Download PDF
ads:
i
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico
Faculdade de Ciências Médicas
Programa de Pós Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Avaliação genotóxica e antigenotóxica de extratos
obtidos a partir das esponjas marinhas Aplysina fulva e
Arenosclera brasiliensis.
Luiza da Cunha Stankevicins
Rio de Janeiro
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ii
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico
Faculdade de Ciências Médicas
Programa de Pós Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Avaliação genotóxica e antigenotóxica de extratos
obtidos a partir das esponjas marinhas Aplysina fulva e
Arenosclera brasiliensis
.
Luiza da Cunha Stankevicins
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação em Fisiopatologia Clínica e
Experimental da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro para
obtenção do grau de Mestre em Fisiopatologia
Clínica e Experimental.
Rio de Janeiro
2008
ads:
iii
Ficha Catalográfica
Stankevicins, Luiza
Avaliação genotóxica e antigenotóxica de extratos obtidos a partir das esponjas
marinhas Aplysina fulva e Arenosclera brasiliensis./ Luiza da Cunha Stankevicins - Rio
de Janeiro, 2008.
xii, 104p.: il
Dissertação (Mestrado)- Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade
de Ciências Médicas, Programa de Pós Graduação em Fisiopatologia Clínica e
Experimental
Orientador: Prof. Dr. Israel Felzenszwalb
Co- Orientadora: Profa. Dr. Claudia Alessandra Fortes Aiub
1. Arenosclera brasiliensis 2. Aplysina fulva 3.Teste de mutação reversa 4.
Produtos naturais marinhos 5. Genotoxicidade 6. Antigenotoxicidade.
iv
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico
Faculdade de Ciências Médicas
Programa de Pós Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Avaliação genotóxica e antigenotóxica de extratos
obtidos a partir das esponjas marinhas Aplysina fulva e
Arenosclera brasiliensis
.
Luiza da Cunha Stankevicins
Orientador: Israel Felzenszwalb
Co- Orientação: Claudia Alessandra Fortes Aiub
Banca Examinadora:
Efetivos:
Prof
a
. Dr
a
. Helena Pereira da Silva Zamith
Prof. Dr. Nasser Assad
Prof
a
. Dr
a
. Kátia Costa de Carvalho Sabino
Suplentes:
Prof. Dr. José Luiz Mazzei
Prof
a
. Dr
a
. Marsen Garcia Pinto Coelho
Prof
a
. Dr
a
. Manuela da Silva
Rio de Janeiro
2008
v
Aos meus pais.
vi
Agradecimentos:
À minha família pelo total apoio e confiança.
À Braulio Medina, meu namorado, pelo carinho, paciência e incentivo.
À Claudia Aiub por seu apoio e orientação durante os anos que
trabalhamos juntas.
Ao prof. Israel Felzenszwalb pela orientação.
Ao prof. Luiz Claudio Santa-Maria, Departamento de Química
Orgânica- Uerj, pela ajuda na análise dos extratos.
Ao pessoal do Labmut pela colaboração e pelas horas agradáveis de
trabalho .
E a todos os demais que contribuíram de forma indireta para a realização
deste trabalho.
vii
Lista de Siglas e Abreviaturas
a.C- Antes de Cristo
ONU- Organização das Nações Unidas
UV- Radiações ultravioleta
AZT-
Zidovudina, 3’ azido-3’-deoxitimidina
ICH- International Conference on Harmonization
OECD- Organization for Economic Co-Operation and Development
FDA- Food and Drug Administration
SMART- Somatic Mutation and Recombination Test
ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária
viii
Lista de figuras
Figura 1: Foto Aplysina fulva na Pedra Vermelha, Arraial do Cabo por Eduardo
Hajdu; página 15.
Figura 2: Foto Arenosclera brasiliensis Amostra coletada na praia de João
Fernandinho, Búzios por Gisele Lobo- Hajdu; página 16.
ix
Lista de quadros
Quadro 1: Exemplos de compostos obtidos a partir de esponjas e sua respectiva
ação biológica; página 6.
Quadro 2: Exemplos de produtos naturais, largamente utilizados, derivados de
plantas e de microorganismos; página 12.
x
Resumo:
O ambiente marinho vem se destacando como uma fonte promissora para
produção de novos fármacos. A grande diversidade de organismos encontrada nos
oceanos dá origem a compostos com padrões estruturais únicos não encontrados em
produtos naturais de outra natureza. A maioria dos metabólitos secundários
provenientes de organismos marinhos é produzida pelo filo Porifera, popularmente
conhecido como esponjas marinhas. Devido à sua natureza séssil, as esponjas possuem
um mecanismo de defesa baseado na produção de substâncias químicas e a maioria dos
compostos estudados possui atividades antiinflamatória, antibiótica, antiviral e
antitumoral. Embora sejam poucos os trabalhos que discutem o mecanismo de
interação destes compostos com o DNA, é sabido que as esponjas marinhas Aplysina
fulva e Arenosclera brasiliensis possuem substâncias com atividades citotóxica e
antitumoral. No presente estudo realizamos uma análise sobre a potencialidade
genotóxica de extratos aquoso, alcoólico e acetônico obtidos dessas esponjas. A análise
consistiu na realização de testes toxicológicos variados, como o de mutação reversa,
utilizando Salmonella typhimurium (TA97, TA98, TA100 e TA102), do SOS
cromoteste com Escherichia coli (PQ35, PQ37, PQ65, OG40 e OG100), do teste
cometa (cultura de células de mamíferos) e a avaliação da indução de quebra em DNA
plasmidial. O efeito antigenotóxico de extratos de A. brasiliensis foi avaliado através de
duas variações do teste de mutação reversa e de um tratamento plasmidial. Os extratos
de A. fulva apresentaram atividade genotoxica no teste de mutação reversa para as cepas
TA97 e TA100, validado pelo SOS cromoteste para as cepas PQ35, PQ37 e PQ65 e
pelo ensaio cometa com detecção de aumento na ocorrência de lesões no DNA. Os
extratos de A. brasiliensis não apresentaram efeito genotóxico; ao contrário, para
algumas das condições testadas, A. brasiliensis levou a uma diminuição no número de
colônias revertentes induzidas por 4 nitroquinolina 1- óxido, 2-aminofluoreno, azida
sódica e mitomicina C. Extratos de A. brasiliensis reduziram o número de quebras no
DNA induzidas pelo agente oxidante SnCl
2
, no tratamento plasmidial. Os resultados
sugerem que extratos aquoso e alcoólico de A. fulva possuem atividade genotóxica.
Extratos de A. brasiliensis, por sua vez, apresentaram atividade protetora contra
diferentes agentes genotóxicos.
xi
Abstract:
Nature has provided a great diversity of compounds with biological activities
and has an important role on the development of new drugs. Nowadays marine
environment is being considered a promissing source of new bioactive compounds due
to their unique chemical patterns not found in non- marine organisms. Because of their
sessile nature sponges is the marine phylum (Porifera) with more compounds described.
Most secondary metabolites from sponges can be classified as antiinflamatory,
antibiotic, antitumor and antiviral. There are few works that investigated an interaction
between marine compounds and DNA. In the present work we performed a genotoxic
evaluation with aqueous, alcoholic and acetone extracts obtained from the sponges
Aplysina fulva and Arenosclera brasiliensis. Compounds with cytotoxic and antitumor
activities have already been isolated from these species. We performed different
toxicological in vitro assays: bacterial reverse mutation assay with Salmonella
typhimurium strains (TA97, TA98, TA100 and TA102), SOS cromotest with
Escherichia coli strains (PQ35, PQ37, PQ65, OG40 and OG100), comet assay and
DNA strand breaks induction analysis with plasmidial treatment. A possible
antigenotoxic effect from A. brasiliensis was also evaluated with two variations of
bacterial reverse assay. A. fulva extracts presented mutagenic activity verified by a
bacterial reverse mutation test with TA97 and TA100 strains, confirmed by SOS
cromotest with PQ35, PQ37 and PQ65 strains and by comet assay. A. brasiliensis
extracts have not shown any genotoxic effect. In antimutagenesis assays a decrease on
induced revertants number by 4-nitroquinolina 1-oxide, 2-aminofluorene, sodium azide
and mitomycin C could be observed under some tested conditions. A. brasiliensis
extracts and in plasmidial treatment, a reduction on DNA strand breaks induced by
SnCl
2,
an oxidative agent was observed. These results suggest A. fulva crude extracts
have a genotoxic activity in and A. brasiliensis crude extracts have a protective action
against different kinds of genotoxic agents.
xii
Sumário
Lista de abreviaturas.................................................................................................... vii
Lista de Figuras ...........................................................................................................viii
Lista de Quadros............................................................................................................ ix
Resumo .............................................................................................................................x
Abstract.......................................................................................................................... xi
1. Introdução....................................................................................................................1
1.1. Uso de produtos naturais- Histórico .......................................................................2
1.2. Produtos naturais marinhos.....................................................................................6
1.2.1. Filo Porifera .....................................................................................................9
1.2.2. Fármacos provenientes de Poriferos ..............................................................12
1.2.3. Aplysina fulva................................................................................................14
1.2.4. Arenosclera brasiliensis................................................................................15
1.3. Importância da avaliação toxicológica de produtos naturais................................16
1.4. Estratégias nacionais e internacionais para normatização de avaliações
genotóxicas. .................................................................................................................17
1.4.1. Avaliação antigenotóxica...............................................................................20
2. Objetivos.....................................................................................................................22
2.1. Objetivos gerais ....................................................................................................23
2.2. Objetivos específicos ............................................................................................23
3. Genotoxic evaluation of extracts from Aplysina fulva, a Brazilian marine sponge
.........................................................................................................................................24
4. Genotoxic and antigenotoxic evaluation of extracts from Arenosclera brasiliensis,
a Brazilian marine sponge. ...........................................................................................33
5. Cytotoxic, mutagenic and antimutagenic screening of Arenosclera brasiliensis
acetone and ethanol extracts.........................................................................................70
6. Discussão ....................................................................................................................82
7. Conclusão ...................................................................................................................88
8. Referências bibliográficas ........................................................................................90
Anexo1: Guide for Authors- Toxicology in Vitro
Anexo2: Guide for Authors- Genetics and Molecular Research
1
1. Introdução
2
1.1. Uso de produtos naturais – Histórico
Os primeiros registros do uso de produtos naturais como medicamento datam de
2600 a.C, originários da Mesopotâmia. Esses registros descrevem a utilização de óleos
de cedro (Cedrus sp.) e pinheiro (Cupressus sp.), que ainda têm sua importância, na
medicina popular, para o tratamento de algumas doenças e infecções (The Global
Biodiversity Institute/International Institute of Tropical Agriculture, 2005).
Compostos presentes na natureza foram a base para a formação de sistemas
tradicionais de medicina, como a chinesa. Guias de 2000 a.C. encontrados na China
documentavam o uso de plantas herbáceas. O livro “Chinese Materia Medica” foi
repetidamente documentado ao longo dos séculos tendo seu primeiro registro em 1100
a.C. Antigos relatos indianos, egípcios e gregos contribuíram substancialmente para a
classificação e desenvolvimento dos fármacos derivados de produtos naturais por
descreverem o uso destes como método preventivo e de tratamento de doenças
(Spainhour, 2006).
Os egípcios, em 1500 a.C., tinham documentado o uso de diversas ervas, no
entanto, o mais conhecido dos documentos egípcios é o Eber Papyrus (1552 a.C.) que
descreve cerca de 1000 substâncias e formulações, a maioria através do uso de plantas
(Spainhour, 2006).
Em 1500 a.C., Asclepius, médico na antiga Grécia, alcançou fama em parte
devido ao uso de plantas medicinais na prática médica. Uma coleção de hinos
Ayuvédicos na Índia, datada de 1000 a.C. descreve o uso de cerca de mil diferentes
ervas servindo de base para o trabalho “Medicina Tibetana”, traduzido do sânscrito no
século 8 d.C (Spainhour, 2006). Em aproximadamente 300 a.C., o filósofo e cientista
Theophasus, escreveu “A história das plantas”, descrevendo os atributos medicinais de
3
algumas ervas e a maneira de cultivá-las, baseado no provérbio latino similia similibus
curantur, “semelhante cura semelhante”. Com essa teoria acreditava-se que a forma, a
cor, o sabor e o odor das plantas estavam relacionados com as suas propriedades
terapêuticas, podendo dar indícios de seu uso clínico. Algumas dessas plantas passaram
a fazer parte das farmacopéias alopáticas e homeopáticas a partir do século XIX, quando
se começou a investigar suas bases terapêuticas (Heinrich, 2003). O botânico grego
Pedanious Dioscorides, em 100 d.C. produziu De Materia Medicaque ainda hoje é
um reconhecido documento sobre o uso de produtos naturais. Galen (130- 200 d.C.),
farmacêutico, dava aulas em Roma e era conhecido pelo preparo de formulações
complexas, contendo múltiplos ingredientes naturais, tendo publicado mais de 20 livros.
Monges, nos monastérios da Idade Média (séculos V-XII), copiaram diversos
manuscritos sobre ervas e seus usos (Spainhour, 2006).
Foram os árabes os principais responsáveis pela conservação dos documentos
gregos e romanos e pela expansão deste conhecimento, agregando a estas informações
conhecimentos sobre a medicina chinesa e indiana. O trabalho Canon Medicinae”,
escrito pelo médico e filósofo persa Avicena, é considerado uma referência por
compilar e resumir os conhecimentos da medicina grega e romana (Spainhour, 2006).
Em 1506, durante a dinastia Ming, Li-Shih-Chen produziu uma enciclopédia de
fármacos intitulada Pen-ts`ao kang mu”, registrando 1898 produtos naturais e 8160
prescrições (Spainhour, 2006).
O continente americano também teve uma importante contribuição na expansão
do conhecimento acerca do uso de produtos naturais, especialmente após a chegada dos
colonos quando houve uma escassez de médicos e a necessidade de se recorrer ao
conhecimento dos nativos. Este fato resultou na publicação de diversos almanaques e
4
outras publicações contendo diversas formulações com produtos naturais e variadas
informações médicas interessantes (Turola e Nascimento, 2006).
A medicina popular africana é a mais antiga e talvez a mais diversificada entre
os sistemas tradicionais. Isto se deve à riqueza biológica somada às diferenças culturais
regionais. A região de Madagascar se destaca ainda por um alto endemismo, chegando à
taxa de 82% das espécies presentes. Porém, infelizmente, os registros sobre estas
práticas são escassos e mal conservados. Algumas das espécies africanas conhecidas e
utilizadas na formulação de diversos produtos são: Acacia senegal (goma arábica), Aloe
vera, Artemisia afra e Commiphora myrrha (mirra) (Gurib-Fakim, 2006).
Assim como o continente africano, a América do Sul e Central também contam
com uma abundante diversidade de recursos naturais e de conhecimentos populares,
embora fracamente registrados. Algumas espécies originárias destes locais são:
Erythroxylum coca (coca), Ilex paraguariensis (mate), Peumus boldus (boldo), assim
como os legumes: batata, milho, tomate, amendoim, abóbora e batata doce que têm
enorme importância na agricultura (Gurib-Fakim, 2006).
De maneira isolada, em alguns desses documentos, existem citações sobre
efeitos biológicos de substâncias isoladas de organismos marinhos. Não há, entretanto,
um histórico de uso tão vasto e difundido como o das plantas medicinais (Sipkema et
al., 2005). Os relatos existentes apontam principalmente para seus efeitos tóxicos, como
os dos naturalistas Plinius (23-79 d.C.) e Darwin (1809-1882) que descreveram a
toxicidade do molusco do gênero Aplysia sp. (Kelecom, 1998). Esta escassez de dados
se deve principalmente à dificuldade de exploração dos mares historicamente relatada
através de lendas sobre seres fantásticos que habitariam os oceanos.
Embora o uso de produtos naturais seja milenar, sua aplicação na forma de
compostos isolados e caracterizados no desenvolvimento de novos fármacos, tem sua
5
origem somente no século XIX a partir da Revolução Industrial e do desenvolvimento
da química orgânica. A morfina, narcótico introduzido para uso terapêutico pela Merck
em 1826, foi o primeiro composto isolado de produtos naturais a ser comercializado. A
primeira droga semi-sintética baseada em um produto natural, introduzida no mercado
pela Bayer em 1899, foi a aspirina (ácido acetilsalicílico) a partir do isolamento do
ácido salicílico presente em cascas de salgueiro (Salix alba) e sua posterior
derivatização à acetato, o qual se mostrou menos tóxico (Spainhour, 2006; Turola e
Nascimento, 2006).
Tratamentos com produtos naturais têm uma grande aceitação por parte da
população. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 80% da
população mundial confia neste tipo de terapia como primeira opção de tratamento (The
Global Biodiversity Institute/International Institute of Tropical Agriculture, 2005). Esta
ampla aceitação é em grande parte devido à falsa premissa de que produtos de origem
natural são livres de efeitos colaterais. Ignora-se o fato de que possam apresentar efeitos
tóxicos, como é o caso de alguns fármacos e de diversos venenos de origem natural
como a estricnina, originária de sementes do vegetal Nux vomica (Arnold e Harry,
1968).
Atualmente, cerca de 25% das drogas prescritas nos Estados Unidos da América,
contém extratos naturais ou compostos ativos extraídos deles. Das 520 novas drogas
aprovadas para o uso comercial entre 1983 e 1994, 30 eram produtos naturais e 127
eram compostos naturais modificados. O quadro 1 apresenta alguns importantes
fármacos em uso, derivados de plantas ou animais (Rates, 2001
).
6
Quadro 1: Exemplos de produtos naturais, largamente utilizados, derivados de
plantas e de microorganismos (Adaptado de Rates, 2001).
Nomedo composto Espécie Origem Ação
Digoxina Digitalius purpúrea Vegetal Tratamento cardíaco
Reserpina Raulwolfia serpentina Vegetal Anti-hipertensivo
Efedrina Ephedra sínica Vegetal Anti-asmático
Quinina Cinchona sp. Vegetal Anti-malárico
Morfina Papoula opiácea Vegetal Analgésico
Tubocurarina Curarea sp. Vegetal Relaxante muscular
Penicilina Penicillium sp. Animal Antibiótico
Ciclosporina Streptomyces sp. Animal Imunosupressor
Mevastatina e lovastatina Penicillium sp. Animal Redutor de colesterol
Ivermectina Streptomyces sp. Animal Anti-helmíntico
1.2. Produtos naturais de origem marinha
Devido à grande diversidade de compostos com atividade biológica presentes em
produtos naturais, a farmacologia busca aproveitar aqueles que possuem estruturas
químicas capazes de permitir o desenvolvimento de novos fármacos com princípios
ativos e modos de ação distintos dos conhecidos (Harvey, 1999; Kijjoa e
Sawangwong, 2004).
O ambiente marinho vem se destacando como uma fonte promissora de novos
compostos para a indústria farmacêutica, com um destaque para o filo Porifera, devido à
vasta descrição de novas substâncias, possuindo principalmente, atividades
antibacteriana e antitumoral (Geldof et al.,1999; Schwartsmann et al., 2001; Rifai et al.,
2005; Mayer e Gustafson, 2006; Mayer et al., 2007).
Os mares e oceanos ocupam mais de 70% de toda superfície terrestre e durante
muitos séculos sua exploração foi inacessível à espécie humana. Muitos compostos
7
foram identificados durante os anos 80, seguindo grandes avanços na coleta de amostras
em mar profundo e de tecnologias que permitem a produção de drogas em larga escala
através da aquacultura e síntese química (Rocha et al., 2001).
Estima-se haver de 1,5 a 4,5 milhões de diferentes espécies marinhas, a maioria
ainda não descrita. Acredita-se ainda que a biodiversidade presente em águas profundas
e em recifes de corais supere a encontrada nas florestas tropicais (Guyot, 2000).
Esta grande diversidade origem à compostos com padrões estruturais únicos
não encontrados em produtos naturais de outra natureza com um grande potencial para
uso farmacológico, cosmético, nutricional, entre outros (Kijjoa e Sawangwong, 2004).
À medida que as descobertas de compostos biologicamente ativos presentes em
organismos marinhos avançam (Mayer, 1999; Torres, 2002; Sipkema et al., 2005),
percebe-se que os mais produtivos tendem a ser os de corpo mole e modo de vida
sedentário, que aparentemente não possuem defesas físicas. Isto se deve ao fato de que o
mecanismo de defesa destes animais é baseado na produção de compostos químicos que
geralmente são lançados na água e logo diluídos. Por isso, estas substâncias são
freqüentemente potentes, mesmo em pequenas quantidades (Van Soerst e Braekman,
1999; Faulkner, 2000).
Grande parte destes organismos habita áreas densamente povoadas como recifes
de corais e costões rochosos. A produção de compostos secundários remete à sua função
ecológica, tendo como importante papel evitar a predação. Um bom exemplo são as
esponjas, organismos predados por poucos animais, como tartarugas, alguns peixes
tropicais e gastrópodes (Van Soerst, 1999).
Apesar de a principal função ser a de evitar a predação, outras são atribuídas aos
compostos produzidos pelos organismos marinhos, como: agir na competição por
espaço e nas interações entre espécies, reduzir o impacto da exposição a fatores
8
ambientais estressantes como a altos níveis de radiação ultravioleta (UV) e evitar o
ataque de microorganismos. Sendo este último, um papel bastante específico contra
organismos patogênicos, uma vez que elas possuem relações simbióticas com outras
bactérias (Barnes, 1984; Faulkner, 1994).
A primeira descoberta de um composto proveniente de um organismo marinho
ocorreu somente na década de 50 do século XX. Isolou-se de uma esponja marinha
caribenha, a Cryptotheca crypta, os nucleosídeos espongotimina e espongouridina que
mostraram ter atividades antiviral e antitumoral (Bergmann e Feeney, 1951). Servindo
de base para a síntese dos compostos Ara-C (Pharmacia), o primeiro medicamento
anticâncer derivado de organismos marinhos e do Ara-A (Glaxo SmithKline), uma
droga antiviral. Ara-C é usado no tratamento de linfomas e de leucemia. O composto 3’
azido-3’-deoxythymidine (conhecido como AZT), também é um análogo destes
nucleosídeos e é usado como antiviral (Schwartsmann et al., 2001
;
Sipkema et al., 2005;
Mayer, 1999; Kijoa, 2004).
Quatro novos alcalóides, kottamides A-D, foram descobertos em um ascídio da
Nova Zelândia, o Pycnoclavella kottae com atividade anti-leucêmica moderada. Além
desta, a kottamide D, exibiu uma potentes atividades anti-proliferativa e antiinflamatória
(Baker e Alvi, 2004).
Proteínas marinhas biologicamente ativas, obtidas a partir do veneno de
serpentes donero Conus têm sido estudadas. Conhecidas como conotoxinas, são
peptídeos que interagem de forma única com canais de íons voltagem dependentes,
produzindo um amplo espectro de efeitos farmacológicos, incluindo anestesia, analgesia
e atividade anticonvulsiva. A regulamentação do uso da conotoxina ziconotida está
atualmente sob avaliação nos Estados Unidos da América para tratamento de dores
crônicas resistentes a ação de opiáceos. Existem cerca de mil espécies de serpentes do
9
gênero Conus e de acordo com algumas estimativas, cada serpente produz
aproximadamente 200 tipos diferentes de compostos ativos (Spainhour, 2006).
Compostos de origem marinha podem ter outros usos como, por exemplo, a
cartilagem de tubarão, rica em minerais é utilizada como suplemento alimentar e possui
atividade antioxidante (Felzenszwalb et al., 1998) ou a quitosana uma fibra extraída da
carapaça de caranguejos utilizada como auxiliar na perda de peso (Beppu et al., 1999).
Outros exemplos de produtos de origem marinha, já em fase de testes são: o
GTS21(Taiho), originário de um nematoda (Amphiporus lactifloreus
)
que age em canais
iônicos, sendo indicado no tratamento do Mal de Alzheimer e da esquizofrenia; o
aminoácido LAF389 (Novartis), presente em esponjas do gênero Jaspidae sp., inibidor
da metionina aminopeptidase, com indicação para o tratamento do câncer; o
semisintético OAS1000 (OsteoArthritis science) um glicosídeo diterpenóide, produzido
a partir de um coral mole, inibidor de enzimas fosfolipases A2, atua contra inflamações
e no processo de cicatrização. O ILX651 (Ilex Oncology) e o crematodin (Knoll),
peptídeos que interferem na organização dos microtúbulos, produzido por pepinos do
mar e indicados para o tratamento do câncer e o IPL512602 (Iflazime/ Aventis) um
esteróide extraído de uma esponja que age na inflamação de modo ainda desconhecido
(Spainhour, 2006).
1.2.1.
Filo Porifera
O filo Porifera, reino Metazoa, compreende os animais popularmente conhecidos
como esponjas. Comparadas a outros metazoários, as células das esponjas apresentam
um alto grau de independência, com grande capacidade de regeneração, de forma que o
corpo da esponja lembra uma colônia (Barnes,1984).
10
As esponjas o apresentam órgãos, nem tecidos verdadeiros, embora possuam
uma estrutura corporal contendo células especializadas em desempenhar várias funções.
Os pinacócitos, que compõem o revestimento externo; os coanócitos, células flageladas
responsáveis pela formação de uma corrente de água da qual retiram oxigênio e
alimento e, as células amebóides que são totipotentes e podem atuar na digestão,
excreção de colágeno, espongina e formação do esqueleto (Barnes,1984).
São organismos sésseis na fase adulta e têm plano corporal incomum, construído
ao redor de um sistema de canais de água. Possuem três camadas celulares: a
pinacoderme, que é a camada mais externa, a coanoderme, camada interna e o mesohilo
que é uma matriz gelatinosa localizada entre as outras duas camadas onde estão
presentes células amebóides e, as espículas que formam o endoesqueleto (Barnes,1984).
As esponjas podem possuir a estrutura corporal em formato de vaso, denominada
asconóide e considerada uma forma primitiva ou, a forma leuconóide, presente na
grande maioria das espécies na qual a formação de diversas câmaras, permitindo a
obtenção de um tamanho maior e de uma grande diversidade de formas, uma vez que a
alimentação e a troca de gases nestes seres dependem do fluxo de água através do corpo
(Barnes, 1984).
As esponjas bombeiam através do seu corpo quantidades de água que estão em
torno 170-72.000 vezes seu volume corporal, por dia. A alimentação é realizada através
da captura por filtração de partículas como bactéria, microalgas, outros organismos
unicelulares e matéria orgânica morta particulada (Barnes,1984).
O formato corporal poroso com canais e a natureza séssil favorecem a presença
de outros organismos, presentes em quantidades abundantes, associados às esponjas
podendo em alguns casos ocupar mais de 40% do seu tecido. Os tipos de organismos e
as relações ecológicas estabelecidas entre eles e as esponjas são variadas. É comum
11
encontrar pequenos artrópodes comensais no interior dos canais e algas que usam a
superfície como ponto de fixação. Outros organismos podem estabelecer uma relação
simbiótica, como cianobactérias, algas, fungos e bactérias. O papel destes simbiontes
consiste na reciclagem de nutrientes ou no caso das cianobactérias e de bactérias
quimiotróficas, suplementar a dieta das esponjas fixando carbono e nitrogênio. Estes
simbiontes também podem ser responsáveis pela produção de compostos bioativos,
protegendo a esponja de hospedeiros indesejáveis, microorganismos patogênicos e
evitando a predação (Sipkema, et al., 2005).
A especificidade na interação entre as esponjas e seus hospedeiros é atribuída a
lectinas, identificadas em algumas espécies de esponjas. Esta interação pode ser
verificada pela incapacidade do crescimento da bactéria Pseudomonas insoluta na
ausência da lectina produzida pela esponja Halichondria panicea, sua hospedeira. Da
mesma forma, esta lecitina não foi capaz de promover o crescimento de outras seis
bactérias isoladas de diferentes esponjas marinhas. Além disso, diferentes espécies,
coletadas na mesma área, apresentaram populações bacterianas distintas (Schmidt,
2005).
O filo possui aproximadamente 9000 espécies, organizadas em três classes:
Calcarea, Hexactinellida e Demospongiae, que têm sua classificação baseada na
natureza do seu esqueleto. A maioria das espécies pode ser encontrada em águas rasas e
áreas densamente povoadas como costões rochosos, recifes de corais, madeiras
submersas, conchas, ou qualquer substrato, que permita sua fixação. Nestes
ecossistemas, a predação e a competição entre organismos vizinhos, pela aquisição e
manutenção do espaço podem ser bastante intensas influenciando a estrutura das
comunidades marinhas bênticas (Barnes, 1984; Brusca e Brusca, 2003).
12
O mecanismo de defesa destes organismos é baseado na produção de
metabólitos secundários. São capazes de produzir um surpreendente espectro de
compostos tóxicos que têm como objetivo evitar a predação, impedir que outros
organismos se fixem em sua superfície, auxiliar na competição por espaço de fundo e
evitar infecções, visto que a ocorrência de agentes antimicrobianos é bem difundida
entre as espécies (Barnes, 1984; Rangel et al., 2001). O filo Porifera demonstra ainda
ser bastante resistente à ação de compostos tóxicos devido a um eficiente sistema de
biotransformação e detoxificação (De Flora et al., 1995).
1.2.2. Fármacos provenientes de Poríferos
As esponjas foram incluídas ainda no primeiro tratado sobre classificação de
organismos (350 a.C.) na Grécia clássica por Aristóteles. Registros de 700 a.C. relatam
o uso de esponjas naturais para a higiene corporal. Em 200 a.C. tem-se registro do relato
do poeta grego Oppian sobre o trabalho de mergulhadores que coletavam esponjas para
sua utilização medicinal e cosmética (Almeida e Berlinck, 1997).
Nos séculos XIX e XX as esponjas naturais de banho (algumas espécies dos
gêneros Spongia sp. e Hippospongia sp.) tiveram grande importância comercial com seu
apogeu na década de 1930. Eram utilizadas de diversas maneiras: como material de
limpeza, para pintura, em máscaras de gás e como absorventes. Atualmente, apesar da
difusão das esponjas sintéticas, significativamente mais baratas, as naturais ainda são
comercializadas (http://acd.ufrj.br/labpor/1-Esponjas/Esponjas.htm).
O interesse no potencial farmacêutico das esponjas foi intensificado em 1951,
após a descoberta por Bergman e Feeney dos nucleosídeos espongotimina e
espongouridina da esponja marinha Cryptotethia crypta (Schwartsmann et al., 2001
;
Sipkema et al., 2005).
13
Porifera é o filo marinho com mais compostos identificados (nucleosídeos,
terpenos, esteróis, alcalóides, derivados de aminoácidos e ácidos graxos) sendo portanto
o mais promissor na geração de novos fármacos.
Na busca de novos medicamentos, mais de 15000 compostos provenientes de
organismos marinhos já foram descritos sendo 5300 derivados de esponjas. Nestes,
verifica-se a maior incidência de atividades antiinflamatórias, antitumorais,
imunossupressoras, antivirais, antibióticas e antiincrustantes (quadro 2). Como
exemplo, em fase de teste clínico têm-se a Manoalida, um terpenóide extraído da
esponja Luffariella variabilis com atividade antiinflamatória, inibidora da fosfolipase
A2, e Halichondrina B da esponja Halichondria okadai com atividade anticâncer agindo
na despolimerização da tubulina (Sipkema et al., 2005).
Uma proteína isolada da espécie Tethya ingalli é capaz de lisar seletivamente
células de câncer de ovário. Lectinas isoladas de Chondrilla nucula se mostraram úteis
para marcação histoquímica de amostras de melanomas de tumores de tireóide e mama.
A substância manadomanzamine do gênero Acanthostrongylophora sp. possui atividade
antituberculose e antiviral (de Oliveira et al., 2004).
14
Quadro 2: Exemplos de substâncias químicas obtidas a partir de esponjas e suas
respectivas ações biológicas (Retirado de Sipkema et al., 2005).
Nome do composto Classe do
composto
Espécie/ Ordem Modo de ação
Acido subérsico Diterpenóide Suberea sp./ Verongida Antiinflamatório
inibidor da
lipooxigenase
EspongidinasA-D Alcalóide
piridínico
Spongia sp./ Dictyoceratida Antiinflamatório
inibidor da fosfolipase
A2
Adociasulfatos Triterpenóides
hidroquinonas
Sarcotragus sp./
Dictyoceratida
Haliclona sp./
Haplosclerida
Antitumoral inibidor
3-fucosiltransferase, e
proteína motora
cinesina
Neoamphimedine Alcalóide Xetospongia carbonaria/
Haplosclerida
Inibidor topoisomerase
II
Salicislamida A Salicilato Haliclona sp./
Haplosclerida
Inibidor v-ATPase
Crambecidina 1-4 Derivado
guanidina
Crambe crambe/
Poecilosclerida
Bloqueador canal de
Ca
++
Naamina D Alcalóide Leucetta chagosensis/
Calcinea
Inibidor da oxido
trico sintetase
ArenastatinaA Lactona Dysidea arenaria/
Dendroceratida
Inibidor polimerização
da tubulina
LatrunculinaA Thiazol Latrunculia magnified/
Poecilosclerida
Despolimerização
actina
1.2.3. Aplysina fulva
Aplysina fulva (Figura 1) é uma espécie pertencente à classe Demospongiae,
ordem Verongida. foram isolados cerca de 240 compostos de pelo menos 22 espécies
desta ordem que tem como principal característica a produção de bromometabólitos.
São também caracterizadas presença de carotenóides derivados de 2-oxazolina e por não
serem detectados terpenos na composição. (Gopichand e Schmitz, 1979; Van Soerst e
Braekman, 1999).
Aplysina fulva foi inicialmente classificada como Aplysina fistularis forma fulva,
sendo considerada a mesma espécie da Aplysina fistularis forma insularis. Um dos
parâmetros utilizados para separá-las em duas espécies foi quanto às classes de
compostos secundários produzidos por elas. Ambas produzem como metabólitos
15
específicos os compostos brominados, característicos da ordem e a fistularina 3, porém
a composição dos outros metabólitos parece ser completamente distinta, por exemplo,
A. fulva produz aerotionina a qual na é encontrada em A. insularis (Ciminiello et al.,
1996). Além da aerotionina que possui atividade antimicrobiana foram isolados da
espécie A. fulva os compostos aplysilina A e fistularinas 1, 2 e 3 que apresentaram forte
atividade antibacteriana e toxicidade in vitro contra células tumorais humanas
(Gopichand e Schmitz, 1979).
Figura 1: Foto Aplysina fulva na Pedra Vermelha, Arraial do Cabo por Eduardo Hajdu.
Fonte: http://www.iqsc.usp.br/iqsc/grupos_pesquisa/dfq/qopn/pesquisa1.htm
1.2.4. Arenosclera brasiliensis
Arenosclera brasiliensis (Figura 2), pertence à classe Demospongiae, ordem
Haplosclerida e é endêmica do litoral sudeste do Rio de Janeiro. A ordem haplosclerida
demonstra ser uma rica fonte de alcalóides derivados de 3-alquilpiperidina. Estes
compostos estão presentes em todas as famílias pertencentes a esta ordem, com mais de
cem compostos identificados (Van Soerst e Braekman, 1999; Torres et al., 2000).
foram isolados quatro alcalóides presentes em A. brasiliensis: Arenosclerina
A, B e C e Haliclonaciclamina E. Estes compostos mostraram forte atividade
16
antibacteriana, inclusive contra 11 cepas resistentes a antibióticos, atividade citotóxica
para as linhagens de células tumorais HL-60 (leucemia), L929 (fibrosarcoma), B16
(melanoma) e U138 (cólon) (Torres et al., 2000; Torres et al., 2002) e os compostos
arenosclerina A e haliclonaciclamina E induziram forte alteração na morfologia celular
e nos microtúbulos para a linhagem T47D de câncer de mama humano (Prado et al.,
2004).
Figura 2: Foto Arenosclera brasiliensis. Amostra coletada na praia de João
Fernandinho, Búzios por Gisele Lobo- Hajdu.
1.3. Importância da avaliação toxicológica de produtos
naturais.
Para que um medicamento possa estar disponível no mercado, é preciso que se
obtenha seu registro junto à Vigilância Sanitária, o que é possível após a realização
de pesquisas que comprovem que o medicamento em questão é eficaz e seguro, ou seja,
é capaz de tratar a doença e não tem alta incidência de efeitos colaterais graves na
população, apresentando baixa toxicidade em doses definidas. Na fase de estudos pré-
clínicos, é avaliada a possível toxicidade aguda e a longo prazo, as propriedades
farmacológicas, a farmacocinética, dose e estabilidade. São realizados ensaios
farmacológicos definindo o modo de ação da droga e a avaliação farmacocinética, ou
17
seja, como o medicamento será metabolizado e absorvido pelo organismo e a pesquisa
toxicológica. Os estudos toxicológicos fornecem informação sobre uma série de
aspectos relacionados à segurança dos medicamentos: toxicidade aguda, sub-crônica e
crônica, mutagenicidade, genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
toxicidade sobre a função reprodutora. Um composto só entrará em estudos da fase
clínica se ele tiver apresentado resultados satisfatórios na fase pré-clínica
(www.anvisa.gov.br).
O desenvolvimento de tumores pode envolver três etapas a iniciação, a
promoção e a progressão (Gesher et al., 2001). A iniciação geralmente é induzida por
um agente mutagênico e ,uma vez presente, é irreversível, sendo considerada uma fase
crítica no desenvolvimento de tumores. Alterações no processo de regulação do ciclo
celular, recombinação genética, quebra na fita de DNA ou interações epigenéticas
também são considerados agentes iniciadores que podem culminar no processo de
carcinogênese (Vargas, 1992). A fase seguinte é a promoção. Tem duração variável e é
representada por uma série de eventos reversíveis que envolvem principalmente uma
indução na proliferação celular (Suhr, 1999). A progressão ocorre quando células
fenotipicamente e genotipicamente alteradas desenvolvem mudanças microscópicas,
macroscópicas e funcionais e é considerada irreversível (Gescher et al., 2001). A grande
maioria dos tumores humanos é causada por agentes químicos ligados ao hábito de
fumar, ao estilo de vida e à dieta (Ribeiro et al., 2003). Daí a importância de
consistentes estudos toxicológicos em novos compostos, antes da aprovação para o uso.
1.4. Estratégias nacionais e internacionais para normatização de
avaliações genotóxicas.
18
Testes de genotoxicidade podem ser classificados como in vitro ou in vivo e são
desenvolvidos para detectar agentes químicos ou físicos capazes de induzir danos
genéticos direta ou indiretamente identificando os mecanismos de ação. Estes testes
permitem uma caracterização do risco de uma substância em relação à ocorrência de
danos no DNA e a sua fixação. A positividade nestes testes pode indicar que os agentes
testados sejam potenciais mutágenos e carcinógenos para a espécie humana. Os
protocolos de alguns ensaios de genotoxicidade são normatizados por agências
nacionais e multinacionais, sendo as mais relevantes a ICH (International Conference on
Harmonization) e a OECD (Organization for Economic Co-Operation and
Development) (Cimino, 2006).
A ICH produziu dois guias para avaliação de genotoxicidade para novos
fármacos: “S2A Guidance on specific aspects of regulatory genotoxicity tests” (ICH,
1996) e “S2B Genotoxicity: a standart battery for genotoxicity testing of
pharmaceuticals” (ICH, 1997), ambos com atualizações disponibilizadas em seus
respectivos sites, periodicamente. Estes documentos servem de base para a avaliação de
fármacos nos Estados Unidos da América pelo FDA (Food and Drug Administration,
orgão governamental responsável pelos testes e liberação de novos fármacos e aditivos
alimentares), em países membros da União Européia e em outros como o Japão
(Cimino, 2006). Os guias da ICH consideram o teste de mutação reversa em bactérias
como critério fundamental na avaliação in vitro uma vez que ele é capaz de detectar
uma quantidade relevante de danos genéticos, a maioria dos compostos que
apresentaram positividade neste ensaio também demonstram atividade carcinogênica em
roedores. É recomendada a realização de testes de mutação gênica em células de
mamíferos, podendo incluir em células de linfoma de camundongos (ICH, 1997). A
realização de testes in vivo é complementar e necessária devido à incapacidade de
19
detecção de problemas relacionados à absorção, metabolização, distribuição e excreção
de substâncias químicas nos testes in vitro (Cimino, 2006).
A OECD é uma organização internacional que desenvolve e coordena atividades
visando a saúde e segurança ambientais em vel internacional. Estas atividades
incluem: harmonização de procedimentos de testagem e de avaliação de risco de
substâncias químicas, harmonização da classificação e rotulagem, desenvolvimento de
boas práticas laboratoriais, cooperação na investigação de químicos e realização de
atividades colaborativas na administração de risco. A OECD é um rum de discussão
onde membros de 30 países expressam seus pontos de vista, dividem suas experiências
e buscam um comum acordo (Cimino, 2006).
Como parte do programa de avaliação da segurança de substâncias químicas, foi
elaborado o “Guidelines for the testing chemicals” (OECD, 2005). Esta coleção de
testes e procedimentos tem como objetivo regular a avaliação de risco de substâncias
químicas novas e existentes usados em pesticidas, fármacos e aditivos alimentares,
feita por orgãos governamentais, indústrias e laboratórios independentes (Cimino,
2006). Algumas das recomendações incluem a avaliação da genotoxicidade através do
teste de mutação reversa em bactérias, usando cepas de Salmonella typhimurium ou
Escherichia coli, teste de mutação em células de mamíferos, teste SMART (Somatic
mutation and recombination test) em drosófilas e avaliação de danos cromossomais
através do teste de micronúcleo e teste de aberração cromossômica em mamíferos.
Ressalta ainda que em alguns casos seja necessária a realização de testes
complementares para uma melhor interpretação dos resultados que podem consistir na
repetição dos mesmos testes em diferentes condições experimentais ou de outros
ensaios que podem ser o cometa, estudo do potencial genotóxico in vivo em roedores
trangênicos e testes para detecção de mutagenicidade fotoquímica.
20
No Brasil, a agência governamental que regula a segurança de compostos
químicos para uso humano é a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). É
o órgão responsável por estabelecer, coordenar e monitorar os sistemas de vigilância
toxicológica e farmacológica, coordenar as ações de vigilância sanitária realizadas por
todos os laboratórios que compõem a rede oficial de laboratórios de controle de
qualidade em saúde e promover a revisão e atualização periódica da farmacopéia
(www.anvisa.gov.br).
O teste de mutagenicidade com S. typhimurium (ensaio Salmonella/microssoma
ou ensaio de mutação reversa) é a metodologia de triagem mais utilizada atualmente
para detectar substâncias mutagênicas sendo validado por diversos laboratórios
(Ribeiro, et al., 2003). Os testes com organismos procariotos permitem uma avaliação
genotóxica rápida, de baixo custo e segura no diagnóstico, apresentando uma boa
correlação com o efeito em mamíferos. A utilização de um sistema de ativação
metabólica ( à exemplo do S9 mix) permite simular o efeito do sistema enzimático
P450, um dos principais complexos metabólicos da célula eucariótica em relação à
xenobióticos (Vargas, 1992).
1.4.1. Avaliação antigenotóxica.
A identificação de compostos com atividade antigenotóxica e, por inferência,
provável anticarcinogênica traz uma possibilidade de prevenção contra os efeitos
causados pela inevitável exposição à mutágenos ambientais de ocorrência natural,
gerados pela poluição ou através de produtos comercializados (Zeiger, 2007).
A busca por compostos com atividade antigenotóxica tem se concentrado em
produtos naturais devido à variedade de compostos e da ampla ocorrência de
substâncias com atividades protetoras, como a antioxidante. O uso dessas substâncias
21
pode reduzir os efeitos da exposição diária a mutágenos ambientais e também a
fármacos que possuem atividade mutagênica (Zeiger, 2007).
O evento mutagênico, responsável pela iniciação tumoral, pode sofrer uma série de
interações ou modificações induzidas por agentes químicos (Gescher et al., 2001).
Alguns trabalhos na área de quimioprevenção têm identificado agentes que parecem
modular o processo de carcinogênese em qualquer de suas etapas (iniciação, promoção
e progressão) (Wattenberg, 1985; Stoner et al., 1997). O possível evento
quimiopreventivo relaciona-se com essas etapas e com o tipo de carcinógeno ao qual o
indivíduo é exposto (Craddock, 1993).
22
2. Objetivos
23
2.1. Objetivo geral
Avaliação genotóxica e antigenotóxica de extratos brutos das esponjas A.
fulva e A. brasiliensis.
2.2.
Objetivos específicos
Distinguir grupos químicos presentes nos extratos obtidos das esponjas A.
fulva e A. brasiliensis através de espectros infravermelho e ultravioleta.
Realizar ensaio quantitativo de mutagenicidade (ensaio de mutação
reversa com S. typhimurium) e SOS cromoteste com extratos de A. fulva e
A.brasiliensis.
Avaliar a indução de quebras no DNA através dos ensaios cometa e de
uma manipulação plasmidial.
Investigar um possível efeito antimutagênico dos extratos através de duas
variações no ensaio Salmonella/microssoma.
Avaliar uma possível ação antigenotóxica dos extratos contra quebras no
DNA plasmidial.
Realizar ensaios qualitativos de mutagenicidade e antimutagenicidade
com os extratos cetônico e etanólico de A. brasiliensis.
24
3. Genotoxic evaluation of extracts from Aplysina fulva, a
Brazilian marine sponge.
25
4. Genotoxic and antigenotoxic evaluation of extracts from
Arenosclera brasiliensis, a Brazilian marine sponge.
Submitted to Toxicology in vitro in 03/18/2008.
Submetido à revista Toxicology in vitro em 18/03/2008.
26
Genotoxic and antigenotoxic evaluation of extracts from Arenosclera brasiliensis, a
Brazilian marine sponge
Stankevicins L.
1
, Aiub C.
1, 4
, de Santa Maria L.C.
3
, Lobo-Hajdu G.
2
, Felzenszwalb I.
1,*
1
Departamento de Biofísica e Biometria,
2
Departamento de Biologia Celular e Genética,
Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes,
3
Departamento de Química Orgânica,
Instituto de Química,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 20551-030 and
4
Departamento de Farmacologia e Toxicologia, Instituto Nacional de Controle de
Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 21040-900, Brazil
27
Abbreviations:
Arecr- A. brasiliensis crude extract
Arefil- A. brasiliensis filtrated extract
CoT(1)- Co- treatment (1)
CoT(A)- Co- treatment (A)
CoT(B)- Co- treatment (B)
FTIR- Fourier transform infrared
I.F.- Induction factor
M.I.- Mutagenic index
ONPG- O-nitrophenyl β-D-galactopyranosidae
PA- Alkaline phosphatase
pBsk- pBlueScript SK
PNPP- p-nitrophenyl disodic phosphate
PostT(1)- Post- treatment (1)
PostT(A)- Post- treatment (A)
PostT(B)- Post- treatment (B)
PreT(1)- Pre- treatment (1)
PreT(A)- Pre- treatment (A)
S9 mix- S9 metabolic activation mixture
SD- Standard deviation
β-Gal- β- Galactosidase
4NQO- 4-nitroquinoline 1-oxide
S.A- sodium azide
MMS- methyl methano sulphate
2-AF- 2-aminofluorene
28
Abstract:
The marine environment is a rich source of biological active compounds and the
sponges can be considered the most productive one. This diversity gives rise to unique
chemical compounds with potential pharmacological properties. Our study is focused on
the genotoxic and antigenotoxic evaluation of two crude extracts obtained from the
Brazilian endemic marine sponge Arenosclera brasiliensis. Salmonella typhimurium
reverse mutation test with TA97, TA98, TA100 and TA102 strains were done. For
antimutagenic analysis, a pre-, co-, and post-treatment to evaluate, respectively,
intracellular and extracellular reactions and possible modulation on DNA repair.
Additionally, in order to verify the influence of the crude extracts on DNA damage
induction, a plasmid-DNA treatment was assayed. No mutagenicity was observed in
Salmonella reverse mutation test, neither DNA strand induced damage. Antimutagenic
activity was observed in pre-, co-, and post-treatment. A significant antigenotoxic effect
was observed in the crude extract, wich suggests that A. brasiliensis extract has the
potential to protect DNA from the action of 4NQO, 2-aminofluorene, sodium azide and
mitomycin C.
Key words: Arenosclera brasiliensis; antimutagenicity; marine sponge; marine extracts.
Corresponding author: Israel Felzenszwalb, Ph.D - Departamento de Biofísica e
Biometria, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 20551-030, Brazil. Tel: +55 21
25876132.
E-mail address: [email protected]
29
1. Introduction
Nowadays, there is a growing interest in marine compounds, especially due to its great
diversity of unique secondary metabolites with potent pharmacological properties
(Sipkema et al., 2005; Aiub et al., 2006). Within marine animals, sponges are the most
productive sources of bioactive compounds and also have the highest rates of cytotoxic
metabolites, comprising 10% of the investigated species (Prado et al., 2004). It has
already been demonstrated ictiotoxic, antifungic and neurotoxic activities from sponge
metabolites (Almeida et al., 1997).
Our source of study was an endemic marine sponge from southwest coast of Brazil,
Arenosclera brasiliensis (Demospongiae, Haplosclerida). Haplosclerida is an
exceptional source of alkylpiperidine alkaloids and one of the orders with more
diversity of compounds presenting potent biological activities (Van Soerst and
Braekman, 1999; de Oliveira et al., 2004). Manadomanzamine from
Acanthostrongylophora sp. presents antiviral and antituberculosis activities;
xetospongins A, C and D, arguspongine B and demethylxestospongin B are potent
blockers of IP
3
mediated Ca
2+
release from endoplasmatic reticulum vesicles of rabbit
cerebellum. From A. brasiliensis, Arenosclerins A, B and C (C
32
H
55
N
2
O) and
Halioclonacyclamine E (C
32
H
55
N
2
) are tetracyclic alkylpiperidine alkaloids that present
a strong antibiotic activity against eleven resistant bacteria strains, cytotoxicity against
the human tumor cell lines HL-60 (leukemia), L929 (fibrosarcoma), B16 (melanoma)
and U138 (colon); hemolytic and neurotoxic activities (Muricy et al. , 1993; Rangel et
al., 2001; Torres et al., 2000; Torres et al., 2002; de Oliveira et al., 2004; Prado et al.,
2004).
The present study provides data on the mutagenic and antimutagenic activity of
different preparations of a crude extract from Arenosclera brasiliensis.
30
2. Material and Methods
2.1 Preparation, characterization and standardization of Arenosclera brasiliensis
extracts.
Five samples of Arenosclera brasiliensis were collected in april 2006 at João
Fernandinho beach, Búzios, Rio de Janeiro, Brazil (22
o
44´49´´S /41
o
52´54´´W).
The specimens were collected on a rocky shore, at depths of 2-7 meters, cleaned of all
visible surface debris, washed rapidly with freshwater and stored at 4
o
C in ethanol 92%
(two-fold of its mass) for 1 month (stock solution). A voucher sample was deposited in
Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ 1704).
A sample containing 53.6g (wet) stocked in 120mL ethanol (92%) was used to prepare
A. brasiliensis crude extract (Arecr). The stock solution was evaporated under vacuum
at 55ºC, lyophilized and frozen at – 20ºC until use. The final residue (1.11g) was diluted
in distilled water at 3.5, 35, 350, 1000 µg/mL concentrations.
Another A. brasiliensis extract (Arefil) was prepared from four samples (200g wet)
stocked in 500 mL of ethanol (92%). Arefil was obtained by filtration using filter paper,
from the insoluble fraction formed when the stock solution was stored under 4
o
C. The
filtered solution was evaporated under vacuum at 55ºC, lyophilized and frozen at – 20ºC
until use. The final residue (4.2g) was diluted in distilled water at 0.035, 0.35, 3.5 and
35 µg/mL concentrations.
The Arecr and Arefil ultraviolet and infrared spectra were recorded. The ultraviolet
spectra of the lyophilized extracts were assayed by diluting in distilled water and
ethanol 98% (proportion of 1:100) on a Shimadzu UV-160A spectrophotometer. For
infrared spectra (FTIR), the dried extracts were dissolved in chloroform and deposited
in a liquid cell with KBr window and analyzed on a Perkin-Elmer spectrum one
(resolution of 4 cm
-1
).
2.2. Bacterial Strains
The Salmonella typhimurium strains TA97, TA98, TA100 and TA102 were provided by
Dr. B. N. Ames, University of California, Berkeley, CA, USA. Escherichia coli
AB1157 was obtained from Dr. N. Asad, Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Instituto Roberto Alcantara Gomes, Rio de Janeiro, Brazil and E. coli SOS chromotest
strains PQ35 and PQ37, derived from E. coli GC4436 (Huisman and D´Ari, 1981) were
obtained from Dr. M. Hofnung, Institute Pasteur, Paris (France).
31
2.3. S9 fraction
S9 fraction 4% (~19.1 mg total protein) was purchased from Molecular Toxicology Inc.
(Moltox
TM
, USA), prepared from livers of Sprague-Dawley rats pre-treated with a
polychlorinated biphenyl mixture (Aroclor 1254). The S9 metabolic activation mixture
(S9 mix) was prepared according to Maron and Ames (1983) for the
Salmonella/microsome assay and used as previously described (Aiub et al., 2003; Aiub
et al., 2006).
2.4. Salmonella typhimurium reverse mutation test
Arecr and Arefil induced mutagenicity were tested following the protocol proposed by
Maron and Ames (1983) with some adaptations (Aiub et al., 2003; Aiub et al., 2004).
Aliquots of 100 µL of S. typhimurium strains TA97, TA98, TA100 and TA102 (2 x 10
8
cells/mL) were pre-incubated (60 minutes, at 37
o
C, 150 rpm) with 100 µL of Arecr or
Arefil concentrations and 500 µL of S9 mix or the same volume of 0.2M sodium
phosphate buffer (pH 7.4). After 60 min, 2 mL top-agar (0.7% agar, 0.6% NaCl, 50 µM
L-histidine, 50 µM biotin, pH 7.4, 45
o
C) was added to the test tubes and the final
mixtures were poured into Petri dishes with minimal agar (1.5% agar, Vogel- Bonner E
medium, containing 2% glucose). These final mixtures were incubated at 37
o
C for 72h,
and the His
+
revertant colonies were counted. The mutagenic index (M.I.) was
calculated by the mean value obtained for each concentration divided by the mean value
of the negative control (distilled water). All experiments were performed in triplicate
and repeated twice (Aiub, 2004).
2.5. Survival experiments
For determination of the cytotoxic effects of Arecr and Arefil, the pre-incubation assay
mixture in the bacterial (reverse) mutation test was diluted in 0.9% NaCl (w/v) in order
to obtain a suspension containing 2 x 10
3
cells/mL. A suitable aliquot (100 µL) of this
suspension was plated on nutrient agar (0.8% bacto nutrient broth (Difco), 0.5% NaCl
and 1.5% agar). The plates were then incubated at 37
o
for 24h and survival fractions
were calculated as described before (Caldeira de Araujo, et al., 1996). All experiments
were performed in triplicate and repeated twice.
32
2.6. Antimutagenicity analysis
Two different assays were performed to evaluate antimutagenic activity of Arefil,
consisting in variations of S. typhimurium reverse mutation test, described elsewhere.
In both, a pre-, co- and post-treatment were done. The pre-treatment evaluates the
extract penetration capacity into bacterial cells prior to contact with the mutagen. The
co-treatment investigates possible extracellular reactions between the extract and the
mutagen. The post-treatment, can evaluate the effects of the extract on DNA repair
modulation.
One of the used protocols was described by De Flora et al. (1992) and performed using
S. typhimurium TA102 strain, Arefil extract at 0.05 - 5 µg/mL (final concentrations) for
pre-treatment and 0.04 - 4 µg/mL, (final concentrations) for the co- and post-
treatments. The pre-treatment (PreT(A)) consists of incubating 100 µL cells at log
phase with 100 µL Arefil and 500 µL nutrient medium (0.45% yeast extract, 0.9%
bacto triptone, 0.9% NaCl) for 4 hours. The mixture was centrifuged (3000 rpm, rotor
54. 15C Eppendorf for 20 minutes), the medium removed and cells ressuspended with
the same volume with 0.2 M phosphate buffer pH 7.4. Then, after 20 minutes of
incubation in the presence of S9 mix or 0.2M phosphate buffer pH 7.4 at 37
o
C under
shaking (150 rpm), 100 µL of mitomycin was added and incubated in the presence of S9
mix or 0.2M phosphate buffer pH 7.4 for 20 minutes at 37
o
C under shaking (150 rpm).
The cells were washed and plated on minimal agar plates with top agar. The plates were
incubated at 37
o
C for 72h, and the His
+
revertants colonies were counted. The M.I. was
calculated as previously described.
The Co-treatment consisted of two different incubations procedures, identified as
CoT(A) and CoT(B). CoT(A) consisted of 100 µL of an overnight grown culture of
TA102, 100 µL of mitomycin C, in the presence or absence of S9 mix and 100 µL of
Arefil concentrations at 37
o
C for 20 minutes, 150 rpm Cells were washed and plated as
described.
CoT(B) consisted of incubating 100 µL of Arefil and 100 µl mitomycin C in the
presence or absence of S9 mix for 20 min at 37
o
C, 150 rpm. Then, 100 µL of cell
culture (2 x 10
9
cells/mL) was added and the mixture plated.
The Post-treatment consisted also in two different incubations procedures, identified as
PostT(A) and PostT(B). PostT(A) consisted of incubating 100 µL of bacterial
suspension (2 x 10
9
cells/mL), 100 µL of mitomycin C (7.1 µg/mL) in the presence or
33
absence of S9 mix for 20 minutes at 37
o
C, 150 rpm. The cells were washed, 100 µL of
Arefil was added and the mixture was plated. In PostT(B), 100 µL of bacterial
suspension (2 x 10
9
cells/mL) and 100 µL of mitomycin C (7.1 µg/mL) were incubated
in the presence or absence of S9 mix for 20 minutes at 37
o
C, 150 rpm. Then, the cells
were incubated for 30 min in 700 µL fresh nutrient broth, re-washed, 100 µL of Arefil
was added and the mixture was plated.
The other protocol for antimutagenic analysis was performed with S. typhimurium
TA97, TA98, TA100 and TA102 strains. This assay also used a pre-, co- and post-
incubation denominated PreT(1), CoT(1) and PostT(1).
PreT(1) mixture consisted of incubation of 100 µL of Arefil and 100 µL of an
overnight grown bacterial suspension, in the presence or absence of S9 mix for 30
minutes at 37
o
C, 150 rpm. The mixture was incubated with 100 µL of the mutagen for
30 minutes and then plated on minimal agar plates.
CoT(1) was performed by incubating 100 µL of Arefil, 100 µL of the mutagen and 100
µL of an overnight grown bacterial suspension, in the presence or absence of S9 mix for
60 minutes at 37
o
C, 150 rpm. This mixture was then plated on minimal agar plates.
PostT(1) was performed by incubating 100 µL of the mutagen and 100 µL of an
overnight grown bacterial suspension in the presence or in the absence of S9 mix for 30
minutes at 37
o
C, 150 rpm.. Then, 100 µL of Arefil was added, the mixture was
incubated at 37
o
C 150 rpm for 30 minutes, and plated on minimal agar plates.
All experiments were done in triplicate and repeated twice.
2.7. Plasmidial treatment
The pBlueScript SK (pBsk), a 2958 bp gene-ampicillin resistant plasmid cloned in
Escherichia coli strain AB1157, was treated as described before (Dantas et al., 1999;
Kovary et al., 2001), with minor modifications. 5 µL aliquot samples of plasmidial
DNA (55 ng) were incubated with 5 µL Arecr at 1.75, 17, 170, 500 µg/mL
concentrations for 60 min at 37
o
C. DNA samples were immediately submitted to
electrophoresis in 0.8% agarose gel with 1X TAE buffer (40mM tris acetate, 1mM
EDTA), stained with ethidium bromide (0.5µg/mL) and visualized by ultraviolet
transilluminator.
The assay included a positive control using stannous chloride (SnCl
2
) (Sigma Chemical
Co. St Louis, USA) and α- Tocoferol (Vitamin E) (Sigma Chemical Co. St Louis, USA)
34
as a scavenger to evaluate possible protective action against oxidative damage on the
plasmidial DNA.
Gel images were capturated by Kodak digital science eletrophoresis documentation and
analysis system 120 and quantified by gel densitometry with the software ImageJ 1.3B
(Wayne Rasband, National Institutes of Health-USA). The treatments were repeated
three times.
2.8. SOS chromotest
The SOS chromotest was performed in Escherichia coli strains PQ35 and PQ37 with
Arefil at 0.05, 0.5 and 5 µg/mL, according to Quillardet and Hofnung (1985) with some
adaptations (Aiub, 2003). 100 µL of Arefil was incubated with 100 µL of bacterial
overnight grown culture, in the presence or absence of S9 mix at 37
o
C for 60 minutes
under shaking (150 rpm). The mixture was then centrifuged (5000 rpm for 10 minutes)
and ressuspended in 700 µL NaCl 0.9%. These cells were used to measure the
expression of β-galactosidase (β-Gal) and alkaline phosphatase (PA). ONPG (4 mg O-
nitrophenyl β-D-galactopyranosidae/mL) and PNPP (4 mg p-nitrophenyl disodic
phosfate/ mL) were used as substrate for β-galactosidase and alkaline phosphatase
respectively. The β-gal reaction was stopped by adding 1.6 mL of Na
2
CO
3
1M; and the
PA by adding 800 µL HCl 2.5M and, after 10 minutes, 800 µL Tris 2M.
Enzymes activities were estimated in Miller units (Abs
420
x 1000/ incubation with the
substrate in minutes) (Miller, 1972). The induction factor corresponds to the ratio of the
activities of β-Gal/ PA divided by the negative control group value. The results were
considered positive when the increase of induction factor (I.F.) was higher than 1.5. A
reduction of alkaline phosphatase activity superior to 30%, when compared to the
negative control, indicates cytotoxicity. The experiment was performed in triplicate and
repeated twice.
2.9. Statistical analyses
Data are expressed as mean ± standard deviation (SD). Statistical analysis was
performed by ANOVA and Dunnett’s multiple comparison tests. Values significantly
different from control are indicated as * p</0.01.
35
3. Results
3.1. Chemical characterization of the extracts
The FTIR analysis for Arecr and Arefil were performed to search for characteristic
chemical groups. Both showed six absorption peaks as more representative: 3401, 2925,
1634, 1404, 1197 and 1045 cm
-1
(figures 1 and 2).
The ultraviolet spectrum was also performed to verify characteristic peaks between
Arecr and Arefil. The spectra obtained from both extracts were similar and presented an
absorption peak near 270 nm, a shoulder band around 210 - 230 nm and absorption
below 200 nm (figures 3a and 3b).
3.2. Salmonella typhimurium reverse mutation test
Tables 1 - 4 show the results of the S. typhimurium reverse mutation test and survival
experiments for Arecr and Arefil respectively.
No mutagenicity was detected for both Arecr and Arefil in all tested strains and
concentrations, neither in presence nor in absence of S9 mix. Cytoxicity was obtained
only for Arefil, in the absence of S9 mix, for TA98 strain treated with 5 µg/mL.
3.3. Antimutagenic assays
Tables 5 and 6 show the results for the antimutagenic assay (De Flora et al. 1992) with
the TA102 strain. Reductions in induced revertants numbers were obtained in PreT, for
all tested concentrations, ranging from 61 to 62%; in CoT(B) for 0.04 µg/mL of 37,5%
and in PostT(B) for 4 µg/mL of 41,7% in the presence of S9 mix, when compared to
mitomycin C (p 0.01). In PreT, in the absence of S9 mix, a reduction of 15 and 25% in
induced revertants numbers was observed for 0.5 and 5 µg/mL and an increase of 40%
was observed for 0.05 µg/mL.
The other antimutagenic test was performed using TA97, TA98, TA100 and TA102
strains and the results are presented on tables 7-10. In PreT(1), Arefil exhibited a 44-
49% reduction in revertants numbers for TA97 strain in the absence of S9 mix, for all
tested concentrations.
In CoT(1) a significant reduction in revertants (35-54 %) was observed for strain TA98,
for all tested concentrations in the presence of S9 mix and a reduction for 0.04 and 0.4
µg/mL of 36% and 14% respectively in the absence of S9 mix. In CoT(1), TA100 strain
36
also showed a significant reduction in revertants (45-50%) for all tested concentrations.
In PreT(1), for 0,4 and 4 µg/mL, a 25% and 37% revertants reduction respectively, was
noted in the presence of S9 mix. For TA100 strain, for all tested concentrations, CoT(1)
showed an increase in revertants (24-75%) in the absence of S9 mix when compared to
sodium azide.
For TA102, in PreT(1), for 0.04 and 0.4 µg/mL, a 5 and 40% revertants number
increase was observed in the absence of S9 mix. Post-treatment in strain TA102 showed
a reduction of 42-75% in revertants numbers for Arefil for all concentrations in the
absence of S9 mix.
3.4. Plasmidial treatment
Figure 4 shows no modifications on pBsk gel electrophoresis profile after treatment
with Arecr.
Figure 5 shows a reduction on linear form (F2) for 11 and 110 µg/mL, demonstrated by
an increase in 20% on the supercoiled form (F1) obtained when pBsk was incubated
with Arecr and stannous chloride.
3.5. SOS chromotest
The SOS chromotest results showed a significant induction in SOS system (IF>1.5) for
PQ35 at 5 µg/mL concentrations and for PQ37 at 0.05 and 0.5 µg/mL concentrations, in
the absence of S9 mix. Alkaline phosphatase values for these concentrations showed a
decrease (66, 61.5 and 72% respectively), also observed for PQ37 at 5 µg/mL (92%)
(table 11).
37
4. Discussion
Marine sponges of the order Haplosclerida have proven to be a rich source of secondary
metabolites, especially alkylpyridine and alkylpiperidine alkaloids. FTIR analysis of
Arefil and Arecr detected the same absorption peaks observed in the previously isolated
compounds from A. brasiliensis (Torres, 2000).
The infrared peaks
3401, 2925, 1634, 1197 and 1045 cm
-1
are indicative of OH
stretching, CH
2
, C=C, C-N and C-O bonds respectively (Bellamy, 1980; Coates, 2000)
A previous screening (data not shown) on our study verified a strong cytotoxicity
against S. typhimurium strain TA102 for Arecr for concentrations above 143 µg/mL and
for Arefil for concentrations above 50 µg/mL. This toxicity led us into suspecting that
the alkaloids isolated from A. brasiliensis are not the only compounds responsible for
the biological activity observed in crude extracts. This assumption is supported
especially by the elevated concentration of the isolated alkaloids used in antimicrobial
experiments, which was 80 µg/mL (Torres, 2002).
Arecr and Arefil test concentrations were defined according to its cytotoxicity for
TA102 strain.
Another fact that corroborates the presence of other compounds with biological activity
in A. brasiliensis is the observed decrease (> 30%) on alkaline phosphatase values in
SOS chromotest with E.coli strains PQ35 and PQ37. This indicates an inhibition of
protein activity and consequently toxicity. Arenosclerins A-E and Haliclonaciclamine in
microbial test did not present any toxic response for E. coli ATCC 25922 strain (Torres
et al. 2002).
Although no mutagenicity was detected by the Salmonella microsome assay (tables 1-4)
in PQ35 for 5 µg/mL and in PQ37 strains for 0.5 and 5 µg/mL, induction factor values
above 1.5 were observed in SOS chromotest (table 11), indicating mutagenicity. The
values corresponding to alkaline phosphatase activity for the same concentrations had a
reduction > 30% that could be attributed to an Arefil cytotoxic effect inhibiting protein
activity. These mutagenic and cytotoxic effects could be observed only in the absence of
S9 mix, suggesting that active compounds present in Arefil can be detoxified by
cytochrome P450 enzimes.
It is well established that mutations in somatic cells play a key role in cancer initiation
and other stages of the carcinogenesis process. To avoid this, cancer chemopreventive
38
agents can act in a primary prevention inhibiting mutation and cancer initiation by
triggering protective mechanisms either in extracellular environment, or inside cells.
The mechanisms that could prevent cancer development usually have a relationship
with other diseases. Evidences are accumulating, showing that DNA alterations can also
contribute to the pathogenesis of other pathological conditions such as atherosclerosis,
obstructive pulmonary disease, degenerative heart disease and glaucoma. (De Flora and
Ferguson, 2005).
In line with the assumption that marine organisms do not suffer from neoplasic diseases,
it has been reported that they are able to inhibit the production of DNA lesions induced
by mutagens or carcinogens, because they have an efficient bio- transformation and
detoxification capacity (De Flora, et al., 1995; Aiub, et al., 2006).
A plasmidial treatment and two modifications of standard S. typhimurium reverse
mutation test were performed to verify the capacity of the extracts to protect DNA
against chemical induced lesions.
The plasmidial treatment performed with Arecr revealed a scavenger activity,
preventing DNA from oxidative lesions generated by SnCl
2
, a potentially genotoxic
agent that mediates single strand breaks in DNA through ROS formation (Dantas et al.,
1999). Arecr showed a protective action similar to the observed when the DNA was
treated with vitamin E (33.3 µg/mL) as demonstrated in figure 5.
Two antimutagenic assays were performed with S. typhimurium TA102, a strain capable
of detecting oxidative mutagens and base pair substitution (Levin et al., 1922).
The positive control used in the assays was mitomycin C, a drug that alkylates DNA in
several different ways acting for example through a bioreductive alkylation reaction as a
trifunctional or bifunctional alkylating agent (Sanderson et al., 1996; Takeiri et al.,
2003). Mitomycin C also requires redox reactions to form the reactive intermediates
involved in the ultimate toxic events (adduct formation). The same mechanisms lead to
the formation of reactive oxygen species (ROS), which can themselves exert direct
toxicity (Pagano, 2001).
Arefil presented a protective effect against mitomycin C in PreT, CoT(B) and PostT(B),
when incubated in the presence of S9 mix (tables 5 and 6), indicating a reduction on
adducts formation and on oxidative stress. In PreT, this reduction indicates an
intracellular action of Arefil. The revertants numbers reduction in CoT(B), when
compared to CoT(A), can be attributed to the prolonged contact with Arefil, because in
CoT(A) the extract was removed after a 20 min incubation and in CoT(B) the extract
39
was plated with the cells. This could justify the protective effect of Arefil only in
CoT(B). The PostT(B) treatment shows an enhance on DNA repair. This led us to
suggest stimulation of the expression of repair enzymes, involved mainly in base
excision and nucleotide excision repair pathway (Aiub et al., 2004).
All treatments except PreT, in the presence of S9 mix, exhibited lower revertants
numbers than the non-metabolized ones (tables 5 and 6). This probably is due to Arefil
metabolic activation of P450 cytochrome oxidases, enhancing its antioxidant effect.
The other strains used in antimutagenic assays were TA97, TA98 and TA100, which are
designed to detect respectively: insert frameshift mutation of G:C base pairs, deletion
frameshift mutation of G:C base pairs and base pair substitution. The positive control
used for TA97 strain was 4-NQO. A reduction in the number of His
+
revertants for this
strain was verified for Pre(1) treatment, in the absence of S9 mix. This can suggest an
intracellular action of Arefil, as observed in TA102 strain for PreT.
TA98 strain was treated with 2- AF and a significant reduction in the number of His
+
revertants colonies was observed in CoT(1) with S9 mix for all concentrations, and for
0.04 µg/mL concentration without S9 mix. 2-AF is an aromatic amine that produces
bulky lesions as adducts, especially dGAF adduct (Dutta et al., 2004). In bacteria, there
is a preference for dG-AF adducts to cause base substitution mutations, mostly G3T
transversions. The 2-AF lesions can be removed by nucleotide excision repair (Dutta et
al., 2004). These results indicate an extracellular interaction between Arefil and 2-AF,
during CoT(1), protecting cells from these induced lesions.
TA100 strain, which detects base pair substitution (G:C/A:T), was treated with SA. In S.
typhimurium SA reverts only base substitution mutants (Olsen et al., 1993). For TA100
strain, Arefil showed a protective action in PreT(1) in the presence of S9 mix for 0.4
and 4 µg/mL concentrations, suggesting an intracellular action of Arefil, preventing cell
damage. In CoT(1) a synergism between Arefil and SA was observed, by the increase of
His
+
revertants rate, in the absence of S9 mix. In the presence of S9 mix a reduction of
induced revertants was verified. These data support the supposition that S9 mix
metabolization results in detoxification, as observed before, in tables 5 and 6.
The results obtained demonstrate that Arefil exhibited mutagenic activity in SOS
chromotest. No mutagenicity was observed in S. typhimurium reverse mutation test for
Arefil and Arecr. Meanwhile, Arefil presents antimutagenic activity, protecting cells
from different types of mutagens by acting intracellularly, extracellularly and on DNA
40
repair. On plasmidial treatment, Arecr protected DNA from oxidative lesions,
presenting an effect similar to that observed on vitamin E treatment.
41
References
Aiub, C., Gianerini, A., Ferreira, F., Mazzei, J., Stankevicins, L., Lobo-Hajdu, G.,
Guimarães, P., Hajdu, E., Felzenszwalb, I., 2006. Genotoxic evaluation of extracts from
Aplysina fulva, a Brazilian marine sponge. Mutation Research 611, 34-41(1-2).
Aiub, C., Pinto, L.F.R., Felzenszwalb, I., 2004. Standardization of conditions for the
metabolic activation of N- nitrosodiethilamine in mutagenicity tests. Genetics and
Molecular Research 3, 264-272 (2).
Aiub, C., Ribeiro Pinto, L.F., Felzenszwalb, I., 2003. N-Nitrosodiethylamine
mutagenicity at low concentrations. Toxicology Letters 145, 36-45.
Aiub, C.A., Mazzei, J.L., Pinto, L.F., Felzenszwalb I., 2004. Participation of BER and
NER pathways in the repair of DNA lesions induced at low N- nitrosodiethylamine
concentrations. Toxicology Letters 154, 133-142 (1-2).
Almeida, A.M.P., Berlinck, R.G.S., 1997. Alcalóides alquilpiridínicos de esponjas
marinhas. Química Nova 2, 170-185 (20).
Bellamy, L.J., 1980. The infrared spectra of complex molecules vol. 2. Chapman and
Hall, London, p. 94.
Caldeira de Araujo, A., Dantas, F., Moraes, M., Felzenszwalb, I., Bernardo Filho, M.,
1996. Stannous chloride participates in the generation of reactive oxygen species.
Journal of the Brazilian Association for the Advancement of Science 48, 109-113.
Coates, J., 2000. Interpretation of Infrared Spectra, a Practical Approach. John Wiley &
Sons Ltd, Chichester , pp. 4-15.
Dantas, F.J.S., Moraes, M.O., Mattos, J.C.P., Bezerra, R.J.A.C., Carvalho, E.F., Filho,
M. B., Araújo, A.C., 1999. Stannous chloride mediates single strand breaks in plasmid
DNA through reactive oxygen species formation. Toxicology Letters 110, 129-136.
42
De Flora, S., Bagnasco, M., Bennicelli, C., Camoirano, A., Bojnemirski, A., Kurelec,
B., 1995. Biotransformation of genotoxic agents in marine sponges. Mechanisms and
modulation. Mutagenesis 10, 357-364.
De Flora, S., Camoirano, A., D´Agostini, F., Balansky, R., 1992. Modulation of the
mutagenic response in prokaryotes. Mutation Research 267, 183-192.
de Oliveira, J.H.H.L., Grube, A., ck, M., Berlinck, R.G.S., Macedo, M.L., Ferreira
A.G., Hajdu, E., 2004. Ingenamine G and Cyclostellettamines G-I, K and L from the
new brazilian species of marine sponge Pachychalina sp. Journal of Natural Products
67, 1685-1689 (10).
Dutta, S., Li, Y., Johnson, D., Dzantiev, L., Richardson, C., Romano, J., Ellenberger, T.,
2004. Crystal structures of 2-acetylaminofluorene and 2-aminofluorene in complex with
T7 DNA polymerase reveal mechanisms of mutagenesis. PNAS 101, 16186-16191 (46).
Huissman, O., diAri, R., 1981. An inducible DNA replication- cell division coupling
mechanism in E. coli, Nature 290, 797-799.
Kovary, K., Louvain, T., Costa e Silva, M., Albano, F., Pires, B., Laranja, G., Lage, C.,
Felzenszwalb, I., 2001. Biochemical behaviour of norbixin during in vitro DNA damage
induced by reactive oxygen species. British Journal of Nutrition 85, 431-440.
Levin, D., Hollstein, M., Christiman, M., Schwiers, E., Ames, B., 1982. A new
Salmonella tester strain (TA102) with A.T base pairs at the site of mutation detects
oxidative mutagens. Proceedings of National Academy of Sciences 79, 7445-7449.
Maron, D., Ames, B., 1983. Revised methods for the Salmonella mutagenicity test.
Mutation Research 113, 173-215.
Miller, J., 1972. Experiments in molecular genetics. Cold Spring Harbor Laboratory
Press, Cold Spring Harbor, NY, pp. 352-355.
43
Muricy, G., Hajdu, E., Araujo, F., Hagler, A., 1993. Antimicrobial activity of
Southwerstern Atlantic shallow-water marine sponges. Scientia Marina 57, 427-432 (4).
Olsen, O., Wang, X., Wettstein, D., 1993. Sodium azide mutagenesis: Preferential
generation of AT -> GC transitions in the barley Antl8 gene. Proceedings of National
Academy of Sciences 90, 8043-8047.
Pagano, G., 2002. Redox-modulated xenobiotic action and ROS formation: a mirror or a
window? Human & Experimental Toxicology 21, 77-81.
Prado, M.P., Torres, Y.R., Berlinck, R.G.S., Desiderá, C., Sanchez, M.A., Craveiro,
M.V., Hajdu, E., da Rocha, R.M., G.M., 2004. Machado-Santelli. Effects of marine
organisms extracts on microtubule integrity and cell cycle progression in cultured cells.
Journal of Experimental Marine Biology and Ecology 313, 125-137.
Rangel, R., Sanctis, B., Freitas, J., Polatto, J., Granato, A., Berlinck, R., Hajdu, E.,
2001. Cytotoxic and neurotoxic activities in extracts of marine sponges (Porifera) from
southeastern Brazilian coast. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology 262,
31-40.
Sanderson, B., Shield, A., 1996. Mutagenic damage to mammalian cells by therapeutic
alkylating agents. Mutation Research 355, 41-57.
Sipkema, D., Franssen, M., Osinga, O., Tramper, J., Wijffels, R., 2005. Marine sponges
as pharmacy. Marine biotechnology 7, 142-162.
Takeiri, A., Mishima, M., Tanaka, K., Shioda, A., Ueda, O., Suzuki, H., Inoue, M.,
Masumura, K., Nohmi, T., 2003. Molecular characterization of mitomycin C-induced
large deletions and tandem-base substitutions in the bone marrow of gpt delta transgenic
mice. Chemical Research in Toxicology 16, 171-179.
Torres, Y., Berlinck, R., Magalhães, A., Schefer, A., Ferreira, A., Hajdu, E., Muricy, G.,
2000. Arenosclerins A-C and haliclonacyclamine E, new tetracyclic alkaloids from a
44
brazilian endemic sponge Arenosclera brasiliensis. Journal of Natural Products 63,
1098-1105.
Torres, Y., Berlinck, R., Nascimento, G., Fortier, S., Pessoa, C., Moraes, M., 2002.
Antibacterial activity against resistant bacteria and cytotoxity of four alkaloid toxins
isolated from the marine sponge Arenosclera brasiliensis. Toxicon 40, 885-891.
Van Soerst, R., Braekman, J., 1999; Chemosystematics of Porifera: A review. Memoirs
of the Queensland museum 44, 569-589.
45
Figure legends:
Figure 1: Infrared analysis (FTIR) of Arecr dissolved in chloroform and deposited in a
liquid cell with KBr window, with resolution of 4 cm
-1
.
Figure 2: Infrared analysis (FTIR) of Arefil dissolved in chloroform and deposited in a
liquid cell with KBr window, with resolution of 4 cm
-1
.
Figure 3: Ultraviolet analysis of Arecr (a) and Arefil (b). Samples were diluted in a
distilled water and ethanol solution (1:100), at 1:10 concentration of Arecr and at 1:100
concentration of Arefil. A: Absorbance, λ: nanometer.
Figure 4: Aliquots of 5 µL of plasmidial DNA pBSK 55 ng treated with Arecr for 60
min at 37
o
C in 0.8% agarose gel. Lane 1: Negative control (distilled water), lane 2:
Arecr 1.75 µg/mL, lane 3: 17 µg/mL lane 4: 170 µg/mL, lane 5: 500 µg/mL, lane 6:
positive control, SnCl
2
25 µg/mL final concentrations. F1: supercoiled form; F2: relaxed
form.
Figure 5: Aliquots of 5 µL of plasmidial DNA pBSK (55ng)were incubated for 60 min
at 37
o
C with 5 µL Arecr concentrations. Lane 1: SnCl
2
(16.6 µg/mL), lane 2: SnCl
2
(16.6 µg/mL) + Vit E (16.6 µg/mL), lane 3: pBSK (55 ng), lane 4: Arecr 1.1 µg/mL +
SnCl
2
(16.6 µg/mL), lane 5: Arecr 11 µg/mL + SnCl
2
(16.6 µg/mL), lane 6: Arecr 110
µg/mL+ SnCl
2
(16.6 µg/mL), lane 7: SnCl
2
(16.6 µg/mL) + Vit E (33.3 µg/mL), lane 8:
Vit E (33.3 µg/mL).Gel quantification %F1: supercoiled form % F2: relaxed form.
46
Figure 1
Figure 1
47
Figure 1
Figure 2
48
0
0.2
0.4
0.6
0.8
200 230 260 290 320 350 380 410 440
λ
λλ
λ
(nm)
A
0
0.2
0.4
0.6
0.8
200 230 260 290 320 350 380 410 440
λ
λλ
λ
(nm)
A
Figure 3
49
3
1
2
5
4
6
F2
F1
Figure 4
50
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 2 3 4 5 6 7 8
%F2
%F1
Lane
1
2
3
4
5
6
7
8
Figure 5
51
Table 1: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strains by Arecr
(µg/mL) in reverse mutation test, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
Strain -S9 +S9
Arecr M.I.
a
His
+
± SD
b
%
Survival
c
M.I.
a
His
+
± SD
b
%
Survival
c
TA97 0 0 161 ± 17 100 0 184 ± 15 100
0.5 1.0 155 ± 18 88 1.0 193 ± 12 100
5 1.1 183 ± 23 100 1.0 191 ± 13 100
50 1.1 175 ± 16 89 1.0 175 ± 13 100
143 1.2 201 ± 6 99 1.0 184 ± 2 100
4NQO
3.1
485 ± 15 2-AF
8.2
1582 ± 52
TA98 0 0 31 ± 8 100 0 32 ± 10 100
0.5 1.0 31 ± 2 100 0.8 25 ± 2 90
5 1.1 35 ± 8 87 1.1 35 ± 4 82
50 0.9 29 ± 8 91 0.8 24 ± 2 96
143 1.0 32 ± 3 100 0.8 26 ± 5 95
4NQO
7.7
239 ± 24 2-AF
55
1377 ± 49
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments.
c
Percent survival relative to the
negative control: Toxicity when percent survival < 70%.
Positive controls: 4NQO, 4-
nitroquinoline 1-oxide 70 µg/mL and 2-AF, 2-aminofluorene: 13 µg/mL, final
concentrations.
Significant statistical difference between negative control and tested
concentrations at same experimental conditions is identified by
*
(p < 0.01).
52
Table 2: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strains by Arecr
(µg/mL) in reverse mutation test, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
Strain -S9 +S9
Arecr M.I.
a
His+± SD
b
%
Survival
c
M.I.
a
His+ ± SD
b
%
Survival
c
TA100 0 0 255 ± 35 100 0 197 ± 5 100
0.5 1.1 272 ± 25 100 0.9 185 ± 10 100
5 0.9 242 ± 21 100 1.1 215 ± 21 100
50 1.0 255 ± 31 100 0.8 153 ± 28 100
143 1.1 270 ± 12 100 1.3 265 ± 22 88
S.A.
2.2
590 ± 6 2-AF
7.1
1308 ± 12
TA102 0 0 216 ± 14 100 0 212 ± 4 100
0.5 1.0 215 ± 20 85 1.0 218 ± 29 100
5 1.0 206 ± 27 93 0.8 172 ± 20 100
50 0.9 192 ± 31 87 0.9 188 ± 16 100
143 0.5
114 ± 13 99 0.9 194 ± 13 77
MMS
7.0
1500 ± 30 2-AF
5.7
1240 ± 42
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments.
c
Percent survival relative to the
negative control: Toxicity when percent survival < 70%.
Positive controls: S.A sodium
azide: 14 µg/mL and MMS methyl methano sulfate: 2.8%, final concentrations.
Significant statistical difference between negative control and tested concentrations at
same experimental conditions is identified by
*
(p < 0.01).
53
Table 3: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strains by Arefil
(µg/mL) in reverse mutation test, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
Strain -S9 +S9
Arefil M.I.
a
His
+
± SD
b
%
Survival
c
M.I.
a
His
+
± SD
b
%
Survival
c
TA97 0 0 150 ± 13 100 0 192 ± 19 100
0.005 1.0 153 ± 8 100 0.9 178 ± 7 96
0.05 1.0 147 ± 13 97 0.9 179 ± 6 100
0.5 0.7
112 ± 2 96 0.8
153 ± 5 100
5 0.9
130 ± 7 98 0.8
162 ± 8 100
4NQO
2.0
300 ± 15 2-AF
7.2
1280 ± 22
TA98 0 0 20 ± 5 100 0 35 ± 4 100
0.005 1.6 31 ± 4 71 0.9 31 ± 10 93
0.05 1.0 20 ± 5 97 1.0 34 ± 6 100
0.5 1.0 19 ± 6 91 1.0 36 ± 5 100
5 1.5 29 ± 8
55
*
0.8 28 ± 4 100
4NQO
7.7
239 ± 22 2-AF
44
1377 ± 32
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments.
c
Percent survival relative to the
negative control: Toxicity when percent survival < 70%.
Positive controls: 4NQO, 4-
nitroquinoline 1-oxide 70 µg/mL, final concentrations.
Significant statistical difference
between negative control and tested concentrations at same experimental conditions is
identified by
*
(p < 0.01).
54
Table 4: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strains by Arefil
(µg/mL) in reverse mutation test, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
Strain -S9 +S9
Arefil M.I
.a
His+± SD
b
%
Survival
c
M.I.
a
His+± SD
b
%
Survival
c
TA100 0 0 162 ± 25 100 0 216 ± 25 100
0.005 0.6 100 ± 36 97 1.1 234 ± 29 72
0.05 1.2 196 ± 46 95 1.2 254 ± 27 75
0.5 1.1 178 ± 23 86 1.1 239 ± 24 76
5 1.0 158 ± 22 86 1.1 243 ± 14 77
S.A.
5.9
590 ± 18 2-AF
5.6
1308 ± 3
TA102 0 0 165 ± 24 100 0 355 ± 18 100
0.005 1.0 160 ± 8 95 0.8 280 ± 17 87
0.05 1.0 157 ± 36 100 0.7 263 ± 8 83
0.5 1.2 200 ± 33 100 0.7 266 ± 4 89
5 1.3 216 ± 6 100 0.7 243 ± 18 79
MMS
6.6
1052 ± 9 2-AF
4.4
1240 ± 18
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments.
c
Percent survival relative to the
negative control: Toxicity when percent survival < 70%.
Positive controls: S.A, sodium
azide: 14 µg/mL and MMS methyl methano sulfate: 2.8%, final concentrations.
Significant statistical difference between negative control and tested concentrations at
same experimental conditions is identified by
*
(p < 0.01).
55
Table 5: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strain TA102 by Arefil
(µg/mL)
in antimutagenic assay, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
- S9 + S9
Incubations
Arefil M.I.
a
His
+
± SD
b
M.I.
a
His
+
± SD
b
PreT 0 1.0 289 ± 14 1.0 170 ± 7
0.05
2.8
*
799 ± 30
3.4
*
583 ± 6
0.5 1.7
*
484 ± 40
3.2
*
546 ± 0
5 1.5* 443 ± 25
3.4
*
584 ± 5
Mit C
2.0
580 ± 9
8.2
1395 ± 12
CoT(A) 0 1.0 257 ± 36 1.0 278 ± 5
0.04
4.3
1106 ± 43 1.8 502 ± 2
0.4
4.0
1036 ± 16
2.1
590 ± 10
4
4.5
1160 ± 43
2.0
550 ± 10
Mit C
4.1
1052 ± 0
2.3
640 ± 6
CoT(B) 0 1.0 473 ± 14 1.0 265 ± 7
0.04
2.6
1249 ± 10 1.5
*
400 ± 27
0.4
3.4
1621 ± 6
2.3
*
599 ± 36
4
3.4
1616 ± 39
2.4
646 ± 25
Mit C
2.4
1152 ± 4
2.7
710 ± 24
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments. Positive control: Mitomycin C,
final concentrations are described in material and methods. Significant statistical
difference between positive control and tested concentrations at same experimental
conditions is identified by
*
(p < 0.01).
56
Table 6: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strain TA102 by Arefil
(µg/mL)
in antimutagenic assay, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
- S9 + S9
Incubations
Arefil M.I.
a
His+ ± SD
b
M.I.
a
His+ ± SD
b
Post(A) 0 1.0 82 ± 21 1.0 208 ± 7
0.04
6.0
489 ± 14
2.1
431 ± 7
0.4
6.7
550 ± 12
2.2
459 ± 32
4
5.8
474 ± 31 1.7 348 ± 8
Mit C
6.5
535 ± 20
2.0
423 ± 18
Post(B) 0 1.0 121 ± 21 1.0 254 ± 21
0.04
3.4
409 ± 22
2.1
528 ± 25
0.4
4.1
500 ± 28
2.0
496 ± 32
4
4.0
487 ± 34 1.2
*
300 ± 14
Mit C
4.1
493 ± 38
2.4
608 ± 10
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments. Positive control: Mitomycin C,
final concentrations are described in material and methods. Significant statistical
difference between positive control and tested concentrations at same experimental
conditions is identified by
*
(p < 0.01).
57
Table 7: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strain TA97 by Arefil
(µg/mL)
in antimutagenic assay, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
Strain - S9 + S9
TA97
Arefil M.I.
a
His
+
± SD
b
M.I.
a
His
+
± SD
b
PreT(1) 0 1.0 98 ± 16 1.0 121 ± 13
0.04
2.1
*
201 ± 23
3.6
440 ± 8
0.4
2.3
*
224 ± 6
3.3
400 ± 30
4
2.2
*
213 ± 22
3.4
416 ± 4
4NQO
4.1
400 ± 28
3.6
433 ± 23
CoT(1) 0 1.0 103 ± 18 1.0 106 ± 6
0.04
2.9
303 ± 38
3.9
417 ± 9
0.4
3.4
350 ± 0
4.1
434 ± 9
4
2.4
243 ± 5
4.0
425 ± 35
4NQO
2.3
235 ± 17
4.3
454 ± 23
PostT(1) 0 1.0 105 ± 17 1.0 108 ± 17
0.04
3.3
350 ± 10
4.2
451 ± 7
0.4
3.4
357 ± 14
3.9
425 ± 6
4
3.5
368 ± 6
3.9
424 ± 37
4NQO
3.7
392 ± 9
3.9
417 ± 28
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments. Positive control: 4NQO, 60
µg/mL, final concentrations.
Significant statistical difference between positive control
and tested concentrations at same experimental conditions is identified by
*
(p < 0.01).
58
Table 8: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strain TA98 by Arefil
(µg/mL)
in antimutagenic assay, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
Strain - S9 + S9
TA98
Arefil M.I.
a
His
+
± SD
b
M.I.
a
His
+
± SD
b
0.04
2.1
56 ± 6
5.1
238 ± 20
0.4
2.1
57 ± 12
5.3
249 ± 2
4 1.8 49 ± 4
5.2
245 ± 7
2-AF
2.2
60 ± 7
5.7
266 ± 23
CoT(1) 0 1.0 28 ± 5 1.0 47 ± 1
0.04 1.4
*
39 ± 3
2.4
*
112 ± 16
0.4 1.9
*
53 ± 7
3.4
*
161 ± 22
4
2.2
61 ± 6
3.4
*
161 ± 16
2-AF
2.4
68 ± 5
5.2
244 ± 22
PostT(1) 0 1.0 23 ± 0 1.0 46 ± 16
0.04
2.4
56 ± 10
2.5
113 ± 22
0.4
2.4
55 ± 11
4.1
188 ± 32
4
2.7
61 ± 6
3.3
153 ± 35
2-AF
2.9
66 ± 6
4.1
190 ± 23
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments. Positive control: 2-AF, 13
µg/mL, final concentration.
Significant statistical difference between positive control
and tested concentrations at same experimental conditions is identified by
*
(p < 0.01).
59
Table 9: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strain TA100 by Arefil
(µg/mL) in antimutagenic assay, without (-S9) and with (+S9) metabolic activation.
Strain -S9 +S9
TA100
Arefil M.I.
a
His
+
±SD
b
M.I.
a
His
+
±SD
b
PreT(1) 0 1.0 184 ± 2 1.0 224 ± 8
0.04
4.9
896 ± 31
4.8
1085 ± 30
0.4
4.4
816 ± 24
3.8
*
848 ± 13
4
4.2
772 ± 4
3.2
*
718 ± 30
S.A.
3.9
720 ± 13
5.1
1144 ± 38
CoT(1) 0 1.0 282 ± 14 1.0 199 ± 31
0.04
3.8
*
1084 ± 11 1.2
*
244 ± 39
0.4
5.1
*
1428 ± 17 1.1
*
225 ± 7
4
3.6
*
1012 ± 23
2.0
*
389 ± 35
S.A.
2.9
808 ± 23
4.8
960 ± 34
PostT(1) 0 1.0 144 ± 22 1.0 176 ± 28
0.04
2.8
405 ± 12
7.0
1236 ± 34
0.4
2.6
379 ± 33
9.2
1624 ± 15
4
2.7
382 ± 6
7.3
1285 ± 21
S.A.
2.8
400 ± 14
9.2
1626 ± 17
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments. Positive control was Sodium
azide, 13 µg/mL, final concentration. Significant statistical difference between positive
control and tested concentrations at same experimental conditions is identified by
*
(p <
0.01).
60
Table 10: Induction of His
+
revertants in Salmonella typhimurium strain TA102 by
Arefil (µg/mL) in antimutagenic assay, without (-S9) and with (+S9) metabolic
activation.
Strain -S9 +S9
TA102
Arefil M.I.
a
His
+
±SD
b
M.I.
a
His
+
±SD
b
PreT(1) 0 1.0 303 ± 6 1.0 255 ± 7
0.04
5.4
*
1640 ± 9
3.5
886 ± 14
0.4
4.0
*
1200 ± 10
3.3
829 ± 28
4
3.9
1172 ± 18
3.5
897 ± 32
Mit C
3.8
1149 ± 16
3.2
821 ± 35
CoT(1) 0 1.0 280 ± 13 1.0 231 ± 15
0.04
3.0
840 ± 17
3.3
760 ± 27
0.4
2.9
825 ± 17
3.5
805 ± 7
4
3.0
850 ± 22
3.4
785 ± 7
S.A.
3.0
849 ± 12
3.4
795 ± 34
PostT(1) 0 1.0 195± 6 1.0 233 ± 18
0.04 0.9
*
183 ± 12
3.8
889 ± 15
0.4 1.4
*
276 ± 8
3.7
857 ± 10
4
2.1
*
413 ± 17
3.7
869 ± 3
S.A.
3.6
700 ± 14
3.8
875 ± 35
a
Mutagenic index: n
o
. of His
+
induced in the sample/n
o
. of spontaneous His
+
in the
negative control (H
2
O). Bold numbers mean positivity for mutagenicity: MI 2.0.
b
His
+
/plate: mean values of at least three experiments. Positive control was mitomycin
C, 6.3 µg/mL, final concentration. Significant statistical difference between positive
control and tested concentrations at same experimental conditions is identified by
*
(p <
0.01).
61
Table 11: SOS induction by Arefil extract in E. coli strains PQ35 and PQ37 without (-
S9) or with (+S9) metabolic activation.
-S9 +S9
Strain
Arefil
(µg/mL)
β-Gal
a
PA
b
B/P
c
IF
β-Gal
a
PA
b
B/P
c
IF
PQ35
0 5,3 25 0,2 1,0 1,8 4,3 0,4 1,0
0.05 6,9 24 0,3 1,4 1,3 4,7 0,3 0,7
0.5 5,5 19 0,3 1,3 1,5 4,7 0,3 0,8
5 6,8
11
0,6
2,8
*
1,6 4,6 0,4 0,9
SA 7,0 22 0,3
1,5
2-AF 6,8 6,4 1,1
3,8
PQ37
0 1,0 1,3 0,7 1,0 1,6 0,1 18,6 1,0
0.05 1,5
0,5
3,2
4,1
*
2,0 0,4 5,1 1,3
0.5 2,2
0,3
8,7
11
*
1,7 0,2 7,4 1,1
5 0,1
0,1
0,5 0,7 1,6 0,9 1,7 1,0
SA 1,7
0,4
4,2
5,3
2-AF 2,4 0,1 41,7
1,6
a
β-galactosidase (β-Gal) and
b
alkaline phosphatase (PA) activities are expressed in
Miller units.
c
β-Gal/ PA
c
Induction factor. The period of incubation with each substract
was 60 minutes. Bold numbers indicate a positive toxicity and/ or mutagenicity
response. Positive controls for the assay without S9 mix was Sodium azide (13 µg/mL)
and with S9 mix was 2- aminofluorene (13 µg/mL). Significant statistical difference
between negative control and tested concentrations at same experimental conditions is
identified by
*
(p < 0.01).
62
5. Cytotoxic, mutagenic and antimutagenic screening of
Arenosclera brasiliensis acetonic and ethanolic extracts.
Accepted by Genetics and Molecular Research in 03/24/2008.
Artigo aceito pela revista Genetics and Molecular Research em 24/03/2008.
63
Cytotoxic, mutagenic and antimutagenic screening of Arenosclera brasiliensis
acetone and ethanol extracts.
Luiza Stankevicins
1
, Claudia Alessandra Fortes Aiub
3
, José Luiz Mazzei
1
, Gisele Lobo-
Hajdu
2
, Israel Felzenszwalb
1,*
.
1
Departamento de Biofísica e Biometria,
2
Departamento de Biologia Celular e
Genética, Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes, Universidade do Estado do
Rio de Janeiro. Avenida 28 de setembro, 87 fds, 20551-030, Rio de Janeiro, Brasil.
3
Departamento de Farmacologia e Toxicologia, Instituto Nacional de Controle de
Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, 21040-900, Rio de Janeiro, Brasil.
*
Corresponding author: Israel Felzenszwalb
Abstract:
The marine environment is a rich source of biologically active compounds with
pharmacological properties. Marine organisms often produce secondary metabolites
with structural features different from those produced by terrestrial ones, and the
phylum Porifera seems to be one of the most productive in this sense. This study was
undertaken to provide data on mutagenic and antimutagenic activities from an acetone
(Areac) and an ethanol (Areet) extract obtained from Arenosclera brasiliensis, an
endemic Brazilian sponge. A qualitative Salmonella reverse mutation test was
performed with the TA97, TA98, TA100 and TA102 strains by incubating cells with
Areac and Areet in the presence and absence of a known mutagen. A cytotoxic
evaluation of the extracts was also performed. A.brasiliensis did not display any
mutagenic activity, but Areac showed significant toxicity against test strains. In the
antimutagenic assay, a reduction in the number of his
+
revertants was observed for the
TA97, TA100 and TA102 strains treated with Areac when compared to the positive
controls. Areet treatment showed protective activity against DNA lesions only for the
TA100. These results are in agreement with those obtained previously with other A.
brasiliensis extracts, suggesting an antimutagenic activity.
Key words: Arenosclera brasiliensis, antimutagenicity, Salmonella reverse mutation
test, marine natural products.
1. Introduction
64
Nature is an attractive source of new therapeutic compounds with a tremendous
diversity found among millions of species of plants, animals, marine organisms and
microorganisms (Rocha et al., 2001). The marine environment is a promising source of
biologically active compounds, especially in Brazil where the coastline extends about
8000 km and comprises over 800,000 km
2
of continental shelf still poorly explored.
The marine fauna and flora usually produce secondary metabolites with structural
features distinct from other natural sources which are of interest for potential industrial
and medical applications (Berlinck et al., 2004; Hausman et al., 2006; Aiub et al., 2006)
The marine sponges (Phylum Porifera) have the greatest diversity of active secondary
metabolites (Van Soerst and Braekman, 1999). Most of them have unique chemical
patterns and generally have anti-inflammatory, antitumor, antibiotic, antiviral or
antifouling activities (Sipkema et al. 2005).
Our source of study was the marine sponge Arenosclera brasiliensis (Demospongiae,
Haplosclerida) which is endemic to the southwest coast of Brazil (Torres et al., 2000).
The order Haplosclerida is an important source of alkylpiperidine alkaloids, with a great
diversity of compounds reported (Almeida and Berlinck, 1997).
The present study was undertaken to screen for chemical groups of active components
in acetone and ethanol extracts of Arenosclera brasiliensis and to provide data on the
genotoxic and anti-genotoxic activity present.
2. Material and Methods
2.1 Preparation and infrared and ultraviolet analysis of A. brasiliensis extracts.
Samples of A. brasiliensis were collected at João Fernandinho Beach, Búzios (Rio de
Janeiro, Brazil), in April, 2006 at a depth of 2 -7 meters. Samples were washed with sea
water, cleaned of all visible surface debris, and stored at 4
o
C for 6 months, in 92%
ethanol in a volume corresponding to twofold its weight. A voucher sample was
deposited in the Porifera collection of Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ 1704).
To prepare the acetone (Areac) and ethanol (Areet) extracts of A. brasiliensis, 106 g
tissue sample were submitted to an extraction using a Soxhlet extractor with 300 mL of
acetone (99.5%) and ethanol (96%) as solvents. After the first cycle, samples were
submitted to extraction for two more hours. Acetone and ethanol were evaporated under
vacuum at 45ºC and 55ºC and the extracts were lyophilized, yielding 143.7 mg and 61.9
mg dry weight, respectively. Both extracts were frozen at – 20ºC and diluted in distilled
water before use.
65
The chemical analysis of the extracts consisted of measuring the ultraviolet spectra of
the final fractions (diluted in distilled water and ethanol 1:100), recorded with a
Shimadzu UV-160A spectrophotometer, and the infrared spectra (FTIR), recorded with
a Perkin-Elmer Spectrum One instrument with a resolution of 4 cm
-1
with the dried
extracts dissolved in chloroform and deposited in a liquid cell with a KBr window.
2.2 Bacterial strains
The Salmonella typhimurium strains TA97, TA98, TA100 and TA102, were provided
by Dr. B. N. Ames, University of California, Berkeley, CA, USA.
2.3 Qualitative Salmonella reverse mutation assay
Mutagenicity and antimutagenicity were evaluated in both Areac and Areet, following
the protocol proposed by Maron and Ames (1983), with some adaptations. A 100-µL
aliquot of an overnight cell culture (2 x 10
9
cells/mL)
of S. typhimurium strains TA97,
TA98, TA100 and TA102 were plated with 2 mL of top agar (0.7% agar, 0.6% NaCl, 50
µM L-histidine, 50 µM biotin, pH 7.4, 40
o
C) in Petri dishes containing 1.5% agar in
Vogel Bonner E medium with 2% glucose (minimal agar medium). After solidification
of the top agar, filter disks of approximately 5 mm were placed in the middle of all Petri
dishes.
For the mutagenic test, 10 µL of Areac (1.2 µg/plate) and 10 µL Areet (2.3 µg/plate)
were poured on the filter disks, and for the antimutagenic test, 10 µL of Areac and
Areet (1.2 and 2.3 µg/plate, respectively) together with 10 µL of the respective positive
control were poured on the filter disks. Afterward, the strains were incubated at 37
o
for
72 h, his
+
revertants were counted, and if an inhibition halo formed, it was measured.
Positive controls used in the assay were 4-nitroquinoline 1- oxide (0.5 ng/plate) for the
TA97 strain, 2-aminofluorene (0.015 ng/plate) for the TA98 strain, sodium azide (50
ng/plate) for the TA100 strain and mitomycin C (2.5 ng/plate) for the TA102 strain. The
tests were performed in triplicate and repeated twice.
2.4 Cytotoxicity
For Areac and Areet cytotoxic determination, 10 µL of each (1.2 and 2.3 µg/plate,
respectively) were poured on the filter disks placed in the middle of Petri dishes,
containing nutrient agar medium (0.8% Bacto nutrient broth (Difco), 0.5% NaCl and
1.5% agar). The plates were incubated at 37
o
C for 24 h and the inhibition halo, when
present, was measured. Experiments were performed in triplicate and repeated twice.
66
3. Results and Discussion
The infrared analysis (FTIR) of the extracts showed the following absorption peaks:
3411, 2924, 2853, 1634, 1405, 1195, 1044 and 742 cm
-1
for Areac
and 3412, 1634,
1404, 1199, 1044 cm
-1
for Areet. The spectra obtained by ultraviolet (UV) analysis
corroborate the functional groups detected in Areet and Areac extracts by FTIR.
The chemical groups detected are also the same described for arenosclerins A-C and
haliclonacyclamine E, previously isolated compounds from A. brasiliensis (Torres et
al., 2000), and for Arecr and Arefil, A. brasiliensis extracts that have shown
antimutagenic activity (Stankevicins L, Aiub C, de Santa Maria LC, Lobo-Hajdu G,
Felzenszwalb I, unpublished data).
No mutagenicity was observed in the S. typhimurium qualitative reverse mutation assay
for Areac. The TA97, TA100 and TA102 strains showed a reduction in the number of
revertants in the antimutagenic assay performed with Areac, when compared to the
positive controls (Figures 1-4). No mutagenic activity was detected in strains treated
with Areet. Antimutagenicity was detected only for the TA100 strain.
In survival assays, an inhibition halo of approximately 18 mm for TA97, 26 mm for
TA98, 14 mm for TA100 and 17 mm for TA102 could be observed when treated with
Areac. No cytotoxic effect was observed for Areet when compared to the negative
control, treated with 0.9% NaCl.
These results are in agreement with those obtained previously with Arefil extract
(Stankevicins L, Aiub C, de Santa Maria LC, Lobo-Hajdu G, Felzenszwalb I,
unpublished data), suggesting an important protective effect against lesions caused by
different classes of mutagens.
Acknowledgments
The authors are thankful to Rita Maria P. de Sá, Departamento de Química Orgânica,
UERJ, Brazil, for the spectrometric analysis. This work was supported by FAPERJ,
CNPq, SR-2-UERJ and CAPES.
References:
67
Aiub C, Gianerini A, Ferreira F, Mazzei J, et al. (2006). Genotoxic evaluation of
extracts from Aplysina fulva, a Brazilian marine sponge. Mutation Res. 611, 34-41.
Almeida A and Berlinck R (1997). Alcalóides alquilpiridínicos de esponjas marinhas.
Quimica Nova 20 (2), 170-185.
Berlinck R, Hajdu E, da Rocha R, de Oliveira J, et al. (2004). Challenges and rewards
of research in marine natural products chemistry in Brazil. J. Nat. Prod. 67, 510-522.
Rocha A, Lopes R, Schwartsmann G, (2001). Natural products in anticancer therapy.
Curr. Op. Pharm. 1, 364-369.
Haussman R, Vitello M, Leitermann F, Syldatk C. (2006). Advances in the production
of Aplysina aerophoba- A model sponge for ex situ sponge biomass production. J.
Biotech. 124, 117-127.
Maron D. and Ames B. (1983). Revised methods for the Salmonella mutagenicity test.
Mutat. Res. 113, 173-205.
Sipkema D, Franssen M, Osinga R, Tramper J et al. (2005). Marine sponges as
pharmacy. Mar. Biotech. 7, 142-162.
Torres Y, Berlinck R, Magalhães A, Schefer A et al. (2000). Arenosclerins A-C and
Haliclonacyclamine E, new tetracyclic alkaloids from a Brazilian endemic haplosclerid
sponge Arenosclera brasiliensis. J. Nat. Prod. 63, 1098-1105.
Van Soerst R and Braekman J (1999). Chemosystematics of Porifera: A review. Mem.
Queensland Museum 44, 569-589.
68
Figure legends:
Figure 1: Experiments performed with the TA97 strain. Survival experiment of
1. negative control (0.9% NaCl ), 2. Areac at 1.2 µg/plate and 3. Areet at 2.3
µg/plate, respectively. Salmonella reverse mutation assay of 4. negative control
(0.9% NaCl), 5. Areac at 1.2 µg/plate and 6. Areet at 2.3 µg/plate, respectively.
Antimutagenic analysis of 7. Areac at 1.2 µg/plate, 8. Areet at 2.3 µg/plate and
9. positive control described in Material and Methods.
Figure 2: Experiments performed with the TA98 strain. Survival experiment of
1. negative control (0.9% NaCl), 2. Areac at 1.2 µg/plate and 3. Areet at 2.3
µg/plate, respectively. Salmonella reverse mutation assay of 4. negative control
(0.9% NaCl ), 5. Areac at 1.2 µg/plate and 6. Areet at 2.3 µg/plate, respectively.
Antimutagenic analysis of 7. Areac at 1.2 µg/plate, 8. Areet at 2.3 µg/plate and
9. positive control described in Material and Methods.
Figure 3: Experiments performed with the TA100 strain. Survival experiment of
1. negative control (0.9% NaCl ), 2. Areac at 1.2 µg/plate and 3. Areet at 2.3
µg/plate, respectively. Salmonella reverse mutation assay of 4. negative control
(0.9% NaCl), 5. Areac at 1.2 µg/plate and 6. Areet at 2.3 µg/plate, respectively.
Antimutagenic analysis of 7. Areac at 1.2 µg/plate, 8. Areet at 2.3 µg/plate and
9. positive control described in Material and Methods.
Figure 4: Experiments performed with the TA102 strain. Survival experiment of
1. negative control (0.9% NaCl), 2. Areac at 1.2 µg/plate and 3. Areet at 2.3
µg/plate, respectively. Salmonella reverse mutation assay of 4. negative control
(0.9% NaCl), 5. Areac at 1.2 µg/plate and 6. Areet at 2.3 µg/plate, respectively.
Antimutagenic analysis of 7. Areac at 1.2 µg/plate, 8. Areet at 2.3 µg/plate and
9. positive control described in Material and Methods.
69
Figure 1
70
Figure 2
71
Figure 3
72
Figure 4
73
6. Discussão
74
Esponjas marinhas da ordem Verongida e Haplosclerida demonstram ser uma
rica fonte de compostos com atividades biológicas, tendo sido descritas propriedades
antivirais, antibacterianas e antitumorais (Muricy et al.,1993; Ciminiello et al., 1996;
Rangel et al., 2001; Torres et al., 2002). Grande parte dos estudos toxicológicos
realizados com estes compostos inclusive os provenientes das esponjas A. fulva e A.
brasiliensis foram feitos com o intuito de verificar a citotoxicidade contra células
específicas de tumores ou contra microorganismos resistentes (Muricy et al.,1993;
Ciminiello et al., 1996; Torres et al., 2002).
Sabe-se que diversas substâncias utilizadas como quimioterápicos para o
tratamento do câncer são mutagênicas ou clastogênicas e seus efeitos antitumorais são
baseados na sua reatividade com o DNA, sendo um importante mecanismo de ação para
diversos agentes anticâncer (Zeiger, 2007).
Existem poucos trabalhos envolvendo avaliação genotóxica e antigenotóxica de
compostos marinhos. Não foi encontrado nenhum envolvendo extratos de A. fulva e A.
brasiliensis, apesar de terem sido observados efeitos tóxicos específicos contra
linhagens tumorais (Torres, et al., 2002).
As esponjas da ordem Verongida se caracterizam pela presença de compostos
brominados. Em A. fulva já foi descrita a presença de compostos derivados de 2-
oxazolina, como as bromotirosinas fistularina 1 e 2 que possuem atividade citotóxica
(Gopichand e Schmitz, 1979). Frações dos extratos AQE e ALE de A. fulva, obtidas por
metodologia típica para separação de bromotirosinas e outros alcalóides apresentaram
espectros de UV e IV idênticos. A absorção entre 2950- 2854 cm
-1
, 1500 - 1200 cm
-1
e
próxima a 1740 cm
-1
é característica do espectro de 2-oxazolidona, um derivado mono-
oxidado da 2- oxazolina, sendo também considerado indícios da presença de compostos
75
com grupamento amida. A falta da absorção a 2265 cm
-1
e a comparação entre espectros
indicada a ausência das substâncias aeroplysina I e fistularina 3.
foram isolados de esponjas marinhas em torno de 30 a 50 compostos
derivados de 3- alquilpiperidina, sendo característicos da ordem Haplosclerida. A
potência destes compostos geralmente varia de acordo com o seu grau de polimerização.
Grande parte deles possui atividade citotóxica e/ou antibacteriana em baixas
concentrações, já tendo sido observadas atividades antimitóticas, inibidora de receptores
muscarínicos de acetilcolina e de algumas enzimas como as histonas desacetilases (Turk
et al., 2007). No presente trabalho, extratos obtidos a partir da esponja A. brasiliensis
não apresentaram diferenças entre si nos espectros UV e IV. Os espectros encontrados
revelaram a presença dos mesmos grupamentos químicos encontrados nos compostos
derivados de 3- alquilpiperidina.
Dentre os animais marinhos, as esponjas têm a mais alta taxa de compostos
citotóxicos identificados, compreendendo 10% das espécies investigadas (Prado et
al., 2004). As frações AQE e ALE de A. fulva apresentaram efeito citotóxico em células
de mamíferos (fibroblastos de rato Balb/c 3T3) através do teste cometa, para as cepas de
S. typhimurium TA98, TA100 e TA102 através de curvas de sobrevivência e para as
cepas de E. coli PQ37 e PQ65 devido a uma redução na atividade de fosfatase alcalina
no SOS cromoteste. Os extratos de A. brasiliensis apresentaram atividade citotóxica nas
concentrações acima de 143 µg/mL para Arecr e 50 µg/mL para Arefil, durante uma
testagem prévia realizada com a cepa TA102 para determinação da concentração não
tóxica a ser utilizada nos ensaios de mutagenicidade e antimutagenicidade. O ensaio
qualitativo realizado com o extrato Areac (1,2 µg/placa) exibiu um efeito citotóxico,
verificada através da formação de um halo de inibição nas cepas de S. typhimurium
testadas. Foi verificada uma inibição da proteína fosfatase alcalina no SOS cromoteste
76
na concentração de 5 µg/mL de Arefil na cepa PQ35, e nas concentrações de 0,05, 0,5 e
5 µg/mL na cepa PQ37, mais um indício de toxicidade.
A avaliação mutagênica dos extratos de A. fulva e A. brasiliensis consistiu na
realização do teste de mutação reversa em células bacterianas e do SOS cromoteste.
Para verificar a ocorrência de quebras no DNA foram realizados o ensaio cometa ou
tratamento plasmidial. A fração AQE, de A. fulva, no SOS cromoteste, apresentou efeito
genotóxico quando incubada com a cepa PQ37 nas diluições de 1:20 e 1:40, na ausência
de S9 mix (metabolização), mostrando a ocorrência de uma lesão normalmente reparada
por excisão de nucleotídeos. A fração ALE, também de A. fulva, mostrou maior
atividade mutagênica quando comparada com a fração AQE, verificada pelo aumento
do fator de indução para as cepas PQ37 nas diluições 1:10, 1:5 e 1:2 na ausência de
metabolização promovida por S9mix e nas cepas PQ35 e PQ65 nas diluições 1:5 e 1:2
na presença de S9 mix e através do teste de mutação reversa na diluição 1:2, para a cepa
TA97, na ausência de S9.
A avaliação genotóxica realizada através do teste cometa demonstrou uma
indução significativa de lesões no DNA sugerindo a ocorrência de um processo
necrótico ou apoptótico nas células tratadas com os extratos, sendo verificada uma
maior ação induzida pela fração ALE.
Nenhum extrato de A. brasiliensis testado apresentou resposta mutagênica ou
induziu danos ao DNA nos ensaios realizados.
Nas esponjas marinhas, a maior expressão de enzimas metabolizadoras favorece
a detoxificação de xenobióticos sendo capaz de inibir a formação de lesões induzidas
por mutágenos ou carcinógenos (De Flora et al., 1995). Os níveis de glutationa
presentes nas células do mesohilo das esponjas são bastante elevados e algumas
espécies têm concentrações até duas vezes maiores que a de preparações de fígados de
77
ratos não tratados (De Flora et al., 1995). Além disso, como o mecanismo de defesa
destes animais é químico, é possível que haja a produção de compostos que protejam
suas células dos efeitos de compostos tóxicos e/ou mutagênicos por outros organismos
nos oceanos. Com a finalidade de testar um possível efeito protetor presente nos
extratos foram realizados ensaios de antigenotoxicidade com os extratos de A.
brasiliensis.
Os dados obtidos revelam uma atividade protetora contra danos no DNA
promovida por Arefil através da redução do número de revertentes induzidas no ensaio
de mutação reversa para algumas condições testadas, em todas as cepas, durante o pré-
tratamento, o co-tratamento e o pós-tratamento, evidenciando uma ação de Arefil
intracelular, extracelular e sobre o mecanismo de reparo de DNA.
Dois ensaios foram realizados com a cepa TA102 que é capaz de detectar
substituições de pares de base do tipo (A:T/G:C) sendo também a cepa de S.
typhimurium mais adequada para identificação de agentes que causam danos oxidativos
(Levin et al., 1982). O mutágeno utilizado foi a mitomicina C que requer reações redox
na formação de intermediários reativos, envolvidos na formação de adutos. Este mesmo
mecanismo leva a formação de espécies reativas de oxigênio, que terão propriedades
tóxicas e mutagênicas (Pagano, 2002). O extrato Arefil apresentou um efeito protetor
contra os danos gerados pela mitomicina C no pré- co- e pós- tratamento, indicando
uma redução na formação de adutos e do estresse oxidativo.
Todos, exceto o pré-tratamento, quando incubados com S9 mix exibiram menor
número de revertentes que os mesmos tratamentos na ausência de metabolização. Isto
pode ser atribuído a ativação metabólica de componentes do extrato, promovendo um
aumento no efeito antioxidante ou à interação do extrato com enzimas citocromo P450
oxidases.
78
Uma redução no número de revertentes His
+
foi verificada no pré-tratamento
realizado com a cepa TA97, apta a detectar mutações do tipo deslocamento do quadro
de leitura em pares de base G:C que foi tratada com o controle positivo 4-NQO. Isto
sugere que Arefil exerce um efeito protetor intracelular assim como foi verificado no
pré-tratamento realizado com a cepa TA102.
Os resultados obtidos para a cepa TA98 indicam uma possível interação
extracelular entre Arefil e 2-aminofluoreno durante o co-tratamento, protegendo as
células das lesões induzidas. A cepa TA98 detecta mutações do tipo deslocamento do
quadro de leitura em pares de bases G:C e foi tratada com 2- aminofluoreno, uma amina
aromática que promove a formação de adutos em especial os do tipo dGAF, removidos
pelo reparo por excisão de nucleotídeos (Dutta et al., 2004).
A cepa TA100 detecta substituições de pares de bases (G:C/A:T) e foi tratada
com azida sódica. Em S. typhimurium azida sódica reverte somente genótipos mutantes
com substituições de pares de base (Olsen et al., 1993). Para a cepa, TA100 Arefil
mostrou uma ação protetora no pré-tratamento na presença de S9 mix, sugerindo uma
ação intracelular de Arefil, prevenindo as células de danos. No co-tratamento um
sinergismo entre Arefil e a azida sódica pode ser observado pelo aumento da taxa de
revertentes His
+
, na ausência de S9 mix, pois na sua presença, ocorre o contrário, ou
seja houve uma redução no número de revertentes induzidas. Sugerimos que a
metabolização de Arefil resultou na detoxificação e redução da atividade mutagênica.
O tratamento plasmidial foi realizado a fim de se avaliar a proteção contra
quebras no DNA decorrentes de danos oxidativos. O controle positivo utilizado foi o
cloreto estanoso, um potente agente genotóxico causador de quebras simples e duplas
no DNA através da formação de espécies reativas de oxigênio (Dantas et al., 1999).
79
O extrato Arecr mostrou um efeito protetor semelhante ao observado quando o
DNA foi tratado com vitamina E (33.3 µg/mL) pela diminuição da forma relaxada F2
(quebras simples) e o aumento da forma superenovelada F1 (DNA intacto), sugerindo
um efeito antioxidante do extrato.
80
7. Conclusões
81
Os extratos AQE e ALE de A. fulva apresentaram atividade
mutagênica.
As frações AQE e ALE produziram quebras no DNA.
Os extratos de A. brasiliensis não exibiram efeito genotóxico.
O extrato Arefil da esponja A. brasiliensis mostrou um efeito
antimutagênico, protegendo a célula de lesões através de um efeito
intracelular, extracelular e modulando o sistema de reparo do DNA.
Foi observada uma diminuição no número de quebras no DNA após
tratamento plasmidial com o extrato Arecr.
Nos ensaios qualitativos realizados com Areac e Areet não foi
observado efeito mutagênico e foi verificado um efeito protetor,
antimutagênico do extrato Areac e Areet nas concentrações 1,2 e 2,3
µg/placa.
82
8. Referências Bibliográficas
83
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, http://www.anvisa.gov.br, acessado em
14.02.2008.
Laboratório de Poriferas da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
http://acd.ufrj.br/labpor/1-Esponjas/Esponjas.htm, acessado em 14.02.2008.
Química de invertebrados marinhos,
http://www.iqsc.usp.br/iqsc/grupos_pesquisa/dfq/qopn/pesquisa1.htm, acessado em
14.02.2008.
Aiub, C.; Gianerini, A.; Ferreira, F.; Mazzei, J.; Stankevicins,L.; Lobo-Hajdu,G.;
Guimarães,P.; Hajdu, E.;Felzenszwalb, I. (2006) Genotoxic evaluation of extracts
from Aplysina fulva, a Brazilian marine sponge. Mutation Research 611 (1-2) 34-40.
Almeida, A.M.P.; Berlinck, R.G.S. (1997) Alcalóides alquilpiridínicos de esponjas
marinhas. Química nova, 2 (20) 170-185.
Arnold, M.D.; Harry L. (1968). Poisonous Plants of Hawaii. Tokyo, Japan: Charles
E. Tuttle Co., 20.
Baker, D. D.; Alvi K. A. (2004) Small-molecule natural products: new structures,
new activities. Current Opinion in Biotechnology 15: 576-583.
Barnes, R. D. (l984) Zoologia dos Invertebrados edição, Livraria Roca. São
Paulo.
Beppu, M.M.; Arruda, E.J.; Santana, C. C. (1999) Síntese e Caracterização de
Estruturas Densas e Porosas de Quitosana. Polímeros: Ciência e Tecnologia, 8: 163-
169.
84
Bergmann,W.; Feeney, R.J. (1951) Contribuitions to the study of marine products
XXXII. The nucleosides of sponges I. The Journal of Organic Chemistry, 16(6) 981
– 987.
Brusca,R.; Brusca.G. (2003) The invertebrates. Sinauer Associates. Sunderland,
MA.
Ciminiello, P.; Fattorusso, E.; Magnot, S.; Pansinis, M. (1996) Chemistry of
Verongida Sponges VI. Comparison of the Secondary Metabolic Composition of
Aplysina insularis and Aplysina fulva. Biochemical Systematics and Ecology, 24 (2)
105-113.
Cimino, M. (2006) Comparative overview of current international strategies and
guidelines for genetic toxicology testing for regulatory purposes. Environmental and
Molecular Mutagenesis. 47: 362-390.
Craddock, V. (1993) Cancer of the esophagus. Approaches to etiology. Cambridge
Monographs on cancer research. Cambridge University Press, UK.
Cragg, G. M.; Newman J. (2007) Natural Products as Sources of New Drugs over
the Last 25 Years. Journal of Natural Products 70: 461-477.
Dantas, F.J.S.; Moraes, M.O.; Mattos, J.C.P.; Bezerra, R.J.A.C.; Carvalho, E.F.;
Filho, M. B.; Araújo, A.C. (1999) Stannous chloride mediates single strand breaks
in plasmid DNA through reactive oxygen species formation. Toxicology Letters,
110: 129-136.
85
De Flora, S.; Bagnasco, M.; Bennicelli, C.; Camoirano, A.; Bojnemirski, A.;
Kurelec, B. (1995) Biotransformation of genotoxic agents in marine sponges.
Mechanisms and modulation. Mutagenesis, 10: 357-364.
de Oliveira, J.H.H.L.; Grube, A.; Köck, M.; Berlinck, R.G.S.; Macedo, M.L.;
Ferreira, A.G.; Hajdu, E. (2004) Ingenamine G and Cyclostellettamines G-I, K and
L from the new brazilian species of marine sponge Pachychalina sp. Journal of
Natural Products, 67 (10): 1685-1689.
Dutta, S.; Li, Y.; Johnson, D.; Dzantiev, L.; Richardson, C.; Romano, J.;
Ellenberger, T. (2004) Crystal structures of 2-acetylaminofluorene and 2-
aminofluorene in complex with T7 DNA polymerase reveal mechanisms of
mutagenesis. Proceedings of the National Academy of Sciences, 101 (46): 16186-
16191.
Faulkner, J. (1994) Marine natural products. Natural Product Reports. 11(4) 355-3
Faulkner, J. (2000) Marine pharmacology. Antonie van Leeuenwenhoek 77: 135-
145.
Felzenszwalb, I.; Mattos, J. C.; Bernardo-Filho, M.; Caldeira de Araujo, A. (1998)
Shark Cartilage-containing Preparation: Protection Against Reactive Oxygen
Species. Food and Chemical Toxicology, 96: 1079-1084.
Geldof, A.; Simon C.; Roland E.C.; Henrar, G. Faircloth, T. (1999) Cytotoxicity and
neurocytotoxicity of new marine anticancer agents evaluated using in vitro assays.
Cancer Chemotherapy Pharmacology, 44: 312-318.
86
Gescher, A.; Sharma, R.A.; Stewaed, W.P. (2001) Cancer chemoprevention by
dietary constituents: a tale of failure and promise. Lancet Oncology 2: 371:379.
Gopichand, Y.; Schmitz, F.J. (1979) Marine natural products: fistularin-1, -2 and -3
from the sponge Aplysina fistularis forma fulva, Tetrahedron Letters. 41: 3921–
3924.
Gurib-Fakin, A. (2006) Medicinal plants: Traditions of yesterday and drugs of
tomorrow. Molecular Aspects of Medicine 27: 1–93.
Guyot, M. (2000) Intricate aspects of sponge chemistry. Zoosystema 22 (2) 419-
431.
Harvey, A. (1999) Medicines from nature: are natural products still relevant to drug
discovery. Tips, 20: 196-198.
Heinrich, M.; Barnes, J.; Gibbons, S.; Williamson, E. (2003) Fundamentals of
Pharmacognosy and Phytotherapy, Churchill Livingstone.
ICH Harmonized tripartide guideline. (1996) Genotoxicity: A standard battery for
genotoxicity testing of pharmaceuticals S2B.
ICH Harmonized tripartide guideline. (1997) Genotoxicity: A standard battery for
genotoxicity testing of pharmaceuticals S2B.
Kelecon, A. (1998) Synthesis of Marine Natural Products in Brazil. Journal of the
Brazilian Chemistry Society 9 (2) 102-118.
Kijjoa, A.; Sawangwong, P. (2004) Drugs and cosmetics from the sea. Marine
Drugs, 2: 73-82.
87
Levin, D.; Hollstein, M.; Christiman, M.; Schwiers, E.; Ames, B. (1982) A new
Salmonella tester strain (TA102) with A.T base pairs at the site of mutation detects
oxidative mutagens. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United
States of America, 79: 7445-7449.
Mayer, A. M.S. (1999) Marine Pharmacology in 1998: Antitumor and Cytotoxic
Compounds. The Pharmacologist, 4: 159-164.
Mayer, A. M. S.; Gustafson K., R. (2006) Marine pharmacology in 2003–2004:
Anti-tumour and cytotoxic compounds. European Journal of Cancer, 42: 2241-
2270.
Mayer, A.M.S.; Rodriguez, A.D.; Berlinck , R.; Hamann, M. T. (2007) Marine
pharmacology in 2003-4: Marine Compounds with Anthelminthic, Antibacterial,
Anticoagulant, Antifungal, Anti-inflammatory, Antimalarial, Antiplatelet,
Antiprotozoal, Antituberculosis, and Antiviral Activities; Affecting the
Cardiovascular, Immune and Nervous Systems and other Miscellaneous
Mechanisms of Action. Comparative Biochemistry and Physiology Part C. 145:
553-581.
Muricy, G.; Hajdu, E.; Araujo, F.V.; Hagler, A.N. (1993) Antimicrobial activity of
southwestern Atlantic shallow-water marine sponge (Porifera). Scientia Marina 57:
427–432.
OECD (2005) Guideline for testing chemicals. Paris, France. Section 4- 451.
Olsen,O.;Wang,X.;Von Wettstein,D.(1993) Sodium azide mutagenesis: Preferential
generation of AT -> GC transitions in the barley Antl8 gene. Proceedings of the
National Academy of Sciences 90: 8043-8047.
88
Pagano, G. (2002) Redox-modulated xenobiotic action and ROS formation: a mirror
or a window? Human & Experimental Toxicology, 21: 77-81.
Prado, M.P.; Torres, Y.R.; Berlinck, R.G.S.; Desiderá, C.; Sanchez, M.A.; Craveiro,
M.V.; Hajdu, E.; da Rocha, R.M.; Machado-Santelli, G.M. (2004) Effects of marine
organisms extracts on microtubule integrity and cell cycle progression in cultured
cells. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 313: 125-137.
Rangel, M.; Sanctis, B.; Freitas, J.C.; Polatto, J.M.; Granato, A.C.; Berlinck, R.G.S.;
Hajdu, E.,(2001). Cytotoxic and neurotoxic activities in extracts of marine sponges
(Porifera) from southeastern Brazilian coast. Journal of Experimental Marine
Biology and Ecology, 262: 31–40.
Rates, S.M.K. (2001) Plants as source of drugs. Toxicon, 31: 603-613.
Ribeiro, L.R.; Fávero-Salvatori, D.M.; Marques E.K. (2003) Mutagênese
Ambiental. Editora da Ulbra. Rio Grande do Sul.
Rifai, S.; Fassouane, A; El-Abbouyi, A.; Wardani , A.; Kijjoa, R.; Van Soest, R.
(2005) Screening of antimicrobial activity of marine sponge extracts Journal de
Mycologie Médicale 15 33–38.
Rocha, A.; Lopes, R.; Schwartsmann, G. (2001) Natural products in anticancer
therapy. Current Opinion in Pharmacology. 1: 364–369.
Schmidt, E. W. (2005) From chemical structure to environmental biosynthetic
pathways: navigating marine invertebrate–bacteria associations. TRENDS in
Biotechnology, 9 (23): 437-440.
89
Schwartsmann, G.; da Rocha, A.; Berlinck, R.; Jimeno, J. (2001) Marine-derived
anticancer agents. Lancet Oncology, 2: 221-225.
Sipkema, M.; Franssen, O.; Osinga, J.; Tramper, R.; Wijffels. (2005) Marine
sponges as pharmacy. Marine Biotechnology, 7: 142-162.
Spainhour, C. (2006) Natural products. Jonh Wiley & Sons Inc. San Francisco.
Stoner, G. D.; Morse, M. A.; Kullof, G. (1997) Perspectives in cancer
chemoprevention. Environental Health Perspect 105: 945-954.
Suhr, Y.J. (1999) Molecular mechanisms of chemopreventive effects of selected
dietary and medicinal substances. Mutation Reserach 428: 305-327.
The Global Biodiversity Institute/International Institute of Tropical Agriculture.
(2000) Training Course on Biodiversity, Biotechnology, and Law. Ibadan.
Torres, Y.; Berlinck, R.; Magalhães, A.; Schefer, A.; Ferreira, A.; Hajdu, E.;
Muricy, G. (2000) Arenosclerins A-C and haliclonacyclamine E, new tetracyclic
alkaloids from a brazilian endemic sponge Arenosclera brasiliensis. Journal of
Natural Products, 63.
Torres, Y.; Berlinck, R.; Nascimento, G.; Fortier, S.; Pessoa, C.; Moraes, M. (2002)
Antibacterial Activity against resistant bacteria and cytotoxity of four alkaloid
toxins isolated from the marine sponge Arenosclera brasiliensis. Toxicon , 40: 885-
891.
Turk, T.; Frangež, R.; Sepčić, K. (2007) Mechanisms of Toxicity of 3-
Alkylpyridinium Polymers from Marine Sponge Reniera sarai Marine Drugs 5:157-
167.
90
Turola, M.; Nascimento, E. (2006) Informações toxicológicas de alguns
fitoterápicos utilizados no Brasil. Brazilian Journal of Pharmaceutical Science. 42(2)
201-306.
Van Soerst, R.; Braekman, J. (1999) Chemosystematics of Porifera: A review.
Memoirs of the Queensland Museum, 44: 569-589.
Vargas, V.M. (1992) Avaliação de testes para triagem e diagnóstico de agentes
genotóxicos ambientais. Tese doutorado Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Brasil.
Wattenberg, L.W. (1985) Chemoprevention of cancer. Cancer Research 45: 1-8.
Zeiger, E. (2007) What is needed for an acceptable antimutagenicity manuscript?
Mutation Research 626: 1-3.
91
92
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo