Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARA
CAMPUS DE CURITIBA
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
E DE MATERIAIS - PPGEM
LEANDRO ALBERTO NOVAK
AVALIAÇÃO DE CUSTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
DE PRODUTOS
ESTUDO DE CASO DE VÁLVULAS DE ESFERA
CURITIBA
FEVEREIRO DE 2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
LEANDRO ALBERTO NOVAK
AVALIAÇÃO DE CUSTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
DE PRODUTOS
ESTUDO DE CASO DE VÁLVULAS DE ESFERA
Dissertação apresentada como requisito parcial à
obtenção do título de Mestre em Engenharia
Mecânica, do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Mecânica e de Materiais, Área de
Concentração: Engenharia da Manufatura, do
Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação, do
Campus de Curitiba, da UTFPR.
Orientadora: Prof
a
Cássia Maria Lie Ugaya, Dra.
CURITIBA
FEVEREIRO DE 2006
ads:
iii
TERMO DE APROVAÇÃO
LEANDRO ALBERTO NOVAK
AVALIAÇÃO DE CUSTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
DE PRODUTOS
ESTUDO DE CASO DE VÁLVULAS DE ESFERA
Esta Dissertação foi julgada para a obtenção do título de mestre em engenharia,
área de concentração em engenharia de manufatura, e aprovada em sua forma final
pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais.
_________________________________
Prof. Silvio Luiz de Mello Junqueira, Dr.
Coordenador de Curso
Banca Examinadora
Prof
a
. Cássia M. Lie Ugaya, Dra. Prof
a
. Líbia Patrícia Peralta, Ph.D.
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná
Instituto Paraná Tecnologia
Prof
a
. Carla Cristina E. Amódio, Dra. Prof. Luciano F. S. Rossi, Dr.
Universidade Tecnológica Federal do
Paraná
Universidade Tecnológica Federal
do Paraná
Curitiba, 10 de fevereiro de 2006
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
iv
AGRADECIMENTOS
Apoio financeiro da Agência Nacional do Petróleo – ANP – , da Financiadora de
Estudos e Projetos FINEP e do Ministério da Ciência e Tecnologia MCT por
meio do Programa de Recursos Humanos da ANP para o Setor Petróleo e Gás
PRH-ANP/MCT.
Aos meus pais e meus irmãos pelas horas de conversas sobre este tema e
pelo grande apoio dedicado.
A minha orientadora com grande carinho.
À instituição composta por todas as pessoas envolvidas.
Aos docentes, colegas e funcionários do PPGEM pela amizade e pelo apoio
dedicado.
A Fúlvia Jung Borges pelo envio de informações importantes para a execução
deste trabalho.
Para a Karina pela paciência e compreensão.
Sander Daniëls e Stefan Schepers da Fontys University Eindhoven pelo auxílio
na coleta dos dados deste trabalho.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
v
NOVAK, Leandro Alberto. Avaliação de custos e impactos ambientais de
produtos, 2006, Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Programa de Pós-
graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, Curitiba, 2006.
RESUMO
Muitos problemas ambientais na indústria do refino do petróleo e em outras
empresas têm relação com o setor de suprimentos. Este setor tem considerado
somente os aspectos de custo e qualidade dos materiais, deixando de avaliar os
aspectos ambientais dos produtos no momento da compra. O objetivo deste
trabalho é desenvolver uma metodologia que oriente as compras de uma
companhia, fornecendo a ferramenta adequada para avaliar produtos ao longo do
seu ciclo de vida, definindo qual opção de compra é mais eficiente do ponto de vista
ambiental, sem esquecer dos aspectos financeiros. Pretende-se, assim, minimizar
os impactos no meio ambiente com a redução das aquisições de produtos de baixa
qualidade ambiental. Um estudo de caso foi desenvolvido ao longo deste trabalho,
aplicando a metodologia em duas válvulas de esfera ¾” em metal e PVC de
funções similares e de utilização típica nas indústrias. O resultado da análise
ambiental das válvulas encontrado através do inventário foi comparado com o
resultado do Eco-indicator 99, verificando-se que são qualitativamente similares.
Através da comparação obtida, o inventário foi homologado tornando-se a base de
dados para o levantamento dos indicadores de custo ao longo do ciclo de vida. O
estudo de caso comprova a aplicabilidade da metodologia para avaliação de
produtos.
Palavras-chave
Compras ambientais, análise de ciclo de vida (ACV) e desenvolvimento sustentável.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
vi
NOVAK, Leandro Alberto. Avaliação de custos e impactos ambientais de
produtos, 2006, Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Programa de Pós-
graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, Curitiba, 2006.
ABSTRACT
Many environmental problems in the oil refining industry and other companies
are related to purchasing choices. This department usually considers only cost and
quality aspects but do not take into account environmental aspects. The purpose of
this study is to develop a methodology to guide the purchases giving companies a
suitable tool to evaluate products along its life cycle and helping them to find the
most efficient option according to environmental aspects, but not forgetting financial
interests. A case analysis was developed along this work, using the cost and
environmental impact methodology to a ¾” metal ball valve and a ¾” PVC ball valve.
Both have similar function and representative application in the industries. The
environmental analysis found by the inventory was compared with Eco-indicator 99
result, concluding that they are quantitative similar. Then, the inventory was
homologated and became the data base to the cost index survey along the life cycle.
The case analysis confirms the applicability of this methodology to the environmental
impact reduction.
Keywords
Environmental purchasing, sustainable development and life cycle analysis (LCA).
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
vii
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................................................................v
ABSTRACT..................................................................................................................vi
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................ix
LISTA DE FÓRMULAS................................................................................................xi
LISTA DE TABELAS...................................................................................................xii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.....................................................................xiii
LISTA DE SÍMBOLOS.................................................................................................xv
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
1.1 Definição dos objetivos ................................................................................................................. 2
1.2 A justificativa ................................................................................................................................. 3
1.3 Limites da pesquisa ...................................................................................................................... 4
1.4 Premissas e hipóteses .................................................................................................................. 5
1.4.1 Premissas ........................................................................................................................... 5
1.4.2 Hipóteses ............................................................................................................................ 6
2 O CONSUMO SUSTENTÁVEL .................................................................................. 7
2.1 Introdução ..................................................................................................................................... 7
2.2 Consumo sustentável ................................................................................................................... 7
2.3 A análise de ciclo de vida ............................................................................................................. 8
2.3.1 Definição do escopo ............................................................................................................ 10
2.3.2 Análise de inventário ............................................................................................................ 11
2.3.3 Avaliação dos impactos ambientais ..................................................................................... 12
2.3.4 Interpretação ........................................................................................................................ 14
2.4 Métodos que contemplam a ACV ............................................................................................... 14
2.4.1 Método clássico ................................................................................................................... 15
2.4.1.1 Método CML 2002 ................................................................................ 16
2.4.1.2 Método EDIP ........................................................................................ 16
2.4.2 Métodos de danos orientados .............................................................................................. 17
2.4.2.1 Método Eco-indicator 99 ou EI99 ......................................................... 17
2.4.2.2 Método EPS 2000 ................................................................................. 19
2.4.3 Método misto ....................................................................................................................... 19
2.4.3.1 Método Impact 2002+ ........................................................................... 20
2.5 Os custos ................................................................................................................................... 21
2.5.1 Os custos de produção ....................................................................................................... 22
2.5.1.1 Quanto aos produtos fabricados ........................................................... 22
2.5.1.2 Quanto ao volume de produção ............................................................ 23
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
viii
2.5.2 Os custos ambientais .......................................................................................................... 23
2.6 Métodos que contemplam custos ambientais ............................................................................. 25
2.6.1 Contabilidade de custos totais (TCA) ................................................................................... 25
2.6.2 Custo do Ciclo de Vida (LCC) ............................................................................................. 26
2.6.3 Contabilização dos custos totais (FCA) .............................................................................. 27
2.6.4 Análise de custo ambiental do ciclo de vida (LCECA) ........................................................ 28
2.7 A aquisição de materiais ........................................................................................................... 30
2.8 A aquisição de materiais nas empresas ..................................................................................... 32
2.8.1 Fluxo básico de compras ..................................................................................................... 33
2.8.2 As compras nas empresas .................................................................................................. 36
2.9 Conclusão ................................................................................................................................... 37
3 METODOLOGIA PARA AVALIAR OS CuSTOS E OS IMPACTOS AMBIENTAIS
DE PRODUTOS ......................................................................................................... 38
3.1 Introdução ................................................................................................................................... 38
3.2 A aquisição de materiais proposta .............................................................................................. 38
3.3 A Metodologia para avaliar os custos e os impactos ambientais de produtos: o processo ........ 43
3.4 Conclusão .................................................................................................................................. 45
4 ESTUDO DE CASO: COMPARAÇÃO ENTRE DUAS VÁLVULAS DE ESFERA ¾”
..................................................................................................................................... 47
4.1 Introdução ................................................................................................................................... 47
4.2 Fluxo seqüencial para análise de material crítico ....................................................................... 47
4.2.1 O material analisado ............................................................................................................ 47
4.3 Definição do tipo de compra ....................................................................................................... 48
4.3.1 Levantamento de Pareto ..................................................................................................... 49
4.4 Objetivo da metodologia de avaliação de produtos .................................................................... 52
4.4.1 O alcance e as limitações .................................................................................................... 52
4.5 Escopo ........................................................................................................................................ 52
4.5.1 Determinação da unidade funcional e estrutura do produto ............................................... 52
4.5.2 Determinar as fronteiras espaciais e temporais do sistema estudado durante o ciclo de vida
...................................................................................................................................................... 55
4.5.2.1 Ciclo de vida da válvula de PVC .......................................................... 56
4.5.2.2 Ciclo de vida da válvula de metal .......................................................... 56
4.5.3 Levantamento de dados necessários .................................................................................. 60
4.6 Análise de inventário .................................................................................................................. 60
4.6.1 As fronteiras - hipóteses e consideração de análise ............................................................ 60
4.6.1.1 Fronteiras em relação ao sistema natural ............................................. 60
4.6.1.2 Fronteiras com relação a outros subsistemas ...................................... 61
4.6.1.3 Fronteira de bens de capital .................................................................. 62
4.6.2 Análise de inventário dos subsistemas ................................................................................ 63
4.6.2.1 Caso da válvula de metal ...................................................................... 66
4.6.2.2 Caso da válvula de PVC ....................................................................... 67
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
ix
4.7 Resultados obtidos ..................................................................................................................... 68
4.7.1 Considerações para a obtenção dos resultados do inventário ........................................... 68
4.8 Análise de impacto ambiental dos produtos analisados ............................................................. 72
4.8.1 Análise pelo Eco-indicator 99 ............................................................................................. 72
4.8.2 Análise pelo ICV e EPS 2000 .............................................................................................. 74
4.9 Custos ambientais ...................................................................................................................... 77
4.10 Interpretação e comparação dos resultados ............................................................................. 79
4.11 Termo de aprovação ................................................................................................................. 80
4.12 Considerações finais ................................................................................................................ 81
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .................................................................... 83
5.1 Introdução ................................................................................................................................... 83
5.2 Metodologia da pesquisa ............................................................................................................ 83
5.3 Conclusão geral .......................................................................................................................... 84
5.4 Recomendações para trabalhos futuros ..................................................................................... 85
Anexo A......................................................................................................................94
Anexo B....................................................................................................................103
Anexo C....................................................................................................................106
LISTA DE FIGURAS
Figura 1-1 – Importância dos requisitos para definição de compras............................3
Figura 2-2 – Unidade funcional unitária........................................................................9
Figura 2-3 – Principais fases da ACV (ISO, 1997).....................................................10
Figura 2-4 – Fases da avaliação de um ciclo de vida (FERRÃO, 1998)....................15
Figura 2-5 – Fluxo básico eco-indicator 99 (GOEPKOOP; SPRIENSMA, 2001).......18
Figura 2-6 Esquema da estrutura do impact 2002+ (Adaptado JOLLIET et al.,
2003)............................................................................................................................20
Figura 2-7 – Custos fixos e variáveis (TINOCO; KRAEMER, 2004)..........................22
Figura 2-8 – Exemplo de custos fixos e variáveis ......................................................23
Figura 2-9 – Limites dos métodos TCA e LCA ( SHAPIRO, 2001) ............................28
Figura 2-10 – Metodologia LCECA (KUMARAN et al, 2002) ...................................29
Figura 2-11 Modelo macro de comportamento de compras organizacional
(Adaptado KOTLER; ARMSTRONG, 2003)................................................................33
Figura 2-12 – Fluxo básico de compra (VIANA, 2000)...............................................35
Figura 3-13 Modelo macro de comportamento de compras organizacional proposto
.....................................................................................................................................39
Figura 3-14 – Fluxo básico otimizado de compra (Adaptado de VIANA, 2000).........40
Figura 3-15 – Documentação gerada.........................................................................41
Figura 3-16 - Fluxo seqüencial para análise de material crítico (Desenvolvido pelo
autor)...........................................................................................................................43
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
x
Figura 3-17 Metodologia para avaliar os custos e os impactos ambientais de
produtos manufaturados (Desenvolvido pelo autor)...................................................46
Figura 4-18 – Estrutura típica de um cavalete de micro medição de vazão...............48
Figura 4-19 Composição dos valores de compra do cavalete de micro medição de
vazão utilizando válvula de metal................................................................................51
Figura 4-20 Composição dos valores de compra do cavalete de micro medição de
vazão utilizando válvula de PVC.................................................................................51
Figura 4-21 – Comparativo entre os valores de compra das válvulas de Metal e PVC.
.....................................................................................................................................51
Figura 4-22 Modelo macro de comportamento de compras organizacionais
proposto ......................................................................................................................52
Figura 4-23 Esquema do ciclo de vida da válvula PVC (adaptado BORGES, 2004).
.....................................................................................................................................57
Figura 4-24 – Esquema do ciclo de vida da válvula de metal....................................58
Figura 4-25Macro processo da obtenção da matéria-prima para a válvula de metal
.....................................................................................................................................64
Figura 4-26 Macro processo da obtenção da matéria-prima para a válvula de PVC
(BORGES, 2004).........................................................................................................65
Figura 4-27 – Contribuições dos subsistemas de produtos para válvula de metal....70
Figura 4-28 Contribuições dos subsistemas de produtos do PVC (BORGES, 2004)
.....................................................................................................................................71
Figura 4-29 – Indicadores de custo da válvula PVC (a) e metal (b)...........................79
Figura 4-30 – Termo de aprovação do produto..........................................................80
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
xi
LISTA DE FÓRMULAS
Equação 2-1..................................................................................................................9
Equação 2-2..................................................................................................................9
Equação 2-3................................................................................................................10
Equação 2-4................................................................................................................10
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1-1 Exemplos das conseqüências ambientais decorrentes das escolhas
do consumidor...............................................................................................................2
Tabela 2-2 – Comparação dos métodos que contemplam a ACV.............................21
Tabela 2-3 – Custos ambientais internos e externos..................................................26
Tabela 2-4 – Distribuição dos custos no ciclo de vida dos produtos..........................27
Tabela 2-5 – Comparação dos métodos que contemplam custos ambientais...........30
Tabela 4-6 – Análise dos Itens dos produtos ............................................................49
Tabela 4-7 – Estrutura da válvula de metal...............................................................53
Tabela 4-8 – Estrutura da válvula de PVC..................................................................55
Tabela 4-9 – Considerações do transporte para a válvula de metal ........................69
Tabela 4-10 – ACV da válvula de metal .....................................................................73
Tabela 4-11 – ACV da válvula de PVC .....................................................................73
Tabela 4-12 – Análise de impacto da válvula de metal utilizando EPS2000..............76
Tabela 4-13 – Análise de impacto da válvula PVC utilizando EPS2000....................77
Tabela 4-14 – Indicadores de custo da válvula de metal ........................................78
Tabela 4-15 – Indicadores de custo da válvula de PVC............................................79
Tabela 4-16 – Indicadores de desempenho do aspecto ambiental............................80
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACV Análise de Ciclo de Vida
Art Artigo
CEBDS Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
CFC Cloro Flúor Carbono
COV’s Compostos Orgânicos Voláteis
DBO Demanda Bioquímica de Oxigênico
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
xiii
DCE Dicloro etano
DQO Demanda Química de Oxigênio
EDIP Environmental Design of Industrial Products
EI99 Eco-indicator 99
ELU Environmental Load Units
EPS Environmental Priority Strategies in Product Design
FC Flúor Cloro
FCA Full Cost Accounting
HCFC Hidro Cloro Flúor Carbonetos
HFC Hidro Flúor Cloro
ICV Inventário do Ciclo de Vida
ISO International Organization for Standardization
LCA Life Cycle Analysis
LCC Life Cycle Costing
LCECA Life Cycle Environmental Cost Analysis
MPS Material Particulado Suspenso
mPt millipoints
MVC Mono cloreto de vinila
NMVOC Compostos Orgânicos voláteis exceto Metano
PAH Polycyclic Aromatic Hydrocarbons
PET Polietileno Tereftalato
PH Potencial de Hidrogênio
PVC Policloreto de Vinila
SETAC Society of Environmental Toxicology and Chemistry
SGA Sistema de Gerenciamento Ambiental
TCA Total Cost Accounting
UNEP United Nations Environmental Programme
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
xiv
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
xv
LISTA DE SÍMBOLOS
IPn Entradas de matéria-prima
IEn Entradas de energia
Wn Saídas de energia
OPn Saídas de produtos e resíduos
me Volume que entra por unidade
ms Volume que sai por unidade
CO
2
Dióxido de Carbono
Σ Somatório
NOx Óxidos de Nitrogênio
SOx Óxidos de Enxofre
% Porcentagem
NH3 Gás Amônia
CH
4
Metano
g Grama
h Hora
kg Quilograma
NaOH Soda Cáustica
Zn Zinco
km Quilômetro
m
3
Metro cúbico
t Tonelada
MJ Mega Joule
R$ Moeda Real
US$ Moeda Dólar (Estados Unidos)
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
1 Introdução 1
1 INTRODUÇÃO
Muitas das questões ambientais como a poluição das águas e do ar, o efeito
estufa e as chuvas ácidas estão relacionados com as emissões de poluentes das
empresas dos mais diversos ramos de atividades. Os problemas ambientais
gerados pelas companhias não estão centralizados num único processo
desenvolvido por elas. Eles estão distribuídos em vários pontos no interior dos
processos produtivos e administrativos destas empresas. Um destes pontos foi
identificado por Goldemberg e Nascimento (2004) que é a utilização de produtos de
baixa qualidade ambiental. Estes autores citam que a origem deste problema está
localizada nos procedimentos dos setores de compra das empresas. Segundo eles
as compras feitas nas empresas públicas e órgãos do governo giram em torno de
bilhões de dólares por ano, distribuídos em aproximadamente 40 mil itens de
compra. Além disso, salientaram que estas entidades possuem um grande potencial
poluidor, pois a aquisição de materiais é feita mediante a aplicação da Lei Federal
8.666/93 de licitações, que leva em consideração somente os aspectos econômicos.
Não análise de outros custos como o de descarte e o do consumo de energia
elétrica ao longo da vida útil deste produto. Esta atitude pode não refletir a realidade
financeira da aquisição. Ela pode custar muito mais do que representa numa
primeira análise. A utilização somente de um aspecto pode ocasionar, muitas vezes,
problemas posteriores à aquisição. Como não foi previsto o aspecto ambiental, este
produto adquirido necessita de sistemas auxiliares para adequação com as normas
ambientais, gerando custos adicionais não previstos na compra.
Como identificar a qualidade ambiental dos produtos ou serviços na compra?
Na tabela 1-1, apresentam-se alguns exemplos das conseqüências ambientais
decorrentes das escolhas realizadas pelo consumidor. É possível optar por um copo
descartável ou copo de vidro, uma lâmpada incandescente ou fluorescente,
utilizando somente as informações da tabela? Não é possível, pois as informações
geradas nesta tabela são subjetivas.
Para resolver este problema é necessário utilizar uma metodologia que consiga
levantar os aspectos ambientais dos produtos sem deixar de lado os aspectos
econômicos e transformá-los em informações objetivas e comparáveis entre si.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
1 Introdução 2
Tabela 1-1 Exemplos das conseqüências ambientais decorrentes das escolhas do
consumidor.
Produto Vantagens Conseqüências
Copo descartável Não necessita limpeza. Geração de resíduos sólidos
Copos de vidro Custos Uso de detergente e água
Lâmpadas incandescentes Custos iniciais Consumo de energia
Lâmpadas fluorescentes Custos a longo prazo em virtude da
redução do consumo de energia por
luminosidade gerada
Apresenta mercúrio em sua
composição, que além de
ser um metal pesado,
dificulta a reciclagem
Troca intensiva de celular Obtenção de produtos mais
modernos, contendo diversas
funções
Descarte acelerado, superior
à vida útil
Embalagem cartonada longa
vida
Preservação de alimentos Dificuldades na separação
de materiais para posterior
reciclagem
Catalisadores no
craqueamento catalítico
Melhoria do processo Geração de resíduos sólidos
(Fonte: NOVAK; UGAYA, 2004)
1.1 Definição dos objetivos
O objetivo deste trabalho é desenvolver uma metodologia para avaliar produtos
em aspectos ambientais e de custo, promovendo o consumo sustentável nas
empresas.
Para tanto, os objetivos específicos deste trabalho consistem em:
1) Descrever o que é consumo sustentável;
2) Descrever a Análise de Ciclo de Vida (ACV);
3) Descrever as técnicas de análise ambiental que contemplam ACV;
4) Descrever os principais tipos de custos nas empresas;
5) Definir a forma de aquisição nas empresas;
6) Aplicar a metodologia desenvolvida em um estudo de caso comparando dois
métodos diferentes de análise de impacto ambiental em dois produtos de
mesma função.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
1 Introdução 3
1.2 A justificativa
As compras consistem na procura e aquisição de materiais, com a qualidade
especificada e no preço e prazo adequados. Entretanto, não se verifica a
preocupação com os aspectos ambientais dos itens adquiridos em seus processos.
Para verificar a afirmação acima, foram levantados os perfis dos setores de compra
de 30 empresas de Curitiba e Região Metropolitana. Foram entrevistadas, por
telefone, empresas de pequeno, médio e grande porte dos setores automotivo,
químico e serviços. A pergunta destinada a estas empresas procura saber quais são
os aspectos que seus dirigentes acham relevantes para decidir uma determinada
aquisição de material. A resposta dada pelas empresas a esta pergunta foi de modo
discursivo e espontâneo não havendo direcionamento por parte do entrevistador.
Estas respostas foram estruturadas em três aspectos: os econômicos, os de
qualidade e os ambientais. No caso das empresas que consideram os aspectos
ambientais, foi perguntado o que elas procuram saber sobre este aspecto. Os
resultados obtidos por esta pesquisa estão mostrados na figura 1-1.
60,0%
Insignificante
0 %
2 0 %
4 0 %
6 0 %
8 0 %
1 0 0 %
1 2 0 %
Aspectos econômicos Aspectos de qualidade Aspectos ambientais
Empresas Pesquisadas
Figura 1-1 – Importância dos requisitos para definição de compras.
Verifica-se na pesquisa realizada que a preocupação com os aspectos
econômicos foi citada em 100% dos casos sendo caracterizada como muito
importante para todas as empresas pesquisadas. A preocupação com os aspectos
de qualidade foi citada em 60% e é considerada, muitas vezes, como principal
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
1 Introdução 4
aspecto de decisão. Os aspectos ambientais dos produtos quase não são
considerados pelos compradores, e quando o são, 100% dos casos referem-se ao
descarte destes produtos.
Ferreira et al.(2000) argumenta que o aumento das organizações empresariais
e a crescente intensificação da concorrência conduz a uma falta de recursos
naturais. Daí, necessidade de melhorar e criar mecanismos de planejamento e
controle nas atividades empresariais para aumentar a competitividade entre os
produtos sem comprometer o consumo sustentável.
Librelotto (2004) complementa a afirmação de Ferreira et al. (2000) dizendo
que a empresa, para garantir a sua sustentabilidade, deve manter o equilíbrio entre
as dimensões econômicas e ambientais. Neste caso, com base na pesquisa
desenvolvida, não se observa o equilíbrio entre os aspectos ambientais e os
aspectos econômicos na aquisição de materiais o que justifica a elaboração deste
trabalho.
1.3 Limites da pesquisa
Este trabalho limita-se a desenvolver uma metodologia para avaliação de
material que analise a qualidade dos aspectos ambientais dos produtos comprados,
comparando-os com equipamentos ou componentes de funções similares. Esta
metodologia propõe oferecer subsídios para os diversos setores das empresas
públicas ou privadas, na elaboração de parecer técnico, justificando, com dados
concretos as compras de produtos, mostrando através de indicadores ambientais e
de custo a sua sustentabilidade relativa.
Para a validação do modelo foi utilizada uma empresa hipotética situada na
cidade de Curitiba e, portanto, sendo considerados dados da realidade local. Na falta
destes foram utilizados dados nacionais e internacionais. Este trabalho não tem
como objetivo efetuar medições quantitativas para gerar os dados ambientais, mas
apenas reunir dados existentes em publicações e aplicá-los nos produtos
analisados.
No estudo de caso foram estudadas válvulas de esfera ¾” em dois materiais
diferentes. Estes produtos possuem funções similares e utilizam a mesma classe de
pressão e o mesmo fluido de passagem.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
1 Introdução 5
1.4 Premissas e hipóteses
1.4.1 Premissas
As empresas, para garantirem a sua sustentabilidade, devem manter o
equilíbrio entre as dimensões econômicas e ambientais (LIBRELOTTO, 2004).
As empresas que visam somente os aspectos econômicos podem não garantir
a sua existência no futuro motivado pela redução da oferta de matéria-prima ou
escassez de outros recursos naturais.
Todos os materiais utilizados nas empresas são necessários e
indispensáveis aos processos.
Na implantação, operação e manutenção das empresas, os materiais utilizados
para esse fim são indispensáveis para o processo ou para a manufatura, não sendo
neste caso supérfluos. Não existiria empresa produtiva sem a utilização de bombas,
válvulas, tubulações, caldeiras, filtros, sensores, turbinas e outros dispositivos
operacionais que promovam o seu funcionamento.
Todo material utilizado nas empresas produz, de alguma forma, impacto
ao meio ambiente.
Todo material utilizado nas empresas produz impacto ao meio ambiente ou
alteração dele. Entretanto, os produtos e subprodutos que estas empresas
produzem e empregos que ofertam, ainda são de grande importância para a
sociedade.
Sempre existe pelo menos uma melhor solução de um problema para
reduzir o nível de impacto ao meio ambiente.
Os produtos das empresas têm grande importância para as diversas atividades
humanas e industriais. Entretanto, sempre existirão alternativas que contemplem a
redução do uso de matérias-primas ou insumos perigosos como mercúrio, chumbo,
cromo, zinco, arsênio entre outros. Dentre as alternativas podem-se citar: compras
sustentáveis, a otimização de processos de produção que vise a redução de
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
1 Introdução 6
resíduos e melhoramento contínuo do processo, a segregação adequada dos
resíduos perigosos, a eliminação de vazamentos e projetos para a manutenção ou
com maior quantidade de materiais reciclados.
Os produtos analisados por esta metodologia foram previamente
avaliados do ponto de vista estrutural, técnico e de qualidade.
Os produtos analisados pela metodologia proposta possuem capacidade
técnica e estrutural para executar a função proposta. O produto possui a qualidade
esperada. Portanto a metodologia avalia somente os aspectos ambientais de
impacto e custo ao longo do ciclo de vida.
1.4.2 Hipóteses
Os custos ambientais estão diretamente relacionados com os impactos
ambientais que foram levantados na análise de inventário de um produto. Produtos
que possuem altos níveis de consumo de matéria-prima, água, energia e transporte
também possuem altos níveis de impactos ambientais.
Os custos analisados somente no uso, transporte e descarte não refletem
informações adequadas para uma análise ambiental.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 7
2 O CONSUMO SUSTENTÁVEL
2.1 Introdução
Na década de 90, segundo Herzog (2004) poucos assuntos foram tão
debatidos no mundo quanto a questão da capacidade empresarial em aliar os
aspectos financeiros e o equilíbrio ambiental e social. Fernando Almeida, presidente
do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS),
entrevistado por Herzog (2004), afirma que poucos executivos e empresários
entendem que a busca pela sustentabilidade é uma urgência. Além disso, este
mesmo autor conclui, em seu texto, que existem barreiras entre o capitalismo e o
meio ambiente e que a melhor maneira de promover o conceito sustentabilidade é
provar aos acionistas e empresários que há retorno financeiro.
2.2 Consumo sustentável
Segundo Zacchi e Bellen (2005), o conceito do desenvolvimento sustentável
foi difundido com maior expressão popular através do documento intitulado Our
Common Future escrito em 1987 ou também conhecido como Relatório Brundtland.
Segundo estes mesmos autores o documento principia a idéia de geração de
desenvolvimento econômico e industrial. Este conceito é complementado por Berna
(2004) que define o desenvolvimento sustentável como sendo a utilização dos
recursos naturais de forma a satisfazer as necessidades do momento sem
comprometer as necessidades futuras.
Os elementos básicos do desenvolvimento sustentável são descritos por
Kinlaw (1997) como sendo a igualdade entre os povos da terra, a administração
responsável por aquilo que é produzido ou utilizado, limites de intervenção humana
nos ecossistemas, o prejuízo dos ecossistemas e a harmonia entre os ecossistemas
e as atividades humanas.
Pode-se observar que a definição de desenvolvimento sustentável é ampla e
possui vários campos de atuação que convergem para um bem-estar comum. O
consumo sustentável, abordado neste trabalho, é uma das maneiras de promover o
desenvolvimento sustentável. A definição de consumo sustentável consiste na
conscientização dos países, das empresas e das pessoas em tornarem-se
consumidores responsáveis, transformando o modelo econômico atual em um
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 8
padrão de desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente equilibrado,
abandonando o consumo exagerado (CONSUMO SUSTENTÁVEL, 2004). Uma das
ferramentas para promover o consumo sustentável é a ACV e os custos ambientais
que serão abordados a seguir.
2.3 A análise de ciclo de vida
A ACV é uma das ferramentas mais utilizadas na aplicação do consumo
sustentável. É aplicada para a verificação do impacto ambiental e para a
identificação de oportunidades de melhorias ambientais (BITENCOURT, 2001). A
técnica analisa o produto ao longo do seu ciclo de vida (FERRÃO, 1998). Neste
trabalho especificamente a ACV será utilizada na comparação de produtos.
O uso da ACV quantifica a geração de poluentes e consumo de matéria-prima
nas etapas do ciclo de vida do produto. De acordo com Ugaya e Walter (2004), o
uso desta metodologia é importante em face de apresentar uma decisão sobre os
melhores rumos a serem seguidos do ponto de vista ambiental para um produto,
processo ou atividade.
Em virtude da importância deste método, a UNEP (United Nations
Environmental Programme) juntamente com a SETAC (Society of Environmental
Toxicology and Chemistry), lançaram a iniciativa do ciclo de vida em 2002 para
assegurar o comprometimento com esta metodologia no longo prazo, por meio de
(UNEP, 2005):
a) Coleta e disseminação de informação de aplicações de sucesso;
b) Capacitação em ACV;
c) Identificação de indicadores e estratégias de comunicação da gestão do
ciclo de vida;
d) Difundir e facilitar o uso de dados e métodos.
As premissas descritas norteiam este trabalho com esses objetivos.
A ACV baseia-se no conceito de balanço de massa e da análise energética que
tem a primeira lei da termodinâmica como o principal suporte científico (FERRÃO,
1998).
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 9
Figura 2-2 – Unidade funcional unitária
O sistema da figura 2.1 é delimitado pelas fronteiras em linha tracejada, que
define o volume de controle. As setas definem as entradas ssicas e energéticas
de matéria-prima (IPn) e energia (IEn) e as saída mássicas e energéticas (Wn) e
produtos e resíduos (OPn). A delimitação da fronteira é fundamental, pois as
modificações de entrada e saída acarretam modificações nos resultados (PASSOS,
2004).
A unidade funcional é equacionada da seguinte maneira:
msme
=
Equação 2-1
Onde: me é a massa que entra por unidade; ms é a massa que sai por unidade. A
unidade referida significa a massa das entradas e saídas das substâncias durante o
processo para produzir um quilo de produto acabado.
A massa que entra por unidade é definido:
=
Insumos
novávelima_não_ReMatéria_Pr
velima_RenováMatéria_Pr
lo_RenováveEnergia_nã
novávelEnergia_Re
me
Equação 2-2
A masssa que sai por unidade é definido:
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
OPn
Wn
IEn
IPn
Fronteira
2 Consumo Sustentável 10
=
_e_gasosos_Líquidos,ólidos,Resíduos_S
novávelima_não_ReMatéria_Pr
velima_RenováMatéria_Pr
lo_RenováveEnergia_nã
novávelEnergia_Re
ms
Equação 2-3
Fazendo a análise no volume de controle usando a equação 2-1 temos,
+=+
nnnn
WnOPnIEnIPn
1111
Equação 2-4
A ACV é uma metodologia rigorosa que envolve as quatro etapas mostradas na
figura 2.2 que são: a definição do objetivo e do escopo; a análise de inventário; a
avaliação de impacto ambiental e a etapa de interpretação dos dados levantados
(ISO, 1997).
Figura 2-3 – Principais fases da ACV (ISO, 1997)
As fases da ACV são descritas a seguir:
2.3.1 Definição do escopo
A definição do escopo consiste em estabelecer os limites do estudo de tal
forma que propiciem atingir o objetivo determinado. São sugeridos para esta etapa,
conforme a ISO 14040 (ISO,1997) :
a) Determinação de função do produto ou serviço;
b) Determinar as fronteiras espaciais e temporais do sistema estudado
durante o ciclo de vida;
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Definição dos Objetivos e do Escopo
Análise de Inventário
Avaliação dos Impactos Ambientais
Interpretação
2 Consumo Sustentável 11
c) Levantar os dados necessários para poder caracterizar adequadamente o
sistema;
d) Levantar as hipóteses consideradas na análise;
e) Definir o alcance do estudo e suas limitações;
f) Escolher a metodologia de avaliação de impacto ambiental;
g) Avaliar a qualidade dos resultados a serem obtidos;
h) Fazer uma revisão crítica;
i) Escolher o tipo e a estrutura do relatório final.
Cada um dos itens sugeridos pela norma deve ser analisado individualmente e
julgado caso a caso para verificar a sua aplicabilidade.
2.3.2 Análise de inventário
No inventário estão contidos os dados sobre matéria-prima, energia, emissões
sólidas, líquidas ou gasosas. O objetivo da análise de inventário é quantificar o que é
consumido e emitido no meio ambiente (CARVALHO, 2004), além de definir os
procedimentos de cálculo para o sistema estudado. Esta etapa é caracterizada como
o núcleo do estudo da ACV, pois determina as trocas que o sistema faz com o meio.
Enquanto algumas trocas são altamente impactantes no meio ambiente, outras não
têm o mesmo valor significativo e podem ser descartadas.
Nesta fase é importante analisar detalhadamente as diversas etapas do ciclo
de vida. São sugeridos pela norma ISO: 14041 (ISO, 1997) os seguintes itens:
a) Definição das fronteiras unitárias: para definir a fronteira é necessário
determinar o fluxo de material e energia durante o processo produtivo.
Determinar quais são as fontes de energia utilizadas, as movimentações
externas, os produtos produzidos, os insumos utilizados, descarte
existente dos resíduos do processo, o descarte existente do uso, a
reutilização de materiais, o nível de reciclagem, a quantidade dos recursos
naturais utilizada, a produção de recursos auxiliares ao processo principal
e outras operações relevantes ao estudo.
b) Elaboração do diagrama de blocos composto pelas unidades funcionais
(figura 2.1): o diagrama de blocos representa esquematicamente o sistema
que se está querendo estudar. Este diagrama mostra os pontos relevantes
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 12
do ciclo de vida do sistema e possibilita uma visão geral de todo o
processo.
c) Coleta de informações das unidades funcionais: após a elaboração do
diagrama de blocos é necessário redimensionar alguns dos blocos
elementares, pois na análise anterior verifica-se que existem blocos que
devem ser unificados e outros divididos para melhor adequar o processo
estudado à análise que se está propondo fazer. É importante observar que
esta análise deve conter somente os dados necessários.
d) Análise e processamento destas informações: após a análise e
processamento das informações deve-se obter um conjunto de unidades
funcionais completas contendo as interações entre o sistema e o meio
ambiente, as interações entre unidades funcionais e outros dados que
sejam relevantes para o processo de estudo.
e) Análise dos resultados obtidos: esta análise tem como objetivo
caracterizar a representatividade a nível geográfico, no tempo e no
espaço.
2.3.3 Avaliação dos impactos ambientais
Para tornar os dados do inventário mais amigáveis, estes são transformados
em impacto ambiental que reflete o perigo das substâncias ao ambiente e do
esgotamento dos recursos. Então, a avaliação de impacto ambiental procura
analisar, avaliar, comparar e organizar as informações de uma forma quantitativa e
qualitativa, representando a magnitude e significância dos impactos ambientais e
disponibilizando os dados levantados para a etapa de interpretação.
Na década de 60, o conceito de impacto sobre o meio ambiente foi consolidado
e chegou-se à conclusão que a sua avaliação poderia ser feita com razoável
margem de subjetividade e que esse instrumento poderia ser utilizado no processo
de tomada de decisão no licenciamento ambiental (BRAGA et al., 2002). O impacto
ambiental é a alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente (AB’ SÁBER; MÜLLER-PLATENBERG, 1998) causada por qualquer forma
de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetem (BRAGA et al., 2002):
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 13
a) A saúde humana, a segurança e o bem-estar da população;
b) As atividades sociais e econômicas;
c) A biota;
d) As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
e) A qualidade dos recursos ambientais.
Então, a avaliação de impacto ambiental, hoje, tem como foco identificar e
avaliar a significância dos impactos ocasionados por projetos e processos com
relação ao meio ambiente e à sociedade (STAMM, 2003).
Discussões do texto da ISO CD 14042, em 1997 na cidade de Kioto no Japão,
propuseram que a avaliação de impacto seja composta por (CHEHEBE, 1997):
a) Seleção e definição das categorias: devem ser estabelecidas com base no
conhecimento científico dos processos e mecanismos ambientais. São
exemplos de categorias a exaustão de recursos não renováveis,
aquecimento global e a toxicidade humana.
b) Classificação: os dados do inventário são agrupados nas diversas
categorias propostas.
c) Caracterização: nesta etapa, os dados do inventário, já atribuídos as suas
respectivas categorias, são modelados de forma que os resultados
possam ser expressos na forma de um indicador para aquela categoria
específica. O indicador procura demonstrar a significância daquele dado
no inventário de uma forma numérica de impacto. As unidades dos dados
do inventário precisam ser adequadas para que dentro de uma categoria
de impactos todos tenham as mesmas unidades. Para isso, utilizam-se
fatores de equivalência ou também chamado de caracterização para
ajustar as unidades. Como exemplo pode-se citar a categoria de
aquecimento global onde todas as substâncias que provocam este tipo de
impacto devem ser expressas em CO
2
equivalente.
d) Atribuição de pesos: esta ponderação é baseada em valores e pode ser
subjetiva, pois está sujeita à distorção de tipo político ideológico.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 14
2.3.4 Interpretação
O resultado do estudo fornece a sustentação a respeito das decisões a serem
tomadas durante o desenvolvimento de produto (WENZEL et al., 2001), ou na
comparação entre os produtos ou processo com mesmas funções.
A teoria da decisão é definida como um conjunto de procedimentos e métodos
de análise que procura garantir a coerência e o atendimento dos objetivos propostos
com a melhor utilização dos recursos em função da quantidade e qualidade das
informações disponíveis (GOMES, 2002). O objetivo principal da ACV é apoiar o
processo decisório oferecendo informação ao tomador de decisão.
Para uma organização, o uso desta metodologia, por vezes, torna-se difícil de
ser aceita, uma vez que traz apenas informações sobre os problemas ambientais
associados ao produto sem, no entanto, levar em consideração os custos
associados.
2.4 Métodos que contemplam a ACV
Os métodos de análise de impacto ambiental são compostos por conjuntos de
procedimentos com a finalidade de identificar, prognosticar e interpretar os efeitos e
impactos sobre o meio ambiente decorrentes de ações propostas, tais como:
políticas públicas, programas ambientais, novos projetos, novas atividades (CPRH,
2005).
Segundo Ferrão (1998) e de acordo com ISO 14042, os resultados da análise
de inventário são classificados e caracterizados nas categorias de impacto, cada
qual com um indicador da categoria podendo estar situado em algum ponto entre os
resultados da análise de inventário e indicador ambiental conforme mostrado na
figura 2-3.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 15
Figura 2-4 – Fases da avaliação de um ciclo de vida (FERRÃO, 1998)
Dentro da estrutura da ACV, existem três métodos básicos: método clássico,
método de dano orientado e método misto.
2.4.1 Método clássico
As emissões levantadas no inventário são convertidas mediante cálculos
específicos em categorias de impactos ambientais. Quando a análise é feita nessa
categoria de impacto chama-se de análise no ponto médio. Os métodos clássicos
procuram modelar quantitativamente os impactos nesse ponto. Com esta atitude
procura-se limitar as incertezas de outros métodos que consideram um único
indicador por tipo de substância. Na figura 2-3 é mostrado o esquema do método
clássico. Os pontos médios como o efeito estufa, diminuição da camada de ozônio,
acidificação são convertidos em porcentagem de impacto e após é feita a análise do
desempenho ambiental.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
(X g) CO
2
(Y g) CFC
(Z g) CH
4
(W g) NO
x
(K g) SO
x
Análise de
inventário
Efeito estufa
Diminuição da camada
de ozônio
Acidificação
% do efeito global
% do efeito global
% do efeito global
Desempenho
ambiental
Intervenções
ambientais
Categorias de
impactos
ambientais
Impactos por
categoria
Indicador
ambiental
Classificação
caracterização
Normalização Avaliação
Pontos médios
Onde X, Y, Z, W e K são as quantidades de
emissões em gramas (g).
2 Consumo Sustentável 16
Os temas das categorias de impactos são mecanismos comuns e individuais e
definidos com base no conhecimento científico (CHEHEBE, 1997), como o efeito
estufa ou também podem ser mecanismos agrupados que são dois ou mais temas
juntos, como a ecotoxicidade composta pela flora e fauna que é definida tanto para a
água quanto para o solo ( CHEHEBE, 1997). Exemplos deste método são: CML
(GUINÈE et al., 2002) e EDIP (WENZEL et al., 2001).
2.4.1.1 Método CML 2002
Em 2001, o Centro de Ciência Ambiental da Universidade de Leiden (CML) na
Holanda, publicou um guia operacional descrevendo o procedimento a ser aplicado
para conduzir um projeto de ACV de acordo com os padrões da ISO. Este guia trata
as categorias de impactos em dois grupos:
a) Exaustão de recursos naturais e energia: exaustão dos recursos bióticos e
abióticos.
b) Poluição: efeito estufa, diminuição da camada de ozônio, toxicidade
humana, ecotoxicidade, smog (nevoeiro derivado da poluição),
acidificação, eutrofização que é o crescimento excessivo das plantas
aquáticas.
A implantação deste método ocorre na base de dados do inventário, onde o
calculadas as caracterizações para os fluxos de entrada e saída de materiais e
poluentes. O resultado do cálculo obtido na base de dados do inventário é utilizado
para análise do impacto ambiental. Como o objetivo deste trabalho não é descrever
detalhadamente o método, para maiores informações consultar Korning et al. (2002).
2.4.1.2 Método EDIP
O EDIP (Environmental Design of Industrial Products) é o resultado de um
programa cooperativo entre uma universidade, a indústria e as autoridades
dinamarquesas com o objetivo de projetar produtos mais limpos (WENZEL et al.,
2001).
No método EDIP, o inventário, em termos de quantidade e tipo de emissão, é
traduzido em impactos ambientais conhecidos. Assim, o inventário é transformado
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 17
em uma lista de itens consumidos e de potenciais para impactos no meio ambiente.
Este método trata as categorias de impactos em três grupos principais:
a) Potencial da emissão: aquecimento global, diminuição da camada de
ozônio, acidificação, ecotoxicidade e toxicidade humana.
b) Consumo de recursos: consumo de energia e exaustão de recursos
naturais.
c) Impacto no ambiente de trabalho: estes impactos estão relacionados com
os riscos a que o trabalhador está sujeito no trabalho.
Para a classificação, a normalização e a valorização otodo possui maneira
específica para efetuar estes cálculos de ponderação (ISO, 1997). Para maiores
informações sobre as ponderações efetuadas neste método consultar Hauschild e
Wenzel (1998).
2.4.2 Métodos de danos orientados
Estes métodos procuram modelar quantitativamente até um indicador final. As
categorias de impactos ou os pontos médios resultam em indicadores individuais
que podem ser somados promovendo com isso um resultado único de impacto.
Estes métodos, muitas vezes, assumem incertezas elevadas, entretanto para a
análise de produtos é bastante conveniente este método pela facilidade de
comparação que ele proporciona.
Exemplos deste todo são: Eco-indicator 99 (GOEDKOOP E SPRIENSMA,
2001) e EPS 2000 (STEEN, 1999).
2.4.2.1 Método Eco-indicator 99 ou EI99
Em 1999 foi publicado o método Eco-indicator 99 destinado à avaliação do
impacto do ciclo de vida. O todo consiste em calcular pontuações ambientais
(GOEPKOOP; SPRIENSMA, 2001) através de seus indicadores padronizados com a
finalidade de avaliar ambientalmente os produtos através dos processos e dos seus
fluxos de materiais. Este método trata categorias de impactos em três grupos
principais:
a) A extração de recursos naturais;
b) O uso da terra;
c) Potenciais de emissões.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 18
Figura 2-5 – Fluxo básico eco-indicator 99 (GOEPKOOP; SPRIENSMA, 2001)
Estes três grupos de indicadores convergem para um único indicador
normalizado e ponderado conforme mostrado na figura 2-4. Uma suposição do
método é que todas as emissões e o uso da terra ocorrem na Europa e, portanto,
todos os danos ocorrem nesta região, exceto para os danos aos recursos naturais e
os danos de mudança de clima, depleção da camada de ozônio, emissão de
substâncias cancerígenas, substâncias inorgânicas de longa escala de dispersão
que provocam poluição do ar e algumas substâncias radioativas que são
consideradas no método como globais (GOEPKOOP; SPRIENSMA, 2001). Para
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Prejuízo para
os recursos
Análise do recurso e
análise do uso da terra
Exposição e análise do efeito
Análise do
prejuízo
Normalização e
peso
Excesso de energia
em futura extração
Excesso de energia
em futura extração
Depleção da
camada de ozônio
Efeitos regionais no
número de espécies
Efeitos locais do
número de espécies
Acidificação e
eutrofização
Ecotoxidade
Mudança de clima
Efeito da radiação
Efeitos respiratórios
Câncer
Prejuízo para
o corpo
Dano ao
ecossistema
I
N
D
I
C
A
D
O
R
Concentração de minérios
Disponibilidade de
combustíveis fósseis
Redução das áreas
naturais
Extração de
minerais e
combustíveis
fósseis
NOx
SOx
NH3
Pesticidas
Metais
Pesados
CO2
HCFC
Substâncias
radioativas
COV’s
MPS
Hidrocarbonetos
Poliaromáticos
Uso da terra e
conversão da
terra
Concentração de
substâncias
radioativas
Alterado PH e nutrientes
Concentração urbana,
agrícola e solo natural
Concentração de gases de
efeito estufa
Concentração da depleção
da camada de ozônio
Concentração de COV’s e
MPS
Concentração de ar, água
e comida
2 Consumo Sustentável 19
maiores informações sobre as ponderações e cálculos consultar Goedkoop e
Spriensma (2001).
2.4.2.2 Método EPS 2000
A metodologia EPS 2000 (Environmental Priority Strategies in Product Design)
é um método orientado para ser utilizado na escolha entre dois conceitos de
produtos. Os indicadores são escolhidos para esta finalidade e apropriados para
atribuírem valores para as categorias de impactos. Para cada material, um índice
ambiental de carga é avaliado. Este índice atribui valores às emissões e à extração
de recursos baseado em cinco critérios (GOEPKOOP; SPRIENSMA, 2001):
a) Saúde humana: expectativa de vida, severo estado mórbido incluindo
fome, estado mórbido como frio e aborrecimento como irritação;
b) Capacidade de produção do ecossistema: capacidade de produção de
grão, de produção de madeira, de produção de carne e peixe, de irrigação
e de tratamento de água;
c) Estoque de recursos abióticos: indicadores de esgotamento de recursos
minerais e de reservas fósseis;
d) Biodiversidade: extinção de espécies;
e) Valores culturais e de recreação: mudanças nos valores culturais e de
recreação.
Os índices são multiplicados pelo carregamento de materiais, emissão e
extração de recurso que são avaliados a uma unidade comum. O resultado é a
unidade chamada de unidade de carga. O método EPS não se baseia nas metas de
emissões atuais, ele considera um sistema pessimista que aponta novos custos
futuros.
2.4.3 Método misto
Este método procura reduzir as incertezas dos métodos de danos orientados
utilizando quatro grupos de indicadores ambientais. Desta forma as aproximações
são mais suaves e com isso reduz os erros. Exemplo deste método é o Impact
2002+.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 20
2.4.3.1 Método Impact 2002+
O IMPACT 2002+ é uma metodologia de avaliação do impacto desenvolvida no
Instituto de Tecnologia Federal Suíço de Lausana (EPFL). A metodologia combina
pontos médios e uma aproximação de dano. Na figura 2.5 é mostrado o esquema do
método. Este método trata categorias de impactos em três grupos principais:
a) Análise da destinação;
b) O uso da terra;
c) Saúde humana;
d) Impactos ecotoxicológicos.
As substâncias do resultado da análise de inventário no ciclo de vida são
agrupadas em impactos similares dentro de 14 categorias de impactos ambientais.
Estas categorias convergem para quatro indicadores ambientais.
Categorias de impactos ambientais Indicador
ambiental
Toxicidade humana
Efeitos respiratórios
Radiação ionizante Saúde humana
Depleção da camada de ozônio.
Oxidação fotoquímica
Ecotoxicidade aquática Qualidade do
Resultado Ecotoxicidade terrestre ecossistema
da Acidificação aquática
ACV Eutrofização aquática
Acidificação e nutrificação territorial Mudança de
Ocupação da terra clima
Aquecimento global
Energia não renovável Recursos
Extração de minerais
Figura 2-6 – Esquema da estrutura do impact 2002+ (Adaptado JOLLIET et al., 2003)
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 21
A metodologia do IMPACT 2002+ propõe uma execução atrativa de uma
aproximação combinada de ponto médio e indicador ambiental.
Nos métodos que contemplam a ACV, as características necessárias para o
desenvolvimento da metodologia para avaliação de produtos são a capacidade do
método em comparar produtos similares, a facilidade de compreensão dos dados
gerados e a facilidade de aquisição de informações sobre o método. De acordo com
este critério, os métodos Eco-indicator 99 e o EPS 2000 são os mais importantes,
pois suas análises reduzem a um único indicador facilitando a comparação e a
compreensão dos dados entre produtos estudados. Além disso, em relação aos
outros métodos o Eco-indicator é o que possui maior disponibilidade de informação
na internet. Então, na tabela 2-1 é apresentado um resumo das características
destes métodos que contemplam a ACV onde são comparados segundo os critérios
comentados neste parágrafo.
Tabela 2-2 – Comparação dos métodos que contemplam a ACV.
Método
Critério
CML EDIP Eco-indicator 99 EPS 2000 Impact
2002+
Possibilita a comparação
entre produtos
+ + ++ ++ +
Facilidade de
compreensão dos dados
gerados
+ + ++ ++ +
Facilidade de aquisição de
informações sobre o
método
+ + ++ + +
(+) Atende parcialmente o requisito; (++) atende integralmente o requisito.
2.5 Os custos
O custo é um gasto relativo a um ou mais bens ou serviços aplicados na
produção de outros bens ou serviços (MARTINS, 2003). O objetivo da contabilidade
dos custos é determinar o lucro, ter o controle das operações e auxiliar nas tomadas
de decisão. Para alcançar estes objetivos, as empresas utilizam métodos de
custeios estruturados alimentados constantemente com informações internas ou
externas de diversas áreas como almoxarifado, vendas, produção, fornecedor entre
outros (MEGLIORINI, 2001). Segundo Tinoco e Kraemer (2004), os custos podem
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 22
ser classificados basicamente em dois grandes grupos: custos de produção e custos
ambientais.
Figura 2-7 – Custos fixos e variáveis (TINOCO; KRAEMER, 2004)
2.5.1 Os custos de produção
Os custos de produção são os consumos, avaliados em dinheiro, de bens e
serviço para efetuar a produção, a qual constitui o objeto da empresa (SILVA, 1977).
São divididos por Tinoco e Kraemer (2004) de duas formas que são quanto aos
produtos fabricados e quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção.
Os principais são mostrados por Tinoco e Kraener (2004) na figura 2-6.
2.5.1.1 Quanto aos produtos fabricados
Os custos de produção alocados aos produtos fabricados são classificados por
Rocha (1976) em custos diretos e custos indiretos. Os custos diretos são os gastos
que efetivamente o produto consumiu. Como exemplo pode-se citar a matéria-prima
e embalagem gastas e a mão-de-obra direta. Os custos indiretos são aqueles que
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Custos
Quanto aos
Produtos
Fabricados
Quanto ao Volume
de Produção
Diretos
Indiretos
Fixos
Variáveis
Matéria-prima e
mão-de-obra direta.
Energia elétrica, seguro,
depreciação, mão-de-obra
indireta, taxas e impostos,
materiais auxiliares,
aluguel, entre outros.
Seguros, depreciação, mão-
de-obra indireta, taxas e
impostos, aluguel, entre
outros.
Matéria-prima e mão-de-obra
direta, energia elétrica,
materiais auxiliares,
combustíveis, entre outros.
2 Consumo Sustentável 23
não podem ser direcionados de forma objetiva ao produto; são os casos do aluguel e
da energia elétrica. Desta maneira, os custos indiretos são apropriados aos produtos
em função de uma base de rateio ou algum critério de alocação (MEGLIORINI,
2001).
2.5.1.2 Quanto ao volume de produção
Os custos ainda são subdivididos em custos fixos e custos variáveis. Os custos
fixos são invariáveis mesmo que variem os níveis de produção (ROCHA, 1976). Na
figura abaixo, é demonstrado, em um exemplo hipotético, que o custo fixo de aluguel
independe do volume de produção.
Figura 2-8 – Exemplo de custos fixos e variáveis
Os custos variáveis mudam de acordo com a quantidade produzida como é o
exemplo da matéria-prima. Observa-se na figura 2-7 que entre o limite “x” e “n”
peças produzidas o custo de aquisição destes produtos varia.
2.5.2 Os custos ambientais
Segundo Tinoco e Kraemer (2004) os custos ambientais são os gastos e as
ações referentes ao meio ambiente decorrentes das atividades operacionais das
empresas. Segundo a Organização das Nações Unidas (2001), os dados da
contabilidade ambiental são aplicáveis em vários domínios como:
a) Avaliação anual dos custos e despesas em ambiente;
b) Preço dos produtos;
c) Elaboração de orçamentos;
d) Avaliação de investimentos e cálculo das opções de investimento;
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
n PeçasX Peças
Custos
Quantidade
produzida
Custo Fixo de Aluguel
Custo Variável de aquisição de
Matéria-prima
2 Consumo Sustentável 24
e) Cálculo dos custos, poupanças e benefícios de projetos;
f) Projetos e implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA);
g) Avaliação do desempenho ambiental, dos indicadores e benchmarking;
h) Estabelecimento de metas quantificadas de desempenho;
i) Produção mais limpa, prevenção de poluição, gestão da cadeia de
fornecedores e projetos de ecodesign;
j) Divulgação ao exterior de despesas, investimentos e responsabilidades
em ambiente;
k) Relatório externo na área do ambiente ou da sustentabilidade;
l) Outras comunicações de dados ambientais para organismos de
estatísticas e autoridades locais.
As definições de Tinoco e Kraemer (2004) e da Organização das Nações
Unidas (2001) são complementares, pois os dois primeiros autores definem o que
são os custos ambientais e a Organização das Nações Unidas mostra onde pode
ser aplicada esta modalidade de custos.
É importante classificar os custos ambientais. Tinoco e Kraemer (2004)
classificam estes custos em:
a) Custos ambientais externos: são os custos que podem acontecer com o
resultado da produção ou da existência da empresa. Estes custos
normalmente estão fora dos limites da empresa. São incluídos os danos
ambientais a terceiros, danos aos recursos naturais.
b) Custos ambientais internos: são os custos da manutenção e prevenção
dos sistemas ambientais.
Além disso, os custos ambientais podem ser subdivididos em:
a) Custos ambientais diretos: são aqueles custos que podem ser associados
a um produto diretamente.
b) Custos ambientais indiretos: são aqueles que não têm vínculo causal
direto com o processo da gestão ambiental tais como treinamento
ambiental e manutenção de registros.
c) Custos ambientais intangíveis: são aqueles custos internos futuros que
podem impactar nas operações efetivas da empresa.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 25
2.6 Métodos que contemplam custos ambientais
Alguns métodos descritos na bibliografia que são utilizados para avaliação dos
custos ambientais são:
a) Contabilidade de custos totais (Total Cost Accounting - TCA);
b) Custo do ciclo de vida ( Life-Cycle Cost - LCC);
c) Contabilização dos custos totais (Full cost Accounting - FCA);
d) Análise de custo ambiental do ciclo de vida (Life Cycle Environmental Cost
Analysis - LCECA).
2.6.1 Contabilidade de custos totais (TCA)
O objetivo do método é prover uma disciplinada e organizada aproximação
para melhorar as tomadas de decisões com base nos custos reais experimentados
pelas empresas e que podem ocasionar impactos na sociedade e no meio ambiente.
O TCA pode ser descrito como um método de contabilidade de custos
orientado a longo prazo que reflete a realidade dos custos ambientais. Estes custos
não são contabilizados nos métodos convencionais descritos nos custos de
produção. Neste método são contabilizados os custos menos tangíveis. São os
gastos futuros como os cuidados com saúde e os gastos com os danos às
propriedades e os custos de responsabilidade são aqueles referentes à aceitação da
empresa, dos produtos como, por exemplo, a da imagem da empresa (EPA, 1995)
pela população.
A Federação Internacional de Controladores (IFAC) sugeriu alguns custos
ambientais que podem ocorrer nas empresas. Estes custos estão mostrados na
tabela 2-2 e estão divididos em custos externos e internos.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 26
Tabela 2-3 – Custos ambientais internos e externos.
Custos Variáveis
Esgotamento de recursos naturais;
Danos e impactos causados à natureza;
Emissões de água;
Disposição de dejetos a longo prazo;
Efeitos à saúde não compensados;
Compensação na qualidade de vida local.
Custos Ambientais Internos
Diretos e Indiretos Intangíveis
Administração de dejetos; Custo da preservação futura ou
compensação futura incerta;
Custos ou obrigações de prevenção; Qualidade do Produto;
Custo de cumprimento; Saúde e satisfação dos funcionários;
Honorários; Ativos de conhecimento ambiental;
Treinamento ambiental; Sustentabilidade de entradas de matéria-
prima;
Manutenção relacionada com o meio ambiente; Riscos de ativos deteriorados;
Custos e multas legais; Percepção do público/cliente.
Certificação ambiental; Nada Consta
Entradas de recursos naturais; Nada Consta
Manutenção de registros e apresentação de
relatórios.
Nada Consta
(Fo
nte: IFAC, 1998).
2.6.2 Custo do Ciclo de Vida (LCC)
O chamado LCC procura além de determinar os custos na empresa incorporar
os custos relacionados com todas as fases do ciclo de vida de um produto. Neste
método os limites habituais da contabilidade são ultrapassados, levantando
problemas práticos como a aplicabilidade destas informações levantadas.
Espera-se que o preço de compra dos materiais reflita de qualquer maneira os
custos que tenham ocorrido até o ponto de venda. Fazer a estimativa dos custos
externos é trabalhoso e pode não fornecer muito valor informativo, devido à baixa
qualidade e inconsistência da informação (ONU, 2001). Na tabela 2-3 são mostrados
alguns custos que são utilizados no método LCC. Na primeira coluna são mostradas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 27
as etapas do ciclo de vida e nas colunas seguintes os custos da empresa, custos do
uso e os custos sociais.
Tabela 2-4 – Distribuição dos custos no ciclo de vida dos produtos.
Custos da empresa Custos do Uso Custos Sociais
Necessidade Custo do
reconhecimento do
mercado
Nada Consta Nada Consta
Projeto Custos da Pesquisa e
do desenvolvimento
Nada Consta Custos do desperdício, dos
danos à saúde e da
poluição
Produção Custos dos materiais,
energia, salários, etc
Nada Consta Custos do desperdício, dos
danos à saúde, da poluição
e da embalagem
Distribuição Custos do transporte,
da estocagem e do
desperdício
Custos do transporte
e da estocagem
Custos do desperdício, dos
danos à saúde e da
poluição
Uso Custo do serviço de
garantia
Custos da energia,
dos materiais e da
manutenção
Custos da manipulação dos
resíduos, dos danos à
saúde e da poluição
Descarte Nada Consta Custo do descarte Custos do desperdício, dos
danos à saúde e da
poluição
Reciclagem Nada Consta Custo da Reciclagem Nada Consta
(Fo
nte: ALTING, 1991).
2.6.3 Contabilização dos custos totais (FCA)
O FCA considera uma categoria adicional de custos que os métodos TCA e
LCC não consideram, isto é, os custos sociais relacionaram a produção, uso e
disposição. O método possibilita incorporar no processo de decisão empresarial os
aspectos ambientais sendo capaz de identificar barreiras e oportunidades para os
investimentos. Alguns dos objetivos do FCA são:
a) Entender melhor os custos ambientais internos;
b) Definir, quantificar e onde possível reduzir os impactos ambientais
externos de suas atividades;
c) Integrar as informações de custo com os impactos ambientais para auxiliar
nas tomadas de decisão.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 28
Na figura 2-8 é mostrado um esquema mostrando os limites do método FCA e
do método TCA.
Figura 2-9 – Limites dos métodos TCA e LCA ( SHAPIRO, 2001)
2.6.4 Análise de custo ambiental do ciclo de vida (LCECA)
O LCECA é uma ferramenta utilizada para interpretação dos resultados de um
LCA em termos de custos ambientais. Kumaran (2004) apresenta lista de custos
ambientais que procura identificar as alternativas praticáveis para elaborar um custo
final eficaz. Os custos ambientais desenvolvidos por ele são:
a) Custo do controle de efluentes;
b) Custo do tratamento dos efluentes;
c) Custo do descarte de resíduos;
d) Custo da implementação, operação e manutenção do sistema de
gerenciamento ambiental;
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Custos escondidos
(menos tangíveis e indiretos da empresa)
Custos convencionais da
empresa
Custos externos
TCA
FCA
2 Consumo Sustentável 29
Figura 2-10 – Metodologia LCECA (KUMARAN et al, 2002)
e) Custos das taxas ambientais;
f) Custos da reabilitação;
g) Custo da energia;
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Desenvolvimento de um hipotético e
híbrido modelo de custo
Identificação das possíveis
alternativas
Custo Efetivo
Desenvolvimento de um modelo de uso computacional
Realização de uma análise de risco
Avaliação do relacionamento dos custos ambientais e alternativas
Seleção de um produto ou mais produtos
Início
Separação das partes destes produtos
Desenvolvimento de uma planilha de custo para
cada parte
Fim
2 Consumo Sustentável 30
h) Custos das estratégias de reuso e reciclagem.
O todo identifica as possíveis alternativas para custos efetivos e determina
qual produto é mais amigável ambientalmente. O LCECA pode encontrar os custos
ambientais em cada etapa do ciclo de vida de um produto não sendo necessário
fazer o estudo completo da ACV.
Na figura 2-9 é mostrada a metodologia do LCECA utilizada para avaliação de
produtos.
Nos métodos que contemplam os custos ambientais, as características
necessárias para o desenvolvimento da metodologia para avaliação de produtos são
a capacidade de analisar os produtos ao longo do ciclo de vida, a baixa dependência
das informações geradas pelas organizações e a baixa necessidade de recursos
computacionais. O método LCC é o que melhor atende estes requisitos e o resumo
da análise está na tabela 2-4.
Tabela 2-5 – Comparação dos métodos que contemplam custos ambientais.
Método
Critério
TCA LCC FCA LCECA
Faz análise ao longo do
ciclo de vida do produto
+ ++ + ++
Baixa dependência das
informações geradas pelas
organizações
+ ++ ++ ++
Baixa necessidade
Computacional
++ ++ ++ +
(+) Atende parcialmente o requisito; (++) atende integralmente o requisito.
2.7 A aquisição de materiais
As atividades de compras são efetuadas nas empresas da iniciativa privada e
no serviço público.
A Lei n° 8.666, de 21-06-1993, estabelece normas gerais sobre licitações e
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive publicidade,
compras, alienação e locação no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios. Além disso, subordina-se a esta Lei órgão da
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 31
administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as
sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Segundo Viana (2000), a licitação é o procedimento administrativo pelo qual a
administração pública, em qualquer de seus níveis, prevendo comprar materiais e
serviços, realiza obras, aliena ou loca bens, segundo condições estipulantes
previamente, convoca interessados para apresentação de propostas, a fim de
selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetros
preestabelecidos e divulgados.
O Art. 3◦ da Lei n° 8.666, de 21-06-1993, descreve que a licitação destina-se a
garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar
propostas mais vantajosas para a administração e será processada e julgada em
estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, de probidade administrativa, da vinculação
ao instrumento convocatório (edital), do julgamento objetivo e dos que lhe são
correlatos.
Os princípios são:
1. Legalidade: do latim “legalis”, que quer dizer conforme a leis. Situação
apoiada em lei, ou conjunto de requisitos que a um ato, ou documento,
valor jurídico oficial (ÁVILA, 1982).
2. Impessoalidade: que não se refere ou não se dirige a uma pessoa em
particular, mas às pessoas em geral (FERREIRA, 1975).
3. Moralidade: do latim “moralitas”, que quer dizer caráter ou característica de
um personagem. A noção de moralidade implica na necessidade dos atos
externos e públicos (ÁVILA, 1982) sejam conforme as regras de conduta
consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou
lugar, quer para um grupo ou pessoa determinada (FERREIRA, 1975).
4. Igualdade: relação entre os indivíduos em virtude das quais todos eles são
portadores dos mesmos direitos fundamentais que provêm da humanidade e
definem a dignidade humana (FERREIRA, 1975)
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 32
5. Publicidade: o processo licitatório deve ser público, não podendo ser
sigiloso.
6. Probidade administrativa: é a honestidade de proceder ou a maneira
criteriosa de cumprir todos os deveres que são atribuídos ou cometidos por
força da lei (VIANA, 2000).
7. Edital: a administração e os licitantes ficam sempre adstritos aos termos do
pedido ou do permitido no instrumento convocatório, quanto aos
procedimentos, à documentação, às propostas, ao julgamento e ao contrato
(VIANA, 2000).
A diferença entre as compras na iniciativa privada e a do serviço público é a
formalidade. No serviço público as ações tomadas devem seguir procedimentos
formais onde o trâmite das informações e documentação são precisos, além de
dificilmente ser possível fugir das regras descritas na Lei n° 8.666, de 21-06-1993.
No serviço privado os procedimentos são praticamente os mesmos diferenciando
nas ações pessoais onde são mais informais.
2.8 A aquisição de materiais nas empresas
Os usuários são os membros que necessitam de produtos e serviços. O
documento emitido por eles são as solicitações de materiais destinadas aos setores
de compras, onde os compradores selecionam e ditam as condições da aquisição
sendo o seu principal papel negociar com o fornecedor. Os decisores são as
pessoas que aprovam os fornecedores e os produtos que os compradores
escolheram. Normalmente, em compras de baixo valor, quem decide a aquisição é o
próprio comprador. Tanto os decisores quanto os compradores são influenciados por
pessoas que ajudam a especificar os produtos, por fatores ambientais,
interpessoais, organizacionais e individuais. Os fatores ambientais consistem nos
fatores econômicos, escassez de matéria prima, demanda de mercado, etc. Os
fatores organizacionais são aqueles fatores culturais da empresa como políticas
ambientais, de qualidade, de recursos humanos, etc. Os fatores interpessoais são
definidos como sendo as influências provocadas pelas pessoas nas organizações.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 33
Figura 2-11 – Modelo macro de comportamento de compras organizacional (Adaptado
KOTLER; ARMSTRONG, 2003)
Os fatores individuais são as motivações, as percepções e preferências
pessoais de cada indivíduo dentro de uma empresa. Na figura 2-10 está descrito o
processo de compras de forma macro em uma organização. O objetivo é demonstrar
como as interações ocorrem. Observa-se no fluxograma que este processo é
complexo e as influências ocorrem simultaneamente e freqüentemente durante as
etapas de aquisição. Os compradores interagem com os influenciadores que neste
caso podem ser os usuários ou outras pessoas. Destas interações resultam as
respostas dos compradores a respeito das definições de compra.
Um outro fator importante é que quanto maior a organização, mais influenciado
fica o processo de compra, pois as interações pessoais aumentam.
2.8.1 Fluxo básico de compras
O processo de compras inicia-se quando alguma pessoa ou usuário da
empresa identifica um problema ou uma necessidade que pode ser resolvida com a
aquisição de um determinado produto ou serviço (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). A
documentação gerada por esta pessoa é uma requisição de compras que
posteriormente será enviada, juntamente com outras informações do produto ou
serviço, ao setor de aquisição de materiais ou compras. O recebimento das
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Organização compradora
Necessidade de
compra
(Usuários)
O Setor de Compras
Processo de decisão de
compras
(Decisores)
(Compradores)
Influências organizacionais,
interpessoais e individuais.
(Influenciadores)
Respostas de compras
Escolha do produto ou
serviço
Escolha do fornecedor
Condições de entrega
Condições do serviço
Condições de pagamento
2 Consumo Sustentável 34
informações e a montagem do processo de compras são chamados, na figura 2-11,
de preparação dos processos.
No planejamento de compras nas empresas, muitas vezes, existe uma equipe
de engenharia de produto designada a ajudar o setor de compras para analisar e
avaliar quais são as melhores características dos itens a serem adquiridos. Após a
análise criteriosa da engenharia, o setor de compras verifica quais o os
fornecedores possíveis e existentes. O setor faz a seleção de uma ou mais
possibilidades e elabora as condições gerais do contrato de fornecimento. Na etapa
de seleção dos fornecedores, as empresas, normalmente, avaliam constantemente
os seus fornecedores através de uma lista de requisitos desejáveis (KOTLER;
ARMSTRONG, 2003). Além disso, estes mesmos autores descreveram uma
pesquisa feita com executivos de compras que concluiu que os fatores mais
importantes para a avaliação dos fornecedores são os relacionamentos entre cliente
e fornecedor, entrega dentro do prazo, comportamento corporativo ético,
comunicações honestas e preços competitivos.
Na etapa de concorrência é feita a consulta formal dos fornecedores, as
análises das respostas enviadas pelos fornecedores e por fim a definição pelo setor
da melhor proposta encaminhada. Muitas vezes, a avaliações das propostas e a
negociação como, por exemplo, de preço e prazo de entrega, junto aos fornecedores
são necessários. Após estes procedimentos, a comunicação ao fornecedor
ganhador e a contratação do produto ou serviço são feitas.
O diligenciamento ou follow-up é a etapa do processo de compra em que é
feito o acompanhamento da entrega do produto ou serviço contratado junto ao
fornecedor. Esta etapa tem por objetivo avaliar o andamento do processo de
fabricação ou execução do serviço no fornecedor para evitar possíveis contratempos
na entrega dos produtos ou serviços.
Após a fabricação do produto ou execução do serviço é, então, entregue pelo
fornecedor, o que foi contratado pela empresa compradora. Nesta etapa são
comparadas as condições do contrato, negociadas no início da compra, com o
produto ou o serviço entregue pelo fornecedor. Caso o produto ou o serviço esteja
de acordo com o contratado é recebido o produto ou o serviço e toda a
documentação pertinente ao processo. Caso o produto ou o serviço não esteja de
acordo com o contratado são devolvidos os produtos e reprovados os serviços.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 35
Figura 2-12 – Fluxo básico de compra (VIANA, 2000)
Neste caso o fornecedor deverá tomar as devidas providências em relação a
isso. Normalmente existem multas vinculadas a situações como o não cumprimento
dos prazos de entrega dos produtos ou serviços.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Início
Preparação dos Processos
Planejamento da Compra
Análise dos
Fornecedores
Seleção dos
Fornecedores
Elaboração das
condições Gerais
Concorrência
Avaliação
Negociação
Contratação
Diligenciamento
Recebimento
Encerramento do
processo
Fim
Contrato de Longo Prazo
Autorização de
fornecimento
2 Consumo Sustentável 36
A etapa final é o encerramento e arquivamento do processo de compra.
2.8.2 As compras nas empresas
Para analisar como as empresas estão realizando suas compras foi feito um
levantamento nos relatórios de gestão do Prêmio Nacional de Qualidade do ano de
2003. As empresas analisadas o a Cetrel, a IBIO Indústria Farmacêutica Brasil
Ltda e a Joal Teitelbaum. A empresa Cetrel possui o seguinte processo de
aquisição:
1. Qualificação preliminar;
2. Cadastro;
3. Cotação;
4. Pedido de compra ou serviço;
5. Diligenciamento ou follow-up;
6. Recebimento;
7. Entrega do serviço ao cliente;
8. Monitoramento;
9. Auditoria;
10.Interface com o cliente interno;
11.Retorno das informações ao fornecedor.
No que se refere a equipamentos de manutenção, materiais e serviços o
processo de seleção baseia-se nos requisitos de preço e garantia do produto. A
avaliação dos fornecedores segue procedimentos de orientação para a qualidade,
cumprimento das políticas ambientais, segurança e saúde ocupacional.
na empresa IBIO, as preocupações são com os aspectos de impacto na
qualidade do produto e na eficiência do seu processo, no valor financeiro a pagar, no
perfil dos fornecedores e estratégias de suprimentos.
Na empresa Joal Teitelbaum existem três tipos de situações:
1. Exigência tipo A: o critério é a qualidade do material, o preço e a
pontualidade na entrega;
2. Exigência tipo B: é o serviço de entrega do material, cumprimento das
condições de compra e assistência técnica;
3. Exigência tipo C: é o prazo de entrega do material, forma de pagamento e
atendimento pelo fornecedor.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
2 Consumo Sustentável 37
Observou-se nesta comparação que a empresa Cetrel é a que mais foca a
questão ambiental, porém não possui, na descrição dos seus processos de
compras, maneiras de avaliar produtos do ponto de vista ambiental e econômico. As
outras empresas não relatam atitudes semelhantes nos seus procedimentos.
2.9 Conclusão
Comparando as empresas Cetrel, a IBIO Indústria Farmacêutica Brasil Ltda e
a Joal Teitelbaum verifica-se que não existem procedimentos em relação ao
consumo sustentável nos seus processos de aquisição de materiais. A importância
da ACV está na necessidade de implantar nas empresas maneiras de desenvolver o
consumo sustentável.
Em relação às técnicas de análise de impacto e custo ambiental que
contemplam ACV pode-se concluir que o método de dano orientado é menos
subjetivo em relação ao método clássico e ao método misto. O método de dano
orientado se reduz a um indicador numérico único. Os outros métodos necessitam
de análise individual por impacto ambiental o que dificulta a comparação entre os
diversos tipos de impacto. Dentro do método de dano orientado podem ser utilizados
os métodos EPS 2000 e o Eco-indicator 99, entretanto estes métodos o
elaborados para realidades européias. Nos métodos de custos o mais adequado
para esta aplicação é o LCC. A opção por este método é baseada na verificação que
o mesmo é conhecido nas indústrias facilitando a sua aplicação. O diferencial é
que hoje este método é aplicado nas fases do uso e descarte, sendo que a proposta
é utilizar o método em todo o ciclo de vida do produto e na base do inventário.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
3 Metodologia para consumo sustentável 38
3 METODOLOGIA PARA AVALIAR OS CUSTOS E OS IMPACTOS
AMBIENTAIS DE PRODUTOS
3.1 Introdução
Kotler e Armstrong (2003) definem o processo de compra organizacional como
sendo a identificação, pelos compradores, de produtos e serviços que as
organizações precisam adquirir e que, em seguida, encontram, avaliam e fazem
suas escolhas entre fornecedores e as diversas marcas existentes.
Estes mesmos autores relatam que nas compras de produtos ou serviços
existe o envolvimento de muitas pessoas durante o processo de decisão. Cada uma
delas tem seus desejos e intenções particulares. Estes anseios pessoais podem
tendenciar o processo de aquisição.
Existe a necessidade de desenvolver uma metodologia que analise os
aspectos ambientais dos produtos adquiridos como foi visto no capítulo 1. A
metodologia de avaliação tem como objetivo principal escolher dentre os produtos
comprados os que possuem menores impactos ambientais. Este procedimento evita
que o único parâmetro de comparação entre produtos seja o econômico ou que o
resultado seja tendenciado pelo comprador. Este projeto tem caráter ambiental e
AB’Saber et al. (1998) relatam que o objetivo central dos estudos ambientais é evitar
que um projeto, justificável sob o ponto de vista econômico, revele-se nefasto ou
catastrófico para o meio ambiente. Então, para minimizar os problemas futuros com
produtos adquiridos na atualidade, esta metodologia de avaliação de materiais visa
escolher produtos que possuam menores impactos e custos ambientais dentre os
ofertados no mercado sem que haja interferências pessoais dos influenciadores do
processo.
3.2 A aquisição de materiais proposta
No modelo proposto, figura 3-1, procura-se evitar as interações pessoais
desnecessárias, substituindo a informalidade por um processo metódico. Isto
consiste em substituir os influenciadores comuns por influenciadores técnicos
formados pela engenharia de produto que é responsável pela especificação
detalhada dos produtos e serviços e pela engenharia de manufatura que é
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
3 Metodologia para consumo sustentável 39
responsável pela avaliação dos processos dos fornecedores durante o ciclo de vida
dos produtos a serem adquiridos. A especificação de produto está situada no
fluxograma básico de compras, figura 2-11, numa etapa no interior do planejamento
de compras. Na metodologia proposta para a avaliação de materiais, figura 3-1 e
3-2, é criada uma etapa para especificação de produtos para formalizar a
necessidade de possuir valores técnicos em substituição dos valores informais e não
técnicos. Além disso, na etapa de seleção dos fornecedores é criada uma fase
interna de avaliação ambiental dos produtos fornecidos.
Figura 3-13 – Modelo macro de comportamento de compras organizacional proposto
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Organização compradora
Necessidade
de compra
(Usuários)
O Setor de Compras
Processo de decisão de
compras
(Decisores)
(Compradores)
Metodologia de
avaliação de
produtos
(incluído no
processo)
Respostas de compras
Escolha do produto ou
serviço com enfoque
ambiental
Escolha do fornecedor
Condições de entrega
Condições do serviço
Condições de pagamento
Especificação do
produto
Influenciadores
Técnicos
3 Metodologia para consumo sustentável 40
Figura 3-14 – Fluxo básico otimizado de compra (Adaptado de VIANA, 2000)
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Início
Preparação dos Processos
Planejamento da Compra
Concorrência
Avaliação
Negociação
Contratação
Diligenciamento
Recebimento
Encerramento do processo
Fim
Contrato de Longo Prazo
Autorização de
fornecimento
Especificação do Produto
Análise dos Fornecedores
Seleção dos Fornecedores
Elaboração das condições Gerais
Análise do produto
Utilize o fluxograma da figura 3-5
Base de
conheci-
mento
3 Metodologia para consumo sustentável 41
Esta fase consiste em avaliar produtos por meio da metodologia de avaliação
de produtos manufaturados. A comunicação entre a base de dados, engenharia de
produto e manufatura deve ser constante para que as decisões de especificação
possam ser discutidas e revistas evitando aquisições indesejadas.
As documentações geradas, figura 3-3, durante os processos de aquisições de
materiais são:
1. O termo de solicitação - é a documentação emitida pelo usuário para
informar ao setor de compras da necessidade de materiais;
2. O termo de especificação de projeto - é emitido pelo setor de engenharia de
produto que analisa e define a variável técnica de operacionalidade;
3. O termo de aprovação de produto - consiste em avaliação ambiental por
produto. Este é o objetivo central deste trabalho;
4. Os outros documentos são os termos de garantia, notas fiscais, ensaios,
laudos e outros papéis que normalmente são gerados pelos fornecedores.
Figura 3-15 – Documentação gerada
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Termo de solicitação
(Usuário)
Termo de especificação de projeto
Engenharia de produto
Termo de aprovação de produto
Engenharia de produto
Termo de garantias, notas fiscais e
outros documentos
(Fornecedor)
Análise dos acertos e
erros
(Engenharia de
produto e manufatura)
Base de
conhecimento
3 Metodologia para consumo sustentável 42
Uma base de conhecimento é gerada com a finalidade de reter o conhecimento
adquirido nestes estudos de caso.
A proposta é que somente as compras de materiais críticos, produtos que
tenham volume e custos elevados, sejam feitos pelo processo descrito por motivos
de custo e tempo de análise. Na figura 3-4, o fluxo seqüencial para análise de
material crítico é demonstrado. Esse fluxo determina, a partir das definições da
engenharia de produto, qual produto deve ser encaminhado para a análise
ambiental.
Dá-se início ao processo de seleção. Para os materiais em análise é
necessário saber se o item solicitado para aquisição foi comprado anteriormente.
Este procedimento consiste em verificar no banco de dados o histórico do produto
para evitar estudos duplicados e custos desnecessários. Após a verificação do
banco de dados, e caso não exista processo similar, o diagrama de Pareto que é
uma forma especial de gráfico que permite quais problemas resolver e qual a sua
prioridade dos produtos em análise (BRASSARD, 2004) é elaborado em relação aos
aspectos econômicos. Esta etapa tem como objetivo determinar a relevância do
estudo, isto é, o método procura avaliar os produtos ou serviços significativos
economicamente para as empresas. Estas limitações existem, pois a execução da
ACV é demorada requerendo longo tempo e pessoal especializado para análise. No
caso dos produtos não relevantes ou relevantes com limitações (caso de compras
com caráter emergencial), recomenda-se a utilização da metodologia tradicional de
compras sendo esta mais rápida de ser executada. Para os casos dos materiais
críticos e que não existam fatores limitantes deve-se utilizar a metodologia de
avaliação, figura 3-5. Entretanto, para estender esta metodologia para todos os
produtos adquiridos seria importante reduzindo o tempo de análise e a disseminação
desse conhecimento para evitar a necessidade do pessoal especializado. Para isso,
a formação de base de dados nacionais confiáveis bem como a informatização e a
popularização da ACV, de forma mais efetiva, nas universidades e nas empresas.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
3 Metodologia para consumo sustentável 43
3.3 A Metodologia para avaliar os custos e os impactos ambientais de
produtos: o processo
Na figura 3-5 está detalhada a metodologia de avaliação de produtos. Este
processo faz parte do fluxo otimizado de compra (figura 3-2). A metodologia se
localiza na etapa de seleção dos possíveis fornecedores.
Figura 3-16 - Fluxo seqüencial para análise de material crítico (Desenvolvido pelo autor)
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Início
Materiais em análise:
Equipamentos;
Materiais isolados;
Serviços.
Fazer Levantamento pelo
diagrama de Pareto em relação
aos custos dos produtos
Trata-se de um
material crítico
Utilizar metodologia para o
consumo sustentável
Figura 3-5
Fim
Não há necessidade
de análise
É uma
recompra?
Necessita
mudança
de
tecnologia?
Sim
Não
A
É relevante
na escala
de Pareto?
Sim
Não
Não
Sim
Não
Sim
É uma
compra
emergencia
l?
A
Utilizar o fluxo básico
otimizado de compra
Figura 2-11
Banco de
dados
3 Metodologia para consumo sustentável 44
A primeira etapa desta metodologia é a análise dos produtos dos possíveis
fornecedores. Para os produtos estudados são elaboradas as análises de materiais
críticos conforme figura 3-4. Caso os produtos estudados sejam caracterizados
como críticos, a segunda etapa é executada. Nesta etapa o definidos o objetivo e
o escopo (primeira etapa da ACV). É importante nesta fase a introdução dos limites
do estudo. Estes limites deverão ser os mesmos para toda a análise. A etapa três
é a do inventário no ciclo de vida (segunda etapa da ACV).
A etapa 4 é dividida em duas fases: 4(a) que é a análise de impacto ambiental
utilizando um método quantitativo por meio de escores padronizados por substância
ou processo (terceira etapa da ACV) e 4(b) que é a avaliação qualitativa de custos
ambientais utilizando indicadores de custo de matéria-prima, energia, água e
transporte. A fase 4(b) não faz parte da ACV, porém utiliza os dados do inventário
como informações para o desenvolvimento dos indicadores de custo.
Na quinta etapa ocorre a interpretação e a comparação dos resultados que
consistem na análise dos indicadores resultantes das etapas 4a e 4b. Os resultados
são as pontuações dos produtos analisados. O termo de aprovação é uma planilha
contendo a pontuação por meio de indicadores dos produtos analisados pela
metodologia.
A ACV neste caso é dita simplificada, pois contém as atividades de definição
do objetivo e escopo, o inventário e a valoração dos impactos não fazendo parte
deste estudo as fases de classificação e caracterização do impacto ambiental
(BITENCOURT, 2001), sendo utilizados escores prontos dos métodos EPS2000 e
EI99.
Após a emissão deste documento é retornada a figura 3-2, na etapa de
elaboração das condições gerais, para continuação dos procedimentos padrão de
compras.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
3 Metodologia para consumo sustentável 45
3.4 Conclusão
Segundo Ferreira (2000), os produtos devem ser econômicos. A metodologia
de avaliação de produtos vem ao encontro disto e procura determinar a melhor
aquisição em termos econômicos e ambientais. É muito importante para as
empresas poderem avaliar a qualidade ambiental dos produtos adquiridos. Através
de um trabalho futuro podem sugerir aos seus fornecedores melhorias nos produtos
fornecidos.
Atualmente existem os selos ambientais que são rótulos que visam informar ao
consumidor algumas características sobre o produto (CASTRO; CASTILHO E
MIRANDA, 2004), mas que não levam em conta o custo do ciclo de vida, apenas a
avaliação ambiental. Contudo, este recurso pode ser utilizado para produtos que não
participam da metodologia proposta neste trabalho.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
3 Metodologia para consumo sustentável 46
Figura 3-17 – Metodologia para avaliar os custos e os impactos ambientais de produtos
manufaturados (Desenvolvido pelo autor)
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Etapa 4(b): análise de custos ambientais
Utilize Metodologia LCC adaptado
Etapa 4(a) :análise ambiental
Utilize Metodologia de Análise de
impacto ambiental
Etapa 5: termo de aprovação
de produto
Início
Análise ambiental do
produto
(vem do fluxograma da figura 3-2)
Etapa 1: fornecedores 1,2,3 ... escolhidos
por compras com base nas informações nas
especificações dos produtos
Utilize fluxograma da figura 3-4
Etapa 2: definição dos objetivos e do escopo
do que será analisado
Etapa 3: análise de inventário
Etapa 5: interpretação e comparação dos resultados
Fim
(retorna ao fluxograma da figura 3-2)
4 Estudo de Caso 47
4 ESTUDO DE CASO: COMPARAÇÃO ENTRE DUAS VÁLVULAS
DE ESFERA ¾”
4.1 Introdução
O problema de comparação de produtos constitui-se em definir indicadores
ambientais que possam orientar quais dos produtos possuem menor impacto e custo
ambiental. A metodologia de avaliação de produtos tem esta finalidade, onde a
primeira atividade é a determinação da necessidade de realização da análise
ambiental do produto conforme demonstrado na figura 3-5. As etapas de preparação
do processo, planejamento de compras, especificação do produto, análises dos
fornecedores não fazem parte deste trabalho. Estas etapas são intrínsecas a cada
empresa e esta metodologia limita-se à seleção dos fornecedores mediante a
análise ambiental do produto. Na realização desta atividade, é necessário utilizar
informações da cadeia dos fornecedores para que seja possível aplicar os conceitos
da ACV. Para o estudo de caso, decidiu-se utilizar um produto disponível no
mercado e de fácil aquisição. Optou-se pela válvula de esfera de ¾” do cavalete de
micro medição de vazão. Esta válvula de esfera são aplicadas nas instalações
industriais onde necessidade de condução de fluidos, principalmente água. As
principais indústrias que utilizam este componente são as de processo químico,
petroquímico e as de saneamento. O objetivo desta válvula é restringir o fluxo do
fluido diminuindo ou retendo a vazão que passa no seu interior. O problema
relacionado com este produto vem das crescentes substituições dos materiais
metálicos por PVC sem o devido cuidado.
4.2 Fluxo seqüencial para análise de material crítico
4.2.1 O material analisado
O conjunto analisado chama-se cavalete de micro medição de vazão e é
composto pelos seguintes componentes:
1. Dois tubos ¾” com 500 mm de comprimento de PVC;
2. Dois joelhos ¾” de PVC;
3. Uma luva ¾” de PVC;
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 48
4. Uma válvula de esfera ¾” de PVC ou de metal.
5. Dois tubos ¾” com 150 mm de comprimento de PVC;
6. Um medidor de vazão ¾” de 1,5m
3
/h classe B composto por diversos
tipos de plásticos;
Na figura 4-1, é demonstrada a estrutura típica deste produto, onde estão
posicionados todos os componentes deste conjunto. O produto mostrado é
encontrado nas tubulações de entrada de águas em indústrias de processamento de
gás e de refino de óleo com o objetivo de medir a vazão em um determinado período
de tempo.
Figura 4-18 – Estrutura típica de um cavalete de micro medição de vazão
4.3 Definição do tipo de compra
Definidos o conjunto de componentes e o produto em análise, o próximo passo
é verificar se há relevância do objeto de estudo para a análise ambiental. Para isso é
necessário analisar os seguintes casos, conforme figura 3-5:
1. Produto novo - necessita desenvolver toda uma nova metodologia de
avaliação de produtos;
2. Recompra - não necessidade de elaborar novo estudo, pois já existe
histórico desta compra;
3. Recompra com mudança de tecnologia substituição de um produto por
outro. Neste caso, o produto possui a mesma função.
Neste estudo de caso, o produto se encontra em uma recompra na qual a
substituição de matéria-prima.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
1
3
2
4
6
5
2
1
Objeto de estudo
5
4 Estudo de Caso 49
4.3.1 Levantamento de Pareto
A estrutura típica de cavalete de micro medição de vazão custa em dólar
(FOLHA DE SÃO PAULO, 2005) utilizando válvula de metal, US$ 37,89 e, utilizando
válvula de PVC, US$ 34,94. A taxa de conversão de dólar para real é encontrada na
referência Dinheiro (2005). A pesquisa de preço foi desenvolvida, em campo, no dia
8/12/05, na cidade de Curitiba. Para este levantamento de custo foram visitados
estabelecimentos comerciais da área de hidráulica. Na tabela 4-1, os valores de
compra individuais em dólar e percentuais de todos os componentes estão
demonstrados para os dois casos. A válvula de esfera em metal custa US$ 8,84 e
corresponde a 23,33% do preço total do cavalete. para a válvula de esfera de
PVC custa US$ 5,90 e corresponde a 16,88% do preço total do cavalete.
Tabela 4-6 – Análise dos Itens dos produtos
Peça
Denominação
Material da Válvula
Unidade
Quanti-
dade
Valor de compra unitário Valor de compra
Acumulado
PVC Metal PVC Metal
US$ % US$ % % %
Joelhos ¾”
2 5,73
16,41%
5,73
15,13%
16,41%
15,13%
Luva ¾”
1 0,35
1,01%
0,35
0,94%
17,42%
16,07%
Tubos ¾” com 500 mm
2 1,03
2,95%
1,03
2,72%
20,37%
18,79%
Tubos ¾” com 150 mm
2 0,57
1,62%
0,57
1,49%
21,99%
20,28%
Medidor de vazão ¾” de
1,5m3/h
1 2,36 61,13% 2,36 56,39% 83,12% 76,67%
Válvula de esfera ¾”
1 5,90 16,88% 8,84 23,33% 100,00 % 100,00%
Total
1 34,94 - 37,89 - - -
A análise de Pareto organiza os dados da tabela 4-1 em barras verticais sendo
que as barras maiores significam que estas peças possuem maiores custos relativos
ao custo total do conjunto estudado. Esta análise é feita para o caso da válvula de
metal e de PVC e é demonstrada nas figuras 4-2 e 4-3. Como é observada nestas
figuras, a ordem crescente de custos em ambos os casos são:
1. Medidor de vazão ¾” de 1,5m
3
/h;
2. Válvula de esfera ¾”;
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 50
3. Joelhos ¾”;
4. Tubos ¾” com 500 mm;
5. Tubos ¾” com 150 mm;
6. Luva ¾”.
Isto significa que os elementos mais importantes nos produtos em questão são
o medidor de vazão e a válvula de esfera. Observa-se na figura 4-2 e 4-3 que as
válvulas possuem relevância para o estudo de caso em ambos os casos, pois
corresponde à segunda barra mais elevada e possui significância em relação ao
custo total do cavalete. O motivo por optar pela válvula de esfera e não pelo medidor
de vazão reside no fato de que os possíveis fabricantes deste modelo de medidor
possuem projetos similares com pouca diferenciação de materiais e de processo de
fabricação tendo neste caso pouco resultado prático. Por isso, optou-se por escolher
um outro componente que fosse relevante para a análise e que fossem diferentes do
ponto de vista da fabricação. O item válvula de esfera preenche estes requisitos, isto
é, é relevante economicamente como é observado nas figuras 4-2 e 4-3 e possuem
diferenciações construtivas significativas, ou seja, um é composto por componentes
metálicos e o outro por componentes de PVC.
1,49%
0,94%
23,33%
15,13%
2,72%
56,39%
79,72%
94,85%
97,57%
99,06%
100,00%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Medidor de vazão
lvula de Metal
Joelhos
Tubos com 500 mm
Tubos com 150 mm
Luva
Preço %
Acumulado
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 51
Figura 4-19 – Composição dos valores de compra do cavalete de micro medição de vazão
utilizando válvula de metal.
1,62%
1,01%
16,88%
16,41%
2,95%
61,13%
78,01%
94,42%
97,37%
98,99%
100,00%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Medidor de vazão
Válvula de PVC
Joelhos
Tubos com 500 mm
Tubos com 150 mm
Luva
Preço %
Acumulado
Figura 4-20 – Composição dos valores de compra do cavalete de micro medição de vazão
utilizando válvula de PVC.
A redução percentual imediata, nos cavaletes de micro medição, fazendo a
substituição da válvula de metal pelo PVC é de 19,42% ou U$ 2,94 (figura 4-4).
40,29%
100,00%
59,71%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
lvula de metal
lvula de PVC
Preço %
Acumulado
Redução
Percentual
19,42%
Figura 4-21 – Comparativo entre os valores de compra das válvulas de Metal e PVC.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 52
4.4 Objetivo da metodologia de avaliação de produtos
O objetivo é avaliar as válvulas de metal e PVC e determinar qual delas é
menos impactante no meio ambiente utilizando indicadores de impacto ambiental e
os custos do ciclo de vida.
4.4.1 O alcance e as limitações
O estudo procura testar a metodologia de avaliação de produtos, validar os
seus procedimentos, resultados e avaliar suas limitações. Para este caso foram
escolhidos dois produtos similares do ponto de vista funcional. A necessidade desta
análise encontra-se em possuir dados técnicos que possibilitem a tomada de
decisão que consiste na melhor escolha entre os dois produtos estudados.
4.5 Escopo
4.5.1 Determinação da unidade funcional e estrutura do produto
Os produtos são as válvulas de esfera de ¾” de metal, demonstrado na figura
4-5a, e de PVC demonstrado na figura 4-5b. A utilização delas tem a finalidade do
controle de fluxo nas situações aberta ou fechada. O fluido de passagem é água
entre as temperaturas de 0◦C até 25◦C, sendo a pressão xima de 15,68 bar.
Estima-se que a duração de ambas as válvulas.
Figura 4-22 – Modelo macro de comportamento de compras organizacionais proposto
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
(a) Metal
(b) PVC
4 Estudo de Caso 53
Para o conhecimento detalhado dos produtos foram levantadas as massas, os
materiais e as quantidades. No Laboratório de Microscopia da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), foram medidas as massas de todos os
componentes das válvulas, utilizando uma balança eletrônica da marca Marte com
precisão de 0,001g. Para a determinação dos materiais dos componentes foram
contatadas as centrais de atendimento das empresas Tigre e da empresa Deca. E,
por fim, as quantidades de cada componente foram contadas.
Tabela 4-7 – Estrutura da válvula de metal
Denominação:
Corpo
Massa:
1.630E-1 kg
Material:
Bronze
(Cu 85% e Sn 15%)
Quantidade:
1
Denominação:
Alavanca
Massa:
8.630E-2 kg
Material: Zamac
(Al 4% e Cu 96%)
Quantidade:
1
Denominação:
Tampa
Massa:
7.010E-2 kg
Material:
Bronze
Quantidade:
1
Denominação:
Preme-caxeta
Massa:
3.900E-3 kg
Material:
Latão
Quantidade:
1
Denominação:
Haste
Massa:
1.670E-2kg
Material:
Latão
Quantidade:
1
Denominação:
Porca
Massa:
3.100E-3 kg
Material:
Aço
Quantidade:
1
Denominação:
Anel deslizante
Massa:
2.960E-3kg
Material:
Teflon
Quantidade:
2
Denominação:
Esfera
Massa:
5.290E-2 kg
Material:
Latão
Quantidade:
1
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 54
Os resumos da dissecação das válvulas estão relatados nas tabelas 4-2 e
4-3. O processo de dissecação consiste na desmontagem do produto para
determinar todas as denominações, os materiais, as quantidades, os processos de
fabricação e os acabamentos superficiais.
Os processos de fabricação destes componentes são estimados mediante a
análise do acabamento superficial e das possíveis marcas que as ferramentas de
manufatura deixam na superfície das peças.
Para o caso da válvula de metal, tabela 4-2, conclui-se que:
1. Bronze: Corpo (0,163 kg) e a Tampa (0,0701 kg). Portanto a massa total
considerada é de 0,2331 kg de bronze e os processos de obtenção dos dois
componentes são a fundição e posteriormente a usinagem;
2. Latão: Haste (0,0167 kg); Preme-caxeta (0,0039 kg) e Esfera (0,0529 kg).
Portanto a massa total considerada é de 0,0735 kg de latão e o processo de
obtenção dos dois componentes é a usinagem a partir de barras de latão;
3. Zamac: Alavanca (0,0863 kg); Portanto a massa total considerada é de
0,0863 Kg de zamac e o processo de obtenção do componente é a injeção;
4. Aço: Porca (0,0031 kg). Foi considerada massa desprezível para o estudo;
5. Teflon: Anel deslizante (0,00296 kg). Foi considerada massa desprezível
para o estudo.
Os processos de usinagem foram desconsiderados neste estudo, pois os
tempos de usinagem destes processos representam uma parcela muito pequena do
processo de obtenção da válvula.
Para o caso da válvula de PVC, tabela 4-3, conclui-se que:
1. PVC: Corpo (0,0750 kg), Alavanca (0,0198 kg), Tampa (0,0187 kg), Anel
(0,0227 kg), Esfera (0,0190 kg) e Haste (0,0067 kg), Anel externo (0,0074
kg). Portanto a massa total considerada é de 0,1693 kg de PVC e o
processo de obtenção dos componentes é a injeção;
2. Teflon: Anel deslizante (0,0007 kg). Foi considerada massa desprezível para
o estudo;
3. Borracha: Anéis de vedações (0,00096 kg). Foi considerada massa
desprezível para o estudo.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 55
4.5.2 Determinar as fronteiras espaciais e temporais do sistema estudado
durante o ciclo de vida
As fronteiras iniciam-se na aquisição da matéria-prima para a manufatura dos
produtos e terminam no descarte após a utilização dos produtos manufaturados.
Tabela 4-8 – Estrutura da válvula de PVC
Denominação:
Corpo
Massa:
7.50E-2 kg
Material:
PVC
Quantidade:
1
Denominação:
Alavanca
Massa:
1.98E-2 kg
Material:
PVC
Quantidade:
1
Denominação:
Tampa
Massa:
1.87E-2 kg
Material:
PVC
Quantidade:
1
Denominação:
Anel
Massa:
2.27E-2 kg
Material:
PVC
Quantidade:
1
Denominação:
Esfera
Massa:
1.90E-2 kg
Material:
PVC
Quantidade:
1
Denominação:
Haste
Massa:
6.73E-3 kg
Material:
PVC
Quantidade:
1
Denominação:
Anel externo
Massa:
7.40E-3 kg
Material:
PVC
Quantidade:
1
Denominação:
Anel deslizante
Massa:
7.00E-4 kg
Material:
Teflon
Quantidade:
1
Denominação:
Anel de vedação
Massa:
9.60E-4 kg
Material:
Borracha
Quantidade:
2
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 56
Para a válvula de PVC a vida estimada é de 50 anos (informações fornecidas
pela central de atendimento da empresa Tigre). Para a válvula de metal a vida
estimada é de 200.000 acionamentos (informações fornecidas pela central de
atendimento da empresa Deca). As unidades informadas pelos dois fabricantes são
diferentes. Para utilizar as mesmas unidades foram divididos 200.000 acionamentos
em 50 anos, sendo encontrados 10,95 acionamentos por dia. A quantidade
calculada de acionamentos é baixa, portanto considera-se neste trabalho que ambas
as válvulas funcionaram adequadamente numa vida de 50 anos.
O escopo espacial corresponde aos processos analisados em cada uma das
etapas do ciclo de vida. Neste estudo consideram-se relevantes os seguintes
processos:
4.5.2.1 Ciclo de vida da válvula de PVC
A ACV da válvula de PVC está mostrada na figura 4-6. O PVC é o único
material plástico que não é 100% originário do petróleo. Segundo BAITZ et al. (2004)
o material contém 57% de cloro que é derivado do cloreto de sódio e 43% de etileno
que é derivado do petróleo. A partir do sal, pelo processo de eletrólise, obtém-se o
cloro, soda cáustica (NaOH) e hidrogênio. O petróleo, por outro lado, passa por um
caminho mais longo. Segundo Shreve (1977) a primeira etapa consiste na destilação
do óleo cru em nafta leve que é posteriormente craqueada gerando o etileno. Neste
momento do processo, cloro e o etileno estão na fase gasosa. A união dos dois
componentes produz o DCE (dicloro etano) e posteriormente o MVC (mono cloreto
de vinila). As moléculas do MVC são submetidas ao processo de polimeração, ou
seja, elas vão se ligando e formando moléculas maiores. Estas moléculas maiores
são chamadas de PVC (policloreto de vinila), que consiste em um pó fino, de cor
branca e totalmente inerte.
4.5.2.2 Ciclo de vida da válvula de metal
A ACV de obtenção da válvula de metal está mostrada na figura 4-7. A válvula
é composta principalmente por cobre, alumínio, zinco e estanho. Estes componentes
primários formam as ligas de latão que são compostas por cobre (60%) e zinco
(40%); bronze que é liga de cobre (85%) e estanho (15%) e zamac queo ligas de
alumínio (4%) e zinco (96%). Estes percentuais foram fornecidos pela central de
atendimento da empresa Deca. A partir da obtenção dos materiais primários são
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 57
produzidas as ligas de latão, bronze e zamac e ao final a manufatura da válvula de
esfera.
Figura 4-23 – Esquema do ciclo de vida da válvula PVC (adaptado BORGES, 2004).
As principais características dos materiais primários são:
a) O cobre
Andrade et al. (1997) descrevem que o cobre primário se organiza em torno de
quatro tipos de produtos, originados em etapas distintas dos processos de extração,
fundição e refino, relacionados a seguir:
1. Minério de cobre: corresponde ao mineral extraído da mina com teor
variando de 0,7 a 2,5% de cobre;
2. Concentrado de cobre: corresponde ao minério de cobre que, através de um
processo de moagem das rochas e mistura com água e reagentes, passa a
apresentar entre 30% e 38% de cobre fino;
3. Cobre fundido: corresponde aos concentrados que, por meio de processos
pirometalúrgicos, se transformam no chamado cobre blister (98,5%) e,
posteriormente, no anodo de cobre, cujo teor é de 99,7% de cobre;
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Extração do petróleo
Extração do Sal
Produção do Cloro
Produção do Etileno
Produção do PVC
Processamento do PVC
Uso do PVC
Descarte do PVC
Disposição final
Somente foi
considerado o
deslocamento
para o descarte
do PVC.
Refere-se à permanência no
aterro, no entanto sem custo
para isto.
4 Estudo de Caso 58
4. Cobre refinado: corresponde aos anodos e às soluções (no caso da
lixiviação) que são refinados por processo de eletrólise, resultando nos
catodos, com pureza de 99,9% de cobre. O termo lixiviação usa-se para
indicar qualquer processo de extração seletiva de constituintes químicos de
uma rocha ou mineral pela ação de um fluido perclorante (UnB, 2005)
Figura 4-24 – Esquema do ciclo de vida da válvula de metal
b) O alumínio
Segundo Alcoa (2004) a produção de alumínio engloba as fases da produção
da bauxita, alumina e alumínio primário relacionados a seguir:
1. Minério de alumínio: corresponde ao mineral extraído da mina com teor
médio de 25% de alumínio;
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Extração do Cobre
Extração do
Alumínio
Uso
Extração do
Zinco
Extração do
Estanho
Beneficiamento do
Cobre
Beneficiamento do
Alumínio
Beneficiamento do
Zinco
Beneficiamento do
Estanho
Produção de
Bronze
Produção de
Latão
Produção de
Zamac
Processamento dos
materiais
Descarte
Disposição final
Somente foi
considerado o
deslocamento
para o descarte
dos itens deste
produto.
Refere-se à permanência no
aterro, no entanto sem custo
para isto.
4 Estudo de Caso 59
2. Alumina: retiram as impurezas da bauxita para que sobre somente a bauxita.
Para isso, é triturada a bauxita e adicionada soda cáustica. Desta forma a
alumina é dissolvida e as impurezas são eliminadas.
3. Alumínio primário: a alumina é dissolvida dentro de fornos eletrolíticos em
banhos à base de flúor (fluoretos). Estes fornos estão ligados à corrente
elétrica pela qual o alumínio se separa do oxigênio depositando-se no fundo
dos fornos.
c) O zinco
O zinco apresenta-se na natureza principalmente sob duas formas (ANDRADE
et al., 1998a):
1. Minério Sulfetado - a esfarelita, sulfeto de zinco, é a principal espécie
mineralógica de zinco e apresenta-se muitas vezes associada aos sulfetos
de chumbo, cobre e ferro. Os minérios sulfetados são ocorrências primárias
de zinco com teores médios de 5% de Zn contido e normalmente obtido
através de lavra subterrânea, sendo responsáveis por cerca de 90% da
produção mundial de concentrado.
2. Minério oxidado é constituído por calamina, silicato hidratado de zinco,
silicato de zinco, associados ao carbonato de zinco. Os minérios oxidados
são ocorrências secundárias de zinco encontradas em depósitos superficiais
sendo resultantes da alteração do minério sulfetado. Após a lavra, o minério
de zinco é beneficiado através de britagem e moagem, passando
posteriormente pelo processo de flotação para separação do zinco dos
outros minerais com valor econômico como minerais de cobre, chumbo e
prata. O concentrado de sulfeto de zinco obtido contém entre 30% e 56% de
zinco metálico.
d) O estanho
A cassiterita é o minério onde se encontra o estanho. No Brasil, o teor médio
de estanho contido no interior deste minério é aproximadamente de 42% (ANDRADE
et al., 2000).
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 60
4.5.3 Levantamento de dados necessários
As informações no ICV das válvulas estudadas, como, por exemplo, o consumo
de água, energia, minérios e emissões foram levantadas em bancos de dados
disponíveis para a ACV, em publicações sobre as empresas envolvidas e em teses
específicas nos assuntos de PVC e cobre.
Como fontes principais de informações foram utilizados os trabalhos sobre PVC
escritos por Borges (2004) e sobre transportes e cobre escritos por Ribeiro (2003).
Esta simplificação na coleta de informação dá-se ao fato do curto espaço de tempo
para o levantamento dos dados em campo para elaboração da ACV. Outro fator
importante para relatar é a falta de informações disponíveis em publicações de
empresas e a rigidez das corporações em abrir os seus processos para o
levantamento de dados.
4.6 Análise de inventário
4.6.1 As fronteiras - hipóteses e consideração de análise
4.6.1.1 Fronteiras em relação ao sistema natural
No caso da válvula de metal, o produto interage com o meio ambiente através
da extração dos minérios de alumínio, de cobre, de zinco e de estanho que são
utilizados como matéria-prima para a obtenção do bronze, latão e do zamac. A
fronteira para este caso foi delimitada com linha tracejada conforme figura 4-8. A
fronteira do sistema com o meio ambiente é a mesma estabelecida para este estudo,
não havendo simplificações entre a fronteira real e a estabelecida para a análise.
Nesta mesma figura foram levantadas todas as empresas envolvidas no processo de
ACV, com o objetivo de facilitar a coleta dos dados e restringir a quantidade de
opções de empresas na busca de informações. Já, no caso da válvula de PVC,
interação do produto com o meio ambiente somente na extração do sal e do
petróleo. O petróleo pode ter origem em terra ou em mar. A fronteira para este caso
foi delimitada conforme figura 4-9.
Em ambos os casos não foram considerados na análise a obtenção das
embalagens das duas válvulas e nem os resíduos gerados por estes itens.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 61
4.6.1.2 Fronteiras com relação a outros subsistemas
Nas figuras 4-8 e 4-9 foram elaborados os levantamentos das empresas
envolvidas no processo de obtenção das matérias-primas com o objetivo de facilitar
o levantamento dos dados para a análise do ciclo de vida.
No caso da válvula de metal as considerações importantes são em relação à
importação do minério de cobre e a obtenção do alumínio no Brasil. Para o minério
de cobre, a importação deste material descrita em Andrade et al. (1997) tem origem
no Peru (65%), Chile (10%), Portugal (10%) e em outros países (15%). Então, foram
considerados para o transporte deste material importado somente os vindos do
Peru, Chile e Portugal e foram desconsiderados os vindos de outros países. O
motivo da exclusão é que o percentual transportado destes outros países é pequeno
considerado individualmente em relação ao volume total. Na obtenção do alumínio
no Brasil, Andrade et al., (1998b) demonstram a existência de várias empresas que
participam da produção no país, porém, como hipótese simplificadora considera-se a
empresa Alumar como referência para o transporte. O motivo desta simplificação é
que o percentual de alumínio, em peso, em relação aos outros materiais
transportados, nesta análise é pequeno, podendo, neste caso, ser simplificado. A
estrutura dos subsistemas analisados para este tipo de válvula é:
1. Transporte terrestre;
2. Transporte ferroviário;
3. Transporte marítimo;
4. Obtenção do cobre;
5. Obtenção do alumínio;
6. Obtenção do zinco;
7. Obtenção do estanho;
8. Manufatura da válvula do material metal;
9. Uso;
10.Descarte.
No caso da válvula de PVC as considerações importantes são a nafta, etileno e
PVC importados de outros lugares. Segundo Borges (2004) estes subsistemas são
importados em volumes baixos em relação ao total consumido. Por este motivo
estes três subsistemas serão excluídos da análise, bem como os seus respectivos
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 62
transportes. Os subsistemas recomendados por Borges (2004) e incluídos as etapas
de manufatura, uso e descarte para o ciclo do PVC são:
1. Obtenção do PVC;
2. Obtenção do MVC;
3. Obtenção do Etileno no Brasil;
4. Obtenção da Nafta;
5. Obtenção do Cloro pelo processo do mercúrio;
6. Obtenção do Cloro pelo processo de diafragma;
7. Obtenção do NaOH pelo processo do mercúrio;
8. Obtenção do NaOH pelo processo diafragma;
9. Obtenção do Sal-gema;
10.Obtenção do Sal-marinho;
11. Consumo de energia elétrica;
12. Consumo de óleo diesel;
13.Consumo de energia térmica obtida a partir do óleo diesel;
14. Consumo de óleo combustível;
15.Consumo de energia térmica obtida a partir do óleo combustível;
16. Petróleo nacional extraído;
17.Petróleo importado extraído;
18. Transporte marítimo;
19. Transporte ferroviário;
20. Manufatura da válvula do material PVC;
21.Uso;
22.Descarte.
As outras interações como os fluxos de materiais e energia que são relevantes
ao estudo serão detalhadas na figura 4-10 e 4-11.
4.6.1.3 Fronteira de bens de capital
Foram excluídos para ambos os casos os dados de bens de capital que são as
infra-estruturas como construções das fábricas, oleodutos, trens, navios e outros. A
complexidade deste tipo de análise demandaria muito tempo para o levantamento
dos dados e, além disso, não faz parte do objetivo deste trabalho. Consideram-se
somente os fluxos de material, energia e dados de operação que estão diretamente
relacionados com os produtos analisados.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 63
4.6.2 Análise de inventário dos subsistemas
O inventário dos subsistemas está representado em tabelas nos anexos A, B e C.
Para esta análise foram consideradas as entradas e as emissões padrões, isto é,
sem o tratamento em relação à massa das válvulas analisadas (anexo A e B). Neste
momento a preocupação é o levantamento dos dados que, posteriormente, serão
tratados adequadamente, efetuando os devidos cálculos de ponderação pelo volume
consumido por produto e por tipo de matéria-prima ou quantidade transportada
(anexo C).
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 64
Figura 4-25 – Macro processo da obtenção da matéria-prima para a válvula de metal
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Descarte da
Válvula de
metal
PR
Fundição
Bronze
Eluma Metais, SP
Produção Alumínio Primário
ALUMAR, MA
OUTROS
Beneficiamento do
Minério de Cobre
Caraíba Metais, BA
Beneficiamento do Zinco
Cia Mineira de Metais, MG
Cia Paraíba de Metais, MG
Minério de
Cobre
Nacional
Extração do Minério de
Cobre (18,75%)
Mineração Caraíba, BA
Minério de Cobre
Importado
Chile, Peru e Portugal
Cobre Fino
Importado
Chile e Peru
Extração e
beneficiamento
do Minério de Estanho
Mamoré Mineração, SP
Minério de
Estanho
Manufatura
da Válvula
SP
Minério de Zinco
Importado
Peru
Extração do Minério de Zinco
Mineração Areiense, MG
Cia Mineira de Metais, MG
Mineração Morro Agudo, MG
Extração do Minério de
alumínio
ALUMAR, MA
OUTROS
Minério de Zinco
Nacional
Refino da Bauxita - Produção
de Alumina
ALUMAR, MA
OUTROS
Uso da
Válvula de
Metal
PR
Minério de Alumínio
Fronteira do sistema com o meio ambiente
Fronteira estabelecida
Extração do Minério de
Cobre
Chile (52,81%)
Peru (12,20%)
Portugal (8,12%)
Outros (8,12%)
Minério de Cobre
Importado
Chile e Peru
Beneficiamento do
Minério de Cobre
Chile e Peru
Extração do Minério de
Zinco
Peru
4 Estudo de Caso 65
Figura 4-26 – Macro processo da obtenção da matéria-prima para a válvula de PVC (BORGES, 2004)
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Produção Cloro
Solvay, SP
Extração de Petróleo
Petrobrás S.A.
Petróleo
Importado
Refino
Petrobrás S.A.
Produção Etileno
PQU
Nafta
Produção DCE
Solvay, SP
Produção MVC
Solvay, SP
Produção PVC
Solvay, SP
Manufatura da
válvula de PVC
SC
Nafta
Importada
Produção de Etileno
Braskem, BA
Nafta
Extração Sal-
marinho
Rio Grande do Norte
Produção do DCE
Braskem, AL
Extração Sal-gema
Braskem, AL
Produção do Cloro
Braskem, AL
Produção do MVC
Braskem, AL e BA
Produção do MVC
Produção do PVC
Braskem, AL e BA
Uso da válvula de
PVC
PR
Descarte da
válvula de PVC
PR
Sal- marinho
Sal- Gema
Petróleo
Nafta
Importada
MVC Importado
Solvay, Argentina
PVC Importado
Solvay, Argentina
PVC Importado
pela Braskem
Fronteira do sistema com o meio ambiente
Fronteira estabelecida
4 Estudo de Caso 66
4.6.2.1 Caso da válvula de metal
a) Transporte terrestre, marítimo e ferroviário
Para os transportes de carga utilizaram-se os resultados obtidos por Ribeiro
(2003) que faz as seguintes considerações:
Para o transporte terrestre: estimam-se emissões de poluentes para caminhões
rígidos velhos de 30 toneladas rodando em estradas comuns.
Para o transporte ferroviário: estima-se que cada composição possui 132 vagões,
cada um com capacidade de 97 toneladas de minério, movidos por duas
locomotivas.
Para o transporte marítimo: estimam-se navios com capacidade de 88.750
toneladas utilizando como combustível diesel comum.
A unidade utilizada para descrever os transportes é a quilograma de emissão
por tonelada quilômetro (kg/t.km). Por exemplo, para transportar 1ton de aço em na
distância de 2000 km tem-se 2000 t.km. A máquina que irá percorrer este trajeto
supõe-se que emita 0,05 kg/t.km de CO
2
. Então, para fazer este transporte o
equipamento irá emitir 100 kg de CO
2
. O valor de referência da emissão depende do
equipamento empregado e estes valores são adquiridos em bancos de dados sobre
este assunto. A tabela A-1 no anexo A apresenta os dados de entrada e de saída
obtidos para os processos de transporte.
b) Obtenção do cobre, alumínio e zinco
Para a obtenção do minério de cobre e o seu beneficiamento utilizou-se o
resultado obtido por Ribeiro (2003). As considerações levam em conta as entradas
de óleo cru, gás natural, coque e eletricidade gerada a partir de usinas
hidroelétricas. O transporte de insumos inclui um deslocamento de 50 km para os
minérios e 100 km para o coque.
Para a obtenção do minério de alumínio e o seu beneficiamento utilizou-se da
base de dados IDEMAT 2001 disponível no SimaPro (PRÉ CONSULTANTS, 2005)
com os dados válidos para a realidade européia.
Para a obtenção do minério de zinco e o seu beneficiamento utilizou-se no
caso do consumo de água um estudo feito por Lagos (1997) pelo qual se estima o
consumo em uma faixa de 5,4 a 5,8 m
3
de água por tonelada de minério extraído. O
consumo de energia elétrica foi calculado a partir dos dados do setor mínero-
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 67
metalúrgico descritos por Andrade, Cunha e Silva (2002). Para os dados referentes
às emissões foram utilizadas as informações do Word Bank Group, (1998). Os
dados obtidos para o inventário do cobre e do alumínio estão mostrados na tabela
A-2 no anexo A.
c) Obtenção do estanho, da manufatura da válvula, do uso e do descarte
Para a obtenção do minério de estanho foram considerados somente a
utilização da água, o consumo de energia elétrica e o volume de minério de estanho
extraído. Para estimativa do volume de água na mineração utilizou-se o resultado
obtido por Lagos (1997) que faz uma estimativa para a mineração de cobre e zinco.
Porém ele considera este estudo aplicado a outros casos de mineração. Por isso foi
feita uma aproximação na qual se considera que, para extrair uma tonelada de
minério estanho, o consumo de água é da ordem de 5,4 a 5,8 m
3
. O consumo de
energia elétrica foi calculado a partir dos dados do setor mínero-metalúrgico
fornecidos por Andrade, Cunha e Silva (2002). A porcentagem de estanho contido
no minério foi estimada em 42%, segundo informações da mineradora Mamoré do
grupo Paranapanema.
Para a manufatura da válvula foram considerados fornos de indução de 900 MJ
com capacidade para 400 kg/h. Para o volume de 0,394 kg obtém-se 0,886 MJ. Nos
dados referentes às emissões foram utilizadas as informações do Word Bank Group
(1998), que refletem a realidade americana.
Para o uso não foram considerados consumo de energia e nenhum tipo de
emissão.
Para a etapa do descarte foi considerada a massa da válvula. No anexo A, as
informações destes processos estão na tabela A-3.
4.6.2.2 Caso da válvula de PVC
Para a obtenção do PVC foram utilizados os resultados obtidos por Borges
(2004). Este estudo contempla a produção de PVC no Brasil. Os resultados para a
obtenção de um quilo de PVC são mostrados na tabela B-1 no anexo B.
Para a manufatura da válvula foram contatados alguns fabricantes de máquinas
injetoras e, através disso, foi estimada, para este produto, uma injetora que executa
em uma hora o trabalho equivalente a 54 MJ com ciclos de injeção de 60 segundos,
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 68
quatro cavidades e com massa máxima em kg injetada por ciclo de 1,35 kg. Com
estes dados, tem-se que em 60 segundos o trabalho executado é de 0,9 MJ para
1,35 Kg. O equivalente a 0,1693 kg, que é a massa da válvula de PVC, tem-se o
valor de 0,1125 MJ por válvula injetada.
Para o uso não foram considerados consumo de energia e nenhum tipo de
emissão. Para o descarte foi considerada a massa da válvula.
4.7 Resultados obtidos
Neste momento serão tratados os dados coletados anteriormente efetuando os
cálculos de ponderação pelo volume consumido por produto e por tipo de matéria-
prima ou quantidade transportada.
4.7.1 Considerações para a obtenção dos resultados do inventário
Nas tabelas C-1 e C-2, do anexo C, estão detalhados os valores de todos os
parâmetros para as entradas de materiais e energia e as emissões para o ar, água e
solo. Os valores dos parâmetros foram multiplicados pelos seus respectivos fatores
de massa (peso) levantados no item 4.5. Com isso, os consumos de materiais e
energia, bem como as emissões foram adequadas proporcionalmente à massa
consumida de matéria-prima.
Para os transportes foram utilizadas como hipóteses simplificadoras as
seguintes situações: no transporte terrestre e ferroviário, foram utilizadas linhas retas
entre as cidades de origem e destino e no transporte marítimo, foram utilizadas as
rotas próximas às regiões costeiras fazendo os contornos do mapa entre o lugar de
origem e o destino. Para o caso da válvula de metal são considerados os
transportes que estão demonstrados na tabela 4-4. Estes dados estão incluídos no
resumo das contribuições dos subsistemas de produtos para válvula de metal, figura
4-10 e também o partes fundamentais para os cálculos das entradas e emissões
de poluentes contidos na tabela C-1 no anexo C. Para o caso da válvula de PVC são
considerados os dados da pesquisa de Borges (2004) e acrescentado o transporte
da matéria prima do PVC que tem origem em São Paulo com destino em Joinville e
do transporte da válvula manufaturada em Joinville para Curitiba conforme mostrado
na figura 4-11. A quantidade transportada neste percurso, por via terrestre, é de
0,1693 kg e a distância entre as localidades de 537,51 km sendo o total transportado
em t.km igual a 0,0910.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 69
Tabela 4-9 – Considerações do transporte para a válvula de metal
Processo Origem Destino Tipo de
transporte
Distância
km
Volume
(kg)
Total
t.km
Importação do
minério de cobre
Chile/
Valparaizo
Brasil/
Salvador
Marítimo 8406,49 0,79 6,6411
Importação do
minério de cobre
Peru/
Calao
Brasil/
Salvador
Marítimo 11879,31 5,13 60,9409
Importação do
minério de cobre
Portugal/
Porto
Brasil/
Salvador
Marítimo 8260,02 0,79 6,5254
Minério de cobre
nacional
Brasil/
Jaguararí
Brasil/
P. Urutu
Ferroviário 500 1,8223 0,9111
Minério de cobre
nacional
Brasil/
P. Urutu
Brasil/
Salvador
Terrestre 30 1,8223 0,0547
Cobre
beneficiado
importado
Chile/
Valparaizo
Brasil/
Salvador
Marítimo 8406,49 0,0191 0,1603
Cobre
beneficiado
Peru/
Calao
Brasil/
Salvador
Marítimo 11879,31 0,0616 0,7313
Cobre para a
manufatura
Brasil/
Salvador
Brasil/ São
Paulo
Terrestre 1447,50 0,1555 0,2251
Importação do
minério de zinco
Peru/
Calao
Brasil/
Vitória
Marítimo 12056 0,0583 0,7029
Importação do
minério de zinco
Brasil/
Vitória
Brasil/ Juiz
de Fora
Terrestre 360 0,0583 0,0210
Minério de zinco
nacional
Brasil/
Paracatú
Brasil/ Rio
de Janeiro
Terrestre 820 0,0539 0,0442
Zinco para
manufatura
Brasil/ Rio
de Janeiro
Brasil/ São
Paulo
Terrestre 390 0,1122 0,0438
Minério de
estanho nacional
Brasil/
Pirapora do
Bom Jesus
Brasil/ São
Paulo
Terrestre 37,21 0,0833 0,0031
Alumínio para a
manufatura
Brasil/ São
Luís
Brasil/ São
Paulo
Terrestre 2325,00 0,0034 0,0079
Válvula
manufaturada
Brasil/ São
Paulo
Brasil/
Curitiba
Terrestre 337,43 0,3898 0,1343
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 70
Figura 4-27 – Contribuições dos subsistemas de produtos para válvula de metal
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
7,8964 kg
Minério de Cobre
importado
(Extração)
0,1555 kg
Beneficiamento de
cobre no Brasil
1,8223 kg
Minério de Cobre
Nacional
(Extração)
0,2422 kg
Cobre
0,0867 kg
Cobre Fino
Importado
Energia
Elétrica
74,1075 t.km
Transporte
Marítimo
0,0583 kg
Minério de
Zinco
importado
(Extração)
0,1122 kg
Beneficiamento de
Zinco no Brasil
0,1122 kg
Zinco
0,7029 t.km
Transporte
Marítimo
0,0350 kg
Beneficiamento de
Estanho no Brasil
0,0833 kg
Minério de Estanho
Nacional
(Extração)
0,0350 kg
Estanho
Energia
Elétrica
0,0031 t.km
Transporte
Terrestre
0,0137
Minério de
Alumínio Nacional
(Extração)
0,0065 kg
Alumina
(Refino)
0,0034 kg
Alumínio
Energia Elétrica
0,0079 t.km
Transporte
Terrestre
0,2331 kg
Bronze
(Produção)
0,398kg
Válvula
manufatura
Energia Elétrica
0,1343 t.km
Transporte
Terrestre
Uso da Válvula
0,398 kg
Descarte da
Válvula
0,9111 t.km
Transporte
Ferroviário
0,0735 kg
Latão
(Produção)
0,0863 kg
Zamak
(Produção)
0,0442 t.km
Transporte
Terrestre
0,0539 kg
Minério de Zinco
Nacional
(Extração)
0,0547 t.km
Transporte
Terrestre
0,2251 t.km
Transporte
Terrestre
0,8916 t.km
Transporte
Marítimo
Energia
Elétrica
0,0210 t.km
Transporte
Terrestre
0,0438 t.km
Transporte
Terrestre
4 Estudo de Caso 71
Figura 4-28 – Contribuições dos subsistemas de produtos do PVC (BORGES, 2004)
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
0,0052
g
0,0582 kJ
399,2094 t.km
0,0674 t.km
0,23 t.km
0,1239 MJ
0,0002 MJ
0,0018 MJ
0,0004 MJ
0,0325 MJ
0,0022 MJ
0,2067 MJ
0,0787 MJ
0,4622 MJ
0,0642 MJ
0,1444 MJ
0,0865 kg
Etileno
0,0046 t.km
Transporte
duto
0,0022 kg
Óleo
diesel
0,0198 kg
Óleo
combustível
0,1152 kg
Nafta
0,0919 kg
Cloro
(diafragma)
0,1063kg
Cloro
0,1696 kg
MVC
0,0001 kg
NaOH
(mercúrio)
0,0004 kg
NaOH
(diafragma)
)
0,0005 kg
NaOH
0,0145 kg
Cloro
(mercúrio
)
)
0,1693 kg
PVC
0,0125 kg
Sal marinho
Transportado
0,0757 kg
Sal
-
gema
extraído
0,0028 t.km
Transporte
ferroviário
0,7517 MJ
Energia
Elétrica
0,1372 kg
Petróleo
consumido no
Brasil
0,0159 kg
Petróleo
(Extração em
terra)
0,0905 kg
Petróleo
(Extração em
alto mar)
0,1064 kg
Petróleo
nacional
0,0156 kg
Petróleo
(Extração em
terra)
0,0152 kg
Petróleo
(Extração em
alto mar)
505,5298 t.km
Transporte
marítimo
0,0308 kg
Petróleo
importado
0,0975 MJ
Energia térmica
(óleo diesel)
0,8346 MJ
Energia térmica
(óleo
combustível)
0,4689 MJ
0,1693 kg
Manufatura da
Válvula
0,1693 kg
Uso da Válvula
0,1693 kg
Descarte da
Válvula
Energia
Elétrica
0,0910 t.km
Transporte
Terrestre
4 Estudo de Caso 72
4.8 Análise de impacto ambiental dos produtos analisados
Para a avaliação dos impactos ambientais dos produtos serão utilizados os
métodos Eco-indicator 99 (GOEDKOOP E SPRIENSMA, 2001) sendo este método o
mais utilizado mundialmente e EPS 2000 (STEEN, 1999). A análise pelo método
Eco-indicator será feita utilizando os escores padronizados do método onde não
interferência do inventário do item 4.6. para o método EPS serão utilizados os
dados do inventário para levantar qual produto é mais nocivo para o meio ambiente.
O objetivo é comparar os dois resultados para poder validar os resultados obtidos no
inventário dos produtos, bem como avaliar as suas limitações no capítulo 5.
4.8.1 Análise pelo Eco-indicator 99
O Eco-indicator padrão é um valor que indica o impacto ambiental total de um
processo ou um produto nas fases de manufatura, uso e descarte. Na análise das
válvulas foram desconsiderados os valores dos transportes e das embalagens pelo
motivo de possuírem valores percentuais pequenos em relação aos valores totais do
estudo. Nos escores padronizados foram utilizados os dados do Eco-indicator 99
(2005). Para situações como zamac, latão e bronze em que não existem
correspondências nos escores padronizados do Eco-indicator foram utilizados os
valores compostos como, por exemplo, o latão no qual foi considerado o escore de
60% de cobre e 40% de zinco, fazendo a soma posteriormente.
Para o melhor entendimento das tabelas 4-5 e 4-6 apresentam-se algumas
observações:
1. Na coluna de escore padronizado estão colocados os dados do ECO-
INDICATOR 99 (2005).
2. A unidade "pontos" ou “Pt” é atribuída aqui aos resultados da multiplicação
dos fatores dos pesos dos danos com os fluxos do inventário. Os resultados
são mostrados também em mPt (millipoints) quando estes são pequenos. A
unidade corresponde a uma escala adimensional na qual é característica
deste método.
3. A coluna resultado é a multiplicação entre o escore padronizado e a massa
de cada componente em questão.
4. Na fase do uso não foram relacionados os problemas impactantes.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 73
5. Na fase do descarte foi considerada a massa total da válvula estudada.
6. O resultado do potencial de impacto das válvulas é mostrado na última linha
no item total.
Os resultados obtidos para as duas válvulas estudadas estão apresentados na
tabela 4-5 e 4-6.
Tabela 4-10 – ACV da válvula de metal
Peça
Denominação
Quantidade
Massa
Kg
(A)
Material Escore
Padronizado
mPt/kg
(B)
Resultado
mPt
(A)x(B)
Produção
Corpo
1
1,63E-1
Bronze 1430 233,09
Alavanca
1
8,63E-2
Zamac 3103,20 267,81
Tampa
1
7,01E-2
Bronze 1430 100,24
Preme-caxeta
1
3,90E-3
Latão 2120 8,27
Haste
1
1,67E-2
Latão 2120 35,40
Esfera
1
5,29E-2
Latão 2120 112,15
Descarte
Válvula
0,2331
Bronze -70 -16,32
0,0735
Latão -70 -5,14
0,1122
Zamac -70 -7,85
Total 727,65
Tabela 4-11 – ACV da válvula de PVC
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 74
Peça
Denominação
Quantidade
Massa
Kg
(A)
Material Escore
Padronizado
mPt/kg
(B)
Resultado
mPt
(A)x(B)
Produção
Corpo
1 7,50E-2 PVC 270 20,20
Alavanca
1 1,98E-2 PVC 270 5,35
Tampa
1 1,87E-2 PVC 270 5,05
Anel
1 2,27E-2 PVC 270 6,13
Esfera
1 1,90E-2 PVC 270 5,13
Haste
1 6,73E-3 PVC 270 1,82
Anel externo
1 7,40E-3 PVC 270 2,00
Descarte
Válvula
1 1,693E-3 PVC 2,8 0,47
Total 46,15
4.8.2 Análise pelo ICV e EPS 2000
O indicador do EPS 2000 é um escore que indica o impacto ambiental de uma
substância. Para o cálculo do impacto ambiental das válvulas foram utilizados os
valores disponíveis em EPS 2000 (STEEN, 1999). Observa-se que para todos os
parâmetros levantados no ICV não há escores padronizados para todas as
substâncias. Para isso, foram eliminados os parâmetros nos quais existem
correspondências nos escores do EPS 2000.
Para o melhor entendimento das tabelas 4-7 e 4-8 apresentam-se algumas
observações:
1. Na coluna de escore padronizado estão colocados os dados do EPS 2000
(STEEN, 1999).
2. A coluna resultado é a multiplicação entre o escore padronizado e o total do
parâmetro em questão.
3. O resultado do potencial de impacto das válvulas é mostrado na última linha
no item total.
4. Os resultados das tabelas 4-7 e 4-8 são expressos em Elu (Environmental
Load Units) que é uma unidade escalar e adimensional resultante da
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 75
multiplicação da quantidade emitida pelo indicador do método com a
característica de padronizar uma escala de impactos.
5. O resultado é composto pelo total do parâmetro multiplicado pelo escore
padronizado.
6. O total é a somatória dos resultados parciais dos parâmetros.
Os resultados obtidos para as duas válvulas estudadas estão apresentados na
tabela 4-7 e 4-8.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 76
Tabela 4-12 – Análise de impacto da válvula de metal utilizando EPS2000
Parâmetros Unidade
Total do
parâmetro
Escore Padronizado
EPS2000
Resultado
Entradas
Carvão kg 9,59E-02 4,98E-02 4,78E-03
Chumbo kg 5,95E-07 1,75E+02 1,04E-04
Cobalto kg 5,30E-13 2,56E+02 1,36E-10
Cromo kg 3,84E-07 8,49E+01 3,26E-05
Estanho kg 7,68E-09 1,19E+03 9,14E-06
Gás Natural kg 6,74E-02 1,10E+00 7,41E-02
Magnésio kg 1,47E-07 0,00E+00 0,00E+00
Molibdênio kg 5,85E-13 2,12E+04 1,24E-08
Niquel kg 2,19E-07 1,60E+06 3,50E-01
Paládio kg 5,71E-13 7,43E+06 4,24E-06
Petróleo kg 1,10E+00 5,06E-01 5,56E-01
Platina kg 6,49E-13 7,43E+06 4,83E-06
Prata kg 1,38E-08 5,40E+04 7,45E-04
Rênio kg 5,95E-13 7,46E+06 4,44E-06
Ródio kg 6,09E-13 4,95E+07 3,01E-05
Zinco kg 1,12E-01 5,71E+01 6,41E+00
Saídas
Emissões para o ar
Etano, 1,1,1,2-tetraflúor-, HFC-134a
kg 3,82E-07
1,44E+02
5,51E-05
Metano, clorodiflúor-, HCFC-22
kg 1,44E-08
1,94E+02
2,79E-06
Metano, clorotriflúor-, CFC-13
kg 1,43E-08
1,39E+03
1,99E-05
Metano, diclorodiflúor-, CFC-12
kg 3,11E-07
1,04E+03
3,24E-04
Acetona kg 4,73E-07 1,46E+00 6,90E-07
Buteno kg 2,69E-09 2,58E+00 6,94E-09
Cádmio kg 1,50E-05 1,02E+01 1,53E-04
Acetaldeído kg 4,06E-08 2,11E+00 8,57E-08
Metano, tricloroflúor-, CFC-11
kg 4,38E-09
5,41E+02
2,37E-06
Propeno
kg 7,31E-11
2,64E+00
1,93E-10
Etanol
kg 1,01E-07
1,95E+00
1,96E-07
Metanol
kg 2,90E-08
1,44E+00
4,17E-08
Cromo kg 4,02E-07 2,00E+01 8,04E-06
Mercúrio kg 9,96E-09 6,14E+01 6,12E-07
Tolueno
kg 2,79E-09
1,95E+00
5,44E-09
Arsênio kg 2,13E-07 9,53E+01 2,03E-05
Metano,Tetracloro-, CFC-10
kg 1,15E-08
9,70E+02
1,12E-05
Xileno
kg 7,85E-11
2,17E+00
1,70E-10
Etano
kg 3,68E-06
1,46E+00
5,37E-06
Ácido clorídrico kg 3,89E-09 2,13E+00 8,28E-09
Butano kg 1,00E-08 2,14E+00 2,14E-08
Amônia kg 2,45E-05 1,96E+00 4,79E-05
Propano
kg 6,94E-04
2,24E+00
1,56E-03
Pentano
kg 3,47E-09
2,25E+00
7,81E-09
Etano, 1,2-dicloro-1,1,2,2-tetraflúor-, CFC-114
kg 3,96E+00
1,11E+03
4,39E+03
1,3 Butadieno kg 1,95E-01 1,07E+01 2,09E+00
Chumbo kg 8,28E-11 2,91E+03 2,41E-07
Benzeno kg 1,60E-10 3,65E+00 5,85E-10
Sulfeto de hidrogênio kg 6,76E-09 4,96E+00 3,35E-08
Metano kg 3,75E-07 2,72E+00 1,02E-06
Monóxido de carbono kg -7,38E-22 3,31E-01 -2,44E-22
Óxidos de enxofre kg 2,26E-09 3,27E+00 7,38E-09
Óxidos de Nitrogênio
kg 6,97E-10
3,83E+01
2,67E-08
Material Particulado 10
kg 2,87E-08
3,60E+01
1,03E-06
PAH
kg 9,60E-08
6,43E+04
6,17E-03
NMVOC
kg 8,95E-03
2,14E+00
1,92E-02
Dióxido de Carbono kg 2,95E-07 1,08E-01 3,19E-08
Dióxido de enxofre kg 1,36E-07 3,27E+00 4,44E-07
Saídas
Emissões para a água
DBO
kg 3,80E-08
2,01E-03
7,64E-11
DQO kg 2,02E-06 1,01E-03 2,04E-09
Fósforos não especificados
kg 1,30E-10
5,50E-02
7,16E-12
Mercúrio kg 4,80E-10 1,80E+02 8,64E-08
Nitrogênio total kg 3,26E-07 -3,81E-01 -1,24E-07
Saídas
Resíduos Sólidos
Cádmio
kg 1,25E-11
5,00E+00
6,24E-11
Total 4,40E+03
Observações: 1) Resultado = Total do Parâmetro x Escore padronizado. 2) Total = resultados
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 77
Tabela 4-13 – Análise de impacto da válvula PVC utilizando EPS2000
Parâmetros Unidade
Total do parâmetro
Escore Padronizado
EPS2000
Resultado
Entradas
Carvão kg 9,62E-03 4,98E-02 4,79E-04
Petróleo (matéria-prima) kg 1,16E-01 5,06E-01 5,89E-02
Gás natural kg 6,68E-03 1,10E+00 7,34E-03
Urânio kg 1,35E-07 1,19E+03 1,61E-04
Saídas
Emissões para o ar
Amônia kg 6,37E-09 1,96E+00 1,25E-08
Cloro-Flúor-Carbono kg 8,99E-07 9,70E+02 8,72E-04
Metano kg 4,06E-04 2,72E+00 1,10E-03
Monóxido de Carbono kg 2,24E-04 3,31E-01 7,41E-05
Dióxido de Carbono kg 3,11E+00 1,08E-01 3,36E-01
Material Particulado 10 kg 1,32E-04 3,60E-01 4,76E-05
Sulfeto de Hidrogênio kg 1,69E-09 4,96E+00 8,39E-09
Ácido Clorídrico kg 3,13E-07 2,13E+00 6,66E-07
Mercúrio kg 1,09E-06 6,14E+01 6,71E-05
Metais kg 3,77E-08 NC
Mertimercaptana kg 1,20E-07 NC
Óxido Nitroso kg 8,28E-06 3,83E+01 3,17E-04
Óxidos de Nitrogênio kg 1,28E-03 2,13E+00 2,72E-03
Dióxido de Enxofre kg 4,15E-04 3,27E+00 1,36E-03
Óxidos de Enxofre kg 4,23E-04 3,27E+00 1,38E-03
Compostos Orgânicos Voláteis (COV) kg 6,52E-07 6,43E+04 4,19E-02
NMCOV kg 7,43E-04 2,14E+00 1,59E-03
Saídas
Emissões para a água
DBO kg 7,96E-05 2,12E-03 1,69E-07
DQO kg 7,52E-05 1,01E-03 7,59E-08
Compostos de nitrogênio kg 3,38E-10 -3,81E-01 -1,29E-10
Mercúrio kg 2,02E-09 1,80E+02 3,63E-07
Amônia kg 1,00E-06 -3,81E-01 -3,81E-07
Total 4,54E-01
Observações: 1) Resultado = Total do Parâmetro x Escore padronizado. 2) Total = resultados
4.9 Custos ambientais
No capítulo 2 foram introduzidos os conceitos de custos ambientais. Observa-
se que os métodos descritos neste capítulo procuram estimar o custeio de situações
que são obtusas e subjetivos à sociedade. O objetivo deste trabalho é fazer um
levantamento qualitativo dos produtos analisados procurando determinar qual deles
é melhor e não quanto é melhor. Os custos analisados são os custos ambientais
externos e diretos. Para alcançar este objetivo utiliza-se o conceito do LCC,
entretanto os custos selecionados como indicadores de desempenho são:
a) Custo da utilização da água;
b) Custo de energia em diversas formas;
c) Custo do transporte;
d) Custo da matéria-prima principal.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 78
Estes indicadores estão dispostos na tabela 4-9 e 4-10. Nestas tabelas estão
dispostos os parâmetros, a quantidade de material levantado na planilha de
inventário (tabelas C-1 e C-2) e os custos em dólares dos parâmetros.
Os custos da água foram obtidos da Companhia de Saneamento do Paraná em
data de 7/11/2005. Os custos de energia elétrica foram obtidos da Companhia de
Energia Elétrica do Paraná no dia 8/12/2005. Os custos do petróleo, alumínio,
estanho, cobre e níquel foram obtidos do Jornal Folha de São Paulo do dia 2/12/05.
Os custos dos transportes marítimos e terrestres foram obtidos em empresas de
transporte marítimo e terrestre.
Na coluna total estão dispostos todos os custos referentes aos parâmetros
escolhidos.
Tabela 4-14 – Indicadores de custo da válvula de metal
Parâmetro Quantidade
(A)
Unidade
Custo por
unidade
(B)
Unidade
Total
US$
(A)x(B)
Água
Energia
11,7770 kg 0,0036 US$/kg 0,0427
Energia
10,8050 MJ 0,5117 US$/MJ 5,5292
Total de Transporte
Terrestre
0,5341 t.km 0,1571 US
$/t.km
0,7710
Marítimo
74,8104 t.km 0,0087 US
$/t.km
Ferroviário
0,9111 t.km 0,0398 US
$/t.km
Total de Matéria-prima
1,2834
Alumínio
0,0034 kg 2,2055 US$/kg
Cobre
0,2422 kg 4,4650 US$/kg
Estanho
0,0350 kg 0,0064 US$/kg
Zinco
0,1122 kg 1,7320 US$/kg
Total
7,6265
Nota: cotação do dólar do dia 8/12/2005
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 79
Tabela 4-15 – Indicadores de custo da válvula de PVC
Parâmetro Quantidade
(A)
Unidade
Custo por
unidade
(B)
Unidade
Total
US$
(A)x(B)
Água
Energia
0,2608 kg 0,0036 US$/kg 0,0009
47
Energia
5,60E-01 MJ 0,5117 U$/MJ 0,2867
8
Total de Transporte
Terrestre
0,0910 t.km 0,1571 US
$/t.km
4,4124
Marítimo
505,5298 t.km 0,0087 US
$/t.km
Ferroviário
0,0005 t.km 0,0398 U$/t.km
Total de Matéria-prima
0,0396
Petróleo
0,0034 kg 0,4414 US$/kg
Sal-marinho e sal-gema
8,63E-02 kg 0,4414 US$/kg
Total
4,7346
4.10 Interpretação e comparação dos resultados
Os resultados obtidos na análise utilizando os métodos EI99 e EPS2000 estão
dispostos na tabela 4-11 e a distribuição de custos de cada válvula está disposta na
figura 4-12 (a) e (b). Na figura 4-11 verifica-se que a válvula de esfera do material
PVC possui um custo menor utilizando os indicadores propostos.
