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ANTONIO AUGUSTO F. LEPORACE
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS FRATURAS MANDIBULARES
NUM HOSPITAL PÚBLICO NA CIDADE DE SÃO PAULO
Tese apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde do
Hospital Heliópolis – HospHel – São
Paulo, para obtenção do título de Mestre.
O PAULO
2008
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ANTONIO AUGUSTO F. LEPORACE
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS FRATURAS MANDIBULARES
NUM HOSPITAL PÚBLICO NA CIDADE DE SÃO PAULO
Tese apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde do
Hospital Heliópolis – HospHel – São
Paulo, para obtenção do título de Mestre.
Orientador: Prof. Dr. Abrão Rapoport
O PAULO
2008
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Leporace, A. A.
Estudo epidemiológico das fraturas mandibulares num hospital
público na cidade de o Paulo / Antonio Augusto F Leporace;
orientador: Abrão Rapoport – São Paulo: 2008.
// IX, 54 f //
Tese (Mestrado) – Hospital Heliópolis – Hosphel, São Paulo. Curso
de Pós-Graduação em Ciências da Sde.
Titulo em inglês: Epidemiological study of mandibular fractures in a
São Paulo’s public hospital.
1. Fraturas mandibulares 2. Mandíbula 3. Fatores etiológicos
II
DEDICATÓRIA
Aos meus pais Antonio Francisco Leporace (Tonico) e Odete Pereira Ferreirinha
Leporace (Dedé), por todos estes anos de incentivo, apoio e amizade.
À minha esposa Silvana Regina Elias Leporace e queridas filhas, Fernanda Elias
Leporace e Fabiana Elias Leporace, pelo amor, compreensão e tolerância.
III
AGRADECIMENTOS
Ao Profº. Dr. Abrão Rapoport pela inestimável oportunidade de
freqüentar o Curso de Pós–Graduação do Hospital Heliópolis sob a
sua coordenação, e pela sua orientação apoio e incentivo na minha
pesquisa.
Aos Professores do Corpo Docente do Curso de Pós-Graduação
do Hospital Heliópolis pelos seus ensinamentos e experiências,
que me influenciaram no estímulo ao ensino e à pesquisa.
Ao Comitê de Ética na Pesquisa do Hospital Geral de Vila
Penteado pela aprovação do projeto.
A todos os funcionários do Curso de Pós-Graduação do Hospital
Heliópolis pela atenção a mim dispensada.
Ao Prof. Dr. Fernando de Souza Lapa (in memorian), pela
oportunidade e os anos de aprendizado e trabalho.
A minha amiga Maria Helena Pezzato (Lena), pelas coberturas aos
plantões para que eu pudesse me dedicar ao curso.
Ao amigo Prof. Walter Paulesini Junior e aos residentes do Serviço de
Cirurgia Buco Maxilo Facial do Complexo Hospitalar Padre Bento de
Guarulhos, pela contribuição inestimável para a realização deste trabalho.
IV
SUMÁRIO
Dedicatória...................................................................................................... II
Agradecimentos............................................................................................... III
Listas............................................................................................................... V
Resumo........................................................................................................... VIII
Abstract........................................................................................................... IX
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................
1
1.1 Objetivo................................................................................................... 3
2 REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................
4
3 CASUÍSTICA E MÉTODO...........................................................................
19
3.1 Casuística............................................................................................... 20
3.2 Método.................................................................................................... 20
3.3 Métodos Estatísticos.............................................................................. 21
3.4 Aspecto Ético.......................................................................................... 22
4 RESULTADOS.............................................................................................
23
5 DISCUSSÃO................................................................................................
32
6 CONCLUSÕES............................................................................................
38
7 ANEXOS......................................................................................................
40
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................
43
Bibliografia consultada.................................................................................... 53
V
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Classificação das localizações anatômicas de fraturas
mandibulares
.............................................................................................
21
VI
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1
Distribuição das fraturas mandibulares segundo o
gênero..................................................................................................
24
Gráfico 2
Distribuição das fraturas mandibulares segundo a faixa
etária....................................................................................................
24
Gráfico 3
Distribuição das fraturas mandibulares segundo os fatores
etiológicos............................................................................................
25
Gráfico 4
Distribuição das fraturas mandibulares segundo as localizações
anatômicas..........................................................................................
26
Gráfico 5
Distribuição das fraturas mandibulares segundo o tipo de
traços....................................................................................................
26
VII
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Tabulação cruzada dos casos de fraturas mandibulares
de acordo com a faixa etária e o gênero.................................
27
Tabela 2
Tabulação cruzada dos casos de fraturas mandibulares
de acordo com fatores etiológicos e gênero
.........................
28
Tabela 3
Tabulação cruzada dos casos de fraturas mandibulares
de acordo com a localização anatômica e gênero............
29
Tabela 4
Tabulação cruzada dos casos de fraturas mandibulares
de acordo com os fatores etiológicos e a faixa etária
...... 30
Tabela 5
Tabulação cruzada dos casos de fraturas mandibulares
de acordo com fatores etiológicos e os tipos de traços
.... 31
VIII
RESUMO
Objetivo: o objetivo deste estudo foi analisar a freqüência
epidemiológica de fraturas mandibulares correlacionando gênero,
faixa etária, fatores etiológicos, localização anatômica, e tipos de
traços de fratura. Casuística: Foi realizado um estudo
retrospectivo nos prontuários de 883 pacientes portadores de
fraturas faciais, atendidos no Pronto Socorro do Hospital Geral de
Vila Penteado, pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco
Maxilo Facial (São Paulo – Brasil), num período de três anos
(janeiro de 2004 a dezembro de 2006).
Resultados: Dos 883 pacientes avaliados, 270 apresentaram
fraturas mandibulares (30,5 %). O gênero masculino foi o mais
acometido (76,7%) na faixa etária de 20 a 29 anos (33,0%), o fator
etiológico de maior freqüência foi acidente com veículos
automotores (27,4%), o corpo da mandíbula foi a localização
anatômica mais atingida (40,4%) e os traços únicos prevaleceram
(82,2%).
Conclusões: Assim, concluiu-se que as fraturas, em sua maioria,
foram simples (traço único), localizadas em corpo mandibular, e
destacadas no sexo masculino, na faixa etária de 20 a 29 anos,
além do que o fator etiológico mais comum foi acidente com
veículos automotores.
IX
ABSTRACT
Purpose: The purpose of this study was to analyze the frequency
epidemiological description of mandibular fractures correlating
gender, age, etiological factors, anatomic location, and types of
fracture’s traces. Casuistic: A retrospective survey of the medical
history of 883 patients with facial fractures, attended at the Buco
Maxilo Facial Surgery and Traumatology Service of the Hospital
Geral de Vila Penteado in São Paulo (São Paulo Brazil), in a
period of 3 years (from January 2004 to December 2006).
Results: Of 883 evaluated patients, 270 presented mandibular
fracture (30, 5%).The male gender was the most affected (76, 7%) in
the age of 20 to 29 years (33, 0%), the most frequent etiological
factor was the car accident (47, 4%), the body of the mandible was
the most affected anatomic location (27, 5%) and the single traces
prevailed (82, 2%).
Conclusions: Thus, it was concluded that most of the fracture were
simple one, located in the body of the mandible, and highlighted in
males, aged from 20 t0 29 years, and caused by car accident.
1. INTRODUÇÃO
Introdução
2
Por ser a mandíbula o único osso móvel da face e estar
envolvida em funções de fisiologia complexa, devido a sua posição
proeminente em relação ao esqueleto facial e desprotegida, é, dos
ossos da face, a mais predisposta às fraturas.
Muitos estudos têm indicado uma grande freqüência de fraturas
mandibulares em diversos países, que se deve a vários fatores que,
por sua vez, variam de acordo com a região analisada, a época e as
condições sócio-econômicas. Entre os agentes etiológicos mais
comuns, tem-se o aumento do número de agressões físicas e
acidentes automobilísticos, e, em nosso meio o trauma por projétil de
arma de fogo, vem se tornando cada vez mais freqüente.
Em nosso país o número de fraturas faciais é elevado, mas
poucas pesquisas epidemiológicas têm sido realizadas, apontando,
portanto, a necessidade de um maior número e estudos para
determinarmos perfis desses traumas, formas de prevenção e
adequação dos serviços de atendimento.
Sombrios, os números da violência no trânsito são cada vez
mais intoleráveis e já são apontados como um dos maiores
problemas de saúde pública do mundo. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o trânsito mata mais de um milhão de
pessoas, por ano, e deixa entre 20 e 50 milhões de feridos.
Introdução
3
1.1. Objetivo
O objetivo deste estudo foi avaliar a freqüência das fraturas
mandibulares e correlaciona-las com:
a) gênero;
b) faixa etária;
c) etiologia;
d) localização anatômica e,
e) tipos de traços de fratura.
.
2. REVIO DA LITERATURA
Revisão da Literatura
5
ROWE & KILLEY
48
, em 1955, analisaram 500 casos de
fraturas faciais, das quais 336 somente em ma etária de maior
predomínio esteve entre 20 e 29 anos (37,8%). A agressão (23,5%)
foi a principal causa etiológica e o processo condilar apresentou
maior freqüência de fraturas.
WAGNER
60
, em 1978, estudou 46 pacientes com fraturas
mandibulares no Rio Grande do Sul, Brasil, num período de dois
anos, concluindo que o fator etiológico mais freqüente foi o acidente
automobilístico (27 casos) e é maior a incidência para o gênero
masculino (76%).
GANDRA
29
, em 1982, revisou 1983 casos de fraturas
mandibulares atendidos no Serviço de Cirurgia Buco Maxilo Facial do
Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (Brasil), no período de 1.954 a 1.980.
Concluiu que houve maior freqüência de atropelamentos (31,7%) e a
região condilar foi a mais atingida (31.8%). A faixa etária de maior
prevalência foi a de 20 a 29 anos com predomínio do gênero
masculino (71,7%).
DINGMAN & NATIVIG
21
, em 1983, relataram que mais da
metade dos casos de fraturas mandibulares é provocada por
acidentes automobilísticos, agressões, quedas e traumas esportivos.
Concluíram que as localizações anatômicas mais freqüentes
ocorreram na região do processo condilar (36%), seguidas pelo corpo
(21%), ângulo (20%), sínfise (14%), ramo (3%), processo alveolar
(3%) e o processo coronóide (2%).
SOUZA et al
54
, em 1983, estudaram 450 casos de fraturas
dos ossos da face, num período de 20 meses, na cidade de São
Paulo (Brasil). Em relação às fraturas de mandíbula, observaram que
42% dos casos apresentaram fratura de corpo mandibular, 30% do
Revisão da Literatura
6
processo condilar, 6,5% do ramo, 5% do ângulo e 6,5% para sínfise e
parassínfise.
ELLIS et al
23
, em 1985, analisaram 2.137 casos de fraturas
mandibulares em Glasgow, na Escócia, por um período de dez anos.
Relataram que houve predomínio do gênero masculino na faixa etária
entre 20 e 30 anos (76%). Concluíram que o fator etiológico mais
freqüente foi a agressão (54,7%), e a localização anatômica de maior
incidência foi o corpo mandibular (32.8%).
FARRAPEIRA et al
25
, em 1988, analisaram 246 casos de
fraturas de mandíbula no período de janeiro de 1976 a dezembro de
1985. A faixa etária mais atingida compreende indivíduos entre 20 e
30 anos, do sexo masculino e vítimas de acidentes automobilísticos.
Em 83,7% dos casos, encontrou-se mais de um traço de fratura,
sendo a região condilar a mais acometida.
CRIVELLO JUNIOR
18
, em 1989, estudou 550 casos de
fraturas faciais na cidade de São Paulo (Brasil), concluindo que a de
mandíbula predominou em 29,2% dos casos e a principal causa
foram os acidentes automobilísticos.
STRÖM et al
56
, em 1991, realizaram a análise dos casos
referentes a 317 pacientes com fraturas mandibulares, sendo 216
tratadas no Instituto Karolinska (Stockholm) e 151 no Hospital
Central de Falun, ambos na Suécia, durante 1979, 1982, 1985 e
1.988, sendo as fraturas mandibulares predominantes em ambos os
distritos. Os pacientes eram, na maioria, do sexo masculino, com
idade entre 20 e 35 anos. A causa mais comum de fratura, em
Stockholm, foi a agressão, seguida de acidentes automobilísticos.
Em Falun os acidentes de trânsito foram mais comuns, seguidos de
casos de agressão.
SHOSHANI et al
52
, em 1992, analisaram, no período de 1985
a 1989, 371 pacientes com fraturas do terço inferior da face. A idade
média foi de 31,2 anos e houve prevalência no gênero masculino em
Revisão da Literatura
7
78%. Encontrou-se uma distribuição equivalente entre as fraturas do
terço médio e inferior da face.
SOUZA e LUCCA
55
, em 1992, revisaram prontuários de 282
pacientes portadores de fraturas mandibulares que apresentavam
415 fraturas tratadas no Serviço de Cirurgia Buco Maxilo Faciais dos
Hospitais Humberto I e Albert Einstein, em São Paulo (Brasil), por um
período de cinco anos, de 1981 a 1985. Relataram que a localização
anatômica predominante foi o corpo mandibular (34%) e a maior
incidência foi para o gênero masculino (79,4%) na faixa etária de 21
a 30 anos (40%).
PALMA et al
43
, em 1995, realizaram um estudo
epidemiológico de fraturas faciais de 296 pacientes atendidos no
Hospital “Dr. Arthur Ribeiro de Saboya” em São Paulo (Brasil),
durante o período de um ano. Relataram a prevalência do gênero
masculino (78,4%) e na faixa etária de 21 a 30 anos (32,8%). A
principal causa foi a queda (33,8%), seguida de agressão (26,0%). A
fratura de mandíbula foi responsável por 21,9% dos casos e a
localização anatômica mais freqüente foi a região do corpo (35,2%).
MONTOVANI et al
38
, em 1995, discutiram a epidemiologia de
103 fraturas de mandíbula. As três principais causas foram:
acidentes automobilísticos (45), agressões físicas (24) e quedas
acidentais (20). Mais de 30% dos pacientes estavam alcoolizados no
momento da lesão. Associações clínicas comumente relacionadas às
fraturas mandibulares são o traumatismo cranioencefálico e outras
fraturas faciais.
CHAVEZ CÓRDOVA
15
, em 1996, apresentou um estudo
retrospectivo de fraturas de mandíbula, no período de janeiro de
1991 a dezembro de 1995, de pacientes atendidos no Hospital
Regional Honório Delgado de Arequipa (Espanha). De um total de 93
pacientes com fraturas mandibulares, foram hospitalizados 50. A
idade em que predominam as fraturas mandibulares encontra-se na
Revisão da Literatura
8
faixa etária entre 11 e 30 anos (60%), sendo o gênero masculino o
mais afetado, numa proporção de 4:1, em relação ao feminino. Os
casos urbanos foram mais freqüentes (80%), sendo 62% causados
por acidentes automobilísticos. De acordo com o segmento
anatômico comprometido, predominam as fraturas de corpo (46%).
LODUCCA
35
, em 1997, avaliou 3.261 prontuários de vítimas
de acidentes de trânsito atendidos no Hospital Municipal ”Carmino
Caricchio”. Foram selecionados 592 casos de pacientes portadores
de traumas faciais. Os acidentes automobilísticos foram a etiologia
de maior ocorrência, sendo o gênero masculino o mais acometido
com 71%, a faixa etária mais atingida entre 16 e 30 anos (17%) e
anatomicamente o processo condilar o mais atingido, em 26% dos
casos.
AMBRIZZI et al
4
, em 1997, analisaram as incidências e
etiologias das fraturas faciais na região de Araraquara (São Paulo).
Entre janeiro de 1.994 e dezembro de 1996 foram avaliados 990
pacientes, sendo 509 com fraturas faciais. A mandíbula foi o osso
mais lesado (35,04%), seguida do nariz (22,13%), zigoma (19,89%),
maxila (7,24%), alvéolo-dentárias (5%), arco zigomático (4,34%),
fraturas naso-órbito-etmoidais (3,42%) e frontais (2,89%). A etiologia
mais comum é representada por acidentes automobilísticos (65,22%),
seguidos de agressões (21,8%), esportes/quedas (11%) e acidentes
de trabalho (0,98%).
ASADI et al
5
, em 1997, realizaram um estudo para
determinar os fatores etiológicos mais comuns que levaram à fratura
mandibular, num centro urbano da Inglaterra, no período de 1.991 a
1.992. O fator etiológico mais comum foi a agressão ou violência
interpessoal (74%), seguida de quedas, acidentes automobilísticos e
lesões esportivas. A maioria pertencia ao gênero masculino e os
pacientes estavam na faixa etária de 20 a 29 anos. A maior parte dos
Revisão da Literatura
9
pacientes apresentava fratura unilateral e o ângulo foi a região
anatômica mais atingida.
EMSHOFF et al
24
, em 1997, realizaram um estudo no qual
avaliaram mudanças das causas que levam às fraturas mandibulares
ocorridas na Áustria, entre 1984 e 1993. Foram analisados registros
de 712 pacientes com 982 fraturas mandibulares. O esporte foi a
causa mais comum de fraturas mandibulares (31,5%), seguido de
acidentes de trânsito (27,2%) e quedas (20,8%), sendo que a relação
de esportes e fraturas mandibulares mostrou um aumento de 28,6%
(1984 a 1988) para 34,5% (1989 a 1993). A modalidade esportiva que
está mais associada à fratura mandibular é o esqui (55,8%), seguido
do ciclismo e futebol com 25,4% e 8,9%, respectivamente. A
distribuição por gênero mostra uma proporção maior do masculino
em relação ao feminino de 2,5:1, sendo que a porcentagem de
mulheres envolvidas vem aumentando.
AMATO FILHO et al
2
, em 1998, estudaram 100 casos de
fraturas mandibulares atendidas no Instituto de Ortopedia e
Traumatismo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (Brasil). A localização anatômica mais
atingida foi o corpo (63%), seguido do ângulo (23,3%), e o fator
etiológico de maior prevalência foram os acidentes de trânsito (58%),
seguido de agressões (16%) e quedas (11%).
DUGAN et al
22
, em 1998, utilizaram um estudo do tipo
descritivo, cujas informações foram levantadas em diversos
hospitais, no período de julho de 1995 e julho de 1996. Os resultados
do estudo demonstraram que de 138 casos, 117 (84,8%) eram do
gênero masculino. A maior causa de fratura mandibular foi agressão,
abrangendo 60 (43,5%). A sínfise foi a localização anatômica mais
suscetível à fratura, atingindo 75 (54%) casos.
LOBO et al
34
, em 1998, realizaram um levantamento
estatístico de 4.792 pacientes atendidos no Serviço de Cirurgia e
Revisão da Literatura
10
Traumatologia Buco Maxilo Facial da Faculdade de Odontologia da
USP e Associação Hospitalar de Bauru (São Paulo), no período de
1991 a 1995, dando ênfase às fraturas de côndilo mandibular. Do
total de pacientes, 1.492 apresentaram fraturas faciais, sendo que
deste número, 113 eram fraturas condilares. A predominância era do
gênero masculino e na 2ª e 3ª décadas. Os traços de fratura
unilaterais e isolados eram mais freqüentes, tendo como principal
etiologia, a queda.
BATAINEH
9
, em 1998, realizou uma investigação cujo
objetivo era determinar a causa e a incidência de fraturas
maxilofaciais na Jordânia, num período de cinco anos, de 1992 a
1997. Foram tratados 563 pacientes com 756 fraturas maxilofaciais.
A faixa etária dos pacientes era de 5 a 73 anos (média de 28,8
anos). Dos 563 pacientes, 75,3% eram do gênero masculino, na faixa
de 20 a 29 anos. O osso fraturado mais freqüentemente foi a
mandíbula (419 casos ou 74,4%), seguida da maxila (76 casos ou
13,5%), arco zigomático (60 casos ou 10,7%) e processo alveolar (8
casos ou 1,4%). Sobre as fraturas, 55,2% são devido a acidentes de
trânsito, 19,7% quedas acidentais e 16,9%, agressões.
CARLIN et al
14
, em 1998, realizaram uma análise
retrospectiva de 828 pacientes com fraturas mandibulares ou do
terço médio, no período de 1985 a 1994. O resultado obtido foi
diferente do apresentado na maioria da literatura, na qual
observaram que os mecanismos das lesões são os acidentes
automobilísticos (67%), ao invés das agressões.
AZEVEDO et al
7
, em 1998, elaboraram um estudo que
descreveu causas e incidências de fraturas faciais no período de
1.991 a 1.993. As fraturas mandibulares foram o principal
diagnóstico. As agressões foram responsáveis por 54% dos casos, o
gênero masculino o mais afetado, na faixa etária de 16 a 20 anos.
Revisão da Literatura
11
TAY et al
59
, em 1999, apresentaram uma revisão de 74
casos de fraturas mandibulares, entre janeiro de 1994 e maio de
1998. Os dados revelam que 85% dos pacientes eram do gênero
masculino com média de idade de 27,5 anos. As causas mais comuns
das lesões foram acidentes automobilísticos (48,6%), seguidos de
agressão (16,2%) e quedas acidentais (17,6%). Em 25 pacientes
(33,8%) as fraturas eram únicas, sendo as fraturas na região condilar
as mais comuns (8 pacientes). Os demais pacientes tiveram fraturas
múltiplas. Em 45,9% dos pacientes ocorreram outras fraturas faciais
associadas.
TAN et al
58
, em 1999, examinaram, retrospectivamente, 67
fraturas mandibulares tratadas principalmente em 1998, no Hospital
Universitário de Singapura. O gênero masculino sobrepujou o
feminino na proporção de 5:1. A maioria dos pacientes situava-se na
faixa etária entre 20 e 29 anos de idade. Acidentes de trânsito
figuram como a maior proporção (61,2%), seguidos de acidentes
industriais e agressões. As regiões de sínfise e parassínfise são as
mais comumente fraturadas (46,5%). Quase um terço dos pacientes
tiveram outras fraturas faciais associadas.
ANDRADE FILHO et al
3
, em 2000, avaliaram 166 pacientes
acometidos de 267 fraturas mandibulares atendidos pela disciplina
de Cirurgia Plástica da UNIFESP / EPM, São Paulo (Brasil), entre
janeiro de 1991 e março de 1996. Concluíram que os acidentes de
tráfego representam o fator etiológico mais freqüente, com 81 casos
descritos (48,8%) e a região do corpo mandibular a mais atingida
com 76 fraturas (28,5%). Houve um maior predomínio para o gênero
masculino (81,3%) e a faixa etária mais acometida estava entre 20 e
29 anos (42,8%).
SCHÖN et al
51
, em 2001, avaliaram, em 1995, um total de
114 pacientes que apresentavam 154 fraturas mandibulares, no
Hospital geral Townsville, Austrália. Do total, 58 (51%) eram brancos,
Revisão da Literatura
12
50 (44%) aborígines e 6 (5%) de outras raças. Do mesmo total, 124
(81%) ocorreram no gênero masculino e 30 (19%) no gênero
feminino. A maioria das fraturas resultou de agressões (83%),
seguidas de acidentes de trânsito (10%), quedas (3%), quedas de
objetos (3%) e acidentes esportivos (2%). O ângulo mandibular (43%)
e a área de sínfise (26%) foram as localizações anatômicas de maior
incidência. Das fraturas de ângulo, 97% foram relacionadas com o
terceiro molar.
-LIMA et al
49
, em 2001, realizaram um estudo em que
analisaram 300 pacientes acometidos com 379 fraturas faciais, sendo
181 localizadas na região da mandíbula, na cidade de São José dos
Campos (Brasil), em um período de quatro anos. O fator etiológico
predominante foi o acidente automobilístico (31,5%) e a maior
incidência de fraturas ocorreu na região do corpo mandibular
(18,1%). Prevaleceram os pacientes do gênero masculino (88,39%) e
na faixa etária de 20 a 30 anos (50,8%).
FISCHER et al
27
, em 2001, detalharam o estudo de um grupo
de 148 pacientes com fraturas mandibulares relacionados no registro
de trauma da Universidade do Mississipi, durante cinco anos. Em
99,3% dos pacientes, vítimas de colisões com veículos motorizados,
a fratura mandibular estava presente. Lacerações faciais e na cabeça
e fraturas faciais são as lesões associadas que ocorreram em mais
da metade dos pacientes que tiveram a mandíbula fraturada.
REIS et al
45
, em 2001, realizou estudo sobre a prevalência
das fraturas faciais, na região de Bauru, no Hospital de Base de 7ª
Região, no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1995, quando
foram analisados 1.492 pacientes com 1.598 fraturas faciais, sendo
775 nasais (48,49%), 483 no complexo zigomático maxilar (30,23%),
133 mandibulares (8,33%), 131 no côndilo mandibular (8,19%), além
de 42 alvéolo-dentário (2,63%) e 34 no complexo naso-órbito-
etmoidal (2,13%). A faixa etária dos pacientes atendidos variou de 1
Revisão da Literatura
13
a 99 anos, sendo 1.132 do gênero masculino (75,9%) e 360 feminino
(24,1%). Aqueles com idade entre a 2ª e a 3ª décadas de vida, 11 a
30 anos, são os mais acometidos (61,2%). A principal etiologia
encontrada foi a agressão com 482 fraturas (30,2%), seguida de
quedas acidentais com 357 (22,3%) e a 3ª causa mais freqüente
foram os acidentes automobilísticos, com 231 (14,5%).
BOOLE et al
11
, em 2001, apresentaram as freqüências de
vários tipos de fraturas mandibulares através de análise
retrospectiva de 5.196 fraturas mandibulares em 4.381 pacientes,
extraídos do “Total Army Injury and Health Outcomes Database” (US
Army). Encontraram as seguintes freqüências, para locais
específicos de fraturas: ângulo (35,6%), sínfise (20,1%), subcondilar
(14,2%), corpo (12,7%), processo condilar (9,1%), ramo (4,6%),
processo alveolar (2,7%), processo coronóide (1%). Os mecanismos
de lesões foram separados em 7 categorias: agressões (36,2%),
acidentes automobilísticos (18,6%), atléticos (13,6%), quedas (9,7%),
acidentes motociclísticos (3,1%), acidentes de outros transportes
terrestres (3%) e causas diversas (15,8%). Concluíram que o
mecanismo de lesão é importante na determinação do tipo de fratura,
como nas fraturas de ângulo, nas quais 48,6% resultaram de
agressões e de processos alveolares, das quais 37% resultaram de
acidentes automobilísticos.
SOJOT et al
53
, em 2001, revisaram os registros e
radiografias de 246 pacientes tratados de fraturas mandibulares no
Hospital Geral de Toronto, entre 1995 e 2000. Concluíram que
homens entre 21 e 30 anos apresentam a maioria das fraturas
mandibulares. A razão do gênero masculino para o feminino foi 5:1.
A maioria das fraturas foi causada por agressão (53,5%), seguida de
queda (21,5%) e atividades esportivas (12,2%). O álcool foi um fator
que contribuiu no momento da lesão em 20,6% das fraturas.
Revisão da Literatura
14
ROJAS et al
47
, em 2002, apresentaram a experiência do
tratamento de fraturas mandibulares no Hospital do Trabalhador, em
Santiago, através de uma retrospectiva de sete anos (1990 a 1996).
Foram analisados 160 pacientes, entre 14 a 65 anos, que
apresentavam 245 fraturas mandibulares. Acidentes de trânsito foram
as causas mais comuns das fraturas (46%). A fratura mais comum foi
a subcondilar. Do total, 38 pacientes (24%) apresentaram fraturas
faciais associadas, enquanto 34 (21%) apresentavam também outras
fraturas não faciais.
ATANASOV
6
, em 2003, revisou 3.326 fraturas mandibulares
em 2.252 pacientes, sendo 1.876 do gênero masculino e 376 do
feminino, com idade entre 2 e 85 anos, no período de 1986 a 2000.
Relatou que as fraturas mandibulares podem ocorrer em todas as
idades, acometendo o gênero masculino numa proporção de 5:1 e
predominando em pacientes jovens (20 a 29 anos de idade). As
causas das fraturas mandibulares são variadas, tendo como maior
índice as agressões associadas ao abuso de álcool (68,07). De
acordo com a localização, as fraturas de ângulo têm maior
prevalência (34,15%), seguidas de fraturas de corpo (25,77%) e
sínfise (19,57%).
MOTAMEDI
40
, em 2003, analisou 237 casos de fraturas
maxilofaciais, comparando-as com a literatura, entre 1.996 e 2.001
num centro médico nos Estados Unidos, sendo 211 do gênero
masculino (89%) e 26 feminino (11%). A faixa etária de 3 a 73 anos,
sendo 59% (140 pacientes) entre 20 e 29 anos. Do total, 173 (72,9%)
eram fraturas mandibulares, 33 (13,9%) maxilares, 32 (31,5%)
zigomáticas, 57 (24%) orbitais-zigomáticas, 5 (2,1%) cranianas, 5
(2,1%) nasais e 4 (1,6%) frontais. Observando a distribuição das
fraturas mandibulares, 32% são na região condilar, 29,3% na região
de sínfise e parasínfise, 20% na região de ângulo, 12,5% no corpo,
3,1% no ramo, 1,9% dento alveolares e 1,2% na região coronóide.
Revisão da Literatura
15
KLENK e KOVACKS
31
, em 2003. realizaram um estudo
retrospectivo de fraturas faciais executado no Departamento de
Cirurgia Oral e Maxilofacial do Hospital Tawana (Emirados Árabes)
entre 01/01/1998 e 31/12/2001. O estudo incluiu 144 pacientes com
idade média de 26,5 anos, sendo que os pacientes mais
freqüentemente lesados pertencem à faixa de 16 a 20 anos de idade.
A prevalência do gênero masculino foi de 83%. Acidentes de trânsito
foi o fator mais comum (59%), seguidos de quedas (21,5%),
acidentes esportivos e de trabalho (4,8% cada um) e agressão(4,1%).
Um total de 53,4% dos pacientes sofreu fraturas mandibulares
isoladas, 32,6% tiveram fraturas isoladas do terço médio da face e
13,8% combinaram os dois tipos.
CABRINI GABRIELLI et al
13
, em 2003, revisaram os casos
de 191 pacientes com um total de 280 fraturas mandibulares.
Concluíram que as fraturas ocorrem principalmente no gênero
masculino (idade média de 30,3 anos). A principal etiologia foi
acidente automobilístico, sendo a fratura de ângulo a mais comum
(28,21%).
FASOLA et al
26
, em 2003, analisaram os resultados de
pacientes acima de 60 anos tratados com fraturas maxilofaciais, num
período de 15 anos no Hospital Universitário Ibadan. Num total de
1689 pacientes de todas as idades, tratados de fraturas faciais, 53
(3,1%) estavam na faixa de idade em questão; a proporção do gênero
masculino para o feminino era 1,1:1 e 41 (77%) tinham menos de 70
anos. Acidentes de trânsito eram a causa mais comum de fraturas
faciais (58,5%) e a mandíbula estava envolvida em 91% dos casos.
ABBAS et al
1
, em 2003, analisaram 126 pacientes com
fraturas mandibulares no período de seis meses, num Centro de
Referência em Lahore. Concluíram que 56% dos pacientes as
obtiveram em acidentes automobilísticos e destas, 34% ocorrem na
Revisão da Literatura
16
faixa etária de 21 a 30 anos, com predomínio do gênero masculino
sobre o feminino, na proporção de 9:1.
OGUNDARE et al
41
, em 2003, realizaram uma análise
retrospectiva de 10 anos do padrão de apresentação de fraturas
mandibulares, num centro urbano de traumas, em Washington, DC. O
estudo foi comparado a outro conduzido nos anos 60, no mesmo
hospital. A análise dos dados demonstra que 86% de todos os
pacientes com fraturas são do gênero masculino e 37% de todos os
pacientes estavam entre 25 e 34 anos de idade. O uso de
substâncias ilícitas no momento do trauma foi visto em 55% dos
casos, violência interpessoal ocorreu para 79% de todos os
pacientes, com predominância nos meses de verão (31%) e inverno
(28%). A localização mais comum das fraturas é na região do ângulo
(36%), seguido do corpo (21%) e região de parasínfise (17%), com
52% apresentando mais de uma fratura.
MEDINA et al
37
, em 2003, descreveram a freqüência e
distribuição de fraturas mandibulares numa Clínica de Cirurgia Oral e
maxilofacial do “IMSS Campeche”, em pacientes enviados entre
janeiro de 1994 e dezembro de 1999, cujos dados foram obtidos de
registros. Foram encontradas 88 fraturas mandibulares, com maior
freqüência no gênero masculino em relação ao feminino (61,7% X
43,7%). O grupo de idade com maior porcentagem (73,7%) de
fraturas mandibulares foram na faixa etária de 31 a 40 anos, sendo
que as fraturas ocorreram mais no período em que os pacientes
estavam em seus trabalhos (67%). As fraturas mais comuns foram as
de ângulo (35,2%) e as de corpo (22,7%). O padrão desta pesquisa
segue o citado na literatura.
KONTIO et al
32
, em 2005, realizaram estudo retrospectivo
em 765 pacientes com fraturas faciais, atendidos no Hospital Central
Universitário de Helsinque, Finlândia, entre 1981 e 1997. Em 1981, a
faixa etária mais atingida foi o Grupo entre 31 – 40 anos (33,2%
Revisão da Literatura
17
homens e 28,9% mulheres). Dezesseis anos depois, a faixa etária
mais atingida foi o Grupo entre 41 – 50 anos (23,3% homens e 30,4%
mulheres. Agressão foi a causa mais freqüente (42%), seguidas por
Acidentes de Trânsito (26%) e Queda (17%).
BRASILEIRO & PASSERI
12
, em 2006, realizaram um estudo
retrospectivo em 2.901 pacientes com fraturas faciais, no
Departamento de Cirurgia Buco Maxilo Facial, da Faculdade de
Odontologia da UNICAMP, Piracicaba, Brasil, entre 1978 e 2002. As
fraturas foram em maior freqüência no Gênero Masculino (77,5%),
durante o verão (36,3%), causados por Acidentes Automobilísticos
(38%).
CHEEMA & AMIN
16
, em 2006, estudaram entre Janeiro de
2001 e Dezembro de 2002, no Hospital Lahore em Lahore, Paquistão,
702 pacientes com fraturas faciais, onde 590 (84%) do gênero
masculino e 112 (16%) do gênero feminino. As fraturas foram em
maior número na terceira década (218 pacientes, 31%) e em seguida
na segunda década de vida (167 pacientes, 24%). A causa mais
comum foi Acidentes de transito (382 pacientes, 54%) e em seguida
vieram as Quedas (135 pacientes, 19%). As fraturas mais comuns
foram na Mandíbula (473 pacientes, 67%) seguidas das fraturas no
Zigoma (209 pacientes, 30%).
SAKR et al
50
, em 2006, realizaram um estudo retrospectivo
em 509 pacientes com fratura de mandíbula, tratados no Hospital
Universitário de Alexandria, Egito, entre 1991 e 2000. A prevalência
foi do Gênero Masculino, numa proporção de 3,6: 1 sobre o Gênero
Feminino, o causa mais freqüente foi Acidente Automobilístico,
seguido por Queda e Agressão Física. As fraturas de Ângulo foram
as mais comuns (22%), seguidas pelas fraturas de Parassínfise
(21%).
MONTOVANNI et al
39
, em 2006, realizaram estudo
retrospectivo em 513 pacientes com fraturas faciais, atendidos no
Revisão da Literatura
18
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, São
Paulo, Brasil. Os resultados encontrados foram: maior incidência no
Gênero Masculino (84,9%); a Mandíbula foi o osso mais fraturado
(35%), seguido do Zigoma (24%) e Nasal (23%); a maior causa foi
Acidente Automobilístico (28,3%), seguido por Agressão (21%) e
Queda (19,5%).
ROCTON et al
46
, em 2007, realizaram um estudo
retrospectivo, epidemiológico, clínico, radiográfico e terapêutico em
563 pacientes com Fraturas Mandibulares, atendidos pelo Serviço de
Cirurgia Maxilofacial do Grupo Hospitalar de Pitiè-Salpêtière em
Paris, França, entre 1998 e 2000. Os resultados encontrados foram
os seguintes: A etiologia mais freqüente foi Agressão Física, com
57%, seguida de Acidente em estradas (12%); as fraturas com
Traços Únicos foram mais freqüentes no Côndilo (32%) e Fraturas de
Ângulo (32%) e as Fraturas Múltiplas foram no Ângulo associadas
as fraturas de Sínfise (32%).
3. CASUÍSTICA ETODO
Casuística e Método
20
3.1 Casuística
. Foi realizado um levantamento retrospectivo de 883 pacientes portadores
de fraturas faciais, entre janeiro de 2004 a dezembro de 2006, sendo que destes
270 apresentavam fraturas mandibulares atendidas no Pronto Socorro do
Hospital Geral de Vila Pentea
Foram considerados e selecionados para este estudo, somente os
registros que se apresentavam preenchidos corretamente, com dados pessoais,
anamnese, diagnóstico definitivo e descrição do tratamento, num total de 270
casos. A presença de outras fraturas associadas, não excluiu o caso deste
estudo, entretanto os dados referentes a estes não foram considerados.
3.2 Método
Os dados foram coletados de um livro de registro de pacientes
atendidos no Pronto Socorro, pelos Cirurgiões Dentistas Buco Maxilo
Faciais do Hospital, de onde inicialmente foram retiradas
informações pessoais como iniciais do nome do paciente, número do
prontuário, gênero e idade; a seguir, as informações como a queixa
principal, história clínica, exame físico, hipótese diagnóstica, exames
de imagem e diagnóstico definitivo.
Todos estes dados foram transcritos pelo autor para uma ficha
desenvolvida para coleta de dados desta pesquisa (Anexo 01).
Os fatores etiológicos foram divididos em acidentes com
veículos automotores, ciclísticos, atropelamentos, agressões físicas,
ferimentos por Projétil de Arma de Fogo, quedas, trabalhistas e
esportivos.
Casuística e Método
21
As fraturas mandibulares foram classificadas de acordo com as
localizações anatômicas descritas por DINGMAN e NATIVIG (1983) e
modificada por BANKS (1994) para o diagnóstico, conforme figura 01
.
1. Sínfise
2. Parassínfise
3. Corpo
4. Ângulo
5. Ramo
6. Côndilo
7. Processo Coronóide
Figura01- Fonte: Sailer, R.H.F. e Pajarola, G.F
As fraturas de mandíbula também foram classificadas de
acordo com FONSECA e WALKER (1997), quanto ao tipo de traços,
segundo o qual foram denominadas em simples, que são aquelas
representadas por apenas um traço, e múltiplas, que apresentam
dois ou mais traços de fraturas.
3.3 Método Estatístico
Foi aplicado o teste do qui-quadrado para as fraturas
mandibulares de acordo com fatores etiológicos e faixa etária.O teste
de “t” de Student (significância) e “r” de Sperman (correlação) foi
aplicado para as fraturas mandibulares de acordo com a faixa etária
e o gênero; fraturas mandibulares de acordo com fatores etiológicos
e gênero; fraturas mandibulares de acordo com a localização
Casuística e Método
22
anatômica e gênero; fraturas mandibulares de acordo com fatores
etiológicos e o número de traços.
Adotou-se o nível de significância de p< 0,050 para todas as
análises estatísticas.
3.4 Aspecto ético
O projeto de pesquisa deste trabalho foi submetido à avaliação
do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Geral de Vila
Penteado – São Paulo (Brasil), tendo sua aprovação na data de
20/07/2004, sendo arquivado neste CEP sob o número 319/2004
(Anexo 02).
4. RESULTADOS
Resultados
24
A distribuição das fraturas mandibulares segundo o gênero
mostra que houve um predomínio para o gênero masculino com
76,7% (Gráfico 1).
0 102030405060708090
Homens
Mulheres
207(76,7%)
63 (23,3%)
Gráfico 1: Distribuição das fraturas mandibulares segundo o gênero.
A distribuição das fraturas mandibulares segundo a faixa etária
mostra que houve maior freqüência para a faixa etária entre 20 a 29
anos com 33%, seguida pela faixa etária de 10 a 19 anos, com
22,1%( Gráfico 2).
0 20406080100
0-9
10-19
20-29
30-39
40-49
50-59
60-69
15 (5,6%)
19 (7,0%)
28 (10,4%)
52 (19,3%)
89 (33,0%)
57(21,1%)
10 (3,7%)
Gráfico 2: Distribuição das fraturas mandibulares segundo a faixa etária.
Resultados
25
A distribuição das fraturas mandibulares segundo os fatores
etiológicos mostra que houve maior freqüência para os acidentes
com veículos automotores com 35,2%, seguidos pelas agressões
físicas com 22,6% (Gráfico 3).
8(2,9%)
13(4,8%)
14(5,2%)
19(7,0%)
22(8,2%)
38(14,1%)
61(22,6%)
95(35,2%)
0 20406080100
V.Autom otores
Agressão física
Queda
Atropelamento
Arma de Fogo
Ciclís tico
Esportivo
Trabalho
Gráfico 3: Distribuição das fraturas mandibulares segundo os fatores etiológicos.
A distribuição das fraturas mandibulares segundo as
localizações anatômicas mostra que houve maior predomínio na
região de corpo da mandíbula com 47,4 %, seguida pela região de
côndilo, com 30,7% (Gráfico 4)
Resultados
26
0 50 100 150
Corpo
ndilo
Ângulo
nfise
Parassínfise
Ramo
P. Coronóide
0(0,0%)
5 (1,9%)
9(3,3%)
16 (5,9%)
29 (10,7%)
83(30,7%)
128 (47,4%)
Gráfico 4: Distribuição das fraturas mandibulares segundo as
localizações anatômicas.
A distribuição das fraturas mandibulares segundo o tipo de
traços mostra que houve um predomínio para as fraturas com traço
único com 82,2%(Gráfico 5).
0 20406080100
Únicas
ltiplas
48 (17,8%)
222 (82,2,%)
Gráfico 5: Distribuição das fraturas mandibulares segundo o tipo de traços.
Resultados
27
A tabulação cruzada dos casos das fraturas mandibulares de
acordo com a faixa etária e o gênero demonstra que houve maior
freqüência dos casos na faixa etária entre 20 a 29 anos, no gênero
masculino, com 26,0% (Tabela 1). A análise estatística revelou uma
correlação direta, média e estatisticamente não significante entre
faixa etária e gênero. (p=0.200)
Tabela 1: Distribuição dos casos das fraturas mandibulares de acordo com a faixa etária
e o gênero.
Faixa Etária
nero
Total
Feminino
Masculino
0-9 3 (1,1%) 7 (2,5%) 10 (3,7%)
10-19 9 (3,3%) 48 (17,8%) 57 (21,1%)
20-29 19 (7,0%) 70 (26,0%) 89 (33,0%)
30-39 14 (5,2%) 38 (14,1%) 52 (19,3%)
40-49 7 (2,6%) 21 (7,8%) 28 (10,4%)
50-59 5 (1,9%) 14 (5,1%) 19 (7,0%)
60-69 6 (2,2%) 9 (3,3%) 15 (5,6%)
Total 63 (23,3%) 207 (76,7%) 270 (100%)
A tabulação cruzada dos casos das fraturas mandibulares de
acordo com os fatores etiológicos e o gênero demonstra que houve
maior freqüência dos casos para os acidentes com Veículos
Automotores, no gênero masculino com 26,6% (Tabela 2). A análise
estatística revelou uma correlação direta, alta e estatisticamente
significante entre fatores etiológicos e gênero (p=0,005).
Resultados
28
Tabela 2: Tabulação cruzada de casos das fraturas mandibulares de
acordo com os fatores etiológicos e o gênero.
Fatores Etiológicos
Gênero
Feminino
Masculino Total
Veículos Automotores
23 (8,5%) 72 (26,7%) 95 (35,2%)
Ciclístico
3 (1,1%) 11 (4,1%) 14 (5,2%)
Atropelamento
8 (3,0%) 14 (5,2%) 22 (8,2%)
Agressão física
18 (6,7%) 43 (15,9%) 61 (22,6%)
Arma de Fogo
0 (0%) 19 (7,0%) 19 (7,0%)
Queda
7 (2,6%) 31 (11,5%) 38 (14,1%)
Trabalho
1 (0,3%) 7 (2,6%) 8 (2,9%)
Esportivo
3 (1,1%) 10 (3,7%) 13 (4,8%)
Total
63 (23,3%) 207 (76,7%) 270 (100,0%)
A tabulação cruzada das fraturas mandibulares de acordo com
a localização anatômica e o gênero demonstra que houve maior
freqüência para a região de ângulo mandibular no gênero masculino
com 24,4% (Tabela 3). A análise estatística revelou uma correlação
direta, alta e estatisticamente não significante entre localização
anatômica e gênero. (p=0,010)
Resultados
29
Tabela 3: Tabulação cruzada das fraturas mandibulares de acordo com a
localização anatômica e o gênero.
Localização
Anatômica
Gênero
Total
Feminino Masculino
Sínfise 6 (2,2%) 10 (3,7%) 16 (5,9%)
Coronóide 0 (0%) 0(0%) 0 (0%)
Parassínfise 2 (0,7%) 7 (2,6%) 9 (3,3%)
Corpo 22 (8,1%) 106 (39,3%) 128 (47,4%)
Ângulo
7 (2,6%) 22 (8,1%) 29 (10,7%)
Ramo 0 (0,0%) 5 (1,9%) 5 (1,9%)
Côndilo 26 (9,6%) 57 (21,1%) 83 (30,7%)
Total 63 (23,3%) 207 (76.7%) 270 (100%)
A tabulação cruzada dos casos das fraturas mandibulares de
acordo com os fatores etiológicos e a faixa etária demonstra que
houve maior freqüência dos casos de acidentes automobilísticos, na
faixa etária de 20 a 29 anos com 10,55% (Tabela 4). A análise
estatística revelou uma relação estatisticamente não significante
entre fatores etiológicos e faixa etária (p=0,500)
Resultados
30
Tabela 4: Tabulação cruzada dos casos das fraturas mandibulares de
acordo com os fatores etiológicos e a faixa etária.
Faixa Etária
Fatores
Etiológicos
0-9
anos
10-19
anos
20-29
anos
30-39
anos
40-49
anos
50-59
anos
60-69
anos
Total
Veículos
Automotores
2
(0,74%)
6
(2,22%)
36
(13,33%)
26
(9,62%)
17
(6,30%)
7
(2,59%)
1
(0,38%)
95
(35,2%)
Ciclístico
3
(1,11%)
9
(3,33%)
1
(0,38%)
1
(0,38%)
0
(0,0%)
0
(0%)
0
(0%)
14
(5,2%)
Atropelamento
2
(0,74%)
3
(1,11%)
4
(1,50%)
2
(0,74%)
1
(0,38%)
4
(1,50%)
6
(2,22%)
22
(8,2%)
Agressão
física
0
(0%)
18
(6,66%)
31
(11,5%)
4
(1,50%)
5
(1,85%)
2
(0,74%)
1
(0,38%)
61
(22,6%)
Arma de Fogo
0
(0%)
6
(2,22%)
7
(2,59%)
5
(1,85%)
1
(0,38%)
0
(0%)
0
(0%)
19
(7,0%)
Queda
2
(0,74%)
11
(4,10%)
6
(2,22%)
7
(2,60%)
1
(0,38%)
4
(1,50%)
7
(2,59%)
38
(14,1%)
Trabalho
0
(0%)
0
(0%)
2
(0,74%)
3
(1,11%)
1
(0,38%)
2
(0,74%)
0
(0%)
8
(2,9%)
Esportivo
1
(0,38%)
4
(1,50%)
2
(0,74%)
4
(1,50%)
2
(0,74%)
0
(0%)
0
(0%)
13
(4,8%)
Total
10
(3,7%)
57
(21,1%)
89
(33,0%)
52
(19,3%)
28
(10,4%)
19
(7,1%)
15
(5,6%)
270
(100,0%)
A tabulação cruzada dos casos das fraturas mandibulares de
acordo com os fatores etiológicos e o número de traços demonstra
que houve maior freqüência para os casos de acidentes
automobilísticos e traço simples com 20,0% (Tabela 5). A estatística
revelou uma correlão direta, alta e estatisticamente significante
entre fatores etiológicos e os traços (p=0,005).
Resultados
31
Tabela 5: Tabulação cruzada dos casos das fraturas mandibulares de
acordo com as categorias dos fatores etiológicos e os
números de traços.
Fatores Etiológicos
Tros
Únicos
Múltiplos Total
Veículos Automotores
77 (28,5%) 18 (6,7%) 95 (35,2%)
Ciclístico
11 (4,1%) 3 (1,1%) 14 (5,2%)
Atropelamento
20 (7,5%) 2(0,7%) 22 (8,2%)
Agressão física
51 (18,9%) 10 (3,7%) 61 (22,6%)
Arma de Fogo
29(6,2%) 2 (0,8%) 19 (7,0%)
Queda
31 (10,8%) 9 (3,3%) 38 (14,1%)
Trabalho
8 (2,9%) 0 (0,0%) 8 (2,9%)
Esportivo
9 (3,3%) 4 (1,5%) 13 (4,8%)
Total
222(82,2%) 48 (17,8%) 270 (100,0%)
5. DISCUSSÃO
Discussão
33
O Hospital Geral de Vila Penteado foi inaugurado em outubro
de 1.991. Situa-se na Região Norte do município de São Paulo, cuja
população atual é de cerca de 2.300.000 habitantes, sendo
referência para atendimento nas especialidades em Queimados,
Ortopedia e Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial não
para a população da região, como também para o Munipio de São
Paulo,
Por estar localizado próximo às rodovias Via Anhanguera e
Bandeirantes, é referência para Auto-Ban (concessionária que
administra as rodovias) nos casos de acidentes ocasionados nas
estradas.
O desenvolvimento industrial do século XX propiciou aumento
considerável da frota de veículos em circulação em todo o mundo.
Os sistemas viários e o planejamento urbano, em geral, não
conseguiram acompanhar o aumento do volume do tráfego. Desta
maneira, a qualidade de vida, principalmente nas grandes cidades,
ficou prejudicada, contribuindo para o aumento da agressividade
dos motoristas e para o crescimento da vioncia no trânsito, o que
tem aumentado sensivelmente o número de acidentes com veículos
automotores.
Muitos estudos têm indicado uma grande freqüência de
fraturas mandibulares em diversos países, que se deve a vários
fatores que, por sua vez, variam de acordo com a região analisada,
a época e as condições sócio-econômicas. Entre os agentes
etiológicos mais comuns, tem-se o aumento do número de
agressões físicas e acidentes automobilísticos (SOUZA et al
54
,
1983), e, em nosso meio o trauma por projétil de arma de fogo, vem
se tornando cada vez mais freqüente (COLOMBINI
17
1991).
Dentre as fraturas faciais, as fraturas de mandíbula foram
predominantes para ROWE e KILLEY
48
, 1955; CRIVELLO JUNIOR
18
,
1989; AMBRIZZI et al
4
, 1997; MOTAMEDI
40
, 2003. Para
COLOMBINI
17
, 1991; STRÖM et al
57
, 1992 e REIS
45
, 2001, as
Discussão
34
fraturas nasais são as mais freqüentes. Para DE GIOANNI
20
et al,
2000 as fraturas órbito-zigomáticas foram as de maior incidência,
apesar de em seu estudo ter considerado somente as fraturas de
etiologia por acidente esportivo.
Os achados de nosso estudo coincidem, com os relatos da
literatura, em relação a grande maioria das características
epidemiológicas das fraturas mandibulares.
Em relação aonero, as fraturas mandibulares foram mais
freqüentes no gênero masculino o que confirmam os estudos de
WAGNER, 1978; GANDRA
29
, 1982; ELLIS et al
23
, 1985;
FARRAPEIRA et al
25
, 1998; STRÖM et al56, 1991; SHOSHANI e
TAICHER52, 1992; SOUZA e LUCCA55, 1992; PALMA et al43, 1995;
CHAVES CORDOVA
15
, 1996; ASADI e ASAD
I5
, 1997; EMSHOFF et
al
24
, 1997; LODUCCA
35
, 1997; AZEVEDO et a
l7
, 1998; DUGAN et
al
22
, 1998; WANG et al
61
, 1998; LOBO et al
34
, 1998; BATAINEH
10
,
1998; TAY et al
59
, 1999; TAN e LIN
58
, 1999; PAOLI et.al
44
, 1999;
ANDRADE FILHO et al
3
, 2000; MATHOG et al
36
, 2000; SCHON et
al
51
, 2001; SÁ-LIMA et al
49
, 2001; REIS et al
45
, 2001; SOJOT et al
53
,
2001; ATANASOV
6
, 2003; MOTAMEDI
40
, 2003; KLENK e KOVACS
31
,
2003; CABRINI GABRIELLI
13
et al, 2003; ABBAS et al
1
, 2003;
OGUNDARE et al
41
, 2003; MEDINA et al
37
, 2003; DAVID et al
19
,
2003; OZGENEL et al
42
, 2004; SAKR et al
50
, 2006; MONTOVANI et
al
39
, 2006; CHEENA e AMIN
16
, 2006.
Os homens fraturam muito mais a mandíbula que as mulheres,
provavelmente devido ao maior envolvimento em acidente de tráfego
e agressões físicas (SÀ-LIMA et al
49
, 2001).
A distribuição pelo gênero parece seguir um padrão na
totalidade dos trabalhos pesquisados. Os dados do nosso estudo
concordam com os estudos realizados anteriormente, em que a
predominância é do gênero masculino (88,4%), aproximando-se dos
índices encontrados por CHAVES CÓRDOVA
15
, 1996; DUNGAN et
al
22
, 1998; TAY et al
59
, 1999; TAN e LIM
58
, 1999; PAOLI et al
44
,
Discussão
35
1999; ANDRADE FILHO et al
3
, 2000; SOJOT et al
53
, 2001; KLENK e
KOVACS
31
, 2003; OGUNDARE et al
41
, 2003; OZGENEL et al
42
,
2004; MONTOVANI et al
39
, 2006 e SAKR et al
50
, 2006.
Em relação à faixa etária, nosso estudo demonstra que a faixa
etária de maior ocorrência foi entre 20 a 29 anos, faixa etária esta
mais exposta a violência urbana, ratificado pelos estudos de ROWE
e KILLEY
48
, 1955; GANDRA
29
, 1982; ELLIS et al
23
, 1985;
FARRAPEIRA et al
25
, 1988; SOUZA e LUCCA
55
, 1992; PALMA et
al
43
, 1995; ASADI e ASADI
5
, 1997; TAN e LIM
58
, 1999; ANDRADE
FILHO et al
3
, 2000; -LIMA et al
49
, 2001; SOJOT et al
53
, 2001;
ATANASOV
6
, 2003; MOTAMEDI
40
, 2003; ABBAS et al
1
, 2003 e
OZGENEL et al
42
, 2004.
Alguns autores utilizaram intervalos que não expressam
décadas para apresentação da faixa etária mais comprometida,
como CHAVEZ CÓRDOVA
15
, 1996 e REIS et al
45
, 2001, de 11 a 30
anos; AZEVEDO et al
7
, 1998 e KLENK e KOVACS
31
, 2003, de 16 a
20 anos; LODUCCA
35
, 1997, de 16 a 30 anos; OGUNDARE et al
41
,
2003, de 25 a 34 anos e LOBO et al
34
, 1998, de 20 a 35 anos.
Outros autores expressam a ocorrência da faixa etária mais
comprometida em médias, que variaram de 27,5 anos para TAY et
al
59
, 1999 ou ainda até 34,9 anos para DAVID et al
19
, 2003.
O principal fator etiológico das fraturas mandibulares observado nesta
pesquisa foi o acidente com veículos automotores, (35,2%) e coincidem com a
grande maioria dos trabalhos pesquisados como os estudos de WAGNER
60
,
1978; DINGMAN e NATIVIG
21
, 1983; FARRAPEIRA et al
25
, 1988; CRIVELLO
JÚNIOR
18
, 1989; STRÖM et al
56
, 1991; MONTOVANI et al
58
, 1995; CHAVEZ
CÓRDOVA
15
, 1996; LODUCCA
35
, 1997; AMBRIZZI et al
4
, 1997; AMATO FILHO et
al
2
, 1998; BATAINEH
10
, 1998, CARLIN et al
14
, 1998; TAY et al
59
, 1999; TAN e
LIM
58
, 1999, ANDRADE FILHO et al
3
, 2000; SÁ-LIMA et al
49
, 2001; FISCHER et
al
27
, 2001; BOOLE et al
11
, 2001; ROJAS et al
47
, 2002; KLENK e KOVACS
31
, 2003;
CABRINI GABRIELLI et al
13
, 2003; ABBAS et al
1
, 2003; OZGENEL et
al
42
, 2004 e MANTOVANI et al
39
, 2006. , seguidos de perto pelas
Discussão
36
agressões físicas (22,6%) que nos estudos de ROWE e KILLEY
48
,
1955; ELLIS et al
23
, 1985; ASADI e ASADI
5
, 1997; DUGAN et al
22
,
1998; AZEVEDO et al
7
, 1998; SCHÖN et al
51
, 2001; REIS et al
45
,
2001; SOJOT et al
53
, 2001; ATANASOV
6
, 2003; OGUNDARE et al
41
,
2003 e ROCTON
46
et al, 2007 é o principal fator etiológico. O
atropelamento é o maior fator para GANDRA29, 1982. O acidente
esportivo foi a causa principal de fraturas mandibulares, relatado por
EMSHOFF et al
24
, 1997. A queda acidental é a principal etiologia
para PALMA et al
43
, 1995 e LOBO et al
34
, 1998.Observando-se os
dados obtidos de fatores etiológicos nas respectivas faixas etárias,
nota-se que os acidentes automobilísticos na faixa de 20 a 29 anos
(10,5%) e as agressões e quedas na faixa etária de 30 a 39 anos
(7,4%), foram os índices mais expressivos.
Em relação à localização anatômica, estudos retrospectivos
mostraram predominância pela região condilar segundo ROWE e
KILLEY48, 1955; GANDRA29, 1982; DINGMAN e NATIVIG21, 1983;
FARRAPEIRA et al25, 1988; LODUCCA35, 1997; LOBO et al34,
1998; TAY et al59, 1999; ROJAS et al47, 2002 e MOTAMEDI39,
2003. A região de sínfise e parassínfise foi a mais suscetível à
fratura para DUGAN et al22, 1998; TAN e LIN58, 1999 e OZGENEL et
al42, 2004 e a região de ângulo, segundo os estudos de ASADI e
ASADI5, 1997; WANG et al61, 1998; SCHÖN et al51, 2001; BOOLE
et al11, 2001; ATANASOV6, 2003; CABRINI GABRIELLI et al13,
2003; OGUNDARE et al41, 2003 e MEDINA et al37, 2003.
Nosso estudo, no entanto demonstrou que a localização mais
freqüente de fratura é a região de corpo mandibular (47.4%), o que
concorda com estudos de SOUZA et al
54
, 1983; ELLIS et al
23
, 1985;
SOUZA e LUCCA
55
, 1992; PALMA et al
43
, 1995; CHAVEZ
CÒRDOVA
15
, 1996; AMATO FILHO et al
2
, 1998; ANDRADE FILHO et
al
3
, 2000; MATHOG et al
36
, 2000 e SÀ-LIMA et al
49
, 2001.
Em relação aos tipos de traços, estudos realizados mostram
uma maior incidência das fraturas múltiplas (FARRAPEIRA et al
25
,
Discussão
37
1988; TAY et al
59
, 1999 e GUERRISSI
30
, 2001). Já em nosso estudo
houve predominância significativa das fraturas de traço único
(70,5%), concordando com OZGENEL et al
42
, 2004.
O entendimento de todo o processo epidemiológico das fraturas
mandibulares mostra que algumas medidas poderiam ser sugeridas
para uma diminuição acentuada destes casos, tais como: aplicação
adequada das leis de trânsito, controle do consumo de álcool,
restrições ao porte de arma de fogo.
6. CONCLUSÕES
Conclusões
39
A análise da casuística estudada permitiu concluir que:
a) A fratura de mandíbula ocorre com maior freqüência no gênero
masculino.
b) A fratura de mandíbula ocorre com maior freqüência na faixa
etária entre 20-29 anos.
c) O fator etiológico predominante foram os acidentes com
veículos automotores.
d) A localização de fratura mais freqüente foi no corpo da
mandíbula.
e) Em relação ao tipo de traço de fratura, houve predomínio das
fraturas de traço único.
7. ANEXOS
Anexos
41
ANEXO 01
Ficha para coleta de dados
Dados Pessoais: Nº prontuário:
Nome: (NICIAIS)
Idade: Gênero:
Exame Clínico:
Queixa principal:
Sinais e sintomas:
Exame Físico:
Intra bucal
Extra bucal
Fatores etiológicos:
( ) Veic.automotores ( ) Atropelamento ( ) Agressão física
( ) F A F ( ) Queda
( ) Ac. Ciclístico ( ) Esportivo ( ) Trabalho
Localização anatômica:
( ) Sínfise ( ) Ramo
( ) Parasnfise ( ) Côndilo
( ) Corpo ( ) Coroide
( ) Ângulo ( ) Alveolar
Número de traços:
( ) Simples ( ) Múltipla
Anexos
42
ANEXO 02
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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