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Universidade Federal do Ceará
Centro de Tecnologia
Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Conexões de Transformadores de Alta Freqüência para
Conversores CC-CC PWM de Alta Potência
Carla Gondim Torres
Fortaleza
Março 2006
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ii
CARLA GONDIM TORRES
CONEXÕES DE TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA PARA
CONVERSORES CC-CC PWM DE ALTA POTÊNCIA
Dissertação submetida à Universidade Federal
do Ceará como parte dos requisitos para a
obtenção do grau de Mestre em Engenharia
Elétrica.
Orientador:
Prof. René P. Torrico Bascopé, Dr.
Fortaleza
Março 2006
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iii
Conexões de Transformadores de Alta Freqüência para
Conversores CC-CC PWM de Alta Potência
Carla Gondim Torres
‘Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de Mestre em Engenharia
Elétrica, Área de Concentração em Eletrônica de Potência, e aprovada em sua forma final pelo
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará.’
______________________________________
René Torrico Bascopé, Dr.
Orientador
______________________________________
Otacílio da Mota Almeida, Dr.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Banca Examinadora:
______________________________________
René P. Torrico Bascopé, Dr.
Presidente
______________________________________
Demercil de Souza Oliveira Jr , Dr.
______________________________________
Evandro A. Soares da Silva, Dr.
______________________________________
Petrônio Vieira Júnior, Dr.
iv
À minha mãe Sueli.
v
À Deus.
À minha família, Camila, Catherine, Sabrina e Ana Júia.
À meu pai e tio que, mesmo sem estarem presentes, sempre zelaram por mim.
vi
"Aprenda a confiar em si mesmo e aprenderá o grande segredo da vida."
Thomas Edison
vii
Agradecimentos
Quero agradecer a todos meus professores de graduação que me inspiraram e incentivaram a
continuar os estudos, bem como aos professores de mestrado, entre eles o prof. Cícero, prof.
Otacílio, profª. Ruth e prof. Fernando que me ensinaram, principalmente, a gostar da pesquisa.
Também devo agradecimentos especiais ao meu professor e orientador René Bascopé, pela
sua paciência e dedicação a minha pesquisa, e por se colocar sempre disponível com sugestões e
soluções para o trabalho.
À todos os colegas de laboratório por tornarem o ambiente sempre ameno e agradável, além
dos funcionários, Pedro e Mário Sérgio.
Agradeço aos meus amigos George Harrison, Rômulo, Odivan, Carlos Gustavo, Joacillo,
Marcos Rogério, Rangel, José Roberto e Marcos Caetano por toda a ajuda nos momentos cruciais
do desenvolvimento do trabalho e que o apoio e amizade tão importantes se estenderam para fora
do laboratório.
Agradeço principalmente a minha mãe Sueli, por acreditar e me apoiar em todas as minhas
decisões.
viii
Resumo
Torres, C. G. “Conexões de transformadores de alta freqüência para conversores CC-CC
PWM de alta potência”, Universidade Federal do Ceará – UFC, 2006, 130p.
O presente trabalho aborda técnicas de distribuição de potência em transformadores de alta
freqüência e para isso apresenta configurações com suas bobinas associadas em série e/ou
paralelo. Este trabalho também apresenta o estudo da distribuição de corrente para a conexão
paralelo-paralelo de três transformadores aplicada ao conversor CC-CC FB-ZVS-PWM-PS,
com a finalidade de aumentar a capacidade de processamento de potência. Para verificar a
distribuição de corrente através dos transformadores, dois deles são mantidos com os mesmos
parâmetros de projeto e, no terceiro, variados em ± 10% relativo aos outros. As análises e
estudo são validados através dos resultados experimentais obtidos dos protótipos construídos.
Palavras-chave: Conversor CC-CC Full-bridge, Paralelismo de Transformadores.
_______________________________________________________________________________________
R
ESUMO
ix
Abstract
Torres, C. G., “Connections of high frequency transformers to high power DC-DC PWM
converters”, Universidade Federal do Ceará – UFC, 2006, 130p.
The present work tackles techniques to power distribution in high frequency transformers and
for that it presents configurations with your associated winding in series and/or parallel. This
work also presents current sharing study to parallel-parallel connection of three transformers
applied to DC-DC FB-ZVS-PWM-PS converters, with purpose of to increase the power
processing capacity. To verify current sharing through transformers, two of them were
maintained with same design parameters and, in the third, varied in ± 10% relative to the
others. The analyses and study are validated through the obtained experimental results of the
built prototypes.
Keywords: Full-bridge DC-DC Converter, Parallel of Transformers.
_______________________________________________________________________________________
A
BSTRACT
x
Sumário
AGRADECIMENTOS................................................................................................................................. vii
RESUMO.................................................................................................................................................. viii
ABSTRACT............................................................................................................................................... ix
SUMÁRIO................................................................................................................................................. x
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................................. xiv
LISTA DE TABELAS................................................................................................................................. xx
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS....................................................................................................... xxi
LISTA DE SÍMBOLOS............................................................................................................................... xxiii
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 1
1. TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA
REVISÃO................................................................................................................................................. 4
1.1 Introdução......................................................................................................................................... 4
1.2 Tipos de Materiais Usados em Alta Freqüência............................................................................... 5
1.2.1 Núcleos Strip Wound ou Tape Wound...............................................................................
5
1.2.2 Núcleos Powder.................................................................................................................
9
1.2.3 Núcleos de Ferrite.............................................................................................................
10
1.3 Conversores CC-CC com Associação de Núcleos........................................................................... 12
1.4 Conversores CC-CC com Associação de Transformadores............................................................. 12
1.4.1 Tipos de Associação de Transformadores.........................................................................
13
1.5 Conversores CC-CC com Associação de Conversores.................................................................... 14
1.6 Conclusão......................................................................................................................................... 17
2. M
ODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-
CC.......................................................................................................................................................... 18
2.1 Introdução......................................................................................................................................... 18
2.2 Elementos Parasitas em um Transformador de Alta Freqüência...................................................... 18
2.2.1 Corrente de Magnetização................................................................................................
19
2.2.2 Indutância de Dispersão....................................................................................................
21
2.2.3 Capacitância dos Enrolamentos........................................................................................
22
2.3 Modelos de Transformadores de Alta Freqüência........................................................................... 23
__________________________________________________________________________________________
SUMÁRIO
xi
2.4 Topologias Propostas........................................................................................................................ 25
2.5 Circuitos Equivalentes Exatos Associando Transformadores.......................................................... 27
2.5.1 Equacionamento do Modelo..............................................................................................
28
2.6 Circuitos Equivalentes Simplificados das Associações de Transformadores.................................. 30
2.7 Análise do Modelo da Conexão Paralelo-Paralelo........................................................................... 31
2.7.1 Configuração nº1...............................................................................................................
31
2.7.2 Configuração nº2...............................................................................................................
32
2.8 Conclusão......................................................................................................................................... 33
3. PROJETO DE CONVERSORES CC-CC FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO......................... 35
3.1 Introdução......................................................................................................................................... 35
3.2 Conversores sob Estudo................................................................................................................... 35
3.3 Princípio de Operação dos Conversores sob Estudo........................................................................ 36
3.3.3 Características do Conversor...........................................................................................
36
3.3.2 Etapas de Operação..........................................................................................................
37
3.3.3 Formas de Onda Básicas...................................................................................................
40
3.4 Característica de Saída dos Conversores sob Estudo....................................................................... 41
3.5 Projeto do Conversor nº1.................................................................................................................. 43
3.5.1 Especificações de Projeto..................................................................................................
43
3.5.2 Dimensionamento do Transformador...............................................................................
44
3.5.3 Dimensionamento dos Semicondutores.............................................................................
46
3.5.4 Dimensionamento dos Indutores do Filtro de Saída........................................................
48
3.5.5 Dimensionamento dos Capacitores do Filtro de Saída....................................................
49
3.5.6 Dimensionamento do Indutor de Comutação....................................................................
49
3.5.7 Dimensionamento do Capacitor de Bloqueio...................................................................
50
3.5.8 Dimensionamento dos Circuitos Auxiliares de Ajuda à Comutação................................
51
3.6 Projeto do Conversor nº2.................................................................................................................. 54
3.6.1 Especificações de Projeto..................................................................................................
54
3.6.2 Dimensionamento dos Indutores de Comutação...............................................................
55
3.6.3 Dimensionamento dos Capacitores de Bloqueio...............................................................
55
3.7 Projeto do Circuito de Controle........................................................................................................ 55
3.7.1 Função de Transferência do Conversor...........................................................................
55
__________________________________________________________________________________________
SUMÁRIO
xii
3.7.2 O Controle Adotado...........................................................................................................
58
3.8 Conclusão......................................................................................................................................... 61
4. RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1............................................ 63
4.1 Introdução......................................................................................................................................... 63
4.2 Análise com Relações de Transformação Iguais.............................................................................. 65
4.2.1 Mesmo Número de Espiras no Primário e no Secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
......................
65
4.2.2 Acréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
.................................
71
4.2.3 Decréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
...............................
73
4.3 Análise com Relações de Transformação Diferentes....................................................................... 75
4.3.1 Decréscimo de 10% de Espiras no Primário de T
r3
..........................................................
75
4.4 Curvas de Comportamento das Correntes........................................................................................ 77
4.4.1 Mesmo Número de Espiras no Primário e no Secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
.......................
77
4.4.2 Acréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
.................................
78
4.4.3 Decréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
...............................
78
4.4.4 Decréscimo de 10% de Espiras no Primário de T
r3
..........................................................
79
4.4.5 Curvas de Rendimento......................................................................................................
79
4.6 Conclusão......................................................................................................................................... 80
5. RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2............................................ 82
5.1 Introdução......................................................................................................................................... 82
5.2 Análise com Relações de Transformação Iguais.............................................................................. 83
5.2.1 Mesmo Número de Espiras no Primário e no Secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
.......................
83
5.2.2 Acréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
.................................
89
5.2.3 Decréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
...............................
91
5.3 Análise com Relações de Transformação Diferentes....................................................................... 93
5.3.1 Decréscimo de 10% de Espiras no Primário de T
r3
..........................................................
93
5.4 Curvas de Comportamento das Correntes........................................................................................ 95
5.4.1 Mesmo Número de Espiras no Primário e no Secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
......................
95
5.4.2 Acréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
.................................
96
5.4.3 Decréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
...............................
96
5.4.4 Decréscimo de 10% de Espiras no Primário de T
r3
..........................................................
97
5.4.5 Curvas de Rendimento.......................................................................................................
97
__________________________________________________________________________________________
SUMÁRIO
xiii
5.6 Conclusão......................................................................................................................................... 98
CONCLUSÃO GERAL............................................................................................................................... 100
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................... 102
__________________________________________________________________________________________
SUMÁRIO
xx
Lista de Tabelas
Tabela 1.1 – Propriedades típicas das ligas magnéticas.......................................................... 8
Tabela 1.2 – Comparação entre as características nos núcleos............................................... 9
Tabela 1.3 – Comparação entre as características magnéticas................................................ 10
Tabela 3.1 – Especificações de projeto................................................................................... 43
Tabela 3.2 – Valores de referência adotados........................................................................... 43
Tabela 3.3 – Especificações dos transformadores................................................................... 45
Tabela 3.4 – Especificações do núcleo EE-65/39.................................................................... 45
Tabela 3.5 – Especificações do fio 27 AWG........................................................................... 46
Tabela 3.6 – Especificações do núcleo EE-42/15.................................................................... 48
Tabela 3.7 – Valores calculados dos indutores filtro de saída................................................. 49
Tabela 3.8 – Especificações do núcleo EE-30/14.................................................................... 53
Tabela 3.9 – Dados construtivos dos indutores auxiliares....................................................... 54
Tabela 3.10 – Dados construtivos dos indutores de comutação.............................................. 55
Tabela 3.11 – Lista de componentes do circuito de controle.................................................. 61
Tabela 4.1 – Componentes do circuito de potência da configuração nº1................................ 64
Tabela 4.2 – Indutâncias dos transformadores........................................................................ 64
Tabela 5.1 – Componentes do circuito de potência da configuração nº2................................ 83
_____________________________________________________________________________________________
LISTA DE TABELAS
xiv
Lista de Figuras
Fig. 1.1 – Formatos usuais dos núcleos de ferrite....................................................................... 12
Fig. 1.2 – (a) configuração série-série........................................................................................ 13
Fig. 1.2 – (b) configuração série-paralelo................................................................................... 13
Fig. 1.2 – (c) configuração paralelo-série................................................................................... 13
Fig. 1.2 – (d) configuração paralelo-paralelo............................................................................. 13
Fig. 1.3 – (a) Conversor CC-CC duplo ponte completa............................................................. 15
Fig. 1.3 – (b) Conversor CC-CC duplo ponte completa acoplado por transformador................ 15
Fig. 1.4 – (a) Conversor CC-CC duplo ponte dual com único transformador e entradas
independentes.............................................................................................................................. 15
Fig. 1.4 – (b) conversor forward intercalado com um único indutor filtro de saída................... 15
Fig. 1.5 – Conversor CC-CC ZVS-PWM isolado baseado na associação série de conversores 16
Fig. 1.6 – Conversor CC-CC ZVS-PWM modificado................................................................ 16
Fig. 2.1 – Corrente de excitação do transformador .................................................................... 20
Fig. 2.2 – Modelo das relutâncias do transformador .................................................................. 23
Fig. 2.3 – Circuito equivalente completo do transformador real................................................ 24
Fig. 2.4 – Conversor FB ZVS-PWM-PS (a) associação série de três transformadores
elementares.................................................................................................................................. 25
Fig. 2.4 – Conversor FB ZVS-PWM-PS (b) associação paralelo de três transformadores
elementares.................................................................................................................................. 25
Fig. 2.5 – Conversor FB ZVS-PWM-PS (a) associação mista com primário em série e
secundário em paralelo................................................................................................................ 26
Fig. 2.5 – Conversor FB ZVS-PWM-PS (b) associação mista com primário em paralelo e
secundário em série..................................................................................................................... 26
Fig. 2.6 – Modelo adotado para a representação da associação série......................................... 27
Fig. 2.7 – Modelo adotado para a representação da associação paralelo.................................... 27
Fig. 2.8 – Modelo adotado para a representação da associação mista (a) primário em série e
secundário em paralelo................................................................................................................ 28
Fig. 2.8 – Modelo adotado para a representação da associação mista (b) paralelo e
secundário em série.....................................................................................................................
28
_____________________________________________________________________________________________
LISTA DE FIGURAS
xv
Fig. 2.9 – Representação espacial de n transformadores............................................................ 29
Fig. 2.10 – Modelo do conversor FB ZVS-PWM-PS (a) configuração série-série.................... 30
Fig. 2.10 – Modelo do conversor FB ZVS-PWM-PS (b) configuração paralelo-paralelo......... 30
Fig. 2.10 – Modelo do conversor FB ZVS-PWM-PS (c) configuração série- paralelo.............. 30
Fig. 2.10 – Modelo do conversor FB ZVS-PWM-PS (d) configuração paralelo- série.............. 30
Fig. 2.11 – (a) circuito equivalente com CPPT e um indutor ressonante................................... 31
Fig. 2.11 – (b) modelo com impedâncias.................................................................................... 31
Fig. 2.12 – (a) circuito equivalente com CPPT e três indutor ressonante................................... 32
Fig. 2.12 – (b) modelo com impedâncias.................................................................................... 32
Fig. 3.1 – (a) conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS com um L
r
e um C
b
................................... 36
Fig. 3.1 – (b) conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS com três L
r
e três C
b
............................... 36
Fig. 3.2 – Conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS....................................................................... 37
Fig. 3.3 – 1ª etapa de operação.................................................................................................... 37
Fig. 3.4 – 2ª etapa de operação.................................................................................................... 38
Fig. 3.5 – 3ª etapa de operação.................................................................................................... 38
Fig. 3.6 – 4ª etapa de operação.................................................................................................... 39
Fig. 3.7 – 5ª etapa de operação.................................................................................................... 39
Fig. 3.8 – 6ª etapa de operação.................................................................................................... 40
Fig. 3.9 – 7ª etapa de operação.................................................................................................... 40
Fig. 3.10 – Formas de onda básicas do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.......................... 41
Fig. 3.11 – Detalhe da tensão e corrente no trecho AB.............................................................. 42
Fig. 3.12 – Característica de saída do conversor......................................................................... 43
Fig. 3.13 – Conversor com circuito auxiliar de comutação........................................................ 51
Fig. 3.14 – Circuito equivalente da comutação do braço direito do conversor........................... 52
Fig. 3.15 – Circuito equivalente da comutação do braço esquerdo do conversor....................... 52
Fig. 3.16 – Circuito equivalente do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS................................ 56
Fig. 3.17 – Circuito simplificado do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.............................. 56
Fig. 3.18 – Sinais de comparação PWM..................................................................................... 57
Fig. 3.19 – Diagrama esquemático do circuito de comando dos interruptores (a) CI utilizado
com PID......................................................................................................................................
60
Fig. 3.19 – Diagrama esquemático do circuito de comando dos interruptores (b) Circuito de
_____________________________________________________________________________________________
LISTA DE FIGURAS
xvi
driver para cada interruptor......................................................................................................... 60
Fig. 4.1 – Circuito de potência do conversor nº1........................................................................ 63
Fig. 4.2 – Tensão V
AB
e corrente IL
r
(a) simulação.................................................................... 65
Fig. 4.2 – Tensão V
AB
e corrente IL
r
(b) experimental.............................................................. 65
Fig. 4.3 – Tensão e corrente no interruptor S
1
(a) simulação...................................................... 66
Fig. 4.3 – Tensão e corrente no interruptor S
1
(b) experimental................................................. 66
Fig. 4.4 – Detalhe da comutação no interruptor S
1
(a) simulação............................................... 66
Fig. 4.4 – Detalhe da comutação no interruptor S
1
(b) experimental.......................................... 66
Fig. 4.5 – Tensão e corrente no interruptor S
3
(a) simulação...................................................... 67
Fig. 4.5 – Tensão e corrente no interruptor S
3
(b) experimental................................................. 67
Fig. 4.6 – Detalhe da comutação no interruptor S
3
(a) simulação............................................... 67
Fig. 4.6 – Detalhe da comutação no interruptor S
3
(b) experimental.......................................... 67
Fig. 4.7 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.................................... 68
Fig. 4.7 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental............................... 68
Fig. 4.8 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação................................ 68
Fig. 4.8 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental........................... 68
Fig. 4.9 – Tensão e corrente em D
a1
, D
a2
e D
a3
(a) simulação.................................................... 69
Fig. 4.9 – Tensão e corrente em D
a1
, D
a2
e D
a3
(b) experimental............................................... 69
Fig. 4.10 – Corrente em L
a1
e L
a2
(a) simulação......................................................................... 69
Fig. 4.10 – Corrente em L
a1
e L
a2
(b) experimental.................................................................... 70
Fig. 4.11 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(a) simulação.................................................................. 70
Fig. 4.11 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(b) experimental............................................................. 70
Fig. 4.12 – Tensão e corrente de saída no conversor (a) simulação........................................... 71
Fig. 4.12 – Tensão e corrente de saída no conversor (b) experimental....................................... 71
Fig. 4.13 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.................................. 71
Fig. 4.13 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental............................. 72
Fig. 4.14 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.............................. 72
Fig. 4.14 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental......................... 72
Fig. 4.15 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(a) simulação.................................................................. 73
Fig. 4.15 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(b) experimental............................................................. 73
Fig. 4.16 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.................................. 73
_____________________________________________________________________________________________
LISTA DE FIGURAS
xvii
Fig. 4.16 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental............................. 74
Fig. 4.17 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.............................. 74
Fig. 4.17 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental......................... 74
Fig. 4.18 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(a) simulação.................................................................. 75
Fig. 4.18 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(b) experimental............................................................. 75
Fig. 4.19 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.................................. 76
Fig. 4.19 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental............................. 76
Fig. 4.20 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.............................. 76
Fig. 4.20 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental......................... 76
Fig. 4.21 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(a) simulação.................................................................. 77
Fig. 4.21 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(b) experimental............................................................. 77
Fig. 4.22 – (a) corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga........................ 78
Fig. 4.22 – (b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga......................................... 78
Fig. 4.23 – (a) corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga........................ 78
Fig. 4.23 – (b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga......................................... 78
Fig. 4.24 – (a) corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga........................ 79
Fig. 4.24 – (b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga......................................... 79
Fig. 4.25 – (a) corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga........................ 79
Fig. 4.25 – (b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga......................................... 79
Fig. 4.26 – Curvas de rendimento (a) transformadores iguais.................................................... 80
Fig. 4.26 – Curvas de rendimento (b) acréscimo de 10% nas espiras de T
r3
.............................. 80
Fig. 4.26 – Curvas de rendimento (c) decréscimo de 10% nas espiras de T
r3
............................ 80
Fig. 4.26 – Curvas de rendimento (d) decréscimo de 10% nas espiras do primário de T
r3
........ 80
Fig. 5.1 – Circuito de potência do conversor nº1........................................................................ 82
Fig. 5.2 – Tensão V
AB
e corrente IL
r
(a) simulação.................................................................... 84
Fig. 5.2 – Tensão V
AB
e corrente IL
r
(b) experimental.............................................................. 84
Fig. 5.3 – Tensão e corrente no interruptor S
1
(a) simulação...................................................... 84
Fig. 5.3 – Tensão e corrente no interruptor S
1
(b) experimental............................................... 84
Fig. 5.4 – Detalhe da comutação no interruptor S
1
(a) simulação............................................... 84
Fig. 5.4 – Detalhe da comutação no interruptor S
1
(b) experimental.......................................... 85
Fig. 5.5 – Tensão e corrente no interruptor S
3
(a) simulação...................................................... 85
_____________________________________________________________________________________________
LISTA DE FIGURAS
xviii
Fig. 5.5 – Tensão e corrente no interruptor S
3
(b) experimental................................................. 85
Fig. 5.6 – Detalhe da comutação no interruptor S
3
(a) simulação............................................... 85
Fig. 5.6 – Detalhe da comutação no interruptor S
3
(b) experimental.......................................... 86
Fig. 5.7 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.................................... 86
Fig. 5.7 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental............................... 86
Fig. 5.8 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação................................ 87
Fig. 5.8 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental........................... 87
Fig. 5.9 – Corrente em L
a1
e L
a2
(a) simulação........................................................................... 87
Fig. 5.9 – Corrente em L
a1
e L
a2
(b) experimental...................................................................... 88
Fig. 5.10 – Tensão e corrente em D
a1
, D
a2
e D
a3
(a) simulação.................................................. 88
Fig. 5.10 – Tensão e corrente em D
a1
, D
a2
e D
a3
(b) experimental............................................. 88
Fig. 5.11 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(a) simulação.................................................................. 89
Fig. 5.11 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(b) experimental............................................................. 89
Fig. 5.12 – Tensão e corrente de saída no conversor (a) simulação........................................... 89
Fig. 5.12 – Tensão e corrente de saída no conversor (b) experimental....................................... 89
Fig. 5.13 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.................................. 90
Fig. 5.13 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental............................. 90
Fig. 5.14 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.............................. 90
Fig. 5.14 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental......................... 90
Fig. 5.15 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(a) simulação.................................................................. 91
Fig. 5.15 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(b) experimental............................................................. 91
Fig. 5.16 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.................................. 92
Fig. 5.16 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental............................. 92
Fig. 5.17 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.............................. 92
Fig. 5.17 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental......................... 92
Fig. 5.18 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(a) simulação.................................................................. 93
Fig. 5.18 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(b) experimental............................................................. 93
Fig. 5.19 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.................................. 94
Fig. 5.19 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental............................. 94
Fig. 5.20 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(a) simulação.............................. 94
Fig. 5.20 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
(b) experimental......................... 94
_____________________________________________________________________________________________
LISTA DE FIGURAS
xix
Fig. 5.21 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(a) simulação.................................................................. 95
Fig. 5.21 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
(b) experimental............................................................. 95
Fig. 5.22 – (a) corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga........................ 96
Fig. 5.22 – (b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga......................................... 96
Fig. 5.23 – (a) corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga........................ 96
Fig. 5.23 – (b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga......................................... 96
Fig. 5.24 – (a) corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga........................ 96
Fig. 5.24 – (b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga......................................... 96
Fig. 5.25 – (a) corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga........................ 96
Fig. 5.24 – (b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga......................................... 97
Fig. 5.26 – Curvas de rendimento (a) transformadores iguais.................................................... 97
Fig. 5.26 – Curvas de rendimento (b) acréscimo de 10% nas espiras de T
r3
.............................. 97
Fig. 5.26 – Curvas de rendimento (c) decréscimo de 10% nas espiras de T
r3
............................ 98
Fig. 5.26 – Curvas de rendimento (d) decréscimo de 10% nas espiras do primário de T
r3
........ 98
_____________________________________________________________________________________________
LISTA DE FIGURAS
xxi
Lista de Abreviaturas e Siglas
SÍMBOLOS UTILIZADOS NOS DIAGRAMAS DE CIRCUITOS
Símbolo Significado
φ
Fluxo magnético
Relutância
C Capacitor
D Diodo
I Fonte de Corrente
i(t) Corrente instantânea
L Indutor
n Relação de transformação
N Número de espiras
Pot Potenciômetro
R Resistor
S
Interruptor Controlado
T Transistor
Tr Transformador
TP Transformador de pulso
V Fonte de tensão
v(t) Tensão instantânea
Z Impedância
ACRÔNIMOS E ABREVIATURAS
Símbolo Significado
AWG
American Wire Gauge
B Boro
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
CI Circuito Integrado
Co Cobalto
CPPT Configuração Paralelo-Paralelo de Transformadores
EMI Interferência Eletromagnética
Fe Ferro
FB Full-Bridge
__________________________________________________________________________________________
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xxii
IGBT
Insulated Gate Bipolar Transistor
Mn Manganês
Mo Molibdênio
MOSFET
Metal-Oxide-Semiconductor Field-Effect Transistor
MPP
Molypermalloy Powder
Ni Níquel
PID Proporcional Integral Derivativo
PP Paralelo-Paralelo
PS Controle por Defasagem de Fase (phase-shift)
PWM Modulação por Largura de Pulso
RFI
Radio Frequency Interference
Si Silício
SMPS
Switch Mode Power Supply
V Vanádio
Zn Zinco
ZVS Comutação sob Tensão Nula
SÍMBOLOS DE UNIDADES DE GRANDEZAS FÍSICAS
Símbolo Significado
Ω
Ohm
μ
micro
A Ampère
ºC grau centígrado
cm centímetro
F Faraday
G Gauss
H Henry
Hz Hertz
in polegada
k Kilo
m metro
m
2
metro quadrado
M mega
s segundo
T Tesla
V Volt
W Watt
__________________________________________________________________________________________
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xxiii
__________________________________________________________________________________________
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xxiii
Lista de Símbolos
SIMBOLOGIA UTILIZADA NOS EQUACIONAMENTOS
Símbolo Significado Unidade
ΔBB
o
Variação ótima da densidade de fluxo magnético T
ΔBB
max
Variação máxima da densidade de fluxo magnético T
ΔD
Perda de razão cíclica
ΔI
Lo
Ondulação da corrente no indutor do filtro de saída A
ΔI
c
Ondulação da corrente no capacitor do filtro de saída A
ΔV
cb
Ondulação da tensão no capacitor de bloqueio V
ΔV
caux
Ondulação da tensão no capacitor de auxílio à comutação V
Δt
Intervalo de tempo s
Δt
1max
Duração do tempo morto s
ΔV
o
Ondulação da tensão de saída V
ρ
Resistividade do condutor
Ω
.
cm
η
Rendimento teórico %
φ
c
Fluxo magnético no núcleo Wb
φ
d
Fluxo disperso na bobina Wb
φ
12
, φ
21
Fluxo magnético concatenado numa bobina como resultado
de outra bobina
Wb
μ
Permeabilidade magnética do condutor H/m
μ
o
Permeabilidade magnética do ar H/m
c
Relutância do núcleo T
.
m
2
/Ae
A
e
Área da seção transversal do núcleo cm
2
A
e
A
w
Produto de áreas do núcleo cm
4
A
w
Área disponível da janela do núcleo cm
2
B Densidade do fluxo magnético T
BB
máx
Densidade de fluxo magnético máximo T
C
b
Capacitor de bloqueio F
C
ba
Capacitor de auxílio à comutação F
C
o
Capacitor do filtro de saída F
C
oss
Capacitância de saída do interruptor F
C
r
Capacitor ressonante F
C
t
Capacitor do oscilador F
C
v
(s) Função de transferência do compensador de tensão
_______________________________________________________________________________________
L
ISTA DE SÍMBOLOS
xxiv
D Razão cíclica
D
ef
Razão cíclica efetiva
D
nom
Razão cíclica nominal
f
c
Freqüência de corte Hz
f
o
Freqüência de ressonância Hz
f
osc
Freqüência do oscilador Hz
f
s
Freqüência de comutação Hz
H Intensidade do campo elétrico A
.
espira/m
I
c
Corrente no coletor do transistor A
I
Dr_ef
Corrente eficaz no diodo retificador A
I
Dr_med
Corrente média no diodo retificador A
I
Dr_pico
Corrente de pico no diodo retificador A
i
g
Corrente de Foucalt A
i
i
Corrente de entrada A
i
mag
Corrente de magnetização A
I
o
Corrente de carga A
I
pk
Corrente de pico no indutor ressonante A
I
pico
Corrente de pico no interruptor A
I
La_ef
Corrente eficaz no indutor auxiliar A
I
La
Corrente de pico no indutor auxiliar A
I
Lr_ef
Corrente eficaz no indutor ressonante A
I
Loef
Corrente eficaz no indutor do filtro de saída A
I
Lopk
Corrente de pico no indutor do filtro de saída A
I
S_ef
Corrente eficaz no interruptor A
I
S_med
Corrente média no interruptor A
I
1
,I
2
Corrente de magnetização do primário e secundário A
J
max
Densidade de corrente A/cm
2
k
Coeficiente de acoplamento
k
υ
Fator de forma de onda
k
p
Fator de utilização do primário
K
t
Fator de topologia
k
u
Possibilidade de execução
K
u
Fator de ocupação da janela do núcleo no transformador
K
v
Ganho do sensor de tensão
K
w
Fator de ocupação da janela do núcleo no indutor
L
a
Indutor auxiliar de comutação H
_______________________________________________________________________________________
L
ISTA DE SÍMBOLOS
xxv
l
c
Comprimento do caminho médio do núcleo cm
L
d
Indutância de dispersão H
l
g
Comprimento do gap cm
L
m
Indutância magnetizante H
L
o
Indutor do filtro de saída H
l
Lrg
Comprimento do gap do indutor ressonante cm
L
r
Indutor ressonante H
L
t
Comprimento médio por espira cm
L
total
Indutância total do filtro de saída H
L
11
e L
22
Auto-Indutância H
M Indutância mútua H
n Relação de transformação
N Número de espiras no enrolamento
NC Número de condutores em paralelo das bobinas
N
Lr
Número de espiras do indutor ressonante
N
p
Número de espiras do enrolamento primário
N
s
Número de espiras do enrolamento secundário
Perda Perda por corrente parasita W
P
in
Potência de entrada do conversor W
P
inT
Potência de entrada do transformador W
P
Rb
Perda de potência no resistor de bloqueio W
P
Rba
Perda de potência no resistor de auxílio à comutação W
P
o
Potência nominal de saída do conversor W
q Ganho estático
R Resistor equivalente de carga
Ω
R
b
Resistor de bloqueio
Ω
R
ba
Resistor de auxílio à comutação
Ω
R
se
Resistência série equivalente do capacitor
Ω
R
o
perda no núcleo
R
t
Resistor do oscilador
Ω
R
1
e R
2
Resistência da bobina
Ω
S
fio
Secção transversal do condutor cm
2
S
fio_iso
Secção transversal do condutor com isolamento cm
2
S
fio_não-iso
Secção transversal do condutor sem isolamento cm
2
t
on
Tempo de condução dos semicondutores s
T
s
Período de comutação s
_______________________________________________________________________________________
L
ISTA DE SÍMBOLOS
xxvi
V
ab
Tensão alternada de entrada V
V
c
Tensão de controle V
V
ce
Tensão coletor-emissor do interruptor V
V
d
Tensão de pico da onda dente de serra V
V
Dr
Tensão reversa do diodo retificador V
V
e
Volume efetivo do núcleo cm
3
V
f
Queda de tensão no diodo V
V
i
Tensão de entrada V
V
int
Queda de tensão no interruptor V
V
o
Tensão média de saída V
V’
o
Tensão de saída refletida ao lado primário V
V
ref
Tensão de referência V
V
s
Tensão no interruptor V
V
1
,V
p
, V
2
, V
s
Tensão sobre o enrolamento primário e secundário do
transformador
V
ZL
r
, ZL
d1
,
ZL
d2
, ZL
d3
, Z
o
Impedância do indutor ressonante, das dispersões e da
carga
Ω
_______________________________________________________________________________________
L
ISTA DE SÍMBOLOS
1
INTRODUÇÃO
Atualmente os pesquisadores da área de eletrônica de potência têm dedicado muitos
esforços para aprimorar o processamento de energia, tornando desta maneira, mais
eficientes, as fontes de alimentação, para sua aplicação na indústria [1].
Com este objetivo, houve uma evolução na tecnologia dos semicondutores, e aliado
aos avanços tecnológicos houve também uma inovação com a utilização de técnicas de
comutação suave nesses elementos. Desta maneira foi possível reduzir as perdas por
condução e minimizar as perdas por comutação nos conversores chaveados. Como
resultado, existem no mercado fontes de alimentação que atendem aos requisitos de alto
rendimento, baixos níveis de interferência eletromagnética, redução de ruídos audíveis,
baixo volume, robustez, confiabilidade além de custos reduzidos [1].
Assim como os semicondutores, os componentes magnéticos cumprem uma função
fundamental nas fontes de alimentação, pois eles são os responsáveis pelo isolamento e
armazenamento e/ou transferência de energia, ou seja, toda a energia transportada pelo
conversor é processada por estes elementos. Vale ressaltar ainda que as perdas e os
elementos parasitas existentes no transformador exigem uma atenção especial no projeto
pois são fatores determinantes na escolha da freqüência de chaveamento a ser utilizada
além de influenciar no seu desempenho e na eficiência total do sistema [2].
No mercado nacional e internacional existem elementos magnéticos de diferentes
tipos de materiais com várias formas e tamanhos que atuam em diversas funções. A
escolha do tipo de material magnético depende muito da freqüência de operação.
Normalmente em transformadores funcionando em baixas freqüências (50Hz a 400Hz) são
utilizados núcleos laminados com chapas de ferro-silício, por outro lado, nos que
funcionam em altas freqüências (>1kHz) é utilizado normalmente o ferrite, ambos os
materiais são capazes de armazenar energia, transformar tensões e fornecer isolação ou
deslocamento de fase, podendo ainda ser usados em circuitos de gate [3].
Na utilização de componentes magnéticos para alta potência e alta freqüência,
existem algumas limitações para encontrar núcleos grandes, pois estes componentes são
frágeis podendo sofrer danos devido à vibrações, forças mecânicas, movimentos bruscos
ou quedas acidentais. Estão disponíveis para compra apenas núcleos pequenos, que nem
sempre são adequados para processar potências elevadas (>3kW).
Com todas essas limitações que requerem cuidados especiais no projeto, torna-se
_______________________________________________________________________________________
INTRODUÇÃO
2
necessária a utilização de técnicas que possibilitem o processamento de altas potências.
Algumas das técnicas já conhecidas são a associação de semicondutores e associação de
conversores, porém não são muito comuns devido à dificuldade de se manter o equilíbrio
estático e dinâmico de correntes e tensões sobre os componentes [4].
Como outra opção surgiu a proposta de associar vários núcleos com carretel próprio
para aumentar o nível de processamento de potência do projeto. Vem então o conceito do
“transformador multielemento” que aparece como uma evolução do transformador
matricial mostrado em [5], o qual propunha um arranjo baseado numa simples espira no
primário e outra no secundário.
O princípio da construção do transformador multielemento consiste em conectar um
número de pequenos e idênticos núcleos em arranjos série ou paralelo no primário e/ou
secundário de modo a obter a relação de transformação desejada. A distribuição destes
elementos permite uma construção de baixo perfil (pequena altura) além de um
resfriamento mais eficiente entre eles, devido à convecção de ar entre os núcleos [6].
Como o tema de associação de transformadores ainda é pouco conhecido na
literatura técnica, torna-se necessária uma pesquisa para estudar as questões de distribuição
de correntes, problemas de saturação e divisão de potências nestes transformadores
realizando uma combinação de conexões para encontrar a configuração mais adequada à
aplicação.
O objetivo desta dissertação é estudar algumas configurações de associações de
transformadores com a finalidade de recomendar o arranjo mais adequado para aplicações
em conversores CC-CC de alta potência com topologias em ponte completa e topologias
multiníveis para aplicação em fontes para telecomunicações.
Este trabalho propõe basicamente quatro configurações de associações série e/ou
paralelo. As topologias de associações dos transformadores estudadas aqui são o primário e
secundário em série, primário em série e secundário em paralelo, primário em paralelo e
secundário em série e primário e secundário em paralelo.
Para realizar o estudo das diferentes configurações citadas anteriormente, é utilizado
o conversor ponte completa com comutação suave e técnica de controle do fluxo de
potência por deslocamento de fase (CC-CC Full-Bridge ZVS-PWM-PS).
O trabalho está dividido em cinco capítulos descritos a seguir.
No primeiro capítulo é feita uma revisão geral sobre as técnicas utilizadas para
_______________________________________________________________________________________
INTRODUÇÃO
3
dividir potência em transformadores de alta freqüência abordando os tipos de materiais
utilizados na fabricação desses núcleos, a associação de transformadores e a associação de
conversores.
O capítulo 2 apresenta a modelagem do transformador de alta freqüência, as
topologias de associação propostas baseando-se na teoria dos transformadores
multielementos e os modelos exatos e simplificados destas configurações utilizando o
conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.
No capítulo 3 é detalhado o funcionamento do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS
incluindo suas etapas de operação e modelagem. Também é feita metodologia de projeto e
dimensionamento dos componentes para o conversor adotado nas duas configurações
propostas, incluindo os estágios de potência e controle.
O quarto capítulo apresenta os resultados de simulação e experimentais feitos para a
associação paralelo-paralelo utilizando o conversor escolhido numa configuração que
utiliza apenas um indutor ressonante e um capacitor de bloqueio para o arranjo de
transformadores.
O quinto capítulo mostra os resultados de simulação e experimentais feitos para a
associação paralelo-paralelo utilizando o mesmo conversor projetado numa configuração
que utiliza um indutor ressonante e um capacitor de bloqueio para cada transformador do
arranjo separadamente.
E finalmente são dadas as conclusões do trabalho através da comparação quanto ao
desempenho de cada configuração.
_______________________________________________________________________________________
INTRODUÇÃO
4
1. Técnicas de Divisão de Potência em
Transformadores de Alta Freqüência:
Uma Revisão
1.1. Introdução
Para atender a demanda do mercado atual, a eletrônica de potência está em plena
evolução, porém ainda existem limitações tecnológicas de componentes ou topologias que
impossibilitam a utilização direta de algumas fontes de potência em certas aplicações.
Quando se utilizam tensões maiores de 500V e/ou correntes maiores de 50A na entrada,
ou seja, quando é alto o nível de processamento de potência, torna-se necessário dividir os
esforços de tensão e corrente sobre os componentes do circuito. Para isso podem ser adotadas
algumas técnicas de associações de semicondutores, de conversores e de transformadores.
A aplicação de técnicas de conexão série e/ou paralelo de semicondutores em
conversores CC-CC apresenta como principal desvantagem, a dificuldade de alcançar
equilíbrios estático e dinâmico de tensão ou corrente nestes componentes. Sua escolha
depende de diversos fatores, entre eles a assimetria entre as impedâncias dos caminhos
percorridos pela corrente, o acoplamento de elementos magnéticos, diferenças entre os sinais
de controle, tipo de topologia do conversor adotado, etc [4].
Quanto à associação de conversores, existe um número razoável de métodos conhecidos
e alguns já experimentados que envolvem associações de conversores de potência. Além dos
cuidados tomados durante a implementação como ocorre na associação de semicondutores,
também se deve observar a escolha da topologia adequada à finalidade e especificar o tipo de
conexão entre entradas e saídas quando são utilizados conversores isolados. Alguns exemplos
de associação de conversores serão mostrados posteriormente.
A simplicidade e a confiabilidade em que os novos componentes magnéticos podem ser
usados, também abriram muitas portas no campo da eletrônica, embora, no mercado atual,
estejam disponíveis para compra apenas núcleos pequenos que nem sempre são adequados a
utilizações onde é necessário processar potências elevadas (>3kW). Então surgiram também
as técnicas de associação de núcleos e de transformadores isolados.
Este capítulo abordará algumas técnicas de associação mencionadas.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
5
1.2. Tipos de Materiais Usados em Alta Freqüência
Embora o material do núcleo seja geralmente referido como sendo de ferro, na verdade
quando se destina à utilização em altas freqüências, ele é feito de uma mistura de materiais
onde o ferro é apenas um percentual [7].
A seleção do tipo de material a ser utilizado no núcleo depende da aplicação e da
freqüência adotada, estando todos eles sujeitos a limitações. Alguns materiais podem, por
exemplo, manter a elevação de temperatura em um valor mínimo, porém são muito caros. A
diversidade atual do mercado disponibiliza um material adequado para cada freqüência,
temperatura de operação e densidade de fluxo desejada.
Devido suas características, cada material é usualmente recomendado para uma
aplicação específica. Ferrites são indicados para utilização nos conversores Forward, Push-
Pull, Half-Bridge e Full-Bridge, Powder Core, como Kool M
μ
, são freqüentemente
recomendados para utilização em transformadores Flyback e indutores para correção de fator
de potência. Para projetos em freqüências mais elevadas, acima de 500kHz, são indicados
para utilização os núcleos miniaturizados Tape Wound [8, 9].
1.2.1. Núcleos Strip Wound ou Tape Wound
Após a 2ª guerra mundial foi descoberto que algumas ligas (níquel-ferro) conseguiam
alcançar saturação com corrente de magnetização muita baixa formando magnéticos de alta
permeabilidade.
A aplicação dos núcleos Tape Wound na eletrônica cresceu rapidamente devido suas
vantagens operacionais além dos problemas com desgaste, choques ou vibrações e elevadas
temperaturas serem pequenos quando comparados a outros componentes magnéticos. Os
núcleos Tape Wound têm ainda o recurso da isolação elétrica e maior resistência a
interferências por se encontrarem encapsulados.
Eles são feitos de uma mistura de diversos materiais com propriedades magnéticas e
tamanhos distintos onde a concentração de cada um desses materiais é determinante no custo
do produto. Entre eles estão as ligas magnéticas de níquel-ferro (85% ou 50% de níquel com
espessuras de 0,0005" a 0,004"); ligas de silício-ferro (em espessuras de 0,002", 0,004" e
0,12") ou ligas de vários metais amorfos (com espessura de 0,001").
Estes núcleos são geralmente encapsulados dentro de caixas para protegê-los de tensões
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
6
mecânicas que afetam suas propriedades magnéticas. Se forem feitos de silício-ferro, sofrem
menos estes efeitos e podem até ser usados sem proteção.
Já os núcleos amorfos feitos com magnésio e cobalto são encontrados apenas
encapsulados e podem suportar uma tensão de ruptura de até 1000V e uma elevação de
temperatura de 125ºC ao ar livre.
Caixas não metálicas feitas de fibra de vidro sintética ou telas de fenolite são utilizadas
para materiais com propriedades magnéticas superiores, mais fortes e com aumento de
desgaste. Suportam até 2000V e temperaturas de 200ºC (vidro) e 125ºC (fenolite). Estas
caixas possuem alta resistência elétrica e permitem utilização de materiais de alta
permeabilidade.
Caixas de alumínio são mais fortes e com um epoxy de vidro selam hermeticamente o
núcleo, podendo suportar temperaturas de até 200ºC e mantendo as propriedades magnéticas
do núcleo inalteradas pelas bobinas. São feitas com um tamanho mínimo, mas projetadas para
suportar dilatação térmica e de pressão.
Estes núcleos miniaturizados são usados em freqüências de até 10kHz e estão
disponíveis em espessura de fitas. São componentes freqüentes de circuitos eletrônicos
complexos encontrados em computadores espaciais e de transportes aéreos de alta
confiabilidade, sistemas telefônicos, instalações de radar, controles de motores de jatos, fontes
de alimentação e reatores nucleares.
A seguir estão listados alguns exemplos destes núcleos.
Magnesil – Este material é uma liga de grãos-orientados de 3% de silício-ferro.
Possui baixa perda no núcleo, é normalmente usado em núcleos toroidais de transformadores
de potência de alta qualidade, transformadores de corrente, reatores saturáveis de alta potência
e amplificadores magnéticos. Exibe densidade de fluxo de saturação alta comparada com
força coercitiva e perdas elevadas no núcleo. Adequado para dispositivos magnéticos que
serão expostos a temperaturas entre 200ºC e 500ºC.
Orthonol Quadrado - Este material é uma liga de grãos-orientados de 50% de
níquel-ferro. É fabricado para satisfazer as exigências exatas do circuito tendo variação da
densidade de fluxo alta, e é normalmente usado dentro de reatores saturáveis, amplificador
magnético de alto ganho, inversores de potência ou em outras aplicações que exigem curvas
de histerese extremamente quadradas como atraso de tempo (delay), contadores de fluxo e
transdutores.
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C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
7
Alloy 48 – é uma liga de 50% de níquel-ferro, apresenta curva B-H arredondada,
possui densidade de fluxo de saturação, força coercitiva e variação da densidade de fluxo
menores que o tipo Orthonol. É usado em transformadores especiais, reatores saturáveis e
amplificadores magnéticos proporcionais.
Square Permalloy 80 – é uma liga de 80% de níquel-ferro de grãos não orientados.
É fabricado para manter a alta variação da densidade de fluxo de pré-amplificadores e
moduladores magnéticos. É muito útil em inversores e conversores onde é requerida alta
tensão em baixos níveis de potência e onde as perdas devem ser mantidas mínimas.
Round Permalloy 80 - é uma liga 80% de níquel-ferro de grãos não orientados, é
processado para desenvolver uma alta permeabilidade inicial e baixa força coercitiva. É útil
em projetos de entrada altamente sensível, em transformadores interestágios onde os sinais
são extremamente baixos e não há corrente CC, e em transformadores de corrente onde deve
ser mantida baixa perda e é necessária alta precisão.
Supermalloy – liga altamente refinada de 80% de níquel-ferro especialmente
processado. Possui alta permeabilidade e baixas perdas, com força coercitiva igual a 1/3 do
valor do Permalloy 80. É muito útil em transformadores de pulso muito sensíveis e
amplificadores magnéticos ultra-sensíveis onde é exigida perda extremamente baixa.
Supermendur – é encontrado em pequena quantidade e feito de uma liga
especialmente refinada com 50% de cobalto-ferro especialmente processado e cozido para
desenvolver elevada densidade de fluxo de saturação. É adequado a utilizações que
necessitem de miniaturização de peso e tamanho e altas temperaturas de operação.
Amorphous E – ligas feitas basicamente de cobalto, têm baixas perdas,
permeabilidade muito alta e baixa força coercitiva. É o material ideal para aplicações em
fontes chaveadas (SMPS) como amplificadores magnéticos, semicondutores para suprimir
ruídos e transformadores de alta freqüência. Possui alta resistência à corrosão e a tensão
mecânica.
Amorphous C – ligas feitas basicamente de ferro. Possui perda muito baixa, e têm
espessura adequada para uma ampla variedade de aplicações como reatores saturáveis e
transformadores de potência de alta eficiência. Tem alto valor de saturação de densidade de
fluxo, deve ser usado para transformadores de potência de alta eficiência como indutores
armazenadores de energia com gap.
Para auxiliar a escolha do material do núcleo eles podem ser divididos em apenas três
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C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
8
categorias:
(a) 50% Ni-Fe (Orthonol) para freqüências de 50Hz a 10kHz.
(b) 79% Ni-Fe (Permalloy) ou Amorfos feitos basicamente de Fe (Amorphous–C) para
freqüências de 5KHz a 50kHz.
(c) Amorphous-E para freqüências de 25kHz a 250kHz.
Algumas propriedades magnéticas dos materiais são apresentadas na Tabela 1. 1.
Tabela 1. 1 – Propriedades típicas das ligas magnéticas.
Propriedade
Liga
3%
Si-Fe
Liga
50%
Ni-Fe
Liga
80%
Ni-Fe
Liga
50%
Co-Fe
Amorfo
basicamente
de Fe
Amorfo
basicamente de
Co
% Ferro 97
50 17 49 91 4
% Níquel -
50 79 - - 1
% Cobalto -
- - - - 66
% Silício 3
- - - 5 15
% Molibdênio -
- 4 - - -
% outros
1
-
- - 2 V* 3 B** 14 B
Densidade (gms/cm
3
) 7,65
8,2 8,7 8,2 7,3 7,59
Resistividade(µ/ºCgm) 50
45 57 26 120 140
Temperatura (ºC) 750
500 460 940 390 205
Ponto de Derretimento (ºC) 1475 1425 1425 1480 1100 1000
Na prática, isso significa que em projetos onde a tensão e a freqüência são itens
requeridos, a melhor escolha é o Orthonol ou o Amorphous-C. Por outro lado, quando é
requerido um valor de tensão adequado associado a um baixo nível de potência e é desejada
alta eficiência em condições de carga leve e freqüência de operação abaixo de 10kHz, deve ser
considerado Permalloy 80 ou Amorphous-C. Quando a freqüência aproxima-se de 50kHz ou
maior, deve ser usado o Amorphous-E devido a suas baixas perdas no núcleo mesmo quando é
escolhida uma densidade de fluxo menor que os outros dois materiais [9].
A Tabela 1. 2 resume bem as características dos diversos tipos de núcleos Tape Wound
fabricados pela magnetics®, apresentando propriedades magnéticas, construtivas e de
utilização.
1
Elementos químicos: *Vanádio; **Boro.
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C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
9
Tabela 1. 2 – Comparação entre as características dos núcleos.
Limite Superior de
Freqüência
Material Magnético
Densidade de
Fluxo de
Saturação
(kG)
Temperatura
(ºC)
Espessura
da Fita (in)
Freqüência
(Hz)
Magnesil (3% Si-Fe) 16,5 750
0,012
0,006
0,004
0,002
100
250
1k
2k
Supermendur (49% Co) 22 940
0,004
0,002
400
1k
Orthonol (50% Ni) 15 500
0,004
0,002
0,001
1,5k
4k
8k
Permalloy (80% Ni) 7,4 460
0,004
0,002
0,001
0,0005
4k
10k
20k
40k
Amorphous-C 14,5 390 0,001 25k
Amorphous-E 5,75 205 0,001 300k
1.2.2. Núcleos “Powder”
Os núcleos Powder são os núcleos toroidais com poros (aberturas de ar) distribuídos
que possuem algumas características peculiares como alta resistividade, baixas perdas por
histerese e correntes parasitas e excelente estabilidade da indutância após alta magnetização
CC ou sob altas condições CC. Não são pressionados com uma pasta orgânica, e
conseqüentemente não exibem nenhum efeito térmico do envelhecimento, como observado
nos núcleos de ferro pulverizados.
Molypermalloy Powder (MPP) – núcleos toroidais com gap de ar distribuído feitos
com ligas de 79% Ni, 17% Fe e 4% Molibdênio (Mo). Possui capacidade de armazenamento
de energia mais alta em relação a qualquer material desta categoria (Powder), tem
permeabilidade no intervalo de 14 a 550H/m e tem limite de indutância garantida em ±8%.
MPP Thinz (Molypermalloy Powder Washer) – núcleos toroidais com gap distribuído
feitos com ligas de 79% Ni, 17% Fe e 4% Mo, tendo permeabilidade mais alta que qualquer
núcleo powder e maior densidade de fluxo de saturação comparada ao ferrite com gap
discreto. Possui ótima estabilidade de temperatura, indutância superior sob a polarização CC e
baixas perdas do núcleo.
High Flux – núcleos toroidais com gap distribuído feitos de ligas de 50% Fe e
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C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
10
50% Ni. Possui capacidade de armazenamento de energia mais alta que o MPP, tem
permeabilidade no intervalo de 14 a 160H/m, densidade de fluxo de saturação alto
(15.000Gauss, quando o MPP chega a 7.500Gauss e o ferrite chega a 4.500Gauss) e perdas
reduzidas. Com essas vantagens é bastante útil em aplicações envolvendo alta potência, alto
barramento CC ou barramento CA nas freqüências mais altas.
Kool M
μ
- núcleos com gap distribuído, feitos de uma liga ferrosa com baixas
perdas em alta freqüência. Possui capacidade de armazenamento de energia mais alta que o
MPP, tem permeabilidade no intervalo de 26 a 125H/m. Está disponível em formato toroidal
ou tipo E. Os do tipo E, por possuírem gap distribuído são mais indicados para
transformadores Flyback, indutores para correção de fator de potência e reguladores
chaveados, possuem perdas mais baixas e melhor propriedade térmica quando comparada ao
MPP. Saturação em cerca de 10.500Gauss, preço semelhante ao ferrite tipo E e seu gap
distribuído elimina os problemas de perdas no gap dos ferrites ocasionadas pelas correntes
parasitas.
Núcleos Powder são excelentes para aplicação em indutores de baixas perdas para
SMPS, reguladores chaveados e filtros de ruídos. Qualquer um dos três pode ser utilizado
nessas aplicações, mas cada um possui suas próprias vantagens conforme mostrado na Tabela
1. 3 [8].
Tabela 1. 3 – Comparação entre as características magnéticas.
MPP
Alto Fluxo Kool Mµ
Permeabilidade 14 – 550H/m 14 – 160H/m
26 – 125H/m
Perdas no Núcleo Mais baixo Moderado
Baixo
Permeabilidade X
Barramento CC
O Melhor Melhor Bom
Saturação (B
sat
) 7,5 kGauss 15kGauss
10,5 kGauss
Conteúdo de Ni 80% 50% 0%
Custo Relativo Alto Médio
Baixo
Em aplicações de alta freqüência, a perda no núcleo de ferro é a maior causa do
indesejável aumento da temperatura, portanto o núcleo do tipo MPP é o mais indicado por ter
perdas reduzidas resultando em menor elevação de temperatura e conseqüente redução do
tamanho do núcleo.
1.2.3. Núcleos de Ferrite
Nos últimos vinte anos o carro chefe dos materiais usados em núcleos para altas
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
11
freqüências não é exatamente metálico, é uma cerâmica feita de uma mistura sintetizada de
óxido de ferro com óxidos ou carbonos de manganês e zinco (Mn-Zn) ou níquel e zinco (Ni-
Zn). Esta cerâmica é processada da mesma forma que qualquer outra cerâmica, porém possui
interessantes propriedades magnéticas. Esta classe de material é conhecida como soft-ferrite
ou simplesmente ferrite.
Os ferrites do tipo Mn-Zn são muito mais utilizados, principalmente para freqüência de
comutação abaixo de 2MHz, e os do tipo Ni-Zn, devido sua alta resistividade, são mais
adequados à operação em freqüências de 1-2MHz a várias centenas de MHz [3, 10].
Por ser um material facilmente moldado, ele possibilita a existência de núcleos de
formas diversas como barras, varas, toróides, formatos transversais, tipos E, tipos U ou tipos
I, entre outros. Esta flexibilidade de formas também oferece vantagens nos métodos de
montagem e instalação desses núcleos.
Além da indicação para uso em uma vasta faixa de freqüências, os núcleos de ferrite são
também altamente eficientes devido à combinação de algumas características favoráveis.
Dentre elas estão a alta permeabilidade magnética, que concentra e reforça o campo
magnético e a alta resistividade elétrica
2
, além da elevada estabilidade ao tempo e às
variações de temperatura.
Além dessas vantagens, a escolha adequada do núcleo de ferrite pode ocasionar ainda
uma blindagem contra campos estranhos, minimizar campos dispersos e reduzir a indutância
de dispersão. A grande desvantagem do ferrite é que por ser cerâmico, o núcleo fica menos
robusto que os de outros materiais e fica suscetível a quebra por choques ou quedas [6].
Entre suas aplicações mais freqüentes estão: fontes de potência para telecomunicações,
fontes para computadores, conversores CC-CC, interface de dados para telecomunicações,
transformadores para casamento de impedância, controle de alta potência (drive), servidores
de computador, filtros EMI, sensores de corrente, além de aplicações automotiva, aeroespacial
e médica.
A Figura 1. 1 dá um exemplo da diversidade de formas e tamanhos de núcleos de ferrite
disponíveis no mercado.
2
A “força coercitiva” é definida como a quantidade de força magnetizante Hc necessária para forçar a
densidade de fluxo voltar a zero.
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C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
12
Figura 1. 1 - Formatos usuais dos núcleos de ferrite [11].
1.3. Conversores CC-CC com Associação de Núcleos
A associação de núcleos com um mesmo carretel é utilizada quando se deseja aumentar
a área da seção do núcleo a partir dos núcleos já existentes. Como conseqüência ocorre um
aumento nas perdas por dispersão além de dificultar a modularidade do projeto. Outro
problema encontrado na utilização desta técnica é a falta de carretéis comerciais adequados a
estes núcleos.
1.4. Conversores CC-CC com Associação de Transformadores
Segundo a literatura técnica [6], a associação de transformadores não é simples devido
as não idealidades intrínsecas nos mesmos, tais como indutâncias de dispersão, resistências
ôhmicas dos condutores, resistência ôhmicas dos cabos de conexão, etc. O desequilíbrio dos
parâmetros indicados causa um desbalanço das correntes magnetizantes o que pode provocar
a saturação dos transformadores e um processamento desequilibrado de potências.
O termo “multielemento” que foi originado do conceito de transformador matricial
atualmente tem sido adotado para descrever transformadores que possuem múltiplos circuitos
magnéticos e onde a relação de transformação é alcançada através de conexões série e/ou
paralelo das bobinas de cada elemento no primário e no secundário.
Originalmente o transformador matricial possuía algumas limitações, pois tinha apenas
um enrolamento no primário e um no secundário, mas com o transformador multielementos é
possível associar n enrolamentos. E a separação física dos núcleos neste tipo de associação
permite que o ar circule entre eles resfriando-os mais eficientemente. Com essas vantagens é
possível aumentar ainda mais a freqüência de chaveamento nos projetos que utilizam o
transformador multielementos [5, 6].
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
13
1.4.1. Tipos de Associações de Transformadores
Os arranjos dos núcleos que compõem o transformador multielementos podem ser feitos
de três formas diferentes: associações série, associações paralelo ou associações mistas.
São sugeridas basicamente quatro configurações de associações série e/ou paralelo. As
associações com o primário e secundário em série, primário em série e secundário em
paralelo, primário em paralelo e secundário em série, e primário e secundário em paralelo
como são apresentadas na Figura 1. 2 (a), (b), (c) e (d) respectivamente.
Estes transformadores serão aplicados a conversores em ponte, por isto sua
representação com ponto médio.
(a)
(b)
(c) (d)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Tr
1
Tr
2
Tr
3
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Tr
1
Tr
2
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3
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Tr
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Tr
2
Tr
3
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Tr
1
Tr
2
Tr
3
Figura 1. 2 - (a) configuração série-série, (b) configuração série-paralelo,
(c) configuração paralelo-série, (d) configuração paralelo-paralelo.
Associar estes transformadores trabalhando em alta freqüência é uma tarefa complexa,
pois são necessários cuidados especiais para garantir uma distribuição eqüitativa de correntes,
tensões e potências entre eles, como serão abordados no capítulo 2.
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C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
14
1.5. Associação de Conversores
A associação de conversores tem como finalidade a divisão dos esforços de tensão ou
corrente através dos componentes semicondutores e a redução do tamanho dos componentes
magnéticos do circuito [4].
Providências especiais, como a redução das diferenças entre as características dos
módulos, devem ser tomadas para distribuir a corrente de carga igualmente entre eles, pois
eles não são idênticos. Com estas medidas, evita-se que uma ou mais unidades possam
entregar uma corrente de carga excessiva resultando num maior estresse térmico em unidades
específicas o que reduziria a execução do sistema [12].
Se esta associação é feita entre conversores isolados, a presença de transformadores de
alta freqüência torna necessário especificar o tipo de ligação para os enrolamentos primário e
secundário devido a sua complexidade.
O paralelismo de módulos de conversores isolados padronizados é amplamente
utilizado em sistemas de potência distribuídos quando se deseja elevar o nível de
processamento de potência da planta. Ele pode ser classificado pelo seu método de operação
como mestre-escravo ou redundante [13].
Como exemplos são mostradas algumas das várias associações de topologias de
conversores isolados já encontradas na literatura [4].
O conversor CC-CC em ponte completa visto na Figura 1. 3 (a), conhecido como
conversor duplo ponte completa, pode apresentar variações topológicas como o conversor
CC-CC duplo ponte completa acoplado por transformador com entradas em paralelo,
mostrado na Figura 1. 3 (b) ou conversor CC-CC duplo ponte completa usando dois
transformadores de potência e com entradas conectadas em paralelo e secundários em série.
Os conversores da Figura 1. 3 (a) são controlados pelo mesmo circuito de controle
aplicando a técnica do deslocamento de fase (phase-shift). O sistema opera adequadamente se
a energia é distribuída uniformemente entre os conversores, mas deve ser feito um
monitoramento preciso da tensão nas capacitâncias de entrada para evitar o desequilíbrio de
tensão. Para minimizar o problema do desequilíbrio é utilizada uma variação topológica deste
conversor como na Figura 1. 3 (b).
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C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
15
S
4
S
3
D
r1
D
r2
L
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C
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R
S
2
S
1
V
1
.
..
S
8
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7
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S
5
V
2
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..
+
-
+
+
2.V
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2
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V
1
.
..
S
8
S
7
S
6
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5
V
2
.
+
-
+
+
2.V
i
R
(a)
(b)
Figura 1. 3 - (a) conversor CC-CC duplo ponte completa,
(b) conversor CC-CC duplo ponte completa acoplado por transformador.
A Figura 1. 4 (a) apresenta a associação de dois conversores CC-CC Forward com dois
interruptores conhecida como conversor CC-CC PWM Ponte Dual com um único
Transformador e Entradas Independentes e a Figura 1. 4 (b) apresenta a associação de dois
conversores CC-CC Forward com um interruptor conhecida por Forward Intercalado com um
Único Indutor.
(a)
(b)
Figura 1. 4 - (a) conversor CC-CC ponte dual com único transformador tradas independentes,
P s tanto em
série
e en
S
2
D
2
D
r1
D
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S
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V
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.
.
+
L
m1
S
2
N
p2
L
m2
D
2
.
(b) conversor forward intercalado com um único indutor filtro de saída.
or apresentar isolamento galvânico estes conversores podem ser associado
quanto em paralelo. A Figura 1. 4 (b) pode ser vista como uma variação da técnica do
paralelismo (variação da conexão da fonte de alimentação) para o conversor da Figura 1. 4 (a)
onde os pulsos são dados a cada meio período, o que reduz a ondulação da tensão de saída e
consequentemente o capacitor do filtro de saída. Em [4] não foram abordados resultados
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
16
práticos referentes à distribuição de correntes e tensão na aplicação desta técnica. Este
conversor pode apresentar ainda outra variação topológica, sendo agora intercalado por dois
indutores filtro de saída, um para cada secundário.
A Figura 1. 5 apresenta a associação de dois conversores CC-CC em meia-ponte
conec
Figura 1. 5 - de conversores.
em
[4] é
or CC-CC isolado e suas características
const
R
tados em série utilizando dois transformadores em alta freqüência no secundário. A
utilização das bobinas do secundário associadas em série neste conversor faz com que circule
a mesma corrente por elas e consequentemente equilibra as correntes no primário dos
transformadores [14].
S
1
D
r2
C
o
C
i1
V
i
.
..
Conversor CC-CC ZVS-PWM isolado baseado na associação série
Para minimizar os problemas acarretados pelas técnicas mencionadas anteriormente,
sugerido que podem ser utilizadas células de comutação multiníveis em tensão
(associação série) ou corrente (associação paralela).
O conversor da Figura 1. 6 deriva do convers
rutivas possibilitam o equilíbrio estático e dinâmico devido à presença dos capacitores
de entrada além de não apresentar problemas de saturação no transformador de alta freqüência
devido a presença do capacitor série no primário do transformador.
Figura 1. 6 - Conversor CC-CC ZVS-PWM modificado.
S
2
+
S
3
.
S
4
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T
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D
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o
+
-
+-
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
17
1.6. Conclusão
Atualmente é possível operar fontes de potência em alta freqüência devido ao baixo
custo dos semicondutores (MOSFET’s e IGBT’s), à topologia dos conversores tolerantes a
indesejáveis fatores dos dispositivos semicondutores e à utilização de materiais magnéticos
adequados.
As técnicas de associação de conversores CC-CC podem não ser convenientes a certas
aplicações. Dependendo da técnica adotada, é possível obter equilíbrio (estático e/ou
dinâmico) de tensão ou corrente apenas, sendo necessário para isso seguir algumas restrições
de projeto.
O novo conceito do transformador multielementos atende a todos os requisitos atuais na
utilização de transformadores. O melhoramento da eficiência é obtido usando maiores seções
de núcleo, o que reduz a densidade magnética e conseqüentemente reduz as perdas no
material magnético, pois estas dependem diretamente da variação da densidade de fluxo.
Uma menor elevação de temperatura é alcançada com uma melhor convecção e radiação
devido ao aumento da área de evacuação de calor e com relação ao volume, o transformador
multielementos possibilita alcançar uma alta potência requerida no projeto utilizando um
conjunto de transformadores pequenos.
Com a diversidade de tamanhos e materiais com propriedades magnéticas distintas é
possível escolher o núcleo mais adequado à aplicação cumprindo as exigências pré-
determinadas no projeto que incluem questões de custo, disponibilidade, dimensão e
performance, ou seja, depende da relação custo benefício do material.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO I TÉCNICAS DE DIVISÃO DE POTÊNCIA EM TRANSFORMADORES DE ALTA FREQÜÊNCIA: UMA REVISÃO
18
2. Modelos Elétricos de Transformadores
Associados Aplicados ao Conversor CC-
CC
2.1. Introdução
Considerado um dos dispositivos mais simples que existem, o transformador inclui
circuitos elétricos ou indutores, acoplados através de circuitos magnéticos compartilhados, ou
seja, com um fluxo comum. Estruturas magnéticas mais complicadas compostas de múltiplas
bobinas e/ou elementos heterogêneos como núcleos e gap’s podem ser representados por
circuitos elétricos equivalentes e resolvidos utilizando a análise de circuitos convencional [3,
15].
A utilização de transformadores trabalhando em alta freqüência causa uma variedade de
problemas no circuito de potência devido à presença de seus elementos parasitas como a
indutância de dispersão e a capacitância [7].
Entre os problemas mais comuns estão as altas perdas no núcleo, os spikes de tensão
tornando necessária a utilização de circuitos snubber’s ou grapeadores, uma pobre regulação
entre as múltiplas saídas, ruído acoplado entre a entrada e a saída, um intervalo restrito de
razão cíclica, etc.
2.2. Elementos Parasitas em um Transformador de Alta Freqüência
Pela presença de elementos parasitas como indutância de dispersão do transformador,
indutância das trilhas, recuperação reversa dos diodos além de capacitâncias intrínsecas das
junções dos semicondutores, cuidados especiais devem ser tomados no projeto de
conversores. Por outro lado, tais não-idealidades influenciam diretamente no peso e volume
do conversor [2].
Estes elementos parasitas também provocam um aumento na interferência
eletromagnética (EMI) dos conversores representando um esforço adicional para os
semicondutores e um aumento nas perdas por comutação, além de aumentar as perdas nos
núcleos dos componentes magnéticos. Em [16] é abordada toda uma metodologia de projeto
para minimizar estas perdas.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
19
A presença de um gap aumenta a relutância total do circuito embora reduza sua
indutância. Sua utilização permite ao transformador trabalhar com correntes mais elevadas
sem saturar o núcleo, pois torna a indutância menos sensível a variações das propriedades
magnéticas do material do núcleo ao limitar os efeitos da magnetização residual. Embora
apresente vantagens, o gap não é comumente utilizado em transformadores, pois acarreta o
aumento da dispersão e conseqüentemente da corrente de magnetização [15].
Para o estudo do transformador ideal são feitas três hipóteses básicas: o fluxo
φ
varia
senoidalmente, o núcleo possui permeabilidade magnética
μ
infinita e não é necessária
mm
(força magnetomotriz) para magnetiza-lo e todo fluxo
φ
c
está confinado no núcleo, ou seja,
não existe dispersão, e a resistência dos enrolamentos é nula.
O transformador real difere do ideal em dois aspectos: as tensões não são exatamente
relacionadas pela equação
(2. 1) pois nem todo o fluxo concatenado por uma bobina é
concatenado por outra e a permeabilidade finita do material impede que as correntes nos
enrolamentos primário e secundário sejam relacionadas pela equação (2. 2); além disso, estas
equações não são função da freqüência [3].
11
22
vN
vN
=
,
(2. 1)
12
21
iN
iN
=−
.
(2. 2)
Apesar destas diferenças, o transformador ideal é muito útil na modelagem do
transformador real. E para ajudar na obtenção deste modelo é necessário conhecer bem os
elementos parasitas do transformador.
2.2.1. Corrente de Magnetização
A relutância não nula do material do núcleo cria uma diferença não nula entre as
correntes das bobinas, chamada de corrente de magnetização, e gera o fluxo magnético no
núcleo que é relacionado pela equação
(2. 3) [3].
11 22
c
c
Ni Ni
+⋅
Φ=
.
(2. 3)
Onde
φ
c
é o fluxo magnético no núcleo [Wb]; N é o número de espiras do enrolamento;
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
20
i é a corrente no enrolamento e
c
é a relutância do circuito magnético [T
.
m
2
/Ae].
A relação entre a tensão gerada na bobina e o fluxo magnetizante é dada pela Lei de
Faraday, conforme equação (2. 4).
2
12
2
1
1
11
()
c
c
N
di i
N
d
N
vt N
dt dt
⎛⎞
+
⎜⎟
Φ
⎝⎠
=⋅ =
.
(2. 4)
A corrente de excitação i do transformador é formada pela corrente de Foucalt i
g
e pela
corrente de magnetização i
mag
, como é mostrado Figura 2. 1. Sua relação é dada conforme
equação
(2. 5).
i
mag
i
g
i
i
1
i
2
n
Figura 2. 1 – Corrente de excitação do transformador.
[]
gmag
ii i A
=
+
.
(2. 5)
As equações (2. 6) e (2. 7) descrevem a indutância magnetizante L
m
e a corrente de
magnetização i
mag
referidas ao primário de um transformador [3, 17].
2
1
[]
m
c
N
LH=
,
(2. 6)
2
12
1
[]
mag
N
ii i
N
=−
A
.
(2. 7)
A ondulação da corrente de magnetização gera o
Δ
BB
o
, valor que deve ser escolhido com
cuidado para que o transformador não trabalhe na região de saturação.
A corrente de magnetização é de grande importância no projeto de magnéticos, pois se
reflete nas perdas nos interruptores e nos condutores. Ela deve ser bem pequena em relação à
corrente de carga e seu valor deve ser menor que 20% do valor de pico da corrente de carga
refletida ao lado primário [2, 18].
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
21
2.2.2. Indutância de Dispersão
Nem todo o fluxo magnético gerado por uma bobina fica confinado dentro do núcleo,
uma parte dele se dispersa fechando o caminho pelo ar, e cada bobina que é vinculada a um
fluxo que não é vinculado por outra bobina causa um acoplamento imperfeito no elemento
magnético [7].
É importante modelar adequadamente esta dispersão, pois o fluxo disperso ocupa
espaço fora do núcleo podendo causar interferência eletromagnética (EMI) no próprio circuito
e em equipamentos externos próximos [3, 10].
A equação (2. 8) descreve a indutância de dispersão L
d
do transformador [3, 17].
11
1
[]
d
d
N
LH
i
Φ
=
.
(2. 8)
Onde
φ
d
é o fluxo disperso na bobina do transformador [Wb].
Uma elevada indutância de dispersão no transformador interfere na operação básica do
conversor, resultando em spikes de alta tensão durante a seqüência de chaveamento pela falta
de um caminho de circulação para a corrente, o que pode ser destrutivo para o transformador e
conseqüentemente, aumentando o stress nos semicondutores chaveados [2].
A indutância mútua M expressa o acoplamento magnético entre as bobinas do
dispositivo magnético e é dada pela equação (2. 9) [17].
112 2 21
21
[]
NN
M
H
ii
Φ⋅Φ
==
.
(2. 9)
Onde
φ
12
é o fluxo magnético concatenado na bobina do secundário como resultado da
corrente na bobina do primário do transformador [Wb] e
φ
21
é o fluxo magnético concatenado
na bobina do primário como resultado da corrente na bobina do secundário do transformador
[Wb].
As Auto-indutâncias L
11
e L
22
do transformador relacionam o fluxo concatenado
produzido por uma bobina com a corrente na própria bobina, conforme mostrado nas
equações
(2. 10) e (2. 11) [17].
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
22
11 1 1
[]
dm
LLLH
=
+
,
(2. 10)
22 2 2
[]
dm
LLLH
=
+
,
(2. 11)
A indutância mútua e a auto-indutância se relacionam conforme equação (2. 12) [15,
17].
21
12
12
[]
mm
NN
M
LL
NN
=⋅= H
,
(2. 12)
12
[]
c
nn
M
H
=
.
(2. 13)
O coeficiente de acoplamento k entre as bobinas do transformador é dado pela relação
entre as auto-indutâncias L
11
e L
22
e indutância mútua M, conforme equação (2. 14) e pode
varia entre 0 (zero) e 1 (um). Se os enrolamentos do transformador estão desacoplados não
existe indutância mútua [4, 15].
11 22
M
k
LL
=
.
(2. 14)
Para minimizar a dispersão existem algumas saídas como, por exemplo, enrolar uma
bobina sobre a outra assegurando que todo o fluxo dentro do núcleo gerado por uma bobina
fique concatenado a outra. Outra saída seria construir bobinas mais longas e finas, ou ainda,
aumentar a largura da janela do núcleo e usar o fio Litz [2, 3].
A geometria do núcleo influencia diretamente na indutância de dispersão. Portanto, um
bom projeto de transformador deve ter o valor da indutância de dispersão menor que 1% da
auto-indutância do mesmo. Além disso, o fluxo disperso não está sujeito ao fenômeno da
saturação, permanecendo proporcional a corrente que o produz [2, 19].
2.2.3. Capacitância dos Enrolamentos
A presença da capacitância é inevitável no circuito magnético, pois ela existe entre uma
bobina e outra, entre camadas da bobina e entre as bobinas e o núcleo. O efeito destas
capacitâncias varia com o tipo de aplicação e modifica o desempenho do transformador [7].
Como conseqüência da presença destas capacitâncias ocorre a geração de spikes de
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
23
corrente na bobina do primário devido à rápida transição das ondas de tensão e corrente que
alimentam o transformador em conversores de potência [2].
A capacitância parasita nos dispositivos de chaveamento, particularmente os
MOSFET’s, também pode ser considerável quando se trabalha com conversores com alta
tensão de entrada. As mesmas adicionadas às capacitâncias do transformador podem causar
sérios problemas de oscilações, spikes de tensão e corrente nos transformadores.
Algumas medidas podem ser adotadas com a finalidade de reduzir a capacitância num
transformador, como por exemplo, aumentar a espessura do dielétrico, reduzir a largura do
enrolamento ou ainda aumentar o número de camadas dos enrolamentos [2].
As escolhas adequadas do núcleo e da configuração dos enrolamentos são determinantes
na magnitude da capacitância parasita e da indutância de dispersão, pois eles estão
distribuídos através das bobinas do transformador e o aumento de um acarreta na diminuição
do outro [2].
2.3. Modelos de Transformadores de Alta Freqüência
Quando se fala em transformador ideal, todo o fluxo fica confinado no núcleo
concatenando-se em ambos os enrolamentos primário e secundário. Este fluxo principal é o
verdadeiro fluxo útil do transformador responsável pela transferência de energia do lado
primário para o secundário.
O transformador ideal não armazena energia, ele a transfere imediatamente da entrada
para a saída. Por outro lado, no transformador real a energia armazenada ocorre na indutância
de dispersão e na indutância magnetizante [20].
A Figura 2. 2 mostra o modelo representativo das relutâncias e fluxos do transformador
real.
c
11
N
1
i
1
c
R
c
N
2
i
2
i
1
i
2
N
1
N
2
v
1
v
2
+
-
+
-
d2
Figura 2. 2– Modelo das relutâncias do transformador [15, 17].
Embora o transformador real não possa ter uma tensão CC através dele porque o indutor
magnetizante é um curto-circuito na freqüência zero, ele é bem representado pelo
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
24
transformador ideal [3].
A teoria completa para a modelagem do transformador real deve levar em conta os
efeitos da resistência dos enrolamentos, a dispersão magnética, a corrente de excitação e a
capacitância dos enrolamentos.
Deste modo, o modelo do transformador real deve incluir um transformador ideal com
razão do número de espiras apropriado, uma indutância de dispersão L
d
localizada
adequadamente e quantificada, capacitâncias parasitas e um modelo do núcleo magnético
refletido ao lado primário ou distribuído.
Neste modelo a indutância magnetizante é simulada como uma indutância colocada em
paralelo com o transformador ideal. O valor desta indutância é medido no lado primário do
transformador ou no lado secundário relacionado por n
2
.
A indutância de dispersão L
d
, que ocorre devido ao fluxo disperso, é modelada em série
com o transformador ideal nos dois lados. Por outro lado, as capacitâncias parasitas provocam
um efeito paralelo [10].
A perda de corrente de Foucalt (eddy current) no núcleo depende da principalmente da
variação do fluxo, a freqüência é relevante no caso de ondas senoidais ou quadradas. Os
núcleos de ferrite têm este valor de perda reduzido devido sua alta permeabilidade.
Em conversores chaveados operando numa freqüência fixada, a perda de eddy current
comporta-se exatamente como um resistor discreto. Ela é modelada por uma resistência em
paralelo com a bobina do transformador e é calculada conforme equação
(2. 15) [21].
2
1
=
on
os
t
V
Perda
R
T
.
(2. 15)
O circuito completo representativo da modelagem do transformador real é mostrado na
Figura 2. 3.
V
i
+
-
C
1
R
1
L
d1
R
o
L
m
V
1
V
2
n:1
L
d2
R
2
C
2
RV
o
Transformador ideal
+
-
Figura 2. 3 - Circuito equivalente completo do transformador real [7].
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
25
C
1
e C
2
são as capacitâncias dos enrolamentos primário e secundário; R
1
e R
2
são as
resistências dos enrolamentos primário e secundário; L
d1
e L
d2
são as indutâncias de dispersão
dos enrolamentos primário e secundário; R
o
é a resistência que representa o efeito das perdas
no núcleo e L
m
é a indutância de magnetização.
2.4. Topologias Propostas
São propostas quatro topologias de associação de transformadores com arranjos nas
bobinas do primário e secundário de modo a dividir a tensão e/ou corrente sobre esses
componentes.
Para representar estes arranjos é utilizado o conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS e
neste conversor são feitas as conexões de três transformadores. Na associação série, ambos os
enrolamentos, primário e secundário, estão conectados em série. Na associação paralela,
ambos os enrolamentos, primário e secundário, estão conectados em paralelo. E na associação
mista, os enrolamentos do primário e secundário são associados de forma diferente, um em
série e outro em paralelo.
A Figura 2. 4 (a) mostra a ligação feita entre os enrolamentos de uma associação em
série de três transformadores elementares utilizando o conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.
A Figura 2. 4 (b) mostra a ligação feita entre os enrolamentos uma associação em paralelo de
três transformadores elementares utilizando o conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
C
o
R
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
A
B
V
o
+
-
.
.
.
.
.
.
.
.
.
L
o
Tr
1
Tr
2
Tr
3
Dr
2
Dr
1
(a)
(b)
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
C
o
R
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
A
B
V
o
+
-
.
.
.
.
.
.
Dr
2
Dr
1
Dr
2
Dr
1
Dr
2
Dr
1
.
.
.
L
o2
L
o1
L
o3
Tr
1
Tr
2
Tr
3
Figura 2. 4 – Conversor FB ZVS-PWM-PS,
(a) associação série de três transformadores elementares,
(b) associação paralelo de três transformadores elementares.
A Figura 2. 5 (a) mostra a associação de três transformadores elementares com o
primário conectado em série e o secundário conectado em paralelo. A Figura 2. 5 (b) mostra a
ligação entre os enrolamentos de uma associação de três transformadores elementares com o
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
26
primário conectado em paralelo e o secundário conectado em série.
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
C
o
R
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
A
B
V
o
+
-
.
.
.
.
.
.
Dr
2
Dr
1
L
o
.
.
.
Tr
1
Tr
2
Tr
3
(a)
(b)
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
C
o
R
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
A
B
V
o
+
-
.
.
.
.
.
.
L
o
L
o
Dr
2
Dr
1
Dr
2
Dr
1
Dr
2
Dr
1
L
o
.
.
.
Tr
1
Tr
2
Tr
3
Figura 2. 5 – Conversor FB ZVS-PWM-PS,
(a) associação mista com primário em série e secundário em paralelo,
(b) associação mista com primário em paralelo e secundário em série.
Analisando a configuração série, se os núcleos adotados são idênticos, os parâmetros
dos transformadores elementares também são praticamente idênticos e as correntes nas
malhas de cada transformador são iguais, conseqüentemente a tensão aplicada sobre o
conjunto se divide uniformemente entre eles. Esta característica possibilita, nesta associação,
o somatório das impedâncias dos transformadores colocados em série.
No caso da associação paralela, em teoria, a corrente total aplicada sobre o conjunto se
divide uniformemente entre todos os elementos paralelos.
Com relação a corrente de saída, aumentando o número de elementos em paralelo
aumenta-se também a densidade de corrente, desta forma é possível associar transformadores
de menor volume em sistemas que necessitem de elevada capacidade de carga.
Teoricamente o funcionamento em paralelo de transformadores é perfeito, seja a vazio
ou com carga, desde que possuam a mesma relação de transformação a vazio, a mesma tensão
e o mesmo fator de potência de curto-circuito. Embora estas condições não sejam exatamente
alcançadas na prática, esta associação ainda é possível se a diferença entre as características
dos transformadores não é excessiva. Então este desequilíbrio ainda é tolerável e não provoca
uma elevada sobrecarga em um dos transformadores com relação ao outro [19].
A associação mista apresenta-se como a mais vantajosa quando é necessário obter uma
relação de transformação diferente da unidade para o conjunto de transformadores.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
27
2.5. Circuitos Equivalentes Exatos Associando Transformadores
Baseado no circuito equivalente adotado para o transformador, pode-se representar a
modelagem dos arranjos das quatro topologias propostas no item anterior.
O circuito elétrico equivalente referido ao lado primário da associação em série de três
transformadores elementares é mostrado na Figura 2. 6. A Figura 2. 7 mostra o circuito
elétrico equivalente referido ao lado primário da associação em paralelo de três
transformadores elementares, onde se supõe a existência de um curto-circuito virtual nos
pontos ligação P
1
, P
2
e P
3
.
Figura 2. 6 - Modelo adotado para a representação da associação série.
Figura 2. 7 - Modelo adotado para a representação da associação paralelo.
A Figura 2. 8 o primário de
três transform
Vp(t)
Vp(t)
C1
Rp1
Ldp1
Ro1
Lm1
Ld's1
C2
Rp2
Ldp2
Ro2
Lm2
R’s2
Lds2
+
-
+
-
V’s(t)
Ip(t)
I’
s(t)
R’s1
C3
Ro3
Lm3
Rp2
Ldp2
R’s3
Lds3
(a) mostra o modelo do circuito equivalente referido ao lad
adores elementares com os primários conectados em série e os secundários
conectados em paralelo. E a Figura 2. 8 (b) mostra o modelo do circuito equivalente referido
ao lado primário de três transformadores elementares com os primários conectados em
paralelo e os secundários conectados em série.
C2
Rp2
Ldp2
Ro2
Lm2
R’s2
Lds2
+
-
Rp3
Ldp3
Ro1
Lm1
R’s3
Lds3
C1
+
-
V’s(t)
C3
Ro3
Lm3
Rp1
Ldp1
R’s1
Lds1
Ip3(t)
I
p2(t)
I'
s1(t)
I'
s3(t)
I'
s2(t)
Ip1(t)
P
1
P2
P3
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
28
(a)
(b)
C1
Rp1
Ldp1
Ro1
Lm1
Rs2
Lds2
+
-
V’s(t)/3
+
-
C2
Rp2
Ldp2
Ro2
Lm2
R’s2
Lds2
Vp(t)
Ip1(t)
I
p2(t)
I’
s(t)
I’
s(t)
C3
Rp3
Ldp3
Ro3
Lm3
R’s3
Lds3
Ip3(t)
I’
s(t)
V’s(t)/3
+
-
V’s(t)/3
+
-
C1
Rp1
Ldp1
Ro1
Lm1
R’s1
Lds1
+
+
-
C2
Rp2
Ldp2
Ro2
Lm2
R’s2
Lds2
V’s(t)
V
p(t)
Ip(t)
I’
s1(t)
I’
s2(t)
+
-
V’s(t)
-
C3
Rp3
Ro3
Lm3
R’s3
Lds3
I’s3(t)
+
-
V’s(t)
Ldp3
Figura 2. 8 - Modelo adotado para a representação da associação mista,
(a) primário em série e secundário em paralelo,
(b) primário em paralelo e secundário em série.
2.5.1. Equacionamento do Modelo
A amplitude da tensão e da corrente são fatores determinantes na escolha da
configuração adequada.
Segundo a Lei de Lenz, o fluxo magnético aplicado induz uma corrente que gera um
fluxo induzido que tende a se opor ao fluxo originalmente aplicado e esta relação entre a
corrente e o fluxo magnético é mostrada na equação (2. 16). A tensão sobre um enrolamento
do transformador pode ser obtida através da equação (2. 17) [6, 7, 17].
c
e
B
NI Hl NI l NI l
A
μμ
Φ
⋅= ⋅= ⋅=
,
(2. 16)
ve máx
VkANB f
s
=
⋅⋅
.
(2. 17)
H é a intensidade do campo elétrico [A.espira/m];
μ
é a permeabilidade magnética
[H/m];
φ
c
é o fluxo magnético no núcleo [Wb]; l é o comprimento do caminho médio do
núcleo [cm]; V é a tensão eficaz sobre o enrolamento [V]; k
v
é o fator de forma da onda; A
e
é a
área da seção transversal do núcleo [m
2
]; N é o número de espiras do enrolamento; BB
Isto sugere que o conjunto de elementos associado em série é adequado na utilização em
máx
é o
valor ótimo da indução magnética [T] e f
s
é a freqüência de comutação [kHz].
Observando as equações
(2. 16) e (2. 17) é possível verificar que mantendo fixa a
indução magnética, a tensão no enrolamento é diretamente proporcional ao número de espiras
e o fluxo magnético é proporcional à corrente que circula no enrolamento.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
29
tensõ
. 9 mostra a representação espacial de n transformadores associados.
Figura madores.
As tensões so as e as indutâncias
mútua
es elevadas e o conjunto de elementos associado em paralelo tem eficácia em correntes
elevadas [3, 6].
A Figura 2
2. 9 – Representação espacial de n transfor
bre os enrolamento, considerando as auto-indutânci
s, são dadas pelas equações (2. 18) a (2. 20) [17].
()
(
)
(
)
12
11
di t di t
vt L M
dt dt
=⋅ +
,
(2. 18)
()
(
)
(
)
12
22
di t di t
vt M L
dt dt
=⋅ +
.
(2. 19)
() ()
(
)
(
)
(
)
12
1111
...
n
i
di t di t di t
vt Rit L M M
dt dt dt
=⋅ + + ++
.
(2. 20)
Onde R
i
é a resistência do condutor.
o em série de transformadores, considerando a
indutâ
Para o exemplo de uma associaçã
ncia mútua entre os elementos mínima, ou seja, os transformadores praticamente
desacoplados, são válidas as equações (2. 21) a (2. 24) [6].
()
(
)
(
)
(
)
12
...
n
it i t i t i t====,
(2. 21)
12
...
n
RR R R
=
===
,
(2. 22)
11 22
...
nn
LL L L
=
===
,
(2. 23)
L
11
L
nn
L
22
M
2n
v
1
(t)
v
2
(t)
+
-
+
-
i (t)
2
i
1
(t)
M
1n
M
12
v
n
(t)
+
-
i
n
(t)
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
30
() ()
(
)
di t
vt nRit nL
dt
=⋅ +
.
(2. 24)
2.6. Circuitos Equivalentes Simplificados das Associações de Transformadores
Através dos circuitos equivalentes apresentados neste item é possível verificar por
simulação a distribuição das correntes nos três transformadores.
Os circuitos equivalentes, dos conversores das Figura 2. 4 e Figura 2. 5 referindo os
componentes do lado secundário para o lado primário do transformador, são apresentad
Figura 2. 10.
(c) (d)
Figura 2. 10 – Modelo do Conversor FB ZVS-PWM-PS,
(a) configuração série-série, (b) configuração paralelo-paralelo,
(c) configuração série-paralelo, (d) configuração paralelo-série.
A tensão entre os pontos AB do conversor, ou seja, a tensão que alimenta o arranjo de
transformadores é representada por uma fonte de tensão quadrada pulsada devido o
chaveamento dos interruptores diagonalmente dois a dois.
os na
(a)
(b)
R’
V
ab
L
dp1
L
m2
L
ds1'
+
+
-
L
dp2
L
m1
L
ds2'
-
L
dp3
L
m3
L
ds3'
V
ab
L
dp1
L
m2
L
ds1'
+
-
+
L
dp2
L
m1
L
ds2'
-
L
dp3
L
m3
L
ds3'
R’/3
+
-
+
-
R’/3
R’/3
R’
Ldp1
Lm2
Lds1'
+
+
-
Ldp2
Lm1
Lds2'
-
Ldp3
Lm3
Lds3'
Vab
V
ab
L
dp1
L
m2
L
ds1'
+
-
L
dp2
L
m1
L
dp3
L
m3
L
ds2'
L
ds3'
R’
+
-
31
2.7. Análise do Modelo da Conexão Paralelo-Paralelo
Em virtude do volume de trabalho e do tempo necessário para testar todas as topologias
propostas, optou-se por utilizar no projeto apenas a configuração paralelo-paralelo. Através de
análises de simulação observaram-se problemas na utilização deste arranjo aplicado ao
conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS. Portando, foi proposta uma configuração alternativa
para o mesmo conversor utilizando agora, um indutor ressonante para cada transformador.
2.7.1. Configuração nº1
A Figura 2. 11 ( or CC-CC FB
ZVS-
Os elementos podem ser expressos na forma de impedâncias, já que a tensão de
e apresenta uma fundamental senoidal com a freqüência de
comu
A resistência
do enrolamento é desprezada, assim como a indutância de magnetização é considerada
é
expressa pelas equações (2. 25) a (2. 27).
a) mostra o circuito equivalente simplificado do convers
PWM-PS adotado com apenas um indutor ressonante na configuração nº1.
(a)
(b)
Figura 2. 11 (a) - circuito equivalente com CPPT e um indutor ressonante,
(b) - modelo com impedâncias da configuração nº1.
alimentação é alternada
tação dos interruptores. No modelo de cada transformador é considerada somente a
indutância de dispersão para simplificar a análise da distribuição de correntes.
infinita.
Para o circuito da Figura 2. 11 (b), a corrente que circula através de cada primário
'
p
o
p1
Ld1
V-V
I=
Z
(2. 25)
Vab
ZLd1
ZLd2
ZLr
Z’
o
+
-
ZLd3
V’
o
Vp
Ip1
Ip2
+
Ip3
-
Ii
R’
Ldp1
Lm2
Lds1'
+
-
+
Lm1
Ldp2 Lds2'
-
Ldp3
Lm3
Lds3'
Vab
Lr
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
32
'
p
o
p2
Ld2
I=
Z
(2. 26)
V-V
'
p
o
p3
Ld3
V-V
I=
Z
(2. 27)
I
p1
, I
p2
, I
p3
são as correntes através do enrolamento primário de cada transformador; V
p
é
a tensão comum nos enrolamentos primários dos transformadores; V
o
é a tensão de saída
referida ao lado primário do transformador e Z , Z , Z são as impedâncias das dispersões
de ca
Analisando as equações (2. 25) a (2. 27) os numeradores das expressões são dados pela
diferença de tensões, e as mesmas apresentam valor constante. Portanto, as únicas va
são as impedâncias das dispersões que ficam nos denominadores das expressões. Desta
maneira, qualquer variação nestas impedâncias poderá desequilibrar as correntes através dos
primários do transformador.
2.7.2. Configuração nº2
A Figura 2. 12 (a) mostra o circuito equivalente simplificado do conversor CC-C
ZVS-PWM-PS adotando um indutor ressonante para cada transformador da associação na
config
(b)
circuito equivalente com CPPT e três indutores ressonantes,
(b) - modelo com impedâncias da configuração nº2.
terruptores. No modelo de cada transformador é considerada somente a
indutância de dispersão para simplificar a análise da distribuição de correntes. A resistência
do enrolamento é desprezada, assim como a indutância de magnetização é considerada
Ld1 Ld2 Ld3
da transformador.
riáveis
C FB-
uração nº2.
(a)
Figura 2. 12 (a) -
Os elementos podem ser expressos novamente na forma de impedâncias, já que a tensão
de alimentação é alternada e apresenta uma fundamental senoidal com a freqüência de
comutação dos in
Vab
ZLd2
ZLd1
ZLr1
Z’
o
+
-
ZLd3
V’
o
Ip1
Ii
Ip2
Ip3
ZLr2
ZLr3
Ro
Vab
Ldp1
Lm2
Lds1'
+
-
+
Lr1
Lm1
Lds2'
-
Ldp2
Lr2
Lr3
Ldp3
Lm3
Lds3'
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
33
infinita.
Para o circuito da Figura 2. 12 (b), a corrente que circula através de cada primário do
transformador é dada pelas expressões (2. 28) a (2. 30).
'
ab o
p1
Lr1 Ld1
V-V
I=
Z+Z
,
(2. 28)
'
ab o
p2
Lr2 Ld2
V-V
I=
Z+Z
,
(2. 29)
'
ab o
V-V
I=
.
p3
Lr3 Ld3
Z+Z
(2. 30)
diferença de tensões, são constantes, portanto,
inadores. As impedâncias dos
indutores de comutação são iguais (ZLr1=ZLr2=ZLr3), e normalmente as mesmas são muito
maiores (> que 3 vezes) que as impedâncias das indutâncias de dispersão dos transform
(ZLd1, ZLd2 e ZLd3). Como estas impedâncias de dispersão são pequenas em relação às
impedâncias de comutação, as variações delas influência pouco no problema de deseq
de corrente através dos transformadores.
2.8. Conclusão
transformadores, introduzida na estrutura durante a fabricação, o núcleo pode ser decomposto
Ip1, Ip2, Ip3 são as correntes através do enrolamento primário de cada transformador;
V
p
é a tensão comum nos enrolamentos primários dos transformadores; V
o
é a tensão de saída
referida ao lado primário do transformador; Z
Lr1
, Z
Lr2
, Z
Lr3
são as impedâncias das indutâncias
de comutação colocadas em série com cada primário do transformador e V
ab
é a fonte de
tensão alternada que corresponde ao valor fundamental da onda quadrada.
Analisando as equações (2. 28) a (2. 30), os numeradores das três equações, dados pela
as variações das correntes nos primários dos
transformadores dependerão das impedâncias nos denom
adores
uilíbrio
As considerações sobre altas freqüências são feitas para otimizar a performance dos
transformadores e prevenir sérias oscilações de tensão e/ou corrente, reduzir radiação de
interferência radioelétrica (RFI), melhorar eficiência, regulação e ainda permitir, desta
maneira, a operação adequada do circuito.
A modelagem da indutância de magnetização no transformador multielementos é
complexa, pois existem vários caminhos de fluxo que aparecem para serem magneticamente
acoplados. Felizmente, devido à semelhança entre as características magnéticas dos
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
34
em um conjunto de elementos quase idênticos e tratados como magneticamente não
acoplados. A indutância de magnetização L
m
de cada elemento pode ser calculada.
Como a tensão no enrolamento é diretamente proporcional ao número de espiras, isto
sugere uma partição em elementos associados em série nos enrolamentos são mais adequados
na tensão elevada. E como o fluxo magnético é diretamente proporcional à corrente que
ento, a associação em paralelo distribui o fluxo, a corrente e a potência a
ser processada. Para manter a auto-indutância dos transformadores no ponto ótimo ao se
assoc
tensões de forma homogênea, visando alcançar o
ponto
-paralelo),
ficou evidente que a distribuição de corrente entre os elementos depende apenas das
imped
de comutação associados a cada transformador
do ar
percorre o enrolam
iar elementos em paralelo, o número de espiras total da associação deve corresponder ao
de um único elemento em série.
Teoricamente, supõe-se que a melhor associação a ser feita é da forma série-paralelo,
pois é capaz de distribuir as correntes e
ótimo de operação do transformador.
Com todas estas qualidades o transformador multielementos representa uma grande
evolução em relação aos transformadores de potência convencionais sendo, portanto os mais
adequados para conversores de alta de potência.
Analisando o modelo das configurações para o arranjo escolhido (paralelo
âncias de dispersão quando é utilizado um único indutor ressonante na configuração.
Ao adotar uma configuração alternativa com um indutor ressonante para cada
transformador da associação, constatou-se que a corrente circulando em cada elemento
depende tanto da impedância do indutor ressonante quanto da impedância de dispersão.
Portando, a análise feita das duas configurações adotando a topologia paralelo-paralelo,
sugere que a presença de indutores ressonantes
ranjo equilibra melhor a distribuição de correntes sobre eles. Isto ocorre devido às
impedâncias de dispersão destes transformadores serem bem menores que as indutâncias
ressonantes.
Estas análises serão comprovadas posteriormente nos resultados experimentais.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO II MODELOS ELÉTRICOS DE TRANSFORMADORES ASSOCIADOS APLICADOS AO CONVERSOR CC-CC
35
3. Projeto dos Conversores CC-CC
Full-Bridge ZVS-PWM-PS sob Estudo
3.1. Introdução
Este capítulo descreve o funcionamento e os detalhes de projeto do conversor CC-
CC FB ZVS-PWM-PS operando com freqüência constante, controlado por largura de pulso
com deslocamento de fase e comutação sob tensão nula.
Os conversores CC-CC FB ZVS-PWM-PS, também conhecidos como ponte
completa, são os mais adequados em aplicações de média tensão, alta freqüência e potência
na faixa de 1kW a 10kW [2].
O termo ZVS (Zero Voltage Switching) é usado para indicar que o conversor
apresenta comutação suave pela aplicação da modulação por deslocamento de fase. Neste
caso, um pequeno capacitor em paralelo com o interruptor, o qual pode ser intrínseco do
transistor e/ou externo, garante que a comutação se dê sob tensão nula. Para que isto ocorra
é necessária a circulação de uma corrente reativa.
Neste conversor, aplica-se uma técnica de modulação PWM (Pulse-Width
Modulation) por ser bem simples e para a qual já existem circuitos integrados dedicados no
mercado que realizam o controle.
3.2. Conversores sob Estudo
Como foi explicado anteriormente, optou-se por utilizar no projeto o conversor CC-
CC FB ZVS-PWM-PS com três transformadores associados em paralelo. Foi proposta uma
configuração alternativa para o conversor em virtude do desequilíbrio crítico entre as
correntes nos transformadores observado em simulação. Na nova topologia o conversor
passa a ter um indutor de comutação e um capacitor de bloqueio separadamente em série
com cada transformador.
As duas configurações propostas para a associação paralelo-paralelo de
transformadores no conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS são mostradas nas Figura 3. 1.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
36
V
o
S
1
S
3
S
4
S
2
L
r
Cb
Vi
.
.
.
.
.
.
D
2
D
1
D
4
D
3
D
6
D
5
.
.
.
L
o2
L
o1
L
o3
N
p1
N
p2
N
p3
C
o
+
-
+
R
N
s1
N
s2
N
s3
a
b
T
r1
T
r2
T
r3
S
1
S
3
S
4
S
2
L
r1
Cb1
Vi
.
.
.
.
.
.
D
2
D
1
D
4
D
3
D
6
D
5
.
.
.
L
o2
L
o1
L
o3
N
p1
N
p2
N
p3
C
o
+
-
+
R
N
s1
N
s2
N
s3
L
r3
L
r2
Cb2
Cb3
V
o
a
b
T
r1
T
r2
T
r3
(a)
(b)
Figura 3. 1 – (a) conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS com um L
r
e um C
b
,
(b) conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS com três L
r
e três C
b
.
3.3. Princípio de Operação dos Conversores sob Estudo
3.3.1. Características do Conversor
Dentre as principais características do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS, as mais
atrativas são os baixos níveis de interferência eletromagnética (EMI) e rádio freqüência
(RFI) devidos à comutação sob tensão nula dos interruptores além do elevado rendimento
alcançado pela redução das perdas [22].
As perdas por comutação desprezíveis proporcionam a utilização de elevada
freqüência de comutação e a conseqüente redução dos componentes magnéticos e
capacitivos sem comprometer o rendimento do conversor [13].
O conversor ponte completa, com comutação sob tensão nula, modulação por largura
de pulso, controle do fluxo de potência por deslocamento de fase e saída em fonte de
corrente é apresentado na Figura 3. 2.
As etapas de operação do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS serão descritas
utilizando um único transformador.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
37
T
r
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
D
r1
D
r2
L
o
C
o
R
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
.
..
A
B
V
o
+
-
Figura 3. 2 - Conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.
3.3.2. Etapas de Operação
O funcionamento do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS é descrito por 12 etapas
de operação, sendo seis etapas durante um semi-ciclo e se repetindo de forma simétrica no
outro semi-ciclo.
Para simplificar a análise das etapas teóricas os interruptores são considerados ideais
e os indutores são considerados fontes de corrente. É utilizada uma forma simplificada do
conversor com a saída caracterizada por uma fonte de corrente refletida ao lado primário
do transformador. Em [23, 24] podem ser encontradas análises semelhantes do
funcionamento deste conversor.
1ªetapa: (t
0
,t
1
)
Durante a primeira etapa os interruptores S
1
e S
4
e os diodos D
9
e D
12
estão
conduzindo. A tensão V
AB
é positiva e tem valor igual à tensão de entrada V
i
. Nesta etapa a
energia é transferida da fonte de entrada à carga. Esta etapa termina quando o interruptor
S
1
é comandado a bloquear. A Figura 3. 3 mostra a primeira etapa de operação deste
conversor.
S
4
D
4
B
S
3
D
3
C
3
L
r
D
9
D
11
o
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
D
10
D
12
A
C
4
Figura 3. 3 – 1ª Etapa de Operação.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
38
2ªetapa: (t
1
,t
2
)
Quando o interruptor S
1
é bloqueado, as tensões sobre os capacitores C
1
e C
2
variam
linearmente até atingirem os valores de (V
i
) e zero (0), respectivamente. A corrente no
indutor ressonante é constante e igual a corrente de carga refletida ao lado primário (
o
).
Nesta etapa ocorre a comutação do braço esquerdo do conversor. Comutação esta
que não é crítica, pois é feita com a ajuda da corrente de carga, como será detalhado a
seguir. Esta etapa termina quando a tensão sobre o capacitor C
2
atinge o zero (0). A Figura
3. 4 mostra a segunda etapa de operação do conversor.
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
D
9
D
11
o
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
D
10
D
12
A
B
Figura 3. 4 – 2ª Etapa de Operação.
3ªetapa: (t
2
,t
3
)
Quando V
C2
é igual a zero (0), o diodo D
2
é polarizado diretamente e entra em
condução. Em seguida, o interruptor S
2
é comandado a conduzir. Durante esta etapa os
diodos do estágio de saída permanecem curto-circuitados mantendo a corrente de carga em
roda-livre através deles. A corrente do indutor L
r
que circula pelo diodo D
2
e pelo
interruptor S
4
, também é mantida em roda-livre. Esta etapa termina quando o interruptor S
4
é comandado a bloquear. A Figura 3. 5 mostra a terceira etapa de operação do conversor.
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
D
9
D
11
o
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
D
10
D
12
A
B
Figura 3. 5 – 3ª Etapa de Operação.
4ªetapa: (t
3
,t
4
)
Quando o interruptor S
4
é bloqueado, as tensões em C
3
e C
4
e a corrente em L
r
variam de forma ressonante. Neste instante o indutor deve possuir energia suficiente para
realizar a comutação do braço direito que é crítica, pois a corrente de carga continua em
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
39
roda-livre. Esta etapa termina quando a tensão sobre o capacitor C
3
cai à zero (0). A Figura
3. 6 mostra a quarta etapa de operação do conversor.
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
D
9
D
11
o
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
D
10
D
12
A
B
Figura 3. 6 – 4ª Etapa de Operação.
5ªetapa: (t
5
,t
6
)
Quando a tensão sobre o capacitor C
3
se anula, o diodo D
3
entra em condução
tornando a tensão V
AB
negativa e de valor (-V
i
). A corrente no indutor L
r
decresce
linearmente. Nesta etapa o interruptor S
3
deve ser comandado a conduzir. Esta etapa
termina quando a corrente no indutor L
r
chega à zero (0). A Figura 3. 7 mostra a quinta
etapa de operação do conversor.
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
D
9
D
11
o
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
D
10
D
12
A
B
Figura 3. 7 – 5ª Etapa de Operação.
6ªetapa: (t
6
,t
7
)
Durante esta etapa a corrente em L
r
decresce linearmente, os interruptores S
2
e S
3
conduzem-na sob tensão nula e a ponte retificadora continua em roda-livre. Esta etapa
termina quando a corrente em L
r
atinge o valor de (-I´
o
). A Figura 3. 8 mostra a sexta etapa
de operação do conversor.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
40
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
D
9
D
11
o
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
D
10
D
12
A
B
Figura 3. 8 – 6ª Etapa de Operação.
7ªetapa: (t
7
,t
8
)
Quando a corrente em L
r
atinge o valor de (-I´
o
), a roda-livre da carga termina e
ocorre a transferência de potência da fonte à carga através dos interruptores S
2
e S
3
e dos
diodos D
10
e D
11
. A Figura 3. 9 mostra a sétima etapa de operação do conversor.
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
D
9
D
11
o
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
D
10
D
12
A
B
Figura 3. 9 – 7ª Etapa de Operação.
A partir daí, as etapas seguintes se repetem de forma simétrica representando o
comportamento do conversor no outro semi-ciclo.
3.3.3. Formas de Onda Básicas
As formas de onda básicas, com indicação dos intervalos de tempo correspondentes
ao período de chaveamento, para as condições apresentadas nas etapas de operação são
representadas na
Figura 3. 10.
As
Figura 3. 10 (a), (b), (c) e (d) representam os comandos dos interruptores. Na
Figura 3. 10 (e) estão representadas as tensões entre os pontos AB e a corrente no indutor
ressonante L
r
. Na Figura 3. 10 (f) é mostrada a tensão no secundário do transformador. Na
Figura 3. 10 (g) estão representadas as correntes nos indutores auxiliares de comutação L
a1
e L
a2
, apesar destes indutores não aparecerem nos circuitos de descrição das etapas. E nas
Figura 3. 10 (h) e Figura 3. 10 (i) estão representadas as correntes nos quatro interruptores.
Posteriormente serão detalhados o funcionamento e projeto dos circuitos auxiliares
de comutação.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
41
v
AB
i
Lr
t
V
i
o
-V
i
-I´
o
t
t
v
G
S1
v
s
I
La1
I
La2
i
L1
i
L2
t
t
t
t
i
S1
i
S2
i
S3
i
S4
D
1
D
2
D
1
D
4
D
3
S
1
S
2
S
3
S
4
S
3
n.V
i
-n.V
i
t
o
t
1
t
2
t
3
t
4
t
5
t
6
t
7
t
d1
t
d2
t
t
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(f)
(h)
(i)
(g)
T
s
/2
T
s
v
G
S2
v
G
S3
v
G
S4
Figura 3. 10 – Formas de onda básicas do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.
3.4. Característica de Saída dos Conversores sob Estudo
Na
Figura 3. 11 é possível observar o detalhe da variação da tensão entre os
terminais AB e da corrente no indutor ressonante. Esta variação linear da corrente através
do indutor ressonante impossibilita a transferência de potência em todo intervalo de
operação do conversor, conseqüentemente ocorre uma redução no tempo efetivo da
transferência de energia da fonte à carga. Este elemento de medida percentual, chamado de
perda de razão cíclica, é representado por
Δ
D [22, 25].
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
42
v
AB
i
Lr
t
V
i
o
-V
i
-I´
o
___
2
D
ef
.
T
s
ΔD
.
T
s
D
.
T
s
___
2
___
2
Δt
Figura 3. 11 – Detalhe da tensão e corrente no trecho AB.
Onde a tensão sobre o indutor ressonante é dada por (3. 1).
2
os
ir
p
I
N
VL
tN
=
⋅⋅
Δ
,
(3. 1)
2
s
T
tD
Δ
.
(3. 2)
Sabe-se que o conversor tem a seguinte função de transferência:
s
oief
p
N
VVD
N
=
⋅⋅
.
(3. 3)
Então a razão cíclica efetiva do conversor é dada por (3. 4).
ef
D
DD
=
−Δ
.
(3. 4)
Manipulando as equações
(3. 1) a (3. 4), obtém-se a característica de saída do
conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.
4
s
sro s
oi
pi
NfLI
VV D
NV
⎛⎞
⋅⋅
=⋅
⎜⎟
⎜⎟
⎝⎠
p
N
N
.
(3. 5)
Onde a perda de razão cíclica
Δ
D é dada por (3. 6).
4
⋅⋅
Δ=
s
ro s
ip
f
LI N
D
VN
.
(3. 6)
Pode ser visto na
Figura 3. 12, que a característica de transferência do conversor é
função da corrente de carga, tomando como parâmetro
D.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
43
'
o
i
V
qD
V
D
=
=−Δ.
(3. 7)
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
ΔD
q
D=0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
Figura 3. 12 – Característica de saída do conversor.
3.5. Projeto do Conversor nº1
3.5.1. Especificações de Projeto
As especificações do protótipo projetado são apresentadas na
Tabela 3. 1. E para o
projeto do conversor são adotados alguns valores de referência conforme a
Tabela 3. 2.
Tabela 3. 1 – Especificações de projeto.
Símbolo Discriminação Valor
P
out
potência de saída 3000[W]
V
i
tensão de entrada 400[V]
V
o
tensão de saída 60[V]
Tabela 3. 2 – Valores de referência adotados.
Símbolo Discriminação Valor
f
s
freqüência de comutação 50[kHz]
η
rendimento teórico 90[%]
ΔV
c
variação máxima da tensão de saída 0,01
.
V
o
[V]
ΔI
Lo
variação máxima da corrente de saída 0,1
.
I
o
[A]
ΔD
perda de razão cíclica 0,1
Δt
máx
tempo morto máximo 300[ns]
São apresentados aqui alguns cálculos preliminares necessários para o projeto do
conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS, como a corrente de carga, a potência de entrada e a
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
44
corrente média do primário do transformador.
3000
50[ ]
60
out
o
o
P
I
A
V
== =
,
(3. 8)
()
()
50 60 1
3,389[ ]
0,9
oo f
out
in
IVV
P
Pk
ηη
⋅+
⋅+
== = =
W
,
(3. 9)
3389
8,472[ ]
400
in
i
i
P
I
A
V
== =
.
(3. 10)
Para a escolha de uma razão cíclica adequada do conversor, deve ser levada em
consideração a perda de razão cíclica devido à presença do indutor ressonante e das
indutâncias de dispersão do transformador. Sendo então chamada de razão cíclica efetiva a
parte da razão cíclica nominal correspondente à transferência de energia da fonte de
entrada à carga.
Para condições de plena carga são assumidos os seguintes parâmetros: razão cíclica
D =0,85; perda de razão cíclica
Δ
D = 0,1 e conseqüentemente razão cíclica efetiva D
ef
=
0,75.
3.5.2.
Dimensionamento do Transformador
A relação de transformação adequada ao projeto é dada por
(3. 11) [22].
()
(
)
int
0,9 2
0,9 400 2 1 0,75
4,5
60 1
ief
of
VVD
n
VV
⋅−
⋅−
==
++
.
(3. 11)
A fim de suprir a potência necessária requerida pelas especificações de projeto,
optou-se por dividir igualmente esta potência entre os três transformadores iguais
associados para obter a relação de transformação desejada. Na
Tabela 3. 3 estão
apresentadas as especificações para o dimensionamento dos transformadores. Os valores
dos fatores de topologia e de utilização são especificados para o conversor em ponte
completa.
3389
1,13[ ]
33
in
inT
p
p
kW== = ,
(3. 12)
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
45
4
10
2
⋅=
⋅⋅ Δ
inT
ew
tupmáx máxs
p
AA
KKK J B f
,
(3. 13)
44
3
1130
10 16,4[ ]
2 1 0,4 0,41 350 0,12 50 10
⋅= =
⋅⋅
ew
A
Acm
.
(3. 14)
Tabela 3. 3 – Especificações dos transformadores.
Símbolo Discriminação Valor
K
t
fator de topologia
3
in(rms)
prim(médio)
I
1
I
=
K
u
fator de utilização da janela do núcleo 0,4
K
p
fator de utilização do primário 0,41
J densidade de corrente máxima 350[A/cm
2
]
ΔBB
max
variação da densidade de fluxo máxima 0,12[T]
Cada transformador é formado por um enrolamento primário com N
p
espiras e, por
possuir ponto médio, dois enrolamentos secundários com
N
s
espiras cada. Foi escolhido o
núcleo
EE-65/39 da Thornton® cujas especificações são apresentadas na Tabela 3. 4.
Tabela 3. 4 – Especificações do núcleo EE-65/39 [11].
Símbolo Discriminação Valor
A
e
área efetiva da perna central do núcleo 7,98[cm
2
]
A
w
área da janela 3,7[cm
2
]
A
e
A
w
produto das áreas 29,526[cm
4
]
L
t
comprimento médio de uma espira 18[cm]
V
e
volume do ferrite 117,3[cm
3
]
Teoricamente, a tensão sobre os enrolamentos de cada transformador com o primário
associado em paralelo deve ser igual à tensão de entrada do conversor. Da mesma forma a
corrente se divide igualmente entre os três transformadores. Com base nessa consideração
são feitos os cálculos dos números de espiras e da indutância de magnetização de cada
transformador.
4
4
3
10
400 10
() 42[
2 2 50 10 7,98 0,12
≥=
⋅⋅Δ
p
p
se máx
V
NPP espiras
fA B
]
,
(3. 15)
_______________________________________________________________________________________
3
Valores típicos para conversores ponte completa. Possui valor unitário pois, estes circuitos utilizam ondas
tipicamente quadradas. Para ondas senoidais K
t
=1,11 [15, 32].
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
46
()
42
() 9[
4,5
p
s
NPP
NPP espiras
n
==
]
.
(3. 16)
As indutâncias do primário e do secundário de cada transformador são calculadas
pelas expressões
(3. 17) e (3. 18).
4
4
2
2427,980,12
22,7 [ ]
5
10
10
34,5
3
pe máx
p
Lo
NA B
Lm
I
n
⋅⋅Δ
⋅⋅
===
Δ
H
,
(3. 17)
3
2
2
22,7 10
1, 03 [ ]
42
9
p
s
L
L
mH
n
== =
⎛⎞
⎜⎟
⎝⎠
.
(3. 18)
O fio escolhido para a construção desses transformadores foi o 27AWG cujas
especificações são mostradas na
Tabela 3. 5. Foram utilizados 10 condutores em paralelo
para o primário e 33 condutores em paralelo para o secundário.
Tabela 3. 5 – Especificações do fio 27AWG [25].
Símbolo Discriminação Valor
S
fio_não-iso
área do cobre sem isolamento 0,001021[cm
2
]
S
fio_iso
área do cobre com isolamento 0,001344[cm
2
]
ρ
resistência do fio a 100ºC
0,002256[Ω/cm]
3.5.3. Dimensionamento dos Semicondutores
Diodos Retificadores
Os diodos retificadores foram calculados e sobre-dimensionados podendo suprir a
corrente necessária em qualquer uma das quatro configurações propostas no capítulo 2,
portanto cada diodo é capaz de conduzir a corrente correspondente ao valor total de saída.
_
5
50
22
26,25[ ]
22
Lo
o
Dr pico
I
I
I
A
Δ
++
===
,
(3. 19)
_
11
50 25[ ]
22
Dr med o
I
IA=⋅ =⋅ = ,
(3. 20)
_
2
34,46[ ]
2
−Δ
=⋅=
Dr ef o
D
I
IA
,
(3. 21)
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
47
2
2 400
177,8[ ]
4,5
i
Dr
V
VV
n
== =
.
(3. 22)
Como o tempo de recuperação deve ser pequeno a fim de diminuir as perdas por
comutação, foram escolhidos os diodos
HFA50PA60 (V
R
= 600V, I
F(AV)
= 2x25A a 100ºC,
V
F
= 1,3 [um diodo] e 1,5 [dois diodos]) [28].
Para grampear a tensão nos diodos retificadores e reduzir a quantidade de
componentes no circuito, pois não são utilizados circuitos snubber’s, são empregados
apenas diodos ultra-rápidos
MUR460 no lado primário do conversor como será mostrado
nos capítulos seguintes.
Estes diodos dão caminho de circulação às correntes de recuperação dos diodos
retificadores evitando sobre-tensões e oscilações.
Interruptores
A tensão reversa sobre os interruptores é igual à tensão de entrada e a corrente de
pico que circula neles é a mesma do indutor ressonante como pôde ser visto nas formas de
onda na
Figura 3. 10.
400[ ]
si
VV V
=
=
,
(3. 23)
11,5[ ]
pico pk
I
IA
=
=
,
(3. 24)
Já as correntes médias e eficazes nos interruptores de cada braço podem ser
calculadas através das equações
(3. 25) a (3. 28).
'
12_
110,75
4 3 4 3 0,1 9,992 1,5[ ]
82 8 2
⎛⎞
⎛⎞
=⋅ Δ =⋅ =
⎜⎟
⎜⎟
⎝⎠
⎝⎠
ef
Smed o
D
I
DI A
,
(3. 25)
()()
'
34_
11
4 3 4 3 0,1 9,992 4,625[ ]
88
= −⋅Δ = −⋅ =
Smed o
I
DI A,
(3. 26)
'
12 _
15 10,755
2 2 0,1 9,992 3,819[ ]
223 2 23
⎛⎞
⎛⎞
=⋅ Δ=⋅ =
⎜⎟
⎜⎟
⎜⎟
⎜⎟
⎝⎠
⎝⎠
ef
Sef o
D
I
DI A
,
(3. 27)
'
34 _
15 15
2 2 0,1 9,992 6,765[ ]
23 23
⎛⎞
=⋅Δ=⋅− =
⎜⎟
⎜⎟
⎝⎠
Sef o
I
DI A
.
(3. 28)
Devido às características do projeto, optou-se pelo IGBT que já traz intrínseco no seu
encapsulamento um diodo e um capacitor dispensando o emprego físico destes
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
48
componentes no conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS, além de ter o valor da capacitância
reduzido em relação ao MOSFET. Foram escolhidos os IGBT’s
IRGP30B60KN
(V
ces
=600V, I
c
=30A a 100ºC) [28].
3.5.4.
Dimensionamento dos Indutores do Filtro de Saída
O indutor de filtragem
(3. 29) é definido conforme a especificação da ondulação de
corrente do projeto. Em virtude da associação de transformadores adotada, a indutância
total calculada para o projeto foi dividida entre três indutores iguais que foram ligados
individualmente às saídas de cada transformador.
()()
()( )
3
1
60 1 1 0,75
32,64[ ]
2 2 50 10 5
of ef
total
sLo
VV D
LH
fI
μ
+⋅
+⋅−
===
⋅⋅Δ
,
(3. 29)
6
3 3 32,64 10 97,93[ ]
o total
LL H
μ
=⋅ =⋅ =
,
(3. 30)
5
50
22
17,5[ ]
33
Δ
++
===
Lo
o
Lopk
I
I
I
A
,
(3. 31)
O valor eficaz da corrente através dos indutores do filtro de saída é aproximadamente
igual ao valor médio da corrente de carga devido sua pequena ondulação.
_
50
16,6[ ]
33
o
Lo ef
I
I
A≅== ,
(3. 32)
4
64
_
4
10
97,93 10 17,5 16,6 10
3[ ]
0,7 0,3 450
o Lopk Lo ef
ewLo
w máx máx
LI I
A
Ac
KB J
⋅⋅
⋅⋅
⋅= = =
⋅⋅
m
.
(3. 33)
Foi escolhido o núcleo
EE-42/20 da Thornton® e adotado o fio 27AWG para
construir os enrolamentos. As especificações do indutor são apresentadas na
Tabela 3. 6 e a
Tabela 3. 7 resume os valores do número de espiras, do número de condutores em paralelo,
do gap e da possibilidade de execução dos indutores do filtro de saída.
Tabela 3. 6 – Especificações do núcleo EE-42/15 [11].
Símbolo Discriminação Valor
A
e
área efetiva da perna central do núcleo 2,40[cm
2
]
A
w
área da janela 1,57[cm
2
]
A
e
A
w
produto das áreas 3,77[cm
4
]
L
t
comprimento médio de uma espira 10,5[cm]
V
e
volume do ferrite 23,3[cm
3
]
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
49
Tabela 3. 7 – Valores calculados dos indutores filtro de saída.
Símbolo Discriminação Valor
N número de espiras
24[espiras]
l
g
entreferro
0,177[cm]
S
fio
seção do fio
0,037[cm
2
]
NC número de condutores em paralelo
37[fios]
K
u
possibilidade de execução
0,74
3.5.5. Dimensionamento dos Capacitores do Filtro de Saída
O dimensionamento do capacitor deve satisfazer as especificações das ondulações de
tensão e corrente e também da sua resistência série equivalente.
5
33
33
Δ
⎛⎞
Δ= =⋅=
⎜⎟
⎝⎠
Lo
c
I
5[]
I
A
,
(3. 34)
3
5
19,44[ ]
8 8 50 10 0,643
c
o
so
I
CF
fV
μ
Δ
== =
⋅⋅Δ
,
(3. 35)
0,643
0,129[ ]
5
o
se
Lo
V
R
I
Δ
== =
Δ
Ω
.
(3. 36)
Para suprir a corrente eficaz na saída do conversor, foram adotados dois capacitores
eletrolíticos em paralelo com valor de 470µF/100V com Rse de 0,25 da Epcos® [29].
3.5.6.
Dimensionamento do Indutor de Comutação
O valor da indutância ressonante
(3. 37) é obtida a partir da perda de razão cíclica
Δ
D que foi adotada para o projeto.
3
0,1 400
4,5 20[ ]
4 4 50 10 50
p
i
r
so s
N
DV
LH
fI N
μ
Δ⋅
=⋅=
⋅⋅
,
(3. 37)
5
50
2
2
11,5[ ]
4,5
o
o
pk
I
I
I
A
n
Δ
⎛⎞
⎛⎞
+
+
⎜⎟
⎝⎠
===
,
(3. 38)
_
11,25[ ]
Lr ef pk
I
IA
=
,
(3. 39)
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
50
4
64
_
4
10
20 10 11,25 11,25 10
1,722[ ]
0,7 0,06 350
⋅⋅
⋅⋅
⋅= = =
⋅Δ
rpkLref
ewr
wmáxmáx
LI I
A
Ac
KBJ
m
.
(3. 40)
Foi escolhido para a construção do indutor ressonante o núcleo
EE-42/15 da
Thornton® cujas especificações já foram apresentadas na
Tabela 3. 6.
Com os valores das correntes e indutância calculadas anteriormente e com os dados
do núcleo, pode-se agora concluir o projeto do indutor ressonante.
4
64
10
20 10 11,25 10
21[ ]
0,06 1,81
⋅⋅
⋅⋅
==
Δ⋅
rpk
Lr
máx e
LI
Ne
BA
spiras
,
(3. 41)
2
27
2
6
21 4 10 1,81
10 10 0,5[ ]
20 10
⋅⋅
⋅⋅
=⋅= =
Lr o e
Lrg
r
NA
lc
L
μ
π
2
m
,
(3. 42)
_
0,031
30[ ]
0,001021
==
Lr
Lr
fio não iso
S
NC fios
S
.
(3. 43)
3.5.7.
Dimensionamento do Capacitor de Bloqueio
Nos conversores CC-CC FB ZVS-PWM-PS, emprega-se em série com o primário do
transformador um capacitor destinado a impedir a circulação de componentes contínuas de
corrente no primário do transformador. Tais correntes provocam a saturação do núcleo, e
conseqüentemente uma provável falha nos interruptores. Esta componente contínua
aparece devido às desigualdades dos tempos de condução dos interruptores [23].
Recomenda-se uma queda de tensão nesse capacitor na faixa de 5% e 10% da tensão
de entrada do conversor. Também é importante que seja empregado um capacitor para
tensão alternada e de baixas perdas. E por segurança, com tensão acima de 250V. Outro
aspecto a ser considerado na escolha deste capacitor é sua impedância, quanto menor o
capacitor, maior será a queda de tensão que ele provoca, reduzindo a tensão de saída do
conversor [13, 24].
0,05 0,05 400 20[ ]Δ= = =
Cb i
VV V
,
(3. 44)
3
50
5,5[ ]
2 2 50 10 20 4,5
o
b
sCb
I
CF
fVn
μ
== =
⋅⋅Δ
.
(3. 45)
Foi adotado um capacitor de polipropileno de 20
μ
F/250V
ca
[29]. É colocado um
resistor em paralelo com este capacitor para amortecer possíveis oscilações devido à
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
51
presença de indutores envolvidos no conversor.
400 4,5
50[ ]
50 0,75
i
b
oef
Vn
R
ID
==
⋅⋅
Ω
,
(3. 46)
2
2
20
8[ ]
50
Δ
===
Cb
Rb
b
V
PW
R
.
(3. 47)
3.5.8.
Dimensionamento dos Circuitos Auxiliares de Ajuda a Comutação
Observando-se as etapas de funcionamento do conversor, verifica-se que os
interruptores
S
3
e S
4
só obtêm comutação sob tensão nula acima de um determinado valor
de corrente de carga. Para estender a comutação suave em uma ampla faixa de corrente de
carga seria necessário utilizar grandes valores de indutância
L
r
, porém o aumento desta
indutância acarretaria uma redução da razão cíclica efetiva, pois reduziria substancialmente
as inclinações de subida e descida da corrente no indutor ressonante.
Como alternativa para solucionar este problema é usado um par de indutores
auxiliares de comutação
L
a1
e L
a2
que fornecem correntes adicionais para a comutação dos
interruptores em cada braço (
S
1
, S
2
) e (S
3
, S
4
).
Apesar de não alterar as características de funcionamento do conversor, a presença
destes indutores auxiliares aumenta a circulação de energia reativa e conseqüentemente
aumenta as perdas por condução nos semicondutores, reduzindo o rendimento e
aumentando o volume do conversor [6].
A
Figura 3. 13 mostra o circuito completo do conversor com estes indutores de
auxílio a comutação.
S
4
D
4
C
4
S
3
D
3
C
3
L
r
D
9
D
11
o
S
2
D
2
C
2
S
1
D
1
C
1
V
i
/2
D
10
D
12
o
+
-
V
i
/2
L
a2
L
a1
C
ba1
R
ba1
C
ba2
R
ba2
C
b
R
b
Figura 3. 13 – Conversor com circuito auxiliar de comutação.
_______________________________________________________________________________________
No instante da comutação do braço direito, o indutor L
a2
deve possuir energia
suficiente para realizar esta comutação, assegurando que os capacitores completem a
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
52
ressonância até atingirem os valores desejados de tensão. Esta comutação é realizada com
o transformador curto-circuitado pelos diodos retificadores de saída. O circuito equivalente
da comutação no braço direito é mostrado na
Figura 3. 14.
C
4
C
3
L
r
D
9
D
11
o
D
10
D
12
I
La2
V
i
/2
V
i
/2
Figura 3. 14 – Circuito equivalente da comutação do braço direito do conversor.
A condição imposta para a comutação deste braço sob tensão nula em toda a faixa de
variação da carga é dada pela expressão
(3. 50). Onde Z
o
é a impedância característica e C
r
é a capacitância ressonante [13, 23].
12
12 34
2 2 500 10 1[ ]
=+=+= = =
rross
CCCCC C C nF
,
(3. 48)
6
9
20 10
141,421[ ]
110
== =
r
o
r
L
Z
C
Ω
,
(3. 49)
2
3
i
La
o
V
I
Z
.
(3. 50)
Por outro lado, a comutação do braço esquerdo é menos crítica, pois ocorre com o
auxílio da corrente de carga refletida ao lado primário (
o
). A condição imposta para esta
comutação é dada pela expressão
(3. 51).
1
ri
La
máx
CV
I
t
Δ
.
(3. 51)
Δ
t
máx
é o tempo morto máximo entre os interruptores.
A
Figura 3. 15 representa o circuito equivalente da comutação neste braço.
C
4
C
3
I
La1
o
V
i
/2
V
i
/2
Figura 3. 15 – Circuito equivalente da comutação do braço esquerdo do conversor.
Quando a corrente de carga refletida ao primário é menor que a corrente de
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
53
magnetização, a indutância de magnetização torna-se parte do processo ZVS.
As expressões
(3. 52) a (3. 55) mostram o cálculo das correntes de pico e eficazes
nos indutores auxiliares de comutação.
9
1
9
1 10 400
1,333[ ]
300 10
ri
La
máx
CV
I
A
t
⋅⋅
== =
Δ⋅
,
(3. 52)
2
400
2,828[ ]
141,421
== =
i
La
o
V
I
A
Z
,
(3. 53)
1
1_
1, 333
0,77[ ]
33
La
La ef
I
I
A== =
,
(3. 54)
2
2_
2,828
1, 633[ ]
33
== =
La
La ef
I
I
A
.
(3. 55)
As indutâncias são mostradas em
(3. 56) e (3. 57).
1
3
1
400
750[ ]
8 8 50 10 1,333
i
a
sLa
V
LH
fI
μ
== =
⋅⋅
,
(3. 56)
2
3
2
400
353,6[ ]
8 8 50 10 2,828
== =
⋅⋅
i
a
sLa
V
LH
fI
μ
.
(3. 57)
Para o dimensionamento destes indutores foram utilizadas expressões semelhantes ao
projeto do indutor ressonante. Foram escolhidos os núcleos EE42/15 e EE-30/14 da
Thornton® cujas especificações são apresentadas nas
Tabela 3. 6 e Tabela 3. 8 para os
indutores
L
a2
e L
a1
, respectivamente.
Tabela 3. 8 – Especificações do núcleo EE-30/14 [11].
Símbolo Discriminação Valor
A
e
área efetiva da perna central do núcleo 1,2[cm
2
]
A
w
área da janela 0,85[cm
2
]
A
e
A
w
produto das áreas 1,02[cm
4
]
L
t
comprimento médio de uma espira 6[cm]
V
e
volume do ferrite 8[cm
3
]
A seguir é mostrada a Tabela 3. 9 que resume os dados construtivos de cada indutor
auxiliar calculado.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
54
Tabela 3. 9 – Dados construtivos dos indutores auxiliares.
Valor
Símbolo Discriminação
L
a1
L
a2
A
e
A
w
[cm
2
] produto de áreas do núcleo
0,305
0,648
N [espiras] número de espiras
70
47
l
g
[cm] entreferro
0,099
0,071
S
fio
[cm
2
] seção do fio
0,002566
0,005441
NC [fios] número de condutores em paralelo
3
6
K
u
possibilidade de execução
0,332
0,241
Nos circuitos auxiliares de comutação também são utilizados capacitores de bloqueio
colocados em série com cada indutor de auxílio à comutação. Para o dimensionamento
destes capacitores será usada a corrente do indutor de auxilio a comutação do braço direito
por ser a de maior valor.
400
0,04 0,04 8[ ]
22
i
Caux
V
VΔ===
V
,
(3. 58)
2
12
3
2,828
1,767[ ]
4450108
La
ba ba
s Caux
I
CC F
fV
μ
== = =
⋅⋅Δ
.
(3. 59)
Associados paralelamente aos capacitores de bloqueio são colocados resistores para
amortecer possíveis oscilações devido à presença dos indutores. Como os valores dos
resistores
R
ba1
e R
ba2
devem ser iguais, optou-se por utilizar a menor corrente de pico dos
indutores, no caso,
I
La1
, conforme equação (3. 60), o que equivale a um maior valor de
resistência.
12
1
400
150[ ]
221,333
== = =Ω
⋅⋅
i
ba ba
La
V
RR
I
,
(3. 60)
2
2
12
1
8
0,5[ ]
150
Δ
== =
Caux
Rba Rba
ba
V
PP W
R
.
(3. 61)
3.6. Projeto do Conversor nº2
3.6.1. Especificações de Projeto
As especificações do protótipo para o conversor nº2,
Figura 3. 1 b, são as mesmas
apresentadas na
Tabela 3. 1 para o conversor nº1, Figura 3. 1 a, já que as modificações
foram feitas apenas no arranjo dos indutores ressonantes de comutação.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
55
3.6.2.
Dimensionamento do Indutor de Comutação
Com o emprego de três elementos com o mesmo valor de indutância equivalente, o
valor da indutância ressonante passa a ser agora três vezes o valor obtido na equação
(3.
37)
e as correntes eficazes e de pico são agora divididas entre os três indutores. Seguindo o
mesmo procedimento adotado nos itens anteriores, os parâmetros para construção dos
novos indutores de comutação são descritos na
Tabela 3. 10. Foi escolhido para a
construção dos novos indutores ressonantes o núcleo
EE-30/14 da Thornton®.
Tabela 3. 10 – Dados construtivos dos indutores de comutação.
Símbolo Discriminação
Valor
A
e
A
w
produto de áreas do núcleo
0,547[cm
2
]
N número de espiras
31[espiras]
l
g
entreferro
0,123[cm]
S seção do fio
0,026[cm
2
]
NC número de condutores em paralelo
10[fios]
3.6.3. Dimensionamento dos Capacitores de Bloqueio
Para o dimensionamento destes capacitores de bloqueio será utilizado o mesmo
procedimento adotado para o conversor nº1. Optou-se por utilizar capacitores de
polipropileno do mesmo valor, 20
μ
F.
Associados paralelamente aos capacitores de bloqueio foram colocados resistores
para amortecer possíveis oscilações devido à presença dos indutores.
400 4,5
130[ ]
50
0,75
3
3
i
b
o
ef
Vn
R
I
D
==
Ω,
(3. 62)
2
20
3[ ]
152
Δ
==
Cb
Rb
b
V
PW
R
.
(3. 63)
3.7. Projeto do Circuito de Controle
3.7.1. Função de Transferência do Conversor
O conversor FB ZVS-PWM-PS é um sistema não-linear devido à ação dos
interruptores estáticos, sendo então necessária a aplicação de métodos de linearização do
seu comportamento em torno de um ponto de operação. Aqui é utilizado modelo de
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
56
pequenos sinais da chave PWM proposta por Vorpérian em [30], para determinar a função
de transferência do conversor relacionando a tensão de saída com a razão cíclica.
Para obter o modelo CA que representa o comportamento dinâmico do conversor
deve ser determinada a perturbação na razão cíclica efetiva, equação
(3. 6).
Então se define a perturbação da razão cíclica efetiva como:
ef i v
DDDD
=
++

,
(3. 64)
O modelo adotado de circuito equivalente de um conversor CC-CC FB ZVS-PWM-
PS é mostrado na
Figura 3. 16.
..
.
+
-
+
-
..
D
ef
1
L
o
R
se
C
o
R
n.V
i
-
+
V
o
n.V
i
.(D
i
+D
v
)
n.V
i
.D
n.V
i
.(D
i
+D
v
)
___
R
.
.
n.V
i
.D
___
R
.
Figura 3. 16 – Circuito equivalente do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.
Onde é a taxa de variação da razão cíclica de controle, é a taxa de variação da
razão cíclica em relação à corrente do primário e é a taxa de variação da razão cíclica
em relação à tensão de entrada.
D
i
D
v
D
Para simplificar a análise, as variações da tensão de entrada e da razão cíclica em
relação a esta tensão de entrada são consideradas desprezíveis.
4⋅⋅
=−
rso
i
i
nL f V
D
VR
.
(3. 65)
O circuito da
Figura 3. 16, colocado em função da variável de Laplace, é mostrado
na Figura 3. 17. A partir daí é possível deduzir a função de transferência do conversor [13].
+
-
L
o
.s
R
se
R
-
+
v
o
.
C
o
.s
1
n.V
i
.D
n.V
i
.D
___
R
.
Figura 3. 17 – Circuito simplificado do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS.
A representação da função de transferência do conversor dado através da relação
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
57
dinâmica entre a tensão de saída e a razão cíclica é mostrada em
(3. 66).
(
)
2
1
11
⋅⋅ +
=
⎛⎞
⋅⋅+ + + +
⎜⎟
⎝⎠
iose
o
se o
ef
oo ose
nV C R s
V
RL
D
CL s CR s
RR
.
(3. 66)
A
Figura 3. 18 representa a tensão de controle V
c
e o valor de pico do sinal “dente de
serra”
V
d
gerado pelo CI de controle que são comparados gerando a razão cíclica D de
controle. E sua relação é dada pela equação
(3. 67).
V
V
C
V
CC
D
.
T
s
2
T
s
2
V
D
Figura 3. 18 – Sinais de comparação PWM.
c
d
V
D
V
=
,
(3. 67)
E sabendo que,
(
)
=
⋅+
oi
VnDDV
i
.
(3. 68)
Substituindo as equações
(3. 65) e (3. 66) em (3. 68) chega-se ao ganho estático entre
a tensão de saída e a tensão de controle
(3. 69).
2
.
4
1
=
⋅⋅
+
i
od
rs
c
nV
VV
nLf
V
R
(3. 69)
Aplicando este ganho à equação dinâmica do conversor mostrada na equação
(3. 69)
encontra-se a equação dinâmica entre a tensão de saída e a tensão de controle do conversor
(3. 70).
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
58
()
()
2
2
1
4
11
1
⋅⋅+
==
⋅⋅
⎛⎞
⋅+ + + +
+
⎜⎟
⎝⎠
i
ose
od
se o
rs
c
oo ose
nV
CRs
VV
Gs
RL
nLf
V
CL s CR s
RR
R
.
(3. 70)
3.7.2. O Controle Adotado
O sistema de controle tem como função melhorar o desempenho do conversor em
precisão, estabilidade e resposta.
O conversor é controlado pelo circuito mostrado na
Figura 3. 19 e com este controle
todos os interruptores ativos operam com comutação sob tensão nula (ZVS).
A modulação proposta consiste de quatro pulsos de tensão onde os sinais dos
interruptores no mesmo braço do conversor são complementares. Também há uma
defasagem entre os sinais dos braços do conversor. Esta defasagem é chamada de
Deslocamento de Fase (phase-shift).
Ao introduzir o deslocamento de fase entre os braços do conversor, a superposição
dos sinais nos braços determina a razão cíclica de operação do conversor além de permitir
a descarga ressonante dos capacitores intrínsecos nos interruptores e forçar a condução de
cada diodo em antiparalelo antes destes interruptores. Portanto ele é necessário para
alcançar a comutação sob tensão nula (ZVS).
O compensador adotado para a malha de tensão é do tipo proporcional-integral-
derivativo (PID), pois a função de transferência da planta apresenta dois pólos e dois zeros.
O compensador PID, cuja sintonia de controle é descrita pela
Figura 3. 19, apresenta
a seguinte função de transferência:
()
(
)
(
)
()
12zz
vv
p
sw sw
Cs K
ssw
+⋅+
=⋅
⋅+
,
(3. 71)
()
()
82 71
8
6
67
671
11
.
v
ss
R
CRC
R
Cs
R
RR
ss
RRC
⎛⎞
+⋅+
⎜⎟
⋅⋅
⎝⎠
=⋅
+
⎛⎞
⋅+
⎜⎟
⋅⋅
⎝⎠
(3. 72)
K
v
é o ganho da realimentação de tensão dado pela relação (R
8
/R
6
).
O CI de controle escolhido
UCC3895 é um controlador PWM que permite
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
59
implementar o circuito de controle por deslocamento de fase do conversor CC-CC FB
ZVS-PWM-PS. O
UCC3895 pode ser usado tanto no modo tensão quanto no modo
corrente e mantêm a funcionalidade dos já conhecidos
UC3875 e UC3879 com algumas
alterações em relação a eles como maior robustez e funções de proteção, por exemplo, o
pino de delay adaptativo [31].
A freqüência do oscilador para o CI
UCC3895 é o dobro da freqüência de
chaveamento e é obtida através de um resistor e um capacitor escolhidos adequadamente
segundo recomendação. Adotando um valor para o capacitor oscilador, o resistor oscilador
pode ser escolhido através da equação
(3. 74) ou por gráfico no catálogo [32].
3
2 2 50 10 100[ ]
osc s
f
fk=⋅ =⋅ = Hz
,
(3. 73)
()
9
120 10 48
.
5
⋅⋅
=
osc
t
t
t
R
C
(3. 74)
A tensão de referência
V
ref
, necessária para projetar o divisor de tensão e
conseqüentemente obter o sinal de amostragem da tensão de saída, é calculada através das
formas de onda da tensão de controle e da tensão dente de serra conforme equação
(3. 75)
[22].
.
0, 2 0, 75 2,35 2[ ]=+ = +
ref c ef d
VVDV V
(3. 75)
Para dimensionar o regulador de tensão, inicia-se o cálculo pela freqüência de corte,
conforme equação
(3. 76).
Aloca-se um pólo na origem, outro pólo numa freqüência pelo menos cinco vezes o
valor da freqüência de ressonância do filtro
LC de saída do conversor e os zeros na
freqüência de ressonância do filtro
LC indicado conforme (3. 77). Como a freqüência do
pólo deve ser maior que a metade a freqüência de chaveamento, adotou-se o pólo numa
freqüência igual à freqüência de chaveamento do conversor. E os drives foram
desenvolvidos usando transformadores de pulso.
[]
3
50 10
12,5
44
s
c
f
f
kHz
== =
.
(3. 76)
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
60
[]
11
32,56
2
1
o
oo
f
kHz
rse
LC
R
π
=⋅ =
⎛⎞
⋅⋅+
⎜⎟
⎝⎠
.
(3. 77)
A
Figura 3. 19 (a) mostra o diagrama esquemático do circuito de controle adotado
para o conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS, onde os pontos
3 e 4 são conexões dos
terminais de saída do circuito de potência.
Na
Figura 3. 19 (b) está representado o circuito de drive utilizado em cada saída e
que será conectado a cada uma dos quatro IGBT’s.
18
17
16
15
14
13
12
11
1
2
3
4
5
6
7
8
UCC3895N
Ct
15V
9
10
20
19
PID
.
.
.
.
Rt
EAN
EAOUT
RAMP
REF
GND
SYNC
CT
RT
DELAB
DELCD
ADS
CS
OUTD
OUTC
VCC
PGND
OUTB
OUTA
SS/
DISB
EAP
.
3
.
+
+
R
1
R
6
R
7
R
2
C
1
C
2
R
8
C
7
C
6
C
5
Del
AB
Del
CD
R
3
Pot
C
9
C
8
C
4
C
3
R
4
R
5
4 e gnd
gnd
4
saída1
saída2
saída3
saída4
(a)
S
1
, S
2
, S
3
, S
4
15V
npn
.
.
+
+
C
11
R
9
C
12
R
10
C
10
R
12
R
11
D
1
R
13
T
1
D
2
D
3
D
5
D
6
D
4
R
14
R
15
R
16
C
13
TP
1
pnp
5,7,9,11
6,8,10,12
saída
(b)
Figura 3. 19 – Diagrama esquemático de circuito de comando dos interruptores
(a) CI utilizado com PID,
(b) circuito de driver para cada interruptor.
A Tabela 3. 11 lista os componentes utilizados para a construção do circuito de
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
61
controle do conversor projetado.
Tabela 3. 11 – Lista de componentes do circuito de controle.
QTD COMPONENTE ESPECIFICAÇÃO SIMBOLOGIA
01 Circuito integrado Texas Instruments UCC3895N
04 Transformador de pulso EE30/07 / P:25esp. S:33 esp./1x27AWG Tp
1
, Tp
2
, Tp
3
e Tp
4
01 Capacitor oscilador 820pF multicamadas C
t
01 Resistor oscilador
120kΩ/ 1/4W (multicamadas)
R
t
02 Resistor de delay
8.2kΩ/1/4W (multicamadas)
Rdel
AB
e Rdel
CD
01 Capacitor 100pF/25V (cerâmico) C
7
02 Capacitor filtro 10uF/ 35V (eletrolítico) C
3
e C
5
02 Capacitor 100nF/25V (polipropileno) C
4
e C
6
01 Capacitor 100pF C
9
01 Capacitor eap 22nF C
8
01 Resistor ADS
10Ω/1W
R
3
01 Resistor CS aterrado R
4
01 Resistor
4.7kΩ/ 1/4W
R
5
01 Potenciômetro
10kΩ
Pot
04 Res. de amortecimento
22Ω/ 1/4W (filme metálico)
Rg
1
, Rg
2
, Rg
3
e Rg
4
01 Resistor
68KΩ/ 1/4W
R
1
01 Resistor
2.2KΩ/ 1/4W
R
2
01 Resistor
3.9Ω/ 1/4W
R
6
01 Resistor
82KΩ/ 1/4W
R
7
01 Resistor
4.7KΩ/ 1/4W
R
8
01 Capacitor 820pF/63V (multicamadas) C
1
01 Capacitor 15nF/63V (multicamadas) C
2
01 Capacitor Ajuste de bancada C
f
04 Resistor
10kΩ/ 1/4W
R
9
12 Resistor
1kΩ/ 1/4W
R
10
,
R
13
e R
14
04 Resistor
1,5kΩ/ 1/4W
R
11
04 Resistor
10Ω/ 1W
R
12
08 Resistor
22Ω/ 1/4W
R
15
e R
16
08 Capacitor 10uF/35V(eletrolítico) C
11
e C
13
04 Capacitor 100nF/25V(polipropileno) C
12
04 Capacitor 680pF(cerâmico ou multicamadas) C
10
04 Transistor 2N2222A (npn) T
1
04 Transistor 2N2907 (pnp) T
2
16 Diodo 1N4148 D
2
, D
3
, D
4
e D
5
04 Diodo zener 1N4752A (33V/ 1W) D
1
01 Diodo zener C4V7PH (4,7V/ 1/2W) D
6
3.8. Conclusão
Neste capítulo foi apresentado o conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS, enfatizando
seu funcionamento através das etapas de operação e equacionamento bem como o
procedimento de projeto do circuito de potência, onde foi utilizado um modelo
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
62
simplificado com característica de fonte de corrente na saída para representar a carga.
Também foi encontrada a função de transferência do conversor através do modelo de
pequenos sinais e escolhido o compensador necessário para a malha de tensão, pois o
conversor opera em modo tensão.
Observa-se a necessidade de manter um tempo morto entre o chaveamento dos
interruptores de cada braço, evitando assim um curto-circuito de braço e a conseqüente
queima dos componentes do conversor. Portanto deve-se fazer um projeto adequado de
comando dos interruptores.
O projeto do estágio de potência do conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS foi feito
para as duas configurações da associação paralelo-paralelo sob estudo. Foi detalhado o
dimensionamento dos componentes que foram substituídos na configuração nº2, os três
indutores ressonantes
L
r
e os três capacitores de bloqueio C
b
.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO III PROJETO DOS CONVERSORES FULL-BRIDGE ZVS-PWM-PS SOB ESTUDO
63
4. Resultados de Simulação e
Experimentais do Conversor nº1
4.1. Introdução
Para verificar o princípio de operação e validar o estudo teórico do conversor, um
protótipo, com as especificações indicadas no capítulo 3, foi implementado em laboratório. O
protótipo foi construído usando os componentes listados na
Tabela 4. 1 e o circuito de
potência testado é mostrado na
Figura 4. 1.
Neste capítulo serão apresentados os resultados de simulação e experimentais obtidos
no protótipo do conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS proposto, com associação paralelo-
paralelo de transformadores utilizando apenas um indutor ressonante L
r
e um capacitor de
bloqueio C
b3
.
V
o
Rb
a2
La
2
S
1
Dz
1
Rb
a1
Cb
a1
La
1
Dz
2
Dz
3
S
3
S
4
Dz
4
C
o
S
2
+
-
Pm
Cb
a2
+
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Cb
.
.
.
.
.
.
PP
+
+
.
.
.
.
Dr
2
Dr
1
Dr
2
Dr
1
Dr
2
Dr
1
.
.
.
L
o2
L
o1
L
o3
C
DC2
C
DC2
Rz
2
Rz
1
Dg
1
Dg
2
Rz
3
Rz
4
Rb
C
f1
C
f2
pwrgnd
B
A
V
i
Tr
1
Tr
2
Tr
3
C
DC1
L
r
C
DC1
Figura 4. 1 – Circuito de potência do conversor nº1.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
64
Tabela 4. 1 – Componentes do circuito de potência da configuração nº1.
QTD COMPONENTE ESPECIFICAÇÃO SIMBOLOGIA
02
Indutor de auxílio à
comutação
750μH/70esp/3x27AWG/EE30/14/lg 0,099cm
353,7μH/47esp/6x27AWG/EE42/15/lg 0,141cm
La
1
e La
2
01 Indutor ressonante
20μH/21esp/30x27AWG/EE42/15/lg0,501cm
L
r
03 Indutor de filtragem
97,93μH/24esp/37x27AWG/EE42/20/lg 0,177cm
L
o
01 Capacitor de bloqueio
20μF / 250Vca (Polipropileno)
Cb
02 Capacitor de bloqueio
2,2μF / 400Vca (Polipropileno)
Cb
a1
e Cb
a2
02 Capacitor de filtragem
470μF/100Vcc e Rse=0,25Ω (eletrolítico)
C
o
02 Resistor de amortecimento
2 x 330Ω / 1/4W em paralelo
Rb
a1
e Rb
a2
01 Resistor de amortecimento
2 x 100Ω / 5W em paralelo
Rb
03 Diodo retificador HFA50PA60 (IRF-50A/600V) Dr
1
e Dr
2
04 Igbt GP30B60 (IRF- 30A/ 600V) S
1
, S
2
, S
3
e S
4
02 Diodo de grampeamento MUR 460 (IRF - 4A/600V) Dg
1
e Dg
2
02 Capacitor p/ ponto médio
2,2μF / 400Vca (Polipropileno)
Cdc
1
02 Capacitor p/ barramento 100nF / 630V (Polipropileno) Cdc
2
02 Capacitor p/ filtrar interf. 100nF / 630V (Polipropileno) Cf
1
e Cf
2
03 Transformador
P:42esp./10 x 27AWG,
2xS:9esp./33 x 27AWG. EE65/39 IP12
Tr
1
,Tr
2
e Tr
3
01
Dissipador para diodos e
interruptores
R
th
=0,5ºC/W Semikron
08 Diodo zener 1N4744A (15V/1W) Dz
1
,Dz
2
,Dz
3
,Dz
4
04 Resistor
4,7kΩ / 1W (filme metálico)
Rz
1
,Rz
2
,Rz
3
,Rz
4
01 Fusível 15A
Foram feitos testes com alteração de projeto no transformador T
r3
na configuração
proposta para estudar seus efeitos sobre o funcionamento do conversor.
Na Tabela 4. 2 são apresentadas às indutâncias de magnetização e dispersão medidas
nos três transformadores, incluindo as alterações construtivas, com aumento e redução em
10% do número de espiras do primário e secundário, e redução do número de espiras do
primário, feitas em T
r3
. As indutâncias foram medidas utilizando uma ponte LCR ajustada na
freqüência de 100kHz.
Tabela 4. 2 – Indutâncias dos transformadores.
(T
r1
) (T
r2
) (T
r3
)
Indutâncias
nominal nominal nominal
+10%
de espiras
-10%
de espiras
-10%
em n
L
m
(mH)
23,70 23,70 24,30 26,70 16,11 18,30
L
d
(uH)
30,40 30,12 30,80 32,60 18,89 19,27
Os resultados de simulação e experimentais do protótipo nº1 foram adquiridos para
potência de saída de Po=2000W.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
65
4.2. Análise com Relações de Transformação Iguais
Neste item são apresentadas todas as formas de onda simuladas e adquiridas no
protótipo do conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS utilizando os três transformadores
projetados e construídos da mesma forma para a configuração nº1. A relação de
transformação para cada um dos três transformadores é n = 4,5.
4.2.1. Mesmo Número de Espiras no Primário e no Secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
.
Os resultados de simulação e experimentais apresentados a seguir são para tensão de
entrada V
i
= 400V, tensão de saída Vo = 60V e razão cíclica D = 0,8.
A
Figura 4. 2 mostra a tensão entre os pontos AB e a corrente circulando no indutor
ressonante.
V
ab
IL
r
9,000ms 9,010ms 9,020ms 9,030ms 9,040ms
-80 0
-40 0
0
400
800
(a)
(b)
Figura 4. 2 – Tensão V
AB
e corrente IL
r
, (a) simulação, (b) experimental (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 3 mostra a comutação no interruptor S
1
. Observa-se que esta comutação é
ZVS na entrada em condução atendendo aos requisitos do projeto, mas é dissipativa durante o
bloqueio devido à presença da corrente de cauda peculiar ao IGBT. A
Figura 4. 4 apresenta os
detalhes da comutação no interruptor S
1
.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
66
4,0 0 0 m s 4,010ms 4, 0 2 0m s 4,
030
ms 4,040ms
-800
-400
0
400
800
Vce
Ic
(a)
(b)
Figura 4. 3 – Tensão e corrente no interruptor S
1
,
(a) simulação, (b) experimental (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
__________________________________________________________________________________________
(a
1
)
(b
1
)
(a
2
)
(b
2
)
3,639ms 3,640ms 3,642ms 3,644ms
-800
-400
0
400
800
I
c
V
ce
I
c
V
ce
3,6490ms 3,6510ms 3,6530m s3,6471ms
-800
-400
0
400
800
Figura 4. 4 – Detalhe da comutação no interruptor S
1
, (a) simulação, (b) experimental,
entrada em condução (200V/div; 5A/div; 1μs/div), bloqueio (200V/div; 5A/div; 500n/div).
A Figura 4. 5 mostra a comutação no interruptor S
3
. Observa-se que esta comutação é
ZVS na entrada em condução atendendo aos requisitos do projeto, mas é dissipativa durante o
bloqueio devido à presença da corrente de cauda peculiar ao IGBT. A Figura 4. 6 apresenta os
detalhes da comutação no interruptor S
3
.
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
67
(a)
(b)
4,000 ms 4,010ms 4,020 ms 4,030ms 4,040 ms
-
800
-
400
0
400
800
Ic
Vce
Figura 4. 5 – Tensão e corrente no interruptor S
3
,
(a) simulação, (b) experimental (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
__________________________________________________________________________________________
(a
1
)
(b
1
)
(a
2
)
(b
2
)
3,63000ms 3,63200ms 3,63400ms 3,63500ms
-800
-400
0
400
800
I
c
V
ce
3,6390ms 3,6410ms 3,6430ms 3,6440ms
-800
-400
0
400
800
I
c
V
ce
Figura 4. 6 – Detalhe da comutação no interruptor S
3
,
(a) simulação, (b) experimental (200V/div; 5A/div; 500ns/div).
Observando as Figura 4. 3 e Figura 4. 5 mostradas anteriormente, verifica-se também
que a corrente mais crítica ocorre no braço direito (S
3
, S
4
).
A Figura 4. 7 mostra as tensões e as correntes no lado primário dos transformadores T
r1
,
T
r2
e T
r3
da associação. Como esperado, a distribuição das correntes entre eles é bem
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
68
equilibrada, pois os transformadores foram projetados e construídos para serem iguais.
__________________________________________________________________________________________
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
V
p3
I
p3
9,00m s 9,01m s 9,02m s 9,.03ms 9,04m s
-800
-400
0
400
800
V
p1
I
p1
9,00m s 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
V
p2
I
p2
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-800
-400
0
400
800
Figura 4. 7 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 8 mostra as tensões e as correntes no lado secundário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. Novamente observa-se o equilíbrio na distribuição das correntes
entre eles.
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
V
S3
I
S3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
-400
V
S2
I
S2
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-200
0
200
400
-400
I
S1
V
s1
9,00m s 9,01m s 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-200
0
200
400
Figura 4. 8 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
.
(a) simulação, (b) experimental (100V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 9 mostra as tensões e as correntes em um braço do encapsulamento de cada
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
69
um dos três diodos retificadores utilizados no projeto. Nas figuras experimentais observa-se
uma tensão bem grampeada sobre os diodos.
V
d2
I
d2
9,00m s 9,01ms 9,02m s 9,03m s 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
d1
I
d1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
9,04m s
V
d3
I
d3
9,00m s 9,01ms 9,02m s 9,03ms
-400
-200
0
200
400
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 4. 9 – Tensão e corrente em D
1a
D
a2
e D
a3
,
(a) simulação, (b) experimental (100V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 10 apresenta as correntes circulando nos indutores do circuito de auxilio à
comutação. Como foi dito anteriormente, o indutor L
a2
fornece maior corrente, pois é usado
para auxiliar a comutação do braço direito (S
3
, S
4
) que é a mais crítica.
9,492ms 9,508ms 9,524ms 9,532ms
-8A
-4A
0A
4A
8A
IL
a2
9,492ms 9,508ms
9,524ms
9,532ms
-8A
-4A
0A
4A
8A
IL
a1
(a
1
) (a
2
)
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
70
(b
1
)
(b
2
)
Figura 4. 10 – Corrente em L
a1
e L
a2
, (a) simulação, (b) experimental (2A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 11 mostra as correntes circulando nos indutores filtro de saída L
o1
, L
o2
e L
o3
,
cada indutor filtra a corrente proveniente de um transformador usado na associação. Através
de comparação entre essas correntes observa-se o equilíbrio esperado.
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
9,04ms
-20A
-10A
IL
o1
9,00m s 9,01ms 9,02ms 9,03ms
0A
10A
20A
IL
o2
9,00m s 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
IL
o3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
Figura 4. 11 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
, (a) simulação, (b) experimental (5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 12 apresenta a tensão e a corrente de saída do conversor.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
71
(a)
(b)
V
o
I
o
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
Figura 4. 12 – Tensão e corrente de saída no conversor,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 50A/div; 5μs/div).
4.2.2. Acréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
.
Neste item são apresentadas algumas formas de onda simuladas e adquiridas no
protótipo do conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS utilizando três transformadores associados
em paralelo-paralelo, onde o transformador T
r3
sofreu uma alteração construtiva com o
acréscimo de 10% no número de espiras do primário e do secundário. Os resultados
experimentais são apresentados apenas para o primário, secundário e indutores do filtro de
saída, pois os resultados para todas as outras formas de onda são semelhantes aos mostrados
no item anterior com os três transformadores construídos iguais.
A Figura 4. 13 mostra as tensões e as correntes no lado primário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. Com o acréscimo no número de espiras observa-se um pequeno
desequilíbrio na distribuição das correntes entre os três transformadores com o aumento da
corrente em T
r3
.
V
p
1
I
p1
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
V
p2
I
p2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
V
p3
I
p3
9,00m s 9.01m s 9.02ms 9.03ms 9.04ms
-800
-400
0
400
800
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
72
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 4. 13 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 14 mostra as tensões e as correntes no lado secundário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. O mesmo desequilíbrio na distribuição das correntes é observado
entre os três transformadores com o aumento da corrente em T
r3
.
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
V
s3
I
s3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
s2
I
s2
9,00m s 9,01m s 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
s1
I
s1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
Figura 4. 14 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 15 mostra as correntes circulando nos indutores filtro de saída L
o1
, L
o2
e L
o3
,
cada indutor filtra a corrente proveniente de um transformador usado na associação. Através
de comparação entre essas correntes observa-se o desequilíbrio que se apresentou sobre os
transformadores mostrados nas figuras anteriores.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
73
I
Lo3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
I
Lo2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
I
Lo1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 4. 15 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
, (a) simulação, (b) experimental, (5A/div; 5μs/div).
4.2.3. Decréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
Neste item são apresentadas algumas formas de onda simuladas e adquiridas no
protótipo do conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS utilizando os três transformadores
associados em paralelo-paralelo, onde o transformador T
r3
sofreu uma alteração construtiva
com o decréscimo de 10% no número de espiras do primário e secundário.
A
Figura 4. 16 mostra as tensões e as correntes no lado primário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. Com o decréscimo no número de espiras observa-se um pequeno
desequilíbrio na distribuição das correntes entre os três transformadores com a redução da
corrente circulando em T
r3
.
9,04ms
V
p1
I
p1
9,00m s 9,01ms 9,02ms 9,03ms
-800
-400
0
400
800
V
p3
I
p3
9,00m s 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
I
p2
V
p2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
74
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 4. 16 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 17 mostra as tensões e as correntes no lado secundário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. O mesmo desequilíbrio na distribuição das correntes é observado
entre os três transformadores com a redução da corrente circulando em T
r3
.
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
I
s3
V
s3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
I
s2
V
s2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
s1
I
s1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04m s
-400
-200
0
200
400
Figura 4. 17 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 18 mostra as correntes circulando nos indutores filtro de saída L
o1
, L
o2
e L
o3
,
cada indutor filtra a corrente proveniente de um transformador usado na associação. Através
de comparação entre essas correntes, observa-se o desequilíbrio que também se apresentou
sobre os transformadores mostrados nas figuras anteriores.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
75
I
Lo2
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03ms 9 ,04ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
I
Lo3
9.000ms 9.010ms 9.020ms 9.030ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
I
Lo1
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
) (b
2
)
(b
3
)
Figura 4. 18 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
, (a) simulação, (b) experimental, (5A/div; 5μs/div).
4.3. Análise com Relações de Transformação Diferentes
Neste item são apresentadas algumas formas de onda simuladas e adquiridas no
protótipo do conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS utilizando os três transformadores T
r1
, T
r2
e T
r3
, onde o transformador T
r3
sofreu uma alteração construtiva para variar sua relação de
transformação. Com a redução de 10% no número de espiras do primário, a nova relação de
transformação de T
r3
passou a ser n = 4,2.
4.3.1. Decréscimo de 10% de Espiras no Primário de T
r3
A Figura 4. 19 mostra as tensões e as correntes no lado primário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. Com o decréscimo no número de espiras do primário do
transformador T
r3
, observa-se um grande desequilíbrio na distribuição das correntes entre os
três transformadores. A maior parte da corrente processada pelo conversor circula pelo
transformador T
r3
.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
76
V
p3
I
p3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
V
p1
I
p1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms
-800
-400
0
400
800
V
p2
I
p2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 4. 19 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 20 mostra as tensões e as correntes no lado secundário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. O mesmo desequilíbrio na distribuição das correntes é observado
entre os três transformadores.
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
V
S3
I
S3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
S2
I
S2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
S1
I
S1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
Figura 4. 20 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 4. 21 mostra as correntes circulando nos indutores filtro de saída, L
o1
, L
o2
e
L
o3
, cada indutor filtra a corrente proveniente de um transformador usado na associação.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
77
Através de comparação entre essas correntes fica bem fácil observar o severo desequilíbrio
que se apresentou sobre os transformadores refletindo-se também sobre os indutores do filtro
de saída.
I
Lo1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-40A
-20A
0A
20A
40A
I
Lo3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-40A
-20A
0A
20A
40A
I
Lo2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-40A
-20A
0A
20A
40A
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 4. 21 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
, (a) simulação, (b) experimental, (10A/div; 5μs/div).
4.4. Curvas de Comportamento das Correntes
Neste item são apresentadas as curvas de comportamento das correntes no primário dos
transformadores e nos indutores do filtro de saída em função da corrente de carga e também,
as curvas de rendimento obtidas no protótipo do conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS para
cada um dos testes feitos na configuração nº1.
As curvas foram obtidas mantendo a tensão de entrada Vi=400V e tensão de saída
Vo=60V.
4.4.1. Mesmo Número de Espiras no Primário e no Secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
As correntes observadas no transformador T
r3
e indutor IL
o3
sofreram uma variação
desprezível, refletindo o bom equilíbrio na distribuição de correntes entre eles, ou seja, cada
transformador processou cerca de 33,3% da corrente total do conversor, como pode ser
observado na Figura 4. 22.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
78
Ipef X Io
0
1
2
3
10 13 19,8 23 26 36
Io[A]
Ipef[A]
Ip1
Ip2
Ip3
ILo X Io
0
5
10
15
10 13 19,8 23 26 36
Io[A]
ILo[A]
ILo1
ILo2
ILo3
(a) (b)
Figura 4. 22 – (a) Corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga,
(b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga.
4.4.2. Acréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
As correntes observadas no transformador T
r3
e indutor IL
o3
sofreram um acréscimo de
carga processando cerca de 41% da corrente total do projeto, como pode ser observado na
Figura 4. 23.
Ipef X Io
0
1
2
3
9 13 20 23 26,5 35
Io[A]
Ipef [A]
Ip1
Ip2
Ip3
ILo X Io
0
5
10
15
9 13 20 23 26,5 35
Io[A]
ILo[A]
ILo1
ILo2
ILo3
(a)
(b)
Figura 4. 23 – (a) Corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga,
(b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga.
4.4.3. Decréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de T
r3
Adotando novamente as correntes no transformador T
r1
e no indutor IL
o1
como
referências, as correntes observadas no transformador T
r3
e indutor IL
o3
sofreram um
decréscimo de carga processando cerca de 20% da corrente total do projeto, como pode ser
observado na Figura 4. 24.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
79
ILo X Io
0
5
10
15
10 13 19 24 26 35
Io[A]
ILo[A]
ILo1
ILo2
ILo3
Ipef X Io
0
1
2
3
10 13 19 24 26 35
Io[A]
Ipef[A]
Ip1
Ip2
Ip3
(a)
(b)
Figura 4. 24 – (a) Corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga,
(b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus corrente de carga.
4.4.4. Decréscimo de 10% de Espiras no Primário de T
r3
Como é mostrado na Figura 4. 25 (a), o desequilíbrio entre as correntes eficazes dos
transformadores é severo e o transformador T
r3
processa aproximadamente 75% da corrente
total. Observando a Figura 4. 25 (b), nota-se que o indutor IL
o3
processa também cerca de
75% do valor total da corrente do projeto.
ILo X Io
0
10
20
30
11 13 21 23 28 36
Io[A]
ILo[A]
ILo1
ILo2
ILo3
Ipef X Io
0
2
4
6
8
11 13 21 23 28 36
Io[A]
Ipef [A]
Ip1
Ip2
Ip3
(a)
(b)
Figura 4. 25 – (a) Corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga,
(b) corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga.
4.4.5. Curvas de Rendimento.
A seguir são apresentadas, na Figura 4. 26, as curvas de rendimento obtidas nesta
configuração para a associação em paralelo-paralelo dos três transformadores iguais e para as
mudanças feitas em um dos transformadores.
__________________________________________________________________________________________
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
80
Transformadores iguais
60%
70%
80%
90%
100%
10 13 19,8 23 26 36
n[%]
n
Acréscimo de 10%
60%
70%
80%
90%
100%
9 13 20 23 26,5 35
Io[A]
n[%]
n
(a)
(b)
(c)
(d)
Decréscimo de 10%
60%
70%
80%
90%
100%
10 13 19 24 26 35
Io[A]
n[%]
n
Alteração em n
60%
70%
80%
90%
100%
11 13 21 23 28 36
Io[A]
n[%]
n
Figura 4. 26 – Curvas de rendimento, (a) transformadores iguais, (b) acréscimo de 10% nas espiras de T
r3
,
(c) decréscimo de 10% nas espiras de T
r3
, (d) decréscimo de 10% nas espiras do primário de T
r3
.
Seguindo este princípio, pode-se afirmar que, se o projeto for submetido a testes em
tensão e corrente nominais, o transformador T
r3
, que apresentou sobrecarga no caso mais
crítico, também apresentará sobre-aquecimento, aumento nas perdas e conseqüentemente
provocará uma redução no rendimento total do projeto.
E como foi explicado no item 2.7.1 do capítulo 2, as correntes que circulam nos
primários dos transformadores, influenciadas apenas pelas impedâncias de dispersão, sofrem
diretamente os efeitos de variações destas impedâncias ficando desequilibradas.
4.5. Conclusão
Quando são feitas alterações no valor das indutâncias dos transformadores sem
alteração sua relação de transformação, o desequilíbrio de corrente através do circuito é
pequeno.
O caso mais crítico apresenta-se quando é utilizado um transformador com relação de
transformação diferente dos outros na associação. O desequilíbrio observado é severo,
podendo sobrecarregar e sobre-aquecer o transformador T
r3
se for testado no seu valor
nominal de projeto.
__________________________________________________________________________________________
Ficou então evidenciado que alterações na indutância de dispersão de um transformador
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
81
__________________________________________________________________________________________
se ref
s de associação de transformadores, embora
muito
letem diretamente na corrente através dele.
Conclui-se então que a aplicação de técnica
útil, deve ser feita com cautela, pois qualquer alteração construtiva nos transformadores
gera um desequilíbrio da potência processada entre eles. Este desequilíbrio pode prejudicar o
funcionamento total da planta reduzindo seu rendimento se o projeto for submetido a valores
nominais.
C
APÍTULO IV - RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº1
82
5. Resultados de Simulação e
Experimentais do Conversor nº2
5.1. Introdução
Neste capítulo serão apresentados os resultados experimentais obtidos do protótipo do
conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS com associação paralelo-paralelo de transformadores
conectando um indutor ressonante L
r
e um capacitor de bloqueio de nível CC, C
b
independente para cada transformador. O circuito de potência do protótipo é mostrado na
Figura 5. 1.
La
2
S
1
Dz
1
Rb
a1
Cb
a1
La
1
Dz
2
Dz
3
S
3
S
4
Dz
4
C
o
S
2
Pm
Cb
a2
Rb
a2
+
5
6
7
8
9
10
11
12
Cb
2
.
.
.
.
.
.
PP
+
+
..
.
.
Dr
2
Dr
1
Dr
2
Dr
1
Dr
2
Dr
1
.
.
.
L
o2
L
o1
L
o3
C
DC2
C
DC2
Rz
2
Rz
1
Dg
1,2,3
Dg
4,5,6
Rz
3
Rz
4
Rb
2
C
f1
V
o
pwrgnd
B
A
V
i
Tr
1
Tr
2
Tr
3
C
DC1
L
r2
L
r1
L
r3
C
DC1
Cb
3
Rb
3
Cb
1
Rb
1
..
3
4
-
+
Figura 5. 1 – Circuito de potência do conversor nº2.
Os componentes utilizados na configuração nº2 são os mesmo utilizados no circuito da
configuração nº1 com exceção dos listados abaixo na Tabela 5. 1.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
83
Tabela 5. 1 – Componentes do circuito de potência da configuração nº2.
QTD COMPONENTE ESPECIFICAÇÃO SIMBOLOGIA
03 Indutor ressonante
60μH/31esp/10x27AWG/ E30/14/lg 0,123cm
L
r1
, L
r2
e L
r3
03 Capacitor de bloqueio
20μF / 250Vca (Polipropileno)
Cb
1
, Cb
2
e Cb
3
03 Resistor de amortecimento
120Ω / 4W
Rb
1
, Rb
2
e Rb
3
06 Diodo de grampeamento MUR 460 (IRF - 4A/600V)
Dg
1
, Dg
2
, Dg
3
,
Dg
4
, Dg
5
e Dg
6
Foram feitos testes com alteração de projeto no transformador T
r3
na configuração
proposta para estudar seus efeitos sobre o funcionamento do conversor.
Os resultados de simulação e experimentais do protótipo nº2 foram adquiridos para
potência de saída de Po=2000W.
5.2. Análise com Relações de Transformação Iguais
Neste item são apresentadas todas as formas de onda adquiridas no protótipo do
conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS utilizando os três transformadores projetados e
construídos de forma idêntica. A relação de transformação em cada um dos três
transformadores é n = 4,5.
Foram feitos testes com alteração de projeto no transformador da associação T
r3
da
configuração para estudar o efeito das alterações sobre o funcionamento do conversor, mais
especificamente o equilíbrio das correntes entre os transformadores e também nos indutores
do filtro de saída.
5.2.1. Mesmo Número de Espiras no Primário e no Secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
Os resultados de simulação e experimentais apresentados a seguir são para tensão de
entrada V
i
= 400V, tensão de saída V
o
= 60V e razão cíclica D = 0,8.
A
Figura 5. 2 mostra a tensão entre os pontos AB e a corrente circulando no indutor
ressonante.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
84
V
ab
IL
r
9,00m s 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
(a)
(b)
Figura 5. 2 – Tensão V
AB
e corrente IL
r
, (a) simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 5. 3 mostra a comutação no interruptor S
1
. Observa-se que esta comutação é
ZVS na entrada em condução atendendo aos requisitos do projeto, mas é dissipativa durante o
bloqueio devido à presença da corrente de cauda peculiar ao IGBT. E a Figura 5. 4 apresenta
os detalhes da comutação no interruptor S
1
.
Vce
Ic
4,00ms 4,01ms 4,02ms 4,03m s 4,04ms
-800
-400
0
400
800
(a)
(b)
Figura 5. 3 – Tensão e corrente no interruptor S
1
,
(a) simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
(a
1
)
(b
1
)
1,257
1,259
1,261
1,263
-800
-400
0
400
800
Vc
Ic
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
85
(a
2
)
(b
2
)
Figura 5. 4 – Detalhe da comutação no interruptor S
1
, (a) simulação, (b) experimental,
entrada em condução (200V/div; 5A/div; 1μs/div), bloqueio (200V/div; 5A/div; 500n/div).
A Figura 5. 5 mostra a comutação no interruptor S
3
. Observa-se que esta comutação é
ZVS na entrada em condução atendendo aos requisitos do projeto, mas é dissipativa durante o
bloqueio devido à presença da corrente de cauda peculiar ao IGBT.
(a)
(b)
Figura 5. 5 – Tensão e corrente no interruptor S
3
,
(a) simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 5. 6 apresenta os detalhes da comutação no interruptor S
3
.
(a
1
)
(b
1
)
800
1,246
0
1,248
0
1,250
0
1,252
0
-800
-400
0
400
Vc
Ic
Ic
Vce
4,00m s 4,01ms 4,02ms 4,03m s 4,04ms
-800
-400
0
400
800
800
1,249ms 1,251ms 1,253ms 1,255ms
-400
0
400
-800
Vce
Ic
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
86
1,260m s 1,261m s 1,262m s 1,263ms
-800
-400
0
400
800
Vce
Ic
(a
2
)
(b
2
)
Figura 5. 6 – Detalhe da comutação no interruptor S
3
, (a) simulação, (b) experimental,
entrada em condução (200V/div; 5A/div; 1μs/div), bloqueio (200V/div; 5A/div; 500n/div).
Figura 5. 6
também que a corrente mais crítica ocorre no br
A Figura 5. 7 mostra as tensões e as corrent
r1
,
T
r2
e T
r3
da associação. Como esperado, a distribui
equilibrada, pois os transformadores foram pr
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 5. 7 – Tensão e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 5. 8 mostra as tensões e as correntes no lado secundário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. Novamente, observa-se o equilíbrio na distribuição das correntes
entre eles.
Observando a Figura 5. 6 (a) e a (b) mostradas anteriormente, verifica-se
aço direito composto por (S
3
,S
4
).
es no lado primário dos transformadores T
ção das correntes entre eles é bem
ojetados e construídos para serem iguais.
800
(a
1
) (a
2
) (a
V
p1
I
p1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
V
p2
I
p2
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-800
800
-400
0
40
0
V
p3
I
p3
9,00ms 9,01m s 9,02m s 9,03m s 9,04m s
-800
800
-400
0
400
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
87
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
)
F
).
r a comutação do braço direito dado por (S
3
, S
4
) que é a mais crítica.
(a
1
)
(a
2
)
(b
3
igura 5. 8 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 5A/div; 5μs/div
A Figura 5. 9 apresenta as correntes circulando nos indutores do circuito de auxilio à
comutação. Como foi dito anteriormente, o indutor L
a2
fornece maior corrente, pois é usado
para auxilia
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
s1
I
s1
9,00ms 9,01m s 9,02m s 9,03m s 9,04ms
-400
-200
0
200
400
I
s2
V
s2
9,00m s 9,01m s
400
9,02m s 9,03m s 9,04m s
-400
-200
0
200
V
s3
I
s3
I
La1
9,020m s 9,030m s 9,040m s 9,050ms
-8A
-4A
0A
4A
8A
I
La2
8A
9,01m s 9,02m s 9,03m s 9,04m s 9,05ms
-8A
-4A
0
A
4A
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
88
(b
1
)
(b
2
)
ndutores auxiliares L
a1
e L
a2
,
Figura 5. 9 – Corrente nos i
ntal, (2A/div; 5μs/div)
A Figura 5. 10 mostra as tensões e as correntes em um braço do encapsulamento de
cada um dos três diodos retificadores utilizados no projeto. Nas figuras experimentais
observa-se uma tensão bem grampeada sobre os diodos.
(a
2
)
(a
3
)
ndutores filtro de saída L
o1
,
L
o2
e L
o3
,
onde cada indutor filtra a corrente proveniente de um transformador usado na associação.
Através de comparação entre essas correntes observa-se um bom equilíbrio.
(a) simulação, (b) experime .
(a
1
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 5. 10 – Tensão e corrente em D
a1
, D
a2
e D
a3
,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 5. 11 mostra as correntes circulando nos i
400 400 400
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
I
Da1
V
Da1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
I
Da2
V
Da2
V
Da3
I
Da3
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03m s 9,04m s
-400
-200
0
200
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
89
40A
I
Lo1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04m s
-40A
-20A
0A
20A
40A
(a
1
)
(a
2
)
(
(b
(
Figura 5. 11 – Corre , (5A/div; 5μs/div).
)
e corrente de saída no conversor,
perimental, (50V/div; 50A/div; 5μs/div).
Acréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de Tr3
as formas de onda adquiridas do protótipo do
M-ZVS-PS utilizando os três transformadores, onde o
T
r3
sofreu uma alteração construtiva com o acréscimo de 10% no número de
espiras do primário e do secundário.
s transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. Com o acréscimo no número de espiras observa-se um pequeno
a
3
)
(b
1
)
2
)
b
3
)
nte em L
o1
, L
o2
e L
o3
, (a) simulação, (b) experimental
A Figura 5. 12 apresenta a tensão e a corrente de saída do conversor.
(a
(b)
Figura 5. 12 – Tensão
(a) simulação, (b) ex
5.2.2.
Neste item são apresentadas algum
conversor CC-CC FB PW
transformador
A Figura 5. 13 mostra as tensões e as correntes no lado primário do
I
Lo2
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-40A
-20A
0A
20A
I
Lo3
9,00ms 9,01ms 9,02m s 9,03ms 9,04m s
-40A
-20A
0A
20A
40A
-200
V
o
I
o
9,020ms 9,030m s 9,040m s 9,050ms 9,061ms
100
0
-100
200
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
90
desequilíbrio na distribuição das correntes entre os
te em T
r3
.
três transformadores com o aumento da
corren
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
o e corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 5. 14 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 5. 15 mostra as correntes circulando nos indutores filtro de saída L
o1
,
L
o2
e L
o3
,
800
800
800
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 5. 13 – Tensã
A Figura 5. 14 mostra as tensões e as correntes no lado secundário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. O mesmo desequilíbrio na distribuição das correntes é observado
nos três transformadores com o aumento das espiras em T
r3
.
V
p1
I
p1
9,00ms 9,01m s 9,02m s 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
V
p2
I
p2
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03m s 9,04m s
-800
-400
0
400
V
p3
I
p3
9.000ms 9.010m s 9.020ms 9.030m s 9.040m s
-800
-400
0
400
400 400 400
V
S1
I
S1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
V
S2
I
S2
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
V
S3
I
S3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-400
-200
0
200
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
91
onde cada indutor filtra a corrente proveniente de um transformador usado na associação.
elhor o desequilíbrio que se Através de comparação entre essas correntes observa-se m
apresentou sobre os transformadores mostrados nas figuras anteriores.
(a
2
)
(a
3
)
) perimental, (5A/div; 5μs/div).
Neste item são apresentadas algum
conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS utilizando os três transfor
transformador T
r3
sofreu uma alteração construtiva com o decrés
espiras do primário e do secundário.
A Figura 5. 16 mostra as tensões e as correntes no lado primário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. Com o decréscimo no número de espiras observa-se um pequeno
desequilíbrio na distribuição das correntes entre os três transformadores com a redução da
corrente circulando em T
r3
.
20A 20A
20A
(a
1
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 5. 15 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
, (a) simulação, (b ex
5.2.3. Decréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de Tr3
as formas de onda adquiridas no protótipo do
madores, onde o
cimo de 10% no número de
I
Lo1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04m s
-20A
-10A
0A
10A
I
Lo2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04m s
-20A
-10A
0A
10A
I
Lo3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
92
800800
800
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
Figura 5. 16 – Tensão e corrente no primário de T
(a) simulação, (b) experim l, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A e dores
bservado
entre os três transformadores com a redução da corrente circulando em T
r3
.
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 5. 17 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 5. 18 mostra as correntes circulando nos indutores filtro de saída L
o1
,
L
o2
e L
o3
,
onde cada indutor filtra a corrente proveniente de um transformador usado na associação.
(b
3
)
r1
, T
r2
e T
r3
,
enta
Figura 5. 17 mostra as tensõ s e as correntes no lado secundário dos transforma
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. O mesmo desequilíbrio na distribuição das correntes é o
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
9,04ms
V
p1
I
p1
9,00ms 9,01m s 9,02ms 9,03ms
-800
-400
0
400
V
p3
I
p3
9,00ms 9,01m s 9,02m s 9,03m s 9,04ms
-800
-400
0
400
I
p2
V
p2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-800
-400
0
400
V
S1
I
S1
9,00m s 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
S2
I
S2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
400
V
S3
I
S3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04m s
-400
-200
0
200
400
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
93
(a
1
)
(a
2
)
(
(
Figura 5. 18 – iv; 5μs/div).
5.3. A
conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS utilizando os três transformadores, onde o
Com a redução de 10% no número de espiras do prim
T
r3
passou a ser n = 4,2.
5.3.1. Decréscimo de 10% de Espiras no Primário de Tr3
A Figura 5. 19 mostra as tensões e as correntes no lado primário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. Com o decréscimo no número de espiras do primário do
transformador T
r3
,
observa-se um grande desequilíbrio na distribuição das correntes entre os
três transformadores. A maior parte da corrente processada pelo conversor circula pelo
transformador T
r3
.
a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
b
3
)
Corrente em L , L e L , (a) simulação, (b) experimental, (5A/
o1 o2 o3
d
nálise com Relações de Transformação Diferentes
Neste item são apresentadas algumas formas de onda adquiridas do protótipo do
transformador T
r3
sofreu uma alteração construtiva variando sua relação de transformação.
ário, a nova relação de transformação de
9,00ms 9,01m s
20A
9,02ms 9,03ms 9,04m s
-20A
-10A
0A
10A
I
Lo1
-10A
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-20A
0A
10A
20A
I
Lo2
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
20A
I
Lo3
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
94
(a
1
)
(a
2
)
(a
3
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
V
p3
I
p3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-800
-400
0
400
800
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
I
p1
V
p1
V
p2
I
p2
9,00m s 9,01m s 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-800
-400
0
400
800
Figura 5. 19 – Tensão e rrente no primário de Tco
o secundário dos transformadores
T
r1
, T
r2
e T
r3
da associação. O mesmo desequilíbrio na distribuição das correntes é observado
entre
(a
1
)
(b
1
)
(b
2
)
(b
3
)
Figura 5. 20 – Tensão e corrente no secundário de T
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (100V/div; 10A/div; 5μs/div).
A Figura 5. 21 mostra as correntes circulando nos indutores filtro de saída, cada indutor
L
o1
,
L
o2
e L
o3
, onde cada indutor filtra a corrente proveniente de um transformador usado na
associação. Através de comparação entre essas correntes fica bem fácil observar o severo
r1
, T
r2
e T
r3
,
(a) simulação, (b) experimental, (200V/div; 5A/div; 5μs/div).
A Figura 5. 20 mostra as tensões e as correntes no lad
os três transformadores.
(a
2
)
(a
3
)
400
V
S1
I
S1
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-400
-200
0
200
V
S2
I
S2
9,00ms
9,01m s 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-400
-200
0
200
400
I
S3
V
S3
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
0
-200
-400
200
400
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
95
desequilíbrio que se apresentou sobre os transformadores refletindo-se também sobre os
indutores do filtro de saída.
(a
2
)
(a
3
)
to das Correntes
transformadores e nos indutores do filtro de saída em relação a co
protótipo do conversor CC-CC FB PWM-ZVS-PS para cada um
configuração nº2.
As curvas foram obtidas mantendo a tensão de entrada
V
o
=60V.
5.4.1. Mesmo Número de Espiras no Primário e no Secundário de Tr1, Tr2 e Tr3
As correntes observadas no transformador T
r3
e indutor IL
o3
sofreram uma variação
percentual desprezível, refletindo o bom equilíbrio na distribuição de correntes entre eles, ou
seja, cada transformador processou cerca de 33% da corrente total do conversor, conforme
mostrado n ura 5. 22.
(a
1
)
(b
1
) (b
2
)
(b
3
)
Figura 5. 21 – Corrente em L
o1
, L
o2
e L
o3
, (a) simulação, (b) experimental, (10A/div; 5μs/div).
5.4. Curvas de Comportamen
20A
20A 20A
Neste item são apresentadas as curvas de comportamento das correntes no primário dos
rrente de carga obtidas do
dos testes feitos na
V
i
=400V e tensão de saída
a Fig
9,00ms 9,01ms 9,02ms 9,03ms 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
I
Lo1
I
Lo2
9,00m s 9,01ms 9,02ms 9,03m s 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
I
Lo3
9,00m s 9,01m s 9,02m s 9,03m s 9,04ms
-20A
-10A
0A
10A
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
96
(a)
(b)
Figura 5. 22 – (a) Corre
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de car
(b) corrente em L
o1
,
L
o2
e ersus a corrente de carga.
As correntes observadas no transform IL
processando cerca de 36% da corrente total do projeto conforme
r1 r2 r3
(b) corrente em L
o1
,
L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga.
As correntes observadas no transformador T
r3
e indutor IL
o3
sofreram um decréscimo
a 5. 24.
(a)
(b)
Figura 5. 24 – (a) Corrente no primário de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga,
(b) corrente em L
o1
,
L
o2
e L
o3
versus a corrente de carga.
nte no primário de T
L
ga,
o3
v
5.4.2. Acréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de Tr3
ador T
r3
e indutor
o3
sofreram um acréscimo
mostrado na Figura 5. 23.
(a)
(b)
Figura 5. 23 – (a) Corrente no primário de T , T e T versus a corrente de carga,
5.4.3. Decréscimo de 10% de Espiras no Primário e no Secundário de Tr3
processando cerca de 30% da corrente total do projeto conforme mostrado na Figur
Ipef X Io
f[A ]
0
1
2
3
10 13 19,7 21 27 36
Io[A ]
Ipe
Ip1
Ip2
Ip3
Ipef X Io
0
3
Ipef[A]
1
2
9 1221232635
Io[A]
Ip1
Ip2
Ip3
ILo X Io
0
5
10
15
10 13 19,7 21 27 36
Io[A ]
ILo[A ]
ILo1
ILo2
ILo3
ILo X Io
5
10
[A]
ILo
15
ILo1
ILo2
ILo3
0
9 1221232635
Io[A]
Ipef X Io
1
2
3
f[A]
0
10 12 19 22 24 35
Io[A]
Ipe
Ip1
Ip2
Ip3
ILo X Io
10
15
ILo[A]
0
5
10 12 19 22 24 35
Io[A]
ILo1
ILo2
ILo3
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
97
5.4.4. Decréscimo de 10% de Espiras no Primário de Tr3
Observando a Figura 5. 25 (a),
dos transformadores é de 2A, portanto T
r3
mostrado na Figura 5. 25 (b), a corrente no
outros, o que significa que ele processa 50%
nota-se que o desequilíbrio entre as correntes eficazes
processa cerca de 50% da corrente total. Como é
indutor de saída IL
o3
é cerca de 8A maior que nos
da corrente total de saída do conversor.
(b)
de T
r1
, T
r2
e T
r3
versus a corrente de carga,
o3
versus a corrente de carga.
, as curvas de rendimento obtidas nesta
o no caso dos três elementos iguais e para o
Ip
0
2
6
8
1
Ipef[A]
ef X Io
(a)
Figura 5. 25 – (a) Corrente no primário
(b) corrente em L
o1
,
L
o2
e L
5.4.5. Curvas de Rendimento
A seguir são apresentadas, na Figura 5. 26
configuração para a associação paralelo-paralel
caso das variações no transformador T
r3
.
(a)
(b)
4
1 13 20 25,5 27 36
Io[A]
Ip1
Ip2
Ip3
IL
10
o X Io
30
ILo[A]
0
11 13 20 25,5 27 36
Io[A]
20
ILo1
ILo2
ILo3
Transformadores iguais
60%
10 13 19,7 21 27 36
70%
80%
n[%
90%
100%
]
n
Acréscimo de 10%
60%
70%
80%
9 1221232635
90%
Io[A]
100%
n[%]
n
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
98
(c)
(d)
dores iguais, (b) acréscimo de 10% nas espiras de T
r3
,
scimo de 10% nas espiras do primário de T
r3
.
onversor apresenta rendimento, em torno de 90%,
assim como para o caso dos transformadores
Figura 5. 26 – Curvas de rendimento, (a) transforma
(c) decréscimo de 10% nas espiras de T
r3
, (d) acré
Como mostrado na Figura 5. 26 o c
tanto para o caso dos transformadores iguais
com características construtivas diferentes.
Embora os testes tenham sido feitos com uma potência inferior àquela projetada, os
resultados ição das
correntes quando são associados transformadores com diferenças construtivas.
Seguindo este princípio, pode-se afirmar que, quando o projeto for submetido a testes
em te
al do projeto.
as corre
influenciadas pelas impedâncias dos indutores de
quando é utilizada a configuração nº2. Portanto, as
influenciam pouco no problema de desequilíbrio de
estas são pequenas em relação às impedâncias d
5.5. Conclusão
Na conexão usando, para cada transformador, um indutor ressoante e um capacitor de
bloqueio do nível CC, não ocorre desequilíbrio de corrente através dos três transformadores
quando são consideradas as relações de transformação iguais.
Novamente as correntes se mostram bem equilibradas entre os transformadores do
arranjo quando são feitas alterações construtivas mantendo a mesma relação de
transformação. O caso mais crítico ocorre quando é utilizado um transformador com relação
são válido em na distribus, pois evidenciam b o desequilíbrio apresentado
nsão e corrente nominais, o transformador T
r3
, que apresentou sobrecarga no caso mais
crítico, também apresentará sobre-aquecimento, aumento nas perdas e conseqüentemente
provocará uma redução no rendimento tot
E como foi explicado no capítulo 2, ntes que circulam nos transformadores são
comutação e pelas impedâncias de dispersão
variações das impedâncias de dispersão
corrente através dos transformadores, pois
e comutação.
Decréscimo de 10%
60%
70%
80%
90%
10 12 19 22 24 35
100%
Io[A]
n[%]
n
Alteração em n
Io[A]
60%
70%
80%
90%
100%
11 13 20 25,5 27 36
n[%]
n
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
99
de transformação diferente na associação, embora as correntes estejam mais equilibradas que
na configuração nº1, o transformador T
r3
concentra o maior percentual da corrente.
A presença dos indutores ressonantes de comutação associados a cada transformador
equilibra melhor a distribuição de correntes. Isto ocorre devido às indutâncias de dispersão
destes transformadores serem bem menores que as indutâncias ressonantes.
Numa aplicação prática, quando se utiliza a configuração paralelo-paralelo na
associação de transformadores, o circuito da configuração nº2 é mais ad ado, embora ainda
comp
equ
seja recomendado manter a simetria nos transformadores e das conexões dos circuitos e outros
onentes para evitar o desequilíbrio do processamento de potência entre estes
transformadores.
_______________________________________________________________________________________
C
APÍTULO V RESULTADOS DE SIMULAÇÃO E EXPERIMENTAIS DO CONVERSOR Nº2
100
CONCLUSÃO
As técnicas de associações de semicondutores, núcleos de transformadores ou de
conversores conhecidas não atendem bem a algumas necessidades atuais do mercado, pois
apresentam limitações de equilíbrio estático e dinâmico e modularidade do projeto além de
impor certas restrições ao seu funcionamento adequado.
A diversidade de formas, tamanhos e materiais magnéticos disponíveis atualmente
possibilita uma escolha de núcleos adequados a cada necessidade e facilita também, a
utilização de transformadores multielementos.
O transformador multielementos é considerado um conjunto de elementos quase
idênticos que preservam as mesmas propriedades magnéticas. Estas semelhanças entre as
características magnéticas possibilitam a distribuição de tensão entre os elementos associados
em série e a distribuição de corrente entre os elementos associados em paralelo.
Dentre as quatro configurações de associação de transformadores apresentadas neste
trabalho, foi feito um estudo mais detalhado do arranjo paralelo-paralelo aplicado ao
conversor CC-CC FB ZVS-PWM-PS. E foram adotadas duas topologias para ele.
Os testes feitos com a configuração nº1, onde são utilizados apenas um indutor
ressonante e um capacitor de bloqueio para os três transformadores associados, mostraram o
equilíbrio esperado na distribuição de correntes entre transformadores idênticos.
Os testes também mostraram que qualquer diferença construtiva em um dos
transformadores (variação na indutância de dispersão), principalmente se for alterada sua
relação de transformação, desequilibra a distribuição de correntes podendo levar este
elemento a uma sobrecarga e sobre-aquecimento se forem utilizados em tensão e corrente
nominais. Portanto, se for utilizada esta topologia, cuidados especiais devem ser tomados para
manter simétricos os parâmetros dos transformadores e das ligações dos circuitos.
Ao utilizar a configuração nº2, com um indutor ressonante e um capacitor de bloqueio
para cada transformador da associação separadamente, observou-se uma melhor distribuição
das correntes entre os elementos, mesmo quando existem diferenças construtivas entre eles.
Para o caso de diferença na relação de transformação, a sobrecarga em T
r3
caiu de 75% na
configuração nº1 para 50% na configuração nº2.
A utilização de modelos com impedâncias para representar as configurações das
__________________________________________________________________________________________
CONCLUSÃO
101
associações paralelo-paralelo apresentadas se mostrou bem prático. Neste modelo, a
indutância de magnetização é considerada infinita e as resistências são desprezadas, o que
deixa bem clara a forma como é distribuída a corrente através dos transformadores.
Numa aplicação prática recomenda-se utilizar o conversor com a configuração nº2.
Entretanto, deve-se, ainda, tentar manter as recomendações de simetria nos
transformadores e nas conexões dos circuitos e outros componentes.
Como propostas para trabalhos futuros são sugeridos testes com outros arranjos
propostos neste trabalho, configuração série-série e configuração mista. Pode-se também
utilizar os indutores do filtro de saída acoplados ou ainda utilizar os indutores ressonantes
acoplados.
__________________________________________________________________________________________
CONCLUSÃO
102
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