0,0345
4,4124
0,2867
4,7346
4,7001
0,2876
0,0009
$0
$1
$2
$3
$4
$5
Água
Energia
Transporte
Matéria-prima
5,5293
0,7710
1,2835
0,0427
5,5720
6,3431
7,6265
$0
$1
$2
$3
$4
$5
$6
$7
$8
Água
Energia
Transporte
Matéria-prima
Figura 4-29 – Indicadores de custo da válvula PVC (a) e metal (b).
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
(a) (b)
4 Estudo de Caso 80
Na válvula (a), o custo principal é em relação ao transporte e na válvula (b) é o
consumo de energia. O fator mais relevante da válvula de PVC é o custo do
transporte, sendo que os custos de água, matéria-prima e energia são inferiores aos
custos da válvula de metal.
Ao analisar a tabela 4-11, observa-se que os resultados obtidos
quantitativamente pelos métodos EPS2000 e EI99 são favoráveis à válvula de PVC.
Os valores obtidos por este produto são menores que os obtidos pelo seu
concorrente, a válvula de metal. Os custos alcançados pela válvula de PVC também
são inferiores aos alcançados pelo seu concorrente.
Tabela 4-16 – Indicadores de desempenho do aspecto ambiental
Método Válvula de metal Válvula de PVC
EPS 2000 (ELU)
Energia
4,40E+3 4,54E-1
5
EI99 (mPt)
727,6600 46,1500
Custo (U$)
7,6265 4,7346
Para o setor de compras é suficiente esta análise qualitativa, pois o objetivo é
avaliar qual o produto é melhor no aspecto ambiental.
4.11 Termo de aprovação
O termo de aprovação do produto consiste em um documento formal destinado
ao setor de compras mostrando os indicadores dos aspectos ambientais e a
recomendação de um dos produtos analisados. A figura 4-13 demonstra o exemplo
deste procedimento.
Método Válvula de metal Válvula de PVC
EPS 2000 (ELU)
Energia
4,40E+3 4,54E-1
5
EI99 (mPt)
727,6600 46,1500
Custo (U$)
7,6265 4,7346
Produto aprovado: Válvula de PVC
Figura 4-30 – Termo de aprovação do produto
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 81
4.12 Considerações finais
Com o estudo de caso foi possível atingir o objetivo proposto. A metodologia
aplicada selecionou uma das alternativas e possibilita, com as informações
levantadas, orientar os tomadores de decisão por qual alternativa optar.
Algumas observações se julgam necessárias para a finalização deste capítulo:
Na aplicação da metodologia para avaliar os custos e os impactos
ambientais de produtos manufaturados observou-se que há necessidade
de aumentar a quantidade de dados referentes aos custos ambientais
com o objetivo de agregar maior número de indicadores para aproximar-
se do custo real. Os custos que podem ser agregados são os do
controle das emissões para o ar, água e solo, os do Sistema de
Gerenciamento Ambiental, os de mão de obra, etc.
A utilização de dois métodos de análise de impacto ambiental foi
conveniente, pois possibilita garantir o resultado da análise. A
quantidade de dados levantados no inventário é bastante grande
podendo ocorrer erros. A utilização de mais um método possibilita
verificar as informações e servir de alerta para possíveis erros cometidos
nesta etapa.
Para melhorar a qualidade dados da análise do inventário seria
necessário levantar mais dados sobre a válvula de metal. No entanto,
mesmo com as simplificações feitas no inventário, o resultado obtido
pelo método EPS2000 foi satisfatório quando comparado com o método
EI99. Isto comprova que a válvula de PVC é melhor que a de metal para
o escopo considerado. Entretanto este estudo não pode ser considerado
conclusivo em termos de ACV tendo em vista as simplificações feitas no
escopo. É importante lembrar que o PVC possui outros impactos que
podem ser levantados em BAITZ et al. (2004) e pela Comissão das
Comunidades Européias (2000).
No cálculo dos custos utilizaram-se unidades em dólares cujo valor foi
obtido no Jornal Folha de São Paulo do dia 04/12/05. A taxa de
conversão foi US$ 1,00 =R$ 2,22. Não foi utilizado reajuste durante o
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
4 Estudo de Caso 82
ciclo de vida, pois os principais tempos estão associados ao uso onde
não há influência desses indicadores nesta etapa.
Para o estudo detalhado da ACV é necessário muito tempo para o
levantamento de dados, sendo uma limitação do método é o tempo, pois
as compras muitas vezes não podem ficar esperando uma análise
demorada. Foi gasto muito tempo na procura de informações para
montar o inventário das duas válvulas estudadas. Para resolver este
problema recomenda-se a utilização do banco de dados existentes para
a coleta de informações acerca do ICV evitando coletar informações
individualizadas em campo ou com os fornecedores.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
5 Conclusâo 83
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1 Introdução
Neste capítulo apresentam-se as conclusões referentes ao
desenvolvimento da metodologia para avaliar os custos e os impactos
ambientais de produtos manufaturados, tendo em vista os objetivos descritos
no capítulo 1 e as recomendações para futuros trabalhos relacionados ao tema
tratado nesta dissertação.
5.2 Metodologia da pesquisa
A metodologia apresentada neste trabalho engloba as etapas de revisão
bibliográfica, elaboração da metodologia, estudo de caso e apresentação de
conclusões e recomendações.
O capítulo 2 apresenta uma revisão bibliográfica sobre o consumo
sustentável, a ACV, os principais métodos que utilizam esta técnica, os custos
ambientais, os principais métodos que o contemplam e as compras nas
empresas. Estes assuntos formam a base para o desenvolvimento da
metodologia que é detalhada no capítulo 3.
O capítulo 3 concentra-se basicamente no desenvolvimento da
metodologia de avaliação de desempenho dos produtos para promover o
consumo sustentável que utiliza os conceitos da ACV através do EPS 2000 e
Eco-indicator 99, dos custos ambientais através do LCC e da teoria de
aquisição de materiais.
No capítulo 4 é feito o estudo de caso para homologar a metodologia
desenvolvida no capítulo 3. Para isto, foram levantados os fluxos de matéria-
prima para a manufatura, uso e descarte das duas válvulas e os dados
referentes às emissões e aos consumos durante o ciclo de vida. Os dados
utilizados foram do SimaPro (PRÉ CONSULTANTS, 2005) e os levantados em
campo utilizando entrevista. Estes dados foram ordenados por tipo em uma
lista de entradas e saídas do sistema e submetidos ao método do EPS 2000 e
ao LCC. Entretanto, os resultados destes dois métodos estão vinculados à
qualidade das informações obtidas no inventário. Para homologação do
inventário foi utilizado o todo Eco-indicator 99. Ele não utiliza dados do
inventário coletado e sim de sua base de dados. Os resultados obtidos pelos
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
5 Conclusâo 84
dois métodos foram similares e com isso foi possível homologar o inventário
coletado.
5.3 Conclusão geral
No desenvolvimento da metodologia para avaliar os custos e os impactos
ambientais de produtos manufaturados foram estruturados elementos que
proporcionam aos tomadores de decisão avaliar os aspectos ambientais dos
produtos durante o processo de aquisição de materiais.
Portanto, de que forma diferentes perfis de produtos de consumo podem
ser avaliados para promover o consumo sustentável nas compras nas
empresas? Esta pergunta que faz parte do problema desta pesquisa pode
agora ser respondida com tranqüilidade. Os diferentes perfis de produtos
podem ser avaliados utilizando a metodologia para avaliar os custos e os
impactos ambientais de produtos manufaturados. Esta metodologia é híbrida,
pois utiliza os conceitos de ACV e custos ambientais. Com a união destes dois
métodos é possível definir o perfil do produto analisado, com a limitação de ser
utilizado somente na comparação entre produtos de funções similares.
Embora em muitos casos aplicáveis por esta metodologia não se aborde
todas as unidades funcionais desejadas e descritas no capítulo 2, este
procedimento garante que se obterá maior profundidade nos resultados obtidos
dos aspectos ambientais, uma vez que estes processos tratam da realidade, o
que exclui os inconvenientes da modelagem matemática.
Em relação às hipóteses firmadas no capítulo 1 conclui-se que:
Hipótese 1:
“Os custos ambientais estão diretamente relacionados com os impactos
ambientais que foram levantados na análise de inventário de um produto.
Produtos que possuem altos níveis de consumo como matéria-prima, água,
energia e transporte também possuem altos níveis de impactos ambientais”.
Foi constatada nesta dissertação que esta hipótese é verdadeira para
este estudo de caso específico. No entanto, existe a necessidade de fazer
vários testes para homologar esta afirmação. Em um único estudo não
informações suficientes para afirmar com precisão se isto que foi colocado na
hipótese 1 é verdade para todos os casos.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
5 Conclusâo 85
Hipótese 2:
Os custos analisados somente no uso, transporte e descarte não refletem
informações adequadas para uma análise ambiental.
Os custos levantados na fase de uso, transporte e descarte somente
avaliam uma parte do ciclo de vida. Nos dados do inventário, nota-se que as
maiores entradas e as maiores emissões estão na fase de exploração e
obtenção da matéria-prima. Então se conclui que eliminar as primeiras etapas
do ciclo de vida pode comprometer os resultados da análise. Entretanto, caso a
empresa queira avaliar o custo de operação e descarte pode ser feito
minimizando parte dos custos escondidos que estas etapas possuem.
5.4 Recomendações para trabalhos futuros
As recomendações para os trabalhos futuros baseiam-se em:
Aplicar a mesma metodologia para o melhoramento dos produtos
ofertados utilizando a mesmo inventário do ciclo de vida para
propor mudanças aos fornecedores que visem melhoramento e
redução de custos ambientais;
Implementar indicadores ambientais de fácil aquisição para que o
tempo de análise seja menor;
Analisar a relação entre impacto e custo ambiental equacionando
um em relação ao outro;
Implementar computacionalmente a metodologia para avaliar os
custos e os impactos ambientais de produtos manufaturados;
Desenvolver uma base de dados por processo produtivo
mostrando a realidade brasileira;
Desenvolver as medições dos impactos referentes a transferência
de tecnologia dos métodos que contemplam a ACV, sendo que a
maioria destes possuem características dos seus paises de origem.
Avaliar como as influencias externas afeta o processo de compras.
Aplicar esta metodologia para estes produtos comparando as
diferenças entre as fases do ciclo de vida e o seu potencial de
reciclagem.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
5 Conclusâo 86
Desenvolver a metodologia utilizando uma escala absoluta em
substituição da escala relativa para avaliar produtos individuais.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Referências 87
REFERÊNCIAS
AB’SABER, Aziz Nacib; MÜLLER-PLATENBERG, Clarita (Orgs). Previsão de
Impactos: o Estudo de Impacto Ambiental no Leste, Oeste e Sul. Experiência no
Brasil, na Rússia e na Alemanha. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 1998.
ALCOA Alumínio S.A.. Relatório de Sustentabilidade, 2004. Disponível em: <http://
www.alcoa.com.br >. Acesso em: 23 de outubro de 2005
ALTING, L.. Life Cycle Design of Products: a new opportunity for manufacturing
enterprises. Auerbach Publishers, 1991.
ANDRADE, Maria L. A.; VIEIRA, José R. M.; CUNHA, Luiz M. S.; KELLER, Maria C.;
FULDA, Renata S.. Indústria do cobre. Área de Operações Industriais 2, 1997.
Disponível em: <http://www.bndes.gov.br >. Acesso em: 27 de agosto de 2005.
______. Mercado nacional de zinco: evolução e perspectivas. Área de Operações
Industriais 2, 1998a. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br >. Acesso em: 27 de
agosto de 2005.
_______. Evolução do mercado de alumínio. Área de Operações Industriais 2,
1998b. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br >. Acesso em: 27 de agosto de
2005.
ANDRADE, Maria L. A.; CUNHA, Luiz M. S.; GANDRA, Guilerme M. T.; RIBEIRO,
Caio C.. Estanho no Brasil: esforço de retomada. Área de Operações Industriais 2,
2000. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br >. Acesso em: 27 de agosto de
2005.
ANDRADE, Maria L. A.; CUNHA, Luiz M. S.; SILVA, Marcela C.. Mineração e
Metalurgia: Relevância do consumo energético. Setor produtivo I, 2002. Disponível
em: <http://www.bndes.gov.br >. Acesso em: 27 de agosto de 2005.
ÁVILA, Fernando Bastos. O Pequena enciclopédia de moral e civismo. 3. ed. Rio
de Janeiro: FENAME, 1982.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Referências 88
BAITZ, Martin; KREIBIQ, Johannes; BYRNE, Eloise; MAKISHI, Cecilia; KUPFER,
Thilo; FREES, Niels; BEY, Niki; HANSEN, Morten S.; HABSEN, Annegrethe;
BOSCH, Teresa; BORGHI, Veronica; WATSON, Jenna; MIRANDA, Mar. Life Cycle
Assessment of PVC and of principal competing materials. European
Commission, 2004.
BITENCOURT, Antônio C. P.. Desenvolvimento de uma metodologia de
reprojeto de produtos para o meio ambiente. 2001. 198 f.. Dissertação (Mestrado
em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.
BERNA, Vilmar. Consumo Sustentável. Jornal do Meio Ambiente. Disponível em:
<http://www.jornaldomeioambiente.com.br >. Acesso em: 12 de dezembro de 2004.
BORGES, Fúlvia Jung. Inventário do ciclo de vida do PVC produzido no Brasil.
2004. 174 f.. Dissertação (Mestrado em Engenharia) Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, 2004.
BRAGA, Benedito; HESPANHOL, Ivanildo; CONEJO, João G. Lotufo; BARROS,
Mario Thadeu L.; SPENCER, Milton; PORTO, Mônica; NUCCI, Nelson; JULIANO,
Neuza; EIGEL, Sérgio. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo:
Pearson, 2002.
BRASSARD, Michael. Qualidade: Ferramenta para melhoria contínua. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2004
CARVALHO, Cláudio E.; GALVÃO, Luiz Cláudio R.; REIS, Lineu B.; UDAETA, Edgar
M.. Avaliação completa dos recursos para produção de termofosfato: uma
aplicação do PIR. São Paulo: GEPEA-USP, 2004. Disponível em:
<http://www.proceedings.scielo.br >. Acesso em: 07 de novembro de 2004.
CASTRO, Diego; CASTILHO, Selene; MIRANDA, Silvia. Rotulagem ambiental no
contexto de comércio internacional. Cepea, maio de 2004. Disponível em: <http://
www.cepea.esalq.usp.br>. Acesso em: 23 de dezembro de 2005.
CHEHEBE, José Ribamar Brasil. Alise do Ciclo de Vida de Produtos:
ferramenta gerencial da ISO 14000. 2ª ed. Rio de janeiro: Qualitymark, 1997.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Referências 89
COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIA. Livro Verde: aspectos ambientais
do PVC. Bruxelas, 2000.
CONSUMO SUSTENTÁVEL. Ecoambiental. Disponível em:
<http://www.ecoambiental.com.br > Acesso em: 13 de dezembro de 2004.
CPRH Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Pernambuco.
Avaliação de Impacto Ambiental. Disponível em: <http://www.cprh.pe.gov.br>.
Acesso em: 9 de agosto de 2005.
ECO-INDICATOR 99. Manual for designers: a damage oriented method for Life
Cycle Impact Assessment. Disponível em <www.pre.nl> Acesso em: 16 de
novembro de 2005.
EPA ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. An Introduction to
Environmental Accounting As a Business Management Tool: Key concepts and
terns. Washington, 1995.
FERRÃO, Paulo Cadete. Introdução à Gestão Ambiental: a avaliação do ciclo de
vida de produtos. Lisboa: Instituto Superior Técnico, 1998.
FERREIRA, Cristiano V.; HÖHNE G.; SCHLINK, Haiko; FORCELLINI, Fernando A.;
SCHNEIDER, H.. Estimativa de custos de produtos segundo as abordagens do
design to cost e do design to minimun cost. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO, II, 2000, São Carlos. Artigo.
Disponível em: <http://www.posgrad.ita.br >. Acesso em: 20 de novembro de 2004.
FERREIRA, Aurélio B. H..Novo dicionário da Língua Portuguesa. 15. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1975.
FOLHA DE SÃO PAULO. Economia. São Paulo, 04 dezembro de2005.
GOEPKOOP, Mark; SPRIENSMA, Renilde. The eco-indicador 99: a damage
oriented method for life cycle impact assessment. 3. ed. Amersfoort: PRé
Consultants B.V., 2001. Disponível em: <http://www.pre.nl >. Acesso em: 07 de
novembro 2003.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Referências 90
GOLDEMBERG, José; NASCIMENTO, Silvia Helena N.. As compras do estado e
consumo sustentável. UOL, 2004. Disponível em: <http://www.licitacao.uol.com.br>.
Acesso em: 12 de dezembro de 2004.
GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA,
Adiel Teixeira. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 1. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
Guinée, J.B. (Ed.), M. Gorrée, R. Heijungs, G. Huppes, R. Kleijn, A. de Koning, L.
van Oers, A. Wegener Sleeswijk, S.Suh, H.A. Udo de Haes, J.A. de Bruijn, R. van
Duin and M.A.J. Huijbregts. Handbook on Life Cycle Assessment: Operational
Guide to the ISO Standards. Kluwer Academic Publishers,2002.
Hauschild M. Z.; Wenzel H.. Environmental Assessment of Products.
UnitedKingdom: Chapman & Hall, Vol. 2, 1998.
HERZOG, Ana L.. Sustentabilidade. Por que ela está se tornando uma tendência
empresarial. Guia Exame. São Paulo, ano 38, n. 25, dezembro 2004.
IFAC FEDERACIÓN INTERNACIONAL DE CONTADORES. FMAC (COMITÊ DE
CONTABILIDAD FINANCIERA Y GERENCIAL. Administración ambiental en las
organizaciones. Rol del Contador Gerencial. Apêndice D. Estúdio 6. Tradução S.A.
Mantilla, 1998.
ISO - INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 14040:
Environmental Management. Life Cycle Assessment. Principles and Framework.
Switzerland,1997.
JOLLIET, Olivier; MARGNI, Manuele; CHARLES, Raphaël; HUMBERT, Sébastien;
PAYET, Jérôme; REBITZER, Gerald; ROSENBAUM, Ralph. IMPACT 2002+: A New
Life Cycle Impact Assessment Methodology. Lausenne: ecomed publishers, junho,
2003.
KINLAW, Dennis C. Empresa competitiva e ecológica: desempenho sustentado na
era ambiental. São Paulo : Makron Books, 1997.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 9. ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2003.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Referências 91
KONING, Arjan; GUINÉE, Joroen; PENNINGTON, David; SLEESWIJK, Anneke;
HAUSCHILD, Michael; MOLANDER, Sverker; NYSTRÖM, Bo; PANT, Rana;
SCHOWANEK, Diederik. Methods and typology report part A: Inventory and
classification of LCA characterization methods for assessing toxic releses. Omnitox,
2002. Disponível em < http://www.omniitox.net > Acesso em: 17 de novembro de
2004.
KUMARAN, Senthil.; ONG, S. K.; TAN, Reginald B. H.; NEE, A. Y. C.. Tool to
incorporate Environmental Costs into Life Cycle Assessment. Singapore:
Department Of Mechanical Engineering, Chemical & Process Engineering Center.
Disponível em: <http://www1.coe.neu.edu >. Acesso em: 07 de novembro de 2004.
KUMARAN, S. D.; ONG, S.K.; TAN, R. B. H. e NEE, A. Y.. Evaluation of Existing Life
Cycle Costing Methodologies, Corporate Environmental Strategy. Elsevier, UK , V.9,
n◦ 1, 2002.
LAGOS, Gustavo. Eficiencia del Uso del Agua en la Mineria del Cobre. Pontifícia
Universidad Católica de Chile, 1997.
LIBRELOTTO, Lisiane I.. Modelo para Avaliação da Sustentabilida na
Construção Civil nas Dimensões Econômica, Social e Ambiental (ESA):
Aplicação no Setor de Edificações. 2005. 371 f.. Dissertação (Doutorado em
Engenharia de Produção) Programa de Pós Graduação de Engenharia de
Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, 2005.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MEGLIORINI, Evandir. Custos. 1ª ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
ONU ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Contabilidade da Gestão
Ambiental: Procedimentos e Princípios. Nova Iorque,2001.
NOVAK, Leandro A.; UGAYA, Cássia M. L.. Redução dos impactos ambientais no
refino do petróleo com o uso do consumo sustentável. In: Encontro do
Programa de Recursos Humanos em Petróleo e Gás Natural do Paraná, 4. Curitiba,
2004. Resumos. Curitiba: PRH-ANP/MCT, 2004, CD-ROOM.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Referências 92
PASSOS, Mariana. Avaliação de Sustentabilidade Aplicada ao Biodiesel. 2004.
108 f.. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) Centro de Ciências
Exatas e Tecnologia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2004.
PRÉ CONSULTANTS, SIMAPRO versão 6.1, Pré Consultants, Amsterdam, 2005.
Disponível em <www.pre.nl>, acessado em 16 de novembro de 2005.
RIBEIRO, Flávio M.. Inventário de ciclo de vida da geração hidrelétrica no
Brasil: Usina de Itaipu: primeira aproximação. 2003. 456 f.. Dissertação (Mestrado
em Energia) – Universidade de São Paulo, 2003.
ROCHA, Edgar Aguino. Princípios de Economia. ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1976.
SHAPIRO, Karen G.. Incorporanting Cost in LCA. InLCA, USA, jul. 2001.
SHREVE, R. N.; BRINK, J. A. Indústria de Processo Químico. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 1977.
SILVA, Adelphino Teixeira. Economia e Mercados. 15ª ed. São Paulo: Atlas, 1977.
STAMM, Hugo Roger. todos de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) em
projetos de grande porte: estudo de caso de uma usina termoelétrica. 2003. 284f..
Dissertação (Doutorado em Engenharia de Produção) Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
STEEN, Bengt. A systematic approach to environmental priority strategies in
product development (EPS): version 2000 General system characteristics.
Swedish: Chalmers University of Technology, 1999. Disponível em
<http://www.cpm.chalmers.se>. Acesso em 20 de dezembro 2004.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio; KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira.
Contabilidade e Gestão Ambiental. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.
UGAYA, Cássia M. L.; WALTER, A. C. S.. Life Cycle Inventory Análisis: a case
study of steel used in brazilian automóviles. Lausenne: ecomed publishers, 2004.
UnB Universidade de Brasília. Glossário Geológico. Disponível em
<http://www.unb.br>. Acesso em 26 de dezembro 2005.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Referências 93
UNEP - UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME. Disponível em <http://
www.unep.org>. Acesso em 10 de janeiro 2005.
VIANA, João José. Aquisição de Materiais: Um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
2000.
ZACCHI, Giancarlo P.; BELLEN, Hans Michael V.. Desenvolvimento sustentável e
a organização do espaço regional. Feira de Santana: Diálogo e Ciência. Ano II,
n˚5, jun,2005. Disponível em: <http://www.ftc.br>. Acesso em: 28 de dezembro de
2005.
WENZEL, Henrik; HAUSCHILD, Michael; ALTING, Leo. Environmental
Assessment of Products. ed. United States of America: Kluwer Academic
Publishers, 2001.
WENZEL, Henrik. Eco-Design strategy - the interaction between the environmental
specialist and the designer. Lyngby: University of Denmark Institute for Product
Development, 1998. Disponível em: <http://www.greenpack.org>. Acesso em: 12 de
novembro de 2004.
WORLD BANK GROUP. Pollution Prevention and Abatement Handbook. Toward
Cleaner Production. Washington, 1998.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 94
ANEXO A
ANÁLISE DE INVENTÁRIO DA VÁLVULA DE METAL
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 95
Para o melhor entendimento destas tabelas apresentam-se algumas
observações importantes:
1. Estes dados foram levantados em bases de dados disponíveis e em
informações disponíveis nas empresas integrantes deste processo (figuras
4-8 e 4-9).
2. Na primeira coluna estão posicionados os parâmetros de entrada, de
emissão para o ar, água e para o solo.
3. Na segunda coluna estão posicionadas as unidades de cada parâmetro.
4. Nas colunas subseqüentes estão posicionados os subsistemas analisados.
5. As células são os encontros das linhas e colunas.
6. Nas células abaixo dos subsistemas estão posicionados os valores de
entrada e de emissão. Onde não valores ou os mesmos estão em
branco, significa que neste ponto não foi considerado ou não foi encontrada
correspondência entre o subsistema analisado e o parâmetro, sendo locado
o valor zero para o ponto.
7. O parâmetro NMVOC (Compostos Orgânicos Voláteis Exceto Metano) e a
somatória entre NMVOC e os parâmetros que estão alinhados à direta.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 96
Tabela A-1 – Inventário do ciclo de vida dos processos de transporte (RIBEIRO, 2003)
Transporte (emissão por t.Km) e Energia (MJ) 1 1 1
Parâmetros Unidade
Transporte
Terrestre
Transporte
Ferroviário
Transporte
Marítimo
Entradas
Água Kg 1,80E-04 3,20E-08 2,60E-04
Argila Kg 2,10E-07 3,80E-11 3,10E-07
Bauxita Kg 2,30E-06 4,00E-10 3,30E-06
Calcita Kg 1,10E-06 1,90E-10 1,60E-06
Energia Carvão MJ 5,40E-05 9,40E-09 7,80E-05
Energia Gás natural MJ 1,42E-02 2,50E-06 2,07E-02
Energia hidrelétrica MJ 5,40E-05 9,40E-09 7,80E-05
Energia não especificada MJ 2,44E-03 4,30E-07 3,57E-03
Energia Petróleo MJ 3,43E-03 6,00E-07 5,00E-03
Gás Natural Kg 1,50E-05 2,70E-09 2,30E-05
Minério de Ferro Kg 1,10E-06 1,90E-10 1,60E-06
Petróleo Kg 6,49E-03 1,10E-06 9,47E-03
Sal gema Kg 1,10E-06 1,90E-10 1,60E-06
Saídas
Emissões para o ar
1,3 Butadieno Kg 1,90E-07 3,00E-07
Ácido clorídrico Kg 2,80E-09 4,90E-13 4,10E-09
Benzeno Kg 3,00E-05 6,50E-09
Chumbo Kg 0,00E+00 1,90E-10
COV Kg 5,00E-05 0,00E+00
COV-exceto CH4 Kg 6,20E-06 3,40E-06 9,10E-06
Dióxido de Carbono Kg 2,19E-02 8,20E-04 2,85E-02
Dióxido de enxofre Kg 4,60E-05 2,50E-06 4,30E-04
Fuligem Kg 6,60E-05 7,20E-07 8,10E-07
Gás hidrogênio Kg 2,60E-08 4,50E-12 3,70E-08
Material Particulado 10
Kg 1,40E-05 7,80E-07
Metais pesados não especificados Kg 5,40E-09 9,40E-13 7,80E-09
Metano Kg 2,40E-06 9,60E-14 3,60E-07
Metil- mercaptano Kg 7,60E-11 1,30E-07 1,10E-10
Monóxido de carbono Kg 6,80E-05 4,70E-06 8,20E-05
Monóxidos de nitrogênio Kg 2,80E-04 1,80E-05 5,30E-04
Óxido nitroso Kg 1,00E-06 1,30E-14
Óxidos de enxofre Kg 4,90E-06 8,50E-10 7,10E-06
Petróleo Kg 1,00E-06 1,80E-10 1,50E-06
Poeira Kg 1,40E-06 2,40E-10 2,00E-06
Sulfeto de hidrogênio Kg 9,90E-09 1,70E-12 1,40E-08
NMVOC
Kg 1,59E-05 2,74E-09 6,28E-05
Hidrocarbonetos Alifáticos Kg 1,90E-06 3,40E-10 2,80E-06
Hidrocarbonetos não especificados Kg 1,40E-05 2,40E-09 6,00E-05
Saídas
Emissões para a água
Ác. Acético Kg 1,60E-07 2,80E-11 2,40E-07
Cloro, íon Kg 2,10E-07 3,70E-11 3,10E-07
DQO Kg 1,40E-08 2,40E-12 2,00E-08
Fenol Kg 2,80E-10 4,90E-14 4,10E-10
Gás hidrogênio Kg 8,70E-09 1,50E-12 1,30E-08
Íons metálicos Kg 2,80E-08 4,90E-12 4,10E-08
Óleo Kg 4,60E-08 8,10E-12 6,70E-08
Orgân. dissolvidos Kg 1,10E-07 1,90E-11 1,60E-07
Petróleo Kg 1,30E-07 2,20E-11 1,80E-07
Sódio Kg 1,10E-07 1,90E-11 1,50E-07
Substâncias Dissolvidas Kg 5,40E-08 9,40E-12 7,80E-08
Substâncias Suspensas Kg 3,80E-07 6,60E-11 5,50E-07
Tolueno Kg 7,70E-07
Xileno Kg 8,30E-07
Saídas
Resíduos Sólidos
Escória Kg 2,80E-09 4,90E-13 4,10E-09
Resíduo mineral Kg 3,10E-07 5,40E-11 4,50E-07
Resíduo não inerte Kg 8,00E-06 1,40E-09 1,20E-05
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 97
Tabela A-2 – Inventário do ciclo de vida dos processos de obtenção do cobre (RIBEIRO,
2003), do alumínio (PRÉ CONSULTANTS, 2005) e do zinco
Matéria-prima (Kg de emissão por kg de produto refinado) 1 1 1
Parâmetros Unidade
Cobre Alunínio Zinco
Entradas
Água kg 2,81E+00 2,43E+02 1,70E+01
Argila kg 1,00E-06 1,84E-03
Bário kg 6,32E-03
Bauxita kg 1,10E-05 3,68E+00
Calcita kg 5,20E-06
Carvão kg 3,96E-01
Chumbo kg 1,75E-04
Cloreto de Sódio kg 7,12E-02
Cobalto kg 1,56E-10
Cromo kg 1,13E-04
Energia Carvão MJ 2,60E-04 5,32E+01
Energia Gás natural MJ 6,91E-02
Energia hidrelétrica MJ 3,32E+00 3,70E+01 4,89E+00
Energia Petróleo MJ 1,67E-02 5,50E+01
Energia não especificada MJ 1,19E-02
Estanho kg 2,26E-06
Gás Natural kg 2,71E-01
Magnésio kg 4,32E-05
Minério de Cobre kg 8,90E-01 1,56E-10 3,03E+00
Minério de Ferro kg 5,20E-06 4,87E-02
Molibdênio kg 1,72E-10
Niquel kg 6,44E-05
Paládio kg 1,68E-10
Petróleo kg 1,60E+00
Platina kg 1,91E-10
Prata kg 4,06E-06
Rênio kg 1,75E-10
Ródio kg 1,79E-10
Sal gema kg 5,20E-06
Sucata cobre kg 1,30E-01
Zinco kg 1,99E-06 1,12E-01
Saídas
Emissões para o ar
1,3 Butadieno kg 6,70E-08
Acetaldeído kg 4,23E-06
Acetona kg 4,21E-06
Ácido clorídrico kg 1,40E-08
Alumínio kg 1,47E-04
Amônia kg 1,60E-06 2,50E-05
Antimônio
kg 5,55E-08
Arsênio kg 7,91E-07
Bário kg 1,92E-06
Benzeno kg 1,00E-06 1,80E-05
Benzeno, etil-
kg 1,20E-05
Benzopireno kg 1,80E-08 6,87E-09
Berílio kg 2,15E-08
Boro kg 2,96E-05
Bromo kg 8,52E-06
Butano kg 1,18E-04
Buteno kg 2,93E-06
Cádmio kg 8,20E-07
Cálcio kg 6,25E-05
Chumbo kg 4,40E-11 3,34E-06
Cianeto kg 2,31E-08
Cloreto de Hidrogênio
kg 1,08E-03
Cobalto kg 1,14E-06
Cobre kg 2,95E-06
COV kg 0,00E+00
COV-exceto CH4 kg 3,10E-05
Cromo kg 1,02E-06
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 98
Tabela A-2 – Continuação
Matéria-prima (Kg de emissão por kg de produto refinado) 1 1 1
Parâmetros Unidade
Cobre Alunínio Zinco
Saídas
Emissões para o ar
Dióxido de Carbono kg 7,34E+00 9,96E+00
Dióxido de enxofre kg 6,72E-01
Escâncio
kg 2,43E-08
Estanho
kg 4,72E-08
Estrôncio
kg 1,99E-06
Etano
kg 1,10E-04
Etano, 1,1,1,2-tetraflúor-, HFC-134a
kg -2,17E-19
Etano, 1,2-dicloro-1,1,2,2-tetraflúor-, CFC-114
kg 6,64E-07
Etano, Dicloro-
kg 2,05E-07
Etanol
kg 8,44E-06
Eteno
kg 2,82E-05
Etino
kg 4,06E-07
Ferro
kg 8,68E-05
Fluor kg 5,60E-07
Fluoreteno kg 1,80E-07
Fluoreto de Hidrogênio
kg 6,68E-04
Formaldeído
kg 2,45E-05
Fosfatos totais
kg 2,45E-06
Fuligem kg 9,90E-05
Gás hidrogênio kg 1,20E-07
Hélio
kg 8,90E-05
Heptano
kg 2,32E-05
Hexano
kg 4,88E-05
Iodo
kg 2,32E-06
Lantânio
kg 6,01E-08
Magnésio
kg 4,25E-05
Manganês
kg 2,79E-06
Material Particulado 10
kg 1,80E-07 1,92E-02
Mercúrio kg 2,20E-14 5,60E-07
Metais pesados não especificados kg 2,60E-08
Metano kg 1,20E-06 2,24E-02
Metano, clorodiflúor-, HCFC-22
kg 6,06E-09
Metano, clorotriflúor-, CFC-13
kg 3,42E-09
Metano, Dicloro-, HCC-30 kg 3,55E-07
Metano, diclorodiflúor-, CFC-12
kg 5,45E-09
Metano, Dicloroflúor-, HCFC-21
kg 6,75E-07
Metano, Tetraflúor,FC 14 kg 3,60E-04
Metano, tricloroflúor-, CFC-11
kg 2,54E-08
Metano,Tetracloro-, CFC-10
kg 1,07E-07
Metanol
kg 1,28E-05
Metil- mercaptano kg 3,70E-10
Molibdênio
kg 6,01E-07
Monóxido de carbono kg 3,06E-03 3,84E-03
Monóxidos de nitrogênio kg 2,19E-02
Niquel
kg 2,07E-05
Nitrogênio
kg 1,27E-04
Nonóxido de nitrogênio
kg 3,84E-04
Óxido nitroso kg 1,40E-06
Óxidos de enxofre kg 2,70E-05 5,80E-02
Óxidos de Nitrogênio
kg 1,98E-02
PAH
kg 5,03E-05
Pentano
kg 1,52E-04
Petróleo kg 4,90E-06
Platina
kg 2,02E-10
Poeira kg 6,90E-06
Potássio
kg 2,72E-05
Propano
kg 1,26E-04
Propeno
kg 5,91E-06
Selênio
kg 1,17E-06
Silício
kg 3,04E-04
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 99
Tabela A-2 – Continuação
Matéria-prima (Kg de emissão por kg de produto refinado) 1 1 1
Parâmetros Unidade
Cobre Alunínio Zinco
Saídas
Emissões para o ar
Sódio
kg 3,46E-05
Sulfeto de hidrogênio kg 8,00E-05 1,05E-05
Tálio
kg 1,98E-08
Titânio
kg 7,36E-06
Tolueno
kg 2,31E-05
Tório
kg 4,30E-08
Urânio
kg 4,88E-08
Vanádio
kg 7,52E-05
Xileno
kg 5,14E-05
Zinco
kg 5,36E-06 3,00E-02
Zircônio
kg 1,79E-09
NMVOC
kg 3,72E-04 1,22E+00
Ácido Acético kg 1,92E-05
Aldeídos não especificados kg 6,35E-08
Benzaldeído kg 3,02E-11
Benzeno, hexacloro-
kg 9,22E-12
Benzeno, pentacloro-
kg 2,47E-11
Clorofórmio
kg 5,41E-09
Dioxinas
kg 6,05E-01
Etano, Dicloro-
kg 2,05E-07
Etano, HFC 116, Hexaflúor kg 4,00E-05
Eteno, Chloro-
kg 3,34E-08
Hidrocarbonetos Alifáticos kg 9,40E-06
Hidrocarbonetos aromáticos kg 2,40E-06 3,56E-06
Hidrocarbonetos não especificados kg 3,60E-04 6,31E-05
Fenol
kg 1,11E-08
Fenol, pentacloro-
kg 3,98E-12
Ácido Propiônico
kg 3,15E-07
t-Butil metil eter
kg 3,67E-09
Saídas
Emissões para a água
Ácido (H+) kg 7,80E-07
Ácido hipocloroso
kg 1,86E-05
Ácidos não especificados
kg 5,51E-07
Alumínio
kg 4,41E-03
Amônia como Nitrogênio
kg 7,26E-05
Antimônio
kg 7,12E-08
Arnio, íon
kg 8,87E-06
Bário
kg 5,12E-04
Benzeno
kg 8,53E-06
Benzeno, cloro-
kg 1,95E-13
Benzeno, etil-
kg 1,55E-06
Berílio
kg 4,27E-09
Boro
kg 8,79E-06
Cádmio, íon
kg 1,37E-06
Cálcio, íon
kg 6,54E-03
Carbono Orgânico Dissolvido
kg 6,79E-06
Carbono Orgânico Total
kg 6,29E-03
Césio
kg 6,54E-08
Chumbo
kg 3,00E-08 2,42E-05
Cianeto
kg 5,26E-07
Cloro, íon kg 1,00E-06 6,57E-02
Clorofórmio
kg 6,44E-08
Cobalto
kg 8,70E-06
Cobre, ion
kg 8,90E-09 2,23E-05
Cromo VI
kg 9,17E-09
Cromo, íon
kg 4,44E-05
DBO
kg 1,12E-05
DQO kg 6,70E-08 1,48E-04
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 100
Tabela A-2 – Continuação
Matéria-prima (Kg de emissão por kg de produto refinado) 1 1 1
Parâmetros Unidade
Cobre Alunínio Zinco
Saídas
Emissões para a água
Estanho, íon
kg 4,51E-08
Estrôncio
kg 4,43E-04
Etano, 1,1,1-tricloro-, HCFC-140
kg 4,65E-11
Etano, dicloro-
kg 1,05E-07
Etano, hexacloro-
kg 2,34E-12
Eteno, Cloro-
kg 7,89E-11
Eteno, tetracloro-
kg 2,78E-10
Eteno, tricloro-
kg 1,76E-08
Fenol kg 1,40E-09
Fenol não especificados
kg 8,94E-06
Ferro
kg 2,18E-03
Fluoride
kg 2,53E-05
Formaldeído
kg 3,34E-10
Fosfatos
kg 2,62E-04
Fósforos não especificados
kg 3,83E-08
Gás hidrogênio kg 4,20E-08
Hidrocarbonetos kg 2,00E-06
Hidrocarbonetos alifático, alcânos, não especificados
kg 8,48E-06
Hidrocarbonetos aromáticos
kg 3,93E-05
Hidrocarbonetos não especificados
kg 6,33E-07
Hipoclorito
kg 1,86E-05
Inorgânicos gerais kg 2,82E+00
Iodeto
kg 6,47E-06
Íons metálicos kg 1,40E-07
Magnésio
kg 3,75E-03
Manganês
kg 9,82E-05
Mercúrio kg 1,80E-09 1,30E-08
Metano, dicloro-, HCC-30
kg 5,76E-07
Metano, tetracloro-, CFC-10
kg 4,24E-10
Molibdênio
kg 1,37E-05
Nitrogênio total kg 3,00E-07 7,44E-05
Niquel, íon
kg 2,22E-05
Nitrogênio orgânico
kg 7,23E-06
Nitrato
kg 1,27E-04
Nitrito
kg 3,16E-06
Óleo kg 2,30E-07
Óleos não especificados
kg 1,19E-03
Orgân. dissolvidos kg 5,20E-07
PAH kg 3,00E-09 2,08E-05
Petróleo kg 6,10E-07
Potássio
kg 1,63E-03
Prata
kg 4,23E-08
Rutênio
kg 6,53E-07
Sal não especificado
kg 1,84E-03
Selênio
kg 2,20E-05
Silício
kg 2,11E-06
Sódio kg 5,20E-07
Sódio, íon
kg 2,54E-02
Solventes clorados não especificados
kg 5,33E-09
Substâncias Dissolvidas kg 2,60E-07
Substâncias Suspensas kg 1,80E-06
Substâncias insolúveis
kg 4,84E-03
Sulfato
kg 2,77E-02
Sulfato de bário
kg 1,26E-03
Sulfeto de hidrogênio
kg 1,20E-07
Sulfetos
kg 2,12E-06
t-Butil metil eter
kg 3,09E-10
Titânio, Ion
kg 2,62E-04
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 101
Tabela A-2 – Continuação
Matéria-prima (Kg de emiso por kg de produto refinado) 1 1 1
Parâmetros Unidade
Cobre Alunínio Zinco
Saídas
Emissões para a água
Tolueno kg 7,07E-06
Trietileno glicol
kg 6,79E-06
Trióxido de enxofre
kg 3,57E-06
Tungstênio
kg 2,11E-07
Vanádio, ion
kg 2,26E-05
VOC
kg 2,26E-05
Xileno kg 6,14E-06
Zinco, íon
kg 2,10E-08 4,84E-05
Saídas
Resíduos Sólidos
Alumínio
kg 8,28E-05
Arsênio
kg 3,31E-08
Cádmio
kg 3,67E-09
Cálcio
kg 3,31E-04
Carbono
kg 2,56E-04
Chumbo
kg 4,04E-08
Cobalto
kg 1,76E-09
Cobre
kg 8,81E-09
Cromo
kg 4,14E-07
Enxofre
kg 4,97E-05
Escória kg 1,40E-08
Ferro
kg 1,66E-04
Fósforo
kg 4,25E-06
Inorgânico geral kg 1,34E+02
Manganês
kg 3,31E-06
Merrio
kg 2,48E-10
Niquel
kg 1,32E-08
Nitrogênio
kg 7,32E-08
Óleos não especificados
kg 5,66E-05
Resíduos não especificados
kg
Resíduo mineral kg 1,50E-06
Resíduo não inerte kg 3,90E-05
Latão kg
Bronze kg
Zamac kg
Zinco
kg 1,33E-06
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo A 102
Tabela A-3 – Inventário do ciclo de vida dos processos de obtenção do estanho, do
processo de manufatura da válvula, do uso e do descarte
Matéria-prima (Kg de emissão por kg de produto refinado ou utilizado) 0,035 0,394 0,394 0,394
Parâmetros Unidade
Estanho
Manufatura da
válvula
Uso descarte
Entradas
Água kg 4,67E-01 7,88E+00
Energia hidrelétrica MJ 5,76E+01 8,87E-01
Minério de Estanho kg 8,33E-02
Saídas
Emissões para a água
Chumbo
kg 1,97E-02
Cobre, íon
kg 7,09E-03
Cromo VI
kg 1,97E-03
Cromo, íon
kg 1,97E-02
Niquel, íon kg 1,97E-03
Saídas
Resíduos Sólidos
Resíduos não especificados
kg 157,6
Latão kg 0,0735
Bronze kg 0,2331
Zamac kg 0,0863
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo B
103
ANEXO B
ANÁLISE DE INVENTÁRIO DA VÁLVULA DE PVC
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo B 104
Tabela B-1 – Inventário do ciclo de vida do PVC
Quantidade de material (Kg), Transporte
(t.Km) e Energia (MJ)
1 1 0,1693 0,1696 0,0865 0,1152 0,0854 0,0919 0,0001 0,0004 0,0754 0,0125 0,7517 0,0022 0,0975 0,0198 0,8346 0,1064 0,0308 505,5298 0,0005
Parâmetros Unidade
Total PVC MVC
Etileno
Brasil
Nafta
Cloro
(mercúrio)
Cloro
(diafragma)
NaOH
(mercúrio)
NaOH
(diafragma)
Sal-gema
Sal
marinho
Energia
Elétrica
Óleo
diesel
Energia
térmica
(óleo diesel)
Óleo
Combustível
Energia térmica
(óleo combustível)
Petróleo
Nacional
extraído
Petróleo
Importado
Extraído
Transporte
marítimo
Transporte
Ferroviário
Entradas
Aditivos kg 3,40E-03 3,40E-03
Água (termoelétrica evaporada) kg 1,03E+00 1,03E+00
Água utilizada (hidroelétrica) kg 5,15E-01 5,15E-01
Bauxita kg 2,60E-04 2,14E-04 3,68E-05 8,90E-06
Carvão kg 5,68E-02 5,68E-02
Petróleo kg 1,56E-01 1,02E-01 2,94E-02 2,45E-02
Petróleo (matéria-prima) kg 6,87E-01 5,33E-01 1,54E-01
Energia (não especificada) MJ 2,65E+00 1,61E+00 4,28E-01 6,08E-01
Materiais secundários
m
3
5,15E-01 5,15E-01
Gás natural kg 3,94E-02 3,37E-03 2,94E-02 5,06E-03 1,56E-03
Óleo kg 5,37E-03 5,37E-03
Oxigênio kg 1,50E-01 1,50E-01
Reservas Bióticas kg 2,16E-02 2,16E-02
Sal gema kg 5,10E-01 5,10E-01
Sal marinho kg 7,39E-05 7,39E-05
Urânio kg 7,99E-07 7,99E-07
Água kg 1,55E-01 1,96E-02 1,28E-01 9,00E-05 6,10E-04 0,00608 8,70E-04 7,00E-07
Saídas
Emissões para o ar
Amônia kg 3,76E-08 2,66E-11 3,76E-08
Cloro-Flúor-Carbono kg 5,31E-06 1,00E-06 4,29E-06 2,05E-08
Metano kg 2,40E-03 6,80E-07 2,40E-03 5,12E-08 7,56E-07
Gás Cloro kg 1,38E-06 1,05E-06 3,28E-07 4,29E-09 1,57E-09
Monóxido de Carbono kg 1,32E-03 9,02E-05 2,76E-04 1,36E-06 2,68E-05 6,62E-04 6,40E-08 7,03E-06 9,72E-07 6,41E-07 3,84E-05 7,34E-06 2,11E-04 1,69E-08
Dióxido de Carbono kg 1,83E+00 3,59E-02 5,42E-01 3,88E-04 4,60E-01 1,52E-01 2,12E-05 4,34E-02 3,07E-07 3,96E-01 9,75E-02 2,93E-02 7,38E-02 1,04E-04
Dióxido de Carbono (não fóssil) kg 7,33E-02 7,33E-02
Material Particulado 10 kg 7,80E-04 5,00E-07 1,53E-05 4,76E-07 1,34E-04 2,98E-04 2,56E-08 1,66E-05 3,74E-07 1,52E-04 1,30E-04 2,74E-05 5,32E-06 4,00E-07
Gás Hidrogênio kg 2,63E-04 3,97E-06 2,53E-04 1,86E-08 1,21E-06 2,81E-06 2,71E-06
Sulfeto de Hidrogênio kg 1,00E-08 1,00E-08
Ácido Clorídrico kg 1,85E-06 5,48E-10 7,89E-09 9,37E-07 9,01E-07
Mercúrio kg 6,46E-06 1,83E-07 8,56E-10 1,33E-10 5,35E-06 9,19E-07
Metais kg 2,23E-07 4,44E-11 2,22E-07
Mertimercaptana kg 7,10E-07 6,80E-07 2,94E-08 9,36E-11
Óxido Nitroso kg 4,89E-05 4,88E-05 9,02E-08
Óxidos de Nitrogênio kg 7,55E-03 1,03E-03 2,72E-07 3,13E-04 2,55E-03 1,28E-08 8,29E-05 2,16E-07 7,59E-04 1,21E-03 2,38E-04 1,37E-03 2,00E-07
Percloroetileno kg 8,01E-07 8,01E-07
Radioatividade para o ar Bq 4,34E+01 4,34E+01
Dióxido de Enxofre kg 2,45E-03 1,02E-04 5,36E-04 5,15E-04 9,56E-05 9,19E-05 1,11E-03
Fuligem kg 4,10E-05 3,84E-06 3,50E-05 2,09E-06 0,00E+00
Óxidos de Enxofre kg 2,50E-03 2,31E-07 1,28E-08 2,14E-04 1,84E-07 1,95E-03 3,21E-04 5,51E-06 2,00E-06 5,15E-07
Cloreto de Vinila (MVC) kg 6,60E-04 5,00E-04 1,60E-04
Compostos Orgânicos Voláteis (COV) kg 3,85E-06 3,85E-06
Água kg 0,00E+00 0,00E+00
NMCOV kg 3,73E-03 9,30E-04 7,21E-04 4,76E-05 1,48E-06 1,51E-06 7,25E-09 1,34E-04 3,57E-05 2,60E-06 9,85E-06 3,63E-05 8,97E-05 1,18E-03 3,72E-04 1,70E-04
1,2-Dicloroetano kg 6,02E-04 6,02E-04
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo B 105
Tabela B-1 – Continuação
Quantidade de material (Kg), Transporte
(t.Km) e Energia (MJ)
1 1 0,1693 0,1696 0,0865 0,1152 0,0854 0,0919 0,0001 0,0004 0,0754 0,0125 0,7517 0,0022 0,0975 0,0198 0,8346 0,1064 0,0308 505,5298 0,0005
Parâmetros Unidade
Total PVC MVC
Etileno
Brasil
Nafta
Cloro
(mercúrio)
Cloro
(diafragma)
NaOH
(merrio)
NaOH
(diafragma)
Sal-gema
Sal
marinho
Energia
Elétrica
Óleo
diesel
Energia
térmica
leo diesel)
Óleo
Combusvel
Energia rmica
(óleo combustível)
Petróleo
Nacional
extrdo
Petróleo
Importado
Extraído
Transporte
marítimo
Transporte
Ferroviário
Saídas
Emissões para o ar
Alddos kg 7,51E-08 7,51E-08
Hidrocarbonetos kg 1,74E-03 1,67E-04 4,09E-05 1,09E-09 1,34E-04 3,33E-06 5,98E-11 9,85E-06 8,61E-10 8,97E-05 9,62E-04 1,66E-04 1,70E-04
Hidrocarbonetos
aliticos
kg 1,24E-03 1,50E-04 6,75E-04 2,14E-04 2,06E-04
Hidrocarbonetos aromáticos
kg 1,51E-05 1,00E-05 5,11E-06
Diclorometano kg 1,48E-06 1,48E-06
Tetraclorometano kg 1,52E-06 1,51E-06 7,25E-09
Triclorometano kg 3,01E-07 3,01E-07
Saídas
Emissões para a água
Ácidos (não especificados) kg 7,55E-10 7,55E-10
asbestos kg 6,60E-06 6,57E-06 3,15E-08
DBO kg 4,70E-04 4,70E-04 3,11E-07 1,13E-08
Bromo kg 1,93E-06 1,92E-06 9,18E-09
Cloro kg 7,80E-02 7,79E-02 1,36E-06 5,17E-08 9,61E-05 2,42E-07 4,90E-07 2,66E-10 5,12E-08 9,01E-07 2,22E-07
DQO kg 4,44E-04 4,21E-04 2,04E-05 7,99E-07 9,37E-07 9,01E-07 5,61E-08
Compostos de enxofre kg 2,00E-09 2,00E-09
Compostos de nitrogênio kg 2,00E-09 2,00E-09
Óleo Crú kg 2,49E-05 1,97E-05 4,12E-06 1,09E-06
Cobre kg 3,61E-11 3,61E-11
Hidrocarbonetos kg 5,78E-07 1,33E-07 4,45E-07
dicloroetano kg 3,01E-05 3,01E-05
EOCl kg 2,23E-07 1,98E-08 2,02E-07 9,28E-11 9,67E-10
Ferro kg 8,94E-06 8,94E-06
Mercúrio kg 1,19E-08 1,19E-08 5,56E-11
Metais pesados (Cr, Pb) kg 7,99E-10 7,99E-10
Ions Melicos kg 3,72E-03 3,72E-03 4,44E-08 2,67E-06 4,59E-07 1,11E-07
dio kg 1,80E-04 2,00E-05 1,58E-04 6,80E-07 3,84E-08 6,00E-07
Amônia kg 1,00E-06 1,00E-06
Óleo kg 1,37E-06 3,40E-07 6,22E-07 1,79E-08 2,63E-07 1,30E-07
Fenol kg 6,27E-07 5,35E-07 9,19E-08
Radioatividade para a água Hq 6,70E+01 6,70E+01
Sulfatos kg 3,45E-03 3,41E-03 4,60E-05
SST kg 5,90E-04 5,90E-04 4,44E-07 1,13E-08
SDT kg 1,46E-03 1,40E-03 3,58E-05 2,22E-07 2,38E-05
Emissão o especificada kg 2,24E-05 2,24E-05
Cloreto de vinila kg 3,60E-07 3,60E-07
Saídas
Resíduos Sólidos
Asbestos kg 3,98E-05 3,96E-05 1,90E-07
Reduos minerais kg 6,93E-04 5,89E-04 1,01E-04 3,11E-06
Óleo kg 3,08E-04 3,08E-04
Reduos processuais kg 4,85E-02 9,57E-04 4,75E-02
Reduos do produto (o inerte) kg 7,60E-02 1,69E-02 8,09E-05 5,90E-02 2,94E-06
Reduo sólido (não inerte) kg 2,20E-03 2,19E-03 1,02E-05
Redioslidos (contendo Cu) kg 4,01E-05 4,01E-05
Reduo do solo
m
3
5,95E-05 5,95E-05
Esria kg 6,32E-06 5,35E-06 9,19E-07 4,45E-08
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 106
ANEXO C
RESULTADOS DA ACV DAS VÁLVULAS DE METAL E PVC
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 107
Para o melhor entendimento destas tabelas apresentam-se algumas
observações importantes:
1. As considerações referentes às tabelas descritas no anexo A são válidas
neste anexo.
2. Na primeira linha das tabelas deste item são adicionados os volumes
consumidos por subsistema e disponíveis nas tabelas 4-2 e 4-3.
3. Foram agrupados os seguintes componentes no grupo NMCOV (compostos
orgânicos voláteis exceto metano):
- Para o caso da válvula de metal os componentes são: ácido acético,
aldeídos não especificados, benzaldeído, benzeno, hexacloro-, benzeno,
pentacloro-, clorofórmio, dioxinas, etano, dicloro-, etano, HFC 116,
hexaflúor, eteno, chloro-, hidrocarbonetos alifáticos, hidrocarbonetos
aromáticos, hidrocarbonetos não especificados, fenol, pentacloro-, ácido
propiônico e t-butil metil éter;
- Para o caso da válvula de PVC os componentes são: 1,2-dicloroetano,
aldeídos, hidrocarbonetos, hidrocarbonetos alifáticos, hidrocarbonetos
aromáticos, diclorometano, tetraclorometano e triclorometano.
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 108
Tabela C-1 – Resultado do inventário do ciclo de vida para válvula metal
Quantidade de material (Kg), Transporte (t.Km) e Energia (MJ) 0,48912 0,9111 74,8104 0,2422 0,0034 0,1122 0,035 0,394 0,394 0,394
Parâmetros Unidade
Total
Transporte
Terrestre
Transporte
Ferroviário
Transporte
Marítimo
Cobre Alumínio Zinco Estanho
Manufatura da
válvula
Uso descarte
Entradas
Água kg 1,18E+01 8,80E-05 2,92E-08 1,95E-02 6,81E-01 8,26E-01 1,90E+00 4,67E-01 7,88E+00
Argila kg 2,98E-05 1,03E-07 3,46E-11 2,32E-05 2,42E-07 6,26E-06
Bário kg 2,15E-05 2,15E-05
Bauxita kg 1,28E-02 1,12E-06 3,64E-10 2,47E-04 2,66E-06 1,25E-02
Calcita kg 1,21E-04 5,38E-07 1,73E-10 1,20E-04 1,26E-06
Carvão kg 9,59E-02 9,59E-02
Chumbo kg 5,95E-07 5,95E-07
Cloreto de Sódio kg 2,42E-04 2,42E-04
Cobalto kg 5,30E-13 5,30E-13
Cromo kg 3,84E-07 3,84E-07
Energia Carvão MJ 1,87E-01 2,64E-05 8,56E-09 5,84E-03 6,30E-05 1,81E-01
Energia Gás natural MJ 1,57E+00 6,95E-03 2,28E-06 1,55E+00 1,67E-02
Energia hidrelétrica MJ 8,21E+00 2,64E-05 8,56E-09 5,84E-03 8,04E-01 1,26E-01 4,89E+00 2,02E+00 3,73E-01
Energia Petróleo MJ 5,67E-01 1,68E-03 5,47E-07 3,74E-01 4,04E-03 1,87E-01
Energia não especificada MJ 2,71E-01 1,19E-03 3,92E-07 2,67E-01 2,88E-03
Estanho kg 7,68E-09 7,68E-09
Gás Natural kg 6,74E-02 7,34E-06 2,46E-09 1,72E-03 6,56E-02
Magnésio kg 1,47E-07 1,47E-07
Minério de Cobre kg 5,56E-01 2,16E-01 5,30E-13 3,40E-01
Minério de Ferro kg 2,87E-04 5,38E-07 1,73E-10 1,20E-04 1,26E-06 1,66E-04
Minério de Estanho kg 8,33E-02 8,33E-02
Molibdênio kg 5,85E-13 5,85E-13
Niquel kg 2,19E-07 2,19E-07
Paládio kg 5,71E-13 5,71E-13
Petróleo kg 1,10E+00 3,17E-03 1,00E-06 7,08E-01 3,88E-01
Platina kg 6,49E-13 6,49E-13
Prata kg 1,38E-08 1,38E-08
Rênio kg 5,95E-13 5,95E-13
Ródio kg 6,09E-13 6,09E-13
Sal gema kg 1,21E-04 5,38E-07 1,73E-10 1,20E-04 1,26E-06
Sucata cobre kg 3,15E-02 3,15E-02
Zinco kg 1,12E-01 6,77E-09 1,12E-01
Saídas
Emissões para o ar
1,3 Butadieno kg 3,82E-07 9,29E-08 2,73E-07 0,00E+00 1,62E-08
Acetaldeído kg 1,44E-08 1,44E-08
Acetona kg 1,43E-08 1,43E-08
Ácido clorídrico kg 3,11E-07 1,37E-09 4,46E-13 3,07E-07 3,39E-09
Alumínio kg 5,01E-07 5,01E-07
Amônia kg 4,73E-07 3,88E-07 8,51E-08
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 109
Tabela C-1 – Continuação
Quantidade de material (Kg), Transporte (t.Km) e Energia (MJ) 0,48912 0,9111 74,8104 0,2422 0,0034 0,1122 0,035 0,394 0,394 0,394
Parâmetros Unidade
Total
Transporte
Terrestre
Transporte
Ferroviário
Transporte
Marítimo
Cobre Alumínio Zinco Estanho
Manufatura da
válvula
Uso descarte
Saídas
Emissões para o ar
Antinio
kg 1,89E-10 1,89E-10
Arsênio kg 2,69E-09 2,69E-09
Bário kg 6,52E-09 6,52E-09
Benzeno kg 1,50E-05 1,47E-05 5,92E-09 0,00E+00 2,42E-07 6,10E-08
Benzeno, etil-
kg 4,06E-08 4,06E-08
Benzopireno kg 4,38E-09 4,36E-09 2,34E-11
Berílio kg 7,31E-11 7,31E-11
Boro kg 1,01E-07 1,01E-07
Bromo kg 2,90E-08 2,90E-08
Butano kg 4,02E-07 4,02E-07
Buteno kg 9,96E-09 9,96E-09
Cádmio kg 2,79E-09 2,79E-09
Cálcio kg 2,13E-07 2,13E-07
Chumbo kg 1,15E-08 0,00E+00 1,73E-10 0,00E+00 1,07E-11 1,13E-08
Cianeto kg 7,85E-11 7,85E-11
Cloreto de Hidrogênio
kg 3,68E-06 3,68E-06
Cobalto kg 3,89E-09 3,89E-09
Cobre kg 1,00E-08 1,00E-08
COV kg 2,45E-05 2,45E-05 0,00E+00 0,00E+00 0,00E+00
COV-exceto CH4 kg 6,94E-04 3,03E-06 3,10E-06 6,81E-04 7,51E-06
Cromo kg 3,47E-09 3,47E-09
Dióxido de Carbono kg 3,96E+00 1,07E-02 7,47E-04 2,13E+00 1,78E+00 3,39E-02
Dióxido de enxofre kg 1,95E-01 2,25E-05 2,28E-06 3,22E-02 1,63E-01
Escâncio
kg 8,28E-11 8,28E-11
Estanho
kg 1,60E-10 1,60E-10
Estrôncio
kg 6,76E-09 6,76E-09
Etano
kg 3,75E-07 3,75E-07
Etano, 1,1,1,2-tetraflúor-, HFC-134a
kg -7,38E-22 -7,38E-22
Etano, 1,2-dicloro-1,1,2,2-tetraflúor-, CFC-114
kg 2,26E-09 2,26E-09
Etano, Dicloro-
kg 6,97E-10 6,97E-10
Etanol
kg 2,87E-08 2,87E-08
Eteno
kg 9,60E-08 9,60E-08
Etino
kg 1,38E-09 1,38E-09
Ferro
kg 2,95E-07 2,95E-07
Flúor kg 1,36E-07 1,36E-07
Fluoreteno kg 4,36E-08 4,36E-08
Fluoreto de Hidrogênio
kg 2,27E-06 2,27E-06
Formaldeído
kg 8,33E-08 8,33E-08
Fosfatos totais
kg 8,34E-09 8,34E-09
Fuligem kg 1,18E-04 3,23E-05 6,56E-07 6,06E-05 2,40E-05
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 110
Tabela C-1 – Continuação
Quantidade de material (Kg), Transporte (t.Km) e Energia (MJ) 0,48912 0,9111 74,8104 0,2422 0,0034 0,1122 0,035 0,394 0,394 0,394
Parâmetros Unidade
Total
Transporte
Terrestre
Transporte
Ferroviário
Transporte
Marítimo
Cobre Alumínio Zinco Estanho
Manufatura da
válvula
Uso descarte
Saídas
Emissões para o ar
Gás hidrogênio kg 2,81E-06 1,27E-08 4,10E-12 2,77E-06 2,91E-08
Hélio
kg 3,03E-07 3,03E-07
Heptano
kg 7,89E-08 7,89E-08
Hexano
kg 1,66E-07 1,66E-07
Iodo
kg 7,89E-09 7,89E-09
Lantânio
kg 2,04E-10 2,04E-10
Magnésio
kg 1,44E-07 1,44E-07
Manganês
kg 9,48E-09 9,48E-09
Material Particulado 10
kg 7,28E-05 6,85E-06 7,11E-07 0,00E+00 4,36E-08 6,52E-05
Mercúrio kg 1,90E-09 5,33E-15 1,90E-09
Metais pesados não especificados kg 5,92E-07 2,64E-09 8,56E-13 5,84E-07 6,30E-09
Metano kg 1,04E-04 1,17E-06 8,75E-14 2,69E-05 2,91E-07 7,60E-05
Metano, clorodiflúor-, HCFC-22
kg 2,06E-11 2,06E-11
Metano, clorotriflúor-, CFC-13
kg 1,16E-11 1,16E-11
Metano, Dicloro-, HCC-30 kg 1,21E-09 1,21E-09
Metano, diclorodiflúor-, CFC-12
kg 1,85E-11 1,85E-11
Metano, Dicloroflúor-, HCFC-21
kg 2,30E-09 2,30E-09
Metano, Tetraflúor,FC 14 kg 1,22E-06 1,22E-06
Metano, tricloroflúor-, CFC-11
kg 8,64E-11 8,64E-11
Metano,Tetracloro-, CFC-10
kg 3,64E-10 3,64E-10
Metanol
kg 4,35E-08 4,35E-08
Metil- mercaptano kg 1,27E-07 3,72E-11 1,18E-07 8,23E-09 8,96E-11
Molibdênio
kg 2,04E-09 2,04E-09
Monóxido de carbono kg 6,93E-03 3,33E-05 4,28E-06 6,13E-03 7,41E-04 1,30E-05
Monóxidos de nitrogênio kg 4,51E-02 1,37E-04 1,64E-05 3,96E-02 5,30E-03
Níquel
kg 7,05E-08 7,05E-08
Nitrogênio
kg 4,32E-07 4,32E-07
Nonóxido de nitrogênio
kg 1,30E-06 1,30E-06
Óxido nitroso kg 8,28E-07 4,89E-07 1,18E-14 0,00E+00 3,39E-07
Óxidos de enxofre kg 7,37E-04 2,40E-06 7,74E-10 5,31E-04 6,54E-06 1,97E-04
Óxidos de Nitrogênio
kg 6,74E-05 6,74E-05
PAH
kg 1,71E-07 1,71E-07
Pentano
kg 5,16E-07 5,16E-07
Petróleo kg 1,14E-04 4,89E-07 1,64E-10 1,12E-04 1,19E-06
Platina
kg 6,87E-13 6,87E-13
Poeira kg 1,52E-04 6,85E-07 2,19E-10 1,50E-04 1,67E-06
Potássio
kg 9,25E-08 9,25E-08
Propano
kg 4,29E-07 4,29E-07
Propeno
kg 2,01E-08 2,01E-08
Selênio
kg 3,97E-09 3,97E-09
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 111
Tabela C-1 – Continuação
Quantidade de material (Kg), Transporte (t.Km) e Energia (MJ) 0,48912 0,9111 74,8104 0,2422 0,0034 0,1122 0,035 0,394 0,394 0,394
Parâmetros Unidade
Total
Transporte
Terrestre
Transporte
Ferroviário
Transporte
Marítimo
Cobre Alumínio Zinco Estanho
Manufatura da
válvula
Uso descarte
Saídas
Emissões para o ar
Silício
kg 1,03E-06 1,03E-06
Sódio
kg 1,17E-07 1,17E-07
Sulfeto de hidrogênio kg 2,05E-05 4,84E-09 1,55E-12 1,05E-06 1,94E-05 3,56E-08
Tálio
kg 6,74E-11 6,74E-11
Titânio
kg 2,50E-08 2,50E-08
Tolueno
kg 7,84E-08 7,84E-08
Tório
kg 1,46E-10 1,46E-10
Urânio
kg 1,66E-10 1,66E-10
Vanádio
kg 2,56E-07 2,56E-07
Xileno
kg 1,75E-07 1,75E-07
Zinco
kg 3,37E-03 1,82E-08 3,37E-03
Zircônio
kg 6,09E-12 6,09E-12
NMVOC
kg 8,95E-03 7,78E-06 2,50E-09 4,70E-03 9,00E-05 4,15E-03
Saídas
Emissões para a água
Ác. Acético kg 1,80E-05 7,83E-08 2,55E-11 1,80E-05 0,00E+00
Ácido (H+) kg 1,89E-07 1,89E-07
Ácido hipocloroso
kg 6,34E-08 6,34E-08
Ácidos não especificados
kg 1,87E-09 1,87E-09
Alumínio
kg 1,50E-05 1,50E-05
Amônia como Nitrogênio
kg 2,47E-07 2,47E-07
Antimônio
kg 2,42E-10 2,42E-10
Arsênio, íon
kg 3,02E-08 3,02E-08
Bário
kg 1,74E-06 1,74E-06
Benzeno
kg 2,90E-08 2,90E-08
Benzeno, cloro-
kg 6,63E-16 6,63E-16
Benzeno, etil-
kg 5,28E-09 5,28E-09
Berílio
kg 1,45E-11 1,45E-11
Boro
kg 2,99E-08 2,99E-08
Cádmio, íon
kg 4,65E-09 4,65E-09
Cálcio, íon
kg 2,22E-05 2,22E-05
Carbono Orgânico Dissolvido
kg 2,31E-08 2,31E-08
Carbono Orgânico Total
kg 2,14E-05 2,14E-05
Césio
kg 2,22E-10 2,22E-10
Chumbo
kg 1,97E-02 7,27E-09 8,23E-08 1,97E-02
Cianeto
kg 1,79E-09 1,79E-09
Cloro, íon kg 2,47E-04 1,03E-07 3,37E-11 2,32E-05 2,42E-07 2,23E-04
Clorofórmio
kg 2,19E-10 2,19E-10
Cobalto
kg 2,96E-08 2,96E-08
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 112
Tabela C-1 – Continuação
Quantidade de material (Kg), Transporte (t.Km) e Energia (MJ) 0,48912 0,9111 74,8104 0,2422 0,0034 0,1122 0,035 0,394 0,394 0,394
Parâmetros Unidade
Total
Transporte
Terrestre
Transporte
Ferroviário
Transporte
Marítimo
Cobre Alumínio Zinco Estanho
Manufatura da
válvula
Uso descarte
Saídas
Emissões para a água
Cobre, ion
kg 7,09E-03 2,16E-09 7,57E-08 7,09E-03
Cromo VI
kg 1,97E-03 3,12E-11 1,97E-03
Cromo, íon
kg 1,97E-02 1,51E-07 1,97E-02
DBO
kg 3,80E-08 3,80E-08
DQO kg 2,02E-06 6,85E-09 2,19E-12 1,50E-06 1,62E-08 5,05E-07
Estanho, íon
kg 1,53E-10 1,53E-10
Estrôncio
kg 1,51E-06 1,51E-06
Etano, 1,1,1-tricloro-, HCFC-140
kg 1,58E-13 1,58E-13
Etano, dicloro-
kg 3,57E-10 3,57E-10
Etano, hexacloro-
kg 7,96E-15 7,96E-15
Eteno, Cloro-
kg 2,68E-13 2,68E-13
Eteno, tetracloro- kg 9,45E-13 9,45E-13
Eteno, tricloro-
kg 5,98E-11 5,98E-11
Fenol kg 3,11E-08 1,37E-10 4,46E-14 3,07E-08 3,39E-10
Fenol não especificado
kg 3,04E-08 3,04E-08
Ferro
kg 7,40E-06 7,40E-06
Fluoride
kg 8,59E-08 8,59E-08
Formaldeído
kg 1,14E-12 1,14E-12
Fosfatos
kg 8,91E-07 8,91E-07
Fósforos não especificados
kg 1,30E-10 1,30E-10
Gás hidrogênio kg 9,87E-07 4,26E-09 1,37E-12 9,73E-07 1,02E-08
Hidrocarbonetos kg 1,25E-05 5,38E-08 1,73E-11 1,20E-05 4,84E-07
Hidrocarbonetos alifático, alcânos, não especificados
kg 2,88E-08 2,88E-08
Hidrocarbonetos aromáticos
kg 1,34E-07 1,34E-07
Hidrocarbonetos não especificados
kg 2,15E-09 2,15E-09
Hipoclorito
kg 6,34E-08 6,34E-08
Inorgânicos gerais kg 6,83E-01 6,83E-01
Iodeto
kg 2,20E-08 2,20E-08
Íons metálicos kg 3,11E-06 1,37E-08 4,46E-12 3,07E-06 3,39E-08
Magnésio
kg 1,27E-05 1,27E-05
Manganês
kg 3,34E-07 3,34E-07
Mercúrio kg 4,80E-10 4,36E-10 4,42E-11
Metano, dicloro-, HCC-30
kg 1,96E-09 1,96E-09
Metano, tetracloro-, CFC-10
kg 1,44E-12 1,44E-12
Molibdênio
kg 4,66E-08 4,66E-08
Nitrogênio total kg 3,26E-07 7,27E-08 2,53E-07
Níquel, íon
kg 1,97E-03 7,56E-08 1,97E-03
Nitrogênio orgânico
kg 2,46E-08 2,46E-08
Nitrato
kg 4,31E-07 4,31E-07
Nitrito
kg 1,07E-08 1,07E-08
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 113
Tabela C-1 – Continuação
Quantidade de material (Kg), Transporte (t.Km) e Energia (MJ) 0,48912 0,9111 74,8104 0,2422 0,0034 0,1122 0,035 0,394 0,394 0,394
Parâmetros Unidade
Total
Transporte
Terrestre
Transporte
Ferroviário
Transporte
Marítimo
Cobre Alumínio Zinco Estanho
Manufatura da
válvula
Uso descarte
Saídas
Emissões para a água
Óleo kg 5,09E-06 2,25E-08 7,38E-12 5,01E-06 5,57E-08
Óleos não especificados
kg 4,05E-06 4,05E-06
Orgân. dissolvidos kg 1,21E-05 5,38E-08 1,73E-11 1,20E-05 1,26E-07
PAH kg 7,16E-08 7,27E-10 7,09E-08
Petróleo kg 1,37E-05 6,36E-08 2,00E-11 1,35E-05 1,48E-07
Potássio
kg 5,55E-06 5,55E-06
Prata
kg 1,44E-10 1,44E-10
Rutênio
kg 2,22E-09 2,22E-09
Sal não especificado
kg 6,26E-06 6,26E-06
Selênio
kg 7,49E-08 7,49E-08
Silício
kg 7,17E-09 7,17E-09
Sódio kg 1,14E-05 5,38E-08 1,73E-11 1,12E-05 1,26E-07
Sódio, íon
kg 8,62E-05 8,62E-05
Solventes clorados não especificados
kg 1,81E-11 1,81E-11
Substâncias Dissolvidas kg 5,92E-06 2,64E-08 8,56E-12 5,84E-06 6,30E-08
Substâncias Suspensas kg 4,18E-05 1,86E-07 6,01E-11 4,11E-05 4,36E-07
Substâncias insolúveis
kg 1,64E-05 1,64E-05
Sulfato
kg 9,42E-05 9,42E-05
Sulfato de bário
kg 4,28E-06 4,28E-06
Sulfeto de hidrogênio
kg 4,08E-10 4,08E-10
Sulfetos
kg 7,21E-09 7,21E-09
t-Butil metil eter
kg 1,05E-12 1,05E-12
Titânio, Ion
kg 8,91E-07 8,91E-07
Tolueno kg 7,94E-07 7,70E-07 2,40E-08
Trietileno glicol
kg 2,31E-08 2,31E-08
Trióxido de enxofre
kg 1,21E-08 1,21E-08
Tungstênio
kg 7,17E-10 7,17E-10
Vanádio, ion
kg 7,69E-08 7,69E-08
VOC
kg 7,68E-08 7,68E-08
Xileno kg 8,51E-07 8,30E-07 2,09E-08
Zinco, íon
kg 1,70E-07 5,09E-09 1,65E-07
Saídas
Resíduos Sólidos
Alumínio
kg 2,82E-07 2,82E-07
Arsênio
kg 1,13E-10 1,13E-10
Cádmio
kg 1,25E-11 1,25E-11
Cálcio
kg 1,13E-06 1,13E-06
Carbono
kg 8,70E-07 8,70E-07
Chumbo
kg 1,37E-10 1,37E-10
Cobalto
kg 5,98E-12 5,98E-12
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 114
Tabela C-1 – Continuação
Quantidade de material (Kg), Transporte (t.Km) e Energia (MJ) 0,48912 0,9111 74,8104 0,2422 0,0034 0,1122 0,035 0,394 0,394 0,394
Parâmetros Unidade
Total
Transporte
Terrestre
Transporte
Ferroviário
Transporte
Marítimo
Cobre Alumínio Zinco Estanho
Manufatura da
válvula
Uso descarte
Saídas
Resíduos Sólidos
Cobre
kg 3,00E-11 3,00E-11
Cromo
kg 1,41E-09 1,41E-09
Enxofre
kg 1,69E-07 1,69E-07
Escória kg 3,11E-07 1,37E-09 4,46E-13 3,07E-07 3,39E-09
Ferro
kg 5,64E-07 5,64E-07
Fósforo
kg 1,45E-08 1,45E-08
Inorgânico geral kg 3,25E+01 3,25E+01
Manganês
kg 1,13E-08 1,13E-08
Mercúrio
kg 8,43E-13 8,43E-13
Níquel
kg 4,49E-11 4,49E-11
Nitrogênio
kg 2,49E-10 2,49E-10
Óleos não especificados
kg 1,92E-07 1,92E-07
Resíduos não especificados
kg 1,58E+02 157,6
Resíduo mineral kg 3,42E-05 1,52E-07 4,92E-11 3,37E-05 3,63E-07
Resíduo não inerte kg 9,11E-04 3,91E-06 1,28E-09 8,98E-04 9,45E-06
Latão kg 7,35E-02 0,0735
Bronze kg 2,33E-01 0,2331
Zamac kg 8,63E-02 0,0863
Zinco
kg 4,52E-09 4,52E-09
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 115
Tabela C-2 – Resultado do inventário do ciclo de vida para válvula de PVC
Quantidade de material kg), Transporte (t.km) e
Energia (MJ)
0,1693 0,1693 0,1693 0,1696 0,0865 0,1152 0,0854 0,0919 0,0001 0,0004 0,0754 0,0125 0,7517 0,0022 0,0975 0,0198 0,8346 0,1064 0,0308 505,5298 0,0005 0,1693 0,1693 0,1693
Parâmetros Unidade
Total PVC MVC
Etileno
Brasil
Nafta
Cloro
(mercúrio)
Cloro
(diafragma)
NaOH
(mercúrio)
NaOH
(diafragma)
Sal-gema
Sal-
marinho
Energia
Elétrica
Óleo
diesel
Energia térmica
(óleo diesel)
Óleo
Combustível
Energia térmica
(óleo combustível)
Petróleo
Nacional
extraído
Petróleo
Importado
Extraído
Transporte
marítimo
Transporte
Ferroviário
Manufatura
da Válvula
Uso Descarte
Entradas
Aditivos kg 5,76E-04 5,76E-04
Água (termoelétrica evaporada) kg 1,74E-01 1,74E-01
Água utilizada (hidroelétrica) kg 8,72E-02 8,72E-02
Bauxita kg 4,39E-05 3,62E-05 6,22E-06 1,51E-06
Carvão kg 9,62E-03 9,62E-03
Petróleo kg 2,64E-02 1,73E-02 4,98E-03 4,14E-03
Petróleo (matéria-prima) kg 1,16E-01 9,03E-02 2,60E-02
Energia (não especificada) MJ 5,60E-01 2,72E-01 7,25E-02 1,03E-01 1,13E-01
Materiais secundários
m
3
8,72E-02 8,72E-02
Gás natural kg 6,68E-03 5,71E-04 4,98E-03 8,57E-04 2,64E-04
Óleo kg 9,09E-04 9,09E-04
Oxigênio kg 2,54E-02 2,54E-02
Reservas Bióticas kg 3,66E-03 3,66E-03
Sal gema kg 8,63E-02 8,63E-02
Sal marinho kg 1,25E-05 1,25E-05
Urânio kg 1,35E-07 1,35E-07
Água kg 2,63E-02 3,31E-03 2,17E-02 1,52E-05 1,03E-04 0,001029344 1,47E-04 1,19E-07
Saídas
Emissões para o ar
Amônia kg 6,37E-09 4,50E-12 6,37E-09
Cloro-Flúor-Carbono kg 8,99E-07 1,69E-07 7,26E-07 3,48E-09
Metano kg 4,06E-04 1,15E-07 4,06E-04 8,67E-09 1,28E-07
Gás Cloro kg 2,34E-07 1,78E-07 5,55E-08 7,26E-10 2,66E-10
Monóxido de Carbono kg 2,24E-04 1,53E-05 4,67E-05 2,30E-07 4,54E-06 1,12E-04 1,08E-08 1,19E-06 1,65E-07 1,09E-07 6,51E-06 1,24E-06 3,57E-05 2,87E-09
Dióxido de Carbono kg 3,10E-01 6,07E-03 9,17E-02 6,57E-05 7,79E-02 2,58E-02 3,59E-06 7,35E-03 5,19E-08 6,70E-02 1,65E-02 4,96E-03 1,25E-02 1,77E-05
Dióxido de Carbono (não fossil) kg 1,24E-02 1,24E-02
Material Particulado 10 kg 1,32E-04 8,47E-08 2,60E-06 8,06E-08 2,27E-05 5,05E-05 4,33E-09 2,82E-06 6,34E-08 2,57E-05 2,19E-05 4,64E-06 9,00E-07 6,78E-08
Gás Hidrogênio kg 4,46E-05 6,72E-07 4,27E-05 3,15E-09 2,05E-07 4,76E-07 4,59E-07
Sulfeto de Hidrogênio kg 1,69E-09 1,69E-09
Ácido Clorídrico kg 3,13E-07 9,27E-11 1,34E-09 1,59E-07 1,53E-07
Mercúrio kg 1,09E-06 3,09E-08 1,45E-10 2,26E-11 9,06E-07 1,56E-07
Metais kg 3,77E-08 7,52E-12 3,77E-08
Mertimercaptana kg 1,20E-07 1,15E-07 4,98E-09 1,58E-11
Óxido Nitroso kg 8,28E-06 8,26E-06 1,53E-08
Óxidos de Nitrogênio kg 1,28E-03 1,74E-04 4,60E-08 5,30E-05 4,32E-04 2,17E-09 1,40E-05 3,66E-08 1,29E-04 2,05E-04 4,03E-05 2,32E-04 3,39E-08
Percloroetileno kg 1,36E-07 1,36E-07
Radioatividade para o ar Bq 7,34E+00 7,34E+00
Dióxido de Enxofre kg 4,15E-04 1,73E-05 9,08E-05 8,72E-05 1,62E-05 1,56E-05 1,88E-04
Fuligem kg 6,93E-06 6,50E-07 5,93E-06 3,54E-07 0,00E+00
Óxidos de Enxofre kg 4,23E-04 3,91E-08 2,17E-09 3,62E-05 3,11E-08 3,31E-04 5,44E-05 9,34E-07 3,39E-07 8,72E-08
Cloreto de Vinila (MVC) kg 1,12E-04 8,47E-05 2,71E-05
Compostos Orgânicos Voláteis (COV) kg 6,52E-07 6,52E-07
Água kg 0,00E+00 0,00E+00
NMCOV kg 7,43E-04 1,57E-04 1,22E-04 8,06E-06 2,51E-07 2,56E-07 1,23E-09 1,34E-04 6,04E-06 4,40E-07 1,67E-06 6,14E-06 1,52E-05 1,99E-04 6,30E-05 2,88E-05 0,00E+00
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Anexo C 116
Tabela C-2 – Continuação
Quantidade de material kg), Transporte (t.km) e
Energia (MJ)
0,1693 0,1693 0,1693 0,1696 0,0865 0,1152 0,0854 0,0919 0,0001 0,0004 0,0754 0,0125 0,7517 0,0022 0,0975 0,0198 0,8346 0,1064 0,0308 505,5298 0,0005 0,1693 0,1693 0,1693
Parâmetros Unidade
Total PVC MVC
Etileno
Brasil
Nafta
Cloro
(mercúrio)
Cloro
(diafragma)
NaOH
(mercúrio)
NaOH
(diafragma)
Sal-gema
Sal-
marinho
Energia
Elétrica
Óleo
diesel
Energia térmica
(óleo diesel)
Óleo
Combustível
Energia térmica
(óleo combustível)
Petróleo
Nacional
extraído
Petróleo
Importado
Extraído
Transporte
marítimo
Transporte
Ferroviário
Manufatura
da Válvula
Uso Descarte
Saídas
Emissões para a água
Ácidos (não especificados) kg 1,28E-10 1,28E-10
asbestos kg 1,12E-06 1,11E-06 5,33E-09
DBO kg 7,96E-05 7,96E-05 5,26E-08 1,91E-09
Bromo kg 3,26E-07 3,25E-07 1,55E-09
Cloro kg 1,32E-02 1,32E-02 2,30E-07 8,75E-09 1,63E-05 4,09E-08 8,30E-08 4,51E-11 8,67E-09 1,53E-07 3,77E-08
DQO kg 7,52E-05 7,12E-05 3,46E-06 1,35E-07 1,59E-07 1,53E-07 9,50E-09
Compostos de enxofre kg 3,38E-10 3,38E-10
Compostos de nitrogênio kg 3,38E-10 3,38E-10
Óleo Cru kg 4,22E-06 3,33E-06 6,98E-07 1,84E-07
Cobre kg 6,11E-12 6,11E-12
Hidrocarbonetos kg 9,79E-08 2,26E-08 7,53E-08
dicloroetano kg 5,10E-06 5,10E-06
EOCl kg 3,77E-08 3,35E-09 3,42E-08 1,57E-11 1,64E-10
Ferro kg 1,51E-06 1,51E-06
Mercúrio kg 2,02E-09 2,01E-09 9,41E-12
Metais pesados (Cr, Pb) kg 1,35E-10 1,35E-10
Ions Metálicos kg 6,30E-04 6,30E-04 7,52E-09 4,53E-07 7,76E-08 1,89E-08
Sódio kg 3,04E-05 3,39E-06 2,68E-05 1,15E-07 6,50E-09 1,02E-07
Amônia kg 1,00E-06 1,00E-06
Óleo kg 2,32E-07 5,76E-08 1,05E-07 3,03E-09 4,45E-08 2,19E-08
Fenol kg 1,06E-07 9,06E-08 1,56E-08
Radioatividade para a água Hq 1,14E+01 1,14E+01
Sulfatos kg 5,85E-04 5,77E-04 7,79E-06
SST kg 1,00E-04 9,99E-05 7,52E-08 1,91E-09
SDT kg 2,47E-04 2,37E-04 6,06E-06 3,76E-08 4,03E-06
Emiso não especificada kg 3,78E-06 3,78E-06
Cloreto de vinila kg 6,09E-08 6,09E-08
Saídas
Resíduos Sólidos
Asbestos kg 6,74E-06 6,71E-06 3,21E-08
Resíduos minerais kg 1,17E-04 9,97E-05 1,71E-05 5,26E-07
Óleo kg 5,21E-05 5,21E-05
Resíduos processuais kg 8,21E-03 1,62E-04 8,04E-03
Resíduos do produto (não inerte) kg 1,29E-02 2,87E-03 1,37E-05 9,99E-03 4,97E-07
Resíduo sólido (não inerte) kg 3,72E-04 3,70E-04 1,73E-06
Resídios sólidos (contendo Cu) kg 6,79E-06 6,79E-06
Resíduo do solo
m
3
1,01E-05 1,01E-05
PVC kg 1,69E-01 1,69E-01
Escória kg 1,07E-06 9,06E-07 1,56E-07 7,53E-09
Quantidade de aspectos ambientais
Subsistemas
PPGEM – Engenharia de Manufatura (2006)
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo