Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO BIOMÉDICO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental - CLINEX
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
Sobre o Sistema Nervoso Simpático, Níveis Séricos de
Leptina, Pressão Arterial e Perfil Metabólico em
Obesos Hipertensos
ANTONIO FELIPE SANJULIANI
Rio de Janeiro
2003
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO BIOMÉDICO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental - CLINEX
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
Sobre o Sistema Nervoso Simpático, Níveis Séricos de
Leptina, Pressão Arterial e Perfil Metabólico em
Obesos Hipertensos
ANTONIO FELIPE SANJULIANI
Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em
Fisiopatologia Clínica e Experimental da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro para obtenção título
de doutor em ciências
Orientador: Professor Doutor Emílio Antonio Francischetti
Rio de Janeiro
2003
ads:
FICHA CATALOGRÁFICA
©reprodução autorizada pelo autor
Sanjuliani, Antonio Felipe
Ações de um agonista de receptores imidazolínicos sobre o sistema
nervoso simpático, níveis séricos de leptina, pressão arterial e perfil
metabólico em obesos hipertensos / Antonio Felipe Sanjuliani. – Rio de Janeiro, 2003.
xvi, 121 p.
Orientador: Emílio Antonio Francischetti
Tese (Doutorado) – Universidade da Estado do Rio de Janeiro, Centro
Biomédico, Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental.
1. Hipertensão arterial. 2. Obesidade. 3. Sistema nervoso simpático. 4.
Insulina. 5. Leptina. 6. Moxonidina. I. Francischetti, Emílio Antonio. II.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Centro Biomédico. Curso de
Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental. III. Título.
ii
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO BIOMÉDICO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental - CLINEX
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos Sobre
o Sistema Nervoso Simpático, Níveis Séricos de Leptina,
Pressão Arterial e Perfil Metabólico em Obesos Hipertensos
ANTONIO FELIPE SANJULIANI
Orientador: Professor Doutor Emílio Antonio Francischetti
Aprovada em _____ de ____________ de 2003 pela banca examinadora:
Professor Doutor Emanuel Burdmann
Professor Doutor Carlos Eduardo Negrão
Professor Doutor Frederico Ruzany
Professor Doutor Egberto Gaspar de Moura
Professor Doutor Emilío Antonio Francischetti
Rio de Janeiro
2003
iii
“L’exploration fonctionnelle du sympathique en clinique
est un simple dérivé de l’expérimentation; inversement bien
des interventions pratiquées sur l’Homme ont servi au
progrès de nos connaissances physiologiques, nous révélant
souvent une complexité que la simple expérimentation
de laboratorie ne permettait pas d’entrevoir”
Paul Chauchard
Le Système Nerveux Sympathique, 1949.
iv
D
EDICATÓRIA
Aos meus pais,
Oliver e Guiomar
Que dedicaram a vida a seus filhos.
A Maria Cecília e Maria Clara,
por tudo.
v
A
GRADECIMENTOS
Há 11 anos, ao término de minha dissertação de
mestrado deixei registrado: “Ao professor Emílio Antonio
Francischetti, um verdadeiro professor, que acreditando em mim me
fez crescer cientificamente, seus ensinamentos e postura acadêmica
estão marcados de forma indelével na minha formação científica e
profissional”. Poucas vezes se é permitido há alguém o mesmo
sentimento e a percepção dos mesmos ideais muitos anos depois. O
privilégio de 22 anos de convívio me dá novamente a oportunidade,
de ora ratificar, a escrita de 11 anos atrás e novamente deixar minha
gratidão ao professor Francischetti. Essa gratidão passa não
somente pela sua participação direta e presente em todas as fases
dessa pesquisa, mas também por sua compreensão e paciência em
momentos difíceis de minha vida.
vi
A
GRADECIMENTOS
A professora Virginia Genelhu de Abreu por sua valiosa e ativa participação na
elaboração do projeto que motivou a execução desse trabalho.
Ao professor José Uelers Braga, que prontamente nos auxiliou de forma inestimável
no domínio de metodologias de pesquisa e no trabalho estatístico desenvolvido nesta tese.
Ao Dr André Thomas Feher, diretor médico da Eli Lilly do Brasil e ao Dr Salvador
Garcia de Quevedo Perez, na época da execução desse estudo, gerente de pesquisa clínica
da Eli Lilly do Brasil, o nosso profundo agradecimento pelo apoio as nossas pesquisas.
Ao nutricionista Sergio Girão Barroso, que juntamente comigo teve a árdua mas,
certamente a mais gratificante tarefa, de acompanhar todos os pacientes ao longo do
estudo, sendo o responsável direto pela avaliação nutricional dos pacientes.
A bióloga Maria de Lourdes Guimarães Rodrigues, companheira de laboratório, pelo
auxílio direto no processo de mensuração das variáveis bioquímicas e hormonais
apresentadas neste trabalho.
A Eliane Soares da Silva, pela participação efetiva no controle de qualidade do
preenchimento dos prontuários, no apoio logístico e contato com os pacientes e, muitas
vezes por ”aturar o meu mau humor”.
Ao Cláudio Sergio Correa Lau pelo auxílio técnico no Laboratório do Clinex, e
sobretudo por sempre se mostrar disponível e pronto para nos auxiliar em quaisquer tarefas
desse estudo.
Ao professor Gerson Noronha Filho pela arte de ouvir e ao Dr Jorge Strogof, colega de
doutorado, pelo agradável convívio.
vii
AGRADECIMENTOS
A Renata Pereira Saboya de Castro, aluna de iniciação científica, pela participação em
várias fases das técnicas laboratoriais utilizadas nessa pesquisa.
Aos funcionários do Clinex: Ligia Domingues , Amélia Gomes e Rubens Silva pela
ajuda sempre presente.
Ao Centro de Estudos Américo Piquet Carneiro, que me proporcionou as condições
financeiras básicas, sem as quais este trabalho não passaria de um projeto.
Aos pacientes o meu respeito e profunda consideração.
viii
L
ISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Dados demográficos e características dos pacientes 45
TABELA 2 - Valores médios da pressão arterial e freqüência cardíaca
49
TABELA 3 - Valores médios da pressão arterial sistólica, diastólica e média avaliadas pela
monitorização ambulatorial da pressão arterial
50
TABELA 4 - Valores médios das sobrecargas sistólica e diastólica, avaliadas pela
monitorização ambulatorial da pressão arterial
50
TABELA 5 - Valores médios das catecolaminas plasmáticas
52
TABELA 6 - Valores médios da glicemia em jejum e após sobrecarga de glicose,
triglicérides, colesterol, HDL colesterol e LDL colesterol
54
TABELA 7 - Leptina, insulina de jejum e após sobrecarga de dextrosol
54
TABELA 8 - dio urinário erico, possio uririo erico e creatininarica
58
TABELA 9 - Índice de massa corpórea, relação cintura quadril, percentual de gordura,
circunferência do quadril e cintura e pregas biceptal, triceptal, subescapular e suprapúbica
59
ix
L
ISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 – Correlações entre: (a)índice de massa corpórea e leptina, (b)insulina em jejum
e leptina e (c)insulina em jejum e triglicérides
47
FIGURA 2a – Catecolaminas plasmáticas grupo moxonidina
52
FIGURA 2b - Catecolaminas plasmáticas grupo amlodipina
53
FIGURA 3 - (a)níveis de leptina, (b)Insulina-jejum e após sobrecarga de dextrosol
55
FIGURA 4 - (a)Atividade plasmática de renina, (b)Aldosterona sérica
56
FIGURA 5 - Redução nos níveis de: (a)noradrenalina pós deambulação, (b)Leptina e
(c)Insulina em Jejum, nos pacientes que receberam moxonidina e tiveram a pressão
arterial controlada
60
x
L
ISTA DE ABREVIATURAS
APR Atividade Plasmática de Renina
EPM Erro Padrão da Média
FC Freqüência Cardíaca
HA Hipertensão Arterial
HPLC High-Performance Liquid Chromatography
HOMA Homeostasis Model Assessment
IMC Índice de Massa Corpórea
K
U
Concentração Urinária de Potássio
MAPA Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
MC4-R Melanocortin-4 receptors
MSNA Muscle Sympathetic Nerve Activity
Na
U
Concentração Urinária de Sódio
NA Noradrenalina
NYHA New York Heart Association
NPY Neuropeptídeo Y
PA Pressão Arterial
PAD Pressão Arterial Diastólica
PAM Pressão Arterial Média
PAS Pressão Arterial Sistólica
POMC Pro-opiomelanocortina
PNA Peptídeo Natriurético Atrial
SHR Spontaneous Hypertensive Rats
SNC Sistema Nervoso Central
SNS Sistema Nervoso Simpático
SRA Sistema Renina Angiotensina
TNF-α Tumor Necrosis Factor
α-MSH α-Melanocyte-Stimulating Hormone
x
i
R
ESUMO
Sanjuliani AF. Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos Sobre o Sistema
Nervoso Simpático, Níveis Séricos de Leptina, Pressão Arterial e Perfil Metabólico em
Obesos Hipertensos. Rio de Janeiro, 2003. 121P. Tese (Doutorado) - Curso de Pós-
Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental – Clinex. Universidade do Estado do
Rio de Janeiro.
1. Contexto: a obesidade esta presente em aproximadamente 70% dos pacientes
com hipertensão arterial primária. Estudos clínicos, epidemiológicos e
experimentais mostram associação entre obesidade, hipertensão, hiperatividade
simpática, resistência à insulina, dislipidemia, hiperleptinemia e ativação do
sistema renina-angiotensina.
2. Objetivo: Avaliar, em hipertensos obesos, os efeitos da administração de um
agonista de receptor imidazolínico (moxonidina) sobre o sistema nervoso
simpático, pressão arterial, perfil lipídico e glicídico, níveis de leptina e sistema
renina-angiotensina, comparando-os com os efeitos de um antagonista de cálcio
di-hidropiridínico (amlodipina).
3. Tipo de estudo: clínico, paralelo e randomizado.
4. Casuística: 40 pacientes obesos e portadores de hipertensão arterial primária,
de ambos os sexos, com idade entre 27 a 63 anos.
5. Local do estudo: Clínica de Hipertensão e Laboratório de Fisiopatologia Clínica
e Experimental – Clinex. Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
x
ii
6. Variáveis estudadas: pressão arterial, adrenalina e noradrenalina venosa e
arterial, glicemia, insulina, HOMA, colesterol, HDL-colesterol, LDL-colesterol,
triglicérides, leptina, atividade plasmática de renina, aldosterona, diurese,
natriurese, índice de massa corpórea e pregas cutâneas.
7. Resultados: a moxonidina e a amlodipina reduziram de forma significativa a
pressão arterial avaliada pelo método convencional e pela monitorização
ambulatorial da pressão arterial durante 24h e não modificaram a freqüência
cardíaca. Registramos redução da pressão arterial sistólica (p<0,005), diastólica
(p<0,005) e média (p<0,005) após 24 semanas do uso da moxonidina.
Observamos diminuição na concentração plasmática de adrenalina arterial
(p<0,005), noradrenalina venosa supina (p<0,01) e noradrenalina venosa pós-
caminhada (p=0,03) após a administração de moxonidina; essas variáveis não se
alteraram com a amlodipina. Os níveis de leptina variaram de 27,18±3,5 para
22,61±2,9 pg/ml (p<0,05) e os de insulina 120 minutos após dextrosol de
139,7±31,2 para 76,03±15,2 U/ml (p<0,05) após a utilização do agonista de
receptor imidazolínico, não havendo modificações dos mesmos com a
amlodipina. A atividade plasmática da renina e a aldosterona sérica não se
modificaram após o uso da moxonidina, entretanto a amlodipina elevou de forma
significativa a atividade plasmática da renina (p=0,03). As demais variáveis
avaliadas não se modificaram de forma significativa após ambos os hipotensores.
8. Conclusões: os resultados do nosso estudo mostram que a moxonidina tem um
efeito hipotensor semelhante à amlodipina, reduz a atividade simpática, interfere
favoravelmente sobre a resistência à insulina e diminui os níveis séricos de
leptina.
x
iii
A
BSTRACT
Sanjuliani AF. Actions of an Imidazolinic Receptor Agonists on the Sympathetic
Nervous System, Serum Levels of Leptin, Blood Pressure, Metabolic Profile in Obese
Hypertensive Patients. Rio de Janeiro, 2003. 121P. Tese (Doutorado) - Curso de Pós-
Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental – Clinex. Universidade do Estado do
Rio de Janeiro.
1. Context: obesity may account for as much as 70% of the patients with primary
hypertension. Clinical, epidemiological and experimental studies have shown an
association between obesity, hypertension, heightened sympathetic nervous
system activity, insulin resistance, dyslipidemia, hyperleptinemia, and activation of
the renin-angiotensin system.
2. Objective: to evaluate in obese hypertensive patients the effects of moxonidine,
an agonist of selective imidazoline receptor agent, and the calcium channel
blocker, amlodipine on the sympathetic nervous system, blood pressure, glucose
and lipid metabolism profile, leptin levels and renin-angiotensin system.
3. Type of the study: randomized, parallel and clinical.
4. Casuistic: forty obesity hypertensive patients with primary hypertension, both
gender and age between 27 and 63 years old.
5, Site of the study: Clinical and Experimental Pathophysiological Laboratory –
Clinex. Rio de Janeiro State University.
x
iv
6. Variables Studied: blood pressure, arterial and venous adrenaline and
noradrenaline, glucose, insulin, HOMA, cholesterol, HDL-cholesterol, LDL-
cholesterol, triglycerides, leptin, plasma renin activity, aldosterone, diuresis,
natriuresis, body mass index and skin fold.
7. Results: moxonidine and amlodipine reduced significantly blood pressure without
affecting heart rate when they were assessed by the conventional method and
twenty-four-hour blood pressure monitoring. Moxonidine therapy decreased
systolic (p<0,005), diastolic (p<0,005) and mean (p<0,005) blood pressure. We
observed a reduction of the arterial plasma levels adrenaline (p<0,005), supine
venous levels noradrenalin (p<0,01) and after walking upright venous levels of
noradrenaline, after moxonidine; these variables were not changed by
amlodipine. Serum leptin levels and 120 minutes insulin serum levels after
dextrosol decreased after moxonidine from 27,18±3,5 to 22,61±2,9 pg/ml
(p<0,05) and from 139,7±31,2 to 76,03±15,2 U/ml (p<0,05) respectively. Both
variables did not change with amlodipine. There were no alterations in plasma
renin activity, and serum aldosterone after moxonidine, however amlodipine
increased significantly the plasma renin activity (p=0,03). Moxonidine and
amlodipine had no significantly effect on the others variables.
8. Conclusion: The results of our study showed a comparable reduction of blood
pressure with both anti-hypertensive drugs. Moxonidine decreased sympathetic
nervous activity, improved insulin resistance and reduced the serum levels of
leptin.
v
S
UMÁRIO
Página
LISTA DE TABELA ix
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
x
LISTA DE ABREVIATURAS
xi
RESUMO xii
ABSTRACT
xiv
1. INTRODUÇÃO
01
1.1. Atividade do sistema nervoso simpático na hipertensão associada à obesidade 03
1.1.1. Métodos de avaliação de atividade do sistema nervoso simpático
06
1.2. Resistência à insulina como possível causa de hipertensão em obesos 10
1.3. Leptina, obesidade e Síndrome Hipertensiva Metabólica 11
1.3.1. Adipocitocinas recentemente identificadas: adiponectina e resistina
16
1.4. O sistema renina-angiotensina e a hipertensão do obeso 17
1.5. Agonistas de receptores imidazolínicos e atividade do sistema nervoso simpático 20
2. OBJETIVOS
25
3. CASUÍSTICA
27
3.1. Pacientes 28
3.2. Critérios de inclusão
29
3.3. Critérios de exclusão
29
4. DESENHO DO ESTUDO E PLANO DE TRABALHO 30
5. MÉTODOS
36
6. RESULTADOS 44
7. DISCUSSÃO 61
8. CONCLUSÕES
78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
81
ANEXOS 94
x
vi
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
1
1. I
NTRODUÇÃO
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
1. Introdução
A obesidade tem sido apontada como um dos fatores mais importantes de
elevação da pressão arterial (PA) em muitos pacientes com hipertensão arterial
essencial (HA) (Havlik e cols., 1983; Alexander e cols., 1983). Estudos
epidemiológicos têm mostrado correlação significativa entre o excesso de peso e a
pressão arterial em normotensos e hipertensos (Sims e cols., 1979; Stamler e cols.,
1978), enquanto trabalhos experimentais confirmam a hipótese de que o ganho de
peso, ao longo de várias semanas, eleva a pressão arterial e, em contrapartida, sua
redução pode controlar os níveis pressóricos (Rocchini e cols., 1989, Hall e cols.,
1993a; Salzano e cols., 1958).
Observações clínicas e trabalhos experimentais sobre a relação obesidade e
hipertensão apontam diversos e complexos mecanismos para explicar esta
associação. A hipertensão e resistência a insulina são duas condições comuns e
freqüentemente coexistem em obesos (Reaven e cols., 1988). Quando se agregam à
dislipidemia e obesidade central, induzem elevado risco de doença cardiovascular.
Essa constelação de fatores de risco recebe inúmeros epônimos tais como
Síndrome X, Síndrome da Resistência a Insulina, Síndrome Hipertensiva Metabólica,
Síndrome do Novo Mundo e quarteto da morte (Reaven e cols., 1988; De Fronzo e
cols., 1991; Julis e cols., 1992; Modan e cols., 1985; Ferrannini e cols., 1991;
Landersberg e cols., 1992; Zimmet e cols., 1992; Zimmet, 1993; Kaplan, 1889). Tem-
se atribuído à resistência à insulina um importante papel causal pela sua associação
2
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
com a hiperatividade simpática (Bonadona e cols., 1990). O aumento da atividade do
sistema nervoso simpático (SNS) em situações em que ocorre hiperinsulinemia e
obesidade tem sido descrito em estudos epidemiológicos, clínicos e experimentais
(Rowe e cols., 1981).
Não obstante, as vias dessa inter-relação não estão plenamente estabelecidas,
possivelmente por não se conhecer as mudanças seqüenciais no comportamento de
sistemas neuro-endócrinos que participam na regulação do processo de ganho de
peso.
Receptores imidazolínicos, localizados no sistema nervoso central (SNC) e em
órgãos como o pâncreas, rim e glândulas adrenais quando estimulados exercem
ação modulatória sobre o SNS, controlando os níveis de catecolaminas circulantes e
tissulares (Van Zwieten e cols., 1996). Portanto, a hipótese de que um modulador
desses receptores possa ser instrumento para esclarecer a complexa fisiopatologia
da síndrome hipertensiva justifica a presente proposta.
1.1. Atividade do Sistema Nervoso Simpático na Hipertensão Associada à
Obesidade
As investigações realizadas nos últimos 15 anos apontam para uma nítida
relação entre a ingesta alimentar e o SNS. O jejum suprime, enquanto a plenitude de
ingestão calórica estimula o SNS (Young e cols., 1982), servindo a insulina de elo de
ligação entre a estado nutricional e a atividade simpático-adrenérgica (Landsberg e
3
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
cols., 1985a). Os neurônios sensíveis à glicose e insulina relacionam-se
anatomicamente na porção ventromedial do hipotálamo intervindo na atividade de
vias inibitórias entre o hipotálamo e os centros simpáticos do tronco cerebral
(Landsberg e cols., 1994).
Durante o jejum, discretas diminuições da glicemia e dos níveis de insulinemia
reduzem o metabolismo celular da glicose regulado pela insulina. Como
conseqüência, as vias inibidoras do tronco cerebral são estimuladas e a atividade
simpática fica suprimida. Durante o consumo de alimentos ou em condições de
resistência à insulina, ocorre o contrário: as vias inibidoras diminuem, havendo
aumento da atividade de centros simpáticos tonicamente ativos do tronco cerebral.
Nesta circunstância, o estímulo do simpático via elevação dos níveis de insulina atua
sobre a termogênese, dissipando energia, contrapondo-se a possibilidade de
surgimento de obesidade (Landsberg e cols., 1985b)
Dados do Normative Aging Study, demonstraram aumento da atividade do SNS
relacionada à obesidade e à distribuição corporal de gordura (Troisi e cols., 1991)
Nesse estudo, os pacientes com maiores concentrações séricas de insulina e glicose
em jejum, excretavam níveis superiores de noradrenalina (NA) na urina, quando
comparados à aquelas com valores inferiores de insulina e glicose séricos (Ward e
cols., 1993). Admitindo-se que a excreção urinária de noradrenalina reflete a
atividade do SNS poder-se-ia postular que a insulina mediaria o estímulo simpático
em obesos e que, tanto a insulina como a atividade simpática estariam relacionadas
a hipertensão (Ward e cols., 1993). Além disso, vários estudos têm indicado que a
4
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
perda de peso pela instituição de dieta hipocalórica reduz a atividade simpática
(Tuck, 1992; Landsberg e cols., 1992). Contudo, alguns investigadores não têm
encontrado evidências de que o SNS estaria mais ativado na obesidade (Peterson e
cols., 1988; Bray e cols., 1986) o que aponta para a necessidade de se promover
novos estudos na área.
Em 1985, fundamentado nas considerações acima descritas, Landsberg e cols
(1985b) propuseram a hipótese que a resistência à insulina em obesos, via aumento
da atividade do SNS, atuaria como mecanismo estabilizador do peso corporal e
dispêndio de energia. A resistência à insulina limitaria o armazenamento de
triglicérides no tecido adiposo e glicogênio na musculatura esquelética (Landsberg e
cols., 1985a). Por sua vez, no organismo como um todo, a hiperatividade simpática
associada à hiperinsulinemia, agiria compensando o dispêndio de energia, limitando
o ganho de peso. Contudo, a manutenção crônica dessa situação, isto é da
hiperinsulinemia e da hiperatividade simpática, acabaria por facilitar o
desenvolvimento de um estado pró-hipertensivo, pela maior reabsorção tubular de
sódio nos rins, aumento do débito cardíaco e vasoconstricção arteriolar (Landsberg e
cols., 1989; 1992).
Outros autores apontam um sentido oposto nos mecanismos que iniciam a
hipertensão relacionada a obesidade, propondo que a hiperatividade do SNS seria a
causa primária da resistência à insulina, hiperinsulinemia e elevação da pressão
arterial (Julius e cols., 1992, 1994, 2000). Postulam que o aumento da atividade
simpática na musculatura esquelética causaria vasoconstricção neurogênica,
5
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
reduzindo o fluxo sanguíneo para a musculatura e conseqüentemente induzindo um
estado de resistência insulínica. Por outro lado, propõem-se que o estímulo crônico
do SNS causaria down regulation dos receptores β adrenérgicos o que reduziria sua
responsividade em termos de gasto energético, levando a perda da capacidade de
dissipar o excesso de calorias nos obesos hipertensos (Julius e cols., 2000).
1.1.1. Métodos de Avaliação da Atividade do Sistema Nervoso Simpático
Mensuração de catecolaminas urinária e plasmática
A atividade do SNS tem sido avaliada através da excreção urinária de
noradrenalina ou adrenalina e seus precursores ou metabólitos (Esler e cols., 1988;
Hoeldtke, 1983). Esse método mostra apenas um momento estático da função
simpática o que dificulta a avaliação da resposta aguda aos estímulos adrenérgicos.
Além do fato da excreção urinária de catecolaminas ser dependente da função renal,
especificamente da taxa de filtração glomerular (Kopin e cols., 1985), torna-se difícil
discriminar pela dosagem de noradrenalina na urina o que é derivado do plasma e
da própria atividade simpática renal (Kopin e cols., 1985). Essa abordagem tem sido
substituída pela quantificação das catecolaminas no plasma. A mensuração por
cromatografia líquida de alta resolução (HPLC) é indiscutivelmente um avanço
importante , sendo atualmente o método de estimativa da atividade simpática mais
comumente utilizado em humanos (Grassi e cols., 1999). Algumas condições
6
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
fisiológicas como ortostatismo ou caminhada, durante curto intervalo de tempo,
podem duplicar as concentrações de noradrenalina plasmática basal (Young e cols.,
1981). Em contrapartida, o repouso e o sono, em posição supina, reduzem os níveis
de catecolaminas (Esler cols., 1988; Kopin e cols., 1985; Mailing e cols., 1979).
Microneurografia
A microneurografia é o único método disponível em humanos para avaliar
diretamente a atividade nervosa simpática muscular eferente pós-ganglionar (Vallbo
e cols., 1979) e é considerado um dos métodos de quantificar a atividade do SNC
(Grassi e cols., 1995). Através da inserção de um microeletrodo de tungstênio em
nervos peronero ou braquial identificam-se e quantificam-se as descargas simpáticas
espontâneas (Vallbo e cols., 1979). Mais de 30 anos de experiência mostram que as
principais vantagens do método são prover uma direta e continuada avaliação da
atividade adrenérgica da circulação da musculatura esquelética (MSNA) permitindo,
assim, uma apreciação dinâmica do SNS (Vallbo e cols., 1979; Sugenoya e col,
1998). Embora invasivo é razoavelmente seguro, podendo ocorrer discreta
parestesia, não duradoura, em menos de 10% dos pacientes (Ecberg e cols., 1989).
Grassi e cols (1995) encontraram, através do método de MSNA, significativa
ativação do SNS em obesos normotensos e hipertensos.
As vantagens da microneurografia devem ser analisadas levando em conta
algumas limitações: 1) as amplitudes de descargas não são facilmente comparáveis
7
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
entre indivíduos; 2) a musculatura regional representa apenas um segmento da
circulação periférica, permanecendo a dúvida se esses dados representam o estado
adrenérgico cardiovascular como um todo (Lambert e cols., 1997; Wallin, 1992,
1996).
Cinética da noradrenalina plasmática
A mensuração das catecolaminas plasmáticas embora forneça informações
úteis sobre a atividade do sistema simpático tem algumas limitações, pois depende
da concentração de noradrenalina em relação a taxa de remoção ou clearence
desses neurotransmissores, não refletindo assim, somente o tônus simpático e
secreção de noradrenalina (Esler e cols., 1988). A secreção de noradrenalina pelos
neurônios pode ser estudada clinicamente utilizando-se a mensuração da taxa de
aparecimento da noradrenalina plasmática do corpo como um todo – spillover total,
ou de um órgão específico – spillover regional, utilizando-se um radiotraçador (Esler
e cols., 1979). Estudos de spillover regional de noradrenalina melhoram
consideravelmente a sensibilidade de avaliação da atividade simpática (Esler e cols.,
1990). O cálculo do spillover de noradrenalina envolve múltiplas dosagens de
noradrenalina venosa e arterial, além do cálculo de fluxos sanguíneos e
hematócritos regionais e a infusão de noradrenalina marcada com radiotraçador
(Grossman e cols., 1991).
8
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
Rumantir e cols (1999), utilizando essa técnica para quantificar a atividade
simpática regional encontraram aumento do spillover renal de noradrenalina em
obesos normotensos e hipertensos, independentemente da pressão arterial,
enquanto o spillover cardíaco estava significativamente reduzido em obesos
normotensos. Concluem que o aumento da atividade simpática renal em obesos tem
importância central no desenvolvimento da HA. As principais limitações do método
são: 1) necessidade de múltiplas mensurações, 2) grande variabilidade de valores
individuais; 3) restrito a poucos laboratórios de pesquisa e 4) a limitação quanto ao
número de pacientes (Dalila e cols., 1999).
Análise espectral da freqüência cardíaca
A mensuração da atividade simpática em humanos pode, também, ser
realizada pela análise espectral da variabilidade da freqüência cardíaca (FC) que
avalia a resposta simpática pós-sinaptica (Akselrod e cols., 1985). A análise
espectral compreende dois componentes dominantes da freqüência: a freqüência
elevada que reflete a atividade parassimpática e a freqüência baixa, especialmente
se analisada em relação à freqüência elevada, que reflete a função simpática.
Estudos em pacientes com hipertensão essencial mostram que o componente de
baixa freqüência esta aumentado enquanto o de elevada freqüência esta reduzido
ou ausente (Akselrod e cols., 1985).
9
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
1.2. Resistência a Insulina como Possível Causa de Hipertensão em Obesos
Esta hipótese fundamenta-se em achados de maiores níveis de insulinemia em
hipertensos quando comparados a normotensos (Christlieb e cols 1985; Lucas e
cols., 1987). Resultados de estudos agudos apontam que a insulína tem múltiplos
efeitos sobre o rim, sistema cardiovascular e SNS que, quando mantidos, induzem
hipertensão crônica (Landsberg, 1989; De Fronzo, 1981; Young, 1982). Porém, em
humanos, elevações agudas e pronunciadas nas concentrações de insulina
plasmática tem efeitos desprezíveis sobre a pressão arterial, embora a atividade
simpática se manifeste pronunciadamente (Anderson e cols., 1992). É difícil
extrapolar tais resultados para explicar a hipertensão de humanos obesos, já que
doses farmacologicamente muito elevadas de insulina foram utilizadas nesses
modelos.
Experimentalmente, a hiperinsulinemia crônica não parece ter efeitos
relevantes sobre a pressão arterial. A hipótese de que a presença da resistência à
insulina seria o elemento principal para expressar a ação hipertensiva da insulina foi
apontado em vários estudos (Hall e cols., 1995). O fato da hiperinsulinemia não
aumentar a pressão arterial em animais e humanos normais pode ser decorrente do
efeito vasodilatador da insulina, o qual tende a reduzir a pressão arterial e a ação
hipertensora da insulina (Hall e cols., 1995). Hall e cols. (1995) mostraram que a
hiperinsulinemia em cães normais provoca significativa diminuição da resistência
vascular periférica e aumento do débito cardíaco. Achados semelhantes foram
10
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
encontrados em humanos normais, onde a hiperinsulinemia crônica também reduz a
resistência vascular periférica (Anderson e cols., 1991; 1992). Em contraste, a ação
vasodilatadora periférica da insulina está diminuída ou abolida em indivíduos com
resistência à insulina (Laskso e cols., 1990; Anderson e cols., 1993; Vollenweider e
cols., 1994). Estudos populacionais não registram correlação ou esta correlação é
discreta e não significativa entre pressão arterial e os níveis de insulinemia (Grugni e
col., 1990; Asch e cols, 1991). O assunto, porém, continua controverso até pela
ausência de uniformidade na metodologia de mensuração das concentrações de
insulina, sendo numerosos os trabalhos em que os níveis de insulina não expressam
especificamente a atividade do hormônio por mostrarem reatividade cruzada com a
pro-insulina superior a 30%.
1.3. Leptina, Obesidade e Síndrome Hipertensiva Metabólica
A descoberta em 1994 do gene ob, e a clonagem de seu produto genético, a
leptina, pelo grupo de Friedman, da Rockefeller University, abriram as portas da
pesquisa deste peptídeo produzido principalmente pelas células adiposas (Zhang e
cols., 1994). Em camundongos ob/ob, a mutação genética é acompanhada de
ausência de síntese de leptina, resultando em obesidade mórbida (Chen e
cols.,1996). Entre outras ações, a leptina ativa receptores hipotalâmicos, inibindo a
secreção de neuropetídeo Y (NPY), diminuindo o apetite e aumentando a
termogênese pela ativação do SNS (Campfield e cols., 1995). No entanto, a rápida
11
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
elucidação de elos de ligação entre a leptina e outros neuropeptídeos, mostrou que
a principal ação da leptina é o controle da homeostase energética.
O gene do receptor da leptina humana está localizado no cromossomo 1p31 e
codifica várias isoformas (Tartaglia e cols 1997). A forma longa do receptor (Ob-Rl)
tem um domínio extracelular de 816 aminoácidos, um domínio transmembrana de 23
aminoácidos, e uma região citoplasmática de 303 aminoácidos (Tartaglia e cols
1997). É a forma expressa principalmente no hipotálamo e no núcleo arqueado do
cérebro. A forma curta do receptor (Ob-Rs) é idêntica à forma longa, exceto por um
domínio citoplasmático contendo apenas 34 aminoácidos (sendo 29 comuns aos da
forma longa, e 5 diferindo). É uma isoforma amplamente distribuída, predominando
no plexo coróide e nas leptomeninges (Considine e cols., 1996; Tartaglia e cols
1997).
O tamanho do adipócito parece ser o principal determinante da quantidade de
RNAm do gene ob, as células maiores expressando mais leptina do que as células
menores isoladas de um mesmo indivíduo (Considine e cols., 1996). Além do
tamanho das células adiposas, vários hormônios e agentes farmacológicos regulam
a produção de leptina. A leptina correlaciona-se significativamente com as
concentrações em jejum de insulina (Considine e cols., 1996). Porém, a leptina
parece não se modificar em condições de clamping euglicêmico, hiperinsulinêmico
padrão (2 horas), aumentando no clamping hiperinsulinêmico prolongado (Considine
e cols., 1996).
12
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
A ação termogênica da leptina se dá pela ativação do SNS por intermédio de
receptores adrenérgicos β-3 e pela regulação em nível mais alto do turnover de
noradrenalina não só no tecido adiposo como em outros tecidos (Haynes e cols.,
1997). A atividade simpática está reduzida em ratos fa/fa, que são resistentes à
leptina. A ação da leptina sobre a atividade simpática estimula o gasto energético,
portanto representa importante mecanismo de controle no desenvolvimento da
obesidade (Haynes e cols. 1997).
Outros órgãos como o pâncreas, fígado e pulmão (Tartaglai e cols., 1997;
Ghilard, 1996) também expressam isoformas de receptores de leptina sugerindo que
a proteína exerce funções fisiológicas em sítios outros além do SNC.
Em estudo recente
(De Courten e cols., 1997), encontrou-se em indivíduos
obesos da Samoa Oriental associação independente entre níveis séricos de leptina
e pressão arterial média (PAM). Neste mesmo estudo, comparando-se as variáveis
da Síndrome Metabólica através tercis de concentração de leptina, observou-se
níveis mais elevados de triglicérides, pressão arterial e LDL-colesterol, em homens
que se encontravam no tercil superior de níveis séricos de leptina, quando
comparados àqueles que estavam no tercil inferior, após ter-se ajustado os dados
para a presença de obesidade e sensibilidade à insulina.
Outros estudos confirmaram as observações dos obesos da Samoa apontando
valores plasmáticos significativamente mais elevados de leptina em homens obesos
quando comparados com os indivíduos do grupo controle, não obesos (Segal e
cols., 1996), o que pode ser uma indicação de que em obesos haveria algum grau
13
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
de resistência aos efeitos da leptina. Porém, tem-se também observada grande
variabilidade nos níveis de leptina em função dos graus de adiposidade, o que
sugere que fatores genéticos e ambientais regulariam as concentrações da proteína
(Haffner e cols., 1997). Discute-se, se os níveis séricos de leptina se relacionariam
mais com o grau de adiposidade ou se seriam independentes dessa variável e
guardariam associação com a resistência à insulina e intolerância à glicose (Haffner
e cols., 1997, Turpeinen e cols., 1997).
Numerosas observações experimentais têm sugerido que a hiperleptinemia
poderia estar associada a hiperatividade simpática da obesidade.
A infusão intravenosa e intracerebral de leptina aumenta a atividade simpática
nos rins, adrenais e tecido adipócito marron (Haynes e cols., 1997, 1998). Em curto
prazo, o efeito da leptina sobre a atividade simpática é dose dependente e ocorre na
ausência de alterações nas concentrações plasmáticas de glicose e insulina (Haynes
e cols., 1998). A despeito do aumento da atividade simpática em vários leitos
vasculares, a administração de leptina tem discretas repercussões sobre os níveis
da pressão arterial (Haynes e cols., 1997; 1998), embora se registre esses
parâmetros nos estudos em que altas doses de leptina são injetadas no ventrículo
cerebral (Castro e cols., 1998). A ausência do efeito pressor da leptina pode ser
explicado pelo estímulo concomitante da proteína sobre a síntese de óxido nítrico
derivado do endotélio (Lembo e cols., 2000). Por outro lado, mesmo modesto
estímulo simpático renal pode, ao longo de vários dias, aumentar a pressão arterial
por aumentar a reabsorção tubular de sódio.
14
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
Acreditava-se, até há pouco tempo, que a redução na formação do
neuropeptídeo Y no hipotálamo seria o mediador primário dos efeitos da leptina
sobre o apetite (Flier e cols., 1998a). A infusão de NPY no hipotálamo induz
hiperfagia, redução da termogênese no tecido adiposo e, por fim, obesidade (Flier e
cols., 1998a). A expressão do NPY também está aumentada em ratos obesos ob/ob
deficientes de leptina e a repleção de leptina normaliza a expressão do NPY (Flier e
cols., 1998a). Entretanto, a obesidade nesses ratos é severa inclusive em situações
da ausência de expressão do NPY. Esses animais respondem normalmente aos
efeitos sacietógenos da leptina, indicando que a leptina atua também em outros
alvos no controle do apetite (Flier e cols., 1998a).
Vários estudos sugerem que a leptina age no SNC, em parte, por um
mecanismo mediado pelo hormônio estimulador de melanocortina (α-MSH) (Flier e
cols., 1998b, Shirasaka e cols. 1999). A pro-opiomelanocortina (POMC) pode
interagir com a leptina, estimular a atividade simpática e regular o balanço
energético. A depleção de receptores da melanocortina-4 (MC4-R) induz a
obesidade em ratos (Huszar e cols., 1997) e a administração central de agonistas de
MCR-4 diminui a ingestão de alimentos (Fan e cols., 1997). O ligante endógeno do
MCR-4 parece ser o hormônio estimulador do melanócito (α-MSH) produzido por
precursores da POMC. A leptina aumenta a expressão do POMC no núcleo
arqueado (Thornton e cols., 1994) e é possível que esse efeito faça parte de um
mecanismo de feedback para o controle do apetite e da atividade simpática. O
aumento da leptina associado a obesidade estimula tanto a expressão da POMC
15
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
pelo núcleo arqueado como a expressão do α-MSH que atuando no hipotálamo
induzem expressão da MCR-4 levando a redução da ingestão de nutrientes e
aumento da atividade simpática (Thornton e cols., 1994).
1.3.1. Adipocitocinas Recentemente Identificadas: Adiponectina e Resistina
Além da leptina, o tecido adiposo sintetiza outras adipocitocinas como a
adiponectina e a resistina. A desregulação dessas proteínas em pacientes obesos
pode estar envolvida no desenvolvimento da resistência insulínica e dano vascular.
A adiponectina é um produto do gene apM1, expresso especificamente no
tecido adiposo humano (Maeda e cols., 1996). As concentrações plasmáticas de
adiponectina e a expressão do RNAm estão reduzidas em humanos obesos, a
despeito do aumento da adiposidade, e em pacientes com diabetes tipo II com
resistência à insulina (Arita e cols., 1999; Hotta e cols., 2000). Estudos com clamp
hiperinsulinêmico-euglicêmico mostram que o grau de hipoadiponectinemia esta
fortemente relacionado com o grau de resistência insulínica (Weyer e cols., 2001;
Hotta e cols., 2001). Estudos in vitro mostraram que a adiponectina atenua a
expressão de adesão de moléculas na célula endotelial vascular induzida pelo fator
de necrose tumoral α (TNF-α) e diminui a secreção do TNF-α de macrófagos e
monócitos (Ouchi e cols., 2000; 2001). Esses resultados sugerem que a
adiponectina pode atuar com agente anti-aterogênico. Outras observações apontam
marcada redução na concentração de adiponectina em pacientes com doença
16
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
coronária e macroangiopatia secundária ao diabetes mellitus (Hotta e cols., 2000;
Ouchi e cols., 2001).
Recentemente, Steppan e colaboradores (2001) identificaram, em ratos, um
novo hormônio produzido pelos adipócitos, a resistina. A resistina, é uma proteína
com 114 aminoácidos, e parece ser um importante elo de ligação entre o aumento
da massa de gordura e a resistência à insulina. Em ratos, a resistina está presente
predominantemente no tecido adiposo branco e é detectável no soro, sugerindo que
é secretada pelos adipócitos e atua em sítios distantes. Os estudos em ratos obesos
que mostram níveis elevados de resistina e sua redução por rosiglitazona e outras
tiazolidinediones, que aumentam a sensibilidade a insulina, colocam a resistina
como um importante mediador da resistência insulina (Steppan e cols., 2001). Além
disso, a injeção de anticorpos contra resistina, reduz os níveis de glicemia e
melhoram a sensibilidade à insulina em ratos obesos e resistentes à insulina. A
injeção de resistina em ratos piora a tolerância à glicose e induz resistência insulina
(Steppan e cols., 2001).
1.4. O Sistema Renina-Angiotensina e a Hipertensão do Obeso
A atividade plasmática da renina (APR) está significativamente aumentada em
muitos pacientes obesos a despeito da acentuada retenção de sódio e do aumento
de volume intravascular que esses pacientes apresentam (Hall e cols., 1993a; Tuck
e cols., 1981). O estímulo para a retenção de sódio e elevação da PA, em obesos,
17
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
através do aumento nos níveis de angiotensina II, tem sido sugerido através de
observações que mostram atenuação da retenção de sódio, da expansão de volume
intravascular e do aumento da PA, em cães alimentados com dieta rica em gordura e
submetidos a tratamento com antagonistas da angiotensina II (Hall e cols., 1997).
Outros estudos experimentais registraram também que a utilização de inibidores da
enzima conversora da angiotensina reduz a PA em cães obesos (Robles e cols.,
1993). Estudos clínicos mostraram que os inibidores da enzima conversora da
angiotensina são eficazes em reduzir a PA de pacientes jovens obesos com HA
(Reisen e cols., 1997).
Até o presente, não está totalmente esclarecido se o efeito da angiotensina II
em aumentar a PA em hipertensos obesos seja decorrente de sua ação direta sobre
os rins ou pela ativação do SNC. Existem consideráveis evidencias de que a
angiotensina II tem ação direta sobre o SNC, incluindo até o estímulo da sede.
Entretanto existem controvérsias a respeito da importância fisiológica da
angiotensina II estar envolvida na regulação do SNC (Hall e cols., 2001).
Estudos experimentais, em cães, mostraram que a APR eleva-se mais que 2
vezes durante o processo de ganho de peso desses animais em condições de dieta
rica em gordura, a despeito de se observar importante retenção de sódio e aumento
do volume extracelular (Hall e cols., 1993a). Isto provavelmente indica que um
poderoso estímulo para a síntese de renina estaria presente durante o
desenvolvimento da obesidade. Tem-se admitido que o aumento da reabsorção de
sódio na alça de Henle, poderia ser esse estímulo via mecanismo de feedback
18
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
tubuloglomerular (Schnermann e cols., 1985; Kotchen e cols., 1984). Embora se
desconheça a causa que levaria ao aumento de reabsorção tubular de sódio,
especula-se sobre possíveis mudanças nas forças físicas intra-renais de indivíduos
obesos que imporiam maior resistência ao fluxo tubular, causando lentidão na
progressão do mesmo ao longo do néfron e favorecendo a maior reabsorção de
sódio na porção delgada ascendente da alça (Hall, 1994).
Hildebrandt e cols. (1993) mostram que a infusão de doses fisiológicas de
angiotensina II na artéria vertebral aumenta a PA agudamente e até por um período
de 24h. Entretanto, ainda não está documentado, se esses feitos são importantes na
elevação e manutenção crônica da PA em indivíduos obesos.
A célula adiposa é uma das poucas que além de sintetizar a angiotensina II,
expressa o receptor AT1 em sua membrana plasmática (Cassis e cols., 1998a). Os
níveis de RNAm de angiotensinogênio são quase tão elevados quanto aqueles do
fígado (Saye e cols., 1993).
Estudos recentes mostram que o tecido adiposo interescapular processa todas
as etapas do processo enzimático do sistema renina-angiotensina (SRA) incluindo,
as vias alternativas (Shenoy e cols., 1997). Embora essa característica não seja
uniforme entre as espécies, o tecido adiposo humano expressa vários componentes
do sistema, sendo possível que sua contribuição na modulação da homeostase
circulatória seja importante (Schlking e cols., 1999).
A infusão crônica de angiotensina II se acompanha de importante redução no
peso e na ingestão de alimentos, possivelmente pela maior liberação de
19
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
noradrenalina, o que contribuiria para o aumento da atividade metabólica e elevação
do dispêndio energético (Cassis e cols., 1998b). Resultados de pesquisa recente em
que se avaliou a relação entre angiotensinogênio, leptina e níveis de pressão arterial
em um grupo de jovens normotensos mostram que o substrato da renina se
correlaciona significativamente com o índice de massa corporal (IMC), níveis
plasmáticos de leptina e pressão arterial nos indivíduos com história familiar positiva
de hipertensão arterial (Shorr e cols., 1998). Outro fato intrigante é a capacidade
relativamente maior do tecido adiposo visceral em secretar os componentes do SRA.
Isto poderia ser um dado a mais para justificar o maior risco cardiovascular
associado à distribuição central da gordura (Haffner e cols., 1988). É possível que o
menor risco de doença cardiovascular em mulheres se justifique, em parte, pela
menor atividade do SRA de origem adiposa, quando comparada a de homens (Van
Harmelen e cols., 2000).
1.5 Agonistas de Receptores Imidazolínicos e Atividade do Sistema Nervoso
Simpático
Há décadas tenta-se mostrar a associação entre a hipertensão essencial e o
aumento da atividade simpática (Julius e cols., 1988,1991; Michel e cols., 1992) por
intermédio de fármacos que atuam diminuindo a atividade do SNS não só
centralmente, como através de vias neuronais e receptores periféricos. Em verdade,
cada setor do SNS pode ser submetido a drogas inibidoras e que reduzem a
20
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
pressão arterial. Antagonistas de receptores α e β (Van Zwieten e cols., 1995;
Fitzgerald e cols., 1984; Prichard e cols., 1995), agentes bloqueadores pós-
ganglionares, ganglioplégicos (Boura e cols., 1984), e drogas, como a reserpina
(Boura e cols., 1984), que induzem depleção e inativação de sítios de
armazenamento de noradrenalina, em neurônios simpáticos pós-ganglionares e no
SNC, tem sido e foram intensamente utilizados como anti-hipertensivos eficazes
(Boura e cols., 1984; Shore e cols., 1978).
Agentes como a clonidina e a alfa-metildopa agem como agonistas centrais de
receptores α
2
adrenérgicos, são ainda empregados na clínica, mas não deixam de
apresentar efeitos colaterais indesejáveis que acabam por comprometer a qualidade
de vida do hipertenso.
Recentemente, reconheceu-se que o estímulo do núcleo do trato solitário
causaria resposta depressora envolvendo a medula caudal. Esta resposta seria
disparada através de projeções curtas à medula rostral ventrolateral, principal região
moduladora da pressão arterial do tronco cerebral (Chalmers e cols., 1991). Os
principais sub-tipos de receptores que são alvos de agentes anti-hipertensivos tais
como os receptores α
2
-adrenérgicos, receptores imidazolínicos I
1
e receptores
serotoninérgicos estão localizados dentro da rede de neurônios que participam da
regulação central da pressão arterial via sistema nervoso autônomo.
Nos últimos anos, uma extensa literatura tem apontado que os receptores
imidazolínicos I
1
localizados no SNC, estão envolvidos na regulação central da
atividade simpática periférica, da pressão arterial e freqüência cardíaca. Estes
21
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
receptores se situam no núcleo reticular lateral embora tenham sido demonstrados,
também, em órgãos periféricos como o rim, pâncreas e suprarenal (Van Zwieten e
cols., 1996). Quando estimulados, com agentes como a moxonidina e a rilmenidina,
atuam como mediadores da redução da pressão arterial e freqüência cardíaca
refletindo a simpático-inibição induzida centralmente (Tibiriçá e cols., 1991).
Recentemente, estudos experimentais mostraram que as ações renais e
hipotensoras da moxonidina seriam mediadas pelo peptídeo natriurético atrial (PNA),
um peptídeo cardíaco envolvido na homeostase da pressão arterial e do volume
circulatório através de ações vasodilatadoras, diuréticas e natriuréticas (Suhayla e
cols., 2000). Foi demonstrado, em animais in vivo (Menaouar e cols., 2002)), que o
estímulo dose dependente e seletivo dos receptores imidazolínicos pela moxonidina
está associado a diurese, natriurese e caliurese. Ações renais da moxonidina
parecem se associar a maior síntese e excreção de PNA, implicando, portanto, o
PNA nas ações renais da moxonidina (Suhayla e cols., 2000).
A hipertensão associada a obesidade andróide freqüentemente se acompanha
de outras anormalidades tais como níveis elevados de triglicérides, colesterol,
intolerância a glicose e hiperinsulinemia (Hjermann e cols., 1992; Kjeldsen e cols.,
1992; Bjorntorp e cols., 1992). A concomitância de duas ou mais dessas alterações
aumenta exponencialmente a importância da hipertensão arterial como fator de risco
de doença cardiovascular, explicando as elevadas taxas de morbi-mortalidade
cardiovascular registradas em hipertensos obesos que apresentam esse perfil
metabólico. Embora os elos de ligação entre as alterações hemodinâmicas e
22
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
metabólicas da Síndrome Metabólica não sejam conhecidos (Lind e cols., 1993;
Julius e cols., 1991), é provável que a hiperatividade do SNS esteja implicada nesta
associação (Landsberg e cols., 1993; Rupp e cols., 1995). Numerosos trabalhos
experimentais realizados em ratos obesos espontaneamente hipertensos (SHR), que
replicam algumas anormalidades da Síndrome Metabólica em humanos apontam
nesta direção.
Nos últimos anos, o grupo de Ernsberger, tem investigado os efeitos da
moxonidina em ratos SHR obesos e magros. A moxonidina, administrada durante 3
meses aos 2 grupos de animais, não somente reduziu a pressão arterial como
controlou os níveis elevados de triglicérides, colesterol, insulina e a excreção de
proteína na urina no grupo SHR obeso (Ernsberger e cols., 1996).
Além disso, a
intolerância a glicose melhorou nitidamente tanto em ratos obesos como nos magros
hipertensos. Um dado que merece atenção neste estudo foram os efeitos da
moxonidina sobre o peso e o apetite. A moxonidina foi capaz de controlar o apetite e
o peso de ratos obesos hipertensos não tendo, porém nenhum efeito sobre os SHR
magros. Tais achados estão de acordo com os obtidos de análise retrospectiva
realizada em 228 hipertensos essenciais onde se mostrou redução significativa nos
níveis de glicose em jejum com moxonidina quando comparados aos dados do
grupo placebo (Kaan e cols., 1995). Estudos clínicos adicionais, prospectivos e
controlados são urgentemente necessários para se avaliar o impacto desses
resultados na população de hipertensos com intolerância à glicose, resistência a
insulina e obesidade.
23
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... INTRODUÇÃO
24
Resultados de um estudo duplo-cego placebo-controlado avaliando o efeito da
moxonidina sobre a sensibilidade à insulina, através de técnica de “clamp”
euglicêmico de glicose, mostrou que a moxonidina melhora a sensibilidade à insulina
em obesos com hipertensão (Lithel, 1997). Em um subgrupo com maior índice de
resistência insulina no período basal, o efeito foi mais substancial na redução da
glicemia e da insulina plasmática de jejum (Lithel, 1997).
Os efeitos metabólicos de um outro agonista de receptores imidazolinicos, a
rilmenidina também têm sido testados. Demonstrou-se que a rilmenidina melhora a
sensibilidade a insulina não somente em animais (Penicaud e cols.,1998) mas
também em pacientes com Síndrome Metabólica induzindo significativa redução da
glicose e insulina plasmáticas após teste oral de tolerância à glicose (De Luca e
cols., 2000). Esta propriedade tem particular relevância no potencial uso dos
agentes imidazolínicos no tratamento da hipertensão relacionada à obesidade em
pacientes hipertensos diabéticos.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
OBJETIVOS
2. OBJETIVOS
25
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
OBJETIVOS
26
2. Objetivos
2.1. Objetivo primário:
Avaliar, em hipertensos obesos, os efeitos da administração de um agonista
de receptor imidazolínico (moxonidina) sobre o sistema nervoso simpático
comparando-os com os efeitos de um antagonista de cálcio di-
hidropiridínico (amlodipina).
2.2. Objetivos secundários:
Avaliar em hipertensos obesos, os efeitos da moxonidina e da amlodipina
sobre:
a pressão arterial, freqüência cardíaca e índices antropométricos
as concentrações plasmáticas da adrenalina arterial, venosa supina e
venosa pós-deambulação; noradrenalina arterial, venosa supina e venosa pós-
deambulação
as concentrações séricas de leptina
o sistema renina-angiotensina-aldosterona
a tolerância à glicose e sensibilidade à insulina
o perfil lipídico (colesterol total, HDL-C, triglicérides e LDL-C)
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... CASUÍSTICA
3. CASUÍSTICA
27
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... CASUÍSTICA
3. Casuística
3.1. Pacientes
Foram estudados 40 pacientes obesos, de ambos os sexos, com 27 a 63 anos
de idade, entre os inscritos no programa de hipertensão da Clínica de Hipertensão
do CLINEX. Os obesos hipertensos foram definidos pela presença de índice de
massa corporal acima de 28 Kg/m
2
, e pelos níveis de pressão arterial diastólica
(PAD) acima de 90 mmHg e abaixo de 120 mmHg e pressão arterial sistólica (PAS)
acima de 140 mmHg e abaixo de 180 mmHg. Todos os pacientes potencialmente
elegíveis para o estudo foram submetidos a avaliação clínico-laboratorial de rotina
da Clínica de Hipertensão do CLINEX para aplicação dos critérios de exclusão
(Anexo 1).
A avaliação e vigilância da dieta foram feitas por nutricionistas da equipe que
estimaram a ingestão de sódio, calorias, gorduras e hidratos de carbono
consumidos. A avaliação nutricional inicial mostrou que a composição nutricional da
dieta dos pacientes era típica àquela consumida na região sudeste do Brasil. Essa
dieta apresentava a concentração de sódio aproximadamente 3.000 mg/dia, de
potássio 2.400 mg/dia e de cálcio 600 mg/dia. O percentual de gorduras em relação
ao total de kcal/diários e de 25-30%, o de hidratos de carbono 60% e o de proteínas
10-15%. Houve recomendação para que não ocorresse modificações importante na
dieta ao longo do estudo.
28
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... CASUÍSTICA
29
3.2. Critérios de Inclusão
Os pacientes incluídos no estudo preencheram os seguintes critérios:
Homens ou mulheres entre 27 e 65 anos
Obesos hipertensos definidos pelo índice de massa corporal acima 28
Kg/m
2
e pelos níveis de pressão arterial diastólica acima de 90 mmHg e
abaixo de 120 mmHg e pressão sistólica acima de 140 mmHg e abaixo de
180 mmHg
Terem assinado o termo de consentimento livre e esclarecido
3.3. Critérios de Exclusão
Foram excluídos do estudos os pacientes portadores de:
diabetes mellitus
infarto do miocárdio ou acidente vascular encefálico nos últimos 6 meses
angina instável
insuficiência cardíaca grave (classe III ou IV NYHA)
níveis de creatinina sérica superiores a 1.4 mg/dl
hipertensão secundária
obesidade mórbida
e aqueles em uso de mais de 2 medicações para controlar a pressão.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... DESENHO DO ESTUDO
4. D
ESENHO DO ESTUDO E
P
LANO DE TRABALHO
30
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... DESENHO DO ESTUDO
4. Desenho do Estudo e Plano de Trabalho
Trata-se de um ensaio clínico paralelo, randomizado. Quarenta pacientes foram
alocados aleatoriamente nos 2 grupos, 19 pacientes no grupo moxonidina e 21
pacientes no grupo amlodipina. O período de intervenção foi de 24 semanas. Após
avaliação inicial (anexo 1), os pacientes que preencheram os critérios de
elegibilidade passaram por um procedimento de wash-out durante 2 semanas, ao
final do qual, aqueles que persistiram com níveis tensionais acima de 140 mmHg de
PAS e/ou superiores a 90 mmHg de PAD entraram na fase ativa do protocolo. Os
pacientes receberam inicialmente 0,2 mg de moxonidina ou 5 mg de amlodipina.
Quando necessário essas doses foram ajustadas nas visitas subseqüentes,
conforme mostra o desenho do estudo, até o controle da pressão arterial em níveis
inferiores a 90 mmHg de PAD e 140 mmHg de PAS ou redução de 10% dos níveis
iniciais de PAM. Foram fixadas como doses máximas para o controle da pressão
arterial 0,4 mg de moxonidina e 10 mg de amlodipina. Previu-se a exclusão dos
pacientes que persistissem com pressão arterial sistólica maior que 180 mmHg ou
pressão arterial diastólica maior que 110 mmHg.
31
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... DESENHO DO ESTUDO
Desenho do Estudo
M 0,2 mg
A 5 mg
M 0,4 mg
A 10 mg
SELEÇÃO
WASH-OUT
RANDOMIZAÇÃO
VISITAS -2 -1 1 2 3 4 5 6 7
MÊS -1 -0,5 0 1 2 3 4 5 6
Avaliação clínica: todas as visitas
Avaliação laboratorial: visitas 1, 4 e 7
M: moxonidina; A: amlodipina
Plano de Trabalho
Os participantes do estudo foram avaliados ambulatorialmente nas visita V2,
V3, V5 e V6. Nas visitas V1, V4 e V7, além da avaliação clínica, os pacientes foram
submetidos a uma rotina de avaliação com o protocolo iniciando-se entre 7:30-8:00
horas, no Laboratório de Pesquisa Clínica do CLINEX, sala 361, 3º andar do
Hospital Universitário Pedro Ernesto, em condições de temperatura ambiental
variando entre 22º-25ºC e após terem permanecidos em jejum por 10 a 12 horas. Os
pacientes foram orientados a não consumirem álcool e café nas 24 horas
precedentes e não fumarem durante os procedimentos laboratoriais e na manhã do
mesmo. Após aferição do peso e da altura e esvaziamento vesical espontâneo, os
32
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... DESENHO DO ESTUDO
pacientes permaneceram confortavelmente sentados, dando início ao período de 60
minutos para aferição da pressão arterial e freqüência cardíaca. A concentração
urinária de sódio foi determinada em amostra de urina coletada em período de 12
horas precedendo o início do estudo e os resultados obtidos foram multiplicados
pelo volume urinário minuto para se obter a excreção de sódio. O fluxograma abaixo
mostra o período de realização das avaliações clínicas e laboratoriais.
Fluxograma das avaliações clínicas e laboratoriais
VISITAS -2 -1 1 2 3 4 5 6 7
MÊS -1 -0.5 0 1 2 3 4 5 6
PA e FC
Med. Antropométricas
História
Exame Físico
Ajuste Dose
Catecolaminas
Leptina
APR
Aldosterona
Glicose Jejum
Glicose 2h Pos-Sog
Insulina Jejum
Insulina 2h Pos-Sog
Perfil Lipídico
Creatinina
NaU / 24h
ECG
MAPA
PA: pressão arterial; FC: freqüência cardíaca; Méd Antropométricas: medidas antropométricas; APR: atividade plasmática de
renina; SOG: sobrecarga oral de glicose; NaU: sódio urinário; ECG: eletrocardiograma; MAPA: monitorizaçao ambulatorial da
pressão arterial
A pressão arterial e a freqüência cardíaca foram mensuradas, a cada 5
minutos, por equipamento automático DINAMAP
TM
- Vital Signs Monitor 1846,
33
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... DESENHO DO ESTUDO
excluindo-se os 5 primeiros valores e utilizando-se sempre manguitos que se
ajustavam ao braço de cada participante. Após o período de verificação da PA, foi
feita a cateterização venosa com cateter número 20 e o paciente permaneceu em
repouso, em posição supina, durante 30 minutos. Em seguida, o sangue foi colhido
para determinação de níveis séricos de leptina, da atividade plasmática da renina,
aldosterona, insulina, glicose, colesterol, triglicérides, HDL-colesterol, creatinina,
sódio, potássio. Para a mensuração das catecolaminas plasmáticas venosa, o
sangue foi colhido em tubos gelados, contendo um redutor apropriado, glutation,
para prevenir a oxidação das catecolaminas, e colocados imediatamente no gelo; o
plasma foi separado em centrífuga refrigerada e estocado a - 70
o
até a análise das
catecolaminas plasmáticas (Young e cols, 1981).
As concentrações de noradrenalina venosa são influenciadas por processo que
promove a extração tecidual da noradrenalina oriunda do plasma arterial e adição de
noradrenalina proveniente das terminações nervosas locais (Young e cols,1981).
Assim, o pool circulante de noradrenalina venosa corresponde àquele que escapou
da recaptação, mais a produzida pelo metabolismo simpático local (Young e
cols,1981). Sob essas condições, a noradrenalina plasmática colhida de veia
antecubital excede os níveis arteriais em aproximadamente 30% (Young e cols,
1981).
Em funções dessas observações, após coleta de sangue venoso, submetemos
os pacientes a punção de artéria radial para mensuração da noradrenalina arterial, já
34
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... DESENHO DO ESTUDO
35
que seriam amostras não influenciadas pelo processo local de recaptação e
produção local de noradrenalina (Young e cols., 1981).
Os níveis plasmáticos de noradrenalina são também influenciados pela
postura, a ativação ortostática do SNS pode duplicar a concentração basal de
noradrenalina (Young e cols,1981). Assim, após 5 minutos de deambulação, e com o
paciente em posição ortostática, foi colhida outra amostra de sangue venoso para
dosagem de catecolaminas.
Ao término dos procedimentos descritos, foi instalado o equipamento
SpaceLabs 90207 para monitorização ambulatorial da pressão durante 24h (MAPA).
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... MÉTODOS
5. MÉTODOS
36
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... MÉTODOS
5. Métodos
5.1. Avaliação Antropométrica
A avaliação antrotopométrica foi feita pelas seguintes medidas: peso
(quilogramas); altura (centímetros); circunferências da cintura e do quadril
(centímetros); e pregas cutâneas biciptal, triciptal, subescapular e suprailíaca
(milímetros). As mensurações de peso (precisão de 0,1 kg) e altura (precisão de 0,5
cm) foram realizadas em balança antropométrica da marca Filizola, estando os
pacientes em jejum, após esvaziamento vesical, sem sapatos e vestindo roupas
leves. Com base nestes resultados foi calculado o índice de massa corpórea,
dividindo-se o peso (kg) pela altura ao quadrado (m
2
). As circunferências da cintura
e do quadril foram mensuradas estando os pacientes em pé e com o auxílio de uma
fita métrica metálica. A circunferência da cintura foi determinada na menor
circunferência abaixo do gradil costal e acima do umbigo; a circunferência do quadril
foi medida na maior circunferência na extensão posterior das nádegas. As pregas
cutâneas biciptal, triciptal, subescapular e suprailíaca foram determinadas no lado
não dominante com a utilização de um plicometro do tipo Lange Skinfold Calipiter. A
prega cutânea biciptal foi medida sobre o bíceps no ponto médio entre o acrômio e o
olecrânio com o braço na posição vertical. A prega cutânea triciptal foi avaliada
sobre o músculo tríceps, também no ponto médio entre o acrômio e o olecrânio com
o braço na posição vertical. A prega cutânea subescapular foi aferida logo abaixo do
37
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... MÉTODOS
ponto da escápula formando um ângulo de 45º na vertical, seguindo a dobra natural
da pele. A prega cutânea suprailíaca foi medida 2,5 cm acima da crista ilíaca,
seguindo a prega natural da pele (horizontal). Essas 4 medidas foram somadas e o
valor encontrado foi comparado com tabela apropriada, determinando-se, de forma
indireta, o percentual de gordura corpórea.
5.1. Pressão Arterial e Freqüência Cardíaca
A PA e a FC foram mensuradas por equipamento automático DINAMAP
TM
-
Vital Signs Monitor 1846. A pressão arterial média foi calculada como a PAD + 1/3
da pressão de pulso.
5.2. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
A MAPA foi utilizada para a mensuração indireta, do tipo intermitente da PAS,
PAD e PAM. A duração do exame foi projetada para 24hs, aceitando-se como
válidos os exames cujo percentual de sucesso das medidas foi igual ou superior a
85% e ou 3 medidas válidas em cada hora. Foram utilizados equipamentos
SpaceLabs 90207. A análise dos dados coletados foi feita usando-se a interface
SpaceLabs ABP90204. Foram avaliadas antes e após a intervenção com
moxonidina e amlodipina as seguintes variáveis:
38
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... MÉTODOS
médias da PAS, PAD e PAM de 24hs
médias das PAS, PAD e PAM durante os períodos de vigília e sono
variabilidade pressórica
cargas pressórica
descenso noturno
médias da freqüência cardíaca de 24hs e dos períodos de vigília e sono
5.3. Catecolaminas Plasmáticas
A dosagem de catecolaminas foi feita por separação por cromatografia líquida
de alta performance (HPLC), com detecção amperométrica (Hoeldtke e cols., 1983).
5.4. Leptina
A leptina foi medida por EIA (solid phase double antibody enzyme
immunoassay) - Linco Research St Charles, Missouri, USA. O coeficiente de
variação inter-ensaio foi de 3,0% a 6,2% e o intra-ensaio é de 3,4% a 8,3%. Os
limites de detecção deste método foram de 20 pg ml
-1
de soro ou plasma (Zhongmin
e cols, 1996).
.
39
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... MÉTODOS
5.5. Atividade Plasmática de Renina
A quantificação da atividade plasmática de renina foi por radioimunoensaio,
segundo a técnica de Haber, modificada por Sealey e Laragh (Sealey e cols., 1980).
Esse método determina a quantidade de angiotensina I formada pela reação entre a
renina plasmática e o seu substrato, na presença de inibidores da enzima de
conversão e de angiotensinases. Foram utilizados os reagentes do kit comercial
Gammacoat, CA-533, Travenol. Os valores da atividade plasmática da renina são
expressos em nanogramas de angiotensina I gerados por mililitros de plasma por
hora (ng/ml/h).
5.6. Aldosterona Sérica
A aldosterona imunoreativa contida no soro foi dosada pelo método de Varsano
e Ulicks (Varsano e cols., 1973), modificado por Manlinos e Abrahan (Manlinos e
cols., 1975). Os resultados são apresentados em picogramas por mililitros de soro
(pg/ml).
5.7. Insulina e HOMA
A insulina plasmática foi medida por radioimunoensaio usando-se kit comercial
LINCO, Research, St Louis, USA, para radioimunoensaio específico para insulina
40
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... MÉTODOS
humana. O coeficiente de variação inter-ensaio é de 2,9% a 6,0% e o intra-ensaio foi
de 2,2% a 4,4%. Neste ensaio a reatividade cruzada com a pro-insulina humana foi
inferior a 0,2% (Morgan e cols, 1963). Os valores foram expressos em U/ml.
O índice de resistência à insulina foi obtido utilizando-se a fórmula da
Avaliação do Modelo Homeostático (HOMA), em que a resistência é determinada
pelo produto da insulinemia de jejum (μU/ml) e da glicemia de jejum (mmol/L)
dividido por 22,5; um índice altamente correlacionado com o clamping euglicêmico
hiperinsulinêmico (Matthews e cols., 1985; Avignon e cols.,1999).
5.8. Colesterol, Triglicerídeos, HDL-colesterol e LDL-colesterol
O colesterol total, colesterol-HDL e os triglicerídeos foram dosados por técnica
automatizada. O LDL-colesterol foi estimado usando-se a fórmula de Friedwald
quando os valores dos triglicerídeos séricos foram inferiores a 400 mg/dl.
5.9. Sódio: urinário e plasmático; glicemia e creatinina sérica e urinária
O sódio sérico e urinário foram determinados por técnica automatizada.
41
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... MÉTODOS
5.10. Cálculo do Tamanho Mínimo da Amostra e Análise Estatística dos Dados
O tamanho da amostra foi calculado para detectar-se uma diferença mínima
de PA de 10 mmHg entre os grupos de tratamento, para um erro tipo I de 0,05 e um
erro tipo II de 0,20. Nestas condições, o tamanho mínimo da amostra poderia
assumir valores entre 20 e 25 indivíduos para cada grupo.
Utilizou-se para a descrição das variáveis continuas, as médias aritméticas e
seus respectivos erros padrões (EPM). A comparação das distribuições das
variáveis respostas contínuas entre os grupos de tratamento foi feita com o teste t de
Student, assumindo-se que essas variáveis aleatórias possuiam distribuição normal.
Quando esta assunção não podia ser feita, utilizou-se o teste não paramétrico de
Mann Whitney. A apreciação estatística da comparação de proporções baseou-se no
teste de Qui-quadrado ou no teste exato de Fisher quando o primeiro não fosse
indicado. As medidas de correlação usadas para avaliar as relações entre variáveis
contínuas foram os coeficientes de Pearson ou de Spearman quando apropriados.
5.11. Questões éticas
Os participantes do estudo não foram submetidos a procedimentos que
implicassem em riscos adicionais àqueles inerentes ao manejo dos pacientes
obesos com HA. Esses pacientes forneceram consentimento por escrito de sua
42
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... MÉTODOS
43
decisão, após esclarecimento sobre os objetivos, métodos, riscos e benefícios que o
estudo proporcionaria, e eventuais problemas que poderiam surgir durante o estudo.
O protocolo e os formulários utilizados para obtenção do Consentimento Pós-
Informado dos pacientes foram aprovados antes que o estudo tivesse o seu inicio
pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ. O estudo foi
realizado de acordo com as diretrizes para a conduta em pesquisa clínica de acordo
com a Declaração de Helsinque.
.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
RESULTADOS
44
6.
RESULTADOS
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
45
6. Resultados
6.1. Dados Demográficos e Características dos Pacientes
Foram estudados 40 pacientes portadores de HA primária não complicada,
obesos, cujas características principais, no início do estudo são apresentadas na
tabela 1 segundo o tratamento utilizado com moxonidina ou amlodipina.
Tabela 1. Dados demográficos e características dos pacientes
Moxonidina Amlodipina p
Idade 48,7±2,1 46,5±1,8 0,42
Raça 14NB / 5B 8NB / 13B 0,052
Sexo 15F / 4M 18F / 3M 0,88
Índice de massa corpórea (kg/m
2
) 35,4±1,7 35,9±1,4 0,82
Relação cintura/quadril 0,95±0,02 0,92±0,02 0,29
Cintura (cm) 108,9±3,9 104,1±3,5 0,36
Quadril (cm)
113,3
±
3,4 113.3
±
2.9
>0,99
% gordura
44,1
±
1.1 43.8
±
0.6
0,80
Freqüência cardíaca (bpm)) 79,5±2,4 77,4±1,7 0,47
PA média (mmHg) 121,8±1,3 121,7±1,9 0,90
PA sistólica (mmHg) 160,4±2,4 158,1±3,1 0,56
PA diastólica (mmHg) 102,4±1,3 104,2±1,3 0,30
PA média MAPA 24h (mmHg)
105.8
±
3.1 107.3
±
3.1
0,73
PA sistólica MAPA 24h (mmHg)
143.1
±
4.2 143.3
±
4.3
0,97
PA diastólica MAPA 24h (mmHg)
86.1
±
2.6 88.3
±
2.7
0,56
Adrenalina venosa supina (pg/ml)
53,6
±
5,9 53,5
±
6,5
0,99
Adrenalina arterial supina (pg/ml)
63,2
±
6,5 60,3
±
8,3
0,78
Adrenalina venosa ortostática (pg/ml)
50,4
±
5,8 56,7
±
5,7
0,44
NA venosa supina (pg/ml)
223,6
±
24,9 186,5
±
16,6
0,21
NA arterial (pg/ml)
187,9
±
10,7 193,4
±
13,5
0,75
NA venosa ortostática (pg/ml)
275,0
±
40,0 216,3
±
30,3
0,24
Leptina (pg/ml)
27.18
±
3.5 32.35
±
3.5
0,31
Insulina 0’ (U/ml)
29.95
±
5.7 23.5
±
2.3
0,28
Insulina 120’ (U/ml)
139.7
±
31.2 94.3
±
19.2
<0,0001
HOMA
7.21
±
1.87 5.49
±
0.63
0,37
Glicemia 0'(mg/dl)
99,4
±
3,4 99,0
±
2,7
0,92
Glicemia 120'(mg/dl)
143,0
±
10,9 149,7
±
9,7
0,64
Aldosterona (pg/ml)
190,2
±
28,8 198,2
±
18,8
0,74
APR (ng/ml/h)
42,62
±
6,5 30,24
±
4,5
0,45
Triglicerídes (mg/dl)
175,0
±
21,6 153,4
±
16,1
0,42
Colesterol (mg/dl)
225,2
±
12,4 220,0
±
8,6
0,72
HDL-colesterol
47,4
±
3,1 43,8
±
2,7
0,38
LDL-colesterol
144,9
±
12,6 145,5
±
8,8
0,96
Valores: Média±EPM. PA: pressão arterial, NA: noradrenalina, HOMA: Avaliação do Modelo
Homeostático, APR: atividade plasmática de renina
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
46
Entre os dois grupos estudados, não observamos diferenças significativas em
relação a idade, sexo, índice de massa corpórea, relação cintura quadril, diâmetro da
cintura e do quadril e percentual de gordura. Comparado com os pacientes que
receberam amlodipina, os pacientes que receberam moxonidina tinham freqüência
cardíaca, PAS, PAD, PAM, PA avaliada pela MAPA-24h (PAS, PAD, PAM)
semelhantes no início do estudo. Também não observamos diferenças nas
concentrações de adrenalina venosa supina e ortostática, adrenalina arterial supina,
noradrenalina venosa supina e ortostática, noradrenalina arterial supina, leptina,
insulina minuto 0, HOMA, glicemia minutos 0 e 120, triglicérides, colesterol, HDL-
colesterol e LDL-colesterol nos dois grupos.
Ainda que tenha sido observado um valor de p limítrofe (0,052), os grupos de
tratamento também não diferem em relação a raça. Na avaliação inicial, os pacientes
do grupo amlodipina apresentavam menores valores de insulina 120 minutos após
sobrecarga oral de dextrosol do que os pacientes do grupo moxonidina (p<0,001).
A análise dos pacientes dos dois grupos, mostrou que a maior parte dessa
população, preenche 3 critérios apresentados pelo The Third Report of the National
Cholesterol Education Program Expert Panel on Detection, Evaluation, and
Treatment of Higth Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III, 2001) para
diagnóstico de Síndrome Metabólica: pressão arterial de pelo menos 130/85 mmHg
(100% dos pacientes); diâmetro da cintura abdominal superior a 102 cm em homens
e 88 cm em mulheres (85% dos pacientes) e níveis de triglicérides superiores a
150mg/dl (163,3mg/dl±13,16; 62,5% dos pacientes). Também nesses pacientes,
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
quando analisamos o efeito de uma variável sobre outra, encontramos uma
correlação positiva e significativa entre: IMC vs. leptina (r=0,43, p=0,006); insulina
em jejum vs. leptina (r=0,37, p=0,03 e insulina em jejum vs. triglicérides (r=0,44,
p=0,06) (Figura 1).
Figura 1. (a) Correlações entre IMC vs insulina., (b) insulina 0’ vs. leptina e (c) insulina 0’ vs. triglicérides.
(a) IM C vs Leptina
20 25 30 35 40 45 50 55 60
0
10
20
30
40
50
60
70
80
IMC (Kg/m
2
)
Leptina (ng/ml)
(b) Insulina 0' vs. leptina
0 20 40 60 80 100 120
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Insulina 0' ( μ U/ml)
Leptina (ng/ml)
0 20 40 60 80 100 120
0
50
100
150
200
250
300
350
400
(c) Insulina 0' v s. triglicérides
Insulina 0' (μ U/ml)
Triglicerides (mg/dl)
r 0,43
P = 0,006
r 0,37
P = 0,03
r 0,44
P = 0,06
47
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
48
6.2. Controle da Pressão Arterial
6.2.1. Controle da Pressão Arterial e Freqüência Cardíaca Avaliados pelo
Método Convencional
A pressão arterial, avaliada pelo método convencional, foi reduzida de forma
semelhante nos pacientes que receberam moxonidina e amlodipina durante 12
semanas (V4) e 24 semanas (V7), enquanto a freqüência cardíaca permaneceu
inalterada. Após 12 semanas de moxonidina ou amlodipina, constatou-se uma
redução da PAS de 20 e 20,6 mmHg e de 10,2 e 14,5 mmHg da PAD
respectivamente. Essas reduções se mantiveram semelhantes após 24 semanas de
tratamento com os hipotensores (Tabela 2). A análise individual dos pacientes
mostrou que após 12 semanas de tratamento com moxonidina, 8 pacientes (42,1%
dos pacientes que receberam moxonidina) tinham sua PA sistólica e diastólica
normalizadas (níveis inferiores a 140/90 mmHg); após 24 semanas de moxonidina,
11 pacientes (57,8%) tinham a PA controlada. Após 12 semanas de terapia com
amlodipina 10 pacientes (47,6% dos pacientes que receberam amlodipina) tiveram
sua PA inferior a 140/90 mmHg enquanto 11 pacientes (52,4%) tiveram seus níveis
tencionais controlados 24 semanas após o uso da droga. Não observamos
diferenças estatisticamente significantes quando comparamos o efeito hipotensor de
ambas as drogas.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
A freqüência cardíaca não se modificou significativamente após a utilização de
moxonidina ou de amlodipina (Tabela 2).
Ao final do estudo, 03 pacientes (18,7% dos pacientes que usaram
moxonidina) utilizavam 0,2mg de moxonidina, enquanto 16 pacientes (84,3%)
recebiam 0,4mg da droga. No grupo de pacientes tratados com amlodipina, ao final
do estudo, 06 pacientes (28,6% dos pacientes que usaram amlodipina) 5mg,
enquanto 15 pacientes (71,4%) recebiam 10mg de amlodipina.
Tabela 2. Valores médios da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) e
freqüência cardíaca (FC) no período basal V
1
), após 12 semanas (V
4
) e 24 semanas (V
7
) de
administração de moxonidina ou amlodipina
Moxonidina Amlodipina
V
1
(basal) V
4
V
7
V
1
(basal) V
4
V
7
PAS (mmHg)
160.4±2.4 140.4±2.7* 142.1±3.3*
158.1±3.1 137.5±2.2* 134.2±1.7*
PAD (mmHg)
102.4±1.3 92.2±2.0* 89.7±1.6*
104.2±1.3 89.5±1.6* 88.3±1.0*
PAM (mmHg)
121.8±1.3 108.3±2.1* 107.1±2.0*
121.7±1.9 105.5±1.7* 103.2±1.2*
FC (bpm)
79.5±2.4 79.2±1.1 81.3±2.0
77.4±1.7 78.2±1.6 78.6±1.8
Valores: Média±EPM. *p < 0,005 vs. V
1
6.2.2. Controle da Pressão Arterial e Frequência Cardíaca Avaliados pela
Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
A moxonidina e a amlodipina reduziram significativamente a pressão arterial
avaliada através da MAPA durante 24h e nos períodos diurno e noturno. A MAPA
mostrou que os hipotensores são eficazes na redução da PA não somente no
período diurno onde registramos queda da PAS de 10,3 e 12,7 mmHg e da PAD de
6,5 e 10,2 mmHg pós moxonidina e amlodipina respectivamente, mas também
49
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
50
descenso noturno da PA onde foi observado queda da PAS de 8,1 e 15,2 mmHg e
da PAD de 4,3 e 8,4 mmHg após 24 semanas de tratamento com moxonidina e
amlodipina respectivamente (Tabela 3).
Tabela 3. Valores médios da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média
(PAM) avaliadas pela MAPA no período basal (V
1
) e após 24 semanas (V
7
) de
administração de moxonidina ou amlodipina.
Moxonidina Amlodipina
V
1
V
7
V
1
V
7
PAS (mmHg) 24 h
143.1±4.2 131.8±4.0*
143.3±4.3 127.2±1.9*
PAD (mmHg) 24 h
86.1±2.6 79.7±3.0*
88.3±2.7 78.5±1.6*
PAM (mmHg) 24 h
105.8±3.1 98.3±3.3*
107.3±3.1 95.1±1.4*
PAS(mmHg) diurno
144.1±4.2 133.8±3.1*
145.4±4.4 129.0±1.9*
PAD (mmHg) diurno
87.4±2.6 80.9±3.0*
90.8±2.6 80.6±1.7*
PAM (mmHg) diurno
107.4± 3.0 98.9±3.0*
109.8±3.1 97.1±1.5*
PAS (mmHg) noturno
140.3±4.8 132.2±5.1*
138.8±4.3 123.6±2.1*
PAD (mmHg) noturno
82.9±3.2 78.6±3.2*
82.8±3.2 74.4±1.8*
PAM (mmHg) noturno
103.1±3.7 97.8±3.8*
102.4±3.4 91.4±1.6*
Valores: Média±EPM. * p < 0,005 vs. V
1
Observamos também a redução das sobrecargas sistólicas e diastólicas após a
intervenção com os hipotensores (Tabela 4).
Tabela 4. Valores médios das sobrecargas sistólica (SC) diastólica (SD), avaliadas pela
MAPA, durante as 24 horas e nos períodos diurno e noturno, no período basal (V
1
) e
após 24 semanas (V
7
) de administração de moxonidina ou amlodipina.
Moxonidina Amlodipina
V
1
V
7
V
1
V
7
SC S (%) 24h
49.9±8.1 33.1±7.0*
51.1±7.9 16.2±4.1*
SC D (%) 24 h
38.2±6.5 26.8±6.2*
43.6±7.0 17.6±4.1*
SC S (%) diurno
52.8± 7.9 32.6±6.6*
54.3±8.0 17.9±4.4*
SC D (%) diurno
42.6±6.6 29.2±6.5*
47.6±7.2 21.3±4.6*
SC S (%) noturno
44.9±9.4 34.5±8.5*
44.1±8.2 12.5±3.7*
SC D (%) noturno
30.8±7.4 22.1±5.8*
34.4±7.1 9.9±4.0*
Valores: Média±EPM. * p < 0,005 vs. V
1
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
A freqüência cardíaca durante as 24h, avaliada através da MAPA, não se
modificou durante o período diurno ou noturno após a admistração de moxonidina ou
amlodipina. No grupo moxonidina no período diurno foi de 85± 1,8 no período basal
e 86,8±2,6 bpm no período V7, e no período noturno de 73,6±1,7 (basal) e 75,4±1,9
bpm (V7). No grupo amlodipina, a FC no período diurno foi de 86,2±2,2 (basal) e
84,4±2,2 bpm (V7) e no período noturno 76,4±2,2 (basal) e 75,3±1,7 bpm (V7).
6.3. Catecolaminas Plasmáticas
Após 12 semanas de intervenção com moxonidina ou amlodipina não
observamos alterações significativas nas concentrações séricas das catecolaminas
plasmáticas venosas ou arteriais, na posição supina ou mesmo após ortostatismo
seguido de caminhada assistida. Após 24 semanas de utilização dos anti-
hipertensivos, observamos que a moxonidina reduziu de forma significativa as
concentrações plasmáticas de adrenalina e noradrenalina arterial colhidas na
posição supina, com reduções percentuais de 22,5% e 20,4%, respectivamente.
Também verificamos diminuição significativa, de 26,4% de noradrenalina venosa
colhida após deambulação. As concentrações de adrenalina venosa supina e pós-
caminhada e de noradrenalina venosa supina não se modificaram significativamente
após 24 semanas de uso de moxonidina. A utilização de amlodipina durante 24
semanas não modificou de forma significativa as concentrações plasmáticas das
catecolaminas mensuradas, entretanto registramos reduções percentuais
51
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
de 15,4%, 18,4% e 22% nas da adrenalina e noradrenalina arterial colhidas na
posição supina e noradrenalina venosa pós caminhada, respectivamente (Tabela 5 e
Figura 2a e 2b).
Tabela 5. Valores médios das catecolaminas plasmáticas no período basal (V
1
), após 12 semanas (V
4
) e
24 semanas (V
7
) de administração de moxonidina ou amlodipina.
52
Moxonidina Amlodipina
V
1
V
4
V
7
V
1
V
4
V
7
Adrenalina venosa
supina (pg/ml)
53,6±5,3 53,2±5,6 50,2,0±5,8 53,5±5,5 53,0±6,,6 56,9±5,3
Adrenalina arterial
supina (pg/ml)
63,2±6,6 61,4±9,2
49,0±6,7*
60,3±8,3 49,8±8,4 51,0±8,4
Adrenalina venosa
pós caminhada (pg/ml)
50,4±5,8 52,9±5,5 55,6±5,1 56,9±5,7 52,2±4,6 71,1±5,9
NA venosa supina
(pg/ml)
223,6±24,9 220,3±19,0 188,0±18,6 186,5±16,6 191,9±16,4 195,4±17,4
NA arterial
(pg/ml)
187,9±10,7 173,1±17,5
149,7±13,2
193,4±13,5 158,4±13,6 157,9±16,3
NA venosa pós
caminhada (pg/ml)
258,6±25,0 204,9±16,2
190,3±16,4
216,3±30,0 159,3±18,0 168,7±16,5
Valores: Média±EPM. *p<0,005; p<0,01; p=0,03 vs. V
1.
NA: nordrenalina
Figura 2a. Catecolaminas plasmáticas no período basal (V
1
), após 12 semanas (V
4
) e 24 semanas (V
7
)
de administração de moxonidina
.
0
50
100
150
200
250
300
Adrenalina
Venosa Supina
Adrenalina
Arterial Supina
Adrenalina
Venosa Pós
Caminhada
NA Venosa
Supina
NA Arterial NA Venosa Pós
Caminhada
pg/ml
V1
V4
V7
* p<0,005; † p<0,01; ‡ p=0,03 vs V1. NA: noradrenalina
*
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
Figura 2b. Catecolaminas plasmáticas no período basal (V
1
), após 12 semanas (V
4
) e 24 semanas (V
7
) de
administração de amlodipina
.
53
0
50
100
150
200
250
300
Adrenalina
Venosa Supina
Adrenalina
Arterial Supina
Adrenalina
Venosa Pós
Caminhada
NA
pg/ml
Venosa
Supina
NA Arterial NA Venosa Pós
Caminhada
V1
V4
V7
6.4. Perfis glicídico e lipídico
As concentrações séricas de glicose em jejum e 120 minutos após sobrecarga
de dextrosol (Tabela 6), colesterol, HDL-colesterol e LDL-colesterol no período basal
(V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de tratamento com moxonidina ou
amlodipina não se modificaram de forma significativa (Tabela 6).
Embora os níveis de triglicérides no período basal estivessem dentro dos
limites da normalidade, após 12 e 24 semanas de uso de moxonidina constatamos
uma redução percentual de aproximadamente 10% dos valores quando comparados
àqueles do período basal (Tabela 6).
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
54
Tabela 6. Valores médios da glicemia em jejum (0’) e 120 minutos (120’) após sobrecarga de glicose,
triglicérides, colesterol, HDL-colesterol e LDL-colesterol ) no período basal (V
1
), após 12 semanas (V
4
) e
24 semanas (V
7
) de administração de moxonidina ou amlodipina.
Moxonidina Amlodipina
V
1
(basal) V
4
V
7
V
1
(basal) V
4
V
7
Glicemia 0'(mg/dl)
99,4±3,4 105,5±3,3 102,2±4,6
99,0±2,7 99,7±3,8 101,7±2,2
Glicemia 120'(mg/dl)
143,0±10,9 141,2±10,2 143,2±9,0
149,7±9,7 137,2±10,2 142,1±8,4
Triglicerídes (mg/dl)
175,0±21,6 156,9±15,6 158,6±16,5
153,4±16,1 162±15,6 145,3±16,6
Colesterol (mg/dl)
225,2±12,4 230,4±11,1 238,1±10,2
220,0±8,6 223,1±10,8 223,3±9,7
HDL-colesterol
47,4±3,1 47,7±3,1 48,3±2,9
43,8±2,7 41,0±2,5
45,7+2,5
LDL-colesterol
144,9±12,6 152,5±10,5 158,0±9,9
145,5±8,8 146,6±11,9 156,7±8,9
Valores: Média±EPM.
6.5. Leptina, Insulina e Sensibilidade à Insulina
Após 24 semanas de tratamento com moxonidina, observamos redução
significativa nas concentrações séricas de leptina e de insulina após 120 minutos de
sobrecarga com dextrosol. As reduções médias foram de 4,6 pg/ml e 63,7 U/ml e
percentual de 16,9% e 45,6%, respectivamente para leptina e insulina. Apesar de
não encontrarmos modificações significativas nos níveis séricos de insulina em
jejum e do HOMA após 12 ou 24 semanas de tratamento com moxonidina, houve
redução percentual de 21,7% e 19,4%, respectivamente dessas variáveis após 24
semanas de tratamento com o agonista de receptores imidazolínicos. O tratamento
com amlodipina não modificou as concentrações de leptina, insulina em jejum e após
sobrecarga com dextrosol e o HOMA (Tabela 7 e Figura 3).
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
Tabela 7. Leptina, insulina de jejum e 120 minutos após sobrecarga de dextrosol e HOMA no período
basal (V
1
), após 12 semanas (V
4
) e 24 semanas (V
7
) de administração de moxonidina ou amlodipina.
55
\\
Moxonidina Amlodipina
V
1
(basal) V
4
V
7
V
1
(basal) V
4
V
7
Leptina (pg/ml)
27.18±3.5 27.24±3.7 22,61±2,9 *
32.35±3.5 30.28±3.7 29,65±2,3
Insulina 0’ (U/ml)
29.95±5.7 24.12±1.9 23,12±1,9
23.5±2.3 26.42±5.0 24,38±2,6
Insulina 120’ (U/ml)
139.7±31.2 111.8±29.6 76,03±15,2*
94.3±19.2 80.95±10.6 88,5±11,5
HOMA
7.21±1.87 6.18±0.66 5,84±0,65
5.49±0.63 7.03±1.76 6,24±0,73
Valores: Média±EPM. * p < 0,05 vs. v
1
Figura 3. (a)Leptina e (b)insulina em jejum e 120 minutos após sobrecarga de dextrosol no período
basal (V1), após 12 semanas (V4) e 24 semanas (V7) de tratamento com moxonidina ou amlodipina
(a) Níveis de leptina
0
5
10
15
20
25
30
35
Moxonidina Amlodipina
Leptina (pg/ml)
V1
V4
V7
* p<0,05 vs V1
*
(b) Níveis de Insulina
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Insulina 0' Moxonidina Insulina 120' Moxonidina Insulina 0' Amlodipina Insulina 120' Amlodipina
Insulina (pg/ml)
V1
V4
V7
* p<0,05 vs V1
*
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
6.6. Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
A avaliação de SRA através das dosagens da atividade plasmática da renina e
da aldosterona sérica mostrou que a utilização de moxonidina não alterou de forma
significativa os valores da APR (42,6±6,5 no período basal e 43,6±7,6 ng/ml/h 24
semanas após o uso da droga), mas o uso da amlodipina aumentou de forma
significativa a APR (31,4±4,6 período basal e 47,7±5,6 ng/ml/h após 24 semanas de
amlodipina, p=0,034), Figura 4(a).
As concentrações de aldosterona sérica não se modificaram de modo
significativo após a utilização de moxonidina (190,2±28,8 basal e 200,7±27,1 pg/ml
pós-droga) ou de amlodipina (198,2±18,6 basal e 214,7±31,5 pg/ml pós droga),
Figura 4(b).
Figura 4 (a)Atividade plasmática de renina, (b)aldosterona sérica no período basal (V1) e após 24
semanas (V7) de tratamento com moxonidina ou amlodipina
(a) APR
0
10
20
30
40
50
Moxonidina Amlodipina
APR (pg/ml)
V1
V7
*
*p=0,03 vs. V1
56
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
(b) Aldosterona
0
30
60
90
120
150
180
210
240
Moxonidina Amlodipina
Aldosterona (pg/ml)
V1
V7
6.7. Sódio Urinário e Sérico, Potássio Urinário e Sérico, Diurese e Creatinina
Sérica.
A excreção urinária de sódio (Na
U
), não se alterou de forma significativa após o
uso dos hipotensores. Após 12 semanas de uso de moxonidina houve um aumento
na excreção urinária de sódio de 16 mEq/urina 12h e percentual de 11%, esse
aumento da natriurese não se manteve após 24 semanas de tratamento com
moxonidina. A amlodipina aumentou a natriurese em 9,8 mEq/urina 12h e
percentualmente em 7,7%; após 24 semanas de uso da droga, comparado com os
valores basais, a excreção urinária de sódio aumentou 14,4 mEq ou 11,3% (Tabela
8).
O comportamento da diurese foi semelhante ao da natriuse, houve um aumento
percentual de aproximadamente 13% no fluxo urinário após 12 semanas de
moxonidina, mas essa elevação não se manteve ao final de 24 semans de uso da
droga (Tabela 8).
57
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
A excreção urinária de potássio (K
U
) durante 12 horas bem como, as
concentrações séricas de sódio, potássio e creatinina não se alteram, e
permaneceram dentro dos limites da normalidade (Tabela 8).
Tabela 8. Sódio urinário (Na
U
) e sérico, potássio urinário (K
U
) e sérico e creatinina sérica no período basal
(V
1
), após 12 semanas (V
4
) e 24 semanas (V
7
) de administração de moxonidina ou amlodipina.
Moxonidina Amlodipina
V
1
(basal) V
4
V
7
V
1
(basal) V
4
V
7
Na
U
(mEq/urina 12h)
145,8±7,8 161,8±10,7 148,6±11,7
127.2±8.7 137.0±5.8 141.6±3.67
K
U
(mEq/urina 12h)
44,8±7.8 36.8±5,2 36,0±4,9
34.1±4.8 32.5±2.7 32.9±1.73
Diurese
(ml/12h)
868,8±103,7 981,6±99,03 937,6±94,8
920,7±107,3 846,5±99,1 890,0±81,4
Sódio
(mEq/l)
138,6±1,0 139,4±0,9 139,0±0,6
140.0±1,0 140,0±1.0 139.9±0.76
Potássio
(mEq/l)
4,1±0,05 4,0±0,1 3,9±0,1
4,0±0.1 3.9±0.05 3.9±0.08
Creatinina
(mg/dl)
0,77±0,05 0,77±0,04 0,78±0,05
0,99±0.2 0.79±0.0 0.77±0.04
6.8. Situação Antropométrica
O índice de massa corpórea, relação cintura quadril (RCQ), percentual de
gordura, circunferência do quadril e pregas biceptal, triceptal, subescapular e
suprapúbica não se alteraram após a utilização de moxonidina ou amlodipina. Nos
pacientes que receberam moxonidina, observamos uma redução de 2 cm, embora
não estatisticamente significativa, do diâmetro da cintura abdominal.
Também não observamos mudança de classificação de obesidade nos
participantes do estudo, após intervenção com os hipotensores (Tabela 9). Todos os
pacientes não foram submetidos a dieta hipocalórica nem prática de exercícios
físicos orientados.
58
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
Tabela 9. Índice de massa corpórea (IMC), relação cintura quadril (RCQ), percentual de gordura,
circunferência do quadril e cintura e pregas biceptal, triceptal, subescapular e suprapúbica no período
basal (V
1
), após 12 semanas (V
4
) e 24 semanas (V
7
) de administração de moxonidina ou amlodipina.
Moxonidina Amlodipina
V
1
(basal) V
4
V
7
V
1
(basal) V
4
V
7
IMC (kg/m
2
)
35,4±1,7 35,2±1,8 35,0±1.8
35.9±1.4 36.1±1.45 36.02±1.4
RCQ
0,95±0,02 0,95±0,01 0,94±0,01
0.92±0.02 0.93±0.02 0.92±0.01
Cintura (cm)
108,9±3,9 107,5±3,9 106,9±4,1
104.1±3.5 105.6±3.65 105.4±3.25
Quadril (cm)
113,3±3,4 112,7±3,5 112,7±3,5
113.3±2.9 114.1±3.0 114.9±2.77
Prega suprapúbica (mm)
52,7±1.7 52,3±1,5 51,6±1,4
53.1±1.43 52.5±1.44 52.48±1.31
Prega biceptal (mm)
16,7±0,9 16,1±0,9 15,9±0,9
16.6±0.77 16.6±0.77 17.0±0.68
Prega triceptal (mm)
24,2±1.3 24,3±1,3 24,0±1,3
26.1±1.02 26.1±1.08 25.9±0.88
Prega
subescapular (mm)
44,1±1,6
44,6±1,7
43,6±1,1
44.4±1.49
44.3±1.59
44.14±1.43
% gordura
44,1±1.1 43,9±1,0 43,9±1,6
43.85±0.64 43.9±0.69 43.9±0.62
6.9. A Influência dos Níveis de Catecolaminas Plasmáticas, Insulina e Leptina
Séricas no Controle da Pressão Arterial nos Pacientes Tratados com
Moxonidina
Quando analisamos o grupo de pacientes que teve sua PA controlada com
moxonidina (níveis inferiores a 130/90 mmHg) observamos redução significativa de
90,67±40,37 pg/ml nos níveis de noradrenalina pós-deambulação, comparada à
redução de 57,29 pg/ml±33,89 nos pacientes que não tiveram sua PA controlada
(p<0,003). Nesse grupo, registramos também, redução significativa nos níveis de
leptina (5,51±2,2 pg/ml, p<0,05) e insulina em jejum (9,61±4,51U/ml, p<0,05) quando
comparados aos de pacientes que não atenderam aos critérios de controle da PA
(Figura 5).
59
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... RESULTADOS
Figura 5 (a)Redução nos níveis de NA pós deambulação, (b)Leptina e (c)Insulina em Jejum, nos pacientes
que receberam moxonidina e tiveram a PA controlada, comparada com os pacientes sem controle da PA
(a) Redução nos níveis de NA pós deambulação
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
PA controlada PA não controlada
Redução da NE
pós deambulação (pg/ml)
‡ p<0 003 vs PA controlada
(b) Redução nos níveis de Leptina
0
1
2
3
4
5
6
PA controlada PA não controlada
Redução de leptina (ng/ml)
*
p<0 05 vs PA controlada
*
(c) Redução nosveis de Insulina em jejum
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
PA controlada PA não controlada
Redução insulina
em jejum (U/ml)
*
p
<
0,05 vs PA controlada
*
60
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
7. DISCUSSÃO
61
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
7. Discussão
Admitindo-se que o aumento da atividade simpática, a hiperinsulinemia, a
resistência à insulina e a hiperleptinemia contribuem para a hipertensão relacionada à
obesidade, avaliamos os efeitos da moxonidina sobre essas variáveis e constatamos
que essa droga tem ação hipotensora semelhante às outras classes de anti-
hipertensivos, diminui a atividade simpática, melhora a resistência insulínica e reduz
os níveis séricos de leptina.
7.1. Pressão Arterial e Freqüência Cardíaca
No presente estudo, a moxonidina e a amlodipina reduziram de forma
significativa e com a mesma magnitude a PAS, PAD e PAM, analisadas pelo método
convencional e pela MAPA.
Observamos redução média da pressão arterial sistólica e diastólica de 20,6 e
14,5 mmHg, respectivamente, após a utilização de moxonidina durante 24 semanas.
A eficácia da moxonidina em reduzir a pressão arterial, avaliada através do
percentual de pacientes que tiveram sua PA controlada (PAS inferior a 140 mmHg e
PAD inferior a 90 mmHg) mostrou que após 12 semanas de tratamento 42,1% dos
pacientes tiveram sua PA controlada. Esse percentual atingiu 57,8% dos pacientes
após 24 semanas, sugerindo que o efeito da droga se manteve durante todo o
62
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
período de sua utilização. Ao final do estudo, registramos redução de
aproximadamente 12% da PAM; sendo que 84,3% dos pacientes receberam dose
máxima de moxonidina (0,4 mg/dia). Nossos achados coincidem com outros estudos
clínicos que avaliaram o efeito hipotensor crônico da moxonidina (Prichard e cols.,
1997a; Ollivier e cols., 1994; Planitz e cols., 1987; Lotti e cols., 1993;).
A eficácia da moxonidina em reduzir a pressão arterial foi demonstrada em
vários estudos clínicos duplo-cegos (Frei e cols., 1994) e placebo-controlados
(Kuppers e cols., 1997). Frei e cols (1994) encontraram significativa redução da PA
após o uso de 0,4mg de moxonidina em pacientes portadores de HA leve e
moderada, registrando redução significativa da PAS e da PAD, comparado ao
placebo. Nesse estudo, a eficácia da droga, definida como redução da PAD para
níveis inferiores a 90mmHg ou redução superior a 10mmHg na PAD, apontou 70%
de eficácia no grupo moxonidina. Estudos conduzidos por Kuppers e cols (1997)
mostraram redução média da PAS/PAD de 19,5 ± 16,0/12,3 ± 8,7 mmHg após 0,2 a
0,4 mg/dia de moxonidina. Efeito hipotensor em longo prazo da droga também foi
observado por Trieb e cols (1995) avaliando mais de 200 pacientes em uso de
moxonidina durante 52 semanas. Nesse estudo, a redução média da PAS/PAD foi de
26 ± 20/15 ± 10 mmHg.
O efeito da moxonidina sobre a PA avaliada através da monitorização
ambulatorial da pressão arterial mostrou que a droga reduziu significativamente a
PAS/PAD durante o período diurno - 10,3/6,5 mmHg e noturno - 8,1/4,3 mmHg,
sugerindo que sua eficácia persiste durante 24h. Além disso, a redução noturna da
63
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
PA com o uso da droga fez com que a maioria dos pacientes mantivesse o ritmo
circadiano normal da mesma. Schrader e cols (1992), usando a MAPA para examinar
o efeito hipotensor da moxonidina sobre o perfil da PA durante 24h, em 22 pacientes
portadores de HA, durante 6 semanas, mostraram que a droga não altera os ritmos
diurno e noturno da PA. Um outro estudo clínico, duplo-cego, placebo-controlado,
onde se avaliou o efeito da moxonidina em 26 pacientes portadores de HA essencial
e com sobrepeso, mostrou que 0,4 mg de moxonidina reduziu significativamente a
PAS e a PAD durante 24h, avaliadas pela MAPA (Wenzel e cols 1998).
A semelhança de outros estudos, não observamos nenhum efeito da
moxonidina sobre a freqüência cardíaca, mesmo quando o parâmetro foi avaliado
pela MAPA (Kuppers e cols., 1997; Kartt e cols., 1994; Prichard e cols., 1997b). Este
fato pode ser decorrência da ausência de efeito sobre o controle vagal da freqüência
cardíaca, já que em condições de repouso, é maior que o controle simpático em
repouso (Greenwood e cols., 2000).
8.2. Catecolaminas Plasmáticas
Métodos diretos e indiretos sugerem que a atividade simpática é mais elevada
em indivíduos obesos quando comparados aos magros. Por outro lado, a ingestão
calórica elevada aumenta não só o metabolismo da noradrenalina nos tecidos
periféricos e sua concentração plasmática em repouso (Landsberg e cols., 1989,
Rumantir e cols., 1999) como também, potencializa a elevação da noradrenalina
64
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
plasmática associada a estímulos como modificação postural (Landsberg e cols.,
1989). Os pacientes obesos hipertensos têm aumento da atividade simpática
muscular, medida diretamente através de microneurografia; a perda de peso reduz
significativamente a atividade simpática desses pacientes (Grassi e cols., 1995 e
1998). Embora possam existir variações na ativação simpática regional, a mesma
pode estar elevada em vários órgãos e tecidos, incluindo os rins, em indivíduos
obesos (Esler e cols., 2000). Interessantemente, nos índios Pima, a maioria dos
quais é obesa, mostram evidências de atenuação da atividade. Tal fato parece
contribuir para a baixa prevalência de HA encontrada nessa população (Weyer e
cols., 2000).
Vários estudos farmacológicos experimentais, em cães tornados obesos por
dieta rica em gordura, mostraram que a utilização da combinação de bloqueadores α-
e β-adrenérgicos, reduziu mais a PA, ao nível de significância, que no grupo controle
de animais magros (Hall e cols. 1993b). Em outros estudos experimentais o uso de
α- e β-bloqueadores atenuou de forma significativa o aumento da PA , em coelhos e
cães, alimentados durante várias semanas com dieta com elevado teor de gordura
(Antic e cols., 2000, Hall e cols., 1993b). A clonidina, uma droga que atua nos
receptores adrenérgicos centrais α
2
e que se caracteriza por ser, também, um
agonista imidazolínico, impediu a elevação da PA de cães alimentados com dieta rica
em gordura (Rocchini e cols., 1999).
No presente estudo, a utilização de moxonidina reduziu significativamente os
níveis plasmáticos de adrenalina arterial, noradrenalina arterial e noradrenalina
65
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
venosa pós-caminhada, indicando que a droga diminuiu a pressão arterial através de
atenuação da atividade simpática central e, possivelmente, pelos seus efeitos sobre
a medula adrenal, já que os níveis plasmáticos de adrenalina arterial também se
reduziram significativamente. Estudos experimentais mostraram que alem de
estimular os receptores imidazolínicos, a moxonidina também atua sobre receptores
α
2
pré-sinápticos. Tal efeito poderia, também, ter contribuído para explicar os
menores níveis de catecolaminas plasmáticas encontradas no presente protocolo
(Likungu e cols., 1996).
São escassos os trabalhos na literatura, consultados por nós sobre os
mecanismos de ação hipotensora da moxonidina, particularmente aqueles
relacionados aos efeitos da droga sobre o SNS, em obesos hipertensos. Em um
ensaio clínico realizado em pacientes hipertensos, mas não obesos, observou-se que
a droga diminuía a pressão arterial e as concentrações plasmáticas (sangue venoso)
de noradrenalina (Wenzel e cols., 1998).
A semelhança de estudo conduzido por Young e cols.(1981) observamos
elevação na concentração de noradrenalina pós-estímulo ortostático no período
basal, indicando resposta fisiológica da noradrenalina plasmática à modificação
postural. A observação, no presente estudo, de redução significativa da
noradrenalina venosa pós-caminhada com o uso da moxonidina, indica a efetividade
da droga sob condições de elevada atividade simpática. Isto fica melhor demonstrado
pela observação de que o grupo de pacientes que teve a pressão arterial controlada
foi o que apresentou significativa redução da noradrenalina pós-caminhada, em
66
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
contraste com aqueles em que a PA não foi reduzida. Em 2000, Greenwood e cols,
avaliaram os efeitos da moxonidina sobre o SNS através de microneurografia em
condições basais e sob estímulo, em hipertensos essenciais não obesos, e
encontraram redução dessas respostas durante o uso crônico da droga (Greenwood
e cols., 2000).
Os nossos resultados sugerem também que a redução da concentração
plasmática das catecolaminas possa ter influenciado a redução da PA, uma vez que,
quando analisamos o grupo de pacientes que tiveram sua PA controlada ao final do
estudo, esses pacientes foram os que tiveram redução nos níveis de noradrenalina
venosa pós-deambulação significativamente maior que os pacientes que não tiveram
sua PA controlada.
Embora a amlodipina tenha apresentado uma tendência em reduzir os níveis de
noradrenalina arterial e venosa pós-caminhada não se registrou diferenças
estatísticas nessas e nas outras catecolaminas estudas após seu uso.
8.3. Sensibilidade à insulina, leptina e perfil lipídico
A hipertensão arterial é freqüentemente acompanhada de alterações no
metabolismo dos carboidratos e lipídeos, o que acentua o risco cardiovascular
(Reaven e cols., 1996). A hiperglicemia, hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia e
baixas concentrações de HDL-colesterol parecem estar associadas à redução da
utilização da glicose mediada pela insulina e constituem os principais componentes
67
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
da Síndrome Metabólica (Reaven e cols., 1996). Em humanos, o aumento da
atividade do sistema nervoso simpático e elevadas concentrações plasmáticas de
insulina e leptina têm sido considerados como os principais mediadores neuro-
humorais da hipertensão relacionada à obesidade (Tuck e cols., 1992). Entretanto
não está completamente esclarecido se essas variáveis iniciariam e
subsequentemente manteriam a elevação da PA associada à obesidade (Tuck e
cols., 1992).
Landsberg e cols (1996) têm proposto que a hiperinsulinemia seria a alteração
inicial no desenvolvimento da HA de obesos, pois induziria o aumento dos níveis
pressóricos através de estimulo da atividade simpática. Hipotetizam que a insulina
mediando o aumento da atividade simpática em obesos seria um mecanismo
compensatório, auxiliando a restauração do balanço energético, por aumentar a
termogênese. Assim, a HA que ocorre em associação à obesidade seria a
conseqüência indesejável de mecanismos recrutados nos obesos, com o objetivo de
restaurar o gasto energético e limitar futuros ganhos de peso (Landsberg e cols.,
2001).
Outros autores acreditam que a hiperatividade simpática seja a causa primária
da resistência à insulina, hiperinsulinemia e elevação da PA em obesos (Julius e
cols., 1992; 1994; 2000). Admitem que o aumento da atividade simpática na
musculatura esquelética levaria a vasoconstricção, redução do fluxo vascular e
induziriam a resistência à insulina (Julius e cols., 2000). Propõem, também, que a
elevação da PA e o ganho de peso refletiriam um aumento primário do tônus
68
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
simpático (Julius e cols., 2000). O tonus simpático cronicamente estimulado induziria
a redução da responsividade dos receptores β adrenérgicos e, conseqüentemente,
diminuição da capacidade em dissipar energia, podendo, com isso, levar ao ganho
de peso. As hipóteses de Landsberg e Julius sugerem mecanismos opostos
relacionados ao inicio do aumento da atividade simpática e da resistência à insulina
na hipertensão relacionada à obesidade. Entretanto, ambas hipóteses mostram que
esses pacientes têm aumento da atividade simpática, resistência à insulina e
hiperinsulinemia. Recentemente, resistência a leptina e hiperleptinemia foram
incorporadas às hipóteses mencionadas.
Embora o nosso estudo não tenha sido desenhado para comparar hipertensos
obesos com um grupo controle de humanos saudáveis, espera-se que uma parcela
expressiva dos mesmos apresente hiperatividade simpática, resistência à insulina,
hiperleptinemia, intolerância à glicose e desajustes no metabolismo lipídico.
A utilização de moxonidina, durante 24 semanas, reduziu de forma significativa
a concentração de insulina pós-sobrecarga de dextrosol e redução de 23% na
insulina basal e de 18% na sensibilidade da insulina avaliada pelo HOMA. Como a
concentração sérica de glicose em jejum e pós-sobrecarga com dextrosol não se
modificou de forma significativa, a despeito da redução nos níveis de insulina,
podemos inferir que esse estado euglicêmico foi mantido às custas de concentrações
de insulina mais elevadas, sugerindo um estado de resistência à insulina. Tal estado
dismetabólico foi favoravelmente modificado pela moxonidina. Estudos
experimentais, em ratos alimentados com frutose e ratos obesos espontaneamente
69
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
hipertensos, mostram que a moxonidina apresenta efeitos favoráveis sobre a
Síndrome Metabólica. Melhora o transporte músculo-esquelético de glicose, a auto-
fosforilação do receptor de insulina, aumenta a expressão do substrato-1 desse
receptor. Tais achados sugerem que a moxonidina atua a nível celular sobre as
ações da insulina (Rosen e cols., 1997). A semelhança dos nossos achados, outros
estudos clínicos mostraram efeitos benéficos ou neutros da moxonidina sobre o
metabolismo dos carboidratos (Chrisp e cols., 1992; Kaan e cols., 1995). Outros
estudos clínicos mostraram pequenas reduções, dose-dependente, da glicemia em
jejum pós-uso da moxonidina. Um ensaio clínico duplo-cego placebo controlado,
mostrou melhora da sensibilidade da insulina após o uso desse agonista (Lithell,
1997). Por outro lado, a disponibilidade da glicose mediada pela insulina, avaliada
através de clamp-euglicêmico, melhorou após a utilização de moxonidina, sendo
esse efeito mais significativo nos pacientes com maior resistência à insulina (Lithell,
1997).
Quando analisamos a redução nos níveis de insulina de jejum e o
comportamento da pressão arterial nos pacientes que receberam moxonidina,
verificamos que no subgrupo que teve sua pressão arterial controlada, a redução
desses níveis foi significativamente maior que nos pacientes sem controle da PA.
Esses dados confirmam pesquisas prévias que mostraram melhora na sensibilidade
à insulina após o uso crônico de agonistas de receptores imidazolínicos (Chrisp e
cols., 1992; Kaan e cols., 1995; Lithell, 1997). Ressalte-se, porém, que esses
estudos não incluíram hipertensos obesos.
70
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
Uma das mais intrigantes ligações entre obesidade e ativação simpática é a
hiperleptinemia. Estudos têm mostrado que a leptina plasmática aumenta em
proporção à adiposidade (Zhang e cols., 1994). A secreção de leptina pelos
adipócitos é modulada por vários fatores como a insulina, glucocorticóides e
atividade β-adrenérgica (Zhang e cols., 1994; Flier e cols., 1998b).
No presente estudo, a administração crônica de moxonidina reduziu de forma
significativa (19%) a concentração sérica de leptina. Poucos também são os estudos
que avaliaram os efeitos da moxonidina sobre a leptina. Sugere-se, que a secreção
de leptina é inibida por agentes simpaticomiméticos (Carpene e cols., 1997). A
moxonidina atua parcialmente e por seletividade, aumentando a atividade simpática
para o tecido adiposo branco e possivelmente para o marrom , reduzindo
conseqüentemente a secreção da leptina (Carpene e cols., 1997). Embora não
tivéssemos encontrado correlação entre a redução nos níveis de leptina e os níveis
das catecolaminas plasmáticas ou de insulina, verificamos que os níveis de séricos
de leptina reduziram-se significativamente mais nos pacientes que tiveram sua PA
controlada, sugerindo que reduções dos níveis de leptina estariam relacionas ao
melhor controle da PA. Num dos raros ensaios que se avaliou os efeitos da
moxonidina sobre as concentrações plasmáticas de leptina, Bing e cols (1999)
estudando ratos obesos (ob/ob), mostraram níveis de leptina 9 vezes maiores nos
animais obesos não tratados, quando comparados aos magros. Os efeitos de
moxonidina, durante 21 dias, sobre os níveis de leptina evidenciaram redução de
71
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
14% nas concentrações plasmáticas desse peptídeo nos ratos ob/ob e nenhuma
alteração nos ratos magros (Bing e cols., 1999).
Quando analisamos os 40 pacientes no período basal, encontramos uma
correlação positiva e estatisticamente significativa entre níveis séricos de leptina com
o IMC e a concentração sérica de insulina, sugerindo dependência desse hormônio
ao tecido adiposo. Estudos em humanos (Hall e cols., 2001) também apontaram
correlação positiva entre a massa de tecido gorduroso e níveis de leptina. Estudos
experimentais mostraram além dessa associação, correlação positiva entre os níveis
de leptina e os de insulina Bing e cols (1999).
Considerando-se que a obesidade é uma das variáveis que mais contribui para
o desenvolvimento da HA essencial, não seria surpresa encontrar-se hiperleptinemia
em pacientes hipertensos ou mesmo a correlação entre leptina e PA. Entretanto, no
período basal, do presente estudo, essa correlação não foi demonstrada. Outros
estudos em humanos não mostraram uniformidade quanto a associação de leptina
com os níveis de PA (Hirose e cols., 1998, Suter e cols., 1998).
Alguns estudos têm formulado a hipótese de que a elevação dos ácidos graxos
livres poderia aumentar a pressão arterial em decorrência do aumento da atividade
simpática ou pelo aumento da resposta vasoconstrictora à ativação simpática
(Stepniakowski e cols., 1995; Grekin e cols., 1997). O aumento de ácidos graxos
para o fígado oriundo da circulação venosa portal em indivíduos com obesidade
visceral poderia levar a ativação simpática (Grekin e cols., 1997).
72
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
A despeito de não encontrarmos reduções estatisticamente significativas nas
concentrações séricas de triglicérides, colesterol total, HDL e LDL-colesterol,
observamos que após 24 semanas de utilização de moxonidina houve uma redução
percentual de 10% nos níveis de triglicérides, o que sugere que a droga melhora o
perfil lipídico ou se comporta de forma neutra não interferindo desfavoravelmente no
metabolismo dos lipídeos. Um estudo experimental que avaliou o efeito crônico da
moxonidina sobre ratos Zucker, um modelo de animais obesos com acentuada
intolerância à glicose, resistência à insulina, hiperinsulinemia e dislipidemia, mostrou
que após 21 dias de utilização de moxonidina houve redução de 28% nos níveis de
ácidos graxos livres e 18% na concentração plasmática de insulina em jejum,
enquanto a glicemia de jejum não se alterou (Erik e cols., 1997). Por outro lado,
estudos clínicos mostraram que a moxonidina tem efeitos benéficos ou neutros sobre
o metabolismo dos lípides (Chrisp e cols., 1992; Kaan e cols., 1995). Avaliações
realizadas em pacientes hipertensos com dislipidemia mostraram também a
neutralidade metabólica de outro agonista de receptores imidazolínico, a rilmenidina
(Mpoy e cols., 1988). Um estudo comparativo com o captopril, droga com
comprovada neutralidade sobre o perfil lipídico, mostrou que a rilmenidina não
alterou os níveis séricos de colesterol, HDL e LDL-colesterol (Scemama e cols.,
1995).
A amlodipina comportou-se como uma droga neutra em relação ao perfil
lipídico, glicídico, à resistência à insulina e a concentração leptina após 24 semanas
do seu uso.
73
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
8.4. Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
A atividade plasmática da renina parece estar significativamente aumentada em
muitos pacientes obesos, a despeito da retenção de sódio e do aumento do volume
plasmático que esses indivíduos apresentam (Hall e cols., 1993a). No presente
estudo, a administração crônica de moxonidina não modificou a atividade plasmática
da renina bem como a concentração sérica da aldosterona, contrariando o que tem
sido observado na maior parte dos estudos agudos (Mitrovic e cols., 1991; Kirch e
cols., 1990) onde a variável é reduzida após períodos de uso da droga que variaram
de 150 a 240 minutos. Em um estudo clínico, onde se avaliou o efeito agudo da
moxonidina em 26 pacientes hipertensos, com sobrepeso, também não se registrou
modificação na atividade plasmática da renina, 150 minutos após a administração da
droga (Wenzel e cols., 1998).
Duas possibilidades explicariam a ausência de redução da APR em nosso
estudo. A primeira, é que avaliamos a proteína-enzima não estimulada, com os
pacientes adotando a posição supina durante a obtenção das amostras; a segunda, é
que o uso crônico poderia provocar um reajuste da homeostase circulatória e do
volume extracelular onde participariam outros sistemas que acabariam provocando
uma down regulation nos níveis da APR. Não obstante, Zech e cols. (1986) avaliando
os efeitos crônicos (8 semanas) de outro agonista imidazolínico, a rilmenidina,
também em hipertensos essenciais, mostraram dimiuição da APR tanto em repouso
quanto pós-caminhada. Nesse mesmo estudo, nenhuma alteração na concentração
74
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
plasmática de aldosterona foi encontrada, a semelhança de nossos achados, onde
os níveis do mineralocorticóide não se modificaram. É importante mencionar que a
APR se elevou, no grupo de nossos pacientes que recebeu amlodipina.
8.5 Parâmetros Renais
Alguns estudos têm sugerido que a moxonidina além de reduzir a PA por
ativação seletiva dos receptores imidazolínicos I
1
e por inibição da atividade nervosa
simpática, pode também atuar no rim sobre receptores imidazolínicos, induzindo a
diurese e natriurese (Menaouar e cols., 2002). No presente estudo, a administração
crônica de moxonidina não alterou de forma significativa tanto a natriurese quanto a
diurese, embora após 12 semanas de moxonidina tivéssemos registrado um aumento
de 11% da excreção urinária de sódio e de 13% na diurese. Tais modificações não
persistiram após 24 semanas de utilização da droga, confirmando observações
prévias (Wiecek e cols., 1995).
É importante enfatizar que embora a moxonidina não tenha efeitos diuréticos,
diferentemente de outros agentes imidazolínicos ou simpaticolíticos, não causa
retenção de sódio (Ritz e cols., 1998), o que sugere a participação de mecanismos
intra-renais contrapondo-se aos efeitos da retenção de sódio secundários à inibição
simpática e redução da PA. Alguns estudos mostram que a infusão direta de
moxonidina nas artérias renais pode aumentar a excreção de sódio e água (Smyth e
cols., 1999; Greven e cols., 2001). Outros estudos experimentais mostram que a
75
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
administração aguda da moxonidina a ratos hipertensos e normotensos aumenta não
somente o fluxo urinário e a excreção urinária de sódio, como também a
concentração plasmática do peptídeo natriurético atrial e do 3’5’ guanosina
monofosfato cíclico (Mukaddan-Daher e cols., 1999). Embora o desenho do nosso
estudo não tenha sido formulado para avaliar o efeito agudo da droga sobre a
diurese e a natriurese, não pode ser descartada a possibilidade de que nas semanas
iniciais do tratamento a droga não tenha interferido favoravelmente sobre esses
parâmetros renais.
Embora a excreção urinária de sódio tenha apresentado um aumento de 11%
após o uso de amlodipina, não registramos variações significativas dessa variável e
dos outros parâmetros renais estudados após a utilização desse bloqueador de
canais de cálcio.
8.6 Situação antropométrica
Ernsberger e cols (1996) mostraram que a moxonidina pode induzir hipofagia e
perda de peso em ratos obesos espontaneamente hipertensos, embora não tenham
oferecido nenhuma explicação para o fato. Em outro estudo, realizados em ratos
obesos Zucker fa/fa (Dryden e cols., 1994), a moxonidina teve efeitos hipofágico e
anti-obesidade que foram parcialmente explicados pela inibição do NPY.
76
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
DISCUSSÃO
77
Em nosso estudo, a moxonidina, assim como a amlodipina, não modificaram de
forma significativa o peso, o IMC, a circunferência da cintura e a relação
cintura/quadril.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
CONCLUSÕES
78
8. CONCLUSÕES
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
CONCLUSÕES
79
7. Conclusões
1. A moxonidina reduziu a pressão arterial significativamente e de forma
semelhante à amlodipina. Após 24 semanas de uso dos hipotensores,
aproximadamente 55% dos pacientes tiveram sua pressão arterial controlada.
2. As reduções nas concentrações plamáticas de adrenalina arterial,
noradrenalina arterial e venosa pós-caminhada, após o uso da moxonidina,
sugerem que essa droga pode diminuir a atividade do sistema nervoso
simpático.
3. A observação de que os pacientes do grupo moxonidina, que tiveram a
pressão arterial controlada, apresentaram redução significativa da
concentração plasmática da noradrenalina pós-caminhada, sugere que a
redução da pressão arterial esta relacionada com a queda nos níveis desse
hormônio.
4. A moxonidina reduziu significativamente a concentração da insulina 120
minutos após sobrecarga com dextrosol, sugerindo que a droga interfere
favoravelmente na resistência à insulina.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
CONCLUSÕES
80
5. A associação entre a redução nos níveis de insulina e o controle da pressão
arterial, após o uso da moxonidina, reforça a hipótese de que o controle da
pressão arterial esta associada à melhora da resistência à insulina.
6. A influência da moxonidina sobre a redução nos níveis séricos da leptina e a
associação dessa redução com o controle da pressão arterial, sugerem que a
moxonidina pode, pelo menos em parte, reduzir a PA através da redução
desse peptídeo.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
81
R
EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
82
Referências Bibliográficas
Akselrod S, Gordon D, Madwed JB, et al. Hemodynamic regulation: Investigation by spectral
analysis. Am J Phisiol 1985;249:11867-11875
Alexander J, Dustan Dustan HP. Mechanism of hypertension associated with obesity. Ann
Intern Med 1983;98:860-864.
Anderson EA, Balon TW, Hoffman RP, Sinkey CA, Mark AL. Insulin increases sympathetic
activity but not blood pressure in boderline hypertensive humans. Hypertension
1992;19:621-627.
Anderson EA, Hoffman RP, Babon TW, Sinkey CA, Mark AL. Hypertinsulinemia produces
both sympathetic neural activation and vasodilation in normal human. J Clin Invest
1991;87:2246-2252.
Anderson EA, Mark AL. The vasodilator action of insulin. Hypertension 1993;21:136-141.
Antic V, Kiener-Belforti F, Tempine A, Montani JP. Role of the symphatetic nervous system
during the development of obesity hypertension in rabbits. Am J Hypertens 2000;13:556-559.
Arita Y, Kihara S, Shimomura I, Funashashi T, Matsuzawa Y. Paradoxical decrease of an
adipose-specific protein, adiponectin, in obesity. Biochem Biophys Res Commun 1999; 257:
79-83.
Asch S, Wingard DH, Barrett-Connor EL. Are insulin and hypertension independently
related? Ann Epidemiol 1991;1:23-44.
Avignon A, ColetteC, Monnier L. Assessment of insulin sensitivity from plasma insulin and
glucose in the fasting or post oral glucose-load state. Int J Obes 1999;23:512-517.
Bing C, King P, Pickavance L, Brown M, Ziegler D, Kaan E, Willians G. The effect of
moxonidine on feeding and body fat in obese Zucker rats: role of hypotalamic NPY neurones.
Brit J Pharmacol 1999;127:35-42.
Björntorp P. Abdominal fat distribution and the metabolic syndrome. J Cardiovasc Pharmacol
1992; 20 (suppl 8): S26-S28.
Bonadonna R, Groop L, Kraemer N, DeFronzo RA. Obesity and insulin resistance in man: a
dose response study. Metabolism 1990; 39: 452-459.
Boura ALA, Green AF. Depressants of peripheral sympathetic nerve function. In: Van
Zwieten PA, eds. Handbook of hypertension. Vol. 3. Amsterdam: Elsevier, 1984: 194-238.
Bray GA. Obesity: autonomic and endocrine factors in the regulation of energy balance. Fed
Proc 1986;45:1404-1410.
Campfield LA, Smith FJ, Guisez Y, Devos R, Burn P. Recombinant mouse OB protein:
evidence for a peripheral signal linking adiposity and central neural networks. Science 1995;
269: 546-549.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
83
Carpene C, Marti L, Morin NN, Prevot D, Fontana E, Lafontan M. Imidazoline-I2 binding
sites in adipose tissue: relationship with amine oxidase activity and glucose metabolism.
British J Pharmacol, 1997;122(Suppl, 183p).
Cassis LA, Langhter A, Fettinger M. Cold exposure regulates renin-angiotensin system. J
Pharmacol Exp Ther 1998a; 286(suppl 2):718-726.
Cassis LA, Marchall DE, Fettinger M. Mechanism contributing to angiotensin II regulation of
body weight. Am J Physiol 1988b; 274:867-876.
Castro RM, VanNess JM, Overton JM: Effects of central leptin administration on blood
pressure in normotensive rats. Neurosci Lett 1998;246:29-32.
Chalmers JP, Pilowski PM. Brain stern and bulbospinal neurotransmitter system in the
control of blood pressure. J Hypertens 1991; 9: 675-694.
Chen G, Koyama K, Yuan X, Lee Y, Zhou Y-T, O’Doherty R, Newgard CB, Unger RH.
Disappearance of body fat in normal rats induced by adenovirus- mediated leptin gene
therapy. Proc. Natl. Acad. Sci. USA 1996; 93: 14795-14799.
Chrisp P, Faulds D. Moxonidine. A review of its pharmacology, and therapeutic use in
essential hypertension. Drugs 1992;44:993-1012.
Christlieb AB, Krolewski AS, Warram JH, Soeldner JS. Is insulin the link between
hypertension and obesity? Hypertension 1985;7(Suppl II):II-54-II-57.
Clement K, Garner C, Hager J, Philippi A, LeDue C, Carey, et al. Indication for linkage of the
human OB gene region with extreme obesity. Diabetes 1996; 45: 687-690
Considine RV, Sinha MK, Heiman ML, Kriauciunas A, Stephens TW, Nyce MR, et al. Serum
immunoreactive-leptin concentrations in normal-weight and obese humans. N Engl J Med
1996; 334: 292-295.
Dalila B. Corry, MD, and Michael L. Tuck, MD. Obesity, hypertension, and sympathetic
nervous system activity. Current Hypertension Reports 1999.
Davis JO, Freeman RH. Mechanism regulating renin release. Physiol Rev 1976;56:1-56.
De Courten M, Zimmet P, Hodge A, Collins V, et al. Hyperleptinaemia: the missing link in the
metabolic syndrome? Diabetic Med 1997;14:200-208.
De Luca N, Izzo R, Fontana D, Iovino G, Argenziano L, Veechione C, Trimarco B:
Haemodynamic and metabolic effects of rilmenidine in hypertensive patients with metabolic
syndrome X. A double-blind study versus amlodipine. J Hypertens 2000;17:1515-1522.
De Fronzo RA. The effects of insulin on renal sodium metabolism. Diabetologia
1981;21:165-171.
De Fronzo RA, Ferrannini E. A multifaceted syndrome responsible for NIDDM, obesity,
hypertension, dyslipidemia, and atherosclerotic cardiovascular disease. Diabetes Care 1991;
14: 173-194.
Dryden S, Frankish HM, Wang Q, Williams G. Neuropeptide Y and energy balance: one way
ahead for the treatment of obesity? Eur J Clin Invest, 1994;246:293-308.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
84
Ecberg DL, Wallin BG, Fagius J, Lundberg L, Torebjörk HE. Prospective study of symptoms
after human microneurography. Acta Physiol Scand 1989;137:567-569.
Erik JH, Stephan J, Donovan LF, Erick BY, Jochen G. Antihypertensive agent moxonidine
enhances muscle glucose transport in insulin-resistant rats. Hypertension 1997;30:1560-
1565.
Ernsberger P, Koletsky RJ, Collins LA, Bedol D. Sympathetic nervous system in salt-
sensitive and obese hypertension: amelioration of multiple abnormalities by a central
sympatholytic agent. Cardiovasc Drugs Ther 1996; 10: 275-282 .
Esler M, Jennings G, Lambert G, Meredith I, Horne M, Eisenhofer G,. Overflow of
catecholamines neurotransmitters to the circulation: souree, fate and functions. Physiol
1990;70:963-985.
Esler M, Jonnings G, Kerner P, Willett J, Dudley F, Hasking G, et al. Assessment of
sympathetic nervous system activity from measurements of norepinephrine turnover.
Hypertension 1988;15:1553-1565.
Esler M. Jackman G, Bobik A. Kelleher D, Jennings G, Leonard P, et al. Determination of
norepinephrine apparent release rate and clearance in humans. Life Sci 1979;25:1461-1470.
Esler M. The sympathetic system and hypertension. Am J Hypertens 2000;13:99s-105s.
Fan W, Boston BA, Kesterson RA, Hruby VJ, Cone RD: Role of melanocortinergic neurons in
feeding and the agouti obesity syndrome. Nature 1997;385:165-168.
Ferrannini E, Haffner SM, Mitchell DB, Stern MP. Hyperinsulinaemia: the key feature of a
cardiovascular and metabolic syndrome. Diabetologia 1991; 34: 416-422.
Fitzgerald JD. β-Adrenoceptor antagonists. In: Van Zwieten PA, eds. Handbook of
hypertension, Vol.3. New York, Oxford, Amsterdam: Elsevier, 1984:249-306.
Flier JS, Maratos-Flier E: Obesity and the hypothalamus: novel peptides for new pathways.
Cell 1998a;92:437-440.
Flier JS. What’s in a name? In search of leptin’s physiologic role. J Clin Endocrinol Metab,
1998b;83:1407-1413.
Frei M, Kuster L, Gardosch-von Krosigk P-P, et al. Moxonidine and hydrochlorothiazide in
combination: a synergistic antihypertensive effect. J Cardiovasc Pharmacol, 1994;24(suppl
I):S25-S26.
Ghilardi N, Ziegler S, Wiestner A, Stoffel R, Heim MH, Skoda RC. Defective STAT signaling
by the leptin receptor in diabetic mice. Proc. Natl. Acad. Sci. USA 1996; 93: 6231-6235.
Grassi G and Esler M. How to assess sympathetic activity in humamans. J Hypertens
1999;17:719-734.
Grassi G, Seravalle G, Columbo M, Bolla G, Cattaneo BM, Cavagini F, Mancia G. Body
weight reduction sympathetic nerve traffic and arterial baroreflex in obese normotensive
humans. Circulation 1998;97:2037-2042.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
85
Grassi G, Servalle G, Cattaneo BM, Bolla GB, Lanfranchi A, Colombo M, Giannattasio C,
Brunani A, Cavagini F, Mancia G. Sympathetic activity in obese normotensive subjects.
Hypertension 1995;25:560-563.
Grassi G, Vailati S, Bertinieri G, Seravalle G, Stella ML, Dell’Oro R, et al. Heart rate as
marker of sympathetic activity. J Hypertens 1998;16:1635-1639.
Greenwood JP, Eleanor M. Scott, John B. Stoker, David A. Mary. Chronic I1-Imidazoline
Agonism Sympathetic Mechanisms in Hypertension. Hypertension 2000;35:1264-1269.
Grekin RJ, Dumont CJ, Vollmer AP, Watts SW, Webb RC. Mechanisms in the pressor effects
of hepatic portal venous fatty acid infusion. Am J Physiol 1997;273:R324-R330.
Greven J, von Bronewski-Schwarzer BV. Site of action of moxonidine in the rat nephron.
Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol 2001;364:496-500.
Grossman L, Chang PC, Hoffman A, et al. Tracer norepinephrine kinetics: dependence on
regional blood flow and the site of infusion. Am J Physiol 1991;260: 946-952.
Grugni G, Ardizzi A, Dubinin A, Guzzaloni G, Sartorio A, Morabito F. No correlation between
insulin levels and high blood pressure in obese subjects Horm Metab Res 1990;22:124-125.
Haffner SM, Fong D, Hazuda HP, Pugh JA, Petterson JK. Hyperinsulinemia, upper body
obesity, and cardiovascular risk factor in non-diabetics. Metabolism 1988; 37:338-345.
Haffner SM, Miettinen H, Mykkänen L, Karhapää, Rainwater DL, Laakso M. Leptin
concentrations and insulin sensitivity in normoglycemic men. Int J Obes Relat Metab Disord
1997; 21: 393-399.
Hall JE, Brands MW, Dixon WN, Smith MJ Jr. Obesity-induced hypertension: renal function
and systemic hemodynamics. Hypertension 1993a;22:292-299.
Hall JE, Brands MW, Zappe DH, Dixon WN, Mizelle HL, Reinhart GA, Hildebrandt DA.
Hemodynamic ans renal responses to chronic hyperinsulinemia in obese, insulin resistence
dogs. Hypertension 1995;25,994-1002.
Hall JE, Hildebrandt DA, Jay K. Obesity hypertension: Role of leptin and symphatetic
nervous system. Am J Hypertens 2001;14:103-115.
Hall JE, Henegar JR, Shek EW, Brands MW. Role of renin-angiotensin system in obesity
hypertension. Circulation, 1997;96: I-33 (abst.)
Hall JE, Van Vliet BN, Garrity CA, Torrey C, Brands MW. Obesity hypertension: role of
adrenergic mechanisms. Hypertension, 1993b;21:528.
Hall JE. Renal and cardiovascular mechanisms of hypertension in obesity. Hypertension
1994;23:381-394.
Havlik RJ, Hubert HB, Fabsitz RR, Feinleib M. Weight and hypertension. Ann Intern Med
1983;98:855-859.
Haynes WG, Morgan DA, Walsh SA, Sivitz WI, Mark AL: Cardiovascular consequences of
obesity: role of leptin. Clin Exp Pharmacol Physiol 1998;25:65-69.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
86
Haynes WG, Sivitz WI, Morgan DA, Walsh SA, Mark AL: Sympathetic and cardiorenal
actions of leptin. Hypertension 1997;30:619-623.
Hirose H, Saito I, Tsujioka M, Mori M, Kawabe H, Saruta T. The obese gene product, leptin:
possible role in obesity-related hypertension in adolescents. J Hypertens, 1998;16:2007-
2012.
Hjermann I. The metabolic cardiovascular syndrome: syndrome X, Reaven’s syndrome,
insulin resistance syndrome, atherothrombogenic syndrome. J Cardiovasc Pharmacol 1992;
20 (suppl 8): S5-S10.
Hildebrandt DA, Mizelle HA, Brands MW, Hall JE. Systemic hemodinamic actions of long-
term intravertebral angiotensin II infusion. FASEB J 1993;7:405.
Hoeldtke RD, Cilmi KM, Reichard GA, Boden G, Owen OE. Assessment of norepinephrine
secretion and prodution. J Lab Clin Mes 1983; 101:772-782.
Hotta K, Funashashi T, Ortmeyer HK, Arita Y, Hansen BC, Matsuzawa Y. Circulating
concentration of the adipocyte protein adiponectin are decrease in parallel with reduced
insulin sensitivity during the progression yo type 2 diabetes in rhesus monkey. Diabetes
2001; 50: 1126-1133.
Hotta K, Funashashi T, Takahashi M Matsuda M, Okamoto Y, Yamashita S, Hanafusa T,
Matsuzawa Y. plasma concentration of a novel, adipose-specific protein, adiponectin, in type
2 diabetic patients. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2000; 20:1595-1599.
Huszar D, Lynch CA, Fairchild-Huntress V, Dunmore JH, Fang Q, Berkemeier LR, Gu W,
Kesterson RA, Boston BA, Cone RD, Smith FJ, Campfield LA, Burn P. Lee F: Targeted
disruption of the melanocortin-4 receptor results in obesity in mice. Cell 1997;88:131-141.
Julius S, Gudbrandsson T, Jamerson K, Shahab ST, Andersson O. The hemodynamic link
between insulin resistance and hypertension. J Hypertens 1991; 9: 983-986.
Julius S, Gudbrandsson T. Early association of sypathetic overactivit, hypertension, insulin
resistance, and coronary risk. J Cardiovasc Pharmacol 1992;20(suppl 8):S40-S48.
Julius S, Jamerson K. Sytmpathetics, insulin resistance and coronary risk in hypertension:
the “chicken-and egg” question. J Hypertens 1994;12:495-502.
Julius S, Valentini M, Palatini P. Overweight and hypertension. Hypertension 2000;36:807-
813.
Julius S. Schork N, Schork A. Sympathetic hyperactivity in early stages of hypertension: the
Ann Arbor Data Set. J Cardiovasc Pharmacol 1988; 12 (suppl 3): S121-S129.
Kaan EC, Brückner R, Frohly P, Tulp M, Schäfer SG, Ziegler D. Effects of agmatine and
moxonidine on glucose metabolism: an integrated approach towards pathophysiological
mechanisms in cardiovascular metabolic disorders. Cardiovasc Risk Factors 1995; 5: 19-27.
Kaplan NM. The deadly quartet: upper-body obesity, glucose intolerance,
hypertriglyceridemia and hypertension. Arch Intern Med 1989; 149: 1514-1520.
Kartt K, Vetter II. Twenty-four-hour blood pressure profiles in patients with mild-to-moderate
hypertension moxonidine versus captopril. J Cardiovasc Pharmacol, 1994;24(suppl I):S29-
S33.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
87
Kirch W, Hutt HJ, Planitz V. Pharmacodynamic action and pharmacokineties of moxonidine
after single oral administration in hypertension patients. J Clin Pharmacol, 1990;30:1088-
1095.
Kjeldsen SE, Rostrup M, Moan A, Mundal HH, Gjesdal K, Eide IK. The sympathetic nervous
system may modulate the metabolic cardiovascular syndrome in essntial hypertension. J
Cardiovasc Pharmacol 1992; 20 (suppl 8):S32-S39.
Kopin IJ, Catecholaminc: basic aspects and clinical significance. Pharmacol 1985;37:333-
365.
Kotchen TA, Weich WJ, Ott CE. The renal tubular signal for renin release. J Hypertens.
1984;1(Suppl I):I-119-I-123.
Kuppers H, Jager B, Luszick J, et al. Placebo-controlled comparison of the efficacy and
tolerability of once-daily moxonidine and enalapril in mild-to-moderate essential
hypertension. J Hypertens 1997;15:93-97.
Lambert GW, Thompson JH, Turner Ag, Cox HS, Wilkinson D, et al. Cerebral noradrenalinc
spillover and relation to musele sympathetic nervous activity in healthy subjects . J Auton
Nerv Syst 1997;64:57-64.
Landsberg L, Krieger DR. Obesity, metabolism, and the sympathetic nervous system. Am J
Hypertens 1989;2:1255-1325.
Landsberg L, Young JB. Insulin-mediated glucose metabolism in the relationship between
dietary intake and sympathetic nervous activity. Int J Obes 1985a;9:63-68.
Landsberg L, Young JB. The influence of diet on the sympathetic nervous system. In: Muller
EE, MacLeod RM, Frohman LA, eds. Neuroendocrine perspectives. Amsterdam: Elsevier
Science. 1985b;191-218.
Landsberg L. Pathophysiology of obesity-related hypertension: role of insulin and the
sympathetic nervous system. J Cardiovasc Pharmacol 1994;23 (Suppl I):S1-S8.
Landsberg L. Diabetes, Obesity and hypertension: role of insulin and the sympathetic
nervous system. Cardiovasc Risk Factors 1993;3:153-158.
Landsberg L. Hyperinsulinemia: possible role in obesity-induced hypertension. Hypertension
1992;19 (suppl): I-61 - I-55.
Landsberg L. Insulin and the sympathetic nervous system in the pathophysiology of
hypertension. Blood Pressure,1996;5(suppl):25-29.
Landsberg L. Insulin-mediated sympathetic stimulation: role in the pathogenesis of obesity-
related hypertension for, how insulin affects blood pressure, and why. J Hypertension
2001;19:523-528.
Laskso M, Brechiel G, Baron AD. Decreased effect of insulin to stimulate skeletal muscle
blood flow in obese man-A novel mechanism of resistance. J Clin Invest 1990;85:1814-1852
Lembo G, Vecchione C, Fratta L, Marino G, Santic DD, Trimarco V, d’Amati G, Trimarro B:
Leptin induces direct vasodilation through distinct endothelial mechanisms. Diabetes
2000;49:293-297.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
88
Likungu J, Molderings GJ, Gothert M. Presynaptic imidazoline receptors and alpha 2-
adrenoceptors in the human heart: discrimination by clonidine and moxonidine. Nayayn
Schmiedebergs Arch Pharmacol 1996;354:689-692.
Lind L, Lithell H. Decreased peripheral blood flow in the pathogenesis of the metabolic
syndrome comprising hypertension, hyperlipidemia and hyperinsulinemia. Am Heart J 1993;
125:1494-1497.
Lithell H. Moxonidine improves insulin resistance in obese, insulin-resistant patients with
hypertension. Presentation to the European Cardiology Society. Stockholm: European
Society 1997.
Lucas CP, Estigarribia JA, Darga LL, Reaven GM. Insulin and blood pressure. Hypertension
1997;7:702-706.
Lotti G, Gianrossi R. Moxonidine vs. captopril in minor to intermediate hypertension: double-
blind study of effectiveness and tolerance. Fortsch Med 1993;111:429-432.
Maeda K, Okubo K, Shimomura I, Matsubara K. DNA cloning and expression of a novel
adipose specific collagen-like factor, apM1. Biochem Biophys Res Commun 1996; 221: 286-
289.
Mailing TJB, Dollery CT, Hamilton CA. Clonidine and sympathetic activity during sleep. Clin
Sci 1979;57:509-514.
Manlinos FAS, Abrahan GE. Chromatographic purification of tritiated steroids prior use in
radioimmunoassay. Analytical Letter 1975;8:403.
Matthews DR, Hosker JP, Treacher DF, Turner RC. Homeostasis model assessment insulin
resistence and b-cell function from fasting plasma glucose and insulin concentration in man.
Diabetologia 1985;28:412-419.
Menaouar A, El-Ayoubi R, Jankowski M, Guykowsha J, Mukaddam-Daher S. Chronic
imidazoline receptor activation in spontaneously hypertensive rats. Am J Hypertens
2002;15:803-808.
Michel MC, Philipp Th, Brodde OE. α- and β-adrenoceptors in hypertension: molecular
biology and pharmacological studies. Pharmacol Toxicol 1992; 70 (suppl 2): S1-10.
Mitrovic V, Patyne W, Huting J, Schlepper M. Hemodynamic and neurohumoral effects of
moxonidine in patients with essential hypertension. Cardiovasc Drugs Ther 1991;5:967-972.
Modan M, Halkin H, Almog S, et al. Hyperinsulinemia: a link between hypertension, obesity
and glucose intolerance. J Clin Invest 1985; 75: 809-817.
Morgan CR, Lazarow A. Immunoassay of insulin: two antibody system: plasma insulin levels
in normal, subdiabetic and diabetic rats. Diabetes 1963;12:115-126.
Mpoy H. Treatment of systemic essential hypertension in insulin treated diabetes mellitus
with rilmenidine. Am J Cardiol 1988;61:91D-94D.
Mukaddan-Daher S, Gutkwaskka J. The renal actions of moxonidine are mediated by atrial
natriuretic peptide and involved the opioid receptor. Ann N Y Acad Sci 1999;881;385-387.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
89
Ollivier JP, Christen MO. Il-Imidazoline-receptor agonists in the treatment of hypertension: an
appraisal of clinical experience. J Cardiovasc Pharmacol 1994;24 (suppl I):S39-S48.
Ouchi N, Kihara S, Maeda K, Arita Y, Funashashi T, Matsuzawa Y. Adiponectin, adipocyte-
derived plasma protein, inhibits endothelial NF-kB signaling through cAMP dependent
pathway. Circulation 2000; 102:1296-1301.
Ouchi N, Kihara S, Maeda K, Arita Y, Funashashi T, Matsuzawa Y., Adipocyte-derived
plasma protein, adiponectin, suppresses lipid accumulation and classe A scavenger receptor
expression in human monocyte-derived macrophges. Circulation 2001; 103:1057-1063.
Penicaud L, Berthaut MF, Morin J, Dubar M, Ktorza A: Rilmenidine normalizes fructose-
induced insulin resistance and hypertension in rats. J Hypertens 1998;16(suppl 3):S45-S49.
Peterson HR, Rothschild M, Weinberg CR, Fell RD, MacLeish KR, Pfeifer MA. Body fat and
the activity of the autonomic nervous system. N Engl J Med 1988;318:1077-1083.
Planitz V. Comparison of moxonidine and clonidine HCl in treating patients with
hypertension. J Clin Pharmacol, 1987;27:46-51.
Prichard BN, Graham BR. The use of moxonidine in the treatment of hypertension. J
Hypertens 1997a;15(suppl I):S47-S55.
Prichard BN, Owens CW, Graham BR. Pharmacology and clinical use of moxonidine, a new
centrally acting sympatholytic antihypertensive agent. J Hum Hypertens 1997b;1(suppl
I):S29-S45.
Prichard BNC, Cruickshank JM. Beta-blockade in hypertension: past, present, and future. In:
Laragh JH, Brenner BM, eds. Hypertension. 2nd ed. New York: Raven Press, 1995:2827-
2860.
Reaven GM, Lithell H, Landsberg L. Hypertension and associated metabolic abnormalities:
the role of insulin resistance and the sympathoadrenal system. N Engl J Med 1996;334:374-
381.
Reaven GM. Role of insulin resistance in human disease: Banting Lecture. Diabetes
1988;37:1595-1607.
Reisen E, Weir M, Falkner B, Hutchinson HG, Anzalone DA, Tuck ML. Lisinopril versus
hydrochlorothiazide in obese hypertensive patients. Hypertension 1997;30:140-145.
Ritz E, Amann K, Fliser D. The sympathetic nervous system and the kidney: its importance in
renal diseases. Blood press 1998;(suppl 3):14-19.
Robles RG, Villa E, Santirso R, Martinez J Ruilope LM, Cuesta C, Sancho JM. Effects of
captopril on sympathetic activity, lipid and carbohydrate metabolism in a model of obesity-
induced hypertension in dogs. Am J Hypertens 1993;6:1009-1019.
Rocchini AP, Mao HZ, Babu K, Marker P, Rochhini AJ. Clonidine prevents insulin resistence
and hypertension in obese dogs. Hypertension 1999;33:548-553.
Rocchini AP, Moorehead CP, DeRemer S, Bondie D. Pathogenesis of weight related
changes in blood pressure in dogs. Hypertension 1989;13:922-928.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
90
Rosen P, Ohly P, Gleichman H. Experimental benefit of moxonidine on glucose metabolism
and insulin secretion in the fructose-fed rat. J Hypertens 1997;15(suppl):S31-S38.
Rowe JW, Young JB, Minaker KL, et al. Effect of insulin and glucose infusions on
sympathetic nervous system activity in normal man. Diabetes 1981; 30: 219-225.
Rumantir MS, Vaz M Jennings GL, Collier G, Kaye DM, Seals DR, Wiesner GH, Brunner-
LaRocca HP, Esler MD. Neural mechanisms in human obesity-related hypertension. J
Hypertens 1999;17:1125-1133.
Rupp H, Jacob R. Excess catecholamines and the metabolic syndrome: should central
imidazoline receptors be a therapeutic target? Med Hypothesis 1995; 44: 217-225.
Salzano JV, Gunning RV, Mastopaulo TN, Tuttle WW. Effect of weight loss on blood
pressure. J Am Dietet Assoc 1958;34:1309-1312.
Saye J, Ragasdale V, Carey R, Peach M. localization of angiotensin peptide-forming
enzymes of 3T3-F442A adipocytes. Am J Physiol 1993;264:1570-1576.
Scemama et cols. Lipid profile and antihypertensive efficacy in dyslipidemic hypertensive
patients: comparison of rilmenidine with captopril. J Carciovasc Pharmacol 1995;26:S34-
S39.
Schlking, P; Mallow, H; Trindl, A; Loffer, G. Evidence for a local renin-angiotensin system in
primary cultured human preadipocytes. Int J Obes Relat Metab Disord 1999, 23:336-41.
Schnermann J, Briggs J. Function of the juxtaglomerular apparatus: local control of
glomerular hemodynamics. In: Seldin DW, Giebisch G, eds. The Kidney. New York.: Raven
Press, 1985:669-697.
Schrader J, Schoel G, Gundlach K, et al. Antihypertensive wirkdauer und morgendlicher
blutdruckanstieg unter moxonidine in der ambulanten 24-stunden-blutdruckmessung. Nieren
Hochdruckkrankh 1992;21:531-533.
Sealey JE, Laragh JH. How to do a plasma renin assay? In: Laragh JH, ed. Topics in
Hypertension, Yorke Medical Books, 1980;244-256.
Segal KR, Landt M, Klein S. Relationship between insulin sensitivity and plasma leptin
concentration in lean and obese men. Diabetes 1996; 45: 988-991.
Shenoy, U; Cassis, L. Characterization of renin activity in brown adipose tissue. Am J
Physiol, 1997, 272:989-99.
Shirasaka T, Bnakarazato M, Matsukura S, Takasaki M, Kannan H. Sympathetic and
cardiovascular actions of orexins in conscious rats. Am J Physiol 1999;177:R1780-R1785.
Shore PA, Giachetti A. Reserpine: basic and clinical pharmacology. In: Iversen LL. Iversen
SD, Snyder SH, eds. Handbook of Psychopharmacology. New York: Plenum Press. 1978:
197-211.
Shorr, U; Blaschke, K; Distler, TS; Sharma, AM. Relationship between angiotensin, leptin
and blood pressure in young normotensive men. J Hypertens 1998;16:1475-80.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
91
Sims HP, Tarazi R. Report of the Hypertension Task Force, Volume 9. Washington, DC: US
Government Printing Office 1979;61-77. US Dept of Health, Education, and Welfare
publication 70-1631 (NIH).
Smyth DD, Penner SB. Peripheral and central imidazolinic receptor-mediated natriuris in the
rat. Ann N Y Acad Sci 1999;881:144-157.
Stamler RA, Stamler J, Riedlinger WF, Algera G, Roberts RH. Weight and blood pressure
findings in hypertension secreening of 1 million Americans. JAMA 1978;240:1607-1610.
Stepniakowski KT, Goodfriend TL, Egan BM. Fatty acids enhance vascular a-adrenergic
sensitivity. Hypertension 1995;25:774-778.
Steppan CM, Bailey ST, Bhat S, et al. The hormone resistin links obesity to diabetes. Nature
2001;409:307-12.
Sugenoya J, Iwasc S, Mano T, Sugiyama Y, Ogawa Y, Nishiyama T, et al . Vasodilataor
component in sympathetic nerve activity destined for the skin of the dorsal foot of mildiy
heated humans. J Phisiol ( Lond) 1998;507:603-610.
Suhayla Mukaddam-Daher, Jolanta Gutkowska. Atrial natriuretic peptide is involved in renal
actions of moxonidine. Hypertension 2000;35:1215-1220.
Suter PM, Locher R, Häsler E, Vetter W. Is there a role for the ob gene product leptin in
essential hypertension? Am J Hypertens 1998;11:1305-1311.
Tartaglia LA, Dembski M, Weng X, Deng N, Culpepper J, Devos R, Richards GJ, Campfield
LA, Clark FT, Deeds J, et al. Identification and expression cloning of a leptin receptor, Ob-R.
Cells 1997; 83: 1263-1271.
The Third Report of the National Cholesterol Education Program Expert Panel on Detection,
Evaluation, and Treatment of Higth Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III,
2001). JAMA 2001;285:2486-2497.
Thornton JE, Chueng CC, Clifton DK, Steiner RA: Regulation of hypothalamic
proopiomelanocortin mRNA by leptin in ob/ob mice. Nature 1994;372:425-432.
Tibiriçá E, Feldman J, Mermet C, Monassier L, Gonon F, Bousquet P. Selectivity of
rilmenidine for the nucleus reticularis lateralis, a ventrolateral medullary structure containing
imidazoline preferring receptors. Eur J Pharmacol 1991;209:213-225.
Trieb G, Jager B, Hughers PR, et al. Long-term evaluation of the antihypertensive efficacy
and tolerability of the orally-acting imidazoline I 1 receptor agonist moxonidine in patients
with mild to moderate essential hypertension. Eur J Clin Res 1995;7:227-240.
Troisi RJ, Weiss ST, Parker DR, Sparrow D, Young JB, Landsberg L. Relation of obesity and
diet to sympathetic nervous system activity. Hypertension 1991;17:669-677.
Tuck ML, Sowers J, Dornfeld L, Kledzik G, Maxwell M. The effect of weight reduction on
blood pressure, plasma renin activity, and plasma aldosterone levels in obese patients. N
Engl J Med 1981;304:930-933.
Tuck ML. Obesity, the sympathetic nervous system, and essential hypertension.
Hypertension 1992;19(suppl I):I-67-I-77.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
92
Turpeinen AK, Haffner SM, Louheranta AM, Niskanen LK, Miettinen H, Uusitupa MI. Serum
leptin in subjects with impaired glucose tolerance in relation to insulin sensitivity and first-
phase insulin response. Int J Obes Relat Metab Disord 1997; 21: 284-287.
Vallbo A, Hagbarth HE, Wallin BG. Somatosensory, proprioceptive and sympathetic activity
in human peripheral nerves. Physiol Rev 1979;59:919-957.
Van Harmelen, V; Ariapart, P; Hoffstedt J; Lundkvist, I; Bringman, S; Arner P. Increased
adipose angiotensinogen gene expression in human obesity. Obes Res 2000, 8:337-41.
Van Zwieten PA. Alpha-adrenoceptor-blocking agents in the treatment of hypertension. In:
Laragh JH, Brenner BM, eds. Hypertension. 2nd ed. New York: Raven Press, 1995: 2917-
2936.
Van Zwieten PA. From α and β to I
1
: an overview of sympathetic receptors involved in blood
pressure control targets for drug treatment. J Cardiovasc Pharmacol 1996; 27 (suppl 3): S5-
S10.
Varsano AN, Ulick S. A simplified radioimmunoassay of plasma aldosterone. J Clin
Endocrinol and Metabol 1973;37:372.
Vollenweider P, Radin D, Lappy L, Jaquier E, Nichol P, Schetter U. Impaired insulin induced
sympathetic activation and vasodilation in skeletal muscle in obese humans. J Clin Invest
1994;93:2365-2371.
Wallin BG, Esler MD, Dorward P, Eiscnhofer G, Ferrier C, Westerman R, et al. Simultaneous
measurements of cardiac noradrenaline spillover and sympathetic outflow to skeletal muscle
in humans. J Physiol (Lond) 1992;453:45-58.
Wallin BG, Thompson JH, Jennings GL, Esler MD. Renal noradrenaline spillover correlatcs
with muscle sympathetic activity in humans. J Physiol 1996;491:881-887.
Ward KD, Sparrow D, Landsberg L, Young JB, Weiss ST. The influence of obesity, insulin,
and sympathetic nervous system activity on blood pressure. Clin Res 1993;2:168A.
Wenzel RR, Lukas S, Su Q, Sidney S, Thomas FL, Georg N. I1-Imidazoline agonist
moxonidine decreases sympathetic nerve activity and blood pressure in hypertensives.
Hypertension, 1998;32:1022-1027.
Weyer C, Funashashi T, Tanaka S, Hotta K, Matsuzawa Y, Tatarami PA.
Hypoadiponectinemia in obesity and type 2 diabetes: close association with insulin
resistence and hyperinsulinemia. J Clin Endocrinol Metab 2001; 86: 1930-1935.
Weyer C, Pratley RE, Snitker, Spraul M, Ravussin E, Tataranni PA. Ethnic differences in
insulinemia and sympathetic tone as links between obesity and blood pressure. Hypertension
2000;36:531-537.
Wiecek A, Fliser D, Nowicki M, Ritz E. Effect of moxonidine on urinary electrolyte excretion
and renal haemodynamics in man. Eur J Clin Pharmacol 1995;48:203-208.
Young JB, Landsberg L. Diet-induced changes in sympathetic nervous system activity:
possible implications for obesity and hypertension. J Chronic Dis 1982;35:879-886.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos...
REFERÊNCIAS
93
Young JB, Landsberg L. Symphatetic nervous system in hypertension. In: Brenner B, Stein
JH, eds. Hypertension: Contemporary Issues in Nephrology. New York: Churchil Livingstone,
1981:100-141.
Zech P , Pozet N. effect of rilmenidine on Neurohormonal System in Patients Treated for Mild
to Moderate hypertension. In. 11
th
Scientific Meeting of the International Society of
Hypertension. Heidelberg: International Society of Hypertension, 1986.
Zhang Y, Proenca R, Maffei M, Barone M, Leopold L, Friedman JM. Positional cloning of the
mouse obese gene and its human homologue. Nature 1994; 372: 425-432.
Zimmet P. Hyperinsulinemia - how innocent a bystander? Diabetes Care 1993;16(suppl 3):
56-77.
Zimmet P. Kelly West Lecture 1991. Challenges in diabetes epidemiology - from West to the
rest. Diabetes Care 1992; 15: 232-252.
Zhongmin MA. Radioimmunoassay of leptin in human plasma. Clinical Chemistry
1996;42:942-946.
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
94
ANEXOS
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
ANEXO I
CALENDÁRIO DE EVENTOS
Calendário dos Eventos
Visitas
-2 -1 1 2 3 4 5 6 7
Mês
-1 -0,5 0 1 2 3 4 5 6
Consentimento Informado
x
N
o
do Paciente
x
N
o
Randomização
x
Pressão arterial
x x x x x x x x x
Freqüência cardíaca
x x x x x x x x x
Medidas Antropométricas.
x x x x x x x x x
História
x
Exame Físico
x x x x x x x x x
Ajuste dose
x x x x x
Perfil Lipídico
x x x
Catecolaminas
x x x
Leptina
x x x
Glicose Jejum
x x x x
Glicose 2h Pos Dextrosol
x x x
Insulina Jejum
x x x
Insulina 2h Pos Dextrosol
x x x
Creatinina
x x x x
Na
U
/ 12h
x x x
APR
x x x
Aldosterona
x x x
ECG
x x x
Urina: EAS
x x x
MAPA
x x
Na
U
: sódio urinário; APR: atividade plasmática de renina; ECG; eletrocardiograma; EAS: elementos anormais e
sedimento urinário; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial
95
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
96
ANEXO II
FICHA DE ACOMPANHAMENTO
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Laboratório de Fisiopatologia Clínica e Experimental - CLINEX
Clinica de Hipertensão
VISITA -2 (___/___/___)
Paciente: __________________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________________
Tel:_____________
Nascimento: ____/____/_______ Idade: _______ Sexo: _______ Raça: ______________
Reg. HUPE:___________ Data do Consentimento: ____/____/____
Teste de Gravidez: _________________
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ___________________________________
Avaliação Antropométrica
Peso:________ Altura: __________ Cintura: __________Quadril: _________
Pregas cutâneas bicipital: ______ ntricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
EXAMES DE LABORATÓRIO
Creatinina sérica:_______________ Na 24 h: _____________
HISTÓRICO: Hipertenso há _____ anos. Toma antihipertensivo há ___ anos.
Medicação: ____________________________________ Dose: __________
Método Anticoncepcional: _________
Condição crônica? ______ Qual? ___________________________________
Cirurgia? _______ Qual? __________________________________________
Alergia? _________________ Outra medicação? _________-_____________
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ ____ hora do medição: ____
Posição Ortostática: Posição Supina:
Média de 3 medidas: PAS: __________ Média de 3 medidas: PAS: ___________
PAD: __________ PAD: ____________
FC: __________ FC: _____________
ELETROCARDIOGRAMA: ___/___/______
Comentários: ____________________________________________________________
VISITA -1 (___/___/___)
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ______________________________
Avaliação Antropométrica
Peso:________ Altura: ______ Cintura: __________Quadril: _____________
Pregas cutâneas bicipital: ____ tricipital: _____ subescapular: ____ Suprailíaca: ____
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
97
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: ________ hora do medição: ____
Posição Ortostática: Posição Supina:
Média de 3 medidas: PAS: _______ Média de 3 medidas: PAS: ________
PAD: _________ PAD: ________
FC: ________ FC: _________
MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita?
Qual? Por que? _______________________________________________________
MEDICAÇÃO DO ESTUDO:
Qual medicação? ___________________ Data da entrega: ___/___/___
Quantos comp?_____
Dose diária recomendada: ________________
EVENTOS ADVERSOS: ____________________________________________
VISITA 1 (___/___/___)
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ________________________
Avaliação Antropométrica
Peso:__________ Altura: _____ Cintura: __________Quadril: _____________
Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ : ____ hora do medição: ____
Posição Ortostática: Posição Supina:
Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: _______
PAD: ________ PAD: _______
FC: ________ FC: _________
M.A.P.A.: Data: ___/___/___ Hora do início: __________
Resumo dos achados: ________________________________________________________
EXAMES DE LABORATÓRIO:
Creatinina sérica: Na Sérico:
Glicose de jejum: Glicose 2h Pos-Sog:
Insulina de jejum: Insulina 2h Pos-Sog:
Catecolaminas pplasmáticas: Adrenalina:
Dopamina: Colesterol total:
HDL-colesterol: LDL-colesterol:
Triglicerídes: NaU 24h:
Creatinina na urina 24h: K Sérico
Aldosterona sérica: Leptina:
MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual?
Por que? _________________________________
MEDICAÇÃO DO ESTUDO:
Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: __________
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
98
Nova medicação: __________________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos comp?_____
Dose diária recomendada: ________________
EVENTOS ADVERSOS: _________________________________________
VISITA 2 (___/___/___)
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? _____________________
Avaliação Antropométrica
Peso:__________ Altura___ Cintura: __________Quadril: _____________
Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ______
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ hora do café: ____ hora do medição: ____
Posição Ortostática: Posição Supina:
Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: _______
PAD: ________ PAD: _______
FC: ________ FC: _________
MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita?
Qual? Por que?__________________ _____________________________________
MEDICAÇÃO DO ESTUDO:
Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: __________
Nova medicação: __________________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos comp?_____
Dose diária recomendada: ________________
EVENTOS ADVERSOS: ________________________________________
VISITA 3 (___/___/___)
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? _____________________
Avaliação Antropométrica
Peso:____________ Altura: ______ Cintura: __________Quadril: ________
Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ ___ hora do medição: ____
Posição Ortostática: Posição Supina:
Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: _______
PAD: _________ PAD: _______
FC: ________ FC: ________
MEDICAÇÃ CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita?
Qual? Por que? _____________________________________________________
MEDICAÇÃO DO ESTUDO:
Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: _______
Nova medicação: _____________ Data da entrega: ___/___/___
Quantos comp?_______dose diária recomendada: ________________
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
99
EVENTOS ADVERSOS: _____________________________________
VISITA 4 (___/___/___)
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? _________________
Avaliação Antropométrica
Peso:____________ Altura: ___ Cintura: __________Quadril: _______
Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____
subescapular: _______ Suprailíaca: ____
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _______ hora do medição: __
Posição Ortostática: Supina:
Média de 3 medidas:PAS: _____Média de 3 medidas:PAS: _________
PAD: __________ PAD: _________
FC: ________ FC: __________
EXAMES DE LABORATÓRIO:
Creatinina sérica: Na Sérico:
Glicose de jejum: Glicose 2h Pos-Sog:
Insulina de jejum: Insulina 2h Pos-Sog:
Catecolaminas plasmática: Adrenalina:
Dopamina: Colesterol total:
HDL-colesterol: LDL-colesterol:
Triglicerídes: NaU 24h:
Creatinina na urina 24h: K sérico
Aldosterona sérica: Leptina:
MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita? Qual?
Por que___________________________________
MEDICAÇÃO DO ESTUDO:
Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: _______
Nova medicação: ___________________ Data da entrega:___/___/___ Quantos comp?_____
Dose diária recomendada: ________________
EVENTOS ADVERSOS: _____________________________________
VISITA 5 (___/___/___)
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? _________________
Avaliação Antropométrica
Peso:____________ Altura: ___ Cintura: __________Quadril: _______
Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____
subescapular: _______ Suprailíaca: ____
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
100
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: ________ hora do medição: ____
Posição Ortostática: Posição Supina:
Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: _______
PAD: ________ PAD: _______
FC: ________ FC: _________
MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita?
Qual? Por que? ______________________________________________________
MEDICAÇÃO DO ESTUDO:
Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: ___________
Qual medicação? ___________________ Data da entrega: ___/___/___
Quantos comp?_____
Dose diária recomendada: ________________
EVENTOS ADVERSOS: __________________________________________
VISITA 6 (___/___/___)
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ______________________
Avaliação Antropométrica
Peso:____________ Altura: __ Cintura: __________Quadril: _____________
Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _______ hora do medição: ____
Posição Ortostática: Posição Supina:
Média de 3 medidas: PAS: ________ Média de 3 medidas: PAS: ________
PAD: ________ PAD: ________
FC: ________ FC: _________
MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita?
Qual? Por que? _______________________________________________________
MEDICAÇÃO DO ESTUDO:
Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: ___________
Qual medicação? ___________________ Data da entrega: ___/___/___ Quantos
comp?_____
Dose diária recomendada: ________________
EVENTOS ADVERSOS: __________________________________________
VISITA 7 (___/___/___)
EXAME FÍSICO: Jejum: _______horas
Alguma alteração no exame físico? ______ Qual? ______________________
Avaliação Antropométrica
Peso:____________ Altura: __ Cintura: __________Quadril: _____________
Pregas cutâneas bicipital: ______ tricipital: _____ subescapular: _______ Suprailíaca: ____
IMC: _______ RCQ: __________ % gordura corpórea: _________
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
101
PRESSÃO ARTERIAL: hora do remédio: _____ hora do café: ____ hora do medição: ____
Posição Ortostática: Posição Supina:
Média de 3 medidas: PAS: _________ Média de 3 medidas: PAS: ________
PAD: _________ PAD: ________
FC: ________ FC: __________
M.A.P.A.: Data: ___/___/___ Hora do início: __________
Resumo dos achados: ________________________________________________________
ELETROCARDIOGRAMA: ___/___/___
Comentários: _______________________________________________________________
EXAMES DE LABORATÓRIO:
Creatinina sérica: Na Sérico:
Glicose de jejum: Glicose 2h Pos-Sog:
Insulina de jejum: Insulina 2h Pos-Sog:
Catecolaminas plasmáticas: Adrenalina:
Dopamina: Colesterol total:
HDL-colesterol: LDL-colesterol:
Triglicerídes: NaU 24h:
Creatinina na urina 24h: K sérico
Aldosterona sérica: Leptina:
MEDICAÇÃO CONCOMITANTE: Tomou algum medicamento desde a última visita?
Qual? Por que? _______________________________________________________
MEDICAÇÃO DO ESTUDO:
Comprimidos devolvidos: _____________ Dose diária tomada: __________
Qual medicação? ___________________ Data da entrega: ___/___/___
Quantos comp?_____
Dose diária recomendada: ________________
EVENTOS ADVERSOS:______________________________________________________
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
1. Pressão Arterial – Moxonidina e Amlodipina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
170
153
160
155
166
180
148
160
176
160
164
148
174
172
148
160
154
154
146
V4
140
140
140
151
132
162
120
142
170
146
149
140
136
130
132
138
138
133
128
V7
170
150
139
154
138
170
132
130
140
138
148
128
168
138
128
132
138
128
130
PAS - Moxonidina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
114
113
100
106
98
102
98
98
106
98
100
98
105
106
94
100
110
102
98
V4
92
94
88
110
84
104
80
94
110
92
89
90
84
89
84
84
100
88
96
V7
106
96
84
98
80
98
90
84
97
86
84
84
98
90
86
84
88
88
84
PAD - Moxonidina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
133
126
120
122
121
128
115
119
129
119
121
115
128
128
112
120
125
119
114
V4
108
109
105
124
100
123
93
110
130
110
109
107
101
103
100
102
113
103
107
V7
127
114
102
117
99
122
104
99
111
103
105
99
121
106
100
100
105
101
99
PAM - Moxonidina
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
180
180
168
180
144
160
158
172
154
180
160
158
150
160
146
148
150
144
152
146
130
V4
154
145
168
142
124
128
138
140
138
130
128
136
146
142
130
136
132
142
128
130
130
V7
151
148
130
123
140
128
140
140
128
142
136
130
138
140
124
130
130
130
126
126
138
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
114
114
112
114
106
104
96
102
104
110
100
98
104
105
96
96
98
110
102
98
106
V4
92
106
112
86
88
86
86
88
92
80
80
86
92
88
88
84
88
94
84
90
90
V7
96
96
94
87
90
84
92
84
90
80
86
84
88
90
84
88
88
90
84
84
96
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
136
136
131
136
119
123
117
125
121
133
120
118
119
123
113
113
115
121
119
114
103
V4
113
119
131
105
100
100
103
105
107
97
96
103
110
106
102
101
103
110
98
103
103
V7
114
113
106
99
107
99
108
103
103
101
103
99
105
107
97
102
102
93
98
98
110
PAS - Amlodipina
PAM - AmlodipinaPAD - Amlodipina
102
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
2. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/24h - Moxonidina
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
V7 PAS 24h
144.0
124.0
131.0
131.0
134.0
170.0
111.0
132.0
143.0
136.0
135.0
149.0
158.0
146.0
116.0
118.0
116.0
105.0
105.0
V7 PAD 24h
89.0
68.0
74.0
89.0
68.0
105.0
65.0
75.0
92.0
84.0
76.0
89.0
100.0
91.0
70.0
58.0
87.0
73.0
62.0
V7 PAM 24h
108.0
90.0
94.0
103.0
91.0
129.0
81.0
94.0
110.0
103.0
98.0
110.0
121.0
110.0
83.0
79.0
99.0
87.0
78.0
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
PAS 24hV1
157.0
139.0
120.0
132.0
140.0
162.0
115.0
148.0
162.0
138.0
176.0
146.0
152.0
180.0
132.0
121.0
130.0
129.0
139.0
PAD 24hV1
96.0
80.0
75.0
88.0
78.0
98.0
70.0
89.0
98.0
84.0
100.0
86.0
94.0
111.0
84.0
69.0
83.0
84.0
70.0
PAM 24hV1
117.0
103.0
91.0
102.0
99.0
122.0
85.0
110.0
120.0
104.0
127.0
109.0
113.0
135.0
99.0
91.0
95.0
100.0
89.0
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
SC S 24hV1
78.3
47.8
2.8
20.9
48.7
93.5
3.5
73.2
94.2
47.3
100.0
68.9
81.8
100.0
24.1
25.0
11.6
13.3
13.5
SC D 24hV1
59.4
17.3
5.4
49.3
7.6
76.6
5.2
41.0
68.1
29.8
73.5
29.7
58.4
98.3
32.2
1.5
32.5
31.1
8.1
PAS/PAD/PAM 24h - V1
PAS/PAD/PAM 24h - V7
Sobrecargas sistólica/diastólica 24h - V1
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
V7 SC S 24h
57.8
8.9
21.6
19.4
31.1
91.0
0.0
17.0
52.3
36.3
46.6
73.1
87.8
64.5
0.0
5.7
11.2
3.8
0.0
V7 SC D 24h
50.0
4.4
5.0
42.8
4.9
83.9
1.5
4.2
51.1
34.8
6.6
45.1
70.2
51.6
0.0
1.4
43.6
5.1
3.2
Sobrecargas sistólica/diastólica 24h - V7
103
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
3. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/Diurno – Moxonidina
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
PAS diurnoV1
157.0
143.0
122.0
134.0
146.0
159.0
118.0
151.0
164.0
135.0
178.0
143.0
151.0
183.0
138.0
128.0
124.0
132.0
131.0
PAD diurnoV1
95.0
83.0
75.0
90.0
82.0
95.0
73.0
91.0
101.0
83.0
101.0
85.0
93.0
114.0
91.0
71.0
89.0
86.0
71.0
PAM diurnoV1
116.0
106.0
92.0
104.0
103.0
119.0
88.0
112.0
122.0
101.0
128.0
107.0
112.0
138.0
106.0
92.0
102.0
102.0
91.0
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
V7PAS diurno
144.0
124.0
132.0
132.0
138.0
163.0
113.0
132.0
143.0
137.0
130.0
149.0
154.0
145.0
115.0
118.0
124.0
120.0
129.0
V7 PAD diurno
90.0
68.0
76.0
91.0
72.0
103.0
68.0
77.0
94.0
88.0
74.0
89.0
100.0
91.0
71.0
58.0
91.0
76.0
61.0
V7 PAM diurno
108.0
90.0
95.0
104.0
95.0
124.0
83.0
95.0
111.0
106.0
95.0
109.0
119.0
110.0
85.0
80.0
103.0
90.0
78.0
MAPA: PAS/PAD/PAM DIURNO V1
MAPA: PAS/PAD/PAM DIURNO V7
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
V7 SC S diurno
57.4
11.3
21.6
23.6
43.5
85.2
0.0
15.3
51.6
37.2
32.3
72.4
85.1
57.8
0.0
7.4
12.7
5.4
0.0
V7 SC D diurno
50.0
6.8
8.1
49.0
7.6
85.2
2.8
7.6
59.6
39.5
2.9
44.8
72.2
55.2
0.0
0.0
55.3
5.4
3.4
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
SC S diurnoV1
79.2
56.5
2.0
28.8
64.2
91.2
5.7
87.8
98.0
38.4
100.0
60.3
81.1
100.0
34.2
13.6
18.5
23.0
21.7
SC D diurnoV1
60.3
21.7
4.0
59.3
10.7
70.1
8.5
45.4
74.0
28.2
87.5
26.4
54.7
97.4
52.6
2.2
51.8
42.3
13.0
Sobrecargas sistólica/diastólica DIURNO V1
Sobrecargas sistólica/diastólica DIURNO V7
104
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
4. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/Noturno – Moxonidina
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
PAS notV1
158.0
132.0
116.0
128.0
127.0
171.0
110.0
144.0
159.0
144.0
173.0
152.0
152.0
176.0
121.0
141.0
108.0
128.0
126.0
PAD notV1
98.0
74.0
73.0
82.0
67.0
105.0
64.0
87.0
91.0
86.0
99.0
90.0
95.0
106.0
74.0
64.0
73.0
81.0
66.0
PAM notV1
120.0
97.0
88.0
97.0
89.0
128.0
81.0
106.0
115.0
109.0
125.0
113.0
116.0
131.0
87.0
89.0
85.0
97.0
86.0
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
V7 PAS not
143.0
125.0
131.0
131.0
126.0
183.0
108.0
131.0
143.0
134.0
151.0
148.0
171.0
146.0
104.0
108.0
113.0
107.0
108.0
V7 PAD not
87.0
68.0
72.0
86.0
61.0
108.0
61.0
72.0
88.0
78.0
84.0
89.0
102.0
90.0
66.0
59.0
79.0
66.0
77.0
V7 PAM not
108.0
92.0
91.0
101.0
85.0
136.0
78.0
93.0
106.0
98.0
108.0
111.0
129.0
109.0
78.0
75.0
91.0
80.0
90.0
PAS/PAD/PAM - V1
PAS/PAD/PAM - V7
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
V7 SC S not
59.0
4.3
21.7
9.0
9.0
100.0
0.0
19.0
54.1
34.7
90.9
75.0
95.0
75.0
0.0
0.0
8.3
0.0
0.0
V7 SC D not
50.0
0.0
0.0
27.2
0.0
81.8
0.0
0.0
29.1
26.0
18.1
45.8
65.0
45.8
0.0
6.1
20.8
4.2
0.0
Paciente
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
SC S notV1
76.1
30.4
4.1
0.0
9.0
100.0
0.0
52.1
84.2
66.6
100.0
90.4
83.3
100.0
8.3
50.0
0.0
0.0
0.0
SC D notV1
57.1
8.6
8.3
22.7
0.0
95.0
0.0
34.7
52.6
33.3
52.0
38.0
66.6
100.0
0.0
0.0
0.0
15.7
0.0
Sobrecargas sistólica/diastólica - V1
Sobrecargas sistólica/diastólica - V7
105
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
5. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/24h - Amlodipina
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
PAS 24h V1
188.0
157.0
174.0
137.0
116.0
136.0
147.0
167.0
160.0
168.0
140.0
115.0
143.0
150.0
124.0
128.0
127.0
126.0
130.0
134.0
142.0
PAD 24h V1
109.0
112.0
109.0
93.0
76.0
75.0
86.0
94.0
97.0
99.0
81.0
69.0
92.0
97.0
80.0
72.0
80.0
84.0
80.0
89.0
81.0
PAM 24h V1
138.0
129.0
130.0
109.0
90.0
97.0
107.0
119.0
117.0
124.0
103.0
85.0
109.0
115.0
95.0
92.0
96.0
98.0
97.0
106.0
103.0
PAS/PAD/PAM 24h - V1
PAS/PAD/PAM 24h - V7
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
SC S 24h
98.7
90.4
94.2
35.0
2.7
28.7
75.3
96.1
86.4
100.0
52.7
6.8
64.3
80.7
9.2
17.3
12.0
0.0
23.6
43.0
56.1
SC D 24h
87.1
96.4
90.3
65.0
10.9
12.1
34.5
62.3
68.9
86.5
24.3
0.0
54.7
78.3
14.4
8.6
15.5
16.4
20.8
44.6
23.2
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
PAS 24h V7
135.00
126.00
140.00
136.00
129.00
126.00
121.00
127.00
125.00
152.00
116.00
121.00
130.00
131.00
114.00
124.00
127.00
125.00
127.00
113.00
126.00
PAD 24h V7
75.00
89.00
90.00
92.00
83.00
76.00
69.00
74.00
80.00
83.00
65.00
76.00
82.00
84.00
72.00
67.00
83.00
83.00
79.00
75.00
71.00
PAM 24h V7
97.00
101.00
105.00
106.00
97.00
94.00
87.00
92.00
96.00
105.00
84.00
92.00
98.00
100.00
87.00
85.00
98.00
96.00
95.00
92.00
90.00
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
SC S 24h
24.20
10.90
50.90
34.90
20.70
10.50
5.30
9.20
13.30
79.00
1.40
1.70
12.00
15.60
2.50
10.00
5.70
8.10
12.70
0.00
11.10
SC D 24h
4.20
48.70
60.70
60.20
36.30
9.20
0.00
1.50
18.60
19.70
0.00
14.20
24.00
15.60
3.80
5.70
17.10
21.60
6.30
0.00
2.20
Sobrecargas sistólica/diastólica 24h - V1
Sobrecargas sistólica/diastólica 24h - V7
106
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
6. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/Diurno – Amlodipina
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
PAS diurno
192.0
159.0
176.0
137.0
122.0
139.0
146.0
167.0
164.0
173.0
145.0
120.0
147.0
151.0
126.0
129.0
126.0
126.0
128.0
137.0
144.0
PAD diurno
113.0
114.0
110.0
94.0
82.0
79.0
87.0
94.0
101.0
101.0
85.0
77.0
94.0
97.0
82.0
75.0
80.0
85.0
80.0
92.0
85.0
PAM diurno
143.0
130.0
132.0
110.0
95.0
101.0
108.0
118.0
121.0
126.0
108.0
90.0
112.0
116.0
96.0
94.0
95.0
99.0
97.0
109.0
106.0
PAS/PAD/PAM DIURNO - V1
PAS/PAD/PAM DIURNO - V7
Sobrecargas Sistólica/Diastólica DIURNO - V1
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
SC S diurno
100.0
96.6
93.7
35.7
4.0
29.7
73.6
94.6
86.0
100.0
68.6
15.0
79.5
86.4
13.2
20.0
10.8
0.0
16.6
50.0
66.0
SC D diurno
98.1
100.0
84.3
67.8
16.3
14.8
33.3
62.5
80.0
87.9
33.3
0.0
71.4
83.0
15.0
10.0
16.2
23.0
18.7
50.0
32.0
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
PAS diurno
136.00
127.00
140.00
139.00
133.00
127.00
122.00
129.00
129.00
155.00
117.00
125.00
134.00
131.00
118.00
126.00
128.00
126.00
127.00
116.00
124.00
PAD diurno
76.00
88.00
89.00
97.00
87.00
78.00
71.00
76.00
84.00
85.00
67.00
83.00
87.00
83.00
74.00
70.00
84.00
86.00
80.00
78.00
69.00
PAM diurno
98.00
101.00
104.00
111.00
101.00
95.00
88.00
93.00
101.00
108.00
85.00
97.00
103.00
99.00
89.00
87.00
99.00
99.00
96.00
95.00
89.00
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
SC S diurno
24.00
12.00
50.00
42.30
29.60
7.50
5.80
11.60
14.80
85.90
2.30
3.00
17.60
20.00
3.70
14.80
9.00
4.30
10.00
0.00
6.60
SC D diurno
6.00
48.20
55.50
76.20
50.00
9.40
0.00
2.30
24.00
26.30
0.00
21.20
33.30
17.50
5.50
8.50
27.20
26.00
10.00
0.00
0.00
Sobrecargas Sistólica/Diastólica DIURNO - V7
107
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
7. MAPA - Pressão Arterial e Sobrecargas/Noturno – Amlodipina
108
PAS/PAD/PAM NOTURNO - V1
PAS/PAD/PAM NOTURNO - V7
Sobrecargas NOTURNO - V1
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
PAS noturno
179.0
153.0
170.0
138.0
104.0
128.0
149.0
168.0
153.0
157.0
129.0
111.0
135.0
149.0
120.0
116.0
128.0
124.0
134.0
130.0
139.0
PAD noturno
98.0
108.0
109.0
91.0
64.0
65.0
85.0
94.0
88.0
95.0
72.0
62.0
86.0
96.0
76.0
54.0
80.0
81.0
79.0
83.0
73.0
PAM noturno
126.0
125.0
127.0
108.0
78.0
87.0
107.0
120.0
110.0
119.0
92.0
80.0
103.0
114.0
91.0
78.0
97.0
96.0
98.0
99.0
96.0
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
SC S noturno
95.6
75.0
95.0
33.0
0.0
26.3
79.1
100.0
87.5
100.0
17.3
0.0
33.3
66.6
0.0
0.0
14.2
0.0
37.5
30.4
34.7
SC D noturno
60.8
87.5
100.0
58.0
0.0
5.2
37.5
61.9
45.8
83.3
4.3
0.0
20.8
66.6
13.0
0.0
14.2
0.0
25.0
34.7
4.3
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
PAS noturno
132.00
126.00
142.00
130.00
119.00
126.00
119.00
124.00
116.00
143.00
114.00
114.00
120.00
130.00
106.00
120.00
127.00
122.00
126.00
108.00
131.00
PAD noturno
72.00
90.00
92.00
80.00
76.00
73.00
68.00
71.00
69.00
78.00
62.00
67.00
72.00
86.00
66.00
62.00
80.00
79.00
76.00
69.00
75.00
PAM noturno
95.00
101.00
107.00
95.00
89.00
91.00
86.00
90.00
86.00
99.00
82.00
85.00
88.00
101.00
80.00
81.00
97.00
92.00
95.00
85.00
94.00
Paciente
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
SC S noturno
25.00
8.30
53.30
16.60
0.00
17.30
4.50
4.50
9.50
62.50
0.00
0.00
0.00
8.30
0.00
0.00
0.00
14.20
17.60
0.00
20.00
SC D noturno
0.00
50.00
73.30
20.80
4.30
8.60
0.00
0.00
4.70
4.10
0.00
4.30
4.10
12.50
0.00
0.00
0.00
14.20
0.00
0.00
6.60
Sobrecargas NOTURNO - V7
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
109
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
8. Freqüência Cardíaca
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
Paciente
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
FC Diurno V1
75
84
78
76
82
81
82
96
82
80
82
86
92
76
76
96
100
99
92
FC Diurno V7
81
91
71
68
85
98
70
89
81
82
72
90
95
85
86
96
98
102
109
FC Noturno V1
75
71
65
71
67
73
72
72
67
72
74
79
76
69
60
86
91
72
87
FC Noturno V7
75
70
62
65
80
80
68
76
72
73
68
77
88
81
69
89
76
76
94
Paciente
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
FC Diurno V1
86
92
111
96
72
68
77
85
85
84
80
78
80
77
105
91
94
90
87
88
84
FC Diurno V7
75
96
100
94
83
75
72
88
90
102
75
72
82
79
104
79
88
83
79
80
76
FC Noturno V1
71
82
92
95
63
67
67
83
77
73
67
58
67
74
85
76
91
85
78
80
73
FC Noturno V7
70
74
86
75
66
73
66
79
74
88
68
56
70
77
84
72
86
83
78
75
81
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
FC V1
84
76
72
75
60
85
70
92
72
80
92
80
72
68
76
80
100
76
100
FC V4
76
80
72
76
72
80
84
80
80
76
81
76
80
74
84
80
80
94
80
FC V7
76
84
78
74
70
88
76
84
78
86
76
84
96
74
64
88
100
88
80
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
FC V1
77
76
96
80
80
60
70
87
82
74
72
64
76
77
76
80
84
72
80
80
82
FC V4
67
82
96
72
72
76
76
82
76
88
72
76
76
80
92
76
84
72
68
80
80
FC V7
68
80
93
80
80
72
68
85
72
88
72
72
72
80
76
84
100
72
80
80
76
FC - Moxonidina
FC - Amlodipina
FC monitorização 24h - Moxonidina
FC monitorização 24h - Amlodipina
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
110
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
9. Catecolaminas Plasmáticas - Moxonidina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
31.0
35.0
88.0
53.0
130.0
12.0
57.0
33.0
72.0
98.0
85.0
77.0
59.0
43.0
74.0
59.0
71.0
60.0
V4
41.0
10.0
102.0
116.0
65.0
46.0
70.0
41.0
74.0
20.0
61.0
91.0
V7
25.0
12.0
80.0
48.0
120.0
22.0
66.0
46.0
94.0
77.0
61.0
46.0
33.0
31.0
28.0
22.0
35.0
36.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
69.0
41.0
16.0
14.0
35.0
43.0
23.0
67.0
38.0
49.0
30.0
31.0
78.0
81.0
79.0
74.0
106.0
33.0
50.0
V4
13.0
49.0
96.0
54.0
39.0
58.0
59.0
59.0
41.0
27.0
54.0
41.0
47.0
65.0
98.0
24.0
77.0
V7
63.0
88.0
43.0
71.0
38.0
40.0
30.0
23.0
32.0
39.0
91.0
27.0
55.0
87.0
48.0
60.0
87.0
59.0
76.0
Adrenalina Supina
Adrenalina Arterial
Adrenalina Ortostatica
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
48.0
31.0
41.0
41.0
31.0
57.0
64.0
12.0
72.0
47.0
29.0
61.0
82.0
84.0
68.0
83.0
90.0
58.0
20.0
V4
34.0
39.0
32.0
46.0
77.0
47.0
63.0
61.0
23.0
27.0
47.0
48.0
33.0
29.0
98.0
74.0
91.0
88.0
V7
25.0
12.0
93.0
36.0
82.0
46.0
36.0
35.0
56.0
26.0
27.0
36.0
52.0
95.0
37.0
66.0
94.0
39.0
61.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
205.0
274.0
101.0
539.0
232.0
236.0
269.0
280.0
113.0
211.0
281.0
241.0
213.0
93.0
211.0
188.0
115.0
V4
82.0
53.0
312.0
284.0
319.0
228.0
275.0
285.0
272.0
203.0
138.0
294.0
199.0
207.0
242.0
287.0
114.0
172.0
V7
96.0
60.0
315.0
279.0
240.0
115.0
143.0
202.0
282.0
154.0
258.0
201.0
237.0
51.0
143.0
132.0
234.0
242.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
227.0
246.0
236.0
65.0
111.0
169.0
175.0
214.0
194.0
210.0
218.0
187.0
194.0
163.0
202.0
221.0
210.0
141.0
V4
104.0
253.0
121.0
119.0
243.0
178.0
160.0
224.0
202.0
127.0
V7
46.0
173.0
216.0
88.0
101.0
66.0
280.0
194.0
154.0
140.0
134.0
123.0
183.0
141.0
160.0
161.0
203.0
132.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
270.0
185.0
378.0
303.0
169.0
304.0
543.0
213.0
176.0
279.0
196.0
310.0
156.0
154.0
245.0
257.0
V4
105.0
192.0
261.0
247.0
292.0
109.0
287.0
277.0
169.0
183.0
199.0
193.0
164.0
191.0
V7
228.0
190.0
179.0
204.0
116.0
190.0
180.0
225.0
275.0
215.0
147.0
267.0
97.0
316.0
73.0
142.0
NE Supina
NE Arterial
NE Ortostatico
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
111
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
10. Catecolaminas Plasmáticas - Amlodipina
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
27
52
97
68
25
118
18
35
64
57
47
41
30
79
61
45
47
86
43
36
48
V4
9.0
67.0
79.0
11.0
29.0
61.0
82.0
49.0
70.0
59.0
94.0
75.0
52.0
24.0
18.0
95.0
23.0
57.0
V7
32.0
14.0
82.0
81.0
52.0
59.0
99.0
69.0
58.0
53.0
33.0
24.0
61.0
64.0
43.0
37.0
93.0
56.0
39.0
89.0
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
62.0
63.0
43.0
22.0
190.0
24.0
101.0
27.0
97.0
74.0
38.0
62.0
62.0
93.0
28.0
63.0
59.0
48.0
41.0
38.0
32.0
V4
23.0
45.0
91.0
79.0
72.0
23.0
31.0
35.0
49.0
V7
20.0
193.0
24.0
27.0
43.0
36.0
90.0
86.0
89.0
47.0
32.0
33.0
52.0
42.0
45.0
28.0
51.0
45.0
24.0
43.0
21.0
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
77.0
97.0
14.0
69.0
28.0
18.0
22.0
60.0
88.0
68.0
22.0
56.0
31.0
64.0
76.0
69.0
70.0
71.0
63.0
97.0
34.0
V4
12.0
48.0
29.0
43.0
60.0
37.0
66.0
51.0
44.0
74.0
66.0
57.0
52.0
63.0
81.0
V7
40.0
50.0
135.0
65.0
77.0
48.0
67.0
82.0
91.0
54.0
49.0
44.0
45.0
70.0
132.0
64.0
85.0
95.0
39.0
90.0
72.0
Adrenalina Supina
Adrenalina Arterial
Adrenalina Ortostatica
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
253.0
188.0
219.0
46.0
142.0
143.0
199.0
264.0
185.0
155.0
266.0
217.0
206.0
71.0
297.0
239.0
245.0
201.0
210.0
163.0
152.0
V4
158.0
211.0
157.0
121.0
120.0
177.0
170.0
216.0
96.0
V7
357.0
76.0
53.0
201.0
141.0
214.0
108.0
174.0
149.0
68.0
242.0
73.0
121.0
159.0
122.0
212.0
180.0
196.0
211.0
100.0
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
696.0
194.0
104.0
391.0
40.0
198.0
107.0
199.0
190.0
138.0
139.0
232.0
148.0
273.0
238.0
239.0
215.0
171.0
182.0
231.0
V4
73.0
71.0
43.0
218.0
213.0
155.0
164.0
152.0
285.0
176.0
237.0
148.0
123.0
172.0
V7
198.0
286.0
99.0
154.0
72.0
55.0
273.0
211.0
106.0
203.0
61.0
286.0
206.0
241.0
134.0
208.0
192.0
84.0
177.0
127.0
NE Supina
NE Arterial
NE Ortostatico
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
V1
273.0
184.0
51.0
91.0
314.0
250.0
299.0
158.0
221.0
261.0
182.0
167.0
165.0
177.0
220.0
111.0
194.0
125.0
100.0
V4
82.0
122.0
86.0
218.0
173.0
266.0
206.0
173.0
234.0
147.0
228.0
174.0
213.0
297.0
259.0
V7
245.0
213.0
189.0
83.0
128.0
153.0
271.0
253.0
238.0
271.0
131.0
230.0
185.0
188.0
104.0
184.0
244.0
208.0
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
112
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
11. Glicemia 0’(jejum) e 120’ (pós dextrosol), Triglicérides, Colesterol – Moxonidina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
GLI 0' V1
82
76
124
100
91
107
92
94
97
110
98
122
83
92
101
122
100
GLI 0' V4
101
97
104
99
105
106
112
118
92
104
95
142
85
100
111
127
95
GLI 0' V7
90
90
116
97
89
108
94
100
92
103
87
165
92
86
116
116
97
GLI 120' V1
135
130
107
129
102
192
57
138
166
170
151
196
62
140
226
182
148
GLI 120 'V4
130
125
139
112
157
156
82
168
127
142
117
230
93
76
205
197
144
GLI 120' V7
178
137
120
120
127
161
97
111
137
155
130
236
149
93
186
154
Glicemia 0'(jejum) e 120' pós dextrosol
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
C-TOTAL V1
259
331
299
80
240
241
245
165
231
213
285
210
225
217
156
224
223
213
221
C-TOTAL V4
298
235
301
164
177
323
220
214
241
201
301
206
226
276
159
231
210
196
198
C-TOTAL V7
288
259
270
158
227
308
224
225
205
200
257
246
250
157
307
258
245
202
TRIG V1
215
219
376
65
157
98
93
164
137
94
230
312
305
105
109
170
126
TRIG V4
214
145
363
63
202
119
121
158
136
75
141
198
136
191
144
98
132
188
TRIG V7
240
125
299
49
206
74
95
241
102
79
169
110
194
187
164
206
157
Colesterol total e Triglicérides
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
113
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
12. HDL e LDL-colesterol – Moxonidina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
HDL V1
38
37
30
34
35
62
57
55
57
52
46
36
60
84
29
44
51
41
54
HDL V4
27
40
39
43
25
63
47
62
53
51
48
41
62
78
36
46
44
49
HDL V7
30
35
38
45
35
71
49
57
51
48
43
60
77
41
47
55
46
51
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
LDL V1
178
250
194
33
174
159
169
77
147
142
193
112
130
66
159
138
142
LDL V4
228
166
189
108
112
236
149
120
161
135
225
117
137
183
85
156
126
111
LDL V7
210
199
172
103
151
222
156
120
134
136
180
164
162
77
223
158
120
HDL - Colesterol
LDL - Colesterol
ANEXO III
114
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
13. Glicemia 0’ (jejum) e 120’ (pós dextrosol), Triglicérides, Colesterol – Amlodipina
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
GLI 0' V1
88
97
138
99
97
85
114
111
84
99
90
92
92
98
96
100
97
107
97
87
111
GLI 0' V4
86
96
138
79
92
86
108
87
99
92
92
121
129
88
99
96
115
93
GLI 0' V7
94
97
129
91
114
86
101
109
107
108
96
97
106
108
91
95
95
102
106
GLI 120' V1
101
112
221
133
149
93
225
214
165
236
104
106
194
174
135
124
139
143
136
104
135
GLI 120' V4
130
104
221
100
179
89
106
152
164
89
104
233
179
124
119
103
150
124
GLI 120' V7
120
90
184
118
191
99
168
204
150
110
116
134
207
177
151
143
109
119
109
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
C-TOTAL V1
204
197
171
268
185
170
228
229
228
283
199
187
209
154
255
240
230
291
261
211
C-TOTAL V4
236
183
171
327
194
207
216
184
236
267
219
234
152
250
222
271
C-TOTAL V7
221
187
187
298
190
183
238
202
241
237
219
182
257
292
216
TRIG V1
120
78
120
109
144
124
144
318
264
95
81
152
260
240
133
84
212
197
52
140
TRIG V4
200
72
120
175
192
120
170
255
233
126
91
94
290
142
198
126
TRIG V7
146
80
124
115
107
140
148
287
304
115
122
100
106
140
146
Glicemia 0'(jejum) e 120'pós dextrosol
Colesterol total e Triglicérides,
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
115
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
14. Leptina, HOMA, Insulina 0’(jejum) e 120’ (pós dextrosol) – Moxonidina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
10.4
53.7
17.4
12.9
22.2
26.3
34.5
53.0
25.7
20.1
29.7
3.6
41.0
31.3
20.1
32.9
V4
7.6
38.9
16.4
9.6
22.0
17.0
18.1
20.4
44.0
70.0
26.6
21.9
21.7
17.2
4.4
38.1
42.7
31.8
49.2
V7
9.4
46.0
14.7
8.9
25.2
14.4
17.9
26.3
27.0
52.7
24.5
11.6
32.6
21.6
3.5
25.9
21.9
22.9
22.1
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
Ins V1 0'
19.2
26.1
109.5
12.8
24.9
29.2
18.7
20.1
24.9
20.7
20.0
13.4
64.6
12.1
23.3
68.8
6.7
29.1
25.0
Ins V4 0'
31.1
25.7
31.3
10.4
26.9
20.9
16.7
33.1
26.7
29.9
20.7
22.6
33.2
17.4
10.9
36.9
10.1
34.9
18.8
Ins V7 0'
21.8
29.3
38.4
17.3
24.6
20.2
17.0
31.8
19.2
25.5
16.2
11.3
20.4
23.2
15.3
30.9
17.1
44.2
21.3
Ins V1 120'
340.2
536.5
104.0
46.8
236.8
51.2
322.2
16.9
138.6
141.4
87.0
142.2
23.6
12.0
86.0
184.1
22.4
46.3
114.7
Ins V4 120'
273.1
112.0
209.2
42.3
538.3
16.7
70.2
55.4
205.6
41.7
39.3
203.0
27.9
26.9
6.8
54.6
29.1
83.2
89.5
Ins V7 120'
225.0
153.0
97.1
22.9
235.2
10.3
94.0
31.8
37.6
50.3
14.4
89.3
60.7
42.5
15.3
49.1
46.1
49.9
120.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
V1
3.85
4.85
33.19
3.13
5.54
4.89
4.52
5.72
4.91
5.38
3.21
19.27
2.45
5.24
1.65
8.68
6.11
V4
7.68
6.09
7.96
2.52
6.90
4.33
9.06
7.70
6.72
5.26
5.25
11.52
3.62
2.66
2.74
10.83
4.37
V7
4.80
6.45
10.89
4.10
5.35
4.49
7.31
4.69
5.73
4.08
2.40
8.23
5.22
3.22
4.85
12.53
5.05
Leptina
HOMA
Insulina o'e 120'
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
116
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
15. Leptina, HOMA, Insulina 0’(jejum) e 120’ (pós dextrosol) – Amlodipina
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
Leptina V1
49.80
18.60
25.90
11.90
23.30
46.00
15.10
21.80
23.10
13.20
35.60
19.40
51.00
25.00
44.00
37.20
44.50
18.50
63.70
64.00
27.70
V4
68.90
12.70
24.70
16.10
18.20
38.90
14.30
19.40
23.00
22.80
15.70
27.30
44.80
22.30
43.60
40.30
25.20
5.80
66.40
34.70
50.80
V7
42.10
11.00
17.20
11.80
25.10
49.70
16.80
18.70
24.10
20.90
23.60
17.40
33.00
25.20
37.80
27.70
64.10
16.10
65.00
38.40
37.00
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
HomaV1
6.82
2.89
11.00
4.16
5.90
5.92
8.44
10.91
2.90
2.42
6.86
2.32
11.02
5.15
6.90
2.32
3.15
3.58
3.13
4.98
4.56
HomaV4
3.91
4.01
7.02
1.95
3.80
7.25
7.02
7.98
5.35
2.25
1.51
34.72
13.56
3.31
4.99
7.16
5.76
5.05
HomaV7
3.35
3.51
9.24
1.87
7.50
8.16
6.47
4.61
4.86
5.68
5.14
4.96
16.63
9.21
4.56
4.99
7.27
6.61
4.09
Leptina
HOMA
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
Ins V1 0'
31.70
12.20
32.60
17.20
24.90
28.50
30.30
40.20
14.10
10.00
31.20
30.80
49.00
21.50
29.40
9.50
13.30
13.70
13.20
23.40
16.80
Ins V4 0'
18.60
17.10
20.80
10.10
16.90
34.50
26.60
37.50
22.10
14.00
10.00
6.70
117.40
43.00
15.40
20.60
30.50
20.50
22.20
22.90
27.40
Ins V7 0'
14.60
14.80
29.30
8.40
26.90
38.80
26.20
17.30
18.60
21.50
21.90
20.90
64.20
34.90
20.50
21.50
31.30
24.50
26.50
13.50
15.80
Ins V1 120'
140.20
52.20
56.10
57.50
73.30
154.70
129.30
386.70
112.80
52.40
14.70
247.50
119.00
24.50
48.10
20.80
114.00
56.60
89.90
Ins V4 120'
142.00
25.50
50.10
35.80
179.00
82.30
120.00
71.10
54.90
41.50
173.00
92.40
77.90
106.70
62.00
129.50
30.20
83.20
Ins V7 120'
139.10
35.00
76.30
38.80
107.90
164.00
105.40
209.10
44.50
74.00
60.30
181.00
105.40
80.90
45.40
82.50
101.50
32.60
38.50
Insulina 0'e 120'
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
117
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
16. Atividade Plasmática de Renina, Aldosterona Sérica
Moxonidina, Amlodipina
Atividade Plasmática de Renina e Aldosterona - Moxonidina
Pacientes
1.0
2.0
8.0
10.0
11.0
12.0
13.0
16.0
17.0
18.0
21.0
22.0
24.0
25.0
26.0
27.0
37.0
42.0
43.0
V1 Renina
19.2
83.6
32.2
21.9
5.2
76.0
65.5
43.3
29.1
32.8
37.4
16.5
23.3
44.6
108.2
36.5
49.2
V7 Renina
3.0
87.5
43.7
53.4
32.8
6.8
30.2
91.8
36.4
23.7
18.0
19.0
15.8
83.8
21.4
65.9
35.2
128.0
31.2
Title V1 Aldosterona
179.20
240.90
108.60
110.00
397.00
100.70
68.80
180.50
128.20
176.40
160.60
115.00
201.50
161.20
114.00
517.70
88.90
440.00
125.40
V7 Aldosterona
158.2
147.3
125.1
151.0
381.0
111.5
113.6
210.0
236.2
103.6
171.9
183.2
188.1
509.0
174.0
449.0
199.1
89.5
111.5
Pacientes
3.0
4.0
6.0
7.0
9.0
14.0
19.0
20.0
23.0
28.0
29.0
30.0
31.0
32.0
33.0
34.0
36.0
38.0
39.0
41.0
44.0
V1 Renina
19.0
36.0
73.1
26.0
47.3
8.0
26.1
47.1
23.4
30.2
21.3
88.0
28.6
10.5
11.1
29.2
26.9
14.8
24.4
13.8
V7 Renina
27.0
42.2
40.5
29.2
75.8
19.7
60.1
26.3
30.6
55.5
13.7
50.2
22.7
66.1
10.8
102.0
62.0
80.1
69.6
19.6
42.9
Title V1 Amlodipina
266.7
109.3
305.2
140.3
95.7
69.1
312.6
376.4
209.1
294.8
142.0
254.3
229.8
211.9
189.9
72.2
208.0
202.9
140.2
224.8
106.3
V7 Amlodipina
237.7
551.4
155.9
95.4
182.6
176.3
105.3
334.6
146.9
191.7
164.5
279.0
286.0
141.0
132.4
115.0
153.7
648.0
206.8
87.3
116.6
Atividade Plasmática de Renina e Aldosterona - Amlodipina
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
118
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
17. Creatinina Sérica, Sódio Sérico e Urinário, Potássio Sérico
e Urinário e Volume Urinário (12h) – Moxonidina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
CR soroV1
1.1
1.1
0.6
1.3
0.6
0.8
0.6
0.6
0.8
0.7
0.8
0.6
0.6
0.5
0.7
0.6
1.1
0.7
Na soro
141.0
142.0
137.0
141.0
130.0
141.0
138.0
138.0
138.0
135.0
146.0
142.0
131.0
136.0
134.0
136.0
144.0
144.0
K soro
4.0
4.0
3.9
4.2
3.9
4.0
4.1
4.0
4.1
4.2
4.5
4.2
4.1
3.6
4.2
4.1
4.1
4.0
4.5
VOL URINA
800.0
350.0
840.0
460.0
440.0
860.0
608.0
1940.0
390.0
1120.0
1000.0
1920.0
730.0
840.0
800.0
760.0
880.0
900.0
Na urina
203.0
141.0
98.0
184.0
150.0
126.0
112.0
88.0
166.0
177.0
142.0
118.0
126.0
120.0
150.0
149.0
167.0
208.0
K urina
27.0
60.0
139.0
50.0
23.0
40.0
27.0
12.0
67.0
90.0
28.0
17.0
16.0
88.0
28.0
33.0
32.0
29.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
CR soro V4
0.9
0.7
0.8
1.2
0.5
0.8
0.7
0.7
0.6
0.7
0.8
0.7
0.7
0.8
0.8
0.6
1.1
0.8
Na soro
136.0
148.0
139.0
143.0
136.0
137.0
138.0
142.0
143.0
144.0
135.0
136.0
135.0
138.0
141.0
143.0
138.0
138.0
K soro
4.0
4.1
4.4
4.5
4.0
3.9
4.1
4.3
3.9
4.5
3.9
3.9
3.8
2.7
4.2
4.2
4.1
3.5
VOL URINA
850.0
490.0
720.0
680.0
510.0
850.0
700.0
1940.0
1980.0
1120.0
1010.0
1120.0
990.0
980.0
1020.0
490.0
1238.0
980.0
Na urina
203.0
186.0
156.0
175.0
158.0
146.0
280.0
108.0
154.0
148.0
160.0
117.0
150.0
149.0
72.0
158.0
163.0
230.0
K urina
27.0
46.0
90.0
65.0
25.0
48.0
43.0
18.0
37.0
22.0
38.0
10.0
37.0
35.0
11.0
22.0
14.0
75.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
CR soro V7
1.0
0.8
0.8
1.1
0.4
0.7
0.4
0.7
0.7
0.7
0.9
0.8
0.7
0.8
0.6
1.3
0.8
Na soro
137.0
142.0
138.0
144.0
136.0
137.0
140.0
141.0
143.0
140.0
139.0
136.0
138.0
137.0
137.0
141.0
137.0
K soro
3.8
3.8
4.3
4.2
3.8
4.1
4.0
4.0
4.0
3.7
4.1
3.8
2.5
3.9
4.2
4.5
3.8
VOL URINA
850.0
220.0
1010.0
530.0
670.0
860.0
1260.0
1600.0
990.0
920.0
980.0
780.0
640.0
580.0
1830.0
1230.0
990.0
Na urina
160.0
156.0
140.0
160.0
154.0
138.0
116.0
54.0
110.0
158.0
133.0
110.0
150.0
176.0
148.0
165.0
298.0
K urina
34.0
98.0
24.0
60.0
37.0
40.0
29.7
13.0
37.0
24.0
44.0
12.0
25.0
38.0
31.0
18.0
48.0
V1
V4
V7
ANEXO III
119
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
18. Creatinina Sérica, Sódio Sérico e Urinário, Potássio Sérico
e Urinário e Volume Urinário (12h) – Amlodipina
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
CR soro
0.9
0.9
0.8
0.6
0.7
1.2
0.6
0.7
0.7
0.5
0.7
0.7
0.6
0.8
0.8
6.0
0.6
0.6
1.0
0.6
0.8
Na soro
138.0
144.0
138.0
140.0
136.0
145.0
140.0
134.0
136.0
134.0
153.0
137.0
143.0
140.0
141.0
139.0
145.0
138.0
137.0
142.0
139.0
K soro
3.7
3.8
3.6
4.0
3.5
4.3
4.2
3.5
4.4
3.6
4.3
4.5
3.9
3.8
4.3
3.8
4.0
4.4
4.2
3.9
3.7
VOL URINA
520.0
1280.0
490.0
260.0
570.0
660.0
1200.0
760.0
1180.0
950.0
2050.0
880.0
2064.0
1280.0
750.0
630.0
630.0
490.0
850.0
920.0
Na urina
141.0
138.0
218.0
174.0
102.0
152.0
100.0
148.0
24.0
142.0
103.0
76.0
131.0
140.0
108.0
106.0
130.0
89.0
126.0
158.0
165.0
K urina
40.0
80.0
15.0
100.0
40.0
22.0
41.0
35.0
21.0
18.0
18.0
26.0
37.0
21.0
29.0
35.0
15.0
35.0
34.0
20.0
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
CR soro
0.9
0.8
1.2
0.7
0.7
1.0
0.6
0.6
0.7
0.6
0.6
0.8
0.6
0.9
1.0
0.7
0.7
0.6
1.1
1.0
0.9
Na soro
149.0
148.0
138.0
148.0
135.0
141.0
138.0
140.0
143.0
143.0
141.0
141.0
140.0
140.0
137.0
138.0
133.0
134.0
135.0
137.0
K soro
3.7
3.8
3.6
4.0
4.0
4.1
4.0
3.5
3.6
4.0
4.1
3.7
3.5
3.8
3.9
4.3
3.9
3.9
4.0
3.8
VOL URINA
560.0
1240.0
490.0
380.0
320.0
500.0
860.0
1490.0
880.0
750.0
950.0
520.0
550.0
710.0
2058.0
1295.0
650.0
900.0
980.0
Na urina
110.0
90.0
218.0
138.0
135.0
106.0
156.0
128.0
147.0
142.0
135.0
156.0
153.0
115.0
98.0
145.0
136.0
130.0
158.0
144.0
138.0
K urina
30.0
16.0
15.0
69.0
40.0
40.0
28.0
26.0
21.0
34.0
38.0
40.0
34.0
35.0
28.0
38.0
26.0
33.0
27.0
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
CR soro
1.0
0.8
0.9
0.9
0.7
0.9
0.6
0.6
0.6
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
0.7
0.6
1.0
1.1
0.8
0.7
0.8
Na soro
140.0
132.0
140.0
143.0
135.0
137.0
146.0
141.0
145.0
140.0
143.0
135.0
138.0
140.0
141.0
139.0
138.0
142.0
140.0
142.0
K soro
4.0
3.8
4.9
4.1
3.6
4.0
4.3
3.0
3.9
4.1
4.0
3.9
4.1
4.0
3.8
3.7
3.8
3.5
4.2
4.0
3.9
VOL URINA
450.0
2000.0
1420.0
750.0
760.0
1120.0
950.0
920.0
1200.0
730.0
575.0
445.0
780.0
1050.0
750.0
500.0
620.0
850.0
980.0
950.0
Na urina
112.0
118.0
170.0
150.0
176.0
121.0
137.0
137.0
125.0
145.0
144.0
169.0
138.0
145.0
145.0
125.0
135.0
150.0
138.0
156.0
138.0
K urina
25.0
19.0
29.0
35.0
37.0
25.0
36.0
38.0
42.0
38.0
30.0
29.0
45.0
28.0
35.0
12.0
40.0
36.0
38.0
35.0
38.0
V1
V4
V7
ANEXO III
120
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
19. Pregas biceptal (P Bic)/triceptal (P Tric)/subescapular (P Sub)/suprapúbica
(P Sup), índice de massa corpórea IMC), relação cintura/quadril (RCQ),percentual
de gordura corpórea, diâmetros da cintura (CINT) e quadril (QUAD) - Moxonidina
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
P Bic
13.0
19.0
15.0
11.0
15.0
16.0
22.0
13.0
15.0
22.0
19.0
12.0
23.0
15.0
12.0
21.0
12.0
20.0
22.0
P Tri
16.0
31.0
24.0
15.0
23.0
22.0
29.0
21.0
23.0
30.0
29.0
20.0
31.0
19.0
19.0
32.0
20.0
23.0
33.0
P Sub
35.0
49.0
43.0
45.0
44.0
42.0
41.0
40.0
41.0
52.0
44.0
37.0
48.0
34.0
38.0
53.0
38.0
58.0
55.0
P Sup
40.0
64.0
50.0
55.0
50.0
48.0
50.0
50.0
54.0
61.0
49.0
42.0
59.0
51.0
44.0
61.0
49.0
58.0
66.0
IMC V1
35.8
35.8
32.5
29.7
31.1
30.5
30.3
28.9
33.6
43.7
35.0
30.1
40.9
31.3
28.3
56.1
31.3
43.1
45.1
RCQ V1
1.1
0.9
1.0
0.9
0.9
0.9
1.0
1.0
0.9
1.0
1.0
0.9
1.0
0.8
1.0
1.0
1.0
1.1
1.0
% gordura
38.0
49.6
46.0
37.6
43.0
46.2
47.7
45.7
43.5
49.6
47.2
41.0
45.8
45.1
30.6
49.6
45.1
41.2
44.8
CINT V1
113.0
108.0
103.0
99.0
96.0
90.0
106.0
99.0
108.0
130.0
108.0
92.0
124.0
85.0
99.0
146.0
97.0
130.0
137.0
QUAD V1
104.0
117.4
99.0
106.0
103.0
102.0
108.0
101.0
122.0
135.0
113.0
102.0
126.0
105.0
101.0
150.0
100.0
120.0
138.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
P Bic
13.0
19.0
18.0
11.0
15.0
15.0
19.0
12.0
14.0
20.0
19.0
14.0
21.0
11.0
11.0
21.0
13.0
18.0
22.0
P Tri
18.0
30.0
27.0
15.0
24.0
22.0
28.0
20.0
22.0
30.0
27.0
19.0
33.0
18.0
18.0
32.0
22.0
23.0
33.0
P Sub
43.0
49.0
49.0
44.0
45.0
39.0
39.0
41.0
42.0
54.0
42.0
38.0
49.0
32.0
35.0
54.0
38.0
59.0
55.0
P Sup
43.0
62.0
50.0
53.0
50.0
46.0
52.0
48.0
54.0
60.0
49.0
45.0
55.0
46.0
44.0
61.0
50.0
59.0
66.0
IMC V4
34.9
34.3
32.5
29.2
31.1
28.6
30.0
29.2
34.0
44.0
35.5
31.0
40.8
29.0
27.0
57.9
31.8
43.2
44.6
RCQ V4
1.1
1.0
1.0
0.9
0.9
0.9
1.0
0.9
0.9
0.9
0.9
0.9
1.0
0.8
1.0
1.0
0.9
1.1
1.0
% gordura
39.7
49.2
47.7
37.6
43.5
45.1
47.2
45.1
43.0
49.6
46.7
41.5
45.8
43.3
30.1
46.6
45.7
41.2
44.8
CINT V4
112.0
108.0
101.0
98.0
96.0
87.0
106.0
99.0
108.0
126.0
105.0
94.0
120.0
81.0
96.0
147.0
94.0
130.0
135.0
QUAD V4
103.0
111.0
99.0
105.0
104.0
99.0
109.0
104.0
127.0
132.0
116.0
100.0
122.0
103.0
98.0
151.0
99.0
121.0
139.0
Pacientes
1
2
8
10
11
12
13
16
17
18
21
22
24
25
26
27
37
42
43
P Bic
15.0
19.0
18.0
11.0
16.0
13.0
16.0
13.0
13.0
20.0
18.0
14.0
22.0
11.0
11.0
22.0
12.0
16.0
22.0
P Tri
21.0
29.0
27.0
15.0
28.0
17.0
27.0
19.0
20.0
28.0
25.0
20.0
34.0
18.0
18.0
32.0
23.0
22.0
33.0
P Sub
44.0
47.0
49.0
41.0
46.0
35.0
40.0
41.0
39.0
52.0
41.0
39.0
50.0
33.0
34.0
54.0
39.0
54.0
56.0
P Sup
49.0
58.0
50.0
49.0
52.0
46.0
51.0
48.0
51.0
60.0
48.0
46.0
56.0
46.0
43.0
60.0
46.0
56.0
66.0
IMC V7
35.5
34.2
32.0
29.0
33.3
27.6
29.7
28.5
31.4
43.9
35.5
31.0
41.7
29.5
26.1
57.3
31.6
41.5
45.8
RCQ V7
1.1
0.9
1.0
0.9
1.0
0.8
0.9
1.0
0.9
0.9
0.9
0.9
1.0
0.8
1.0
1.0
0.9
1.0
1.0
% gordura
41.8
48.7
47.7
35.1
44.0
43.9
46.7
45.1
42.5
49.2
46.7
42.0
45.8
43.9
29.6
46.2
45.1
40.2
44.8
CINT V7
113.0
103.0
100.0
95.0
100.0
81.0
104.0
98.0
104.0
125.0
105.0
94.0
130.0
84.0
94.0
143.0
93.0
127.0
138.0
QUAD V7
106.0
112.0
99.0
104.0
104.0
100.0
109.5
101.0
119.0
133.0
116.0
100.0
125.0
103.0
97.0
148.0
99.0
121.0
144.0
V1
V4
V7
ANEXO III
VALORES INDIVIDUAIS DAS VARIÁVEIS
121
Ações de um Agonista de Receptores Imidazolínicos
... ANEXOS
19. Pregas biceptal (P Bic)/triceptal (P Tric)/subescapular (P Sub)/suprapúbica
(P Sup), índice de massa corpórea IMC), relação cintura/quadril (RCQ),percentual
de gordura corpórea, diâmetros da cintura (CINT) e quadril (QUAD) - Amlodipina
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
P Bic
20.00
12.00
20.00
12.00
14.00
20.00
14.00
17.00
13.00
13.00
14.00
14.00
13.00
21.00
17.00
20.00
24.00
16.00
15.00
19.00
20.00
P Tri
30.00
23.00
33.00
19.00
21.00
28.00
20.00
25.00
22.00
21.00
22.00
24.00
23.00
26.00
29.00
32.00
36.00
26.00
29.00
29.00
30.00
P Sub
41.00
31.00
60.00
38.00
36.00
47.00
42.00
37.00
43.00
42.00
39.00
45.00
48.00
41.00
41.00
52.00
50.00
52.00
44.00
52.00
51.00
P Sup
52.00
41.00
63.00
48.00
49.00
52.00
53.00
55.00
48.00
50.00
44.00
48.00
46.00
53.00
53.00
58.00
64.00
65.00
55.00
56.00
62.00
IMC V1
34.93
28.90
48.67
30.02
31.25
37.93
31.50
30.10
29.50
29.10
29.60
35.30
36.30
37.90
34.10
42.80
51.60
40.00
42.00
36.00
37.00
RCQ V1
0.87
0.84
1.09
0.90
0.88
0.93
0.92
0.85
0.94
0.95
0.98
0.86
0.99
1.14
0.88
0.83
0.95
1.00
0.90
0.80
0.87
% gordura
47.70
37.92
42.00
41.50
42.00
47.70
46.20
43.50
45.70
45.70
45.10
40.60
40.60
43.00
41.60
43.60
44.80
41.20
47.70
43.10
49.60
CINT V1
100.50
84.00
148.00
93.00
93.00
106.00
99.00
85.00
95.00
100.00
96.00
95.00
102.00
126.00
94.00
112.00
130.00
114.00
101.00
108.00
QUAD V1
115.00
100.00
136.00
103.00
106.00
114.00
108.00
99.50
102.00
105.00
98.00
111.00
103.00
110.00
107.00
135.00
137.00
126.00
126.00
124.00
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
P Bic V4
21.00
12.00
20.00
13.00
13.00
19.00
13.00
16.00
14.00
13.00
15.00
14.00
13.00
22.00
18.00
21.00
23.00
17.00
14.00
18.00
20.00
P Tri
31.00
20.00
33.00
20.00
19.00
29.00
21.00
25.00
22.00
20.00
22.00
25.00
22.00
28.00
29.00
34.00
34.00
28.00
28.00
29.00
30.00
P Sub
40.00
29.00
60.00
37.00
36.50
47.00
41.00
37.00
40.00
41.00
38.00
45.00
48.00
44.00
42.00
52.00
50.00
55.00
46.00
50.00
51.00
P Sup
50.00
41.00
63.00
47.00
47.00
49.00
50.00
51.00
49.00
50.00
44.00
48.00
47.00
56.00
52.00
61.00
64.00
62.00
56.00
55.00
61.00
IMC V4
35.70
28.40
48.67
29.62
30.43
37.20
30.60
29.90
29.70
28.80
29.20
36.60
37.10
39.90
34.40
43.60
51.80
41.80
41.00
35.00
37.90
RCQ V4
0.92
0.79
1.09
0.93
0.86
0.95
0.93
0.87
0.94
0.96
0.99
0.87
1.01
1.12
0.87
0.82
0.93
1.00
0.88
0.82
0.87
% gordura
47.20
37.20
42.00
41.50
41.50
47.70
45.70
43.00
45.70
45.70
45.10
40.60
40.60
44.10
41.60
44.40
44.40
41.20
49.60
42.60
49.60
CINT V4
104.00
81.00
148.00
93.00
92.00
105.00
99.00
85.00
93.00
100.00
94.00
99.00
104.00
130.00
96.00
113.00
126.00
133.00
114.00
100.00
108.00
QUAD V4
113.00
103.00
136.00
100.00
107.00
110.00
106.00
98.00
99.00
104.00
95.00
114.00
103.00
116.00
110.00
137.00
136.00
133.00
130.00
122.00
124.00
Pacientes
3
4
6
7
9
14
19
20
23
28
29
30
31
32
33
34
36
38
39
41
44
P Bic V7
21.00
16.00
18.00
14.00
14.00
21.00
13.00
15.00
14.00
13.00
14.00
15.00
15.00
21.00
19.00
21.00
21.00
19.00
14.00
19.00
20.00
P Tri
30.00
24.00
28.00
20.00
22.00
29.00
22.00
23.00
20.00
20.00
23.00
25.00
23.00
28.00
29.00
34.00
31.00
28.00
28.00
28.00
29.00
P Sub
41.00
33.00
55.00
38.00
37.00
47.00
40.00
35.00
40.00
38.00
38.00
45.00
49.00
44.00
43.00
52.00
50.00
55.00
46.00
50.00
51.00
P Sup
50.00
41.00
59.00
48.00
51.00
51.00
47.00
49.00
45.00
49.00
44.00
53.00
50.00
56.00
54.00
61.00
62.00
61.00
56.00
55.00
60.00
IMC V7
35.21
29.27
48.70
29.50
31.30
37.90
30.70
30.40
28.80
28.70
29.60
35.90
37.20
38.90
35.80
43.90
51.10
40.80
40.70
34.70
37.40
RCQ V7
0.89
0.83
1.01
0.89
0.89
0.96
0.92
0.86
0.93
0.92
0.99
0.87
1.01
1.11
0.86
0.84
0.91
0.98
0.89
0.82
0.86
% gordura
47.20
39.10
41.20
42.00
42.50
48.20
45.10
41.00
45.10
45.10
45.10
41.60
41.10
44.10
42.10
44.00
44.00
41.60
49.60
42.60
49.20
CINT V7
101.00
85.00
140.00
91.00
95.00
109.00
97.00
84.00
92.00
99.00
100.00
99.00
108.00
129.00
100.00
115.00
122.00
130.00
113.00
100.00
105.00
QUAD V7
113.00
102.00
138.00
102.00
107.00
113.00
105.00
98.00
99.00
108.00
101.00
114.00
107.00
116.00
116.00
136.00
134.00
132.00
127.00
122.00
122.00
FC
68.00
80.00
93.00
80.00
80.00
72.00
68.00
85.00
72.00
88.00
72.00
72.00
72.00
80.00
76.00
84.00
100.00
72.00
80.00
80.00
76.00
V1
V4
V7
122
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo