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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE AGRONOMIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
CARACTERÍSTICAS PÓS-ABATE DE NOVILHOS TERMINADOS COM
SILAGEM DE GIRASSOL (HELIANTHUS ANNUUS L.)
DARI CELESTINO ALVES FILHO
Engenheiro Agrônomo/UFSM
Mestre em Zootecnia/UFSM
Tese apresentada como um dos requisitos à obtenção do Grau de Doutor em
Zootecnia
Área de Concentração Produção Animal
Porto Alegre (RS), Brasil
Dezembro de 2007
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ii
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Dari Celestino Alves e Lucir Eva de Arruda Alves,
pela dedicação, carinho e amor. Vocês são os grandes mentores para o êxito
desta obra.
A Daniela, que continue sendo esse exemplo de irmã e mulher.
Ao Prof. lio Otávio Jardim Barcellos, que demonstrou ser além de
um grande amigo, um excelente orientador. A sua dedicação, confiaa e
dinamismo é um modelo a ser seguido.
Aos integrantes do NESPRO pela amizade e companheirismo.
Aos demais professores do Departamento de Zootecnia da UFRGS
pelo conhecimento didático e profissional repassado em sala de aula.
Um agradecimento especial à amiga Ione, pelo profissionalismo
impecável.
Ao Prof. Ivan Luiz Brondani por sua co-orientação e ao Prof. José
Henrique Souza da Silva, pelas sugestões e auxílio nas análises estatísticas.
A toda equipe do Laboratório de Bovinocultura de Corte, desde os
doutorandos até os estagiários do colégio agrícola, em especial ao Mestrando
Leandro da Silva Freitas o qual foi essencial para a execão deste estudo.
Aos colegas de departamento e à UFSM por terem autorizado o
afastamento e à Capes pela concessão de Bolsa.
Aos amigos Léo, Fernando, Ricardo, Angélica e Luciana, um grande
e sincero abraço.
E acima de tudo à minha Karine, a qual é tudo na minha vida, dedico
a você esta Tese. TE AMO!
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iii
CARACTERÍSTICAS PÓS-ABATE DE NOVILHOS TERMINADOS COM
SILAGEM DE GIRASSOL (HELIANTHUS ANNUUS L.)
1
Autor: Dari Celestino Alves Filho
Orientador: Prof. Júlio Otávio Jardim Barcellos
Co-Orientador: Ivan Luiz Brondani
RESUMO
Objetivou-se avaliar as características da carcaça, da carne e do
corpo vazio de novilhos terminados em confinamento submetidos a inclusões
parciais na dieta de silagem de girassol (Helianthus annuus L.) em substituição
à silagem de milho (Zea mays L.). Incluiu-se 0% de silagem de girassol (IG00);
33% de silagem de girassol (IG33) e 66% de silagem de girassol (IG66) com
base na matéria seca (MS). Os animais foram abatidos quando a espessura de
gordura subcutânea ficou entre 3 e 6 mm. A dieta consumida continha relação
volumoso:concentrado de 60:40 (com base na MS), com 12,26; 12,51 e
12,79% de proteína bruta, 2,85; 2,88 e 2,93 Mcal de energia digesvel/kg de
MS, e 4,06; 5,29 e 7,15% de extrato ereo, respectivamente. Novilhos IG33
apresentaram maior área de Longissimus dorsi (ALD) e menor percentagem de
dianteiro do que IG00 e IG66 (64,87; 53,21 e 56,59 cm
2
e 37,09; 38,45 e
37,97%, respectivamente). Os animais IG33 apresentaram maior ALD/100 kg
de carcaça fria e percentagem de traseiro que IG00 (27,98 vs 23,31cm
2
/100kg
e 49,79 vs 48,93%, respectivamente). Também apresentaram superior relão
músculo:osso e músculo+gordura:osso que IG66 (4,94 vs 4,29 e 6,97 vs 5,90,
respectivamente). A inclusão de silagem de girassol em qualquer vel não
influenciou significativamente coloração (3,78 pontos), textura (4,33 pontos),
marmoreio (6,78 pontos), maciez (7,32 pontos), palatabilidade (6,87 pontos) e
suculência (6,09 pontos) da carne. Igualmente não foi verificada diferença
estatística (P>0,10) na quebra ao descongelamento (4,16%) do músculo
Longissimus dorsi”, quebra na cocção (24,37%) e na força de cizalhamento
(3,04kgf/cm
3
). Novilhos IG66 apresentaram maior relação peso de corpo
vazio:peso de abate que IG33 (93,52 vs 92,03). Os animais IG33
apresentaram menor participação de componentes externos e couro em
relação a IG00 e IG66. Enquanto animais IG66 apresentaram maior peso
relativo de fígado do que IG33 e inferior peso relativo de abomaso do que IG00,
IG33 apresentaram maior deposição de gordura no trato digestivo em relação a
IG66. A inclusão de silagem de girassol não comprometeu as caractesticas da
carcaça, o alterou as características qualitativas da carne; porém aumentou
o peso do gado, reduziu o acúmulo de gordura no trato digestivo e o peso do
abomaso, sem entretanto, afetar o desempenho animal.
1
Tese de Doutorado em Zootecnia Produção Animal, Faculdade de
Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil (131p.) Dezembro, 2007.
iv
CHARACTERISTICS AFTER SLAUGHTER OF STEERS FINISHED ON
SUNFLOWER SILAGE (HELIANTHUS ANNUUS L.)
1
Author: Dari Celestino Alves Filho
Adviser: Prof. Júlio Otávio Jardim Barcellos
Co-Adviser: Prof. Ivan Luiz Brondani
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate carcass, meat and empty
body characteristics of steers finished in feedlot submitted to partial inclusions
in the diet of sunflower silage (Helianthus annuus L.) in substitution of maize
silage (Zea mays L.). Was included 0% of sunflower silage (IG00); 33% of
sunflower silage (IG33) and 66% of sunflower silage (IG66), on dry matter base.
The animals were slaughtered when the subcutaneous fat thickness was
between 3 and 6 mm. The intake diet showed roughage:concentrate ratio of
60:40 (on dry matter base), crude protein of 12.26; 12.51 and 12.79% and
digestible energy of 2.85; 2.88 and 2.93 Mcal/kg of dry matter, and ether extract
of 4.06; 5.29 and 7.15%, respectively. IG33 steers showed higher Longissimus
dorsi” area (LDA) and lower forequarter percentage in relation to IG00 and IG66
(64.87; 53.21 and 56.59 cm
2
and 37.09; 38.45 and 37.97%, respectively). The
IG33 animals showed higher LDA/100 kg of cold carcass and higher
hindquarter percentage in relation to IG00 (27.98 vs. 23.31 cm
2
/100 kg and
49.79 vs. 48.93%), respectively). They also showed higher muscle:bone ratio
and muscle+fat:bone ratio that IG66 (4.94 vs. 4.29 and 6.97 vs. 5.90,
respectively). The inclusion of sunflower silage didn’t influence significantly
meat color (3.78 points), texture (4.33 points), marbling (6.78 points),
tenderness (7.32 points), palatability (6.87 points) and juiciness (6.09 points) of
the meat. Equally, no statistic difference was verified (P>.10) for chilling loss
(4.16%) of the "Longissimus dorsi" muscle, cooking loss (24.37%) and for shear
force (3.04 kgf/cm
3
). IG66 steers showed higher empty body weight:slaughter
weight ratio than IG33 steers (93.52 vs. 92.03). The IG33 animals showed lower
participation of external components and leather in relation to IG00 and IG66.
While IG66 steers showed higher liver relative weight than IG33 and lower
abomasum relative weight in relation to IG00 steers. IG33 showed higher
digestive tract fat deposition in relation to IG66. The inclusion of sunflower
silage didn’t implicate carcass and qualitative meat characteristics, however
increases liver weight, decrease digestive tract fat deposition and abomasum
weight, without affecting animal performance.
1
Doctoral thesis in Animal Science, Faculdade de Agronomia, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil. (131p.) December,
2007.
v
SUMÁRIO
Página
CAPÍTULO I.........................................................................................
1
1. INTRODUÇÃO............................................................................
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................
4
2.1. Características Agronômicas do Girassol..........................
4
2.1.1. Caractesticas da Planta...........................................
4
2.1.2. Rendimento da Cultura..............................................
5
2.2. Qualidade da Silagem de Girassol.....................................
6
2.3. Desempenho Animal..........................................................
10
2.4. Características da Carcaça e da Carne.............................
15
2.5. Componentes Não-Integrantes da Carcaça.......................
21
3. HIPÓTESE..................................................................................
25
4. OBJETIVOS................................................................................
25
CAPÍTULO II........................................................................................
27
Características quantitativas da carcaça de novilhos
terminados em confinamento com inclusão parcial de
silagem de girassol....................................................................
28
Resumo ....................................................................................
28
Abstract.....................................................................................
29
Introdução.................................................................................
30
Material e Métodos....................................................................
31
Resultados e Discussão............................................................
36
Conclusões................................................................................
47
Referências Bibliográficas.........................................................
47
CAPÍTULO III.......................................................................................
51
Características qualitativas da carne de novilhos terminados
em confinamento com inclusão parcial de silagem de girassol
52
Resumo ....................................................................................
52
Summary...................................................................................
53
1. Introdução.............................................................................
54
2. Material e Métodos................................................................
56
3. Resultados e Discussão........................................................
61
4. Conclusões............................................................................
65
Referências...............................................................................
66
CAPÍTULO IV.......................................................................................
69
Inclusão de silagem de girassol na terminação de novilhos
em confinamento: Efeitos nos componentes não-integrantes
da carcaça.................................................................................
70
Resumo ....................................................................................
70
Abstract.....................................................................................
71
Introdução.................................................................................
72
Material e Métodos....................................................................
73
Resultados e Discussão............................................................
77
vi
Conclusões................................................................................
87
Referências Bibliográficas.........................................................
87
CAPÍTULO V........................................................................................
91
1. CONSIDERÕES FINAIS........................................................
92
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................
94
3. APÊNDICES...............................................................................
100
Valores individuais para características da carcaça.................
100
Valores individuais para as características organolépticas e
sensoriais da carne...................................................................
101
Valores individuais para componentes do corpo vazio.............
102
Análise bromatológica das dietas ofertadas em % da MS........
104
Análise bromatológica das sobras em % da MS.......................
104
Resumo da Análise Estatística referente ao Capítulo II............
104
Resumo da Análise Estatística referente ao Capítulo III...........
111
Resumo da Análise Estatística referente ao Capítulo IV..........
114
Normas para redação de artigos para a Revista Brasileira de
Zootecnia...................................................................................
120
Normas para redação de artigos para o Brazilian Journal of
Food Technology.......................................................................
126
4. VITA............................................................................................
131
vii
RELAÇÃO DE TABELAS
CAPÍTULO II
Página
Tabela 1 Composição física da dieta ofertada em percentagem da
MS, de acordo com o nível de inclusão de silagem de
girassol...................................................................................
32
Tabela 2
Valores de proteína bruta, gordura bruta (GB), fibra em
detergente ácido (FDA), fibra em detergente neutro (FDN),
nutrientes digestíveis totais (NDT) e energia digestível (ED)
das dietas consumidas, de acordo com o nível de inclusão
de silagem de girassol...........................................................
33
Tabela 3 Médias e erros-padrão (EP) para peso de abate (PA),
pesos de carcaça quente (PCQ) e fri
a (PCF), rendimento
de carcaça quente (RCQ) e fria (RCF), quebra no
resfriamento de carcaça (QR) e compacidade da carcaça
(Comp), de acordo com o nível de silagem de girassol na
dieta.................................................................................................
37
Tabela 4 Médias e erros-padrão (EP) para área do músculo
Longissimus dorsi (ALD), ALD/100 kg peso da carcaça fria
(ALD100), espessura de gordura subcutânea (EGS) e
EGS/100 kg peso de carcaça fria (EGS100), de acordo
com o nível de silagem de girassol na dieta..........................
39
Tabela 5 - Médias e erros-padrão (EP) para conformão (Conf),
espessura de coxão (Espcox), perímetro de braço (Perbra),
comprimento de carcaça (Compcarc), de perna
(Comppern) e de braço (Compbrac), e maturidade
fisiológica (Matfis), de acordo com o vel de silagem de
girassol na dieta.....................................................................
42
Tabela 6 dias e erros-padrão (EP) para percentual de dianteiro
(Diant), costilhar (Cost) e traseiro (Tras) da carcaça, de
acordo com o nível de silagem de girassol na dieta..............
42
Tabela 7 - dias e erros-padrão (EP) para área da capa de gordura
de cobertura do músculo Longissimus dorsi (Capa), relação
entre o peso e a área da Capa (Capgrcm
2
), de acordo com
o nível de silagem de girassol na dieta..................................
44
Tabela 8 Médias e erros-padrão (EP) para percentagens de
músculo, gordura e osso na carcaça, relação músculo:osso
(Relmosso), músculo:gordura
(Relmgord) e
músculo+gordura:osso (Relmgo) da carcaça, de acordo
com o nível de silagem de girassol na dieta..........................
45
CAPÍTULO III
Página
Tabela 1 Composição física da dieta ofertada em percentagem da
MS, de acordo com o nível de inclusão de silagem de
girassol...................................................................................
57
viii
Tabela 2
Valores de proteína bruta, gordura bruta (GB), fibra em
detergente ácido (FDA), fibra em detergente neutro (FDN),
nutrientes digestíveis totais (NDT) e energia digestível (ED)
das dietas consumidas, de acordo com o nível de inclusão
de silagem de girassol na matéria seca.................................
58
Tabela 3 Médias e erros-
padrão (EP) para cor, textura, marmoreio
e
características sensoriais da carne, de acordo com o
vel de silagem de girassol na dieta.....................................
61
Tabela 4 Médias e erros-padrão (EP) para características
organolépticas e força de cizalhamento da carne, de
acordo com o nível de silagem de girassol na dieta..............
64
CAPÍTULO IV
Página
Tabela 1 Composição física da dieta ofertada em percentagem da
MS, de acordo com o nível de inclusão de silagem de
girassol...................................................................................
74
Tabela 2 Valores de proteína bruta (PB), gordura bruta (GB), fibra
em detergente ácido (FDA), fibra em detergente neutro
(FDN), nutrientes digesveis totais (NDT) e energia
digestível (ED) das dietas consumidas,
de acordo com o
vel de inclusão de silagem de girassol...............................
75
Tabela 3 Médias e erros-padrão (EP) para peso de abate, peso de
corpo vazio e relação entre peso de corpo vazio:peso de
abate (relcvzab), de acordo com o nível de
silagem de
girassol na dieta.....................................................................
77
Tabela 4 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo
vazio (%) dos conjuntos dos componentes (%), de acordo
com o nível de silagem de girassol na dieta..........................
79
Tabela 5 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo
vazio dos diferentes componentes externos (%), de acordo
com o nível de silagem de girassol na dieta..........................
80
Tabela 6 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo
vazio (%) dos diferentes órgãos vitais, de acordo com o
vel de silagem de girassol na dieta.....................................
81
Tabela 7 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo
vazio (%) dos diferentes tipos de gordura interna, de
acordo com o nível de silagem de girassol na dieta..............
84
Tabela 8 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo
vazio (%) dos diferentes componentes vazios do trato
digestivo, de acordo com o nível de silagem de girassol na
dieta.......................................................................................
86
ix
RELAÇÃO DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
Capítulo II:
NE = Nelore
CH = Charolês
IG00= tratamento 0% de silagem de girassol
IGG33 = tratamento 33% de silagem de girassol
IG66 = tratamento 66% de silagem de girassol
MS = matéria seca
GB = gordura bruta
FDA = fibra em detergente ácido
FDN = fibra em detergente neutro
LDA = lignina em detergente ácido
NIDN = nitrogênio insolúvel em detergente neutro
NIDA = nitrogênio insolúvel em detergente ácido
NDT = nutrientes digesveis totais
ED = energia digestível
PA = peso de abate
PCQ = peso de carcaça quente
PCF = peso de carcaça fria
RCQ = rendimento de carcaça quente
RCF = rendimento de carcaça fria
EE = extrato etéreo
CONF = conformação
MATFIS = maturidade fisiológica
COMPCARC = compacidade da carcaça
COMPPERN = comprimento de perna
ESPCOX = espessura de coxão
COMPBRAC = comprimento do braço
PERBRA = perímetro do braço
EGS = espessura de gordura subcutânea
TRAS = traseiro
DIANT = dianteiro
COST = costilhar
QR = quebra no resfriamento
ALD = área de Longissimus dorsi
ALD100 = ALD/100 kg peso carcaça fria
EGS100 = EGS/100 kg peso carcaça fria
CAPA = área da capa de gordura de cobertura do músculo
Longissimus dorsi
CAPGRCM
2
= relação entre o peso e a área da CAPA
RELMOSSO = relação músculo:osso
RELMGORD = relação músculo:gordura
RELMGO = relação músculo+gordura:osso
Capítulo IV:
PCVZ = peso de corpo vazio
RELCVZAB = relação entre PCVZ:PA
CAPÍTULO I
2
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento da tecnologia do confinamento e semi-
confinamento talvez seja a que apresentou maior incremento no Brasil e RS
nos últimos 11 anos, aumentando de 1.755.000 para quase 4.800.000 bovinos
submetidos a esse manejo, representando um acréscimo de 6,6% ao ano
(ANUALPEC, 2006).
O confinamento é uma prática valiosa por permitir conhecer o nível
de ingestão dos alimentos assim como sua qualidade, permitindo predizer o
desempenho dos animais e a viabilidade econômica do empreendimento.
Esta tecnologia invariavelmente vai de encontro a um principal
problema, sua rentabilidade, demandando uma redução de custos. Tentando
sobrepujar este obstáculo, vários estudos têm sido realizados enfocando a
alimentação, principalmente a fração concentrado por ser a mais onerosa neste
sistema.
Por questões financeiras, a fração volumosa ainda é a que participa
em maior proporção na dieta de animais, sendo a silagem uma das principais
alternativas. A partir desse paradigma, a silagem torna-se um importante
componente da resposta animal ao confinamento e por conseqüência nas
características da carcaça. Assim, diversos estudos são direcionados à fração
volumoso onde são buscados novos materiais que conciliem produtividade,
qualidade e economicidade.
Recomenda-se, assim, ensilar materiais que apresentem elevada
produção de massa verde por unidade de área, maior participação de grãos na
3
massa ensilada, excelente qualidade de fermentação, manutenção do valor
nutritivo e aceitabilidade por parte dos bovinos, objetivando como meta
principal o máximo consumo voluntário e desempenho animal.
Uma grande variedade de gramíneas e leguminosas podem ser
ensiladas, contudo o milho é preconizado como a melhor alternativa e mais
recentemente o sorgo também tem sido indicado como outra boa opção,
principalmente em condições de clima e solo menos propícias para a cultura do
milho.
Recentemente tem-se dado mais ênfase à indicação do girassol
como alternativa para a ensilagem devido a diversos fatores positivos como
superior resistência ao frio e ao calor que o milho e o sorgo, alta capacidade de
retirar água do solo sendo quase 30% superior em relação ao sorgo e razoável
produtividade de MS/ha. Acrescenta-se o fato de a silagem de girassol
apresentar maiores teores de proteína bruta e extrato etéreo em comparação à
silagem de milho ou sorgo, ocorrendo ainda diferenças nas proporções dos
componentes da parede celular, apresentando maior teor de celulose e lignina
e menor teor de hemicelulose (Bueno et al., 2004).
Apesar dessas diversas características positivas, ao buscar-se
informações a respeito da resposta animal, percebe-se a carência de artigos
científicos principalmente em bovinos de corte. A esse quadro acrescenta-se a
inexistência de estudos que contemplem o reflexo dessa alternativa de
volumoso nas características da carcaça, da carne e do corpo vazio de
bovinos.
Visando preencher parte dessa lacuna, objetivou-se neste
4
experimento avaliar as características quantitativas e físicas da carcaça, as
qualitativas da carne e as partes do corpo não-integrantes da carcaça de
novilhos terminados em confinamento com inclusão parcial de silagem de
girassol em substituição à silagem de milho.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Características Agronômicas do Girassol
2.1.1. Características da Planta
A indicação do girassol como alternativa para a ensilagem deve-se a
diversos fatores como superior resistência ao frio e ao calor que o milho e o
sorgo, além de alta capacidade de retirar água do solo sendo quase 30%
superior em relação ao sorgo (Bremner et al., 1986). Esse maior potencial de
retirada de água do solo deve-se a seu sistema radicular pivotante, que na
ausência de obstáculos pode atingir até 1 metro de profundidade, conferindo
maior resistência à seca e ao tombamento (Castiglioni et al., 1994).
Para a semeadura de girassol o necessários de 3,5-4,5 kg de
semente por hectare. A densidade ótima da lavoura é decisiva no rendimento
de forragem, devendo oscilar entre 40.000-45.000 plantas/ha. O espaçamento
entre linhas deve variar de 70 a 90 cm (Tomich et al., 2003).
A inflorescência é do tipo capítulo podendo atingir até 50 cm de
diâmetro (Castiglioni et al., 1994) sendo rica em sementes na forma de
aquênios. De acordo com o cultivar, é possível existir uma população de até
1.700 aquênios por capítulo que irão conferir teor de óleo de a 48% (Kakida
5
et al., 1981), caracterizando dessa maneira o grande potencial de produção
dessa oleaginosa.
Em função do diâmetro e conseqüente peso do capítulo, o caule
além de ereto é robusto, com ou sem pêlos e sem ramificações, suas folhas
são alternadas, pecioladas com grande variação de número (8 a 70), forma e
tamanho (Castiglioni et al., 1994). Os mesmos autores relatam que apresenta
polinização cruzada feita basicamente por entomofilia (principalmente abelhas);
porém, alguns cultivares têm alto grau de auto-compatibilidade, reproduzindo-
se mesmo na ausência de insetos.
Devido à diversidade de cultivares existentes no mercado, a duração
do ciclo de produção do girassol para ensilagem varia de 90 a 130 dias para os
cultivares precoces e tardios, respectivamente.
2.1.2. Rendimento da Cultura
O êxito comercial de qualquer confinamento reside na sua
competitividade econômica, sendo a fração volumoso um importante
componente dessa viabilidade. Normalmente recomenda-se conciliar
produtividade com qualidade na escolha do material a ser ensilado. O girassol
apresenta razoável potencial para produtividade, alcançando 8 ton de MS/ha
quando obedecida a densidade de 50.000 plantas/ha (Tomich et al., 2003).
Silva et al. (2001) encontraram produção semelhante para igual densidade;
porém, chegaram a observar produções de até 11 ton./ha em densidades
próximas a 88.000 plantas/ha, produções estas próximas às médias
encontradas nas culturas de milho ou sorgo. Porém, Tomich et al. (2003),
6
trabalhando com 13 cultivares, encontraram variação na produção de matéria
verde entre 12,8 e 29,1 ton./ha com respectivas produções de matéria seca de
3,6 e 7,7 ton./ha, apresentando na média 21,2 ton MV/ha, 5,9 ton MS/ha e
27,83% de MS no material ensilado, caracterizando uma baixa produção
comparando com os autores anteriores.
Segundo Tosi et al. (1975) o baixo teor de matéria seca (menor que
30%) é o principal fator limitante para ensilar o girassol, podendo comprometer
uma fermentação lática adequada. O caule apresenta uma elevada capacidade
de retenção de água, recomendando-se que a confecção da silagem seja feita
quando a planta apresentar acima de 90% dos grãos maduros, o
recomendando-se número específico de dias após o plantio ou emergência
para ensilar, devido à cultura ser bastante suscetível à variação em função da
variedade, densidade e condições climáticas.
As recomendações são baseadas em função da composição
morfológica, caracterizada por apresentar 49,68% capítulo, 38,34% caule e
11,99% folhas na matéria verde (Tomich et al., 2003). Os valores demonstram
uma razoável presença de sementes no material a ser ensilado; porém, Arkel
(1978) determinou o teor de matéria seca dos componentes morfológicos, as
folhas contribuem com 22,7%, o caule com 47,5% e o capítulo com 30,10%;
assim sendo, Ashbell & Weinberg (2004) obedecendo à orientação do ponto de
ensilagem, verificaram que: o capítulo, as folhas e o caule apresentaram em
média 42,4; 76,43 e 41,8% de matéria seca, respectivamente.
2.2. Qualidade da Silagem de Girassol
7
Para que ocorra uma boa fermentação na ensilagem, os
carboidratos solúveis são o mais importante substrato, existindo uma relação
inversa entre necessidade deste componente e o teor de matéria seca do
material ensilado. Segundo a literatura clássica de Van Soest (1994) a
concentração mínima recomendada é de 2,5 a 3,0% na MS entretanto, Tomich
et al. (2004), testando 13 cultivares, encontraram uma média de 2,9% na
forragem fresca e 0,3% na silagem, conseqüência de produção muito boa de
ácido lático (7,1% MS) acético (1,9% MS) e butírico (0,06% MS) que
proporcionaram redução do pH (4,7), permitindo uma fermentação adequada
da massa ensilada e com baixo conteúdo de N-NH
3
/NT (8,7%).
Dirigindo o enfoque para o valor nutritivo da silagem de girassol, em
compêndio de 28 cultivares (Rezende et al., 2001; Stehling, 2001; Tomich et
al., 2004) foram obtidos como valores médios 9,50%, 47,99%, 35,56%, 13,91%
e 50,42%, respectivamente, para proteína bruta, fibra em detergente neutro,
fibra em detergente ácido, extrato etéreo e digestibilidade in vitro da matéria
seca, observando-se que a silagem de girassol apresenta maiores teores de
proteína bruta e extrato etéreo em comparação à silagem de milho ou sorgo,
ocorrendo ainda diferenças nas proporções dos componentes da parede
celular, apresentando maior teor de celulose e lignina e menor teor de
hemicelulose (Bueno et al., 2004).
Considerando-se apenas a proporção de parede celular, a silagem
de girassol poderia ser uma alternativa às silagens tradicionais; todavia,
conteúdos de FDA mais elevados são notados para o girassol em relação ao
milho ou ao sorgo, fração que apresenta a lignina entre seus componentes
8
principais. Por sua vez, a lignina tamm é mais alta no girassol; portanto,
embora a FDN não esteja presente em altas proporções nas silagens de
girassol, os relativos altos valores de FDA e lignina podem restringir a
qualidade de sua fração fibrosa e sua utilizão para categorias de animais
mais exigentes (Tomich et al., 2004).
A presença de altos teores de lignina em conjunto com o extrato
etéreo, é considerada como característica negativa por possibilitar redução na
digestibilidade da matéria seca e da fibra em detergente neutro limitando o
consumo voluntário. O reflexo do conjunto dessas características
bromatológicas pode ser melhor percebido no fracionamento dos carboidratos
e proteínas que reflete diretamente no desempenho animal, através da
sincronização da degradação destes sempre objetivando que ocorra o máximo
desempenho teórico dos microrganismos.
Mello & Nörnberg (2004), estudando o fracionamento da silagem de
girassol em comparação com as silagens de milho ou sorgo, verificaram que o
maior teor de proteína bruta e menor de extrato etéreo da silagem de girassol,
refletiu em menor valor de carboidratos totais (26% menos em média). Os
valores dos carboidratos não fibrosos foram: 637,92; 858,97; 871,88 g/kg e
246,2; 376,12; 268,98 g/kg, respectivamente, para girassol, milho e sorgo.
Comportamento diferenciado também foi encontrado nos carboidratos fibrosos,
onde o girassol apresentou menor valor da fração B
2
(220,15 vs 379,36 e
488,11 g/kg) e superior na fração C (172,57 vs 114,77 e 121,35 g/kg).
Esses resultados o reflexo da cultura de girassol apresentar
menor valor de FDN promovido pela ausência ou pequena concentração de
9
hemicelulose e maior de lignina como percentagem da FDN. Constata-se,
assim, que além do menor teor de carboidratos totais, existe diferença na
proporção percentual das frações na qual a fração C que representa a porção
indigestível ao longo do trato gastrintestinal possui proporcionalmente duas
vezes mais.
No mesmo estudo determinou-se o fracionamento da proteína, e os
autores constataram que a silagem de girassol apresenta maior valor protéico
(126% a mais em média) que a silagem de sorgo e milho, respectivamente
113,12; 48,8 e 59,32 g/kg na mesma ordem, refletindo-se em todas as frações
constituintes, mas com percentuais semelhantes. Dessa forma a proporção
existente entre carboidrato e proteína é de 5,64:1; 14,48:1 e 17,86:1 para
girassol, milho e sorgo, respectivamente. Embora o girassol apresente menor
quantia de carboidratos, o valor encontrado para teor de proteína bruta
(11,13%) está bem acima dos 7% preconizado por Van Soest (1994),
considerado como valor mínimo para um adequado funcionamento da
microbiota do rúmen.
O menor teor de carboidratos totais indica a possível necessidade de
associação com outros alimentos volumosos; porém, o valor nutricional de uma
silagem depende, fundamentalmente, da cultivar utilizada, do estádio de
maturação no momento do corte e da natureza do processo fermentativo o que
refletirá diretamente na composição química e conseqüentemente, no
desempenho animal (Vilela, 1985). Esse conjunto de variáveis pode ser
percebido no estudo de Tomich et al. (2004) os quais verificaram que as
cultivares de girassol de maior potencial forrageiro apresentam menor teor de
10
extrato etéreo provavelmente em decorrência da menor participação percentual
do capítulo que conseqüentemente refletirá positivamente no teor de
carboidratos.
2.3. Desempenho Animal
Normalmente, obtêm-se informões sobre o girassol na condição
de silagem; todavia talvez por ser uma nova opção de planta forrageira ou
talvez por apresentar limitações das condições de pesquisa são escassos os
estudos de resposta animal a esta opção de silagem. Nota-se uma maior
concentração da literatura com enfoque na bovinocultura leiteira; porém,
praticamente inexistem informações sobre a resposta de desempenho em
bovinos de corte e até o momento, completa ausência das repercussões na
carcaça, carne e componentes do corpo vazio.
De acordo com Silva et al. (2004), que testaram a silagem de
girassol e obtiveram resultados negativos, um dos pressupostos problemas
encontrados quando utilizada na alimentação de ruminantes é o teor de óleo
contido nos aquênios, sendo que, os cultivares comercializados na sua grande
maioria têm como finalidade a indústria esmagadora. Dessa forma a
produtividade de aquênios pode ser vista também em função da produtividade
de lavouras de girassol para grãos, apesar do nível de óleo contido nos
aquênios ter importância econômica no momento da comercialização. Kelly et
al. (1998), trabalhando com bovinos de leite, verificaram que o óleo da silagem
de girassol é bastante rico em ácidos graxos insaturados; neles o ácido
linoleico (C18:2) encontra-se em maior quantidade (69,4%), seguido pelo ácido
11
oleico (C18:1; 21,1%).
Altos níveis de ácidos graxos na dieta de bovinos o preocupantes
pelo fato do rúmen não ser tolerante, o que pode provocar alterações no
equilíbrio da fermentação através da supressão das bactérias metanogênicas e
celulolíticas; porém, existe um mecanismo de defesa do organismo que
converte estes ácidos não saturados em ácidos graxos saturados através da
biohidrogenação, que são menos prejudiciais aos microrganismos do rúmen.
Segundo Bauman et al. (1999), durante o processo de
biohidrogenação no rúmen, o ácido linoleico (C18:2, cis9-cis12) passa
inicialmente a rumênico (C18:2, cis9-trans11), transformando-se depois a ácido
vacênico (C18:1, trans11) e posteriormente a esteárico (C18:0), pela ação de
microrganismos ruminais. Esses ácidos graxos são absorvidos pelos animais e
alcançam os tecidos. Pela ação da enzima Δ
9
desnaturase nos tecidos, o ácido
esteárico pode ser transformado em ácido oléico (C18:1, cis9) e o ácido
vacênico em ácido rumênico; todavia, pode ocorrer escape do rúmen, ou seja,
a biohidrogenação em geral não é completa, e estes ácidos poderão ser
absorvidos pelo epitélio intestinal e farão parte da gordura animal (Ladeira &
Oliveira, 2006).
Na comparação de silagem de girassol frente à silagem de sorgo e
de milho, Almeida et al. (1995) não encontraram diferenças significativas que
desmerecessem a silagem de girassol; observaram que a silagem de girassol
possibilitou uma maior quantidade de nitrogênio retido e menor valor de glicose
no sangue dos animais, fator que pode ter sido alterado pelos maiores valores
de lipídeos presentes na dieta.
12
Efeitos deletérios da silagem de girassol foram verificados por Bueno
et al. (2004) que, trabalhando com cordeiros em crescimento alimentados com
dietas à base de silagem de girassol, verificaram desempenho inferior aos
alimentados com silagem de milho, reduzindo essa diferença à medida que
aumentava a quantidade de concentrado na dieta. Os autores afirmaram que o
maior conteúdo de ligno-celulose na parede celular presente na silagem de
girassol resulta em provável redução no esvaziamento ruminal, sendo menos
evidente em maiores propoões de concentrado em virtude de melhor
condição ruminal.
Todavia, Ko et al. (2005), testando quatro genótipos silagem de
girassol em cordeiros, verificaram que apesar da baixa qualidade dos
constituintes da parede celular das silagens utilizadas, o consumo de matéria
orgânica digestível não foi influenciado, estando o consumo de matéria seca
acima das exigências recomendadas para mantença animal. Souza (2004)
corroboram com resultados, pois em experimento com ovinos confinados com
silagem de girassol ou silagem de milho, o verificou diferença significativa
entre os tratamentos para ganho de peso e conversão alimentar. Resultados
semelhantes foram encontrados por Mizubuti et. al. (2002) em estudo de
consumo e digestibilidade aparente em ovinos, comparando silagem de
girassol vs silagem de milho ou sorgo. Neste trabalho, os autores verificaram
que animais alimentados com silagens de milho ou de girassol apresentaram
consumo médio diário de MS, FDA e PB semelhante e maior consumo de EE
para aqueles alimentados com silagem de girassol, sendo inclusive semelhante
o balanço de nitrogênio. Resultados superiores para silagem de girassol vs
13
silagem de milho ou sorgo foram encontrados por Ribeiro et al. (2002) os quais,
ao avaliar o desempenho de ovinos durante 70 dias em confinamento,
encontraram ganho de peso diário e conversão alimentar superior para os
animais terminados com silagem de girassol.
Os mesmos autores constataram que ovinos alimentados com
silagem de girassol apresentaram maiores pesos de abate e peso de carcaça,
resultando em maiores rendimentos de carcaça. Nos demais componentes do
peso vivo, verificaram que a silagem de girassol influenciou no tamanho do
fígado, sendo 27,6% maior que nos demais tratamentos; porém, os autores ao
comentar o resultado expuseram que não existe uma explicação clara; no
entanto, Souza (2004) estudando carcaça de ovinos, verificou efeito da silagem
de girassol frente a silagem de sorgo apenas na gordura de cobertura que foi
maior nos cordeiros alimentados com girassol.
Alguns estudos demonstraram que vacas em lactação alimentadas
com silagem de girassol apresentaram produções semelhantes às alimentadas
com silagem de milho especialmente quando é corrigido para 4% de gordura
(Silva et al., 2004), porém não é recomendada a substituição completa da
silagem de milho pela silagem de girassol, em razão de reduções nas
produções de leite, proteína e extrato seco total. Os mesmos autores relataram
que a não alteração da produção de gordura pelos animais pode ser devido ao
óleo que por apresentar-se no interior das sementes es protegido
fisicamente. Este observação, associada à sua lenta e constante liberação para
o rúmen, pode explicar a ausência do efeito inibitório.
Conclusões semelhantes são relatadas por Leite (2002), observando
14
que a substituição total da silagem de milho pela silagem de girassol na dieta
de vacas em lactação promoveu redução significativa de 17% na ingestão de
matéria seca, enquanto a substituição parcial (34 e 66%) não afetou o
consumo.
Entre os escassos experimentos com bovinos de corte, a grande
maioria demonstra que a silagem de girassol tem potencial de conferir ganhos
de peso similar aos demais volumosos. Thomas et al. (1982), trabalhando com
novilhos com peso dio inicial de 277 kg e recebendo uma dieta composta
por 60% de silagem de girassol e 40% de concentrado, verificaram que as
60 dias de confinamento, apresentaram desempenho similar à dos animais
alimentados com silagem de alfafa relatando ganhos diários médios de 1,2 kg.
Nos países desenvolvidos existe atualmente um direcionamento das
linhas de pesquisas em ruminantes a favor da sde humana, e dentro desse
preceito, têm-se dado ênfase à determinação do teor de CLA (ácido linoléico
conjugado) na carne de bovinos de corte, face às diversas características
nutracêuticas deste ácido graxo insaturado.
Como o CLA pode ser produzido no rúmen durante a
biohidrogenação ou ser sintetizado a partir do ácido vacênico nos tecidos pela
ão da enzima Δ
9
-desnaturase, alguns trabalhos m avaliado o efeito das
diferentes dietas, inclusive as que apresentam grande quantidade de ácidos
graxos insaturados.
Entre os trabalhos encontrados na literatura, destaca-se o de Mir et
al. (2004), que estudando diferentes grupos genéticos, verificaram que o
fornecimento de óleo de girassol em uma dieta com nível de extrato ereo
15
inferior a 6% promoveu incremento na percentagem de gordura e nos teores de
CLA. Nesse mesmo estudo foi feito um compêndio de 9 trabalhos
desenvolvidos em diferentes países, testando diversas fontes de volumosos
(silagem de milho, pastagens) e de concentrado (grãos, oleaginosas, cereais).
Os autores concluíram que as grandes fontes de lipídeos existentes nas
oleaginosas refletem em maior teor de CLA; todavia, resultados semelhantes
podem ser obtidos com gramíneas que apesar de não serem ricas em lipídeos,
apresentam galactolipídeos e estes possuem o ácido linolênico como principal
ácido graxo.
Assim constata-se que o girassol é uma concreta possibilidade de
alternativa na alimentação de bovinos; porém, carece de informações sobre a
resposta animal em bovinos de corte desde o desempenho em confinamento
até o produto final: a carne.
2.4. Características da Carca e da Carne
No programa para intensificação do sistema de produção, diversos
aspectos devem ser considerados e avaliados, não apenas o desempenho
animal, mas as características da carcaça e da carne são imprescindíveis, pois
devem atender as exigências do frigorífico e principalmente do mercado
consumidor.
Independente do processo de produção adotado, durante a
comercialização dos animais, duas características são primordiais: o peso de
abate ou de carcaça (quente ou fria) e o grau de acabamento ou espessura de
gordura da carcaça. Segundo Restle et al. (1999), o peso de carcaça
16
normalmente buscado pelos frigoríficos é acima de 230 kg. No entanto,
carcaças com menor peso (acima de 180 kg) estão sendo cada vez mais
aceitas pelos açougues e supermercados, que associam pesos mais leves
como sendo de animais mais jovens e, portanto, carne de melhor qualidade.
Segundo Costa et al. (2002), o peso de carcaça e o rendimento são
as variáveis mais utilizadas para comercialização pelos frigoríficos. Di Marco et
al. (2007), comparando machos e fêmeas, encontraram melhores pesos de
carcaça para machos e justificaram que poderia estar relacionado com o maior
ímpeto de crescimento causado pelos hormônios androgênicos, principalmente
a testosterona.
Segundo Patterson et al. (1995), o rendimento de carcaça é
altamente influenciado pelo peso vivo do animal e pelo peso do conteúdo
gastrintestinal. Restle et al. (2000) citaram ainda que o rendimento de carcaça
é influenciado pelo número de horas de jejum a que os animais são
submetidos, pelo tipo de dieta e pelo grupo genético, entre outros. Menezes et
al. (2005) utilizando 35, 50 ou 65% de concentrado na dieta, não encontraram
efeito dos níveis sobre os pesos e rendimentos de carcaça quente e fria.
Contrariamente, Silva et al. (2002), estudando a terminação de bovinos com
níveis crescentes de concentrado na dieta, verificaram aumentos lineares no
rendimento de carcaça fria.
Os efeitos da variação do peso de abate sobre as características da
carcaça têm sido estudados sob variadas condições de ambiente, material
genético, sexo, estado sexual e idade. É de consenso geral, devido aos
resultados obtidos, que sob um mesmo nível nutricional, a composição da
17
carcaça varia em maior amplitude na proporção de gordura (Berg & Walters,
1983).
Quanto ao grau de acabamento ou espessura de gordura
subcutânea da carca, os frigoríficos exigem carcaças com no mínimo 3 mm e
no máximo 6 mm. Abaixo de 3 mm, ocorre escurecimento da parte externa dos
músculos expostos ao resfriamento, conferindo aspecto visual indesejável
prejudicando a comercialização, aumento da quebra no resfriamento devido à
maior perda de líquidos, entre outros fatores (Muller, 1987; Restle et al., 1999).
Acima de 6 mm, o prejuízo para o produtor ocorre pelo recorte do excesso de
gordura, por meio da toalete, antes da pesagem da carcaça e, para o frigorífico,
ocorre pelo maior custo operacional envolvido neste processo (Costa et al.,
2002).
São vários os fatores que podem vir a condicionar o rendimento e
grau de acabamento da carcaça, como o grupo genético, sexo, idade e
alimentação entre outros (Kuss et al., 2005).
Realizando a terminação de vacas de descarte Charolês (C) e
Nelore (N) em regime de pastagem natural, Perobelli et al. (1995) verificaram
rendimento de carcaça fria menor para as C, de 45,03 vs 49,02%, resultado,
em parte, da menor espessura de gordura subcutânea (1,54 contra 5,84 mm),
apresentando em média 47,83% e 3,69 mm, para rendimento de carcaça fria e
espessura de gordura neste sistema de terminação. Quando esta categoria foi
terminada em confinamento, animais dos mesmos grupos genéticos, Restle et
al. (2002) observaram médias de rendimento de carcaça fria e espessura de
gordura subcutânea superiores, 50,12% e 6,4 mm, porém ainda com vantagem
18
das vacas Nelore, 51,31% e 8,22 mm contra 48,93% e 4,59 mm,
respectivamente.
Restle & Vaz (2003) compilaram dados de diversos estudos e
verificaram que para as características da carcaça, o grau de acabamento da
carcaça ou espessura de gordura subcutânea e o percentual de gordura na
carcaça foram 3,6 vs 4,5 mm e 19,1 vs 21,1 %, respectivamente, para os
animais jovens em relação aos superjovens, sendo que em termos de
qualidade da carne, a maciez passou de 6,24 para 7,18 pontos pelo painel de
degustadores e quando avaliada pelo aparelho Warner-Bratzler Shear, passou
de 5,98 para 4,68 kg, quando a idade de abate foi reduzida em um ano.
Na terminação de animais superjovens, o rendimento de carcaça
tem papel importante, pois se sabe que bons rendimentos são obtidos em
carcaças de novilhos de maior idade, cujas carcaças normalmente são mais
pesadas e apresentam quantidade considerável de gordura na sua composição
física. Foram relatados por Costa et al. (2002) bons rendimentos de carcaça
fria nesse tipo de animal com valores de 53,46; 54,60; 52,75 e 55,14% em
novilhos da raça Red Angus, que receberam 44% de concentrado junto à
silagem de milho e foram abatidos com idade entre 12 e 15 meses, com pesos
de 340; 373; 499,6 e 433,6 kg, respectivamente.
O grau de acabamento da carcaça pode vir a influenciar a qualidade
da carne por estar diretamente associado com a marmorização do músculo. No
estudo de Blumer (1963), envolvendo um total de 2.600 carcaças de bovinos, o
autor constatou uma melhora na maciez de 1 a 36%, estando atribuída ao
marmoreio da carne. Já Park et al. (2002) atribuíram ao marmoreio
19
aproximadamente 66% da variação na qualidade geral da carne de novilhos
castrados ou inteiros e vacas de descarte, quando abatidos com diferentes
pesos, verificando correlação de 0,81 entre estas características, indicando que
o aumento na deposão de gordura intramuscular melhora concomitantemente
a maciez da carne.
Segundo Müller (1987), a maciez da carne em conjunto com as
demais características organolépticas, são fatores determinantes para
aceitação pelo consumidor. Brondani (2002), trabalhando com diferentes veis
de energia na dieta, não verificou variação na suculência; no entanto, observou
correlação negativa entre a palatabilidade e a perda por descongelamento, pois
segundo o autor, as maiores perdas de lipídeos no descongelamento diminuem
a palatabilidade da carne. Kuss et al. (2005), estudando diferentes pesos de
abate, verificaram correlação negativa da mesma variável com a quebra ao
cozimento. Costa et al. (2002) associaram as características sensoriais da
carne com o grau de marmorização desta.
Convém salientar que quanto à apreciação do produto final (a
carne), os aspectos mais apreciados pelo consumidor seguem esta ordem:
coloração, dando preferência a músculos de coloração vermelho-claro a vivo,
maciez, palatabilidade e suculência, sendo estas duas últimas características
mais associadas ao grau de marmorização da carne (Müller, 1987), entretanto
alguns trabalhos demonstram que a maciez da carne pelo painel de
degustadores esassociada positivamente com a palatabilidade e suculência
(Wheeler et al., 1996; Vaz et al., 2002).
Segundo Müller (1987), a conformação da carcaça representa fator
20
qualitativo, visto que animais com maior hipertrofia muscular proporcionam
cortes com melhor aparência para o consumidor. O autor acrescenta que
carcaças de melhor conformação apresentaram menor proporção de osso e
maior porção comesvel.
O rendimento dos cortes comerciais (dianteiro, costilhar e serrote) e
a composição tecidual da carcaça (músculo, gordura e osso) são de grande
interesse para os frigoríficos na avaliação do valor do produto adquirido, uma
vez que tanto o mercado interno como o externo exigem determinados
tamanhos de músculos que compõem estes cortes. Brondani (2002) afirmou
que o corte traseiro apresenta em sua constituição a maioria dos músculos de
maior velocidade de crescimento, localizados nos membros posteriores;
todavia, Berg & Butterfield (1979) afirmaram que o animal tende a manter,
dentro de determinado limite, o equilíbrio entre os quartos traseiro e dianteiro e,
conseqüentemente, sobre os cortes comerciais.
Ribeiro et al. (2001), trabalhando com veis crescentes de
concentrado na dieta, não verificaram variações entre as características físicas
da carcaça e as relações entre os tecidos muscular, adiposo e ósseo. Segundo
Owens et al. (1993), idade, condição fisiológica, condição sexual, estádio de
maturidade, peso corporal, nível nutricional, raça, estado hormonal e as
condições ambientais são os principais fatores que influenciam a taxa de
crescimento e a composição física da carcaça.
Berg & Walters (1983) relataram que a alteração da proporção
tecidual na carcaça está relacionada principalmente com o incremento do peso
vivo e com o sexo do animal. Estes autores verificaram que nos tecidos
21
(músculo, osso e gordura) que compõem a carcaça, a fração gordura é a que
sofre maior aumento proporcional com o avanço do peso vivo do animal, o
havendo alterações significativas nas frações músculo e osso. No entanto,
Costa et al. (2002) e Arboitte et al. (2004b) verificaram redução linear da fração
músculo com o aumento do peso de abate.
2.5. Componentes Não-Integrantes da Carcaça
Os componentes não-integrantes da carcaça ou partes do corpo
vazio pela relação existente destes com as exigências energéticas dos animais
vem sendo motivo de estudos muitos anos. Animais com maiores pesos de
órgãos vitais e maior acúmulo de gordura interna são mais exigentes em
energia líquida para mantença (Jones et al., 1985; Owens et al., 1993; Ferrel &
Jenkins, 1998). Atualmente a justificativa para a continuidade desses estudos
deve-se ao destino de alguns produtos desses constituintes como o couro para
a indústria de curtimentos, sub-produtos para fábricas de rações, vísceras para
o consumo humano (coração, fígado, rins), além de estar diretamente
associado ao rendimento de carcaça.
No Brasil ainda existem poucas informações sobre a quantificação
dos componentes não-integrantes da carcaça, principalmente devido à grande
diversidade genética, sistema de produção, idade de abate, sistema de
engorda e dificuldades operacionais para a pesquisa.
Talvez a maior implicação prática que este estudo proporcione, é o
relacionamento com o rendimento de carca em bovinos de corte. Alguns
estudos apontam para maiores rendimentos de carcaça em animais com menor
22
quantidade de gordura interna e peso de trato digestivo vazio (Pacheco et al.
2005). Patterson et al. (1995) constataram que o peso do conteúdo
gastrintestinal e conseqüentemente o peso vivo, são as principais variáveis que
influenciam no rendimento de carcaça. Restle et al. (2000) citaram ainda que o
rendimento de carcaça é influenciado pelo número de horas de jejum a que os
animais são submetidos, pelo tipo de dieta e pelo grupo genético, entre outros.
Além disso, os componentes externos também influenciam no
rendimento de carcaça. Trabalhos demonstraram existir relação negativa entre
peso dos componentes externos com o rendimento de carcaça (Restle et al.,
2001; Vaz et al., 2001). Maiores pesos de couro e cabeça/100 kg de corpo
vazio foram observados em animais que apresentaram menores rendimentos
de carcaça em relação ao peso de corpo vazio (Galvão et al., 1991).
O peso e tamanho dos órgãos vitais evidenciam o vel de
alimentação prévio ao abate, onde melhor nível nutricional promove maior taxa
metabólica e conseqüentemente maior desenvolvimento dos órgãos vitais.
Segundo Owens et al. (1993) e Ferrel & Jenkins (1998), dos órgãos vitais, o
fígado é o que representa as maiores taxas metabólicas devido à sua
importante participação no metabolismo dos nutrientes, estando diretamente
relacionado com o consumo de alimentos.
A sazonalidade de forrageiras existentes no Brasil interfere no
crescimento dos órgãos internos. Em caso de restrição alimentar, o fígado e os
intestinos são mais afetados do que o crescimento do animal como um todo,
enquanto no período de pós-restrição, ocorre o contrário, a taxa de crescimento
dos órgãos internos torna-se maior do que a observada em todo o animal.
23
Ferrel & Jenkins (1998) explicaram esse fenômeno porque as
variações na mantença e eficiência de ganho, freqüentemente, estão
associadas com o peso e a atividade metabólica de órgãos viscerais, como
intestino e fígado. Os tecidos viscerais consomem cerca de 50% da energia
destinada à mantença, enquanto os músculos, embora apresentem maior
participação no corpo vazio, gastam apenas 23% do total da energia para
mantença (Caton & Dhuyvetter, 1997). Isto ocorre, segundo Owens et al.
(1993), porque os tecidos associados com a digestão, como o trato
gastrintestinal e o fígado, posuem maior “turnover” protéico do que o músculo
esquelético. Segundo Hoog (1991), os tecidos do trato gastrintestinal podem
contribuir com mais de 40% e o fígado com 18% da síntese protéica.
É possível afirmar que o desempenho animal é reflexo não da
ingestão de dietas de melhor digestibilidade, mas do tamanho do trato
gastrintestinal, da capacidade de absoão de seu epitélio e da capacidade do
fígado na metabolizão dos nutrientes (Church, 1988).
Pesquisas como as de Lunt et al. (1986) demonstraram haver
diferenças no peso do trato gastrintestinal e de órgãos internos de animais
zebuínos em comparação a taurinos e mestiços, enquanto que Perón et al.
(1993) relataram menor massa de trato gastrintestinal, órgãos vitais e gordura
interna para animais de grupos genéticos de corte em comparação a grupos
raciais leiteiros. Além dos fatores genéticos, as pesquisas evidenciaram a
influência da alimentação e da idade sobre os componentes externos e internos
da carcaça de bovinos.
Ferreira et al. (2000) verificaram que o aumento linear do
24
fornecimento de concentrado promoveu aumento linear no peso dos rins,
fígado, pulmões e gordura interna, sendo quadrático para o coração, estando
de acordo com os resultados verificados por Signoretti et al. (1999). No
entanto, não verificaram diferenças no peso do trato gastrintestinal e
comprimento dos intestinos delgado e grosso entre os animais abatidos aos
190 ou 300 kg de peso vivo. Em estudo mais amplo, Véras et al. (2001)
constataram aumento linear no peso do trato gastrintestinal, gordura interna,
fígado, rins e baço à medida que forneceram maior quantidade de concentrado.
Efeito de idade é relatado por Pacheco et al. (2005). Os autores
quantificaram os componentes não integrantes da carcaça de novilhos jovens
(23 meses) e super-jovens (13 meses) e constataram que os animais jovens
apresentaram maior peso e participação no corpo vazio de coração e fígado,
enquanto nos animais super-jovens houve maior deposição de gordura
inguinal, renal, ruminal e intestinal além de maior desenvolvimento de couro. Di
Marco et al. (2007) relataram que quanto mais jovem é o animal maior será a
participação de tecidos de revestimento: couro, membros (cabeça, patas),
órgãos vitais e trato gastrintestinal no corpo vazio.
Leme et al. (2000) tornaram evidentes as inflncias do estágio de
maturidade sobre os componentes internos e externos da carcaça, observaram
que à medida que avançou o peso de abate (448, 493 e 515 kg de peso vivo) e
conseqüentemente a idade, verificaram aumento linear na gordura renal,
pélvica e inguinal. Arboitte et al. (2004a), abatendo novilhos 5/8 Nelore x 3/8
Charolês aos 425, 467 e 510 kg de peso vivo, verificaram incremento linear no
peso dos órgãos internos, sangue e trato gastrintestinal com o aumento do
25
peso do corpo vazio. Comportamento similar tamm foi observado para peso
e percentual do peso de corpo vazio para gordura total (gordura
interna+gordura de toalete) por Arboitte et al. (2004b). Com relação aos
componentes externos, não foram observadas alterões significativas nos
valores percentuais em relação ao corpo vazio para couro e vassoura da
cauda, demonstrando redução da participação de cabeças e patas.
3. HIPÓTESE
Fornecimento parcial de silagem de girassol em substituição à
silagem de milho na terminação de novilhos confinados o altera o
desempenho animal, as características da carcaça, da carne e do corpo vazio,
comprovando ser uma alternativa viável não afetando negativamente nenhum
dos integrantes da cadeia da carne.
4. OBJETIVOS
O presente experimento foi desenvolvido com o objetivo de
mensurar através das diversas variáveis existentes no período compreendido
desde o abate até o produto final a carne, o reflexo da utilização da silagem de
girassol como volumoso substituto parcial da silagem de milho de novilhos
terminados em confinamento aos 2 anos. Foram estudadas 64 variáveis
subdividas em três Capítulos
O artigo do Capítulo II trata das características quantitativas e físicas
26
da carcaça. O Capítulo III compreende as características qualitativas da carne
e, finalmente, o Capítulo IV enfoca as características das partes do corpo não-
integrantes da carcaça.
CAPÍTULO II
28
Características quantitativas da carcaça de novilhos terminados em confinamento
com inclusão parcial de silagem de girassol
1
RESUMO - Objetivou-se avaliar as características quantitativas da carcaça de
novilhos terminados em confinamento, submetidos à inclusão de zero (IG00), 33%
(IG33) e 66% (IG66) de silagem de girassol (Helianthus annuus L.) em substituição à
silagem de milho (Zea mays L.), e abatidos quando a espessura de gordura subcutânea
atingiu entre 3 e 6 mm. A dieta continha uma relação volumoso:concentrado de 60:40
(com base na matéria seca). A dieta consumida continha 12,2; 12,5 e 12,7% de proteína
bruta, 2,85; 2,88 e 2,93 Mcal de energia digestível/kg de MS, e 4,06; 5,29 e 7,15% de
extrato etéreo, respectivamente, para IG00, IG33 e IG66. Os novilhos do IG33
apresentaram maior área de Longissimus dorsi (ALD) e menor percentagem de dianteiro
do que os do IG00 e IG66 (64,87; 53,21 e 56,59 cm
2
e 37,09; 38,45 e 37,97%,
respectivamente). Os do IG33 apresentaram maior ALD/100 kg de carcaça fria e
percentagem de traseiro do que IG00 (27,98 vs 23,31cm
2
/100kg e 49,79 vs 48,93%,
respectivamente). Os do IG33 apresentaram maior relação sculo:osso e
músculo+gordura:osso que os do IG66 (4,94 vs 4,29 e 6,97 vs 5,90, respectivamente).
Não foi observada diferença significativa nas demais variáveis. A inclusão parcial de
silagem de girassol não compromete as características quantitativas e físicas da carcaça.
Palavras-chave: dianteiro, gordura, músculo, osso, traseiro.
1
Trabalho escrito obedecendo as normas da Revista Brasileira de Zootecnia de 2007
(Apêndice 70)
29
Carcass quantitative characteristics of steers feedlot finished with partial
inclusion of the sunflower silage
ABSTRACT The objective was to evaluate carcass quantitative characteristics
of steers finished in feedlot, submitted to zero (IG00), 33% (IG33) and 66% (IG66)
inclusion of sunflower (Helianthus annuus L.) silage in substitution to maize (Zea mays
L.) silage, and slaughtered when the subcutaneous fat thickness was between 3 and 6
mm. The roughage:concentrate ratio was 60:40 (on dry matter base), with crude protein
of diet intake of 12.26; 12.51 and 12.79% and digestible energy of diet intake of 2.85;
2.88 and 2.93 Mcal/kg of dry matter, and ether extract of diet intake of 4.06; 5.29 and
7.15%, respectively, from IG00, IG33 and IG66. The steers of IG33 showed higher
Longissimus dorsi area (LDA) and lower forequarter percentage in relation to IG00 and
IG66 (64.87; 53.21 and 56.59 cm
2
and 37.09; 38.45 and 37.97%, respectively). IG33
steers showed higher LDA/100 kg of cold carcass and higher forequarter percentage in
relation to IG00 (27.98 vs 23.31 cm
2
/100 kg and 49.79 vs 48.93%, respectively). The
IG33 steers showed higher muscle:bone ratio and muscle+fat:bone ratio in relation to
IG66 steers (4.94 vs. 4.29 and 6.97 vs. 5.90, respectively). No significant difference was
observed on other variables. The partial inclusion of sunflower silage didn’t implicate
on carcass quantitative and physical characteristics.
Key words: bone, fat, forequarter, hindquarter, muscle
30
Introdução
O desenvolvimento da tecnologia do confinamento e semi-confinamento talvez
seja o que apresentou maior incremento no Brasil nos últimos 11 anos, aumentando de
1.755.000 para quase 4.800.000 bovinos submetidos a esses manejos, representando um
acréscimo de 6,6% ao ano (ANUALPEC, 2006).
Esse sistema de produção tem como principal problema à rentabilidade, pois tem
na alimentação o principal item de custo. Na tentativa de superar esse problema vários
estudos têm sido realizados, principalmente sobre a fração concentrada da dieta, por ser
a mais onerosa neste sistema. Contudo, diversos estudos são direcionados à fração
volumoso onde o buscados novos materiais que conciliem produtividade, qualidade e
economicidade. Destes materiais, recentemente têm-se dado ênfase ao girassol como
alternativa para ensilar devido à superior resistência ao frio e ao calor em relação ao
milho e ao sorgo, além de alta capacidade de retirar água do solo sendo quase 30%
superior em relação ao sorgo. Associa-se ainda a característica de possuir razoáveis
indicadores de produtividade podendo alcançar oito toneladas de MS/ha (Tomich et al.,
2003).
A silagem de girassol apresenta maiores teores de proteína bruta e extrato etéreo
em comparação à silagem de milho ou sorgo e maiores teores de celulose e lignina
(Bueno et al., 2004). A presença do maior teor de lignina em conjunto com o extrato
etéreo o consideradas como características negativas pela redução na digestibilidade
da matéria seca e da fibra em detergente neutro limitando o consumo voluntário.
Apesar dessas características, ao buscar-se informações a respeito da resposta
animal, percebe-se a carência de artigos cienficos principalmente em bovinos de corte,
apresentando razoáveis informações para bovinos de leite e ovinos. A esse quadro
acrescenta-se a inexistência de estudos que contemplem o reflexo dessa alternativa de
31
volumoso na carcaça de bovinos.
Visando preencher parte dessa lacuna, objetivou-se neste experimento avaliar as
características quantitativas e físicas da carca de novilhos terminados em
confinamento com a inclusão parcial de silagem de girassol em substituição à silagem
de milho.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Laboratório de Bovinocultura de Corte do
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria, no município de
Santa Maria (RS), localizado na região fisiográfica Depressão Central, a 150 metros de
altitude, apresentando clima sub-tropical úmido (cfa), segundo a classificação de
Köppen (Moreno,1961).
Avaliaram-se as características quantitativas e a composição física da carcaça de
nove bovinos machos castrados terminados em confinamento, pertencentes aos grupos
genéticos Nelore (NE), 21/32 NE 11/32 Charolês (CH) ou 21/32 CH 11/32 NE,
submetidos a três tratamentos constituídos por inclusão de silagem de girassol
(Helianthus annuus L.) em substituição à silagem de milho (Zea mays L.) com base na
matéria seca (MS): 0% de silagem de girassol (IG00); 33% de silagem de girassol
(IG33) e 66% de silagem de girassol (IG66). No início do confinamento os animais
apresentavam idade aproximada de 20 meses e foram abatidos aos 24.
Os animais foram mantidos em nove boxes individuais com área de 8,75 m
2
cada,
cobertos com telhas de fibro-amianto e piso pavimentado de concreto armado, com
declividade de 3%. Os boxes apresentavam cocho de madeira para fornecimento de
alimentos e bebedouro com água a vontade regulada por bóia automática.
Durante o período de terminação em confinamento, os animais foram alimentados
32
duas vezes ao dia ad libitum”, as 8 e às 14 horas. A relação volumoso:concentrado foi
de 60:40 (base na MS) para todos os animais. O(s) volumoso(s) era(m) distribuído(s) no
comedouro e sobre o mesmo colocava-se o concentrado, realizando a mistura em
seguida. Diariamente, antes do primeiro fornecimento, as sobras dos alimentos eram
coletadas, pesadas e anotadas em planilhas. A oferta de alimento foi estipulada em 5 a
8% acima do consumo voluntário com base na MS, sendo regulada de acordo com o
consumo do dia anterior. Na Tabela 1 são apresentados os valores referentes à
composição física da dieta.
Tabela 1 Composição física da dieta ofertada em percentagem da MS, de acordo com
o nível de inclusão de silagem de girassol.
Inclusão de Silagem de Girassol (%)
00 (IG00) 33 (IG33) 66 (IG66)
Silagem de girassol - 16,91 35,17
Silagem de milho 59,66 41,48 21,70
Farelo de glúten de milho 20,17 19,98 12,94
Milho grão 2,99 3,75 3,67
Farelo de trigo 16,14 17,06 25,88
Calcário calcítico 0,77 0,62 0,43
Uréia 0,08 - -
Cloreto de sódio 0,20 0,21 0,22
Monensina sódica, g 48 48 48
Duas vezes na semana eram coletadas amostras de silagem de milho, silagem de
girassol e da fração concentrado como também das sobras de alimentos. Estas amostras
foram pré-secadas em estufa com circulação de ar forçado a 55°C por 72 horas, para
33
determinação do teor de matéria parcialmente seca, e posteriormente moídas em moinho
tipo Willeycom peneira de crivo de um milímetro. Nestes, foram determinados os
teores de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB) e gordura bruta (GB),
conforme AOAC (1995).
Os componentes da parede celular, fibra em detergente neutro (FDN), fibra em
detergente ácido (FDA) e lignina em detergente ácido (LDA), foram determinados pelo
método de Van Soest et al. (1991). O nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN)
e o nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA) foram efetuados segundo a
metodologia descrita por Licitra et al. (1996). Para obtenção da concentração de
nutrientes digestíveis totais (NDT), foi utilizada a metodologia de Weiss et al. (1992). A
energia digestível (ED) foi calculada segundo o NRC (1996), onde 1 kg NDT=4,4 Mcal
de ED/kg de MS. Na Tabela 2 encontram-se as características bromatogicas das dietas
consumidas, em % da MS, que foram obtidas pela diferença entre o alimento ofertado e
a sobra.
Tabela 2 Valores de proteína bruta, gordura bruta (GB), fibra em detergente ácido
(FDA), fibra em detergente neutro (FDN), nutrientes digestíveis totais
(NDT) e energia digestível (ED) das dietas consumidas, de acordo com o
nível de inclusão de silagem girassol.
Inclusão de Silagem de Girassol (%)
00 (IG00) 33 (IG33) 66 (IG66)
Proteína Bruta, % 12,26 12,51 12,79
GB, % 4,06 5,29 7,15
FDA, % 22,84 23,09 24,09
FDN, % 51,69 50,88 49,67
NDT, % 64,84 65,49 66,67
ED, Mcal/kg 2,85 2,88 2,93
34
Por ocasião das pesagens, realizou-se avaliação da espessura de gordura sub-
cutânea por meio de avaliação ultrasonográfica na região entre a 1e 1costelas e
quando os animais apresentavam espessura entre 3 e 6 mm foram abatidos. Antes do
abate, os animais foram submetidos, por 14 horas de jejum de sólidos e líquidos, sendo
que após esse intervalo foi obtido o peso de abate (PA). Na seqüência transportou-se os
animais para frigorífico comercial, distante 25 km do local do experimento, onde foram
abatidos.
Após o abate, as duas meias-carcaças foram identificadas e pesadas para obtenção
do peso de carcaça quente (PCQ). Após, foram resfriadas por 24h, a uma temperatura
oscilando entre zero e 1ºC e novamente pesadas para obtenção do peso de carcaça fria
(PCF). Através destes parâmetros foram determinados os rendimentos de carcaça quente
(RCQ) e fria (RCF) a partir do peso de abate.
Nas duas meias-carcaças foram determinadas, subjetivamente, as pontuações
referentes à conformação (Conf) obedecendo à seguinte pontuação: 1-3 inferior; 4-6 má;
7-9 regular; 10-12 boa; 13-15 muito boa; 16-18 superior e à maturidade fisiológica
(Matfis) de acordo com a seguinte classificação: 1 E+; 2 E; 3 E-; 4 D+; 5 D; 6 D-; 7 C+;
8 C; 9 C-; 10 B+; 11 B; 12 B-; 13 A+; 14 A; 15 A-, segundo metodologia descrita por
Müller (1987).
Na meia-carcaça fria direita foram avaliadas as características métricas, sendo:
comprimento de carcaça (Compcarc), tomado do bordo cranial medial da primeira
costela e o bordo anterior do osso púbis; comprimento de perna (Comppern),
correspondente à distância entre o bordo anterior do osso púbis e a articulação tíbio-
tarsiana; espessura do coxão (Espcox), medido entre a face lateral e a face medial da
porção superior do coxão, com auxílio de um compasso; comprimento de braço
(Compbrac), medido da articulação rádio-carpiana até a extremidade do olécrano; e
35
perímetro do braço (Perbra), determinado pelo perímetro da região medial do mesmo.
Na seqüência, na meia-carcaça direita foi realizada uma secção na altura da 12ª
costela, expondo o músculo Longissimus dorsi, sendo traçado em papel vegetal o seu
contorno para posterior determinação de sua área (cm
2
) em mesa digitalizadora através
do software Siter 1. Nessa ocasião, foi retirada uma secção entre a 10ª e 12ª costelas
denominada “seção HH”, conforme metodologia proposta por Hankins & Howe (1946)
e adaptada por Müller et al. (1973). Desta secção foram feitas a separação física dos
tecidos em osso, músculo e gordura, para posterior determinação da quantidade total e
do percentual destes em relação à carcaça fria.
Nesta mesma secção foi determinada a espessura de gordura subcutânea (EGS),
através da média aritmética de três observações ao redor do músculo Longissimus dorsi
exposto (Müller, 1987). Para este estudo, retirou-se a camada de gordura subcutânea
que estava localizada sobre o músculo Longissimus dorsi compreendida entre a 10ª e
12ª costelas. Esta camada denominou-se de capa da gordura a fim de comparar seus
resultados com a espessura obtida.
Na meia-carcaça fria esquerda foram separados os cortes comerciais: traseiro
(Tras) ou serrote, que compreende a região posterior da carcaça, separada do dianteiro
(diant) entre a quinta e sexta costelas e do costilhar (Cost) ou ponta de agulha a uma
distância de aproximadamente 20 cm da coluna vertebral; dianteiro, que compreende o
pescoço, paleta, braço e cinco costelas; e costilhar ou ponta de agulha, que compreende
a região da sexta costela mais os músculos abdominais, os quais foram pesados
individualmente e determinadas suas proporções em relação à meia-carcaça.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos ao acaso com
três tratamentos com três repetições, sendo o animal a unidade experimental. O critério
de bloqueamento foi o grupo genético. A metodologia estatística incluiu análise de
36
variância e teste F. Quando foi detectada diferença entre tratamentos foi aplicado o teste
t de Student (Pdiff). Foram feitos também estudos de regressão polinomial (linear e
quadrática), não sendo detectado nenhum efeito significativo dos tratamentos. O nível
crítico de significância foi de 10% e as análises foram realizadas com o programa
estatístico SAS (2001).
O modelo matemático adotado na análise da variância foi:
Y
ijk
= + GG
i
+ NI
j
+
ijk
, onde:
Y
ijk
= variáveis dependentes; = média geral de todas as observações; GG
i
=
efeito do grupo genético de ordem i(bloco); NI
j
= efeito do nível de inclusão de
girassol de ordem “j” (tratamento);
ijk
= erro aleatório de ordem residual
Resultados e Discussão
Na Tabela 3 constam os valores médios referentes aos pesos de abate, carcaça
quente, rendimento de carcaça quente e fria, quebra no processo de resfriamento da
carcaça e compacidade da carcaça.
Observa-se grande uniformidade entre os PA e PCQ apresentados, não existindo
diferença estatística significativa para os efeitos dos tratamentos (P>0,10). Esta
similaridade deve-se à verificação de que entre os tratamentos, os animais apresentaram
ganhos diários de peso semelhantes, resultado do equilíbrio de consumo entre as dietas
(Tabela 2). A ausência de diferença significativa estendeu-se ao RCQ e RCF (P>0,10),
o que está de acordo com os resultados encontrados por Fernandes et al. (2007), que
testando sementes de girassol na dieta, constataram alteração apenas na ingestão de EE
pela sua maior concentração na mesma.
Estes parâmetros são de grande interesse comercial para os frigoríficos, pois
determinam o valor do produto adquirido e dos custos operacionais, uma vez que
37
carcaças com pesos diferentes demandam a mesma mão-de-obra e tempo de
processamento (Costa et al., 2002), assim como quanto maior for o rendimento de
carcaça, maior será o retorno para o frigorífico e para o produtor. Neste estudo, os
54,50% de RCF encontrados estão acima da dia obtida para esta categoria animal,
tendo sido encontrados valores desde 49% (Vaz et al., 2002a) até 61,3% (Silva et al.,
2002) para animais de dois anos terminados em confinamento.
Tabela 3 – Médias e erros-padrão (EP) para peso de abate (PA), pesos de carcaça quente
(PCQ) e fria (PCF), rendimento de carcaça quente (RCQ) e fria (RCF),
quebra no resfriamento de carcaça (QR) e compacidade da carcaça (Comp),
de acordo com o nível de silagem de girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
PA, kg 421,00 424,30 412,60 20,90
419,30 62,60
PCQ, kg 233,70 236,80 231,60 13,20
234,60 37,60
RCQ, % 55,50 55,60 56,00 0,61
55,70 1,28
RCF, % 54,30 54,50 54,80 0,62
54,50 1,31
QR, % 2,17 2,01 2,15 0,07
2,11 0,15
Comp, kg/cm 1,84 1,90 1,86 0,09
1,87 0,23
Pelo teste t de Student (P>0,10).
A QR é uma característica influenciada pelo grau de acabamento da carcaça ou
espessura de gordura subcutânea, que atua como isolante térmico evitando as perdas por
desidratação. Com isso, existe uma tendência de carcaças com maior grau de
acabamento apresentarem menores perdas durante o processo de resfriamento (Müller,
1987). A partir desse pressuposto, é possível concluir que as carcaças apresentaram
similaridade de acabamento, por não existir diferença significativa entre os valores para
38
QR (P>0,10), as quais apresentaram valores próximos a 2%, sendo inferior aos relatados
por Pacheco et al. (2005) que, trabalhando com animais de grupo genético e peso de
abate semelhantes ao deste estudo, encontraram variação da QR de 2,59 a 3,13% com
espessura de gordura variando entre 3,57 e 2,87 mm, respectivamente. Valores
oscilando entre 1,31 e 1,45% foram encontrados em novilhos Hereford (Vaz & Restle,
2005) com os animais apresentando PA de 220 kg. Pode-se, assim, afirmar que a QR
desse estudo está abaixo da média observada na literatura.
Atualmente uma tendência em procurar o máximo de informações possíveis da
avaliação de carcaça que possa expressar a sua magnitude ou o potencial alcaado
pelos animais. A compacidade (Comp) é uma variável que expressa essa característica;
no entanto, apenas recentemente começou a ser mensurada por outros autores. A Comp
relata quantos kg existem por metro linear de carca, padronizando animais de
diferentes comprimentos de carcaça e com diferentes expressões de conformação, sendo
então uma informação pertinente para o frigorífico, pois quanto maior for a Comp,
provavelmente, maior produção será a porção comestível da carcaça. Na Tabela 3
verifica-se que a Comp encontrada no presente estudo foi próxima a 1,90 em todos os
tratamentos, sem diferença estatística (P>0,10), concordando com os valores verificados
por Macitelli et al. (2005), que trabalharam com animais Holandês-Zebu de maior
idade.
A homogeneidade dos valores obtidos na Tabela 3 é resultado principal das
características das dietas consumidas (Tabela 2), dentre as quais apenas o teor de GB
diferiu, aumentando à medida que incluiu silagem de girassol; porém, o teor mais alto
(IG66) ainda está dentro do valor limítrofe de 7% de extrato etéreo (EE) considerado
limite para ocorrer a fermentação ruminal (Kozloski, 2002).
Na Tabela 4 estão apresentados os valores médios referentes à área do músculo
39
Longissimus dorsi e espessura de gordura subcutânea, de acordo com os tratamentos
avaliados.
Tabela 4 Médias e erros-padrão (EP) para área do músculo Longissimus dorsi (ALD),
ALD/100 kg peso da carcaça fria (ALD100), espessura de gordura
subcunea (EGS) e EGS/100 kg peso de carcaça fria (EGS100), de acordo
com o nível de silagem de girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
ALD, cm
2
53,21 b 64,87 a 56,59 b 2,34
58,22 10,28
ALD100, cm
2
/100kg 23,31 b 27,98 a 25,14 ab 0,96
25,48 2,41
EGS, mm 5,33 4,83 3,67 0,61
4,61 1,41
EGS100, mm 2,35 2,04 1,65 0,30
2,01 0,53
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha o diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
A ALD é uma característica extremamente importante por refletir a
musculosidade da carcaça, observando que neste estudo, animais que receberam a dieta
IG33, apresentaram superioridade em relação aos demais tratamentos (P<0,10). De
acordo com a literatura, normalmente essa variação é decorrente de uma diferença
inicial existente entre os pesos de carcaça. Entretanto, quando é ajustado para 100 kg de
peso de carcaça fria (ALD100) os valores tornam-se similares, o que não ocorreu no
presente trabalho, pois o IG33 não diferiu do IG66 e este foi similar ao IG00 (P>0,10).
Porém, 33% de silagem de girassol determinou maior ALD100 do que no tratamento
que não recebeu silagem de girassol na dieta (P<0,10), discordando dos valores
observados na Tabela 3, onde não ocorreu diferea significativa para PA (P>0,10).
Fernandes et al. (2007), conduzindo estudo com sementes de girassol na fração
40
concentrado, verificaram aumento da ALD100 e atribuíram essa resposta ao
desequilíbrio protéico existente entre as diferentes dietas, o que não foi observado no
presente estudo (Tabela 2).
Assim, provavelmente outros fatores podem estar interferindo nessa medida,
como os valores encontrados na Comp e na QR. A área do músculo Longissimus dorsi
apresenta uma correlação negativa com a magnitude da quebra ao resfriamento
(Pacheco et al., 2005). Neste experimento, ainda que a QR e a Comp não tenham
acusado diferença significativa entre os tratamentos (P>0,10), observa-se que existiu
uma tendência numérica a uma menor QR e maior Comp nos animais que receberam
IG33, seguidos do IG66 e IG00, o que justifica os valores encontrados para ALD e
ALD100 os quais estão próximos dos encontrados por diversos autores (Vaz et al.,
2002c; Pacheco et al., 2005; Vaz & Restle, 2005).
Ainda na Tabela 4, encontram-se os valores para EGS e EGS100 que, para os
frigoríficos, são importantes parâmetros por estarem diretamente ligados ao valor
comercial da carcaça. Carcaças que apresentam EGS inferior a 3mm durante o
resfriamento demonstram o escurecimento da parte externa dos sculos que recobrem
a carcaça, depreciando-a comercialmente além de ocorrer uma maior perda de líquidos.
No entanto, se o valor for superior a 6mm ocorrerá recorte com eliminação do excesso
de gordura de cobertura antes da pesagem da carcaça, o que acarreta maior custo
operacional para o frigofico e perda de peso da carcaça para o fornecedor quando o
animal é comercializado a rendimento (Costa et al., 2002).
Na Tabela 4 observa-se que todos os tratamentos ficaram com EGS entre os
valores mínimos e máximos desejados pelos frigoríficos e que serviram de referência
para determinar o abate. Embora o exista diferença estatística significativa (P>0,10),
percebe-se uma tendência numérica em reduzir a EGS e EGS100 à medida que
41
aumentou o nível de inclusão de girassol. Esta tendência será discutida com os
resultados encontrados na Tabela 7.
Analisando em conjunto as Tabelas 3 e 4 observa-se que os resultados
satisfatórios obtidos na QR, são devidos em grande parte à EGS alcançada, o que
refletiu direta e positivamente no RCF.
A inclusão ou não de silagem de girassol na dieta não influenciou
significativamente as características avaliadas apresentadas na Tabela 5 (P>0,10);
todavia, pode-se constatar através da conformação, que é uma avaliação subjetiva da
hipertrofia muscular (Di Marco et al., 2007), que as carcaças apresentaram
uniformidade com valores próximos a 10, indicando serem de boa conformação. No
entanto, sob o ponto de vista dos frigoríficos, seria interessante que esse valor estivesse
próximo ou acima de 13 (muito boa conformação); todavia, esse escore normalmente é
atingido quando são confinados animais inteiros ou com raças de dupla musculatura,
estando neste estudo condizentes com os grupos genéticos utilizados.
A exemplo da conformação, a maturidade fisiológica também é um parâmetro de
avaliação subjetiva e que é atribuída por meio do julgamento da ossificação das
cartilagens dos processos espinhosos, estando correlacionada positivamente com a idade
do animal (Müller, 1987). Os valores apresentados na Tabela 5 confirmam a reduzida
idade de abate dos animais, semelhantes aos observados por outros autores (Vaz et al.,
2002b; Restle & Vaz, 2003; Pacheco et al., 2005).
Ainda na Tabela 5 encontram-se as características que, além de serem medidas
objetivas, são importantes por apresentarem correlações positivas de média a alta com
outras características, destacando-se o comprimento de carcaça e de braço que está
correlacionado com o peso de abate do animal (Pacheco et al., 2005), concordando
estatisticamente com os resultados obtidos na Tabela 3.
42
Tabela 5 - Médias e erros-padrão (EP) para conformação (Conf), espessura de coo
(Espcox), perímetro de braço (Perbra), comprimento de carcaça (Compcarc),
de perna (Comppern) e de braço (Compbrac), e maturidade fisiológica
(Matfis), de acordo com o nível de silagem de girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Conf, pontos
10,33 10,33 9,67 0,38
10,11 1,45
Matfis, pontos
13,67 13,67 13,33 0,38
13,56 0,53
Espcox, cm 23,50 21,97 22,00 0,52
22,49 1,54
Perbra, cm 35,33 37,00 36,00 1,23
36,11 2,52
Compcarc, cm 123,67 121,67 121,00 2,18
122,11 5,75
Comppern, cm 70,97 71,37 70,33 1,31
70,89 1,92
Compbrac, cm 41,00 41,50 41,10 0,64
41,20 0,84
Pelo teste t de Student (P>0,10).
Na Tabela 6 estão apresentados os valores percentuais dos cortes comerciais das
carcaças, de acordo com os tratamentos avaliados, que em conjunto com os parâmetros
discutidos nas Tabelas 3 e 4, estão entre os que podem modificar o retorno comercial da
carcaça através da alteração nas proporções entre os cortes.
Tabela 6 Médias e erros-padrão (EP) para percentual de dianteiro (Diant), costilhar
(Cost) e traseiro (Tras) da carcaça, de acordo com o nível de silagem de
girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Diant, % 38,45 a 37,09 b 37,97 a 0,28
37,84 1,26
Cost, % 12,62 13,12 12,59 0,34
12,78 0,72
Tras, % 48,93 b 49,79 a 49,44 ab 0,28
49,39 0,77
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha o diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
43
Neste estudo, as carcaças dos animais que receberam IG33 apresentaram maior
valor comercial por possuírem maior participação do traseiro e menor do dianteiro
(P<0,10), que são respectivamente os corte de maior e menor valor, ao passo que as
carcaças IG00 são as de menor valor comercial e os novilhos do IG66 apresentaram
valores intermediários pelos mesmos motivos citados anteriormente (P<0,10).
Considerando-se os resultados obtidos na Tabela 5, as diferenças encontradas na
Tabela 6 deveriam ser opostas, pois segundo Pacheco et al. (2005), a musculosidade do
dianteiro e do traseiro está relacionada com o perímetro de braço e espessura de coxão,
respectivamente. Porém, a ALD é uma característica que está correlacionada
positivamente com o aumento da musculosidade do animal e por conseqüência na
composição dos cortes comerciais, o que pode ter beneficiado o traseiro. Dessa forma
entende-se que as diferenças encontradas devem-se a superior expressão muscular
encontrada na ALD do IG33 que é corroborada pela tendência da superior compacidade
desse tratamento; todavia, essas diferenças podem não ser devidas ao tratamento, mas à
condição de superioridade nesses quesitos ao início da terminação em confinamento.
Analisando os valores médios encontrados independentemente de tratamento, as
carcaças deste estudo apresentam maior proporção de Diant e menor de Cost quando
comparadas às da literatura (Restle et al., 2001; Faturi et al., 2002; Vaz et al., 2002a;
Vaz & Restle, 2005), provavelmente essa variação se deve a um menor arqueamento de
costelas promovido pelo seu histórico nutricional. Outra hipótese é a de que poderia ser
devida ao perímetro de braço que, como visto anteriormente, reflete na musculosidade
do Diant; porém os resultados deste experimento não diferem dos autores anteriores.
Os resultados da Tabela 7 expressam a média e erro-padrão da área da capa de
gordura de cobertura da carcaça. Essa proposta consiste na avaliação em conjunto da
Capa, que expressa quanto da carcaça está recoberta por gordura de cobertura, com a
44
Capgrcm
2
, que expressa a densidade dessa gordura.
Tabela 7 - dias e erros-padrão (EP) para área da capa de gordura de cobertura do
músculo Longissimus dorsi (Capa), relação entre o peso e a área da Capa
(Capgrcm
2
), de acordo com o nível de silagem de girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Capa, cm
2
301,80 b 378,90 a 294,90 b 15,57
325,20 55,45
Capgrcm
2
, g/cm
2
4,71 a 4,67 a 2,72 b 0,44
4,04 1,24
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha o diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
Nota-se que os animais submetidos ao tratamento IG33 são os que apresentam
maior distribuição de gordura de cobertura sob o Longissimus dorsi pela sua maior Capa
(P<0,10). Essa informação é de grande importância comercial, pois quanto mais
superfície de gordura estiver recobrindo a carcaça, mais efeitos positivos serão
percebidos na QR e no escurecimento da carca.
Continuando a análise da Tabela 7, os resultados encontrados para Capgrcm
2
indicam que os tratamentos IG00 e IG33 são os que apresentaram maior uniformidade
de distribuição de gordura subcutânea sobre a seção “HH” (P<0,10).
Analisando em conjunto os resultados verificados na Tabela 4 e 7, observa-se que
os animais terminados com a dieta IG66 acumularam menos gordura de cobertura
mesmo apresentando desempenho semelhante aos demais. Esta resposta inferior pode
ser justificada pelas características da sua dieta (Tabela 2), em especial o teor de GB.
Embora o teor de EE esteja de acordo com o estipulado por Kozloski (2002), o
men não é tolerante para altos níveis de gordura, o que pode provocar alterações no
equilíbrio da fermentação através da supressão das bactérias metanogênicas e
celulolíticas (Van Soest, 1994). A instalação desse quadro dentro do rúmen provocará
45
um aumento do teor de hidrogênio e uma conseqüente redução de pH que refletirá num
pequeno decréscimo da produção de ácido acético e um significativo aumento na
produção de ácido propiônico, alterando a relação acético:propiônico (Mühlbach, 2004).
A alteração dessa relação irá interferir principalmente no acúmulo de gordura (IG66),
pois enquanto o acetato deposita diretamente no tecido adiposo, o propionato é
inicialmente convertido em glicose pelo fígado para posteriormente essa fração ser
convertida a glicerol e somente após ser depositado no tecido adiposo, ou seja, uma rota
mais lenta e menos eficiente (Kozloski, 2002).
Na Tabela 8 constam os resultados referentes aos tecidos que compõem a carcaça,
bem como a relação entre eles, de acordo com os tratamentos.
Tabela 8 – Médias e erros-padrão (EP) para percentagens de músculo, gordura e osso na
carcaça, relação sculo:osso (Relmosso), músculo:gordura (Relmgord) e
músculo+gordura:osso (Relmgo) da carcaça, de acordo com o nível de
silagem de girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Músculo, % 59,91 62,56 62,45 0,99
61,64 1,80
Gordura, % 26,93 25,58 23,83 1,37
25,30 2,54
Osso, % 13,69 12,76 14,56 0,61
13,67 1,29
Relmosso 4,40 ab 4,94 a 4,29 b 0,20
4,54 0,46
Relmgord 2,25 2,45 2,68 0,17
2,46 0,30
Relmgo 6,39 ab 6,97 a 5,90 b 0,34
6,42 0,75
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha não diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
Observando os valores percentuais dos três tecidos avaliados, verifica-se que a
46
inclusão de silagem de girassol não alterou significativamente a participação de cada
tecido (P>0,10). Esses resultados são discordantes dos encontrados nas Tabelas 4 e 6,
que demonstram existir superioridade significativa (P<0,10) de ALD e Tras nas
carcaças oriundas dos animais do IG33, portanto esperava-se uma maior participação da
percentagem de sculo neste tratamento. A incoerência desses resultados pode ser
atribuída aos valores obtidos na Tabela 7, que pela excelência alcançada no tratamento
IG33, refletiu no ofuscamento da superior expressão muscular desse tratamento.
Diversos trabalhos da literatura (Ferreira et al., 2000; Costa et al., 2002; Arboitte
et al, 2004; Kuss et al., 2005; Brondani et al., 2006), relatam uma tendência da
percentagem de Músculo ficar próxima a 60%, e as percentagens de osso e gordura
oscilarem entre 15-26% e 15-24%, respectivamente, na mesma ordem, indicando que os
25,30% de gordura evidenciados neste estudo podem caracterizar uma carcaça de
excelente acabamento, enfatizando os resultados obtidos nas Tabelas 4 e 7. Além disso,
pode-se afirmar que a quantia de osso é praticamente uma constante com pequena
variação para animais de uma mesma idade (Di Marco et al., 2007), estando a sua
participação da composição da carcaça influenciada diretamente pelo acabamento desta.
Ao analisar a relação entre os tecidos, a Relmosso é um dado de grande validade
por representar a quantidade do tecido mais desejado na carcaça em relação à do tecido
o aproveitado para consumo humano, e embora não existam efeitos (P>0,10) dos
níveis de inclusão de silagem de girassol em relação ao tratamento testemunha (IG00),
os tratamentos IG66 e IG33 apresentaram diferença estatística significativa (P<0,10)
nos valores de Relmosso. Essa inferioridade é resultado do maior valor numérico
encontrado para a percentagem de osso existente nas carcaças IG66 decorrente do
menor acúmulo de gordura nos animais desse tratamento (Tabelas 4 e 7).
Na análise da Relmgord não foi verificada diferença significativa (P>0,10), mas
47
percebe-se numericamente que a menor Capgrcm
2
do IG66 (Tabela 7) influenciou nessa
relação por fazer parte da seção “HHe conseqüentemente da determinação dos tecidos
que compõem a carcaça. Nessa condição, pode-se afirmar que este tratamento seria o
mais benéfico para a saúde humana, pois existe uma preocupação mundial com a
ingestão de gordura e seus possíveis efeitos negativos.
Os resultados estatísticos (P>0,10) verificados para a porção comestível da
carcaça (Relmgo) indicam que incluir 33 ou 66% de silagem de girassol na dieta não
promoveu diferença significativa; porém, ao passar do nível 33 para o 66% há um
decréscimo dessa porção e é decorrente da inferior relação músculo:osso (P<0,10)
encontrado nesse tratamento além de uma menor contribuição de gordura na carcaça, o
que é confirmado pelos menores valores encontrados para esse tratamento na Tabela 8.
Conclusões
Animais arraçoados com silagem de girassol que promovam o aumento do nível
de extrato etéreo da dieta para próximo a 7% são propícios a apresentar menor grau de
deposição de gordura de cobertura e redução na porção comestível da carcaça. A
inclusão de silagem de girassol até 66% da dieta para novilhos confinados não provoca
alterações significativas nas características da carcaça que possam interferir no êxito
comercial entre produtor e frigorífico.
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CAPÍTULO III
52
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA CARNE DE NOVILHOS TERMINADOS EM
CONFINAMENTO COM INCLUSÃO PARCIAL DE SILAGEM DE GIRASSOL
1
Resumo O objetivo do estudo foi avaliar as características qualitativas da carne de 9
novilhos mestiços terminados em confinamento com dietas incluindo silagem de girassol
(Helianthus annuus L.) em substituição à silagem de milho (Zea mays L.) nos veis de
0%; 33% e 66%, com base na matéria seca. Os animais foram abatidos quando a
espessura de gordura subcutânea ficou entre 3 e 6 mm. Apresentavam em média 419kg
de peso vivo e 24 meses de idade. A dieta consumida apresentou uma relação
volumoso:concentrado de 60:40 (na matéria seca), com 12,26; 12,51 e 12,79% de
proteína bruta, 2,85; 2,88 e 2,93 Mcal de energia digesvel/kg de matéria seca, e 4,06;
5,29 e 7,15% de extrato etéreo, para os tratamentos 0, 33 e 66%, respectivamente. O
delineamento foi em blocos completos ao acaso, com 3 repetições. A inclusão de silagem
de girassol não influenciou significativamente (P>0,10) a coloração (3,78 pontos), textura
(4,33 pontos), marmoreio (6,78 pontos), maciez (7,32 pontos), palatabilidade (6,87
pontos) e a suculência (6,09 pontos) da carne. Igualmente, o foi verificada diferença
estatística (P>0,10) para quebra ao descongelamento (4,16%), quebra na cocção
(24,37%) e para força de cizalhamento (3,04kgf/cm
3
). A carne foi classificada como
macia, com palatabilidade próxima a saborosa e com sucuncia levemente acima da
média. A sua coloração ficou próxima da vermelha, textura fina e leve grau de
marmorização. O fornecimento da silagem de girassol como substituto da silagem de
milho é uma alternativa de volumoso viável por o alterar as características qualitativas
da carne.
Palavras-chave: cor, maciez, marmoreio, palatabilidade, suculência, textura.
1
Trabalho escrito obedecendo as normas do Brazilian Journal of Food Technology de
2007 (Apêndice 71)
53
MEAT QUALITATIVE CHARACTERISTICS OF STEERS FEEDLOT FINISHED WITH
PARTIAL INCLUSION OF SUNFLOWER SILAGE
Summary The objective of this study was to evaluate meat qualitative characteristics of
9 straightbreds steers finished in feedlot submitted to different inclusions of sunflower
silage (Helianthus annuus L.) in substitution of maize silage (Zea mays L.) with inclusions
of 0%; 33% and 66%, on dry matter bases. The animals were slaughtered when the
subcutaneous fat thickness was between 3 and 6 mm. They showed at the slaughter,
average weight of 419 kg and 24 months of age. The intake diet showed
roughage:concentrate ratio of 60:40 (on dry matter base), crude protein of 12.26; 12.51
and 12.79%, digestible energy of 2.85; 2.88 and 2.93 Mcal/kg of dry matter, and ether
extract of 4.06; 5.29 and 7.15%, from 0, 33 and 66%, respectively. The complete
randomized experimental block design was used, with three repetitions. The inclusion of
sunflower silage didn’t influence significantly (P>.10) meat color (3.78 points), texture (4.33
points), marbling (6.78 points), tenderness (7.32 points), palatability (6.87 points) and
juiciness (6.09 points). Similarly, no statistical difference was observed (P>.10) for chilling
loss (4.16%), cooking loss (24.37%) and for shear force (3.04 kgf/cm
3
). The meat was
classified as tender, with palatability next to tasty and with juiciness lightly under the
average. Color meat was next to red, the texture was fine and marbling was classified as
next to small. The supply of sunflower silage as substitute of maize silage is an alternative
of roughage because didn’t modify meat qualitative characteristics.
Key words: color, juiciness, marbling, palatability, tenderness, texture.
54
1. Introdução
A carne bovina precisa ser mais competitiva em relação à carne de outras espécies,
como aves e suínos, que possuem controle rigoroso de qualidade. Para isto é necessário
investir nos aspectos qualitativos, em que se destacam as características sensoriais,
visando cativar o consumidor brasileiro e ampliar a competição no mercado externo, que
ultimamente têm sido a grande alavanca para o incentivo e crescimento da atividade.
A cor do músculo e a quantidade de gordura de cobertura estão entre as
características iniciais pelas quais o consumidor costuma avaliar a qualidade da carne
(RESTLE et al, 2001). Acrescente-se a estas características a palatabilidade, a suculência
e, principalmente, a maciez (KUSS et al., 2005).
A coloração da carne é uma de suas características de escolha e tende a acentuar-
se com o avanço da idade dos animais, ainda que não termine a palatabilidade ou o valor
organoléptico da mesma (VAZ et al., 2002a).
A quantidade de gordura de cobertura é uma característica importante, pois atua
como proteção, durante o resfriamento da carcaça, contra o escurecimento da superfície
externa dos músculos que a recobrem, perda de líquido e encurtamento das fibras
musculares. Ainda possui correlação positiva com o acúmulo de outras gorduras
(intermuscular e intramuscular) que es positivamente correlacionado com a
palatabilidade, a suculência e a maciez da mesma (PACHECO et al., 2005).
O sistema de alimentação é um dos principais fatores que determina o grau de
acabamento da carcaça e a magnitude do ganho de peso. Animais submetidos a maiores
taxas de ganho demonstram um rápido crescimento muscular, cuja conseqüência é a
formão de colágeno mais solúvel, marmorização da carcaça e melhoria nas
características sensoriais da carne (COSTA et al., 2002).
A alimentação também pode influenciar na coloração da carne pela redução da
55
quantidade de mioglobina (FATURI et al., 2002).
Entre os sistemas de engorda preconizados, o confinamento vem incrementando no
Brasil, pois permite conhecer o nível de ingestão dos alimentos assim como sua
qualidade, o que auxilia na predição do desempenho dos animais e à viabilidade
ecomica do empreendimento.
Por questões econômicas e nutricionais, a fração volumosa ainda é a que participa
em maior proporção na dieta dos animais, sendo a silagem uma das principais fontes
alimentares. A partir desse princípio, a silagem torna-se um importante componente da
resposta animal ao confinamento e por conseqüência nas características qualitativas da
carcaça (RESTLE, 2000). Para atender novas demandas de materiais a ensilar,
recentemente surgiu o girassol por apresentar maior resistência ao frio e ao calor que o
milho e o sorgo e alta capacidade de resistir ao déficit hídrico, podendo alcançar uma
produtividade de 8 toneladas de MS/ha (TOMICH et al., 2003).
O valor nutritivo da silagem de girassol, numa compilação de 28 cultivares
(REZENDE, 2001; STEHLING, 2001; TOMICH et al., 2004;) apresentou como valores
médios de 9,5%, 47,9%, 35,5%, 13,9% e 50,4%, respectivamente, para proteína bruta,
fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, extrato ereo e digestibilidade in
vitro da matéria seca. Portanto, nota-se que a silagem de girassol apresenta maiores
teores de proteína bruta e extrato etéreo em comparação à silagem de milho ou sorgo. O
seu elevado nível de extrato etéreo pode afetar negativamente o desempenho animal,
pela inibição da fermentação ruminal (KOZLOSKI, 2002).
Apesar de existir um razoável conhecimento do potencial agronômico e nutricional
do girassol, são escassos os estudos sobre os seus efeitos na carcaça e qualidade da
carne de bovinos terminados com base na silagem desse material.
Para responder a esse problema de pesquisa, realizou-se este experimento com o
objetivo de avaliar as características qualitativas da carne de novilhos terminados em
56
confinamento com inclusão parcial de silagem de girassol em substituição à silagem de
milho.
2. Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Laboratório de Bovinocultura de Corte do
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria, no estado do RS,
para avaliar as características qualitativas da carcaça de 9 novilhos castrados, dos grupos
genéticos Nelore (NE), 21/32 NE 11/32 Charolês (CH) ou 21/32 CH 11/32 NE, terminados
em confinamento, recebendo dietas com três inclusões de silagem de girassol (Helianthus
annuus L.) em substituição à silagem de milho (Zea mays L.) com base na matéria seca:
0% silagem de girassol (IG00); 33% silagem de girassol (IG33) e 66% silagem de girassol
(IG66). Ao início do confinamento os animais apresentavam idade média de 20 meses e
foram abatidos em média com 24 meses e 419kg de peso vivo em frigorífico comercial.
Os animais foram mantidos em nove boxes individuais com área de 8,75 m
2
cada,
cobertos com telhas de fibro-amianto e piso pavimentado de concreto armado, com
declividade de 3%. Os boxes apresentavam cocho de madeira para fornecimento de
alimentos e bebedouro com água a vontade regulada por bóia automática.
Durante o período de terminação em confinamento, os animais foram alimentados
duas vezes ao dia “ad libitum”, as 8 e às 14 horas. A relação volumoso:concentrado foi de
60:40 (base na MS) para todos os animais. O(s) volumoso(s) era(m) distribuído(s) no
comedouro e sobre o mesmo colocava-se o concentrado, realizando a mistura em
seguida. Diariamente, antes do primeiro fornecimento, as sobras dos alimentos eram
coletadas, pesadas e anotadas em planilhas. A oferta de alimento foi estipulada em 5 a
8% acima do consumo voluntário com base na MS, sendo regulada de acordo com o
consumo do dia anterior. Na Tabela 1 são apresentados os valores referentes à
57
composição física da dieta.
Tabela 1 Composição física da dieta ofertada em percentagem da MS, de acordo com o
nível de inclusão de silagem de girassol
Inclusão de Silagem de Girassol (%)
00 (IG00) 33 (IG33) 66 (IG66)
Silagem de girassol - 16,91 35,17
Silagem de milho 59,66 41,48 21,70
Farelo de glúten de milho 20,17 19,98 12,94
Milho grão 2,99 3,75 3,67
Farelo de trigo 16,14 17,06 25,88
Calcário calcítico 0,77 0,62 0,43
Uréia 0,08 - -
Cloreto de sódio 0,20 0,21 0,22
Monensina sódica, g 48 48 48
Duas vezes na semana eram coletadas amostras de silagem de milho, silagem de
girassol e da fração concentrado como também das sobras de alimentos. Estas amostras
foram pré-secadas em estufa com circulação de ar forçado a 55°C por 72 horas, para
determinação do teor de matéria parcialmente seca, e posteriormente moídas em moinho
tipo Willeycom peneira de crivo de um milímetro. Nestes, foram determinados os teores
de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB) e gordura bruta (GB), conforme AOAC
(1995).
Os componentes da parede celular, fibra em detergente neutro (FDN), fibra em
detergente ácido (FDA) e lignina em detergente ácido (LDA), foram determinados pelo
método de Van Soest et al. (1991). O nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN) e
o nitronio insolúvel em detergente ácido (NIDA) foram efetuados segundo a
58
metodologia descrita por Licitra et al. (1996). Para obtenção da concentração de
nutrientes digestíveis totais (NDT), foi utilizada a metodologia de Weiss et al. (1992). A
energia digestível (ED) foi calculada segundo o NRC (1996), onde 1 kg NDT=4,4 Mcal de
ED/kg de MS. Na Tabela 2 encontram-se as características bromatológicas das dietas
consumidas, em % da MS, que foram obtidas pela diferença entre o alimento ofertado e a
sobra.
Tabela 2 Valores de proteína bruta, gordura bruta (GB), fibra em detergente ácido
(FDA), fibra em detergente neutro (FDN), nutrientes digesveis totais (NDT) e
energia digestível (ED) das dietas consumidas, de acordo com o nível de
inclusão de silagem girassol.
Inclusão de Silagem de Girassol (%)
00 (IG00) 33 (IG33) 66 (IG66)
Proteína Bruta, % 12,26 12,51 12,79
GB, % 4,06 5,29 7,15
FDA, % 22,84 23,09 24,09
FDN, % 51,69 50,88 49,67
NDT, % 64,84 65,49 66,67
ED, Mcal/kg 2,85 2,88 2,93
Por ocasião das pesagens, realizou-se avaliação da espessura de gordura sub-
cutânea através de avaliação ultrasonográfica na região entre a 12ª e 1costelas e
quando os animais apresentaram espessura entre 3 e 6 mm, foram encaminhados para
abate em frigorífico comercial. Antecedendo o abate efetuou-se um jejum de lidos e
líquidos de 14 horas antes da pesagem, sendo este o peso de abate.
Após o abate, as duas meias-carcaças foram resfriadas por 24h a uma temperatura
oscilando entre zero e 1ºC. Após o resfriamento, a meia-carcaça direita foi submetida a
59
um corte horizontal na altura da 12ª costela para a retirada da secção compreendida entre
a 10ª e 12ª costelas, denominada “seção HH”, conforme metodologia proposta por
Hankins e Howe (1946) e adaptada por Müller et al. (1973). Nesta secção, na altura da
12ª costela, foram feitas as avaliações subjetivas da cor, textura e do marmoreio da
carne, após período mínimo de 30 minutos de exposição ao ar, atribuindo-se pontuações
conforme metodologia descrita por Müller (1987), onde :
Cor: 1- escura; 2- vermelha escura; 3- vermelha levemente escura; 4-
vermelha; 5 -vermelho vivo.
Textura: 1- muito grosseira; 2- grosseira; 3- levemente grosseira; 4- fina; 5-
muito fina.
Marmoreio: 1-3 traços; 4-6 leve; 7-9 pequena; 10-12 média; 13-15
moderada; 16-18 abundante.
Na seqüência, extraiu-se o músculo Longissimus dorsi da peça seccionada, e após
os músculos serem identificados, foram embalados em lâmina de filme de polietileno e
papel pardo para posterior congelamento a -18ºC. A partir das amostras congeladas
foram extraídas duas fatias de 2,5 cm de espessura. Uma das fatias (fatia A) foi pesada
nas formas congelada e descongelada, para determinação da quebra ao
descongelamento, e após o cozimento por 15 minutos até atingir temperatura interna de
70ºC, para determinação da quebra à cocção da carne. Na mesma fatia, após o
cozimento, foram retiradas três amostras no sentido perpendicular às fibras musculares,
e, em cada uma, foram realizadas duas leituras pelo aparelho Warner Bratzler Shear para
determinação da força de cizalhamento da carne.
Na outra fatia (fatia B), por meio de um painel de cinco degustadores treinados, foi
realizada a avaliação sensorial da carne (maciez, palatabilidade e suculência) atribuindo
notas de 1 a 9 (Müller, 1987), conforme classificação abaixo:
Maciez: 1- extremamente dura; 2- muito dura; 3- dura; 4- levemente abaixo
60
da média; 5- média; 6- levemente acima da dia; 7- macia; 8- muito macia; 9-
extremamente macia.
Palatabilidade: 1- sem sabor; 2- muito pouco saborosa; 3- pouco saborosa;
4- levemente abaixo da média; 5- média; 6- levemente acima da média; 7-
saborosa; 8- muito saborosa; 9- extremamente saborosa.
Suculência: 1- sem suculência; 2- muito pouco suculenta; 3- pouco
suculenta; 4-levemente abaixo da média; 5- média; 6- levemente acima da média;
7- suculenta; 8- muito suculenta; 9- extremamente suculenta.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos ao acaso com três
tratamentos com 3 repetições, sendo o animal a unidade experimental. O critério de
bloqueamento foi o grupo genético. A metodologia estatística incluiu análise de variância
e teste F. Quando foi detectada diferença entre tratamentos, foi aplicado o teste t de
Student (Pdiff). Foram feitos também estudos de regressão polinomial (linear e
quadrática), o sendo detectado efeito significativo dos tratamentos. O nível crítico de
significância foi de 10% e as análises foram realizadas com o auxílio do programa
estatístico SAS (2001).
O modelo matemático adotado na análise da variância foi:
Y
ijk
= + GG
i
+ NI
j
+
ijk
, onde:
Y
ijk
= variáveis dependentes; = média geral de todas as observações; GG
i
= efeito
do grupo genético de ordem i(bloco); NI
j
= efeito do nível de inclusão de girassol de
ordem j” (tratamento);
ijk
= erro aleatório de ordem residual
3. Resultados e Discussão
Não foram observados efeitos significativos dos tratamentos (P>0,10) nas
características avaliadas (Tabela 3).
61
Tabela 3 Médias e erros-padrão (EP) para cor, textura, marmoreio e características
sensoriais da carne, de acordo com o nível de silagem de girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Cor (pontos)
3,67 4,00 3,67 0,45
3,78 0,83
Textura (pontos)
4,67 4,00 4,33 0,24
4,33 0,71
Marmoreio (pontos)
7,67 6,00 6,67 1,56
6,78 4,15
Maciez (pontos)
6,93 7,73 7,30 0,45
7,32 0,82
Palatabilidade (pontos)
6,93 6,70 6,97 0,29
6,87 0,46
Suculência (pontos)
5,73 6,20 6,33 0,51
6,09 0,77
Pelo teste t de Student (P>0,10).
A cor da carne foi classificada entre “vermelha levemente escura” e “vermelha”,
sendo um valor acima do intermediário, próximas do “vermelho vivo”, como coloração
desejada pelo consumidor. Faturi et al. (2002) encontraram pontuação semelhante à
deste trabalho, porém Vaz et al. (2002a) e Pacheco et al. (2005) encontraram pontuações
bem superiores, próximas a 4,5. Segundo Müller (1987), a cor da carne é fator importante
na comercialização, tendo em vista que o consumidor rejeita a carne com coloração mais
escura, talvez associando com animais mais velhos ou com conservação da carne.
Porém, deve ser ressaltado que a aparência da superfície da carne depende de outros
fatores como a quantidade de mioglobina presente, de seu estado químico e da condição
química e física dos outros componentes da carne (LAWRIE, 2005).
Observa-se que a textura da carne apresentou valores bem acima do intermediário
sendo classificada entre fina” e “muito fina” estando próxima aos valores verificados por
62
Vaz et al. (2002a) e Vaz e Restle (2005), porém bem acima dos obtidos em diversos
trabalhos (RESTLE et al., 2001; FATURI et al.,2002; VAZ et al., 2002b; PACHECO et al.,
2005). Do ponto de vista comercial são valores desejáveis, pois de acordo com Hammond
(1932), a textura é percebida pelo olho e é função do tamanho dos feixes de fibras dentro
dos quais os septos perimisiais do tecido conjuntivo dividem o músculo longitudinalmente
no entanto, a quantidade de perimísio que envolve cada feixe tamm é importante
(MÜLLER, 1987). Além disso, a textura envolve a facilidade de penetração da carne pelos
dentes, a facilidade com a qual a carne se fragmenta e por último a quantidade de resíduo
que permanece após a mastigação (WEIR, 1960).
O grau de marmoreio, determinado pela quantidade de gordura intramuscular, é
uma característica sensorial benéfica por ser um dos precursores do aroma da carne
(LAWRIE, 2005). O seu acúmulo ocorre quando o animal apresenta elevado ganho de
peso, ou quando avança a idade ou peso corporal sendo a última gordura a ser
depositada e a primeira a ser mobilizada quando o animal sofre restrição alimentar (Di
MARCO et al., 2007). No presente estudo, a carne apresentou variação entre “leve” e
“pequena”, o que está de acordo com os valores encontrados por outros autores para esta
condição de idade e grupo genético, porém, submetida a outras dietas alimentares (VAZ
et al., 2001; FATURI et al., 2002; PACHECO et al., 2005).
A maciez da carne é considerada como a mais importante característica sensorial
sendo associada à qualidade (KOOHMRAIE et al., 2002; KOOHMARAIE et al., 2003).
Este parâmetro pode significar um diferencial econômico, pois em países de cultura mais
desenvolvida, o consumidor paga mais pela carne com maciez garantida, o que já pode
ser observado no Brasil, pela oferta nas gôndolas de supermercados de cortes com
marcas e certificações que asseguram essa característica.
Neste estudo a maciez da carne ficou na dia como “macia” sendo similar ao
relatado por Vaz e Restle (2003) para esta condição de idade e grupo genético, além de
63
estar de acordo com a textura da carne, pois segundo Lawrie (2005) em certo grau a
maciez da carne é um reflexo da textura. Entre os fatores que contribuíram para os
resultados da maciez, encontra-se o nível energético da dieta que de acordo com alguns
autores, pode melhorar a maciez da carne através do decréscimo na quantidade de tecido
conectivo e aumento do colágeno solúvel (ABERLE et al., 1981; BOLEMAN et al., 1996;
CRANWELL et al., 1996).
A palatabilidade e a suculência, em conjunto com a maciez, compõem as
características sensoriais da carne também são importantes (Tabela 3). De acordo com
Pacheco et al. (2005), essas características correlacionam positivamente entre si,
indicando que carne macia tamm é suculenta e palatável (COSTA et al., 2002; VAZ et
al., 2002a; ARBOITTE et al., 2004) dessa forma, fica explicado os resultados encontrados
de “levemente acima da média” até “saborosa” e “levemente acima da média” até
“suculenta”, para palatabilidade e suculência, respectivamente, estando esses valores
próximos aos encontrados por Pacheco et al. (2005), em que afirmam que a suculência
apresenta relação positiva com o percentual e a quantidade total de gordura na carcaça.
Na Tabela 4 encontram-se as características de quebra ao descongelamento,
quebra na cocção e força de cizalhamento. Não observou-se diferença significativa
(P>0,10) confirmando a uniformidade da qualidade da carne oriunda das diferentes dietas
alimentares e a não influência dos tratamentos sobre estas características.
A quebra ao descongelamento e a quebra na cocção, ficaram próximos a 4,16 e
24,3% respectivamente, estando ambos valores normais com tendência a serem baixos
quando comparados com outros autores (RESTLE et al. 1996; VAZ et al., 2001; VAZ et
al., 2002a). No entanto, observa-se uma tendência numérica a uma maior quebra no
descongelamento quando incluiu-se 66% de silagem de girassol, o que pode ser
explicado pelo menor grau de acabamento existente nos animais desse tratamento, pois
segundo Müller e Robaina (1981), reduções nas perdas ao descongelamento e à cocção
64
da carne são possíveis de serem obtidas em carcaças com alto grau de acabamento,
confirmado por Pacheco et al. (2005) que encontraram correlação negativa entre a quebra
ao descongelamento e o marmoreio da carne.
Tabela 4 Médias e erros-padrão (EP) para características organolépticas e foa de
cizalhamento da carne, de acordo com o nível de silagem de girassol na
dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Quebra ao
descongelamento (%)
2,38 2,85 7,26 1,89
4,16 4,28
Quebra na cocção (%) 25,88 22,13 25,09 3,05
24,37 4,31
Força de cizalhamento
(kgf/cm
3
)
3,48 2,38 3,28 0,64
3,04 0,96
Pelo teste t de Student (P>0,10).
Saffle e Bratzler (1959) constataram que sculos com maior gordura intramuscular
tendem a ter maior capacidade de retenção de água; porém, existem outros fatores que
interferem nesta capacidade; tais como a diferenciação entre os músculos, espécie, idade
e função muscular (HAMM, 1975).
Independente desses fatores, a determinação da capacidade de retenção de água
pela carne é de extrema importância por afetar a aparência da carne antes do cozimento,
seu comportamento durante o cozimento e a suculência durante a mastigação (LAWRIE,
2005), características importantes na aceitação pelo consumidor.
Saffle e Bratzler (1959) complementaram as suas considerações afirmando que o
aumento da capacidade de retenção de água, ocasionada pela presença de gordura,
65
reflete de forma positiva a perda à coão, e menor grau de encolhimento durante a
cocção está diretamente correlacionado com a perda de suculência sentida pelo paladar
(SIEMERNS e HANNING, 1953). Convém lembrar que os resultados desse parâmetro
podem ser influenciados por outros fatores, como velocidade de cozimento, temperatura,
tipo de corte entre outros (LAWRIE, 2005).
Em função das considerações desses autores, pode-se afirmar que as carnes
oriundas de animais que receberam IG66 seriam de menor aceitação pelo consumidor, o
que não foi observado nos resultados apresentados na Tabela 3. Portanto, a tendência de
maiores quebras ao descongelamento e cocção não foram suficientes para alterar as
características sensoriais da carne percebidas pelo painel.
Os valores da foa de cizalhamento apesar de não mostrar diferença significativa
(P>0,10), demonstraram uma tendência numérica de menor valor para IG33 o que pode
ser igualmente verificado para maciez na Tabela 3. Os valores reportados neste estudo
o melhores que a maioria dos encontrados na literatura (RESTLE et al. 1996; VAZ et
al., 2001; VAZ et al., 2002a). Acredita-se que as boas práticas de manejo realizadas no
pré-abate e pós-abate influenciaram positivamente essa característica, tornando difícil
isolar o fator que mais contribuiu para a redução da força de cizalhamento.
4. Conclusões
Sob o ponto de vista do consumidor, o fornecimento de a 66% de silagem de
girassol não alterou significativamente as características organolépticas e sensoriais da
carne de novilhos terminados em confinamento, o que demonstra a viabilidade do seu uso
na alimentação de bovinos.
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CAPÍTULO IV
70
Inclusão de silagem de girassol na terminação de novilhos em confinamento:
Efeitos nos componentes não-integrantes da carcaça
1
RESUMO - Objetivou-se, com este estudo, avaliar os componentes do corpo não-
integrantes da carcaça de novilhos terminados em confinamento submetidos a dietas
com inclusões de silagem de girassol em substituição a silagem de milho. Incluiu-se 0%
de silagem de girassol (IG00), 33% de silagem de girassol (IG33) e 66% de silagem de
girassol (IG66) com base na matéria seca. Os animais foram abatidos quando a
espessura de gordura subcutânea ficou entre 3 e 6 mm. A dieta consumida apresentou
relação volumoso:concentrado de 60:40 (com base na matéria seca), contendo 12,26;
12,51 e 12,79% de proteína bruta, 2,85; 2,88 e 2,93 Mcal de energia digestível/kg de
matéria seca, e 4,06; 5,29 e 7,15% de extrato etéreo, respectivamente, para IG00; IG33 e
IG66. O delineamento foi o de blocos completos ao acaso, com 3 repetições. Os valores
estão expressos em valores ajustados para peso de corpo vazio (PCV). Não foi
observada diferea significativa entre os tratamentos para peso de abate (419,33 kg) e
PCV (388,58 kg); porém, novilhos IG66 apresentaram maior relação peso de corpo
vazio:peso de abate que IG33 (93,52 vs 92,03). Novilhos IG33 apresentaram menor
participação de componentes externos e couro em relação aos demais tratamentos.
Enquanto novilhos IG66 apresentaram maior peso relativo de fígado do que IG33 e
inferior peso relativo de abomaso do que IG00, também os novilhos IG33 apresentaram
maior deposição de gordura no trato digestivo em relação ao IG66. Nas demais
variáveis não foi observada diferença estatística significativa. A inclusão parcial de 66%
de silagem de girassol aumenta a atividade metalica e o peso do fígado, porém, afeta
negativamente o amulo de gordura no trato digestivo e o peso do abomaso. Essas
alterações não afetam o desempenho do animal.
Palavras-chave: componentes externos, couro, fígado, gordura interna, trato digestivo
1
Trabalho escrito obedecendo as normas da Revista Brasileira de Zootecnia de 2007
(Apêndice 70)
71
Inclusion of sunflower silage on steers feedlot finishing: Effects on carcass non
integrate components
ABSTRACT The objective of this study was to evaluate carcass non integrate
body parts of steers feedlot finished submitted to different inclusion levels of sunflower
silage in substitution of maize silage. The levels of inclusion were: 0% of sunflower
silage (IG00); 33% of sunflower silage (IG33) and 66% of sunflower silage (IG66), on
dry matter base. The animals were slaughtered when the subcutaneous fat thickness was
between 3 and 6 mm. The intake diet showed roughage:concentrate ratio of 60:40 (on
dry matter base), crude protein of 12.26; 12.51 and 12.79%, digestible energy of 2.85;
2.88 and 2.93 Mcal/kg of dry matter, and ether extract of 4.06; 5.29 and 7.15%,
respectively, from IG00; IG33 and IG66. The block complete randomized experimental
design was used, with three repetitions. The values are expressed adjusted for empty
body weight (EBW). No significant difference was observed between treatments for
slaughter weight (419.33 kg) and EBW (388.58 kg), however IG66 steers presented
higher empty body weight:slaughter weight ratio in relation to IG33 (93.52 vs. 92.03).
IG33 steers showed lower external components and leather participation in relation to
the others treatments. While IG66 steers showed higher liver relative weight in relation
to IG33 and lower abomasum relative weight in relation to IG00, IG33 steers presented
also higher fat deposition on digestive tract in relation to IG66. On the other variables
no statistic difference was observed. The inclusion of 66% of sunflower silage increases
the metabolic activity and liver weight, however negatively affects fat accumulation on
digestive tract and abomasums weight. These alterations didn’t affect animal
performance.
Key-words: external components, leather, liver, digestive tract, internal fat
72
Introdução
Nos últimos anos têm crescido no Brasil as pesquisas voltadas para a
determinação dos componentes não-integrantes da carcaça, denominados também de
componentes do corpo vazio, porque estes têm implicação prática com o rendimento de
carcaça e com a determinação das exigências dos animais através do abate comparativo.
Para o frigorífico, a fonte de receita com o abate de bovinos de corte vai além da
comercializão da carcaça fria em cortes comerciais inteiros ou desossados. Cada vez
mais os componentes não-integrantes da carcaça, também denominados componentes de
corpo vazio, estão sendo utilizados para geração de receita, seja pela venda no atacado,
como o caso das gorduras, dos ossos limpos, do fígado, coração, entre outros, seja pela
agregação de valor com a fabricação de embutidos e afins (Pacheco et al., 2005).
Dentre a quantificação dos componentes, a gordura é um importante tecido por
apresentar alta demanda para a sua formação. Di Marco et al. (2007) relatam que a
intensidade de deposição de gordura é dependente de fatores raciais, sexo, nível
nutricional e estado fisiológico, sendo que os sítios de deposição de gordura ocorrem a
nível intermuscular, visceral, subcutânea e intramuscular.
A determinação do tamanho dos órgãos internos é de profunda relevância por não
existir resultados unânimes e conclusivos na literatura em função da diversidade
genética, plano nutricional, sexo e categoria animal utilizada nos estudos (Freitas et al.,
2004). Entre os componentes do trato gastrintestinal, o rúmen-retículo pode ser
considerado como fator determinante na resposta produtiva de bovinos, pois além de ser
o maior compartimento do trato gastrintestinal (62% do sistema gástrico), pode
influenciar no consumo por limitação física ou quimiostática (Van Soest, 1994).
São escassos na literatura resultados referentes às características das partes do
corpo não-integrantes da carcaça de novilhos, quando comparados ao volume de
73
publicação enfocando as características quantitativas da carcaça e qualitativas da carne.
Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar as características das partes do corpo
o-integrantes da carcaça de novilhos terminados em confinamento com inclusão
parcial de silagem de girassol em substituição a silagem de milho na dieta.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Laboratório de Bovinocultura de Corte do
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria, no município de
Santa Maria (RS), localizado na região fisiográfica Depressão Central, a 150 metros de
altitude, apresentando clima sub-tropical úmido (cfa), segundo a classificação de
Köppen (Moreno,1961).
Foram utilizados 9 novilhos castrados provenientes do mesmo rebanho
terminados em confinamento, pertencentes aos grupos genéticos Nelore (NE), 21/32 NE
11/32 Charolês (CH) ou 21/32 CH 11/32 NE, submetidos a três inclusões de silagem de
girassol (Helianthus annuus L.) em substituição à silagem de milho (Zea mays L.) com
base na matéria seca: 0% de silagem de girassol (IG00); 33% de silagem de girassol
(IG33) e 66% de silagem de girassol (IG66). Ao início do confinamento os animais
apresentavam idade média de 20 meses e foram abatidos em média com 24 meses em
frigorífico comercial.
Os animais foram mantidos em nove boxes individuais com área de 8,75 m
2
cada,
cobertos com telhas de fibro-amianto e piso pavimentado de concreto armado, com
declividade de 3%. Os boxes apresentavam cocho de madeira para fornecimento de
alimentos e bebedouro com água a vontade regulada por bóia automática.
Durante o período de terminação em confinamento, os animais foram alimentados
duas vezes ao dia ad libitum”, as 8 e às 14 horas. A relação volumoso:concentrado foi
74
de 60:40 (base na MS) para todos os animais. O(s) volumoso(s) era(m) distribuído(s) no
comedouro e sobre o mesmo colocava-se o concentrado, realizando a mistura em
seguida. Diariamente, antes do primeiro fornecimento, as sobras dos alimentos eram
coletadas, pesadas e anotadas em planilhas. A oferta de alimento foi estipulada em 5 a
8% acima do consumo voluntário com base na MS, sendo regulada de acordo com o
consumo do dia anterior. Na Tabela 1 são apresentados os valores referentes à
composição física da dieta.
Tabela 1 Composição física da dieta ofertada em percentagem da MS, de acordo com
o nível de inclusão de silagem de girassol
Inclusão de Silagem de Girassol (%)
00 (IG00) 33 (IG33) 66 (IG66)
Silagem de girassol - 16,91 35,17
Silagem de milho 59,66 41,48 21,70
Farelo de glúten de milho 20,17 19,98 12,94
Milho grão 2,99 3,75 3,67
Farelo de trigo 16,14 17,06 25,88
Calcário calcítico 0,77 0,62 0,43
Uréia 0,08 - -
Cloreto de sódio 0,20 0,21 0,22
Monensina sódica, g 48 48 48
Duas vezes na semana eram coletadas amostras de silagem de milho, silagem de
girassol e da fração concentrado como também das sobras de alimentos. Estas amostras
foram pré-secadas em estufa com circulação de ar forçado a 55°C por 72 horas, para
determinação do teor de matéria parcialmente seca, e posteriormente moídas em moinho
75
tipo Willeycom peneira de crivo de um milímetro. Nestes, foram determinados os
teores de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB) e gordura bruta (GB),
conforme AOAC (1995).
Os componentes da parede celular, fibra em detergente neutro (FDN), fibra em
detergente ácido (FDA) e lignina em detergente ácido (LDA), foram determinados pelo
método de Van Soest et al. (1991). O nitrogênio insovel em detergente neutro (NIDN)
e o nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA) foram efetuados segundo a
metodologia descrita por Licitra et al. (1996). Para obtenção da concentração de
nutrientes digestíveis totais (NDT), foi utilizada a metodologia de Weiss et al. (1992). A
energia digestível (ED) foi calculada segundo o NRC (1996), onde 1 kg NDT=4,4 Mcal
de ED/kg de MS. Na Tabela 2 encontram-se as características bromatogicas das dietas
consumidas, em % da MS, que foram obtidas pela diferença entre o alimento ofertado e
a sobra.
Tabela 2 Valores de proteína bruta, gordura bruta (GB), fibra em detergente ácido
(FDA), fibra em detergente neutro (FDN), nutrientes digestíveis totais
(NDT) e energia digestível (ED) das dietas consumidas, de acordo com o
nível de inclusão de silagem girassol.
Inclusão de Silagem de Girassol (%)
00 (IG00) 33 (IG33) 66 (IG66)
Proteína Bruta, % 12,26 12,51 12,79
GB, % 4,06 5,29 7,15
FDA, % 22,84 23,09 24,09
FDN, % 51,69 50,88 49,67
NDT, % 64,84 65,49 66,67
ED, Mcal/kg 2,85 2,88 2,93
76
Por ocasião das pesagens, realizou-se avaliação da espessura de gordura sub-
cutânea através de avaliação ultrasonográfica na região entre a 1 e 13ª costelas e
quando os animais apresentaram espessura entre 3 e 6 mm, foram encaminhados para o
abate. Antecedendo o abate efetuou-se um jejum de sólidos e líquidos de 14 horas antes
da pesagem, sendo este o peso de abate (PA). Na seqüência transportou-se os animais
para frigorífico comercial distante 25 km do local do experimento. Os animais foram
abatidos dentro do fluxo normal da empresa.
Durante o abate, todas as partes do corpo do animal foram separadas e pesadas
individualmente, e consistiram de: conjunto de componentes externos orelhas, cabeça,
pata, vassoura da cauda, couro e cauda; conjunto de órgãos vitais – coração, rins,
pulmão, fígado e baço; conjunto de gorduras internas gordura do coração, gordura
inguinal, gordura renal, gordura de toalete e gordura ruminal+visceral; conjunto do trato
digestivo vazio rúmen-retículo, omaso, abomaso, intestinos (intestino grosso +
intestino delgado) vazios e sangue.
Antes de serem encaminhadas à câmara de resfriamento, as duas meia-carcaças
foram identificadas e pesadas, obtendo-se o peso de carcaça quente. O peso de corpo
vazio (PCVZ) foi obtido pelo somatório do peso de carcaça quente, sangue e de todos
os componentes agrupados conforme citado anteriormente.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos ao acaso com
três tratamentos com três repetições, sendo o animal a unidade experimental. O critério
de bloqueamento foi o grupo genético. A metodologia estatística incluiu análise de
variância e teste F. Quando foi detectada diferença entre tratamentos foi aplicado o teste
t de Student (Pdiff). Foram feitos também estudos de regressão polinomial (linear e
quadrática), não sendo detectado efeito significativo dos tratamentos. O nível crítico de
significância foi de 10% e as análises foram realizadas com o programa estatístico SAS
77
(2001).
O modelo matemático adotado na análise da variância foi:
Y
ijk
= + GG
i
+ NI
j
+
ijk
, onde:
Y
ijk
= variáveis dependentes; = média geral de todas as observações; GG
i
=
efeito do grupo genético de ordem i(bloco); NI
j
= efeito do nível de inclusão de
girassol de ordem “j” (tratamento);
ijk
= erro aleatório de ordem residual
Resultados e Discussão
Na Tabela 3 constam as médias referentes aos pesos de abate e de corpo vazio, e a
relação entre os mesmos de acordo com os tratamentos.
Tabela 3 – Médias e erros-padrão (EP) para peso de abate, peso de corpo vazio e relação
entre peso de corpo vazio:peso de abate (relcvzab), de acordo com o nível de
silagem de girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Peso de abate, kg 421,00 424,33 412,67 20,97
419,33 62,65
Peso de corpo vazio, kg
390,16 390,27 385,32 19,66
388,58 55,28
Relcvzab, % 92,77 ab 92,03 b 93,52 a 0,36
92,77 1,23
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha o diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
Não foi verificado diferença entre os pesos de abate e peso de corpo vazio
(P>0,10), o que era esperado, tendo em vista que os animais apresentaram similaridade
para peso ao início da terminão e para ganho de peso diário. No entanto, quando foi
calculada a relação entre esses efeitos (Relcvzab), percebeu-se que os animais do IG66
demonstraram maior Relcvzab em relação ao tratamento IG33 (P<0,10); porém ambos
78
o diferiram do tratamento IG00 (P>0,10). Essa diferença é devida às variações nos
demais componentes do corpo vazio, o que será discutido posteriormente.
Apesar da diferença estatística significativa (P<0,10), os valores médios da
Relcvzab estão acima dos 89,1 preconizados pelo NRC (1996), mas próximos aos
encontrados por Jesse et al. (1976), de 93,6, Willians et al. (1992), de 92,5 e Macitelli et
al. (2005), de 93,3. Segundo Willians et al. (1992), a Relcvzab pode ser afetada por
rios fatores como o conteúdo de fibra na dieta, o nível de concentrado e a maturidade
do animal.
Sob o ponto de vista prático, à medida que a Relcvzab diminui, significa que
provavelmente exista um maior preenchimento do trato digestivo por ocasião do abate.
Esta situação representa menor retorno econômico para o frigorífico, que poderá ser
agravado se o rendimento de carcaça quente e fria for igualmente inferior, o que o
observou nesta situação.
Na Tabela 4 encontram-se as médias referentes aos componentes do corpo vazio,
agrupados em conjuntos, expressos em relação ao peso de corpo vazio, de acordo com
os tratamentos.
Os valores de cada componente encontrados neste estudo estão de acordo com
diversos autores (Pacheco et al., 2005; Restle et al., 2005), com exceção da percentagem
da gordura interna e do trato digestivo pois neste estudo são significativamente
superiores e inferiores, respectivamente. A provável discrepância desses resultados será
discutida nas Tabelas 7 e 8.
Conforme o observado na Tabela 3, existe grande similaridade entre os
parâmetros avaliados entre os diferentes tratamentos (P>0,10) com exceção para o total
de componentes externos, em que IG33 apresentou valor inferior aos demais
tratamentos (P<0,10). Provavelmente essa diferença foi o principal fator que determinou
79
a menor Relcvzab encontrada para os animais do IG33 na Tabela 3.
Tabela 4 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo vazio (%) dos
conjuntos dos componentes (%), de acordo com o nível de silagem de
girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Componentes
Externos
16,03 a 14,97 b 16,08 a 0,34
15,69 1,19
Órgãos
Vitais
3,14 3,06 3,17 0,12
3,12 0,18
Gordura
Interna
7,52 8,61 7,32 0,66
7,82 1,24
Trato
Digestivo
4,31 4,19 4,33 0,08
4,27 0,20
Sangue 2,92 3,01 3,25 0,36
3,06 0,54
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha o diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
Com exceção do sangue, a variação existente em cada conjunto de componentes,
pode ser devida à variação dos seus respectivos constituintes. A influência destes
constituintes foi verificada por Pacheco et al. (2006), que não encontraram relação
positiva dos componentes o integrantes da carcaça com os rendimentos de carcaça
quente e fria quando ajustados para o peso de abate; no entanto, encontraram relação
positiva de alguns constituintes individuais desses componentes com o rendimento de
carcaça quente, bem como entre eles. Essa constatação demonstra a importância de
estudar a participação de cada constituinte dentro de cada conjunto de componentes.
Nas pximas Tabelas estão pormenorizados esses constituintes dos componentes,
80
permitindo uma maior compreensão dos resultados até agora apresentados.
Na Tabela 5 estão apresentados os constituintes do total de componentes externos,
expressos em relação ao peso de corpo vazio, de acordo com os tratamentos.
Tabela 5 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo vazio dos diferentes
componentes externos (%), de acordo com o nível de silagem de girassol na
dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Orelhas 0,27 0,27 0,28 0,02
0,27 0,03
Cabeça 3,42 3,46 3,50 0,05
3,46 0,12
Patas 1,93 1,84 1,95 0,10
1,91 0,16
Vassoura da cauda 0,08 0,06 0,07 0,01
0,07 0,03
Couro 10,12 a 9,11 b 9,99 a 0,27
9,74 1,18
Cauda 0,21 0,24 0,29 0,03
0,25 0,06
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha o diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
Entre os diversos parâmetros apresentados, apenas o couro apresentou diferença
significativa (P<0,10), sendo inferior nos animais IG33. A constatação dessa diferença é
importante para o frigorífico, pois o couro constitui um subproduto de considerável
valor econômico na formação do preço do boi.
Relacionando a Tabela 5 com a 3 essa diferença não seria esperada pela
similaridade encontrada para peso de abate e peso de corpo vazio; porém quando se
relaciona a Tabela 5 com os conjuntos dos componentes (Tabela 4), observa-se que a
menor proporção de couro foi o fator determinante para o menor peso dos conjuntos
externos verificado para os animais que receberam a dieta IG33 (Tabela 4).
81
De acordo com a literatura, entre os motivos possíveis estaria o rendimento de
carcaça, o nível nutricional que poderia resultar em crescimento compensatório durante
a fase de terminação, e a composição genética, na qual o grupo genético pode inferir na
espessura do couro ou na área de superfície deste, como a presença de barbela e cupim
em bovinos zebuínos (Preston & Willis, 1974; Berg & Butterfield, 1976; Restle et al.,
2001; Vaz et al., 2001; Pacheco et al., 2005). No entanto, nenhuma dessas prerrogativas
pode ser aplicada neste estudo devido a uniformidade existente entre as características
das dietas consumidas.
Com excão do couro oriundo dos animais que receberam a dieta IG33 (9,11%),
os demais tratamentos estão próximos aos 10,04% encontrados por Silva et al. (2003),
9,46% por Pacheco et al. (2005) e 9,96 por Restle et al. (2005), caracterizando dessa
maneira que a diferença observada entre os tratamentos não é devida a um superior
desenvolvimento do couro nos tratamentos IG00 e IG66.
Na Tabela 6, estão apresentados os constituintes do conjunto de órgãos vitais,
expressos em relação ao peso de corpo vazio.
Tabela 6 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo vazio (%) dos
diferentes órgãos vitais, de acordo com o nível de silagem de girassol na
dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Coração 0,35 0,34 0,38 0,02
0,36 0,03
Rins 0,20 0,24 0,16 0,03
0,20 0,06
Pulmão 0,98 0,93 1,00 0,07
0,97 0,11
Fígado 1,29 ab 1,23 b 1,33 a 0,03
1,28 0,08
Baço 0,32 0,32 0,31 0,02
0,31 0,03
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha não diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
82
Ao contrário do verificado na Tabela 4 em que não se observou diferença
significativa entre os tratamentos para total de órgãos vitais (P>0,10), encontrou-se
apenas efeitos da dieta no peso do fígado (P<0,10).
A inclusão de girassol o afetou o peso do fígado em comparação ao tratamento
IG00; porém, ao passar do nível 33 para 66% de inclusão de girassol, ocorreu um
aumento de 0,1% do total do peso de corpo vazio ou quase 10% do peso do fígado. Este
é o óro que apresenta as maiores taxas metabólicas devido à sua importância na
participação no metabolismo dos nutrientes, estando diretamente relacionado ao
consumo de alimentos (Owens et al., 1993; Ferrel & Jenkins, 1998), porém, neste
estudo o se verificou diferea de consumo de MS, descartando esta hipótese para
explicar a maior participação do fígado em relação ao corpo vazio.
A literatura informa ainda que outro principal fator que afeta o peso do fígado é o
peso de abate, como o verificado por Arboitte et al. (2003), em trabalho realizado com
animais de mesmo grupo genético e idade, porém, com pesos crescentes de abate;
todavia neste caso o peso de abate foi similar (Tabela 3).
A provável explicação reside na verificação de que o rúmen não é tolerante para
altos níveis de gordura, o que pode provocar alterações no equilíbrio da fermentação
através da supressão das bactérias metanogênicas e celulolíticas. Geralmente todas as
bactérias gram-negativas são inibidas, porém os protozoários o o afetados (Van
Soest, 1994).
A instalação desse quadro dentro do rúmen provocará um aumento do teor de
hidrogênio e uma conseqüente redução de pH que refletirá num pequeno decréscimo da
produção de ácido acético e um significativo aumento na produção de ácido propiônico
(Mühlbach, 2004). Como o ácido propiônico é um precursor da glicose nos ruminantes,
sendo este metabolizado no fígado (Van Soest, 1994), à medida que este aumenta sua
83
concentração no rúmen e no plasma sangüíneo, reflete em maior taxa de metabolismo
no fígado e conseqüentemente aumento do seu peso (Tabela 6).
Na comparação do peso do gado com os dados da literatura, os valores
verificados para IG00 e IG66 estão próximos dos 1,32% encontrado por Véras et al.
(2001) e são bem inferiores aos verificados por outros autores que obtiveram valores
entre 1,4 e 1,5% (Jorge et al., 1999; Ferreira et al., 2000; Silva et al., 2002; Freitas et al.,
2004; Pacheco et al., 2005). A superioridade nesses trabalhos é creditada a diferentes
fatores: ganho de peso compensatório, idade, condição sexual e nível de concentrado.
Um resultado interessante é o de 1,23% verificado no tratamento IG33. Valores
semelhantes foram encontrados por Ferreira et al. (2000) e Véras et al. (2001) quando o
nível de concentrado não ultrapassou 25%, caracterizando que nesse tratamento ocorreu
uma baixa taxa metabólica.
Ao comparar os resultados dos demais órgãos vitais com os autores anteriores,
o se observa qualquer valor discrepante, existindo apenas para o coração quando em
comparação aos trabalhos de Freitas et al. (2004) e Pacheco et al. (2005) os quais
encontraram valores próximos a 0,45%. A superioridade desses resultados pode ser
devido à não retirada da gordura que reveste o coração.
Analisando em conjunto a Tabela 6 com a Tabela 4 observa-se que a variação do
peso do fígado influenciou na tendência numérica de aumento da participação do
sangue. Alguns estudos demonstraram que esta variação é necessária para acompanhar
as variações na taxa metabólica dos animais (Restle et al., 2005).
Na Tabela 7 estão apresentadas as distribuições das gorduras internas, expressas
em relação ao peso de corpo vazio, de acordo com os tratamentos.
Os resultados demonstraram apenas diferenças significativas (P<0,10) na gordura
do trato digestivo. Observa-se que a gordura do trato digestivo (rúmen+intestinos) é a
84
de maior acúmulo (3,94%), concordando com Pacheco et al. (2005); porém com
percentuais próximos ao dobro do encontrado por Restle et al. (2005), sendo nesta
verificação talvez influenciado pela capacidade da mão-de-obra do frigorífico em ser
mais ou menos detalhista quando na ocasião da retirada desta gordura.
Tabela 7 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo vazio (%) dos
diferentes tipos de gordura interna, de acordo com o nível de silagem de
girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Coração 0,10 0,18 0,11 0,04
0,13 0,07
Inguinal 0,82 0,83 0,77 0,07
0,81 0,10
Renal 1,42 2,15 1,63 0,28
1,73 0,54
Toalete 1,21 1,14 1,27 0,20
1,21 0,31
Trato digestivo 3,97 ab 4,31 a 3,55 b 0,25
3,94 0,52
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha o diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
A inclusão de silagem de girassol não alterou significativamente (P>0,10) a
quantidade de gordura do trato digestivo em relação ao tratamento sem inclusão (IG00);
todavia, ao dobrar a quantidade de girassol na dieta (IG66) ocorreu uma redução de 0,8
pontos percentuais ou quase 25% do total da gordura do trato digestivo em relação ao
tratamento IG33 (P<0,10). A principal importância dessa observação é que gordura
visceral acumulada afeta a eficiência do animal em converter alimento, sendo inevitável
o seu acúmulo quando o animal avança no seu grau de terminação, e que representa um
desperdício por não agregar peso à carcaça (Di Marco et al., 2007) sendo seu destino a
produção de sebo. Todavia, neste estudo o acúmulo não afetou a eficiência animal
85
(ganho de peso, consumo e convero).
Embora não exista diferença significativa (P>0,10), verificou-se comportamento
numericamente semelhante nos outros acúmulos de gordura, com exceção na de toalete,
na qual a inclusão de 33% de girassol (IG33) propiciou uma redução da gordura em
relação ao IG00 e ao fornecer 66% (IG66) ocorreu um acréscimo.
Essa tendência de menor acúmulo de gordura entre os diferentes tipos (Tabela 7)
era esperada pelas alterações decorrentes do nível de extrato etéreo (IG66), na relação
de produção de ácido acético:ácido propiônico como visto anteriormente. A alteração
dessa relação interfere diretamente nos diferentes tipos de acúmulo de gordura, pois
enquanto o acetato é depositado diretamente no tecido adiposo, o propionato é
inicialmente convertido em glicose pelo fígado para posteriormente ser convertido em
glicerol para somente após ser depositado no tecido adiposo, ou seja, uma rota mais
lenta e menos eficiente (Kozloski, 2002).
Esse menor acúmulo concorda com o estudo da carcaça destes animais,
observando-se que a dieta IG66 proporcionou menor distribuição de gordura subcutânea
e menor densidade desta gordura (P<0,10). Pacheco et al. (2005) concordam com estes
resultados, pois verificaram que as características relacionadas à gordura (na carcaça, na
carne e nos componentes do corpo vazio) correlacionam-se positivamente entre si.
Ambos estudos apenas complementam a observação de Di Marco et al. (2007),
que embora as gorduras depositem em diferentes sítios, o acúmulo de gordura ocorre de
maneira proporcional obedecendo à seguinte ordem crescente: intramuscular, visceral,
interna, subcutânea e intermuscular.
Ainda na Tabela 7 constata-se o comportamento de diferentes velocidades de
acúmulo de gordura nos diversos sítios do corpo do animal, onde a maior deposição foi
no trato digestivo (3,94%), seguido da renal (1,73%), toalete (1,21%), inguinal (0,81%)
86
e, por último, coração (0,13%).
Analisando-se os valores médios dos componentes do trato digestivo (Tabela 8),
independente de tratamento, verifica-se que com exceção dos intestinos, os demais
valores estão relativamente próximos às médias encontradas em outros trabalhos
(Ferreira et al., 2000; Restle et al., 2001; Vaz et al., 2001; Silva et al., 2002; Restle et
al., 2005). O peso dos intestinos dos animais deste trabalho é inferior aos resultados
obtidos pelos autores citados. É provável que o grau de retirada da gordura tenha
influenciado esses resultados, pois quando se compara o somatório de intestinos mais
gordura com os resultados dos trabalhos anteriores, a diferença não é mais notada.
Tabela 8 - Médias e erros-padrão (EP) em relação ao peso de corpo vazio (%) dos
diferentes componentes vazios do trato digestivo, de acordo com o nível de
silagem de girassol na dieta.
Silagem de girassol (%)
0 33 66
EP Média
Rúmen + retículo 1,64 1,67 1,69 0,08
1,66 0,11
Omaso 1,04 0,96 0,93 0,10
0,98 0,17
Abomaso 0,32 a 0,31 ab 0,28 b 0,01
0,30 0,03
Intestinos 1,30 1,26 1,43 0,07
1,33 0,14
a,b
Médias seguidas de mesma letra na linha o diferem estatisticamente pelo teste t de
Student (P>0,10).
O maior nível de inclusão de girassol (IG66) influenciou o peso do abomaso
apenas em relação ao IG00 (P<0,10), não ocorrendo diferença significativa entre os
demais tratamentos (P>0,10). Entre os motivos que possam ter provocado esta variação
está a capacidade de seletividade dos animais no consumo dos alimentos, resultando na
maior ingestão de energia (Menezes et al., 2005). Neste estudo, como os animais foram
87
contemporâneos com equilíbrio na distribuição do grupo genético e semelhante
histórico nutricional, a diferença pode ser uma associação entre o tipo de dieta,
quantidade consumida e seletividade.
Ainda na Tabela 8 observa-se que acompanhando a redução do peso do abomaso,
uma tendência no aumento do peso do intestino à medida que se inclui maior
quantidade de silagem de girassol. Embora essa diferença não seja significativa
(P>0,10), era esperado um maior crescimento dos intestinos em função do teor de
extrato etéreo consumido pelos animais IG66 (Tabela 2). Segundo Kozloski (2002),
excesso de ácidos graxos insaturados na dieta de ruminantes pode impedir a aderência
de bactérias e o acesso de enzimas fibrolíticas ao seu substrato. No momento em que
esses lipídios chegam ao abomaso, o baixo pH favorece a sua absorção, e à medida que
fluem ao longo do intestino delgado, o aumento do pH e ação detergente de sais biliares
e fosfolipídios determinam a passagem dos ácidos graxos da fase particulada para a
micelar, permitindo sua absorção por difusão passiva alcançando de 80 a 90% de
digestibilidade no intestino delgado.
Conclusões
O crescimento dos novilhos sofreu alterações na taxa de crescimento do fígado,
redução na gordura depositada no trato digestivo e menor desenvolvimento do abomaso.
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CAPÍTULO V
92
1. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O fornecimento parcial da silagem de girassol em substituição
silagem de milho na terminação de novilhos confinados não alterou o
desempenho animal, não provocou alterações significativas nas características
quantitativas e sicas das carcaças que interferissem no êxito comercial. Do
mesmo modo, as características organolépticas e sensoriais da carne foram
mantidas conforme o padrão médio de exigência do consumidor brasileiro.
A inclusão de silagem de girassol na dieta de novilhos de até 2 anos
provavelmente promoveu um incremento da atividade metabólica refletindo em
aumento do peso do fígado sem alterar a quantidade de gordura interna
depositada; todavia ocorreu menor acúmulo de gordura no trato digestivo.
Juntamente, ocorreu uma redução no desenvolvimento do abomaso. Contudo,
essas alterações não comprometeram o desempenho dos animais.
O conjunto desses resultados deve-se em grande parte ao teor de
extrato etéreo consumido na dieta, com maior inclusão de silagem de girassol,
que ficou dentro do limite recomendado pela literatura na elaboração de dietas
para ruminantes, os quais não inibiram a fermentação ruminal, o que assegura
um desempenho similar dietas convencionais em confinamento.
Outro ponto a ser salientado nesste estudo foi a correta
determinação do momento de abate, estando todos os tratamentos dentro da
faixa de 3 a 6 mm de gordura de cobertura subcunea considerada como ideal
por fornecer proteção necessária ao resfriamento sem, porém, haver excesso
de acabamento. Observa-se em muitos trabalhos que este preceito não está
93
sendo acatado e invariavelmente são abatidos animais com déficit de
acabamento que promoverá efeito cascata negativo em diversas variáveis
estudadas na carcaça, carne e corpo vazio. Provavelmente se neste estudo a
condição de acabamento estivesse inferior a 3 mm para algum tratamento, os
resultados e conclusões seriam bem distintos, inclusive comprometendo a
formulação da hipótese.
Embora neste estudo o nível de inclusão de silagem de girassol
tenha sido limitado a 66%, é passível de trabalhar com níveis superiores de
inclusão em vista dos novos cultivares que estão surgindo no mercado. São
cultivares de maior produtividade de matéria verde e matéria seca/ha e
conseqüentemente ocorre uma redução no teor de extrato etéreo do material
ensilado, associado ao fato de que a ensilagem em silos de tamanho
proporcional ao confinamento pode promover uma redução no teor do extrato
etéreo através de perdas por lixiviação, ou seja, apesar das informações
existentes na literatura a respeito das características bromatológicas da
silagem de girassol, é imperativo que todos os técnicos realizem avaliações
laboratoriais no momento da abertura do silo.
94
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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100
3. APÊNDICES
Apêndice 1 – Valores individuais para características da carcaça
Box
Brinco
GG Tratamento
PFAZ
Peso Frigorífico
Rendimento
Peso Frigorífico
CDQ CEQ Quente CDF CEF
4 4313
21/32CH
IG66
477 130,1 133 55,15 130,4
127,3
5 4239
21/32NE
IG66
459 131,6 134,5 57,97 131,7
129,1
6 4352
NE IG66
302 82,5 83,2 54,86 81,2 80,5
7 4310 21/32CH
IG33 457 126,4 129,2 55,92 126,6
123,9
8 4293
21/32NE
IG33
467 133,4 134,1 57,28 131,4
131
9 4347
NE IG33
349 93,2 94,3 53,72 92,1 91,4
10
4334
21/32CH
IG00
471 127,2 131,8 54,98 128,9
124,5
11
4345
21/32NE
IG00
409 112,8 115,8 55,89 112,9
110,7
12
4286
NE IG00
383 105,5 108 55,74 105,6
103,3
GG= Grupo genético dos animais: 21/32 Charolês 11/32 Nelore (21/32 CH), 21/32 Nelore 11/32
Charolês (21/32 NE) e Nelore (NE); PFAZ = Peso de fazenda (abate); CDQ= Peso da meia-
carcaça direita quente; CEQ= Peso da meia-carcaça fria quente; CDF= Peso da meia-carcaça
direita fria; CEF= Peso da meia-carcaça esquerda fria.
... continuação do apêndice 1
Box Brinco GG Tratamento Rendimento
Quebra Compacidade
Fria Resfriamento
Carcaça
4 4313 21/32CH IG66 54,02 1,13 1,270
5 4239 21/32NE IG66 56,81 1,15 1,230
6 4352 NE IG66 53,54 1,32 1,130
7 4310 21/32CH IG33 54,81 1,11 1,240
8 4293 21/32NE IG33 56,18 1,09 1,260
9 4347 NE IG33 52,57 1,14 1,150
10 4334 21/32CH IG00 53,80 1,18 1,310
11 4345 21/32NE IG00 54,66 1,22 1,200
12 4286 NE IG00 54,54 1,20 1,200
... continuação do apêndice 1
Box
Brinco
GG Tratamento
Conf
Mfis
EGS
Cor
Textura
Marm.
Compr. AOL
Carcaça
4 4313
21/32CH
IG66 11 13
4,5
4 4 14 1,27 60,61
5 4239
21/32NE
IG66 11 13
3,5
4 5 4 1,23 66,42
6 4352
NE IG66 7 14
3 3 4 2 1,13 42,73
7 4310
21/32CH
IG33 11 13
5 4 4 9 1,24 72,25
8 4293
21/32NE
IG33 11 14
6,5
5 5 6 1,26 70,68
9 4347
NE IG33 9 14
3 3 3 3 1,15 51,65
10
4334
21/32CH
IG00 11 14
4,5
5 5 10 1,31 55,94
11
4345
21/32NE
IG00 11 14
7 3 5 10 1,2 56,84
12
4286
NE IG00 9 13
4,5
3 4 3 1,2 46,83
Conf = Conformação; Mfis= Maturidade fisiológica; EGS= Espessura de gordura subcutânea;
Marm= Marmoreio; AOL = Área do músculo Longissimus dorsi.
101
... continuação do apêndice 1
Box Brinco
GG Tratamento
Cper Escox
Cbra Perbra
Área Capa
Peso
Gordura Capa
4 4313 21/32CH
IG66 70,6 22,5 41 38 333,69 170
5 4239 21/32NE
IG66 72,9 23 42,3 36,5 304,67 170
6 4352 NE IG66 67,5 20,5 40 33,5 246,32 120
7 4310 21/32CH
IG33 68,7 23,5 42 36,5 382,44 290
8 4293 21/32NE
IG33 72,9 22,6 41,5 40 435,23 420
9 4347 NE IG33 72,5 19,8 41 34,5 319,29 210
10 4334 21/32CH
IG00 70,4 25 41 39 302,43 200
11 4345 21/32NE
IG00 70,3 22,8 40 34 321,95 310
12 4286 NE IG00 72,2 22,7 42 33 281,25 240
Cper= Comprimento de perna; Escox= Espessura de coxão; Cbra= comprimento de braço;
Perbra= Perímetro de braço.
... continuação do apêndice 1
Box
Brinco
GG Tratamento
Cortes Músculo
Gordura
Osso
Traseiro
Dianteiro
Costilhar
4 4313
21/32CH
IG66 64,7 48,2 17,4 2,26 1,18 0,72
5 4239
21/32NE
IG66 65,3 49,6 16,8 2,39 1,14 0,65
6 4352
NE IG66 40 32 9,5 1,5 0,6 0,46
7 4310
21/32CH
IG33 63,8 45,8 16,8 2,71 1,34 0,61
8 4293
21/32NE
IG33 65,1 48 18 2,97 1,65 0,6
9 4347
NE IG33 45,1 35,2 11,3 1,86 0,94 0,55
10
4334
21/32CH
IG00 64,2 49,3 15,5 2,15 1 0,7
11
4345
21/32NE
IG00 55,8 41,9 15,2 2,11 1,4 0,56
12
4286
NE IG00 50,8 42,7 13,2 1,88 1,22 0,51
Apêndice 2 Valores individuais para as características organolépticas e
sensoriais da carne.
Box Brinco
GG Tratamento
Pcong
Pdesc
Pcoz
Mac Pal Suc Shear
4 4313
21/32CH
IG66 121,11
120,25
91,01
8,4 6,5 6,3 2,11
5 4239
21/32NE
IG66 160,53
147,87
104,47
6,7 7,2 5,7 3,08
6 4352
NE IG66 115,88
100,6
78,88
6,8 7,2 7 4,63
7 4310
21/32CH
IG33 142,13
141,89
113,23
8 7,2 6,9 2,16
8 4293
21/32NE
IG33 146,64
144,32
119,22
8,6 6,9 6,8 2
9 4347
NE IG33 124,74
116,27
82,77
6,6 6 4,9 2,96
10 4334
21/32CH
IG00 147,01
143,71
102,99
6,7 7,3 6,2 4,08
11 4345
21/32NE
IG00 130,71
127,11
99,19
7,5 7,1 6 3,9
12 4286
NE IG00 102,12
99,92
72,61
6,6 6,4 5 2,45
GG= Grupo genético dos animais: 21/32 Charolês 11/32 Nelore (21/32 CH), 21/32 Nelore 11/32
Charolês (21/32 NE) e Nelore (NE); Pcong= Peso congelado; Pdesc= Peso descongelado;
Pcoz= Peso a cocção; Mac= Maciez; Pal= Palatabilidade; Suc= Suculência; Shear= Força de
cisalhamento.
102
Apêndice 3 – Valores individuais para componentes do corpo vazio
Box Brinco
GG Tratamento
Orelhas
Cabeça
Patas
Vassoura
Couro
Cauda
Cauda
4 4313 21/32CH
IG66 1,24 15,81 8,42 0,33 43,05
1,24
5 4239 21/32NE
IG66 1,19 15,33 8,23 0,16 39,25
1,33
6 4352 NE IG66 0,82 9,55 5,74 0,27 31,65
0,81
7 4310 21/32CH
IG33 1,06 14,42 7,58 0,27 33,4 1,23
8 4293 21/32NE
IG33 1,15 14,96 7,6 0,14 35,55
0,88
9 4347 NE IG33 0,86 11,14 6,26 0,23 35,8 0,72
10 4334 21/32CH
IG00 1,27 15,38 9,65 0,32 40,9 1,2
11 4345 21/32NE
IG00 0,8 13,14 6,38 0,19 36,85
0,93
12 4286 NE IG00 1,05 11,6 6,75 0,45 40,2 0,44
GG= Grupo genético dos animais: 21/32 Charolês 11/32 Nelore (21/32 CH), 21/32 Nelore 11/32
Charolês (21/32 NE) e Nelore (NE).
... continuação do apêndice 3
Box Brinco GG Tratamento
Coração
Rins Pulmão Fígado
4 4313 21/32CH
IG66 1,49 0,28 4,74 6,0
5 4239 21/32NE
IG66 1,58 0,92 3,72 5,42
6 4352 NE IG66 1,24 0,53 3,01 3,89
7 4310 21/32CH
IG33 1,42 0,79 3,65 4,83
8 4293 21/32NE
IG33 1,52 0,89 4,11 5,08
9 4347 NE IG33 1,11 0,99 3,07 4,4
10 4334 21/32CH
IG00 1,63 0,85 5,01 5,44
11 4345 21/32NE
IG00 1,22 0,79 3,53 4,78
12 4286 NE IG00 1,26 0,68 3,05 4,87
... continuação do apêndice 3
Box Brinco GG Tratamento
Gordura Gordura Gordura Gordura
inguinal renal toalete coração
4 4313 21/32CH
IG66 3,79 10,35 7,61 0,66
5 4239 21/32NE
IG66 3,65 6,3 5,08 0,79
6 4352 NE IG66 1,68 3,09 2,55 0
7 4310 21/32CH
IG33 3,51 10,78 5,22 0,83
8 4293 21/32NE
IG33 3,62 8,8 6,34 0,91
9 4347 NE IG33 2,61 5,88 2,28 0,46
10 4334 21/32CH
IG00 3,23 4,52 5 0,28
11 4345 21/32NE
IG00 2,92 7,24 4,09 0,41
12 4286 NE IG00 3,35 4,68 5,05 0,48
103
... continuação do apêndice 3
Box Brinco GG Tratamento
Trato digestivo cheio (kg)
rúmen
intestinos abomaso omaso
4 4313 21/32CH
IG66 39,15 20,3 6,2 9,45
5 4239 21/32NE
IG66 39,35 14,65 4,1 6,4
6 4352 NE IG66 28,7 10,7 3,2 4,8
7 4310 21/32CH
IG33 48,75 21,1 5,55 7,9
8 4293 21/32NE
IG33 37,85 22,15 4,25 9,75
9 4347 NE IG33 32,8 15,8 3,86 5,7
10 4334 21/32CH
IG00 41,45 18,2 4,95 9,8
11 4345 21/32NE
IG00 34 19,75 5,75 7,5
12 4286 NE IG00 34,75 15,1 3,55 5,95
... continuação do apêndice 3
Box Brinco GG Tratamento Trato digestivo vazio (kg)
men intest. abom. omaso
4 4313 21/32CH IG66 7,25 7,25 1,2 4,5
5 4239 21/32NE IG66 7,35 5,9 1,3 3,25
6 4352 NE IG66 4,9 3,6 0,75 2,9
7 4310 21/32CH IG33 7,25 5,25 1,25 4,35
8 4293 21/32NE IG33 6,45 5,05 1,25 4,95
9 4347 NE IG33 5,7 4,3 1,1 2,2
10 4334 21/32CH IG00 6,7 6,15 1,4 5,15
11 4345 21/32NE IG00 6,85 4,95 1,2 3,8
12 4286 NE IG00 5,6 4,25 1,15 3,35
... continuação do apêndice 3
Box
Brinco
GG Tratamento
Gordura Baço
Sangue
Ruminal Intestinos Abomaso
4 4313
21/32CH
IG66 3 10,1 4,75 1,5
11,1
5 4239
21/32NE
IG66 5,25 7,3 1,75 1,2
12,3
6 4352
NE IG66 1,75 5,55 2,05 0,85
12,5
7 4310
21/32CH
IG33 2,85 11,1 3,85 1,25
12,5
8 4293
21/32NE
IG33 7,75 11,4 2,45 1,35
14,0
9 4347
NE IG33 2,7 7,25 1,8 1,1
9,0
10
4334
21/32CH
IG00 4,3 9,45 3 1,6
11,6
11
4345
21/32NE
IG00 3,5 8,35 4,05 1,15
12,0
12
4286
NE IG00 4,1 8,05 1,65 1
10,5
104
Apêndice 4 – Análise bromatológica das dietas ofertadas em % da MS
Silagem de Silagem de Concentrado
Girassol Milho IG66 IG33 IG00
MST, % 24,114 30,233 86,145 86,993 87,033
PB, % 8,785 6,298 19,327 20,204 21,078
GB, % 12,461 3,337 4,750 4,313 5,134
FDA, % 34,534 31,450 11,877 10,114 9,910
FDN, % 54,060 59,956 40,909 40,545 39,458
NIDA, % 0,197 0,078 0,036 0,032 0,031
NIDN, % 0,480 0,207 0,351 0,324 0,311
LDA, % 5,436 3,152 2,786 3,206 2,808
NDT 68,248 63,516 66,978 66,334 66,795
ED Mcal 3,003 2,795 2,947 2,919 2,939
MST= Matéria Seca Total; PB= Proteína Bruta; GB= Gordura Bruta; FDA= Fibra em Detergente
Ácido; FDN= Fibra em Detergente Neutro; NIDA= Nitrogênio Insolúvel em Detergente Ácido;
NIDN= Nitrogênio Insolúvel em Detergente Neutro; LDA= Lignina em Detergente Ácido; NDT=
Nutrientes Digestíveis Totais; ED= Energia Digestível.
Apêndice 5– Análise bromatológica das sobras em % da MS
IG66
IG33 IG00
MST, % 29,822 35,257 39,504
PB, % 11,715 12,833 13,696
GB, % 6,243 3,792 1,969
FDA, % 30,294 25,253 22,708
FDN, % 52,925 50,556 52,330
NIDA, % 0,156 0,118 0,043
NIDN, % 0,468 0,364 0,271
LDA, % 5,842 3,950 2,609
NDT 57,852 60,309 61,360
ED Mcal 2,545 2,654 2,700
MST= Matéria Seca Total; PB= Proteína Bruta; GB= Gordura Bruta; FDA= Fibra em
Detergente Ácido; FDN= Fibra em Detergente Neutro; NIDA= Nitrogênio Insolúvel em
Detergente Ácido; NIDN= Nitrogênio Insolúvel em Detergente Neutro; LDA= Lignina
em Detergente Ácido; NDT= Nutrientes Digestíveis Totais; ED= Energia Digesvel.
Apêndice 6 – Resumo da análise de variância para peso de abate (kg)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 26121,33 6530,33 4,95 0,0753
Grupo Genético
2 25904,67 12952,34 9,81 0,0267
Nível Girassol
2 216,67 108,34 0,08 0,9227
Erro 4 5278,67 1319,67
Total 8 31400
Média =
419,33
R2 =
0,83
CV =
8,66
D.P. =
36,33
105
Apêndice 7 Resumo da análise de variância para peso de carcaça quente
(kg)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 9261,85 2315,46 4,40 0,0902
Grupo Genético
2 9220,16 4610,08 8,76 0,0346
Nível Girassol
2 41,68 20,84 0,04 0,9616
Erro 4 2105,69 526,42
Total 8 11367,54
Média =
234,07 R
2
=
0,81
CV =
9,80
D.P. =
22,94
Apêndice 8 Resumo da análise de variância para rendimento de carca
quente (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 8,68 2,17 1,95 0,2665
Grupo Genético
2 8,34 4,17 3,75 0,1211
Nível Girassol
2 0,35 0,18 0,16 0,8597
Erro 4 4,45 1,11
Total 8 13,14
Média =
55,73 R
2
=
0,66
CV =
1,89
D.P. =
1,05
Apêndice 9 Resumo da análise de variância para rendimento de carcaça fria
(%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 9,05 2,26 1,97 0,2643
Grupo Genético
2 8,73 4,37 3,80 0,1192
Nível Girassol
2 0,32 0,16 0,14 0,8597
Erro 4 4,60 1,15
Total 8 13,66
Média =
54,55 R
2
=
0,66
CV =
1,97
D.P. =
1,07
Apêndice 10 Resumo da análise de variância para quebra ao resfriamento
(%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,11 0,03 1,79 0,2937
Grupo Genético
2 0,07 0,03 2,20 0,2277
Nível Girassol
2 0,04 0,02 1,31 0,3491
Erro 4 0,06 0,02
Total 8 0,17
Média =
2,11 R
2
=
0,64
CV =
5,85
D.P. =
0,12
106
Apêndice 11 Resumo da análise de variância para compacidade da carcaça
(kg/cm
3
)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,353 0,09 4,01 0,1041
Grupo Genético
2 0,348 0,17 7,91 0,0410
Nível Girassol
2 0,005 0,00 0,11 0,8941
Erro 4 0,088 0,02
Total 8 0,441
Média =
1,86 R
2
=
0,80
CV =
7,97
D.P. =
0,15
Apêndice 12 – Resumo da análise de variância para área do lombo (cm
2
)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 779,582 194,90 11,84 0,0173
Grupo Genético
2 563,777 281,89 17,13 0,0109
Nível Girassol
2 215,805 107,90 6,56 0,0546
Erro 4 65,840 16,46
Total 8 845,423
Média =
58,22 R
2
=
0,92
CV =
6,97
D.P. =
4,06
Apêndice 13 Resumo da análise de variância para área do lombo/100 kg de
carcaça fria (cm
2
/100 kg)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 35,335 8,83 3,23 0,1415
Grupo Genético
2 2,068 1,03 0,38 0,7075
Nível Girassol
2 33,266 16,63 6,07 0,0614
Erro 4 10,953 2,74
Total 8 46,288
Média =
25,47 R
2
=
0,76
CV =
6,50
D.P. =
1,65
Apêndice 14 Resumo da análise de variância para espessura de gordura
(mm)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 11,444 2,86 2,58 0,191
Grupo Genético
2 7,055 3,53 3,18 0,1494
Nível Girassol
2 4,388 2,19 1,97 0,2532
Erro 4 4,444 1,11
Total 8 15,888
Média =
4,61 R
2
=
0,72
CV =
22,86
D.P. =
1,05
107
Apêndice 15 Resumo da análise de variância para espessura de
gordura/100kg de carcaça fria (mm)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 1,160 0,29 1,08 0,4698
Grupo Genético
2 0,416 0,21 0,78 0,5186
Nível Girassol
2 0,744 0,37 1,39 0,3479
Erro 4 1,070 0,27
Total 8 2,231
Média =
2,01 R
2
=
0,52
CV =
25,73
D.P. =
0,52
Apêndice 16 – Resumo da análise de variância para conformão (pontos)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 15,111 3,78 8,50 0,0309
Grupo Genético
2 14,222 7,11 16,01 0,0123
Nível Girassol
2 0,888 0,44 1,00 0,4444
Erro 4 1,777 0,44
Total 8 16,888
Média =
10,11 R
2
=
0,89
CV =
6,59
D.P. =
0,67
Apêndice 17 Resumo da análise de variância para maturidade fisiogica
(pontos)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,444 0,11 0,25 0,896
Grupo Genético
2 0,222 0,11 0,25 0,7901
Nível Girassol
2 0,222 0,11 0,25 0,7901
Erro 4 1,777 0,44
Total 8 2,222
Média =
13,55 R
2
=
0,20
CV =
4,92
D.P. =
0,67
Apêndice 18 – Resumo da análise de variância para espessura de coo (cm)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 15,704 3,93 4,87 0,0772
Grupo Genético
2 11,102 5,55 6,89 0,0507
Nível Girassol
2 4,602 2,30 2,85 0,1697
Erro 4 3,224 0,81
Total 8 18,928
Média =
22,48 R
2
=
0,83
CV =
3,99
D.P. =
0,90
108
Apêndice 19 – Resumo da análise de variância para perímetro de braço (cm)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 32,611 8,15 1,78 0,2943
Grupo Genético
2 28,388 14,19 3,11 0,1534
Nível Girassol
2 4,222 2,11 0,46 0,6599
Erro 4 18,277 4,57
Total 8 50,888
Média =
36,11 R
2
=
0,64
CV =
5,92
D.P. =
2,14
Apêndice 20 Resumo da análise de variância para comprimento da carcaça
(cm)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 207,777 51,94 3,64 0,1194
Grupo Genético
2 196,222 98,11 6,87 0,0508
Nível Girassol
2 11,555 5,78 0,40 0,6918
Erro 4 57,111 14,28
Total 8 264,888
Média =
122,11 R
2
=
0,78
CV =
3,09
D.P. =
3,78
Apêndice 21 Resumo da análise de variância para comprimento de perna
(cm)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 8,564 2,14 0,41 0,7942
Grupo Genético
2 6,935 3,47 0,67 0,5622
Nível Girassol
2 1,628 0,81 0,16 0,8599
Erro 4 20,784 5,20
Total 8 29,348
Média =
70,88 R
2
=
0,29
CV =
3,22
D.P. =
2,28
Apêndice 22 Resumo da análise de variância para comprimento de braço
(cm)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,606 0,15 0,12 0,9671
Grupo Genético
2 0,186 0,09 0,07 0,929
Nível Girassol
2 0,420 0,21 0,17 0,8503
Erro 4 4,973 1,24
Total 8 5,580
Média =
41,2 R
2
=
0,11
CV =
2,71
D.P. =
1,12
109
Apêndice 23 Resumo da análise de variância para percentagem de dianteiro
(%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 11,675 2,92 11,93 0,017
Grupo Genético
2 8,820 4,41 18,02 0,01
Nível Girassol
2 2,854 1,43 5,83 0,0652
Erro 4 0,979 0,24
Total 8 12,654
Média =
37,83 R
2
=
0,92
CV =
1,31
D.P. =
0,49
Apêndice 24 Resumo da análise de variância para percentagem de costilhar
(%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 2,726 0,68 1,92 0,2709
Grupo Genético
2 2,191 1,10 3,09 0,1542
Nível Girassol
2 0,534 0,27 0,75 0,527
Erro 4 1,417 0,35
Total 8 4,143
Média =
12,77 R
2
=
0,66
CV =
4,66
D.P. =
0,60
Apêndice 25 Resumo da análise de variância para percentagem de traseiro
(%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 3,850 0,96 4,17 0,0979
Grupo Genético
2 2,738 1,37 5,93 0,0637
Nível Girassol
2 1,112 0,56 2,41 0,2061
Erro 4 0,924 0,23
Total 8 4,775
Média =
49,38 R
2
=
0,81
CV =
0,97
D.P. =
0,48
Apêndice 26 Resumo da análise de variância para área da capa de gordura
(cm
2
)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 21688,710 5422,18 7,46 0,0386
Grupo Genético
2 8621,231 4310,62 5,93 0,0636
Nível Girassol
2 13067,482 6533,74 8,99 0,0331
Erro 4 2907,936 726,98
Total 8 24596,650
Média =
325,25 R
2
=
0,88
CV =
8,29
D.P. =
26,96
110
Apêndice 27 Resumo da análise de variância para relação entre o peso e a
área da capa (g/cm
2
)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 9,894 2,47 4,24 0,0954
Grupo Genético
2 2,130 1,07 1,83 0,2733
Nível Girassol
2 7,764 3,88 6,66 0,0534
Erro 4 2,333 0,58
Total 8 12,228
Média =
4,03 R
2
=
0,81 C
V =
18,95
D.P. =
0,76
Apêndice 28 Resumo da análise de variância para percentagem de sculo
(%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 14,135 3,53 1,19 0,4353
Grupo Genético
2 0,630 0,32 0,11 0,9017
Nível Girassol
2 13,505 6,75 2,27 0,2191
Erro 4 11,883 2,97
Total 8 26,018
Média =
61,64 R
2
=
0,54
CV =
2,80
D.P. =
1,72
Apêndice 29 Resumo da análise de variância para percentagem de gordura
(%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 28,772 7,19 1,27 0,4112
Grupo Genético
2 9,545 4,77 0,84 0,495
Nível Girassol
2 19,227 9,61 1,70 0,2926
Erro 4 22,654 5,66
Total 8 51,426
Média =
25,29 R
2
=
0,56
CV =
9,41
D.P. =
2,38
Apêndice 30 – Resumo da análise de variância para percentagem de osso (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 8,930 2,23 2,03 0,2551
Grupo Genético
2 4,033 2,02 1,83 0,2724
Nível Girassol
2 4,897 2,45 2,22 0,2241
Erro 4 4,402 1,10
Total 8 13,332
Média =
13,67 R
2
=
0,67
CV =
7,67
D.P. =
1,05
111
Apêndice 31 – Resumo da análise de variância para relão músculo:osso
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 1,168 0,29 2,35 0,2144
Grupo Genético
2 0,436 0,22 1,75 0,2841
Nível Girassol
2 0,732 0,37 2,95 0,1638
Erro 4 0,497 0,12
Total 8 1,665
Média
4,54 R
2
=
0,70
CV =
7,76
D.P. =
0,35
Apêndice 32 – Resumo da análise de variância para relão músculo:gordura
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,374 0,09 1,08 0,4719
Grupo Genético
2 0,096 0,05 0,55 0,6121
Nível Girassol
2 0,278 0,14 1,60 0,3087
Erro 4 0,347 0,09
Total 8 0,721
Média =
2,46 R
2
=
0,52
CV =
11,97
D.P. =
0,29
Apêndice 33 Resumo da análise de variância para relação
músculo+gordura:osso
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 3,073 0,77 2,17 0,2352
Grupo Genético
2 1,351 0,68 1,91 0,2614
Nível Girassol
2 1,722 0,86 2,44 0,2032
Erro 4 1,413 0,35
Total 8 4,486
Média =
6,42 R
2
=
0,69
CV =
9,26
D.P. =
0,59
Apêndice 34 – Resumo da análise de variância para cor (pontos)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 3,111 0,78 1,27 0,4104
Grupo Genético
2 2,888 1,44 2,36 0,2101
Nível Girassol
2 0,223 0,11 0,18 0,8403
Erro 4 2,444 0,61
Total 8 5,555
Média =
3,77 R
2
=
0,56
CV =
20,73
D.P. =
0,78
112
Apêndice 35 – Resumo da análise de variância para textura (pontos)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 3,333 0,83 5,00 0,0741
Grupo Genético
2 2,666 1,33 8,01 0,04
Nível Girassol
2 0,667 0,33 2,00 0,25
Erro 4 0,666 0,17
Total 8 3,999
Média =
4,33 R
2
=
0,83
CV =
9,42
D.P. =
0,41
Apêndice 36 – Resumo da análise de variância para marmoreio (pontos)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 108,444 27,11 3,73 0,1154
Grupo Genético
2 104,222 52,11 7,16 0,0477
Nível Girassol
2 4,222 2,11 0,29 0,7627
Erro 4 29,111 7,28
Total 8 137,555
Média =
6,77 R
2
=
0,79
CV =
39,85
D.P. =
2,70
Apêndice 37 – Resumo da análise de variância para maciez (pontos)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 2,911 0,73 1,18 0,4378
Grupo Genético
2 1,948 0,97 1,58 0,3118
Nível Girassol
2 0,963 0,48 0,78 0,5172
Erro 4 2,464 0,62
Total 8 5,375
Média =
7,32 R
2
=
0,54
CV =
10,72
D.P. =
0,78
Apêndice 38 – Resumo da análise de variância para palatabilidade (pontos)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,633 0,16 0,61 0,6808
Grupo Genético
2 0,506 0,25 0,97 0,454
Nível Girassol
2 0,127 0,06 0,24 0,7957
Erro 4 1,046 0,26
Total 8 1,679
Média =
6,86 R
2
=
0,38
CV =
7,45
D.P. =
0,51
113
Apêndice 39 – Resumo da análise de variância para suculência (pontos)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 1,664 0,42 0,53 0,7235
Grupo Genético
2 1,068 0,53 0,68 0,557
Nível Girassol
2 0,596 0,30 0,38 0,7069
Erro 4 3,144 0,79
Total 8 4,808
Média =
6,08 R
2
=
0,35
CV =
14,58
D.P. =
0,89
Apêndice 40 Resumo da análise de variância para quebra ao
descongelamento (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 103,838 25,96 2,43 0,2054
Grupo Genético
2 60,266 30,13 2,82 0,1721
Nível Girassol
2 43,572 21,79 2,04 0,2451
Erro 4 42,726 10,68
Total 8 146,564
Média =
4,16 R
2
=
0,71
CV =
78,56
D.P. =
3,27
Apêndice 41 – Resumo da análise de variância para quebra na cocção (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 36,949 9,24 0,33 0,8452
Grupo Genético
2 13,590 6,80 0,24 0,7947
Nível Girassol
2 23,359 11,68 0,42 0,6838
Erro 4 111,607 27,90
Total 8 148,556
Média =
24,36 R
2
=
0,25
CV =
21,68
D.P. =
5,28
Apêndice 42 Resumo da análise de variância para força de cizalhamento
(kgf/cm
3
)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 2,528 0,63 0,52 0,7288
Grupo Genético
2 0,482 0,24 0,20 0,8276
Nível Girassol
2 2,046 1,02 0,84 0,4951
Erro 4 4,859 1,21
Total 8 7,387
Média =
3,04 R
2
=
0,34
CV =
36,26
D.P. =
1,10
114
Apêndice 43 – Resumo da análise de variância para peso de corpo vazio (kg)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 19806,809 4951,70 4,27 0,0943
Grupo Genético
2 19758,838 9879,42 8,52 0,0361
Nível Girassol
2 47,971 23,99 0,02 0,9796
Erro 4 4638,344 1159,59
Total 8 24445,153
Média =
388,58 R
2
=
0,81
CV =
8,76
D.P. =
34,05
Apêndice 44 Resumo da análise de variância para relação peso de
abate:peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 10,449 2,61 6,63 0,047
Grupo Genético
2 7,097 3,55 9,01 0,033
Nível Girassol
2 3,352 1,68 4,26 0,1022
Erro 4 1,575 0,39
Total 8 12,024
Média =
92,77 R
2
=
0,87
CV =
0,68
D.P. =
0,63
Apêndice 45 Resumo da análise de variância para peso dos componentes
externos por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 9,984 2,50 7,27 0,0403
Grupo Genético
2 7,611 3,81 11,09 0,0234
Nível Girassol
2 2,373 1,19 3,46 0,1344
Erro 4 1,373 0,34
Total 8 11,357
Média =
15,69 R
2
=
0,88
CV =
3,73
D.P. =
0,59
Apêndice 46 – Resumo da análise de variância para peso dos órgãos vitais por
peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,089 0,02 0,54 0,716
Grupo Genético
2 0,070 0,04 0,85 0,4926
Nível Girassol
2 0,019 0,01 0,23 0,8006
Erro 4 0,164 0,04
Total 8 0,253
Média =
3,12 R
2
=
0,35
CV =
6,49
D.P. =
0,20
115
Apêndice 47 Resumo da análise de variância para peso de gordura interna
por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 7,186 1,80 1,39 0,3795
Grupo Genético
2 4,288 2,14 1,66 0,2994
Nível Girassol
2 2,898 1,45 1,12 0,4113
Erro 4 5,181 1,30
Total 8 12,367
Média =
7,81 R
2
=
0,58
CV =
14,57
D.P. =
1,14
Apêndice 48 – Resumo da análise de variância para peso do trato digestivo por
peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,244 0,06 3,49 0,1284
Grupo Genético
2 0,211 0,11 6,03 0,0627
Nível Girassol
2 0,033 0,02 0,94 0,4671
Erro 4 0,070 0,02
Total 8 0,314
Média =
4,27 R
2
=
0,78
CV =
3,10
D.P. =
0,13
Apêndice 49 Resumo da análise de variância para peso do sangue por peso
de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,747 0,19 0,47 0,7567
Grupo Genético
2 0,572 0,29 0,72 0,5385
Nível Girassol
2 0,175 0,09 0,22 0,8108
Erro 4 1,579 0,39
Total 8 2,326
Média =
3,06 R
2
=
0,32 CV
=
20,53
D.P. =
0,63
Apêndice 50 – Resumo da análise de variância para peso das orelhas por peso
de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0021 0,00 0,64 0,6595
Grupo Genético
2 0,0016 0,00 0,97 0,4564
Nível Girassol
2 0,0005 0,00 0,30 0,7375
Erro 4 0,0033 0,00
Total 8 0,0054
Média =
0,27 R
2
=
0,39
CV =
10,64
D.P. =
0,03
116
Apêndice 51 Resumo da análise de variância para peso da cabeça por peso
de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0801 0,02 2,53 0,196
Grupo Genético
2 0,0697 0,03 4,40 0,098
Nível Girassol
2 0,0104 0,01 0,66 0,5671
Erro 4 0,0317 0,01
Total 8 0,1118
Média =
3,45 R
2
=
0,72
CV =
2,58
D.P. =
0,09
Apêndice 52 Resumo da análise de variância para peso das patas por peso
de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0931 0,02 0,75 0,6051
Grupo Genético
2 0,0714 0,04 1,15 0,4017
Nível Girassol
2 0,0217 0,01 0,35 0,7246
Erro 4 0,1237 0,03
Total 8 0,2168
Média =
1,9 R
2
=
0,43
CV =
9,26
D.P. =
0,18
Apêndice 53 Resumo da análise de variância para peso da vassoura da
cauda por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0059 0,001 6,56 0,0547
Grupo Genético
2 0,0048 0,002 10,67 0,0284
Nível Girassol
2 0,0011 0,001 2,44 0,2238
Erro 4 0,0009 0,000
Total 8 0,0068
Média =
0,068 R
2
=
0,87
CV =
22,06
D.P. =
0,02
Apêndice 54 – Resumo da análise de variância para peso do couro por peso de
corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 10,1910 2,548 11,31 0,0187
Grupo Genético
2 8,3870 4,194 18,62 0,0094
Nível Girassol
2 1,8040 0,902 4,00 0,111
Erro 4 0,9010 0,225
Total 8 11,0920
Média
9,74 R
2
=
0,92
CV =
4,87
D.P. =
0,47
117
Apêndice 55 Resumo da análise de variância para peso da cauda por peso
de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0187 0,005 1,80 0,293
Grupo Genético
2 0,0096 0,005 1,85 0,2709
Nível Girassol
2 0,0091 0,005 1,75 0,2859
Erro 4 0,0104 0,003
Total 8 0,0291
Média =
0,247 R
2
=
0,64
CV =
20,64
D.P. =
0,05
Apêndice 56 – Resumo da análise de variância para peso do coração por peso
de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0034 0,001 0,70 0,6303
Grupo Genético
2 0,0011 0,001 0,45 0,6553
Nível Girassol
2 0,0023 0,001 0,96 0,4653
Erro 4 0,0049 0,001
Total 8 0,0083
Média =
0,357 R
2
=
0,41
CV =
9,80
D.P. =
0,04
Apêndice 57 Resumo da análise de variância para peso dos rins por peso de
corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0203 0,005 1,66 0,318
Grupo Genético
2 0,0106 0,005 1,74 0,2851
Nível Girassol
2 0,0097 0,005 1,59 0,3136
Erro 4 0,0122 0,003
Total 8 0,0325
Média =
0,197 R
2
=
0,62
CV =
28,03
D.P. =
0,06
Apêndice 58 Resumo da análise de variância para peso do pulmão por peso
de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0335 0,008 0,57 0,6995
Grupo Genético
2 0,0254 0,013 0,87 0,4859
Nível Girassol
2 0,0081 0,004 0,28 0,7738
Erro 4 0,0586 0,015
Total 8 0,0921
Média =
0,967 R
2
=
0,36
CV =
12,52
D.P. =
0,12
118
Apêndice 59 Resumo da análise de variância para peso do gado por peso
de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0407 0,010 4,85 0,0782
Grupo Genético
2 0,0273 0,014 6,50 0,0556
Nível Girassol
2 0,0134 0,007 3,19 0,1491
Erro 4 0,0084 0,002
Total 8 0,0491
Média =
1,28 R
2
=
0,83
CV =
3,58
D.P. =
0,05
Apêndice 60 – Resumo da análise de variância para peso do baço por peso de
corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0028 0,001 0,61 0,6788
Grupo Genético
2 0,0026 0,001 1,13 0,4082
Nível Girassol
2 0,0002 0,000 0,09 0,9184
Erro 4 0,0046 0,001
Total 8 0,0074
Média =
0,313 R
2
=
0,38
CV =
10,83
D.P. =
0,03
Apêndice 61 – Resumo da análise de variância para peso da gordura do
coração por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0212 0,005 1,41 0,3728
Grupo Genético
2 0,0098 0,005 1,31 0,3658
Nível Girassol
2 0,0114 0,006 1,52 0,3228
Erro 4 0,0150 0,004
Total 8 0,0362
Média =
0,133 R
2
=
0,59
CV =
46,04
D.P. =
0,06
Apêndice 62 Resumo da análise de variância para peso da gordura inguinal
por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0110 0,003 0,17 0,9405
Grupo Genético
2 0,0038 0,002 0,12 0,8895
Nível Girassol
2 0,0072 0,004 0,23 0,8059
Erro 4 0,0633 0,016
Total 8 0,0743
dia =
0,805 R
2
=
0,15
CV =
15,63
D.P. =
0,13
119
Apêndice 63 Resumo da análise de variância para peso da gordura renal por
peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 1,4045 0,351 1,45 0,3649
Grupo Genético
2 0,5508 0,275 1,13 0,4073
Nível Girassol
2 0,8537 0,427 1,76 0,2834
Erro 4 0,9716 0,243
Total 8 2,3761
Média =
1,73 R
2
=
0,59
CV =
28,49
D.P. =
0,49
Apêndice 64 – Resumo da análise de variância para peso da gordura do toalete
por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,2458 0,061 0,49 0,7481
Grupo Genético
2 0,2216 0,111 0,88 0,4825
Nível Girassol
2 0,0242 0,012 0,10 0,9103
Erro 4 0,5041 0,126
Total 8 0,7499
Média =
1,206 R
2
=
0,33
CV =
29,44
D.P. =
0,36
Apêndice 65 Resumo da análise de variância para peso da gordura do trato
digestivo por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 1,4657 0,366 2,00 0,2589
Grupo Genético
2 0,6034 0,302 1,65 0,3004
Nível Girassol
2 0,8623 0,431 2,36 0,2108
Erro 4 0,7319 0,183
Total 8 2,1976
Média =
3,94 R
2
=
0,67
CV =
10,86
D.P. =
0,43
Apêndice 66 Resumo da análise de variância para peso do rúmen+retículo
vazio por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0053 0,001 0,06 0,9898
Grupo Genético
2 0,0010 0,001 0,02 0,9748
Nível Girassol
2 0,0043 0,002 0,10 0,9061
Erro 4 0,0848 0,021
Total 8 0,0901
Média =
1,664 R
2
=
0,06
CV =
8,75
D.P. =
0,15
120
Apêndice 67 Resumo da análise de variância para peso do omaso vazio por
peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0906 0,023 0,69 0,6355
Grupo Genético
2 0,0686 0,034 1,05 0,4311
Nível Girassol
2 0,0220 0,011 0,34 0,7332
Erro 4 0,1311 0,033
Total 8 0,2217
Média =
0,975 R
2
=
0,41
CV =
18,57
D.P. =
0,18
Apêndice 68 Resumo da análise de variância para peso do abomaso vazio
por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,0031 0,001 1,35 0,3927
Grupo Genético
2 0,0001 0,000 0,07 0,9292
Nível Girassol
2 0,0030 0,002 2,63 0,1892
Erro 4 0,0023 0,001
Total 8 0,0054
Média =
0,302 R
2
=
0,57
CV =
7,94
D.P. =
0,02
Apêndice 69 – Resumo da análise de variância para peso dos intestinos vazios
por peso de corpo vazio (%)
Fontes de variação Graus de Soma de Quadrado Valor do Probabilidade
Liberdade Quadrados Médio F
Modelo 4 0,1097 0,027 1,95 0,2669
Grupo Genético
2 0,0634 0,032 2,25 0,2209
Nível Girassol
2 0,0463 0,023 1,64 0,3012
Erro 4 0,0563 0,014
Total 8 0,1660
Média =
1,328 R
2
=
0,66
CV =
8,93
D.P. =
0,12
Apêndice 70 Normas para redação de artigos para a Revista Brasileira de
Zootecnia
Normas para preparação de trabalhos científicos submetidos
à publicação na Revista Brasileira de Zootecnia
A fim de prestigiar a comunidade científica nacional, é importante que os autores
esgotem as informações disponíveis na literatura brasileira, principalmente aquelas
publicadas na Revista Brasileira de Zootecnia.
Instruções gerais
O envio dos artigos é feito exclusivamente pela home page da RBZ
(http://www.sbz.org.br), link Revista.
121
Os artigos científicos devem ser originais e submetidos em um arquivo doc identificado,
juntamente com uma carta de encaminhamento, que deve conter e.mail, endereço e telefone
do autor responsável e área selecionada para publicação (Aqüicultura; Forragicultura;
Melhoramento, Genética e Reprodução; Monostricos; Produção Animal; Ruminantes; e
Sistemas de Produção e Agronegócio).
Deve-se evitar o uso de termos regionais ao longo do texto e elaborar o texto segundo
sugestões contidas na home page da RBZ, link Instruções aos autores.
O pagamento da taxa de tramitação (pré-requisito para emissão do mero de
protocolo), no valor de R$25,00 (vinte e cinco reais), deverá ser efetuado por meio de boleto
bancário, disponível na home page da RBZ (http://www.sbz.org.br).
Uma vez aprovado o artigo, será cobrada uma taxa de publicação, que no ano de 2007,
será de R$150,00 (cento e cinqüenta reais) para os artigos completos em inglês e de R$75,00
(setenta e cinco reais) para os demais, além do pagamento de páginas editadas excedentes (a
partir da nona). O Editor Chefe e o Conselho Científico, em casos especiais, têm autonomia
para decidir sobre a publicação do artigo.
Língua: português ou inglês
Formatação de texto
O texto deve ser digitado em fonte Times New Roman 12, espaço duplo (exceto
Resumo, Abstract e Tabelas, que devem ser elaboradas em espaço 1,5), margens superior,
inferior, esquerda e direita de 2,5; 2,5; 3,5; e 2,5 cm, respectivamente.
Pode conter até 25 páginas, numeradas seqüencialmente em algarismos arábicos.
As páginas devem apresentar linhas numeradas (a numeração é feita da seguinte forma:
MENU ARQUIVO/CONFIGURAR PÁGINA/LAYOUT/NÚMEROS DE LINHA.../NUMERAR
LINHAS), com paginação contínua e centralizada no rodapé.
Estrutura do artigo
O artigo deve ser dividido em seções com cabeçalho centralizado, em negrito, na
seguinte ordem: Resumo, Abstract, Introdução, Material e Métodos, Resultados e Discussão,
Conclusões, Agradecimento e Literatura Citada.
Não são aceitos cabeçalhos de 3ª ordem.
Os parágrafos devem iniciar a 1,0 cm da margem esquerda.
Título
Deve ser preciso e informativo. Quinze palavras são o ideal e 25, o máximo. Digitá-lo em
negrito e centralizado, segundo o exemplo: Valor nutritivo da cana-de-açúcar para bovinos em
crescimento. Indicar sempre a entidade financiadora da pesquisa, como primeira chamada de
roda numerada.
Autores
Deve-se listar até seis autores. A primeira letra de cada nome/sobrenome deve ser
maiúscula (Ex.: Anacleto José Benevenutto). Não listá-los apenas com as iniciais e o último
sobrenome (Ex.: A.J. Benevenutto).
Outras pessoas que auxiliaram na condução do experimento e/ou preparação/avaliação
do manuscrito devem ser mencionadas em Agradecimento.
Digitá-los separados por rgula, centralizado e em negrito, com chamadas de rodapé
numeradas e em sobrescrito, indicando apenas a instituição e/ou endereço profissional dos
autores. Informar o endereço eletrônico somente do responsável pelo artigo.
Processo de tramitação: basta que um autor esteja quite com a anuidade do ano corrente.
Ato da publicação: todos os autores devem estar em dia com a anuidade da SBZ, exceto os
122
co-autores que o militam na área zootécnica, como estatísticos, químicos, biólogos, entre
outros, desde que não sejam o primeiro autor.
Resumo
Deve conter no máximo 1.800 caracteres com espaço. As informações do resumo devem
ser precisas e informativas. Resumos extensos serão devolvidos para adequação às normas.
Deve sumarizar objetivos, material e todos, resultados e conclusões. Não deve conter
introdução. Referências nunca devem ser citadas no resumo.
O texto deve ser justificado e digitado em parágrafo único e espaço 1,5, começando por
RESUMO, iniciado a 1,0 cm da margem esquerda.
Abstract
Deve aparecer obrigatoriamente na segunda página e ser redigido em inglês científico,
evitando-se sua tradução por meio de aplicativos comerciais.
O texto deve ser justificado e digitado em espaço 1,5, começando por ABSTRACT, em
parágrafo único, iniciado a 1,0 cm da margem esquerda.
Palavras-chave e Key Words
Apresentar até seis (6) palavras-chave e Key Words imediatamente após o RESUMO e
ABSTRACT, respectivamente, em ordem alfabética. Devem ser elaboradas de modo que o
trabalho seja rapidamente resgatado nas pesquisas bibliográficas. Não podem ser retiradas do
título do artigo. Digitá-las em letras minúsculas, com alinhamento justificado e separado por
vírgulas. Não devem conter ponto final.
Introdução
Deve conter no máximo 2.500 caracteres com espaço.
Deve-se evitar a citação de várias referências para o mesmo assunto.
Trabalhos com introdução extensa serão devolvidos para adequação às normas.
Material e Métodos
Descrição clara e com referência específica original para todos os procedimentos
biológicos, analíticos e estatísticos. Todas as modificações de procedimentos devem ser
explicadas.
Resultados e Discussão
Os resultados devem ser combinados com discussão. Dados suficientes, todos com
algum índice de variação incluso, devem ser apresentados para permitir ao leitor a
interpretação dos resultados do experimento. A discussão deve interpretar clara e
concisamente os resultados e integrar resultados de literatura com os da pesquisa para
proporcionar ao leitor uma base ampla na qual possa aceitar ou rejeitar as hipóteses testadas.
Evitar parágrafos soltos e citações pouco relacionadas ao assunto.
Conclusões
Devem ser redigidas em parágrafo único e conter no máximo 1.000 caracteres com
espaço.
Não devem ser repetição dos resultados. Devem ser dirigidas aos leitores que não são
necessariamente profissionais ligados à ciência animal. Devem explicar claramente, sem
abreviações, acrônimos ou citações, o que os resultados da pesquisa concluem para a ciência
animal.
Agradecimento
123
Deve iniciar logo após as Conclusões.
Abreviaturas, símbolos e unidades
Abreviaturas, símbolos e unidades devem ser listados conforme indicado na home page
da RBZ, link Instruções aos autores.
Usar 36%, e não 36 % (sem espaço entre o nº e %)
Usar 88 kg, e não 88kg (com espaço entre o nº e kg, que deve vir em minúsculo)
Usar 136,22, e não 136.22 (usar vírgula, e não ponto)
Usar 42 mL, e não 42 ml (litro deve vir em L maiúsculo, conforme padronização
internacional)
Usar 25ºC, e não 25 ºC (sem espaço entre o nº e ºC)
Usar (P<0,05), e não (P < 0,05) (sem espaço antes e depois do <)
Usar 521,79 ± 217,58 e não 521,79±217,58 (com espaço antes e depois do ±)
Usar r
2
= 0,95, e não r
2
=0,95 (com espaço antes e depois do =)
Usar asterisco nas tabelas apenas para probabilidade de P: (*P<0,05; **P<0,01;
***P<0,001)
Deve-se evitar o uso de abreviações não consagradas e de acrônimos, como por
exemplo: “o T3 foi maior que o T4, que não diferiu do T5 e do T6”. Este tipo de redação é muito
cômoda para o autor, mas é de difícil compreensão para o leitor.
Tabelas e Figuras
É imprescindível que todas as tabelas sejam digitadas segundo menu do Word “Inserir
Tabela”, em lulas distintas (não serão aceitas tabelas com valores separados pelo recurso
ENTER ou coladas como figura). Tabelas e figuras enviadas fora de normas serão devolvidas
para adequação.
Devem ser numeradas seqüencialmente em algarismos arábicos e apresentadas logo
após a chamada no texto.
O tulo das tabelas e figuras deve ser curto e informativo, devendo-se adotar as
abreviaturas divulgadas oficialmente pela RBZ.
A legenda das Figuras (chave das convenções adotadas) deve ser incluída no corpo da
figura. Nos gráficos, as designações das variáveis dos eixos X e Y devem ter iniciais
maiúsculas e unidades entre parênteses.
Figuras não-originais devem conter, após o título, a fonte de onde foram extraídas, que
deve ser referenciada.
As unidades, a fonte (Times New Roman) e o corpo das letras em todas as figuras
devem ser padronizados.
Os pontos das curvas devem ser representados por marcadores contrastantes, como
círculo, quadrado, triângulo ou losango (cheios ou vazios).
As curvas devem ser identificadas na própria figura, evitando o excesso de informações
que comprometa o entendimento do gráfico.
As figuras devem ser gravadas no programa Word, Excel ou Corel Draw (extensão CDR),
para possibilitar a edição e posveis correções.
Usar linhas com, no mínimo, ¾ ponto de espessura.
No caso de gráfico de barras, usar diferentes efeitos de preenchimento (linhas
horizontais, verticais e diagonais, pontinhos etc). Evite os padrões de cinza porque eles
dificultam a visualização quando impressos.
As figuras deverão ser exclusivamente monocromáticas.
Não usar negrito nas figuras.
Os números decimais apresentados no interior das tabelas e figuras devem conter
vírgula, e não ponto.
Citações no texto
124
As citações de autores no textos são em letras minúsculas, seguidas do ano de
publicação. Quando houver dois autores, usar & (e comercial) e, no caso de três ou mais
autores, citar apenas o sobrenome do primeiro, seguido de et al.
Comunicação pessoal (ABNT-NBR 10520)
Não fazem parte da lista de referências, sendo colocadas apenas em nota de rodapé.
Coloca-se o sobrenome do autor seguido da expressão “comunicação pessoal”, a data da
comunicação, o nome, estado e país da Instituição à qual o autor é vinculado.
Literatura Citada
Baseia-se na Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (NBR 6023).
Devem ser redigidas em página separada e ordenadas alfabeticamente pelo(s)
sobrenome(s) do(s) autor(es).
Digitá-las em espaço simples, alinhamento justificado e recuo até a terceira letra a partir
da segunda linha da referência. Para formatá-las, siga as seguintes instruções:
No menu FORMATAR, escolha a opção PARÁGRAFO...RECUO ESPECIAL, opção
DESLOCAMENTO... 0,6 cm.
Em obras com dois e três autores, mencionam-se os autores separados por ponto-e-
vírgula e, naquelas com mais de três autores, os três primeiros m seguidos de et al. As
iniciais dos autores não podem conter espaços. O termo et al. não deve ser italizado nem
precedido de vírgula.
O recurso tipográfico utilizado para destacar o elemento tulo será negrito e, para os
nomes científicos, itálico.
Indica(m)-se o(s) autor(es) com entrada pelo último sobrenome seguido do(s) prenome(s)
abreviado(s), exceto para nomes de origem espanhola, em que entram os dois últimos
sobrenomes.
No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado (ex.: Viçosa, MG;
Viçosa, AL; Viçosa, RJ).
Obras de responsabilidade de uma entidade coletiva
A entidade é tida como autora e deve ser escrita por extenso, acompanhada por sua
respectiva abreviatura. No texto, é citada somente a abreviatura correspondente.
Quando a editora é a mesma instituição responsável pela autoria e já tiver sido
mencionada, não é indicada.
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTCAL CHEMISTRY AOAC. Official methods of
analysis. 16.ed. Arlington: AOAC International, 1995. 1025p.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA UFV. Sistema de análises estatísticas e
genéticas – SAEG. Versão 8.0. Viçosa, MG, 2000. 142p.
Livros e capítulos de livro
Os elementos essenciais são: autor(es), título e sub-título (se houver), seguidos da
expressão “In:”, e da referência completa como um todo. No final da referência, deve-se
informar a paginação.
Quando a editora não é identificada, deve-se indicar a expressão sine nomine, abreviada,
entre colchetes [s.n.].
Quando o editor e local não puderem ser indicados na publicação, utilizam-se ambas as
expressões, abreviadas, e entre colchetes [S.I.: s.n.].
LINDHAL, I.L. Nutrición y alimentación de las cabras. In: CHURCH, D.C. (Ed.) Fisiologia
digestive y nutrición de los ruminantes. 3.ed. Zaragoza: Acríbia, 1974. p.425-434.
NEWMANN, A.L.; SNAPP, R.R. Beef cattle. 7.ed. New York: John Willey, 1997. 883p.
125
Teses e dissertações
Deve-se evitar a citação de teses, procurando referenciar sempre os artigos publicados
na íntegra em periódicos indexados. Entretanto, caso os artigos ainda não tenham sido
publicados, devem-se citar os seguintes elementos: autor, título, local, universidade, ano,
página e área de concentração.
CASTRO, F.B. Avaliação do processo de digestão do bagaço de cana-de-açúcar auto-
hidrolisado em bovinos. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,
1989. 123p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, 1989.
Boletins e relatórios
BOWMAN,V.A. Palaability of animal, vegetable and blended fats by equine. (S.L.): Virgínia
Polytechnic Institute and State University, 1979. p.133-141 (Research division report, 175).
Artigos
O nome do periódico deve ser escrito por extenso. Com vistas à padronização deste tipo
de referência, não é necessário citar o local; somente volume, número, intervalo de páginas e
ano.
RESTLE, J.; VAZ, F.N.; ALVES FILHO, D.C. et al. Desempenho de vacas Charolês e Nelore
desterneiradas aos três ou sete meses. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30, n.2, p.499-
507, 2001.
Congressos, reuniões, seminários etc
Citar o mínimo de trabalhos publicados em forma de resumo, procurando sempre
referenciar os artigos publicados na íntegra em periódicos indexados.
CASACCIA, J.L.; PIRES, C.C.; RESTLE, J. Confinamento de bovinos inteiros ou castrados de
diferentes grupos genéticos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ZOOTECNIA, 30., 1993, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de
Zootecnia, 1993. p.468.
EUCLIDES, V.P.B.; MACEDO, M.C.M.; OLIVEIRA, M.P. Avaliação de cultivares de Panicum
maximum em pastejo. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ZOOTECNIA, 36., 1999, Porto Alegre. Anais... São Paulo: Sociedade Brasileira de
Zootecnia/Gmosis, [1999] (CD-ROM).
Artigos e/ou matéria em meios eletrônicos
Na citação de material bibliográfico obtido via internet, o autor deve procurar sempre usar
artigos assinados, sendo também sua função decidir quais fontes têm realmente credibilidade e
confiabilidade.
Quando se tratar de obras consultadas on-line, são essenciais as informações sobre o
endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão “Disponível em:”
e a data de acesso do documento, precedida da expressão “Acesso em:”.
NGUYEN, T.H.N.; NGUYEN, V.H.; NGUYEN, T.N. et al. [2003]. Effect of drenching with cooking
oil on performance of local yellow cattle fed rice straw and cassava foliage. Livestock
Research for Rural Development, v.15, n.7, 2003. Disponível em:
<http://www.cipav.org.co/lrrd/lrrd15/7/nhan157.htm> Acesso em: 28/07/2005.
REBOLLAR, P.G.; BLAS, C. [2002]. Digestión de la soja integral em rumiantes. Disponible
126
em: <http://www.ussoymeal.org/ruminant_s.pdf.> Acesso em : 12/10/02.
SILVA, R.N.; OLIVEIRA, R. [1996]. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na
educação. In: CONGRESSO DE INICAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife.
Anais eletrônicos... Recife: Universidade Federal do Pernambuco, 1996. Disponível em:
<http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm> Acesso em: 21/01/97.
Apêndice 71 Normas para redação de artigos para o Brazilian Journal of
Food Technology
BRAZILIAN JOURNAL OF FOOD TECHNOLOGY
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
1. CLASSIFICAÇÃO E CONTEÚDO DA PUBLICAÇÃO
Os trabalhos publicados no BJFT se classificam em três categorias:
1.1 ARTIGOS CIENTÍFICOS: São trabalhos que relatam a metodologia utilizada, os resultados
finais e as conclusões obtidas de pesquisas originais, estruturados e documentados de
modo que possam ser reproduzidos com margens de erro iguais ou inferiores aos limites
indicados pelo autor.
1.2 NOTAS CIENTÍFICAS: São relatos parciais de pesquisas originais que, devido à sua
relevância, justificam uma publicação antecipada. Devem seguir o mesmo padrão do Artigo
Científico, podendo ser, posteriormente, publicadas de forma completa como Artigo
Científico.
1.3 ARTIGOS DE REVISÃO: São descrições completas, integradas e críticas de um tema de
pesquisa, baseadas em documentação bibliográfica, e que contém conclusões sobre o
conhecimento disponível. Normalmente, são solicitados pelo Editor Científico a
pesquisadores experientes e envolvem assuntos escolhidos pelo Conselho Editorial.
Entretanto, poderão ser aceitos artigos não solicitados, mas julgados de interesse.
Artigos e Notas Científicas podem ser apresentados em português, inglês ou espanhol,
obedecendo às disposições normativas a seguir:
2. FORMATAÇÃO:
Editor de Textos Microsoft Word 98 ou mais recente.
Fonte Arial 12, espaçamento duplo entre linhas.
Página formato A4 (210 x 297mm), margens de 2cm.
Todas as linhas e páginas do manuscrito deverão ser numeradas seencialmente.
O número de páginas não deverá ser superior a 20 para Artigos Científicos e a 9 para
Notas Científicas, incluindo Figuras e Tabelas.
3. ESTRUTURA DO ARTIGO
Todos os Artigos e Notas Científicas devem conter os seguintes itens:
TÍTULO – Quando em português/espanhol, acompanhado da versão em inglês
AUTORES/FILIAÇÃO
RESUMO Quando em português/espanhol, acompanhado do Summary. Quando em
127
inglês, acompanhado do Resumo.
PALAVRAS-CHAVE – Quando em português/espanhol, acompanhadas de Key Words
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
3.1 TÍTULO: Deve ser claro, conciso e representativo do assunto tratado. Deve ser escrito em
caixa alta, não excedendo 150 caracteres (incluindo espaços).
3.2 AUTORES/FILIAÇÃO: Devem ser fornecidos os nomes completos e por extenso dos
autores, sua filiação (Instituição/Departamento) e endereço eletrônico. O autor que responderá
pelo artigo deverá ter seu nome indicado pelo símbolo das corresponncias eletrônicas e
apresentar endereço completo para postagem.
3.3 RESUMO: Deve incluir objetivo(s), material e métodos (somente informação essencial para
a compreensão de como os resultados foram obtidos), resultados mais significativos e
conclusões do trabalho, contendo no ximo 2000 caracteres (incluindo espaços). E, para
artigos em inglês, incluir o Resumo em português.
3.4 PALAVRAS-CHAVES: Devem ser incluídas logo após o Resumo e o Summary, de 3 a 8
palavras indicativas do conteúdo do trabalho.
3.5 INTRODUÇÃO: Deve reunir informações para uma definição clara da problemática
estudada, fazendo referências à bibliografia atual e transcendente que permita situar o leitor e
justificar a publicação do trabalho. Não deve exceder 30% do total de páginas do trabalho, e
deve incluir seus objetivos ou hipóteses.
3.6 MATERIAL E MÉTODOS: Deve possibilitar a reprodução do trabalho realizado. A
metodologia empregada deve ser descrita em detalhes apenas quando se tratar de
desenvolvimento ou modificação de método. Neste último caso deve destacar a modificação
efetuada. Todos os métodos devem ser bibliograficamente referenciados.
3.7 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados devem ser apresentados e interpretados
dando ênfase aos pontos importantes que deverão ser discutidos com base nos conhecimentos
atuais. Deve ser evitada duplicidade de apresentação de resultados em Tabelas e Figuras.
Sempre que possível, os resultados devem ser analisados estatisticamente.
3.8 EQUAÇÕES E UNIDADES: A numeração das equações deve ser feita na ordem em que
aparecem no texto. O número deve estar entre parênteses, próximo à margem direita. Deve ser
utilizado o Sistema Internacional de Unidades (SI) e as suas respectivas abreviaturas. Não
serão aceitas quantidades expressas em outros sistemas de unidades.
3.9 TABELAS E FIGURAS: Devem ser numeradas em algarismos arábicos na ordem em que
são mencionadas no texto. Seus títulos devem estar imediatamente acima das Tabelas e
imediatamente abaixo das Figuras, e não devem conter unidades. As unidades devem estar,
entre parênteses, dentro das Tabelas e nas Figuras. As Tabelas e Figuras devem ser inseridas
no corpo do documento logo após terem sido mencionadas. Fotografias devem ser designadas
como Figuras.
As Tabelas devem ser editadas utilizando os recursos próprios do editor de textos para este
fim, usando apenas bordas horizontais. Devem ser auto-explicativas e de fácil leitura e
compreensão.
As Figuras devem ser apresentadas nas dimensões em que serão publicadas. Devem ser
utilizadas, de preferência, para destacar os resultados mais expressivos. Não devem repetir
128
informações contidas em tabelas. Devem ser apresentadas de forma a permitir uma clara
visualização e interpretação do seu conteúdo. As legendas devem ser curtas, auto-explicativas
e sem bordas. Figuras coloridas somente deverão ser empregadas quando a cor for
indispensável para a sua interpretação.
3.10 ABREVIATURAS: As abreviaturas devem ser evitadas. Se usadas, devem ser definidas
na primeira vez em que forem mencionadas. As abreviaturas o devem aparecer no Título,
nem, se possível, no Resumo.
3.11 CONCLUSÕES: Neste item deve ser apresentada a essência da discussão dos
resultados, com a qual se comprova, ou não, a hipótese do trabalho ou se ressalta a
importância ou contribuição dos resultados para o avanço do conhecimento. Este item o
deve ser confundido com o Resumo, nem ser um resumo da Discussão.
3.12 AGRADECIMENTOS: são opcionais.
3.13 REFERÊNCIAS
3.13.1 Citações no Texto
As citações bibliográficas no texto são usadas em caixa alta apenas quando estiverem entre
parênteses e, para referências com mais de 2 autores, deve-se usar a expressão et al. Mais de
uma referência de mesma autoria o diferenciadas com letras minúsculas seqüenciais,
colocadas logo após o ano de publicação. Para citação deve-se utilizar a expressão “apud”
após o ano de publicação da referência, seguida da indicação da fonte secundária
efetivamente consultada.
Exemplos:
“Hardshell” caracteriza a impermeabilidade do tegumento (BOURNE, 1997).
Guerrero e Alzamorra (1998) obtiveram bom ajuste do modelo. Esses resultados estão de
acordo com os verificados para outros produtos (CAMARGO e RASERAS, 2006; LEE e
STORN, 2001)
Vindiola et al. (1996) descobriram que a redução de crescimento em função desse elemento é
significativa. Em contrapartida, a expressão de genes aumenta (ANDREWS et al., 2004;
GUGLIELMINETTI et al., 2005)
Além disso, oportunidades para a criação de novos mercados para matérias-primas
renováveis derivadas de produtos agrícolas na produção de filmes (TANADA-PALMU e
GROSSO, 2002a,b)
Sobre esse assunto, são esclarecedoras as palavras de Silva (1986 apud CARNEIRO, 1981)
3.13.2 Referências
A lista de referências deve seguir o estabelecido pela Associação Brasileira de Normas
cnicas (ABNT), Norma: NBR6023, de agosto de 2002, na seguinte forma:
- Livros, manuais e folhetos como um todo
Sobrenome e iniciais dos prenomes do autor (nomes de mais de 1 autor devem ser separados
por ponto e vírgula). Título: subtítulo. Edição (n. ed.), Local de Publicação: Editora, data de
publicação. Número de páginas.
Exemplos:
Impressos
ISLABÃO, N. Vitaminas: seu metabolismo no homem e nos animais domésticos. 2. ed. São
Paulo: Nobel, 1997. 400 p.
RANGANNA, S. Manual of analysis of fruit and vegetables products. New Delhi: Tata
129
McGraw – Hill Publishing Company Limited, 1977. 634 p.
HOROWITZ, W. (Ed.). Official methods of analysis of the Association of Official Analytical
Chemists. 16.ed. Gaithersburg, Maryland: AOAC, 1997. 1298 p
FIRESTONE, D. (Ed.). Official methods and recommended practices of the American Oil
Chemists Society. 5.ed. Champaign: AOCS. 1998. 1300 p.
eletrônicos
LAWRENCE, Paul R. Changing of organizational behavior patterns. Piscataway:
Transaction Publishers, 2001. Disponível
em:<http://search.epnet.com//direct.asp?an=7511860&db=buh>. Acesso em: 22 maio 2004.
- Capítulos de livros
AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO. Título do livro. Edição.
Local de publicão (cidade): Editora, data. Capítulo, página inicial-final da parte.
Exemplo
CAMARGO, C. E. de O.; FERREIRA-FILHO, A. W. P. São Paulo State Brazil Wheat Pool. In:
BONJEAN, A. P.; ANGUS, W.J. (Ed.). The world wheat book: a history of wheat breeding.
Paris: Lavoisier, 2000. cap. 21, p. 549-577.
- Teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso
AUTOR. Título. Ano. Número de folhas. Categoria (Grau e área) Unidade da Instituição,
Instituição, Cidade.
Exemplo
QUINTEROS, E.T.T. Processamento e estabilidade de néctares de acerola-cenoura. 1995.
96 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) Faculdade de Engenharia de
Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
- Artigos de periódicos
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Periódico (por extenso), Local de publicão
(cidade), volume, número, páginas inicial-final, ano de publicação.
Exemplo
SRIMATHI, P.; MALARKODI, K.; GEETHA, R.; KRISHNASAMY, V. Nutrient pelleting to
augument quality seed production in soybean. Seed Research, New Delhi, v. 30, n. 2, p. 186-
189, 2002.
- Trabalho apresentado em evento
AUTOR. Título do trabalho apresentado, seguido da expressão In:, NOME DO EVENTO,
numeração do evento (se houver), ano e local (cidade) de realização. Título do documento
(anais, atas, tópico temático, etc.), local: editora, data de publicação. Página inical e final da
parte referenciada.
Exemplo
Impressos
BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos.
In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais... São Paulo:
USP, 1994. p. 16-29.
eletrônicos
ANDION, C. As particularidades da gestão em organizações da economia solidária. In:
ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIÃO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 25., 2001, Campinas. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD,
2001. 1 CD-ROM.
130
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na
educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais
eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível
em:<http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.
- Normas técnicas
ÓRGÃO NORMALIZADOR Número da norma: título da norma. Local (cidade), ano. nº de pág.
(opcional)
Exemplos:
ASTM INTERNATIONAL. D 3985-05: standard test method for oxygen gas transmission rate
trough plastic film and sheeting using a coulometric sensor. Philadelphia, 2005. 7 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002
4. INFORMAÇÕES GERAIS
Os Artigos ou Notas Científicas devem ser enviadas à Secretaria da Revista, em disquete de 3
½” ou CD regravável, acompanhados de três vias impressas.
Além do trabalho, o autor deve enviar para a revista, em folha à parte, as seguintes
informações:
Qual o objetivo principal do seu trabalho
Qual (quais) é (são) o(s) fato(s) idito(s) do seu trabalho
Os trabalhos devem ser explicitamente direcionados para a avaliação como Artigo Científico”
ou “Nota Científica”.
Deve também ser enviado o Termo de Responsabilidade assinado pelos autores (acesso
pelo site da Revista http://www.ital.sp.gov.br/bj/arquivos/declaracao.pdf)
Os artigos publicados serão cobrados por página diagramada, cujo valor está disponível no site
da Revista.
Os trabalhos devem ser enviados pelo correio para:
Brazilian Journal of Food Technology
A/C Dra. Eliete Vaz de Faria – Editor Científico
Caixa Postal, 139
13.070-178 – Campinas – SP
e-mail: se[email protected]p.gov.br - NÃO USAR PARA ENVIAR MANUSCRITOS
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4. VITA
Dari Celestino Alves Filho é brasileiro nascido em Santa Maria, no
Estado do Rio Grande do Sul, no dia vinte e seis de agosto de 1966. É filho de
Dari Celestino Alves (Eletrotécnico e Produtor Rural) e Lucir Eva de Arruda
Alves (Professora de Geografia).
Em 1973 ingressou no Colégio Metodista Centenária onde cursou os
ensinos Fundamental e Médio com profissionalizão em Auxiliar de
Laboratório concluindo em 1983.
Em 1984 foi aprovado no concurso de seleção para o curso cnico
Elétrico noturno no Colégio Industrial da UFSM e no concurso vestibular para o
curso de Agronomia na UFSM. Em 1986 concluiu o curso Técnico Elétrico e em
1990 concluiu o curso de Agronomia. No ano de 1991 foi Bolsista de
Aperfeiçoamento do CNPq no setor de Bovinocultura de Corte da UFSM. Em
1992 ingressou no Curso de Pós-Graduação em Zootecnia sob orientão do
Prof. PhD João Restle, defendendo em março 1995 a dissertação intitulada
“Evolução do Peso e Desempenho Anual de Um Rebanho de Cria, Constituído
por Fêmeas de Diferentes Grupos Genéticos“.
Em 1995 foi aprovado em concurso para Prof. Substituto de
Bovinocultura de Corte do Depto de Zootecnia da UFSM assumindo o cargo
em abril de 1996. Em novembro do mesmo ano realizou concurso para Prof.
Assistente da mesma instituição, sendo aprovado em Lugar assumindo o
cargo em Março de 1997. Em março de 2004, iniciou o curso de doutorado no
Programa de Pós-graduação em Zootecnia da Faculdade de Agronomia da
UFRGS que se encerra no mês de dezembro do ano de 2007.
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