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INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
IMAGEM DO VAREJISTA COMO FATOR ANTECEDENTE DAS DIMENSÕES DO
VALOR DA MARCA NA PERSPECTIVA DO CONSUMIDOR
LUIZ SERGIO COSTA
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Administração, Instituto
COPPEAD de Administração, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de Mestre em
Administração
Orientador: Prof. Victor Manoel Cunha de Almeida, D.Sc.
Rio de Janeiro
Maio de 2007
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iii
Costa, Luiz Sergio
Imagem do Varejista como Fator Antecedente das
Dimensões do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor /
Luiz Sergio Costa – Rio de Janeiro, 2007.
xvi, 173f.: il
Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade
Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Instituto COPPEAD de
Administração, 2007.
Orientador: Victor Manoel Cunha de Almeida
1. Marketing. 2. Distribuição. 3. Varejo. 4. Marca. 5. Valor
da Marca. 6. Brand Equity – Teses. I. Almeida, Victor Manoel
Cunha. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto
COPPEAD de Administração. III. Título
iv
AGRADECIMENTOS
Embora admita que não conseguirei expressar em palavras todo o meu
reconhecimento, quero registrar meus agradecimentos a pessoas importantes para a
realização desta dissertação.
Registro o primeiro agradecimento para o orientador do estudo, professor Victor de
Almeida, pela confiança depositada, pela dedicação de tempo, pelos conhecimentos
de conteúdo e de pesquisa transmitidos e pela paciência com minha ansiedade.
Sem dúvida, seu rigor me fez perceber a importância das questões metodológicas,
bem como me tornou um pesquisador consciente dos cuidados necessários para o
desenvolvimento de um estudo científico.
O corpo docente do COPPEAD tem participação fundamental no desenvolvimento
deste estudo. Demonstro meu reconhecimento à professora Letícia Casotti pelo
incentivo, desde o processo seletivo até a conclusão desta dissertação. Os
conhecimentos transmitidos pelo professor Frederico de Carvalho me despertaram o
gosto pela aplicação dos métodos de pesquisa quantitativa na área de marketing.
Sou especialmente grato ao professor Otávio Figueiredo que dedicou parte de seu
tempo para me oferecer valioso suporte na fase de análise de dados do estudo.
A professora Ângela da Rocha, além de ter contribuído durante o curso com seus
conhecimentos de marketing, dedicou seu tempo para avaliação do estudo. Quero
agradecer ao professor Fernando Luce, pela participação na banca de avaliação.
Uma pesquisa não pode ser realizada sem informação. Todas as pessoas que
trabalham na biblioteca forneceram ajuda inestimável na procura de livros,
periódicos e artigos.
v
Igualmente dois anos de mestrado necessitam de constante apoio no fornecimento
de informações e documentos administrativos. Cida, Simone e Lucianita
demonstraram tolerância com meus atrasos e com minhas inconsistências de
informação, assim como preocupação constante em manter os alunos com suas
situações regularizadas.
Sou grato ao meu pai, Roberto, cuja memória viva constitui inspiração à realização
desta dissertação, e à minha mãe, Bernardete, pelos valores de perseverança
transmitidos. Agradeço aos meus irmãos, Beto e Ana, a minha mãe e a toda minha
família pela intensa torcida pela conclusão do estudo.
Por fim, sou muito agradecido à minha esposa, Ivana, pelo constante incentivo, pela
paciência e pela dedicação ao casamento, principalmente durante as noites e os fins
de semana dedicados à dissertação.
vi
RESUMO DA DISSERTAÇÃO APRESENTADA AO COPPEAD/UFRJ COMO
PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.)
IMAGEM DO VAREJISTA COMO FATOR ANTECEDENTE DAS DIMENSÕES DO
VALOR DA MARCA NA PERSPECTIVA DO CONSUMIDOR
LUIZ SERGIO COSTA
MAIO DE 2007
Orientador: Professor Victor Manoel Cunha de Almeida, D.Sc.
Programa: Administração
O presente estudo investigou as relações existentes entre o valor da marca na
perspectiva do consumidor e a imagem do varejista. Mais especificamente, o estudo
procurou (1) identificar quais são os fatores formadores da imagem do varejista e (2)
investigar a influência da imagem do varejista, juntamente com outros elementos do
composto de marketing, sobre as dimensões do valor da marca na perspectiva do
consumidor.
O modelo proposto por Yoo et al (2000), que relaciona os elementos do composto
de marketing com as dimensões do valor da marca na perspectiva do consumidor,
foi validado, adaptado e ampliado para proporcionar uma compreensão mais
vii
detalhada de como a imagem do varejista pode influenciar as dimensões formadoras
da percepção do valor da marca na perspectiva do consumidor.
Os resultados do estudo ofereceram suporte empírico para a conclusão de que os
fatores relativos ao ambiente, localização, conveniência, interação pessoal, serviço
ao cliente, e adequação do sortimento são relevantes para a formação da imagem
do varejista. Constatou-se, também, que a imagem do varejista, juntamente com
outros elementos do composto de marketing – preço e gastos com propaganda –,
pode influenciar a lealdade à marca e a qualidade percebida da marca, duas das
dimensões do valor da marca na perspectiva do consumidor. Não foi possível obter
suporte empírico para as relações hipotetizadas entre os elementos do composto de
marketing e a dimensão consciência / associações à marca. Igualmente, não se
obteve suporte empírico para a relação hipotetizada entre promoção de preço e a
qualidade percebida da marca.
Subsidiariamente, os resultados do estudo também ofereceram suporte empírico,
embora parcial, para validação do modelo proposto por Yoo et al (2000). Não foi
possível obter suporte empírico para validar a relação entre o fator consciência /
associações à marca e o fator valor geral da marca, na forma como foi modelado
originalmente pelos autores.
viii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 001
1.1. ORIGEM E IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ..................................................... 001
1.2. OBJETIVOS E DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO .............................. 003
1.3. ESTRUTURA DO ESTUDO ....................................................................... 004
2. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................... 005
2.1. VALOR DA MARCA NA PERSPECTIVA DO CONSUMIDOR ........................... 005
2.1.1. DIMENSÕES DO VALOR DA MARCA .............................................. 008
2.1.1.1. Consciência da Marca .............................................. 009
2.1.1.2. Imagem/Associações da Marca ................................ 011
2.1.1.3. Lealdade à Marca ..................................................... 013
2.1.1.4. Qualidade Percebida ................................................ 015
2.1.2. VALOR GERAL DA MARCA .......................................................... 017
2.2. O
COMPOSTO DE MARKETING E O VALOR DA MARCA ............................. 018
2.2.1. P
REÇO .................................................................................... 019
2.2.2. PROMOÇÃO DE PREÇO .............................................................. 021
2.2.3. GASTOS COM PROPAGANDA ....................................................... 023
2.2.4. DISTRIBUIÇÃO ............................................................................ 025
2.2.4.1. Imagem da Loja ......................................................... 025
2.2.4.2. Intensidade da Distribuição ........................................ 026
2.2.5. O MODELO DE YOO, DONTHU E LEE ............................................ 026
2.3. A DECOMPOSIÇÃO DO CONSTRUTO IMAGEM DO VAREJISTA .................... 027
2.3.1. AS DIMENSÕES DA IMAGEM DO VAREJISTA .................................... 030
ix
3. METODOLOGIA ................................................................................ 038
3.1. MÉTODO ............................................................................................... 038
3.1.1. PERGUNTAS DO ESTUDO ............................................................ 038
3.1.2. UNIDADE DE ANÁLISE DO ESTUDO ............................................... 038
3.1.3. NATUREZA DO ESTUDO E MÉTODO DE PESQUISA ......................... 039
3.2. MODELO CONCEITUAL E HIPÓTESES ...................................................... 040
3.2.1. MODELO PROPOSTO .................................................................. 040
3.2.2. HIPÓTESES DO MODELO ............................................................. 040
3.2.2.1. Imagem do Varejista .................................................. 040
3.2.2.2. Composto de Marketing e Valor da Marca …............. 047
3.3. OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS ................................................... 053
3.3.1. CATEGORIAS PARA ESTÍMULO DAS RESPOSTAS ............................ 053
3.4. POPULAÇÃO E AMOSTRA ...................................................................... 056
3.4.1. POPULAÇÃO ALVO ...................................................................... 056
3.4.2. AMOSTRA .................................................................................. 056
3.5. C
OLETA DE DADOS E INSTRUMENTO DE PESQUISA ................................. 057
3.5.1. M
ÉTODO DE COLETA DE DADOS .................................................. 057
3.5.2. QUESTIONÁRIO .......................................................................... 059
3.5.2.1. Variáveis Relativas à Imagem do Varejista ............... 059
3.5.2.2. Variáveis Relativas ao Composto de Marketing ........ 062
3.5.2.3. Variáveis Relativas ao Valor da Marca ...................... 063
3.6. ANÁLISE DE DADOS ............................................................................. 063
3.6.1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA ............................................................ 063
3.6.2. DETERMINAÇÃO DOS FATORES ................................................... 063
3.6.3. TESTE DAS HIPÓTESES .............................................................. 064
x
3.6.3.1. Teste das Hipóteses H1a à H1e – Análise de
Regressão Múltipla .................................................... 064
3.6.3.2. Teste das Hipóteses H2a à H5b – SEM .................... 066
3.7. LIMITAÇÕES DO ESTUDO ....................................................................... 072
4. RESULTADOS .................................................................................. 074
4.1. ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DA AMOSTRA ............................................ 074
4.2. OPERACIONALIZAÇÃO DOS CONSTRUTOS ............................................... 076
4.2.1. SELEÇÃO DO CONJUNTO DE VARIÁVEIS ....................................... 077
4.2.1.1. Análise Inicial da Confiabilidade da Escala ............... 077
4.2.2. ANÁLISE FATORIAL EXPLORATÓRIA ............................................. 079
4.2.2.1. Fatores da Imagem do Varejista ............................... 081
4.2.2.2. Fatores dos Elementos do Composto de Marketing . 085
4.2.2.3. Dimensões do Valor da Marca na Perspectiva do
Consumidor ............................................................... 087
4.2.2.4. Valor Geral da Marca na Perspectiva do
Consumidor ................................................................ 088
4.2.3. TESTES DE ADEQUAÇÃO DA ANÁLISE FATORIAL ............................ 089
4.2.4. CRIAÇÃO DE MEDIDAS COMPOSTAS PARA REDUÇÃO DE DADOS .... 091
4.2.4.1. Dimensionalidade dos Construtos ............................. 091
4.2.4.2. Confiabilidade dos Construtos ................................... 096
4.3. TESTE DAS HIPÓTESES ......................................................................... 097
4.3.1. RESULTADOS DOS TESTES DAS HIPÓTESES H1a À H1f ................. 097
4.3.1.1. Teste da Hipótese Relativa à Conveniência (H1a) .... 103
xi
4.3.1.2. Teste da Hipótese Relativa ao Serviço ao Cliente
(H1b) ......................................................................... 104
4.3.1.3. Teste da Hipótese Relativa ao Sortimento (H1c) ...... 104
4.3.1.4. Teste da Hipótese Relativa ao Ambiente (H1d) ........ 104
4.3.1.5. Teste da Hipótese Relativa à Interação Pessoal
(H1e) .......................................................................... 105
4.3.1.6. Teste da Hipótese Relativa à Localização (H1f) ...... 105
4.3.1.7. Resumo dos Testes das Hipóteses H1a à H1f .......... 105
4.3.2. VALIDADE DA ESCALA DE VALOR DA MARCA NA PERSPECTIVA DO
CONSUMIDOR ............................................................................ 106
4.3.3. RESULTADOS DOS TESTES DAS HIPÓTESES H2 À H5a .................. 118
4.3.3.1. Avaliação Geral do Modelo ........................................ 119
4.3.3.2. Teste da Hipótese Relativa ao Preço (H2) ................ 127
4.3.3.3. Testes das Hipóteses Relativas à Imagem do
Varejista (H3a e H3b) ................................................. 127
4.3.3.4. Testes das Hipóteses Relativas aos Gastos com
Propaganda (H4a e H4b) ........................................... 128
4.3.3.5. Teste da Hipótese Relativa à Promoção de Preço
(H5a) .......................................................................... 128
4.3.4. VALIDAÇÃO DOS TESTES DAS HIPÓTESES H2 À H5a ..................... 129
4.3.4.1. Avaliação Geral do Modelo com Seis Variáveis......... 129
4.3.4.2. Validação do Teste da Hipótese Relativa ao Preço
(H2)............................................................................. 131
4.3.4.3. Validação dos Testes das Hipóteses Relativas à
Imagem do Varejista (H3a e H3b) .............................. 131
4.3.4.4. Validação dos Testes das Hipóteses Relativas aos
Gastos com Propaganda (H4a e H4b) ....................... 132
xii
4.3.4.5. Validação do Teste da Hipótese Relativa à
Promoção de Preço (H5a) ......................................... 132
4.3.4. RESUMO DOS TESTES DAS HIPÓTESES H2 À H5b ........................ 133
5. CONCLUSÕES .................................................................................. 134
5.1. SUMÁRIO DO ESTUDO ........................................................................... 134
5.2. CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO ................................................................. 136
5.2.1. IMPLICAÇÕES TEÓRICAS ............................................................. 136
5.2.1.1. Primeira Pergunta do Estudo ..................................... 136
5.2.1.2. Segunda Pergunta do Estudo .................................... 137
5.2.1.3. Discussão sobre a Escala de Yoo et al (2000) .......... 139
5.2.2. IMPLICAÇÕES GERENCIAIS .......................................................... 141
5.3. RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ...................................... 142
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 145
ANEXOS
Anexo A Lista de Referências das Variáveis dos Questionários ........... 152
Anexo B Modelo de Questionário – Categoria: Micro-system ............... 154
Anexo C Modelo de Questionário – Categoria: Tênis ........................... 160
Anexo D Modelo de Questionário – Categoria: Refrigerante ................ 167
xiii
LISTA DE FIGURAS, GRÁFICOS E QUADROS
Lista de Figuras:
Figura 2.01 Modelo Conceitual do Brand Equity ........................................ 006
Figura 2.02 Composto de Marketing e Valor da Marca ............................. 027
Figura 3.01 Modelo Proposto ..................................................................... 040
Figura 4.01 Atualização das Relações da Imagem do Varejista ................ 098
Figura 4.02 Modelo Original do Valor da Marca na Perspectiva do
Consumidor ............................................................................. 107
Figura 4.03 Modelo do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Reespecificado ........................................................................ 109
Figura 4.04 Novo Modelo Proposto ............................................................ 119
Figura 4.05 Novo Modelo Proposto Reespecificado .................................. 121
Figura 4.06 Modelo Considerando as Seis Variáveis da Imagem do
Varejista .................................................................................. 130
Lista de Gráficos:
Gráfico 4.01 Scree Plot – Fatoriais para Seleção de Variáveis ................... 090
Gráfico 4.02 Posicionamento das Marcas Consciência / Associações
x Valor Geral da Marca ............................................................ 140
Lista de Quadros:
Quadro 2.01 Resumo da Literatura das Dimensões da Imagem da Loja .... 036
Quadro 3.01 Níveis Aceitáveis dos Índices de Ajuste ................................. 070
Quadro 4.01 Freqüência dos Cursos de Graduação ................................... 075
Quadro 4.02 Freqüência das Universidades ............................................... 075
Quadro 4.03 Freqüência das Marcas .......................................................... 076
xiv
Quadro 4.04 Confiabilidade da Escala Inicial .............................................. 077
Quadro 4.05 Matriz de Correlação Inter-Item Inicial .................................... 078
Quadro 4.06 Confiabilidade da Escala Após Exclusão de PP4_i, SC2_i
e CO1 ...................................................................................... 079
Quadro 4.07 Matriz de Componentes Rotacionada Antes da Exclusão de
Variáveis - Imagem do Varejista ............................................. 082
Quadro 4.08 Matriz de Componentes Rotacionada – Imagem do Varejista 084
Quadro 4.09 Matriz de Componentes Rotacionada Antes da Exclusão de
Variáveis – Elementos do Composto de Marketing ................ 086
Quadro 4.10 Matriz de Componentes Rotacionada – Elementos do
Composto de Marketing .......................................................... 087
Quadro 4.11 Matriz de Componentes Rotacionada – Dimensões do Valor
da Marca ................................................................................. 088
Quadro 4.12 Matriz de Componentes – Valor Geral da Marca .................... 089
Quadro 4.13 Teste KMO e Barlett ............................................................... 090
Quadro 4.14 Matriz de Componentes Rotacionada – 14 Fatores ............... 093
Quadro 4.15 Média das Avaliações – Lealdade e Valor Geral da Marca .... 094
Quadro 4.16 Matriz de Componentes Rotacionada – 14 Fatores – Marcas
Internacionais .......................................................................... 095
Quadro 4.17 Alfas de Cronbach – Escalas Finais ........................................ 096
Quadro 4.18 Variáveis Independentes e Dependente ................................. 098
Quadro 4.19 Gráficos de Regressão Parcial - Imagem do Varejista ........... 100
Quadro 4.20 Gráficos de Resíduos - Imagem do Varejista ......................... 101
Quadro 4.21 Histograma de Resíduos e Gráfico da Probabilidade Normal
de Resíduos - Imagem do Varejista ........................................ 102
Quadro 4.22 Regressão Múltipla – Imagem do Varejista – Modelos
gerados pela stepwise ............................................................ 103
Quadro 4.23 Regressão Múltipla – Imagem do Varejista – ANOVA ............ 103
xv
Quadro 4.24 Resumo dos Resultados dos Testes das Hipóteses H1a à
H1f ........................................................................................... 106
Quadro 4.25 Modelo Original do Valor da Marca na Perspectiva do
Consumidor – Estimativas Transgressoras ............................ 108
Quadro 4.26 Modelo Original do Valor da Marca na Perspectiva do
Consumidor – Índices de Ajuste .............................................. 108
Quadro 4.27 Modelo Original do Valor da Marca na Perspectiva do
Consumidor – Coeficientes da SEM ........................................ 109
Quadro 4.28 Modelo do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Reespecificado – Estimativas Transgressoras ........................ 110
Quadro 4.29 Modelo do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Reespecificado – Índices de Ajuste ........................................ 111
Quadro 4.30 Modelo do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Reespecificado – Coeficientes da SEM .................................. 111
Quadro 4.31 Índices de Ajuste da SEM – Comparação entre Modelos ...... 114
Quadro 4.32 Coeficientes da SEM – Comparação entre Modelos .............. 114
Quadro 4.33 Gráficos de Dispersão – Consciência / Associações e Valor
Geral da Marca Categoria de produto: Micro-system ............. 115
Quadro 4.34 Gráficos de Dispersão – Consciência / Associações e Valor
Geral da Marca Categoria de produto: Tênis .......................... 116
Quadro 4.35 Gráficos de Dispersão – Consciência / Associações e Valor
Geral da Marca Categoria de produto: Refrigerante ............... 117
Quadro 4.36 Médias e Correlações - Consciência / Associações e Valor
Geral da Marca ....................................................................... 118
Quadro 4.37 Índices de Ajuste da SEM – Composto de Marketing e Valor
da Marca – Novo Modelo Proposto ........................................ 120
Quadro 4.38 Novo Modelo Proposto Reespecificado – Estimativas
Transgressoras ....................................................................... 125
xvi
Quadro 4.39 Novo Modelo Proposto Reespecificado – Índices de Ajuste
da SEM ................................................................................... 126
Quadro 4.40 Novo Modelo Proposto Reespecificado – Confiabilidade dos
Construtos e Variância Extraída da SEM ............................... 126
Quadro 4.41 Modelo Considerando as Seis Variáveis da Imagem do
Varejista – Índices de Ajuste da SEM ..................................... 130
Quadro 4.42 Resumo Comparativo dos Resultados dos Testes das
Hipóteses – H2 à H5b ............................................................. 133
1
1. INTRODUÇÃO
Esse estudo objetiva verificar em que medida a imagem do varejista pode
atuar como fator antecedente das dimensões do valor da marca na
perspectiva do consumidor. Mais especificamente, o estudo busca (1)
determinar quais são os fatores formadores da imagem do varejista na
perspectiva do consumidor, e (2) avaliar em que medida a imagem do
varejista, considerada simultaneamente com outros elementos do composto
de marketing, pode influenciar as dimensões formadoras do valor da marca
na perspectiva do consumidor.
1.1. ORIGEM E IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
A idéia desse estudo se origina da necessidade de se compreender como as
decisões e ações de marketing afetam e influenciam a construção da marca
e, conseqüentemente, o seu valor. Yoo et al (2000) verificaram que algumas
ações referentes ao composto de marketing estão relacionadas com as
dimensões do valor da marca na perspectiva do consumidor. Estas
dimensões foram verificadas nesse mesmo estudo e confirmadas na
pesquisa de Yoo e Donthu (2001) e, posteriormente, nas pesquisas de outros
autores (MYERS, 2003; VILLAREJO-RAMOS e SÁNCHEZ-FRANCO, 2005;
NETO e LUCE, 2006).
O valor da marca é um ativo valioso da empresa (NETO e LUCE, 2006),
podendo ser uma indicação de qualidade do produto, permitir a sua
longevidade, aumentar o poder de negociação com revendedores e facilitar a
penetração internacional (MAXWELL, 1989). Além disso, uma marca valiosa
2
influencia o preço das ações (SIMON e SULLIVAN, 1993), e afeta o lucro e o
fluxo de caixa futuro da empresa (SRIVASTAVA e SHOCKER, 1991), bem
como permite uma diferenciação não baseada em preço (AAKER, 1991),
proporcionando a prática de preços premium (KELLER, 1993). De acordo
com Marconi (1999), a confiança é um fator importante na decisão do
consumidor ao se decidir sobre produtos e serviços, e o nome da marca se
torna essencial nessa avaliação. Doyle (2005) sugere que o valor das
empresas está nos seus ativos intangíveis – suas marcas –, e no
conhecimento e nas habilidades dos seus colaboradores e administração
que são os responsáveis pela criação de vantagem competitiva.
Entretanto, para a prática das empresas, é importante compreender como as
ações de marketing se relacionam com a construção das marcas, pois são
estas as decisões que são tomadas no transcorrer da história das firmas.
Neto e Luce (2006) sugeriram que fosse pesquisado como os esforços de
marketing se relacionam com a marca no ambiente brasileiro. De acordo com
Doyle (2005), o composto de marketing é o principal impulsionador do valor
da empresa. Yoo et al (2000), Myers (2003) e Villarejo-Ramos e Sánchez-
Franco (2005), citando somente os estudos mais recentes, concluíram que
ações do composto de marketing influenciam as dimensões do valor da
marca. No entanto, não foi encontrada qualquer pesquisa similar para o
ambiente brasileiro, com exceção do trabalho de Neto e Luce (2006) que,
entretanto, se limita à verificação da multidimensionalidade do valor da marca
na perspectiva do consumidor, não se aprofundando em como as ações do
composto de marketing afetam essas dimensões.
3
1.2. OBJETIVOS E DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
São dois os objetivos principais deste estudo:
Em primeiro lugar, este estudo objetivou a proposição e teste empírico de um
modelo para a formação da imagem do varejista, a partir dos fatores
conveniência, serviço ao cliente, adequação do sortimento, ambiente,
interação pessoal e localização.
Em segundo lugar, objetivou verificar em que medida a imagem do varejista,
considerada simultaneamente com outros elementos do composto de
marketing, pode atuar como fator antecedente das dimensões do valor da
marca na perspectiva do consumidor. Para tanto, o modelo proposto por Yoo
et al (2000) e testado por Yoo e Donthu (2001) foi adaptado para incorporar o
fator imagem do varejista, em substituição aos fatores intensidade de
distribuição e imagem de loja.
Faz-se necessário, entretanto, delimitar o objeto de estudo desta pesquisa,
uma vez que existe mais de uma definição para o termo brand equity, bem
como diferentes abordagens para a sua mensuração (NETO e LUCE, 2006).
A abordagem que será utilizada nesse estudo se refere ao valor da marca
baseado no consumidor, assim definido por Keller (1993) e Aaker (1996) e
pesquisado empiricamente por Yoo e Donthu (2001) e outros. Logo, outras
abordagens, tais como a perspectiva financeira ou da empresa, que se
preocupa com a avaliação monetária do valor de uma marca (KELLER,
1993), não serão consideradas nesse estudo.
4
1.3. ESTRUTURA DO ESTUDO
O presente estudo está organizado do seguinte modo.
No primeiro capítulo explicitam-se a origem, importância, os objetivos e a
estrutura do estudo.
O segundo capítulo apresenta a revisão da literatura, onde se discute o valor
da marca na perspectiva do consumidor, suas dimensões e a relação destas
com os elementos do composto de marketing.
Em seqüência, no terceiro capítulo, detalha-se a metodologia adotada,
apresenta-se o modelo conceitual e as hipóteses, definem-se as
características da amostra, assim como os procedimentos utilizados para a
coleta e análise dos dados.
No quarto capítulo do trabalho detalham-se os resultados obtidos a partir dos
testes das hipóteses previamente apresentadas.
No último capítulo, apresentam-se as conclusões da pesquisa, desvendando-
se, a partir destas, novos campos para a realização de futuras pesquisas.
Por fim, a relação de referências bibliográficas é adicionada, bem como
cópias dos doze modelos de questionários utilizados para a coleta dos dados.
5
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. VALOR DA MARCA NA PERSPECTIVA DO CONSUMIDOR
A literatura a respeito do valor da marca sugere, basicamente, duas
perspectivas para sua avaliação. Uma perspectiva é a financeira, que
geralmente objetiva o cálculo do valor monetário da marca para propósitos
contábeis, de fusão e aquisição ou de desinvestimentos. Na perspectiva
financeira, as organizações utilizam técnicas de cálculo para separar o valor
da marca dos demais ativos da empresa, normalmente, baseando-se no valor
de mercado da mesma. Uma outra perspectiva é a do consumidor. O
consumer-based brand equity, aqui traduzido como o valor da marca na
perspectiva do consumidor, tem uma motivação estratégica para potencializar
os esforços de marketing das empresas, fornecendo uma maior
compreensão do comportamento do consumidor. Uma vez conhecendo mais
profundamente o comportamento do consumidor em relação às suas marcas,
as empresas poderiam tomar decisões estratégicas mais acertadas, bem
como decisões táticas sobre o composto de marketing, obtendo um melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis (KELLER, 1993).
Desse modo, o conhecimento criado na mente dos consumidores seria o
ativo mais valioso da empresa para que ela possa aumentar os resultados
dos seus esforços de marketing. As avaliações puramente financeiras teriam
pouca relevância à medida que não proporcionariam conhecimento
necessário para que as empresas possam desenvolver programas de
marketing lucrativos que criem valor para os consumidores, ou que os
6
Composto
de Marketing
Dimensões
do valor da
Marca
Valor da
Marca
Valor para
a Empresa
Valor p/
o Cliente
gerentes não saberiam explorar esse valor na tomada de decisões táticas e
estratégicas lucrativas (KELLER, 1993).
Yoo et al (2000) desenvolveram um esquema conceitual para descrever a
formação do valor da marca, conforme descrito na figura 2.01. Esse modelo
foi baseado em um esquema proposto por Aaker (1991) e será o ponto de
partida da revisão de literatura.
Figura 2.01
Modelo Conceitual do Brand Equity
Fonte: Yoo et al (2000, p. 196)
Segundo o esquema, as ações do composto de marketing influenciam as
dimensões do valor da marca. Essas, por sua vez, aumentam o valor da
própria marca. Quando o valor da marca é aumentado, mais valor é gerado
para o cliente e para a empresa.
Segundo Yoo et al (2000), o construto valor da marca reflete como cada
dimensão está relacionada com a avaliação final da marca. E sendo o valor
da marca um construto multidimensional, a compreensão do comportamento
das diferentes dimensões propicia o entendimento de como o valor da marca
é formado e influenciado por cada uma delas. Os fatores que antecedem as
7
dimensões da marca são as ações práticas, relacionadas ao composto de
marketing, utilizadas pelas empresas.
Vários estudos explicam o valor da marca baseado no consumidor a partir de
múltiplas dimensões, tais como os trabalhos de Washburn e Plank (2002),
Myers (2003), Kim et al (2003), Pappu et al (2005) e Villarejo-Ramos e
Sánchez-Franco (2005). No Brasil, Neto e Luce (2006) confirmaram
empiricamente as dimensões do construto valor da marca na perspectiva do
consumidor.
A relação entre variáveis de marketing e valor da marca é sugerida e/ou
demonstrada em alguns trabalhos. Por exemplo, Marconi (1999) sugere que
o plano de marketing, com suas estratégias e decisões táticas sobre o
composto de marketing propiciam a criação de valor para a marca.
De acordo com Yoo e Donthu (2001) o valor da marca pode ser definido, a
partir da perspectiva do consumidor, como sendo a diferença da resposta dos
consumidores entre um produto com marca e um produto sem marca, tendo,
ambos, o mesmo nível de atributos e de estímulo de marketing. Ainda de
acordo com os autores, um produto sem marca não se confunde com um
produto com a marca própria de um varejista, pois essa carrega toda a
reputação do varejista que lhe fornece a marca.
Medidas financeiras, de vendas ou de parcela de mercados só permitem
avaliações a posteriori das ações que geram valor da marca. Já a
compreensão do valor da marca na perspectiva do consumidor forneceria
uma visão ex-ante das decisões de marketing que geram valor da marca,
8
propiciando, desse modo, que as empresas consigam geri-las visando o
aumento do seu valor. Neto e Luce (2006) sugeriram que o valor da marca na
perspectiva do consumidor poderia, inclusive, ser utilizado como um indicador
de desempenho gerencial.
Kim et al (2003) concluíram que o desempenho financeiro da empresa,
medido em volume financeiro de vendas, seria positivamente relacionado
com o valor da sua marca na perspectiva do consumidor. Marconi (1999)
sugeriu ainda que a consciência e a imagem da marca seriam fatores
antecedentes da sua parcela de mercado. E, em outro estudo (SIMON e
SULLIVAN, 1993), a avaliação financeira da marca foi relacionada com as
ações de marketing, tais como volume e parcela de propaganda passada e
presente, que, também, seriam antecedentes da geração do valor da marca
na perspectiva do consumidor, sugerindo, desse modo, uma relação entre a
perspectiva do consumidor e a perspectiva financeira.
2.1.1. DIMENSÕES DO VALOR DA MARCA
A literatura visitada nesse estudo sugere a existência de quatro dimensões
do valor da marca na perspectiva do consumidor: consciência da marca;
imagem / associação à marca; lealdade; e qualidade percebida (AAKER,
1991, 1996; KELLER, 1993; YOO et al, 2000; LOW e LAMB JR, 2000; YOO e
DONTHU, 2001; WASHBURN e PLANK, 2002; VILLAREJO-RAMOS e
SÁNCHEZ-FRANCO, 2005). Keller (1993) propôs a existência de duas
dimensões – consciência da marca e imagem da marca. Yoo et al (2000),
Yoo e Donthu (2001) e Washburn e Plank (2002) concluíram que existiriam
somente três dimensões, com consciência e associações à marca sendo
9
reunidas em uma só dimensão. No ambiente brasileiro, Neto e Luce (2006)
validaram a multidimensionalidade proposta por Yoo et al (2000) e Yoo e
Donthu (2001), onde aparecem três dimensões – consciência / associações à
marca, lealdade e qualidade percebida.
Para efeito desse estudo, foram utilizadas as três dimensões propostas por
Yoo et al (2000) e Yoo e Donthu (2001), e testadas por Neto e Luce (2006).
2.1.1.1. Consciência da Marca
Segundo Aaker (1996), o fator consciência da marca pode ser a principal
influência na escolha da marca pelos consumidores pois afeta as percepções
e atitudes dos mesmos.
Keller (1993) define a consciência da marca como a força com que a marca
está registrada na mente dos consumidores, possibilitando a sua
identificação em diferentes situações e ambientes, mesmo quando a marca
está presente junto de várias outras marcas. Desse modo, a consciência da
marca estaria ligada ao reconhecimento e à lembrança. Ainda de acordo com
o autor, o reconhecimento da marca estaria relacionado com a capacidade do
consumidor em confirmar exposições anteriores à marca quando
apresentado ao seu nome, através da habilidade em identificar corretamente
como a marca havia sido vista ou escutada.
A lembrança da marca estaria relacionada com a habilidade do consumidor
em recordar o nome da marca, as necessidades atendidas por sua categoria
de produtos ou outra informação relacionada à categoria de produtos, ao ser
exposto a informação de uma determinada categoria de produtos, ou seja,
10
seria a capacidade do consumidor de lembrar o nome da marca após ter
contato com alguma informação que se refere à categoria de produtos ao
qual a marca pertence (KELLER, 1993).
Laurent et al (1995) relatam que existem três formas clássicas de se medir
consciência da marca: lembrança espontânea, primeira lembrança e
reconhecimento estimulado. Segundo o autor, as três medidas estariam
relacionadas com o conceito de brand salience, que indicaria a propensão do
consumidor lembrar da marca nos momentos de compra, e com a presença
da marca dentro de um conjunto de alternativas para determinada categoria.
Desse modo, a consciência da marca indicaria o quão forte ela está
registrada a memória do consumidor, sendo parte do conjunto de opções na
decisão de uma categoria de produtos e sendo lembrada nos momentos da
escolha de compra. Romaniuk et al (2004) sugeriram que o brand salience
aumentaria a possibilidade de uma marca ser lembrada, uma vez que os
consumidores utilizariam a sua memória para responder às pesquisas de
consciência da marca.
Segundo Aaker (1991), a consciência da marca pode ser representada por
um continuum com intensidades diferentes, variando de um fraco
reconhecimento até a certeza de que a marca é única em sua categoria de
produtos. A marca pode ser lembrada ou reconhecida pela sua cor,
embalagem ou outros sinais e símbolos associados, além do seu nome e
logo (ROMANIUK, 2004). Em outras palavras, a consciência da marca é a
capacidade de um consumidor em reconhecer ou lembrar que uma marca faz
parte de uma categoria de produtos específica (AAKER, 1991).
11
2.1.1.2. Imagem/Associações da Marca
Segundo De Chernatony (2005), a marca poderia ser entendida como o
conjunto de associações percebidas pelo consumidor derivada de todos os
contactos entre eles. Sendo assim, a imagem da marca poderia ser definida
como sendo as percepções refletidas nas associações em relação à marca
presentes na memória do consumidor. O tipo, a positividade, a força e a
exclusividade das associações são o que diferenciam umas marcas das
outras, sendo seu significado percebido pelos consumidores (KELLER,
1993).
Existem três tipos distintos de associações. São eles, atributos, benefícios e
atitude. Atributos se referem às características descritivas do produto ou
serviço. A informação de preço, embalagem, tipo de cliente que usa o
produto e situação de uso do produto podem ser consideradas como
características descritivas de um produto. Benefícios estão relacionados com
o que o consumidor pensa que o produto ou serviço pode fazer para suprir
uma determinada necessidade ou desejo, representando os valores pessoais
ligados ao produto. Os benefícios podem ser funcionais, de experiência e
simbólicos. Atitude representa a avaliação geral que o consumidor faz sobre
uma marca, sendo de vital importância para a decisão de compra e escolha
da marca (KELLER, 1993).
Diferentes marcas podem enfatizar diferentes tipos de associações e, estes
tipos podem ter influência diferente em cada tipo de cliente. Por exemplo,
para algumas categorias de produtos, alguns consumidores se importam
mais com a imagem de status que o produto transmite do que com seus
12
atributos objetivos. Para outras categorias, o consumidor pode optar por
marcas com uma imagem que lhe transmita segurança de fazer uma compra
“certa” (SOUZA e NEMER, 1993).
A positividade de uma associação é definida pelo nível de percepção
favorável que a marca recebe dos consumidores. Quando os consumidores
avaliam uma marca positivamente, eles estão considerando que ela tem
atributos, benefícios e/ou que propicia uma atitude que preenche os seus
desejos e necessidades. (KELLER, 1993). Além disso, a imagem positiva que
um consumidor tem da marca poderia gerar confiabilidade e criar uma
intenção positiva do consumidor para/com a marca (DELGADO-BALLESTER,
2004). A força de uma associação está relacionada com a intensidade com
que determinadas conexões são feitas à marca. Exclusividade das
associações diz respeito à quão única é uma associação. Quanto mais
marcas compartilharem o mesmo tipo de associação, menor será a sua
exclusividade (KELLER, 1993).
A imagem da marca está relacionada com o seu posicionamento frente aos
concorrentes. O posicionamento definido pela empresa funciona como um
antecedente da classificação da marca na mente dos consumidores (SOUZA
e NEMER, 1993). Em outras palavras, o tipo e a exclusividade das
associações escolhidas pela empresa para a imagem das suas marcas,
aliado à positividade e a força que seus esforços de marketing conseguem
criar sobre estas associações na mente dos consumidores, refletem o seu
posicionamento.
13
De acordo com Aaker (1996), as associações à marca é um elemento do
valor da marca, envolvendo fatores de imagem únicos para uma determinada
classe de produto. A imagem é o jeito com que os consumidores percebem o
produto (KOTLER, 2001), diferenciando-o dos demais e sendo uma das
razões para a decisão do consumidor de que produto ou serviço utilizar
(MARCONI, 1999). Existem três perspectivas referentes às medidas das
associações e diferenciações de uma marca. São elas: valor, personalidade e
organização (AAKER, 1996).
Em suas pesquisas empíricas, Yoo et al (2000) e Yoo e Donthu (2001)
concluíram que as dimensões consciência da marca e associação à marca
podem ser agrupadas em uma só dimensão de valor da marca, pois refletem
tipos similares de avaliações feitas pelos consumidores. Posteriormente,
Washburn e Plank (2002) também constataram empiricamente que essas
duas dimensões poderiam ser reunidas para um melhor ajuste no modelo de
medição de valor da marca na perspectiva do consumidor. Neto e Luce
(2006) chegaram à conclusão similar em estudo empírico, utilizando a escala
de Yoo et al (2000), no ambiente brasileiro.
2.1.1.3. Lealdade à Marca
Lealdade à marca pode ser definida como a ligação que consumidor tem com
a mesma, que permite o estabelecimento de uma preferência em relação às
marcas dos concorrentes. Lealdade reflete a chance de um consumidor
trocar de marca. Quando um consumidor, para efetuar uma compra, avalia
somente o preço, a conveniência de compra e os atributos do produto,
14
demonstrando pouca preocupação em relação à marca, então, esta deve ter
um baixo valor para esse consumidor (AAKER, 1991).
Segundo este mesmo autor, há cinco níveis de lealdade dos clientes. No
nível de maior comprometimento, os clientes teriam orgulho de usar a marca
e a recomendariam para outras pessoas. No nível imediatamente inferior,
estariam os clientes que gostam da marca, seja por alguma associação feita,
por alguma experiência vivida ou pela qualidade do produto percebida por
ele, não sendo possível definir exatamente de onde surgem esses
sentimentos. No nível intermediário, estariam os clientes que, estando
satisfeitos, teriam algum tipo de custo associado na decisão de troca de
marca. No segundo nível de menor envolvimento, se apresentariam os
compradores habituais que estariam satisfeitos ou, pelo menos, não estariam
insatisfeitos e, por isso, não teriam motivos para trocar de produto. No nível
mais baixo de lealdade estariam os clientes indiferentes, que seriam
sensíveis a preço e estariam dispostos a trocar de marca. De acordo com
Souza e Nemer (1993), é necessário que exista uma política de manutenção
da satisfação do consumidor, potencializando, desse modo, a preferência
pela marca e a existência de compras repetidas.
Dentre os benefícios trazidos pela lealdade à marca estariam a possibilidade
de cobrança de preço premium, uma defesa contra possíveis guerras de
preço, a construção de uma barreira de entrada para novos competidores e
uma ampliação do tempo disponível para responder às inovações do
mercado (AAKER, 1996).
15
Segundo Yoo et al (2000), lealdade estaria relacionada com escolhas de
compra sucessivas e rotineiras de uma mesma marca pelos consumidores,
que resistiriam em trocá-la. De acordo com Marconi (1999), alguns
consumidores evitariam até mesmo experimentar novas opções de produtos.
Segundo Keng et al (1998), produtos de categorias com maior freqüência de
compra teriam maior possibilidade de proporcionar uma lealdade maior, uma
vez que os consumidores têm pouco tempo entre as compras para avaliar
novas marcas.
Pappu et al (2005) sugeriram que há duas perspectivas para a lealdade. Uma
é a perspectiva comportamental, que avalia a lealdade pelas escolhas de
compra dos consumidores. A outra é a perspectiva atitudinal, que percebe a
lealdade como a intenção do consumidor em ser leal a uma marca. Segundo
Oliver (1997), lealdade seria o comprometimento do consumidor em escolher
consistentemente e repetidamente o seu produto preferido no futuro,
independente da influência de fatores situacionais e das ações de marketing
dos demais competidores. Lealdade também pode ser considerada como a
intenção do consumidor de ter uma marca como primeira escolha nas
situações de compra (YOO e DONTHU, 2001).
2.1.1.4. Qualidade Percebida
A qualidade percebida se refere ao julgamento do consumidor sobre a
excelência de um produto. A qualidade percebida é essencialmente diferente
da qualidade objetiva. A qualidade percebida está relacionada com a
resposta subjetiva das pessoas a um determinado objeto ou evento, variando
entre diferentes julgadores, enquanto a qualidade objetiva está ligada às
16
características e atributos objetivos de um objeto ou evento
(PARASURAMAN et al, 1988).
Qualidade percebida é a avaliação geral do consumidor sobre a
superioridade de um produto. O consumidor se utiliza das informações que
estão armazenadas em sua memória em vários níveis de abstração,
recorrendo a uma perspectiva cognitiva e a uma perspectiva afetiva. A
qualidade percebida também é influenciada por um conjunto de comparações
de características intrínsecas e extrínsecas entre produtos e/ou categorias
concorrentes e substitutas (ZEITHAML, 1988).
Entretanto, as informações, que são usadas como sinais de qualidade,
podem mudar devido à competição, esforços promocionais, mudança de
gosto dos consumidores e mudança de informação disponível (ZEITHAML,
1988). Segundo Aaker (1991, 1996), as alternativas de produtos disponíveis
aos consumidores afetam as suas percepções.
Aaker (1991, 1996) também sugere que, além da qualidade percebida,
existem outros três tipos de qualidade, sendo, essas, a qualidade objetiva, a
qualidade baseada no produto e a qualidade de manufatura. Qualidade
objetiva se refere à entrega de um serviço superior pelo produto. Qualidade
baseada no produto está relacionada com a natureza e a quantidade de
matéria-prima, atributos e serviços incluídos no produto. E a qualidade de
manufatura, como o próprio nome sugere, se refere à conformidade da
produção com a especificação do produto, objetivando zero defeito. A
qualidade percebida de uma marca funciona, de certo modo, como um
indicador do nível de qualidade objetiva do produto, reduzindo o risco de
17
compra para o consumidor (SOUZA e NEMER, 1993). Além disso, a
qualidade percebida adiciona valor para o consumidor ao criar diferenciações
entre produtos e fornecer razões para comprar determinada marca (PAPPU
et al, 2005; LOW e LAMB JR, 2000).
A qualidade percebida, portanto, representa a avaliação subjetiva geral sobre
a qualidade do produto, não considerando avaliações pontuais da qualidade
de elementos específicos do produto (YOO e DONTHU, 2001), podendo
diferir entre os clientes leais e os não leais (AAKER, 1996).
2.1.2. VALOR GERAL DA MARCA
O Overall Brand Equity, aqui traduzido como valor geral da marca, representa
a intenção de escolha de um produto com uma marca específica ao ser
comparado com um produto com exatamente as mesmas características,
porém sem nenhuma marca (YOO e DONTHU, 2001). Vale lembrar que,
segundo os autores, para que a medição do valor geral da marca seja
correta, não podem ser utilizados produtos de marcas próprias na
comparação, já que se beneficiam da reputação do varejista. Desse modo, a
única diferença entre os produtos comparados seria a marca, que, então,
seria responsável pelo valor incremental de um produto.
Washburn e Plank (2002) concluíram que a escala para medir o valor geral
da marca desenvolvida por Yoo e Donthu (2001) é uma escala válida.
Villarejo-Ramos e Sánchez-Franco (2005) ampliaram a escala originalmente
utilizada por Yoo e Donthu (2001) e concluíram que o valor geral da marca
está relacionado com as dimensões consciência da marca, imagem da
18
marca, lealdade à marca e qualidade percebida, que foram os quatro
construtos iniciais utilizados por Yoo et al (2000) e Yoo e Donthu (2001) nos
seus estudos. Entretanto, para Yoo e Donthu (2001) e Washburn e Plank
(2002), a consciência e as associações da marca formariam uma única
dimensão.
No ambiente brasileiro, Neto e Luce (2006) concluíram que o valor geral da
marca é positivamente relacionado com as dimensões da marca supra
citadas, apurando, assim como Yoo e Donthu (2001) e Washburn e Plank
(2002), que consciência e associações da marca formam um só construto,
apesar de realçarem a importância de que mais estudos sejam feitos no
ambiente brasileiro para confirmar essa relação.
2.2. O COMPOSTO DE MARKETING E O VALOR DA MARCA
De acordo com Yoo et al (2000), poucos são os estudos que relacionam os
esforços de marketing, notadamente as políticas do composto de marketing,
com o valor da marca. As ações de marketing incentivariam uma resposta
comportamental mais favorável ao produto de uma determinada marca, dado
que influenciariam positivamente o valor da marca na perspectiva do
consumidor (YOO et al, 2000; VILLAREJO-RAMOS e SÁNCHEZ-FRANCO,
2005).
O trabalho de Yoo et al (2000) ofereceu suporte empírico à existência de
relações entre cinco tipos de ações de marketing – preço; imagem das lojas;
intensidade da distribuição; gastos com propaganda; e promoções de preço –
e as dimensões do valor da marca na perspectiva do consumidor.
19
2.2.1. PREÇO
Alguns estudos verificaram como o posicionamento de preço se relaciona
com dimensões específicas do valor da marca. Dodds et al (1991) concluíram
que marcas com preços mais altos têm, geralmente, uma melhor qualidade
percebida. Blattberg e Wisniewski (1989) observaram que marcas de preço
baixo não conseguem conquistar vendas de marcas com posicionamento de
preço alto, quando fazem promoção de preços, porque não são percebidas
como tendo a mesma qualidade. Já o contrário pode acontecer, já que os
consumidores percebem a oportunidade de comprar um produto de melhor
qualidade quando este sofre uma queda momentânea de preço,
evidenciando uma relação positiva entre preço e qualidade percebida. Para
Zeithaml (1988), o preço seria um indicador extrínseco da qualidade
percebida do produto que, no entanto, também é influenciada por outros
elementos do composto de marketing. Milgrom e Roberts (1986) constataram
que o preço auxilia o consumidor a inferir a qualidade não aparente do
produto.
Marconi (1999) propõe que um produto barato poderia ser associado com
baixa qualidade, sendo preço e qualidade formadores da percepção do valor
que é entregue ao cliente. Por exemplo, no Brasil as marcas próprias dos
varejistas foram introduzidas com os preços mais baixos das respectivas
categorias, sendo associadas à baixa qualidade e consideradas commodities
(Souza e Nemer, 1993).
Rocha e Christensen (1999) relatam que existem estudos que comprovam
que o preço do produto é considerado pelo consumidor como um indicador
20
da sua qualidade, principalmente, na falta total ou parcial de outras
informações sobre o produto ou quando existe uma percepção de alto risco
na compra. Kalita et al (2004) concluíram que quanto mais ineficiente o
mercado, com os consumidores tendo acesso a menos informações, maior é
a influência do preço na percepção do consumidor sobre a qualidade.
Ferrell et al (1999) propõem que a mudança da faixa de preço de um produto
pode ser muito arriscada, uma vez que o preço está relacionado com as
percepções do cliente sobre a qualidade do produto. De acordo com os
autores, o preço deve ser estabelecido e administrado de acordo com as
metas e objetivos estratégicos de marketing da empresa, podendo ser
utilizado como ponto focal de uma estratégia voltada para uma imagem de
alta qualidade do produto. No entanto, Winner (1986) concluiu que o aumento
do preço de um produto pode inibir a sua compra. Rocha e Christensen
(1999) sugerem que as características superiores de um produto pressionam
o seu preço para cima.
Sendo assim, o preço pode cumprir duas funções ao mesmo tempo. Ele pode
significar o sacrifício monetário que o consumidor tem que fazer para adquirir
o produto ou serviço, mas também pode significar um indicador da qualidade
do produto (DIAMANTOPOULOS, 2005).
Entretanto, apesar do preço do produto indicar qualidade, existem limites
para seu estabelecimento. Os consumidores formam limites absolutos sobre
o que aceitariam ou poderiam pagar por um produto de uma determinada
categoria. O preço máximo está limitado ao valor marginal do produto em
relação às outras alternativas de compra e o limite mínimo reflete o valor da
21
qualidade do produto que o consumidor percebe como aceitável, revelando,
mais uma vez, a relação entre preço e qualidade percebida
(DIAMANTOPOULOS, 2005).
Aaker (1991) sugere que um preço premium reforça a qualidade percebida da
marca. Além disso, Yoo et al (2000) também concluíram que o preço está
relacionado positivamente com a percepção da qualidade do produto.
2.2.2. PROMOÇÃO DE PREÇO
As promoções de preço são ações voltadas para reduções temporárias de
preços ou outras promoções momentâneas que ofereçam algum benefício
financeiro intrínseco – ex.: dois em um, embalagens maiores, cupons e
outros – e que aumentam as vendas do produto no curto prazo. Segundo
Aaker (1991), as promoções de preço podem ser copiadas facilmente pelos
competidores, não sendo uma maneira consistente de se criar diferenciação
e aumentar o valor da marca.
No entanto, estas promoções não garantem recompras em períodos futuros,
podendo, até mesmo, gerar um efeito negativo no longo prazo (GUPTA,
1988). Rocha e Christensen (1999) sugerem que uma promoção de vendas
objetiva, principalmente, aumento de vendas no curto prazo. Uma promoção
de preço pode, no limite, destruir todo o conhecimento e associações
exclusivas que o consumidor tem sobre uma marca, reduzindo a sua lealdade
na medida em que a sua escolha seja feita somente baseada no incentivo
financeiro recebido (WEILBACHER, 1993). A partir do momento que a
promoção se torna mais importante do que o produto no processo de escolha
22
do consumidor, ela não traz benefícios de longo prazo para a marca
(MARCONI, 1999).
Promoções de preço freqüentes causam discrepâncias na comparação entre
o preço referencial e o encontrado, afetando negativamente a escolha da
marca pelos consumidores, enquanto uma estratégia de poucas variações de
preço, o torna menos importante no processo de escolha da marca (WINER,
1986). Estratégia de promoções freqüentes é um jogo de soma zero. Quando
obtém bons resultados de vendas, os competidores podem copiá-la
facilmente e rapidamente, eliminando o efeito positivo para a empresa.
Quando a promoção não funciona como o esperado, a empresa desperdiça
recursos financeiros que poderiam estar sendo utilizados na construção de
vantagens competitivas de longo prazo, como, por exemplo, a melhora de
qualidade do produto e a solidificação de imagem positiva da marca
(KOTLER, 1997).
Entretanto, as empresas podem utilizar as promoções de preço para
responder a ações de concorrentes em um horizonte curto de tempo, de
modo a não terem uma queda na sua parcela de mercado (PEATTIE e
PEATTIE, 2005), apesar da promoção de preço aumentar o efeito negativo
da elasticidade-preço, ou seja, quanto maior a freqüência das promoções de
vendas, mais os consumidores reclamarão por preços baixos, dificultando a
competição por diferenciação (BOULDING et al, 1994). Porém, para produtos
posicionados na faixa mais baixa de preço, a promoção pode significar um
aumento de diferenciação, já que o preço é um atributo importante na
escolha dos consumidores (BOULDING et al, 1994).
23
Maxwell (1989) sugere que promoções de preço reduzem o valor da marca.
Villarejo-Ramos e Sánchez-Franco (2005) concluíram que as promoções de
preço, não somente reduzem o valor geral da marca, mas também afetam a
imagem da marca. Yoo et al (2000) apuraram que a freqüência de promoções
de preço está relacionada negativamente com a qualidade percebida e as
associações à marca.
2.2.3. GASTOS COM PROPAGANDA
O investimento em propaganda favorece o aumento do valor da marca
(MAXWELL, 1989). Simon e Sullivan (1993) concluíram que os gastos com
propaganda, no passado e no presente, têm relação positiva com o valor da
marca. De acordo com Marconi (1999), as marcas de maior sucesso são as
marcas que mais investem em propaganda.
A percepção do consumidor sobre a qualidade do produto é fortemente
influenciada pela propaganda (LINDSAY, 1990). Milgrom e Roberts (1986)
verificaram que a propaganda é um indicador utilizado pelos consumidores
para avaliar a qualidade não aparente do produto.
A propaganda também é um importante elemento na construção da imagem
da marca (LINDSAY, 1990; MARCONI, 1999), pois influencia as associações
que são feitas à marca (AAKER, 1991). Gastos com propaganda reduzem a
vulnerabilidade da marca à volatilidade de preços, pois permitem que se crie
uma diferenciação para a marca (BOULDING et al, 1994) e protegem a
imagem projetada pela empresa (ROCHA e CHRISTENSEN, 1999).
24
Entretanto, estas associações devem ser limitadas pelas características do
produto, não prometendo o que não se pode entregar (WEILBACHER, 1993).
Além disso, propagandas constantes aumentam as chances da marca ser
considerada como uma opção de escolha (HAUSER e WERNERFELDT,
1990), influenciando positivamente a consciência da marca (AAKER, 1991).
Marconi (1999) sugere que a propaganda aumenta a consciência da marca e
que existe uma relação entre a consciência e a parcela de mercado da
marca.
Marconi (1999) propõe que a propaganda aumenta a lealdade dos
consumidores à marca. A propaganda aumenta a percepção de utilidade da
marca e reduz o custo de procura do produto (HAUSER e WERNERFELT,
1990), influenciando a lealdade e funcionando como uma barreira de troca do
produto.
Uma empresa que considera que seu produto é percebido como sendo de
alta qualidade apresenta maior propensão em tentar igualar os seus gastos
de propaganda com os gastos de outras marcas com percepção de qualidade
próxima da sua (ARCHIBALD et al, 1983), podendo obter um benefício
marginal maior ao atrair um comprador novo (MILGROM e ROBERTS, 1986).
De acordo com Villarejo-Ramos e Sánchez-Franco (2005), a percepção da
intensidade dos investimentos feitos em propaganda tem influência positiva
na qualidade percebida, na consciência e na imagem da marca. Yoo et al
(2000) concluíram que o volume de gastos de propaganda percebido tem
relação positiva com a qualidade percebida, a lealdade e a consciência /
25
associações da marca, aumentando o valor da marca na perspectiva do
consumidor.
2.2.4. DISTRIBUIÇÃO
2.2.4.1. Imagem da Loja
De acordo com Yoo et al (2000), quando uma marca é distribuída por lojas
com boa imagem, essa marca oferece uma indicação da sua boa qualidade.
Além disso, lojas com boa imagem estimulam a satisfação dos consumidores,
proporcionando uma propaganda boca-a-boca (ZEITHAML, 1988). Dodds et
al (1991) e Yoo et al (2000) constataram que a imagem dos canais por onde
a marca é distribuída está relacionada positivamente com a qualidade
percebida da marca. Lojas com imagem positiva atraem mais atenção e
visitas de consumidores potenciais (YOO et al, 2000), influenciando, também,
a consciência da marca.
Lojas com boa imagem também permitem melhores associações na mente
dos consumidores sobre as marcas que elas distribuem, em comparação
com lojas com imagem ruim. Assim, a positividade das associações à marca
está relacionada positivamente com a imagem das lojas por onde ocorre a
sua distribuição (YOO et al, 2000).
Desse modo, a consciência / associações à marca e a qualidade percebida
estão relacionadas de modo positivo com a imagem do varejista (YOO et al,
2000).
26
2.2.4.2. Intensidade da Distribuição
A satisfação dos consumidores aumenta à medida que conseguem encontrar
o produto que desejam, onde e quando desejam. Os consumidores percebem
um maior valor no produto quando fazem um menor esforço para comprá-lo,
portanto, uma distribuição intensiva aumenta a utilidade de tempo e lugar
para os consumidores (SMITH, 1992). O aumento do valor percebido do
produto tem influência positiva na qualidade percebida e na lealdade à marca
(YOO et al, 2000). Segundo Yoo et al (2000), a intensidade de distribuição,
também, afeta positivamente a imagem da marca, uma vez, que é
aumentado o valor percebido do produto.
Desse modo, a intensidade de distribuição afeta de modo positivo a
qualidade percebida, lealdade e consciência / associação da marca (YOO et
al, 2000).
2.2.5. O MODELO DE YOO, DONTHU E LEE
O modelo de Yoo et al (2000) é a base da pesquisa realizada nesse estudo.
A seguir, esse modelo, que foi testado empiricamente e relaciona ações do
composto de marketing com as dimensões do valor da marca, é apresentado
(figura 2.02).
27
Figura 2.02
Composto de Marketing e Valor da Marca
Fonte: Yoo et al (2000)
2.3. A DECOMPOSIÇÃO DO CONSTRUTO IMAGEM DO VAREJISTA
De acordo com Yoo et al (2000), os elementos do composto de marketing
utilizados no seu estudo são muito amplos para fornecerem informações
acuradas para o auxílio na tomada de decisão das práticas de marketing nas
empresas, sendo necessária à especificação e detalhamento de mais ações
de marketing e/ou dos fatores inicialmente propostos para que essas
informações forneçam informações úteis para a tomada de decisão. O
presente estudo objetiva detalhar a composição do fator imagem do varejista,
para que se compreenda a sua relação com as dimensões do valor da marca
na perspectiva do consumidor. A opção pelo detalhamento das variáveis
relativas à imagem do varejista ocorre pela relevância deste fator no
composto de marketing.
Valor Geral da
Marca
Consciência /
associações
da marca
Lealdade à
marca
Qualidade
percebida
Preço
Imagem da
loja
Intensidade da
distribuição
Gastos com
propaganda
Promoções de
preço
Valor Geral da
Marca
Consciência /
associações
da marca
Lealdade à
marca
Qualidade
percebida
Preço
Imagem da
loja
Intensidade da
distribuição
Gastos com
propaganda
Promoções de
preço
28
Dada as condições atuais do mercado, a obtenção de vantagem competitiva
sustentável pelos demais elementos do composto de marketing – produto,
preço e promoção – se faz cada vez mais difícil. A possibilidade de se obter
ou se copiar rapidamente uma nova tecnologia, bem como a facilidade de
acompanhar os concorrentes quanto aos atributos e qualidade objetiva de um
produto, facilitada pela globalização e pelo desenvolvimento das redes de
comunicação, criam obstáculos para a diferenciação pelo produto. A
globalização e internacionalização das empresas também criam condições
favoráveis para a operação de instalações de produção em todo o mundo,
acentuando a disputa por custos mais baixos e dificultando a competição
baseada em preço baixo. A multiplicidade dos tipos de mídia, bem como sua
intensa utilização, expõem o consumidor à uma grande quantidade de
propagandas, reduzindo o impacto das mesmas, e dificultam a geração de
vantagem competitiva pela comunicação (ROSENBLOOM, 2002).
As decisões relativas aos canais de distribuição têm uma natureza de longo
prazo e necessitam de toda uma estrutura para sua implementação, sendo
baseadas em pessoas e relacionamentos. Com isso, as ações referentes aos
canais de distribuição podem criar grandes dificuldades de imitação para os
competidores, podendo se tornar extremamente complexas e de grande valor
para os consumidores finais (ROSENBLOOM, 2002).
Um dos principais motivos da importância da imagem do varejista é que o
encontro entre a empresa e seus consumidores finais ocorre neste nível do
canal de distribuição. Desse modo, a escolha dos varejistas que
comercializarão e/ou prestarão serviços para a marca se constitui em um
29
grande desafio, tendo impacto direto na tarefa de satisfazer as necessidades
dos clientes (YOO et al, 2000).
Os varejistas também têm grande importância no processo de escolha de
compra do consumidor. Segundo Sánchez e Iniesta (2004), o consumidor
tem um comprometimento atitudinal e manifesto com varejistas. E,
dependendo do tipo de mercadoria, uma característica específica do varejista
pode atrair os consumidores (JOLSON e SPATH, 1973; SINHA e
BANERJEE, 2004). Por exemplo, a atratividade da loja e a intensidade da
presença nas gôndolas da loja têm influência positiva na preferência do
consumidor por marcas específicas (FARRIS et al, 1989).
Além disso, o tipo e a velocidade requerida da compra afetam a decisão do
consumidor de onde comprar (DE WULF e WATERSCHOOT, 1999), assim
como fatores situacionais – atributos físicos, atributos sociais e estados
antecedentes – também são influenciadores da escolha da utilização do
canal pelo cliente (NICHOLSON et al, 2002). Outro aspecto relevante é que,
segundo Combs (2004), a etapa do ciclo de vida do produto afetaria a
escolha do canal pelo consumidor.
De acordo com Moriarty e Moran (1990), um sistema de marketing deveria
otimizar a cobertura do mercado e reduzir custos, definindo claramente qual
canal deveria exercer cada tarefa de marketing necessária para a conclusão
da transação e a manutenção do relacionamento com os consumidores de
modo a não gerar conflito entre canais e confusão entre clientes.
30
A imagem percebida pelos consumidores do canal de marketing tem
importante papel no processo de decisão de compra e avaliação das marcas.
Segundo Stern e El-Ansary (1996), os canais de distribuição funcionam como
uma rede que cria valor para os consumidores finais, não somente ao
satisfazer a demanda quando entrega o produto ou serviço desejado no
tempo, na quantidade, na qualidade, no preço e no lugar certos, mas também
ao estimular a demanda pelas promoções realizadas pelos membros da rede
de distribuição.
2.3.1. As DIMENSÕES DA IMAGEM DO VAREJISTA
Desde a década de 50, alguns estudos representativos vêm sendo realizados
para identificar os fatores que compõe o construto imagem do varejista, sem
que tenha havido uma concordância entre seus elementos.
Martineau (1954) definiu imagem da loja como sendo “o modo como a loja é
definida na mente dos consumidores, em parte por suas qualidades
funcionais e em parte por uma aura de atributos psicológicos”. O autor
propõe que a personalidade ou imagem da loja é formada a partir das
observações dos consumidores sobre o lay out e a arquitetura, os símbolos e
as cores, a propaganda e o pessoal de vendas da mesma.
Berry (1969) identificou os componentes da imagem das lojas de
departamentos. Segundo o autor, a formação da imagem das lojas de
departamento na mente dos consumidores é influenciada pelo preço das
mercadorias; pela qualidade das mercadorias; pela variedade do sortimento,
de acordo com as necessidades e desejos dos consumidores; pela
31
atualidade das mercadorias; pelo atendimento do pessoal de vendas; pelos
serviços oferecidos pela loja; pelas promoções de venda; pela propaganda da
loja; pela atmosfera e ambiente da loja; por fatores de conveniência, tais
como estacionamento e horário; e pela reputação nas situações de troca e
devoluções. Os elementos mais importantes para a formação da imagem das
lojas de departamentos seriam: qualidade das mercadorias, variedade do
sortimento, atendimento do pessoal de vendas, e atmosfera da loja.
Em outra pesquisa, Jolson e Spath (1973) concluíram que existe uma
hierarquia de importância entre os diversos atributos que os consumidores
consideram para escolher uma loja. A relação preço/valor seria o principal
atributo, seguido de especialização da loja; qualidade das mercadorias;
serviço de venda; localização; variedade e sortimento; política de troca e
garantia; hábito/rotina; legitimidade das vendas; outros (entrega,
estacionamento, horário de funcionamento); política de crédito e cobrança;
layout e ambiente da loja; exibição das mercadorias (displays); e ajuste da
propaganda às necessidades dos consumidores. No entanto, os autores
observaram pequenas variações entre os segmentos pesquisados, que foram
lojas de presente, lojas de departamento, drogarias, lojas de ferragens,
joalherias, lojas de calçados, supermercados e lojas de vestuário.
Dickson e Albaum (1977) propuseram e testaram uma escala com 29 itens
bipolares para se avaliar a imagem do varejo. Parte desses 29 itens foi
agrupada em dois grandes fatores que os autores denominaram de ambiente
de compra e promoção-preço de produtos. O fator ambiente de compra
engloba todos os itens referentes à limpeza, organização e atmosfera da loja.
32
O fator promoção-preço dos produtos engloba todos os itens relacionados a
preço e relação preço/valor. Além destes dois grupos, a escala contempla
itens referentes à mercadorias, conveniência, pessoal de atendimento e
políticas de devolução.
Malhotra (1983) concluiu que variedade e seleção de mercadoria, serviço e
pessoal da loja, preço, conveniência de localização e instalações físicas são
os fatores que influenciam a escolha dos consumidores por uma determinada
loja.
Dabholkar et al (1996) utilizaram as variáveis referentes ao ambiente e
atmosfera, à conveniência, à interação pessoal, à qualidade das mercadorias
e a reputação e risco para medir a qualidade do serviço da loja. Estas
variáveis foram formadas a partir de variações da escala de qualidade de
serviço SERVQUAL proposta por Parasuraman et al (1988).
De Wulf e Waterschoot (1999) concluíram que a importância dada pelos
consumidores aos atributos das lojas, tais como proximidade, disponibilidade
de produtos e velocidade, certeza de encontrar o produto desejado, nível de
preço, tamanho do estoque, oferta de serviços pós-venda, profundidade do
mix de mercadorias, design da loja, atualidade das mercadorias e qualidade
das mercadorias, variam de acordo com o tipo de compra. A importância dos
atributos varia para os consumidores, dependendo se a compra é urgente, se
é preciso comprar grandes quantidades, se é uma procura difícil, se é uma
compra regular ou se é preciso ter novas idéias para efetuar a compra.
33
Estudando a internacionalização do varejo, Burt e Carralero-Encinas (2000)
mediram a percepção dos consumidores sobre a imagem de uma loja no seu
país natal e no exterior. De acordo com os autores, atributos tangíveis e
intangíveis podem ser utilizados para medir a imagem da loja. Serviço ao
cliente, incluindo presteza e conhecimento técnico dos funcionários, políticas
de devolução e nível de serviço, reputação da loja, que inclui imagem de
confiança, justiça e credibilidade, e associações à imagem são atributos
intangíveis. Variedade das mercadorias, características físicas da loja e
políticas de preço são atributos tangíveis e, ao contrário da suposição inicial
dos autores, os aspectos intangíveis seriam transferidos para o país de
destino com o mesmo nível de dificuldade que os aspectos tangíveis.
Baker et al (2002) propuseram um modelo onde fatores do ambiente da loja
funcionariam como construtos exógenos. Os fatores de critério de escolha da
loja constituiriam construtos endógenos mediadores da intenção de compra
na loja. Os autores concluíram que a percepção sobre a aparência dos
empregados e sobre o design da loja tem influência positiva na percepção da
qualidade do serviço pessoal que, por sua vez, influencia positivamente a
intenção de compra na loja. A percepção do design da loja também
influencia positivamente a percepção da qualidade das mercadorias e do
preço, e estes têm influência positiva e negativa, respectivamente, na
percepção de valor da mercadoria, que reflete na intenção de compra na loja.
Neste modelo, os autores propõem a existência de custos de tempo e
esforço, ligados à conveniência, e custos psíquicos, que representam o
stress causado pela compra. Estes custos seriam influenciados
34
negativamente pelo design da loja e teriam influência negativa sobre a
intenção de compra na mesma.
Bloemer e Odekerken-Schröder (2002) utilizaram perguntas sobre o pessoal
de atendimento, mercadorias, conveniência, layout, relação custo-benefício,
atmosfera, promoções, serviço ao cliente e existência de programa de
fidelidade para aferir a imagem da loja. Segundo os autores, a imagem da
loja tem relação positiva com satisfação do consumidor, que gera confiança,
que tem influência positiva no comprometimento. Esta pesquisa foi realizada
no mercado belga de supermercados.
Pesquisando a imagem das lojas de desconto na Coréia, Koo (2003)
identificou que a atmosfera da loja, a conveniência das instalações, o valor
preço-qualidade e promoções, os funcionários, os serviços pós-vendas, e a
variedade e qualidade das mercadorias são os fatores que formam o
construto imagem da loja. Os autores verificaram ainda que a imagem da loja
tem relação positiva com atitude, satisfação e lealdade em relação à loja.
Chang e Tu (2005), estudando hipermercados em Taiwan, também
concluíram que a imagem da loja tem relação positiva com satisfação e
lealdade do consumidor. De acordo com os autores, as instalações, serviços
oferecidos, conveniência e atividades oferecidas ao consumidor, consistiriam
nas dimensões da imagem da loja que influenciam a satisfação e a lealdade.
Baltas e Papastathopoulou (2003), estudando o setor de mercearia na
Grécia, constataram que o nível de preço, a qualidade das mercadorias, a
variedade das mercadorias, a atmosfera da loja, o serviço oferecido, a
localização e a presença de marcas próprias, são utilizadas como atributos
35
para a escolha da loja. Qualidade das mercadorias, serviços oferecidos e
variedade das mercadorias são os atributos mais importantes, sendo que
esta importância se altera de acordo com as características de idade, sexo,
estado civil, nível de renda e nível de educação dos consumidores.
Sinha e Banerjee (2004) utilizaram os fatores ambiente e instalações físicas,
risco percebido, funcionários, conveniência, entretenimento, variedade de
marcas, nível de especialização, serviços oferecidos, proximidade e
estacionamento como dimensões relevantes para a formação da imagem de
lojas de mercearia, frutas e vegetais; bens duráveis; produtos de lazer (livros,
música e produtos de estilo de vida); e vestuário, identificando que a imagem
de cada tipo de loja é mais fortemente influenciada por algumas
características do que por outras. Para lojas de mercearia, frutas e vegetais,
conveniência e variedade de marcas são os fatores mais importantes. Para
lojas de bens duráveis, o risco percebido e os funcionários são os itens mais
relevantes. Entretenimento e ambiente e instalações físicas são os fatores
mais importantes para os consumidores na avaliação da imagem das lojas de
produtos de lazer. Para lojas de vestuário, ambiente e instalações físicas e
variedade de mercadorias são os itens mais relevantes.
Oruc (2005), estudando o setor de hipermercados em Sarajevo, verificou que
os atributos tamanho da loja, presença de shop-in-shop, atividades de
propaganda, qualidade dos produtos, presença de produtos frescos,
aparência da loja e serviço dos caixas explicam a preferência dos
consumidores pelas lojas.
36
Em relação ao varejo bancário em Hong Kong, Wan et al (2005) identificaram
os fatores conveniência, informação, facilidade de uso e segurança como
formadores da percepção da qualidade do serviço bancário e influenciadores
na decisão de adoção dos diferentes canais oferecidos.
Na literatura, pode-se perceber, portanto, uma grande variedade de fatores
considerados como formadores da imagem da loja ou do varejista (ver
quadro 2.01). Mais ainda, construtos utilizados em alguns estudos são
divididos e suas partes agregadas à fatores diferentes em outros estudos.
Quadro 2.01
Resumo da Literatura das Dimensões da Imagem da Loja
M
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Atmosfera e Ambientexxxxxxxxxxxxxxx
Atualidade das Mercadorias x x
Conveniência xxxxxx xxxxxxxx
Crédito e Cobrança x x x
Entrega, Instalação e Pós-Venda x x x
Entretenimento x
Especialização x x
Informação x
Pessoalxxxxxx xxxx xx
Políticas de Troca e Devolução x x x x x
Preço x xx xxx x
Promoções x x x x
Propaganda x x x x
Qualidade das Mercadorias xxxxxx x xx x
Relação Preço/Valor x x x x x
Reputação e Risco x x x x
Serviço x x x
Tamanho da Loja x
Variedade das Mercadorias xxxx xx xxxx
Fonte: o autor
37
Alguns autores delimitam as dimensões, outros estão interessados em
verificar a relação da imagem da marca com outros construtos e reduzem o
conjunto de variáveis utilizadas. Dada à falta de padronização da
nomenclatura e divisão de alguns construtos, os atributos foram classificados
de acordo com a definição e as perguntas utilizadas por cada autor.
Os fatores conveniência, serviços ao cliente (crédito e cobrança, entrega,
instalação e pós-venda, políticas de troca e devolução, e serviço),
mercadorias (atualidade, qualidade e variedade), atmosfera e ambiente, e
pessoal, que têm sido largamente utilizados na literatura (ver quadro 2.01,
supra) foram selecionados para a formação do construto imagem do varejista
neste estudo.
Os fatores tamanho da loja e entretenimento foram desconsiderados para a
construção do construto imagem do varejista em virtude de já estarem
representados, de forma subjacente, no fator atmosfera e ambiente. O fator
informação está dividido em diversos fatores. O fator reputação e risco não
foi considerado por se tratar de um construto de segunda ordem. Finalmente,
os fatores preço, promoções, propaganda e relação preço/valor, foram
desconsiderados em virtude de já estarem representados nas demais
dimensões do composto de marketing.
38
3. METODOLOGIA
3.1. MÉTODO
3.1.1. PERGUNTAS DO ESTUDO
A intenção desse estudo é verificar em que medida a imagem do varejista
pode atuar como fator antecedente das dimensões do valor da marca na
perspectiva do consumidor. Para tanto, foram formuladas duas perguntas:
a) Quais são os fatores formadores da imagem do varejista na
perspectiva do consumidor?
b) Em que medida a imagem do varejista, considerada simultaneamente
com outros elementos do composto de marketing, pode influenciar as
dimensões formadoras do valor da marca na perspectiva do consumidor?
3.1.2. UNIDADE DE ANÁLISE DO ESTUDO
A unidade de análise deste estudo é a percepção individual do consumidor
sobre o valor da marca.
Considerando a dificuldade de se obter junto ao consumidor, com exatidão,
dados objetivos relativos aos elementos do composto de marketing, foram
utilizadas medidas de percepção. Nenhum esforço de marketing tem efeito se
os consumidores não os perceberem. Desse modo, a percepção destes
esforços pode constituir uma influência mais direta nas avaliações do
consumidor do que as medidas objetivas. Por exemplo, preço percebido tem
39
uma influência maior nas avaliações dos consumidores do que o preço
objetivo (YOO et al, 2000).
Em relação à primeira pergunta, a variável dependente é a dimensão imagem
do varejista e as variáveis independentes são os fatores conveniência,
serviço ao cliente, adequação do sortimento, ambiente, e interação pessoal.
Quanto à segunda pergunta do estudo, as variáveis dependentes são as
dimensões do valor da marca na perspectiva do consumidor e as variáveis
independentes são os quatro elementos do composto de marketing
selecionados para este estudo, a saber: preço, promoções de preço, gastos
com propaganda, e imagem do varejista.
3.1.3. NATUREZA DO ESTUDO E MÉTODO DE PESQUISA
Dada à natureza explicativa deste estudo, foi utilizada a técnica survey para
coleta de dados. A survey se mostra adequada na medida em que é preciso
coletar dados primários em grande quantidade com objetivos de investigação
causal (COOPER e SCHINDLER, 2001).
3.2. MODELO CONCEITUAL E HIPÓTESES
3.2.1. MODELO PROPOSTO
O ponto de partida deste estudo foi o modelo originalmente proposto e
testado por Yoo et al (2000), que foi modificado para reunir em uma única
dimensão – imagem do varejista – os fatores intensidade de distribuição e
imagem da loja. O modelo original foi também ampliado para incluir os fatores
antecedentes da formação da imagem do varejista, a saber: conveniência;
40
serviço ao cliente; adequação do sortimento; ambiente; e interação pessoal.
A seguir, o modelo proposto por este estudo é apresentado (figura 3.01).
Figura 3.01
Modelo Proposto
Qualidade
percebida
Lealdade à
marca
Valor Geral
da Marca
Preço
Imagem do
varejista
Gastos com
propaganda
Promoções
de preço
H2(+)
H3a(+)
H3b(+)
H4a(+)
H4b
(
+
)
H5a(-)
Conveniência
Serviço ao
cliente
Adequação do
sortimento
Ambiente
Interação
pessoal
H1a(+)
H1b(+)
H1c(+)
H1d
(
+
)
H1e(+)
Consciência/
associações à
marca
H3c(+)
H4c(+)
H5b(-)
Fonte: Modelo de Yoo et al (2000) adaptado pelo autor
3.2.2. HIPÓTESES DO MODELO
3.2.2.1. Imagem do Varejista
As hipóteses H1a a H1e relacionam a variável dependente imagem do
varejista, respectivamente, com seus fatores antecedentes (variáveis
independentes), a saber: conveniência; serviço ao cliente; adequação do
sortimento; ambiente; e interação pessoal.
A variável independente imagem do varejista capta a percepção que os
consumidores têm sobre os locais onde as marcas são vendidas, incluindo a
percepção da qualidade, a reputação e a impressão geral sobre os locais de
venda.
41
De acordo com Parasuraman et al (1988), a percepção da qualidade se
refere ao julgamento subjetivo dos consumidores sobre diferentes objetos ou
eventos. No caso deste estudo, a percepção da qualidade visa a medir a
percepção geral dos consumidores em relação aos locais que distribuem as
marcas participantes da pesquisa. Yoo et al (2000) utilizaram uma variável
sobre a avaliação da qualidade em geral para medir a percepção dos
consumidores quanto à imagem da loja.
Muitos autores consideram que reputação tem significado análogo à imagem,
outros consideram que a imagem é antecedente da reputação da empresa
(VIEIRA, 2003). Neste estudo, a imagem do varejista também é verificada por
uma variável que avalia a percepção dos consumidores quanto à reputação
do mesmo. Manolis et al (1994) utilizaram uma variável de reputação para
medir a imagem de três diferentes tipos de lojas.
Os autores também utilizaram uma variável para avaliar a impressão que os
consumidores tinham sobre os diferentes tipos de lojas. Segundo os autores,
a impressão que os consumidores formam sobre os varejistas é uma das
variáveis que influenciam as suas percepções sobre os mesmos.
a) Conveniência
A conveniência de um varejista está ligada à sua proximidade ou facilidade
de acesso (KOO, 2003), constituindo um elemento na avaliação da imagem e
de escolha da loja (BERRY, 1969; JOLSON E SPATH, 1973; DICKSON e
ALBAUM, 1977; MALHOTRA, 1983; DABHOLKAR et al, 1996; DE WULF e
WATERSHOOT, 1999; BAKER et al, 2002; BLOEMER e ODEKERKEN-
42
SCHRÖDER, 2002; KOO, 2003; BALTAS E PAPASTATHOPOULOU, 2003;
SINHA e BANERJEE, 2004; ORUC, 2005; CHANG e TU, 2005; WAN, 2005).
A conveniência é o fator da imagem do varejista que está associado à
intensidade de distribuição, previamente utilizada por Yoo et al (2000).
Segundo os autores, a percepção sobre a intensidade de distribuição se
relaciona ao fato dos consumidores visitarem com maior freqüência as lojas
cujo acesso é conveniente, bem como ao fato de propiciar maior economia
de tempo, podendo aumentar o tempo de exposição às marcas ofertadas
nestes canais. Logo, a percepção da intensidade de distribuição tem uma
definição similar à percepção de conveniência do varejista.
Os atributos tangíveis das lojas influenciam a sua percepção pelos
consumidores. Um desses atributos tangíveis é a distância entre a loja e a
casa do consumidor e sua facilidade de acesso (SINHA e BANERJEE, 2004).
Na medida em que influencia a imagem do varejista, a percepção de
conveniência se torna um elemento considerado na escolha da loja pelo
consumidor, fazendo com que o cliente tenha uma chance maior de preferi-la
(DE WULF e WATERSCHOOT, 1999).
Koo (2003) sugere que a conveniência também está relacionada com a
facilidade de se encontrar outros produtos ou de se realizar outras atividades
perto dos locais que vendem o produto. A facilidade em acessar um local em
diferentes horários também é um indicador da conveniência do varejista
(WAN et al, 2005). Desse modo:
43
Hipótese 1a: A imagem do varejista tem associação positiva com a
percepção da conveniência oferecida aos consumidores.
b) Serviço ao Cliente
A dimensão serviço ao cliente inclui aspectos relativos a serviços de crédito e
cobrança, entrega, instalações, pós-venda, políticas de troca e devolução e
avaliação do serviço em geral, conforme definido pelos diversos autores
estudados, estando relacionados à percepção de disponibilidade da loja para
solucionar problemas do consumidor (BERRY, 1969; DICKSON e ALBAUM,
1977; DABHOLKAR et al, 1996; BURT e CARRALERO-ENCINAS, 2000).
De acordo com Chang e Tu (2005), uma das qualidades funcionais que
afetam a imagem da loja é a política de crédito e cobrança. Koo (2003)
concluiu que o relacionamento pós-transação é parte integrante da imagem
da loja que, por sua vez, afeta a lealdade e a satisfação dos consumidores
com a mesma. A facilidade para devolução da compra, bem como as
políticas facilitadoras de troca constituem um elemento relevante na formação
da imagem da loja (BURT e CARRALERO-ENCINAS, 2000; SINHA e
BANERJEE, 2004).
Além disso, serviços como entrega e garantia também fazem parte da
avaliação da imagem da loja (BERRY, 1969; JOLSON e SPATH, 1973;
DICKSON E ALBAUM, 1977; BURT e CARRALERO-ENCINAS, 2000; KOO,
2003; SINHA e BANERJEE, 2004). Logo:
Hipótese 1b: A imagem do varejista tem associação positiva com a
percepção dos serviços oferecidos aos consumidores.
44
c) Adequação do Sortimento
A adequação do sortimento se refere à amplitude, à profundidade e à
qualidade das mercadorias oferecidas pelo varejista e a quanto esses
atributos se adequam aos desejos e necessidades dos consumidores
(BERRY, 1969; DICKSON e ALBAUM, 1977; MANOLIS et al, 1994; BURT e
CARRALERO-ENCINAS, 2000; BAKER et al, 2002; BLOEMER E
ODEKERKEN-SCHRÖDER, 2002; KOO, 2003; BALTAS E
PAPASTATHOPOULOU, 2003; SINHA e BANERJEE, 2004; NGOBO, 2004;
ORUC, 2005).
Segundo De Wulf e Waterschoot (1999), a certeza de encontrar o produto
desejado e a oferta de diferentes modelos de um mesmo tipo de
mercadorias, bem como a atualidade e qualidade das mercadorias,
influenciam a escolha do local de compra pelo consumidor. A imagem da loja
também é influenciada pela oferta da marca preferida do consumidor (SINHA
e BANERJEE, 2004).
Ao medir a intenção de compra cruzada do consumidor, Ngobo (2004)
concluiu que a percepção da qualidade de serviços da loja está ligada com a
percepção de que a loja oferece produtos de alta qualidade que o cliente
pode confiar. A percepção da qualidade das mercadorias também influencia a
intenção do consumidor em comprar em determinada loja, bem como
aumenta a percepção de valor das mercadorias (BAKER et al, 2002). Além
disso, a qualidade das mercadorias reduz a influência da conveniência no
processo de tomada de decisão do consumidor (ORUC, 2005). Desse modo:
45
Hipótese 1c: A imagem do varejista tem associação positiva com a
percepção da adequação do sortimento oferecido aos consumidores.
d) Ambiente
O ambiente e atmosfera da loja, assim como as suas instalações físicas
influenciam a percepção da imagem do varejista (BERRY, 1969; DICKSON e
ALBAUM, 1977; MANOLIS et al, 1994; DABHOLKAR et al, 1996; BURT e
CARRALERO-ENCINAS, 2000; BAKER et al, 2002; BLOEMER E
ODEKERKEN-SCHRÖDER, 2002; KOO, 2003; BALTAS E
PAPASTATHOPOULOU, 2003; SINHA e BANERJEE, 2004; ORUC, 2005;
CHANG e TU, 2005).
De acordo com Baker et al (2002), a percepção do design da loja reduz a
percepção sobre os custos psíquicos e de tempo e esforço associados a
compra, aumentando a intenção de escolha de determinada loja. Koo (2003)
concluiu que a atmosfera da loja é avaliada a partir da percepção da
facilidade de achar e selecionar produtos, bem como de circular pela loja.
Além disso, o estilo, a aparência externa e o mobiliário de exposição
influenciariam a percepção do ambiente da loja (SINHA e BANERJEE, 2004).
A limpeza, arrumação e decoração do canal também estão associadas com a
percepção do ambiente da loja, sendo itens a serem considerados na
avaliação da mesma (BURT e CARRALERO-ENCINAS, 2000). Dabholkar et
al (1996) concluíram que o apelo visual dos materiais de comunicação
distribuídos nas lojas, a modernidade das instalações e o apelo visual das
46
demais instalações compõem a dimensão aparência na formação da imagem
da mesma. Sendo assim:
Hipótese 1d: A imagem do varejista tem associação positiva com a
percepção da qualidade e aparência física do ambiente oferecido aos
consumidores.
e) Interação Pessoal
A dimensão interação pessoal engloba as percepções dos consumidores
acerca da atenção, cortesia, disponibilidade, conhecimento técnico e
confiabilidade do pessoal que interage com os consumidores no varejo, e
constitui um fator relevante na formação da imagem da loja (BERRY, 1969;
JOLSON e SPATH, 1973; DICKSON e ALBAUM, 1977; MALHOTRA, 1983;
DABHOLKAR et al, 1996; BURT e CARRALERO-ENCINAS, 2000; BAKER et
al, 2002; BLOEMER E ODEKERKEN-SCHRÖDER, 2002; KOO, 2003; SINHA
e BANERJEE, 2004; ORUC, 2005).
De acordo com Koo (2003), a cortesia, a disposição em ajudar os
consumidores, a prontidão e capacidade do funcionário em transmitir
confiança formam a dimensão serviços dos funcionários na avaliação da
imagem da loja. O conhecimento técnico e a atenção individualizada que o
funcionário reserva ao consumidor também influência a percepção da
interação pessoal no canal (DABHOLKAR et al, 1996).
Baker et al (2002) concluíram que a percepção sobre a aparência dos
funcionários influencia a percepção da qualidade das relações interpessoais
47
que, por sua vez, aumenta a intenção de compra em uma determinada loja.
Desse modo:
Hipótese 1e: A imagem do varejista tem associação positiva com a
percepção da interação pessoal oferecida aos consumidores.
3.2.2.2. Composto de Marketing e Valor da Marca
As hipóteses H2 a H5b relacionam os elementos do composto de marketing
às dimensões do valor geral da marca na perspectiva do consumidor.
A hipótese H2 relaciona o preço com a qualidade percebida. As hipóteses
H3a a H3c relacionam a imagem do varejista, respectivamente, com a
qualidade percebida, lealdade à marca, e consciência / associações à marca.
As hipóteses H4a a H4c relacionam os gastos com propaganda,
respectivamente, com qualidade percebida, lealdade à marca, e consciência /
associações à marca. As hipóteses H5a e H5b relacionam promoções de
preço, respectivamente, com qualidade percebida e consciência /
associações à marca.
a) Preço e Valor da Marca
De acordo com Helsen e Schmittlein (1994) e Meer (1995), nem os clientes
leais nem os não leais utilizam o preço como critério para a definição de
compra do produto. Clientes, que se consideram leais às marcas, não se
importam em pagar preços mais altos. Apesar do preço indicar qualidade,
mudanças de preço não afetam a lealdade dos clientes (YOO et al, 2000).
48
O preço também não parece ter relação direta com a dimensão associações
à marca. Tanto marcas com preço baixo, quanto marcas com preço alto
podem ter forte presença na memória do consumidor (YOO et al, 2000).
Segundo Thaler (1985), produtos com preço alto proporcionariam uma
imagem de alta qualidade ou utilidade da aquisição, e produtos com preço
baixo indicariam utilidade na transação. Yoo et al (2000) propõem que tanto
estratégias de preço baixo, quanto estratégias de preço alto podem aumentar
a consciência da marca.
A preocupação dos consumidores com o valor que estão recebendo em troca
do produto que escolheram, entre as diversas opções disponíveis dentro da
categoria de produtos, influencia a sua percepção sobre a qualidade do
produto (STERNQUIST et al, 2004). Os consumidores utilizam a comparação
com o preço dos concorrentes e com a qualidade percebida de cada produto
para decidir sua compra (VARKI e COLGATE, 2001).
De acordo com Diamantopoulos (2005), quando o preço é visto como um
“sacrifício” financeiro, o consumidor considera a sua condição financeira para
se decidir sobre a aquisição de um produto. Existem consumidores que são
menos sensíveis à mudança de preço quando a compra da categoria de
produtos significa uma pequena parte da sua renda (KOTLER, 1997).
Os consumidores avaliam a qualidade da marca e quanto valeria a pena
pagar por ela (STERNQUIST et al, 2004). Esta consciência sobre o valor
recebido é uma das dimensões da avaliação do preço de uma marca
(MOORE et al, 2003). Consumidores com menor propensão ao risco tendem
49
a aceitar um preço mais alto para não arriscar a compra de um produto de
pior qualidade (ZHOU e NAKAMOTO, 2001).
Segundo Zeithaml (1988), o preço é um indicador da qualidade percebida da
marca. Os consumidores percebem as marcas que apresentam os preços
mais elevados como tendo uma maior qualidade (Dodds et al, 1991).
De acordo com Kalita et al (2004), o preço tem maior influência na qualidade
percebida à medida que menos informações estejam disponíveis, ou seja,
quanto maior a ineficiência do mercado, maior a utilização do preço como
indicador de qualidade. Segundo Zeithaml (1988), outras informações, além
do preço, influenciam a percepção da qualidade do produto.
Milgrom e Roberts (1986) concluíram que os consumidores utilizam o preço
para inferir a qualidade não observada de um produto. Yoo et al (2000)
verificaram que o preço tem influência positiva sobre a qualidade percebida
da marca. Logo:
Hipótese 2: A qualidade percebida da marca tem relação positiva com
a percepção de preço.
b) Imagem do Varejista e Valor da Marca
De acordo com Yoo et al (2000), a imagem da loja e a intensidade de
distribuição são fatores distintos. No entanto, as três variáveis que Yoo et al
(2000) utilizaram para operacionalizar o construto intensidade de distribuição,
traduzem o conceito de conveniência de acesso às marcas no varejista.
Como já visto anteriormente, a literatura oferece evidência de que
intensidade de distribuição ou conveniência de acesso pode constituir uma
50
dimensão antecedente da imagem da loja (BERRY, 1969; DICKSON e
ALBAUM, 1977; MALHOTRA, 1983; DE WULF e WATERSCHOOT, 1999;
SINHA e BANERJEE, 2004).
Baker et al (2002) apuraram que elementos da imagem da loja influenciam a
percepção que o consumidor tem da qualidade da mercadoria oferecida pelo
canal. Yoo et al (2000) concluíram que a imagem da loja tem influência
positiva sobre as dimensões qualidade percebida e consciência / associações
à marca e que a intensidade de distribuição tem relação positiva com as
dimensões qualidade percebida, lealdade e consciência / associações à
marca. Como a intensidade de distribuição foi modelada como um
antecedente da imagem da loja, pode-se hipotetizar que:
Hipótese 3a: A qualidade percebida da marca tem relação positiva
com a imagem do varejista.
Hipótese 3b: A lealdade à marca tem relação positiva com a imagem
do varejista.
Hipótese 3c: A consciência / associações da marca tem relação
positiva com a imagem do varejista.
c) Gastos com Propaganda e Valor da Marca
De acordo com Simon e Sullivan (1993), o volume de recursos financeiros
investidos em propaganda ao longo dos anos está associado ao aumento do
valor da marca. Os consumidores utilizam a propaganda para avaliar a
qualidade não observada do produto (Maxwell, 1989). A propaganda também
permite que se crie uma diferenciação para a imagem da marca (BOULDING
51
et al, 1994), bem como aumenta as possibilidades dos consumidores a
reconhecerem e a incluírem dentre suas opções de compra (HAUSER e
WERNERFELDT, 1990). Além disso, de acordo com Hauser e Wernerfeldt
(1990), a propaganda pode funcionar como um obstáculo para a troca de
produto, tendo influência positiva na lealdade à marca.
Villarejo-Ramos e Sánchez-Franco (2005) verificaram que a percepção dos
consumidores acerca do volume de recursos gastos com propaganda de uma
marca está associada, de modo positivo, com a qualidade percebida, a
consciência e as associações que são feitas à mesma. Yoo et al (2000)
constataram que a percepção da intensidade dos gastos de propaganda está
relacionada positivamente com as dimensões qualidade percebida, lealdade
e consciência / associações da marca. Desse modo:
Hipótese 4a: A qualidade percebida da marca tem relação positiva
com a percepção dos gastos com propaganda.
Hipótese 4b: A lealdade à marca tem relação positiva com a
percepção dos gastos com propaganda.
Hipótese 4c: A consciência / associações da marca tem relação
positiva com a percepção dos gastos com propaganda.
d) Promoções de Preço e Valor da Marca
De acordo com Gupta (1988), promoções de preço não influenciam a
repetição de compras, resultando, somente, em troca momentânea de marca.
Sendo assim, a mudança na lealdade à marca não acontece depois que a
promoção termina. Dodson et al (1978) concluíram que o comportamento de
52
troca de marca acaba quando é motivado pela promoção de preço e, não, por
atributos do produto. Desse modo, a escolha da marca que ofereceu uma
promoção termina quando esta causa externa deixa de existir, não afetando a
lealdade à marca (YOO et al, 2000).
Gupta (1988) concluiu que as promoções de preço podem trazer efeitos
negativos para as empresas e que não garantem compras da marca no
futuro. De acordo com Weilbacher (1993) as promoções podem deteriorar a
imagem da marca, uma vez que os consumidores efetuam a compra somente
por terem recebido algum benefício financeiro. Boulding et al (1994)
concluíram que promoções de preço freqüentes podem causar prejuízos à
imagem da marca e a sua diferenciação, fazendo com os consumidores
utilizem mais o preço como fator de escolha.
De acordo com Villarejo-Ramos e Sánchez-Franco (2005), as promoções de
preço tem influência negativa sobre a imagem da marca. Yoo et al (2000)
constataram que quanto mais freqüentes as promoções de venda, menor é a
qualidade percebida e as associações à marca. Logo:
Hipótese 5a: A qualidade percebida da marca tem relação negativa
com a percepção da freqüência das promoções de preço.
Hipótese 5b: A consciência / associações da marca tem relação
negativa com a percepção da freqüência das promoções de preço.
53
3.3. OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS
As variáveis relativas à imagem do varejista foram medidas por uma escala
de diferencial semântico de cinco pontos, sendo ancoradas nos adjetivos
“péssimo” e “excelente”. Estes adjetivos são opostos adequados para ancorar
uma escala de diferencial semântico (PEREIRA, 1986).
As demais variáveis foram medidas utilizando-se um escala Likert de cinco
pontos. As variáveis foram operacionalizadas em escalas ancoradas pelas
afirmações “concordo totalmente” e “discordo totalmente”, conforme utilização
na escala original de Yoo et al (2000).
Tanto a escala Likert quanto a escala de diferencial semântico são escalas
intervalares e, como tal, sugerem que a diferença entre dois pontos
consecutivos seja igual, o que permite que as diferenças possam ser
comparadas (GILBERT JR, 1991). Além disso, as escalas intervalares
admitem que quase todas as operações matemáticas sejam realizadas e,
também permitem a utilização das técnicas de análise multivariada que são
executadas neste estudo (HAIR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
3.3.1. CATEGORIAS PARA ESTÍMULO DAS RESPOSTAS
Foram utilizadas as categorias de produto refrigerantes, tênis e micro-system.
A escolha das três categorias supra citadas foi motivada pelo fato destas
categorias apresentarem características distintas quanto ao preço, freqüência
de compras, envolvimento no consumo do produto e situação de consumo.
Refrigerante tem um preço relativo baixo, um ciclo de re-suprimento rápido e
um envolvimento de curto prazo no consumo. Tênis tem um preço relativo
54
médio, um ciclo de re-suprimento médio e um envolvimento de médio prazo
no consumo. Micro-system tem um preço relativo alto, um ciclo de re-
suprimento longo e um envolvimento de longo prazo no consumo.
Tênis e micro-system foram as categorias utilizadas por Neto e Luce (2006)
na avaliação da multidimensionalidade e do valor da marca na perspectiva do
consumidor, no ambiente brasileiro, utilizando a escala desenvolvida
originalmente por Yoo et al (2000) e Yoo e Donthu (2001). Yoo et al (2000)
haviam utilizado a categoria televisores em seu trabalho. Entretanto, Neto e
Luce (2006, p. 6) trocaram esta categoria por micro-system no processo de
aculturação da pesquisa, pois a categoria micro-system seria um estímulo
“mais adequado à realidade dos estudantes brasileiros de nível superior do
que os televisores”, que, como será visto a seguir, constituíram a população
alvo deste estudo.
Na pesquisa original de Yoo et al (2000) e na pesquisa de Neto e Luce (2006)
foi utilizada a categoria filme para câmera fotográfica como categoria de
baixo preço. No presente estudo, esta categoria foi substituída por
refrigerante. Segundo os especialistas consultados, a câmera fotográfica com
filme está passando por um momento de substituição por câmeras
fotográficas digitais. Para evitar que o percentual de usuários da categoria
entre os respondentes da pesquisa fosse baixo, foi efetuada a substituição
por refrigerante.
A categoria refrigerante foi utilizada anteriormente por Burlamaqui e Barbosa
(2006). No estudo destes autores, o modelo de valor da marca de Yoo et al
(2000) apresentou fatores e relações compatíveis com os que haviam sido
55
identificados pelos criadores da escala e por Neto e Luce (2006). Segundo
Burlamaqui e Barbosa (2006), o modelo de Yoo et al (2000) se mostrou
adequado para medir o valor da marca na perspectiva do consumidor para
esta categoria de produto.
As marcas utilizadas nesta pesquisa foram baseadas no estudo de Neto e
Luce (2006). Desse modo, para tênis foram utilizadas as marcas Nike,
Adidas, Olympikus e Try On, e para micro-system foram utilizadas as marcas
Sony, CCE, Philips e Aiwa. A única alteração em relação à pesquisa dos
autores mencionados foi a substituição da marca Rainha pela marca Adidas.
Segundo consulta realizada a varejistas especializados no ramo, no Rio de
Janeiro, a marca Adidas é uma forte concorrente do mercado e poderia, junto
com a Nike, oferecer um melhor contraste com as marcas Olympikus e Try
On.
Para a categoria refrigerante, foram selecionadas as marcas Coca-Cola,
Pepsi, Dolly Cola e Baré Cola. No pré-teste do questionário, a marca Baré
Cola se mostrou desconhecida dos respondentes em geral, sendo logo
substituída pela marca Tobi Cola.
A escolha das marcas em cada categoria de produto procurou evidenciar
duas marcas internacionais, best-of-class, e duas marcas de preço relativo
mais baixo.
56
3.4. POPULAÇÃO E AMOSTRA
3.4.1. POPULAÇÃO ALVO
Desse modo, a população alvo deste trabalho se constitui de consumidores
das categorias de produtos utilizadas nesta pesquisa, moradores da região
metropolitana do estado do Rio de Janeiro.
3.4.2. AMOSTRA
Neste estudo foi utilizada uma amostra não probabilística, mais
precisamente, foi utilizada uma amostra por conveniência, composta por
estudantes universitários, cujo acesso foi franqueado pelas instituições de
ensino.
Uma amostra não probabilística contém um erro de amostragem que deve
ser considerado nos resultados da pesquisa. Além disso, não existe garantia
de que os consumidores incluídos na amostra representem a população alvo
(CHURCHILL JR, 1991). A amostra por conveniência com estudantes
universitários foi utilizada no estudo original de Yoo et al (2000) e no trabalho
de Neto e Luce (2006), que também consideraram funcionários e professores
de uma universidade.
Os estudantes universitários, entrevistas nesta pesquisa, são consumidores
das categorias pesquisadas e estão familiarizados com as marcas. Sendo
assim, este conhecimento permite que as respostas às perguntas da
pesquisa sejam confiáveis e válidas (YOO e DONTHU, 2001).
57
A validade de pesquisas que utilizam estudantes universitários como
respondentes tem sido muito criticada porque estudantes não seriam
“pessoas reais” e não poderiam representar a população em geral (Yoo et al,
2000). Entretanto, segundo os autores, estudantes universitários são os
primeiros consumidores a experimentar as categorias de produtos utilizadas
na pesquisa. E também, estudantes estão muito envolvidos em processos de
escolha de compra, seja decidindo-a ou influenciando-a (Yoo et al, 2000).
3.5. COLETA DE DADOS E INSTRUMENTO DE PESQUISA
3.5.1. MÉTODO DE COLETA DE DADOS
Os dados desta pesquisa foram obtidos por uma survey, cujo questionário
estruturado foi administrado com assistência do entrevistador para
preenchimento pelo próprio informante.
De acordo com Hair Jr, Babin, Money e Samouel (2005) as surveys utilizam
questionários de grande abrangência que auxiliam na validação dos dados
quantitativos necessários para um estudo baseado em modelos teóricos e
problemas de pesquisa bem definidos, que é o caso deste trabalho.
A opção pela administração do questionário com assistência do entrevistador
ocorreu porque seria possível esclarecer possíveis dúvidas dos respondentes
(CHURCHILL JR, 1991), garantindo, desse modo, um maior número de
respostas válidas, o que foi de grande importância para este estudo, uma vez
que foi necessário um grande número de questionários válidos.
58
Foram obtidos 712 questionários no período compreendido entre os meses
de setembro e novembro de 2006. Destes, 636 (89,3%) foram considerados
válidos. Os questionários não aproveitados foram descartados por dois
motivos: dados incompletos ou preenchimento inadequado sistemático.
Alguns informantes se recusaram a responder o questionário, alegando que
não poderiam colaborar com o estudo, uma vez que seriam ideologicamente
contrários à utilização de produtos de marcas. Faz-se relevante notar que a
maioria destes informantes, apesar da declaração, vestia alguma peça de
grife.
Outro fato peculiar foi a declaração de uma informante de que o produto
micro-system já não era mais utilizado. Na opinião desta informante,
“ninguém usa mais micro-system, todo mundo usa mp3”.
Parte dos questionários que foram rejeitados por preenchimento inadequado
sistemático, apresentaram respostas repetitivas a partir de determinada
pergunta, sugerindo que o instrumento pode ter sido considerado longo
demais por alguns dos respondentes. O tempo médio de preenchimento do
questionário oscilou em torno de 25 minutos.
Antes de cada sessão de entrevistas, o entrevistador ordenou previamente os
questionários de forma a garantir um equilíbrio no número de informantes
para cada categoria e marca.
O acesso aos alunos se deu em sala de aula. Tipicamente, todos os alunos
da sala responderam ao questionário. Essa alta taxa de colaboração dos
alunos deveu-se em parte ao comprometimento dos professores com o
59
pesquisador. Os professores apresentaram o pesquisador e interromperam
sua sessão por cerca de 30 minutos para o preenchimento dos questionários.
O acesso aos professores aconteceu através de um processo de bola de
neve, ou seja, cada professor indicou pessoalmente colegas da sua ou de
outras universidades, servindo como elemento facilitador.
3.5.2. QUESTIONÁRIO
Tendo em vista que este estudo investigou quatro marcas para cada uma das
três categorias de produtos, foi necessária a elaboração de doze versões
distintas do instrumento de coleta de dados. Nos anexos B, C, e D são
apresentados os modelos de questionário utilizados para cada categoria de
produto pesquisada.
As perguntas incluídas no questionário foram desenvolvidas com base na
literatura. Mais precisamente, existem três grupos de variáveis: relativas à
imagem do varejista; relativas ao composto de marketing; e relativas ao valor
da marca.
3.5.2.1. Variáveis Relativas à Imagem do Varejista
O primeiro grupo de variáveis se refere às dimensões da imagem do
varejista. São utilizadas perguntas que foram previamente incluídas nos
trabalhos que serviram de referência para a construção do modelo proposto.
Estas variáveis foram traduzidas do idioma inglês para o português e,
posteriormente, foram submetidas a um processo de tradução reversa,
quando um especialista na língua inglesa transformou o resultado da
60
tradução para o português, realizado pelo autor, novamente, para o idioma
inglês. O resultado da tradução reversa foi comparado com as sentenças
originais, a fim de garantir a similaridade textual entre elas e,
consequentemente, a similaridade interpretativa da pergunta. Esse mesmo
processo foi utilizado no estudo original de Yoo et al (2000) quando o
questionário foi aplicado para informantes coreanos.
Houve, também, a necessidade de adaptação de variáveis que na literatura
foram utilizadas originalmente para medir a percepção sobre uma
determinada loja, uma vez que o foco deste estudo é medir a percepção da
distribuição de uma determinada marca.
Por exemplo, Burt e Carralero-Encinas (2000) utilizaram a variável “the store
is clean and tidy”. Na tradução, essa variável ficou “a loja é limpa e
organizada”. A adaptação exigiu, entretanto, que o foco na loja fosse
redirecionado para marca, o que resultou na seguinte operacionalização: “as
lojas que vendem a marca X são limpas e organizadas”. Desse modo, a
variável avalia a distribuição da marca e, não, a loja.
No pré-teste do questionário, foi identificado que a palavra “loja” não faz com
que as pessoas lembrem de locais de venda como hipermercado, bares,
restaurantes, farmácias, porta-a-porta, ou qualquer outro local de venda
diferente das tradicionais lojas de bens de consumo duráveis ou semi-
duráveis localizadas nas ruas ou nos shoppings centers. Como a intenção da
pesquisa é avaliar qualquer tipo de distribuição das categorias de produtos
escolhidas e os locais não reconhecidos como “lojas” podem fazer grande
diferença nesta avaliação, a expressão “locais de venda” substituiu a palavra
61
“loja” nas sentenças do questionário. Segundo os especialistas da língua
inglesa que participaram da tradução reversa, a palavra “loja” tem um
significado mais amplo nos Estados Unidos do que no Brasil, compreendendo
formatos de varejo que não são identificados como loja no ambiente
brasileiro.
No pré-teste do questionário, os respondentes interpretaram com exatidão a
expressão “locais de venda”, sendo esta utilizada em todo o questionário.
Deste modo, a adaptação supra citada “as lojas que vendem a marca X são
limpas e organizadas” foi substituída por “os locais que vendem a marca X
são limpos e organizados”, bem como todas as demais adaptações que
utilizaram a palavra “loja”.
Para verificar a validade dos fatores formadores da imagem do varejista
foram incluídas quatro variáveis. Duas dessas variáveis foram retiradas do
estudo de Manolis et al (1994), uma variável do estudo de Yoo et al (2000) e
uma quarta variável de abrangência ampla foi proposta neste estudo. A
pergunta, que operacionaliza a variável abrangente “de uma maneira geral,
os locais que vendem a marca X tem uma imagem ....”, utiliza uma escala de
diferencial semântico tendo como pólospéssima” e “excelente”. Pereira
(1986) concluiu que “péssima” e “excelente” podem ser utilizados como pólos
opostos em uma escala de diferencial semântico.
As duas perguntas retiradas do estudo de Manolis et al (1994) foram
traduzidas e adaptadas para serem medidas pela mesma escala de
diferencial semântico da variável supra descrita. Deste modo, as variáveis
originais, depois de traduzidas e adaptadas, foram operacionalizadas como:
62
“sobre os locais que vendem a marca X, eu tenho uma impressão ...” e “os
locais que vendem a marca X têm uma reputação ...”, ambas utilizando os
pólos semânticos “péssimo” e “excelente”, para facilitar a compreensão dos
respondentes.
A pergunta extraída do estudo de Yoo et al (2000), depois de traduzida foi
adaptada para “a qualidade dos locais onde eu posso comprar X é ...”,
também operacionalizada através de uma escala de diferencial semântico –
“péssima” e “excelente”.
3.5.2.2 Variáveis Relativas ao Composto de Marketing
O segundo grupo de variáveis está relacionado às ações do composto de
marketing. Foi utilizada a escala testada por Yoo et al (2000) com o
acréscimo de retiradas da literatura. O processo de tradução reversa também
foi utilizado para a correta tradução das perguntas. Os fatores promoções de
preço e gastos com propaganda receberam duas novas perguntas cada um.
Estas perguntas foram retiradas do trabalho de Villarejo-Ramos e Sánchez-
Franco (2005), que utilizaram uma adaptação do modelo de Yoo et al (2000)
para testar a influência da propaganda e da promoção de preço sobre as
dimensões da marca na perspectiva do consumidor e enriqueceram a escala
original com as referidas perguntas. O fator preço recebeu três novas
variáveis criadas com base na literatura de preços. Estas variáveis se
referem ao preço relativo aos concorrentes, ao preço relativo à condição
financeira do consumidor e ao preço relativo aos benefícios do produto.
63
3.5.2.3 Variáveis Relativas ao Valor da Marca
O terceiro grupo de variáveis se refere às dimensões do valor da marca na
perspectiva do consumidor. Nesse caso, foi utilizada exatamente a mesma
escala testada por Yoo et al (2000), já que comprova a relação destas
dimensões com o valor geral da marca na perspectiva do consumidor. Não foi
utilizada a técnica de tradução reversa, uma vez que Neto e Luce (2006) já
haviam traduzido a escala original para o português. Alterações foram
executadas para melhorar a compreensão dos respondentes quanto a duas
variáveis. As sentenças, operacionalizadas por Neto e Luce (2006), “eu tenho
conhecimento da marca” e “a chance de que a marca sirva é muito alta”
foram alteradas, respectivamente, para “eu conheço a marca X” e “a chance
de que a marca X seja adequada para o que eu preciso é muito alta”.
3.6. ANÁLISE DE DADOS
3.6.1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA
Os dados coletados na pesquisa foram, inicialmente, submetidos à uma
análise univariada, onde se verificou a freqüência, média e desvio padrão das
principais variáveis caracterizadoras do perfil dos respondentes.
3.6.2. DETERMINAÇÃO DOS FATORES
Realizou-se quatro procedimentos de análise fatorial exploratória, objetivando
a identificação dos fatores e respectivas variáveis relevantes para a formação
das dimensões: (a) da imagem do varejista; (b) dos elementos do composto
de marketing; (c) do valor da marca e; (d) do valor geral da marca.
64
Finalmente, utilizando exclusivamente as variáveis relevantes, selecionadas
através dos quatro procedimentos fatoriais mencionados, realizou-se uma
quinta análise fatorial para verificar a consistência dos fatores quando
considerados conjuntamente.
Uma sexta análise fatorial exploratória foi realizada utilizando-se tão somente
os dados relativos às marcas internacionais para efeito de comparação com
os resultados obtidos na etapa anterior.
Em cada análise fatorial exploratória, foram observados os indicadores do
teste de esfericidade de Barlett e a estatística KMO (Kaiser-Meyer-Olkin). A
confiabilidade das escalas foi mensurada pelo Alfa de Cronbach. As variáveis
representativas de cada construto foram extraídas pelo método de análise de
componentes principais, utilizando-se a rotação Varimax.
3.6.3. TESTE DAS HIPÓTESES
As hipóteses deste estudo foram testadas utilizando-se duas técnicas
estatísticas para análise multivariada de dados: (a) modelagem de equações
estruturais (SEM) e; (b) análise de regressão múltipla.
As hipóteses H1a à H1e foram verificadas através de análise de regressão
múltipla, enquanto as hipóteses H2a à H5b foram testadas pelo modelo
estrutural e de mensuração da SEM.
3.6.3.1. Teste das Hipóteses H1a à H1e – Análise de Regressão Múltipla
A análise de regressão múltipla é adequada para examinar a relação entre
uma variável dependente e “n” variáveis independentes em uma escala
65
métrica (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005). Segundo os
autores (p. 145), “a regressão múltipla fornece um meio objetivo de avaliar o
poder preditivo de um conjunto de variáveis independentes”. Ao fazer a
avaliação simultânea das variáveis independentes em relação à dependente,
a análise de regressão múltipla informa a importância relativa de cada uma
das variáveis independentes.
A análise de regressão múltipla supõe algumas condições dos dados. São
elas: a linearidade do fenômeno medido, a variância constante dos termos de
erro, a independência dos termos de erro e a normalidade da distribuição dos
termos de erro (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM e BLACK, 2005). Antes da
verificação das hipóteses, verificou-se as condições supostas pela técnica de
análise de regressão múltipla.
Foi utilizada a estimação stepwise na análise de regressão múltipla para a
verificação das hipóteses H1a à H1e. Esta estimação inclui, uma a uma por
ordem de importância relativa, as variáveis independentes no modelo. Para
verificar quanto da variação total do item dependente é explicado pelas
variáveis independentes, é utilizado o coeficiente de determinação R
quadrado. Para avaliar a significância estatística do modelo, foi utilizado o
teste estatístico da razão F. Segundo Hair Jr, Anderson, Tatham, Black
(2005, p. 159), a razão F é indicada para verificar que a “quantia de variação
explicada pelo modelo de regressão é maior que a variação explicada pela
média”. O teste t foi executado para verificar se os coeficientes gerados pela
regressão podem ser realmente utilizados. Para Hair Jr, Anderson, Tatham,
Black (2005), o objetivo do teste estatístico do coeficiente de regressão é
66
garantir que ele seja diferente de zero em todas as possíveis amostras,
garantindo um elevado nível de certeza de que este coeficiente deva ser
incluído na equação de regressão.
3.6.3.2. Teste das Hipóteses H2a à H5b – SEM
Para efeito de nomenclatura, a sigla SEM é utilizada neste item como
sinônimo de modelagem de equações estruturais. A SEM é formada por
relações causais baseadas em teoria e/ou experiência prévia.
Neste estudo, a SEM foi utilizada para confirmar as relações causais
encontradas na literatura. Yoo et al (2000) utilizaram a SEM para verificar as
relações entre os fatores do composto de marketing e as dimensões do valor
da marca na perspectiva do consumidor. Os esforços de marketing
percebidos foram utilizados como construtos exógenos e foram relacionados
às dimensões do valor da marca, que foram os construtos endógenos. De
acordo com Hair, Anderson, Tatham, Black (2005, p. 467), o construto
endógeno é “a variável dependente ou de resultado em pelo menos uma
relação causal” e o construto exógeno é a “variável que atua simplesmente
como preditor ou ‘causa’ para outros construtos ou variáveis do modelo”.
Segundo Hair Jr, Anderson, Tatham, Black (2005, p. 467), a SEM “estima
uma série de equações de regressão múltipla separadas, mas inter-
dependentes, simultaneamente, pela especificação do modelo estrutural
usado pelo programa estatístico”. A modelagem de equações estruturais
pode “estimar múltiplas e inter-relacionadas relações de dependência” e
“representar conceitos não observados nessas relações”, explicando, desse
67
modo, o erro de mensuração no processo de estimação. Ainda de acordo
com os autores, o erro de mensuração representa o “grau em que as
variáveis que podemos medir (variáveis manifestas) não descrevem
perfeitamente o(s) construto(s) latente(s) de interesse”. Este é o caso neste
estudo, uma vez que se está trabalhando com conceitos abstratos de
percepção dos esforços de marketing e do valor da marca. O conhecimento
da amplitude deste problema permite incorporar a confiabilidade na
estimação estatística e melhorar o modelo de dependência.
A SEM pode ser desenvolvida pelo uso de dois modelos básicos: o modelo
estrutural e o modelo de mensuração. O modelo estrutural também é
conhecido como modelo de caminhos e relaciona variáveis independentes
com dependentes. O modelo de mensuração permite a utilização de diversas
variáveis como uma única variável dependente ou independente. Este
procedimento é similar à análise fatorial e é comumente chamado de análise
fatorial confirmatória (CFA).
A análise confirmatória, utilizando a técnica SEM, exige a elaboração de um
diagrama de caminhos que retrata as relações causais que o estudo propõe.
As setas retilíneas indicam relação de causalidade entre um construto e
outro. As setas curvilíneas indicam uma correlação entre construtos. Os
caminhos são, então, transformados em equações que consideram as
variáveis dependentes (construtos endógenos), suas variáveis preditoras
(construtos exógenos e/ou endógenos), um coeficiente estrutural para cada
variável preditora e um erro de mensuração. Desse modo, um conjunto de
68
equações estruturais pode ser estimado para teste do modelo (HAIR JR,
ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
O modelo é testado através da técnica de estimação de máxima
verossimilhança (MLE). Esta é a técnica de estimação mais comum e sugere
que a amostra contemple entre 100 e 200 respondentes, sendo 200 o
tamanho amostral crítico. No entanto, o tamanho da amostra deve ser
aumentado caso o número de parâmetros seja grande e o modelo seja
complexo (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
O primeiro passo da SEM é verificar se existem estimativas transgressoras
no modelo. Existem três verificações principais. A primeira é se existem
variâncias negativas ou não significantes para os construtos do modelo. A
segunda se refere ao valor dos coeficientes padronizados. Eles não podem
exceder ou estar muito próximo de 1. E a terceira verificação confere se erros
padrão muito grandes estão associados com os coeficientes estimados. O
modelo tem que ser reespecificado caso exista uma estimativa transgressora
(HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
A seguir, é calculado o número de graus de liberdade. Um modelo é “tão
generalizável quanto possível” (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK,
2005) quando o ajuste é conseguido com o maior número possível de graus
de liberdades, sendo chamado de modelo superajustado.
O passo seguinte é avaliar o ajuste geral do modelo. A qualidade de ajuste se
refere à correspondência entre a matriz de dados de entrada e a prevista pelo
modelo proposto. Caso seja necessário, o modelo tem que ser reespecificado
69
para obtenção dos melhores índices de ajuste. Para avaliar o ajuste do
modelo, são utilizadas medidas de ajuste absoluto, medidas de ajuste
incremental, e medidas de ajuste parcimonioso. As medidas de ajuste
absoluto medem o ajuste geral do modelo. As medidas de ajuste incremental
avaliam o modelo proposto em relação à outro modelo especificado pelo
pesquisador. As medidas de ajuste parcimonioso visam determinar a
quantidade de ajuste que cada coeficiente estimado possibilita. O modelo
pode ser reespecificado para melhorar seus índices de ajuste (HAIR JR,
ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
Como medidas de ajuste absoluto são utilizados os graus de liberdade (DF),
o número de parâmetros do modelo (NPAR), o índice de qualidade de ajuste
(GFI), o índice ajustado de qualidade (AGFI), a raiz do erro quadrático médio
de aproximação (RMSEA) e o índice de validação cruzada esperada (ECVI).
Como medidas de ajuste incremental, são aplicados o índice de Tucker-Lewis
(TLI), o índice de ajuste normalizado (NFI), o índice de ajuste relativo (RFI), o
índice de ajuste incremental (IFI) e o índice de ajuste comparativo (CFI).
Como medidas de ajuste parcimonioso, são verificados o índice de qualidade
de ajuste parcimonioso (PGFI), o índice de ajuste normalizado parcimonioso
(PNFI) e o qui-quadrado normalizado (CMIN/DF) (SHARMA, 1996; HAIR JR,
ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005). Os índices HFIVE e HONE medem a
adequação do tamanho da amostra para a verificação do modelo proposto
(BYRNE, 2001). O quadro 3.01 resume os níveis aceitáveis dos índices de
ajuste segundo os autores citados.
70
Quadro 3.01
Níveis Aceitáveis dos Índices de Ajuste
DF
NPAR
GFI
AGFI
RMSEA
ECVI
TLI
NFI
RFI
IFI
CFI
PGFI
PNFI
CMIN/DF
HFIVE
HONE
Índice para comparação entre modelos. Quanto maior o valor, melhor o
ajuste.
Existem três níveis sugeridos. Menor ou igual a 0,010, menor ou igual a
0,020 ou menor ou igual a 0,050.
Valores acima de 200.
Valores acima de 200.
Próximo ou maior que 0,90.
Próximo ou maior que 0,90.
Próximo ou maior que 0,90.
Índice para comparação entre modelos. Quanto maior o valor, melhor o
ajuste.
Significativo quando PCLOSE for maior que 0,5. Valores menores que 0,05
indicam bom ajuste. Valores entre 0,05 e 0,08 indicam ajuste aceitável.
Valores maiores que 0,08 indicam ajuste mediocre.
Deve ser inferior ao ECVI saturado e o ECVI independente.
Próximo ou maior que 0,90.
Próximo ou maior que 0,90.
O número de DF deve ser maior que o NPAR.
A relão entre o tamanho da amostra e o NPAR deve ser maior que 10.
Próximo ou maior que 0,90.
Próximo ou maior que 0,90.
Fonte: o autor, adaptado de Hair Jr, Anderson, Tatham e Black (2005), Byrne (2001) e Sharma (1996)
Depois do modelo geral ser aceito, o passo seguinte é proceder com uma
análise do modelo de mensuração (análise fatorial confirmatória) para
verificar a unidimensionalidade de cada construto. A escala fatorial
confirmatória difere da análise exploratória uma vez que o pesquisador passa
a ter controle sobre a especificação dos indicadores para cada construto
latente, sendo um melhor instrumento para a “validação de escalas para a
mensuração de construtos específicos” (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM,
BLACK, 2005, p. 492). Segundo Sharma (1996), a análise fatorial
confirmatória é uma técnica apropriada para a confirmação empírica de uma
hipótese de modelo fatorial proposto pela literatura.
A matriz de covariância é utilizada como a entrada de dados para a CFA,
uma vez que o procedimento de máxima verossimilhança, que será utilizado
neste estudo, é derivado da matriz de covariância (SHARMA, 1996).
71
Para a estimação do modelo de mensuração, o construto deve ser feito
“invariante sob escala” (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005, p.
494). Em outras palavras, os indicadores dos construtos devem ser
padronizados, tornando-os comparáveis. A abordagem de padronização que
é utilizada neste trabalho é a estimação da variância do construto.
A avaliação da unidimensionalidade de cada construto é feita
separadamente. Este procedimento avalia a significância estatística das
cargas indicadoras (valor t), e a confiabilidade do construto e a variância
extraída (SHARMA, 1996; HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
A confiabilidade do construto é avaliada pela relação entre a soma das
cargas das variáveis do construto e a soma das cargas mais a soma dos
erros de mensuração dos indicadores, sendo recomendável que esteja acima
de 0,70 (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
A variância extraída é calculada pela relação do quadrado da soma das
cargas das variáveis do construto e o quadrado da soma das cargas mais a
soma dos erros de mensuração dos indicadores, sendo recomendável que
esteja acima de 0,50 (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
A SEM supõe que a característica da distribuição dos dados seja multivariada
normal. A violação da normalidade multivariada pode enviesar a estatística
qui-quadrado e as estimativas de erros padrão dos parâmetros (SHARMA,
1996). A multinormalidade das variáveis pode ser aferida através do teste
Kolmogorov-Smirnov (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
72
Neste estudo, constatou-se que as variáveis relativas aos elementos do
composto de marketing são multinormais. Entretanto, as variáveis relativas às
dimensões do valor da marca e do valor geral da marca não apresentaram
estas características. Este problema pode ser atenuado em função do
tamanho amostral.
Tipicamente, o número de respondentes deve apresentar uma proporção de
10 para cada parâmetro. A literatura sugere uma relação de 5 a 10 por
parâmetro. No entanto, como é o caso neste estudo, quando esta proporção
é igual ou superior a 15, o efeito da violação da normalidade multivariada dos
dados é atenuado (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
3.7. LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Este trabalho tem limitações de ordem metodológica e de ordem conceitual.
Uma limitação reside na utilização de amostra por conveniência. A amostra
por conveniência é utilizada quando se precisa obter dados de modo rápido e
barato e é amplamente empregada em ciências sociais (AAKER et al, 2004).
Desse modo, a amostra por conveniência foi definida dado o grande número
de respostas que foram necessários para a aplicação das técnicas de análise
multivariada previstas e as restrições orçamentárias deste projeto. Este tipo
de amostra constitui uma limitação quando o objetivo é a generalização dos
resultados.
Quanto aos testes das hipóteses, a reespecificação dos modelos elaborados
para a modelagem de equações estruturais pode trazer problemas
conceituais, apesar de se constituir em uma prática comum. Os índices de
73
modificação, gerados pelo software utilizado, podem sugerir relações
estatisticamente corretas que, entretanto, podem carecer de um suporte
teórico adequado.
Outra limitação se refere à suposição de unidirecionalidade para a natureza
da relação entre a imagem da marca e a imagem do varejista. De acordo com
Porter e Claycomb (1997), a imagem das marcas oferecidas pode afetar
diretamente a imagem do varejista. Segundo os autores, as imagens das
marcas vendidas no canal podem influenciar a dimensão atualidade do
sortimento, que é formadora da imagem do varejo. Desse modo, pode existir
uma relação bi-direcional entre duas dimensões propostas neste estudo,
resultando na influência direta entre uma dimensão do valor da marca
consciência / associações da marca – sobre uma dimensão do construto
imagem do varejista – adequação do sortimento.
Uma limitação importante em termos metodológicos diz respeito ao fato de
que a quase totalidade dos dados que foram coletados neste estudo está
baseada nas percepções dos informantes. Apesar de a maior parte das
decisões gerenciais se basearem na percepção dos tomadores de decisão, a
opção pelo uso de respostas perceptuais acarreta um efeito inerente de viés.
74
4. RESULTADOS
Este capítulo apresenta os resultados empíricos obtidos no trabalho.
Primeiro, são apresentadas as estatísticas descritivas da amostra. Em
seguida, é mostrada a operacionalização dos construtos para, por fim, serem
apresentados os testes das hipóteses de pesquisa.
4.1 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DA AMOSTRA
Foram obtidas 636 respostas válidas. A idade média dos respondentes é de
25,8 anos. Dos 636 respondentes, 396 (62,3%) são do gênero feminino e 237
(37,8%) são do gênero masculino. O estado civil da maioria dos
respondentes (85,2%) é solteiro. Os casados ou com união estável
representam 11,6% dos respondentes e os demais são divorciados,
separados ou viúvos.
A maior parte dos respondentes - 261 (41%) - não trabalha. Dos
respondentes que trabalham, 236 (37,1%) tem ocupação em tempo parcial e,
somente, 135 (21,2%) trabalham em tempo integral. Dos 371 respondentes
que trabalham, 29,1% são estagiários e 24,5% tem vínculo formal.
Quanto aos cursos de graduação dos respondentes (ver quadro 4.01), pode-
se observar uma maior incidência de Administração (28,1%) e Direito
(21,7%). Em relação às universidades dos respondentes (ver quadro 4.02),
verifica-se a grande incidência (43,4%) de alunos da UFRJ. Apesar da
amostra não ser probabilística neste estudo, optou-se por aplicar o
questionário em universidades e cursos de graduação com perfis distintos,
75
objetivando buscar respondentes com perfis sócio-demográficos,
presumivelmente, diversos.
Quadro 4.01
Freqüência dos Cursos de Graduação
Frequência Percentual
Percentual
Válido
Percentual
Acumulado
Válidos Administração 179 28,1 28,1 28,1
Biblioteconomia 24 3,8 3,8 31,9
CAtuariais 22 3,5 3,5 35,4
CBiológicas 43 6,8 6,8 42,1
CContábeis 2 ,3 ,3 42,5
CSociais 1 ,2 ,2 42,6
Direito 138 21,7 21,7 64,3
Engenharia 10 1,6 1,6 65,9
Estatística 4 ,6 ,6 66,5
História 4 ,6 ,6 67,1
Informática 1 ,2 ,2 67,3
Letras 90 14,2 14,2 81,4
Matemática 28 4,4 4,4 85,8
Nutrição 20 3,1 3,1 89,0
Pedagogia 30 4,7 4,7 93,7
Química 12 1,9 1,9 95,6
Turismo 28 4,4 4,4 100,0
Total 636 100,0 100,0
GRADUAÇÃO
Quadro 4.02
Freqüência das Universidades
Frequência Percentual
Percentual
Válido
Percentual
Acumulado
Válidos ESPM 10 1,6 1,6 1,6
IBMEC 25 3,9 3,9 5,5
UCAM 70 11,0 11,0 16,5
UFF 72 11,3 11,3 27,8
UFRJ 276 43,4 43,4 71,2
UNIPLI 93 14,6 14,6 85,8
UNISUAM 90 14,2 14,2 100,0
Total 636 100,0 100,0
UNIVERSIDADE
Cada respondente forneceu dados exclusivamente sobre uma das 12 marcas
pesquisadas (ver quadro 4.03). O questionário tinha uma pergunta filtro que
inibia o preenchimento do instrumento caso o respondente declarasse não
conhecer a marca. O filtro não inibia o preenchimento, todavia, caso o
76
respondente nunca houvesse consumido a marca, o que foi declarado por
246 (38,7%) dos informantes. Como pode ser observado no quadro 4.03, a
distribuição dos doze tipos de questionários foi controlada de forma a garantir
um equilíbrio entre categorias de produtos e marcas.
Quadro 4.03
Freqüência das Marcas
Frequência Percentual
Percentual
Válido
Percentual
Acumulado
Válidos Adidas 57 9,0 9,0 9,0
Aiwa 52 8,2 8,2 17,1
CCE 54 8,5 8,5 25,6
Coca-cola 52 8,2 8,2 33,8
Dolly Cola 49 7,7 7,7 41,5
Nike 57 9,0 9,0 50,5
Olympikus 57 9,0 9,0 59,4
Pepsi 58 9,1 9,1 68,6
Philips 53 8,3 8,3 76,9
Sony 54 8,5 8,5 85,4
Toby Cola 46 7,2 7,2 92,6
Try On 47 7,4 7,4 100,0
Total 636 100,0 100,0
MARCA
A totalidade dos respondentes nunca trabalhou na empresa que administra a
marca que serviu de estímulo de resposta em cada questionário. Este
controle foi introduzido para eliminar um viés de resposta.
4.2. OPERACIONALIZAÇÃO DOS CONSTRUTOS
Para responder as perguntas deste trabalho foi necessária a
operacionalização de quatorze construtos: (a) cinco construtos relativos à
imagem do varejista; (b) quatro construtos relativos aos elementos do
composto de marketing; (c) três construtos relativos às dimensões do valor
da marca na perspectiva do consumidor e; (d) um construto relativo ao valor
geral da marca.
77
4.2.1. S
ELEÇÃO DO
C
ONJUNTO DE
V
ARIÁVEIS
4.2.1.1. Análise Inicial da Confiabilidade da Escala
Seguindo os mesmo procedimentos de análise de Yoo et al (2000), realizou-
se, primeiramente, a análise da confiabilidade das escalas referentes à cada
construto esperado. O coeficiente Alfa de Cronbach indica a consistência
interna dos itens da escala (MALHOTRA, 2001). O critério utilizado para a
seleção de variáveis foi de que cada construto tivesse um alfa que superasse
ou, ao menos, se aproximasse de 0,70, o maior nível proposto por Hair Jr,
Anderson, Tatham e Black (2005) de 0,70. Nesta primeira análise, as escalas
referentes aos fatores Promoção de Preço, Ambiente, Serviços ao Cliente e
Conveniência apresentaram um alfa de Cronbach abaixo do nível de 0,70
(ver quadro 4.04).
Quadro 4.04
Confiabilidade da Escala Inicial
Grupo de Fatores Construtos
Variável
Composta
A
lpha de
Cronbach F Sig
Qualidade Percebida QUALPER 0,908 68,869 0,000
Lealdade à Marca LEAL 0,760 61,447 0,000
Consciência/ Associações à Marca CONAS 0,764 117,501 0,000
Valor da marca na perspectiva do
consumidor
Valor Geral da Marca VAGER 0,870 73,643 0,000
Preço PREÇO 0,867 154,205 0,000
Gastos com Propaganda PROPAG 0,798 208,635 0,000
Promoção de Preço
PROMPRE 0,609 93,601 0,000
Imagem do Varejista IGCAN 0,904 6,350 0,000
Ambiente AMBI 0,676 330,975 0,000
Serviço ao Cliente
SERVCLI 0,653 181,610 0,000
Adequação do Sortimento MERC 0,732 47,295 0,000
Interação Pessoal INTPES 0,807 50,783 0,000
Conveniência
CONV 0,679 282,619 0,000
Dimensões do valor da marca na
perspectiva do consumidor
Fatores do composto de marketing
Fatores da imagem do varejista
ANOVA(a)
Em seguida, foi analisada a matriz de correlação inter-item para identificar as
variáveis do construto que não contribuíam para a confiabilidade das escalas.
De acordo com Hair Jr, Anderson, Tatham e Black (2005, p.112), “normas
78
práticas sugerem que as correlações inter-itens excedam 0,30”. Foi eliminada
uma variável nos construtos Promoção de Preço, Serviços ao Cliente e
Conveniência que haviam apresentado alfa de Cronbach inferior a 0,70 (ver
quadro 4.05).
Quadro 4.05
Matriz de Correlação Inter-Item Inicial
PROMPRE
PP1 PP2 PP3 PP4_i PP5
PP1 1,000 0,406 0,331 0,039 0,116
PP2 0,406 1,000 0,553 0,146 0,385
PP3 0,331 0,553 1,000 0,083 0,416
PP4_i 0,039 0,146 0,083 1,000 0,092
PP5 0,116 0,385 0,416 0,092 1,000
SERVCLI
SC1 SC2_i SC3 SC4 SC5
SC1 1,000 0,122 0,288 0,330 0,263
SC2_i 0,122 1,000 0,040 0,139 0,184
SC3 0,288 0,040 1,000 0,535 0,388
SC4 0,330 0,139 0,535 1,000 0,602
SC5 0,263 0,184 0,388 0,602 1,000
CON
V
CO1 CO2 CO3_i CO4_i CO5 CO6
CO1 1,000 0,415 0,225 0,000 0,005 0,172
CO2 0,415 1,000 0,440 0,348 0,310 0,362
CO3_i 0,225 0,440 1,000 0,390 0,162 0,283
CO4_i 0,000 0,348 0,390 1,000 0,188 0,205
CO5 0,005 0,310 0,162 0,188 1,000 0,425
CO6 0,172 0,362 0,283 0,205 0,425 1,000
Realizadas as exclusões de variáveis, o alfa de Cronbach foi calculado
novamente para cada construto. Como resultado desta seleção inicial, o
alfa,dos três construtos modificados se aproximaram do nível de 0,70 (ver
quadro 4.06)
79
Quadro 4.06
Confiabilidade da Escala Após Exclusão de PP4_i, SC2_i e CO1
Grupo de Fatores Construtos
Variável
Composta
A
lpha de
Cronbach F Sig
Qualidade Percebida QUALPER 0,908 68,869 0,000
Lealdade à Marca LEAL 0,760 61,447 0,000
Consciência/ Associações à Marca CONAS 0,764 117,501 0,000
Valor da marca na perspectiva do
consumidor
Valor Geral da Marca VAGER 0,870 73,643 0,000
Preço PREÇO 0,867 154,205 0,000
Gastos com Propaganda PROPAG 0,798 208,635 0,000
Promoção de Preço
PROMPRE 0,695 91,165 0,000
Imagem do Varejista IGCAN 0,904 6,350 0,000
Ambiente AMBI 0,676 330,975 0,000
Serviço ao Cliente
SERVCLI 0,713 272,725 0,000
Adequação do Sortimento MERC 0,732 47,295 0,000
Interação Pessoal INTPES 0,807 50,783 0,000
Conveniência
CONV 0,693 43,964 0,000
Fatores do composto de marketing
Fatores da imagem do varejista
ANOVA(a)
Dimensões do valor da marca na
perspectiva do consumidor
4.2.1. A
NÁLISE
F
ATORIAL
E
XPLORATÓRIA
A análise fatorial exploratória é a técnica adequada quando se deseja resumir
a informação presente em diversas variáveis em um conjunto menor de
fatores, sem que haja perda representativa de informação (HAIR JR,
ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005). Segundo Churchill Jr (1991), a
análise fatorial exploratória se preocupa com a interdependência entre
variáveis, analisando as suas correlações, e sugere fatores, que são
formados por uma combinação linear das variáveis.
Hair Jr, Anderson, Tatham e Black (2005) sugerem que o tamanho da
amostra para a realização da análise fatorial deve ser maior do que cinco
observações por variável, sendo mais aceitável a proporção de dez
observações para cada variável. Alguns pesquisadores chegam a propor até
vinte observações por variável.
Em todas as análises fatoriais exploratórias, o método de análise de
componentes principais foi utilizado para selecionar as variáveis
80
representativas de cada construto. De acordo com Hair Jr, Anderson,
Tatham, Black (2005, p. 99), o método de análise de componentes se justifica
quando a intenção do pesquisador é “a previsão ou o número mínimo de
fatores necessários para explicar a parte máxima da variância representada
no conjunto original de variáveis”.
Também em todas as análises fatoriais, o método Varimax foi utilizado para
rotacionar a matriz de componentes. Este método força as cargas fatoriais a
ficarem próximas de 0 ou 1, facilitando a interpretação da formação dos
fatores. A rotação Varimax consegue obter cargas mais interpretáveis, além
de ser o método mais utilizado (CHURCHILL, 1991). A carga fatorial é uma
medida de correlação entre a variável original e seu fator (HAIR JR,
ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005).
O ponto de corte das cargas fatoriais seguiu a orientação de Hair Jr,
Anderson, Tatham e Black (2005). Segundo os autores, para uma amostra
com mais de 350 respondentes, a carga fatorial identificada como significante
deve estar acima de 0,30. A significância estatística da carga fatorial é
utilizada para selecionar as variáveis que fazem parte das respectivas
dimensões e, quanto maior o tamanho da amostra, menor a carga fatorial
requerida, considerando-se um nível de poder de 80% e um nível de
significância de 0,05 (α).
Para a seleção do número de fatores a serem extraídos foi utilizado o critério
da raiz latente, que avalia os autovalores de cada variável e somente
considera os valores significantes para a formação dos construtos. Em outras
palavras, este critério verifica se qualquer fator individual explica a variação
81
de pelo menos uma variável, com cada variável contribuindo com um valor 1
da totalidade do autovalor, sendo eliminados os fatores que tiveram um
autovalor menor que 1. (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005, p.
101).
4.2.2.1. Fatores da Imagem do Varejista
O conjunto de variáveis, relacionadas à imagem do varejista, selecionadas
previamente pelo critério de confiabilidade da escala, foram submetidas a
uma análise fatorial exploratória. Os resultados iniciais dos fatores sugeriram
a eliminação de duas variáveis. A princípio, estas duas variáveis (SC1 e
ME5_i) foram alocadas a outros fatores do mesmo grupo de construtos (ver
quadro 4.07). Este deslocamento das variáveis não deveria acontecer, uma
vez que não foram identificadas bases teóricas que suportassem tais
mudanças.
A variável SC1 – “locais que vendem X aceitam diferentes tipos de cartão
(crédito, débito, da loja, de afinidade, etc...)” foi deslocada para o fator 2,
relativo à adequação do sortimento, e a variável ME3_i – “locais que vendem
X oferecem produtos de má qualidade” foi deslocada para o fator relativo ao
ambiente. Não há base teórica que suporte estas mudanças. Logo, estas
duas variáveis foram descartadas.
82
Quadro 4.07
Matriz de Componentes Rotacionada Antes da Exclusão de Variáveis -
Imagem do Varejista
123456
AM1 0,198 0,246 0,337 0,533 -0,119 0,362
AM2_i 0,053 0,219 0,159 0,770 0,099 0,126
AM3_i 0,043 0,129 0,094 0,571 0,293 -0,096
AM4 -0,026 0,164 0,529 0,142 0,176 0,246
AM5 0,248 0,065 0,453 0,324 -0,162 0,231
SC1 0,094 0,488 0,261 0,217 0,108 0,279
SC3 0,209 0,139 0,721 -0,044 0,132 0,020
SC4 0,306 0,196 0,707 0,220 -0,012 0,011
SC5 0,499 0,147 0,575 0,130 0,019 -0,083
ME1 0,052 0,765 0,117 -0,027 0,128 0,050
ME2 0,239 0,707 0,250 0,144 -0,032 0,192
ME3_i 0,242 -0,030 0,049 0,639 0,154 0,070
ME4 0,140 0,775 0,119 0,077 0,052 0,075
ME5 0,121 0,708 0,013 0,187 0,207 0,104
IP1 0,736 0,229 0,183 0,174 0,050 0,095
IP2 0,804 0,172 0,178 0,114 0,080 0,091
IP3_i 0,521 0,092 -0,145 0,308 0,053 -0,054
IP4 0,680 0,016 0,270 0,018 -0,070 0,025
IP5 0,812 0,098 0,203 0,007 0,036 0,172
CO2 0,153 0,199 0,178 0,076 0,610 0,339
CO3_i 0,047 0,016 0,020 0,142 0,793 0,113
CO4_i -0,058 0,176 0,018 0,146 0,704 0,038
CO5 0,083 0,204 -0,025 0,079 0,091 0,783
CO6 0,078 0,135 0,192 0,036 0,270 0,694
Componentes
Neste mesmo procedimento, outras quatro variáveis mudaram-se dos fatores
iniciais esperados para outros fatores. Neste caso, entretanto, a teoria
suportava esta transição (ver quadro 4.07).
As variáveis AM4 – “é fácil achar o que estou procurando nos locais que
vendem X” e AM5 – “comprar nos locais que vendem X é sinal de prestígio”
foram incluídas no fator relativo ao servo ao cliente. Sinha e Banerjee
(2004) propõem que a avaliação do varejista varia de acordo com situações
específicas, tais como compras urgentes, compras de grandes quantidades,
trabalho difícil, compra regular e necessidade de novas idéias. Então, pode-
se inferir que a facilidade de achar as mercadorias de que necessita, pode
83
levar o consumidor a uma melhor avaliação do serviço do canal em várias
das situações mencionadas por Sinha e Banerjee (2004), explicando o
deslocamento da variável AM4 para o fator Serviço ao Cliente.
Uma das variáveis utilizada pelos consumidores para avaliar o serviço é a
interação e a presença de outros clientes (ZEITHALM e BITNER, 2003). De
acordo com as autoras, a compatibilidade entre os clientes deve ser
administrada na prestação de um serviço para se obter uma melhor
avaliação. Pode-se inferir que a percepção do prestígio que o varejista
proporciona aos clientes está associada à percepção que os clientes têm
sobre os demais consumidores deste mesmo canal, influenciando na
avaliação do serviço prestado. Desse modo, bases teóricas explicariam a
inclusão da variável AM5 no construto Serviço ao Cliente.
As variáveis CO5 – “locais que vendem X estão localizados perto de um
conjunto de outras lojas” e CO6 – “locais que vendem X têm um horário de
funcionamento conveniente” foram isoladas das outras três variáveis que,
também, formariam o construto Conveniência. As variáveis CO2 – “locais que
vendem X podem ser achados facilmente”, CO3_i – “locais que vendem X
estão localizados longe da minha casa ou do meu trabalho” e CO4_i – “não é
fácil chegar aos locais que vendem X usando transporte público” estão
associadas ao aspecto de conveniência da localização, descrito por Yoo et al
(2000) como intensidade da distribuição. Os fatores CO5 e CO6 estão
associados a um aspecto específico da conveniência tratado na literatura
como one stop shop, que se refere à facilidade que o consumidor tem de, em
uma só parada, efetuar todas as compras de que necessita (KOO, 2003).
84
Pode-se inferir que extensos horários de funcionamento, bem como a
facilidade de encontrar outras lojas e produtos por perto, propicia maior
conveniência ao consumidor para realizar as compras de que precisa,
explicando a separação destas duas variáveis.
Deste modo, o construto original Conveniência foi dividido em dois
construtos: (a) Localização, compreendendo as variáveis CO2, CO3_i e
CO4_i, e; (b) Conveniência, reunindo as variáveis CO5 e CO6. O quadro 4.08
apresenta a matriz de componentes rotacionada dos fatores da imagem do
varejista após as alterações efetuadas.
Quadro 4.08
Matriz de Componentes Rotacionada – Imagem do Varejista
123456
AM1 0,228 0,203 0,347 -0,093 0,531 0,368
AM2_i 0,106 0,156 0,161 0,127 0,793 0,132
AM3_i 0,074 0,087 0,080 0,291 0,646 -0,072
AM4 -0,028 0,141 0,513 0,177 0,195 0,258
AM5 0,252 0,051 0,471 -0,149 0,295 0,243
SC3 0,192 0,132 0,722 0,140 -0,057 0,017
SC4 0,302 0,183 0,721 0,002 0,197 0,017
SC5 0,488 0,145 0,594 0,026 0,092 -0,077
ME1 0,034 0,792 0,141 0,129 -0,040 0,070
ME2 0,242 0,695 0,263 -0,021 0,159 0,206
ME4 0,136 0,777 0,133 0,057 0,101 0,093
ME5 0,131 0,693 0,014 0,211 0,246 0,123
IP1 0,743 0,215 0,201 0,060 0,136 0,096
IP2 0,806 0,161 0,193 0,086 0,083 0,092
IP3_i 0,552 0,060 -0,137 0,069 0,305 -0,063
IP4 0,670 0,016 0,282 -0,074 -0,003 0,032
IP5 0,808 0,091 0,218 0,041 -0,033 0,169
CO2 0,159 0,176 0,173 0,621 0,071 0,331
CO3_i 0,047 0,016 0,027 0,796 0,093 0,109
CO4_i -0,045 0,154 0,012 0,716 0,148 0,027
CO5 0,090 0,185 -0,030 0,098 0,102 0,792
CO6 0,069 0,137 0,203 0,278 -0,008 0,700
Componentes
A proposição de uma hipótese adicional de pesquisa na etapa de análise de
dados sublinha o caráter exploratório da proposição dos fatores formadores
85
do construto relativo à imagem do varejista. Embora a revisão de literatura
tenha levado à decisão de modelar uma hipótese de existência de um único
fator, reunindo as variáveis relativas à percepção de conveniência, alguns
autores visitados também suportam teoricamente a proposição de uma
hipótese relacionando, tão somente, as variáveis relativas à localização com
a imagem do varejista.
A identificação da localização como um fator formador da imagem do
varejista, separado da conveniência, sugere, portanto, a proposição de uma
hipótese adicional de pesquisa, relacionando o fator Localização com o fator
Imagem do varejista. De acordo com Sinha e Banerjee (2004) e De Wulf e
Waterschoot (1999), a proximidade e a facilidade em acessar a loja são
atributos que influenciam a avaliação do consumidor quanto à imagem da
loja. Além disso, Baltas e Papastathopoulou (2003) sugerem que a
conveniência da localização é um item considerado pelos consumidores no
processo de escolha da loja.
Desse modo, optou-se pela decisão de propor e testar a seguinte hipótese
adicional:
Hipótese 1f: A imagem do varejista tem associação positiva com a
percepção da conveniência da localização do mesmo.
4.2.2.2. Fatores dos Elementos do Composto de Marketing
O conjunto de variáveis relacionadas aos elementos do composto de
marketing, selecionados previamente pelo critério de confiabilidade da
escala, foram submetidos à uma análise fatorial exploratória. Os primeiros
86
resultados da fatorial sugeriram a exclusão de duas das variáveis (PRO4_i e
PP1), uma do fator Propaganda e outra do fator Promoção de Preço (ver
quadro 4.09).
Quadro 4.09
Matriz de Componentes Rotacionada Antes da Exclusão de Variáveis –
Elementos do Composto de Marketing
12345
PRE1 0,864 0,169 0,179 -0,168 -0,040
PRE2 0,812 0,052 0,261 -0,063 -0,065
PRE3 0,784 0,153 -0,095 0,018 -0,057
PRE4 0,337 -0,062 0,048 -0,005 -0,578
PRE5_i 0,756 0,189 0,163 -0,211 0,111
PRE6 0,839 0,142 0,159 -0,179 -0,063
PRO1 0,251 0,284 0,664 0,007 0,348
PRO2 0,448 0,104 0,599 -0,002 -0,032
PRO3 0,040 0,051 0,871 0,092 0,047
PRO4_i 0,134 0,175 0,306 -0,149 0,650
PRO5 0,111 0,078 0,865 0,120 0,000
PP1 -0,010 0,091 -0,030 0,524 0,608
PP2 -0,129 -0,011 0,096 0,791 0,165
PP3 -0,099 0,013 0,154 0,804 0,015
PP5 -0,164 -0,089 -0,042 0,682 -0,228
IG1 0,166 0,818 0,092 -0,008 0,112
IG2 0,091 0,860 0,154 -0,040 0,107
IG3 0,127 0,867 0,037 0,015 0,059
IG4 0,181 0,894 0,092 -0,036 0,034
Componentes
Após a retirada das variáveis PRO4_i – “geralmente, eu não gosto das
campanhas de propaganda da marca X” - e PP1 – “geralmente, eu gosto das
promoções de preço da marca X” -, foi efetuado novo procedimento fatorial,
alcançando-se os quatro construtos esperados de acordo com a literatura
(ver quadro 4.10).
87
Quadro 4.10
Matriz de Componentes Rotacionada
Elementos do Composto de Marketing
1234
PRE1 0,837 0,199 0,227 -0,200
PRE2 0,798 0,077 0,295 -0,080
PRE3 0,769 0,188 -0,046 -0,014
PRE4 0,494 -0,167 -0,093 0,039
PRE5_i 0,700 0,242 0,227 -0,236
PRE6 0,822 0,170 0,195 -0,193
PRO1 0,148 0,336 0,734 -0,024
PRO2 0,421 0,104 0,622 -0,029
PRO3 0,014 0,033 0,864 0,086
PRO5 0,094 0,059 0,853 0,125
PP2 -0,150 0,023 0,121 0,789
PP3 -0,097 0,025 0,162 0,809
PP5 -0,082 -0,119 -0,111 0,747
IG1 0,123 0,831 0,114 -0,018
IG2 0,047 0,864 0,171 -0,052
IG3 0,099 0,867 0,046 0,006
IG4 0,157 0,888 0,095 -0,045
Componentes
4.2.2.3. Dimensões do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Todas as quinze variáveis, originalmente propostas na escala de Yoo
et al
(2000), relativas as dimensões do valor da marca na perspectiva do
consumidor foram submetidas a um procedimento de análise fatorial
exploratório, uma vez que nenhuma variável havia sido eliminada na análise
prévia da confiabilidade da escala.. Nenhuma variável foi eliminada como
resultado da análise fatorial, uma vez que foram formados todos os fatores
previstos. A matriz de componentes rotacionada com as cargas fatoriais é
mostrada no quadro 4.11.
88
Quadro 4.11
Matriz de Componentes Rotacionada – Dimensões do Valor da Marca
123
CA1 0,205 0,644 -0,067
CA2 -0,103 0,444 0,105
CA3 0,022 0,772 0,087
CA4 0,086 0,765 0,166
CA5 0,234 0,700 0,072
CA6_i 0,189 0,673 0,011
QP1 0,823 0,223 0,196
QP2 0,774 0,045 0,113
QP3 0,715 0,075 0,169
QP4_i 0,814 0,059 0,140
QP5 0,854 0,135 0,075
QP6 0,881 0,122 0,072
LE1 0,195 0,137 0,832
LE2 0,317 0,146 0,784
LE3 0,058 0,031 0,752
Componentes
4.2.2.4. Valor Geral da Marca na Perspectiva do Consumidor
Todas as quatro variáveis relativas ao valor geral da marca na perspectiva do
consumidor, originalmente propostas na escala de Yoo
et al
, foram
submetidas à um procedimento de análise fatorial exploratória, dado que
nenhuma variável havia sido eliminada na análise prévia da confiabilidade da
escala.
Nenhuma variável foi eliminada como resultado da análise fatorial, uma vez
que o fator único esperado foi formado. O quadro 4.12 apresenta a matriz de
componentes do construto Valor Geral da Marca. Neste caso, a rotação não
foi possível, confirmando a existência de um só fator formado pelas quatro
variáveis analisadas.
89
Quadro 4.12
Matriz de Componentes – Valor Geral da Marca
1
OBE1 0,820
OBE2 0,924
OBE3 0,897
OBE4 0,758
Componentes
4.2.3. T
ESTES DE
A
DEQUAÇÃO DA
A
NÁLISE
F
ATORIAL
O teste de esfericidade de Barlett e a estatística KMO foram utilizados para
verificar a adequação da utilização da análise fatorial neste estudo.
Todos os procedimentos de análise fatorial apresentaram significância (p)
menor do que 0,01 para o teste de esfericidade de Barlett (ver quadro 4.13).
O teste de esfericidade de Barlett mede a significância geral de uma matriz
de correlações. Em outras palavras, verifica se a matriz de correlações se
aproxima de uma matriz identidade, podendo indicar que a análise fatorial
não é uma técnica adequada para este trabalho (HAIR JR, ANDERSON,
TATHAM, BLACK, 2005).
Em todas as análises, a estatística KMO (Kaiser-Meyer-Olkin) foi maior do
que 0,50 (ver quadro 4.13). A estatística KMO verifica em que medida a
correlação entre as variáveis da amostra é adequada, avaliando a
homogeneidade das variáveis (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK,
2005). De acordo com Kaiser e Rice (1974) um KMO abaixo de 0,50 seria
inaceitável, apesar de não existirem testes estatísticos específicos.
O quadro 4.13 também apresenta o percentual de variância total explicada
em cada grupo de fatores. A percentagem de variância é um critério que visa
90
garantir a significância prática para os fatores determinados. Em ciências
sociais, o percentual de 60% de explicação da variância é geralmente aceito
(HAIR JR, ANDERSON, TATHAM, BLACK, 2005). Neste estudo, todos os
percentuais de variância explicada excederam à 60%.
Quadro 4.13
Teste KMO e Barlett
Chi-quadrado gl sig
Dimensões do Valor da Marca ,883 4259,233 105 ,000 61,07
Valor Geral da Marca ,784 1480,547 6 ,000 72,63
Composto de Marketing ,863 5834,528 136 ,000 68,84
Imagem do Varejista ,881 4925,268 231 ,000 61,58
Grupo de Fatores KMO
% Variância
Explicada
Teste de Esfericidade de Barlett
Visualmente, também pode-se confirmar a adequação do número de fatores
extraídos através da análise do gráfico
scree plot
(gráfico 4.01).
Gráfico 4.01
Scree Plot – Fatoriais para Seleção de Variáveis
12345678910111213141516171819202122
Component Number
0
1
2
3
4
5
6
7
Eigenvalue
Scree Plot - Dimensoes da Imagem do Canal
Número de Com
p
onentes
A
u
t
ova
l
or
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Component Number
0
1
2
3
4
5
6
Eigenvalue
Scree Plot - Composto de Marketing
Número de Com
p
onentes
A
u
t
ova
l
or
123456789101112131415
Component Number
0
1
2
3
4
5
6
Eigenvalue
Scree Plot - Dimensoes do Valor da Marca
Número de Com
p
onentes
A
u
t
ova
l
or
1234
Component Number
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
Eigenvalue
Scree Plot - Valor Geral da Marca
Número de Com
p
onentes
A
u
t
ova
l
or
91
4.2.4. C
RIAÇÃO DE
M
EDIDAS
C
OMPOSTAS PARA
R
EDUÇÃO DE
D
ADOS
A operacionalização dos 14 construtos se fez através da geração de variáveis
substitutas, formadas pelos respectivos escores fatoriais. O escore fatorial
representa “o grau em que cada indiduo tem escore elevado no grupo de
itens que tem cargas elevada em um fator” e á apropriado para a criação de
escalas múltiplas quando se deseja utilizar outras técnicas de análise
multivariada em momentos posteriores da pesquisa (HAIR JR, ANDERSON,
TATHAM e BLACK, 2005, p.112).
Segundo os autores, os escores fatoriais representam uma composição das
cargas de todas as variáveis no construto. Além dessa vantagem, a utilização
de escores fatoriais para a composição de uma escala múltipla assegura a
ortogonalidade dos construtos, ou seja, a não correlação entre eles,
facilitando a utilização posterior de outras técnicas multivariadas.
Os escores fatoriais foram computados após a definição de quais variáveis
seriam utilizadas no estudo, garantindo a consistência do mesmo.
4.2.4.1. Dimensionalidade dos Construtos
A unidimensionalidade dos construtos pode ser constatada quando todas as
variáveis apresentam cargas altas em um único fator. O primeiro objetivo da
análise fatorial é identificar cada dimensão no modelo proposto. O teste da
unidimensionalidade de cada construto do estudo foi feito através de um
procedimento de análise fatorial exploratória, utilizando-se todas as 58
variáveis selecionadas para a formação dos quatorze fatores
simultaneamente.
92
Para esta análise fatorial, o teste de esfericidade de Barlett apresentou
significância (p) menor que 0,01 e o KMO foi de 0,913, indicando a
adequação do uso da análise fatorial. As cargas fatoriais acima de 0,30 foram
selecionadas para a determinação dos fatores, uma vez que a amostra deste
estudo é composta por 636 observações, maior do que as 320 observações
necessárias para garantir a significância das cargas fatoriais acima de 0,30.
O tamanho da amostra também atingiu o nível proposto de 10 observações
por variável, registrando a relação de 10,96 observações por variável, sendo
636 observações e 58 variáveis. Como esta é a análise fatorial com maior
número de variáveis, todas as demais análises deste estudo obtiveram uma
relação observações-variável acima do sugerido por Hair Jr, Anderson,
Tatham e Black (2005).
O quadro 4.14 apresenta o resultado desta análise fatorial. Duas dificuldades
foram reveladas nos resultados desta análise fatorial. Os fatores Lealdade e
Valor Geral da Marca foram agrupados em um único fator. O mesmo ocorreu
com os fatores Imagem do Varejista e Ambiente
Na tentativa de compreender estes desvios do previsto, analisou-se a média
das avaliações dos fatores Lealdade e Valor Geral da Marca. Uma suposição
levantada foi de que as marcas locais teriam uma avaliação tão ruim destes
dois fatores que poderiam confundi-los. Os autores do estudo inspirador
desta pesquisa, Yoo et al (2000), selecionaram, tão somente, marcas de
bens de consumo para estímulo de resposta porque elas apresentariam
maior valor do que marcas de outros tipos de bens, reconhecendo que
marcas com pouco valor poderiam reduzir a acuracidade do seu modelo.
93
Apesar de, também, utilizar marcas de bens de consumo, este estudo fez uso
de marcas locais que supostamente teriam um valor relativamente mais baixo
do que o valor das marcas internacionais.
Quadro 4.14
Matriz de Componentes Rotacionada – 14 Fatores
123456789101112
CA1 0,209 -0,027 -0,010 0,073 0,026 0,671 -0,050 -0,003 0,014 -0,024 0,116 0,117
CA2 -0,057 0,033 -0,006 0,053 0,007 0,529 -0,076 -0,061 0,072 0,172 0,029 -0,176
CA3 0,050 0,099 -0,001 -0,094 -0,024 0,735 0,137 0,075 -0,035 -0,008 0,031 -0,007
CA4 0,009 0,141 0,127 -0,045 0,049 0,701 0,306 0,099 -0,083 -0,084 -0,025 0,003
CA5 0,138 0,125 0,112 0,032 -0,014 0,625 0,268 0,045 -0,011 -0,046 0,074 0,177
CA6_i 0,143 0,070 0,008 0,070 0,000 0,598 0,191 0,019 0,036 -0,090 0,137 0,089
QP1 0,717 0,286 0,203 0,144 0,089 0,202 0,192 0,061 0,093 -0,032 0,055 0,055
QP2 0,670 0,193 0,251 0,079 0,065 0,018 0,185 0,062 -0,004 -0,058 0,002 0,094
QP3 0,637 0,274 0,139 0,162 0,076 0,135 -0,151 0,134 0,070 0,047 0,063 0,084
QP4_i 0,696 0,211 0,214 0,189 0,067 0,054 0,115 0,080 0,032 -0,137 0,099 0,023
QP5 0,779 0,184 0,166 0,177 0,107 0,146 0,087 0,078 0,111 -0,046 0,022 0,025
QP6 0,786 0,178 0,222 0,186 0,056 0,111 0,164 0,089 0,052 -0,045 0,005 0,051
LE1 0,049 0,743 0,035 0,079 0,052 0,187 0,074 0,014 0,008 0,014 -0,052 -0,049
LE2 0,131 0,769 0,168 0,075 -0,003 0,162 0,118 0,031 -0,055 -0,022 -0,030 0,029
LE3 -0,062 0,558 0,096 0,202 0,007 0,176 -0,114 0,048 0,030 0,084 -0,217 -0,127
OBE1 0,400 0,641 -0,063 0,016 0,048 0,001 0,003 0,054 0,026 0,009 0,086 0,092
OBE2 0,313 0,806 0,067 0,049 0,084 0,029 0,121 0,013 -0,005 -0,025 0,127 0,106
OBE3 0,266 0,789 0,059 0,023 0,060 0,027 0,120 -0,017 0,001 -0,013 0,105 0,070
OBE4 0,192 0,649 0,002 0,031 0,003 -0,094 0,088 0,007 0,202 0,072 0,129 -0,018
PRE1 0,281 0,112 0,822 0,112 0,009 0,126 0,121 0,017 0,010 -0,163 0,012 0,056
PRE2 0,131 0,184 0,802 0,024 0,007 0,091 0,206 -0,060 -0,017 -0,057 0,032 0,001
PRE3 0,205 0,045 0,743 0,101 0,057 -0,115 -0,052 -0,013 0,110 0,000 -0,048 -0,003
PRE4 -0,364 -0,300 0,533 -0,032 0,015 0,035 0,035 0,051 -0,102 -0,012 -0,107 0,195
PRE5_i 0,277 0,086 0,702 0,172 0,019 0,063 0,113 -0,005 -0,044 -0,184 0,188 -0,042
PRE6 0,226 0,033 0,818 0,100 0,017 0,042 0,125 0,007 0,043 -0,156 0,026 -0,003
PRO1 0,338 0,132 0,149 0,228 0,100 0,178 0,641 0,015 0,115 0,005 0,073 -0,009
PRO2 0,134 0,134 0,430 0,079 0,013 0,095 0,588 -0,025 0,085 -0,025 -0,066 -0,096
PRO3 0,050 0,117 0,062 0,051 -0,067 0,265 0,770 0,015 0,009 0,116 0,080 -0,006
PRO5 0,110 0,070 0,135 0,048 -0,015 0,188 0,788 0,007 0,011 0,153 0,118 0,027
PP2 -0,032 -0,017 -0,161 0,015 0,018 0,078 0,103 -0,002 -0,007 0,785 0,112 -0,011
PP3 -0,041 0,060 -0,102 -0,010 0,035 -0,019 0,170 0,079 0,029 0,792 0,009 -0,052
PP5 -0,090 0,041 -0,125 -0,111 0,037 -0,096 -0,060 -0,039 -0,031 0,705 -0,129 -0,002
IG1 0,195 0,089 0,133 0,669 0,256 0,034 0,122 0,188 0,085 -0,021 0,127 0,175
IG2 0,187 0,112 0,068 0,735 0,246 0,019 0,180 0,117 0,070 -0,031 0,089 0,130
IG3 0,168 0,129 0,098 0,687 0,307 -0,053 0,115 0,162 -0,003 -0,023 0,080 0,178
IG4 0,157 0,155 0,163 0,747 0,262 -0,012 0,151 0,130 0,012 -0,066 0,047 0,189
AM1 0,122 0,004 0,058
0,610
0,174 0,075 -0,163 0,168 0,364 -0,015 -0,020 0,115
AM2_i 0,216 0,006 0,084 0,599 0,032 0,064 -0,053 0,148 0,226 -0,057 0,287 -0,198
A
M3_i 0,017 0,065 -0,001 0,363 0,047 0,093 0,083 0,135 0,161 -0,164 0,417 -0,294
AM4 0,032 0,056 0,104 0,281 0,011 0,066 0,086 0,159 0,428 0,029 0,097 0,271
AM5 0,152 0,186 0,126 0,374 0,236 -0,016 0,072 0,064 0,359 0,129 -0,166 0,112
SC3 0,095 0,008 -0,081 0,043 0,289 0,012 -0,013 0,103 0,676 -0,077 0,083 0,125
SC4 0,104 0,053 0,103 0,248 0,349 -0,080 0,086 0,168 0,674 0,001 0,022 -0,019
SC5 0,046 0,083 -0,016 0,145 0,540 0,022 0,103 0,146 0,509 0,067 -0,014 -0,073
ME1 0,110 -0,001 -0,068 0,056 0,053 0,079 0,044 0,769 0,112 0,102 0,066 0,082
ME2 0,180 0,064 0,057 0,263 0,244 0,036 0,044 0,689 0,188 0,002 -0,058 0,114
ME4 0,055 0,032 -0,011 0,134 0,160 -0,033 0,018 0,777 0,095 -0,027 0,072 0,084
ME5 0,032 0,021 0,003 0,277 0,117 0,074 -0,084 0,680 0,013 -0,056 0,233 0,057
IP1 0,019 0,058 0,004 0,222 0,729 0,027 -0,052 0,196 0,163 0,035 0,081 0,020
IP2 0,037 0,085 0,016 0,209 0,798 -0,021 -0,029 0,135 0,124 -0,008 0,083 0,053
IP3_i 0,173 -0,117 0,086 0,216 0,511 -0,017 -0,073 0,037 -0,184 0,030 0,149 -0,140
IP4 0,044 0,060 -0,026 0,093 0,688 -0,013 0,070 0,024 0,194 -0,002 -0,123 0,007
IP5 0,079 0,033 0,050 0,118 0,812 0,061 -0,011 0,078 0,134 0,038 -0,021 0,151
CO2 0,132 0,091 0,173 0,155 0,171 0,249 0,226 0,179 0,087 0,101 0,477 0,356
CO3_i 0,060 0,104 -0,004 0,086 0,067 0,122 0,163 0,034 -0,039 -0,015 0,679 0,210
CO4_i 0,049 -0,008 0,024 0,102 -0,046 0,110 -0,034 0,133 0,052 0,029 0,732 0,074
CO5 0,089 0,024 0,035 0,234 0,033 0,076 -0,133 0,195 0,063 -0,015 0,122 0,601
CO6 0,119 0,022 -0,013 0,207 0,073 0,069 0,056 0,137 0,186 -0,104 0,200 0,635
Componentes
94
A averiguação das médias das avaliações destes fatores (ver quadro 4.15)
evidenciou a diferença entre os dois grupos de marcas. A média do valor
geral da marca foi de 2,639 e 2,015 para as marcas internacionais e locais,
respectivamente. A média da lealdade foi de 1,701 e 1,290 para as marcas
internacionais e locais, respectivamente. Realizou-se, então, um teste t para
amostras independentes que revelou que as médias de valor geral da marca
e lealdade são significativamente diferentes entre os dois grupos (p < 0,05),
estimulando a realização de nova análise fatorial somente com as marcas
internacionais.
Quadro 4.15
Média das Avaliações – Lealdade e Valor Geral da Marca
VAGER LEAL
Sony
3,150 2,070
Philips
2,800 1,687
Coca-Cola
2,645 2,060
Adidas
2,543 1,550
Pepsi
2,383 1,360
Nike
2,363 1,530
Olympikus
2,268 1,450
Aiwa
2,218 1,393
Try On
1,990 1,243
Toby Cola
1,915 1,093
CCE
1,895 1,427
Dolly Cola
1,760 1,073
Médias
Procedeu-se, então, com uma análise fatorial considerando, tão somente, as
marcas Sony, Philips, Coca-Cola, Adidas, Pepsi e Nike. (ver quadro 4.16).
Somente duas variáveis (AM5 e IP3_i) foram deslocadas dos seus fatores
originais. As demais 56 variáveis compuseram os seus respectivos construtos
95
Quadro 4.16
Matriz de Componentes Rotacionada – 14 Fatores
Marcas Internacionais
123456789101112131415
CA1 0,145 -0,011 -0,020 -0,069 -0,062 0,522 -0,051 0,027 -0,082 -0,038 -0,051 -0,075 0,115 0,013 0,436
CA2 -0,035 0,196 -0,106 -0,072 -0,072 0,368 -0,004 -0,096 0,202 0,209 0,010 -0,061 0,170 0,098 0,376
CA3 0,061 -0,052 -0,005 -0,074 -0,057 0,627 0,149 0,106 0,027 0,106 0,053 0,128 -0,173 -0,064 0,358
CA4 0,041 0,043 -0,035 -0,054 0,055 0,707 0,320 0,023 -0,039 0,174 -0,006 -0,144 -0,076 0,033 0,001
CA5 0,045 -0,016 0,045 0,026 0,017 0,675 0,234 0,021 -0,083 0,040 0,041 -0,131 0,027 0,147 -0,164
CA6_i 0,011 -0,019 0,116 -0,010 0,052 0,779 0,068 -0,049 -0,021 -0,087 0,100 0,127 0,007 -0,028 -0,065
QP1 0,746 0,076 0,183 0,094 0,015 0,130 0,114 0,033 -0,022 0,099 0,070 0,042 -0,045 0,087 0,092
QP2 0,760 0,071 0,143 -0,065 0,081 -0,049 0,087 -0,013 -0,105 0,026 0,041 0,019 -0,109 0,035 -0,017
QP3 0,601 0,084 0,231 0,126 0,156 0,044 -0,242 0,169 0,143 0,046 -0,064 -0,009 0,185 0,022 -0,004
QP4_i 0,704 0,113 0,087 -0,018 0,056 0,043 -0,151 0,031 -0,107 0,132 0,177 -0,026 0,064 -0,063 -0,037
QP5 0,741 0,081 0,105 0,149 0,007 0,047 -0,020 0,099 -0,004 -0,043 -0,118 0,123 0,173 0,056 0,106
QP6 0,838 0,030 0,110 0,134 -0,008 0,015 0,063 0,038 0,021 -0,056 -0,013 0,016 0,065 0,070 -0,040
LE1 0,084 0,048 0,437 0,013 -0,043 0,128 0,031 0,010 0,042 0,703 0,059 0,018 -0,089 -0,034 0,021
LE2 0,145 0,008 0,514 0,024 0,052 0,094 0,076 0,047 0,012 0,655 0,053 -0,096 -0,045 0,031 -0,034
LE3 0,043 0,023 0,146 0,108 0,034 -0,008 -0,074 -0,077 0,047 0,768 -0,107 0,057 0,113 -0,065 0,019
OBE1 0,247 -0,056 0,769 0,113 -0,118 0,026 -0,062 0,050 0,083 0,079 0,005 0,063 0,008 0,072 0,091
OBE2 0,186 0,088 0,854 0,093 -0,042 0,006 0,022 0,007 0,016 0,209 0,089 -0,046 -0,031 0,055 0,042
OBE3 0,159 0,040 0,857 0,039 -0,057 0,046 0,043 -0,043 -0,007 0,168 0,028 -0,069 -0,033 0,022 0,021
OBE4 0,136 0,167 0,740 0,082 0,003 -0,027 0,100 0,003 -0,006 0,051 -0,035 0,118 0,155 -0,104 -0,174
PRE1 0,108 -0,025 -0,024 0,062 0,871 0,077 0,019 0,020 -0,106 0,008 -0,065 -0,034 0,030 0,087 0,037
PRE2 -0,015 0,087 0,040 -0,017 0,737 0,034 0,236 -0,163 0,023 0,158 0,079 -0,088 -0,066 -0,070 -0,064
PRE3 0,113 0,088 -0,027 0,109 0,680 -0,095 -0,103 -0,036 -0,014 -0,084 -0,135 0,148 -0,038 -0,082 -0,216
PRE4 -0,287 0,033 -0,309 -0,127 0,464 -0,044 0,168 0,149 -0,060 -0,133 -0,169 -0,162 -0,055 0,262 -0,042
PRE5_i 0,055 -0,040 0,013 0,006 0,678 0,015 -0,056 -0,017 -0,087 0,008 0,221 -0,020 0,080 -0,083 0,058
PRE6 0,029 -0,036 -0,139 0,059 0,803 -0,001 0,090 0,000 -0,116 -0,037 -0,032 0,079 0,042 0,018 0,092
PRO1 0,149 0,046 0,081 0,152 -0,050 0,126 0,684 0,009 0,036 -0,029 0,084 0,141 0,111 -0,076 0,068
PRO2 -0,029 0,005 0,019 -0,031 0,269 0,050 0,663 0,015 -0,008 0,004 -0,109 -0,038 0,026 -0,194 -0,082
PRO3 -0,091 -0,054 0,017 -0,007 0,007 0,270 0,725 -0,020 0,171 0,078 0,075 -0,040 0,041 0,042 0,042
PRO5 -0,049 -0,051 -0,003 -0,030 0,031 0,183 0,726 -0,114 0,243 -0,060 0,129 0,057 -0,019 0,044 -0,041
PP2 -0,058 0,039 0,019 0,024 -0,159 0,023 0,122 0,011 0,761 -0,048 0,118 -0,044 0,009 0,015 -0,024
PP3 -0,033 0,091 0,058 -0,016 -0,108 -0,016 0,166 0,063 0,806 0,035 0,008 0,008 -0,045 -0,068 0,009
PP5 -0,020 0,089 0,010 0,060 -0,050 -0,273 0,063 -0,089 0,570 0,166 -0,040 -0,011 -0,302 0,070 0,069
IG1 0,071 0,158 0,073 0,717 0,100 -0,110 0,029 0,178 -0,022 -0,012 -0,011 0,174 0,058 0,110 0,152
IG2 0,063 0,144 0,077 0,775 -0,032 0,015 0,058 0,114 0,057 0,040 0,003 0,110 0,151 -0,003 0,078
IG3 0,119 0,264 0,098 0,778 0,045 -0,066 0,010 0,132 0,044 0,006 0,088 0,020 0,044 0,086 -0,067
IG4 0,041 0,225 0,098 0,827 0,057 -0,014 0,022 0,079 -0,035 0,078 0,033 -0,053 0,058 0,054 -0,157
AM1 0,218 0,180 -0,038 0,458 0,073 0,041 -0,205 0,074 -0,006 0,052 -0,091 0,377 0,347 0,121 -0,022
AM2_i 0,236 0,052 -0,014 0,296 0,072 -0,062 -0,031 0,028 -0,111 0,017 0,076 0,087 0,670 0,042 -0,022
A
M3_i 0,017 0,103 0,019 0,114 -0,059 -0,049 0,212 0,075 -0,180 0,037 0,204 -0,104 0,666 0,043 0,091
AM4 -0,065 0,037 0,122 0,028 0,066 0,068 0,081 0,218 0,119 0,000 0,023 0,337 0,362 0,198 0,031
A
M5 0,154 0,373 0,190 0,286 0,106 0,070 0,034 0,039 0,147 -0,012 -0,169 0,194 0,289 0,131 -0,263
SC3 0,094 0,356 -0,029 0,102 -0,047 -0,071 0,039 0,161 -0,158 0,019 0,114 0,681 -0,088 0,016 -0,029
SC4 0,058 0,442 0,039 0,222 0,073 -0,081 0,069 0,141 0,018 -0,014 -0,134 0,640 0,087 0,013 -0,067
SC5 0,102 0,605 -0,015 0,160 -0,064 0,016 0,132 0,108 0,083 0,054 -0,055 0,421 0,075 0,030 0,082
ME1 0,053 0,073 -0,061 0,062 -0,090 0,112 -0,004 0,749 0,143 0,035 -0,024 0,098 0,049 0,074 -0,002
ME2 0,121 0,243 0,029 0,254 0,005 -0,025 0,011 0,649 0,018 0,010 -0,056 0,251 0,077 0,179 0,108
ME4 0,053 0,171 0,051 0,094 -0,062 -0,065 -0,020 0,775 -0,105 -0,084 0,117 0,025 -0,019 0,071 -0,110
ME5 0,079 0,216 0,008 0,231 0,030 0,003 -0,125 0,684 -0,068 -0,025 0,279 -0,005 0,115 -0,007 0,065
IP1 0,072 0,811 0,056 0,199 0,003 0,018 -0,103 0,148 0,035 0,027 0,069 0,053 0,077 -0,010 -0,124
IP2 0,056 0,797 0,058 0,265 -0,005 0,019 -0,102 0,143 0,061 -0,027 0,118 0,037 0,006 -0,063 -0,038
IP3_i 0,194 0,267 0,106 0,209 0,154 -0,050 -0,115 -0,002 0,059 -0,345 0,137 -0,033 -0,003 -0,207
0,409
IP4 0,039 0,620 0,117 0,094 -0,039 -0,101 0,093 0,090 0,024 0,016 -0,166 0,139 0,104 0,095 0,314
IP5 0,163 0,791 0,021 0,157 0,092 0,024 -0,008 0,154 0,054 0,020 -0,034 0,111 -0,047 0,127 0,076
CO2 0,067 0,047 0,054 0,113 0,100 0,131 0,129 0,149 0,155 -0,016 0,623 0,186 -0,089 0,278 0,229
CO3_i 0,001 0,007 0,083 -0,024 -0,065 -0,018 0,194 0,024 -0,043 0,002 0,656 -0,147 0,108 0,116 0,034
CO4_i 0,072 -0,112 -0,028 0,024 0,076 0,141 -0,143 0,156 0,150 -0,074 0,628 0,057 0,212 -0,058 -0,261
CO5 0,091 0,067 0,025 0,128 -0,020 0,048 -0,218 0,157 0,046 -0,012 0,040 -0,020 0,080 0,761 -0,097
CO6 0,147 0,088 0,024 0,163 -0,078 0,067 0,031 0,117 -0,090 -0,054 0,329 0,146 0,087 0,663 0,117
Componentes
Pode-se considerar, portanto, que os resultados alcançados confirmam a
unidimensionalidade dos construtos. Hair Jr, Anderson, Tatham e Black
(2005) sugerem que uma situação ideal ocorre quando cada variável tem
carga significante somente no construto em que previamente foi classificada.
Entretanto, a medida que o número de variáveis cresce, fica mais difícil
alcançar a situação ideal.
96
4.2.4.2. Confiabilidade dos Construtos
Uma vez definidas quais variáveis fariam parte dos fatores, a confiabilidade
final da escala de cada construto, ou seja, a avaliação do grau de
consistência interna dos construtos foi avaliada através do alfa de Cronbach.
Onze dos quatorze construtos obtiveram coeficientes alfa maiores que 0,70.
Outros dois construtos registraram coeficientes alfa maior que 0,60. O
construto Conveniência teve coeficiente alfa de 0,595, muito próximo de limite
inferior sugerido (ver quadro 4.17). Hair Jr, Anderson, Tatham e Black (2005)
sugerem que um limite de 0,60 pode ser aceito em pesquisas exploratórias.
Quadro 4.17
Alfas de Cronbach – Escalas Finais
Grupo de Fatores Construtos
Variável
Composta
A
lpha de
Cronbach F Sig
Qualidade Percebida QUALPER 0,908 68,869 0,000
Lealdade à Marca LEAL 0,760 61,447 0,000
Consciência/ Associações à Marca CONAS 0,764 117,501 0,000
Valor da marca na perspectiva do
consumidor
Valor Geral da Marca VAGER 0,870 73,643 0,000
Preço PREÇO 0,867 154,205 0,000
Gastos com Propaganda PROPAG 0,822 105,962 0,000
Promoção de Preço PROMPRE 0,712 29,973 0,000
Imagem do Varejista IGCAN 0,904 6,350 0,000
Ambiente AMBI 0,639 40,672 0,000
Serviço ao Cliente SERVCLI 0,728 148,869 0,000
Adequação do Sortimento MERC 0,801 78,316 0,000
Interação Pessoal INTPES 0,807 50,783 0,000
Localização LOCAL 0,658 89,160 0,000
Conveniência CONV 0,595 8,639 0,003
ANOVA(a)
Dimensões do valor da marca na
perspectiva do consumidor
Fatores do composto de marketing
Fatores da imagem do varejista
Segundo Hair Jr, Anderson, Tatham e Black (2005), o alfa de Cronbach tem
relação positiva com o número de itens da escala, aumentando o valor da
confiabilidade com o aumento do número de itens. A escala do fator
Conveniência é formada por somente duas variáveis, tendo a sua
confiabilidade prejudicada. Mesmo com esta limitação, ficou muito próximo do
valor do limite inferior do coeficiente alfa. Além disso, a correlação entre as
duas variáveis desta escala é de 0,425, excedendo o nível de 0,30 proposto
97
pelos autores. Deste modo, considerou-se confiável a escala do construto
Conveniência.
4.3. T
ESTE DAS
H
IPÓTESES
Esta sessão é dedicada à apresentação dos testes das hipóteses desta
pesquisa. Em primeiro lugar são analisados os resultados relativos às
hipóteses H1a à H1f, referentes aos fatores formadores da imagem do
varejista.
Em seguida, são apresentados os resultados relativos à validação da escala
proposta por Yoo
et al
(2000) para mensuração do valor da marca na
perspectiva do consumidor.
Finalmente, são apresentados os resultados relativos às hipóteses H2 à H5a,
que se referem às relações entre as atividades do composto de marketing e
as dimensões do valor da marca na perspectiva do consumidor.
4.3.1. R
ESULTADOS DOS
T
ESTES DAS
H
IPÓTESES
H1
A À
H1
F
As hipóteses H1a à H1e foram propostas em decorrência da literatura. A
hipótese H1f, entretanto, foi elaborada
ex-post
, na etapa de análise de dados,
após a separação do construto Conveniência em dois fatores distintos
durante o procedimento de operacionalização dos construtos. Um dos fatores
continuou sendo chamado de Conveniência e o outro fator foi chamado de
Localização. H1f propõe, portanto, a existência de uma relação positiva entre
Localização e Imagem do varejista. A figura 4.01 apresenta o modelo
revisado, incluindo a nova hipótese.
98
Figura 4.01
Atualização das Relações da Imagem do Varejista
Conveniência
Serviço ao
Cliente
Adequão do
Sortimento
Ambiente
Interação
Pessoal
Imagem do
Varejista
H1a (+)
H1b (+)
H1c (+)
H1d (+)
H1e (+)
Localização
H1f (+)
As hipóteses H1a à H1f foram testadas através da análise de regressão
múltipla utilizando as dimensões da imagem do varejista como variáveis
independentes e a imagem do varejista como variável dependente (ver
quadro 4.18).
Quadro 4.18
Variáveis Independentes e Dependente
onde: IGCAN Imagem do Varejista
INTPES Interação Pessoal
MERC Adequação do Sortimento
SERVCLI Serviço ao Cliente
LOCAL Localização
AMBI Ambiente
CONV Conveniência
IGCAN = ƒ (INTPES, MERC, SERVCLI, LOCAL, AMBI, CONV)
De acordo com Hair Jr, Anderson, Tatham e Black (2005), a análise de
regressão múltipla supõe a inexistência de colinearidade entre as variáveis
99
independentes. No presente estudo, as variáveis independentes são
formadas pelos escores fatoriais. De acordo com os autores, este
procedimento garante a ortogonalidade dos construtos (VIF = 1,000).
A análise de regressão múltipla supõe também a linearidade do fenômeno
medido, a variância constante dos termos de erro, a independência dos
termos de erro e a normalidade da distribuição dos termos de erro (HAIR JR,
ANDERSON, TATHAM e BLACK, 2005).
Ainda de acordo com os autores, a linearidade do fenômeno indica em que
grau a variação da variável dependente é relacionada com a variável
independente. A verificação deste fenômeno foi feita através de gráficos de
regressão parcial que mostram a relação linear de cada variável
independente com a variável dependente. Através da análise visual dos
gráficos, pode-se verificar que a linearidade do fenômeno foi confirmada (ver
quadro 4.19).
A análise de gráficos de resíduos permite avaliar a variância constante e a
independência dos termos de erro (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM e
BLACK, 2005). Os gficos com três formas de padronização de resíduos
foram analisados (ver quadro 4.20): resíduo padronizado, resíduo
estudantizado e resíduo estudantizado PRESS em comparação com o valor
previsto ajustado da regressão. Em todos os casos, foi verificada a
homoscedasticidade e a independência dos termos de erro. A distribuição
dos erros deve ser aleatória em relação ao valor previsto da regressão, não
demonstrando qualquer tendência de concentração (AAKER
et al
, 2004).
100
Quadro 4.19
Gráficos de Regressão Parcial
Imagem do Varejista
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
SERVCLI
-3
-2
-1
0
1
2
3
IGCAN
Dependent Variable: IGCAN
Partial Regression Plot
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
LOCAL
-4
-2
0
2
4
IGCAN
Dependent Variable: IGCAN
Partial Regression Plot
Gráfico de Regreso Parcial Gráfico de Regreso Parcial
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
MERC
-3
-2
-1
0
1
2
3
IGCAN
Dependent Variable: IGCAN
Partial Regression Plot
Gráfico de Regressão Parcial
Variável De
p
endente: IGCAN
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
INTPES
-3
-2
-1
0
1
2
3
IGCAN
Dependent Variable: IGCAN
Partial Regression Plot
Gráfico de Regressão Parcial
Variável De
p
endente: IGCAN
Variável De
p
endente: IGCAN Variável De
p
endente: IGCAN
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
CONV
-3
-2
-1
0
1
2
3
IGCAN
Dependent Variable: IGCAN
Partial Regression Plot
Gráfico de Regressão Parcial
Variável De
p
endente: IGCAN
-4 -2 0 2 4
AMBI
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
IGCAN
Dependent Variable: IGCAN
Partial Regression Plot
Gráfico de Regressão Parcial
Variável De
p
endente: IGCAN
101
Quadro 4.20
Gráficos de Resíduos
Imagem do Varejista
Valor Esperado Ajustado (Press) da Regressão
-3 -2 -1 0 1 2
Regression Adjusted (Press) Predicted Value
-4
-2
0
2
4
Regression Standardized Residual
Dependent Variable: IGCAN
Scatterplot
Variável Dependente: IGCAN
Valor Esperado Ajustado (Press) da Regressão
Resíduo Padronizado da Regressão
-3 -2 -1 0 1 2
Regression Adjusted (Press) Predicted Value
-6
-4
-2
0
2
4
Regression Studentized Residual
Dependent Variable: IGCAN
Scatterplot
Variável Dependente: IGCAN
Valor Esperado Ajustado (Press) da Regressão
Resíduo Studentizado da Regressão
-3 -2 -1 0 1 2
Regression Adjusted (Press) Predicted Value
-6
-4
-2
0
2
4
Regression Studentized Deleted (Press)
Residual
Dependent Variable: IGCAN
Scatterplot
Variável Dependente: IGCAN
Resíduo Excluído (Press) Studentizado da
Regressão
Valor Esperado Ajustado (Press) da Regressão
A última suposição destaca que a distribuição dos termos do erro deve ter a
forma normal. Existem dois gráficos que auxiliam a verificação visual da
normalidade da distribuição dos termos do erro. Um desses gráficos é o
histograma de resíduos e o outro é o gráfico da probabilidade normal dos
resíduos. O histograma de resíduos apresenta uma distribuição muito
próxima da distribuição normal (ver quadro 4.21).
O gráfico da probabilidade normal de resíduos confirma a normalidade da
distribuição do termo dos erros (ver quadro 4.21). De acordo com Hair Jr,
102
Anderson, Tatham e Black (2005), as observações devem seguir a linha
diagonal do gráfico de probabilidade normal de resíduos.
Quadro 4.21
Histograma de Resíduos e Gráfico da Probabilidade Normal de
Resíduos
Imagem do Varejista
-4 -2 0 2 4
Regression Standardized Residual
0
20
40
60
80
Frequency
Mean = -1,81E-17
Std. Dev. = 0,995
N = 636
Dependent Variable: IGCAN
Histogram
Histograma
Variável Dependente: IGCAN
Fre
q
uência
dia = -1,81E-17
Desv.Pad. = 0,995
N = 636
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Observed Cum Prob
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Expected Cum Prob
Dependent Variable: IGCAN
Normal P-P Plot of Regression Standardized Residual
Gráfico da Probabilidade Normal do Resíduo
Padronizado da Regressão
Variável Dependente: IGCAN
Prob Acum Esperada
Prob Acum Observada
Resíduo Padronizado da Regressão
Todas as suposições necessárias para a adequação do uso da técnica de
análise de regressão múltipla foram atendidas. A seguir, verificou-se a
avaliação do ajuste geral do modelo.
Com a utilização da técnica
stepwise
, todas as variáveis foram incluídas no
modelo, com aumentos relevantes no coeficiente de determinação (R
2
) e na
estatística F a cada introdução de uma nova variável (ver quadro 4.22).
Estes resultados comprovam que o modelo mais adequado é o modelo com
todas as variáveis independentes sugeridas pela literatura e pela análise
fatorial exploratória. O R
2
e o coeficiente de determinação ajustado (R
2
ajustado) apresentaram valores acima de 0,50. O teste ANOVA apresentou p
valor < 0,01, confirmando bom ajuste do modelo (ver quadro 4.23).
103
Quadro 4.22
Regressão Múltipla – Imagem do Varejista
Modelos gerados pela
stepwise
Modelo R R quadrado
R
Quadrado
Ajustado
Erro
Padrão da
Estimativa
Mudança
no R
Quadrado
Mudança
no F gl1 gl2
Mudança
na Sig. F
1 0,386 0,149 0,148 0,9233 0,149 110,889 1 634 ,000
2 0,520 0,270 0,268 0,8555 0,122 105,473 1 633 ,000
3 0,595 0,354 0,351 0,8056 0,084 81,823 1 632 ,000
4 0,653 0,426 0,422 0,7600 0,072 79,089 1 631 ,000
5 0,702 0,493 0,489 0,7150 0,067 82,983 1 630 ,000
6 0,718 0,516 0,511 0,6991 0,023 29,956 1 629 ,000
a Preditoras: (Constante), AMBI
b Preditoras: (Constante), AMBI, INTPES
c Preditoras: (Constante), AMBI, INTPES, SERVCLI
d Preditoras: (Constante), AMBI, INTPES, SERVCLI, CONV
e Preditoras: (Constante), AMBI, INTPES, SERVCLI, CONV, MERC
f Preditoras: (Constante), AMBI, INTPES, SERVCLI, CONV, MERC, LOCAL
g Variável Dependente: IGCAN
Sumário do Modelo (g)
Mudanças Estatísticas
Quadro 4.23
Regressão Múltipla – Imagem do Varejista
ANOVA
Soma dos
Quadrados gl
Média
Quadrada F Sig.
6 Regressão 327,575 6 54,596 111,705 ,000
Resíduo 307,425 629 0,489
Total 635,000 635
ANOVA(g)
Modelo
4.3.1.1. Teste da Hipótese Relativa à Conveniência (H1a)
A hipótese H1a propõe que a conveniência do varejista é positivamente
relacionada com a imagem do varejista.
O coeficiente de regressão da variável independente CONV foi de 0,268 com
p valor < 0,01 (ver quadro 4.24). A hipótese H1a foi suportada empiricamente.
O sinal positivo do coeficiente indica que a imagem do varejista apresenta
relação positiva com a conveniência percebida pelos consumidores.
104
4.3.1.2. Teste da Hipótese Relativa ao Serviço ao Cliente (H1b)
A hipótese H1b propõe que os serviços ao cliente oferecidos no varejista têm
relação positiva com a imagem do varejista.
O coeficiente de regressão da variável independente SERVCLI foi de 0,289
com p valor < 0,01 (ver quadro 4.24), suportando empiricamente a relação
hipotetizada. O sinal positivo do coeficiente indica que a imagem do varejista
apresenta relação positiva com os serviços ao cliente.
4.3.1.3. Teste da Hipótese Relativa ao Sortimento (H1c)
A hipótese H1c propõe que a adequação do sortimento tem relação positiva
com imagem do varejista.
O coeficiente de regressão da variável dependente MERC foi de 0,258 com p
valor < 0,01 (ver quadro 4.24). A hipótese H1c foi suportada empiricamente.
O sinal positivo do coeficiente indica que a adequação do sortimento
apresenta relação positiva com a imagem do varejista.
4.3.1.4. Teste da Hipótese Relativa ao Ambiente (H1d)
A hipótese H1d propõe que o ambiente do varejista tem relação positiva com
a imagem do varejista.
O coeficiente de regressão da variável dependente AMBI foi de 0,386 com p
valor < 0,01 (ver quadro 4.24). A hipótese H1d foi suportada empiricamente.
O sinal positivo do coeficiente indica que a imagem do varejista apresenta
relação positiva com o ambiente.
105
4.3.1.5. Teste da Hipótese Relativa à Interação Pessoal (H1e)
A hipótese H1e propõe que a qualidade da interação pessoal entre os
funcionários do canal e os consumidores tem relação positiva com a imagem
do varejista.
O coeficiente de regressão da variável independente INTPES foi de 0,349
com p valor < 0,01 (ver quadro 4.24). A hipótese H1e foi suportada
empiricamente. O sinal positivo do coeficiente indica que a imagem do
varejista apresenta relação positiva com a interação pessoal.
4.3.1.6. Teste da Hipótese Relativa à Localização (H1f)
A hipótese H1f propõe que a conveniência da localização tem relação
positiva com a imagem do varejista.
O coeficiente de regressão da variável independente LOCAL foi de 0,152
com p valor < 0,01 (ver quadro 4.24). A hipótese H1f foi suportada
empiricamente. O sinal positivo do coeficiente indica que a imagem do
varejista apresenta relação positiva com a localização.
4.3.1.7. Resumo dos Testes das Hipóteses H1a à H1f
Todas as hipóteses (H1a à H1f) obtiveram suporte empírico a partir do teste
realizado através da análise de regressão múltipla. O quadro 4.24 a seguir
apresenta os coeficientes da equação de regressão.
106
Quadro 4.24
Resumo dos Resultados dos Testes das Hipóteses H1a à H1f
Coeficiente de
Regressão
p
AMBI Ambiente 0,386 ,000
INTPES Interação Pessoal 0,349 ,000
SERVCLI Serviço ao Cliente 0,289 ,000
CONV Conveniência 0,268 ,000
MERC Adequação ao Sortimento 0,258 ,000
LOCAL Localização 0,152 ,000
Variável dependente: IGCAN Imagem do Varejista
Variáveis Independentes
4.3.2. V
ALIDADE DA
E
SCALA DE
V
ALOR DA
M
ARCA NA
P
ERSPECTIVA DO
C
ONSUMIDOR
Antes de se proceder com os testes das hipóteses relativos às relações entre
os elementos do composto de marketing e as dimensões do valor da marca,
se faz necessário avaliar a validade da escala, proposta por Yoo
et al
(2000),
do valor da marca na perspectiva do consumidor
A modelagem de equações estruturais (SEM) é a técnica adequada para
medir as relações propostas pelo modelo de Yoo
et al
(2000). A SEM é
apropriada para confirmar modelos que apresentam relações entre construtos
exógenos e entre construtos exógenos e endógenos (SHARMA, 1996). Yoo
et al
(2000), Washburn e Plank (2002) e Neto e Luce (2006) utilizaram a SEM
para averiguar a validade da escala de valor da marca na perspectiva do
consumidor. A figura 4.02 apresenta o modelo de valor da marca na
perspectiva do consumidor proposto por Yoo
et al
(2000) e validada no
presente estudo.
107
Figura 4.02
Modelo Original do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Qualidade
Percebida
Lealdade à
Marca
Consciência/
Associações à
Marca
Valor Geral
da Marca
Fonte: Yoo et al (2000).
O modelo não apresentou nenhuma estimativa transgressora. Os coeficientes
de regressão padronizados são menores do que 1, nenhuma variância é
negativa ou não significante, e os erros padrão não são grandes (ver quadro
4.25).
O modelo também apresentou poucos problemas nos índices de ajuste. O
RMSEA não foi estatisticamente significativo, já que PCLOSE foi menor que
0,50. O valor do ECVI estimado foi maior do que o valor do ECVI saturado.
Os demais índices de ajuste apresentaram bons resultados (ver quadro 4.26).
Entretanto, o modelo original manifestou um problema no coeficiente de
regressão da relação entre o construto exógeno Consciência / Associações e
o construto endógeno Valor Geral da Marca. Segundo Yoo
et al
(2000),
Washburn e Plank (2002) e Neto e Luce (2006) esta relação seria
significativa e teria coeficiente positivo. Os primeiros resultados apresentaram
108
uma relação não significativa entre os construtos Consciência / Associações
e Valor Geral da Marca, apresentando um p valor > 0,1 (ver quadro 4.27).
Quadro 4.25
Modelo Original do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Estimativas Transgressoras
Coeficientes
de Regreso
Padronizados
E.P.
Valor Geral da Marca <-- Lealdade 0,601 0,061
Valor Geral da Marca <-- Consciência / Associações -0,047 0,053
Valor Geral da Marca <-- Qualidade Percebida 0,309 0,036
QP1 <-- Qualidade Percebida 0,849
QP2 <-- Qualidade Percebida 0,719
QP3 <-- Qualidade Percebida 0,680
QP4_I <-- Qualidade Percebida 0,779
QP5 <-- Qualidade Percebida 0,849
QP6 <-- Qualidade Percebida 0,882
LE1 <-- Lealdade 0,782
LE2 <-- Lealdade 0,880
LE3 <-- Lealdade 0,493
CA1 <-- Consciência / Associações 0,559
CA2 <-- Consciência / Associações 0,302
CA3 <-- Consciência / Associações 0,679
CA4 <-- Consciência / Associações 0,734
CA5 <-- Consciência / Associações 0,692
CA6_I <-- Consciência / Associações 0,625
OBE1 <-- Valor Geral da Marca 0,724
OBE2 <-- Valor Geral da Marca 0,949
OBE3 <-- Valor Geral da Marca 0,882
OBE4 <-- Valor Geral da Marca 0,625
Estimativa R.C. P
0,569 10,855 0,000
0,441 6,919 0,000
1,080 13,041 0,000
Variâncias
Lealdade
Consciência / Associações
Qualidade Percebida
Quadro 4.26
Modelo Original do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Índices de Ajuste
CMIN DF P NPAR CMIN/DF GFI AGFI PGFI NFI RFI IFI
378,71 146 0,000 44 2,594 0,939 0,921 0,722 0,940 0,930 0,962
TLI CFI PNFI RMSEA PCLOSE ECVI
ECVI
Saturado
ECVI
Independente
HFIVE HONE
0,956 0,962 0,803 0,050 0,479 0,735 0,650 0,832 294 317
109
Quadro 4.27
Modelo Original do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Coeficientes da SEM
Estimativa R.C. P
Valor Geral da Marca <-- Lealdade 0,750 12,289 0,000
Valor Geral da Marca <-- Consciência / Associações -0,066 -1,260
0,208
Valor Geral da Marca <-- Qualidade Percebida 0,280 7,745 0,000
Coeficientes de Regressão
O modelo foi, então, reespecificação para alcançar melhores índices de
ajuste e uma relação significativa entre os construtos Consciência /
Associações e Valor Geral da Marca (ver figura 4.03).
Figura 4.03
Modelo do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Reespecificado
Qualidade
Percebida
Lealdade
Consciência/
A
ssociações
Valor Geral
da Marca
QP1 QP2 QP3 QP4(i) QP5 QP6
LE1 LE2 LE3
CA1 CA2 CA3 CA4 CA5 CA6(i)
e1 e2 e3 e4 e5 e6
e7 e8 e9
e10
OBE1 OBE2 OBE3 OBE4
Res1
e11 e12 e13 e14 e15
e16 e17 e18 e19
110
A reespecificação observou os índices de modificação sugeridos pelo
software AMOS 4.0. As modificações propostas se referiam às correlações
existentes entre algumas variáveis.Continuaram não existindo estimativas
transgressoras (ver quadro 4.28).
Quadro 4.28
Modelo do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Reespecificado
Estimativas Transgressoras
Coeficientes
de Regressão
Padronizados
E.P.
Valor Geral da Marca <-- Lealdade 0,590 0,063
Valor Geral da Marca <-- Consciência / Associações -0,046 0,053
Valor Geral da Marca <-- Qualidade Percebida 0,312 0,037
QP1 <-- Qualidade Percebida 0,865
QP2 <-- Qualidade Percebida 0,741
QP3 <-- Qualidade Percebida 0,662
QP4_I <-- Qualidade Percebida 0,786
QP5 <-- Qualidade Percebida 0,810
QP6 <-- Qualidade Percebida 0,851
LE1 <-- Lealdade 0,760
LE2 <-- Lealdade 0,901
LE3 <-- Lealdade 0,459
CA1 <-- Consciência / Associações 0,561
CA2 <-- Consciência / Associações 0,296
CA3 <-- Consciência / Associações 0,664
CA4 <-- Consciência / Associações 0,730
CA5 <-- Consciência / Associações 0,706
CA6_I <-- Consciência / Associações 0,628
OBE1 <-- Valor Geral da Marca 0,723
OBE2 <-- Valor Geral da Marca 0,949
OBE3 <-- Valor Geral da Marca 0,883
OBE4 <-- Valor Geral da Marca 0,625
Estimativa R.C. P
0,537 10,310 0,000
0,444 6,949 0,000
1,124 13,112 0,000Qualidade Percebida
Variâncias
Lealdade
Consciência / Associações
Os índices de ajuste apresentaram melhoras. Os dois índices que no modelo
original não se mostraram satisfatórios eram o RMSEA e o ECVI. O RMSEA
111
registrou 0,039, sendo significativo com PCLOSE igual a 0,996, atingindo um
bom nível. O ECVI estimado registrou um valor menor do que o ECVI
saturado e do que o ECVI independente (ver quadro 4.29).
Quadro 4.29
Modelo do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Reespecificado
Índices de Ajuste
CMIN DF P NPAR CMIN/DF GFI AGFI PGFI NFI RFI IFI
274,84 139 0,000 51 1,977 0,956 0,940 0,700 0,957 0,946 0,978
TLI CFI PNFI RMSEA PCLOSE ECVI
ECVI
Saturado
ECVI
Independente
HFIVE HONE
0,973 0,978 0,778 0,039 0,996 0,593 0,525 0,674 388 418
No entanto, o principal problema do teste do modelo persistiu. O coeficiente
de regressão entre os construtos Consciência / Associações e Valor Geral da
Marca continuou não significativo, apresentado p valor > 0,1 (ver quadro
4.30).
Quadro 4.30
Modelo do Valor da Marca na Perspectiva do Consumidor
Reespecificado
Coeficientes da SEM
Estimativas R.C. P
Valor Geral da Marca <-- Lealdade 0,757 11,948 0,000
Valor Geral da Marca <-- Consciência / Associações -0,064 -1,223
0,221
Valor Geral da Marca <-- Qualidade Percebida 0,277 7,530 0,000
Coeficientes de Regressão
Além de não apresentar significância, o coeficiente da relação entre os
construtos Consciência / Associações à Marca e Valor Geral da Marca foi
muito baixo (-0,06), apontando para a importância das demais relações
validadas.
112
Os altos coeficientes de 0,757 e 0,277 relativos, respectivamente, às relações
entre o Valor Geral da Marca e os construtos Lealdade à Marca e Qualidade
Percebida sugerem que, no presente estudo, estas dimensões seriam
suficientes para explicar o valor geral da marca na perspectiva do
consumidor.
Outras pesquisas que testaram este modelo confirmam que os fatores
Lealdade à Marca e Qualidade Percebida têm uma influência maior sobre o
Valor Geral da Marca do que o fator Consciência / Associações à Marca. Yoo
et al
(2000) encontraram os coeficientes de regressão 0,69 para Lealdade,
0,10 para Qualidade Percebida e 0,07 para Consciência / Associações em
relação ao Valor Geral da Marca. Neto e Luce (2006) apuraram os
coeficientes 0,60 para Lealdade, 0,19 para Qualidade Percebida e 0,09 para
Consciência / Associações em relação ao Valor Geral da Marca.
Além dos baixos coeficientes do construto Consciência / Associações supra
descritos, Neto e Luce (2006) precisaram reespecificar o modelo de Yoo
et al
(2000) para obter índices de ajuste dentro dos parâmetros esperados. As
principais reespecificações foram a eliminação da relação da covariância
entre Lealdade e Consciência / Associações e a criação de uma relação
direta entre os fatores Lealdade e Consciência / Associações. Isto significa
que, antes de influenciar diretamente o Valor Geral da Marca, o construto
Consciência / Associações receberia carga do fator Lealdade. E somente
com esta carga é que o modelo testado por Neto e Luce (2006) atingiu
índices de ajuste dentro dos parâmetros sugeridos para validação do modelo.
113
A seguir, procedeu-se com a análise do modelo de dez variáveis de Yoo
et al
(2000) e Yoo e Donthu (2001). O modelo de dez variáveis é uma redução do
modelo de 15 variáveis do valor da marca na perspectiva do consumidor
utilizado neste trabalho. Hair Jr, Anderson, Tatham e Black (2005)
recomendam a comparação do modelo original com modelos concorrentes
para a apuração dos melhores índices de ajuste. Yoo e Donthu (2001) e Neto
e Luce (2006) verificaram níveis mais altos de ajuste no modelo de dez
variáveis.
O modelo de dez variáveis não apresentou estimativas transgressoras.
Entretanto, continuou apresentando uma relação não significativa entre os
construtos Consciência / Associações e Valor Geral da Marca. Além disso, os
índices de ajuste não foram melhores do que no modelo de quinze variáveis
(ver quadros 4.31 e 4.32).
Conforme já mencionado, Neto e Luce (2006) necessitaram reespecificar o
modelo para estabelecer uma relação direta entre os fatores Lealdade e
Consciência / Associação. Desse modo, optou-se por testar, também, o
modelo reespecificado por estes autores.
No presente estudo, o modelo similar ao de Neto e Luce (2006) não
apresentou estimativas transgressoras. No entanto, a relação entre
Consciência / Associações e Valor Geral da Marca não foi significativa. Assim
como no modelo original de dez variáveis, os índices de ajuste não
apresentaram níveis mais adequados do que no modelo de 15 variáveis (ver
quadros 4.31 e 4.32).
114
Quadro 4.31
Índices de Ajuste da SEM
Comparação entre Modelos
CMIN DF P NPAR CMIN/DF GFI AGFI PGFI NFI RFI IFI
274,84 139 0,000 51 1,977 0,956 0,940 0,700 0,957 0,946 0,978
146,23 71 0,000 34 2,060 0,967 0,951 0,654 0,961 0,95 0,980
155,92 72 0,000 33 2,166 0,965 0,949 0,662 0,958 0,947 0,977
TLI CFI PNFI RMSEA PCLOSE ECVI
ECVI
Saturado
ECVI
Inde
p
endente
HFIVE HONE
0,973 0,978 0,778 0,039 0,996 0,593 0,525 0,674 388 418
0,974 0,979 0,750 0,041 0,945 0,337 0,331 5,948 399 442
0,971 0,977 0,758 0,043 0,897 0,349 0,331 5,948 378 419
10 var - Neto e Luce (2006)
15 variáveis
10 var - Yoo e Donthu (2001)
15 variáveis
10 var - Neto e Luce (2006)
Modelo
10 var - Yoo e Donthu (2001)
Quadro 4.32
Coeficientes da SEM
Comparação entre Modelos
Estimativa R.C. P
Valor Geral da Marca <-- Qualidade Percebida 0,402 6,061 0,000
Valor Geral da Marca <-- Lealdade 0,683 10,281 0,000
Valor Geral da Marca <-- Consciência / Associações -0,040 -0,726
0,468
Estimativa R.C. P
Consciência / Assoc <-- Lealdade 0,307 6,706 0,000
Valor Geral <-- Qualidade Percebida 0,390 6,015 0,000
Valor Geral <-- Lealdade 0,683 9,846 0,000
Valor Geral <-- Consciência / Associações -0,013 -0,236
0,814
Estimativa R.C. P
Valor Geral da Marca <-- Lealdade 0,757 11,948 0,000
Valor Geral da Marca <-- Consciência / Associações -0,064 -1,223
0,221
Valor Geral da Marca <-- Qualidade Percebida 0,277 7,530 0,000
Modelo de 15 variáveis
Modelo de 10 variáveis - Yoo e Donthu (2001)
Modelo de 10 variáveis - Neto e Luce (2006)
Coeficientes de Regressão
Desse modo, pode-se concluir que, no presente estudo, o construto
Consciência / Associações demonstrou pouca força de influência sobre o
fator endógeno Valor Geral da Marca, sendo necessário, em um dos
modelos, que recebesse carga do construto Lealdade para se atingir níveis
aceitáveis de ajuste. Apesar de índices de ajuste similares, o modelo de
quinze variáveis parece ser o mais adequado para os propósitos deste
estudo. Os índices PGFI e PNFI, que são utilizados na comparação entre
modelos, apresentaram valores mais altos no modelo de quinze variáveis.
115
Em virtude da recorrência do problema com o coeficiente da relação entre
Valor Geral da Marca e o construto Consciência / Associações em todos os
modelos testados no presente estudo, decidiu-se recorrer a uma investigação
mais detalhada sobre esta relação, mediante a análise de gráficos de
dispersão. A análise do gráfico de dispersão de cada marca possibilita a
visualização de uma grande dispersão nas avaliações dos fatores
Consciência / Associações e Valor Geral da Marca na maioria das marcas.
Os dados de entrada dos gráficos de dispersão foram os valores médios das
variáveis do respectivo construto (ver quadros 4.33, 4.34 e 4.35).
Quadro 4.33
Gráficos de Dispersão
Consciência / Associações e Valor Geral da Marca
Categoria de produto: Micro-system
Sony Philips
Aiwa CCE
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
116
Quadro 4.34
Gráficos de Dispersão
Consciência / Associações e Valor Geral da Marca
Categoria de produto: Tênis
Adidas
Olympikus Try On
Nike
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
117
Quadro 4.35
Gráficos de Dispersão
Consciência / Associações e Valor Geral da Marca
Categoria de produto: Refrigerante
Coca-Cola Pepsi
Dolly-Cola Tobi Cola
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
Média - Valor Geral da Marca
1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Média - Consciência / Associaçoes
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
Média - Valor Geral da Marca
A seguir, foram analisados os coeficientes de correlação de Pearson. Não
existe significância estatística entre a correlação das médias dos construtos
Consciência / Associações e Valor Geral da Marca em oito das doze marcas
pesquisadas, confirmando a análise visual da dispersão dos dados (ver
quadro 4.36).
118
Quadro 4.36
Médias e Correlações
Consciência / Associações e Valor Geral da Marca
Marca
Valor Geral da
Marca
Consciência/
A
ssocia
ç
ões
Correlação de
Pearson
p
Sony 3,15 3,56 0,280 0,040
Philips
2,80 3,35 0,152
0,278
Aiwa
2,22 3,32 -0,096
0,501
CCE
1,89 3,24 -0,027
0,849
Nike
2,36 4,21 -0,037
0,786
Adidas 2,54 3,88 0,376 0,004
Olympikus 2,27 3,67 0,266 0,045
Try On 1,99 2,63 0,363 0,013
Coca-Cola
2,64 4,29 0,052
0,713
Pepsi
2,38 4,00 -0,067
0,617
Dolly Cola
1,76 2,95 0,067
0,646
Tobi Cola
1,91 2,90 0,012
0,938
Média
A inexistência de significância estatística para as correlações entre os fatores
Consciência / Associações e Valor Geral da Marca em oito das marcas
pesquisadas permite concluir que a relação entre estes fatores, neste estudo,
é fraca. Considerando o resultado da análise de correlação, junto com a
inexistência de significância da relação entre estes construtos na modelagem
de equações estruturais, e com o baixo coeficiente e intermediação da
relação de dependência encontrada em estudos anteriores, conclui-se que o
construto Consciência / Associações, do modo como é medido na escala de
Yoo e Donthu (2001), pode não participar diretamente da formação do valor
da marca na perspectiva do consumidor em alguns casos, o que sugere o
aprofundamento desta discussão em estudos futuros.
4.3.3. R
ESULTADOS DOS
T
ESTES DAS
H
IPÓTESES
H2
À
H5
A
Na sessão anterior ficou demonstrada a não significância da relação entre o
construto Consciência / Associações e o Valor Geral da Marca.
Consequentemente, não foi possível verificar as hipóteses H3c, H4c e H5b,
119
pois se referiam às relações de dependência entre os fatores Imagem do
Varejista, Gastos com Propaganda e Promoção de Preço com a variável
dependente Consciência / Associações. A seguir, são apresentados os
resultados obtidos com a verificação das demais hipóteses.
4.3.3.1. Avaliação Geral do Modelo
A figura 4.04 apresenta o modelo que foi testado após a retirada do fator
Consciência / Associações. Para medir os fatores Lealdade à Marca e
Qualidade Percebida foram utilizadas as variáveis incluídas no modelo de
quinze variáveis, que foi o modelo que se apresentou mais adequado neste
estudo. O modelo de 15 variáveis também foi o modelo utilizado por Yoo
et al
(2000) para verificar a relação entre o composto de marketing e o valor da
marca na perspectiva do consumidor.
Figura 4.04
Novo Modelo Proposto
Qualidade
Percebida
Lealdade
Valor Geral
da Marca
Preço
Imagem do
Varejista
Gastos com
Propaganda
Promoções
de Pro
H2 (+)
H3a (+)
H3b (+)
H4a (+)
H4b (+)
H5a (-)
120
Os índices de ajuste do modelo apresentaram alguns problemas. Os índices
GFI, AGFI, NFI, RFI, IFI, TLI e CFI ficaram abaixo do nível mínimo sugerido
de 0,90, apesar de alguns deles estarem bem próximo deste nível (ver
quadro 4.37). Modelos complexos podem apresentar níveis um pouco mais
baixos que o valor mínimo sugerido (HAIR JR, ANDERSON, TATHAM e
BLACK, 2005). Yoo
et al
(2000) consideraram valores um pouco abaixo dos
níveis sugeridos como níveis aceitáveis de ajuste para o seu modelo que
verificava a influência do composto de marketing no valor da marca, dada a
complexidade e o número de variáveis do modelo.
Quadro 4.37
Índices de Ajuste da SEM
Composto de Marketing e Valor da Marca – Novo Modelo Proposto
CMIN DF P NPAR CMIN/DF GFI AGFI PGFI NFI RFI IFI
1610,60 396 0,000 69 4,067 0,852 0,826 0,725 0,865 0,852 0,895
TLI CFI PNFI RMSEA PCLOSE ECVI
ECVI
Saturado
ECVI
Independente
HFIVE HONE
0,884 0,895 0,788 0,069 0,000 2,754 1,465 18,943 175 184
Além disso, o RMSEA não foi significativo, o ECVI padrão não é menor do
que o ECVI saturado, bem como o HFIVE e o HONE são menores do que
200. Estes valores encorajaram uma reespecificação do modelo a partir dos
índices de modificação sugeridos pelo software AMOS 4.0.
Algumas relações latentes apareceram nos índices de modificação. As mais
significativas foram a correlação positiva entre os pares de construtos Preço-
Gastos com Propaganda, Preço-Imagem do Varejista, Gastos com
Propaganda-Imagem do Varejista e a correlação negativa entre Preço-
Promoção de Preço. Além delas, algumas relações bi-direcionais entre
variáveis do mesmo fator foram identificadas (ver figura 4.05).
121
Figura 4.05
Novo Modelo Proposto Reespecificado
Qualidade
Percebida
Lealdade
Valor Geral
da Marca
Preço
Imagem do
Varejista
Gastos com
Propaganda
Promoções
de Preço
H2(+)
H3a(+)
H3b
(
+
)
H4a(+)
H4b(+)
H5a(-)
PRE1 PRE2 PRE3 PRE4 PRE5
(i)
PRE6
IG3IG2IG1 IG4
PRO2 PRO3 PRO5
PP5
PRO1
PP2 PP3
QP1 QP2 QP3 QP4
(i)
QP5 QP6
LE3LE1 LE2
OBE2 OBE3 OBE4OBE1
e1 e2 e3 e4 e5 e6
e18 e19 e20 e21
e22 e23
e11 e12 e13 e14
e7 e8 e9 e10
e33 e34 e35 e36
e30 e31 e32
e15 e16 e17
Res3
Res2
Res1
A literatura de marketing discute a importância da integração entre os
elementos do composto de marketing, podendo explicar as interrelações
explicitadas na reespecificação do modelo. Schultz (1996) sugere que a
comunicação e todas as demais ações de marketing da marca devem ser
integradas de acordo com a estratégia da mesma.
Rocha e Christensen (1999) sugerem que um dos objetivos da propaganda é
desenvolver a imagem da marca, o que poderia gerar maiores receitas para
empresa através de aumento na participação do mercado ou no preço.
122
Produtos com gastos relativamente altos com propaganda poderiam cobrar
preço
premium
, pois os consumidores estariam mais dispostos a pagar mais
caro por produtos bem conhecidos do que por produtos menos conhecidos
(KOTLER, 1997). Além disso, tanto a propaganda quanto o preço são
elementos extrínsecos para avaliação da marca, se influenciando
mutuamente (KIRMANI e ZEITHAML, 1993). Então, pode-se suportar a
sugestão de que a percepção de preço está interrelacionada com a
percepção dos gastos de propaganda.
A modelagem estrutural também indicou correlação entre preço e imagem do
varejista. Rosembloom (2002) sugere que alguns canais pautam as suas
estratégias de preço pela estratégia de preço das marcas que carregam, se
posicionando para o mesmo público que as marcas que comercializam
tentam atender. Porter e Claycomb (1997) concluíram que marcas
conhecidas auxiliam a imagem de uma loja varejista, ou seja, o fato da loja
oferecer produtos de boa qualidade faz com que a sua imagem seja melhor
percebida pelos consumidores. E o preço é um dos indicadores extrínsecos
da qualidade do produto (KIRMANI e ZEITHAML, 1993). Desse modo, a
literatura suporta a sugestão da existência de uma interrelação entre preço e
imagem do varejista.
O modelo reespecificado considerou uma interrelação negativa entre o nível
de preço e a intensidade de promoções de preço, ou seja, a medida que mais
promoções são realizadas, menor é a percepção do nível de preço do
produto. Kotler (1997) descreve as estratégias de promoção de preço como
estratégias de precificação. O preço de um produto pode ser um indicador do
123
seu posicionamento. Promoções freqüentes podem fazer com que os
consumidores percam a referência de preço do produto (WINER, 1986) e,
posteriormente, podem alterar o seu preço de referência, considerando a
volta ao preço normal como um aumento (PEATTIE e PEATTIE, 2005). Desta
maneira, a literatura suporta a sugestão de existência de uma interrelação
negativa entre o nível do preço e a intensidade de promoções de preço.
A última interrelação identificada foi entre gastos com propaganda e imagem
do varejista. A propaganda é uma das formas com que a empresa entra em
contato com seus consumidores. O canal de vendas também pode ser
utilizado como um canal de comunicação da marca (BATRA
et al
, 1995).
Além disso, o impacto da experiência do consumidor com o produto pode ser
mais importante que uma grande quantidade de propaganda e um destes
momentos de experiência ocorre no canal de vendas. (AAKER e
JOACHIMSTHATER, 1997). Um dos conflitos no sistema de distribuição
ocorre com a percepção de varejistas da inutilidade de alguns elementos de
comunicação no ponto de venda, sendo de grande importância para o
fabricante uma correta avaliação de qual canal utilizar para atingir seu público
alvo, com o posicionamento desejado para a marca (ROSENBLOOM, 2002).
Além disso, a avaliação da propaganda e dos locais de venda pode ser
mediada pela imagem da marca. A propaganda auxilia a criação da imagem
da marca (LINDSAY, 1990) que, por sua vez, influencia a imagem do
varejista (PORTER e CLAYCOMB, 1997). Desse modo, a literatura suporta a
sugestão de que a percepção dos gastos de propaganda está
interrelacionada com a imagem do varejista na construção do valor da marca.
124
Tendo em vista que a literatura oferece suporte a todas as sugestões obtidas
a partir da modelagem de equações estruturais. o modelo foi reespecificado.
Neste novo modelo, não houve estimativas transgressoras (ver quadro 4.38).
Os índices de ajuste apresentaram valores próximos dos níveis sugeridos ou
dos níveis aceitos por Yoo
et al
(2000). O DF foi de 388. O CMIN/DF ficou
dentro do limite mais tolerável de 1,00 à 5,00. O GFI, o AGFI, o NFI e o RFI
tiveram valores acima do limite de 0,80 utilizado por Yoo
et al
(2000) e muito
próximos do limite sugerido de 0,90. O IFI, o TLI e o CFI obtiveram valores
acima de 0,90. O HFIVE e HONE ficaram acima de 200 (ver quadro 4.39).
Os índices que apresentaram problemas foram o RMSEA e o ECVI. O
RMSEA não foi significante, obtendo-se PCLOSE menor que 0,50. O ECVI
padrão registrou um valor abaixo do ECVI saturado (ver quadro 4.39).
Na comparação entre os modelos, o índice PGFI obteve um valor de 0,736,
maior do que o 0,725 do modelo sem as relações de covariância do
composto de marketing e o índice PNFI apresentou um valor de 0,799, maior
que o valor 0,788 do modelo antes da reespecificação.
As confiabilidades dos construtos e a variância extraída também obtiverem
valores acima dos níveis sugeridos de 0,70 e 0,50, respectivamente.
Somente o construto promoção apresentou um valor abaixo, porém próximo
de 0,50 (ver quadro 4.40).
125
Quadro 4.38
Novo Modelo Proposto Reespecificado
Estimativas Transgressoras
Coeficientes
de Regressão
Padronizados
E.P.
Qualidade Percebida <-- Promoção de Preço -0,050 0,057
Lealdade <-- Imagem do Varejista 0,205 0,056
Qualidade Percebida <-- Imagem do Varejista 0,327 0,068
Lealdade <-- Gastos com Propaganda 0,270 0,043
Qualidade Percebida <-- Gastos com Propaganda 0,229 0,052
Qualidade Percebida <-- Preço 0,324 0,037
Valor Geral da Marca <-- Lealdade 0,590 0,059
Valor Geral da Marca <-- Qualidade Percebida 0,298 0,034
PRE1 <-- Preço 0,936
PRE2 <-- Preço 0,805
PRE3 <-- Preço 0,660
PRE4 <-- Preço 0,275
PRE5_I <-- Preço 0,781
PRE6 <-- Preço 0,869
PRO1 <-- Gastos com Propaganda 0,680
PRO2 <-- Gastos com Propaganda 0,566
PRO3 <-- Gastos com Propaganda 0,803
PRO5 <-- Gastos com Propaganda 0,851
IG1 <-- Imagem do Varejista 0,744
IG2 <-- Imagem do Varejista 0,803
IG3 <-- Imagem do Varejista 0,843
IG4 <-- Imagem do Varejista 0,927
PP2 <-- Promoção de Preço 0,737
PP3 <-- Promoção de Preço 0,745
PP5 <-- Promoção de Preço 0,547
QP1 <-- Qualidade Percebida 0,860
QP2 <-- Qualidade Percebida 0,743
QP3 <-- Qualidade Percebida 0,670
QP4_I <-- Qualidade Percebida 0,793
QP5 <-- Qualidade Percebida 0,820
QP6 <-- Qualidade Percebida 0,852
LE1 <-- Lealdade 0,786
LE2 <-- Lealdade 0,874
LE3 <-- Lealdade 0,494
OBE1 <-- Valor Geral da Marca 0,722
OBE2 <-- Valor Geral da Marca 0,949
OBE3 <-- Valor Geral da Marca 0,882
OBE4 <-- Valor Geral da Marca 0,623
Estimativa R.C. P
1,573 15,647 0,000
0,748 9,030 0,000
0,377 10,578 0,000
0,583 8,546 0,000
Gastos com Propaganda
Imagem do Varejista
Promão de Preço
Variâncias
Preço
126
Quadro 4.39
Novo Modelo Proposto Reespecificado
Índices de Ajuste da SEM
CMIN DF P NPAR CMIN/DF GFI AGFI PGFI NFI RFI IFI
1250,66 388 0,000 77 3,223 0,882 0,858 0,736 0,896 0,883 0,926
TLI CFI PNFI RMSEA PCLOSE ECVI
ECVI
Saturado
ECVI
Independente
HFIVE HONE
0,916 0,925 0,799 0,059 0,000 2,212 1,465 18,943 221 232
Quadro 4.40
Novo Modelo Proposto Reespecificado
Confiabilidade dos Construtos e Variância Extraída da SEM
Promão de
Preço
Imagem do
Varejista
Gastos com
Propaganda Preço Lealdade
Qualidade
Percebida
Valor Geral
da Marca
Confiabilidades
dos construtos
0,720 0,899 0,820 0,878 0,771 0,910 0,877
Variâncias
extraídas
0,466 0,692 0,538 0,567 0,542 0,628 0,647
Os resultados obtidos sugerem que o modelo reespecificado é adequado
para medir as relações entre o composto de marketing e as dimensões do
valor da marca na perspectiva do consumidor.
De acordo com Hair Jr, Anderson, Tatham e Black (2005), não existem
indicadores que sozinhos demonstrem a inadequação de um modelo,
devendo ser considerado o conjunto de resultados obtidos de diferentes
indicadores. Em relação aos índices de ajuste, onze dos índices escolhidos
obtiveram resultados dentro do sugerido pela literatura ou utilizado por Yoo
et
al
(2000). Somente dois índices de ajuste registraram valores fora dos
parâmetros utilizados. Quanto à confiabilidade dos construtos e variância
extraída, treze das quatorze medidas estão dentro dos níveis sugeridos pela
literatura.
127
4.3.3.2. Teste da Hipótese Relativa ao Preço (H2)
A hipótese H2 propõe que o preço tem relação positiva com a qualidade
percebida. O coeficiente de regressão da variável PRECO foi 0,271 com p
valor < 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo suporte empírico à
hipótese. Logo, para as categorias de produtos das marcas pesquisadas, o
preço percebido do produto apresenta relação positiva com a qualidade
percebida da marca, ou seja, quanto maior o preço percebido, maior a
qualidade percebida da marca.
4.3.3.3. Testes das Hipóteses Relativas à Imagem do Varejista (H3a e H3b)
A hipótese H3a propõe que a imagem do varejista tem relação positiva com a
qualidade percebida. O coeficiente de regressão da variável IGCAN foi 0,559
com p valor < 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo suporte
empírico à hipótese. Logo, para as categorias de produtos das marcas
pesquisadas, a imagem do varejista apresenta relação positiva com a
qualidade percebida da marca, ou seja, quanto maior a imagem do varejista,
maior a qualidade percebida da marca.
A hipótese H3b propõe que a imagem do varejista tem relação positiva com a
lealdade. O coeficiente de regressão da variável IGCAN foi 0,254 com p valor
< 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo suporte empírico à
hipótese. Logo, para as categorias de produtos das marcas pesquisadas, a
imagem do varejista apresenta relação positiva com a lealdade à marca, ou
seja, quanto maior a imagem do varejista, maior a lealdade à marca.
128
4.3.3.4. Testes das Hipóteses Relativas aos Gastos com Propaganda (H4a e
H4b)
A hipótese H4a propõe que os gastos com propaganda têm relação positiva
com a qualidade percebida. O coeficiente de regressão da variável PROPAG
foi 0,279 com p valor < 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo
suporte empírico à hipótese. Logo, para as categorias de produtos das
marcas pesquisadas, os gastos com propaganda apresentam relação positiva
com a qualidade percebida da marca, ou seja, quanto maior os gastos com
propaganda, maior a qualidade percebida da marca.
A hipótese H4b propõe que os gastos com propaganda têm relação positiva
com a lealdade. O coeficiente de regressão da variável PROPAG foi 0,237
com p valor < 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo suporte
empírico à hipótese. Logo, para as categorias de produtos das marcas
pesquisadas, os gastos com propaganda apresentam relação positiva com a
lealdade à marca, ou seja, quanto maior os gastos com propaganda, maior a
lealdade à marca.
4.3.3.5. Teste da Hipótese Relativa à Promoção de Preço (H5a)
A hipótese H5a propõe que a promoção de preço tem relação negativa com a
qualidade percebida. Embora o sinal do coeficiente de regressão da variável
PROMPRE tenha sido negativo, -0,069, conforme o hipotetizado, o p valor do
coeficiente = 0,221 não se mostrou significativo. Desse modo, não foi
possível obter suporte empírico para a hipótese H5a de que a percepção da
129
freqüência de promoções de preço influencia negativamente a qualidade
percebida da marca.
4.3.4. V
ALIDAÇÃO DOS
T
ESTES DAS
H
IPÓTESES
H2
À
H5a
Os testes das hipóteses H2 à H5a foram realizados utilizando-se o modelo
reespecificado que considera o construto Imagem do varejista como sendo
formado a partir das quatro variáveis de avaliação geral da imagem.
Para validar os testes e, principalmente para analisar a adequação dos
fatores formadores da imagem do varejista, optou-se por testar novamente o
modelo, substituindo-se as quatro variáveis originais do construto imagem do
varejista pelas seis variáveis substitutas resultantes dos fatores antecedentes
do construto imagem do varejista, conforme a proposição e teste realizado
neste estudo.
4.3.4.1. Avaliação Geral do Modelo com Seis Variáveis
Para a realização desta nova etapa de testes das hipóteses, o modelo
modificado com as seis variáveis foi submetido a uma nova avaliação. Os
índices de modificação do AMOS 4.0 sugeriram exatamente as mesmas
interrelações que foram sugeridas nos testes do modelo utilizando as quatro
variáveis de avaliação geral da imagem do varejista (ver figura 4.06). Depois
da reespecificação do modelo de acordo com os índices de modificação
sugeridos, não ocorreu nenhuma estimativa transgressora. Os índices de
ajuste confirmaram a adequação do modelo para os testes das hipóteses (ver
quadro 4.41).
130
Figura 4.06
Modelo Considerando as Seis Variáveis da Imagem do Varejista
Qualidade
Percebida
Lealdade
Valor Geral
da Marca
Preço
Imagem do
Varejista
Gastos com
Propaganda
Promoções
de Preço
H2(+)
H3a(+)
H3b(+)
H4a
(
+
)
H4b(+)
H5a(-)
PRE1 PRE2 PRE3 PRE4 PRE5
(i)
PRE6
M_
MERC
M_SER
VCLI
M_
AMBI
M_
INTPES
PRO2 PRO3 PRO5
PP5
PRO1
PP2 PP3
QP1 QP2 QP3 QP4
(i)
QP5 QP6
LE3LE1 LE2
OBE2 OBE3 OBE4OBE1
e1 e2 e3 e4 e5 e6
e18 e19 e20 e21
e22 e23
e37 e38 e39 e40
e7 e8 e9 e10
e33 e34 e35 e36
e30 e31 e32
e15 e16 e17
Res3
Res2
Res1
M_
LOCAL
M_
CONV
e41
e42
Quadro 4.41
Modelo Considerando as Seis Variáveis da Imagem do Varejista
Índices de Ajuste da SEM
CMIN DF P NPAR CMIN/DF GFI AGFI PGFI NFI RFI IFI
1399,86 446 0,000 82 3,139 0,875 0,852 0,739 0,876 0,862 0,912
TLI CFI PNFI RMSEA PCLOSE ECVI
ECVI
Saturado
ECVI
Independente
HFIVE HONE
0,902 0,912 0,788 0,058 0,000 2,463 1,663 17,918 226 236
A confiabilidade do construto Imagem do Varejista, quando formado pelas
seis variáveis substitutas, apresentou um valor igual a 0,757, ficando acima
do limite mínimo sugerido de 0,70. Entretanto, a variância extraída registrou
um valor de 0,347, ficando abaixo do limite mínimo sugerido. São
131
apresentados a seguir os resultados dos testes das hipóteses considerando o
modelo com as seis variáveis.
4.3.4.2. Validação do Teste da Hipótese Relativa ao Preço (H2)
A hipótese H2 propõe que o preço tem relação positiva com a qualidade
percebida. O coeficiente de regressão da variável PRECO foi 0,279 com p
valor < 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo suporte empírico à
hipótese. Logo, para as categorias de produtos das marcas pesquisadas, o
preço percebido do produto apresenta relação positiva com a qualidade
percebida da marca, ou seja, quanto maior o preço percebido, maior a
qualidade percebida da marca.
4.3.4.3. Validação dos Testes das Hipóteses Relativas à Imagem do Varejista
(H3a e H3b)
A hipótese H3a propõe que a imagem do varejista tem relação positiva com a
qualidade percebida. O coeficiente de regressão da variável IGCAN foi 0,738
com p valor < 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo suporte
empírico à hipótese. Logo, para as categorias de produtos das marcas
pesquisadas, a imagem do varejista apresenta relação positiva com a
qualidade percebida da marca, ou seja, quanto maior a imagem do varejista,
maior a qualidade percebida da marca.
A hipótese H3b propõe que a imagem do varejista tem relação positiva com a
lealdade. O coeficiente de regressão da variável IGCAN foi 0,187 com p valor
< 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo suporte empírico à
hipótese. Logo, para as categorias de produtos das marcas pesquisadas, a
132
imagem do varejista apresenta relação positiva com a lealdade à marca, ou
seja, quanto maior a imagem do varejista, maior a lealdade à marca.
4.3.4.4. Validação dos Testes das Hipóteses Relativas aos Gastos com
Propaganda (H4a e H4b)
A hipótese H4a propõe que os gastos com propaganda têm relação positiva
com a qualidade percebida. O coeficiente de regressão da variável PROPAG
foi 0,271 com p valor < 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo
suporte empírico à hipótese. Logo, para as categorias de produtos das
marcas pesquisadas, os gastos com propaganda apresentam relação positiva
com a qualidade percebida da marca, ou seja, quanto maior os gastos com
propaganda, maior a qualidade percebida da marca.
A hipótese H4b propõe que os gastos com propaganda têm relação positiva
com a lealdade. O coeficiente de regressão da variável PROPAG foi 0,260
com p valor < 0,01. O sinal do coeficiente foi positivo, oferecendo suporte
empírico à hipótese. Logo, para as categorias de produtos das marcas
pesquisadas, os gastos com propaganda apresentam relação positiva com a
lealdade à marca, ou seja, quanto maior os gastos com propaganda, maior a
lealdade à marca.
4.3.4.5. Validação do Teste da Hipótese Relativa à Promoção de Preço (H5a)
A hipótese H5a propõe que a promoção de preço tem relação negativa com a
qualidade percebida. Embora o sinal do coeficiente de regressão da variável
PROMPRE tenha sido negativo, -0,083, conforme o hipotetizado, o p valor do
coeficiente = 0,139 não se mostrou significativo. Desse modo, não foi
133
possível obter suporte empírico para a hipótese H5a de que a percepção da
freqüência de promoções de preço influencia negativamente a qualidade
percebida da marca.
4.3.5. R
ESUMO DOS
T
ESTES DAS
H
IPÓTESES
H2
À
H5b
O quadro 4.42, a seguir, apresenta uma comparação dos resultados obtidos
a partir dos dois modelos considerados. Nota-se que nos dois modelos as
hipóteses H2 à H4b obtiveram suporte empírico, tanto em termos da
significância dos coeficientes, como no que diz respeito aos sinais dos
coeficientes. A hipótese H5a não obteve suporte empírico nos dois modelos.
Nota-se ainda grande semelhança nos valores dos coeficientes obtidos por
ambos os modelos.
Quadro 4.42
Resumo Comparativo dos Resultados dos Testes das Hipóteses
H2 à H5a
Estimativas p Estimativas p
+
+
-
-
+
+
+
+
Não Testada Não TestadaH5b
Consciência /
associações à marca
<-- Promoção de preço
H4c
Consciência /
associações à marca
<--
Gastos com
propaganda
Consciência /
associações à marca
<-- Imagem do varejista Não Testada
0,738 0,000
0,0000,279
0,271 0,000
0,0050,187
Não Testada
0,000
0,221 -0,083 0,139
0,0000,260
Não Testada Não Testada
-0,069
0,237
0,271 0,000
0,0000,559
0,254 0,000
0,0000,279
H2
Modelo com
IGCAN
operacionalizada
por 4 variáveis de
avaliação geral
Modelo com
IGCAN
operacionalizada
por 6 variáveis
resultantes dos
fatores
antecedentes
Relações entre construtosHipóteses
Relação
hipotetizada
+Qualidade percebida <-- Preço
H4b
H4a
H3b
H3a
H3c
Qualidade percebida <-- Promoção de preçoH5a
Qualidade percebida <--
Gastos com
propaganda
Gastos com
propaganda
<--Lealdade à marca
Imagem do varejista<--Qualidade percebida
Lealdade à marca <-- Imagem do varejista
134
5. CONCLUSÕES
Este capítulo apresenta as conclusões deste estudo. O capítulo está
organizado de forma a apresentar um sumário do estudo. Em seguida, são
apresentadas as implicações teóricas e gerenciais. Finalmente, caminhos
para pesquisas futuras são sugeridos.
5.1. S
UMÁRIO DO
E
STUDO
O presente estudo investigou as relações existentes entre o valor da marca
na perspectiva do consumidor e a imagem do varejista. Mais
especificamente, o estudo procurou (1) identificar quais são os fatores
formadores da imagem do varejista e (2) investigar a influência da imagem do
varejista, juntamente com outros elementos do composto de marketing, sobre
as dimensões do valor da marca na perspectiva do consumidor.
O modelo proposto por Yoo
et al
(2000) que relaciona os elementos do
composto de marketing com as dimensões do valor da marca na perspectiva
do consumidor, foi validado, adaptado e ampliado para proporcionar uma
compreensão mais detalhada de como a imagem do varejista pode
influenciar as dimensões formadoras da percepção do valor da marca na
perspectiva do consumidor.
Neste estudo foi utilizada uma amostra não probabilística, mais
precisamente, foi utilizada uma amostra por conveniência, composta por
estudantes universitários, cujo acesso foi franqueado pelas instituições de
ensino. Os dados foram obtidos por uma
survey
, cujo questionário
estruturado foi administrado com assistência do entrevistador para
135
preenchimento pelo próprio informante. Foram obtidos 712 questionários no
período compreendido entre os meses de setembro e novembro de 2006.
Destes, 636 (89,3%) foram considerados válidos.
Para testar as hipóteses relativas aos fatores formadores da imagem do
varejista utilizou-se a técnica de análise de regressão múltipla. A técnica de
modelagem de equações estruturais foi utilizada para o teste das hipóteses
relativas à influência da imagem do varejista, juntamente com outros
elementos do composto de marketing, sobre as dimensões do valor da marca
na perspectiva do consumidor.
Os resultados do estudo ofereceram suporte empírico para a conclusão de
que os fatores relativos ao ambiente, localização, conveniência, interação
pessoal, serviço ao cliente, e adequação do sortimento são relevantes para a
formação da imagem do varejista. Constatou-se também que a imagem do
varejista, juntamente com outros elementos do composto de marketing –
preço e gastos com propaganda –, pode influenciar a lealdade à marca e a
qualidade percebida da marca, duas das dimensões do valor da marca na
perspectiva do consumidor. Não foi possível obter suporte empírico para as
relações hipotetizadas entre os elementos do composto de marketing e a
dimensão consciência / associações à marca. Igualmente, não se obteve
suporte empírico para a relação hipotetizada entre promoção de preço e a
qualidade percebida da marca.
Subsidiariamente, os resultados do estudo também ofereceram suporte
empírico, embora parcial, para validação do modelo proposto por Yoo
et al
(2000). Não foi possível obter suporte empírico para validar a relação entre o
136
fator consciência / associações à marca e o fator valor geral da marca, na
forma como foi modelado originalmente pelos autores.
5.2. C
ONTRIBUIÇÕES DO
E
STUDO
Os resultados alcançados por esta pesquisa apresentam implicações teóricas
e gerenciais importantes. Os itens a seguir apresentam uma discussão
destas implicações.
5.2.1. I
MPLICAÇÕES
T
EÓRICAS
Este estudou buscou responder duas perguntas. As sessões a seguir
articulam as respostas às perguntas de pesquisa.
5.2.1.1 Primeira Pergunta do Estudo
A primeira pergunta do estudo se refere aos fatores formadores da imagem
do varejista, mais precisamente:
Quais são os fatores formadores da imagem do varejista na
perspectiva do consumidor?
Os resultados do presente estudo possibilitaram suportar empiricamente as
cinco relações hipotetizadas sobre a imagem do varejista. Os fatores relativos
ao ambiente, interação pessoal, serviço ao cliente, localização, adequação do
sortimento e conveniência, contribuem para a formação da imagem do
varejista.
No presente estudo, o fator ambiente apresentou-se como o mais importante
dos fatores formadores da imagem do varejista, seguido dos fatores interação
137
pessoal, serviço ao cliente, conveniência, adequação do sortimento e
localização. Pode-se inferir que os consumidores consideram a qualidade da
interação com o varejista, seja através do ambiente ou dos funcionários, mais
importante do que a facilidade de acesso à loja.
Por fim, este estudo contribui para a discussão sobre a composição do
construto conveniência, que inicialmente fora definido englobando os
aspectos relacionados (a) à conveniência de localização - uma localização
que facilite o acesso ao canal - e (b) à conveniência
one stop shop
. - mais
conveniente para efetuar todas as compras em um único local ou região. As
análises realizadas neste estudo indicaram que estes aspectos deveriam ser
separados em dois construtos distintos, ambos podendo influenciar a imagem
do varejista.
5.2.1.2. Segunda Pergunta do Estudo
A segunda pergunta do estudo se refere ao impacto da imagem do varejista
na percepção do consumidor sobre o valor da marca, mais precisamente:
Em que medida a imagem do varejista, considerada
simultaneamente com outros elementos do composto de
marketing, pode influenciar as dimensões formadoras do valor
da marca na perspectiva do consumidor?
Os resultados deste estudo possibilitaram suportar empiricamente as
relações positivas hipotetizadas entre o fator imagem do varejista e os fatores
qualidade percebida e lealdade à marca, respectivamente. Políticas de
distribuição que privilegiam, tão somente, a intensidade de distribuição,
138
podem proporcionar prejuízos para o valor da marca na perspectiva do
consumidor, quando não observados, criteriosamente, os demais fatores
formadores da imagem do varejista.
Concluiu-se também que os fatores formadores da imagem do varejista –
ambiente, interação pessoal, serviço ao cliente, localização, adequação do
sortimento e conveniência – apresentam influência positiva sobre o valor das
marcas pesquisadas.
O fator gastos com propaganda também apresentou relação positiva com os
fatores qualidade percebida e lealdade à marca, respectivamente. Pode-se
concluir que a intensidade dos investimentos realizados pelas empresas pode
aumentar o valor das marcas que administram.
O fator preço apresentou relação positiva com o fator qualidade percebida.
Pode-se concluir que a faixa de posicionamento de preço de um produto
pode constituir um indicador da qualidade da marca. Empresas tendem a
posicionar o preço dos seus produtos nas faixas mais altas do segmento
quando desejam comunicar sua melhor qualidade. Consumidores tendem a
avaliar negativamente a qualidade das marcas que nunca utilizaram, quando
se deparam com preços baixos.
Não foi possível suportar empiricamente a relação negativa entre o fator
promoção de preço e o fator qualidade percebida. Uma possível razão
poderia ser o fato de que os consumidores brasileiros podem não
compreender a promoção de preço como toda e qualquer oferta que permita
comprar maior quantidade do produto por unidade da moeda.
139
A escala do construto promoções de preço foi adaptada de estudos norte-
americanos. Nos Estados Unidos é freqüente a utilização de cupons de
desconto; promoção do tipo compre 2 e leve 1; aumento de embalagens; e
qualquer outra promoção que ofereça mais quantidade do produto pelo
mesmo preço ou a mesma quantidade do produto por preços menores. No
Brasil, dadas às condições econômicas e a prática local, estas promoções
podem ser substituídas por promoções referentes à forma de pagamento.
Exceção feita a categoria de refrigerantes, a carência para o pagamento, o
financiamento do pagamento, à extensão do prazo de pagamento e a
eliminação de juros no financiamento oferecidos pelos varejistas e, muitas
vezes, subsidiadas pelos fabricantes, são formas de compensar as restrições
orçamentárias do consumidor. Essa vantagem da promoção, na forma em
que é praticada no ambiente brasileiro, pode não ser capturada pela escala
utilizada neste estudo, uma vez que as variáveis componentes da escala
podem não refletir a realidade brasileira. Neste caso, as perguntas poderiam
ser interpretadas de forma distinta pelos respondentes.
5.2.1.3. Discussão sobre a Escala de Yoo
et al
(2000)
O conceito de valor da marca na perspectiva do consumidor ocupou um lugar
central no presente estudo. Logo, a dificuldade enfrentada na validação do
modelo de Yoo et al (2000) - inexistência de relação significativa entre os
fatores consciência / associações e valor geral da marca - exigiu uma
investigação adicional para tentar identificar os possíveis motivos para este
resultado inesperado.
140
Conforme o já discutido anteriormente, constatou-se a inexistência de
significância estatística para as correlações entre os fatores consciência /
associações e o valor geral da marca em oito das marcas pesquisadas.
Para evidenciar este efeito, elaborou-se um gráfico de dispersão, onde foi
plotada para cada marca estudada, no eixo vertical, a média dos escores
médios das variáveis formadoras do construto valor geral da marca e, no eixo
horizontal, a média dos escores médios das variáveis formadoras do
construto consciência / associações (ver gráfico 4.02).
Gráfico 4.02
Posicionamento das Marcas
Consciência / Associações x Valor Geral da Marca
1,00
3,00
5,00
1,00 3,00 5,00
Consciência / Associações
Valor Geral da Marca
Son
y
Coca-Cola
Philips
A
didas
Pe
p
si
Nike
Try On
A
iwa
Olympikus
Tobi Cola
CCE
Dolly Cola
baixa alta
alto baixo
Como pode ser observado no gráfico supra, existe uma grande incidência de
marcas no quadrante que representa alta consciência / associações e baixo
141
valor geral da marca. Esse efeito pode ser explicado em parte pelo fato de
que foram pesquisadas marcas que são muito conhecidas pelos
consumidores, mas que podem não ser percebidas como marcas de valor.
Outro aspecto relacionado a esse efeito pode resultar de um viés ocasionado
pela amostra, constituída de estudantes universitários da região
metropolitana do estado do Rio de Janeiro, que podem exibir um
comportamento alinhado com a contra-cultura, no sentido da negação do
valor das marcas em geral.
5.2.2. I
MPLICAÇÕES
G
ERENCIAIS
Uma contribuição gerencial deste estudo é facilitar ao executivo a
compreensão de como o valor da marca na perspectiva do consumidor é
formada. Na medida em que um maior
consumer-based brand equity
pode
resultar em maiores vendas (KIM
et al
, 2003) e maior parcela de mercado
(MARCONI, 1999), faz-se relevante ao executivo compreender que fatores
concretos podem contribuir para aumentar o valor geral da marca na
perspectiva do consumidor, para decidirem como utilizar os seus recursos.
Como as dimensões do valor da marca são influenciadas pelas ações de
marketing propriamente ditas (YOO
et al
, 2000), este estudo contribui
também fornecendo aos administradores das empresas uma clara visão
sobre o relacionamento existente entre o valor da marca e distintos
elementos do composto de marketing, possibilitando um melhor
direcionamento dos recursos. Apesar da limitação de generalização, este
estudo pode evidenciar aos executivos, mediante a análise dos coeficientes
142
estruturais padronizados, a relevância de cada ação de marketing sobre o
valor geral da marca.
A identificação das dimensões que contribuem para a formação da imagem
do varejista é outra contribuição gerencial relevante, uma vez que facilita a
difícil tarefa do estabelecimento de políticas de distribuição. Os coeficientes
beta da regressão múltipla podem indicar a importância de cada fator para a
formação da imagem do varejista de uma marca, fornecendo informações
mais detalhadas do que seria mais relevante na busca da empresa em
melhorar a imagem da distribuição de suas marcas.
Por fim, as escalas testadas poderiam ser utilizadas como indicadores de
desempenho gerencial, permitindo à alta direção avaliar a gestão da empresa
através de uma perspectiva do cliente, que antecede o desempenho
financeiro.
5.3. R
ECOMENDAÇÕES PARA
P
ESQUISAS
F
UTURAS
Este estudo evidenciou novas oportunidades de pesquisa. Em primeiro lugar,
o modelo de valor da marca na perspectiva do consumidor de Yoo
et al
(2000) não foi integralmente suportado. Uma sugestão é que novos estudos
sejam desenvolvidos para permitir uma melhor compreensão da natureza das
dimensões formadoras do valor da marca na perspectiva do consumidor,
principalmente da relação entre a consciência da marca e as associações à
marca. Villarejo-Ramos e Sánchez-Franco (2005) utilizaram uma escala onde
estes dois construtos foram separados. Novos estudos poderiam tentar
143
validar a escala do valor da marca na perspectiva do consumidor utilizada por
Villarejo-Ramos e Sánchez-Franco (2005) no ambiente brasileiro.
Quanto às relações entre elementos do composto de marketing e as
dimensões do valor da marca, este trabalho procurou ampliar a compreensão
de apenas um dos elementos testados por Yoo
et al
(2000). Outros trabalhos
poderiam ampliar o entendimento dos fatores relativos à propaganda, preço e
promoções, do mesmo modo que este trabalho investigou o construto
imagem do varejista. Além disso, os elementos do composto de marketing
poderiam ser relacionados com as dimensões de valor da marca na
perspectiva do consumidor utilizadas por Villarejo-Ramos e Sánchez-Franco
(2005).
Poderiam ser investigadas também diferenças na direção da influência dos
elementos do composto de marketing sobre as dimensões do valor da marca.
Por exemplo, Keller (1993) sugere que as promoções de preço poderiam
aumentar a consciência de marca, criando um efeito positivo sobre o valor da
marca, contrariando a proposição do estudo de Yoo
et al
(2000), que
considerou consciência e associações à marca como um só construto.
As dimensões da imagem do varejista foram verificadas neste estudo. Novas
pesquisas poderiam testar o efeito dos fatores propaganda, preço e
promoção de preço na imagem do varejista. O presente estudo não incluiu
estas dimensões porque já estavam sendo consideradas como elementos do
composto de marketing.
144
Pesquisas com bens de consumo de alto luxo ou exclusivos também
poderiam ser realizadas. Yoo
et al
(2000) sugerem que a conveniência de
localização teria efeito contrário para bens de consumo de alto luxo, ou seja,
os consumidores de bens de alto luxo poderiam desejar uma menor
intensidade de distribuição para manter a exclusividade do consumo.
Finalmente, outra sugestão seria a replicação da pesquisa para outras
categorias de produtos; para outras marcas; para amostras com
respondentes de perfis distintos daquele utilizado neste estudo; bem como
em outros estados brasileiros para verificar se existem diferenças regionais
nas avaliações dos consumidores.
145
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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152
ANEXO A
Lista de Referências das Variáveis dos Questionários
Ref. Autores Fator Inicial Pergunta Código
Yoo e Donthu (2001)
Eu conheço a marca
CA1
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006) Eu sei o que a marca significa
CA2
Yoo e Donthu (2001)
Eu posso identificar a marca entre as concorrentes
CA3
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006) Algumas características da marca vêm a minha cabeça
CA4
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
Eu rapidamente posso lembrar o símbolo ou logotipo da
marca
CA5
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
Eu tenho dificuldade de imaginar a marca na minha
cabeça
CA6(i)
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
A marca é de alta qualidade
QP1
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
Eu espero que a qualidade da marca seja extemamente
alta
QP2
Yoo e Donthu (2001) A chance de que a marca seja adequada para o que eu
preciso é muita alta
QP3
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
A marca parece ser de baixa qualidade
QP4(i)
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
A probabilidade de que a marca seja confiável é muito
alta
QP5
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006) A marca deve ser de muito boa qualidade
QP6
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
Eu me considero leal à marca
LE1
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
A marca é minha primeira opção
LE2
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006) Eu não compro outra marca se ela não está disponível
LE3
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
Vale a pena comprar a marca, mesmo quando ela é igual
às outras marcas
OBE1
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
Mesmo que outra marca tenha as mesmas
características, eu prefiro comprar a marca
OBE2
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
Mesmo que haja outra marca tão boa quanto, eu prefiro
comprar a marca
OBE3
Yoo e Donthu (2001) e Neto e Luce (2006)
Se outra marca não apresenta nenhuma diferença, parece
ser mais inteligente comprar a marca
OBE4
Parte 1
Consciência/ associações da
marca
Qualidade percebida
Lealdade à marca
Valor geral da marca
Ref. Autores Fator Inicial Pergunta Código
Yoo
et al
(2000)
O preço da marca é alto
PRE1
A marca é mais cara do que os produtos concorrentes
PRE2
O preço da marca é muito alto para a minha condição
financeira
PRE3
A marca não vale o seu pro
PRE4
Yoo
et al
(2000)
O preço da marca é baixo
PRE5(i)
Yoo
et al
(2000)
A
marca é cara
PRE6
Yoo
et al
(2000)
Eu acho que as propagandas da marca são, geralmente,
muito boas
PRO1
Yoo
et al
(2000)
A
s campanhas de propagandas da marca parecem ser muito
caras, em comparão com as propagandas das marcas
concorrentes
PRO2
Yoo
et al
(2000)
Eu vejo campanhas de propaganda da marca com muita
freência
PRO3
Yoo
et al
(2000)
Geralmente, eu não gosto das campanhas de propaganda da
marca
PRO4(i)
Yoo
et al
(2000)
A
marca é intensamente anunciada
PRO5
Yoo
et al
(2000)
Geralmente, eu gosto das promoções de pro da marca
PP1
Yoo
et al
(2000)
Promoções de pro para a marca são realizadas
freqüentemente
PP2
Yoo
et al
(2000)
A empresa enfatiza demais as promões de pro da
marca
PP3
Yoo
et al
(2000)
Eu acho que as promões de preço da marca são menos
freqüentes do que para as marcas concorrentes
PP4(i)
Yoo
et al
(2000)
Promoções de pro da marca são utilizadas em excesso
PP5
Promão de Pro
Parte 2
Preço
Gastos com Propaganda
153
Ref. Autores Fator Inicial Pergunta Código
Yoo
et al
(2000)
A quantidade de locais que vendem a marca é maior do que
a quantidade de locais que vendem as marcas concorrentes
CO1
Bloemer e Odekerken-Schroder (2002) Locais que vendem a marca podem facilmente ser achados
CO2
Koo (2003)
Locais que vendem a marca estão localizados longe da
minha casa ou do meu trabalho
CO3(i)
Koo (2003)
Não é fácil chegar aos locais que vendem a marca usando
transporte público
CO4(i)
Koo (2003)
Locais que vendem a marca estão localizados perto de um
conjunto de outras lojas
CO5
Wan
et al
(2005)
Locais que vendem a marca têm um horário de
funcionamento conveniente
CO6
Burt e Carralero-Encinas (2000) Locais que vendem a marca são limpos e organizados
AM1
Baker
et al
(2002)
A atmosfera dos locais que vendem a marca é desagradável
AM2(i)
Koo (2003)
A
disposição das pratelerias, balcões e corredores das locais
que vendem a marca dificulta a circulação
AM3(i)
Koo (2003)
É fácil achar o que estou procurando nos locais que vendem
a marca
AM4
Sinha e Banerjee (2004) Comprar nos locais que vendem a marca é sinal de prestígio
AM5
Dabholkar
et al
(1996)
Locais que vendem a marca aceitam diferentes tipos de
cartão (crédito, dénito, da loja, de afinidade, etc...)
SC1
Koo (2003)
Locais que vendem a marca têm uma política que dificulta a
devolução ou troca de produtos com problemas
SC2(i)
Baker et al (2002) Locais que vendem a marca têm um atendimento rápido
SC3
Burt e Carralero-Encinas (2000)
Locais que vendem a marca oferecem um alto nível de
serviço ao cliente
SC4
Dabholkar
et al
(1996)
Locais que vendem a marca mostram um sincero interesse
em resolver os problemas dos clientes
SC5
De Wulf e W aterschoot (1999)
Nos locais que vendem a marca, eu posso escolher entre
modelos diferentes de um produto
ME1
De Wulf e W aterschoot (1999)
Locais que vendem a marca oferecem as últimas novidades
dos produtos
ME2
De Wulf e W aterschoot (1999)
Locais que vendem a marca oferecem produtos de má
qualidade
ME3(i)
Burt e Carralero-Encinas (2000)
Locais que vendem a marca oferecem um ampla variedade
de diferentes tipos de produtos
ME4
Yoo
et al
(2000)
Os locais onde eu posso comprar a marca oferecem marcas
bem conhecidas
ME5
Koo (2003)
Funcionários dos locais que vendem a marca são
prestativos, amigáveis e cortezes
IP1
Koo (2003)
Funcionários dos locais que vendem a marca estão sempre
dispostos a responder minhas dúvidas prontamente
IP2
Koo (2003)
Vendedores dos locais que vendem a marca não tem um
conhecimento apropriado dos produtos
IP3(i)
Koo (2003)
Eu posso confiar nos funcionários dos locais que vendem a
marca
IP4
Koo (2003)
Funcionários dos locais que vendem a marca são muito
gentis ao responder minhas questões e perguntas
IP5
A qualidade dos locais onde eu posso comprar a marca é ...
IG1
Manolis
et al
(1994)
Sobre os locais que vendem a marca, de uma maneira geral,
eu tenho uma impressão ...
IG2
Manolis
et al
(1994)
Os locais que vendem a marca têm uma reputão ...
IG3
Yoo
et al
(2000)
De uma maneira geral, os locais que vendem a marca têm
uma imagem ...
IG4
Parte 3
Sortimento
Interão Pessoal
Imagem do Varejista
Conveniência
Ambiente e atmosfera
Serviços ao cliente
154
Anexo B
Modelo de Questionário – Categoria: Micro-system
155
U
NIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
I
NSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO
VALOR DA MARCA NA PERSPECTIVA DO CONSUMIDOR
SONY
Luiz Sergio Costa
luiz.sergio@alumni.coppead.net
Departamento de Marketing e Negócios Internacionais
Instituto COPPEAD de Administração
Caixa Postal 68514
Telefone (21) 2698-9800
Versão 02 – 13/11/06
Data da entrevista:
156
ORIENTA
Ç
ÕES GERAIS
As perguntas das páginas seguintes deste questionário são relativas à sua opinião sobre o MICROSYSTEM
SONY. Em outras palavras, queremos saber o que você acha do MICROSYSTEM SONY, da forma como ele
é vendido, do seu preço, das suas propagandas e das suas promoções. Não existe resposta certa ou errada. O
que importa é somente a sua opinião, seja ela qual for.
Por favor, responda a todas as perguntas. Se você desejar comentar quaisquer das perguntas ou das
respostas, por favor, sinta-se à vontade para utilizar o espaço livre nas margens do questionário.
AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ ESTÁ FORNECENDO ATRAVÉS DESTE QUESTIONÁRIO SERÃO MANTIDAS EM
CONFIDENCIALIDADE, OU SEJA, VOCÊ NÃO SERÁ IDENTIFICADO.
Você já usou um MICROSYSTEM SONY?
!
Sim
!
Não
Você já trabalhou ou estagiou na SONY?
!
Sim
!
Não
Por favor, preencha agora os seus dados pessoais.
1. Idade:
!!
anos
2. Sexo:
!
Masculino
!
Feminino
3. Estado Civil:
!
Solteiro
!
Casado ou União Estável
!
Viúvo
!
Divorciado ou Separado
4. Ocupação:
!
Não Trabalha
!
Trabalha em Tempo Parcial
!
Trabalha em Tempo Integral
5. Vínculo:
!
Estágio
! !
6. Curso de Graduação:
PARTE 1 -
MARCA
I. Os próximos itens são relativos ao seu conhecimento sobre o micro-system SONY. Baseado na sua
experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve a
sua opinião.
Consciência / associações à marca de micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu conheço a marca de micro-system Sony
1 2 3 4 5
2. Eu sei o que a marca de micro-system Sony significa
1 2 3 4 5
3. Eu posso identificar um micro-system Sony entre os concorrentes
1 2 3 4 5
4. Algumas características do micro-system Sony vêm rapidamente a minha
cabeça
1 2 3 4 5
5. Eu rapidamente posso lembrar o símbolo ou logotipo da marca de micro-
system Sony
1 2 3 4 5
6. Eu tenho dificuldade de imaginar um micro-system Sony na minha cabeça
1 2 3 4 5
Trabalho com Vínculo
Empregatício (Formal)
Trabalho sem Vínculo
Empregatício (Informal)
157
II. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre a qualidade do micro-system SONY. Baseado na
sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor
descreve a sua opinião.
Qualidade percebida da marca de micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. O micro-system Sony é de alta qualidade
1 2 3 4 5
2. Eu espero que a qualidade de um micro-system Sony seja extremamente alta
1 2 3 4 5
3. A chance de que um micro-system Sony seja adequado para o que eu preciso
é muito alta
1 2 3 4 5
4. O micro-system Sony parece ser de baixa qualidade
1 2 3 4 5
5. A probabilidade de que um micro-system Sony seja confiável é muito alta
1 2 3 4 5
6. O micro-system Sony deve ser de muito boa qualidade
1 2 3 4 5
III. Os próximos itens são relativos à sua lealdade à marca de micro-system SONY. Baseado na sua
experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve a
sua opinião.
Lealdade à marca de micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu me considero leal à marca de micro-system Sony
1 2 3 4 5
2. O micro-system Sony é minha primeira opção
1 2 3 4 5
3. Eu não compro outra marca de micro-system se Sony não está disponível
1 2 3 4 5
IV. Os próximos itens são relativos à sua avaliação geral da marca de micro-system SONY. Baseado na
sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor
descreve a sua opinião.
Avaliação geral da marca de micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Vale a pena comprar Sony, mesmo quando o micro-system é igual às outras
marcas
1 2 3 4 5
2. Mesmo que um micro-system de outra marca tenha as mesmas
características, eu prefiro comprar o Sony
1 2 3 4 5
3. Mesmo que haja outra marca de micro-system tão boa quanto, eu prefiro
comprar Sony
1 2 3 4 5
4. Se outra marca de micro-system não apresenta nenhuma diferença, parece
mais inteligente comprar Sony
1 2 3 4 5
PARTE 2 –
MARKETING
I. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre o preço do micro-system SONY. Baseado na sua
opinião e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou discordância com cada uma das
seguintes afirmações. Mesmo que você não saiba exatamente qual é o preço do produto, marque um “X no
espaço que descreve a sua percepção sobre o mesmo.
Preço do micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. O preço do micro-system Sony é alto
1 2 3 4 5
2. O micro-system Sony é mais caro do que os produtos concorrentes
1 2 3 4 5
3. O preço do micro-system Sony é muito alto para minha condição financeira
1 2 3 4 5
4. O micro-system Sony não vale o seu preço
1 2 3 4 5
5. O preço do micro-system Sony é baixo
1 2 3 4 5
6. O micro-system Sony é caro
1 2 3 4 5
158
II. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre a propaganda do micro-system SONY. Baseado
na sua opinião e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou discordância com cada
uma das seguintes afirmações. Mesmo que você não lembre de nenhuma propaganda específica, marque um
“X” no espaço que descreve a sua percepção sobre as mesmas.
Propagandas do micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu acho que as propagandas do micro-system Sony são, geralmente, muito
boas
1 2 3 4 5
2. As campanhas de propagandas do micro-system Sony parecem ser muito
caras, em comparação com as propagandas das marcas concorrentes
1 2 3 4 5
3. Eu vejo campanhas de propaganda do micro-system Sony com muita
freqüência
1 2 3 4 5
4. Geralmente, eu não gosto das campanhas de propaganda do micro-system
Sony
1 2 3 4 5
5. O micro-system Sony é intensamente anunciado
1 2 3 4 5
III. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre as promoções de preço do micro-system SONY.
Baseado na sua opinião e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou discordância
com cada uma das seguintes afirmações.
Promoções de preço do micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Geralmente, eu gosto das promoções de preço do micro-system Sony
1 2 3 4 5
2. Promoções de preço para micro-system Sony são realizadas freqüentemente
1 2 3 4 5
3. A empresa enfatiza demais as promoções de preço do micro-system Sony
1 2 3 4 5
4. Eu acho que as promões de preço do micro-system Sony são menos
freqüentes do que para as marcas concorrentes
1 2 3 4 5
5. Promoções de preço do micro-system Sony são utilizadas em excesso
1 2 3 4 5
PARTE 3 -
LOCAIS DE VENDA
I. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre o ambiente dos locais que vendem a marca de
micro-system SONY. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando
um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Ambiente dos locais de venda do micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Locais que vendem micro-system Sony são limpos e organizados
1 2 3 4 5
2. A atmosfera dos locais que vendem micro-system Sony é desagradável
1 2 3 4 5
3. A disposição das prateleiras, balcões e corredores dos locais que vendem
micro-system Sony dificulta a circulação
1 2 3 4 5
4. É fácil achar o que estou procurando nos locais que vendem micro-system
Sony
1 2 3 4 5
5. Comprar nos locais que vendem micro-system Sony é sinal de prestígio
1 2 3 4 5
159
V. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre a conveniência dos locais que vendem a marca
de micro-system SONY. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens,
marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Conveniência dos locais de venda do micro-system SONY
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. A quantidade de locais que vendem micro-system Sony é maior do que a
quantidade de locais que vendem as marcas concorrentes
1 2 3 4 5
2. Locais que vendem micro-system Sony podem ser achados facilmente
1 2 3 4 5
3. Locais que vendem micro-system Sony estão localizados longe da minha casa
ou do meu trabalho
1 2 3 4 5
4. Não é fácil chegar aos locais que vendem micro-system Sony usando
transporte público
1 2 3 4 5
5. Locais que vendem micro-system Sony estão localizados perto de um
conjunto de outras lojas
1 2 3 4 5
6. Locais que vendem micro-system Sony têm um horário de funcionamento
conveniente
1 2 3 4 5
VI. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre a imagem dos locais que vendem a marca de
micro-system SONY. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando
um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Imagem geral dos locais de venda do micro-system SONY
1. A qualidade dos locais onde eu posso comprar micro-
system Sony é ...
Péssima :___:___:___:___:___: Excelente
2. Sobre os locais que vendem a marca de micro-
system Sony, de uma maneira geral, eu tenho uma
impressão ...
Péssima :___:___:___:___:___: Excelente
3. Os locais que vendem a marca de micro-system Sony
têm uma reputação ...
Péssima :___:___:___:___:___:
Excelente
4. De uma maneira geral, os locais que vendem micro-
system Sony têm uma imagem ...
Péssima :___:___:___:___:___:
Excelente
Onde, tipicamente, se adquire o micro-system SONY?
Por favor, marque com um X” no espaço que melhor descreve a sua opinião. Marque somente uma opção.
!
Locais Sofisticados
!
Locais Populares
!
Supermercados / Hipermercados
!
Lojas de Departamentos
MUITO OBRIGADO PELO SEU TEMPO E COOPERAÇÃO
160
Anexo C
Modelo de Questionário – Categoria: Tênis
161
U
NIVERSIDADE
F
EDERAL DO
R
IO DE
J
ANEIRO
I
NSTITUTO
C
OPPEAD DE
A
DMINISTRAÇÃO
VALOR DA MARCA NA PERSPECTIVA DO CONSUMIDOR
NIKE
Luiz Sergio Costa
luiz.sergio@alumni.coppead.net
Departamento de Marketing e Negócios Internacionais
Instituto COPPEAD de Administração
Caixa Postal 68514
Telefone (21) 2698-9800
Versão 02 – 13/11/06
Data da entrevista:
162
ORIENTAÇÕES GERAIS
As perguntas das páginas seguintes deste questionário são relativas à sua opinião sobre o TÊNIS NIKE.
Em outras palavras, queremos saber o que você acha do TÊNIS NIKE, da forma como ele é vendido, do
seu preço, das suas propagandas e das suas promoções. Não existe resposta certa ou errada. O que
importa é somente a sua opinião, seja ela qual for.
Por favor, responda a todas as perguntas. Se você desejar comentar quaisquer das perguntas ou das
respostas, por favor, sinta-se à vontade para utilizar o espaço livre nas margens do questionário.
AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ ESTÁ FORNECENDO ATRAVÉS DESTE QUESTIONÁRIO SERÃO MANTIDAS EM
CONFIDENCIALIDADE, OU SEJA, VOCÊ NÃO SERÁ IDENTIFICADO.
Você já possuiu um TÊNIS NIKE?
!
Sim
!
Não
Você já trabalhou ou estagiou na NIKE?
!
Sim
!
Não
Por favor, preencha agora os seus dados pessoais.
1. Idade:
!!
anos
2. Sexo:
!
Masculino
!
Feminino
3. Estado Civil:
!
Solteiro
!
Casado ou União Estável
!
Viúvo
!
Divorciado ou Separado
4. Ocupação:
!
Não Trabalha
!
Trabalha em Tempo Parcial
!
Trabalha em Tempo Integral
5. Vínculo:
!
Estágio
! !
6. Curso de Graduação:
PARTE 1 -
MARCA
I. Os próximos itens são relativos ao seu conhecimento sobre a marca de nis NIKE. Baseado na sua
experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve
a sua opinião.
Consciência / associações à marca de tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu conheço a marca de tênis Nike
1 2 3 4 5
2. Eu sei o que a marca de tênis Nike significa
1 2 3 4 5
3. Eu posso identificar um tênis Nike entre os concorrentes
1 2 3 4 5
4. Algumas características do tênis Nike vêm rapidamente a minha cabeça
1 2 3 4 5
5. Eu rapidamente posso lembrar o símbolo ou logotipo da marca de tênis
Nike
1 2 3 4 5
6. Eu tenho dificuldade de imaginar um tênis Nike na minha cabeça
1 2 3 4 5
Trabalho com Vínculo
Empregatício (Formal)
Trabalho sem Vínculo
Empregatício (Informal)
163
II. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre a qualidade do tênis NIKE. Baseado na sua
experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve
a sua opinião.
Qualidade percebida da marca de tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. O tênis Nike é de alta qualidade
1 2 3 4 5
2. Eu espero que a qualidade de um tênis Nike seja extremamente alta
1 2 3 4 5
3. A chance de que um tênis Nike seja adequado para o que eu preciso é
muito alta
1 2 3 4 5
4. O tênis Nike parece ser de baixa qualidade
1 2 3 4 5
5. A probabilidade de que um tênis Nike seja confiável é muito alta
1 2 3 4 5
6. O tênis Nike deve ser de muito boa qualidade
1 2 3 4 5
III. Os próximos itens são relativos à sua lealdade à marca de tênis NIKE. Baseado na sua experiência,
por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X no espaço que melhor descreve a sua
opinião.
Lealdade à marca de tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu me considero leal à marca de tênis Nike
1 2 3 4 5
2. O tênis Nike é minha primeira opção
1 2 3 4 5
3. Eu não compro outra marca de tênis se Nike não es disponível
1 2 3 4 5
IV. Os próximos itens são relativos à sua avaliação geral da marca de tênis NIKE. Baseado na sua
experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve
a sua opinião.
Avaliação geral da marca de tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Vale a pena comprar Nike, mesmo quando o tênis é igual aos tênis de
outras marcas
1 2 3 4 5
2. Mesmo que um tênis de outra marca tenha as mesmas características, eu
prefiro comprar o Nike
1 2 3 4 5
3. Mesmo que haja outra marca de tênis tão boa quanto, eu prefiro comprar
Nike
1 2 3 4 5
4. Se outra marca de tênis não apresenta nenhuma diferença, parece mais
inteligente comprar Nike
1 2 3 4 5
PARTE 2 -
MARKETING
I. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre o preço do tênis NIKE. Baseado na sua opinião
e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou discordância com cada uma das
seguintes afirmações. Mesmo que você não saiba exatamente qual é o preço do produto, marque um “X”
no espaço que descreve a sua percepção sobre o mesmo.
Preço do tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. O preço do tênis Nike é alto
1 2 3 4 5
2. O tênis Nike é mais caro do que os produtos concorrentes
1 2 3 4 5
3. O preço do tênis Nike é muito alto para a minha condição financeira
1 2 3 4 5
4. O tênis Nike não vale o seu preço
1 2 3 4 5
5. O preço do tênis Nike é baixo
1 2 3 4 5
6. O tênis Nike é caro
1 2 3 4 5
164
II. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre a propaganda do nis NIKE. Baseado na sua
opinião e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou discordância com cada uma
das seguintes afirmações. Mesmo que você não lembre de nenhuma propaganda específica, marque um “X”
no espaço que descreve a sua percepção sobre as mesmas.
Propaganda do tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu acho que as propagandas do tênis Nike são, geralmente, muito boas
1 2 3 4 5
2. As campanhas de propagandas do tênis Nike parecem ser muito caras, em
comparação com as propagandas das marcas concorrentes
1 2 3 4 5
3. Eu vejo campanhas de propaganda do tênis Nike com muita freqüência
1 2 3 4 5
4. Geralmente, eu não gosto das campanhas de propaganda do tênis Nike
1 2 3 4 5
5. O tênis Nike é intensamente anunciado
1 2 3 4 5
III. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre as promoções de preço do tênis NIKE. Baseado
na sua opinião e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou discordância com
cada uma das seguintes afirmações.
Promoções de preço do tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Geralmente, eu gosto das promoções de preço do tênis Nike
1 2 3 4 5
2. Promoções de preço para tênis Nike são realizadas freqüentemente
1 2 3 4 5
3. A empresa enfatiza demais as promoções de preço do tênis Nike
1 2 3 4 5
4. Eu acho que as promoções de preço do tênis Nike são menos freqüentes do
que para as marcas concorrentes
1 2 3 4 5
5. Promoções de preço do tênis Nike são utilizadas em excesso
1 2 3 4 5
PARTE 3 -
LOCAIS DE VENDA
I. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre o ambiente dos locais que vendem a marca
de tênis NIKE. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um
X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Ambiente dos locais de venda do tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Locais que vendem tênis Nike são limpos e organizados
1 2 3 4 5
2. A atmosfera dos locais que vendem tênis Nike é desagradável
1 2 3 4 5
3. A disposição das prateleiras, balcões e corredores dos locais que vendem
tênis Nike dificulta a circulação
1 2 3 4 5
4. É fácil achar o que estou procurando nos locais que vendem tênis Nike
1 2 3 4 5
5. Comprar nos locais que vendem tênis Nike é sinal de prestígio
1 2 3 4 5
165
II. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre os serviços ao cliente nos locais que vendem
a marca de tênis NIKE. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens,
marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Serviços ao cliente nos locais de venda do tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Locais que vendem tênis Nike aceitam diferentes tipos de cartão (crédito,
débito, da loja, de afinidade, etc...)
1 2 3 4 5
2. Locais que vendem tênis Nike têm uma política que dificulta a devolução ou
troca de produtos com problemas
1 2 3 4 5
3. Locais que vendem tênis Nike têm um atendimento rápido
1 2 3 4 5
4. Locais que vendem tênis Nike oferecem um alto nível de serviço aos
clientes
1 2 3 4 5
5. Locais que vendem tênis Nike mostram um sincero interesse em resolver os
problemas dos clientes
1 2 3 4 5
III. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre as mercadorias oferecidas nos locais que
vendem a marca de tênis NIKE. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens,
marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Mercadorias dos locais de venda do tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Nos locais que vendem tênis Nike, eu posso escolher entre modelos
diferentes de um mesmo produto
1 2 3 4 5
2. Locais que vendem tênis Nike oferecem as últimas novidades dos produtos
1 2 3 4 5
3. Locais que vendem tênis Nike oferecem produtos de má qualidade
1 2 3 4 5
4. Locais que vendem tênis Nike oferecem um ampla variedade de diferentes
tipos de produtos
1 2 3 4 5
5. Os locais onde eu posso comprar tênis Nike oferecem marcas bem
conhecidas
1 2 3 4 5
IV. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre o pessoal de atendimento dos locais que
vendem a marca de tênis NIKE. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens,
marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Interação pessoal nos locais de venda do tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Funcionários dos locais que vendem tênis Nike são prestativos, amigáveis e
cortezes
1 2 3 4 5
2. Funcionários dos locais que vendem tênis Nike estão sempre dispostos a
responder minhas dúvidas prontamente
1 2 3 4 5
3. Vendedores dos locais que vendem tênis Nike não têm um conhecimento
apropriado dos produtos
1 2 3 4 5
4. Eu posso confiar nos funcionários dos locais que vendem tênis Nike
1 2 3 4 5
5. Funcionários dos locais que vendem tênis Nike são muito gentis ao
responder minhas questões e perguntas
1 2 3 4 5
166
V. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre a conveniência dos locais que vendem a
marca de tênis NIKE. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando
um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Conveniência dos locais de venda do tênis NIKE
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. A quantidade de locais que vendem tênis Nike é maior do que a quantidade
de locais que vendem as marcas concorrentes
1 2 3 4 5
2. Locais que vendem tênis Nike podem ser achados facilmente
1 2 3 4 5
3. Locais que vendem tênis Nike estão localizados longe da minha casa ou do
meu trabalho
1 2 3 4 5
4. Não é fácil chegar aos locais que vendem tênis Nike usando transporte
público
1 2 3 4 5
5. Locais que vendem tênis Nike, geralmente, estão localizados perto de um
conjunto de outras lojas
1 2 3 4 5
6. Locais que vendem tênis Nike têm um horário de funcionamento
conveniente
1 2 3 4 5
VI. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre a imagem dos locais de venda da marca de
tênis NIKE. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando umX
no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Imagem geral dos locais de venda do tênis NIKE
1. A qualidade dos locais onde eu posso comprar tênis
Nike é ...
Péssima :___:___:___:___:___: Excelente
2. Sobre os locais que vendem a marca de tênis Nike,
de uma maneira geral, eu tenho uma impressão ...
Péssima :___:___:___:___:___: Excelente
3. Os locais que vendem a marca de tênis Nike têm
uma reputação ...
Péssima :___:___:___:___:___:
Excelente
4. De uma maneira geral, os locais que vendem tênis
Nike têm uma imagem ...
Péssima :___:___:___:___:___:
Excelente
Onde, tipicamente, se adquire o tênis NIKE?
Por favor, marque com um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião. Marque somente uma opção.
!
Locais Sofisticados
!
Locais Populares
!
Supermercados / Hipermercados
!
Lojas de Departamentos
MUITO OBRIGADO PELO SEU TEMPO E COOPERAÇÃO
167
Anexo D
Modelo de Questionário – Categoria: Refrigerante
168
U
NIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
I
NSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO
VALOR DA MARCA NA PERSPECTIVA DO CONSUMIDOR
COCA-COLA
Luiz Sergio Costa
luiz.sergio@alumni.coppead.net
Departamento de Marketing e Negócios Internacionais
Instituto COPPEAD de Administração
Caixa Postal 68514
Telefone (21) 2698-9800
Versão 02 – 13/11/06
Data da entrevista:
169
ORIENTA
Ç
ÕES GERAIS
As perguntas das páginas seguintes deste questionário são relativas à sua opinião sobre a COCA-COLA. Em
outras palavras, queremos saber o que você acha da COCA-COLA, da forma como ela é vendida, do seu
preço, das suas propagandas e das suas promoções. Não existe resposta certa ou errada. O que importa é
somente a sua opinião, seja ela qual for.
Por favor, responda a todas as perguntas. Se você desejar comentar quaisquer das perguntas ou das
respostas, por favor, sinta-se à vontade para utilizar o espaço livre nas margens do questionário.
AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ ESTÁ FORNECENDO ATRAVÉS DESTE QUESTIONÁRIO SERÃO MANTIDAS EM
CONFIDENCIALIDADE, OU SEJA, VOCÊ NÃO SERÁ IDENTIFICADO.
Você consome refrigerante de sabor Cola?
!
Sim
!
Não
Caso você não consuma refrigerante de sabor Cola em nenhuma hipótese, por favor não prossiga
com o preenchimento desse questionário e solicite a troca do mesmo.
Você já consumiu COCA-COLA?
!
Sim
!
Não
Você já trabalhou ou estagiou na COCA-COLA?
!
Sim
!
Não
Por favor, preencha agora os seus dados pessoais.
1. Idade:
!!
anos
2. Sexo:
!
Masculino
!
Feminino
3. Estado Civil:
!
Solteiro
!
Casado ou União Estável
!
Viúvo
!
Divorciado ou Separado
4. Ocupação:
!
Não Trabalha
!
Trabalha em Tempo Parcial
!
Trabalha em Tempo Integral
5. Vínculo:
!
Estágio
! !
6. Curso de Graduação:
PARTE 1
MARCA
I. Os próximos itens são relativos ao seu conhecimento sobre o refrigerante COCA-COLA. Baseado na
sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor
descreve a sua opinião.
Consciência / associações à marca COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu conheço Coca-Cola
1 2 3 4 5
2. Eu sei o que Coca-Cola significa
1 2 3 4 5
3. Eu posso identificar a Coca-Cola entre os concorrentes
1 2 3 4 5
4. Algumas características da Coca-Cola vêm rapidamente a minha cabeça
1 2 3 4 5
5. Eu rapidamente posso lembrar o símbolo ou logotipo da Coca-Cola
1 2 3 4 5
6. Eu tenho dificuldade de imaginar a Coca-Cola na minha cabeça
1 2 3 4 5
Trabalho com Vínculo
Empregatício (Formal)
Trabalho sem Vínculo
Empregatício (Informal)
170
II. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre a qualidade do refrigerante COCA-COLA.
Baseado na sua experncia, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando umX” no espaço que
melhor descreve a sua opinião.
Qualidade percebida da marca COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. A Coca-Cola é de alta qualidade
1 2 3 4 5
2. Eu espero que a qualidade da Coca-Cola seja extremamente alta
1 2 3 4 5
3. A chance de que a Coca-Cola seja adequada para o que eu preciso é muito
alta
1 2 3 4 5
4. A Coca-Cola parece ser de baixa qualidade
1 2 3 4 5
5. A probabilidade de que a Coca-Cola seja confiável é muito alta
1 2 3 4 5
6. A Coca-Cola deve ser de muito boa qualidade
1 2 3 4 5
III. Os próximos itens são relativos à sua lealdade ao refrigerante COCA-COLA. Baseado na sua
experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve a
sua opinião.
Lealdade à marca COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu me considero leal à Coca-Cola
1 2 3 4 5
2. A Coca-Cola é minha primeira opção
1 2 3 4 5
3. Eu não compro outra marca de refrigerante se Coca-Cola não está disponível
1 2 3 4 5
IV. Os próximos itens são relativos à sua avaliação geral do refrigerante COCA-COLA. Baseado na sua
experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve a
sua opinião.
Avaliação geral da marca COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Vale a pena comprar Coca-Cola, mesmo quando o refrigerante é igual às
outras marcas
1 2 3 4 5
2. Mesmo que outra marca de refrigerante tenha as mesmas características, eu
prefiro comprar Coca-Cola
1 2 3 4 5
3. Mesmo que haja outra marca tão boa quanto, eu prefiro comprar a Coca-Cola
1 2 3 4 5
4. Se outra marca de refrigerante não apresenta nenhuma diferença, parece
mais inteligente comprar Coca-Cola
1 2 3 4 5
PARTE 2 -
MARKETING
I. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre o preço do refrigerante COCA-COLA. Baseado
na sua opinião e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou discordância com cada
uma das seguintes afirmações. Mesmo que vocêo saiba exatamente qual é o preço do produto, marque um
“X” no espaço que descreve a sua percepção sobre o mesmo.
Preço da COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. O preço da Coca-Cola é alto
1 2 3 4 5
2. A Coca-Cola é mais cara do que os produtos concorrentes
1 2 3 4 5
3. O preço da Coca-Cola é muito alto para a minha condição financeira
1 2 3 4 5
4. A Coca-Cola não vale o seu preço
1 2 3 4 5
5. O preço da Coca-Cola é baixo
1 2 3 4 5
6. A Coca-Cola é cara
1 2 3 4 5
171
II. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre as propagandas do refrigerante COCA-COLA.
Baseado na sua opinião e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou discordância
com cada uma das seguintes afirmações. Mesmo que você não lembre de nenhuma propaganda específica,
marque um “X” no espaço que descreve a sua percepção sobre as mesmas.
Propagandas da COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Eu acho que as propagandas da Coca-Cola são, geralmente, muito boas
1 2 3 4 5
2. As campanhas de propagandas da Coca-Cola parecem ser muito caras, em
comparação com as propagandas das marcas concorrentes
1 2 3 4 5
3. Eu vejo campanhas de propaganda da Coca-Cola com muita freqüência
1 2 3 4 5
4. Geralmente, eu não gosto das campanhas de propaganda da Coca-Cola
1 2 3 4 5
5. A Coca-Cola é intensamente anunciada
1 2 3 4 5
III. Os próximos itens são relativos à sua opinião sobre as promoções de preço do refrigerante COCA-
COLA. Baseado na sua opinião e experiência, por favor avalie e indique o seu nível de concordância ou
discordância com cada uma das seguintes afirmações.
Promoções de preço da COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Geralmente, eu gosto das promoções de preço da Coca-Cola
1 2 3 4 5
2. Promoções de preço para Coca-Cola são realizadas freqüentemente
1 2 3 4 5
3. A empresa enfatiza demais as promoções de preço da Coca-Cola
1 2 3 4 5
4. Eu acho que as promoções de preço da Coca-Cola são menos freqüentes do
que para as marcas concorrentes
1 2 3 4 5
5. Promoções de preço da Coca-Cola são utilizadas em excesso
1 2 3 4 5
PARTE 3 -
LOCAIS DE VENDA
I. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre o ambiente dos locais que vendem o
refrigerante COCA-COLA. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens,
marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Ambiente dos locais de venda da COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Locais que vendem Coca-Cola são limpos e organizados
1 2 3 4 5
2. A atmosfera dos locais que vendem Coca-Cola é desagradável
1 2 3 4 5
3. A disposição das prateleiras, balcões e corredores dos locais que vendem
Coca-Cola dificulta a circulação
1 2 3 4 5
4. É fácil achar o que estou procurando nos locais que vendem Coca-Cola
1 2 3 4 5
5. Comprar nos locais que vendem Coca-Cola é sinal de prestígio
1 2 3 4 5
172
II. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre os serviços ao cliente nos locais que vendem o
refrigerante COCA-COLA. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens,
marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Serviços ao cliente nos locais de venda da COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Locais que vendem Coca-Cola aceitam diferentes tipos de cartão (crédito,
débito, da loja, de afinidade, etc...)
1 2 3 4 5
2. Locais que vendem Coca-Cola têm uma política que dificulta a devolução ou
troca de produtos com problemas
1 2 3 4 5
3. Locais que vendem Coca-Cola têm um atendimento rápido
1 2 3 4 5
4. Locais que vendem Coca-Cola oferecem um alto nível de serviço aos clientes
1 2 3 4 5
5. Locais que vendem Coca-Cola mostram um sincero interesse em resolver os
problemas dos clientes
1 2 3 4 5
III. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre as mercadorias oferecidas nos locais que
vendem o refrigerante COCA-COLA. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes
itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Mercadorias dos locais de venda da COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Nos locais que vendem Coca-Cola, eu posso escolher entre modelos
diferentes de um mesmo produto
1 2 3 4 5
2. Locais que vendem Coca-Cola oferecem as últimas novidades dos produtos
1 2 3 4 5
3. Locais que vendem Coca-Cola oferecem produtos de má qualidade
1 2 3 4 5
4. Locais que vendem Coca-Cola oferecem um ampla variedade de diferentes
tipos de produtos
1 2 3 4 5
5. Os locais onde eu posso comprar Coca-Cola oferecem marcas bem
conhecidas
1 2 3 4 5
IV. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre o pessoal de atendimento dos locais que
vendem o refrigerante COCA-COLA. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes
itens, marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Interação pessoal nos locais de venda da COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. Funcionários dos locais que vendem Coca-Cola são prestativos, amigáveis e
cortezes
1 2 3 4 5
2. Funcionários dos locais que vendem Coca-Cola estão sempre dispostos a
responder minhas dúvidas prontamente
1 2 3 4 5
3. Vendedores dos lugares que vendem Coca-Cola não têm um conhecimento
apropriado dos produtos
1 2 3 4 5
4. Eu posso confiar nos funcionários dos locais que vendem Coca-Cola
1 2 3 4 5
5. Funcionários dos locais que vendem Coca-Cola são muito gentis ao responder
minhas questões e perguntas
1 2 3 4 5
173
V. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre a conveniência dos locais que vendem o
refrigerante COCA-COLA. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens,
marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Conveniência dos locais de venda de COCA-COLA
Discordo Concordo
totalmente totalmente
1. A quantidade de locais que vendem Coca-Cola é maior do que a quantidade
de locais que vendem as marcas concorrentes
1 2 3 4 5
2. Locais que vendem Coca-Cola podem ser achados facilmente
1 2 3 4 5
3. Locais que vendem Coca-Cola estão localizados longe da minha casa ou do
meu trabalho
1 2 3 4 5
4. Não é fácil chegar aos locais que vendem Coca-Cola usando transporte
público
1 2 3 4 5
5. Locais que vendem Coca-Cola estão localizados perto de um conjunto de
outras lojas
1 2 3 4 5
6. Locais que vendem Coca-Cola têm um horário de funcionamento conveniente
1 2 3 4 5
VI. Os próximos itens são relativos à sua percepção sobre a imagem dos locais que vendem o
refrigerante COCA-COLA. Baseado na sua experiência, por favor avalie cada um dos seguintes itens,
marcando um “X” no espaço que melhor descreve a sua opinião.
Imagem geral dos locais de venda da COCA-COLA
1. A qualidade dos locais onde eu posso comprar Coca-
Cola é ...
Péssima :___:___:___:___:___: Excelente
2. Sobre os locais que vendem a marca Coca-Cola, de
uma maneira geral, eu tenho uma impressão ...
Péssima :___:___:___:___:___: Excelente
3. Os locais que vendem a marca Coca-Cola têm uma
reputação ...
Péssima :___:___:___:___:___:
Excelente
4. De uma maneira geral, os locais que vendem Coca-
Cola têm uma imagem ...
Péssima :___:___:___:___:___:
Excelente
Onde, tipicamente, se adquire o refrigerante COCA-COLA?
Por favor, marque com um X” no espaço que melhor descreve a sua opinião. Marque somente uma opção.
!
Locais Sofisticados
!
Locais Populares
!
Supermercados / Hipermercados
!
Lojas de Conveniência
MUITO OBRIGADO PELO SEU TEMPO E COOPERAÇÃO
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