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Universidade Estadual do Ceará
Niepson de Sousa Arruda
PAISAGENS INSULARES DAS BACIAS
METROPOLITANA, CURU E MÉDIO JAGUARIBE:
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL
Fortaleza - Ceará
2007
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2
NIEPSON DE SOUSA ARRUDA
PAISAGENS INSULARES DAS BACIAS
METROPOLITANA, CURU E MÉDIO JAGUARIBE:
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado
Acadêmico em Geografia do Centro de Ciências e
Tecnologia, da Universidade Estadual do Ceará,
como requisito parcial para obtenção do grau de
mestre em Geografia. Área de Concentração: Análise
Geoambiental e Ordenação do Território nas Regiões
Semi-Áridas e Litorâneas.
Orientador: Arnóbio de Mendonça Barreto Cavalcante
Fortaleza - Ceará
2007
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Universidade Estadual do Ceará
Mestrado Acadêmico em Geografia
Titulo do Trabalho: PAISAGENS INSULARES DAS BACIAS METROPOLITANA,
CURU E MÉDIO JAGUARIBE: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
E CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL
Autor: Niepson de Sousa Arruda
Defesa em: 20/08/2007 Conceito obtido: Satisfatório
Nota obtida: 9,0
Banca Examinadora
___________________________________________
Arnóbio de Mendonça Barreto Cavalcante, Prof. Dr.
Orientador
_______________________________ __________________________________
Fábio Perdigão Vasconcelos, Prof. Dr. Vládia Pinto Vidal de Oliveira, Prof
a
. Dr
a
.
4
Dedicatória
Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca procedem o
conhecimento e o entendimento; ele reserva a verdadeira
sabedoria para os retos; e escudo para os que caminham em
integridade. (Provérbios 2, 6-7)
Com as bênçãos de Deus foi produzida esta dissertação a quem
dedico especialmente:
À Everlane pelo apoio, companheirismo e sonhar junto comigo;
Minha mãe por sempre acreditar que a educação e os livros
construiriam o alicerce do meu futuro e meu irmão que tem sido
um grande parceiro.
5
AGRADECIMETOS
No último semestre de graduação do curso de bacharelado em Geografia da
Universidade Estadual do Ceará, me ocorreu algo inusitado. Um professor do Mestrado
Acadêmico em Geografia veio anunciar que estava abrindo vaga para orientar na próxima
seleção de alunos. Eu estava terminando o semestre e nem pensava em fazer um curso de
pós-graduação. Foi, então, que com o apoio dos amigos aceitei o desafio.
Assim, agradeço em primeiro lugar ao meu orientador, Professor Dr. Arnóbio de
Mendonça Barreto Cavalcante, por ter sido paciente e ter me recebido como orientando.
Minha gratidão vai também para o amigo Feliciano Filho pela grande ajuda com a parte
cartográfica do trabalho. Também agradeço a Funcap por ter concedido a bolsa de estudos, à
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos COGERH pelo fornecimento de material de
trabalho, ao Departamento Nacional de Obras Contra às Secas - DNOCS e à todos os amigos
que me acompanham e apóiam desde a graduação.
6
RESUMO
Nas últimas cinco décadas em diferentes partes do mundo, a crescente demanda humana por
mais água, alimento, espaço e energia têm levado paisagens naturais a serem reduzidas,
modificadas ou substituídas por cidades, campos agrícolas, pastagens, dentre outros. No
Nordeste Brasileiro não foi diferente, com destaque para os açudes perenes que por meio da
introdução de massas d’água, remodelaram de forma definitiva a paisagem semi-árida
brasileira. Inquestionável contribuição os grandes açudes proporcionam ao Homem, mas,
também geram desvantagens. Nesse último aspecto e contextualizado na Ecologia de
Paisagem emerge a fragmentação da paisagem, processo que leva mudanças drásticas tanto à
paisagem como à biodiversidade onde opera. Nas paisagens naturais é citado que são
perdidas, reduzidas, outras modificadas e outras mais criadas como as paisagens insulares
lacustres, áreas de terra remanescentes afloradas no espelho d’água dos açudes. O Ceará
embora não tendo sido naturalmente agraciado com essas paisagens, hoje, é detentor de
inúmeras delas devido aos açudes. Porém, pouco ou nada se sabe sobre essas paisagens.
Assim, o presente trabalho teve por objetivo geral contribuir para o Projeto Inventário das
Ilhas Continentais do Ceae Conservação da Caatinga – P2I4C, ora em andamento, e traçou
os seguintes objetivos específicos: determinar o número, distribuição e localização geográfica
das paisagens insulares nas bacias Metropolitana, Curu e dio Jaguaribe; e caracterizar
estruturalmente quanto ao tamanho, forma e grau de isolamento cada paisagem insular. A área
de estudo do trabalho compreendeu três (3) das onze (11) bacias hidrográficas existentes no
estado do Ceará quais sejam: 1) Bacia Metropolitana com 15 açudes; 2) Bacia do Curu com
13 açudes; e 3) Bacia do Médio Jaguaribe com 12 açudes. Para cada bacia hidrográfica
somente os açudes gerenciados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos - COGERH
e detentores de pelo menos uma ilha foram considerados. As imagens dos açudes
selecionados receberam vários tratamentos e, desse modo, gerou-se mapas com legendas
contendo o espelho d’água e ilha(s). Em cada mapa se aplicou o software FRAGSTATS. Dos
40 açudes públicos analisados 21 ou 52,5% do total, apresentaram pelo menos uma paisagem
insular ou ilha: oito (08) açudes da bacia Metropolitana, oito (08) da bacia do Curu e cinco
(05) da bacia do Médio Jaguaribe. O total de ilhas levantadas nas três bacias hidrográficas foi
de 201, assim distribuídas: 35 ilhas na bacia Metropolitana, 96 ilhas na bacia do Curu e 70
ilhas na bacia do Médio Jaguaribe. A localização geográfica das ilhas nos açudes foi
predominantemente aleatória, ocorrendo desde próximas da barragem até às cabeceiras. A ilha
de menor área levantada coube a de número 05, pertencente ao açude Caracas da bacia do
Curu, com 0,005 ha. A ilha de maior área ficou representada pela de número 02, localizada no
açude General Sampaio também da bacia do Curu, com 27,238 ha. Todas as ilhas
apresentaram forma não circular. As ilhas cujas formas mais se aproximaram da forma
circular foram: ilha de número 02, açude Amanari - bacia Metropolitana; ilha de número 17,
açude Caxitoré - bacia do Curu; e ilha 02, açude Ema - bacia do Médio Jaguaribe. A ilha de
forma mais complexa foi a de número 01, localizada no açude Jenipapeiro pertencente à bacia
do dio Jaguaribe. As três ilhas mais remotas levantadas foram, em ordem decrescente, a
ilha de número 11 do açude Pacoti (bacia Metropolitana) com 943 m, a ilha 20 do açude
Pentecoste (bacia do Curu) com 878 m e a ilha 04 também do açude Pacoti (bacia
Metropolitana) com 823 m. As três ilhas mais próximas foram, em ordem crescente, a ilha de
número 03 do açude Caracas (bacia do Curu) com 3 m, a ilha 06 do açude Frios (bacia do
Curu) com 9 m e a ilha 03 do açude Ema (bacia do Médio Jaguaribe) com 11 m.
Palavras-chave: ilha, açude, paisagem insular, fragstats.
7
ABSTRACT
In the last five decades, growing human needs for water, food, land and energy have reduced,
modified or replaced natural landscapes worldwide, taking place to towns, crop fields,
pastures and others. In Northeast of Brazil it was not different, with prominence of perennial
dams which, by introducing big water volumes, changed definitively Brazilian semi-arid
landscapes. It is unquestionable the contribution of these big dams for human society, but they
have also disadvantages. Concerning to this aspect, under ecological point of view,
fragmentation of landscapes leads to drastic changes on biodiversity and landscapes. Some
landscapes are lost, others are reduced or modified, whilst others are created, as lake islands
that emerge at these dams. Although the State of Ceará-Brazil is not a place where fluvial
islands are naturally seen, nowadays it possesses a number of them because of the dams.
However, there is a lack in information about these landscapes. Thus, the present work was
carried out with the overall aim of to contribute for the Research Project “Inventário das Ilhas
Continentais do Ceará e Conservação da Caatinga” P214C, in execution, specifically
determining number, distribution e geographic localization of lake islands found in basins
Metropolitana, Curu and Media Jaguaribe, and characterizing each of them regarding to size,
shape and degree of insulation. The studied area comprised three of the 11 hydrographic
basins that exist in State of Ceará (Metropolitana, with 15 dams; Curu, with 13 dams; and
Media Jaguaribe, with 12 dams). For each studied basin, only dams controlled by Companhia
de Gestão de Recursos Hídricos - COGERH and possessing at least one island were
considered. Images from selected dams were used to plot maps containing water covered
areas and island(s), and then FRAGSTATS software was applied to analyze each map. From
40 public dams studied, 21 (52,5%) showed at least one island, being eight dams from basin
Metropolitana, eight dams from Curu and five dams from Media Jaguaribe. A total amount of
201 islands were countered, being 35 from basin Metropolitana, 96 from Curu and 70 from
Media Jaguaribe. It was observed that islands were randomly located inside the area covered
by dams, varying widely in localization since next to wall to cabeceiras. The smallest island
was the number 5 of dam Caracas (Curu, 0.005 ha), whilst the biggest one was number 2 of
dam General Sampaio (Curu, 27.238 ha). All studied islands showed non-circular shape.
Islands which shape was closer to circles were number 2 of dam Amanari (Metropolitana),
number 17 of dam Caxitoré (Curu) and number 2 of dam Ema (Media Jaguaribe). The most
complex-shaped island was number 1 of dam Jenipapeiro (Media Jaguaribe). The most distant
from margins were islands number 11 of dam Pacoti (Metropolitana, 943 m), number 20 of
dam Pentecoste (Curu, 878 m) and number 4 of dam Pacoti (Metropolitana, 823 m), whilst the
closest to margins were island number 3 of dam Caracas (Curu, 3 m), number 6 of dam Frios
(Curu, 9 m) and number 3 of dam Ema (Media Jaguaribe, 11 m).
Keywords: island, dam, insular landscape, fragstats.
8
SUMÁRIO
Lista de Abreviaturas.................................................................................................................ix
Lista de Figuras e Tabelas..........................................................................................................ix
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................12
2 REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................15
2.1 Açudes - um breve histórico....................................................................................15
2.2 Noção de paisagem..................................................................................................18
2.3 Ecologia da paisagem e estrutura da paisagem ecológica.......................................22
2.4 Paisagem insular......................................................................................................25
3 MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................................28
3.1 Área de estudo.........................................................................................................28
3.2 Seleção dos açudes..................................................................................................30
3.3 Interpretação aerofotográfica insular......................................................................30
3.4 Problema emergente................................................................................................32
3.5 Delimitação da bacia hidráulica e das ilhas............................................................33
3.6 Tratamento das imagens e geração de mapas categóricos......................................33
3.7 Caracterização estrutural da paisagem....................................................................34
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................................35
4.1 Paisagens insulares – número, distribuição e localização.......................................35
4.2 Áreas das ilhas.........................................................................................................68
4.3 Formas das ilhas......................................................................................................70
4.4 Isolamento das ilhas................................................................................................80
5 CONCLUSÕES....................................................................................................................86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................89
9
ANEXOS..................................................................................................................................92
Anexo I – Fichários dos açudes organizados por bacia e em ordem
alfabética dos mesmos............................................................................................93
Anexo II – Métricas................................................................................................................115
10
LISTA DE ABREVIATURAS
COGERH - Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos
CBGB - Comitê Brasileiro de Grandes Barragens
DOCS - Departamento Nacional de Obras Contra às Secas
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
Figura 1 - Mapa das bacias hidrográficas do estado do Ceará, destacando as bacias
investigadas..............................................................................................................29
Figura 2 - Mostra de mosaicos aerofotográficos cedidos pela COGERH. a) Açude
General Sampaio, bacia do Curu com inúmeras ilhas em 05/08/2004.
b) Açude Jerimum, bacia do Curu sem ilha em 15/09/2004....................................31
Figura 3 - Açude Acarape e suas ilhas......................................................................................48
Figura 4 - Açude Amanari e suas ilhas.....................................................................................49
Figura 5 - Açude Castro e suas ilhas.........................................................................................50
Figura 6 - Açude Cauhipe e suas ilhas......................................................................................51
Figura 7 - Açude Hipólito e suas ilhas......................................................................................52
Figura 8 - Açude Pacoti e suas ilhas.........................................................................................53
Figura 9 - Açude Penedo e sua única ilha.................................................................................54
Figura 10 - Açude Riachão e suas ilhas....................................................................................55
Figura 11 - Açude Caracas e suas ilhas.....................................................................................56
Figura 12 - Açude Caxitoré e suas ilhas...................................................................................57
11
Figura 13 - Açude Frios e suas ilhas.........................................................................................58
Figura 14 - Açude General Sampaio e suas ilhas......................................................................59
Figura 15 - Açude Pentecoste e suas ilhas................................................................................60
Figura 16 - Açude Souza e suas ilhas.......................................................................................61
Figura 17 - Açude Tejuçuoca e suas ilhas.................................................................................62
Figura 18 - Açude Trapiá e suas ilhas.......................................................................................63
Figura 19 - Açude Adauto Bezerra e sua única ilha..................................................................64
Figura 20 - Açude Ema e suas ilhas..........................................................................................65
Figura 21 - Açude Jenipapeiro e sua única ilha........................................................................66
Figura 22 - Açude Riacho do Sangue e suas ilhas....................................................................67
Figura 23 - Número relativo de ilhas nas bacias Metropolitana, Curu e Médio
Jaguaribe por classe de isolamento........................................................................84
Tabela 1. Distribuição das ilhas por bacia hidrográfica / açude e localização geográfica.......38
Tabela 2. Número de ilhas por classes de área nas bacias Metropolitana, Curu
e Médio Jaguaribe.....................................................................................................68
Tabela 3. Índices de forma (SHAPEI E FRACT) das ilhas por bacia/açude...........................71
Tabela 4. Índices de forma médios (MSI) para classe ilha por açude e bacia.........................79
Tabela 5. Distância da borda da ilha ao ponto continental mais próximo por bacia
hidrográfica/açude....................................................................................................81
12
Tabela 6. Número de ilhas por classes de isolamento nas bacias Metropolitana, Curu
e Médio Jaguaribe....................................................................................................83
13
1 ITRODUÇÃO
Nas últimas cinco décadas em diferentes partes do mundo, a crescente demanda
humana por mais água, alimento, espaço e energia tem levado paisagens naturais a serem
reduzidas, modificadas ou substituídas por cidades, campos agrícolas, pastagens e mineração.
No Nordeste brasileiro não foi diferente, sobretudo, a partir do final da década de 80 quando
várias grandes obras infra-estruturais tiveram início, e.g. portos, rodovias, agriculturas
irrigadas, açudes perenes etc., logo fazendo surgir novas configurações de paisagens.
Merecedoras de destaque estão os açudes perenes que, por meio da introdução de massas
d’água, remodelaram de forma definitiva a paisagem semi-árida brasileira.
Notoriamente, valiosa contribuição os grandes açudes proporcionam ao Homem,
sendo obras consideradas imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável de Estados e
Municípios submetidos a estiagens freqüentes. Os açudes podem ser utilizados para vários
fins, muitas vezes fins simultâneos (usos múltiplos). Eles oferecem água para o abastecimento
humano, animal, irrigação e indústria. Ademais, possibilitam a geração de energia elétrica,
controle de enchentes, pesca, piscicultura, criação de patos, turismo e lazer. No entanto,
também geram desvantagens e considerando esse último aspecto e contextualizado na
Ecologia de Paisagem, emerge a fragmentação da paisagem.
A fragmentação da paisagem encerra de forma simplista, um processo de ruptura na
continuidade da paisagem (Lord & Norton, 1990). A relação que se estabelece entre o açude e
dito processo decorre de que, uma vez represado um rio e produzido um lago artificialmente
(açude), caso o lago gerado apresente ilha(s), fica caracterizado um exemplo clássico de
fragmentação da paisagem. A literatura científica registra que esse processo leva mudanças
drásticas tanto à paisagem como à biodiversidade onde opera. Sobre as paisagens naturais é
citado que são perdidas, reduzidas, outras modificadas e outras mais criadas, e.g. as paisagens
insulares lacustres (Cavalcante, 2003) para esse último caso.
As paisagens insulares lacustres são aqui entendidas como áreas de terra
remanescentes e relativamente pequenas, afloradas no espelho d’água dos udes. Esses
novos espaços antropogênicos se encontram espalhados por vários dos grandes açudes do
semi-árido brasileiro e assim, facilmente, podem ser vistos como um valioso padrão espacial
paisagístico para estudos na área de Ecologia da Paisagem.
14
A Ecologia da Paisagem é a aplicação da análise espacial (geográfica) aos problemas
de planejamento e gerenciamento de habitats em paisagens antrópicas. Dita área do
conhecimento é uma resposta direta ao declínio da biodiversidade como resultado da
fragmentação, redução, simplificação e contaminação de paisagens (Marsh, 1997). Vale
acentuar que a conservação da biodiversidade e da paisagem que a abriga são fatores
indispensáveis à qualidade de vida humana.
Felizmente as paisagens insulares lacustres têm, recentemente, recebido a merecida
atenção por parte dos conservacionistas, sobretudo, ecólogos da paisagem. As razões dentre
outras, se prendem a multiplicidade delas disponíveis naturalmente, as variadas características
estruturais por elas apresentadas e a perspectiva de gerar importantes informações
relacionadas à conservação da biodiversidade fragmentada, quando do cruzamento de índices
espaciais com biológicos. Dessa maneira, seguramente, pode-se credenciar as paisagens
insulares lacustres como áreas singulares para pesquisas ecológicas que, por sua vez,
subsidiarão cientificamente diretrizes para a conservação da natureza.
O Ceará, embora não tendo sido naturalmente agraciado com essas paisagens (afora
aquelas poucas e dispersas encontradas na foz de alguns rios) devido ao seu litoral plano e
rios e lagos intermitentes é, atualmente, detentor de inúmeras delas devido a construção de
numerosos açudes. Porém, pouco ou nada se sabe sobre essas paisagens e dessa forma,
tornou-se pertinente perguntar: Onde essas paisagens ocorrem? E, quantas são e como se
apresentam estruturalmente?
As paisagens insulares lacustres como qualquer outra unidade de estudo da ciência
pode ser estudada quanto a sua estrutura, funcionamento e alterações com o passar do tempo.
Esse trabalho se dedicou ao estudo da estrutura, segmento que trata da organização espacial.
Nesse contexto, o presente trabalho de pesquisa teve por objetivo geral contribuir para o
Projeto Inventário das Ilhas Continentais do Ceará e Conservação da Caatinga P2I4C, ora
em andamento e financiado pelo CNPq (processo 470289/2006-6), ao estudar as bacias
Metropolitana, Curu e Médio Jaguaribe tendo traçado os seguintes objetivos específicos:
1) determinar o número, distribuição e localização geográfica das paisagens insulares nas
bacias Metropolitana, Curu e Médio Jaguaribe;
15
2) caracterizar estruturalmente quanto ao tamanho, forma e grau de isolamento cada paisagem
insular.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Açudes - um breve histórico
A história tem mostrado que a maior parte do desenvolvimento recente da paisagem
está, diretamente, conectada com a forma de uso e ocupação da terra pelo homem (Farina,
1998). No Nordeste e particularmente no estado do Ceará, isso ficou bem evidente com a
construção dos açudes perenes que remodelaram, por meio da introdução de massas d’água, a
paisagem semi-árida local definitivamente.
A palavra açude deriva do árabe, as-sudd, que significa barragem. Para o dicionário
Michaelis (1998), açude é uma construção destinada a represar água de rios para fins diversos
exprimindo, tão somente, a idéia de muro ou barragem. Um outro sentido é também
disponibilizado, qual seja uma extensão de água represada artificialmente. Portanto, percebe-
se que o termo açude pode denotar, em separado, tanto um muro como um corpo d’água
represado. Dessa maneira, aqui, o termo açude assume além dos significados supracitados,
também, o sentido conjunto, de muro e lago artificial como um só corpo.
A idéia de construir açudes é bastante antiga no mundo. Conforme Bezerra (2002)
civilizações, especialmente, a mesopotâmica e egípcia que se desenvolveram em regiões
semi-áridas, tinham na água um bem extremamente valioso. Nessas civilizações, à época, a
principal atividade praticada pela população submetida à servidão coletiva era a agricultura
intensiva. E, dada às condições de semi-aridez e crescente demanda, naturalmente, a
construção de obras hidráulicas para atender à agricultura intensiva de forma satisfatória
dentre outras, se fazia necessária. Assim, diques de proteção, canais de irrigação e açudes etc.
foram então construídos.
17
Brandão (1987) faz referência à construção de açudes na Mesopotâmia, Egito, Índia,
China e Iêmen por volta de 3.000 a.C., bem como, sobre a grandeza do açude construído pelo
rei Panduwaasa, no Sri Lanka, há 2.500 anos.
No Brasil, não existem evidências precisas que atestem à construção de açudes
realizada pelos índios, que aqui viveram antes da colonização européia. Mesmo no Nordeste
brasileiro com suas estiagens severas, Guerra (1981) escreveu que nem os índios caetés, nem
cariús, nem tão pouco os potiguaras nos legaram sequer um só açude ou barragem de terra.
Então, supõe-se que nossos índios pré-coloniais buscavam na natureza as condições
necessárias que garantissem sua sobrevivência e, dessa forma, escolheram locais próximos
aos rios, olhos d’ água e da costa marítima para se fixar.
Com a colonização em curso, certamente, foi no Nordeste onde ocorreram às primeiras
construções de açudes no Brasil, dada sua condição de semi-aridez. Para Bezerra (2002) os
colonizadores portugueses que chegaram ao Nordeste já conheciam as técnicas de
represamento, ensinadas pelos Mouros. E, diante da peculiaridade climática da região com
secas graves e cíclicas (de 1538 a 2006 ocorreram aproximadas 48 delas), crescimento
populacional e, sobretudo, pecuária extensiva em expansão, evidentemente, à necessidade de
armazenar água se tornou vital aos colonizadores, tal como acontecera nas civilizações
pretéritas.
Ademais, da mesma forma como se pensa hoje, também, na época, se admitia que a
alternativa mais apropriada para o armazenamento d’água no Nordeste seco era a açudagem.
Portanto, conforme supra e considerando que as demais regiões brasileiras não gozavam de
estiagens severas se pode, facilmente, credenciar a região Nordeste como a precursora na
construção de açudes no Brasil.
18
Em conformidade com Molle & Cardier (1992) os primeiros açudes do Nordeste
foram construídos com a implantação dos engenhos na zona da Mata, cuja finalidade principal
era desviar a água dos riachos para fornecer energia hidráulica aos moinhos. No decorrer da
colonização das terras do sertão e interior do Nordeste, o pequeno açude (aquele que mantém
água somente aa estação chuvosa seguinte) apareceu como uma das soluções ao problema
de abastecimento, difundindo-se paulatinamente. Joffily apud Molle & Cardier (1994)
escreveu que os açudes sempre foram os meios empregados pelos sertanejos para anular os
efeitos das secas, desde os primeiros tempos da colonização. Esses açudes eram construções
da iniciativa privada.
Durante os séculos XVIII e XIX várias secas ocorreram, 14 e 12 respectivamente,
todas gerando graus diferenciados de perdas humana, animal e agrícola. A maior de todas as
secas, a chamada “Grande Seca” como identificada àquela transcorrida no período 1877-1879,
pereceu mais da metade das pessoas que, à época, residiam na área castigada pelo flagelo.
no Ceará morreram 119 mil, em 1878 (Almeida, 1981). E, foi diante dessa tragédia nacional
de maior vulto causada por fenômeno natural, que se deu início à construção dos primeiros
grandes açudes no Nordeste e grandes usinas hidroelétricas na região Sudeste (CBGB,1982).
No Nordeste, o primeiro dos grandes udes públicos concluído foi o açude Cedro em
Quixadá - Ceará, em 1906. A partir de então, vários outros grandes açudes foram construídos
na região totalizando, atualmente, pelo menos 200 (op. cit.). Dentre eles o maior e último
inaugurado no estado do Ceará foi o açude Castanhão, em 2003, passados 97 anos da
inauguração do açude Cedro.
O Ceará que apresenta cerca de 92% de seu território em condição de semi-aridez, tem
lançado o da udagem faz bastante tempo, conforme dito anteriormente. Atualmente,
abriga aproximados 8.000 açudes dos quais 126 são de maior porte e monitorados pela
Companhia de Gerenciamento de Recursos Hídricos - COGERH, açudes estes que
representam cerca de 95% da água possível de ser armazenada no Estado (COGERH, 2006).
Os demais são açudes de pequeno a médio porte que, normalmente, secam em períodos
consecutivos de estiagem. Estima-se em 100.000 o número de açudes de todos os tamanhos,
hoje existentes no Nordeste brasileiro (Bezerra, 2002).
19
Valiosa contribuição os grandes açudes levam à humanidade. São obras consideradas
imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável de países, estados e cidades submetidos
às estiagens freqüentes. Em conformidade com Silans (2002) os açudes podem ser utilizados
para vários fins, muitas vezes simultâneos (usos múltiplos). Eles oferecem água para o
abastecimento humano, animal, irrigação e indústria. Além disso, possibilitam a geração de
energia elétrica, controle de enchentes, pesca, piscicultura, criação de patos, turismo e lazer.
No entanto, também, apresentam desvantagens, sobretudo, para a biodiversidade nativa e
paisagens associadas.
Considerando esse último aspecto e contextualizado na Ecologia de Paisagem, resulta
o processo chamado de fragmentação da paisagem. A fragmentação da paisagem encerra, de
uma forma simplista, um processo de ruptura na continuidade da paisagem (Lord & Norton,
1990). A relação que se estabelece entre o ude e dito processo decorre de que, uma vez
represado um dado rio e produzido artificialmente um lago (açude), caso o lago gerado seja
detentor de ilhas, fica caracterizado um exemplo clássico de fragmentação da paisagem. Vale
acentuar que a fragmentação da paisagem integra o grupo dos cinco processos de origem
antrópica, que mais danos proporcionam à natureza: destruição de habitat, bioinvasor,
extração excessiva, poluição e fragmentação da paisagem.
A literatura científica registra, fartamente, que esse processo leva mudanças drásticas
tanto à paisagem como à biodiversidade onde opera. Para a biodiversidade perdas expressivas
ocorrem fruto, essencialmente, da redução na área de sobrevivência de muitas espécies e do
isolamento imposto. Sobre as paisagens naturais é citado que são perdidas, reduzidas, outras
modificadas e outras mais criadas, e.g. as paisagens insulares lacustres (Cavalcante, 2003)
para esse último caso.
2.2 oção de paisagem
Não é fácil dizer o que é paisagem. quem diga até, que é mais fácil dizer o que não
é paisagem do que conceituá-la com precisão. Realmente, hoje, se admite polissemia para o
termo paisagem. A dificuldade reside, essencialmente, em dois aspectos: na hipertrofia de
utilização do termo, i.e., se fala em paisagem desde o cidadão comum, da rua, até o cientista
20
mais especializado; e nas acepções redutoras, i.e., significados ou interpretações curtas para
paisagem (Passos, 2000).
Como o presente trabalho adota a paisagem seu objeto de estudo ou está fortemente
escorado na paisagem ecológica, uma compreensão de paisagem mesmo que de forma
introdutória, se faz necessário. Dessa forma, um caminho para alcançar tal compreensão é
acompanhar sua evolução conceitual. No entanto, aqui, não é pretensão abordar em
profundidade essa evolução, mas, tão somente, propiciar ao leitor uma simplificada trajetória
do conceito de paisagem. Para maior detalhamento a literatura científica disponibiliza vários
artigos de síntese excelentes, como Naveh & Lieberman (1993), Passos (2000), Carvalho et
al. (2002) e Maximiano (2004).
A noção de paisagem está presente na memória do ser humano, antes mesmo de sua
definição formal. A idéia embrionária já existia baseada na observação do meio. As
expressões dessa memória e da observação podem ser encontradas nas artes e nas ciências das
diversas culturas, que retratavam inicialmente elementos particulares como animais selvagens,
um conjunto de montanhas ou um rio (Maximiano, 2004).
Alguns autores afirmam que a noção de paisagem está no intelecto do homem desde a
pré-história através das pinturas rupestres exibidas nas cavernas. Ainda hoje o conhecimento
da realidade define como se a paisagem, embora haja valores diferentes como o
econômico, o estético e o religioso. Na Antiguidade o aproveitamento de elementos na
construção de paisagem era seletivo, sendo os mesmos trazidos para o espaço onde havia mais
segurança física.
Como referência mais antiga à paisagem na literatura mundial, o livro dos Salmos
(poemas líricos do antigo testamento escrito por volta de 1000 a.C. em hebraico) pode ser
citado. Nesse livro se escreve “a bela vista de Jerusalém com seus castelos, palácios e templo
do Rei Salomão” (Naveh & Lieberman, 1993).
No livro dos Salmos a paisagem conota uma percepção visual da estética ou um bem
estético. Essa idéia considerada por Whyte apud Naveh & Lieberman (1993) como original
para paisagem, ainda hoje é adotada na arte e por muitos profissionais arquitetos, paisagistas
etc. A noção de paisagem contida no livro dos Salmos traz, simultaneamente, os elementos
21
percepção - visual (algo que se vê), estética (harmonia nas formas e cores), distância
(amplitude, vista do todo) e área aberta (espaço geográfico).
Avançando na trajetória conceitual de paisagem, na Idade Média (395-1453) a
paisagem está representada na chamada pintura cristã, que tem nas imagens sacras sua maior
expressividade. Aqui, a paisagem se resumia em representação pictórica que insistia em não
representar um lugar real, observado a partir de determinada perspectiva como algo idealizado
(Carvalho et al., 2002).
No Renascimento (1454-1599), tempos de forte evocação racionalista, tem início uma
substituição da paisagem idealizada pela paisagem concreta. A idéia de paisagem concreta vai
se afirmando cada vez mais como um mosaico de elementos naturais e não naturais, passíveis
de serem captados pelos sentidos humanos em um determinado momento, a partir de um
determinado local. Nessa fase se destaca a pintura holandesa que registrava a cena estática
“como se o olho humano fosse a um tempo, um microscópio e um telescópio”,
transformando a arte em instrumento de comunicação, ou seja, a substituição progressiva do
simbólico para o pictórico (Figueiró, 1997).
Somente a partir de 1700 que a paisagem real deslancha e alcança a esfera militar.
Lacoste (1989) afirmou que foram os homens de guerra que, primeiramente, observaram e
esboçaram objetivamente as paisagens nas quais seriam travadas as batalhas, incorporando à
paisagem real um sentido estratégio-militar, entidade objetiva ou espaço geográfico. Dessa
forma, a paisagem para existir passaria a não mais depender, exclusivamente, do olhar do
observador (espaço subjetivo).
Aos poucos o conhecimento vai se transferindo da esfera militar para uma esfera social
mais ampla, de maneira que, no princípio do século XIX o geógrafo alemão Alexander von
Humboldt introduz paisagem como termo científico - geográfico ao defini-la como “a
totalidade de características de uma região da Terra”. Pela primeira vez a paisagem é
experimentada como um espaço visual global da realidade do ambiente físico. Aqui, paisagem
se restringe à caracterização fisiográfica, geológica e geomorfológica das feições da crosta
terrestre (Naveh & Lieberman, 1993).
22
No final do mesmo século geógrafos russos, cita-se Dokoutchaev, ampliaram o
conceito de paisagem de Humboldt, ao incluírem aspectos orgânicos ao conceito e passando a
chamar a paisagem, de paisagem geográfica (op. cit). Desse modo, a paisagem é assumida
como uma entidade física e biológica.
nos anos trinta o biogeógrafo alemão Carl Troll (1938) definiu paisagem como uma
“entidade espacial e visual do espaço vivido pelo homem”. Ele considerou a paisagem com
uma entidade holística completamente integrada, ao juntar a geosfera, biosfera e noosfera. Os
artefatos feitos pelo homem passaram, também, a compor a paisagem.
A partir de então muitas outras contribuições conceituais para paisagem foram
anunciadas, cita-se:
Juillard (1962) - Uma combinação de traços físicos e humanos que a um território
uma fisionomia própria, que o faz um conjunto senão uniforme, pelo menos
caracterizado pela repetição habitual de certos traços;
Bertrand (1972) - uma paisagem é, por definição, uma porção do espaço material;
Zonnelveld (1979) - Porção de espaço da superfície terrestre, constituída de um
complexo de sistemas formado pela ação de rocha, água, ar, plantas, animais e o homem
e cuja fisionomia forma uma entidade reconhecível;
Tricart (1981) - Uma paisagem é uma dada porção perceptível a um observador onde se
inscreve uma combinação de fatos visíveis e invisíveis e interações as quais, num dado
momento, não percebemos senão o resultado global.
Desse modo, facilmente, já se constata uma polissemia para paisagem. Pode-se
destacar a paisagem do artista, como uma pintura representando uma seção de um lugar
natural. A paisagem do arquiteto como um bem estético. E, para o geógrafo, a paisagem como
uma porção do espaço material. Nesse último, a paisagem estudada é voltada para seu
desenvolvimento, tratada pela Geografia Física.
23
Não sendo o bastante em termos de significados, recentemente, um outro sentido foi
atribuído à paisagem qual seja, o sentido ecológico materializado na paisagem ecológica.
Desse modo, segundo Forman & Godron (1986) a paisagem ecológica é uma área
heterogênea composta de um grupo de ecossistemas interativos. Para Turner (1990) dita
paisagem é, simplesmente, uma área espacialmente heterogênea. Metzger (2001) propõe que a
paisagem ecológica seja definida como “um mosaico heterogêneo formado por unidades
interativas, sendo esta heterogeneidade existente para pelo menos um fator, segundo um
observador e numa determinada escala de observação”. Sendo assim, na abordagem
ecológica, o mosaico é considerado como um conjunto de habitats que apresentam condições
mais ou menos favoráveis para a espécie ou comunidade estudada.
Portanto, se verifica que a idéia de paisagem é bastante antiga, tendo somente se
vulgarizada a partir de XIX, assim ficando confidencial durante a quase totalidade da história
das civilizações. Começou como uma visão subjetiva do espaço e com o passar do tempo,
adquiriu o sentido de entidade objetiva e concreta do espaço.
Hoje, a palavra paisagem possui conotações diversas em função do contexto e da
pessoa que a usa, porém, existe um consenso de que a paisagem embora sendo estudada sob
diferentes abordagens, resulta de elementos físico, biológico e antrópico. Green et al. (1996)
numa tentativa de harmonizar conceitualmente paisagem ou um conceito que atendesse a
todas as abordagens, anunciou paisagem como “uma configuração particular da topografia,
cobertura vegetal, uso e ocupação da terra que delimita alguns processos e atividades naturais
e culturais”.
2.3 Ecologia da Paisagem e estrutura da paisagem ecológica
Metzger (2001) propõe que a paisagem ecológica seja definida como “um mosaico
heterogêneo formado por unidades interativas, sendo esta heterogeneidade existente para pelo
menos um fator, segundo um observador e numa determinada escala de observação”. A
paisagem como aqui definida é objeto de estudo da Ecologia da Paisagem.
A Ecologia da Paisagem surgiu como ciência por meio do biogeógrafo alemão Carl
Troll. Em seu trabalho intitulado “Fotointerpretação e Pesquisa Ecológica”, 1938, o termo
24
(originalmente, Landschaftsoekologie) foi empregado pela primeira vez. Sua intenção foi de
que a nova ciência viesse a desenvolver-se combinando a abordagem espacial “horizontal” do
geógrafo com a abordagem funcional “vertical” do ecólogo (Naveh & Lieberman, 1993).
Segundo Troll (1950, 1968, 1971) “Ecologia da Paisagem é o estudo das interações
físico-biológicas que governam unidades espaciais diferentes de uma região”. Para Naveh &
Lieberman (1993) “é o ramo mais jovem da moderna Ecologia que se ocupa com as
interações do homem com suas paisagens influenciadas e urbanizadas”. A International
Association for Landscape Ecology IALE (2006) entende por Ecologia da Paisagem, como
sendo o “estudo da variação espacial na paisagem em uma variedade de escalas. Isto inclui as
causas e conseqüências biofísica e social da heterogeneidade da paisagem”.
Agora, como disciplina, vários acontecimentos contribuíram para sua estruturação
conceitual e teórica (corpo teórico), cita-se os eventos: First Internacional Congresso of
Landscape Ecology (1981) em Vendhoven Holanda, que proporcionou a criação da IALE
em 1982 (Naveh & Lieberman, 1993); The Allerton Park Workshop (1983) em Illinois
USA, quando foi tratado o potencial da Ecologia da Paisagem como disciplina (Risser, 1995);
e o IVth Internacional Congresso of Ecology (1986) em Syracuse USA, quando os
princípios e métodos da Ecologia da Paisagem foram finalmente apresentados (Farina, 1998).
Desse modo, pode-se resumir que a Ecologia da Paisagem é o ramo mais jovem da
Ecologia, preocupada com o estudo da heterogeneidade da paisagem, suas causas e
conseqüências naturais e antrópicas, em uma variedade de escalas. É uma disciplina científica
interdisciplinar que cobre vários campos da Ecologia e disciplinas relacionadas como
Geografia, Botânica, Zoologia etc. Segundo Naveh & Lieberman (1993), a Ecologia da
Paisagem evolui depois da segunda grande guerra na Europa central (Alemanha e Holanda),
por meio de trabalhos de geografia, geobotânica e gerenciamento de terras, tendo hoje
alcançado todos os cantos do planeta.
A diferença primordial entre Ecologia da Paisagem e a tradicional Ecologia reside,
segundo Ravan et al. (1995), no fato de que a ecologia tradicional abrange o estudo das
intervenções verticais entre plantas, animais, ar, água e solo dentro de uma unidade espacial
homogênea, enquanto a ecologia da paisagem traz um novo enfoque, centrando-se no estudo
das inter-relações horizontais entre as diversas unidades espaciais.
25
De forma aplicada o objetivo sico da Ecologia da Paisagem, em conformidade com
Marsh (1997), é descobrir as relações que se estabelece entre forma da paisagem e função, a
fim de se projetar paisagens que suportem maiores riquezas de espécies concomitantemente
com uso humano. Ademais, tem como alvo reduzir a fragmentação e unir paisagens
fragmentadas. Assim, a Ecologia da Paisagem seria uma resposta direta ao declino na
biodiversidade como decorrência da fragmentação da paisagem, produto inevitável do uso -
ocupação da terra pelo homem.
A IALE (2006) estabelece os seguintes temas centrais para estudos em Ecologia da
Paisagem:
estudo da estrutura ou padrão espacial de paisagens, desde desertos até cidades;
estudo da relação entre estrutura e funcionamento nas paisagens;
estudo da relação entre atividade humana com a forma, processo e alteração com o
tempo nas paisagens;
estudo do efeito da escala e distúrbios naturais e antrópicos sobre a paisagem.
Como a Ecologia da Paisagem lida com a relação entre padrões espaciais (estrutura) e
processos ecológicos (função) é necessário, evidentemente, estudar primeiramente a estrutura.
O estudo da estrutura significa dizer; de que é constituída uma paisagem ecológica e como
seus elementos estão espacialmente organizados, i.e., sua quantificação (número, tamanho,
forma, tipos e configuração de seus ecótopos). A quantificação da estrutura da paisagem é
pré-requisito para o estudo da função e das alterações de uma paisagem (McGarigal & Marks,
1995). Porém, com que elementos essenciais se constrói uma paisagem ecológica?
De uma forma geral todas as paisagens ecológicas o detentoras de uma estrutura
comum, que segundo Forman & Godron (1986) é constituída dos elementos fragmentos,
corredores e matriz. Portanto, esses elementos constituem a estrutura básica de uma paisagem
ecológica.
O Fragmento é entendido como uma área não linear e homogênea que difere na
aparência de sua circunvizinhança. Muitas coisas podem ser fragmentos como uma nuvem no
26
céu, uma pequena mata circundada de campo agrícola, uma área queimada ou um lago na
floresta, um afloramento rochoso, um inselberg, uma ilha etc.
Os mecanismos envolvidos na formação de fragmentos são, essencialmente, os
distúrbios naturais-humanos, heterogeneidade espacial dos recursos naturais e introdução
humana. Dentre os tipos sicos de fragmentos reconhecidos quanto à origem, quais sejam
perturbados, remanescentes, naturais e introduzidos antropicamente foi aqui tratado, tão
somente, o fragmento remanescente. Dito fragmento seria aquele tipo que resultou ou sobrou
intacto após a passagem de um distúrbio natural ou humano. No presente caso é uma ilha e
desse modo, elemento constituinte da chamada paisagem insular tratada adiante.
Por sua vez, os Corredores são estreitas faixas de terra natural ou antrópica, que
diferem das áreas de ambos os lados, devendo estar conectado a um fragmento pelo menos em
uma de suas extremidades. Hoje se admite, também, como uma faixa estreita e isolada de
terra somente. Os corredores variam no comprimento e largura. O comprimento varia de 0,5 a
5 km e a largura de 5 a 100 m, sendo essas dimensões motivo de controvérsia.
Os corredores podem atuar, essencialmente, como rota para movimento de plantas e
animais; barreira ou filtro (interferindo no movimento de animais e plantas), moradia e fonte
de recursos biológicos. Esse elemento não foi objeto de investigação no presente trabalho, no
entanto, como elemento básico da paisagem ecológica, uma breve noção se fez necessária.
Por fim, a Matriz representa o elemento da paisagem ecológica com maior área,
conectância e domínio sobre a dinâmica da paisagem. É o elemento da paisagem onde estão
inseridos os outros elementos, fragmentos e corredores, ou o elemento que circunda esses
elementos. Sua natureza pode ser hospitaleira ou inóspita e sua aparência homogênea ou
heterogênea.
No presente trabalho a matriz, evidentemente, foi considerada como sendo o espelho
d’água dos açudes. Desse modo, trata-se de uma área indesejável para o movimento e moradia
de espécies terrestres, área homogênea na aparência e juntamente com fragmentos
remanescentes, as ilhas, se constituíram nos dois elementos que constroem a paisagem insular.
27
2.4 Paisagem insular
De um modo geral, uma paisagem insular ou, simplesmente, ilha é uma área de terra
não tão grande quanto um continente, circundada de água quer seja de oceano, mar, rio ou
lago (Webster´s, 2000).
De forma simplista o mundo exibe naturalmente três tipos de ilhas: 1) As Oceânicas,
seriam aquelas assentadas no assoalho de oceanos profundos, e.g. a ilha de Fernando de
Noronha em Pernambuco; 2) As Continentais Marítimas, aquelas que se erguem a partir dos
declives continentais estando, assim, circundadas por oceanos relativamente rasos, e.g. a
Ilhabela em São Paulo; e 3) As Continentais, aquelas que ocorrem no interior dos continentes
circundadas por água doce ou salobra como, as Anavilhanas do rio Negro no estado do
Amazonas e as ilhas estuarinas do rio Jaguaribe no Ceará, respectivamente.
Ademais, existem ilhas originárias a partir de interferências antrópicas no ambiente
físico. Seriam aquelas ilhas situadas em lagos artificiais resultantes do represamento de rios,
e.g. as ilhas do açude Castanhão no Ceará, dentre inúmeros outros exemplos espalhados no
Brasil e em outros países.
A Ilha é certamente um objeto de estudo ecológico atrativo. É mais simples que um
continente; pode ser rotulada com um nome; ter sua população residente identificada; pode ser
considerada um microcosmo simples na aparente e infinita complexidade da biogeografia
continental e oceânica; e devido apresentar uma multiplicidade de formas, tamanhos, graus de
isolamento e ecologias proporcionando de forma natural e espontânea, as repetições
necessárias para testar hipóteses (MacArthur & Wilson, 1967).
Sua importância ecológica se deve: 1) ao seu isolamento, condição que virtualmente
garante a qualquer organismo encontrado na ilha, ser um membro da comunidade e dessa
forma, problemas no funcionamento e na estrutura da comunidade poderia, facilmente, ser
detectados; 2) à depauperização biótica ou a relativa simplicidade da biota insular, permitindo
que as interações entre populações sejam deduzidas, quando ficariam obscurecidas em um
ambiente maior e mais complexo; e 3) em poder ser considerada uma sósia de qualquer
fragmento de habitat sobre os continentes, consequentemente, qualquer modelo de biologia
insular poderia ser relevante para esses fragmentos (Simberloff, 1974).
28
Considerando o item três supracitado, esse é na atualidade imprescindível para uma
melhor compreensão de como conservar a vida selvagem frente ao exacerbado processo de
fragmentação da paisagem corrente local e globalmente. Logo, fica evidente que ilhas são
objetos de estudo de suma importância para o avanço do conhecimento ecológico
conservacionista, conhecimento necessário para orientar decisões coerentes sobre como
proceder diante das inúmeras alterações humanas imposta à natureza, a qual vagarosamente
desaparece.
Diante disso, felizmente, o estado do Ceará grande contribuição pode oferecer nesse
contexto. Embora, o Ceará não tendo sido naturalmente agraciado com ilhas, devido ao seu
litoral plano e rios e lagos intermitentes, atualmente, com as interferências humanas realizadas
em seu ambiente físico nos últimos tempos, o fizeram um detentor de inúmeras ilhas de
singular interesse para a ciência. Porém, nada se sabia sobre essas novas e peculiares
paisagens.
29
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Área de estudo
A área de estudo do presente trabalho compreendeu três (3) das onze (11) bacias
hidrográficas existentes no estado do Ceará quais sejam: 1) Bacia Metropolitana com 15
açudes; 2) Bacia do Curu com 13 açudes; e 3) Bacia do Médio Jaguaribe com 12 açudes
(Figura 1).
A bacia Metropolitana está posicionada na região Nordeste do Estado e na realidade, é
um aglomerado de 14 outras bacias metropolitanas independentes, das quais apenas as bacias
dos rios Pirangi, Choro, Pacoti, São Gonçalo e os sistemas Ceará/Maranguape e Cocó/Coaçu
são hidrologicamente mais representativas. A bacia Metropolitana abrange uma área de
aproximados 15.000 Kabraçando total ou parcialmente o território de 40 municípios, com
destaque para a Região Metropolitana de Fortaleza. De uma forma geral a região apresenta ao
norte uma zona litorânea de relevo suave, ao sul relevo moderado e uma zona intermediária
com destaque para a serra de Baturité.
As nascentes do rio Curu e de seu principal afluente, o rio Canindé, localizam-se nas
serras do Complexo Itatira. Aqui, o processo de metamorfismo é intenso estendendo-se até a
parte central da bacia hidrográfica, onde o relevo é bastante movimentado.
Geomorfologicamente, a bacia do Curu é constituída por uma extensa superfície aplainada,
com densidade de drenagem fraca nas áreas rebaixadas do Tabuleiro Costeiro e fortemente
adensadas nas áreas de relevo dissecado. A caatinga é a vegetação que reveste grande parte da
bacia do Curu.
A bacia hidrográfica do rio Jaguaribe está situada em sua quase totalidade dentro dos
limites do estado do Ceará, balizando-se entre as coordenadas de 4°30’ e 7º45’ de latitude sul
e 37°30’ e 41°00’ de longitude oeste. Com uma área total de aproximadamente 75.669 km²,
ocupa cerca de 51,9% da área total do estado. A bacia supra foi compartimentada, conforme a
COGERH, nas sub-bacias do Baixo, Médio e Alto Jaguaribe designações adotadas à medida
que se avança no sentido do litoral para o sertão. As formas de relevo mais comuns de sua
porção intermediária, a bacia do dio Jaguaribe, são os relevos dissecados em diversos
30
níveis de aprofundamento, predominando aqueles com topos convexos a aguçados e com
encostas retilíneas a convexas, além de cristas de grandes dimensões que, normalmente,
balizam os dissecados. Essa porção do rio Jaguaribe e de seus tributários se reveste,
basicamente, por caatinga.
Figura 1- Mapa das bacias hidrográficas do estado do Ceará, destacando as bacias
investigadas.
A escolha das bacias supracitadas para compor a área de estudo se baseou, única e
exclusivamente, na proximidade à cidade de Fortaleza, ponto principal de apoio e de partida
do Projeto Inventário das Ilhas Continentais do Ceará e Conservação da Caatinga - P2I4C, do
qual o presente trabalho é um sub-projeto.
3.2 Seleção dos açudes
Para cada bacia hidrográfica somente os açudes gerenciados pela COGERH foram
considerados. Essa seleção decorreu do fato dos açudes serem públicos, detentores de dados e
informações (aerofotografias, histórico de construção etc.) facilmente disponíveis e,
31
sobretudo, serem de grande porte o que, supostamente, os credenciam como reservatórios
perenes (Anexo I).
Os açudes foram submetidos, mediante uso de seus mosaicos de aerofotografias
verticais coloridas na escala de 1:10.000, a uma interpretação aerofotográfica visando
identificar aqueles detentores de pelo menos uma ilha. Portanto, a seleção dos açudes em cada
bacia hidrográfica foi encerrada, quando alcançado o conjunto daqueles açudes gerenciados
pela COGERH e detentores de pelo menos uma ilha (Figura 2).
3.3 Interpretação aerofotográfica insular
Para a aceitação de uma dada área visualizada isolada, como ilha, a partir do mosaico
aerofotográfico (imagem) do açude, a definição clássica de ilha recebeu um ajuste. Assim,
aqui, ilha foi entendida como uma área de terra firme circundada de água resultante, tão
somente, do afloramento no espelho d’água, do relevo (elevações) pertencente a bacia
hidráulica.
A
32
Figura 2 – Mostra de mosaicos aerofotográficos cedidos pela COGERH. a) Açude General
Sampaio, bacia do Curu com inúmeras ilhas em 05/08/2004. b) Açude Jerimum,
bacia do Curu sem ilha em 15/09/2004.
Dessa maneira, não foram consideradas como ilhas as seguintes áreas isoladas e visualizadas
na imagem: afloramentos rochosos, bancos de areia e manchas de vegetação hidrófila e
higrófila. A primeira exclusão se justifica devido à rocha aflorada não possuir solo constituído
(terra) e muitas vezes, mostrar-se em dimensões bastante reduzidas como, e.g., pontas de
pedras. O banco de areia, por sua vez, trata-se de uma área de solo desagregado, formada por
ação fluvial e, sobretudo, efêmero. Comumente, o banco de areia ocorre nas cabeceiras dos
açudes quando estes revelam baixo nível da água. A exclusão de área anelada decorrente da
bifurcação e confluência do rio afluente se justifica, por esta aérea estar fora dos limites da
bacia hidráulica do açude. Por último, manchas isoladas de vegetação hidrófila (plantas
aquáticas) e higrófila (plantas ribeirinhas) o foram consideradas como ilhas, por não
apresentarem terra firme aflorada. Nesse caso, dado não ser tarefa cil distinguir na imagem
aglomerados de Eichornia crassipes (aguapé) ou Juncus sp. (junco), bem como, copas de
grandes árvores como Mangifera indica (mangueira) ou Licania rigida (oiticica) de ilhas
B
33
verdadeiras, num primeiro momento, a área que levantar dúvida foi considerada como ilha
para, posteriormente, ser ou não descartada com a visita in loco.
3.4 Problema emergente
Um problema metodológico emerge quando se trabalha com ilhas continentais em
região semi-árida. Em verdade, nessas condições climáticas ilhas continentais se quer
deveriam ocorrer, dado os corpos d’água que as abrigam, serem intermitentes. No entanto, o
Homem as fez existir nessas condições por meio de grandes açudes.
O problema levantado decorre do fato das ilhas apresentarem significativas variações
estruturais em curto espaço de tempo. Essas variações estão atreladas ao nível da água em
vigor nos açudes que, por sua vez, depende das chuvas irregulares no tempo-espaço que
tipificam a região onde o trabalho foi realizado.
De certo, uma ampla flutuação anual no nível da água dos açudes localizados no semi-
árido brasileiro ocorre, fazendo com que as características mais conspícuas das ilhas tais
como tamanho, forma, grau de isolamento e número sofram alterações consideráveis no curto
prazo. Como conseqüência clara e direta, uma leitura estrutural realizada hoje, certamente,
estaria distorcida dias adiante.
Diante desse fato inevitável foi tomada a seguinte posição metodológica: A obtenção
das características estruturais das ilhas partiria, tão somente, da leitura de uma única imagem
do açude não importando o nível da água em vigor. Portanto, nesse trabalho procedeu-se com
uma única leitura ou leitura instantânea da paisagem insular alvo, assim, não estando
preocupado com sua dinâmica estrutural temporal. A imagem utilizada foi considerada
soberana, mesmo sabendo que outra estrutura poderia estar presente quando da visita in locu.
As visitas, por sua vez, foram realizadas quando necessárias, em conformidade com as datas
de tomadas das aerofotografias, uma tentativa de se buscar uma maior similitude das imagens
com o que se visualizava no campo.
34
3.5 Delimitação da bacia hidráulica e das ilhas
Em regra, a delimitação da bacia hidráulica e das ilhas a partir do mosaico
aerofotográfico foi baseada, simplesmente, no traçado da linha de contorna do espelho d’água.
No entanto, para algumas partes do espelho d’água, tal procedimento não foi fielmente
aplicado. Na cabeceira da bacia hidráulica (área de contato do rio com o lago), no ponto em
que duas linha de contorna do espelho d’água assumiram uma disposição paralela ou a forma
de um rio, elas foram conectadas em ângulo reto com suas trajetórias originais, de modo que,
o segmento do espelho d’água à montante foi descartado. Para as bordas da bacia hidráulica
ou das ilhas quando revestidas de vegetação higrófila ou hidrófila, a delimitação considerou a
vegetação, ou seja, o traçado superpõe à vegetação.
3.6 Tratamento das imagens e geração de mapas categóricos
As imagens (mosaicos aerofotográficos em meio digital) dos açudes selecionados
receberam os seguintes tratamentos: 1) Foi extraído ou recortado da imagem, tão somente, a
bacia hidráulica do açude, aqui, composta do espelho d’água e ilha(s). O recorte supra
(grosseiro) diminuiu o tamanho do arquivo de imagem, tornando o processamento do mesmo
mais rápido. O recorte foi operacionalizado através do software Arcview GIS 3.2;
2) Ajustou-se o histograma do recorte para permitir uma melhor visualização da bacia e,
conseqüentemente, facilitar a interpretação visual da mesma. A interpretação se refere à
localização das ilhas na bacia hidráulica; e 3) O terceiro tratamento foi à vetorização da bacia
hidráulica e das ilhas identificadas. A vetorização foi processada também com o uso do
software AutoCAD 2000i. O arquivo gerado foi do tipo ShapeFile (.shp), formato aceito pelo
programa FRAGSTATS. Dessa maneira foi gerado um mapa categórico de legenda simples,
contendo apenas o espelho d’água e as ilhas.
3.7 Caracterização estrutural da paisagem
Aplicou-se em cada ShapeFile (.shp) o software FRAGSTATS for ArcView (V. 1.0).
O FRAGSTATS é um programa que analisa padrões espaciais, usado para quantificar a
estrutura da paisagem (Mcgarigal & Marks, 1995), isto é, caracterizá-la estruturalmente.
35
Referido programa calcula várias métricas (índices da paisagem) que estão agrupadas
considerando os níveis fragmento individualmente, um conjunto de fragmentos do mesmo
tipo e a paisagem como um todo. Desse modo, com a aplicação do FRAGSTATS nos mapas
categóricos produzidos, foram gerados três arquivos de saída: fragmento (PATCH), classe
(CLASS) e paisagem (LAND) em formato dBase IV (.dbf).
Assim, um banco de dados foi criado cujas tricas se apresentam por bacia
hidrográfica, em ordem alfabética dos açudes e por nível (Anexo II). O banco de dados
subsidiou a análise e interpretação das estruturas das paisagens estudadas. Acentua-se que os
fragmentos são as ilhas, um conjunto de ilhas constitui uma classe e a paisagem inteira sendo
a bacia hidráulica com as ilhas inseridas.
Para uma quantificação estrutural adequada das paisagens envolvidas, utilizou-se do
conjunto de métricas calculadas pelo FRAGSTATS e disponíveis no banco de dados, somente
aquelas métricas em conformidade com a finalidade do estudo. Algumas métricas da
paisagem utilizadas nesse trabalho foram: área, perímetro, índice de forma, dimensão fractal,
distância mais próxima ao continente e número de ilhas. A descrição narrativa, fórmula
matemática, nível de uso recomendado, unidade e faixa de variação dessas métricas constam
no Anexo C2, e as demais calculadas e não usadas podem ser obtidas em Mcgarigal & Marks
(1995) e Metzger (2003).
36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Paisagens insulares – número, distribuição e localização
Foram analisados nesse trabalho 40 udes públicos. Desse total 15, 13 e 12 açudes
pertencem às bacias Metropolitana, Curu e Médio Jaguaribe, respectivamente
(http://www.cogerh.com.br). Apresentaram pelo menos uma paisagem insular ou ilha, oito
(08) açudes da bacia Metropolitana, oito (08) da bacia do Curu e cinco (05) da bacia do
Médio Jaguaribe, totalizando nas três bacias hidrográficas 21 açudes ou 52,5% do total de
açudes investigados (Tabela 1). Vale registrar que a bacia do Baixo Jaguaribe foi também
analisada, porém, devido possuir apenas um (1) ude público, o açude Santo Antônio de
Russas, e o mesmo não sendo detentor de paisagem insular ou ilha, referida bacia foi
descartada do trabalho.
Para cada açude detentor de pelo menos uma paisagem insular (doravante,
simplesmente, ilha) foi produzido um mapa categórico de legenda simples, isto é, um mapa da
bacia hidráulica do açude contendo espelho da água e ilha (Figuras 3 a 22). A partir desses
mapas obteve-se o número, distribuição e localização das ilhas.
As ilhas levantadas nas três bacias foram 201 no total, assim distribuídas por bacia
hidrográfica: 35 ilhas na bacia Metropolitana, 96 ilhas na bacia do Curu e 70 ilhas na bacia do
Médio Jaguaribe (Tabela 1).
Analisando individualmente cada bacia hidrográfica a começar pela bacia
Metropolitana esta, conforme já dito, contabilizou que oito (8) ou 53,3% de seus 15 açudes
abrigam ilhas. A distribuição das 35 ilhas levantadas nos açudes mostrou uniformidade para a
quase totalidade dos mesmos, aproximadamente três (3) ilhas por açude (Tabela 1). A exceção
ocorreu para apenas dois açudes, Pacoti e Penedo.
O açude Pacoti é aquele que atualmente mais ilha detém na bacia Metropolitana, 15 ao
todo. Com uma capacidade de 380,0 milhões de m
3
e espelho d’água de 3.700,00 ha, esses
números quando comparados aos dos demais açudes integrantes da mesma bacia hidrográfica,
se mostram consideravelmente superiores (Anexo I). Desse modo, o açude Pacoti por abarcar
um maior espaço, apresenta chances maiores de abrigar mais ilhas. No outro extremo, isto é, o
37
açude que menos ilha apresentou, está o açude Penedo. Dito açude que revelou apenas uma
ilha é, também, aquele que menos capacidade hídrica registra (2,4 milhões de m
3
) na bacia
Metropolitana. Quanto à área de sua bacia hidráulica, infelizmente, o registro algum,
mas, pode-se conjeturar que seja igualmente pequena baseando-se numa análise visual de seu
mapa. Portanto, parece que a superioridade ou inferioridade numérica de ilhas em açudes
possa estar atrelada à combinação da capacidade de armazenamento hídrico (volume) com a
área da bacia hidráulica (superfície).
Com relação à localização geográfica das ilhas nos açudes da bacia em questão, parece
não existir nenhuma setor particular dos mesmos que mostre favorecer o surgimento de maior
ou menor número de ilhas. O que se detectou foi um posicionamento aleatório das ilhas nos
lagos artificiais, isto é, elas ocorrendo ao azar desde próximas da barragem (áreas
supostamente de maior profundidade) até às cabeceiras (áreas mais rasas), bem como, a
diferentes distâncias das margens.
A bacia do Curu, por sua vez, revelou que oito (8) ou 61,5% de seus 13 açudes
apresentaram ilhas. A distribuição de suas 96 ilhas por ude, ao contrário do que foi
constatado na bacia Metropolitana, mostrou disparidade. Observou-se na bacia do Curu,
conforme a Tabela 1, açudes com apenas duas (2) ilhas (Souza e Trapiá), açudes com
aproximadamente sete (7) ilhas (Caracas, Frios e Tejuçuoca) e açudes com mais de 20 ilhas
(Caxitoré, General Sampaio e Pentecoste). Esses últimos foram aqueles açudes que
registravam, numericamente, as maiores capacidades de armazenamento hídrico e superfícies
de espelhos d’água. no extremo oposto figuraram os açudes Souza e Trapiá (Anexo I).
Novamente, se evidencia que açudes volumosos e de grandes superfícies abrigam mais ilhas.
Quanto à localização geográfica insular assumida nos ude da bacia do Curu está foi,
igualmente, aleatório. As ilhas se posicionaram em diferentes lugares dos açudes e em todos
eles, repetindo o ocorrido na bacia Metropolitana. No entanto, o açude Caracas foi uma
exceção. Referido açude apresentou um aglomerado de ilhas situadas em uma de suas
metades, aquela mais a montante. Isso, de certo, derivou do relevo acidentado de seu assoalho
naquela área, conforme constatado em mapa topográfico do mesmo.
A bacia do Médio Jaguaribe, a última dentre as bacias hidrográficas estudadas,
contabilizou cinco (5) ou 41,6% de seus 12 açudes com ilhas. A distribuição por ude de
38
suas 70 ilhas levantadas apresentou disparidade extrema (Tabela 1). Foram identificados
açudes com apenas uma ilha (Adauto Bezerra e Jenipapeiro) e outros com numerosas ilhas,
e.g., o açude Castanhão detentor de mais de 50 ilhas. O açude Castanhão em cuja cota
operacional (100 m) indica 50 km de comprimento por 8,5 de largura (DNOCS, 1990), figura
como o maior dentre todos os açudes estudados em termos de capacidade de armazenamento
hídrico e superfície. Ele ratifica que açudes volumosos e com grandes superfícies poderão
abrigar mais ilhas. o posicionamento geográfico das ilhas no ude Castanhão (Ribeiro
Neto, J.D. & Cavalcante, A.M.B, 2005) e demais açudes da bacia ficou caracterizado como
aleatório, tal como já ocorrido nas outras bacias hidrográficas anteriormente estudas.
Agora, tomando e comparando as três bacias hidrográficas percebeu-se, claramente,
que existe uma correlação positiva entre o número de ilhas presentes com o volume e
superfície dos açudes. Como predito, udes volumosos e apresentando grandes superfícies
tendem a abrigar mais ilhas. Evidentemente, ao deter mais água o lago artificial poderá
expandir suas fronteiras e assim, aumentando as chances de novas áreas de serem isoladas. No
entanto, o fator relevo do assoalho da bacia hidráulica de cada açude deve ser também
considerado. Observa-se para grandes lagos artificiais da região Norte do Brasil que, embora
dotados de grandes volumes e superfícies não gozam, relativamente, de elevado número de
ilhas, devido apresentarem assoalho plano ou suave ondulado. Por exemplo, o lago da
hidroelétrica de Tucuruí (PA) com 2.918 Km
2
abriga 1.660 ilhas ou 1,75 ilhas por km
2
(http://pt.wikipedia.org). a maioria dos açudes cearenses construídos, em regra, em áreas
predominantemente mamelonares, a insularidade lacustre foi favorecida. O ude Pacoti com
37 Km
2
abriga 15 ilhas ou 2,46 ilhas por km
2
.
Ao comparar o número de ilhas das bacias hidrogficas (Metropolitana-35; Curu-96 e
Médio Jaguaribe-70) constatou-se que o posicionamento da bacia em relação à linha costeira
pode ser, também, um fator importante para o surgimento de mais ou menos ilhas. Como os
relevos das bacias hidrográficas tomam formas mais plana à medida que se avança para o
litoral, isso justifica em parte o fato da bacia Metropolitana apresentar o menor número de
ilhas embora detentora de oito (8) açudes e a bacia do Médio Jaguaribe, a montante, com
cinco. Ainda nesse comparativo, atestou-se que um número maior de açudes numa dada bacia
hidrográfica não confere a mesma, a garantia de maior número de ilhas e vice-versa.
39
Tabela 1. Distribuição das ilhas por bacia hidrográfica / açude e localização geográfica.
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
TOTAL
Açude
Ilha
1
Coordenadas
2
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Acarape
do Meio
01 E = 521352.4104
N = 9536813.532
Caracas 01 E= 480133.484
N= 9514278.1194
Adauto
Bezerra
01 E=560211.1145
N= 9331865.3583
02
E = 522013.8117
N = 9536931.0589
02
E= 480129.34
41
N= 9514279.0618
Ema
01
E= 572154.8939
N= 9361589.0698
03
E=520883.3595
N=9536775.8298
03
E= 480238.7115
N= 9514121.8625
02
E= 571937.8922
N= 9361113.9094
Amanari
01
E= 514447.5567
N=9556614.8001
04
E= 480087.6125
N= 9514410.8451
03
E=
571931.6718
N= 9361400.1825
02
E= 514154.5318
N= 9556007.3745
05
E= 480086.1948
N= 9514386.8484
Jenipapeiro
01
E= 471774.9453
N= 9358169.3187
03
E= 513977.2393
N= 9556085.1859
06
E= 480101.4482
N= 9514379.8407
Riacho do
Sangue
01
E= 504009.
8871
N= 9368424.9313
Castro
01
E= 506403.9084
N= 9496219.77
07
E= 480120.6096
N= 9514297.1458
02
E= 504056.0866
N= 9372633.9221
02
E= 505128.6737
N= 9494859.8698
08
E= 480036.7226
N= 9514400.673
03
E= 505030.5397
N= 9371265.9928
03
04
E= 504812.7272
N= 9494237.1397
E= 502069.1688
N= 9495648.2665
09
E= 479959.7096
N= 9514419.2139
04
E= 505104.0651
N= 9371354.1463
10 E= 479929.5416
N= 9514406.0953
05 E= 504737.4896
N= 9370877.9674
40
Continuação
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
TOTAL
Açude
Ilha
1
Coordenadas
2
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Cauípe
01
E= 515347.1005
N= 9585615.2675
Caxitoré
01
E= 458859.1231
N= 9582792.208
Riacho do
Sangue
06
E= 505652.2907
N= 9372048.5392
02 E= 514474.3082
N= 9586290.4699
02 E= 458178.899
N= 9583086.9156
07 E= 505458.8128
N= 9371984.8992
03 E= 515409.3152
N= 9585043.1379
03 E= 453834.6743
N= 9581845.9771
08 E= 503760.4555
N= 9370880.2337
Hipólito
01
E= 534022.76
N= 9531363.8351
04
E= 458474.2544
N= 9582791.7976
09
E= 504244.5345
N= 9368852.7403
02
E= 534698.2509
N= 9530769.6836
05
E= 459957.9503
N= 9583911.4486
10
E= 503403.5261
N= 9367860.0041
03
E= 534616.4863
N= 9530843.6846
06
E= 459947.4449
N= 9583332.5586
11
E= 504236.1692
N= 9368432.8645
Pacoti
01
E= 552486.0777
N= 9550344.8839
07
E= 455199.5215
N= 9581999.5647
Castanhão
3
01
02
E= 550697.5977
N= 9551109.5128
08
E= 455424.706
N= 9581780.7126
02
03
E= 550535.9271
N= 9550663.8377
09
E= 455544.0152
N= 9582359.2495
03
04
E= 550881.2183
N= 9551394.2555
10
E= 456193.3534
N= 9582599.0147
04
41
Continuação
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO
JAGUARIBE
TOTAL
Açude
Ilha
1
Coordenadas
2
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Pacoti
05
E= 550276.7396
N= 9551554.2907
Caxitoré
11
E= 455697.3635
N= 9583821.9056
Castanhão
3
05
06
E= 550655.3638
N= 9554128.5924
12
E= 455554.4672
N= 9583558.8016
06
07
E= 549421.8639
N= 9552896.7534
13
E= 459271.7548
N= 9585751
07
08 E= 545023.6945
N= 9551787.3977
14 E= 459290.7833
N= 9585751.1137
08
09
E= 545081.4993
N= 9551718.5077
15
E= 459298.2873
N= 9585791.9232
09
10
E= 544915.1217
N= 9552318.5482
16
E= 460082.8371
N= 9585776.3185
10
11
E= 551188.7011
N= 9548160.1849
17
E= 459478.5289
N= 9585757.1676
11
12
E= 550611.9209
N= 9547782.697
18
E= 459541.9443
N= 9585566.3014
12
13
E= 550539.4258
N= 9547484.6216
19
E= 459803.7892
N= 9585438.3901
13
14
E= 548248.3745
N= 9546104.6523
20
E= 459664.0727
N= 9585503.479
14
42
Continuação
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUAR
IBE
TOTAL
Açude
Ilha
1
Coordenadas
2
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Pacoti
15
E= 551323.0848
N= 9547427.4393
Caxitoré
21
E= 459982.0597
N= 9583040.4752
Castanhão
3
15
Penedo
01
E= 528792.0877
N= 9562388.4381
22
E= 459944.79
98
N= 9583121.0021
16
Riachão
01
E= 551615.3512
N= 9558138.0932
23
E= 459918.8244
N= 9582892.0873
17
02
E= 552521.0659
N= 9559241.7127
24 E= 459187.4993
N= 9583767.0113
18
03
E= 552404.953
N= 9559347.1954
25
E= 459316.172
N= 9584363.6103
19
26
E= 460160.5564
N= 9585037.5321
20
Frios
01
E= 461672.9091
N= 9591553.5524
21
02
E= 461570.4723
N= 9591581.409
22
03
E= 465599.3889
N= 9592238.0335
23
04
E= 464907.9618
N= 9590712.4059
24
43
Continuação
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
TOTAL
Açude
Ilha
1
Coordenadas
2
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Frios
05
E= 461932.8212
N= 9591323.0589
Castanhão
3
25
06
E= 462487.1305
N= 9590568.4957
26
07
E= 462577.2477
N= 9590894.7759
27
General
Sampaio
01 E= 449495.1583
N= 9545945.7755
28
02
E= 452339.5021
N= 9546520.2512
29
03
E= 446174.0801
N= 9547701.6042
30
04
E
= 445120.523
N= 9547162.1213
31
05
E= 445498.1811
N= 9547213.0187
32
06
E= 445856.7302
N= 9547039.2138
33
07
E= 444415.9133
N= 9546963.5973
34
08
E= 444735.6022
N= 9544309.0413
35
44
Continuação
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
TOTAL
Açude
Ilha
1
Coordenadas
2
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
General
Sampaio
09
E= 444216.9614
N= 9544232.3667
Castanhão
3
36
10
E= 443924.3095
N= 9544102.8098
37
11
E= 452333.6463
N= 9546921.179
38
12 E= 452629.0647
N= 9546759.7398
39
13
E= 451508.8669
N= 9547007.6751
40
14
E= 450751.5047
N= 9546660.1954
41
15
E= 449602.2133
N= 9547351.1602
42
16
E= 449013.4074
N= 9547852.0473
43
17
E= 449457.5463
N= 9547536.576
44
18
E= 451614.4225
N= 9547966.9423
45
45
Continuação
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
TOTAL
Açude
Ilha
1
Coo
rdenadas
2
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
General
Sampaio
19
E= 451070.0678
N= 9547213.7186
Castanhão
3
46
20
E= 450672.8513
N= 9545811.9569
47
21
E= 450739.1932
N= 9545688.9641
48
22 E= 449285.217
N= 9545119.5606
49
Pentecoste
01
E= 475310.685
N= 9571432.7489
50
02
E= 479461.3347
N= 9575925.9551
51
03
E= 480657.5527
N= 9574948.0099
52
04
E= 476484.0677
N= 9572227.8892
53
05
E= 475898.3294
N= 9571975.7855
54
06
E= 476058.8586
N= 9572033.1057
46
Continuação
BACIA METROPOLITANA BACIA DO CURU BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE TOTAL
Açude Ilha
1
Coordenadas
2
Açude Ilha Coordenadas Açude Ilha Coordenadas Açude Ilha
Pentecos
te
07
E= 475730.7469
N= 9572750.3752
08 E= 474656.4542
N= 9574158.2317
09 E= 473330.8577
N= 9574777.7294
10 E= 474217.2344
N= 9575292.8164
11
E= 474217.2344
N= 9575292.8164
12
E= 478249.
3876
N= 9575706.8596
13
E= 478542.9504
N= 9575803.8904
14
E= 478345.7034
N= 9577104.5026
15
E= 477432.5252
N= 9577188.9572
16
E= 476940.8068
N= 9577222.1692
47
Continuação
BACIA METR
OPOLITANA
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
TOTAL
Açude
Ilha
1
Coordenadas
2
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Coordenadas
Açude
Ilha
Pentecoste
17
E= 476376.1594
N= 9578693.4792
18
E= 475049.8683
N= 9577917.6242
19
E= 473236.
427
N= 9578296.5308
20 E= 473683
N= 9579216.5047
21
E= 473161.8375
N= 9578454.7051
Souza
01
E= 468640.6509
N= 9514088.5814
02
E= 468522.5923
N= 9513798.2027
Tejuçuoca
01
E= 443686.2021
N= 9560759.5196
02
E= 443694.8535
N= 9560735.6361
03
E= 443629.7446
N= 9560478.1875
Continuação
BACIA METROPOLITANA BACIA DO CURU BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE TOTAL
Açude Ilha
1
Coordenadas
2
Açude Ilha Coordenadas Açude Ilha Coordenadas Açude Ilha
Tejuçuoca
04
E= 440867.7838
N= 9560325.0831
05 E= 441134.1525
N= 9561725.9669
06 E= 441077.979
N= 9561587.5626
Trapiá 01 E= 493591.6302
N= 9535148.6048
02
E= 493826.6037
N= 9534942.7342
Total por bacia
08
35
08
96
05
70
21
201
¹Número de identificação da ilha.
2
Coordenadas do centro da ilha.
3
Açude Castanhão (Ribeiro Neto, J.D. & Cavalcante, A.M.B, 2005).
48
Figura 3. Açude Acarape do Meio e suas ilhas.
49
Figura 4. Açude Amanari e suas ilhas.
50
Figura 5. Açude Castro e suas ilhas.
51
Figura 6. Açude Cauhipe e suas ilhas.
52
Figura 7. Açude Hipólito e suas ilhas.
53
Figura 8. Açude Pacoti e suas ilhas.
54
Figura 9. Açude Penedo e sua única ilha.
55
Figura 10. Açude Riachão e suas ilhas.
56
Figura 11. Açude Caracas e suas ilhas.
57
Figura 12. Açude Caxitoré e suas ilhas.
58
Figura 13. Açude Frios e suas ilhas.
59
Figura 14. Açude General Sampaio e suas ilhas.
60
Figura 15. Açude Pentecostes e suas ilhas.
61
Figura 16. Açude Souza e suas ilhas.
62
Figura 17. Açude Tejuçuoca e suas ilhas.
63
Figura 18. Açude Trapiá e suas ilhas.
64
Figura 19. Açude Adauto Bezerra e sua única ilha.
65
Figura 20. Açude Ema e suas ilhas.
66
Figura 21. Açude Jenipapeiro e sua única ilha.
67
Figura 22. Açude Riacho do Sangue e suas ilhas.
68
4.2 Áreas das ilhas
As áreas das ilhas levantadas nesse trabalho ficaram balizadas por 0,005 e 27,238 ha,
extremos inferior e superior respectivamente. Para o extremo inferior coube a ilha de mero
05, pertencente ao ude Caracas da bacia do Curu. Para o extremo oposto, a ilha de maior
área ficou representada pela ilha de número 02, localizada no açude General Sampaio também
da bacia do Curu (Anexo I). Entre esses extremos as áreas das ilhas variaram amplamente.
Conforme a Tabela 2, que quantifica e organiza a distribuição das ilhas inventariadas
por classes de área ou tamanho, a classe de área que mais acolheu ilhas foi a classe com área
inferior a 0,5 ha (5.000 m
2
). Aqui, foram registradas 68 ilhas representando 46% do total de
ilhas da classe. Em seguida, apareceram às classes 0,5-1,0 e 1,0-2,0 ha com 23 ilhas cada ou
15,6% do total. É importante notar que, à medida que se avança nas classes de área a
quantidade de ilhas declina por classe, de modo que, as maiores ilhas em tamanho (aquelas
acima de 8,0 ha) poucos registros ofereceram, assim, se mostrando raras. Essas ilhas
totalizaram cinco (5) ou 3,4% do total da classe.
Tabela 2. Número de ilhas por classes de área nas bacias Metropolitana, Curu e Médio
Jaguaribe.
Classes de área
(ha)
METROPOLITANA
CURU
MÉDIO
JAGUARIBE
Total
da
classe
Número
de ilhas
% do
total
Número
de ilhas
% do
total
Número
de ilhas
% do
total
≤ 0,5
13
37,1
50
52,0
05
31,2
68
0,5
├ 1,0
04
11,4
15
15,6
04
25,0
23
1,0
├ 2,0
09
25,7
09
9,3
05
31,2
23
2,0 ├ 4,0 04 11,4 12 12,5 02 12,5 18
4,0 ├ 8,0 03 8,5 07 7,3 -- -- 10
> 8,0 02 5,7 03 3,1 -- -- 05
Total 35 100,0 96 100,0 16
1
100,0 147
1
Não foram consideradas as ilhas do açude Castanhão, bacia do Médio Jaguaribe.
69
Esse declínio era esperado, haja vista que, ilhas desse porte ocupam espaços maiores nos
açudes que, por sua vez, deverão ser grandes o suficiente para abrigá-las e, simultaneamente,
armazenar quantidades expressivas de água. Não faz sentido construir um açude pequeno ou
médio em cuja bacia hidráulica acomode uma enorme ilha em seu interior. Isso, certamente,
repercutirá na capacidade de armazenamento hídrico do mesmo, ou seja, menos água
armazenada. Portanto, como os udes aqui chamados de grandes (aqueles com superfície
superior a 3.000,000 ha) e.g. Pacoti, Caxitoré, General Sampaio, Pentecoste e Castanhão, se
apresentam em número reduzido, isso se reflete desfavoravelmente nas chances de surgimento
de ilhas maiores.
Vale registrar que todas as classes de área da Tabela 2 ficariam mais enriquecidas,
sobretudo, a classe de área acima de 8,0 ha, se medições insulares estruturais tivessem sido
realizadas no açude Castanhão. Dada à ausência de imagens aéreas atuais (a única existente se
refere aos primórdios da inundação) sua quantificação insular estrutural não se realizou. O
açude Castanhão é o maior de todos os açudes que integram às bacias analisados e hoje, com
sua cota oscilando próximo da cota operacional (100 m), empiricamente, numerosas ilhas dos
mais variados tamanhos podem ser observadas, muitas delas com mais de 8,0 ha.
Agora, quando comparadas às bacias estudadas verificou-se, claramente, que a bacia
do Curu foi aquela que mais apresentou conjuntos de numerosas ilhas por classes de área.
Dita bacia deteve o conjunto mais numeroso de ilhas miúdas (área a0,5 ha) com 50 ilhas ao
todo, que representam 73% das ilhas da classe. Também, a bacia abrigou o maior conjunto de
ilhas pequenas (0,5 > ilha pequena 1,0 ha), com 15 ilhas ou 65% do total e os maiores
conjuntos para ilha média-grande (2,0 > ilha dia-grande 4,0 ha), ilha grande (4,0 > ilha
grande ≤ 8,0 ha) e enorme (> 8,0 ha) respectivamente, com 12 ou 67%, sete (7) ou 70% e três
(3) ilhas ou 60%. Apenas para as ilhas pequena-média (1,0 > ilha pequena-média 2,0 ha)
que totalizam nove (9) ilhas a bacia do Curu o foi superior, igualando-se à bacia
Metropolitana. Portanto, dada a essa supremacia numérica de ilhas para a quase totalidade das
classes de tamanho diante das demais bacias envolvidas, a bacia do Curu aqui representando
suas ilhas, se revelou como área promissora para investigações no âmbito da Ecologia insular,
Biogeografia e Ecologia da Paisagem, haja vista, as numerosas ilhas e em diferentes tamanhos
lá naturalmente disponíveis, elementos estes imprescindíveis para se testar hipótese.
70
A área de um fragmento, aqui uma ilha, é talvez o dado mais importante e útil na
análise da estrutura de uma paisagem ecológica (McGarigal e Marks, 1994). Além disso, é a
característica da paisagem ecológica mais facilmente reconhecida. Sua importância se
evidencia quando no planejamento do uso da terra e na elaboração de projetos de unidades de
conservação. Teoricamente, áreas maiores suportam uma maior diversidade de espécies.
Numerosos trabalhos abordando a importância do tamanho do fragmento ou ilha de habitat
sobre a biodiversidade estão disponíveis como Saunders et al. (1987), Ouborg (1993), Farina
(1998) e Metzer (1999). Assim sendo, parece útil conhecer o tamanho de cada área na
paisagem.
4.3 Formas das ilhas
As formas das ilhas foram estudadas mediante a aplicação de dois índices de forma.
Para o primeiro índice, chamado de SHAPEI (se baseia no cociente perímetro / área e avalia a
complexidade da forma de uma mancha, comparando-a com uma forma circular - vetor de
mesma área), as formas das ilhas levantadas ficaram balizadas pelos valores 1,03 e 3,16
(adimensional), mais simples e mais complexa respectivamente (Tabela 3).
O SHAPEI atribui o valor 1 para a forma circular e aumenta, sem limites, a medida
que a forma se torna mais irregular. Nessas condições pode-se afirmar que todas as ilhas
inventariadas apresentaram forma não circular. As ilhas cujas formas mais se aproximaram da
forma circular, registrando SHAPEI igual a 1,03 foram: ilha de número 02, açude Amanari -
bacia Metropolitana; ilha de número 17, ude Caxitoré - bacia do Curu; e ilha 02, açude
Ema - bacia do Médio Jaguaribe. Por sua vez, a ilha de forma mais complexa com SHAPEI
igual a 3,16 foi a de número 01, localizada no açude Jenipapeiro pertencente à bacia do Médio
Jaguaribe. Ademais, observou-se que a forma predominante das ilhas para todas as bacias foi,
nitidamente, a forma arredondada com numerosos SHEPEI obtidos mais próximos a 1.
Poucas ilhas, precisamente quatro (4), apresentaram formas mais complexas com os SHEPEI
registrando valores superiores a 2 (Tabela 3).
O segundo índice utilizado, a Dimensão Fractal (FRACT), também indicou que
nenhuma ilha levantada foi detentora da forma circular. Além disso, mostrou que existe uma
clara predominância da forma arredondada sobre a forma irregular estando, assim, em
71
conformidade com o índice anterior (Tabela 3). O FRACT toma valores entre 1 e 2
considerando que, valores próximos de 1 indicam formas geométricas simples (círculo) e
valores próximos de 2 formas mais complexas.
Tabela 3. Índices de forma (SHAPEI E FRACT) das ilhas por bacia/açude.
BACIA METROPOLITANA BACIA DO CURU BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Acarape
do Meio
01 1,17 1,35 Caracas 01 1,10 1,62 Adauto
Bezerra
01 1,33 1,35
02 1,22 1,34 02 1,04 1,56 Ema 01 1,34 1,45
03 1,25 1,45 03 1,43 1,46 02 1,03 1,43
Amanari
01
1,06
1,33
04
1,43
1,66
03
1,06
1,32
02 1,03 1,30 05 1,25 1,74 Jenipapeiro 01 3,16 1,49
03 1,30 1,28 06 1,13 1,62 Riacho do
Sangue
01 1,23 1,34
Castro
01 1,30 1,27 07 1,14 1,62 02 1,23 1,32
02 1,11 1,42 08 1,97 1,60 03 1,74 1,36
03 1,29 1,45 09 1,08 1,56 04 1,33 1,37
04
1,17
1,31
10
1,98
1,60
05
1,29
1,33
Cauípe
01 1,11 1,28 Caxitoré 01 1,41 1,37 06 1,33 1,31
02 1,15 1,31 02 1,21 1,34 07 1,19 1,29
03 1,29 1,26 03 1,13 1,25 08 1,35 1,38
04 1,14 1,30 09 1,98 1,43
72
Continuação
BACIA METROPOLITANA
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Hipólito 01 1,15 1,43 Caxitoré 05 1,51 1,41 Riacho do
Sangue
Castanhão
1
10 1,72 1,34
02 1,13 1,38 06 2,11 1,36 11 1,45 1,33
03 1,10 1,27 07 1,33 1,29
Pacoti 01 1,16 1,32 08 1,28 1,30
02 1,07 1,35 09 1,18 1,32
03
1,37
1,29
10
1,18
1,27
04 1,04 1,27 11 1,07 1,30
05 1,15 1,27 12 1,15 1,29
06 1,53 1,35 13 1,09 1,62
07 1,72 1,34 14 1,06 1,46
08 1,12 1,34 15 1,14 1,59
09 1,38 1,33 16 1,20 1,34
10 1,33 1,31 17 1,03 1,44
11 1,05 1,28 18 1,81 1,33
73
Continuação
BACIA METROPOLITANA BACIA DO CURU BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Pacoti 12 1,25 1,27 Caxitoré 19 1,20 1,38
13 1,07 1,28 20 1,08 1,36
14 1,14 1,27 21 1,11 1,49
15 1,38 1,25 22 1,48 1,37
Penedo
01
1,20
1,46
23
1,51
1,36
Riachão 01 1,12 1,28 24 1,42 1,31
02 1,11 1,37 25 1,39 1,41
03 1,10 1,31 26 1,29 1,27
Frios 01 1,59 1,49
02 1,55 1,43
03 1,85 1,47
04 1,20 1,40
05 1,32 1,40
06 1,49 1,43
74
Continuação
BACIA METROPOLITANA BACIA DO CURU BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Frios 07 1,36 1,36
General
Sampaio
01 1,16 1,31
02 2,36 1,33
03
1,34
1,34
04 1,19 1,34
05 1,57 1,39
06 1,04 1,32
07 1,06 1,29
08 1,23 1,28
09 1,12 1,34
10 1,07 1,27
11 1,35 1,38
12 1,10 1,32
13 1,24 1,27
14
1,27
1,28
75
Continuação
BACIA METROPOLITANA BACIA DO CURU BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
General
Sampaio
15 1,06 1,34
16 1,17 1,27
17 1,48 1,30
18
1,34
1,31
19 1,79 1,30
20 1,06 1,36
21 1,24 1,32
22 1,28 1,29
Pentecoste 01 1,71 1,48
02 1,22 1,31
03 1,26 1,27
04 1,36 1,37
05 1,41 1,30
06 1,16 1,31
07
1,07
1,36
76
Continuação
BACIA METROPOLITANA
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Pentecoste 08 1,34 1,38
09 1,13 1,37
10 1,14 1,33
11 1,06 1,27
12 1,30 1,40
13
1,29
1,30
14 1,24 1,30
15 1,23 1,41
16 1,12 1,32
17 1,21 1,38
18 1,34 1,33
19 1,77 1,51
20 1,24 1,30
21 1,94 1,32
77
Continuação
BACIA METROPOLITANA
BACIA DO CURU
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Açude
Ilha
SHAPEI
FRACT
Souza 01 1,33 1,56
02 1,30 1,30
Tejuçuoca 01 1,19 1,55
02 1,21 1,59
03 2,22 1,42
04
1,08
1,34
05 1,80 1,41
06 1,17 1,36
Trapiá 01 1,19 1,43
02 1,10 1,33
1
Não calculado para o açude Castanhão.
Quando os valores obtidos dos dois índices aplicados às ilhas foram comparados e
considerando que 1,50 seja o valor FRACT limiar entre a forma mais simples e a mais
complexa, observou-se que um número significativamente maior de ilhas mais complexas do
FRACT (aquelas cujos valores se enquadram acima de 1,50) existia em relação àquelas ilhas
trabalhadas a partir do SHAPEI. O SHAPEI acusou quatro (4) ilhas e o FRACT quinze (15)
ao todo (Tabela 3). Isso parece revelar uma sensibilidade maior do FRACT para caracterizar
as formas das ilhas.
Ainda nessa mesma linha de pensamento, uma constatação que requer um maior
aprofundamento investigatório se refere à não equivalência ou “sintonia” dos valores obtidos
para os dois índices, quando considerando uma mesma ilha. Por exemplo, a ilha de maior
SHAPEI com 3,16 (ilha 01, açude Jenipapeiro, bacia do Médio Jaguaribe), o apresentou o
maior FRACT como supostamente seria esperado. O mesmo também ocorreu para as ilhas de
menores SHAPEI que não corresponderam com as ilhas de menores FRACT. Os FRACT até
revelaram discrepância, em várias situações, quando tomados valores iguais de SHAPEI.
Os índices supracitados são calculados exclusivamente para o nível de mancha ou
fragmento, nesse trabalho, a ilha. Agora, quando as ilhas são tomadas em conjunto, elas
formam uma classe (classe-ilha). Assim, as bacias Metropolitana, Curu e Médio Jaguaribe
tiveram, também, suas classes-ilha mensuradas por meio do índice de forma médio (MSI),
que é calculado para o nível de classe (Anexo II). O MSI atribui o valor 1 para a forma
circular e aumenta, sem limites, a medida que a forma se torna mais irregular, tal qual o
SHAPEI. Desse modo, foram obtidos os valores de 1,18, 1,32 e 1,76 para as bacias
78
Metropolitana, Curu e Médio Jaguaribe, respectivamente (Tabela 4). Esses valores
corroboram que as ilhas das bacias estudadas apresentam forma irregular. O conjunto de ilhas
de forma mais irregular pode ser encontrado na bacia do Médio Jaguaribe e o conjunto menos
irregular ou de ilhas mais arredondadas na bacia Metropolitana.
No âmbito da Ecologia da Paisagem resultados advindos somente da aplicação de
índices ou métricas da paisagem não se constituem, num primeiro momento, em informações
conservacionistas úteis ou, de outra maneira, de rápida aplicação para esse fim. Por exemplo,
o parâmetro forma do fragmento ou da ilha só alcança sua plenitude em termos de
contribuição para conservação ecológica, quando contextualizado com informações biológicas
e/ou ecológicas. Quando estudos da forma de um fragmento qualquer são realizados
isoladamente, a interpretação ecológica se mostra bastante limitada.
O significado ecológico que justifica a avaliação da forma das ilhas pelos índices nesse
momento é que, os índices permitem estimar a proporção da ilha submetida aos efeitos de
borda. Segundo Metzger (2003) o “efeito de borda” se caracteriza por uma maior diversidade
e densidade de espécies, maior exposição às perturbações externas e uma maior produtividade
biológica, apesar desses efeitos não se aplicarem a todas as bordas.
Tabela 4. Índices de forma médios (MSI) para classe ilha por açude e bacia.
BACIA
METROPOLITANA
BACIA
DO CURU
BACIA
MÉDIO JAGUARIBE
Açude
MSI
Açude
MSI
Açude
MSI
Acarape do Meio
1,22
Caracas
1,35
Adauto Bezerra
1,33
Amanari
1,13
Caxitoré
1,29
Castanhão
2
----
Castro 1,22 Frios 1,48 Ema 1,14
Cauípe 1,18 General Sampaio 1,29 Jenipapeiro 3,16
Hipólito 1,13 Pentecoste 1,31 Riacho do Sangue 1,44
Pacoti 1,25 Souza 1,31
Penedo 1,20 Tejuçuoca 1,45
Riachão 1,11 Trapiá 1,15
MSI bacia
1
1,18 1,32 1,76
79
1
MSI bacia foi calculado somando todos os MSI
s
-açudes e divido pelo número de açudes da
bacia correspondente.
2
MSI não foi calculado para o açude Castanhão.
Desse modo, mesmo sem o supracitado cruzamento realizado (não se constitui objeto
de investigação desse trabalho), que levaria a uma interpretação ecológica útil, os resultados
aqui obtidos para as formas das ilhas, ainda assim, o detentores de grande valor descritivo,
imprescindíveis e disponibilizados para o cruzamento com os dados bio-ecológicos. No
momento do cruzamento é que informações completas serão verdadeiramente geradas e,
sim, passiveis de melhor orientar os gestores de planejamento e conservação da vida
selvagem. Portanto, esse trabalho não finda aqui, servindo de banco de dados para uma
contextualização com parâmetros bio-ecológicos a ser desenvolvido posteriormente.
4.4 Isolamento da ilhas
A mensuração do isolamento insular ou as medidas de distância da borda da ilha ao
ponto continental mais próximo, rotulado no Anexo B como NEAR, encontra-se organizada
na Tabela 5 para todas as ilhas levantadas por bacia hidrográfica/açude. Consta na Tabela 5
que as três ilhas mais remotas levantadas foram, em ordem decrescente, a ilha de mero 11
do açude Pacoti (bacia Metropolitana) com 943 m, a ilha 20 do açude Pentecoste (bacia do
Curu) com 878 m e a ilha 4 também do açude Pacoti (bacia Metropolitana) com 823 m. Por
sua vez, as três ilhas mais próximas ou menos isoladas foram, em ordem crescente, a ilha de
número 3 do açude Caracas (bacia do Curu) com 3 m, a ilha 6 do açude Frios (bacia do Curu)
com 9 m e por último, a ilha 3 do açude Ema (bacia do Médio Jaguaribe) com 11 m.
Ainda em conformidade com a Tabela 5 e considerando agora o universo dos açudes,
pode-se sugerir que todos os açudes detentores de pelo menos 15 ilhas, citam-se aqui os
açudes Pacoti, Caxitoré, General Sampaio e Pentecoste são potencialmente favoráveis para o
desenvolvimento de pesquisas envolvendo efeitos do isolamento sobre as espécies, padrões e
processos ecológicos. Justifica-se a indicação de tais açudes dada às diversas, amplas e
repetidas medidas de distâncias insulares disponibilizadas por eles. Por exemplo, o ude
Caxitoré apresentou 26 medidas de distâncias insulares distintas. O açude Pacoti mostrou
ilhas distanciadas do continente que variam desde aproximados 26 a 943 m, a maior
amplitude dentre os açudes supracitados. E, o açude General Sampaio com suas várias
medidas, muitas delas revelando distâncias similares ou bem aproximadas.
80
Relacionando isolamento insular remoto e posicionamento geográfico nos açudes,
constatou-se que as ilhas mais isoladas se posicionaram de forma aleatória em vários lugares
nos açudes, desde locais próximos à barragem (área supostamente mais favorável a ocorrência
de ilhas remotas, dada as condições de maior espaço oferecido e forma menos longilínea da
superfície do espelho d’água) até suas cabeceiras (locais onde os elementos supracitados são
contrários, isto é, menor espaço disponibilizado e forma longilínea da superfície do espelho
d’água). Desse modo e ainda com prudência, parece que a condição para ocorrência de ilhas
remotas em açudes independe dela está posicionada geograficamente mais próxima da
barragem, como se esperava inicialmente em decorrência de melhores condições oferecidas,
conforme já comentadas.
Tabela 5. Distância da borda da ilha ao ponto continental mais próximo por bacia
hidrográfica/açude.
BACIA METROPOLITANA BACIA DO CURU BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
NEAR
(m)
Açude
Ilha
NEAR
(m)
Açude
Ilha
NEAR
(m)
Acarape do Meio 01 90 Carracas 01 33 Adauto Bezerra 01 33
02 87 02 31 Ema 01 32
03 48 03 03 02 90
Amanari 01 33 04 35 03 11
02 150 05 55 Jenipapeiro 01 60
03
126
06
39
Riacho do Sangue
01
195
Castro
01 82 07 31 02 194
02 84 08 37 03 317
03 13 09 56 04 278
04 49 10 30 05 117
Cauípe 01 14 Caxitoré 01 314 06 37
02
224
02
191
07
87
03 48 03 86 08 46
Hipólito 01 54 04 98 09 128
02 20 05 486 10 28
03 86 06 61 11 106
Pacoti 01 358 07 171 Castanhão
1
02
501
08
111
03 139 09 257
04 823 10 53
05 178 11 105
06 65 12 113
07
67
13
66
08
41
14
70
09 46 15 64
10 26 16 536
11 943 17 227
12 435 18 75
13 117 19 660
14 96 20 502
15 325 21 32
Penedo 01 39 22 53
Riachão 01 46 23 108
02 31 24 437
03
87
25
441
26 453
Frios 01 34
81
02 22
03 42
04 26
05 34
06 09
07
47
General Sampaio 01 24
02 55
03 20
04 45
05 33
06 162
07 72
08 28
09 294
10 40
82
Continuação
BACIA METROPOLITANA BACIA DO CURU BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
Açude
Ilha
NEAR
(m)
Açude
Ilha
NEAR
(m)
Açude
Ilha
NEAR
(m)
General Sampaio 11 369
12 69
13 418
14 48
15
20
16 122
17 63
18 103
19 333
20 313
21 242
22 40
Pentecoste 01 23
02 105
03 18
04
99
05 654
06 458
07 373
08 52
09 48
10 101
11 133
12 53
13 102
14 43
15
136
16
83
17 37
18 67
19 605
20 878
21
749
Souza
01
206
02 127
Tejuçuoca 01 49
02 22
03 30
04 15
05 72
06 102
Traipá 01 114
02 37
1
Não foi calculado para o açude Castanhão.
83
Tratando do número de ilhas por classes de isolamento ou de distância, inicialmente, nenhum
registro ocorreu de ilhas cuja distância de sua borda ao ponto continental mais próximo fosse
acima de 1.000 m, conforme já relatado anteriormente. Agora, poucas, mais precisamente três
(03) ilhas ou 2,0% apresentaram distâncias entre 800-1.000 m. Uma porção maior, 29 ilhas ao
todo ou 19,7%, o isolamento das ilhas se enquadrou entre 200-800 m (classes 200-400 e 400-
800 m). Porém, a grande maioria das ilhas, 115 em número ou 78,2% do total de ilhas, obteve
isolamento inferior a 200 m (Tabela 6). Essa abundância de ilhas relativamente próximas à
borda continental era esperado. A dominância de açudes de médio porte ou o reduzido
número de açudes de grande porte (aqueles com superfície de espelho d’água superior a
3.000,000 ha) e.g. Pacoti, Caxitoré, General Sampaio dentre outros, determinou de forma
desfavorável o surgimento de ilhas remotas. De certo, açudes dotados de extensas superfícies,
oferecem condições melhores para a existência de tais ilhas remotas.
Tabela 6. Número de ilhas por classe de isolamento nas bacias Metropolitana, Curu e Médio
Jaguaribe.
Classes de
isolamento
(m)
METROPOLITANA CURU MÉDIO JAGUARIBE
Número de ilhas
Número de ilhas
Número de ilhas
< 25
03
10
10
05
02
03
02
10
25
21
17
10
12
01
01
05
03
05
02
--
--
25
├ 50
50
├ 100
100
├ 200
200 ├ 400
400 ├ 800
≥ 800
Total 35 96 16¹
1
Não foram consideradas as ilhas do açude Castanhão (bacia do Médio Jaguaribe) devido à
falta de imagem atualizada. A única disponível refere-se à cota 75 m, quando do início da
inundação.
Ao comparar as três bacias hidrográficas tomando como base a Tabela 6 e
acrescentando valores relativos às classes de isolamento, se construiu a Figura 23. Assim,
conforme a Figura 23, não se constatou uma dominância suprema de uma bacia sobre as
demais. Todas as três bacias envolvidas ocuparam, pelo menos duas vezes, a liderança nas
classes de isolamento estabelecidas. A bacia Metropolitana liderou duas classes de
isolamento, a saber, as classes 50-100 e 800 m. A bacia do Curu foi primeiro lugar nas
classes < 25 m e 400-800 m. Por sua vez, a bacia do Médio Jaguaribe foi líder em três classes,
a classe 25-50, 100-200 e 200-400 m.
84
(m)
Figura 23 – Número relativo de ilhas nas bacias Metropolitana, Curu e Médio Jaguaribe
por classe de isolamento.
Ademais, como constatado na Tabela 6 e Figura 23, observou-se que a bacia do Médio
Jaguaribe foi a única dentre elas a não registrar ilhas em todas as classes de isolamento
estabelecidas. A Bacia não apresentou ilhas para as duas últimas classes, ou seja, sem ilhas a
partir de uma distância de 400 m. Essa ausência se justifica devido ao porte médio e formato
longilíneo (o comprimento se avantaja muito à largura) dominantes de seus açudes, fatores
esses desfavoráveis ao surgimento de ilhas mais isoladas. Como o açude Castanhão não teve
suas ilhas mensuradas pelas razões já apresentadas, certamente, isso também contribuiu.
Ainda na mesma linha, ao comparar às ocorrências de ilhas remotas entre as bacias
hidrográficas, (considerando aqui como ilha remota, aquela isolada a partir de 400 m),
constatou-se que o posicionamento da bacia em relação à linha costeira pode, também, ser um
fator importante para o surgimento de maior ou menor mero de ilhas remotas. Como os
relevos das bacias hidrográficas tomam formas mais plana à medida que se avança para o
%
85
litoral, isso repercute também no espelho d’água dos udes que assumem uma forma mais
alastrada, justificando em parte o fato das bacias Metropolitana e do Curu apresentarem maior
número de ilhas remotas.
A distância de um fragmento remanescente a uma área fonte (pode ser tanto um
fragmento maior como uma área contínua e ambos em perfeito estado de conservação
ecológica) é, sem dúvida, uma valiosa informação. O grau de isolamento afeta diretamente a
qualidade de um fragmento remanescente, devido interferir no fluxo das espécies. Inúmeros
trabalhos na literatura científica têm demonstrado que fragmentos remotos abrigam menos
espécies que fragmentos de mesmo tamanho, localizados próximos da fonte (MacArthur &
Wilson, 1967; Estrada & Coates, 1994; Metzger, 1999). Evidente, se faz necessário levar em
conta a natureza da matriz onde estão inseridos os fragmentos, para formular uma idéia real
do efeito do isolamento.
Muito provavelmente um fragmento de habitat isolado por um campo agrícola
qualquer (matriz), não revele o mesmo efeito de isolamento que uma ilha lacustre, como as
aqui investigadas. Certamente, as ilhas lacustres se constituem em áreas verdadeiramente
isoladas, onde sua matriz aquática cumpre, fielmente, com a condição de ambiente inóspito ao
fluxo das espécies. Por sua vez, o campo agrícola tomado como uma matriz, os fluxos
continuam a ocorrer do fragmento à fonte, embora, a uma taxa menor. Aqui, também existe
uma resistência, mas nada que se compare com a resistência oferecida pela matriz aquática
das ilhas lacustre. Dessa forma, é essa natureza aquática da matriz que eleva a importância das
ilhas aqui investigadas, tornando-as áreas excelentes para investigações, como dito, no
âmbito da Ecologia da Paisagem, Biologia da Conservação e Biogeografia.
86
5 – COCLUSÕES
Para as condições metodológicas em que foram conduzidos os trabalhos pode-se
concluir que:
Dos 40 açudes públicos analisados 21 ou 52,5% do total apresentaram pelo menos uma
paisagem insular ou ilha; oito (8) açudes da bacia Metropolitana, oito (8) da bacia do Curu e
cinco (5) da bacia do Médio Jaguaribe.
O total de ilhas levantadas nas três bacias hidrográficas foi de 201, assim distribuídas:
35 ilhas na bacia Metropolitana, 96 ilhas na bacia do Curu e 70 ilhas na bacia do Médio
Jaguaribe.
A distribuição das ilhas nos açudes mostrou uniformidade para a quase totalidade dos
mesmos na bacia Metropolitana, disparidade na bacia do Curu e a maior disparidade dentre as
bacias, na bacia do Médio Jaguaribe.
A localização geográfica das ilhas nos açudes foi predominantemente aleatória,
ocorrendo desde próximas da barragem até ás cabeceiras, sugerindo não existir setor
particular dos mesmos que favoreça o surgimento ou a ausência de ilhas em todas as bacias.
O maior ou menor número de ilhas em um dado ude tende a estar atrelado à
combinação de sua capacidade de armazenamento hídrico (volume) com a área da bacia
hidráulica (superfície).
A disposição da bacia hidrográfica em relação â linha costeira pode, também, ser um
importante fator para o surgimento de mais ou menos ilhas.
A ilha de menor área levantada coube a de número cinco (05), pertencente ao açude
Caracas da bacia do Curu, com 0,005 ha. A ilha de maior área ficou representada pela de
número dois (02), localizada no açude General Sampaio também da bacia do Curu com
27,238 ha.
A classe de área que mais acolheu ilhas foi a classe com área inferior a 0,5 ha com 68
ilhas, representando 46% do total de ilhas da classe. Em seguida, as classes 0,5 1,0 e 1,0
2,0 há com 23 ilhas cada ou 15,6% do total.
À medida que se avança nas classes de área, a quantidade de ilhas declina por classe, de
modo que as maiores ilhas em tamanho (aquelas acima de 8,0 ha) poucos registros oferecem.
Essas ilhas totalizaram cinco (05) ou 3,4% do total da classe.
87
A bacia do Curu foi aquela que mais apresentou conjuntos de numerosas ilhas por
classes de área.
A bacia do Curu se revelou área promissora para investigações no âmbito da Ecologia
insular, Biogeografia e Ecologia da Paisagem.
Todas as ilhas submetidas ao SHAPEI apresentaram forma não circular. O SHAPEI das
ilhas ficou balizado pelos valores 1,03 e 3,16 mais simples e mais complexa, respectivamente.
As ilhas cujas formas mais se aproximaram da forma circular foram: ilha de número 02,
açude Amanari bacia Metropolitana; ilha de número 17, açude Caxitoré bacia do Curu; e
ilha 02, açude Ema bacia do Médio Jaguaribe. A ilha de forma mais complexa foi a de
número 01, localizada no açude Jenipapeiro pertencente à bacia do Médio Jaguaribe.
A forma predominante das ilhas para todas as bacias foi a forma arredondada. Apenas
qutro (4) ilhas apresentaram formas mais complexas.
A Dimensão Fractal (FRACT) indicou que nenhuma ilha foi detentora de forma circular
e que a forma arredondada predominou sobre a irregular.
O FRACT sugere ser mais sensível para caracterizar as formas das ilhas.
O índice de forma médio (MSI) para as bacias Metropolitana, Curu e Médio Jaguaribe
foram 1, 18, 1,32, 1,76, respectivamente. Esses valores corroboram que as ilhas das bacias
estudadas apresentam forma irregular.
O conjunto de ilhas de forma mais irregular pode ser encontrado na bacia do Médio
Jaguaribe e o conjunto menos irregular ou de ilhas mais arredondadas na bacia Metropolitana.
As três ilhas mais remotas levantadas foram, em ordem crescente, a ilha de número onze
(11) do açude Pacoti (bacia Metropolitana) com 943 m, a ilha 20 do açude Pentecoste (bacia
do Curu) com 878 m e a ilha quatro (04) também do açude Pacoti (bacia Metropolitana) com
823 m.
As três ilhas mais próximas foram, em ordem crescente, a ilha número três (03) do
açude Caracas (bacia do Curu) com 3 m, a ilha seis (06) do açude Frios (bacia do Curu) com 9
m e a ilha três (03) do açude Ema (bacia do Médio Jaguaribe) com 11 m.
A grande maioria das ilhas, 115 em número ou 78,2%, obteve isolamento inferior a 200
m.
88
As ilhas mais isoladas se posicionaram de forma aleatória em vários lugares nos açudes,
desde locais próximos à barragem até suas cabeceiras.
A bacia do Médio Jaguaribe foi a única a não registrar ilhas a partir de uma distância de
400 m.
O posicionamento da bacia em relação à linha costeira pode, também, ser um fator
importante para o surgimento de maior ou menor número de ilhas remotas.
89
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92
ANEXOS
93
ANEXO 1
FICHÁRIOS DOS AÇUDES ORGANIZADOS POR BACIA E EM ORDEM
ALFABÉTICA DOS MESMOS
94
BACIA METROPOLITANA
ACARAPE DO MEIO
LOCALIZAÇÃO
Município: Redenção
Coordenada E¹:
523.593
Coordenada N: 9.536.618
Bacia: Metropolitana
Rio/Riacho Barrado:
Pacoti
BARRAGEM
Tipo: Gravidade(concreto)
Capacidade(milhões de m
3
):
31,5
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 197,130
Bacia Hidráulica(ha): 220,000
Vazão Regularizada(m
3
/s):
Extensão pelo Coroamento(m): 267,0
Largura do Coroamento(m):
3,00
Cota do Coroamento(m): 133,00
Altura Máxima(m): 33,0
SANGRADOURO
Tipo: Vertedouro
Largura(m): 60
Lâmina Máxima(m):
1,7
Cota da Soleira(m):
130,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo: Galeria
Diâmetro(mm):
Comprimento(m): 33
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
95
AMANARI
LOCALIZAÇÃO
Município: Maranguape
Coordenada E¹:
512.746
Coordenada N: 9.556.324
Bacia: Metropolitana
Rio/Riacho Barrado:
Pocinhos
BARRAGEM
Tipo: Terra Homogênea
Capacid
ade (milhões de m
3
):
11,0
Bacia Hidrográfica (Km
2
): 25,750
Bacia Hidráulica (ha): 271,000
Vazão Regularizada (m
3
/s): 0,2
Extensão pelo Coroamento(m): 435,0
Largura do Coroamento(m):
3,00
Cota do Coroamento(m): 98,00
Altura Máxima(m): 19,1
SANGRADOURO
Tipo: Vertedouro
Largura(m): 19
Lâmina Máxima(m):
Cota da Soleira(m):
96,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo: Galeria
Diâmetro(mm):
Comprimento(m):
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
96
CASTRO
LOCALIZAÇÃO
Município: Itapiúna
Coordenada E¹:
507.252
Coordenada N: 9.495.174
Bacia: Metropolitana
Rio/Riacho Barrado:
Rio Castro
BARRAGEM
Tipo: Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
):
63,9
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 359,830
Bacia Hidráulica(ha):
753,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 0,6
Extensão pelo Coroamento(m): 606,0
Largura do Coroamento(m):
6,00
Cota do Coroamento(m): 154,70
Altura Máxima(m):
25,9
SANGRADOURO
Tipo: Perfil Creager
Largura(m):
8
0
Lâmina Máxima(m): 1,3
Cota da Soleira(m):
151,5
TOMADA D'ÁGUA
Tipo: Galeria com torre
Diâmetro(mm):
800
Comprimento(m): 113
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
97
CAUHIPE
LOCALIZAÇÃO
Mun
icípio:
Caucaia
Coordenada E¹: 514.823
Coordenada N: 9.586.984
Bacia:
Metropolitana
Rio/Riacho Barrado: Riacho Cauhipe
BARRAGEM
Tipo:
Mista Terra / Enrocamento
Capacidade(milhões de m
3
): 11,0
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 94,000
Bacia Hidráulica(ha): 370,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 0,2
Extensão pelo Coroamento(m):
1.340,0
Largura do Coroamento(m): 7,00
Cota do Coroamento(m): 39,30
Altura Máxima(m): 11,9
SANGRADOURO
Tipo: Perfil Creager
Largura(m):
120
Lâmina Máxima(m): 1,5
Cota da Soleira(m): 36,8
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria com controle a jusante
Diâmetro(mm): 400
Comprimento(m): 30
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
98
HIPÓLITO
LOCALIZAÇÃO
Mun
icípio:
Acarape
Coordenada E¹: 534.067
Coordenada N: 9.531.397
Bacia:
Metropolitana
Rio/Riacho Barrado:
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 6,5
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 11,190
Bacia Hidráulica(ha): 103,000
Vazão Regularizada(m
3
/s):
Extensão pelo Coroamento(m):
Largura do Coroamento(m):
Cota do Coroamento(m):
Altura Máxima(m):
SANGRADOURO
Tipo: Cordão de Fixação
Largura(m):
66
Lâmina Máxima(m):
Cota da Soleira(m): 100,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Diâmetro(mm):
Comprimento(m):
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
99
PACOTI
LOCALIZAÇÃO
Município:
Horizonte
Coordenada E¹: 552.178
Coordenada N: 9.554.155
Bacia:
Metropolitana
Rio/Riacho Barrado: Pacoti
BARRAGEM
Tipo:
Terra Zoneada
Capacidade(milhões de m
3
): 380,0
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 1.077,730
Bacia Hidráulica(ha): 3.700,000
Vazão Regularizada(m
3
/s):
Extensão pelo Coroamento(m):
1.600,0
Largura do Coroamento(m): 8,00
Cota do Coroamento(m): 49,00
Altura Máxima(m): 27,0
SANGRADOURO
Tipo: Labirinto
Largura(m):
790
Lâmina Máxima(m):
Cota da Soleira(m): 45,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria
Diâmetro(mm): 900
Comprimento(m): 120
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
100
PENEDO
LOCALIZAÇÃO
Município:
Maranguape
Coordenada E¹: 528.200
Coordenada N: 9.561.300
Bacia:
Metropolitana
Rio/Riacho Barrado: Penedo
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 2,4
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 7,230
Bacia Hidráulica(ha):
Vazão Regularizada(m
3
/s): 0,6
Extensão pelo Coroamento(m):
474,0
Largura do Coroamento(m): 4,00
Cota do Coroamento(m): 999,90
Altura Máxima(m): 12,2
SANGRADOURO
Tipo: Cordão de Fixação
Largura(m):
30
Lâmina Máxima(m):
Cota da Soleira(m): 998,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Sifão
Diâmetro(mm):
Comprimento(m):
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
101
RIACHÃO
LOCALIZAÇÃO
Município:
Itaitinga
Coordenada E¹: 553.073
Coordenada N: 9.557.737
Bacia:
Metropolitana
Rio/Riacho Barrado: Pacoti
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 46,9
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 33,680
Bacia Hidráulica(ha): 5,650
Vazão Regularizada(m
3
/s):
Extensão pelo Coroamento(m):
600,0
Largura do Coroamento(m): 8,00
Cota do Coroamento(m): 49,00
Altura Máxima(m): 22,0
SANGRADOURO
Tipo: Cordão de Fixação
Largura(m):
Lâmina Máxima(m):
Cota da Soleira(m): 45,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria
Diâmetro(mm):
Comprimento(m): 100
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
102
BACIA DO CURU
CARACAS
LOCALIZAÇÃO
Município: Canindé
Coordenada E¹:
479.369
Coordenada N: 9.516.299
Bacia:
Curú
Rio/Riacho Barrado: Riacho Longá
BARRAGEM
Tipo: Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 9,6
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 47,670
Bacia Hidráuli
ca(ha):
217,000
Vazão Regularizada(m
3
/s):
Extensão pelo Coroamento(m): 636,0
Largura do Coroamento(m): 4,50
Cota do Coroamento(m): 105,00
Altura Máxima(m):
17,0
SANGRADOURO
Tipo: Cordão de Fixação
Largura(m):
65
Lâmina Máxima(m):
Cota da Soleira(m): 103,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Diâmetro(mm):
Comprimento(m):
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
103
CAXITORÉ
LOCALIZAÇÃO
Município:
Pentecoste
Coordenada E¹: 460.586
Coordenada N: 9.586.484
Bacia:
Curú
Rio/Riacho Barrado: Caxitoré
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 202,0
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 1.430,000
Bacia Hidráulica(ha): 4.574,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 1,7
Extensão pelo
Coroamento(m):
425,0
Largura do Coroamento(m): 8,00
Cota do Coroamento(m): 77,50
Altura Máxima(m): 41,0
SANGRADOURO
Tipo: Soleira Espessa
Largura(m):
70
Lâmina Máxima(m): 2,4
Cota da Soleira(m): 73,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria
dupla
Diâmetro(mm): 600
Comprimento(m): 129
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
104
FRIOS
LOCALIZAÇÃO
Município: Umirim
Coordenada E¹:
468.191
Coordenada N: 9.592.748
Bacia:
Curú
Rio/Riacho Barrado: Frios
BARRAGEM
Tipo:
Terra Zoneada
Capacidade(milhões de m
3
): 33,0
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 240,000
Bacia Hidráulica(ha):
608,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 0,5
Extensão pelo Coroamento(m):
630,0
Largura do Coroamento(m): 6,00
Cota do Coroamento(m): 54,20
Altura Máxima(m):
20,7
SANGRADOURO
Tipo: Perfil Creager
Largura(m):
100
Lâmina Máxima(m): 2,1
Cota da Soleira(m): 50,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria
Diâmetro(mm): 800
Comprimento(m): 80
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
105
GENERAL SAMPAIO
LOCALIZAÇÃO
Município:
General Sampaio
Coordenada E¹: 449.582
Coordenada N: 9.551.070
Bacia:
Curú
Rio/Riacho Barrado: Curu
BARRAGEM
Tipo:
Terra Z
oneada
Capacidade(milhões de m
3
): 322,2
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 1.720,000
Bacia Hidráulica(ha): 3.300,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 3,1
Extensão pelo Coroamento(m):
222,0
Largura do Coroamento(m): 8,00
Cota do Coroamento(m): 128,50
Altura Máxima(m): 37,6
SANGRADOURO
Tipo: Vertedouro
Largura(m):
150
Lâmina Máxima(m): 2,0
Cota da Soleira(m): 124,5
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria tubular dupla
Diâmetro(mm): 120
Comprimento(m): 134
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
106
PENTECOSTE
LOCALIZAÇÃO
Município:
Pentecoste
Coordenada E¹: 470.797
Coordenada N: 9.580.258
Bacia:
Curú
Rio/Riacho Barrado: Canindé
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 395,6
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 2.840,000
Bacia Hidráulica(ha): 5.700,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 3,5
Extensão pelo Coroamento(m):
1.274,0
Largura do Coroamento(m): 6,00
Cota do Coroamento(m): 62,00
Altura Máxima(m): 29,4
SANGRADOURO
Tipo: Soleira Espessa
Largura(m):
200
Lâmina Máxima(m): 2,0
Cota da Soleira(m): 58,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria dupla
Diâmetro(mm): 80
Comprimento(m): 120
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
107
SOUZA
LOCALIZAÇÃO
Município:
Canindé
Coordenada E¹: 468.654
Coordenada N: 9.514.529
Bacia:
Curú
Rio/Riacho Barrado: Riacho Juruti
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 30,8
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 219,300
Bacia Hidráulica(ha): 400,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 0,3
Extensão pelo Coroamento(m):
660,0
Largura do Coroamento(m): 6,00
Cota do Coroamento(m): 165,10
Altura Máxima(m): 19,9
SANGRADOURO
Tipo: Perfil Creager
Largura(m
):
100
Lâmina Máxima(m): 1,7
Cota da Soleira(m): 162,5
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria com controle à jusante
Diâmetro(mm): 500
Comprimento(m): 80
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
108
TEJUÇUOCA
LOCALIZAÇÃO
Município:
Tejuçuoca
Coordenada E¹: 443.530
Coordenada N: 9.560.552
Bacia:
Curú
Rio/Riacho Barrado: Tejuçuoca
BARRAGEM
Tipo:
Terra Zoneada
Capacidade(milhões de m
3
): 28,1
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 180,000
Bacia Hidráulica(ha): 512,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 0,4
Extensão pelo Coroamento(m):
195,0
Largura do Coroamento(m): 6,00
Cota do Coroamento(m): 122,00
Altura Máxima(m): 25,5
SANGRADOURO
Tipo: Perfil Creager
Largura(m):
60
Lâmina Máxima(m): 3,0
Cota da Soleira(m): 116,6
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria tubular simples
Diâmetro(mm): 80
Comprimento(m): 100
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
109
TRAPIÁ
LOCALIZAÇÃO
Município:
Car
idade
Coordenada E¹: 493.420
Coordenada N: 9.535.478
Bacia:
Curú
Rio/Riacho Barrado: Riacho Trapiá
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 2,0
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 10,000
Bacia Hidráulica(ha): 54,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 2,0
Extensão pelo Coroamento(m):
295,0
Largura do Coroamento(m): 4,00
Cota do Coroamento(m): 103,50
Altura Máxima(m): 13,5
SANGRADOURO
Tipo: Vertedouro
Largura(m):
30
Lâmina Máxima(m): 1,0
Cota da Soleira(m): 101,5
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Sifão
Diâmetro(mm): 200
Comprimento(m): 35
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
110
BACIA DO MÉDIO JAGUARIBE
ADAUTO BEZERRA
LOCALIZAÇÃO
Município: Pereiro
Coordenada
E¹:
560.036
Coordenada N: 9.331.456
Bacia: Médio/Baixo Jaguaribe
Rio/Riacho Barrado:
São Caetano
BARRAGEM
Tipo: Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
):
5,2
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 21,780
Bacia Hidráulica(ha): 129,000
Vazão Regularizada(m
3
/s):
Extensão pelo Coroamento(m): 117,0
Largura do Coroamento(m):
5,00
Cota do Coroamento(m): 102,00
Altura Máxima(m): 14,0
SANGRADOURO
Tipo: Escavado em Rocha
Largura(m): 24
Lâmina Máxima(m):
Cota da Soleira(m):
100,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Diâmetro(mm):
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
111
CASTANHÃO
LOCALIZAÇÃO
Município: Alto Santo
Coordenada E¹:
560.594
Coordenada N: 9.393.237
Bacia: Médio/Baixo Jaguaribe
Rio/Riacho Barrado:
Rio Jaguaribe
BARRAGEM
Tipo: Terra Homogênea e CCR
Capacidade(milhões de m
3
):
6.700,0
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 44,800
Bacia Hidráulica(ha):
32,500
Vazão Regularizada(m
3
/s): 29,0
Extensão pelo Coroamento(m): 3,5
Largura do Coroamento(m):
7,00
Cota do Coroamento(m): 111,00
Altura Máxima(m):
60,0
SANGRADOURO
Tipo: Superfície de encosta com Perfil Creager
Largura(m):
153
Lâmina Máxima(m): 11,0
Cota da Soleira(m):
95,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo: Torre - galeria
Diâmetro(mm):
3.700
Comprimento(m): 194
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
112
EMA
LOCALIZAÇÃO
Município:
Iracema
Coordenada E¹: 572.335
Coordenada N: 9.361.071
Bacia:
Médio/Baix
o Jaguaribe
Rio/Riacho Barrado: Riacho Bom Sucesso
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 10,3
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 100,000
Bacia Hidráulica(ha): 248,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 0,1
Extensão pelo Coroamento(m):
34
1,5
Largura do Coroamento(m): 4,00
Cota do Coroamento(m): 25,50
Altura Máxima(m): 15,2
SANGRADOURO
Tipo: Vertedouro
Largura(m):
70
Lâmina Máxima(m): 0,8
Cota da Soleira(m): 23,5
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria concreto simples
Diâmetro(mm):
Comprimento(m): 30
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
113
JENIPAPEIRO
LOCALIZAÇÃO
Município:
Deputado Irapuan Pinheiro
Coordenada E¹: 472.685
Coordenada N: 9.357.523
Bacia:
dio/Baixo Jaguaribe
Rio/Riacho Barrado: Riacho Jenipapeiro
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 17,0
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 132,000
Bacia Hidráulica(ha): 278,000
Vazão Regularizada(m
3
/s):
Extensão pelo Coroamento(m)
:
365,0
Largura do Coroamento(m): 6,00
Cota do Coroamento(m): 101,50
Altura Máxima(m): 18,0
SANGRADOURO
Tipo: Perfil Creager
Largura(m):
60
Lâmina Máxima(m):
Cota da Soleira(m): 98,5
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria tubular simples
Diâmetro(mm):
Comprimento(m): 62
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
114
RIACHO DO SANGUE
LOCALIZAÇÃO
Município:
Solonópole
Coordenada E¹: 505.400
Coordenada N: 9.370.729
Bacia:
Médio/Baixo Jagua
ribe
Rio/Riacho Barrado: Riacho dp Sangue
BARRAGEM
Tipo:
Terra Homogênea
Capacidade(milhões de m
3
): 61,4
Bacia Hidrográfica(Km
2
): 1.209,000
Bacia Hidráulica(ha): 920,000
Vazão Regularizada(m
3
/s): 0,6
Extensão pelo Coroamento(m):
308,0
Largura do Coroamento(m): 6,00
Cota do Coroamento(m): 121,00
Altura Máxima(m): 24,0
SANGRADOURO
Tipo: Vertedouro
Largura(m):
120
Lâmina Máxima(m): 1,5
Cota da Soleira(m): 118,0
TOMADA D'ÁGUA
Tipo:
Galeria
Diâmetro(mm):
Comprimento(m): 57
¹ Coordenadas obtidas de um ponto próximo ao sangradouro do açude.
Fonte – SRH, 2007
115
ANEXO II
MÉTRICAS
116
ANEXO II – A
Lista de acrônimos de interesse do trabalho disposto em ordem alfabética.
AREA – área em metro quadrado
AREA_HA – área em hectare
CA- área de classe
CLASS- classe
FRACT- dimensão fractal
LAND- paisagem
METERS – metros
MSI – índice de forma médio
NEAR – distância mais próxima ao continente
NP – número de manchas presentes na classe e paisagem
PATCH – mancha
PATCHID – número de identificação das manchas
PERCELAND – percentagem da paisagem compreendida pelo tipo de mancha
PERIMETER – perímetro em metro
PR – número de diferentes tipos de manchas presentes na paisagem
SHAPEI – índice de forma
TA – área total da bacia hidráulica em hectares
TYPE – tipo de mancha
117
ANEXO II – B
Descrição em termos matemático e narrativo, unidade de medida e faixa teórica de valores
para as métricas utilizadas no trabalho.
118
MÉTRICAS DE ÁREA
Em geral as tricas de área são as bases do conhecimento da paisagem. São
utilizadas por outras métricas muito úteis para estudos ecológicos, uma vez que a riqueza e
abundância de certas espécies dependem das dimensões dos fragmentos da paisagem para
existir. Em geral é muito importante saber quanto da área de uma classe existe na
paisagem.
Para Fragmentos:
- AREA – área:
Área do fragmento em hectares (10.000m²)
- LSIM – índice de similaridade da paisagem:
Percentagem de mesma classe na paisagem.
Para Classes:
- CA – área da classe:
Área de todos os fragmentos da classe em hectares.
- TA – área total da paisagem:
Área total de toda a paisagem em hectares.
- LPIíndice de fragmento maior:
Percentagem da paisagem ocupada pelo maior fragmento da paisagem (de
qualquer classe).
Para Paisagens:
- TA – área total da paisagem:
Área de toda a paisagem em hectares.
- LPIíndice de fragmento maior:
119
Percentagem da paisagem ocupada pelo maior fragmento da paisagem (de
qualquer classe).
MÉTRICAS DE FRAGMETOS
Não representam medidas explicitamente espaciais, mas, pode-se considerar,
representam a configuração da paisagem. As informações desta categoria são importantes
por caracterizarem os fragmentos (número de fragmentos, tamanho médio, densidade,
variação etc.). Estas métricas permitem que se ordene por grau de fragmentação,
heterogeneidade de fragmentos, ou outros aspectos relacionados aos fragmentos na
paisagem.
Estas categorias de métricas contêm informações para:
- Classes:
- Pnúmero de fragmentos.
Número de fragmentos existentes na classe
- PDdensidade de fragmento
Número de fragmentos da classe em 100 hectares de paisagem.
- MPS – tamanho médio dos fragmentos:
Média entre as áreas em hectares de todos os fragmentos da classe.
- PSSDdesvio padrão do tamanho dos fragmentos:
A raiz quadrada do erro médio quadrático do tamanho dos fragmentos da
classe.
- PSCV – coeficiente de variação do tamanho dos fragmentos:
PSSD dividido por MPS, ou seja, a variabilidade do tamanho dos fragmentos
relativos ao tamanho médio de fragmentos da classe.
- Paisagens:
- PD – densidade de fragmentos:
Número de fragmentos de todas as classes em 100 hectares de paisagem.
- MPS – tamanho médio dos fragmentos:
Média entre as áreas em hectares de todos os fragmentos da paisagem.
- PSSDdesvio padrão do tamanho dos fragmentos:
120
A raiz quadrada do erro médio quadrático do tamanho dos fragmentos da
paisagem (população).
- PSCV – coeficiente de variação do tamanho dos fragmentos:
PSSD dividido por MPS, ou seja, a variabilidade do tamanho dos fragmentos
relativos ao tamanho médio de fragmento da paisagem.
2.3 - MÉTRICAS DE FORMA
O tamanho e forma dos fragmentos de paisagem podem influenciar inúmeros
processos ecológicos importantes. Sua forma pode influenciar processos entre fragmentos,
como a migração de pequenos mamíferos e a colonização de plantas de médio e grande
porte, e pode influenciar as estratégias de fuga de certos animais.
O principal aspecto da forma, entretanto, é a relação com o efeito de borda.
SHAPE mede a complexidade da forma comparada a um círculo (versão vetorial)
ou a um quadrado (versão matricial). A dimensão fractal é muito utilizada em pesquisas
ecológicas da paisagem, e sua vantagem é poder ser aplicada às feições espaciais sob as
diversas escalas. O uso isolado de FRACT (para fragmentos) deve ser usado com cuidado
e não é tão significativo quanto às métricas fractais para classes e paisagens.
Para fragmentos:
SHAPE – índice de forma
Perímetro do fragmento dividido pela raiz quadrada da área e dividido por 4 ( a
forma quadrada terá SHAPE=1)
Este índice para o cálculo matricial teria seu mínimo no caso do círculo,
quando, matematicamente teria o valor SHAPE=0.88; entretanto o cálculo matricial leva
em conta os cantos dos pixels e presume-os quadrados, fazendo com que esse valor, para
grandes círculos, tenha algum valor próximo a SHAPE=1.13; o menor valor, deste modo, é
SHAPE=1 para o quadrado.
Um retângulo com lados L e 2L te SHAPE=1.06.
Um retângulo com lados L e 10L terá SHAPE=1.74
Um retângulo com lados L e 100 L terá SHAPE=5.05
Um triângulo eqüilátero terá SHAPE= 1.07
Quanto mais recortado e com menos área, maior o valor deste índice.
121
FRACT – dimensão fractal
2 vezes o logaritmo do perímetro do fragmento dividido pelo logaritmo da área
do fragmento.
FRACT varia de 1 a 2, sendo uma alternativa para o uso de SHAPE (que varia
de 1 a infinito).
Para Classes:
- LSI – índice de forma da paisagem
Soma dos limites da paisagem e de todos os segmentos de borda dentro dos
limites que envolvem a classe, dividida pela raiz quadrada da área total da paisagem.
- MSI – índice de forma média
É a média do índice SHAPE para os fragmentos da classe correspondente.
- AWMSI – índice de forma médio ponderado pela área
É a medida do índice SHAPE para os fragmentos da classe correspondente,
ponderada pela área do fragmento.
Para paisagens:
- MSI – índice de forma média
É a média do índice SHAPE para os fragmentos da paisagem, ponderada pela
área do fragmento
- MPFD – dimensão fractal de fragmento médio
Igual à soma de duas vezes o Log de perímetro, dividido pelo Log da área do
fragmento, para cada fragmento da paisagem, dividido pelo número total de fragmento da
paisagem.
Varia entre 1 e 2
- AWMPFD – dimensão fractal de fragmento médio ponderado pela área
É a média da MPFD, ponderada pela área
Varia entre 1 e 2
122
ANEXO II – C
Arquivos de saída do FRAGSTATS editados, organizados por bacia e em ordem alfabética
dos açudes.
123
BACIA METROPOLITANA
ACARAPE DO MEIO
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 225,73286
1
225,73286
4,77528
1,38674
99,62327 226,58647
99,62327
0,44133
4,77528
0 1,38674
Ilha 0,85361 3
0,28453 1,22006
1,38581
0,19563
0,37672 226,58647
0,20024
1,324 68,75435
1,21124
1,8181
1,35954
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
226,58647
4
56,64662
2,10887
1,38604
112,72427
100 226,58647
99,62327
1,76533
198,99559
4,76185
1,76509
1,38664
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO PATCHID
ÁREA ÁREA_HA
PERÍMETRO AREA_WT LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 0 2257328,56
225,73 25433,13 0,0001 99,62
4,77 1,38
Ilha 1 3295,68
0,32 240,12 0,00003 0,37 1,17 1,35
Ilha 2 4537,31
0,45 293,11 0,00005 0,37 1,22 1,34
Ilha 3 703,17
0,07 117,75 8,23759959963337E-
06
0,37 1,25 1,45
124
ADAUTO BEZERRA
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PERCLAD
TA LPI PD AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 59,89484
1
59,89484
3,71822
1,3877
98,99864
60,50067
98,99864
1,65287
3,71822
0
1,3877
Ilha 0,60583
1
0,60583
1,33916
1,35768
1,00136
60,50067
1,00136
1,65287
1,33916
0
1,35768
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
60,50067
2
30,25033
2,52869
1,37269
41,92366
100
60,50067
98,99864
3,30575
138,58908
3,6944
2,50265
1,3874
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO PATCHID
AREA AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 0 598948,38
59,89
10200,78
0,0001
98,99
3,71 1,38
Ilha 1 6058,30
0,60
369,49
0,0001
1,00
1,33 1,35
125
AMAARI
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃ
O
CA
P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLA
D
TA LPI PD PSCV
AWMS
I
DLFD
AWMPF
D
Espelho 286,8634
6
1
286,8634
6
3,7147
7
1,3467
3
98,1949
292,1368
1
98,194
9
0,3423
3,71477
0
1,34673
Ilha 5,27335
3
1,75778
1,1314
1
1,3068
7
2,3400
8
1,8051
292,1368
1
1,5254
5
1,0269
2
133,1268
6
1,26173
1,7498
3
1,28999
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
292,13681
4
73,0342
1,77725
1,31684
142,56564
100
292,13681
98,1949
1,36922
195,20395
3,67049
1,67108
1,34571
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO PATCHID AREA AREA_HA PERIMETER AREA_WT LSIM SHAPEI FRACT
Espelho 0 2868634,55 286,86 22303,55 0,0001 98,19 3,71 1,34
Ilha 1 2898 0,28 202,61 5,49555785221918E-06 1,80 1,06 1,33
Ilha 2 5271,5 0,527 265,20 9,99649179364161E-06 1,80 1,03 1,30
Ilha 3 44564 4,45 974,40 0,00008 1,80 1,30 1,28
126
CAUIPE
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 249,30956
1
249,30956
2,8022
1,31175
95,28606 261,64328
95,28606
0,38219
2,8022
0 1,31175
Ilha 12,33372
3
4,11124 1,1882
1,2865
4,99309
4,71395 261,64328
3,76918
1,1466
121,4496
1,26264
1,73664
1,27087
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLA
D
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
261,64328
4
65,41082
1,5917
1,29281
122,66692
100
261,64328
95,28606
1,5288
187,53308
2,72963
1,62754
1,30983
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 0 2493095,56
249,30 15684,57 0,0001
95,28606
2,80 1,31
Ilha 1 15953,53
1,59 499,49 0,00001
4,71395
1,11 1,28
Ilha 2 8765,63
0,87 382,60 7,10705093876042E-06
4,71395
1,15 1,31
Ilha 3 98618,04
9,86 1442,95 0,00007
4,71395
1,29 1,26
127
CARACAS
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 18,53993
1
18,53993
4,34752
1,45096
98,38135 18,84496
98,38135
5,30646
4,34752
0 1,45096
Ilha 0,30503
10
0,0305 1,35916
1,60918
0,0368
1,61865 18,84496
0,60582
53,06458
120,6646
1,60106
1,69788
1,55534
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
18,84496
11
1,71318
1,63083
1,59479
5,58091
100 18,84496
98,38135
58,37104
325,76355
4,30306
1,68109
1,45265
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PAT
CHID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 0 185399,29
18,53 6635,89 0,0001 98,38
4,34 1,45
Ilha 1 76,90 0,00 34,40 2,52129022867264E-06
1,61 1,10 1,62
Ilha 2 106,99 0,01 38,44 3,50770388772672E-06
1,61 1,04 1,56
Ilha 3 1141,67 0,11 171,81 0,00003 1,61 1,43 1,46
Ilha 4 129,10 0,01 57,85 4,23237649011931E-06
1,61 1,43 1,66
Ilha 5 55,88 0,00 33,19 1,83202348063808E-06
1,61 1,25 1,74
Ilha 6 83 0,00 36,57 2,72100547381065E-06
1,61 1,13 1,62
Ilha 7 86,44 0,00 37,59 2,83404194216847E-06
1,61 1,14 1,62
Ilha 8 621,50 0,06 174,14 0,00002 1,61 1,97 1,60
Ilha 9 121,28 0,01 42,40 3,97601187800847E-06
1,61 1,08 1,56
Ilha 10 627,53 0,06 176,07 0,00002 1,61 1,98 1,60
128
CASTRO
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 559,6999
1
559,6999
5,80348
1,38924
98,73523
566,86951
98,73523
0,1764
5,80348
0
1,38924
Ilha 7,16959
4
1,7924
1,22128
1,3655
2,91696
1,26477
566,86951
1,0815
0,70562
162,74055
1,2826
1,66117
1,28519
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
566,86949
5
113,3739
2,13772
1,37025
249,51661
100 566,86951
98,73523
0,88203
220,08293
5,7463
1,64727
1,38793
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SH
APEI
FRACT
Espelho 0 5596999,00
559,69 48670,98 0,0001 98,73
5,80 1,38
Ilha 1 61306,75 6,13 1141,17 0,00008 1,26 1,30 1,27
Ilha 2 692,58 0,06 103,93 9,66008661494519E-07
1,26 1,11 1,42
Ilha 3 869,42 0,08 135,73 1,21264884437461E-06
1,26 1,29 1,45
Ilha 4 8827,18 0,88 390,45 0,00001 1,26 1,17 1,31
129
CAXITORÉ
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 1553,24953
1
1553,24953
7,72393
1,39978
97,15676 1598,70459
97,15676
0,06255
7,72393
0 1,39978
Ilha 45,45505 26
1,74827 1,2933
1,37201
2,26022
2,84324 1598,70459
0,43418
1,62632
129,28323
1,45272
1,3911
1,30944
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
1598,70458
27
59,21128
1,53147
1,37304
298,59478
100
1598,70459
97,15676
1,68887
504,28699
7,54562
1,39506
1,39721
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 0 15532495,26 1553,24 107910,30 0,0001 97,15
7,72 1,39
Ilha 1 5175,63 0,51 360,04 1,13862738053638E-
06
2,84 1,41 1,37
Ilha 2 4750,33 0,47 297,89 1,04506143586923E-
06
2,84 1,21 1,34
Ilha 3 62979,37 6,29 1008,82 0,00001 2,84 1,13 1,25
Ilha 4 9114,14 0,91 388,86 2,00508968935116E-
06
2,84 1,14 1,30
Ilha 5 3575,03 0,35 320,27 7,8649891150698E-07
2,84 1,51 1,41
Ilha 6 56131,32 5,61 1772,40 0,00001 2,84 2,11 1,36
Ilha 7 38695,61 3,86 932,29 8,51294093404669E-
06
2,84 1,33 1,29
Ilha 8 20557,04 2,05 651,89 4,52249960297356E-
06
2,84 1,28 1,30
Ilha 9 6474,14 0,64 337,65 1,42429608661949E-
06
2,84 1,18 1,32
Ilha 10 37542,75 3,75 812,30 8,25931530288024E-
06
2,84 1,18 1,27
Ilha 11 5931,84 0,59 292,22 1,30499173857428E-
06
2,84 1,07 1,30
Ilha 12 11894,42 1,18 445,59 2,61674450955313E-
06
2,84 1,15 1,29
Ilha 13 77,88 0,00 34,19 1,7134978562616E-08
2,84 1,09 1,62
Ilha 14 283,77 0,02 63,38 6,24304655545432E-
08
2,84 1,06 1,46
Ilha 15 106,98 0,01 41,90 2,35356151126472E-
08
2,84 1,14 1,59
Ilha 16 4366,15 0,43 282,38 9,60544371273421E-
07
2,84 1,20 1,34
CAXITORÉ (continuação)
PA
TCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Ilha 17 365,81 0,03 70,13 8,04787447194397E-
08
2,84 1,03 1,44
Ilha 18 69413,76 6,94 1697,47 0,00001 2,84 1,81 1,33
Ilha 19 1822,25 0,18 182,98 4,00891101705081E-
07
2,84 1,20 1,38
Ilha 20 1528,70 0,15 149,88 3,36311156031283E-
07
2,84 1,08 1,36
Ilha 21 249,68 0,02 62,63 5,4931184276865E-08
2,84 1,11 1,49
Ilha 22 6972,28 0,69 439,51 1,53388573033011E-
06
2,84 1,48 1,37
Ilha 23 9232,19 0,92 517,19 2,03106024427999E-
06
2,84 1,51 1,36
Ilha 24 32884,17 3,28 914,83 7,23443870133456E-
06
2,84 1,42 1,31
Ilha 25 2428,59 0,24 243,99 5,3428488929775E-07
2,84 1,39 1,41
Ilha 26 61996,52 6,19 1142,56 0,00001 2,84 1,29 1,27
130
EMA
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 147,39152
1
147,39152
4,23566
1,38146
99,64519
147,91635
99,64519
0,67605
4,23566
0
1,38146
Ilha 0,52482
3
0,17494
1,1484
1,40363
0,18749
0,35481
147,91635
0,26296
2,02817
107,17251
1,11422
1,82276
1,35447
LAD (PAISAGEM)
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
147,91635
4
36,97909
1,92021
1,39809
73,60845
100
147,91635
99,64519
2,70423
199,05426
4,22458
1,77874
1,38137
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCH
ID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 0 1473915,21
147,39 18228,92 0,0001 99,64
4,23 1,38
Ilha 1 961,93 0,09 147,72 0,00001 0,35 1,34 1,45
Ilha 2 396,70 0,03 73,15 7,55872560451317E-06
0,35 1,03 1,43
Ilha 3 3889,64 0,38 235,55 0,00007 0,35 1,06 1,32
131
FRIOS
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 521,966
1
521,966
6,96248
1,41454
99,65289
523,78412
99,65289
0,19091
6,96248
0
1,41454
Ilha 1,81813
7
0,25973
1,48451
1,42951
0,15894
0,34711
523,78412
0,1121
1,33643
61,19492
1,48362
1,58034
1,41483
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
523,78413
8
65,47302
2,16926
1,42764
184,45108
100
523,78412
99,65289
1,52735
281,72076
6,94346
1,5825
1,41454
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERIMETER
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 0 5219660,03
521,96 56388,32 0,0001 99,65
6,96 1,41
Ilha 1 1029,33 0,10 180,88 5,66150219429116E-
06
0,34 1,59 1,49
Ilha 2 2490,93 0,24 275,34 0,00001 0,34 1,55 1,43
Ilha 3 2956,78 0,29 356,98 0,00001 0,34 1,85 1,47
Ilha 4 1335,29 0,13 155,94 7,34433293163789E-
06
0,34 1,20 1,40
Ilha 5 2237,87 0,22 221,63 0,00001 0,34 1,32 1,40
Ilha 6 2259,23 0,22 252,66 0,00001 0,34 1,49 1,43
Ilha 7 5871,82 0,58 371,54 0,00003 0,34 1,36 1,36
132
GEERAL SAMPAIO
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 2295,58145
1
2295,58145
11,35434
1,43602
96,77946
2371,97168
96,77946
0,04215
11,35434
0
1,43602
Ilha 76,39033
22
3,47229
1,29977
1,32059
6,25071
3,22054
2371,97168
1,14835
0,92749
180,01692
1,76735
1,36189
1,31487
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
2371,97178
23
103,12921
1,73693
1,32561
477,97681
100
2371,97168
96,77946
0,96965
463,47375
11,04559
1,37148
1,43212
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 0 22955814,514
2295,58 192846,78 0,00009 96,77
11,35 1,43
Ilha 1 7302,341 0,73 352,41 9,5592479627287E-07 3,22 1,16 1,31
Ilha 2 272386,321 27,23 4377,51 0,00003 3,22 2,36 1,33
Ilha 3 9506,723 0,95 463,37 1,2444929513485E-06 3,22 1,34 1,34
Ilha 4 4474,721 0,44 282,32 5,85770626697958E-07
3,22 1,19 1,34
Ilha 5 5892,177 0,58 429,35 7,71325005469783E-07
3,22 1,57 1,39
Ilha 6 3286,174 0,32 211,36 4,30181959915844E-07
3,22 1,04 1,32
Ilha 7 7115,776 0,71 318,64 9,31502176606841E-07
3,22 1,06 1,29
Ilha 8 32985,948 3,29 794,80 4,31807887495682E-06
3,22 1,23 1,28
Ilha 9 2789,750 0,27 210,32 3,65196846688428E-07
3,22 1,12 1,34
Ilha 10 15177,018 1,51 468,07 1,98677217438175E-06
3,22 1,07 1,27
Ilha 11 3456,650 0,34 282,40 4,52498384702693E-07
3,22 1,35 1,38
Ilha 12 5144,743 0,51 282,09 6,73480998278618E-07
3,22 1,10 1,32
Ilha 13 46613,161 4,66 949,73 6,10197119454608E-06
3,22 1,24 1,27
Ilha 14 34708,404 3,47 839,69 4,54355974891142E-06
3,22 1,27 1,28
133
GEERAL SAMPAIO (continuação)
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
L
SIM
SHAPEI
FRACT
Ilha 15 2244,80
0,22 178,18 2,93860234482812E-07 3,22 1,06 1,34
Ilha 16 36197,70
3,61 789,52 4,73851843315681E-06 3,22 1,17 1,27
Ilha 17 55085,54
5,508 1234,74 7,21106273423342E-06 3,22 1,48 1,30
Ilha 18 21418,71
2,14 695,71 2,80385134207842E-06 3,22 1,34 1,31
Ilha 19 152788,97
15,27 2480,37 0,00002 3,22 1,79 1,30
Ilha 20 1589,91
0,15 150,69 2,08130216651659E-07 3,22 1,06 1,36
Ilha 21 10326,57
1,03 448,81 1,35181697552132E-06 3,22 1,24 1,32
Ilha 22 33411,18
3,34 832,97 4,37374560894411E-06 3,22 1,28 1,29
134
HIPÓLITO
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 82,79205
1
82,79205
2,89786
1,3419
97,62469
84,80647
97,62469
1,17916
2,89786
0
1,3419
Ilha 2,01441
3
0,67147
1,13053
1,36671
0,99521
2,37531
84,80647
2,1462
3,53747
148,21336
1,10776
1,79827
1,2904
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
84,80646
4
21,20162
1,57236
1,36051
41,06833
100
84,80647
97,62469
4,71662
193,70377
2,85534
1,70464
1,34068
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA AREA_HA
PERÍMETRO AREA_WT LSIM SHAPEI
FRACT
Espelho 0 827920,481 82,792 9347,089 0,0001 97,62469
2,89786
1,3419
Ilha 1 671,697 0,067 105,861 3,33445791677424E-06 2,37531
1,15225
1,43234
Ilha 2 1271,245 0,127 143,471 6,31074467190985E-06 2,37531
1,13514
1,38957
Ilha 3 18201,196 1,820 528,086 0,00009 2,37531
1,10421
1,27824
135
JEIPAPEIRO
CLASS (CLASSE)
DESCRICAO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 107,74953
1
107,74953
6,102
1,44263
98,29131
109,62264
98,29131
0,91222
6,102
0
1,44263
Ilha 1,87311
1
1,87311
3,16738
1,49165
1,70869
109,62264
1,70869
0,91222
3,16738
0
1,49165
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PE
RCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
109,62264
2
54,81132
4,63469
1,46714
74,86594
100
109,62264
98,29131
1,82444
136,58847
6,05186
2,65892
1,44347
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO PATCHID AREA AREA_HA PERÍMETRO AREA_WT LSIM SHAPEI
FRACT
Espelho 1 1077495,347
107,749
22453,503
0,0001
98,29131
6,102
1,44263
Ilha 2 18731,057
1,873
1536,689
0,00009
1,70869
3,16738
1,49165
136
PACOTI
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 4389,08584
1
4389,08584
6,51782
1,35688
98,85083
4440,11035
98,85083
0,02252
6,51782
0
1,35688
Ilha 51,02445
15
3,40163
1,25606
1,30716
5,74684
1,14917
4440,11035
0,52976
0,33782
168,94379
1,34418
1,36965
1,28071
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLA
D
TA LPI PD PSCV
AWMS
I
DLFD
AWMPF
D
4440,1102
9
16
277,5068
9
1,5849
2
1,3102
7
1096,4351
1
100
4440,1103
5
98,8508
3
0,3603
5
395,1019
3
6,45837
1,3759
2
1,356
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 1 43890858,354
4389,085
153071,235
0,0001
98,85083
6,51782
1,35688
Ilha 2 5850,049
0,585
316,039
1,14651880704146E-06
1,14917
1,16562
1,32712
Ilha 3 1753,355
0,175
159,888
3,43630497457526E-07
1,14917
1,07716
1,35876
Ilha 4 39678,256
3,967
973,820
7,7763220168448E-06
1,14917
1,37911
1,29975
Ilha 5 12628,613
1,262
414,342
2,47501211006639E-06
1,14917
1,04011
1,27634
Ilha 6 32682,250
3,268
738,877
6,40521355622238E-06
1,14917
1,15296
1,27088
Ilha 7 13045,318
1,304
620,338
2,55667985527544E-06
1,14917
1,53214
1,35714
Ilha 8 36778,460
3,677
1169,717
7,20800698985661E-06
1,14917
1,7206
1,344
Ilha 9 3344,821
0,334
231,294
6,55533040900824E-07
1,14917
1,12817
1,34161
Ilha 10 13511,646
1,351
572,405
2,6480729075391E-06
1,14917
1,38914
1,33522
Ilha 11 17725,490
1,772
631,826
3,47392086886275E-06
1,14917
1,33873
1,31836
Ilha 12 10793,694
1,079
389,546
2,11539653317158E-06
1,14917
1,05772
1,28463
Ilha 13 50256,453
5,025
993,745
9,84948425782617E-06
1,14917
1,25048
1,27511
Ilha 14 12639,678
1,263
427,575
2,47718077178774E-06
1,14917
1,07285
1,28288
Ilha 15 24335,073
2,433
635,347
4,76929643165461E-06
1,14917
1,14892
1,2781
Ilha 16 235221,350
23,522
2384,922
0,00004
1,14917
1,38718
1,25756
137
PEEDO
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSC
V
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 45,05909
1
45,05909
3,35909
1,38057
99,88694
45,11009
99,88694
2,2168
3,35909
0
1,38057
Ilha 0,051
1
0,051
1,20204
1,46501
0,11306
45,11009
0,11306
2,2168
1,20204
0
1,46501
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLA
D
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
45,11009
2
22,55505
2,28056
1,42279
31,82552
100
45,11009
99,88694
4,4336
141,10156
3,35665
2,7119
1,38066
PATCH (FRAGMETO)
DESCRICAO
PATCHID
AREA AREA_HA
PERÍMETRO
AREA_WT
LSIM SHAPEI
FRACT
Espelho 1 450590,886
45,059
7993,118
0,0001
99,88694
3,35909
1,38057
Ilha 2 510,021
0,051
96,231
0,0001
0,11306
1,20204
1,46501
138
PETECOSTES
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 4785,83443
1
4785,83443
9,0045
1,39169
99,23959
4822,50488
99,23959
0,02073
9,0045
0
1,39169
Ilha 36,67064
21
1,74622
1,31712
1,35349
3,16445
0,7604
4822,50488
0,29905
0,43545
181,21707
1,53701
1,3921
1,3146
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
D
LFD
AWMPFD
4822,50508
22
219,20478
1,66654
1,35522
1019,97571
100 4822,50488
99,23959
0,45619
465,30725
8,94771
1,39768
1,3911
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA AREA_HA
PERÍMETRO AREA_WT LSIM SHAPEI
FRACT
Espelho 1 47858344,333
4785,834
220821,975
0,0001
99,23959
9,0045
1,39169
Ilha 2 1652,588
0,165
247,831
4,50656952629068E-
07
0,7604
1,71977
1,4879
Ilha 3 12339,567
1,233
482,258
3,36497158455841E-
06
0,7604
1,22469
1,3117
Ilha 4 47564,941
4,756
980,870
0,00001
0,7604
1,26872
1,27921
Ilha 5 4261,422
0,426
315,557
1,16207999355343E-
06
0,7604
1,36363
1,37707
Ilha 6 38107,672
3,810
979,400
0,00001
0,7604
1,4153
1,30581
Ilha 7 9191,695
0,919
397,515
2,50655411887043E-
06
0,7604
1,16964
1,31168
Ilha 8 1688,206
0,168
156,637
4,60369899436586E-
07
0,7604
1,07542
1,36015
Ilha 9 3302,282
0,330
273,728
9,00524718103862E-
07
0,7604
1,34372
1,38531
Ilha 10 1809,63
0,180
171,769
4,93481945400875E-
07
0,7604
1,13906
1,37215
Ilha 11 4413,149
0,441
269,075
1,2034555980305E-06
0,7604
1,14261
1,33336
Ilha 12 17169,173
1,716
495,224
4,68199405014515E-
06
0,7604
1,06616
1,27271
Ilha 13 1822,272
0,182
197,117
4,96929389770032E-
07
0,7604
1,30261
1,40754
Ilha 14 22691,015
2,269
689,641
6,18778768329461E-
06
0,7604
1,29149
1,30336
Ilha 15 18409,578
1,840
597,861
5,02024964520324E-
06
0,7604
1,24301
1,30203
PETECOSTES (continuação)
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA AREA_HA
PERÍMETRO AREA_WT LSIM SHAPEI FRACT
Ilha 16 1168,593
0,116
150,148
3,1867262756577E-07
0,7604
1,23904
1,41901
Ilha 17 5125,092
0,512
285,902
1,39760081923844E-06
0,7604
1,12658
1,32421
Ilha 18 1880,128
0,188
187,028
5,12706588110639E-07
0,7604
1,21677
1,38777
Ilha 19 10566,105
1,056
490,026
2,88135256970204E-06
0,7604
1,3448
1,33712
Ilha 20 1234,646
0,123
221,554
3,36685128982946E-07
0,7604
1,77871
1,51735
Ilha 21 18091,061
1,809
593,619
4,93339079073949E-06
0,7604
1,24501
1,30289
Ilha 22 144217,61
14,421
2615,304
0,00003
0,7604
1,94271
1,32487
139
RIACHÃO
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD
PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 559,08396
1
559,08396
4,51224
1,35687
99,6153
561,2431
99,6153
0,17817
4,51224
0
1,35687
Ilha 2,15913
3
0,7197
1,11333
1,32845
0,71346
0,3847
561,2431
0,27035
0,53452
99,13204
1,1199
1,7589
1,30108
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
561,24309
4
140,31077
1,96305
1,33556
279,18274
100
561,2431
99,6153
0,7127
198,97455
4,49919
1,70794
1,35666
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO PATCHID AREA AREA_HA
PERIMETER
AREA_WT LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 1 5590839,638
559,083
37821,121
0,0001
99,6153
4,51224
1,35687
Ilha 2 15173,549
1,5173
492,136
0,00007
0,3847
1,12704
1,28774
Ilha 3 1424,243
0,142
148,849
6,59638833387448E-06
0,3847
1,11263
1,37795
Ilha 4 4993,470
0,499
275,626
0,00002
0,3847
1,10031
1,31966
140
RIACHO DO SAGUE
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 1003,09545
1
1003,09545
7,0368
1,39906
98,55963
1017,75488
98,55963
0,09825
7,0368
0
1,39906
Ilha 14,65941
11
1,33267
1,44391
1,35077
0,94668
1,44037
1017,75488
0,33879
1,08081
71,03625
1,50015
1,44205
1,34213
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
1017,75486
12
84,81291
1,90998
1,35479
289,18541
100
1017,75488
98,55963
1,17907
340,96866
6,95705
1,44846
1,39824
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA AREA_HA
PERIMETER
AREA_WT LSIM SHAPEI
FRACT
Espelho 1 10030954,466
1003,095
79004,263
0,0001
98,55963
7,0368
1,39906
Ilha 2 5409,623
0,5409
322,322
3,690204733409E-06
1,44037
1,23624
1,34379
Ilha 3 7669,875
0,766
382,293
5,23204789767731E-
06
1,44037
1,2314
1,32949
Ilha 4 18965,286
1,896
850,597
0,00001
1,44037
1,74237
1,36968
Ilha 5 4192,783
0,419
306,442
2,86013023396641E-
06
1,44037
1,33504
1,37272
Ilha 6 10088,661
1,008
460,372
6,8820360630895E-
06
1,44037
1,29297
1,33028
Ilha 7 22349,621
2,234
708,182
0,00001
1,44037
1,33631
1,31063
Ilha 8 15329,421
1,532
522,806
0,00001
1,44037
1,19117
1,29892
Ilha 9 3765,559
0,376
293,691
2,56869717782311E-
06
1,44037
1,35012
1,38032
Ilha 10 7230,848
0,723
597,371
4,93256308418931E-
06
1,44037
1,98174
1,43877
Ilha 11 34480,769
3,448
1138,584
0,00002
1,44037
1,72971
1,34714
Ilha 12 17111,691
1,711
675,134
0,00001
1,44037
1,45593
1,33673
141
SOUZA
CLASS (CLASSE)
DESCRI
ÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 115,5562
1
115,5562
4,8133
1,40643
98,02444
117,8851
98,02444
0,84828
4,8133
0
1,40643
Ilha 2,3289
2
1,16445
1,3165
1,4353
1,61286
1,97557
117,8851
1,95522
1,69657
138,50832
1,30321
2,42738
1,30733
LAD (PAISAGEM)
CA P
MPS MSI MPFD
PSSD PERCLAD
TA LPI PD PSCV AWMSI
DLFD
AWMPFD
117,8851
3
39,29503
2,4821
1,42568
66,05396
100
117,8851
98,02444
2,54485
168,09747
4,74396
2,01429
1,40447
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA
AREA_HA
PERIMETER
AREA_WT
LSIM
SHAPEI
FRACT
Espelho 1 1155562,026
115,5562
18341,87962
0,0001
98,02444
4,8133
1,40643
Ilha 2 239,857
0,02398
73,02184
1,02991678163168E-06
1,97557
1,33006
1,56596
Ilha 3 23049,112
2,30491
701,21844
0,00009
1,97557
1,30293
1,30464
142
TEJUÇUOCA
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 397,32119
1
397,32119
8,8585
1,45368
99,20096
400,52151
99,20096
0,24967
8,8585
0
1,45368
Ilha 3,20034
6
0,53338
1,45156
1,44812
0,70255
0,79904
400,52151
0,45563
1,49805
131,71437
1,93377
1,62533
1,40958
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
400,52153
7
57,21736
2,50969
1,44892
149,97306
100
400,52151
99,20096
1,74772
262,11111
8,80317
1,63483
1,45333
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID
AREA AREA_HA
PERIMETER
AREA_WT LSIM SHAPEI
FRACT
Espelho 1 3973211,884
397,321
62594,336
0,00009
99,20096
8,8585
1,45368
Ilha 2 184,319
0,018
57,488
5,75937055534617E-07
0,79904
1,19451
1,55332
Ilha 3 140,229
0,014
51,211
4,381717334765E-07
0,79904
1,21995
1,59245
Ilha 4 18249,005
1,824
1063,451
0,00005
0,79904
2,22072
1,42058
Ilha 5 2299,382
0,229
185,213
7,18481176864572E-06
0,79904
1,08959
1,34916
Ilha 6 8496,191
0,849
590,999
0,00002
0,79904
1,80872
1,41076
Ilha 7 2634,251
0,263
213,936
8,23116629110539E-06
0,79904
1,17585
1,36248
143
TRAPIÁ
CLASS (CLASSE)
DESCRIÇÃO
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
Espelho 36,8585
1
36,8585
4,71659
1,43949
98,80493
37,30431
98,80493
2,68066
4,71659
0
1,43949
Ilha 0,44581
2
0,2229
1,15327
1,38417
0,20605
1,19507
37,30431
0,9881
5,36131
92,439
1,12314
2,23536
1,35072
LAD (PAISAGEM)
CA
P
MPS
MSI
MPFD
PSSD
PERCLAD
TA
LPI
PD
PSCV
AWMSI
DLFD
AWMPFD
37,30431
3
12,43477
2,34104
1,40261
21,15207
100
37,30431
98,80493
8,04197
170,10425
4,67364
1,97769
1,43843
PATCH (FRAGMETO)
DESCRIÇÃO
PATCHID AREA AREA_HA
PERIMETER
AREA_WT
LSIM SHAPEI FRACT
Espelho 1 368584,987
36,858
10150,808
0,0001
98,80493
4,71659
1,43949
Ilha 2 772,050
0,077
118,135
0,00001
1,19507
1,19937
1,43534
Ilha 3 3686,060
0,368
238,286
0,00008
1,19507
1,10717
1,33299
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