Download PDF
ads:
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
AVALIAÇÃO DA PATOGENICIDADE DE Beauveria bassiana (BALS.)
VUILL E Metarhizium anisopliae (METSCH.) SOROKIN PARA O
CONTROLE DE Atta sexdens rubropilosa (FOREL, 1908)
(HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO.
Giovana Daniela Busarello
Dourados-MS
Fevereiro/2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
AVALIAÇÃO DA PATOGENICIDADE DE Beauveria bassiana (BALS.)
VUILL E Metarhizium anisopliae (METSCH.) SOROKIN PARA O
CONTROLE DE Atta sexdens rubropilosa (FOREL, 1908)
(HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO.
Giovana Daniela Busarello
Orientadora
Elisângela de Souza Loureiro
Dourados-MS
Fevereiro/2008
ads:
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
AVALIAÇÃO DA PATOGENICIDADE DE Beauveria bassiana (BALS.)
VUILL E Metarhizium anisopliae (METSCH.) SOROKIN PARA O
CONTROLE DE Atta sexdens rubropilosa (FOREL, 1908)
(HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO.
Giovana Daniela Busarello
Orientadora
Elisângela de Souza Loureiro
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Entomologia e Conservação da
Biodiversidade, Universidade Federal da
Grande Dourados (UFGD), como parte das
exigências para a obtenção do título de Mestre
em Entomologia e Conservação da
Biodiversidade.
Dourados-MS
Fevereiro/2008
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UFGD
574.2326
B976a
Busarello, Giovana Daniela.
Avaliação da patogenicidade de Beauveria Bassiana
(Bals.) Vuill e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin para
o controle de Atta sexdens rubropilosa (Forel, 1908)
(Hymenoptera: Formicidae) em condições de laboratório. /
Giovana Daniela Busarello. – Dourados, MS : UFGD, 2008.
63p.
Orientadora: Profª. Drª. Elisângela de Souza Loureiro
Dissertação (Mestrado em Entomologia e Conservação da
Biodiversidade) – Universidade Federal da Grande Dourados.
1. Controle microbiano. 2. Fungos entomopatogênicos. 3.
Formigas cortadeiras. 4. Fisiopatologia Imunidade
Resistência. I. Título.
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) pela oportunidade de realização
do curso.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela
concessão de bolsa.
À minha família, pelo incentivo e apoio recebido em todas as minhas decisões.
À professora e orientadora Dra. Elisângela de Souza Loureiro, pela dedicação,
aprendizado e amizade.
Ao professor Dr. Luis Gustavo Amorim Pessoa pelas sugestões e auxílio na análise
estatística.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da
Biodiversidade, pelos ensinamentos e contribuição para a minha formação, em especial aos
professores Manoel Araécio Uchôa-Fernandes, Honório Roberto dos Santos e Wédson
Desidério Fernandes pela valiosa contribuição neste trabalho.
Aos colegas de curso, especialmente aos amigos Oldimar e Marcos, pelo auxílio nas
coletas em campo e pelo companheirismo nos bons e maus momentos.
A todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho.
SUMÁRIO
1. CAPÍTULO 1
Patogenicidade de Beauveria bassiana sobre Atta sexdens rubropilosa (Hymenoptera:
Formicidae) em condições de laboratório
Resumo..................……….................................................................................................
1
Abstract..........……….........................................................................................................
2
Introdução.............……......................................................................................................
2
Material e Métodos..............…………...............................................................................
5
Resultados e Discussão......................………….................................................................
Conclusões..........................................................................................................................
Agradecimento...................................................................................................................
Referências..........................................................................................................................
7
21
22
22
2. CAPÍTULO 2
Suscetibilidade de Atta sexdens rubropilosa (Forel, 1908) (Hymenoptera: Formicidae) a
Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin em condições de laboratório
Abstract...........................…………....................................................................................
26
Resumo............................……….......................................................................................
27
Introdução.......................………........................................................................................
27
Material e Métodos.………................................................................................................
29
Resultados e Discussão......................………….................................................................
Conclusão...........................................................................................................................
Agradecimento...................................................................................................................
Referências.........................................................................................................................
3. ANEXOS
Instruções aos autores
Anexo A - Pesquisa Agropecuária Brasileira.....................................................................
Anexo B - Revista Brasileira de Entomologia...................................................................
31
44
44
44
49
60
1. CAPÍTULO 1
Patogenicidade de Beauveria bassiana sobre Atta sexdens rubropilosa (Hymenoptera:
Formicidae) em condições de laboratório
Giovana Daniela Busarello
(1)
, Elisângela de Souza Loureiro
(1)
(1)
Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da
Grande Dourados (UFGD). Rodovia Dourados Itahum, km 12, Cidade Universitária. Caixa Postal 533, CEP:
79804-970, Dourados – MS. E-mail: gdbusarello@terra.com.br, [email protected]m.br.
Resumo - Este trabalho avaliou a eficiência de diferentes isolados do fungo entomopatogênico
Beauveria bassiana no controle de formigas cortadeiras Atta sexdens rubropilosa, em
condições de laboratório. Suspensões contendo 1,0 x 10
7
, 1,0 x 10
8
, 1,0 x 10
9
e 1,0 x 10
10
conídios/mL foram inoculadas em soldados e operárias, mantidos em câmara B.O.D., a 25 ±
1°C, 70% UR e fotofase de 12 horas, sem alimentação. A mortalidade foi verificada
diariamente, até 15 dias após a inoculação. O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado. Os dados referentes à esporulação foram submetidos à análise de
variância e os valores de TL
50
(em dias) foram obtidos através da análise de Probit. Todos os
isolados de B. bassiana foram patogênicos ao inseto, sendo as operárias mais suscetíveis que
os soldados. Os isolados IBCB 21 e IBCB 07 foram os mais virulentos para operárias e
soldados, respectivamente. O isolado IBCB 21 também causou altas porcentagens de
mortalidade confirmada, apresentando potencial para utilização no controle de A. sexdens
rubropilosa.
Termos para indexação: formigas cortadeiras, Atta sexdens rubropilosa, fungo
entomopatogênico, controle microbiano.
Pathogenicity of Beauveria bassiana to Atta sexdens rubropilosa (Hymenoptera:
Formicidae) in laboratory conditions
Abstract - This research evaluated, under laboratory conditions, the efficiency of different
isolates of entomopathogenic fungus Beauveria bassiana to control leaf-cutting ant Atta
sexdens rubropilosa. Soldiers and workers were inoculated with suspensions containing 1,0 x
10
7
, 1,0 x 10
8
, 1,0 x 10
9
e 1,0 x 10
10
conidia/mL, maintained in B.O.D., at 25 ± 1°C, 70% RH
and 12 hours of photophase, without food. The mortality was evaluated daily, until 15 days
after inoculation. The experimental delineation used was entirely randomly. The sporulation
data were submitted to the analysis of variance and the TL
50
values (in days) were obtained
through the Probit analysis. All isolates of B. bassiana were pathogenic to insect, being
workers more susceptible than soldiers. The isolates IBCB 21 and IBCB 07 were the most
virulent for workers and soldiers, respectively. The isolate IBCB 21 also caused high
percentages of confirmed mortality, showing potential for use in the control of A. sexdens
rubropilosa.
Index terms: leaf-cutting ants, Atta sexdens rubropilosa, entomopathogenic fungi, microbial
control.
Introdução
As espécies de formigas cortadeiras pertencentes aos gêneros Atta, tribo Attini
(Hymenoptera: Formicidae), mais conhecidas como saúvas, são consideradas herbívoros
dominantes na região Neotropical (Hölldobler & Wilson, 1990), sendo responsáveis por
grandes danos na produção vegetal (Specht et al., 1994; Hernández & Jaffé, 1995).
A distribuição geográfica da tribo Attini encontra-se restrita ao Continente
Americano, desde o sul dos Estados Unidos, até o centro da Argentina, não sendo constatadas
no Chile, na costa do Peru e em algumas ilhas das Antilhas e Canadá (Mariconi, 1970).
Amplamente distribuídas por todo o território nacional e com intensa atividade
durante o ano todo, as formigas cortadeiras atacam praticamente todas as culturas, pastagens,
e em particular os reflorestamentos, atuando sobre qualquer espécie vegetal (Diehl-Fleig et
al., 1993; Hernández & Jaffé, 1995; Boaretto & Forti, 1997), a qual corta e transporta para
seus ninhos, onde cultiva um fungo simbionte, do qual se alimenta.
As formigas cortadeiras possuem várias características biológicas e comportamentais
complexas que dificultam o seu controle, tais como arquitetura, tamanho e localização dos
ninhos, sistema de proteção à rainha, produção de substâncias anti-microbianas e “grooming”
(limpeza) (Marinho et al., 2006).
Dentre as formas de controle utilizadas, a maioria baseia-se na aplicação de grandes
quantidades de produtos fitossanitários químicos. No entanto, esses produtos, além de serem
dispendiosos, geralmente não são efetivos, pois levam ao aparente extermínio da colônia de
formigas ou à mudança de seu sauveiro, e conduzem à seleção de populações cada vez mais
resistentes. Ainda, causam graves danos ao ambiente e à saúde humana, por serem produtos
altamente tóxicos (Silva & Diehl-Fleig, 1988; Diehl-Fleig et al., 1988; Diehl-Fleig et al.,
1993).
Alguns estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de se obter métodos
alternativos de controle para o uso em programas de manejo integrado de pragas. O controle
biológico através da utilização de fungos entomopatogênicos pode ser empregado como um
método alternativo, oferecendo um controle mais efetivo, específico, econômico e duradouro
das formigas cortadeiras (Silva & Diehl-Fleig, 1988). Esse método de controle é adequado
para o manejo da resistência, não representa risco a saúde dos usuários, consumidores e ao
ambiente e pode associar-se com outros métodos de controle (Alves, 1998).
Os fungos entomopatogênicos são importantes agentes que atuam no controle
microbiano natural de insetos. A ocorrência desses entomopatógenos pode ser constatada
através de epizootias e enzootias nas populações de insetos, as quais representam um
importante fator de supressão de pragas (Stimac et al., 1989; Jaccoud et al., 1999). Em
condições naturais, linhagens de Beauveria bassiana já foram isoladas de rainhas e operárias
do gênero Atta (Alves & Sosa-Gomes, 1983; Diehl-Fleig et al., 1992).
A eficiência de B. bassiana para o controle de formigas cortadeiras tem sido
demonstrada em rios trabalhos, trazendo perspectivas animadoras para o problema (Alves
& Sosa-Gomes, 1983; Wilcken & Berti Filho, 1994; Boaretto & Forti, 1997). No entanto,
estes estudos demonstram que os resultados variam de acordo com o tipo de casta estudada e
a forma de aplicação destes agentes (Diehl-Fleig & Silva, 1986; Diehl-Fleig et al., 1988;
Specht et al., 1994; Loureiro & Monteiro, 2004, 2005). Por outro lado, o complexo
comportamento social e a estrutura de colônias de formigas podem influenciar a ação dos
fungos entomopatogênicos, reduzindo a disseminação de agentes de doenças nos
formigueiros e conseqüentemente a eficiência do controle (Silva & Diehl-Fleig, 1988; Oi &
Pereira, 1993).
Desta forma, é necessário determinar isolados mais específicos e concentrações mais
efetivas, assim como, desenvolver técnicas que viabilizem sua produção e aplicação (Diehl-
Fleig et al., 1993; Specht et al., 1994), para a obtenção de um controle alternativo eficaz,
visando diminuir a utilização de produtos fitossanitários químicos.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a patogenicidade de diferentes isolados
do fungo entomopatogênico B. bassiana sobre soldados e operárias de Atta sexdens
rubropilosa em condições de laboratório.
Material e Métodos
Os isolados de B. bassiana utilizados nos bioensaios foram provenientes da Coleção
de Entomopatógenos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) - Faculdade de
Ciências Biológicas e Ambientais (Tabela 1).
Tabela 1. Origem dos isolados do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana utilizados nos
bioensaios com Atta sexdens rubropilosa, Dourados - MS, 2007.
Isolado Hospedeiro original ou substrato
Local da coleta
IBCB 07 Amostra de solo Cascavel - PR
IBCB 21 Amostra de solo Cascavel - PR
IBCB 66 Hypothenemus hampei São José do Rio Pardo – SP
ESALQ 447 Solenopsis invicta Cuiabá - MT
UFGD 02 Chrysomelidae Dourados – MS
UFGD 11 Hypothenemus hampei Nova Santa Helena – MT
Os exemplares de soldados e operárias de Atta sexdens rubropilosa, coletados em
sauveiros existentes no campus da UFGD foram colocadas em recipientes com tampa telada,
separados por castas e conduzidos até o laboratório, sendo levados ao freezer por alguns
segundos para sua contenção.
As culturas dos fungos foram obtidas por multiplicação em placas de Petri contendo
meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar) sólido esterilizado. Após semeadura, pelo
método de três pontos, as placas foram incubadas em câmara B.O.D., a 25 ± 1°C, 70% UR e
fotofase de 12 horas por um período de 7 a 15 dias, para crescimento vegetativo e
conidiogênese e posteriormente armazenadas em geladeira (4°C) até a utilização nos
experimentos.
Os conídios formados na superfície da colônia foram coletados com o auxílio de uma
alça de níquel-cromo previamente flambada e transferidos para tubos de ensaio contendo 10
mL de água destilada esterilizada e 0,1 mL de Tween 80, para a preparação das diluições.
Após vigorosa agitação, foi realizada a contagem do número de conídios contidos na
suspensão original em microscópio ótico, utilizando-se câmara de Neubauer. A partir dos
tubos contendo 10 mL de suspensão de conídios, foram preparadas diluições seriadas
padronizadas nas concentrações de 1,0 x 10
7
, 1,0 x 10
8
, 1,0 x 10
9
e 1,0 x 10
10
conídios/mL.
Foi realizada a aplicação de 1 mL das suspensões contendo as diferentes
concentrações de conídios em cada placa de Petri e em seguida, grupos de 10 formigas foram
colocados no interior das placas. Além do grupo controle, no qual as formigas foram
inoculadas em solução de água destilada esterilizada + espalhante adesivo Tween 80, foi
efetuado outro tratamento testemunha, apenas com água destilada esterilizada.
Os insetos foram mantidos em placas de Petri contendo um chumaço de algodão
umedecido com água destilada esterilizada, sem alimentação, em câmara B.O.D a 25 ± 1°C,
70% UR e fotofase de 12 horas, por até 15 dias. Neste período, a água foi reposta, quando
necessário, para a manutenção da umidade.
As placas foram observadas diariamente para a verificação da mortalidade, sendo os
cadáveres imersos em solução de álcool 70% e água destilada esterilizada e transferidos para
novas câmaras, mantidas em iguais condições descritas anteriormente para a confirmação da
mortalidade pelo patógeno.
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, utilizando-se
cinco repetições para cada concentração nos diferentes tratamentos, sendo cada repetição
constituída por 10 formigas (soldados e operárias). Foram calculados os dados de mortalidade
confirmada (porcentagem de insetos nos quais ocorreu a esporulação do fungo) e mortalidade
total acumulada (porcentagem de mortalidade independente da causa).
Os dados referentes à esporulação foram submetidos à análise de variância e as médias
comparadas entre si pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, utilizando-se o
programa estatístico Sisvar® (Ferreira, 2000). Para obtenção dos valores de TL
50
(em dias) foi
realizada análise de Probit para os diferentes tratamentos, utilizando-se o programa estatístico
Mobae.
Resultados e Discussão
A patogenicidade dos isolados do fungo B. bassiana sobre operárias e soldados de A.
sexdens rubropilosa foi observada através dos tempos letais medianos (TL
50
) (Tabelas 2 e 3),
sendo que todos os isolados testados foram patogênicos ao inseto.
De acordo com a análise de Probit, ocorreu diferença significativa entre as
concentrações testadas para o isolado IBCB 66 nas duas castas estudadas. Observou-se ainda
variação entre as concentrações mais eficientes para os diferentes isolados. Em alguns casos,
os isolados não se adequaram ao modelo de Probit, por ter ocorrido um χ
2
significativo e
elevada heterogeneidade dos dados (Tabelas 2 e 3).
De modo geral, todos os isolados testados foram mais virulentos para operárias do que
para os soldados. O isolado IBCB 21 foi o mais virulento para operárias de A. sexdens
rubropilosa, com TL
50
variando entre 1,57 e 1,74 dias para as diferentes concentrações, o
havendo diferença significativa entre as mesmas, com base na sobreposição dos intervalos de
confiança obtidos (Tabela 2). para os soldados, o isolado mais virulento foi IBCB 07, com
valores de TL
50
variando entre 2,15 e 2,68 dias, não ocorrendo diferença significativa entre as
concentrações (Tabela 3).
Tabela 2. Tempos letais medianos (TL
50
) em dias, intervalos de confiança (IC) (P < 0,05),
equações de regressão linear e valores de x
2
obtidos pela análise de Probit para a atividade
patogênica de B. bassiana sobre operárias de A. sexdens rubropilosa.
Isolado/Concentração TL
50
Intervalo de Equação χ
(dias) Confiança (IC)
IBCB 07
1,0 x 10
10
1,86 (0,99; 3,49) Y= 4,04 + 3,52.logx 9,12*
1,0 x 10
9
1,72 (1,33; 2,22) Y= 4,35 + 2,72.logx 2,47
1,0 x 10
8
2,19 (1,63; 2,96) Y= 3,83 + 3,39.logx 6,40
1,0 x 10
7
2,54 (1,94; 3,32) Y= 3,41 + 3,91.logx 6,95
IBCB 21
1,0 x 10
10
1,70 (1,02; 2,83) Y= 4,17 + 3,56.logx 5,51
1,0 x 10
9
1,57 (1,17; 2,10) Y= 4,42 + 2,92.logx 3,24
1,0 x 10
8
1,74 (1,27; 2,40) Y= 4,24 + 3,10.logx 4,90
1,0 x 10
7
1,73 (1,19; 2,51) Y= 4,00 + 4,16.logx 3,82
IBCB 66
1,0 x 10
10
3,22 (3,02; 3,43) Y= 2,63 + 4,64.logx 3,72
1,0 x 10
9
3,80 (3,37; 4,28) Y= 2,90 + 3,61.logx 9,80
1,0 x 10
8
2,68 (2,48; 2,91) Y= 3,00 + 4,64.logx 1,46
1,0 x 10
7
2,95 (2,86; 3,04) Y= 2,87 + 4,52.logx 0,11
ESALQ 447
1,0 x 10
10
2,52 (2,02; 3,13) Y= 3,41 + 3,94.logx 8,37
1,0 x 10
9
1,93 (1,35; 2,74) Y= 4,03 + 3,37.logx 7,76
1,0 x 10
8
2,69 (2,07; 3,50) Y= 3,36 + 3,79.logx 6,49
1,0 x 10
7
2,21 (1,80; 2,72) Y= 3,69 + 3,76.logx 6,25
UFGD 02
1,0 x 10
10
3,09 (2,92; 3,26) Y= 2,86 + 4,35.logx 0,38
1,0 x 10
9
2,92 (2,19; 3,88) Y= 3,17 + 3,91.logx 16,02*
1,0 x 10
2,93 (2,34; 3,66) Y= 3,19 + 3,85.logx 9,46
1,0 x 10
7
2,06 (1,85; 2,30) Y= 4,00 + 3,14.logx 2,45
UFGD 11
1,0 x 10
10
3,02 (2,53; 3,59) Y= 2,88 + 4,41.logx 10,57
1,0 x 10
9
3,89 (3,20; 4,73) Y= 1,84 + 5,34.logx 28,21*
1,0 x 10
3,66 (3,05; 4,39) Y= 1,99 + 5,33.logx 17,08*
1,0 x 10
7
3,70 (3,12; 4,38) Y= 2,63 + 4,16.logx 22,76*
* x
2
significativo (P < 0,05)
n = 50
Alves & Sosa-Gomes (1983) também comprovaram a maior suscetibilidade de
operárias em relação aos soldados de A. sexdens rubropilosa a isolados de B. bassiana e
Metarhizium anisopliae. No entanto, verificaram tempos letais mais elevados. Para B.
bassiana foi obtido TL
50
de 3,56 e 3,93 dias para cortadeiras e soldados, respectivamente,
enquanto que para M. anisopliae, os valores foram de 2,8 e 4,05 dias, respectivamente.
Tabela 3. Tempos letais medianos (TL
50
) em dias, intervalos de confiança (IC) (P < 0,05),
equações de regressão linear e valores de x
2
obtidos pela análise de Probit para a atividade
patogênica de B. bassiana sobre soldados de A. sexdens rubropilosa.
Isolado/Concentração
TL
50
(dias)
Intervalo de
Confiança (IC)
Equação χ
IBCB 07
1,0 x 10
10
2,15 (1,62; 2,86) Y= 4,01 + 2,96.logx 4,62
1,0 x 10
9
2,46 (2,00; 3,04) Y= 3,91 + 2,75.logx 6,74
1,0 x 10
8
2,68 (2,19; 3,28) Y= 3,54 + 3,39.logx 12,35
1,0 x 10
7
2,50 (2,18; 2,88) Y= 3,85 + 2,85.logx 4,27
IBCB 21
1,0 x 10
10
2,78 (2,53; 3,06) Y= 3,17 + 4,09.logx 2,73
1,0 x 10
9
3,48 (2,96; 4,10) Y= 2,61 + 4,38.logx 10,23
1,0 x 10
8
3,06 (2,75; 3,39) Y= 2,31 + 5,53.logx 4,96
1,0 x 10
7
3,84 (3,27; 4,52) Y= 2,11 + 4,92.logx 12,64*
IBCB 66
1,0 x 10
10
4,10 (3,52; 4,78) Y= 2,07 + 4,77.logx 19,85*
1,0 x 10
9
6,77 (5,72; 8,01) Y= 1,65 + 4,02.logx 63,41*
1,0 x 10
8
4,30 (4,05; 4,55) Y= 2,61 + 3,76.logx 4,18
1,0 x 10
7
3,09 (2,63; 3,63) Y= 2,17 + 5,76.logx 8,42
ESALQ 447
1,0 x 10
10
3,27 (2,39; 4,48) Y= 2,83 + 4,20.logx 22,71*
1,0 x 10
9
3,13 (2,76; 3,56) Y= 3,49 + 3,03.logx 4,85
1,0 x 10
8
4,08 (3,35; 4,96) Y= 2,80 + 3,58.logx 22,52*
1,0 x 10
7
2,29 (2,00; 2,63) Y= 3,92 + 2,98.logx 5,87
UFGD 02
1,0 x 10
10
3,72 (2,41; 5,75) Y= 2,97 + 3,53.logx 33,69*
1,0 x 10
9
3,09 (2,69; 3,56) Y= 3,10 + 3,85.logx 8,00
1,0 x 10
3,79 (3,42; 4,21) Y= 3,21 + 3,08.logx 4,85
1,0 x 10
7
3,71 (3,06; 4,48) Y= 3,27 + 3,02.logx 15,67*
UFGD 11
1,0 x 10
10
3,95 (3,15; 4,97) Y= 1,88 + 5,20.logx 27,49*
1,0 x 10
9
4,03 (3,30; 4,94) Y= 2,44 + 4,20.logx 35,40*
1,0 x 10
5,51 (4,90; 6,20) Y= 2,03 + 3,99.logx 20,17*
1,0 x 10
7
5,51 (4,29; 7,07) Y= 2,02 + 4,01.logx 63,16*
* x
2
significativo (P < 0,05)
n = 50
Silva & Diehl-Fleig (1988) testaram diferentes isolados de B. bassiana e M. anisopliae
para o controle de A. sexdens piriventris, espécie de grande ocorrência no Rio Grande do Sul.
Através de bioensaios em laboratório e testes em campo, comprovaram a patogenicidade dos
fungos ao inseto. Os autores obtiveram TL
50
de 2,72 e 3,33 dias para os dois isolados de B.
bassiana. No entanto, neste estudo não foi observada diferença significativa na mortalidade
de soldados e operárias. Em campo, colônias inoculadas com os fungos apresentaram redução
total da atividade externa 60 dias após a aplicação.
Segundo Bass & Cherret (1994) as operárias desempenham um papel fundamental na
manutenção da esponja fúngica, contribuindo para assegurar o desenvolvimento do fungo
simbionte e garantindo assim, que o ninho mantenha-se saudável. Desta forma, esta casta
pode ser considerada um alvo potencial para o controle de ninhos.
Para os isolados IBCB 07 e IBCB 21, ocorreu 100% de mortalidade acumulada de
operárias, cinco dias após a inoculação, utilizando-se a concentração de 1,0 x 10
10
conídios/mL (Figuras 1 e 2). O isolado IBCB 07, quando inoculado em soldados, na maior
concentração (1,0 x 10
10
conídios/mL), também causou 100% de mortalidade, seis dias após a
inoculação (Figura 1). A rapidez com que o patógeno mata seu hospedeiro é uma
característica desejável para o controle de muitas pragas, porém não deve ser considerada
como única. O isolado deve ser capaz de proporcionar elevada mortalidade final, exigindo
desta maneira, pulverizações menos freqüentes, quando aplicados em campo, com a
possibilidade de reduzir os custos de controle (Tamai, 2002). Para insetos sociais como as
formigas, o efeito rápido do inseticida (químico ou biológico) não é uma característica única
desejável, pois estes insetos apresentam comportamento de proteção à colônia que envolve o
isolamento dos indivíduos doentes do restante da colônia, impedindo a transmissão e/ou
disseminação do fungo entre os indivíduos sadios.
Os menores valores de TL
50
nem sempre foram atribuídos à maior concentração. Para
os isolados IBCB 66 e ESALQ 447, aplicando-se a menor concentração de conídios em
soldados (1,0 x 10
7
conídios/mL), foi obtida a maior taxa de mortalidade, sendo que ao sexto
e sétimo dias após a inoculação foi obtido 100% de mortalidade acumulada para operárias e
soldados, respectivamente (Figura 3) . Isto indica uma característica interessante, uma vez que
quanto menor a necessidade de propágulos infectivos do patógeno aderidos ao corpo do inseto
para que ocorra o desenvolvimento da doença, maior é a virulência de um isolado. Por outro
lado, quando se utiliza um elevado potencial de inóculo, os resultados podem ser inesperados,
pois um grande número de conídios de fungo sobre o tegumento do inseto pode ter influência
negativa na germinação dos mesmos ou ainda, favorecer a penetração de bactérias
contaminantes, gerando septicemia e resultando na morte rápida do inseto (Alves & Lecuona,
1998).
Operias
0
20
40
60
80
100
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 codios/mL 1,0 x 10^9 conídios/mL
1,0 x 10^8 conídios/mL 1,0 x 10^7 codios/mL
Figura 1. Mortalidade acumulada (%) de operárias e soldados
de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com B. bassiana
isolado IBCB 07 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR; fotofase de 12
horas).
Operias
0
20
40
60
80
100
1º 2º 3º 4º 5º 6º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
3º 5º 7º 8º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 conídios/mL
1,0 x 10^8 conídios/mL 1,0 x 10^7 conídios/mL
Figura 2. Mortalidade acumulada (%) de operárias e soldados
de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com B. bassiana
isolado IBCB 21 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR; fotofase de 12
horas).
A mortalidade confirmada, representada pelo número de cadáveres nos quais se
observou a emergência e reprodução do entomopatógeno, variou entre 20 a 98% para
operárias e 26 a 94% para soldados, ocorrendo diferença significativa entre as concentrações
(Tabela 4). De modo geral, não houve diferenças significativas entre os valores de
esporulação para operárias e soldados. A baixa porcentagem de mortalidade confirmada
apresentada por alguns isolados não descarta totalmente a possibilidade destes insetos terem
sido mortos pelo fungo. Em alguns casos, o álcool utilizado na desinfestação externa pode ter
inviabilizado o fungo após sua entrada no interior do cadáver por eventuais fissuras no
tegumento, provocadas no manuseio dos mesmos (Tamai, 2002). A contaminação externa dos
insetos também pode ter ocorrido durante a manipulação para a instalação dos bioensaios.
Operias
0
20
40
60
80
100
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 10º 11º 12º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
1º 2º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 1 12º 1 1 1
Dias após a inoculação
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 codios/mL
1,0 x 10^8 codios/mL 1,0 x 10^7 codios/mL
Figura 3. Mortalidade acumulada (%) de operárias e soldados
de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com B. bassiana
isolado IBCB 66 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR; fotofase de 12
horas).
Para o controle de insetos sociais, é muito importante considerar a capacidade de
esporulação do isolado sobre os cadáveres. Assim, quanto mais rápido ocorrer a esporulação,
maiores chances o fungo terá de atingir um elevado potencial de inóculo dentro dos ninhos,
antes que o inseto consiga retirar todos os cadáveres (Stimac et al., 1987).
Operias
0
20
40
60
80
100
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
1º 2º 4º 5º 6º 7º 8º 1 1
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 conídios/mL
1,0 x 10^8 conídios/mL 1,0 x 10^7 conídios/mL
Figura 4. Mortalidade acumulada (%) de operárias e soldados
de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com B. bassiana
isolado ESALQ 447 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR; fotofase de 12
horas).
