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No Capítulo II das constituições está expresso o âmbito das finalidades
apostólicas do Instituto das Irmãs Marcelinas. Citêmo-lo textualmente:
As finalidades apostólicas do Instituto – que a Igreja aprovou,
acolhendo-lhe o carisma - nos inserem no plano salvífico que Cristo
confiou à Igreja e nos fazem participantes de sua missão. Essas
finalidades nos convidam – sempre no âmbito da ação indicada pelo
fundador em fidelidade ao carisma, à identidade e ao estilo proposto
por ele. (Quarta, 1991, p. 47).
Aos seguintes campos de apostolado:
em linha prioritária - segundo as indicações do Fundador- a
escolha para a fundação e instrução da juventude, quaisquer que
sejam a idade e condição, mesmo a menos favorecida, física e
intelectualmente; a catequese paroquiais; os hospitais, onde o
sofrimento humano pode ser confortado pela presença ativa da
caridade cristã; as obras de índole social (assistência, prevenção,
cultura, etc. (ibidem).
De acordo com o parágrafo anterior podemos tirar certas deduções e
mais ainda lançarmos mão dos escritos de Quarta (1991), que nos aponta
claramente essas deduções, Literalmente é assim que se expressa:
• as obras das Irmãs Marcelinas não são só para o social e sim
para as obras do apostolado.
• a própria identidade, o próprio carisma é a “Santidade educativa”.
A amplitude do campo de apostolado, dentro do qual as
Marcelinas pode fazer germinar a profecia de suas obras desde a
escola à assistência, à prevenção, à reeducação, aos problemas
do mundo.
• é verdade que toda obra apostólica é educativa, mas não é
verdade o contrário. Portanto, para não decair no genérico ou no
impróprio, o carisma da congregação das Marcelinas exige de
seus membros não só que sejam santas e que sejam educadoras
capazes de fazer apostolado com as obras educativo-
educacionais, mas que tornem apostólicas essas obras.
• a educação não é um conjunto de atos e de intervenções ou de
expedientes com fins determinado. É, antes, uma relação ativa,
promocional entre duas ou mais pessoas e é uma dimensão, uma
capacidade global das pessoas envolvidas no ato educativo e
dessas pessoas resulta a qualidade e a direção do processo
educativo. Com base nessa afirmação, a Irmã Marcelina não
pode apresentar senão uma educação cristã. Isso não significa
que garante a produção de cristãos, nem menos ainda, de bons
cristãos. Significa antes que a validade da proposta educativa é
cristã. Qual a amplitude utilizável de tal proposta é tarefa confiada
à liberdade e discreção do educando. Sem essa liberdade e
discrição, a pessoa não pode constituir sua individualidade, sua
identidade própria e autônoma.
• a obra educativa das Irmãs Marcelinas sendo cristã por natureza,
desenvolve-se no mundo. Ela será então uma proposta nova para
o mundo e a novidade da proposta só pode nascer da riqueza
infinita da fé: “Acima de todo o mal – está escrito na regra – figura
o pouco cuidado na formação da juventude nos princípios de uma
verdadeira e sólida religião cristã, na modéstia, primeiro