 53
2.5 – FATORES EXÓGENOS........................................................ 56
2.5.1 – Políticas Públicas............................................................... 56
2.5.2 – Financiamentos.................................................................. 58
2.5.3 – Mercado.............................................................................
60
CAPÍTULO 3 - ESTUDO DE CASO
62
3.1 – METODOLOGIA.................................................................. 62
3.2 – PESQUISA............................................................................. 63
3.2.1 – Quanto aos fins.................................................................. 63
3.2.2 – Quanto aos meios............................................................... 64
3.3 – UNIVERSO, AMOSTRA E SUJEITOS DE PESQUISA..... 64
3.4 – COLETA DE DADOS .......................................................... 67
3.5 – TRATAMENTO DE DADOS .............................................. 69
15
3.6 – LIMITAÇÕES DO MÉTODO.............................................. 70
CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO
78
4.1 – APRESENTAÇÃO DO APL DE MODA PRAIA DE CABO
FRIO...................................................................................
78
4.1.1 Remontando a história do arranjo: características locais e fatores
conjunturais.................................................................................................
78
4.1.2 Estrutura de governança do APL de Moda Praia de Cabo Frio
(2005)...............................................................................................................
86
4.1.3 O plano estratégico na gestão do APL: articulação local e desenvolvimento
regional............................................................................................................
88
4.1.4 As inovações e o aprendizado no APL..............................................
92
4.1.5 As relações burocráticas no arranjo..................................................
93
4.1.6 A organização do trabalho.................................................................
93
4.1.7 Configuração da estrutura de governaa do APL de Moda Praia de Cabo
Frio (2006)..............................................................................
94
4.2 – TRATAMENTO DOS DADOS (FUZZYFICAÇÃO DOS RESULTADOS DOS
FORMULÁRIOS)............................................................................................................
96
4.2.1 - Influência dos fatores para desenvolvimento de um APL (segundo os
empresários).....................................................................................................................
96
4.2.2 - Influência dos fatores para desenvolvimento de um APL (segundo os
representantes das instituições)......................................................................................
100
4.2.3 - Influência dos fatores para desenvolvimento de um APL (segundo os
especialistas locais e externos)........................................................................................
103
4.2.4 Comparação entre a influência dos fatores para desenvolvimento de um
APL(segundo os empresários. representantes das instituições e especialistas locais
e externos)........................................................................................................................
108
4.2.5 Grau de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
região (segundo os empresários)....................................................................................
111
4.2.6 Grau de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
região (segundo os representantes das instituições)....................................................
115
4.2.7 Grau de desempenho de cad
e região (segundo os especialistas locais)......................................................................
119
4.2.8 Comparação entre o grau de desempenho de cada fator no APL de Moda
Praia de Cabo Frio e região (segundo os empresários, representantes das institui-
ções e especialistas locais)..............................................................................................
123
16
4.2.9 – Comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL(visão teórica) e o grau de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia
de Cabo Frio e região (realidade local) – segundo os empresários.............................
125
4.2.10 Comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de
um APL (visão teórica) e o grau de desempenho de cada fator no APL de Moda
Praia de Cabo Frio e região (realidade local) segundo os representantes das
instituições........................................................................................................................
127
4.2.11 Comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de
um APL segundo os especialistas externos e locais (visão teórica) e o grau de
desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e região
(realidade local) – segundo os especialistas locais........................................................
130
4.2.12 Comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de
um APL (visão teórica) segundo os especialistas locais e externos e o grau de
desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e região
(realidade local) – segundo os empresários...................................................................
131
4.2.13 – Comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de
um APL (visão teórica) – segundo os especialistas locais e externos e o grau de
desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e região
(realidade local) – segundo os representantes das instituões...................................
133
4.2.14 - Determinação das distâncias entre a influência e o desempenho dos fatores no
APL de Cabo Frio, (Segundo os Empresários, Representantes das Instituições e
Especialistas Locais e Externos).............................................................
135
4.3 – MATRIZ DE IMPACTO DE INFLUÊNCIA ENTRE FATORES
138
4.3.1 Considerações da matriz de impacto de influência entre fatores
139
4.3.2 - Matriz de Composição MAX – MIN..................................................................
141
4.3.3 - Matriz de Efeitos Esquecidos
CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................
146
REFERÊNCIAS .........................................................................................
149
ANEXOS.......................................................................................................
160
17
ANEXOS
ANEXO A - Este formulário é peça fundamental de pesquisa e foi desenvolvido com o objetivo de avaliar de maneira impessoal (visão
teórica) o grau de influência de fatores endógenos e exógenos sobre o desenvolvimento de um APL.
ANEXO B - Este formulário é peça fundamental de pesquisa e foi desenvolvido com o objetivo de avaliar de forma pessoal (visão da
realidade local) o grau de desempenho de fatores engenos e exógenos sobre o desenvolvimento do APL de Moda Praia de Cabo Frio.
ANEXO C - Tabela de ConceitosEsta tabela é peça de apoio ao questionário e foi desenvolvida com o objetivo de esclarecer os termos
pertinentes ao estudo da influência e o desenvolvimento de fatores endógenos e exógenos sobre o desenvolvimento do APL de Moda Praia
de Cabo Frio.
ANEXO D - Este questionário é peça fundamental de pesquisa e foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o grau de influência entre
fatores endógenos e exógenos em um APL.
ANEXO E - Questionário de Identificação do Perfil do Especialista.
ANEXO F - Identificação do Perfil do Especialista Segundo o Questionário de Identificação do Perfil do
Especialista (ANEXO E).
ANEXO G - Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avaliação do grau de Influência de Fatores
Engenos e Exógenos sobre o desenvolvimento de APLs (segundo os empresários).
ANEXO H - Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avaliação do grau de Influência de Fatores
Engenos e Exógenos sobre o desenvolvimento de APLs (segundo os representantes das instituições).
ANEXO I - Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avaliação do grau de Influência de Fatores
Engenos e Exógenos sobre o desenvolvimento de APLs (segundo os especialistas locais e externos).
18
ANEXO J - Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avaliação do grau de Desempenho de Fatores
Engenos e Exógenos sobre o desempenho do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (segundo os
emprerios).
ANEXO L - Demonstrativo Analítico de lculos da Avaliação do grau de Desempenho de Fatores
Engenos e Exógenos sobre o desempenho do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (segundo os
representantes das instituições).
ANEXO M - Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avaliação do grau de Desempenho de Fatores
Engenos e Exógenos sobre o desempenho do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (segundo os
especialistas locais).
ANEXO N - Avaliação analítica do grau de influência entre fatores endógenos e exógenos em um APL
(resultado do ANEXO D).
19
20
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO
O presente cenário global e competitivo no qual as organizações estão inseridas, enseja a
prospecção de formas de competitividade para o fortalecimento e a adequação das empresas. Castells
(2005) evidencia que a organização tradicional, a operar de forma individualizada, enfrenta dificuldades
quanto aos novos desafios.
A busca pela sobrevivência vem desencadeando a mudança do perfil estratégico de micro e
pequenas empresas (MPEs) que vislumbram no agrupamento uma possibilidade de ampliação de seus
negócios para se manterem competitivas e atenderem determinados níveis de qualidade e custo, que
muitas vezes são viáveis apenas no universo das grandes empresas.
Os Municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e São Pedro D’Aldeia
localizados na região da Baixada Litorânea, tradicionais na exploração da pesca e do sal, hoje contam
com o padrão de especialização dominante, a prestação de serviços através da explorão do mercado
turístico. O turismo litorâneo configura fomento ao mercado de moda praia e na alta temporada (verão e
feriados), o emprego de mão-de-obra.
No presente estudo será analisado o Arranjo de Moda Praia de Cabo Frio e Região que é formado
por aproximadamente 100 empresas de confecção e comércio entre formais e informais, segundo a
pesquisa para a determinação do potencial competitivo das empresas de confecção do Estado do Rio de
Janeiro realizada em 2004 (HASENCLEVER, 2004).
Britto (2004) mostra que das atividades ligadas ao setor têxtil, os artigos de vestuário responderam
por cerca de R$969 milhões, ou seja, 5,1 % do PIB da indústria de transformação no estado no ano de
2000 e comparativamente ao total do país. O setor é responsável por aproximadamente 6,8% do total de
empregados e por 4,9% do total do VTI da indústria brasileira. Britto revela que é no setor de confecções
onde ocorre uma maior concentração da indústria de transformação no estado do Rio de Janeiro e que
entre 61 concentrações por ele identificadas, nove estavam representadas pelas confecções. O estudo
identificou que as principais características destas concentrações são predomínio de micro e pequenas
empresas (entre 2,5 e 34,2 empregados) com remuneração média por empregado no ano de 2000, entre
232,34 e 463,97 reais (BRITTO, 2004).
21
A partir desta mudança de modelo, as MPEs, foram aos poucos rompendo as barreiras do
isolamento e fazendo emergir uma vasta literatura sobre a análise dos relacionamentos
interorganizacionais. Dentre as abordagens que se propõe a analisa-las com foco no agrupamento
territorial, encontram-se os Arranjos Produtivos Locais (APLs) que podem ser definidos como:
[...]Aglomerados territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais com foco em um
conjunto de atividades econômicas que apresentam vínculos mesmo que incipientes.
Geralmente, envolvem a participação e a interação de empresas (...) e suas variadas formas de
representação e associação. Incluem também diversas outras instituições públicas e privadas
voltadas para: formação e capacitação de recursos humanos (como escolas cnicas e
universidades); pesquisa, desenvolvimento e engenharia: política, promoção e financiamento
(CASSIOLATO E LASTRES, 2003, p.27).
Determinados exemplos de desenvolvimento a partir do associativismo e cooperação mostram
que as MPEs podem constituir trajetórias econômicas dinâmicas e bem-sucedidas de desenvolvimento
regional sustentável. No Brasil, segundo Suzigan (2001), existe espaço para políticas e ações em parceria
com empresas, propiciando a eficiência coletiva e o aumento da competitividade, que geram crescimento
econômico e desenvolvimento tecnológico.
O que se evidencia é um crescente processo de formatação e criação de redes de apoio às
aglomerações produtivas. Essas redes são formadas por diversas entidades públicas e privadas, o-
governamentais, organizações comunitárias e de classe, instituições de pesquisa e/ou de crédito, etc.,
tendo como objetivo precípuo planejar e realizar ações de apoio aos APLs, contribuindo para o
desenvolvimento local e regional.
As pequenas empresas costumam se adaptar e agir de maneira mais ágil do que as grandes
empresas, porém, no que se refere às funções produtivas elas teriam maiores chances de competição se
conseguissem agregar vantagens em funções como logística, marca ou tecnologia.
De acordo com o Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2006/2015 um dos
focos de atuação para o alcance do desenvolvimento sustentável do estado será a interiorização com ações
que visem a promoção do desenvolvimento do interior e através do fortalecimento dos APLs.
A partir de tal caracterização, esta dissertação utiliza fatores de origem engena e exógena
consagrados na bibliografia acadêmica e outros que vêm despertando o interesse e estudo de APLs e toma
como referência as práticas abordadas na Região da Baixada Litorânea para comparar as teorias
abordadas.
22
Nesse processo pretende-se mapear os aspectos facilitadores e os fatores que dificultam as redes
de cooperação assim como verificar que ferramentas de gestão têm sido possível utilizar para que o
arranjo se consolide como um sistema de relações sociais e conseqüentemente um vetor de
desenvolvimento local contribuindo para elevar a região à condição de sustentabilidade.
A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, representando uma maneira de investigar um
tópico empírico a partir de um conjunto de procedimentos pré-especificados (YIN, 2001). O tratamento
dos dados coletados foi mensurado através da Lógica Fuzzy que representa um modelo matemático que
considera o aspecto de incerteza. Como o próprio nome sugere, a teoria dos conjuntos fuzzy é,
basicamente, uma teoria de conceitos graduados, utilizada para tratar fenômenos complexos e na solução
de problemas reais (COSENZA, 2003).
O Estudo de Caso apresenta a configuração dos agentes que compõe o APL, assim como suas
ligações à luz dos aspectos que considerados relevantes e objeto da pesquisa: os fatores endógenos como
a cooperação e a prática do associativismo entre as empresas; crenças, valores e hábitos estabelecidos
em um terririo delimitado; os traços de empreendedorismo presentes no empresariado local; a forma
como a governança se estabelece; a minimização dos custos de transação; a utilização da tecnologia
como fator de inovação e a utilização de ferramentas de gestão como o planejamento estratégico
participativo; quando em sintonia com fatores exógenos como: políticas públicas de incentivo; a
dimica do mercado e financiamentos disponíveis.
A dissertação está estruturada em cinco capítulos.
O primeiro capítulo procura apresentar o contexto pelo qual os Arranjos Produtivos Locais (APLs)
estão inseridos e, em especial, a problemática a respeito do APL de Cabo Frio e região.
No segundo capítulo é apresentado o referencial teórico, onde são discutidas as características
estruturais de uma rede de empresas, os conceitos de arranjos produtivos locais (APLs) e os fatores
endógenos e exógenos contemplados nesta dissertação.
O terceiro capítulo é reservado à apresentação da metodologia, sujeitos de pesquisa, tratamento de
dados e limitações do método.
O quarto capítulo apresenta os resultados da pesquisa, as principais características do arranjo
produtivo local de moda praia de Cabo Frio desde sua origem e desenvolvimento, examinando o perfil
dos principais agentes/atores locais, a infra-estrutura da rede, as dinâmicas locais para a competitividade,
a interação dos processos de aprendizagem, esforços inovativos e as formas de cooperação ali existentes.
23
Ainda no quarto capítulo são apresentados os graus de influência e desempenho dos fatores no
APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região e, as considerações parciais resultantes desta análise, a
correlação matricial de influência entre os fatores segundo os especialistas entrevistados, a matriz de
efeitos esquecidos e as considerações parciais resultantes desta metodologia.
O quinto capítulo destina-se às considerações finais.
1.2 O Problema
A literatura de redes empresariais tem consagrado os fatores: associativismo e a cooperação; as
crenças, valores e hábitos locais; empreendedorismo; a governança; os custos de transação; a tecnologia
(inovação); o planejamento estratégico; as políticas públicas; a dinâmica do mercado e financiamentos
como fatores indispensáveis para que um APL integre um sistema de relações sociais que promova a sua
expansão e auto-sustentabilidade. Para tal, as teorias apontam que é necessário que se construam canais
que favoreçam o surgimento e o fortalecimento dos laços de cooperação, de solidariedade e de alicerces
da interação entre os segmentos constitutivos da rede.
Baseando-se nestas premissas teóricas, esta dissertação tem como problema de pesquisa analisar:
Como os fatores endógenos e exógenos influenciam no desenvolvimento do Arranjo Produtivo
Local de Cabo Frio?
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
O objetivo dessa dissertação é analisar a influência dos fatores engenos e exógenos consagrados
na literatura de Arranjo Produtivo Local no desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local de Cabo Frio.
1.3.2 Objetivos Intermediários
24
Conceituar Arranjo Produtivo Local e as características estruturais de uma rede de empresas;
Caracterizar os fatores endógenos: cooperação e associativismo; crenças, valores e hábitos locais,
empreendedorismo, governança, planejamento estratégico participativo, os custos de transação e
aproveitamento das novas tecnologias em forma de inovações;
Caracterizar os fatores exógenos: as políticas públicas, financiamentos e a dinâmica do mercado.
Mapear os agentes componentes do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região;
Desenvolver uma metodologia de mensuração dos fatores de desenvolvimento de APLs com a
utilização da Lógica Fuzzy.
1.4 Suposição
Os fatores engenos como a cooperação e a prática do associativismo entre as empresas,
crenças, valores e hábitos estabelecidos em um território delimitado, os traços de empreendedorismo
presentes no empresariado local, a forma como a governança se estabelece, a minimização dos custos de
transação, a utilizão da tecnologia como fator de inovação e a utilização de ferramentas de gestão
como o planejamento estratégico participativo, quando em sintonia com fatores exógenos como:
políticas públicas de incentivo, a dinâmica do mercado e financiamentos disponíveis, podem contribuir
de forma significativa para o fortalecimento dos laços de cooperação no APL de Moda Praia de Cabo Frio
e, como conseqüência, no desenvolvimento sustentável regional.
1.5 Delimitação do Estudo
O estudo pretende abordar, à luz da literatura, a identificação e a análise do Pólo de Moda Praia de
Cabo Frio e, para tanto, serão apresentados conceitos de Redes de Empresas e Arranjos Produtivos
Locais. A pesquisa ficará restrita às relações existentes no Arranjo Produtivo de Moda Praia de Cabo
Frio, não contemplando os reflexos dessa estrutura em outros APLs similares no Brasil.
Na pesquisa serão analisados os seguintes fatores endógenos: cooperação e associativismo,
crenças, valores e hábitos locais, empreendedorismo, governança, custos de transação, tecnologias
disponíveis no mercado e o planejamento estratégico participativo. Quanto aos fatores exógenos serão
contemplados: as políticas públicas, as fontes de financiamentos e a dimica do mercado.
25
Existe a consciência de que os fatores selecionados não englobam todas as variáveis que
permeiam um APL e nem tão pouco serão estudados com a profundidade que se analisa quando se
observa apenas um fator, seja este endógeno ou exógeno. Será mapeado o panorama das teorias que se
destacam quando se refere ao tema em questão.
1.6 Relevância do Estudo
No ambiente contemporâneo, as possíveis articulações entre os agentes locais inevitavelmente se
relacionam e dependem de outras articulações com agentes localizados fora do território. Portanto, deve-
se buscar entender sob que sistema de coordenação se estabelecem (ou podem ser estabelecidas) as
relações de caráter local entre empresas e instituições por meio de complexo ordenamento nos
relacionamentos (CASTELLS, 2005).
Partindo da suposição de que fatores endógenos e exógenos podem vir a contribuir para o sucesso
de um APL, a prática de ações conjuntas visa promover a construção de valores morais bem estruturados
que irão favorecer o desenvolvimento sustentável. Sustentabilidade esta entendida em assegurar o sucesso
do negócio a longo prazo e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento econômico e social da
comunidade, um meio ambiente saudável e uma sociedade estável, procurando satisfazer as necessidades
do presente sem com isso comprometer a satisfação das necessidades futuras (D’ÁVILA NETO, 2003).
O processo de desenvolvimento dos arranjos produtivos locais é tipicamente endógeno, ou seja,
espontâneo e não planejado. No entanto existem elementos externos que podem provocar uma espécie de
catálise no território em análise, provocando uma reação dos agentes locais na busca de seu
desenvolvimento (REGAZZI, 2004).
Este trabalho pretende salientar como os fatores endógenos e exógenos impactam no aspecto
dimico de cooperação entre os agentes que operam na mesma cadeia produtiva, na busca das
eficiências coletivas, fortalecendo os laços de confiança para a geração de resultados práticos e produtivos
para o desenvolvimento regional.
Escolheu-se a região da Baixada Litorânea, localizada no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, por
apresentar uma configuração produtiva baseada em um agrupamento geográfico de micro e pequenas
empresas de um mesmo setor o de moda praia. Am da facilidade de acesso às informações regionais
disponíveis em diagnósticos anteriores realizados por entidades públicas, e às reuniões das associações
que envolvem os empresários da área e aos projetos implementados e em vias de implementação,
justificam a escolha.
26
Em função de suas características, as MPEs têm encontrado grandes dificuldades em atuar em
mercados cada vez mais competitivos. Em decorrência disso, uma das alternativas para a superação dos
entraves, cuja utilização tem sido freqüente, é a união das empresas através das redes de cooperação
(FERREIRA JÚNIOR, 2006).
O volume de projetos em processo de estabelecimento e de ões complementares que estão
acontecendo no APL de Moda Praia de Cabo Frio torna o estudo relevante no sentido de estar
acompanhando a dinâmica dos fatores selecionados e as mutações do próprio APL com relação às
transformações do arranjo e da região onde este está inserido.
Percebe-se que este cenário não consiste num mero modelo de desempenho competitivo, mas sim,
na criação de condições econômicas, institucionais e sociais possíveis para o pleno desenvolvimento de
processos de aprendizado que constitui fator fundamental para a o desejada independência sustentável.
CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO
A fim de estruturar o referencial teórico e apresentar a forma com que será analisado, é delineado
o quadro a seguir:
Tabela 1 – Quadro Teórico
27
Características Estruturais
de uma Rede de Empresas
Conceitos de Arranjos
Produtivos Locais
Elaboração própria. (2006)
2.1. Características Estruturais de uma Rede de Empresas
O conceito de cooperação através de redes de empresas não é algo novo no cenário das
organizações, existindo formas variadas de alianças estratégicas entre elas, que se constituem em suas
práticas empresariais.
[...]A estrutura da rede diz respeito à forma como os relacionamentos entre organizações estão
estabelecidos, quando analisados a partir do ponto de vista de uma das organizações participantes
(organização-foco), interagindo através das relações diretas (os contatos que possui com as
organizações com as quais interage diretamente) e as relações indiretas (os contatos com outras
organizações somente por intermédio das organizações com quem interage) (NAKANO, 2005, p.
60-61).
As relações diretas e indiretas dentro dos APLs pode ser visualizada através da figura abaixo:
Figura 1: Relações diretas e indiretas
Fatores Endógenos:
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Fatores Exógenos:
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Estudo de Caso
Arranjo Produtivo de Moda
Praia de Cabo Frio e Região
28
Fonte: Nakano (2005, p.61).
Além das relações diretas e indiretas que constituem uma forma de identificar o inter-
relacionamento empresarial, outras nomenclaturas podem ser observadas.
Britto (2002) identifica elementos comuns aos vários tipos de organização relacionados por outros
autores e define três tipos de redes:
Redes de Subcontratação, nas quais se destaca a presença de uma empresa principal
responsável pela coordenação dos fluxos internos da rede;
Distritos Industriais baseados na aglomeração espacial de agentes; e
Redes Tecnológicas, montadas com o intuito de permitir um intercâmbio de competências
a partir do qual seria possível viabilizar a introdução de inovações no mercado
tecnológico.
Os pontos em uma rede são os elementos locais, e a malha inteira é o elemento global da rede. As
ações locais podem ter uma ressonância global e as relações entre as dinâmicas locais e globais dependem
da estrutura de rede (ALMEIDA FILHO, 2005).
O conceito de rede é interessante na medida em que permite lidar com a estrutura, no sentido de
sua forma e, sobretudo com a dimica que possibilita analisar as transformações e as várias “fotosque
podem ser tiradas de um mesmo objeto de estudo quando pesquisado em momentos ou por focos
diferentes.
A
B
D
C
E
F
G
RELAÇÃO
DIRETA DE
A
RELAÇÕES
INDIRETAS DE
A
RELAÇÃO
DIRETA DE
A
RELAÇÕES
INDIRETAS DE A
29
[...Em termos topográficos, uma rede se caracteriza por suas conexões, seus pontos de convergência e de
bifurcação; por sua heterogeneidade, admitindo a diferenciação, em seu interior, de subconjuntos
articulados entre si. É a força desses agenciamentos internos que permite melhor defini-la, entendendo-se
que não se trata de vínculos estáveis e perfeitamente estabelecidos, mas de relações meta-estáveis que
implicam numa permanente redefinição. Cada agenciamento, que se estabelece de forma local e singular,
repercute na rede inteira. (PEDRO , 2003, p. 33).
As redes configuram estruturas abertas com capacidade de expansão ilimitada e à medida que se
ampliam geram novos nós desde que consigam continuar a se comunicar dentro da própria rede. Ou seja,
que os mesmos códigos de comunicação sejam compartilhados.
As redes de empresas podem ser consideradas instrumentos adequados para a economia
capitalista alicerçada em inovação, globalização
1
, e concentração descentralizada; para o trabalho,
trabalhadores e empresas voltadas para a flexibilidade e adaptabilidade; para uma cultura de
desconstrução e reconstrução contínuas; para uma política destinada ao processamento instantâneo de
novos valores e humores públicos; e para uma organização social que vise a reorganização das relações
de poder onde o poder dos fluxos é mais que os fluxos de poder” (CASTELLS, 2005).
O arranjo em rede gera ambiente favorável onde ocorrem as informações, de conhecimentos, de
habilidades e de recursos. No ambiente contemporâneo as redes de cooperação o considerados meios
pelos quais a interação interorganizacional torna-se a “chave” para o desempenho empresarial e reforçam
a eficácia para que os participantes atinjam um maior nível de competitividade por meio de complexo
ordenamento nos relacionamentos (CASTELLS, 2005; BALESTRIN; VARGAS, 2004).
A constante mudança, a velocidade dos acontecimentos e a competitividade acirrada caracterizam
a sociedade pós-industrial e favorecem as transformações no ambiente social. Observa-se que as empresas
estão se reestruturando com o objetivo de se manterem competitivas dentro desta nova configuração
(VILLELA et. al., 2005, apud VEIGA, 2005).
2.2 Conceitos de Arranjos Produtivos Locais (APLs)
O termo Arranjo Produtivo Local (APL) é definido pelo BRITTO (2004) como uma aglomeração
de MPEs empresas, localizadas em um mesmo território que apresentam especialização produtiva e
mantém vínculos de articulação, integração, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores
1
Esta nova “ordem” gera desordem localmente, não apenas porque conduz a mudanças funcionais e estruturais, mas, sobretudo, porque essa
ordem não é portadora de um sentido, uma vez que seu objetivo (o mercado global) é uma auto-referência, sua finalidade sendo o próprio
mercado global. Nesse sentido, a globalização, em seu estágio atual, é uma globalização perversa para a maior parte da humanidade
(VARGAS, 2002).
30
locais. Estas características favorecem o alcance das vantagens competitivas que dificilmente seriam
obtidas, se as empresas atuassem de forma individual.
Cassiolato e Lastres definem os APLs como:
[...]Aglomerados territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais com foco em um conjunto de
atividades ecomicas – que apresentam vínculos mesmo que incipientes. Geralmente, envolvem a
participação e a interação de empresas (...) e suas variadas formas de representação e associação. Incluem
também diversas outras instituições públicas e privadas voltadas para: formação e capacitação de recursos
humanos (como escolas técnicas e universidades); pesquisa, desenvolvimento e engenharia: política,
promoção e financiamento (CASSIOLATO E LASTRES, 2003, p.27).
Esses aglomerados criam a interdependência, articulação e vínculos consistentes que resultam em
interação, cooperação e aprendizagem e têm um potencial de gerar aumento da capacidade inovativa
endógena, da competitividade e do desenvolvimento local (CASSIOLATO E LASTRES, 2003).
Assim como o conceito de APLs, os Sistemas Produtivos Locais (SPLs) são definidos segundo
Cassiolato e Lastres (2003), como um patamar que vislumbra além do desenvolvimento percebido através
de mapas e indicadores objetivando identificar a quantidade produzida ou número de empresas
pertencentes ao arranjo, mas o grau de maturidade em que este se encontra.
Sengenberger e Pike (2002) apresentam como traços comuns em APLs:
pertencer ao mesmo setor industrial;
ser uma rede de empresas (sobretudo pequenas);
a sua forma organizativa estar em um espaço geograficamente delimitado;
haver cooperação, flexibilidade, concorrência, dinamismo empresarial e confiança.
Alguns estudos não delimitam com clareza as fronteiras entre outras terminologias utilizadas para
a compreensão dos arranjos produtivos.
Romero (2003) refere-se a cluster
2
, como o conjunto de empresas, instituições e pessoas
localizadas fisicamente em uma mesma região, que de forma conjunta, beneficia-se dos efeitos que os
relacionamentos da proximidade permitem. Destacam-se as formas de combinação e sinergias que
propiciam o máximo aproveitamento de recursos e ativos existentes.
2
Neste trabalho os termos cluster, arranjos produtivos locais e distritos industriais estarão sendo tratados como sinônimos. Embora reconheçam-se as
diferenças conceituais que alguns autores defendem, para efeitos desse estudo tratamos os APLs como redes empresariais tendo o potencial de desenvolver
sistemas de relações sociais.
31
Segundo Cassiolato e Lastres (2003) as sinergias coletivas geradas pela participação em
aglomerações produtivas locais fortalecem as chances de sobrevivência e crescimento, particularmente
das MPEs.
É importante analisar as relações entre os agentes envolvidos como fonte geradora de vantagens
competitivas sustentáveis e, nesse aspecto, Hasenclever (2004, p. 149) sugere que “a ação de óros de
fomento, como o SEBRAE e congêneres, pode funcionar como um indutor/catalisador da estruturação de
governança local”.
Em contrapartida existe a percepção de Regazzi, Herschmann e Pereira (2004), que ressaltam: “o
grau de afinidade entre as entidades responsáveis pelo projeto de desenvolvimento de um cluster é fator
crítico de sucesso. Para evitar duplicidade e otimizar os recursos, as entidades parceiras (stakeholders)
devem se complementar”.
O próprio sentido de competitividade, antes focado na dimensão empresarial vem se
transformando, gerando a construção de espaços produtivos e redes de empresas, em que a competição
ocorre além do nível interempresarial, mas também entre territórios (VALE; AMÂNCIO; LIMA, 2006)
Britto (2002) identifica como características das redes de empresas capazes de gerar dinamismo, a
existência de uma autonomia relativa em relação às forças externas, a presença de um certo grau de auto-
organização e a capacidade endógena de transformação.
Características estruturais são apontadas como comuns aos APLs (BRITTO, 2002) e a eles são
dadas as nomenclaturas de:
nós (empresas ou atividades),
posições (estrutura de divisão de trabalho),
ligações (relacionamentos entre empresas – aspectos qualitativos) e
fluxos (de bens e de informações).
Alguns pontos fundamentais são identificados por Bagnasco (2002) em arranjos produtivos, como
fatores promocionais do bom desempenho de algumas regiões, entre eles, a formação do capital, as
qualificações técnicas, a confiança recíproca e um bom clima social.
32
Corrobora com estas opiniões La Rovere (2003) quando sugere que apenas a proximidade entre
MPEs de um mesmo setor não configura fator suficiente para a formação de uma rede de empresas sendo
necessário canais de comunicação confiáveis e suficientemente resistentes para apoiar a estrutura da rede.
De modo geral, o objetivo da estratégia em rede de MPEs é possibilitar melhores condições de
competição com as grandes empresas e o alcance de objetivos que dificilmente seriam possíveis
individualmente.
De acordo com Balestrin e Vargas (2004) os principais atributos estratégicos são: a fluidez, a
agilidade, a aprendizagem coletiva, economias de escala, acesso a recursos tangíveis, acesso a recursos
intangíveis, redução dos custos de transação e credibilidade organizacional.
A bibliografia de redes empresariais com foco em arranjos produtivos é vasta e continua
expandindo-se potencialmente. Por isso a contribuição da literatura ora consultada não poderia esgotar o
assunto através das teorias expostas ou nos autores até aqui privilegiados. Com efeito, os fatores que se
seguem sugerem o resgate das referidas contribuições e introduzem novas elaborões à medida que
teorias e a realidade investigada vão convergindo num movimento de articulação entre elas, abrindo
espaço para outras discussões.
2.3. Fatores Endógenos e Exógenos
Entende-se como fatores endógenos, os fatores empresariais sobre os quais a empresa detém
poder de decisão e podem ser controlados ou modificados através de condutas ativas assumidas, segundo
Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1995).
Os fatores exógenos são os fatores estruturais sobre os quais a empresa possui controle parcial
das ações ou onde o poder de controle da empresa é praticamente nulo. Os autores Ferraz, Kupfer e
Haguenauer (1995) conceituam de fatores sistêmicos e caracterizam como Macroeconômicos, Potico-
institucionais, Legais-regulatórios, Infra-estruturais, Sociais e Internacionais.
Para melhor representar os fatores considerados sistêmicos, apresenta-se a tabela abaixo:
33
Tabela 2 - Fatores Sistêmicos (Exógenos)
Macroeconômicos
Taxa de câmbio, carga tributária, taxa de crescimento do produto interno,
oferta de crédito e taxas de juros, política salarial e outros parâmetros.
Político-institucionais
Política tributária, política tarifária, apoio fiscal ao risco tecnológico e
poder de compra do governo.
Legais- regulatórios
Políticas de proteção à propriedade industrial, de preservação ambiental, de
defesa da concorrência e proteção ao consumidor; de regulação do capital
estrangeiro.
Infra-estruturais
Disponibilidade, qualidade e custo de energia, transportes,
telecomunicações, insumos básicos e serviços tecnológicos (ciência e
tecnologia; informação tecnológica; serviços de engenharia, consultoria e
projetos; metrologia, normalização e qualidade.
Sociais
Sistema de qualificação da mão-de-obra (educação profissionalizante e
treinamento), políticas de educação e formação de recursos humanos,
trabalhista e de seguridade social.
Internacionais
Tendências do comércio mundial, fluxos internacionais de capital, de
investimento de risco e de tecnologia, relações com organismos
multilaterais, acordos internacionais.
Fonte: Ferraz, Kupfer, Haguenauer (1995).
2.4 Fatores Endógenos
2.4.1 Cooperação e Associativismo
Gray e Wood (1991 apud OLAVE E AMATO NETO, 2005) definem colaboração e sua
ocorrência da seguinte forma:
Colaboração é um processo através do qual diferentes partes, vendo diferentes aspectos de um problema,
podem, construtivamente, explorar suas diferenças e procurar visões limitadas (...) Colaboração ocorre
quando um grupo de autonomous stakeholderscom domínio de um problema se envolvem em um
processo interativo, usando divisão de papéis, normas e estruturas, para agir ou decidir questões
relacionados ao problema (GRAY E WOOD, 1991 apud OLAVE E AMATO NETO, 2005, p. 69).
A partir do conceito de colaboração, desenvolvem-se as perspectivas de cooperão e
associativismo.
Em virtude da maior complexidade das funções desempenhadas por todos os atores da rede, que
são necessárias para a sobrevivência no mercado e uma possível vantagem competitiva, verifica-se que o
estudo das formas de associação e cooperativismo com outras empresas, com possibilidades de
diminuição de riscos e o aumento da sinergia entre os empresários, aparece nesse cenário como possível
34
proposta de acesso a mercados e diminuição das pressões externas (CASAROTTO FILHO; PIRES,
2001).
Rufino (2005) busca a compreensão do significado prático das idéias associativas e da sociedade
cooperativa atual, nos princípios da sociedade chamada “Pioneiros Eqüitativos de Rochdale” considerada
pioneira do cooperativismo que tem suas bases modernas fundadas em Rochdale Inglaterra em 1844,
cujos objetivos principais eram: compra e divisão de suprimentos e sociedade cooperativa. Os princípios
que adotaram de forma conjunta, se tornaram o cerne do próprio conceito de cooperativismo aos dias
de hoje. Estes princípios eram:
1. controle democrático, um homem um voto, considerado o princípio fundamental de qualquer
sociedade cooperativa autogestionária;
2. adesão aberta, cada pessoa que quisesse aderir poderia fazê-lo nas mesmas condições que os mais
antigos;
3. juros limitados sobre o capital, para que o excedente pudesse ser investido novamente na
cooperativa;
4. distribuição do excedente proporcional às compras.As “sobras” ao final do período eram divididas
em relação às compras efetuadas por cada membro;
5. venda sempre paga à vista, procurando evitar a quebra decorrente da inadimplência dos sócios;
6. venda de produtos puros, não adulterados, significava que os produtos adquiridos na cooperativa
eram de qualidade e não tinham sofrido nenhuma alteração para barateamento de custos;
7. empenho na educação cooperativa, ajudando a melhorar a formação de cada membro da
cooperativa e das pessoas em geral;
8. neutralidade política e religiosa, evitando, assim, que houvesse discussões ou confrontos em torno
de posições ideológicas ou religiosas.
Quando se trata de redes formadas basicamente por micro e pequenas empresas, os entraves do
isolamento e todas as questões advindas deste surgem com maior clareza. Cassiolato e Lastres (2003)
citam como fatores dificultadores das ações independentes, a limitação que as MPEs têm em absorver
novas inovações tecnológicas e gerenciais, a redução do poder de barganha e o alto índice de
vulnerabilidades aos efeitos da globalização.
A cultura de cooperão não é muito difundida no ambiente empresarial brasileiro, podendo ser
observada apenas em experiências isoladas (REGAZZI, 2004). Geralmente ocorrem quando o
empresariado tem a percepção de que ao adotarem estratégias de formação de redes de cooperação ou
APLs eles poderão:
35
ter maior penetração em novos mercados;
competir atras de maior tecnologia, pesquisa ou desenvolvimento;
inovar e lançar novos produtos;
aumentar o poder de competitividade em seus setores, diminuindo custos e rompendo
barreiras em mercados emergentes (RAMBO E RUPPENTHAL, 2004).
O fator facilitador do fluxo de informações dentro de uma rede é a existência de confiança.
Quando os meios de comunicação possuem padrões de controle e de regulação bem definidos no primeiro
momento conclui-se que esta confiança entre os atores da rede pode minimizar ações oportunistas e
posteriormente aumentar a possibilidade de sucesso da rede (VILLELA, 2005).
Este argumento de que a confiança é de fundamental importância no mundo dos negócios, que
todas as transações econômicas envolvem risco, diz respeito às imprevisibilidades dos acontecimentos
futuros.
2.4.2 Crenças, Hábitos e Valores Locais
Mesmo quando o local, a região ou o país apresenta grandes potencialidades naturais, o fator
determinante para seu desenvolvimento estará assentado em sua população e como esta interage com sua
cultura (CASAROTTO FILHO E PIRES, 2001).
A importância do território no desenvolvimento das MPMEs (Micro, Pequenas e Médias
Empresas), a maneira como elas irão cooperar para projetos específicos está relacionada ao tecido social
onde os hábitos de relacionamento, a forma como resolvem seus conflitos e os interesses da comunidade
local representam também o modo como serão desenhadas as estratégias de interação entre as empresas (
SILVA, 2002).
Os ritmos das mudanças culturais são lentos, a percepção das alterações nos efeitos e,
conseqüentemente a alteração da cultura e dos hábitos necessita muitas vezes que rias gerações passem
para que se perceba claramente os seus efeitos sobre os comportamentos.
Outro fator dificultador no estudo pontual das creas, hábitos e valores locais são os “modismos
efêmeros” que muitas vezes mascaram as tendências mais profundas (PUTNAM, 2005).
36
A valorização da cultura local é um aspecto fundamental no desenvolvimento de uma localidade,
uma vez que possibilita a manutenção e o aproveitamento dos recursos e das tradições desta sociedade
(MACIEL, 2003).
[...]Um ponto comum para todas essas concepções é o fato de que o desenvolvimento deve ocorrer
num espaço local delimitado, mesmo havendo diretrizes gerais elas seriam pensadas e adequadas
localmente. Desse modo a cultura e os recursos de cada local podem ser aproveitados e, mesmo,
direcionar qual o caminho de desenvolvimento. (MACIEL, 2003, p .57)
Segundo Cao T (1984 apud MACIEL, 2003, p.), “uma sociedade para se desenvolver deve
começar por não deixar de ser ela mesma, pois se não existe mais sua raiz ela não se desenvolve”.
2.4.3 Empreendedorismo
O estudo do termo “empreender vem sendo analisado por administradores, economistas,
sociólogos, historiadores, psicólogos e demais especialistas de ciências comportamentais. Dada esta
diversidade de componentes e focos diferenciados de concepções, o conceito de empreendedor assume
uma visão multidimensional e cultural complexa.
Os empreendedores podem ser vistos como atores sociais que usufruem os benefícios de seus
relacionamentos e Filion (1993) considera que o sistema de relações pode ser o principal elemento de
suporte para a evolução de uma visão de negócio. Filion (1991) identificou três tipos de relações sociais,
caracterizadas na figura abaixo:
Figura 2: Os Três Tipos de Relações Sociais
Fonte: Elaboração própria a partir de Filion (1991).
1. Primárias
2. Secundárias
3. Terciárias
Familiares
Ligações em torno de
mais de uma atividade
Conhecidos e rede de
ligações
Ligação em torno de
uma atividade bem
determinada
Cursos
Livros, viagens, feiras
e exposições
industriais.
37
Relações Primárias são as que envolvem pessoas próximas do empreendedor. Normalmente
são os membros da família ou amigos mais próximos que ele mantém vínculos variados: afetivos,
intelectuais, esportivos, recreativos, entre outros. Essas relações são as mais influentes em relação ao
conjunto de crenças e valores do empreendedor, que influenciará as escolhas que ele fará, em outros
níveis de relações.
Relações Secundárias – desenvolvem-se a partir de atividades bem definidas como clubes
sociais, grupos religiosos, negócios e potica (algumas relações secundárias podem até se tornar relações
primárias).
Relações Terciárias satisfazem uma necessidade bem definida, implicando, o
necessariamente contato pessoal, mas também contato com áreas de interesse como cursos, viagens,
eventos, livros, entre outros (FILION, 1991).
Esta visão do empreendedor como agente social, onde o sistema de valores é identificado como
componente essencial para a explicação do comportamento empreendedor se apóia em Weber (2004).
Para o autor os empreendedores são inovadores e independentes, e que com o seu papel de liderança nos
negócios desempenham uma fonte de autoridade formal.
O empreendedor é compreendido como o indivíduo que transforma a sua visão em ação, está
atento às oportunidades e corre riscos (...) os traços percebidos o devem ter uma conotação
determinística, pois ainda não há um padrão devido às inúmeras variáveis que emolduram seu perfil.
Porém, tomando-se como base o referencial teórico sobre APL, consideram-se características essenciais
para o empreendedor organizado em rede:
boa capacidade de comunicação;
capacidade de compartilhar / trocar informações;
comportamento ético;
confiança;
conhecimento de gestão empresarial;
espírito de cooperação;
flexibilidade;
habilidade para trabalhar em equipe;
interesse em aprender, de inovar e liderança (VEIGA, 2005).
38
A seguir, as atividades desenvolvidas pelo empreendedor, suas respectivas características
pessoais e competências necessárias e as aprendizagens que ele deve possuir, segundo Dolabela (1999
apud VEIGA, 2005).
Tabela 3 – Características Pessoais do Empreendedor
Atividades Características Competências Aprendizagens
Descoberta de
oportunidades.
Faro, intuição. Pragmatismo, bom senso,
capacidade de reconhecer o
que é útil e resultados.
Análise setorial, co-
nhecer as caracte-rísticas
do setor, os clientes e o
concor-rente líder.
Concepção de visões. Imaginação, inde-
pendência, paixão.
Concepção, pensamento
sistemático.
Avaliação de todos os
recursos necessários e dos
respectivos custos.
Tomada de decisões. Julgamento, prudência. Visão. Saber obter infor-mações
para realizar ajustes
contínuos,
retroalimentação.
Realização de visões. Diligência ( saber “se
virar”), constância
(tenacidade).
Ação. Saber obter infor-mações
Utilização de equipa-
mentos (principalmente de
tecnologia da informação).
Destreza. Polivalência (no co-meço, o
empreendedor faz tudo).
Técnica.
Compras. Acuidade. Negociação. Saber conter-
se nos próprios limites,
conhecer pro-fundamente o
tema e ter flexibilidade para
permitir que todos ganhem.
Diagnóstico do setor,
pesquisa de compras.
Projeto de colocação do
produto/serviço no
mercado.
Diferenciação, origi-
nalidade.
Coordenação de múlti-plas
atividades: hábitos de
consumo dos clientes,
publicidade, promoção.
Marketing, gestão.
Vendas. Flexibilidade para ajustar-
se aos clientes e
circunstâncias, buscar
feedback.
Adaptação às pessoas e
circunstâncias.
Conhecimento do cliente.
Formação da equipe e
conselheiros.
Ser previdente, projeção a
longo prazo.
Saber construir redes de
relações internas e externas.
Gestão de recursos
humanos, saber
compartilhar.
Delegação de tarefas. Comunicação, capa-cidade
de aprender.
Delegação. Saber dizer o
que deve ser feito e por
quem; saber acompanhar,
obter informações.
Gestão de operações.
Fonte: Dolabela (1999, p. 72-73) apud Veiga (2005).
A partir do start empreendedor percebido no próprio ato de constituão de uma empresa, é
necessário que se identifiquem as condições que mais favoreçam a sua sobrevivência e crescimento.
Deixar que o esforço empreendedor desenvolva-se a partir de uma dinâmica do mercado é certamente
insuficiente. O papel de programas governamentais é disponibilizar instrumentos que configurem um
ambiente institucional e regulatório favorável à constituição de projetos empreendedores (MACULAN,
2003).
39
Os objetivos imediatos de uma intervenção pública voltada para a promoção do desenvolvimento
de uma determinada localidade estão ligados a possibilidade de otimização da capacidade empreendedora
desta comunidade ou até mesmo estimular o seu surgimento de iniciativas arrojadas. (LUSTOSA, 2002).
2.4.4 Governança
Segundo a Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais (CASSIOLATO;
LASTRES, 2005), o termo governança teve sua origem na teoria das firmas e da chamada “governança
corporativa”. Nesta abordagem, o termo foi utilizado, inicialmente, para descrever novos mecanismos de
cooperação e controle de redes internas e externas às empresas, estando referenciado ao grau de
hierarquização das estruturas de decisão das organizações.
Posteriormente, o termo foi utilizado, em Sistemas Produtivos Inovadores
3
, para designar
processos complexos de tomada de decisão participativa, descentralização da autoridade e das funções
ligadas ao ato de governar, bem como à parceria do setor público e privado.
O termo governança vem sendo aplicado de diferentes maneiras em diversos contextos sendo que,
geralmente associado a uma estratégia de gestão que visa a articulação institucional com eficácia e um
olhar contemporâneo.
O conceito de governança que privilegia práticas democráticas locais através da interação e
participação dos atores nos processos de decisão locais é comumente difundido no meio acadêmico,
(CASSIOLATO E LASTRES, 2003) o que não se deve ignorar são as peculiaridades de cada ambiente
estudado em especial quando pertence ao aglomerado uma grande empresa exercendo o papel de líder.
Diferentemente de uma cadeia produtiva, que se estrutura a partir de uma relação de comando, de
governance, empresas que se organizam em relações horizontais, em que uma simetria de poder e,
com o desenvolvimento de acordos de interesse mútuo, estabelecem-se alianças estratégicas, nas quais
o compartilhamento de informações e de recursos para atingir objetivos de interesse comum (FLEURY e
FLEURY, 2005).
3
Sistemas produtivos e inovadores locais são definidos como “arranjos produtivos cuja interdepenncia, articulação e vínculos consistentes
resultam em interação, cooperação e aprendizagem, possibilitando inovações de produtos, processos e formatos organizacionais e gerando
mais competitividade empresarial e capacitação social” (ALBAGLI E BRITO, 2002).
40
Nos sistemas locais, a estrutura de governança faz-se necessária porque as relações entre firmas
4
são assimétricas, ficando a cargo da estrutura de comando a verificação de como as vantagens
competitivas são apropriadas pelas empresas, visando não apenas as empresas locais capazes de
conquistar esses benefícios, mas também as externas (GARCIA E MOTTA, 2005). Sendo as formas de
governança local onde o poder público e o privado desenvolvem em conjunto ações coordenadas
consideradas de maior potencial para o estabelecimento da cooperação. Mesmo assim, as interações entre
as empresas muitas vezes não são suficientes para eliminar as assimetrias, podendo até mesmo ser fonte
de desagregação ainda maior.
Quando o que está em jogo é a coordenação entre atores interdependentes, Guimarães e Martin
(2001) consideram que a forma mais fácil de assegurar a execução de atividades complexas públicas e/ou
privadas seria através da noção de governança aplicada nos seus mais variados conceitos.
O conceito de governaa para Regazzi (2004) consiste no gerenciamento dos problemas comuns
e da maneira como os indivíduos e as instituições se relacionam, com o objetivo de minimizar tensões
provenientes do conflito de interesses e buscando o fortalecimento dos laços de cooperação. Ressaltando
o fato de que a governaa não se restringe às instituições e empresas formais, mas também a sistemas
informais.
2.4.5 Planejamento Estratégico
Qualquer organização consciente ou não, adota uma estratégia, considerando que a não adoção
deliberada desta pode ser entendida como a própria estratégia. O conjunto de ações administrativas que
possibilitam aos gestores atingir metas e objetivos deve estar desempenhando a função crucial de integrar
a estratégia, organização e ambiente em um todo coeso, rentável e sinergético para os agentes que estão
diretamente envolvidos ou indiretamente influenciados (CAMARGOS e DIAS, 2003).
O processo inicia-se com a imposição dos desejos e aspirações da estrutura do poder, explicitados
ou mantidos implícitos. Entende-se por estrutura de poder a governança estabelecida em um sistema e as
diferenças entre o exequível e o desejável chamaremos de brechas ou hiatos (BETHLEM, 2002).
Para Bethlem (2002) a fim de operacionalizar os conceitos de estratégia deve-se considerar alguns
fatos que são claros e bem definidos:
4
O termo firma, geralmente utilizado na Economia, representa os termos organização e/ou empresa, utilizados na administração. A firma é o
agente econômico responsável pela combinação de determinados fatores de produção visando à produção de bens e serviços com valor de
uso e/ou valor de troca.
41
1. Estratégia é um conceito que precisa ser aprendido(aprender significa saber utilizar;
sem saber utilizar um conceito não há como aplicá-lo).
2. Estratégia para ser tornada real, ou seja, bem executada, tem que ser aprendida por
várias pessoas e aceita por todas elas.
3. A transformação de idéias estratégicas” em ações “estratégicas” que venham a dar aos
estrategistas os resultados que almejam exigirá várias etapas que são enumeradas a
seguir:
etapa: um processo intelectual individual ou coletivo de geração de propostas de
ação que se pode chamar de planejamento estratégico;
etapa: um processo comportamental social de obtenção de concordância e apoio
de outros indivíduos às propostas da etapa anterior, cujo resultado se pode chamar de
plano estratégico ou plano de ação. Até essa etapa o produto do trabalho existe
apenasno papel” e pode ser abandonado sem grandes conseqüências.
etapa: outro processo comportamental social em que os mesmos indivíduos, ou
mais alguns indivíduos cooptados, iniciem, junto com o autor ou autores das idéias, o
processo de concretizar no mundo real as ações propostas no plano da etapa anterior.
Pode-se chamar esta etapa de implementação estratégica. Esta última etapa já vai
alterar as condições materiais da empresa pela utilização de recursos e poderá provocar
modificações no ambiente em que a empresa atua, se houver reação dos competidores.
4ª etapa: um processo dinâmico de finalização das ações iniciadas na etapa anterior.
Estará assim completada a transformação das idéias da 1ª etapa em eventos do mundo real
começada na 3ª etapa. O término da 4ª etapa é a implantão da(s) estratégia(s).
A avaliação do cenário onde a empresa atua ou pretende atuar pode ser delineada através da
Análise SWOT (dos termos em inglês strengthts, weaknesses, opportunities, threats). A análise SWOT
consiste no diagnóstico dos ambientes externos e internos na perspectiva dos pontos fortes, fracos,
oportunidades e ameaças de um negócio. Depois de ser elaborada a análise, a empresa está apta para
desenvolver metas (objetivos que se referem à magnitude e prazos) e estas são alcançadas através de um
42
plano comumente chamado de estratégia. As empresas que adotam a mesma estratégia direcionada para
o mesmo mercado alvo constituem um grupo estratégico. As empresas estão descobrindo que precisam
de parceiros estratégicos se quiserem ser efetivas (KOTLER, 2005).
O consenso estratégico é muito difícil de ser alcançado e as condições espaciais e temporais
devem seguir critérios claros e esta concordância representa a base de sustentabilidade de todo processo
de desenvolvimento. Deve-se elaborar mecanismos de monitoramento das atividades e ações previstas
(CASAROTTO FILHO e PIRES, 2001).
2.4.6 Custos de Transação
Antes do surgimento da corrente de pensamento que leva em consideração os custos de transação,
as empresas ponderavam apenas seus custos de produção onde o ponto ótimo era encontrado através da
análise da relação insumo-produto na busca da maximização dos lucros.
Após a publicação do artigo de Ronald Coase em 1937, intitulado “A natureza da firma”, a teoria
econômica passou a reconhecer além dos custos de produção, os custos de transação.
Para Williamson (1996), os custos de transação surgem como conseqüência de eventos
institucionais, tais como o desenvolvimento tecnológico, as estruturas de mercado, as normas, as
legislações. Ou seja, a capacidade da firma lidar com estes fatores será determinante para a minimização
de seus custos de transação.
Os custos de transação são os custos de negociar, de redigir e de garantir o cumprimento de
contratos; de estabelecer marcas e de obter informações. Os custos de transação podem também serem
denominados de custos de organização.
A Teoria dos Custos de Transação (TCT) suspende a hitese clássica da simetria de informação
entre comprador e vendedor, tornando os custos de transação significativos na produção empresarial
(VILLELA, 2005).
Diante desse novo cenário, as relações de cooperação são incrementadas visando reduzir
justamente as dificuldades que se traduzem como “custos de transação para as empresas, isto é, os custos
que vão além dos custos de produção. A cooperação horizontaliza o acesso às novas tecnologias e
provavelmente diminui os custos de transação relativos ao processo de inovação, aumento e eficiência
econômica e, conseqüentemente, a competitividade (OLAVE E AMATO NETO, 2005).
43
Alguns fatores seriam determinantes para a existência e o aumento dos custos de transação
(FIANI, 2002).
1. A racionalidade limitada apesar dos agentes procederem racionalmente, eles não teriam
pleno conhecimento do sistema econômico, devido aos limites da capacidade humana de
cognição e à exisncia de informações incompletas;
2. Em razão da limitação da racionalidade, os contratos não seriam capazes de se antecipar a
todas as circunstâncias futuras e incorporar cláusulas para elas;
3. A complexidade e a incerteza do ambiente, que dificultariam, ainda mais, a distinção e
definição de todos os cenários possíveis;
4. Assimetria de informações entre os participantes de uma transação, criando condições para
a existência de atitudes oportunistas entre eles. O oportunismo configura um fator
determinante nos custos de transação. Essa premissa do oportunismo assume que, numa
transação, os agentes não buscam o bem comum, e sim o interesse próprio;
5. A especificidade dos ativos. Um ativo pode ser específico por causa da sua localização
geográfica, suas características físicas, sua marca, etc. A especificidade de um ativo
reduziria o número de fornecedores capazes de ofertá-lo e de demandantes interessados em
adquiri-lo. Isso ocasionaria o problema do refém, onde comprador e vendedor, passando a
relacionar-se de forma específica, tornar-se-iam mais vulneveis a atitudes oportunistas.
Comparando os custos de transação em redes verticais que englobam o estabelecimento de um
maior número de contratos cliente-fornecedor e das redes predominantemente horizontais onde as
relações acontecem entre empresas que produzem produtos similares ouo do mesmo ramo de atividade,
nas redes horizontais considera-se redução dos custos apenas no que se refere à coleta de informações e à
otimização dos processos de compra-e-venda, quando esses são realizados conjuntamente (SOUZA,
2005).
Os arranjos produtivos de MPEs caracterizam-se pela elevada porcentagem de sub-contratação
que acontecem tanto de componentes como de serviços, no entanto, existem difereas significativas na
organização dos processos produtivos. Quando as empresas estão em mercados com alta concentração da
44
oferta em um número relativamente reduzido de empresas (máquinas de oficina, minerais metálicos ou
siderometalúrgicos, química entre outros setores) estão mais integradas ou exercem um maior controle
sobre os fornecedores e distribuidores; por outro lado, quando o mercado está pouco concentrado (têxtil,
couro, peles e calçados, madeira, construção, entre outros setores), as empresas apresentam uma fraca
interação e controle de suas compras (COSTA, 2001).
Analisando atentamente do ponto de vista econômico, uma rede de empresas tem custos mais
baixos porque não tem necessidade de welfare, ou melhor, reduzem os custos e os seguros sociais que
estão na base do típico contrato fordista. Uma falência em uma estrutura fordista representa que
trabalhadores e maquinário terão de ser recolocados com altos custos econômicos e sociais, ao passo que
a organização em rede tem a capacidade de absorver choques e remanejar de forma eficiente
trabalhadores e aparelhagem (GURISATTI, 2002).
2.4.7 Tecnologia (Inovações)
A percepção de que o conhecimento e a inovação representam fatores cruciais para o sucesso
competitivo, e o desenvolvimento de indivíduos, firmas, regiões e países; não se constitui num fato novo
na literatura (VARGAS, 2002).
Quanto ao conhecimento, na literatura diferentes “tipos”. Chai (2000 apud AMATO NETO,
2005). Como pode ser verificado na tabela 4.
Tabela 4 – Tipos de conhecimento
Tipo de Conhecimento Descrição
Conhecimento explícito
Esse conhecimento quando articulado é pouco dependente de
contexto, tendo como exemplos procedimentos simples de
operação, desenhos técnicos e outros.
Conhecimento experimental
Forma de conhecimento altamente tácita, porém com pouca
dependência contextual; como exemplo temos problemas
envolvendo perícias e truques do negócio.
45
Conhecimento local
Conhecimento local é normalmente articulado, porém muito
dependente do contexto; quando este tipo de conhecimento é
transferido, interpretações errôneas podem ocorrer em partes menos
óbvias do conhecimento. Um exemplo seria um procedimento
padrão de operação que pode ser feito em ocasiões muito
específicas.
Fonte: (CHAI, 2000 apud AMATO NETO, 2005, p. 29).
De forma geral, segundo Pavitt (1984), as indústrias têxteis têm uma dinâmica tecnológica
comandada pelos setores fornecedores (supplier dominated) e este padrão facilita a difusão de inovações
e reduz as barreiras à entrada de natureza tecnológica, especialmente nas operações de manufatura, o que
de certa forma justifica a existência de elevado número de micro e pequenas empresas neste setor.
A introdução da microfibra por volta dos anos 70 (GARCIA et. al, 2005), permitiu às empresas da
indústria xtil-vestuário, especialmente esportivas e de moda praia, a substituição das fibras naturais
(especialmente o algodão). Essa substituição trouxe inclusive ganhos de custo e de características técnicas
do produto em relação ao algodão, especialmente em termos de conforto, absorção do suor, praticidade e
durabilidade do produto.
Considera-se que para a criação de vantagens competitivas em mercados segmentados, com
volatilidade de demanda e estreitamento de ciclo de vida dos produtos e a busca de diferenciação através
da “capacidade inovadora” das empresas. Capacidade esta que se refere à transformação dos
conhecimentos genéricos em específicos, envolvendo neste processo aprendizagens formais e informais.
Como resume Yoguel, Novick e Marin (2001):
[...]Tais competências podem ser definidas como o conjunto de conhecimentos e habilidades tecnológicas
e organizativas formais e informais que os agentes geram para levar a cabo o desenvolvimento (...)
Para determinar a capacidade inovadora de uma trama, parte-se da idéia de que a geração e circulação de
conhecimentos tanto a interna às firmas como a existente entre elas – constitui um processo complexo,
cuja intensidade depende de: I) a necessidade de se envolver problemas concretos em situações de
incerteza; II) a demanda de soluções não codificáveis; III) o grau de complexidade técnica das equipes de
trabalho; IV) o tipo de competências básicas dos agentes; V) a capacidade de relacionar-se e de trabalhar
em equipe; e VI) o grau de aproveitamento dos saberes técnicos e organizacionais dos trabalhadores da
firma (YOGUEL, NOVICK E MARIN, 2001, p.43).
A capacidade inovativa através do acesso à tecnologia com destaque no caso de APLs da área
têxtil para o design, trata-se de um processo crítico e ao mesmo tempo configura uma das fontes de
sustentabilidade do próprio arranjo.
Hoje, a eficiência dos sistemas de produção com a inserção de equipamentos e máquinas com os
comandos e controles eletnicos flexíveis estão cada vez mais deslocando o eixo da competitividade para
46
a gestão dos negócios. O diferencial de ganhos, possibilitados pela execução da parte física dos produtos
ou serviços, é rapidamente imitado e assimilado pela concorrência. Isto remete à busca incessante de
melhorias de desempenho muito além dos requisitos de disponibilizar um bom produto ou serviço. Tudo
isso remete à inovação (OLAVE; AMATO NETO, 2005).
Para Garcia e Motta (2005) a concentração geográfica de produtores especializados estimula a
disseminação dos segredos da indústria e permite que estes deixem de ser secretos e “pairem no ar”,
permitindo a captação por outros atores do APL, contribuindo para a promoção de tecnologias
compartilhadas.
Considerando o conceito de inovação segundo Dosi (1988), que se baliza pela busca, descoberta,
experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de novos produtos, processos e novascnicas
organizacionais; a organização de MPEs em APLs “potencializa a capacidade de gerar inovações, através
da intensa interdependência entre diversos atores, produtores, usuários de bens, serviços e tecnologias
quando agrupados em ambientes socioeconômicos comuns (CASSIOLATO E LASTRES, 2003).
Entretanto é importante identificar em que nível e que tipo de inovações ocorrem nos APLs: inovações
de produtos, de processos, de distribuição, etc.
As inovações que geralmente o instituídas em aglomerados não são necessariamente mensuradas
pelos métodos tradicionais, como, por exemplo, através do registro de patentes e em alguns casos o fato
de “algo novo” ser patenteado não significa essencialmente em sua utilização imediata.
[…]Besides the fact that many, if not most, patented inventions do not result in an innovation, a second
important limitation of patent measures as an indicator of innovative activity is that they not capture all
of the innovations actually made. In fact, many inventions which result in innovations are not patented.
(ACS E AUDRETSCH, 2005, p.9).
Como considerado no tópico anterior (Custos de Transação), a elaboração da Teoria da Firma por
Coase (1937), possibilitou a ampliação das perspectivas acerca do processo de inovação, onde a
coordenação dos processos de alocação de recursos é assimilada pela firma. Seguindo esta linha de
pensamento, o processo passa a ser endógeno e permite que aspectos antes desconsiderados, tais como
diversidade, rotinas organizacionais, capacidades tecnológicas, estratégia, esforços de inovação e, até
mesmo, coordenação e gestão passem a integrar os debates econômicos que abordam inovação
tecnológica na firma (MARTINS, 2006).
47
2.5 FATORES EXÓGENOS
2.5.1 Políticas Públicas
As políticas locais são influenciadas pela dinâmica macroeconômica, tornando improvável que
qualquer país venha a adotar alguma ação de vulto que possa entrar em conflito com a sua abordagem
geral da promoção da competitividade (PERES, 2001), a sintonia entre políticas locais, políticas nacionais
e a dinâmica global será elemento potencializador de crescimento econômico.
As políticas de desenvolvimento centradas fundamentalmente em APLs, possuem maior eficácia
em países onde existem regiões com pequena diferenciação entre si, o que não é o caso do Brasil. Nos
contextos de grandes diferenças regionais necessidade de resgatar os instrumentos tradicionais de
desenvolvimento regional, combinando-os com as políticas de desenvolvimento local (CROCCO, 2005)
5
.
Para Lastres, Arroio e Lemos (2003) alguns traços são comuns quando se trata de políticas para a
promoção das MPEs, incluindo entre elas quatro principais conjuntos:
1. Ações essenciais que referem-se à cultura empreendedora e empreendedorismo tendo
como principais instrumentos: programas de divulgação, demonstração e premiação -
como o estabelecimento de datas comemorativas, a realização de feiras e torneios de
empreendedorismo e, também a disponibilização de infra-estrutura, logística, serviços
básicos, etc. Ênfase tem sido conferida à constituição de incubadoras, empresas juniores e
parques tecnológicos.
2. Serviços de apoio, geralmente inclui programas de informação, capacitação e consultoria.
As políticas vêm procurando apoiar as empresas, fortalecendo suas capacidades e
competências centrais de forma continuada, dentro de uma perspectiva de longo prazo.
Destaca-se ainda a tendência à descentralização da oferta destes serviços, assim como ao
estabelecimento de instituições que atuam como uma porta de entrada para a solução dos
mais variados problemas das empresas, os one-stop-shop.
3. Formas de financiar a criação e o desenvolvimento de MPEs, variando desde
financiamentos diretos (a fundo perdido ou com retorno), incentivos fiscais e sistemas de
5
Palestra ministrada pelo profº Marco Aurélio Crocco no II Seminário de Redes Empresariais: Arranjos Produtivos Locais,
Configurações, Estruturas e Atores, realizado pelo Programa de Mestrado em Administração e Desenvolvimento
Empresarial/MADE, na Universidade Estácio de Sá em 6 de abril de 2005 .
48
capital-venture, até destinações específicas de parcela do orçamento público e compras de
governo. As políticas adotadas têm procurado, por um lado, aperfeiçoar os mecanismos
existentes e diminuir os tradicionais entraves enfrentados quanto à obtenção de
financiamentos. Paralelamente formas criativas de financiar o desenvolvimento das
empresas de pequeno porte vêm sendo buscadas. Em consonância com a tendência
observada nos demais casos de apoio, cresce o interesse em tratar estas empresas como
conjunto de agentes a serem financiados, destacando-se os seguintes:
A redução nos custos e diluição de riscos associados ao financiamento a empresas
individuais e particularmente as de menor porte;
A superação das tradicionais barreiras ligadas ao fornecimento de garantias e ao
financiamento de médio e longo prazo;
O fortalecimento das relações entre atores nos arranjos e sistemas visando o aumento das
sinergias coletivas e o desenvolvimento de formas interativas de aprendizado.
4. Simplificação da burocracia. Os principais esforços visam reduzir procedimentos e prazos
para facilitar a criação de novas empresas, sua atuação e seu financiamento.
Relevante se torna enfatizar a mudança de estilo de gestão dos governos locais. A postura dos
governantes municipais está em mutação em consonância aos critérios de avaliação do que hoje se
considera uma “boa gestão” e também está em transformação o jogo político feito por um número cada
vez maior de atores, estando as “elites urbanas” mais visíveis na vida pública, tornando a forma
tradicional de gestão praticamente ingovernável sem a participação comunitária (FISCHER, 2002).
[...]A eficiência da administração local na esfera pública depende, assim, em primeiro lugar, da capacidade
dos governos para mobilizar recursos não-governamentais e cooperar com atores não-governamentais no
sentido de construir coalizões, especialmente com o meio empresarial. A criação dessas coalizões seria a
forma justamente de superar a fragmentação de interesses ecomicos e políticos (ACSELRAD, 2002,
p.41).
Como conseqüência das ações sociais “os nós e conexões organizativos o são discretos, as
estratégias o híbridas e dependem de indivíduos, grupos e coletivos mais amplos” (FISCHER, 2002, p.
27). Os limites entre o particular e o público são tênues quando se trata de políticas participativas.
A implementação de políticas públicas voltadas para o fomento da cooperação, superação de
entraves, formação de redes e acompanhamento das organizações associativas, possibilitaria a criação de
49
instrumentos fundamentais de gestão para o êxito de iniciativas de cooperação existentes. O que não se
torna tão difícil, pois a divisão de esforços para a promoção comercial e a utilização de núcleos regionais
de apoio, através da ação de mediadores de conflitos e de técnicos de extensão junto às empresas, podem
ser replicados e são de fundamental importância para o sucesso das estratégias de cooperação
(VERSCHOORE, 2001).
2.5.2 Financiamentos
As taxas de desemprego cresceram muito nos anos 70 e 80, e isso acabou por valorizar o papel da
pequena empresa, supostamente o “último bastião” do emprego mesmo nos países mais avançados
(ALMEIDA, 2002).
[...]Em diversos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, os governos lançaram mão de iniciativas para
estimular o surgimento e a sobrevivência de micro e pequenas empresas, procurando no estímulo ao
chamadoempreendedorismo” uma compensação para as altas e duradouras taxas de desocupação. Neste
sentido, multiplicaram-se as “incubadoras de empresas”, os “balcões de necios” e principalmente os
programas de financiamento para pequenas e médias empresas, inclusive no vel do “microcrédito”
(ALMEIDA, 2002, p.246).
Os empréstimos preferenciais para MPEs existem desde a década de 80, refletindo as políticas
governamentais de apoio a este grupo particular de empresas. Algumas características destes
financiamentos são as taxas de juros inferiores às de mercado, juntamente com programas de treinamento
e capacitação (AZEVEDO, 2003).
O PROEX (Programa de Financiamento às Exportações) e a produção do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) exerceram papel relevante na re-inclusão competitiva
e na abertura de novas oportunidades para algumas empresas.
Algumas barreiras são percebidas quando se refere a programas de apoio a MPEs e uma das mais
citadas é a distância entre o real com seu cotidiano dimico e diversificado e as políticas de
financiamento.
Este isolamento, que pode gerar incompreensões recíprocas, é resultado de programas voltados
para uma suposta homogeneidade do mundo da pequena empresa.
No entanto, quando estudado aprofundadamente sugere ao contrário uma população de empresas,
aparentemente pertencentes à mesma categoria, que apresentam uma extrema diversidade de acordo com
50
sua origem histórica, tamanho, organização, modo de administração, relação com o mercado, forma de
aprovisionamento, gestão de emprego, identidade social, formação e competências, história do
proprietário, objetivos econômicos pretendidos, necessidades e dificuldades.
O volume de variáveis requer instrumentos de apoio, um mínimo de variedade e flexibilidade, que
devem se adaptar ao máximo às realidades e essa flexibilidade tem um custo uma vez que torna mais
complexo o trabalho dos agentes de intervenção e impõe os modos de funcionamento originais das
agências junto às empresas (FAUE LABAZÉE, 2003).
Schumpeter
6
(1912 apud MYTELKA e FARINELLI, 2005) em sua Teoria do desenvolvimento
econômico reconheceu que para os empreendedores se tornarem forças motrizes em seu processo de
inovação, devem convencer aos bancos a fornecerem o crédito com o objetivo de financiar a inovação.
[...]Barreiras ao crédito geram ineficiências alocativas e subtraem recursos de projetos de investimento (...)
Se empresas de longa existência ou maior porte tiverem maior facilidade de acesso ao crédito, enquanto
novas firmas ou PMEs não têm, algumas dentre elas terão uma sobrevida além da expectativa, e a
concorrência via entrada de novas empresas será reduzida. No mundo em desenvolvimento, este é um
problema que se difunde e constitui um rio impedimento à criação de economias locais dinâmicas em
torno de um setor de PMEs em expansão (MYTELKA E FARINELLI, 2005).
As políticas públicas de concessão de empréstimos e crédito devem privilegiar ações de
cooperação interempresas e buscar formas de atração de capital-venture, que possam financiar propostas
inovadoras de empresas que operam em rede de cooperação (AMATO NETO, 2005).
2.5.3 Mercado
Entende-se por mercado qualquer situão em que produtores, fornecedores, vendedores,
concorrentes e clientes em potencial entram em contato proporcionando a circulação de serviços, capitais
e pessoas.
A economia atual chamada de “nova” surgiu em escala global no último quartel do século XX e
Casttells (2005) a caracteriza como informacional, global e em rede para enfatizar seus traços
fundamentais e sua interligação.
Informacional porque a produtividade e a competitividade de unidades ou agentes nessa
economia (sejam empresas, regiões ou nações) dependem basicamente de sua capacidade de gerar,
processar e aplicar de forma eficiente a informação baseada em conhecimentos.
6
Segundo o economista austaco Joseph Schumpeter, a inovação (“fato novo”) constitui-se no fenômeno fundamental do desenvolvimento econômico,
podendo manifestar-se por meio de uma ou de algumas das seguintes situações: introdução de um novo bem; introdução de um novo método de produção;
abertura de um novo mercado; conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou bens semimanufaturados; estabelecimento de uma nova
organização de qualquer indústria.
51
Global porque as principais atividades produtivas, o consumo e a circulação, assim como seus
componentes (capital, trabalho, matéria-prima, administração, informação, tecnologia e mercados) estão
organizados em escala global, diretamente ou mediante uma rede de conexões entre agentes econômicos.
Em Rede porque nas novas condições históricas, a produtividade é gerada, e a concorrência é
feita em uma rede global de interação entre redes empresariais.
Dentro deste contexto mundial surge a necessidade imperiosa do Brasil aprimorar o desenho da
sua balança comercial e pode vislumbrar nos modelos de arranjos produtivos uma possibilidade de ser
mais competitivo globalmente, e também pode obter resultados sócio-econômicos positivos, relacionando
as pequenas, médias empresas (PMEs) e aos diferentes atores (CARVALHO, 2005).
Quanto mais dinâmico for o mercado onde o APL atua maior será o estímulo para novos
investimentos, a exigência de renovação de equipamentos e métodos de produção.
Fundamental para o posicionamento competitivo no mercado torna-se a observância dos padrões
de consumo da clientela e conseqüentemente a adaptação do produto a esta demanda Ferraz, Kupfer e
Haguenauer (1995).
A diferenciação de produtos teria como objetivo atender às necessidades dos consumidores, os
processos atuais, que atuam e transformam a informação e o conhecimento para cada (novo) mercado de
produto, levam novos padrões de consumo, correspondendo a novas tribos de consumidores (PETIT,
2005).
CAPÍTULO 3 - O ESTUDO DE CASO
3.1 Metodologia
52
As MPEs buscam a proximidade geográfica como atração dos clientes numa mesma área
delimitada, concentração de informação/tecnologia e compartilhamento de atividades de caráter
econômico ou não, baseado na literatura sobre redes empresariais focalizando a gestão de Arranjos
Produtivos Locais. Este pressuposto originou-se no estudo anterior, da autora desta pesquisa, que
culminou com a identificação da formação do Arranjo Produtivo Local (APL) de confecção de moda de
praia em Cabo Frio
7
. Os resultados daquele estudo acenaram para um aprofundamento da pesquisa, razão
pela qual no presente trabalho procurar-se-á identificar e analisar os possíveis agentes indutores
endógenos e exógenos que estejam promovendo ações no sentido de alavancar o desenvolvimento local
através do referido arranjo.
Assim, pretende-se mapear os aspectos facilitadores e os fatores que dificultam as redes de
cooperação, como também verificar que ferramentas de gestão têm sido possível utilizar para que o
arranjo se consolide como um sistema de relações sociais e conseqüentemente um vetor de
desenvolvimento local contribuindo para elevar a região à condição de sustentabilidade.
A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, representando uma maneira de investigar um
tópico empírico a partir de um conjunto de procedimentos pré-especificados (YIN, 2001), uma vez que
procura identificar e analisar o Pólo de Confecção de Moda Praia de Cabo Frio, em seu contexto atual,
onde serão enfocadas as relações entre os atores/agentes caracterizados como integrantes desta
aglomeração.
Yin, 2001 destaca que a investigação do estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente única
em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados, e, como resultado baseia-se em
várias fontes de evidência, com os dados precisando convergir, beneficiando-se do desenvolvimento
prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e a análise de dados.
A análise dos dados secundários, caracteriza-se por: pesquisas históricas, entrevistas já realizadas,
trabalhos acadêmicos publicados e documentos publicitários.
Os dados primários foram obtidos por meio de formulários que tiveram a avaliação quali-
quantitativa de seu conteúdo e foram mensurados através da Lógica Fuzzy que representa uma gica
matemática que leva em consideração o aspecto de incerteza. Como o próprio nome sugere, a teoria dos
7
Monografia desenvolvida por rian Rosa do Valle, como requisito para conclusão da disciplina Redes Empresariais no ano de 2004, no programa de
Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial –MADE, da Universidade Estácio de Sá. (Valle, 2004)
53
conjuntos fuzzy é, basicamente, uma teoria de conceitos graduados, utilizada para tratar fenômenos
complexos e na solução de problemas reais (COSENZA, 2003).
[...]A gica fuzzy é uma teoria matemática, e o que é chamado nebulosidade leva em consideração um
aspecto de incerteza. Nebulosidade (Fuzziness) é a ambiidade que pode ser encontrada na definição de
um conceito ou no sentido da palavra (...) A teoria baseia-se no princípio de que o pensamento humano é
estruturado não em números, mas sim em classes de objetos cuja transição entre pertencer ou não a um
conjunto é gradual e não abrupta (COSENZA, 2003).
Após a análise e a mensuração dos formulários utilizando a Teoria Fuzzy (Tabela 7) foi elaborado
um relatório conclusivo buscando apresentar evidências suficientes para demonstrar de forma clara os
resultados e sugerir possíveis futuras pesquisas.
3.2 Pesquisa
3.2.1 Quanto aos fins
Para o alcance dos objetivos intermediários, relacionados aos aspectos teóricos que fundamentam
a formação, o funcionamento de APLs e das características estruturais de uma rede de empresas foram
apresentados os traços de aprendizado e desenvolvimento para o fortalecimento dos laços de cooperação.
Foi desenvolvida a pesquisa de forma descritiva, enquanto expunha as características do fenômeno
estudado, e explicativa para a confrontação do modelo à realidade encontrada, identificando os fatores
endógenos e exógenos que contribuem para a ocorrência deste mesmo fenômeno.
3.2.2 Quanto aos meios
A investigação de campo valeu-se da metodologia de estudo de caso e a dissertação utilizou-se
também de pesquisa bibliográfica e documental.
Bibliográfica porque para a fundamentação teórica-metodológica do trabalho foram realizados
levantamentos dos conceitos teóricos pertinentes à pesquisa.
54
E documental porque foi realizada através da análise dos dados secundários, caracterizados por:
pesquisas históricas, entrevistas, trabalhos acadêmicos publicados, documentos publicitários, participação
em fóruns e reuniões do APL em estudo.
3.3 Universo, Amostra e Sujeitos da Pesquisa
O universo da pesquisa de campo foi composta por alguns atores do APL de Moda Praia de Cabo
Frio, incluindo-se empresários, integrantes das instituições e especialistas locais e externos, que m
desenvolvendo estudos sobre APL’s no momento.
Perfaz a amostra um total de 64 participantes, composta por 20 representantes de instituições que
participam da governança local, 36 empresários (representando aproximadamente 36% do universo de
100 empresas), 5 especialistas locais e 3 especialistas externos.
Tabela 5 – Distribuição da Amostra (Empresários e Representantes das Instituões)
Instituições Empresários
20 representantes (10 instituições)
1. SEBRAE – 4 representantes
2. PMCF – 5
3. FERLAGOS - 2
4. ACIRB - 2
5. ACIA - 1
6. CORREIOS - 1
7. BB - 1
8. SINDICOM - 1
9. SENAC - 1
10. SESI/SENAI/FIRJAN – 2
cada representante responde
aos dois formulários (ANEXO A
e ANEXO B )
36 representantes
cada representante responderá
aos dois formulários (ANEXO A
e ANEXO B )
Elaboração ppria (2006).
Os especialistas foram divididos em dois grupos:
Tabela 6 – Distribuição da Amostra (Especialistas)
55
Locais Externos
05 representantes
cada especialista
responderá 3(três)
formulários.
1. Influência do fator (ANEXO A)
2. Influência entre os fatores
(ANEXO D)
3. Desempenho do fator
(ANEXO B)
03 representantes
cada especialista
responderá 2
(dois) formulários
1. Influência do fator
(ANEXO A)
2 Influência entre os fatores
(ANEXO D)
Elaboração própria (2006).
Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos:
Quanto aos representantes das instituições:
ACIA (Presidente);
ACIRB (Presidente e Diretor);
Banco do Brasil S.A. (Gerente de Governo);
CORREIOS (Representante Técnico do Projeto Moda Praia);
FERLAGOS (Diretor Administrativo, Diretor de Relações Instituições);
Integrantes das instituições: SEBRAE (Gerente Regional, Responsável Técnico pelo
projeto APL Moda Praia, Consultor Externo e Consultor Local); SESI/SENAI
(coordenador Regional); FIRJAN (Coordenador Regional); SENAC (Representante
Técnico do Projeto Moda Praia);
Prefeitura Municipal de Cabo Frio (Secretário Municipal de Indústria e Comércio,
Secretário Municipal de Ciência e Tecnologia, Secretário Municipal de Turismo, Sub-
Secretário de Planejamento, Responsável Técnico pelo Projeto Moda Praia – Municipal);
SINDICOM (Presidente).
Quanto aos Empresários:
Empresários que compõem o universo das empresas formais do APL Moda Praia Cabo
Frio (considerando proprietários de comércio e/ou confecções);
56
Quanto aos Especialistas:
Locais - SEBRAE (Responsável Técnico pelo projeto APL Moda Praia, Consultor Externo
e Consultor Local); FERLAGOS (Diretor Administrativo) e Representante dos
empresários (palestrante sobre o tema e com maior volume de exportações do APL).
Externos Participaram da pesquisa três Professores Doutores do corpo docente do IE
(Instituto de Economia) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) com trabalhos
publicados em congressos e livros sobre o tema APLs.
O Perfil dos Especialistas foi identificado através de um questionário (ANEXO E) e os
resultados estão apresentados numericamente (ANEXO F).
A participação dessas pessoas nesse processo é relevante para a compreensão do surgimento e da
evolução do Arranjo Produtivo Local de Moda Praia de Cabo Frio, realçando a relação social das novas
configurações de trabalho e suas relações com a comunidade local.
Para embasamento teórico e elaboração da matriz de impacto entre os fatores participaram da
pesquisa oito especialistas.
3.4 Coleta de Dados
A coleta de dados foi efetuada através de evidências com o objetivo de adequa-la de forma
padronizada. Utilizou-se no estudo de entrevistas e depoimentos de atores e agentes envolvidos com o
APL de Moda Praia de Cabo Frio e região.
Foram elaborados três formulários:
ANEXO A - Este formulário foi desenvolvido com o objetivo de avaliar de maneira impessoal (visão
teórica) o grau de influência de fatores endógenos e exógenos sobre o desenvolvimento de um APL.
ANEXO B - Este formurio foi desenvolvido com o objetivo de avaliar de forma pessoal (visão da
realidade local) o grau de desempenho de fatores endógenos e exógenos no APL de Moda Praia de Cabo
Frio.
57
ANEXO D - Este questionário foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o grau de influência entre
fatores endógenos e exógenos em um APL.
Os três formulários são aplicados pela pesquisadora e são acompanhados de uma Tabela de
Conceitos Esta tabela foi desenvolvida com o objetivo de esclarecer os termos pertinentes ao estudo
da inflncia e o desempenho de fatores endógenos e exógenos sobre o desenvolvimento de um APL
(ANEXO C).
Com essa orientação em mente, os procedimentos de campo do protocolo enfatizaram as
principais tarefas ao coletar dados, que segundo Yin (2001) incluem:
Obter acesso a organizações ou a entrevistados chave.
Possuir materiais suficientes enquanto estiver no campo incluindo um computador pessoal,
material para escrever, papel, clipes e um local calmo e preestabelecido para tomar notas em
particular.
Desenvolver um procedimento para pedir ajuda e orientação, se necessário for, de
pesquisadores ou colegas de outros estudos de caso.
Estabelecer uma agenda clara das atividades de coleta de dados que se espera que sejam
concluídas em períodos especificados de tempo.
Preparar-se para acontecimentos inesperados, incluindo mudanças na disponibilidade dos
entrevistados, assim como alterações no humor e na motivação do pesquisador do estudo de
caso.
Vale salientar que a pesquisadora participa como representante de um dos atores na rede e desde
2001 vem coletando dados sobre o objeto de pesquisa e cataloga de forma cronológica e temática os
conteúdos arquivados.
3.5 Tratamento de Dados
No estudo, a coleta de dados foi elaborada na busca de fontes de evidência para adequação à teoria
da lógica fuzzy. Nesse trabalho, foram utilizados formulários e depoimentos de atores envolvidos com a
58
APL de Moda Praia de Cabo Frio, além de documentos elaborados pelo arranjo que serviram para
análise com base nas preposições fuzzy como observa Saraiva (2003) em seu trabalho:
“Até pouco tempo, a probabilidade era a única incerteza com que os matemáticos trabalhavam. A
incerteza da probabilidade, geralmente refere-se à incerteza de fenômenos, como simbolizados
pelo conceito de aleatoriedade (...) a nebulosidade difere em sua natureza; isto é, eles são aspectos
diferentes de incerteza (...) que é uma parte do significado das palavras e as palavras são partes
indivisíveis do pensamento humano” (SARAIVA, 2003).
O tratamento de dados foi elaborado pelo cruzamento das evidências ao quadro teórico com os
resultados da entrevista que foi modelada pela lógica fuzzy que é baseada na teoria dos conjuntos fuzzy.
Esta é uma generalização da Teoria dos Conjuntos Tradicionais para resolver paradoxos gerados a partir
da classificação “verdadeiro ou falso” da lógica clássica. Tradicionalmente, uma proposição lógica tem
dois extremos: ou “completamente verdadeiro” ou “completamente falso”. Entretanto, na gica fuzzy,
uma premissa varia em grau de verdade de 0 a 1, o que leva a ser parcialmente verdadeira ou
parcialmente falsa.
Partindo deste pressuposto serão levadas em consideração as três características principais da
teoria fuzzy (COSENZA, 2003):
Uso de variáveis lingüísticas no lugar ou em adição a variáveis numéricas.
Caracterização das relações simples entre variáveis por expressões condicionais.
Caracterização das relações complexas por algoritmos fuzzy.
3.6 Limitações do Método
O aspecto dinâmico de um APL foi levado em consideração, entendendo que aglomerados estão
em constante evolução, com o aparecimento de novas empresas ou com o desaparecimento de tantas
outras e, portanto, o que se pretende é revelar o mais focado e nítido possível a fotografia deste APL neste
momento.
A metodologia escolhida para a pesquisa apresentou as seguintes limitações:
59
1) A pesquisa documental, quando no levantamento de documentos internos esbarrou em aspectos
“confidenciais”. Além de alguns documentos que o foram disponibilizados em tempo hábil para
análise, apesar da antecipação da pesquisadora que visava dissipar eventuais dificuldades em
conseguir autorização para tanto.
2) Os fatores endógenos e exógenos privilegiados não englobam a totalidade de variáveis do
contexto estudado e nem tão pouco se pretende esgotar os estudos sobre os temas.
3) O entendimento dos conceitos dos fatores endógenos e exógenos por parte dos entrevistados,
cabendo ao entrevistador minimizar as possíveis incompreensões.
Todavia, mesmo diante das limitações referenciadas, considera-se que o método foi o mais
apropriado para alcançar o objetivo final da pesquisa.
A tabela abaixo, configura um instrumento que visa descrever de forma minuciosa as etapas da
metodologia aplicada nesta dissertação:
Tabela 7 – Etapas da Metodologia
(1/7)
1ª Etapa
Escolha do objeto de estudo.
APL Contexto, Nome, Localização, Especialização, Tamanho...
2ª Etapa
Seleção dos fatores endógenos e exógenos privilegiados (variáveis
independentes).
Ex:
A Cooperação e Associativismo
B Crenças, Hábitos e Valores Locais
C Empreendedorismo
D Governança
E Planejamento Estratégico
F Custos de Transação
G Tecnologia (Inovações)
H Políticas Públicas
60
I Financiamentos
J Mercado
3ª Etapa
Conceituão das variáveis através do Referencial Teórico (limitação
das fronteiras).
4ª Etapa
Elaboração dos formulários: Perguntas e possíveis respostas (escala de 1
a 5).
Ex:
Qual a influência de cada fator
para o desenvolvimento de um
APL? Anexo A
Como está o desempenho de
cada fator no APL? Anexo B
1. crucial
2. bastante influência
3. inflncia moderada
4. pouca influência
5. não influencia
1. ótimo
2. bom
3. regular
4. ruim
5. péssimo
Continuação...
Tabela 7 – Etapas da Metodologia
( 2/7)
5ª Etapa
Seleção dos sujeitos da pesquisa.
Os entrevistados serão divididos em dois grupos:
Ex:
Instituições Empresários
20 representantes (10 instituições)
11. SEBRAE – 4 representantes
12. PMCF – 5
13. FERLAGOS - 2
14. ACIRB - 2
15. ACIA - 1
16. CORREIOS - 1
17. BB - 1
18. SINDICOM - 1
19. SENAC - 1
20. SESI/SENAI/FIRJAN – 2
cada representante
responderá aos dois
formulários
(Anexo A e Anexo B)
36 representantes
cada
representante
responderá aos
dois formulários
(Anexo A e Anexo B)
61
6ª Etapa
Aplicação dos formulários (conceituar as variáveis ANEXO C e
acompanhar o preenchimento, esclarecendo as possíveis dúvidas).
7ª Etapa
Assignação dos graus de pertinência para cada um dos conjuntos
nebulosos/difusos.
Ex:
Qual a influência de cada fator para o
desenvolvimento de um APL?
Como eso desempenho de cada fator
no APL?
1. crucial 1
2. bastante influência 0.75
3. influência moderada 0.50
4. pouca influência 0.25
5. não influencia 0
1. ótimo 1
2. bom 0.75
3. regular 0.50
4. ruim 0.25
5. péssimo 0
Cont...
Tabela 7 – Etapas da Metodologia
(3/7)
8ª Etapa
Conversão em um formato numérico das respostas dos entrevistados.
Exemplo:
Fator Crucialtimo Bastante
Influência/Bom
Influência
Moderada/Regular
Pouca
Influência/Ruim
Não Influencia/
Péssimo
A
B
C...
9ª Etapa
Agregação das opiniões utilizando a função Fuzzy (centro de gravidade) onde,
∑ = somatória; VAg = variável agregada; QR = quantidade de representantes e
VE = valor de pertinência.
j
i
i
j
i
ii
QR
VEQRi
VAg
1
1
*
10ª Etapa
Identificação da ordem de influência dos fatores para o desenvolvimento de um APL
(segundo cada grupo de entrevistados).
11ª Etapa
Identificação da ordem de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de
Cabo Frio (segundo cada grupo de entrevistados).
12ª Etapa
Determinação da distância entre o grau de influência e de desempenho de cada
fator segundo os Empresários.
Ex:
Fator Influência Desempenho
62
X 0.93 #########
#########0.43
13ª Etapa
Determinação da distância entre o grau de influência e de desempenho de cada
fator segundo os Representantes das Instituições.
Ex:
Fator Influência Desempenho
X 0.93 #########
#########0.43
14ª Etapa
Considerações Parciais – Isoladamente e cruzamento de respostas.
Elaboração de gráficos conclusivos.
Cont...
Tabela 7 – Etapas da Metodologia
(4/7)
15ª Etapa
Seleção dos especialistas da pesquisa.
Os especialistas serão divididos em dois grupos:
Locais Externos
05 representantes
cada especialista
responderá 3 (três)
formulários.
1. Influência do fator Anexo A
2. Influência entre os fatores Anexo D
3. Desempenho do fator Anexo B
03 representantes
cada especialista
responde 2 (dois)
formulários
1. Influência do fator Anexo A
2 Influência entre os fatores
ANEXO D
16ª Etapa
Aplicação dos formulários (conceituar as variáveis ANEXO C
e acompanhar
o preenchimento, esclarecendo as possíveis dúvidas).
17ª Etapa
Assignação dos graus de pertinência para cada um dos conjuntos
nebulosos/difusos.
Qual a influência de cada fator
para o desenvolvimento de um
APL?
Como está o desempenho de
cada fator no APL?
6. crucial 1
7. bastante influência 0.75
8. influência moderada 0.50
9. pouca influência 0.25
10. não influencia 0
6. ótimo 1
7. bom 0.75
8. regular 0.50
9. ruim 0.25
10. péssimo 0
18ª Etapa
Conversão em um formato numérico das respostas dos especialistas quanto a
inflncia.
Exemplo:
Fator Crucial
Bastante
Influência
Pouca
Não Influencia
63
Influência Moderada Influência
A
B
C...
Cont...
Tabela 7 – Etapas da Metodologia
(5/7)
19ª Etapa
Aplicação do questionário de identificação do perfil do especialista (ANEXO E) e
conforme suas especificações (perfil) determinação do grau de ponderação das
respostas (Os resultados obtidos estão demonstrados no ANEXO F).
20ª Etapa
Agregação das opiniões utilizando a função fuzzy (centro de gravidade) onde,
∑ = somatória; VAg = variável agregada; QR = quantidade de representantes e VE
= valor de pertinência.
j
i
i
j
i
ii
QR
VEQRi
VAg
1
1
*
21ª Etapa
Identificação da ordem de influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL segundo os especialistas.
22ª Etapa
Comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de um APL
(Anexo A) segundo os Empresários, os R
epresentantes das Instituições e os
Especialistas Locais e Externos.
23ª Etapa
Comparação entre o grau de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de
Cabo Frio (Anexo B) segundo os Empresários, os R
epresentantes das Instituições e
os Especialistas Locais.
24ª Etapa
Considerações parciaisIsoladamente e cruzamento de respostas.
Elaboração de gráficos conclusivos.
25ª Etapa
Determinação da distância entre o grau de influência, segundo os
Especialistas
Externos e Locais e o grau de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia
de Cabo Frio segundo os Especialistas Locais
Ex:
Fator Influência Desempenho
X 0.93 #########
#########0.43
Cont...
64
Tabela 7 – Etapas da Metodologia
(6/7)
26ª Etapa
Determinação da distância entre o grau de influência apontado pelos E
specialistas
Externos e Locais e o de desempenho de cada fator segundo os Empresários.
Ex:
Fator Influência Desempenho
X 0.93 #########
#########0.43
27ª Etapa
Determinação da distância entre o grau de influência
apontado pelos Especialistas
Externos e Locais e o de desempenho de cada fator segundo os R
epresentantes das
Instituições.
Ex:
Fator Influência Desempenho
X 0.93 #########
#########0.43
28ª Etapa
Considerações parciaisIsoladamente e cruzamento de respostas.
Elaboração de gráficos conclusivos.
29ª Etapa
Determinação da distância entre a demanda e a oferta. Tabela de cálculo do grau
de incidência (G Inc), grau de desempenho (G Des), distância fuzzy (Dist), média
dos graus de incidência (Média Ginc), média dos graus de desempenho (Média
Gdes) e a média das distâncias (Média Dist).
Ex:
Empresários Representantes
das Instituições
Especialistas
Médias
Fator
GInc GDes Dist GInc
GDes
Dist
GInc
GDes Dist
Média
Ginc
Média
Gdes
Média
Dist
X
30ª Etapa
Considerações parciaisIsoladamente e cruzamento de respostas.
Cont...
Tabela 7 – Etapas da Metodologia
(7/7)
65
31ª Etapa
Elaboração de uma Matriz de influência entre os fatores de acordo com as
respostas dos especialistas. Considerações da Matriz.
32ª Etapa
Elaboração de uma Matriz MAX MIN de influência entre os fatores de acordo
com as respostas dos especialistas. Considerações da Matriz.
33ª Etapa
Elaboração de uma Matriz de Efeitos Esquecidos entre os fatores de acordo com
as respostas dos especialistas. Considerações da Matriz.
34ª Etapa
Considerações parciaisIsoladamente e cruzamento de respostas.
35ª Etapa
Considerações Finais.
Elaboração ppria. (2006)
CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO
4.1 Apresentação do APL de Moda Praia de Cabo Frio
4.1.1 Remontando a história do arranjo: características locais e fatores conjunturais
Cabo Frio pertence à Região da Baixada Litorânea, composta pelos municípios de Araruama,
Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Maricá, Rio das
Ostras, São Pedro da Aldeia e Saquarema.
66
Segundo o censo de 2004, Cabo Frio tem uma população de 126.894 habitantes, correspondentes a
19,9% do contingente da Região da Baixada Litorânea.
O município de Cabo Frio tem uma área territorial de 403 km
2
, com uma população residente de
126.894 habitantes, sendo que desta 106.326 habitam a área urbana. Sua densidade demográfica é de
314,87 hab/km2, contando com 143 estabelecimentos de ensino (pré-escolar, fundamental, médio e
superior), 8 hospitais e 10 agências bancárias. (MOURA, 2006).
Somando-se à captura e a salga do pescado e do camarão, encontram-se atividades secundárias
como: a indústria de cal e barrilha (a partir das conchas da laguna de Araruama); a manufatura de telhas,
tijolos e tabuados; a indústria de construção naval de pequeno porte; pecuária de pequena escala;
horticultura pouco diversificada (coco, mandioca, laranja, milho); produção de carvão vegetal; extração
mineral, com destaque para monazita na produção de porcelanas e vidros finos.
A exploração turística na região se intensificou após a construção da ponte Rio-Niterói, que trouxe
também investimentos, principalmente na construção civil, além da migração da o-de-obra para estas
atividades, dando início a uma ocupação urbana mais intensa, em especial na periferia da cidade.
A Gestão Pública Municipal enfatiza a vocação turística da região por suas belezas naturais, seu
clima favorável ao lazer e topografia aprazível.
MAPA 1 – Localização do Município de Cabo Frio/RJ
67
Fonte: Prefeitura Municipal de Cabo Frio RJ. Disponível no site: http//www.cabofrio.rj.gov.br apud Moura 2006.
Pela observação do mapa acima, pode-se visualizar a extensão da costa que banha o município,
espaço hoje explorado pelo aporte de transatlânticos.
O município é considerado o principal centro da Região dos Lagos, devido à diversificação das
atividades comerciais e de serviços. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, possuía a
configuração seguinte:
Tabela 8 - Número de Estabelecimentos por Porte/Setor da Economia –
Cabo Frio/RJ
Números de Estabelecimentos Cabo Frio 2002
Porte/Setor
Indústria Comércio Serviços Agropecuária
Total %
Micro 193 1.018 1.307 24 2.542 89,13
Pequena 21 113 139 2 275 9,64
Média 3 13 11 0 27 0,95
Grande 0 2 6 0 8 0,28
68
TOTAL 217 1.146 1.463 26 2.852 100
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (M T E ) – RAIS, 2002.
Segundo levantamento do SEBRAE (2005), foram detectadas as seguintes potencialidades de
negócios no Município de Cabo Frio: (i) no setor primário, a atividade pesqueira, tradicional na região,
apresenta condições favoráveis para esta instria; (ii) no setor secundário, a indústria extrativa de sal,
apesar de reduzida, ainda apresenta potencial de desenvolvimento. A indústria de vestuário, com base na
especialização em moda praia, em forma de arranjo produtivo tem potencial de crescimento; (iii) no setor
terciário, a região possui forte tradição turística em função dos atrativos naturais do litoral de Cabo Frio.
A tradição turística da região, com características praianas, é um elemento natural para a
ampliação do comércio de vestuário adequado para o clima local, caracterizando um pré-requisito para o
desenvolvimento “espontâneo” da indústria especializada no setor.
A trajetória do Arranjo de Moda Praia de Cabo Frio comprova a interface que vem se
estabelecendo entre o desenvolvimento dos setores secundário e terciário, num movimento que
caracteriza investimentos associados – o turismo estimulando a indústria de vestuário.
Na década de 50, o trabalho da cabo-friense Nilza Rodrigues Lisboa foi pioneiro na transformação
da forma de biquínis prontos, que ela desmanchava para criar os seus próprios moldes. Este procedimento
foi absorvido por comerciantes da região como prática usual até a década de 70. A disseminação da
inovação sinaliza uma pré-disposão para aceitação de novos conhecimentos no setor.
Com o sucesso das confecções pioneiras, aos poucos outros moradores da “Rua Gamboa”,
foram abrindo as portas e janelas de suas residências como pontos comerciais aderindo ao aglomerado
que hoje conta com aproximadamente 120 empresas. O bairro da Gamboa, antigamente uma vila de
pescadores, é onde atualmente fica localizada a via mais movimentada do comércio de Cabo Frio. A rua,
também denominada “Rua dos Biquínis”, foi restaurada pela Prefeitura Municipal de Cabo Frio (PMCF)
em 2002, que investiu em torno de um milhão de reais, transformando-a num shopping a céu aberto que
deu nova vida ao local, atraindo visitantes para compras no varejo e no atacado. De acordo com
emprerios da “Rua dos Biquínis”, as vendas no varejo, principalmente em feriados e férias escolares,
ainda representam 80% do volume de vendas.
Em 1998 alguns empresários da “Rua dos Biquínis” iniciaram uma articulação para a formação da
Associão dos Comerciantes da Rua dos Biquínis (ACIRB), ação que se concretizou em 2005, ou
seja, sete anos depois, com a participação efetiva de 53 empresários.
69
Em entrevista concedida pelo Gerente Regional do SEBRAE em Cabo Frio
8
, ele explica:
A primeira tentativa para a união dos comerciantes de moda praia da Rua dos Biquínis através da
intervenção de indutores externos ocorreu no ano de 2000, com a articulação para a formação de uma
cooperativa que teve inclusive o incentivo do Banco do Brasil através de linhas de crédito. A iniciativa da
cooperativa não produziu os efeitos esperados pelos agentes envolvidos como o SEBRAE, Comerciantes e
Banco.
Tanto na formação de associações engenas quanto nas conduzidas por agentes externos, foram
manifestando-se resistências cujas razões se atribuem ao clima que havia se formado agravado pela
ausência de cultura associativa entre os empresários, o que dificultava a cooperação.
A alteração do calendário escolar influenciou negativamente no desempenho de vendas no varejo.
O período das férias escolares que perfazia cerca de noventa dias, ficou reduzido a uma média de
cinquenta dias anuais.
Outro problema a ser destacado é a sazonalidade das vendas: todo o corpo de funcionários
contratado para a alta estação (80% em média), é dispensado após o período de férias, perdendo-se desta
forma, as capacitações desenvolvidas nesses funcionários e resultando em prejuízos econômicos com
sérias conseqüências sociais.
Estudo de Regazzi (2004) revela que apesar do enorme potencial econômico das confecções e do
turismo, a região sofre da inexistência de mão de obra qualificada, resultante justamente dessas demissões
constantes, e da falta de um plano estratégico para o desenvolvimento local. Am disso, o autor ressalta
que as tentativas de se montar estruturas associativas fracassaram e deixaram o empresário
desmobilizado.
O novo cenário que se desenhava para as vendas sazonais impulsionou as MPEs locais à busca de
outras soluções para a sua sobrevivência exigindo uma postura menos individualista. Atualmente o
SEBRAE articula-se à categoria empresarial, visando inicialmente minimizar os efeitos da sazonalidade e
em seguida fomentar o desenvolvimento e união do setor de Moda Praia de Cabo Frio. Articulou-se a
formação de um consórcio direcionado para exportação, na forma de um Projeto Piloto, que dará
embasamento para ações futuras de ordenamento do APL no sentido de atingir novos mercados.
8
Sérgio Tostes, Gerente Regional do Sebrae para a Baixada Litorânea do Estado do Rio de Janeiro, em Cabo Frio, em Agosto
de 2004.
70
Após muita negociação, foi constituído o Consórcio de Exportação “Pau Brasil Moda Praia”,
com um grupo inicial de seis empresas que foram selecionadas por consultores do SEBRAE/RJ e
FIRJAN/SENAI/RJ. Os principais aspectos que foram abordados são os seguintes: valores
organizacionais; formas de gestão de curto, médio e longo prazos; comprometimento da direção; foco nos
resultados; gestão centrada nos clientes, planejamento estratégico; sistemas de produção; balanceamento
da produção; capacidade instalada x utilizada; qualidade; produtividade; resposta rápida e melhoria
contínua; custos; modelagem; design; qualificação de RH; valorização da equipe; canais de distribuição;
área geográfica de vendas e condições físicas do local de trabalho.
Dando continuidade ao trabalho, o SEBRAE/RJ encomendou um estudo iconográfico coordenado
pelo historiador local Márcio Werneck, para a formação de uma coleção unificada e temática com
aspectos da cultura regional. A idéia foi de realizar um estudo sobre os ícones culturais que
representassem a cultura local e que pudessem ser utilizados pelas empresas de confecção como forma
não de alavancar sua competitividade, agregando valor, mas também de promover um sentimento de
pertencimento a uma coletividade, motivado pela necessidade de acelerar o processo de integração entre
os atores sociais, agentes institucionais e população em geral e suas lideranças.
Foram detectados vários ícones locais, uma vez que a região remonta 500 anos de descobrimento,
com edificações de grande valor histórico e exuberante ecossistema com formações de praias, mangues,
dunas e lagoas. Deu-se destaque nesse estudo à formação social da região tendo sido escolhida a cultura
indígena Tupinambá, por terem sido os seus índios, os primeiros habitantes da região. O estudo
iconogfico identificou portanto a sua cultura e o seu modo de vida. Além desse aspecto, ressaltou-se a
herança da pesca, através das rendas, e do pau-brasil, cujas cores mais tarde viriam a ser incorporadas na
confecção.
Após o estudo o SEBRAE/RJ incentivou a participação do Consórcio Pau-Brasil Moda Praia, para
representar o APL na II Edição do Fashion Rio/Fashion Business, a Edição Primavera-Verão 2003,
contratando a designer Joana Pessoa para definir uma coleção baseada no resultado da pesquisa
iconogfica, a coleção intitulada Tupinambá.
A experiência de êxito da referida coleção deve-se em grande parte à atuação crucial da referida
designer, que segundo Regazzi (2004, p.9) “soube com grande maestria costurar os vários aspectos
presentes nas diferentes culturas locais: Tupinambá, das rendas e pesca e do cotidiano das confecções (...)
o fato dela conhecer bem a cultura da região, foi um fator decisivo para o sucesso dessa iniciativa”. Por
outro lado Regazzi ressalta as palavras de um empresário que ficou mobilizado com as aulas de história:
“um historiador deu aulas para seis empresas e nós descobrimos o mundo dos Tupinambás (...) mas não
71
adianta pensar em produzir sem ter um conceito. Temos que ter um conceito muito forte, para criar uma
cara para a coleção” (REGAZZI, 2004, p.9-10).
Para produzir a coleção, foram feitas visitas a cada uma das seis empresas e foi observado o que
cada confecção realizava de mais criativo e melhor. Foram definidas seis coleções individuais que se
complementaram de acordo com o tema central, uma vez que cada empresa ficou responsável pelo
processo completo de produção. A Prefeitura custeou os catálogos para esta coleção.
Segundo técnica do SEBRAE, o ponto forte do desenvolvimento da coleção foi o valor cultural
agregado que cada peça da coleção anexou, o que ela qualifica como “diferencial competitivo e elemento
de ligação entre os empresários”.
9
A participação no evento projetou o APL na mídia e conseqüentemente a região onde está
instalado, porém o foram gerados os volumes de vendas esperados pelos empresários, que resolveram
produzir as coleções Pop e Top, sendo a primeira mais popular e a segunda trabalhada com pedraria e
bordados, com o intuito de atender públicos diferenciados.
Alguns fatores como a falta de conhecimento na formação de pro, no marketing, nas vendas e
no trabalho em equipe foram, segundo especialistas do SEBRAE/RJ, geradores de um clima de
desconfiança e empecilho para o andamento das ações do Consórcio.
O estudo do SEBRAE/RJ acenou também para alguns aspectos negativos da cultura empresarial
da região entre eles “o individualismo, a desconfiança, pouca vio estratégica e incapacidade de perceber
vantagens competitivas através de cooperação” (REGAZZI, 2004, p.6). Um exemplo dessa situação é o
fato dos empresários, em sua maioria, realizarem as compras individualmente e através de catálogos de
industrias do Rio de Janeiro e de São Paulo. No caso de compras de pequenos volumes existe um
fornecedor local que atende essa demanda.
A partir do diagnóstico e da constatação dos fatores acima como inibidores do crescimento, o
SEBRAE/RJ mais uma vez interviu aplicando o Programa de Redes Associativas, desenvolvido para
fomentar o associativismo entre grupos visando criar um ambiente saudável e propício para alavancar
atividades conjuntas. O Programa foi implementado em setembro de 2003 e trouxe, segundo os
integrantes do Consórcio, efeitos positivos como uma visão menos individualista dos problemas,
possibilitando um clima mais positivo, de maior respeito e cooperação entre os consorciados.
9
Entrevista realizada com Claudia Magalhães, responsável técnica do APL de Moda Praia de Cabo Frio, junto ao SEBRAE.
72
Além do Programa de Redes Associativas, o SEBRAE/RJ disponibilizou para os empresários,
cursos de formação de preços, análise financeira, o Programa de Desenvolvimento das Características
Empreendedoras (EMPRETEC), consultoria para formação e criação do Estatuto do Consórcio e
consultorias com estilistas e designers.
Com o aumento da demanda de produtos no período de férias, as confecções esbarraram em outra
problemática que é a falta de mão-de-obra qualificada. Em março de 2005 a PMCF (através da Secretária
de Ciências e Tecnologia) em parceria com o SENAI/FIRJAN-RJ instalaram em Cabo Frio um centro de
capacitação com doze cursos técnico-profissionalizantes na área de confecção, sendo dois cursos na área
têxtil (corte e costura e modelagem).
Algumas empresas exportam informalmente pequenas quantidades, que configuram em sua maior
parte, vendas para “sacoleiros” que compram moda praia para revender em países estrangeiros. Apesar de
não considerar vantajoso este tipo de negociação, por causa do baixo valor oferecido pelas peças, alguns
emprerios continuam praticando-a como forma de escoar as mercadorias que não são comercializadas
na alta temporada.
FIRJAN/SENAI/RJ em parceria com o Banco do Brasil formularam um programa de premiação
para a empresa que mais se destaca no ano, no setor exportador. A maioria das lojas de comércio tem a
sua ppria confecção. Quanto à informalidade, apesar da grande maioria trabalhar legalizada, algumas
empresas possuem o registro de comercialização de mercadorias, porém não possuem o de instria.
As evidências apresentadas durante as entrevistas e a documentação estudada possibilitaram o
processo de análise quanto a alguns traços da estrutura do aglomerado. Nesse processo, algumas
temáticas foram emergindo na pesquisa de campo, particularmente aquelas que ressaltaram os aspectos
facilitadores na interação entre os atores, assim como os “gargalos” no alcance das metas e nas estratégias
para consecução das ações. Entre estes, destacamos o papel do Plano Estratégico como ferramenta de
desenvolvimento de APLs e facilitadora dos vínculos entre as políticas locais e regionais, dificuldades
culturais para a formação de redes associativas, cooperação e incorporação de mudanças, temática que
veio à tona quando a cultura individualista do empresariado foi ressaltada como dificultando a cooperação
em vários momentos, nas reuniões com os empresários e em documentos consultados. Outros aspectos da
rede, igualmente importantes são as relações burocráticas, as inovações e a organização de trabalho.
4.1.2 Estrutura de Governança do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região - 2005
73
O Arranjo de Moda Praia de Cabo Frio é constituído atualmente por diversos atores formando
uma estrutura em rede.
O SEBRAE parece configurar, no momento (2005), o ponto de ligação da rede, comunicando-se
com todos os outros atores e exercendo o papel de mediador. As ações desenvolvidas por esta Instituição
de Fomento são apoiadas pelo SENAC e SESI/SENAI/FIRJAN e quase sempre com o patrocínio e/ou
apoio da Prefeitura Municipal de Cabo Frio (PMCF).
Por representar a primeira instituição de ensino superior da região e única de origem local, a
Fundação Educacional da Região dos Lagos (FERLAGOS) atua como espaço para eventos da
comunidade, centro de difusão de conceitos teóricos e divulgação da cultura regional. Disponibiliza aos
emprerios da área, consultoria e estagiários, através da Empresa Júnior (FERJUNIOR) do seu Curso de
Administração de Empresas.
Os CORREIOS e o Banco do Brasil (BB) realizam consultorias para exportação e divulgam o
desenvolvimento do APL em palestras e eventos.
Apesar da proximidade geográfica entre as empresas, no SHOPPING DA RUA DA GAMBOA,
as relações sugerem ser de concorrência acirrada, onde a prática da cópia parece prevalecer a atuações
pensadas na coletividade.
Algumas ações de compras conjuntas ou negociação de pro junto aos FORNECEDORES são
pontuais e ocorre no sentido de uma simples “dica”. Mesmo quando se trata de empresa participante do
Consórcio Pau-Brasil (CONSÓRCIO) as compras de insumos e o processo de produção continuam sendo
individualizados.
Na baixa temporada o shopping emprega cerca 500 diretos e 300 indiretos e na alta temporada
cerca de 1500 diretos e 800 indiretos segundo a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Cabo Frio
(ACIA).
Pode-se dizer que a estrutura de governaa do APL de Moda Praia de Cabo Frio em 2005 era
composta pelos seguintes atores:
SEBRAE
SENAC
SESI/SENAI/FIRJAN
74
PMCF
FERLAGOS
CORREIOS
BB
SHOPPING DA RUA DA GAMBOA
FORNECEDORES
CONSÓRCIO
ACIA
4.1.3 O plano estratégico na gestão do APL: articulação local e desenvolvimento regional
A idéia de se viabilizar um Plano Estratégico para o APL de Cabo Frio surge a partir dos
resultados da utilização de uma metodologia empregada pelo SEBRAE em Nova Friburgo, no APL de
confecção de moda íntima que se desenvolveu, em parceria com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento BID e com a Agência de Promoção de Negócio da Câmara de Comércio de Milão
para a Atividade Internacional.
Para a elaboração do Plano Estratégico para o APL de Cabo Frio, o SEBRAE/RJ contratou
consultoria técnica que a partir das experiências aprendidas com a implementação da metodologia
aplicada em Nova Friburgo, projetou a arquitetura dessa ferramenta para o APL de Cabo Frio.
Em entrevista concedida para o presente projeto, perguntou-se ao técnico que lições apreendidas
em Nova Friburgo deveriam servir como referencial ou como exemplo a ser evitado no caso de Cabo
Frio, o consultor Mauro Fernandes
10
explica:
O Plano Estratégico de Desenvolvimento de Nova Friburgo e Região serviu como norteador para o
Conselho de Desenvolvimento da Moda de Nova Friburgo. Foi criado a partir de estímulos exógenos, com
pouca participação do empresariado local causando, logo após o seu lançamento, uma cooperação bem
acentuada dos atores e instituições locais. A partir desse momento, todos os atores locais começaram a
trabalhar a fim de assegurar a sua execução. Ele foi concebido para ser flexível e já sofreu alterações. Por
ter sido o 1º Plano Estratégico (Piloto) de um APL Fluminense, havia falta de entendimento de algumas
questões relativas aos programas e projetos que, posteriormente, foram aprendidas no decorrer da
execução.
Quando perguntado sobre o diferencial metodológico e estrutural do APL de Cabo Frio em
relação ao de Nova Friburgo, esclarece:
10
Entrevista realizada em 24/03/2005.
75
A diferença sica entre o Plano de Nova Friburgo e o de Cabo Frio é que o primeiro tem sua amarração
na metodologia do Projeto PROMOS/SEBRAE/BID, o deixando claro se os critérios de excelência
mundialmente reconhecidos estão sendo bem trabalhados e o segundo deixa claro que todas as ações
para o desenvolvimento têm seu foco em requisitos de Excelência em Gestão, mundialmente reconhecidos
e preconizados no Brasil, pela Fundação do Prêmio Nacional da Qualidade - FPNQ.
No início, o projeto de formação e capacitação do Consórcio Pau-Brasil trouxe um certo
mau estar entre os empresários do setor de confecções, que ficaram fora deste primeiro processo, fato que
gerou indisposição entre os empresários e o SEBRAE/RJ. A proposta foi vista como seletiva, por
beneficiar alguns e excluir outros empresários do setor. Com a projeção do Consórcio, o APL como um
todo acabou ganhando visibilidade e os empresários começaram a mudar de postura, buscando algum
entendimento com a agência de fomento.
Na formação do Plano Estratégico, a fim de dar maior ênfase ao processo de construção coletiva e
com o objetivo de garantir maior comprometimento e entendimento entre os diferentes atores que
compõem o tecido econômico da região, o SEBRAE/RJ convidou em 23 de outubro de 2004, 20
emprerios para compor os Times de Gestão Integrada (TGIs). Além dos empresários foram convidados
representantes do SENAI/FIRJAN–RJ, SENAC, PMCF, Associação Comercial e Industrial de Cabo Frio
(ACIA), Banco do Brasil, Correios e FERLAGOS.
A metodologia de Formação de Times de Gestão Integrada (TGI) trata-se de um processo
sistematizado para desenvolver equipes de alto desempenho visando assegurar a gestão participativa na
execução do referido Plano.
Cada um dos Times de Gestão se responsabilizou por determinados temas. Os aspectos voltados
para o mercado e os clientes foram direcionados para o TGI de Marketing, Informação e Conhecimento
juntamente com o critério resultados assumido pelo TGI Resultados, processos produtivos e de gestão
com o TGI de Design, o TGI Sociedade atendendo as questões de Responsabilidade Sócio-Ambiental e o
TGI de Pessoas buscando analisar e promover ferramentas de gestão e excelência em recursos humanos
para o desenvolvimento das lideranças e colaboradores inseridos nas MPEs.
O objetivo geral da Minuta do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Setor de Confecção
Moda Praia do Pólo de Cabo Frio e Região, elaborado pelo SEBRAE/RJ, é o de contribuir para o
aumento da capacidade competitiva das micro e pequenas empresas do setor de Moda Praia da Região
(Cabo Frio e Arraial do Cabo), produtoras de bens e prestadoras de serviços, através do fortalecimento
dos laços de cooperação social, empresarial e institucional; buscando eliminar os obstáculos básicos
enfrentados pelas MPEs no incremento de sua competitividade global; aproveitamento de oportunidades
de negócios existentes e da elevação da taxa interna de retorno dos empreendimentos privados
(FERNANDES, 2005).
76
A análise da ferramenta de marketing SWOT (forças e fraquezas, bem como ameaças e
oportunidades de mercado do APL), foi realizada através de pesquisas e análises de informações
disponibilizadas pelos TGIs e, posteriormente, revisadas pelos mesmos.
Para fundamentar as dinâmicas e teorias desenvolvidas durante o processo de elaboração do
Planejamento Estratégico, foi realizado em 2004, o 1
o
. Fórum Moda Praia de Cabo Frio e Região, onde
foram realizadas palestras com especialistas de cada área dos TGIs.
O Plano Estratégico do APL de Moda Praia de Cabo Frio prevê um horizonte de 10 anos de ações
e a meta de envolver os demais municípios da Baixada Litorânea nesse período (Plano Estratégico, pp.4 -
5).
Os agentes que apóiam tanto do ponto de vista técnico-financeiro como organizacional, o
desenvolvimento do Arranjo de Moda de Praia de Cabo Frio tem potencializado um planejamento em
moldes mais democráticos, calçados em princípios pragmáticos e imbuídos de um forte senso de
endogenização que se evidencia nas estratégias de planejamento e execução do arranjo. Esse novo
atributo do planejamento responde às exigências de uma conjuntura que demanda inovação nas formas de
intervenção local e regional cujas características se redesenham de maneira a atender novos desafios
institucionais e produtivos, dos quais a desintegração da estrutura vertical das organizações nas áreas
pública e privada o fator determinante. Esses elementos fizeram com que fossem reduzidos e
redirecionados os instrumentos e estratégias de desenvolvimento regional, antes em poder do Estado
central, mudança essa que gerou múltiplas alternativas em matéria de regulação estatal e planejamento
regional e local, agora muito mais nas mãos dos atores locais.
Esse fenômeno tem conduzido as empresas à necessidade vital de se envolver num processo de
aprendizagem contínua e interativa, dentro e fora das suas unidades produtivas, suscitando a integração
entre empresários, trabalhadores, fornecedores, clientes, lideranças locais, poder público, instituições
públicas e privadas de ensino e pesquisa, entre outros atores participantes. Nesse cenário, procuramos
entender o contexto das políticas empresarias de Cabo Frio, onde o SEBRAE, principalmente, vem
atuando como um agente indutor ou facilitador da formação de uma estrutura viável de governança do
APL de Moda Praia, procurando envolver a responsabilidade dos vários segmentos sociais e institucionais
participantes do planejamento e execução do arranjo.
O caráter endógeno embutido na noção de um Plano Estratégico manifesta-se primeiramente na
vontade de se trabalhar em redes de construção de trocas, implicando numa melhor comunicabilidade, na
77
ação conjunta, na negociação, na interação, na ajuda mútua impulsionados pelos agentes locais,
principais protagonistas no sucesso do Plano Estratégico.
O Planejamento faz parte dos modelos tradicionais de desenvolvimento regional. No entanto o que
vai contribuir para a diferenciação dessa nova ferramenta, o Plano Estratégico, é que não tem o
potencial de promover a constituição de uma rede de governança, como também favorece o
compartilhamento da governança entre os atores locais e entre estes e os agentes indutores da constituição
dessas estruturas.
Segundo argumenta Hasenclever (2004, p.149), no processo da dinamizão dessas APLs, seria
desejável a organização de uma estrutura de governança local preparada para coordenar iniciativas
dirigidas à montagem de um projeto estratégico para a indústria de confecções das regiões.” A autora
alerta para o fato de que a constituição de estruturas de governança não é tarefa fácil e, segundo ela, “é
mais uma resultante do que um pressuposto de processos de desenvolvimento local”.
A pesquisa empírica nos permite posicionar o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Setor de
Confecções de Cabo Frio, como uma ferramenta de gestão de governança, com o papel importante de
alavancar o desenvolvimento local de alcance regional pela via da produção econômica de moda praia.
Ou seja, essa seria uma prerrogativa do APL de Cabo Frio: uma forma de dinamizar a economia local,
favorecendo trabalho e renda para as populações dos municípios envolvidos.
Nesse contexto, o Plano Estratégico se constitui uma importante ferramenta de gestão do
desenvolvimento assim como o Plano Diretor de um Município ou Estatuto de uma Cidade, ou os
Consórcios Interestaduais e Intermunicipais, os Conselhos Municipais entre outros instrumentos que
visam mudança, através de gestão participativa. No entanto para que se alcance resultados em termos de
desenvolvimento local com efeitos regionais e repercussão nacional, é necessário, entre outros fatores,
que o Plano Estratégico ganhe credibilidade na esfera pública, e que seja legitimado no Plano Diretor dos
Município de Cabo Frio e Arraial do Cabo, ora em elaboração (MOURA, 2006).
4.1.4 As inovações e o aprendizado no APL
Os projetos inovadores como o que se implanta em Cabo Frio com a formação de um APL de
confecção de moda de praia, trazem em geral, uma gama de resistências, pelo caráter de incerteza que é
intrínseco à própria inovação. A inovação não é simplesmente compreendida como a introdução de algo
novo, mas como um fator de mudança que provoca novas formas de relações entre os agentes, novos
modos de produção com a adoção de procedimentos diferentes, que chegam a invalidar formas anteriores
78
de organização do trabalho. Sem perder de vista a relação entre inovação e incerteza, outros aspectos são
ressaltados pelas ações inovativas do arranjo que passamos a relatar.
A coleção foi estruturada a partir dos conhecimentos adquiridos ao longo dos anos de experiência
das confecções locais e adereços como miçangas, bordados, pedras, conchas, crochê e pintura à mão
foram incorporados como valor agregado ao produto.
As estampas fazendo alusão ao clima tropical, os tecidos com textura e cores naturais e o exotismo
das peças foram incorporadas como fator diferencial e de referência ao local de origem.
Como vantagem atribuída às inovações alinhadas à cultura local, está o fato do Brasil ser
conhecido mundialmente pela beleza de suas praias, dando sentido a moda e apelo ao marketing.
4.1.5 As relações burocráticas no arranjo
As relações de governança, ou seja, de poder e autoridade que determinam como os recursos
financeiros, materiais e humanos são alocados no arranjo se apresentam de forma difusa.
Os depoimentos e a observação in loco não apontam para a existência de uma empresa líder neste
mercado, favorecendo a disposição horizontal das tomadas de decisão.
A coordenação da cadeia apresenta traços paternalistas de dependência, quando ainda recorrem às
instituições de fomento para se organizarem, contratarem terceiros em grupo ou financiarem em
conjuntos suas exportações.
As escolhas das empresas que irão participar do segundo consórcio ou as que podem ser incluídas
para compor o já existente, passam por critérios essencialmente subjetivos de relações e confiança,
configurando barreira à entrada de novas empresas àquelas que não mantiverem um contato social/afetivo
mais íntimo com os membros atuais do consórcio ou das instituições de fomento.
Os acordos comerciais de exportação são estabelecidos através da empresa que foi criada para este
fim e as vendas no varejo ou no atacado nacional são executadas através das MPEs individualmente.
4.1.6 A organização do trabalho
79
As empresas buscam a proximidade geográfica como atração dos clientes numa mesma área
delimitada, porém esta proximidade não é otimizada quanto à viabilidade de práticas conjuntas.
As compras de insumos e o processo de produção continuam sendo individualizados, mesmo
quando se trata de empresa participante do Consórcio. As possibilidades de diminuição dos custos de
transação são frustradas quando as sinergias não se alinham visando um desenvolvimento comum.
No Shopping Gamboa, os empresários combinaram instituir o horário de seis horas corridas para
as vendedoras e quando alguma loja precisa dispensar alguma funcionária consulta as demais
organizações para o possível aproveitamento da mesma no próprio arranjo.
A formação do Consórcio criou facilidades para exportações em conjunto e através do consórcio
estão contratando uma designer de jóias para a utilização de suas criações na próxima coleção de biquínis.
As capacitações dos funcionários que são consideradas recursos fundamentais para a geração,
aquisição e uso de conhecimentos (CASSIOLATO E LASTRES, 2003) amplia a importância dos
processos conjuntos de aprendizado e de capacitação, fato que ocorre de forma esporádica e direcionada
pelo SEBRAE, sem a conscientização prévia da importância do fortalecimento coletivo.
Na representação de um arranjo produtivo local o ambiente é altamente competitivo, uma vez que
as empresas atuam em um mesmo mercado e a capacidade de cooperação surge nas atividades que o
compartilhadas entre as empresas. Quando as possibilidades de ação coletiva são desperdiçadas a rede
perde o seu potencial de criar novos mercados, buscar apoio público com maior eficiência, investir em
inovações, acesso a contatos profissionais além de suas capacidades financeiras e melhores bases para
negociação com fornecedores.
4.1.7 Configuração da estrutura de Governança no APL de Moda Praia de Cabo Frio (2006).
A partir do segundo semestre de 2005 a configuração da rede sofreu algumas alterações:
O CONSÓRCIO foi extinto, ficando as empresas exportando por iniciativa privada e as
coleções para o Fashion Rio 2006 foram produzidas isoladamente.
Foi criada a ACIRB (Associação Comercial e Industrial da Rua dos Biquínis).
Começou a participar das ações do APL o SINDICOM (Sindicato da Indústria e Comércio).
80
Nesse momento, uma nova estrutura fica evidenciada, como pode ser observado através
dos novos atores que configuram na composição da rede e pela saída do CONSÓRCIO, comprovando o
quanto a governança pode ser dinâmica.
Pode-se dizer que a estrutura de governaa do APL de Moda Praia de Cabo Frio em 2006 era
composta pelos seguintes atores:
SEBRAE
SENAC
SESI/SENAI/FIRJAN
PMCF
FERLAGOS
CORREIOS
BB
SHOPPING DA RUA DA GAMBOA
FORNECEDORES
ACIA
ACIRB
SINDICOM
4.2 Tratamento dos Dados (fuzzyficação dos resultados dos formulários)
4.2.1 Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Emprerios)
Foi solicitado a 36 (trinta e seis) empresários que respondessem 10 (dez) questões relacionadas ao
grau de influência de cada fator sobre o desenvolvimento de um APL (ANEXO A). para serem
respondidas utilizando os valores lingüísticos: “crucial”, “bastante influência”, “influência moderada”,
“pouca influência” e “não influencia”. Todos estes valores lingüísticos são termos fuzzy que representam
critérios subjetivos.
Na tabela 9 aparecem os resultados obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 36 (trinta e
seis) empresários com o objetivo de relacionar o número de opção por cada fator.
81
Tabela 9 – Influência dos Fatores para o desenvolvimento de um APL (Segundo os
Empresários)
Fator Crucial
Bastante
Influência
Influência
Moderada
Pouca
Inflncia
o
Influencia
Cooperação e
Associativismo
21 13 0 2 0 36
Crenças, Hábitos e
Valores Locais
8 18 7 3 0 36
Empreendedorismo 16 16 2 2 0 36
Governança 18 11 5 2 0 36
Planejamento Estratégico
17 12 6 1 0 36
Custos de Transação 8 21 3 1 3 36
Tecnologias (Inovações)
14 19 1 2 0 36
Políticas Públicas 21 11 4 0 0 36
Financiamentos 16 17 1 2 0 36
Mercado 16 18 1 1 0 36
Elaboração ppria. (2006)
Substituição por números Fuzzy (1)
Crucial
1
Bastante Influência
0.75
Influência Moderada
0.50
Pouca Influência
0.25
Não Influencia
0
O valor médio ponderado das opiniões fuzzy dos empresários (VMP) é calculado através da fórmula
da dia ponderada fuzzy, um operador lingüístico que permite agregar as opiniões obtidas (DELGADO,
M. et. al.). Aos efeitos de mostrar a metodologia usada selecionamos o fator “Cooperação e
Associativismo”. Desta forma obtemos o número fuzzy 0.87 que resulta ao valor médio ponderado desse
item.
VMP = 21*(1) + 13*(0.75) + 2*(0.25) = 0.87
36
82
Na tabela 10 aparece o Valor dio Ponderado (VMP), do grau de importância da influência dos
fatores para o desenvolvimento de um APL obtido a partir dos formulários respondidos pelos 36 (trinta e
seis) empresários.
Tabela 10 Valor médio ponderado da influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL (Segundo os Empresários)
Fator VMP
Cooperação e Associativismo
0.87
Crenças, Hábitos e Valores Locais 0.71
Empreendedorismo
0.82
Governança
0.81
Planejamento Estratégico
0.81
Custos de Transação
0.71
Tecnologias (Inovações)
0.81
Políticas Públicas
0.87
Financiamentos
0.83
Mercado
0.84
Elaboração própria. (2006)
Na tabela 11 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 36 (trinta e seis) empresários com relação
ao grau de influência de cada fator para o desenvolvimento de um APL. (visão teórica)
Tabela 11 - Valor dio ponderado da influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL (Segundo os Empresários), em ordem decrescente.
Fator VMP
Cooperação e Associativismo
0.87
Políticas Públicas
0.87
Mercado
0.84
Financiamentos
0.83
Empreendedorismo
0.82
Governança
0.81
Planejamento Estratégico
0.81
Tecnologias (Inovações)
0.81
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0.71
Custos de Transação
0.71
Elaboração própria. (2006)
Considerações Parciais:
83
Para o empresariado pesquisado o significado de cooperação é o de trabalhar em comum,
envolvendo relações de confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados. Essa cooperação pode
ser traduzida em diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente no aprendizado interativo através
de cursos, seminários e participação em feiras.
A capacidade de gerar inovações foi otimizada através da interdependência dos diversos atores
(PMCF, SEBRAE, FIRJAN/SESI, Consórcio Pau-Brasil) quando juntos formularam uma coleção com
valor agregado, moldada pelas características culturais da rego e aproveitando o ambiente
socioeconômico, potencializaram o diferencial da marca.
As tecnologias (leia-se também conhecimento) não são de fácil migração, porque elas podem estar
altamente contextualizadas nas integrações sociais e o grau de mútuo entendimento entre os parceiros
dependem da eficácia do meio de transferência, que por sua vez depende da cultura predominante, das
estratégias de cada parceiro, da estrutura de tomada de decisões, dos processos envolvidos e
características do ambiente (CHAI, 2000 apud AMATO NETO, 2005).
Tais transferências de conhecimento ocorrem, como citado por empresários, de forma tão “natural”
e “espontânea” que por vezes não são consideradas difusão de conhecimento e no entanto decorrem
segundo o autor citado dos hábitos e costumes de uma determinada localidade que nesta pesquisa recebeu
o grau 0,71 (um dos dois fatores citados como de menos influência). Independente disto, o valor 0,71 está
mais perto de 0,75 do que de 0,50 ou seja, é um valor que se corresponde de forma aproximada com o
valor lingüístico bastante influência”.Pode-se concluir que segundo os empresários TODOS os fatores
possuem uma influência importante (crucial ou bastante influência) no desenvolvimento de um APL.
Gráfico I - Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Empresários)
84
Valor Médio Ponderado (VMP) obtidos a partir dos formulários
respondidos pelos 36 (trinta e seis) empresários.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fator
VMP
Emprerios
Elaboração própria. (2006)
4.2.2 Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Representantes
das Instituições)
Foi solicitado a 20 (vinte) representantes de instituições que respondessem 10 (dez) questões
relacionadas ao grau de influência de cada fator sobre o desenvolvimento de um APL (ANEXO A). para
serem respondidas utilizando os valores lingüísticos: “crucial”, “bastante influência”, “influência
moderada”, “pouca influênciae “não influencia”. Todos estes valores lingüísticos são termos fuzzy que
representam critérios subjetivos.
Na tabela 12 aparecem os resultados obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 20 (vinte)
representantes de instituições com o objetivo de relacionar o número de opção por cada fator.
Tabela 12 - Influência dos Fatores para o desenvolvimento de um APL (Segundo os
Representantes das Instituições)
Fator
Crucial
Bastante
Influência
Influência
Moderada
Pouca
Inflncia
o
Influencia
Cooperação e
Associativismo 9 10 0 1 0 20
Crenças, Hábitos e
Valores Locais 2 10 6 2 0 20
Empreendedorismo
12 7 1 0 0 20
85
Governança
6 8 6 0 0 20
Planejamento Estratégico
5 12 3 0 0 20
Custos de Transação
1 13 5 0 1 20
Tecnologias (Inovações)
5 13 2 0 0 20
Políticas Públicas
10 9 1 0 0 20
Financiamentos
6 13 0 1 0 20
Mercado
10 8 2 0 0 20
Elaboração ppria. (2006)
Substituição por números Fuzzy (1)
Crucial
1
Bastante Influência
0.75
Influência Moderada
0.50
Pouca Influência
0.25
Não Influencia
0
Na tabela 13 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) obtidos a partir dos formulários respondidos
pelos 20 (vinte) representantes das instituições.
Tabela 13 - Valor dio ponderado da influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL (Segundo os Representantes das Instituições)
Fator VMP
Cooperação e Associativismo
0.84
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0.65
Empreendedorismo
0.89
Governança
0.75
Planejamento Estratégico
0.78
Custos de Transação
0.66
Tecnologias (Inovações) 0.79
Políticas Públicas
0.86
Financiamentos
0.80
Mercado
0.85
Elaboração própria. (2006)
86
O valor médio ponderado das opiniões fuzzy dos representantes das instituições (VMP) é calculado
através da fórmula da média ponderada fuzzy, um operador lingüístico que permite agregar as opiniões
obtidas (DELGADO, M. et. al.). Aos efeitos de mostrar a metodologia usada selecionamos o fator
“Cooperação e Associativismo. Desta forma obtemos o número fuzzy 0.84 que resulta ao valor médio
ponderado desse item.
VMP = 9*(1) + 10*(0.75) + 1*(0.25) = 0.84
20
Na tabela 14 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 20 (vinte) representantes das instituições
com relação ao grau de inflncia de cada fator para o desenvolvimento de um APL. (Visão Teórica)
Tabela 14 - Valor dio ponderado da influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL (Segundo os representantes das Instituições), em ordem decrescente.
Fator VMP
Empreendedorismo
0.89
Políticas Públicas
0.86
Mercado
0.85
Cooperação e Associativismo
0.84
Financiamentos
0.80
Tecnologias (Inovações)
0.79
Planejamento Estratégico
0.78
Governança
0.75
Custos de Transação
0.66
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0.65
Elaboração própria. (2006)
Considerações Parciais:
Na visão dos representantes das Instituições o traço “empreendedorismoé considerado como
fator crucial no desenvolvimento de um APL, indicado pelo grau 0,89. Empreendedorismo entendido
como a postura de cada empresário em determinar o seu próprio sucesso. Quanto ao fator “crenças,
hábitos e valores locais”, foi demonstrado o grau 0,65 indicando uma influência moderada que tende a ter
bastante influência.
87
Gráfico II - Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os
Representantes das Instituições)
Valor Médio Ponderado (VMP) obtidos a partir dos formulários
respondidos pelos 20 (vinte) representantes das instituições.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fator
VMP
Instituições
Elaboração própria. (2006)
4.2.3 Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Especialistas
Locais e Externos)
Foi solicitado a 3 (três) especialistas externos e a 5 (cinco) especialistas locais que respondessem 10
(dez) questões relacionadas ao grau de influência de cada fator sobre o desenvolvimento de um APL
(ANEXO A) para serem respondidas utilizando os valores lingüísticos: “crucial”, “bastante influência”,
“influência moderada”, pouca influência” e “não influencia”. Todos estes valores lingüísticos são termos
fuzzy que representam critérios subjetivos.
Os especialistas (externos e locais) foram identificados através do “Questionário de Identificação do
Perfil do Especialista” (DOMECH, 2004) - ANEXO E - e conforme suas especificações (perfil) o grau de
suas respostas serão ponderadas (os resultados obtidos estão demonstrados no ANEXO F).
Tabela 15 - Valores Normalizados dos Pesos dos Especialistas Externos e Locais (Resultados do
ANEXO F)
Especialista
Perfil do Especialista
(em valores numéricos)
88
Especialista Externo I 5
Especialista Externo II
5
Especialista Externo III
5
Especialista Local I 3.5
Especialista Local II 2
Especialista Local III 2.5
Especialista Local IV 3
Especialista Local V 2
Elaboração própria. (2006)
Tabela 16 Padrão de Pertinência para as Respostas dos Especialistas Externos e Locais.
Especialista
Perfil do
Especialista
(em valores
numéricos)
Cálculo
Normalizado
Resultado
Normalizado
Especialista Externo I 5 5/5 1
Especialista Externo II
5 5/5 1
Especialista Externo III
5 5/5 1
Especialista Local I 3.5 3.5/5 0.70
Especialista Local II 2 2/5 0.40
Especialista Local III 2.5 2.5/5 0.50
Especialista Local IV 3 3/5 0.70
Especialista Local V 2 2/5 0.40
Elaboração própria. (2006)
Na tabela 17 aparecem os resultados obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 3 (três)
especialistas externos e os 5 (cinco) especialistas locais, com o objetivo de relacionar o número de opção
por cada fator.
Tabela 17 - Influência dos fatores para o desenvolvimento de um APL (S
egundo os
Especialistas Externos e Locais).
Fator Crucial
Bastante
Influência
Influência
Moderada
Pouca
Inflncia
o
Influencia
Cooperação e
Associativismo 5 3 0 0 0 8
Crenças, Hábitos e
Valores Locais 1 4 3 0 0
8
Empreendedorismo
3 5 0 0 0
8
Governança
3 5 0 0 0
8
Planejamento Estratégico
3 2 3 0 0
8
Custos de Transação
2 4 2 0 0
8
Tecnologias (Inovações)
4 4 0 0 0
8
89
Políticas Públicas
2 4 2 0 0
8
Financiamentos
5 3 0 0 0
8
Mercado
6 2 0 0 0
8
Elaboração ppria. (2006)
Tabela 18 - Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Especialistas
Externos e Locais)
Fator
Crucial
Bastante
Inflncia
Influência
Moderada
Pouca
Influência
o
Influencia
Cooperação e
Associativismo
4,1 1,6 0 0 0 5,7
Crenças, Hábitos e Valores
Locais
1 2,9 1,8 0 0
5,7
Empreendedorismo
1,9 3,8 0 0 0
5,7
Governança
1,9 3,8 0 0 0
5,7
Planejamento Estratégico
1,5 1,5 2,7 0 0
5,7
Custos de Transação
2 2 1,7 0 0
5,7
Tecnologias (Inovações)
2,9 2,8 0 0 0
5,7
Políticas Públicas
0,9 2,8 2 0 0
5,7
Financiamentos
3 2,7 0 0 0
5,7
Mercado
3,7 2 0 0 0
5,7
* Esta tabela está em formato analítico no ANEXO I Elaboração própria. (2006)
Substituição por números Fuzzy (1)
Crucial
1
Bastante Influência
0.75
Influência Moderada
0.50
Pouca Influência
0.25
Não Influencia
0
Na tabela 19 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) obtidos a partir dos formulários respondidos
pelos 3 (três) especialistas externos e os 5 (cinco) especialistas locais.
Tabela 19 - Valor médio ponderado da influência dos fatores para o desenvolvimento de um APL
(Segundo os Especialistas Externos e Locais).
Fator VMP
Cooperação e Associativismo
0,93
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,72
Empreendedorismo
0,83
Governança
0,83
Planejamento Estratégico
0,70
Custos de Transação
0,76
90
Tecnologias (Inovações)
0,88
Políticas Públicas
0,70
Financiamentos
0,88
Mercado
0,91
Elaboração própria. (2006)
O valor dio ponderado das opiniões fuzzy dos representantes das instituições (VMP) é calculado
através da fórmula da média ponderada fuzzy, um operador lingüístico que permite agregar as opiniões
obtidas (DELGADO, M. et. al.). Aos efeitos de mostrar a metodologia usada selecionamos o fator
“Cooperação e Associativismo. Desta forma obtemos o número fuzzy 0.93 que resulta ao valor médio
ponderado desse item.
VMP = 4.1*(1) + 1.6*(0.75) = 0.93
5.7
Na Tabela 20 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 3 (três) especialistas externos e os 5
(cinco) especialistas locais com relação ao grau de inflncia de cada fator para o desenvolvimento de um
APL. (Visão Teórica)
Tabela 20 - Valor médio ponderado da influência dos fatores para o desenvolvimento de um APL
(Segundo os Especialistas Externos e Locais), em ordem decrescente.
Fator VMP
Cooperação e Associativismo
0,93
Mercado
0,91
Tecnologias (Inovações)
0,88
Financiamentos
0,88
Empreendedorismo
0,83
Governança
0,83
Custos de Transação 0,76
Crenças, Hábitos e Valores Locais 0,72
Planejamento Estratégico
0,70
Políticas Públicas
0,70
Elaboração própria. (2006)
Considerações Parciais:
91
Os especialistas consideram o fator cooperação/associativismo, demonstrado pelo grau 0,93,
como o de maior influência para o desenvolvimento de um APL. Os APL’s apresentam um ambiente
altamente competitivo, uma vez que as empresas atuam em um mesmo mercado e a capacidade de
cooperação surge nas atividades que são compartilhadas entre as empresas. Quando as possibilidades de
ação coletiva são desperdiçadas, a rede perde o seu potencial de criar novos mercados, buscar apoio
público com maior eficiência, investir em inovações, acesso a contatos profissionais am de suas
capacidades financeiras e melhores bases para negociação com fornecedores.
Gráfico III - Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Segundo os Especialistas
Externos e Locais)
Valor Médio Ponderado (VMP) obtidos a partir dos formulários
respondidos pelos 3 (três) especialistas externos e os 5 (cinco)
especialistas locais.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fator
VMP
Elaboração
própria. (2006)
4.2.4 Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
(Segundo os Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas Locais e Externos).
Na Tabela 11 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtido a partir dos formulários respondidos pelos 36 (trinta e seis) empresários com relação
ao grau de influência de cada fator para o desenvolvimento de um APL. (Visão Teórica)
92
Na Tabela 14 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtido a partir dos formulários respondidos pelos 20 (vinte) representantes das instituições
com relação ao grau de inflncia de cada fator para o desenvolvimento de um APL. (Visão Teórica)
Na Tabela 20 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtido a partir dos formulários respondidos pelos 3 (três) especialistas externos e os 5 (cinco)
especialistas locais com relação ao grau de influência de cada fator para o desenvolvimento de um APL.
(Visão Teórica)
Tabela 21 - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
(Segundo os Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas Locais e Externos)
Tabela 21 - Quadro Comparativo (Tabelas: 11, 14 e 20)
Tabela 11 Tabela 14 Tabela 20
VMP Fator VMP Fator VMP Fator
0,87 Cooperação e Associativismo 0,89 Empreendedorismo 0,93 Cooperação e Associativismo
0,87 Políticas Públicas 0,86 Políticas Públicas 0,91 Mercado
0,84 Mercado 0,85 Mercado 0,88 Tecnologia (Inovações)
0,83 Financiamentos 0,84 Cooperação e Associativismo 0,88 Financiamentos
0,82 Empreendedorismo 0,80 Financiamentos 0,83 Empreendedorismo
0,81 Governança 0,79 Tecnologia (Inovações) 0,83 Governança
0,81 Planejamento Estratégico 0,78 Planejamento Estratégico 0,76 Custos de Transação
0,81 Tecnologia (Inovações) 0,75 Governança 0,72 Crenças, Hábitos e Valores
Locais
0,71 Crenças, Hábitos e Valores
Locais
0,66 Custos de Transação 0,70 Planejamento Estratégico
0,71 Custos de Transação 0,65 Crenças, Hábitos e Valores
Locais
0,70 Políticas Públicas
Elaboração própria. (2006)
Gráfico IV - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
(Segundo os Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas Locais e Externos)
93
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Cooperão e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovões)
Políticas blicas
Financiamentos
Mercado
Fator
VMP
Especialistas
Instituições
Empresários
Considerações Parciais:
O fator de maior grau de influência para o desenvolvimento de um APL segundo os
emprerios (0,87) e os especialistas (0,93) é a Cooperação e o Associativismo e entendem como
Balestrin e Vargas (2004) que o arranjo em rede gera ambiente favorável onde ocorrem trocas de
informações, de conhecimentos, de habilidades. Nesta perspectiva seria possível o acordo e o
estabelecimento da confiança entre os associados por se tratar de uma relação deliberada e vantajosa para
todos.
O fator Políticas Públicas obteve o mesmo grau de influência para o desenvolvimento de um
APL que o fator Cooperação e o Associativismo segundo os empresários (0,87) sugerindo que para este
grupo entrevistado as interações entre formulação e implementação de políticas públicas prevalecem
nesses processos e sugerem (CÂMARA et. al., 2006) um novo caminho para o tratamento dos problemas
complexos enfrentados pelos atuais gestores públicos.
4.2.5 Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Segundo os Empresários)
Foi solicitado a 36 (trinta e seis) empresários que respondessem 10 (dez) questões relacionadas ao
grau de desempenho de forma pessoal (visão da realidade local), cada fator sobre o desenvolvimento do
APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B). para serem respondidas utilizando os valores
lingüísticos: “ótimo”, bom”, “regular”, “ruim” e péssimo”. Todos estes valores lingüísticos são termos
fuzzy que representam critérios subjetivos.
94
Na Tabela 22 aparecem os resultados obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 36 (trinta
e seis) empresários com o objetivo de relacionar o número de opção por cada fator.
Tabela 22 Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
segundo os Empresários
Fator Ótimo
Bom Regular Ruim Péssimo
Cooperação e
Associativismo
2 15 14 2 3 36
Crenças, Hábitos e
Valores Locais
1 19 16 36
Empreendedorismo 2 11 21 2 36
Governança
2 14 17 3 36
Planejamento Estratégico
9 15 7 5 36
Custos de Transação
1 19 12 1 3 36
Tecnologias (Inovações)
8 15 12 1 36
Políticas Públicas
5 14 14 2 1 36
Financiamentos
3 15 3 15 36
Mercado
3 16 15 1 1 36
Elaboração própria. (2006)
Substituição por números Fuzzy (1)
Ótimo
1
Bom 0.75
Regular
0.50
Ruim
0.25
Péssimo
0
O valor médio ponderado das opiniões fuzzy dos empresários (VMP) é calculado através da fórmula
da dia ponderada fuzzy, um operador lingüístico que permite agregar as opiniões obtidas (DELGADO,
M. et. al.). Aos efeitos de mostrar a metodologia usada selecionamos o fator “Cooperação e
Associativismo”. Desta forma obtemos o número fuzzy 0.58 que resulta ao valor médio ponderado desse
item.
VMP = 2*(1) + 15*(0.75) +14*(0,50)+ 2*(0.25)+3*(0) = 0,58
95
36
Na Tabela 23 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) obtido a partir dos formulários com 10
(dez) questões relacionadas ao grau de desempenho (visão da realidade local) de cada fator no APL de
Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B), respondidos pelos 36 (trinta e seis) empresários.
Tabela 23 – Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de desempenho de cada fator no APL de Moda
Praia de Cabo Frio e Região, segundo os empresários.
Fator VMP
Cooperação e Associativismo
0,58
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,65
Empreendedorismo
0,59
Governança
0,58
Planejamento Estratégico
0,69
Custos de Transação
0,60
Tecnologias (Inovações)
0,71
Políticas Públicas
0,64
Financiamentos
0,29
Mercado
0,63
Elaboração própria. (2006)
Na Tabela 24 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 36 (trinta e seis) empresários com relação
ao grau de desempenho (visão da realidade local) de cada fator sobre o desenvolvimento do APL de
Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B).
Tabela 24 - Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de desempenho de cada fator no APL de Moda
Praia de Cabo Frio e Região, segundo os Empresários, em ordem decrescente.
Fator VMP
Tecnologias (Inovações)
0,71
Planejamento Estratégico
0,69
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,65
Políticas Públicas
0,64
Mercado
0,63
Custos de Transação 0,60
Empreendedorismo 0,59
Cooperação e Associativismo
0,58
Governança
0,58
96
Financiamentos
0,29
Elaboração própria. (2006)
Gráfico V - Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
Região (Segundo os Empresários)
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fatores
VMP
Emprerios
Elaboração própria. (2006)
Considerações Parciais:
Quanto ao fator com maior grau de desempenho (0,71) segundo os empresários do APL de Moda
Praia de Cabo Frio e Região, destacam-se as iniciativas de desenvolvimento de design, forma mais
97
importante utilizada para diferenciar seu produto e gerar assimetrias concorrenciais (GARCIA, et. al.,
2005).
O que se percebe de preocupação voltada à adoção de melhorias nos processos produtivos e nas
formas de organização industrial, no sentido de tornar o processo mais flexível e proporcionar melhor
capacidade de respostas para as mudanças do mercado, se resume em sua maioria à adoção de máquinas e
equipamentos, de matérias-primas e de componentes.
Os canais de comercializão, a marca e a gestão dos ativos intangíveis como atendimento
diferenciado, ainda são fatores de diferenciação e inovação em fase de incubação, onde as soluções para
investimentos em publicidade e manutenção dos canais de comercialização ocorrem em sua maioria de
forma isolada.
A construção social do mercado se apresenta como um desafio, especialmente para países como o
Brasil que possuem tradição em autoritarismo governamental, com a marca da herança
desenvolvimentista e dificuldade de acesso ao mercado mundial de produtos de alto valor agregado. O
que configura um problema determinado pelo grau de 0,29, face a “espera” dos empresários por
financiamentos e incentivos públicos.
4.2.6 Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Segundo os Representantes das Instituições)
Foi solicitado a 20 (vinte) representantes de instituições que respondessem 10 (dez) questões
relacionadas ao grau de desempenho (visão da realidade local), cada fator sobre o desenvolvimento do
APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B), para serem respondidas utilizando os valores
lingüísticos: “ótimo”, bom”, “regular”, “ruim” e péssimo”. Todos estes valores lingüísticos são termos
fuzzy que representam critérios subjetivos.
Na Tabela 25 aparecem os resultados obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 20 (vinte)
representantes de instituições com o objetivo de relacionar o número de opção por cada fator.
98
Tabela 25 - Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região,
segundo os representantes das instituições.
Fator Ótimo
Bom Regular Ruim ssimo
Cooperação e
Associativismo
2 6 10 2 0 20
Crenças, Hábitos e
Valores Locais
2 12 6 0 0 20
Empreendedorismo
1 9 9 1 0 20
Governança
1 9 10 0 0 20
Planejamento Estratégico
2 12 5 1 0 20
Custos de Transação
8 11 1 0 20
Tecnologias (Inovações)
3 12 4 1 0 20
Políticas Públicas
4 10 6 0 0 20
Financiamentos
0 3 11 4 2 20
Mercado
2 8 10 0 0 20
Elaboração ppria. (2006)
Substituição por números Fuzzy (1)
Ótimo
1
Bom
0.75
Regular
0.50
Ruim
0.25
Péssimo
0
Na Tabela 26 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) obtido a partir dos formulários com 10
(dez) questões relacionadas ao grau de desempenho de forma pessoal (visão da realidade local), no APL
de Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B), respondidos pelos 20 (vinte) representantes de
instituições.
Tabela 26 - Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de desempenho de cada fator no APL de Moda
Praia de Cabo Frio e Região, segundo os representantes das instituições.
Fator VMP
99
Cooperação e Associativismo
0,60
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,70
Empreendedorismo
0,63
Governança
0,64
Planejamento Estratégico
0,69
Custos de Transação
0,59
Tecnologias (Inovações)
0,71
Políticas Públicas
0,73
Financiamentos
0,44
Mercado
0,65
Elaboração própria. (2006)
O valor médio ponderado das opiniões fuzzy dos empresários (VMP) é calculado através da fórmula
da dia ponderada fuzzy, um operador lingüístico que permite agregar as opiniões obtidas (DELGADO,
M. et. al.). Aos efeitos de mostrar a metodologia usada selecionamos o fator “Cooperação e
Associativismo”. Desta forma obtemos o número fuzzy 0.50 que resulta ao valor médio ponderado desse
item.
VMP = 2(1)+6(0,75)+10(0,5)+2(0,25) = 0,60
20
Na Tabela 27 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtido a partir dos formulários respondidos pelos 20 (vinte) representantes de instituições
com relação ao grau de desempenho (visão da realidade local) de cada fator no APL de Moda Praia de
Cabo Frio e Região (ANEXO B).
Tabela 27 - Valor Médio Ponderado (VMP) do grau de desempenho de cada fator no APL de Moda
Praia de Cabo Frio e Região, segundo os representantes das Instituições, em ordem decrescente.
Fator VMP
Políticas Públicas
0,73
Tecnologias (Inovações)
0,71
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,70
Planejamento Estratégico
0,69
Mercado
0,65
100
Governança
0,64
Empreendedorismo
0,63
Cooperação e Associativismo
0,60
Custos de Transação
0,59
Financiamentos
0,44
Elaboração própria. (2006)
Gráfico VI - Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
Região (segundo os representantes das instituições).
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governaa
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fatores
VMP
Instituições
Elaboração ppria. (2006)
Considerações Parciais:
Segundo os representantes das Instituições pesquisadas o fator “políticas públicas” recebeu o valor
médio ponderado 0,73, configurando o de melhor desempenho no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
Região. O fator “financiamentos” apresentou o indicador de 0,44; sendo considerado o de menor
desempenho, segundo os empresários.
4.2.7 Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(segundo os especialistas locais).
Foi solicitado a 5 (cinco) Especialistas Locais que respondessem 10 (dez) queses relacionadas ao
grau de desempenho de forma pessoal (visão da realidade local), no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
Região (ANEXO B). para serem respondidas utilizando os valores lingüísticos: “ótimo”, bom”,
101
“regular”, “ruim” e “péssimo”. Todos estes valores lingüísticos são termos fuzzy que representam
critérios subjetivos.
Na Tabela 28 aparecem os resultados obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 5 (cinco)
Especialistas Locais com o objetivo de relacionar o número de opção por cada fator.
Tabela 28 - Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região,
segundo os especialistas locais.
Fator Ótimo
Bom Regular Ruim ssimo
Cooperação e Associativismo 0 1 3 1 0 5
Crenças, Hábitos e Valores
Locais
0 5 0 0 0 5
Empreendedorismo 0 1 4 0 0 5
Governança 0 3 2 0 0 5
Planejamento Estratégico 2 3 0 0 0 5
Custos de Transação 0 4 1 0 0 5
Tecnologias (Inovações) 2 2 1 0 0 5
Políticas Públicas 0 3 2 0 0 5
Financiamentos 0 1 1 2 1 5
Mercado 1 1 3 0 0 5
Elaboração própria. (2006)
Substituição por números Fuzzy (1)
Ótimo
1
Bom
0.75
Regular
0.50
Ruim
0.25
Péssimo
0
Na Tabela 29 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) obtido a partir dos formulários com 10
(dez) questões relacionadas ao grau de desempenho (visão da realidade local), no APL de Moda Praia de
Cabo Frio e Região (ANEXO B), respondidos pelos 5 (cinco) Especialistas Locais.
Tabela 29 Valor Médio Ponderado (VMP) do Grau de Desempenho de cada fator no APL de
Moda Praia de Cabo Frio e Região, segundo os especialistas locais.
Fator VMP
Cooperação e Associativismo
0,50
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,75
Empreendedorismo
0,55
102
Governança
0,85
Planejamento Estratégico
0,85
Custos de Transação
0,80
Tecnologias (Inovações)
0,80
Políticas Públicas
0,65
Financiamentos
0,35
Mercado
0,65
Elaboração própria (2006).
O valor médio ponderado das opiniões fuzzy dos empresários (VMP) é calculado através da fórmula
da dia ponderada fuzzy, um operador lingüístico que permite agregar as opiniões obtidas (DELGADO,
M. et. al.). Aos efeitos de mostrar a metodologia usada selecionamos o fator “Cooperação e
Associativismo”. Desta forma obtemos o número fuzzy 0.50 que resulta ao valor médio ponderado desse
item.
VMP = 1(0,75)+3(0,5)+1(0,25) = 0,50
5
Na Tabela 30 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtidos a partir dos formulários respondidos pelos 5 (cinco) Especialistas Locais com relação
ao grau de desempenho (visão da realidade local) de cada fator sobre o desenvolvimento do APL de
Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B).
Tabela 30 - Valor Médio Ponderado (VMP) do Grau de Desempenho de cada fator no APL de
Moda Praia de Cabo Frio e Região, segundo os especialistas locais, em ordem decrescente.
Fator VMP
Governança
0,85
Planejamento Estratégico
0,85
Custos de Transação
0,80
Tecnologias (Inovações)
0,80
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,75
Políticas Públicas
0,65
Mercado
0,65
Empreendedorismo
0,55
Cooperação e Associativismo
0,50
103
Financiamentos
0,35
Elaboração própria. (2006)
Gráfico VII - Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
Região (segundo os especialistas locais).
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fatores
MVP
Especialistas Locais
Elaboração própria. (2006)
Considerações Parciais:
Segundo os especialistas locais, os fatores de melhor desempenho são a “Governança” e o
“Planejamento Estratégico”, com VMP de 0,85. Considerando que as ferramentas de desenvolvimento
regional endógeno representadas nesse estudo pelo Plano Estratégico para o desenvolvimento do setor de
confecção para dinamizar o APL de Moda de Praia de Cabo Frio, rompe com o planejamento tradicional
pela dimica que se quer imprimir ao Plano e de suas características e que a Governança representa um
dos instrumentos mais poderosos nas relações necessárias ao desenvolvimento do arranjo, justifica-se o
desempenho apresentado.
O Plano não deve ser visto como um modelo prioritário nem como um sistema fechado em si
pprio, por outro lado, qualquer definição a ser dada ao desenvolvimento da região em estudo, às
104
motivações internas à construção do APL, deve vir antes de tudo, de um certo consenso engeno dos
segmentos atuantes na região – a estrutura de governança existente.
As ferramentas de gestão revelaram-se na pesquisa como tendo uma inclinação em se integrar ao
arcabouço institucional que se forma na localidade em função do bom desempenho do APL de Cabo Frio,
no entanto o fator financiamento apresentou o VMP 0,35, caracterizando a deficiência apontada pelos
demais segmentos pesquisados.
4.2.8 Comparação entre o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de
Cabo Frio e Região (Segundo os Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas
Locais)
Na Tabela 24 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtido a partir dos formulários respondidos pelos 36 (trinta e seis) empresários com relação
ao grau de desempenho (visão da realidade local) de cada fator sobre o desenvolvimento do APL de
Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B).
Na Tabela 27 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtido a partir dos formulários respondidos pelos 20 (vinte) representantes de instituições
com relação ao grau de desempenho (visão da realidade local) de cada fator sobre o desenvolvimento do
APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B).
Na Tabela 30 aparece o Valor Médio Ponderado (VMP) dos fatores relacionados em ordem
decrescente obtido a partir dos formulários respondidos pelos 5 (cinco) Especialistas Locais com relação
ao grau de desempenho (visão da realidade local) de cada fator sobre o desenvolvimento do APL de
Moda Praia de Cabo Frio e Região (ANEXO B).
A Tabela 31 apresenta a comparação entre o grau de desempenho de cada fator no APL de Moda
Praia de Cabo Frio e Região, segundo os Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas
Locais e Externos.
Tabela 31 - Comparação entre os Graus de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de
Cabo Frio e Região (Segundo os Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas
Locais e Externos).
105
Tabela 31 - Quadro Comparativo (Tabelas: 24, 27 e 30)
Tabela 24 Tabela 27 Tabela 30
VMP Fator VMP Fator VMP Fator
0,71 Tecnologias (Inovações) 0,73 Poticas Públicas 0,85 Governança
0,69 Planejamento Estratégico 0,71 Tecnologias (Inovações) 0,85 Planejamento Estratégico
0,65
Crenças, bitos e Valores
Locais 0,70
Crenças, Hábitos e Valores
Locais 0,80 Custos de Transação
0,64 Políticas Públicas 0,69 Planejamento Estratégico 0,80 Tecnologias (Inovações)
0,63 Mercado 0,65 Mercado 0,75
Crenças,bitos e Valores
Locais
0,60 Custos de Transação 0,64 Governança 0,65 Políticas Públicas
0,59 Empreendedorismo 0,63 Empreendedorismo 0,65 Mercado
0,58
Cooperação e
Associativismo 0,60
Cooperação e
Associativismo 0,55 Empreendedorismo
0,58 Governança 0,59 Custos de Transação 0,50
Cooperação e
Associativismo
0,29 Financiamentos 0,44 Financiamentos 0,35 Financiamentos
Elaboração própria. (2006)
Considerações Parciais:
O índice apresentado pelos Empresários (0,60) com relação ao fator “Custos de Transação” pelos
representantes das Instituições (0,59), difere do apresentado pelos especialistas locais (0,80), indicando a
dicotomia de percepção acerca dos traços apresentados que definem conceitualmente este fator.
O fluxo de informações revela-se fundamental como fator de mobilização entre os atores, para dar
clareza às atividades e os processos utilizados. Através das reuniões semanais os atores envolvidos têm
maiores possibilidades para desenvolver uma postura de competição (Lastres, 2002) e aumentar as
vantagens competitivas de uma produção coletiva. Desempenho que apresentou variação mínima
(0,50/0,60 – regular) entre os entrevistados.
Os empresários foram o grupo de entrevistados que apresentaram os menores graus para o
desempenho dos fatores.
Gráfico VIII - Comparação entre os Graus de Desempenho de cada fator no APL de Moda
Praia de Cabo Frio e Região (Segundo os Empresários, Representantes das Instituições e
Especialistas Locais e Externos)
106
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
Cooperação e Associativismo
Creas, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estragico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fatores
VMP
Especialistas Locais
Instituições
Empresários
4.2.9 Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão
Teórica) e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Realidade Local), segundo os empresários.
A Tabela 32 apresenta a comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL (Visão Teórica) e o grau de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(Realidade Local), segundo os Empresários.
Tabela 32 - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão
Teórica) e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Rego
(Realidade Local), segundo os empresários.
Tabela 32 - Quadro Comparativo (Tabelas: 11 e 24)
Tabela 11 Tabela 24
VMP Fator VMP
Fator
0,87 Cooperação e Associativismo
0,71 Tecnologias (Inovações)
0,87 Políticas Públicas
0,69 Planejamento Estratégico
0,84 Mercado
0,65 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,83 Financiamentos
0,64 Políticas Públicas
0,82 Empreendedorismo
0,63 Mercado
0,81 Governança
0,60 Custos de Transação
107
0,81 Planejamento Estratégico
0,59 Empreendedorismo
0,81 Tecnologia (Inovações)
0,58 Cooperação e Associativismo
0,71 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,58 Governança
0,71 Custos de Transação
0,29 Financiamentos
Elaboração Própria (2006).
Considerações Parciais:
A maior distância apresentada pelos indicadores encontra-se no fator “Financiamentos”, que para
o grau de influência indica 0,83 e o desempenho 0,29, sinalizando a necessidade de aporte de recursos
neste fator.
Partindo do pressuposto que a cooperação é o fator fundamental para o sucesso de um APL, a
distância demonstrada entre a influência e o desempenho (0,87 para 0,58), também constitui ponto de
análise.
Gráfico IX - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um
APL (Visão Teórica) e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de
Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Empresários.
108
Empresários
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fatores
VMP
Influência
Desempenho
Elaboração Ppria, 2006.
4.2.10 Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
(Visão Teórica) e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio
e Região (Realidade Local) - Segundo os Representantes das Instituições.
A Tabela 33 apresenta a comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL (visão teórica) e o grau de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região
(realidade local), segundo os representantes das Instituições.
Tabela 33 - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão
Teórica) e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Rego
(Realidade Local) - Segundo os Representantes das Instituições.
109
Elaboração
Própria
(2006).
Considerações Parciais:
O fato de a cultura local ter sido enaltecida na coleção coletiva favoreceu o entrosamento entre o
APL e as lideranças políticas locais, que conseguiram vislumbrar as potencialidades de coesão da rede, no
entanto apresentou o menor grau de influência segundo os representantes das instituições (crenças,
hábitos e valores locais), 0,65.
Este grupo de entrevistados, apresentou o menor grau de variação de desempenho entre os fatores
(políticas públicas: 0,73; financiamentos: 0,44).
Gráfico X - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
(Visão Teórica) e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
Região (Realidade Local) - Segundo os Representantes das Instituições.
Tabela 33 - Quadro Comparativo (Tabelas: 14 e 27)
Tabela 14 Tabela 27
VMP Fator VMP
Fator
0,89 Empreendedorismo
0,73 Políticas Públicas
0,86 Políticas Públicas
0,71 Tecnologias (Inovações)
0,85 Mercado
0,70 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,84 Cooperação e Associativismo
0,69 Planejamento Estratégico
0,80 Financiamentos
0,65 Mercado
0,79 Tecnologia (Inovações)
0,64 Governança
0,78 Planejamento Estratégico
0,63 Empreendedorismo
0,75 Governança
0,60 Cooperação e Associativismo
0,66 Custos de Transação
0,59 Custos de Transação
0,65 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,44 Financiamentos
110
Representantes de Instituições
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fatores
VMP
Influência
Desempenho
Elaboração Própria, 2006.
4.2.11 Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
respondidos pelos 3 (três) especialistas externos e os 5 (cinco) especialistas locais (Visão
Teórica) e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e
Região (Realidade Local) - Segundo os Especialistas Locais.
A Tabela 34 apresenta a comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL respondidos pelos 3 (três) especialistas externos e os 5 (cinco) especialistas locais (visão teórica) e o
grau de desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (realidade local),
segundo os especialistas locais.
Tabela 34 - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
respondidos pelos 3 (três) especialistas externos e os 5 (cinco) especialistas locais (Visão Teórica) e o
Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade
Local) - Segundo os Especialistas Locais.
Tabela 34 - Quadro Comparativo (Tabelas: 20 e 30)
Tabela 20 Tabela 30
VMP Fator VMP
Fator
0,93 Cooperação e Associativismo
0,85 Governança
111
0,91 Mercado
0,85 Planejamento Estratégico
0,88 Tecnologia (Inovações)
0,80 Custos de Transação
0,88 Financiamentos
0,80 Tecnologias (Inovações)
0,83 Empreendedorismo
0,75 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,83 Governança
0,65 Políticas Públicas
0,76 Custos de Transação
0,65 Mercado
0,72 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,55 Empreendedorismo
0,70 Planejamento Estratégico
0,50 Cooperação e Associativismo
0,70 Políticas Públicas
0,35 Financiamentos
Elaboração Própria (2006).
Considerações Parciais:
Os especialistas locais refletiram que apesar da experiência italiana dos Distritos Industriais ter
demonstrado que a organização de economias locais tem sido bem sucedida, e que outros lugares
poderiam recorrer aos mesmos princípios, desde que sejam respeitada peculiaridades locais, percebe-se
que fatores culturais influenciam de forma significativa nos resultados alcançados.
No gráfico a ser demonstrado a seguir, verifica-se que nos fatores: governança, planejamento
estratégico e custos de transação, o desempenho sobrepõe o grau aferido para inflncia.
Gráfico XI - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um
APL respondidos pelos 3 (três) especialistas externos e os 5 (cinco) especialistas locais
(Visão Teórica) e o Grau de Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo
Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Especialistas Locais.
112
Especialistas Locais
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fatores
VMP
Inflncia
Desempenho
Elaboração Própria, 2006.
4.2.12 Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL
(Visão Teórica) Segundo os Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de
cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os
Empresários.
A Tabela 35 apresenta a comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL (Visão Teórica), segundo os Especialistas Locais e Externos e o grau de desempenho de cada fator
no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local), segundo os Empresários.
Tabela 35 - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão
Teórica) Segundo os Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de cada fator no
APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Empresários.
Tabela 35 - Quadro Comparativo (Tabelas: 20 e 24)
Tabela 20 Tabela 24
VMP Fator VMP
Fator
0,93 Cooperação e Associativismo
0,71
Tecnologias (Inovações)
0,91 Mercado
0,69
Planejamento Estratégico
0,88 Tecnologia (Inovações)
0,65
Crenças, bitos e Valores Locais
0,88 Financiamentos
0,64
Políticas Públicas
0,83 Empreendedorismo
0,63
Mercado
113
0,83 Governança
0,60
Custos de Transação
0,76 Custos de Transação
0,59
Empreendedorismo
0,72 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,58
Cooperação e Associativismo
0,70 Planejamento Estratégico
0,58
Governança
0,70 Políticas Públicas
0,29
Financiamentos
Elaboração própria (2006).
Considerações Parciais:
Os empréstimos preferenciais para MPEs existem desde a década de 80, refletindo as políticas
governamentais de apoio a este grupo particular de empresas. Algumas características destes
financiamentos são as taxas de juros inferiores às de mercado, juntamente com programas de
treinamento e capacitação (AZEVEDO, 2003), porém o alegado pelos empresários é de que “quem
precisa de financiamento, o consegue porque não tem recursos e quem tem recursos consegue e o
precisa”.
Segundo os empresários o grau máximo de desempenho apresentado (0,71) encontra-se quase
em mesmo patamar que o grau mínimo apresentado pela influência demonstrada pelos especialistas
(0,70).
Gráfico XII - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um
APL (Visão Teórica) Segundo os Especialistas Locais e Externos e o Grau de
Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Rego (Realidade
Local) - Segundo os Empresários.
114
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Cooperação e Associativismo
Crenças, Hábitos e Valores Locais
Empreendedorismo
Governança
Planejamento Estratégico
Custos de Transação
Tecnologias (Inovações)
Políticas Públicas
Financiamentos
Mercado
Fatores
VMP
Especialistas
Empresários
Elaboração própria (2006).
4.2.13 Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão
Teórica) Segundo os Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de cada fator no
APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Representantes das
Instituições.
A Tabela 36 apresenta a comparação entre a influência dos fatores para o desenvolvimento de um
APL (Visão Teórica), segundo os Especialistas Locais e Externos e o grau de desempenho de cada fator
no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local), segundo os representantes das
Instituições.
Tabela 36 - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de um APL (Visão
Teórica) Segundo os Especialistas Locais e Externos e o Grau de Desempenho de cada fator no
APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade Local) - Segundo os Representantes das
Instituições.
Tabela 36 - Quadro Comparativo (Tabelas: 20 e 27)
Tabela 20 Tabela 27
VMP Fator VMP
Fator
0,93 Cooperação e Associativismo
0,73 Políticas Públicas
0,91 Mercado
0,71 Tecnologias (Inovações)
0,88 Tecnologia (Inovações)
0,70 Crenças, Hábitos e Valores Locais
115
0,88 Financiamentos
0,69 Planejamento Estratégico
0,83 Empreendedorismo
0,65 Mercado
0,83 Governança
0,64 Governança
0,76 Custos de Transação
0,63 Empreendedorismo
0,72 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,60 Cooperação e Associativismo
0,70 Planejamento Estratégico
0,59 Custos de Transação
0,70 Políticas Públicas
0,44 Financiamentos
Elaboração Própria (2006).
Considerações Parciais:
Para os representantes das Instituições o fator políticas blicas representa o de melhor
desempenho no APL de Moda Praia de Cabo Frio (0,73), entretanto para os Especialistas o referido fator
configura o de menor influência (0,70).
O fator “Financiamentos” para os representantes de instituões aparece como o de pior
desempenho (0,44) demonstrando o item de maior distância entre o desejado (visão teórica) e o realizado
(realidade local).
Gráfico XIII - Comparação entre a Influência dos Fatores para o Desenvolvimento de
um APL (Visão Teórica) Segundo os Especialistas Locais e Externos e o Grau de
Desempenho de cada fator no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região (Realidade
Local) - Segundo os Representantes das Instituições.
116
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Empreendedorismo
Financiamentos
Mercado
Especialistas
Representantes de Instituições
Elaboração Própria (2006).
4.2.14 Determinação das distâncias entre a influência e o desempenho dos fatores no APL de Cabo
Frio, (Segundo os Empresários, Representantes das Instituições e Especialistas Locais e
Externos).
Para a determinação das distâncias entre a influência e o desempenho dos fatores foram
elaborados os cálculos dos seguintes elementos: grau de inflncia (G Inf), grau de desempenho (G Des),
distância fuzzy (Dist), média dos graus de incidência (Média Ginc), média dos graus de desempenho
(Média Gdes) e a média das distâncias (Média Dist).
A tabela 37 demonstra os graus apresentados pelos três grupos de entrevistados.
Tabela 37 lculo da Distância entre a Influência e do Desempenho dos Fatores Endógenos e
Exógenos.
Empresários Representantes
das Instituições
Especialistas
Médias
Fator
GInf
GDes
Dist
GInf
GDes
Dist
GInf
GDes
Dist
Média
G Inf
Média
G Des
Média
Dist
A
0,87
0,58
0,29
0,84
0,60
0,24
0,93
0,50
0,43
0,88
0,56
0,32
117
B
C
D
E
F
G
H
I
J
0,87
0,64 0,23
0,86
0,73
0,13
0,70
0,65
0,05
0,84
0,63
0,21
0,85
0,65
0,20
0,91
0,65
0,26
0,83
0,29
0,54
0,80
0,44
0,36
0,88
0,35
0,53
0,82
0,59
0,23
0,89
0,63
0,26
0,83
0,55
0,28
0,81
0,58
0,23
0,75
0,64
0,11
0,83
0,85
-0,02
0,81
0,69
0,12
0,78
0,69
0,09
0,70
0,85
-0,15
0,81
0,71
0,10
0,79
0,71
0,08
0,88
0,80
0,08
0,71
0,65
0,06
0,65
0,70
-0,05
0,72
0,75
-0,03
0,71
0,60
0,11
0,66
0,59
0,07
0,76
0,80
-0,04
8,08
5,96
2,12
7,87
6,38
1,49
8,14
6,75
1,39
0,81
0,67
0,14
0,86
0,64
0,22
0,83
0,36
0,47
0,84
0,59
0,25
0,79
0,69
0,10
0,76
0,74
0,02
0,82
0,74
0,08
0,69
0,70
-0,01
0,71
0,66
0,05
7,99
6,35
1,64
Elaboração Própria (2006).
Legenda da Tabela 37
A Cooperação e Associativismo
B Políticas Públicas
C Mercado
D Financiamentos
E Empreendedorismo
F Governança
G Planejamento Estratégico
H Tecnologia (Inovações)
I Crenças, Hábitos e Valores Locais
J Custos de Transação
A coluna de somatório G Inf (grau de influência) mostra que 8,14 (especialistas) > 8,08
(empresários) > 7,87 (representantes das instituições):
Para os especialistas, os fatores endógenos e exógenos como um TODO, possuem um
efeito de influência maior que para os empresários.
Para os empresários, os fatores endógenos e exógenos como um TODO, possuem um
efeito de influência maior que para os representantes das instituições.
Podemos concluir verificando as Médias G Inf que os fatores que mais influenciam para o
desenvolvimento de um APL são: Cooperação e Associativismo (0,88 bastante influente); Mercado (0,86
bastante influente); e Empreendedorismo (0,84 bastante influente).
118
A coluna de somatório G Des (grau de desempenho) mostra que 6,75 (especialistas locais) > 6,38
(representantes das instituições) > 5,96 (empresários):
Para os especialistas locais, os fatores endógenos e exógenos como um TODO, possuem
um desempenho no APL de Moda Praia de Cabo Frio melhor que para os representantes
das instituições.
Para os representantes das instituões, os fatores endógenos e exógenos como um TODO,
possuem um desempenho no APL de Moda Praia de Cabo Frio melhor que para os
empresários.
Os G Des (graus de desempenho) no APL de Moda Praia de Cabo Frio mostram que:
Para os empresários, os fatores com pior desempenho são: Financiamentos (0,29 ruim);
Cooperação e Associativismo (0,58 regular); Governança (0,58 regular);
Empreendedorismo (0,59 regular) e Custos de Transação (0,60 regular).
Para os representantes das instituições, os fatores com pior desempenho são:
Financiamentos (0,44 regular); Cooperação e Associativismo (0,60 regular) e Custos de
Transação (0,59 regular).
Para os especialistas locais, os fatores com pior desempenho são: Financiamentos (0,35
ruim); Cooperação e Associativismo (0,50 regular) e Empreendedorismo (0,55 regular).
Podemos concluir verificando as Médias G Des que os fatores com pior desempenho no APL de
Moda Praia de Cabo Frio são: Financiamentos (0,36 ruim); Cooperação e Associativismo (0,56 regular) e
Empreendedorismo (0,59 regular).
As Médias das Distâncias (M Dist) entre a influência e o desempenho demonstra que os fatores
Financiamentos (0,47) e Cooperação e Associativismo (0,32) possuem as maiores graus.
4.3 Matriz de Impacto de Influência entre Fatores
119
Propomos-nos encontrar a rede de inflncias entre os fatores e para isto elaboramos uma matriz
de impacto. Esta matriz foi concebida a partir das respostas dos Especialistas Locais e Externos ao
ANEXO D que configura um questionário desenvolvido com o objetivo de avaliar o grau de influência
entre fatores endógenos e exógenos em um APL.
Os especialistas expressaram sua opinião com valores lingüísticos. Cada valor lingüístico teve
uma avaliação numérica associada a ele segundo mostrado a seguir:
Crucial
1
Bastante Influência 0.75
Influência Moderada 0.50
Pouca Influência
0.25
Não Influencia
0
Consideramos que cada fator influencia sobre si mesmo de forma crucial, ou seja, a diagonal da
matriz estará formada por valores 1. Os outros valores da matriz foram obtidos a partir da média e da
moda dos valores numéricos correspondentes às opiniões lingüísticas (ANEXO N).
Tabela 38 - Matriz de Impacto de Influência entre Fatores
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
Cooperação e Associativismo
1 0,5 0,6 1 0,81 0,75 0,75 0,56 0,37
0,75
2 Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,78
1 0,6 0,56 0,25 0,47 0,43 0,28 0,25
0,43
3 Empreendedorismo
0,62
0,25
1 0,75 0,62 0,75 1 0,5 0,4 0,75
4 Governança
0,75
0,25
0,5 1 0,75 0,75 0,68 0,75 0,75
0,56
5 Planejamento Estratégico
0,47
0,18
0,43
0,75 1 0,75 0,75 0,6 0,53
0,68
6 Custos de Transação
0,71
0,28
0,5 0,5 0,5 1 0,75 0,4 0,5 0,75
7 Tecnologias (Inovações)
0,75
0,31
0,56
0,65 0,65 0,75 1 0,31 0,5 0,87
8 Políticas Públicas
0,75
0,34
0,5 0,75 0,65 0,5 0,68 1 0,84
0,75
9 Financiamentos
0,4 0 0,46
0,5 0,5 0,5 0,75 0,46 1 0,75
10 Mercado
0,75
0,37
0,56
0,59 0,62 0,75 0,87 0,56 0,5 1
* Os números em vermelho * Os números em azul
foram calculados através da MODA.
foram calculados através da MÉDIA
Elaboração Própria (2006).
4.3.1 Considerações da Matriz de Impacto de Influência entre Fatores:
Foram consideradas as relações que apresentaram graus acima do percentual 0,80.
120
Influência do Fator 1 – Cooperação e Associativismo sobre o Fator 4 – Governança:
Partindo do pressuposto de que a cooperação é fator fundamental para o sucesso de um APL, a
prática de ações sociais promove a construção de valores bem estruturados que irão favorecer o
desenvolvimento sustentável. O grau de influência 1 representa que para os especialistas a governança só
se torna possível através de um clima de cooperação, sendo crucial o seu estímulo e de ações que
favoreçam seu desenvolvimento.
Influência do Fator 1 Cooperação e Associativismo sobre o Fator 5 Planejamento
Estratégico:
Para que um planejamento estratégico possa ser executado em uma rede de empresas é necessário que
sua estrutura e seus conceitos sejam entendidos e aceitos pelos atores, processo que necessita de ações
associativas.
Influência do Fator 3 – Empreendedorismo sobre o Fator 7 - Tecnologias (Inovações):
Para os especialistas os empreendedores o inovadores e independentes, e que com o seu papel
de liderança nos negócios desempenham uma fonte vanguarda e o grau de influência 1 representa que o
fator Tecnologias (Inovações) não pode ser concebido sem o papel do empreendedor que é compreendido
como o indivíduo que transforma a sua visão em ação, está atento às oportunidades e corre riscos.
Influência do Fator 7 - Tecnologias (Inovações) sobre o Fator 10 – Mercado:
No campo da literatura de Economia Industrial, as redes constituem uma forma organizacional de
interação entre os atores/agentes, sendo considerada como a principal inovação organizacional associada
ao para paradigma tecno-econômico das Tecnologias da Informação e Comunicação TICs
(CASSIOLATO; LASTRES, 2005).
O resultado 0,87 configura que os especialistas consideram como Garcia e Motta (2005) que a
concentração geográfica de produtores especializados estimula a disseminação dos segredos da indústria e
permite que estes deixem de ser secretos e “pairem no ar”, permitindo a captação por outros atores do
APL, contribuindo para a promoção de tecnologias compartilhadas e conseqüentemente acesso e
permanência em determinados mercados.
121
Influência do Fator 8 – Políticas Públicas sobre o Fator 9 - Financiamentos:
O objetivo de uma intervenção pública voltada para a promoção de um APL envolve e influencia
diretamente na criação de programas de empréstimos para micro e pequenas empresas com facilidades de
acesso a crédito e condições de pagamentos diferenciadas.
Influência do Fator 10 - Mercado sobre o Fator 7 – Tecnologias (Inovações):
O fator “Tecnologias (Inovações)” nessa dissertação é reconhecido como fator endógeno, ou seja,
sobre o qual o empresário tem poder de decisão e podem ser controlados ou modificados parcialmente ou
em sua totalidade. Embora endógeno este fator é bastante influenciado pelo fator exógeno Mercado que
demanda a velocidade com que as inovações devem acontecer.
Quanto à relação de menor inflncia entre fatores:
Influência do Fator 9 - Financiamentos sobre o Fator 2 – Crenças, Hábitos e Valores Locais:
Esta relação de fatores foi a única considerada pelos especialistas como irrelevante, sendo
atribuído grau 0 a esta relão de influência.
4.3.2 - Matriz de Composição MAX - MIN
Obtivemos a composição MAX-MIN da matriz de impacto da influência entre os fatores. Esta
matriz significa os efeitos acumulados de primeira e segunda geração (MORE, 2006). Como exemplo
mostramos a influência do fator “Cooperação e Associativismo” no fator “Crenças, Hábitos e Valores
Locais”.
Figura 3: Composição MAX - MIN da influência do fator Cooperação e
Associativismo” no fator Crenças, Hábitos e Valores Locais”.
1
122
1 0,5
0,5 1
0,6 0,3
1 0,3
1 0,8 0,2 2
0,8 0,3
0,8 0,3
0,6 0,3
0,4 0
0,8 0,4
Elaboração Própria (2006).
Para o cálculo da composição MAX – MIN os valores da fila 1 (influência do fator “Cooperação e
Associativismo” nos outros fatores) o comparados com os valores da coluna 2 (influência de todos os
fatores no fator “Crenças, bitos e Valores Locais”) considerando os valores menores nestas
comparações. Desta forma foram obtidos os valoresnimos da coluna da tabela 39. O valor máximo é o
maior valor dentre todos os valores mínimos. Isto significa que o fator “Cooperação e Associativismo
tem uma inflncia moderada (se corresponde com o valor 0,5) no fator “Crenças, Hábitos e Valores
Locais” dentro de todo o sistema complexo formado por fatores endógenos e exógenos.
Tabela 39 - Composição MAX-MIN
Influência do fator 1
nos outros
Influência dos fatores
no fator 2
Valores
mínimos
Valor máximo
dos mínimos.
1 0,5 0,5
0,5 1 0,5
0,6 0,3 0,3
1 0,3 0,3
0,8 0,2 0,2
0,8 0,3 0,3
0,8 0,3 0,3
0,5
3
4
5
6
7
8
9
10
2
123
0,6 0,3 0,3
0,4 0 0
0,8 0,4 0,4
Elaboração Própria (2006).
Tabela 40 - Matriz de Composição MAX-MIN
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
Cooperação e Associativismo 1 0,5
0,6
1 0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
2
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0,8
1 0,6
0,8
0,8
0,8
0,8
0,6
0,6
0,8
3
Empreendedorismo 0,8
0,5
1 0,8
0,8
0,8
1 0,8
0,8
0,9
4 Governança 0,8
0,5
0,6
1 0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
5
Planejamento Estratégico 0,8
0,5
0,6
0,8
1 0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
6
Custos de Transação 0,8
0,5
0,6
0,7
0,7
1 0,8
0,6
0,5
0,8
7 Tecnologias (Inovações) 0,8
0,5
0,6
0,8
0,8
0,8
1 0,7
0,7
0,9
8
Políticas Públicas 0,8
0,5
0,6
0,8
0,8
0,8
0,8
1 0,8
0,8
9
Financiamentos 0,8
0,4
0,6
0,7
0,7
0,8
0,8
0,6
1 0,8
10 Mercado 0,8
0,5
0,6
0,8
0,8
0,8
0,9
0,6
0,6
1
Elaboração Própria (2006).
Os efeitos esquecidos são aqueles mecanismos de causa efeito que não o possíveis de
encontrar nas respostas dos questionários porque geralmente não tem sido previstos e considerados
quando são tomadas as decisões. Para calcular a matriz dos efeitos esquecidos (tabela 40) é necessário
subtrair a matriz de composição MAX-MIN (matriz de influêcias intermediárias) da matriz de impacto de
influências entre os fatores (MORE, 2006).
Tabela 41 - Matriz de Efeitos Esquecidos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
Cooperação e Associativismo 0 0 0 0 0 0 0 0,2
0,4
0
2
Crenças, Hábitos e Valores Locais
0 0 0 0,2
0,5
0,3
0,4
0,3
0,3
0,4
3
Empreendedorismo 0,2
0,2
0 0 0,2
0 0 0,3
0,4
0,1
4
Governança 0 0,2
0,1
0 0 0 0,1
0 0 0,2
5
Planejamento Estratégico 0,3
0,3
0,2
0 0 0 0 0,2
0,3
0,1
6
Custos de Transação 0,1
0,2
0,1
0,2
0,2
0 0 0,2
0 0
7
Tecnologias (Inovações) 0 0,2
0 0,1
0,1
0 0 0,4
0,2
0
8
Políticas Públicas 0 0,2
0,1
0 0,1
0,3
0,1
0 0 0
9
Financiamentos 0,4
0,4
0,1
0,2
0,2
0,3
0 0,1
0 0
10
Mercado 0 0,1
0 0,2
0,2
0 0 0 0,1
0
124
More (2006).
A matriz de efeitos esquecidos representa uma ferramenta de validação das opiniões dos
especialistas e quanto menor forem os graus apresentados em sua configuração maior será o grau de
confiabilidade da Matriz de Impacto de Influência entre Fatores.
Na matriz de efeitos esquecidos podemos observar que houve um esquecimento moderado no que
se refere à influência do fator 2 no fator 5. Se fizermos um estudo das incidências intermediarias do fator
2 no fator 5 obteremos o caminho para este esquecimento.
Figura 4: Representação da influência do fator “Crenças, Hábitos e Valores Locais” no
fator “ Planejamento Estratégico”.
0,78 0,81
1 0,25
0,6 0,62
0,56 0,75
2 0,25 1 5
0,47 0,5
0,43 0,65
0,28 0,65
0,25 0,5
0,43 0,62
Elaboração Própria (2006).
3
4
5
6
7
8
9
10
2
1
125
Na verdade o fator 2 influencia no fator 1 com grau de 0,78 (bastante influencia) e este a sua vez
influencia no fator 5 com grau de 0,81 (influencia que tende a ser crucial), ou seja ações que promovam o
fator “Crenças, Hábitos e Valores Locais” influenciam mais do que moderadamente o fator
Planejamento Estratégico”.
Utilizando “regras lingüísticas” poderíamos dizer que se o fator “Crenças, Hábitos e Valores
Locais” tiver um desempenho ótimo ou bom”, então o desempenho do fator “ Planejamento Estratégico”
será otimizado.
.
Foi considerado o efeito que obteve o grau 0,5 (influência moderada) que foi o valor máximo
encontrado na matriz. Este grau representa um índice muito baixo de esquecimento por parte dos
especialistas, corroborando com as opiniões por estes explicitadas no questionário (ANEXO D).
CAPÍTULO 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo de caso propôs-se a analisar como os fatores endógenos e exógenos consagrados na
literatura de Arranjo Produtivo Local influenciam no desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local de
Cabo Frio.
Foi analisada a rede do APL de Cabo Frio à luz dos aspectos que consideramos relevantes: Os
fatores endógenos como a cooperação e a prática do associativismo entre as empresas, crenças, valores
e hábitos estabelecidos em um território delimitado, os traços de empreendedorismo presentes no
empresariado local, a forma como a governança se estabelece, a otimização dos custos de transação, a
utilização da tecnologia como fator de inovação e a utilização de ferramentas de gestão como o
planejamento estratégico participativo, quando em sintonia com fatores exógenos como: políticas
públicas de incentivo, a dinâmica do mercado e financiamentos disponíveis.
Com base nas informações coletadas através dos formulários, foi possível evidenciar que TODOS
os fatores pesquisados são considerados relevantes e influenciam para o desenvolvimento de um APL.
Verificando as médias dos graus de influências entre os fatores percebemos que os que mais
influenciam para o desenvolvimento de um APL são: Cooperação e Associativismo (0,88 bastante
influente); Mercado (0,86 bastante influente); e Empreendedorismo (0,84 bastante influente). Sendo,
portanto necessária a implementação de ações voltadas para o fomento da cooperação, superação de
entraves, formação de redes e acompanhamento das organizações associativas constituídas; políticas de
acesso à novos mercados e de sustentabilidade dos pontos de venda existentes e é necessário que se
126
identifiquem as condições que mais favoreçam a sobrevivência e o crescimento das redes de empresas,
evitando que o esforço empreendedor desenvolva-se somente a partir de uma dinâmica do mercado. O
papel de programas governamentais é disponibilizar instrumentos que configurem um ambiente
institucional e regulario favorável à constituição de projetos empreendedores.
Podemos concluir verificando as médias graus de desempenho que os fatores com pior
desempenho no APL de Moda Praia de Cabo Frio são: Financiamentos (0,36 ruim); Cooperação e
Associativismo (0,56 regular) e Empreendedorismo (0,59 regular).
O baixo grau de desempenho atribuído por todos os entrevistados ao fator Financiamentos
assinala a carência de linhas de crédito diferenciadas para este segmento formado essencialmente por
MPEs e caracteriza o perfil endógeno de crescimento, calcado em visão empreendedora, iniciativas
tecnológicas e ações de governança local. Este perfil endógeno fica ressaltado em ações inovativas
através do designer diversificado das peças produzidas no APL , na criação da ACIRB, na adesão do
SIDICOM e no apoio de todos os atores para a elaboração do planejamento estratégico.
Com base nas informações coletadas, foi possível perceber a existência de uma mobilização dos
atores participantes do APL, porém, o grau “regular” atribuído ao fator Cooperação e Associativismo
não corresponde à expectativa desejada de desempenho deste. Sendo a confiança fator facilitador para o
associativismo, são imprescindíveis ações que facilitem um processo interativo, usando divisão de papéis,
normas e estruturas, buscando a solução de problemas comuns e fortalecendo os laços de confiança.
O fator Empreendedorismo que também obteve grau regular de desempenho no APL de Moda
Praia de Cabo Frio foi relacionado pelos empresários como conseqüência das dificuldades do
empresariado brasileiro em acessar financiamentos, da elevada carga tributária e também em decorrência
da instabilidade econômica nacional.
As Médias das Distâncias entre a influência e o desempenho demonstra que os fatores
Financiamentos e Cooperação e Associativismo possuem as maiores discrepâncias entre o desejado e o
realizado. Através da Matriz de Impacto de Influências percebemos que o fator Políticas Públicas
impacta de forma que tende à crucial em Financiamentos e as Crenças, Hábitos e Valores Locais
impactam de bastante influente em Cooperação e Associativismo.
Dado o exposto no parágrafo anterior entende-se que aplicar recursos em Políticas Públicas
através dos governos municipal, estadual e federal e/ou através de instituições de fomento são o caminho
para geração de linhas de crédito consistentes e direcionadas para MPEs. Também podemos concluir que
127
a cultura local onde o APL está inserido, a forma como a população interage e seus hábitos e costumes
devem ser explorados como ferramenta de dinamizão do fator Cooperação e Associativismo.
Dada a complexidade das variáveis envolvidas, a metodologia desenvolvida a partir da utilização
da teoria fuzzy contribuiu para a apuração dos graus de influência e de desempenho de fatores em APLs e
desenvolveu uma nova dinâmica de mensuração de dados qualitativos e apoio a tomada de decisões.
Entende-se oportuno registrar que a Dissertação permite abertura para reflexões sobre o tema,
despertando questionamentos para novas pesquisas.
128
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REDESIST – Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais
137
Este formulário é peça fundamental de pesquisa de tese de Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial MADE, da
Universidade Estácio de e foi desenvolvido com o objetivo de avaliar de maneira impessoal (visão teórica) o grau de influência de
fatores endógenos e exógenos sobre o desenvolvimento de um APL.
As informações solicitadas serão tratadas de modo absolutamente confidencial, servindo tão somente para fins estatísticos. Os dados não
serão, em nenhuma hipótese, tratados em nível individual. A sinceridade nas respostas é condição essencial para a confiabilidade do
resultado da pesquisa.
Agradeço a sua participação e o seu apoio.
ANEXO B 161
1) Qual é o grau de influência da cooperação e do associativismo entre os atores para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
2) Qual a influência das crenças, hábitos e valores locais para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
3) Qual a influência da postura empreendedora dos empresários para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
4) Qual é o grau de influência da governança local para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
5) Qual é o grau de influência do planejamento estratégico para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
DADOS DO ENTREVISTADO:
1) Local de trabalho:
1.( ) Empresário
2.( ) Representante de Instituição
2) Sexo:
1.( ) Masculino 2.( ) Feminino
3) Nível de escolaridade:
1.( ) 1º grau incompleto
2.( ) 1º grau completo
3.( ) 2º grau incompleto
4.( ) 2º grau completo
5.( ) Graduação
6) Qual a influência de minimizar os custos de transação no desenvolvimento do APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
7) Qual a influência da inovação e da utilização de novas tecnologias para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
139
139
8) Qual a influência das políticas públicas tanto do Governo (Federal, Estadual e Municipal) quanto das entidades de fomento (
SEBRAE, SESI, FIRJAN, SENAI, SENAC) para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
9) Qual a influência de financiamentos e acesso a créditos diferenciados para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
10) Qual a influência de aspectos mercadológicos para o desenvolvimento de um APL?
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
OBSERVAÇÕES
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________
140
140
Este formulário é peça fundamental de pesquisa de tese de Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial – MADE, da
Universidade Estácio de Sá e foi desenvolvido com o objetivo de avaliar de forma pessoal (visão da realidade local) o grau de desempenho
de fatores endógenos e exógenos sobre o desenvolvimento do APL de Moda Praia de Cabo Frio.
As informações solicitadas serão tratadas de modo absolutamente confidencial, servindo tão somente para fins estatísticos. Os dados não
serão, em nenhuma hipótese, tratados em nível individual. A sinceridade nas respostas é condição essencial para a confiabilidade do
resultado da pesquisa.
Agradeço a sua participação e o seu apoio.
163
163
1) Em seu ponto de vista como está a cooperação e o associativismo entre os atores no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
2) Como as crenças, os hábitos e os valores locais estão influenciando para o desenvolvimento do APL de Moda Praia de Cabo Frio e
Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
3) Como você conceitua a postura empreendedora dos emprerios do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
4) Para você como está se desenvolvendo a governança do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
5) Como você conceitua o planejamento estratégico elaborado e praticado pelo APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
DADOS DO ENTREVISTADO:
1) Local de trabalho:
1.( ) Empresário
2.( ) Representante de Instituição
2) Sexo:
1.( ) Masculino
2.( ) Feminino
3) Nível de escolaridade:
1.( ) 1º grau incompleto
2.( ) 1º grau completo
3.( ) 2º grau incompleto
4.( ) 2º grau completo
5.( ) Graduação
6) Como está a minimização dos custos de transação no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
7) Como está sendo o desempenho de práticas inovadoras e da utilização de novas tecnologias pelos empresários do APL de Moda Praia de
Cabo Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
164
164
8) Como você caracteriza as políticas públicas tanto do Governo (Federal, Estadual e Municipal) quanto das entidades de fomento (
SEBRAE, SESI, FIRJAN, SENAI, SENAC) voltadas para o APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
9) Como está em sua opinião o desenvolvimento de financiamentos ou acesso a créditos diferenciados para o APL de Moda Praia de Cabo
Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
10) Como os aspectos mercadológicos estão impactando no APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região?
1.( ) Ótimo
2.( ) Bom
3.( ) Regular
4.( ) Ruim
5.( ) Péssimo
OBSERVAÇÕES
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
165
165
ANEXO C
Tabela de ConceitosEsta tabela é peça de apoio ao questionário de tese de Mestrado em Administração e Desenvolvimento e
Empresarial – MADE, da Universidade Estácio de Sá e foi desenvolvida com o objetivo de esclarecer os termos pertinentes
ao estudo da influência e o desenvolvimento de fatores endógenos e exógenos sobre o desenvolvimento do APL de Moda Praia
de Cabo Frio.
Arranjo Produtivo Local (APL)
Micro e pequenas empresas, localizadas em um mesmo território, do mesmo setor
industrial, que mantém vínculos de interação e cooperação.
Os APLs incluem também diversas outras instituições públicas e privadas.
As vantagens competitivas, o aumento da capacidade inovativa, chances de sobrevivência,
crescimento e desenvolvimento do entorno são características positivas atribuídas à
formação de um APL.
Fatores Endógenos
São fatores que as empresas (empresários) detém poder de decisão e podem ser
controlados ou modificados parcialmente ou em sua totalidade.
Fatores Exógenos
São aqueles onde as empresas (empresários) não podem inteferir. Não possuem
praticamente nenhum poder de ação.
Cooperação e Associativismo
A cooperação ocorre quando um grupo de “indivíduos independentes” se envolvem em
um processo interativo, usando divisão de papéis, normas e estruturas, para agir ou
decidir questões relacionadas a um problema comum.
Fator facilitador para o associativismo é a confiança.
Crenças, Hábitos e Valores Locais
A cultura local onde o APL está inserido. A forma como a população local interage, seus
hábitos e costumes, a forma como resolvem os conflitos e interesses da comunidade.
As tradições locais percebidas através de sua vocão industrial, suas festas, seu
patrimônio histórico...
Empreendedorismo
Indivíduo que transforma a sua visão em ação, está atento às oportunidades e corre
riscos.
Algumas características atribuídas ao empreendedor: Intuição, imaginação,
independência, paixão, destreza, “saber se virar”, originalidade, flexibilidade, ser
previdente, comunicação e capacidade de aprender.
Governança
Coordenação entre atores independentes para o gerenciamento de problemas comuns.
É a maneira como os indivíduos e as instituições se relacionam, com o objetivo de
minimizar tensões provenientes do conflito de interesses e buscando o fortalecimento dos
laços de cooperão.
Planejamento Estratégico
É o conjunto de ações administrativas que possibilitam aos gestores atingir metas e
objetivos. Essas ações devem estar registradas e acompanhadas pelos atores interessados.
A estratégia para ser tornada real deve ser aprendida por várias pessoas e aceita por elas.
Custos de Transação
São os custos de negociar, de redigir e de garantir o cumprimento de contratos, de
estabelecer marcas, de comprar isoladamente, de obter informações ou seja, custos que
vão além dos custos de “produção de algum produto”.
Tecnologias (Inovações)
Diferenciação do produto através da “capacidade inovadoradas empresas através de
idéias originais e a utilização de elementos alternativos.
Adoção de novos maquinários buscando a melhoria do desempenho.
Políticas Públicas
Ações essenciais que referem-se à cultura empreendedora, serviços de apoio (geralmente
inclui programas de informação, capacitação e consultoria), redução de custos,
fortalecimento das relações entre os atores no APL, vias de acesso e apoio à entrada em
novos mercados.
Financiamentos
Programas de empréstimos para micro e pequenas empresas. Facilidades para acesso a
crédito e condições de pagamentos diferenciadas.
Mercado
Possíveis pontos de venda, buscando adequar o produto aos padrões de consumo de cada
clientela.
166
166
ANEXO D
Este questionário é peça fundamental de pesquisa de tese de Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial MADE, da
Universidade Estácio de Sá e foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o grau de influência entre fatores endógenos e exógenos em um
APL.
As informações solicitadas serão tratadas de modo absolutamente confidencial, servindo tão somente para fins estatísticos. Os dados não
serão, em nenhuma hipótese, tratados em nível individual. A sinceridade nas respostas é condição essencial para a confiabilidade do
resultado da pesquisa.
Agradeço a sua participação e o seu apoio.
1. Cooperação e Associativismo 6. Custos de Transação
2. Crenças, Hábitos e Valores Locais 7. Tecnologia (Inovações)
3. Empreendedorismo 8. Políticas Públicas
4. Governança 9. Financiamentos
5. Planejamento Estratégico 10. Mercado
24
1) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
2) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
3) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 4.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
4) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
5) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
6) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
7) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
8) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 9.
25
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
9) Influência do Fator 1 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
10) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
11) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
12) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 4.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
13) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
14) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
15) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
26
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
16) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
17) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 9.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
18) Influência do Fator 2 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
19) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
20) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
21) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 4.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
22) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
27
23) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
24) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
25) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
26) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 9.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
27) Influência do Fator 3 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
28) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
29) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
30) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
28
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
31) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
32) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
33) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
34) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
35) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 9.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
36) Influência do Fator 4 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
37) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
38) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
29
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
39) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
40) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 4.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
41) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
42) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
43) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
44) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 9.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
45) Influência do Fator 5 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
30
5.( ) Não influencia
46) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
47) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
48) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
49) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 4.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
50) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
51) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
52) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
53) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 9.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
31
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
54) Influência do Fator 6 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
55) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
56) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
57) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
58) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 4.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
59) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
60) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
32
61) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
62) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 9.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
63) Influência do Fator 7 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
64) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
65) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
66) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
67) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 4.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
68) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
33
5.( ) Não influencia
69) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
70) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
71) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 9.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
72) Influência do Fator 8 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
73) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
74) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
75) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
76) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 4.
34
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
77) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
78) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
79) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
80) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
81) Influência do Fator 9 em relação ao desempenho do Fator 10.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
82) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 1.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
83) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 2.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
35
84) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 3.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
85) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 4.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
86) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 5.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
87) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 6.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
88) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 7.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
89) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 8.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
90) Influência do Fator 10 em relação ao desempenho do Fator 9.
1.( ) Crucial
2.( ) Bastante influência
3.( ) Influência moderada
4.( ) Pouca influência
5.( ) Não influencia
36
DADOS DO ENTREVISTADO:
1) Local de trabalho:
1.( ) Empresário
2.( ) Representante de Instituição
2) Sexo:
1.( ) Masculino
2.( ) Feminino
3) Nível de escolaridade:
1.( ) 1º grau incompleto
2.( ) 1º grau completo
3.( ) 2º grau incompleto
4.( ) 2º grau completo
5.( ) Graduação
OBSERVAÇÕES
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
37
ANEXO E
Questionário de Identificação do Perfil do Especialista.
Questão Itens Peso
1- Marque sua experiência
em atividades de APLs.
Acima de 10 anos
Entre 5 e 10 anos
Entre 3 e 5 anos
Entre 1 e 3 anos
Menos de 1 ano
1
0.75
0,50
0.25
0
2 – Já participou de eventos ou
congressos? De quantos?
Acima de 10
Entre 5 e 10
Entre 3 e 5
Entre 1 e 3
Menos de 1
1
0.75
0,50
0.25
0
3 – Número de artigos/
capítulos de livros publicados
(sobre o tema)
Acima de 10
Entre 5 e 10
Entre 3 e 5
Entre 1 e 3
Menos de 1
1
0.75
0,50
0.25
0
4 – Marque a opção que
melhor classifica seu grau de
escolaridade?
Doutorado
Mestrado
Pós-Graduado
Superior Completo
2º Grau Completo
1
0.75
0,50
0.25
0
5 – Tem ministrado cursos
sobre o tema? Quantos?
Acima de 10
Entre 5 e 10
Entre 3 e 5
Entre 1 e 3
Menos de 1
1
0.75
0,50
0.25
0
38
ANEXO F
Identificação do Perfil do Especialista
Segundo o Questionário de Identificação do Perfil do Especialista (ANEXO E).
Questão EE I EE II EE III EL I EL II EL III EL IV EL V
1- Marque sua
experiência
em atividades
de APLs.
1 1 1 0.75 0.75 0.75 0.50 0.25
2
participou de
eventos ou
congressos?
De quantos?
1 1 1 1 1 1 1 1
3 mero
de artigos/
capítulos de
livros
publicados
(sobre o tema)
1 1 1 0.25 0 0 0.25 0
4 Marque a
opção que
melhor
classifica seu
grau de
escolaridade?
1 1 1 0.50 0.25 0.50 0.75 0.50
5 Tem
ministrado
cursos sobre o
tema?
Quantos?
1 1 1 1 0 0.25 0.50 0.25
5 5 5 3.5 2 2.5 3 2
EE – Especialista Externo EL Especialista Local
24
ANEXO I 1/2
Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avaliação do grau de Influência de Fatores Endógenos e Exógenos sobre o desenvolvimento de APLs.
Visão Teórica segundo:
Especialistas
Fator Crucial Bastante Influência Influência Moderada
Cooperação e Associativismo 5 3 8
Crenças, Hábitos e Valores Locais 1 4 3 8
Empreendedorismo 3 5 8
Governança 3 5 8
Planejamento Estratégico 3 2 3 8
Custos de Transação 2 4 2 8
Tecnologias (Inovações) 4 4 8
Políticas Públicas 2 4 2 8
Financiamentos 5 3 8
Mercado 6 2 8
Avaliação do grau de Influência de Fatores Endógenos e Exógenos sobre o desenvolvimento de APLs. (Visão Teórica)
Utilizando o resultado da Tabela 14
Fator Crucial Bastante Influência Influência Moderada
Cooperação e Associativismo 3(1)+1(0,7)+1(0,4) = 4,1 1(0,4)+1(0,5)+1(0,7) = 1,6 5,7
Crenças, Hábitos e Valores Locais 1(1)=1 2(1)+1(0,4)+1(0,5) = 2,9 2(0,7)+1(0,4) = 1,8 5,7
Empreendedorismo 1(1)+1(0,4)+1(0,5) = 1,9 2(1)+2(0,7)+1(0,4) = 3,8 5,7
Governança 1(1)+1(0,4)+1(0,5) = 1,9 2(1)+2(0,7)+1(0,4) = 3,8 5,7
Planejamento Estratégico 1(0,7)+2(0,4) = 1,5 1(1)+1(0,5) = 1,5 2(1)+ 1(0,7) = 2,7 5,7
Custos de Transação 2(1) = 2 1(0,7)+2(0,4)+1(0,5) = 2 1(1)+1(0,7) = 1,7 5,7
25
Tecnologias (Inovações) 1(1)+2(0,7)+1(0,5) = 2,9 2(1)+2(0,4) = 2,8 5,7
Políticas Públicas 1(0,5)+1(0,4) = 0,9 1(1)+2(0,7)+1(0,4) = 2,8 2(1) = 2 5,7
Financiamentos 1(1)+1(0,7)+1(0,5)+2(0,4) = 3 2(1)+1(0,7) = 2,7 5,7
Mercado 1(1)+2(0,7)+1(0,5)+2(0,4) = 3,7 2(1) = 2 5,7
26
ANEXO I 2/2
Demonstrativo Analítico de lculos da Avalião do grau de Influência de Fatores Engenos e Exógenos sobre o desenvolvimento de APLs.
Visão Teórica segundo:
Visão Trica segundo:
Especialistas
Crucial 1
Bastante Influência 0,75
Influência Moderada 0,50
Pouca Influência 0,25
Não Influencia 0
Valor Médio Ponderado
Cooperação e Associativismo 4,1(1)+1,6(0,75)/5,7
0,93
Crenças, Hábitos e Valores Locais
1(1)+2,9(0,75)+1,8(0,5)/5,7
0,72
Empreendedorismo 1,9(1)+3,8(0,75)/5,7
0,83
Governança 1,9(1)+3,8(0,75)/5,7
0,83
Planejamento Estratégico 1,5(1)+1,5(0,75)+2,7(0,5)/5,7
0,70
Custos de Transão 2(1)+2(0,75)+1,7(0,5)/5,7
0,76
Tecnologias (Inovações) 2,9(1)+2,8(0,75)/5,7
0,88
Políticas Públicas 0,9(1)+2,8(0,75)+2(0,5)/5,7
0,70
Financiamentos 3(1)+2,7(0,75)/5,7
0,88
Mercado 3,7(1)+2(0,75)/5,7
0,91
27
ANEXO J
Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avaliação do grau de Desempenho de Fatores Endógenos e Egenos sobre o desenvolvimento
do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região.
Visão da realidade local segundo os:
Empresários
Fator Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo
Cooperação e Associativismo 2 15 14 2 3 36
Crenças, Hábitos e Valores Locais 1 19 16 36
Empreendedorismo 2 11 21 2 36
Governança 2 14 17 3 36
Planejamento Estratégico 9 15 7 5 36
Custos de Transação 1 19 12 1 3 36
Tecnologias (Inovações) 8 15 12 1 36
Políticas Públicas 5 14 14 2 1 36
Financiamentos 3 15 3 15 36
Mercado 3 16 15 1 1 36
Ótimo 1
Bom 0,75
Regular 0,50
Ruim 0,25
Péssimo 0
Valor Médio Ponderado
Cooperação e Associativismo 2(1)+15(0,75)+14(0,5)+2(0,25)+3(0)/36 0,576
Crenças, Hábitos e Valores Locais 1(1)+19(0,75)+16(0,5)/36 0,645
Empreendedorismo 2(1)+11(0,75)+21(0,5)+2(0,25)/36 0,590
Governança 2(1)+14(0,75)+17(0,5)+3(0)/36 0,583
Planejamento Estratégico 9(1)+15(0,75)+7(0,5)+5(0,25)/36 0,694
28
Custos de Transação 1(1)+19(0,75)+12(0,5)+1(0,25)+3(0)/36 0,597
Tecnologias (Inovações) 8(1)+15(0,75)+12(0,5)+1(0,25)/36 0,708
Políticas Públicas 5(1)+14(0,75)+14(0,5)+2(0,25)+1(0)/36 0,638
Financiamentos 3(0,75)+15(0,5)+3(0,25)+15(0)/36 0,291
Mercado 3(1)+16(0,75)+15(0,5)+1(0,25)+1(0)/36 0,631
29
ANEXO L
Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avaliação do grau de Desempenho de Fatores Endógenos e Exógenos sobre o desenvolvimento
do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região.
Visão da realidade local segundo os representantes das:
Instituições
Fator
Ótimo Bom
Regular Ruim Péssimo
Cooperação e Associativismo
2 6 10 2 20
Crenças, Hábitos e Valores Locais
2 12 6 20
Empreendedorismo
1 9 9 1 20
Governança
1 9 10 20
Planejamento Estratégico
2 12 5 1 20
Custos de Transação
8 11 1 20
Tecnologias (Inovações)
3 12 4 1 20
Políticas Públicas
4 10 6 20
Financiamentos
3 11 4 2 20
Mercado
2 8 10 20
Ótimo 1
Bom 0,75
Regular 0,50
Ruim 0,25
Péssimo 0
Valor Médio
Ponderado
Cooperação e Associativismo
2(1)+15(0,75)+14(0,5)+2(0,25)+3(0)/36 0,60
Crenças, Hábitos e Valores Locais
1(1)+19(0,75)+16(0,5)/36 0,70
Empreendedorismo
2(1)+11(0,75)+21(0,5)+2(0,25)/36 0,63
Governança
2(1)+14(0,75)+17(0,5)+3(0)/36 0,64
Planejamento Estratégico
9(1)+15(0,75)+7(0,5)+5(0,25)/36 0,69
Custos de Transação
1(1)+19(0,75)+12(0,5)+1(0,25)+3(0)/36 0,59
Tecnologias (Inovações)
8(1)+15(0,75)+12(0,5)+1(0,25)/36 0,71
Políticas Públicas
5(1)+14(0,75)+14(0,5)+2(0,25)+1(0)/36 0,73
30
Financiamentos
3(0,75)+15(0,5)+3(0,25)+15(0)/36 0,44
Mercado
3(1)+16(0,75)+15(0,5)+1(0,25)+1(0)/36 0,65
31
ANEXO M
Demonstrativo Analítico de Cálculos da Avalião do grau de Desempenho de Fatores Endógenos e Exógenos sobre o desenvolvimento
do APL de Moda Praia de Cabo Frio e Região.
Visão da realidade local segundo os representantes das:
Especialistas Locais
Fator
Ótimo Bom
Regular Ruim Péssimo
Cooperação e Associativismo
1 3 1 5
Crenças, Hábitos e Valores Locais
5 5
Empreendedorismo
1 4 5
Governança
3 2 5
Planejamento Estratégico
2 3 5
Custos de Transação
4 1 5
Tecnologias (Inovações)
2 2 1 5
Poticas Públicas
3 2 5
Financiamentos
1 1 2 1 5
Mercado
1 1 3 5
Ótimo 1
Bom 0,75
Regular 0,50
Ruim 0,25
Péssimo 0
Valor Médio Ponderado
Cooperação e Associativismo
1(0,75)+3(0,5)+1(0,25)/5 0,50
Crenças, Hábitos e Valores Locais
5(0,75)/5 0,75
Empreendedorismo
1(0,75)+4(0,5)/5 0,55
Governança
2(1)+3(0,75)/5 0,85
Planejamento Estratégico
2(1)+3(0,75)/5 0,85
Custos de Transação
4(0,75)+1(0,5)/5 0,80
32
Tecnologias (Inovações)
2(1)+2(0,75)+1(0,5)/5 0,80
Poticas Públicas
3(0,75)+2(0,50)/5 0,65
Financiamentos
1(0,75)+1(0,5)+2(0,25)+1(0)/5 0,35
Mercado
1(1)+1(0,75)+3(0,5)/5 0,65
33
ANEXO N
Resultado do ANEXO D
Avaliação analítica do grau de influência entre fatores endógenos e exógenos em um APL.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
EE 1 0,5
0,75
1
1
0,75
0,75
0,5
0,25
0,75
1
0,75
0,75
0,5
0,25
EE 2 0,5
0,5
1
0,75
1
0,75
0,25
0,25
0,75
1
1
0,75
0,25
0,25
EE 3 0,25
0,5
0,75
0,5
0,25
0,75
0
0
0,75
1
0,5
0,75
0,25
0,5
EL 1 0,5
0,75
1
0,75
0,75
0,5
0,75
0,5
0,75
0,75
0,75
0,5
0,75
0,75
EL 2 0,5
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,5
0
0,5
0,5
0,25
0,5
0,25
0,25
EL 3 0,75
0,25
1
1
0,75
0,5
1
0,75
0,75
0,25
0,25
0,25
0,25
0,5
EL 4 0,5
0,5
1
0,75
0,75
0,5
0,5
0,25
0,5
1
0,5
0,5
0,25
0,5
EL 5 0,5
0,75
1
1
1
0,75
1
1
0,5
0,75
0,75
0,5
0,75
0,75
0,5
0,6
1
0,81
0,75
0,75
0,56
0,37
0,75
0,78
0,6
0,56
0,25
0,47
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
EE 1 0,5
0,25
0,25
0,75
0,25
0,75
0,75
0,75
1
0,5
0,5
0,75
0,75
0,25
EE 2 0,25
0,25
0,5
1
0,5
0,75
1
0,75
1
0
0
0,75
0,75
0,5
EE 3 0
0
0
0,5
0,5
0
0
0
1
0,5
1
1
0,75
0,5
EL 1 0
0
0,25
0,75
0,25
0,75
0,75
0,75
1
0,25
0,25
0,75
0,75
0,25
EL 2 0
0,5
0,5
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,5
0,5
0,75
0,75
0,25
EL 3 0,25
0,25
0,75
0,25
0,25
0,5
0,5
0,75
1
0,5
0,25
0,75
1
0,25
EL 4 0,5
0,25
0,5
0,5
0,25
0,5
0,5
0,5
1
0,5
0,5
0,75
0,75
0,25
EL 5 0,75
0,25
0,75
0,75
0,25
0,75
0,75
0,75
1
0,25
0,25
0,75
0,75
0,25
0,28
0,25
0,43
0,62
0,25
0,75
0,62
0,75
1
0,5
0,4
0,75
0,75
0,25
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
EE 1 1
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,5
0,25
0,25
0,75
0,75
0,75
0,5
0,75
EE 2 1
0,75
0,5
1
0,75
0,75
0
0
0,5
0,75
0,75
0,75
0,75
0,25
EE 3 0
0,5
0,5
0,75
0,75
0,5
0
0
0
0
0
0
0
0
EL 1 0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,25
0,75
0,25
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
EL 2 0,5
1
0,75
0,75
0,5
0,5
0,5
0,5
0,75
0,5
0,75
0,5
0,5
0,75
EL 3 1
0,75
1
1
0,75
0,75
0,75
0,25
1
1
0,75
0,75
0,75
0,5
EL 4 1
0,75
0,5
1
0,75
0,5
0,5
0,25
0,5
0,75
0,75
0,75
0,5
0,5
34
EL 5 0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,5
0,75
0
0,75
0,75
1
0,75
1
0,75
0,75
0,75
0,68
0,75
0,75
0,56
0,47
0,18
0,43
0,75
0,75
0,75
0,6
0,53
35
ANEXO N
Resultado do ANEXO D
Avaliação analítica do grau de influência entre fatores endógenos e exógenos em um APL.
46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59
60
EE
1 1
0,25
0,5
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
1
0,75
0,25
0,5
0,75
0,5
EE
2 0,75
0
0,5
0,75
1
0,75
0,5
0,5
0,75
0,75
0,25
0,75
0,25
0,75
EE
3 0
0
0,5
0
0
0,5
0
0
0
0
0
0,5
0
0,5
EL 1
0,75
0,25
0,75
0,25
0,5
0,75
0,75
0,5
0,75
0,75
0,75
0,75
0,5
0,75
EL 2
1
0,75
0,5
0,75
0
0,5
0
0,75
0,75
0,5
0
0,5
0,75
0,75
EL 3
1
0,25
0,75
1
1
0,75
0
0,25
0,75
0,75
0,25
0,25
0,75
1
EL 4
0,5
0,25
0,5
0,25
0,25
0,75
0,5
0,5
0,5
0,5
0,25
0,5
0,25
0,25
EL 5
0,75
0,5
0,75
0,25
0,5
0,25
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,71
0,28
0,5
0,5
0,5
0,75
0,4
0,5
0,75
0,75
0,31
0,56
0,65
0,65
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74
75
EE
1 0,5
0,5
0,75
0,75
0,25
0,75
0,5
0,75
0,5
1
1
0,75
0,75
0
EE
2 0
0
1
0,75
0,25
0,5
1
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0
0
EE
3 0
0,5
1
1
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
1
0,5
0,5
0
EL 1
0,25
0,5
1
0,75
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,75
0,75
0,5
0,25
0
EL 2
0,5
0,5
0,75
0,75
0
0,5
0,75
0,5
0,5
0,5
0,75
0,75
0,75
0
EL 3
0,5
0,25
0,75
1
0,25
0,25
1
1
0,75
0,75
0,5
0,75
0,25
0
EL 4
0,25
0,5
0,75
0,75
0,5
0,5
0,75
0,75
0,75
0,5
1
0,75
0,5
0
EL 5
0,5
0,25
1
0,75
0,5
0,75
1
0,5
0,5
0,75
1
0,5
0,25
0
0,31
0,5
0,87
0,75
0,34
0,5
0,75
0,65
0,5
0,68
0,84
0,75
0,4
0
76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89
90
EE
1
0,5
0,5
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,25
0,25
0,75
0,75
0,75
0,75
0,25
EE
2 0,5
0,75
0,75
0,75
0,75
1
0,75
0
0,75
0,75
0,75
1
1
0,75
36
EE
3 1
0,5
0
0,5
1
0,5
0,5
0
0,5
0,5
0,5
0,5
0,75
0,5
EL 1
0,25
0,25
0,25
0,75
0
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
EL 2
0,5
0,5
0,75
0,75
0
0,75
0,75
0,75
0,75
0,5
0,75
0,75
0,75
0,5
EL 3
0,5
0,5
0,5
0,75
0,25
0,5
0,75
0,5
0,25
0,25
0,25
0,75
1
0,25
EL 4
0,5
0,5
0,5
0,75
1
0,75
0,5
0,25
0,5
0,5
0,25
0,5
1
0,75
EL 5
0,25
0,25
0,5
1
0
0,75
0,75
0,5
0,75
0,75
1
0,75
1
0,75
0,5
0,5
0,5
0,75
0,46
0,75
0,75
0,37
0,56
0,59
0,62
0,75
0,87
0,56
37
Empresários
Representantes
de Instituições
Especialistas
dias
GInc
GDes
Dist
GInc
GDes
Dist
GInc
GDes
Dist
Média
Média
Fator
Ginc Gdes
dia
Dist
A
0,87
0,58
0,29
0,84
0,60
0,24
0,93
0,50
0,43
0,88
0,56
0,32
B
0,87
0,64
0,23
0,86
0,73
0,13
0,70
0,65
0,05
0,81
0,67
0,14
C
0,84
0,63
0,21
0,85
0,65
0,20
0,91
0,65
0,26
0,86
0,64
0,22
D
0,83
0,29
0,54
0,80
0,44
0,36
0,88
0,35
0,53
0,83
0,36
0,47
E
0,82
0,59
0,23
0,89
0,63
0,26
0,83
0,55
0,28
0,84
0,59
0,25
F
0,81
0,58
0,23
0,75
0,64
0,11
0,83
0,85
(0,02)
0,79
0,69
0,1
G
0,81
0,69
0,12
0,78
0,69
0,09
0,70
0,85
(0,15)
0,76
0,74
0,02
H
0,81
0,71
0,10
0,79
0,71
0,08
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0,82
0,74
0,08
I
0,71
0,65
0,06
0,65
0,70
(0,05)
0,72
0,75
(0,03)
0,69
0,70
-0,01
J
0,71
0,60
0,11
0,66
0,59
0,07
0,76
0,80
(0,04)
0,71
0,66
0,05
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2,12
7,87
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