Nos tratamentos testemunha, nos quais foi aplicada apenas água destilada ou água
destilada + espalhante adesivo, não ocorreu esporulação do fungo sobre os cadáveres,
indicando que a mortalidade ocorrida nesse grupo não foi resultado da infecção pelo fungo
entomopatogênico B. bassiana (Tabela 4).
Busarello et al. (2007) testaram dois isolados de B. bassiana (IBCB 66 e UFGD 02)
em soldados de Atta laevigatta, utilizando suspensões contendo 1,0 x 10
7
, 1,0 x 10
8
e 1,0 x
10
9
conídios/mL. Os valores de TL
50
variaram entre 2,28 e 2,60 para IBCB 66, e entre 2,35 e
2,96 dias para UFGD 02, não havendo diferença significativa entre as concentrações testadas.
A mortalidade confirmada variou entre 84 e 92% para o isolado IBCB 66 e 84 a 94% para
UFGD 02. No presente trabalho, testando-se os mesmos isolados sobre soldados, obteve-se
valor de TL
50
de 3,09 dias (Tabela 3), nas concentrações de 1,0 x 10
7
conídios/mL e 1,0 x 10
9
conídios/mL para IBCB 66 e UFGD 02, respectivamente, o que pode indicar que soldados de
A. sexdens rubropilosa são mais resistentes a estes isolados do que A. laevigatta. Ainda, a
mortalidade confirmada obtida para A. sexdens rubropilosa foi inferior, variando de 44 a 88%
e 74 a 88%, para IBCB 66 e UFGD 02, respectivamente (Tabela 4). Para o isolado UFGD 02,
utilizando-se a maior concentração (1,0 x 10
10
conídios/mL) foi obtido 100% de mortalidade
acumulada para operárias e soldados, aos seis e sete dias após a inoculação, respectivamente
(Figura 5).
Segundo Alves (1998), a variação na patogenicidade pode estar relacionada à fatores
como a baixa virulência do isolado, especificidade, tolerância do hospedeiro, entre outros. A
variabilidade entre isolados é resultado das diferenças na produção de enzimas (amilase,
protease, lípase) e toxinas, na velocidade de germinação dos conídios, na atividade mecânica
de penetração na cutícula e na capacidade de colonização dos isolados (Paccola-Meirelles &
Azevedo, 1990).
Operias
0
20
40
60
80
100
1º 2º 3º 4º 5º 6º
Dias após a inoculação
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
2º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 codios/mL
1,0 x 10^8 codios/mL 1,0 x 10^7 conídios/mL
Figura 5. Mortalidade acumulada (%) de operárias e soldados
de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com B. bassiana
isolado UFGD 02 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR; fotofase de 12
horas).
Em relação ao isolado ESALQ 447, a concentração de 1,0 x 10
9
conídios/mL foi a
mais eficiente, com TL
50
de 1,93 dias para operárias. para soldados, a melhor concentração
foi a de 1,0 x 10
7
conídios/mL, com TL
50
de 2,29 dias. Foi obtido 100% de mortalidade
acumulada em operárias, sete dias após a inoculação, para todas as concentrações e, em
soldados, para a maior concentração (1,0 x 10
10
conídios/mL) (Figura 4). Pereira et al. (1993),
testaram este mesmo isolado em operárias de Solenopsis sp. No experimento com
pulverização direta nas formigas, verificaram TL
50
de 5 a 6 dias, obtidos no tratamento com
1,0 x 10
8
conídios/mL e 88% de esporulação sobre os cadáveres, dado superior ao obtido no
presente trabalho (80 e 84% de esporulação, para operárias e soldados, respectivamente), na
concentração de 1 x 10
10
conídios/mL (Tabela 4). Stimac et al. (1989) testaram a eficiência do
isolado ESALQ 447 no controle de Solenopsis spp. em campo, obtendo mortalidade entre 67
e 100%, sendo que os valores máximos de mortalidade ocorreram com a menor concentração
utilizada (12,5 g de fungo).
Para o isolado UFGD 11, apesar do mesmo apresentar valores de TL
50
mais elevados
quando comparado aos outros isolados, obteve-se alta porcentagem de mortalidade
confirmada (84 a 96% para operárias e 82 a 90% para soldados) (Tabela 4). Na concentração
1,0 x 10
10
conídios/mL, foi obtido 100% de mortalidade acumulada de soldados e operárias,
oito dias após a inoculação (Figura 6).
Loureiro & Monteiro (2004) avaliaram a eficiência de diferentes isolados de B.
bassiana, M. anisopliae e Paecilomyces farinosus para o controle de A. sexdens sexdens,
comprovando a patogenicidade dos fungos a operárias da espécie.
Em outro trabalho realizado por Loureiro & Monteiro (2005), foi avalianda a
patogenicidade de diferentes isolados de B. bassiana, M. anisopliae e Paecilomyces farinosus
sobre soldados de A. sexdens sexdens, sendo verificado que o isolado JAB 06 de B. bassiana
foi o mais eficaz dentre aqueles avaliados, provocando alta mortalidade na concentração de 1
x 10
9
conídios/mL, menor TL
50
(2,6 dias) e alta porcentagem de esporulação sobre os
cadáveres.
A mortalidade confirmada elevada é uma característica importante, pois a capacidade
de produzir propágulos do patógeno pode levar ao desencadeamento de epizootias em campo,
através da disseminação dos mesmos no ambiente e contaminação de indivíduos sadios
(Alves & Lecuona, 1998). Além disso, a mortalidade confirmada pode ser escolhida como
parâmetro para se estudar o comportamento da melhor concentração, pois os fungos, como
agentes de controle biológico, diferem fundamentalmente dos produtos químicos, pela
capacidade de aumento da densidade do patógeno por meio da dispersão do inoculo
secundário, repetindo o ciclo através da população hospedeira (Hajek & St. Legar, 1994).
Operias
0
20
40
60
80
100
1º 2º 4º 5º 6º 8º 9º 10º 11º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
7º 8º 1 1 12º 1
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 conídios/mL
1,0 x 10^8 codios/mL 1,0 x 10^7 codios/mL
Figura 6. Mortalidade acumulada (%) de operárias e soldados
de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com B. bassiana
isolado UFGD 11 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR; fotofase de 12
horas).
Tabela 4. Mortalidade confirmada (%) (± EP) de operárias e soldados de A. sexdens
rubropilosa após inoculação com B. bassiana (25 ± 1°C; 70±10% UR; fotofase de 12 horas),
Dourados - MS, 2007.
Tratamentos Beauveria bassiana
Isolado Concentração Soldados Operárias CV (%)
Testemunha Sem Tween
0,00
±
0,00 fA 0,00
±
0,00 eA
0,00
Testemunha Com Tween
0,00
±
0,00 fA 0,00
±
0,00 eA
0,00
IBCB 07
10
38,00
±
6,63 eA 34,00
±
6,78 dA
41,67
10
70,00
±
10,95 bA 56,00
±
11,66 cA
40,16
10
26,00
±
6,00 eA 28,00
±
5,83 dA
49,00
10
10
58,00
±
5,83 cA 20,00
±
5,47 dB
32,43
IBCB 21
10
94,00
±
4,00 aA 98,00
±
2,00 aA
7,37
10
92,00
±
3,74 aA 84,00
±
6,78 bA
13,92
10
58,00
±
7,34 cB 88,00
±
7,34 bA
22,51
10
10
88,00
±
3,74 aA 96,00
±
2,44 aA
7,69
IBCB 66
10
64,00
±
10,29 bB 92,00
±
5,83 aA
23,98
10
88,00
±
3,74 aB 98,00
±
2,00 aA
7,21
10
44,00
±
5,09 dA 56,00
±
9,27 cA
33,47
10
10
60,00
±
7,07 cA 78,00
±
10,19 bA
28,44
ESALQ 447
10
62,00
±
6,63 bA 68,00
±
5,83 cA
21,48
10
68,00
±
3,74 bA 68,00
±
5,83 cA
16,11
10
68,00
±
3,74 bA 78,00
±
3,74 bA
11,46
10
10
84,00
±
2,44 aA 80,00
±
3,16 bA
7,71
UFGD 02
10
86,00
±
5,09 aA 82,00
±
3,74 bA
11,90
10
88,00
±
3,74 aA 84,00
±
2,44 bA
8,22
10
74,00
±
4,00 bB 86,00
±
2,44 bA
9,27
10
10
88,00
±
2,00 aA 90,00
±
3,16 aA
6,65
UFGD 11
10
82,00
±
5,83 aA 84,00
±
5,09 bA
14,76
10
90,00
±
5,47 aA 88,00
±
3,74 bA
11,78
10
86,00
±
5,09 aA 94,00
±
2,44 aA
9,94
10
10
82,00
±
3,74 aB 96,00
±
2,44 aA
7,95
CV (%) 20,20 19,15
Valores seguidos pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem significativamente
entre si, pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade.
Para análise dados transformados para arcsen (x/100)
1/2
.
A concentração das suspensões afetou a mortalidade confirmada, havendo diferenças
significativas entre as mesmas para a maioria dos isolados (Tabela 4). Quando uma maior
quantidade de conídios germina, a invasão e a colonização do corpo do inseto é mais rápida e
eficiente, dificultando a proliferação de outros microrganismos competidores que poderiam
prejudicar a esporulação do fungo (Neves & Hirose, 2005). No entanto, as concentrações com
maiores quantidades de conídios nem sempre foram aquelas que apresentaram maior
porcentagem de esporulação. A penetração dos fungos, principalmente quando utilizados em
concentrações elevadas, causa o aparecimento de “orifícios” no tegumento dos insetos, os
quais ficam, assim, sujeitos ao ataque de outros microrganismos. Nesse caso, devido ao fato
de bactérias crescerem muito mais rapidamente que fungos, elas acabam por colonizar o
corpo do hospedeiro, causando septicemia, caracterizada pelo aspecto e odor, e impedindo o
crescimento do patógeno primário, ou seja, o entomopatógeno com capacidade de penetração
e interferindo nos resultados de confirmação da morte do inseto pelo fungo (Alves & Pereira,
1998), sendo este fato observado no presente trabalho.
As secreções das glândulas mandibular e metapleural têm sido apontadas como
responsáveis pela assepsia das formigas e manutenção dos ninhos livre de microrganismos
(Brough, 1983). As saúvas produzem mirmecacina através da glândula metatorácica, sendo
que um de seus componentes, o ácido β-hidróxido decanóico, possui ação fungicida, que pode
atuar contra os principais fungos entomopatogênicos (Alves & Lecuona, 1998). Porém, estudo
realizado por Diehl & Junqueira (2001) demonstraram que a secreção metapleural de
operárias de A. sexdens piriventris não possui atividade fungicida e/ou fungistática sobre B.
bassiana.
Segundo Alves & Lecuona (1998), para cada praga é possível selecionar um
entomopatógeno eficiente para seu controle. É necessário, porém, ter em mente que o
emprego dos entomopatógenos difere dos inseticidas químicos normalmente utilizados.
Enquanto os métodos químicos conseguem redução rápida e temporária dos prejuízos
econômicos, os produtos microbianos conseguem mais lentamente resultados semelhantes e
mais duradouros.
Para que seja possível a obtenção de novos isolados de fungos promissores no
combate a A. sexdens rubropilosa é preciso dar continuidade a programas de seleção,
efetuando-se novos testes, com um maior número de isolados. Neste trabalho foram utilizados
isolados nunca antes testados pra o controle de formigas cortadeiras e os resultados obtidos
indicam o potencial dos mesmos como agentes de controle. A seleção dos melhores isolados
deve levar em conta alguns fatores como alto índice de mortalidade, em curto período de
tempo e elevada esporulação nos cadáveres.
Uma vez que as formigas cortadeiras têm alta capacidade de reconhecer elementos
entomopatogênicos e de apresentar comportamentos de defesa e assepsia, torna-se necessário
a obtenção de linhagens com características de alta virulência e grande capacidade de
dispersão.
Conclusões
1. Todos os isolados de B. bassiana testados foram patogênicos a A. sexdens
rubropilosa, sendo que operárias foram mais suscetíveis que soldados.
2. O isolado IBCB 21 foi o mais virulento para operárias, apresentando TL
50
de 1,57
dias, não havendo diferença significativa entre as concentrações testadas.
3. Para os soldados, o isolado mais virulento foi IBCB 07, com TL
50
de 2,15 dias, não
ocorrendo diferença significativa entre as concentrações.
4. O isolado IBCB 21 também causou altas porcentagens de mortalidade confirmada,
apresentando potencial para utilização como agente de controle de A. sexdens rubropilosa.
Agradecimento
Ao CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pela
concessão de bolsa de mestrado.
Referências
ALVES, S.B. Fungos entomopatogênicos. In: ALVES, S.B. (Ed.) Controle microbiano de
insetos. Piracicaba: Fealq, 1998. p.289-381.
ALVES, S.B.; LECUONA, R.E. Epizootiologia aplicada ao controle microbiano de insetos.
In: ALVES, S. B. (Ed.) Controle microbiano de insetos. Piracicaba: Fealq, 1998. p.97-170.
ALVES, S.B.; PEREIRA, R.M. Distúrbios fisiológicos provocados por entomopatógenos. In:
ALVES, S.B. (Ed.) Controle microbiano de insetos. Piracicaba: Fealq, 1998. p.39-54.
ALVES, S.B.; SOSA-GOMES, D.R. Virulência de Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin
e Beauveria bassiana (Balsamo) Vuill. para duas castas de Atta sexdens rubropilosa (Forel,
1908). Poliagro, v.5, p.1-9, 1983.
BASS, M.; CHERRET, J.M. (1994), The role of leaf-cutting ant workers (Hymenoptera:
Formicidae) in fungus garden maintenance. Ecological Entomology, v.19, p.215-220.
BOARETTO, M.A.C.; FORTI, L.C. Perspectivas no controle de formigas cortadeiras.
Série Técnica, IPEF, v.11, p.31-46, 1997.
BROUGH, E.J. The antimicrobial activity of the mandibular gland secretion of a formiciane
ant, Calomyrmex sp. (Hymenoptera – Formicidae). Journal of Invertebrate Pathology, v.42,
p.306-311, 1983.
BUSARELLO, G.D.; FREITAS, A.F.; LOUREIRO, E.S.; MATSUMOTO, M.Y.; PESSOA,
L.G.A. Suscetibilidade de Atta laevigata (F. Smith, 1858) (Hymenoptera: Formicidae) ao
fungo Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. X Siconbiol Simpósio de Controle Biológico,
Brasília – Distrito Federal, 2007.
DIEHL E.; JUNQUEIRA, L.K. Seasonal variations of metapleural secretion in the leaf-
cutting ant Atta sexdens piriventris Santschi (Myrmicinae: Attini), and lack of fungicide effect
on Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin. Neotropical Entomology, v.30, p.517-522, 2001.
DIEHL-FLEIG, E.; SILVA, M.E. Patogenicidade de Beauveria bassiana e Metarhizium
anisopliae à formiga saúva Atta sexdens piriventris. Boletim do Grupo de Pesquisadores de
Controle Biológico, v.6, p.15, 1986.
DIEHL-FLEIG, E.; SILVA, M. E.; PACHECO, M. R. M. Testes de patogenicidade dos
fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae em Atta sexdens
periventris (Santschi, 1919) em diferentes temperaturas. Ciência e Cultura, v.40, p.1103-
1105, 1988.
DIEHL-FLEIG, E.; SILVA, M.E.; VALIM-LABRES, M.E.;SPECHT, A. Ocorrência natural
de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. no Rio Grande do Sul. Acta Biologica Leopoldensia,
v.14, p.99-104, 1992.
DIEHL-FLEIG, E.; SILVA, M.E.; SPECHT, A.; VALIM-LABRES, M.E. Efficiency of
Beauveria bassiana for Acromyrmex spp. Control (Hymenoptera: Formicidae). Anais da
Sociedade Entomológica do Brasil, v.22, p.281-285, 1993.
FERREIRA, D.F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows versão 4.0. In: 45
a
Reunião Anual da Região Brasileira da Sociedade internacional de Biometria. UFSCar,
São Carlos, SP, p.255-258, 2000.
HAJEK, A.E.; ST. LEGER, R.J. Interactions between fungal pathogens and insect hosts.
Annual Review of Entomology, v.39, p.293-322, 1994.
HERNÁNDEZ, J.V.; JAFFÉ, K. Dano econômico causado por populações de formigas Atta
laevigata (F. Smith) em plantações de Pinus caribaea Mor. e elementos para o menejo da
praga. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, v.24, p.287-298, 1995.
HÖLLDOBLER, B.; WILSON, E.O. The Ants. Harvard University Press, Cambridge, Mass.,
1990, 732p.
JACCOUD, D.B.; HUGHES, W.O.H.; JACKSON, C.W. The epizootiology of a Metarhizium
infection in mini-nests of the leaf-cutting ant Atta sexdens rubropilosa. Entomologia
Experimentalis et Applicata, v.93, p.51-61, 1999.
LOUREIRO, E.S.; MONTEIRO, A.C. Seleção de isolados de Beauveria bassiana,
Metarhizium anisopliae e Paecilomyces farinosus, patogênicos para operárias de Atta sexdens
sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Formicidae). Arquivos do Instituto Biológico,
v.71, p.35-40, 2004.
LOUREIRO, E.S.; MONTEIRO, A.C. Patogenicidade de isolados de três fungos
entomopatogênicos a soldados de Atta sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Formicidae).
Revista Árvore, v.29, p.553-561, 2005.
MARICONI, F.A.M. As saúvas. São Paulo: Agronômica Ceres, 1970, 167p.
MARINHO, C.G.S.; DELLA LUCIA, T.M.C.; PICANÇO, M.C. Fatores que dificultam o
controle das formigas cortadeiras. Bahia Agrícola, v.7, p.18-21, 2006.
NEVES, P.M.O.J.; HIROSE, E. Seleção de isolados de Beauveria bassiana para o controle
biológico da broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari) (Coleoptera: Scolytidae).
Neotropical Entomology, v.34, p.77-82, 2005.
OI, D.H.; PEREIRA, R.M. Ant behavior and microbiol pathogens (Hymenoptera:
Formicidae). Florida Entomologist, v.76, p.63-74, 1993.
PACCOLA-MEIRELLES, L.D.; AZEVEDO, J.L. Variabilidade natural do fungo
entomopatogênico Beauveria bassiana. Brazilian Archives of Biology and Technology,
v.33, p.657-672, 1990.
PEREIRA, R.M.; STIMAC, J.L.; ALVES, S.B. Soil antagonism affecting the dose-response
of workers and of the red imported fire ant, Solenopsis invicta, to Beauveria bassiana conidia.
Journal of Invertebrate Pathology, v.61, p.156-161, 1993.
SILVA, M.E.; DIEHL-FLEIG, E. Avaliação de diferentes linhagens de fungos
entomopatogênicos para controle da formiga Atta sexdens piriventris (Santschi, 1919)
(Hymenoptera: formicidae). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, v.17, p.263-269,
1988.
SPECHT, A.; DIEHL-FLEIG, E.; SILVA, M.E. Atratividade de iscas de B. bassiana (Bals)
Vuill. a formiga do Gênero Acromyrmex (Hymenoptera: Formicidae). Anais da Sociedade
Entomológica do Brasil, v.23, p.99-104, 1994.
STIMAC, J.L.; ALVES, S.B.; CAMARGO, M.T.V. Suscetibilidade de Solenopsis spp. a
diferentes espécies de fungos entomopatogênicos. Anais da Sociedade Entomológica do
Brasil, v.16, p.377-387, 1987.
STIMAC, J.L.; ALVES, S.B.; CAMARGO, M.T.V. Controle de Solenopsis spp.
(Hymenoptera: Formicidae) com Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. em condições de
laboratório e campo. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, v.18, p.95-103, 1989.
TAMAI, M.A.; ALVES, S.B.; ALMEIDA, J.E.M.; FAION, M. Avaliação de fungos
entomopatogêncios para o controle de Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae),
Arquivos do Instituto Biológico, v.69, p.77-84, 2002.
WILCKEN, C.F.; BERTI FILHO, E. Controle biológico de formigas cortadeiras. Anais do
III Curso de Atualização no Controle de Formigas Cortadeiras. PCMIP/IPEF, p.1-5,
1994.
2. CAPÍTULO 2
Suscetibilidade de Atta sexdens rubropilosa (Forel, 1908) (Hymenoptera: Formicidae) a
Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin em condições de laboratório
Giovana Daniela Busarello
1
, Elisângela de Souza Loureiro
1
1
Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da
Grande Dourados (UFGD). Rodovia Dourados Itahum, km 12, Cidade Universitária. Caixa Postal 533, CEP:
79804-970, Dourados – MS. E-mail: gdbusarello@terra.com.br; lis_lo[email protected]m.br.
ABSTRACT. Susceptibility of Atta sexdens rubropilosa (Forel, 1908) (Hymenoptera:
Formicidae) to Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin in laboratory conditions. The aim
of this study was to evaluate the pathogenicity of the entomopathogenic fungus Metarhizium
anisopliae on leaf-cutting ants Atta sexdens rubropilosa, under laboratory conditions. It was
inoculated suspensions containing different concentrations of conidia in specimens of soldiers
and workers, kept under controlled conditions. The mortality was verified daily until 15 days
after inoculation. The experimental delineation was entirely randomly. Sporulation data were
submitted to the analysis of variance and the average of the treatments compared each other
by Scott-Knott test. Probit analysis was performed, to obtain the values of TL
50
(in days). All
isolates were pathogenic to A. Sexdens rubropilosa, being more virulent for workers than
soldiers. Isolates IBCB 348, IBCB 410 and 425 were the most efficient in mortality of the
ants. IBCB 425 and UFGD 03 caused high percentages of confirmed mortality. Thus, isolates
tested have potential for use as control agents of A. sexdens rubropilosa.
KEY WORDS. Entomopathogenic fungi; leaf-cutting ant; microbial control.
RESUMO. Suscetibilidade de Atta sexdens rubropilosa (Forel, 1908) (Hymenoptera:
Formicidae) a Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin em condições de laboratório. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a patogenicidade do fungo entomopatogênico Metarhizium
anisopliae sobre formigas cortadeiras Atta sexdens rubropilosa, em condições de laboratório.
Foi realizada a inoculação de suspensões contendo diferentes concentrações de conídios em
exemplares de soldados e operárias, mantidos sob condições controladas. A mortalidade foi
verificada diariamente até 15 dias após a inoculação. O delineamento experimental utilizado
foi o inteiramente casualizado. Os dados de esporulação foram submetidos à análise de
variância e as médias de tratamentos comparadas pelo teste de Scott-Knott. Foi realizada
análise de Probit para obtenção dos valores de TL
50
(em dias). Todos os isolados foram
patogênicos a A. sexdens rubropilosa, sendo mais virulentos para operárias do que para
soldados. Os isolados IBCB 348, IBCB 410 e 425 foram os mais eficientes na mortalidade
das formigas. IBCB 425 e UFGD 03 causaram altas porcentagens de mortalidade confirmada.
Portanto, os isolados testados apresentam potencial para utilização como agentes de controle
de A. sexdens rubropilosa.
PALAVRAS-CHAVE. Controle microbiano; formigas cortadeiras; fungos
entomopatogênicos.
INTRODUÇÃO
As formigas cortadeiras pertencentes ao gênero Atta, tribo Attini (Hymenoptera:
Formicidae) estão entre os principais insetos praga das regiões neotropicais, sendo
responsáveis por grandes perdas nos sistemas agropecuário e florestal (Specht et al. 1994;
Hernández & Jaffé 1995). A espécie Atta sexdens rubropilosa (Forel, 1908), popularmente
conhecida como saúva-limão e amplamente distribuída pelo Brasil (Mariconi 1970), ataca
várias culturas, pastagens e reflorestamentos, atuando praticamente sobre qualquer material
vegetal (Hernández & Jaffé 1995; Boaretto & Forti 1997), o qual corta e transporta para os
ninhos, onde cultiva um fungo simbionte, utilizado como alimento.
As saúvas apresentam alta complexidade social, com colônias populosas e alto grau
de polimorfismo, o que permite um forrageamento eficiente de grandes quantidades de
material vegetal, sendo consideradas herbívoros dominantes da região Neotropical
(Hölldobler & Wilson 1990).
Estas características complexas apresentadas por esses insetos, aliadas a um sistema
de proteção à rainha, produção de substâncias anti-microbianas, “grooming” (limpeza) e
reconhecimento e remoção de materiais contaminados (Marinho et al. 2006), dificultam o seu
controle.
Atualmente, o controle das formigas cortadeiras é realizado através do uso de grandes
quantidades de produtos fitosanitários químicos, principalmente com a utilização de iscas
granuladas. Porém, esses produtos o altamente tóxicos, dispendiosos e possuem eficiência
reduzida, pois levam ao aparente extermínio da colônia de formigas ou à mudança de local do
sauveiro, além de conduzir à seleção de populações resistentes (Silva & Diehl-Fleig 1988;
Diehl-Fleig et al. 1988; Diehl-Fleig et al. 1993).
O controle biológico através da utilização de fungos entomopatogênicos têm sido
estudado como uma possível alternativa, pois trata-se de um controle mais específico,
econômico e duradouro (Silva & Diehl-Fleig, 1988). Ainda, o uso de fungos
entomopatogênicos não representa risco a saúde dos usuários, consumidores e ao ambiente, é
adequado para o manejo da resistência e pode associar-se com outros métodos de controle
(Alves 1998).
Os fungos entomopatogênicos atuam no controle microbiano natural de insetos,
constituindo um importante fator de supressão de pragas. A ocorrência desses patógenos pode
ser constatada através de epizootias e enzootias nas populações de insetos, em condições
naturais (Jaccoud et al. 1999; Leite et al. 2003). Beauveria bassiana e Metarhizium
anisopliae têm sido encontrados infectando rainhas de A. sexdens rubropilosa e A.
bisphaerica (Alves & Sosa Gómes 1983; Diehl-Fleig et al. 1992; Jaccoud et al. 1999).
Apesar dos mecanismos de reconhecimento e defesa contra agentes patogênicos
apresentados pelas formigas cortadeiras, resultados promissores têm sido obtidos no controle
microbiano desses insetos (Alves & Sosa Gómes 1983; Wilcken & Berti Filho 1994; Boaretto
& Forti 1997). Porém, os resultados variam de acordo com o tipo de casta estudada e a forma
de aplicação destes agentes (Diehl-Fleig & Silva 1986; Diehl-Fleig et al. 1988; Specht et al.
1994; Loureiro & Monteiro 2004, 2005).
Este trabalho objetivou avaliar a eficiência de isolados do fungo entomopatogênico
Metarhizium anisopliae para o controle de soldados e operárias de Atta sexdens rubropilosa
em condições de laboratório.
MATERIAL E MÉTODOS
Os isolados de M. anisopliae utilizados nos bioensaios foram obtidos da Coleção de
Entomopatógenos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) - Faculdade de
Ciências Biológicas e Ambientais (Tabela 1).
Soldados e operárias de formigas Atta sexdens rubropilosa foram coletadas em
sauveiros existentes no campus da UFGD e colocadas em recipientes com tampa telada,
separadas por castas e conduzidas até o laboratório, onde foram levadas ao freezer por alguns
segundos para a contenção das mesmas.
Tabela I. Origem dos isolados do fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae utilizados
nos bioensaios com Atta sexdens rubropilosa, em Dourados - MS, 2007.
Isolado Hospedeiro original ou substrato Local da coleta
CG 423 Schistocerca pallens ?
IBCB 348 Mahanarva fimbriolata Sertãozinho – SP
IBCB 410 Amostra de solo Iporanga – SP
IBCB 425 Amostra de solo Iporanga – SP
UFGD 03 Mahanarva fimbriolata Dourados - MS
As culturas fúngicas foram obtidas por multiplicação em placas de Petri contendo
meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar) sólido e esterilizado. Após semeadura pelo
método de três pontos, as placas foram incubadas em câmara B.O.D. a 25 ± 1°C, 70% UR e
fotofase de 12 horas por um período de 7 a 15 dias, para crescimento vegetativo e
conidiogênese e posteriormente armazenadas em geladeira (4°C) até a utilização nos
experimentos.
Os conídios foram coletados, raspando-se a superfície do meio de cultura com o
auxílio de uma alça de níquel-cromo e transferidos para tubos de ensaio contendo 10 mL de
água destilada esterilizada e 0,1 mL de Tween 80 para a preparação das diluições. Após
vigorosa agitação, o mero de conídios contidos na suspensão original foi quantificado em
câmara de Neubauer. A partir da suspensão original, foram preparadas diluições seriadas
padronizadas nas concentrações de 1,0 x 10
7
, 1,0 x 10
8
, 1,0 x 10
9
e 1,0 x 10
10
conídios/mL.
Foi realizada a aplicação de 1 mL das suspensões contendo as diferentes
concentrações de conídios nas placas de Petri e em seguida, grupos de 10 formigas foram
colocados no interior das placas. Foram utilizados dois tratamentos testemunha, sendo um
formado por solução de água destilada esterilizada + espalhante adesivo Tween 80, e outro,
apenas por água destilada esterilizada.
Os insetos foram mantidos nas placas contendo um chumaço de algodão umedecido
com água destilada esterilizada, sem alimentação, e condições controladas em câmara B.O.D
a 25 ± 1°C, 70% UR e fotofase de 12 horas. Neste período, a água foi reposta, quando
necessário, para a manutenção da umidade. O experimento foi avaliado diariamente por até 15
dias, sendo os insetos mortos imersos em solução de álcool 70% e água destilada esterilizada
para desinfestação superficial e acondicionados em novas placas, mantidas em iguais
condições descritas anteriormente para permitir o crescimento micelial e conidiogênese na
superfície do inseto e confirmar o agente causal da morte.
Para cada tratamento foram preparadas cinco repetições, sendo calculados os dados de
mortalidade confirmada (porcentagem de insetos nos quais ocorreu a esporulação do fungo) e
mortalidade total acumulada (porcentagem de mortalidade independente da causa). Os dados
referentes à esporulação foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas
entre si pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa estatístico
Sisvar ® (Ferreira 2000), segundo o delineamento experimental inteiramente casualizado.
Para obtenção dos valores de TL
50
(em dias) foi realizada análise de Probit para os diferentes
tratamentos, utilizando-se o programa estatístico Mobae.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Todos os isolados testados do fungo M. anisopliae foram patogênicos a operárias e
soldados de A. sexdens rubropilosa. Nas tabelas 2 e 3 estão apresentados os tempos letais
medianos (TL
50
). Silva & Diehl-Fleig (1988) testaram diferentes isolados de B. bassiana e M.
anisopliae para o controle de soldados e cortadeiras de A. sexdens piriventris. Através de
bioensaios em laboratório e testes em campo, comprovaram a patogenicidade dos fungos ao
inseto, obtendo TL
50
de 2,00 e 3,00 dias para os dois isolados de M. anisopliae testados. Os
resultados obtidos em campo, segundo os autores, indicam que existem reais possibilidades de
empregar estes fungos para o controle do inseto.
De acordo com a análise de Probit, não ocorreu diferença significativa entre as
concentrações para a maioria dos isolados testados. De modo geral, os menores valores de
tempos letais medianos foram obtidos com as concentrações contendo as maiores quantidades
de conídios. Em alguns casos, os isolados não se adequaram ao modelo de Probit, por ter
ocorrido um χ
2
significativo e elevada heterogeneidade dos dados (Tabelas 2 e 3).
Os isolados IBCB 348 e IBCB 410 foram os mais virulentos para operárias de A.
sexdens rubropilosa, com TL
50
de 1,28 e 1,29 dias, respectivamente, para a concentração 1,0 x
10
10
conídios/mL (Tabela 3). Com relação aos soldados, o isolado mais virulento foi IBCB
410, com valores de TL
50
variando entre 1,87 e 2,99 dias, seguido por IBCB 425 (2,15 a 2,75
dias) (Tabela 2).
Os isolados testados foram mais virulentos para operárias do que para os soldados.
Estes resultados concordam com os obtidos por Alves & Sosa-Gomes (1983), que também
comprovaram maior suscetibilidade de operárias em relação aos soldados de A. sexdens
rubropilosa a isolados de B. bassiana e M. anisopliae. No entanto, verificaram tempos letais
medianos mais elevados (2,8 e 4,05 dias, para cortadeiras e soldados, respectivamente),
utilizando o fungo M. anisopliae.
As operárias desempenham um papel fundamental na manutenção da esponja fúngica,
contribuindo para assegurar o desenvolvimento do fungo simbionte e garantindo assim, que o
ninho mantenha-se saudável (Bass & Cherret 1994). Desta forma, esta casta pode ser
considerada um alvo potencial para o controle de ninhos.
Jaccoud et al. (1999) investigaram os efeitos de M. anisopliae, aplicando esporos do
fungo em arenas de forrageamento de mini-ninhos de A. sexdens rubropilosa. Todos os
ninhos tratados sofreram aumento na mortalidade de formigas durante os primeiros dez dias
após a aplicação. Além disso, foi verificada diminuição da atividade de forrageamento, bem
como efeito sobre a saúde do jardim de fungo. A mortalidade das formigas foi particularmente
elevada para a casta de operárias médias, as quais desempenharam um grande papel na
tentativa de limpar os esporos. Portanto, por ser um grupo mais exposto, conseqüentemente
espera-se que esta casta sofra os mais elevados índices de mortalidade.
Tabela II. Tempos letais medianos (TL
50
) em dias, intervalos de confiança (IC) (P < 0,05),
equações de regressão linear e valores de x
2
obtidos pela análise de Probit para a atividade
patogênica de M. anisopliae sobre soldados de Atta sexdens rubropilosa.
Isolado/Concentração TL
50
(em dias)
Intervalo de
Confiança (IC)
Equação χ
CG 423
1,0 x 10
10
7,24 (5,56; 9,43) Y= 1,92 + 3,57.logx 93,79*
1,0 x 10
5,98 (4,65; 7,68) Y= 2,36 + 3,39.logx 63,10*
1,0 x 10
6,42 (5,51; 7,49) Y= 2,01 + 3,69.logx 27,24*
1,0 x 10
7
4,25 (3,42; 5,28) Y= 3,63 + 2,17.logx 13,18
IBCB 348
1,0 x 10
10
2,28 (1,75; 2,96) Y= 3,71 + 3,57.logx 9,63*
1,0 x 10
9
2,97 (2,53; 3,48) Y= 3,35 + 3,47.logx 8,50
1,0 x 10
2,48 (2,11; 2,92) Y= 3,70 + 3,28.logx 6,92
1,0 x 10
7
2,71 (2,16; 3,41) Y= 3,69 + 3,00.logx 16,75*
IBCB 410
1,0 x 10
10
1,87 (1,33; 2,62) Y= 4,12 + 3,20.logx 11,11*
1,0 x 10
9
2,30 (2,05; 2,59) Y= 3,89 + 3,03.logx 2,92
1,0 x 10
2,08 (1,68; 2,56) Y= 4,01 + 3,07.logx 6,66
1,0 x 10
7
2,99 (2,45; 3,63) Y= 3,67 + 2,78.logx 12,38
IBCB 425
1,0 x 10
10
2,15 (1,61; 2,88) Y= 3,77 + 3,66.logx 11,74*
1,0 x 10
9
2,39 (1,93; 2,96) Y= 3,56 + 3,79.logx 7,31
1,0 x 10
2,75 (1,99; 3,80) Y= 3,74 + 2,85.logx 25,27*
1,0 x 10
7
2,29 (1,90; 2,75) Y= 3,86 + 3,14.logx 5,83
UFGD 03
1,0 x 10
10
5,59 (4,58; 6,82) Y= 2,26 + 3,66.logx 51,90*
1,0 x 10
9
5,29 (4,28; 6,53) Y= 2,53 + 3,41.logx 17,79*
1,0 x 10
6,01 (4,62; 7,81) Y= 2,34 + 3,40.logx 38,09*
1,0 x 10
7
6,55 (5,51; 7,79) Y= 1,88 + 3,81.logx 45,02*
* x
2
significativo (P < 0,05)
n = 50
Tabela III. Tempos letais medianos (TL
50
) em dias, intervalos de confiança (IC) (P < 0,05),
equações de regressão linear e valores de x
2
obtidos pela análise de Probit para a atividade
patogênica de M. anisopliae sobre operárias de Atta sexdens rubropilosa.
Isolado/Concentração TL
50
(em dias)
Intervalo de
Confiança (IC)
Equação χ
CG 423
1,0 x 10
10
2,27 (1,88; 2,75) Y= 3,91 + 3,02.logx 2,21
1,0 x 10
2,44 (1,92; 3,10) Y= 3,54 + 3,75.logx 9,22
1,0 x 10
3,31 (3,00; 3,66) Y= 3,16 + 3,52.logx 5,83
1,0 x 10
7
2,97 (2,59; 3,41) Y= 3,10 + 3,99.logx 3,84
IBCB 348
1,0 x 10
10
1,28 (0,77; 2,11) Y= 4,66 + 3,10.logx 2,80
1,0 x 10
9
1,62 (1,07; 2,44) Y= 4,30 + 3,28.logx 8,17*
1,0 x 10
2,16 (1,33; 3,50) Y= 4,02 + 2,90.logx 13,01*
1,0 x 10
7
2,08 (1,68; 2,58) Y= 3,79 + 3,76.logx 6,44
IBCB 410
1,0 x 10
10
1,29 (0,84; 2,01) Y= 4,63 + 3,22.logx 2,33
1,0 x 10
9
1,74 (0,89; 3,39) Y= 4,25 + 3,07.logx 7,66*
1,0 x 10
1,59 (1,16; 2,17) Y= 4,19 + 3,98.logx 2,32
1,0 x 10
7
2,03 (1,56; 2,64) Y= 3,85 + 3,72.logx 5,29
IBCB 425
1,0 x 10
10
1,77 (1,15; 2,70) Y= 4,30 + 2,78.logx 12,89*
1,0 x 10
9
2,58 (1,96; 3,39) Y= 3,78 + 2,94.logx 13,53*
1,0 x 10
2,49 (2,14; 2,89) Y= 3,65 + 3,38.logx 1,75
1,0 x 10
7
2,78 (2,43; 3,17) Y= 3,23 + 3,97.logx 1,79
UFGD 03
1,0 x 10
10
4,08 (3,63; 4,60) Y= 2,55 + 4,00.logx 15,71
1,0 x 10
9
3,46 (3,04; 3,95) Y= 3,00 + 3,68.logx 7,29
1,0 x 10
3,62 (3,22; 4,08) Y= 3,12 + 3,34.logx 11,18
1,0 x 10
7
3,77 (3,56; 3,99) Y= 2,85 + 3,71.logx 1,84
* x
2
significativo (P < 0,05)
n = 50
Para os isolados IBCB 348 e IBCB 410, ocorreu 100% de mortalidade acumulada de
operárias e soldados, cinco e sete dias após a inoculação, respectivamente, utilizando-se a
concentração de 1,0 x 10
10
conídios/mL (Figuras 2 e 3). A rapidez com que o patógeno mata
seu hospedeiro é uma característica desejável para o controle de muitas pragas, porém não
deve ser considerada como única. O isolado deve ser capaz de proporcionar elevada
mortalidade final (Tamai 2002). Para insetos sociais como as formigas, o efeito rápido do
inseticida não é uma característica desejável, pois estes insetos apresentam comportamento de
proteção à colônia que envolve o isolamento dos indivíduos doentes do restante da colônia,
impedindo a transmissão e/ou disseminação do fungo entre os indivíduos sadios.
Operias
0
20
40
60
80
100
10º 1
Dias após a inoculação
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
5º 6º 8º 10º 11º 12º 1
Dias após a inoculação
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 conídios/mL
1,0 x 10^8 conídios/mL 1,0 x 10^7 conídios/mL
Figura 1 - Mortalidade acumulada (%) de operárias e
soldados de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com
M. anisopliae isolado CG 423 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR;
fotofase de 12 horas).
Para o isolado CG 423, aplicando-se a menor concentração de conídios em soldados
(1,0 x 10
7
conídios/mL), ocorreu a maior taxa de mortalidade, sendo que ao décimo dia após a
inoculação foi obtido 100% de mortalidade acumulada, enquanto que para a maior
concentração (1,0 x 10
10
conídios/mL), a mortalidade total dos soldados foi obtida ao décimo
terceiro dia (Figura 1). Isto indica uma característica interessante, uma vez que se torna mais
interessante utilizar uma menor quantidade de propágulos para que ocorra o desenvolvimento
da doença. Por outro lado, quando se utiliza um elevado potencial de inóculo, os resultados
podem ser inesperados, pois um grande número de conídios de fungo sobre o tegumento do
inseto pode ter influência negativa na germinação dos mesmos ou ainda, favorecer a
penetração de bactérias contaminantes, gerando septicemia e resultando na morte rápida do
inseto (Alves & Lecuona 1998).
Busarello et al. (2007) testaram a eficiência dos isolados IBCB 425 e UFGD 03 de M.
anisopliae para o controle de soldados de Atta laevigatta, utilizando suspensões contendo 1,0
x 10
7
, 1,0 x 10
8
e 1,0 x 10
9
conídios/mL. Os valores de TL
50
variaram entre 1,77 e 3,45 para
IBCB 425, e entre 2,33 e 3,14 dias para UFGD 03, sendo que o isolado IBCB 425 foi o mais
virulento, na concentração de 1,0 x 10
9
conídios/mL, apresentando TL
50
de 1,77 dias. O
mesmo isolado (IBCB 425) também demonstrou maior capacidade de esporulação nos
cadáveres das formigas, apresentando 100% de mortalidade confirmada. No presente trabalho,
testando-se os mesmos isolados sobre soldados, obteve-se valores maiores de TL
50
para a
mesma concentração, 2,29 dias e 6,55 dias, para os isolados IBCB 425 e UFGD 03,
respectivamente (Tabela 2), o que pode indicar que soldados de A. sexdens rubropilosa são
mais resistentes a estes isolados do que A. laevigatta. Ainda, neste trabalho, também foram
obtidas altas porcentagens de mortalidade confirmada em soldados de A. sexdens rubropilosa
utilizando-se o isolado IBCB 425 (92 a 98%) (Tabela 4). Para o isolado UFGD 03 foi obtido
100% de mortalidade acumulada de soldados e operárias, nove dias após a inoculação,
utilizando a concentração 1,0 x 10
9
conídios/mL (Figura 5). Em relação ao isolado IBCB 425,
obteve-se 100% de mortalidade acumulada, sete e oito dias após a inoculação, para soldados e
operárias, respectivamente, utilizando-se a mesma concentração (Figura 4).
Operias
0
20
40
60
80
100
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
2º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
Dias após a inoculação
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 conídios/mL
1,0 x 10^8 codios/mL 1,0 x 10^7 conídios/mL
Figura 2 - Mortalidade acumulada (%) de operárias e
soldados de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com
M. anisopliae isolado IBCB 348 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR;
fotofase de 12 horas).
A variação na patogenicidade entre os isolados pode estar relacionada à fatores como a
baixa virulência do isolado, especificidade, tolerância do hospedeiro, entre outros (Alves
1998). Segundo Paccola-Meirelles & Azevedo (1990) esta variabilidade é resultado das
diferenças na produção de enzimas (amilase, protease, lípase) e toxinas, na velocidade de
germinação dos conídios, na atividade mecânica de penetração na cutícula e na capacidade de
colonização dos isolados.
Operias
0
20
40
60
80
100
Dias após a inoculação
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
2º 3º 4º 5º 6º 7º 10º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 conídios/mL
1,0 x 10^8 conídios/mL 1,0 x 10^7 conídios/mL
Figura 3 - Mortalidade acumulada (%) de operárias e
soldados de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com
M. anisopliae isolado IBCB 410 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR;
fotofase de 12 horas).
A mortalidade confirmada, representada pelo número de cadáveres nos quais se
observou a esporulação do fungo, variou entre 46 e 98% para operárias e 52 e 98% para
soldados, não ocorrendo diferença significativa entre os valores de esporulação para operárias
e soldados (Tabela 4). Também não houve diferença significativa entre as concentrações
testadas com relação à mortalidade confirmada, exceto para o isolado UFGD 03, na
concentração 1,0 x 10
7
conídios/mL (Tabela 4).
Operias
0
20
40
60
80
100
4º
Dias após a inoculação
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 codios/mL
1,0 x 10^8 conídios/mL 1,0 x 10^7 conídios/mL
Figura 4 - Mortalidade acumulada (%) de operárias e
soldados de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com
M. anisopliae isolado IBCB 425 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR;
fotofase de 12 horas).
O isolado IBCB 425 causou a maior porcentagem de mortalidade confirmada,
variando entre 92 e 98% para soldados e 96 e 98% para operárias, seguido do isolado UFGD
03, variando entre 64 e 90% para soldados e 86 e 96% para operárias, ambos diferindo
significativamente dos demais.
Operias
0
20
40
60
80
100
10º 11º 12º 13º
Dias após a inoculação
% Mortalidade acumulada
Soldados
0
20
40
60
80
100
10º 11º 1 1
Dias após a inoculão
% Mortalidade acumulada
1,0 x 10^10 conídios/mL 1,0 x 10^9 conídios/mL
1,0 x 10^8 conídios/mL 1,0 x 10^7 conídios/mL
Figura 5 - Mortalidade acumulada (%) de operárias e
soldados de A. sexdens rubropilosa após a inoculação com
M. anisopliae isolado UFGD 03 (25 ± 1°C; 70 ± 10% UR;
fotofase de 12 horas).
A baixa porcentagem de mortalidade confirmada apresentada por alguns isolados pode
estar relacionada a alguns fatores, não descartando totalmente a possibilidade dos insetos
terem sido mortos pelo fungo. Em alguns casos, o álcool utilizado na desinfestação externa
pode ter inviabilizado o fungo após sua entrada no interior do cadáver por eventuais fissuras
no tegumento, provocadas durante o manuseio dos mesmos (Tamai 2002). A contaminação
externa dos insetos também pode ser maior quando são manipulados durante a instalação dos
bioensaios. Ainda, a penetração dos fungos, principalmente quando utilizados em
concentrações elevadas, pode causar o aparecimento de “orifícios” no tegumento dos insetos,
os quais ficam, assim, sujeitos ao ataque de outros microrganismos. Desta forma, devido ao
fato de bactérias crescerem muito mais rapidamente que fungos, elas acabam por colonizar o
corpo do hospedeiro, causando septicemia, caracterizada pelo aspecto e odor, e impedindo o
crescimento do patógeno primário, ou seja, o entomopatógeno com capacidade de penetração
e interferindo nos resultados de confirmação da morte do inseto pelo fungo (Alves & Pereira
1998).
Nos tratamentos testemunha, nos quais foi aplicado apenas água destilada ou água
destilada + espalhante adesivo, não ocorreu esporulação do fungo sobre os cadáveres, o que
indica que a mortalidade ocorrida nesse grupo não foi resultado da infecção pelo fungo M.
anisopliae (Tabela 4).
A mortalidade confirmada elevada é uma característica importante, pois a capacidade
de produzir propágulos do patógeno pode levar ao desencadeamento de epizootias em campo,
através da disseminação dos mesmos no ambiente e contaminação de indivíduos sadios
(Alves & Lecuona 1998). Além disso, a mortalidade confirmada pode ser escolhida como
parâmetro para se estudar o comportamento da melhor concentração, pois os fungos, como
agentes de controle biológico, diferem fundamentalmente dos produtos químicos, pela
capacidade de aumento da densidade do patógeno por meio da dispersão do inoculo
secundário, repetindo o ciclo através da população hospedeira (Hajek & St. Legar 1994).
Tabela IV. Mortalidade confirmada (%) (± EP) de operárias e soldados de A. sexdens
rubropilosa após inoculação com M. anisopliae (25 ± 1°C; 70±10% UR; fotofase de 12
horas), Dourados - MS, 2007.
Tratamentos Metarhizium anisopliae
Isolado Concentração Soldados Operárias CV (%)
Testemunha Sem Tween 0,00 ± 0,00 dA 0,00 ± 0,00 cA 0,00
Testemunha Com Tween 0,00 ± 0,00 dA 0,00 ± 0,00 cA 0,00
CG 423
10
54,00 ± 5,09 cA 54,00 ± 8,12 bA 31,23
10
52,00 ± 7,34 cA 50,00 ± 3,16 bA 27,32
10
62,00 ± 3,74 cA 58,00 ± 3,74 bA 16,29
10
10
70,00 ± 5,47 cA 64,00 ± 5,09 bA 21,45
IBCB 348
10
58,00 ± 5,83 cA 50,00 ± 4,47 bA 24,17
10
52,00 ± 6,63 cA 48,00 ± 3,74 bA 26,62
10
52,00 ± 3,74 cA 52,00 ± 3,74 bA 17,76
10
10
58,00 ± 3,74 cA 52,00 ± 3,74 bA 17,28
IBCB 410
10
58,00 ± 5,83 cA 56,00 ± 5,09 bA 24,30
10
54,00 ± 6,78 cA 46,00 ± 5,09 bA 29,18
10
60,00 ± 3,16 cA 56,00 ± 5,09 bA 18,63
10
10
68,00 ± 5,83 cA 62,00 ± 3,74 bA 20,41
IBCB 425
10
98,00 ± 2,00 aA 96,00 ± 2,44 aA 15,71
10
96,00 ± 2,44 aA 98,00 ± 2,00 aA 15,71
10
92,00 ± 3,74 aA 98,00 ± 2,00 aA 18,34
10
10
92,00 ± 2,00 aA 96,00 ± 2,44 aA 17,34
UFGD 03
10
64,00 ± 5,09 cB 96,00 ± 4,00 aA 21,52
10
80,00 ± 4,47 bA 90,00 ± 7,74 aA 28,29
10
84,00 ± 6,78 bA 86,00 ± 8,71 aA 35,77
10
10
90,00 ± 5,47 aA 92,00 ± 3,74 aA 25,47
CV (%) 24,57 25,74
Valores seguidos pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem significativamente
entre si, pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade.
Para análise dados transformados para arcsen (x/100)
1/2
.
Para o controle de insetos sociais, é muito importante considerar o tempo letal e a
capacidade de esporulação do isolado sobre os cadáveres. Assim, quanto menor o tempo letal
associado a uma rápida esporulação, maiores chances o fungo terá de atingir um elevado
potencial de inóculo dentro dos ninhos, antes que consigam retirar todos os cadáveres (Stimac
et al. 1987). Sob este aspecto, o isolado 425 obteve bons resultados, devendo ser considerado
para o controle de saúvas, que apresentou elevada porcentagem de esporulação sobre os
cadáveres, estando ainda, entre os isolados com menores tempos letais.
Alguns autores têm sugerido que as secreções produzidas pelas glândulas mandibular
e metapleural são responsáveis pela assepsia das formigas e manutenção dos ninhos livre de
microrganismos (Brough 1983). As saúvas produzem mirmecacina através da glândula
metatorácica, sendo que um de seus componentes, o ácido β-hidróxido decanóico, possui ação
fungicida, que pode atuar contra os principais fungos entomopatogênicos (Alves & Lecuona
1998). Porém, estudo realizado por Diehl & Junqueira (2001) demonstraram que a secreção
metapleural de operárias de A. sexdens piriventris não possui atividade fungicida e/ou
fungistática sobre B. bassiana.
Segundo Jaccoud et al. (1999), o estresse provocado pela presença do fungo é
suficiente para alterar a homeostase social da colônia e matá-la. Dentro da perspectiva de
controle, esta característica á particularmente interessante, sugerindo que não é necessário
matar diretamente todas as formigas com o agente de controle.
Segundo Alves & Lecuona (1998), para cada praga é possível selecionar um
entomopatógeno eficiente para seu controle. É necessário, porém, ter em mente que o
emprego dos entomopatógenos difere dos inseticidas químicos normalmente utilizados.
Enquanto os métodos químicos conseguem redução rápida e temporária dos prejuízos
econômicos, os produtos microbianos conseguem mais lentamente resultados semelhantes e
mais duradouros.
Para que seja possível a obtenção de novos isolados de fungos promissores no
combate a A. sexdens rubropilosa é preciso dar continuidade a programas de seleção,
efetuando-se novos testes, com um maior número de isolados. Neste trabalho foram utilizados
isolados nunca antes testados para o controle de formigas cortadeiras e os resultados obtidos
indicam o potencial dos mesmos como agentes de controle.
CONCLUSÃO
Todos os isolados de M. anisopliae testados foram patogênicos a A. sexdens
rubropilosa, sendo mais virulentos para operárias do que para soldados.
Os isolados IBCB 348 e IBCB 410 foram os mais eficientes na mortalidade de
operárias. Para os soldados, os isolados mais virulentos foram IBCB 410 e IBCB 425.
IBCB 425 e UFGD 03 causaram altas porcentagens de mortalidade confirmada.
Os isolados testados apresentam potencial para utilização como agentes de controle de
A. sexdens rubropilosa.
Agradecimento. Ao CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico pela concessão de bolsa de mestrado.
REFERÊNCIAS
Alves, S. B. 1998. Fungos entomopatogênicos. In: Alves, S. B. (Ed.) Controle microbiano
de insetos. Fealq, Piracicaba, p. 289-381.
Alves, S. B.; Lecuona, R. E. 1998. Epizootiologia aplicada ao controle microbiano de insetos.
In: Alves, S. B. (Ed.) Controle microbiano de insetos. Fealq, Piracicaba, p. 97-170.
Alves, S. B.; Pereira, R. M. 1998. Distúrbios fisiológicos provocados por entomopatógenos.
In: Alves, S. B. (Ed.) Controle microbiano de insetos. Fealq, Piracicaba, p. 39-54.
Alves, S. B.; Sosa Gómes, D. R. 1983. Virulência de Metarhizium anisopliae (Metsch.)
Sorokin e Beauveria bassiana (Balsamo) Vuill. para duas castas de Atta sexdens
rubropilosa (Forel, 1908). Poliagro 5: 1-9.
Bass, M.; Cherret, J. M. 1994. The role of leaf-cutting ant workers (Hymenoptera:
Formicidae) in fungus garden maintenance. Ecological Entomology 19: 215-220.
Boaretto, M. A. C.; Forti, L. C. 1997. Perspectivas no controle de formigas cortadeiras.
Série Técnica, IPEF 11: 31-46.
Brough, E. J. 1983. The antimicrobial activity of the mandibular gland secretion of a
formiciane ant, Calomyrmex sp. (Hymenoptera Formicidae). Journal of Invertebrate
Pathology 42: 306-311.
Busarello, G. D.; Matsumoto, M. Y.; Loureiro, E. S.; Freitas, A. F.; Pessoa, L. G. A. 2007.
Patogenicidade de Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin sobre Atta laevigata (F.
Smith, 1858) (Hymenoptera: Formicidae) em condições de laboratório. X Siconbiol
Simpósio de Controle Biológico, Brasília – Distrito Federal.
Diehl E.; Junqueira, L. K. 2001. Seasonal variations of metapleural secretion in the leaf-
cutting ant Atta sexdens piriventris Santschi (Myrmicinae: Attini), and lack of fungicide
effect on Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin. Neotropical Entomology 30: 517-522.
Diehl-Fleig, E.; Silva, M. E. 1986. Patogenicidade de Beauveria bassiana e Metarhizium
anisopliae à formiga saúva Atta sexdens piriventris. Boletim do Grupo de Pesquisadores
de Controle Biológico, 6, 15.
Diehl-Fleig, E.; Silva, M. E.; Pacheco, M. R. M. 1988. Testes de patogenicidade dos fungos
entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae em Atta sexdens
periventris (Santschi, 1919) em diferentes temperaturas. Ciência e Cultura 40: 1103-
1105.
Diehl-Fleig, E.; Silva, M. E.; Valim-Labres, M. E.;Specht, A. 1992. Ocorrência natural de
Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. no Rio Grande do Sul. Acta Biologica Leopoldensia
14: 99-104.
Diehl-Fleig, E.; Silva, M. E.; Specht, A.; Valim-Labres, M.E. 1993. Efficiency of Beauveria
bassiana for Acromyrmex spp. Control (Hymenoptera: Formicidae). Anais da Sociedade
Entomológica do Brasil 22: 281-285.
Ferreira, D. F. 2000. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows versão 4.0. In:
45
a
Reunião Anual da Região Brasileira da Sociedade internacional de Biometria.
UFSCar, São Carlos, SP, p. 255-258.
Hajek, A. E.; St. Leger, R. J. 1994. Interactions between fungal pathogens and insect hosts.
Annual Review of Entomology 39: 293-322.
Hernández, J. V.; Jaffé, K. 1995. Dano econômico causado por populações de formigas Atta
laevigata (F. Smith) em plantações de Pinus caribaea Mor. e elementos para o menejo da
praga. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 24: 287-298.
Hölldobler, B.; Wilson, E. O. 1990. The Ants. Harvard University Press, Cambridge, Mass.,
732p.
Jaccoud, D. B.; Hughes, W. O. H.; Jackson, C.W. 1999. The epizootiology of a Metarhizium
infection in mini-nests of the leaf-cutting ant Atta sexdens rubropilosa. Entomologia
Experimentalis et Applicata 93: 51-61.
Leite, L. G.; Batista Filho, A.; Almeida, J. E. M.; Alves, S. B. 2003. Produção de fungos
entomopatogênicos. Ribeirão Preto, A.S. Pinto, 92p.
Loureiro, E. S.; Monteiro, A. C. 2004. Seleção de isolados de Beauveria bassiana,
Metarhizium anisopliae e Paecilomyces farinosus, patogênicos para operárias de Atta
sexdens sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Formicidae). Arquivos do Instituto
Biológico 71: 35-40.
Loureiro, E. S.; Monteiro, A. C. 2005. Patogenicidade de isolados de três fungos
entomopatogênicos a soldados de Atta sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera:
Formicidae). Revista Árvore 29: 553-561.
Mariconi, F. A. M. 1970. As saúvas. São Paulo, Agronômica Ceres, 167p.
Marinho, C. G. S.; Della Lucia, T. M. C.; Picanço, M. C. 2006. Fatores que dificultam o
controle das formigas cortadeiras. Bahia Agrícola 7: 18-21.
Paccola-Meirelles, L. D.; Azevedo, J. L. 1990. Variabilidade natural do fungo
entomopatogênico Beauveria bassiana. Brazilian Archives of Biology and Technology
33: 657-672.
Silva, M. E.; Diehl-Fleig, E. 1988. Avaliação de diferentes linhagens de fungos
entomopatogênicos para controle da formiga Atta sexdens piriventris (Santschi, 1919)
(Hymenoptera: formicidae). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil 17: 263-269.
Specht, A.; Diehl-Fleig, E.; Silva, M. E. 1994. Atratividade de iscas de B. bassiana (Bals)
Vuill. a formiga do Gênero Acromyrmex (Hymenoptera: Formicidae). Anais da
Sociedade Entomológica do Brasil 23: 99-104.
Stimac, J. L.; Alves, S.B.; Camargo, M. T. V. 1987. Suscetibilidade de Solenopsis spp. a
diferentes espécies de fungos entomopatogênicos. Anais da Sociedade Entomológica do
Brasil 16: 377-387.
Tamai, M. A.; Alves, S. B.; Almeida, J. E. M.; Faion, M. 2002. Avaliação de fungos
entomopatogêncios para o controle de Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae).
Arquivos do Instituto Biológico 69: 77-84.
Wilcken, C. F.; Berti Filho, E. 1994. Controle biológico de formigas cortadeiras. Anais do III
Curso de Atualização no Controle de Formigas Cortadeiras. PCMIP/IPEF, p. 1-5.
ANEXOS
ANEXO A
INSTRUÇÕES AOS AUTORES – PESQUISA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
Escopo e política editorial
A revista
Pesquisa Agropecuária Brasileira
(PAB) é uma
publicação mensal da Embrapa, que edita e publica trabalhos
técnico-científicos
originais, em português, espanhol ou inglês,
resultantes de pesquisas de interesse agropecuário. A principal
forma de contribuição é o Artigo, mas a PAB também publica
Notas Científicas, Novas Cultivares e Revisões a convite do
Editor.
Forma e preparação de manuscritos
Análise dos artigos
A Comissão Editorial faz a análise dos trabalhos antes de submetê-
los à assessoria
científica. Nessa análise, consideram-
se aspectos como escopo, apresentação do artigo
segundo as normas da revista, formulação do objet
ivo de forma clara, clareza da
redação, fundamentação teórica, atualização da revisão da literatura, coerência e
precisão da metodologia, resultados com contribuição significativa, discussão dos fatos
observados em relação aos descritos na literatura, qual
idade das tabelas e figuras,
originalidade e consistência das conclusões. Após a aplicação desses critérios, se o
número de trabalhos aprovados ultrapassa a capacidade mensal de publicação, é
aplicado o critério da relevância relativa, pelo qual são aprova
dos os trabalhos cuja
contribuição para o avanço do conhecimento científico é considerada mais significativa.
Esse critério é aplicado somente aos trabalhos que atendem aos requisitos de qualidade
para publicação na revista, mas que, em razão do elevado nú
mero, não podem ser todos
aprovados para publicação. Os trabalhos rejeitados são devolvidos aos autores e os
demais são submetidos à análise de assessores científicos, especialistas da área técnica
do artigo.
Forma e preparação de manuscritos
Os trabalhos
enviados à PAB devem ser inéditos e não podem ter sido encaminhados a
outro periódico científico ou cnico. Dados publicados na forma de resumos, com mais
de 250 palavras, não devem ser incluídos no trabalho.
São considerados, para publicação, os seguin
tes tipos de trabalho: Artigos Científicos,
Notas Científicas, Novas Cultivares e Artigos de Revisão, este último a convite do
Editor.
Os trabalhos publicados na PAB são agrupados em áreas técnicas, cujas principais são:
Entomologia, Fisiologia Vegetal, F
itopatologia, Fitotecnia, Fruticultura, Genética,
Microbiologia, Nutrição Mineral, Solos e Zootecnia.
O texto deve ser digitado no editor de texto Microsoft Word, em espaço duplo, fonte
Times New Roman, corpo 12, folha formato A4, com margens de 2,5 cm e
com páginas
e linhas numeradas.
Organização do Artigo Científico
A ordenação do artigo deve ser feita da seguinte forma:
Artigos em português -
Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumo,
Termos para indexação, título em inglês, Abst
ract, Index terms, Introdução, Material e
Métodos, Resultados e Discussão, Conclusões, Agradecimentos, Referências, tabelas e
figuras.
Artigos em inglês -
Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Abstract,
Index terms, título em português,
Resumo, Termos para indexação, Introduction,
Materials and Methods, Results and Discussion, Conclusions, Acknowledgements,
References, tables, figures.
Artigos em espanhol -
Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumen,
Términos para
indexación; título em inglês, Abstract, Index terms, Introducción,
Materiales y Métodos, Resultados y Discusión, Conclusiones, Agradecimientos,
Referencias, cuadros e figuras.
O título, o resumo e os termos para indexação devem ser vertidos fielmente para
o
inglês, no caso de artigos redigidos em português e espanhol, e para o português, no
caso de artigos redigidos em inglês.
O artigo científico deve ter, no máximo, 20 páginas, incluindo-
se as ilustrações (tabelas
e figuras), que devem ser limitadas a seis, sempre que possível.
Título
Deve representar o conteúdo e o objetivo do trabalho e ter no máximo 15 palavras,
incluindo-se os artigos, as preposições e as conjunções.
Deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, e em negrito.
Deve ser
iniciado com palavras chaves e não com palavras como “efeito” ou
“influência”.
Não deve conter nome científico, exceto de espécies pouco conhecidas; neste caso,
apresentar somente o nome binário.
Não deve conter subtítulo, abreviações, fórmulas e símbolos.
As palavras do título devem facilitar a recuperação do artigo por índices desenvolvidos
por bases de dados que catalogam a literatura.
Nomes dos autores
Grafar os nomes dos autores com letra inicial maiúscula, por extenso, separados por
vírgula; os do
is últimos são separados pela conjunção “e”, “y” ou “and”, no caso de
artigo em português, espanhol ou em inglês, respectivamente.
O último sobrenome de cada autor deve ser seguido de um número em algarismo
arábico, em forma de expoente, entre parênteses,
correspondente à chamada de endereço
do autor.
Endereço dos autores
São apresentados abaixo dos nomes dos autores, o nome e o endereço postal completos
da instituição e o endereço eletrônico dos autores, indicados pelo número em algarismo
arábico, entre parênteses, em forma de expoente.
Devem ser agrupados pelo endereço da instituição.
Os endereços eletrônicos de autores da mesma instituição devem ser separados por
vírgula.
Resumo
O termo Resumo deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inici
al, na
margem esquerda, e separado do texto por travessão.
Deve conter, no máximo, 200 palavras, incluindo números, preposições, conjunções e
artigos.
Deve ser elaborado em frases curtas e conter o objetivo, o material e os métodos, os
resultados e a conclusão.
Não deve conter citações bibliográficas nem abreviaturas.
O final do texto deve conter a principal conclusão, com o verbo no presente do
indicativo.
Termos para indexação
A expressão Termos para indexação, seguida de dois-pontos, deve ser grafada
em letras
minúsculas, exceto a letra inicial.
Os termos devem ser separados por vírgula e iniciados com letra minúscula.
Devem ser no mínimo três e no máximo seis, considerando-
se que um termo pode
possuir duas ou mais palavras.
Não devem conter palavras que componham o título.
Devem conter o nome científico (só o nome binário) da espécie estudada.
Devem, preferencialmente, ser termos contidos no AGROVOC: Multilingual
Agricultural Thesaurus (http://www.fao.org/aims/ag_intro.htm
) ou no Índice de
Assuntos da base SciELO (http://www.scielo.br).
Introdução
A palavra Introdução deve ser centralizada e grafada com letras minúsculas, exceto a
letra inicial, e em negrito.
Deve ocupar, no máximo, duas páginas.
Deve apresentar a justificativa para a realização do trabalho, situar a importância do
problema científico a ser solucionado e estabelecer sua relação com outros trabalhos
publicados sobre o assunto.
O
último parágrafo deve expressar o objetivo de forma coerente com o descrito no
início do Resumo.
Material e Métodos
A expressão Material e Métodos deve ser centralizada e grafada em negrito; os termos
Material e Métodos devem ser grafados com letras minúsculas, exceto as letras iniciais.
Deve ser organizado, de preferência, em ordem cronológica.
Deve apresentar a descrição do local, a data e o delineamento do experimento, e indicar
os tratamentos, o número de repetições e o tamanho da unidade experimental.
Deve conter a descrição detalhada dos tratamentos e variáveis.
Deve-se evitar o uso de abreviações ou as siglas.
Os materiais e os métodos devem ser descritos de modo que outro pesquisador possa
repetir o experimento.
Devem ser evitados detalhes supé
rfluos e extensas descrições de técnicas de uso
corrente.
Deve conter informação sobre os métodos estatísticos e as transformações de dados.
Deve-se evitar o uso de subtítulos; quando indispensáveis, grafá-
los em negrito, com
letras minúsculas, exceto a letra inicial, na margem esquerda da página.
Resultados e Discussão
A expressão Resultados e Discussão deve ser centralizada e grafada em negrito, com
letras minúsculas, exceto a letra inicial.
Deve ocupar quatro páginas, no máximo.
Todos os dados apresentados em tabelas ou figuras devem ser discutidos.
As tabelas e figuras são citadas seqüencialmente.
Os dados das tabelas e figuras não devem ser repetidos no texto, mas discutidos em
relação aos apresentados por outros autores.
Evitar o uso de nomes de variáveis e tratamentos abreviados.
Dados não apresentados não podem ser discutidos.
Não deve conter afirmações que não possam ser sustentadas pelos dados obtidos no
próprio trabalho ou por outros trabalhos citados.
As chamadas às tabelas ou às figuras devem
ser feitas no final da primeira oração do
texto em questão; se as demais sentenças do parágrafo referirem-
se à mesma tabela ou
figura, não é necessária nova chamada.
Não apresentar os mesmos dados em tabelas e em figuras.
As novas descobertas devem ser con
frontadas com o conhecimento anteriormente
obtido.
Conclusões
O termo Conclusões deve ser centralizado e grafado em negrito, com letras minúsculas,
exceto a letra inicial.
Devem ser apresentadas em frases curtas, sem comentários adicionais, com o verbo no
presente do indicativo.
Devem ser elaboradas com base no objetivo do trabalho.
Não podem consistir no resumo dos resultados.
Devem apresentar as novas descobertas da pesquisa.
Devem ser numeradas e no máximo cinco.
Agradecimentos
A palavra Agradecimentos d
eve ser centralizada e grafada em negrito, com letras
minúsculas, exceto a letra inicial.
Devem ser breves e diretos, iniciando-
se com “Ao, Aos, À ou Às” (pessoas ou
instituições).
Devem conter o motivo do agradecimento.
Referências
A palavra Referências d
eve ser centralizada e grafada em negrito, com letras
minúsculas, exceto a letra inicial.
Devem ser de fontes atuais e de periódicos: pelo menos 70% das referências devem ser
dos últimos 10 anos e 70% de artigos de periódicos.
Devem ser normalizadas de aco
rdo com a NBR 6023 da ABNT, com as adaptações
descritas a seguir.
Devem ser apresentadas em ordem alfabética dos nomes dos autores, separados por
ponto-e-vírgula, sem numeração.
Devem apresentar os nomes de todos os autores da obra.
Devem conter os títulos das obras ou dos periódicos grafados em negrito.
Devem conter somente a obra consultada, no caso de citação de citação.
Todas as referências devem registrar uma data de publicação, mesmo que aproximada.
Devem ser trinta, no máximo.
Exemplos:
Artigos de Anais de Eventos (aceitos apenas trabalhos completos)
AHRENS, S. A fauna silvestre e o manejo sustentável de ecossistemas florestais. In:
SIMPÓSIO LATINO-
AMERICANO SOBRE MANEJO FLORESTAL, 3., 2004, Santa
Maria. Anais. Santa Maria: UFSM, Programa de Pós-Gradu
ação em Engenharia
Florestal, 2004. p.153-162.
Artigos de periódicos
SANTOS, M.A. dos; NICOLÁS, M.F.; HUNGRIA, M. Identificação de QTL
associados à simbiose entre Bradyrhizobium japonicum, B. elkanii e soja.
Pesquisa
Agropecuária Brasileira, v.41, p.67-75, 2006.
Capítulos de livros
AZEVEDO, D.M.P. de; NÓBREGA, L.B. da; LIMA, E.F.; BATISTA, F.A.S.;
BELTRÃO, N.E. de M. Manejo cultural. In: AZEVEDO, D.M.P.; LIMA, E.F. (Ed.).
O
agronegócio da mamona no Brasil
. Campina Grande: Embrapa Algodão; Brasília:
Embrapa Informação Tecnológica, 2001. p.121-160.
Livros
OTSUBO, A.A.; LORENZI, J.O. Cultivo da mandioca na Região Centro-
Sul do
Brasil
. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste; Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e
Fruticultura, 2004. 116p. (Embrapa Agropecuária Oeste. Sistemas de produção, 6).
Teses
HAMADA, E. Desenvolvimento fenológico do trigo (cultivar IAC 24 -
Tucuruí),
comportamento espectral e utilização de imagens NOAA-AVHRR
. 2000. 152p.
Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Fontes eletrônicas
EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE.
Avaliação dos impactos econômicos, sociais
e ambientais da pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste
: relatório do ano de
2003. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2004. 97p. (Embrapa Agropecuária
Oeste. Documentos, 6
6). Disponível em:
<http://www.cpao.embrapa.br/publicacoes/ficha.php?tipo=DOC&num=66&ano=2004>.
Acesso em: 18 abr. 2006.
Citações
Não são aceitas citações de resumos, comunicação pessoal, documentos no prelo ou
qualquer outra fonte, cujos dados não tenham sido publicados.
A autocitação deve ser evitada.
Devem ser normalizadas de acordo com a NBR 10520 da ABNT, com as adaptações
descritas a seguir.
Redação das citações dentro de parênteses
Citação com um autor: sobrenome grafado com a primeira letra maiúscu
la, seguido de
vírgula e ano de publicação.
Citação com dois autores: sobrenomes grafados com a primeira letra maiúscula,
separados pelo "e" comercial (&), seguidos de vírgula e ano de publicação.
Citação com mais de dois autores: sobrenome do primeiro au
tor grafado com a primeira
letra maiúscula, seguido da expressão et al., em fonte normal, vírgula e ano de
publicação.
Citação de mais de uma obra: deve obedecer à ordem cronológica e em seguida à ordem
alfabética dos autores.
Citação de mais de uma obra d
os mesmos autores: os nomes destes não devem ser
repetidos; colocar os anos de publicação separados por vírgula.
Citação de citação: sobrenome do autor e ano de publicação do documento original,
seguido da expressão “citado por” e da citação da obra consultada.
Deve ser evitada a citação de citação, pois risco de erro de interpretação; no caso de
uso de citação de citação, somente a obra consultada deve constar da lista de
referências.
Redação das citações fora de parênteses
Citações com os nomes dos aut
ores incluídos na sentença: seguem as orientações
anteriores, com os anos de publicação entre parênteses; são separadas por vírgula.
Fórmulas, expressões e equações matemáticas
Devem ser iniciadas à margem esquerda da página e apresentar tamanho padronizad
o da
fonte Times New Roman.
Não devem apresentar letras em itálico ou negrito, à exceção de símbolos escritos
convencionalmente em itálico.
Tabelas
As tabelas devem ser numeradas seqüencialmente, com algarismo arábico, e
apresentadas em folhas separadas, no final do texto, após as referências.
Devem ser auto-explicativas.
Seus elementos essenciais são: título, cabeçalho, corpo (colunas e linhas) e coluna
indicadora dos tratamentos ou das variáveis.
Os elementos complementares são: notas-de-rodapé e fontes bibliográficas.
O título, com ponto no final, deve ser precedido da palavra Tabela, em negrito; deve ser
claro, conciso e completo; deve incluir o nome (vulgar ou científico) da espécie e das
variáveis dependentes.
No cabeçalho, os nomes das variáveis que
representam o conteúdo de cada coluna
devem ser grafados por extenso; se isso não for possível, explicar o significado das
abreviaturas no título ou nas notas-de-rodapé.
Todas as unidades de medida devem ser apresentadas segundo o Sistema Internacional
de Unidades.
Nas colunas de dados, os valores numéricos devem ser alinhados pelo último algarismo.
Nenhuma célula (cruzamento de linha com coluna) deve ficar vazia no corpo da tabela;
dados não apresentados devem ser representados por hífen, com uma nota-de-
rodapé
explicativa.
Na comparação de médias de tratamentos são utilizadas, no corpo da tabela, na coluna
ou na linha, à direita do dado, letras minúsculas ou maiúsculas, com a indicação em
nota-de-rodapé do teste utilizado e a probabilidade.
Devem ser usados fios horizontais para separar o cabeçalho do título, e do corpo; usá-
los ainda na base da tabela, para separar o conteúdo dos elementos complementares.
Fios horizontais adicionais podem ser usados dentro do cabeçalho e do corpo; não usar
fios verticais.
As tabelas devem ser editadas em arquivo Word, usando os recursos do menu Tabela;
não fazer espaçamento utilizando a barra de espaço do teclado, mas o recurso recuo do
menu Formatar Parágrafo.
Notas de rodapé das tabelas
Notas de fonte: indicam a origem
dos dados que constam da tabela; as fontes devem
constar nas referências.
Notas de chamada: são informações de caráter específico sobre partes da tabela, para
conceituar dados. São indicadas em algarismo arábico, na forma de expoente, entre
parênteses, à
direita da palavra ou do número, no título, no cabeçalho, no corpo ou na
coluna indicadora. São apresentadas de forma contínua, sem mudança de linha,
separadas por ponto.
Para indicação de significância estatística, são utilizadas, no corpo da tabela, na f
orma
de expoente, à direita do dado, as chamadas ns (não-
significativo); * e ** (significativo
a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente).
Figuras
São consideradas figuras: gráficos, desenhos, mapas e fotografias usados para ilustrar o
texto.
Só devem aco
mpanhar o texto quando forem absolutamente necessárias à documentação
dos fatos descritos.
O título da figura, sem negrito, deve ser precedido da palavra Figura, do número em
algarismo arábico, e do ponto, em negrito.
Devem ser auto-explicativas.
A legenda
(chave das convenções adotadas) deve ser incluída no corpo da figura, no
título, ou entre a figura e o título.
Nos gráficos, as designações das variáveis dos eixos X e Y devem ter iniciais
maiúsculas, e devem ser seguidas das unidades entre parênteses.
Figuras não-
originais devem conter, após o título, a fonte de onde foram extraídas; as
fontes devem ser referenciadas.
O crédito para o autor de fotografias é obrigatório, como também é obrigatório o crédito
para o autor de desenhos e gráficos que tenham exigido ação criativa em sua elaboração.
As unidades, a fonte (Times New Roman) e o corpo das letras em todas as figuras
devem ser padronizados.
Os pontos das curvas devem ser representados por marcadores contrastantes, como:
círculo, quadrado, triângulo ou losango (cheios ou vazios).
Os números que representam as grandezas e respectivas marcas devem ficar fora do
quadrante.
As curvas devem ser identificadas na própria figura, evitando o excesso de informações
que comprometa o entendimento do gráfico.
Devem se
r elaboradas de forma a apresentar qualidade necessária à boa reprodução
gráfica e medir 8,5 ou 17,5 cm de largura.
Devem ser gravadas nos programas Word, Excel ou Corel Draw, para possibilitar a
edição em possíveis correções.
Usar fios com, no mínimo, 3/4 ponto de espessura.
No caso de gráfico de barras e colunas, usar escala de cinza (exemplo: 0, 25, 50, 75 e
100%, para cinco variáveis).
Não usar negrito nas figuras.
As figuras na forma de fotografias devem ter resolução de, no mínimo, 300 dpi e ser
gravadas em arquivos extensão TIF, separados do arquivo do texto.
Evitar usar cores nas figuras; as fotografias, porém, podem ser coloridas.
Outras informações
Não há cobrança de taxa de publicação.
Os manuscritos aprovados para publicação são revisados por no
mínimo dois
especialistas.
O editor e a assessoria científica reservam-
se o direito de solicitar modificações nos
artigos e de decidir sobre a sua publicação.
São de exclusiva responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos emitidos nos
trabalhos.
Os
trabalhos aceitos não podem ser reproduzidos, mesmo parcialmente, sem o
consentimento expresso do editor da PAB.
Contatos com a secretaria da revista podem ser feitos por telefone: (61)3448-
4231 e
3273-9616, fax: (61)3340-5483, via e-mail: [email protected] ou pelos correios:
Embrapa Informação Tecnológica
Pesquisa Agropecuária Brasileira – PAB
Caixa Postal 040315
CEP 70770 901 Brasília, DF
Envio de manuscritos
Os manuscritos devem ser submetidos conforme instru
ções
contidas no endereço: http://www.sct.embrapa.br/seer
ANEXO B
INSTRUÇÕES AOS AUTORES – REVISTA BRASILEIRA DE ENTOMOLOGIA
Escopo e política
A
Revista Brasileira d
e Entomologia (RBE)
, órgão da
Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)
publica trabalhos
científicos inéditos produzidos na área da Entomologia, ou
mesmo em outras, dentro de Arthropoda. A RBE mantém seções
destinadas à divulgação de notas científicas, re
senhas
bibliográficas e notícias de interesse.
Para publicar na RBE, pelo menos um dos autores devem ser
sócios da SBE e estar em dia com a anuidade. No caso de
nenhum dos autores serem sócios, a taxa de publicação será de
R$ 50,00, para autores brasileir
os e de US$ 25,00, para
estrangeiros, por página impressa; em ambos os casos para
manuscritos com até três autores. Para manuscritos com mais de
três autores a taxa de publicação será de R$ 100,00 por página
impressa, para brasileiros e de US$ 50,00 para estrangeiros.
As pranchas coloridas terão um custo de R$ 300,00 para os
sócios nacionais e US $130,00 para os estrangeiros. As pranchas
podem ser publicadas em preto e branco na versão impressa e
obtidas em cores, sem custo, na versão eletrônica (pdf) por
meio
da página eletrônica da RBE no SciELO (www.scielo.br/rbent).
Para agilizar o processo de publicação observem atentamente as
normas da RBE e enviem seus artigos eletronicamente para o e-
Maiores informações podem ser encontradas
na página eletrônica e no último fascículo publicado.
Trabalhos redigidos em outro idioma que não o português, ou o
inglês, poderão ser aceitos para a publicação a critério da
Comissão Editorial.
Forma e preparação de manuscritos
Os manuscritos devem ser enviados preferencialmente via
correio eletrônico, como arquivo(s) anexo(s). Poderão também
ser submetidos impressos em papel (três vias), acompanhados
dos arquivos em CD. O texto
deve ser editado, de preferência,
em Microsoft Word®, em página formato A4, usando fonte
Times New Roman tamanho 12, espaço duplo entre as linhas,
com margem direita não justificada e com páginas numeradas.
Usar a fonte Times New Roman também para rotulage
m das
figuras e dos gráficos. Apenas tabelas e gráficos podem ser
incorporados no arquivo contendo o texto do manuscrito. Figuras
em formato digital devem ser enviados em arquivos separados,
com, no mínimo, 300 dpi de resolução para fotos coloridas e 600
d
pi para desenhos a traço e fotos branco e preto, em formato tiff
ou jpeg de baixa compactação. Não enviar desenhos e fotos
originais quando da submissão do manuscrito.
O manuscrito deve começar com uma gina de rosto, contendo:
título do trabalho e nome(s
) do(s) autor(es) seguido(s) de
número(s) (sobrescrito) com endereço(s) completo(s), inclusive
endereço eletrônico, e com respectivos algarismos arábicos para
remissão. Em seguida, apresentar ABSTRACT, com no máximo
250 palavras, com o título do trabalho e
m inglês e em parágrafo
único; KEYWORDS, em inglês, em ordem alfabética e no
máximo cinco.
Na seqüência virá o RESUMO em português, incluindo o título e
PALAVRAS-
CHAVE, em ordem alfabética e equivalentes às
KEYWORDS. Devem ser evitadas palavras-chave que c
onstem
do título e do resumo do artigo.
No corpo do texto, os nomes do grupo-gênero e do grupo-
espécie
devem ser escritos em itálico. Os nomes científicos devem ser
seguidos de autor e data, pelo menos na primeira vez. Não usar
sinais de marcação, de ênfas
e, ou quaisquer outros. Conforme o
caso, a Comissão Editorial decidirá como proceder.
As referências devem ser citadas da seguinte forma: Canhedo
(2004); (Canhedo 2003, 2004); Canhedo (2004:451); (Canhedo
2004; Martins & Galileo 2004); Parra et al. (2004).
As figuras (fotografias, desenhos, gráficos e mapas) devem ser
sempre numeradas com algarismos arábicos e, na medida do
possível, na ordem de chamada no texto. As escalas devem ser
colocadas na posição vertical ou horizontal. As tabelas devem ser
numerad
as com algarismos romanos e incluídas, no final do texto
em páginas separadas. Se necessário, gráficos podem ser
incluídos no arquivo do texto e, como as tabelas, deverão vir no
final do texto. As figuras em formato digital deverão ser enviadas
em arquivos
separados. O tamanho da prancha deve ser
proporcional ao espelho da página (23 x 17,5 cm), de preferência
não superior a duas vezes. Para a numeração das figuras utilizar
Times New Roman 11, com o número colocado à direita e
abaixo. Isto só deve ser aplic
ado para as pranchas quando em seu
tamanho final de publicação. A fonte Times New Roman deve
ser usada também para rotulagem inserida em fotos, desenhos e
mapas (letras ou números utilizados para indicar nomes das
estruturas, abreviaturas etc.) e em tamanh
o apropriado de modo
que em seu tamanho final não fiquem mais destacados que as
figuras propriamente ditas. As figuras originais não devem conter
nenhuma marcação. A Comissão Editorial pode fazer
alterações ou solicitar aos autores uma nova montagem. Fot
os
(preto e branco ou coloridas) e desenhos a traço devem ser
montados em pranchas distintas. As legendas das figuras devem
ser apresentadas em página à parte. O custo da publicação de
pranchas coloridas deverá ser arcado pelos autores.
Os AGRADECIMENTOS
devem ser relacionados no final do
trabalho, imediatamente antes das Referências. Sugere-
se aos
autores que sejam sucintos e objetivos. Para as REFERÊNCIAS,
adota-se o seguinte:
1. Periódicos (os títulos dos periódicos devem ser escritos por
extenso e em negrito, assim como o volume do periódico):
Zanol, K. M. R. 1999. Revisão do gênero Bahita Oman
, 1936
(Homoptera, Cicadellidae, Deltocephalinae). Biociências 7: 73–
145.
Martins, U
. R. & M. H. M. Galileo. 2004. Contribuição ao
conhecimento dos Hemilophini (Coleoptera, Cerambycidae,
Lamiinae), principalmente da Costa Rica.
Revista Brasileira de
Entomologia 48: 467–472.
Alves-dos-
Santos, I. 2004. Biologia da nidificação de
Anthodioctes megachiloides
Holmberg (Anthidiini,
Megachilidae, Apoidea). Revista Brasileira de Zoologia 21:
739–744.
2. Livros:
Michener, C. D. 2000. The Bees of the World
. Baltimore, Johns
Hopkins University Press, xiv+913 p.
3. Capítulo de livro:
Ball, G. E. 1985.
Reconstructed phylogeny and geographical
history of genera of the tribe Galeritini (Coleoptera: Carabidae),
p. 276–321. In: G. E. Ball (ed.).
Taxonomy, Phylogeny and
Zoogeography of Beetles and Ants.
Dordrecht, W. Junk
Publishers, xiii+514 p.
Referências a resumos de eventos não são permitidas e deve-
se
evitar a citação de dissertações e teses.
As cópias do manuscrito, juntamente com os pareceres dos
consultores, serão enviadas ao autor (ao primeiro, se em co-
autoria ou ao autor indicado) para que sejam fei
tas as
correções/alterações sugeridas. Estas cópias deverão ser
devolvidas à Editoria da RBE juntamente com uma cópia
impressa da versão corrigida e do respectivo CD (devidamente
identificado) ou por via eletrônica. Alterações ou acréscimos ao
manuscrito enviados após o seu registro poderão ser recusados.
Nas Comunicações Científicas o texto deve ser corrido sem
divisão em itens (Material e Métodos, Resultados e Discussão).
Inclua o Abstract e o Resumo seguidos das Keywords e Palavras-
Chave.
Provas serão e
nviadas eletronicamente ao autor responsável e
deverão ser devolvidas, com as devidas correções, no tempo
solicitado.
O teor científico do trabalho assim como a observância às
normas gramaticais são de inteira responsabilidade do(s)
autor(es). Para cada tr
abalho publicado serão fornecidas 10 (dez)
separatas, independente do número de autores.
Sugere-
se aos autores que consultem a última edição da revista
para verificar o estilo e lay-
out. Ao submeter o manuscrito o
autor poderá sugerir até três nomes de re
visores para analisar o
trabalho, enviando: nome completo, endereço e e-
mail.
Entretanto, a escolha final dos consultores permanecerá com os
Editores.
Envio de manuscritos
Endereço eletrônico
[email protected] Fone/FAX: (41) 3266-0502
Endereço para correspondência: Revista Brasileira de
Entomologia/Editora Chefe
Lúcia Massutti de Almeida Departamento de Zoologia – UFPR
Caixa Postal 19030 81531-980,Curitiba, PR
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo