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DISSERTAÇÃO
ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS
GENÉTICOS E SELEÇÃO DE CLONES
LINALOL EM Lippia alba
ELCIO RODRIGO RUFINO
Campinas, SP
2008
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vi
INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA
TROPICAL E SUBTROPICAL
ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS E
SELEÇÃO DE CLONES LINALOL EM Lippia alba
ELCIO RODRIGO RUFINO
Orientador: Walter José Siqueira
Campinas, SP
Abril 2008
Dissertação submetida como requisito
parcial para obtenção do grau de Mestre
em Agricultura Tropical e Subtropical
Área de Concentração em Genética,
Melhoramento Vegetal e Biotecnologia
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vii
Ficha elaborada pela bibliotecária do Núcleo de Informação e Documentação
do Instituto Agronômico
R926e Rufino, Elcio Rodrigo
Estimativas de parâmetros genéticos e seleção de clones linalol em
Lippia alba / Elcio Rodrigo Rufino. Campinas, 2008.
110 fls
Orientador: Walter José Siqueira
Dissertação (Mestrado) – Concentração em Genética, Melhoramento
Vegetal e Biotecnologia
1.Melhoramento de plantas 2. Divergência genética 3. Herdabilidade
I. Siqueira Walter José II. Título
CDD 631.5233
viii
ix
Aos meus pais, Dourival e Adelina
Bonfatti Rufino, que em sua
simplicidade me ensinaram valores
imensuráveis, me mostraram que o
amor, o carinho, a fé, a dedicação e
a esperança são os maiores bens
que o homem pode possuir,
DEDICO
A minha irmã, Edilaine
Cristina Rufino, por sua
compreensão, cumplicidade e
amor, por me fazer entender
que “tudo o que não me mata
me deixa mais forte,
OFEREÇO
x
AGRADECIMENTOS
- A Deus, por sua bondade, que concedeu coragem e inteligência, por ter me concedido
viver momentos autênticos e intensos durante toda a minha trajetória.
- A toda a equipe envolvida nesse trabalho, Márcia Ortiz Mayo Marques, Carlos
Augusto Colombo, Joaquim Adelino Azevedo Filho, Alisson Fernando Chiorato,
Lenita Lima Haber, Maria Aparecida Ribeiro Vieira, Rauly Maximo Rabelo Moretti,
pela competência e colaboração no desenvolvimento deste trabalho.
- Aos estagiários Rosemari de Oliveira Basílio e Evandro Pereira Coelho, que sempre
foram muito competentes e prontos a cooperar.
- Em especial, a experiência incalculável, a amizade, o carinho e a prontidão em ouvir e
em ajudar da “super mãe” Rauly.
- A toda a equipe que compõe a secretaria da Pós-Graduação do Instituto Agronômico,
Adilza, Célia e Beth, pessoas maravilhosas, sempre prontas e disponíveis para ajudar.
- Aos meus sobrinhos, que, apesar da pouca idade e ausência de compreensão, me
deram forças e ânimo novo com pequenos gestos como: “quero ser igual a você tio”.
- Aos meus pais, Dourival Rufino e Adelina Bonfati Rufino, que sempre me amaram,
respeitaram e apoiaram as minhas decições, por todos os esforços que fizeram para me
ajudar, por toda a minha formação moral, mesmo a pesar da distância geográfica e
corporal, sempre estiveram comigo em espírito.
- A minha irmã Edilaine, por sempre ter sido uma pessoa autêntica, amorosa, cúmplice e
acima de tudo, uma amiga para todas as horas, a qual sempre eu amarei e admirarei.
- A minha irmã Elizângela, pelo seu amor e espírito positivo.
- A Lídia Bonfati Barbieri, por seu bom humor, espírito jovem e amizade, por sempre
ter acreditado em mim e me incentivado a prosseguir na busca dos meus sonhos.
- A Solange Camargo, grande amiga e profissional, que sempre insistiu em me fazer ver
sempre o lado bom das coisas.
- A todos os funcionários do Instituto Agronômico, em especial os da genética, por
terem me proporcionados grandes momentos e vasto conhecimento.
- Ao meu professor de faculdade, Edison Martins Paulo, que “abriu” os meus olhos para
um horizonte bem maior do que realmente ele apresenta ser, por ter me ensinado que
mérito se deve a quem merece e que de um sonho não se deve desistir, o meu muito
obrigado.
xi
- A Lippia alba, que me ensinou que tudo tem seu tempo, que paciência realmente é
uma virtude adquirida, por sempre ter perfumado o meu ambiente de trabalho com
seus óleos essenciais, os quais sempre renderam muitos elogios de todos os
companheiros de trabalho.
- Ao CNPq, edital universal, pelo apoio financeiro aplicado no desenvolvimento deste
projeto.
- E por último, contudo, não menos importante ao meu insubstituível orientador, o meu
norte nesta caminhada, por ter passado a mim tanto conhecimento, por ter tido muita
paciência, por sempre ter confiado em mim e em meu trabalho, pelo carinho, pela
amizade, pelo companheirismo e principalmente, por ter me mostrado que o que
realmente vale a pena é fazer o bem sem olhar a quem. A você, todo o meu respeito,
admiração e meu sincero muito obrigado.
xii
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................... vii
ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................................. x
ÍNDICE DE ANEXOS ............................................................................................................. xii
RESUMO .............................................................................................................................. xiiii
ABSTRACT ............................................................................................................................. xv
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 4
2.1 Lippia alba ............................................................................................................................ 4
2.2 Óleos Essenciais e Importância Econômica ......................................................................... 7
2.3 Pré-Melhoramento e Melhoramento Genético em Lippia alba ............................................ 8
2.3.1 Estimativas de parâmetros genéticos e correlações ......................................................... 10
2.3.2 Estimativas de correlações genética aditiva, fenotípica e de ambiente ........................... 13
3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 14
3.1 Material Vegetal ................................................................................................................. 14
3.1.1 Breve histórico da obtenção de uma população de Lippia alba de ampla base
genética ..................................................................................................................................... 14
3.2 Métodos .............................................................................................................................. 16
3.2.1 Identificação de plantas de quimiótipo linalol na população-base para
experimentação de novos clones .............................................................................................. 16
3.2.2 Obtenção das progênies clonais de meios-irmãos de plantas de quimiótipo linalol
da população-base .................................................................................................................... 17
3.2.3 Instalação dos experimentos de novos clones linalol obtidos na população-base ........... 22
3.2.4 Características avaliadas na seleção dos novos clones linalol derivados da
população-base ......................................................................................................................... 25
3.2.5 Análises estatísticas e correlações de Pearson para os experimentos com novos
clones linalol recombinantes .................................................................................................... 31
3.2.6 Instalação dos experimentos para estimativas de parâmetros genéticos baseadas
em progênies clonais de meios irmãos ..................................................................................... 33
3.2.7 Análises estatísticas para estimativas de parâmetros genéticos em progênies
clonais de meios irmãos e correlações de Pearson ................................................................... 36
3.3 Análises Estatísticas Multivariadas .................................................................................... 36
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 38
4.1 Seleção dos Novos Clones Linalol Derivados da População-base ..................................... 38
4.1.1 Coeficiente de determinação genotípico.......................................................................... 38
4.1.2 Correlações de Pearson .................................................................................................... 40
4.2 Análises de Variância Simples e Conjunta das Características Avaliadas nos Clones ...... 45
4.2.1 Área foliar – AF, comprimento de internódio – CI, número de folhas – NF e
número de brotos ou ramos - NB ............................................................................................. 45
4.2.2 Massa fresca total (MFT) e massa seca total (MST). ...................................................... 54
4.2.3 Massa fresca folhas (MFF), massa seca de folhas (MSF) e relações MFF/MFT e
MSF/MST ................................................................................................................................. 58
4.2.4 Massa fresca e seca total / broto (MFT/Br, MSF/Br), massa fresca e seca de folhas
/ broto (MFF/Br, MSF/Br) ........................................................................................................ 66
4.2.5 Rendimento de óleo essencial (RD) em % ...................................................................... 66
4.2.6 Produção de óleo por planta (PO) em g.Pl
-1
.................................................................... 69
4.2.7 Perfil fitoquímico: componente majoritário linalol (LN%) ............................................. 71
4.3 Divergência Genética por Análises Multivariadas ............................................................. 73
vi
4.3.1 Análise de agrupamento .................................................................................................. 73
4.3.2 Análise de componentes principais ................................................................................. 75
4.4 Clones de Quimiótipo Linalol Selecionados ...................................................................... 79
4.5 Estimativas de Parâmetros Genéticos ................................................................................. 81
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 87
6 CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 88
7 REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................................... 89
ANEXOS ................................................................................................................................ 100
vii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Índices de correlações utilizados nos experimentos, de acordo
com SHIMAKURA & RIBEIRA JUNIOR (2006)..........................
Tabela 2 – Coeficientes de determinação genotípica das variáveis avaliadas;
dados obtidos pelos quadrados médios dos tratamentos e
residuais...........................................................................................
Tabela 3 – Correlações simples entre as características rendimento de óleo,
produção de óleo por planta, área foliar, número de folhas,
número de brotos, massa fresca total, massa seca total, massa
fresca de folhas, massa seca de folhas, relação massa fresca de
folhas / massa fresca total e relação massa seca de folhas / massa
seca total...........................................................................................
Tabela 4 - Médias da característica AF (área foliar) em cm
2
para 40 clones e
três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para
análises de variância simples e conjunta..........................................
Tabela 5 - Médias da característica CI (comprimento de internódios) em cm
para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott &
Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta...............
Tabela 6 - Médias da característica NF (número de folhas) para 40 clones e
três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para
análises de variância simples e conjunta..........................................
Tabela 7 - Médias da característica NB (número de brotos) para 40 clones e
três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para
análises de variância simples e conjunta..........................................
Tabela 8 - Médias da característica MFT (massa fresca total) para 40 clones
e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5%
para análises de variância simples e conjunta..................................
Tabela 9 - Médias da característica MST (massa seca total) para 40 clones e
três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para
análises de variância simples e conjunta..........................................
Tabela 10 - Médias da característica MFF (massa fresca de folhas) para 40
clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a
5% para análises de variância simples e conjunta............................
Tabela 11 - Médias da característica MSF (massa seca de folhas) para 40
32
40
44
47
49
51
53
56
57
60
viii
clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a
5% para análises de variância simples e conjunta............................
Tabela 12 - Médias da característica MFF/MFT (massa fresca de folhas/massa
fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de
Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e
conjunta............................................................................................
Tabela 13 - Médias da característica MSF/MST (massa seca de folhas/massa
seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey
e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e
conjunta............................................................................................
Tabela 14 - Médias da característica RD (rendimento de óleo por planta) em
% para 30 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott
& Knott a 5% para análises de variância simples e
conjunta............................................................................................
Tabela 15 - Médias da variável produção de óleo por planta (PO) para 40
clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott e Knott a
5%..................................................................................................
Tabela 16 Análise da proporção do óleo majoritário (LN%) nos cinco clones
recombinantes superiores para MSF mais os dois controles em
três experimentos, com teste de Tukey a 5% para análises de
variância simples e conjunta............................................................
Tabela 17 – Estimativas dos autovalores associados aos componentes
principais, juntamente com sua importância relativa (Raiz %) e
acumulada, referentes as 16 variáveis avaliadas em 30 clones de
Lippia alba.......................................................................................
Tabela 18 – Clones selecionados em função das características avaliadas
(análises univariadas).......................................................................
Tabela 19 - Clones selecionados por meio de análises de agrupamentos e de
Componentes Principais (análises multivariadas)............................
Tabela 20 - Resultados das estimativas de parâmetros genéticos em caracteres
de estacas para três diferentes números de progênies de meios
irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas...............................
Tabela 21 - Resultados das estimativas das correlações fenotípica (r
F%
),
genética aditiva (r
A%
) e de ambiente (r
E%
), baseadas em progênies
clonadas de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas
62
64
65
68
70
71
76
80
80
82
ix
para dois caracteres avaliados em estacas........................................
85
x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - População-base recombinante (296 plantas) extremamente
variável para seleção de novos clones experimentais e também
para obtenção de progênies de meios irmãos; a) vista geral do
campo onde a população foi instalada e b) detalhe da irrigação
por gotejo e identificação individual das plantas.............................
Figura 2 – Características contrastantes entre os clones selecionados; a) vista
geral da variabilidade apresentada na população base e b) detalhe
do contraste para tamanho, forma e coloração de folhas.................
Figura 3 Coleta e clonagem dos 63 novos clones linalol para avaliação nos
três experimentos, a) coleta de ramos das plantas selecionadas, b)
preparo das estacas, c) vista geral da brotação e enraizamento das
estacas, d) detalhe do enraizamento, e) e f) vista geral dos clones
estabelecidos e prontos para o plantio..............................................
Figura 4 Obtenção das progênies de meios-irmãos, a) frutos-sementes de
Lippia alba após retirada das infrutescências, b) tratamento prévio
com cloro ativo, c) frutos sementes após tratamento, prontos para
plantio, d) início da germinação onde nota-se diferenças na
germinação entre as progênies, e) detalhe do contraste da
germinação entre as progênies, f) transplante das plântulas obtidas
para bandejas, visando desenvolvimento e posterior identificação
olfativa dos indivíduos linalol, g) transplante de plântulas
identificadas como linalol para vasos individuais, h) vista geral da
bancada com todas as progênies selecionadas e i) detalhe do
desenvolvimento das plantas............................................................
Figura 5 Instalação do matrizeiro e clonagem por estaquia das plantas das
progênies, a) disposição das plantas de cada progênie no
matrizeiro, b) vista geral após o plantio, c) campo de estacas de
progênies com plantas desenvolvidas, d) bandejas com estacas de
plantas de cada progênie, oriundas do matrizeiro, com dois pares
de gemas laterais, um para enraizamento e o segundo par para
emissão de brotos, e) vista geral após o estabelecimento das
estacas e f) detalhe do desenvolvimento dos clones das progênies;
nota-se variabilidade morfológica entre as progênies......................
Figura 6 – Padronização de estacas para compor os tratamentos dos
experimentos; a) retirada das mudas após desenvolvimento, b)
padronização e seleção das estacas para comporem os blocos
experimentais e c) vista geral das estacas para padronização..........
Figura 7 – Vista geral dos três experimentos; a) e b) primeiro experimento de
15
16
17
20
22
23
xi
Campinas (Entomologia), c) e d) segundo experimento de
Campinas (Hortaliças), e) e f) experimento de Monte Alegre do
Sul....................................................................................................
Figura 8 Vista geral do tutoramento realizado nas plantas nos três
experimentos, evitando o enraizamento dos ramos ao tocarem o
solo; a) início do desenvolvimento das plantas e tutoramento e b)
plantas no estádio de colheita...........................................................
Figura 9 – Colheita dos experimentos; a) colheita das duas plantas por
parcela, b) separação das folhas dos ramos, c) massa fresca de
folhas d) vista geral da sala de secagem das folhas, e) secagem
dos ramos para obtenção da massa seca após a retirada das folhas
e f) detalhes dos ramos após a retirada das folhas...........................
Figura 10 – Processo de extração e rendimento do óleo essencial; a) preparo
das amostras em balões de vidro com 1000 mL de água destilada,
b) início da extração de óleo essencial, c) óleo essencial após
destilação, d) vista geral dos frascos com óleo essencial para
obtenção do rendimento, e) detalhe do frasco contendo óleo
essencial; nota-se diferenças no rendimento entre os clones e f)
vista geral do processo de extração..................................................
Figura 11 Detalhe do clone 201 (terceiro ramo da esquerda para a direita),
evidenciando internódios curtos e folhas grandes em relação ao
controle IAC 8 (primeiro ramo à esquerda).....................................
Figura 12 - Análise de divergência genética para 30 clones de Lippia alba. As
distâncias genéticas foram obtidas com base nas 16 variáveis e
quantificadas através da distancia Euclidiana padronizada e o
agrupamento foi feito pelo método UPGMA...................................
Figura 13 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP2) com trinta
clones de Lippia alba baseada nas dezesseis variáveis
estudadas..........................................................................................
Figura 14 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP3) com trinta
clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas..............
Figura 15 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP4) com trinta
clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas..............
Figura 16 - Gráfico sob a forma de histograma com os clones de primeira
seleção baseada em análises univariadas e multivariadas................
24
25
28
30
43
75
77
78
79
81
xii
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1 Análise de solo dos três experimentos logo após a instalação dos
experimentos....................................................................................
Anexo 2 – Dados climáticos e de localização dos experimentos......................
Anexo 3 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no
bloco I do primeiro experimento de Campinas (Ep1).....................
Anexo 4 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no
bloco II do primeiro experimento de Campinas (Ep1).....................
Anexo 5 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no
bloco II do segundo experimento de Campinas (Ep2).....................
Anexo 6 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no
bloco III do segundo experimento de Campinas (Ep2)....................
Anexo 7 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no
bloco I do terceiro experimento (Ep3).............................................
Anexo 8 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no
bloco III do terceiro experimento (Ep3)...........................................
Anexo 9 - Médias da variável massa fresca total / broto (MFT/BRO) para 40
clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5%
para análise de variância simples e conjunta....................................
Anexo 10 - Médias da variável massa seca total / broto (MST/BRO) para 40
clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5%
para análise de variância simples e conjunta....................................
Anexo 11 - Médias da variável massa fresca de folhas / broto (MFF/BR) para
40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a
5% para análise de variância simples e conjunta.............................
Anexo 12 - Médias da variável massa seca de folhas / broto (MSF/BR) para
40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a
5% para análise de variância simples e conjunta.............................
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
112
xiii
RUFINO, Elcio Rodrigo. Estimativas de parâmetros genéticos e seleção de clones
linalol em Lippia alba. 2008, 112f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento
Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC.
RESUMO
A espécie Lippia alba, aromática e medicinal, é um arbusto nativo da mata Atlântica
que apresenta muito vigor e variabilidade genética. O principal foco dos estudos com
esta espécie são os óleos essenciais, cujas funções tem sido comprovadas
cientificamente para aplicações nas indústrias de fármacos, cosmética, perfumaria,
alimentícia e de produtos agropecuários (inseticidas e fungicidas). Entretanto, pesquisas
direcionadas para o melhoramento genético, são até o momento, incipientes. O presente
trabalho teve como objetivos, avaliar o potencial de uma população recombinante de
Lippia alba na obtenção de novos clones para características agronômicas e
fitoquímicas de interesse, tendo como modelo o óleo linalol, bem como estimar
parâmetros genéticos afim de se determinar o potencial da espécie para fins de
melhoramento. Para todas as características avaliadas na seleção dos novos clones (três
experimentos) foi possível verificar a existência de variabilidade genética entre os
clones e, de acordo com os coeficientes de determinação genotípicos, essas diferenças
foram em sua maioria de magnitude genética, exceto para a variável número de brotos
(NB), que mostrou-se altamente influenciada pelo ambiente. De acordo com as
correlações simples, foi possível verificar a magnitude das correlações entre as variáveis
avaliadas, e estas, em sua maioria, foram consideradas como positivas, moderadas e
fortes, como exemplo área foliar (AF) e comprimento de internódios (CI) com produção
de óleo por planta (PO) com 59 e 60% de correlação, respectivamente, número de folhas
(NF) com massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF) ambas com negativa de 65%.
Dentre as características avaliadas pelos testes de médias (Tukey e Scott & Knott),
destacaram-se massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF respectivamente), rendimento
de óleo (RD), produção de óleo por planta (PO) e porcentagem de linalol presente no
óleo (LN%), nas quais foi possível identificar indivíduos superiores aos dois controles
empregados, evidenciando o potencial genético da espécie. Com auxilio das análises
multivariadas, foi possível verificar de maneira adicional os resultados obtidos pelas
análises univariadas. Na análise de agrupamentos (UPGMA) foram definidos cinco
grupos distintos e cada um deles também com subgrupos. O clone 280 (grupo 5) foi
superior e distinto de todos os demais grupos. Os clones semelhantes aos controles
xiv
foram 109, 199, 241, 238 (grupo 3) e 129 e 219 (grupo 4). Pela análise de componentes
principais, foi possível determinar as variáveis que mais influenciaram na diferenciação
dos genótipos, sendo elas: MSF, MFF. Nos estudos iniciais de parâmetros genéticos
envolvendo vigor de estacas em três grupos de progênies formados obteve-se altas
herdabilidades, no sentido restrito, variando de 90,19 a 94,54 para massa de brotos(g) /
planta e 95,21 a 97,10 para comprimento dos dez maiores brotos / planta resultando em
valores de b >1 de 0,9 a 1,7 e 2,2 a 2,9 respectivamente, adequados para o
melhoramento. As correlações apresentaram altos valores, em especial, as correlações
genéticas aditivas (variando de 87,68 a 99,90%), com predomínio destas nas correlações
fenotípicas (G% - entre 94,09 a 98,8%). Apesar das correlações elevadas de ambiente a
proporção destes efeitos ambientais na correlação fenotípica foi desprezível (E% - entre
1,2 a 5,9%). Finalmente, os três grupos de progênies formadas apresentaram magnitudes
semelhantes para as estimativas de parâmetros genéticos comprovando a elevada
variabilidade genética da espécie mesmo em populações pequenas.
Palavras-chave: divergência genética, melhoramento de plantas, herdabilidade, ganho
genético.
xv
RUFINO, Elcio Rodrigo. Genetics parameters estimative and new clone selection
linalol in Lippia alba. 2008. 110f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento
Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC.
ABSTRACT
The aromatic and medicinal species Lippia alba is a quite vigorous and rugged shrub
native to South America (Atlantic Rainforest). Because it is an allogamous and self-
incompatible species, natural populations have high morphological and chemical
variability. For this reason, the diversity of chemical compounds in the plant,
particularly in the leaves has raised the interest of manufacturers in the pharmaceutical,
cosmetics, perfume, food, and agricultural/livestock product industries (insecticides and
fungicides). This work’s objective was to conduct a preliminary screening to identify
new promising clones from a novel (recombinant) base population of Lippia alba with
regard to its agronomic and phytochemical traits, using the linalool oil or chemotype as
model. The two best linalool clones, obtained by collection, according to YAMAMOTO
(2006), were used as controls. Traits evaluated included: leaf area in cm (LA), mean
internode length in cm (IL), number of leaves (NL), dry mass total (DMT), dry mass of
leaves (DML), leaf yield (LY%), oil yield (EOY%), oil production per plant in g (OP),
and linalool percentage (LN%). Forty linalool chemotype clones were evaluated in three
experiments, in a random block design with four replicates and four cuttings (clones)
per plot. All data were obtained as means per plant. The means were compared by
Tukey’s test (5%) and, due to test redundancies because of the great number of
experimental clones, the Scott and Knott test was applied (5%). Multivariate analysis
was also used in order to aid in the preliminary selection of clones. R
2
genotypic
coefficients of determination were high (>70.0%), except for NL, with smaller values in
the experiments (8.0 to 55.0%). There were positive correlations from moderate to
xvi
strong for LA × IL, LA × OP, NL × FML, and NL × DML. Linalool clones superior or
similar to both controls were identified for the FML, DML, EOY%, OP, and LN% traits
(univariate analyses), aimed at further validating experimentation. Five distinct groups
were defined in the cluster analysis (UPGMA), each containing subgroups as well.
Clone 280 (group 5) was superior and distinct from all other groups. Clones 109, 199,
241, 238 (group 3), and 129 and 219 (group 4) were similar to the controls. Based on
the principal components analysis, variables that influenced genotype differentiation the
most were determined: DML and FML. Hight heritabilities in narrow sense were
obtained to stem-cut characteristics in the three groups of the progenies criated resultin
in b values >1, extremelly adequated to plant breeding employing half-sib progenies.
The genetic aditive correlations were hight for all characteristics of stem-cuts studied
(87,7 – 99,9%), with predominance of their effects to the phenotipic correlations (G% =
94,09 - 98,8%). Whatever the hight values of environmental correlations (>70,0%)
observed, the influence in the phenotipic correlations were insignificant (E% = 1,2 a
5,9%). Finally, the estimated of genetic parameters in the three groups analysed were
similar showing hight genetic variability of this specie in small populations.
Key-words: Verbenaceae, genetic recombination, clone selection, genetic divergence,
half sib progenies, plant breeding, heritability.
1
1 INTRODUÇÃO
A partir dos anos 90 e mais acentuadamente na década atual, tem sido notada a
crescente valorização do consumo de alimentos naturais ou orgânicos em todo o mundo.
Estimulada por essa mudança de hábito alimentar dos consumidores e se apegando
fortemente ao marketing positivo que isso gera na opinião pública, as empresas do setor
de fragrâncias, aromas, cosméticos e principalmente a de fitoterápicos, estão investindo
no desenvolvimento de produtos alternativos usando matérias primas naturais.
O mercado fitoterápico hoje é uma realidade e em franca expansão, pois tem
havido avanços nas pesquisas científicas que comprovam a eficácia dos princípios
ativos existentes em algumas espécies de plantas, tais como o ginseg brasileiro, Pfaffia
glomerata (DIAS et al., 1966; ALCÂNTARA et al. 1944; MARQUES, 1998; ALVIM
et al. 1999; GALVÃO et al., 1996; NETO et al. 2003), Ocimum selloi (HEGNAUER,
1982; VANDERLINE et al., 1994), alho, Allium sativum (EVBUOMWAM, 1992,
TURNER, 1990, POOL, 1992), jaborandi, Pilocarpus microphyllus (VIEIRA, 1999).
Diante desta realidade de mercado crescente para consumo de produtos de
origem vegetal (MARTINS et al., 1995; GRÜNWALD, 1997) e pelo extrativismo que
se configurou em algumas delas, como, por exemplo, no Brasil, o caso do pau-rosa
(Aniba roseodora) em extinção na Amazônia, para extração de compostos presentes na
casca (floema) das árvores na confecção de perfume (base linalol), a legislação dos
países e, também no Brasil, sofreu alterações, adequando-se à nova realidade. O
objetivo principal das novas legislações é o de proteger a biodivesidade que existe no
planeta (MONTANARI Jr., 2005).
Dentro deste panorama, o Brasil se configura com o de maior potencial em
termos de exploração sustentada de sua riqueza de recursos genéticos vegetais, fruto de
suas dimensões continentais e posição geográfica com ampla variação de clima, solo e
altitude.
Dentre as espécies da flora da América do Sul, pertencentes ao grupo de
aromáticas e medicinais não domesticadas e com potencial para exploração agronômica
e industrial podemos destacar a Lippia alba da família Verbenaceae, pela variação
química presente nos compostos secundários (quimiótipos). É uma espécie muita
conhecida e disseminada no Brasil, pelo uso consagrado pela população, do quimiótipo
citral (princípio ativo semelhante ao do capim-limão) na forma de chá calmante e
2
antiespasmódico. Dentre as diversas sinonímias que possui, a mais genérica é erva-
cidreira ou salva-limão. Pela diversidade quantitativa e qualitativa de tipos de
compostos químicos (perfil fitoquímico), presentes nas plantas de Lippia alba
(SANTOS-MENDES, 2001), torna-a especialmente promissora para indústrias
farmacêutica, de aromas, perfumes e cosméticos, além de uma possível aplicação em
indústrias de defensivos, de acordo com suas atividades fungitóxicas, inseticidas e
repelentes que estão sendo comprovadas cientificamente (SANTOS, 1996; DWIVEDI
& KISHORE, 1990; IBRAHIM et al., 2001).
O gênero Lippia foi primeiramente descrito em 1753 por Linnaeu e hoje reúne
200 espécies e três centros de diversidade, sendo o Brasil o maior deles, com 111
espécies (SALIMENA, 2000). É encontrada em solos arenosos e nas margens dos rios,
açudes, lagos e lagoas, em regiões de clima tropical, subtropical e temperado
(STEFANINI et al., 2002; CORREA et al., 1994). Devido à auto-incompatibilidade
(SCHOCKEN, 2007), sua forma predominante de reprodução é por alogamia, com
inflorescências roxas a violeta, rosas ou brancas, e segundo CORRÊA (1992), pode
florescer o ano todo. O melhoramento genético e sua exploração agronômica serão
facilitados por ser de fácil propagação vegetativa (fixando genótipos selecionados),
muito rústica, de ampla adaptação (STEFANINI et al., 2002; CORREA et al., 1994), e
de rápida colonização.
O Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais do Instituto Agronômico de
Campinas, SP, tem mantido uma coleção de trabalho de L. alba originado de coletas e
introduções desde 1995. A partir deste material foram estudados nos anos de 2005 a
2007 a estabilidade e adaptabilidade de 20 clones pertencentes a cinco quimiótipos
(YAMAMOTO, 2006) e características ligadas à forma de reprodução e de botânica
(pré-melhoramento) (SCHOCKEN, 2007).
Em continuidade aos estudos desenvolvidos com esta espécie, a presente
pesquisa foi subdividida em dois tópicos, utilizando-se como modelo o quimiótipo
linalol:
A) Estudos de novos clones de quimiótipo linalol originados de uma população-
base de ampla recombinação genética;
B) Estimativas de parâmetros genéticos baseadas em progênies clonais de meios
irmãos.
3
Objetivos de A:
A1) Avaliar 63 clones linalol, originados de recombinação genética, visando
compará-los com os dois melhores clones de coleta (controles) obtidos por
YAMAMOTO (2006) e identificar clones recombinantes superiores ou semelhantes a
estes;
A2) Utilizar análises univariadas (Tukey e Scott & Knott) e multivariadas
(agrupamentos e componentes principais) para auxiliar na seleção de melhores clones
sob o ponto de vista agronômico e fitoquímico.
Hipótese de A: “É possível gerar variabilidade e encontrar clones
recombinantes superiores aos de coleta”.
Objetivos de B:
B1) Estimar parâmetros genéticos de caracteres legados ao vigor de estacas a
partir de três tamanhos efetivos diferentes de progênies clonais de meios irmãos, obtidas
de uma população base de recombinação ampla, para conhecimento prévio do seu
potencial para o melhoramento genético.
Hipótese de B: “Por ser uma espécie alógama e não melhorada, existe, em
potencial, variabilidade genética suficiente na população-base para seleção
entre e dentro de progênies de meios irmãos, com vistas à seleção de clones
superiores”.
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Lippia alba
O interesse por plantas aromáticas medicinais, com ações terapêuticas,
farmacológicas e com possíveis aplicações nas indústrias de cosmética e perfumaria,
com funções comprovadas cientificamente tem aumentado consideravelmente nos
últimos tempos (CARVALHO et al., 2005).
A espécie Lippia alba pertence à família Verbenaceae e tem o Brasil como um
dos principais países de origem, sendo nativa da Mata Atlântica (BRANDÃO, 2003)
reúne cerca de 200 espécies em três centros de diversidade, sendo o Brasil o maior
deles, com 111 espécies (SALIMENA, 2000; GUPTA et al., 2001). Apresenta
reprodução por alogamia, com inflorescências de flores hermafroditas, porém com auto-
incompatibilidade (SCHOCKEN, 2007). É de porte arbustivo e compõe a flora de
espécies aromáticas e medicinais de vários países da América do Sul.
O ciclo é perene com plantas muito ramificadas e com brotações novas eretas que
tendem a ficar arqueadas com o crescimento, chegando a tocar o solo, onde
normalmente enraízam formando moitas de colônias clonais de 1,5 a 2,0m de altura
(SILVA JÚNIOR, 1998). Hoje o seu cultivo abrange também a América Central,
Flórida e Texas (PASCUAL et al., 2001). É encontrada em solos arenosos, nas margens
dos rios, açudes, lagos e lagoas, em regiões de clima tropical, subtropical e temperado.
O elevado número de táxons descritos para o gênero, incluindo espécies e
variedades contribuem para dificuldades de classificação botânica do gênero Lippia,
cuja taxonomia tem se mostrado bastante confusa seguindo princípios distintos.
Segundo SALIMENA (2002b), os primeiros trabalhos taxonômicos para o gênero foram
propostos por SCHAUER (1847), que reconheceu cinco seções. Posteriormente,
MOLDENKE (1965) propôs duas novas subseções, baseado em diferenças na coloração
das brácteas, organização das inflorescências e distribuição geográfica. Mais
recentemente, TRONCOSO (1974) considerou 8 seções para o gênero, levando em
consideração a morfologia das inflorescências e brácteas e subdividiu o gênero Lippia
em Acantholippia Griseb., Aloysia Ort. & Palau, PhylaLour. e Xeroaloysia
(SALIMENA 2002b).
5
Popularmente e de acordo com a região de ocorrência, Lippia alba também é
denominada de alecrim, alecrim do mato, alecrim do campo, camará, capitão do mato,
cidrão, cidreira, cidreira brava, capim cidreira, cidreira crespa, cidreira falsa, cidreira
melissa, erva cidreira do campo, erva cidreira brasileira, salva do Brasil, salva limão,
cidró, entre outras (MING, 1992; MARTINS et al., 1995; SILVA JÚNIOR, 1998).
Devido a essa diversidade de locais onde pode ocorrer e variabilidade fenotípica,
é comum encontrar na literatura vários sinônimos para L. alba (Mill.) N. E. Brown,
podendo receber o nome de L. germinata, L. microphylla Griseb, L. germinata H.B.K,
L. glabriflora Kuntze, L. lantanoides Coult, Lantana alba Mill e Phyla germinata
H.B.K. (PASCUAL et al., 2001a). OLIVEIRA et al., (2006) através de analises
cromatrograficas do óleo essencial de duas espécies de Lippia (L. alba e L. alba f.
intermedia) verificou que as substâncias que compõem os óleos das duas espécies são
muito semelhantes, porém ambas possuem diferenças químicas significativas o que
permitiu a separação das plantas em espécies diferentes.
Em estudos realizados por MOLDENKE (1965) sobre variedades naturais de
Lippia alba foram reconhecidas duas variedades botânicas: alba e globoifera. No Brasil,
existem estudos que mostram quimiótipos com diferentes compostos associados a
características morfológicas, anatômicas, de hábito e farmacológicas (MING, 1992;
JULIÃO et al., 2001).
A Lippia alba apresenta grande interesse comercial devido às múltiplas
propriedades encontradas em seus metabólitos secundários. É considerada uma planta
aromática e medicinal (RETANER, 1988; MING, 1992). As substâncias químicas
responsáveis pelo efeito terapêutico são o ponto de partida para a síntese de produtos
químicos e farmacêuticos. As indústrias de perfumes, cosméticos e alimentícios, visam
propriedades presentes nos óleos essenciais, sendo que estes sofrem variação qualitativa
e quantitativa de acordo com o ambiente e tratos culturais onde se desenvolve
(MADUEÑO BOX, 1973; SHUKLA & FARROQI, 1990; MING, 1992). Por outro lado
YAMAMOTO (2006) observou somente variação quantitativa dos compostos presentes
nos óleos essenciais de 20 clones.
Os principais compostos orgânicos encontrados nos óleos essenciais de Lippia
alba são os terpenóides, moléculas de hidrocarbonetos e os flavonóides, sendo os de
maior freqüência o citral, a carvona e o linalol (JULIÃO et al., 2001; SANTOS-
MENDES, 2001). O fato de o metabolismo secundário ser controlado geneticamente
6
(provavelmente poligênico) e estar intimamente associado ao mecanismo de defesa das
plantas (fatores bióticos e abióticos), ocorre interação com o ambiente (plasticidade
fenotípica) onde se desenvolve, provocando alterações significativas no rendimento e
composição de seus óleos essenciais (MING, 1992; YAMAMOTO, 2006). Fato também
observado por MADUEÑO BOX (1973) e pôr MAGALHÃES (1986) com relação aos
tratos culturais utilizados.
Análises feitas por SANTOS-MENDES (2001) sugerem variações químicas entre
as diferentes formas de Lippia alba, as quais apresentam origens distintas. Plantas da
mesma espécie, cultivadas em diferentes localidades, normalmente possuem os mesmos
componentes, mas as percentagens em que estão presentes podem diferir (FONTANEL
& TABATA, 1987). Dessa forma, estudos com modelos estatísticos de estabilidade e
adaptabilidade fenotípicas devem ser aplicados nos clones experimentais sob seleção
(YAMAMOTO 2006).
A aplicação terapêutica de Lippia alba inclui, tratamentos de desordens
gastrintestinais (HEINRICH et al., 1992), doenças respiratórias (CÁCERES et al.,
1991), dores de estômago e de garganta, problemas hepáticos e gastrite, intoxicações em
geral (DI STASI et al., 1989), anticonvulsante (BARROS VIANA et al., 2000),
fungitóxico (DWIVEDI & KISHORE, 1990; KISHORE & MISHRA, 1991; SANTOS,
1996) e antiviroses (ABAD et al., 1995). Além dessas aplicações, L. alba apresenta
também grande interesse para a farmacologia como antimicrobiano, antiviral, citostático
e anticonvulsante (MING,1992; PACIORNIK, 1990).
Entre os componentes do óleo essencial de L. alba, destaca-se o linalol, um
monoterpeno amplamente utilizado na indústria de cosmética e perfumaria (EHLERT,
2003), a exemplo do perfume Chanel n° 5. Na natureza, o linalol ocorre em formas
enatiômeras, o que resulta em diferentes formas de sua utilização: D-(+)- linalol, S+(-)+
linalol ou coriandrol com aroma cítrico doce e D-(-)- linalol, S-(-)- linalol ou licareol
com aroma de lavanda ou amadeirado (LOZANO et al., 2003; TAVARES 2003).
De acordo com SIMÕES & SPITZER (2003), linalol apresenta ação anti-séptica
superior ao fenol, e TAVARES (2003) relata as seguintes aplicações: atividade
antiinflamatória, analgésica, antifúngica, inseticida e antioxidante (próximo a vitamina
E).
Contudo, poucas são as pesquisas nessa espécie com esse óleo em relação a
estabilidade de produção de biomassa, rendimento e composição do óleo e obtenção de
7
novos materiais oriundos de recombinação genética ao invés de coleta de material
(estacas) diretamente na natureza.
YAMAMOTO (2006) avaliou oito clones de óleo linalol oriundos de coleta e de
bancos de germoplasma e observou diferenças estatísticas entre os materiais para as
características avaliadas tanto em termos agronômicos e fitoquímicos. Em Lippia alba,
o linalol apresenta-se geralmente em proporções de 77,9% a 81,3%, sendo encontrado
também em outras plantas como o pau rosa (Aniba roseodora) extraído da casca com
proporção de 54% e no majericão (Ocimum basilicum), variando entre 56,5 a 71,22%
(BLANK et al., 2003).
2.2 Óleos Essenciais e Importância Econômica
A procura do mercado mundial para produtos de origem natural, em substituição
ou adição aos sintéticos, tem aumentado consideravelmente atingindo a ordem de 20-40
bilhões de dólares/ano para os fitoterápicos e de 2,6 a 2,8 bilhões de dólares/ano para os
cosméticos (SIMÕES et al., 2000). O mercado nacional de exportação de óleos
essenciais (citrus, pau-rosa e eucalipto) é de R$ 3,9 milhões e de fitoterápicos (6% do
setor de medicamentos) igual a R$ 400,00 milhões (DE LA CRUZ 2006).
As substâncias químicas responsáveis pelo efeito terapêutico das plantas
medicinais são o ponto de partida para a síntese de produtos químicos e farmacêuticos
movimentando milhões de dólares por ano (SIMÕES et al, 2000).
Os óleos essenciais são substancias voláteis de cadeia carbônica curta,
caracterizados por possuírem geralmente um aroma agradável. A maioria dos princípios
ativos são encontrados nas plantas devido ao metabolismo secundário. São secretados
geralmente pelos tricomas foliares tipos capitados, tector e por células do parênquima
(CASTRO, 2001; SANTOS-MENDES 2001). Os óleos essenciais são uma mistura
complexa de classes de substâncias, como por exemplo, os fenilpropanóides, mono e
sesquiterpenos (SANTOS-MENDES, 2001). O estudo dessas substâncias,
principalmente como se comportam quando submetidos a pressões de seleção, é
importante para assegurar a produção dos mesmos em quantidade e qualidade uniformes
(MACIEL et al., 2004). Entre esses terpenos, o linalol, 1,8-cineol, carvona, limoneno,
mirceno, cariofileno, cânfora, germacreno e citral ocorrem com maior freqüência em
várias espécies aromáticas (MATOS et al., 1996; JULIÃO et al., 2001).
8
A produção de metabólitos secundários é o resultado de complexas interações
entre biossíntese, transporte, estocagem e degradação, (WINK, 1990). Cada um desses
processos, por sua vez, é governado por genes e, portanto, influenciado por três fatores
principais: hereditariedade, ontogenia e ambiente, (ROBERTS, 1996).
Os óleos essenciais encontram-se em diferentes partes nas plantas e em
complexa combinação das substâncias, de modo que a mesma se complementam e
podem reforçar a ação desses sobre o vegetal (BARRACA, 1999). A medicina natural
mais popular utiliza comumente a substância ativa como uma mistura de compostos
químicos e não de forma isolada.
A espécie L. alba é amplamente utilizada na medicina popular, devido ao fato de
possuir diferentes constituintes em seu óleo essencial, os quais apresentam várias
propriedades farmacológias, sendo uma espécie promissora para as indústrias de aromas
e fragrâncias, farmacêuticas, alimentícias e de produtos agrícolas de acordo com as suas
propriedades repelentes, inseticidas e fungitóxicas (MING, 1992; SANTO MENDES,
2001).
Diante dessa riqueza de compostos e aplicações, torna-se importante realizar
pesquisas para obtenção de genótipos superiores com boa produção de biomassa,
rendimento de óleo e estabilidade na composição química dos mesmos.
2.3 Pré-Melhoramento e Melhoramento Genético em Lippia alba
Especificamente para a espécie L. alba, não existem na literatura trabalhos
envolvendo o melhoramento genético para caracteres de produção de biomassa e
rendimento e qualidade de óleos essenciais, bem como de estabilidade e adaptabilidade
fenotípica. Recentemente, YAMAMOTO (2006), estudou a estabilidade de 20 clones de
Lippia alba em seis ambientes. Por outro lado há vários trabalhos relacionados com o
cultivo e manejo de clones oriundos de coletas e caracterização citogenética de L. alba,
o que vem a contribuir para uma etapa de pré-melhoramento da espécie. Estas
informações são de utilidade para o melhorista quanto às estratégias de seleção a serem
utilizadas para a espécie.
Dentro então do contexto de pré-melhoramento, SANTOS & INNECCO (2004)
avaliaram o efeito da adubação e altura de corte em L. alba quimiótipo limoneno
carvona, avaliando a resposta das plantas para produção de biomassa seca e rendimento
9
de óleo essencial. Estes autores concluíram que a adubação não influenciou
significativamente a produção de biomassa e do óleo, porém, a colheita realizada
quando as plantas atingiam 45cm de altura promoveram os maiores resultados de massa
seca foliar. Os maiores índices de rendimento foram observados nas colheitas de 30 e 45
cm de altura das plantas.
BARBOSA et al., (2006) avaliando diferentes períodos de secagem com
variação na temperatura e circulação forçada do ar verificaram que houve redução de 12
a 17% no teor do óleo essencial em relação à matéria fresca, devido à perda de óleo
durante a secagem por volatilização. O mesmo autor relata ainda que o teor de citral
aumentou em 6,89% quando obtido a partir de folhas secas (de 40 a 80°C).
Quanto a sazonalidade, SANTOS & INNECCO (2003), avaliando diferentes
períodos de secagem de folhas de L. alba quimiótipo limoneno carvona, verificaram
que, o rendimento de óleo essencial foi significativamente maior no período da seca em
relação ao período de chuvas. Observaram também que após a colheita, as folhas devem
ser secas por quatro dias em secador natural obtendo-se assim os melhores rendimentos
para esse quimiótipo.
No manejo, MING (1992) estudando os efeitos da adubação orgânica em L.
alba, verificou um aumento na produção de biomassa de acordo com níveis de
incorporação e uma relação inversa quanto aos teores de óleos essenciais.
VENTRELLA (1998) verificou que folhas mais jovens de L. alba produzem
significativamente mais óleo em relação às folhas mais velhas, sugerindo uma estreita
relação inversa com a idade da folha e produção de óleo e não somente com as
estruturas secretores e quantidade de tecidos.
BRANDÃO (2003), em estudos citogenéticos comparativos entre os gêneros
Lippia, Lantana e Aloysia, conclui que Lippia alba é espécie diplóide que apresenta
2n=30. Por outro lado, PIERRE (2004), ao estudar o cariótipo de três quimiótipos de L.
alba (citral, carvona e linalol), observou que estes apresentam diferenças em relação ao
número e morfologia dos cromossomos. Constatou que o quimiótipo citral apresenta
2n=30 cromossomos, ao passo que o quimiótipo carvona, tem número cromossômico de
2n=60, inferindo que este poderia ser um autopoliplóide do quimiótipo citral. Com
relação ao quimiótipo linalol, observou também que ocorre uma grande variação
numérica dentro dos próprios indivíduos, 2n=12 a 2n=60, tratando-se, portanto, de um
quimiótipo mixoplóide.
10
No Brasil, a maior parte das plantas aromáticas e medicinais encontra-se ainda
não domesticada, a exemplo de L alba. O seu potencial agrícola reside nas facilidades
agronômicas que apresenta, tais como: rusticidade, plasticidade fenotípica, propagação
vegetativa (o que assegura uniformidade no campo) e adaptação a várias condições
edafoclimáticas. Em termos de melhoramento genético as facilidades inerentes à espécie
são: existência de variabilidade genética disponível para fins de seleção tendo em vista a
diversidade de características fenotípicas observadas nos clones de vários quimiótipos
(YAMAMOTO, 2006; SCHOCKEN, 2007), fixação de genótipos superiores pela
propagação vegetativa bem como a reprodução por alogamia com presença de
autoincompatiblidade (eliminando o processo de emasculação para hibridações).
Desta maneira, para implantação de um programa de melhoramento genético
desta espécie, é fundamental o conhecimento dos níveis e da distribuição da
variabilidade genética entre e dentro de populações para caracteres agronômicos e
fitoquímicos, herdabilidades e a presença de correlações entre os caracteres. De
fundamental importância é conhecer, portanto, a biologia da reprodução da espécie a ser
trabalhada e os centros de diversidade (SEBBENN et al., 2000).
2.3.1 Estimativas de parâmetros genéticos e correlações
A estrutura genética de uma população é função da variabilidade genética
provocada pelos efeitos gênicos (intra e intergênicos) presentes nos indivíduos e nas
condições de ambiente onde ocorrem. Os caracteres fenotípicos resultantes de uma
população natural (per se) ou oriunda de cruzamentos são objetos de estudos dentro de
um programa de melhoramento genético para seleção de materiais superiores. Torna-se,
necessário, portanto, dimensionar as magnitudes das variâncias de origem genética
versus aquelas devido ao ambiente para se estimar adequadamente o potencial da
população em resposta à seleção (FALCONER, 1987; MIRANDA FILHO, 1982). O
sucesso da seleção baseada no fenótipo de indivíduos de uma dada geração é função do
grau de associação da variância genética destes com a variância genética da geração
subseqüente, que na verdade é expressa pela herdabilidade (FALCONER, 1987). O
ganho genético depende, portanto, da herdabilidade do caráter sob seleção e da
intensidade de seleção praticada, bem como do controle do ambiente. Quanto maior o
nível de expressão da variabilidade genética em relação ao ambiente e, mais ainda, se a
11
proporção desta variabilidade genética for devido na sua maior parte a efeitos aditivos,
maiores serão os ganhos estimados para a geração seguinte (MIRANDA FILHO, et al.,
1982).
Os delineamentos estatísticos com fontes de variação de tratamentos utilizando-
se, por exemplo, diferentes tipos de progênies (meios irmãos, irmãos germanos ou
autofecundação), permitem estimar as variâncias devidas a diversidade genética entre e
dentro de progênies e com isso estimar os diversos parâmetros genéticos como forma de
predição de ganhos genéticos ciclo a ciclo. Os diversos parâmetros estimados mediante
as variâncias mencionadas, geralmente são os seguintes: coeficiente de variação
genética (CV
G
%), coeficiente de variação ambiental (CV
E
), valor b= CV
G
/CV
E
,
herdabilidade no sentido amplo e sentido restrito, ganhos genéticos absolutos e
relativos, correlações fenotípica, genética aditiva e ambiental (BUSO, 1978;
MIRANDA et al., 1988; SIQUEIRA et al., 1993, 1994).
A estimação de componentes da variância genética de uma população é de
fundamental importância para a avaliação de seu potencial para o melhoramento e para
auxiliar na escolha do método de seleção a ser utilizado (HALLAUER & MIRANDA
FILHO, 1981).
Dentre os vários métodos utilizados no melhoramento genético, o método de
seleção entre e dentro de famílias ou de progênies de meios irmãos em espécie de ampla
variabilidade (baixo índice de domesticação) é o que tem mostrado melhores resultados,
não requerendo polinizações manuais sendo de execução rápida e pouco dispendiosa
(LONNQUIST, 1964). No presente estudo, a Lippia alba possui flores pequenas
dispostas ao longo de uma inflorescência (tipo glomérulo) e apresenta auto-
incompatibilidade (SCHOCKEN, 2007), facilitando sobremaneira a obtenção de
progênies de meios irmãos (polinização aberta). Para características quantitativas, os
efeitos do ambiente são mais influentes para o fenótipo final dos indivíduos, resultando
em menores valores de herdabilidade. Dentro deste contexto, ainda não se conhecem os
valores de herdabilidade para característica de rendimento de óleos essenciais bem
como dos constituintes presentes na maioria das espécies aromáticas e medicinais.
Os caracteres de maior importância para seleção por parte dos melhoristas em
espécies aromáticas são relacionados aos aspectos de produção de biomassa, rendimento
de óleos essenciais dentre outros (MONTARI JR., 2005). Os métodos de seleção
usualmente empregados no melhoramento de populações alógamas, são perfeitamente
aplicáveis em Lippia alba. Adiciona-se ainda, o fato da seleção do produto final ser
12
praticada para a parte vegetativa (biomassa), ou seja, em ambos os sexos, permitindo
uma maior exploração da variabilidade genética aditiva VENCOVSKY (1978).
A variabilidade genética de populações pode ser quantificada e estudada através
do emprego de progênies ou famílias. Estas progênies variam entre si na forma de
obtenção, proporção e tipo de variabilidade genética liberada entre e dentro das mesmas,
grau de dificuldade na sua obtenção e quanto ao tamanho efetivo que representam.
Dentre as progênies utilizadas em programas de melhoramento genético de
populações, a de meios-irmãos tem despertado maior interesse dos melhoritas pela sua
facilidade de obtenção e manuseio, além de permitir maior nível de recombinação em
relação às demais progênies, para o mesmo número de indivíduos selecionados. O
estudo sobre a estrutura genética de populações alógamas através de estimativas de
parâmetros genéticos e correlações, obtidas por esperanças matemáticas da análise de
variância e de covariância, com base em progênies de meios-irmãos, são conhecidos na
literatura para várias culturas como: cebola (CANDEIA et al., 1986), couve-flor (BUSO
et al., 1980; BALDINI et al.,1985) brócolis (DIAS et al., 1971; VELLO, 1977),
cenoura, (SIQUEIRA et al 1994), Pfaffia glomerata (MONTANARI JR., 2005).
Entretanto, não há trabalhos na literatura que dizem respeito às estimativas de
parâmetros genéticos e correlações em Lippia alba. A seleção massal dentro de
populações “per se” ou oriundas de cruzamentos, tem se mostrado favorável no
melhoramento genético desta espécie (YAMAMOTO, 2006). Este tipo de seleção
também é eficiente para outras espécies alógamas, principalmente, quando os caracteres
fenotípicos possuem alta herdabilidade e adequada variabilidade genética aditiva
(ALLARD, 1971; PATERNIANI, 1968).
A determinação de parâmetros genéticos em populações é necessária para obter
informações sobre a natureza da ação dos genes envolvidos na herança dos caracteres
sob investigação e estabelecer a base para a escolha dos métodos aplicáveis à população
(COCKERHAM, 1956). HALLAUER & MIRANDA FILHO (1981) enfatizam que a
estimativa do progresso esperado por seleção constitui uma das mais importantes
contribuições da genética quantitativa para o melhoramento de plantas e animais. Por
meio da resposta à seleção, pode-se avaliar se uma dada população é adequada aos
propósitos de melhoramento, e comparar os diferentes métodos de seleção mantendo-se
constante o tamanho efetivo da amostra selecionada. Assim, as variâncias aditivas e de
dominância, a herdabilidade e as correlações genéticas estão, dentre os parâmetros
genéticos, como os mais importantes para a escolha da população base e do método de
13
seleção mais adequado (LORDÊLO, 1982). A variância aditiva, por exemplo, permite
conhecer a variabilidade genética aproveitável na seleção, bem como estimar o
progresso esperado com o ciclo de seleção.
2.3.2 Estimativas de correlações genética aditiva, fenotípica e de ambiente
Segundo FALCONER (1981), o sucesso da seleção depende, basicamente, do
grau de correspondência entre o valor fenotípico e o valor genético apresentado pelo
caráter métrico nas circunstâncias do ambiente e da população onde o mesmo foi
avaliado. Este grau de correspondência reflete em termos práticos, a herdabilidade do
caráter analisado. Para o melhorista, o mais importante é a existência de variabilidade
genética aditiva que é expressa em forma de variância, e a magnitude desta, em relação
à variância fenotípica total.
Existem diversos fatores atuando contra ou a favor das forças seletivas, quando
se deseja alterar as freqüências gênicas de uma determinada população. Segundo
PATERNIANI & MIRANDA FILHO (1978), dentre estes fatores podem ser
mencionados: a variabilidade presente na população original, que por sua vez é
conseqüência da freqüência gênica original, o método de seleção adotado, o tamanho
efetivo da população, a técnica e a precisão experimental da avaliação dos genótipos, a
influência do ambiente, a interação com o ambiente (locais e anos), os efeitos
pleiotrópicos, as correlações fenotípicas, genotípicas e de ambiente, entre outras.
As estimativas de correlações fenotípicas e genotípicas entre caracteres são úteis
no planejamento e na avaliação de programas de melhoramento. O conhecimento de
correlações que existem entre importantes caracteres pode facilitar a interpretação dos
resultados e prover a base para o planejamento de programas mais eficientes no futuro
(JOHNSON et al.,1955). Caso as correlações genotípicas entre caracteres importantes e
aqueles de menor importância econômica sejam de alta magnitude, estes poderão ser
úteis em trabalhos com seleção indireta que visam à melhoria dos primeiros.
A correlação fenotípica é estimada diretamente de medidas fenotípicas, sendo
resultante, portanto, de causas genéticas e ambientais. Apenas a correlação genotípica,
que corresponde à porção genética da correlação fenotípica, é empregada para orientar
programas de melhoramento, por ser a única de natureza herdável. A correlação
fenotípica mede o grau de associação de dois caracteres provenientes dos efeitos
14
genéticos e ambientais, sendo este o principal responsável pela correlação de caracteres
de baixa herdabilidade FALCONER, (1987); FERREIRA et al., (2003). Já a correlação
genética é responsável pela fração herdável dos genitores em relação à progênie e
segundo COIMBRA et al., (2000), é causada, principalmente, pela pleiotropia. Se dois
caracteres apresentam correlação genética significativa, é possível obter ganhos para um
deles por meio da seleção indireta. Em alguns casos, a seleção indireta, com base na
resposta correlacionada, pode levar a progressos mais rápidos do que a seleção direta do
caráter desejado CRUZ & REGAZZI, (1997).
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Material Vegetal
3.1.1 Breve histórico da obtenção de uma população de Lippia alba de ampla base
genética
Infrutescências de oito genótipos pertencentes ao quimiótipo linalol (IAC-1 a
IAC-8), foram colhidas separadamente em 06/10/2005, em experimento instalado por
YAMAMOTO (2006), no Pólo Regional de Desenvolvimento do Leste Paulista,
município de Monte Alegre do Sul, SP/APTA. Este experimento continha 20 clones
pertencendo a cinco quimiótipos, sendo eles, linalol (oito genótipos), mirceno/cânfora
(três), limoneno/carvona (quatro), citral (quatro) e mirceno (um).
Desta forma, como a Lippia alba é auto-incompatível, portanto, de polinização
cruzada, houve recombinação entre os vários quimiótipos. Para obtenção das progênies
de meios irmãos, os frutos foram colhidos somente nas plantas dos oito clones linalol
(IAC 1 a IAC 8). Os frutos tipo seco, denominado de esquizocarpo, foram retirados
cuidadosamente das infrutescências em laboratório. Cada fruto, medindo cerca de
3,0mm, é constituído de dois mericarpos contendo uma semente cada medindo cerca de
0,4mm (SCHOCKEN, 2007).
Como as sementes são de reduzido tamanho e ficam presas no interior dos
mericarpos, sua retirada em grande quantidade é inviável. Portanto, optou-se por colocar
os frutos diretamente em bandejas de isopor de 64 células com 12 cm de altura para
obtenção de plântulas. O substrato utilizado foi o orgânico HT, próprio para hortaliças.
Doravante, neste trabalho, quando se fizer referência às sementes de Lippia alba, estará
15
implícita que se trata de frutos ou frutos-semente. Foram semeadas 8.000 sementes
colhidas nos quimiótipos linalol. A germinação foi irregular e em níveis muito baixo, ao
redor de 3,0% (~300 plântulas em quatro meses após a semeadura).
Após a germinação, as plântulas foram transplantadas em janeiro de 2006, para
vasos de 30L com novo substrato na proporção de 2:1:1, respectivamente, de terra
argilosa, areia e substrato HT. Após a manutenção das plantas em condições de
sombreamento para desenvolvimento inicial, essas foram transferidas para local
definitivo (figura 1 a) em 17/07/2006, com sistema automático de irrigação por gotejo,
constituindo-se na população-base ou de trabalho do melhorista (figura 1 b), oriunda de
recombinação, ao acaso, de cinco quimiótipos, com diferentes características morfo-
agronômicas e fitoquímicas (YAMAMOTO, 2006).
Figura 1 - População-base recombinante (296 plantas) extremamente variável para
seleção de novos clones experimentais e também para obtenção de progênies de meios
irmãos; a) vista geral do campo onde a população foi instalada e b) detalhe da irrigação
por gotejo e identificação individual das plantas.
a
b
16
3.2 Métodos
3.2.1 Identificação de plantas de quimiótipo linalol na população-base para
experimentação de novos clones
Nas 296 plantas da população-base recombinante, foram identificadas
olfativamente, por três pessoas, 88 plantas de quimiótipo linalol (29,7%). Foi feita uma
triagem preliminar nestas 88 plantas linalol para características fenotípicas contrastantes
(figura 2 a), tais como tamanho e coloração de folha, comprimento de internódio, hábito
de crescimento, e outras que resultou na seleção final de 63 plantas que foram clonadas
por estacas (clones) para serem avaliados em experimentos em condições de campo
(figura 2 b).
Figura 2 – Características contrastantes entre os clones linalol selecionados; a) vista
geral da variabilidade apresentada na população base e b) detalhe do contraste para
tamanho, forma e coloração de folhas.
Estacas lenhosas e semilenhosas destes materiais com 15 a 20cm de
comprimento e quatro nós (duas gemas laterais e opostas por nó, figura 3 a e b) foram
coletadas na população-base em 03/02/2007 e acondicionadas em frascos de vidro
(200mL) contendo água para emissão de raízes e brotos (figura 3 c e d). De cada planta
foram obtidas pelo menos quarenta estacas para instalação de três experimentos em
campo. Após a constatação visual de enraizamento nos frascos, as estacas das 65 plantas
foram transferidas em 22/02/2007 para vasos plásticos de 5L contendo substrato HT e
mantidas em casa de vegetação para crescimento até a instalação dos experimentos
(figura 3 e e f).
a
b
17
Figura 3 – Coleta e clonagem dos 63 novos clones linalol para avaliação nos três
experimentos, a) coleta de ramos das plantas selecionadas, b) preparo das estacas, c)
vista geral da brotação e enraizamento das estacas, d) detalhe do enraizamento, e) e f)
vista geral dos clones estabelecidos e prontos para o plantio.
3.2.2 Obtenção das progênies clonais de meios-irmãos de plantas de quimiótipo
linalol da população-base
Após o estabelecimento das plantas da população-base em local definitivo,
conforme descrito no item 3.1.1, infrutescências (glomérulo) com maturação completa,
de cor palha e secas, foram colhidas ao acaso de plantas de quimiótipo linalol, durante
c
b
d
f
a
e
18
todo o mês de novembro de 2006. Em função da germinação baixa e irregular desta
espécie, conforme já salientado anteriormente, foram colhidas infrutescências das
plantas em plena produção, assegurando a obtenção de progênies com suficiente número
de plântulas de quimiótipo linalol.
É importante reforçar que o presente estudo é focado somente no quimiótipo
linalol, numa espécie não domesticada, como modelo para avaliação do potencial da
constituição genotípica de uma população para o melhoramento genético visando à
seleção de indivíduos superiores do ponto de vista agronômico e fitoquímico. Inexistem
trabalhos científicos publicados desta natureza para a Lippia alba, no Brasil e demais
países.
As infrutescências foram então coletadas, identificadas e acondicionadas em
sacos de papel para posterior retirada das sementes. Estas foram extraídas manualmente
das infrutescências e com peneiras de malha fina que retinham as sementes, foram
limpas de palhas e outros materiais com auxílio de um ventilador manual. Em seguida,
foram acondicionadas em saquinhos plásticos, identificados e mantidos em ambiente até
a semeadura (figura 4 a).
Como as sementes da Lippia alba apresentam dormência, foi adotado o método
desenvolvido por SCHOCKEN (2007) com adaptações, que consistiu em submetê-las a
um período de sete dias em geladeira à temperatura de 5 a 7ºC. A adaptação desse
protocolo consistiu no tratamento prévio das sementes durante 2.5 minutos em cloro
ativo para desinfestação e escarificação antes da semeadura (figura 4 b e c). Após este
tratamento, feito em 13/03/2007, as sementes foram lavadas em água corrente e
colocadas em pratos plásticos contendo uma mistura 1:1 de areia e substrato HT,
respectivamente. A rega foi feita três vezes ao dia por sistema de irrigação por
nebulização em casa-de-vegetação, aumentando-se a freqüência sempre que necessário.
Após a germinação, e ao longo do tempo (figura 4 d e e), as plantas que atingiam
estádio de, no mínimo quatro pares de folhas (~10cm de altura), passaram pelo teste
olfativo para identificação prévia de plântulas linalol e que estivessem em estádios
semelhantes para comporem as parcelas dos tratamentos de pelo menos bloco a bloco
para evitar heterogeneidade entre tratamentos.
De 80 progênies de plantas linalol originadas da população-base para
germinação posterior, apenas 23 delas produziram número suficiente de plântulas (ao
redor de 20 que foram de quimiótipo linalol), num universo total de 80 a 90 plântulas de
outros quimiótipos.
19
a
b
d
c
g
e
f
h
20
Figura 4 – Obtenção das progênies de meios-irmãos, a) frutos-sementes de Lippia alba
após retirada das infrutescências, b) tratamento prévio com cloro ativo, c) frutos
sementes após tratamento, prontos para semeadura, d) início da germinação onde nota-
se diferenças na germinação entre as progênies, e) detalhe do contraste da germinação
entre as progênies, f) transplante das plântulas obtidas para bandejas, visando
desenvolvimento e posterior identificação olfativa dos indivíduos linalol, g) transplante
de plântulas identificadas como linalol para vasos individuais, h) vista geral da bancada
com todas as progênies selecionadas e i) detalhe do desenvolvimento das plantas.
Como foi constatado que seria impossível conseguir as progênies somente de
plantas linalol, num mesmo estádio de desenvolvimento e período para implantação dos
experimentos, optou-se por conduzir as plântulas em forma de matrizeiro em condições
de campo para retirada posterior de estacas para se constituírem em progênies clonais
de meios irmãos. As plantas linalol identificadas de cada uma das 23 progênies foram
então conduzidas, inicialmente em casa-de-vegetação em bandejas (figura 4 f) e
posteriormente em pequenos vasos fora da casa-de-vegetação para completar o
desenvolvimento até o transplante definitivo para o campo (figura 4 g-i).
Em 27/07/2007 as progênies com pelo menos 20 plantas cada uma foram
plantadas em local definitivo (matrizeiro) para desenvolvimento e produção posterior de
estacas (figura 5 a) de cada planta descendente meia-irmã para utilização nos
experimentos. No matrizeiro, o espaçamento adotado entre progênies e entre plantas foi
de 0,70 x 0,40, sendo a irrigação feita regularmente na medida da necessidade por um
sistema de gotejamento por fitas com gotejadores a cada 30cm de vazão de 2,4 L.h-1
(figura 5 b).
No matrizeiro, foram realizadas duas pulverizações preventivas mensais
(12/04/2007 e 21/05/2007) contra pragas e ferrugem das folhas (os defensivos utilizados
foram Milbectina, Deltametrina, Tebuconazole e Chlorotalonil, respectivamente) e uma
pulverização (31/05/2007) com adubo foliar 12-6-6 usando-se 5ml/L.
i
21
Vale salientar que com este modo de compor cada progênie de meios irmãos
com clones de cada uma das respectivas plântulas e sendo sempre os mesmos clones
para cada repetição dentro e entre experimentos impõem-se de forma inequívoca, que a
constituição genotípica de cada tratamento é realmente uniforme e as diferenças ou
desvios encontrados são de natureza ambiental. Quando se tem progênie de sementes e,
dependendo do tamanho efetivo de parcelas, não se pode assegurar que exista
uniformidade genotípica entre parcelas do mesmo tratamento, sendo mais uma fonte de
erro experimental.
No caso de clones os desvios entre parcelas de repetições diferentes da mesma
progênie, serão causados por efeitos inerentes às estacas, tais como diâmetro, tamanho,
posição na planta-mãe, estádio fisiológico, etc. Neste estudo, portanto, procurou-se
uniformizar dentro do possível às estacas, sendo utilizadas aquelas de espessura o mais
semelhante possível e com um nó abaixo do substrato para enraizamento e um nó acima
para brotação.
Para complementar as 23 progênies obtidas da população-base foram também
coletadas progênies (28/04/2007) de oito clones linalol (IAC 1, IAC 2, IAC 4, IAC 5,
IAC 6, IAC 7, IAC 8) estudados por YAMAMOTO (2006) O clone IAC 3 apresentou
baixa e desuniformidade de germinação sendo excluído. Os descendentes linalol foram
igualmente clonados conforme descrito anteriormente, totalizando, portanto, 30
progênies de clones meios irmãos, mantidos em matrizeiro no campo, que doravante,
neste trabalho, serão referidas simplesmente como progênies de meios irmãos.
Em 11/12/2007 cerca de 20 estacas com dois nós foram coletadas de cada planta
do matrizeiro (figura 5 c) e colocadas em bandejas plásticas para enraizamento e
crescimento (figura 5 d). As bandejas foram mantidas em casa de vegetação, com regas
freqüentes, sendo as plantas adubadas três vezes até o pegamento das estacas (figura 5 e
e f).
22
Figura 5 – Instalação do matrizeiro e clonagem por estaquia das plantas das progênies,
a) disposição das plantas de cada progênie no matrizeiro, b) vista geral após o plantio, c)
campo de estacas de progênies com plantas desenvolvidas, d) bandejas com estacas de
plantas de cada progênie, oriundas do matrizeiro, com dois pares de gemas laterais, um
para enraizamento e o segundo par para emissão de brotos, e) vista geral após o
estabelecimento das estacas e f) detalhe do desenvolvimento dos clones das progênies;
nota-se variabilidade morfológica entre as progênies.
3.2.3 Instalação dos experimentos de novos clones linalol obtidos na população-
base
Partindo-se dos 63 novos clones linalol e mais duas testemunhas selecionadas
por YAMAMOTO (2006), IAC 2 e IAC 8, ambos também de quimiótipo linalol, foram
instalados três experimentos de avaliação de desempenho agronômico e fitoquímico,
sendo dois no Centro Experimental de Campinas e um em Monte Alegre do Sul.
a
c
d
b
f
e
23
O modelo experimental adotado para todos os experimentos foi o de blocos ao
acaso, com quatro repetições. Foram utilizadas estacas enraizadas e brotadas (figura 6
a), obtidas conforme detalhado no item 3.2, com tamanho padronizado de quatro
segmentos nodais (figura 6 b e c).
No primeiro experimento instalado em 06/03/2007 no Centro Experimental de
Campinas (CEC)/IAC, em área próxima à unidade de Entomologia (figura 7 a e b),
foram utilizadas quatro plantas (estacas) por parcela no espaçamento de 1,0m entre
linhas e 0,4m entre plantas.As características foram avaliadas nas duas plantas centrais.
Figura 6 – Padronização de estacas para compor os tratamentos dos experimentos; a)
retirada das mudas após desenvolvimento, b) padronização e seleção das estacas para
comporem os blocos experimentais e c) vista geral das estacas para padronização.
A irrigação foi feita por gotejo e vazão de 2,4 L.h
-1
. Nos demais experimentos,
em área pertencente ao Centro de P&D de Horticultura (figura 7 c e d) localizado
também no CEC (17/05/2007) e no Pólo Regional do Sudeste Paulista (figura 7 e e f),
município de Monte Alegre do Sul (02/06/2007), foram utilizadas duas plantas (estacas)
por parcela, no espaçamento de 1,0 x 0,85m. Colheram-se as duas plantas de cada
parcela, para avaliação das características tendo sido utilizadas médias por planta para
análises.
b
a
c
24
Figura 7 – Vista geral dos três experimentos; a) e b) primeiro experimento de
Campinas (Ep 1), c) e d) segundo experimento de Campinas (Ep 2), e) e f) terceiro
experimento (Ep 3).
A irrigação foi feita por gotejo com vazão de 2,4 L.h
-1
. Cada experimento
totalizou 260 parcelas dispostas ao acaso nos blocos e os replantes das parcelas com
falhas foram feitos com clones mantidos em casa de vegetação desde o plantio dos
experimentos, ou seja, em mesmo estádio de desenvolvimento. Após o estabelecimento
das plantas no campo experimental, foram coletadas amostras de solo a 0,30m para
análises da sua composição (anexo 1). A adubação foi realizada após a primeira colheita
de cada experimento e de acordo com as necessidades indicadas pela análise de solo.
Em geral, o solo do segundo experimento de Campinas (área do Centro de Horticultura
c
a
b
d
f
e
25
do IAC) apresentou-se mais fértil, devido às culturas anteriores nele estabelecidas. Os
dados climáticos e de localidade dos experimentos são dados no anexo 2.
3.2.4 Características avaliadas na seleção dos novos clones linalol derivados da
população-base
Durante o crescimento das plantas dos dois experimentos de Campinas,
procurou-se tutorar as plantas mais desenvolvidas para que não atingissem o solo e
provocassem enraizamentos de nós em contato com o solo (figura 8 a), o que acarretaria
dificuldades na colheita e aumento de erro experimental pela formação de touceiras de
plantas. Procurou-se fazer a colheita de parte aérea (todos os ramos das duas plantas por
parcela), em todos os experimentos antes da observação visual de competição entre as
plantas (“fechamento”, figura 8 b).
Figura 8 – Vista geral do tutoramento realizado nas plantas dos experimentos, evitando
o enraizamento dos ramos ao tocarem o solo; a) início do desenvolvimento das plantas e
tutoramento e b) plantas no estádio de colheita.
Por ocasião do desenvolvimento das plantas foram avaliadas diversas
características de parte aérea e posteriormente de fitoquímica no Laboratório. As
características avaliadas foram:
a) Área Foliar Média em cm
2
(AF) - foram amostradas dez folhas de quatro
ramos de 0,70m. Estas foram avaliadas em medidor “Área Meter” (Lincor Inc., Lincon,
Nebrasca, US), modelo LICOR LI-3000 (QUEIROGA et al., 2003) para obtenção da
a
b
26
área foliar média em cm
2
. As avaliações foram feitas em 03/09 e 05/09/2007 para os
blocos I e II e 18/09/2007 para os blocos III e IV respectivamente, no primeiro
experimento de Campinas (Entomologia).
No segundo experimento de Campinas (Hortaliças), as avaliações foram
realizadas nos dias 23/11/2007 para os blocos I e II e 26/11/2007 para os blocos III e
IV. As avaliações do terceiro experimento (Monte Alegre do Sul) foram realizadas em
26/11/2007 para os blocos I, II e III e 14/12/2007 para o bloco IV. Em todas as
avaliações, as folhas foram herbarizadas para posterior leitura no medidor “Área
Meter”.
b) Número Médio de Folhas (NF) - para obtenção do número médio de folhas,
foram utilizados os quatro ramos de 70cm, (dois de cada planta avaliada nos
experimentos). Foram contadas todas as folhas desprezando-se o ápice (7,0cm). As
avaliações foram feitas bloco a bloco nos três experimentos entre os meses de julho a
outubro de2007.
c) Comprimento Médio de Internódio em cm (CI) - esta característica foi obtida
dividindo-se o comprimento total de ramos avaliados pelo número de nós (total de
folhas no ramo de 70,0cm/2).
d) Massa Fresca Total (MFT) e Massa Fresca de Folhas (MFF) em g.Pl
-1
- duas
plantas de cada parcela foram colhidas em todos os experimentos a uma distância de
0,10m do solo. Os ramos foram cortados com tesoura de poda e acondicionados em
sacos plásticos previamente identificados com o número da parcela e levados ao
laboratório para pesagem de toda a parte aérea (ramos, folhas, infrutescências, etc)
obtendo-se MFT (figura 9 a).
Como eram muitos tratamentos e características a serem avaliados, optou-se, por
colher bloco a bloco em cada experimento de forma que as variações de ambiente
dentro deles fossem minimizadas. As diferenças ou desvios entre mesmos tratamentos
de blocos diferentes causariam variâncias de blocos, não refletindo no resíduo das
análises de variância. Desta maneira, as colheitas de parte aérea foram realizadas em
01/08, 08/08, 19/08 e 21/08/2007 para os blocos I, II, III e IV respectivamente no
primeiro experimento, em 24/09, 15/10, 19/10 e 29/10/2007 para os blocos I, II, III e IV
respectivamente no segundo experimento e em Monte Alegre do Sul, em 05/11 para os
blocos I e II, 19/11 e 26/11/2007 para os blocos III e IV respectivamente.
Logo após a pesagem da massa fresca total, as folhas dos ramos foram retiradas
manualmente (figura 9 b) e, acondicionadas em sacos plásticos para pesagem posterior
27
(figura 9 c). As pesagens de MFF, nos três experimentos, foram feitas durante o período
de 02 de agosto a 27 de novembro de 2007.
e) Massa Seca Total (MST) e Massa Seca de Folhas (MSF) em g.Pl
-1
- após a
separação cuidadosa das folhas de todos os ramos colhidos nas duas plantas da parcela,
foram distribuídas em jornal em salas em temperatura ambiente para secagem gradativa
(figura 9 d) e mantidas em local seco e arejado até a extração do óleo essencial e
obtenção do rendimento (SANTOS & INNECCO, 2003). As folhas secas foram pesadas
e o valor obtido foi dividido por dois para obter MSF por planta. A soma de MSF com a
massa seca restante por planta forneceu o caráter MST (Figura 9 d-f).
f) Relação Massa Fresca de Folhas / Massa Fresca Total - (MFF/MFT) e Relação
Massa Seca de Folhas / Massa Seca Total (MSF/MST), em % - esta razão reflete
simplesmente a eficiência ou taxa de produção foliar em cada clone testado, antes e
após secagem, podendo ser um caráter que diferencie os clones com maior precisão
experimental.
b
c
a
d
28
Figura 9 – Colheita dos experimentos; a) colheita das duas plantas por parcela, b)
separação das folhas dos ramos, c) massa fresca de folhas d) vista geral da sala de
secagem das folhas, e) secagem dos ramos para obtenção da massa seca após a retirada
das folhas e f) detalhes dos ramos após a retirada das folhas.
g) Número Médio de Brotos (NB) por Planta - por ocasião da colheita da parte
aérea nas parcelas, foi realizada a contagem do número de ramos (>15cm) produzidos
por planta.
h) Características de Massa por Ramo: Todas as características que envolveram
a obtenção da massa em g por planta foram divididas pelo respectivo número de brotos
obtendo-se MFT/BR, MST/BR/ MFF/BR e MSF/BR. Como trabalhos anteriores com
Lippia alba (YAMAMOTO, 2006) envolvendo massas de folhas por planta ou parcela
têm mostrado variâncias residuais elevadas (>CV
E%
), sugeriu-se a divisão pelo número
de brotos como tentativa de melhoria da precisão experimental ou normalização dos
mesmos.
i) Rendimento de Óleo Essencial (RD) em % - após a secagem e pesagem das
folhas sob temperatura ambiente (SANTOS & INNECCO, 2003) foi realizada uma
seleção dos materiais mais produtivos, pois seria necessário exclusividade no uso dos
aparelhos no laboratório de Fitoquímica e um prazo muito longo para hidrodestilação e
determinação do rendimento de todos os 65 clones somados ainda com as repetições e
experimentos.
Baseado em um critério arbitrário de um valor mínimo de massa obtida por
parcela de 20 g.parcela
-1
(lembrete: MSF é média de planta) recomendado na prática
para hidrodestilação em Clevenger de balão volumétrico de 2L, selecionaram-se 30
clones, sendo 28 da população-base e os dois controles IAC 2 e IAC 8. O primeiro
experimento de Campinas, SP, foi o referencial para encontrar este valor mínimo pois
foi o que atingiu as menores produções de biomassa em relação aos outros dois
e
f
29
experimentos. As folhas secas foram maceradas e colocadas em balões de 2000ml
contendo 1000ml de água destilada (figura 10 a) e a extração foi realizada durante 1
hora e 30 minutos a contar do inicio da fervura dos balões (figura 10 b, c e f).
Após esse período, o óleo essencial foi coletado em frascos de vidro (figura 10 d
e e), previamente pesados, com tampa do tipo batoque e acondicionados em freezer para
posterior obtenção do rendimento e injeção em cromatógrafo de gás acoplado a um
espectômetro de massas para leitura dos componentes do óleo essencial. Como esta
característica possui elevada precisão experimental (SANTOS & INCECCO, 2003) e,
com vistas à redução dos trabalhos, optou-se pela obtenção dos rendimentos somente
em dois blocos por experimento. No primeiro experimento foram sorteados os blocos I
e II, no segundo experimento os blocos II e III e no experimento de Monte Alegre do
Sul os blocos I e III.
Após o termino de todas as extrações, foi retirada a água presente nos frasco, e
em seguida estes foram pesados somente com o óleo essencial. O RD foi obtido pela
subtração do peso dos frascos com óleo do peso dos frascos sem óleo (valor em gramas)
dividido pela massa de folha (valor em gramas) utilizada para extração vezes 100.
b
d
c
a
30
Figura 10 – Processo de extração e rendimento do óleo essencial; a) preparo das
amostras em balões de vidro com 1000 mL de água destilada, b) início da extração de
óleo essencial, c) óleo essencial após destilação, d) vista geral dos frascos com óleo
essencial para obtenção do rendimento, e) detalhe do frasco contendo óleo essencial;
nota-se diferenças no rendimento entre os clones e f) vista geral do processo de
extração.
j) Produção de Óleo por Planta (PO) em g - esta variável permitiu quantificar a
produção média de óleo essencial produzido por planta para cada clone considerando-se
somente dois blocos em cada experimento. Foi obtida pela multiplicação da MSF
respectiva de cada bloco sorteado por RD.100
-1
.
k) Proporção Relativa de Linalol Presente no Óleo Essencial (LN) em % - para a
análise fitoquímica, foram selecionados os cinco melhores clones para rendimento e
produção de óleo por planta mais os dois controles, sendo eles 166, 201, 251, 280, 288,
IAC 2 e IAC 8.
Foi avaliado estatisticamente somente o composto majoritário linalol, presente
no óleo essencial. A identificação do composto majoritário e demais compostos foi
efetuada através da análise comparativa dos espectros de massas das substâncias com o
banco de dados do sistema CG-EM (Nist 62.lib) e padrão autêntico de linalol (Sigma-
Aldrich; 95%) utilizando o índice de retenção de Kovats (ADAMS, 1995). Os índices
de retenção das substâncias foram obtidos através da co-injeção do óleo essencial com
uma mistura padrão de hidrocarbonetos (C9-C24), aplicando-se a equação de VAN
DEN DOOL & KRATZ (1963). A programação utilizada para análise no CG-DIC foi
de 50°C-165°C, 4°C/min, 165ºC-220°C, 10°C/min. As condições de análises no CG-
EM foram 60ºC-240°C, 3ºC/min.
f
e
31
3.2.5 Análises estatísticas e correlações de Pearson para os experimentos com
novos clones linalol recombinantes
Após a colheita de todos os 65 clones dos experimentos e em função de haver
clones muito pouco produtivos (MSF) em todos os três experimentos, por razões
provavelmente de natureza genética/ cromossômica (PIERRE, 2004; TAVARES et al.,
2003), foram analisados estatisticamente os clones que apresentaram simultaneamente
valores de MST até 20% inferiores ao do melhor controle (total de 38 clones).
Os dados de todas as características de cada experimento foram submetidos à
análise de variância no delineamento de blocos ao acaso, modelo misto, onde a média e
os blocos são de efeitos fixos e clones aleatórios. As comparações entre as médias de
tratamentos e de blocos foram feitas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para
análise conjunta ou agrupada em blocos, utilizou-se o modelo misto com experimentos
e clones aleatórios e blocos e médias, fixos.
As fontes de variação simples, neste modelo, foram testados contra a interação
clones x experimentos, sempre que esta se mostrou significantiva a 5% pelo teste F.
Para o teste de médias, no caso de ocorrência de interação, as discussões sobre o
desempenho de clones devem ser priorizadas para cada experimento em detrimento da
análise de médias da conjunta (GOMES, 1966). Neste caso particular, como o interesse
ainda não é o de recomendação de clones ou cultivares e sim o de identificação
potencial de novos clones linalol mais competitivos, portanto, com desempenhos
próximos ou superiores aos controles de origem de coleta (YAMAMOTO 2006) a
análise conjunta será também observada mesmo nos casos de presença de interações.
Para esta primeira seleção foi levada em consideração a homogeneidade dos
desempenhos nos três experimentos. Os novos clones selecionados (dez + os dois
controles) serão utilizados, posteriormente, em maior número de experimentos e
diferentes épocas de colheita para seleção daqueles produtivos e com estabilidade e
adaptabilidade fenotípica.
Pelo número elevado de tratamentos, espera-se um contraste de médias com
muitas redundâncias, dificultando as discussões e também na definição, muitas vezes
arbitrárias, de um limiar para praticar a seleção. Por este motivo, foi aplicado outro teste
de médias para complementação, denominado de Scott & Knott (SCOTT & KNOTT,
1974), que, de acordo com o processo de análise, combina partições de combinações de
tratamentos em grupos, com teste de quiquadrado, separando também com
32
probabilidades de significâncias os agrupamentos formados, eliminando redundâncias
(ZIMMERMANN, 2004 e CRUZ, 2005).
Desta forma, para identificação de alguns genótipos superiores nesta triagem
previa, envolvendo um grande número de clones oriundos de recombinação para
experimentações posteriores, procurou-se nortear a escolha com os dois testes de médias
lado a lado, considerando-se as características mais relevantes como àquelas relativas à
produção de massa, rendimento de óleo e produção média de óleo por planta, bem como
a situação deles em relação aos dois controles (IAC 2 e IAC 8).
Para se conhecer os tipos de associações lineares entre as várias características
avaliadas aplicou-se o teste de correlações de Pearson (MORRISON, 1976), para dez
delas consideradas mais importantes, menos óbvias e, portanto de maior interesse para o
melhoramento. As características que reuniram o maior interesse na correlação foram
aquelas de determinação mais precoce e rápida (AF, CI, NF) contra aquelas decorrentes
de colheita de parte aérea (massa) e determinação fitoquímica (RD, PO, LIN%), que são
muito importantes para o melhorista.
Por questões de tempo e de operacionalidade (custos), os caracteres de
fitoquímica RD e PO foram feitos em somente dois blocos (sorteados) e para os 30
melhores clones (incluindo os dois controles) em relação à MST. As significâncias das
correlações obtidas foram testadas por t (p<0,01 e 0,05).
Em função das correlações terem-se mostradas significativas pelo teste t, mesmo
sendo de baixa magnitude (ex. MSF/MST x NB = 26,0), optou-se por usar o critério
proposto por SHIMAKURA & RIBEIRO JUNIOR (2006) descritos na tabela 4.
Tabela 1 Índices de correlações utilizados nos experimentos, de acordo com
SHIMAKURA & RIBEIRO JÚNIOR (2006).
V
alor da correlação (+ ou-) Interpretação da correlação
0,00 a 0,19 muito fraca
0,20 a 0,39 fraca
0,40 a 0,69 moderada
0,70 a 0,89 forte
0,90 a 1,00 muito forte
Os programas utilizados para as análises estatísticas univariadas e correlações de
Pearson foram: SANEST (Programa SANEST – MACHADO & ZONTA, 1995) e
GENES (CRUZ, 2001). As características NF e NB foram transformadas para (x), e as
relações MFF/ MFT e MSF/ MST para arc sen (x/100).
33
3.2.6 Instalação dos experimentos para estimativas de parâmetros genéticos
baseadas em progênies clonais de meios irmãos
No período da presente dissertação não foi possível à instalação dos
experimentos para obtenção das estimativas de parâmetros genéticos com características
agronômicas e fitoquímicas em nível de campo. Desta forma foi possível para o referido
período dar início a este estudo utilizando-se características inerentes ás estacas das
progênies dos clones meios irmãos, ou seja, comprimento de brotos (Cbr, cm) e massa
de brotos (Mbr, g) e sobrevivência (S%). A fase da pesquisa com a instalação de pelo
menos três experimentos a campo com estas progênies clonais terá prosseguimento por
meio de outra tese, em andamento, de outro aluno do curso de pós-graduação do
Instituto Agronômico.
Para análise dos parâmetros genéticos nas três características mencionadas os
dados foram tomados nas bandejas em delineamento de blocos ao acaso com quatro
repetições, usando médias de parcelas e sobrevivência o total de estacas por bloco.
Todas as brotações das duas gemas opostas do nó foram destacadas, identificadas e
ensacadas para avaliação da massa fresca em Laboratório de Biologia Molecular do
Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais do IAC/APTA. Para Mbr foi utilizada
uma balança semi-analítica com precisão de 0,01mg e para comprimento de brotos Cbr
em cm, com régua. Os dados de Mbr para cada progênie e bloco foram obtidos com
médias de cerca de 20 plantas (estacas) meio-irmãs e para Cbr com médias de amostras
de dez maiores brotos por progênie.
De posse destes dados, foram determinadas as estimativas de parâmetros
genético-estatísticos baseadas em esperanças matemáticas do quadrado médio - E(QM)
das análises de variâncias (ANAVAS) e das esperanças matemáticas do produto médio
E(PM) das análises de covariâncias (ANCOVAS) utilizadas para progênies de meios
irmãos, num modelo misto com blocos fixos e progênies aleatórias. Todas estas
estimativas foram baseadas em VENCOVSKY (1978), FALCONER (1981) e
SIQUEIRA et al., (1994).
Os parâmetros genético-estatísticos estimados foram os seguintes: coeficiente de
variação ambiental (CVe
%
) e genético (CVg
%
), variância ambiental (σ
2
E
) variância
genética ou de progênies (σ
2
G
ou σ
2
P
), que por se tratar de meios-irmãos explora
exclusivamente variância genética aditiva (σ
2
A
); herdabilidade no sentido restrito (hr%),
valor b, ganho genético absoluto e relativo (Gs e Gs%), correlações fenotípica (r
F
),
34
genética aditiva (r
A
) e de ambiente (r
E
), e proporções da fração genética e ambiental na
correlação fenotípica (G
%
) e (E
%
).
As expressões utilizadas neste trabalho para ANAVAS com médias de parcelas e
utilizando-se dos componentes dos respectivos QM´s e E(QM), num modelo misto
segundo (PATERNIANI & MIRANDA FILHO, 1978 e SIQUEIRA et al., 1993), são
mostradas a seguir:
a) Coeficientes de Variação Ambiental CV
E
(%), e Genético CV
G
(%)
Estes parâmetros indicam, respectivamente, a magnitude das variações causadas
pelo ambiente e aquelas que são devidas a efeitos genéticos. As fórmulas são dadas a
seguir:
()
100% x
M
QM
CV
RES
E
= ; com QM
RES
= quadrado médio residual=σ
2
E
e M =
média experimental;
()
100%
2
x
M
CV
G
G
=
σ
; com σ
2
G
(ou σ
2
P)
= variância genética aditiva e
M=média experimental e:
(
)
r
QMQM
resPROG
G
=
2
σ
;
b) Valor b =
()
()
%
%
E
G
CV
CV
, onde valores ~ ou maiores que a unidade representam
populações com condições favoráveis para o melhoramento genético;
c) Herdabilidade no Sentido Restrito h
2
r
%
Permite conhecer a variabilidade genética aproveitável na seleção e estimar o
progresso esperado a cada ciclo de seleção.
+
=
r
σ
σ
σ
h
e
G
G
P
2
2
2
2
.100; com σ
2
G
(ou σ
2
P
) = variância genética aditiva, σ
2
E
=
variância ambiental (residual) e r = repetições ou blocos;
35
d) Ganhos Genéticos de Seleção Absoluto e Relativo para Progênies de Meios
irmãos em Ambos os Sexos
dsxhGS
pabs
2
= (diferencial de seleção), onde
F
σxkds
=
, sendo
k
um valor
tabelado para seleção truncada;
(
)
[
]
100/(%)
2
xMdsxhG
rel
S
= ou
(
)
[
]
{
}
Mxk
reGG
//
/
22
σσσ
+ onde:
+
2
/
2
rEG
σσ = desvio-padrão fenotípico total
F
σ ;
e) Correlações Fenotípica r
F
%, Genética Aditiva r
G
% ou r
A
% e de Ambiente r
E
%
Determina a natureza e a magnitude das correlações existentes entre os
caracteres, auxiliando no ganho genético através da resposta correlacionada. As
fórmulas são dadas a seguir:
yxyx
FFFF
σxσCovr /
),(
= ; com Cov
F(X,Y)
= Covariância fenotípica de x em y, σ
F
=
desvio-padrão fenotípico de x e y;
()
()
GyGx
yxG
yxG
x
Cov
r
σσ
,
,
= ; com Cov
G(X,Y)
= Covariância genética aditiva de x em y,
σ
G
= desvio-padrão genético de x e de y;
()
EyEx
yxE
E
x
Cov
r
σσ
,
= ; com Covariância ambiental de x em y, σ
E
= desvio-padrão
ambiental de x e de y.
Também foi avaliada em 12/12/07 a taxa de sobrevivência (S%), contando-se as
estacas brotadas pelo número total de estacas feitas para cada planta ou genótipo meio-
irmão. Esta característica foi avaliada em delineamento experimental inteiramente
casualizado com cerca de quinze repetições (estacas) de cada planta ou genótipo meio-
irmão. Os dados foram obtidos com as médias de progênies de meios irmãos. O
programa estatístico SANEST de MACHADO & ZONTA, 1995 foi utilizado para
realização das ANAVAS (quadrados médios) e ANCOVAS (produtos médios), além da
36
correlação de Pearson. A significância das correlações observadas foi testada utilizando-
se o teste t (p<0,001).
Para um conhecimento mais aprofundado sobre as estimativas de parâmetros
genéticos nesta população de progênies, decidiu-se estratificá-las em três grupos quanto
ao tamanho efetivo ou tipo, ou seja, com 30 progênies (23 de origem da população-base
recombinante + progênies IAC), com 23 (somente progênies da população-base) e com
apenas sete (progênies de clones IAC). Todos os parâmetros foram estimados nestes três
grupos formados como indicado anteriormente. Espera-se com isso quantificar as
variâncias e covariâncias em cada caso para esta espécie não domesticada e alógama
Lippia alba, para verificar se acarretará prejuízos à seleção com a redução do tamanho
efetivo e conseqüentemente da variabilidade genética aditiva disponível.
3.2.7 Análises estatísticas para estimativas de parâmetros genéticos em progênies
clonais de meios irmãos e correlações de Pearson
As análises de variâncias por experimento e conjunta foram realizadas no
programa SANEST, com teste F (1 e 5%) e as estimativas de parâmetros foram obtidas
com informações contidas em E(QM) - ANAVA simples e conjunta e em E(PM) –
ANCOVA, para uso nas fórmulas utilizadas neste trabalho.
A correlação de Pearson (MORRISON, 1976), foi utilizada somente entre o
caráter sobrevivência (S%) para os dois outros MBr e CBr, pois aquele caráter foi
avaliado em delineamento diferente (inteiramente casualizado).
3.3 Análises Estatísticas Multivariadas
Com o objetivo de auxiliar na identificação de novos clones linalol dentre 40
analisados por estatística univariada caráter a caráter, foram utilizadas duas análises
multivariadas para determinação da divergência genética: análise de componentes
principais (ACP) e de agrupamento. É importante ressaltar que, nesta análise, somente
os clones que participaram da extração do óleo essencial (30 clones), portanto, os que
possuem rendimento determinado, foram avaliados nas análises multivariadas. Para
ambas foi utilizado o programa GENES e a entrada dos dados foi feita com média geral
dos três experimentos.
37
Para a análise de agrupamento, a divergência genética entre os genótipos foi
quantificada a partir da distancia Euclidiana padronizada, como medida de
dissimilaridade. Com base na distância estabelecida entre os indivíduos, os genótipos
foram agrupados utilizando o método UPGMA. Foi possível estabelecer os
agrupamentos de uma forma gráfica bidimensional com a realização da ACP, utilizando
o programa Statistica (STATSOFT Inc. 1999).
Os gráficos foram obtidos de acordo com a dispersão dos escores dos primeiros
componentes principais nos eixos, sendo que o primeiro componente é o de maior
variância, seguido pelo segundo de maior variância (segundo componente) e assim
sucessivamente. Foi possível também identificar quais foram às características que mais
contribuíram para tais agrupamentos (componentes principais) e a correlação existente
entre elas.
38
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Seleção dos Novos Clones Linalol Derivados da População-base
4.1.1 Coeficiente de determinação genotípico
A partir das análises de variância de cada experimento foram calculados os
coeficientes de determinação genotípicos (R
2
), em porcentagem. Observaram-se
elevados valores de R
2
para todas as características avaliadas nos três experimentos, (>
70,0%), excetuando-se NB com os mais baixos (< 45,0%). Ressalte-se que o menor
valor de NB foi registrado para o segundo experimento com 8,4% (tabela 2). Observou-
se, portanto que a característica NB recebe muita influência do ambiente não controlado
em detrimento da genotípica.
Essa afirmação pode parecer contraditória ao examinarmos as boas precisões
experimentais, CV% = entre 14,29 e 18,19%, obtidas para dados de campo,
considerando-se os três experimentos. Em outras palavras, para a capacidade de
brotação entre os diferentes clones houve predomínio de efeitos de ambiente dentro de
blocos do que a de constituição genotípica dos clones. Mesmo assim, estes efeitos não
controlados (resíduos das ANAVAS) foram de baixa magnitude, pois resultou em
baixos CV
E
%. Como ambiente estariam também aqueles ligados à heterogeneidade das
estacas entre os clones dentro de blocos, contribuindo para as interações, mesmo
tomando-se precauções na escolha delas para o plantio.
Como prováveis causas para baixos R
2
de NB podem ser mencionados aqueles
inerentes às estacas e plantas doadoras, tais como: tamanho, espessura, estádio de
desenvolvimento, nível hormonal das estacas e posição na planta dentre outros. Como
alternativa para melhoria dos níveis de CV
E
% observados pode-se controlar o número
de brotações desde o início, mantendo-se um número fixo até a colheita da parte aérea.
Manter as estacas com brotação livre acarretará oscilações indesejáveis nas
características relacionadas com a massa uma vez que a produção desta é diretamente
ligada à quantidade de ramos colhidos por planta. Outra forma é aumentar o tamanho da
parcela, que no presente caso foi mínima pelo grande número de tratamentos utilizados
nesta triagem preliminar de novos clones linalol.
Para as demais características o que se observou foi um predomínio de variância
genotípica em relação a ambiental ou residual, mesmo nos casos onde se observaram
39
altos CV
E
%, como MFT (Ep 3 36,37%), MST (Ep. 1 38,43%), MFF (Ep 3 34,67%)
MSF (Ep 1 32,24%), MFT/Br (Ep 3 41,56%), MST/Br (Ep 1 37,82%) MFF/Br (Ep3
53,47%) e MSF/Br (Ep 1 31,43%).
Pelo raciocínio inverso ao ocorrido com NB, as características foram
determinadas mais pela ação dos efeitos genotípicos entre clones (maior variância) do
que aqueles causados pela interação ambientes x clones. Esta variância da interação
bloco x clones, mesmo sendo de menor magnitude do que a variância genotípica é, de
certa forma elevada, resultando em altos CV% pois este leva em consideração os
desvios da média provocados pelo erro experimental, testados pela média geral.
Concluindo, com estes valores de R
2
pode-se discutir seguramente sobre os
desempenhos dos clones nos experimentos e identificar aqueles superiores
genotipicamente ou pelo menos semelhantes aos controles principalmente para as
características MFT, MST, MFF e MSF que apresentaram valores de R
2
acima de 90%.
Vale ressaltar que a opção de dividir as características MFT, MST, MFF, MSF
pelo número de brotos ou ramos por planta, visando provocar uma certa normalização
ou redução nas oscilações destas características onde os CV% são freqüentemente
elevados, também verificados por SANGALLI et al., 2004 e YAMAMOTO 2006, não
lograram êxito em função da irregularidade de NB conforme salientado anteriormente.
Resultado semelhante foi observado por LOPES et al., (2001) trabalhando com 16
indivíduos de acerola, verificaram altos valores de R
2
para as características diâmetro de
fruto, altura de fruto, peso médio de frutos, vitamina C e acidez titulável, concluindo
que estas características possuem bom controle genético e superioridade dos indivíduos
avaliados. Entretanto, YOKOMIZO et al., (2000) avaliando 72 cruzamentos de soja,
verificaram que a característica produção de grãos também apresentou baixo coeficiente
de determinação, sendo altamente influenciada pelo ambiente.
40
Tabela 2 – Coeficientes de determinação genotípico das variáveis avaliadas, dados
obtidos pelos quadrados médios dos tratamentos e residuais.
Variáveis EXP 1 EXP 2 EXP 3
AF
84,5 85,3 90,7
CI
91,1 77,2 90,3
NF
93,1 78,0 89,4
MFT
95,5 93,0 91,9
MST
89,0 94,0 96,8
MFF
94,1 92,0 93,6
MSF
91,4 94,1 96,4
MFF/MFT
84,5 78,6 74,8
MSF/MST
80,5 77,7 87,7
MFT/ BR
88,0 91,8 79,8
MST/ BR
79,1 84,2 94,3
MFF/ BR
87,2 82,5 72,2
MSF/ BR
80,4 84,9 90,6
NB
45,5 8,9 55,0
RD
88,9 87,5 80,8
PO
87,9 84,4 96,4
%LN
76,7 99,1 99,1
Experimentos
ÁF: área foliar, CI: comprimento de internódios, NF: numero de folhas, MFT: massa fresca total, MST:
massa seca total, MFF: massa fresca de folhas, MSF: massa seca de folhas, MFF/MFT: relação massa
fresca de folhas/ massa fresca total, MSF/MST: relação massa seca de folhas/massa seca total, MST/BR:
massa fresca total/ broto, MST/BR: massa seca total/broto, MFF/BR: massa fresca de folhas/broto,
MSF/BR: massa seca de folhas/broto, NB: numero de brotos, RD: rendimento de óleo essencial: PO:
produção de óleo/planta, %LN: porcentagem de linalol presente no óleo essencial; EXP1: primeiro
experimento (Campinas entomologia), EXP2: segundo experimento (Campinas hortaliças) e EXP3:
terceiro experimento (Monte Alegre do Sul).
A característica número de brotos (NB) apresentou valores de R
2
45,54, 8,92 e
55,00% respectivamente para os experimentos Ep1 e Ep2 (Campinas) e Ep3 (Monte
Alegre do Sul). Com base nos dados, pode-se inferir que a característica NB apresenta
baixo coeficiente de determinação genotípica, sendo, portanto, altamente influenciada
pelo ambiente.
4.1.2 Correlações de Pearson
Os resultados obtidos para as correlações simples entre médias dos três
experimentos para as características analisadas estão na tabela 3.
41
A característica RD foi altamente significativa pelo teste t, mas dentro da classe
moderada com PO. Como estas duas características são mutuamente dependentes,
quaisquer aumentos de massa ou de rendimento trará resposta direta na correlação.
Entretanto RD não apresentou correlação com as demais características
analisadas. Neste sentido parece que a presença de correlação moderada entre RD x PO
deva ser exclusivamente devida à massa seca total por planta, uma vez que PO foi
calculada pelo produto de RD com MST. Portanto, conclui-se que variações no RD não
acompanham as variações de produção de massa da planta (r= 51,0%), nem tampouco
com AF, CI, NF e NB. Trata-se de uma característica independente das demais que
foram objetos de estudo no presente trabalho.
Por outro lado, para as características AF e CI, verifica-se correlação moderada e
positiva com PO, onde, com a seleção para aumento destas duas características de
avaliação mais precoce (AF e CI), aumenta-se também a produção de óleo por planta
(PO). É uma correlação importante do ponto de vista do melhoramento, pois se pode
praticar seleção precoce entre materiais segregantes e avançar somente com aqueles de
maiores AF e CI, para depois praticar seleção para PO, agora numa população mais
reduzida.
Quanto à característica NF, observou-se correlação negativa e moderada com PO
(r = - 52,6), ou seja, inversamente proporcional. Pode parecer um resultado
contraditório, mas na prática foi observado que à medida que o número de folhas
aumenta, em geral, o seu tamanho se reduz, produzindo menos massa. As correlações
MFF x NF (r = - 69,9) e MSF x NF (r = - 68,6), atestam o resultado comentado
anteriormente. No mesmo raciocínio as correlações de NF com as massas totais (frescas
e secas – MFT, MST) seguem o mesmo padrão com correlações igualmente negativas e,
com valores também moderados. A característica PO mostrou-se, conforme o esperado,
diretamente relacionada com massa, com correlações fortes, acima de 85,0% para MFT,
MST, MFF e MSF. Estas correlações, não têm muito interesse para o melhorista, pois
não se pode praticar seleção precoce e são características mutuamente dependentes.
As outras características de maior interesse para o melhorista seriam as de AF e
CI (avaliação fácil e precoce) com aquelas referentes às biomassas e produção de óleo.
Ambas, AF e CI se mostraram diretamente proporcionais a MFT, MST, MFF e MSF,
com correlações moderadas e fortes respectivamente. Por esta razão recomenda-se a
utilização da característica CI (r>70,0%) para seleção precoce dos materiais mais
produtivos para produção de massa, total e foliar (fresca ou seca).
42
Para PO, as correlações foram positivas, moderadas e equivalentes para AF e CI,
com r = 58,6% e 59,5% respectivamente. É muito interessante observar as relações
entre as variáveis tomadas mais precocemente e com certa facilidade, especialmente
AF, CI e NF. Observou-se que AF x NF possui correlação negativa ou inversa e de
magnitude próxima de forte (r = - 68,9%) mostrando que a seleção para plantas com
folhas grandes (>AF) resultará na redução do número de folhas. Isto é explicado por
outra correlação de categoria muito forte, CI x NF (r = - 96,8%), ou seja, com a seleção
para aumentos do tamanho de folhas, obrigatoriamente resultaria no aumento do CI
(internódios mais longos) com r = 75,9% e conseqüentemente, reduziria o número de
folhas. Esta redução no número de folhas é comprovada pelo r obtido de - 68,9%
indicado anteriormente.
Conclui-se, portanto, que se deve tomar cuidado na seleção precoce para maior
número de folhas, pois estas são inversamente correlacionadas com produção de massa,
devido à redução de seu tamanho ou área foliar e do comprimento de internódio.
Em nossos clones, na prática, foi observado que as plantas com internódios
curtos apresentavam realmente folhas pequenas e tinham porte reduzido, com perda
substancial de massa. Estes materiais podem ser estudados futuramente em
espaçamentos mais densos para observar a produção por área.
Como as correlações são obtidas entre diversos materiais, pode-se procurar na
amostra de clones estudados, aqueles denominados “off type” que desviam da regra pré-
estabelecida. Um clone (201) foi identificado nesta população de 40 clones onde
portava folhas grandes em internódios relativamente curtos (figura 11) resultando em
níveis de MST e MSF equivalentes aos controles. Este clone foi selecionado para testes
posteriores. Seus dados serão discutidos posteriormente nos itens relativos aos testes de
médias dos experimentos realizados.
43
Figura 11 – Detalhe do clone 201 (terceiro ramo da esquerda para a direita),
evidenciando internódios curtos e folhas grandes em relação ao controle IAC 8
(primeiro ramo à esquerda).
As correlações envolvendo cada característica com as relações de eficiência
foliar (MFF/MFT e MSF/MST), tiveram resultados inconsistentes, com diferenças
acentuadas de comportamento entre as duas com as demais características.
Quando a relação envolvia massa fresca (MFF/MFT), foram observadas
correlações negativas e muito fracas (somente para RD x MFF/MFT), até fracas e
moderadas (entre -29,8 a -68,9%) para a maioria das características, exceto para NF que
se mostrou positiva. Por outro lado, com MSF/MST as correlações obtidas foram
igualmente negativas, mas de categorias muito fraca (<17,0%) ou fraca (26,0 a 38,2%).
A participação de mais uma fonte de variação, perda de água, pode ter sido a
causa da inconsistência nas relações envolvendo MSF/MST quando comparadas com as
de massa fresca. A correlação entre as duas pode ser considerada abaixo do esperado (r
= 59,3% - moderada). As demais envolvendo massa x massa por serem mutuamente
dependentes e, portanto óbvias, não possuem interesse para seleção, mas foram feitas e
mantidas apenas para mostrar a consistência dos resultados nos experimentos
realizados. Elas funcionam, de certo modo, como controles, viabilizando as discussões
das demais de maior interesse.
44
Tabela 3 – Correlações simples entre as características rendimento de óleo, produção de
óleo por planta, área foliar, número de folhas, número de brotos, massa fresca total,
massa seca total, massa fresca de folhas, massa seca de folhas, relação massa fresca de
folhas / massa fresca total e relação massa seca de folhas / massa seca total.
Variáveis RD PO AF CI NF NB MFT MST MFF MSF MFF/ MFT
PO 0,51* --------- -
AF 0,18 0,59 -------- -
CI
-0,03
0,60 0,76
------- -
NF 0,10 -0,53 -0,69 -0,97 ------ -
NB -0,06 0,50 0,16 0,39 -0,40 ----- -
MFT 0,10 0,87 0,63 0,76 -0,70 0,58 ---- -
MST 0,13 0,87 0,64 0,75 -0,69 0,54 0,99 --- -
MFF
0,13
0,87 0,63 0,71 -0,65 0,53 0,98 0,97
-- -
MSF
0,10
0,87 0,61 0,70 -0,65 0,56 0,97 0,97 0,97
--
MFF/ MFT -0,02 -0,47 -0,50 -0,69 0,67 -0,30 -0,61 -0,60 -0,48 -0,51 -
MSF/ MST -0,15 -0,09 -0,38 -0,31 0,26 0,30 -0,12 -0,17 -0,06 0,00 0,59
RD: rendimento de óleo, PO: produção de óleo por planta, AF: área foliar, CI: comprimento médio de
internódios, NF: número médio de folhas, NB: número de brotos, MFT: massa fresca total, MST: massa
seca total. MFF: massa fresca de folhas, MSF: massa seca de folhas, MFF/ MFT: relação massa fresca
de folhas/ massa fresca total e MSF/ MST: massa seca de folhas/ massa seca total. *Valores em negrito
são significativos a 5% de probabilidade pelo teste t.
As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram correlação positiva e de alta
magnitude (forte) com a variável PO, sendo uma correlação lógica e já esperada. A
variável CI apresentou alta correlação positiva com AF, onde verifica-se que com
aumento da área foliar aumenta o comprimento de internódios. A característica NF
apresentou moderada correlação e negativa com AF, onde nota-se que com aumento da
área foliar diminuem o numero de folhas produzidas, ou vice e versa.
As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram moderada correlação e
positiva com AF, constituindo um grupo de correlações já esperadas. Entre as variáveis
NF e CI, verificaram-se alta correlação e negativa, onde aumentando o numero de
folhas diminui-se o comprimento de internódios, logo, com internódios mais curtos tem-
se maior produção de folhas, porém com pequena área foliar, o que resulta em pouca
massa fresca e seca de folhas ou vice versa.
Entre as variáveis MFT, MST, MFF e MSF nota-se forte correlação com CI,
formando mais um grupo esperado de correlações. A característica NB esta
inversamente correlacionada com NF, apesar de a correlação ter sido fraca. As variáveis
MFT, MST, MFF e MSF apresentaram correlação moderada e negativa com NF, onde
se aumentando o número de folhas diminui a área foliar, logo há uma queda no valor
das variáveis MFT, MST, MFF e MSF.
45
As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram moderada correlação e
positiva com NB onde, com mais brotos, maior será a massa foliar produzida.
4.2 Análises de Variância Simples e Conjunta das Características Avaliadas nos
Clones
Quando a análise de variância conjunta apresentou significância (1% ou 5%)
pelo teste F, para interação Clones x Experimentos, é recomendado, nestes casos,
segundo GOMES (1966), focar a discussão considerando-se cada experimento
individualmente.
Entretanto, conforme já salientado no Material e Métodos o presente trabalho
objetivou a seleção previa de novos clones linalol, oriundos de uma população
recombinante inédita, para estudos posteriores em maior número de experimentos e
épocas de colheita visando a estabilidade e adaptabilidade fenotípicas. Não se trata,
portanto, de experimentação de recomendação de cultivares. Desta forma, será dada
ênfase também à análise conjunta, procurando elencar clones com maiores médias, mas
observando-se a homogeneidade de desempenho nos três experimentos, tomando-se por
base a posição dos mesmos segundo os controles utilizados. Os dois testes de médias
serão analisados mutuamente, com preferência para Scott & Knott por excluir as
redundâncias.
4.2.1 Área foliar – AF, comprimento de internódio – CI, número de folhas – NF e
número de brotos ou ramos - NB
Os resultados das análises de variância simples e conjunta para AF encontram-se
na tabela 4. Houve presença de interação altamente significativa de clones x
experimentos.
As precisões experimentais variaram de 16,7 a 37,7%, consideradas elevadas a
julgar pela padronização feita utilizando-se ramos de 70cm para retirada de amostras de
dez folhas a partir da base destes. Para melhoria dos CVs% deve-se aumentar o tamanho
da amostra. Em experimentos menores isto é mais exeqüível, pois as amostras de folhas
deste trabalho totalizando 780 parcelas foram todas secas (exicatas) para uso do
aparelho medidor de área foliar. QUEIROGA et al., (2003) e JANNUZZI, (2006)
também obtiveram médios e altos valores de CVs% para esta característica, trabalhando
46
com feijão e Lippia alba, respectivamente. Mesmo assim foi possível detectar muitos
contrastes entre as médias tanto no teste de Tukey, quanto no Scott & Knott.
Dentro de uma faixa de seleção de novos clones linalol com maiores áreas
foliares e, simultaneamente, observando-se o desempenho dos controles pode-se inferir
que o Ep1 foi o que mais contribuiu para a interação. Houve uma inversão de posição
entre os dois controles neste experimento, configurando interação do tipo complexa
(PATERNIANI & MIRANDA FILHO, 1978, RAMALHO, 1977 e CRUZ, 2005).
Como AF é correlacionada com produção de massa e no mesmo sentido (positiva),
pode-se selecionar clones de maiores médias para AF, sem riscos de provocar redução
indesejável de MST. Os clones selecionados para esta característica foram 201, 238 e 43
que tiveram desempenho superior semelhante ao melhor controle (IAC 8) em dois
experimentos e homogeneidade (medias não significativas) nos três experimentos.
47
Tabela 4 - Médias da característica AF (área foliar) em cm
2
para 40 clones e três
experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
238
25,50 A a
a213
35,85 B a
a 213
45,31 A a
a213
31,79 a
a
201
21,60 A ab
a235
31,34 A ab
a 201
34,89 A ab
b201
29,24 ab
a
43
19,90 A abc
a201
31,24 A ab
aIAC 8
33,53 A abc
b238
26,87 abc
a
144
16,25 B abcd
bIAC 8
29,92 A abc
a 235
32,88 A bcd
b235
25,94 abcd
a
IAC 2
16,14 B abcd
b251
29,73 A abcd
a 241
32,25 A bcde
bIAC 8
25,59 abcde
a
213
14,19 C bcde
b136
29,15 A abcde
a47
31,09 A bcde
b43
24,17 bcdef
b
120
14,12 B bcde
b43
27,23 A abcdef
a 238
30,42 A bcdef
b144
23,66 bcdefg
b
235
13,62 B bcdef
b144
26,96 A abcdef
a 147
30,09 A bcdef
b251
23,43 bcdefg
b
IAC 8
13,33 B bcdef
b137
26,12 A abcdef
b 136
29,74 A bcdef
b136
22,70 bcdefgh
b
44
12,19 A bcdef
c261
26,00 A abcdef
b70
29,57 A bcdefg
b120
22,34 cdefgh
b
47
11,74 B bcdef
c238
24,68 A abcdefg
b 251
29,50 A bcdefg
b261
21,96 cdefgh
b
241
11,71 B bcdef
c120
24,32 A abcdefg
bIAC 2
28,74 A bcdefgh
b241
21,81 cdefghi
b
261
11,36 B bcdef
c70
23,54 B abcdefgh
b 120
28,57 A bcdefgh
bIAC 2
21,66 cdefghi
b
49 11,09 B bcdef c280 23,35 A abcdefgh b 261 28,53 A bcdefgh b47 21,48 cdefghi b
251 11,07 B bcdef c9 23,27 A abcdefgh b 144 27,77 A bcdefghi b70 20,18 defghij b
196
11,02 B bcdef
c219
23,01 A abcdefgh
b 137
26,11 A bcdefghij
b137
20,03 defghij
b
280
10,71 B cdef
c212
22,59 A bcdefgh
b 216
25,66 A bcdefghij
b147
19,99 defghij
b
219
10,36 B cdef
c196
22,17 A bcdefgh
b43
25,37 A bcdefghij
b219
19,36 defghijk
b
9
9,70 B cdef
c216
21,90 A bcdefgh
b 219
24,70 A bcdefghijk
c280
19,02 efghijkl
c
199
9,69 B cdef
c47
21,63 AB bcdefghi
b 146
24,17 A bcdefghijk
c9
18,70 fghijkl
c
136
9,22 B cdef
c49
21,60 A bcdefghi
b9
23,14 A bcdefghijkl
c49
18,45 fghijkl
c
147
8,89 B def
c241
21,48 AB bcdefghi
b 166
23,01 A bcdefghijkl
c216
18,12 fghijkl
c
135
8,60 B def
c147
20,99 AB bcdefghi
b 280
22,99 A bcdefghijkl
c196
17,91 fghijkl
m
c
109
8,31 B def
cIAC 2
20,11 B bcdefghi
c 212
22,95 A bcdefghijkl
c44
17,44 ghijklm
c
288
8,23 B def
c166
19,98 A bcdefghi
c49
22,64 A cdefghijkl
c212
17,23 ghijklm
c
137
7,87 B def
d135
19,82 A bcdefghi
c80
22,16 A cdefghijkl
c166
16,51 hijklmn
c
70
7,43 C def
d44
19,74 A bcdefghi
c 288
21,14 A defghijkl
c146
16,27 hijklmn
c
32
7,36 B def
d288
18,99 A bcdefghi
c 196
20,55 A efghijkl
c135
16,19 hijklmn
c
80
6,90 B def
d146
18,04 B cdefghi
c44
20,38 A efghijkl
c288
16,12 hijklmn
c
172
6,84 B def
d172
17,05 A cdefghi
c 135
20,17 A efghijkl
c80
15,22 ijklmn
c
216
6,80 B def
d32
16,94 A defghi
c 199
18,66 A fghijkl
d199
14,87 jklmn
c
146
6,61 C def
d80
16,60 A efghi
c 172
18,32 A fghijkl
d109
14,07 jklmno
c
166
6,56 B def
d109
16,35 A efghi
c 109
17,56 A ghijkl
d172
14,07 jklmno
c
212
6,14 B def
d199
16,28 A efghi
c 128
16,62 A hijkl
d32
13,02 klmno
d
31
5,99 B def
d31
15,82 A fghi
c31
16,23 A ijkl
d31
12,68 lmno
d
2
4,96 B ef
d2
14,56 A fghi
d32
14,75 A jkl
d2
11,32 mno
d
22
4,03 B ef
d129
12,92 A ghi
d2
14,45 A jkl
d128
10,50 no
d
129
3,93 B ef
d22
11,95 A ghi
d22
14,39 A jkl
d22
10,12 no
d
128 3,91 C ef d128 10,98 B hi d 129 13,11 A kl d129 9,98 no d
27
2,83 B f
d27
8,70 AB i
d27
11,41 A l
d27
7,65 o
d
dias
10,17 C 21,57 B 24,34 A 18,69
CV(%)
37,70 21,27 16,67 22,75
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep 2: segundo experimento de
Campinas (Unidade Hortaliça/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott
& Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos, CV(%): coeficiente de variação ambiental.
48
Para a característica CI que mostrou correlação positiva para MST (considerada
diferenciada neste trabalho, pois dela se obteve o RD e PO), pode-se utilizá-la como
auxílio na seleção de clones, desde que para valores maiores de CI. Haja vista que a
seleção de menores internódios para que se obtenha maior número de folhas resultaria
em queda na MST em função de r de CI x MST ser positiva, conforme já comentado.
Realmente foi observado, neste trabalho, que os clones com menores CI
possuem, via de regra (a correlação não é total) maior número de folhas, porém de
tamanho menor o que resultou em redução de MST. A afirmação de redução de MST
em clones de folhas menores é corroborada pela presença de correlação inversa
(negativa) entre NF x MST, conforme já discutido em item anterior de correlações. Esta
ênfase em correlações foi dada aqui, novamente, para nortear a forma de abordagem das
características em questão como auxílio na escolha dos melhores clones.
Pelos resultados da tabela 5, observou-se que o Ep1 teve a menor média para CI
diferindo dos demais. Houve interação significativa para clones x experimentos e a
discussão seguirá nos mesmos moldes da característica anterior AF.
As precisões experimentais variaram de 9,3 a 15,3%, consideradas boas para
dados obtidos em campo.
De acordo com a análise Scott & Knott e mantendo-se o foco dentre os clones do
topo da tabela 5 (>CI), observou-se uma correlação complexa nos controles devida,
agora, ao Ep2. Pelo teste de Tukey isto não foi observado uma vez que os dois controles
tiveram comportamentos equivalentes, não diferindo estatisticamente entre si, mesmo
com alteração da posição.
Os clones selecionados por meio desta característica foram 238, 241, 235, 120,
70, 280. Excetuando-se o 280, que foi homogêneo (sem significância estatística) nos
três experimentos com CI = 7,4cm – Ep1, 8,4cm – Ep2 e 8,1cm Ep3; os demais tiveram
pelo menos um experimento com valor significativo. Ressalte-se que é extremamente
desejável a obtenção de clones de internódios mais curtos, mas que apresentem folhas
de tamanho médio a grandes, pois esta característica CI, correlacionou-se com a
produção de massa fresca e seca de folhas. Nos casos de clones com os menores valores
de CI, geralmente as plantas são de porte menor, comparativamente aos controles, e
podem ser estudadas futuramente em diferentes espaçamentos visando plantios mais
adensados compensando o porte menor em produção de massa.ha
-1
.
49
Tabela 5 - Médias da característica CI (comprimento de internódios) em cm para 40
clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de
variância simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
235 7,66 A a aIAC 811,23 A a a IAC 2 10,41 A a aIAC 89,46 a a
IAC 2
7,43 B ab
a31
10,70 A ab
a IAC 8
10,01 AB ab
a238
9,14 ab
a
280 7,41 A ab a235 10,52 A abc a238 9,78 A abc aIAC 29,05 ab a
238 7,39 B ab a120 10,50 A abc a120 9,73 A abcd a241 8,80 abc a
IAC 8 7,15 B abc a241 10,32 A abc a241 9,51 A abcde a235 8,78 abc a
70
7,11 B abc
a261
10,29 A abc
a31
8,90 A abcdef
b120
8,77 abc
a
241 6,57 B abcd b238 10,25 A abc a261 8,55 B abcdefg b261 8,36 abcd b
261 6,24 C abcde b137 9,60 A abcd b199 8,37 A bcdefgh b31 8,18 abcde b
44 6,21 B abcde bIAC 29,32 AB abcde b219 8,22 A bcdefghi b70 8,13 abcdef b
144
6,15 B abcdef
b129
9,23 A abcde
b147
8,21 A bcdefghi
b280
7,94 bcdefg
b
120 6,09 B abcdef b70 9,08 A abcde b70 8,20 AB bcdefghi b44 7,74 bcdefgh b
219
5,85 B abcdefg b109 8,99 A abcdef b129 8,18 AB bcdefghi b129 7,72 bcdefgh b
129 5,76 B bcdefg c9 8,94 A abcdef b235 8,15 A bcdefghi b219 7,60 cdefghi b
251
5,68 B bcdefg
c216
8,93 A abcdef
b44
8,11 A bcdefghi
b147
7,45 cdefghi
c
212 5,64 B bcdefg c44 8,89 A abcdef b280 8,06 A bcdefghi b144 7,31 defghi c
288 5,55 B cdefg c219 8,72 A abcdef b9 8,02 B bcdefghi b109 7,26 defghi c
147 5,47 B cdefgh c147 8,69 A abcdef b146 7,82 A cdefghij c251 7,21 defghi c
166
5,27 B defgh
c43
8,57 A abcdef
b109
7,74 AB defghijk
c216
7,18 defghi
c
199 5,22 B defghi c47 8,57 A abcdef b251 7,68 A efghijk c9 7,15 defghi c
146 5,21 B defghi c280 8,36 A abcdef c49 7,63 A efghijk c199 7,14 defghi c
196 5,21 A defghi c136 8,32 A abcdef c216 7,61 A efghijk c137 7,01 defghij c
136
5,19 B defghi
c251
8,28 A abcdef
c144
7,49 A fghijk
c212
6,98 defghij
c
109 5,06 B defghi c144
8,28 A abcdef c166 7,48 A fghijk c43 6,92 efghij c
216 5,00 B defghi c212 8,08 A abcdef c43 7,38 A fghijk c146 6,76 efghijk c
213 4,96 B defghi c22 8,03 A abcdef c47 7,32 A fghijk c166 6,76 efghijk c
31 4,95 B defghi c199 7,83 A abcdef c80 7,28 A fghijk c47 6,72 fghijk c
135 4,87 B defghi c2 7,83 A abcdef c196 7,27 A fghijk c196 6,68 ghijk c
43 4,80 B defghi c135 7,69 A abcdef c22 7,25 A fghijk c22 6,61 ghijkl c
2 4,75 B efghi d213 7,66 A abcdef c212 7,23 A fghijk c136 6,49 hijklm c
137 4,62 A efghi d196 7,57 A bcdef c172 7,16 A fghijk c135 6,39 hijklm c
22 4,56 B efghi d166 7,52 A bcdef c137 6,82 A ghijk d49 6,37 hijklm c
172 4,52 B efghi d172 7,40 A bcdef c135 6,60 A ghijk d172 6,36 hijklm c
9 4,50 C efghi d146 7,25 A bcdef c32 6,56 A ghijk d288 6,35 hijklm c
49 4,36 B fghi d80 7,16 A bcdef c288
6,54 AB hijk d213 6,33 hijklm c
80 4,35 B fghi d49 7,13 A bcdef c213 6,36 AB hijk d2 6,28 ijklm c
47 4,26 B ghi d201 7,06 A bcdef c2 6,26 AB ijk d80 6,26 ijklm c
201 4,26 B ghi d288 6,97 A cdef c27 6,23 A ijk d201 5,68 jklm d
128 4,24 B ghi d32 6,34 A def c136 5,97 B jk d32 5,45 klm d
27 3,70 B hi d128 5,68 A ef c128 5,76 A k d128 5,23 lm d
32 3,45 B i
d
27 5,39 A f
c
201 5,73 A k
d
27 5,11 m
d
dias 5,42 C 8,43 A 7,69 B 7,18
CV(%) 11,85 15,30 9,27 12,93
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
50
O número de folhas é uma característica importante, pois está diretamente ligada
á produção de massa denominada de útil, pois, no caso de Lippia alba, são as folhas
onde a concentração de óleos essenciais é máxima (CASTRO, 2001 e EHLERT, 2003).
Igualmente como nos casos anteriores houve interação significativa entre clones
x experimentos. Conforme comentado em correlações NF é inversamente
correlacionado com as características de massa. Desta maneira, ao utilizarmos esta
característica, deve-se tomar o cuidado de priorizar a escolha de melhores clones para
aqueles com menor número de folhas, pois estas serão de tamanho maior, segundo
indica a correlação. Pela tabela 6, verificou-se que os CVs foram baixos, variando de
4,8 a 8,4%, evidenciando melhor controle experimental do que as características
anteriores.
Pela tabela 6, os clones de menor número de folhas ocupam agora o final da
tabela, diferente das duas características anteriores (AF e CI). Folhas maiores foram
observadas para clones com números menores de folhas e isto é favorável, pois a
correlação é inversa com as características envolvendo massa fresca e seca.
Os dois controles foram semelhantes pelo teste de Tukey nos três experimentos e
na ANAVA conjunta, diferindo entre si somente no Ep2 pelo teste de Skott & Knott
(5%). O controle IAC 8 teve média de 13,7 folhas e o IAC 2 16,2 (no Ep2) num ramo
de tamanho padronizado de 70cm. Por esta inversão significativa de comportamento dos
dois controles nesta região é importante identificar clones de comportamento
homogêneo para menor NF. O clone 31 teve comportamento irregular no Ep 1,
produzindo mais folhas (28,4) do que os outros dois, Ep2 - 14,2 e Ep3 - 18,1, sendo
detectado tanto pelo teste de Tukey quanto Scott & Knott. Desta maneira este clone
deve ter contribuído para a presença de interação clone x experimento.
O clone 280 foi o único que teve comportamento semelhante para os três
experimentos (Ep1-18,9; Ep2-18,0 e Ep3-19,9). Os demais clones com menor NF
selecionados foram aqueles com médias semelhantes pelo menos em dois Eps. Foram os
seguintes: 238, 120, 241, 235 e 70.
51
Tabela 6 - Médias da característica NF (número de folhas) para 40 clones e três
experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
32 38,33 A a a 128 30,05 A a a 128 28,13 A a a128 30,45 a a
27 37,86 A a a27 28,16 B ab a 201 28,08 A a a27 30,37 a a
49 36,09 A ab a32 24,02 B abc b 136 26,96 A ab a32 28,57 ab a
80 35,70 A abc a 288 21,78 A abcd c27 25,73 B abc b201 26,40 abc b
128 33,28 A abcd b49 21,37 B abcd c2 25,67 AB abcd b80 25,97 abcd b
47 32,96 A abcde b 201 21,23 B abcd c 213 25,23 AB abcde b49 25,75 abcd b
9 31,39 A abcdef c80 21,10 B abcd c 288 24,59 A abcdef b2 24,79 bcde b
22 31,16 A abcdef c 146 20,85 B abcd c 135 24,47 AB abcdefg b172 24,57 bcde b
172 31,03 A abcdefg c 172 20,46 B abcd c32 24,44 B abcdefg b213 24,50 bcde b
137 30,46 A abcdefgh c 196 20,38 B abcd c 137 23,49 AB abcdefgh b135 24,12 bcdef b
201 30,33 A abcdefghi c 213 20,15 B abcd c 172 22,81 B abcdefgh b22 23,88 cdefg b
2
29,82 A abcdefghij c 166 19,98 B abcd c80 22,28 B abcdefghi c288 23,88 cdefg b
43 29,33 A bcdefghij c 199 19,73 AB bcd c 212 22,16 A abcdefghi c47 23,82 cdefgh b
135 28,87 A bcdefghij c 135 19,48 B bcd c47 22,16 B abcdefghi c137 23,46 cdefgh b
213
28,49 A bcdefghij
c2
19,43 B bcd
c22
22,11 AB abcdefghi
c136
23,40 cdefgh
b
31 28,36 A bcdefghij c22 19,14 B bcd c 196 22,10 AB abcdefghi c196 23,07 cdefgh b
216 28,31 A bcdefghij c 212 18,60 B bcd c43 21,80 B bcdefghij c146 22,76 cdefghi b
109 28,27 A bcdefghij c 251 18,21 B cd d 166 21,47 B bcdefghijk c43 22,73 cdefghi b
129 27,64 A cdefghij c 144 18,19 B cd d 144 21,37 AB bcdefghijk c166 22,70 cdefghi b
146
27,25 A defghij
c 136
18,07 B cd
d 216
21,29 AB bcdefghijkl
c9
22,33 cdefghij
b
199 27,10 A defghij c 280 17,97 A cd d49 21,09 B bcdefghijkl c199 21,91 defghijk c
196 26,98 A defghij c43 17,78 B cd d 251 20,96 AB bcdefghijkl c216 21,90 defghijk c
166 26,92 A defghij c47
17,60 B cd d 109 20,73 AB cdefghijkl c109 21,70 defghijkl c
147 26,00 A defghijk d 137 17,35 B cd d 146 20,49 B cdefghijkl
m
c212 21,37 efghijkl c
136 25,70 A defghijkl d 219 17,35 B cd d9 19,99 B cdefghijkl
m
c251 21,22 efghijkl c
288 25,33 A efghijklm d 147 17,35 B cd d 235 19,90 A cdefghijkl
m
c129 20,97 efghijkl c
251 24,72 A fghijklm d44 16,86 C cd d 280 19,87 A cdefghijkl
m
c147 20,80 efghijkl c
219 24,08 A fghijklm d 109 16,85 B cd d 129 19,80 B defghijklm c144 20,75 efghijkl c
212 23,50 A ghijklm d 216 16,84 B cd d44 19,75 B efghijklm c219 20,28 fghijklm c
120 23,19 A hijklm d9 16,82 C cd d70 19,69 A efghijklm c31 19,80 ghijklm
n
c
144 22,82 A ijklm d70 16,49 B cd d 219 19,68 AB efghijklm c44 19,68 hijklmn c
241 22,81 A ijklm d 129 16,25 B cd d 147 19,53 B efghijklm c280 18,92 ijklmn d
44 22,64 A jklm dIAC 216,22 AB cd d 199 19,31 B fghijklm c261 18,49 jklmn d
261 22,45 A jklm d 238 14,71 B d d 261 18,74 B ghijklm d70 18,20 klmn d
235 19,81 A klm e 261 14,69 C d d31 18,09 B hijklm d235 17,95 klmn d
IAC 8 19,71 A klm e 241 14,61 B d d 241 16,86 B ijklm d241 17,93 klmn d
238 18,99 A lm e 120 14,46 B d d 120 16,49 B jklm d120 17,86 lmn d
IAC 2 18,96 A lm e 235 14,42 B d d 238 16,37 AB klm dIAC 216,85 mn d
280
18,94 A lm
e31
14,21 C d
dIAC 8
16,00 AB lm
d238
16,64 mn
d
70 18,49 AB m
e
IAC 8 13,68 B d dIAC 215,47 B m dIAC
8
16,37 n d
dias
26,85 A 18,43 C 21,26 B 4,70
CV(%) 5,01 8,45 4,75 6,11
CLONES e EXPERIMENTOS
CJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
52
A característica NB, conforme mencionado no item 4.1, apresentou os menores
coeficientes de determinação genotípico, com as variações entre clones sendo devido
principalmente a efeitos não controlados de ambiente, próprio de estacas. É interessante
notar que os CVs foram bons ficando entre 14,0 a 18,0%, indicando precisão
experimental satisfatória. Parecem resultados contraditórios mas o que pode ser
concluído é que existe baixa variabilidade genotípica para esta característica, sendo
necessário ter experimentos com maior precisão do que as encontradas neste trabalho.
Em outras palavras, as variâncias residuais dos experimentos são pequenas para
experimentos de campo, produzindo um desvio-padrão baixo em relação à média geral.
Entretanto as variâncias devidas a genótipos são ainda menores, causando redução de R
2
dificultando a seleção. Isto pode ser observado pelo menor número de contrastes obtidos
pelo teste de Tukey, comparativamente às características anteriores. No Ep1 não houve
sequer um contraste (tablea 7).
O clone 9 apresentou oscilações significativas entre os três experimentos,
contribuindo para causar interação clones x experimentos. O comportamento do clone
241 como o terceiro pior (últimas colocações) quanto ao número de brotos no Ep1 e
primeiro nos dois outros indica presença de elevada interação deste clone com o
ambiente. Os clones com maior número de brotos, próximos aos controles (topo da
tabela 7) e com homogeneidade de respostas aos experimentos foram os seguintes: 219,
280, 129, 238, 288, 109 e 144. Destes os clones 238 e 109 foram homogêneos para os
três experimentos. Os demais tiveram pelo menos dois experimentos com
comportamento semelhante estatisticamente.
53
Tabela 7 - Médias da característica NB (número de brotos) para 40 clones e três
experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
199 6,04 B a a241 15,45 A a a 241 5,61 B a a 241 8,29 a a
IAC 8 5,70 AB a a219 12,70 A ab b 280 5,08 B ab a 219 6,73 ab b
129 5,17 AB a a280 10,43 A abc cIAC 84,31 B abc b 280 6,38 abc b
219 4,85 B a a129 10,42 A abc c 109 4,24 A abc b 129 6,23 abcd b
288 4,71 B a a9 9,73 A abcd c 219 4,07 B abc b IAC 8 6,07 abcde b
144 4,58 B a a288 9,10 A abcde cIAC 23,98 B abc b 199 5,96 abcdef b
261 4,47 A a aIAC 2 8,75 A abcde c 129 3,94 B abc b 238 5,76 abcdefg b
216 4,38 AB a a135 8,63 A abcdef c 199 3,84 C abc b IAC 2 5,46 bcdefgh b
280 4,37 B a aIAC 8 8,58 A abcdef c 213 3,71 A abc b 288 5,33 bcdefghi b
109 4,31 A a a199 8,43 A abcdef c 128 3,69 AB abc b 109 5,10 bcdefghi c
IAC 2 4,23 B a a238 8,26 A bcdef c22 3,48 A abc c 144 4,98 bcdefghi c
146
4,21 B a a146 8,16 A bcdefg c49 3,47 B abc c 146 4,94 bcdefghij c
44 4,19 AB a a144 8,04 A bcdefg c 235 3,32 AB abc c 135 4,86 bcdefghijk c
251 4,12 A a a216 7,99 A bcdefg c 201 3,29 B abc c 216 4,79 bcdefghijk c
27 4,09 AB a a166 7,85 A bcdefg c 238 3,27 A abc c22 4,72 bcdefghijk c
22 3,86 A a a22 7,21 A bcdefg d 135 3,23 B abc c9 4,44 bcdefghijkl c
238 3,77 A a a31 7,17 A bcdefg d 137 3,19 A abc c 147 4,42 bcdefghijkl c
147 3,69 A a b128 7,14 A bcdefg d 146 3,10 B abc c 201 4,30 cdefghijkl c
31 3,67 AB a b147 7,03 A bcdefg d32 3,09 A abc c 166 4,24 cdefghijkl c
135 3,54 B a b109 6,97 A bcdefg d 288 3,03 B abc c31 4,23 cdefghijkl c
120 3,50 AB a b80 6,84 A bcdefg d 147 3,00 A abc c80 4,21 cdefghijkl c
49 3,47 B a b201 6,63 A bcdefg d 144 2,97 B abc c 251 4,21 cdefghijkl c
201 3,36 B a b251
6,52 A bcdefg d27 2,93 B abc c27 4,14 cdefghijkl c
80 3,36 B a b137 6,01 A cdefg d80 2,92 B abc c 128 4,13 cdefghijkl c
43 3,24 A a b172 6,01 A cdefg d 212 2,84 A abc c44 4,06 cdefghijkl c
137 3,19 A a b44 5,93 A cdefg d2 2,80 A abc c49 4,06 cdefghijkl c
196 3,09 AB a b235 5,82 A cdefg d 166 2,72 B abc c 137 4,03 defghijkl c
9 2,98 B a b27 5,61 A cdefg d 216 2,72 B abc c 261 3,89 efghijkl c
166 2,97 B a b49 5,36 A cdefg d 261 2,61 B abc c 235 3,79 fghijkl c
212 2,91 A a b196 5,18 A cdefg d 196 2,59 B abc c32 3,62 ghijkl c
32 2,86 A a b32 5,10 A cdefg d31 2,49 B abc c 213 3,56 ghijkl c
47 2,85 A a b120 5,04 A cdefg d 251 2,47 A abc c 120 3,56 ghijkl c
136 2,72 A a b70 4,97 A cdefg d44 2,45 B abc c 196 3,54 hijkl c
70 2,72 B a b261 4,79 A cdefg d47
2,44 A abc c 212 3,42 hijkl c
172 2,70 AB a b212 4,66 A defg d 120 2,39 B abc c 172 3,38 hijkl c
213 2,67 A a b213 4,43 A defg d70 2,37 B abc c70 3,26 ijkl c
235 2,59 B a b136 4,00 A efg d9 2,17 B bc c47 2,93 jkl c
241 2,40 B a b2 3,58 A fg d 136 2,12 A bc c 136 2,90 kl c
2 2,34 A a b47 3,55 A fg d 172 2,02 B bc c2 2,88 kl c
128 2,25 B a b43 3,26 A g d43 1,60 A c c43 2,63 l c
Médias 3,73 B 2,61 A 3,10 C 2,10
CV(%) 18,19 14,29 16,97 15,74
CLONES e EXPERIMENTOS
CJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
54
4.2.2 Massa fresca total (MFT) e massa seca total (MST).
Estas características são muito importantes sob o ponto de vista do
melhoramento, pois devem ser obtidos clones com maior produção de biomassa por
planta ou área. Na prática é muito comum colher no campo toda a parte aérea das
plantas e submete-las a temperaturas elevadas, geralmente com vapor d´água (caldeiras)
para extração dos óleos essenciais, num sistema de hidrodestilação ou arraste a vapor
(STASHENKO, 2004).
Desta forma foram obtidos dados sobre a massa fresca para se ter uma idéia,
neste trabalho, sobre o desempenho dos clones em caso do processamento ser sem a
secagem dos materiais. As tabelas 8 e 9 apresentam os resultados obtidos com os 40
clones estudados. Os coeficientes de variação ambiental foram altos, variando entre 27,0
a 36,4% para MFT e entre 22,0 a 38,5% para MST, sendo, portanto equivalentes.
YAMAMOTO (2006) também obteve elevados coeficientes para características de
massa, alegando serem muito influenciadas pelo ambiente por serem de natureza
poligênica, resultado semelhante foi verificado por SANGALLI et al., (2004).
Mesmo assim houve variação genotípica suficiente para formação de muitos
contrastes entre as médias. As duas características foram obviamente muito
correlacionadas e, os clones de valores maiores são coincidentes nas duas tabelas.
O Ep1 foi o que apresentou a inversão do posicionamento dos controles e de
forma significativa (Tukey e Scott & Knott a 5%), bem como os menores valores
médios na ANAVA conjunta de experimentos, sendo considerado um ambiente
desfavorável ao desenvolvimento dos clones. Esta área foi plantada por muito tempo
com progênies segregantes de tomateiro, para seleção contra doenças viróticas, sem
nunca o solo ter sido submetido a um processo de estruturação (subsolagem)
apresentando-se muito compactado. A fertilidade foi considerada mediana e inferior ao
apresentado pelos outros solos do Ep2 e Ep3. Esta pode ser uma indicação da causa da
interação entre clones x experimento em todas as características relacionadas com a
biomassa.
O Ep2 teve a maior média experimental com, aproximadamente, seis vezes o
valor de Ep1 e o dobro de Ep3, tanto para MFT quanto MST. A característica MST em
Lippia alba não tem muito interesse sob o ponto de vista prático, pois nas pesquisas
comparativas de rendimento de óleo com número elevado de clones ou parcelas,
padronizam-se os materiais secando somente as folhas (até peso constante), evitando-se
55
as variações indesejáveis por extrações em tempos diferentes da massa fresca. Esta
característica foi obtida, neste trabalho, para estimar a taxa de produção foliar ou
eficiência foliar na matéria seca total (MSF/MST).
Como nas duas tabelas os clones principais foram de desempenhos equivalentes
(tabelas 8 e 9), procurou-se basear a seleção no caráter MFT. O clone 280 foi o melhor
clone daqueles oriundos de recombinação, pois foi superior estatisticamente aos demais
para MFT, inclusive quanto ao melhor controle (IAC 2) no Ep2 e Ep3 com produções
de 1,85 Kg.Pl
-1
e 1,323 Kg respectivamente. Estes níveis de produtividade foram muito
superiores aos encontrados por YAMAMOTO (2006) em seis experimentos com dez
clones experimentais de coleta. Os dois controles aqui utilizados (IAC 2 e IAC 8) são
provenientes dos estudos daquela autora e, no presente trabalho, o melhor deles para
MFT (IAC2) produziu no Ep2, 1,43 Kg.Pl
-1
e no Ep3, 0,8 Kg.Pl
-1
.
O clone 238 (inferior estatisticamente ao 280), também se mostrou com
produções equivalentes aos controles, sendo superior em valores absolutos ao IAC 8 no
Ep1, contudo estes não diferem estatisticamente. Nos demais experimentos, este
apresentou semelhanças estatísticas com os dois controles. Os demais clones
selecionados foram: 219, 129, 238, 199, 241, 109, 137, 251 e 144. Houve uma grande
amplitude de valores de MFT dentro de cada experimento, sendo o maior deles
referentes ao EP2 com 1,66 Kg.Pl
-1
, refletindo grande variabilidade genotípica expressa
no experimento.
56
Tabela 8 - Médias da característica MFT (massa fresca total) para 40 clones e três
experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
238 333,75 B a a280 1850,75 A a a 280 1320,00 B a a280 1130,17 a a
IAC 8
313,50 C a
aIAC 2
1431,50 A ab
b 219
802,75 A b
bIAC 2
809,75 b
b
219 223,13 B b b129 1341,25 A abc b IAC 2 801,88 B b bIAC 8762,92 b b
280 219,75 C b b219 1245,63 A bcd b IAC 8 738,50 B bc b219 757,17 b b
IAC 2 195,88 C bc bIAC 81236,75 A bcde b 238 608,38 A bcd c129 614,04 bc b
144
193,13 B bc
b137
966,50 A bcdef
c 199
603,63 AB bcd
c238
603,54 bc
b
261 190,13 B bc b251 957,25 A bcdef c 241 560,50 A bcde c199 526,79 cd c
199 154,75 B bcd c238 868,50 A cdefg d 109 514,88 B bcdef d251 503,58 cde c
70 144,00 B bcde c109 856,00 A cdefg d70 436,63 A bcdefg d241 493,25 cdef c
201
139,13 B bcdef
c199
822,00 A cdefgh
d 129
435,63 B bcdefg
d109
485,71 cdefg
c
147 139,00 B bcdef c241 800,75 A defgh d 251 429,13 B bcdefg d137 444,33 cdefgh c
251
124,38 C cdefg c144 759,00 A defgh d 288 372,63 B cdefg d144 418,29 cdefghi c
241 118,50 B cdefgh c9 704,00 A efghi d44 368,38 AB cdefg d70 408,04 cdefghij c
120
117,67 B cdefgh
c135
701,13 A fghi
d 166
351,25 B defg
d288
367,50 defghijk
c
43 113,13 B cdefghi c201 686,88 A fghi d 213 342,38 A defg d166 365,04 defghijkl c
9 104,13 B defghi c166 658,50 A fghi d 212 334,25 A defg d201 364,13 defghijkl c
135 104,00 B defghi c128 657,88 A fghi d 261 326,50 AB defg d44 362,83 defghijkl c
109
86,25 C defghi
d288
645,75 A fghi
d27
325,13 AB defg
d9
358,83 defghijkl
c
166 85,38 C defghi d70 643,50 A fghi d 144 302,75 AB defg d135 350,46 defghijkl c
212 85,25 B defghi d44 642,50 A fghi d 147 295,00 B defg d147 346,38 defghijkl c
288 84,13 C defghi d147 605,13 A fghi d 235 292,13 AB defg d128 329,88 defghijkl
m
c
49
81,75 B defghi
d146
571,50 A fghi
d 128
289,00 B defg
d261
305,29 efghijklm
c
137 80,63 B defghi d31 569,75 A fghi d 137 285,88 B defg d146 300,00 efghijklm c
27 80,00 B defghi d120 517,38 A fghi e32 269,88 AB defg e120 292,56 fghijklm c
44 77,63 B defghi d196 510,38 A fghi e9 268,38 B defg e212 279,38 ghijklm c
196 76,50 B defghi d216 509,75 A fghi e2 267,00 A defg e32 267,63 hijklm c
47 68,13 B efghi d32 501,25 A fghi e 201 266,38 B defg e213 261,79 hijklm c
129 65,25 B efghi d80 492,00 A fghi e 146 263,88 B defg e235 260,04 hijklm c
146 64,63 C efghi d172 485,63 A fghi e 135 246,25 B defg e216 258,71 hijklm c
136 64,00 B efghi d235 438,50 A fghi e43 244,13 A defg e31 256,29 hijklm c
213 59,00 B efghi d212 418,63 A ghi e 120 242,63 B defg e27 253,08 hijklm c
80 58,88 B fghi d261 399,25 A ghi e49 223,38 AB efg e196 248,25 hijklm c
31
55,63 B fghi d2 385,63 A ghi e 216 220,25 B efg e2 230,46 ijklm c
22 51,63 B ghi d213 384,00 A ghi e22 209,38 A efg e80 227,79 ijklm c
172 50,25 B ghi d27 354,13 A ghi e 196 157,88 B fg e172 214,79 ijklm c
235 49,50 B ghi d47 341,25 A ghi e31 143,50 B fg e49 203,21 jklm c
216 46,13 B ghi d49 304,50 A hi e80 132,50 B g e43 184,00 klm c
128 42,75 C ghi d22 210,50 A i e47 125,25 B g e47 178,21 klm c
2 38,75 B hi d43 194,75 A i e 136 111,75 AB g e22 157,17 lm c
32 31,75 B i
d
13
6
186,75 A i
e
172 108,50 B g
e
13
6
120,83 m
c
dias 110,29 C 671,42 A 365,95 B 382,55
CV(%) 27,28 28,19 36,37 35,21
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
57
Tabela 9- Médias da característica MST (massa seca total) para 40 clones e três
experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
IAC 8 94,25 B a a280 501,00 A a a280 410,00 B a a 280 325,54 a a
238 88,63 B a a IAC 2 417,75 A ab b IAC 2 253,50 B b b IAC 2 244,63 b b
219 67,00 C ab b IAC 8 366,13 A abc c219 225,33 B bc b IAC 8 226,04 b b
280 65,63 C ab b129 343,75 A bcd c IAC 8 217,75 AB bc b 219 210,03 bc b
261 64,75 A abc b219 337,75 A bcd c199 214,00 AB bcd b 238 171,29 cd b
IAC 2
62,63 C abcd
b137
262,50 A cde
d238
194,25 A bcde
c 129
165,46 cde
b
144 50,63 B bcde c144 243,13 A cdef e241 188,50 A bcde c 199 158,79 cdef b
147 48,50 B bcde c251 236,13 A cdef e251 158,50 A cdef d 251 143,75 defg c
201 48,50 B bcde c238 231,00 A cdefg e109 143,17 A defg d 241 136,08 defgh c
109 45,00 B bcde c199 222,63 A defgh e70 141,75 A defgh d 109 132,85 defgh c
43 44,13 B bcdef c135 218,50 A defghi e129 133,13 B efghi d 137 124,92 defghi c
199
39,75 B bcdef d109 210,38 A defghi e147 112,17 AB fghij e 144 124,53 defghi c
9 38,75 B bcdef d288 209,75 A defghi e44 111,50 AB fghij e 288 116,83 efghij c
251
36,63 B bcdef
d241
184,38 A efghij
f288
111,00 B fghij
e70
114,13 efghijk
c
120
36,00 B bcdef
d128
183,38 A efghij
f166
107,17 A fghij
e 135
111,79 fghijkl
c
241 35,38 B bcdef d9 182,00 A efghij f128 106,67 B fghij e 147 107,72 fghijklm c
70 33,88 B bcdef d70 166,75 A efghijk f213 103,75 A fghij e 128 103,06 ghijklmn c
135 33,75 B bcdef d147 162,50 A efghijk f27 101,75 A fghij e44 97,75 ghijklmno c
288 29,75 C bcdef d31 160,25 A efghijk f261 99,25 A fghij e9 96,25 ghijklmnop c
27 29,25 B bcdef d44 157,25 A efghijk f137 91,00 A fghij f 166 92,60 ghijklmnopq c
47 27,75 B cdef d120 155,63 A efghijk f212 86,50 A fghij f 201 89,13 hijklmnopq c
212 27,00 B cdef d146 155,38 A efghijk f146 85,63 AB fghij f 146 86,67 hijklmnopq c
166
26,88 B def
d201
154,38 A efghijk
f135
83,13 B ghij
f 120
86,49 hijklmnopq
c
22 25,00 B def e166 143,75 A efghijk f43 83,00 A ghij f 261 84,79 hijklmnopq c
44 24,50 B ef e80 135,67 A efghijk g216 79,83 AB ghij f31 75,54 ijklmnopq c
136 23,75 B ef e196 128,00 A efghijk g144 79,83 B ghij f 212 74,21 ijklmnopq c
49 22,63 B ef e32 117,38 A fghijk g235 78,83 AB ghij f27 73,58 ijklmnopq c
213 22,25 B ef e216 113,00 A fghijk g49 78,00 A ghij f 213 71,25 jklmnopq c
137 21,25 B ef e235 112,25 A fghijk g32 77,50 AB ghij f 216 69,32 jklmnopq c
129 19,50 B ef e212 109,13 A fghijk g2 76,33 A ghij f 235 68,78 jklmnopq c
128 19,13 C ef e2 90,50 A ghijk g9 68,00 B hij f80 68,61 jklmnopq c
196
19,00 B ef
e261
90,38 A ghijk
g120
67,83 B ij
f32
67,21 jklmnopq
c
146 19,00 B ef e27 89,75 A ghijk g201 64,50 B ij f 196 61,94 klmnopq c
2 17,25 B ef e213 87,75 A hijk g22
62,67 A ij g2 61,36 lmnopq c
172 17,25 B ef e172 76,50 A ijk g80 56,17 B j g49 55,38 mnopq c
31 16,50 C ef e47 65,75 A jk g47 52,50 AB j g43 55,29 nopq c
235 15,25 B ef e49 65,51 A jk g31 49,88 B j g47 48,67 opq c
216 15,13 B ef e136 54,50 A jk g136 43,25 AB j g22 46,93 opq c
80 14,00 B ef e22 53,13 AB jk g196 38,83 B j g 172 44,04 pq c
32 6,75 B f
e
43 38,75 B k g17
2
38,38 AB j g 136 40,50 q
c
di as 34,81 C 175,85 A 114,37 B 108,34
CV(%) 38,43 28,68 22,83 31,09
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
58
4.2.3 Massa fresca folhas (MFF), massa seca de folhas (MSF) e relações MFF/MFT
e MSF/MST
Estas características podem ser consideradas mais relevantes para aumento de
rendimento de óleo e de majoritário, no caso linalol, durante o melhoramento visando
seleção de novos clones. Pelas tabelas 10, 11, 12 e 13, pode se observar ampla
variabilidade genotípica para as características MFF e MSF, como pode ser comprovado
pelos respectivos coeficientes de determinação genotípicos dos três experimentos
conforme já discutidos anteriormente, obtendo-se valores elevados de R
2
(91,4 a
96,4%). Considerando as médias dos três experimentos, os respectivos valores
máximos, mínimos e amplitudes foram: 300,63 a 39,13g.Pl
-1
, amplitude 201,5 para
MFF e 102,72 a 11,92 g.Pl
-1
, amplitude 90,8 para MSF.
As relações que estimam a eficiência de produção de folhas, tanto fresca como
seca, tiveram, em média, amplitudes menores e, conseqüentemente, menores
variabilidades genotípicas com valores de amplitudes muito próximas, 12,02% para
MFF/MFT e somente 4,8% para MSF/MST, resultando em menor variação genotípica
para seleção, R
2
, entre 74,8 a 87,7%. Por outro lado, conforme o esperado, as relações
apresentaram precisões experimentais muito melhores do que as características simples,
com CVs abaixo de 9,0%.
As características simples MFF e MSF, como estão mais sujeitas às variações de
ambiente e interações, os CVs% ficaram entre 24,0 e 35,0%. De forma semelhante,
SANGALLI et al., (2004), também encontrou baixas precisões experimentais para MSF
nos seus estudos de adubação com resíduos orgânicos e nitrogênio em capuchinha
(Trapoelum majes) e MARCO et al., (2006) também obtiveram alto coeficiente de
variação (CV%), trabalhando com diferentes espaçamentos e época de corte em capim
citronela (
Cymbopogon winterianus Jowitt).
Para minimizar os efeitos não controlados do ambiente, principalmente aqueles
inerentes às estacas, recomenda-se aumento do tamanho de parcelas em experimentos
com menor número de clones a serem testados. Os melhores clones que estão nos topos
das tabelas 10, 11, 12 e 13, próximos ou superiores aos controles podem ser
selecionados, desde que tenham respostas homogêneas entre os três experimentos (baixa
oscilação entre os melhores ou quanto aos controles.
Para MFF (tabela 10), o clone 280 foi superior no Ep2 e Ep3 aos dois controles
bem como aos demais clones pelos dois testes de médias realizados. No Ep1, foi
59
superior ao IAC 8 e semelhante ao IAC 2. Este clone é o mais promissor dentre todos os
demais testados, pois tem muita massa foliar o que permitirá ganhos substanciais na
produção de linalol.
Os demais clones selecionados para MFF e que possuem desempenho
equivalente aos dois controles e certa homogeneidade de resposta (pelo menos para dois
Eps) foram os seguintes: 280, 238, 219, 199, 241, 201, 109, 251 e 137.
60
Tabela 10 - Médias da característica MFF (massa fresca de folhas) para 40 clones e três
experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
238 92,33 B a a280 455,00 A a a280 386,75 A a a280 300,63 a a
IAC 8 71,00 B ab b201 296,75 A b b219 216,50 A b b219 182,79 b b
280 60,13 B bc c IAC 2 285,38 A bc b199 194,75 A bc b IAC 2 168,25 bc b
219 59,13 B bc c219 272,75 A bcd b IAC 8 181,25 AB bcd b199 167,58 bc b
144 57,00 B bcd c199 261,25 A bcde b238 179,63 A bcde b IAC 8 165,25 bc b
IAC 2 51,25 B bcde c137 257,00 A bcdef b IAC 2 168,13 AB bcdef b238 149,07 bcd b
109 48,13 B bcdef d IAC 8 243,50 A bcdefg b241 153,38 A bcdefg b201 144,17 bcde b
261 47,50 B bcdef d251 216,75 A bcdefgh b109 138,00 A bcdefgh c251 128,75 cdef b
199 46,75 B bcdef d135 212,63 A bcdefghi b251 126,38 AB bcdefghi c109 127,42 cdef b
241 44,38 B cdefg d109 196,13 A bcdefghij c70 122,13 A bcdefghi c241 122,96 cdefg b
251 43,13 B cdefgh d129 189,25 A bcdefghij c129 115,75 AB cdefghij c137 118,63 cdefgh b
147
42,00 A cdefghi d238 175,25 A bcdefghijk c288 111,63 A cdefghij c129 107,50 defghi c
201 41,88 B cdefghi d166 173,38 A bcdefghijk c235 102,63 AB cdefghij c70 107,00 defghij c
70 39,63 B cdefghij d241 171,13 A bcdefghijk c166 101,75 B cdefghij c135 105,67 defghij c
135 36,75 B cdefghijk e128 163,63 A cdefghijk c44 100,25 A cdefghij c166 103,92 defghijk c
166 36,63 C cdefghijk e70 159,25 A cdefghijk c213 96,00 A defghij c288 94,08 efghijkl c
9 34,75 C defghijkl e31 155,13 A cdefghijk c201 93,88 B defghij c44 92,00 fghijklm c
288 30,50 B efghijkl e44 153,75 A defghijk c2 86,25 A defghij c144 88,71 fghijklm
n
c
43 29,50 A efghijkl e144 152,50 A defghijk c212 83,63 A efghij c235 84,29 fghijklm
n
c
47 27,25 A efghijkl e288 140,13 A efghijk c146 77,00 AB fghij d128 83,92 fghijklm
n
c
212 26,75 A fghijkl e235 133,25 A efghijk c137 74,13 B fghij d213 82,63 fghijklm
n
c
80 25,75 B fghijkl e9 133,25 A efghijk c27 72,88 A fghij d147 82,04 fghijklm
n
c
120 25,63 B fghijkl e147 132,38 A efghijk c9 72,00 B fghij d9 80,00 fghijklm
n
c
49 25,13 B fghijkl e216 130,88 A efghijk c147 71,75 A ghij d146 73,75 ghijklmn c
137 24,75 B fghijkl e213 127,25 A fghijk c261 69,88 AB ghij d31 71,00 ghijklmn c
213 24,63 B fghijkl e146 123,25 A ghijk c128 69,50 B ghij d120 67,38 hijklmn c
136 22,00 B ghijkl f196 119,63 A ghijk c135 67,63 B ghij d261 66,92 hijklmn c
44 22,00 B ghijkl f120 117,00 A ghijk c49 62,75 AB ghij d216 66,54 hijklmn c
146 21,00 B ghijkl f80 116,75 A ghijk c120 59,50 B ghij d212 63,13 ijklmn c
2 19,63 B hijkl f136 109,75 A hijk d144 56,63 B hij d196 62,25 ijklmn c
22 19,25 B hijkl f49 95,38 A hijk d32 54,38 A hij d49 61,08 ijklmn c
128 18,63 C ijkl f172 93,88 A hijk d196 52,63 B hij d80 59,71 ijklmn c
27 17,50 B jkl f261 83,38 A ijk d216 51,75 B hij d2 57,92 ijklmn c
129 17,50 B jkl f47 81,63 A jk d22 45,88 AB hij d136 55,21 jklmn c
235
17,00 B jkl f32 79,00 A jk d31 40,88 B ij d27 52,96 klmn c
216 17,00 B jkl f212 79,00 A jk d43 38,13 A ij d32 48,38 lmn c
31 17,00 B jkl f27 68,50 AB jk d80 36,63 B ij d47 47,71 lmn c
196 14,50 B kl f2 67,88 AB jk d47 34,25 A ij d172 43,63 lmn c
172 12,75 B kl f22 57,00 A k d136 33,88 B ij d22 40,71 mn c
3
2
11,75 B l f43 49,75 A k
d
17
2
24,25 B j
d
43 39,13 n
c
di as 33,49 C 158,23 A 98,12 B 96,62
CV(%) 25,74 29,27 34,67 34,73
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
61
Os resultados obtidos para MSF (tabela 11) são praticamente semelhantes,
conforme o esperado, para massa fresca de folhas (tabela 10) em virtude da elevada
correlação entre eles (r = 97,3%), conforme já verificado e, as magnitudes diferentes
dos valores obtidos, foram em função da perda de água.
No Ep1, o clone 238 diferiu estatisticamente do controle IAC 2, pelo teste de
Tukey, porém foi semelhante ao IAC 8, enquanto que pelo Scott & Knott, ele diferiu de
ambos. No Ep2 e Ep3 surgiu, novamente como o melhor clone o 280, diferindo
significativamente a 5% dos dois controles por Scott & Knott e Tukey (Ep3) e somente
para o IAC 8 pelo teste de Tukey (tabela 11). Os clones selecionados para MSF foram
os seguintes, 280, 238, 219, 199, 251, 201, 241, 144 e 288.
62
Tabela 11 - Médias da característica MSF (massa seca de folhas) em g, para 40 clones e
três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
238 31,50 B a a280 163,00 A a a 280 126,67 A a a280 102,72 a a
IAC 8 24,13 C ab b IAC 2 125,63 A ab bIAC 873,50 B b b IAC 8 70,42 b b
219 19,00 B bc c IAC 8 113,63 A bc b 199 68,63 A b b IAC 2 69,51 b b
280 18,50 B bcd c219 89,75 A bcd cIAC 265,17 B bc b238 58,13 bc b
IAC 2 17,75 C bcde c238 78,63 A cde d 238 64,25 A bc b219 57,21 bc b
261 16,50 B bcdef c129 74,75 A cdef d 219 62,88 AB bc b199 46,13 cd c
144 16,50 B bcdef c201 72,00 A defg d 251 42,38 AB cd c251 41,83 de c
199 16,13 B bcdefg c251 70,13 A defg d70 42,25 A cd c109 40,38 def c
201
15,25 B bcdefgh
c137
68,50 A defgh
d 109
41,50 B cde
c129
39,00 defg
c
147 14,63 B bcdefghi c109 65,50 A defghi d 241 37,25 AB def c201 38,25 defgh c
109 14,13 C cdefghij c135 64,88 A defghi d 129 36,75 B def c241 37,88 defghi c
241
13,75 B cdefghijk c241 62,63 A defghij d 288 36,13 AB defg c288 35,46 defghij c
251 13,00 B cdefghijk c166 62,25 A defghij d 146 34,00 A defgh c70 34,83 defghij c
135 12,25 B cdefghijk d128 61,75 A defghij d 147 33,83 AB defgh c166 34,63 defghij c
9 11,25 B cdefghijk d288 60,63 A defghij d 166 33,25 B defghi c135 34,60 defghij c
70 11,00 B cdefghijk d144 60,00 A defghij d44 31,63 A defghij d137 34,21 defghij c
120 9,75 C cdefghijk d9 59,63 A defghij d 212 28,88 AB defghij d147 32,32 defghijk c
288 9,63 B cdefghijk d199 53,63 A defghijk d 235 27,50 AB defghij d128 30,33 efghijkl c
47 9,50 A cdefghijk d31 52,75 A defghijk d 201 27,50 B defghij d144 30,11 efghijkl c
43 8,88 B defghijk d80 51,63 A defghijk d 213 27,38 A defghij d44 29,33 efghijkl c
166 8,38 C efghijk d70 51,25 A defghijk d 137 27,13 B defghij d9 29,24 efghijkl c
235 8,13 B efghijk d44 50,13 A efghijk d 135 26,67 B defghij d146 27,67 efghijkl c
136 7,75 B fghijk d147
48,50 A efghijk d2 26,17 B defghij d120 26,19 fghijkl
m
c
212 7,63 B fghijk d120 45,00 A efghijk e27 25,25 A defghij d235 25,63 fghijkl
m
c
213 7,63 B fghijk d146 42,88 A efghijk e 128 24,13 B defghij d213 25,54 fghijkl
m
c
80 7,50 B fghijk d32 42,75 A efghijk e 120 23,83 B defghij d32 24,29 ghijklm c
32 7,50 B fghijk d213 41,63 A efghijk e32 22,63 AB defghij e80 24,04 ghijklm c
49 7,25 B fghijk d235 41,25 A efghijk e 261 21,75 AB defghij e212 23,75 hijklm c
137 7,00 B fghijk d196 41,25 A efghijk e22 19,83 A defghij e31 23,72 hijklm c
22 6,50 B ghijk d216 39,25 A fghijk e49 18,75 AB defghij e261 22,92 ijklm c
44
6,25 B hijk
d172
36,38 A fghijk
e 216
17,67 B efghij
e2
21,76 jklm
c
146 6,13 B hijk d212 34,75 A ghijk e9 16,83 B fghij e216 20,56 jklm c
2 5,63 C hijk d136 33,63 A ghijk e 144 13,83 B fghij e196 18,54 klm c
196 5,63 B hijk d2 33,50 A ghijk e31 13,17 B fghij e49 18,33 klm c
129 5,50 C hijk d261 30,50 A hijk e80 13,00 B fghij e27 17,92 klm c
31 5,25 B ijk d47 29,00 A ijk e43 12,00 AB ghij e136 17,38 klm c
128
5,13 C ijk d49 29,00 A ijk e47 10,75 A hij e172 16,61 lm c
216 4,75 B jk d27 24,50 A jk e 136 10,75 B hij e22 16,57 lm c
172 4,13 B k d22 23,38 A jk e 172 9,33 B ij e47 16,42 lm c
27 4,00 B k d43 14,88 A k
e
196 8,75 B j
e
43 11,92 m
c
dia
10,77 C 56,12 A 32,59 B 33,16
CV(%) 32,24 24,78 26,53 29,15
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
63
Os clones com maior eficiência de produção de folhas em princípio devem ser os
preferidos, desde que tenham um volume de produção alto. Foi observado que os clones
superiores para produção de MSF não são os de maiores taxas de produção de folhas.
Como no denominador da relação entra a massa (g) de todo o material relacionado com
a parte aérea, como ramos, flores, frutos, infrutescências e a própria massa de folhas,
notou-se que os clones até então superiores em massa de folhas (fresca e seca) possuem
ramos grossos e internódios longos, diminuindo a relação. São os casos dos dois
controles, principalmente o clone IAC 8 (muito vigoroso) e o clone recombinante 280
para MFF/MFT (tabela 12). Embora, este teve uma melhor resposta de eficiência foliar
quando as folhas foram secas, mudando significativamente sua posição em relação aos
controles nos três Eps segundo os contrastes pelo Scott & Knott (tabela 13). Outros
clones recombinantes, até então semelhantes aos controles em produção de biomassa
também apresentaram taxa de produção de folhas superiores, com valores significativos
aos controles em dois Eps, segundo o teste de Scott & Knott. Foram eles: 288, 199, 201,
238, 251 e 241 que haviam se destacado para MFF e MSF.
Os clones de ramos mais finos foram, via de regra, os de maior eficiência foliar,
mas com rendimento de folhas (MFF e MSF) abaixo estatisticamente dos controles e
dos clones recombinante superiores. Conforme salientado, anteriormente, os clones com
ramos mais finos e menos lenhoso de alta taxa de produção foliar podem ser
selecionados em outra instância para estudos com diferentes espaçamentos, uma vez que
eles podem ser considerados menos vigorosos e próprios para cultura adensada. Foram
listados neste grupo os seguintes: 213, 235, 166, 135 e 80. No trabalho de
YAMAMOTO (2006), também foram encontrados clones de porte reduzido, internódios
muito curtos e alta eficiência de produção de folhas e foram identificados como
pertencentes aos quimiótipos limoneno/carvona. Ainda segundo a mesma autora, foi
constatada a presença de virose (provavelmente CMV-Cucumber mosaic vírus) nos
clones limoneno / carvona, explicando possivelmente o ananísmo das plantas. Em nosso
caso, o quimiótipo é linalol e não se observou visualmente sintoma de virose nas folhas
das plantas de ramos finos, folhas menores e internódios curto, mantendo a resistência
dos quimiótipos linalol a este vírus, conforme estudado, pioneiramente, por
YAMAMOTO (2006).
64
Tabela 12 - Médias da característica MFF/MFT (massa fresca de folhas/massa fresca
total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para
análises de variância simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
213 42,21 A a a 136 38,24 A a a 201 35,44 A a a 213 34,82 a a
166 40,24 A ab a 120 35,23 A ab a 235 34,36 A a a 136 34,32 ab a
80 40,22 A ab a 213 34,62 AB abc a2 32,21 A ab a80 33,69 abc a
241 36,83 A abc b 2 34,12 A abc a 199 31,87 A abc a 235 33,19 abc a
135 36,44 A abcd b 47 33,96 AB abc a 288 30,79 A abc a 201 32,33 abcd a
9 36,34 A abcd b 80 33,57 AB abc a 238 30,68 A abcd a 199 32,31 abcd a
47
35,95 A abcde
b 199
33,06 A abcd
a 136
30,65 A abcd
a47
32,16 abcd
a
196
35,84 A abcde
b 238
32,45 A abcd
a 251
30,53 A abcd
a 166
31,88 abcde
a
235 34,62 A abcdef b 212 32,44 A abcd a 166 29,13 A abcd a 135 31,82 abcde a
216 34,28 A abcdef b 49 31,07 AB abcde b 135 29,07 A abcd a2 31,50 abcdef a
136 34,16 A abcdef b 201 31,06 A abcde b 219 28,86 A abcd a 238 31,28 abcdefg a
32
33,49 A abcdefg b 235 30,64 A abcde b44 28,70 A abcd a 251 31,18 abcdefg a
288 33,15 A abcdefg b 251 30,64 A abcde b 146 28,54 A abcd a 288 31,07 abcdefg a
49 33,05 A abcdefg b 147 30,13 A abcde b70 28,08 A abcd a 241 30,91 abcdefg a
146 32,52 A abcdefg b 135 30,09 A abcde b49 28,00 B abcd a49 30,69 abcdefg a
251 32,39 A abcdefg b 216 29,86 A abcde b 280 27,99 A abcd a 146 30,05 abcdefgh a
199 31,99 A abcdefg c31 29,57 A abcde b 213 27,97 B abcd a9 29,97 abcdefgh a
137 31,57 A bcdefg c22 29,55 A abcde b9 27,85 AB abcd a 216 29,81 abcdefgh a
212 31,37 A bcdefg c 288 29,31 A abcde b80 27,56 B abcd a 196 29,67 abcdefgh a
31 31,30 A bcdefgh c 280 29,18 A abcde b 241 27,52 A abcd a 212 29,57 abcdefgh a
109 31,14 A bcdefgh c 146 29,13 A abcde b31 27,04 A abcd a 120 29,32 abcdefgh a
238 30,73 A bcdefgh c 261 29,12 A abcde b 109 26,89 A abcd a31 29,29 abcdefgh a
201 30,55 A bcdefgh c43
29,08 A abcde b47 26,78 B abcd a 219 28,88 abcdefghi a
144 30,49 A bcdefgh c 137 29,00 A abcde b 129 26,48 A abcd a 137 28,85 abcdefghi a
147
30,39 A bcdefgh
c 172
28,80 A abcde
b 196
26,41 A abcd
a70
28,45 bcdefghij
b
219
29,82 A cdefgh
c 241
28,59 A abcde
b 137
26,04 A abcde
a 280
28,36 bcdefghijk
b
70 29,56 A cdefgh c 144 28,50 A abcdef b 216 25,46 A abcde b 147 28,06 cdefghijk b
22 29,22 A cdefgh c 219 27,96 A abcdef c 212 25,06 A abcde b 109 27,83 cdefghijk b
IAC 2 28,60 A cdefgh c70 27,72 A bcdef c 120 24,60 A abcde b44 27,20 defghijk b
120 28,40 A cdefgh cIAC 227,58 A bcdef c 128 24,31 A abcde b22 26,71 defghijk b
44 28,31 A cdefgh c 196 27,02 A bcdef cIAC 824,29 A abcde b32 26,25 efghijk b
2 28,24 A cdefgh c 166 26,67 A bcdef c27 24,28 A abcde bIAC 225,90 fghijk b
280 27,91 A cdefgh c9 26,00 B bcdef c 147 23,83 A abcde b 144 25,90 fghijk b
128 26,88 A defgh d 109 25,54 A bcdef c 261
21,79 A bcde b 261 25,65 ghijk b
43 26,75 A defgh d44 24,67 A cdef dIAC 221,72 A bcde b 128 24,84 hijk b
261 26,21 A efgh d32 24,51 B cdef d22 21,61 B bcde b 172 24,74 hijk b
IAC 8 25,98 A fgh d 128 23,36 A def d32 21,23 B bcde bIAC 824,47 hijk b
172 25,43 A fgh dIAC 823,16 A def d 172 20,25 A cde b43 23,52 ijk b
129 24,10 A gh d27 22,19 A ef d 144 19,22 B de b 129 23,17 jk b
27 21,95 A h d12
9
19,14 A f d43 15,60 B e b27 22,80 k b
dias 31,38 A 29,09 B 26,61 C 32,59
CV(%) 6,33 6,90 8,69 7,31
CLONES e EXPERIMENTOS
CJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
65
Tabela 13 - Médias da característica MSF/MST (massa seca de folhas/massa seca total)
para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para
análises de variância simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
80 39,48 A a a213 49,33 A a a 199 37,07 A a a199 37,51 a a
9 38,21 A ab a136 49,32 A a a 238 33,54 A ab b238 35,50 ab a
251 35,41 A abc a199 46,63 A ab a 219 32,05 A abc b213 35,28 ab a
47 35,37 A abc a49 45,12 A abc a 280 32,00 A abc b251 34,68 ab a
241 34,88 A abc a80 42,51 A abcd b 251 30,75 A abcd c80 34,06 abc a
32 34,52 A abcd a43 41,24 A abcde b70 30,09 A abcde c201 33,72 abcd a
201
33,71 A abcde
a212
40,49 A abcde
b 109
30,04 A abcdef
c136
33,64 abcd
a
288
32,94 A abcde
a235
40,36 A abcde
b 147
29,92 A abcdef
c147
33,46 abcde
a
238 32,74 A abcde a238 40,33 A abcde b 235 29,69 A abcdef c288 33,21 abcde a
166 32,73 AB abcde a201 39,87 A abcde b IAC 8 29,58 AB abcdef c219 33,20 abcde a
2 32,70 AB abcde a166 38,69 A abcdef c 288 29,33 A abcdef c49 32,97 abcde a
219
32,38 A abcde a147 38,36 A abcdef c 241 29,17 A abcdef c241 32,96 abcde a
147 32,24 A abcde a251 37,96 A abcdef c44 29,05 A abcdef c166 32,90 abcde a
135 31,98 A abcde a135 37,95 A abcdef c 146 28,44 A abcdefg c9 32,50 abcdef a
137 31,70 A abcde a196 37,76 A abcdef c 201 27,84 A abcdefg c280 32,32 abcdef a
213 31,14 B abcde a144 37,59 A abcdef c 129 27,59 A bcdefg c235 32,21 abcdef a
49 30,56 AB abcde a288 37,47 A abcdef c 166 27,53 B bcdefg c135 32,20 abcdef a
146 30,52 A abcde a31 37,16 A abcdef c 212 27,17 B bcdefg c2 32,19 abcdef a
280 29,48 A abcde a2 37,13 A abcdef c 137 27,12 A bcdefg c70 31,51 abcdefg a
70 29,40 A abcde a172 37,04 A abcdef c2 26,94 B bcdefg c146 31,51 abcdefg a
199 29,23 A abcde a22 36,61 A bcdef c 135 26,92 A bcdefg c137 31,44 abcdefg a
109 28,52 A abcde b261 36,51 A bcdef c 213 26,19 B bcdefgh c212 31,39 abcdefg a
136 27,90 B abcde b216
35,83 A bcdef c9 26,02 B bcdefgh c32 30,45 bcdefgh a
129 27,56 A abcde b129 35,82 A bcdef c 120 25,31 A bcdefghi d129 30,26 bcdefgh b
120
27,24 A abcde
b146
35,67 A bcdef
c31
25,15 A bcdefghi
d109
30,10 bcdefgh
b
IAC 2
27,02 AB abcdef
b137
35,66 A bcdef
c27
24,97 A bcdefghi
d47
29,80 bcdefgh
b
212 26,96 B abcdef b280 35,54 A bcdef c 136 24,79 B bcdefghi d31 29,57 bcdefgh b
235 26,96 A abcdef b219 35,18 A bcdef c 128 24,43 B cdefghi dIAC 829,49 bcdefgh b
31 26,77 A abcdef b70 35,13 A bcdef c49 24,07 B cdefghij d44 29,26 bcdefgh b
128 26,18 AB bcdef b241 34,93 A bcdef c32 23,72 A cdefghij d128 28,34 cdefghi b
IAC 8 25,63 B bcdef b47 34,88 A bcdef c IAC 2 23,55 B cdefghij d216 27,92 cdefghi b
261 25,44 AB cdef b128 34,73 A bcdef c 196 23,53 A cdefghij d261 27,86 defghi b
216 25,28 B cdef b44 34,51 A bcdef c 216 23,12 B cdefghij d196 27,69 defghi b
44 24,46 A cdef b9 33,57 A cdef c 261
22,21 B defghij dIAC 227,58 defghi b
144 24,14 B cdef b32 33,46 A cdef c 172 21,54 A efghij d120 27,46 efghi b
43 22,55 B def bIAC 833,41 A cdef c80 21,31 B fghij d172 26,69 fghi b
196 22,51 A def bIAC 232,37 A def c47 20,01 A ghij e43 26,09 ghi b
172 22,31 A ef b109 31,75 A def c22 18,34 B hij e144 25,87 ghi b
22 22,20 B ef b120 29,89 A ef c 144 17,16 B ij e22 25,35 hi b
27 15,95 A f b27 27,65 A f
c
43 16,35 B j
e
27 22,64 i b
dias 29,08 B 37,33 A 26,22 C 33,69
CV(%) 8,46 6,76 6,62 7,32
CLONES e EXPERIMENTOS
CJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
66
4.2.4 Massa fresca e seca total / broto (MFT/Br, MSF/Br), massa fresca e seca de
folhas / broto (MFF/Br, MSF/Br)
Estas características foram feitas como alternativa de redução do erro
experimental, pois se julgou que dividindo MFT, MST, MFF e MSF pelo número de
brotos ou ramos das plantas nas parcelas poderiam, de certa forma, equacionar melhor
estas variáveis. Conforme foi constatado pelos níveis elevados dos CVs encontrados e,
principalmente, por NB ter sido a que teve os menores valores para o componente
genotípico (R
2
), tendo predomínio de variâncias residuais, a alternativa proposta não se
mostrou válida no presente estudo. Este fato leva a não confiabilidade da classificação
dos clones em virtude das posições dos mesmos terem significativa influência ambiental
do que propriamente de efeitos genéticos após a divisão por NB. Desta forma
permanecem como mais adequadas às variâncias obtidas nas características per se e as
discussões já realizadas anteriormente. Desta forma optou-se por não discutir as tabelas
com as quatro características que possuem divisão por NB, mas mantê-las como anexo
(anexos 9 a 12).
4.2.5 Rendimento de óleo essencial (RD) em %
No Ep1, segundo a tabela 14, destacaram-se os clones 166, 280, 201 e 251 que
apresentaram rendimento de 1,24; 1,11; 1,11 e 1,10% de óleo essencial respectivamente,
contudo, não diferiram dos dois controles (IAC 8: 1,07 e IAC 2: 0,89%). O clone 288,
com 0,96% ficou entre os dois controles, mas sem diferir estatisticamente. Os clones
que apresentaram as menores médias para rendimento de óleo foram 241, 44, 219 e 238
com 0,43; 0,36; 0,35 e 0,33% respectivamente. No Ep2 destacaram-se os clones 166,
201, 49, 80, 280, 288, 251 e 147 com médias de 1,60; 1,38; 1,37; 1,34; 1,29; 1,24; 1,23
e 1,20%, não diferindo estatisticamente entre si, porém, diferem dos controles IAC 8:
0,98% e IAC 2: 0,94%. Os genótipos que apresentaram as menores médias foram 212,
241, 219 e 44 com 0,58; 0,44; 0,35 e 0,35% respectivamente. No Ep3 os clones que
mais se destacaram foram 288, 166, 251, 5, 80, 49 e 280 com médias de 1,65; 1,47;
1,45; 1,43; 1,39; 1,29 e 1,23% respectivamente, porém, sem diferirem entre si e dos
controles (IAC 2: 1,21% e IAC 8: 1,18%). Os clones que apresentaram as menores
médias foram 44, 212, 235 e 219 com 0,63; 0,62; 0,57 e 0,54% respectivamente. Estes
67
níveis de RD dos clones superiores estão dentro da faixa obtida por YAMAMOTO
(2006), cujo valor mais baixo de RD observado em dez experimentos foi 0,93%, porém,
os dados obtidos são superiores aos encontrados por JANNUZZI (2006). Este autor,
avaliando 16 acessos de Lippia alba,verificou teores de rendimento de plantas linalol
variando de 0,65 a 0,84%. Os Cvs% foram baixos com valores entre 8,5 e 9,5%
revelando bom controle experimental.
Os clones selecionados para esta característica com valores próximos aos dos
controles foram: 288, 166, 251, 80, 280, 70, 49, 201, 144 e 137.
68
Tabela 14 - Médias da característica RD (rendimento de óleo por planta) em % para 30
clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de
variância simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
166
1,24 A a
a 166
1,60 A a
a 288
1,65 A a
a288
1,44 a
a
280
1,11 A ab
a 201
1,38 A ab
a 166
1,47 A ab
a166
1,39 a
a
201
1,11 A ab
a49
1,37 A ab
a 251
1,45 A ab
a5
1,31 ab
a
251
1,10 A ab
a80
1,34 A abc
a5
1,43 A ab
a251
1,27 ab
a
80
1,09 A ab
a 280
1,29 A abcd
a80
1,39 A abc
a80
1,22 abc
b
70
1,08 A ab
a 288
1,24 A abcde
a49
1,29 A abcd
a280
1,21 abcd
b
5
1,08 A ab
a 251
1,23 A abcde
a 280
1,23 A abcde
a70
1,14 abcde
b
IAC 8
1,07 A abc
a 147
1,20 A abcde
aIAC 2
1,21 A abcde
aIAC 8
1,14 abcde
b
49
0,98 A abcd
a70
1,12 A abcde
a 201
1,20 A abcde
a49
1,09 abcde
b
288
0,96 A abcd
a5
1,09 A abcde
aIAC 8
1,18 A abcde
a201
1,08 abcdef
b
147
0,94 A abcd
aIAC 8
0,98 A abcdef
b 137
1,17 A abcde
aIAC 2
1,07 abcdef
b
IAC 2
0,89 A abcde
a 146
0,97 A abcdef
b70
1,16 A abcde
a144
1,05 abcdefg
b
144 0,87 A abcde a 144 0,97 A abcdef b 144 1,07 A abcde a137 1,03 abcdefg b
146 0,79 A abcdef bIAC 20,94 A abcdef b2 1,00 A abcde b2 0,93 bcdefgh c
135 0,78 A abcdef b 137 0,92 A abcdef b22 0,96 A abcde b9 0,91 bcdefgh c
22 0,76 A abcdefg b 128 0,91 A abcdef b 128 0,96 A abcde b128 0,90 bcdefgh c
2 0,75 A abcdefg b 135 0,88 A abcdefg b9 0,95 A abcde b22 0,89 bcdefgh c
120 0,74 A abcdefg b9 0,86 A abcdefg b 146 0,93 A abcde b146 0,83 cdefghi c
128 0,74 A abcdefg b22 0,82 A bcdefg b 199 0,86 A abcde b135 0,81 defghi c
137 0,72 A abcdefg b2 0,78 A bcdefg b 129 0,82 A abcde b147 0,79 efghi c
129 0,68 A abcdefg b 120 0,77 A bcdefg b 147 0,81 A abcde b199 0,77 efghi c
9 0,67 A abcdefg b 129 0,73 A bcdefg b 241 0,77 A bcde b129 0,76 efghi c
212 0,56 A bcdefg c 235
0,69 A bcdefg c 135 0,74 A bcde b120 0,70 fghi d
235 0,53 A cdefg c 238 0,66 A cdefg c 120 0,73 A bcde b241 0,68 ghi d
109 0,50 A defg c 109 0,65 A cdefg c 109 0,70 A bcde b109 0,63 hi d
199 0,47 A defg c 199 0,64 A defg c 238 0,68 A bcde b212 0,62 hi d
241 0,43 A efg c 212 0,58 A efg c44 0,63 A cde b44 0,60 hi d
44 0,36 A fg c 241 0,44 A fg c 212 0,62 A cde b235 0,53 i d
219 0,35 A fg c 219 0,35 A g c 235 0,57 A de b219 0,53 i d
238 0,33 B g
c
44 0,35 A g
c
219 0,54 A e b238 0,52 i
d
di as 0,76 C 0,89 B 0,98 A 5,47
CV(%) 8,48 8,92 9,47 9,50
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
69
4.2.6 Produção de óleo por planta (PO) em g.Pl
-1
Houve ampla variação nos teores de PO, entre os três experimentos, com
diferenças entre si a 5% pelo teste Tukey, os dados são apresentados na tabela 15.
O Ep1 foi considerado como ambiente desfavorável (compactação de solo) e por
essa razão teve a menor média de PO (média de 0,096g.Pl
-1
) em função da
dependendência desta característica para MST. Em seguida o Ep3 com 0,396g.Pl
-1
e o
melhor deles Ep2 com 0,647g.Pl
-1
.
No Ep1 todos os clones ficaram abaixo da média geral, onde o clone 280 com
média 0,2325 não diferiu estatisticamente do controle IAC 8 com média 0,2495,
contudo, esses diferem dos demais clones avaliados. Os clones que apresentaram as
menores médias para a característica foram 212, 129, 146 e 44 com médias de 0,0420;
0,0413; 0,400 e 0,0257 respectivamente. Os demais clones apresentaram médias de
produção de óleo por planta próxima aos dois controles, formando um grupo de
indivíduos favoráveis para seleção e posterior reavaliação. Contudo, no Ep2, destacou-
se o clone 280 que diferiu estatisticamente dos demais clones avaliados, com média de
produção de 2,3632gPl
-1
, os clones 166, 251, 288, 201, 80, 144 e 70 não diferiram
estatisticamente entre si e dos dois controles, porém, apresentaram médias superiores a
média geral dos experimentos 0,3796. Os clones que apresentaram as menores médias
foram 135, 144, 235 e 9 com médias 0,1721; 0,1632; 0,1620 e 0,1558 respectivamente.
Os demais clones apresentaram médias próximas aos dois controles, constituindo um
amplo grupo de indivíduos favoráveis para seleção e posterior reavaliação.
No Ep3, as médias foram intermediárias entre Ep1 e Ep2, porém, destaca-se
novamente o clone 280, que diferiu estatisticamente dos demais genótipos avaliados,
com média de 1,6344. Os clones que apresentaram as menores médias para a
característica foram 135, 144, 235 e 9, com médias 0,1721; 0,1632; 0,1620 e 0,1558
respectivamente. Os demais clones formaram grupos com médias próximas aos
controles, sendo, portanto, selecionáveis para posteriores reavaliações. Desta forma os
clones selecionados com PO maior e semelhantes aos controles foram: 280, 251, 166,
288, 201 e 70.
70
Tabela 15 - Médias da característica PO (produção de óleo por planta) em g para 30
clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott e Knott a 5% para análises de
variância simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
IAC 8 0,2495 A a a 280 2,3632 A a a 280 1,6344 AB a a 280 1,4100 a a
280
0,2325 B ab
a IAC 2
1,2646 A b
bIAC 8
0,8820 A b
bIAC 2
0,7586 b
b
166 0,1863 A abc b IAC 8 1,0345 A bc bIAC 20,8288 AB bc bIAC 80,7220 b b
IAC 2
0,1826 B abc
b 166
0,9649 A bc
b 288
0,6395 A bcd
c 251
0,5625 bc
c
201 0,1479 A abcd b 251 0,9243 A bc b 251 0,6332 A bcd c 166 0,5429 bcd c
144
0,1367 A abcde
b 288
0,8629 A bc
b70
0,5109 B cde
d 288
0,5266 bcde
c
147 0,1322 C bcde b 201 0,8581 A bc b 238 0,4833 A def d 201 0,4543 bcdef c
251 0,1300 B bcde b80 0,7990 A bc b 166 0,4776 A def d70 0,4415 bcdef c
70
0,1086 C cde
c 144
0,7706 A bc
b5
0,4078 A def
d 238
0,3805 cdef
c
5 0,1016 A cde c70 0,7051 A bc b 199 0,3649 A def e80 0,3615 cdef c
238
0,0995 A cde
c 137
0,6371 A bc
c 201
0,3569 A def
e 144
0,3568 cdef
c
9
0,0926 B cde c 128 0,6220 A bc c 137 0,3381 A def e 147 0,3507 cdef c
120 0,0921 B cde c 135 0,6161 A bc c 146 0,3344 AB def e 137 0,3430 cdef c
135
0,0901 B cde
c 147
0,6006 A bc
c 147
0,3194 B def
e 129
0,3173 cdef
c
109 0,0805 C cde c 129 0,5914 A bc c 129 0,3192 A def e 128 0,3077 cdef c
80
0,0805 A cde
c9
0,5898 A bc
c 219
0,3106 A def
e49
0,2988 cdef
c
288 0,0773 B cde c49 0,5709 A bc c 241 0,2846 A ef e 135 0,2927 cdef c
199 0,0720 A cde c 238 0,5587 A bc c 109 0,2844 B ef e 199 0,2862 cdef c
49
0,0591 A de
c 109
0,4638 A bc
c2
0,2768 A ef
e5
0,2805 cdef
c
219 0,0569 B de c 146 0,4434 A bc c49 0,2664 A ef e9 0,2794 cdef c
22
0,0561 A de
c 199
0,4217 A bc
c 128
0,2561 B ef
e 109
0,2762 cdef
c
241 0,0551 A de c 219 0,4048 A bc c44 0,2532 A ef e 146 0,2726 cdef c
137 0,0538 A de c 120
0,3662 A bc c80 0,2051 A ef e 219 0,2574 cdef c
235
0,0503 A de
c 241
0,3411 A bc
c22
0,2011 A ef
e 241
0,2269 def
c
2 0,0471 B de c 235 0,3333 A bc c 120 0,1854 AB ef e 120 0,2146 ef c
128
0,0452 B de
c5
0,3321 A bc
c 212
0,1851 A ef
e2
0,2010 f
c
212 0,0420 A de c2 0,2790 A c c 135 0,1721 B f e 235 0,1818 f c
129 0,0413 A de c 212 0,2570 A c c 144 0,1632 A f e22 0,1656 f c
146
0,0400 B de
c22
0,2397 A c
c 235
0,1620 A f
e 212
0,1614 f
c
44
0,0257 B e
c
44
0,2007 A c
c
9
0,1558 B f
e
44
0,1598 f
c
dias 0,0955 C 0,6472 A 0,3964 B 0,3796
CV(%)
29,29 36,11 20,30 37,82
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
71
4.2.7 Perfil fitoquímico: componente majoritário linalol (LN%)
Através da análise fotoquímica (anexos 3 a 8), confirmou-se que o composto
majoritário dos clones selecionados (método olfativo) para o presente estudo era linalol,
contudo, foi possível verificar variações médias significativas na proporção do
componente majoritário. Como não houve interação genótipo x ambiente, as discussões
foram realizadas somente com base nas médias apresentadas pela ANAVA conjunta dos
experimentos, uma vez que, na ausência de interação não há mudanças na posição dos
clones. Os dados são apresentados na tabela 16.
Tabela 16 – Análise da proporção do óleo majoritário (LN%) nos cinco clones
recombinantes superiores para MSF mais os dois controles em três experimentos, com
teste de Tukey a 5% para análises de variância simples e conjunta.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre clones pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre
experimentos pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
CL: clones, CJ: análise conjunta dos experimentos, CV(%): coeficiente de variação ambiental, Ep1:
primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC), Ep2: segundo experimento de
Campinas (Unidade Hortaliças), Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA.
O coeficiente de variação para essa análise foi muito baixo, o que permitiu boa
separação dos clones através do teste de Tukey. É possível verificar que os clones 201 e
288 não diferem estatisticamente entre si, contudo, foram superiores estatisticamente
(Tukey 5%) aos dois controles empregados, evidenciando o potencial genético da
espécie para ser explorado por meio da recombinação livre ou dirigida entre os
genótipos. Estes dois clones altamente produtivos de linalol foram selecionados
C
L
CL CL C
L
201
87,02 a A
288
84,48 a A
201
82,64 a A
201
84,68
A
251
85,81 a A
201
84,38 a A
251
81,45 a A
28
8
84,08
A
28
8
85,51 a A
251
81,94 b B
288
81,26 b B
251
83,07
A
B
IAC 8
83,12 a A
280
79,84 bc A
IAC 8
75,99 bc A
IAC 8
79,55
BC
IAC 2
79,00 a A
IAC 8
79,55 c A
280
74,16 c A
28
0
77,49
C
28
0
78,46 a A
IAC 2
77,03 d A
IAC 2
73,40 d A
IAC 2
76,48
CD
166
75,51 a A
166
73,47 e A
166
69,45 e A
166
72,81
D
Médias
82,24 A 80,22 B 80,22 B 79,74
CV(%) 3,45 0,60 0,59 2,08
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
72
juntamente com os demais para experimentação posterior. Os teores de linalol aqui
obtidos foram superiores aos encontrados por YAMAMOTO (2006). No seu estudo o
valor médio máximo encontrado, testando quatro clones linalol em seis experimentos
foi de 76,6% (IAC 2) e para oito clones linalol na média de dois experimentos, 81,3%
(IAC 8). Os valores encontrados nesse trabalho, também foram superiores aos
encontrados por TAVARES et al., (2005), que, analisando a composição química do
óleo essencial de três quimiótipos de Lippia alba, identificaram teores de linalol de
73,99% na fase vegetativa e 60,05% na floração. BLANK et al., (2003) verificaram
teores de linalol de 56,50 a 71,22% em manjericão (
Ocimum basilicum L.) e
FIGUEIREDO et al., (2005) identificaram concentrações de 76,51 a 78,95% de linalol
em frutos maduros e secos de coentro (
Coriandrum sativum L.) durante o outono e que
os frutos verdes apresentaram teores de linalol variando de 31,36 a 41,77%, valores
esses bem menores aos encontrados neste trabalho.
Os dois clones derivados de recombinação genética produziram na média de três
Eps, 85,3% e 84,8%, respectivamente para os clones 201 e 288.
Da mesma forma, foi possível observar clones que apresentaram médias
inferiores aos dois controles. O clone 280 apresentou média inferior ao IAC 8 e superior
ao IAC 2, contudo, eles não diferiram estatisticamente entre si. O clone 166 foi o que
apresentou a menor média para proporção de linalol no óleo essencial (média de
74,15%), não diferindo do controle IAC 2, contudo, em relação ao controle IAC 8, esse
clone diferiu significativamente.
Concluí-se, portanto, que os ganhos em produção de majoritário e de óleo total
por planta e conseqüentemente por área devem ser mais dependentes da produção de
biomassa, uma vez que foram detectadas ampla variabilidade genotípica para essa
característica. Prevê-se que após a seleção de materiais mais produtivos numa base de
germoplasma o mais ampla possível (recombinação de vários clones) deve-se a partir
daí concentrar esforços, agora nos caracteres mais específicos com RD e PO. Além
disso, a Lippia alba é uma espécie ainda não domesticada possuindo muitos ecótipos
nas Matas Tropicais e Subtropicais que são reservas gênicas ainda inexploradas sob o
ponto de vista do melhoramento genético para seleção de características relacionadas
com a produção de biomassa.
73
4.3 Divergência Genética por Análises Multivariadas
4.3.1 Análise de agrupamento
A análise dos trinta clones gerou a formação de cinco grupos distintos, de acordo
com a distancia Euclidiana padronizada calculada e existente entre eles. Os resultados
são mostrados na figura12.
O primeiro grupo foi formado pelos clones 2, 22, 49, 80 e 5, onde os indivíduos
mais similares foram os clones 49 e 80, seguidos pelos clones 22 e 2. O clone 5
apresentou a maior dissimilaridade entre os indivíduos desse grupo. Esses clones foram
os que apresentaram as menores médias para as principais características agronômicas
de importância, tais como massa fresca e seca total (MFT e MST), massa fresca e seca
de folhas (MFF e MSF).
O segundo grupo foi constituído pela maior parte dos clones avaliados (11
clones), sendo possível verificar uma subdivisão dentro desse grupo. Os indivíduos que
compõem o primeiro subgrupo são os clones 9, 128, 135, 166, 288, 44, os clones que
formaram o segundo subgrupo foram 120, 146, 147, 212 e 235. De maneira semelhante
ao primeiro grupo, esses genótipos apresentaram médias intermediarias para as
principais características agronômicas de interesse, tais como massa fresca e seca total
(MFT e MST), massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF), área foliar (AF). Foram
plotados como mais semelhantes nesse grupo, 146 e 147 (segundo subgrupo), seguidos
por 166 e 288 (primeiro subgrupo), 212 e 235 (segundo subgrupo). O indivíduo que
apresentou a maior dissimilaridade entre os integrantes desse grupo foi o clone 44
(primeiro subgrupo) e o 120 (segundo subgrupo).
No terceiro grupo (nove clones) foi observada a mesma subdivisão descrita
anteriormente. O primeiro subgrupo foi estabelecido com os clones 70, 137, 201, 144,
251, sendo que neste, os indivíduos mais próximos foram os clones 137 e 201, o
individuo que apresentou a maior dissimilaridade neste subgrupo foi o 251.
O segundo subgrupo foi formado com os clones 109, 199, 241 e 238, sendo os
mais similares entre si o 109 e 199. O clone que apresentou a maior dissimilaridade
dentro desse subgrupo foi o 238. Estes clones apresentaram médias próximas aos dois
controles para as características descritas nos grupos anteriores.
O quarto grupo foi formado com os clones de recombinação junto com os de
coleta (controles), com 129, 219, IAC 2 e IAC 8. Os genótipos mais similares desse
74
grupo foram o 219 e T2 (IAC 2). O clone que apresentou a maior dissimilaridade dentro
do grupo foi o clone 129. Esses genótipos apresentaram médias muito próximas aos
controles e, em algumas das variáveis avaliadas, estes foram superiores em valores
médios porem não diferiram estatisticamente.
Destaque especial ficou para o clone 280, cuja superioridade já havia sido
detectada estatisticamente em algumas características individuais. Na análise
multivariada de agrupamento, ele formou unicamente o quinto e último grupo,
apresentando 100% de dissimilaridade entre todos os clones avaliados. Esse genótipo,
portanto, apresentou as melhores médias para a maioria das características de
importância agronômica como massa fresca e seca total, massa fresca e seca de folhas,
área foliar e comprimento de internódios.
A similaridade e dissimilaridade genética entre os materiais avaliados podem ser
explicadas pela origem dos mesmos, uma vez que estes são meios irmãos entre si e
descendem de oito mães de quimiótipo linalol, sendo sete delas similares geneticamente
(IAC 1 a IAC 7) e uma mais dissimilar (IAC 8) (YAMAMOTO, 2006) e os pais
podendo ser qualquer uma das 20 plantas representando cinco quimótipos diferentes,
inclusive linalol, presentes no experimento de onde foram coletadas as sementes.
De acordo com a literatura, a principal aplicação dos métodos de agrupamento
das analises multivariadas é a identificação de genitores para hibridações futuras,
visando explorar os efeitos heteróticos dos genes. Estes genitores são selecionados entre
os grupos, ou seja, quanto mais distantes forem melhores poderão ser as combinações
obtidas nas progênies.
No presente trabalho, a finalidade foi justamente oposta, ou seja, a utilização
deste tipo de análise pelo melhorista, como estratégia para identificação previa de
agrupamentos de indivíduos semelhantes (menos divergentes), em relação aos dois
controles utilizados neste trabalho, para experimentações posteriores de validação e
lançamento de cultivares.
Ressalte-se, também que, indivíduos superiores aos controles que formem
agrupamentos distintos (neste caso divergência específica) são os mais relevantes para a
seleção. Nesta linha foi identificado o clone 280. Podem ser listados os seguintes clones
de acordo com a análise de agrupamentos para serem estudados em novos
experimentos: 280, 219, 129, 238, 241, 199 e 109.
SANTOS (2001), através da análise de agrupamento, obteve agrupamentos de
acordo com a composição química dos óleos essenciais de Lippia alba. Resultado
75
semelhante foi encontrado por YAMAMOTO (2006). A autora, avaliando 10 e 20
genótipos de Lippia alba verificou a formação de 4 e 5 grupos respectivamente, de
acordo com a composição química dos óleos. BARBIERI et al., (2005), trabalhando
com 16 acessos de cebola, verificaram a formação de três grupos diferentes, sendo o
primeiro com o maior número de acessos (13) constituído pelas variedades crioulas, o
segundo pela variedade local crioula roxa e o terceiro grupo pelas variedades
comerciais.
Figura 12 - Análise de divergência genética para 30 clones de Lippia alba. As
distâncias genéticas foram obtidas com base nas 16 variáveis e quantificadas através da
distancia Euclidiana padronizada e o agrupamento foi feito pelo método UPGMA.
4.3.2 Análise de componentes principais
Com o auxílio das análises de componentes principais, visualizou-se em um
plano bidimensional, a distribuição e formação de grupos de indivíduos muito próximos
aos apresentados pela análise de agrupamento.
280
T1
T2
219
129
238
241
199
109
251
144
201
137
70
235
212
147
146
120
44
288
166
135
128
9
5
80
49
22
2
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
IAC 8
IAC 2
280
T1
T2
219
129
238
241
199
109
251
144
201
137
70
235
212
147
146
120
44
288
166
135
128
9
5
80
49
22
2
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
IAC 8
IAC 2
76
O valor absorvido por cada componente foi de 53,7; 15,3; 9,5 e 7,2%
respectivamente para a ACP 1, ACP 2, ACP 3 e ACP 4. Os dois primeiros componentes
absorveram juntos 69% da variação observada, valor próximo ao obtido por SANTOS
(2001) para a ACP de substâncias químicas do óleo de Lippia alba (para os três
primeiros componentes), sendo que com o terceiro e quarto componentes, foram
absorvidos 85,7% de toda a variação (tabela 17), estando, portanto, de acordo com o
valor estimado como bom, segundo CRUZ & REGAZZI (1997) que é 80%. Deste
modo, os quatro componentes explicam quase toda a variação observada na análise dos
caracteres fenotípicos.
Tabela 17 – Estimativas dos autovalores associados aos componentes principais,
juntamente com sua importância relativa (Raiz %) e acumulada, referentes as 16
variáveis avaliadas em 30 clones de Lippia alba.
Componentes Raiz Raiz (%)
A
cumulada (%)
1 8,59513 53,71956 53,71956
2 2,45276 15,32977 69,04933
3 1,51239 9,45245 78,50179
4 1,15705 7,23157 85,73336
Em conformidade com os índices dos autovetores associados, foi possível
verificar quais foram das 16 variáveis avaliadas, as que apresentaram maior
contribuição para cada um dos quatro componentes. Para o primeiro componente, dentre
as variáveis que mais influenciaram na distribuição dos clones avaliados destacam-se
massa seca de folhas (MSF), massa seca total (MST), massa fresca de folhas (MFF) e
massa fresca total (MFT) com autovetores de 0,952; 0,945; 0,944 e 0,927
respectivamente. Já no segundo componente as variáveis que mais influenciaram foram
área foliar (AF), comprimento de internódios (CI) e número de folhas (NF) com
autovetores de 0,831; 0,729 e -0,756 respectivamente. No terceiro componente, as
variáveis mais importantes foram relação massa seca de folhas/ massa seca total
(MSF/MST) e relação massa fresca de folhas/ massa fresca total (MFF/MFT) com
autovetores de -0,952 e -0,885 respectivamente. No quarto e último componente, a
variável mais importante foi rendimento de óleo essencial (RD) com autovetor de 0,896.
Os resultados obtidos para a ACP 1 e 2 são dados a seguir na figura 13. No
gráfico, é possível verificar que, com relação a ACP 1, há dois grupos distintamente
plotados, apresentando grande distância entre si, o primeiro formado pelos clones 2, 5,
77
22, 49 e 80, são os que apresentaram as menores médias para as características mais
importantes identificadas para este componente principal, sendo elas massa seca de
folhas (MSF), massa seca total (MST), massa fresca de folhas (MFF), massa fresca total
(MFT) e produção de óleo por planta (PO), o segundo grupo, foi constituído pelos
clones 280, IAC 8 e IAC 2, esses clones foram os que apresentaram as maiores e
melhores médias para as características anteriormente descritas. Os demais grupos
apresentaram médias intermediárias entre os dois extremos apresentados no gráfico.
Figura 13 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP2) com trinta clones de
Lippia alba baseada nas dezesseis variáveis estudadas.
Analisando os dados do segundo componente, ACP2 (figura 13), cujas variáveis
mais importantes para distribuição dos clones foram área foliar (AF), comprimento de
internódios (CI) e número de folhas (NF), visualiza-se também a formação de dois
grupos distintos, o primeiro formado pelos clones 5 e 280, que apresentaram médias
baixas para as características citadas, contudo, como essas características estão
correlacionadas, e os melhores materiais para produção de folhas são aqueles que
apresentam médias baixas ou intermediárias entre essas características, esses clones,
principalmente o 280, apresentam boas características agronômicas para seleção. O
segundo grupo mais distinto foi formado pelos clones que apresentaram as melhores
médias para pelo menos duas das variáveis mais importantes para esse componente (AF,
CI e NF), 22, 120, 241 e 144. Portanto, os clones selecionados, (com redundâncias de
Componente Principal 1 (53,7%)
Componente Principal 2 (15,37%)
2
5
9
22
44
70
80
109
120
128
129
135
137
144
146
147
166
199
201
212
219
235
238
241
251
280
288
T1
T2
6.5
8.0
9.5
11.0
12.5
14.0
0246810121416
49
IAC 8
IAC 2
78
acordo com as distâncias e componentes principais envolvidos), analisando-se ACP1 e
ACP2, foram os seguintes: 280 - como destaque para o lado de médias superiores; 238,
219, 70, 251 e 199, 129 e 109 (ACP1) e 238, 219, 70, 109, 129 e 137 (ACP2).
Na análise do terceiro componente (ACP3, figura 14), cujas variáveis mais fortes
para separação dos materiais foram relação massa seca de folhas/ massa seca total
(MSF/MST) e relação massa fresca de folhas/ massa fresca total (MFF/MFT) observa-
se a formação de três grupos, dois muito distantes entre si e um intermediário entre os
dois o qual é representado pela maior parte de todos os clones avaliados. O primeiro
grupo foi formado pelos clones 235, 199, 238, 251 e 219. Esses materiais apresentaram
as melhores médias para as variáveis em questão, e o segundo grupo, formado pelos
clones 22, 128, 144 e 129 foi o que apresentou as menores médias para as variáveis
discutidas nesse componente.
Figura 14 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP3) com trinta clones de
Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas.
No quarto componente (ACP4, figura 15), a variável mais incisiva para
separação dos materiais foi o rendimento de óleo (RD). Houve novamente a formação
de dois grupos distintos e um intermediário entre esses. No primeiro, composto pelos
clones 70, 251, 201 e 166 foi o que apresentou as melhores médias para rendimento e o
terceiro grupo, formado pelos clones 241, 129, 238, 109, 219, 128, 199 e 5 foi o que
apresentou as menores médias em geral para a característica. Os demais clones
Componente Principal 1 (53,7%)
Componente Principal 3 (9,5%)
2
5
9
22
44
49
70
80
109
120
128
129
135
137
144
146
147
166
199
201
212
219
235
238
241
251
280
288
T1
T2
6
7
8
9
10
11
12
0246810121416
IAC 8
IAC 2
79
formaram o segundo grupo, representado pela maioria dos clones avaliados, os quais
apresentaram médias intermediarias e próximas aos dois controles.
Figura 15 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP4) com trinta clones de
Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas.
4.4 Clones de Quimiótipo Linalol Selecionados
As tabelas 18 e 19 apresentam um resumo da lista de clones previamente
selecionados por meio das análises univariadas e multivariadas. Baseados nesta lista
serão escolhidos um menor número de clones para serem estudados posteriormente,
juntamente com os dois controles (IAC 2 e IAC 8) em experimentos em vários locais
(ambientes) e épocas de colheitas para obtenção de nova (s) cultivar (es) com
estabilidade e adaptabilidade fenotípicas para rendimento superior de óleos essenciais,
no caso linalol.
Componente Principal 1 (53,7%)
Componente Principal 4 (7,2%)
2
5
9
22
44
49
70
80
109
120
128
129
135
137
144
146
147
166
199
201
212
219
235
238
241
251
280
288
T1
T2
-3.5
-2.5
-1.5
-0.5
0.5
1.5
0 2 4 6 8 10121416
IAC 8
IAC 2
80
Tabela 18 – Clones selecionados em função das características avaliadas (análises
univariadas).
Formas de
Avaliação
12345678910
AF
201 238 43
CI
238 241 235 120 70 280
NF
238 120 241 235 70
NB
219 280 129 238 288 109 144
MFT, MST
280219129238199241109137251144
MFF
238 219 199 241 201 109 251 137
MSF
280 238 219 199 251 201 241 144 288
MFF/MFT
280 288 199 201 238 251 241
RD
288 166 251 80 280 70 49 201 144 137
PO
280 251 166 288 201 70
LN%
288 201 251 280 166
Quantidade de Clones Selecionados por Categoria
AF: área foliar; CI: comprimento de internódios; NF: número de folhas; NB: número de brotos; MFT:
massa fresca total; MST: massa seca total; MFF: massa fresca de folhas; MSF: massa seca de folhas;
MFF/MFT: relação massa fresca de folhas/ massa fresca total; RD: rendimento de óleo essencial; PO:
produção de óleo por planta; LN%: teor de linalol presente no óleo essencial.
Tabela 19 - Clones selecionados por meio de análises de agrupamentos e de
Componentes Principais (análises multivariadas).
Tipo de análise
Agrupamento
280 219 129 238 241 199 109
CP
ACP1
280 238 219 70 251 199
ACP2
280 238 219 70 109 129 137
ACP3
280 70 109 129 137
Clones Selecionados
CP: componentes principais; ACP1: componente principal 1; ACP2: componente principal 2; ACP3:
componente principal 3.
Para melhor visualização, foi construído histograma com os clones ordenados de
forma crescente de freqüências. Os clones que foram mais comuns nas diferentes
formas de avaliação devem ser os preferidos para seleção. O gráfico encontra-se na
figura 16.
81
Figura 16 - Gráfico sob a forma de histograma com os clones de primeira seleção
baseada em análises univariadas e multivariadas.
Optou-se por considerar os clones com até seis coincidências totalizando,
portanto, 10 clones experimentais selecionados para a próxima fase de experimentação,
adicionados dos dois controles. Os novos clones de quimiótipo linalol selecionados
foram: 280, 238, 251, 241, 219, 201, 70, 288, 199 e 109 e os dois controles IAC 2 e IAC
8.
4.5 Estimativas de Parâmetros Genéticos
As estimativas das variâncias genéticas entre médias de progênies clonais de
meios irmãos foram superiores às variâncias de ambiente para as três características
avaliadas. É importante ressaltar que, segundo SIQUEIRA et al. (1994) as variâncias de
ambiente fornecidas pelo resíduo das análises estatísticas, no presente modelo utilizado,
contêm além de erros provocados por diferenças de ambiente intrablocos, também parte
da variância genética aditiva que é expressa dentro de progênies de meios irmãos que
não é explorada na expressão do ganho genético por serem tomados dados com médias
de parcelas. Isto significa que no “ambiente” aqui referido incluem-se também desvios
devido a causas genéticas, resultando, de certa forma, numa superestimativa do
1 1 1
2 2
3
4
5 5
6 6 6
7 7 7 7
8
11
12
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Número de veze
s
43
49
80
120
235
166
144
129
137
109
199
288
70
201
219
241
251
238
280
Clones
82
quadrado médio do resíduo (QM
R
) da ANAVA. Mesmo assim, as variâncias genéticas
entre progênies de meios irmãos (1/4 σ
A
2
) foram de tal ordem que permitiu estimativas
elevadas de herdabilidades no sentido restrito (h
r
2
>90,0%), para os tamanhos efetivos de
progênies testados em (três) características ligadas à estacas, tabela 20.
Tabela 20 - Resultados das estimativas de parâmetros genéticos em caracteres de
estacas para três diferentes números de progênies de meios irmãos. Dados obtidos com
médias de parcelas.
M:média; σ
P
2
: variância entre progênies; h
r
2
: herdabilidade no sentido restrito; CV
G%:
Coeficiente de
variação genética; CV
E%
: Coeficiente de variação ambiental; b: Relação CV
G%
/ CV
E%
; G
S
: Ganho de
seleção absoluto; G
S%:
Ganho de seleção relativo.
Da mesma forma, a proporção relativa (%) dos desvios das médias, devido aos
efeitos genéticos aditivos (CV
G%
), foram superiores ou equivalentes quando
comparados com os de ambiente (CV
E%
), para todas características e grupos de
progênies formadas. O menor CV
G
% foi observado para Mb no estudo das sete
progênies IAC, obtendo-se o menor valor (17,9%). A relação CV
G%
/ CV
E%
dada por
VENKOVSKY (1978) definida como valor b reflete a predominância, (exceto Mb para
sete progênies), de efeitos genéticos (no caso aditivos) expressos para as características
Características Progênies M
σ
2
P
h
r
2
(%) CV
G
(%) CV
E
(%) b G
S
G
S
(%)
30
(População
+ IACs)
0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123
22,4
23
(População)
0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115
19,7
Mb
7
(IACs)
0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122
28,3
30
(População
+ IACs)
6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734
25,0
7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700
23 ,1
23
(População)
Cb
6,61g 5,580 97,1 42,1 14,6 2,9 1,629
29,0
7
(IACs)
30
(População
+ IACs)
96,81% 180,86 51,4 17,8 17,3 1,0 17,33
17,9
96,95% 204,19 55,9 18,8 16,8 1,1 19,09
19,7
23
(População)
S%
7
(IACs)
96, 73% 162,11 54,6 16,9 15,4 1,1 16,92
17,5
Características Progênies M
σ
2
P
h
r
2
(%) CV
G
(%) CV
E
(%) b G
S
G
S
(%)
30
(População
+ IACs)
0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123
22,4
23
(População)
0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115
19,7
Mb
7
(IACs)
0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122
28,3
30
(População
+ IACs)
6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734
25,0
7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700
23 ,1
23
(População)
Cb
6,61g 5,580 97,1 42,1 14,6 2,9 1,629
29,0
7
(IACs)
30
(População
+ IACs)
96,81% 180,86 51,4 17,8 17,3 1,0 17,33
17,9
96,95% 204,19 55,9 18,8 16,8 1,1 19,09
19,7
23
(População)
S%
7
(IACs)
96, 73% 162,11 54,6 16,9 15,4 1,1 16,92
17,5
Características Progênies M
σ
2
P
h
r
2
(%) CV
G
(%) CV
E
(%) b G
S
G
S
(%)
30
(População
+ IACs)
0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123
22,4
23
(População)
0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115
19,7
Mb
7
(IACs)
0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122
28,3
30
(População
+ IACs)
6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734
25,0
7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700
23 ,1
23
(População)
Características Progênies M
σ
2
P
h
r
2
(%) CV
G
(%) CV
E
(%) b G
S
G
S
(%)
30
(População
+ IACs)
0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123
22,4
23
(População)
0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115
19,7
Mb
7
(IACs)
0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122
28,3
30
(População
+ IACs)
6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734
25,0
7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700
23 ,1
23
(População)
Cb
6,61g 5,580 97,1 42,1 14,6 2,9 1,629
29,0
7
(IACs)
30
(População
+ IACs)
96,81% 180,86 51,4 17,8 17,3 1,0 17,33
17,9
96,95% 204,19 55,9 18,8 16,8 1,1 19,09
19,7
23
(População)
S%
7
(IACs)
96, 73% 162,11 54,6 16,9 15,4 1,1 16,92
17,5
83
avaliadas. Segundo VENCOVSKY (1978) valores de b iguais ou acima da unidade
significam populações favoráveis para o melhoramento genético. Assim, a característica
mais favorável à seleção foi Cb, onde os valores de b foram maiores que 2,0 nos três
grupos de progênies estudados. Para Mb obtiveram-se valores de b entre 0,9 (7
progênies IAC), 1,5 (23 progênies da população) e 1,7 (IAC + população). Para Cb
foram obtidos os seguintes valores: 2,9 (IAC); 2,2 (população) e 2,4 (IAC + população).
Para S%, os valores b foram de 1,0 a 1,1. Com as estimativas de b e de h
r
2
obtidas neste
trabalho, pôde-se prever ganhos genéticos significativos, aplicando-se seleção truncada
entre as melhores progênies (VENCOVSKY, 1978 e CRUZ, 2005). Com uma
intensidade de seleção de 20%, observou-se pelo Quadro 1, estimativas de ganhos
genéticos absolutos (Gs) praticamente semelhantes entre os três tamanhos efetivos de
progênies, ou seja, entre 0,115 a 0,123 g para Mb, de 1,629 a 1,734 cm e de 16,92 a
19,09% para S%. Em termos de ganhos relativos (Gs
%
), os valores diferiram um pouco
mais devido às diferenças entre as médias dos três grupos de progênies formadas. Os
maiores Gs
%
foram estimados para as progênies de sete clones IAC (28,32% - Mb e
29,05% - Cb). Curiosamente, isto ocorreu para tamanho efetivo menor (sete progênies
IAC e um ciclo de recombinação) onde poderia ser esperado menor variância genética
com perdas de alelos (deriva genética) por questões de amostragem. Ressalte-se,
entretanto que, conforme comentários anteriores, os ganhos absolutos assumem valores
muito próximos entre si para todos os tamanhos de população de progênies, porém as
médias é que apresentaram maiores diferenças. As médias para as sete progênies IACs
foram menores comparativamente às demais de maior tamanho efetivo (0,43g – Mb,
5,61cm – Cb e para S% não houve diferenças entre si), contribuindo para o incremento
de Gs
%
. Resultados opostos foram obtidos por MONTANARI JR., (2005), onde se
obteve baixa estimativa de herdabilidade, inclusive com valores negativos,
evidenciando problemas de tamanho de amostra, com redução da variabilidade genética
em sete progênies de meios irmãos de
Pfaffia glomerata. Também foram apontadas
como causas possíveis o menor controle ambiental e pela colheita precoce das plantas,
onde não havia ainda a completa expressão fenotípica para biomassa.
Estas estimativas de parâmetros genéticos obtidas em
Lippia alba são inéditas e
foram baseadas somente em progênies clonais de plantas de quimiótipo linalol,
identificadas
a priori. É importante mencionar que mesmo dentro de um único
quimiótipo majoritário, houve plena recombinação gênica entre os indivíduos de outros
quimiótipos da população base propiciando uma considerável variabilidade genética
84
entre as progênies de meios irmãos nas características avaliadas em estacas, Mbr, Cbr e
S%. Mesmo no caso de progênies derivadas de somente sete clones IAC de quimiótipo
linalol (selecionados por YAMAMOTO, 2006), onde se esperaria uma recombinação
mais restrita comparativamente àquela ocorrida entre as plantas da população base (296
plantas com cinco quimiótipos diferentes), resultando nas 23 progênies também linalol
aqui estudadas, todos os parâmetros genéticos obtidos foram praticamente equivalentes.
Este fato demonstra que não houve perdas da variabilidade genética provocada por
deriva genética ou por restrição de recombinação, provavelmente pela espécie Lippia
alba
ser auto-incompatível e, portanto, alógama (SCHOCKEN, 2007), resultando em
heterozigosidade nos locos. Trata-se, portanto de uma espécie muito favorável para o
melhoramento genético, pois mantém elevada variabilidade genética mesmo em
populações pequenas. A seleção de indivíduos superiores pode ser feita por meio de
seleção massal diretamente em população segregante ou em progênies, fixando-se o
genótipo superior a cada ciclo de recombinação e seleção (YAMAMOTO, 2006 e
SCHOCKEN 2007). Mesmo com todas as facilidades que esta espécie oferece, o
melhoramento no Brasil ainda é incipiente (SILVA JÚNIOR, 1998;
SALIMENA, 2000;
BIASI & COSTA, 2003; EHLERT, 2003). Outras características importantes do ponto
de vista agronômico e fitoquímico como, produção de massa fresca e seca de folhas,
resistência a doenças e pragas, área foliar, porte de planta, rendimento de óleo total e
perfil cromatográfico, deverão ser avaliadas, posteriormente, em vários locais em
continuidade ao estudo iniciado no presente trabalho.
São apresentados na tabela 21 os resultados das estimativas dos coeficientes de
correlações fenotípica (r
F%
), genética aditiva (r
A%
) e de ambiente (r
E%
), bem como a
contribuição destas duas últimas na correlação fenotípica, aplicando-se a fórmula
proposta por SIQUEIRA et al. (1993). Foram determinadas r
A%
e r
E%
somente para os
casos onde houve presença de correlação fenotípica. O caráter S% não apresentou
correlação fenotípica com Mb (- 3,98%) e nem com Cb (- 1,17%), mostrando estar sob
controle genético independente.
85
Tabela 21 - Resultados das estimativas das correlações fenotípica (r
F%
), genética aditiva
(r
A%
) e de ambiente (r
E%
), baseadas em progênies clonadas de meios irmãos. Dados
obtidos com médias de parcelas para dois caracteres avaliados em estacas.
Correlações
Massa de
Brotos(g)/
Planta
Progênies: clones
IAC
Comprimento (cm) dos Dez Maiores Brotos/Planta
30 progênies 23 progênies 7 progênies
Progênies: População
base + IAC
Progênies: População
base
G
%
= 94,09
E
%
= 5,91
r
E%
= 74,77
G
%
= 95,0
E
%
= 5,0
r
E%
= 74,39
r
F%
= 89,82
r
A%
= 91,11
r
F%
= 86,35
r
A%
= 87,68
E
%
= 1,2
r
F%
= 96,03
r
A%
= 99,90
r
E%
= 69,48
G
%
= 98,80
r
F%
: correlação fenotípica; r
A%
: correlação aditiva; r
E%
: correlação de ambiente; G
%
: proporção dos
efeitos genéticos na correlação ambiental; E
%
: proporção dos efeitos ambientais na correlação de
ambiente.
A determinação de correlações entre caracteres é importante sob o ponto
de vista do melhoramento, pois se pode praticar seleção indireta, utilizando-se de uma
característica de maior herdabilidade (menos influenciada pelo ambiente) de mais fácil
avaliação para obter ganhos genéticos em outra característica de baixa herdabilidade
(VENCOVSKY, 1978 e CRUZ, 2005).
Os resultados do Quadro 2 mostram que todas as estimativas de correlações se
classificaram entre moderada, forte e muito forte, indicando relação linear entre as
características estudadas (CRUZ, 2005), com valores positivos e acima de 69,0%.
Valores entre forte e muito fortes foram observados para as correlações genéticas
aditivas (87,68 a 99,9%), dentre os três grupos de progênies avaliadas, indicando que os
alelos aditivos exercem efeitos simultâneos e no mesmo sentido para ambas
características, Mb e Cb. Segundo FALCONER (1981) a presença de correlações
genéticas reflete o mecanismo de ação pleiotrópica dos genes, ou seja, a magnitude da
correlação expressa a quantidade pelas quais duas características são influenciadas pelos
mesmos genes. O ambiente também pode atuar causando correlação tanto positiva
quanto negativa, dependendo da característica (FALCONER, 1981; RAMALHO et al.,
2000). Por outro lado, CRUZ (2005), também considera como causas de correlação
entre caracteres, além do pleiotropismo, as ligações gênicas em situações de
desequilíbrios. Se não houver forte ligação entre os genes, a correlação pode ser alterada
em gerações avançadas por quebra nos conjuntos gênicos pelas permutas (CRUZ,
86
2005). Novamente, as correlações considerando-se somente sete progênies IAC, foram
maiores para r
F%
e r
A%
em comparação com as 23 e 30 progênies; estas duas
praticamente semelhantes entre si. Para o caso de estimativas de correlações onde são
utilizados produtos médios e covariâncias (ANCOVA) os valores podem ser
superestimados em populações pequenas, como no caso das sete progênies IAC.
MONTANARI JR, (2005), encontrou correlações genéticas acima de 100,0% em
função, provavelmente do reduzido número de progênies avaliadas para P. glomerata.
Nestes casos onde houve inconsistência nos resultados, o autor aplicou a correlação
linear de Pearson por meio das médias fenotípicas obtidas, desprezando-se os resultados
de r
A%
.
Foram obtidas correlações positivas de moderada (69,5%) a forte (~74,5%) para
correlações de ambiente, r
E%
. Da mesma forma que foi comentado anteriormente, sobre
o resíduo de ANAVA de progênies de meios irmãos conter tanto efeitos médios de
causas não genéticas quanto genéticas (variâncias dentro de progênies) (SIQUEIRA et
al., 1993, 1994), estas últimas, contribuíram para elevação dos valores estimados de
E%
.
FALCONER (1981), apresenta estimativas de correlações genuinamente ambientais,
estimadas diretamente pelas correlações fenotípicas em linhas endogâmicas e
cruzamentos e aquelas com efeitos de causas genéticas não aditivas em r
E%
.
Os resultados de r
E%
do Quadro 2 para os três tipos de progênies avaliadas
apresentaram valores muito próximos. De qualquer forma, os caracteres avaliados em
nível de estacas possuem predomínio de efeitos genéticos ao invés do ambiente em
todos os tipos de progênies testados. Esta afirmação pode parecer incorreta ao
observarmos que as magnitudes das correlações de ambiente foram de certa forma,
elevadas (69,0 a 75,0%). Entretanto, segundo SIQUEIRA et al. (1993), usando-se a
fórmula geral de r
F%
apresentada por FALCONER (1981), pode-se fazer a partição nos
efeitos de “ambiente” (E
%
) e genético (G
%
), e verificar quanto representa
proporcionalmente cada um deles para r
F%
. Pelo Quadro 2, observaram-se valores
praticamente desprezíveis de E% (1,0 e 6,0%) nos três grupos de progênies enquanto
que para G
%
, foram maiores que 94,0% para o valor de r
F%
. Isto significa que a
correlação fenotípica estimada para as características avaliadas em estacas de progênies
é explicada principalmente pelos efeitos genéticos (>94,0%).
87
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Ep 1 foi o que apresentou as menores médias para as características avaliadas e
também foi aquele com alteração de posicionamento dos clones avaliados, o que
contribuiu para a interação de clones x ambientes. Este fato pode ser explicado pela alta
compactação do solo neste experimento. Baseado nos coeficientes de determinação
genotípico, verificou-se que as diferenças observadas entre as características avaliadas
são em sua maior parte devida a efeitos de genótipos, exceto para a variável número de
brotos, que se mostrou altamente influenciada pelo ambiente. As correlações fenotípicas
simples para a maioria dos caracteres foram de médio a forte, formando uma base de
dados importantes para auxiliar o melhorista no processo de seleção precoce de novos
clones. Na análise das variáveis, verificou-se CVs% variando entre médios e altos,
contudo, foi possível identificar indivíduos superiores aos dois controles empregados.
Estes altos valores dos coeficientes de variação já eram esperados e podem ser
explicados pelo elevado número de tratamentos avaliados (65 clones) em apenas quatro
repetições. Por se tratar de espécie selvagem, portanto, ainda não domesticada, sugere-
se para trabalhos futuros, o aumento do tamanho da parcela experimental, contudo com
menor número de clones ou tratamentos, visando assim, a diminuição dos desvios
causados pelo acaso. Com relação às estimativas de parâmetros genéticos, nota-se que a
espécie apresenta adequada variabilidade genética para prática de seleção. Embora as
características avaliadas não sejam as de maior interesse agronômico, ou seja, foram
obtidas em nível de estacas de progênies (progênie clonal), foi possível estabelecer que,
neste caso, os parâmetros genéticos independem do tamanho efetivo populacional.
Sendo assim, pode-se obter ganhos importantes em caracteres relativos ao vigor de
estacas utilizando-se reduzido número efetivo de progênies.
88
6 CONCLUSÕES
De acordo com os resultados obtidos é permitido concluir que:
a) O clone 280, oriundo de recombinação é superior aos dois controles para a
maioria das variáveis analisadas.
b) Selecionou-se um individuo “off type” ou transgressivo (clone 201) nas
tendências de correlações observadas entre os caracteres de área foliar,
comprimento de internódios e massa fresca e seca de folhas.
c) Dois clones (201 e 251) possuem excelente produção média de linalol como
óleo majoritário.
d) O clone 288 produziu maior teor de linalol (83,3%) do que o IAC 2 (79,4%).
e) Foram selecionados para experimentação posterior de validação, utilizando-se
das três estratégias de análises, dez novos clones linalol, sendo eles 70, 109, 199,
201, 219, 238, 241, 251, 280 e 288.
f) As herdabilidades estimadas para os caracteres avaliados em nível de estacas,
foram elevadas, bem como os ganhos genéticos previsto.
g) O valor b calculado foi alto para os três tipos de progênies avaliadas, indicando
que o presente material possui potencial para fins de melhoramento genético.
h) Os três grupos de progênies formados apresentaram parâmetros genético-
estatísticos equivalentes para caracteres de vigor de estacas independente do
tamanho efetivo analisado.
89
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100
ANEXOS
Anexo 1 – Análise de solo dos três experimentos logo após a instalação dos
experimentos.
DETERMINAÇÕES
EXP 1 EXP 2 EXP 3
M.O. (g/dm3) 30,00 48,00 22,00
pH 5,30 6,40 5,40
P (mg/dm3) 36,00 318,00 6,00
K (mmolc/dm3) 2,80 2,70 0,90
Ca (mmolc/dm3) 33,00 72,00 22,00
Mg (mmolc/dm3) 16,00 28,00 10,00
A.P. (mmolc/dm3) 28,00 13,00 20,00
S.B. (mmolc/dm3) 51,80 102,70 32,90
C.T.C. (mmolc/dm3) 79,60 116,00 53,10
Sat. B. (%) 65,00 89,00 62,00
EXPERIMENTOS
Exp 1: primeiro experimento de Campinas (entomologia), Exp 2: segundo experimento de Campinas
(hortaliças), Exp 3: experimento de Monte Alegre do Sul, M.O.: matéria orgânica, P: fósforo, K:
potássio, Ca: cálcio, Mg: magnésio, A.P.: acidez potencial, S.B.: soma de bases, C.T.C.: capacidade de
torça de cátions e Sat. B.: saturação de bases.
101
Anexo 2 – Dados climáticos e de localização dos experimentos.
Longitude Latitude Altitude
46° 22°
37 min W 43 min S 820 m
47° 22°
05 min W 54 min S 674 m quenteargiloso
Clima
Mesotérmico
umido
Trópico
IAC/ APTA
Locais
Latossolo
vermelho-amarelo
Solo
APTA Regional Leste Paulista
Monte Alegre do Sul
Centro Experimental de Campinas
102
Anexo 3Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I
do primeiro experimento de Campinas (Ep 1).
SUBSTÂNCIA 166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8
sabineno 2,03 0,90 0,83 0,16 tr 1,28 1,01
6-metil-5-hepten-2-ona nc nc nc 0,23 nc nc nc
mirceno
0,37 0,16 tr 0,30 0,27 0,25 0,18
1,8 cineol 10,69 5,31 4,91 nc nc 7,27 5,55
trans-
β
-ocimeno
0,38 0,25 0,39 0,37 tr 0,53 0,41
γ
-terpineno
0,28 0,15 nc tr nc nc nc
cis-óxido de linalol 0,24 0,31 0,52 0,30 0,27 0,26 0,34
linalol
77,20 88,04 86,47 78,08 81,43 78,81 82,53
α
-terpineol
0,52 0,20 tr tr nc tr 0,20
neral nc nc 0,28 3,65 1,20 0,47 0,66
geranial nc nc 0,33 4,59 1,49 0,58 0,80
linalol isobutirato nc nc nc 0,40 nc nc nc
β
-elemeno
tr tr 0,21 0,65 nc 0,44 0,27
trans-cariofileno
1,16 0,24 0,35 1,18 3,31 1,46 0,95
α
-humuleno
0,17 nc tr nc 0,19 tr tr
trans-
β
-farneseno
nc nc tr nc 0,41 tr tr
γ
-muroleno
0,73 0,41 0,63 0,88 0,79 1,47 0,85
γ
-cadineno
0,28 0,13 0,18 0,31 0,60 0,34 0,31
germacreno B 0,19 0,63 0,93 1,06 1,74 1,16 0,71
Total (%) 94,24 96,73 96,03 92,16 91,70 94,32 94,77
CLONES
Nc: ausência da substância; tr: traço da substância ( 0,14).
103
Anexo 4 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do
primeiro experimento de Campinas (Ep 1).
SUBSTÂNCIA
166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8
sabineno
2,27 1,03 0,64 tr 0,53 1,08 1
6-metil-5-hepten-2-ona
nc nc nc nc nc nc nc
mirceno
0,42 0,25 tr 0,35 tr tr 0,18
1,8 cineol
11,42 5,86 4,61 0,24 3,1 6,7 5,77
trans-
β
-ocimeno
0,62 0,35 0,52 0,42 0,46 0,49 0,59
γ
-terpineno
0,29 0,17 nc tr tr tr tr
cis-óxido de linalol
0,27 0,75 0,39 0,49 0,55 0,44
linalol
73,77 85,96 85,14 78,83 89,16 79,19 80,89
α
-terpineol
0,62 0,18 tr tr tr 0,23 0,19
neral
nc 0,2 tr 3,57 nc tr 0,61
geranial
nc 0,24 0,22 4,53 nc 0,27 0,78
linalol isobutirato
nc nc nc 0,39 nc nc nc
β
-elemeno
0,28 0,2 0,280,690,490,510,31
trans-cariofileno
1,5 0,31 0,41 1,3 nc 1,47 0,99
α
-humuleno
0,22 nc nc nc nc nc nc
trans-
β
-farneseno
nc nc nc nc nc nc nc
γ
-muroleno
1,15 0,47 1,01 1,04 0,57 1,48 1,1
γ
-cadineno
0,24 0,17 0,2 0,24 0,45 0,44 0,33
germacreno B
0,21 0,71 1,24 0,95 1,29 1,11 0,77
Total (%)
93,01 96,37 95,02 92,94 96,54 93,52 93,95
CLONES
Nc: ausência da substância; tr: traço da substância ( 0,14).
104
Anexo 5 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do
segundo experimento de Campinas (Ep 2).
SUBSTÂNCIA
166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8
sabineno
2,53 1,21 0,86 0,36 0,76 1,59 1,05
6-metil-5-hepten-2-ona
nc nc nc tr nc nc nc
mirceno
0,51 0,26 0,18 0,32 0,19 0,34 0,24
1,8 cineol
11,41 5,55 4,75 1,24 3,47 7,6 5,24
trans-
β
-ocimeno
0,89 0,64 1,08 0,68 1,06 1,05 1,1
γ
-terpineno
0,26 0,13 tr tr tr 0,17 nc
cis-óxido de linalol
tr 0,19 0,3 tr 0,29 tr nc
linalol
73,82 84,36 81,95 79,95 84,71 77,95 79,24
α
-terpineol
0,66 0,27 0,26 nc 0,12 0,37 0,27
neral
nc nc 0,3 1,2 tr 3,39 0,24
geranial
nc nc 0,4 1,570,110,270,28
linalol isobutirato
nc nc nc nc nc nc nc
β
-elemeno
0,23 0,11 0,32 1,42 0,55 0,37 0,69
trans-cariofileno
1,47 0,3 0,451,710,161,041,49
α
-humuleno
nc nc nc nc 0,21 nc 0,18
trans-
β
-farneseno
0,16 nc nc nc 0,17 nc 0,17
γ
-muroleno
1,22 0,68 1,25 1,71 0,95 1,22 1,98
γ
-cadineno
nc nc tr nc 0,3 0,2 0,18
germacreno B
nc 0,79 1,47 1,57 1,7 0,9 1,29
Total (%)
93,16 94,49 93,57 91,73 94,75 96,46 93,64
CLONES
Nc: ausência da substância; tr: traço da substância ( 0,14).
105
Anexo 6 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do
segundo experimento de Campinas (Ep2).
SUBSTÂNCIA
166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8
sabineno
2,53 1,24 0,96 0,14 0,73 1,61 1
6-metil-5-hepten-2-ona
nc nc nc 0,23 nc nc nc
mirceno
0,53 0,28 0,24 0,36 0,2 0,35 0,19
1,8 cineol
11,42 5,88 4,5 0,23 3,24 7,17 5,19
trans-
β
-ocimeno
0,92 0,57 1,11 0,61 0,96 1,05 0,72
γ
-terpineno
0,27 0,14 tr nc tr 0,17 tr
cis-óxido de linalol
tr 0,17 0,26 nc 0,27 tr 0,21
linalol
73,11 84,4 81,92 79,72 84,24 76,09 79,85
α
-terpineol
0,83 0,28 0,24 nc tr 0,39 0,25
neral
nc nc nc 2,16 nc 0,24 1,34
geranial
nc nc nc 2,75 nc 0,32 1,73
linalol isobutirato
nc nc nc 0,27 nc nc nc
β
-elemeno
0,25 0,08 0,4 0,59 0,57 0,47 0,31
trans-cariofileno
1,46 0,2 0,540,910,191,360,92
α
-humuleno
nc nc nc nc 0,24 tr nc
trans-
β
-farneseno
nc nc 0,19 nc 0,18 tr nc
γ
-muroleno
1,23 0,47 1,4 1,02 1,04 1,64 1,07
γ
-cadineno
tr tr nc 0,17 0,31 0,26 0,22
germacreno B
0,18 0,62 1,66 0,99 2 1,2 0,83
Total (%)
92,73 94,33 93,42 90,15 94,17 92,32 93,83
CLONES
Nc: ausência da substância; tr: traço da substância ( 0,14).
106
Anexo 7 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do
terceiro experimento (Ep 3).
SUBSTÂNCIA
166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8
sabineno
3,03 1,51 1,04 0,24 0,85 1,86 1,28
6-metil-5-hepten-2-ona
nc nc nc 0,28 nc nc nc
mirceno
0,64 0,33 0,24 0,54 0,26 0,43 0,33
1,8 cineol
1,37 6,54 5,05 0,42 3,63 8,38 5,85
trans-
β
-ocimeno
0,9 0,631,180,341,141,150,98
γ
-terpineno
0,33 0,16 nc tr nc nc nc
cis-óxido de linalol
tr tr nc 0,94 0,21 0,19 nc
linalol
67,5 81,41 80,25 74,46 80,41 74,47 75,42
α
-terpineol
1,01 0,41 0,28 nc 0,2 0,42 0,39
neral
nc 0,31 0,35 3,17 nc 0,29 0,68
geranial
nc 0,4 0,43 4 nc 0,34 0,88
linalol isobutirato
nc nc nc 0,29 nc nc nc
β
-elemeno
0,27 0,14 0,38 1,09 0,86 0,44 0,58
trans-cariofileno
2,02 0,41 0,61 1,75 0,28 1,54 1,72
α
-humuleno
nc 0,11 0,18 0,22 0,29 tr nc
trans-
β
-farneseno
nc nc nc nc 0,28 nc 0,22
γ
-muroleno
1,69 0,87 1,57 1,92 1,67 1,78 2,05
γ
-cadineno
nc nc nc tr 0,37 0,21 0,26
germacreno B
0,2 1,06 1,75 1,68 0,14 1,11 1,4
Total (%)
78,96 94,29 93,31 91,34 90,59 92,61 92,04
CLONES
Nc: ausência da substância; tr: traço da substância ( 0,14).
107
Anexo 8 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do
terceiro experimento (Ep 3).
SUBSTÂNCIA
166 201 251 280 288 IAC 2 IAC 8
sabineno
2,55 1,41 1,09 0,21 0,8 1,69 1,13
6-metil-5-hepten-2-ona
0,17 nc nc nc nc nc nc
mirceno
0,54 0,31 0,25 0,51 0,24 0,41 0,31
1,8 cineol
12,656,775,370,333,598,045,28
trans-
β
-ocimeno
0,85 0,54 1,35 0,88 1,17 1,1 1,03
γ
-terpineno
0,29 0,16 nc nc nc nc nc
cis-óxido de linalol
nc nc 0,21 nc 0,21 0,17 nc
linalol
71,4 83,87 82,65 73,85 82,11 72,32 76,55
α
-terpineol
0,97 0,41 0,35 nc 0,26 0,56 0,42
neral
nc nc 0,26 3,38 0,25 0,31 0,6
geranial
nc nc 0,3 4,36 0,3 0,38 0,72
linalol isobutirato
nc nc nc 0,25 nc nc nc
β
-elemeno
0,17 nc 0,25 1,18 0,67 0,68 0,61
trans-cariofileno
1,38 0,24 0,43 1,87 0,21 2,03 1,64
α
-humuleno
0,16 nc nc nc 0,29 nc nc
trans-
β
-farneseno
nc nc nc 0,24 0,23 0,22 0,18
γ
-muroleno
1,16 0,49 1,06 1,95 1,41 2,43 2,19
γ
-cadineno
nc nc tr nc 0,24 0,2 0,17
germacreno B
0,14 0,6 0,1 1,8 2,34 1,48 1,34
Total (%)
92,43 94,8 93,67 90,81 94,32 92,02 92,17
CLONES
Nc: ausência da substância; tr: traço da substância ( 0,14).
108
Anexo 9 - Médias da variável massa fresca total / broto (MFT/BRO) para 40 clones e
três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância
simples e conjunta.
CL S
K
CL SK CL SK CL S
K
280 48,85 B a a251 166,74 A a a 280 252,51 A a a 280 155,37 a a
219 47,70 B a a280 164,74 AB a a IAC 2 229,88 A ab a IAC 2 140,36 ab a
238 46,28 B ab a70 149,50 A ab a 238 201,33 A abc a70 126,68 abc a
IAC 2 46,26 B ab a IAC 2 144,95 AB abc a70 186,10 A abcd a IAC 8 119,21 abcd a
70 44,45 B abc a IAC 8 138,16 A abcd b IAC 8 177,51 A abcde a 251 109,81 bcde a
IAC 8 41,98 B abcd a137 130,12 A abcde b 219 166,52 A abcdef b 238 108,62 bcdef a
261 39,55 B abcde b109 129,21 A abcde b 199 161,37 A abcdef b 219 102,59 bcdefg a
201 36,93 B abcdef b144 113,55 A abcdef b44 146,08 A abcdef b 199 90,73 cdefgh b
144 36,12 B abcdefg b129 111,40 A bcdef b43 136,08 A abcdef b 109 90,61 cdefgh b
251 34,90 B abcdefgh b196 99,89 A bcdefg c 166 133,88 A abcdef b 137 88,69 cdefghi b
137 34,73 B abcdefghi b128 95,87 A cdefgh c 261 130,67 A abcdef b43 86,35 cdefghi b
147 34,65 B abcdefghi
b201 94,12 A cdefghi c 251 127,80 A abcdef b44 84,61 cdefghi b
43 34,41 A abcdefghij b219 93,55 B cdefghi c 288 126,79 A abcdef b 144 82,39 cdefghij b
120 33,62 B abcdefghij b32 91,45 A defghi c 109 123,80 A bcdef b 166 81,21 defghijk b
166 26,23 B bcdefghij c120 88,97 A defghij c 129 113,57 A bcdef c 261 80,95 defghijk b
9 25,96 B bcdefghij c43 88,56 A defghij c27 112,47 A bcdef c 129 79,85 defghijkl b
196 24,30 B cdefghij c199 87,94 AB defghij c 212 111,99 A bcdef c 120 74,16 efghijkl b
172 24,16 A cdefghij c213 84,96 A defghij c 137 101,23 AB cdef c 147 69,01 efghijkl b
288 23,72 B cdefghij c44 84,44 AB efghij c 120 99,88 A cdef c 212 68,14 efghijkl b
128
23,68 B cdefghij
c166
83,54 AB efghij
c2
98,98 A cdef
c 288
67,21 efghijkl
b
44 23,31 B defghij c2 82,47 A efghij c 144 97,49 A cdef c 128 66,72 efghijkl b
199 22,87 B defghij c238 78,25 B efghij c 147 97,33 A cdef c 213 66,42 efghijkl b
49 21,50 B defghij c146 78,24 A efghij
c 213 94,40 A cdef c2 65,98 efghijkl b
241 21,09 B defghij c135 77,91 A efghij c32 85,37 A cdef c 201 65,21 fghijkl b
235 21,00 B defghij c47 75,63 A fghij c 146 84,12 A cdef c27 65,15 fghijkl b
27 20,01 B efghij c147 75,05 A fghij c 235 82,96 A cdef c32 63,55 ghijkl b
213
19,89 B efghij
c235
74,61 A fghij
c 128
80,62 A cdef
c 196
59,68 ghijkl
b
80 19,64 A efghij c212 73,21 A fghij c 135 79,85 A cdef c 235 59,52 ghijkl b
136 19,46 A efghij c261 72,64 AB fghij c 241 76,94 A cdef c 146 58,98 ghijkl b
212 19,22 B efghij c9 72,08 A fghij c 216 69,63 A def c 135 58,57 ghijkl b
47 19,18 C efghij c241 65,84 A fghij d9 67,06 A def c9 55,03 hijkl b
109 18,82 B efghij c172 64,06 A fghij d49 65,67 A def c 241 54,62 hijkl b
135 17,95 A fghij c27 62,97 AB fghij d 201 64,57 B def c47 51,08 hijkl b
2 16,49 B fghij c49 54,05 AB ghij d47 58,45 B def
c49 47,07 hijkl b
22 15,35 B ghij c288 51,12 B ghij d22 57,52 A ef c 172 46,59 hijkl b
216 15,26 B ghij c216 49,04 AB ghij d 196 54,85 B ef c 216 44,64 ijkl b
129 14,59 B hij c31 47,35 A ghij d 136 53,44 A ef c 136 39,04 jkl b
146 14,57 B hij c136 44,22 A hij d 172 51,54 A ef c31 37,35 kl b
32 13,83 B ij c80 42,24 A ij d31 51,13 A ef c22 36,44 l b
31 13,58 B j c22 36,46 AB j
d
80 44,49 A f c80 35,46 l b
di as 26,9 C 87,98 B 108,9 A 74,59
CV(%) 27,61 21,40 41,56 38,38
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tuke
y
Ep 2 Tuke
y
Ep 3 Tuke
y
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
109
Anexo 10 - Médias da variável massa seca total / broto (MST/BRO) para 40 clones e
três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
IAC 2 14,84 C a a 280 45,22 A a a IAC 2 98,59 A a aIAC 252,19 a a
280 14,59 B ab aIAC 243,14 B ab a70 59,86 A b b 280 38,27 b b
IAC 8 14,45 B ab aIAC 841,42 AB abc a219 57,61 A bc bIAC 835,91 bc b
219 14,25 C abc a 251 40,45 A abcd a199 57,52 A bc b70 35,65 bc b
261 13,52 B abcd a70 35,32 B abcde b280 55,01 A bcd b 219 32,36 bcd b
238 13,52 B abcd a 109 33,63 AB abcdef b43 55,00 A bcd b 238 30,35 bcde b
43 13,25 B abcde a 137 33,20 A abcdef b238 53,13 A bcde b 251 30,31 bcde b
147 12,21 B abcdef a 144 31,89 A abcdefg b IAC 8 51,85 A bcde b43 29,89 bcdef b
70
11,77 C abcdefg
a 128
28,40 A abcdefgh
c44
45,30 A bcdef
c 199
29,11 bcdefg
b
144 11,36 B abcdefgh a 129 27,78 A abcdefgh c288 42,96 A bcdefg c 109 27,26 cdefgh b
47 10,53 A abcdefgh a 120 26,91 A abcdefgh c251 40,14 A bcdefgh d 144 24,98 defghi c
251
10,33 B abcdefgh a 219 25,21 B bcdefgh c109 39,80 A bcdefgh d44 24,27 defghij c
120 10,29 B abcdefgh a32 25,12 A bcdefgh c212 36,42 A cdefghi d 288 23,56 defghijk c
9 10,21 B abcdefgh a 238 24,41 B bcdefgh c166 35,93 A cdefghi d 129 22,35 efghijkl c
201 10,16 B abcdefgh a 199 23,76 B cdefgh c2 35,89 A cdefghi d 137 22,13 efghijkl c
172 8,83 A abcdefgh b47 23,71 A cdefgh c129 34,91 A defghi d 120 21,86 efghijkl c
109 8,36 B abcdefgh b 196 23,01 A cdefgh c147 33,48 A defghi d 166 21,69 efghijkl c
166 8,27 B abcdefgh b 135 22,67 A cdefgh c213 32,50 A efghi d 147 21,30 efghijkl
m
c
288 8,02 B abcdefgh b43 21,41 B defgh c261 31,83 A efghi d 261 21,28 efghijkl
m
c
235 7,80 C abcdefgh b 166 20,86 B efgh c144 31,69 A efghi d 128 20,92 efghijkl
m
c
137 7,65 B abcdefgh b80 20,83 A efgh c32 31,45 A efghi d 212 20,36 fghijklm c
27 7,24 B abcdefgh b 146 20,80 A efgh c120 28,39 A fghi e32 19,73 ghijklm c
44 7,21 B abcdefgh b9 20,70 A efgh c128 27,34 A fghi e 213 19,34 ghijklm c
49 7,10 B abcdefgh b31 20,34 A efgh c216 27,32 A fghi e2 19,24 hijklm c
128 7,01 B abcdefgh b44 20,30 B efgh c27 27,12 A fghi e47 18,79 hijklm c
135 6,96 B abcdefgh b 201 19,97 A efgh c241 25,75 A fghi e9 18,60 hijklm c
241 6,28 C abcdefgh b 288 19,69 B efgh c137 25,54 A fghi e 201 16,87 ijklm c
196 6,24 B abcdefgh b 213 19,34 B efgh c9 24,90 A fghi e 135 16,71 ijklm c
213 6,17 C abcdefgh b 212 18,72 B efgh c235 24,56 A fghi e27 16,23 ijklm c
199 6,05 B abcdefgh b 261 18,47 B efgh c49 22,90 A ghi e 241 16,12 ijklm c
212
5,95 C abcdefgh
b 147
18,22 B efgh
c146
22,73 A ghi
e 235
15,98 ijklm
c
136
5,65 B bcdefgh b2 17,14 B efgh c47 22,14 A ghi e 146 15,54 ijklm c
22 5,38 B cdefgh b 172 17,00 A efgh c22 20,72 A hi e 196 15,26 ijklm c
2 4,69 C defgh b 241 16,34 B efgh c136 20,66 A hi e 216 14,92 jklm c
129 4,37 B efgh b 235 15,58 B fgh c135 20,49 A hi e31 14,83 jklm c
216 4,24 C efgh b 136 15,31 AB fgh c201 20,47 A hi e49 13,99 klm c
80 4,16 B fgh b27 14,34 B fgh c31 20,23 A hi e 172 13,89 klm c
31 3,91 A fgh b 216 13,21 B gh c196 16,53 AB i e 136 13,87 klm c
146 3,09 B gh b49 11,96 B h c172 15,83 A i e80 13,31 lm c
32 2,61 B h b22 9,19 B h
c
80 14,94 AB i
e
22 11,76 m
c
di as
8,46 C 23,62 B 34,74 A 22,27
CV(%) 37,82 28,99 22,59 28,24
CLONES e EXPERIMENTOS
CJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
110
Anexo 11 - Médias da variável massa fresca de folhas / broto (MFF/BR) para 40 clones
e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
IAC 2 15,01 a B a137 37,13 a A a280 71,32 a A a280 40,01 a a
238 14,30 ab B a280 36,88 a AB a251 66,06 ab A a251 36,18 ab a
201 12,55 abc B a251 33,67 ab A a238 59,84 abc A a70 31,61 abc a
219 12,48 abcd B a213 33,37 ab A a70 52,05 abcd A b238 31,54 abc a
IAC 8 12,41 abcd B a136 31,27 abc A a199 51,48 abcd A bIAC 2 30,55 abcd a
280 11,84 abcde B a70 30,98 abcd B aIAC 2 46,04 abcd A b199 28,51 abcde a
70 11,78 abcde C aIAC2 30,59 abcd AB a219 44,43 abcd A bIAC 8 27,77 abcde a
137 10,87 abcdef B a201 29,58 abcde A a9 44,41 abcd A b219 25,16 abcdef a
144 10,66 abcdef B a109 28,88 abcdef A aIAC 8 43,36 abcd A b137 24,68 abcdef a
9 9,77 abcdef A a196 28,30 abcdef A a44 40,48 abcd A b9 23,42 bcdefg a
166 9,41 abcdef B b199 27,97 abcdef AB a288 39,20 abcd A b44 23,38 bcdefg a
43
9,07 abcdef A bIAC 8 27,55 abcdef AB a166 38,21 abcd A b166 23,31 bcdefg a
47 9,04 abcdef B b2 26,53 abcdef A a109 33,15 abcd A c213 22,94 bcdefg a
261 8,83 abcdef B b144 26,43 abcdef A a2 31,23 abcd A c109 22,74 bcdefg a
251 8,81 abcdef A b43 26,37 abcdef A a129 29,43 abcd A c288 21,68 bcdefg b
147 8,63 abcdef B b47 26,27 abcdef A a235 28,81 abcd A c201 21,66 bcdefg b
120 8,61 abcdef B b235 25,07 abcdefg AB a212 27,77 abcd A c2 20,91 bcdefg b
213 8,36 abcdef B b44 22,90 abcdefg B b261 27,66 abcd A c235 20,71 bcdefg b
235 8,24 abcdef B b135 22,34 abcdefg A b213 27,09 abcd A c43 18,77 cdefg b
288 8,12 abcdef B b166 22,32 abcdefg AB b137 26,05 abcd AB c144 18,55 cdefg b
241 7,84 abcdef B b80 21,20 abcdefg A b27 24,95 bcd A c212 18,49 cdefg b
135 7,83 abcdef B b147 20,96 abcdefg A b120 24,58 bcd A c261 18,12 cdefg b
212 7,71 abcdef B b238
20,48 abcdefg B b146 24,45 bcd A c136 17,90 cdefg b
49 7,42 bcdef B b32 20,12 abcdefg A b147 23,20 bcd A c147 17,60 cdefg b
32 6,91 bcdef B c212 20,01 abcdefg A b201 22,87 bcd A c135 17,29 cdefg b
44 6,77 bcdef C c219 18,56 bcdefg B b135 21,69 bcd A c47 16,98 cdefg b
80 6,47 cdef B c261 17,86 bcdefg AB b43 20,88 bcd A c129 16,32 cdefg b
128 6,36 cdef B c288 17,71 bcdefg B b241 20,31 cd A c196 16,30 cdefg b
136 6,29 cdef B c128 17,60 bcdefg A b128 19,29 cd A c120 15,75 defg b
109 6,20 cdef B c49 16,91 bcdefg AB b144 18,54 cd AB c32 14,87 efg b
172
6,16 cdef A
c9
16,07 cdefg A
b49
18,46 cd A
c146
14,80 efg
b
199
6,08 cdef B
c146
15,67 cdefg AB
b32
17,59 cd A
c128
14,42 efg
b
216
5,25 cdef B
c172
15,47 cdefg A
b216
16,57 cd A
c49
14,26 efg
b
2 4,98 def B c129 14,82 cdefg B b196
16,25 cd AB c241 13,84 efg b
129 4,71 ef C c31 14,54 cdefg A b136 16,15 cd AB c27 13,81 efg b
22 4,49 ef B c216 14,28 cdefg A b47 15,62 cd B c80 13,22 efg b
27 4,44 ef B c120 14,06 defg B b31 14,24 d A c216 12,03 fg b
196 4,36 ef B c241 13,37 efg AB b22 12,48 d A c31 10,98 fg b
146 4,28 ef B c27 12,05 fg AB b80 11,98 d B c172 10,67 fg b
31 4,16 f B
c
22 8,43 g AB b172 10,38 d A
c
22 8,47 g b
dias 8,19 C 22,61 B 29,96 A 20,25
CV(%) 32,72 26,79 53,47 49,42
CLONES e EXPERIMENTOS
CJ TukeyEp 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
111
Anexo 12 - Médias da variável massa seca de folhas / broto (MSF/BR) para 40 clones e
três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância
simples e conjunta.
CL SK CL SK CL SK CL SK
238 4,44 B a a 280 14,46 A a a 199 21,80 A a aIAC 2 12,04 a a
IAC 2 4,18 C ab a 251 14,05 A ab a 238 21,36 A a a 199 11,85 a a
219 4,00 B abc a IAC 2 12,85 B abc a IAC 2 19,10 A ab a 280 11,76 a a
IAC 8 3,69 B abcd a IAC 8 12,85 A abc a70 17,85 A abc a 238 11,01 ab a
280 3,68 B abcd a 199 11,37 A abcd b 280 17,15 A abcd a70 10,61 abc a
147 3,63 B abcde a 137 11,11 A abcd b 219 15,72 A abcde bIAC 8 10,57 abc a
70 3,63 C abcde a70 10,36 B abcde b IAC 8 15,17 A abcdef b 251 9,65 abcd a
47 3,56 B abcdef a 109 10,06 A abcdef b44 12,93 A bcdefg b 219 8,89 abcde a
201 3,43 C abcdefg a 136 9,75 A abcdef b 288 12,68 A bcdefgh b 109 7,86 bcdef a
261 3,42 B abcdefg a 213 9,35 A abcdef b 251 11,87 A bcdefghi b 288 7,39 cdefg b
120 3,19 B abcdefgh a 128 9,26 A abcdef b 109 11,83 A bcdefghi b44 7,13 defgh b
137
3,18 C abcdefgh a 201 8,95 A abcdefg b 166 10,34 A cdefghi c 137 7,11 defgh b
251 3,01 B abcdefghi a2 8,40 A bcdefg c 212 9,92 A cdefghi c 166 6,93 defghi b
144 2,99 A abcdefghi a 196 8,14 A cdefg c 129 9,59 A cdefghi c 213 6,58 defghij b
135 2,95 A abcdefghi a32 8,00 A cdefg c 235 8,89 A defghi c 212 6,43 defghij b
235 2,83 B abcdefghi a 166 7,91 A cdefg c 147 8,80 A efghi c 147 6,38 defghij b
43 2,72 A abcdefghi a47 7,78 A cdefg c 120 8,58 A efghi c2 6,33 efghij b
288 2,63 B abcdefghi b43 7,74 A cdefg c 261 8,50 A efghi c 235 6,30 efghijk b
213 2,57 B abcdefghi b 144 7,55 A cdefg c2 8,42 A efghi c 120 6,16 efghijk b
166 2,55 B abcdefghi b 135 7,29 A cdefg c43 8,00 A efghi c43 6,15 efghijk b
9 2,45 B abcdefghi b 212 7,23 A cdefg c 213 7,84 A efghi c 261 6,09 efghijk b
241 2,44 B abcdefghi b 238 7,23 B cdefg c 135 7,37 A fghi c 201 6,01 efghijk b
199 2,39 C abcdefghi b 235
7,19 AB cdefg c 146 7,34 A fghi c 128 5,94 efghijk b
136 2,21 B abcdefghi b 219 6,97 B defg c32 7,27 A fghi c 135 5,87 efghijk b
80 2,18 B abcdefghi b 288 6,87 B defg c 137 7,03 B fghi c32 5,76 efghijk b
2 2,17 B abcdefghi b 147 6,71 A defg c 128 6,77 A ghi c 136 5,70 efghijk b
49 2,16 A abcdefghi b 120 6,70 AB defg c 241 6,54 A ghi c 144 5,62 efghijk b
212
2,14 B bcdefghi
b44
6,54 B defg
c27
6,48 A ghi
c 129
5,59 fghijk
b
172 2,08 B bcdefghi b 146 6,48 AB defg c9 6,41 A ghi c47 5,25 fghijk b
32 2,02 B bcdefghi b 261 6,34 AB defg c 144 6,34 A ghi c 146 5,07 fghijk b
44
1,91 B bcdefghi
b 216
6,13 A defg
c 216
6,01 A ghi
c9
4,99 fghijk
b
216 1,81 B cdefghi b9 6,10 A defg c 201 5,67 B ghi c 196 4,88 fghijk b
128 1,79 B cdefghi b 172 5,99 A defg c49 5,55 A ghi c 216 4,65 fghijk b
109
1,69 B defghi
c 129
5,95 A defg
c 196
5,53 A ghi
c 241
4,47 ghijk
b
146 1,37 B efghi c49 5,15 A efg d 136 5,15 AB ghi c49 4,28 ghijk b
31 1,35 B fghi c31 4,66 A efg d31 4,99 A ghi c 172 4,28 ghijk b
22
1,29 B fghi
c80
4,53 A fg
d 172
4,78 AB ghi
c27
3,88 hijk
b
129 1,22 B ghi c 241 4,44 AB fg d22 4,49 A hi c31 3,67 ijk b
196 0,96 B hi c27 4,31 A fg d47 4,41 B hi c80 3,50 jk b
27 0,85 B i
c
2
2
3,24 AB g d80 3,81 AB i
c
2
2
3,01 k b
Mé dia s 2,57 C 7,90 B 9,46 A 6,64
CV(%) 31,43 26,05 31,10 31,98
CJ Tukey
CLONES e EXPERIMENTOS
Ep 1 Tukey Ep 2 Tukey Ep 3 Tukey
Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade
para clones pelo teste de Tukey.
Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de
probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott.
CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo
experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de
médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental.
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